COMÉRCIO ARRANCA PARA 2004
Redes varejistas iniciam o ano com promoções. A idéia é manter as vendas aquecidas. Página 12


Redes varejistas iniciam o ano com promoções. A idéia é manter as vendas aquecidas. Página 12
Um Só Coração, minissérie da Globo, estréia dia 6.
Eles inspiram a vida de pessoas comuns. E de artistas incomuns.
As pessoas com mais de 65 anos, sem condições de se sustentar, têm direito a um salário mínimo por mês. É o que garante o Estatuto do Idoso, que entrou ontem em vigor. E já é contestado. Página 12
É a reciprocidade: os cidadãos americanos que desembarcam em São Paulo estão sujeitos desde ontem, por ordem judicial, a receber o mesmo tratamento que os brasileiros têm ao chegar aos EUA. Pág. 12
O ano que passou foi o pior desde 1990 para a construção civil. Nem por isso os empresários do setor desanimam: eles esperam a recuperação da economia e o aumento das obras. Página 8
Garis limpam a praia de Copacabana, após a festa do 1º de ano. Página 9
A Alca, que os Estados Unidos tanto querem como realidade, abarcando todos os países do continente, é uma criação naqual deveprevalecer a igualdade democrática, levando-se em conta, sem dúvida,que ospaíses sãodiferentes,devendo, porisso,assinalarem-se diferençasna participação nesse concerto de nações. Mas, de qualquer maneira, a Alca é uma reunião de nações na qual vai prevalecer o mais forte, no caso os Estados Unidos, e compor pelo número a totalidade os fracos.
Não somos contrários à Alca.Temos em mentea criação do Mercado Comum europeu, por JeanMonnet e Robert Schumann, com a assinatura porseis nações,em Roma,em 1955, de umdocumento pelo qual se comprometiam a realizar essa obra. Passados quarenta anos, a obra está realizada, passoua denominar-se União Européia e concorreu para levantar ospaíses arrasados pela guerra, salvos pelo Plano Marshalle pelo trabalho contínuo dos nacionais de cada um.
OsEstados Unidos,o Canadá e o México criaram a
Nafta, siglaeminglês,para darem início a uma união americana, na qual eles teriam a primazia, pelo poderio de que são dotados. Mas mesmo assimpodemconcorrer paraassegurar avivificação da Alca eo seu sustentáculo, umavez quepodem beneficiar-sedosintercâmbios comerciaise de outrasformas decooperação entre asnaçõesreunidassob uma bandeira comum, que, evidentemente, poderá ser criada. Se, pois, nãosou contrário àAlca, devonão criticá-la, mas sim fazer as advertências que meparecem necessárias. Igualdade de nações, com direitos que sejam respeitados, benéficos distribuídos por todasasnações,na medida de suas possibilidades, população e contribuição ao todo, eoutrosfatores quesejuntarem a esses, num bloco de naçõesque tudo produzem em todos os setores econômicos. Dito isto, declaro que não duvido que a Alcavirá a ter realidade.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Ronald Peach Jr. N os últimosanos, oPOPAI-Brasil-Point of Purchase AdvertisingInternaticional fezvários estudos sobre o consumidor no pontode-venda, em lojas de super e hipermercados,padarias, lojas deconveniência eno pequeno varejo.As conclusões, já conhecidas do meio promocionale publicitário,causaram impacto surpreendente,principalmente em super/hiper, aodescobrimos que85% dos consumidores decidem marca no PDV.
OBrasilapenasreitera o comportamento observado nomundo todo.NaHolanda, 80% dosconsumidores decidem a marca no PDV, e nos EUA,66% deles.AsQuando paramos para pensar e entender o porque disto, as conclusões são simples:
1) O númerodeveículos publicitários decuplicouna última década. Se há 10 anos apenas a Globo e SBT concentravam os investimentos dos anunciantes e aatenção dos consumidores, hoje temos a Cartoon Network,aGNT,a ESPN edezenas de outras emissoras, segmentando o mercado e dificultandoa decisão do anunciante sobre ondeinvestir.Rádios, jornais etodosos outrosmeiosde comunicação de massa sofreram pulverização.Eseuma mídiade massasepulveriza, deixa de ser "de massa" e passaaser pontual.Eseformos optar por uma mídia pontual, o PDV é muito melhor.
2)Para agravaresta ten-
dência, ocontroleremoto que garante o conforto do sofá também permite "zapear", ou trocar de canalna hora da propaganda. Por isso as emissoras estãousandotantoo merchandising emtelenovelas. Otelespectador nãomuda de canal durante a cena.
3) O ponto-de-venda é uma mídiaquepermitea experiência,eisso,em teoria,éo que garante seu charme. Os 5 sentidos doconsumidorestãoà disposiçãoparaserem estimulados.A donadecasa podetocar,sentire experimentar os produtos. Pode então comprovar se tudo aquilo quefoiprometido pelapropagandaestá sendocumprido.Láé queencontrarádescontos, brincadeiras,promoções e merchandising.Em outras palavras, lazer.
4)O PDVéumamídiademocrática.Para muitospequenos anunciantes,uma simplesação dedegustação próxima à indústria garante a venda na região de interesse. Em resumo,oquea propaganda promete, o ponto-devenda entrega.Há empresas que investem forte em publicidade, construindo marcas e conceitos, mas se esquecem de apoiar o PDV, dando espaço à concorrência para agir. A combinação dosesforços de propaganda emerchandising é que geram os melhores resultados. Lembre-se disso.
Ronald Peach Jr. é Presidente do POPAI-Brasil e diretor da Droid Tecnologia Promocional e Oficina de Merchandising
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar
Dia a dia vêm se acentuando e ganhando nitidez os traços de personalidade deLula, apenas esboçados, mas já nitidamente evidenciados durante a campanhaeleitoral. Agora, como então,mesmo depoisdeorganizadoseuministério eprimeiro escalão, ele não opera mediante os executivos que escolheu, preferindo falar de palanquediretamente ao público, criticando os demais poderes,passando pitosnosseus ministros,como secontinuasse na oposição. Esse populismo personalista é um dos traços mais característicos de personalidades carismáticas e messiânicas, que se deleitam com o corpo-acorpopessoal, quefalampara todos e para cada um, sem dar a
menor importância ao "resto": instituições, partidos, auxiliarese atéseus"companheiros". Essecomportamentode falar por todos e paratodosrende enormes dividendosem matéria de popularidade.Mas,ao mesmo tempo,provocaenorme desgaste interno nas pessoas e instituições de que depende para governar. Que pode haver de mais destrutivo para seus auxiliaresdoqueserem criticados publicamente por seu próprio chefe? Isso é mais contundentedo quesofrercríticas da oposição. Há poucos métodosde ação política mais perigosos e auto-desestabilizadores do que esse. De repente o chefeunanimitário, quealcança 100% de Ibope, se acha sozinho diante do povo, abandona-
Miguel Ignatios
O debate,jáiniciado, na mídia, sobre crescerou não em 2004, traz de volta um velho desafio à economia brasileira: comoincluir um contingente, avaliado hoje entre 40 milhões e50 milhões de pessoas, no mercado interno, ou seja, comotransformá-las em consumidores estáveis. Em outraspalavras,trata-se de refazer, no período entre 2004 e 2006, um novo, mas bem-sucedido, Plano Cruzado, que à época, 1986, deu poder de compra,embora apenas por seis meses, para cerca de 30 milhões de brasileiros. Amissãonão énadafácil. Algunsdirão– comofazem estrategistasdo PT– que,na verdade, esse contingente de 50 milhões de pessoas já está, mesmo que precariamente, graças ao Fome Zero e aos demaisprogramasde transferência direta derenda, como o Bolsa-Escola eoutros, sendoincluído nomercadoconsumidor. Uma coisa, porém, é realizar programas sociais e outra – bem diferente – é criar empregos estáveis.
Esseé odesafio queo PT teráao longodospróximos três anos. Se falhar, dará adeus à reeleição do presidente Lula.
Antes do PT, o ex-presidenteFHC também teve de enfrentá-lo.Sem condiçõesde reeditar o Plano Cruzado, criouoPlano Real,quedeua ilusão de que a classe média assalariada ganhava em dólares, talera aparidade (ilusória)de nossamoeda,durante o período 1994-98.
O encantose desfez,jáno começo de 1999,e, felizmente, para nós, brasileiros, o real foi desvalorizadoem relação ao dólar.Nossos vizinhos,argentinos,apostaram quea ficção venceria a realidade e se deram mal.
A classemédia brasileira, que desdeo segundomandato de FHC até hoje, vem pagando a maior parte da conta dos sucessivos ajustes fiscais, já teve seus dias de glória,
na década de 70, quando sob a batuta do ex-ministroe atual deputado federal, DelfimNeto, viveu ochamado "milagre brasileiro".
Bem, mas voltemos ao presente. A equipe econômica do governo, comandada pelo ministro Antônio Palocci, entende que o pior do ajuste – a parte macroeconômica -já foi feito,em 2003.Restaria, a partir de 2004, dar início ao ajuste microeconômico, no qual incluia questãoda geração dos dez milhões de empregos, capazes de sustentar deformaestável aquele contingentede 50 milhões de pessoas.
Ironicamente,um tímido primeiro passo foi dado, ao apagar das luzes de 2003, quando, parafazer passar a reformatributária, ogoverno teve deceder às pressões doPSDB edoPFL, queexigiram aaprovação do SuperSimples.Esse programadeverábeneficiarcerca de700 mil empresas do setor de serviços, grande gerador de empregos,que foiinjustamente onerado, com a elevação da alíquota da Cofins.
Ao longo dos próximos anos, o Super-Simples poderá criar talvez uns dois milhões denovos empregos.Se isso vier a ocorrer, ficarão faltando mais oito milhões. Otimista, Palocci, sempre muito elogiadopelo ex-ministro Delfim Neto, que também têm Antônio no nome, acredita no sucesso da empreitada. A nós,meros contribuintes, resta-nos apenastorcerpara que tudo dê certo, apesar dos indicadores de emprego, renda econsumo mostraremo contrário. Vamos fazer figa para que Antônio2º (o ministro Palocci) tenha melhor desempenho - e sorte – do que seus antecessores, Antônio 1º (DelfimNeto), DílsonFunaro ePedro 3º (o ex-ministro Malan).
Miguel Ignatios é presidente da Federação Nacional das Associações Brasileiras dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (FENADVB).
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dopor todosque escolheu e diantedeuma surdaesólida oposição constituída por todos os partidos, instituições e personalidades que desmontou. A desafinação que parte do maestro sealastra paraos músicos-chave queintegramo primeiro escalão da orquestra. Osdesencontros, os encontrões, aspedaladas entreas duas equipes contrárias(a equipe FHC e aequipePT), que integram o scratch montado por Lula acabam, inevitavelmente, por resultar em gols contra.Exemplos dopassado: adeclaração deJoãoPaulo, presidente da Câmara; os choques entre Gushiken e Gil e entreGushiken eFurlan.Aparentemente, só Furlan, Meirelles e Pallocci não receberam pi-
tos.O estilopegae sealastra, porque de outro lado, de Gil ao vice-presidente, as reclamações e pitos vêm de volta. Exemplar foitambém aquela reuniãodoministériocom 34 pessoas, durante12horas, cada uma com10 minutos paraexporo quefez.Pareceque desde então substitui-sea fala pelo relatóriomensal e abola voltadevolta,porque nãoé brincadeirapara ninguémdar conta detantorelatório.São os famosos traços primários da inexperiência.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? – Um depoimento (Editora Senac) e-mail: bdebarros@sanet.com.br
José Roberto de Araújo Cunha Jr.
Ainiciativa do governador paulista sobre o Conselho Estadualde RelaçõesInternacionais e de Comércio Exterior (CERICEX), vem ao encontro da crescente preocupação das lideranças empresariais, sindicais e acadêmicas estaduais, com os efeitos sobre o setor produtivo, em especialas microe pequenas empresas, e sobre onível deemprego em sãoPaulo,resultantesdo espírito protecionista e "hipócrita" que norteiaas posições das nações "ricas" nas atuais negociações internacionais em que o Brasil participa. É de conhecimentogeral que o processo de inserção internacionalda economiabrasileira terá profundos efeitos sobre aeconomiapaulista, pois enfrentaremos complexosdesafios pós-2005, quando do encerramentodas negociações multilaterais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (Rodadade Doha); das negociações hemisféricas no contexto da Área de LivreComércio das Américas(ALCA)e das negociações inter-blocos União Européia Mercosul. Sem dúvida, é de vital importância a concretização de projetos de fortalecimento da estrutura doméstica, como os anunciados AgroportoemCubatão – que seria utilizado não apenas como armazém mas também como centrode processamento de mercadorias –e Poupatempo da Exportação, as ser instalado na área da Secretaria da Agricultura, perto das Rodovias Imigrantes e Anchieta. A principalrazãoparaesta concretapreocupação dogovernador paulista se baseia em duas premissas: a primeira resideno fatode quetodoe qualquer processo de integração traz benefícios para alguns setores e custos para outros segmentos econômicos. A segunda, dizrespeitoaos efeitos para de um incremento da oferta de produtosmanufaturados ede serviços,cujos setores são de interesse prioritário daseconomias avança-
das como os EUA, Canadá e União Européia, terãosobre a economiacom maiorgraurelativo de industrializaçãono país, ou seja São Paulo. No que serefere especificamente à uma liberalização das àsimportações, nossosfortes parceiros comerciais pretendemincrementar suasvendas nos setores de serviços (telecomunicações, bancos, seguros, hotelaria e planos de previdência, dentre outros) e indústria dealtatecnologia (como por exemplo, eletroeletrônicos e bens de capital). Por outro lado, as pretensões brasileiras de incremento de exportações dos complexos agroindustriais (suco de laranjaconcentrado, frango, açúcar eálcool) ede produtos industrializados / manufaturados leves (aços, calçados e têxteis),têm recebidomanifestaçõesdesanimadoras, agravadaspor ações protecionistas, porparte tantodosrepresentantes norte-americano e como do Comissário Europeu . Ciente dasdificuldades que o Brasil terá para ampliar suas exportações, o governador paulista anunciou a realização de projetos de fortalecimento da estrutura doméstica, como osanunciados Agroportoem Cubatão– queseriautilizado não apenascomoarmazém mastambém comocentrode processamento demercadorias – e Poupatempo da Exportação, asser instaladona área da Secretaria da Agricultura, perto das Rodovias Imigrantes e Anchieta. Porém,o tão desejado incremento dasexportações depende, além da melhoria da infraestrutura, deoutros fatores,taiscomo: arealizaçãode negociações multilaterais bem-sucedidas –asquais estão são deresponsabilidade do governofederal – ea adoção de medidas de estratégia de promoção internacional e de comercialização internacional, esta última a cargo da iniciativa privada paulista.
José Roberto de Araújo Cunha Jr. é vice-presiente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo.
Aproveite o primeiro fim de semana para assistir aos bons filmes que estão em cartaz na cidade
SOBRE MENINOS E LOBOS – Belíssimo filme dirigido por Clint Eastwood. Três garotos brincam na rua, quando um deles é levado por dois homens. A violência sofrida por esse menino marca a vida dos três. Vinte anos depois, eles se reencontram, quando a filha de um deles é brutalmente assassinada. Ótimo roteiro e excelentes interpretações de Sean Penn, Tim Robbins e Kevin Bacon. Em cartaz no Unibanco Arteplex (r. Frei Caneca, 569), sala 5, às 16h30, 19 h e 21h30.
IRMÃO URSO – Típico desenho infantil que agrada à família inteira. Mostra a aceitação das diferenças, mas também tem humor na dose certa. Conta a história de um jovem que decide vingar a morte do irmão mais velho, abatido na luta com um urso. A versão dublada conta com as vozes de Selton Mello, Marco Nanini e Luís Fernando Guimarães. No Unibanco Artiplex (r. Frei Caneca, 569), sala 4, às 13 h, 15 h e 17 h.
SATYRICON DE FELLINI– Clássico do mestre Federico Fellini. Drama que mostra a tragicômica jornada de dois amigos em Roma. Encolpio e Ascilto disputam o afeto do jovem Gitone. Quando Encolpio é rejeitado, passa a participa de orgias. Com Martin Potter, Hiram Keller e Max Born. Espaço Unibanco, sala 2, às 14h , 16h30, 19 h e 21h30 (r. Augusta, 1470).
O SENHOR DOS ANÉIS – O RETORNO DO REI – Último episódio da trilogia de Tolkien, em que se resolvem todas as pendências. Frodo tem que cumprir a missão de levar o Um Anel à destruição, para salvar a humanidade. O feioso Gollum continua roubando a cena. Com Viggo Mortensen, Ian McKellen e Elijah Wood. No Unibanco Arteplex, sala 1, às 13 h, 16h40 e 20h20.
Ele dançoucom Anthony Quinnem Zorba,o Grego, numa cena inesquecívelna praia. Em 1964, quando fez o filme, Alan Bates, morto por um câncer noúltimo sábado,aos69 anos, era entãoum jovem ator que contrapunha no filme seu personagem de natureza reservada à explosão passional do Zorba feito por Quinn. Bates iniciou sua carreira por volta dos anos 60, como ator de teatro (que nunca deixoudefazer), mas foi nesse filme que de fato começou a ser notado.
O inglês nascido em Derbyshire gostava de desafios: depois de ser dirigido pelo grego MichaelCacoyanis, trabalhou como francês Philippe De Broca, em Esse mundo é dos Loucos, de 1966. Bates encarna umsoldadoescocês, quedurante a Primeira Guerra vai parar em umapequena vila francesa,tomadapelosloucos do asilo local, abandonados à própria sorte depois que a população foge da cidade, prestes a ser invadidapelosalemães.É um filmereflexivo, com um humor suave, quase triste. Trêsanosdepois, Bates fez o primeiro nu frontal masculino do cinema,juntamente comOliver Reed,numacena para lá de polêmica em que ambos lutam diante de uma lareira, em Mulheres Apaixonadas, dirigido pelo também in-
glês KenRusselebaseadoem livro de D. H. Lawrence. Afigura contidado ator,ao melhor estilo inglês, se prestava muitobemaos papéisque exigiamsutilezas.Talvez por isso mesmo nunca tenha sido otípico galã, apesar de inegavelmente atraente às mulheres. Teve, contudo, reconhecido seu talento em vida, trabalhando embons filmes, combons diretores, recebendo inclusive uma indicação ao Oscar de Melhor Ator (nos bons tempos em que isso significava alguma coisa) pelopapel deum judeu ucraniano em O Homem do Preg o , de John Frankenheimer,em 1968.Perdeupara Cliff Robertson,com Os dois mundos de Charly Nos anos70, seufilme mais marcante foi Uma Mulher Desc as ad a ,do americanoPaul
Acontece nas Melhores Famílias – Vale a pena conferir essa comédia dramática. No centroda trama, está uma família, como a nossa. Então, o quese vê são os habituais desentendimentos, mágoas, mas também preocupação, amor e união. A eterna rivalidade entre pais e filhos se faz presente.Ofatode partedos protagonistas serem de uma família real torna a produção mais interessante. Ali estão Kirk Douglas, ofilho Michael,o netoCamerone amãedeMichael eexmulher de Kirk, Diana. Todos estão ótimos. O elenco conta aindacomaspresençasde Bernadette Peters e Rory Culkin, irmão deMacauly. Direção:FredSchepisi.Duração: 109 minutos. DVD/VHS. Buena Vista
CLIMA DE ANOS 60
Abaixo o Amor – Comédia romântica sim, masmuito i nte re s s a nte. Isso porque a idéia foi homenagearo gênero, que tanto sucesso fez com DorisDay e Rock Hudson. Ambientada nosanos 60, conta adivertida história de Barbara e Catcher. Ela, autora de um livro quepregao prazere não o amor. Ele, um jornalista, inveterado conquistador. A graça está no fato de o comportamento feminino ser bem atual e o casal extremamentesimpáticoe talentoso: Renée Zellweger e Ewan McGregor. Com David Hyde Pierce, Sarah Paulson e participação especial de Tony Randall, que trabalhoucom Doris e Hudson. Direção: Peyton Reed. Duração: 101 minutos. DVD/VHS. Fox (07/01)
Anita não Perdea Chance –O cinema espanhol éo que melhor sabe combinar humor, drama e romance. Nesta produção, que agrada aosmaioresde 40anos de idade, conta-se a história de Anita. Bilheteira de um modesto cinema, perde o emprego quando completa 50 anos, porque no local será erguido um complexo multiplex. Como já não tem mais a sua janela para o mundo, Anita passaa freqüentar as obras diariamente.Ali conhece Antonio, o operador da escavadeira. Osdois têm umcaso, embora ele seja mais jovem e o que seriao fimdesua vida,torna-se um bommomento.Com Rosa Maria Sardà e José Coronado. Direção: Ventura Pons. Duração: 89 minutos. DVD/VHS. Warner
ALBERGUE ESPANHOL – Jovem francês vai estudar em Barcelona e ali divide apartamento com estudantes de várias nacionalidades. Nessa convivência, ele vai aprender a amar, respeitar e assumir responsabilidades. É quando ele vai decidir o que pretende fazer de seu futuro. Com Romain Duris, Judight Grodrèche e Audrey Tatou. Direção: Cédric Klapisch. Em cartaz no Unibanco Artiplex (r. Frei Caneca, 569) às 13 h.
Mazursky, com Jill Clayburgh, quando de novo participou de um momento importante do cinema, mostrando a mudança nocomportamento damulher. Bem mais recentemente, em 2002, levou o prêmio Tony de Melhor Ator, com apeça Fortune´s Fool, de Turgueniev. Uma de suas últimas aparições foi no filme de Robert Altman, Assassinato em Gosford Park ,
de 2001, na pele de um mordomo inglês. Em 2002, cometeu o queaparentementefoi oseu maior pecado, participarde A Soma de Todosos Medos, filme medíocre e esquecível dePhil Alden Robinson. Melhor registrar que nesse ano foi sagrado cavaleiro pela rainha da Inglaterra. Sir Alan Bates: é como ele merece ser lembrado. Vilma Pavani
As Panteras –
D etonando –Segundo filme que retoma a série de sucesso dosanos 70. É um filme pipoca, repleto de ação, explosões, lutas e pouca coerência na história. Mas isso nãoimporta. Lá estão elasdenovo:CameronDiaz em dança rebolativa; Drew Barrymoretentandoser sexyeLucy Liu, competentenasartesmarciais. Desta vez, elas ainda contam com a boa forma de Demi Moore como ex-pantera, com o corpo sarado de Rodrigo Santoro e com o bom humor de John Cleese. Rápidas participações de Bruce Willis e Jaclyn Smith, uma das panteras originais. Não é apenasSantoroque nãofala, o outro vilão, Crispin Gloover só grita. Direção: McG. Duração: 105 minutos. DVD/VHS. Columbia
Sem Risco Apa re nte –Baseado em conto de Da s hi e l l H am me tt, este suspense policial traz Samuel L. Jackson no papel de um policial que se mete numa enrascada ao ajudar uma vizinha. De férias, ele planejavairaum festivaldemúsica para amadores, pois toca violoncelo.Masdecide procurara filhadaamiga,e vai parar nas mãos de uma quadrilha assaltante de bancos. Feito refém, ele acaba sendo obrigadoa participardo golpe,transportandoos ladrões. Tem todas aquelas reviravoltas etraições comuns do gênero. Não éum grande filme, mas entretém. Com Milla Jovovich e Stellan Skarsgard. Direção: Bob Rafelson. Duração: 103 minutos. DVD/VHS. Europa
Cursos, oficinas e palestras para entender melhor o cinema
Cinéfilos quetenhaminteresse em se aprofundar no tema têm a oportunidadede participarde algunscursos eoficinas que o Planeta Tela realiza no transcorrer deste mês.A partir da próxima segunda-feira, dia 5, e até 16 de janeiro, desenvolve-se ocurso Históriado Cinema – Uma Visão Panorâmica ministrado pelo jornalista Celso Sabadin. Com aulas às 2ª, 4ª e 6ªs, das 19h30 às 22 h, o curso é apostilado e ilustradocom trechos em vídeo.Celso fará uma abordagem histórica e analítica da atividadecinematográfica, relatando das primeirasexperiências até atecnologia atual. O curso custa R$ 280. OCinemaGenialde Woody Allen é o curso ministrado pela jornalista, escritora e crítica de cinema Neusa Barbosa. As aulas são aos sábados, das 10 hàs 13h30, de 17 a 31 de janeiro, ao custode R$230. De19a 30de janeiro, às 2ª, 4ª e 6ªs, das 19h30 às22 h, Celso Sabadindará o curso O Cinema de Hitchcock, o Manipulador doMedo. Emseis encontros, se discutirá e analisará a vida e a obra do grande mestre do suspense. Custo: R$ 230.
Agarotada nãofica defora. Paraelas foram programadas oficinas debrincadeiras ede artes plásticas. Haverá várias turmas,mas sãopoucasvagas. Essa programação realiza-se no Planeta Tela Espaço Cultural, à rua Humberto I, 981 – fones 5908-0045, 5081-5810 e 5081-6249. Há descontos para portadores de carteiras Planeta Tela, Fnac e Clube Folha. OSesc VilaMarianatambém programou atividades nessa área. A primeira delas, Oficina O Digital da Imagem, ministrada pelo fotógrafo e designer Luiz Aureliano Amorim Garcia,ésobre ousodocomputadore seus periféricosna manipulação da imagem fotográfica. Realiza-se de 13 a 29 de janeiro, às3ª e5ªs, das16 hàs 19 h. São 25 vagas, para pessoas a partir de 16 anos de idade. A outra oficina, Um Minuto e Muitas Histórias , pretende dar uma base teórica para a elaboração e realizaçãode curtametragens evídeos. SeráministradaporBeto Sporkense realiza-se de 14 a 29 de janeiro, às 4ª e 5ªs, das 14 h às 18 h. São 16 vagas,para pessoasa partir de13anos. Ambastêmpreços entre R$ 15 a R$ 7,50. O Sesc VilaMariana ficana ruaPelotas, 141 – fone 5080-3000. Beth Andalaft
ESTRANHA CRIATURA
A Vingança de Willard –Estranho, taciturno e sem amigos, Willard odia o mundo. Sufocadopela mãe,menosprezadono trabalho, ele descobre que tem poder sobre os ratos queinfestam a velhacasa onde mora. Passa,então, autilizá-los para sevingar de todos queo ridicularizam. Interpretadopor Crispin Glover, o pai bobalhão de Michael J. Fox em De Volta para o Futuro,que consegueserperfeito na esquisitice. Se em As Panteras ele só gritava como vilão, aqui é o dono do pedaço. O toque irônico fica por conta da trilha sonora, que inclui Ben,de Michael Jackson, como tema de um dos ratos. Direção: Glen Morgan. Duração: 100 minutos. DVD/VHS. Playarte (07/01)
E ncurralada – Apesar de um bom elenco, este susp ense policial não co n se g u e ser eficaz. Jovem médicoe sua bela esposa tornam-se refém de umagangue quesequestra afilha delese pede altasoma para liberá-la. O problema é que a garotinha é asmáticae precisa de cuidados, atrapalhando os planos dos bandidos.Os exageros, como uma perseguição de avião, com opaipilotando,em plena estrada, tornam o filme inverossímil. Passou rapidamente pelos cinemas, sem chamar atenção. ComCharlizeTheron, Stuart Townsend, Kevin Bacon e Courtney Love, a viúva de Curt Kobain,do grupoNirvana.Direção: Luis Mandoki. Duração: 105 minutos. DVD/VHS. Columbia
EYMAR MASCARO
Domingo, a prefeitura começa a mudar o trânsito na Rebouças comFaria Lima, parainiciar as obrasde passagem de nívelnum dosmais problemáticoscruzamentos dacidade.O objetivoéeliminaros pontosdeestrangulamento do trânsitona capital. Obrasemelhante foi iniciadana Cidade Jardim com Faria Lima.
Quem passa pelo local pensa que se trata de uma obra de Maluf, que sempre gostou de iniciativas do gênero; por isso, foiacusado peloPT deserum prefeitoque executaobras faraônicas, com intuito de levar vantagem no superfaturamento de preços. Será que o ex-prefeito vai devolver a mesma acusação a Marta?
A obra é da Marta do PT. E, a bem da verdade, é uma obra necessária para melhorar o fluxo de veículos. A prefeita não vai parar nessa obra: já adianta que vai dar continuidade ao alargamentoda NovaFariaLima,levando otrechoconstruído porMaluf atéa LuízCarlos Berrini,no Brooklin.É provável que aprefeita, que é candidata àreeleição se beneficie desse tipo de obra, como seu adversário. Além dareeleição, MartaSuplicy estáde olhona candidaturaao governoestadual,em2006, rompendooacordo que acúpulapetistafirmoucom Genoíno:que seriaele, mais uma vez, o candidato do partido a tentar o Palácio dos Bandeirantes. Assim que trocou as pequenas obras sociais, que oPTsempre defendeu, por obrasfaraônicas, Marta passou a ser chamada de "o Maluf de saia".o
FUNDAMENTAL
Lulaaproveitou oscumprimentos de fim de ano pararelembrarà cúpulado partido que a reeleição da prefeita éessencialparaa campanha de 2006. O presidentetambém sópensanaquilo:nareeleição. Marta Suplicy foi incentivada por Lula aconstruirobrasque dão voto.Afinal, oPTestá com achavedocofrena mão e com a caneta de cheia de tinta.
DESAFIO-1
Nãoé apenasoPTque pensa na eleiçãodo prefeito emoutubro: tambémAlckmin estádiante deum tabu, queé ode umgovernador eleger o prefeito da capital. Nenhum governador, até hoje, nem Jânio, nem Adhemar, conseguiufazer oprefeito de São Paulo.
DESAFIO-2
As pesquisas que o governador recebe semanalmente continuamindicando que ostucanos sótêm chancede chegar ao 2º turno se tiver como candidato a prefeito, JoséSerra ouFernando Henrique.Docontrário, as pesquisas revelam que o partido não paga nem placê.
QUADRO ATUAL
Nesta6ª feira,2, começao ano eleitoralparaospartidos. A rigor, só Marta, Maluf e Erundina, tricotam eleição. Alckmin quer postergar o início da campanhapara junhopara evitaresvaziamento do seu governo. O PFL, por sua vez, está de bem com o PSDB, sobretudocom Alckmin.Os pefelistas estão com 2 pré-candidatos, Romeu Tuma e Aristodemo Pinotti. Esperam pelo futuro.
2004 E 2006
O PFL não está de olho em 2004. Esperapor2006.O partido tem gente boa de voto, quepode disputar o governo estadual, a presidência da República e a vaga que seabriráno Senado com o fim do mandato de Eduardo Suplicy.Exemplo:Afif Domingos, umdos4 candidatos a deputado federal por São Paulo que se elegeram com mais de500 mil votos. Outrobomde votonopartido, em São Paulo, é o deputado Gilberto Kassab. Para concorrer àsucessão deLula, o PFLtem, por exemplo, Jorge Bourhounsen.
INCÓGNITA
Quem sefechou emcopas e nãoabre a bocapara falar de sua campanha é Maluf. O
Apenas um terço do eleitorado do País sabe em quem votar para prefeito, mas expectativa é de renovação
homem está com medo até da sombra. Desconfia de tudoe detodos.Maluf não perde o promotor Sílvio Marques de vista, que continua investigando se o exprefeito tem contas bancáriasno exterior. Se encontrar provas, Marques vai tentar detonar a candidatura de Maluf.
MOSCA AZUL
Quem já está pavimentando acandidatura àreeleição àpresidênciada Câmaraé João Paulo Cunha. O petista já conseguiu atrair o apoio dochamado baixo clerodo Congresso, aquelegrupo de parlamentares que serve para fins estatísticos e que raramente tem oportunidade de aparecer. São muitos e costumam decidir eleições na Casa. Sarneyvainamesma toada no Senado.
AUTONOMIA
Lula faz questãode esquecer, pelo menos por enquanto,a promessaquefezna campanha de dar autonomiaaoBanco Central. É mais um assuntoexplosivo que acaba num trololó danado.
NEGÓCIO DA CHINA
O melhornegócio emSão Paulo, nosúltimos 10anos, foi feito pela empresa americana AES,quecomproua Eletropaulo a preço módico, com dinheiro emprestado doBNDES eque acabade ganhar 11anos paraefetuar opagamento.A energética foi vendida por Mário Covas a conselhodo secretário de Energia, DavidZylbersztajn, ex-genro de Fernando Henrique. Quem chega a essa conclusão é o PP que, ironicamente, fala que a Eletropaulo foi estatizadae não privatizada.
ESTRADA VELHA
Aplauso para quem teve a idéia de levar turistas e estudantes interessadosem percorrer a estrada velha do mar, que liga a capital a Santos. Osguias vãoexplicaro significado dasobras culturais queencontram nocaminho. São castelos que serviam de paradas para os tropeirose atéparaD.Pedro, que costumava se abrigar ali com sua amante, a marquesa de Santos.
INFRA-ESTRUTURA O governo estadual está preocupado com a possibilidade de ser obrigado a racionar aágua emalgum ponto do litoral paulista. Ou, de estabelecer o rodízio.
As eleições municipais de 2004serão umadas mais disputadasdos últimos tempos, e as forças que se originarem desse pleito deverãoestruturaro caminhodas próximaseleições presidenciais.Nesse contexto, as forças políticasmovimentam-se no quadro das composições que estarão em disputa em 2004. Umdos locaismais concorridos será a cidade de São Paulo. O PT joga todas as fichas paragarantir areeleiçãoda prefeita Marta Suplicy (PT) e a oposição– capitaneada pelo PSDB, quetem noEstado um dos maiorescabos eleitoraisdo partido,o governadorGeraldo Alckmin(PSDB)– aposta nas alianças com o objetivo de tentar garantira vitóriano maior colégio eleitoral do País. Segundo aanalista depesquisas eleitorais esociólogaFátima Pacheco Jordão, apesar da importância desse pleito, só um terço do eleitorado brasileiro sabe, neste momento, em quem deverá votar para prefeito. Fátima afirma que "o quadro estátotalmente indefinido etudo podeacontecer". Deacordo com ela, uma das novidades com relação àsexpectativas doeleitorado nessas eleiçõesé que, ao lado da honestidade e da probidade administrativa doscan didatos, a renovaçãoé considerada essencial. "O novo terá muitas chances e não assusta mais", aposta.
Qual o peso do desempenho do governo federal no pleito municipal do ano que vem?
Vai ser menor do que se pensa. Menor do que o PSDB tem esperança que seja, em ternos demau desempenho.Mesmo que vá muito bem, como deseja o PT, não será tão decisivo. O que vai decidir, de fato, é a performance dos atuais prefeitos e amaneira comoirão proporo futuro da cidade. Os problemas locais são os problemas reais. Os eleitores querem soluções bastanteconcretas para a cidade onde residem.
Com base nessa análise, como a sra. classifica a proposta do presidente nacional do PSDB, José Serra, de federalizar o debate das eleições municipais?
Eu acho que não vai funcionar, é uma estratégia equivocada. A intenção de federalização não funciona numpleito municipal, pois os debates e os anseios doseleitoressão muito localizados.O quese podefazeré umbackgroundfederalizado. Ou seja, utilizar o federal apenas como referência, com o objetivo dediscutir osproblemas locais.
Qual a importância de São Paulo nessas eleições?
Acidade émuitoestratégica porque asforças que seoriginarem desse pleito deverão servir de pavimentação para o caminho das eleições presidenciais de 2006. Caso o PT consigamanter a performance das eleições municipais passadas ( 20 00 ) ou atémelhorar ode-
Pessoa/AE
Epitácio
"O quadro está totalmente indefinido e tudo pode acontecer", diz a analista Fátima Jordão
sempenho, crescem as condições de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quais as condições de o PT repetir, em 2004, a boa performance das eleições municipais de 2000?
O PT entra com as melhores condições possíveis. Não tenha dúvida disso. Caberá entãoàoposição encontrar,de um lado, as alianças necessárias aesse embate e,de outro, buscar candidatos que tenham condições de construir alternativas locais. Acredito que a estratégiaque oPT pretende adotar nesse pleito – de manter
tanto, ela é uma candidata muitíssimo forte.
O fato de o PSDB ainda não ter um candidato em São Paulo pode prejudicar a performance do partido nesse pleito?
Se esse candidatofor escolhido como no passado, às vésperas daseleições,issoserá uma tragédia.Pode influirnegativamente.
A figura do governador Geraldo Alckmin poderá ter alguma influência? Pode terum pesoimportante, sobretudo porqueessego-
"O eleitor aposta na renovação. O novo terá mais chances e não assusta mais"
as atuais prefeituras que administra e conquistar outras cidades consideradas estratégicas –está absolutamente correta. Foiessabase queajudouadar mais estabilidade à candidatura de Lula à Presidência.
Apesar de as eleições municipais terem um mote local, qual a importância da figura do presidente Lula nesse pleito?
A personalidade dele é muito fortee o Lula está muito bemavaliado pessoalmente nas pesquisas, mais bem avaliado do que sua própria administração, com índicede aprovação em torno dos 70%. Com todo esse carisma, a lógicaé quefaça um tourpelo País, em apoio a seus candidatos. Apesar de os assuntos serem locais, se o presidente manteros mesmosíndicesde aprovação, certamente, vai favorecer seu partido.
Uma das grandes apostas do PT é a reeleição da prefeita Marta Suplicy. Qual A sua análise do desempenho da prefeita?
entre12e17. Ojogonão está ganho como o PT pensa.
Qual análise que a sra. faz do PMDB, que passará a integrar o ministério do governo Lula, e do PFL, que passou a fazer um discurso de oposição, no contexto eleitoral de 2004? OPMDBopera sempre no espaçogovernamental, com a intenção de fazer suas políticas locais. É um partido que tem know-how. Mesmo sendo um partido pulverizado, tembom espaçona televisão edeverá apostar nascandidaturaspróprias. O PFL também é um partido fragmentado.Devemos lembrar que o PT venceu na Bahia sob o comando dos pefelistas. Acredito que esse partido não deverá,no pleitodo ano que vem,desprezar as alianças que já fez, inclusive com o PT.
O que o eleitor espera de um candidato nas eleições de 2004?
A éticae aprobidade administrativa aindasão imbatíveis. São qualidades que nunca saem de pauta.O quepoderá ocorrer é o foco na questão da segurança pública (mesmo as políticas do setor sendo de responsabilidade dos governoestadual efederal). Otemavoltou àtonadepoisdo assassinatodocasal de adolescentes Felipe Caffé e Liana Friedenbach.
Além dessas qualidades, o que mais o eleitor espera nessas eleições?
O eleitorado aposta na renovação. Apopulação aprendeu muitonesseprocessoe está buscando coisas novas. O novo tem chances nessas eleições e não assusta mais.
Com base nessa análise, pode-se dizer que o pleito municipal de 2004 está totalmente indefinido?
Semdúvida. Pesquisas recentes indicam que apenas 1/3 dos eleitores brasileiros escolhem espontaneamentealgum candidato. Em resumo, o quadro está totalmente indefinido paraqualquercandidato. Há tendências, é claro, mas muita coisa pode acontecer até outubro do ano que vem. (AE)
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AMarta emSão Paulonão está bem avaliada. Apesar disso, elatem umestoque devotosde20a 25%,oquelhedá boas chancesde estar nosegundoturno dadisputa.Porvernotem,na cidade,oque mostrar. O PSDB não está tão desvalido. Masprecisa tercautela comasindefinições ebrigas internas. Outroscandidatos da oposição tambémpodem aparecer.Pinotti (J os é Aristodemo, do PFL) é um deles. Ele aparece com 5 a 6 pontos de intenção de votos nas pesquisas mais recentes.Tuma (senador Romeu Tuma, também do PFL) tem cerca de 10. Erundina (Luiza Erundina, deputada do PSB ) ,nome alternativo, tem
Até o fim do ano, são esperados 10 milhões de fiéis percorrendo o Caminho de Santiago – mais que o triplo de peregrinos que por lá passam anualmente. Tudo por conta do Ano Santo, que promete grandes celebrações
Por Tiago Décimo
Você, provavelmente, nem imaginaque acabade entrarem umano santo.Com direito ahomologação doVaticano e tudo que uma data como essa tem direito.A importância doeventoé aindaampliadapor ser este o primeiro ano santo do terceiro milênio. Pense bem: quantas pessoasna históriatêm o privilégio de viver em um ano comoesse? Considere-se,portanto, um afortunado. Melhor do que isso, só se você entender por que, afinal, estamos num ano santo. Em 2004,celebra-seoAno Jacobeu, ouseja, aqueleem queo supostodiadomartírio do apóstolo Tiago, 25 de julho, cai em um domingo. Apesar de não parecer, o próprio nome já dá uma dica. Jacob, em hebraico, é Tiago – assim como Jacques, em francês,e James, em inglês. Para evitar esse tipo de confusão, adotou-se, também, o nome Ano Santo Compostelano, referênciaa Santiagode Compostela, na Espanha. A cidade surgiu ao redor do suposto túmulo do santo, que teria sido encontrado no século 9.
A instituiçãodoAno Santo ocorreuna Europa medieval, ondea Igrejatinhao papelde Estado eimpregnava nas pessoas pesadossentimentos de culpa por meio dos pecados. Cientedeseu papelsocial, porém, a própria Igreja decidiu que haveria momentos em queospecadores poderiam atingir a indulgência divina. Para isso, precisariam cumprir algum tipo detarefa que demonstrasse overdadeiro interesse delas em ser perdoadas.
Ostrabalhos queficaram mais conhecidos na história?
Participar das Cruzadase ajudar aconstruir, pelo menos, umtemplo.Mas tambémcomeçaram a serperdoadas pessoas que peregrinavam, a pé ou a cavalo, até um santuário. É aí que começaa históriadoCaminho de Santiago.
Poderes seculares No início do século 12, o papaCalixto IIelevouCompostela à condição de arcebispado e,pouco depois,deua suaCatedral o poder de sede de Jubileu Pleníssimo, ou Ano Jubilar, também conhecido como Ano Santo. Emoutras palavras: a partir daquele momento, quem peregrinasse aSantiago em um Ano Santo teria todos os seuspecados perdoados.O primeiroAno Jacobeufoicomemorado em1126.Opapa foialém eelevou aperegrinação a Compostela aomesmo patamar daquelas de Roma e Jerusalém.
Não contente, o papa Alexandre III, no fim do século 12, declarou perpétuo o Jubileu de Santiago de Compostela. Já no século 14, opapa JoãoXXII, embusca demaispopularidade para a Igreja, decidiu estender aindulgênciaàs pessoas que ajudassemos peregrinos compostelanos comhospedagens ou esmolas.
Toda essa história serve para dizer que se você estava em dúvida sobre quando percorrer o caminho,é bom considerar 2004 comoboa alternativa. Afinal, mesmo que não acrediteno perdãodos pecados,não faz mal percorrero trajeto que leva aSantiago. E opróximo Ano Santo será só em 2010.
Fervor católico Este ano, além de todo misticismo que cerca o caminho –todo mundo volta da viagem com histórias de cair o queixo –e dasconstruçõesseculares compostelanas,você pode apreciar as festas especiais do AnoSanto e o fervor católico que move milharesde pessoas à região. Até o fim do ano, 10 milhões de fiéis devem percorrer o caminho – normalmente, são 3 milhões por ano. Se emsua agendacabem sugestões, anote: o fim de julho é asemanapara estarnacidade. Distante osuficiente paraque
Fotos: Divulgação
Santiago de Compostela: o alvo de andarilhos. Imponente entre o emaranhado de ruelas, a catedral guarda preciosidades. Do lado de fora, atenção ao Pórtico da Glória, primeira representação em pedra de personagens bíblicos do mundo, onde peregrinos se apóiam após a jornada. Lá dentro, o bota-fumeiro 'abençoa' a missa de domingo
você possa planejarbem a viagem e não tão longe que lhe faça esqueçer do compromisso. Os festejos pelo dia deSantiago duram 15dias, mas o ponto altoda festa é entre os dias 24 e 25, os chamados "dias grandes". Na noite de 24, ocorre aqueima da fachadada Catedral, tradição secular que celebra aida do apóstoloao céu. Nodiaseguinte, éfeita a oferenda a Santiago, com celebrações e refeições especiais.
Mesmo quevocê nãoseja dadoaexperiências místicas ou religiosas, valea pena colocar Santiago de Compostela no menude viagens.Éverdade que ao abrir mão de fazer o caminho, você tenha dificuldade para entender sinalizações específicas para peregrinos espalhadas pela cidade, no noroeste da Espanha. Nada, porém, que prejudique o passeio. Jánachegada aocentrohistórico, tem-se aimpressãode tomar uma estradano tempo. As fachadasvariam deacordo como períododeconstrução, passandopor exemplaresromânicos, góticos, barrocos... Em comum, o granito típico da região usado em todas elas. Seja qual for o roteiro, privilegieacatedral. Comececom uma boa olhada nas fachadas da construção, de preferência a partir da Carvalheirade Santa Suzana, parque próximodo centrohistórico deondeconsegue-seuma boavisãoda grandiosa edificação. Chegandomais perto,com
algum conhecimento, você saberá que trata-se de uma obra barroca, típica doséculo 18. Provas são as centenas de reentrâncias eesculturas em suas paredes. Essa é, porém, apenas parte da verdade.
Catedral de histórias
A história da catedral remontaao século9,logo apósa descoberta dosrestos mortais do apóstolo Tiago. Uma capela foierguidano localondehoje ficaoaltar-mor,mas foidestruída numa invasão moura. A catedral começou a ser construída no século 11, época em que reinavaa arquitetura românica na Europa, e a fachadaoriginaldemorou maisde 100 anos para ficar pronta, mas foi modificada no século 18 por um exemplar barroco. Aos fãs da arquitetura românicasobroupouco aadmirar. O ponto mais conhecido é o Pórtico da Glória, conjunto de esculturas que conta trechos daBíblia– aprimeirarepresentação em pedra de persona-
gens bíblicos no mundo. Outra curiosidadedopórtico ésua coluna central. Contaa lenda que, desde sempre, ali se apóiam os peregrinos que conseguem chegar àcatedral. A marcadecinco dedos, pelo menos, está ali, supostamente causada peloatrito demilhões de mãos que lá repousaram. Logo atrás, há uma pequena estátua,a dosSantos dosCroques, na qualdeve-se encostar a testa. Quem o faz, dizem, ganha capacidade de raciocínio. Pela porta sagrada Aproveite oAno Santopara entrar na catedral pela Porta Santa,com acesso a partir da Praça da Quintana. Explica-se: ela é abertasomente em anos santos.Do ladode dentro, a primeira peça a chamar a atenção é o enorme incensório ou bota-fumeiro,preso nacúpula.Com maisde50quilos, éo maior domundo enão estáali sóparadecorar. NaIdadeMédia, peregrinos faziam da Catedral seu repouso ao chegar à ci-
Lembre-se, porém, de que se a idéia é chegar à cidade no fim de julho,você deveestarpreparado paraembarcar doBrasil em meados dejunho. O caminho mais tradicional a Compostela, o que sai de Saint Jean-Pied-de-Port, navizinha França,demora emmédiaum mês para ser percorrido. A não ser que você dispense o perdão divino e queirasomente aproveitar as divinas comemorações, claro.
dade.O ar,comoerade seesperar, ficaria irrespirável não fosse o ornamento. Todo domingo,na missado meio-dia (a missa do peregrino)o incensório é acionado. Seis homens fazem com que o objeto atravesse a Catedral soltandofumaça edeixandoumclima de "efeito especial".
O melhor pontopara se observar o interior da belacatedral é onde está colocada a imagem deSantiago, juntodo altar-mor.
Noite feliz Com imaginação,pode-se dizerque a vidanoturna faz
parte de Compostela desde sua formação.Seu próprionome derivade "campusstellae",ou campo de estrelas. Teria sido numa noitedoano813 queo ermitão Pelayo,guiadopor uma chuva de estrelas, achou o túmulo de Santiago. A tradição notívagacontinua. Como um terço da população, de pouco menos de 100 mil habitantes, é formada por estudantes universitários, há uma incrívelconcentraçãode bares, restaurantes edanceterias, sobretudo nocentrohistórico. Bastam alguns passos na rua,por voltada meia-noite, para notar a intensa mistura
deritmos que acompanha Santiago até o amanhecer. A mesmadiversidadeaplica-seàscompras. Há,claro, uma infinidade delojinhas de souvenir para os andarilhos nuncamais se esqueceremda aventura. Além delas, uma filial do famoso El Corte Inglés, a maior emais tradicional casa de departamentos espanhola, e um tentador shopping center, na Praça Europa. Asprincipaislojas de grife concentram-se napartenova da Compostela, entre as ruas República de El Salvador, General Pardinas, Montero Ríos e Alfredo Brañas.
Várias são as músicas que homenageiam a cidade, de Caetano Veloso a Adoniran Barbosa, o que mais cantou os bairros da capital paulista
Por Alarico Rezende
Naintroduçãode A Capital da Solidão lançado recentemente pelaeditora Objetiva, oautor dolivro, jornalista RobertoPompeu de Toledo, coteja duas músicas que falam(ou parecemfalar?) de São Paulo: Sampa (de CaetanoVeloso)e Trem das Onze (deAdoniran Barbosa).Por tradição, são consideradas emblemáticas - citações obrigatórias -, quando alguém se refere à maior cidade brasileira.
Se Caetano Veloso vê São Paulosegundo a esquinada Ipiranga com a São João (em Sa mpa ), Adoniran Barbosa dramatiza o conflito de um homem do Jaçanã que não sabe se atende à mãe ou à namorada, e sofrecommedode perdera hora (no Trem das Onze). Tanto em Sampa quantoem Trem das Onze, conclui Pompeu de Toledo, a metrópole está longe de serexaltada pelasua grandiosidade,e- porquenãodizer? - pela sua beleza.
Além de Sampa e Trem das Onze
MasaSão Paulodeoutras feições e recortes, e certamente deencantosautênticos, está em pelomenosdois CDS recém-lançados pela Unimar Music. Sim SãoPaulo e São Paulo 450Anos, dosanfoneiro Mario Zan,em versãocantada e instrumental. Ele incluiu no disco o sucesso Quarto Centenário, que gravou na década de 50. Em Sim SãoPaulo , quase todosostítulos levamonome da cidade.
Um hino, a fonte
O Hino dosBandeirantes , poemadeGuilherme deAlmeida, éconsideradouma fonte importante para letristas e músicos que homenageiam São Paulo. Referência a ele fazemartistas davelha guarda, como Mário Zan,e agitadores culturais, como Tom Zé, Jorge Mautner e o próprio Caetano Veloso.Entre composições antológicas, dedicadas a São Paulo, são constantemente lembradosregistros como São Paulo, São Paulo, de Tom Zé. Itamar Assumpção ganha, no mínimo,pelaquantidade: 11músicas. ElzoAugusto compôs São Paulo,Mãe-Madrinha, que Germano Mathias interpreta comtodo carisma de sambista. Do poeta caipira João Pacífico, autor de Cabocla Tereza, Nelson Gonçalvez gravou, em 1954,a composição Treze Listras (parceria Pacífi-
Bar Brahma
co/Raul Torres).E MarioZan assina com J. M. Alves ohit Quarto Centenário,que mereceu uma versão "à moda lírica" de Carlos Galhardo.
Adoniran da garoa
Ao longo desua vida artística,o poetaAdoniran Barbosa dedicou bons sambas falando de regiões da capital - quase todas sucessos, na voz do conjunto Demôniosda Garoa.Na lista, Iracema, Trem das Onze, Vila Esperança, Morro da Casa Ve rde , UmSamba noBixiga , Samba do Arnesto Abrigo de Vagabundos Saudosa Maloca e Viaduto Santa Ifigênia. Para os Demônios da Garoa, que completam 61 anos de carreira em fevereiro, Adoniran Barbosa não fazfaltasópara eles mas à música popular brasileira. "Já imaginou quantas composições ele ainda teria feito se estivesse por aqui?", indaga Toninho,omaisantigo do grupo. Toninhoé o fundadordo conjunto,juntamente Arnaldo Rosa, já falecido. Rindo, Toninho lembra que o grupo, originalmente, chamou-se Endiabrados doLuar. "Nomeinventado pelo radialista Vicente Leporace, aquele que todos os dias demanhã disparavatorpedos no programa O Trabuco, da Rádio Bandeirantes AM de São Paulo", relembra. Antonio Gomes Neto, o Toninho, hoje com 74 anos, considera Adoniran Barbosa poeta de muitasensibilidade, que
● 2 de janeiro de 2004 (sexta-feira) – 22 horas: Brazilian Standards, instrumental: bossa nova, jazz e blues. Couvert: R$ 10.
● 3 de janeiro de 2004 (sábado) – 14 horas: Feijoada com Klebão e Naninha, samba.
● 3 de janeiro de 2004 (sábado) – 22h30: Roberto Luna Jr., bossa nova e MPB. Couvert: R$10.
● 4 de janeiro de 2004 (domingo). Aberto, mas sem programação de show.
● 5 de janeiro de 2004 (segunda). Fechado.
● 6 de janeiro de 2004 (terça-feira) – 22h30: Ângela Maria. Couvert: R$ 20.
● 7 de janeiro de 2004 (quarta-feira) – Jarbas Barbosa e Pete Wooley, jazz.
Couvert: R$ 15.
● 8 de janeiro de 2004 (quinta-feira) – 22h30: Demônios da Garoa.
Couvert: R$ 20. Bar Brahma – Abre às 11h30 – Estacionamento com Manobrista. Serviço à la carte – Avenida São João, 667 – Centro (Av. Ipiranga com São João) –fone 3333-0855 – e-mail: barbrahma@barbhamasp.com
muitas vezes falava de uma regiãodeSão Paulomesmosem conhecê-la afundo. "Por exemplo, Morro da Casa Verde e Trem dasOnze. O Adoniran morava em Campo Belo.Aíé que está o grande valor do poeta. Ele cria e o povo gosta." O grupo conheceu Adoniran na década de 50 nos corredores da Rádio Record. "Quando a Bandeirantes foi vendida, nós voltamos para a Record. Na época,Adoniran erahumorista,fazia opersonagemCharutinho, da História das Malocas, programa de rádio feitopelo delegado Leitede Barros. O programa contava com a participaçãode JoséRubens,Maria Amélia e Chico Paca", destacam os integrantes. Em 1951, eles gravaram Malvina, de Adoniran, de imediatocampeã doCarnavalem SãoPaulo.No anoseguinte, aconteceu o mesmo fenômeno, com Joga aChave.E Trem das Onze, além de ser o maior sucesso do grupo, em1965, venceuo CarnavaldoQuarto Centenário do Rio de Janeiro. Em 1954, Os Demônios da Garoa aindabrilharamcoma popularidade de Saudosa Maloca. Depois, foi avez do Samba do Arnesto, Enfim, na trajetória dogrupo hámuita história para contar, além da lembrançados discos quegravou com cançõesdeAdoniran. O grupoviajou bastante.Foram turnês divertidas e encontros com gentefamosa, comolembra Toninho. "Nós acompanhamos a ex-miss Brasil Marta
Rocha (ela ensaiou uma carreirade cantora).Amulherera maravilhosa,rapaz. Fizemos, também, um show na Argentinacomo cantor,dançarino e instrumentista SammyDavis Jr. No Uruguai, cantamos juntocomaatriz alemãMarlene Dietrich e participamosde show com os trio Los Panchos, muito popular nos anos 50 e 60 em toda a América Latina".
De elevador, não
"O Adoniran tinha umas fobias. Umadelas era medo de elevador", conta Toninho. "Eu morava na Praça Júlio de Mesquita, 23º andar". Quando Adoniran tinha umamúsica para o conjunto gravar, levavaa até à porta do prédio, pedia para chamá-lo, e dizia: "Tem maisum sambapara nós,para agradar eu e meu conjunto. Agoravocêsgravam, faz oarranjo". Eraassim emtodas em vezes que tinha música nova. Segundo Toninho, que gosta de imitar o jeito rouco com que Adoniran se expressava, o compositor nãoaceitava subir dejeito algum:"Jávou, jávou. De elevador, não subo".
Iracema, um caso verídico
A música I ra c em a , grande sucesso, de acordo com os Demônios da Garoa, inspira-se num casoverídico. ContaToninho."Na verdade, Iracema foiatropeladaporum bonde, na Rua da Consolação. Ela na-
morava um cidadão conhecido comoZédaIlha doSapo. Esse Zé ia lá no cruzamento da São João com a Ipiranga e ficava em frente o Bar do Jeca, com umpandeirocantandoe declamando de madrugada. Até que Adoniranresolveu fazera música: em vez de Consolação, ficou São João. E trocou o bonde porum carro.Virou esse grande sucesso."
Sim São Paulo
Para Luiz Calanca, dono da Baratos Afins – loja de vinil e CDS (comum seloartístico , inclusive)–a coletânea S im SãoPaulo começou por acaso. "A Rede Globo me pediu há cinco anos algumas músicas parailustraruma matériasobre o aniversário de São Paulo. Hoje já cataloguei cerca de 150 músicas que falam da cidade. Toda pesquisa foi desenvolvida aqui dentro da loja". Lamenta ainda não incluir São Paulo Braço de Aço, que extraiu de um compacto da Tapecar, cantada por um menino de 6 anos. "Mas no disco não há informação de data nem dos direitos autorais."
Calanca chegou a lançar um vinil de Tom Zé pelo selo Baratos Afins."Fizemos mil cópias.O disco nãoconseguiu agradar o público e uma loja do Rio o comprou", explica."Lá, foidescobertopor David Byrne,que meses depois orelançounosEstados Unidos.O discoquepopularizou Tom Zépara o mundo
foi Estudando o Samba . Hoje, fico contente em saber que Tom deu a volta por cima e lota teatros em shows que o público paga até caro para ver. Achomerecido. Anteseleaté tocava de graça em espaços da Prefeitura e no Sesc."
Mário Zan
MarioZan, natural deVeneza, na Itália, chegou ao Brasil com a família quando tinha apenas 4anos.Forammorar noInteriorpaulista, napequena Santa Adélia, região de Catanduva. "Ficava vendo os sanfoneiros tocar emcima de umamesanos bailes.Não tinha luz, era de lampião mesmo", recorda, hoje nos seus 83 anos. Veio para acapital com 12 anos. Estudou sanfona com Angelo Reali."Tinha depegar dois bondespara aprender a tocar o instrumento. Eu morava no Ipiranga. Ia até a Praça da Sée depoisatéa QuartaParada. Não era muito fácil fazer isso levando a sanfona", conta. O sanfoneiro,que chegoua serapelidadona infância de "MolequedaSanfona", pelo bom desempenho, lançou clássicos caipiras,entreeles, Chalana e Os Homens Não Devem Chorar. Gravou cerca de 300discosde 78rotações, aproximadamente 110 LPS e 50 CDS.OseuamorporSão Paulo resultou no Quarto Centenário, que fez em parceria com J. M. Alves. Aprimeira gravaçãofoi em 78 rotações: "O pessoal até falava que vendeu mais 78 rotações do que a quantidade de vitrolas existentesnaépoca. Comoeraaquele disco pesado, se caísse quebrava,o povocompravamais de um", orgulha-se. Agora, Mario Zan compôs e gravou São Paulo450 Anos que assina em parceria com André Dias eMeire Parce. "O pessoal da Globo me procurou e disse que eu deveria fazeruma músicaparaos 450 anos. Fiquei entusiasmado e escrevi a marcha dobrado. Espero que aspessoasgostem tanto quantogostaramde Quarto Centenário ." Zan & Demônios
Depois de conversar em casa, na avenida São João, Mario Zan visitou o Bar Brahma, encontrou osDemôniosda Garoa e deu uma canja, ao anunciar a sua música em homenagem a São Paulo. Aplausos. Foium encontrofeliz do samba com a música caipira.
"Precisamos dar ao trabalhador a condição de escolha de uma entidade sindical", diz Luiz Marinho, presidente da central
Umdospontos polêmicos da reforma sindical, que deve ser alvo de discussões ao longo de 2004,é ofimdoimposto obrigatório. A CUT (Central ÚnicadosTrabalhadores) ea ForçaSindical, organizações que representam 96%dos trabalhadores do País, são favoráveis à proposta. Já os empregadores se mostram reticentes em relação às mudanças.
OpresidentedaCUT, Luiz Marinho,faznesta entrevista uma avaliação das negociações sobre as reformassindical e trabalhista,aponta asdiferenças entre o governo passado e o atuale defendeaurgênciade medidas por parte do governo Lula paraamenizar asituação de desemprego e para diminuir a carga tributária no Brasil. "É preciso mudar a representação dos sindicatos".
Qual a grande mudança que o governo ainda precisa fazer em relação à reforma sindical?
É preciso mudar a representação dos sindicatos, que estão hoje bastante pulverizados. Precisamos mudar o modelo atualpara criar condiçãode fortalecimento dossindicatos a partir do local de trabalho. Os sindicatostêmqueser negociadores, mas é preciso mudar oconceito danegociaçãoporque hoje se faz acordo numa cláusula importante e ele pode
valernomáximopor dois anos. O acordo tem que ter validade até que uma outra negociação venha o substituir a atual para haverrespaldono contrato coletivo de trabalho e poder ir avançando.
O imposto sindical é uma das mudanças polêmicas na reforma?
Acho que o imposto sindical tem que acabar, precisamos de fato dar na mão do trabalhador acondiçãode escolhadesustentaçãode umaentidade.Os sindicatos devem ser sustentados especialmente pela mensalidade do cidadão que faz a opção deficarsóciode determinado sindicato eumaoutra verba que seria decidida em assembléia e não comoé hoje de forma obrigatória, com a condição de ele opinar no valor do descontoe apossibilidadedo desconto ou nãono momento das negociações salariais. Existe muita resistência na mudança da estruturasindical,não meramente doimposto. Estamosbuscando entendimento entre centrais sindicais e empresariado.Está aparecendo como possibilidade o reconhecimento das centrais sindicais brasileiras como instituições derepresentaçãono localde trabalho e o fortalecimento do papel da negociação com a mudança do papeldo Judiciário no poder normativo.
A redução da jornada de trabalho e a assinatura de carteiras de trabalho são bandeiras levantadas pela CUT. São pontos cruciais para a reforma trabalhista? Comcerteza. Oproblemaé que existemempresastotalmente informais, que não existem porquenão têmregistro, que sonegam impostos. O problema é a informalidade como um todo. A solução é a diminuiçãoda carga tributária,já que é ela que dificulta o processo, porque muitas vezes o cidadãonão consegue colocar a empresapara funcionarcom osimpostos quesãocobrados. É urgenteque sefaça umgráfico reduzindo a carga tributáriaparacriar condiçãoparao aumentoda formalidade e compensar aarrecadaçãoa partir da escala e não a partir da empresa e do trabalho individual. Há uma reclamação, particularmente do setor de serviços, dequeoCofins(Contribuição para o Financiamento da SeguridadeSocial)vai aumentarincidindo nacargatributária. Concretamente, o Cofins melhora asituaçãonos elos dacadeiaprodutivade produção,agora, era preciso garantir que o Cofins não aumentassenosetor de serviços porqueisso impede a geração de empregos eestimulaa informalidade.
A reforma sindical é mais importante que a trabalhista? Na sua avaliação ela será concluída em breve? Areforma sindicalpodeser concluída no mais tardarna primeira quinzena de fevereiro para ser disponibilizada para o Congresso Nacional. A reforma trabalhista, a nosso ver, não
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SABÓ
A Sabó anunciou a construção de nova fá brica, em Mogi-Mirim, SP. Aunidade produzirá retentores, juntas e mangueiras, tendo como foco prioritário as exportações, e vai gerar cerca de duzentos empregos. A inauguração está prevista para no máximo em dezoito meses.
ZF
A ZF do Brasil investirá no biênio 2003/2004 cerca de R$ 15 milhões na ampliação e modernização da linha de produção e na aquisição de equipamentos para o laboratório de qualidade da sua divisão de sistemas de eixos e transmissões fora-de-estrada.
ZF 2 A capacidade produtiva será ampliada em 60% e atingirá, a partir de abril, volume de 2,5 mil unidades por mês.
GERDAU Como parte do projeto para reforçar sua identidade com a indústria automotiva, a Gerdau investiu cerca de US$
Embora com taxas menores do que as registradas nos últimos três anos, o setor de máquinas agrícolas será o segmento da indústria de transformação que terá o melhor desempenho na economia do Rio Grande do Sul em 2004. É o que projeta a Fiergs, a Federação das Indústrias do Estado, em seu documento Balanço 2003 & Perspectivas 2004. Também há sinais positivos nas indústrias de borracha e material de transporte, favorecidas pela retomada da demanda interna.
Além de responder por mais de 50% da produção nacional de equipamentos e máquinas agrícolas, o Estado sedia expressivo número de fabricantes de autopeças para o setor. Mesmo sem a expectativa de 2004 repetir o efeito do câmbio, as exportações gaúchas devem crescer 7,8% sobre os números atuais, encerrando o ano com vendas de US$ 8,6 bilhões. Com base nessas projeções, o estudo indica a geração de até 65 mil empregos na economia gaúcha, resultante da recuperação econômica.
vel que pode colocar a empresa na frente da Ford Motor, como a segunda maior montadora do mundo.
AUDI AAudi espera fechar o balanço de 2003 com 62 mil veículos vendidos na China. O volume quase que dobrará frente às 36,5 mil unidades comercializadas em 2002.
NO SOCIAL
Em 2003 a Volkswagen investiu R$ 1,5 milhão no projeto Criação Teatral Volkswagen, com o objetivo de descobrir, aperfeiçoar e premiar talentos teatrais espalhados pelo País.
NO SOCIAL 2
Na opinião de Marinho, reforma sindical deveria ser feita antes da trabalhista para se avaliar a representatividade dos sindicatos
deve seranalisadapelo Congresso em 2004, acho que é importante fazer a reforma sindical antes, saber qual é o modelo sindical, qual o tamanho da representatividade os sindicatos e, só após isso, entrar no mérito da reformatrabalhista.Por exemplo, o empresariadodeseja incluirna reforma trabalhista a história de o negociado sobrepor àlei — issoé impensável no atual modelo sindical. A reforma trabalhista dever ser resultado de umprocessode negociação entre as partes.
A reforma trabalhista vai tirar direitos dos trabalhadores, como critica o presidente do PDT, Leonel Brizola?
Acho que não podemos fazer a reformatrabalhista pensando nessapossibilidade de flexibilizar direitos conforme é desejo de boa parte dos empregadores. A reforma trabalhista, quando for discutida, ela tem que ser olhada do ponto de vista de modernização da legislação e não sob a ótica de tirar direitos, acho que todos os direitos conquistados têmque ser preservados. Agora, até paracriar condiçãode umapreservação real dosdireitosno processo denegociação épreciso do fortalecimento do papel dos sindicatos. É poressa razão que não podemos de maneira alguma fazera reforma trabalhista nesse momento.
De acordo com o Dieese, os comerciários são a categoria com jornada de trabalho mais extensa do país. Essa é uma preocupação da CUT que também será levada para o debate sobre a reforma trabalhista?
Nósqueremos discutiraredução da jornada máximade trabalho no Brasil que hoje, legalmente, é de44 horas. Acho quea economia brasileira suportaria uma redução para 40 horas semanais contribuindo
150 mil no processo de certificação da norma ISO TS 16949, condição indispensável paracomeçar a discutir fornecimento com as montadoras.
TOYOTA AToyota projeta recorde de vendas em 2004. A montadora japonesa aposta em marca superior a 7 milhões de unid ades, ní-
Foram 503 inscritos. A primeira etapa selecionou 36, que participaram de oficinas e workshops. Afinal aconteceu em dezembro. Venceu o grupo Núcleo de Estudos de Teatro e Dança, de Porto Alegre, RS. O projeto terá segunda edição em 2004.
dessaforma paraa geraçãode emprego. O informal, por exemplo, nãotem umajornada máxima estabelecida.
Em que pontos o governo Lula evoluiu em relação ao governo passado?
O governo assumiu em janeiro uma situação com uma projeção deinflaçãode40%, risco-país, juros altos, endividamento extraordinário e falta de crédito internacional. O governo tinha que tomar medidasduras para controlara situação e issoele fez.Agora,já prevíamos que odesemprego poderiaaumentar em2003.O que se coloca, de acordo com análise deespecialistas,é que isso cria condição de melhora a partir de 2004. Mesmo assim, a CUT reivindica do governo melhorias emergenciais para amenizar a situação de grave desemprego particularmente nos grandes centros. Agora, em relação ao governo passado, o atual cria vários espaços de participação da sociedade civil organizada, coisa que não tinha lá atrás. O papeldo Ministério Público junto com a Polícia Federal eo Judiciário na apuração e no combate à corrupção são perceptíveise apostura de independência, deautonomia do Brasil no exterior, são ofensivasque criamcondições deo paísliderar oMercosule buscar parcerias em setores em que antes o Brasil estava ausente. São saldos positivos de 2003.
O fato de o presidente brasileiro ser um ex-líder sindical contribui para esses saldos positivos?
Certamente.Até pelaexperiência de negociação no aprendizadosindical,o presidente Lula tem conseguido travar asmais durasnegociações, a nível internacional e internamente,com ossegmentosempresarias, criando todas as condições demelhoria econômica
para a retomada de crescimento. O que eu teria de restrição seria em relação ao acordo com o FMI. Acho que o Brasil tinha cacife parafazer acordomuito melhor. Estabelecer um superávitde4,25% émuitosacrificante para a velocidade desta retomada do crescimento. O Estado ficará com pouca disponibilidade de investimento no social e em infra-estrutura retardando a retomada do crescimento ou fazendo-ade forma menos acelerada do que se houvesse recursos.
Qual seria o acordo ideal com o FMI?
O acordo ideal era o não pagamento da dívida. Acho que deveria ser buscado um espaço de renegociaçãodo pagamento da dívida estabelecendo outroperfil dosvencimentospara se criarcondições de investimentoparasustentar esse momentoda retomadado crescimento. Obter recursos para investir em infra-estrutura, estradas, especialmente gerando empregos.
A contratação emergencial é uma reivindicação da CUT. Qual a avaliação sobre as políticas de governo, inclusive o Programa Primeiro Emprego, voltadas para esse fim?
OPrimeiroEmprego sozinho é insuficiente,não resolve o problema do desemprego e de renda familiar.
A média de sindicalizados no país é de 17%, o que isso revela?
Semdúvidaé umataxabaixíssima. É em virtude da fragilidade dossindicatosquando falamos dareformasindical e por essa razão a necessidade da reforma e de se construir um fortalecimento das centrais e entidades a elas relacionadas para criar nesse processo fortalecer também a sindicalização. (Agência Brasil)
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Atividade no setor diminuiu 8,5% em relação ao ano anterior, com reflexo em especial no nível de emprego. Mas os números ruins não deixaram os empresários pessimistas. De acordo com o sindicato paulista, a construção deve crescer 4,5% em 2004.
Oesperado espetáculo do crescimento não apareceu no setor de construção civil brasileiro em 2003. De acordo com balançodivulgado peloSindicato daIndústria daConstrução Civil do Estado de São Paulo(Sinduscon-SP), osegmento fechou o ano com queda na atividade de 8,5% na comparação com 2002. Trata-se do pior desempenho registrado desde 1990, quando oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) alterou a metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Os números negativos de 2003, no entanto, não geraram pessimismoentre osempresários de obras. Para 2004, o Sinduscon-SP prevê um crescimentode4,5%dosetor de construção civil,frutoprincipalmente daesperada recuperação da atividade econômica. "O crescimento que estamos esperando para a construção deve sermais vigoroso nosegundo semestredo ano",afirmao vice-presidentede economia dosindicato paulista, Eduardo Zaidan. "Existe, porém, uma dúvida. Os empresáriosdosetor se perguntamse esse crescimento será consistente esustentável aolongo de 2004", afirma Zaidan.
Segundo ele, se a economia brasileiranãopassar pordificuldades provocadas pelocenário externo, a construção civil poderá manter um bom ritmo de crescimento pelo menos até o ano de 2005.
Juros altos – Embora 2003 tenha sido um ano de constante queda nosjuros básicos da economia, oainda alto patamar da taxa foi um dos fatores responsáveis pelo mau desempenho do setor de construção,
O mercado imobiliário colecionounúmeros negativosno ano que passou. Os últimos 12 meses foram ruins para a construção civil epara a comercializaçãode imóveis(novos e usados). Não foi diferente no mercado de locação, tanto residencial quanto comercial. De acordo com pesquisa feitacom153 imobiliáriasnacapital paulista peloSecovi-SP (sindicatoquerepresenta as empresas de compra, venda e administração de imóveis), houve aumentonaprocura por unidades para locação, mas o crescimento não significou mais contratos assinados. Nosegmento decasas,38% das empresas afirmaram ter registrado queda no número de locações.A situação foi ainda pior no caso dos apartamentos:50% dasimobiliáriasque trabalhamcom essetipo de imóveldisseramter alugado
menosunidades em2003. "O mercado delocaçãotevedesempenho inferior ao registradoem 2002, principalmente por causa do desaquecimento daeconomia no primeirosemestree tímidarecuperação nos últimos seis meses", afirma o vice-presidentede Locação do Secovi-SP, Sérgio Luiz Abrante Lembi. Segundo ele, as expectativas do setor foram frustradas, pois as empresas começaram o ano esperando melhora com a mudança de governo. Calote estável – Mas nem tudofoiruim em2003parao mercado de locação na cidade de São Paulo. A melhora do diálogo entreproprietários e inquilinos, quegarantiureajustes compatíveis com o nível de renda dos locatários, garantiu a estabilidade dos níveis de inadimplência e calote nos aluguéis em 2003.
Segundo olevantamento do Secovi-SP,nosúltimos meses houve maior procura por imóveis médios (de até dois dormitórios,comvalor máximode locaçãode R$450). Asunidades maiscaras(commaisde três dormitórios) foram as menos procuradas. A proporção deimóveis vagosem2003foi maiornos apartamentosdoquenas casas. Do total de apartamentos de dois dormitóriosdisponíveis para locação nas imobiliáriaspaulistanas, 21%estavam vagosno anopassado. Nascasas,avacância émaiorparaas unidades de um dormitório (22% das disponíveis).
A pesquisa mostrou ainda queem 2003as casaslevaram, em média, 43dias para serem alugadas, contra 33 diasem 2002. A média para os apartamentos foi de 55 dias (eram 46 dias em 2002). (RA)
que depende muito de financiamento. "O segmento foi um dos mais punidos pelos juros altosem2003. Alémdessefator, crédito escasso, renda em baixa e reavaliação de investimentos públicos determina-
rama reduçãonaatividade", avalia a economia da GV Consult Ana Maria Castelo. Queda noemprego– Em comparaçãocomo resultado de1998,aindústriada construção civil perdeu 15% de sua
atividade, segundoo Sinduscon-SP. Essaforte quedaaparece noprincipal indicadorde desempenho do setorno Brasil: o nível de emprego. No período de outubro de 2002aoutubro de2003,a construção civilfechoucerca de43,5mil postosdetrabalho noBrasil, oquerepresenta uma reduçãode 3,49%.Desse total, 9 mil demissões foram registradas apenas no estado de SãoPaulo (queda de 2,47%).A construçãocivil brasileira empregava, no fim do último mês de outubro, 1,2 milhãode trabalhadores,sendo 351 mil em São Paulo. Indicadores– Afim deajudaro planejamento de negócios dasempresas do setor e também o desenvolvimento de políticas públicas, oSinduscon-SP lançou em dezembro, em parceria coma Fundação GetúlioVargas (FGV), um CD-Romcom os Indicadores Municipaisdo Estadode São Paulo. São númerosdetalhadosdecada municípiodoEstado, que permitema identificação das vantagens e deficiências das localidades. No trabalho, há dados sobre população, consumo, renda e emprego, entre outros.
Rejane Aguiar
■ Documentação Imobiliária: Cartórios de protestos, Distribuidores cíveis e criminais, Justiça Federal e trabalhista, Certidões de esclarecimentos de ações (Objeto e Pe) (Pessoa Física e Jurídica);
■ Registro de Imóveis;
■ Imposto de Renda;
■ INSS - Jurídica/Obras;
■ ICM’s (Estado);
■ ISS-CCM (Município);
■ São Paulo (Capital/Interior) e Grande São Paulo
■ Aposentadorias/Pensões/Revisão
■ Concorrências públicas;
■ (Prefeitura Municipal), Regularização de áreas construídas (Alvarás/Habite-se) Transferência de nomes no IPTU.
O valor dos aluguéis de imóveisresidenciaisna cidadede São Paulo teve alta de 0,66% emnovembro, deacordocom pesquisa feita pelaHubert Assessoria Imobiliária.Foi aprimeiraelevaçãoregistrada depois de oito quedas consecutivas em 2003. Ou seja, a pequena altafoiinsuficientepara compensar as perdas. Segundo olevantamento da Hubert, houve alta nos valores de locação de todos os tipos de imóveis residenciais. O melhor desempenho foi dos apartamentos de dois dormitórios, com reajuste médio de 0,95%.
Nos 12meses anterioresao último mês de outubro, os aluguéis acumularam queda de 4,42%. Perderamde longeparaainflação quefoiregistrada pelo IGP-M noperíodo,de 12,08%.Esse éoíndice mais utilizadoemSão Pauloparaa correção de valores de locação de imóveis residenciais.
Na avaliação do diretor da empresa, Hubert Gebara, a constantequeda dosaluguéis aolongode2003 criaboas oportunidadespara quemdeseja alugar uma unidade residencialna cidade. "Ospreços estão baixos", diz. (RA)
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CréditoParcelas 90.000,00767,11
Representante de Vendas: Representante de Vendas:
Da francesa Saint Jean-Pied-de-Port são 700 km de mágicas experiências até Santiago. Com cajado e vieira em mãos, basta seguir as setas e o instinto
Há vários caminhos de peregrinação a Santiago de Compostela. Ou seja, em anos"normais",por assim dizer, pode-se escolher chegar à cidade pelaspraias donorte da Espanha (Caminho do Norte), pelos belosvalesde Portugal (Caminho Português), pelos prados da Península Ibérica, a partir de Sevilha (RotadaPrata)... Em Ano Santo, porém, é de bom tom seguir a tradição. Peregrino queé peregrino temdepercorrer os mais de 700 quilômetros entre a cidade de Saint Jean-Pied-de-Port, no sul daFrança, eSantiagode Compostela, atravessandoos Pirineus e cortando todo o nortedo país. Etudo apé, tal qual o apóstolo Tiago teria feito, após a crucificação de Cristo, há quase 2 mil anos – apesar dea bicicleta eo cavalo também serem meios oficiais.
Acredite: é muito mais exaustivona descriçãodoque
na caminhada. Apesar de exigir preparo físico dosandarilhos, que devem ser capazes de andar entre 20 e 30 km por dia, opercursocostuma encantar mais do que cansar. Para quem parte do Brasil, esse caminho éaindamaior. Começa como vôoa Madri. De lá, conexão a Pamplona, perto da fronteira com a França.Eentãopega-seumtáxi a SaintJean(por cercade80euros). Claro que ao fim da primeira "maratona", é recomendáveldeixar umoudois dias para descansareprepararo material para a jornada. Aproveiteparaconhecer avilae conversar comosmoradores, que nutremcarinho especial pelos peregrinos.
A simbólica vieira
Se o assunto são tradições, não sepode esquecer de dois acessórios importantes: o cajadoea vieira.Oprimeiro,além de ser o símbolo-mor do pere-
grino, é de extrema utilidade, ajudando a subir e desceros morros. Mas é a vieira que dá o charme ao andarilho. Símbolodo santoe dacidade-alvo, é uma espécie de concha e deve ser carregada durante otrajeto.Presaaochapéu, pendurada no pescoço, não importa.Essa éaforma queos habitantesidentificam peregrinos para dar sugestões, contar histórias, ensinar caminhos ou, simplesmente, bater papo. Ambos podem ser comprados nas cidades do trajeto. Depois de um pequeno tre-
cho na França, começa o itinerário pela Espanha, do cosmopolita País Basco à brejeira Galícia. Apesarde serum territóriomenorqueoda Bahia, prepare-se para atravessar paisagens diversase culturas,por vezes, díspares. E preste atençãocomo mudaaarquitetura dasconstruções, aroupados habitantes, suas gentilezas. O conforto proporcionado pela boa acolhida é compensador. Afinal,o dia-a-diade um peregrino é árduo.Em geral, nos 30 dias em que a caminhada ocorre,acorda-seantes do
Nãose podenegar queum dos maiores encantosdo Caminho de Santiago é seu misticismo.As histórias que o cercam são mais que motivo para a peregrinação. A principal dica dos especialistas no caminho é prestar atenção aos detalhes. "Deus se revela nas pequenas coisas", costumam dizer. Uma fonte que brotano meio da rua, em Navarra, uma caixinha cheia de dinheiro largada pelo caminho, onde se lê "deixe aqui o que puder, leve o que precisar"... Enfim, tudo é revestido de algum significado
COMO CHEGAR
A Ib éria (tel. 3218-7130) tem vôos a Pamplona ou a Santiago, via Madri.O bilhete de ida-e-voltacustaa partir de US$ 764 para os dois destinos.
ONDE FICAR
Háváriasopções dehospedagem por todo o caminho. Pode-seoptarentre albergues só para peregrinos (gratuitos), alberguescomuns, pousadas, hotéis e Paradores (rede pública espanhola de hotéis de charme). Nocaminho,destacamseosParadores de SantoDomingo de la Calzada, León, Villafranca del Bierzo e Santiago – este último, o Hostal de los Reyes Católicos,construído em 1501. Informações tel. (00-3491) 516-6666, site www.pa-
alémda compreensãomeramente cartesiana. O próprio Santiago, por exemplo, teria feito uma aparição, certa vez, onde hoje estão as ruínas do Castelo de Clavijo – mais ou menos 17 km antes deLogroño. Nofim doséculo 9,as tropasdo reiRamiro I,de Astúrias, teriam recebidoa ajuda do apóstolo, montado numcavalobranco, para expulsar os guerreiros mouros de Abderramán II. A aparição, a primeira sobre Santiago, criou o mito de "Santiago Matamouros" eterialivradoa área do
rador.es. Alémdesses, há o charmosíssimo La Cachava de Cas troje riz (tel. 00--34947/ 378-547) –reservas antecipadas –, o Monastério de San Zoi lo (tel. 00--34979/ 880050) e a Pousada de Portomarín (tel. 00--34982/ 545-200). A diária nesses hotéis custa por volta de 100 euros por pessoa.
"tributo das cem donzelas", cobradototoano pelosmouros em troca da paz. Outro milagre atribuído a Santiagoteria ocorridonoséculo12, naigrejanoalto deO Cebreiro–uma dasmaisbelas passagens do caminho. Uma nevasca caía, mas mesmo assim um camponês resolveu acompanhar a missa.O monge,tristepela faltadequorum, a rezou com poucoentusiasmo.Nahorada consagração, porém, hóstiae vinhoviraram carne e sangue. O cálice do milagre, umararidade doartesa-
natoromânico, continua à mostra – muitos o consideram o Santo Graal. Em outro ponto, a cidade de Santo Antonio de la Calzada, há uma lenda na qual um peregrino,chamado Hugonell,teriasidotraído pela criadada hospedaria ondeficou com seuspais.A moça,quetevetodas asinvestidas sobreo rapaz negadas,resolveu se vingar, colocandona mochiladele uma das canecas do lugar. Acusadode roubo, Hugonell foi enforcado. Seus pais, porém, teriam sido informados
nascer dosol. Um caféda manhãreforçado,a mochilanas costase láse vai,rumo amais aventuras. O almoço é um lanche à beira da trilha. Ànoite, encontrocom outrosperegrinos, para trocar experiências. Cada dia,porém, reserva surpresas. Em uns, como os do início,aparecem terrenosíngremes, pedregosos, difíceis de ser atravessados. Noutros, como nofim docaminho, encaram-se longas estradas.
Um olhar atento
O trechoque maisincomoda os andarilhoscostumaser entre ascidadesdeLogroñoe León, mais ou menos na metade do trajeto. Naquela área, em que a Espanha mostra-se quase monótona, com quilômetros de pastagens aperder de vista, ocorre a maior parte das desistências. Talvezpor causado fimda alegria e daansiedade dos primeiros diase pela perspectiva de que o objetivo ainda
está distante. Mas não se engane. Um olhar mais atento descobrirá belas igrejas medievais. Logo depois, chega-se aBurgos, que hospeda uma das mais belas catedrais góticas européias. Osânimos,então,são plenamente renovados. Nãoabuse, porém, daboa vontade de seu corpo. Costuma-se dizer na região que "o peregrino caminhao quanto pode,não oquanto quer".Assim,tenha seuconfortoem sempre primeiro lugar. Ao primeirosinal defadiga,pare, busque abrigo, descanse. Há opções de hospedagem em todas as vilas do caminho. E não é preciso se preocupar com a direção. A todo momentosurgem, aqui eali,assetas amarelas e vieiras que guiam os peregrinos. Comotempo,os olhos acostumam-se a achar os sinais, que podem tanto estar em uma estaca quanto pintados num rochedo, em uma árvore ou no chão.
porum anjoque SantoAntonio havia poupado sua vida. Correram ao juiz da cidade para avisá-lo,ao queele respondeu dizendo que tal milagre era tão possívelquanto osfrangos
queestava almoçando voltassem a cantar. Não à toa, o principal dito na cidade passou a ser"SantoDomingo delaCalzada,onde cantou agalinha depois de assada".
completo emhotéis incluiaéreo, traslados, 32 noites de hospedagem, com café da manhã e taxas. Apartirde US$2.670 por pessoa, emquarto duplo. Tel. 3237-2522.
FAÇA AS MALAS
PACOTES
ONDE COMER As refeições feitaspor peregrinos são: café da manhã no local da partida,lanches e um pequeno almoço durante a caminhadae jantarna cidadede chegada. Mas se quiser uma refeição diferenciada, aposte nos restaurantes dos Paradores, de cozinha espanhola. Em Santiago, além do sofisticado restaurante do Hostal de los Reyes Católicos, deguste os frutos do mar da Casa do Manolo , no centro histórico, e as carnes da Casa Elisa, na Rua do Franco.
roteiro. A US$864 por pessoa. Tel. 5571-2525.
Cia.Nacionalde Ecoturismo: inclui aéreo, traslados, umanoite emPamplonae traslado aSaint Jean-Pied-dePort. Daí cadaviajante faz seu
Queensberry: roteiro de12 dias incluivisitas acidades do norte de Portugal e a Santiago. Passagens, guia brasileiro, hospedagemcom café, traslados, ônibus e seguro por US$ 1.895 por pessoa. Tel. 3217-7100.
T ra n si bé r ic a : tem várias opções depacotes. Ocaminho
Visto: não é necessário para brasileiros. Guia: é fundamentalter umàmão.Os maispopulares: GuiaPrática delPeregrino - El Camino de Santiago e o El Camino de Santiago a pie,à venda nas lojas ao longo do caminho. No Brasil, há o Santiago de Compostela - Manual do Peregrino (R$22) e o Guia da Peregrinação Sagrada - OCaminho de Santiagode Compost el a (R$30). Melhor época: neste Ano Santo, o período de julho a começode agosto será
marcado pelas celebrações, mas não é o mais indicado por conta do calor e de chuvas. Deve-seoptarpelo outono ou a primavera. Oque levar: m ochila, saco de dormir, fio de nylon (parapendurarroupas), canivete,lanterna,cantil, pochete, capade chuva,agasalho esportivo,casaco leve,bermudas,calçado confortável,camisetas claras, chapéu,meias finas e grossa de algodão, luvas. Cred encial: é a prova de que você fez ou está percorrendo o caminho.Acada paradaodocumento é carimbadoe podese usufruir da rede de albergues gratuitos. Informações na Associação Brasileira dos Amigos do Caminho de Santiago pelo tel. (0--21) 2447-2740. Site: www.xacobeo.es.
Rede tem estimativa de faturamento de R$ 225 milhões em 2003, para R$ 203 milhões em 2002. Mercados como São Paulo serão melhor aproveitados.
A meta é chegar a 500 lojas no Paísaté 2005.Os planosda redede fastfoodBob's parao ano que vem incluem o melhor aproveitamento de mercados estratégicos para a empresa, comoSãoPaulo. De acordo com estimativasda rede,o estado tem capacidade para receber mais de 250 lojas. Hoje, são 59 pontos. Ao longo do ano, o Bob'sfez uso de medidas como a volta dos pratos prontos emseu cardápio para brigar com a concorrência no setor. A redefechou 2002 comumfaturamento de R$203 milhões, commetasde chegaraR$225 milhões em 2003. "Além do mercado de São Paulo, estamos atentos à expansãoem áreascomo oCentro Oeste e alguns estadosdo Norte nosquais aindanão es-
Franquia da marca pede investimentos a partir de R$ 250 mil para loja compacta. Unidades maiores podem custar R$ 400 mil.
tamospresentes", explicaodiretor de Expansão e Franquias do Bob's, Flávio Maia. Tipos de loja - As metas de crescimento incluemainda a maior utilização detodos os formatos de lojadisponíveis hoje. A rede opera com três formatosdelanchonetes: a unidade com mixcompleto, a super mini-lojaeos quiosques. A super mini-loja funciona numa áreade22 metros quadrados. "É um modeloideal paracidades demenor porte, com população médiaem torno de 100mil habitantes", afirma Maia. De acordocom oexecutivo, o investimento médio necessário para abriruma unidade da super mini-loja é de R$ 250 mil,para osR$400 milnecessários à abertura de uma loja de
Opequeno varejogaúchoé umdosprincipais responsáveis pelos resultadosque a Vinícola Cordelier,deBento Gonçalves(RS), obteveem 2003.Oano foibastantepositivo,e a avaliaçãonãose restringe ao crescimento físico da empresa, quefoi de13%, mas também ao faturamento, que superou o registrado em 2002.
"As pequenas empresas, que representam 80%de nossos clientes,foram fundamentais", diz Sílvio Pasin, diretor comercial da Cordelier. Logística – Osucesso também é atribuído ao processo de recondução dos vinhos, com o diferencial dos serviços que foram agregadosaos produtos. Entre as novidades, estão a qualificação dos repositores e a agilidade na distribuição. "É preciso fazer uma reposição quasediária paraosminimercados,barese restaurantes", dizCláudio Coste,diretor da Coste Bebidas,distribuidora
da Cordelier em Porto Alegre. "Não temos condições de negociar grandes volumes. Por isso, os pedidos são feitos com maisregularidade", explica Maria Cristine Gasparotto, proprietária do minimercado Gasparotto. Segundo ela, o investimento quealgumasempresas fazem no ponto-devenda incrementa o negócio, e ambos têm bons resultados. Exposição correta – ACordeliertem levado degustadores e ilhas de produtos para colocar na entrada das lojas do comércio de pequeno porte. "Estes clientes têm potencial de venda e merecem dedicação da empresa", destaca Pasin. A mesma estratégia de trabalho desenvolvida no Rio Grande doSul serálevada paraoutros mercadosdo País.A vinícola comemora a ampliação da área de atuação com a inclusão decinco estados:Piauí,Sergipe, Tocantins, Roraima e Paraíba. (ASN)
porte médiodamarca num shopping, por exemplo.
Produtos - Segundo Maia, o Bob'slançou trêsnovosprodutosemsuas lojasem2003. Entre oslançamentos, arede
Sebrae: aprovação da Lei Geral vai ajudar empresas em 2004
Silvano Gianni,diretor presidente do Sebrae (Serviço BrasileirodeApoio àsMicroe Pequenas Empresas), afirma que 2004 será um bom ano para os micro e pequenos empresários em função de mudanças previstas na legislaçãodo Brasil.Paraele, oSebraeassumiu um novo papel: o de articular a política no Congresso Nacional para aprovação de leis e programas quebeneficiem as pequenas empresas. "Mesmo com todas as dificuldades de um ano de economia quase estagnada, acredito que as conquistasforam muitas. A Lei Geral, que faz parte do projeto de reforma tributária,prevê avanços como o cadastro único e estipula a arrecadação unificada de tributos", descreve. Em 2003,oSebrae atendeu semanalmente a mais de 70 mil consultas deempresários por meio de seu sitee outras 1,3 milhãoem seuspostosespalhados pelo País. (ASN)
Acesse DC Informática. Todas as terças-feiras, aqui, no seu jornal.
Para anunciar, ligue: (11) 3244-3277
investiu na oferta de opções de lanchesmenos calóricosno cardápio, comoo sanduíche feito com carnede peru. "Voltamosainda comasrefeições, através da linha Chef Bob's",
explicao executivo.Naslojas, o sanduíche Big Bob e a bebida Ovo Maltine são os dois itens mais comercializados.
Preços- Deacordo com Maia, o ano também foi mar-
cado por um cuidado maior no que serefere aos preços dos produtos. "Sópodemos praticarospreços queoconsumidor pode pagar", afirma. Novas lojas- Em 2003foram abertas70 novas lojasdo Bob's. A rede também ampliou o número de unidades já adaptadasaonovo padrão visual adotado pelo grupo. A estimativa é de que 97% de todas os estabelecimentos já tenham sido reformados. Segundo Maia, as últimaslojas a serem reestruturadas foram exatamente as do Rio de Janeiro, estado deorigem daempresa. "Precisávamos reconstruiralgumas lojas mais antigas, o que demandaria mais tempo".
OBob's surgiuem1952a partir de um projeto do americano Robert Flakenburg de inaugurarumarede defastfood no País.O grupo passoua ter franquias em 1984.
Justiça entende que empregado deve ser previamente notificado de que suas ações na internet estão sendo acompanhadas pela empresa
O usoindevido da internet nas empresastem levadomuitos empregados e empregadores aos tribunaisno Brasil. E apesar de não existirem leis que tipifiquem com exatidão os crimes outransgressões praticadospor meiodestaferramenta de trabalho, ostribunaistêm decidido com clareza a respeito do tema. São muitos os casos de demissõespor justacausa revertidas por decisões judiciais pelofatode asprovasteremsido obtidas pelo empregador de forma ilícita, apesar de ficar configurada atransgressão do trabalhador. O limiteentre a prova lícita e ilícita é tênue. Mas há unanimidade entre os juízes num ponto: investigar osemails do trabalhador, assim como os sites que ele navega, é algo perfeitamente aceitável, desde que o empregado seja previamente notificado de que está sendo observado pela empresa. Fora disso, o monitoramento é considerado uma invasão de privacidade. Mas o que é considerado uma transgressão ao se usar a internet no ambiente de trabalho? Segundo JulianaCanha Abrusio, professora de Direito nos Meios Eletrônicos na Universidade Mackenziee integrante do escritórioOpice Blum Advogados, "os crimes ou transgressões são antigos, o modus operandi é que mudou". Para a advogada, mais de 90% do casos podem ser tipificados em crimes que já existem: concorrência desleal, desidia, furtomediante fraude,estelionato, violação de direito autoral,
pedofilia,crime contraahonra, entreoutros. Oadvogado Nelson Massini, daFreire AdvogadosAssociados eespecialistaem direito civil, cita outros tantos: calúnia, injúria, difamação, racismo,ameaça, agiotagem, contrabando e prostituição. Todos previstos noscódigoscivil, penalou na Consolidação dasLeis Trabalhistas(CLT). Atosilícitosou transgressões que podem ser praticados comtranqüilidade por um empregado utilizando computadores ea conexãoda empresa à internet e que, por umaquestão deresponsabilidade civil objetiva, pode levar a pessoa jurídica a responder solidariamente poreles naJustiça. O que não elimina um processo penal e civil contra o autor verdadeiro, o funcionário.
Possibilidade de o empresário monitorar também endereços eletrônicos particulares divide a opinião de especialistas
"Um empregado que rouba a senha de banco de alguém por meio da conexão de internetda empresa, criando páginas de banco ou emails falsos,e conseguetransferir o dinheiro para conta de terceiros estápraticando estelionato puro",exemplifica Juliana Abrusio. O caso real e recente de vários funcionários de uma montadora de veículos demitidos por enviar e receber e-mailsde conteúdopornográfico, também é lembrado por Nelson Massini. Zelo ou exagero – Existe um aspecto, no entanto, que tem dividido o entendimentode especialistas em direito.É a possibilidadede oempresário monitorar não só o e-mail que ele cede ao funcionário (no-
me@empresa.com.br), mas também os endereços eletrônicos particulares do empregado (nome@ig.com.brou nome@yahoo.com.br, por exemplo). A tecnologia de monitoramento, garantem os técnicos em segurança na web, é a mesma.É só uma questão de querer ou não investigar a vida privadadoempregado. Háa correntedos advogadosque aceita, outra que considera um abuso.
Juliana Abrusio, da Opice
Blum, é uma das profissionais que consideram perfeitamente adequado omonitoramento dowebmail."Todosesses crimes e transgressões podem ser praticados por um simples emailyahoo ouig",diz. Elaexplica que comoas identificações de e-mails gratuitos junto a esses provedores podem conter nomes e endereços falsos, o único meio dedescobrir o autor do crime é por meio do número de IP, de conexão à internet. "E esse número leva ao no-
me daempresa queofereceu a conexãoaopraticante docrime",esclarece aadvogada.Juliana pondera,entretanto,o acessoirrestritoelembra que dados relativos a homebanking do funcionário também estariam expostos. "Tudo é uma questão de bom senso", observa.
Paraoadvogado Nelson Massini, monitorar e-mails particulares dos funcionários não é lícito. "É um excesso praticado peloempregador enão
indicaria essa conduta para um cliente meu. Isso configura invasão deprivacidade e temos deconsiderarque nenhum controle é100%. Nocasode um crimepraticado comemail gratuito, seria opróprio provedora serresponsabilizadopornão manter cadastros corretos de seususuários", argumenta o advogado. Nestes casos,o quepode sermonitorado pela empresa éapenas o tempo de conexão ao portal de webmail. "Sevocê verificaque o funcionárioestá passando maisdetrês horaspordiaconectado ao webmail significa que ele está grande parte do seu tempo tratando de assuntos particulares e não da empresa", exemplifica Massini.
Bancodos réus - Domesmo modo que o empregado pode utilizar a internet para fins ilícitos, o patrão também pode. Prova disso é um dos processos acompanhados pelo Opice Blum Advogados.Trata-se de uma causatrabalhista movida porum empregadoque tenta provar na Justiça que foi demitidoporjusta causa indevidamente. Ele alega que oempregadorconstruiufalsa provade queo empregadoestariaroubandocapital intelectualda empresa. O empregador estaria passando e-mails pela caixa postaldo funcionário,fazendo entender de que este crime estaria sendopraticado. Para buscar ainocência dotrabalhador, o escritório tentaprovar, por meio de informações do provedor de acesso da empresa, que o funcionário nãoestaria usando seu equipamentos nos dias e horários de transmissãodas mensagens incriminadoras.
Diva Borges
A 100 km de São Paulo, Piedade começa a chamar a atenção dos aventureiros. No menu, rapel, tirolesa e arvorismo combinados com as delícias da região – de camarão a alcachofra
Por Adriana David
Os paulistanos que procuram ar puro,sossego, natureza e ainda uma boa pitada de aventura começama descobrira pequena Piedade. A 100 quilômetros da capital, a quase 1 mil metrosdealtitude,o município é responsável por um terço das hortaliças consumidas em São Pauloe produz cercade 120 produtos agrícolas, entre elesbatata, alcachofra,cogumelo e morango. Para oturista,as opçõesde passeios vão de visitas a plantações de alcachofra e nectarina a tours para acompanhar o cultivode camarão-da-malásia, caprinos e carpas e até a prática deesportes radicaiscomorapel e tirolesa. Numamesma propriedade rural – e são várias naregião –,o visitante tem contatocom agriculturaeatividades de aventura. Eis o motivo de o destino ser uma ótima opção deviagemeconômica para todas as idades. No sítioCaminho das
COMO CHEGAR
De de São Paulo, pegue a RodoviaRaposos Tavares (SP270)eentre naRodoviaBunjiro Nakao (SP-250).
ONDE FICAR
Pousada dos Bem-Te-Vis: Rodovia Ibiúna/Piedade, km 94, tel. (0--15) 3244-3206, site www .pousa dadosb emtevis.com.br. Diária para casal, com café da manhã, a R$ 70.
Pousada Estalagem das Rosas: Rodovia BunjiroNakao (SP-250),km85,5,tels. (0-15) 3289-1118 e3289-1199, ww w.e sta la gem das rosas.com.br. Diáriascom pensãocompleta apartirde R$65 por pessoa.
Pousada Valedos Eucalip-
Um complexo turístico na República Dominicana
Novodestino internacionalde primeiraclasse naRepública Dominicana. Com este mote emmente, o grupoABRISAdeu alargadaao complexo turísticoCapCana, cujaprimeira fasede construçãoiniciou-se nocomeço de 2001e se concluirá neste ano. Situadona ponta leste do paíscaribenho, nas proximidades dePunta Cana, o empreendimento irá consumirinvestimentos na ordem deUS$ 1,5 bilhões. Seusatrativos? Trêscampos de golfeprojetadospelo conceituado especialista Jack Nicklaus, uma gigantesca marina, casas particulares, hotéiscinco-estrelas, apartamentos, butiquesde luxo, centro de equitação, cassino
Águas, porexemplo, aatração é verde perto a criaçãode camarão, degustar pratos com o crustáceo, acompanhar o processode criaçãode caprinose ainda praticar arvorismo.
O Acampamento Recanto Dourado, por sua vez, permite quegruposde até150pessoas (adultos ou crianças) se divirtam comtirolesa, pescaria,cachoeira e ainda tomem aulas debotânicacomo proprietário Afonso Barbosa. Ex-funcionário do Ibama, há quatro anos ele deixou de plantar cebola em busca de algo mais lucrativo eprazeroso.Olocal tem um quiosque onde a criançadapodeacampar ànoite junto com monitores.
Festas o ano todo
Pela diversidade de cultura e clima, Piedade pode ser curtida durante todo o ano. A maior parte de seus 50 mil habitantes (65%) vive na área rural. E não faltam apetitosasfestas. As mais tradicionais são a da Alcachofra, do Morangoe doCa-
to s: Estrada Piedade/Vila Élvio, km 22. Reservas em São Paulopelo tel.6965-3774, www.valed oseucaliptos.com.br.Diárias paracasal, incluindo pensão completa, por R$ 180. Acampamento Recanto D ou ra do : tel. (0--15) 32995812. Em SãoPaulo, tel. 58412092, sitewww.recantodourado.com.br. Diária por casal, com café, por R$ 70.
e clube. Apropriedade ocupa 12 mil hectares e fica diante de mais de oito quilômetros depraiasparadisíacas (foto). Em 2002, o total de vendas imobiliárias ultrapassouosUS$ 72milhões.A estimativa para 2003 é de US$ 180 milhões. O Cap Cana deverá estar inteiramente finalizado em 13 anos. Mais informações pelo site www.capcana.com. No Brasil, tels. 3081-2327 ou (0--21) 2249-0588.
Gigantes em alto-mar
Eleiráaos maresnoprimeirosemestredeste ano. Da bandeira NCL, o Pride of America, terá 15 deques e capacidadepara 2.146passageiros. Iniciará sua temporada com roteirosde cinco dias, de Boston a Nova York,
qui.Mas também há outras menos comuns como a da Castanha e da Cerejeira. A cidade se destaca pela produção de compostagem (se-
ONDE COMER
Bisão Dourado Churrascari a: RuaAbdala Marum,90, tel. (0--15) 3244-2582. Estação Boca doMote: Rodovia (SP-79)Sorocaba/Tapiraí, tel. (0--15) 3244-1699.
PASSEIOS
Parque Ecológico Manacá: tel.(0--15) 3244-2881,site www.manacaeventos.com.br. Há trilhas, esportes de aventura comotirolesa, escalada,rapel, ponte pênsil, falsa baiana e umespaço para treinamento de empresas. Sítio Caminho das Águas: Estrada Ibiúna/Piedade, km 86, tel. (0--15) 3299-5965, site w ww .s it io ca mi nh od as aguas.br.
mente) decogumelo angaricus,utilizado paratratamento medicinal. NoBrasil, devem ser processadas 80 toneladas do cogumelo, que é uma das 600 espécies produzidasno País e uma das 3 mil em todo o mundo. O fungo apareceu na divisa de Piedade com Itapiraí e conta com clima favorável ao cultivo: úmido e com temperatura entre 25 e 30ºC.
Hospedagem completa Noitemhospedagem, acidade surpreende. Especialmenteseforumafamília que nãoquerficar sedeslocando com os filhos. Muitas das pousadas têm piscina,salasdejogos,rapel, escalada,tirolesae trekking. Algumas,como a Bem-Te-Vi, ofereceserviço de traslado deSão Paulo eentre a pousadaeuma danceteriada cidade. APousada Valedos Eucaliptos é a mais retirada do centro, ondevocê sesente em casa. Além da comida caseira, o proprietário,Jerônimo, pode lhedar dicasparaaproveitar
passando pelaFiladélfia, NewPorteMartha’s Vineyard, destino dos chiques e famosos. Outro itinerário será de Nova York a Miami. O navio segue o estilo informal de navegar da companhia, o freestylecruising,e oferece oito restaurantesa bordo, além de plena infra-estrutura para reuniões de trabalho. Ainda em 2004,no segundo semestre, começará a operar o Pride of Aloha , com perfil semelhante e navegação entre São Francisco e Havaí, onde fará viagens de três e quatro dias. No Brasil, informações pela Firstar Representações, tel. 3253-7203.
Só até o dia 15 na British Está valendo ainda apromoção Fim deAno da British Airways com Visa. Até o dia 15 deste mês,quem comprar uma passagem de tarifa cheia ida-e-volta naclasse executiva (a ClubWorld) da companhia e pagar como cartão de crédito poderá levarum acompanhante na mesma classe gratuitamente. Os passageirosdevem viajarjuntos, no mesmo vôo. A promoção é válida para embarque até dia 28 de fevereiro, a partir de São Pauloe Rio deJaneiropara
Londres e mais 42 destinos na Europa.Retorno deveserfeito até 8 demarço. Mais informações pelo tel. 3145-9700 e no site www.ba.com.
Cabo Frio ou Cuba?
Direto de São Paulo A CVC tem duas novidades. Até o Carnaval,será possível viajar direto de Guarulhos para omunicípiode Cabo Frio, Rio de Janeiro, donode 37 praias. Por R$728, o turista tem passagem aérea, sete noitesdehospedagem com café da manhã, transfers e city tour. A outra boa nova é o fretamento de vôoscom a TAM para Havana, Cuba, a partir de São Paulo, até o fim deste mês.A operadoramontou pacotes desete noites.Podese optarpor ficar otempo todo em Havana ou em Varadero, ou conhecer os dois destinos. A partir de US$ 1.188 por pessoa (quarto duplo), incluindo trasladose hospedagem. Mais informações no site www.cvc.com.br.
Dirigindo com navegador de bordo Para quempretende alugar um carronas férias, uma dica.A Hertzdobrouo númeroderuaseestradas co-
Atração por lá é visitar as fazendas que cultivam produtos agrícolas –como alcachofra (ao lado), morango e batata. Algumas delas capricharam na infra-estrutura e oferecem uma pitada de adrenalina com esportes radicais. Caso do arvorismo (acima). Para os mais tranqüilos, o sossego da pequena cidade e passeios culturais. Uma dica: o Centro Estação Boca do Monte – galeria de arte e restaurante montados em um vagão de trem (abaixo)
Piedade ao máximo. Culturalmente acidade também tem seus atrativos. Um deles é o Centro Estação Bocado Monte,que reúnegaleriae restaurantedentro de um vagão de um trem Pulman, utilizadona década de50e compradodaFepasa hásete anos. Alémde saborearpratos típicoscomosopa decebolae camarão,o visitantecontempla obras de Paulo de Andrade, dono do centro cultural.
Apartirdopróximo ano, uma surpresapara osvisitantes: o local terá um cinema dentro de um avião que a Intelig utilizava em feiras. Vale ainda umavisita à primeirausina hidrelétricade Piedade, construída em 1910. A usina atendeuo município atémeados da décadade20e agora supre as necessidades da Estação Boca do Monte. Outra curiosidade é aVila Élvio, que preserva os traços originais e ondefunciona apenasumafábrica de móveis.
bertas porseuserviçoNeverLost, o navegador de bordo usado em sua frota. E ampliou aindaa quantidadede endereçosque podem ser pré-programados.Basta ao motoristadigitar onomedo hotel, restaurante ouatração cultural e o computador indica ocaminhoemdiversosidiomas,inclusive espanhol. Implantado em 1995, ele está disponível em 400 cidades do Canadá e dos EstadosUnidos,emmais de 40 milveículosde25 categorias. Maisinformações naInterep, tel. 3256-2811 e no www.her tz.com.br.
Orient-Express traz novidades para 2004 Focado no turismo de luxo,o grupo Orient-Express opera 30hotéis exclusivos no mundo todo, seis trens, um navio e dois restaurantes. Todos elegantes e a maioria degrande valorhistórico e cultural. Único brasileiroda lista: o Copacabana Palace.Novidades oOrientExpress tem aos montes neste 2004. Em Veneza, o Palazzo Vendramin e o Palazzetto, anexos do famosoHotel Cipriani, montaram pacotes especiais até1º deabril. O
Splendido, em Portofino, abriu um equipado spa e fitness center. VillaSan Michele, em Florença,promove de abril anovembro cursos de culinária. E o famoso bar "21" de Nova York ganhou um novo ambiente,o Upstairs at 21, para até 32 pessoas. Lapa Palace Lisbon, porsua vez, montou um programa feito paracasais emlua-de-mel. Falando em romantismo, o BoraBora LagoonResort,na Polinésia Francesa,reabre em março com um spa inusitado: salas de massagem numa casa na árvore. A mais recente aquisição do grupo é o Hotel Ritz Madrid(foto), que jádeuinício aumareforma de 25 milhões de euros. Tudo para atender aos exigentes padrões da marca. Site www.orient-express.com.
Divulgação
VÔO LOTADO, PACOTE MAL ESCOLHIDO OU EXTRAVIO DE BAGAGEM E PRONTO:
VIAGEM ESTRAGADA.
Atemporadade fériasjácomeçou e quempretende aproveitar o tempo livre para viajar precisaficar atento aalguns cuidados básicos. Escolher bem o pacote de viagem, evitar carregar objetos pontiagudos na bagageme trocara comida servida no avião podem impedirque asférias terminemem aborrecimento eque oturista volte para casa com algum prejuízo na mala.
A assessora deimprensa Juliana Laurino, de 26 anos, sabe bemoqueéisso.Depois de muita espera e planejamento paraa primeiraviagem aoexterior,ela finalmentechegou em Paris no início de setembro e decara teve deenfrentar um problema: a sua mala extraviara. Só voltou a vê-la 20 dias depois, quando jáestava no Brasil. Detalhe:amalatraziaetiquetas de nove países. O extravio da mala de Juliana encareceu sua viagem em pelo
menos 20%, além de ter impedido aassessora departicipar de eventos, por falta de roupa.
Cuidados – Umpacote mal escolhido,um vôo lotadoou uma bagagemperdida,como aconteceu com Juliana, têm tudo paraestragar as férias. Umasimples tesourinha de mão, por exemplo, também podeimpedir oembarquede malas e até provocar a perda do vôo, se o passageiro já estiver atrasado para o check-in. A dica de quem já passou por uma dessas situações é simples: não se pode viajar sem pensar nos imprevistos quetendem a aparecerpelocaminho e,na medida do possível, tentar evitá-los. "Nunca maislevo tudo em uma única mala. Ou divido minhas coisas comoutra pessoas, em mais de uma mala, ou levo tudo na bagagem de mão", diz Juliana.
A assessora de imprensa previragastarR$7 milcomaviagemque durou14 diase seestendeu por cinco países.Os gastosextras, queultrapassaram os 350 euros, o equivalente acerca deR$ 1,4mil, foram destinados à compra de quatro
camisetas, uma malha, uma calçajeans, umparde meiase roupa íntima, que foram as únicas peçasque Julianateve para vestir na Europa. "A sorte é que eu havia levado um cartãode crédito internacional. Mesmoassim, comprei pouca coisaporque ficava na esperançade quea malaia aparecer", diz Juliana, que logo após desembarcarcomunicou a empresa sobre o extravio. Até hoje,a assessora nãoconseguiu receberda empresa(Alitália) os gastos extras.
Acontratação deumseguro-viagem também poderia ter ajudado Juliana. Empresas como aAmex têmseguros dotipo, cuja cobertura se estende para o extraviode bagagem. O auxílio mínimo é de R$ 200.
Cuidados – Quemestá em tratamento médicoou tem criança pequena, também pode evitar contratemposescolhendo o tipo de refeição e até o horário em que ela deve ser servida. A mudança é feitasem custo parao passageiro, mas deve ser comunicada à empresa aérea com antecedência.
Adriana Gavaça
Evitar problemascom abagagem evôos nem sempreé possível. Veja a seguir como ao menos amenizar esses efeitos:
● As empresas aéreas pedem para o passageiro, em caso de extravio de mala, comunicar o fatoainda noaeroporto.Além disso, deve ser feito um relatório com os itens extraviados.
● As empresasaéreas costumam agir de forma diferenciada em casos de compras emergenciais feitaspelo passageiro, enquanto a bagagem não é encontrada. Na United Airlines, por exemplo, se apessoa estiver fora de seupaís, a empresa poderá reembolsar até 50% do valor dos itens comprados.
● Em casodeoverbooking (quandohá excessodepassageiro por vôo), alei prevê que as empresasaéreas sãoobrigadas a acomodar opassageiro em outrovôo,em quatrohoras. A empresa aérea tem ainda de arcar com todas as despesas do passageiro como acomodação, por exemplo. (AG)
Todaatençãoé pouca com pacotes de viagem. Apesar de serprático para quem quer aproveitaro tempolivrelonge de casa, especialmente se o destino escolhidoforo exterior, nem sempre contratarum pacote de viagem pode ser a melhor alternativa.
Segundo odiretorda Associação das AgênciasdeTurismo(Abav),Leonel RossiJúnior, um pacote mal escolhido pode nãosó estragarasférias comocausar um grande prejuízo para o turista. "O turista deve saber muito
bem se a agência escolhida tem registro na Embratur. Tambémé importanteconhecer outra pessoa que já usou os serviços da empresa, para não chegar na hora e levar um susto ao perceber que a empresa não existe mais", diz. Pedir um contrato por escritoerecibodo quejáfoi pago para a agência são medidas essenciais. Mas existem outras maneiras de evitar dor de cabeça, como guardar o panfleto ou o anúncio do pacote. A técnica daFundação Procon-SP, Lúcia Helena Maga-
lhães,diz queessapodeser a prova de que o contrato não foi cumprido à risca. "Se alguma coisana viagemsairdiferente, o turista terá como comprovar que foi lesado", diz.
A FundaçãoProcon-SP não só recebe reclamações de clientesque tiveram problemas com pacotes de viagem, como presta orientação jurídicasobre o assunto. Só este ano, foram registradas 248 consultas e 45 reclamações, principalmente sobre serviçonão fornecido,querecebeu 54 consultas. (AG)
Se em 2003 os bancos ganharam menos com títulos públicos, em 2004 deverão ter receita com o crédito e, mais uma vez, com os serviços.
Mais uma vez, as ações de bancos estão na lista de indicações de analistasfinanceiros para quem quer entrar no mercadode capitais. Mesmo não apresentando resultados tão espetaculares em 2003 quanto osverificadosnoano anterior, as instituições financeiras deverão,dizem especialistas, proporcionar bons ganhos ao investidor que apostar na compra de seus papéis. Um dosmotivos, segundo alguns analistas consultados pelo Diário doComércio, estariano aumentodas linhas de crédito no anopassado. Especialmenteas linhasvoltadasà população dita de baixa rendaque ganharam impulso depois que ogovernoLulamostrousuadisposição emcriarincentivos para ocrédito voltado a esse público específico. Os bancos foram atrás.
Nesseprograma deincentivo, ogovernotem trabalhado no sentido deampliar o volume de crédito,abrindo caminho para segmentos de venda específicos, comoo financiamento de pequenas construções e reformas. Serviços ajudam – Para o analistaMauro Giorgi,especializadono mercadodecapitais, a redução da taxa básica de juros (Selic) feitapelo Comitê de PolíticaMonetária(Copom) nosegundo semestrede 2003,reduziuem parte oganho dosbancos comos títulos públicos, que pagam remuneração com base na Selic. Mas, se por um lado, o ganho comostítulos ficoumenor,a receitadas instituições financeiras conseguidacomaárea de serviços não apenas garantiu,mais umavez, bonsresultadosno ano passado – no
quartotrimestre de2003houve aumento no preço das tarifas de serviços bancários – , como também deverão se manter entre asprincipais receitasdos bancos neste ano de 2004. "Dessa maneiraos bancos procuraram oequilíbrio.O crescimentodocrédito, tanto o voltado às empresas quanto o direcionado às pessoas físicas, será muito importante para distingüir a qualidade das instituições, uma vez que o risco da carteira passa a ser mais elevado", diz Giorgi. Na opinião de Paulo Borges, analista da GlobalInvest, "em 2004 o setor financeiro continuará sendo uma boaaposta para os que pensam em investir nospapéis do setor,em especial em ações seletivas". para ele, com a expansão do crédito, ainda que tímida, os resultados serão bastante expressivos.
OBradesco,maior banco privado do País e tradicionalmente um banco de varejo, é um dos nomes mais lembrados por analistas quando o assunto é investimento em ações do setor bancário. Não sem motivo. Ainstituição temparticipado ativamente dosprocessosde aquisições nosistema financeiro. Jáanunciou seuinteresseemdisputar,em 2004,a compra do Banco do Estado do
Maranhão (BEM), cujo leilão para venda foi marcado para fevereiro. além disso, o Bradesco espera umincremento em torno de 22% nas operações de crédito em 2004. O Bradesco ainda tem a vantagemde teruma boapolítica de dividendos", diz Fabio Motta, estrategistada SulAmerica. A instituição garante a distribuição mínima de 30% do seu lucro anual. Que não é baixo.
Itaú – Em 2003, o Itaú registrou ganhos expressivos com o mercadode capitais.Atésetembro, apresentou lucrolíquidodeR$ 2,297 bilhões, o maiorjáregistrado em nove meses pela instituição. As aquisições do BBA, em dezembro de2002,e doBancoFiat, em maio deste ano, têm contribuído parao aumento nareceita. Estima-sequecom a compra do AGF o banco some
R$ 1,2 bilhão à sua carteira de fundos de investimento. Com relação aoUnibanco e Banco do Brasil, o crescimento interno podedar umganho maiorparao acionista,poisas duasinstituições têmmaisespaço dentro desuas estruturas para ganhos de escala, u seja, ganhos conseguidos via crescimento interno e não por meio de aquisições de outras empresas no mercado. (VJ)
Crédito – Na visãode Fábio Motta, estrategista da SulAmerica Asset Manegement, com a queda dos juros e a taxa Selic média em baixa, as instituições ganharãomenos comosjuros altos,mas deverãosebeneficiar bastante com aexpansão do crédito para o consumo. Motta lembra a movimentaçãofeita em2003 poralgumas instituiçõesfinanceiras emdireção à expansão de suas áreas de créditodireto aoconsumidor.CasodoCitibank, que lançou aCitiFinancial, do HSBC, que comprou a financeira Losango, para lembrar apenas dois que foramem 2003 nessa direção. As duas maiores instituições financeirasprivadas doPaís, BradescoeItaú, estãoentreas apostas maiscitadas por analistas ouvidos.A seguirvêm os bancos Unibanco e o Banco do
Brasil.Esteúltimo, omaior bancodo paísemtermosde ativos financeiros e um dos líderem na concessão de crédito a empresas menores. Mas não é só isso. Ambos deverão entrar nabriga pela disputa do Bancodo Estado do Maranhão(BEM), quedeverá ser privaticado em 2004. O leilão de privatização foi anunciado em dezembro e marcado para ocorrer na primeira quinzena de fevereiro próximo. Alémdos doismaioresbancos privados do País, o Unibanco também já anunciou queestaráno páreopelabriga do BEM. O que torna este último, terceira instituiçãono ranking dasmaioresem termos de ativos, outra aposta para quem pretende comprar papéis do setor.Veja abaixo o que dizem algunas analistas. Vanessa Jaguski
●● TRABALHISTA
●● ●● PREVIDENCIÁRIA (processos de obtenção de benefícios: aposentadorias, pensões)
●● ●● REPRESENTAÇÃO COMERCIAL
Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso S. Paulo/Capital - Tel.: (11) 3885-0423 www.advrns.com.bradvrns@aasp.org.br
Não há pistas sobre o assassinato do executivo da Shell Zera Todd Staheli e de sua mulher, Michelle Ummês depois do assassinato do casal norte-americano
Zera Todd e Michelle Staheli –ele um executivo daShell –completado no último dia 30 dedezembro,o chefedaPolícia Civildo Rio deJaneiro, delegado ÁlvaroLins, admitiu que as investigaçõessobre o crime voltaram à estaca zero. O duplo assassinato foi cometido naresidência do casal, num condomínio fechadoda Barra da Tijuca, no Rio. O policial fez a declaração na última semana de dezembro, umdiaapós a divulgaçãodo resultado negativo dos exames de DNAcom materialdo motorista da família Sebastião Luiz Mouraedovigilantedo condomínio JonatasBazile de Almeida,que foicomparadoa vestígiosde pele encontrados sob as unhas de Michelle. Mistério – "Esse éo caso mais intrigante do ano. Não temos a motivaçãopara a morte do casal, a arma usada no assassinato,nemsuspeitos do crime", admitiu Lins. O chefe de Políciaressaltou, noentanto, que o fato de as amostras cedidas por Moura não serem compatíveiscom osrestos de pele queestavam sobas unhas
da americana não inocenta por completoo motorista. "Esse resultado mostra apenas que ele nãoseria apessoa presente na cena do crime", disse. Pele de homem – Lins informou ainda que a polícia espera o resultado de outras 27 amostras de material colhido na casa dosStaheli enocarro domotorista. Todas serão comparadascom vestígiosde peleretirados de baixo das unhasde Michelle–háindíciosde que ela tenha lutado com seu assassino. Análises feitasnesse material mostram que a pele pertenciaa umhomeme nãoera nemde Todd Stahelinem do filho do casal.
O laboratório de DNA da Universidade do Estado do Rio
de Janeiro informou que ainda não havia recebido as amostras de sangue colhidas no carro do motorista da família Staheli.
O sigiloem tornodas investigações aumentou naúltima terça-feira. Nem a assessoria de imprensadaSecretaria de Segurança nem os delegados queinvestigam ocrimepuderam falar sobre o caso.
Fita devídeo – Apolícia do Riochegoua analisarumafita de vídeogravada pela câmera de umacasa vizinha àdo casal norte-americano, na madrugada do crime. Nas imagensanalisadas foi possível ver uma caminhonete preta que entrou no condomínioàs 2h40 e saiu às 4h30 e tambémuma pessoa perto da
lagoalocalizada nosfundosda área residencial, às 2h30.
José Carlos Lins,donoda empresa que faz a segurança do condomínio,afirmou que a pessoa pode ser um vigia que fazia ronda. O automóvel já foi identificado como sendo de um morador.
Segundoasinformações da polícia doRio,as imagens eramdebaixaqualidade. Por isso foi preciso que um técnico especializadoemvídeo ampliasse amelhorasse a definição da gravação. Segundo os dadosoficiais, sófoipossível ver um vulto.
Cena do crime – Zera Todd e Michelle tinham quatrofilhos com idadesentre 3 e13 anosemoravam hátrêsmeses numcondomíniode luxo da Barra da Tijuca, bairro da zona oeste da cidade do RiodeJaneiro. Os dois foram encontrados na cama, agonizantes, com cortesprofundosna cabeça, pelo filho de 10 anos. A filha caçula, detrêsanos, também dormiana cama do casal, entre aspernas dos pais. ZeraStahelimorreu antes mesmo de receber socorro médico. Michelle foi levada para um hospital, ficouquatro dias na Unidade de Tratamento Intensivo, mas não resistiu s ferimentos.Os corposforam sepultados na cidade de Salt Lake City, estado de Utah, nos Estados Unidos. (AE)
Poucos dias depois do crime na Barra da Tijuca, o secretário daSegurança Públicado Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, informou que afilhade treze anos do casal Staheli afirmaraem depoimento informal à polícia que o pai teria recebido uma ligação de Londres, na qualuma pessoa teria “reclamado da forma como ele estava tocando o projeto do gasoduto Brasil-Bolívia”.
A partirdessa informação, Garotinho, que determinou sigilo total em torno das investigações, pediu a quebra do sigilo telefônico da família para tentar identificara origem da suposta ligação.
Na época, a adolescente prestou depoimento, mas não o assinou“porpressão do Consulado dosEstadosUnidos”. A representaçãonorteamericana no Rio deJaneiro alegou que, por ser menor de idade,ameninaprecisaria estar acompanhada de algum parente para assinar o depoimento.Seusavós, contudo, estavam nos Estados Unidos.
“Realmente é umasituação de bastante complexidade. A polícia não consegue entender como issopodeterocorrido dentrode casa,semquehouvesse sido praticadonenhum tipo de roubo. Não foi latrocínio", disse osecretário Anthony Garotinho.
Segundo ele, haviano quarto do casal Staheli um pequeno baú contendo jóiasvaliosas e umrelógio damarca Rolexdo empresário ao lado da cama.
Nenhum desses objetos foi tocado pelo autor do crime. "Crime internacional" –Ainda no campo das especulações,o advogado dafamília Staheli, João Mestieri, disse acreditar que o assassinato de Zera Todd e Michelle tenha sido praticado porum estrangeiro, sugerindo que o crime tenha tido relação com os negócios do executivo da Shell, uma vez que, antes de trabalhar no Brasil, ele havia atuado em países como a Bolívia, Arábia Saudita, Ucrânia e Rússia. Nada disso ficou comprovado. Os filhos do casal Staheli retornaramaos EstadosUnidosno dia 11de dezembro,depois de umaautorização dojuiz da1ª Varada InfânciaeJuventude, Siro Darlan. (Agências)
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (acima), chegou a impor sigilo sobre as investigações. Para o advogado da família, João Mestieri (à esquerda), o crime pode ter sido cometido por um estrangeiro.
Depois de um telefonema do secretário de Transportes do Estado, Dário Reis Lopes, dado no final da tarde da última terça-feira, aconcessionária Viaoeste desistiu de aumentar em 57% a tarifa do pedágio localizado na Rodovia Senador José Ermíriode Moraes(Castelinho), em Sorocaba, no interior de São Paulo.
O reajuste, que elevaria a atualtarifade R$2,80paraR$ 4,40, será, agora, do percentual autorizado para as rodovias administradas pelainiciativa privada no Estado, de 6,35%.
A concessionária alegava queo aumento diferenciado decorria da incorporaçao de uma nova rodovia, a Celso Charuri, à Castelinho, aumentando aquilometragem eos
serviços demanutenção. Atarifa de R$ 4,40 já havia sido publicada no DiárioOficial e estariaemvigor desde ontem, dia 1º de janeiro. O secretárioconvenceu o presidenteda empresa,Inaro Fontan Pereira, a não proceder à cobrança do reajuste que já haviasidoautorizado pela Agência Reguladora dos Transportesdo EstadodeSão Paulo (Artesp), argumentando que o Estado desistira de aumentarospedágiosdas rodovias administradaspeloDepartamento de Estradas de Rodagem (DER) e pela estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). Com orecuoda Viaoeste, a tarifa reajustada da Castelinhopassaráa serdeR$ 3,00. (AE)
Foram inúmeros osconfrontos entre aForça Tarefa –composta por fiscais da Prefeitura, guardascivismetropolitanos e policiais militares – e os camelôsdurante oano que passounocentrovelho dacidade de São Paulo. Mas os últimos dias de 2003, principalmente o dia 31, foram decalmaria. Segundoos próprios camelôs queestavam na rua Direita, "os fiscais deram uma trégua para nós."
Como ‘liberougeral’,tanto os ambulantes que são devidamente regularizados paratrabalhar – que possuem o TPU, TermodePermissão deUso–como osirregulares, puderam
venderseus produtos,amaior parte pirateada econtrabandeada. Sem serem incomodados, os camelôs tomaram conta da rua 25de Março, das ladeiras General Carneiro e PortoGeral,do ViadutodoCháe de outras ruas próximas. Embora com liberdade para vender, eles não tiveram muito sucesso. Como grande parte dos paulistanos saiu da cidade, São Paulo ficou vazia. Com os bancos e comércio fechados naquarta-feira,dia 31,oscamelôstiveram dese contentarcom algunspoucos consumidores,que aindacorriam em buscada ‘lembrancinha’ de última hora.
PESO PESADO – Uma serpente piton – cobra constritora como as sucuris e as jibóias – é vista em sua jaula no parque recreativo da pequena cidade de Kendal, em Java, na Indonésia. A enorme serpente é um macho com 85cm de diâmetro. O animal pesa 447 kg e mede 14,85 metros. De acordo com os funcionários do parque, esse é o maior espécime de piton já capturado na região.
LIQUIDAÇÃO RELÂMPAGO, UMA FORMA DE REDUZIR
ESTOQUES E MANTER AS VENDAS AQUECIDAS
O comércio paulistano começaoano comfomedevendas. Asmaiores redesde varejodo País prometemabrir o AnoNovo comgrandesliquidações para manter o faturamentoapós operíodo natalino. OCarrefour,com85hipermercados, faz hoje um saldãode um dia com 2mil produtos e descontosde até 60%. Apromoçãoseráconcentradanos setoresdeeletroeletrônicos, bazar etêxtil, disse odiretor de Markering do Carrefour, Alfredo Cernic.
A expectativa é de que o movimentodiáriodas lojasdarede, que em média recebem de 7 mila8 milpessoas,duplique com a realização do saldão.
Na madrugada de sábado é a vez do Magazine Luiza, com 175 lojas espalhadaspelo interior de São Paulo, Minas Gerais, Paraná eMato Grosso do Sul, abrir as portas para sua tradicional liquidação anual.
Com seis horas de duração e com descontos que atingem até 70% em artigos eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis,brinquedos eprodutos deinformática, oevento que se repete há 11 anos, atrai
milhares de consumidores.
F in an ci am e nt o – No ano passadoo MagazineLuizafaturou R$ 15 milhões com a promoção,o equivalente a uma semanade vendasem toda a rede. Aprevisão para este anoé deumcrescimentode 30% em relação a 2002.Entram na liquidaçãoitensde mostruário, produtos negociadoscom fornecedoreseaté alguns com pequenos defeitos. Tudo é financiadoem até 24 pagamentos. Este ano as filas dos interessados em comprar
na promoção, em alguns locais, como na loja do centro de Campinas, começaram a ser formadas hácerca deuma semana. Hoje (31) pela manhã 25 consumidores aguardavam na fila desta loja,a mais antiga da rede, na cidade. Já começaram –A rede Extra dehipermercados e oExtraEletrode eletroeletrônicos, ambas do GrupoPão de Açúcar, jáiniciaram umaliquidação no dia 26 de dezembro que termina nesta sexta-feira (2). A promoção oferecedescontos
de até60%para cercademil itens nas seções de bazar, têxtil e de eletroeletrônicos. Há por exemploCDs porR$4,90e computadores por R$ 1.790, entre outras ofertas.
O Extra.com,loja virtualda rede, também entrou na promoção de descontosde até 60% e oferece parcelamento das vendas em 12 vezes sem juros. Alguns produtos incluem o frete grátis. Os mais vendidos têm sidoacessóriosde informática, itens eletroportáteise câmeras digitais. (AE)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silvasancionou com um veto o projeto de lei de conversão da medida provisória que acaba com a cumulatividade da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e aumentaa alíquota da contribuição de 3% para 7%.Oatofoi publicadoanteontem (31) em edição extra do Diário Oficial da União, com data de terça-feira. O artigo vetadopelo presidente daRepúblicafoio de número 46, que determinava que "a variação cambial dos investimentos no exterior avaliados pelo método de equivalênciapatrimonialé considerada receita ou despesafinanceira, devendocomporolucro real eabasede cálculodaCSLLrelativos ao balanço levantado de
INTERNACIONAL
31 de dezembro de cada anocalendário".
Demandas judiciais – Ao justificar o veto ao artigo 46, , o MinistériodaFazenda disse quea faltade disposiçãoexpressapara aentrada emvigor desse dispositivo "certamente provocarádiversas demandas judiciaispatrocinadas pelos contribuintes,paraque seus efeitos alcancem oano-calen-
dário 2003, quando se registrouvariaçãocambial negativa de, aproximadamente, quinze porcento, oque repres entaria despesa dedutível paraas pessoas jurídicas com controladas ou coligadas no exterior, provocando, assim, perdadearrecadaçãopara o ano de 2004,de significativa monta, comprometendo o equilíbrio fiscal". (AE)
Depois de ter aeronave parada em Washington D.C., British Airways cancela vôo para os Estados Unidos
A British Airways cancelou ontem um dos seus três vôos diáriosdo AeroportodeHeathrow,em Londres,para acapitaldos EstadosUnidos Washington, atendendoapedidos dos organismos de segurança do governo americano, informouum porta-vozda companhia.
Uma funcionáriado Departamento de Transportes da Grã-Bretanha disse que não poderia comentar assuntos de segurança ou informarseo cancelamento se deu em razão de algumaameaçaespecífica.
Nasemana passada,atendendo aumasolicitaçãosemelhante, acompanhiafrancesa Air France cancelouseis vôos de Paris para Los Angeles.
Adecisão daempresabritânicase deualgumas horasdepois de agentes federais americanosterem abordado,na quarta-feiraà noite,umavião daBritishAirways com247 passageiros e 17 tripulantes no AeroportodeDulles, em Washington, no principal incidenterelacionadoàs extremasmedidas desegurança adotadas em todo o território dos EUA durante as festividades de ano-novo. O avião, que vinha de Londres, aterrissou sob a escolta de caças F-16ficou retidonuma área isolada do aeroporto por mais de três horas. A maioria dos passageiros da aeronave foi interrogada etodos tiveramas bagagens revistadas.
resgate encontra
Trêspessoas foramresgatadas com vida nas últimas horas dosescombros deixadospelo devastador terremoto na cidade de Bam, no Irã, que aconteceunaúltimasexta-feira. Entreelas,uma mulhersurdae muda de 80 anos. Segundo os médicos, ela escapou apenas com a clavícula quebrada.
Segundoautoridades, onúmero de mortos pelo terremoto já ultrapassa os 30.000 e poderá passar dos 40.000 no final da contagem. Um terremoto de 5,9graus na Escala Richter atingiu ontem Taipé. Até o início da noite de ontemnãohaviainformação sobre vítimas. (AE)
Porta-vozes do FBI, a polícia federal americana, informaram depois que ninguém ficou detido depois dos interrogatórios e nada suspeito foi encontrado nas bagagens. Um portavoz da Agência de Segurança emTransporte disse que não houveincidente específicono interior doavião queprovocasse a investigação. TambémnoMéxico — O jornal The New York Times informou ontemque autoridades americanas ordenaram na semanapassada queumavião da companhia Aeroméxico, que partiradoMéxico com destino a um aeroporto não especificado nos EUA, retornasseao ponto de origem.De acordo com o jornal, "medidas
extraordinárias" deprevenção ao terrorismoforam adotadas também no caso de pelo menos outros seis vôos.
Embora as agências americanas tivessem se recusado a detalhar emqueconsistiam tais medidas, ojornal afirma que elas incluíam a escolta, por aviões de combate, de alguns vôos e arevista de passageiros que chegavam aos EUA. Nocaso dovôo daAeroméxico,o diário informa que o avião foi forçadoa retornar porque os passageiros não tinham sido revistados de maneira satisfatória no embarque. Após voltar aoMéxico e submeteras pessoasa bordoa procedimentos deregistro, o avião voou para os EUA. (AE)
O presidente da unidade italiana da empresa deauditoria Grant Thornton demitiu-se e o seusóciofoi suspenso,por tempo indeterminado,depois de terem sido detidos na quarta-feira na seqüência do escândalo financeiro Parmalat. Lorenzo Penca eMaurizio Bianchi foram detidos junta-
mente com outros cinco responsáveis e advogados da Parmalatpor suspeitadeterem ajudado na falência fraudulenta da empresa italiana. Eles são acusados de sugerir operações fictícias de fraude. A Grant Thorntonfez a auditoria da Parmalat entre os anos de 1990 e 1999. (AE)
Entrou em vigor ontem o Estatuto do Idoso. Com isso, pessoas com mais de 65 anos que não tenham condições de se sustentar terão direito de receber, mensalmente, um salário mínimo (R$ 240). Os planos desaúdecelebrados porpessoas acimade 60anos nãopoderão sofrer reajuste e elas passam ater prioridadeno julgamento deaçõesjudiciais eno atendimentomédico peloSistema Único de Saúde (SUS). Mal entra em vigor, o estatuto já está sendo questionado na Justiça. O procurador-geral da República, Claudio Lemos Fonteles, pediu ao Supremo Tribunal Federal, no dia 19, a suspensão dedois deseus artigos. Na segunda-feira, o presidente do STF, Maurício Corrêa, decidiu ouvir o Congresso,
a Presidência daRepública e a Advocacia-Geral da União antes de apreciar opedido. Para Fonteles,oartigo quelimitao acesso gratuito de quem tem mais de 65 anos aos serviços seletivos e especiaisde transporte urbano fere a Constituição. O dispositivo prevê a gratuidade em transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos.Os serviçosseletivos eespeciais só serãogratuitos para idososquando nãoexistirem os regulares.Fonteles também é contra o enviode crimes cometidos contra idosos previstosnoestatuto (penasdeaté4 anos de reclusão) para os juizados especiais. Ele entende que issoincentivaria aescolhada vítima por suaidade e beneficiaria o autor docrime em vez de proteger o idoso. (AE)
Idosos
no Senado, em setembro último: pressão para exigir direitos
Oscidadãos deorigemnorte-americana que desembarcam no Aeroporto Internacionalde SãoPaulo,emGuarulhos começaram a passar desde ontem pelo novo sistema de identificação adotado pela Polícia Federal, em cumprimento à ordem judicial encaminhada ao órgão pelo juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal deMatoGrosso. Amedida consiste em agir de forma recíprocaaoque vemsendoempregado nos EUA na recepção aos brasileiros. Ou seja, os passageiros têmde sedeixar fotografaresãocolhidassuas impressões digitais. Segundoa PF,230 norte-americanos já passaram peloterminal doaeroporto em Guarulhos. (AE)
Pelo menos 10 pessoas morreram, entre elas 3crianças,e maisde45 ficaramferidaspor causadaexplosãode uma bomba durante um concerto pelo ano-novo naviolenta província de Aceh, na Indonésia. No Iraque,2004 tambem começoucomviolência: no mínimo oito pessoas morreram vítimas da explosão de um carro-bomba que na virada do ano destruiu um restaurante na capital Bagdá.
Em ambos os casos, as autoridades dizem que foram atentados aindanão reivindicados por organizações terroristas.
Na Indonésia, o Exército atribuiu oatentado ao grupo
rebelde separatistaMovimentoAceh Livre."Foi umapoderosabomba. Osrebeldessemprefazem isso,não há mais ninguém que façaessas coisas. A cidade de Peureulak é um reduto rebelde",disseoportavozmilitar, coronelAhmad Yani Basuki.
O porta-vozdo gruposeparatista, Sofyan Dawood, negou a autoria. Aorganização luta desde1976 pelaindependência da província, queé rica em petróleo e gás natural. No Iraque, ogoverno informou que entre os 35 feridos no ataque estão três repórteres do jornalamericano Los Angeles Times. (AE)
MACHUCADO – Durante entrevista para a televisão americana, o popstar Michael Jackson mostra um braço machucado. Ele afirma que teve o ombro deslocado quando foi preso, em novembro.A imagem foi feita no escritório de seu advogado.
Quando opresidente francês Jacques Chirac proibiu, no final de2003, ouso nas escolas públicas do seu país de signos religiosos como cruzes, véuse barretes,aproveitou para falar no verdadeiro assalto de velhos credos religiosos e de seus gruposdepressão,aos ideais democráticosda França. O presidentenorte-americano George W.Bush e eo primeiro ministro britânico Tony Blair devem ter recebido issocomo um gestode adesãoaoque alguns analistas da política internacional anglo-americana chamam de ´imperialismo democrático´, um regime de liberdade com restrições.
O fato é que a democracia que nasceu na Renascença e que se desenvolveuna América importou sempre na assimilação de todas as culturas, credos e raças. Mas a massa crescente de estrangeiros quetem emigrado paraos EstadosUnidosdepois do atentado ao World Trade Center, vem sendo recebida com desconfiança e cautela.
Os franceses estão agora mostrando que nãodesejam o aumento dessas levas humanas em seu país. Mais politicamente corretos do que eles, os ame-
ricanossomente agora--com o terrorismo e a dificuldade de controlar asmassasmigratórias -- estão estudando medidas para resolver a questão, sem ferir a democracia. Nos EUA, primeiro entraram os irlandeses, italianos e chineses, e
depois vieram os poloneses, os indianos, os árabes, os africanos, efinalmente os latinoamericanos.
Um especialista em negócios exteriores da Universidade Johns Hopkins, Michel Mandelbaum, afirma que demo-
A máquina dos Irmãos Wright no chão, em 17 de dezembro de 1903: preparando o primeiro vôo
Nunca antes se falou em Santos Dumont nosEstados Unidos, antes deste centenário dos irmãosWright, chamadosaqui ´os paisda aviação´, que está sendo celebrado agora. É verdadeas enciclopédiase osmuseus só falam nos Wright, mas agora pelo menosuma partedaopiniãopública americanasabe que umbrasileiro fezexperiências com o ´mais leve do que o ar´ eque provavelmenteissoaconteceu na mesma época em que os Wrigth realizaram a sua proeza.Fotos,cartase projetos do brasileiro que eletrizou Paris comosseus feitosbemantesda experiência dosWright, apareceram agora em publicações americanasde prestígio.Orespeitável The New York Review of Books exibe umafotografiade SantosDumontde 1898, mos-
trandooinventor noseu´aparelho devoar´. Umavião exatamenteigual aosdosirmãos Wrightnão conseguiu,nacelebração em Washington, decolar dos trilhos em que foi montado, nasduas vezes emque tentou. Umvelho funcionáriodoconsulado brasileiro,presente àcerimônia, comentouque Santos Dumont devia estar sorrindo lá em cima.
cracia e assimilação migratória não são a mesma coisa, porque asegunda éum fenômenosocial, nãoum sistemapolítico. ´A democracia funciona melhor´, segundo ele, ´numa sociedade homogênea, eo que está ocorrendoagoraé dese-
quilíbrio´. Ademocracia estáhojesendopostaà provana América, maisdo queem qualqueroutro lugardomundo.Mas os franceses estão perdendo a paciência antes dosamericanos. Apesardisso, diz oprofessor
Escritora muita gente sabiaque elaera.Comerciante de chá só poucas pessoas sabiam que Helen Gustafson era. Coma sua morte, ocorridanesse finalde dezembro, jornaiserevistasfalaram mais detalhadamente nessa mulher elegante e sofisticada que viveu sempre em torno da universidadede Berkeley,naCalifórnia, mas visitou todo seu país em ´missão cultural´.No seu tempo só era servido umchá no mundo, o Lipton.Os dois livrosde Helen tratavam de um mesmo assunto, maso faziamcom tanto talento que o chá passou a interessar leitores queeram devotas,até então, exclusivamente do café. O sucessode The Ecstasy ofmy Life with Tea (O êxtase de minha vida comchá)e The Green Tea User´s Manual (Manual dousuário dechá verde), restringiu-se inicialmente a algumas ricasfamília americanasmas com o crescimento deumaclasse médiaquesein-
clinava aimitar oshábitos dos ricos os livros venderam muito. Em 1970,Ms.Gustafsontornou-se´hostess´ doSwallow, restaurantedoMuseu deArte daCalifórnia, ealipontificou sobre sua especialidade. Depois tornou-se gerente doChez Panisse, e ali sua primeira medida foi eliminar a presença de ´chás de comadre´ do cardápio. Segundoseu marido Clair, que sobreviveu a ela, Helen admirava oritual dochá japonês,mas acreditava que não tinha muito a aprender com ele.
últimos dias da exposição de El Greco, no Metropolitan Museum of Arts, as filas não diminuem nas escadarias do famoso museu da Quinta Avenida. Há outras exibições ali mas a que fascinou a cidade nos últimos meses é mesmo a do fabuloso pintor espanhol (ou cretense, ou italiano, ou internacional). Domenikos Theotokopoulos era seu verdadeiro nom e e como ele assinou seus primeiros quadros, sempre em caracteres gregos. Nascido em Creta, aprendeu a pintar na Itália mas só foi reconhecido como gênio da sua arte na espanhola e muito católica cidade de Toledo. A cidade sonhava, no século XVI,
inspirada no neoplatonismo, tomar a Europa de volta dos protestantes. O rei Felipe II descobriu El Greco e o envolveu no projeto do imenso mosteiro do Escorial. Durante sua vida de 1541 a 1614, a fama do pintor não ultrapassou os Pirineus, mas logo após sua morte ela não parou de crescer. Hoje ele é comparado a Velasquez e a Goya e colocado entre os cinco melhores de todos os tempos. Suas obras principais são A Cruxificção (1541), São Pedro , pintado em 1610, O Funeral do Conde de Orgaz (1588), eo Casamento da Virgem (1614), seu último trabalho.
praticam
Mandelbaum,a democracia deve levar a melhor no final do jogo, porque nenhum outro caminho conhecido é eficaz. Como já se disse e repetiu muito,´a democraciaéo piordos regimens,comexceção detodos os demais´.
MANDANDO VER
Emnenhum lugardomundo há mais obesosdo que nos EstadosUnidos.Oque sevê nas calçadas daQuinta Avenida no inverno,vultos imensos envoltos em sobretudos e casacos colossais, é quase inacreditável. Sabe-se agora que 80% dos norte-americanos são muito gordos,emoposiçãoa 10% dos franceses e 18% dos italianos.A Universidade da Pensilvânia fez uma pesquisa dessas diferenças,pesando porções similares de restaurantes e bares de Paris e da Filadélfia, descobrindo queos americanos comem mais 48% de batatas fritas do que os gauleses, mais 41% de chocolate edoces do queeles, bebem mais 52% de soda.Os restaurantes chineses nos Estados Unidos servem porções 70% maiores do que as dos similares em Paris. E um containerde yogurtenaAmérica é 82% maior do que na França. Quanto à pipoca que se come noscinemas, ninguém acreditano tamanho dos sacos que são vendidos nas salas de espetáculo de Manhattan.
Boteco refinado, com cara de bar carioca, pode ter sua terceira unidade aberta em 2004. Descontração e cardápio leve são tendências fortes no setor.
Umditadopopulardiz que "é na mesade umbotequim quenascemos grandesnegócios". Para Juarez Alves, proprietário do Bar doJuarezuma das mais conhecidas choperias da capital -, a frase quase se aplica. A idéia de criar um bar com ares de botequim chique surgiunão na mesa, mas atrás de um balcão. "Foi aos 12 anos de idade, quando comecei a trabalhar em 1973", diz. De lá para cá, Alves passou a chopeiro, garçon até que abriu oprimeiro negócio,sob onome de Bier-Bier, em 1986. O acerto no empreendimento, entretanto, veio apenas em 2000, quandooempresário inaugurou o Bar do Juarez, em Moema. O estabelecimento, que é um botequim com serviços à mesa, deu tão certo que além de crescer ganhou uma filial no Itaim há sete meses. Hoje, o faturamento das duas unidadesjuntas apontaparauma alta de 50% em relação a 2002 e jáinspiraAlves aapostarna abertura de um terceiro Bar do do Juarez. "A descontração do ambiente aliado ao serviço atende às expectativas dos paulistanos, que preferem re-
laxar num bar aberto a entrar em restaurantes tradicionais".
Exceçãoà regra – Ahistória de Juarez Alves reflete um caso de sucesso que não corresponde àrealidade dosegmento de barese restaurantes da maior capital brasileira em 2003. Em geral, esses estabelecimentos enfrentarama quedaderenda e os cortes de gastos, que começaram pelas atividades de entretenimento.
De acordo com dados da Associação de Bares e Restauran-
tes Diferenciados(Abredi),o segmento deveencerrar oano nomesmo patamardefaturamento de 2002. "Atualmente existem cerca de 50 mil estabelecimentos na cidade,com faturamentomédio deUS$10 mil por mês. O total de empreendimentos não mudou em relação ao ano passado", lamenta Percival Maricato, diretor da Abredi. Nichos - Ele destaca,no entanto,que houvecrescimento em alguns nichos específicos. É
Juarez Alves: duas casas com o seu nome tiveram crescimento de 50% no faturamento em relação a 2002. "Público valoriza ambiente descontraído e bom atendimento", afirma. o caso de bares com jeito de boteco carioca e também o de restaurantes com cozinha moderna e cardápio leve. "São estabelecimentos que atendem à tendências modernas de consumo e alimentação.Porisso,estão na listade preferênciados frequentadores emSãoPaulo", afirma Maricato, quejá foi proprietário de 12 restaurantes e é considerado um especialista em tendências e projeções para o setor.
Juliana de Moraes
Um dos restaurantes paulistanos que se encaixam na categoria de negócios que acompanham a moda é o Capim Santo. Inaugurado em1997, olocal é um braço de um empreendimento original de Trancoso (BA)eoferece aosclientesum ambiente sereno, além de uma diversidade pratos que misturam ingredientes tipicamente brasileiros com técnicas da cozinha internacional. "Pode-se traduzir o cardápio do Capim Santo como resultadoda cozinha brasileiramoderna", diz Morena Leite, proprietária da unidadepaulistana. Ela conta que o movimento apresentouuma altade30% nesteano,após umaquedade 20% no ano passado. "Fizemos umareformano localereformulamos o cardápio, que agora conta apenas com elementos da culinária nacional, mas
semprerespeitando atendência de consumo de uma comida leve", explica Morena. Marrecoaomolho de pitanga - Um exemplo de prato é oMarreco aomolho dePitanga."Como formadediversificarpassamos aoferecer,em outubro,o serviçoparaeventos. Dessaformaépossível contratar (no restaurante) o buffet ou levar até o local desejado pelo cliente o ambiente e a culináriado CapimSanto.A expectativa é que anova vertente do negócio tragaum acréscimoaonosso faturamentojáno próximoano", conclui aempresáriabaiana. (JM)
Oito pequenas confecções de Cabo Frio (RJ) devem fechar uma vendade 60milbiquinis para aFrança. As empresas fazemparte doconsórcio Pau-Brasil Moda Praia, que neste ano já exportou 35 mil peças para a Espanha. O comprador francêsconheceu ogrupodeCabo Frio durante o Rio Fashion Business, realizado em julho pelo Sebrae (ServiçoBrasileiro de ApoioàsMicroe Pequenas Empresas), na capital carioca. O consórcioPau-Brasil faz parte do pólo de confecções de moda praia de Cabo Frio, que tem cerca de 100 pequenas empresas,gerando maisde 500 empregosdiretos. Paraimplementar uma estratégia de diferenciação,o consórcio agrega valor à sua linhade biquinis e
acessórios, utilizandoelementosdaidentidadecultural da região nodesignenaescolha de cores dos produtos. Modelo brasileiro – Ocontrato de exportação prevê que os biquinis tenham modelagem menor do que a vendida na Europa. A busca de um produto com características brasileirastambém foi ofatorque atraiu os compradores espanhóis. "Nossa especificidade abriu as portas para vendermosà Espanha",afirmou Cláudia Guimarães Rosa, dona da confecçãoPitanga, integrante do consórcio. O consórcioPau-Brasil foi criadoneste anopormeiode um projeto doSebrae em parceriacom aFirjan(Federação das Indústriasdo Estadodo Rio de Janeiro). (ASN)
Pequena empresa é convidada para ir à Índia com o governo Os empresáriosTâniae Alberto Nakamura, proprietários de umapequena empresa incubada em SãoBernardo do Campo (SP), foram convidadospeloMinistériodas Relações Exteriores (MRE) para integrara parteempresarial da comitiva que visitará a Índia no final de janeiro. Tânia acreditaquesuaempresa, aJireh AutomaçãoIndústria eComércio deMáquinas, foiescolhida porter conseguido em 2003o certificado daOnip (OrganizaçãoNacional da IndústriadoPetróleo) para trabalhar como fornecedor de bens e serviços da Petrobrás."Articulamos uma prospecção do mercado indiano e procuramos parceiros para diluir o custo da viagem, de cerca de R$ 15 mil", sugere. (ASN)
Arvorismo (foto), rapel e tirolesa são algumas das atividades nesta cidade distante apenas 100 quilômetros de São Paulo. Pág. 4
Se você já pensou em percorrer um dos trajetos rumo a Santiago de Compostela, na Espanha, 2004 é o momento. Estamos em um ano santo, aquele em que o dia do martírio do apóstolo Tiago, 25 de julho, cai num domingo. Além do misticismo que cerca a viagem, a cidade será palco de festejos. Chance como essa só em 2010. Págs. 2 e 3
Há vários caminhos de pereginação. O mais tradicional tem 700 km –destaque para Burgos (ao lado). Paradores (abaixo) garantem hospedagem de charme. Já em Santiago (acima), a catedral e seu incensório impressionam
e
Restaurantes e bares criaram novos pratos para homenagear os 450 anos de São Paulo, que se completam no dia 25
Por Beth Andalaft
SeSão Pauloéconsiderada acidade gastronômica da América Latina, nada mais justo que os restaurantes também preparem homenagem aos 450 anos queelacompletaneste mês. Várias casasjá definiram seus cardápios para essa comemoração, criando pratos específicos. Para quem gosta de novidades, não faltam atrações. O chefe Christophe Besse, do restaurante AllSeasons, criou um prato especial dentro do cardápioVerão Saúde. Para atenderà clientelasempre interessada em manter a boa forma e a saúde, os pratos sãogrelhados nabrasa,cozidos à vácuo e em papillotte. O prato em homenagemà cidade é o robalo grelhado e picado de anchova, salada de ervas frescas, feito no carvão, sem
gorduravegetal ouanimal.
Custa R$ 48. Na mesma linha, o couvert Royal é composto de opções mais leves, como terrines,aspics emusses, aocusto de R$ 16. É também um prato leve que homenageiaSão PaulonoJam Warehouse. O Maguro Jam é atum grelhado comgergelim e sashimi de caju, acompanhado de salada de tomate cereja ao molho de gengibre, limão e azeite. A Temaki Express, oferece no transcorrer deste mês o TemakiTricolor. Criadopelos são paulinos roxosRogério Frug, sócio da casa, e Ramão Rodrigues,o sushiman,érecheado com três peixes de cores diferentes: cubos de salmão, peixebranco eatumempanados, marinados em molho agridoce, com gergelim e pimenta togarashi. Custa R$ 7.
AschefesCristine Thomée Daniela Morillo, do Tribeca, prepararam pratos bempaulistas paraa comemoração. Caldinho de feijão na entrada, e virado à paulista, como prato principal, com tutu de feijão branco,lombinho,arroz, lingüiça, couve e bananaà milanesa. Osdois pratossaem por R$28 e são indicados para quemnão seimporta comcalorias. O Santo Grão Café & Bristot criouduas opçõespara homenageara cidade:o filé mignon com ervilhas tortas, purê de batata emolho de cebola roxa (R$ 22,50) e o grelhado de atum com brócolis, arroz selvagem e shimeji (R$ 25).
Outro típicoprato paulistano ganhou novas versões do restauranteurFábio Donato,
IGUAL À DE CASA
Sabe aquela gelatina em camadas, preparada com creme de leite, que dava trabalhofazer, mas que todos gostavam?Poisé,ela agorapodeserpreparadaem poucosminutos.A Dr.Oetker, uma das tradicionais marcasdo segmento, lançou a Uni Duni, a primeira gelatina emcamadasdo mercado.Parafazê-la,basta adicionar água fria ao pó, bater no liquidificador e levar à geladeira. Não é preciso mais nada! Disponível nos sabores morango, uva, limão e abacaxi, a Uni Duni tem preço sugerido de R$ 1,30. A nova gelatina foi desenvolvida a partir de pesquisa com consumidores, que aprovaram conceito, sabor, praticidade e aparência.
TORTA NO VERÃO
Depois do Pastelzinho de Belém, a rede Habib’s lança as Bib’s Tortas. Nas versões maçã, banana e Romeu e Julieta, com base demassa folhada,as tortastêm preçounitário deR$ 0,98. Empromoção,12tortascustam R$9,80.Astortasforamdesenvolvidas pela equipe da Arabian Bread, central de produção que fabrica os pães, doces e sorvetes para a rede. A Habib’s investiuR$ 1milhão noprocesso decriação dasobremesa. O objetivo é repetir o sucesso do Pastel de Belém e atingir a liderança nas vendas da rede.
da Castelões. Sãoas pizzas BarõesdoCafé, CaféPaulistanoe Parabéns São Paulo. A primeira leva creme de café e laranja confeitada; a segunda, creme de café, supremede laranja, cream cheese econtreau; e a última, mussarela, tomate em rodelas, ovo cozido, rúcula, filé de aliche e tomate seco. Cada uma dessas pizzas custa R$ 36. Quem pedir umadelasno dia25,ganhaum jarra devinho dacasa. EFábio vaiministrar umcurso deculinária de 18 a 23 de janeiro.
A Arisco lançou a sua margarina em duas versões: a cremosa, para passar no pão, e a culinária, para o preparo de receitas. Esta última inova, sendo comercializada em tabletes individuais de 100 g. Experimente-a preparando a receita abaixo.
Massa: 2 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1 colher (chá) de fermento em pó, 1 colher (chá) de sal, 1 tablete e meio de margarina Arisco culinária, 2 colheres (sopa) de água gelada.
O Bar Memorial tem pratos comemorativos, mas também a decoração traz imagens de pontos da cidade
Recheio: 3 colheres (sopa) de margarina Arisco culinária, 1 cebola média picada, 1 pimentão vermelho médio picado, 1/2 quilo de carne moída, 2 colheres (chá) de sal, 1 colher (sopa) de amido de milho Arisco, 1/2 xícara
NOVAS SOBREMESAS
Asgôndolasdos supermercados oferecem, acadadia, maior variedadede sobremesas prontas. Quemnão quer tertrabalhoou nãotemtempopara prepará-las,nãoprecisa sepreocupar. A Paulista crioumais um doceda culinária nacional e colocou o Flan de Doce de Leite com Calda de Coco no mercado. O novo produto é comercializado em bandejacom doispotes, aopreçosugerido deR$ 1,79.Já para os preocupados com a boa forma, a Danone oferece o Corpus DeliciousFlocos, combinaçãode iogurtecom flocos sabor chocolate. Cada pote contém apenas 60 calorias e a bandeja com quatro custa R$ 3,50.
SEM TRANSGÊNICO
Enquanto a polêmica sobre alimentos geneticamente modificadoscontinuadividindoopiniões,aCaramuru Alimentos coloca no mercado o Óleode Soja Sinhá Livre de Transgênicos. Indicado para quem quer alimentação mais natural, o novo produto é elaborado com grãos de soja não transgênicos e obtido por meio de processo de extração e refino quefiltra oóleo cinco vezes.Disponível emlatas de 900 ml, 9 L e 18 L e em frasco pet de 900 ml, o novo produto já está nos supermercados. A Caramuru possui uma linha de produtosentre óleos especiaise saborizados,grãos e farinhas pré-cozidas com a marca Sinhá.
Café e bar
Um café expresso especial com sorvete, calda de morango echantilly, decorado com espirais de chocolate, ao custo de R$7, éacriaçãodaBrunella Mario Ferraz para comemorar os 450 anos dacidade. OBar Memorial também homenageia São Paulo. Na decoração, com painéis reproduzindo algunsdeseuscartões postais, como o Viaduto do Chá, e no cardápio, com sanduíches, co-
mo o Estadão (pernil fatiado com molho no pão francês) e o Mercadão (mortadela Ceratti equeijo briegratinado nopão ciabatta), entre outros.
SERVIÇO
All Seasons – fone 3177-04365; Temaki Express – fone 30456903; Santo Grão Café & Bristot – fone 3082-9969; Tribeca –fone 3168-0155; Jam Warehouse – fone 3079-4259; Brunella Mário Ferraz – fone 3167-6735; Bar Memorial –fone 5042-4667.
(chá) de leite, 3 colheres (sopa) de cheiro-verde picado.
Preparo: Numa tigela, misture a farinha com o fermento e o sal. Junte a margarina e misture com as pontas dos dedos até formar uma farofa. Adicione a água e amasse levemente até formar uma massa lisa. Embale em filme plástico e deixe na geladeira por 30 minutos. Numa panela, aqueça a margarina, doure a cebola e o
pimentão. Junte a carne, o sal e refogue. Adicione o amido de milho dissolvido no leite e cozinhe em fogo abaixo até formar um creme. Retire do fogo, junte o cheiro-verde. Divida a massa em três partes, abra duas delas e forre uma forma desmontável pequena. Coloque o recheio, abra o restante da massa e corte 10 tiras de 0,5 cm de largura. Cubra a torta com as tiras cruzando-as. Leve ao forno por 30 minutos.
COADO NA HORA
Café fresquinho, coado nahora,diretona xícara, sem usar qualquer aparatotradicional é anovidade da Cafédo Ponto. Trata-se do Aralto na Hora, mais uma inovação da marca. Com um exclusivo sistema de filtragem individual, basta adicionar água quente e, em poucos segundos, se obtém um saboroso café. Disponível na redede coffeeshops doCafédoPonto e nas Lojas Pão de Açúcar doestado deSão Paulo, o produto é comercializado em embalagens com seis unidades, contendo coadoresdescartáveis e sachês individuais,de 4,4de café Araltotorrado e moído. A partir de 70 ml de água se obtém 50 ml de café. (Beth Andalaft)
O teatro retoma suas atividades neste sábado, com a estréia da peça que reúne, pela primeira vez, Suely Franco, Sônia Guedes, Antonio Petrin e John Herbert
Por Sérgio Roveri
Uma coisa pode ser dita, sem medo, sobreo elenco de S enhorase Senhores,o espetáculo que abre a temporada teatral deSãoPauloem 2004: elesnãotêm nenhum problema com idade. Toda a publicidade dapeça,queestréia neste sábado, dia três, unindo pela primeira vez os atores John Herbert, Antonio Petrin,SôniaGuedes e Suely Franco, está amparadano slogan‘200 anosde carreirareunidos no palco’. "Espero que esteslogandê credibilidade à peça", diz o diretor Alexandre Reinecke,queassinou duas produções vistas em 2003 nos palcos paulistanos– adelicada c om éd ia Quarta-Feira Sem Falta Lá em Casa e a já nem tanto Casa,Comida eAlma Lavada. "Vamos saberlogo que público mais irá se identificar com a história. Até agora, não tenho a mínima idéia também".
Feminino e masculino
A história a que Reinecke se refere,naverdade, sãoduas.A primeiradelas, AnnaeDebbie
(personagens vividas porSuely eSônia),é narradasob umponto de vista estritamente feminino. Já a segunda,Mr. Halperne Mr. Johnson, pretende oferecer o contraponto masculino da montagem.As duas histórias sãode autoria do dramaturgo inglês LionelGoldstein, que antes de sentar-se diante de uma máquina de escrever já havia tentadoa vida como pedreiro, cabeleireiro, cozinheirodenavio etécnico de eletrodomésticos. É a primeira vez que um texto de sua autoria chega aos palcos brasileiros.
Morte como tema
Os textos foram escritos com um intervalo de dois anos.
O primeiro a vir à luz foi Mr. Halperne Mr.Johnson, q ue narra a chegada de um estranho (Herbert) ao enterroda mulher do senhor Halpern, um judeu vivido por Petrin.
Estranho em termos:o misteriososenhor Johnsonmanteve, durante décadas, uma relação sigilosa com a falecida. O tema da morte também é explorado em Anna e Debbie. As duas mulheresseencontram após amorte dovelho Bob, que, durante 18 anos, foi marido deAnna e amantede Debby, emum triânguloamoroso que contava como consentimento das duas e em que, ao que parece,o únicoiludido na
história era o próprio morto. "Goldstein escreveu estes dois textos apedido de umator inglês, que não chegou a encenálos", diz Reinecke. "Maselesforam escritos comesta finalidade,a deserem apresentados juntos.Durante a adaptação, precisei cortar algumascoisas, mas hoje quase todos os textos pedem alguns cortes". Napeça,as duashistóriasserão contadassimultaneamente. Paratanto, odiretor optoupor
LEITUR A
dois cenários que se fundem: passa-seda sala dacasa de Anna, onde as duas amigas resgatam opassado durante umchá, para o HidePark, emLondres, localescolhido porHalpern eJohnson para um piquenique pós-enterro. "Este recurso de ediçãoé maisutilizado no cinema e na televisão", diz Reinecke. "No teatro, tenho certezadeque eleirágerar uma certa expectativa".
Autran como mestre Reinecke confessa que ficou temeroso, no início, com a proximidade entre a situação descrita no trecho feminino de Senhorase Senhores e aquela mostrada em Qu a r t a - Fe i r a Sem Falta Lá emCasa – duas mulheres idosasdiscutindo os amores passados diante de um bule dechá."Masdepoispercebi que ashistórias são totalmente diferentes", diz o dire-
tor. Formado pelo Conservatório CarlosGomes, emCampinas, Reineckechegoua trabalhar comoator em algumas comédias de grande sucesso debilheteria,como Trair e Coçar é Só Começar e Computa, Computador, Computa . Após ter sido assistente de direção de PauloAutran napeça Dia das Mães,em 2001,passou adedicar mais tempo à direção de atores. "Ter sido assistente de direção de Paulo Autran foi minha maiorescola",afirma. "Issome deixouseguro emrelação a intimidações. Mas em qualquercomeçode ensaio sempre existemexpectativae apreensão por parte de atores e direção. Mas nada quepossa intimidar. Temosde transmitir segurança para que os atores possam se sentir amparados em suas criações".
SERVIÇO Senhoras e Senhores– Estréia amanhã no Teatro Folha, segundo piso do Shopping Higienópolis – avenida Higienópolis, 618 – fone 38232323. Sextas e sábados às 21 h e domingo às 20 h. Ingressos de R$ 30 a R$ 40.
O ódio na periferia, além da compreensão dos acadêmicos
Por Renato Pompeu
O s mesmos professores universitários que proclamaram que o escritor carioca Lima Barreto, de origem popular e cafuzo, de inícios do século 20, não era capaz de escrever romances porque não tinha condições técnicas de obedecer às regrasdesse gênero, também não devem aceitar como romance essaficçãodo escritor paulistano Ferréz, porta-voz da periferia, Manual Prático do Ódio , editadopela Objetiva.Issoporque aficção deFerréznão seenquadrana-
quiloque osacadêmicosesperam de um "romance", isto é, uma trama que vai demarcando bem claramente um conflito entre personalidades bem definidas e contrastantes,que ao fim das peripécias sevêem transformadas, tendo suas vivências enriquecidas. Com efeito,a nãoser queos principais personagens estão todos envolvidos num assalto a banco que rende muito dinheiro e muitas jóias, não há uma trama bem estruturada na obra de Ferréz. Isso,porém, nãoé um defeito, esim uma virtude. Oque determinaaqualidade artística de umaficção, na tradição ocidental,é asua capacidade demimese,ou seja,de imitação da realidade. Ora, Ferréz se depara com uma realidade bemdiferente dasvivências da classe média alta, objeto da maioria dos romances.
Na periferia, objeto da ficção deFerréz, as vivências são bem diferentes. Não há histórias devida, porquea vida não está assegurada de an-
temão, comona classemédia alta; pelo contrário, avidana periferia é uma conquista diária – quando alguém acordade manhã, sua sobrevivência até o fim do dia não está garantida. Cadapersonagem, sejaum bandido, comoRégisou Neguinho da Mancha na Mão, seja um trabalhador, como José Antônio,vive nasquebradas exatamenteisso: quebrasumas em seguida às outras. Cada dia, na periferia, é diferente do outro, ao mesmo tempo que sua sucessão é sempre igual a si mesma, exatamente o inverso da vida na classe média alta, em que cada dia é, na quase totalidade, igual ao anterior, ao mesmotempoquesevão acumulandopequenas mudanças que,no fim do correr dosmesese dosanos,levama uma situação bem diferente do ponto de partida. Na periferia, um dia há um assalto,nodiaseguinte aparece uma criança crivada de balas, no terceiro dia há um latrocínio, no quarto um bandido é preso pela polícia – cadadia é completamentediferentedo outroenão sesabeo que vaiacontecerem
seguida, a que hora se vai tomar a próxima refeição – se é que vai haver uma próximarefeição. No entanto, se está sempre de volta,a cada manhã, ao ponto de partida: como fazer para assegurar a sobrevivência até a próxima manhã. Por issonãohá trama eos personagens aparecem soltos uns em relação aos outros, seus entrechoquesnão levamanenhuma mudança anterior – e é porissoque sepodedizerque Ferréz criou um verdadeiro romance, masumromance re-
presentativo da periferia, muito alémdo que oscânones da academia possam alcançar. Afinal,o grande escritor e grande críticoMário de Andrade,oprincipal intelectual paulista do século 20, depois de tentar várias definições de conto que não se aplicavam a obras exemplares do gênero, chegou à conclusão de que "conto é o queo autorchama deconto". Portanto, diante dessaobra de Ferréz, podemos dizer, em boa companhia, que "romanceé o que oautor chamade romance" e não o que a academia chama de romance. No romance de Ferréz, o que vemos são personagensbastante parecidos uns com os outros,queapenas seentrechocam e não interagem. Um pode matar ooutro, mas ninguém transforma ninguém. Todos são candidatosa matar ea serem mortos, a roubar e a serem roubados, sejamladrões,trabalhadores, policiais oudelegados, todos estãosempre em permanente estado de alerta, armando tocaias ou sendo objetos de armações de tocaias. Sóhá uma coisa em comum
com os romances da classe média alta: por trás de tudo, o personagem central, que domina todo o pano defundo, é o dinheiro, abufunfa,a grana,o cacau, seja por trás de uma carreira em ascensão, seja por trás de um latrocínio. No mais, na periferia de Ferréz, é cada um por si e Deus por ninguém: a vida é uma sucessão de traições,deviradasde mesa, de antigas alianças desfeitas em morticínios. A confiançaentre aspessoas éfugaz, dura o momento de um assalto eda partilhade seuresultado, de resto cada um vai para o seu lado e no momento seguinte pode estar matando seu aliado davéspera, ou sendo morto por ele. Não há suspense: há uma sucessão desuspenses: de ondepartirá opróximo tiro, qualseráo próximotraidor. Nasquebradas, sóháquebras. Umromance entrecortado, mas um romance verdadeiro.
Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro) e Memórias de Uma Bola de Futebol (Editora Escrituras).
Voluntariosos e irresistíveis, os gatos estão na moda. E viraram objeto do desejo de anônimos e famosos.
Eles estão com tudo. No agito das grandes cidades e noaperto dos apartamentos, os gatos sãoos bichosde estimação ideais:calmose silenciosos, nãoincomodam os vizinhos enquanto os donosestão fora. Adoram dar e receber carinho, mas administram bem uma eventual solidão. Dormem até 16 horas por dia, passam outras duasse lambendo ecuidando dahigiene, eencantam qualquer um com as mais incríveis fofices usando uma bolinha de papel amassado. Famosos e anônimos que aderiram à moda são só elogios paraos seusmiaus.Fáceisde cuidar,basta manterà suadisposiçãouma tigela de água fresca, umpote cheiode ração eumacaixade areiasanitária limpa para as necessidades fi-
Amor pelos felinos uniu casal
A artista plástica Liliana passou sua infância em Moema, ZonaSulde SãoPaulo,rodeada pelos gatosque pegava nas ruas do bairro, dava banho, alimentava com papinha de leite emiolode pão ebrincava de casinha comeles, deixandode lado todas as bonecas. O engenheiro eletrônico Ezio fezfaculdadeemRoma, Itália, onde alimentava os gatos de um telhado vizinho à sua casa. Esperta,a gatinhaMusy pulou a janelae instalou-se na gaveta de sua escrivaninha, onde aguardava ansiosa pelas festas dos estudantes em que era a grande atração, com sua paixão pelas borbulhantes taças de champanhe que a faziam espirrar sem parar. Éclaroque,como nos românticos filmes italianos, esses dois um dia se encontraram. O amorpelos felinosque uniuo casal Ottanelli já dura 25 anos e tomou conta de suas vidas, inclusive a profissional. Há dez
anos,eles sejuntaram aoveterinário Humberto Crescenti, que cuidava dos bichanos da família, e abriram a pet shop e clínica veterinária Tomaretus. Cerâmicas - Onegócio vai de vento em popa e todos estão realizados, já que ganham a vida fazendo o que mais gostamlidar com animais em tempo integral. Liliana mantém o trabalho de artista plástica: faz cerâmicaspara decoração.São fruteiras, vasos,potes eoutras peças com temática felina, claro. E de quebra escreveu o livro Amici Miei, uma coletâneade crônicas em que relata singelas ecuriosas históriassobre bichanos e suas diferentes vaidades e manias.
O casal Ottanelli não teve filhos -"sógatos",divertem-se. Atualmente dividemo apartamento comNina-Ursa, Ícaro, Vicky, Valentina, Nonno e Milly, todos adotados por estarem em situações de abandono e maus tratos.
siológicas. Não precisam passear na rua várias vezes ao dia e nem tomar banhos semanais. A índole contemplativa dos gatos tem o poder de acalmar quemconvive comelese,segundo asculturas orientais,os bichanostambém trazemsorte e prosperidade. Cães egatos - Em paísesdo Primeiro MundocomoAlemanha,Itália, França,Suíça, Japão eEstadosUnidos,há temposos gatossuperaramos cãescomopet favorito.No Brasil,eles avançam rápido:a porcentagem devendaderação e produtos para felinos está encostando nos 40%,em relação aos 60% para cães. Celebrados em verso e prosa por Carlos Drummond de Andrade, FerreiraGullar, Niseda Silveira, Pablo Neruda, Charles Baudelaire, William Butler
Mark Twain, Leonardo daVinci,JorgeLuis Borges e StephenKing, estesanimais são realmente singulares. Cientistas tentaramcloná-los, comofizeramcom a ovelha Dolly. Obtiveram uma gatinha geneticamenteidêntica àda célula-mãe, mas na aparência... totalmente diferente. De deuses a demônios - A criaçãodefelinos domésticos remonta há cinco mil anos, no antigo Egito. Esses animais eramadoradosna figurada deusaBastet e maltratarum gato - responsável pelo combate ao rato, grande praga das colheitas -podia custara vidado humano responsável. Traficados por mercadores durante a ocupaçãoromana no Egito, os gatos espalharamsepela Ásia,Europa eOriente Médio, conquistando simpatia porseu auxílio nacaça aos animais daninhos.
Depoisdeficar 30anossem felinos por perto, a colunista social DanuzaLeãoresolveu queera horadevoltara tergatos. E foi assim que o dengoso e possessivo Haroldo,um tigradinho básico hoje com sete meses, entrou em sua vida e começou a mudar tudo. Para começar,Haroldoenfiou-se na cama da mamãe e decretouque "nadadeficar lendojornalsenãoeu rasgo". Depois foi preciso mexer na decoração, pois o filhote poderia se machucar ao derrubar algum objeto. "Daí achei que ele poderia estar solitário e adotei a Dinorah ", conta Danuza. No início foium Deus-nosacuda, Haroldo enciumado
botava Dinorah para correr toda vez que ela chegava perto de Danuza ou ensaiavasubirna cama. Resultado: a pequena ficou arisca,masos dois gatinhos acabaram amigos. No divã - A ansiedade em voltarparacasa ecafunezaros filhotesse intensificou a tal ponto que a colunista foi parar no analista. "Doutor, é normal isso? Eu não quero mais sair de casa, ir afestas, cinema.Só quero ficar com meus gatos". É normal, decretou o terapeuta. Eexplicou: "Todostemos umademanda reprimida de toque. Um ser humano, por maisamoroso que seja,não agüenta horas de cafuné. O gato adora ser acariciado", diz.
Fogueiras - Mas, naIdade Média, as coisas mudaram. O culto a Freya, deusa nórdica da fertilidade cuja carruagem é puxada por dois imensos gatos,provocou airadaIgreja Católica, que iniciou uma caça àsbruxas equeimounasfogueiras da Inquisição milhares de gatos e seus donos. Na coroação da rainha Elizabeth I, na Inglaterra,a Igreja demonstrou seu poder sobre o demônioqueimando gatosvivos ao final dacerimônia. Só a era vitorianatirou osgatinhos do sufoco. Em 1822 foi aprovadaa primeiraleianti-crueldade contra animais de toda a história do Reino Unido. Verdades e mitos - No século XXI, a internet tem sido uma grande aliada dos "gateiros". Sãomilharesde sitesnosmais diversos idiomas explicando detalhessobre asmais decem raças, dos conhecidospersas,
angorás e siameses aos raros sphinx sem pêlo e os gatos sem raboda IlhadeMan. Mas quem fazsucessomesmosão os vira-latinhas ou SRD (Sem Raça Definida). A web também ajudou adesfazermitos comoo deque gatostransmitem asma."Tem genteque fuma, coloca carpete na casa, fica com alergia respiratória e põe a culpa nogato", dizo veterinário Humberto Crescenti. Abandonados- Na erado politicamente correto,comprargatosderaça écadavez mais raro. Chique é adotar um dos milhares de gatinhos abandonados que aguardampor um dono nas entidades de proteção animal.Mas, nogatil ou na ONG,deixe queo bichano "escolha"você. Ninguém é "dono" de um gato, são esses adoráveis tiranosmacios evoluntariosos quecomandam seus humanos.
A artista plásticaVickyDolabella ganhou seu primeiro gato aos dois anos de idade, na Alemanha, de uma vizinha cujo felino vivia nos braços da lourinha. Doisanos depois, Magrão, o vira-latinha tigrado,mudou-se com afamília para o Brasil, onde viveu até os 19anos, longevidadeinvejável para um gato. Magrão foi o grande companheiro de infância e adolescênciadeVicky, juntocomoutra dúziadefelinos queelacriava escondido da mãe no porão da casa em Belo Horizonte (MG). Levou todos quando se casou. Afinal, eram a principal fonte de inspiração de sua arte.
Fama mundial - Publicitária, sóháquatroanosVicky Dolabelladecidiu dedicar-se totalmente à pintura, antes encarada como um hobby, mas que já fazia sucesso no exterior desdeque ela pintou seu primeirogatoe levouàgaleriade um amigo paraemoldurar.O marchand adorou o trabalho e o vendeu a um americano. Hoje, ela é famosa mundo afora por suas obras com temática felina - não apenas quadros, mas tambémroupas, acessórios e objetos de decoração. Já expôs nos EUA, Alemanha, Espanha e Itália. Porsua casa-ateliernobairrodo Morumbi,zonaSulde São Paulo, a inspiração circula livremente, encarnada em Sharon, Neguinha,AnaBeatriz, Amapola, Fred,Bill, Juninho e Bombril, que fazem dela "gatoe sapato":dormemem suacama, soltam pêlosnas roupasfavoritas, seescondem quando ela chama. Vicky adoracada gracinha deseus "filhos"felinos.Para declarar definitivamente seu amorpor eles, tatuou no próprio corpo quatro figuras de gatos. E para quem aindaduvidar desua paixão, a artista surpreende pelo desprendimento.Das vendas de seus trabalhos pela internet ou no atelier, 40% são destinadosa ajudarentidades eprotetoresde animais abandonados.
Reprodução/Divulgação
Você já consultou o calendário de 2004 para veremque diadasemana caemosferiados? Deu umaolhadinha para pensar em quando serão suas próximas férias? Todo final de ano é a mesma coisa, quase todomundo buscaumcalendáriodoano seguinteparaessas consultas. Se há algo que persiste, apesar de todos os meios eletrônicos – agenda, palm top, notebook ou o PC –, é o calendáriodepapel,a popular "folhinha".
Elas já foram a principal ferramenta de marketing. Papelarias, padarias, oficinas de assistência técnicae empresas as distribuíam comobrindede fim de ano. Hoje são mais raras e,muitas vezes, são pequenos calendários,com imã,paraserem afixadosemgeladeiras. Mashá tambémaquelesque são comercializados,como o tradicionalcalendário daImprensa Oficial do Estado.
Traço de Caruso
Em homenagem aos 450 anos dacidadedeSãoPaulo, quese completamnodia 25,o calendárioda Imprensa Oficial doEstadoécompostode ilustrações do cartunista Paulo Caruso. Com seutraço rápido e expressivo, Caruso fazuma nova representação do urbano. São Paulo por Paulo Caruso – Um Olhar Bem-Humorado sobre esta Cidade traz, em cada mês, um lugar especialmente escolhido pelo cartunista e um comentário com o seu humor
característico. Como "No Copan, Niemeyer escreve certo comlinhas tortasnossaentrada na modernidade".
Ocalendárioda Imprensa Oficial jáestánas livrarias e custa R$ 25. Também pode ser adquirido pelosite www.imprensaoficial.com.br/livraria.
Anônimos e célebres
Também em homenagem aos450 anosdacidade, oInstituto Museuda PessoaNet lançou oseucalendário 2004. Nele estão a história de vida de 12 moradoresanônimosou célebresde diferentes regiões da cidade. Entre eles, o repensas pessoas, masaomesmo temporefletem amemóriada cidade e o jeito que nela se vive, mostrando as diferençasde culturas etipos.Cadapágina do calendário traz fotos, frase e uma minibiografia.Todaa rendaobtida comavendado calendário destina-seaações sociais desenvolvidas pelo Instituto Museu da Pessoa.Net. O calendário 2004 Museu da Pessoa.Net pode ser adquirido nas livrarias ao custo de R$ 10.
Refletida em fotos
Os melhores amigos do homem tista Sebastião Marinho, o exjogador defutebol JoséCarlos Bauer, que pertenceuao São Paulo FutebolClube eintegrou a Seleção Brasileira, o camelô Cláudio Ribeiro, a exvendedora polonesa RosaFajersztajn, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, o educador Paulo Freire (1921/1997)e ovaqueiro Germano de Araújo. As históriasabordam passagem particulares das vidas des-
O calendário da Editora Melhoramentos – São Paulo 450 anos, Reflexos deuma cidade –, traz 12 fotosdo fotógrafo Alex Salim, por umângulo inédito. Cada pontotradicional dacidade reflete-se em algo.Seja nos óculos do camelô, no párabrisa de um carro, ou na fachada de vidrodomodernoprédio.É o antigoe tradicional impregnandoo novo. Mineiro, radicado em São Paulo, Salim produziuumbelíssimo trabalho.
De amigos e trabalho
Asfolhinhas oucalendários sempreabriramespaço para crianças e animais. A Brascard lançou duas opções de calendário ilustradas com fotos de cães. Produzidas pelo argentino Lionel Falcon, ex-fotógrafo de celebridades, as fotos de filhotes de cães ilustram o calendáriodeparede, emformato espiral. Além da foto, cada mês traz um pequeno histórico so-
Os prédios refletidos nas fotos do calendário da Melhoramentos bre a raça do animal. O calendário de mesa, com capa estojo de acrílico, estampa filhotes de cãese gatos.O primeirocusta R$ 20eo segundoR$11. Podem seradquiridos pelosite www.brascardnet.com.br ou pelo fone 5632-0558. Trabalho,navisão de12diretoresdearte dasprincipais agências de propaganda do país ,éotema doCalendário Pancrom2004, que aGráfica Pancrom produziu institucionalmente.Distribuídoa seus clientes, o calendário é ilustrado com criações deLuciano Lincoln, da F/Nazca Saatchi & Saatchi; CristinaAmorim,da Giovanni,FCB;Luiz Sanches, da AlmapBBDO; CarlosRocca, da DPZ, e Marcelo Lucato, da McCann Erickson. Beth Andalaft
O calendário nasceu da necessidade que o Homem sentiu de dividirseu tempo,para saber a época das atividades agrícolas ecomerciais. A palavra origina-se do latim calendae, primeiro dia domêsromano, data em que as contas eram pagas. Para criaro calendário recorreu-se aregras baseadasna astronomia. O primeiro calendário foi o egípcio, que surgiu em3000 a.C.,estabelecendoo ano de 365 dias, 12 meses de 30 dias e cinco dias extras, dedicados aos deuses. É conhecido como calendário solar. Com 12 meses, divididos em quatro semanas, de 29ou30 dias cada,com início apartir do aparecimento da lua nova, o calendário babilônico tem 354 dias, 11 a menos que o solar. Variações – Osromanostiveram vários calendários. O primeiro foi ode Rômulo, baseado no calendário egípcio. O ano tem 304 dias, divididos em 10 meses lunares, iniciando-se em1ºdemarço. Reformado por Júlio César, esse calendário tornou-se ojuliano,que estabeleceu operíodo de365 dias, para ajustar-se ao ano solar, acrescentando-se um dia a cadaquatro anos, em fevereiro. O período ficoucom 366 dias, e deu origem ao ano bissexto. G r eg o r i an o – Reformado pelo papa GregórioXIII,em 1582, ocalendário gregoriano é utilizado até hoje, sendo praticamenteuniversal. Atémesmo países não-cristãos o adotampara usocomercial,mantendo outro para fins religiosos. (BA)
Adultos e crianças se encantam com as possibilidades de jogos oferecidas pela Origem, Jogos e Objetos. Há os mais variados tipos de brincadeiras.
Por Heloísa de Araujo Moreira
Mônicae Patrícia faziam caleidoscópios.Um dia, chamaram Maurício para ajudar, começaram a pesquisar jogos antigos, montaram uma indústria de jogos de tabuleiro, cresceram, viveram felizes para sempre... A empresa se chamaOrigem, Jogos e Objetos, e a história começa em1987, emBelo Horizonte,maselesjá seconheciam há muito tempo. Mônica e Patrícia Sabino nasceram irmãs, filhas de Gerson, irmãodo escritor Fernando Sabino.O físico e jornalista Maurício de Araújo Lima já era marido de Patrícia. Di fe ren te de outras empresas familiares, essa deu certo. O objetivoinicial, criar brindes paraempresas, foi um sucesso – é o carro chefe da Origem, e muitos produtos nem chegam ao varejo. O pulo do gato é o foco em jogos e objetos lúdicos para guardar, que lembram ainfância,que podem ser usadoscomo brindes conceituais, no treinamento de empregados. O aumento na escala de produçãonãomudouo cuidado com oacabamento, artesanal; a escolha de materiais naturais, madeirareciclada, couro, vidro, pedra sabão. Nem os projetos paralelos da empresa, como abelíssimaexposição A Voltaao Mundo em80Jogos , montadaano passado com o Sesc,quejá rodouváriascidades de São Paulo (leia a matéria
abaixo sobre índios). Dezesseis anos depois dos primeiros caleidoscópios, vendidos numa feira de artesanato em Belo Horizonte, a Origem tem umcatálogo institucional com 100 produtos, cresceu 20% num ano de crisecomo 2003, trabalha com a Petrobrás, a HP, a Fiat, o Citibank. Comobonsmineiros, os sóciosnãodivulgam seufaturamento, mas os outros números dereferênciado ano passado não são modestos: atendimento de 500 empresas em oito estados brasileiros, c o me r c i a li z ação de 90 mil produtos. M a u rí c i o cuida da p e s q ui s a , criação e des en vo lv imento dos p ro du to s. Patrícia, formada em história e administração de empresas, da produção. E Mônica, economista, éa comerciante e responsável pela filial de São Paulo da empresa. Uma loja muito simpáticano ItaimBibi,onde se pode conhecer parte dos 300 jogos antigos da coleção da Origem,e usufruirdacortesia dosdonospara tomarumótimo capucino e se distrair com os jogos colocados à disposição dos fregueses.
SERVIÇO
Origem – Jogos e Objetos r. Pais de Araújo, 184 – Itaim Bibi- São Paulo (3079-2794); r. Tomé de Souza, 1174 –Savassi- Belo Horizonte (313221-3222). Preço dos jogos e objetos - na loja, de R$ 35,00 a R$ 120,00. www.origem.com.br
Atualmente a Origem trabalha na pesquisa Jogos Indígenas do Brasil, patrocinada pela Bosch, com uma equipe liderada por Maurício Lima, e a colaboração de dois importantes pesquisadores na área: o holandês Dr. Alex Voogt, da Universidade de Leiden, e presidente da Sociedade Internacional para Jogos de Tabuleiro; e Irving Finkel, do Museu Britânico. Fazem parte, também, Breno Gomide Nogueira ( produção), Alfredo Alves ( vídeo), Fabian Silbert (fotografia), Alessandro de Rezende Viggili (assistente de produção), Thiago Souza Spíndola (áudio), e Tatiane de Oliveira (assistente). A primeira etapa termina em 2004, depois de percorrer comunidades indígenas do Xingu, Mato Grosso do Sul, Maranhão, São Paulo, Minas, Acre e Amazonas : os Kamajurá, Bororo, Pareci, Terena, Kanela, Guarany e Msxakali, Ashaninka e Tikuna. Serão feitos um documentário, cópias dos jogos para museus do Brasil e Exterior, e 20 mil kits com jogos indígenas e cartilhas para escolas públicas. Nas aldeias visitadas foram registrados jogos de piões (Y’ym, para os camaiurás; Xinihocedy, para os paresis), peteca, arremesso de varas, e boliche só para mulheres paresis, jogado com um marmelo em lugar da bola. Consulte www.jogosindigenasdobrasil.art.br e www.estadao.com.br
A Origem, Jogos e Objetos tem também vários jogos
Jogos fazem parte da história e os mais antigos foram encontrados em escavações de sete mil anos no Egito e na Mesopotâmia, hoje Iraque. O que não é de estranhar, já que jogos simulam situações reais de perigo, de combate e conquista. No início da pesquisa, Patrícia e Maurício voltaram a atenção para os jogos dos filmes. O Céu que nos Protege (Bertolucci) e Montanhas da Lua (Larry Olyphant) mostra mancalas. Em Crown, o Magnífico (Norman Jewison), Steve McQueen e Faye Dunaway interpretam um
famoso jogo de xadrez e sedução. Na Última Tentação de Cristo (Martin Scorcese) é jogado o Senet. Para o filme Quinteto, Robert Altman criou um jogo com o mesmo nome em que os personagens decidem sobre poder e sobre vida e morte. Na loja da Origem há 50 jogos diferentes. Além de objetos como relógio do sol, bússolas, cinema em cartões, um boneco articulado, a escada com o malabarista. Escolha o seu.
Outro modelo do popular jogo da velha
Gamão – é o rei dos jogos, preferido dos soberanos e conhecido desde a Mesopotâmia. Na Origem, o tabuleiro é inspirado num modelo persa do século 17.
Mancala – nome genérico para mais de 200 jogos originários do Egito antigo, com cerca de 7 mil anos. Há vestígios de tabuleiros de mancala na pirâmide de Quéops. Alguns povos usam o mancala para escolher um novo rei. São jogados com pedras pequenas, conchas, desenhados na areia. Na Índia, os marajás jogavam com pedras preciosas. Na Origem, é um dos mais vendidos. Go – há quem diga que é o melhor jogo já inventado. Foi usado por Mao Tsé Tung para treinar seus soldados. Há dúvidas sobre qual imperador chinês o criou: Yao (2300 a.C.), ou Shun (entre 2255 e 2206 a.C.)
Xadrez – há referências ao xadrez já no ano 600, na Índia. Na coleção da Origem, há réplicas baseadas nos personagens de Alice no País das Maravilhas e de um jogo escocês em marfim, provavelmente do século 12, encontrado na ilha de Lewis, em 1831, e usado no filme Harry Porter. Para comprar, há o xadrez Bauhaus, em madeira, da famosa escola de Walter Gropius, em que cada peça tem o formato do seu movimento no jogo.
Senet – precursor do gamão, favoritos dos faraós. No tesouro de Tutankamon há um exemplar em ébano e ouro. Simula uma partida contra o deus sol, Rá.
Jogo Real de Ur – um dos jogos que inspiraram o gamão. O original foi encontrado em Ur, cidade da Mesopotâmia, em 1920, pelo arqueólogo inglês sir Leonard Woolley. As peças representam aves e o jogo, sua viagem pelo deserto até um oásis.
Xo Dou Qi – jogo chinês de caça, do século 20. As peças são belos animais fundidos em metal.
Bagha Chal – é um jogo do Nepal sobre o equilíbrio entre qualidade e quantidade. Os donos da Origem o resgataram com jogadores na rua, no Nepal.
Jungle – inspirado no Chaturanga, precursor do xadrez, simula a luta entre quatro exércitos. Do século 5.
Zohn Ahl – jogo dos índios americanos Sioux.
Bagatelle – um dos jogos dos pubs ingleses, que se tornaram populares a partir do século 19. Exige habilidade manual.
Feche a Caixa – também um jogo de bar, de marinheiros normandos do século 18.
Rede Globo homenageia os 450 anos da capital com um trabalho que mostra o desenvolvimento das artes na cidade e traça um painel político da época
Por Regina Ricca
Um dos períodos mais efervescentes da cena cultural brasileira, a Semana deArte Modernade 1922,vai servir como pontodepartida histórico para a minissérie Um Só Coração, que a Globo estréia no dia 6 de janeiro. Escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, a minissérie terá 52capítulos, maisde 70atores e consumiu um orçamento que bateu na casa dos R$ 10 milhões. Um Só Coração irá retratar 32 anos de história de São Paulo (de 1922 a 1954, ano das comemorações do quarto centenário),e será oprincipal ‘presente’ da emissorapara as comemoraçõesdos450 anos da capital paulista.
Reais e fictícios
Essa sagapaulistana, segundo Alcides Nogueira, vai cruzarhistórias de personagens reais e fictícios.Tudo começa na SãoPaulo de 1922.No centro da trama estarão a jovem da sociedade paulistana Yolanda Penteado (vivida por Ana PaulaArósio)e o industrial eum
dos homens mais ricos de São Paulo na época, Ciccillo Matarazzo (Edson Celulari), ambos personagens reais e mecenas dos modernistas. Outros personagens verdadeiros também vão povoar a trama de Um Só Coração – os amigos e admiradoresda bela Yolanda, Santos Dumont (Cássio Scapin), Oswald de Andrade (José Rubens Chachá) e Mário de Andrade (Pascoal da Conceição), as pintoras Anita Malfatti (Beth Goffman), o rei da imprensa e também polêmico mecenasAssis Chateuabriand (Antonio Caloni), a escritora e poeta comunista PatríciaGalvão, a Pagu (Miriam Freeland), e os poetas MenottiDelPicchia (Ranieri González)e GuilhermedeAlmeida (Marcelo Várzea).
Apesar dedesejada por vários homens,Yolanda seapaixona por um jovem anarquista e estudante de medicina, Martim (personagem fictício). Mas atradicional famíliaPenteado é contra o namoro (Martim é preso e eles se separam), e Yolanda acaba se casando com umprimo,Fernão (Hérson
Cenas sensuais também vão estar presentes na minissérie, protagonizadas por Ana e Erick
O ponto alto da minissérie Um Só Coração será, com certeza, o dia em que for ao ar o capítulo que reproduz a Semana de Arte Moderna de 1922. As cenas foram gravadas durante o último dia 2 de novembro no teatro Municipal de São Paulo, o verdadeiro palco dos acontecimentos, e até os autores da minissérie, Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, participaram como figurantes, vestidos com figurinos de época.
Personagens conhecidos da sociedade paulistana, como a diretora do Itaú Cultural, Milu Vilella, e as socialites Bya Barros, Maria Lúcia Segall e Alice Carta, também fizeram parte das gravações. "Achamos que seria muito interessante convidar descendentes de famílias que viveram aquela história e aquela época da cidade. Acabamos estendendo a idéia e o convite a pessoas que também representam São Paulo nos dias de hoje", afirma Maria Adelaide Amaral.
SEXTA, DIA 2/1
Meninas Superpoderosas estão de volta ao Cartoon Viagem pelo mundo das bebidas
Já o Canal A&E Mundo também estréia hoje, às 20 h, uma nova série: Viajante Sedento tendo à frente o especialista em bebidas
As cenas vão reproduzir, por exemplo, o famoso discurso de Graça Aranha, falando sobre a 'curiosa e sugestiva exposição' a que o público teria acesso a partir daquele dia, e as vaias, com direito a chuva de batatas durante a apresentação de Mário de Andrade. Quadros como Homem Amarelo e Mulher de Cabelos Verdes, de Anita Malfatti, além de obras de Victor Brecheret e Vicente do Rego Monteiro também farão parte das cenas. (RR)
SÁBADO, DIA 3/1
Capri). Traída, a jovem deixa o maridoepassaaviver como poderoso industrial Ciccilo Matarazzo,a quemYolanda procura duranteuma crisefinanceira que atinge a família Penteado. Amante das artes, Ciccilo se encanta por Yolanda e ambos, além deumcasamento,firmam uma parceria cultural decisivapara aculturapaulista. Juntos, realizam, entre outras coisas, a Bienalde São Pauloe oMuseude ArteModerna.
"O que mais gosto na Yolandaé suaalegriade viver.Estou fascinada com o trabalho e com a popularização deste período dahistória doBrasil que a minissérie vaiabordar. Adoro fazer trabalhos de época e acredito que tenha facilidade por minhas características físicas,queacho queseencaixam nestetipo de personagem. A produção é ótima e o clima entre elenco e equipe não poderia sermelhor. Alémde tudo,minha personagem monta a cavalo, queé umadas coisasque mais gostode fazer"contaa atriz Ana Paula Arósio.
Segundo o diretor-geral de Um Só Coração, CarlosManga,aminissérie mostraaprojeçãodeSão Pauloatravésda cultura."Foi acultura quetirou São Paulo de uma província rural para uma cidadeindustrial."
Política na trama
ParaMaria AdelaideAmaral,que escreve asuaquarta minissérie paraa Globo,embora baseada emfatos epersonagens reais, Um Só Coraçã o éumaobra deficção. "É umtrabalhodelicado. Estamos tratandoos grandespersonagens com muita dignidade, mesmonos seusmomentos de vilões." Além da Semana de Arte Moderna, aminissérie vai abordar comopano de fundo da trama a Revolução de 1924, a crise de 1929, a Revolução de 1932,a adaptaçãoàsdiretrizes da era Vargas, os ecos do nazismoe dofascismo, osrefugiados deguerra, ainfluência americana,a consolidaçãodo modelo democráticonoBrasil. Um painel da época.
DOMINGO, DIA 4
Janeiro Espacial no National Geographic Rodrigo Santoro conversa com Gabi A Fuga das Galinhas em duas versões É tempo de férias e por isso a programação infantil ganha mais atrações. Hoje, às 19h30, as garotas (e garotos, por que não?) vão poder assistir à estréia da nova temporada de As Meninas Superpoderosas no canal Cartoon Network. As histórias de Florzinha, Lindinha e Docinho, um trio que vive frustrando os planos de insanos vilões, como o Macaco Loco, vão ser sempre exibidas às sextas, às 19h30, com reprises aos sábados às 10h30 e aos domingos às 18h30. É para curtir mesmo!
John Gotner, que passeia pelo mundo visitando os lugares de origem dos melhores vinhos, dos mais renomados licores, das vodcas mais famosas e de outras bebidas conhecidas. Neste primeiro episódio (a série vai ao ar todas as sextas, às 20 h), ele vai à França e se envolve no delicioso borbulhar da Champanhe. Uma maneira interessante de conhecer bebidas.
Uma série de documentários que tenta explicar os segredos do universo é o destaque de sábado, às 22 h, no canal National Geographic. Batizado como Janeiro Espacial, o programa especula sobre a possibilidade de encontrarmos planetas similares à Terra. Hoje, será exibida a primeira parte de Universo Inexplorado programa de três episódios. O primeiro deles, Outros Planetas, apresenta os planetas recentemente descobertos pelo homem.
Um colírio para os olhos e um ator que provou ter talento, Rodrigo Santoro é o entrevistado de Marília Gabriela hoje, às 22 h, no GNT. Na reapresentação da entrevista, Rodrigo garante, por exemplo, que mesmo que sua carreira internacional tenha sucesso ela não vai deixar o Brasil por nada. Ele também fala sobre as suas participações em produções recentes, como a elogiada Carandiru de Hector Babenco, onde viveu um travesti. E diz ainda que seu maior pecado é a macarronada.
Marmanjos e crianças, a Fox exibe hoje, às 22 h, com reapresentação amanhã, dia 5, às 10 h (em versão dublada), a divertida A Fuga das Galinhas. Filmado com a técnica da animação em argila, o filme narra a história de Rocky (voz de Mel Gibson), um galo americano recém-chegado à granja da Sra. Tweedy, um lugar onde as aves estão acostumadas a levar uma vida insignificante, botando ovos e se transformando no jantar. Disposto a mudanças, Rocky idealiza um plano de fuga.
Em todo o mundo, a chegada do novo ano foi celebrada com muita festa e sem ocorrências de maior gravidade
Acena se repetiu pelos países, com fogos de artifício, abraços, beijos, congraçamento. Por alguns momentos, o mundo teve paz. Mesmo nos Estados Unidos, onde o receio de atentados terroristas levou o governo a manter estado de alerta total, as comemorações ganharam as ruas. No Brasil, este foi chamado de "o Réveillon da paz". Três milhões de pessoas comemoraram no Rio de Janeiro; em São Paulo, 1,9 milhão foram ver a passagem do ano na avenida Paulista. E cerca de 386 mil veículos desceram a serra, com destino às praias do litoral.
Acelino Freitas, o Popó, comemora a vitória sobre Artur Grigorian, do Usbequistão, e a conquista do cinturão dos leves da Organização Mundial de Boxe, no ringue do Foxwoods Casino, em Connecticut. O brasileiro ganhou por pontos, em decisão unânime dos jurados, depois de mandar quatro vezes o adversário à lona e agora é campeão mundial dos leves e dos superpenas
Aos 28 anos, o baiano
Acelino Po pó F reit as
na madrugada
no
Casino -em Connecticut (EUA)- umfeito histórico do incomparável Éder Jofre aoconquistar, contra o campeãoArtur Grigorian, o cinturão dos pesos leves da Organização MundialdeBoxe. Éder Jofre era o único brasileiro campeão emduascategoriasdistintas -galose penas. Popó játinha otítulodossuperpenasda OMBeda Associação Mundial de Boxe (AMB)e ganhou ocinturão doslevescom avitóriapor pontos em decisão unânime dos jurados após a luta de doze assaltos em que ele derrubou Grigorian quatro vezes.
Popó dominou totalmente o combate. O fato de ter subido de pesonão prejudicouo preparo físico do brasileiro, que mostrou intensa movimenta-
ção em todo o combate. Sempregirando pelo lado esquerdo, fugiu da canhota de Grigorian econseguiuacertarbons golpes desde o início da luta. O experientejuiz EddieCotton chegoua abrir quatrovezes a contagemparaGrigorian: no quarto,sexto, sétimoe oitavo roundes.
Foia 35ªvitóriade Popóem 35 lutas e a quarta vez em que ele não venceu por nocaute. Grigorian, de 36 anos, também estavainvictoatéo combate deste domingo,com36 vitórias,22pornocaute.A superioridade dobrasileiro naluta não deixou a menor dúvida para os juízes, que lhe deram a vitória porunanimidade-com contagemvariada de115-108, 116-107e 116-107.Oex-campeão Grigorian, que deteve o cinturão dos leves da Organização Mundial de Boxe por mais desete anos, só acertou um bom direto de esquerda no
Depois de fechar 2003 como campeão mundial de seleções em todas as categorias, o futebol brasileiro abrea temporada de 2004 jogando em campos doChileo primeiroturnode um sonho inédito- oouro olímpico em Atenas passa pela conquista de uma das duas vagas sul-americanas em disputa noTorneio Pré-Olímpicoque começa nesta quarta-feira. ASeleção Brasileira,treinada por Ricardo Gomes, está no grupo A da competição e jogará contra Venezuela, na quar-
ta, Paraguai, na sexta, Uruguai, no domingo, e Chile, no dia 15. Todos os jogos do Brasil na primeira fase do Pré-Olímpico serão disputados no Estádio Municipal de Concepción. No grupo B estão Argentina, Colômbia, Bolívia, Equador e Peru,que jogarãoentre si. O primeiro colocadodecada grupo se classificará automaticamentepara oquadrangular final da competição. As outras duas vagasserão definidasnos confrontos entre o2º lugar do grupo A x 3º lugar do grupo B e
2ºlugardogrupo Bx3ºlugar do grupoA. Noquadrangular final, todasas equipejogarão novamente entre si,classificando-se as duas primeiras para a Olimpíada de Atenas. Os jogos da fase final serão disputados em Valparaíso e em Viña del Mar. Ontemfoio últimodia em que a Seleção Brasileira, formada com base no Santos e no Cruzeiro,treinouem período integral. RicardoGomescomandou à tarde o primeiro treino coletivo desde a chegada
rostodo brasileiro emtoda a luta. Sem noçãode distância, cansoudeerrargolpes enão conseguiu achar o desafiante. O terceiro cinturão mundial abre novas perspectivas profissionais parao lutadorbrasileiro nos Estados Unidos. A HBO,por exemplo, teminteresse em mostrar uma luta de Popócontra onorte-americano Floyd Mayweather, campeãodosleves peloConselho Mundial de Boxe, e pode pagar uma bolsa de US$1 milhão ao baiano.Antes, porém,o empresárioArthurPellullo, que cuida desua carreira,planeja uma luta de Popócontra o romenoLeonard Dorrin,dono docinturão dosleves daAssociação Mundial de Boxe. Popó terá duas semanas para decidir em quecategoria continuará lutando evai passar os próximos sete dias em uma estação de esquiem Massachussetts com a mulher Eliana.
Começa a luta pelo ouro olímpico no futebol: o técnico Ricardo Gomes orienta os jogadores antes de treino em Concepción. Robinho e Diego são as estrelas do Brasil-Sub-23 que vai brigar no Chile por uma vaga em Atenas.
ao Chile e deixou claro, mais uma vez,que otime paraa estréia contra aVenezuela deverá terGomes (Cruzeiro);Maicon (Cruzeiro), Alex (Santos), Edu Dracena(Cruzeiro)e Maxwell(Ajax); PauloAlmeida (Santos),Elano(Santos)e Diego (Santos); Dagoberto (Atlético Paranaense), Daniel Carvalho (Inter) e Robinho (Santos).
Os jovens Diegoe Robinho, campeõesbrasileiros em2002 e vice-campeões sul-americanosem2003 comacamisado
Santos, são asprincipais estrelasdaSeleção quenão pôde contar com Kaká, Júlio Baptista e Luisão, obrigados por seus clubes a trabalhar nos campeonatos europeus enquanto os colegas ematividade noBrasil estiverem brigando por uma vagana Olimpíada.Garantida a presençado futebolbrasileiro em Atenas,o técnico Ricardo Gomes espera contar com todos eles na luta pelo ouro. Afinal,éa únicahonrariainternacional que falta ao futebol multicampeão do mundo.
DESTINO DE RIVALDO É CRUZEIRO OU BOTA Paulo Pinto/AE
Rivaldo deve anunciar hoje em que time jogaráem2004.Ele vai optar entreoCruzeiro,campeão nacional e forte candidato ao títulodaLibertadores, e oBotafogo, que estará de volta à Primeira Divisãodofutebol brasileiro.Oclubecarioca contacoma ajudada Prefeitura do Rio para pagar os saláriosdocraque quedeixouoMilan hápouco e foianunciado ontempelaConfederação Asiática de Futebol como a nova contratação do Al Ittihad, da Arábia Saudita. O anúncio foi desmentido pelo empresário do jogador, Carlos Arini: "O Rivaldo ficará no Brasil."
DIEGO TARDELLI JOGA A COPA SÃO PAULO
O atacante Diego Tardelli, que era esperado havia duas semanas paratreinarcom otimedejuniores que disputa a Copa São Paulo, reapareceu somente ontem no Morumbi e será multado em 40% dos seussalários. Semdireito areclamação, segundo contou ao repórter Cosme Rímoli: "Ninguém me avisou, mas tudo bem. Vou acatar. Oque nãoqueroé ficarmarcado como problemático." Falou e foi ver os 5 a 0 sobre o Criciúma na estréia do São Paulo na copinha. 0
COM 80 TIMES, COPA PERDE IMPORTÃNCIA
Asequipesdos grandesclubes paulistas começaram bem na Copa São Paulo - além da goleada tricolor sobre o Criciúma, o Palmeiras venceu por 3 a 0 Barra, do Mato Grosso, o Corinthians fez 2 a 1, de virada, noFigueirense comgols aos42 e44minutos dosegundo tempo, e o Santos bateu o Madureira por3 a 0. Nada,no entanto, animaa torcida a acompanhar uma competiçãocom 80equipes e um complicadosistema de cruzamentos e fases.
O Corinthiansainda buscareforços para a temporada, mas pode perder Rogério para o futebol de Israel.O Macabi Haifa negociacom a HickMuse a contratação do lateral. Era só o que faltava.
Vagner juraque nãopensa emse transferir tão cedo para o futebol da Europa. Prefere colecionar títulos no Parque Antártica. Se não for umafalsa juradeamor,é sinalde juízo. Muita gente está saindo cedo demais do Brasil.
Será que no Cruzeiro, sob o comando atento de Vanderlei Luxemburgo, Guilherme vai entrar em forma física e finalmente sededicará emtempo integral ao ofício de artilheiro que ele conhece tão bem?
Euller, RomárioeMarcelinhoCariocaestãofalando emjogarjuntosno Fluminense.Apossibilidade enche de alegria alguns torcedores nas Laranjeiras e apavora outros tantos.
OveteranoZinho, queainda pode darjeito no meio-decampo de muitos times grandes do Brasil, está de saída do Cruzeiro.
*Com Agência Estado e Reuters
Construção de túnel sob a Faria Lima também interditará um trecho da avenida Eusébio Matoso. A obra deve durar 11 meses e custará R$ 66 milhões.
A partir das 10 horas de hoje, uma segunda-feira, com boa parte dos paulistanos já de volta dos feriados de fim de ano e quando 2004 começade verdade, a pista centro-bairroda avenida Rebouças, umas das principais artériasviárias da zona oestedacidadedeSão Paulo, será interditada entre a rua Maria Carolina e a avenida Faria Lima. Ao mesmo tempo, a avenidaEusébio Matoso, continuação naturalda Rebouças, terásua pista bairrocentro fechada entre a rua Ibiapinópolis ea avenidaFaria Lima. O motivo: a Prefeitura inicia a construção do controvertido túnelque ligaráa Rebouças à EusébioMatoso, sob a avenida Faria Lima. O obra, na verdade uma passagem em desnívelde 460 metros de extensão, deverálevar 11 mesespara serconcluídae custará R$ 66milhões aos cofres municipais. Em dias de semana e em condições não muito piores que as normais, otrânsito na região chega próximo ao caos, com congestionamentos constantes. É de se supor que as obras quecomeçam hojecompliquem aindamaisasituação. Seja comofor, aPrefeitura investiupesado eminformação e,aolongodofim desemana que passou,instalou naregião 400 placas de advertência, 114 placas de sinalizaçãoe 36 faixas. Cerca de 700 mil panfletos foram distribuídos na área de influência da obra. Além disso, o site www.dcome rc io. co m.b r , do Diário do Com ércio , informa os usuários das vias locais e demais interessados sobre as melhores alternativas de trânsito. Confusão dominical– Ontem à tarde, numa espéciede antevisãodo quepoderáser esta segunda-feira, muitos motoristas discutiram com "marronzinhos" postados no cruzamento das duas avenidas, onde a CET instalou uma base móvel.Naverdade,foi feito um teste da circulação viária quepassa avigorar na Rebouças a partir de hoje. Quemdescia essaavenida em direção ao bairro, trafegava normalmente pelapistacentro-bairroaté arua MariaCa-
Britney Spears passa um dia casada e já pede a separação
A cantora norte-americana
BritneySpears secasou noúltimo sábado com um amigo de infância ejá estariapedindo a anulação da união.Segundo o site People.com, tudo não teria passado de "uma brincadeira que foi longe demais".
O marido-relâmpagode
Britneychama-se JasonAllen Alexander e tem 22 anos, mesma idade da noiva. O casamento aconteceu na Little White WeddingChapel, emLasVegas, conhecidapor terabrigado outras uniões famosas, comoa de Bruce Willis eDemi Moore. Amigosda cantoradizem não saber oque "deuem sua cabeça". (Agências)
Caminhos alternativos
Em vermelho, os trechos interditados da Rebouças e da Eusébio Matoso. Setas mostram alternativas.
Acima (à esquerda), placas de sinalização são substituídas na esquina da Rebouças com Faria Lima. À direita, concepção artística mostra como deverá ficar a Rebouças com o novo túnel.
rolina.A partir daí, otrajeto era completado pela pista bairro-centro, isto é, pela contramão. Ao chegarem à Faria Lima, os motoristas, ainda na contramão, convergiam à esquerda para essa avenida, caso o destino fosse, por exemplo, o Shopping Iguatemi. Ocorre que essa conversão nãoé permitida.Os"marronzinhos"orientavam os motoristas a entrar à direita na Faria Lima, fazer o primeiro retorno
à esquerda e, finalmente, pegar a pistada FariaLima quedá acesso aoshopping e,mais adiante, à avenidaCidade Jardim. Hoje,comainterdição em curso para valer, certamente os engenheiros da Prefeitura apresentarão uma soluçãoracional para esse percurso. Asalterações – Basicamente, as principais alterações a serem promovidas pela Prefeiturana regiãodasavenidasRebouças e Faria Lima são:
1) Interdição da pista centrobairro da Rebouças entre a rua Maria Carolina e a Faria Lima.
2) Interdição da pista bairro-centro da avenida Eusébio Matosoentre aruaIbiapinópolis e avenida Faria Lima
3) Arua SampaioVidal, paralela à avenida Rebouças, terá mão única entre a avenida Faria Lima e a rua Joaquim Antunes, nesse sentido.
4) A alamedaGabrielMonteiro da Silva terá mão única
desde a marginal Pinheiros até a rua Maria Carolina,nesse sentido.
5) A rua Maria Carolina terá mão única entre aGabriel Monteiro da Silva e a Henrique Monteiro, nesse sentido.
Alternativas – As alternativas propostas pela CET são inúmeras e envolvem boa parte do sistema viário dos bairros dePinheiros, doJardimEuropa e de Cidade Jardim.
Com mapas animados, o site
da CET na internet dá explicações detalhadas sobre alternativas viárias. De qualquer forma, ruas como a Cardeal Arcoverdee Artur deAzevedo são caminhosnaturais paraquem utiliza a Rebouças no sentido centro-bairro. No sentidoinverso, a rua Sampaio Vidal surge comoa alternativadisponível. Ruas tradicionalmente tranqüilas deverãoreceber grande umvolume detrânsito a partir de hoje. Divergências – Não há unanimidade em torno da interdiçãodas pistasda Rebouças,da Eusébio Matoso e da construçãodo túnelsoba FariaLima. Ontem, por exemplo, enquanto a CET tentava organizar as mudanças viárias, Eduardo Cordeiro Nunes, gerente da Video Factory,tradicional locadora paulistana localizada na Eusébio Matoso, 269, já previaumaqueda depelomenos 50% em seu movimento de 4.500 locações mensais. "Metade dos nossos 12 funcionários será deslocada para a rua, com o objetivo de orientar nossos clientes, que serão obrigadosachegara péàloja.Teremosnossos próprios 'marronzinhos', incumbidos ainda de dar segurança aos clientes." Outra pessoa a criticar a obra é Fernanda Bandeira de Mello, presidente doMovimento Rebouças Viva. Segundo ela, o túnel não solucionará aos problemas de trânsito no local, uma vez que os ônibus que trafegam pelo corredor não poderão circular pelo túnel, conservando seus trajetos pela superfície,oque manteriaossemáforos e frustraria a possibilidade de um fluxo constante na Rebouças, na altura do cruzamento com a avenida Faria Lima. Novo túnel – As obrasde uma outra passagem subterrâneanacidade jáestácomdata marcada para começar. No dia 11 terá início o túnel no cruzamentodaFaria Limacoma avenida Cidade Jardim. O prazo estimado para a sua conclusãoé de também 11 meses, a um custo de R$ 83 milhões para o município. Carlos de Oliveira Mais informaçõesno www.dcomercio.com.br
No segundo dia de aplicação da ordem judicial que determina aidentificaçãode todos os cidadãos americanos que desembarcaremao Brasil, a confusão noAeroporto InternacionalTom Jobim,no Rio, foi tanta que até canadenses foram erroneamente submetidos à mesma exigência. Houve filas emconseqüência dafalta de estrutura daPolícia Federal para executar com agilidade todo o procedimento.
"Tivemos que deslocar funcionários de outra repartição e convocar quem não estavade plantão. Sea ordemjudicial se mantiver, teremos que criar melhores condições de atendimento, porquesenão, quando
houver um número maior de americanoschegando, haverá um atrasomuito grande",admitiu o delegado da Polícia Federal, Marcos Brügger.
"Ninguém nos informou sobre nada. Não estou entendendo nada", reclamouo canadense MalcomLeeMorris.
"Tivemos oito horas de vôo, estamos cansados e isso está precisando de mais estrutura para funcionar melhor", criticou ele que, com o pai em uma cadeira derodas, foiconfundidocom cidadão americano e fichado da mesma maneira.
Depois de receber as explicações sobre os motivos que levaram o Brasil aadotar tal medida,ele se conformou: "O país
estácerto.Se fazemissocom cidadãos brasileiros é correto ter o mesmo procedimento".
Surpresa e resignação foram ossentimentos detodosos passageiros que chegaram ontem aoBrasil peloaeroporto do Rio, vindos dos EUA. Organizador de eventos voltados para executivos americanos, John Sabbin, se disse preocupado com amanutenção danova regra."Tenho um congresso para mais de 70 pessoas em junho no Rio e acredito que a repercussão dessa medida pode afastaralguns interessados", disse, enquanto se sujeitava acarimbar os dedos em planilha da PF. Além das impressões digitais dosdez dedos,osamericanos tambémestão sendofotografados. Os novos procedimentos foramdeterminadospelo juizJulierSebastião da Silva, doMatoGrosso, combasena lei da reciprocidade internacional.Isso porqueosEstados Unidos começam, a partir de hoje, a identificar estrangeiros em seus aeroportos, com exceçãodosnascidos em26países, a maioria daEuropa, alémde Japão, Austrália e Brunei. O executivoGlenJohnson, da Texaco, disse ter lido nos jornais sobre a retaliação brasileira ao sistemade migraçãoameri-
cano e "entendeu, mas não concordou". "É compreensível pelo constrangimento causado. Mas, nosEUAhá necessidade de segurança por conta dos ataques terroristas.NoBrasilnão existe este risco", comentou.
Para Dell Son, que trabalha com o ramo de viagens, a medida não causou surpresas. "Hoje nada mais me surpreende.O mundo chegou em tal nível com esse medo de terrorismo, que uma medida desegurança acaba levando a outra e ficamos to-
dos reféns delas". Bem-humorado,o casalRoberte Shirley Koffman, aproveitou para fazer piada com a identificação exigida pela PolíciaFederal. "Posso fazer umafoto de minhamulher com dedinhos sujos?", pediu ele ao oficial de plantão. "Estamos deférias enãopoderia deixarde registrar um lance desses. Afinal,qual outraoportunidade euterei dever minha mulher sendo fichadapela polícia? Espero quenunca mais", brincou ele. (AE)
Oresultado dabalançacomercialde 2003, divulgado peloMinistério deDesenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, que registrou um superávit recorde de US$ 24,8 bilhões,volumequase 90% superior ao verificado em 2002,deve guiarosnegócios do mercado financeiro na primeira semanade 2004.A tendência é de que a alta registrada naúltima semanade 2003 naBovespase repita.Mesmo com ofraco volumede negócios no primeiro pregão de 2004, na sexta-feira, a Bovespa operoua maior parte do dia com ligeira alta. Asboas perspectivasdo mercadobrasileiro para este anodevesermaisum fatora colaborar para a valorização de ações dealguns setores,como os demineração, siderurgia e commodities.O resultadopositivo registrado pela indústria manufatureira nos Estados Unidos, que superou as expectativasde analistas,é outrofator que deve contribuirpara manter obomvolume de ne-
gócios nesta semana. Vale lembrarque omercadodeve acompanhar o desempenho das bolsas internacionais.
Superávit recorde da balança comercial tende a manter o dólar estável e o bom volume de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo
Carteira teórica – Na última sexta-feira, aBovespa divulgou a nova carteira teórica do índice Bovespa, que passa a vigorar até 30 de abril de 2004. Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Telemar PN(13,792%); PetrobrasPN (8,581%); Embratel Participações PN (5,911%); Bradesco PN (4,715%) eTelesp Celular PN (4,534%). A carteira écomposta pelos 54 ativos quenos últimos12 meses estiveramentre os80% do índice denegociabilidade, apresentaram liquidez em pelo menos 80% dos pregões e movimentaram no mínimo 0,1% do volume total da Bovespa. Paraefeitosde comparação, aúltimacarteira teórica da Ibovespa, que vigorou até 31 de dezembro de 2003, tinha entre os ativos de maior peso na composiçãodo índice:Telemar PN (13,655%);
PetrobrásPN (9,322%);Embratel Participações PN (5,852%); Bradesco PN (5,582%)e Telesp Celular Participações PN (5,016%).
Dólar emqueda – Repetindoa tendência observadana última semana de 2003, o dólar fechouna sexta-feiraemqueda, movimentoque devese manter nesta primeira semana de negócios de 2004.
Alémdo saldo recorde da balança comercial brasileira, as boas perspectivas para a economia interna contribuem para que a moeda norte-americana se mantenha com menos oscilações. A aposta de analistas éde quenão hajauma oscilação muito acentuada da moeda norte-americana,uma vez que a cotação abaixo de R$ 2,90 estimula movimentos mais fortes de compra. Outro motivoapontado para a queda do dólar foi a falta de pressão para a formação da taxamédia, Ptax,porcontado vencimento da dívida cambial deUS$ 2,6bilhões quevenceu naúltima sexta-feira,umavez que o Banco Central resgatou os papeís com base na taxa formada na última terça-feira.
Patrícia Büll
Principais eventos
S egunda-feira: A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga o IPC-s,índice semanal de inflação.
ASecretariade Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComérciodivulgao resultado da balança comercial da primeira semana de janeiro.
Quar ta-feira: O Dieese divulga o ICV, Índice de Custo de Vida, de dezembro.
Quinta-feira: A Fipedivulga o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor-Fundação InstitutodePesquisas Econômicas) de dezembro.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga aprodução física da indústrianacional em novembro.A expectativaé queregistre um crescimento de 1,5% em relação a novembro de 2002.
Sex ta-feira: A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga o resultado do IPC registrado no Rio de Janeiro em dezembro.
Sem data definida: A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)divulga aprodução evenda deautomóveis de dezembro.
A Sé, desde sua ocupação, logo após a fundação de São Paulo, sempre inspirou artistas e atraiu o povo, quer em manifestações culturais quer em lutas cívicas como a das Diretas Já
1916 – Parte baixa da Sé, próximo à Direita 1934 – A Sé vista da escadaria da catedral
A praça da Sé é o centro geográfico e o coração de São Paulo.Seus 52milmetros quadradosdeáreae 18mil metros quadrados de área verde já foram cantados, retratados e fotografados por gerações de artistas. Debret reproduziu em aquarela o pátio da Sé, imortalizando as igrejas de São Pedro da Pedra e da Sé. José Ferraz de Almeida Júnior pintou a "Conversão de São Pedro", obra que adornava a nave central da antiga Catedral daSé (hoje ela estáno Museu Paulista). ASé já serviudeinspiraçãopara Rebolo,JoséWatshRodrigues e Manoel Martins.
Destaques - A Catedral e o Palácio da Justiça se destacam no cenário da praça. No Centroestáo Marco Zero e a tradicional rosa dos ventos desenhada no calçadão, nem sempre bem conservado. O centenário relógio, retratadoem inúmeras fotosantigas, continua imperando,agora numnovo pedestal.Abaixo estáo Quadrilátero da Sé e, mais adiante, o Pátio do Colégio, onde nasceu São Paulo.
Cronologia -Desdeafundaçãoda cidadea Séfoi ocupada.A construçãodo primeirotemplo, emtaipa
depilão, começouno séculoXVI. Emmeados doséculo XVIII foi edificada uma segunda matriz, que, junto com a Igreja de São Pedro da Pedra, sobreviveu até o início do século XX. Ponto de partida de procissões, o local sempre esteve em evidência.
A Séganhou novas feiçõescom a chegadada Repúblicae comas grandestransformações urbanassofridaspela cidadeapartir dasegundametade doséculo XIX. Em 1911,as duas principais igrejasda praça foram demolidas. O acanhado largo da Sé virou praça majestosa.
UmanovaSé foiinauguradanoQuartocentenário da cidade, depois de intensa disputa entre Cúria e prefeitura, que pretendiater ali o PaçoMunicipal. O entorno ganhou prédios importantes como o da CEF e o Palacete Santa Helena. No início da década de 70, novasmudanças comachegada dometrô.Ela foipalco doprimeiro comíciodo movimentopelas DiretasJá. Hoje é cenário de manifestações culturais e populares. Eopovopaulistano clamaporsuarevitalizaçãototal. Afinal, lá pulsa o coração da cidade. (TM)
1971 – A Clóvis Bevilácqua
Hoje – A Sé e a catedral metropolitana do século 21
Ano que passou não foi dos melhores para a maior parte das empresas. Novo período de trabalho terá aquisições, fábricas inauguradas e contratos.
É hora de colocar em prática todas asmetas eprojeções feitas para 2004.Asexpectativas são asmais diversas paraempresasde setorescomoosde higiene e beleza, embalagens, supermercados eeletroeletrônicos. Divergências à parte, todas queremumanonovode maiorconsumoe estímuloà produção no Brasil. Paraos fabricantesdeprodutos de higiene pessoal e limpeza, oprimeirosemestrede 2004 ainda não será responsável pela retomada do consumo. Na opinião do presidente da Associação Brasileira da IndústriadeHigiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio, a justificativa de que o consumo vaicrescer em razão do aumento de crédito nãoé suficiente para obter a recuperação das vendas deprodutos de menor valor, como é o caso de sabonete, creme dental, perfumes e cosméticos. Queda - O fraco desempenho da economiano primeiro semestre de 2003também justifica a falta deeuforia do segmento. O setor amargou queda de 10% na primeira metade de 2003, se comparado a 2002. "Arenda dotrabalhadortambém caiu aproximadamente 15%.Fica difícilumarecuperação em tão pouco tempo", diz o presidente da Abihpec.
vendas,segundonúmeros fechadosem agosto.Sóo segmento de perfumaria teve uma redução de 8,44%, conforme a Abihpec.A únicasurpresaficou com os cosméticos, que tiveram umvolumede vendas 14%maiorno primeirosemestre do ano passado.
Unilever diz que lançará 30 novos produtos em 2004. Empresa já tem agendada uma exposição sobre os 450 anos de São Paulo.
Receita - Em termos de faturamento bruto, porém, o setor deveterumcrescimento de 18% em 2003, ficando em torno de R$ 21 bilhões. Para 2004, conforme Basílio, fica a dúvida seo consumidorvaigastar o dinheiro em produtos com valores mais baixos ou aproveitar a expansão docrédito para comprar eletroportáteis,linha brancaou telefones celulares, por exemplo. UnileverPara a Unilever, líderno segmento de higiene e beleza, 2003 foi muito positivo. A expectativa éde fechar o anocom um faturamentonacasa dos dois dígitos. A empresa encerrou 2002comumareceita deR$ 7,5 bilhões, tendo realizado 105açõesdemarketing, 30 lançamentose relançamentos e 36 filmes publicitários.
João Carlos Basílio, da Abihpec: recuperação das vendas ainda não virá no primeiro semestre de 2004
A queda do poder aquisitivo do consumidor foi refletida até mesmo em produtos considerados essênciais, como creme dental e sabonete, que tiveram queda de 8,34% e0,13% nas
"O relançamento do saboneteLux,com GiseleBündchen nas embalagens, fez muito sucesso",dizodiretorde marketingdaUnilever Fábio Prado. Em2004,aempresa completa 75anos noBrasil e promete lançar outros30 produtos. Oprimeiro eventoserá umaexposição sobreos450 anosdeSão Paulo,apartirda segunda quinzena de janeiro. Dora Carvalho
Eletroeletrônicos fechou o ano com avanço de 12%
O setor de eletroeletrônicos doPaís encerrou2003 comfaturamento de aproximadamente R$63 bilhões,um salto de 12% em relação ao registrados em 2002, quando foram acumuladosR$ 56,4 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee),que informa que o setor conseguiu crescer pelo sucesso obtido por algumasempresas quefabricambensligados ao processo de produção, como as de automação industrial -que cresceram 17% em relação ao ano passado - e as de equipamentos industriais -, com alta de 16%. Para este ano, a Abinee espera continuar em ritmo de crescimento. Em seus relatórios há a expectativa de umsaltode aproximadamente 13% em relação a 2003, com R$ 71 bilhões de faturamento. Consumo – O otimismo não é tão grande entre empresas do setor quetrabalham com eletrônicade consumo, equipamentos portáteis, de imagem esom elinha branca. Estesegmento,da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), fechou com volume devendascerca de4%menor ao de 2002. "Há perspectiva de uma retomada em 2004, mas dependerá de medidas que desonerem aprodução eelevem o poderde compra,diz Paulo Saab, presidente da Eletros. O produto com destaque nas vendas do segmento abrangido pela Eletros foi o aparelho deDVD. Noano passado,foram vendidos aproximadamente 1,7 milhão de unidades no País. Por outro lado, a associação aponta que os produtos da linha branca - segmento dos refrigeradores, fogões elavadoras automáticas -, que apresentavam crescimento médio de 2,38% ao ano, foram os mais prejudicados em 2003 devido à crise econômica. Renato Carbonari Ibelli
Outrosetorquesentiu de perto a queda do poder aquisitivo doconsumidorem 2003 foi o de embalagens. A salvação foi oaumento no volume das exportações: 15%detudoo quefoiproduzido. Em2002, esse índice era de 7%. A expectativa é de que em 2004 o volume cresça para 20%. Entre as explicações para o crescimentoda demanda externa, está a mudança de foco daindústriabrasileira, que vem investindo em embalagens demaior valoragregado. Um dos destaques no exterior é aTetra Pak, queproduz embalagens do tipo longa vida. A empresa vai investir na construçãode duas novas fábricas em 2004. "Mas, no mercado interno, ninguém espera por milagres", diz o presidente da Associação Brasileira de Embalagens (Abre), Fábio Mestriner. Faturamentodosetor - O setormovimentauma média R$25bilhõespor anoeépossível que feche 2003 com 3% de crescimento, índicemuito inferior aos 10% de crescimento anual visto nos últimos anos. Dessa forma, omercado externo é um dos grandes chamarizesparaasempresas de embalagens. ACisper,por exemplo, vende quase a metadedesua produçãoparaoexterior.A empresavemproduzindo 1,5 mil toneladas por dia
devidro e deve fechar2003 com 900milhões detoneladas ecapacidadeinstalada de1,4 bilhãode toneladas.Alémde utilidades domésticas, a Cisper é líder nos segmentos de embalagens para maionese,café solúvel, sucos, extratos de tomate e isotônicos.
Contrato - Aboa expectativa da Cisper para2004 está relacionada com ofechamento de contratos com o laboratório Aventis para afabricaçãodo novo frascodo medicamento Novalgina, além do mercado de bebidas, com a produção de garrafas para a Coca-Cola, Skol Beatse cervejaBohemia. Ainformação édo gerentecomercialdebebidasda Cisper, Julio Cézar Barbedo.
CSN - A siderúrgicaCSN temcomo principalfocopara 2004as folhasmetálicaspara embalagens de óleo de soja, azeite eembalagens dechocolate. "O anopassado foi ruim, mas tivemos uma recuperação após o mês de agosto", diz Marcos PaimCaldas Fonteles, diretor da unidade de embalagens da CSN. "Para 2004, a expectativa é de ter um crescimentoalinhadoaoPIB do País",diz. Ofaturamentoglobal da CSN por ano está na casa dos R$ 20 bilhões. Cerca de 70% da produção, que é de 1,1 milhão detoneladas/ ano,fica no mercado interno. (DC)
A venda do Bompreço no Nordeste não deveser o único fator adesencadear mudanças no tabuleiro do varejo brasileiroem2004. Especula-sequeo grupo português Sonae tambémcoloque àvenda seusnegócios no Brasilpara reduzir o endividamento. Os principais players dovarejo -Grupo Pão de Açúcar,Carefour eWalMart-terãoà frente uma disputa estratégica: assumiraliderança no Nordeste, com o Bompreço,ou assumira liderança no Sul, com o Sonae. Brigapela frente – A compra dosdois negóciospor um só varejista está praticamente descartada, segundo consultores de varejo, por darem como certa a intervenção dos órgãos anti-truste. Mas, uma surpresa pode modificar todo o rearranjo do mercado. Cogita-se a possibilidade de o sócio francês do Pão de Açúcar, o Casino, ser comprado pela americana Wal-Mart,lembra JoãoGoulart,doCentrode Negóciose Administração do Senac. A aquisição implicaria numa total concentração do varejobrasileiro, principalmente se a rede se confirmar como favorita naaquisiçãodoBompreço. "Já estamosnas mãos dos cinco maiores supermercadistas (Pãode Açúcar, Carrefour, Bompreço,Sonaee Sendas), que detém 40% das vendas", diz o consultor. Para Claudio Felisoni, do Programa de Administração doVarejo da USP(Provar), 2004 será um ano decisivo para as redes."As grandesfarão in-
corporações e as pequenas e médias se juntarão para adquirir competitividade". Ele vê a venda dos ativosdo Sonae como a próxima disputa do setor, capaz de desequilibrar de vez a indústria e fornecedores. Son ae -No Rio Grande do Sul, oSonaepossui67supermercados com a bandeira Nacional e12hipermercados com a bandeiraBig. No Paraná, o grupo controla 24 supermercados com a marca Mercadorama, além de 10 lojas Big. EmSanta Catarina,o grupo detémcincoBigs eumMercadoramae,emSãoPaulo, 18 Bigs e mais um supermercado, com a marca Cândia. Segundo informações doconglomerado varejista português, as operações noBrasil impactaram negativamente odesempenho da companhiadevido àdesvalorização do Real. Nos primeiros nove meses do ano, as vendas nacionaiscresceram 11%, mas caíram 22% no valor alcançado no ano passado, se a operaçãoforconvertida em euros. No período, a desvalorização da moeda brasileira em relação à européia foi de 30%. Tsuli Narimatsu
Brigas levam investidores a ter mais cautela na hora de assinar contratos com redes de franchising
As diversas brigas judiciais envolvendo redes de franquias e franqueados arranharama imagem quesetinha deste tipode negócio.O desejo de ter independência financeira continua a crescer. Porém, osempreendedores passaram a olhar não apenas para o lucro, mastambémparaos aspectos legais que envolvem atransação. "Hoje,oinvestidor defranquiasé menosromântico emais profissional", diz o consultor da Vecchi & Ancona Consulting,Paulo Ancona Lopez. "Antes, era muito comum os interessados nem consultarem um advogado antes de ingressarem numa rede de franquia." Observar atentamente todos os pontos de um contrato de franquia pode evitar brigas futuras.Evitar queumsonho se torne um pesadelo, como aconteceu comalgunsfranqueados do McDonald's, rede que desembarcou no Brasil há 24anos. Asbrigas judiciais–ações de investidores contra a rede e vice-versa – reduziram o volume delojas franqueadas no País.Hádoisanos, eram responsáveispor 50% das unidades. Hoje, são 30% das 580 lojas existentes, frente aumamédia mundial de 85%. NaJustiça, os franqueados questionam, principalmente, a taxa de sublocação daslojas, exigência que aceitaramna horade assinar os contratos."Isso estava previsto.Alugamosuma marca, não apenasum imóvel", diz o vice-presidente do McDonald’s, Alcides Terra. Para o executivo da rede norte-americana, asbrigas judiciais afetam todo o sistema de franquia no Brasil. "O futuro franqueado podeter receio de participar dosistema", diz. Masmesmoassim, segundo ele, que já foi um franqueado, a
Se corretas, decisões judiciais ajudam a melhorar o sistema de franquias, diz Guilhermo Pisano, do Bob's
franquia é um ótimo negócio. "Melhor emaisseguroque abriruma microoupequena empresa", afirma. Franqueados da rede francesadelavanderia5 àSec tambémtiveramde iràJustiça.A franqueadora não teria entregueos equipamentosnecessários para aimplantação de algumasunidadesno País, descumprindo os contratos assinados. Diante do problema, os empreendedores buscaram a ajuda da Associação Brasileira de Franchising (ABF),que rec e nt e m en t e decidiu descredenciar a rede de franquia. A m a d ur e c imento - As brigas judiciais –queenvolvem outras redes – ajudam, de certa forma, no amadurecimento do sistema de franquias no Brasil. Noinício dos anos 90,havia aproximadamente 800 marcas no País. Hoje, são 650 marcas e 53 milpontos-de-venda,que, em 2003, faturaram 10% a mais em relação ao ano anterior, quando o setor alcançou a casa dosR$25 bilhões. "Aredução do número de marcas é resultado do amadurecimento
AGENDA TRIBUTÁRIA
Operações Interestaduais com combustíveis derivados de petróleo ecom álcool etílico anidro carburante – A entrega das informações relativas às operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo ou com álcool etílico anidro carburante será efetuada observando o art. 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 46.588/2002, o art. 20 das DDTT (redação dada pelo Decreto nº 47.278/2002) e o disposto no Convênio ICMS nº 54/2002 alterado pelos Convênios ICMS nºs 121/2002 e 148/2002.
DIA 06 IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 3º decêndio de Dezembro/ 2003, incidente sobre produtos classificados no Capítulo 22 (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres) e sobre fumos classificados nos có-
digos
2402.20.00 e 2402.90.00.
ICMS/SP -CNAE’S - 15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28991, 29114 a 29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a 33502,33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978, 36994; 40118 a 40142, 40207, 40304; 51217 a 51926; 60267 a 60305, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114, 64122; 92215, 92223 e 92401 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Dezembro / 2003.
ICMS/SP – Substituição Tributária –álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo, cimento, refrigerante, cerveja, chope e água – último dia para o recolhimento do
do sistema", diz a diretora executiva da ABF, Anette Trompeter. Hoje, há no Brasil 20 segmentos defranquias, queexigem deR$ 5 mil atéR$ 5 milhões de investimento. As disputas não afetam tantoos negóciosdosfranqueados de uma forma geral,segundo Anette. A grande maioria dos clientes de uma rede de fast food, por exemplo, nem sabe oque está acontecendo nostribunais."Para eles,éindiferente consumir ou utilizar os serviços daquelafranquia ou não", diz. Para o membro do conselho de administração da rede Bob’s, GuilhermoPisano, as decisões judiciais "se são corretas, ajudam a melhorar o sistema de franquias". "Num primeiro momento, nos sentimos afetados, mas depois a tendência é aperfeiçoar os contratos,se foro caso",afirma o executivo. Modelo ultrapassado - Para o consultorPaulo AnconaLopez, as disputasjudiciaissão resultadodaadoção de um modelo de franchising ultrapassado por parte de algumas redes de franquias. O ideal, segundo ele,é evitar quese chegue a um ponto crítico – ou seja
ao Judiciário–,procurando não criar insatisfações entre ambasaspartes. O franqueador tem que ter um canal aberto com o investidor. Segundo o consultor, muitasredes játêm conselhos de franqueados para prevenir problemas. A idéia é compartilhada pela consultora jurídica Melitha NovoaPrado.Segundoa advogada,geralmente osconflitos entre franqueados e franqueadores são de relacionamento. "Aconselho os envolvidosa negociar.Todos sabemcomo umadisputajudicial é desgastante e demorada", diz.
Mediação - A Associação Brasileirade Franchising (ABF) disponibilizaserviços de mediação earbitragem para queseus associadosresolvam com mais eficácia seus problemas. Entre os principais, estãoa faltadeinvestimento por parte do franqueado e a falta de suporte do franqueador e a inadimplência. "As causas para este último são diversas. Mas tanto franqueadorcomo franqueadotem procurado a negociação", afirma a diretora jurídica da ABF, Andrea Oricchio.
Adriana David
ICMS retido apurado no mês de Dezembro / 2003.
DIA 07
IRRF - Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 28.12.2003 a 03.01.2004, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País.
Salário Dezembro/2003 – O prazo para pagamento dos salários mensais é até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido. Na contagem dos dias incluir o sábado e excluir domingos e feriados, inclusive municipais. Consultar documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional que pode estabelecer prazo específico para pagamento de salário aos trabalhadores.
13º Salário – Salários Variáveis – Pagamento do acerto da dife-
rença da parcela do 13º salário para os trabalhadores que recebem salários variáveis, quando devido nestes casos. Nota: Há quem entenda que, nos termos do parágrafo único do art. 2º do Decreto nº 57.155/65, o prazo seja até o dia 10. Por medida de precaução, adotamos o menor prazo. Na contagem dos dias, incluir o sábado e excluir domingos e feriados, inclusive municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional que pode estabelecer prazo específico para pagamento do acerto da diferença do 13º salário dos trabalhadores que recebem salários variáveis.
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGEDEnvio ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a relação de admissões e desligamentos de empregados ocorridos em Dezembro/2003.
Uma frase do antigo zagueiro Moisés, que jogou pelo Bangu,Vasco, FlamengoeCorinthians, entre outrostimes, entrou para o folclore do futebol: "Zagueiro que se preza não ganha o Belford Duarte". Desde o dia1º, noentanto,a frasenão faz mais sentidoparaosjogadores que preferem ir na bola e não no adversário: já estáem vigoroCódigo Brasileirode Justiça Desportiva (CBJD). Agora,quem machucaro adversário deliberadamente ficará suspenso enquanto a vítima não se recuperar. Oprêmio BelfordDuartejá nem existe mais, porém durante muitotempo foimotivo de orgulho nofutebol carioca, pordistingüirosatletas mais disciplinados durante a temporada. E levava o nome de um ex-zagueirodo AméricaFutebol Clube que jamais foi expulso de campo em sua carreira. O novo Código,elaborado por uma comissão formada por 11 juristasespecializados em direito esportivo,foi aprovado nofinaldo ano passado pelo Conselho Nacional de Esporte, órgão de normatizaçãoe assessoramento do Ministériodo Esporte. Estabelece, no artigo 253, pena de suspensão de 120 a 540diaspara oatletaqueagrediroárbitro ouseusauxiliares ou "qualquer outro participante do evento desportivo". O parágrafo 1º determina que "se da agressão resultar lesão corporal grave", a penaaumentará para 240 a 720 dias de suspensão.
Masé o parágrafo 2º desse mesmo artigo quecriaum dispositivocapaz de inibir a
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
violênciados seguidoresde Moisés nofutebolbrasileiro. Diz esse dispositivo: "Se ultrapassado o prazo de suspensão fixado peloÓrgão Judicante, na forma do parágrafo anterior, e o atleta agredido permanecer impossibilitadoda atividadepor forçadaagressão sofrida, continuará o agressorsuspenso até a total recuperação do agredido". Embora o Código não defina como a suspensãodo agressor terminará, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva(STJD), Luís Zveiter, diz queisso ocorreráquando um médico determinar que o agredido "estánovamente apto a praticar o desporto". Multas- Zveiter justifica a dureza das penas como forma de prevenire nãoapenas punira violêncianoesporte: "Tenho certezadeque isso inibirá a violência, até porque vai doertambém no bolso, pois teremos penaspesadas não apenas de suspensão, mas também pecuniárias".
A multa por desobediência à Justiça Desportiva vaide R$ 5 mila R$50mil,semprejuízo desuspensãoautomática até que a decisão seja cumprida. Já asinvasõesde campo eo caicai (simulação de contusões) vão custar ao clube de R$ 5 mil a R$ 500 mil, além da perda de pontos em favor do adversário eproibiçãode participarde competição subseqüente da mesma modalidade. A legislaçãotambém pune severamente odoping,com suspensãoemultas deR$15 mil a R$ 500 mil. (ABr)
FGTS – Depósito em conta bancária vinculada dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), correspondentes à remuneração paga ou devida em Dezembro/2003 aos trabalhadores. Não havendo expediente bancário, antecipar o depósito.
DIA 09
Previdência Social (INSS)GPS - Envio ao sindicato –Envio ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados, da cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência Dezembro/ 2003. Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias. IPI (Exceto odevido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 3º. decêndio de Dezembro/2003, incidente sobre “de-
mais produtos” e “automóveis”. ICMS/SP – Substituição tributária -fumo e seus sucedâneos manufaturados, pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha, tintas, vernizes e outros produtos químicos, veículo novo, veículo novo de duas rodas motorizado e outros contribuintes enquadrados em código de CNAEFiscal que não identifique a mercadoria aque se refere à sujeição passiva por substituição – último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Dezembro / 2003. ICMS/SP – Substituição tributária – energia elétrica – último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Dezembro / 2003.
Fonte
Vamos entrarem maisum anodonovo século.Passaram-se quatro anos,com dois presidentes, completamente diferentes umdo outro, pela formação intelectual e pela maneira de conduzir os negóciosdoEstado. Osr.FHC, universitário, sociólogo, poliglota, deu a medida do que pode um intelectual fazer na presidência da República. Não diremos que o seu foi um grande governo, mas diremos que foi umbom governo, queficará na História.
O governo do presidente Lula está no começo. O antigo torneiro-mecânico,que chegou àpresidênciagraças aos seus esforços,àcolaboração de seus companheiros, ao desejo de mudar que é típico do povo, sobretudo das classes menosfavorecidas, identificadas como operário,que chegou até aaltura do poder, paratentardaro melhor aos brasileiros. Mas conseguirá, semestar preparado parao exercício do poder ou sem preparo paracompreender o que é o poder?
O ano 2.004 está nos revelando situações com as quais não atinávamos faz muito
pouco tempo. O ataque muçulmano, doskamikasesde Allah,contra as torresdo Centro do Comérciodos Estados Unidos. Bin Laden fez morrer osjovens queos Estados Unidos prepararam para comandar umBoeing, não quemlhe deuamão. Mas,os muçulmanospouco ligam parao valordavida. Daíteremsacrificadoa sua primavera na guerra com o Iraque. Mas oqueinteressa neste 2004doano 2.003,éoBrasil. Será que o presidente Lula está capacitado a conduzir a nau do Estado até o fim de seu plano de viagem?Não podemos duvidar e não podemos deixar deduvidar. Osseus companheirosnão se entendem comodeveriamse entender, com o espirito voltado para a disciplina partidária e os interessesdopaís. Nãoé querer muito,masé querero suficiente. O presidente Lula já estácomo vinhodoêxitona cabeça. Não sucumbirá a ele? Esperemos.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Toda ateoria econômica deMarx,da qualderivatoda sua teoria revolucionária, repousa sobre a condenação da "plus valia",conceitoque criou para dizer que o lucro é um custoindevidamente acrescentado ao preçoda mercadoria produzida pelo trabalho. Paraele, ovalor de qualquer produtoé frutoexclusivo do trabalho, e esse aumento,acrescentado aopreço (o lucro) é a origem da exploração capitalista e da desigualdade social. Marx não primava pela lógica e os marxistas menos que ele. Ele confundeo capitalista, que possui recursos financeiros e vive de aplica-los, com o empresário, queos emprega e pagapor eles.Também ignora quequalquer produção envolve, mais doque o capital, a iniciativa, os riscos , e os trabalhos que oempresário assume. Sem os quais sequer existe emprego para outros trabalhadores. Parece ignorar, igualmente, queo trabalho dedireção executadopelo empresário é o mais importante em qualquer unida-
de de produçãoeconômica. Emsuma,parece desprezar completamente aimportância da chefia, da coordenação em qualqueratividade humana. É que nele o teórico se hibridava antagonicamente com o revolucionário e para um revolucionário os fins justificam os meios e a lógica não vale uma pataca. Dessas distorçõesderivam os maiores erros econômicos da teoria e prática econômica do comunismo marxista. Lenine estava convencido de quea evoluçãoeconômica atingira tal avanço que as empresaseram capazesdeoperarcom sucessomediantea simples rotina executada diariamente pelos trabalhadores e que achefia de um empresário e a responsabilidade de um dono poderiamser dispensadase substituídas por um colegiado de "sovietes" constituído pelospróprios operários. Embora não acreditasse que nada pudesse ser feito sem sua chefia, julgava dispensável adosoutros. Dizia que a Rússia era o mais atrasadopaís da Europa e
Amaryllis Romano
F oipositivoo balanço de 2003parao setordepapel e celulose, apesar da queda nascotações daindústria papeleira internacional,ao passo que a celulose teve elevação média de 10% em relação ao anoanterior. A avaliação favorável justifica-se pelo fato de ter havido ajustes na produção e, a partir do último trimestre,porque ocenário começou a registrar indícios de melhora, estabelecendo perspectivas positivas para o consumo e, conseqüentemente, para os preços. Devesedestacar que opróximo anoterá iníciojá compreços da celulose bem superiores aos vigentes no iníciode 2003, apontandopararelativa estabilidade ao longo de 2004.Ascotações de papéis deverão apresentar uma rota de recuperação mais acentuada,devido ao patamar muito deprimido em que ainda se encontram. Os últimos indicadores econômicos dos Estados Unidos trouxeram resultados muito positivos, reforçando um cenário de retorno do crescimento sem pressões inflacionárias. A elevação de 0,9%daprodução industrial emnovembro éo melhorresultado mensal dos últimos quatro anos,com destaque para o aumento da produção de equipamentosdetecnologia, especialmente de computadores. A utilização da capacidade instalada subiude 75,1% emoutubropara 75,7% em novembro. A indústria norte-americanavem aumentandoaproduçãohácincomeses, tentando acompanhar as vendas, quetêmcrescidoquase
duasvezes mais rápido que os estoques. Nestecenário, o movimentode reposiçãode estoques devecontribuir para garantir o crescimento dos volumes produzidos nos próximos meses. Osdados da produção de novembro já refletem os impactosdoscortes de impostos edosbaixos patamares dosjuros,quedevem continuar encorajando os gastos em consumo e os investimentos em novos equipamentos, reforçandoo cenárioderecuperação. Apesardisto, omercado internacional de papel e celulose continua respondendo em ritmo muito lento. Desta forma, sãoaguardados maioresimpactos daretomada econômica internacional a partirde meadosdoprimeiro trimestre de 2004. Aoque tudoindica, osprodutores e consumidores estariam aguardando avirada do ano para o estabelecimento depreços efetivospara apróxima temporada. Pelo lado dos fabricantes, a elevação de custos jásefezsentirprincipalmentecom aelevaçãono preço da energia (gás natural), sendo prudente, neste quadro, aguardar sinais de manutenção do crescimento na demanda,quejustificariam elevações nos preços tanto de celulose quanto de papel. NaEuropa, os númerosde novembroevidenciam estoques econsumo emdiscreta queda. O Utilpulp (estoque de celulose em poder de consumidores europeus) teve queda em relação a outubro, passando de 1,233 milhão de toneladas para1,205 milhão det. Oconsumo,por suavez, também, teve retração de 19 mil tnesteperíodo, ficando em 1,266 milhão de t.
O estoque Norscan (produtores daAmérica do Norte e Escandinávia) apresentou elevação acima da média dos cincoúltimosanos, emnovembro, chegando a 1,675 milhões de toneladas.
Somente ademanda por papéis de embalagens pareceter iniciado recuperação, capitaneada pela recomposição dademanda dosconsumidores edos produtoresindustriais. Na média, até 17 de dezembro, os preços internacionaisde celuloserecuaram cerca de1% nocomparativo mensal, enquanto os de papéis de todo tipo não sofreram reajustes. No caso da celulose,eles estãobem superioresaosde mesmomêsde 2003 (12,2%). Já os papéis estão com cotações bemabaixo, na mesmabase de comparação.
No mercado interno, a situação,apesar desemelhante,éum poucomaisgrave.O incrementona produçãonacional de celulose, que,no acumulado do anoaté outubro, estavaem 15,4%,foitotalmente absorvido pelo mercadoexterno, uma vez que o consumo doméstico teve retração de 1%, neste período. As exportações cresceram 26,3%.
O comparativo interanual da celulose desenha um cenário ainda mais grave, com quedade20% noconsumointernofrente a outubrode2002, para uma produçãoque cresceu 15,6%, com vendas externas com alta de 27,2%.
Nos papéis, a situação é semelhante, com resultados acumulados no ano até outubro bastante fracos, com quedade 8,0%no consumopróprio de papéis ede 6,6% nas vendas domésticas. Uma vez
mais,as exportaçõestiveram índices expressivos, comincrementode 19%sobreos mesmos dez meses de 2002. Este quadro é compatível com o difícil ano por que passou a economia nacional, com a necessidade de ajuste fiscale monetárioprovocando diminuição acentuada na absorção doméstica.
A expectativa para 2004, entretanto, é muito favorável. A combinação de um cenário internacional positivo com incremento no consumo doméstico deve favorecerbastanteo setordecelulose e papel.
Haveráespaço paraincrementosadicionais naprodução detodos os produtos deste complexo, sendo esperado maior incremento na produção de papéis (10%). Isto porque este segmento apresentou desempenho mais fraco que o de celulose e tambémdevido ànecessidade de maior disponibilidade de produtos, demodo a permitir a manutenção da parcela de mercadointernacional conseguida ao longodeste ano, ao mesmo tempo em quese atenda ao mercado doméstico.
Ospreços internos, noentanto, não devem registrar maiores pressões,mesmo neste mercado mais aquecido. A estimativa para o câmbio em 2004 (quadro 1) não aponta na direçãodeelevações bruscasprovenientes demovimento de moedas,o que se agrega à tendência de preços internacionais também com uma distribuição mais uniforme ao longo dos meses.
Amaryllis Romano é analista da Tendências Consultoria Integrada
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pretendia que se tornasse um dos primeiros, modernizando-a pelocomunismo-marxista. O próprio Kruchev ainda acreditava nisso.Sabe-se no que deu.
A Queda doMuro de Berlim nãoreformou ascabeças marxistas.Vezpor outra marxistas reformadosem posturase discursos,deixam escapar convicçõesanti-empresariais,confundidas com suaaversão anti-capitalista. Nofundo,o queelespretendemé tomar seu lugar, sem
assumirseus riscos,seustrabalhos,sua responsabilidade,substituindo aelite empresarial dirigente pela chefia inegualitária eincompetente da Nomenklatura política. O que eles querem é o poder, como confessou o presidente da Câmara.
Antonio Delfim Netto N ãoé nadaexcepcional para um final de ano, masofatoé queoúltimo trimestre de 2003 registrou crescimento da produção industrial e o que é mais importanteuma ligeira recuperação do emprego no setor. Estes sinaisderecuperação daindústria eseu reflexo na contratação de pessoal reforçam nossa confiançaque2004 oferece todasascondiçõesàeconomia brasileira para marcar ainflexão parauma taxa de crescimentodo PIB mais robusta. No comentário anterior falei dasituação particularmente favorável que nos encontramos em relaçãoà agriculturaque estáconstruindo um enorme aumento doprodutopotencial. Existem no paísmais de 50 milhõesde hectaresdisponíveis para serem utilizados de maneira econômica e semdanosecológicos resgatando, inclusive, uma partedos exageroscometidos no passado contra a natureza coma recuperação das áreasdegradadas. Precisamosapenas manter uma rigorosa proteçãoao direito da propriedade,resolver a questão dos trangênicos e aproveitar as oportunidades decriação das vantagens comparativas, dequeo melhorexemploé o Moderfrota. No que se refere à recente recuperação da produção industrial, o melhorindicador éa redução da taxa de desemprego nosetor.Ele está refletidotambém no aumento dasimportações de bens de capital que até outubro haviam crescido 30%emrelação a2002eno próprio aumento das exportações industriais.As medidas paradesonerar tributos na compra de equipamen-
tos, combinadas com a expansão do crédito a taxas de juros reais menores, deverão estimular os investimentos na produção. A ampliação dos investimentos pelos"produtores de parafusos" é que garante o desenvolvimento. Aexpansão inicial em2004 será promovida pelo crescimento da demanda(consumo interno e exportações), mas acontinuidade doprocesso dependerá da resposta do empresariado. Se ele acreditar que a demanda vai prosseguir aumentando, iniciará novos investimentos que vão contribuirpara oaumentodo produtopotenciale abrirespaços paraum crescimento maior sem pressões inflacionárias. Paraque essedesenvolvimento não seja interrompido mais adiante devido a problemas externos, é indispensável a ampliação do comércio exterior. Não devemos esquecer que ainda é enorme nossavulnerabilidade externae sócom um robusto crescimento das exportações (edasimportações) é que poderemos modificar rapidamenteos indicadores que informam o nível do risco brasileiro lá fora.Destes indicadores, um dos mais cruciais é a relação entre a Exportação Anual e asomados JuroseAmortizações que temos quepagar no ano.Melhorando esta relação, cai o risco brasileiro,tornando possívela queda da taxa dejuro real e estimulandoainda mais os investimentos que são a molapropulsora do desenvolvimento.
Que 2004 nos traga de voltao crescimentoe,junto com ele, substancialqueda do desemprego,estasim um verdadeiro espetáculo...
Antonio Delfim Netto é deputado federal
EYMAR MASCARO
O colunista Cláudio Humberto recebeu a informação de que um escândalopode estourar no Portode Santos, que seria a 1ª denúncia grave de corrupção que envolve gente do PT,em plenogoverno Lula.Segundo ainformação queo colunista divulgaexiste uma gravaçãocomprometendo o partido do presidente.
O porto santista chega a ser pródigo em denúncias de irregularidades administrativas. Nos 8 anos de governo Fernando Henrique, por exemplo, quem controlou as nomeaçõesdediretores naqueleportofoio PMDB,maisprecisamente, peemedebistasda cúpulanacional queapoiava os tucanos no Poder.Um baita escândalo explodiuna época envolvendo a diretoria do porto. O que chamava a atenção era o pouco interesse da grande imprensa de noticiar o fato: o assunto era abafado misteriosamente. Quem se der ao trabalhodeir àCâmaraMunicipaldeSantos podefolhearo resultado de uma Comissão de Inquérito que apurou o caso e, salvo algum retoque posterior às investigações, tem peemedebista influente envolvido no caso. Quem deve conhecer bem o processo é o ex-deputado do PMDB, Wagner Rossi, que foi um dos últimos diretores do Porto de Santos, indicado por Michel Temer. Quem também deve conhecer a fundo o processo é o exgovernador Orestes Quércia, que se interessou no acompanhamento do caso porque, na época, estava atritado com o grupo de Michel Temer. Depois que voltou às boas com Temer, é provável que Quércia tenha esquecido o assunto. Pelo menos enquanto durar a paz entre os 2.
REQUENTADO
Parece que o assunto é um repeteco,mas nãoé: o problema continua naordem do dia e é fácil explicar porque. Algumaspesquisas quecontinuam chegando às mãos de Alckmin apontam Serrana liderança da preferência do eleitor pelos candidatos a prefeito de São Paulo. É isso que vai forçar ogovernadora insistir paraque oex-ministroaceiteconcorrerà sucessão de Marta Suplicy.
BOAS CHANCES
Mesmonaspesquisas em quenão estáem1º lugar,o nome de Serraestá entre os 3 líderes, ao lado de Marta e Maluf. Issosignifica que o PSDB teriaexcelente oportunidade de ir para o 2º turnose lançasseSerra. Mas,o ex-ministroinsiste em rechaçar a idéia.
PORQUE RECUSA
O raciocínio de Serra para recusar a candidatura a prefeito tem lógica, na visão dos estrategistas. Pode ser que o nome do tucano esteja sendo lembrado pelo eleitor porque saiu de recente campanha presidencial com Lula. Serra acha que teria mais chance de se eleger governador em 2006 do que prefeito em 2004.
ANOTE AÍ
São6ospaísesque estão sendo agendados para Lula visitar em 2004, a maioria ainda no 1º semestre: China, Índia, Suíça, Chile, Israel e México. É bom ir anotando para não perder a conta. A listavai aumentar, com certeza.
ANDARILHO
Não convidemogovernador Geraldo Alckmin para fazer, a pé, o Caminho de Santiagode Compostela, na Espanha. É capaz de aceitar. Na semana passada, o governador foi a pé de São Bernardo a Cubatão, usando o Caminho do Mar. Antes de se eleger governador, Alckmin foi, também a pé, de Pindamonhangaba, suaterra natal, até Aparecida, onde confessou os pecados e pediu a graça divina.
EM TEMPO
O Caminho de Santiago deCompostela, dosPirineus até o fimda jornada, tem quase mil quilômetros.
Marta Suplicy, Zulaiê Ribeiro e Luiza Erundina são destaques de briga inédita pela prefeitura de São Paulo
MAIS POLÊMICA
São as seguintes as reformas que Lulaquer tocar em 2004: a do Judiciário, a Sindical, a Trabalhista e a Política.
JOGO DURO
A partirde agora, toda pesquisaeleitoralque for encomendadadeveser registrada no TSEou nos tribunaiseleitorais nos estados,antes desua divulgação. É o quediz a norma da Justiça Eleitoral que regula as eleições de outubro.
JUSTIFICATIVA
OPT estána obrigaçãode encontrar fortes argumentos quejustifiquem suaposição contrária à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos: segundo pesquisas, 85% da populaçãoquerem a diminuição.
MAIS BRIGA
Amesma brigaqueMaluf arrumou quandoproibiu o fumo nosrestaurantes acaba de ser encampada por Marta: aprefeituraestá proibindoo fumonascasas de espetáculos.O curiosoé que oPT naCâmara Municipal era contraa proibição de Maluf.
NOVO EIXO
A partirdo dia 7,o brasileiro começa a mudar o eixo de suas preocupações: a seleção Canarinha pré-olímpica entra em campo para iniciar sua corrida até as Olimpíadas de Atenas,no meio do ano. A seleção préolímpica estréia,noChile, contra aVenezuela,com craquesde primeiríssima qualidade.
EM DEBATE
Aslideranças partidárias, que darão plantão em Brasília, discutem,a partirde 2ª feira, a pauta de votação para justificar a convocação extraordinária doCongresso, no dia 20. É o extra que os parlamentares esperampara cravar o19ºsaláriodo ano.
NATALIDADE
O Jornal da Tarde de ontem publica, na 1ª página, a foto e a notícia de uma empregada doméstica que deu à luz o 9º filho. Elaestá desempregada, nãotemo quecomer,precisou da ajuda de terceiros para vestir o recém-nascido e, tudo indica, que o nenê pode ter de ganhar avida noscruzamentos das grandes cidades.
A disputapela Prefeiturade São Paulo nesteanopode ter uma situação inédita: três candidatasmulheres comchances de vencer opleito. Marta Suplicy(PT), LuizaErundina (PSB)e Zulaiê Cobra Ribeiro (PSDB)têmcondições dese encontrarna disputa. Mas ao contrário do que se possa imaginar, adisputa tende a ser mais choque do que rosa. Isso, pelomenos,éocenário desenhado pela disposição que as três vêm apresentando. E pela trocadefarpasqueestão trocando entre si. "Por enquanto,sou aúnica candidata aser lançadapelo próprio partido.Pelas realizações quefizemosnosúltimos três anos, tenho chances de ser reeleita", afirmaa prefeita Marta Suplicy. Confiantee segura, Marta não lembra mais a candidata de2000. Pareceque amadureceu politicamente, pois dá mostras de que aprendeu a evitar provocações. Mostrou issono balançode três anosde seugoverno enas reuniõesque fezcoma militância petista. Muitosintegrantes doPTnãoseconformavam em ver o governo fazer aliançascom partidosepolíticosque combatiamnopassado, nem com algumas atitudes administrativas.
Críticas – A ex-vereadora TerezaLajolo, quefoisecretaria municipal quando Luiza Erundina assumiu aPrefeiturapelo PT(1989-1992),levou algumas dessasreclamações até Marta. Esta disse a Tereza: "Conseguimos aprovar um Plano Diretor, criar as Subprefeituras e tantosoutros projetos, cuja aprovação foi tentada nogovernodaLuizaenão se conseguiu.A aprovaçãodos projetos agora só foi possível com o apoio desses partidos. Se pudesse , preferia não contar com oapoiode algunsintegrantesde taispartidos,mas foi graçasa elesque conseguimos aprovar os projetos, enquanto algunsvereadores do nosso partido nãoderam seus votos". Apolítica dealianças com outros partidos será mantida na campanha para a reeleição. O PMDB está assegurado. O PTtenta aliançascom oPL, PTB, PPS, PSB e PCdoB. A segurança deMarta tambémse deveao bomdesempenho que vem obtendo nas mais variadas pesquisasde opinião: fica em primeiro ou em segundo lugar. Isso acontece mesmo depois de ter autorizado a cobrança de várias taxas e impostos.Sua taxaderejeição também ocupa amesma posição: primeiro ou segundo lugar. Alfinetadas – "Vai seruma delícia debatercom aMarta. Euaconheço háanos.Somos parecidas. A diferença é que sei governar eela não", cutuca a deputada federal Zulaiê Cobra Ribeiro. Na penúltima pesquisa Datafolha,elaapareceu em boa posição nas perguntas estimuladas. "Debuteinas pesquisas", anima-se Zulaiê. Com a mesma desenvoltura, ela serpenteia destilandoveneno sobre as realizações de Marta. "OsCEUssão bonsevamos mantê-los,mas elessãopara outrarealidade, nãoa queSão Paulovivehoje.Se eleita,vou mantê-los, mas investirei em outrotipo deatividade para melhorar a educação e reduzir o déficit de vagas", afirma. Mas, antes de pensar em atacar Marta, Zulaiê sabeque precisa vencer várias batalhas internas em seu partido. Ser ou não ser – No PSDB, a grande maioria dos tucanos queria ver comocandidato o
ex-senador José Serra.A única voz contrária é a do próprio Serra, que não aceita a incumbência. Osecretárioestadual de Segurança Pública, Saulo de CastroAbreu Filho,pareceser o preferido do governador. Corrempor foraJosé Anibale o deputado federal Walter Feldman. "Estou acostumada a disputas apertadas", afirma Zulaiê. Na pesquisa Datafolha, ela tevedesempenho melhor junto aos eleitores do PSDB do que Feldman, Saulo e Anibal. S u r pr e s a - Luiza Erundina vem sendo considerada a grande surpresa daspesquisas eleitorais.Aparece emterceirolugar emquasetodas ecom chances enormes de ameaçar o segundo colocado. Quando a disputa fica entrePaulo Maluf (PP) e Marta (PT), Luiza quase consegue umempatetécnico com a prefeita. Mas Luiza sabe que o caminho até sua campanhaganharas ruasvaiserlon-
go e cheio de obstáculos. Primeiro, ela precisa ser oficializada, já que sua candidatura éapenasoficiosa.Emsegundo lugar, asexecutivas nacional e estadual têm de resistir aos constantesataques que vem sendofeitos porpetistas graduados, queoferecemcargos no governo municipal e federal, para que o partido se coligue ao PT em São Paulo. Mais crítica – Luiza sabe desses problemase dadificuldade que teráem conseguir verbas para fazer sua campanha. Masnãodesiste.Tanto que acabou recusandoas sondagens feitas a ela para que ocupasse um ministério.
Ao contrário daúltima eleição, quando também disputou a Prefeitura contra Marta, ela decidiu adotar uma postura mais crítica. Já fez vários ataques aomenino dos olhos da prefeita, osCentros Educacionais Unificados (CEUs) e prin-
Pessoas físicas e jurídicas
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RicardoVastella OAB/SP 166928 & Advogados Associados Fone 222-0458 Fax 222-6842
cipalmente a área de saúde, um dos calcanhares frágeis do PT. Reforço– Para reforçar a candidatura,Luizapoderá ter como viceo ex-secretário de Saúde de Marta, Eduardo Jorge,quepediudemissãoe foi demitido, por não aceitar o loteamento político de sua pasta. Valelembrar queLuizatem uma boa penetraçãonas classesC eD quemoram naperiferia. Essa parte da população é a mesma que vem sendo atendida pelos programas sociais de Marta, quedistribui ajuda emdinheiro. Seperder esse eleitorado para Luiza,a candidata petista poderáse ver em maus lençóis. Aguarda-se uma definição mais clarado quadro, mas a possibilidade de uma disputa "feminina" está bemdelineada. E no embate entre elas pode não prevalecer o rosa choque, mas sim um choque rosa. Fernando Lancha
A Nasa comemora: esta é a 1ª foto de Marte, enviada pela sonda Spirit. Pág. 10
Abre-se hoje, às 10 h, o buraco de 460 m, sob a av. Rebouças, no qual poderá cair todo o trânsito de SP
Atenção: dicas para escapar do buraco, até ele virar o túnel Rebouças/Faria Lima Página 9
Popó, campeão dos pesos leves: é a conquista do 3º cinturão mundial. DC Esporte na página 14.
Fichada:
Shirley, americana.
Shirley Koffman foi fichada ao chegar no Brasil, como dezenas de outros americanos. Página 9
Otávio Magalhães/AE
A senhora de 450 anos vai à festa Um grandioso projeto está recuperando o visual e o passado da Sé. Página 4
Ela casou anteontem e descasou ontem O casamento-relâmpago de Britney Spears com Jason, amigo de infância, está na pág. 9.
O Salão de Detroit, com a Corvette C6 (foto) no DCarro desta quarta-feira.
Consultores dizem que haverá vagas para gestores do terceiro setor, experts em entender os clientes e executivos voltados para a exportação agrícola
As expectativas são positivas: a economia brasileira deve voltar acrescerem2004.Seja um"vôodagalinha", baixoe curto, como afirmam nos bastidores algunsdoseconomistas da Faculdadede Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), ou o início deum novo Brasil, segundo afirma o governo. Nessa linha, algumas carreiras se consolidam como promissoras num o mercado de trabalho em que os segmentos de varejo eserviçosacenam com a possibilidade de abertura de mais postosde trabalhoa partir do mês de março.
Fazem parte desse grupo atividades como os gestores especializados em terceiro setor, os
experts em consumidores para atuarem no varejo e os executivosfocados em exportação no agronegócio, entre outras. Renda -Outra promessa para2004 éadequearendado trabalhador voltea subirentre 2% e 3% em comparação com 2003.Ainflaçãoprevista, de cerca de 6%, vai ser menor em comparação com os índices observados nos últimos 12 meses.Essesfatorespoderão desencadear o consumo e, conseqüentemente,a cadeiaprodutiva da indústria, o que é outro estímulo ao mercado de trabalho e ao surgimentodenovas opções de carreiras no País. "Não tenho dúvida que 2004 será um ano de crescimento no Brasil. Os indicadores macroe-
conômicos sinalizamisso", avalia o economista e coordenador geral do Programa de Administração de Varejo (Provar) da FEA-USP Cláudio Felisoni de Angelo. Alémdisso, oeconomista destacaa boacondição dastaxasdejurosexternas, permitindo uma redução ainda mais acentuada dosjuros internos. O crescimento da economia norte-americana, aliado à eleição presidencial dos EUA em 2004, tambémdevefortalecer a economia brasileira.
Especialista em consumidor ganhará mais espaço no varejo
No varejo, as oportunidades serãomaioresparaos profissionaiscapazes de entender o comportamento do consumidor. "O varejo especializa-se cada vez mais e criou, ao longo dosanos, uma tecno logia própria, com postos detrabalho maisinte ress ante s", diz apsicóloga e coordenadorado Núcleode Carreirasda FEA- USP, Tânia Casado. "Existelugar parapessoas queentendamo comportamentodo consumidor,passandoporquem entendede
Setor já demanda mãode-obra especializada e deve contratar mais funcionários sobretudo a partir do próximo mês de março
aproveitamento deespaçoaté chegaràqueles que estudama minimização das perdase furtos dentro das lojas", afirma. Pesquisa - Nesse contexto, Cláudio Felisoni de Angelo acredita no c re sc i me nt o das atividades de marketinge pesquisa de mercado, sempre vinculadas às áreas de informação e processosde gestãocomfoco nocomportamentodo cliente."Com a competição mais acirrada, a atuação das empresas também deverá estar mais forte em ter-
mos de 'backoffice' ", afirma. De acordo com Angelo, haveráabertura devagas emgerência de marketing e gestão de lojas a partir de março.
Especialização - E mb o r a tradicionalmente o varejo não apresentasse mão de obra qualificada, a demanda é cada vez maior por pessoal especializado atuando nas lojas. "O varejo continuará a brilhar como campeão emabertura de vagas em 2004.Haverá maior espaço ainda para o pessoal de logística, gestão depessoas, gerência de vendas, decoradores,arquitetose vitrinistas, entre outras funções", explica Tânia Casado. (SV)
Haverá vagasparagestores doterceirosetor em2004.De acordo com a psicóloga e coordenadora do Núcleo de Carreiras da FEA - USP, Tânia Casado, está sendosolicitado um novo perfil para os profissionais que desejam investir nesse segmento como umaopção definitiva de carreira.
"Até agora muitos foram trabalhar no terceiro setor sem preparo, comoseessafosse uma atitudeescapatóriado emprego tradicional. As novas contratações levarão em conta conhecimentos específicos dos princípios de administração eformaçãoemgestãona
área,como planejamentoadministrativo efinanceiro, treinamento e desenvolvimento", explica Tânia. Institutos sociais- Out ro aviso:asempresasque investem na criação de seusinstitutos de ação social continuarão a gerar postos detrabalho no Brasil. "O c r e s c im e n t o deve ser pequeno, mas no próximo anoa capacidadede mão- de-obra ociosa serárecuperada. Trata-sedeuma tendência histórica. Após um
Institutos de caráter social criados pelas empresas devem ser geradores de empregos para interessados no terceiro setor
anoruim, normalmentehá uma reposição ao patamar anterior", explica Tânia Casado. Ocupações tradicionaisDe acordo com ela, as grandes organizaçõesestão passando por processos de fusões e enxugamento do quadro de pessoal e de postos das ocupações mais tradicionais, comoadvogados, médicos e engenheiros, por exemplo. Ao mesmo tempo em que isso acontece, o terceiro setor segue em alta no País. (SV)
É hora de recrutar executivospara exportarmaissojae frango.Segundo asócia-diretora da CareerCenter Consultoria, Luciana Sarkozy, o agronegócio nacional demandará p r o fi s s i o na i s sobretudo nos segmentos relativos à exportação em 2004. Trata-se de uma boa oportunidade para os assistentes comerciais ede exportação,auxiliares deimportaçãoe deescrituraçãofiscal, além dos especialistas em con-
Setor de biotecnologia também deve abrir vagas em 2004, principalmente com a maior discussão sobre os transgênicos
trole de qualidade e produção. Diante desse cenário, os executivosdas empresasdeagronegócio tenderão a ser cada vez mais especializados. B io t ec n ol ogia - Outra área ase destacarao longo do ano seráade biot e cn o l o gi a , com atividades de pesquisa, controle de qualidade e desenvolvimento de produtos. A área ganha força no País com o maior debate em torno dos prós e contras do uso de ali-
mentos transgênicos. Segundo Luciana, a indústria farmacêutica estarámuitoconcentrada nas pesquisas sobre os medicamentos genéricos.Jánosetor depetróleoe gás, devem ser abertas novas vagas para cargos comochefiade laboratório,chefiade planejamento e controle de produção, além de oportunidadesem departamento de manutenção elétrica e mecânica de modo geral. "Essas indústrias crescem em ritmo acelerado e o quadro depessoal demandanovas contrataçõeshá algum tempo", analisa Luciana. (SV)
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Agência espacial americana comemora pouso da Spir it, no sábado à noite, e a volta dos Estados Unidos ao Planeta Vermelho, a primeira desde 1997.
O mundopôde ver,ontem, asprimeiras imagensdatopografia de Marte, transmitidas pela sonda-robôamericana Spirit poucas horas depois de o pouso em solo do Planeta Vermelho,no sábado à noite, ter sidoconfirmado.A transmissãofoirecebida comfestapela equipe da Nasa, a agência espacial norte-americana, responsável peloprojeto, sediadoem Pasadena, na Califórnia.
O pouso da Spirit foi o primeiro da Nasa em Marte desde 1997, apósuma sériede tentativas fracassadasde exploraro planeta. Motivo pelo qual foi comemorado intensamente. "Asimagens são fantásticas", disse John Callas, diretor científico do ambicioso projeto. A Nasa estima ter recebido entre 60 e 80 imagens.
MIKHAIL SAAKASHVILI É O NOVO PRESIDENTE ELEITO DA GEÓRGIA
Aos 36 anos,o advogado Mikhail Saakashvili foi eleito ontem onovo presidenteda Geórgia. Saakashvilicomemorou sua vitória prometendo reconstruir o país, devastado por anos de guerra, separatismo e pobreza. Saakashvili ficouconhecidocomo ohomem que,após liderar uma revolução interna, derrubou Eduard Shevardnadze, seu antecessor. O novo presidente da Geórgia estudou nos Estados Unidose é visto comopartidário doOcidente. A dúvida é se conseguirá cumprir suas promessas.
COMÉRCIO EXTERIOR
Dotada de seis rodas, a Spirit vai explorar Marte durante 90 dias, com início a partir da próxima semana. Nessa pesquisa, rochas, soloe atmosferaserão analisados.Vestígios deáguae vida estão entre osalvosdo projeto, que inclui aindaum robô-gêmeo da S p ir i t ,o O pportunity, previsto para chegar a Marte no final do mês. Armada– Cientistas aproveitam a aproximação entre a Terra e Marte, a mais favorável em60 mil anos, paraenviar uma verdadeira armada exploratória ao planeta. Uma delas é a britânica Beagle 2. Desde que chegou a Marte, no último Natal, a Beagle 2 não deu nenhum sinal de atividade,apesar de o satélite Mars Express, que participouda missão,terentrado na órbita do planeta.
SHARON ORDENA FIM DE POSTOS JUDEUS NA CISJORDÂNIA
O primeiro-ministrode Israel, Ariel Sharon, emitiuontem uma ordem para que dois postos judeus, um deles Havat Maon,um povoado,localizados na Cisjordânia, sejam desativados. A ordem seria umprimeiropasso para que Israelcumpraseu compromissocom o"mapa docaminho",um planode pazapoiado pelos Estados Unidos e por outros países.Peloplano,Israeldeverá autorizaro fimde todas as colônias judaicas consideradasilegais que estão instaladas em terras palestinas. (AE)
A sonda Spiri t , desenhada especialmentepara fazer pesquisas geológicas em solo marciano sem precedentes, além de tirar fotos, custou à Nasa US$ 400milhões. ParaSean O'Keefe,um dosresponsáveis pelo programa espacial que vibraram com as imagens, a noite de sábado foi uma grande noite para a Nasa: "Estamos de volta a Marte", exclamou O'Keefe,após aconfirmação do pouso da sonda. Marte é osétimo maior planetado sistemasolare umdos que apresentam,com exceção da Terra, umadas topografias maisvariadas. Aprocurapor algum vestígio devida em Marte tem se intensificado nos últimos anos. (DC/AE)
Viaje por Marte acessando o site www.dcomercio.com.br
PAQUISTÃO E ÍNDIA: AUTORIDADES TÊM ENCONTRO HISTÓRICO
O primeiro-ministro da Índia, AtalBihariVajpayee, manteve ontem seu primeiro diálogo direto com seu colega do Paquistão,Zafarula JanYamali,desde queos doisvizinhosestiveram àbeirade umaguerra,hádois anos. Oencontroserviupara preparar o terreno para uma próxima reunião entre ambos e gerou esperanças de que as relações entreosdois países rivais, que possuem armas atômicas, melhorem. Dos 30 minutos dereuniãoentre osrepresentantes dos dois países,15 não tiverama presençade testemunhas. (AE)
A assembléiatradicional afegã–a LoyaJirga–aprovou ontem a Constituiçãoda nova "República Islâmicado Afeganistão",que prevêumregime presidencialista forte. A convenção representa um acerto histórico sobre a nova Carta Magnadopaís,depois de várias tentativas de se chegar a um acordoque desseunidade aos grupos étnicos locais. Opresidente afegão,Hamid Karzai, e o rei Mohammed Zaher Shah planejavam se unir aos delegados ontem mesmo para a ratificação da Constituição, aparentemente sema necessidadede quesejarealizada uma votação final. A princípio, a nova Constituição dará a Karzai, que é apoiado pelos Estados Unidos, um sistema presidencial centralizador,após a queda do regime Talibã. A Carta representa um triunfo de Washington e das Nações Unidas,que trabalharamintensamente para negociarum acordo para a paz na região.
Melhora da competitividade dos produtos agropecuários brasileiros e aumento da safra contribuíram para superávit de 2003
Asexportações brasileiras do setorde agronegóciorepetiramem 2003o bomresultado do ano anterior, quando foi registradosuperávit nas contas. Mais uma vez, as exportações foram puxadaspelos grãos, cujos produtores atingiramrecordes deproduçãono ano passado— mais de 120 milhões de toneladas.
Aestimativaé queasexportações de produtosagrícolas fechem o ano com superávit de US$25 bilhões, contra saldo positivodeUS$ 20,3 bilhões em 2002.Esses números,além de contribuir para a geração de divisas, atestama competitividade brasileira no setor. Um dosmotivos apontados por AntonioErnesto Salvo, presidenteda Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil(CNA), paraoaumento dasafrafoi arecenteelevação de investimentos no campo.
Já para explicar a melhora do faturamento, Salvo cita a queda nos estoques internacionais,o que melhorou opreço dos commodities A soja, por exemplo, firmou-se como líder da agropecuária,com colheitade 52milhõesde toneladas,querepresenta crescimento de 24,2% em relação aoanode 2002.É ela a responsável pelos mais de US$ 8,1 bilhões das exportações brasileiras, contra US$ 6,3 bilhões no ano anterior. Café foi mal — Líder de exportações no passado, o café, a exemplo do que ocorreu nos últimos cinco anos,mais uma vez teve mau desempenho, por causa da oferta mundial bastante superior ao consumo. Com isso, o preço de produção superou o de comercialização.
Segundo dados do Centro de Estudos Avançadosem Economia Aplicada daEscola Superior de AgriculturaLuizde Queirós (Cepea/Esalq),a saca de café arábica ficou 11,23% abaixo do custo deprodução, sendo vendida a R$ 174 contra
PERSPECTIVAS
Se 2003 foi um ótimo ano para as exportações de agronegócio brasileiro, este ano promete ser um pouco mais complicado. A começar, na opinião do chefe do Departamento de Comércio Exterior da CNA, Antonio Donizeti Beraldo, pelas eleições nos Estados Unidos.
os R$196 indicadospela EmpresaBrasileirade Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Entretanto, as expectativas para apróxima safra são otimistas. A Comissão Nacional do Café acredita que haverá uma redução na produção, dos
"Os agricultores norteamericanos são muito protecionistas em relação à diminuição dos subsídios agrícolas, uma das grandes bandeiras dos países em desenvolvimento. Como 2004 será marcado pelas eleições nos EUA, é quase impossível que se avance muito nessa questão. Ou seja, será um ano tumultuado", diz Beraldo.
Isso não quer dizer, entretanto, que o Brasil não deva insistir no tema. Um dos
atuais 47 milhões de sacas para algo emtorno de 34milhões a 37,5 milhões.Areduçãopermitiria um ajuste entre oferta e demanda, podendo ajudarna recuperação de preços. Pecuária de corte — O Brasil firmou-se em 2003 também
caminhos apontados por Beraldo é que se retome os objetivos do G-20, grupo dos países em desenvolvimento que na Rodada de Doha conseguiu credenciais de protagonistas junto à Organização Mundial do Comércio.
Já em relação às negociações bilaterais entre Mercosul e União Européia, Beraldo acredita que será mais difícil avançar nesse tema que na Alca.
como o principal exportador mundial decarne bovina.Foram remetidos cerca de 1,4 milhãode toneladasaomercado internacional, oquerenderá ao País cerca de US$ 1,5 bilhão em divisas.
Assim,tanto asexportações quanto os preços registraram alta. Para se teruma idéia, em novembro cadatonelada de carne brasileira exportada foi negociada a US$ 2,2 mil, contra US$ 1,6 mil que vigorava em 2002 e no início do ano de 2003.
Na opinião dos especialistas, também naárea sanitária o Brasil tem motivosdesobra para comemorar. O Paísencerra o ano com mais de 154 milhões de cabeças incluídas em área livre de febre aftosa. O País avançou, ainda, na implantação do Sistema Brasileiro de Certificação de Origem Bovina e Bubalina. Desde o último mês de julho, a União Européia passou a exigir que todoanimal destinado ao abate para exportações estivesse há mais de 40 dias no sistema de proteção.
Patrícia Büll
"A União Européia tem uma posição tradicionalmente mais refratária na questão de subsídios agrícolas que os EUA", afirma. "Ela só se dispõe a negociar por cotas e através da OMC. Para alguns países do Mercosul esse sistema pode até ser interessante. O mesmo não acontece com o Brasil, pois o sistema de cotas é muito modesto pelo nosso volume total de exportações", finaliza Beraldo. (PB)
Superávit somou
US$ 24,8 bilhões em 2003, volume recorde no País
O Brasil encerrou 2003 com superávit comercial recorde de US$ 24,831 bilhões, quase 90% superior aoregistrado anoanterior. A balança foi favorecida pela quase estagnação da economia, que conteve importações e obrigou a produção nacionala encontrarnovosmercados no exterior. "O superávitresultou, principalmente, do crescimento das exportações", afirmao secretário deComércio Exterior do MinistériodoDesenvolvimento, Ivan Ramalho. Ao longo do ano passado, as exportações cresceram 21,1% em relação a 2002, para um total de US$ 73,084 bilhões. Já as importações subiram2,2%, para US$ 48,253 bilhões. Os números superaram todas as expectativas de analistas e do próprio governo. No final de 2002,omercado projetava saldo comercial positivode US$ 15,5 bilhões para 2003. Em 2004,o governoestima, no entanto,que osuperávit da balança recuará para cerca de US$19bilhões.Isso porquea economia brasileiradeve crescer3,5%, oqueaumenta ovolume de comprasde produtos vindos do exterior. Essa tendênciajáapareceu nofinalde 2003:dezembrofoio quarto mês consecutivo decrescimento das importações. Ramalho não quisfixar metas decrescimento dasimportações neste ano e afirmou que a previsão é de que as exportações atinjam US$ 80bilhões em 2004. Ele admitiu, no entanto, que as importações podem crescer 20% neste ano, como apontam previsões de mercado. (Reuters)
O fato de o Ministério da Saúde ter o maior orçamento de todas as pastas do governo Lula não impediu, em 2003, que sistema continuasse ineficiente Apesar de osetorde saúde ter o maior orçamento de todos osministérios dogoverno Lula, ainda está distante de ser um exemplo de atendimento à sociedade. A carência de recursospara investiremprofissionaisda saúde,emequipamentos, medicamentos,alémda violência diária contra médicos, são os fatores, apontados porespecialistas emsaúdepública, que mais contribuem para a ineficiência do sistema. Em 2003, o orçamento total do Ministério da Saúde foi de
R$ 30,5 bilhões.Com a aplicação da Emenda Constitucional 29, queprevê oinvestimento crescente no setor (reajustado pelavariação nominaldoProduto Interno Bruto(PIB)sobre oorçamento doano anterior),osrecursos paraasaúde em2004 deverãoaumentar cerca de 17,3%. A expectativa é de que a receita total chegue a R$ 35,8 bilhões. Dovalorprevisto para este ano, R$ 24,9 bilhões, o equivalente a 69,55% do total, deverão custear despesas com ações
Um ano de governo Lula e algumas mudanças na saúde pública, mas a situação ainda não se transformou, afirmam especialistas em saúde pública. A população continua enfrentando as filas, a falta de médicos, de medicamentos e, sobretudo, o mau atendimento.
Para o mestre e doutorando em saúde pública, pela Universidade de São Paulo (USP) Anderson Sena Barnabé, as mudanças relacionadas à saúde pública no Brasil devem ser encaradas como um conjunto de vários processos. Para ele, a população não deve achar que apenas a construção de hospitais, postos de saúde e similares compõem os investimentos em saúde.
"Devemos estar atentos às propostas que o governo federal tem para o saneamento básico, os serviços de vigilância à saúde
e, principalmente, às campanhas de educação em saúde para as camadas mais desfavorecidas", diz.
Vitória – Também especialista no assunto, o médico sanitarista e doutor em Saúde Pública pela USP José da Silva Guedes concorda com Barnabé, mas lembra avanços do setor. "É claro que as condições de atendimento médico ainda deixam a desejar, mas quando ouvimos dizer que a população está envelhecendo mais, isso tem de ser considerado uma vitória para nós", afirma. "Com o passar dos anos, conseguimos também reduzir a mortalidade infantil e melhorar as condições do pré-natal brasileiro", acrescenta o especialistas, que é ex-secretário da Saúde do Estado de São Paulo e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. (KF)
diretamente ligadas à promoçãodasaúde, comooatendimento hospitalar e ambulatorial,o Piso deAtençãoBásica (PAB) e os gastos com medicamentos e vacinas. Os númerosmostram, porém, o quanto o Brasil ainda está longe de ser modelo em saúde pública. Para se ter uma idéia de comoesse valorainda éirrisório,aFrança, quetemcercade 50 milhões de habitantes, gasta quase US$ 100 bilhões por ano em saúde. Portugal,com cerca de 10 milhões de habitantes, investe US$ 7,5 bilhões ao ano.
Estrutura – De acordocom o Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística(IBGE),o Brasil possui 56,1 mil estabelecimentos de serviços de saúde, o que inclui hospitais privados, públicos estaduais, municipais, federais efilantrópicos, além de clínicase laboratórios particulares.Apesarde onúmero de estabelecimentos de saúde públicos no País (32,9 mil) ser maior do que o de privados (23,1 mil), segundo os dados oficiais, dos 5,8 mil hospitais contratados pelo SistemaÚnico de Saúde (SUS)no Brasil,apenas 2,1 mil são públicos e 148 universitários. Osnúmeros acabam sendo insuficientes paraoatendimentodo SUS,que realiza mensalmente,cerca de1 milhão de internações,em 441,6 mil leitos hospitalares credenciados ao sistema. Daí a dependência dos contratos com o setor privado. Os hospitais particularesrespondem por60% das internações realizadas pelo SUS e 60% dos atendimentos ambulatoriais de alta complexidade,como quimioterapiae terapia renal substitutiva.
Com a intenção de ampliar o acesso da população àterapia intensiva, ogoverno federal pretende, até o fim do primeiro semestrede2004, incorporar 2,2 mil novos leitos de UTI à redepública de saúde. Dessetotal, 614 atendem a reivindicações de estadose municípios que estavam engavetadas desde 2001. O investimento totalfoi de R$51,31 milhõesem 2003e serádeR$ 105,72milhõeseste ano. Uma iniciativa que aumenta de 14 mil para 16,2 mil o númerode leitosde terapiaintensivano SUS.Somandoesse número à inclusão dos hospitais privados, o número total de UTIs noPaís passa de20,6 mil para 22,9 mil.
O Ministério também destinará cercade R$430milhões para aampliaçãodosprogramasSaúde daFamília (PSF)e Agentes Comunitários de Saúde (PACS).Oinvestimento anual passou de R$ 1,3 bilhão para mais de R$ 1,7bilhão.
Com isso, o repasse por equipe de Saúde da Família crescerá deR$ 47milparaR$ 60,5mil. Já os recursos para os agentes comunitários aumentarão de R$ 2.640 para R$ 3.120. Ao longo de 2003, 4 mil equipes deSaúde daFamília foram criadas, totalizando 73 milhões de pacientes assistidos por 21 milequipes dePSF. Oprograma está incorporando mais 3 mil equipesde Saúde Bucal. Comesse investimento, está prevista a contratação de40 mil agentescomunitários, 4,6 mil enfermeiros, 4mil médicos,4mil auxiliaresdeenfermagem,3mil dentistase3mil auxiliares de consultório dentário, o querepresenta 66mil novosempregos(58mil diretos e oito mil nos postos de trabalho locais). Gastos – Em2004, o Ministério tambémpretende investir emsaneamentoambiental urbano e rural, cerca de R$ 654 milhões,4,46vezes amaisque
este ano. Separadamente, o saneamento urbano deverá receber R$ 562 milhões e o rural ficará com R$ 92 milhões. De acordo com GastãoWagner, secretário-executivo do ministério, o aumento dos recursos destinadosao saneamentobásico se deve aofato de essa ser uma das principais armas contra a proliferação de doenças de veiculação hídrica. "O investimento em saneamento básico, aliado a programas preventivos, ajudaa promovera saúdecoletiva. Éuma área estratégica,de extrema importância, e para a qual estaremos empenhados emgarantir os recursos necessários à execução dos projetos", afirma o secretário.
Outro setor prioritário será a pesquisa em Ciência, Tecnologia e Inovaçãoem Saúde. Para os próximos meses, está previstoo investimentodecerca deR$239,9 milhõesparaosetor no País. (KF)
Repasses – "O complicado, alémdefazer todoesseatendimento, é obaixo valor repassado ao médico. Em uma consulta, por exemplo, o profissional recebecerca de R$ 7,55.No atendimentofeito por convênio esse valor seria de R$ 25,00, em média. Mesmo assim, o preço ainda é muito diferente de uma consulta particular,que custa, em média, R$ 80,00", analisou ErikOswaldoVon Eye,assessor dodepartamento Administrativo Médico do Sindicatodos HospitaisnoEstado de São Paulo (Sindhosp). ParaVon Eye,é esse baixo valor dasconsultas repassadas aosmédicospelos hospitais credenciados pelo SUS que faz com que o atendimento piore ainda mais. "Os médicos têm de ter vários trabalhos para manter oseusustento,e os hospitais, por sua vez, não conseguem se manter e nem inves-
tir em equipamentos ou medicação. Elesacabamsendosucateados coma evolução da medicina", concluiu. Para médico cardiologista e presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp),JoséErivalder Guimarães de Oliveira, épor essa razão quecerca de 65%dos profissionais têm, no mínimo, três empregos. Aestimativa éda Fundação InstitutoOswaldo Cruz (Fiocruz). Menos convênios médicos – Os problemas com asaúde pública, porém, não vêm somente do repasse de verbas insuficiente, mastambémda mudançado poderaquisitivo da população. Isso é comprovado quando VonEye mostra, por meio de números, que o setor deconvênio médicoencolheu nos últimosanos.Conforme o assessor do Sindhosp, em1998,cerca de 40milhões
de pessoas tinham assistência médica. Hoje, esse número recuou para 32 milhões. "Muitos que deixaram depagar os seus convênios agoraestão sendo atendidos pelo SUS".
SegundooSindhosp,a Organização MundialdeSaúde (OMS) recomenda a existênciade cinco leitos para cada grupo de mil habitantes. No Brasil essarelação atualmente é de 3,7 por grupo de mil. Alternativa – Para Erivalder Guimarães, presidente do sindicato dos médicos, uma solução é fazer com que prontos socorrose hospitaisatendam, efetivamente,emergências e cirurgias, além deinvestir nas Unidades Básicas de Saúde para atender a população com os problemasmais corriqueiros. "O problema é que nessas unidadesnão hárecursos, o que deixa os hospitais lotados". Kelly Ferreira
Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo(Simesp)mostra que a violência contra médicosaumentou em SãoPaulo. Atualizada a cada dois anos, a última versão da enquete "Segurança dos Médicos: violência e suas conseqüênciasem estabelecimentos de saúde de São Paulo" revela que a preocupação não é sóda categoria,mastambém dapopulação quenecessitade atendimento. Dos 650 médicosativos domiciliadosno municípiode SãoPauloouvidos, 41%jásofreram algum tipo de violência no ambientedetrabalho,seja física ou verbal. O dado maisassustadoré a ocorrência de seqüestros-relâmpagos.Comparandoo estudo atualcom oanterior, observa-se que o percentual deste tipode ocorrência saltou de 5,26% para 24,14%, o que corresponde aumaumento de 358,94%, em apenas dois anos.
Dos relatos de violência captados, 77,1% ocorreram em hospitais públicos.
Mais de 61% das ocorrências foiregistradaemunidades de Pronto Socorro, principalmente aquelas de Hospitais Públicos(80,48%).Assim como no estudo anterior, realizado no ano 2000, os maiores índices de violência foram constatados nas zonas sul (32,38%) e leste (29,51%) da capital paulista. As demais regiões da cidadeapresentaramíndices de violência semelhantes, entre 11% e 14%.
Riscos – O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), José Erivalder GuimarãesdeOliveira, alerta para os riscos de se trabalhar emum ambientetenso einseguro, cujas conseqüências são numerosas. "Avítima poderá desenvolver quadrosde ansiedade, depressão e síndrome do pânico, problemas que chegam até aafastá-ladotraba-
lho", avalia. O estudo comprovou que 39,03% das vítimas foramacometidas dealgumtipo de seqüela (física ou mental). Na opinião do presidente do Simesp, esse índice de violência está intimamente ligado com a precariedade do sistema de saúde, com afalta de remédios e equipamentos nos postos de saúde ehospitais, e com o baixo salário do profissional da saúde no País. "O cidadãomadruga nasfilas dos postos edos hospitais parater umatendimentodigno. Chegandolá, aguardahoras nafila, por contada multidão que tem para ser atendida. Depois descobre que não há medicamentos ou que o aparelho que ele necessita para fazer um exame está quebrado. Descontente com o atendimento, muitasvezes,ele acabaagredindo o médico, já que não pode fazer o mesmo com o verdadeiro culpado pela precariedade do sistema", afirma. (KF)
As obras de restauração do Quadrilátero da Sé, um conjunto de sete edifícios históricos encravados na Praça da Sé e nas ruas Wenceslau Brás, Roberto Simonsen e Floriano Peixoto, já começaram. No dia 25 de janeiro, quando a cidade de São Paulo completar 450 anos, a primeira parte dessa recuperação será entregue à população. O novo visual é um presente para a região central da cidade e faz parte das obras de revitalização do entorno do Pátio do Colégio.
A recuperação do Quadrilátero da Sé reviverá uma parteda São Paulo antiga. O Pátio do Colégio terá umvisual mais limpo. Doisedifícios semimportância histórica – os de número
40/44e48/50 daFlorianoPeixoto – darão lugar a um jardim, descortinandotoda abeleza do sítio histórico.
E tem mais: como parte desse novoconjunto arquitetônicorecuperado, opaulistano passará a contarcom um centro cultural composto por um teatro para 200 pessoas e um anfiteatro de 60 lugares no edifício da CEF localizado na rua Floriano Peixoto. Um dos prédios da Roberto Simonsen será o museu da Caixa e o outro terá espaços para oficinas culturais. Serãoquatro mil metros quadrados de área dedicados exclusivamente à cultura.
CEF no centro - Na segunda fase do projeto para o Quadrilátero daSé, dois outrosprédios não tombados pelo patrimônio histórico abrigarão as novas instalações para escritórios da CEF, marcando assim o retorno da sededa instituição para apraça daSé. Hojea sede está na avenida Paulista.
Uma nova praça, com ampla área parapedestres, integrará todo esse conjunto de prédios, que incluirá um novo edifício para atender 26 famílias pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR),naWenceslauBrás. Serão26unidades habitacionais distribuídasem oito pavimentos.
Está prevista a construção de apartamentosde 32m² (salae quarto conjugando) e de 48
m², com doisdormitórios. No subsolo,um estacionamento. A obra ocupará áreade 14 mil metros quadrados e reforçará a vocação residencial do centro. História - Fazem parte do quadrilátero belosexemplares da arquitetura do início do século XX. Estão entre eles o prédio da Policlínica,projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, em 1919,que guarda suas características originais. Também abriga umdos primeiros prédios residenciais da cidade e que também já foi posto dos Correios. O projeto desse prédio – que ficana esquina da Roberto Simonsen coma Floriano Peixoto – leva a assinatura de Giulio Micheli, um dos grandes nomes da arquitetura da época. Erguidoem 1897,ainda, mantém sua estrutura original. Projetado para tercasas comerciais no térreo, esse edifício já abrigou muitas empresas desde a década de 20 do século passado. Lá funcionaram a Casa Seppi, especializadaem enxovais e roupas para padres, a alfaiataria de Lúcio Fiori e, em 1955, abrigou a Marcel Modas, a Imobiliária Dal Ré e a Galeria São Paulo Roupas. Há umaterceira construção ao lado, quasenaesquina da Wenceslau Brás,projetada no final dadécada de 20pelo engenheiro econstrutor Artur Rangel Christoffel da Rangel Christoffel& CiaEngenheiros e Construtores. Na Wenceslau Brás, ao lado do edifício Sé da CEF, há outro imponenteprédio histórico. Projetadopor GiuseppeSachetti, em 1907, ele abrigou a Caixa Mútua dePensões Vitalícias."Nessecaso,há uma mistura deestilos. Ofrontão é jônico, misturado com o art
Um segundo quadrilátero abriga prédios bastante danificados, mas de bela arquitetura (duas fotos acima). Ao lado, a Roberto Simonsen em ritmo de reforma acelarada.
De 1890 à década de 90 a praça da Sé passou por profundas transformações, especialmente a partir da metade do século 19. A proclamação da República traz melhorias urbanas tais como o alargamento de ruas, o calçamento, a canalização de córregos e a iluminação pública. Definem-se as funções do poder público municipal e a valorização dos espaços urbanos.
Entre 1913 e 1972, um acordo entre a Cúria e a Prefeitura permite a demolição das antigas igrejas da Sé a de São Pedro da Pedra, permitindo a ampliação da praça, quintuplicando sua área. A cidade de São Paulo crescia vertiginosamente, afirmando-se como metrópole. Uma nova igreja foi construída no terreno ocupado pelo antigo teatro São José e inaugurada em 1954, nas comemorações do IV Centenário da cidade. No início da década de 70 o metrô redesenhou a praça.
Em quatro anos, o projeto de reciclagem do Quadrilátero da Sé – que envolve a construção de novos edifícios e a restauração de prédios históricos – estará totalmente concluído, estima o arquiteto responsável pelo projeto de revitalização, Bruno Sandin. A reforma das fachadas de quatro edifícios históricos já começou. A Caixa Econômica Federal (CEF) – proprietária desses imóveis –investe R$ 20 milhões no empreendimento.
Na praça da Sé, o prédio da CEF: um investimento de R$ 20 milhões
deco",explicaSandin. "São Paulo éuma daspoucas cidades com marco histórico claro. Essa é a importância histórica e arquitetônica dessaáreacentral", avalia o arquiteto da CEF. Segundoele, osprédios do Quadrilátero da Sécompõem umconjunto queguardaharmonia. "E isso éimportante paraa leitura da evoluçãodo que aconteceu em uma época", explica o arquiteto. Novos caminhos - Essarevitalização vai abrir caminhos para a recuperação de muitos conjuntos das proximidades. Ao lado do Quadrilátero da Sé há um outro mais próximo ao Metrô –formado pela ruas Irmã Simpliciana, Wenceslau Brás, Roberto Simonsene PraçaClóvisBevilácqua – com muitos prédios pertencentesà CúriaMetropolitana deSãoPaulo.Bastante deteriorado,mas belo, impera na WenceslauBráso Palacete
do Carmo. Ele abrigao Centro de Acolhida para Refugiados e a Cáritas Arquidiocesana. A Igreja tem interesse na recuperação desse conjunto. Num passeio pela região pode-se aindaobservar umantigo cinema.Ele estálocalizado naruaRoberto Simonsen,88 (emfrenteaos prédiosdenúmeros 85 e 89, que começaram a ser restaurados),hoje transformadoem estacionamento. "O prédiointernamente ainda mantém suas linhas arquitetônicas originais",observa oarquiteto da CEF. Ele acreditaque apósa restauração doQuadrilátero, muito provavelmente algum empreendedor da área cultural ficarámotivado ainvestirna construçãode umteatronesse local,reforçandoa vocação cultural dessa área. Mais informações sobre a Sé na página seguinte.
De 1973 a 1992, moderna e urbanizada, a cidade experimentou as transformações impostas pela necessidade de um sistema de transporte de massa mais efetivo. O metrô mudou a paisagem da Sé e, de resto, revolucionou a cidade. A praça foi totalmente remodelada, incorporando a antiga Clóvis Bevilácqua. Nela foi realizada a primeira implosão de um edifício – o Mendes Caldeira – na cidade. Na Sé realizou-se uma das maiores manifestações pelas eleições diretas no País.
Nem o novo modelo energético proposto pelo governo, que gerou discussões acaloradas, nem as turbulências da renegociação da dívida da AES, controladora da Eletropaulo, com o BNDES. Nenhum desses fatores retirou as ações do setor da lista de indicações de analistas para quem pensa em investir na bolsa em 2004.
Osetorelétrico esteveno centro dasdiscussões domercado financeiroedopróprio governodurante oanode 2003.Porváriosmotivos. os principais foram õ novo modelo para o setor projetado pelo governo e o não-pagamento da dívida da AES, controladora da Eletropaulo, mantida com o BancoNacionalde DesenvolvimentoEconômicoe Social (BNDES), que ameaçou ir à Justiça para receber o crédito. Umterceiro fator foi otemordomercado dequeogovernodeLuis Inácio Lulada SilvaInterviessenas tarifasde eletricidade.O que também acabou sendo descartado, na medida em queisso não aconteceu na prática. Nenhum desses pontos tirou o setor da lista dos analistasde mercado das melhores ações para 2004. Acordo – Um ponto favorável que reforçou essa aposta foi justamenteo acordoentrea AESe oBNDESpara oacerto do montante devidopela controladorada Eletropaulo, anunciado às vésperasdo final do ano. O acordo prevê um reescalonamento da dívida co o
governo, hoje de US$1,3 bilhão. O total deUS$ 193 milhões devidosna formade juros serão perdoados.Parte do restante da dívidapoderáser paga até final deste mês e a outra poderásertransformada emdebêntures (emissãodetítulos por parte da empresa, que paga, ao comprador, juros no resgate, geralmente feito após 12 meses). Depois, a perspectiva de aumento do consumo gerado pelo reaquecimento econômico do País, a melhora dos resultados financeirosprovenientes da revisãode tarifase davalorização do real frente ao dólar e, ainda, possíveis auxílios do governosque vêmsendoestudadosfazem dos papéis de energia elétrica uma aposta positiva paraosinvestidores que pensam na bolsa em 2004, na opinião de analistas.
Mais consumo – A previsão doEstado considera um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 3,4% com aumento de 5,09% noconsumo anual deenergia no País."O bomdesempenho previsto para a bolsa neste ano
estará diretamenteligado ao crescimento econômico.Os setores que se beneficiarem desse aumento deconsumo se destacarãodosdemais. Éocaso daenergia", afirma Paulo Schenberg, consultor de Bolsa de Valores.
Em países mais desenvolvidos, energia não é um setor para crescimento, mantendo seus ganhosestáveis.Mas no Brasil o setorainda passa pormudanças."O governoapresentou onovomodelo que, apesar de alguns pontos discutíveis, no conjunto foi conside-
As principaisapostas dos analistas consultados pelo Diário do Comércio em relaçãoàs empresas dosetor de energia elétrica estão concentradasnas ações dagigante Eletrobrás, daCompanhia Energética deMinas Gerais (Cemig)e CompanhiaParanaense de energia (Copel). As distribuidoras Eletropaulo e TransmissãoPaulista também têm boas perspectivas de ganhos em 2004. Por outro lado, o investidor deve ficar mais cauteloso com os papéis dasCentrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), a concessionáriade energiaelétrica paraoEstado catarinense, que atualmente tem um mercado consumidor maislimitadoeporisso
também com menores chances de crescimento. Eletrobrás – A Eletrobrás, holding do setor que controla grandeparte dageraçãode energia elétricabrasileira, éa aposta mais fortede alguns analistas. Por meio de suas subsidiárias, aempresa éresponsável, atualmente, por 60% da produção da energia elétrica brasileira. Em 2004, aempresa deverá atuarfortementeno projeto de internacionalização iniciado no ano passado. A Eletrobrás quervenderserviços ao Oriente Médio. Para tanto já fez contato com países como a Líbia, a Síria, o Egito e o Líbano. Aindadentro do projeto de internacionalização da empresaestão previstos,para
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EDITAIS
este primeiro semestre de 2004, contatos com a Índia e tambémcoma China,paraa formaçãode parcerianofornecimento de serviços. ParaFabio Motta,estrategista daSulAmerica Asset Management,"apesarde os papéis daEletrobrás jáestarem sendo negociados a preços bem próximos dos idealizados pelo mercado, ou seja, com menoschances de subirem, o governo tem dado forte sinalização no sentido de tornar a empresa mais atraente para o investidor".
Recentemente a Eletrobrás anunciouque passaráaconverter, durante o primeiro semestrede 2004,créditosreferentes aos empréstimos compulsórios que a empresa já to-
mou e terá de ressarcir aos emprestadores em novas ações preferenciais de classe B da empresa. As ações ordinárias da empresa registraram valorização acumulada de 71,25% em 2003, frente a uma alta de 85,82% do Índice Bovespano mesmoperíodo."A Eletrobrás deve ser o carrochefe nas medidas anunciadas pelo Ministériode Minase Energia", diz Marco Aurélio Barbosa, da Coinvalores. A Cemig, maior rede de distribuição da América Latina, acertou contratono último dia 16 de dezembro para fornecimentode energia com duração de cinco anos e início em2005. Ovalor do MWh neste contrato é 40% superior ao determinadopela Agência
rado bom", diz o analista Mauro Giorgi,especializado no mercado de capitais. "No âmbito geral, com as taxas dejuros emqueda, odólar estávele oaumento doconsumogerado pelo crescimento da economia, haverá um reflexopositivonão apenasparaas empresas geradoras, mas também paraas distribuidoras de energia", acrescenta Giorgi. Estatais – Marco Aurélio Barbosa,analista de bolsada Coinvalores, opina que, apesar dos pontos ainda não definidos dentro do novo modelo de
energiado governo,asempresas geradoras do governodeverão ser as maiores beneficiadascom omodelo. "Asdistribuidoras ficam emuma situação mais delicada com a exigência de que não estão inadimplentes,se quiserem aplicar qualquer reajustede tarifas", diz Barbosa.
Opiniãosemelhantetem o estrategista Fabio Motta,da SulAmerica AssetManagement. Motta acha que, de acordocom onovomodeloapresentado, as geradoras e empresas integradas terão mais liberdadee segurançapara investimentos, em contraponto com as distribuidoras. No ano passado, as ações do setor elétrico responderam, em especial durante o segundo semestre do ano, por boa parte dos ganhos conseguidos pelo Íbovespa, oíndice daBolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Mesmo com todos os contratempos sobre o novo modelo ea AES-BNDES,ospapéis registraram uma valorização de mais de 80%até ofinal do mês de novembro.
Vanessa Jaguski
Responsável pela produção de 60% da energia elétrica brasileira, por meio de suas subsidiárias, a Eletrobrás se mantém na liderança da preferência.
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aenergia fornecida pela empresa, elevação ocorrida em função do anúncio do novo modelo. Asnovas medidastambém afetam a empresa com a proibiçãodo auto-suprimentode energia. A Cemig é uma companhia verticalizada, ou seja, que atuana geração,distribuição e transmissão de energia. Mas a empresa não poderá mais vender sua energia a preço abaixo domercado parasua área de distribuição. "Poroutrolado, aCemigjá apresentoubons ganhosem 2003,talvezseja interessante apostar as fichasna Copel no próximo ano", analisa Motta. A Eletropaulo Metropolitanaé amaiorempresa dedis-
tribuição elétrica da América Latina. Apesar de ser uma distribuidora e portanto estar sujeita às limitações do novo modelo,Motta dizque aempresa tem boas perspectivas. "Os papéis da Eletropaulo caíram até R$ 20 em 2003, mas serecuperaram e chegaram emR$ 71.Pelaanálise dofluxo decaixa, podemosacreditarque no próximoano esse valor chegue aos R$ 90". Cemig – Parao analistaMauro Giorgi a Cemig, assim comoa Copel, éuma boa aposta em2004. Outradistribuidoraquetem boasperspectivas éa Companhia de Transmissão Paulista (CTEEP), na medida em que é uma empresaenxuta emuitobem administrada. (VJ)
Depois de idas evindasnas negociaçõesque searrastaram por quase 18meses,o acordo feitoentre oBanco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) e a AES, emprea norte-americana controladora daEletropaulo foi definido e, melhor do que isso, muito bem-recebido pelo mercado. Especialmentepelo mercado financeiro e pelos
acionistas da empresa. A dívida da AEScom o banco estatal é deUS$ 1,3 bilhão. Esse montante equivale às perdasqueaempresateve coma compra de energiadeItaipu, pagapela AESemdólar enão repassada às tarifas em 2003, e também com a terceira parcela deum empréstimofeito pela empresa para repor asperdas tidascom o racionamentode
energia elétrica em 2002. Oacordo nãotira apenasas dúvidas do mercado sobre o setor. Com a reestruturação, as perspectivas para a Eletropaulo melhoram. A empresa espera, com oacordo, conseguir um empréstimo de R$ 500 milhões no BNDES. Na reestruturaçãofoi criada a empresa Brasiliana Energia S.A., que ficará com as ações da
AESna AESEletropaulo,AES Uruguaianae AES Tietê. Já a AES Sul está prevista para ser incluída no processo de repactuação dadívida quandoa reestruturação financeirada holding estiver concluída. Oacordodeveráainda se submetido à Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) e também ao Banco Central. Roseli Lopes
Números oficiais do movimento do comércio confirmaram elevação das vendas em dezembro. A melhora, porém, apenas minimizou
Dezembro, como era de se esperar, registrou alta nas vendasdo varejo.A expansãofoi confirmada ontem com a divulgaçãodos númerosconsolidadosdo movimentonas transações a prazo ea vista no mês pelo Instituto de Economia "Gastão Vidigal" da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em relação a novembro, o aumento foi de 32,1% nasconsultas aoServiçoCentral de Proteção aoCrédito (SCPC),que refletecomprasa prazo, e de 17,1% nas consultasao Usecheque,quesinaliza transações a vista. O bom desempenho do último mês doano também resultou em crescimento na comparação com 2002. A alta foi de 6% nas consultas ao SCPC, e de
6,1% no Usecheque. "O comércio registrou um impulso nos negóciosa crédito,especialmente de bensduráveis, como eletrodomésticose móveis", afirmou o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Para ele, amelhora no varejo
se deve à queda de juros dos últimos meses.Mas o Natal de 2003, apesarde tersido "relativamente bom" na avaliaçãode Afif, não superou o do ano 2000. "Naquele ano, asconsultas ao SCPC chegaram a 1.924.383 em dezembro, ante as 1.905.163 do
O últimomês doano registrou umaquecimento importante no comércio de veículos. Foramemplacados 139.777 automóveis em dezembro, número 31,16% maior do que em novembro e 37,92% superior ao de dezembro de 2002. A elevação no mês fez comqueo acumulado doano de2003 fechasse positivo, com as vendas de automóveis at in gin do 1.142.479 unidades. O número representa umcrescimento de 0,61% em relação ao ano passado. O desempenho de comerciais leves foi semelhante. As vendassubiram 30,38% em dezembro,emrelação anovembro, para 21.882 unidades. Emcomparação comdezembro de2002, o aumentofoi de 17,68%. O númerode comerciais leves vendidos no ano em 2003, no entanto, caiu 11,05%, para 209.791 unidades. Juntas,asvendas de automóveis e comerciais leves em
dezembro totalizaram 161.659 unidades. Isso significa que elasforam 31,05%superiores às de novembro. Em relação ao mêsde dezembrode 2002, o aumento foi de 34,77%.
Aquecimento das vendas mostra que o consumidor antecipou as compras temendo os reajustes de preços previstos para janeiro
No acumulado do ano, as vendas de autos e comerciais leves caíram. Asvendas somaram1.352.270 unidades,com queda de1,4% sobre2002. Os dados estão incluídosem relatório da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)elaborados combase no número de emplacamentos de veículos novosdo Registro Nacionalde Veículos Automotores (Renavam).
Reajustes – O aquecimento das vendas de veículos em dezembro indica que o consumidor resolveu antecipar as compras temendo os reajustes de preços das montadoras previstos para ocorrerem janeiro. A altanos preçosda GM eFiat devem ser de,em média, 5,3%
e 3%, respectivamente. As outras montadoras ainda não divulgaram os percentuais de seus reajustes. Issorefletiuaté nas vendas dos veículos de maior porte. O total de caminhões vendidos em dezembro foi de5.900, número 4,4% superior ao de novembrode2003 e 19,26% maiordo que em dezembro de 2002. No acumulado do ano,as vendasdecaminhões somaram 62.301unidadese foram 6,98% maiores do que em 2002. Já as vendas de ônibus em dezembro atingiram 1.559 unidades, volume 12,15% maior que em novembro e 15,65% maior do que em dezembro de 2002. No acumulado de 2003, o desempenho dosônibusficouaquém do ano anterior. As vendas somaram 15.958 unidades e foram 4,31% inferiores às de 2002.
mês passado", disse. Ano fraco – Apesar da alta em dezembro, o resultado não foi suficiente para anular o fraco desempenho do resto do ano, como já havia sido antecipado pelo Diário do Comérc io . No balançofinalhouve
quedade1,6% àsconsultasao SCPC e de 1,3% ao Usecheque. "O crescimento no mês mostra que, ao contráriodoque se imaginava, este não foi um Natal apenas de lembrancinhas, masde presentes com maior valoragregado",disse Emílio Alfieri, economista da ACSP. Inadimplência – A boanotícia é que oritmo de inadimplência tambémdiminuiu em relação ao ano anterior, registrando quedade0,4% emregistros recebidos, e aumento de 8,2% nos cancelamentos. O que confirma que, mais do que comprar, 2003 foi marcado pela recuperação de crédito. Guilherme Afif lembraque os números confirmamtambémo uso do 13º salário para recuperação do crédito.
Na relação entre registros recebidos pelo SCPCem 2003 e oscancelados, oíndicefoide 75,6%.Segundo oeconomista Alfieri, "isso mostra um amadurecimento do consumidor, que se ajustou ao sistema financeiro, e do lojista, que viu nos acordos e renegociações de dívidas umaforma derecuperar odébito e ternovamente o inadimplente como cliente". Perspectivas– Segundo Alfieri, a recuperação de crédito é um sinal de queas pessoas devem voltar a consumir ao longode 2004. "Isso, somadoàs quedassucessivas dataxa de jurose àinflaçãocontrolada são indicadoresque 2004será um ano melhor para o comércio", finalizou.
Presente de Natal: bom desempenho nas vendas no último mês de 2003 levou o setor automotivo a fechar o ano no positivo, com alta de 0,61% sobre 2002
Duas rodas – Os dados do Renavamindicam aindaque dezembro foi um período pródigo para o setor de veículos de duasrodas. Asvendas demotos no mês passado alcançaram 77.603 unidades e foram 12,75% maiores do que em no-
vembro e 15,07% superiores às de dezembro de 2002. No acumulado de 2003, foram emplacadas840.686 motocicletas, 14,88% a mais que em 2002. O setor de implementos rodoviáriostambém tem o que comemorar.Foram vendidas
5.288 unidades em dezembro, número 8,94%maior do que emnovembro e15,69%superior ao de dezembrode2002. Em2003,as vendasdeimplementos somaram 56.506unidades e cresceram 7,5% em relação a 2002. (AE)
O custounitáriobásico (CUB) da construção civil paulistamanteve atendência de alta emdezembro e encerrouo mêscomaumento de 0,09% em comparação com novembro. Em 2003, o CUB registrou uma alta de 13,84%.
Calculado peloSindicato da Indústria da Construção Civil deSão Paulo(SindusConSP), oindicador reflete avariação mensal dos custosdo setor e é utilizado como base para reajuste dos contratos de construção civil. De acordo com o Sindus-
Con-SP, a alta de 13,84% do CUB em 2003 foi puxada pelo aumento dos custos com a mão-de-obra, elevação média de 17,29%. O preço dos materiais de construção de janeiro a dezembro, que subiuem média 9,91%, também contribuiu para o aumento no período. Mão-de-obra – Em dezembro, aelevaçãodo custo da construçãocivil foipuxada apenaspeloscustosdas construtoras com mão-de-obra, que subiram 0,27% em relação ao mêsde novembro.O preço dos materiais de construção,
por sua vez, caiu 0,13% no período. No mês passado, o CUB padrão da construção civil paulista ficou em R$ 809,50 por metro quadrado. Dos70 insumosdaconstrução pesquisados mensalmente pelo SindusCon-SP, 26 tiveram em dezembro variação superiorà doIGP-M,que foide 0,61%. Cerâmica esmaltada (9,11%), granitopolido para piso (5,85%) e piso de cerâmicadealta resistência(4,83%) responderam pelas maiores altas demateriais detectadasno mês passado. (AE)
EXPORTAÇÕES FORAM DE US$ 138 MILHÕES, ANTE OS US$ 103 MILHÕES OBTIDOS COM AS IMPORTAÇÕES
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 35 milhões na primeira semana do ano. Osaldo entre os dias 1 a 4de janeiro resulta de exportaçõesde US$ 138 milhões e de US$ 103 milhões em importações. Como a semana teveapenasum diaútil,amédia diáriaequivale aototal das vendas e compras externas. Emjaneirode2003, osaldo
comercial foi deUS$ 1,155 bilhão e, em dezembrode2002, US$ 2,759 bilhões. No ano passado,o superávitchegou aorecorde de US$ 24,8 bilhões. Mas, osanalistas prevêem um saldo menor este ano, devido ao crescimento dasimportações que deve ocorrer conforme aeconomia se recupera. Uma pesquisa do Banco Central divulgada ontem tambémmostrou queaexpectativa do mercado para o superávit comercial de 2004foi elevada de US$ 19 bilhões, na semana passada,paraUS$19,15 bilhões. (Reuters)
Medida não é uma bandeira apenas do governo. A Associação Comercial de São Paulo defende sua adoção como forma de baixar o custo do crédito.
A partir de março, bancos, financeirasecooperativas autorizadas peloBancoCentral (BC) aoperar comcrédito terão um aliado de peso. Naquele mês, começa a funcionar o cadastro positivo elaborado pelo governo. Ocadastro funcionarácomo uma espéciede um sistema de proteção ao crédito, comum diferencial.Enquanto hojeas consultasmostram o histórico negativo do consumidor,istoé, seeleatrasouou deixoudepagar empréstimos tomados no mercado, o cadastro positivo, como o próprio nome sugere, mostra o histórico do bom pagador.
Ocadastropositivo nãoé uma bandeira única do governo. A Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP),juntocom ovarejo,defende háalgum tempo,sua adoção pelo mercado como medida fundamental parabaixar ocusto das operações de crédito.
Com um risco menor, "oferecido" pelocadastro positivo com base nas informações sobre os bonsconsumidores, bancos e financeiras têm todas as condições de reduzir o custo do dinheiro que emprestam. Para baixo – Na opinião do secretáriodoTesouro Nacional, Joaquim Levy, o desenvolvimentodocadastro positivo terácomo resultado uma diminuição dos juros cobrados nos empréstimos. Pelo cadastro positivo do BC. em vigorr oficialmente em março(o sistemaestá emfase de testes), bancos, financeiras e cooperativas terão de enviar, todo mês, informações sobre suas carteiras de crédito. Com base nesses carteiras, o BC montará uma rede de informaçõespositivas sobre os consumidoresque pagamem dia suas dívidas. As informações irão respeitar o sigilo do consumidor,na medidaem
queele seráidentificadoapenas por seu CPF e não pelo nome, garante o BC. Osdadossobre osbonspagadores serão disponibilizados peloBCnainternet, em uma área restrita,consultadaapenas pelos bancose financeiras autorizadas pelo BC e, importante, somente se o cliente fornecer autorização para a consulta, no momento em que está solicitando o empréstimo. Só os empréstimos acima de R$5 milestarão sendomonitorados pelo Banco Central. A expectativa inicial é atender 15 milhões de consultaspor mês. O que equivale a 20 vezes mais doqueamédia de700milpor mês atual, segundo Cornélio Farias Pimentel, chefe-adjunto do Departamento de supervisãoIndiretado Banco Central, área responsávelpela elaboração e supervisão do cadastro positivo do governo.
QUATRO INSTITUIÇÕES
ABREM LINHAS DE CRÉDITO ESPECIAIS PARA O PAGAMENTO DO IMPOSTO
Começa amanhão pagamento do Imposto de Propriedade de Veículos Automotores, o IPVA, referente a 2004. Algunsbancosdispõem delinhas de crédito especiais voltadas para quemquer pagar o impostoa vistae sebeneficiar do desconto oferecido pela Secretaria Estadual de Finanças, de3,5%, nocasodo Estadode São Paulo. Os produtos oferecidos pelas instituiçõesfinanceiras são parecidos.O quevariasão as taxas cobradas e se o empréstimo pode ser estendido a quem nãoé clientedo banco.Outro diferencial diz respeito à inclusãodo DPVATnototal dovalor emprestado. Não há valor máximo paraoempréstimoe varia de acordo com o IPVA. No banco Mercantil do Brasil, por exemplo,o crédito é oferecido para pessoas físicas, correntistas enão-correntistas, etambém paraos clientes pessoas jurídicas,nestecaso apenas para os que são clientes da instituição. Osjuros são de 3,5% ao mês, com prazo de pagamento variando de três a dez meses.A primeiraparcelapode ser quitada após 61 dias.
Outrobanco queoferecelinha de crédito parao pagamento do IPVA é o Real. O serviço está disponível apenas para os clientes do banco. os juros cobrados são equivalentes às taxas dos demais empréstimos oferecidos pelo banco. As taxas maisbaixassão de 2,90%no chamado Empréstimo Consignado (com desconto em folha de pagamento) são oferecidas aos clientes funcionários de empresas que tenham convênio com o Real. No Real Parcelado, os juros são de 5,80% e no Real Parcelado Eletrônico, de 6,65% ao mês. Bradesco – O Bradescodispõe de uma linha de crédito exclusivapara o pagamentodo IPVA, porém limitada aos correntistas da instituição. O clientetema opçãodefinanciar o imposto em até 12 meses, com uma taxa prefixada de
3,5% ao mês. A Tarifa de Aberturade Crédito(TAC)e oImposto sobre Operações financeiras (IOF) podem ser financiados também eincluídos no valor total da operação. A prestaçãomensaldeverá serdeno mínimo R$ 20,00.
Nossa Caixa – A Nossa Caixa nãotemdispõe deuma linhade crédito específicacom esse fim.Mas oserviço Cred Fácil do banco, que oferece empréstimos deatéR$3 mil, cobra taxa de 4,10% ao mês para quem é correntista do banco e prazo depagamentoentre dois até 12 meses. Nos empréstimos com prazo de pagamento entre 13 e 24 meses, também paraos correntistasdobanco, osjuros sãode4,80% aomês. Quemnão écliente pagajuros de6,80%, comprazo depagamento de 2 a 12 meses.
Alexandre Gois
O contribuinte que tem IPVA a pagar tem a opção de pagar o imposto em cota única com desconto de 3,5%, desde que feito em janeiro, em cota única sem desconto, com o pagamento feito em fevereiro ou, ainda, em três parcelas mensais, distribuídas entre os meses de janeiro a março.
Para o economista Marcos Silvestre, coordenador do Centro de Finanças Pessoais e Negócios (Cefipe), se o consumidor tiver dinheiro disponível é melhor pagar o imposto de uma única vez, em janeiro, com desconto. Segundo ele, vale a pena até retirar o dinheiro de uma aplicação financeira para pagar o IPVA à vista. Só compensaria deixar o dinheiro aplicado para retirá-lo na hora da quitação das parcelas mensais, se o contribuinte conseguisse rendimento de 5%, um porcentual que está muito acima do 1% ao mês que o mercado remunera nos fundos de renda fixa ou do 0,65% da poupança. (AE)
Mercado prevê Selic menor para 2004, de 13%
Os juros básicos da economia podem fecharoanode 2004 em 14%, abaixo da previsão feita para 2003, de 16%, se a previsão dascerca de80 instituições financeiras ouvidas pelo BancoCentral emsuapesquisasemanal seconcretizarem. As projeçõesdo mercado para a taxa no final de 2004 recuaram de 14%para 13,85% na pesquisa semanal do BC.
As estimativas para o final de janeiro, noentanto, permaneceram nos mesmos 16% da pesquisa anterior. As previsões para a taxa médiade juros em 2004 caíram, porsuavez,de 14,74% para 14,71%. Asestimativas de mercado parao IPCAde 2003subiram pela segunda vez consecutiva e
passaram de 9,20% para 9,22% na pesquisa do governo. As previsõesdeIPCA para dezembrode 2003 também aumentaram pela segunda vez seguida.Saíramdo 0,44%dasemana passada para0,45%.As expectativas de IPCA para 2004, porém, se mantiverm em 6%, bem como a previsão de 0,60% de IPCA para janeiro. O BancoCentral registrou ainda uma elevação das projeçõesde IPCA em12 mesesà frente,de 5,90%para5,91%. Asprevisõesdereajuste dos preços administrados em 2003 ficaram estáveis, na mesma pesquisa, em 13,02%.Asexpectativasde reajustespara 2004também se mantiveram nos 7% da semana passada.
renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas, vinculadas ou não a uma pessoa jurídica contratante; e (c) a participação em outras sociedades, na qualidade de sócia ou acionista, exceto em sociedades corretoras de seguros. Controladores: Votorantim Finanças S.A., 99,99% controlada por Votorantim Participações S.A. (CNPJ nº 61.082.582/0001-97). Outros acionistas/quotistas detentores de 5% (cinco por cento) ou mais do capital: não aplicável. Administração: Marcus Olyntho de Camargo Arruda, CPF nº 067.020.158-87 – Diretor Executivo; Milton Roberto Pereira, CPF nº 224.193.060-15 – Diretor Executivo; Marcelo Kehl Jobim CPF nº 089.936.778-08 – Diretor de Relações com a SUSEP; Mario Antonio Thomazi CPF nº 290.272.500-06 – Diretor Técnico; João Batista
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Já há publicações com regras específicas de convivência na internet. Educação, clareza e objetividade são as palavraschaves para uma boa comunicação
Por Marcelo David Pawel
As novas formas de comunicação trazidas pela internet, como salas debate-papo, correios eletrônicos, listas e grupos de discussão, troca de mensagens instantâneas,já fazempartedo dia-a-diademilhares internautas. Para garantir um convivência harmoniosaentreos usuários da rede foi criado um conjunto de regras de comportamento na internet que ficou conhecido como netiqueta (veja algumas delas no quadro ao lado). "Da mesmamaneira que aprendemos a dizer 'por favor', 'obrigado' e'comlicença'na vida cotidiana, na internet também existem algumas regras de convivência, particularmente pelo fato da comunicação ser basicamente por escrito", explicaa professora da USP, MariaAliceSoaresde Castro, analista desistemas e autora do livro"NetiquetaGuia de Consulta Rápida".
Segundo Maria Alice,ao es-
creverum e-mailprofissional ou pessoal, a"regradeouroé ser educado, como em toda a comunicação interpessoal". Ela explica quee-mails devem ser "mensagenscurtas,que se referem diretamente ao assuntoasertratado.Eles não exigem uma redaçãoelaborada, masdemandamclareza e objetividade". Aprofessora salienta que, antes deredigir um e-mail, o remetente precisater consciência de quem será o destinatário da mensagem: umapessoa desconhecida,umcolega detrabalho, alguém que irá atender a uma solicitação.
"Definido o destinatário, sabemos como nos relacionar comele.Comoregrageral, se for a primeira vez que você envia e-mail paraumapessoa, não use formatações especiais, como imagens, cores, fontes diferentes. Prefira o texto simples. Conforme ograu de intimidade com a pessoa, podemos usar detalhes incrementa-
dos, pois saberemos se o programa de e-mail que a pessoa usa suporta apresentação dessas formatações."
A professora ressalta ainda queo estilodecomunicação precisaestar de acordo com quem for receber a mensagem. Ela recomenda também que se use obom senso. "Jamais se torne íntimo demais de pessoas que você acabou de conhecer somentepela internet. Isto quer dizer: não dê detalhes de sua vida pessoal ou profissionalantes deconhecer realmente a pessoa. É uma questão de segurança", ressalta.
Não grite – Outra dica de redaçãodaprofessora é"nãoescrever amensagem em letras maiúsculas, pois na internet issoé oequivalentea gritar".Ela sugere quese escrevacomo se estivesse falandocom apessoa e depois leia com calma aquilo queredigiu."Vejase você se lembrou de queé uma pessoa que iráler suamensagem. Ou seja:noinício, cumprimente; ao final, despeça-se."
Maria Alicediz queum erro curioso bastante comum cometido pelos internautas é não identificar corretamente quem está recebendo um email. "Ébastanteestranhoreceber uma mensagem como se a pessoaestivesse falandocom
A Solucionar, empresa fabricante de softwares, lançou no finaldo ano passado um aplicativo que tem o objetivo de organizarotrabalho em equipenas empresas de pequenoemédio porteereduziras conhecidas reuniões intermináveis deatualização do andamentode trabalho de cada funcionário.
O diretor da Solucionar, Lucio Fialho,explicaquea elaboração dosoftware foia suatesede mestradoequeo embasamento acadêmico permitiu que ele fosse adaptadopara empresascomseis até 15funcionários efaturamento inferior a R$ 1 milhão. O software ajudana coordenação detarefasnãoseriadas, ou seja, as que necessitam deadaptações àmedida em que são desenvolvidas.
"O objetivo é utilizar o software para agilizara comunicação entre os mem-
bros deuma mesmaequipe e evitar que duas pessoas realizemamesmatarefa, por exemplo", diz Fialho.No ambienteTasker, todosos envolvidos podem comunicar-se simultaneamente e todos os pedidos são automaticamente registrados. Logo após o envio de uma solicitação, comoolevantamento decustos ou a avaliaçãode viabilidade de um projeto, o funcionário responsável é avisado e, no momento em quea tarefasolicitadacomeça a serexecutada, o sistema acusao iníciodeseudesenvolvimento.
Custos – Todo este processo, explica o diretor da Solucionar, contribui para reduziro tempode cumprimento de diversas tarefas para desenvolver um projeto, por exemplo, porque eliminaa necessidadedereuniões constantes. "Uma mesma
equipe observa o desenvolvimento das tarefas de todos os seus membros e o gerente do projeto em questão tem uma visão ampla de tudo o que está acontecendo", diz Fialho. Baixo custo – De acordo com o diretor, uma empresa comdez funcionáriospode adquirirtodo oprograma por R$ 14 mil, com as despesas de instalação e treinamento incluídas. Um empreendimento menortem aopçãodealugar osoftware ao custo de R$700 a R$800 mensais, dependendo do número de funcionários que operarão o programa.
A Solucionarprevê crescimento de 60%, contra um faturamentodeR$1 milhão em 2002. Aempresa pretende, também, acelerar a divulgação deste software e do serviçodegerenciamento de projetos.
Paula Cunha
umrobôoucom um amigo adolescente, quando isso não é verdade. Muitos dos problemas de comunicaçãovia email acontecem porque as pessoas não prestam atenção a quem enviamsuasmensagens", explica. De acordo com a professora, um errograve éo encaminhamento de mensagens em cascata,mantendo os cabeçalhos com até centenas de endereços
dee-mail. "Muitos trotes que circulam dessa forma realmente servem apenaspara coletar nossos endereços,que vãoparar em CDs, vendidos para quem fazspam", diz. No atendimento a clientes, ela chama a atenção para as respostas às reclamações que usam um texto padrão sem verificar se este é adequado ao problema apresentado. Emoção na net– As mensagenseletrônicas,porém, não usamapenas alinguagemescrita. Para suprir a falta de entonação de voz nesse tipo de comunicação e expressar emoções, surgiram os emoticons ou smileys. São ícones formadospor parênteses,pontos, vírgulas eoutros símbolosdo teclado, que forma "carinhas" e expressam ossentimentos do internauta. ( Vermaissobre o tema na próxima página.)
Ootimismo permanecefirme no mercado financeiro brasileiro. Os destaques ontem foram os desempenhos dos mercados acionárioe de títulos dadívidaexterna.ABolsa de Valores deSão Paulo (Bovespa) fechou aprimeirasegunda-feirade2004 coma maior alta desde outubro de 2002, quando o mercado tinha fortes oscilações provocadas pela tensão eleitoral.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo(Bovespa), fechou na máxima pontuação do dia, em alta de 4,84%. Trata-se da maior valorizaçãodesde 30 de outubro de 2002, três dias após o segundoturno das eleições,quando o índicesubiu 4,87%. Com essa alta,oIbovespa alcançou os 23.531 pontos, novo recorde. Segundooperadores, uma novarodada deapostasno mercado de açõesfoi feita, estimulada tambémpelo ânimo das principaisbolsas mundiais. As expectativade manutenção dejuros baixosnos Es-
tadosUnidos foiapontadacomocausapara a reavaliação dos recursos de estrangeiros.
Perto do fechamento, o CBond eranegociadoa99,125 por centodo valorde face,em alta de 0,5%.
Confiança dos investidores externos na recuperação da economia brasileira sustenta valorização dos ativos no mercado
Os profissionais do mercado disseram que boa parte dos recursos que ingressaram na Bovespa veio de fora do País. "Com a perspectiva de taxas de juros baixas nos EUA, os investidores vêm para cá", afirmou um operador. Títulos em alta– Os CBonds, principais títulos da dívida externa brasileira, subiram com força onteme superaram pela primeira vez na história onível de 99% do valor de face, numsinal do contínuo interessedosinvestidores internacionalpor ativos brasileiros.
Ootimismoemrelação às perspectivaseconômicas do Brasil em 2004 também trouxe euforia a outros mercados: o dólarfechou nomenornível dos últimos dois meses (0,80%, para R$ 2,854 na pontadevenda nosegmentocomercial) eo risco Brasilcaiu 9,19%para 425 pontos-base — menor nível desde 1997.
Analistas acreditam que o papeldeve permanecer oscilando nessenível, semsuperar os100% dovalordeface. Seo papelatingir esse patamar, o governopoderárecomprar o título ao par nas datas de amortização do principal. A próxima será em abril de 2004.
"Negociar o C-Bond acima de100%é umrisco, dada a possibilidade (contratual)da recomprapelo BC,oque implicarisco deprejuízo",explicou o diretor da área externa de um banco internacional de investimentos.
Mas os negócios prosperam com C-Bond mesmo acima de 99% do valornominal, disse o executivo, porque para grandes negociadores o preço já não importa. Torna-se variável secundária.
"O papel pode ser comprado a 99 e vendido a99% daqui a um ano. A diferença para os carregadores do título da dívida brasileira está no pagamento do juro. E essa taxa de retorno éespetacularparapadrões internacionais". (Reuters)
Com oadventoda internet, o e-mail se transformou numa das principaisferramentasdecomunicação empresarial. Memorandos, bilhetes, recados, pedidos, comunicados são redigidose enviados constantemente pela web.
Para garantir a eficácia dessas mensagens no ambiente corporativo, é necessário, porém, seguir algumas "regras" básicas, comoexplicao jornalistaeescritor Roberto Amado. Uma delas é a objetividade e a simplicidade. "70% da comunicação profissional pode ser resolvida em um parágrafo", garanteAmado, quetambémé diretoreditorial daCanopus, uma consultoria de comunicação, que promove cursostécnicos de redação de email para empresas.
Amado ensina que, no mundo dosnegócios, um e-mail
Você sabe como redigir um e-mail comercial eficiente? Escrever uma mensagem objetiva e eficaz não é tarefa das mais simples. Confira algumas dicas de como tornar a sua comunicação eletrônica profissional ainda mais eficaz
precisa necessariamente ter, além da mensagem,uma saudação de abertura, uma despedida, a assinatura e o endereço do remetente ( veja exemplos corrigidos nesta página ). Essa formataçãose aplicaparaos três níveisde comunicação empresarial: interno, com fornecedores e com clientes.
Segundoo jornalista, a forma maisusual emenos formal para fazer a saudação é"Caro Fulano(nome dodestinatário)''. Entretanto, existem saudações com maior grau de formalidade como "Prezadosenhor Fulano", "Prezado Fulano" ou "Senhor Fulano". Para Amado, essas construções, em geral, devem ser evitadas. Para ele,"senhor"deveser usado somente se o "interlocutortiver nitidamente idade avançada (mais de 70 anos) ou claramente posiçãohierárquica superior e nunca entre cole-
gas de trabalho". Já "Prezado" é aplicado para interlocutores desconhecidos. Em relação aos e-mails coletivos, "Boa tarde, colegas"e"Olá pessoal"sãoos mais recomendados.
Emseguida,vem a mensagem, que precisa ter objetividade eeficiência. "Temque irdireto ao assunto, sem textos longos", afirma Amado. Ele explica que toda a comunicação tem sempre um foco principal. "É a primeira frase. Ela deve conter a mensagem principal, ser curta e sem conectivos.Depois, vêm um ou mais focos secundários, que normalmenteestabelecem uma relação de causa e efeito entre eles", acrescenta.
Amadoafirma que, em geral, o corpo da mensagem deve basicamenteresponder a seis perguntas em relação ao assunto proposto: o quê, quem, quando, como, onde e por quê. "Amensagemprecisa ser bre-
Fazer previsõesem tecnologiaé umtantoarriscado,mas vou cometeresse deslize.Não queeuváprever oqueirásurgir, mas sim o que você provavelmente irá adquirir, principalmente se aeconomia ajudar. Se quiser,pode guardar a lista e ver se acertei alguma.
1 - Telefone celular multimídia – A tendência é que os celulares com tela colorida e multimídiainvadam omercado. Paraos mais ousadose endinheirados, osSmartPhones, aparelhos que reúnem celular e computador de mão, serão o sonho de consumo.
2 - Acesso à rede, sem fio –Nada melhor do que uma rede wirelessparater em casa.Ela facilita bastante,principalmente para quem tem notebook. Depois de experimentar uma, duvido que você resista.
4 - Câmera fotográfica digital – Como tecnologia é sinônimode velocidade,quem seinteressa porela nãotem paciência detirar fotos eesperar pela revelação. As máquinas digitais umpoucomais sofisticadas não devem nada às tradicionais em termos de qualidade.
5 - CD player com MP3 para o carro– Opreço dessesequipamentos tevequeda acentuadae a tendênciaé que baixem mais.Custampouco maisdo que um CD player comum, mas permitem reproduzir um disco digital com até 220 músicas.
6 - Monitor de tela plana ou LCD – A indústria de monitores vaise esforçarpara promovera troca dos tradicionais e enormes monitores CRT para os avançados, finos eelegantesLCD.O preçoaindaé salgado, mas a tendência é que despenque.
7 -Banda largaemcasa–Em 2003 você ainda resistiu em colocaracesso rápidoà internetem casa,masem2004
3 - Home theater – Aparelho deDVD eTVde 29polegadas já são uma realidade na casa de quem se interessa por tecnologia. Daípara adquirirum home theater é um passo. Para os quejá têm HT,um projetor pode ser motivo de cobiça.
não dará mais para segurar. As pressões começarão a vir de todos os lados: filhos, amigos que já têm, acúmulo de trabalho na empresa –que pode ser resolvidocomuma conexãorápida emcasa–e a própriavontade de ter uma. Irresistível.
8 -Webcam– Logo depois de adquirir uma conexão rápidaàinternet, porquenãoadicionar uma webcam?Com ela você poderá falar com qualquerpessoa quetambémpossua uma, principalmente se ela estiver morando fora do país. É otipodeequipamento que custa pouco em relação às vantagens que traz. Vale a pena.
9 -Micro novo – Seu PentiumIII jádeu oque tinhaque dar. Neste ano será inevitável suatrocapor umPentiumIV ou similar, com 512Mb de memóriaRAMe discorígido de pelo menos 60Mb.
10 -Maismemóriaparao micro – Se você nãotrocar de computador, pelo menos a memória deveráser aumentada e o disco rígido atualizado.
ve, semfrases empoladas,evitando adjetivos e descrições excessivas.A simplicidadeé uma qualidade e não um defeito", ensina Amado, ressaltando queo e-mailprofissional é ummeiodecomunicação rápido e objetivo. Existem também outras regras que devem ser observadas: jamais usar abreviaturas, regionalismos, expressões popularizadas pelos meios de comunicaçãoe evitaranglicismos,a não ser aqueles maiscomuns, como "deletar", por exemplo. Ojornalista, queésobrinho do escritorJorge Amado,afirma também que nunca deve se retornarum e-mail,escrevendo apenas "ok". "Não responda de forma abreviada, mas construa umaestrutura,mesmo que ela seja bem breve." Outra dica énão mecanizar fórmulasnahora deredigiremails. Ele cita o caso de um aluno que chegou a escrever "gostaria de lamentar...". "Nesse caso, ocorreto éescrever diretamente 'lamento'..." Apósencerrar amensagem, o remetentedeve colocaruma despedida."O 'atenciosamente' e 'cordialmente' são muito formais. O melhor é usar 'abraço(s)' ou 'um abraço' '', ensina. Nas linhas seguintes, vêm a assinatura (nome do remetente e seu cargo) e depois o endereço (nome da empresa e telefone). Amado acrescenta que se deve evitar cargos extensos e colocar apenas a área de atuação, como marketing,compras, publicidade. "Essa regra não se aplica se o remetente quiser deixar claro asua posição na companhia,como ade serum diretor, por exemplo."
O e-mail também tem um aspecto estético. Amado afirma que, ao seredigir essas mensagens, deve se usar letras pretas defamíliastradicionais com
corpo tamanho 14, fundo branco sem cores e nada de ícones. Antes deenviara mensagem,porém, éprecisoadotar um último procedimento: fazerumarevisãoatenta para corrigir errosortográficose gramaticais. Amadorecomenda também submeter o texto a uma terceira pessoa para que elafaça uma leitura crítica. ( MDP ) SERVIÇO Canopus - Consultoria de Comunicação
Telefone (0xx11) 3676-1520; www. canopusonline. com.br
Na temporada de calor do ano passado foram comercializados cerca de 5 bilhões de litros, com receita de R$ 800 milhões. Brasileiro ainda consome pouco – média de 25 litros por ano – comparado ao italiano, que bebe 155 litros
As empresas engarrafadoras de água mineral estão em compasso de espera. Elas estão aguardando a chegada definitiva doverão edas temperaturas altas paravender mais garrafinhas e galões de água. Essa época do ano é responsávelpor umincrementonas vendasdaordem de40%,segundo a Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam).Mas,só para ter uma idéia, o verão de 2003 foi responsável por 60% das vendas,deacordo com pesquisa da AC/Nielsen. No verãodo anopassado, a Nestlé Waters teve um incremento no faturamento de cerca de R$ 42 milhões, apesar de concorrer com 300 marcas diferentes deágua mineral. A PerrierVittel do Brasil, empresa do grupo Nestlé, foi quemdesenvolveuas cinco marcas comercializadas pela companhiano País.ALevíssima,a NestléPureLife, aSão Lourenço, a Petrópolis e a Perrier estãoentre asmarcas que ajudaram amovimentarR$ 800 milhões e vender cinco bilhõesdelitros deáguanoano passado.
Mas apenas 25 marcas dominam 50% do mercado. Dentre elas estãoa Crystal, da Coca-Cola, e Minalba, além da água mineral da Schincariol e
Divulgação
da Acqua, da Sadia. O mercado vinha crescendo a uma taxa de 20% ao ano,porém, em 2003, sofreucom aforteconcorrência eo excessode oferta,além da baixa procura.
Conforme o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, asempresasmenoresou quecomercializam apenas água têm dificuldades para colocar suas marcas nos supermercados, porisso,vêm optandopela comercialização dos galões de 20 litros. "O mercadopaulista jáestásaturado. São 107 marcas de galões, que correspondem a 53% do total do mercado", diz.
Para entrar nos hipermercados, as empresasque tem um número diferente de produtos, como a Nestlé, tem maior facilidadeparacolocaras suas marcas no mercado.
Para atrair o público, as empresas vemoptando poruma série de elementos para oferecersaboresebenefícios diferenciados em cada uma das marcas.Apesardisso, oconsumo de água no Brasil éde apenas 25 litros por pessoa porano.EmSão Paulo, porém, a média é de 60 litros per capita, índiceeste considerado altoo queindica asaturação do mercadopaulista. Um númeropequeno se comparado apaíses como aItália,
Fotos premiadas de Lloyd Barker (acima) e de Euda Farrell, em concurso da Ty Nant. Farrell brincou com montagem sobre tela clássica de Vermeer. Abaixo, fila das célebres garrafas ilustra cartaz de uma das exposições da marca.
Algumas garrafas de água mineral já ultrapassaram a condição demera embalagem.Elas mesmassãoobjeto de desejode decoradores eprodutores deimagensde revistas que tratam de estilo e bemviver. Umadelas, em azul cobaltomarcante, carrega aáguamineral Ty Nant,que desde 1989 ganhou as cartas dos mais prestigiados hotéis deLondrese hojejá está presente principalmente nos mercadosdos EUAe daItália.A garrafa azul, com prêmios de design,já inspirou fotógrafose artistas– obrasque podem ser vistas nosite da empresa www.tynant.com.
onde oconsumoper capita chega a 155 litros, a Alemanha,com97 litros,ouaFrança, com 89litros, perfazendo uma média européia de 100 litros per capita/ano.
Marca top - A Perrier ainda éconsiderada uma das mais sofisticadas do mercado e custa em torno de R$ 4 e é importada da regiãode Vergèza, no sul da França. Outra importada, aEvian émais carae custa em tornodeR$ 6nosupermercado.
Mas a Sadia entrou na concorrência entre as marcas e colocou no mercado a marca AcquaSadia,em parceria coma OuroFino doParaná. Neste verão, a briga nos supermercadosentreasmarcas também promete ser grande já que a variaçãodepreçosé muitopequena. Uma garrafinha pequena de 300 ml custa em média R$ 0,70 e para ganhar o público asempresas,como aSadia,estão investindo nas famosas campanhas leve 6 pague 5. Outros atrativos são a promessa de ajudar na redução da celulite, como é o caso da marca Levíssima, e adição de isotônicos naturais, como a Pure Life.
AParmalat divulgouontem um comunicado à Bovespa informando que o pedido de concordata da matriz do grupo na Itália não tem efeito sobre as operações da empresa fora daquelepaís.Segundo otexto,a divisão brasileira está se prepa-
rando para oseventuais impactosdecorrentes doprocesso de reestruturação do grupo. A empresa lembra que vinha melhorandosua performance noBrasil desdeoplano dereestruturação, há três anos. "Asdecisões desolicitar
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'concordata', em 24 de dezembro e a declaração de 'insolvência', concedidas pela Justiça italiana em 26 de dezembro, são previstas na recém-promulgadaLei queregulamenta esteregimeespecial degestão na Itália", diz o texto. (AE)
Vaca louca: EUA querem mudar norma para voltar a exportar
O subsecretárioda Agricultura dos EUA para Serviços Estrangeiros, J.B. Penn, disse ontemque seupaís estápróximo deconseguir quea OIE,agência mundial para saúde animal,mudesuasnormas de modo apermitira retomada dasexportações norte-americanas de carne bovina. Mais de 70paísessuspenderam suas importações depois de constatado um caso da "doença da vaca louca" nos EUA. A mudança nas regras, para casos de surtos limitados, já foi aprovada por um comitê científicoda organização. (AE)
Site traz a história e várias informações curiosas sobre a origem dos nomes dos logradouros paulistanos
Você jádeve terparado parapensar quecada rua dacidade tem a suahistória. Elapode ter onome dealguém, quedeveter sidoimportante ou,no caso de ruas antigas, que conte umfato curioso.ARua doLavapés, no bairrodo Cambuci, por exemplo, é um desses casos: o nome vem do costume que as pessoas tinham de lavar os pés no córrego existente na Baixada da Glóriaantes de entrar na cidade.
Por Carlos Ossamu atenção, no entanto, é a da pesquisa dosnomesdoslogradouros. As ruas e avenidas mais antigas trazem muitas curiosidades e histórias. A Avenida Paulista é um bom exemplo: "A atualAvenida Paulista foi aberta, e assim denominada, por Joaquim Eugênio de Lima, antigo proprietário dos terrenos em que ela em parte se desenvolve, conjuntamentecom várias outrastambém porele projetadasdurante osanosde 1890 e 1894.
Já a Rua Boa Vista, próxima à Praça da Sé, é um raro exemplo denome dadopelapopulação e quepermanece atéhoje. Sua origemremonta aoséculo18, uma vez que desde 1711 ela era conhecidacom essenome,segundo indicam documentos. Mas, por que Boa Vista? A explicação é simples: emseu trajeto,a ruacontorna aparte altade ummorro.A partirdela, os freqüentadores, em tempos passados, podiamobservar uma bela paisagem –a Várzea doCarmo (hojeParque D. Pedro II),os bairros doBrás e doPari, bem como um horizonte quechegava àsencostas daSerra daCantareira. Nesse sentido,todos tinhamuma "boa vista" das atuais zonas Norte eLeste dacidade. Hoje, essa bela vistajá nãopodeser mais observada devido ao grande número de edifícios.
Aula dehistória –As explicações acima constam do site Histórias das Ruas de São Paulo (www.dicionarioderuas.
com.br), iniciativadoDepartamento do Patrimônio Histórico,Secretaria Municipal da Cultura, Prefeiturade São Paulo e GrupoPlamarc. A página éumaauladehistória, mesclando aorigemdas ruas com a dosurgimento e crescimento da cidade. Diz um trecho: "Surgida no entorno de uma capela construídapelos padres Jesuítas (um misto de igreja e escola de catequizaçãopara as crianças indígenas) a cidade de São Paulo viusurgiremfrentedo edifício um pequeno largo. Este foi oprimeirologradouro público da cidade de São Paulo que, pela especialidade do edifício religioso, recebeu o nome de Pátio do Colégio.Com o passar dotempo, outrasruas e travessas, becose largosforam abertos e denominados".
Nomespopulares – Nos primeiros séculos de existência, os logradouros paulistanos receberam nomes atribuídos pelo povo.Tinham comomotivosapredominância deum templo religioso, um aspecto da geografia local, o uso do nome deum moradormuito conhecidoou areferência aum tipo especial decomércioque existia nosarredores. "Eassim foi por cerca de 250 anos, ou seja, quem atribuía nomes às ruas eraaprópriapopulação, semqualquer interferência porparteda CâmaraMunicipal que se constituía no governo local", diz o texto do site. A seção que mais chama a
Alinhada no espigão "central" da cidade em terrenos que formavam antigamente as chácara Paim e Pamplona e o sítio doCaaguaçu,aAvenida Paulista foi aberta em 1890 por iniciativa de umcidadão uruguaio radicado em São Paulo, Joaquim Eugênio de Lima, que se associou aos capitalistas José Borges de Figueiredoe João AugustoGarcia, dedicadosa negócios imobiliários. Em 8 de dezembro de 1891 foi solenemente inaugurada. Tinha 30 metros de largura e2.800de extensão, no ponto mais elevado da cidade, a 847 de altitude sobre o nível do mar".
"Constituiu desdeo início um dos motivos de orgulho dos paulistanos, que logo o procuraram para grandes residências.Em 1900jáostentava 50 prédios. A pavimentação com asfalto veio em 1908, e foi a primeira que se fez na capital. Nessa época teve os passeios alargadoserecebeu arborização deipês. Verdadeirospalácios foram surgindo ao longo do novo logradouro, que tinha
Integraçãoentre atecnologia e o entretenimento é a chave para o sucesso das empresas de TI, porque dessa união surgem soluções que devem agradar em cheio os consumidores ávidos pornovidades deponta.AAcer, assimcomooutras empresas de tecnologia, tem enfatizado o mercado doméstico, e está desenvolvendoem seuslaboratóriosde criação –os Acer Value Labs– produtos para atender asexigênciasda casa digital (Digital Home) em que épossívelcompartilhar conteúdo digital entre PCs, notebooks,PDAs eservidores com eletrônicos (câmeras, filmadoras e aparelhos de TV). Isso significa que todos os tipos de conteúdodigital já podem serapresentados emTVs ouem outrosterminais e não sóemcomputadores.E, portanto, atecnologia ficamais amigável com interfaces inte-
rativas eícones intuitivos que ajudammesmoaqueles que não têm experiênciacom tantas funcionalidades. Os produtos IET (de InformationEntertainment Technology)são oresultado de maisde um ano de pesquisas da Acer para que PCse PDAs possam integrar-se a aparelhos domésticos de entretenimento via rede doméstica sem fio, que permite o compartilhamento de informações e o conteúdo digital. Sãoequipamentos que incluem o Acer Aspire E PC, o E Box, E TVD, E Tablet, E 2Go e o E Radio. Segundo o CEO da Acer Inc., Stan Shih,todaa tecnologia IETbaseia-sena arquitetura PC mas integra as funções de um computador com um eletrodoméstico."Hojehá uma tendênciado mercadopela modularização dosequipamentos domésticos e digitali-
As pesquisas da Acer permitiram a integração entre diversas mídias
No Geosampa, o usuário pode localizar rapidamente a rua pesquisada.
no complexo urbanoaimportante função de estabelecer a ligação entre os bairros dos setores sul, sudeste e oeste. Por outro lado,a altitudee o clima atraíram elevado número de sanatórios, muitos dos quais ainda subsistem.
Navertente doRio Pinheiros, a abertura da Avenida Paulista estimulou o desenvolvimento de uma centenade ruas paralelase perpendiculares, que formaram os bairros de Vila América, Jardim Paulista e Jardim Europa".
Masemalguns casos,apesquisa decepciona. Ao procurar a origem da Rua Girassol, no distrito de Pinheiros, a explicação é que se tratam de algumas plantasquese voltampara o sol. A razão por terem dado esse nome à rua não é revelado. Paraquemgostade artese fotografias, ou deseja ter uma idéia mais exata de como era São Paulo no início de sua história, há no site uma galeria de
imagens com aquarelas e fotos antigas. Lá é possível ver como era o Mosteiro de São Bento no século19,asigrejas daSéede São Pedro no século 18 e muitas outras preciosidades. Mapas – Quempossui acesso à internet não precisa mais comprar aquelesguias grossos e pesados de ruas. Basta acessar algunsserviçosgratuitos de mapas, entre eles oMaplink (www.maplink.com.br), o Apontador (www.apontador. com.br) eumserviçoda PrefeituradeSãoPaulo (http:// g e o .s a m p a .p r o d a m. s p . gov.br), queexige odownload de um programa visualizador. OMaplinké umsite completo, mas para teracesso a algunsserviçosé precisoserassinante (R$ 59,40 para o plano semestral e R$ 99 para o anual). Entre os serviçospagos está o detraçar umarota entrecidades, informandoinclusiveo consumo de combustível. A consulta maiscomum é
zação de nossas vidas", diz ele. Liberdade de ação– Com a tecnologia integrada paraconectar diferentesequipamentos, osusuários podemver fotose vídeosarmazenadosno PC sem estarem limitados ao microcomputador. OE Radio executa arquivosdemúsica guardados no PC ou na internet e transmite rádios AM/FM, via internet. Já com osportáteis AcerE Tablete oE 2Go,o usuário consegue receber conteúdoemtempo real (streaming), aqualquerhorae de qualquer lugar.
Mas o centro da casa será mesmo o Acer Aspire E PC, que gerencia todas as funções e conteúdos de diversão como música, fotos evídeos que podem sertransmitidosvia rede sem fio para diferentes aparelhos, como a TV.
Paraque tais aparelhosfiquem integrados àcasa, a Acer tratoude daraelescores edetalhes metálicos para compor em vários ambientes. A facilidade de uso é a principal característica dos aparelhos, enfatiza Shih, porque as interfaces são simples e intuitivas sem botões demasiados e que costumam só confundir as pessoas. A Aceré um dos10 maiores fabricantesde PC do mundo (fabrica PCs desktops e portáteis, servidores e equipamentos paraarmazenamento), monitores, periféricose soluções de e-business para o mercado corporativo.A receitada empresa atingiu a marcade US$ 12,9 bilhões em 2002.
Bárbara Oliveira
porendereço oupara setraçar uma rotaentredoispontos (onde seestáe onde se quer chegar). Neste último caso, são dadas instruções passo a passo, com os nomes das ruas que fazem parte do roteiro e um mapa. Para quem vai de táxi, o sistema fornece opreçoaproximado,calculado com basena quilometragem. Apontador – O site Apontadortem serviçossimilares ao do Maplink, onde tambémé possível sabera localizaçãode um endereço ou traçar uma rota entre dois pontos, tudo recheado de mapase instruções de como chegar ao local. Nesses dois serviços, ouso é livre. Ao secadastrar no site,o sistema gravaas rotase osendereços solicitados. Já o serviço da prefeitura é bem simples. Traz apenas o endereço solicitado com um mapada região. Não é possível traçar rotas ou obter instruções passo a passo.
Linha Verde do metrô aumenta. Obras começam neste mês.
A ligação Ana-Rosa Imigrantes terá 2,8 quilômetros, será construída no subsolo, chegará ao Ipiranga e Chácara Klabin e ficará pronta em 2006. Página 6
Rebouças aprovada no primeiro dia de testes. Férias ajudam.
As obras (foto) para a construção do túnel Rebouças/Faria Lima começaram bem. Mesmo assim, os comerciantes reclamam de prejuízos. Página 6
As compras a prazo estão se recuperando aos poucos, mostram dados da Associação Comercial. O ano acabou com pequena queda nas vendas, mas dezembro foi bem, tanto no crediário como nos negócios a vista. Página 5 Carros vendem mais. E sobem. Venda de veículos cresceu 37,9% em dezembro. No ano, a alta foi de 0,61%. Mas 2004 começa com elevação de preços: GM e Fiat já estão de tabela nova, com aumentos de até 5,3%. Outros virão. Página 5
A Bolsa de Valores teve alta de 4,87% no primeiro dia de pregão. Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira, subiram expressivamente, enquanto o risco-Brasil despencou 9,1 pontos. Já o dólar teve um dia de queda. Página 9
BC: vem aí cadastro positivo
O cadastro, que funcionará como um sistema de proteção ao crédito, começa a funcionar em março, para atender bancos, financeiras e cooperativas. Expectativa é que juros fiquem mais baixos. Página 8
Os preços dos combustíveis deverão ser pressionados pelo aumento de impostos como a Cide e o ICMS . Veja como, na página 10.
EUA (esq.) identificam em 15 segundos e protestam contra o Brasil (dir.), que gasta 1 minuto. Página 6
São símbolos divertidos e cheios de etiqueta. Estão no DC Informática.
O planeta vermelho em cores, fotografado pela sonda Spirit (acima), é visto como nos velhos tempos do cinema em 3-D. Espetacular! Página 4
A nova mania é uma evolução das tags (imagens com mensagens). São efeitos visuais que piscam o tempo todo na tela e expressam sentimentos e opiniões
Por Rachel Melamet
Selos, moedas, canetas, bibelôs, figurinhas, revistas, livros ediscos raros, papéis de carta e até rótulos de bebidas. Quase todo mundo coleciona coisas em algum momento da vida, como hobby ou passatempo, e muitos acabam com a casaentulhada deobjetos que vão do valioso ao totalmente descartável. Oque ninguémpoderia imaginar é que um dia as pessoas colecionariam coisasimpalpáveis, inexistentes no mundoreal.Masos blinkies estãoaí, aos milhares, piscando nas telas dos computadores do mundo inteiro, atiçando a cobiça dos internautas, que não medem esforços para ampliar suas coleções.
Esses pequenos objetos virtuaisde desejosão umaevoluçãodastags, asimagenscom mensagens.Adiferençaé que os blinkies (do verbo inglês "to blink",piscar) trazemmaisdo queuma simples mensagem, como "feliz aniversário", "bons sonhos","euteamo": elesexpressam omododesere de pensarde seuautor,traduzem deforma divertidaascausas que eles apóiam ou as coisas de que mais gostam ou detestam.
Comodiz o nome, os blinkies sãoarrematados porefeitos visuais em forma de molduraquepiscam sem parar, dando-lhes aaparência deum colorido letreirode néon,que manda mensagens como: "Existe vida depois de lavar um varalderoupa?", "Souchocólatra!" ou "Não limite seus desafios, desafie seus limites". Outra característica éo tamanho. Aocontráriodas tags, que podem ser minúsculas ou ocupar uma tela inteira, os blinkies são padronizados e agrande maioriamede 0,8 cm dealturapor5,2cm de comprimento. O motivo é que foram criados para ilustrarblogs,osdiários virtuais que se tornaram a grande mania dos internautas,e essa medida se encaixacom perfeição nos templates(modelos) fornecidos pelos portais e sites de hospedagem. Moda antiga – Ninguém sabe ao certo quando começou a febrede colecionar blinkies, cujo "boom" ocorreu em 2003. Mas amoda deentupir o HD dos computadores comcoleções de imagenssurgiu logo após oadvento dainternet comercial, que chegou ao Brasil em agosto de 1995.
Os pioneirosforamos papéisde carta,criadosquando as pessoassecansaramdos modelospadronizados do MS Outlook. Depois vieram os gifs (desenhos com movimento) e os pesados papéis de carta musicais. Em2001, assimpáticas dolls, bonequinhasanimadas de olhos imensos como os personagensdos quadrinhosjaponeses, tomaram aweb de assalto eencantaram opúblicomasculino, até então distante deste universo. As dolls começaram a aparecer em poses sensuais e eróticas nos blogs dos machões, que passaram a colecioná-las. E por fim vieram os blinkies, que agradam a todos, sem distinção de sexo ou idade. Como fazer – "I’m a blinkieholic" ("Sou viciado em blinkie"). Esta tag não pode fal-
Os blinkies da Robotica contam com um texto de introdução e o Blinkie Madness apresenta diversas coleções.
tarno arquivo de quempretende se tornar um "blinkeiro". O principiante não precisa necessariamente saber fazer blinkies, pode visitar sites ou blogs que permitem a cópia livre ou a "adoção" das imagens. Um blinkie "adotado" pedirá para que seusite de origem sejalinkadopor quemo adotou, ampliandodessa formaa rede de blinkeiros paratroca de figuras e preservando o direito autoral de origem. Para fazer umblinkie, qualquer programa de imagem, comoo AdobePhotoshop,pode ser usado. Mas ofavorito dos blinkeiros, pela simplicidade de uso(apesardenãohaver ainda versão em português), é o PSP –Paint Shop Pro– da Jasc Software, já na versão 8. O PSP custa em média US$99(a versãoparadownload está em oferta por US$ 79
no site da Jasc), cerca de R$ 300, e pode ser encontrado em lojasde suprimentos de informática. Mas é possível baixar a versão deteste (gratuita por30 dias)no próprio site do fabricante (www.jasc. com)ou em qualquer outro site de downloads grátis, comoo http://baixaki.ig.com. br/site/detail2293.htm. Ocaminho daspiscadas–Para se enturmar sobre o que rola nomundo blinkie,comececomuma visitaaosite http ://www. topsit elists. com/ start/riki/topsites.html. Aliestãolistadas asmelhores coleções virtuais deblinkies,na opinião dos próprios internautas, quevotam emseus favoritos para o Top 100. Não despreze os novatos: o 48ºcolocado, BlinkieMadness, tem raridades como uma coleção sobre filmes e seriados
deTV, de"OSenhordos
Anéis" a "Charmed", uma série especial sobreHarry Potter,e até blinkies patrióticos. Alguns blinkeiros, mesmo nãorankeados ecomcoleções modestas, fazem enorme sucesso eestão linkados aquase todososcolecionadores. Éo caso doRobotica Blinkies ( ht tp :/ /p ix el p un k. fa te ba ck . c
) , que escolheu um tema diferente e caiu no gosto dos geeks (fanáticos por informática). Para conheceros blinkeiros doBrasil,entrenos sistemas debuscadoGoogle, Yahoo! ou Cadê?,digite"blinkies"e peça páginas emportuguês. Aparecerão centenas de sites compiscadinhas grátis,como a Blinkies Home Page ( ht tp :/ /g e oc it ie s. y ah oo .c om . br/blinkieshp/b.html), ou oferecendoa criaçãodeblinkies personalizados. Umaopção é o premiado http://www.i love.com.br/ li li /pa la vra se sen ti men to s, onde awebdesigner Lilian Russo oferecealguns blinkies gratuitos ecobraR$10por um"pacote" comtrêsassinaturas personalizadas.
O Portal dos Cantinhos é indicado para iniciantes, intermediários e avançados
Umblinkie bembolado, com o slogan da empresa ou uma frase que seja a "marca registrada" de um prestador de serviço, pode tornar-se um importante diferencial para atrair clientes, no siteou nos e-mails de divulgação de produtos. Os empresários atarefados logo pensarão emconvocar um webdesigner. É rápido e não custa muito caro. Mas que tal dar um toque pessoal e fazer seu próprio blinkie? Não custa nada, pode ser muito divertido e nem é precisosair de casa ou do escritório. Basta ter um computador euma conexão com a internet.
Primeiro instale o programa PSP oubaixe a versãode teste. Depois, escolha o professor: pode-se optar por seguir as dicasdoswebmastersno site h t t p: / / w w w . wm o n l i n e .c o m . br; fazer um curso virtual cujas instruções sãoliberadas àme-
dida quese faz opagamento, ou cursos gratuitosonline ministrados por espertíssimas criançasda geraçãointernete aposentados que fizeramda arte virtual uma forma de ocupar o tempo ocioso. No site luso-brasileiroPortal dos Cantinhos (http:// w ww . po rt a ld o sc a nt in h os . com/index1.htm) pode-se aprender a lidar com qualquer programa de imagem, basta escolherotema eentrarnalista correspondente. Há grupos para iniciantes, intermediário e avançado. Boa parte dos professores é formadapor cybervovósevovôs aposentados que começaramamexer noPC"paranão ficar parado", comoo mineiro Celso Fernando Dutra Nicácio, de 67 anos,e acabaram virando experts. Através deles foram chegando os netos, e hojea turmado Cantinhoda
Gente Miúdadáverdadeiro show de criatividade. Dovirtual parao real– A funcionáriapública federal Clecienne Rodrigues aprendeumuito comoscybervovôs do Cantinhos. Ela detestava computador.Mas, em 1997, devidoaotrabalho, tevedefazeraspazescom oPCedescobriu um mundo novo: listas de discussão, e-mails formatados,gifs,dolls...Ficou encantada e resolveuque iria aprender aquelaarte, "poisno mundo real eu não era capaz sequer de desenhar uma linha reta usando régua", diverte-se. O resultado foi surpreendente.Clecienne tomougosto pela combinação cibernética de formas e cores eacabou virando artista também na vida real: hoje pinta delicadas caixinhas de madeira, vendidasem lojasvirtuaisde sites beneficentes. ( RM )
Valho-medo artigodesta últimasegunda-feira eprimeirodiade trabalhodoano que começa, lido sob a assinatura autorizada do embaixador J.O. de Meira Penna, e acentuo que o crime está assumindoproporções aterradoras, dessas que se comparam a uma guerra, onde, como no Iraque atual, mata-secom total desprezo pelavidahumana,que,como tenho escrito, perdeu completamente o valor.É esse, por isso, umdos mais graves problemas que temos de enfrentar neste ano e nos futuros.
Perdi a conta dos artigos que escrevi e publiquei sobre a vida sem valor. Um simples e suposto olhar enviesado de um transeunte para outro que passaperto,é obastantepara um crime, e assim se vão para a cova e para o esquecimento chefes defamília, jovenscom futuro promissor e outros cidadãos destemundo louco. Dir-se-á que é preciso mais polícia e que uma corporação bem treinada e bem equipada espanta oscriminososefetivos e os potenciais. Nem sempre, como temos visto. Nos EstadosUnidos, um ex-prefeito conseguiu reduzir ataxadacriminalidade, que eraalta,com aimposiçãoda
tolerânciazero. Aquiainda não cogitamos dessa medida, mas dia virá que sua imposiçãose faráqueira-se ou não, por exigí-la a vida das famílias, das crianças que vão para aescola semproteção,enfim, para todosque desejamcontinuarvivendo etrabalhando para cumprir seus deveres sociaisoupara, simplesmente, gozar a bondade de Deus, que nos permite viver. O governo de São Paulo tem feito o possível para policiar a cidade e garantir a tranqüilidade do cidadão. Mas, os criminosos,como seviucom os indultados e os liberados provisoriamente noNatal,o crime criou raízes, e os criminosos não hesitamem fazer valer alei do mais forteou do maisaudaz oudoindiferente ao valorda vida. Éonde tem que atuara polícia,assim como a justiça, para evitar a matançadosinocentes eoaumento da criminalidade pelos já criminosos.Há remédio, sem dúvida,mas épreciso aplicá-loà sociedade,emnome do interessedemocrático das maiorias.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Nivaldo Cordeiro F alar deacertosdo governo Lula?Sim,claro.Lula acertou exatamente naquilo que negouem praçapública, acertouemrevogar as promessas do programa partidário doPT, acertouem delegar ao seuministro daFazenda a árdua tarefa de manter a estabilidadedepreços edecâmbio, acertou em não fazer concessões aopopulismo fiscal. Errou em tudo o mais. Quais os erros mais visíveis? O inviávelprograma dereforma agrária, que apenas ameaça apropriedadeprivada no campo e dá campo institucional para a ação dos radicais. Errou na concepçãoe naimplantação do Fome Zero, projetocuja ambição políticasó tem precedente nas ações corporativasdo nazismoedo fascismo. Errounasações do Ministério da Educação, administradoporumhomem evidentemente despreparado e mal-intencionadoem seus propósitos. Errou em tentar mudar os marcosinstitucionais deregulação dosmercados de energia. Errou para valer na sua política externa, que colocou o Brasil em rota de colisão com os EUA. Osacertosde Lulaforamas suas concessõesà racionalidade. Essefato mostraque as propostas políticas de esquerda são inviáveis eimpraticáveis. O governo Lula fez uma confissão públicadessa inviabilidade, pela mão de José Genoino. Pena que os caciques petistasnão retiremtodosos
corolários dessa conclusão, queevidentemente levariam esses homens a denunciar o esquerdismocomo oque de fato é: um embuste. Lula errou também em bancara expulsãodos assimchamados radicais de seu partido. Foiamais contundente demonstração deque avisão leninistade organizaçãopartidária é a queestá viva dentro do PT. Não que os expulsos discordem dessa visão, eles apenaspagaram opreçodacoerência e da distância do centro decisório dopartido.A demonstração de autoritarismo partidário é algo preocupante porque mostra oque fariam do Brasil se tivessemuma eventual maioria parlamentar: caminhariam paraesmagara minoria de forma impiedosa. No fundo,erradosestão mesmo os eleitores, oumelhor,foram levados,comogado, puxados pela argola no focinho postapelos meiosde comunicação,a cometeroerro e pôr esseshomens no poder. O governoLula, todo ele, é o maior engodo de comunicação de que tenho notícia. Negou, desdeo primeiroinstante, tudo o que prometeu. Mentiu para se eleger, mentiu para governar. É um filho ilegítimo da dupla mentira. Temos que dar graças a Deus! A situação poderiaestar bempior nesse momento. A coerência poderia ter destruído o sistema econômico brasileiro.
Nivaldo Cordeiro é economista e Mestre em Administração de Empresas
Por mais que secorra não se consegue sair do lugar. É como se subíssemos por uma escada rolante sem fim ou patinássemos em um tapete rolante que não leva a parte alguma. Hoje, no comum, só há dois tipos de pessoas: as que conseguem pagar suas contas e as que não. As primeiras são náufragos ainda flutuantes; as segundas, náufragos-afundantes. Melhorestãoasprimeiras, equiparadas ao PIB do país, que também não saiu do lugar. O caso é, porém, mais complicado doque isso. Estamos assaltados portrês excessos globais elocais. O lixodas informações que nãoconseguem transmitir nem comunicarnada.A pletorada tecnologia afogada pela enxurrada daburocracia.A
inconfiabilidade das obrigações descumpridas.Patinamos num lixo sem fim, para nos livrarmos das embalagens inúteis, das malas-diretas postais, dos s p a m s internéticos. Tornou-se difícil ler um extrato de banco, preencher um formulário para renovar assinaturade jornal, entender um lançamento de imposto. O analfabetismo tecno-burocrático cresce avassaladoramente. É preciso se tersempre uma ferramenta à mão para se abrir qualquer embalagem. Ao contrário do que dizia o humorista Xacrinha, hoje"se estrumbica quem tenta se comunica". Semdúvida, essaéapenas uma dasfaces docotidiano. A que expande e intensifica a carga de stress e diminui a qualidadedevida. Deoutrolado,
Osvaldo Palma
T imidamente, a mídia faz o balanço de2003 e previsõespara2004. Nelas,é possível antecipar a questão crucial dopróximoano: o País tem condições objetivas de voltar a crescer ou terá de, de no máximo, conformar-se com mais uma "bolha" de consumo?
Algunsalegam queopior do ajuste – controle da inflação, superávit comercial e contas públicas, juros oficiais em baixa, e certo equilíbrionobalanço de pagamentos – já foi feito. Outros acham isso insuficiente. Edestacam trêsobstáculos a superar: renda de trabalhadores empregados e da classe média em queda, desemprego em alta – superior a 12%, em termos nacionais, ea 20%, naGrande São Paulo, apesar da tímida recuperação daindústria paulista,em novembro-; e juros reais estratosféricos.
Tais argumentos projetam cenários diferentes para 2004. O primeiroaposta na forteatraçãodecapital estrangeiro de riscoe na permanência doeuro valorizado frente ao dólar. Defato, mantidatalsituação,o Paísteriaenormes vantagens comerciais nas exportações para aUnião Européia, que ficariam cada vez mais competitivas. Além disso, asvendas destinadas aos Estados Unidos e demais países, cujocomércio éfeito emdólares, tambémseriam beneficiadas indiretamente, porque aalta médiado real (de 20%), em relação à moeda americana, tenderia a ser neutralizada pela desvalorização contínua do dólar frente ao euro.
O segundo, emaisprovável, contexto para 2004, é menosotimista. Pressupõe demoras deum anopara as parcerias público-privadas devidamente modificadas deslancharem,e de, pelo menos, mais um ano, até que as propostas, contidas no
novomodeloparao setor elétrico como está, entusiasmem o investidorprivado, o queduvido, devido aoseu caráter centralizador.
Portanto,o potencial de criação deempregos dessas duas iniciativas não é para já. É preciso lembrarainda que as vendasdocomércio, na Grande São Paulo, continuaram em queda pelo 11º mês consecutivo,terminado em novembro. Mesmoque dezembro invertatal tendência,a eventual alta dificilmente se manterá de janeiro em diante.
Pior: o governo recusou-se a atualizar atabela de descontos do IR das pessoas físicas, acabandode vezcom qualquer possibilidade de reativar o consumo. Se, no entanto, o Planalto tiver vontade política para mudar essecenário, teráde adotar medidas corajosas, como, porexemplo,autorizar micros, pequenas e médias empresas – as grandes geradoras de empregos – a contratar pessoas,emcaráter emergencial, por até dois anos, pagando-lhes apenas salário mensale as contribuições previdenciárias somenteparagarantira assistênciado SUS,ampliandoa Instrução Normativa nº 03 de 29-08-97. Após esse período, tais empresas poderiam ser enquadradas no Super-Simples, compensação criada, no bojo da reforma tributária, para o setor de serviços, injustamente onerado com a elevação da alíquota da Cofins. Reduzido o desemprego, o governo teria credibilidadesuficiente paratributar temporariamenteos lucros dos bancos, auferidos, em grande parte, coma rolagemdostítulosda dívida pública daUnião, obrigando-os a emprestar recursos ao setor produtivo, a custos compatíveiscom a realidade do País.
Osvaldo Palma é empresário e ex-secretário de Estado
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háainfinita ampliaçãode fronteiras inexploradas em todos os campos da atividade e do pensamento.Enquantoa hegemonia internacional nos algema,e oEstado travanossospassoscom agrilhetados impostos e desua burocracia, por todaa parte oshomens se congregam emgrupos espontâneos de voluntariado, há um extravasamento de bondade reagindo à violência,um derrame incontido dealegria nas festas populares. Umbalanço decompreensãoindica um processogeral dedesestruturação deinstituições sociais e de hábitos individuais e uma improvisação espontânea mas atabalhoada deambos. Arotinaéoque com menos sepode contar. E ela é o núcleo de um funciona-
mento social tranqüilo. DisseoBertrand deJouvenel nocapítulo inicial de seu livro De la souveraineté. A vida social repousa sobre a confiabilidade. A certezadeque acadadia e momento cada um cumpra o que dele se espera. Seu primeiro exemplo ésobre ainfinita cadeia de obrigações que assegura acada umpodertomar seudesjejum.Doplantio do trigo às entregas do leiteiro toda asociedade estáenvolvida nessa cadeia de confiabilidade. Imagine-se para coisas mais complexas!
Soberba e soberania
EstavaforadeSão Paulo quando soubedadecisãode um juiz federal do Mato Grossoque determinou a identificação dos norte-americanosdesembarcados no Brasil através de foto e impressão digital, como forma de dar reciprocidade à decisão semelhante do governo dos Estados Unidos em relação aos brasileiros que chegamàquele país.Minhareaçãonatural, espontânea,não pensada, foi de satisfação, de regozijo com o juiz que fez as funçõesdo governobrasileiro, lavandoaalmadequem sempreé tratadocomoinferior quando se trata do Tio Sam. Nem pensei em soberania nacional. Pensei simplesmente na soberba americana alcançada pela caneta de um juiz brasileiro. Sem bravatas.
Pensando a respeito
Procurei meinformarmelhorsobre oassunto etentar analisá-lo de forma fria, sem a autocompaixão dos subdesenvolvidos esemo espírito ridiculamente revanchista que parece estar embutido na decisão. Li e ouvi muito a respeito,inclusive, osargumentos do juiz, que fundamentaramsua decisão.Econclui que não há nada em sua determinação que possa merecer o tratamentodeescândalo dadoaoassunto. As repercussões, noBrasil e nosEstados Unidos, ondese escreveu,inclusive,queo juizestavafurioso, mostram como os fatos são tratadosdeforma emocional quando são simplesmente isso, fatos. Ainda que o juiz possa ter tido motivações emotivas, sua base de fundamentoé racionale pontofinal.Oresto éexploraçãopolíticadessefato.A revanche brasileira. Uma afronta aos EstadosUnidos. Os turistas
norte-americanos deixarão devirao Brasil.Tudo bobagem. É apenas o tratamento dareciprocidade previstanos acordos internacionais.
Fraqueza
Caso o governo brasileiro fraqueje e recorrada decisão do juiz, estarásendo por subordinados interessespolíticos e econômicos. E se não recorrer, não serátambém afrontadogovernoLula aos Estados Unidos. Bobagens sobre bobagens.
Em nossa cabeça Muito do subdesenvolvimento brasileiro está em nossas cabeças e forma de pensar e agir. Somos culturalmente atrasados e nos comportamos assim pordecisão própria e não porfalta de informações, de fundamentos culturaisou capacidadeprópria. Fui"aculturado"nos enlatados como Rin Tin Tin, Papai Sabe Tudo e outros de minha geração.Visitei uma dezena de universidades correndo os Estados Unidos de costa a costa, discutindo a integração econômicadas Américas muitoantesde se falar em Alça e entrei na década de 90mais de 30vezes nos Estados Unidos e sai sem problema algum. Por isso me julgo insuspeito para falar sobreaquele país.Nãogosto nem desgosto. Respeito,como acho que o Brasil deve ser respeitado.A decisãodojuiz foi algo dentro de um princípio internacionalemerece ser respeitadaportodos. Aqui e lá fora.
Mudando para melhor Evoluiremos em nossa mentalidade aculturada com a evolução da educação de nossa gente.E de nossa mídia. De todos nós. Feliz 2004, leitor.
Ligação Ana Rosa-Imigrantes terá 2,8 km, será construída no subsolo e ficará pronta em outubro de 2006 Até o final de janeiro a Companhia do Metropolitano de SãoPaulo (Metrô)daráinício às obras deconstrução do primeirotrechodo prolongamentodesua Linha2,aLinha Verde, unindo a estação Ana Rosa (da linha Norte-Sul) aos bairros doIpiranga, Chácara Klabine áreaspróximas àRodovia dos Imigrantes. Numa segundaetapa, cujo término estáprevisto paradezembro de 2008, serãoconstruídas outras duas estações – a Ipiranga ea Sacomã– alémde mais 2,3 km de linhas. A Linha Verde completa permitirá que moradores da região do ABC tambémsejam integradosao metrô paulistano. Etapa inicial – Num primeiro momento,o prolongamento da Linha Verde– que hoje
faz a ligação estação Ana Rosaestação Vila Madalena, na zonaoesteda cidade –terá 2,8 quilômetros de extensão e duas estações, além da atual estação Ana Rosa, comum à Norte Sul e à Linha 2. A primeira estação do novo trecho será a Chácara Klabin. Em seguidavirá aestação Imigrantes, localizada já no bairro do Ipiranga, na zona sul. O prazo de entrega desse primeirotrechoé de30meses.Se os cronogramas forem cumpridos, a extensão estará pronta em outubrode2006,a um custo de R$ 300 milhões. Toda aextensão doprolongamento está orçado em R$ 1 bilhão. Dos R$ 300 milhões iniciais, R$ 110 milhõesjá estão disponíveis e vêmda Fazenda Estadual.O restantedeverávir de
aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Linhasubterrânea – Como asegunda"perna" daLinha Verdeserá subterrânea, aexpectativa do Metrô éde que os custos comdesapropriações, que respondem porboa parte dosgastos numa obradesse porte, sejam sensivelmente reduzidos (R$ 27 milhões).
HojeaLinha Verde,no seu trecho em operação comercial, transporta cerca de 300 mil passageiros/dia. Em outubro de 2006, com o primeirotrecho doprolongamentoem operação, estima-se que 60 mil passeiros/dia serão acrescentadosàlinha. Doisanosdepois, quando a ligação Ana Rosa-Sacomã estiver concluída, acredita-se que outro contingente
igualousuperior a60milpassageiros seja integrado à linha. Adiante da estação Sacomã, a Companhia do Metropolitano prevê construir um pátio de manobra e manutenção dascomposições dotrecho. Nessa fase,a LinhaVerdereceberá um reforço de11 novos trens, além dos 11 já em operação. Linha4 – As novidadesdo Metrônãoparampor aí.Até marçoa empresainiciaas obras de sua linha 4, que ligará o bairro da Luz, na área central, à Vila Sônia, na zona sul, num total de 12,8 quilômetros de trilhos eonze estações.Serão elas: Morumbi, Três Poderes, Butantã, Pinheiros, FariaLima, Fradique Coutinho, Oscar Freire, Paulista, Higienópolis, República e Luz. Carlos de Oliveira
A embaixada dos Estados Unidos no Brasil reagiu ontem às novas exigências de identificação de americanos quedesembarcamno País.Em nota distribuída no início da noite, a embaixada lamentou a maneira como foram implantados os novos procedimentos e reclamou da demora a quem tem sido submetidos cidadãos dos Estados Unidos ao chegar aos aeroportos brasileiros.
da passageiro. O formulário de identificaçãotambém foisimplificado e exige apenas nome, nacionalidade e número do passaporte do passageiro, além de játrazer o espaço paraa digital. Como novoprocedimento, segundo o delegado Wagner Castilho,o tempopara identificação caiu de 6 minutospara1 minuto.Jáagentes da PF disseram que a média de tempode identificação ficou em dois minutos.
Mesmo assim, comerciantes instalados na região interditada estão indignados e já contabilizam prejuízos O primeiro dia de interdição para a construção do túnel que ligará as avenidas Rebouças e Eusébio Matoso, sob a Faria Lima, foi tranqüilo. Não houve caos no trânsito. As férias escolares colaboraram paraaboa fluideznotráfego.A calmaria não serviu, no entanto, para acalmar os comerciantes da região,que estãoindignados com os prejuízos que certamente terão nos próximos 11 meses, prazo previsto para a conclusão das obras. "Sinceramente, não sei como vamos sobreviver nos próximos 11 meses. Vai ser difícil. Mas vamos lutar para que este buraco não nosengula",afirma, muito irritada, Madalena Gregório, gerente administrativa da Sofá Center, loja de móveis de luxo,da avenida EusébioMatoso, 191. Adesolação era plenamente justificável. Atéas18horas,apenas duas pessoas haviam entradona loja."Aquicostumamentrar de 20 a30 clientessó noperíodo da manhã. Só hoje tivemos um prejuízode,no mínimo,R$ 120 mil", contabiliza ela. A primeira providência de Madalena foi telefonar para a fábrica da SofáCenter, localizada emFarroupilhas(RS), parapedir orientaçõesaospatrões. "Fui orientada aprocurar outroponto aqui em São Paulo.O problema équeinvestimosR$100 milparareformar estaloja. Vamos ter prejuízos", afirma. O que deixou Madalena maisirritadafoi amaneiracomo os comerciantesda região foram tratados pela Prefeitura, responsável pelas obras. "Fomos apanhados de surpresa. Na quinta-feira, a Prefeitura encostou os equipamentos aqui e iniciou a interdição", contaela, queestá propensaa liderar um movimento para impedir o prosseguimento das obras. "A associaçãodosco-
merciantes do bairro planeja fazer um abaixo-assinado. Eu sei que essetúnelpode trazer benefíciosno futuro. Os congestionamentos aqui eram constantes, mas aprefeita não podia ter feito tudo assim,de sopetão.Pelo quesei, asobras iriam começar em julho. Acho que esse túnel tem objetivo político. Afinal, a sua entrega está sendoprevistaparao finaldo ano, quando teremos eleição para prefeito e a Marta Suplicy écandidata àreeleição",constata Madalena. Mais reclamações – Basta caminharpelos doistrechos interditados –entre arua MariaCarolina eaFaria Lima,no sentido centro-bairro daRe-
bouças, e a Ibiapinópolis e a Faria Lima, no sentido bairrocentro daEusébioMatoso–para ver queos comerciantes têm motivos para reclamar. "Nãohádúvidasde quefomosprejudicados. Senãobastasse a interdição,ainda a Prefeitura colocou tapumes nas calçadas, oque contribuipara dificultar a visualização. Estamos escondidos aqui.Além disso, o estacionamento e o acesso de veículos foram muito prejudicados", argumenta MarceloGolf,gerente daLeimarMusical, casadeequipamentos musicais da avenida Rebouças, 3.060. "Hoje ainda não dá para ter uma idéia do prejuízo, já queestamos num
período de férias e milhões de pessoasestãofora deSãoPaulo. Mas temo pelo nosso faturamento nos próximos 11 meses.Na pior das hipótesesas nossas vendasvão cair de20 a 30 por cento", disse. Alfredo RodriguesAlmeida, gerente daLojas ARigor –especializada em aluguel de roupas deluxo –estava desorientado."Oque irritamaiséque nema Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) tem informações sobreo que vai acontecer nospróximos11 meses.Fuiao postoque eles montaramna esquina daRebouças com a Faria Lima e ninguém conseguiume explicar nada. E o absurdomaior é que a CET ainda orienta as pessoas, porintermédio daimprensa, para que não venham à região. Em função disso, nosso prejuízo hoje (ontem) foi total. Se não houver uma melhor orientação nos próximos meses, vamos afundar. Teremos um prejuízo gigantesco.E quemé que vaipagar nossoaluguel? A prefeita?", questiona Alfredo. Opinião a favor – Rica rdo VillasBoas, administradorda Marchesan S/A, revendedora de tratores, da avenida Eusébio Matoso, 215, vai na contramão e não não vê motivos para desespero. "Acho que vamos ser beneficiados com estetúnel. O trânsito vai fluir melhor e o aspecto da região vaimelhorar muito. Do jeitoque estavanão podia continuar. O trânsito ficava parado de manhã eà tarde. Apósotérmino dasobras,tenhocerteza de quea situação vaimelhorar evamoslucrar com isso", diz ele, que não depende das vendas a varejo para sobreviver. "Aquisó funciona a parte administrativa da empresa", avisa. Wladimir Miranda Mais informações no www.dcomercio.com.br
Ao contráriodo queocorre habitualmente, a nota foi distribuída em inglês,sem tradução para o português. Assinada pelo adido deimprensa, Wesley Carrington, ela reconhece o direitodo governobrasileiro de definiros requerimentos que julgarnecessáriosparaa entradade estrangeirosno País, mas observa que as novas regrasatingemapenas cidadãos americanose têmprovocado longos atrasosna liberação dospassageiros, como a espera de nove horas que teria sido verificada anteontem no Aeroporto Internacional do Rio. de Janeiro.
Nos EUA, impressões digitais são colhidas sem tinta e processo de identificação não leva mais do que 15 segundos
O comunicado afirma que o sistema similar que começou a vigorar a partir de ontem nos aeroportos americanos– com fotografia e tomada de impressões digitais dos estrangeiros –foi adotado por razões de segurançae planejadoduranteum ano para minorar os transtornos aos viajantes. Diz que as regras estão sendo aplicadas aos cidadãos de mais de 150 países dosquais seexigevisto deentrada nos EUA – e não aos brasileiros em particular. Simplificação – Decisão da Polícia Federal(PF) emSão Paulo reduziuo temponecessárioparao procedimento de identificação dos cidadãos norte-americanos quedesembarcam desde domingo no AeroportoInternacionalde São Paulo, em Cumbica, Guarulhos. Em vez dos dez dedos, a PF optoupor colherapenas a digital do polegar direito de ca-
A simplificação foipossível porque a PF encontrou uma brecha na decisão do juiz federal JulierSebastião daSilva, de Mato Grosso, que determinou a identificação fotográfica e pelas digitais dos americanos: o texto nãomenciona todas as digitais. Aagilização do processo serviu para diminuir as reclamações mas, de acordo com agentes da PF, ainda há protestos nahora dafoto. Parar em frente a uma câmera segurando um papelcom um número naaltura do peito é coisa debandido para os americanos. "Não sou criminoso", afirmou um turista. Um casal chegou aculparopresidente George W.Bush poresse tipo deconstrangimento.Já ogovernobrasileiro,pormeio da Advocacia-Geralda Uniãoe dos Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, avalia a possibilidade de entrar com recurso na Justiça Federal contra a determinação do juiz Sebastião Silva.
Informatização – Os Estados Unidos começaram ontem a "fichar" estrangeiros que precisam de vistos para entrar no país, entre eles os brasileiros. A identificação no Brasil foi uma reação a essamedida. O sistema utilizado, o USVisit, é informatizado e recebeu investimentos de US$ 380 milhões paraentrar em operaçãoem 115 aeroportos e 14 portos marítimos. A operação leva apenas 15 segundos. (Agências)
Morreu por volta das 12 horas do último domingo, vítima de enfarte, Harry Simonsen Jr., presidente da consultoriaSimonsen Associados, empresa que possui em sua carteira maisde 450clientes, entreeles vários departamentos dogovernamentais. Simonsen Jr. tinha 72 anos e desde 1966 se dedicava àconsultoria empresarial,experiência quefez desua empresaum importantemeio paraaquelesque pretendiam discutir os rumos da economia brasileira. Entre os serviços prestadospelaSimonsen destaca-seo levantamento das "Intenções de Investirno Brasil Anunciadas pelas Empresas à Imprensa", uma importante referência para o mercado.
Harry Simonsen Jr.foi vicepresidente daAssociação Comercialde São Paulo (ACSP) de 2001até oanopassado, quando AlencarBurti presidia aentidade.Atualmente, além de dirigir a Simonsen Associados,ele atuavacomoconselheiro da ACSP,da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Câmara Americana de Comércio Missa de 30º dia Às 18h30 de hoje aconteceamissade30º dia em memória de José Frederico Athia, diretor superintendente da distritalSudesteda ACSP. A cerimônia será realizada na IgrejaNossa Senhora de Lourdes, localizadana Alameda dosPiratinis, 679,no Planalto Paulista.
Aprevisãodeaumento na carga tributária deve pressionar os preços da gasolina e do gás decozinha nesteano. Para agasolina, estima-seumaalta de até 9,5%, fruto do aumento previstopara aContribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide),o imposto federalsobre ocombustível. No caso do gás de cozinha, uma medida tomada por 11 estados pode provocar alta de até 10% no preçodo produto em alguns estados.
O aumento da alíquota da Cide, já destacadana previsão orçamentária deste ano, pode chegar a 10%. O objetivo do governo é manter os níveis de arrecadação do tributo mesmo tendo de dividi-lo com os estados.
Segundoanálise da consultoria Tendências, umaalta de 10% noimposto teráimpacto de 3,4% no preço final da gasolina. Além disso, aconsultora Ana Paula Almeida projeta um aumento de 1% no preço do
produto nas refinarias e estima que, ao fim do ano, o combustível estará 4,5% mais caro. A própria Petrobras admite queo aumento naalíquotada Cide deve provocar alta no preço da gasolina. Em reunião com a imprensa na semana passada, o diretor de Abastecimento da companhia, Rogério Manso, disse que aempresa trabalha com um cenário de estabilidade de preços nas refinarias em 2004, mas admitiuque aquestão do imposto pode ter impacto no bolso do consumidor.
tiva a respeito da arrecadação deimpostoscom oproduto. No dia17 de dezembro,11 estados assinaram um protocolo exigindo a cobrança na origem do ICMS sobre o GLP derivado do gás natural.
Estimativa é de alta de até 9,5% no preço da gasolina. Gás de cozinha pode ser reajustado em 10%.
Em sua última reunião de 2003, o Comitê de Política Monetária (Copom) doBanco Central previu um aumento de 9,5% na gasolina em 2004, também considerando o impacto do imposto.
O caso do gás liquefeito de petróleo(GLP),o gásdecozinha, reflete umabriga federa-
O argumento é que a legislaçãoprevê queos derivadosde petróleo tenham ICMS cobrado no destino, mas o texto não fala nada sobre o gás natural. Grandeparte dogás de cozinhaque abastecea região Nordeste éderivada do gás natural.
Bitributação - As distribuidoras reclamam que a medida provocará abitributaçãodo produto,com impactodireto sobreo preçofinal aoconsumidor.Segundoo superintendente-executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP, Sérgio Bandeira de Mello, mesmo quehajaressarcimento
sobre o imposto pago duas vezes,haverá umaumentode custos financeiros das empresas que poderáser repassado ao consumidor. A entidade calcula que, confirmada a bitributação, os aumentos podem chegar a até R$ 3,50 porbotijão,oumaisde 10% do preço do produto. Na ata da última reunião, o Copom previu uma alta de 3,5% no preço do gás de cozinha em 2004. O impacto da bitributação ficaria restritoa estadosdo Norte-Nordesteeao Espírito Santo,regiões importadoras de GLP. Em2003, o preço dos dois combustíveissofreu poucavariação, secomparado como ano anterior. Até novembro, segundoo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE), a gasolina subiu 0,89% e o gásdecozinha, 3,68%.Nasrefinarias, a gasolina teve redução e oGLPnãosofreu nenhum reajuste durante o ano. (AE)
O ministrodo Trabalho,Jaques Wagner, apresentará propostadeformalização doemprego doméstico noPaís. A idéia é garantir uma forma de abatimento noImpostode Renda das pessoasque formalizarem, por meio da assinatura da carteira de trabalho e recolhimentoda contribuiçãopara a Previdência Social,a contratação detrabalhadores domés-
ticos. "Oabatimento docusto de contratação será feito, desde queo cidadãocomprove orecolhimentoda contribuição à Previdência", afirmou. Segundo Wagner, o assunto já foi discutido"superficialmente"como ministrodaFazenda, Antônio Palocci. "Sei que aReceita Federalnão é simpática àdedução,masvamos aprofundar essa conver-
sa",disse.Não háumadefinição de percentual de abatimento, mas Wagner garantiu que a proposta éfixar um teto para essa dedução. Existem hoje no País cerca de cincomilhões detrabalhadores domésticose apenas500mil têmo emprego formalizado. Para o ministro, a proposta, além de contribuirpara o processo de formalização – uma das
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IOB RESPONDE
1) Quais são as conseqüências advindas da falta da depreciação dos bens pertencentes ao Ativo Imobilizado?
A diminuição de valor dos elementos do Ativo Imobilizado será registrada periodicamente nas contas de depreciação quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
A convenção contábil da consistência (ou uniformidade) dispõe que todos os critérios utilizados contabilmente em determinado período contábil devem ser mantidos ao longo do tempo, de tal forma que os usuários das demonstrações contábeis tenham possibilidade de delinear sua tendência com o menor grau de dificuldade possível.
Neste caso, os profissionais deverão refletir bastante antes de adotar determinado procedimento de avaliação a fim de haver a maior seqüência possível de exercícios com a utilização dos mesmos procedimentos de avaliação. Isso não quer dizer que não possam adotar mudança de critérios com o intuito de introduzir melhoria para a entidade, porém devem observar que qualquer mudança de procedimento e seus efeitos decorrentes devem ser claramente evidenciados em notas explicativas.
Diante dessas considerações, em atendimento à convenção da consistência e à legislação societária, deve-se efetuar a depreciação de todos os bens pertencentes ao Ativo Imobilizado, não podendo deixar de realizá-la por determinados períodos.
Entretanto, alegislação fiscal faculta à pessoa jurídica efetuar depreciação para fins de apuração do Imposto de Renda e, nesse sentido, consideramos que a entidade poderá deixar de depreciar os bens pertencentes ao seu Ativo Imobilizado por um certo período, embora não seja o
procedimento mais adequado.
preocupações do ministério –, é uma forma de aliviar o orçamento da classe média. Apesardeainda nãoestarfechado, ele estimaque o Cadastro Geralde Empregadose Desempregados (Caged)deveter registrado em 2003 a criação de um milhão de empregosformais. Destetotal,cerca de300 mil foram relativos à formalização de vagas já existentes. (AE)
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
FILHO DE MÉDICOS DE CORUMBÁ INVADIU SITES DE QUATRO GRANDES BANCOS DO PAÍS
A Justiça brasileiracondenou pela primeira vez uma pessoa por crimesna internet. O hacker Guilherme Amorim deOliveiraAlves,de 19anos, foi sentenciado a passarseis anos e quatro meses na prisão por invadir, entre outros sites, aspáginasde quatrograndes bancos do País – Caixa Econômica,Bancodo Brasil,Itaúe Bradesco.
A condenaçãofoi dada pela juíza da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, Janete Lima Miguel Cabral. O hacker é filhodemédicos, nasceuem Corumbá(MS) ejáestápreso há quase um ano na PenitenciáriadeSegurançaMáxima de CampoGrande. Adefesa dele deveentrar comrecursoainda esta semana. A juíza também condenou o policial Evanâncy Soaresde Alcântara aquatro anos,oito meses e 20 diasde prisão. Ele teria recebido créditosde Guilhermepararecarregar seu celular. Asentençasaiu nodia31de dezembro. Segundo as acusações contidas no processo, Guilherme liderava uma quadrilhaque violavaosservidores que hospedam os sites legítimos das instituições financeiras e direcionavaas vítimas parapáginas falsas,ondeconseguiu ter acesso a senhas e nú-
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Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 05 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Hossoda Máquinas e Motores Industriais Ltda. - Requerida: Missões Com. Restaurações e Pinturas Ltda. - Rua Blandina Rato, 65 - 06ª Vara Cível
Requerente: Beija Flor Madeiras Ltda. - Requerido: Massimo Móveis Ltda. - Rua Itapiru, 589 - 21ª Vara Cível Requerente: Gerdau S/A - Requerida: Construtora Gestão Ltda. - Rua Manduri,
Requerente: Eluma S/A Ind. e ComércioRequerido: KDT Indústria e Comércio Ltda. - Rua D. Germaine Buchard, 560 - 28ª Vara Cível
Requerente: SS Madeiras e Compensados Ltda. - Requerida: Sob Medidas Móveis Ind. e Comércio Ltda. - Rua Calogero Calia, 542 - 24ª Vara Cível
Podemos concluir que, tecnicamente, apessoa jurídica deverá efetuar a depreciação total dos bens do Ativo Imobilizado em todos os períodos, mas, por outro lado, não há nenhuma implicação de natureza fiscal quanto a deixar de efetuá-la, pois o cômputo dos encargos de depreciação na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSL é facultativo.
(Arts. 183, §2º, da Lei nº 6.404/76, e305 do RIR/99)
2) Os serviços prestados por pessoa jurídica inscrita no Simples estão sujeitos à retenção do IR Fonte?
Não. Conforme estabelece a Solução de Divergência nº 10/2003, não estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte as importâncias pagas ou creditadas por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica, inscrita no Simples, pela prestação de serviços.
Dessa forma, afonte pagadora fica desonerada da retenção do IR Fonte quando a prestadora dos serviços mencionar que é optante pelo Simples.
(Art. 3º, § 2º, letra “d”, da Lei nº 9.317/96 e arts. 647 e 651, inciso I, do RIR/99)
3) De acordo com o Novo Código Civil, em que hipótese poderá haver a redução do capital social?
Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato, depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis e se for excessivo em relação ao objeto da sociedade.
A redução do capital social depende de deliberação dos sócios, aos moldes do aumento, no que for aplicável, ou seja, estes devem ser convocados.
meros de contas e de cartões de crédito. Com as informações dos clientes – que acessavam as páginas piratas pensando estar no portal de seu banco –, os membros da quadrilha entravam nascontas dasvítimas,e faziam operações como transferênciasde valores paraoutras contas bancárias, compras via internete recargade créditos em telefones celulares. Somente um rastreamento feito pelo Banco do Brasil entre os dias 12 e 21 de julho de 2002 identificou 108 transações fraudulentas. Levantamento feito pela Polícia Federal constatou que a quadrilha estudava golpes de R$ 150 milhões contra instituições financeiras. Foi a quantia revelada por Guilherme em uma das ligações telefônicas rastreadas e apresentadasà JustiçaFederal. Osoutros envolvidos ainda não foram julgados. Alerta - Ontem,o Banco do Brasil alertou seus clientessobrefalsas mensagens eletrônicas (spam) que chegam pela internet, solicitando dos usuários os números da conta corrente e da senha eletrônica. As mensagensfraudulentas informam queos dados fornecidos pelo cliente serãoutilizadospara tornar mais seguro o acesso à internet. O Banco do Brasil pede aos clientes que desconsiderem tais mensagense não ofereçam, de forma alguma, os numeros de suaconta corrente e senhaaos remetentes dessas mensagens. (Agências)
Com base no Estatuto do Idoso, lavrador mineiro é detido
Foi registrada neste domingo a primeiraprisãodoPaís com baseno Estatutodo Idoso,que entrou em vigor no dia 1º. O lavrador Bento da Silva foi detido emflagrante, nacidade deFelixlândia, a 200 quilômetros de Belo Horizonte, acusadode abandonar e maltratar amãe, Idalina da Silva, de 74 anos. A idosa foi internada em estado grave na última sexta-feira no hospital municipal de Felixlândia, masacabou falecendo. Segundoo laudomédico, ela não se alimentava e não tomavabanho hápelo menos20 dias, estava desidratada e apresentava estágioavançadode anemia. (AE)
(Arts. 1.082 a 1.084 do NCC)
4) Qual é o prazo para recadastramento das pessoas jurídicas beneficiárias, fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva do PAT?
As pessoas jurídicas beneficiárias do PAT deverão recadastrar-se no período de 1º de março a 31 de maio de 2004.
As pessoas jurídicas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva do Programa de Alimentação do Trabalhador deverão recadastrar-se no prazo de 02.01 a 28.02.2004.
O recadastramento das pessoas jurídicas beneficiárias e fornecedoras deve ser efetuado por meio eletrônico, utilizando-se o formulário constante da página do Ministério do Trabalho e Emprego na Internet (www.mte.gov.br/pat).
O recadastramento das pessoas jurídicas prestadoras de serviços de alimentação coletiva deverá ser efetuado por meio de formulário próprio obtido nas Delegacias Regionais do Trabalho e encaminhado juntamente com a documentação nele especificada diretamente ao Ministério do Trabalho e Emprego.
O não-recadastramento no PAT no prazo estipulado implicará o cancelamento automático do registro ou inscrição. (Portaria MTE/SIT nº 66/2003)
COMUNICADO CAT-87, DE 29-12-2003
O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de janeiro de2004,sãoasconstantes da Agenda Tributária Paulista anexa.
AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTANº 173 MÊS: JANEIRODE 2004
DATASPARARECOLHIMENTODO ICMS EOUTRASOBRIGAÇÕESACESSÓRIAS
Classificação deCódigo de PrazoRegime Periódico Atividade Econômicade Recolhimentode Apuração Recolhimento do ICMS CNAECPR FATO GERADOR 12/200311/2003
15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28991, 29114 a29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a 33502, 33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978, 36994, 40118 a 40142, 40207, 40304, 51217 a 51926, 60267 a 60305, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114, 64122, 92215, 92223 e 92401. 1031 601112 a 01708, 02119 a 02135, 05118, 05126, 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290, 16004, 26913, 26921, 45110 a 45608, 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195, 55131 a 55190, 55247, 63118 a 63401, 65102 a 65994, 72109 a 72907, 74110 a 74993, 85111 a 85324. 1100 1264203 1150 1515431, 41009, 50300 a 50423, 52116 a 52795, 55212 a 55239, 55298, 60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a67202, 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302, 80136 a 80993, 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007. 1200 2015113 a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206, 60232 a 60259. 1250 2617213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960.2100 -12 Industriais ou Atacadistas de Pequeno Porte (art. 11 das Disposições Transitórias do RICMS/2000) 2102 -12
OBSERVAÇÕES
O Decreto 45.490, de 30/ 11/2000 - DOE de 1°/12/ 2000, que aprovou o novo RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividade Econômica ali indicadas, com alteração do Decreto n° 48.034 de 19/8/ 2003 DOE de 20/8/2003.
O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei n° 10.175, de 30/12/98 - DOE de 31/12/98, e demais acréscimos legais.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS: DO IMPOSTO RETIDO ANTECIPADAMENTE POR SUBSTITUIÇÃO TRI-
BUTÁRIA: -Os contribuintes, em relação ao imposto retido antecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de
prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento no mês de janeiro até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01): DIA 6 - cimento - 1031; refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo - 1031; DIA 9 - veículo novo1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090; pneumáticos, câmarasde-ar e protetores de borracha - 1090; fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; tintas e vernizes e outros produtos químicos - 1090; energia elétrica - 1090; DIA 15- sorvete, acessório, como cobertura, xarope,
casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150.
OBSERVAÇÕES EM RELAÇÃO AO ICMS DEVIDO POR ST
a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observado o disposto no artigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por substituição até o dia 9 do mês subseqüente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto 45.295, de 23/11/01, DOE de 24/11/ 01).
b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-seá o que segue:
1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade
de sujeito passivo por substituição tributária, 80% (oitenta por cento) do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mêsCPR 1100;
2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% (noventa e cinco por cento) será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100.
3) no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02).
EMPRESA DE PEQUENO PORTE E MICROEMPRESACPR 1210 DIA 21- Os contribuintes sujeitos a esse regime deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de dezembro/2003 até essa data (art. 11 do Anexo XX e art. 3°, inciso VII do Anexo IV do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; Comunicado CAT 3, de 22/1/01DOE de 4/1/01).
IPVA
O recolhimento dos valores correspondentes ao IPVA deverá seguir o calendário previsto no Decreto 48.196 de 30/10/03 - DOE de 31/10/ 03; Comunicado CAT. 69, de 30/10/03 - DOE 31/10/03; Resolução SF. 28, DE 30/10/ 03 - DOE de 31/10/03.
OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo decreto 45.490, de 30/ 11/00 - DOE DE 1º/12/00Portaria CAT 92, DE 23/12/ 98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 - DOE de 27/ 06/01).
FinalDia
0e116/01/04
2,3e417/01/04
5,6e718/01/04
8e919/01/04
Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada por meio da Internet no endereço http://www.fazenda.sp. gov.brou http://pfe.fazenda. sp.gov.br
2) Operações Interestaduais com Combustíveis derivados de Petróleo e com Álcool Etílico Anidro Carburante O contribuinte deverá apresentar as informações relativas a operações interestaduais por meio de demonstrativos, cujos modelos constam nos Anexos I a VII do Convênio ICMS-121/02, de 20-09-2002, (artigo 20 das Disposições Transitórias do RICMS, na redação dada pelo Decreto 47.278, de 29/ 10/02): a) até o dia 3 de cada mês: * em se tratando de contribuinte que tiver recebido combustível derivado de petróleo de outro contribuinte substituído; - Anexos I,II e III; * em se tratando de distribuidora que receber álcool etílico anidro carburante de outra unidade da federação em relação à gasolina “A” adquirida de outro contribuinte substituído; - Anexos IV e V; b) até o dia 5 de cada mês: * em se tratando de contribuinte que tiver recebido combustível derivado de petróleo diretamente do sujeito passivo por substituição; Anexos I,II e III; * em se tratando de distribuidora que receber álcool etílico anidro carburante de outra unidade da federação, em relação à gasolina “A” adquirida diretamente do sujeito passivo por substituição; Anexos IV e V; * em se tratando de importador, em relação à operação interestadual que realizar; Anexos I,II e III; c) em se tratando de refinaria de petróleo ou suas bases: * até o dia 15 de cada mês em relação ao relatório demonstrativo do recolhimento de ICMS por substituição tributária - Anexo VI; * até o dia 25 de cada mês em relação ao relatório demonstrativo do recolhimento de ICMS por substituição tributária -Anexo VII.
OBSERVAÇÕES
1. Se o dia indicado recair em dia não útil, orelatório deverá ser entregue no dia útil imediatamente anterior.
2. O relatório a que se refere o modelo constante no Anexo I deverá ser entregue mensalmente, ainda que não tenham ocorrido operações interestaduais
no mês anterior.
3) DIA 12 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária:
O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de dezembro/2003, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/ 12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/ 00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00).
4) DIA 15 - Demonstrativos do Crédito Acumulado: o contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio os respectivos demonstrativos referentes aos fatos geradores do mês de dezembro/2003 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 1º, inciso IV da Portaria CAT 53/96, de 12/8/96 - DOE de 27/8/96 - Retificada em 31/8/ 96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02).
5) DIA 15 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: produtor não equiparado a comerciante ou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês de dezembro/ 2003 (art. 70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03).
NOTAS GERAIS
1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP Por meio de comunicado, a Diretoria de Arrecadação divulgou o valor da UFESP que, para o período de 1°/1 a 31/12/2004,será de R$ 12,49 (Comunicado DA 39, de 18/12/03- DOE 19/ 12/03).
2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, DOE de 1°/12/00, será facultada aemissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$ 6,00, no período de 1°/1 a 31/12/2004 (Comunicado DA 43, de 19/12/03 - DOE 20/12/03).
3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 25/12/ 2003.
EYMAR MASCARO
Oescritor ejornalistaCarlosHeitor Conyconfirmou, na entrevista dada à Bandeirantes, que proprietários e diretores de empresas jornalísticas já estão negociando com o governo Lula o socorro do BNDES a quem no setor de comunicação esteja em situação financeira desfavorável. Numa expressão mais popular, a quem está abrindo o bico. Seria o Proer da Imprensa, semelhante ao Proer dos Bancos.
Emnenhum momentodaentrevistaCony disseouinsinuouquea injeçãodeverbasoficiais nosjornais,rádios, tevê e revistas deve ser entendida como um cala-boca de Lula na imprensa. Camuflar críticas é tudo o que Lula deseja. O petista veio para ficar. Eliminar desaforos no noticiário ajudaria, e muito, Lula na campanha da reeleição. Ainda não se conhece os termos doacordo,mas seforemiguaisaosdoProerdos Bancos, as empresas jornalísticas ficariam com o benefício do beiço.
Um novo Proer a uma nova categoria seria um excelente precedenteparaoutras instituições pleitearema mesma ajuda do governo. Assim, poderiam surgir, futuramente, o ProerdasFarmácias, ProerdosHospitais,Proer daSoja, Proer dos Atletas e, até, o Proer dos Falidos, incluindo pessoas físicas e jurídicas.
VOZ DAS URNAS-1
Índicesdo Datafolha:
Marta Suplicy, PT,éa 7ª colocadaentre os9prefeitosavaliados nas principais capitais, obtendo a ante-penúltima colocação; Geraldo Alckmin, PSDB, é o 2º entre os governadores, perdeapenaspara Jarbas Vasconcelos, do PMDB de Pernambuco.
VOZ DAS URNAS-2
Mas, está mais fácil de Marta se reeleger do que Alckmintransferir votos para o candidato tucano à Prefeitura. Omesmo instituto, Datafolha, repete o Ibope, o Vox Populi e outras empresas, quando afirma que o PSDB só tem chancede chegarao 2º turno setivercomocandidato José Serra ou o expresidente Fernando Henrique.
VOZ DAS URNAS-3
É aí que a roda pega: Serra e Fernando Henriquejá disseram que não aceitam a candidaturaem 2004;ficam para 2006. Os tucanos quequerem disputarasucessãode Marta,são fracos, eleitoralmente. Alckmin enfrentao fantasma do tabu, ou, dos governadores paulistasque não conseguem eleger o prefeito da Capital.
LER NA CAMA
No bojo do noticiário queinvadeoano novo,2 informações contraditórias:1- Serrapassou osferiados defimdeano em Troncoso, Sul da Bahia e teria admitido, a quem comele conversou,que pode ser forçado a sair candidato devido às pesquisas; e, 2- se Serra e FHC negarem fogo, o governador teria chegadoao nomedo secretáriode Educação, Gabriel Chalita.
IRRITAÇÃO
Quem está com os nervosà flordapeleé oprefeito Cézar Maia,que pede arevogação imediata da sentença judicialque obriga a revista alfandegária de todos os americanos quedesembarcam no Brasil. O prefeito acha que o Rio turístico está sendoprejudicado numa época de festas.
RETA FINAL
Lulacomeçahojea costurar a fasedecisiva da reforma ministerial.Lula falapessoalmente comdiri-
gentesdo PMDB,quevão ficar com 2ministérios. Ainda hoje, o presidente joga no gargalo a elaboração da pauta de convocaçãoextraordinária do Congresso, para o dia 20.
EMPREGO
A convocação do ministro do Trabalho e Emprego,Jacques Wagner,para a reunião de hoje da equipeeconômica temlógica: Lula quer atacar, já, o desemprego, quecomeseu governo pelas beiradas. O desemprego representa o calcanharpodre do governo petista.
CRISTÃO NOVO
ACM, neto, deputado queé oxodódoavô, jáse convenceu de que não será o candidato doPFL à prefeitura de Salvador. O partido já escolheu candidato: Cézar Bórges,senador e ex-governador.
AVALIAÇÃO
O PP avalia o que é melhor para o partido e para o candidato Maluf disputar a Prefeitura em 2004 ou o governo do Estado em 2006. Emtempo: Malufjá conversou com Alckmin, a sós, mais de uma vez. O tucano tenta oapoio do pepebistaao candidatodo PSDB a prefeito.
CRESCIMENTO
Sem Maluf no páreo, o candidato tucano, principalmente Serra, sobe de forma absurdanaspesquisas. Numa delas, Serra tem 20% de índice de intenção de voto e, o ex-prefeito, outros 20%. Sem Maluf,Serra cresce para 28%.É porisso queAlckmin costuroua sucessão com o pepebista.
CARA...
O presidente Bush está sendo responsabilizado pelos passageiros de implantaro caosnaaviação civil, sobretudonos aviões que descemesobemnos aeroportos dos EUA.
...E COROA Algumas coisas que se dizem deBush, nos aviões, são impublicáveis.
VOA, LULA Está mantida, porenquanto,aviagem de Lula aoMéxico, nodia 11.Lula e Bush se encontram na reunião de Cúpula das Américas, na cidade de Monterrey.
Apesar de todoo mistério que envolveu a reunião da cúpula dogoverno como presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem, noPalácio doPlanalto e com o ministro das Comunicações,MiroTeixeira, cujos teores nãoforamdivulgados, teve inícioefetivamente afase final dasnegociações dareformaministerial. Mas,porenquanto, Lulatomou apenas uma decisão: o líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE),será umdos doisministrosdo partidona novaestrutura do governo. O assuntofoitratado logo cedo, numa reunião de Lula e o chefe da Casa Civil, José Dirceu, com Miro Teixeira, o mais cotado paradeixaro posto e ceder a cadeira a Oliveira na Esplanada dos Ministérios. Pragmatismo – Aidéia de fazeruma reforma pragmática, apenas para acomodar a legenda, ganhavaforça noPalácio do Planalto, mas uma convocação deDirceu ao presidente nacional do PSB, deputado MiguelArraes (PE), para um encontro amanhã, em Brasília,reforçoua tesedeque esta primeira fase da reforma doministériopodeser um pouco mais ampla. Para abrigar o PMDB no Ministério das Comunicações, comaprovávelnomeação do líder do partido na Câmara, o
ministrodas Comunicações também poderá ser transferido parao Ministérioda Ciênciae Tecnologia. "Estamos aguardando a decisão do presidente, que, no momento oportuno, chamaráo PMDBpara uma conversa", disseOliveira, que ontemresolveu viajarparasua fazenda, no interior de Goiás. Palocci – Segundo um interlocutor deLula, oministro da Fazenda, Antônio Palocci, comunicouaolíder do PMDB que ele é o nome da Câmara que o presidente quer agregar à equipe.A indicaçãodeOliveira, segundoesse mesmointerlocutor, teria passado pelo crivo do chamadonúcleo central do Poder Executivo, integrado por Palocci, Dirceu,Luiz Gushiken(chefe daSecretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégicada Presi-
dência daRepública),eLuiz Dulci (Secretaria-Geral). Só depois de aprovaro nome do líder, o quarteto apresentou, formalmente, a alternativa ao presidentecomo uma indicação partidária. Outros nomes – Resta ainda ao PMDB definir os nomes que ofertará aoExecutivo para ocupar o segundo ministério da legenda, possivelmente, o das Cidades, o que deve ser feitonos próximosdias, emreunião com a bancada sob o comando duplodolíder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e do presidente doCongresso, senador José Sarney (PMDB-AP). Um dos principais interlocutoresde Lula afirmou que ele teria preferênciapelo senadorGaribaldi AlvesFilho (PMDB-RN). (Agências)
Num clima de extrema cordialidade, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não pouparam elogios mútuos nos discursos que fizeram ontem, quando ambos receberam oprêmio conferido anualmente, pela Universidade Notre Dame, dos
Estados Unidos, apersonalidadesdaAmérica Latina que contribuem para o bem comum no continente. Os doisexaltaram oprocessodemocrático noBrasil,fortalecido pela transição de governoentre 2002e 2003,e a convivência respeitosa entre adversários políticos.
A prefeita Marta Suplicy decidiu interromper orecesso parlamentar daCâmara.Ela está convocando extraordinariamenteos vereadores para que seja votado um projeto queautoriza omunicípio afazerum convêniocom aCaixa Economica Federal.Pelo convênio, a Prefeituravai receber dinheiro para implantar o Programa de Locação Social. Nãoestá estabelecidoovalor aserinvestido. Alocação socialéum projetodeautoria do vereador Arselino Tatto (PT), que preside a Câmara. O projeto, que jáestá sendo colocado em prática em outras cidades, estabelece que a CEF banca areforma de prédios destinados à habitação popular. Ointeressado, assim que se mudar para o imóvel, passa a pagar uma quantia mensal,
comoumaluguel. Depoisde um determinadotempo, quandoodinheiropago pelo aluguel cobrir os gastos com a reforma, oinquilinopassaa ser proprietário, já que é dado a ele a escritura do imóvel. Outros projetos – O líder do governo, vereador João Antônio, estuda apossibilidadede colocar outrosprojetospara serem votados. Mas, para, isso, seria necessário um acordo com os demais líderes partidários. Ninguém sabe. No entanto, se a maioria dos vereadores vai querer interromper suas férias para participar da votação. Muitos parlamentaresestão emviagemforadoPaís. Ao contráriodaCâmarados Deputados e do Senado, os vereadores nãoganham paratrabalhar no recesso. Fernando Lancha
"Aseleições de 2002foram uma demonstração da maturidadepolítica doBrasil",disse Lula, que abandonou o discurso previamente redigido para falarde improvisona solenidade,no Ministériodas Relações Exteriores. Fernando Henrique disse que"somos instrumentos simbólicos, porque foi o povo brasileiro, comseu amadurecimentodemocrático, que possibilitou essa transição que nós realizamos", disse o expresidente. (AE)
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PARA MÃO SANTA, O PT É UM PERIGO PARA O BRASIL
"O PT é um perigo para o Brasil. É um partido que tira direitos e fere a democracia. Eles não respeitam as minorias", afirmou o senador Mão Santa (PMDB). Ele disse que não se arrepende de ter votado no PT. Mas acredita na alternância de poder. "Votei por convicção em votar, mas não por gostar do PT", desabafou. Ele votou contra as reformas e perdeu as indicações no Piauí. Ele disse que o PT é minoria, mas quer administrar, governar o País de forma autoritária e absoluta. Perguntado sobre estar remando contra a maré da onda do partido que vai integrar o governo, Mão Santa disse que o PMDB deu a governabilidade ao PT e por isso tem que participar do governo. "Não sou inimigo de Lula. Eu o aconselho a ler o livro "Reinventando o Governo". Aí ele veria que deveria demitir metade destes ministros que ele tem", sugeriu. (AE)
ONG fiscalizará os acordos externos do governo federal
A ONG Voto Consciente, que, desde 1987, acompanha o trabalho de vereadores e deputadosestaduais,tem novo alvo: os acordos internacionais assinados pelo presidente Lula.A atuaçãodaONG começa na próximasemana, na Cúpula das Américas, em Monterrey, no México.No planointernacional,a motivação é a mesma: atividade governamental tem de ser vista de perto pela sociedade. (AE)
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Cartas-bombas enviadas a influentes membros do ParlamentoEuropeu explodiramontemem Bruxelasena cidade britânica de Manchester. A Bélgica disse que outros sete pacotes suspeitos foram interceptados. "Nãosedescartaque existam outrospacotes'', disse David Harley, porta-voz da presidência do Parlamento Europeu. Ambasas bombasque explodiram foram postadas em Bolonha, na Itália, assim como umadas cartas interceptadas em Bruxelas. Isso provocou especulações imediatasde que esses incidentes estariam ligados auma sériede outrascartas-bombas, remetidas em dezembro da mesma cidade, para personalidades e instituições européias. Ninguém ficou ferido nas explosões de ontem. Para líderes – As bombas que explodiam foram enviadas para Hans-Gert Poettering, líderdoprincipal blocoparlamentar, o Partido Popular, em Bruxelas, e para Gary Titley, líder do Partido Trabalhista britânico noParlamento Europeu,emManchester. Outro
pacote foi entregue a um deputado espanholdoPartidoPopular, José Ignacio Salafranca. O ministro belga do Interior,Patrick Dewael,disseem uma nota que cinco envelopes suspeitos foram descobertos em diversos andares da sede do Parlamento em Bruxelas ontem, equedoisoutrosforam interceptados em uma agência doscorreios deAntuérpia. Harley disse que a polícia belga easegurança doParlamento examinamdezenas de milhares de pacotes recebidos.
Interceptação – Em 31 de dezembro, um promotor italiano disse que as autoridades haviaminterceptado correspondências enviadas da região de Bolonha para órgãosda União Européia. Em quatro dias, quatro cartas-bombasforamenviadas de Bolonha – para o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, para o presidentedoBanco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, para a Europol (a polícia do bloco) e paraoórgão quecombatecrimes transnacionais.
Análises técnicas determinaram que umafitade áudio divulgada no domingo pela tevê árabe foi provavelmente gravada por Osama bin Laden, informou ontem o secretário deimprensada CasaBranca, Scott McClellan.
Na fita, o suposto líder da rede terrorista Al-Qaeda afirma que a guerra no Iraque marcou o início da ocupação dos países do Golfo Pérsico pelos Estados Unidos,que estariamquerendo controlar opetróleo da região, e exortou os muçulmanos amanteremumaguerra santa no Oriente Médio.
PrisãodeSaddam – A voz na fita, divulgada pela tevê por satélite árabe Al-Jazira, se refere a acontecimentos recentes, como acapturaem 13 de dezembro do ex-presidente iraquiano Saddam Husseine iniciativasde pazpara oconflito
israelense-palestino. O orador pede aos muçulmanos para "continuarem com ajihad a fim de colocar em xeque as conspiraçõesque sãopreparadas contra a nação islâmica".
"Minha mensagem é para incitar vocês contraas conspirações, especialmente aquelas expostas pela ocupação pelos cruzados deBagdásobopretexto de (e lim ina r) armas de destruição em massa, e tambémpela situaçãoem (Jerusalém) sob a fraude do roteiro para a paz e a iniciativa de Genebra", afirmou o orador.
Certeza – Ibrahim Hilal, editor-chefe da Al-Jazira, disse que a rede recebeu a fita no domingo,mas nãoreveloucomo a conseguiu. Ele não tem dúvidas de que a voz é de Bin Laden. "É a soberba e especial linguagemárabede BinLaden,queé muito difícil ser igualada".
Edital de citação e intimação - Prazo de 20 dias. Proc. 000.02.036678-7. O Dr. Adherbal dos Santos Acquati, Juiz de Direito da 38ª Vara Cível da Capital, na forma da lei. Faz Saber a Tempernova Indústria e Comércio Ltda. (CNPJ/MF 1.996.109/0001-93), na pessoa de seu representante legal, e Orlando Carlos Pereira (CPF/MF 530.621.32868) que Banco Safra S/A, ajuizou uma ação de Execução, para a cobrança de R$ 7.023,82 (fevereiro/02). Estando os executados em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para que em 24 horas, a fluir após o prazo do edital, paguem o débito atualizado, acrescido das cominações legais ou ofereçam bens àpenhora, sob pena de operar-se a conversão em penhora do Arresto efetuado sobre o veículo Jipe LR Defender 110 SW5L, ano/mod. 2000, branco, placa DOP 9449; 04 rodas e 04 pneus especiais Goodrich; Snorkel Safari Australiano; 02 estribos laterais; 01 quebra mato com suporte de guincho; 02 protetores superiores de pára-lamas em aço preto; 01 jogo de faróis Chenon; 01 jogo de bancos de couro; 01 jogo de turbo Garret com cabeçote especial e coletores; 01 protetor traseiro de lanterna; 01 escada de acesso ao teto e 01 conjunto de vidros Rayban, passando a fluir imediatamente, independente de qualquer outra intimação, o prazo de 10 dias para o oferecimento de Embargos, e na ausência dos quais prosseguirá a ação até o final. Será o presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 09 de dezembro de 2003.
SINDICATO DOS CORRETORES DE MERCADORIAS DE SÃO PAULO EDITAL DE CONVOCAÇÃO O Presidente da entidade supra, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto, convoca os associados para a Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 13 de janeiro de 2004, às 14:30 horas, na sede do Sindicato, a fim de deliberar sobre: 1) Ratificação dos atos da Diretoria praticados a partir de 04 de abril de 2002; 2) Efetivação do realinhamento dos mandatos das entidades componentes do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio, conforme Resolução CNC nº 361/ 03; 3) Alteração do Estatuto e Regulamento Eleitoral. Não havendo, na hora acima indicada, número legal de presentes para a instalação dos trabalhos em primeira convocação, a Assembléia será realizada duas horas após, em segunda convocação, com o quorum estatutário. São Paulo, 05 de janeiro de 2004. Roberto Eduardo Lefèvre -Presidente
A mensagem original tem 47 minutos,mas arededivulgou apenas 14 minutos. Nos trechos, oorador exortaosmuçulmanos a"libertaremo mundoislâmicoda ocupação militar dos cruzados".
Crítica aos árabes– Ele diz que ospaíses doGolfo Pérsico se curvaram às pressões dos EUA"pensando que istonão iriaabrir asportaspara aderrubada dos regimes ditatoriais pela força militarexterna, especialmente depois que viram a captura de seu antigo camarada de traição, ummercenário da América", numa referência a Saddam Hussein.
OsecretáriodoExterior britânico, Jack Straw, disse ontem em Londres que "não existe dúvida de que a Al-Qaeda e suas redes ainda estão atuando. E pelo que sabemos, Osama bin Laden ainda está vivo". (AE/AP)
Anarquistas – Um grupo italiano autodenominado Federação Anarquista Informal ameaçou fazer uma campanha contra a "nova ordem européia'',poucos diasantesde a carta-bomba chegar ao gabinete deProdi, em27 dedezembro.
Harleydissequea bomba queexplodiu nogabinetede Poettering "parecia muito com a que foi enviada para a casa de Prodi''. O procurador-chefe de Bolonha disse que não ficou surpreso com os incidentes. "Ontem mesmo eudisse que a única coisa que estava faltando era [uma bomba] contra o PoderLegislativo. Estávamosesperando'', afirmouEnricodi Nicola a uma rádio local. Oporta-voz da Comissão Européia, ReijoKemppinen, dissequea segurançanasinstituições do grupo é suficiente. MasPoettering, ementrevista aojornal alemão Bild, pediu providências. "Atéagora, sóo correio de Prodi era verificado. Agora está bemclaro que toda acorrespondência paraosdeputados da UE precisa ser checada". (Reuters)
Jato Fokker faz um pouso de emergência na Alemanha
Um jato austríaco com 32 pessoasa bordofez umpouso de emergência em umaárea próxima ao aeroporto internacional de Munique durante uma tempestade de neve. O vôo 111 do Fokker-70, proveniente de Viena, Áustria, acabou aterrissandoem um campo rural encoberto por neve a cerca de 4,5 quilômetros da cabeceira dapista, disse o porta-voz do aeroporto de Munique, Robert Wilhelm. Durante a aterrissagem a engrenagemdianteira se partiu, mas o resto doavião ficou intacto. Equipes de resgateajudaramos passageirosequatro tripulantes a saírem do avião. Segundo a polícia de Erding, oito pessoas foram tratadas em umhospital, a maioria por choque e arranhões. (AE/AP)
Missão
Seguir a água – essa é a principal regra para os cientistas que estão procurando sinais de vida em Marte e em outros lugares do SistemaSolar. Por isso, especialistas da Nasa dizem que todoo seu plano para o atualestágio daexploraçãode Marte, através deduas sondas robóticas, a Spirit e a Opportunity,paradois pontosdoplaneta vermelho ondehá mais chances de que exista água. ASpiritpousou no sábado emplenacratera Gusev, formada pelo impactode um asteróide ou de um cometa nos primórdiosda história marciana. Um vale longo e profundo, aparentemente escavado por uma antiga corredeira, desemboca na cratera de Gusev, o que é um sinal de que o lago era alimentado por um rio.
Outra sonda– Dentro de trêssemanas, aOpportunity deve pousarno chamadoMeridiani Planum, um planalto pertodo equadorde Marte, onde a sonda orbital Mars Global Surveyor, também da Nasa,
Art. 591”. Assim, pelo presente edital, ficam Notificadas todas as firmas ou empresas, cuja atividade econômica seja representada pelo Sindicon - Sindicato das Empresas
concederão registro ou licenças para funcionamento ou renovação das atividades dos estabelecimentos de empregadores, nem alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas da Contribuição Sindical. Do mesmo modo, é considerado como documento essencial ao comparecimento às concorrências públicas ou administrativas, para o fornecimento às repartições paraestatais ou autárquicas, a prova da aludida quitação da contribuição. São Paulo, 05 de janeiro de 2004. ALDO DE ÁVILA JÚNIOR –Presidente (6, 7, 8/01/2004)
jádetectou abundânciadehematitacinzenta, um mineral que naTerranormalmentese associa à água em estado líquido. "Acreditamosque ocaminho para encontrar vida é seguira água'',disse FirouzNaderi,gerente do programa de exploração de Marte na Nasa. Vida simples – Os cientistas acham improvável que Marte, com seu ambiente mais hostil, tenha tidoformade vidas avançadas como asterráqueas.Mas hárazõespara acreditar que oplaneta játenhatido organismossimples, microscópicos, quando Marte era mais quente e úmido. As duas sondas foram projetadas para percorrera superfície durante cerca de três meses, examinandorochase solona tentativade desvendaromistério da vida por ali. Além daTerra, queéo vizinho mais próximo de Marte, o único outro lugar do sistema solarondese acredita que existe água é Europa, uma lua de Júpiter, segundo Naderi. (Reuters)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de
horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).
O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica.
As Licitantes deverão efetuar avisita técnica no período de 12/01/ a 22/01/2004, nos termos previstos no subitem 4.3.4 das Condições Específicas do Edital.
Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 16:30 horas do dia 23/01/2004, conforme valor indicado acima.
Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer,
Quero aproveitaresteprimeiroDCarrode 2004,arealização do Detroit Auto Show, que acontece sob intensas nevascas no estado de Michigan, onde fica a "Capital Mundial do A utomóvel",para falar um pouco dos pecados que andam cometendo contra a minha pessoa, ou melhor, contra este objeto mundial de consumoque sou eu, o Carro É verdade, todos me querem, não podem viver sem mim, mas ao mesmo tempo,passam seu tempo a me criticar.
Reclamam que eu poluo o ar, mas poucofazem, efetivamente, para me ajudar nesta luta em favor do ar puro, da preservação da natureza. Estou de "escape cheio"- como me sugeriu dizer o jornalista Eduardo Pin-
cigher, da Editora Sigla - de ouvir que sou o responsável por estecrime.Mas porquenãolevarama sérioo Programado Álcool? Por que, até gora, o petróleo continua sendo a principal matéria-prima dos combustíveis que movema mimeaosmeus primos/irmãos, como picapes e caminhões?
Alémdisso, muitos dos que falam mal de mim nãose importam nem umpouco coma minha saúde.Muitos de nós nem nos lembramosmais da última vez que passamos pelas mãos de profissionais de verdade, daqueles que poderiam evitar muitos problemas para a nossa saúde. Tal e qual muita gente faz indo ao médico perio-
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Estado de S. Paulo
dicamente, para ver como anda a sua máquina. Pois é, minha máquina precisa de manutenção permanente.E aí não vai causar surpresasnuma viagem defériasou duranteumferiado, por exemplo. Também preciso que as autoridades tomemlogo uma atitude verdadeira, firme, implacável, contra os que adulteram a gasolina. Ninguém gostade tomar algo que não seja verdadeiro. Mas, até agora, as açõescontra estesfraudadores têm sido absolutamente insatisfatórias. E quem sofre? O meu motor, é claro! Outraque sofre é aminha suspensão. Caramba, quanto buraco, quanta valeta, quanto quebra mola.
Prefeitos e prefeitas, porfavor, cuidem dos seus buracos. Mas, sofrimento maior é para aqueles que teimamem não usaro cinto desegurança. Eu ofereço cintos super competentes. Mas as pessoas acham que é bobagem. Depoischoram seus feridos e, pior,em alguns casos seus mortos.
Porfim gostariadesugerir que adotassema locação mercantil,sistema em discussão aqui na casa. É algo que vai permitir que um número maior de pessoas me comprem todos os anos. Sei que a indústria no Brasiljádeveria estarvendendo3 milhões de veículos/ano.Não chegounemà metade. Porfavor, me tratemmelhor em 2004. Assim não está dando. O Carro, veículo fabricado no Brasil
Pelo terceiro ano consecutivo, a Fiat Automóveis conseguiu semanter na liderança domercado brasileiro, com a vendade 341.025 automóveis e comerciaisleves, equivalente auma participação de 25,3% no segmento.
A disputa em 2003 foi bastante acirrada e, no final, a Fiat consolidou aposição deprimeira colocada com uma vantagem de apenas 7.563 veículos à frente da General Motors, vice-líder.
Asvendas deveículosenfrentaram forte retração no primeiro semestre do anopassado e vieram a serrecuperar de forma mais efetiva somente no último quadrimestre,após reduçãodo ImpostoSobre ProtudoIndustrializado (IPI)dos carros.No balanço total doano, foram comercializadas 1.348.807 unidades, o que representou queda de 3,6% em relação a 2002.
Mudança de comando - A Fiat anuncia a sua liderança em 2003 juntamente com a notícia sobre a mudança no comando das suas operações no Brasil e na América Latina a partirdo próximo mês.
O atual superintendente, Alberto Ghiglieno, acaba de ser nomeado vice-presidente daFiat Auto,na Itália, e será substituído pelo brasileiro Cledorvino Belini,
atual presidente da Magneti Marelli Cofap,empresa domesmo grupo.
A trocade direçãoda Fiatno Brasil neste iníciode ano coincide com amudança nas presidências das suas principais concorrentes no mercado brasileiro, a Volkswagen ea General Motors, que desteo dia primeiro têm novos presidentes (HansChristianMaergnere Ray Young, respectivamente).
Comerciais leves - A Ford encerrou 2003como líderno segmento decomerciais leves, com um total de 41.482 unidades no ano. O resultado representou recorde histórico para a marca, puxadosobretudo pelasvendas do EcoSport(27.215 unidades). No total, a Ford teve 164.521 veículos emplacados no ano, volume que representou um crescimentode 16%em relação a 2002.
A participação da
Alberto Ghiglieno (à esq.) assumirá a vice-presidência da Fiat Auto e será substituído por Cledorvino Belini
marca no mercado cresceu 1,9 ponto porcentual, atingindo 11,5% em 2003.O bom desempenho obtido pela Ford em dezembrocontribuiu paraconsolidar o resultadodo ano. A empresavendeu 19.089veículos no mês passado, 23,7% a mais do que em novembro. No segmento de carros, comercializou 12.173 unidades,obtendo umaparticipação de 8,7%. Os destaques foram o Ka, cujas vendas tiveram altade 60%emrelação anovembro,totalizando 2.591unidades, e o Novo Fiesta, que cresceu 36%(7.323 unidades),encerrando o anoentre os seis veículos maisvendidos domercado brasileiro.
Sim, o Brasil poderá produzir, em Camaçari, na Bahia, Bronco/conceito sobre base do EcoSport da Ford
OEcoSport, veículo brasileiro produzidoem Camaçari (BA),sob uma temperatura média de 35°, vaiter suaplataforma usadacomo baseparafabricar o Bronco, "concept car" exibido na abertura do Salão de Detroit, onde atemperatura podechegara 20°negativos.De acordo com a agência Reuters, o Bronco poderá ser produzidona fábrica baiana, como um modelodebaixo custoaser exportado parao mercado norte-americano. Apesar dosplanos, homens da montadora afirmaram, nosalão,que nãohácronograma para eventual produçãodo BronconoBrasil. Aqui também, ninguém falou sobre o assunto.
O North AmericaInternationalAuto Show(Naias)2004, famoso Salão de Detroit, serve paraaFord averiguarareceptividade dosconsumidores ao novo modelo. A montadora prepara respostaàs importaçõesda General Motors dos coreanos no segmento, como o Aveo. Lançadono anopassadono Brasil,o EcoSportéexportado para México eArgentina, e é
sucesso devendas nomercado interno, tendo garantido à Ford a liderança nosegmento decomerciais levesem 2003.Com visual muito agressivo, o Bronco se distingue doseu parente brasileiro também por possuir duas portas, ao invés de quatro. OSalão deDetroit 2004,que abre suas portaspara o público no próximo sábadoe se estende até o dia 19, está recheado de
novidades. São dezenas de novos modelos, entre lançamentos e concept cars, apresentados por todas as marcas de automóveis do mundo. Uma das atrações é o nova versão do Vision Grand Sports Tourer, da MercedesBens. O modelo,que surgiu como automóvel-conceito em 2002, servirá debase para uma versão definitiva a ser produzida em 2005, nos Estados Unidos.
Os organizadores doSalão de Detroitcalculam recebercerca de ummilhão de pessoase movimentar aproximadamente US$ 553 milhões. O evento recebe executivos da indústria automotiva dos cinco continentes, que aproveitam a oportunidade para conhecer detalhes sobre os novos projetosdas concorrentes.Para avaliar a importância deste salão, vale lembrarque, muitasvezes, os estrangeiros enfrentam horas e horas nassuas conexões para Detroit, nosaeroportosdos EUA, que ficam fechados pelas nevascas que atingem o país nesta época do ano.
Mas vale a festa e o que se vê no Cobo. Sãoshows mostrandoas
novidades oucuriosidades, como o robôda Honda, recepcionado pelo presidente mundial da marca, Takeo Fukui. As festas e recepções se multiplicam, dentro e fora do pavilhão de exposições. O frio é garantido, mas a neve, nemsempre uma constante, representauma atração extra,especialmente paravisitantes de paísesonde o fenômeno inexiste.
Outra atraçãodaCapital Mundial do Automóvel é sua vida noturna. Para quem tem coragem de enfrentar temperaturas abaixo deZero, a cidade oferece clubes noturno com ótima música, especialmente blues. Nas próximas páginas, Detroit.
Projeto busca a reaproximação com a família e também a reinserção na sociedade através de cursos profissionalizantes
O ProjetoMoradores de Rua iniciao ano de2004 procurando novasparcerias para ampliar suas atividades e continuar assistindo homens adultosquenão têmlaredesejam se reinserir no mercado de trabalho.O trabalhorecebeu, no final do ano passado, o Prêmio Lif - Liberdade, Igualdade e Fraternidade, concedido pela Câmara de Comércio França-Brasil. Para a diretora do projeto, Nádia Borovik, a premiação é muito importanteporquedivulga asaçõesdo grupo e demonstra que seu trabalho é sério.
Segundo Nádia Borovik, o projeto existe desde 1997, sob o nome oficialde Centrode Assistênciaaos Moradoresde Rua (Camor). Atualmente, a entidade atende diversos tipos de assistidos. São homens que, emsua maioria,tiveramproblemas familiarese abandonaram as suas casas. Nádia informa que, entre os que procurama ajuda doprojeto,há muitos engenheiros, militares e até jornalistas. De acordo com o balanço da entidade, aindanãoforam
contabilizados os números referentes ao ano passado, mas elesdevem superaros 1,56mil acolhidos em 2002. Na avaliação de Nádia Borovik,a viabilidadedoprojetoé conseqüênciadas açõesdaentidade e deseus colaboradores parareinserir osassistidosem sua comunidade. Estetrabalho começacoma tentativa de reaproximá-los de suas famílias e, ao mesmo tempo, fazer com que participem das oficinas profissionalizantes como as de recepção, portaria, vigilância,limpeza, lavanderia, cozinha, padariae confeitaria, telemarketing, serralheria, construção civil, pinturade automóveis ereciclagem de plástico, papel e vidro, entre outras.
Exemplos– Comtoda esta
estrutura, a entidadeestá conseguindo, além de reabilitar, capacitar os moradores de rua assistidos diariamente. Inicialmente, a equipe que atende estaspessoasfazuma avaliação física e psicológica e os encaminha para as oficinas que podem desenvolverassuaspotencialidades eaproveitar seus conhecimentos.
Um dos exemplos dereadaptaçãoé odeDjalmade Carvalho Filho. Depois de um longoperíodo de abandono, vivendonasruas, eleprocurou o projeto, passouportodosos tratamentosdereabilitação efreqüentou oscursos oferecidos.
Atualmente, ele é gerente de umalojade produtosdejardinagem, paisagismo e decoraçãomantida poruma dasuni-
dadesda instituição,a domunicípio de Guaratinguetá. Trajetória semelhante éa de AdvaldoRodrigues. Ele também passoupor umlongo período de dependência química e, apóscinco anosde ajudado projeto, casou-se epassou a administrar com a esposa uma micro empresa especializada em embalagens para presentes. Hoje, eleé umdos voluntários que trabalha no Projeto Moradores de Rua. Nocasode GiovanidaSilva Miranda, o envolvimento com oálcoolprovocouo afastamento da família. Com a ajuda do projeto, ele voltoua ter sua própria empresa. Planos – Paracontinuar a ajudar pessoas com este perfil, a entidade planeja, neste ano, dar mais ênfase à escola de
construção civil e, para este e outros projetos, está procurando novas parcerias. "Queremos trazer para a entidade empresários e voluntários", diz Nádia Borovik. Segundoela, aentidadefoicadastrada noCentro deVoluntariado do Estado de São Paulo noinício do ano, o quedeve trazer mais interessadosem
colaborar nos projetos. Alémdisso, elapretendereformular e ampliar o site que a entidade possui na internet (ww w.mo rador esder ua.c om. br) para dar mais visibilidade às suas ações assistenciais. Outra iniciativa é a distribuição de alimentos nãosópara os seus assistidos mas também para as comunidades carentes localizadas próximas à Ponte Aricanduva, na capitalpaulista, junto à sede da entidade. Para atingir este objetivo e atendermais pessoascarentes, existe umplano para ampliara cozinhaindustrial construída recentemente na sede da entidade. Paula
Trêsprogramas daAssociação Brasileira Multiprofissionalde ProteçãoàInfância eà Adolescência (Abrapia), o SistemaNacionalde Combateà Exploração Sexual Infanto-Juvenil, o Bullyng (de prevenção à discriminação e àviolência escolar)e oSentinela(diagnósticodecasos deviolênciasexual contra crianças)pararampor falta de verbas federais em 2003, cerca de R$ 90 mil por mês. Dostrês,só oprimeiroteve substituto,mas funcionando só em horário comercial, de segunda a sexta-feira.Os outros estão suspensos por enquanto. O coordenador da Abrapia, o pediatra LauroMonteiroFilho, atribui as interrupções à mudança de governo. O secretário-adjunto deDireitosHumanos, Mário MamedeFilho,explica queoprograma foi assumido pelo poder público. "O convênio recebia aditivos desde 1999, o que é ilegal. Não fizemos outro convênioporque ogovernoentende
que receber e resolver denúncias é tarefa sua", justifica, reconhecendoque onúmerocaiu. Foram 4.420 entre 15 de maio e 19 de dezembro de 2003.
O Sentinela encerrou as atividades no Rio na última semana de 2003. Ia completar três anos em fevereiro e recebia R$ 45 mil (70% dogovernofederaleo resto, da prefeitura)para manter duas casas de atendimento.
O MinistériodeAssistência Social nega ter encerrado o convênio e explica que, para 2004,foram destinados R$27 milhões ao Sentinela. "Só que a prefeitura do Rio até agora, não enviou os documentosnecessários àrenovaçãodoconvênio",explicoua secretário nacional de Política de Assistência Social, Nelma de Azeredo.
Já o Bullyng, que tinha patrocínio daPetrobras, foipreterido emfunçãodo FomeZero, conformefax enviadoà Abrapiapelo gerentedeComunicação Nacional daEmpresa, Luiz Fernando Nery. (AE)
Até quatro edições anteriores, o carro conceito demorava dois, três anos para chegar ao mercado. Hoje, a ...
Ocarro conceito funciona como laboratório para a indústria automobilística e Detroité um termômetro importante paramedir ointeresse do consumidor. A maioria da montadoras, tanto as americanas como aseuropéias e as asiáticas, aproveitam o evento para mostrar oque de mais criativo estáem desenvolvimento nosseus departamentosde Design e Engenharia.
Entretanto, com o tempo cada vez mais rápidoentre a apresentação de um veículo conceito e o iníciodesua produçãoem série, o "conceptcar" passou, na verdade, a ser o pré-lançamento de cada modelo.
A Subaru mostra o B9SC, que compete na mesma faixa do Pontias Solstice, com a diferença que usa motor híbrido (gás/eletri-
cidade). O desenho inusitado do Volkswagen ConceptT tendea roubar a cena entre os adeptos do off-road pesado, mas que não abrem mão deconforto de um cupê de luxo. Equipado com motor V6 de 241 cv de potência, acelera de 0-100km/h em 6,9 segundos, atingindo 230 km/h.
Parareforçar aimagemde vanguarda, as portas do Concept T se abrem para cima, facilitando oacessoea saídadoveículo.O interior é marcado pela praticidade e ergonomia.
A Honda mostrao superesportivo concept Kiwami, que poderá vir parasubstituir o NSX, considerado a Ferrari japonesa, e o IMAS, conceitoque pode definir as linhasdos futuros esportivos da marca. O Kiwami tem linhas mais retas, com grande área envidraçada.
SURPRESA!
Kia, para nós, brasileiros, é sinônimo de BESTA. É o nosso primeiro equívoco. A van não é BESTA, mas sim Best A, uma van produzida na Coréia e queinundou ruas e avenidas das maiores - e até das menores - cidades do Brasil, transp o r t an t o , ora legale ora ilegalmente,milhões de brasileiros/ano Além disso,desconhecemos asqualidades dodesenho da coreana Kia, que
surgeno SalãodoAutomóveldeDetroit comoroadster superesportivo KCV III Concept. Com capacidade para quatro pessoas, o carro atrai pelo desenho marca nt e, além das rodas de 20 polegadas. Naseção dianteira, osfaróis triangulares acompanhamo vincodo"V" do capô. O motor, por enquanto, é segredo. Pense no KCV III quando olhar a Besta.
Prejudicados pelosrevezes econômicos dos anos de 2002 e 2003, alguns lojistas paulistanos estabelecidos em shopping centersestão decididosabuscar,neste ano,alternativaspara tentar manter seus negócios em funcionamento. A queixa é contra os custos de ocupação cada vez mais altos nos centros decompras.A situação étão grave que háredes que prevêem o fechamento de pontos de venda, caso não consigam equilibrar despesas e receita.
A principal responsável pelo aumento nesses custos de ocupação – que incluem aluguel, condomínio e o chamado fundo depromoção (para publicidadee despesas relativas àdivulgação doshopping) –é avariação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). Isso porque o indicador éestipulado nos contratosdelocação para a correção anual dos aluguéis mínimos pagos pelas lojas nos shoppings. De novembro de 2002 até setembro de 2003, os percentuais acumuladospara 12mesesdo IGP-Mvariaramentre 21%e 33%,impondo aos aluguéis reajustes dessa ordem.
lojasquecompõem aredeZêlo, 20 estão em shoppings. Aluguel mínimo – A t u a lmente, os contratos de locação de áreas emshoppings estipulamumvalor mínimodealuguel, de acordo com a área ocupada e o ramo de atuação da loja. É também previsto em contrato um valorpercentual sobre o faturamento mensal do ponto de venda, que varia dentro das mesmas condições. No caso do setor de cama, mesa e banho, por exemplo, esse percentual varia entre 4% e 7%. Ao fim do mês, o lojista pagará o que for maior: ou o aluguel mínimo estipulado em contratoou oaluguelpercen-
"Reajustes de aluguéis baseados
no IGP-M
ficaram entre 21% e 33% "
tual sobre seu faturamento.
O aluguel mínimo é um problemapara oslojistasporque, em épocas de baixa nas vendas, o valor pode representar uma fatiagrandedareceita ecomprometero pagamentodeoutras despesas. Comoa maioria das lojas de shopping enfrenta sazonalidade nas vendas, geralmente um mês de desempenho ruimpode sercompensado mais à frentee o equilíbrio acaba sendo encontrado. A receita devendasa prazotambém colabora. Mas,em2003, não foi isso que aconteceu.
Com a cobrança do 13º aluguel, Natal
O problema, explica o diretor darede de lojasdecama, mesa e banho Zêlo, Mauro Razuki, é quetanto 2002 quanto 2003 foramanosruinsparao comércio e os lojistas não conseguem arcar com um aumentotão grande nas despesas mensais."Aalta nasdespesas incluiaindataxas, impostose contribuições, que apresentaram altas variações no ano passado", complementa. Das 23
Empreendedores reclamam: dois anos seguidos de vendas ruins e reajustes de até 33% no aluguel das áreas em shoppings inviabilizam negócios tantes nas vendas e nem os mesesde vacasgordas, outubroe dezembro (pelo Dia das Criançase oNatal), foramsuficientes para compensar um ano inteiro de recessão. "A única forma de conseguirmos enfrentar a retração no consumo e um aumento médio dos custos entre 20% e 35% é revendo as regras de contrato e buscando umanegociação que leve em consideração a realidade econômica do comércio", avalia o diretor de uma das principais redes de brinquedos do País, a RiHappy, Ricardo Sayon. A rede tem70 lojas,sendo 63delas em shopping centers. Sayon explicaque, atualmente, o varejo opera com uma lucratividade média de 3% e queas constantes altas nas despesasafetaram o faturamentoglobal do varejo. "Nessascondições,operar nosshoppings é inviável. A RiHappyvai tentarnegociar coma administração desses centrosde compras custos de ocupação melhores e, se não conseguirmos, já consideramosa possibilidade de fechar 3 ou 4 lojas ao longo do ano", diz. O diretor administrativo da rede de roupas masculinas Camisaria Colombo,Nelson Kheirallah, é aindamais específico. Segundo ele, a Colombo também temdois mesesfortes nas vendas: agosto (pelo Dia dos Pais) e dezembro. No resto do ano, o aluguel mínimo pesa muito nas contas echega a representar até 40% do faturamento, um custo inviável de se manter no longo prazo. Heci Regina Candiani
Ponto é considerado estratégico para a expansão do negócio
Ter lojas em shopping é uma ação estratégicaparaaexpansãodos negócios para muitas redes varejistas,especialmente nosgrandes centros urbanos. Segurança, facilidade de acesso e estacionamento,concentraçãode váriosramos comerciais, lazere horárioampliado defuncionamento são alguns dospontosquetornam os shoppings atrativos. "Em cidades como São Paulo, os centros de compras se tornaram tão fortesque sufocaramocomércio de rua", diz o diretor da rede Colombo, Nelson Kheirallah. Atualmente,segundoa AssociaçãoBrasileirade Shoppings Centers (Abrasce),os shoppings operam comuma taxa média de vacância de 6%. Número quenão émaior porque o comércio se tornou dependente desses centros, dizem os lojistas. Além disso, garantem, há uma alta rotatividade na ocupação de áreas, coma substituição freqüentede lojas que não conseguem se manter. Para alguns empreendedores, isso acontece porque os shoppings são pontospara lojistas com forte capacidade de sobrevivência no mercado e há, assim,uma seleçãonatural dos comerciantes no ambiente.Hoje,há 254shoppingsno País,quereúnem quase40mil lojistas.Em 2002,o setorfaturou R$ 28 bilhões. (HRC)
Negociação – O setor de brinquedos, por exemplo, tem sofrido com as quedas cons-
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Se dezembro é um mês muito melhor para as vendas, também implica em custosextras para os lojistas de shopping. É que, além de condomínio e custos de promoção mais altos,noscontratosde locação noscentrosdecompras está prevista a cobrança de dois aluguéis mínimos em dezembro. O chamado 13º aluguel ébaseado na suposição– em termos gerais correta – de que em dezembro os lojistas vendem mais. As festas deNatal e Ano Novo e o aumento temporário do poder aquisitivo do consumidorcomo13ºsalário estimulam o consumo. Com o faturamento muito maior nesse mês, as lojas de brinquedos,roupas eeletroeletrônicos geralmente acabam
pagandoo aluguelpercentual, que supera o valor de dois aluguéis mínimos. Mas lojistas que nãoatingem um faturamento maiorsão penalizados com o aluguelem dobro. Para eles, o Natal acaba saindo mais caro do que lucrativo. Nelson Kheirallah,diretor da redeColombo, explicaque o 13º aluguel é uma despesa muito elevada, já que o mês de Natal não chega a representar uma alta de 50% nas vendas. "É certo que há um aumento no movimento,mas elenão étão alto e as lojas também têm neste mês outras despesas, como o 13ºsaláriodos funcionários", conta.Além disso,nem sempre o total vendido em dezembroentrano caixadolojista imediatamente. É ocaso da
própria Colombo,que oferece aos clientes apossibilidade de pagar suascompras ematé 12 vezes semjuros. Arede possui 55lojas emtodoo País,sendo 50 delas em shoppings. Caso os custos de ocupação dessas lojas se tornem inviáveis, haverá uma reestruturação darede. Uma dos pontos de venda será fechadocomcertezae os demaisserão reavaliados."Sefor necessário,vamos fecharaté seis lojas, nos shoppings em que a rede tem duas unidades", explica. Ele também afirma que em Campinas, onde a rede tem planosde abriruma nova loja,será dadaprioridadeao comércio de rua. (HRC) Veja na edição de amanhã alternativaspara as negociações dos contratos com os shoppings.
coisa mudou totalmente. Tem modelo apresentado em janeiro que é colocado à venda antes do final do ano
Alémdo Solstice,que vaidisputar o consumidorcom o conversível da Lincoln, a Pontiac está apresentando no Salão de Detroit dois carros conceitos,o Saturn Curve eo Chevrolet Nomad. O Curveé um superesportivo de luxo, com capacidade para quatro passageiros. A grande área envidraçada e as rodas de 20 polegadas dão um charme especial ao carro.O interior recebeu detalhes em madeira e alumínio, conferindo sofisticação e conforto. O Saturn tem um
motor de 4 cilindros, 2.2 litros, e câmbio manual de 5 marchas. Jáo ChevroletNomad éuma misturade utilitárioesportivo, perua e sedã, mas não é um crossover. Ou seja: pequeno por fora, grande por dentro. Sua carroceria foidesenhada naInglaterra, com apoioitaliano de Pininfarina. Tem apenas duas portas ecarrega quatropassageiros.
Mas engana-se quem pensa que o Nomad não é valente. O motor é um 2.2 litros,4 cilindros, turboalimentado, que gera 250 cv de
potência. Adisputa prometeser intensa com o Mazda Kusabi Concept, quejá foramostrado no Salão de Frankfurt, em 2003. Paraapimentar omolho,a Mitsubishi revelou as novas curvas da carroceria do que pode vir aser onovoEclipse, como Concept-E. Osengenheiros japonesespreocuparam-se emdar um aspectomenos agressivoe mais funcional ao carro. Vista de lado, a carroceriamostra o desenho de uma cunha, o que, em tese, eliminaos ruídosprovenientes da ação do vento.
A Ford expõe o Shelby Cobra, um esportivo com motor de 605 cv. O carro tem obtido boa aceitação em Detroit.
ADodge mostrao SlingShot, um roadster com proposta de aliar aventuracom confortoe desempenho comeconomia. A carroceria temlinhas arredondadas,formando umconjunto harmonioso. Na dianteira o destaque fica para as entradas de ar, enquanto na traseirao que sobressaisão astrêssaídas doescapamento. Não será surpresa se o SlingShot vier parao Naias
2006 como veículo em produção, como aconteceucom oPontiac Solstice este ano.
Acarroceria doSolstice épequena para os padrões norteamericano,com apeloesportivo aos moldesdo EstúdioPininfarina, o quelhe conferiu forma
SURPRESA! II
atlética,flexível -jáque éum conversível - ecom grande disposição para aventuras. O motor, 2.4 litros, 4 cilindros, 170 cv depotência. O pequeno Solstice chegaao mercadopara disputar o consumidor com o conversível da Lincoln.
Timidamente, mas com competência, oschineses surpreendem aomostrar o que sabem de automóvel paro o mundo. Os de se nhi st as asiáticos venceramo Michelin Challenge Design 2004com a minivan conceito de sete lugares. Batizada Kunpeng, ela está exposta no estande da fabricantede pneusno
Salão deDetroit. Ocarro chinês foi criado pela Pan Asia TechnicalCenter Company, a jointventure da General Motors em Shangai. Para sagrar-se campeão, o veículo passoupor testes, aprovado e reconhecido pelo desenho e inovações técnicas propostas. O dragão finalmente está acordando!
Valor se refere ao saldo médio dos investimentos feitos na bolsa paulista em 2003. Volume financeiro cresceu 47% no ano passado, comparado a 2002.
A entrada de capital externo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) bateu recorde em 2003. O saldo médio dos investimentos estrangeiros, que nada mais é do que o resultado entre as compras de ações e as vendas, fechou o ano em R$ 7,5 bilhões, positivos.
Apenas no mês de dezembro o saldo acumulado registrado foi de R$ 1,281 bilhão. As compras no último mês do ano de 2003 totalizaram R$ 6,432 bilhões, enquanto asvendas somaramR$5,150 bilhões. No ano, osinvestidores estrangeiros compraram açõesnum total de R$ 52,84 bilhões e venderam papéis num totalde R$ 45,35 bilhões.
A Bovespa apresentou um volume financeiro de R$ 204,5 bilhões em 2003.O que representou uma alta de 47,2%em relaçãoaogiro financeiroregistrado no ano anterior, que
foide R$138,9bilhões. Amédia diáriadeoperaçõesem 2003foide R$818,3milhõese 39.597 negócios. Acima da média de2002 de R$558,1milhões e 28.173 negócios. Dovolume financeirodo ano passado, o pregão viva-voz respondeu por 13,3% e o sistemaeletrônico, quecontabiliza as operações realizadas no MegaBolsa e no Bovespa Fix, gerou 86,7% do resultado. O Ibovespa, índice da bolsa formado pelos 54 papéis com maior liquidez – maior facilidade decompra ede venda– , subiu 97,3%em 2003,fechando o ano em 22.236 pontos. Já o índice IBrX-50, compostopelas50 ações maisnegociadas na Bolsa, ponderadas pelo valor demercado da empresa, ganhou 76,1%, encerrandoa2.757 pontos.Ainda em 2003, o Índice de Governança Corpo(IGC) subiu
79,8%, para1.845 pontos, o Itel avançou 66,7%, a 887 pontos, oIEE registrou altade 107,2%, a6.579pontos, o IBrX-100ganhou 78,4%, a 6.004 pontos, e o IVBX, 97,3%, fechando em 2.295 pontos. Homebroler – A fatia de participação do homebroker –compra e venda de ações via internet – no resultado total da Bovespaem 2003foi de 10,01% em relação à quantidade de negócios e de 2,58% no que se refere ao giro. O valor médio das operações subiu de R$ 3.655, em 2002, para R$ 5.321, no ano passado. Na mesma base de comparação, o total de negócios realizados pelas 43 corretoras que oferecemo serviçopassou de 1.145.812 para 1.982.915. As aplicações feitas pelos investidores institucionais lideraram a movimentação anual da Bovespa em 2003, com par-
Acaderneta depoupança não figurou, em 2003, como umdos piores investimentos,comum ganhoduasvezesmenordo queasdemais aplicações financeiras. Perdeu, ainda, emtermos de captação.No anopassado,a captação líquida da caderneta–depósitosmenos ossaquesefetuados –fecharamo anocom R$ 9,9bilhões.O piorresultadodos últimos seteanos,segundo oBanco Central (BC). Apesar do péssimoresultado da aplicação,os números negativoseramesperados uma vez que, à exceção do mês denovembro, quan-
do acaptação chegoua R$ 983 milhões, em todos os demaisovolumede dinheiro sacado ficou acimado depositado, deixando acaptação líquida no vermelho. Mas foi em dezembro que a captação negativa aumentou: R$ 2,81 bilhões, contra a média de menos R$ 1 bilhão dos demais meses de 2003. Uma explicação parao resultadoruimda poupança estaria nagorda rentabilidade proporcionada por outras aplicações do mercado, comoosfundosdeações, por exemplo, além dos fundos de rendafixa e fundosDI.enquanto a poupança encerrou
o ano passado com um ganho de 11,10%, os fundos de ações tiveram uma rentabilidade de76,31%, osderenda fixa, de 23,95% e os DI, de 23,17%, segundo levantamento daThomson Financial (ver matéria abaixo). Mesmo com R$ 9,9 bilhões a menos, osaldo totalda poupança cresceucomparado a 2002. Passou de R$ 139,6 bilhõespara R$143,4bilhões. Em dezembro, os depósitos somaram R$ 60,5 bilhões e as retiradas, R$57,7 bilhões. Ototalde rendimentoscreditados chegou a R$ 904 milhões. Roseli Lopes
Os investidores dos fundos de privatização da Cia. Vale do RioDocee daPetrobras ganharam 68,5% e67,9%, respectivamente,em 2003.à exceção dos fundos de ações, que renderam76,3% noano passado,os fundosdeinvestimento da Vale e Petrobras tiveram o melhor resultado, no acumuladodo ano,dentreosdemaisfundos, de acordocom levantamento feito pela Thomson Financial Brasil. Obom resultadotambém pode ser verificado no mês de dezembro. Arentabilidade das ações de privatização da Vale, segundo o balanço, por grupos, dos fundos disponíveisnomercado, foi de 31,29%, a maior do mês.
Quem aplicounos fundos de privatizaçãoda Petrobras conseguiu a segunda melhor rentabilidade do mês de dezembro, de 17,69%.
CLASSIFICADOS
Para Paulo Gomes, analista demercado daGlobal Invest, não houvesurpresa em relação aos resultados da Vale e da Petrobras. O que aconteceufoiuma superaçãode expectativas. Nocaso daVale, aprocurada China por aço (a Vale é uma das maiores produtorasmundiais deminério de ferro, insumo importantenaprodução do aço) fortaleceu os papéis da companhia.
"A Petrobras, além de ser uma empresa muito bem administrada, a exemplo da Cia Vale tema seu favora capacidade de produzir o barril depetróleo aUS$ 10,contra os US$ 30 do mercado internacional. Oque atorna extremamente competitiva, com ótimos resultados", diz. Já a grande perda do ano foi dos cambiais, com um resultado negativo de 1,19%.
Alexandre Gois
ticipação de 29,4%, ante 17,64%de2002. Aspessoasfísicasasseguraram avice-liderança, ao elevar a participação de 20,76% em 2002 para 24,4% no ano passado. Estrangeiros– Na seqüência, e em igual período de comparação, ficaram os investidores estrangeiros, que passaram de 26,01% para 24,1%.Já as instituições financeiras reduziram sua participação na movimentação mensal de 32,08% para18%. Asempresaspassaram de 3,34% para 3,70% e outros ficaram com 0,40%, diante de 0,17%, em 2003. O mercado à vistarespondeu por 88,93% do volume total realizado noano, seguido pelo deopções,com7,92%,e pelo mercadoatermo,com 3,15%. Oaftermarket negociou R$ 403,8milhões com 59.513 negóciosnoperíodo, também acima de 2002. (AE)
Governo não prorroga crédito para compra
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O governo decidiu não prorrogar oprograma definanciamento paraa compra deeletrodomésticos com recursos doFundo deAmparo aoTrabalhador (FAT) por acreditar que ele cumpriu seu papel. Como estava previsto desde o lançamento do programa,em setembro do ano passado, no dia 31de dezembrovenceu oprazo de validade do programa. Segundo o ministroda Fazenda, Antônio Palocci, a linha de financiamentode R$200 milhões"teve umefeitoindutor,semusar odinheiro.O projeto foi lançado e as lojas de departamento mostraram projetos melhores", disse o ministro no mês passado. "Ogoverno mostrouaossetores de consumo popular que íamos entrar ebaixar o spread Começamos oferecendo juros de2%, paraodesconto emfolha.Osetor correunafrentee
fezmelhordo queogoverno. Conseguimos o que queríamos, sem gastar o dinheiro." O movimento de redução das taxas de juros cobradas no mercado a partir do lançamentodessalinha fez comqueas vendas do setor aumentassem entre 20% e 25%, segundo avaliação doBanco doBrasil. Palocciadvertiuque, se astaxas voltarem a subir, ogoverno poderá retornar com a linha. "Essaé uma medidasaudável em que a economia é induzidaatrabalhar deformadiferente, semdizer quenão pode cobrartal preço",disse. Naúltima segunda-feira, o ministro doTrabalho, JaquesWagner, disse queo programa "cumpriu seu papel". Os financiamentos sãodestinados à compra de quatro produtos específicos:geladeira, fogão, máquinas de lavar e por último televisão.
OpresidentedoBanco do Brasil, Cassio Casseb, defendeu,em dezembro, a prorrogação da linha. Dos R$ 100 milhões oferecidos pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao Banco do Brasil, apenasR$ 5milhões foram emprestados em um total de 7.140 contratos. Na Caixa Econômica Federal, foram feitos 5 mil contratos que juntos somam R$ 4 milhões em crédito. A criação dessa linha gerou uma brigacom osbancos privados já que só o Banco do Brasil e a Caixa tiveram acesso aos recursos por causa de restriçõeslegais. Comoaconcessão do financiamento está atrelada à abertura de uma conta na instituição, cada operação de crédito significa um cliente a mais para o banco. A Febraban tentou, em vão, fazer com que outras instituições também trabalhassem com o crédito.
OConselho deAdministraçãoda BolsadeValores deSão Paulo (Bovespa) reelegeu ontem comoseu presidenteRaymundoMaglianoFilho. Maglianotemsido umdosmaiores defensoresdapopularização do mercado de capitais e por quase toda sua primeira gestãoesteve àfrente dacampanhaBovespa Vai AtéVocê, quefez comque maisinvestidores pessoa físicaentrassem para o mercado de capitais. EduardoBrenner continua na vice-presidência. O evento tambémmarcoua possedos novosconselheiros para2004, eleitos em3 dedezembro passado. Os membros efetivos das corretoras associadas são Afonso ArnoArnhold, Alvaro
AugustoVidigal, AníbalCésar Jesusdos Santos, Fernando Ferreirada SilvaTelles,Jorge Salgado e Sérgio Machado Dória. Morvan Figueiredo Paula e Silva érepresentante dascom-
panhias abertas, Carlos Duarte Caldas dosinvestidoresinstitucionais, Humberto Casagrande Neto das pessoas físicas e Gilberto Mifano é o superintendente-geral.
Euro bate recorde frente ao dólar
O euro e a libra esterlina passaram ontem estabelecendo novas máximasdiantedodólar, enquanto o Banco do Japão manteve sua batalha para limitar a valorização do iene. Mesmo a divulgação de umdado revelandorecuo daatividade do setor de serviços na zona do euro nãofezmudaradireção de alta da moeda comum européia.O picoda manhãontem foi atingido com o euro cotado a US$ 1,2786, nova máxima histórica da moeda. Ontem, o Instituto Ifo,um dos maisprestigiadoscentros de pesquisas da Alemanha, alertouparaofatodeque as companhiasconsideram uma
cotação de US$ 1,30 para o euro problemática para os lucros dasempresase prognósticos de que a economia local cresceria 2% nesse ano. Além de deixar as empresas exportadoras européias "nervosas", a escalada do euro pode ampliar os debates sobre a reunião do BancoCentral Europeu,na próxima quinta-feira. "Há uma leve possibilidade de o BCE fazer alertas sobre o euro, o que poderia persuadir algunsinvestidores arealizarem lucros na moeda", comentou o estrategista de moeda do Bank of New York, Simon Derrick. Mas a possibilidade é remota e o euroseguebemprocurado, com o mercado nova-iorquino ganhando fôlego. A libra esterlina, por sua vez, rompeuonível deUS$1,82e atingiua cotação mais alta diante do dólardesde 1992. A moeda britânicachegouaser cotada aUS$ 1,8266,continuando a ser sustentada por uma demanda aquecida. Com a ajuda de sinais de uma agressiva intervenção por parte do Banco do Japão, o iene oscilou em torno de 106,25 unidadespordólar, após ter caído a 105,86 ienes ontem pela manhã. O mercado estima que o Banco do Japão desembolsou oequivalentea US$ 7 bilhões ontem. (AE)
Camelô fez da sua banca no Rio um caso de marketing e agora ensina platéias de vendedores de todo o Brasil a cativar o consumidor
Por Maria Lígia Sanches
David Portes é um vencedor. Saiu literalmente do nada e hoje ensina a arteda venda a platéias de todo o Brasil. Autor do recém-lançado livro "David –Uma Liçãode Vidae deMarketing"(Editora Futura), no qual conta suahistória e mostra porque virou celebridade, prepara-se em 2004para levar a"Franquiado David"ashopping centers dasgrandes cidades. David dá uma média de 15 palestras por mês (cachê de R$ 8 mil), recheadas do assunto que mais gosta: as manhas da venda e o relacionamento com o potencialcomprador. Nesta entrevista ao DC, ele fala de sua história devida eavisa:está pensando nosegundo livro, dessa vezmaisdirigido, com dicas paraencantar econquistar a clientela.
Quais são as principais necessidades de quem assiste às palestras?
Tenho a certeza de que saem comaalma maisleve,mais limpa,motivados. Dizem,'cara, vocêmorou narua, começoudo nada,eutenho aferramentae tenhomedo dearriscar'. Então doua eles auto-estima.Digo sempre: 'O que é pior, se arrepender pelo que fez ou peloque não fez?Pelo que não fez, claro'. O empreendedor tem que arriscar, porque se não fizer issonada vai acontecer. Nãose pode ter medo de cometererrosporqueo pior erro é o medo de não tentar. Você acha que os vendedores têm pouca motivação?
Não só têmfalta de motivação como sentem o despreparo do próprio patrão. O vendedor tem que fazer de tudo para que aquele sejao melhoremprego do mundo, porque lhe dá o sustento, mas tem que trabalhar comhonestidadee carinho.Quemfaz assim,fazbem feito. Um dia o funcionário troca de empregomas deixa a portaaberta, porque pode querervoltar. Issoservetanto parao funcionáriocomopara o patrão,porque opatrão tem que trabalhar em equipe. Você sabe definir quando um patrão, umgerente, estáfazendo um péssimo marketing?
Quandosenta a"buzanfa"na sala e não sai pra ver o que está acontecendona vidareal.Fica sentado e a poltrona dele marca43º C.Quando essediretor, esse gerente, é pressionado pelopatrão, elevaiàloja. Aíencontra um rapaz encostado no balcão fumando um cigarro, chamao rapaze perguntaseu nome. 'Meunome éJosé', diz. E o gerente: 'Então você está despedido'. E o rapaz: "Você é umb...Estou aquihádezminutos esperando alguém me atender. Você está me mandando embora?' Veja, esse cara nem sabequem são os seus funcionários.
E como motivar as pessoas?
Naminha banca,douparticipação de lucro, dou palestra pra motivarfuncionário, porque seeuganhar, ele ganha. Tanto o clientequanto o vendedor são as peças-chaves de umaempresa. Seovendedor está bem, conquista o cliente. Sevocê tratarmal ofuncionário,elenãoteráestímulo pra trabalhar.Tem empresafalindo e o dono não sabe o que
acontece. Eu afirmo que é preciso ser ousado e trabalhar em conjunto.
Como deve ser o tratamento dado ao cliente ? Tem que tratar o cliente com carinho. Hojeem diavocê entra numaloja e ao invésde receber o cliente bem, as pessoas estão só policiando... O que é isso? Tem que tratar com delicadeza eigualdade. Porque aquele pé-de-chinelo de hoje pode ser o grande comprador de amanhã.
O camelô tem mais condições de encantar do que o vendedor de loja? Achoquesim,porque está em contato direto com o povo. Eu sempre procuro saber operfil do cliente. Na "Banca doDavid" tem um database com mais decinco mil nomes parafazermos o ma rk eti ng pós-venda, divulgar promoções, procurar saber o que as pessoas desejam. No dia do aniversário do cliente, avisamosque elepode escolherum brinde de graça. E já ouvi coisas assim: 'Só você mesmo, David, pra lembrar da gente, nem minhamulherlembrou.' Éisso, ele gosta de ser mimado, encantado, abobado.
quesou osegundo camelô mais famoso do País; o primeiro éo donodoBaú.Isso por enquanto..., eu continuo correndo.
Você começou como vendedor e agora ensina. Como se alimenta de informações?
Com toda essa experiência, você pretende dar aulas e organizar cursos?
Durante este ano lançamos a David PortesIdéias &Marketing,umaagência de publicidade,eolivro, queéparaajudar as pessoas. Nossa agência dá consultoria.Apartir deste ano vamos ter a "Franquiada Banca do David" nosshop-
pings do Brasil. Vamos nos associar à Associação Brasileira de Franchising (estaremos com nossoestande nafeira da ABF) e fazer parceria com uma empresa de design. Já temos 15 pessoas querendo a franquia.
Como funcionará a franquia?
A pessoapaga umaquantia, umroyalty damarca. Estarei junto ensinando, dando consultoria, lançando estratégias demarketing, como façona banca. Vão nascer vários davidzinhos. Os quiosques serão tipo bombonière com gostosuras, doces, sorvetes, lanches, bebidas, e algo mais. Vamos diversificar.
Então não terá mais o caráter de banca de camelô... Decerta forma não, mas continuo me julgando um camelô,como oSilvioSantos. Dizemquesaiu numjornal
Leio pouco,ler éum exercício bom, mas eu não tinha essa cultura,comooBrasil não tem. Estou lendoagora,melhorando até pra falar, porque falava muitoerrado. Aindafalo, mas estou tomando gosto.
Você pretende fazer esse trabalho em outros países?
Tive umconvite paraa universidade de Évora (Portugal), mas não foi possível, e outro de uma empresapara iraos EstadosUnidos daroitopalestras, só que não pude porque fechei negócio com a Losango, que foi mais viável e mais rentável. Masjágravei noCanadácom Nicolas Dayon, que tem um programa de TV que todo ano escolhe, em qualquer parte do mundo, uma pessoaque saiu do nada. E este ano ele escolheu no Rio de Janeiro "David, the camelot".
E a vida pessoal?
Estou me amando. Adoro minhafamília,minha esposa, meufilho.Tem gentequefala, 'David,você agoraéfamoso e...' Sabe aquelahistória de jogadorde futebolque ficarico, vai e troca a mulher por outra mais nova, uma loirinha?Eu não, porque quem tem Deus no coração e uma família sólida é um eterno campeão. Você é bom comprador?
Eu compro. Se me encantar, comprobem,masse nãome encantar, saiodaloja.Mas quando eu entrojá me conhecem, vem gente pedir autógrafo... E falo pros vendedores: 'Tem que tratar todo mundo bem, não é só o David'.
Portes
durante palestra em shopping de São Paulo. No Rio, camelô conseguiu reunir 1.500 pessoas no Hotel Glória para o lançamento do seu livro.
A história de David Portes, nascido no Espírito Santo em 1957, é parecida com a de tantos brasileiros nascidos na roça. A diferença: ele percebeu que só escaparia da miséria arriscando. O ponto de partida, 16 anos atrás, foram R$ 12. Na penúria, morava sob um viaduto, no Rio, com a mulher grávida, Fátima. Ela precisava de um medicamento. Um porteiro da vizinhança emprestou o dinheiro. David avaliou: se comprasse o remédio, no dia seguinte não teria nada outra vez. Trocou o capital por balas e doces, abriu um belo sorriso e foi vender no sinal: lucro de 100% em poucas horas. Começava ali o segundo ato da história, o do camelô criativo que fez da "Banca do David" um ponto de atrações no centro do Rio. O jornalista Ricardo Boechat deu uma nota sobre ele. Foi o que bastou para conquistar a mídia, obter patrocínio e virar palestrante. Dono de dois apartamentos, um belo carro ("Faço questão de exibir para meus colegas camelôs, para provar que é possível"), tem um depósito de revenda de doces e abriu a David Portes Idéias & Marketing, voltada a campanhas de venda e de motivação. Já tem entre clientes e parceiros: Banco Losango, Varig, Petrobras, Tim, Volkswagen, Sebrae e Votorantim. Mas seu xodó ainda é a "Banca do David" (www.bancadodavid.com).
Carros,os grandes destaques deste ano. Mas, as picapes, utilitários, jipes e off roads continuam encantando
Mesmo que neste ano os modelos de automóveis tenham conquistado mais espaçoque os chamados "caminhões", ainda assim é grande a participação no Salão de Detroit dosconcept cars que antecipam comoserão, nofuturo, os utilitários esportivos, picapes, jipes, veículosoff road e similares.
Ajaponesa Hondamostrao SUT Concept, mistura de picape com utilitárioesportivo ecrossover. Comnovidades estruturais que visamsuperar a concorrência, aHonda querentrar na disputa comos modelos similares já emprodução nos Estados Unidos e, principalmente, com o Toyota FTX, que concorre no segmento.
AFord, alémdo conceptcarBronco, mostrao LandRover RangeStorner, queimpressiona pela forma diferente de abertura de suas portas.
AGeneral Motorsnãofica atrás dos concorrentes norteamericanos, asiáticos e europeus e aproveita oSalão de Detroit para apresentar em primeira mão a picape conceito Hummer, que deve ser produzida brevemente paracomplementar alinha Hummer, com modelos que se destacam no disputado mer-
cado de veículos off road.
Veículos do gênero sempre fizeram sucessoentre osamericanos e, certamente, mais uma vez vãoatrair a atençãodo público neste que é o mais importante salão automotivo dos Estados Unidos.
Entre os fabricantes japoneses, a Mazda é uma das empresas que procura chamar a atenção em Detroit. Além de modelos queestão parachegar aomercado, também expõe carros conceito, entre os quaiso Mazda MXMicro Sport. Porfora corre o Jeep Treo Concept, um utilitário de pequeno porte voltado para o uso urbano.
A Mazda MX-Micro Sport, o Jeep Treo, a picape Hummer e o Land Rover Ranger Storner impressionam pela ousadia de suas formas. Tudo detalhadamente estudado e desenvolvido para conquistar o maior mercado do mundo, os EUA, que compra 10 milhões de carros zero-quilômetro a cada ano
Depoisdaeuforia edosrecordes de segunda-feira, o mercado financeiro brasileiro teve ontem umdia de ajustes. A bolsa devalores fechou em leve alta, o dólar comercial subiueos indicadoresderisco tiveram discreta piora.O otimismo, porém, continuou norteando os negócios. No pregãode ontem,os investidores que operam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ensaiaram uma realização de lucros, o que evitou que a bolsa fechasse em forte alta pelo segundo dia seguido. A leve valorização de0,19% do Ibovespa,principal indicador da bolsa paulista, foi resultado principalmentedo bom desempenho dasações da Petrobras no pregão.
As ações preferenciais da Petrobras foram o destaque do pregão da Bovespa, com alta de 5,20% e o maior volume negociado ontem
OIbovespa fechouontem em 23.576 pontos, novo patamar recorde. O volume de negóciossomou R$ 1,667bilhão, giro superior à média registrada nos últimos meses. Com o resultado de ontem, a Bovespa passaa acumularganhos de 6% em 2004.
Petrobras – Asações preferenciais da Petrobrasforam o destaquedo pregão,comalta de 5,20% e o maior volume negociado entre as ações da bolsa (13,9% do total). Os papéis subiram efecharam a R$ 88,20. Segundoanalistas, o preço das ações da Petrobras estava defasado em relaçãoà recente valorização do Ibovespa.Alguns operadores afirmaram que os papéis estariam sebeneficiando dosplanos da estatal de aumentar sua participaçãono setor petroq uímico. Petrobras ON, também com bom volume de negócios, fechou em alta de 5%, negociada a R$ 96,60. Dólar e risco – O dólar comercial encerrou osnegócios ontem cotado a R$ 2,864 para compra ea R$ 2,867para venda, com alta de 0,46% em relação ao fechamento de segunda-feira. Profissionais do mercado decâmbio consideraram a alta um ajuste normal depois de dois dias seguidos de baixa –nesse período, a moeda americana caiu 1,6%.
A taxade riscodo Brasilcalculadapelo banco americano
JP MorganChase tinhaalta de 0,47% às 18 horas, para 427 pontos-base,de acordocoma Enfoque Sistemas. A alta, porém, nãotira oindicadordo melhor patamardosúltimos seis anos. OsC-Bonds, principaistítulos da dívida externa, caíram 0,13%, para 99,25% do valor de face. (RA/Reuters)
AComissão deValoresMobiliários (CVM), autarquia responsável pela fiscalização do mercado de capitais no Brasil, estáinvestigando os demonstrativos deresultadoda unidadebrasileirado grupo italianode alimentosParmalat, que protagoniza um escândalo contábil bilionário.
"Os dados estão sendo examinados. Aindanãosabemos sehá ounão irregularidades nos demonstrativos financeiros da empresa no Brasil", afirmou ontem o porta-voz da CVM, Ricardo Gontijo.
Segundo ele, a CVM começoua avaliarosresultados da Parmalat BrasilS/AIndústria
deAlimentosem dezembro, quando o grupoitaliano revelou um buraco de quatro bilhões de euros em sua contabilidade e pediu proteção contra credores. A dimensão das irregularidades aumentou desde então, num dos maiores escândalos empresariais da Europa. NoBrasil,a Parmalat suspendeu os pagamentos a alguns de seusfornecedores. Produtores de leite estão preocupados com as implicações da crisenasoperaçõesno País (leiamais informações sobre a crise na página 8) O presidenteda Federação daAgriculturado Estadodo Rio de Janeiro (Faerj), Rodolfo
Tavares, disse que os produtores de leite estão fazendo o possível para manter suas relações comerciais com a Parmalat. No médio prazo, contudo, os produtores deleite esperam encontrar fontes alternativas dedemandacaso a criseda Parmalat se agrave. "Precisamosdependermenos da Parmalat", disse Tavares. Mas ele também está otimista sobre asperspectivas para a Parmalat, ao menos no Brasil. "Pelas nossas análises do balanço da Parmalatno Brasil, a expectativa é de que o impacto seja pequeno.Aempresatem boas chances de continuar suas atividades." (Reuters)
Proprietários de veículos com placas de final 1 começam a pagar o imposto hoje. Economista orienta contribuintes a
Quem ainda não preparou seu bolso, deve correr. Começahoje opagamento doImpostosobre aPropriedadede VeículosAutomotores (IPVA) deste ano para os veículos usados licenciados no estado deSãoPaulo.Os primeiros contemplados são os carros com placa de final 1. Amanhã, vence o impostodos veículos que têm placas com final 2 e assim sucessivamente até o dia 20, quando vence o pagamento para os de final 0. Junto com o IPVA – na cota única ounaprimeiraparcela –, o contribuinte deve pagar o seguro obrigatório (DPVAT). Se quiser, podeaindaantecipar o pagamento da taxa de li-
cenciamento,que esteanotevereajuste de340%. Estaquitaçãopoderá serfeita nomomentodo pagamento àvista ouno desembolsodaúltima parcela do imposto. Quem preferir pagaro impostoàvista terádescontode 3,5%,no caso dosveículos usados. Os carroszero quilômetroterão descontode3%, seoIPVAfor pagonoprazo decinco diascontados apartir da data de emissão da nota fiscal.
O economista Marcos Silvestre, coordenador do Centro de Finanças Pessoais e Negócios, recomendaaosproprietários que, se tiveremdinheiro disponível ou
puderemretirá-lode alguma aplicação, quitem o imposto neste mês com desconto. Oscontribuintes também podem pagar àvista, sem desconto, em fevereiro.Ou optar por quitar em três parcelas: janeiro, fevereiro e março. No mês que vem,os vencimentos começam no dia 9 e terminam no dia 20; e, em março, a partir do dia 9 até o dia 22.
A Secretaria da Fazenda alerta que o contribuinte não pode esquecer o dia do vencimento.É que, alémdeter de pagar 20%de multa sobreo valor do imposto ejuros de mora calculados pela variação dataxa Selic, o proprietário perde o direito de parcelamento.
R$12,49,para3,4 Ufesps,ou
R$42,47, conformefoi aprovadopelaAssembléia Legislativa em dezembro.
ASecretaria alegaque ovalorestavadefasadoe nãoera reajustadohaviaoitoanos. O aumento, segundoo governo, possibilitará a atualização dos sistemastecnológicos dearrecadação do IPVA e do licenciamento.
Quem perder o prazo vai pagar multa de 20% sobre o valor do imposto e juros com variação pela taxa Selic
Segundo aSecretaria, mesmo com a atualização do valor, São Paulo, com frota estimada de 11 milhões de veículos – a maior do País –tem taxas menores que as de outros estados.
Licenciamento - Os donos de carros também precisam começarase preocuparcomo licenciamento. O valor da taxa triplicou, segundo a Secretaria da Fazenda. Passou de 1,1 Unidade Fiscaldo Estadode São Paulo (Ufesp), oequivalente a
Os proprietários de veículos comproblemascadastrais ou novosdeverão recolher oIPVA pormeio deguia emitida pela internet, no site da Secretariada Fazenda(www.fazenda.sp.gov.br) ou na página do Diário doComércio (www .dcomer cio.com. br), nas unidadesdo Poupatempo ounospostos fiscaisdasecretaria. (AE)
A partir do próximo dia 12, os empresários que não tiverem em dia com onovo Código Civil (NCC) correm o risco de terem de enfrentar problemas para tocar seusnegócios. Entre asconseqüênciaspara asempresas que não adaptarem seus contratos sociaisestá aimpossibilidade de obterem financiamentos, empréstimos bancários ou requererem concordata
eparticiparemde licitações. "Entraves práticosquepodem ser evitados se as empresas estiverem adequadas ao novo Código Civil",diz opresidente da Junta Comercialde São Paulo (Jucesp), Marcelo Manhaes de Almeida. "Seuma empresapedir um empréstimo ao banco, o gerente irá pedir o contrato e constatar que elaestá irregular", exemplifica. Para as empresas limitadas, o perigo é ainda maior, segundo o advogado Leonardo Cruz, do escritórioAzevedo Sette Advogados.Ossóciosde empresas queestiverem irregularespassam aterresponsabilidadeilimitada, podendoresponder aprocessosdeexecução ou falência com o patrimônio pessoal. Ao fazer a adaptação junto à Jucesp, a sociedade empresarial continuará ater a responsabilidade limitada ao patrimônioda empresa.
Juridicamente, não haverá penalidades paraquemrealizar as devidasalteraçõesnos contratos sociais, explicao presidente daJucesp. Elelembra que o artigo 2.031 do novo Código Civil, de11 de janeiro de 2003, estabeleceu que as sociedades empresariais – com dois ou mais sócios que explorem atividade econômicaorganizada – e firmas individuais tinhamum ano para se adaptar, massem penalidade caso isso não ocorra. A Jucesp vai
continuar recebendo as alterações normalmenteapós odia 11 de janeiro.
O presidente daJucesp alerta que a alteraçãoé uma oportunidadedeatualização dos contratos. "Alguns foramelaborados há muitos anos, quando alguns sócios nem eram casados, nem tinham filhos. É precisoque sediscutamudanças, como por exemplo, a questão da sucessão", afirma.
Acúmulo - Até ofimdenovembro (último dado disponível da Jucesp),dasduasmilhões de empresas em atividade no estado de São Paulo, apenas 425 mil empresastinham alterado oseucadastro."Masem dezembro, a procura foi bem maior. Houve acúmulo de serviçonaJucesp.Há contratos que foram analisados e aprovadosporvoltadodia10 eaté agora não foram registrados",
afirma o presidente da Junta. Segundo Almeida, o número deempresas quefizeram asalterações até novembro ficou abaixo do esperado. "Desde junho de 2002,realizamosum trabalho junto aos contadores e advogados para evitar esse congestionamento. Mas, mais uma vez,o brasileiro deixou para a última hora", diz. No fim do ano passado, o advogado LeonardoCruz percebeu esseacúmulo."Antes,os registros ou alterações demoravam cinco dias. Agora, 15". O valorcobrado pelaJucesp para a alteração é de R$ 54, mas o empresário teráque desembolsar também honorários para o contador ou advogado auxiliá-lo. Segundo Cruz, o custo podeestar inibindoospequenosempresários arealizarem as alterações.
Adriana David
Associações e fundações devem mudar estatutos
Assim como as empresas, as associações e fundações também devem se adequar ao novoCódigo Civil, alterando seus estatutos. De acordo com o advogado Leonardo Cruz, do escritórioAzevedo Sette Advogados, casoas entidades não consigam se reunir em assembléia até o próximo dia 11 para mudar seus estatutos junto aos cartórios de registro de títulose documentos de SãoPaulo, deverãofazê-loo mais brevepossível.Se isso não ocorrer, ficarão irregulares e poderão sofrer restrições administrativas, tais como o impedimento de registrar novos associados etornar os associados responsáveis pelas obrigações da associação ou fundação. ( AD )
Mais da metade das vagas que deixam de ser preenchidas nas universidades públicas é da áreadeeducação. OInstituto Nacional de Estudose Pesquisas Educacionais (Inep) analisou dados do Censo Superior 2002e constatou que entreas 12.506 vagasque sobraramno vestibular, 6.641 eramde cursos ligadosà formaçãode professores. Nas universidades privadasnão forampreenchidas 98.138 vagas oferecidas paracursosde Pedagogiaealgumas licenciaturas. O total de vagas ociosas das universidades públicas e privadas, em todas as áreas, foi de 495.013, informa o Inep. O diretor de Tratamento e
Disseminação deInformações Educacionais doInep, Marcelinode RezendePinto,atribui a ociosidade à baixa remuneração dosprofessores. Dadosdo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística(IBGE)apontamque amédia salarial de professores do nível médio é de R$ 866 por mês. Além disso, é a grande oferta de vagas para cursos na área de Educação. Somente em licenciaturas foram oferecidas154 milvagas narede públicacontra12.200 paraDireito e5.600 paraMedicina. Outroproblemaéque háconcentraçãode vagas nas capitais, mas os potenciais candidatosvivem em municípios do interior. (AE)
OMinistérioda Educação (MEC)deverá enviar sextafeira à Casa Civil da Presidência proposta de Medida Provisória para estimular as universidades federais a adotarem sistemade cotas para negros em seus vestibulares. A informação éda coordenadora-geral de Políticas do Ensino Superior do MEC, Alayde Sant'Anna.
Casoseja assinadapelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, a MP respeitaráa autonomiauniversitária. Assimcaberá a cada instituição decidir se reserva ou não vagas –e em qual proporção – para ingresso pelo sistema de cotas.
SegundoAlayde, háuniver-
sidadesquetemem seralvode ações judiciaiscasoadotemo sistema, a exemplo do que ocorreu na Universidade Estadual doRio deJaneiro (Uerj), ondecandidatos reprovados no vestibular tradicional recorreramàJustiça contraareservadevagas paraa população negra.
Além da MP, seguirão propostas de dois decretos.Um institui oPró-Negro,programa de apoio financeiro às universidades que adotarem o regime de cotas, com o intuito de conceder bolsas ouapoiopedagógico a alunos negrospobres. O outro cria uma coordenaçãoespecíficade inclusão social no MEC. (AE)
Cesar Maia argumenta que processo afasta turistas e pode causar prejuízos de US$ 100 milhões à cidade
APrefeitura doRioentrou, no fim da tarde de ontem, com ação civil pública, incluindo medida cautelar, no 3º Juizado Especial Federal Cível pedindo a suspensãoda exigênciade identificaçãofotográfica edatiloscópica dos norte-americanos quechegam ao Rio. O3º Juizado está funcionandocomo plantãodo PoderJudiciário,cujo recessoterminahoje. A ação foi entregue à juíza CintiaLeite Marquespeloprocurador-geral doMunicípio, Júlio Horta.
Horta, revelou que serão apresentados dois argumentos contra amedida:odeque há risco de prejuízo ao setor de turismo. O prefeito do Rio, Cesar Maia(PFL), afirmouque o município poderá ter um prejuízoanual estimadodeaproximadamente US$ 100 milhões, caso seja mantida a identificação obrigatória de norteamericanos no Aeroporto Internacional Tom Jobim eno porto do Rio.
Caso não consiga invalidar a medida na JustiçaFederaldo Rio, a prefeitura poderá recorrer na Justiça de Mato Grosso, onde amedida foideterminada pelojuiz JulierSebastião da Silva, com base no princípio de reciprocidade.
Os Estados Unidos começarama identificaçãodeturistas estrangeiros na última segunda-feira,mas asautoridades americanas nãoestão contentes coma contrapartidabrasileira. O porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, disse ontemà im-
Apesar das insistentes críticas e reclamações de autoridades norteamericanas, maioria dos turistas encara procedimento com bom humor. A adoção de novos procedimentos para a identificação no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim colaborou para reduzir o tempo de espera dos turistas nas filas.
prensa que ficou a impressão de que oprogramabrasileiro nãofoibempreparado, eque resultou em atrasos significativos, que não interessam "aos Estados Unidos, aos passageiros americanose, francamente,ao Brasilemtermosde atrair negócios e turistas". EmBrasília, aembaixadora dos Estados Unidos, Donna Hrinack, afirmou que o governoamericanorespeita adecisão brasileirae queo governo dos EUA não pedirá arevisão da medida judicial. Donna defendeu, no entanto, que o processo seja executadode forma mais rápida.
Novo procedimento A exemplo do queaconteceu em São Paulo, a Polícia Federal no Rio de Janeirosimplificou ontem o processo de identificação de norte-americanos que chegam à cidade pelo aeroportoAntônioCarlos Jobim.A opção decolher apenasimpressões digitais do polegar direito do passageiro, ao invés de todos os dedos, e a liberação de menores de 12anos ajudaram adiminuir otempo deespera. Na manhã de ontem foram identificados cerca de 80 turistase otempomédio deespera foi de 30 minutos. Nasegunda-feira, essetempo chegou a sete horas. Segundo funcionários do aeroporto, apenas um agente da PF fazia a identificação. A informação foinegadapela PF.Noporto doRio, aprimeira operação deveser realizadahoje, coma chegadade umnavio quevem de Montevidéu. (Agências)
São Paulo, 7 de Janeiro de 2004
Detroit foi surpreendida por um salão onde carros, como o Dodge Sling-Shot reinaram sobre as picapes Nº 4
Uma mulher apresentou ontem obilhete vencedordos US$ 162milhões(maisdeR$ 450milhões)daloteria Mega Millions, promovida por 11 Estados americanos, uma semanadepois dosorteio edois dias depois que uma mulher anunciouque haviaperdidoo bilhete.
Rebecca Jemison, funcionária de um hospital, teve seu jogovalidado comoo únicoganhador do sorteio. "Acho que conferiumasseis vezespara ver se era de verdade", disse ela, ementrevista coletiva."Não foi sorte, foi uma bênção".
Queixa na polícia – Dias antes,outra mulher,EleciaBattle, fez um boletim de ocorrên-
cia dizendoterperdido obilhete. Apolícia disse quea história era plausível, mas o escritóriodeloterias afirmou que quem quer que apresentasseobilhete válidolevariao dinheiro.
Cerca de 30 pessoas com lanternas vasculharamas ruasao redordaloja quevendeuobilhete ganhador nanoite de segunda-feira,depois queoboletim veio a público.
O advogado de Elecia, Sheldon Starke, havia dito que Battlepretendia irà Justiça.Jemison, por sua vez, reagiu com irritação àsdeclarações de sua "rival". Osnúmeros ganhadores foram 12, 18, 21, 32, 46 e 49. (AE/AP)
DESVENDANDO O PLANETA VERMELHO – A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, liberou ontem a primeira fotografia a cores, panorâmica, de alta resolução, feita pela sonda-robô Spirit, da superfície de Marte.
Uma bicicleta-bombaexplodiuontem emKandahar, suldoAfeganistão, matando pelo menos 13 pessoas – inclusive oitocrianças–,em mais um episódio daviolência que persisteno país, maisdedois anos depoisda quedado regime fundamentalista islâmico do Taleban. Autoridades locais especulam que abomba teria como alvo os soldados americanos ouumcomboio no qual viajava o governador de Kandahar, Yusuf Pashtun. Arua ondeocorreu aexplosão é usada com freqüência por soldados americanos que transitamentreo campoaéreode Kandahareuma basenacidade, que abriga atualmente uma equipe cívico-militar de reconstrução do Afeganistão. Alvo – A comitiva do governador estava prestes a passar pelo local, quandoa bicicletabombaexplodiu.Mais de 50 pessoas ficaram feridas, segun-
Polícia iraquiana abre fogo contra protesto de ex-soldados
Policiais iraquianos abriram fogo ontem em Basra, sul do Iraque, contra centenas de exsoldados do Exército queexigiamo pagamentodesalários atrasados. Pelo menos um manifestante foimorto equatro ficaram feridos. No fimdanoitede ontem, dois cidadãos franceses a serviço deuma empresaamericana foram assassinados no oeste do Iraque, revelou ontem o Ministério das Relações Exteriores da França. (AE/AP)
do autoridadeslocais,sendo que muitas delas gravemente. O soldado AmanullahPopolzai disse que as autoridades detiveram um homem,aparentemente afegão, que foi presoquando corriaparatentar se esconder em umacasa próxima. "É um trabalho do Taleban.O homemparecia um combatente taleban", especulou Popolzai. Por suavez, ovice-ministro de Interior do Afeganistão, Hilalludin Hillal, identificou o homem detidocomo Abdullah. Muitos afegãos utilizam apenasum nome. Aindasegundo ele,outro suspeitoconhecido como muláMalik foi detido para interrogatório.
Noor Khan/AP/AE
Ato bárbaro – Em Cabul, ao tomar conhecimentodo atentado, o presidente afegão, Hamid Karzai,interrompeuas comemorações com os delegados da Loya Jirga que há alguns diasratificaram anovaconstituição do Afeganistão. Ele classificou a explosão de um"ato bárbaro". Bicicleta – Khandisse que, além dasoito crianças,morreramoutras cinco pessoas, inclusiveomotoristado caminhão e um homem que passava a pé pelo local.Segundo ele, o artefato explosivo estava preso a uma bicicleta. Ele acrescentou que havia 23 feridos e duas
Uma onda defrioem Bangladesh e no norte da Índia matou outras 92pessoas nos últimos dois dias,disseram autoridades ontem,elevando para 574 o número de vítimas das baixas temperaturas registradas desde o Natal na região.
A maior partedas pessoas mortas pelo frio são pedintes e sem-teto que moramem áreas densamente povoadas e pobres do sul da Ásia.
Mais quedas – Agências de meteorologia prevêemqueas
temperaturas devemcair mais nospróximosdias. Jornaisde Bangladesh disseram que a onda de frio tinha matado 54 pessoas na segunda-feira,a maior partedelasdo oesteedonorte dopaís,elevando para 154 o total de vítimas ali.
As temperaturas no norte indiano eem Bangladeshchegaram aumamínima de1,9 grau Celsius. Centenas de semteto morremtodoanonessas regiões por causa do frio. (Reuters)
pessoasem condições críticas foram levadas a um hospital montadodentro dabasemilitar mantida pelos Estados Unidos no campo aéreo de Kandahar.
O sul e o leste do Afeganistão vêm sendo alvos constantes de uma sériedeexplosões,seqüestros e tiroteios. As ações visam tanto civiscomo militares. (AE/AP)
Zôo de Buenos Aires apresenta sêxtuplos de tigre branco
A pequena família de tigres brancos deBengala queexiste no mundo recebeu um expressivoreforço coma chegadade sêxtuplos, que ontem foram apresentados nozoológicode Buenos Aires.
Onascimento dosfilhotesé uma boa notícia para a espécie, formadahoje porapenas210 exemplares em todo o mundo, a maioria enjaulada em zoológicos. O tigre branco de Bengala, o maior de todos os felinos, é natural da Ásia. (AE/AP)
Oconceituado jornalcarioca Jornal do Brasil publicou na ultima segunda-feira umapequenanota naprimeira páginainformando queosenador JoséSarney, meucaro amigoeconfrade na Academia Brasileira de Letras, havia dito, em entrevista, queo presidenteLuiz
Inácio Lulada Silvaé opresidente completo, o que faltava ao Brasil. Elogiodos maiores não poderia receber o bravo antigo pau-dearara deGaranhuns doque esse, exatamente de um expresidente e hoje presidente do Congresso.
Sou de opinião que o senador JoséSarney,cuja experiênciapolítica estácomprovadaporsua longa e triunfantecarreira, teriadito de outra maneira seu pensamento sobreo presidente Lula, pois, pormais que admiremoso vitorioso chefe de Estado eleito por maioria esmagadora, não o consideramos o presidente que faltava,num paísonde agaleria dos presidentesé rico de figuras do mais alto gabarito,como Campos Salles, RodriguesAlves, Afonso Penna, WashingtonLuís, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheke outrosquefacilmente vêm à memória.
Não hesitoemafirmar queo presidenteLula está
Fome
Sr.
Diretor: A situação defomeatinge milhares de brasileiros. São mais de 40 milhões os famintos. Masodiscurso da fome nãopassa deum bandeira política usada para atrair verbas para os estados ou aprovarobras públicas que só beneficiamas elites. A fomese dá pordois fatores:um fenômenonaturale ocolapso doEstado. Asubnutrição é originadapela desigualdade social. É uma situação dramática. Tornam-se quase inexplicáveis as marcantes diferenças sociais. Nos últimos 20 anos, foi grande o crescimento industrial, o aumento do fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas. Mas nada dissoserviu paracombater apobreza. Asituação dafome no Brasil não é tão grave, mas há os efeitos psicológicos da falta deacesso a alimentos dequalidade. Asituação de insegurança alimentar, as deficiências de micronutrientes, como a falta devitamina A, ferroe iodo. O governo brasileiro deve acelerar oprocesso de uma política nacional de segurança alimentar. O governo, como quase todos os segmentos da sociedade,
sendo uma revelação,pois sem nenhum preparo intelectual, comapenasum diploma de primeiras letras, o antigo grupoescolar,não compete com os nomes que citeiacima, senão nafaixa presidencial e na honestidade que até hoje foi assinalada como sem defeito.É inegável que Lula fez uma trajetória brilhantedeGaranhuns aoPalácio doPlanalto,mas não ficarána históriacomo um expoente dentre os presidentes do país. A presidência éum peso que se tem mostrado quase insuportável. Quando José Sarney foi presidente, cheguei a prognosticar que ele deixaria o poder estatal por nãosuportar a tonelagem da inflação.Mas, nordestinode courorude, odouto acadêmicoe atiladopolítico da antiga UDN, soube vencer e chegouao fim, ao seu sucessor no Planalto. Tem mérito, sem dúvida e aqui o afirmo, mas é dotado de luzes intelectuais que Lula não pode ostentar. Seja, portanto,mais explicito o senador, para fazermos exato juízo do atual presidente.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
percebe a urgência da colocação em prática de iniciativas que revertam a situação negativa emque seencontra uma grande parte da população brasileira. Há também a pressãode se provar que uma parte da violência queatinge opaísse deveà situação de descaso secular das elites em relação às classes menos favorecidas. Coisas da República.
Emanuel Lima Taquatinga - DF Felinos
Sr. Diretor: Pessoal,amatéria sobre os felinos ficou maravilhosa. Parabéns àrepórter queteve asensibilidade dedescrevertãobem arotinados gatos (eles são meio folgados, mas são amáveis) e dos seus donos, que acabam tornando-se dependentes deles (eu mesma nãosaio de casa antes de dar um beijo nomeuFélix-umpersa dequase 3anosqueé aminha grande paixão). Parabéns pela matériaque acabou como mitode quegatos são traiçoeiros e que só o cachorro podeser omelhor amigodo homem.O meu Félixéuma grandeemaravilhosa companhia. Simone de Oliveira São Paulo - Capital
AscartasàRedaçãopoderãoserencaminhadas,também,por e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou pelo fax (0xx11) 3244-3046. As cartas poderão ser resumidas pela redação, publicando-se, apenas o essencial.
Ohomem éum animal aquoso. Mais de 95% de seu organismo é constituído por água. Além de aquoso ele é também um conjunto de sistemas hidráulicos, como bombas (o coração), filtros (os rins), tanques (estômago e bexiga), aparelhos deesguicho e sucção... Algumas de suas doenças mais aflitivas estão relacionadasa água,como ahidrocefalia, ahidropisia, ahidrofobia... Pode-se também dizerqueele éumanimalanfíbio, pelomenos no que diz respeito à felicidade. Édifícil encontrar-se maior número de pessoas felizes do que as que estão nas piscinas,naspraias, brincandonos riosoutomando água de nascentes. Um dos testemunhos mais
claros dainconseqüênciados homenséa fúriaqueempenham em acabar com ela – a água. Fazem tudo o que podem para desperdiçá-la, poluí-la, envenená-la. Não é de admirar que a carência de água venha se tornando crescentemente um problemaplanetário. Oshomens de regiões áridas e desérticas sabem o que isso significa. É possível não se morrer de fome. Mas a sede mata. Que o digam os beduínos. Que paraíso não são os oásis! Nãoé por acaso quemuitos resumem suaaspiração defelicidadea "sombra e água fresca". Os antigosconsideravam comoindispensável a uma vida saudável "os ares e as águas" de onde fossem morar. Nosdias correntescomeça-
João Henrique dos Santos
A chegada do ex-sindicalistaLuizInácio Lula da Silva à presidência da República do Brasil foi um fato histórico paraa classeoperária. Milhões de brasileiros vislumbraram a possibilidade de uma transformação, para melhor, do País. Amparado pela maioria dos votos, promessas neste sentido não faltaram: geração de 10 milhões de postos de trabalho; redistribuição de renda; aprovação das reformas da previdência, tributária esindical. Tudo isso, somado, significariaa tãoacalantada retomada do desenvolvimento. Embora o tempoainda seja curtoe difícil defazer um julgamento com grande profundidade, o que vimos neste primeiro ano de gestão é um Brasil caminhando sem rumo, sem direção,sem um projeto de crescimento indefinidoe,o pior,comíndices econômicos assustadores.
Para garantira estabilidadefinanceira, oapoio deorganismos internacionaise a entradade dólaresdecurto prazo, para financiar os déficits da balançacomercial, o atual governotem sacrificado a economia como um todoetoda aclassetrabalhadora. Índices apontando deflação há meses consecutivos, vendasdetodos os setores em queda, rendimento salarial com perdas de 13%,faturamentodas empresascaindo aníveis alarmantes e cortes de postos de trabalhos em todos os segmentos da economia. Ou seja,todos estesfatores negativoslevaram oBrasilà estagnaçãoeconômica, só vista em igual tamanho no início da década de 90.
O que vemos hoje são empresas quebrando por falta decapitalde giroepressionadas por aumentode custos e jurosescorchantes cobradospelos bancos,cujos balançosindicam ganhos recordes. Sem ter para onde correr, a saídamais fácil tem sido a escolha da demissão em massa nesteperíodo de
transição. No entanto, isso tem efeitos coletarias altamente negativos em toda a economia a curto e longo prazo.
Como poderdecompra achatado - no caso dos que conseguem manter-se no emprego -, e com uma massa salarial menor, porconta do desemprego,a situação só tende a piorar. Quandose pensavaque agosto seria o mês da virada, como acontece em todos os anos por causa da retomada da produção, já pensando nas vendas do finalde ano,oque vimosfoi umaincerteza quantoaofuturo tanto da classe operária como empresarial. O medo dodesemprego tambémleva o trabalhador a adiar compras, um fatoaltamente nocivo paraa economiae para os municípios, que enfrentam a maior crise da história, sendo obrigados a cortar gastos com obras e salários. Não imaginamos que essa situação de desesperoe falta de perspectivaspassem em brancopelacabeça do presidente Lula e sua equipe de assessores. No entanto, nada vemos no sentido inverso para reverter este quadro, pelo menos a curto prazo, mesmo que para garantir o emprego de quem já está inserido no mercadode trabalho. Medidas para reativar a economia são necessárias e com a máxima urgência. Como exemplos,uma redução ainda maior das taxas de juros, aumento derecursos para queas empresasvoltema produzire garantirde empregos,através deinvestimentos emobras deinfraestrutura esetores considerados essenciais e geradores de emprego.
São medidas que precisam ser tomadas agora para começarem a surtir efeitos positivos neste primeiro semestre de 2004. Semisso, caminharemos parauma das maiores, senão a maior, crise queoBrasiljápresenciou em toda a sua história.
João Henrique dos Santos é diretor nacional da Força Sindical
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mos a tomar consciência do que pode ser a falta de água. Os reservatórios,asrepresas, os mananciais,chegam apontos críticos. Não chove como se espera.Aolongo das áreas dos mananciais que fornecem São Paulo, com conivência das autoridades, loteamentos clandestinos empilharam centenas de milharesde pessoas cujos dejetoseesgotossão despejados nos reservatórios. Opior detudo,porém,é que, de norte a sul, há uma espécie de guerra declarada para matar os rios.O númerode rios defuntos vai do Tietê, Tamanduateí ao Paraíbaem São Paulo, ao Velho Chico que uniu oBrasil, arios doPantanal, como o Taquari, que expulsodesuacalha invadiu as
planícies, transformando-se em brejos que devoram fazendas pantaneiras. Na região lindeira entreoscerradose a Amazônia o Telles Pires foi vitima deenvenenamento pelo mercúrio despejado nas águas pelas dragas de mineração de ouro. Que estado brasileiro estará livre do assassinato de seus rios, regatos e outros cursos de água?
A ver a coisa em seu conjunto, parece que estamos atacados por umaperniciosa e crônica epidemia de hidrofobia.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? – Um depoimento (Editora Senac) e-mail: bdebarros@sanet.com.br
Falsos profetas Impressionaver como há oportunistas em tudo. De uns tempos para cá, com o crescimento dasatividades da sociedade atravésde entidades civis, organizações não governamentais ede interesse público declarado, desvinculadas de governos e interesses religioso oude caráter suprapartidário, surgiram também ideólogos, ativistas, defensores, que a título de colaborarou desenvolver pegam carona no "enganismo" e se põem a campo como falsos profetas de novos caminhos.
Ações e entrevistas Tenho lido entrevistas, declarações,artigos, depessoas que já surgem como especializadas no Terceiro Setor e ditamregras sobreasociedade deve se comportar, desde que,claro, estejama serviço de atender ao que proclamam. Deoutro ladosurgem os oportunistas de plantão na política. Além de se auto-assumirem com perpétuos defensores determos damoda como "responsabilidadesocial", "cidadania", "inclusão social" e por aí afora, ainda passam a criar projetos de lei e maisleis visando "regulamentar" o setor, começando a buscar toda sorte de controles eembaraços para os movimentos espontâneos ecolaborativos da sociedade civil. Ouvindo bobagem Minha experiência pessoal com o Terceiro Setor, como agente de umaentidade da sociedade civil de interesse público (O Instituto da Cidadania) tem pouco mais de cinco anos. Ainda sou um leigo, um curioso. Temos nos quadros voluntários do Instituto profissionais do mais alto gabarito,inclusive,com pós-graduação no que existe a respeitoem universidades dopadrão deumaFundação
Getúlio Vargas e, até por isso, nos assustamos comtanta bobagem que se diz por aí em nome das Ongs,das associações, das Oscips.
Instrumento de badalação Nemvou mencionar"personalidades" que estão encontrando nasações deentidades civis o campo de desfile de seu egos e desejos de ser celebridade badalada. Estão vazando pelo ladrão. Claro que a maioria é de genteséria, mas já há tantos curiosos, socialites, desocupados no sentido social, intelectuais de quarteirão, dando tantos palpites e consolidando falsas posições sobre as sociedades civis, que os políticos estão de olho jáquerendo chamar o controle,maisumavez, da sociedade, por suas entidades setoriais, para sua mãos.
Conclamação As pessoas queatuam voluntariamente, anonimamente, em prol de uma sociedade melhor, precisam se unir paraevitar queoimportante, útil, fundamental trabalho que a sociedade civil está realizando, em busca do bem comum, nãocaia na vala comumdasatividadesno país dominadas pelapoliticalha. Não podem se deixar seduzir pelo cantoda sereiadas manchetes fáceis, das badalações e do glamour de parecer importante e aparecer importante.
Causa silente Acausa daeducação,por exemplo, e Popó (o campeão mundial de boxe) deu uma lição em declaração sobre o assunto, é de dedicação e faróis baixos, perfil baixo, para não dizer low profile . É preciso evitara demagogiabaratado discurso inconseqüente ou de cunho eleitoral.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
ARedeGlobo deTelevisãoestréiaa minissérieUmsó Coração,que podeser resumidanumconjunto deaulas de política. Pelo que os autores Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira contam, vale a pena assistir, sobretudo quem nasceuou viveua fase maisagitada dapolítica no Estado.
Aminissérie conta,por exemplo,osreflexos daRevolução de 30 na política estadual e o massacre imposto pelo Estado Novo às lideranças políticas que eventualmente botavam a cabeça na guilhotina.
Quem, por exemplo, não conhece os motivos que levaram ospaulistas àRevolução Constitucionalistade 32 vai se interessar pela iniciativa da Globo. O telespectador vai entender porqueos militares se negam,hoje, a promoverumcomunistaortodoxo ageneraldepoisdesua expulsão doExército ocorrida há maisde 50 anos.É só entender o que representou a Intentona Comunista de 35 para os militares.
A minissériedeve retrataro período em que Getúlio forçou oexílio do dr. Júliode Mesquita edo empastelamento de seu jornal, o Estadão; a fuga do ex-governador Armando de Sales Oliveira, o surgimento do grupo Santa Helena na cauda do Movimento da Semana de Arte Moderna, criada às vésperas da posse de Artur Bernardes na Presidência da República. Um movimento que nos deu intelectuaisdepeso,comoo críticoDéciodeAlmeida Prado.
Umperíodo queretrataa prisãodePrestes, aclandestinidadeimposta aoscomunistas, acassaçãodo registrodo PCdoB e uma plêiade de epopéias que marcaram época. Foi noperíodoquemaiscurtiaoódioaoscomunistasque o presidenteGetúlioVargasresolveuentregar à Gestapo a mulher de Prestes, Olga Benário, que acabou morrendo numa nojenta masmorra da Alemanha nazista.
DE BEM COM A VIDA
Deque tantoriem Lulae Fernando Henrique, como mostraafoto dosdoisque os jornais publicaram ontem? Perguntavamosdesempregadosna filaquese formou numa indústria do ABC, que oferecia alguns empregos. Lula e FHC aparecemfazendo cafunécom a testa, um no outro.
TENSOS
Os desempregados faziam críticas aos dois dirigentes políticos. Um, acusado de criar impostos e deixardeherança 12 milhões de desempregados; outro, quemanteve os mesmos tributos e até criou outros e que alimentaoutros 700 mil desempregados, além da herança recebida.
VERDADE?
Para Carlos Heitor Cony, o PT éum partido político quase fundamentalista.
LULA DIZ NÃO
O Brasil não está dispostoa acatara propostados EUA deintroduzir nos aviões policiaisarmados até commetralhadoras para combater terroristas. Pelo menos não nos aviões que sobrevoam o território nacional.
SOPA NO MEL
Provável substituto de Miro Teixeira no Ministério dasComunicações,o deputado elíderpeemedebista EunícioOliveira é dono de três emissoras de rádio, em Mombaça e Juazeiro do Norte, no Ceará, e em Corumbá de Goiás, em Goiás.
AINDA A FOME
Lula aindanãomatou a fome de 40 milhões de brasileiros quevivemabaixo da faixa da miséria, mas está combinandoum encontro com o presidenteda França, Jacques Chirac, para debater ocombate à fome no mundo.
PINGO NOS IS Lula gostaria de viajar, dia 11 para o México, com um problemaresolvido:a re-
O governo do presidente Luiz InácioLula daSilvafechou 2003 com umsaldorecordederecursosparados no caixa único da União: R$ 153,3 bilhões, quase 55% a mais do querecebeu do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sóda ContribuiçãodeIntervenção no Domínio Econômico (Cide),que deveria financiar investimentos eminfraestrutura, estão retidos no caixa doTesouro R$8,5 bilhões, recursoqueajuda aadministração federal a cumprir a meta de superávit primário, embora não possaser usadopara opagamento da dívida.
O saltonas disponibilidades de caixaé reveladopelo Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro (Siafi), uma espécie de gerenciador on-line detodas ascontas do Poder Executivo, que movimenta desdeos impostos recolhidos pela Receita até os recursos obtidos pelo Tesouro com a emissão detítulospúblicos, além das despesas.
Ao fim de dezembro de 2002, a Uniãopossuía R$99 bilhões nocaixa. Emoutubro, essevalorsubiupara R$198,7bilhões
fruto do aperto da política fiscal e monetária. Mas os tradicionais gastos de fimde anofizeram as dis ponib ilida des recuarem para R$ 153,3 bilhões,segundo mostram os dadosdehoje do Siafi.
Cide dobra –No caso da Cide, osaldo puloude R$4 bilhõespara R$ 8,5 bilhões em 12 meses,indicando queo Executivo guardou debaixo do colchão cerca de R$ 4,5 bilhões,dos R$7,5 bilhões que arrecadou em 2003 com a contribuição de54centavos cobrada por litro de gasolina. O Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, formado com parte da receita da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e voltado para financiar ações do Fome Zero, também possui R$3bilhões paradosnaconta do Tesouro, R$ 1 bilhão a mais do que foi herdado da gestão de
Fernando Henrique. Sem uso – "Metade do superávit primário é composto por recursos vinculados desse tipo. E o mais estranho é que esse dinheironãoé usadoparapagar osjuros dadívida", afirma o deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG).
A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe a União de usar os recursosvinculados empagamentode jurosda dívida,mas indiretamente, esse dinheiro serve para o governo abater do
cálculo dadívida líquida,usada como parâmetro pelo FMI. Além da manutenção de verbas de impostos vinculados parados no caixa, Miranda tambémquestiona ofato deo Tesouroemitir muitomaistítulos do que o necessário para a rolagem dadívida pública.Na prática, o dinheiro também permanece parado no caixa, remunerado peloBanco Central, masa taxassão inferiores às pagas pela administração federal nos títulos. (AE)
vogação da medida judicial que impõerevista alfandegária nos americanos que desembarcam no Brasil. Em Monterrey, Luladeve se encontrar com Bush. Os dois presidentes participam da reuniãoda Cúpula das Américas.
EM TEMPO
Lula pretendeanunciar, até domingo, antesda viagemao México, aescolha dos dois peemedebistas quepassama integrarseu ministério. Os ministérios do PMDB são o das Comunicações e o de Cidades.
IMPRUDÊNCIA
Sílvio Santos sabe tudo de televisão,mas demonstra não conhecer nada de política, a não ser bajular o governo.O apresentadorsugeriu ao telespectador que assistissea determinado programade suaemissora, o SBT, e sapecou: se o telespectador nãogostassedo programa que deixasse de sintonizar a tevê no SBT. Lembrete: o últimoa dizer coisa parecida foi Maluf, sobre Pitta.
ENVERGONHADO
O impossível aconteceu noCeará:alunos de uma escolaestadual, queabriga filhos de índios, foram despejados do prédiopor falta de pagamento.O quemais envergonhouo governador Lúcio Alcântara foi ver, pelatevê, osalunos tendo aulas improvisadas debaixo de uma árvore.
É HOJE
Lula convidouJoséDirceu para assistir com ele, pela televisão, a estréia da seleção pré-olímpica do Brasil, noChile, contraa Venezuela. O jogo é hoje.
REAÇÃO
Os deputados tucanos, que querem disputar a Prefeitura deSãoPaulo, não querem que Alckmin escolha um secretário estadual como candidato. Desejam queocandidato seja um político enão um técnico. Detalhe: os deputados précandidatosainda nãoemplacaram nas pesquisas.
A convocaçãoextraordinária do CongressoNacional em janeiro segue indefinida.O presidenteda Câmara, deputado João Paulo Cunha (PTSP), garantiu ontem ao chegar para seu primeiro dia de trabalhoem2004, queopresidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não conversou com ele sobre a datae aeventualpautaextraordinária. “Convocação extraordinária é umobjeto a ser definido pelo presidente Lula. Ele não me falou sobre isso”.
Custo extra – A convocação deveserrealizada entre20de janeiroe 14 de fevereiro. Somente opagamento dosdois salários extras para os 594 parlamentares,o Tesouro Nacionalgastarámais deR$ 15 milhões, semcontarcom os gastos com manutenção das duasCasas,pagamentos dealguns funcionários edo auxílio-paletó aos deputados e senadores.
JoãoPaulo, quedesde oinício de dezembro tem se manifestado contrário à convocação extraordinária, manteve sua posição e disseque não vai convocaroslíderesdos partidosparadiscutir o assunto. “Não pretendo conversar com oslíderes sobrepauta. Nãosei se vai ter convocação, quando vai ter”, afirmou.
Agora é 2004 – Questionado se ainda trabalharia para evitar a convocação, João Paulo disse que considera o assunto encerrado. “Não vou trabalhar contra. A minha parte eu já fiz, de-
Saída de Schymura pode ameaçar os planos de Palocci
A saída do presidente da AgênciaNacional de Telecomunicações(Anatel), Luiz Guilherme Schymura, é um duro golpenos planosdo ministro da Fazenda,Antônio Palocci, de fazer de 2004 o ano da agenda microeconômica. "A atitudemais sábia,a julgar pela prioridadedadapelo governoà agenda microeconômica, seria não só a de manter o Schymura, mas de convencê-lo aficar,casoele quisesse sair",diz o sócioda consultoria Tendências e expresidente do Cade, Gesner Oliveira. (AE)
zembro jáestáconsumado. Agoraé 2004”, disse.A pressãopara convocaroCongresso Nacionalem janeiropartiu dossenadores governistas, quefizeram um acordo para garantir que a PEC paralela da reforma da Previdência fosse aprovada rapidamentepelas duas Casas.
NoSenado,a propostafoi aprovada em votações rápidas, por unanimidade nas duas votaçõesemplenário. Agora,os senadoresquerem que osdeputados aprovem aPEC paralela em tempo recorde por meio da supressão de prazos. Sem acordo– JoãoPaulo já avisou que não tem intenção de costurar um acordo para su-
primir os prazos regimentais. “A PEC paralela terá tratamento prioritário, mas não tem como fazer isso e nem é bom para umaemenda constitucional”, disse.A Câmara pode ter na pauta da convocação oinício da discussão da PEC que contémos pontosalterados dareforma tributária e o projeto de Lei que regulamentaas Parceria Público-Privadas (PPPs). A regulamentação das chamadas PPPs é fundamental para que o Brasil possa fechar contratos paraobras estruturantes previstas noPlano Plurianual (PPA)2004-2007, que tambémdeve ser votado durantea convocaçãopeloCongresso Nacional. (ABr)
Adecisão daCâmarasobre a cassação do deputado Rogério Silva (PPS-MT) foi adiada para opróximo dia13. Duranteareunião,ontem, para apreciação do parecer do deputadoLuiz Piauhylino (PTB-PE), corregedor da Câmara,osdeputados Severino Cavalcanti (PP-PE)e Nilton Capixaba (PTB-RO) pediram vistas do processo. O deputado Rogério Silva alegou, logo apósa reunião da Mesa Diretora, que o Tribunal RegionalEleitoralde Mato Grosso,encaminhou àCâmara apenas umcomunicado so-
bre a decisão,quando o correto,segundo ele, seriaenviar uma determinação judicial pedindo a cassação do mandato. Recurso – Ele argumenta também queo processo do TREdoMato Grossonão aponta a cidade ou a zona eleitoral, na quais ele é acusado da compra de votos. Oparlamentar disse que vai entrar com recurso noTribunal Superior Eleitoral contra a decisãodo TREdoMatoGrosso. Rogério Silva afirma que qualquer decisão da Câmara só poderia sertomada apósdecisão final do TSE. (AC)
LÍDER DO PPS DISCORDA DO TRABALHO EXTRA
O líder do PPS na Câmara, deputado Roberto Freire (PE), considera desnecessária a convocação extraordinária do Congresso, mas acredita que se o presidente Luís Inácio Lula da Silva decidir convocar deputados e senadores em janeiro não haverá problemas políticos. Ele acredita que não há motivo para o trabalho extraordinário, pois não existem matérias urgentes para serem votadas durante o período de recesso. "O presidente Lula detém as informações necessárias para definir uma convocação. Se ele entende que é preciso convocar o Congresso, não vejo por que criar uma crise política em torno do assunto", afirmou Freire. Caso seja confirmado, o período de trabalho extraordinário na Câmara teria como principal item da pauta a votação a PEC paralela da Previdência (PEC 77/03). A convocação, extraordinária da Câmara, prevista para a segunda quinzena de janeiro, tem gerado protestos dentro e fora da base aliada do governo. (AE)
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Túnel da Rebouças na maquete: a obra será uma boa saída? Pág. 14
O Bronco, exibido na abertura do Salão de Detroit, poderá ser produzido em Camaçari, Bahia, e ser exportado para os Estados Unidos. No DCarro,o futuro do Bronco e as estrelas do Salão de Detroit (dir.), que espera um milhão de visitantes.
Donos de veículos com placa final 1são os primeiros.
O ex-camelô David Portes agora é doutor em marketing. Ensina vendedores a conquistar clientes. Página 9
Americano no Rio. Fichado e feliz. Mell Wildermuth chegou ao Rio, pronto para a foto. Alegremente vestido com a camisa da seleção. Página 13
MESMO ASSIM, JILMAR
TATTO DEFENDE A DECISÃO DA PREFEITURA E REFUTA AS "CRÍTICAS POLÍTICAS"
As obras dapassagem de nível da avenida Rebouças com a avenidaFariaLimavão minimizar os problemas de trânsito na região, mas não vão solucioná-los. A opinião é de técnicos de trânsitoe dopróprio secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto. Masse nãovairesolvero problema, por queentão investir R$ 66 milhões e fazer a cidade sofrerpor11 meses?SegundoTatto, aobra éimportanteporque vaiaumentara
Maquete da Prefeitura mostra como deverá ficar a passagem de nível
velocidade do sistemaviário na região. "Vamos eliminar um ponto crítico. Com a obra, vamos aumentar avelocidade dos carros. Segundo estudos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a redução dotempode percurso seráde 20% a 30%", afirma Tatto. "A única forma de acabar comos congestionamentosna cidade é tirar os carros da rua. E isso só acontece com um bom sistemadetransporte coletivo", diz Getúlio Hanashiro, exsecretário municipal de Transportes nas gestão de Mario Covas, Paulo Maluf e Celso Pitta. "Sabemos que a solução é melhoraro transporte público.Por isso,este governoestá
Operários da Prefeitura retiram o asfalto da avenida Rebeouças
investindo tanto no setor", afirmouTatto. Segundoele, nos últimos meses, o transporte vem apresentando melhorias, que já estão sendo sentidaspelos usuários.Pesquisas recentesdeopinião pública mostram isso. Segundo a Toledo & Associados, em pesquisa feita noano passado,o paulistanonãocoloca maisotransporte coletivo como um dos cincopiores problemas da cidade, como aconteceuem anos anteriores. Onovo sistemade transportecriado pela Prefeitura,chamado deInterligado, vem reduzindo o tempo de viagens dos passageiros. Transferência – Embora reconhecendo que a obra não vai resolveroproblema, jáqueo ponto de congestionamento da Rebouças com a Faria Lima será transferido para um outro local na região, Hanashiro defende a obra. Ele só não entende porque, apesar da construção da passagem de nível, os ônibus vão continuar atravessando a Faria Lima pelaRebouças. De fato,o corredor de ônibus da Rebouças não vai utilizar apassagem denível. O semáforo existente no cruzamento vai ser mantido. "Ele vai atender aos pedestres. Quando o farolfechar, os ônibus vão
Santos, presidente da CET (à esquerda), e Tatto, secretário dos Transportes: mais carros em fevereiro moradorese comerciantesreclamam dos transtornosque a obra já está trazendo para a região. SegundoTatto, essassão as únicascríticas queele aceita ao projeto. "Uma partedos moradores está tendo transtornos. Estamos pedindo desculpas a eles. Mas as demais críticas que estão surgindo são políticase nãovamos aceitálas", disse Tatto. Ontem, o trânsitona região foi,maisuma vez,tranqüilo,o que, ironicamente,preocupa Tatto. "Vocês ficam anunciando que o trânsito na região está bom e vão acabar trazendo de
poderatravessar aFariaLima. Osônibus que descem aRebouças nãovão maisentrar na Faria Lima.As linhasserão remanejadas. O passageiro que estiver em um ônibus na Rebouçasequiserir para um pontonaFaria Lima, teráde descer nocruzamento epegar um outro ônibus que circula pela Faria Lima. O novo sistemade pagamentoda tarifa, o validador eletrônico (que permitirá que opassageiro utilize o sistema por duas horas com o mesmo bilhete) vai possibilitar a baldeação", explica Tatto. Mas segundo o secretário, alguns ônibus vão poder utilizar a passagem de nível. "Queremos criaruma linhaexpressa, que passaria pelapassagem de nível", disse Tatto. Para construir a passagem de nível, de 460metros de extensão,a Prefeituravaigastar cerca de R$ 66 milhões. No próximo domingo, outra passagemidêntica começaráaser construída nocruzamento da avenida Faria Lima com a avenida CidadeJardim. Muitos
Uma nova estação da Luz na paisagem: presente de aniversário
No próximo dia 24, como parte das comemorações dos 450 anos de São Paulo, será entregue à cidade a nova fachada da estação da Luz, na região central, restaurada depois de quase oito meses de trabalho. Ontem os andaimes começaram a ser retirados. Uma nova estação surgirá na paisagem, valorizando o conjunto arquitetônico formado pelo jardim da Luz e pelo prédio da Pinacoteca do Estado. A
Distrital Butantã
Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Carlos Pomarico
Diretor Superintendente
Distrital Centro
Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Roberto Mateus Ordine
Diretor Superintendente
Distrital Ipiranga
Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Reinaldo Bittar
Diretor Superintendente
O Mercadão, um ícone de São Paulo: também em reformas
restauração de todo o prédio, inaugurado em 1901 pela então São Paulo Railway, deverá estar concluída em 2005, a um custo de aproximadamente R$ 30 milhões.
Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Victoria Ayroza Saracchi Diretora Superintendente Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente
Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Vico Mañas Diretor Superintendente
Nessa mesma linha está o prédio do Mercado Municipal, no bairro do Glicério, já em restauração. O Mercadão, como é conhecido pelos paulistanos, é mais um dos ícones da cidade.
Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Ivan Lorena Vitale
Diretor Superintendente
Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Fernando Vaz
Diretor Superintendente
Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 Bortolo Calovini
Diretor Superintendente
volta para cá os motoristas que estãoutilizando caminhos alternativos", afirma Tatto. Para fevereiro,quandotermina, asférias escolares,é esperado um aumento no número de carros em circulação. Segundo onovo presidenteda CET, Dernal Oliveira dos Santos, passam pelo cruzamento Rebouças/FariaLima cercade 6,5 milcarrospor hora."Se a circulação aumentar ese verificarmos a necessidadede melhorara orientaçãoaosmotoristas,aumentamos onúmero de 'marronzinhos', diz Santos. Fernando Lancha
Atraso de verba do BNDES poderá adiar o Paulistão
As obrasdeconstrução do Paulistão (corredor exclusivo parao tráfegode VeículosLeves sobre Pneus) na avenida do Estado podem não ser concluídas neste ano. Issofoi o que anunciou ontem o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto. Segundo ele, o atraso no repasse deverba do BNDES, no valorde quase R$ 500milhões, foioresponsável pelo atrasodaobra.Inicialmente,o Paulistãodeveriater sido entregue no ano passado. Segundo Tatto, o trecho entre o Parque D. Pedro II e o Sacomãestá quaseconcluídona parte de pista. A maior obra fica por conta das estações de passageiros. São nove estações, a, maioria suspensa, entre o Parque D. Pedro II e o Sacomã. "Poderíamos atéentregaro Paulistão sem todas essas estações,masessa nãoénossaintenção. Vamos tentar concluir a obra ainda este ano, mas vejo pouca possibilidade de conseguir", disse Tatto. O Paulistão foi o carro chefe da campanhaeleitoraldoexprefeitoCelso Pitta,em 1996, naépoca batizadodeFura-Fila. Eleito, Pitta iniciou a obra no final de 1997. Ela se arrastou até 2000 e Pittaterminou o
Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 Agrário Marques Dourado Diretor Superintendente
Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010
mandato sem entregar sua principalpromessa decampanha – uma idéia do marqueteiro Duda Mendonça. No final de 2001, Marta Suplicy decidiuretomar asobras e,alémde mudaronomedo projeto,decidiu alteraro traçado original.A linhaganhará um ramal quevai levar ônibus até o terminal de São Matheus, na zona leste, passando por todaa avenidaProfessor Luiz Inácio de Anhaia Melo.
O trecho original (Parque D. Pedro II-Sacomã) tem 8 quilômetros de extensão. Do Parque D. Pedro II até o final do tampão sobre orio Tamanduateí, na avenida do Estado, o corredordeônibus correnasuperfície.Depois dotampão,ele passa a correr sobrevigas. Os ônibus vão ficar até oito metros acima da avenida do Estado. PartedodinheirodoBNDES seria utilizado para a conclusão das obras. Oempréstimo teve de ser autorizado pelo Senado.
A prefeita Marta Suplicysó conseguiuconvencer ossenadores a aprovar a ajuda no final do ano passado. "Não tenho de cabeçaquanto precisaremos para concluir a obra. Mas não é muita coisa", disse Tatto. (FL)
PRODUTOS LANÇADOS NO ANO PASSADO APENAS EM SP GANHARÃO O MERCADO NACIONAL EM 2004
A KraftFoods Brasilfechou 2003com destaqueemsuas três principais áreas de atuação: bebidas, chocolate e queijos. Ao longo doano que passou, a empresa lançou 101 produtos de boa aceitação no mercado.O queijocremoso Philadelphia, por exemplo, que em 2002 vendeu US$ 1 bilhão no mundointeiro, chegou aoBrasil e vaimuito bem no nosso mercado. As informaçõessãodo diretordeassuntos corporativos da Kraft Foods no País, Nilton Galvão. O Philadelphia, por enquanto, sóéencontradoemSão Paulo,masem 2004também serácomercializado emEstados como Rio de Janeiro e MinasGerais,paradepoisir ganhando espaço no País. Outros itens, como o bombom Sonho de Valsa Branco, o biscoito
ClubSocial Integrale ossucos ClightFibras eMaguaryLight tambémapresentaram boas vendas em todos os Estados. Desempenho - Parte do grupo Kraft dos Estados Unidos, a KraftFoodsBrasil teveumfaturamento de R$2,3bilhões em 2002. Com sede em Curitibadesde 2000,a empresaampliou seusnegócios aocomprar a Lacta, líder no segmento de chocolate, e fazer fusão com a Nabisco, uma forte marca de biscoitos, dona doTrakinas, entre outros produtos. Paraseter umaidéia,sóos produtos da Lacta abocanham 35%do mercadobrasileirode
chocolate. OTang,umdos maiores no segmento de sucos empó, tem maisde 50%de participação.
Fermento - Outros exemplos de liderança são o fermento em pó Royal, com 77,7% do mercado em seu segmento, e o Club Social, famoso pelos seus comerciais na TV, que tambémdominaseu nichocom 67% departicipação.A nova versão do biscoitosupracitado, oClubSocialIntegral, foi lançada apenasem SãoPaulo, Rio de janeiro e nos estados da regiãoSul.Suaessênciaé de pãointegral eoprodutovem numaembalagem multipack
Sonho de Valsa é um dos destaques da marca Lacta, dona de 35% do mercado de chocolates no Brasil
Divulgação
com nove pacotinhos de 28 gramas cada um. Atuação mundial - A Kraft Foods International controla várias outras marcas que se destacam nomercado mundial por faturar mais de US$ 1 bilhão por ano. Além da Philadelphia e da Nabisco, que já estãono Brasil,há também as marcasKraft, Post, Oscar Mayer,Maxwell Housee Jacobs, entre outras. SegundoGalvão, aempresa não sabe ainda o faturamento de2003.A Kraft Foods Brasil mantém uma posiçãodedestaque no grupo, a maior companhiade alimentos dos EUA e a segunda maior domundo, com 200fábricasem 150países e100anos no mercado.
Gilberto G. Pereira
Linha de sucos Maguary ganhou novas versões no ano passado
Marca Trakinas de biscoito também ajudou a alavancar as vendas
Grande parte dos produtoresde leite que entregamseu produto hojepara aParmalat no Brasil poderá buscar outros compradores no curto prazo se nãohouverumasolução em vista paraosproblemasda companhia, informou ontem a associaçãoque reúneos produtores brasileiros. Preocupados com a situação daempresa,a segundamaior processadora de leite do País, atrás apenas da Nestlé, eles poderão entregar para outros processadores a partir de março,quandoo mercadodeleite volta a se aquecer no Brasil. "Se eles (osprodutores) pudessem, já teriam ido embora", afirmou o presidente da AssociaçãoBrasileira dosProdutores de Leite, Jorge Rubez. Chuvas - O período de dezembro a março é ruim para o mercado de leite devido à quedada demanda internapelas fériasescolarese ao aumento da produção, devido à boa situação das pastagenscomas
chuvas típicas da estação. Estados - Segundo Rubez, casos de falta de pagamento de produtores pela Parmalat já foram verificados em pelo menos quatro Estados até agora: RioGrandedo Sul,RiodeJaneiro, Goiás e Pernambuco. "Se em março houver comprador, aParmalatfica sem produtores", disse Rubez.
Segundo dados da associação, a Parmalat,incluindo sua controlada Batávia, é responsávelpelo processamento de 18,5% do processamento total deleite noPaís.SegundoRubez, a Parmalat ainda continua honrando os pagamentos aos seus produtorespermanentes, mas tem atrasado os pagamentosaosque venderamparaela no mercado spot (disponível).
A Parmalat no Brasil informouquenão iriacomentaras notícias sobre atrasos nos pagamentos. Fontes na empresa, noentanto, disseram que ocorreramatrasos paraalguns fornecedores. (Reuters)
UNIDADE NO PR RECEBEU R$ 120 MILHÕES
Nilton Galvão diz que Curitiba foi a cidade escolhida para sediar o escritório central da Kraft Foods no Brasil porque já havia uma fábrica da empresa naquela cidadealiás a maior das 11 unidades fabris da companhia no País. Passando a funcionar nesse formato para fazer toda a produção do complexo de chocolates, bebidas e cream cheese na década de 1990, esta fábrica recebeu um investimento de R$ 120 milhões. "Antes, a unidade fabricava cigarros Philip Morris, marca que também é do grupo", diz Galvão. Atualmente, a Kraft possui mais de 10 mil funcionários no Paísquatro mil só no Paraná. Segundo Galvão, a empresa tem investido cada vez mais em políticas de responsabilidade social e de incentivo aos funcionários. "Nossa meta é participar do Fome Zero, doando até o final desse primeiro Governo Lula 2 milhões de quilos de alimentos. Com todos os trabalhos de responsabilidade social que a Kraft faz, atingimos 48 mil pessoas no País inteiro anualmente", informa. A tradição da empresa na área social vem da matriz. A companhia gasta em torno de US$ 30 milhões no mundo inteiro em ações do tipo, com dinheiro enviado dos Estados Unidos. Só para o Brasil são investidos US$ 130 mil nessas atividades por ano. (GGP)
Indústria vendeu bem e podem faltar roupas para o verão
As vendas do segmento de vestuário ficaram bem acima das expectativas no final do ano e surpreenderama indústria,disse CarlosAlbertoMello, gerentede marketingdo Mart Center, segundomaior shopping atacadista de confecções da América Latina.
As vendas acumuladas de novembroe dezembro foram 8% superiores ao mesmoperíodo do ano passado. Ainda assim,foram insuficientesparacompensar aquedaacumuladaentrejaneiro eagosto,de 16% sobre os oito primeiros meses de 2002. No acumulado do ano, as vendas ficaram cerca de 2% inferiores a 2002.
Estoques - O fatode asvendas gerais de fimde ano terem superado as expectativas da indústria do vestuário,como indicamosnúmeros do Mart Center, referência do setor, sugere dificuldades de reposição no estoque de roupas de verão. Isso porque, a partir do dia 20, quando voltam a operar, as fábricas começam a troca de maquinário visando a produção da coleção outono/inverno.
"As fábricasnão vãorepor estoques, pois em janeiro o inverno já começa para elas", diz o presidente da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário),RobertoChadad. "Aindústrianão esperavaquevenderia tanto quanto vendeu. Caso a temperatura suba em janeiro e fevereiro,podem faltarroupas deverão,principalmente nas cidades turísticas", completou Mello. Termômetro - O Mart Center, complexo com 300 confecções, é considerado um termômetro do comportamento de todo o segmento de vestuário, poismovimenta maisde1% dasroupas vendidasnoBrasil. (AE)
A moda inverno em calçados vai ser uma festa de misturas. Mais uma vez, não faltará criatividade em materiais, cores e formas. Mas as botas terão destaque nas vitrines.
Por Claudia Piccazio
Distantes da noção linear de tempo, estilistas de calçados sobrepuseram passado, presente e futuro e suas respectivas paixões,formas e cores e desenharam as coleções do próximoinverno. Nadaficou de fora. As presilhas e o glamour dos anos 20, as correntes e fivelões rebeldes punks – agoraglampunk, neopunk-dos anos 80, as estampas psicodélicasdosanos 60emsua mais completa visão futurista. As logomarcasdos anos90, oestilo étnico de sempre. Nos materiais, a festa das misturas. Nasformas, asmais ousadas: o clamor pelasbotas extra-longas. Na cartela de cores, todas. "É que
Novos couros, novas cores e novos desenhos tornarão as escolhasmasculinas decalçados bemmais emocionantes.Essa é uma das promessas da próxima fornada de lançamentos de inverno. O modelão preto/marrom/azul-marinho está,portanto, atésegunda ordem, aposentado. Outra promessaé oconforto. Ele dá o tom a praticamente todas as coleções. Os fabricantes do setor anunciam que perseguiram a maciez e a flexibilidade e por isso a escolha de materiais exóticos como os couros de avestruz e carneiro. A marca Doctor Shoes deixou bem clara a preocupação ao lançara linhaanti-staffa,em couro mestiço vegetalizado.
num mundo com tantas transformações e novidades, conseguimos resgatar a fantasia e os conceitosde outras épocas proporcionando uma verdadeira viagem no tempo", explica Jorge Bischoff, designer consultor da31ª Couromoda, um dos maisimportantes eventos do setor que se realizará no Anhembi, em São Paulo, nos dias 13 a 16 de janeiro. Na feira serão lançadas as coleções de inverno dasmarcas mais importantes do País. Quem igualmente festejaas novas tendências é Juan Almada, presidente daAssociação Brasileira de Estilista deCalçados Brasileiros e Afins, a Abeco. "Hoje a cartela de cores para o inverno éextensa.Antes omarromeo preto cobriam70% dosprodutos no inverno. Hoje esta porcentagemestá seinvertendo. É uma vitória, principalmente num país como o nosso, tropical", diz. Retrô, Pop Art, Glampunk, Esportivo Chic,
A atriz Nívea Stelmann vai ajudar a vender os calçados femininos de inverno da Dakota. Botas arrojadas foram criadas para usar com minissaia.
Tecnologia, Instinto, Identidade, Essencial...Roteirizados por grandes temas, os estilistas seesbaldaram.O retrô chamou o passado. O glamour dos anos 20, anos 50. Sofisticação nos bicos arredondadose presilhas sobre os pés inspirados nasmelindrosas ebicosfinos bem aos anos 50. O tweed e o
verniz, o opaco e o brilhante, a risca de giz eo veludo. Toques de vermelho ou rosa antigo contrastam com os tons de tweed e o preto. Boneca – Os sapatos salomé e boneca da Vizzano foram inspirados nessa forma arredondada: as linhas são delicadas, as costuraslembram risca
Sucessos da estação passada estãode volta,só quereeditados. É o caso dos sapatos com a aparência de usados, muitos até comefeitosque lembram lama e graxa. Aliás, queridíssimos pelo público jovem. Formas – O bico quadrado perdeu a agressividade e sua forma foi ligeiramente arredondada. Em sintonia com a novaconcepção, amarcade
O setorde calçadose artigos decourovai conferiroslançamentos da moda outono/invernona 31ª Couromoda a partirde terça-feira.Considerado o maiorevento especializado da América Latina,a Couromoda -FeiraInternacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Courotem emseus 900 expositores 80% de toda a produção nacional e com isso a garantia de exibir as principaistendências da moda feminina, masculina, infantil e esportiva.
Marcas importantes, que influenciam de formadecisiva o mercado, aguardamo evento paralançar seusprodutos,antesmantidosa sete chaves.A indústriaeo varejofecham seusnegócios em funçãoda amostragem de tendências, tecnologia e marketing do setor lá apresentados. Nos próximos dias, entre 13 e 16 dejaneiro, o pavilhãode
exposições doAnhembi eseus 55milmetros quadrados,em SãoPaulo, receberáexpositoresde 15estados brasileiros e de oito outros países. O público da feira é formado principalmente por compradores: lojistas, atacadistas, distribuidores e importadores. Antesde tomaremsuas decisões,elespoderão assistir aos desfiles programados. Chamados de Couromoda Fashion Show, os desfiles serão realizados em duas edições diárias, nos quatro dias de feira e têm a intenção de mostrar o melhor das coleções em calçados femininos, masculinos e infantis, além de artigos esportivos, bolsas e acessórios. Vale o destaque para o desfile dodia 14,quarta-feira às14 horas, o Shoe Trends 2004. Orquestrado pelodesignerJorge Bischoff, ele apresentará os cincograndes temasdapróxima temporada.
A marca Free Way vai usar tons escovados nos calçados de inverno
calçados San Marino preparou uma linhade calçadosesporte fino. Escovados empontos específicos,ficaram com a aparênciade antigos. As cores whisky, marfim ecafé possibilitam novas escolhas.
Osapaixonados pelosmocassins podem festejar. Ele voltacom forçatotal e lugarde destaquena estação.Apostando nessa linha estáamarca Lerrover que traz um novo solado. AJacomettisaicom40 modelos produzidos em couro decarneiroe uma cartelade corescommais de10opções, dos tons terrosos ao preto.
de giz. Na cartela de cores, pink e terrosos.Alinhaapresenta ainda os bicolores depreto e branco, burgundie com rosa.
As estampas psi codéli cas, grafismos e desenhos geométricos da Pop Art trouxeram as botasde cano alto, muitas botas. O material é o verniz oustrech eascores: preta,branca, bicolorem preto/branco, amarela, laranja e azul. As botas lançadas pela Ferrucci, inspiradas nosanos 60,têm saltosbaixos e médios,diversas alturase sãobicolores. A marca utilizou ainda em outraslinhas desuascoleção tecidos diversos como o nylon, verniz, couro e o vinil transparente. Multicolorida, adorou o amora,vermelho, azul cobal-
to, verde folha e mostarda. Glampunk éo luxo rebelde traduzido emverniz, vinil,detalhes em xadrez escocês e estampas grafitadas. Não faltarão correntes,taxas, fivelões, zíperes e os efeitos em gliter. A cor, claro, é o preto. Aforma, evidente, botas longas e extra-longas e de bicos finos. A Vizzanomarcou o neopunkem suascoleção com os saltos de metal, fivelas compassador e ponteiras,taxas,ilhosese metais. O verniz, o vêneto, detalhes de xadrez escocês, o nylon e o brushoffmetalizado servem de matérias primas. Nas cores,o preto,branco e vermelho.
O esportivo chic inspirado navelocidade enas academiasdos anos80,serviu de referência para a Dumond que trabalhou com o vinil e detalhes em cores fluorescentes nos scarpins de salto alto e fino e nos coturnos.
A Faccos programou a linha Sinous, com modelos esporte em mestiço estonado, forro de couroesolado deborracha.A linha Social Italy traz sapatos sociais em mestiço palha e forrode couro,comintençãode leveza e conforto.
A Doctor Shoes brinca com os tons marrom e caramelo na coleção (foto acima). Gianechini vai promover os calçados Democrata (dir.)
Nãoésó noBrasilqueestouram escândalosem empresas, e vêm as mazelas cujos autores sãoou deveriam ser os mais interessados, os dirigentes, proprietáriosou co-proprietários ounão. Agora temos um enorme escândalonaItália, como rombo praticado na Parmalat por seu presidente e também poroutros diretores, pois ninguém rouba sozinho na administração dessas empresas,sobretudo quando são de elevadas dimensões, como a do leite.
Tornou-se moda, nos últimos anos, a opinião, segundo a qual as empresas devem ser dirigidas e administradas por especialistas, vale dizer os formadosem escolasespecializadas ou economistas. Foi a própria classe desses profissionais que criou a lenda - pois é uma simples lenda bem urdida - que as empresas de famílianão devemdirigir os próprios negócios, pois esses devem ser entregues aos portadores de diplomas de administração ou economia. Uma sagacidade que "pegou", sem provas cabais. Para se ter uma idéia, na última Veja há um exemplo interessante,e nãoprecisamos citar nomes paratermos credibilidade. Em SãoPaulo vá-
riasempresasdefamília ou constituída de particulares não profissionaisemadministração e ou economia confirmama tese,dequeninguém contesta um provérbio,o dequeoolho dodono engorda o cavalo. Vemos no casoParmalat queestranhos aos proprietáriosacionistas meteram amão emcheio no dinheiro da empresa e foram pegos pela justiça. Oamplonoticiário arespeito da Parmalat confirma queaté umpassadorecente não secogitava queos administradores diplomados e os economistastambém diplomados é que deverão cuidar dos interessesalheios,medianteoganhode gordíssimos salários. A tese foi amplamente aceita, porter sido bem temperadapelas corporações e por empresários, que se deixam impressionar pelos argumentos.Os resultados são, porém, inegáveis, a empresa de família ou de poucos sócios não diplomados podem ir muito bem. Valha-me oexemplo daParmalat,mafiosamente assaltada por seus dirigentes não proprietários.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Faz decontaqueestamos noprimeirodiade aula de alfabetização econômico-política.A professora escreveno quadro negro: b=impostos são custo de produção, por isso integram opreço final dos produtos; a=impostos reduzem arenda disponível dosconsumidores e empresas. b+a=ba=a possibilidade de desenvolvimentode umpaísdepende portanto, antes de mais nada, de quanto o estado custa para a produção, e de quantarendasobra aos empresários para produzir e aos consumidores para consumir.
Vamos, agora, parar o "faz-de-conta" e, como já somos todosadultos escolados, pensar com nossa própria cabeça. No Brasil atual o insumo de maior custo para a produção é oEstado, que cobra maisde 1/3sobre tudo o que éproduzido no pais (36,5% do PIB). Simultaneamente (embora as arrecadações diretas sobre a renda dasempresas edos consumidores já estejam incluídasnesses 36,5%)as
captações aplicadas diretamente sobre asrendas das empresas e dosconsumidores têm o efeito cumulativo de reduzir as disponibilidades de investimento empresarial e de compra dos consumidores. Isso reduz aprodutividade internae acompetitividadeexterna. Agora pensemosse submetidos ao axioma desse b+a=ba épossível se viabilizar o pretendido desenvolvimento. Como nuncao desenvolvimento dequalquer nação se acha subordinado às influências dominantes da globalização. A equação desenvolvimentista vai de "a" a "z". Duas coisas porém são evidentes: é que nada oupouco podemos atuarquantosàs variáveis externas que vão de "c" a "z" e queem qualquercaso as variáveis externas dependem de aplicarmos corretamente o "b+a=ba".
Aplicar internamente o "b+a=ba" não consta da política econômico-financeira que está sendo praticada. Isto suporia, antes de tudo, reduzir o custo do estadoque éo insumo que
OPresidente daFederação dasAssociaçõesComerciais do EstadodeSão Paulo-Facespe da Associação Comercial de São Paulo - ACSP, Guilherme Afif Domingos, agradece e deseja um feliz 2004 a:
AbdoAntonioHadade, Vice-Presidenteda ACSP; Aciperv;ACISO Sales Oliveira; ADAG ServiçosdePublicidade Ltda.; Adauto Pereira, Ministro de Estado dos Transportes; Adilson Barroso, DeputadoEstadual;Adizes; Advocacia Marcelo Manhãesde Almeida; Advocacia Mariz de Oliveira; Afanasio Jazadji, Deputado Estadual; Alcides Lopes Tápias; Aggrego Consultores; Aldaíza Sposati, Secretária Municipal deAssistência Social;Alencar Burti,Presidente do ConselhoDeliberativodo Sebrae-SP; Alexis Mozarovski; Nextel; Alon Alexander, Chefe doEscritório Econômicono Brasil do Estado deIsrael; Aluisio de Oliveira, Presidente daEngetron; Alvaro Augusto Ribeiro Costa, Advogado-GeraldaUnião; AndreaSandro Calabi, Secretário de Estado de Economiae Planejamento; Anis Kfouri Jr., Kfouri Advogados; Antoninho Marmo Trevisan, TrevisanAuditoria, Consultoria eEducação;AntonioAugusto Coelho, Associação Comercial eEmpresarial deMatão; AntonioCarlos de Lauro Castrucci; Antonio Delfim Netto, Deputada Federal;Antonio HermannD.M. Azevedo, Aggrego Consultores; Antonio João Santo, Conselheiro Consultivo da ACSP; Antonio Salim CuriatiJr., Ve-
reador; ArmandoMonteiro Neto,Presidente daConfederaçãoNacionalda Indústria; Arnaldo Madeira, Deputado, Secretário-Chefe da Casa Civil; Ary Fossen, Deputado Estadual; Associação Comercial doPará; Associação Comercial e Empresarial de Cotia; Associação Comercial e Empresarial deOsasco; Associação Comercial e Industrial de Chavantes; Associação Comercial e Industrial de Vinhedo; Atento Brasil; Augusto Campos, Vereador; AutoBan; Barjas Negri, Secretário deEstado da Habitação; Benigno Bernardes Corrêa eValdirPiresRomano, Superintendente e Gerente Geral de Governos do Santander Banespa; Benjamin Chaia, Presidente da AssociaçãoComercial eIndustrial de CampoGrande;Beth Sahão, Deputada Estadual; BMW do Brasil; BrasilConnects Cultura &Ecologia;C.Beatriz PadovanPacheco, Pinheiro Neto Advogados; Caldini Crespo, Deputado Estadual; Carlos Eduardo D. Fleury, Associação Brasileira das Entidadesde Crédito Imobiliário e Poupança - Abecip; Carlos Eduardo de Miranda, Gerente Nacional de FranquiasdaHertz CarRental;CarlosFagundese Helio Yojo, Integral Trust- Serviços Financeiros; Carlos Henrique Levandowski, Presidenteda CNDL; Carlos Militelli, EPSEvent Planning Solutions; CarlosSilva; Cassio Arouca e família; Celso Bruno Faria, Presidente daFederação das Câmaras deDirigentesLojistas do Estado doRio de Janei-
Rua
mais pesa na produção e no bolso do consumidor. A contenção daelevação do dólar,a reduçãodo risco Brasil, a valorização dos títulosbrasileiros nomercado financeiro mundial apenas significamque o mercado globalizado perdeuo medo do "risco Lula". Mas sob o ponto de vista econômico esserisco continua omesmointernamente: agravadopelo riscode aumentodocusto
Estado. As condiçõesestruturais internasdo "b+a=ba" não se alteraram. Assim, deixo por conta do leitor as previsões de um 2004 significativamente melhor doque o desastroso 2003.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? – Um depoimento (Editora Senac) e-mail: bdebarros@sanet.com.br
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AscartasàRedaçãopoderãoserencaminhadas,também,por e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou pelo fax (0xx11) 3244-3046. As cartas poderão ser resumidas pela redação, publicando-se, apenas o essencial.
Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800 caracteres,sedigitados, ou 40 linhas de 70 toques cada,se datilografados.
Falta o gerente geral
Do alto da experiência de mais de 30 anos de quem tem a obrigação profissional de lidar com os diversos níveis de governo, detoda sorte,espécie e tendência e a mero título decolaboração,meatrevo a sugerir ao presidente da República que contrate urgente um gerente geral para operar a administraçãodo Brasil. Tem faltado alguém que, a exemplo dainocente piada, seja o executivo eexecute as decisões. Diz a piada que o menino mal entradonas calças compridas se apresentou na diretoria do banco para falarcom opresidente.Perguntado sobrequemqueria falar com oimportante banqueiro foi taxativo: é o executivo da empresa Tal&Tal, importante cliente do banco. Ao final da apuração se esclareceu, na palavra do "executivo": o presidente mandou o diretor, o diretor mandou o gerente, o gerente mandou o chefedodepartamento, este mandou o chefe de seção e ele me mandou. Vimexecutar a ordem. Sou o executivo.
Quem faz?
Piadainfameà parte,tem faltado ao governo Lula quem execute as ordens. E, na contrapartida aparentemente ineficaz, pela ausência de quemascumpra,há gente demais decidindo e mandandocumprir.Agrava asituação ofato de queos caciques mandantesnem sempredão ordens na mesma direção. Os jornais têm sido pródigos em noticias as esferas de influência, osgraus de poder,as disputasde bastidorespormais força e prestígioentre ministros como José Dirceu, Antonio Palocci e até Luis Gushiken,emboranão visto, mas depeso. Aparecemnamídia toda hora o presidente do PT, o líder do partido no Congresso, mas as coisas não an-
dam,as decisõesnão sãoimplementadas, ou são mal implementadas ou demoram a ser, dando um ritmo lento, quase parado à administração federal, no que não diz respeito à relação com o Congresso Nacional.
Vai e vem
Quem precisacircular permanentemente por Brasília sabe do que falo. São idas e vindas embusca de interlocutor, de agente de decisão, dequem façaas coisasacontecer. Namaior partedas vezes, ninguém se atreve a decidir ouagir sem antessaber o quepensam osministroscitados. Apilhadeconsultas, telefonemas, pedidos deaudiência e processos a despachar ficou tãogrande, nestes ministérios, que parece tudo estar paralisado.
Fazer andar
Um gerente geral, desvinculado– sefossepossíveldas amarrações políticas (nada se faz ou se decide sem se medirimpactose desdobramentos políticos e eleitorais) seria o ideal para fazer o governo andar. A impressão geral que o país tem de que o programa Fome Zero não sai do lugar e a mesma que se generalizaemtudo, na sociedade, que depende de decisão de alguém no Planalto ou em suas filiais país afora. O PT paga – e o Brasil tambémo preço do noviciado. Já é hora,no segundoano degoverno,queas coisas comecem aandar engraxadas.Paradeixaremdeser tragicamente engraçadas.
Quem sabe, sabe
Ainda não haviasaudado a volta do Eymar Mascaro ao DC. O melhorcolunista político das plagas tupiniquins. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
Onde estão a sonda Spirit e as máquinas do rally Paris-Dakar? Resposta:
Marte está à esquerda e o deserto marroquino, à direita.
Já no clima das comemorações de aniversário da cidade, lojistas de rua e de shoppings antecipam promoções para este mês. A Liquida São Paulo (que ainda está aceitando adesões) fará parte da Sampa Fest. A idéia é fortalecer o turismo de compras na Capital. Página 9
Varejistas apontam alternativas para reduzir custos de ocupação nos shoppings. Veja as propostas na página 9 e a luta dos comerciantes no site www.dcomercio.com.br.
A Hooters aposta no potencial do Brasil
Além do IPVA, que já está sendo cobrado (veja os prazos em www.dcomercio.com.br), começam a chegar neste mês à casa dos contribuintes os carnês do IPTU e da taxa do lixo. Os dois impostos tiveram aumento de 8,5% em relação ao ano passado. Para quem pagar o IPTU a vista, haverá desconto de 8,5%. No ano passado, era de 5%. Página 10
Dedo por dedo, foto por foto. E uma crise.
Mais 600 turistas americanos chegaram ontem ao Rio, de navio (foto). Foram fichados. Nos EUA, Colin Powell advertiu: "É discriminação do Brasil". Página 14
DÓLAR
O BC comprou dólares ontem no mercado para elevar as reservas do País. E não é que a cotação caiu? A confiança continua. Página 7
A direçãoda RedeGlobo movimentaseu departamento jurídicopara reclamar,naJustiça,contra reportagempublicada pelo jornal do bispo Edir Macedo, a Folha Universal,acusandoa emissoradoJardimBotânico depegardinheiro do BNDES para ampliarsuas instalações. A briga é empresarial mas, acima de tudo, é política, também.
A acusação que a Globo faz ao dono da TV Record, concorrente direta, ocorre no instante em que emissoras de rádio etevê, jornais e revistas,negociamcom o governo o Proer da Imprensa, nos moldes do Proer dos Bancos.
Não se sabe se a Record, com a denúncia, quer proteger o dinheiro do contribuinte. Ouse também pretende abocanhar algumas fatias das gordas verbas oficiais, que estariam sendo canalizadas para a Globo...
AGlobo acusaaRecord pelosataquessofridos naFolha Universal; a Record se defende, dizendo que as duas empresas – TV e jornal, são independentes, apesar de pertencerem ao mesmo conglomerado industrial.
No fundo,o quepode estar emjogo éo quedeve acontecer futuramente: a Globo tentando impedir a eleição do bispo Marcelo Crivela a governador do Rio. Senador eleito com larga margem de votos, Crivela é candidato em potencial, não só à prefeitura carioca mas, sobretudo, à sucessão de Rosinha Garotinho.
Crivela está nos EUA negociando, em nome do Congresso, a liberação de cerca de mil brasileiros que estão presos na fronteira com o México, porque tentaram entrar no país de Bush clandestinamente.
UMA FESTA
Todo mundo quer meter a mão num naco do dinheiro do BNDES: foi o que o presidente do Flamengo, Márcio Braga, foi fazer em Brasília. No encontro com Lula, Braga pediu o parcelamentodadívida doclube com o INSS. Ou, se possível, uma ajudazinha do governo aos clubes defutebol. Um Proer da Bola.
NÃO DÁ LIGA
Misturaram água com vinho; ou,Bornhausencom Brizola.Querem osdoiso PFLe PDTunidos naseleições do Rio.
DUAS PONTAS
Ato-1: os tucanos querem Maluffora da eleiçãode prefeito paraque Serra, se foro candidato,crescernas pesquisas.
Ato-2: Os petistas acham que seMaluf nãose candidatarserá mais fácilMarta Suplicy se reeleger.
HUMILHAÇÃO
Enquanto, de um lado, César Maia trabalha pela revogaçãoda medidajudicial que obriga a identificação de todos os americanos que desembarcam no Brasil, outrospedem ocontrário: que se endureça mais o jogo e se exija que os americanos tirem os sapatos no ato da revista. Isso para vingar a situação humilhante aque se submeteu, no aeroporto dos EUA,o ex-chanceler Celso Lafer,que foirevistado até nos pés descalços.
MAIS PRAZO
Depois de um ano no governo, o ministro Jacques Wagner pede mais 30 dias deprazopara apresentar a Lula um projeto de criação de empregos. Nãocusta repetirqueoBrasil convive com quase 13milhões de desempregados.
PERGUNTA
O que fazer, além de protegerseus direitos humanos, com um homem, frio, que confessa, sem qualquer remorso, ter assassinado e abusado sexualmente de 12 meninos no RioGrande do Sul? Com a palavra o ministro Márcio Thomaz Bastos, defensornº1 dosdireitos humanos de bandidos.
REFORMA-1
Não é Lula que atrasa a escolha dos peemedebistas
O presidente do PDT, LeonelBrizola, deuontem umultimato para que o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, deixeopartido. Aomesmo tempo, a legenda se aproxima doPFLpararealizar alianças naseleições municipais. "A reinserção dele (Miro) vai ser dificultosa eele temdito àImprensaque já está cogitando outro partido. Tudo que ele fez demonstrou opouco apreço quetem peloPDT", disseBrizola a jornalistas.
O PDT tem outros três representantes no governo, entre eles o presidentedos Correios, AirtonDipp.Segundo Brizola, ele já informou ao partido quevaideixarocargo, após realizar um balançoda sua gestão na instituição. Namoro ou amizade? – As declarações deBrizola foram dadas após reunião com o pre-
sidentedo PFL,o senadorJorgeBornhausen (SC),realizada nacasado pedetista,naavenidaAtlântica, emCopacabana. O encontro, de duas horas, deu o empurrão para que os diretórios regionais dos dois partidos comecem a costurar as alianças para as eleições de outubro. Mas as peculiaridades regionais serão respeitadas.
"Asalianças estão abertas. Estamos recomendando aos nossos companheiros em toda a parte queabram espaço para conversar com o PFL", disse Brizola, ressaltando que as conversas devem se distanciar "da questão ideológica".
Desemprego une– Tanto o PFL quanto o PDT fazem oposiçãoaogoverno Lula. Para Bornhausen, oquepode unir os dois partidos é o combate ao desemprego. "Temos posições diferentes, programas diferen-
tes, mastemospresentesempre o Brasil. O que une PFL e PDT é o desejo de o Brasil gerar empregos, educação. Isto é tradição do PDT edo PFL", disse Bornhausen. Apoio – Brizola admitiu que o partidopode apoiara reeleição do prefeito César Maia,
queédo PFL, masjáfoi do PDT. O PDT poderia ter a viceprefeitura. "César Maia é um baita quadro no Rio de Janeiro. Temos condições de ajudá-lo". Maiaéapontado comoocandidato favorito dos eleitores cariocas em recentes pesquisas de opinião. (Reuters)
que vão integrarseu ministério.Éo PMDBquecontinua rachado, com mais candidatos a ministro do que vagas no governo.
REFORMA-2
Mas, o grosso da mudança ministerial virá em maio, quandoLula seráobrigado a mexer na equipe após a desincompatibilização de assessores quevão disputar as eleições de outubro.
O QUE FAZER?
O fechamento do trânsito na Cidade Jardim, na direção do Morumbi,a partirda FariaLima, podeser catastrófico para os 200 empregados doEmpório Santa Maria, ameaçados de demissão. Os comerciantes da região afetada por obras daPrefeitura calculam queseu movimento diáriosofra umaquedade 50%, ou mais.
MEIO A MEIO
Os comerciantes, quesão massacrados com uma carga pesada de tributos reclamam da falta da melhor organograma nas obras da Prefeitura. Acham, por exemplo, que primeiro deveria ser concluída uma das obras para, depois, aPrefeitura iniciara outra. Mas, não foi o que aconteceu: a Prefeitura mexe nasduas pontas ao mesmo tempo: Faria Limacom Rebouças e Faria Lima com Cidade Jardim.
PROPAGANDA
A Prefeituraestá fazendo propaganda por telefone de suas duas obras na Faria Lima, sobretudo com moradores do Itaim-Bibi,a área mais afetada. O telefone toca euma vozsurge fazendo a publicidade subliminar da Prefeita, que é candidata à reeleição.
MAIS BRIGA
O presidente Lula se esqueceu de que é torcedor do Vasco, no Rio,e aceitou tirar fotografia vestindo a camisa de seu maior rival, a do Flamengo. Lula comprou uma briga feia comos torcedores vascainos.
BANHO-MARIA O PDT promete tirar a candidaturade Paulinho Pereira, da Força Sindical, à Prefeitura, do estado de paralisia em que se encontra, agitando os eleitores. Ver para crer.
REUNIÃO DE MINISTROS SERVIU APENAS PARA DIAGNÓSTICO. PALOCCI MOSTROU OTIMISMO.
Sete horas de reunião entre o presidente LuizInácio Lulada Silva, dez ministrose o presidentedoBanco Central, não foram suficientes para o governo divulgar medidas efetivas para o combate ao desemprego e oincremento da economia, temas básicos do encontro. Coubeao ministro Antônio Palocci (Fazenda) informar à Imprensa que os ministros realizaram um diagnóstico de suas áreas visando os dois assuntos principais do encontro. Nos próximos dias – E le afirmou que nos próximos dias os demais ministros irão divulgar medidas específicas que aindaestavam sendo tratadas na noite deontem. "A reunião foi para discutir crescimento sustentável... Aretomada do crecimentoeconômico sedá nestemomento", insistiuPalocci, lembrando queo desenvolvimento seráfeito dentro das medidas de rigor fiscal. "O Brasildecidiudeforma definitivaser umpaísarrumado",enfatizouum sorridente Palocci, que utilizou durante a entrevista pelo menoscinco
João Paulo: emenda paralela não vai passar sem alterações
O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), disse ontem ser "impossível" aprovar, na Câmara, a proposta de reforma constitucional (PEC) paralelade reformadaPrevidência –que suavizaalgumaspartes dareforma previdenciária aprovada pelo Congresso–sem alterações no texto aprovado pelo Senado. "Não sei o alcance da mudança. Mas, do jeito que ela veioé muito difícilsair".Ele dissequemuitos deputadose bancadas têmsugestões adar, nesta nova fase. (AE)
vezes a palavra "otimismo" para qualificar 2004. Saneamento – Sobre as prioridades, o ministro disse que osaneamento éuma área que precisa de "concentração de esforços". Otemarecebeu atenção especial nareunião e, segundo Palocci, o setor já tem cronograma para este ano. Para ahabitação, prometeucrédito imobiliário.
Além dasáreas prioritárias, o ministro informou, de forma resumida, que foram discutidas medidas nas áreas de infraestrutura, de defesa de concorrência, distribuição de renda, para as micro e pequenas empresas, medidas para facilitar o aspecto tributário e formalização do pequenonegócio, além doprojetoParceria PúblicoPrivada (PPP). Agronegócio– Palocci destacou o papel do agronegócio em 2003 e previu melhora em 2004 com geração de 1,3 milhão de empregos neste ano. O ministro lembrou que a análise do emprego por região mostrou que de 1 milhão de empregos geradosno ano passado, doisterçoslocalizaram-se no interiordoPaís,como naregião Centro-Oeste. Apesardos empregosgerados, ogovernoLulaapresentouemnovembro taxadedesemprego, superior a 12% sendo que o País fechou 2002 com 10,5%. (Reuters)
Reforma ministerial pode crescer e ir além da troca de nomes
Cresce no governo e no PT a convicção dequeareforma ministerialpode demorar um pouco mais, porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará mudanças mais amplas do que pretendia inicialmente. Nas conversas de bastidores entreos principaiscolaboradoresdo presidentecogita-se nãosó acriaçãode umanova estrutura únicapara centralizar os programas sociais, como atéde umsegundo ministério – o do Desenvolvimento, que seria desmembrado da Indústria e ComércioExterior e entregue, possivelmente,ao atual ministroda Integração, Ciro Gomes. A tesede adiarpara abrilas mudanças mais profundas surgiu para atender ao vicepresidenteJosé Alencar, mantendoatélá oministro dos Transportes, Anderson Adauto(PL), quesairiapara secandidatar aprefeitode Uberaba (MG). Agora, porém, a avaliação é de que esta hipótese perdeu força pela dificuldadede contemplartodos os aliados com um reforma pragmática. (AE)
Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, encaminhará um protesto formal ao Itamaraty. Empresas de turismo já perdem dinheiro no Rio de Janeiro.
O secretáriode Estadonorte-americano, Colin Powell, afirmou ontem em Washington que apresentará uma queixa pessoalao ministrodas Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, contrao sistema de controle deidentidade imposto aos cidadãos dos EstadosUnidos.Na opinião de Powell,a posição brasileira é "discriminatória".
Seja comofor, o fato éque o "fichamentode cidadãosamericanosnaentrada noBrasiljá abriu uma crise, pelo menos de caráter financeiro.
Segundo osecretário deTurismo do Rio de Janeiro, Sérgio Ricardo de Almeida, 600 turistas americanos desistiram de vir ao Rio por causa da exigência de identificação.
Além disso,umaempresa norte-americana que mandaria um grupo de 240 funcionários para passear na cidade cancelou a viagem devido às exigências de identificação. Com o cancelamento, a cidade deixará dereceberUS$720 mil, ouR$ 2milhões, estimao secretário.
NotadoItamaraty – O ntem, o ministro Amorim pediu à embaixadora dos Estados Unidos no Brasil,Donna Hrinak, que o brasileiros sejam dispensadosda identificação ao chegarem aos EUA.
Aosereferir àsmedidasde identificação dos norte-americanos no Brasil, determinadas pela Justiça, o ministro ressaltou que as principais preocupações do governo brasileiro são com a manutenção do "alto nível" das relações entre Brasil eEstados Unidosecom aga-
rantia de um "tratamento condigno aos nacionais brasileiros" que visitam opaís. "É sob essa ótica queestásendoexaminada a aplicaçãodo princípioda reciprocidade,elemento básico das relações internacionais, no controle de entrada de cidadãosnorte-americanos no Brasil", disse o ministro. A embaixadora também defende a tese de que os cidadãos norte-americanos estãosendo discriminados pelo Brasil. Semvingança – Ojuiz de1ª instância da Justiça Federal em Mato Grosso,JulierSebastião da Silva, tem enfatizado que as
Mark Borovitz e sua mulher Harriet Rossetto reclamaram da identificação feita no convés do transatlântico Amsterdam, ontem no Rio. Em Brasília, o ministro Celso Amorim (à esquerda) pediu que os brasileiros sejam liberados da identificação ao chegarem aos EUA.
novas medidas de segurança impostas aos cidadãos norteamericanos que visitam o Brasil nãosãouma"vingança" contra os EstadosUnidos, explicando que ainiciativa de identificar estrangeiros, inclusive brasileiros, partiu dos Estados Unidos. Está previsto, na sentença, que as medidas de segurança sejam mantidas em vigor apenas enquanto perdurar o mesmo sistema nos EUA. O juizjáestevenosEstados Unidos e em países comoInglaterra, Espanha, França e Portugal. Em 2003, foi ao Uruguai para interrogar o bicheiro
A polícia encontrou ontem o corpo de uma criança em Soledade (RS), após indicação feita por Adriano daSilva, 25, acusado de crimesna região norte do Estado. Um exame de DNA deverá confirmar a identidade davítima.Há suspeitasdeque o corpo seja de D.O.H., 10, desaparecido desde abrildo ano passado."Ele indicou olocal comprecisão", disse odiretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), João Paulo Martins. "Elerelata que matouessa criança como matou as outras: mediante umgolpedearte marcial ele imobilizava [a criança] e depois, com uma espéciedecorda, causavaaasfixia, apertando o pescoço", afirmou Martins.
Capturado na última terçafeira emMaximiliano de Almeida, no norte do Rio Grande doSul, Adrianoda Silva confessou o assassinato de 12 crianças em Sananduva, Erechim, Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Soledade. Ele estava sendo caçado desde sextafeira, porquefoi aúltima pessoa vista como menor D.B.L., de 13 anos, que foi encontrado morto algumas horas depois, emLagoaVermelha.A frieza das confissões e os detalhes descritos por Adriano da Silva
surpreenderam odelegado Paulo Floriano Machado. "Ele parece o maníaco do parque, de São Paulo", comparou. Notoriedade – Aconfissão podeesclarecer asériede13 desaparecimentos de crianças, com dezmortesconfirmadas, ocorrida na região desde março do ano passado.Mas a polícia ainda nãotem certeza de queele tenhasidooautorde todos os crimes confessados. Segundo os policiais, Silva teria se entregado dizendo que havia gente inocente na prisão. Para alguns dos crimes que Silvaassumiu apolícia mantém investigações que apontam para outrosacusados. Acreditase que elequeiraassumircrimes que nãocometeu em bus-
OMinistério PúblicoEstadual de Porto Ferreira vai apelarda sentençadajuíza Sueli JuaresAlonso, da1ª VaraCriminal da cidade,que condena o empresário Carlos Alberto Rossi a quatro anos de reclusão pelos crimes de corrupção de menores e favorecimento à prostituição na cidade. O MPE alegaquea juízanãoconsiderou o crime hediondo e o estupro com violência presumida.
AlémdeRossi,o garçom e suplente de vereador Valter de Oliveira Mafra foi condenado a 33 anos e seis meses de reclusãopor formaçãode quadrilha, corrupçãode menores e favorecimento à prostituição. Além de Mafra e Rossi, outras 13pessoas– entreelas parlamentares e funcionários públicos – são acusadasde participardefestas efazerem sexo com menores. (AE)
cade notoriedade.Umgrupo deseis traficantesé mantido preso pela políciapelo sumiço de quatro e morte de três garotosde Soledade. Em Passo Fundo outro grupo de traficantes foi acusado da morte de um menor.Em Erechim, um taxistaestá presopeloassassinato de uma menina. Em novembro, Silva chegou a serinterrogado pelaPolícia Civil dePassoFundodurante investigaçõessobre amortede um menor. Na ocasião, ele deu nome falsoe foi soltopor falta de provas. Antes de desaparecer, o garoto teria sido visto em umfliperama com Silva.No dia 17 de dezembro, uma ossadaquepode serdomeninofoi localizada. (Agências)
JoãoArcanjoRibeiro, preso naquele país. "Nunca tive tratamentodeselegante porparte da imigração eminha decisão nadatem aver comretaliação ou vingança", justificou. Porto – Foi realizada ontem aprimeira operação deregistro dos turistas norte-americanos no porto do Rio de Janeiro. Dos 990 passageiros do navio de bandeira holandesa Amsterdã, que atracou às 7h15 da manhã, vindo de Montevidéu, 625 eram dos Estados Unidos. Por voltadas7h30,estavama bordo agentesda Vigilância Sanitária e14 agentesda Polí-
Senador Suplicy faz crítica elegante a obra de sua ex-mulher
O senador Eduardo Suplicy, (PT-SP) disse ontem que –apesar dobarulho,dostranstornos e do aumento do tráfegode carrose caminhões por sua rua–nãoseopõeàconstrução do túnel na avenida Rebouças, autorizada pela prefeitaMartaSuplicy, suaex-mulher.A obra, naverdade uma passagem de nível que ligará a avenidaRebouças àavenida Eusébio Matoso,numa passagem sob a avenida Faria Lima. Explica-se: quando estáem São Paulo, Suplicy mora na rua Sampaio Vidal, umadas 11 vias que, em função das obras, sofreram alterações em suas mãos de direçãona regiãodo Jardim Europa. Sempreeducado ecavalheiro, o senador Suplicy disse torcer para que as obras possam solucionar os problemas de trânsito na região. A idéia da Prefeitura é eliminar o cruzamento da Rebouças comFariaLima, umpontode constantes congestionamentos na cidade. Suplicy dissenão temerum aumento nos casos de violência no bairro em razão do movimento crescente de veículos. Para dar um exemplo de sua tranqüilidade,afirmou que temohábito decaminhare praticar exercícios pela região e que nunca foi incomodado.
Policiais civis e militares voltaramontem aocuparfavelas do Rio,na chamadaoperação Pressão Máxima, queteve início em novembro passado. Os policiais chegam àsfavelas munidos demandados deprisão contra traficantes. Pela manhã houvetiroteio na favela daRocinha, na zona sul.Um traficantefoiferido durante confronto,masconseguiu fugir.
Até sexta-feira, serão realizadasincursõesemdiárias 42 comunidades, sendo 21 de manhã e 21 à tarde. A partir de segunda-feira, aoperação será intensificada em apenas dez favelas,com500 a600homens. Outranovidade éque asdelegaciasirão atuaremconjunto com os agentes para identificar emtemporealos detidosnas incursões, com baseem fichas criminais arquivadas. (AE)
ciaFederal, dezamais doque nas operações habituais.
A identificação demorou cercade 15minutospor pessoa. Até o final do verão outros 37 transatlânticosvão aportar no Riode Janeiro,trazendo 95 mil turistas. Orabino MarkBorovitz,de 52anos, residenteem LosAngeles, se aborreceu com a identificação. "Isso não faz sentido. Entendoqueo Brasilestáfazendo omesmoqueosEUA, mas se todoscomeçarem a retaliar omundo ficará louco", disse, aolado da mulher,a assistente social Harriet Rosset-
to, de 66. "Não vejo como o fatode tirarfotos e impressões digitais das pessoas irá impedir a atuação dos terroristas."
A dona de casa Joan Rosenfeld, de 72 anos, de New Jersey ficouumahora emeiaaguardando sua vez. Para ela, o princípio da reciprocidade que motivou a obrigatoriedade da identificação não se aplica, já que no Brasil nunca houve ataquesterroristas. "Nos Estados Unidos, nossosprédios foram atacados. Aqui, essas medidas de segurança não são necessárias."Joandisse queospassageirosforam informadosde que teriam de tirarfotos e impressões digitais na terça-feira, na hora do jantar. "Estive em váriosportos, noUruguai,no Chile, eisso nuncame aconteceu", afirmou, poucoantes de deixar o porto rumo ao Pão de Açúcar,primeiro pontoturístico que visitaria no Rio. ClaraRias, donade casanova-iorquina de 66anos, achou a medida insana, mas não perdeu o bom humor. "Nosso país é louco,então o devocês também tem o direito de ser." Desistências – O secretário disse que o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, lhe garantiu queacionaria a Advocacia Geral da União para suspender a decisão judicial que determina a identificação. Em resposta à ação impetrada na terça-feira pela Prefeitura do Rio, pedindo a suspensão daidentificação, ajuízafederal Cynthia Leite Marques considerou que nãoé de sua competênciajulgar adecisão docolegade MatoGrosso. (Agências)
Shows, passeios, regata, exposições. Nãofaltamatrações para comemorar os 450 anos de São Paulo nos próximos dias. Em todas as regiões. A maiorparte doseventos égratuita.Umaexceçãoé aapresentaçãodo show da banda Iron Maiden, no dia 17, no Estádio do Pacaembu. Hoje, a Praça do Samba, na zona oeste, terá show do grupo Soweto e de Edvaldo Santana. A presença da Orquestra Jovem no local ainda não foi confirmada. Na sexta-feira, a zona lestevai receberOrlandoMoraes,Adelmo Casé eEdvaldo Santana, no Sesc Itaquera. O últimoshow domês previsto pelaAnhembi Turismoe Eventos, que coordena o Comitê dos450Anoseorganiza os eventos, terá as cantoras Rita Lee e MariaRita e os grupos Titãs e Demônios da Garoa, no Vale do Anhangabaú, no dia 25. Um dia antes, Caetano Velosovai cantarSampa, naIpiranga com São João. RéplicasdaEstaçãoda Luz, do Teatro Municipal, do Aeroporto de Congonhas,do Obeliscodo Ibirapuera,doZoológico e do prédio do Banespa vão ser projetadas, hoje, a partirdas 10horas,noShopping Metrô Tatuapé, no espaço Turma da Mônica – São Paulo 450anos.O eventovaicontar
com o criadordos personagens, Maurício de Sousa, que produziu desenhosexclusivos sobre a história da cidade. Caminhada histórica– No dia17,os paulistanostêmum convite paraconhecer melhor os pontos importantes do centro da cidade apé. Éa CaminhadaHistórica deSãoPaulo, comsaída naPraça daSé às16 horas e retorno às 18.
A partir das 9horasdo dia 18,450 carrosantigos vãosair dos Shoppings Morumbi, Anália Franco eVilla-Lobos e do sambódromoem direçãoà AvenidaPaulista. Odesfileseguirá pelasAvenidas23de Maio, Radial Leste,Brasil, FariaLima,Rebouças, Tiradentes, Juscelino Kubitschek, Bernardino de Campos e Alcântara Machado, alémda Praça Pan-Americana.
Nomesmodia,o RioTietê vai ser palco de um evento que une saudosismo e esperança na despoluição. Às 10horas,remadores do Clube Espéria vão relembrar asregatasnoTietê numpercurso entreasPontes Bandeiras eCasaVerde. Na margem, será criado o cenário da época, com personagens em roupas típicas. Nodia 19, será aberta aexposição SãoPaulo a Lápis, de Marcelo Senna, no Cantinho Cultural do Iprem (Av. Zaki Narchi, 536). (AE)
TJ libera contas de Hanna Gharib
O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo liberou as contas correntes do ex-deputado estadualHanna Gharib.Acusado de ser o líder da máfia de fiscais da Sé, Gharib estava com todos os bens seqüestrados. A liberação foi decidida pelo desembargador Paulo Shintate,que acatousolicitaçãodos advogados deGharib. Investimentos,carroseimóveis permanecem bloqueados.
O despacho do desembargador, que liberou as contas correntes de Gharib, foi publicado no"DiárioOficial"da Justiça em dezembro. Comohouve quebra dos sigilos bancário e fiscal dos acusados, no período de 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembrode 1999,oprocesso é sigiloso. O recurso de Gharib ainda passará pelo julgamento de mérito na 2ª Câmara de Direito Público do TJ. (AE)
Rede de restaurantes com garçonetes em trajes mínimos quer inaugurar 10 unidades no País até 2005. Abertura de franquias é uma possibilidade.
A Hooters Brasil, responsável pelo restaurante que leva o mesmonomeeé conhecido por ter garçonetestrajadas em peças mínimas,está definindo suas estratégias de crescimento noBrasil. Ametaéter 10restaurantes da marca até 2005. Hoje, o grupoconta com apenas um restaurantefuncionandonacapital paulista,no bairrodaChácaraFlora. No País, o desafio é definir se a empresa permaneceráem mãos brasileiras ou faráparte do grupo norte-americano.
A informação é do diretor de expansão do grupo no País, Adalberto AlmeidaJúnior. "O entraveteveinício comoestabelecimento de regras para a abertura de novas unidades no País.Pelo atualmodelo, aHootersBrasil não tem direito à participação,embora sejaresponsável pela estruturação das novas unidades", explica. Última tentativa – Para tentar solucionar o impasse, que já se arrasta há mais de um ano, a empresa brasileira encomendou um estudo para a formatação de um modelo de expansão a partir de franquias ligadas diretamente à empresa nacional e com repasses à matriz Hoo-
ters Estados Unidos.Osresponsáveis pela pesquisa de viabilidade, consideradaa última cartada dos empreendedores locais, foram os consultores da Vecchi &Ancona Consulting, especializadaem gestãoe estratégias de franquias no País. "Deacordo comaproposta formuladacombase noestudo, a filial nacional seria transformada em 'franqueadora master'. Ovalor dataxade franquia seria nacionalizado, passando dos atuais US$ 75 mil para uma quantia menor e em reais", diz Almeida. Ele acrescentaque, coma aceitaçãodo acordo, amatriz norte-americanateria direitoà 2% dos royalties, enquantoo braço nacional do grupo ficaria com 4%. "A idéiaé viabilizar aexpansão dos restaurantes, já que pelas regras atuais não há interesseda partebrasileiraem permanecer no negócio". Espaço para crescer – A HootersBrasilquerinvestir na abertura de novas lojas em São Paulo (SP), Alphaville (SP), Rio deJaneiro (RJ), Brasília (DF) eBelo Horizonte(MG). "Investidores interessados não faltam", conta Almeida. Ele diz que já existe uma lista com cer-
ca de 80 candidatos que aguardam apenas umadefinição do futuro de gestão da empresa para passar pelo processo de seleção e entrar para o negócio. "Independentemente da administração de franquias permanecerjunto àHootersBrasil, a expansãodeve ocorrer a partirdeste ano.E,o País,por ser de grande extensão, vai necessitar de umaestrutura própria de organização", define. Responsabilidade - SegundoAlmeida,se amatriznorteamericana aceitar aproposta brasileira, não precisará investir, já que a responsabilidade será da "franqueadora master". Casocontrário,terá dearcar comoscustos deadministração dos restaurantes no País. Inaugurada há um ano e quatro meses, o restaurante da Hooters nacapital paulistafaturaR$250milpor mês,gerando um lucro de R$ 50 mil
mensais. O número de empregados naloja giraem tornode 50nostrês turnos."Embora trabalhemos com muitas garçonetes, aremuneração éfeita a partirde comissãopor atendimento, o que reduz os gastos", diz Almeida.
Adalberto Almeida Júnior e as garçonetes da Hooters na Chácara Flora: "não faltam investidores interessados nos restaurantes da rede". Unidade da capital paulista tem lucro mensal de R$ 50 mil, com R$ 250 mil de faturamento.
Paraele,o conceito do restaurante atende aogostodo consumidor brasileiro. "Não há indefinição quanto ao mercado, apenas sobre quem será o responsável porcontrolar este filão a partir de 2004", diz. Juliana de Moraes
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A Hooters of America está sediada em Atlanta, nos Estados Unidos. A primeira unidade do restaurante foi aberta em quatro de outubro de 1983, em Clearwater, no estado da Flórida. Desde então, pouca coisa mudou no conceito do estabelecimento, que elegeu o tema "praia" ao som de músicas dos anos 50 e 60 em sua ambientação. O cardápio inclui frutos do mar, sanduíches, saladas e asas de frango fritas. Além dos EUA, existem unidades da rede na Ásia, Argentina, Aruba, Áustria e Brasil, entre outros mercados. (JM)
Durante 26 dias, de 15 de janeiro a 9 de fevereiro, a unidade 2 da Braskem, em Camaçari (BA), ficaráparada paraserviços de manutenção programada.O investimentonas 20mil tarefas realizadas no período são superiores a R$ 50 milhões,
valor que será diluído ao longo deseis anos,prazo devalidade da manutenção. Como a unidade 1 parou paramanutenção no ano passado,em2004 estáaptaasuprir os clientes da Braskem durante a parada da outra unidade. A
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Braskem,comas duasunidadesoperando sem parada pelos próximos cinco a seis anos, passará pelo ciclo de alta das cotações de petroquímicos básicose deresinastermoplásticas, cujo pico está previsto para 2007, sem ter que interromper a produção na área. Obras - Uma paradadessas transforma a unidade em um verdadeiro canteiro de obras, com até 3,5 mil homens trabalhandoemdoisturnos, oque implicaperda de produção. "Isso representa 35 mil homens/hora treinados em ações de segurança ecuidados ambientais, entre outros pontos", dizo vice-presidente daUnidade de Insumos Básicos da Braskem, Rogério de Oliveira. Oliveira informa que, durante oito dias, dentro da parada da unidade daBraskem, 70% das cerca de 50 fábricas do pólo de Camaçari também cessarãoasatividades.A manutençãodaunidade abrange também as tubovias que levam matérias-primas da central para suas clientes. (AE)
Campanha de descontos Liquida São Paulo foi antecipada para aproveitar as comemorações. Meta é fortalecer turismo de compras na capital paulista.
Quem esperou pelas liquidações de início de ano vai sair ganhando com os descontos oferecidos por lojistas da capital. Aproveitandooapelode marketing das comemorações dos 450anos da cidadede São Paulo, a Associação Brasileira de LojistasdeShopping (Alshop) antecipa para o dia 23 deste mês a Liquida São Paulo, que chega a sua 13ª edição, com 12 mil estabelecimentos participantes. Asofertas seguem até o dia 1º de fevereiro. Mais de90 segmentos estarão envolvidos. A megacampanhatem investimentosde R$ 1 milhão em divulgação.
Pedido - Segundo o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, aantecipaçãoda liquidação, que costuma ser realizada após o carnaval, foi feita em razão de um pedido da prefeita Marta Suplicy. O objetivo é fortalecer oturismo de compras na cidade deSão Paulo, a exemplodo queacontececom outras capitaisdo mundo,como Nova York.
A Liquida São Paulo vai fazer parte do calendário de eventos daSampa Fest, que terá oenvolvimento de bares, restaurantes,hotéis e companhias aéreas. "Mas a Liquida São Paulo será a única a oferecer descontos que variamentre 10% e 70%", reforça Nabil.
Até agora, 16 shopping cen-
ters aderiramàLiquidaSão Paulo. Dentre eles estão o Paulista, o Aricanduva, o Central Plaza, oInterlagos eo FreiCaneca. Mas, segundo os organizadores, não é necessário que o shopping faça parte da Liquida São Paulo parao lojista poder participar. Asadesõespodem ser feitas pelos comerciantes por meio da compra do kit da campanha, que custa R$ 70. Caso o shoppingfaça parte da megaliquidação, o investimento varia entre R$ 5 mil e R$ 10mil. Dessaforma, a distribuição de kitsao estabelecimento é gratuita e inclui adesivode vitrine,adesivo dechão, tarjetas com preços e banner. Boneco - Todo o material tem o logotipo da campanha: umbonecoem formatodesacola,que poderáserchamado de "Liquidinha", segundo o coordenador da campanha publicitária, CelsoEduardo Brandão Júnior, da BSSKAD. Os lojistas derua também estão sendo convidados. A Alshopestá convocandoasassociações de lojistas de bairros, como a da João Cachoeira, Consolaçãoe do BomRetiro para participar do evento. Vestuário - Os produtos que deverãotermaior desconto são osdo segmentode vestuário, que devem atingir os 70%. "Olojista precisaaproveitar a oportunidade de desovaros
estoques até o período de troca de coleção", explica Nabil. Público - Aexpectativa é de que ofluxo depúblico nos shoppings cresçaem tornode 10%eas vendas,5%,secomparadas com a edição de 2003. Mesmo antesda megaliquidação, asvitrinesdaslojasestampamuma sériedepromoções e ofertas de prazos mais esticados parapagamento. Comprandotrês peçasnaloja Barred's doShoppingMetrô SantaCruz, aterceira ficapela metade do preço,segundo um cartaz daloja. NaZêlo, lojade produtos para a casa, as ofertas ainda podem ter o pagamento divididoemtrêsvezes. Cheques para até 60 dias e descontos de 50% na mercadoria também estão entre as facilidades.
Dora Carvalho
Liquidações de janeiro já começaram e devem ganhar força ao longo do mês. Lojistas oferecem três peças pelo preço de duas. Pagamento para 60 dias é opção, além da possibilidade de dividir a conta em até três vezes.
O Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômicoe Social (BNDES) jáse colocou à disposição do Ministérioda Agricultura paracolaborar na solução dos produtores de leite que venham a ser prejudicados com a crise da Parmalat. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, admitiu ontem que a possibilidade de utilização de recursos doBNDESpara ajudar os produtores. Na sexta-feira, um grupo de trabalho formado durante a reunião daCâmara Produtiva deLeitee Derivadosvaiapresentar ao governo sugestões ligadas ao assunto. "Infelizmente, a gente só tem notícia por jornal. Até hoje não fomosprocuradospor ninguém", disse o superintendentedaárea social do BNDES, MárioGuedes. Oexecutivo reafirmou a postura de colaboraçãodobanco equeépreciso dar atenção aos pequenos pro-
dutores, mas citou que, até o momento, só se tem notícia de problemasligados ao pagamento de fornecedores de leite em Itaperuna (RJ).
O banco informou que o assunto está sendo coordenado pela Agricultura eque o BNDES vai atuar de acordo com o ministério. A disposição de colaborar já foi levada pelo presidentedobancoestatal defomento, CarlosLessa, aRodrigues.Nãohá, contudo, qualquerajuda-socorro prevista para aParmalat,segundoo BNDES. De concreto,a multinacional de origem italiana tem apenas um financiamento deR$ 25,9milhõesemcurso, contratado em setembro.
Investigações da fraudeNa Itália, o juiz Francesco Greco avalia a abertura de uma investigação para apurar se os auditoresDeloitte& Touche Tohmatsu International foram cúmplices dafraude con-
tábil daParmalatFinanziaria SpA. Atéagora, as investigações sobreainsolvênciana unidade delaticíniosda Parmalat resultaram na detenção de dois executivos da empresa italiana de contabilidade Grant Thornton SpA, que fazia auditoria nas subsidiárias. Prisões - Os executivos foram detidos por suposto envolvimento nasdeclarações falsas de até 10 bilhões de euros em ativos da Parmalat. Uma investigação formal da Deloitte&Touce podeprejudicaras operações da empresa de auditoria na Itália e em outros países onde atua. Antigos executivos da Parmalatadmitiram quefalsificaram umdocumentoque declarava4bilhões deeurosem ativos,forneceram informação falsa sobre a reaquisição de 3 bilhões de eurosempapéis dadívidaedesviaram cerca de 500 milhões de euros da empresa. (AE)
FALA, ANDA E AINDA
TRADUZ PALAVRAS DO JAPONÊS – A NEC, fabricante de eletroeletrônicos no Japão, divulgou ontem imagens de uma "conversa" entre o robô Papero, de sua fabricação, e o funcionário da empresa Masanori Kato. Papero tem 38,5 centímetros de altura e está apto a se mover numa velocidade de 20 centímetros por segundo. O robô funciona também como tradutor automático inglês/japonês por meio de um software de reconhecimento de voz. Para essas funções, Papero conta com o suporte de um microfone externo para facilitar a comunicação com os funcionário.
Numa iniciativacalculada tanto paraganhar votosjunto aocrescente eleitoradodeorigem hispânica, como melhorar as relações entre os Estados Unidoseo Méxicoàsvésperas de uma visita ao país vizinho, o presidente George W. Bush anunciou ontem uma propostade reforma dapolíticade imigração, quepermitirá aregularização dostatus demilhões de estrangeiros que trabalham ilegalmente no país.
O programa, que depende deaprovação doCongresso, abre o caminho para uma anistia e legalização da permanência– poretapas–de umaboa parte dos 8 a 12 milhões de imigrantes ilegais que estão nos EUA,maisda metade dos quais são mexicanos. Dezenas, talvezcentenas demilharesde brasileiros que estãoilegalmentenosEUA,também poderão ser beneficiados.
Visto temporário – A porta de entrada do plano de Bush é a concessãode umvistotempo-
rário de trabalho,válidopor três anos, a todos os ilegais que demonstrarem que játêm um emprego epagarem uma taxa inscrição no novo programa, num montanteainda não determinado.
Dependendo dos termos da renovação do visto inicial, que serão decididos pelo Congresso,os imigrantesficariamem posição de poder solicitar a residência – ou o green card – que é pré-requisito para a obtenção da cidadania americana.
O mais aberto – Nação de imigrantes,os EUApermanecemopaísmais abertoa estrangeirosno mundo,apesar das restrições adotadas nos últimos anos,especialmente depois dos ataques terroristas de 11 de setembro.
O governo americano concedeanualmenteperto de 1 milhão de green cards, o que representa mais do que a soma dos imigrantespermanentes admitidos por todos os demais países do planeta.
Proposta de Bush, que será apresentada ao Congresso, também pode beneficiar brasileiros
Força – Embora não haja dados precisos sobre o peso relativo dos imigrantes ilegais, as estatísticasoficiais identificam como "estrangeiros"14% daforça de trabalho do país. A idéia foi engavetada depois do 11 de setembro.
O momento escolhido por Bush para divulgar seu plano é significativo, por duas razões. Neste domingo, o líder americano fará sua quarta visita ao México para participar da Cúpula das Américas, em Monterrey, que usará para reafirmar o interesse dos EUA e as boas rela-
ções com o país vizinho. Por outro lado, este é um ano eleitoral e a iniciativa pode ajudar Busha ganharvotos entre os hispânicos, que é o segmento quemais crescedo eleitorado: de2%, em1988, paraestimados 9% em 2004. (AE/AP)
O desemprego na América Latina deve ficar em 10% neste ano, pouco abaixo da média de 10,7% de 2003, devido à pequena recuperação da economiaregional, previuontema Organização Internacional do Trabalho(OIT). Aorganizaçãoestimaqueo número de desempregadoschegoua 19 milhões de pessoas. Para o Brasil, a previsão é de que o desemprego caiapara11,7%,ante 12,1% em 2003. Segundo a análise da OIT, "hámaisemprego,porém de menor qualidade. A produtividade foireduzida,e amaior parte do aumento que houve noemprego em2003 corresponde ao setor informal".
A organizaçãodetectouna
regiãoum aumentosistemático do emprego em condições precárias desde 1990,ou seja, semproteçãosocial esobformasde contrataçãoquefacilitam demissões em ciclos de baixo crescimento. Perspectiva – O dadoestimado pela OIT em 2004 se baseia num prognósticode maior crescimento da economia regional, de 3,5% ano. Neste cenário, odestaque fica com a melhorperspectivade crescimento para oBrasil, Equador e México. Osgrupos deempregomais vulneráves,segundo oestudo, continuamsendo asmulheres e os jovens. Além disso, ambos trabalham em condições de informalidade. (Reuters)
Aquecimento global vai colocar em risco milhares de espécies
Milhares deespéciespoderão entrar em risco de extinção – inclusive no cerrado brasileiro – em função do aquecimentoglobal. Abiólogabrasileira MarinezFerreirade Siqueira fez projeções para 163 espécies de árvoresdo cerrado. Entre 39% e 48% poderão entrar em processo de extinção nas próximas décadas, como o murici, o mercúrio-do-campo e a gritadeira. (AE/AP)
Forças de ocupação vão libertar 506 presos no Iraque
"Vamos deixar de ser um tapete!Somos umpaísindependente!". Esta foi a irada resposta do presidente Néstor Kirchneraosubsecretáriopara Assuntos Hemisféricos dos EUA, RogerNoriega,que declarou que o governo americano estava "decepcionado" e "preocupado" com afavorável política da Argentina com Cuba.
Asforças deocupaçãono Iraque vão libertar506 prisioneiros iraquianos – de um total decerca de12.800– eoferecer recompensas porinformações quelevem àcaptura oumorte de30 acusadosdedesfechar ataques contraastropas dos EUA e de seus aliados. A maioria dos 506homens que serão libertados são suspeitos de associação em menor grau com a guerrilha iraquiana. (AE/AP) Presidente argentino
Irritado, durante um comício realizado ontem, Kirchner recorreuà uma metáforade boxeador, afirmando que ganhará"pornocaute" a discussão que terá com Bush. "Ninguém nos chama para um encontro para daruma bronca, pois somosumpaís com dignidade",reagiu opresidente argentino. (AE/AP)
Novo presidente da Anatel, empossado ontem para um mandato de cinco anos, afirmou que os compromissos com o setor privado serão respeitados.
O novopresidente daAgênciaNacional deTelecomunicações (Anatel),PedroJaime Ziller, engrossou o coro do governoque garanteque oscontratos com o setor privado serão respeitados. Ziller deu a informação ontem,aotomar posse na empresa em substituição ao economistaLuiz Guilherme Schymura, indicado pelo governo anterior. "OBrasilé um país democráticoque respeita contratos", afirmou Ziller,que terá um mandato de cinco anos como conselheiroe deumano como presidente da Anatel. Também durante seudiscursodeposse,o novopresidentedaAnateldisse que, na próxima semana, serão postas em consultapública osplanos de metas de qualidade e de universalização donovoserviço de telecomunicações que usará recursosdo FundodeUniversalização das Telecomunicações (Fust) para levar a internet a escolas públicas. Analistas do mercado acham que, ao nomearum aliado para ocomando da Anatel,o governo assegura mais autoridade noórgãore-
gulador. O que, ao mesmo tempo, deverá incomodar as empresas do setor. Controle – "As operadoras não vão gostar. Tudo indica que o governo vai usarZiller paracontrolarosetor com mãomaisfirme, dando uma interpretaçãoparaas regras
existentes mais afavor do governo", disse Paul Groom, da consultoria Telefinance. A reaçãoinicial dosexecutivosde operadoras que estiveramnacerimônia depossefoi marcada pelo tom conciliador. "O mercado ficaráfortalecido com amanutenção dasre-
gras...ecomos projetosde lei das agências", comentou o presidente do grupo Telefônica no Brasil, Fernando Xavier. Prevista em lei – Para o presidente da Embratel, Jorge Rodriguez, o novopresidente da Anatel"conhece osdesafios" do setor. Todosevitaram falar
Adecisão doBancoCentral de passar a comprar dólares no mercado,quandoe quanto quiser, foi maisdo que acertada, na opinião do economista Emílio Garófalo Filho, exBancoCentral doBrasileexdiretor da áreainternacional do Banco do Brasil, especializado no mercado de câmbio. Para Garófalo, a medida veio tarde e, na sua visão, deveria ter sido feita há umano. "O câmbioestácaindomuitoe isso não é bom. Com o Banco Centralcomprando dólaresno mercado apartirdeagoraa tendência é de que a cotação chegue perto dos R$ 3,que, aparentemente,seriaa ideal, em especial para as exportações, disse Garófalo em entrevista ao Diário do Comércio Reservas – Em relação à justificativado governode quea medida teria sido tomada para recompor as reservas líquidas do País (parte das reservas que não sãorecursos doFundo MonetárioInternacional), o economistalembraque asre-
servaslíquidas nuncaestiveram em umpatamar tão baixo quanto oatual."Desde 1992 que as reservas não chegam a um nível tão baixo, diz. Para Garófalo, há, ainda, um
Emílio Garófalo Filho (foto): entrada do governo no mercado dará mais transparência e chega em boa hora.
outropontofavorável namedida anunciada na terça-feira à noitepelo BancoCentral: haverá maistransparênciano mercado de câmbio a partir de agora com o BC comprando.
"O governo jamaisdeveria ter saído do mercado, diz. "Com a medida o governo poderá continuar fazendo cortes na taxa básica de jurosporque dará mostrasde queo governotem ocontroleda situação econômica do País",c ontinua. Palocci – O ministro da Fazenda, AntonioPalocci, descartouontemque anovapolítica decompradedólaresdo Banco Central tenha por objetivo elevar as cotações da moeda para sustentar o bom resultado exibido até agora pela balança comercial,como circulou pelo mercado financeiro. "A posição do Banco Central emrelaçãoao anúnciofeito anteontem é relativa às reservas... Se podem ou não ter efeito emrelaçãoaocâmbio,isso não éo queé visadopela política de reservas. Nós não podemos revogar a lei de oferta e de procura",dissePalocci, após reunião de quase sete horas entre o presidente Lula, dez ministros e o presidente do BC. Roseli Lopes/Reuters
O escândalo contábil de mais de 10 bilhões de euros envolvendo a Parmalat na Itália fez com que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidisse revisar os balanços financeiros da companhia no Brasil referentes a 2003. "Sempre que uma empresativer problemas no Exterior vamos reexaminar seus demonstrativos", disse o presidente daCVM, LuizLeonardo Cantidiano.
Segundo Cantidiano, a decisão é uma questão de zelo e tem por objetivo verificar se nas análises anteriores algo esca-
Bélgica pede que Banco Central da Europa corte juros
O primeiro-ministro da Bélgica,Guy Verhofstadt, defendeu ontem a avalização, por partedo BancoCentralEuropeu, de uma redução da taxa de juros se o euro subir mais. A moeda européia bateu novo recorde com temores em relação aos déficitsorçamentário eemconta corrente dos EUA e aperspectiva de manutenção dos juros americanos.
pou dafiscalizaçãofeitapela CVM. O presidente da autarquia lembrou que a CVM adotouo mesmo procedimento emrelaçãoà Embratelnaépoca emque foi descoberto um rombo no balanço da americanaWorldCom, controladora da operadorabrasileira."Essa revisãonão significaqueexistam problemas. É uma questão de excesso de zelo e cuidado". Resultado– No Brasil, a Parmalat ainda não divulgou seuresultadofinanceiro de 2003. Mas sabe-se que nos primeiros nove meses doano a
companhia registrou um lucro de R$ 133 milhões. Cantidiano disse que a empresa conseguiu resgatar os R$100 milhões em debêntures que estavam em circulação no mercado.
A avaliação da CVM é de que oFundo deInvestimentosem Direitos Creditórios (FIDC) da Parmalatseja liqüidado. O fundo, que aplica em recebíveis, ouseja, em contasa receber pela empresa,teve seus recursosreduzidos umavezque os fornecedores não querem mais vendermercadoriasao grupo italiano.
A programação inicial era lançar R$ 150milhões em cotas. Os investidores institucionais ficariam com R$ 127,5 milhõeseos R$22,5milhõesrestantesseriam absorvidos pela Parmalat. Maso mercadosó aceitoucomprarR$ 110milhões do total.
Cantidiano dizque aanálise mais profundadascontasda Parmalatfazparte do projeto da CVM de reforçar a fiscalização no mercado de capitais. (Agências)
Mais informações sobre a Parmalat na página 9
A valorização de18,32% do realfrentreao dólarpermitiu que o Banco Central tivesse um lucrodeR$ 15,632bilhões,no ano passado,nas operaçõesde swap cambial – contratos nos quaissetroca orendimento com base na taxa de câmbio por rentabilidade baseadaem taxa de juros. O resultado representou uma viradaem relaçãoao prejuízo deR$ 10942 bilhõesregistradoem 2002. Naquele
ano, oreal teveumaperdade valor frenteaodólar de 52,27%, provocadaemsua maior parte pelas incertezas do período eleitoral. Valorização – Em dezembro, o BC obteve um resultado positivo de R$ 2 508 bilhões nessas operações de swap. O valor tambémfoi impulsionado por uma valorização nominal de 2,04% da taxa de câmbio registradanomês.Olucro de dezembro tambémse diferen-
cia do prejuízo de R$ 1,707 bilhão registradoemigualmês de 2002,mesmo tendoocorrido uma valorização do câmbio naquele período. Ao longo do ano passado, as operações de swap cambial resultaram em prejuízo para o BC somente nos meses de janeiro (R$ 3,677bilhões), fevereiro (R$ 937 milhões), maio (R$ 392 milhões), julho (R$ 924 milhões)e novembro(R$ 1,858 bilhão). (AE)
Pedro Ziller: prioridade para a internet nas escolas públicas com ajuda do Fundo de Universalização das Telecomunicações
emintervençãodo governo, alegandoquea mudançano comando daAnatel está prevista em lei.
O novo xerife das telecomunicaçõesdefiniu trêsprioridades: aumentara competição,a universalização deserviços ea inclusão digital. Um dos maio-
res desafiosserá aautorização para venda da Embratel , principal operadora de telefonia de longa distânciadoPaís. Entre osinteressadosestão as concessionáriasdo serviçolocal,o que violaria as regras do setor. O primeiro ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva foi marcado pela polêmica do reajuste dastarifas detelefonia fixa.Enquanto aAnateldefendia o respeito aos contratos, que atrelam as tarifas ao IGPDI, o governo tentava controle maior da inflaçao com reajuste menor, pelo IPCA. Oministro dasComunicações, Miro Teixeira – que conseguiu colocar à frente da Anatelo seusecretáriodeTelecomunicaçõesantes de deixar seu posto na iminente reforma ministerial – lançou uma campanha de ações judiciais contra o reajuste pelo IGP-DI autorizado pela Anatel. Saiu vencedor. Agora, Ziller diz que os reajustesserão baseados no IGP-DI.O setordetelecomunicações, apesar da privatização da Telebrás em 1998, ainda é fortementedominado por executivos egressos das antigas estatais. (Agências)
A exclusão do projeto de autonomia do Banco Central das prioridades parlamentaresdo governo em 2004não preocupa o mercado. Criticada por alguns, adecisão ébem-aceita porboa parte de analistas do mercado que concordam em adiar avotação,paraprivilegiar outrostemas,comoareforma da legislação trabalhista e a Lei de Falências. "Não é crucial que entre na pauta deste ano. Na cabeça das pessoas, o BCjá tem independência eage comautonomia", disse o ex-presidente do Banco CentralIbrahim Eris. O economista-chefedoABN Amro Asset Management, Hugo Penteado, reforçou essa interpretação, ponderando que não há "urgência" para a votação, já que ogoverno Lulaainda terá três anos de mandato pela frente. "Omercado não vaise estressar por causa disso", afirmou Penteado, que acredita que a decisãoserá facilmente assimilada pelo mercado.
Ao sinalizar que deve adiar a apresentação do projeto de autonomia do BC, o governo Lula alega que o Congresso terá um ano parlamentar curto em função do calendário eleitoral.
No segundo semestre, os parlamentares concentrarão forças nas eleições municipais. Sem problemas – "Não seria realista esperar que tudo passasse peloCongressoem 2004", afirmouoeconomista Ricardo Amorim, da consultoria IdeaGlobal, sobre uma provável lista mais enxuta de prioridades parlamentares.
Na avaliaçãode Amorim, o mercado não se importará se a apresentação do projeto de autonomia do BC ficar para 2005, porque a economia brasileira viveummomento extremamente positivo, beneficiada por um conjunto de fatores internos e externos. Independentemente do bom momento, Eris disse que, do ponto de vista do investidor externo, a aprovação da autonomiado BC seria "umagarantia amais" paraa credibilidade do País. "Mas eu não diria que o quadro se altera se o projeto for postergado", disse o expresidente do BC.
Emano eleitoral, ele compreende a dificuldade que o PT teria com sua própria bancada para aprovar o projeto. Adiar a votaçãoseria interpretadocomo um recuo do governo.
Os movimentos de contratações de câmbioocorridos ao longode2003 resultaramem um saldo positivo de US$ 718 milhões. O valor poderia ser aindamaiorse nãofossemincluídos os US$ 11 bilhões comprados peloTesouro Nacional em mercado para o pagamento de juros eprincipalde dívida externacomo ClubedeParis (credoroficial doBrasil) eos detentoresde bônus emitidos no mercado internacional. Com essas operações, o saldo das contratações no câmbio financeiro terminou oanode 2003 negativo em US$ 25,976 bilhões, com US$ 72,118bilhões de compras para a entrada de recursos e US$ 98,094 bilhões desaída. Em2002, osaldo das contratações ficou negativo em US$ 12,989 bilhões. Apesar do ganho no ano, o resultado das operaçõesde contrataçãode câmbioemdezembro de 2003 ficou negativo
em US$ 1,910 bilhão, o pior resultado desde os US$ 2,743 bilhões de outubro de 2002. Saídas – O resultado foi provocado pelasaída de US$ 215 milhões das contas de não residentes (CC5) e um saldo negativo de US$1,696 bilhão no câmbio financeiro,onde estão incluídas as compras do Tesouro Nacional. O saldo negativo da CC5 acumulado emtodoo anode 2003 ficou, segundo dados do Banco Central (BC), negativo em US$ 1,661 bilhão, contra os US$ 9,107 bilhões de 2002. No segmento das operações de comércioexterno, oBanco Central registrou em 2003 um saldopositivode US$ 28,355 bilhões, valor maior que os US$ 20,327 bilhões de 2002. Em todo o ano de 2003, as contrataçõesdeexportação ficaram em US$ 73,203 bilhões e as de importação, em US$ 44,848 bilhões. (Reuters)
O dólar comercial fechou em baixa ontem, apesar de o Banco Central (BC) ter decididocomprar ontema moeda americana no mercado de câmbio para honrar compromissos do Tesouro Nacional e incrementar asreservas internacionais do País. A decisão foi anunciada naterça-feira depoisdo encerramentodosnegócios no mercado cambial. A moeda americana fechou ontem valendo R$ 2,857 para compra e R$ 2,860 paravenda,com desvalorização de 0,24% em relação ao fechamento anterior. Em SãoPaulo,o dólarparalelo fechou cotado a R$ 2,90 para compra e a R$ 2,98 para venda, com alta de 0,34%.
aconteceu,ao menos durante os negócios de ontem. Profissionais das mesas de câmbio comentaram que o cenário econômicocontinua favorável,oque inibevalorização expressiva damoeda americana. A notícia da recompra provocou ontem apenas uma levealtado dólarnaabertura, quando chegou a subir 0,52%.
Captações – "O cenário é o melhor possível.Ascaptações
recompra de dólarespelo BC, pois o sistema de leilão deixa clara apresença daautoridade monetária nas operações", disse Hideaki Iha, operador da Corretora Souza Barros.Na noite de terça-feira, o presidentedoBC, Henrique Meirelles, disse que a recompra será feita por meio de leilões.
"O cenário é o melhor possível. As captações no exterior continuam"
Os efeitos da recompra de dólarespelo BCaparecemno segmento comercial, em que diariamente os bancoscompram e vendem a moeda. A expectativaera dealtadodólar porque as instituições financeiras tenderiama forçaruma elevaçãodas cotações para venderdólares apreços mais altospara oBC.Masisso não
de empresas no exterior continuam e os fundamentos da economia brasileira continuam bons",disse JulioVogeler, operador da Didier Levy. De acordo com fontes do mercado,aCompanhia Vale do Rio Doce preparauma emissão de US$ 300 milhões em bônusde 30anos. "Considero positiva para o mercado a
Risco e bolsa – Os indicadoresde riscobrasileirostiveram novarodada demelhora ontem.A taxaderiscotinha queda de 2,10% às 18 horas, para419 pontos-base, de acordo com a Enfoque Sistemas. OsC-Bonds, principais títulos da dívida externa do País, operavam com alta de 0,38% no horário, negociados a 99,62% do valor de face, tambémsegundoa Enfoque. Tanto risco quanto títulosda dívida externa operamem patamares bastante favoráveis para o Brasil.
ABolsadeValores deSão Paulofechoucom quedade 1,09%, Ibovespa em 23.320 pontose volumedeR$ 1,6bilhão.No ano,abolsa temalta de 4,8%. (RA/Reuters)
Os juros futuros voltaram a cairontemno pregãodaBolsa de Mercadorias& Futuros (BM&F). Grandesbancos que atuamnacompra evenda de contratosde depósitosinterfinanceiros (DI)para projetar juros de prazoslongos procuraram pulverizar operações. Oresultado foiumconsistente volume denegócios. Segundodadospreliminares da bolsa,378.000 contratos foram negociados. O DI julho de 2004 continuousendoo mais procurado.
As instituiçõesestão confirmando particular interesse em aumentar a sintonia entre as apostas nos juros futuros eos vencimentos de títulos federais que têm em carteira.
O DI mais curto (fevereiro de2004)caiu de16,09% para 16,04%. O DI de julho de 2004 passou de 15,58% para 15,46% e o DI de janeiro de 2005 encerrou odianaBM&Fcotadoa 15,43%.Todasastaxas referem-se a juros anuais. O Banco Central fez ontem duas intervenções no mercado
tiroureaisde circulação.Na primeira operação, de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTNs) com recompra marcada para 7 de abril, o BC recolheu R$935milhões,assegurando aos investidores remuneração anual de 15,84%. Na segunda intervenção, desta vez tomando recursos por duas semanas e com rendimento pós-fixado,o BCrecolheu R$ 20,310.O retornoàs instituiçõesserá equivalentea 99,79 por cento da Selic, fixada em 16,5% ao ano. (Reuters)
Para varejistas, custo de ocupação em shoppings poderia cair com cobrança de valor proporcional ao faturamento e uso da verba dos estacionamentos
A dificuldade emarcar com as despesas de ocupação tem levadomuitos lojistas deSão Paulo a buscar formas alternativas nas negociações comos shoppings. Combasenaobservação doscustos médiosde operação ao longo dos anos e das características peculiares aosetor demoda masculina,o diretoradministrativo daColombo, Nelson Kheirallah, temusadoum padrãonessas negociações.Aproposta éde obter umcusto médiode ocupação em torno de 7% do faturamento mensal de cada loja.
Segundo ele, esse percentual é um valor de referência que vale para a maioria dos setores, com pequenas variações para cima ou para baixo. "O importante é a fórmula, que permite queo lojista saiba o quanto o negócio vai custar paraele nofimdomês. Semsurpresas, épossível planejarmelhor os pagamentose,para o shopping, é uma garantia de que,seo faturamentodaloja crescer,a sua receita também aumentará", afirma.
Em contrapartida,o shopping abririasua contabilidade para todos os lojistas, e não apenas para a associação de comerciantes do empreendimento, que não representa a totalidade daslojas. "Assim, poderíamos discutir em conjunto alternativas para reduzir despesas comuns. Queremos estabelecer uma parceriacom os donos de shopping", diz Kheirallah.
"Os shoppings que forem inflexíveis e não negociarem acabarão perdendo lojistas", diz Mauro Razuki, diretor da rede Zêlo
Estacionamento – Ele explica que uma das fontes de receita alternativas éoestacionamento. Atualmente, toda o dinheiroarrecadadocom osestacionamentos pagos em shoppingsérevertidopara os empreendedores, osdonos do shopping, que também arcam com as despesas de funcionários.
Dinheiro arrecadado com cobrança de estacionamento não resultou na redução do condomínio (que inclui custos de manutenção de garagens) em muitos centros de compras, dizem comerciantes
Transparência – Kheirallah acreditaque as negociações ainda podem ir além. "Para garantir que o centro de compras não terá prejuízo, proponho até a contratação de um auditor para analisar as contas das lojas. Eleseria pagopelo lojista,sem custos para o shopping. Isso daria transparência ao processo."
Mas os lojistas reclamam que o valor do condomínio dos shoppings, que inclui a manutenção das garagens, não foi reduzido nos shoppings em que o estacionamentoeragratuitoe passoua sercobrado. "Essarendaextra deveria reverter em descontos nocondomínio paraoslojistas, já que é em função das lojas quehá rotatividadenasgaragens", afirma odiretor da rede Zêlo, Mauro Razuki. Ele insisteainda em deixar claroquea intençãodoslojistas não é entrar em conflito comos donos de shoppings. "Queremos o diálogo e esta-
mos dispostos a discutir caso a caso. Em 2003, a maioria dos shoppings foireceptiva àsnegociações. Ao longo do tempo, osque foreminflexíveis enão negociarem acabarão perdendo lojistas", diz Razuki. "No confronto, shoppings e lojistas perdem. Na negociação, com boavontade de ambas as partes,é possível chegar à melhor solução", confirma o diretorda redeRiHappy,Ricardo Sayon. Por meio de sua assessoria, a AssociaçãoBrasileira dos Shoppings Centers (Abrasce) informou que as negociações caso acaso jásão práticausual doscentrosde compras.Aassociação não quis dar mais detalhes sobre sua posição em relação às propostas dos lojistas. Heci Regina Candiani
Projeto de lei pretende equilibrar
Asrelaçõesentre lojistase shoppingcenters éconsiderada desequilibrada pelos comerciantes. Segundo eles, o pêndulo que favoreceria os donosde shoppingé alegislação queregulaos contratos entre as duas partes. Datada de 1991, a lei 8245 foi instituída antes do PlanoReal, quandoainflação determinava uma conjuntura econômica muito diferente do quadro atual.
Com as mudanças na economia, as relações entre os dois lados tornaram-sedesequilibradas em favor do empreendedor,segundo ajustificação
O segmento de veículos importados teve em 2003o pior ano desde a abertura da economia, em 1990. A Associação Brasileira das Empresas Importadorasde VeículosAutomotores (Abeiva),quereúne asassociadas BMW, Ferrari, Kia Motors, Maserati, Porsche e Ssangyong, registrou venda de 3.302 unidades,55,11% menor do que os 7.356 vendidos em 2002.
Ovolumeficouabaixo das expectativas da entidade,que estimava a comercialização de pelo menos 4 mil unidades. A previsão foi feita no primeiro semestredo anopassado, quandoaAbeiva perdeuasassociadas Suzuki e Jaguar, a primeira por haver encerrado suas operações no Brasil e a segunda por decisão da Ford, sua controladora.
"Para 2004, esperamos vender cercade3.500 veículos", afirma o presidente da Abeiva, André Müller Carioba (que também dirige a BMW do Brasil).Segundo ele,existeaexpectativa de que a Audi possa se integrar à Abeiva em 2005, já que vai trabalhar unicamente comimportação. Amontadora anunciou que deixará de fa-
Ano foi ruim para venda de importados, como a BMW (acima). A partir de 2006, Audi também passará a vir do exterior
bricar o A3 no Brasil no final de 2005 porque as vendas no País não justificam a continuidade da fábrica local.
A Abeiva tem se reunido com representantes do Minis-
tério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior para convencerogovernofederal a baixar a alíquota de importação de 35% para pelo menos 20%. No auge da importa-
ção,entre1995 e1997,osetor chegou ater 650concessionárias e mais de 22 mil postos diretosde trabalho.Hoje, são87 concessionárias, comcerca de 2.170 empregos diretos. (AE)
do projetode lei7.137, dadeputada federal Zulaiê Cobra (PSDB-SP),quepropõe alterações à legislação em vigor. O projeto prevê diversas mudanças narelação lojista-empreendedordentrodos shoppings, como ofim do 13º aluguel ea coadministraçãodo shopping, dandomaior liberdade aosvarejistas paraproporem ações para o funcionamento do negócio. Esses pontos do projetosão consideradospositivos pelos lojistas. Porém, há artigosque receberam duras críticas dos donos deshopping, comoaredução
dataxa de transferênciade umalojadeum comerciante paraoutroe ofimdaexclusividade parao empreendedor dedefinir aredeque irásubstituir um lojista, caso este decida sublocar o ponto. O projeto foiapreciado em audiência pública em outubro pela ComissãodeDefesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados. Aaudiênciafoirequerida pelo relatorda matéria, deputado Ricardo Izar (PTB/SP), que apresentou um parecer pela rejeição do projeto. (HRC)
O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo apuradopelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) ficou em 9,55% no acumulado de 2003.A alta do índicefoi puxada principalmente pelo itemDespesas Diversas (animais e comunicação), que acumulou ao longo do ano alta de 26,77%, seguido por Saúde, com aumento de 15,16%,Despesas Pessoais, Habitação e Educação.
O Dieese destaca que o índice de2003 é"bem inferior"ao verificadoem 2002, quando atingiu 12,93%, posicionando-se em patamar semelhante ao ICV de 1999 (9,57%) e 2000 (9,42%).Em 2001o índiceficou em 7,21%. A entidade destacou ainda, que ainflação foisimilar nos diversos níveis de rendimento: no estrato 1, com renda média deR$377,49,a alta depreços atingiu 9,90%;no estrato2, de renda média de R$ 934,17, atingiu 9,54%;enoestrato 3, de renda média de R$ 2.792,90, o ICV ficou em 9,46%. Dezembro –Em dezembro, o ICV teve alta de 0,32% na ci-
dade deSãoPaulo,impulsionado pelos grupos Despesas Pessoais (1,98%), Alimentação(0,71%), Educação eLeitura (0,60%).OgrupoSaúde manteve-seestávelno mês, com variação de menos 0,1%. Varejo –Já oÍndicedePreços no Varejo(IPV)fechou 2003 em alta de 12,62%, informou a Federação do Comércio doEstado deSão Paulo(Fecomércio-SP). Embora ainda em dois dígitos, achamadainflaçãodo comércioficoubem abaixo dos 26,9% apurados no encerramento de 2002.
Segundo a Federação do Comércio, o grupo que apresentoua maioraltano anopassado foi o demateriais de construção, com índice de 22,34%. O grupo de produtos duráveis, que inclui móveis e eletrodomésticos, teve variação de 13,1%nos preços. Aalta dos semiduráveis: vestuário, tecidos e calçados foi de 11,67%, e dosnão-duráveis, queinclui remédios e alimentos, ficou na casa dos 10,9%. O comércio automotivo elevou os preçosem 12,31%, devidoaos maioresreajustesnas autopeças. (AE)
Carnês do imposto começam a chegar nas residências dos paulistanos no dia 21, junto da taxa do lixo. Parcelamento foi ampliado para 12 meses.
Depois do Imposto sobre a Propriedade deVeículosAutomotores(IPVA), opaulistano deve preparar-se para enfrentaro pagamento de mais dois tributos: o ImpostoPredial e Territorial Urbano (IPTU) e a taxa do lixo, que chegam comreajuste de8,5% em relação ao ano passado. Os carnês com os impostos, de acordo coma Secretaria Municipal deFinanças,começam a chegarnas residências dos paulistanos no próximo dia 21. E serão distribuídos até o dia 2 de fevereiro. O pagamentoavistaouda primeira parcela deve ser feito no dia6 defevereiro–praticamenteummês depoisdoinício da cobrançado IPVA. Paraos imóveis comerciais, o carnê do IPTU já começou a ser distribuído.O dataxado lixo, começa a chegar no dia 2 de fevereiro.
Este ano, pela primeira vez na história da cidade,quem optar por pagar o IPTU a vista vai desembolsar menosem relaçãoa 2003.O desconto é maior,de 8,5%.Emanos anteriores, foi de 5%. No caso da taxa do lixo, quetambémtemdesconto de 8,5%, o contribuinte não vai gastarmenos. Nesteano, onú-
mero de parcelasserá maior, já que a cobrança do tributocomeçouaserfeita emmaiodo ano passado. Outra mudança é queoprazo paraopagamento doIPTU– residencial ouco-
mercial – também passou de 10 para 12 meses. Com omaior desconto, é vantajosopagaravista osimpostos, mesmo que se tenha de tirar recursos da conta corrente
ou de aplicações financeiras, segundo o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, presidentedaAssociação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade
As fraudes bancárias pela internet cresceram no último trimestre de 2003 e continuam incomodando no início deste ano, atingindo instituições comoBancodo BrasileItaú.Os bancos nãorevelam onúmero de correntistas afetados, nem o valor envolvido. Os problemas ocorrem quando os correntistasrecebem supostose-mails dasinstituições oferecendo promoções eprêmios,oumesmo mais segurançano acessoàs páginas.Eles sãoconvidadosa entrarnumsiteclonado do banco – geralmente cópias imprecisas hospedadas em sites gratuitos – e adigitar todos os dados da conta corrente.
Os bancos aconselham aos clientes atomar uma sériede cuidados. O Banco do Brasil informaquenuncamanda emails não requisitados.O Itaú aconselha a observarem se a suposta página dobanco contém o nome do cliente. "O banco semprealerta: nós
não enviamos e-mail paraos clientes sem a expressa autorização. Pedimos quenunca coloquem os dados, e se receberem esse tipo de mensagem, liguem parao BBResponde", afirmouaassessoriade imprensa do Banco do Brasil.
(Anefac). "Nenhuma aplicação financeira dá esta percentagem de lucro", diz. Oeconomista alerta, noentanto, quenão vale a pena recorrera empréstimos ou utilizar olimite do cheque
especial para opagamento. "Nestecaso, amelhor soluçãoé parcelar o pagamento. Utilizar o limite do cheque especial ou buscar um empréstimoseria um mau negócio", afirma. Para facilitar avida do contribuinte, o carnê do IPTU traz tantoaopção depagamentoa vista comoa prazo.Quem optar pelo parcelamento deve esperaro enviodeoutro boleto como restantedas parcelas,já que o primeiro traz apenas quatro. Já o carnê da taxa do lixo vem com as 12 parcelas porque seu pagamentodeverá ser obrigatoriamente mensal. Corrigindo o IPTU pelo IPCA,índice deinflaçãomedido peloIBGE, aPrefeituraespera arrecadar aproximadamente R$2,2bilhões. Comataxado lixo, são R$ 192 milhões. Isentos - Dos 2,6 milhões de imóveis cadastrados na capital,cercade ummilhãocontinuará isento do pagamento do IPTU. Imóveisresidenciais de até R$ 54.200,00 e comerciais de até R$ 21.700,00, além de aposentados que recebem até três salários mínimos,estão livres da cobrança. Da taxa do lixo,aestimativa édeaisenção atingir 700 mil contribuintes. Márcia Rodrigues
Letrasminúsculase linguagem excessivamente técnica não são os únicos problemas das bulas no Brasil. Uma pesquisa, realizada pelas otorrinolaringologistas Aracy Balbani, da UniversidadeEstadual Paulista(Unesp),e MônicaMenon, da Universidadede São Paulo(USP), mostraoutros problemas, entre os quais o fato de bulas de marcas diversas, mascom omesmoprincípio ativo, terem dados diferentes.
tipo I, nº 11, localizado no 1º andar do Edif. Missouri, situado à Rua Abagiba, 583, na Saúde - 21º Subdistrito (matrícula 131.193 do 14º CRI/SP), dando-o ao autor em hipoteca para garantia da dívida. E não tendo sido localizados os executados, foi deferida a citação por edital, para que no prazo de 24 hs, a
na data do efetivo pagamento e acrescida das cominações, sob pena de operar-se automaticamente a conversão do arresto efetuado sobre o imóvel dado em garantia hipotecária em penhora,
Os hackerstambém buscam vulnerabilidades nas redes das grandes empresas brasileiras. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Armando Félix, disse que a Embraer éa empresalíder noran-
Os bancos informaram que os casosde fraudesão estudados e, dependendo da situação, os clientes são ressarcidos. Setor público - As ações de hackers afetam tantoo setor privado quantoo público.SegundodadosdaPolícia Federal, algumas entidades federais sofrem de300 amil tentativas de ataques por dia. De acordo com especialistas, a principal arma para evitar que essas tentativas sejam bem sucedidas é a eliminação de falhas de segurança nas redes. "A maioria das informações privilegiadas não é obtida com o rompimento dasegurança, mas sim com a exploração de algumas vulnerabilidades", disse operito daPolícia Federal, Jurilson Rodrigues."Os hackersficam testando,procurando alguma falha. Se eles conseguirem, aproveitam para ingressar no sistema."
king de tentativas de ataques. O NBSO, grupo mantido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil que éresponsável por receber, analisar e responder a incidentes de segurança na web, recebeu 34,7 mil notificações até setembro.Trata-sedeum grandecrescimento secomparado com2002, quando25 mil incidentes foramreportados em todo o ano. (Reuters)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 07 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Lego Fomento Mercantil Ltda. - Requerida: Marprint Editora, Fotolito e Gráfica Ltda. - Rua Marina Ciufuli Zanfelice, 163 - 37ª Vara Cível
Requerente: Comercial Alimentícia Jales Ltda.Requerida: Adeilde Bezerra dos Santos - Rua Atucupe, 342 - 08ª Vara Cível
Requerente: AJ Rorato e Cia Ltda. - Requerida: Toninho Pisos, Azulejos e
Acabamentos Ltda. - Av. São Miguel, 6.150 - 38ª Vara Cível
Requerente: AJ Rorato e Cia
Ltda. - Requerido: Comercial Abílio de Materiais para Construção Ltda.Av.Paranaguá, 972 - 09ª Vara Cível
Requerente: Comercial e Distribuidora Ilha Porchat
Ltda. - Requerido: MF Mercado das Fraldas Ltda.-ME - Av.Yervant Kissajikian, 3.187 - 20ª Vara Cível
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz que desconhece a pesquisa, mas já sabia dos problemas. Tanto que editou no ano passado a Resolução n.º 140, que determina mudanças nas bulas. A partir de março, elas deverão ser iguais para um mesmo princípio ativo eescritasemletras maiorese linguagem mais simples.
A pesquisa,que teveorientação do otorrinolaringologista Jair Montovani (Unesp), verificou ocumprimentoda legislaçãoem bulasde dezdescongestionantes,dez anti-histamínicos e cinco vasoconstritores nasais. Por trêsmeses, analisaram
as bulas, levando em consideração quatro parâmetros: tamanho e cor das letras, adequação à legislação, emprego de abreviaturas e termos técnicos e teor da informação ao paciente. Os resultadosnãoforam bons."Constatamos que 72% das bulas tinham letras minúsculase 16%nacorazul, oque dificulta a leitura",diz Montovani. "Além disso, no item 'informação técnica', 60% das bulas não traziam informações sobrepossíveis alterações de exames laboratoriais causadas pelo uso do medicamento e 52% nãomostravam oitem obrigatório 'pacientes idosos'." O uso de abreviaturas (8% dasbulas)e termos técnicos (24%) foram outros problemasencontrados. Umexemplo é a abreviatura SNC. "Poucos sabem que ela significa sistema nervoso central", diz. Para a indústria farmacêutica, parte da responsabilidade é da extintaSecretariadeVigilância Sanitária (SVS), antecessoradaAnvisa, quetinhaa função de redigirasbulas, o que nunca foi feito. (AE)
O velho açougue da esquina não conquista mais um públicoexigente quequergarantia deprocedênciada carne edá importância a itens como textura da carne,corte, maturaçãoeembalagensde última geração.Estepúblico tem procurado cada vez mais o setor de cortes especiais dos supermercados e as "butiques de carne" -nomeque osdonos dos estabelecimentosjulgam pejorativo por insinuarem um preço alto, o que, segundo eles, não corresponde à verdade. "Temos um açougue melhorado,com maisopções", diz LuizFernando Cabrino, sócioda Montana Carnese Cia, de Campinas.
As butiques individualizadas de carne não são muitas, o setor de cortes especiais distribui seus produtos prioritariamente em supermercados que atendem às classes A e B, como oPão deAçúcar ou lojas requintadas como Empório Santa Maria e Casa Santa Luzia,ambas emSão Paulo. Algumasmarcaspossuem poucas lojas próprias. Mas, afinal,o quediferencia umamaminha ouumfilécomumdeum decorteespecial?
Segundo Nilo Fontana, diretor comercial da divisão Food Service da Glenmark do Brasil Alimentos, empresa de origem americana detentora da marca Bassi, "um corteespecial,significa um corte selecionado e processado dentro de rígidos conceitosde procedência,textura,teor degordura, nívelde limpeza, controlede temperatura esobosmaisrigorosos conceitos de controle da cadeia de segurança alimentar".
Istvan Wessel, diretor superintendente da marca Carnes Wessel,pioneiradecortes especiais noBrasil, complementa:"acarne éresultadodeuma formulação, cada animalé diferente do outro e somente um controle de qualidade peça a peçapode darorigem aum produto de qualidade".
Este controle de qualidade rígidoaliado aoprocessamento de carnes de caça – como faisão, avestruz e javali – têm feito o mercadodecortesespeciais no Brasil crescer muito nas últimas décadas e já começar a exportar para outros países.
"A família Wessel chegou ao Brasil na década de 50 e introduziuos cortes especiais no país em 1974. Éramos os únicos neste mercadoe, de lá para cá, já temos pelo menos trêsouquatro concorrentes, com espaço no mercado para todos atuarem. É um setor em expansão", diz Istvan Wessel (leia aolado mais sobrea his-
Carnes com as marcas Wessel, Bassi e Montana já podem ser encontradas em supermercados que atendem consumidores das classes A e B
Istvan, da Carnes Wessel: tradição de família na seleção de produtos de qualidade e inovação comercial tória da família). A Wesselfacilita avida dos clientes, principalmente de hotéis e restaurantes, vendendo porçõescontroladas etemperadas, prontas para o preparo de pratos específicos. "Comprar acarne porcionada garanteum melhor controle de estoque e higiene, já que menos profissionais precisam manipulá-la", explica Istvan. A Bassitambém atuafortemente no setor hoteleiro ede restaurantes. A Glenmark do Brasil, detentora da marca, alémdeser fortenovarejode cortesespeciais, éfornecedora de grandes redes de restaurantes e lanchonetes como Outback,All Parmegiana e Habib´s. "A rede supermercadista ainda
é a nossa principal distribuidora. Vendemos no Pão de Açúcar eemlojas específicasdo Mambo,doBig edoWall Mart.Mas qualquerque sejao cliente –varejo, supermercado,hotéisou restaurantes–procuramosatender comose fosse único. Estamos há vinte anos no Brasil e todo nosso trabalho passa por uma análise minuciosa de cada tarefa, num processo de empresa taylorista que engloba atenção ao cliente, ao produtoeao volume de produção", diz Fontana. Exportação - A Wessel deverá inovar mais uma vez neste mercado,passando aexportar cortes especiais brasileiros. "Levamos a carne Wessel paraa feirainternacionalde
alimentação de Anuga, na cidade deColônia,naAlemanha, e oproduto foimuito apreciado.Vamos utilizar nossaexperiência parafornecer cortes para hotéis e restaurantes noexterior", contaIstvan. Segundo ele,acarneno Brasil é mais barata que a carne européia e, mesmo com a sobretaxa imposta pela União Européia (cerca de 3 dólares por quilo), a carne brasileira é viável comercialmente. "Além disso, levamos cinco dias para transportar nossacarnede SãoPaulo paraoCeará edois dias para fazer o trajeto para a Alemanha", diz Istvan.
A mais nova loja de cortes especiaisno Brasil é aMontana Carnes e Cia, de Campinas,
que tem como sócios o empresário Luiz Fernando Cabrino e adupla decantoressertanejos Chitãozinho e Xororó.
A dupla de cantores e o sócio Cabrino inauguraram esta primeira loja este ano em Campinas, masaidéiaéexpandiro negócio, através de franquias. Ejáadministramcinco churrascarias (Montana Grill),25 restaurantes fast food (Montana GrillExpress) emshopping centers e vendem mensalmente 100 toneladas de carnes nobres (MontanaPremioBeef) nos supermercadosExtra e Pão de Açúcar.
Parte daprodução daMontana vem das fazendas de pecuária de Chitãozinho e Xororóe aoutra,de criadoresparceiros. "Tanto nas nossas fazendas quanto nas de nossos fornecedores temos um controle de qualidade rigoroso, utilizandoapenasanimais jovens e sem consumo de hormônios", conta Cabrino.
Depois deconquistar 320 pontos de venda em todo o País– tambémem supermercados da rede Pão de Açúcar –, os sócios ilustres resolveram montaraprimeiraloja em Campinas para oferecer "a praticidade doaçougue comalguns ingredientesa mais".Segundo Cabrini, a proposta é de um atendimento especializado e de oferta de produtos como carvão de reflorestamento próprio,carnesde caçaetambém carnesjátemperadase porcionadas. "Quarenta por cento de nossas vendas jásão de carnes em porções e temperadas", afirma. Gabriela Mendonça
Istvan: difusão da cultura do preparo da carne nobre
Vender e ensinar a preparar
Há cinco gerações que a família Wessel atua no comércio de carnes. Originária da Hungria, chegou ao Brasil em 1957 e instalou-se em São Paulo, no Bixiga, trazendo para os paulistanos cortes especiais e produtos até então pouco conhecidos, como a vitela. "Em 1980, introduzimos o carpaccio e, em 1994, passamos a comercializar o baby búfalo (vitela de búfalo)", conta Istvan Wessel. Ele diz, porém, que não adianta vender carne de qualidade superior se não ensinar as pessoas a manipulá-la. Produzindo cerca de 100 toneladas/mês, com um programa de culinária nas rádios há 9 anos e 3 livros publicados, Istvan direciona esforços para difundir receitas, assessórios e formas de manipulação que aprimorem o uso da carne no Brasil. "Ensinando as pessoas, estamos sofisticando o mercado e ampliando nosso público".
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É preciso, sempre,com prudênciae senso de oportunidade, sustentar o que estáindo bemna administração pública, principalmente, mas, também, na administração particular.O Banco Central acabade subscreveresseato deprudência do administrador público como do privado, determinando quesejacomprado o dólar no mercado, para sustentá-lo. Evidentemente, a procura de dólaro aumentarájáa partir de hoje e, em contrapartida,oreal deverá valorizar-se.
A gestão daárea econômico-financeira não deve ter regras fixas de ação, pois temos de estar atentos ao valor do dólar, que não suba, e como está nos permita sustentar as exportações no ritmo conquistado, graças àobrabem armada pelo ministroFurlan. Temos quealcançar superávits na balançacomercial,temos de fortalecer abalançafinanceira e temos quevoltar aser um dos países melhor dotados de moeda forte na coluna das reservas.
Não se pode negar que o médico Palocci está correspondendo ao juízo que
a seu respeito fez o deputado Delfim Netto. Vai indo muitobem, assim como muito bemvaiindoseu companheiroda gestão, o banqueiro HenriqueMeirelles. Nessa áreaopresidente Lula não precisa se preocupar,mas, ao contrário,só devepedirexplicaçõespara ficarpordentro da execução da política econômico-financeira pelos colaboradores aos quais foi entreguea gestão de seus negócios. Vê-se quenão édifícil acertar, sem as encenações que até há pouco tempo se faziamna administração da política econômico-financeira, comose tratasse de um jogo e não de um esforço para manter alta a estatística das exportações para mercados tradicionais e tambémpara os novos, sobretudo a China, e nãoquerer praticar malabarismos como dólar,esforçando-se para manter o Brasil entre os possuidores de reservas omais possível elevadas.Tudo, semdúvida, com olho nas importações. É isso.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Passadas a euforia política das vitórias do governo e o encantamento do Natal, quesempre conseguedespertar oespírito fraternal dahumanidade, chegou ahora doBrasil voltarpara a realidade do novo ano que começa. Paraenfrentar estarealidade nada mais indicado do que se iniciar pela análise das "reformas" aprovadas e cantadas em prosa everso pelogoverno,as quais deverão nortear nossas vidas neste ano que acaba de nascer. Nãosepodenegara coragem política do presidente Lula em propor estas reformas logo no iníciode seugoverno. Nem sepode negar que Reformada Previdênciatrouxe alterações marcantes para a Previdência Social, que merecem nosso aplauso e reconhecimentopúblico. Se a reforma previdenciária pareceter trazidosinais positivos,já omesmonão sepode dizer sobre aanunciada "reforma tributária", uma vez que, em verdade, ela não existiu. Exatamentepor isto,estearremedo de reformatributária, que acabou de ser aprovado peloCongresso, nãomerece ser divulgado coma pompado título de reforma, para que, amanhã, nãosejamosacusadosde coniventes com esta informação enganosa. Embora reconhecendo que o direito tributário é um ramoárido e complicado, exigindoconhecimento especializado daqueles que atuam nesta área e que também a maioriada população não tem odever de conhecera técnica quedeve comporum sis-
tema tributário. Para isto é que existem os especialistas. Por isso, é que é nosso dever esclarecer a população de que a reforma tributária anunciada pelo governo aindanão ocorreu. O que foi feito não passou de mais um remendo, incluído no atual e caótico sistema tributário. É preciso que se esclareça, que o Congresso aprovou no final do ano passado foi apenas amanutenção da cobrança da CPMF; aumento da alíquotadaCofins de3%para 7,6%, sob afalsa alegaçãode que isto resolveria a questão da incidência em cascata, desonerando a produção.
Oque oCongressoaprovou naverdadefoi maisumaumento da carga tributária, com repercussões para o consumidorfinal.Trata-seapenas de mais um"retalho" acrescentado na verdadeira "colcha de retalhos", em que transformaram nosso atualSistema Tributário. Para que houvesse uma verdadeira reforma tributária seria necessário que o País pensasse em umnovo sistema tributário,mais simplesecom uma carga tributária compatível com a realidade das pequenas empresas, que estão ameaçadas de desaparecerem. Um sistema moderno que simplificasse asexcessivas obrigações fiscais, que foram responsáveis pelo fechamentodemilhares de pequenas empresas e do desaparecimento decentenas de milhares de empregos. Épreciso quesesaiba quea maioria das pequenas empre-
OPresidente daFederação dasAssociaçõesComerciais do EstadodeSão Paulo-Facespe da Associação Comercial de São Paulo - ACSP, Guilherme Afif Domingos, agradece e deseja um feliz 2004 a: Giorgio Nicoli, Conselheiro Deliberativoda ACSP;Grupo Construcap; GrupoTakano; Guido Mantega, Ministro de Estado do Planejamento,Orçamento e Gestão; Hélio Bicudo, Vice-Prefeitoda Prefeitura de São Paulo; Higino Carlos Freitas de Oliveira,Revista Túnel do Tempo; Hiroshi Shimuta, Conselheiro Consultivo da ACSP; Homero C. Arruda Filho,Conselhode Adminstração Vice-Presidente da Copersucar União; Ikesaki; Innocêncio de Paula Pereira, Diretorda ACSP; Isoldi S/A Corretora de Valores Mobiliários; João Caramez, Deputado Estadual; João CarlosdeOliveira, Presidente da Associação Brasileira de Supermercados-RS; João de Almeida SampaioFilho, Presidenteda Sociedade Rural Brasileira; João de Scantimburgo, Diretor Responsável do Diário do Comércio; João Fernandes d'Almeida, Conselheiro Nato da ACSP; João Uchôa Borges, Conselheiro Nato daACSP; JofreSandim, Belfort Segurançade Bense Valores;Jorge Humberto Teixeira Boratto, JHB Consultoria eParticipa-
ções Ltda.;Jorge Lúcio,Fenagás; Jorge Luis dos Santos B., Diretor do Grupo Integrado de Marketing; Jorge Sarhan Salomão,Conselheiro Nato da ACSP; José Alberto de Paiva Gouveia, Presidente do Sincopetro; JoséAntonioMarques Almeida, Vereador - Câmara Municipal de Santos; José Augusto de Queiroz, Conselheiro Consultivo da ACSP; José Augusto Viana Neto, Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis; JoséGraziano da Silva, Ministro de Estado Extraordináriode Segurança Alimentar eCombate à Fome; José Luiz de Freitas Valle; JoséPereira Gonçalves,Associação Brasileira das EntidadesdeCrédito Imobiliárioe Poupança- Abecip;JoséRafaelGuagliardi, Presidenteda Alcantara Machado Feiras de Negócios Ltda; José Viegas Filho, Ministro de Estado da Defesa; Jurandir Fernandes, Secretário dos Transportes Metropolitanos; Kamel Hussein Ibrahim, KL Imóveis S/C. Ltda.; KiyoshiMizumoto, ConselheiroNato daACSP;Leite & Narezzi Advogados Associados; LelloCondomínios; Leon BensoussaneBernardo Wenkert, BrascanImobiliária S.A.; LicinioN. Miranda, Conselheiro Deliberativo da ACSP;Luiz AlbertodaSilva Junior,Gerente doBancodo Nordeste do Brasil S/A.; Luiz
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Carlos daSilvaBueno,Comandante da Aeronáutica; Luiz Carlos Merege, Fundação Getulio Vargas; Luiz Dalton Gomes; Luiz FranciscoMonteiro de Barros Neto, Diretor de Rede e Distribuição do BancoNossaCaixa S.A.;Luiz Gushiken,Secretaria deComunicação de Governo e Gestão Estratégica;Luiz Otávio Gomes, Presidente da CACBConfederação das Associações ComerciaisdoBrasil; Luiz Roberto Gonçalves, Vicepresidente da ACSP; Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, SecretárioMunicipal dosNegócios Jurídicos; Manoel Cruz, Vereador; MarceloOrtiz, Deputado Federal;MarcílioMarquesMoreira, Presidenteda Associação Comercial do Rio deJaneiro;Marco Fireman, Presidente AssociaçãoComercial deMaceió;Marcos CintraCavalcantide Albuquerque, Vice-Presidenteda Fundação Getulio Vargas; Marcos Sérgio de O.Novaes, ShoppingAricanduva; Marilena ePauloA.Costa;Mario Garnero; Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; MauroMarcondes Machado,Scania Latin America Ltda.; Mercotrading; Miguel A. M.Giacummo, Binswanger Brasil; Miguel Jorge, Vice-Presidentedo Santander Banespa;Ministra EmiliaFernandes, Secretaria
Especial dePolíticas para as Mulheres; Multibrás S.A. Eletrodomésticos; NádiaCampeão, Secretária Municipal de Esportes, Lazere Recreação; Nelson deAbreu Pinto,Presidente do Cntur; OEM Comércio Exterior Ltda.;Orlando CesarLeone, Presidenteda Anfamoto; Osmar Garcia Stolagli, ex-Diretor-Superintendente da Distrital Ipiranga; PaoloG. Bellotti,Conselheiro Consultivo da ACSP; Paulo Frange, Vereador; Paulo Marraccini, AGF Brasil Seguros S/A.; Paulo Roberto Tadeu Menechelli, Presidenteda Associação Comercial e Industrialde Sertãozinho;Paulo Sergio, Deputado Estadual; Pedra Forte Incorporações e Vendas; Pedro Úbeda Mellina, Diretor Extenda Agência Andaluza de Promoção Exterior; Peter Athanasiadis, Cônsul Comercial de Áustria em São Paulo; PhilipMorris Brasil; Raul Souza Sulzbacher, Vice-Presidente Executivo da São Paulo Convention & Visitors Bureau; Ricardo Berzoini, Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social; Ricardo Montoro, Vereador; RicardoPatah, Presidentedo Sindicato dos Empregados no Comércio de São Paulo; Ripasa; Roberto Alfeu, Presidência CDL/BH; Roberto Duailibi, DPZ Propaganda; Roberto Morais, Deputado Estadual.
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sasqueforam obrigadasafechar suasportas,ofizeram porque não suportaram a atual carga tributária; além do cumprimentodeobrigações acessórias,impostas porumaburocracia fiscal retrógrada. A divulgação desta realidade é nossa obrigação para explicar que, pequenas empresas, algumas comdezenas deanos deatividade, foram forçadasa encerrar suas atividades para não quebrarem. Ou então, terem a sorte de serem compradas por outras empresas maiores. Outras, ainda, foram empurradas para a informalidade, em razão de dívidastributárias impagáveis, na maioriadas vezesem decorrência de autuações fiscais de duvidosa legalidade. É por tudo isto, que a popu-
lação precisa saberque a esperada reformatributáriaainda não ocorreu e nem sabemos se ocorrerá. Eque o "remendo feito colcha de retalhos" no atual STNteve apenaso objetivo de atender os interesses da máquina pública, não trazendo nenhum benefício para a maioria dos contribuintes. É por isto queo Congresso precisa - urgentemente - corrigir esta injustiça fiscal, promovendoumareforma,que leve em conta o porte a capacidade contributivado contribuinte, antesque milhares de outras pequenas empresas desapareçam em 2004.
Roberto Matheus Ordine superintendente da Distrital Centro da ACSP
Taxas e impostos A facilidadecom queo poderpúblico aumenta e cria taxas e tarifas, resolvendo, assim, sempre, da maneira mais simples e em cimado bolsodocontribuinte, os seus problemas, é uma afrontacometidacontra aclasse média que é a que, em escala, sempre responde àessaformadeviolênciacontra ela praticada.E responde passivamente, cordeiramente, não tendo quem expresse, interprete ou proteste, aja, em seu nome. A classe média aviltada, humilhada, impotente e incapaz de reagir, paga a tudo e a todos que existem em função dela própria e como o elefante do circo não sabea força que tem, submetendo-se sempre aos que em seu nome a exploram.
Classe média explorada
Esta exploraçãoda classe média aconteceporque não há quem a represente, não há quem a defenda e não há comprometimento dospolíticos e governantes que ela elege com os seus problemas. A classe média elege e sustenta, inclusive nos vencimentos pessoais, os políticos e governantes. Estes, todavia, só têm olhos e ações para a demagógica defesa e utilização dos recursos arrecadados da classemédia emfavor dasminorias quesabem fazerbarulho e manipular a mídia e o poder público. Ocioso seria mencionar no momento os desvios de rota dosfundos e recursos públicos que não chegam a ninguém a não seràs contas corruptas dequem promove os desvios.
Âmbitos
A prefeiturade SãoPaulo, na atual gestão,especializou-seemachacar aclasse média com taxas novas e aumento das velhas, a título de, como Robin Hood, tirar dos
"ricos"para favorecer os "pobres". Indulgência mental e demagogia barata numa cidade doporte denossa capital.A questão éque ogoverno federal e agora o estadualnão ficam atrás. Os maus exemplosda prefeitura estão sendo seguidos e a taxade licenciamentode veículos, assim como os pedágios,noEstado deSão Paulo, acabamdeserelevados à estratosfera, numa evidente demonstração de falta de consideração com acorrosão da renda da classe média nos últimos anos.
Hora de acordar
Cada um dos integrantes da classe média (paraa ela pertencer bastaser umpagador de IPTU, IPVA, ISS e taxas de lixo, por exemplo)precisa se conscientizar de seu papel de pagador de impostos e não só de bobo da corte e promover, pelaação organizadaecoordenada,a revolução pacífica pelo voto de que tanto necessita, para não seguir sendo semprea vítimade exploração da incompetência do poder público.Entretanto, faltam legítimasliderançase gente sem medo de sofrer o patrulhamento da acusação barata dos demagogos. Quem se habilita?
Vitória fácil
O primeirocandidato que tiverodiscurso dedefesada classe média e em nome desta agir de verdade, sem hipocrisia ou falsos interesses, como a maioria dos atuais políticos e governantes,será eleitopara qualquer cargo que se candidatar. A classe média precisa, urgente, de um líder de verdade. Falsos há aos montes.Ceder àpressãodas minorias e da mídia, os atuais fazem correndo.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
Construção das marginais pedagiadas da rodovia Castelo Branco deu novo impulso ao mercado imobiliário da região Pioneira no conceito de condomínios de casas para as classes média e alta, a região de Barueri,nazona oestedaregião metropolitana de São Paulo, não pára de crescer. Desde que, há30 anos, foi inaugurado o primeiroloteamento (oAlphaville 1), a construção de casas ea circulação de pessoas cresceram em progressão geométrica. Empresas que atuam em Alphaville e adjacências estimam em 19% o crescimento médio anual do mercado imobiliário local, considerando a
expansãode áreasresidenciais e de prestação de serviços. "Desde queos condomínios começaram a aparecer, entre o fim dos anos 70 e o começo dos 80,o desenvolvimento daregião foi constante", afirma o diretor-superintendente da empreendedora Tamboré, Fábio Penteado."Aexpansãosó teve uma pequena parada com o aumento dos congestionamentos entreSão Paulo e os condomínios. A perda de tempo no trânsito desanimava as pessoas", diz Penteado.
Trânsito melhor – Segundo ele, a situaçãocomeçou a mudar depois dainauguração das marginais pedagiadas da rodovia Castelo Branco, que dão acessodireto aosresidenciais, há cerca de quatro anos. "A diminuição dotempoperdido notrânsito deunovoimpulso ao mercado imobiliário da região", afirma. Atualmente,cerca de35mil pessoasmoram noscondomínios (em casas ou em apartamentos,construídosem uma segundafase dedesenvolvi-
O ministro das Cidades, Olívio Dutra, anunciou ontem que o governo federal deverá destinar R$ 12,15 bilhões a investimentos nasáreas dehabitação e saneamento neste ano –quaseo dobro dogastoem 2003. Seessesrecursos forem efetivamente aplicados,o ministroestima que poderáser criado 1,4 milhão de empregos diretose indiretos,semcontar as276mil vagasde trabalho que já estariam garantidas pela execução de contratos recentemente firmadoscom Estados, municípiose companhiasde água e esgoto.
Deacordocom oplanotraçado pelogoverno Lulapara a retomada do crescimento, o setorde habitaçãoesaneamento tem umpapel fundamental porque possui um enorme potencial de criação de empregos, além de beneficiar a população mais carente. As
obras de saneamento, por exemplo, devemmelhorara vidade 5milhõesdefamílias, enquanto asde habitaçãobeneficiariam 580 mil famílias.
FGTS – Dos R$ 12,15 bilhões que o governo planeja investir, a maior parte – R$ 5,85 bilhões – virá do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), enquanto R$ 1,95 bilhão está previsto no Orçamento da União. Orestante virá de outrasfontes, como Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), da Caixa EconômicaFederale do BancoNacionalde DesenvolvimentoEconômicoe Social (BNDES).
"Aorientação geral dogoverno é não dispersar recursos. Nãopodemosabandonar os pequenos municípios à sua própria sorte, mas temos de combater osproblemas onde eles estão mais concentrados, que énas regiõesmetropolita-
nas", afirmou oministro,negando que haja um objetivo eleitoral por trás da decisão do governo de dar prioridade aos investimentosnessas duas áreas deforteapelo social em ano de eleições municipais.
SegundoDutra, arecente negociação como FundoMonetário Internacional (FMI) em tornodo excedentede superávit primário apurado em setembro foi decisiva para a viabilização do plano de investimentos em saneamento.
Diferentemente do setor de habitação, onde os recursos vindos doFGTS devemser canalizados prioritariamente parao setor privado ou paraas pessoas individualmente, as obrasde saneamentodependemde Estadosemunicípios, que até recentemente estavam submetidosa um limitetotal deR$200 milhões para contrair empréstimos. (AE)
mento) fechados de Barueri. A populaçãoflutuante chega a 110 milpessoas. Coma transferência de sedes de grandes empresas eestabelecimentos comerciais para aregião, os potenciais compradores de imóveisficaramainda mais exigentes. "Por isso, para um empreendimento ter sucesso precisa oferecer algunsatrativos extras", afirma. Novos terrenos– Pensando nisso,a TamboréEmpreendimentos (responsável pela incorporação dosresidenciais
quelevamseu nome)lançou emnovembro oTamboré 10, loteamento com 360 terrenos de560metros quadradosde área – a R$ 280 mil cada. O condomínio estará pronto em dois anos,período queosproprietários terão para elaborar seus projetos de construção. Assim como emoutros residenciais deAlphaville ede Tamboré, haverá limites para construção. "Desde oinício do desenvolvimento da região foram as limitações que permitiram aos residenciaisgarantir umaboa
qualidadedemoradia para as pessoas", afirma. O condomínioTamboré 10 ficaráa cerca decincoquilômetros do acesso da rodovia Castelo Branco, antes dos residenciais mais novos de Alphaville. Seráconstruído emuma área vizinha a uma reserva florestal, o que levou os empreendedores a investir nas áreas comuns. O projetopaisagístico, com praças de convivência para adultos e crianças, é do escritório Benedito Abbud. Rejane Aguiar
construídas (Alvarás/Habite-se) Transferência de nomes no IPTU.
O volume de ações de despejodistribuídas nacomarcada capital paulista teve queda de 9,63%entrenovembroe dezembrode 2003, de acordo com dados doDepartamento Técnico dePrimeira Instância captados pelo Secovi-SP(sindicatoquerepresenta asempresasdecompra, vendaeadministração de imóveis).
No mês passado,entraram nos fóruns da capital1.736 ações, contra 2.173 em novembro. Em todo o ano de 2003, o volumede açõescaiu1,18% em comparaçãocom 2002."O resultado dofim do anojá era
esperado, principalmente por causa do diálogo mais aberto entre inquilinos e proprietários",afirma ovice-presidente de Locaçãodo Secovi-SP,Sérgio LuizAbrantesLembi. O diálogo é importante para a queda do volume de ações porque as ações de despejo por falta de pagamento do aluguel representam 91% do total.
Em dezembro,asações por falta de pagamentocaíram 12,1% em relação a novembro, o que garantiu aqueda do volume total.Em 2003, as ações dedespejo por falta de pagamento caíram 1,5%. (RA)
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EYMAR MASCARO
Os políticos não querem viraratletas; cuidam do corpo mas,nemsempre,daalma. Lê-seque,emBrasília,ministros continuam fiéis ao teste de Cooper e à aeróbica, a maioria porrecomendação médica.Andar faz bemao corpoe à mente,garantemosmédicos. Oscandidatosaandarilhos vão do Oiapoque ao Chuí.
Destaca-se,por exemplo,em SãoPaulo, ogovernador Alckmin que, há dias, foi de São Bernardo a Cubatão a pé, contemplando as belezasda Serra do Mar.Igual ao governador é o senador Eduardo Suplicy, que faz da pista do Ibirapuera uma extensão da academiade ginásticaque freqüenta.
Para quemnão sabe, Suplicyfoi lutadorde boxe na adolescência.Quandolutavachamava aatençãoatédas emissoras de rádio. Um dos que irradiavam suas lutas era um aprendiz de radialista, Paulo Maluf, que jamais aceitou oconvite para subirno ringuee duelar como senador.
O Cooper foi popularizado entre políticos por ministros do regime militar. Figueiredo preferia ir às cocheiras coçar a cabeça dos cavalos. Foi lá que se habituou a gostar mais de cavalos do que de gente. Houve época em que o ministério agradava os militares fazendo Cooper.
Certo dia, um repórter cruzou com o governador de Minas, HélioGarcia, um homemque gostava deum cigarrinho e de umas doses a mais, antes e depois das refeições. O jornalista arriscou a pergunta: -Osenhor,governador,também éamantedoCoopere da ginástica? O que o senhor costuma fazer de manhã? -Eu tusso.
EM BRASÍLIA
As informaçõesoficiais podem ser outras, mas o verdadeiro motivoda viagem daprefeita MartaSuplicya Brasíliaédinheiro. Martamergulhou napolítica das grandes obras e, para tanto,precisa deverbas do governo federal. A prefeita temumforteargumentopara conseguiro que quer: suareeleiçãoé fundamentalpara acampanha de Lula em 2006.
ENSAIO
O PT mandou Marta Suplicy afiar a língua para responder, nalata,a Maluf, se o ex-prefeito acusála deimitá-lo naexecução de grandes obras,as mesmas que o PT qualificava defaraônicas.Marta vai comentar, compolidez, quenoseugoverno não existe superfaturamento. Qual será aréplicado exprefeito?
RECADO
Aospuxa-sacos interessados: quem vai indicaro novopresidente dosCorreios é osenador José Sarney.
VOCÊ SABIA? Que Fidel Castro continuadiscursando, em comemoração aos seus 45 anos de poder, homenageando a democracia?
AINDA NO VAZIO
Apesar da insistênciade aparecer na televisão para comunicar que seu partido terá candidatospróprios em todos os municípios de São Paulo, incluindo a Capital,Orestes Quércianão consegue convencer ninguém docontrário:o PMDBestá maispara apoiar a reeleição de Marta do que para lançar um candidato próprio.
EXEMPLO
Uma das provas de que o PMDB paulista vai seguir o diretório nacional e cair no colo de Marta Suplicy, foi a saída deAristodemoPinotti, que trocou o partido pelo PFL. Por quê? Porque Quércia não deu a ele a garantia desercandidato a prefeito em 2004.
NA CABEÇA
Sondagens preliminares
dos partidos indicam que o ex-deputadoe âncorado jornalismoda rádioJovem-Pan, NeloRodolfo, seráumdos vereadores mais votadosem SãoPaulo, naeleiçãodeoutubro. Nas eleições passadas, Nelo Rodolfo tevemais de 90 mil votosparadeputado, mas não conseguiu a reeleição.
O ÓBVIO
Provedores da Santa Casa de São Joaquim da Barra, interiorpaulista, abriramsindicância para saber o que aconteceu numa troca decrianças, emque ospais deumbebê receberam outro bebê que era de outro casal. O que houve foi só uma troca de crianças.
EMPURRA-EMPURRA Lula começou a cobrar dos ministros a criação de empregos.Seu governo precisa cumprir a promessa de campanha e jogou o abacaxi para a equipe.
REVISÃO
Geraldo Alckmin pode rever, em 2004, o critério doindulto de Natal que não deu certo em 2003: dos 11 mil presos paulistas que ganharam do Governo o beneficiode passaras festas de fim de ano com suas famílias, cerca de 1 mil não voltaramàprisão. Tomaram Doril e sumiram. Outrosforam presosroubandonovamentee alguns morreram no confronto com a polícia.
CURIOSIDADE O noticiário anunciando queLulavai sancionara Lei da Renda Mínima não faz menção ao nome do senador Eduardo Suplicy, idealizador da proposta.
LEGISLAÇÃO
Todos os pré-candidatos à Prefeitura de Campinas estão sendoacusadosde desrespeito àlegislação eleitoral, espalhando outdoors pela cidade, o que só é permitido depois das convenções. Sãoacusados Fernando Quércia (filho de Orestes Quércia),o tucano Carlos Sampaio, o pedetista Hélio de Oliveira Santos e o petista Ângelo Barreto.
O presidente Luiz Inácio LuladaSilva sancionouontema lei de renda mínima, ressaltando que será preciso paciência parao governotercondições para implementá-la adequadamente. "O nossopapel é transformar essaleinuma lei que funcione,numa leiquepegue, porque no Brasil tem lei que pegaelei quenãopega", disseo presidente. Apesar de a medida – que garante gradualmente umarendamínimaa cadafamília brasileira – valer apenas a partir do próximo ano, o presidente pediu paciência e comparou sua implementação à construção de um barco. "Essa lei écomose nós estivéssemos fazendo um barco. Essa lei só vai se transformar em um barco completo quando nós colocarmos esse barcono mar. Não é possível, como num passe de mágica, se arrumar todos os recursos que precisamos para fazer a lei acontecer". O presidente fez questão de elogiara "ousadia e teimosia" dosenador EduardoSuplicy (PT-SP), autordoprojetode lei que estava no programa de governodoPT naseleições presidenciais, referindo-se a ele comoum"dom Quixote" por sua determinação na busca da aprovaçãodamedida no Congresso. "O mérito dessa lei é doCongresso, massobretudo de um personagem teimoso
chamado Eduardo Suplicy".
Luta de 12 anos – O programa, cujonome oficialé Renda Básica da Cidadania, foi elaboradopelo senadorem 1991.O projeto tem porobjetivo final garantir um benefício que atenda às necessidades básicas de alimentação, saúde e educação detodobrasileiro.De acordocom alei, terá direito também ao benefício todo estrangeiro residente no País por mais de 5anos.Suplicy disse que obolsa-família, programa queunificou nofinaldoano passado quatro programasde transferência de renda – bolsa-
escola, auxílio-gás, bolsa-alimentação e cartão-alimentação–, é o "primeiro passo para a renda básica". Passo racional– "A unificação dos programas sociais é um passoracional nadireçãoda renda básica da cidadania", disse osenador ajornalistas antes de seu discurso na cerimônia. Suplicy acrescentou que, inicialmente, serão atendidas as pessoas com renda per capta menor menor ou igual a R$ 50. Ele acredita que, embora não se tenha determinado recursos nem indicado de onde eles sairiam parao programa,em 2010cada brasileirocontará com a renda mínima. Alaska – Suplicy afirmou que a renda básica é adotada no Estado americano do Alaska desde a década de 1960. Segundo ele,o Estado criouum fundo para garantira transferência do benefício. autoridades, estavam presentes nacerimônia familiares do senador, como sua mãe, Filomena Matarazzo Suplicy, de 95 anos. A prefeita de São Paulo e ex-esposa de Suplicy, Marta Suplicy (PT) também estava nacerimônia –aprefeitura paulistana já adota um programa de renda mínima local. No final de seu discurso, Suplicypediu licençaaopresidente para lhe dar um beijo no rosto. (Reuters)
O ainda titular do Ministério das Comunicações divulgou nota em que reafirma seu apoio ao governo
Oministro dasComunicações,Miro Teixeira,anunciou ontem suasaída doPDT, após 16 anos de filiaçãoà legenda. Miro justificou a decisão devido aorompimento dopartido com o governo. "É com pesar que comunico aos companheiros dos PDT, aos quais devoto respeito, que deixo o partidolevando comigoinesquecíveise agradáveislembranças dos 16 anos de convívio", disse Miro em um comunicado.
"Contrárioà decisãopartidária,minhaposiçãoé de apoio ao presidenteLula integrando ou não sua equipe".
No mês passado, a Executiva Nacionaldo PDT decidiu romper com o governo e pedir aosfiliados queocupassem cargosnoExecutivo federal que deixassem seuspostos até o dia 31 de janeiro. O secretário-executivo doMinistério das Comunicações,José GuimarãesPalácio Neto,também anunciouoseu desligamento do partido.
PMDB – O ministério de
Miro Teixeira –queé deputadofederal eleitopelo RiodeJaneiro –é tido como uma das pastas a serem repassadas aoPMDB na reforma ministerial emelaboração no Palácio do Planalto.
Após cerimônia desanção da leide renda mínima, à tarde no Palácio do Planalto,o ministro reiterou a jornalistas que sua "postura política é de quem quer apoiar o Lula".
Sem partido –Miro disse ainda que, "para não ser confundido com oportunista que pode buscar legendapara sesustentarnoministério", nãovaioptar por umnovo partido neste momento. "Eu não vou fazer qualquer definição de partido político enquanto durar esse
Olho do PP cresce e partido quer ministério
A possibilidade de o governo realizaruma reformaministerialmais ampla reacendeu as pressões entre os partidos aliados. O presidente do PP, deputado PedroCorrêa(PE),deixouclaro ontemaoministrochefe da Casa Civil, José Dirceu, que seu partido deseja ter umaparticipação efetiva no governo, indicando nomes para o ministério. Na próxima quarta-feira, depois de ouvir lideranças do PP,Pedro Corrêalevará aJosé Dirceu a reivindicação do partido,que, assimcomo o PMDB, ainda não está representado na equipe do presidenteLuizInácioLulada Silva. Na audiência de ontem com Dirceu, no Palácio do Planalto,
o deputado enfatizou que o PP quer um tratamento equivalenteao pesopolíticoda bancada, atualmente integrada por 51 deputados. "Nossa bancada é maior do que a do PSB e do PL, dois partidos que têm ministério. Queremos um tratamento pelo que valemos e pelo que representamos", disse Corrêa ao ministro. Segundo o relato de Corrêa, Dirceu disse que o PP deve dizer qual a área de nosso interesse e foi muito claro ao afirmar quequer uma participação mais efetiva dopartido no governo.Opresidente doPPinformou que na próxima segunda-feira terá um encontro com o líder doPP na Câmara, Pedro Henry (MT), para discutir o assunto.(AE)
momento de reforma ministerial", disse. Advogado e jornalista, Miro, de 58 anos, é carioca e foi eleito em 2002 para o oitavo mandato naCâmara dosDeputados. Com sua saída do PDT, existe a expectativa queele ocupea liderançado governo no Congresso, no lugar de Amir Lando (PMDB-RO).
Dipp sai– Também ontem, Miro exonerouopresidente dos Correios, Aírton Langaro
Dipp, outro pedetista. Na quarta-feira, o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, já havia antecipado que Dipp deixaria o governo, mantendo-se no partido. O PDT tem aindadoisoutros representantes na administração federal: Vivaldo Barbosa, diretor de empresa ligada à Petrobrás, eNelton Frederich, diretordeItaipuBinacional.Barbosa,que estánoPDT há 23 anos. (Agências)
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Ministro afirma que o governo federal poderá recorrer da decisão judicial que impõe identificação a turistas norte-americanos que chegam ao Brasil
Depois da reclamação feita pelo secretário de Estado americano,Colin Powell,contrao fichamento de cidadãos americanos que chegam ao Brasil, o ministro das Relações ExterioresdoBrasil, CelsoAmorim, criticou ontem o sistema de controle de entradade estrangeiros adotado pelos Estados Unidos desde o início da semana, o "US Visit".
"Acho legítimo que os Estados Unidos invoquem razões desegurança, mas daria para fazer(ocontrole) garantindo umtratamento condigno aos cidadãos brasileiros", disse. Segundo ele, aexemplo do que foi feito com outros países, os Estados Unidospoderiam ter dado um prazo para que o Brasil adequasseos passaportesàs normas de segurança exigidas. O ministro confirmou que teve umaconversatelefônica com ColinPowell, sobreo assunto, na quarta-feira.
Amorim defendeu a aplicação do princípio de reciprocidade nessa questão. Apesar disso,admitiuser "provável" que o governo recorra da decisão do juiz federal Julier Sebastião da Silva, de Mato Grosso, que determinou a coleta de fotografiase impressões digitais dos cidadãos americanos que chegam ao País. O ministro, porém, não quis, entrar em detalhessobre essepossívelrecursojudicial. Oprazopara que o governo recorra da liminar do juiz termina no dia 19.
Batalha judicial – Sem esperar a ação do governo, a Prefeitura doRio informouque entrará com um pedido de liminar na Justiça Federal de Brasí-
lia para tentar suspender a decisão do juizSebastião da Silva.Na terça-feira,a Procuradoria-Geral do Município impetrou ação na Justiça do RiodeJaneiro, mas ajuíza Cynthia Leite Marques decidiu encaminhar opedido àJustiça de Mato Grosso. Para garantirque aidenfiticação continue sendo executada, o procurador da República, José PedroTaquesinformou que vaiingressar comnova ação na Justiça Federal. Taques é oresponsável pela ação que foiacatada pelojuizSebastião da Silva. Com a nova ação, Taques querdar maisrespaldo à decisão do juiz, que poderá solicitar o aumento do efetivo da PF para acelerar e aperfeiçoar o processode identificaçãoereduziras filas."Não noscabe aqui debater ou criticarse a norma americana é ou não justa,seelaé ou não legitima, se ela é ou não necessária diante doatual quadrohistóricavivida pelos Estados Unidos, notadamente após o atentado de 11 de setembro de 2001.O que se está tentando protegeré a dignidade dapessoahumana do cidadãobrasileiro exposto a constrangimento em terras americanas", anotou Taques. O juiz Julier Sebastião da Silva disse que situação criada com asua determinação tem evoluído de forma inteligente e transparente. Emdebate transmitido pela Rádio Nacional deBrasília, Silva afirmou que o governo brasileiro tem demonstrado interesse em que seja encontrada uma solução para oproblemasolicitando que o Brasil seja excluído da lis-
ta de países sujeitos ao procedimento do "US Visit".
Acusações –A PF do Rio foi acusadaontem de liberaralgunsturistas semquefossem fotografados ou deixassem suas impressõesdigitais. Isso teria acontecido para evitar tumultos, já que 449 turistas dos Estados Unidos que chegaram ao Aeroporto Internacional AntônioCarlosJobim iam para um cruzeiro. A PF informou que todos os cidadãos dos EUA continuamsendo fichados.Vários turistas,quejá haviamsido informadosdo procedimento na chegadaao País, se surpreenderam com o fato de passarem direto pela identificação.
Umsitedo Departamento de Estado (www.travel.state.gov/brazil.html) americano dedicadoa informações para turistas americanos que desejam viajar ao exterior já traz informaçõessobre osistema de identificação e sobre a demora do processo. O site adverte os americanosde quenatríplice fronteira entre o Brasil, a Argentinae o Paraguai,há pessoas que financiam grupos terroristase tráficodeprodutos ilegais. (Agências)
VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR?
Dê sua opinião sobre a polêmica da identificação de turistas norte-americanos no Brasil. Entre no site www.dcomercio.com.br e participe desse debate. As respostas serão selecionadas e publicadas a partir de segundafeira na editoria de Cidades do Diário do Comércio.
Identificação não compromete bom humor de turistas no Rio (ao alto). O mal-estar entre Brasil e Estados Unidos foi tema de conversa telefônica entre Celso Amorim (ao lado) e Colin Powell (acima). Um policial foi preso em São Paulo com 36 passaportes.
Bastou uma chuva forte para que os motoristas queutilizavama pista centro-bairro da avenida Rebouças, no início da noite de ontem, voltassema conviver comalentidão eocongestionamento. Ainterdiçãoda pista centro-bairroda Rebouças (entrea ruaMaria Carolina e a avenida Faria Lima) e da pista bairro-centroda avenidaEusébio Matoso(entre a rua Ibiapinópolis e a Faria Lima) para a construçãode umapassagemde nívelsob aFariaLima, nãoresistiuao mau tempo.
Quando a chuva forte começou, por volta das 17h, os "marronzinhos" que fazem a fiscalização e orientam osmotoristas nos trechos interditadoscomeçarama temerpelo pior. Ficou impossívelconter a revoltade quem descia a Rebouças em direção a região de Pinheiros. Assim que chegavam ao primeiro trecho interditado,na alturadarua MariaCarolina, osmotoristasdavam sinaisde irritação. Em poucos minutos o congestionamento estavaformado. No finaldatardee no início da noite de quarta-feira, o local jáhavia ficado congestionado. Na ocasião, na tentativa de justificar a morosidade, os técnicos da Companhia de EngenhariadeTráfego (CET), argumentaramquea lentidão ocorreu por conta de umablitz realizadanaponte Eusébio Matoso. Mas ontem não houve blitz. Mesmo semo númerode carros que circulam em São Paulo
de fevereiro a dezembro, o motorista passou muito tempo no congestionamento. O término das obras está previsto para o final do ano.
Comércio – Além dos problemas de trânsito, oscomerciantes daregião tambémtêm motivos paraestarem preocupados. Desde o início da interdição– nasegunda-feira passada – foi grande o impacto negativono comércio. Com as
calçadas vaziasecheiasdetapumes, os consumidores desapareceram. Marcelo Wolf, proprietário Leimar Musical, está indignado com a queda de movimento ejáprocuroua Prefeitura na tentativa de conseguir um abatimentoem seu IPTU. Ele não admite a idéia de pagar o mesmo valor que pagava até o início da interdição, quando ofaturamentode seu estabelecimento erabem
maior. "Se eu não conseguir um abatimento vou entrar com uma ação indenizatória contra a Prefeitura. Do jeito que está não dá. O meu faturamento nessa semana caiu mais de 30 por cento", afirma ele.
Aesperançade Wolf ontem à noiteera a reunião que iria ter na Distritalde Pinheiros com Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo. "Vamos aproveitar esteencontro como presidente da Associação Comercial para mostrar o nosso descontentamento", disse. Madalena Gregório, gerente administrativa da Sofá Center, também da região,é outra que contabiliza prejuízos com a interdição."A situação está muito ruim e não sei como vamos fazer para pagaro aluguel duranteasobras", afirma ela.
"O problema é que as pessoas que anteriormente vinham aqui de carro agora sumiram. Como otrecho estáinterditado, os consumidores preferem procurar outrasalternativas. É evidente que o consumidoropta pelacomodidade e não vai querer deixar o carrolonge da loja e vir a pé", conta ela.
A revolta também toma conta de Florisval Ribeiro dos Santos,gerente da loja ARigor, que aluga roupas para festas. "A loja está vazia. Hoje (ontem) somente três clientes apareceram aqui", dizele,apontando osfuncionários sentados sem terem o que fazer. Wladimir Miranda
Em SP, policial é preso com 36 passaportes
O policial civil Cristino Rodrigues de Arruda Neto, de 40 anos, foi preso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ao tentar embarcar para Goiânia levando 36 passaportes autênticos em uma pasta. Ele portava 26 passaportes portugueses, dois espanhóis, quatro mexicanos. Além disso, havia também quatro passaportes que, segundo a Interpol, foram roubados do governo da Itália. Os passaportes foram revelados pelo aparelho de raios-X. O policial recusou-se a abrir a pasta e, enquanto aguardava a chegada do coordenador da área de embarque, jogou os passaportes em um cesto de lixo. Os documentos foram encontrados por agentes federais. Depois de preso, o policial revelou que tinha dois amigos hospedados em um flat no centro de São Paulo. A Polícia foi ao local mas os homens, identificados como Gregório Morales e Luiz Antônio de Nóbrega, já haviam fugido. A Polícia Federal quer apurar o nível de envolvimento do policial com quadrilhas internacionais de fraude e venda de passaportes. No mercado negro um passaporte europeu pode valer US$ 100 mil.
Temporal: vários pontos da cidade ficam alagados
A chuva que atingiu a capital paulista entrea tarde ea noite de ontem causou estragos e transtornosemdiversos pontos da cidade. Em alguns locais, carros ficaram boiando e casas foram invadidas pela água.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de SãoPaulo chegou a decretar estado de alerta nos bairros deVilaPrudente,na zona leste, e do Ipiranga, na zonasul,devido ao transbordamento do córrego Ipiranga. Até as 20 horas, o CGE havia registrado 42 pontos de alagamento, dos quais 16 permaneciam ativos. Umdeles na avenida Aricanduva,perto da Avenida Itaquera. Avenida Interlagos, marginal Tietê, avenida do Estado, avenida Pedro Álvares Cabral, próximo à avenidaDante Pazzaneseeavenida Paes de Barros, na Mooca, também apresentaram trânsitocomplicado emfunçãodos alagamentos.
A Companhiade Engenharia de Tráfego (CET) registrou 112 quilômetros de congestionamento às 19h30,índice acima da média para o horário no mês de janeiro, que fica em torno de 39 km. O pico da noite foi registrado às 19 horas com 119
quilômetros de congestionamento e lentidão. A média nesta épocado anofica emtorno de 52 km. O Corpo de Bombeiros não chegoua registrarocorrências graves. Também não foram reportados problemascomo quedas de árvoresou desmoronamentos.
Para hoje, a previsão do InstitutoNacional deMeteorologia(Inmet) édetempo encoberto com chuvas no decorrer do dia. A temperatura deve variar entre 19º C e 27º C. No sábado e domingo também deve haver pancadas de chuva. Litoral – Em Santos, uma chuvaforte, quecomeçoupor volta das 15h, afetou o trânsito na entrada da cidade. O tráfego ficou paradona AvenidaMartins Fontes. Outra via importante, a Avenida Nossa Senhora de Fátima, quefaz a ligação entre Santos eSãoVicente também, ficou alagada, provocando lentidão no tráfego de veículos. ARuaSantaCatarina, napraiado JoséMenino, teve deser bloqueadaem função dagrande quantidadede água. Alagamentos foram registradosem muitosoutros pontos, como noCentro e no Gonzaga. (Agências)
Principal título da dívida externa brasileira ultrapassou a marca pela primeira vez desde que foi lançado, há dez anos. Papel fechou cotado a 100,25%
O C-Bond, principal título da dívida brasileiranoexterior,foinegociado acima de 100% do valor de face pela primeira vezemseus10anosde história, impulsionado pela confiança dos investidores internacionais no governo Lula. No fechamento dos negócios no Brasil,o papelera negociado a 100,25% do valor, com alta de 0,63%.
O ótimo desempenho dos títulos da dívida externa favoreceumais umaquedaexpressiva da taxa de risco brasileira. Às 18 horas ontem o risco-País es-
tavaem 408pontos-base,com baixa de 3,09%, de acordo com a Enfoque Sistemas. "Há 15 meses, quando existiano mercadootemorde queoBrasil quebrariacoma vitória da oposição naseleições, ninguém imaginava que os títulospudessematingir esse patamar recorde", afirmou Christian Stracke, analista de mercados emergentes daCreditSights, umaempresa de pesquisas de Wall Street. Em outubro de 2002, logo depois daseleiçõespresidenciais,os investidorestemiam
que um governo Lula perdesse o controle da economia. Naépoca,o C-Bonderanegociado a 49% do valor de face e oferecia uma op or tu ni da de de lucro para os poucos que acred itavam que o ex-operário poderia aprovar no Congressoas reformas tributária e previdenciária já no primeiro ano de governo.
"ParaLulaessa éumagrande conquista", disse Paulo
Vieira da Cunha, diretor de pesquisa paraAmérica Latina da HSBC Securities. "O fato de o C-Bond estar cotado a 100% do valor significa que, além de combatero ceticismo dos analistas internacionais, Lula demonstrou capacidade para governar.A quedado risco leva o indicador a níveis que contribuem para um crescimento forteesustentável da economia no médio prazo", "Para Lula essa é uma grande conquista", disse analista de empresa americana. Confiança no País determina alta do papel
Começa hoje, nas cidades de PraiaGrande(SP)e Tramandaí (SC), a campanha Bovespa Vaià Praia,umdosmódulos da campanha de popularização domercadodecapitais criada pela Bolsa de Valores de SãoPaulo (Bovespa),a Bovespa Vai até Você
Até 11 de janeiro, a bordo do "Bovmóvel" – unidade equipada comcom computador, vídeo ematerial didático– ,técnicosde corretorasmaisa equipede promotores de negócios da Bovespa percorrerão 11praias, entre os litoraisde São Paulo, Santa Catarina e do
Rio Grande do Sul. No litoral paulista,serão 14 corretorasque,junto coma Bolsa paulista, engrossarão a equipe que fará contato com os veranistas. No ano passado, a visita às praias contou com a participaçãode quase 15 mil pessoas,a grandemaioria (mais de 9 mil) no litoral de São Paulo.
Objetivo – A idéia do projeto Bovespa vai atéVocê é elucidar e difundirconceitos sobre o funcionamento e as características do mercado de capitais ao maior número de pessoas. O projeto foi dividido em mó-
duloscomoo "Bovespa vaià Fábrica", "Bovespavaià Universidade","Bovespavai ao Clubes", "Bovespavai aoMetrô", entre outros. Este é o segundo ano do projeto.Desde2002,quando foi criado, a Bolsa já esteve presente no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Noventa mil pessoas estiveram em contato com o projeto. Em fevereiro será a vez do interior paulista, com o "Bovespa vai aos municípios". A primeira cidade visitada será Jaú. Alexandre Gois
avaliou Cunha. Com a forte alta do C-Bond, omercado esperaagora queo Brasillance novosbônusno mercado nos próximos dias, seguindo as emissões de outros emergentes como México, Venezuela e Turquia. Dólar e bolsa – A recompra de dólares anunciada pelo BancoCentral (BC)nanoite de terça-feira ainda não influencia o mercadode câmbio brasileiro. Ontem, amoeda americanafechou em baixa pelo segundo dia seguido.
O dólarcomercial encerrou
osnegócios cotadoa R$2,852 paracomprae aR$2,854para venda, comdesvalorizaçãode 0,21% em relação aofechamento da véspera. Em São Paulo,o dólarparaleloterminou o dia valendo R$ 2,92 para compra e R$ 3 para venda, com alta de 0,67%.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os investidores interromperam o movimento de realização de lucros, o quedeterminou a alta de 1,70% do Ibovespa.No mês, a Bovespa sobe 6,6%. Rejane Aguiar/Reuters
Nova tendência entre empresas é emprestar a sua imagem à uma outra marca consolidada do mercado, em campanhas de parceria cada vez mais inusitadas
Produtos que, aparentemente, não têm nenhuma relação entre si são unidos em promoções e o resultado é aumento dasvendas ereduçãodos custosdepropaganda. Imagine, por exemplo, receberem casa uma conta de consumo de gás e junto um desconto para a compra de uma pizza. Essa está sendo a estratégia de empresas totalmentediferentes emseus segmentos de atuação: para vender mais, fazem parcerias para agregar valoraos seus produtos emprestando a sua imagem à uma outra marca consolidada do mercado.
Surpresa - A Internacional Restaurantes do Brasil,franqueada daPizzaHutem São Paulo,com16 pontosdevenda, investe pesado em ações de marketing veiculadasem meios inusitados."Queremos associar a nossa marca a momentosde consumoque não estão relacionados com a Pizza Hut. Aidéiaé abordar esurpreender o cliente por meio de um veículo inédito e fazer uma promoção que elenão está esperando", diz o diretor de marketing da rede Reynaldo Zani.
A empresa está oferecendo cupons de desconto de até 50% para os clientes da distribuidoradegásComgás naGrande SãoPaulo.No atodainstalação, o consumidor recebe o cu-
pom de desconto. Quem jáé cliente da Comgás recebe a p ro pa ga nd a por meio da conta de consumo. AComgás contacom 360 mil domicílios cadastrados e tem uma taxa de crescimento de oito mil novos clientes por mês. Enquanto que a taxa de retorno do marketing diretoficanacasa dos 2%,a promoção atingiu a marca dos 20%. E o resultado foi fechar o ano passado com um faturamento de R$ 30 milhões, 17% maior queno anoanterior. O reforçonas contasdaempresa veio, principalmente, por meiodas parceriascomcinemas. Na compra de ingressos, o consumidorlevava também descontos na compra da pizza. O retorno da campanha atingiu a casa dos 20%. Em 2003, a Pizza Hut fez parcerias com a América On
Line,oferecendo 500horas grátis de internet e 50% de desconto nas pizzas. Mas a campanha de maior sucesso foi com a Polaroidrealizadano Diadas Mães. Em apenasquatro dias, doismil clientestiraramfotos nas lojas. Além de comprar a pizza, pagaram R$2 pela foto. Neste verão, foi a vez de fechar parceria paraoferecer descon-
Pizza Hut fez promoções com cinemas. DirectTV associou-se à Dryzun para fazer a réplica do anelsímbolo de 'O Senhor dos Anéis'. Reynaldo Zeni, da Pizza Hut: sucesso das campanhas inusitadas.
tosnas pizzase venderingressos para o parque aquático Wet n' Wild.
TV ejóias - ADirectvfez uma parceria com a joalheria Dryzun para realizar em conjuntoapromoção doAneldo Poder. Éuma réplicado principal símbolodofilme O Senhor dos Anéis. A jóia custa em torno de R$ 1,150 mil. O con-
sumidor pode concorrera um anel por meio de um concurso culturaldivulgado pelo canal pago HBO.
A Telefônica e a Sky também fecharam parceria. A Telefônicaoferece trêsmeses grátisdo Speedy SoluçãoCondomínio 300 (paraedifícios) oudo NovoSpeedy300 (pararesidências) para quemadquirir uma pacoteSky.A Sky,porsuavez, garante três meses gratuitos de assinatura de um de seus pacotes de canais. Para quem é assinante de outrasoperadoras deTV porassinatura,aparceria SpeedySky oferece outros benefícios, como experimentardurante nove mesesoSpeedySolução Condomínio 450 (mensalidade de R$ 88,00) pelo preço da versão 300 (R$ 63,90), além seis meses grátis de Sky. M e mó r i a -O consultor de supermercados MáriodeAlmeida, que atua no segmento há quase 50 anos, lembra que a
idéia de unir produtos diferentes empromoções casadascomeçou no setor supermercadista edura até hoje.Quando uma empresa quer lançar uma nova embalagem, sabor ou perfume, oferecedebrinde o produtonovo juntoa outro que já tem a marca consolidada no mercado. "É uma estratégia de propaganda muito mais barata", reforça. Levetrês paguedois - Na opinião de Almeida,a tendência é de que cada vez mais o varejobusque formasinusitadas de atrair a atenção do consumidorpara driblara concorrência."A primeiraação que causou mudanças no comportamento de consumo foi quando osupermercadoPeguee Pagueofereceu três gelatinas aopreço deduas. Hoje,é ofamoso 'leve três e pague dois'. A estratégia foiutilizada para vender mais gelatina no inverno e deu certo", finaliza.
Dora Carvalho
O governo federal vai investir R$ 1,7 milhão para implantar,neste ano, um sistema de geoprocessamento para fazer o levantamento da safrade café, informouontem opresidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Luís Carlos Guedes Pinto.
O sistema, que processa imagensde satélite paradimensionaraprodução, será inicialmente introduzido nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Essas áreas, segundoGuedes Pinto, respondem por mais de 70% da safra nacional de café.
Geoprocessamento - "Nós estamosiniciando umprojeto paraincorporarao nossotrabalho deavaliaçãodesafrao geoprocessamento", disse o presidente da Conab.
"Isso vai nospermitirter uma informação mais rápida e de melhor qualidade para ava-
Lavoura de café: mais informação ao agricultor
liação da safra." Até o momento, o levantamentoé feito apenas com pesquisa de campo. Participam do projeto, além da Conab, o Ministério da Agricultura, universidades e institutos de pesquisa.Serão usados recursos doFundode Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Expansão - O uso do sistema começaria para o café em 2004, mas posteriormente seria es-
DOS
para os czares da
tendido para outras culturas, como citros. Segundo Guedes Pinto,o programa deve levar de doisa três anos para ser totalmente implementado. O presidente daConab afirmou ainda que o governo federalinvestirá R$7 milhõespara recuperar armazéns em 2004. A Conab encerrou 2003 com 84 unidades de armazenagem, com capacidade para 2milhões de toneladas. Ogoverno pretendeeste ano implementar um sistema nacionalde certificação das unidades armazenadoras, elaborar um censo,fazer vistoria de unidades e capacitar pessoal. ( Reuters )
– Nove ovos de
de Faberge, confeccionados pelo famoso
serão leiloados em Nova York nos dias 20 e 21 de abril, anunciou ontem a Sotheby's. Além dessas peças tradicionais, da coleção Forbes, outras 180 criações Faberge serão colocadas à venda. A estimativa é que as peças alcancem mais de US$ 90 milhões.
CRESCEM APOSTAS DE QUE
CORTES FEITOS PELO
BANCO CENTRAL SERÃO MAIS OUSADOS
O número de analistasem Wall Street queapostamem cortes maisagressivos da taxa básicadejuros brasileira,aSelic,neste anocresceu.Motivo: a atividade econômicaainda nãotãoforte comoosúltimos indicadores poderiam apontar. A produção industrialde novembrode 2003,quesubiu 0,8% sobre outubro do mesmo ano,ficou abaixodoconsenso do mercado, que previa uma alta entre 0,9% e 2,5%.
Outro ponto que tem levado a um aumento da aposta maior de cortesmais ousadosdos juros é o cenário externo bastante favorável a mercados emer-
gentes, com liquidez. Neste segundocaso,oBrasilsai especialmente favorecido. Agressivo – Na opinião do diretor de pesquisa e estratégia para mercadosemergentes do banco BarclaysCapital, José Barrionuevo,o ComitêdePolítica Monetária(Copom) deverá ser mais agressivo no corte de juros nos três primeiros meses deste ano.
Eleaposta emumaredução da taxa Selic de 75 pontos-base em janeiro e também em fevereiro. Em março, de acordo com ele, o Copom poderá cortar75 pontos-baseou 50pontos-base dependendodasexpectativas em relação à alta dos juros por partedo Federal Reserve(Fed),o bancocentral norte-americano. "O Banco Central poderá ser até mais cauteloso em janeiro e fevereiro, mas ainflaçãoestá muito baixa – convergindo para muito próximo da meta prevista para este ano – e a economia ainda está fraca.Nãohá pressões de demanda.
fluxo de capital para mercados emergentesainda grandeem razão de os investidores estarem em busca de 'yield' (ativos demaior retorno)", explicou Barrionuevo.
ção. "Esse contínuo fluxo positivo de capitalparao Brasil contribuirá para reduzir ainda mais os juros", disse. Barrionuevo estima uma taxa Selic de cerca 13% ao ano no final do primeiro semestre de 2004. "Vejo 13%ao ano como umpisopara aSelic,mastudo dependerá, no segundo semestre, decomoagiráoFederal Reserve(Fed), obancocentral norte-americano em relação aos juros dos Estados Unidos", disse Barrionuevo.
Brasil seja muitomais prolongado do que o esperado. Ocrescimento daeconomia não deverá ser tão forte quanto o Banco Central gostaria. E a inflaçãoestásob controle. Além disso, oambiente externo está muito favorável ao Brasil. Portanto, o BC poderá cortar os juros por mais tempo". continua ele.
Por outrolado, a taxade juros real ainda está alta. Isso em um contexto global de juros mundiais muitobaixos eum
Eleprojeta ataxadejuros real no Brasil para algo em torno de 11% até 11,5% com base na projeção futura para a infla-
O novopresidente daAgênciaNacional deTelecomunicações (Anatel),PedroJaime Ziller,reconheceu que errou em suas previsões negativas sobre o processode privatização das telecomunicações, feitas no seu tempo de sindicalista.
"Fui um futurólogo de segunda categoria",disseZiller, depois de participar de sua primeira reuniãono Conselho Diretor da agência."A privatizaçãosob o ponto devistado serviçoé umabsolutosucesso", acrescentou.
Correção – Em suas recentes avaliações, no entanto, Ziller tem destacado a necessidade de corrigirproblemas não resolvidos, como acompetição na telefonia fixa, o aprofundamentodauniversalização ea retomada do desenvolvimento científico-tecnológico.
Ziller disse que seu histórico desindicalistaporquase três anos,emMinasGerais, pode até auxiliar sua atual tarefa, já que, portodo aqueletempo, ele lidoucomempresáriosdo setor privado.
"Asempresasme conhecem", disse. "O papel da Anatel é buscar a harmonia entre os consumidores, osoperadores, as concessões e o governo", acrescentou Ziller, ressaltando que a agência não deve interferirnasrelações detrabalho,
afastando assim qualquer possibilidadede combater o processo deterceirização nosetor detelecomunicações, queé muitocriticado pelossindicatos da área.
Qualidade – "A relação de trabalho no mundo mudou, não é mais a de 1950. O que precisamos ver é oresultado dessetrabalho,se elesatisfaza sociedade"."Paraa Anatel o que interessa são os 62 indicadores de qualidade.Se eles estiveremfuncionando bem,está bem. O que importa é isso".
Sua avaliação sobre o acordo acerca das tarifas feito pela agência com os operadores de telefoniafixanoano passado também foi mudada.Ziller, que antes foi um crítico áspero doacordo, disse hojeque"a agência tratou como deveria tratar tecnicamente".
Segundo ele, houve uma negociação da Anatel com as operadoras, tanto assim que a tarifa residencial teveum aumento menor do que poderia ter tido. "Aagência fez oque tinha de ser feito. Não tem discussão a respeito disso", afirmou.
Reajuste– No ano passado, a principalcrítica deZiller foi dirigidaao reajustedastarifas não-residenciais, que ficou em torno de 40%, para compensar asoperadoras pelacorreção menor das tarifas residenciais.
O Banco Central comprou ontem dólaresno mercado.A primeira aquisição depois de ter anunciado, na última terçafeira, que concentraria as compras de divisapara o Tesouro Nacional a partir de agora com o objetivo de recompor suas reservas. No primeiro leilão, realizado ontem, ogoverno pagou R$ 2,862 pela moeda. Segundooperadores do mercado, o Banco Central anunciou oleilãoquandoo dólar estava sendo vendido entre R$ 2,861 e R$ 2,862. Como a oferta do BC foi nesse nível, profissionais do câmbio estimam que o montante compra-
do nãodeva tersido expressivo.Ovalor sópoderáserestimado apartir davariaçãodo saldo das reservas, que será informado na segunda-feira. Cotaçãoem baixa– Após o anúnciodo leilão pelo BC, a cotação da moeda norte-americana ficou próxima a R$ 2,866 e depois cedeu. No início da tarde, a moeda era vendida a R$ 2,857, com uma variação negativade 0,1%.Também ontem, o Banco Central anunciou que continuará responsável pelas captações externas da República em 2004. A partir de janeiro de 2005, serão feitas pelo Tesouro. (Reuters)
O novo presidente da Anatel reafirmouque, nos próximos reajustes, será seguido o contrato e suafórmula matemática, que incluium espaço para negociações comas empresas, devendoser umíndicemenor ou igual ao IGP-DI, parâmetro oficial dos contratosde concessão. "Quando você fala menor ou igual, essa discussão é
feita naturalmente com as empresas, pois elas têm os interessesdelas esabemoque têmde fazer. A fórmula será seguida e o contrato também", disse.
Naopinião do economistachefe para A América Latina da Alliance Capital Management, James Barrineau, oBanco Central deverá cortar a taxa Selic em um ritmo menor do que o observado no segundo semestredo anopassado."Contudo, a minha expectativa é de que o ciclo de corte de juros no
Ele estima que o Copom cortará a Selic em 150 pontos-base no primeiro trimestre deste ano. No final doprimeirosemestre, Barrineau estima que a taxa poderá estar em 13,5% ao ano,devendo fechar2004por volta de 13%aoano ou até mesmo um pouco abaixo desse nível. "Esse ciclo prolongado de corteé necessárioporque a inflaçãoestáem umcursobenigno e a taxa de juros real permanece elevada", disse. (AE)
O vice-presidente da Anatel, Antonio Carlos Valente, reiterou que o IGP-DI continuará sendousado parareajustar as tarifas datelefoniafixa,nos reajustes de 2004 e 2005.(AE) Telefonia:
Os dirigentes da Telefônica e daPortugal Telecommanifestaram ontem ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a intenção de continuar investindonosetor detelefoniano País. O presidente da Telefônica, Fernando Xavier,disse que o encontro com Palocci foi umavisita decortesia.Segundo ele, a área de telecomunicações promove um círculo virtuoso de investimentos, pois, devidoà atualização tecnológica,cercade 10%dareceita das empresastem deser constantemente reinvestida.
Xavierdisse que,no casoda operaçãofixa daTelefônica, somadaàs empresascelulares do grupo, devem ser investidos de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões neste ano. Ele negou que a mudança no comando da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) possa afetaros
planos de investimento da empresa. "De modo nenhum. Eu acho que não podemos ser preconceituosos e predefinir. O importanteé observarcomoa Anatel vai se comportar", disse o presidente da Telefônica.
Tranqüilidade– S e g un d o ele, sea agênciaagirsempre observandoos contratose o marco regulatório, os empresários terão "tranqüilidade suficiente" para continuar investindo. Além de Xavier, participaram doencontroo presidente mundialda Telefónica Móviles, Antonio Viana Baptista, e o presidente mundial da Portugal Telecom, Miguel Horta Costa.
Apóso encontrocom oministro da Fazenda, os três seguiram parao BancoCentral, onde se encontraram com o presidente da instituição, Henrique Meirelles. (AE
Entre os países que reestruturaram suas dívidas no âmbito do chamado Plano Brady, lançado no início dos anos 90, o Brasil é o que ainda carrega omaiorvolume de bradies. Os b ra di e s são títulos que foram emitidos a partir de 1994 por países emergentes como forma de renegociarsuas dívidasexternas. No caso do Brasil, os títuloslançadosem1994 vencem em 2014. Com a alta do CBond ontem,especula-seno mercadoqueo País poderáir ao mercado para resgatar os papéis.Depois doBrasil, aArgentina é a que mais carrega os bradies, com US$ 4,4 bilhões, e
emseguidaa Bulgária, com US$ 2 bilhões.
Em um períodoem que as economias emergentes seesforçam para recuperar a credibilidade egarantir maisinvestimentos estrangeiros para financiarsuasnecessidades, essespapéis são umaherança ruim.Nos últimos anos, economias queselivraramdos bradies, quitando-osousubstituindo-ospor títulosnovos com prazos e custos menores, melhorarama percepção de risco. Caso doChile e México, quealcançaram umadasmelhores posições na escaladas agências classificadoras. (AE)
Previdência
O mercado de previdênciaprivada complementar aberta conseguiu uma receita de R$ 12,4 bilhões no ano passado, até o mês denovembro.Com esse resultado, osetor deverá fechar o anocomum ganho acima do estimado pela Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp), queprevia uma receita deR$ 13 bilhões,segundoOsvaldo do Nascimento, presidente da Associação.
Os R$ 12,4 bilhões conseguidos nospriemiros 11 meses de 2003 representam uma expansão de 55,6% sobreo resultado conseguido pelo setor emigual período do ano de 2002. Nesse período, a receita das empresas de previdência complementar abertafoi muito menor, de R$ 7,9 bilhões. Dos R$ 12,4 bilhões de receita registradosem 2003, 45% referem-se a vendas de planosVida GeradordeBenefícios Livres (VGBL) e 31%, de Planos Geradores deBenefíciosLivres (PGBL). Os 24% restantes refe-
rem-se aosplanos tradicionais, que aos pocuos deixam de ser vendidos pela maioria das empresas. Patrimônio – A carteira de investimentos do setor passoudeR$ 31bilhõesem novembrode 2002paraR$ 44,7bilhõesno mesmo m~es de 2003. Um aumento de 44,31%. O VGBL respondeupor umpatrimônio de R$ 8,2 bilhões. O PGBL contribuiu com um patrimônio de R$11,6 bilhões eos planos tradicionaissomaram um patrimônio de R$ 25,4 bilhões, segundo a Anapp. As reservas técnicas do setor totalizaram R$42 bilhões em novembro, número que representa um crescimento de 49,4%sobre o total de reservas de novembro de2002,igual aR$28,1bilhões. Ainda segundo a Anapp, osetor conta com 6,050 milhões deplanos individuais e 82 mil empresariais, beneficiando 250 mil pessoas, entre participantes de planos de aposentadoria, renda por invalidez, renda a menores e pensões. (AE)
Um homem de 57 anos em estado semiconsciente foi retirado dos escombros de um terremoto ocorrido há13dias, anunciaramfontes hospitalares ontem. De acordo com os médicos, ele sobreviveu devido auma fontede águaà qual recorreu duranteo tempoem que ficou soterrado. Porém, logo quefoiresgatado, ohomem perdeu a consciência e os prognósticos são incertos. "É um milagre", disse o doutor Mahdi Shadnoush,chefe de uma equipe médica ucraniana enviada àregião de Bam para ajudarnosesforçosde resgate. Segundo ele, o homem - identificado como Jalil - foi medicado logo após o resgate. "Ele não teve acesso a comida, mas tinha água". Shadnoush nãosabia ao certocomo Jalil teve acessoà água queprovavelmenteo manteve vivodu-
ranteesses 13 dias,mas disse queas ruínasdacasa ondeele foiencontradoestavam molhadas.Paraele, édifícilexplicar cientificamenteessecaso, mas a água aparentemente foi determinante.Raramente as pessoas sobrevivem a um terremoto por mais de três dias se estiverem soterradas. Inconsciente – Ao serencontrado, Jalil estava consciente o bastante para sussurrar seu nome às equipes de resgate, mas perdeu a consciência pouco depois, disse Mohammad Reza Tahmasebi, diretor dohospital ucranianoimprovisado. Os médicos não sabem se Jalil sobreviverá. "Esperamos conseguir salvar sua vida", disseShadnoush. "Uma equipe médica estácuidando dele. Esperamos mantê-lo vivo, mas infelizmente não podemos garantir nada". (AE/AP)
Umhelicópterodos EUA Blackhawk caiu ontem nas proximidades de Faluja,um bastião da insurgência antiamericana, matando osnove militares americanos a bordo. O general-de-brigada Mark Kimmitt afirmou numa entrevista coletiva que o helicóptero haviafeito um"pousode emergência", sem precisar os motivos da manobra. Entretanto, uma testemunhadisse à AssociatedPress que ouviuo silvo de um míssil, e viu o helicóptero ser atingido na cauda e cair em chamas. Vários helicópterosforam derrubados por guerrilheiros no Iraque.Oacidentede ontem,noentanto, foioquedeixou mais vítimas nos últimos meses. A cidade de Falluja, a 50 quilômetros a oeste de Bagdá, é dominada pela minoria sunita e tem sido uma região problemática para os soldados norteamericanos.
Avião– Umavião detransporte C-5 da Força Aérea ame-
ricanafezum pousodeemergênciano Aeroporto Internacionalde Bagdána manhãde ontem, e um alto oficial do Pentágono disse que oaparelhohaviasido atingidoporfogoinimigo.Em umanotacurta, a Força Aérea informa que o avião pousou em segurança. Saddam comandava– Saddam Husseindirigiu as ações de guerrilheiros do seu esconderijo e ordenou pessoalmente os ataques contra estrangeiros no país, antes de ser capturado por soldados americanos, disse ontemo ministroda Defesa da Espanha, Federico Trillo. Ele declarou que asinformações foramfornecidaspelas forças dosEUA."Ele ( Saddam)estavaem contatoperiódico,direta ouindiretamente, coma organizaçãoterrorista", disse Trillo.
A resistência iraquiana matou 217 soldados norte-americanose44 deoutrospaísesno Iraque desde 1° de maio. (Agências)
SORRISO MILIONÁRIO – Rebecca Jemison, de Ohio, exibe toda a sua felicidade, após ter sido confirmada como única ganhadora de um prêmio lotérico de US$ 162 milhões, nos EUA. Greg Ruffing/France Presse/AE
Cerca da metade das populaçãodoplaneta sesente "ameaçada,impotente epessimista" em relação à segurança e à prosperidade do mundo no futuro.A conclusão éde uma pesquisa da Gallup divulgada ontem em Genebra.
O estudo (total de 43 mil entrevistas em 51 países), que representa a opinião de mais de 1 bilhão de pessoas,mostra que 48% dos consultados acredi-
tam que a segurança mundial é "escassa" e que a próxima geração viverá num mundo muito menos seguro. Pessimismo – De acordo coma pesquisa,oseuropeus ocidentais estãoentre osmais pessimistas. Para 64% deles, o mundoserámuitomenos seguropara apróxima geração. O pessimismo, naAmérica do Norte e do Sul, foi praticamente o mesmo: 47%. (AE)
PODE COMPRAR
O grupo de trabalho criado para apresentar propostas para amenizar a crise da Parmalat no setor de leite sugeriu a compra de 2 mil toneladas de leite em pó pelo governo federal, informou ontem o presidente da Conab, Luís Carlos Guedes Pinto. Também foi proposto pelo grupo que o governo lance um programa de EGF (Empréstimo do Governo Federal) para o setor no valor de R$ 500 milhões, para
serem disponibilizados durante 2004. A negociação com o leite em pó pode ser necessária porque a Parmalat, que têm atrasado o pagamento a produtores, pretende pagar parte das dívidas em leite em pó, mas as cooperativas teriam dificuldade em escoar esse produto. Com a compra, o governo também daria mais liquidez ao mercado de leite, evitando quedas maiores de preço geradas com a crise na empresa italiana.
Guedes Pinto disse ainda que o grupo sugeriu que R$ 150 milhões EGF deveriam ser liberados pelo Banco do Brasil
em janeiro, R$ 100 milhões, em fevereiro, e R$ 50 milhões, em março, sendo o restante distribuído ao longo do ano. Em relação à compra de leite em pó, foi sugerido o uso de recursos do Fundo de Combate à Pobreza. A compra seria conduzida pela Conab. "A Conab tem condições de operar com essa aquisição imediatamente", disse ele, acrescentando que o produto seria comprado por cerca de R$ 6,40 o quilo. Em 2003, o Brasil produziu 22 bilhões de litros e, segundo dados do Ministério da Agricultura, a Parmalat comprou cerca de 1 bilhão de litros. (AE)
Apesar dos sinais de recuperação nademanda dasempresas aéreas nacionais, o setor fechou2003com quedanamovimentação doméstica.No acumuladodoano, omovimento de passageiros caiu 6% ante 2002.No tráfegointernacional, a retração acumulada no período foi de 0,8%.
Há razõespara otimismo,já que dezembro foio segundo melhor mêsdo ano parao setor,com aumentode 4,6%no movimento de passageiros nas viagens nacionais, em comparação a dezembro de 2002. Já nas viagens internacionais o movimento caiu5,8% emdezembro, ante o mesmo mês em 2002.Esse períodoé de alta temporada turísticae debaixa nas viagensanegócios,o que explicaaqueda nosetorinternacional. Os númerossãodo
Departamento de Aviação Civil (DAC), divulgados pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Depois de dezmeses seguidos de queda, o setor doméstico registrou em outubro o melhoríndice doano, com4,7%
de expansão frente a outubro de 2002.
Recuperação da economiaAmelhorafoi atribuídaao avanço dos índices econômicose docréditonosúltimos meses do ano.Já o desempenho internacional está ligado à recuperaçãoda economiaglo-
bal,em particulardos EUA.A TAM consolidousuaposição de líder na aviação doméstica brasileira, passando a Varig, e a Gol firmou-se na 3ª colocação. Em dezembro, a TAM teve 33,58% defatia no mercado doméstico, com índice de ocupação de 62%. (AE)
Segundo advogados dos credores, parte do dinheiro desviado por executivos da empresa estaria depositado em contas do Bank of America
Advogados que representam os credoresdo grupo Parmalat disseram ontem ter encontrado 7,7 bilhõesde euros desaparecidos dasfinanças do grupoalimentício.Um advogado admitiu que não tem prova documental dessa denúncia ea Parmalatdesmentiua informação. Umprocessolegal, obtido pelaagência de notíciasReuters, afirmaque osadvogados representantes do Comitê de Credores da Parmalat ''conseguiramencontrar com sucesso o rastro 'eletrônico' de 7,7 bilhões de euros (que
estavam) bem investidos e garantidos''. Trêsadvogados–CarloZauli, Giuseppe Lozupone e Anna Campilii – disseram que o documento, que será apresentado ao Tribunal de Falênciasda cidadedeParma, aponta que os fundos foram rastreados com aajuda de um grupo de investigadores e com base em rumores da imprensa. Zauli disse, entretanto, que seria uma ''ilusão''acreditar que serão encontradas provas documentadas das transferências eletrônicas dos fundos. Ele se recusou a informar aonde es-
tariam esses recursos.
Um site de notícias ligado ao grupo de mídia Mediasetinformou queumacompanhia ligadaà Parmalatdetém osrecursos naforma de bônus soberanos norte-americanos em uma contado Bankof America. A Parmalat nega. Inve stigaçõ es - A empresa foideclarada insolvente,após ter sido descoberto um rombo nas contas que os promotores acreditam ser de mais de 10 bilhões de euros. Ex-executivos da empresa estão sendo investigados. (Reuters)
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A REFORMA, QUE TRAMITA
HÁ 13 ANOS, SERÁ UMA DAS PRIORIDADES DO GOVERNO NESTE ANO
A reforma doPoder Judiciário seráuma das metasdo presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste ano, tendo em vista não só os aspectos políticos e sociais envolvidos, mas, principalmente, as conseqüências negativas dos entravesjudiciaisparao crescimentoeconômico. OministroGuido Mantega, doOrçamento, Planejamentoe Gestão, assegurou que o governo colocou o assunto entre suas prioridadesdo ano, depoisde ouvir do presidente da FederaçãodasIndústrias doEstadode SãoPaulo (Fiesp),HoracioLaferPiva, asconstantesmanifestações de preocupação dos empresárioscomo clima deinsegurança e instabilidade que cerca suas empresas e seus negócios em decorrência da morosidade edafalta de transparência da Justiça. "O próprio Judiciário está consciente das necessidades de mudança e deseja colaborar", disse o ministro. A reforma do Judiciário está tramitando há 13 anos no Congresso. Massegundoo presidentedo SuperiorTribunal de Justiça (STJ), ministro Nilson Naves, a maioria das medidas que pode agilizar o andamento dos processos não depende de uma reforma na Constituição Federal, mas de melhorias naestrutura doJudiciário e nas regras sobre o andamento das ações. "Uma das formas de garantirmos mais rapidezseriao impedimento de recursosinfundados eprotelatórios", diz Naves. Um projeto neste sentido está sendo
elaboradopelaSecretaria da Reforma doJudiciário doMinistério da Justiça. O setor público é o que mais contribui para inundar o Judiciáriobrasileiro derecursos meramente protelatórios, evitando, com isso, o desembolso imediato de verbas. Se fossem julgadosfavoravelmente aos impetrantestodasasações de pedidos de indenização por perdas provocadas por planos econômicosou decorreçãode saldos do FGTS,por exemplo, a União estaria quebrada, segundo Arnold Wald, advogadoe professorde DireitoCivil daFaculdade deDireitoda Universidadedo RiodeJaneiro. "O rombo na Caixa Econômica Federal seria de maisde R$ 50 bilhões e ela estaria três vezes falida", diz. Enquanto as melhorias na estrutura do Judiciário não vêm, osempresários brasileirosvão
contabilizando osprejuízos. O banqueiro Olavo Setúbal considera que se todas as empresas brasileiras somassem suas necessidadesde caixaparaatender a demanda de todas suas pendênciasjudiciais– sejam trabalhistas, fiscais ou cíveis –, o resultado, em números absolutos, seria alarmante. "A conseqüência disso é que todos sobrevivem em meio a uma bruma de incerteza, dependendo do 'sabe-se Deus' o que sairá da cabeça de um juiz", afirma. O número de ações tramitando no Judiciário é grande. O exministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, coloca quesó em São Paulo existemmaisde400 mil processos aguardando sentença, agrande maioriadeles com reflexos financeiros na vida de pessoas e das empresas.
Ofatodo novoCódigoCivil ter alterado afunçãodos contratos,estabelecendoque de-
Reale Jr.: Código Civil possibilita maior interferência da Justiça na economia
Setúbal: sabese Deus o que sairá da cabeça de um juiz
vem ser vistos em razão e nos limites dos princípios sociais e da boa-fé,abre espaçoparauma interferênciaaindamaior da magistraturana economia do País,acrescenta RealeJúnior. "Consideromuito arriscado e um erro ter se confiado tanto nos juízes, já que cabem, agora, muitas ações na Justiça, como a possibilidade, porexemplo, de uma vítima acionar diretamen-
te aseguradora, passandopor cima do segurado", diz. Waldafirmaque seria imprescindível que os juízes tivessem tempopara analisar cada processo, o que é totalmente inviávelatualmentecom acarga deaçõesa que estãosubmetidos. "Eu me pergunto se confiar no juiz é uma solução, principalmentepelas desigualdades de formaçãode cadamagistra-
do, muitos sendo forçados a julgar temasque fogemao seu conhecimento."
O empresárioBoris Tabacof, do Grupo Suzano, considera que, sem umareforma do Judiciário queleve emcontaseus efeitos negativos na economia, o País nãoconseguiráretomar umritmode crescimento adequadoàssuas necessidadessociais. "A manutenção desse quadro resulta em maior violência, o que contribuiupara assoberbar ainda mais um sistema judicialjá esgotado e obsoleto em relação a outros segmentos produtivos do País", afirma.
Delmar Marques e Márcia Rodrigues
O presidente daAssociação Comercialde São Paulo (ACSP), GuilhermeAfifDomingos,acreditaque nãoserá feita areforma do Judiciário que o Brasil tanto precisa, assim como aconteceu comas reformas da Previdência e tributária. Ou seja, mudanças no Código de Processo Civil, na Constituição Federalenaestruturada Justiça brasileira. "O que deverá ocorrer sãoapenasajustes no código processual para que hajaceleridade nasaçõesjudiciais", diz Afif.
A Associação Comercial, segundo Afif, vai empenhar-se paraquese elimineoexcesso deburocracia noJudiciário. "O excesso de formalismo gera muita esperapara quem procura a Justiça", afirma. Para o presidente da ACSP, as entidades deveriam assumir umpapel maispreponderante em relação adiscussões judiciais."Opequeno empresário inibe-se em buscarseus direitos na Justiça. Por isso, as associações deveriam tomar a dianteira e ingressar com ações que beneficiemseus associados", defende.
Segundo Afif, o primeiro grande passoparaa realreforma do Judiciário deveria ser dado pelo Executivo, "que deveria cometer menos irregularidades e cumprir mais a lei".
O empresário lembra de quando, no início da década de 80, o então ministro Hélio Beltrãodefendia anecessidadeda desburocratização doJudiciário e algumas pessoas achavam que deveria seesperar a refor-
ma. Em 1984, houve a instituiçãodo Juizado de Pequenas Causas,os atuaisJuizados Especiais Cíveis e Criminais. Tal mudança auxiliou muito grande parte da população brasileira, que deixava de ir à Justiça pelo alto custo de um processo. "Como aconteceu há 20anos, temos quetrabalhar em favor da imagem da Justiça", afirma. Adriana David
Secretaria deve enviar três projetos ao Congresso
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 08 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Requerida: TKA Eletro Eletrônica Ltda. - Rua Luis Botta, 979 - 14ª Vara Cível
- 17ª Vara Cível
Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Requerida: Eleide Gonçalves da Silva-ME - Rua José Leandro Campos, 397 - 32ª Vara Cível
Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Requerido: Mudanças e Transportes MTM Ltda. - Rua Siqueira Bueno, 2.309 - apto. 01 - 31ª Vara Cível
Requerente: TL/Hearst Publicações Industriais Ltda. - Requerido: Benison Informática e Representações Ltda. - Rua Manoel Alonso Medina, 355 - 09ª Vara Cível
Requerente:Teramo Projeto e Montagem de Instalações Ltda. - Requerido: Teledutos Construções Ltda. - Av. Cabo Adão Pereira, 648 - sala 0630ª Vara Cível
Requerente: Bmzak Beneficiamento Metal - Mecânico Ltda. - Requerida: Alcometal Indústria Com. Importação e Exportação de Metais Ltda. - Rua São Raimundo, 1.213 - 23ª Vara Cível
A Secretaria da Reforma do Judiciário deve enviareste ano aoCongresso Nacional três projetos de lei para a modernização do Judiciário. O primeiro deles já está pronto. Ele obriga o uso da mediaçãoe conciliação em todos os níveis judiciais. Atualmente, esteprocedimento já é utilizado em alguns tribunais, mas timidamente. A propostaéresultado dauniãoedo aprimoramento deum projeto dadeputadaZulaiê Cobraede um outro doInstituto Brasileiro de Direito Processual. O segundo projeto ainda estáem fase dediscussão entre juristas e prevê eliminar o processode execução. Paraisso, seria preciso alterar o Código Processual Civil.Atualmente, é necessário ingressar com dois processos: o de conhecimento e o de execução. Há também um terceiro projetoem elaboração,que prevêa reduçãodo número de recursos.
Adriana David
Avanços tecnológicos mudam os hábitos dos brasileiros. Pesquisa de orçamento familiar servirá para a nova ponderação do IPC da FGV
Obrasileirojádestina mais do seuorçamento paragastos com internete TV a cabo do que nacompra dotradicional feijão com arroz. Aquedana renda, o aumento das tarifas acima da inflação e a oferta de novos serviços alteraram a formação do orçamento familiar. Avançou tambémo pesodas tarifas administradas e caiu a parcela das despesas com saúdeecompra deveículos,conforme a Pesquisa de OrçamentosFamiliares (POF)divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A POF servirá de base para a nova ponderação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela entidade.Ape-
sar da variação marcante em alguns subitens, o peso dos sete grupos doIPC –alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação,transporte edespesas diversas – não mudou muito e a nova ponderação não alterará atendência dequeda da inflação no varejo. Gastos públicos – Os gastos com tarifasadministradas avançaram por causa dos fortesreajustes de preços no período, comoeletricidade (136,01%), gás de cozinha (220,62%) etelefone residencial (75 35%). Com isso, o peso de oito serviços públicos residenciais avançou26%.Em 1999/2000 era de 10,9% e na de 2002/2003, passou para 13,8%
do orçamento familiar. Na mesma comparação, os gastoscom serviços diversos, que incluem internete TV por assinatura,quase triplicaram, de 0,6% para 1,69%. A cada R$ 100do orçamento,R$ 1,47 vãoparaosdois serviços, enquanto apenas R$ 1,30para a compra de arroz e do feijão. Segundo a fundação, este avanço representou uma diversificação napauta deconsumo, resultadodo aumentodaoferta deste tipo de serviço. Exemplo – A casa da decoradora Regina MariaBraga Ribeiro, que mora em Botafogo, noRio, éumbomexemplo dessa tendência Nos últimos 3 anos, a familia chegou a ter três
A produção brasileira de veículos alcançou 1,83 milhão de unidades no ano passado. O resultadoé2% superioraode 2002, segundo números divulgadosontem pela Associação Nacional dos Fabricantesde VeículosAutomotores (Anfavea). Os dados incluem veículosleves– automóveise comerciais leves –, caminhõese ônibus.A produção deveículosem dezembrosomou 153.870unidadesefoi 9,3% inferior a novembro.Em relação a dezembro de 2002 houve um aumento de 2,4%.
A indústria brasileira produziu 1,83 milhões de veículos durante o ano passado, um volume 2% maior do que em 2002
Licenciamento – O licenciamento de veículos novos foi de 1,43 milhão de unidades em
HI SERVICE CAR
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS NACIONAIS E IMPORTADOS BLINDADOS, AUTOMÁTICOS (MOTORISTAS BILINGÜES) hiservicecar.com.br
2003, um volume 3,4% inferior ao ano anterior. Os números incluem automóveis leves, caminhões eônibus nacionais e também importados. O licenciamento de veículos leves nacionais – automóveis e comerciaisleves– alcançou 155.820 unidades emdezembro, número 32,2% superior a novembro e 38,8% maior doqueno mês de dezembro de 2002. No acumulado do ano, o licenciamento de veículos levesnacionais somou 1.274.237unidades, comuma queda de 0,7% sobre 2002. Exportações – Já as exportações das empresas associadas à Anfavea,o queincluiveículos,
máquinasagrícolas, motorese componentes, chegarama US$ 5,5bilhões,comumaumento de 37,7% sobre 2002. Caminhões – Aprodução nacionaldecaminhões alcançou 77.868 unidades em 2003 e foi13,7% superior àde 2002. No mês de dezembro, a produção de caminhões alcançou 5.515 unidades, comqueda de 30,2%sobre novembro.Em relação a dezembrode 2002 houve um aumento de 36,2%. O licenciamento de caminhõesnovosnacionaise importados somou 66.358 unidadesem2003, 0,7%maiordo queem 2002.Em dezembro,o licenciamento decaminhões alcançou5.898unidades efoi 4,4% maior do que em novembro de2003 e8,3% superiora dezembro de 2002. (AE)
Aluguel de Veículos e Serviço de Motorista Fone: (0xx11) 3825-2010 e-mail: info@santanarentacar.com.br 5535-3924 5535-3924
MARCOPOLO
A Marcopolo amargou nos últimos anos perdas em dois importantes mercados do continente americano: Argentina e Cuba. Mas 2003 representou a retomada de vendas para estes países e para 2004 as expectativas são mais promissoras.
MARCOPOLO 2
Ainda em janeiro desembarcam em Cuba setenta unidades. São 48 microônibus modelo Sênior e 22 ônibus rodoviários Viaggio 1050.
MWM A MWM fornecerá o motor 4.10 TCA, de 4,3 litros e 145 cv, para o chassi do microônibus MA 9.2 da Agrale.
CUMMINS A Cummins Latin America é um dos principais fornecedores de motores para colheitadeiras, com participação nas vendas em 2003 na ordem de 28%.
ACAV A Acav, Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen Caminhões
e Ônibus, investiu R$ 500 mil na compra do VCO950, equipamento desenvolvido no Brasil em parceria com a Bosch, capaz de ler e coletar dados dos motores eletrônicos.
ACAV 2
Até o fim de 2004 todas as concessionárias da rede e mais os PATs, Posto de Assistência Técnica, receberão oaparelho.
SAINT-GOBAIN
A Saint-Gobain Sekurit, fornecedora de vidros
para a indústria automobilística, encerrou 2003 com crescimento de 15% em seu faturamento frente ao ano anterior: atingiu receita de R$ 250 milhões.
SAINT-GOBAIN 2 Além do aumento das entregas às montadoras, o mercado de reposição e, principalmente, as exportações contribuíram para o resultado. As remessas destinaram-se à Europa, Estados Unidos e China.
BIG THREE
A cidade de Detroit, nos Estados Unidos, está preocupada com a participação de mercado das Big Three, suas três maiores indústrias automobilísticas.
BIG THREE 2 Há 25 anos General Motors, Ford e DaimlerChrysler detinham 74,1% de participação no mercado americano de veículos, índice que recuou para 60,1% no penúltimo mês do ano passado.
Bem que Rick Wagoner, chairman e CEO da General Motors Corporation e antigo presidente da companhia no Brasil, avisou: tem falado tão pouco o português, que a cada ano esquece mais alguma coisa. E demorou pouco, na tarde do domingo, 4, numa das salas de reunião no Cobo Center, em Detroit, Estados Unidos, para que 35 jornalistas brasileiros percebessem que Wagoner não brincara: declarou que no Brasil o nível de lucratividade da ope-
ração não tem sido razoável, quando queria dizer que continua a recolher prejuízo. Mas talvez não tenha sido apenas traição de suas habilidades com a língua portuguesa. Na verdade Wagoner tem urticária sempre que ouve falar em prejuízo, tamanho do buraco, resultados negativos. Daí colocar boas esperanças no seu novo presidente no Brasil, Ray Young, que descreveu como especialista em finanças, como ele próprio e seu
sucessor Mark Hogan, mas dono de experiência acumulada, principalmente no trato com a Suzuki, em planejamento, vendas e marketing. AYoung caberá também a tarefa de assinar, ou não, o novo acordo da companhia com o governo do Rio Grande do Sul visando à produção de segundo produto na moderna fábrica de Gravataí. Segundo Wagoner, a negociação está perto do fim e seu resultado pode ser anunciado até fevereiro.
pontos deTV porassinatura e dois computadores com acessoà internet,com linhastelefônicasdistintas.Com acrise doanopassado,osgastos foram racionalizados. "Reduzimos,mas nãocortamos, porque estes serviços já fazem parte da nossa vida. Não me vejo sem TV a cabo", diz. Outros gastos –A queda na renda dos trabalhadores brasileiros foiresponsável pelo tombo na participação dos gastos com a compra de veículos novos e usados no orçamento:representavam 2,5% na pesquisaanterior edespencaram para 0,6%,na mais recente.Outros gastoscom veículos, como manutenção e reparos, minguaramde 1,6% para1,1%. Jáos gastoscom tratamentos médicos, planos desaúdee remédiosencolheram de 7,7% para 5 7%. Por grupos, a divisão de gastos noorçamentofamiliaréa seguinte: alimentação, 27,5%; habitação, 31,8%; vestuário, 5 4%; saúde, 10,4%; educação, 8,7%; transporte, 11,7%; e despesas diversas, 4,5%. Na alimentação, houve aumentode peso(2,3pontos), resultado, principalmente, do aumento de preços no ano passado. Tecnologia – Os novos hábitoselevaramo consumoeo pesodos gastosde algunspro-
Motta/AE
Fábio
dutos, que serão incluídos na pesquisa depreçosdafundação. Éo caso detransporte de vans, aparelhos de DVD, alimentoslight egás naturalveicular ,que integrarão alista de 476 subitens cujos preços serão coletados para o IPC da FGV .
Entram também frutas cujo consumo subiu, como acerola,cupuaçu e kiwi, eitenscomomoderadoresde apetite. Saem da lista de produtos pesquisadososaparelhos defax, videocassete, aplicação de sinteco e sabão em pasta. (AE)
A produção industrial brasileira cresceu0,8%nomêsde novembroem comparação com outubro,segundolevantamentodo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística. O resultado ficou abaixo das previsões dos analistas,que esperavamum crescimentomaior, entre 0,9% e 2,5%. Houve aumento na produção também na comparação com novembro de 2002: 0,3%. Seforlevado emcontaoacumulado do ano, o crescimento é de 0,1% . No acumulado dos últimosdozemeses, aténovembro, a alta foi de 0,4%.
O coordenador do Departamento de Indústria do IBGE, Silvio Sales, destaca que os segmentos de bens de capital e bens de consumoduráveislideraram o crescimento da produção emnovembro. Nocaso debens decapital, osmaiores responsáveis foram os produtosvoltadospara osetoragrícola, para fins industriais e para transportes. Nos duráveis, o
destaqueprincipalsão os eletrodomésticos, seguidos da indústria automobilística.
Recuperação – De junho –quando teveinício oprocesso de recuperaçãodaindústria–até novembro,segundo oIBGE, a produção industrial acumulou aumento de 7,6%.
O coordenador Silvio Sales dizque aindústriajá recuperou, dejunho doano passado até novembro, as perdas registradas entre outubro de 2002 e a metade de 2003. Segundo Sales, exemplo disso é que o setor acumulouum aumentode produção de7,6% de junho a novembro do ano passado, variação bem superior à queda de 5,6%acumulada quehaviasido registradade novembrode 2002 a junho do ano passado.
De acordo com o coordenador,osdados daproduçãoindustrialde novembro"confirmamo movimentoascendente daprodução iniciadoa partir de junho do ano passado". O argumento é que"nas diferen-
O Ministério da Previdência Social republicou ontem portaria que altera a tabela de contribuição previdenciária retida na fonte sobre ossaláriosdos empregados, em substituição a que havia sido divulgadano "Diário Oficial" da Uniãodo dia 6 de janeiro. A nova portaria traz duas tabelas. A primeira obriga as empresasa recalcularemespecificamente as contribuições relativas ao mês de dezembro e ao 13º saláriode 2003,de acordo com as novas alíquotas. Já a segundatabelaserá aplicadano cálculo dascontribuições previdenciárias sobre ossalários apartirde janeirodeste ano (ver na página 11). A justificativa da alteração está na publicação da Emenda Constitucional nº41/2003, que ocorreuem 31de dezembro de 2003 e trata da reforma da Previdência, elevando o teto da aposentadoria a R$ 2.400. Portanto, seria necessária a adaptação dos valores das contribuições aos novos benefícios.Segundooconsultor da ASPR Auditoria e Consultoria,
Douglas Rogério Campanini, o reajusteda tabelade dezembro foi realizado de forma proporcionalpara facilitar ocálculo."O aumentoreal de retenção refere-se apenas ao dia 31 de dezembro", diz. Di fer enç as –Combase na Portaria nº 12/2004, o recolhimento das diferençasdas contribuiçõesreferentesao ano passadopoderá ser efetuado juntamente com o pagamento dascontribuições dejaneiro. "Caso nãosejaefetuadono vencimento em fevereiro, a empresadeverá recolhercom acréscimo de multa de até 10% e juros", alerta o consultor. Assim, na prática, os empregados vão sentirum descontomaior já no primeiro salário do ano. A norma estende-se para o recolhimento dos empregados domésticos e dos contribuintesindividuais, segundoosite doMinistério daPrevidência. "O grande entraveestá em comorealizar odescontoretroativo a dezembro do autônomo quenãotrabalhe maiscoma companhia", diz Campanini. Fernando Vieira
tes bases de comparação há resultados positivos, ainda que pequenos". Ante novembro do ano passado, a produção industrial cresceu 0,3%, a terceiraexpansão consecutivanessa basede comparação.Anteoutubro, sem influências sazonais, houve aumento de 0,8%, revertendo o sinal negativo da variação de -0,3% em outubro ante setembro. Investimentos – Osconsecutivos aumentos que vêm sendo registrados na produção de bens de capital podem ser um sinal de retomada de investimentos naindústria, masessa perspectivasóserá confirmada nos próximos meses, segundoexplicou ocoordenador do Departamento de Indústria do IBGE. Silvio Sales disse ainda que os números divulgados até o momento mostram que os dadosde bensde capital ainda devem muito dos sinais positivos à produção agrícola e às exportações brasileiras. (AE)
IPC registra inflação de 8,18% em 2003 na cidade de São Paulo
A inflação medida pelo Índicede Preçoao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto dePesquisas Econômicas (Fipe), acumulada em 2003 na cidade de São Paulo foi de de 8,18%. Destes, mais da metade veio de reajustes dos preços administrados,as tarifasdosserviços públicose combustíveis, afirmou ocoordenadordo IPC-Fipe, Paulo Picchetti. A estimativa para 2004 é que a variação dos reajustes de preços parta de um "piso" de 0,4%. Essa estimativa levaem consideração os aumentos dos pedágios nas rodovias estaduais, o reajuste do IPVA, a alta dos cigarroseos reajustesdasmatrículas escolares, além de uma possível contribuição nas contas de energia elétrica por contado seguro-apagão.A Fipe também manteve entre 5,5% e 6% aprojeçãoparaoIPC de 2004. Mas acredita que os índicesde preços,incluindo oIPCA, devam ficar abaixo da meta oficial de 5,5% já no primeiro semestre.(AE)
OMinistério PúblicoEstadual (MPE)temequeafonte queestá sendo construída no lagodo ParquedoIbirapuera, com 673 jatos de água que movimentam 60 mil metros cúbicos por minuto, se transforme em foco "difusor de agentes patogênicos contidosnas águas" e coloque em risco a saúde pública. Ontem, o promotor de Justiça do Meio Ambiente GeraldoRangel deFrança Neto instaurou inquérito civil público para apurar em dez dias se a obra viola o decreto de tombamento do parque.
Se a suspeita for confirmada, oMPE entrará comaçãocivil pública com pedido de liminar para interditar a fonte, cuja inauguração está prevista para o dia 24,paracomemorar os 450 anos da cidade. Ações cautelarestambém podem ser propostaspara impedirostestes, a partir do dia 12.
O secretáriomunicipal do Verde ede Meio Ambiente, Adriano Diogo, não está preocupado com a investigação. "A águado lagotem maisbalneabilidade do que a da Praia de Pitangueiras, no Guarujá", afirmou. "Uma bóia hidroquímicaé mantida no lagopara analisar a qualidade da água."
SegundoDiogo, a fonte vai ampliar a oxigenação e a aera-
çãoda águadolago. "Aprova de que a fonte não vai se tornar um difusor deagentes patogênicoséqueos doisarcosque lançamágua hámaisde dez anos nunca causaram problemas de saúde."
Patrimônio – O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,Arqueológico, Artísticoe Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) vai se reunir extraordinariamente dia 21 para julgaro recurso da Prefeitura contra o veto à construção das fontes no lago. O conselho entrou em recesso dia15,quando decidiususpender as obras. Aconvocação foidefinida ontem, depois deo secretário adjunto da Secretaria Estadual daCultura, EdmurMesquita, ter telefonado para o presidente do Condephaat, José RobertoMelhem, queestá emférias. "É um gesto de bom senso da secretaria paraencontrar uma solução que proteja o patrimônio, sem prejudicaro investimento de R$ 6 milhões no parque", disseMesquita. Nodia 15, um dos conselheiros entendeu que a Prefeitura só poderia ter iniciadoas obras apósa liberaçãodo Condephaat. Para oconselho,a fonteaumentaa área construída erepresenta "interferência inadequada".
Presidente emérito da Associação Comercial era economista atuante e um grande empreendedor cívico
O presidente emérito da AssociaçãoComercialde São Paulo (ACSP) epresidente do Conselho SuperiordaUnião Cultural Brasil-EstadosUnidos, Daniel Machado de Campos,esua esposa,Evangelina Botelho Machado de Campos, morreram ontememtrágico acidentequando viajavampara Itu, no interiordoEstado. No acidente ainda faleceu o motoristaque conduziaocarro do empresário.
DanielMachado deCampos, de84 anos, esteveà frente da AssociaçãoComercialpor três mandatos, tendo dirigido aentidadeentre1966 e1973. Depoisdisso,assumiu ograu de presidente emérito da ACSP. Sua caminhada na AssociaçãoComercialde São Paulo teve início em 1952, com um mandato de diretor.
Economista de formação, DanielMachado de Campos defendeu à frente da ACSP a tese da descentralização do poder econômico no Brasil, propiciadapelo sistemada livre empresa. Segundo ele, essa era uma condição indispensável também para a descentralização do poder político.
Durantea suaprimeiragestão,Daniel MachadodeCampospromoveu aConferência
sobreaRealidade Brasileira, em setembro de 1966. Proferiu palestraem NovaYork, aconvite do Council for Latin America. Em 1967, no Rio de Janeiro, participou da reunião da Confederação dasAssociações Comerciais.
Ainda durantesuagestão, em 1968, a ACSP promoveu umamissãocomercialao Japão, com a participação de maisdecem empresários. A trajetóriade DanielMachado de Campos no comando da AssociaçãoComercial estáregistrada nos doisvolumesdo livro Escola de Civismo. A obra foca, em especial, a postura ideológicado empresário,que comandou a entidade num período degrande prosperidade, quando o País crescia a uma taxa anual de 10%.
Entre 1998e 2002,o economistafoi presidenteda União Cultural Brasil-EstadosUnidos e, no ano passado, conduziu oConselhoSuperiorda empresa.
"Ofatode Daniel Machado de Camposser umpresidente emérito define o que ele foi paratodos nós. Semdúvida, ele representou um grande exemplo de empreendedor cívico", disse opresidentedaFederaçãodas Associações Comer-
O economista Daniel Machado de Campos, que presidiu por três vezes a Associação Comercial
ciaisdoEstadode SãoPaulo (Facesp)eda AssociaçãoComercial deSão Paulo(ACSP), Guilherme Afif Domingos.
Machado de Campos deixa a filha Maria Alice Milliet de Oliveira,o filhoAmadeuMachado de Camposea netaElisa Machado de Campos.
Daniel Machado de Campos e suaesposa, EvangelinaBotelho Machado de Campos,serãoveladosna Beneficência Portuguesa, naruaMaestro Cardim. O sepultamentoserá no cemitério da Consolação. Teresinha Matos
Harry
Na próxima segunda-feira, dia12, serácelebrada missade Sétimo Dia em memória de Harry SimonsenJr., quemorreu no último domingo, aos 72 anos. A cerimônia será realizada às 11h, na igreja São José, rua Dinamarca, 32, no Jardim Europa. SimonsenJr. foivicepresidente daAssociação Comercialde São Paulo (ACSP) na gestão de Alencar Burti.
Cia de CFI, ajuizou ma ação de Busca e Apreensão contra Vicente Capelli Junior, relativo ao veículo marca Honda, modelo CBR 900RR, ano 1996/96, cor preta, placas DUQ 0900, chassi JHZSC3327TM000256, alienado fiduciariamente. Estando os herdeiros do requerido em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para no prazo de 03
Niero, constando da inicial que os executados adquiriram o Apartamento nº 102, localizado no 10º andar ou 12º pavimento, do Cond. Edif. Capri, situado à Rua Padre José de Anchieta, esquina com a Rua Humberto Pescarini, na cidade de Vinhedo (matrícula 52.170 do 1º CRI de Jundiaí/SP), dando-o ao autor em hipoteca para
pagamento, acrescida das cominações, sob pena de penhora do imóvel hipotecado. Será o edital afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 28/11/2003. Citação - Prazo 10 dias - Proc. 02.113324-7. A Dra. Cláudia de Lima Menge, Juíza de Direito da 7ª Vara Cível da Capital. Faz Saber Rosely Lourenço de Souza, RG 10.501.021 e CPF 040.254.698-98, que Banco Santander Brasil S/A ajuizou uma Execução Hipotecária, relativo ao Contrato Particular de Venda e Compra de Imóvel Residencial e de Mútuo, com Pacto Adjeto de Primeira Hipoteca e outras
- Prazo 20 dias. Proc. 03.003900-5. A Dra. Ana Lúcia Romanhole Martucci, Juíza de Direito da 3ª Vara Cível do Foro Regional do Jabaquara/SP. Faz Saber a Marcos Cezar de Primo Franceschini RG 15.896.119-5 e CPF 112.679.808-85 e s/m Simone Rodrigues Pinho Franceschini RG 24.890.3020 e CPF 172.672.098-58, que Banco Sudameris Brasil S/A, ajuizou uma Execução Hipotecária, relativo ao Contrato Particular de Venda e Compra de Imóvel Residencial e de Mútuo, com Pacto Adjeto de Primeira Hipoteca e outras Avenças, do apto. nº 24, localizado no 2º andar do Edifício Victoria Simona, sito à Rua Dr. Otto de Barros, 340, 42º Subdistrito-Jabaquara, com área privativa de 58,600m2, área comum de garagem de 20,00m2, área comum do Edifício de 41,761m2 e área total de 120,361m2, com direito auma vaga na garagem coletiva, matrícula 119.192 do 8º CRI da Capital. Ocorre que os executados deixaram de pagar as prestações, acarretando o vencimento antecipado da dívida e seus encargos. Estando os executados em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para que em 24 horas, a fluir após os 20 dias supra, paguem o saldo devedor no valor de R$ 66.032,03 (07.02.03), ou purguem amora no importe de R$ 11.794,23 (07.02.03), atualizado até a data do efetivo pagto., sob pena de penhora do imóvel hipotecado, presumindo-se aceitos como verdadeiros os fatos. Será o presente edital, afixado e publicado na forma da lei.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de construção de ambientes complementares nas seguintes escolas: TOMADA DE PREÇOS Nº – PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA EDIA). 05/6112/03/02 – EE
90 dias – R$ 55.990,00 – R$ 5.599,00 – 09:30 – 02/02/2004. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno
DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 09:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 16:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. As Licitantes deverão efetuar a visita técnica no período de 16/01 a 27/01/2004 nos termos previstos no subitem 4.3.4 das Condições Específicas do Edital. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 16:30 horas do dia 28/01/2004, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA
Por Geraldo Mayrink
Ahistória, já contada e recontada varias vezes, ressurge em Peter Pan eé umadas maispopulares da literatura digamosassim infantil.Suas ressonânciaspsicológicas são tantas quebatizou um desejo secreto de muitas pessoas, o de serem eternamente crianças. É o famosocomplexodePeter Pan (dois representantes notáveis seriamodiretorSteven Spielberg e a apresentadora Xuxa), uma reação ao intolerável mundo dos adultos. O criador da trama,o escocês James Mattehw Barrie (1860-1937), entrou fatalmente neste mundo e não deveter gostado nem umpouco. Nuncaserecuperoudamortedeseuínico irmão, de seis anos, casou-se primeiro com uma mulher estéril e depois comuma viúvaque morreu quatro meses depois. Doisdosfilhos delas,queadotou, foramassassinadosem condições misteriosas.Vásabero quese passavana suacabeça quandoa adaptação teatral de Peter Pan foi encenada emLondres,com enorme sucesso, há exatos cem anos. Embora o nome do personagem masculino tenha se tornadomarca registrada, justiça deve ser feita à menina-flor que divide acena com ele.Peter (JeremyStumpter), omenino seminu que voadesde a Terra doNunca, espia pela janela a graciosaWendy (Rachel Hurd-Wood) para ouvir as histórias fantásticas que ela conta aosdois irmãos.Um dia seupai (JasonIsaacs, quesintomaticamentefaztambém o papeldo vilãocapitão Gancho) decidequeéhora dela crescer sob aorientação da severa tiaMilicent(LynnRedgrave).É quando aparecePeter, o príncipe encantado, para salvar ostrês doterrível destinobiológico queosameaça. Flutuam pelo céuaté chegarem à Terra do Nunca (nome mais que apropriado), com direito apiratas,umcrocodilo gigante euma minúsculafada com asas de borboleta e as pernas de fora, Sininho (Ludivine Sagnier), sempre envolta numa nuvemde pómulticolorido). Inúmerosestudiososestraga-prazeres, e que provavelmente nãotiveraminfância, produziram textosexcitados sobre as propriedades alucinógenas deste pó, ressaltando a quasenudez dePetere daFadinha e da entrega resignada da suaveWendy aumhomem chamadoGancho(que além
do mais, nesta versão, é a cara do pai dela). A maldade desta gente é uma arte, como diz um samba antigo, masela nãodanifica oencanto essencial da história, que éo contidonumamor tãoimpossível comoo deRomeue Julieta. O diretorP. J. Hogan (de OCasamento doMeu Me-
lhor Amigo) tem humor, sensibilidade poética e um senso visual de primeira, tornando bonitas como telas românticas algumascenasqueum cineasta mais rudetornariamapenas grotescas. Wendynuncamais viu Peter depois de voltar à casa dospais,mas ocomentáriode Hogan é queela o incorporou
àssuas histórias,queporsua veztransmitiuaosfilhos que contavam histórias e assim para sempre. Devem ter ajudado a formar gerações livres de complexos malévolos. Ou alguém duvida que tanto Spielberg quanto Xuxa não sejam adultos saudáveis, capazes detransformar
em ouro tudo em que tocam? P. S. – O filme é dedicado pelo produtor-executivo MohamedAlFayed àmemóriade seu filho Dodi Al Fayed, que viveu um conto de fadas nos braços da princesa Diana e morreu com ela em um desastre de carro em Paris, em 31 de agosto de 1997.
SERVIÇO
Beijo na cidade apaixonante Página 20
Beijo da renda mínima
Com um beijo, o senador Suplicy agradece a Lula pela assinatura da Lei de Renda Mínima. Página 3
Salvo das ruínas de Bam, 13 dias depois
Página 9
Prato do brasileiro: internet e TV a cabo
Consumidor já gasta mais com tecnologia do que com arroz e feijão. Peso no IPC deve mudar. Página 4
C-Bond bate recorde e faz despencar o risco- Brasil
Pela primeira vez desde seu lançamento, C-Bond é negociado acima do valor de face. Risco cai e o dólar também. Pág. 11
Beijos dos heróis que voltam Campeão Popó festeja com a mulher. Rivaldo, com o filho: tudo azul. Esporte na página 7
Acusação: Morosidade Falta de transparência Burocracia
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Jeremy Stumpter (esq.) é Peter Pan: uma das três grandes estréias de cinema nesta semana. As outras: 21 Gramas, com Sean Penn, e Swimming Pool, valorizado pelo carisma de Charlotte Rampling. Teatro: Louise Cardoso e Marcelo Escorel (abaixo) estão em O Acidente. Confira no DCultura.
Descubra Piaçabuçu (entre outros belos recantos) de Alagoas. Está no roteiro de pequenos paraísos, protegidos pelo azul do mar. E mais: luxuosos hotéis construídos a alguns metros abaixo do nível do mar.
Quemviu recentemente Amores Brutos e arriscou o palpite deque algode novo estavaacontecendoao sul do Rio Grande, que separa os Estados Unidos do México, acertou na mosca. 21 Gramas ( 21 Grams )é tãodesconcertante quanto aquela sórdida história sobrecachorros ehomens e ainda mais intrigante a partirdo título,queestabelece o pesotanto de um beija-flor quanto o de uma barra de chocolate. Pode sertambéma massadetrêscanários de sete gramas cada ou mesmo da al-
ma humana, seela pudesse ser postanuma balança.Jamaisse saberá,a não ser acompanhado a história de algumas almas penadas, coma presença da morte influenciando,paradoxalmente, a vida. E que vida, espremida entre a carne o espírito. Paul (Sean Penn)está nocorredorda morte de um hospital, esperandopor umimplante decoração e, enquanto ele não vem, fuma. Sua mulherMary (Charlotte Gainsburg)fez antes um aborto e agora quer que elecontinue vivoatravés de uma inseminação artificial ne-
Em 21 gramas, os personagens problemáticos têm ligações de vida e morte
Sean Peen e Naomi Watts, ele precisa do coração; ela é a viúva do homem que deu esse coração. Os dois acabam se envolvendo mais do que queriam
la. Cristina (NaomiWatts) fuma, bebe,cheira e é aviúva do homem quefornece ocoração para que Paul sobreviva. Ele acaba na cama com ela, tomandovinhoe perpetuandose mais ainda no sentido bíblico.Elabate nelepelaaudáciae depois o perdoa, batendo mais um pouco em seguida.
C ul p a – Jack (Benicio Del Toro) não fuma e parou de beber. Ex-presidiário cheio de tatuagens, é o causador involuntário da morte do marido de Cristina e, para expiar seus crimes passados epresentes, entrega-se por inteiro ao vício da
Por Geraldo Mayrink
droga do fanatismo religioso. Assim caminha a humanidade. Três pessoas morrem,uma está grávidae todos seamame odeiam numanarrativa quese constrói fora de ordem. Assim ofilme deAlejandroGonzalez Iñárrituexcitana sua linguagem ríspida e emociona na sua piedosa pintura de tanto sofrimento humano. É bom levar emconta que o roteiro de Guillermo Ariaga foi escrito em espanhol, pensando napaisagemmexicana, maso filme de Iñárrituse passa em Memphis,no coraçãodos blues e de uma arenosa planície americana. Esta migração tem umsignificado. Poisdiz a lendaque oMéxico ficamuito longedeDeus emuitoperto dos Estados Unidos, saindo sempre perdedorporcausa
desta dupla fatalidade. Primeiro porque a falta do Todo-Poderosoengendrou entreos mexicanosuma religiosidade mórbida e estranha, que se manifesta nas festas do dia dos mortos, nas quais o povo canta e bebe, exibindo imagensde crâniose esqueletos (basta lembrar o filme À Sombra do Vulcão, com Albert Finney perambulando bêbado entre procissões).
Emsegundolugar,a vizinhança de Hollywood ajudou a parir um cinema tragicômico, com dramalhões radiofônicosque marcaramépoca.O fascínio que oMéxico exerce sobrecineastas sempátriae semdinheiro éenorme.Láo espanhol Luis Buñuelrodou dezoito filmesimpressionantes, entreestes Os Esquecidos
Por Beth Andalaft
Para quem gosta de suspense, Swimming Pool é umadas melhores indicaçõesdeste fim desemana. Bom roteiro, bem amarrado,semfuros, que prende a atenção do espectador do início ao fim, terminando de forma satisfatória. A história começa com Sarah Morton (Charlotte Rampling, de O Quarto Anjo), uma escritora de sucesso, passando por um crise de criatividade.
Espécie deAgathaChristie, criadorade umdetetive desucesso, Sarah não consegue escrever uma nova história para seu personagem. John Bosload (Charles Dance, de Assassinato em Gosford Park ),seu editor
oferece, então, uma casa que possui nosuldaFrança,para que ela descanse, se desligue e recupere sua capacidade criativa. Ela aceita eao chegar ali, o que mais chama sua atenção, é a piscina que dá titulo ao filme.
Difícil convivência
Mulher de meia-idade, Sarah é elegante, controlada, sem manifestar suasemoções. Atranqüilidade do local parece estar repondo suas energias, quando chega àcasa, Julie(Ludivine Sagnier, de Oito Mulheres ), uma jovemde 16anos, filhade John. Displicente, totalmente liberada em seus hábitos, ela vai alterar a rotina da casa. A trama central é o convívio dessas duas
mulheres, que começa hostil e vai se modificando no transcorrer da história. Sarah já começoua escrever um novo livro, mas a presença da garotaa perturba. Princi-
palmente porque, a cada noite, Julieaparececom um novo parceiro. É ouvindo a atividade da jovem com seus namorados queSarah começaa seinteressar mais por ela.Até que
descobre o diário de Julie e passa a utilizá-lo em uma nova história, algo totalmente diferente do já que escrevera. Ocorre, então, uma situação fatalque envolveas duasmulhereseas fazseaproximarem ainda mais. Da mesma forma que em Cidadedos Sonhos, de DavidLynch, e Femme Fatale, de Brian de Palma, apenas para citar os filmes mais recentes do gênero, Swimming Pool envereda por um caminho que deixao espectadorsemsaberdireitoemqueterreno estápisando. Mas o diretor e co-roteirista François Ozon (de Oito M ul he r es ) foi muito feliz no desenrolarda trama,conseguindo um resultado extremamente satisfatório.
Éumescracho totalcomtodos os grandessucessosde Hollywood. Nada époupado dairreverência de Todo Mundo em Pânico 3 (Scary Movie 3). Eoresultadoéque oterceiro filme dasérie consegueser suficientementeengraçado para compensar uma ida ao cinema. Desta vez, a produção centra-se especificamente em algunssucesso debilheteria,como O Chamado, Sinais, Matrix Reloaded, Os Outros e 8 Mile–Rua das Ilusões
Dirigido peloveterano David Zucker (de Apertem os Cin-
HUMOR
Oque Fazer em Caso de Incê ndi o? – comédia alemã da melhor qualidade. Uma bomba explode numa velha mansão abandonada de Berlim. Ele fora colocada ali 20 anos atrás. A polícia começa a investigar e aqueles jovensrebeldes,são obrigadosa sereencontrarpassados 11 anos depoisdoúltimo encontro. Apenas Time Hotte continuam com os ideais dejuventude, os demais se colocaram na vida eexercem profissões capitalistas. Como o publicitário Maik, que só usa camisetas com a inscrição "IloveBillGates".Com Til Schweiger, Doris Schretzmayuer, KlausLöwitsch. Direção: Gregor Schnitzeler. Duração: 100 minutos. DVD/VHS. Columbia
tos! O Piloto Sumiu e os três filmes da série Corra que a Polícia Vem Aí), Todo Mundo em Pânico 3 tem como protagonista a apresentadora deTV Cindy (Anna Faris, que atuou nos dois filmes anteriores) às voltas com mistérios queenvolvem extraterrestres,vídeos assassinos, inexplicáveis círculos em plantações, profecias e rappers brancostentandovencer na carreira artística. O filme mistura Sinais, de M. Night Shyamalan, que tinha Mel Gibson como protagonista, com O Chamado, filmede
terror no qual quem assistia a uma fita de vídeo morria em setedias. Em Todo Mundoem Pânico 3 , CharlieSheen faz o papel do fazendeiro, em cujas plantações surgem estranhos sinais.Éa mulherSheennavida real, DeniseRichards, que interpretasuamulher naficção,cortadaao meio por um caminhão.
Umpoucode tudo – Eminem, o astro do hip hop, estrela de Ruadas Ilusões,também é alvo de sátira. Coube a Simon Rex interpretar ofazendeiro que tenta ser rapper branco.
Queen Latifah é oOráculo e o comediante Eddie Griffin, Orpheus, numa sátira a M a t ri x , Leslie Nielsen faz o presidente dos Estados Unidos e sobra até
para Michael Jackson, como a criançade Os Outros . Regina Halle aturbinada PamelaAndersonprotagonizam abatida piada da loira burra. (BA)
Os Brutos Também Amam –um beloexemplar de faroeste, gênero que, se hoje é raro ser produzido, dominouo cinema por longo período, com fãs de carteirinha. Este é um clássico, produzido em 1952, e vencedor do Oscar de melhor fotografia. A história é de pequenos proprietários de terra aterrorizados por um grande fazendeiro, que desejadominara região.Omocinhodahistória éShane,umveterano e solitário pistoleiro. Ele se junta aospequenos, principalmente porter seafeiçoado à família que o abrigou. É bom ver e rever. Com Alan Ladd, Jack Palance, Van Heflin. Direção: George Stevens. Duração:117 minutos. DVD. Paramount
S ecretária –é uma comédia romântica totalmente inusitada, queresultou num ótimofilme.Mas paraapreciá-lo épreciso aceitarcertasexcentricidades. Trata-se de uma história que rima amor e dor. Lee é uma jovemmasoquista, queacaba de sair do sanatório. A família acha que um emprego a ajudariaeelaconsegueter ochefe ideal. O advogado Edward Grey ésádicoemais doidoque ela, punindo-a acada erro quecomete. É adupla perfeita! As interpretações dosatoresestão ótimas. Com Maggie Gylenhall, James Spader, Jeremy Davies e Leslie Ann Warren.Direção: Steven Shainberg. Duração: 111 minutos. DVD/VHS. LK-Tel
A Casa Caiu – Peter, advogado separado da mulher, encontra num chat uma advogada que acreditasersua alma gêmea. Mas, no primeiro encontro, quase tem um enfarte. Em vez da loira esguia, encontra uma afroamericana gorda e desbocada. Presidiária fugitiva, Charlene queraajuda dele para provar sua inocência.E não lhedá sossego, instalando-se na casa dele, até que Peter aceite sua causa. Claro quehá algumassituações forçadas,masa dupladeprotagonistas – Steve Martin e Queen Latifah –, é ótima, gerando situações extremamente engraçadas. Direção: AdamShankman. Duração: 105 minutos. DVD/VHS. Buena Vista
Treze Visões –O que é sorte? E azar? Este é o temadesta produção que relata cincohistórias.Dependendodoponto de vistae daconcepção de cada um, ospersonagenssãosortudos ou totalmente azarados. O jovem advogado tem tudo na vida, além dabrilhante carreira, é filho de pais abonados. A jovem faxineira se contentacom pouco, até ser atropelada e abandonada na rua. O professor quer alterara rotinae arrumauma amante, mas depois descobre queera felizenão sabia.Drama com MatthewMcConaughey, John Turturro, Alan Arkin e Amy Irving. Direção: Jill Sprecher. Duração: 103 minutos. DVD/VHS. Movie Star (10/1)
MONTANHA RUSSA
Fuga Alucinante – Pura curtição! Este filme de ação é para descontrair mesmo. O bando deladrões é formado por jovens bonitoseradicais. Bemdaqueletipo que o espectador torce a favor, já que a polícia é sempre retratada como incompetente ou corrupta. Elesnãoatiram emninguém nosassaltose semprefogemde patins, escalando paredõesou saltando de pará-quedas. Passam a ser caçados pela polícia e por outros bandidos. Depois de ludibriar tantos uns como outros, eles resolvem vir para o Rio de Janeiro, ondehá muitosbancos. Com Stephen Dorf e Natasha Henstridge. Direção: Gerard Pires. Duração:83minutos. DVD/VHS. Europa
(1950) e Viridiana (1961),e o russo S. M. Eisenstein fez o seu beloe inconcluso Que Viva M éx ic o ! (1932). Além deles, umamericano abonado,John Huston, filmouno Méxicoo clássico OTesouro de Sierra Madre (1947) eomaravilhoso À Sombra do Vulcão (1984). Com Amores Brutos antes e agora com 21 Gramas, AlejandroIñárritu vaiconquistando seu lugar, ainda modesto, ao introduzir um mexicano nesta galeria de notáveis de fora. Não por acaso,seu filmereforma a lenda colocandoo México maisperto deDeus, aindaque pela via da exacerbação religiosa, e mais do que perto de Hollywood poisépartedela.Tão integrado que ninguém deve ficar surpreso se ganhar um ou mais Oscars.
Roupa dos atores vai a sorteio
Que tal um short de Malu Mader como souvenir? E uma camisa de Fábio Assunção? Pois essas duas peças, usadas pelos atores no filme Sexo, Amor & Traição, em cartaz na cidade, serão entregues aos autor da melhor frase sobre o personagem Tomás, interpretado por Fábio no filme. É um brinde do Shopping D ao público como parte das comemorações do 450 anos da cidade de São Paulo. O sorteio faz parte da Exposição Fotográfica dos bastidores dessa comédia romântica, dirigida por Jorge Fernando. Apresentada com exclusividade pelo Shopping D, até o próximo dia 1º de fevereiro, a mostra é composta de painéis fotográficos com cenas inéditas do filme. Sexo, Amor e Traição está em cartaz inclusive em uma das salas premium do Cinemark do Shopping D. A exposição fotográfica está no piso térreo do shopping e pode ser visitada de segunda a sábado das 10 h às 22 e aos domingos e feriados, das 12 h às 20 h. O Shopping D fica na av. Cruzeiro do Sul, 1.100. (BA)
JAMES BOND JUVENIL
O AgenteTeen –Ao estilo de P equenos Espiões esta produção coloca adolescentes atuando como James Bond. Codyé um típicojovem, às voltascom suas insegurançase temores, comaquela aparência de umgrande tolo. O que ninguém sabe, nem sua família, éque ele é um tremendo agente secreto, pertencente à elite da CIA. Ele é escalado para evitarqueum cientista destruao mundo, como sempre nesse tipo de aventura. Muita ação e engenhocas de deixar Bond com inveja. Com Frankie Muniz, da série de T V Malcolm in the Middle, e Angie Harmon, da série Lei & Ordem. Direção: Harald Zwart. Duração: 102minutos.DVD/VHS. Exclusivos para locação. Fox
ROBERTO BENEVIDES*
O Brasil Sub-23 dos santistas Robinho, Diego e Elano sofreu no primeiro tempo contra a Venezuela, mas chegou facilmente aos 4 a 0 tocando a bola de pé em pé no segundo. Hoje, contra o Paraguai, promete jogar ainda mais.
Estádevolta aofutebolbrasileiro,paravestir acamisado campeoníssimo Cruzeiro, o primeiro dos super-craques do pentacampeonato da Seleção emcampos asiáticos:Rivaldo, ex-ídolodo Corinthiansedo Palmeiras, vaicorrer em2004 atrás dotítulo daLibertadores quenemelenem otreinador Vanderlei Luxemburgo conseguiram até hoje. É um belo desafio para o craqueque dispensouumsaláriomilionário em euros, pois não se conformava em esquentar o banco de reservas do Milan, e vai ganhar bem menosem reaisparareforçar o campeão brasileiro e ficar maispertodo filhoRivaldinho, queontem foi comele à Toca da Raposa. O meia-atacante assinou um contratode 12mesescomo
Registra ofolcloredo futebol, ainda nostemposem queosmateriaissintéticos não tinhamentrado em campo, umacuriosaconversaentreo treineiro Gentil Cardoso e um voluntariosovolante que chutava para o alto todas as bolas que lhe chegavam:
- Meufilho, me digauma coisa: deque é feita a bola?
- De couro, 'seu' Gentil.
- Couro de quê?
- De vaca, 'seu' Gentil.
- E a vaca come o quê?
- Capim, 'seu' Gentil.
- Então, meufilho, a bola gostade grama. Bota a bola no chão.
Certamente não foi preciso que Ricardo Gomes lembrasse estediálogo da pré-história dofutebol brasileiro para ordenarà molecada da Seleção Sub-23, no intervalo do jogo contra a Venezuela, que fizesse correr pelo chão a bola que muitos teimaram em despachar pelosares deConcepción noprimeiro tempo encerradoem 0a 0.O fato,porém, é que oBrasil só encontrouo caminhodo gol depois quecomeçou atocar abola depé em pé como pede um time que tem Elano, Alex, Robinho, Dagoberto e Daniel Carvalho.
Os gols que faltaram no primeiro tempo saíram naturalmenteno segundo:Diego fez 1a 0aos 2minutos,Dagobertoaumentou aos 14, Robinho marcou de pênalti o terceiro aos 29 e Marcel, que substituíra Dagoberto, fechou o placar em 4 a 0 aos 44. Assim, o Brasil estreou bem no Torneio Pré-Olímpico da América do Sul. E, segundo Ricardo Gomes, jogará ainda melhor hoje, contra o Paraguai, que folgou na primeirarodada: "Vamos pegar um adversário melhor, mas o Brasil também vai jogar muito mais", disse o técnico ao confirmara entrada deFabioFábio Rochemback no time titular, provavelmente na vaga de Daniel Carvalho.
O jogador do Sporting teve de ir a Portugal defenderotimeno domingoevoltouimediatamente para o Chile, tendo entrado nos últimos minutos da vitória sobre a Venezuela. "Notei que, com Fábio, o Elano ficou menos sobrecarregado", justifica o técnico, que tem o apoio dos demais jogadores do meiode-campo. Mais combativo e melhor marcado doque Daniel Carvalho,Fábio Rochemback dá mais liberdade a Elano e Diego e tambémsabe iraoataquepara jogarcomRobinho e Dagoberto - ou Marcel. Sem tirar a bola do chão, é claro.
clube mineiro, com uma cláusulaque lheressalvao direito de aceitar uma proposta do exterior,masjá disseontemque quercumprir todoocompromisso,poisnão estámaisinteressadoem dinheiro,masna sua tranqüilidade. Rivaldo chegou a Belo Horizonteàs11 horas, assinou o contratoe elogioua estrutura do clube - "superior às estruturasdoMilane do Barcelona". Depois, encheua bolado craque dotime: "Alex éum grandejogador eestáem ótimafase." Enãoesqueceudejogar confete no homem que o convenceu ajogarem Minas: "Além de ser um grande treinador,que acadadia tornaos times ainda melhores, sou um grande amigode Luxemburgo,que confiatambém no meu futebol." Para ficar
O atacante Régis Pitbull chegou ao Parque São Jorge dizendoo quetodos osjogadores costumam dizerna apresentação:"Eu soucorintiano."No caso do jogador que já passou pelo Bahia, Ponte Preta, Marília,KyotoSunga (Japão),Gaziantepspor (Turquia) eVasco, a declaração transcende a demagogia: "Éclaro quesempre vou defender com profissionalismo e determinação toda camisa que vestir, mas a do Corinthians é diferente."
Para mostrar o quanto é corintiano, Régis contou que, em janeirode 2000,quandojogavanaPontePreta,foi aoRio para assistir à final do Mundial
de Clubes: "Era o título mais importante da históriado Corinthians e eu tinha de estar lá."
A família, comandada pelo pai, Lupércio, foi em caravana para oMaracanã. Eramnovefamiliares, quase uma torcida organizadaparticular, comdireito até a camisa personalizada. "A família todaé corintiana, láde Pirituba,onde oRégis nasceu", conta Lupércio, que acompanhoua apresentação dofilho no Parque SãoJorge. Agora, o pai quer rebatizar o filho no mundoda bola, segundo contou ao repórter Wagner
Vilaron: "A partir de agora, ele não é mais Régis Pitbull. Virou Régis Gavião."
Quatrodiasapós sagrar-secampeão mundial dos leves, versão OrganizaçãoMundial de Boxe, Acelino "Popó" Freitas desembarcou ontem no Aeroporto InternacionaldeGuarulhos, comvários projetos para 2004:um filho, mais uma temporada nos EUA para estudar inglês, umanova academia em Salvador e futuramente uma em São Paulo. Hárazões para tantos projetos:"Tenhomuitas pessoas que dependem de mim; só de netos, minha mãe tem 20." 0
MARCOS EXPLICA ACIDENTE DE MOTO
O goleiro Marcos voltou ontem ao Parque Antártica e passou o dia explicando oacidentecoma moto, na véspera de Natal, próximo a seu sítio em Oriente. "Tenho moto há quatro anos,mas sóa usonas férias e lá na minha cidade", garantiu.Marcos disse que oPalmeiras não deve ser prejudicado pelo acidente eadmitiu: "Acho justose não receber pelos dias em que não estoutrabalhando." Ojogador acredita, porém, que estará pronto paraaestréiadoPalmeiras no Campeonato Paulista.
O diretor-técnico RobertoRivellino garante que o centroavante Leandrão irá para o Corinthians senão conseguirse transferir para ofutebol coreano. E muitoscorintianos ainda sonhamcom olateral Lúcio. que continua se desentendo com o Palmeiras.
Narciso, que aceitou uma redução drástica do salário enquanto esteveem tratamentomédico, está tendograndes dificuldades para acertar o novocontratocom o Santos, que quer continuar lhe pagando muito pouco.
Louise Cardoso e Marcelo Escorel interpretam personagens fechados em si mesmos, que se descobrem e se unem
Por Sérgio Roveri
Mário eMirian são, ao primeiro olhar, duas pessoasinsuportavelmente convencionais. Funcionários dedicadosde umaagência de seguros, os dois transitam entre prontuários, fichários e arquivossuspensos háoito anos –sem que, nestetempo todo, tenham sido capazes de travar um diálogoquecomportasse mais de duas frases. Ou de dar voz à paixãosilenciosa que um nutre pelo outro.Até que Mário decideabrir seupequeno apartamento paracomemorar o aniversário, o primeiro de sua vida amerecer uma festa,e nenhum colega dafirma aparece. A nãoser Mirian,mulher meticulosa,avessa aoscontatosfísicosecapaz decalcularquantos passos dá durante um dia de trabalho. É emtorno desta celebração semquorum, mas comalgum excessodebebida, que se constrói a peça O Acidente,deBoscoBrasil, quecoloca no palco do Teatro Aliança Francesa, apartirdehoje, os atores Louise Cardoso e Marcelo Escorel, sob a batuta cada vez
mais disputada da jovem diretora Cibele Forjaz. A primeira montagem de Acidente se deuem 2000,numa temporada discretanoCentro Cultural São Paulo, com os atores Denise Weinberg e Genésio deBarros dirigidospor Ariela Goldmann, então mulher de Bosco. Qualquer semelhança entre a trajetória deste texto, e a de Novas Diretrizes em Tempos de Paz, do mesmo autor, poderia ser recebidacomo uma feliz coincidência: Novas Diretrizes em sua primeira montagem, no Teatro Ágora,também passou desapercebida aos olhares do público, atéestourar, tempos depois, com Dan Stulbach e Tony Ramos no elenco. "Fiquei felizpornão tervistoaprimeira encenação de O Acidente", diz Cibele Forjaz. "Poder chegar virgemàs coisas é muito bom. Eucostumodizer quearelação entreo criadore aobra écomo umcasode amor:a primeira impressão é fundamental". Cibele trabalhou durante três mesescom LouiseCardosoe MarceloEscorel. Seumétodo exigiu que os dois redigis-
semumdiáriopara ospersonagens e ainda realizassem alguns ensaios no Jardim ZoológicodoRio. ACibele coube, ainda, atarefa de apresentar Louise à intrincada geografia paulistana:como apeça se passa em SãoPaulo, em um apartamento que fica a‘seis minutos apé daRua Teodoro Sampaio’, a atriz, que sempre viveu noRio, fezquestão de dominar todas asreferências à cidade que o texto apresenta. "Apeçafala deduaspessoas
muito introvertidas, mas que podem explodir na primeira oportunidade", diz Louise Cardoso,48 anosehá 13atuando como produtora teatral. "E esta oportunidadesurge durantea festa de aniversário de Mário, a qual somente os dois comparecem", acrescenta a atriz que está há dois anos longe das novelas,masque podeservistaem Papo Irado, quadrodo Fantástico emque vive a mãeda adolescente Tati, interpretada por Heloísa Perissé.
Enquantomilhões defamíliasmundoafora comemoravamanoite deNatalde2003, MichaelJackson, 45,um dos maioresastros damúsicapop, indiciado por molestar sexualmente um garotode 13 anos, concedia uma entrevistaexclusiva em um hotel de Los Angeles ao repórter Ed Bradley, do programa 60 Minutos A entrevista foi exibida nos EUA no últimodia28dedezembropela redeCBS que,segundoespeculações, teria pago a Jackson cerca de US$ 1 milhão para que ele falasse publicamente pelaprimeira vez após sua prisão em 20 denovembro passado – da qual se livrou depois de pagar uma fiançadeUS$ 3milhões.Ocanal GNT exibe a entrevista no Brasil hoje, às 22h40. Nela, Michael não só negou as acusações contra elecomo voltou a afirmar que nãovê problemas emdividira camacomuma criança. Jacksondeve seapresentarperante ojuiz nopróximo dia 16 de janeiro, quando será feita a denúncia – e alegará
inocência, segundo relatou. Humilhado –Michael Jacksondisse aEdBradley que,enquanto esteve preso, a polícia de LosAngeles o humilhoue o feriu deliberadamente. Ele contou quefoitrancadonumbanheiro sujo por 45 minutos. "Havia fezes espalhadas por todas as paredes, no chão, no teto. Aquilo fedia. Então, um dos policiaisfoiaté ajanelae fezum com entá rio irônico: ‘Oque achado cheiro, está bom para você?’ Eusimplesmente respondi: ‘Está tudo bem, tudo bem’. Então me senteilá eesperei." Além disso, a polícia o teria algemadode umjeito que feriu seu braço. "O machucado metira osono ànoite, eunem tenho dormido direito."
Segundo Jackson, abusca policial em seu rancho Terra do Nunca violou sua privacidade. "Eu nunca mais volto a morar
lá.Éuma casaagora,nãomais um lar." Detalhe: na semana passada,um vídeodapolícia exibido na TV provou que o cantor não sofreu maus-tratos. Dinheiro – Jacksonvoltou à tecla de que as acusações contra ele são motivadaspor dinheiro. E afirmou tambémque dividiu acama comhomensmaisvelhos várias vezes quando era garoto– portanto,não vêproblemas em fazer o mesmo. "É claro, por que não? Sevocê éum pedófilo, Jack o Estripador ou um assassino, não é uma boa idéia.Mas eu não sou isso."
Ao desmentir veementemente todas asacusações que pesam contra ele, Michael Jacksondisse, comovido, que preferiria cortar os próprios pulsos a machucar uma criança. Quando Bradleypergunta seelepermitiriaqueseu próprio filho dormisse na mesma
cama de umadulto que não fosse seuparente, oudormisse no quarto de outro homem, Jackson respondeu: "Claro, se eu conhecesse tal pessoa, confiasse nela e a amasse."
Madonna – Logo após a exibição da entrevista de Michael Jackson, mantenha a sintonia nocanal GNT. Vale apena conferir ou rever às 23h40 a entrevistaque outrapopstar, nocasoMadonna, concedeu ao apresentador David Letterman. Na última vez que ela esteve no famoso talkshow,há 10 anos, elae Letterman passaram do terreno do cinismo para oda agressão– quasede fato. Destavez, a popstar parecia serena, mas manteve a ironia. Virou o jogo e desafiou Letterman várias vezes a casar com amãe deseu recém-nascido filho. Além das provocações, Madonna também falou sobre sua carreira musical e sobresuanova incursão pela literatura infantil,com os títulos AsRosasInglesas e As Maçãs do Sr. Peabody Regina Ricca
Cristiano, carioca, gerente de loja,29anos;Buba, curitibano, empresário, 32 anos; Eduardo, mineiro,publicitário, 24 anos;Marcelo, gaúcho, professor de educação física, 31 anos; Rogério, paulista, jardineiro de cemitério, 25 anos; Antonella, argentina que mora em São Paulo, modelo, 21 anos; Juliana, brasiliense, estudante, 23 anos;Marcela,de Londrina, promotora de eventos,25 anos;Geris,paraibana, enfermeira, 30 anos e Tatiana, paulista, estudante, 21 anos. Senhoras e senhores, esses serão os 10novos ilustres desconhecidos que vão passar a movimentara quarta edição doreality showmais famoso doPaís,o Big Brother , que a Globo estréia no dia13, após a novela Celebridade. Ou seja, o
anonimatodessa turma vai durar poucotempo, basta o programa começar airao ar. Mas pelas experiências de programas anteriores, batalhar a fama e conseguir segurá-la não é tarefa fácil, e pouquíssimos ex-big brothers conseguiram esse feito desde que o programa estreou no Brasil. A seleção desses dez novos moradores do BBB foi feita pela equipe de produçãodo programa,que precisou avaliar mais de 70 mil fitas e questionários recebidos de todo o País.
A diferença nestaquarta edição é que opúblico pôde escolher, por telefone, ontem à noite,emumprograma especial, mais dois moradores da casa do Big Brother Brasil 4. Os telespectadores fizeram suas apostas entre Zulu,umatletadeNite-
rói, de 23 anos, e Marcos Antônio, DJ paulista de 34 anos, e também entre a modelo e estudantegaúcha Natália, de18 anos, e a frentista Solange, de 25 anos, dointerior deSão Paulo. Os12 concorrentes,assim,estarãoaptosabrigar pelosR$ 500 mil. Osdois sorteados, porém, entrarãonacasado Big Brother Brasil 4 apenas no dia 15, quinta-feira, e terão uma semana de imunidade.Eles não poderão ser indicados pelos demais para o paredão do dia 20, o primeiro desta edição. Tem mais novidadespor aí: nodia da estréia do BBB4, vai acontecer osorteio dapromoção"Queroserum BigBrother". Isso querdizer que mais dois participantes, um do sexo feminino e outro do masculino, vãohabitara casa.Durantea
promoção, entre 26 de outubro e 5de janeiro, maiores de18 anos de todo o País se inscreveram para o programa preenchendo o cupom de uma revista, quefoi vendida embancas de jornal.No dia 13,durante o programa,serãosorteadas 16 pessoas–oitohomense oito mulheres.Os doisprimeiros sorteados – umhomem e uma mulher– deverão serlocalizados pela produção do programaem24horas.Se preencherem osrequisitosdescritosno regulamento, entrarão na casa para disputaroprêmio deR$ 500 mil. Os outros 14 sorteados continuarão concorrendo, já que vão se transformar em "padrinhos" dos 14 participantes do BBB. O padrinho do vencedor do programa ganhará um carro 0 km. (RR)
Louise e Escorel escreveram diários de seus personagens durante os ensaios. O método é adotado pela diretora Cibele Forjaz. Bosco Brasil é o autor da peça que estréia hoje em Sampa.
LouiseCardoso tomoucontato com O Acidente há pouco maisde umano.À época,revirava as obras de Tennessee Williams e Harold Pinter em busca de um texto para estrelar e produzir."Assim que lieste texto do Bosco, vi que era exatamente o que eu procurava. É uma peça cheia de reviravoltas, em que os personagens continuamsendo críveis após cada mudança", diz a atriz. "No fundo, é um retrato de dois solitários,doisinadequados que desejam um encon-
tro, masque fogemdo outroe deles mesmos".
A atriz afirma que seu grande desafiofoio detornarinteressanteuma personagem,aprincípio, tão desprovida de qualquer traquejo social. "Não é fácil, nestaépoca de tanta extroversão e tanto exibicionismo, vocêpousarosolhossobre alguémsembrilho,quevive na contramão da história. Mas é ótimo descobrir os mistérios que uma pessoa assim carrega". O cenário de O Acidente exibe uma pequena pérola à parte: háem tornode 500 livrosno palco, garimpados um a um pela diretora Cibele Forjaz. Existeuma explicaçãoparatal empenho: o personagem masculino dapeça éum leitorvoraz que adora rechear seus parcos diálogoscom frasescolhidas de clássicos como O Apanhador noCampo deCenteio e Moby Dick
SERVIÇO
O Acidente – Teatro Aliança Francesa –rua General Jardim, 182 – Vila Buarque –fone 3123-1753. Estréia hoje. De quinta a sábado às 21 h e domingo às 18 h. Ingressos de R$ 25 a R$ 30.
DOMINGO, DIA 11
Bud ataca como jogador de beisebol
Aquele simpático cachorroda raça Golden Retriever, exímiojogador de basquete, que protagonizou três filmes dos Estúdios Disney da série
Bud está de volta à telinha em Bud 4 e Uma Jogada Perfeita, queestréia nestedomingo, 11,às20h, noDisney Channel. Desta vez Bud se revela um talentoso jogadorde beisebol, apto a brilhar em jogos das grandesligas norte-americanas, masterátambémderesolver um grande mistério: achar seus filhotes, que estão desaparecendo das casas onde vivem. Cachorros também marcam presença em Neve para Cachorro, comédia protagonizada por Cuba Gooding Jr. que será apresentada neste sábado às 21h e no dia 14 às 2h30, pela HBO. Não é das melhoresproduções realizada pelo ator, mas garante algumas risadas.
Literatura entra em cena na TV Cultura
A TV Cultura apresenta a partir de segunda-feira uma série inédita: Contos da Meia-Noite,queprossegue atéo dia 16, vai exibir programas estrelados por grandes nomes do teatro, de até 10minutos, inspiradosem obras de autores consagrados da literatura nacional, como Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, DaltonTrevisan, RubemFonsecaentre outros.Comoo títuloda sériejá diz, oprograma, dirigido por Eder Santos,será exibidode segunda a sexta, sempre à meia-noite. Nesta segunda, dia 12, vai ao ar O Plebiscito (de Artur de Azevedo), com Antônio Abujamra; na terça, 13, Gringuinho ( de Samuel Rawet),com MatheusNachtergaele; na quarta, 14, A Caolha (de Júlia Lopes deAlmeida), comMarília Pêra; na quinta, 15, O Homem da Cabeça de Papelão (de João do Rio), com Maria Luisa Mendonça, e na sexta, 16, Bugio Mo queado (de Monteiro Lobato), com Giulia Gam. É uma programação característica da Cultura, com alta qualidade e que merece ser conferida pelos telespectadores.
De Niro na cadeira do Actors Studio Robert deNiroéumatorquedispensa apresentações pelo currículo recheado de grandes atuações, vide suas performances em filmes como Taxi Driver O Poderoso Chefão II Cabo do Medo Ca s s i n o , O s Bons Companheiros etc. Pois esse ator novaiorquino, que completouno ano passado 60anos de idade, éo convidadodeJamesLipton nestedomingo,à meia-noite,noprograma Actors Studio, que vai ao ar pelo canal Multishow. Na entrevista, de Niro fala sobre suainfância na cidade de Nova York, sobre sua primeira experiência teatral aos 10 anos de idade, no musical Mágico de Oz , e principalmente sobresua parceriacom o diretor Martin Scorsese.Foi sob a batuta desde diretor que De Niro realizou suas melhores interpretações, consagrando-se como ator.
TERÇA, DIA 13
Marilyn e os irmãos Marx numa deliciosa comédia Atualmente em cartaz nos cinemas, quem viu Diabo a Quatro, filme estrelado pelos irmãos Marx, ficou com um gostinho de quero mais. Aquele quarteto sensacionaldacomédianorteamericana estrelouvárias produções e mais uma delas poderá ser conferida nesta terça, às 19 h, no canal Film & Artes. Em Loucos de Amor (EUA/1950), Harpo e Chico contracenam com ninguém menos do que a poderosa Marilyn Monroe numa comédia em preto e branco de 85 minutos. Um grupo deatorespobres obtémacidentalmente valiosos diamantes e será o desastrado detetive Groucho Marx convocado para recuperá-los.A história? Nada de mais, masa diversão, com certeza, está garantida. Se o interesse for mesmo por Diabo a Quatro, o filme está em cartaz no Unibanco Arteplex, noShopping Frei Caneca, nasala6, com sessão às 18 h. Osirmãos Marx são garantia de riso e seus filmes continuam atualíssimos. Jáque eles fazem humorsem apelação,coisa rara nas comédias atuais. Valeuma ida ao cinema para conferir.
"As religiõessão uma forçapara o bem? (...) É patente quea religiãotem umgrandepotencial para o mal – e esse potencial se realizou milhares de vezes através dos séculos". (...) Quando a religião é a força governante de uma sociedade, ela produz horror. Uma cultura dominada por féintensa invariavelmente écruel comaspessoas quenão compartilham dessafé– e, às vezes,commuitas quea compartilham".Essaé aidéiacentral de Perseguições Religiosas (Ediouro;215págs.; R$29)de James A.Haught, premiado jornalista americano. Olivro rastreia oshorrores das religiões desde as Cruzadas e a Inquisição.Descreve também práticas mais antigas, como, por exemplo,os sacrifícios humanos dos maias, incas e astecas, na AméricaLatina. O autor não poupa cristãos, muçulmanos, hindus, budistas, tibetanos, sikhs, sunitas,xiitas, drusos, maronitas einúmerosoutros povos ou grupos religiosos. Fartamente ilustradocom gravurasclássicas, emborao subtítulo da edição brasileira refira-se a "uma história do fanatismoe dos crimesreligiosos" não é esta a tônica do livro, pois oautornãosepreocupa
em analisar, interpretar ou mesmo em contextualizar adequadamenteo que descreve. Trata-se antes deum relato de fatos históricos em estilo jornalístico superficial, consistindoem meracoletâneadeepisódios, quefaz lembrartextos de antigos almanaques. Mesmoassimo livropodeserimportante para aquelesque nutrem noção idealizada das religiões ou mesmo para estudiosos, que poderão beneficiar-se da pesquisa e das referências bibliográficas do autor. Confira a seguir a entrevista que o autorconcedeuao Diário do Comércio via e-mail.
Luiz Barros, doutor em filosofia da educação pela USP, é escritor.
O jornalista
James A. Haut aponta no livro os horrores da religião das Cruzadas à Inquisição.
Por Luiz Barros
Após séculos de guerras religiosas, hoje os ingleses não vão à igreja
Diário do Comércio: O senhor ataca severamente as religiões, apontando suas manifestações violentas e representativas do mal, da mesma forma que outras pessoas defendem ardorosamente as religiões indicando seus benefícios, representativos do bem. Ambas posições parecem ser simplificações maniqueístas, ou não?
James Haught: Definoreli-
gião comoa adoraçãode espíritos sobrenaturais. Sacrifício humano, caças às bruxas, inquisiçõesetc eram atividades puramentereligiosas enão creio que é simplista considerálascomomal. Guerrassantas, pogroms e outras coisas similares sãoentrelaçadasdetal forma com política, tribalismo étnico, lutaporpoderetantos outrosfatoresque nãoétãofácil culpar apenasasreligiões. Mas, aomostrar essafeiúra estou apenas revelando um aspecto das religiões que tem sido parcialmente oculto há séculos. Tantoquanto eusaiba, Holy H or ro rs (Perseguições Religiosas) foi o primeiro livro a ser escrito descrevendo todos os tipos de matanças religiosas.
DC: A leitura de seu livro deixa a impressão de que o cristianismo, em especial o catolicismo, é a religião mais violenta que já existiu. Essa é realmente sua opinião?
James Haught : Narealidade, nos diasde hojeosmuçul-
manos são mais mortais ("more deadly"). Após o 11 de setembro eu atualizeimeu livropara enfocar a escalada da violência islâmica. Entretanto a versão traduzida para o português corresponde aos originais de 1990.
DC: Apenas uma religião, o judaísmo, não é criticada em seu livro. Os judeus sempre são apresentados como vítimas. Por que? Essa visão, aliás predominante no mundo ocidental, não deve ser examinada pelos pesquisadores? É fato que em sua história multimilenar o judaísmo nunca inspirou os judeus a praticarem violência religiosa ou guerras religiosas? E o que dizer do estado de Israel, guerreiro desde os primórdios e altamente militarizado?
James Haught : Normalmente os judeus eram de longe suplantados em número, de tal forma que não ousavam atacar os outros. Isto teria representado suaexterminação. Mas
agora, em Israel, eles freqüentementecomportam-se como opressores.
DC: Seu livro apresenta uma coleção de eventos históricos, mas nenhuma explicação ou interpretação a respeito das razões que fazem com que a religião leve à violência. Por que a religião gera violência? O senhor acredita que o mundo pudesse ser melhor caso a religião não existisse?
James Haught : Pareceser parte da natureza humana que a maioria daspessoasacreditem emespíritos sobrenaturais,temendo-ose adorando-os.Para que areligião deixassede existir serianecessário uma mudança profunda na humanidade. Entretanto, a religião praticamente morreuna Europaehoje há muitopouca violênciareligiosa por lá. Durante vários séculos os ingleses mataram-se unsaos outros por motivosreligiosos –e hoje, dificilmente algum inglês se preocupa em ir à igreja. É um desfecho estranho. (LB).
Por Renato Pompeu
Enfim um livro sobre mitologiaque nãotrata apenasda mitologia greco-latina,mas de todas as mitologias principais de todos oscontinentes.Esta obra Mitos Paralelos, do erudito e pesquisador J.F. Bierlein, editada pela Ediouro, em tradução dePedroRibeiro, éaindamais interessante porqueo autor não procuraimpor seus próprios pontos de vista ao leitor –pelo contrário, a maior parte do espaço é reservada para os relatos dos mitosde diferentes povos, dos índios algonquinos da América doNorte aos hindus, dos africanos aos gregos, dos tibetanos aos incas. Muitas vezes setrata,nãodemitos resumidos peloautor ou por outros autores, masdeversõesoriginais de cada mito. A obra não é um estudode mitologia comparada,mas permite que o leitor compare os mitos de diferentes lugares e di-
ESTANTE
ferentes épocas, ao agrupá-los emtemas,o que possibilitade imediato vislumbrar as semelhanças eas diferenças das visõesde diferentespovos. Alguns dos temas são os panteões dosdeusesde algumasdasmitologias mais importantes (em que encontramos correspondência de funções entre os deuses greco-romanos,nórdicos, indianos, egípcios,havaianos e astecas);osmitosda Criação (em que quase sempre se fala de umcaosoriginal edaimportânciadas águas,nos mitosindianos, iranianos, nórdico, gregos,africanos, egípcio,finlandês, chinês, japonês, polinésios, americanos, babilônicos, bíblicos, talmúdicose atéversões científicas da Criação).
É impressionante notar que osrelatos sobreaqueda dahumanidadeem relaçãoa umestado de perfeição anterior se repetem naBíblia,no Talmude, entre osíndios pés-pretosda
América do Norte, na Índia, na Grécia, entre os astecas, os índiosnavajos, os polinésios, os índios cherokees, os quenianos eos iroqueses. Do mesmo modo o mito do Dilúvio Universal se encontra na Bíblia, na Índia, no Havaí, entre osastecas,na Grécia,entreos índios da América do Norte, entre os incas e os egípcios.
As histórias de amor são mais variáveis,masoenamoradoe aenamorada sempre têm de enfrentar diferentes peripécias até se unirem, seja na Grécia eem Roma, sejano Peru,Escócia, Irlanda,sejaentre os índios algonquinos da América do Norte. Mas o mais inte-
ressante sãoas rec orrênc ias do tema do jovem falsamente acusadopor uma mulher casada de a tê-la assediado (por não corresponder ao assédio dela), e da descidaaos infernos, com g er al me nt e uma mulher como personagem principal. Assim, à história de José e Putifar na Bíblia correspondem as histórias de dois irmãos entre osíndios pés-pretose entreos egípcios, e a de Belerofonte na Grécia. Quanto aos mitos da descidas ao inferno, em geral por uma mulher, temos histórias na Babilônia, no Quênia, Índia, entre osmaoris da Nova Zelândia, os iroqueses, os egíp-
cios, osíndioschinooks, na Grécia e em Roma, no Peru, na Pérsia, entre osjudeus, os tibetanos e os nórdicos. Também bastante semelhantesentre sisãoosmitos dofim do mundo, ou dofim dos tempos, que encontramos, além de no Antigo Testamento e no Novo Testamente,em especialno Apocalipse, também na Índia, naPérsiazoroastrista,no Islã, no Tibete, Coréia, Mongólia, na mitologianórdica, entre os índios norte-americanos. Depoisdesses extensos relatos de mitos em paralelo, modo de estruturar a obra que permite ao leitor fazer as suas próprias comparações e tirar as suas próprias conclusões, ao fim do volume finalmenteo autorapresenta interpretações dos mitos, primeiro deoutrosautores modernos, finalmente dele próprio. Assim desfilam as teorias do mito como uma história transfigurada da pré-história
dos diferentes povos;as teorias psicológicas e estruturalistas, as visões dos filósofos e dos historiadores da religião. Só aofim do volume,no capítulo fina, é que o autor se permite apresentar a sua própria visão sobreos mitos,discutindoemespecial adesmitologização da cultura judaico-cristã (a que se poderia acrescentar a desmitologização da cultura islâmica),enquanto asdemais culturasreligiosas continuam plenas de mitos, apontados como superstições pelas religiões monoteístas. Oautormostra ainda com váriasdas manifestações da nacionalidade, ou da constituição política, são míticas. Enfim, umaobra tão interessante quanto seu tema.
Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro) e Memórias de Uma Bola de Futebol (Editora Escrituras).
A PRINCESA DO BRASIL GUIA PARA GAROTOS GAROTAS TAMBÉM TÊM PRESENÇA ESPIRITUAL GERENCIAR O DINHEIRO
Carlota Joaquina na Corte do Brasil – Ainda garota, a espanhola Carlota casou-se com o português D. João VI. Sempre retratada como uma mulher vulgar, ambiciosa, perversa e ninfomaníaca, a "princesa doBrasil" é tema dolivroescrito pelaprofessoraFrancisca L.NogueiradeAzevedo. Após pesquisar mais de 1.500 cartas inéditas da princesa, a autora reconstruiu, livre de preconceitos, avida e trajetóriadessa mulher que se tornou "porta-voz" de suahistória. O materialpermitiu revelaradimensão deCarlota, queousou transgredir asnormas sociais de seu tempo. Lançamento da Editora Civilização Brasileira, com 400 páginas e encarte de oito, custa R$ 40.
Galera! Voumedar bem... – Adolescentes sempreterão dúvidas e incertezas, não importa o quanto a sociedade evolua. Este éum livreto que trazrespostas àquelas inevitáveis perguntas sobre namoro,beijos, conquistas,dar ereceber foras, corações partidos, espinhas, sucesso e fracasso nos relacionamentos,depressão, autoconfiança, drogas, pressão dos colegas, brigas,pais,roupas,enfim, tudoqueangustiaos jovens. Divididoem capítulos queganham títulosbem-humorados:Sobrevivendo ao amor eao sexo,Sobrevivendo atodas asmudanças docorpo, entreoutros. Escritopor Jeremy Daldry,tem 120páginase custaR$18. Lançamento da Editora Melhoramentos.
Oba! Gatinhosà vista –é a versão feminina do guia antimico, que ajuda as garotasa conhecerem melhor os gatos. Dividido em três partes, traz os capítulos Os garotos eseu corpo, O mundo dos garotos e Os garotos e seus sentimentos Em linguagem simplese direta,aborda temascomo os tipos degarotos, griloscom opróprio corpo, encontros, sexo,métodosanticoncepcionais e doençassexualmente transmissíveis.São publicações atuais, voltadas para as adolescentesque têm,hoje,muitomais liberdade, mas aindaas mesmasdúvidas. Enem sempre coragem de perguntaraos pais. Escrito por MariaCoole,tem128 páginasecustaR$ 18. Lançamento da Editora Melhoramentos.
Todas as tardes, às cinco – Após perder o companheiro de quase três décadas, ocompositor Robert Starer, a romancistaGail Godwin passou por um duro períodode sofrimento. Em seguida, escreveu este romancelivrementebaseado em sua experiência. Ela abordaa atordoante presença espiritual daqueles que deixam de existir, observadanos objetos,móveisenas lembrançasda família. Ilustrado pela arquiteta norte-americana Francis Halsband, o livro de 112 páginas relata a convivência do músico e da escritora. Eles viviam e trabalhavam na mesma fazenda e todas as tarde, pontualmenteàcinco, paravamparaum happy hour, com bebidas exóticas. Lançamento da Editora Best Seller, custa R$ 21.
Pare deCavar – Manual de Economia Pessoal, escrito por Joana Del Guercio, bancária da Caixa Econômica Federal há 14 anos, traz dicas e orientações sobre como economizar,gerenciar emultiplicar o dinheiro. De fácil leitura, fartamente ilustrado, traz em suas144 páginas coloridas, informaçõesessenciaispara quem deseja controlar suas finanças. Dividido em capítulos, aborda as finanças pessoais, as estratégias
para
que
um orçamento pessoal. Lançamentoda Casada Qualidade, custa R$ 17,50.
Dicas para conservar a carne na temporada de calor
Verão e carne bovina podem combinar perfeitamente. Basta que se tomemcertos cuidados, tanto na conservaçãodacarne quanto no seu preparo. A orientação nesse sentido é dada pelo Sic (Serviço de Informação da Carne), entidade sem fins lucrativos, criada há três anos, que reúne 30 agropecuaristas, entredonos defrigoríficos,fazendeiros e pecuaristas. O Sic foi criadonosmoldes doexistente na França, mas a entidade possui similares na Inglaterra e nos Estados Unidos, com o objetivo de divulgar e incentivar o consumo de carne bovina.
Durante o período de calor, o Sic recomenda alguns cuidados especiais no manuseio da carne.Eviteo usodeutensíliosde madeira, como tábuas de cortar carne e martelos de amaciar, pois a madeira é material poroso, absorve muitoslíquidos e é difícil de higienizar, favorecendo a multiplicação de microorganismos. Dessa forma, esses objetos podem se tornar foco de contaminação de alimentos. Prefira utensíliosplásticosou de aço inoxidável.
Sempre lavemuitobemas superfícies e utensílios que entrarão em contato com a carne. A higienização deve ser feita com água, de preferência quente, e sabão. Lave tábuas, facas, martelos,vasilhas, bem como a pia e outras superfícies que entrarem em contato com acarnee outrosalimentos.O Sic adverte ainda para não utilizar utensílios já usados com alimentoscrus paraalimentos cozidos, sem antes lavá-los bem com água e sabão. É aconselhável tambémtirar umdia para preparar os pratos favoritos com carne e depois congelá-los.Nosite www.sic.org.br há outras dicas e orientações.
Receita
Carnes e frutas fazem uma ótima combinação. Os sucos sempre foram usados para marinar as carnes, pois o ácido das frutas age como amaciante natural. Para esse período de férias, em que as pessoas não querem perder tempo na cozinha, o Sic sugere um prato fácil de preparar e muito saboroso. Confira a receita abaixo. Fraldinha com nectarinas: 750 g de fraldinha, 4 nectarinas cortadas ao meio, ¼ xícara (chá) de vinho tinto. ¼ xícara (chá) de shoyu, ¼ xícara (chá) de caldo de galinha, ¼ xícara (chá) de mel, ½ colher (chá) de gengibre em pó, 2 dentes de alho esmagados. Faça cortes quadriculados na superfície da carne. Coloque-a num saco plástico com fecho hermético. Misture os ingredientes da marinada (vinho, shoyu, caldo de galinha, mel, gengibre e alho) e derrame-a sobre a carne. Feche o saco e leva à geladeira por, no mínimo, quatro horas e, no máximo, 24 horas. Vire o saco de vez em quando, para que toda a carne entre em contato com a marinada. Aqueça a churrasqueira ou uma grelha e coloque a carne escorrida da marinada. Grelhe por cerca de 12 minutos, até ficar no ponto. Pincele-a por duas vezes com a marinada e virea na metade do tempo. Nos últimos cinco minutos, acrescente à grelha as nectarinas, pincelando-as com a marinada. Corte a carne no sentido perpendicular às fibras. Sirva com as nectarinas. (BA)
Depois dos excessos gastronômicos das festas de fim de ano e com o verão, o organismo pede pratos menos calóricos
Passadas as festas de fim de ano e os excessos gastronômicos cometidos, éhora de voltar à boaforma com pratos leves. Também a temporada de calor, apesar dofrio insistente que surgiunosúltimosdias, pede refeições menos calóricas. Restaurantes e bares da cidaderechearamseus cardápioscompratos e drinques apropriados ao verão. Até mesmoospetiscoslevam em conta a temperatura. O AstorCozinhaBoêmia (fone 3815-1364) aposta em ostras frescas, sanduíches frios e canapés. Asprimeiras podem vir na forma de porções, ao custo de R$29 a dúzia ouR$ 15, meia dúzia,servidascommolhos especiais e pães.Também são servidas no Grande Prato de Ostras e Mexilhões, ao custo de R$32, aporçãocom 18unidades, ouR$ 17,meia porção.Os canapés têm sabores variados, como rosbife artesanal, salmão defumadoou pernilcomabacaxi ecustam R$19.Entreos sanduíches,asugestão éoDeli Pastrami, que custa R$ 15. Que tal crepes?É a sugestão deOFrancês (fone55611712), restaurante recém inaugurado e querealiza um rodí-
O chefe Andoni Luis Aduriz, que vem ao Brasil, e a fachada do Mugaritz, onde ele comanda a cozinha
ziodo saborosopratofrancês. Preparados na hora, os crepes têm 11 opções de recheios docese mais11salgados, comoo de estrogonofe de nozes. O preço único é de R$ 23 por pessoa e pode-se comer à vontade. A Casa Europa (fone 30816688) optou por pratos na brasa para o verão. Entre eles, o bacalhau (R$38),assardinhas portuguesas (R$ 20) e a espetada de frutos do mar (R$ 29).
Papillotes e risotos No belo jardim do Museu da Casa Brasileira, o restaurante Quinta do Museu(fone30310005) abre espaço para os papillotes, técnica de cozimento que embrulhaos alimentosempapel alumínio e os leva ao forno. Dessaforma diminui-seaperda deumidade, concentram-se osaromas dosingredientes e cozinha-se sem gordura. O cardápio inclui filé de abadejo com legumes (R$ 21), salmão,alho poró,damascossecose amêndoas (R$24,70), peitode pato com laranjinhas (R$ 26,50), entre outros. Há ainda uma opção de acompanhamento.
O Dell’Arte Restaurante (fone 5054-0046), cujaespecialidade é a cozinha típica do Norte
daItália, incluisalada defolhas verdes com figo ao molho de iogurte, polpetine de abobrinha, linguado com risotode açafrão e sobremesa de manga, ao custo deR$36, comoopçãoderefeiçãoleve. Odrinque Veraneio (laranja, framboesa, vodca e champanhe), ao custo de R$ 8,50,foi especialmente criado para a temporada. O Vila Conte 24 horas(fone5054-0166) tambéminclui saborososrisotosemseu menu,comooFragola, que levamorangos, caldo de legumes, vinagre balsâmico e parmesão (R$ 21,50).
Combinações
Normalmente,jáuma comida leve, a culinária japonesa conta com dois novos pratos no Kayomix (fone30822769): o Combinado de Frutos do Mar ao Vinagretee o Hot Roll deFrutas.Oprimeiroé composto por oito hossomakis de frutos do mar (camarão, lula, polvoe mexilhão,ao molhovinagrete) ao custo de R$ 15 o prato individual. O outro, levafrutascomo morango, kiwi emanga enroladasem algas e arroz e empanados, custa R$ 13 o prato individual. Saladas, pratos leves e pizzas
Apreciadoresda altagastronomia terão, em fevereiro próximo, uma rara oportunidade: a de saborearpratos preparadospelos chefes Alex Atala, brasileiro, do restaurante D.O.M, e Andoni Luis Aduriz, espanhol, do restaurante Mugaritz.Consideradoum dos dez melhores chefes da Europa eumdos trêsmelhoresdaEspanha,Aduriz conquistousua primeira estrela do prestigiado Guia Michelin em 2002.
marcam presençano cardápio daCristal Pizza, Bar& Grill (fone 3031-0828), como a salada Mardel Plata,que levacarpaccioe folhasverdes (R$18) ouaRúcula, comnódemussarela de búfala, rúcula e tomate seco (R$ 11). Entre as pizzas, estão a de carpaccio com rúcula (R$ 20,80) ea de abobrinha (R$ 23), ambas em porcelana individual. Entre as sobremesas, destacam-se os sorvetes de variados sabores (R$ 5,50).
Drinques
Com decoração temática, inspirada nos automóveis da marca Mercedes-Benz, o Mer-
cedes Café(fone 5051-2339) estácheio denovidades parao verão. Drinques refrescantes para começar,como oMariache(tequila, frutas picadase granadine aR$ 10),o Ventoinha (uísque, nergético, gatorade detangerina e lancede groselhaa R$ 13) e conversível (curaçaoblue, vodca,licorde pêssego, champanhe esuco de abacaxi a R$ 10).Entre os pratoshá saladas,carnesefrutos do mar.
Beber com moderaçãoe optar por drinques com poucas calorias, éo idealpara todos.Por isso, oSpinnaker Steak House (fone3086-4491) oferece200 opções de bebidas,com ou sem álcool, destacandoos drinques lights. Eles atendem às duas exigências, denãoembriagar e manteraforma. OPolynesian (sucos de maracujáe abacaxi, curaçao blue sem álcool e sprite diet a R$ 5,90), contém apenas 85caloriasem cada400 ml; o YellowFresh(suco delaranjae abacaxi, sweet&souresprite diet a R$ 5,90) tem 95 calorias. Beth Andalaft
Pela primeira vez, Atala abre a cozinha do D.O.M. para um chefe convidado. Serão realizados três jantares, nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, para 60 pessoas por noite. Os dois chefes vão preparar um menu degustação composto de novepratos harmonizados comvinhosespecialmente selecionados. O custoporpessoa serádeR$ 400. Aduriz também fará uma palestra, no Atelier Gourmand, no dia 10 de fevereiro, das 10 às 12h, para40pessoas, naqual explicará e demonstraráa ela-
boração do menu degustação. Menu
Ojantar no D.O.M. será compostodos pratos:ovocaipira com cozimento abaixa temperatura, banhado em caldoconcentradode galinha e três trufas; verduras assadas e cruas, brotos e folhas silvestres e cultivadas, temperados com manteigadeavelã,com sementes epétalas de flores comestíveise queijoEmenthal; escalope defroie grasdefumado na grelha, com cerejas temperadas emessência de casca delimae consomédebonito
curado; caldo concentrado de bacalhau confitado, ameixas e tomates confitadoscom pesto picante, salsinha e brotos amargos. Há ainda mais:atum do mediterrâneo,coberto deamêndoase macadâmiastenras efatiadas, com curry fresco de ervas aromáticaseraminhosde flor dePimpinela(flor daregião); cortebovino com lágrimasde verdurasassadasemix depimentas do mundo; seleção de queijosda regiãodeEuskalherria, como de ovelha, cabra, vaca e búfalo, das abadias, monastérios, granjas etc;rabanada basca, embebida em nata e gema de
ovo, caramelizadaeacompanhadade sorvetedeleitecru; cubinhosde café crocanteembebidos em calda gelada de chocolate e creme suave de chicória e nata de leite fresco.
Especialmente para o preparodessa degustaçãoestãosendo cultivadas no Brasil 40 tipos de ervas e o chefe está trazendo 250 quilos deingredientes que serão utilizados nos pratos. Mais informações e reservas podem ser feitas pelos fones 3088-0761e 3891-1311.Detalhes sobre os restaurantes estão nos sites www.domrestaurante.com.br e www.mugaritz.com. (BA)
Cidade é cenário de histórias que vão do encontro no trânsito da Paulista até amores proibidos entre raças diversas
Por Tsuli Narimatsu
SãoPaulo,cidade de muitas faces. Por trás dos arranha-céus que comprimema visão dohorizonte, da competição voraz quese imprimeao cotidiano, da pressa que ultrapassa orelógioe daboemiaqueenvolve as noites, os grandes amores pedem passagem. Dona de um coraçãocapaz de abrigar italianos, japoneses, alemães, portugueses,poloneses, entre diversospovos, com todaa sortedeculturas ereligiões de seus 35 milhões de habitantes, São Paulo, dotada de umaversatilidade ímpar,écapazdevencernãoapenas as barreiraseconômicas como também uniropostos epropiciar encontros inesquecíveis.
A mais paulista de todas as paulistanas histórias de amor se desenrolou entre um dos principais problemas queos moradores enfrentam no cotidiano: otrânsito.Empleno cartão postaldacidade,aAv. Paulista.Leopoldo Jorgede Gouveia,na época com 37 anos, engenheiro,dirigia com sua mãe ao lado. O fim de tarde cinzento, característico daci-
dade, reforçava o clima sombrio da volta damissa de sétimo dia do tio. No carro ao lado, uma morenatrouxe devolta a atenção perdida pelo pesar. Os olhares secruzaram. A pressa deulugar àmarcha lenta. E o trânsito ganhou um aliado. Era preciso mais tempo paraobservar. Ansiosa, Lucília, decoradorade 31anos,esqueceu da festa marcada. "Será que ele não vai pegar meu telefone? Jápassamos oprédio daGazeta, o Masp, a Paulista está acabando!".
Os dois sabiamqueseria preciso fazer algo.Foi quando a mãe de Leopoldo deu o empurrãoque faltava:"Vocênão vai falarlogocom essamoça? Precisaandartão devagar?", reclamou. Enfim, ele tomou coragem. Parou no meio da rua,entre buzinaseprotestos. Ela, já preparadacom um cartão nas mãos, só esperou. Nodia seguinte,oprimeiro telefonema. "Marquei deir ao cine Gazetinha.Qual éo cafajeste queaceita ira umcinema desses?", lembraLucília. Três meses depois eles foram morar juntos.Emumanoemeio se
Engajados: Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, representantes da euforia modernista que marcou São Paulo
casaram oficialmente. Hoje têmdoisfilhos, Caroline de 5 anos e Breno, com 8 meses. Lucília confessa: já havia sucumbido a outras paqueras no trânsito. Mas com Leopoldo houveidentificação, apesar das diferenças.Ele, superligado à mãe, filho de portugueses. Ela, independente desde os 16 anos,passaporte recheado, descendentede italianos,índiose árabes. Aospoucos,os doisconstruíramum relacionamentorico, em constante adaptação, comoa carada cidade."SP é muito grande,diversa. Propicia relacionamentos", afirma ela. Inesperado - Paqueraspodemsim frutificar empleno caosurbano. PriscilaAlves Campos,20anos, encontrou seu par, JoséAntonio Gonçalves,vendedordepesca, a 60km/h naRodovia Raposo Tavares.Fernanda Catarinot, administradora, 33anos, começou a namorar Nísio Bittar, engenheiro, numa balada. "Entrei no bar e bati o olho nele. Foi instantâneo". Como disse ViniciusdeMoraes,emo Samba da Benção, "a vida é a artedo encontro,embora haja tanto desencontro pela vida".
A pacataDiadema dadécada de60 ficou pequena demais para eles. Era preciso umaSão Paulo inteiraa servirde cenário de dias enoites clandestinas e deliciosas como foram aquelas. A história de Yolandae Kojy Shimizu foiuma história de amor proibido. Um folhetim que incluiu 13 anos denamoro e outros três de casamento sem que os pais de Kojy, japoneses, soubessem que tinham uma nora loira e falante como Yolanda. A família queria que o filho se casasse com uma boa representante da colônia. "Nunca tinha olhado uma brasileira do jeito que olhei para a Yolanda. Ela tem os olhosgrandes, falasempre olhandonos olhos", lembra Kojy. Yolanda foi surpreendida pelo charme contido daquele moço de olhos apertados, na época estudantedeDireitono LargodeSãoFrancisco."O Kojyfalavapouco, masfalava bem.Eraculto, educado.Sem falar que tinhauma vozótimaecantavaboleros para mim quando estávamos sós" conta. Ônibus - Os dois se conheceram nos corredores da Câmara de Diadema, local de trabalho de Kojy e da mãe de Yolanda. As primeiras conversas aconteceram no ônibus que os dois pegavam para vir a São Paulo estudar diariamente. Decididos alevarem adianteo namoro, Kojy tratou de pedir logo permissão à família da moça. A sua família, no entantopermaneceriasem saber.Decretadaa clandestinidade daquele amor entre a colôniajaponesadeDiadema, ocasalcomeçou a procurar locais charmosos para seencontrar noCentroVelho dacapital paulista. Então foram ótimos momentos nos restaurantes perto do Largo de São Francisco ou nos cinemas da região.
e
e
Simpáticos: poucos casais são vistos com tanta simpatia e respeito por parte do público paulistano e brasileiro quanto os atores Nicette Bruno e Paulo Goulart
Fuga- Depois de10 anos de namoro escondido e da informação de que seus sogros estariam planejando o casamento de Kojy com uma moça de origem nipônica, Yolandadecidiu abandonartudo e foi trabalhar em Peruíbe,no litoral paulista."Passei trêsmeses deprimidalonge do Kojy. Até o dia em que ele apareceu na escola emque eutrabalhava edisse que não podia viver sem mim", explica. Apróxima etapadessa novelapaulista incluiuocasamento deKojyeYolanda, também escondido."Moramos unstrês anos sem que os pais dele soubessem. Kojy passava a semana com os pais e os finais de semana comigo", diz ela. E tudo seguiu assim atéo nascimento deLygia,aprimeirafilhadocasal. "Eleentrounacasa dos pais, fez as malas ecomunicou que estava saindo de casapara morar com a mulher e a filha", explica Yolanda. O desfecho? Uma visita dos pais de Kojy num domingo pela manhã. "Ela foi nobre ao receber os meus pais com um 'bem-vindos'",dizKojy. Osaldodetantas reviravoltasé de 44 anosjuntos, três filhos, um neto e lembranças de um amor vivido em São Paulo para toda a vida. Isabela Barros
PLAYARTE MARABÁ Av. Ipiranga,757 –tel. 223-7001 – R$6 e R$(exceto feriados)–Olhos Famintos2 (censura 14 anos) – 11 h 13 h, 15 h, 17 h, 19 h, 21 h
PAULISTA E JARDINS
BELAS ARTES Ruada Consolação,2.423–tel. 32584092. R$ 10 e R$ 6 (4ª - exceto feriados) –Sala Aleijadinho –21 Gramas (censura 16 anos)– 14h,16h20, 18h40,21h; Sala CarmenMiranda –O Gato(dublado, censuralivre)–14 h,15h40;17h20;Longedo Paraíso– 19h,21h10; Sala Oscar Niemeyer – OSenhor dos Anéis –O RetornodoRei(censura 12anos)–13h20, 17 h,20h20; SalaMário de Andrade –Looney Tunes– De Volta àAção (dublado, censura livre) – 14h; Sobre Meninos e Lobos (16 anos) – 15h40, 18h, 20h40.
CINEARTE Av. Paulista, 2075 – tel. 3285-3996 – R$ 10 (2ª, 3ª e 5ª), R$ 12 (6ª a dom. e feriados ) e R$ 9(4ª excetoferiado) – sala 1 –O Declínio do Império Americano (censura 14 anos) – 14 h, 16 h, 18 h, 20 h, 22 h; sala 2 –Lugar Nenhumna África (censura 12 anos) –15h20, 18h20, 21h20. CINECLUBE DIRECTV Rua Augusta, 2.530 – tel 3085-7684 – R$ 9 (2ª, 3ª e 5ª), R$ 12 (6ª a dom. e feriados) –sala 1 – Swimming Pool – À Beira da Piscina(censura12anos) –15h, 17h,19h, 21h; sala 2 –21Gramas(censura 16 anos) – 14h50, 17h, 19h15, 21h30; sala 3 – Sobre Meninos e Lobos (censura 16 anos) – 15h30, 19h40, 21h20.
Santoro em Simplesmente Amor
CINESESC RuaAugusta, 2075–tel3082-0213 –R$
10 e R$ 5 (6ª, sábado, domingo e feriado),
R$ 8 e R$ 4 (2ª, 3ª e 5ª), R$ 6 e R$ 3 (4ªas) –Música e Fantasia (censura livre) – 15h30, 17h30, 19h30 e 21h30
ESPAÇO UNIBANCO DE CINEMA Rua Augusta. 1.470, Cerqueira César; tel. 3288-6780.Anexo:Rua Augusta,1.475; tel. 3287-6780, R$ 11 (2ª, 3ª e 5ª), R$ 13 (6ª a dom. eferiados) e R$ 10 (4ª) – sala 1 –Swimming Pool – À Beira da Piscina (censura 12 anos) – 13h50, 15h50, 17h50, 19h50,21h50, sábado tambémà meianoite; sala 2 – As Invasões Bárbaras (censura 18 anos) – 14 h, 16 h, 18 h, 20 h, 22 h, sábado também à meia-noite; sala 3 –Adeus, Lênin(censura 12 anos)– 14h40, 16h50, 19h10,21h30; sábado,meia-noite – pré-estréia de Terra dos Sonhos; sala 4 – Satyricon de Fellini (censura 16 anos) – 14h40, 16h50, 19h10, 21h30; sala 5 –Um Passaporte Húngaro (censura livre) –14h30; Bianca(censura 16 anos) –16 h, 18 h, 20 h, 22 h.
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Av. RegenteFeijó, 1.739, Tatuapé;tel. 6643-4225. R$9 a R$13 – sala 1 –– Os Ruggratseos Thornberrysvãoaprontar (dublado, censura livre) – 12h15 – pré-estréia somenteno dia 11;Sexo, Amor e Traição (censura 14 anos)– 14h10, 16h10, 18h10, 20h10, 22h10;12h10 (apenas sábado); 00h10 (6ª esábado); sala 2 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12 anos) – 14h10, 18h05, 22 h; sala 3 – O Senhor dos Anéis – O RetornodoRei(censura 12anos)–16h30, 20h25; Xuxa Abracadabra (censura livre) – 14h30; 12h30 (sábado e domingo); sala 4 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12 anos) – 18h50, 22h45 (6ª
SALA UOL DE CINEMA Rua Fradique Coutinho, 361 – tel. 50960585 – R$ 9 (2ª, 3ª e 5ª), R$ 12 (6ª a dom. e feriados)e R$ 9(4ªexcetoferiado)–Adeus,Lênin (censura12anos) –15h, 17h10, 19h20, 21h40. KINOPLEX ITAIM Rua Joaquim Floriano, 466, esquina com rua BandeiraPaulista, Itaim; tel.30789960. R$ 11 a 13 (2ª, 3ª e 5ª). R$ 11 (4ª). R$ 13 a R$ 15 (6ª a dom.) – sala 3 – Todo Mundo em Pânico 3(censura 14 anos) –14 h,16h10, 18h20, 20h30;sábado: última sessão 22h40; sala 4 – Peter Pan (censura livre) – 13h50, 16h20, 18 h50 (dublado), Simplesmente Amor (censura 14 anos) – 21h20, 23h40; sala 5 – Sexo, Amore Traição(censura14anos)–15h30, 17h30, 19h30, 21h30; sábado: última sessão 23h30; sala 6 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (12 anos) – 2ª a 5ª f sábado e domingo: 12h30, 16h10, 20 h, sexta: 13 h, 16h40, 21h30. LUMIERE RuaJoaquimFloriano,339–tel. 30714418 – R$ 12 (6ª a dom e feriado)m R$ 10 (2ª, 3ª e 5ª) e R$ 9 (4ª exceto feriado) – sala 1 – SwimmingPool – À Beirada Piscina (censura 12 anos)– 15 h, 17h,19h, 21h; sala 2 – As Invasões Bárbaras (censura 16 anos)–15h10, 19h30; Adeus,Lênin–17h20, 21h40.
esábado);O Gato(dublado,censura livre) – 14h55,16h50; 13 h (sábadoe domingo); sala 5 – Irmão Urso (dublado,censura livre) – 14h,15h55, 17h50; 12h05 (sábadoe domingo);Simplesmente Amor(censura 14 anos)– 19h45, 22h25; sala 6 –Peter Pan (dublado, censura livre) – 14h35, 17h05, 19h35, 22h05; 12h05 (sábado e domingo); sala 7 – Todo Mundo em Pânico 3(censura 14 anos) –16h15, 16h10, 18h05, 20h00, 21h55; 12h10(sábado edomingo),23h50 (6ªe sábado) – sala 8 – Looney Tunes: de volta à Ação (dublado,censura livre) – 15h40, 17h50; Todo Mundo em Pânico 3 (censura 14 anos) – 20 h, 21h55; 23h50 (6ª e sábado); sala 9 – 21 Gramas (censura 16 anos) – 16h20, 18h55, 21h30; 00h05 (6ª e sábado); Acquaria(censuralivre)–14h10, 12 h (sábado e domingo; BUTANTÃ Av. Francisco Morato, 2718 –tel. 37218882. R$ 3 a R$ 8 – sala 1 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12 anos) –12 h, 16h, 20h; sala2 – Xuxa Abracadabra (censuralivre) – 12 h,14 h, 16h; Sexo, Amor eTraição(censura14 anos) – 18 h, 20 h, 22 h; sala 3 – Irmão Urso (censura livre) – 13h20, 15h20 (dublado); Olhos Famintos 2 (censura 14 anos) –17h20, 19h30, 21h40. CINE MORUMBI
Av. Roque PetroniJr.1.089; tel.51894655. R$ 12 (2ª, 3ª e 5ª), R$ 13 (6ª e domingo) e R$ 10 (4ª exceto feriados) – sala 1 –O Gato (dublado, censura livre) – 14h30, 15h30; 21 Gramas (censura 16 anos) –17h, 19h20, 21h40; sala 2 – Peter Pan (censura livre) –13h20,15h30,17h40, 19h50 (dublado); 22h (legendada); sala 3 – Irmão Urso (dublado, censura livre) –13h, 15h, 17 h; Sexo, Amor e Traição (censura 14 anos) – 18h50, 20h20, 22h; sala 4 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12 anos) – 13 h, 16h40, 20h20 FREI CANECA R.FreiCaneca,569, 3ºpiso;tel.:34722365. R$ 12 (2ª, 3ª e 5ª), R$ 14 (6ª a dom.) e R$ 11 (4ª - exceto feriados) – sala 1 – 21 Gramas(censura 16anos)–13h50, 16h20, 19h, 21h30, sábadotambém à meia-noite; sala 2 – O Senhor dos Anéis –O Retorno doRei (censura 12 anos)– 13 h, 16h40, 20h20; sábado, meia-noite, pré-estréia de Dogville; sala 3 – Swimming Pool– ÀBeira daPiscina (censura 12 anos) – 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50; sábado também à meia-noite; sala 4 – Peter Pan (censuralivre)– 13h, 15h10,17h20, 19h30 (dublado); 21h40 (legendada);sábadoà meia-noite préestréia de Beije Quem Você Quiser; sala 5 –Xuxa Abracadabra(censuralivre) –13 h, 14h40; Satyricon de Fellini (censura 16 anos)– 16h20, 18h40,21h20;sábadoà meia-noite pré-estréia deEm Nomede Deus, no dia 12/1 nãohaverá a última sessão de Satyricon; sala 6 – Irmão Urso (dublado, censura livre)– 12h30, 14h30; Sobre Meninos e Lobos (censura 16 anos) – 16h30, 19h, 21h30;sábado à meia-noite pré-estréia de Lance de Sorte; sala 7 – O Gato (dublado,censura livre) – 13h, 14h30; Lugar Nenhum na África(censura 12anos) – 16 h, 18h40, 21h20; sábado à meia-noite pré-estréia Chuva de Verão; sala 8 – Sexo, Amor e Traição (censura 14 anos) – 14h, 16h, 20
h, 22h; Diabo a Quatro (censura livre) – 18 h;sábado àmeia-noitepré-estréia deO Outro Lado da Cama; sala 9 – Adeus, Lênin (censura 12 anos) – 14h10,16h40, 19h10,21h40;sábado àmeia-noitepréestréia de Ken Park. IGUATEMI Av. Brig. Faria Lima, 2.232 – tel. 3032-1409 –R$ 14 – sala 1 – 21 Gramas (censura 16 anos) – 13 h, 15h45, 18h30, 21h15; sala 2 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12 anos) – 12 h, 16 h, 20 h. JARDIM SUL Av.Giovanni Gronchi,5.819 –Morumbi; tel. 3744-8422 R$ 9 a R$ 14 e R$ 4,50 (4ªexceto feriados) – sala 1 – Acquaria (censuralivre) –14h25, 12h10(sábado edomingo); – Todo Mundo em Pânico 3 (censura 14 anos) – 16h20, 18h15, 20h10, 22h05; 6ªe sábadotambém àmeia-noite; sala 2 – Looney Tunes– De Voltaà Ação (dublado, censura livre) – 14h10, 16h20, 12 h (sábado e domingo); Sobre Meninos eLobos(censura 16anos)–18h30, 21h20; 00h10 (6ª e sábado); sala 3 – O Gato(dublado, censura livre) –14 h, 15h55, 17h50; 12h05 (sábado e domingo); Sexo,Amore Traição (censura 14 anos) –19h45, 21h45,23h45 (sextae sábado); sala 4 – 21 Gramas (censura 16 anos) –15h50, 18h25,21h; 13h15(sábado e domingo), 23h35 (6ª e sábado) – sala 5 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12anos) –14 h, 17h50, 21h40;Mamãe, Virei umPeixe (censura livre) 12 h (sábado e domingo); sala 6 –O Senhordos Anéis –ORetornodo Rei (censura 12 anos) – 16h05, 19h55, 12h15 (sábado e domingo); sala 7 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12
bado e domingo); sala 10 – Os Ruggrats e os Thornberrys vão aprontar (dublado, censura livre) – 12h30 – pré-estréia somentenodia11;Sexo,Amor eTraição (censura 14 anos) – 14h30, 16h30, 18h30, 20h30,22h30, 12h30(somentesábado) e 00h30 (6ª e sábado); sala 11 – Peter Pan (dublado, censura livre) – 14h25, 16h50, 19h15,21h40; 12 h(sábadoe domingo). MARKET PLACE PLAYARTE R.Dr. ChucriZaidan,902– Brooklin;tel. 5543-9896. R$ 10 a R$ 12 (2ª, 3ª e 5ª f), R$ 10 (4ª) e R$ 12 e R$
anos) – 18h10, 22 h; Xuxa Abracadabra (censura livre) – 14h10,16 h, 12h10 (somente domingo); sala 8 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (censura 12 anos) –19 h, 22h50(6ª esábado); Irmão Urso (dublado, censura livre) – 15h, 17 h; 13h (sábadoe domingo); sala 9 – Todo MundoemPânico3 (censura14anos)–15h25, 17h20,19h15, 21h10;13h30 (sá-
As eleições americanas desteano vãoserdecididas nos próximos diasnocoração do Partido Democrata, mas os sinais clássicos da vitória ou da rejeição de George W. Bush só serão visíveis na metade do ano. O indicadopelos democratasnão pode seralguémquedeixeem dúvidaoeleitorado sobreopapel que os Estados Unidos exercem ou devem exercer no mundo. Que papel é esse é algo que ainda está sendo decidido no espírito dos americanos, de modo quenos próximosdiaspossam eles ter uma visão precisa daquilo que o novo terrorismo representa deperigo concretopara o mundo. Em outras palavras, muita coisa do futuro do planeta estánas mãos dos pequenos grupos desesperados e fanáticos que comandamhomens-bomba no Oriente Médio e em áreas adjacentes. Do que se pode ver e sondar nosEstadosUnidos,os democratas estãovacilantesanteseu apoio a Howard Dean, já vencedor certoaomenos emIowae NewHampshire,oua outros candidatos menos ´esquerdistas´ do partido, como o General Wesley Clark eRichardGephardt, ainda lutando por apoio em estadosvitaiscomoSouth Carolina e Michigan. Por que chamar Dean de ´esquerdista´?
Porqueele simplesmente quer os soldados americanos devoltapara casa imediatamente, oque equivale auma derrota americana no Iraque, semelhante aoque ocorreuno Vietnã há algumas décadas. Por quedesconfiar do´ trabalhismo´de Gephardt,apenas porqueele seapóia nossindicatos e no operariado dos Estados Unidos?
Entre estudiosos da política externa americana em Washington e especialistas do Instituto de Estudos Estratégicos de Londres, há uma especialização fascinante no momento: a dos que pretendem prever quais serão os próximos países a seguir o caminho da Líbia de Coronel Omar Kadafi, abrindo as portas para os fiscais da agência nuclear das Nações Unidas. Esse parece o primeiro passo firme dado para a internacionalização do poder nuclear em mãos da ONU, sonho de juristas e filósofos modernos que desejam evitar a chantagem atômica. Quando o
Presidente Reagan ordenou o bombardeio da Líbia em 1986, punindo-a por abrigar atividades terroristas, estava longe de pensar que dezoito anos depois o Coronel Kadhafi iria solicitar seu próprio desarmamento nuclear, para viver em paz com o Ocidente. Especialistas acham que o Irã pode afrouxar seu radicalismo a respeito de inspeções em território pátrio. Agora já se fala também que a Coréia do Norte aceitaria alguma coisa semelhante, mas conservando suas ogivas nucleares e se comprometendo a não usá-las.
Nova York terminou o ano com uma triste notícia: o número de homicídios na cidade voltou a subir, depois de alguns anos de declínio. As estatísticas oficiais foram fornecidas pela polícia novaiorquina, que constrangida admitiu que tristes números antigos estão quase de volta. Ainda sob a prefeitura de Michael Bloomberg a coisa havia melhorado com o rigor do comissário de polícia Ray mond. W. Kelly, que ocupava seu posto desde 1992. O réveillon deste ano foi tranqüilo mas nas semanas vizinhas houve muitos homicídios na cidade, além de agressões e assaltos a mão armada. O pior acontece sempre no Queens e no Bronx, é claro, mas em Manhanttan as ruas que margeiam os rios são hoje novamente perigosas. E imaginar que o Prefeito Bloomberg estava orgulhoso da sua cidade ostentar menos de 600 crimes de morte em 2002. Los Angeles e Chicago estão felizes de sua classificação ter melhorado, afinal.
Opresidenteda campanha do General Clark, Eli Segal, quetrabalhoupara eleger Clinton em 1992, acha que seu candidato vai crescer semparar até a convenção democrata, quandotiver explicadoaos eleitores seusplanos de destinardoisbilhões dedólaresaos serviçosde saúdee àproteção totaldos ex-combatentes,que têm um representante em cada família norte-americana. Clarkagrada aos veteranos porque é um deles e porque se parece com o paida metade dos americanos, umsujeito bondoso e bonachão que troca os chinelos e a televisão quando é preciso defender seu país. Para outro antigo conselheiro doPresidenteClinton, Simon Rosenberg, as ´prévias´ americanas estãosendo prejudicadas por certo infantilismo das campanhase dasopiniões políticas,contagiadas peloradicalismo republicanoquevê em cada dissidente de Bush um aliado de Osama Bin Laden. Segundo ele, os candidatos democratas devemesqueceras comparações entre presidentes,tãodo gostodoscomentaristas políticos da televisão americana, para pensar maduramente no papel quecabe agoraaos Estados Unidosno mundo, na luta contra o dragãoda maldadedoterrorismo puro e simples, e nessa guerra tribal em queestamos nos envolvendo. A
Calcula-se que 25 milhões de estrangeiros que entram no Brasil vão ter suas impressões digitais escaneadas e suas fotos tiradas nas próximas horas. A ´guerra das digitais´ entre os dois países é mais um capítulo da História das Mentalidades em nosso tempo, um período engraçado da política internacional. Um professor da Universidade de Princeton que não quis revelar seu nome por enquanto, está recolhendo os dados possíveis dessa guerrinha para fazer um estudo a respeito. Acha mesmo que até a metade do ano vai completar seu trabalho e que ele vai interessar muito ao Brasil.
Os americanos estão querendotrazer paraNova Yorka exposição montada em Paris sobre Confúcio, suassabedoriae influêncianomundode hoje. O Museu Guimet é mundialmente famoso por suas coleções de arte oriental, mas essa exposição fascinou os ´espiões´ deartee museologiaporque fala de comportamento, e ninguém pareceentender melhor o homem de hoje do que Kung-fu-tsu, que viveu há dois mil anos, sob a dinastia chinesa Ming. Asgravuras quemostram a figura do sábio revelam um homemgordo esuave que não fugia aos prazeres da vida e considerava obomsenso um deverdohomem inteligente. Confúcio nasceu em551 a.C. na província de Xandong, e foi por toda a vida alguém que se dedicou a ensinar a outros homensa artedifícildafelicidade. Em Analectos seu livro fundamental, ele diz: ´Aos 15 anos eumeinclinei aaprender.Aos 30a parecia firme nessa deci-
são. Aos 40 não tinha dúvidas. Aos 50 eu conheci os decretos do céu. Aos 60 meu ouvido era u obediente órgão de recepção da verdade. Aos 70 eu podia seguir o que meu coração desejava, sem transgredir o que era certo.´Umdoslegados mais famosos de Confúcio é o conceito de ´iluminação do fun-
cionário público´, que depois foi a lei fundamental dos mandarins. Segundoela, oserviço público é um honra do servidor e um modo de manter reto o coração humano. Não apenas osamericanos, mas o mundo inteiro está interessadonessa exposiçãodovenerável Confúcio.
Conhecido por sua capital Maceió e pelas animadas noites de forró, este Estado nordestino surpreende o viajante em busca de calmaria. Rumo ao litoral norte, descobrem-se praias quase desertas e pousadas encantadoras.
Na direção sul, pacatas cidades –uma delas cenário do filme 'Deus é brasileiro'.
Págs. 2 e 3
Seja diante de aquários gigantes, seja nas profundezas, literalmente. Hotéis e restaurantes convidam a comer e até dormir no mundo dos peixes e tubarões. Pág. 4
São 230 km de costa alagoana: as praias e vilas do município de Japaratinga (foto maior e acima) estão entre os refúgios de silêncio. Lá fica a colorida Pousada do Alto (à esq.). Piaçabuçu, povoado cinematográfico (ao lado e abaixo) também respira sossego. É o ponto de partida para uma volta pelo Rio São Francisco até a Praia do Pixaim. Seus únicos habitantes, a família Santos (abaixo), dão as boas-vindas
Charme não falta nas hospedarias à beira-mar. Os confortáveis chalés da Doze Cabanas (acima) decoram a reservada praia de Barreiras do Boqueirão (foto maior). Na varanda da Estalagem Caiuia (ao lado, acima), cadeiras de balanço convidam a uma siesta. Já na Pousada do Toque (ao lado e abaixo) longo descanso na rede é a melhor pedida
A costa norte de Alagoas esconde verdadeiros refúgios de sossego feitos de pousadas aconchegantes, cozinha caseira e piscinas naturais
Por Isaura Daniel
Acadeira de balanço da pequena pousada rangede leve, enquanto a brisa noturna brincade ir e vir pela varanda. A menos de dez metros dalio marrepousa, escondido pela escuridão. Um pássaro desavisado quebra osilêncio, a areiabranca convidaa umpasseio a pés descalços. Esse curto trecho de praia, em frente à Pousada EstalagemCaiuia, em Porto das Pedras,Japaratinga, é apenasum entreasdezenasde refúgios dosilêncio do Estado
de Alagoas,mais conhecidopelas águas cristalinas e as noites de forró animado. Apesardo burburinhoda capital alagoana, percorrendo os 230 quilômetros de costa litorâneaé possível descobrir uma imensidão de paraísos escondidos. O litoral norte parece guardar umapraiadeserta paracadaturista. ABarreiras do Boqueirão, tambémem Japaratinga, e a do Marceneiro, emSãoMiguel dosMilagres, são boas indicações para quem pretende encontrarsossego
em Alagoas durante a alta temporada. E amaioria desses locais é cercada por pousadinhas aconchegantes e caseiras. É o caso da Pousada do Alto, naPraia de Japaratinga,cuja sacada tem uma das vistas mais deslumbrantes do mar alagoano. A hospedagem é quase a casa da mamãe ou da vovó, com direito a cachorro, gato, pavõeseuma equipedecozinha capaz de satisfazerqualquer gula.E comonamaioriados empreendimentos de pequeno porte, quem cuida do conforto dos visitantes é o dono.
Acasa amarelafica no pico
Ela pode não ser uma calmaria só. Durante o diahá forró em meio à areia, garçons oferecendo peixe frito,guarda-sóis protegendo turistasvindos de todos os lados. Mas mesmo quem quersossego nas férias, precisa dedicar um dia ao agito da Praia do Gunga. Ponto de parada obrigatóriopara quem visita Alagoas, já foi considerada uma das dez praias mais belas do Brasil. A paisagem é, de fato, para-
disíaca. Água cristalina, vegetaçãoverdinha, areiabrilhante. E para completar, gente bonita esticada ao sol, bebericando umacaipirinhaembaixo daspalmeiras, tomando banho de mar. Na alta estação há grupos de turistas no local, mas se afastando um pouco do centrodapraia, ondeficamos bares,há pontos para um banho mais reservado. A praiado Gunga fica no município deRoteiro, nolito-
ralsulalagoano,numa área privada. O acesso é feito por mar desde a cidade de Barra de São Miguel. No local, há várias embarcações quefazem otrajetopormenosde R$20.A praiatambém podeserobservadadoMirantedo Gunga, que fica na rodovia AL-101 Sul.Delá sevêem com exatidãoos desenhosformadospelo verde, o azul e o branco: as palmeiras, o oceano e a areia. Vale a pena conhecer.
de um morro de 120 metros de altura,o qualé preciso descer para chegaraté omar. Láembaixo, o presente é uma costa com abundante barreira de corais e piscinas naturais.
Sérgio Fecuri
Férias mansas – Não há trio elétrico nem trânsito, shopping center ou multidão ao redor desses trechos selvagens de praia.Éoque encantaoseremitas depassagem. Ospeixes servidos nas pousadinhas normalmente sãofornecidos ainda frescos pela população dos lugarejospróximos. Não faltam sabores e sossego. O maior agito fica por conta de passeios a cavalo, de bicicleta, moto e barco. E nem é preciso enfrentar fila para encarar os programasorganizados pelaspousadas e empreendedores locais. Ainfra-estrutura nãochega
a ficar sobrecarregada, já que ainda não são muitos os adeptos das férias mansas. Durante o dia, o litoral norte é um conviteà exploração das piscinas naturais. A imensidão de água é tantaque elas viram banheiras particulares para os turistas. Pela noite, a dica é perder alguns minutos ou, dependendo do grau de romantismo, horas, observando o mar numa cadeira de balanço ou na areia morna. É o paraíso!
A viagem foi oferecida pelo Sebraee pelo MaceióConvention & Visitors Bureau
Estranho ver a praia vazia. Apesar de viver lotada, não é difícil encontrar calmaria
COMO CHEGAR
A partir de São Paulo, a TAM (tel. 0300/1231000) e a Varig (tel.0300/7891010) têmvôos diretos para Maceió. Ida-evolta apartirdeR$ 1.258.E com a G ol (tel. 0300 /7892121), a partir de R$ 1.000 – não há vôos diretos.
ONDE FICAR
Hospedar-se na capital Maceió éumaboadica para quem querconhecer olitoral alagoano etambém aproveitar os prazeres da vida urbana. Comoo Estado não é muito extenso, épossível fazerpasseios pelas costasnorte e sul sem ter de percorrer grandes distâncias.
Hotel Ponta Verde: Avenida Álvaro Otacílio, 2.933, Ponta Verde, tel. (0--82) 231-4040, site www.hotelpontaverde.com.br. Com vista para o mar, fica numa das áreas mais agitadas. Diária casal a partir de R$ 230.
Matsubara Hotel: Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 1.551, Lagoa daAnta, tel. (0-82) 235-3000, sitewww.mat-
subarahotel.com. Tem vista para omar e ampla áreade lazer, com quadras de tênis, sauna e piscinas. Diária casal a R$ 240. Ritz Lagoa da Anta: Avenida EduardoBrigadeiro Gomes, 546, Lagoada Anta, tel. (0--82) 212-14000, site www.ritzmaceio.com.br.Na beira da praia, faz parte de uma rede nacional. Bela decoração, bistrô com gastronomia francesa e infra-estrutura de lazer completa. Diária para casal a partir de R$ 372.
No litoral norte,a hospedagem fica por conta de aconchegantes pousadas. Estalagem Caiuia: E strada de Japaratinga, km 2, Porto das Pedras, Japaratinga(120 km deMaceió). Tel.(0--82)2971381, www.estalagemcaiuia.com.br. A pousada, uma pequena casa, fica à beira mar e é conhecida pela comida deliciosa. Ovisitante podemontar seu cardápio e até cozinhar, se quiser. Os quartos são divididospor temas– romântico, pescador, oriental, marinheiro, aquário... Diária para casal a R$250,incluindo cafédama-
nhã, uma refeição, sucos e frutas à vontade. Pousada do Alto: Sítio Biquinha s/n, Japaratinga. Tel. (0--82) 297-1210. No alto de um morro, tem umagrandevaranda comumcom vista para o mar. Os quartos ficamemconstrução separada. Diária para casal a R$ 200 (com ar-condicionado) e R$ 180 (com ventilador), com caféda manhã e jantar. Pousada Doze Cabanas: RuadaPraia s/n, Barreirasdo Boqueirão, Japaratinga. Tel. (0-82) 297-1338. Cabanas espalhadas pela areia, com coqueiros e redesao redor.Fica emmeioa umavila de pescadores.Diária para casal a R$80, com café da manhã incluído.
Pousada doToque: Rua Felisberto Ataíde s/n, no povoado do Toque, em SãoMigueldos Milagres (110 km de Maceió). Tels. (0--82) 295-1127 ou 99912168, site www.pousadadotoque.com.br.Rodeada de coqueiros, a pousada é um encanto. Simples, com conforto e boa culinária. Diária para casal de R$ 200 a R$ 250, com meia pensão à la carte.
No litoral sul do Estado, esta praia é desconhecida até entre alagoanos. Um refúgio precioso onde habita uma única família
Quase uma hora emcima deum barco noRio São Franciscoe uma fileira interminável de palmeiras começa a aparecer. Uma ououtrachoupana abandonadaporpescadores surge nas margens, fazendo companhia aorabo debugi, umabundante mangue de água doce. O guia, um menino nativo falante, puxa aembarcação atéumancoradouro improvisado na areia vermelha e avisa: "chegamos". Pé emterrafirme,estamos apenasdentro deumaimensa fazenda de coco. Mas após uns 20minutos decaminhadaem meio à plantaçãoe depois que umtrechode matatomadode mosquitos fica para trás, vem uma paisagem de tirar o fôlego. Umaextensa faixade praiatotalmente deserta. ÉPixaim,nolitoralsul de Alagoas.Neste paraísonãohá sinais de exploração turística. Também não há hotéis ou restaurantesno local.No máxi-
mo, épossível tomarum copo deáguana casadoseuAladim dosSantos,umsenhor de 70 anos que lá vive com a família. OsSantossão osúnicosque moramna praia, áreade preservação ambiental. Em Maceió, capitaldoEstado,não adianta perguntaraos nativos sobre o local. Surpreendentemente, muitos nem sabem da existência de Pixaim. Mas ele existe. Porlá, a areia parece não ter fim. Brinca de ir e viraosabor do vento, formandodunascomoque por capricho, ora nonorte, ora no sul.SeuAladim contadastrês casas que jáperdeu, engolidas pelas dunas.E éjustamente de cima de uma das devoradoras, amaisaltada praia,com11 metros, que se vê bem o mar, ao longe, solitário. Explica-se: apesar de o caminho para chegar ao local ser via RioSãoFrancisco,apraia Pixaim é tomada pelo oceano. A parte banhada pelorio fica do outro lado, na fazenda de coco. Para chegar até a água salgada é preciso enfrentar uma boa caminhada. O banho, porém, é recompensador. Deperto, a águapareceainda mais vasta. Seestiversozinho, tudoserá entre você e o mar. Não espere encontrar outras pessoas no local, além do seu guia. A praia é perfeita para acamparoupara umluaunoturno,
Desde o fim de 2002, as ruas e casas de Piaçabuçu, uma pequena cidadeno sul de Alagoas, mudaram de nome. A residência do seuCapim,por exemplo, virou o local do velório. Olargoem frenteao Rio São Francisco, chamado Banca doPeixe, agoraé opontoem quePaloma Duartevendeu o caminhão. A vida dos moradores de Piaçabuçusetransformoudesde queofilme Deus é Brasileiro foi gravado por lá, há quase dois anos. Os piaçabuçuenses lembram com saudade dos dias de filmagem, em que deixaram de ser pescadores e artesãos para viraremassistentes deprodução e figurantes. Na época, a ci-
dade ganhou em torno de 2 mil novos moradores. Piaçabuçu também é muito visitada por turistas em função deser olocal departida paraa ida à foz do São Francisco, onde a água doce se encontra com o mar. No passeio, são 13 km percorridos debarco. Delá também pode-se visitar outras três belas praias: Pontal do Peba, Pontal da Barra e Pixaim. A PraiadoPeba éconhecidapor manter algumas das dunas mais altas do Estado. Antigas casinhas – I n d ependentemente do seu destino, porém, vale a pena perder umaou duashorasperambulando pela cidadezinha, observando a arquitetura da igreja, a
pracinha nostálgica,as feições nativas, ascasinhas antigas, muitas ainda anterioresa 1960, quando apopulação era formada basicamente por índios caetés e tupis guaranis. Piaçabuçu é nome indígena. Quer dizer "palmeira grande". A infra-estrutura de hospedagemnão énada luxuosa.Existem apenas duas pequenas pousadas. Mas há um bom restaurantenabeira da praia: o Santiago, onde são servidos deliciosos pratos de peixe. Passampela cidadecercade mil visitantes durante os meses de alta temporada em Alagoas. Moradores? 16 mil. Vivem das plantações de coco, do turismo, artesanato e da pesca.
mas Pixaim não é um local para passar dias. Nem é permitido. É para algumas horas. Correr nas dunas, tomar banho no mar, sentar embaixo de uma palmeira parasentir asondas, ouvir as histórias de seu Aladim e tudo está feito. Eleconta quemorou avida inteira na praiae dizque não consegue dormir uma noite em Piaçabuçu, uma das cidades maispróximas dali. Não suportao barulho.E olhaque Piaçabuçu é para lá de silenciosa, com seus 16 mil habitantes. SeuAladim fazparte dahistória de Pixaim. Já foi mordido por tubarão, nuncaviu televisão,toma águade caneca,envia os mortos de barco para enterrar na cidade. Mas não quer sair delá enem dacasinha de barroque construiu.Mesmo sem nunca ter ido a uma cidade commaisde 20milhabitantes ele sabe: "a praia é ali".
Totalmente selvagem: Pixaim é para passar um dia só. E encantarse com as histórias de seu Aladim
SERVIÇO
Pixaim: a praia pertence ao município de Piaçabuçu. Agências locais fazem o passeio via Rio São Francisco (duração de quatro horas). Na Farol da Foz (tels. 0--82/552-
1298 e 9983 7522), saídas entre 8h e 15h. De R$ 25 a R$ 30 por pessoa. E com a Mercator Turismo (tels. 0--82/552-1137 e 9961-3954), saídas entre 8h e 14h30, a R$ 30 por pessoa.
Parece história de pescador, mas em alguns restaurantes e alojamentos espalhados pelo mundo é possível conhecer o fundo do mar e a curiosa vida marinha sem se molhar. E ainda desfrutar de muito luxo
Cenário de grandes conquistas, tema de inúmeras histórias, objeto de grande admiração. Não é de hoje que o mar exerce um enorme fascínio sobre os homens. E não é apenas por sua imensidão e seu infinito vaivém de ondas. O diferentee tãopoucoconhecido mundo que há embaixo da linha dohorizonteé oquerealmente captaaatenção eaimaginação de todos. Para conhecê-lo a fundo, dirão alguns, só mergulhando. Mas será mesmo? Aquie ali,em váriospontos do mundo,atrações submarinas vêm ganhando fama. Nada de esportes, máscaras e roupas especiais. Estamosfalando de experiências embaixo d’água totalmente a seco, nas quais quem parece estar num aquário são as pessoas. Então, que taldescansar numhotel delu-
xo a alguns metros abaixo do nível do mar ou almoçar na companhiade tubarões etartarugas marinhas? Se preferirum jantar romântico num restaurante descolado cuja janela dá para um jardimdecorais, eisofamoso restauranteRed Sea Star,a 6 metros sob a superfície do Mar Vermelho.Uma ponte liga a costadaBaía deEliat, emIsrael, à entrada do complexo em forma de estrela (daí seu nome), que inclui ainda bar, observatório, café e lojinha. A modernadecoração imita ocenáriovistoatravésdas 62 janelas panorâmicas – praticamenteuma paracada mesa–, ondegolfinhos,peixes, estrelas-do-mare milhares deoutras espécies dão o ar da graça. Decoração criativa – Contrastando com o ambiente azul dolado de fora,móveis e lus-
tres emformatosdetentáculos, corais e águas-vivas abusam de tons laranja e vermelho. O piso transparente sobre areia fofa e a música suave completam o ambiente, bem relaxanteparaos cercade100 clientes. No cardápio, nada menos que delícias marinhas. Peixesefrutos domartambém são as especialidades de outro inusitado estabelecimentodas profundezas, oAl Mahara. Um dosseisrestaurantes do magnífico hotel Burj Al Arab – na lista dos mais caros do mundo com sete estrelas nocurrículo –,ficaa 15quilômetros de Dubai (Emirados Árabes), sob as águas do Golfo daArábia eéo destaqueentre 202 suítes, spa e outros luxos. Para chegar lá, uma pequena aventurasubmarinade três minutosa partir dolobbydo hotel.Nosubsolo daimponente torre de 321 metros de altura que imita uma vela, o restaurante esbanja requinte e culinária de finos sabores. Pode-se escolher entreo salão principal ou uma das três salas privées, mais intimistas. Todas, claro, comenormes janelas para ajudarna observação dos coloridos seres aquáticos. Aquários gigantes – Ma s não épreciso irtão longenem gastar fortunas para viver uma experiência parecida. Curiosos encontram na Flórida duas fontes de diversãobem mais acessíveis, pois estão acima do níveldomar, emaquáriosgigantes.Além deoutras atrações aquáticasinspiradas nos temíveis predadoresdo mar,o SeaWorldOrlando contacom o Sharks Underwater Grill. Como sugereonome,quem
Almoço ao lado de tubarões, no americano Sharks Underwater Grill (acima), jantar romântico no Red Sea Star (ao lado), em Israel, e o projeto do hotel Hydropolis
O hotel Burj Al Arab, em Dubai, chama atenção pela enorme torre em forma de vela. Mas sua maior atração está no subsolo. Lá fica o restaurante submerso Al Mahara. No menu, as delícias do mar
comer ali terácomo companhia cerca de 50tubarõesnadandoentre peixes,enguias e simpáticas tartarugas marinhas – separados dosclientes por paredes de vidro com 36 metros de altura. Com um ar de gruta submarina, o restaurante exibe outras estrelaspormeio dejanelasde vidro:os chefespreparandoas especialidades da casa que seguem receitas da gastronomia do sul da Flórida e do Caribe. Emoutro parque temático do mesmo Estado norte-americano, no Epcot, comem-se pratos àbase defrutos domar enquanto aprecia-semaisde 85 espécies de seres marinhos e alguns mergulhadores que ficam dentro do aquário The Living Seas. No Coral Reef Restaurantatéo Mikeyaparece, em horáriosespeciais, nadando do outro lado do enorme painel de vidro.
Dormindo nas profundezas – E hámais surpresaspara os amantesdofundo do mar. Seapenasuma refeiçãosubmarina não é suficiente para saciar avontade deficarembaixod’água, há algumasopções dehospedagem submarina paraos maiscorajosos. São poucas. A maisconhecida fica na Flórida, em Key Largo. De um antigo observatório submersocriou-seum completo alojamento, para no máximo seis pessoas, que oferece até cerimônias de casamento. O nome não poderia ser outro. Jules’ Undersea Lodge, em homenagem ao escritor Julio Verne e sua obra Vinte Mil Léguas Submarinas .Neste caso, porém, é preciso mergulhar literalmente atéchegar àentradado pequeno refúgio,uma espécie de piscina. Já nosecoesemos equipamentos de mergulho, resta apenas desfrutar das acomodações. Dois quartos, sala, chuveiro com água quente, cozinha,rádio, televisãoe janelas, muitas janelas paraespiar os estranhos "vizinhos". Inovaçãoà vista– A última novidade notema, contudo, ainda está por vir. Também em Dubai, o Hydropolis promete sero primeirohotelde luxo submarino do mundo. Com um investimento de US$ 500 milhões, o audaciosoempreendimentode 10,8hectares
deve ficar pronto em 2006, comdireitoa estaçãode embarque em terra e túnel de acesso ao hotelcomvistapanorâmicaparaas águasdo Golfo da Arábia. Na construção submersa, de traçosfuturistas,haverá spa e clínicade estéticacomprodutosàbasede algasmarinhas, business center,restaurantes, bares, lojas e 220 suítes de luxo. Tudo envolto por vidros e pelo azuldomar. Um mergulho a outromundo,onde atão sonhada aventura submarina estará completa. Lygia Rebello
SERVIÇO
Al Mahara: no hotel Burj Al Arab, Jumeirah Beach Road, Dubai, Emirados Árabes. Tel. (00--9714) 301-7777, site www.jumeirahinternational.com. Coral Reef Restaurant: em Epcot, em Orlando, Flórida, EUA. Tel. (00--1407) 939-6244, site www.disneyworld.com. Hydropolis: será em Dubai, Emirados Árabes. Site www.hydropolis.com. Jules' Underwater Lodge: 51 Shoreland Dr., Key Largo, Florida, tel. (00--1305) 4512353, site www.jul.com. Red Sea Star: Baía de Eliat, perto do Meridien Hotel, Israel. Tel. (00--9728) 634-7777, site www.redseastar.com. Um jantar para dois custa cerca de US$ 100. Sharks Underwater Grill: no SeaWorld Orlando, a 10 min. do centro de Orlando, Flórida, EUA. Tel. (00--1407) 351-3600, site www.seaworld.com.
Os papéis da dívida externa brasileira mais negociados no mercado externo estiveram no foco do noticiário, na semana passada. Entenda por quê.
C-Bond ultrapassa 100%do valor... C-Bond sobe e bate recorde...Confiança dosinvestidores naeconomiabrasileira
eleva C-Bond... Informaçõescomo essasrechearam o noticiário financeiro das últimas semanas, levando muitas pessoas a se perguntar o que são e para que servem os tais C-Bonds? Por que subiram tanto e que efeitos essa alta tem na economia?
Há dez anos, os C-Bonds foram o instrumento escolhido pelo governo brasileiro como uma alternativa para renegociarparte dadívida externado País, pós-moratória do final dos anos 80.
Para renegociarumdébito, uma empresa, ou governo, tem ao menosduas saídas:ou convence os credores a perdoar a dívida ou os fazaceitar a troca do pagamento portítulos que garantam o acerto do débito no futuro,com apromessa do pagamento de juros.
Em 1994, o governo brasileiro optou por emitir no mercado os C-Bonds, títulos com v e n c im e n t o em 2014.
O sobe-e-desce dos títulos da dívida externa brasileira, os CBonds, obedece ao princípio básico da oferta e da procura
Os credores da dívida brasileira trocaram, então, pelos papéis apossibilidadede não recebernada. Mas enquanto esperassem pelo pagamento do crédito, receberiam periodicamente juros prefixados. Mercado secundário – Mas osgrandes investidores dos mercados mundiaisnormalmente não ficam com os títulos até o vencimento, pois as constantes mudanças na economia mundial poderiam corroer seus ganhos. Paraqueessas perdas fossem evitadas, foram criados os mercados secundários,em que os investidores podem revender os títulos que compraram diretamente do emissor (governo ou empresa). Assim, quando os jornais falamda altado C-Bondreferem-se àvalorização dostítulos no mercado secundário.
O sobe-e-desce dos títulos da dívidaexternabrasileira obedeceao princípiodaoferta e da procura: quando há mais investidores querendo comprar,a cotaçãodo títulosobe; quando há mais gente queren-
do vender o papel, a cotação cai. Funciona comonuma feira livre de frutase verduras: os preçoscaem quandohápoucosconsumidores interessados em comprar os produtos. Perspectivas – Nas últimas semanas,amelhoradas perspectivas para aeconomia brasileiraelevouo númerodeinvestidores externosinteressados emaplicar no Brasil.Resultado: acotação doC-Bond subiu seguidamente, até atingir, na semana passada, a histórica marca de 100% do valor de face(valorque ogovernobrasileirose comprometeu apagar na época em que resgatasse o título). Para comprar um papel quemuitosestavam querendo os investidores acabam tendo de pagar mais. Já em momentos de desconfiançadosinvestidores, como no período pré-eleitoral de 2002, o número de vendedores do C-Bond aumenta significativamente. No segundo semestre daquele ano,por exemplo, o papel era negociado a apenas 49% do seu valor. Ouseja, para se desfazer do papel, um investidor precisava aceitar um preço bastante baixo na venda (menosda metadedo que ganharia, se esperasse o vencimento dotítulo, quando certamente receberia 100% de seu valor).
Como a variação da expectativados investidores em relaçãoàeconomiabrasileira determinao vaivémdoC-Bond, os analistas costumam dizer que o título é um dos indicadores de risco do Brasil. A alta das cotações significa que o mercadointernacional esperamelhora daeconomiabrasileira.
A queda, ao contrário, traduz expectativa de piora do desempenho econômico do País. Outro indicadoré a famosa taxa de risco do País.
Por enquanto, o governo Lula tem passado no teste. Mas é sempre bom lembrar queas opiniões dos investidores no mundo mudam muito rápido. Porisso,assim comosubiu,o C-Bond (ou outros ativos financeiros brasileiros)pode perfeitamente voltar a cair.
Rejane Aguiar
Títulos lançados em 94 podem ser recomprados
Embora aspessoasfísicas autorizadas a investirno exterior possam comprarou vender C-Bonds, o mercado de títulos dadívida épraticamente dominadopor grandesinvestidores internacionais.Por isso, émuito difícilque uma operação envolvendo pequeno valor seja fechada. Mas não é só isso. Também é difícil que um banco ou uma corretora devalores estejam dispostos a trabalhar com operações menores. Os valores mínimos nessetipo detransação costumamgirar emtorno de US$ 10 mil. Os C-Bonds costumamser negociadosno mercado internacional, em lo-
tes cujosvalores encostamna casa do milhão. Os compradorespotenciais costumamser fundos deinvestimento ´focados em países emergentes (como o Brasil),por grandes fundosdepensãoou porinvestidores peso-pesado. Operação àdistância–Quem compra esses títulos tema possibilidadedeinvestir emumativo brasileiro sem operar no mercado brasileiro. Ou seja, nãoprecisam atender às exigências da leis brasileiras para operar na bolsa de valores ouno mercadodecâmbio.O que permite ao investidor apostar no País operando de qualquer parte do mundo.
Como explica o analista Fernando Bau, da consultoria Global Invest, osC-Bonds são compradose vendidos por meio de corretoras, conhecidas no mercado como brokers "Essas instituiçõestrabalham como uma ponte entre os compradores eos vendedores dos C-Bonds, intermediando o fechamentodo negóciocom opapel brasileiro".Os brokers estão presentes em várias partes do mundo. Isso explica por que oC-Bondnuncatemum fechamento oficial.Enquanto os mercadosamericanos estão abrindo,os asiáticos já fecharam eoseuropeusestãono meio das operações.
Maior volume – S e g un d o Bau, hoje, os C-Bonds são os títulos de dívida externa com maior liquidez, isto é, os mais negociados,não apenasentre os papéis brasileiros, mas também entreostítulos emitidos pelospaísesemergentes. Estima-sequeUS$ 6,5bilhõesde C-Bonds brasileiros estejam nas mãos de investidores. "É grande o interesse dos investidoresinternacionais pelo Brasil. Por isso,os C-Bonds já superam emnúmero denegócios títulos de paísescomo o México",afirma Bau.Alémda possibilidade de ganhos com o vaivém das cotações, o C-Bond paga juros semestrais. (RA)
O C-Bond é um entre os vários tipos de títulos da dívida externa brasileira, com umaparticularidade. Foram lançados dez anos atráscom a possibilidade de serem recomprados pelogoverno fosseconveniente.Segundo analistas,o momentoparaa recompra chegaria quando otítulo fosse negociado a 100% do seu valor de face (valor principal de uma operação). O que se vê agora. Diante da p o s si b i l i da d e deo governo recomprar esses papéis junto aosinvestidores (se isso acontecer, poderá haver redução significativa do volume de negócios com os títulos ou mesmo eles serem retirados do mercado), a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) decidiu, na última sexta-feira, suspenderde imediatoas operaçõescomcontratos futuros que estão atrelados a esses papéis. Por meio de um comunicado enviadoaosassociados na aberturado pregão, a BM&F alertou para o fato de que o baixo giro de negócios provocado
poruma eventualrecompra "acarretaria dificuldades ao processo de apuração de preços dereferência utilizadosna liqüidação do contrato futuro na época de seu vencimento".
Expectativa em relação à decisão do governo de reaver os papéis fez a BM&F suspender as operações com contratos futuros
A suspensão valerá até que se tenha uma definição mais clara por parte do Tesouro Nacional sobreaopção derecomprado C-Bond.Essarecompra pode ser feita apenas nas datas de pagamento dos juros do título, nosdias 15 de abril e 15 de outubro. Arecompra deve ser anunciada com no mínimo 30 dias de antecedência. Portanto, o governo tem entre osdias 15de fevereiroe 15 de março parainformar ao mercado se recomprará ou não os papéis. Até lá, o mercado especula. Segundo o analista Fernando Bau, daconsultoria Global Invest, é mais provável que, em vez de recomprar os CBonds,o governodecidatrocá-lospornovospapéis. "Assim continua oferecendoao investidor externomais uma opção de aplicaçãono Brasil", diz o analista. (RA/AE)
Mercado financeiro começa semana esperando novos índices de inflação – referentes a dezembro – e anúncio de captação do governo
As atenções dos investidores estasemana devemestardivididas. De um lado, novos índices de inflação referentes ao mêsdedezembro. Deoutro,a expectativa de emissão de títulos do governo brasileirono mercado externo.
Os indicadores depreços merecemdestaque porqueos investidores já começaram a traçar suas primeiras apostas para areuniãodejaneirodo Comitê de Política Monetária (Copom). O encontrosó acontece nos próximos dias 20 e21, masomercado tentaanteciparatrajetóriados juros.
AGENDA
Principais eventos
S egunda-feira: A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgaaprimeira prévia do IGP-M de janeiro e o IPCS, índicesemanaldeinflação. A Fipe divulga o Índice dePreçosao Consumidor (IPC) referenteà primeira quadrissemana de janeiro. A Secretaria de Comércio Exterior doMinistério do Desenvolvimento divulga oresultado dabalançacomercial da segunda semana de janeiro.
Terça-feira: A FGVdivulga o IGP-DI de dezembro.
Quar ta-feira: O IBGE divulgadois índicesdeinflação:
Por enquanto, as apostasgiram em torno de uma queda de 0,5 ponto porcentual, o que levaria a taxa Selic para 16%. Para que a taxa básica continue caindo, é fundamental que osíndices de preços também mantenham a tendência de baixa.Amanhã,a Fundação GetúlioVargas (FGV)divulga o IGP-DI de dezembro. No dia seguinte,sai oprincipalíndice da semana:o IPCAde dezembro, pesquisadopelo IBGE.O índice é o que serve de base paraas metas de inflação. Também na quarta-feira o IBGE divulga o INPC.
o INPC eo IPCA, índice que servedebase paraosistema de metas do governo.
Q uinta-feira: A Associação Comercial deSãoPaulo (ACSP) divulgao balançode consultas UseCheque e ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) na primeira quinzena de janeiro. Osnúmeros servem de termômetro para as vendas a prazo (SCPC) e a vista (UseCheque). Tambémsaemdados sobre registros de débito recebidos ecancelados efalênciase concordatasde empresas.O IBGEdivulgapesquisa mensal decomércio denovembro de 2003.
Indicadores derisco– A recuperação dosmercados mundiais neste início de ano e oaumento daconfiança dos investidores internacionais nos rumos da economia brasileira devem garantir novas rodadas de melhora dos indicadores de risco brasileiros nos próximos dias. A expectativados analistas éde queataxade riscocontinue emquedaou,pelomenos, operando perto da casa
Títulos da dívida em alta, risco-País e taxas de juros em baixa: cenário perfeito para a manutenção da alta da bolsa de valores
dos 400 pontos-base(no fim da tarde de sexta-feira, o risco calculado pelo banco americano JP Morgan Chase estava em 411 pontos-base, com baixa de 0,24%). A contínua queda do risco ajuda amanter os C-Bonds, principais títulos da dívida externa brasileira, acima dos 100% do valor de face. E é exatamente a valorizaçãodessespapéisque leva osinvestidores aespecular a respeito da possibilidade de o
governo brasileiro voltar ao mercadoexterno emitindotítulos de dívida. Nofechamento dosnegócios de sexta-feira, os C-Bonds eram negociados a 100,88% do valorde face,comvalorização de 0,50%, de acordo com a Enfoque Sistemas. É grande também a expectativa em relação a uma operação detroca dos CBonds por outros títulos de dívida externa ainda no primeiro semestre deste ano.
Bolsa – Títulos da dívida em alta, risco-Paíse taxasde juros em baixa: cenário perfeito para a manutenção da tendência de
alta da Bolsa de Valores de São Paulo,que nosprimeirospregões de 2004 continuou batendorecorde atrás derecorde. Analistasdizem queenquanto os investidores internacionais confiarem no Brasil abolsa paulista temcondiçõesde mantera alta. No pregãode sexta-feira,o Ibovespasubiu mais 0,84%, para um novo recorde: 23.916 pontos. Já odólar comercial deve continuar operando em baixa, apesar das compras de moeda americana que oBanco Central pretende fazer em breve. Rejane Aguiar
Sex ta-feira: O IBGE divulga osresultados daprodução industrial regionalem novembro de 2003. Sem data definida durante a semana: A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga os indicadores da indústria de transformação em novembro. A Federação do Comércio (Fecomercio) divulga dados preliminares de vendas físicas e faturamento docomércio varejistada região metropolitana deSão Paulo de dezembro. A Receita Federal divulga a arrecadaçãodeimpostose contribuições de dezembro.
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A jovem Maria Zélia,
No Belém, a primeira vila operária da cidade, fundada em 1917 por Jorge Street, aguarda a iniciativa privada para preservar sua história
Isabela Barros
A primeirasensaçãoéade estar num lugar muito distante deSãoPaulo. Pelomenosda São Paulo tumultuadae barulhenta da maior parte dos paulistanos.Lá, oambienteéde cortesiae decultoà memória de tudo aquilo que representou a Vila MariaZéliapara a história da cidade. Primeira vila operária da capital, fundada em 1917 pelo empresário Jorge Streetnoatualbairro doBelém, na Zona Leste, a Maria Zélia é formada hoje por 180 casas, uma igreja, um centro de lazer e quatro prédios abandonados: doiscolégios edois armazéns,além deduasoutras construções menorestambém inutilizadas.
A revitalização desses prédios éomaisfortedesejode AnoNovodos moradoresda Maria Zélia. Está prevista a realização de um seminário para discutir alternativas de uso das áreasabandonadas. Também será intensificada abuscapor empresas interessadas em apoiarosprojetos derevitalização da vila. De acordo com informações da Sociedade Amigos da VilaMaria Zélia, já
existempelo menostrêsgrandesempresasinteressadas em participarda iniciativa.Oobjetivo é transformar as duas escolase os dois antigos armazéns emespaços deexposições e mostrasculturais, alémde um centro de memória ou museu sobre a história da vila.
"Estamos lutando há mais de 20 anos pela memória da vila e a situação das áreas abandonadas pede urgência na resolução desse impasse", explica Éride Albertini,moradorae integrante da Sociedade de Amigos da Vila Maria Zélia.
As áreas abandonadas são hojedepropriedade do InstitutoNacional de Seguridade Social (INSS), depois de terem passado pelas mãos de diversas empresas. No momento, a Prefeitura, por meioda subprefeitura da Mooca, negocia a retomadadesses pontosjunto ao instituto. Aidéia era passar os prédios para as empresas interessadasem revitalizá-los por meiodededoações.Segundo informações da assessoria de imprensa da subprefeitura,já foramrealizadasalgumas reuniões para discutir o
assunto, masnada foiresolvido até agora, com planos de intensificarodebate dotemaao longo deste ano. Orquestra - Os prédiosem questão sãopeça fundamental na memória dos moradores da Maria Zélia.Umdosarmazéns, porexemplo, abrigavao salão de baile "com orquestra" ondea aposentadaAydéePietrobon, 68,dançava boleros com os rapazes da vila nas matinésenos bailesadultossempre que conseguia driblar a vigilância do pai. "Os bailes eram sempre aos domingos. Aorquestra eralinda", diz.Os boleros também eram os prediletosde EsmeraldaLupettiCarvalho, 66, hoje moradora da vilanacompanhia dosnetos Vinícius e Bianca."Besame mucho era o mais bonito de todos. Foi no baile que eu comecei a namorar com o meu marido", lembra Esmeralda. As duas contam que o salão debaile erapalcodosprincipais acontecimentos sociais da vila, podendo ser alugado para festas e casamentos. Além do som da orquestra, o rigordo ensinonas duasescolas da vila, hoje abandonadas, também é destacado. "No quarto ano eu sabia até mesmo o nome das principais estradas do Brasil. Tinha um caderno para cada matériae repassava osconteúdos todososdias", afirma Esmeralda.
O Clube Maria Zélia tambémeraum espaçomuitodisputado entre as opções de lazer da vila. "Existiaparque para as crianças e umcineminha para toda a família. Os filmes de Roy Rogers eram muito procurados.Ben Hure Spartacusforam alguns dos mais exibidos", diz Edélcio Pereira Pinto, 54, morador da vila, ou melhor, da mesma casa e do mesmo quarto, desde que nasceu. Nadar no Tietê- Além das tardesnocinema, outroprogramainesquecívelentre as lembranças de Edélcio e absolutamente inacreditável para qualquer morador de São Paulo que tenha menos de 50 anos era nadar no Rio Tietê.
Ecom direitoa pescarlambari. "O rio passava nos fundos da vila, tinha até correnteza. Foi lá que todos os meninos da minhageração aprenderam a nadar", recorda ele. Fechando olequedeboas lembranças, Edélcio traz à tona os carnavais e a glória dos jogadores de futebol do Maria Zélia Futebol Clube. "Saíamos pela vila fantasiados no Carnaval. Também eramfamosos osjogos de ruas,quando o grupo dasruas 3e 4disputava coma turma da 5 e da 6. No futebol tivemos vários jogadores que depois foram parar no Corinthians", conta. Mais sobre a Vila Maria Zélia na página seguinte.
O mesmo armazém, em foto de 1918 e em 2004. O tempo pode ter estragado a construção, mas não destruiu as lembranças de quem, no andar superior do edifício, dançou e sonhou ao som de orquestras.
EMPRESAS PODEM EVITAR ABANDONO DE QUATRO PRÉDIOS
Os quatro principais prédios abandonados na Vila Maria Zélia são fachadas com portas trancadas e cheias de ruínas em seu interior. Os únicos eventuais freqüentadores dessas áreas são crianças em momentos de total distração dos pais, correndo o risco de se machucar em meio a escombros como até mesmo máquinas de costurar sapatos abandonadas.
Entre as instituições e empresas citadas pelos moradores como possíveis candidatas a apoiarem as obras de revitalização desses espaços, estão nomes como o Itaú Cultural, a Votorantin e a Goodyear, vizinha da Vila Maria Zélia no Belém.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Itaú Cultural informou que tem interesse em apoiar a produção de conteúdos e a organização de seminários que ajudem a resgatar a memória da vila, mas não participar de eventuais obras de restauro dos prédios porque esse não é o seu foco de atuação.
O diretor de Assuntos Corporativos da Goodyear, Luiz Carlos Martins, afirmou que a empresa está disposta a receber idéias de ações que possam ajudar a vila. "Já temos uma relação de proximidade com os moradores e podemos avaliar projetos nesse sentido", disse. Procurada pelo DC, a assessoria da Votorantin informou não ter conhecimento do assunto. (IB)
A polêmica em torno da propostade autonomiaoperacional doBanco Centralnão tem perturbadoo ministro daFazenda, AntonioPalocci Filho. Mesmo com o desencontro de declarações entre Paloccie o ministro-chefeda Casa Civil, José Dirceu,o tema étratado com tranqüilidade naequipe econômica do governo. "O assunto não traz pressões porqueoBC játrabalha,na prática, com autonomia", afirma uma fonte da equipe.
Ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, deixou pronto projeto de autonomia do banco como sugestão para atual governo
A discussão voltou à tona depoisde Dirceuterdito, naúltimasexta-feira, queoprojeto não estava na agenda do gover-
no para 2004. Diante da má repercussão, o presidenteLuiz Inácio Lulada Silvapediu que o chefe da Casa Civil desfizesse o mal-entendido. Lula- Durante reuniãono sábado,no PaláciodaAlvorada, Lulafez questão dedeixar claro, tanto para Dirceu quanto para Palocci, que o assunto não está descartado, embora por enquanto faça parte apenas da pauta de temas aserem estudadospelaFazenda e pelo BC. "O senhor do momento é o presidente da República", explica a fonte. Palocci já disse a interlocutoresque trabalharápara a
O ex-presidentedo BC,Armínio Fraga, deixou pronto, como sugestão parao atual presidente da instituição, Henrique Meirelles, um projeto sobre a autonomia operacional daautoridade monetária. "Aproposta ésimples, cria
mandatos paraos diretores e presidente e institucionaliza os procedimentos que já são adotados hoje: o governo determina ameta de inflação eo BC tem autonomia para perseguir essa meta",explicaumafonte daequipe econômica de Fer-
nando Henrique Cardoso. No CongressoNacional, parlamentares da oposição também jáseadiantaram,e apresentaramaolongo de 2003 dois projetos de lei tratandodoassunto paraserem analisados. (AE)
O presidente do Banco Central Henrique Meirelles, começa hoje uma série de reuniões com banqueirose autoridades dasprincipais economias do planetapara debaterocenário internacional para 2004.
Decisão agora estaria mais no âmbito político do que na esfera técnica, diz fonte da equipe econômica do governo. Discussões tendem a se ampliar. aprovaçãodamedida coma mesmainsistênciacom que o senador Eduardo Suplicy (PTSP) conduziu, por 13 anos, o projeto de Renda Mínima. "A institucionalização da autonomia existente seriaum avanço e ampliaria a margem para que oBCpossa reduzirjuroscom mais eficiência esegurança", justifica a fonte em questão. Prazo - Não existe uma datalimite paraqueosestudossejam encaminhados à Presidência. E Lula só enviará ao Congresso umprojeto delei sobre autonomia quandoo temajá tiversido bastante discutido. Na prática, o problema agora é político e não técnico. "O projetoestá praticamentepronto, atéporque essa autonomia já existe na prática".
Meirelles participa de encontros no Banco de Compensações Internacionais (BIS), com sede na Basiléia e que serve como obancocentraldos bancos centrais. Meirelles terá a missão de explicar aos presidentes dos bancoscentraisdospaíses ricosa política monetária do País, além de traçar uma perspectiva do que poderá ocorrer em 2004.O representante doBC brasileiro tambémdeveráfazer uma avaliação do que foi feito pela administraçãode Luiz InácioLula daSilvaem seu primeiro ano de governo. O Banco de Compensações Internacionais realizareuniõesacada doismesescoma presença dos representantes dos dez maiores bancos centraisdomundo,incluindo o FederalReserve,dos EUA,eo Banco Central Europeu. (AE)
O presidente Luiz Inácio Lulada Silvaembarcouontemà noite paraMonterrey, noMéxico, ondeparticiparádaCúpula Extraordinária das Américas. O encontrode chefes de Estado e Governo de 34 nações do hemisfério ocidentaltem por objetivo discutir assuntos comuns aos diferentespaíses e desenvolveruma visão compartilhada para o futuro da região nas áreas econômica, social e política. A discussão estará centradanos temascrescimento com equilíbrio, desenvolvimento social e governabilidade democrática.
Lula iniciará sua agenda hoje pela manhã,quandoparticiparádo atode inauguraçãoda Cúpula e, mais tarde,da primeira sessão de trabalho sobre o tema "Crescimento Econômico com Eqüidade para a Superação da Pobreza",quando
Manifestantes do Greenpeace começaram ontem a protestar contra o presidente norte-americano
George W. Bush em Monterrey, no México
deverá ocorrer o encontro com o presidente norte-americano, George W. Bush. Na ocasião, ambos terão ummomento re-
servado paraconversar. Entre os assuntos,serão discutidos pontoscomo ofichamentode cidadãos brasileiros que che-
O primeir o- mi ni st ro britânico TonyBlair afirmou ontem, em Londres, que aindanão sabese se equivocou em relação à existência de armas iraquianas de destruição em massa. "Se me pergu ntarem pela existência de armasde destruição em massa no Iraque a resposta é que nãosei. Nadapode serdefinitivo por enquanto, mas estava emmeu total direitode atuarfrente ainformaçãoque meentregaram osserviçossecretossobre asarmasiraquianas", declarou Blair entrevistado pelo programa "Breakfast with Frost", da BBC.
Quandolhe perguntaramse se equivocou ao lançar a guerra contra o Iraque, o premier afirmou:"Não sepode fazeruma pergunta deste tipo em um momentocomo este,masminha resposta é que não sei".
Protesto - Centenas deiraquianos revoltados pelafalta de empregos no país lançaram pedras ontem contraas tropas de ocupação britânicas, encar-
regadas da segurança em Amara, localidade de 320 mil habitantessituadaa320 quilômetros ao sul de Bagdá. Não há informaçõessobre feridos. No dia anterior, seis iraquianos forammortos e 11 feridosnas manifestaçõesdemilhares de pessoas,reprimidascom tiros pelastropasbritânicas.A população de Amara está frustrada pelo fato de as forças de ocupação não terem cumprido sua promessa decriar empregos nessa cidade onde o principal empregador, antes da guerra, era o governo. No protesto de ontem, do qual tomaram parte várias pessoas armadas com bastões e pás, os manifestantes tentaram forçar asaída das forçasde ocupação da sededa adminis-
tração de Amara, um complexto de edifícios que abrigaum batalhão de infantaria britânico. Os soldados bloquearamas ruase em pur rar am os iraquianos para trás, usando cassetetes. Algumas bombas de fabricação caseira – latas com explosivos e pregos – explodiramno meioda multidão,sem causarvítimas. "Ontem[sábado] haviamuito mais adultoscom uma ação muito mais violenta",disse o major JohnnyBowron. "Nós estamos tentando permitir um processo pacífico, mas queremos evitar perdas de vida ou danos a propriedades."
gam aos Estados Unidos. Agenda - Às 21 horas de hoje, Lula compareceráao jantar que o presidente mexicano VicenteFox ofereceráemhomenagem aos chefes de Estado e de Governo. Amanhã pela manhã, opresidentebrasileiro participará de duas sessões de trabalho.A convitedo presidente mexicano,o presidente Luladeverá participarde entrevista coletiva restrita a nove chefesde Estado e Governo que integram o Comitê Executivo da Cúpula. Oretornoa Brasília está previsto para as 20h de terça-feira (13). No dia 24, o presidente Lula viajará para a Índia, para visita oficial atéo dia 28,quando seguirá para Genebra, na Suíça, a fim de participar, no dia 29, do SeminárioInternacional de Investidores Diretos e Externos. (Agência Brasil)
Irmã do lutador de valetudo Vítor Belfort, a estudante deArquit etura Priscila Belfort, de29 anos, saiu para trabalhar na sexta-feira de manhã edesapareceu sem ter chegadoà fundaçãode esportesondeé secretária,no Centro do Rio. De acordo com a modeloJoana Prado,a Feiticeira, mulher deVítor, a Políciadisseàfamíliaqueo caso provavelmente não é de seqüestro, porque, seassim fosse, os responsáveis já teriam entradoem contatocom afamília, o que não ocorreu. Nenhum parente,amigo ou
mesmo o namorado de Priscila, LuizCláudio, filho do exdeputado federal Márcio Fortes(PSDB), recebeuqualquer ligação delaouinformações sobre o seu paradeiro, segundo Vítor. A família convocou entrevista coletiva para pedir que informaçõessobre Priscilasejam enviadaspelo DisqueDenúncia, 0800 15 6315, ou pelo telefone (21) 3399-7000. (AE)
LA DOLCE VITA – Modelo faz pose com um Dolce & Gabbana durante abertura da Semana de Moda de Milão, que mostrou ontem as peças masculinas para o Outono/Inverno de 2004. A nova coleção da grife italiana é toda ela inspirada no filme "La Dolce Vita", de Federico Fellini.
Morre iraniano que sobrevivera a 13 dias de soterramento
Mossu l - Em Mossul, no nortedopaís, quatromorteiros explodiram no escritório do partido político curdo União Patriótica do Curdistão, danificandoo prédio. Não houveferidos.Outras duas bombas explodiram perto do escritório dasforçasamericanas em Kirkuk,mas aparentemente eram artefatos de pequena potência. (AE)
O homem de 57 anos que tinha sobrevividoao terremoto que atingiua cidade iraniana de Bam, em 26 de dezembro, resgatado depois de passar treze dias soterrado,morreu na manhã deontem emum hospital provisório instalado na cidadedestruída. JalalShahiki Chahmaleki morreu emdecorrência de umaaguda insuficiência respiratóriae cardíaca, conseqüência dos ferimentos sofridos. A rg é li a - A região argelina de Boumerdes foi atingida sábado porforteabaloquedeixou apenas feridos leves. (AE)
SEGURANÇA DURANTE AS OBRAS SERÁ DISCUTIDA
AMANHÃ ENTRE LOJISTAS E TÉCNICOS DA PREFEITURA
Trânsito caótico, comerciantes irados. Espera-se muita confusão na região da Faria Lima apartir de hoje. Apósa interdição de trechosda Rebouças e da Eusébio Matoso no último dia 4,ontem a Prefeitura interditou a Avenida Cidade Jardim, sentido centro-bairro, no trecho que vai da Faria Lima até arua FranzSchubert. O motivo?Construção de mais um túnel,desta vezligandoa CidadeJardima 9deJulho.O teste definitivopara osnervos dequem éobrigado atrafegar pela região ou de quem tem comércio nas redondezas será nesta segunda-feira.
Segundo aCompanhia de Engenharia de Tráfego (CET), maisde3.600 veículos circulam por hora pelo local. A passagem sob a Faria Lima vai custarcerca deR$66 milhões.No trecho da Cidade Jardim, o gasto serámaior: R$83milhões.A previsãoéque asduas obras terminem em 11 meses. A exemplo dos comerciantes da Rebouças eda Eusébio Matoso,que protestamporcausa da queda demovimento que a interdição provocou, os lojistas daCidade Jardimtambém mostram muita indignação. Algunsdeles, como odoEmpório Santa Maria, acham que terão prejuízo de mais de 50%.
Asaída, segundoo gerentedo empório, será dar férias coletivas para os 200 funcionários. Embora aconstrução dotúnel seja um fato consumado, os comerciantescomeçam ase mexerpara fazerprevalecer suasidéiasna viabilização do projeto. Fábio Sabóya, morador da região, é um dos criadores da ONG Boulevard Cidade Jardim. "Temos uma reunião marcada na subprefeitura de Pineheiros amanhã. Não somos contra a obra. Só queremos deixar claro que o comércio daCidade Jardim émuito diferente do existente na Rebouças e na Eusébio Matoso. A Cidade Jardim não é uma ave-
nida depassagem comoa Rebouças. Temos 150 pontos comerciais, quegeram 2mil empregoserecebem avisitade3 mil pessoas por dia. Temos farmácias, supermercados, grandes restaurantes.Queremos saber qual o tratamento que serádadoà regiãoduranteas obras", diz Sabóya. Outra preocupaçãoé quantoàsegurança no período de interdição. "Queremos que a subprefeitura esclareça como será feitaa segurança. Os congestionamentosdos próximos dias são umconvite aosassaltos. A ONG exige que haja segurança suficiente".
Wladimir Miranda
A CIDADE– André Grizante venceu ontem a 1ª etapa da Volta Internacional São Paulo de Ciclismo 2004, em Interlagos. Ele completou o percurso de 12,75 quilômetros em 17m09. Também ontem, centenas de ciclistas amadores participaram de um passeio em comemoração aos 450 anos de São Paulo. Veja imagens no site do Diário do Comércio: www.dcomercio.com.br
Foram sepultadosna última sexta-feira, no Cemitério da Consolação, emSãoPaulo,o presidente emérito da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)e presidente do ConselhoSuperiorda União Cultural Brasil-Estados Unidos, Daniel Machado de Campos, e sua esposa,Evangelina Botelho Machado de Campos.Os dois morreram na última quinta-feira em trágico acidentequando viajavam para Itu, no interior do Estado. DanielMachado deCampos,84 anos,esteveà frenteda Associação Comercial durante três mandatos, conduzindo a entidade entre 1966 e 1973. Depois disso, passou a ser considerado presidenteemérito daACSP. Massuacaminhada como líder empresarial teve
No Cemitério da Consolação, a dor e a saudade de parentes e amigos
início em 1952, com um mandato de diretor. Economista de formação, Machado de Campos defendeu à frente da ACSP a descentralização do poder econômico, propiciada pelosistema da livre empresa. Segundo ele, es-
sa era uma condição para a descentralizaçãodopoder político.Para opresidente daAssociaçãoComercial deSãoPaulo,Guilherme AfifDomingos, oempresário representaum grandeexemplode empreendedor cívico. (TM)
João de Scantimburgo F oi com a maior tristeza, na manhã de sexta-feira última, que tomei conhecimento datrágica morte doquerido casal Daniel Machado de Campose EvangelinaArruda Botelho Machado de Campos. Duasfiguras queridíssimas na sociedade de São Paulo. Daniel foi durante sete anos,presidente daAssociação Comercial de São Paulo. Sua presidência foi brilhante, operosae marcadapor numerosas iniciativas que fortaleceram a entidade preparando-a para o seu evidente progresso atual.
Foi-lhe,porsuas qualidades epor sua obra na presidência, conferido o título de presidenteemérito da entidade. Aí esta,indissoluvelmente, ligadoà Associação, comuma freqüência cons-
tante e umapresença em todas as solenidades realizadas pelasdiretorias que sucederam à sua, de sete anos, a mais longa das que tem registro a secular históriada entidade. Danielera amigodos seuscolaboradores. Amigo finíssimo, pelo tratamentoquedispensava a todos e por suas atitudes de cordialidade inalterável.
Disposto, sempre,a aceitar incumbências aindaque trabalhosas, aceitourecentemente a presidência da União Cultural Brasil Estados Unidos, realizandoexemplar administração dagrande organização escolar destinada a difundir as relaçõesdo Brasil com os Estados Unidos, sobretudodifundindo o mais possível o inglês como a principallínguadomundo, em nossos dias. Daniel deu conta do recado,comosemprefazia, quandoassumia respon-
sabilidades. Sua obra ficou na lembrança de todos. Partiu de maneira trágica, um acidente de estrada, com sua esposa, membro do ilustre tronco genealógico dos ArrudaBotelho.Eraum casal unidíssimo, sempre junto, e quandoseseparavam eraporalgumas horas. Ultimamente, Daniel integrou aMesa da Santa Casa e ali deu o seu quinhão de contribuição àadministração do grandee beneméritohospital, cujaprovedoria emtempos passadosseu paiocupou. Foi-seumcidadão exemplar, um amigo como há poucos em nossos dias, um cidadão queservia demodelo.Que DeusNosso Senhor otenha em sua santaguardajunto com a esposa querida.
João de Scantimburgo é diretor-responsável do Diário do Comércio
Vista da Vila Maria Zélia, em 1919, quando a comunidade sofreu os revezes econômicos do pós-guerra.
que incluía aulas de bordado e catecismo. As fábricas forneciam todo o material utilizado nas aulas.
O empresário Jorge Street e sua esposa Zélia Frias Street pouco após o casamento, em 1987.
O fundador da vila procurou defender interesses diretos dos funcionários, mas foi acusado de manipular os trabalhadores com suas concessões
O empresário JorgeStreet foi um capitalista único em sua época no Brasil. Num tempo em que alegislação trabalhista nacionalnão estavaorganizada, o proprietário da Companhia Nacional de Tecido de Juta criou, em 1917, uma vila onde eram oferecidas moradias, escolas, farmácias e áreas de lazer para osfuncionários e suas famílias.
A questão é que a Maria Zélia foialémdisso. Maistarde,a área seria reconhecidacomo a primeira vila operária de São Paulo e como uma experiência pioneira no que se refere às relações entre trabalhadores e empregados no País. O nome do local foi uma homenagem a uma das filhas de Street, falecida ainda era adolescente.
Uma das poucas casas do bairro em que a arquitetura original da fachada ainda está preservada
MAIS DE 70 ANOS
DEDICADOS À VILA
A preservação da história da vila passa também pelo registro da memória de seus moradores. Edélcio Pereira Pinto cita a tecelã Cinta Ramos Amanteo, que chegou ao bairro com dez anos, em 1919, é um exemplo. Aos dez anos de idade, Cinta começou a trabalhar numa das fábricas. A bela jovem educou-se na vila, casou-se e criou ali suas três filhas. Moradora por mais de setenta anos no bairro, até
seu falecimento, sempre esteve engajada em assuntos da comunidade e dedicou-se à preservação do Jardim das Rosas, ao lado da igreja, que atualmente abriga também o cartaz em que os vizinhos a homenageiam.
Os dois armazéns do bairro estão em ruínas. Em um deles, antigas máquinas de costurar sapatos ainda se encontram entre os escombros. As áreas abandonadas são de propriedade do INSS.
Além de poder morar nas casasdaárea pagandooequivalente a umaluguel subsidiado por mês, os funcionários da companhiacontavam comassistência médica eaté odontológica para si e para os seus dependentes. Dentro da vila funcionavamduas escolas,originalmente uma para meninos e a outra para meninas.
De acordo coma professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e autora do livro A Fábrica do Sonho - trajetória do industrialJorgeStreet, Palmira Petratti Teixeira, Street era um homem dotado de uma visão ampla dosrumos da indústrianoBrasil enomundo. "Streetera carioca, masfez o Curso de Humanidades (uma espécie decolegial) naAlemanha.Era épocadosurgimento das primeiras leis sociais naquelepaíse issooinfluenciou muito", explica. Segundo Palmira, Street era médico por formação, mas nunca exerceu a atividade. "Ele
dizia que não tinha coragem de cobrar as consultas dos ricos porqueesses eramseusamigos.E dospobres porqueesses eram pobres", afirma. No trato comos funcionários,a principalregraadotada pelo empreendedor era a de estar o maispertopossível dos seus subordinados."Ele estava sempre circulando pela vila, era o tipo de patrãoque frequentava acasa dosfuncionários e apoiava até a realização de protestos por parte dos operários", relata Palmira. Mãe solteira - Entre os casos mais famosos envolvendo o empresário, está o apoio a uma jovem mãe solteira na vila. "No momento em que parentes e amigossó condenavamamoça, Street não só ficou do seu lado como batizou a criança". Outra marcade Streeteram as festasabertas."Todos os anos,no diado aniversáriode Street,eleabriaa suacasa de campo epromovia umagrandefesta para os operários", afirma. Ela relata no livro que até hoje os aniversários de Street e de sua esposa, Zélia, são lembrados pelos moradores.
O empresário foimuito criticadopela imprensaoperária da época sob a alegação de que manipulava osfuncionários oferecendo moradia, saúde e escola para os seus filhos. "Acimade todas as críticas, éimpossível negar que os moradores da Maria Zélia tiveram excelente qualidade de vida e que tudo aquilo foi proporcionado pela visão empreendedora e humanista de Jorge Street. As razões que levavam aqueles trabalhadoresa nãoorganizarem greves eram diferentes das justificativasde funcionários de outrasempresas",detalha Palmira. (IB)
Saber negociar é uma habilidade cada vez mais exigida na hora de recrutar executivos de todas as áreas. MBAs específicos são muito procurados.
A habilidadede negociar bem hámuitodeixoudeser umatributoda equipedevendas dentro dasempresas. A prática agorafaz partedo currículo de programas de pósgraduaçãoe éacampeãode procura nos cursos livresdas escolas de negócios.
Esse perfil profissional de bomnegociador lideraotopo da lista de características exigidas de um candidato ao emprego na hora da contratação. E isso independe da área em que ele vai atuar. "A habilidade está sendovalorizadaemcargos antesconsiderados operacionais,comoo degerentede recursoshumanos efinanceiro", explica a consultora de recursoshumanos da Catho, Carla Fabiana Santos.
Resultados - Naopinião da consultora de carreiraMaria Helena Coelhoa exaltaçãoda arte de negociar no mercado de trabalho está acontecendo porqueas empresas precisam de resultados cada vez mais rápidos. "Os executivos das áreas operacionais têm que estar afinadoscomos objetivosda companhia para negociar com opúblicointerno prazos,informações e verbas disponíveis", explica Maria Helena. Saber negociar conta pontos nahora de uma entrevistade empregos. "Geralmente, quem tem essa habilidade consegue
fazerum bommarketingpessoal", complementaa consultora.A característica ajuda ainda a se sair bem em eventos, feiras e seminários. Aulas denegociação -É grande onúmerode escolas e cursos que ensinam técnicas de negociação. A Business School SãoPaulotem um curso de MBA (Master Business Administration) com módulosespecíficos sobre o tema. Na últimapartedo curso,osalunos vivenciam aprática da negociação no exterior, já que o MBA évoltado para negócios fora do País. A Business School também realiza cursos intensivos de negociaçãoquatrovezesporano. Segundo o coordenador do Centro de Negociação, Mediação e Arbitragem daBusiness SchoolSão Paulo,MarcBurbridge, o crescimento das exportações brasileiras incentivou os executivos a se prepararem melhor para lidarcomempresários do exterior. "São diretores de empresas de grande porte que precisamlidar comnegociações queultrapassam osR$ 10 milhões. Daía necessidade dedesenvolvera habilidade, visando vendas em mercados estratégicos", diz Burbridge.
Habilidade de negociar também está ligada à necessidade de obtenção de resultados cada vez mais rápido nas empresas
O curso de negociação oferecidopela Cathoviainternet também é o mais procurado pelos executivos e custa R$ 195. Ointeresseémaiorpor parte deexecutivos decargos gerenciais nas empresas. NegociadorprofissionalEm sua trajetória profissional, à frente dos negócios de multinacionais, Peter Carrero sempre participou do processo de negociaçãode acordosimportantesnasempresas emque trabalhou, comoaAmerican Cyanamid, American Optical, Bausch& Lom e Hallmark Cards, Inc. Depois de fundara ITC, empresa de capital 100% nacional que representa várias marcas internacional no Brasil, começou a passarsua experiência de homem de negóciosaosconsultores da empresa. Pelo menos umavez por semana, Carrero se reúne com os diretores e consultores para sabero andamentodasnegociaçõesdaslicenças. "Obomnegociador precisa mostrar os diferenciais dos produtos e adequá-los às necessidades do cliente, para queesse possa ter retorno rápido dos investimentos", explica. Dora Carvalho
Carrerro, da ITC: "bom negociador tem que saber apresentar diferenciais", explica.
Em sua origem, a expressão negócio ou do latim 'nec otium', negação do ócio, representava um situação de vergonha e humilhação para a antiga aristocracia romana. Isso porque a nobreza tinha procuradores ou empregados para realizar transações comerciais com plebeus e julgava que deveria dedicar-se exclusivamente ao ócio. Mais tarde, a cidade de Mascate, capital de Omã, ficou famosa pela habilidade de negociar de seus habitantes. Os portugueses aprenderam a prática com aquele povo e os apelidaram de mascates. Esse pode ter sido um dos motivos pelos quais o conflito entre a aristocracia e os comerciantes naturais de Portugal, ocorrido em Olinda (PE), no século 18, ficou conhecido como a Guerra dos Mascates. (DC)
Sucesso na sala de reuniões
Com 20 dicas práticas, as especialistasemnegociação JulietNierenberge IreneS.Ross ensinamos segredosparaagir com habilidade em uma sala de reuniões, em uma almoço ou até mesmo via internet. Os Segredos da Negociação- Guia passo a passo para desenvolver sua habilidade de negociar (Publifolha, R$ 29, 160 páginas) oferece tópicos sobre cada etapa de um processo de negocia-
ção, além de meios de solucionar impasses. Juliet Nierenbergé diretora doThe Negotiation Institute, em NovaIorque, e Irene S. Ross trabalhou20anos como juíza de legislação administrativa do Departamentodo Trabalhododomesmo estado norte-americano.As duas mostram ainda como dominar a ansiedade, além de lidar com a raiva e rejeição. (DC)
A represália que o juiz brasileiro decretou contra os Estados Unidos, ordenando que se faça aqui oque estão fazendo os americanos, para se defenderem contra os terroristas, étudooque há de mais caipira, de provinciano, que me ocorre qualificar. Os Estados Unidos já foram alvo de ataque terrorista que derrubou as torres de Nova York e matou milhares de pessoas. O Brasil não foi vítima de nenhum ataqueda mesmanatureza.Por que,então,a represália?
Os órgãos de comunicação mostram todos os últimos dias osacrifício impostoaos viajantes que desembarcam nos aeroportosbrasileiros, obrigados aesperarlongas horas em fila para serem identificados. Pacientemente, e até com certo humor, prestam-se à represália brasileira, embora a embaixadora americana tenha protestado publicamente contra o decreto judicial. Os burocratas brasileiros, mais amigos dacomodidadedo queos americanos, continuam os mesmos.
Quem conhece oBrasil, e sãoquase todososanunciados pelas estatísticas, sabe que
essa represália apenas causará transtornos aos viajantes, e de nada servirá obrigar os americanos ao tormento das filas e das impressões digitais. Grande parte desses viajantes já estão adotando o riso como forma de protestar, que eles nãofizeram atéhoje, noque andaram muito bem.Mas que éum absurdo,ninguém dirá o contrário,ainda que o governo Lula possa querer justificá-la. Faríamosmelhor seprocurássemos ajudar os EstadosUnidos,que são nossos amigos e o melhor cliente, se concorrêssemos, dealguma forma, para combatero terrorismo, método político antigo,mas eficaz,comoestáprovado pelo medo que suscitaepelos resultados que alcança onde é praticado. Os EstadosUnidos são a mira dos terroristas, que um malucoendinheirado pelos árabes do petróleopaga.Se fosse possível,deveríamos ajudar aencontrar essedoido etrazer de volta apaz aos Estados Unidos.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Antonio Delfim Netto
O fato determosregistrado superávitemconta correntenão significaque a taxa de câmbioesteja em equilíbrio. Nossa economia cresceu quase nada em 2003, menos do que 1%(se não for negativo), deforma quenão sepodefalar de equilíbrio, pois aprendemos que:a taxa de câmbio está em equilíbrio quando o país cresce a pleno emprego sem produzir desequilíbrio no balanço de pagamentos.
Oano de2003 fechoucom superávitem contacorrente, o que é importante,mas ele foi acompanhado por uma estagnação da economia, o que significa que há um equilíbrio defeituoso. Osaldo comercialdequase25 bilhõesdedólares (24,8) é resultado do maior dinamismo dosetorexportador, com acontrapartida de importaçõesrelativamente estagnadas. Se acreditamosque aeconomia vai voltar a crescer e se acontinuidadedo crescimento depende da redução da vulnerabilidadeexterna, vemos que o esforço exportador terá que ser redobrado nos próximosanos. Ogoverno não pode se acomodar às previsões de ummodesto aumento de exportações, dos73 bilhõesem 2003para 80 bilhões em 2004. A meta paracrescermíseros 10% tem o inconveniente de afrouxar o esforço do próprio governo e talvez indicar ao setorprivado queele não
poderá contar com estímulos suficientes paraampliar nossa participação no comércio mundial. O setor exportador precisa acreditar que o governo está disposto a também correr alguns riscos, precisa decréditoe câmbioedealivio daenorme cargatributária que desequilibra a competição lá fora. Numaconversa comojornalistaPaulo HenriqueAmorim, reproduzida em seu canaldaUOL-News, comentei que existeem certossetores oficiais a tendência a crer que "2004 está resolvido" e que, deacordo com asprevisões de 18 sábios, "vamos crescer 3.5%". Ora, omundo vai crescer 3.5% a 4% e então nós vamos ficar onde estamos ... O Brasil tem que crescer muito mais, exportar muito mais,perseguir metasdeno mínimo 85ou 90bilhõesde dólares para começar a reduzir efetivamente a vulnerabilidade externa.Vamoster quetrabalhar muito,poistenho dúvidade quedesgraça alheiaajude. Esseproblema dos EUA será superado com rapidez e outras restrições podem ser criadas para nossas exportações. Não estamos noambiente maissadio do mundo. É precisoportanto redobrar os estímulos ao setor exportador, com mais crédito e menos impostos, como disse, sabendo ogoverno queesta taxadecâmbioque está aí não é a taxa de equilíbrio.
Antonio Delfim Netto é deputado federal
Há muitotempo, seestipulou a formalização de acordos dos maisdiversos tiposatravés do texto escrito, assinado pelas partes concordantes e com cláusulas punitivas à parte que descumprir o acordo, o chamadocontrato.Ele ganhou corpo, solidez, amparo jurídico e hoje é o instrumento mais freqüente para formalizartodos ostipos decombinado,desdeos maissimples, comoum acordoentrepessoascomuns para prestações de serviços simples de bens de pequenovalor,até osmais abrangentes, como os acordos de concessão de serviços públicos,com participação governamental, ou os acordos comerciais e de cooperação entre dois ou mais países, chegando-se aosacordos macroeconômicos de êxito,como a União Européia.Emtodos eles, existe uma convergência de interessesdevidamente formalizada, querege ocomportamento das partes. Quando uma delas desobedece o acordo contratual, passa a teraobrigação jurídicadeseguir à risca a norma escrita ou punição estipulada no próprio contrato. Eo melhor exemplo dedescumprimento de acordoscontratuais da nossa atualidade tem sido a seqüência de mudanças de condutado governo brasileiro, sobretudo nos setores elétrico ede telefonia.Asconseqüências sãode larga escalae atingem milhões de brasileiros. No setor de telefonia fixa, os contratos de concessão estipulamreajustes combase navariaçãodoIGP-DI (índicede inflação daFundação Getúlio Vargas) no período de julho de um ano a junho do ano seguinte,subtraindo-se 1%relativo ao ganho de produtividade. Os processos dereajuste, no entanto,são negociadosentreas empresas prestadoras de serviços e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mas nos últimos meses o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, vem fazendo interferências significativas no processo. Em maio deste ano, as empresas do setor, como a Telefônica,Telemare Brasil Telecom, surpreenderam-se com a propostadogovernoLulade de-
creto comalteração dasregras de fixação, reajuste e revisão tarifária, baseada em custos futuros das corporações, mas com regras clarassomente em 2006, embora as empresas tenham sido obrigadas a manifestar interesse na permanência no Brasil, no final do mês de junho. Depois, o próprio Ministério das Comunicações determinou que o reajuste não poderia ser integralmenterepassado aos valores das assinaturasresidenciais, comoera feito antes, para não causar impacto inflacionário. No setor deenergia elétrica, as empresas tambémsão obrigadas aaceitar asalterações de mecanismos dereajustes. As mudançasficam porcontado Ministério das Minas de Energia e as definições de percentuais dereajuste sãoreguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por exemplo, entre tantas medidas que são justificadas pela necessidade de controle da inflação neste ano,a estatalreguladora determinou o reajuste de forma parcelada para quatro das 17 distribuidoras,a Elektro Eletricidade(SP), aCoelba (BA), Energipe (SE) e Enersul (MS). Além disso, propõe também uma readequação do chamado "Fator X", um mecanismo contratual de reajuste emfunção da produtividade. E, como se não bastasse, recentemente, nos últimos anos ainda criou-se o Seguro-Apagão, uma reserva financeira para os casos de emergência e que contribui para oneraras contas. Com isso, as empresas acabam nãosendo contempladascom os reajustescontratuais de acordo com o IGPM. Os oito anos de governo Fernando Henrique abriram as portas para as privatizações de empresas estatais, entre as quais estão as da telefonia e do setor elétrico, as mais bem-sucedidas. Qualquer mudança unilateralpor partedogovernogerauma corridadas empresas investidoras ao Poder Judiciário, com vitórias praticamente certas.Porém,o maior dos prejuízos pode vir com a insatisfação e a desistência destas empresas em investir no Brasil, por uma circunstância permanente de desconfiança. Qualquer planejamento a médio e longo prazo para essas empresas fica comprometido, elas podem deixar de investir e as seqüelas econômicas das eventuais fugasdessas empresas são degrandes proporções e podem prejudicar milhões de pessoas. De um modo bastante genérico, podemos perceber queosmercados internos ficam maisfrios erestritos,os negócios diminuem,asempresas passam a faturar menos e não só deixam de criar, como fecham milhares de postos de trabalho. Por tabela,esse quadro recessivo retira dacondição de consumidores empotencial milhões de pessoas que antes eram remuneradas e deixaram de ser.A quebra unilateraldecontrato éumatojuridicamentegravíssimo, traz ônus significativo aos cofres públicos e gigantesco à economia e à população.
OPresidente daFederação dasAssociaçõesComerciais do EstadodeSão Paulo-Facespe da Associação Comercial de São Paulo - ACSP, Guilherme Afif Domingos, agradece e deseja um feliz 2004 a: Robson Andrade Cerqueira, Presidente da Associação Comercial de Vitória; Roger Lin, Vereador;Romeu TrussardiFilho, RomariaEmpreendimentos;Royal Thai Embassy; Sckandar Mussi e Antonio Carlos Saran, Prefeito e Vice-Prefeito Municipal de Casa Branca; Serve CleaningGrupo Servidata; Sindicato dasEmpresas deTransporte Coletivo Urbanode Passegeiros deSão Paulo; Sindicato dos Lojistas doComérciode São Paulo; SouzaSantos, DeputadoEstadual; SPCOMComércio e PromoçõesS.A.;
Sulfergelo - Bom Gelo; Toledo &Associados; TourHouse Viagense TurismoLtda.;ValeCred; Vandir Domingos da Silva, PresidenteCDL-JF; Vereador Eliseu Gabriel; Vereador Francisco Chagas; Vereadora MyryamAthie; Vinícius Camarinha, DeputadoEstadual;Walter Ihoshi,AkariIndústria; Washington Carlos de Campos Machado - Maj.Brig.-do-Ar, Diretor-Geral doDAC; Washington Santos (Maradona), Diretor Executivo da S.T.I. Energia Elétrica de São Paulo; Willer Larry Furtado, Superintendente Infraero Aeroportos Brasileiros; World Brokers International Ltda.; Yarae João Carlosde SouzaMeirelles; YvonneCapuano, Vice-Diretora-Superintendente doConselhoda Mulher Empreendedora.
AscartasàRedaçãopoderãoserencaminhadas,também,por e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou pelo fax (0xx11) 3244-3046. As cartas poderão ser resumidas pela redação, publicando-se, apenas o essencial.
Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800 caracteres,sedigitados, ou 40 linhas de 70 toques cada,se datilografados. Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP
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Portanto,alterações depercurso repentinas não podem acontecer. Épreciso,definitivamente, um comportamento absolutamente regular e seguro do governo brasileiro, a obsessão honrosanosentido de cumprirà riscaos contratose seguir uma linha confiávelde conduta. Combater a inflação, sim, desrespeitar acordos não. Simplesmente porquea outra parte é representadapela figura doinvestidorestrangeiro, tãoimportante para umpaís que não consegueauto-suficiência sem investimentos. Só assim,teremos uma plataforma sólida para as melhorias sócio-econômicas tão necessárias ao Brasil etãoesperadas peloeleitor quedepositouem Lulatoda aesperançadeum período de melhorias.
Edson Pinto advogado tributarista
Avanço e recuo A criação da agências reguladoras no governo FHC representou um avanço em termos de modernidadede gestão do país, com a desvinculação direta de organismosdo Estado da influênciade governos passageiros,ficando a formulação das políticas num patamarmais altodoque os interesses dos governantes de plantão. Uma forma de dar à sociedade maior liberdade e menos dependência das decisões interesseiras, de momentos,dosgovernosno poder. Com isto, agências como a Anatel, aAneel,a ANP, ganharam um grau de autonomia, de descentralização, para executar políticas propostaspelo governoeaprovadas pelo Congresso Nacional, regulamentando e fiscalizando os serviços concedidose os por elas executados em nome do governo. Desde o início da gestão Lula ficou claro que issoincomodava opartidarismo do novo governo. E o recuo aconteceu. O governo petista achou um meio de intervir e tirar o presidente da Anatel parapor emseu lugar um correligionáriosindicalista. Um recuo assustador.
Papel do Estado A sociedade brasileira evoluipara aconsciência deque quanto menosgoverno houver,mais opaísterá chances de se desenvolver. Onde a iniciativa privada põe a mão, com profissionalismo e seriedade,tudovirasucesso. Jáo governo...O papeldoEstado historicamente tem sidoo de controlar a sociedade brasileira. Quando deveria ser o inverso. O governo Lula, tendo agora opoder decontrolar o Estado, em vez de seguir o caminho de libertação da sociedade brasileira, para melhor se autodeterminar longe dos
desmandosde políticosegovernantes,obedece avocação socialista onde oEstado é tudo e tentaaumentar a dependência dos brasileiros do governo, começandoa minar a autonomia dasagencias. Ou violentando-as, como fez agora com a Anatel.
Acusações
Os partidos políticos adversáriosdo PTacusam ogoverno Lula de estar partidarizando o governo, ou seja, tornando-oum braçodopróprio partido por ocuparos cargos com seus militantes,como se o poder fosse do partido e não da sociedadeque o elegeu apenas para governar a coisa públicae nãodela seapossar. Some-se à acusação a forma impositivacomo aAnatelfoi tomada pelo governo. É preocupante. Nãocondiz como passadode lutaslibertáriase defesas da democracia do presidente. Combina, entretanto, com a visão histórica que o PT tem do que seja democracia.Esperoestar redondamente errado.
Bagunça na cidade
A justificativa que a prefeitura de São Paulo encontrou para dizerque aobra naavenida Rebouças não éeleitoreira é infantil. Afirmar que a obra vai ficar prontanaoutragestão como prova de que o interesse não é mostrar serviço em avenida de visibilidadeemano eleitoral, é mais uma vez, jogar areia nos olhos do eleitor. Como é praxe nesta gestão.
População gosta?
Isso lembra aquela história do meengana que eugosto. Seráque apopulaçãopaulistanaestágostando deserenganada?
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
EYMAR MASCARO
O choro faz parte do cerimonial da separação; mas, não nocasodo senadorEduardoSuplicy,que soluçounoombrodopresidenteLula.O chorodeSuplicyrepresentoua vitória da persistência. Foram anos de luta e até de chacotas atéaprovar aLeidaRenda Mínima,queérepleta deboas intenções. Se a lei vai pegar, é outra coisa. Foi o2º golde placa marcadono Congressonos últimos anos. O 1º foi de outro senador, já morto, Nélson Carneiro que, por mais de 20 anos, lutou para convencer que a Lei do Divórcio era necessária e justa. Apenas quem acompanhou, de perto, a luta dos dois senadores, pode avaliar quantos sapos tiveram de engolir no jogo pouco ético da política.
Correm pauta nas comissões técnicas do Congresso centenas de projetos que desafiam o tempo. Um deles, é recente: foiapresentado porMarta Suplicy noseu tempode deputada. É o projeto que autoriza o casamento gay, que não sai da gaveta das comissões porque nem a própria autora tem o mesmointeresse na sua aprovação.Marta sente na pelea campanhaqueé feitacontraoprojeto pelasigrejas católica eevangélicas.Asduas igrejas elegeme derrotam candidatos nas eleições. Em tempo: LuizMott, presidente do GrupoGay da Bahia,chegou aameaçara divulgarosnomes dosparlamentaresgays seoprojeto deMartaSuplicy continuassesendo bombardeado pelos congressistas.
AINDA O SIGILO
O nome de Paulo Maluf voltaàbaila noEstadão.O jornaldivulga queaJustiça suíça proíbe informações sobre eventual movimentação nas contas do ex-prefeito, na cidade de Berna. O jornal informa que advogados do ex-prefeito não querem que a Suíça quebre o sigilo bancário de Maluf.
BANESTADO
Quempode esclareceras dúvidasexistentes nocaso sãoosmembros daCPIdo Banestado, sobretudoseu presidente, senador Antero Paes de Barros, do PSDB. A CPIteve acesso a documentos de brasileiros acusados de terem contas milionárias em bancos no exterior. A CPI pode dizer, se quiser, quem são os mais de 200empresários epolíticos que remeteram 55 bilhõesde dólares,ilegalmente, para o exterior.
INTERESSE
A denúncia sobre as eventuais contasde Maluf no exterior,feita esustentada pelo promotorSílvio Marques,será explorada nacampanha eleitoral, principalmentese oexprefeito se candidatar. O próprioMalufdeveria tomar ainiciativa deconvocar a imprensae esclarecer o fato. Ter dinheiro lá fora nãoé crime.Crime ésea origem do dinheiro for desonesta ou se odonoda conta sonegou impostos.
ESPORTE E POLÍTICA
Virou caso político,na Bahia,abriga queenvolve dois campeões mundiais de boxe, Éder Jofre e Arcelino Popó, que voltou dos EUA vitorioso no ringue e que já teve seu nome sugerido por oportunistas baianos para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados. Popó diz que é mais campeão do que Jofre, mas Éder é oúnico pugilistabrasileiro a figurar no livro de lutadores famosos, editado nos EUA, como Archie Moore e Cassius Clay.
MARTELO
Foi Lulaque decidiuantecipar a reunião com lideranças do PMDB de segunda-feira para domingo porquetinha viagemmarcada para o México, para se integrar àCúpuladas Américas.A promessaera a de divulgar no próprio domingo os ministérios e os ministeriáveispeemedebistas.
Alexandre Costa
"No PT de oposição cabia tudo. Mas era uma oposição de bravata. O partido não exerceu, em nenhum momento, o papel de resolver suas contradições".
QUEM SOBRA O Palácio do Planalto deuainformação deque apenas Lula eJosé Dirceu representariamo PT no encontro comos peemedebistase que,do ladodo PMDB, estariam presentes Michel Temer, José Sarney e Renan Calheiros. O nome de Quércia não constava da relação.
CUTUCÃO
Às vésperas dese encontrar com Lula na cidade mexicana deMonterrey, Bush disse que o presidente brasileiro lidera um movimentoanti-Alca na América Latina.
INTERMEDIÁRIOS
Três pré-candidatos a prefeito em São Paulo continuamnamesma posição intermediária nas pesquisas, oscilandoentre 10% e 12% deíndice deintenção devoto. Sãoeles:Paulinho Pereira, do PDT;Romeu Tuma e Aristodemo Pinotti, ambos do PFL.
AINDA NA FRENTE
Outros 3pré-candidatos mantéma dianteira nas mesmas pesquisas, com índicede intençãodevoto de20% a23%.Sãoeles: MartaSuplicy, PT;Paulo Maluf, PP; e, José Serra, PSDB. Uma7ªpré-candidata, do PSB,Luíza Erundina, fica,sozinha, naonda que vai dos 13% aos 18% dos votos.
IRIRTAÇÃO
Começou comaprefeita
Marta Suplicy eagora já irradiou para aequipe de 1º escalão daPrefeitura: opessoalestáporaqui, ó, com promotores de Justiça de São Paulo. A turma acha que ospromotores estãosemetendoem assuntos exclusivos da municipalidade.
VERDADE
Os mesmos promotores que são motivo de reclamação da prefeita Marta Suplicy ficaram quatro anos em cimada administração de Celso Pitta, por motivos conhecidos. Com o apoio e aplauso do PT.
REFORMAS
Reforma porreforma, ninguém bate a reforma da Assembléia Legislativa de São Paulo. Há oito anos, o prédio do Legislativo paulista passa por reformas e mais reformasnas suasdependências. Ocusto dessas reformas daria para construir outro prédio.
O PPS é um dos partidos que formam a base de sustentação do governonoCongresso Nacional. Mesmo assim, o seu líder na Câmara dos Deputados, Roberto Freire (PE), não poupa críticas à conduçãoda política econômica.Diz queogoverno foi eleito com propostas de mudança no modelodegestão pública, mas aderiuà política do governo anterior.Ele apontaumasérie decontradiçõese ambigüidades entre o PT partido e o PT do governo. Exemplos dissoseriama questãodas agências reguladoras (que voltou à pauta de discussão na últimasemana,comasaída do presidente da Anatel), autonomia do BancoCentral e os transgênicos. Sobramcríticas tambémao programaFome Zeroque, paraele,"é maisassistencialista que a rede de proteção anterior". Para Freire, o PT fazia oposiçãodebravata, jamais discutiu suas contradiçõesinternas etenta agoraresolver isso,nogoverno,por meio do autoritarismo.
Confrontando o governo Lula com o programa de campanha do PT, o que foi feito em 2003 no plano econômico e social?
Isso é meio complicado porque, emprimeiro lugar,é preciso saberqueprojeto degovernooPTtinha.Até hojeficadifícil imaginarqual eraesseprojeto. Acampanhafoi muito anódina.O PTfugiu, inclusive, de temas polêmicos, e tentouser omáximo possível palatável. O "Lulinha paz e amor não foi algo do acaso. Oobjetivoera não entrar em bola dividida. A própria carta aos brasileiros foi um exemplo disso. Do ponto de vista eleitoral,esse modelofoi muito competente. Já dopontodevistado governo, deixava em aberto várias questões.O PT, quando assumiu, não assumiu apenas acondução depolíticaeconômica idêntica àquevinhado governo Fernando Henrique Cardoso, mas também a agendade reformase demudanças que havia antes.
A única novidade foi uma tentativa de substituir a rede de proteção existente pelo programaFomeZero. Erauma tentativa de despertar solidariedade. E quem é que não quer acabar com a fome? Mas esse programa tem até, eu diria, um caráter de retrocesso. É mais assistencialista que a rede de proteção do governo anterior. Sónão épossível fazercríti-
cas a uma política de um governo e depois adotá-la. Com que justificativa? Imaginar que agora vai darcerto? Que agora eutenho ummelhor operador? Como se fosse um problema de pessoas?
A concepção é a mesma do governo anterior? É a mesma. Euapenas fico torcendo para que dê certo. Mas nada me diz que pode dar certo. Ao contrário. Acho que continuamoscom amesma vulnerabilidade, com a mesma visão equivocada de um financismo exagerado, subalterno aos interessesfinanceirosnacionais e internacionais.
E a promessa de desprivatização?
O PT no governo nãovai reestatizar nada. Mas tem um PT que participa dogoverno comuma concepção distinta dessa queestá comandando a economia e o próprio governo. Ele trata a questãodas agências reguladoras, que era umanova estrutura do Estado, com uma certa ambigüidade. Não sabe se concede efetivamenteo poder de fiscalização, controle e regulação ao mercadoou se trazisso para a estrutura estatal propriamente dita, deministérios e tudo mais. Essa disputa está lá. Essa disputa é fruto das contradições do PT?
turaraindamais abasedesustentação.DentrodoPT edos partidos que fazemparteda base de sustentação, particularmente aquela velha oposiçãodeesquerda aogoverno FHC, aquele núcleo.
E porque essa contradição aparece apenas agora, no governo?
Porque anteselas nãoprecisavam ser evidentes. Na oposição cabia tudo. Mas era uma oposição de bravata. O partido nãoexerceu, emnenhummomento, o papel de resolver suas contradições.Como era contra, podia juntar tudo. Não debatia, pouco importava, o que vinha do governo era contra. O PT votou contra a lei de estabilidade fiscal,votoucontra o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamentale Valorização do Magistério). Mas chega ao governo e tem de fazer. No governo ele não tem as mesmas opções. Isso éobvio, maspara oPT era dramático. Este éumgo-
grande presença na sociedade. Há um aspecto grave no PT de quando estava na oposição: aceitava tudo. Por exemplo, com o fora FHC, com visão golpista, fora FMI, plebiscito da Alca. Era tudo como formade desgastaro governo, oposição a qualquer preço. Nesse sentido,o partidoincentivou algumas questões que são claramentederetrocesso, reacionárias, quesão utopias. Sãoas utopiasregressivas influenciando algumas políticas do governo.
Quais questões? Por exemplo:estamos vendo surgir um movimento que é contra a agricultura brasileira. Contraaquilo queestádando resultado positivoetem ajudado inclusiveoPaísanão ir para abancarrota total.Com todas as dificuldadesque tem, as iniqüidades e as injustiças, a agricultura é umsetor que experimentou um desenvolvimento espetacular. Conseguiu avanços significativos em termos deuso detecnologia,de modernização ede resultados econômicos.
"O PT trata a questão das agências com certa ambigüidade" verno que estáfazendo amudança dentro do governo. Criandoo seuprojeto de governo,nogovernoecom isso temproblemasna suabasede sustentação. Eaconteceum fato interessantíssimo: várias dessas propostasforam aprovadascom votosdaoposição.Eé uma oposição também dividida. Parte dela apóia integralmente a proposta do governo, até comum melhordiscursode defesadoque oprópriopartido do governo, que defende constrangido.
Por exemplo: o PT sempre conviveucom umapartemajoritária favorável à proibição de produtos transgênicos. Uma pequena parteé favorável,possui umavisãomais aberta. Essa ambigüidade do PTna oposiçãonão tinhanenhum problema.Eletratava issonaturalmente, masno governo, é péssimo. É como a questão da autonomia do BancoCentral. É uma contradição que está na base de sustentação do governo e agora vai aflorar. Essa foi a primeiraque apareceu, sem ter aindapropostado governo. Vem agora e vai ser problemática.Éumdebatequevai fra-
O senhor acha que o PT tinha noção do que iria enfrentar? Eu acho que tinha. O PT era umpartido muitoforte,com
E há setores ligados ao PT, dentro do próprio governo, que defendem que isso é um malefício para o País. Isso está no documento que o PT divulga como plano agrário. Isso é uma utopia regressiva. É uma visão equivocada eatrasada que está lá dentro do governo.
Existem outras?
Existe um acúmulo deerros, também, de ambas as partes, com esses chamados dissidentes do PT. Esse espetáculo, e v id e n te m e nt e , que não é um bom espetáculo. Éespetáculo de perseguição para tentar resolver as suas con tradiç ões. Queéresolver deformaautoritária, burocrática, de punição.Aquilo era assuntopara ser tratado como divergência. Por que esses setores não podiam votar contra?Agora chegou a um pontoem que existe uma intolerância de parte a parte. Não há ponto de retorno, mas issoé um absurdo desde o começo. Comoé queoPTpratica umaintolerância dessas?Isso é um negócio inquisitorial. Tinha de aceitar a divergência.Énecessário aceitarodebate e nãoquerer impor uma posição.Entretanto,não há tempo de ganhar no debate, é preciso governar.Então, aívai na base da autoridade e vira intolerância.
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Bond. Meu nome é C-Bond. O papel brasileiro que é um sucesso internacional. Pág. 6. Arquivo/DC
PT sem paz e amor. Para Freire. Veja a entrevista com o líder do PPS na Câmara, Roberto Freire, na pág. 3 Arquivo/DC
Epidemia de processos por erro médico na Justiça
Página 10
As grifes dos shoppings desceram a serra para a temporada de verão (e de bons negócios). Páginas 4 e 5
Negócios pelo buraco
Comerciantes reclamam do desvio de fregueses da Av. Cidade Jardim, em obras desde ontem. Página 8
Armazém de memórias
Secos, molhados, bailinhos e memória da 1ª vila operária de SP, Maria Zélia, revisitada nas páginas 12 e 13
Consumidores paulistanos contam com opções de consumo de marcas sofisticadas durante a temporada de férias de verão na praia.
Juliana de Moraes
Sim,o comérciodeveir aonde o consumidor está. Por isso,o Diário do Comércio p erc orreucerca de 150 quilômetros de praias do estado de São Paulo para ver de perto os negócios desteverão. DeMaresiasao Guarujá, passandopor Boracéia, Camburie Rivierade São Lourenço (Bertioga), o que há pelo litoral são milhares de turistas que têm à sua disposição ainfra-estruturacompleta do comércio paulistano. São lojas de roupas famosas, grifesdecabeleireiros eaté o acarajébaiano vendido no
Centro da capital. Tudo é possível encontrare comprar.É o comércio que desce a Serra durante a alta temporada. Agito viranegócio – Na praia famosa pelas noites agitadas, Maresias, a novidade em 2004éo shoppingMaresias Fashion Beach, inaugurado em 27 de dezembro e com previsãodepermanecer aberto pelo menos até o fim do Carnaval.O centrode compras começou a funcionar efetivamente na segunda semanade janeiro e seus administradores queremtornaro empreendimento permanente na região. Com ares e jeito dos shoppings da capital, a clientela en-
contra no localar condicionadopara omaiorconforto elojasde marcascaras. Aresponsável pelo espaço é a França Incorporadora, empresa originalde SãoPaulo."Atéentão, nossas construções eramapenas residenciais, mas encontramos nesta praia a oportunidade de criar um ambiente para satisfazer as necessidades do paulista de classe média alta que frequenta aregião", explica MartaSchajnovitz, sóciaproprietária da empresa.
Locação - Marta explica que oshoppingabriga 60lojasque negociaramsuas locações a partir de porcentagens de vendas, oque pode variarentre
10% e 15% do faturamento no período, mais o condomínio. Elisabeth Ruiz, parceira da Side Play no shopping, conta que éa primeiravez quea loja abre uma filial na praia, mas tem expectativa de atingir uma quantidade de vendas maior do quea delojas permanentes da marca. "Será possível lucrar sobreoinvestimento, queinclui o custo de aluguel e condo mínio, em torno de R$ 2 mil pela temporada". Já Ione Casemiro, gerente comercial da marca no País, diz que a Side Play já teve experiências em outros shoppingsdo tipo."Esteshopping oferece toda infra-estrutura dequeumaunidadede marca necessita. Co nsumidores de outras praias visitam o local, que oferece um conforto
Quando Ronny Gollabek decidiu levar a marca Elemento Acqua de biquínis para o BoulevardMall, centro de comprasde temporadado Guarujá,apostou noapelodo produto, que estaria em exposição no local certo e diante do públicocerto."Isso medaria uma exata idéia da aceitação do meuprodutojuntoaos consumidores", diz a empresária, queinauguroupelaprimeira vez uma loja com as pe
ças de sua confecção. "Mantenho em SãoPaulo, naruaJoão Lourenço(Vila Nova Conceição) um show room para comércio no atacado, masjá vinhaplanejandoa abertura de minha primeira loja para os próximos meses, quando surgiu a oportunidade de descer a Serra e montar um ponto-de-venda no litoral". Vendas - Ronny acredita que valeu a pena. "As vendas estãocorrendodentro daex-
ACARAJÉ A R$ 5. ÍNDIO FATURA COM COLARES.
Durante a viagem do DC ao Litoral Norte paulista, o motorista responsável pelo transporte da equipe de reportagem avisou: "aquela baiana na beira da estrada vende acarajé no bairro da Liberdade, em São Paulo". Judilma Cardoso Néris, a própria baiana, confirmou a informação. Vinda de Itabunas (BA), ela mora na capital há três anos e meio e todos os verões desce a Serra para lucrar mais com a venda do quitute na praia de Boracéia. "Fico do Ano Novo ao carnaval e comercializo
pectativa e estou contente com o investimento", afirma. A empresária,que pagou cerca deR$1 mil por metro quadrado de loja pela temporada,nãotevegastos coma montagem dolocal,jáquetinha o mobiliário disponível. Elatambémtemplanos de inauguração deumaloja Elemento Acquano shopping centerpaulistano Iguatemiou Pátio Higienópolis no segundo semestre deste ano. (JM)
Judilma troca as ruas da Liberdade pela praia de Boracéia do Ano Novo ao Carnaval. Sérgio chega a ganhar R$ 250 por semana com a venda de plantas e colares. Peças são feitas pelas comunidades indígenas do litoral.
minhas delícias por R$ 5, o que significa uma alta de R$ 2 sobre o que cobro no Centro de São Paulo", diz. Ela trabalha para os tios, que compram os produtos e são responsáveis por fazer a massa, o recheio e os camarões fritos que compõem o acarajé. "A única coisa que lamento é a chuva dos últimos dias, que me atrapalharam as vendas", disse a baiana. Todas as tribos – A poucos metros de Judilma, encontrava-se Sérgio Karai Tataindê, índio da comunidade caiçara de São Sebastião, que comercializa palmito pupunha, bromélias, orquídeas e colares típicos de sementes da região. "Não tenho do que reclamar. Com as chuvas frequentes, as
bromélias ficam com as folhagens verdes e vistosas. Por isso estou faturando mais neste ano", diz. Ele conta que suas vendas nessa temporada geram cerca de R$ 250 por semana, o triplo do alcançado no ano anterior. Comunidade - Tataindê explica que os produtos que comercializa são resultado de projetos para a autosustentação da comunidade indígena no litoral. " No caso das bromélias, que vendo por cerca de R$ 20 a unidade em outras épocas, elevo o preço para R$ 30 no verão". Ele diz que aproveita o movimento para trabalhar todos os dias. "Fora de temporada, venho para a beira da estrada apenas nos fins de semana", diz. (JM)
LEI Nº 13.707, DE 7 DE
JANEIRO DE 2004
(Projeto de Lei nº 617/ 01, dos Vereadores
Ítalo Cardoso e Claudete Alves -PT)
Dispõe sobre feriado municipal no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Marta Suplicy, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições
que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 27 de novembro de 2003, decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1º - Fica instituído o feriado municipal do Dia da Consciência Negra, a ser comemorado todos os dias 20 de no vembro, passando o artigo 1º da Lei nº 7.008,
de 6 de abril de 1967 a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º - São considerados feriados no Município da Capital, para efeito do que determina o artigo 11 da Lei Federal nº 605, de 5 de janeiro de 1949, com a nova redação conferida pelo Decreto-Lei nº 86, de 27 de de zembro de 1966, os
dias 25 de janeiro, 2 de no vembro, 20 de novembro, sexta-feira da Semana Santa e ‘Corpus Christi’.”
Art. 2º - A data fica incluída no Calendário Municipal de Eventos.
Art. 3º - As despesas decorrentes da presente lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se
necessário.
Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Marta Suplicy, prefeita Luiz Tarcisio Teixeira Ferreira, Secretário dosNegócios Jurídicos Luís Carlos Fernandes Afonso, Secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico
Prefeitura do Município de São Paulo, aos 7 de janeiro de 2004, 450º da fundação de São Paulo.
Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 7 de Janeiro de 2004.
Rui Goethe da Costa Falcão, Secretário do Governo Municipal
Comodidades incluem corte de cabelo em filial de salão de grife e restaurante com direito a chef canadense cuidando do cardápio
maior, além de um mix de lojas interessante", diz. A rede de cabeleireiros Jacques Janine,de São Paulo, tambémabriu uma unidade no shopping deMaresias, oferecendo um serviço de exclusivodemoto-entrega demanicures e demais serviços de beleza. "E, com exceção aos serviços de massagem corporal,os preços são os mesmoscobrados em SãoPaulo",complementa Murilo Paiva, sócio da rede emSão Pauloe naloja de temporada de Maresias.
Paiva conta que a meta da rede é permanecer na praia o ano inteiro, já que o ponto turístico é frequentado em todos os meses. "Além disso,temos planos de abrirnovas unidades em Ubatuba e Paraty em 2005. Sabemosquehá demanda para esse tipo de serviço. Já estamos presenteshácerca deseisanos em Juquehy e Barra do Una".
Festas - Bruna Paiva, gerente e irmã do empresário,afirma queo movimentoem Maresias foi forte principalmente nos dias que antecederam as festas de Ano Novo. "Apesar de estarem na praia, as mulheres
fazem questãode ter mãos e pés bem tratados, além de manter a depilação em dia".
Rivierae Guarujá – Os shoppings detemporadana Riveira de São Lourenço e no Guarujánão debutaramneste
verão, mas trouxeram novidades para os consumidores. Ambossão operadospela Big Promoções deEventos,empresa especializada em realização deempreendimentos para temporadasdefériase feiras
À vontade, mas semperder classe. Essa é a proposta do restaurante Lafite, inaugurado em25de dezembro,apósoito meses deobrasqueconsumiram R$ 1 milhão e criaram um ambiente ímpar em plena rua principal, "mas sem asfalto", da praia de Camburi. O responsável pelo empreendimentoé RicardoGuirelli, umempresário paulistadosetorderestaurantes, querealizou um sonho de mais de 20 anos."Tinhao terrenohá23 anos, mas só alugava para eventos. Até que encontrei um investidor interessadono projeto", diz o empresário.
Classe A - Guirelli conta que a proposta é oferecer aos turistas demeia idade umlugar com o serviço classe A dos restaurantesdacapital.O cardá-
pio éconduzido pelochef Wesley Norris, que é canadensee contacom 15anos deexperiência em cozinhas internacionais. Ele é parte da equipe do Lafite, que tem todos os seus garçonsebarmanvindos de
A forma encontrada pela loja green4, de produtos para banho, para driblar a baixa temporada de Monte Verde (MG), conhecida peloturismo deinverno, foi partir para o litoral paulista. " D ec i d im o s fazer umaexperiência no Sh op pi ng Boulevard da Praia, empreendimento de temporada daRiviera deLourenço, emBertioga", contaa sócia-proprietária da marca, IsabelBarcellos, quefundouo negócio há dois anos e meio. Segundo a empresária,a rede estáestruturando umsiste-
madefranquias daloja."Estamos satisfeitoscom aresposta que obtivemosdosconsumidores da Riviera.Levamos um produto novo para um público também novo", afirma. Nova linha - Isabel diz que aproveitou a o po r t un i d ad e para lançar uma linhade shampoose hidratantes da marca e espera duplicar as vendas da green4 no período. "Enfrentávamos a baixa temporada de uma cidade de turismo de inverno. Agora vamos manterasvendastambém no verão", diz a empresária. (JM)
Santo André (SP). A casa deveráfuncionar oanointeiroe Guirelliprocura, desdejá,um parceiro paraaconstrução de um hotel nos 8 mil metros quadradosrestantes doterreno que possui. (JM)
comerciais. "Enquanto no Boulevard Mall (Guarujá) estabelecemos umaparceria com Manuel Tavares, proprietário do Casagrande Hotel, em Riviera estamosadministrando o Shopping Boulevard da Praia junto àHQZ, que também promoveeventos", explica Thomaz Soubihe, diretor comercial da empresa. Investimento - O investimento feito no empreendimento do Guarujá girou em torno de R$ 6 milhões,incluindo os gastos com mídia. São 4 mil metros quadrados que abrigam 70 lojas com a expectativa de receber cercade 290milpessoas atéo encerramento da temporada, no Carnaval. Comisso, o resultado de vendas da alta temporada deve ser superior ao de 2003,
quandoo númerode frequentadores atingiu de 250 mil nas lojas do centro de compras. Já oBoulevard da Praiaé resultado de R$ 800 mil em investimentos. Só noprimeiro finaldesemanade funcionamento, sete mil pessoas visitaramo local,gerandoR$150 milemvendas. Oshopping contacom31lojas queesperamfaturar R$ 5 milhões no período, de acordo com dados da assessoria da HQZ.
Igual a São Paulo - Inês Guimil,gerenteda lojaitalianade
jóias esemi-jóias Blue Spirit, diz quea empresa jáestáem suaquintatemporada naRivieradeSão Lourenço.Elaexplica que a loja pertence ao donodafranquia noBrasiletem ointuito firmara marcajunto aos consumidoresque passam suas férias de verão no local. "A unidade de vendas da BlueSpiritdetemporada tem um faturamento similar ao de uma loja de São Paulo, o que por si só justifica a presença do negócio na região", resume a gerente da loja.
8 salas,3 banheiros, garagem p/ 2carros e demais dependências. área construída......200
Inconformados com o espaço conquistado pelo camarão brasileiro no mercado internacional, os norte-americanos ameaçam entrar com uma ação antidumping na OMC.
O sucesso do camarão brasileiro no mercado internacional é oresponsável pela mais recente briga dos Estados Unidos. Inconformados com o espaçoocupadopelo produto oriundo doBrasil, produtores norte-americanos, especialmente osda costa doGolfo do México e no AtlânticoSul, anunciaram que entrarão com uma ação antidumping contra os brasileiros.
A briga, queaté entãoera apenas entre os produtores dos dois países,começa a ganhar contornospolíticos. Issoporque os norte-americanos estão agindo em pelo menostrês frentes: na Justiça, no Departamento de Comércio e se preparam para aação na OrganizaçãoMundialdo Comércio (OMC). A alegação é sempre a mesma: que o governo brasileiro subsidia a produção e exportação do camarão, tornandosuaoferta extremamente danosa ao livre comércio.
O Brasil é atualmente o maiorfornecedor decamarão do mundo,comumaprodução de5.458 quilospor hectare/ano. Já a Tailândia, segundo maiordoranking, registra 3.421 por hectare/ano. Em 2003, os pescados, impulsionados pelo camarão, foram, inclusive, umadas boas surpresasda balançacomercialbrasileira.As exportações do setor até novembro soma-
vam mais de US$ 381 milhões, com expectativas de encerrar o ano em aproximadamente US$420 milhões.Dessemontante, 60% vem das vendas externas de camarãocultivado, que registraram um espetacularsalto de maisde 45% de crescimento efecharam2003 com cerca de US$ 225 milhões, contra os US$ 155 milhões obtidos em 2002. Segundo dados da Associação Brasileirade Criadores de Camarão (ABCC), em cinco anos a produção nacional passou de
7.250 toneladas para mais de 60 mil toneladas.Número queteria dadoinvejaaosprodutores do resto do planeta. Arrogância – Para Itamar de PaivaRocha, presidenteda ABCC, aaçãoanunciada na OMC é fruto da arrogância dos norte-americanos quandose trata de competição. "No Brasil, 98,5% do camarão é oriundo doNordeste. Oclima favorável aliado àtecnologia utilizada eaosinvestimentosdos produtores resulta na alta performance", afirma.
"Isso é puro protecionismo dosamericanos. Ogoverno brasileiro não oferece nenhum tipodesubsídio aocriadorde camarão. Tanto que desde que foi criada a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR), estaé umadas reivindicações dos criadores: que ogovernoolhe maisporeles, criando linhas de crédito especiaise incentivos", dizPedro AlbertoMoreira Leite,diretor de Logística,Infra-estruturae Comercialização da Seap/PR.
Itamar Rocha, presidente da ABCC: ameaças são fruto da arrogância dos produtores norteamericanos quando se trata de competitividade
Paraele, osprodutoresnorte-americanossonham coma aplicação da chamadaleiSuper301,que sesobrepõea qualquer acordo internacional para protegeraproduçãolocal. Mas Moreira Leite acredita que as próprias associações de defesado consumidor dos EUA são contra a ação de dumping sob alegação que o consumidorfinal équevai sofreras conseqüências, já que a produção interna não é suficiente para atender a demanda.
Patrícia Büll
Produtores brasileiros se preparam para contra-ataque
Até novembro de 2003, as exportações depescadossomavam US$ 381 milhões, contraosUS$334 milhõesregistrados em2002. Asimportações atingiram acasa de aproximadamente US$170 milhões no mesmo período, o que resultou em um superávit de mais de US$211 milhões. Nada malparaum segmento que até o ano 2000 apresentava déficit na balança comercial de cerca de US$ 58,8 milhões. De acordo com Pedro Alberto Moreira Leite, diretor de Logística, Infra-estrutura e Co-
mercialização da Seap/PR, alémdo crescimentodas exportações de camarão, um dos motivos para o saldo favorável dabalança foi adiminuição das importações de pescados, que apresentaram umaqueda entre25%e 30%. Parase ter uma idéia, houve uma diminuiçãodeUS$16 milhões (23%) nas importaçõesde bacalhau, além de um recuo de US$ 5 milhões (20%) nas compras de merluza. Quanto à criação da própria Secretaria EspecialdePesca, Moreira Leite não acredita que
tenhainfluenciado diretamente nessamelhora das exportações, mas aposta que ela seráprimordialpara darsustentabilidade a esse crescimento. "Nossa intenção é criar políticasestruturais, inclusivede apoio às exportações, que apresentam um grande potencial de crescimento", salienta. Mercado – Além dos Estados Unidos, destino de cerca de 60% dasexportações de pescados, Europa eÁsia também recebem ospescados nacionais, masem menorescala: 30% e 10%, respectivamente.
Após a confirmaçãodo primeiro caso devaca louca (encefalopatia espongiforme bovina) nos Estados Unidos, o Brasil pretende intensificar as ações que comprovam a qualidade dogadonacionaltanto parao mercadointernoquantopara ointernacional, mostrando que o risco da doença se manifestarno Brasiléextremamente baixo.
Um dosmotivos apontados pelo chefegeraldaEmbrapa Gado deCorte,KeplerEuclides Filho, é o fato do gado brasileiro ser criado em pasto, o chamadogado verde,quenão consome ração animal. Na opinião dele, esta é a oportunidade doBrasilfazeralguns ajustesnas questões da defesa sanitária, reforçandoassim,o
comprometimento com a qualidade esaúde dorebanho nacional. Paraisso, pretende intensificar a implantação do SistemaBrasileiro deIdentificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). Prevenção – "Através das ações e medidas do Sisbov é possível caracterizar a origem, o estado sanitário, a produção e aprodutividade dapecuária nacional,além fiscalizar asegurança dosalimentos provenientes dessaexploraçãoeconômica.Mais doquebuscar novos mercados, queremos reforçar o posicionamento do Brasil, de País livre do risco da doença",diz EuclidesFilho.A intenção éresguardar oBrasil de uma possível retração de consumo decarne bovinaem
decorrência do aparecimento da vaca louca nos EUA. Isso não impede, entretanto, que novos mercadosse abram para o Brasil.Na avaliação do Ministérioda Agricultura,Pecuária eAbastecimento,há possibilidadede crescimento deaté15%nas exportações. Justamente por esse motivo, o governo brasileiro em parceria comrepresentantes dosdiversos segmentosda cadeiasetorial pretendem criar uma forte ofensivapara negociaçãocom mercados potenciaiscomo Japão, Coréia e Taiwan (veja texto ao lado)
O Brasil também intensificará a negociação junto ao governo russo para revisão das cotas fixadas paraa importaçãode carne suína e de frango. (PB)
Tilápia, carpa, truta, atum e alguns peixes nativos, como pintado e pacu,além do camarão, são algumasdasespéciescomercializadas.
Dos mercados já explorados, Moreira Leitediz quea Europa é o que apresenta a maior expectativa de expansão paraos próximosanos."Além das espécies que jáexportamos, aintençãodaSeap/PRé introduzirno mercadointernacional peixes nativos cultivados, como opintado, pacu e surubim, que não possuem concorrência", finaliza. (PB)
Indignação. Essa foi a reação dos criadores brasileiros de camarão àpossibilidade deuma açãoantidumping movidapelos norte-americanos na Organização Mundial do Comércio (OMC)."As justificativas são totalmente infundadas. Os produtores internacionais não entendem que anossa competitividade não sedeve a subsídios dados pelo governo brasileiro e sim pela nossa produção, que ocorre de janeiro a dezembro",dizopresidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar de Paiva Rocha. Mas, mesmo segurosde que sãoabsolutamente inocentes, os brasileiros já adotaram algumas precauções, como a contratação de um escritório de advocacianosEUA,quetem representação noBrasil, paradefender seus interesses. Se a ação realmente se concretizar, eles queremestar preparados para agir. Da mesma forma, de acordo odiretor de Logísticada Secretaria Especialde Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR), Pedro Al-
berto Moreira Leite,o governo brasileiro está atento a todos os movimentose prometeoferecer aos criadoresnacionais todooapoio paragarantiracontinuidade nas exportações. Afinal, osEUAsãoatualmenteo destino de 45% de todo o camarão exportado pelo Brasil. Açãoconjunta – Prova dessecomprometimento é que o ministro da Secretaria Especial de Pesca,José Fritsch, convocou para hoje um encontro para discutir alternativas de defesacontraasmedidas antidumping pleiteadas pelos produtores do Sul dos Estados Unidos. Além dos diretores da ABCC, participarão representantes doItamaraty, Ministérioda IndústriaeComércioe do Ministério da Fazenda. Uma das propostas do governoé descaracterizara denúncia de dumping, mostrando que o País não oferta nenhumtipo desubsídioàprodução de camarão. Trata-se simplesmente da competência dos produtores nacionais aliada àscaracterísticas climáticas favoráveis no Brasil. (PB)
Exportadores de carne querem conquistar mercado asiático
INTENÇÃO É APROVEITAR OPORTUNIDADES GERADAS POR PAÍSES QUE ERAM COMPRADORES DOS EUA
O Brasil enviará uma missão técnica ao Japão, Taiwan e Coréia do Sul no dia 25 de janeiro para iniciar negociações visando a liberaçãodas exportações de carne bovina in natura a essespaíses.Oanúncioda empreitada foi feito na última sexta-feira peloministro daAgricultura,Roberto Rodrigues. "Recebemos sinais de flexibilização por parte do Japão. Estamos mandando uma missão à Ásia parainiciar negociações", afirmou o ministro.
O Japão e a Coréia são grandes mercados para carne bovi-
nae estão procurandonovos fornecedores depoisquesuspenderam as compras de carne dos EstadosUnidos devidoao recentecaso devaca louca.No entanto, o Brasil atualmente só tem autorização paravender carne processada para estes países, que restringema compra de carne in naturadevido ao risco de febre aftosa. Rebanho saudável – Segundo Rodrigues, aproximadamente de 85% do Brasil está livre deaftosa. Alegislaçãointernacionalpermite acriação de áreas livres de aftosa dentro dospaíses.O objetivo doministro é de que os asiáticos aceitem essa regulamentação.
O Brasilterminou2003na liderança dasexportaçõesde carne bovina, seguido por
Austrália e Estados Unidos. ParaRodrigues, seasgestões para abrir novos mercados depois dofoco devaca loucanos Estados Unidos tiverem sucesso, o País poderá elevar entre 10%e 15% asexportações de carnes em 2004,incluindo as de frango e de suínos. "Não hánenhumagarantia deque aflexibilizaçãosignifique vendas imediatas", disse ele, acrescentando que o eventual aumento das vendasde carnes representariam um incremento de aproximadamente US$ 600 milhões aos US$ 4 bilhões exportados em 2003. O ministro afirmou ainda que a articulação para abertura de mercadosde carnedeve tomardetrêsa cinco meses de negociação. (Reuters)
ASeleção Brasileira Sub23 não passou de um empate por 1 a 1 com o Uruguai em sua terceira partida emapenas seis diasno Torneio Pré-Olímpicodisputado no Chile para definir os dois representantesdo futebolsulamericanona Olimpíadade
Atenas.
Depois de vencer a Venezuela por 4 a 0 e o Paraguai por 3 a 0, o Brasil do técnico Ricardo Gomesdominava ojogocontra os uruguaios quando levou o primeiro gol na competição, aos 37 minutos do primeiro tempo: Estoyanoffavançou pela direitae inverteutotal-
mente a jogada para Choy, que ganhou a disputa de cabeça com Paulo Almeida pela meiaesquerda e tocou para Vigneri marcar.
Foi um bom teste para os nervos dagarotada brasileira, que teve de correr pela primeira vez contra um resultado negativo. Logo aos 41 minutos, Robinho empatou,de cabeça, depois de receberum cruzamento na medidado lateral Maicon, uma das estrelas do Pré-Olímpico depoisdo golaçomarcado contraoParaguai emarrancadaindividual que começou no campodedefesa do Brasil.
Nosegundo tempo,o jogo ficou mais equilibrado, embora o Brasil tenha criado mais chances degol do queos uruguaios. O empate não foi de todo ruim porque, com sete pontos ganhos emtrês partidas, o Brasil decidirá aprimeira vaga do grupoAcomoChile, que descansou ontem,temseis pontos em dois jogos e amanhã enfrentará o Paraguai, que ontem venceu a Venezuela por 3 a 1. Os brasileiros folgarão nesta terça-feira, voltando aatuar apenasna quintaparadefinir, contra os anfitriões,qual seleção vaidiretamente paraa segunda fase da competição.
OSantos, vice-campeãobrasileiroe sul-americano, volta hoje ao trabalho desfalcadodeseus principaisjogadores, que estão na seleção sub-23 que disputa o Torneio Pré-Olímpico no Chile. Apesar da ausência de Diego, Robinho, Elano, Paulo Almeida e Alex, o técnico Emerson Leão esperamontar,nestes dias de treinamentona Chácara Santa Filomena,emJarinu, umtimetão ofensivo quanto o do ano passado para a estréia no Campeonato Paulista, dia 21, contra o Oeste, em Itápolis. Leão pretendeaproveitar aausência demeiotime parareforçaramarcação no meio-de-campo com a escalação de Daniel, Claitone Pretoao ladode Renato, avançando os laterais Paulo César eLéo para que participemconstantemente das manobras ofensivas. Renato jogarámais perto do centroavante Robgol, queterá a companhiade Basílio no ataque.
Ganhar o Campeonato Paulista, saindo da fila de 20 anos, e a Libertadores da América foram os dois pedidos do presidente doSantos, Marcelo Teixeira, aosjogadoreseaLeãonavolta das férias. Em busca do duplo objetivo, o clube renovou os contratos de Leão, Renato, Léo, André Luís e Júlio Sergio e contratou osreforçospedidospelo treinador, queainda esperaa chegada de mais um centroavante. QuandooSantos foicampeãopaulistapelaúltimavez, em1984,acompetição era mais valorizada e Renato tinhaapenas cinco anos, maselefaz questão de atender ao pedido do presidente:"Emboranãotenhaa força de tempos atrás, um dos títulos que eu mais quero é o paulista, principalmente pela importância que os dirigentes e a torcida do Santos dão à essa conquista. Além disso, queremosganhar todas as competições do ano."
Diego, Paulo, Almeida e Alex disputam a bola com Ignacio Gonzalez, mas foi de outro santista o gol brasileiro: Robinho, de cabeça
Elano promete voltar ao time na hora da decisão
Depois de uma en torse no tornozeloesquerdo, sendo obrigado adeixaro campo no primeiro tempo dos 3 a 0 sobreoParaguai, osantista Elano continuará desfalcando o Brasil no Pré-Olímpico, mas avisa: "O local está bastante dolorido e um pouco inchado, mas estou trabalhando duro para voltar no quadrangular final".
Vencida a maluquice de uma primeira fase com 80 equipes de todo o Brasil, a CopaSão Paulode Junioresvai finalmente começarde verdade.Sobraram 20 equipes para lutar pelo título que será decidido no dia 25, festa do 450º aniversário dacidade. Aliás,estão definidos 19 dos 20 participantes da segunda fase, pois o Juventus e o Cruzeiro ainda sonhamcom a20ª vaga,que serádecididaemsorteio,hoje àtarde,naFederação Paulista de Futebol.
Mesmo que o Juventus perca a vaga no sorteio, o futebol paulista estará fortementerepresentado nasegundafase da copinha que já foi a mais importante competiçãoentre equipesdebasedo futebolbrasileiro, masvem perdendo importância a cada ano com o número crescentedeparticipantes ea conseqüente complicação dos regulamentos. Serão 13os timesde SãoPaulo napróximafase,queterá osseguintes jogos: Santos/SPxCRBrasil/AL, Primave-
ra/SP x Palmeiras/SP, Serra Negra/SP x Flamengo/RJ, Coritiba/PAxGrêmio/RS, Portuguesa x Comercial, Cruzeiro/MGouJuventus/SP xRioBranco/SP, Fluminense/RJx SãoPaulo/SP, SantoAndré/SPxBotafogo/RJ, Força/SP x Lençoense/SP e Corinthians/SP x Noroeste/SP. Nove das equipes classificadas para a segunda fase da Copa São Paulo venceramtodosos jogosatéagora:Santos, Corinthians, Palmeiras,Serra Negra, Comercial, Santo Andrée Força, todas paulistas, e mais o Botafogo, do Rio, e o CRB, de Alagoas. Nos jogos deste fim de semana, os garotos quevestem acamisa dosgrandes clubes deSão Paulo fizerambonito: o Corinthians bateu o Paulista por 2 a 1, o São Paulo empatou com o ECUS por 0 a 0, o Santos venceu o Joseense por 1 a 0 e o Palmeiras trucidou o São-Carlense por 7a 0. Daquiem diante, cadajogo é uma decisão. Quem perder sai.
CUCA PROMETE SÃO PAULO OFENSIVO
Cuca começa a mudar hoje a fisionomia do São Paulo que está recebendo de Roberto Rojas. O novotreinador já avisou que pretende montar umtime ofensivoe admite escalar três jogadores na frente, como fezalgumas vezesno Goiás com o trio Araújo, Grafite e Dimba. OSão Paulo vaiterLuísFabiano, Grafite e mais um atacante ou pelo menos um meia que chegue bastante ao ataque,como Danilo, Vélberou Marquinhos,quepode ser contratado ainda hoje.
AUCKLAND: GUGA PEGA CORRETJA NA ESTRÉIA
Campeão do anopassado, Gustavo Kuerten estréia hoje no Torneio de Auckland contra o espanhol Alex Corretja, por volta das 4 horas damadrugada(horário deBrasília). O jogo de estréia de Guga já se transformounumclássicodo tênis internacional. Eleenfrentou o espanhol Corretjaoitovezese venceu seis. Aúltima partida que fizeram foi justamente nas semifinais deSãoPetersburgo no ano passado, quando Kuerten ganhou seu último troféu.
recebehoje 12caras novas no Corinthians,entreasquaisos experientes Fábio Costa, Rincón, Rodrigo e Marcelo Ramos, mas está pensandoem promover alguns juniores.
ComdoisgolsdeKaká, alegremente comemorados pelocompanheiro Shevchenko (foto), o Milan venceu o Reggina por 3 a 1, no Estádio de SanSiro, econtinua três pontos atrás da líder Roma no Campeonato Italiano. A rodada de fim de semana, maisuma vez, foi marcadaporgolsbrasileiros: no primeiro minuto de jogo, Mancini fezo 1a 0sobreo Perugiaque manteve a Roma naponta da tabela, com 39 pontos. KAKÁ E MANCINI SALVAM MILAN E ROMA Antonio Calanni/AE *Com Agência Estado e Reuters O goleador Jardel, reserva do Bol-
Foram 8,4 mil pessoas se beijando na boca, em Santiago, no Chile
Dois fotógrafos chilenos superaram seu colega americano,Spencer Tunick,aoconseguir reunirefotografar8.400 pessoasbeijando-se naboca, num parque central de Santiago. Os4.200 casais –a maioria hetero, mas também homossexuais e lésbicas – beijando-se nabocamarcam umnovorecorde noGuiness esuperam a marca do Canadá (1.588).
O tabelião Hernán Torrealba certificou que no domingo reuniram-se cerca de 8.400 no
parque em frente ao Museu de Belas Artes. Osfotógrafos que arrebataramo recordedoscanadenses são María Subercaseaux e Jordi Castell, que foram contratados por uma empresa fabricante de creme dental. Castelle Subercaseaux, montados em duas pequenasgruas, afirmamque nãoplanejavambater um recorde Guiness, mas ficaram felizes porconseguir.Elesbatizaram o evento de BesArte (Bejarte). (AE/AP)
Frio glacial mata 3 e vai piorar
O frio glacial que atingiu os Estados Unidos no fim desemana matoupelomenos três pessoas. E,deacordocomo serviço de meteorologia, os termômetros deverão registrar quedas mais drásticas nas temperaturasnos próximos dias.
No Canadá, onde as temperaturas chegarama 30graus negativos, sete pessoas morreram congeladas.
As mortes provocadas pelo frio,nos EUA, ocorreramsob temperaturas quechegaram a 36,6 graus negativos. Em Baltimore, uma mulherde 56 anos foi encontrada morta, em sua casa. Na Filadélfia, a falta de calefação fez com que um homemmorresse defriodentro de casa.A terceira morte, em Nova York – onde as temperaturas foram de 36,6 negativos –, foi decorrente de um acidente de trânsito. (AE/AP)
Incêndio consumiu milhares de barracos de uma favela
DESABRIGADOS NAS
FILIPINAS JÁ
CHEGAM A 25 MIL
Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas e mais de 25 mil desabrigadas depois que um incêndio destruiu uma favela na capital das Filipinas, Manila, informou o Departamento de Bombeiros. Mais de 2.500 barracos foram totalmente queimados. Investigadores disseram que aparentemente uma vela ou um lampião podem ter provocado o incêndio que durou mais de sete horas antes de ser controlado. (AE/AP)
Um soldado dos EUA morreu edois outrosficaram feridos na explosão de uma bomba na passagem do comboio em que viajavamem Bagdá, elevando para quase 500 o número de americanos mortos no conflitono Iraque.A capital iraquiana foi sacudida, na noite de ontem, por grandes explosões, queforam foramouvidas no centro da cidade. Forças desegurança dos EUA e iraquianas disseram que pelo menos duasgranadasde morteiroexplodiram pertodo Hotel Bagdá. Um representante das autoridades americanas, falandosoba condiçãodenão ter o nome divulgado,disse que não houve vítimas, e que as explosõesocorreram pertoda Rua Saadoun, no centro da capital.Segundo ele,o hotelnão chegou a ser atingido. Protestos– Também ontem, centenas de iraquianos promoveram violentos protestosemKut, asegundacidade sulistairaquiana aser sacudida por manifestações nos últimos três dias – um termômetro da frustração com as forças de ocupação numa região do Iraque considerada amistosa aos americanos.
Maior transatlântico do mundo inicia viagem rumo aos EUA
Levandoa bordocercade 2.600 passageiros que pagaram caro pelo privilégio, o Queen Mary 2 – o maior navio de cruzeiro do mundo – partiu ontem comdestino aosEUA, em sua viagem inaugural. A embarcação de 150 mil toneladas da Cunard Line deixou o porto inglês de Southampton às 16h30 (horário brasileiro de verão) para umaviagem de 14 dias rumo à Flórida. Estaé a primeira viagem do navio com passageiros quepagaram para embarcar.
A festiva viagem inaugural partiucom umahora deatraso."Havia muitomais doque prevíamos", disse Pamela Conover, presidente da Cunard Line. O Queen Mary 2 é aguardado para uma escala no Rio, cujo porto começou ontem mesmoospreparativos para recebê-lo, com uma dragagem próximo ao cais do píer Mauá. O localnão tinhaprofundidadesuficientepara receber a embarcação. (AE/AP)
DECONSULTASDODIAconsultandoasmelhoresBasesdeDadosdo paísatravésdoCPFouCNPJ. NOMEdoemitentedocheque,ENDEREÇOdotelefonefornecido,DATA DENASCIMENTO,NOMEDAMÃE,N.ºTÍTULOdeeleitorpara verificaçãodedadoseevitarorecebimentodechequesfraudadose clonados,proporcionandoaindamaissegurançanorecebimentode cheques. Aceitamosseuequipamentousadocomopartedepagamento. NacompradoequipamentoGANHEaconsultaviaINTERNET. Solicitedemonstraçãosemcompromisso. Informaçõespessoais
O protesto em Kut, que fica a 150 kma sudestede Bagdá, contra autoridades corruptas e a falta de alimentos e empregos,ficou violentoquandoalguns dos cerca de 400 manifestantes jogaram umexplosivo contra forças de segurança, ferindo umsoldado ucranianoe quatro policiais iraquianos, de acordocom otenenteiraquianoZafer Wedad.Tropasda Ucrânia dispararam para o ar e um manifestante acabou sendo ferido, acrescentou.
Críticas – Os distúrbiosnas áreas xiitasse espalharamno momento em que o principal clérigoxiita dopaís, ogrãoaiatolá Ali al-Husseini al-Sistani, criticou a fórmula de transferênciade poderparaos iraquianos apresentadapor Washington.
Uma outra bomba explodiu napassagem deumcomboio dos EUA em Ramadi, a oeste de Bagdá, mas osmilitares anunciaramque nenhumamericano ficou ferido. Moradores disseramquedois iraquianos foram mortos quando os americanos abriram fogo depois de serem atacados.
Num protestosemelhante sábado em Amarah, tropas bri-
tânicase policiaisiraquianos dispararam contra os manifestantes, matando um e ferindo pelos menos 11.Domingo, centenas demanifestantes confrontaram-se comas forças britânicas.
O Exército dosEUA disse que seus soldados mataram setede cercade40 membrosde umagangue,que queriaroubar petróleo de um oleoduto, nosulde Samarra,100kmao norte de Bagdá. (AE/AP)
Presse/AE
A liberaçãode papéispara a retiradade passaportes,pelos iraquianosquedesejam irem peregrinação a Meca, promete ser das mais complicadas. Ontem, os iraquianos que aguardam emuma filamostravam irritaçãodiante doscritérios que as forças de ocupação pretendem adotar. Serão sorteados apenas30 miliraquianos, através de uma espécie de loteria. Os contemplados vão ter a chance de realizar a peregrinação, um dos cinco pilares do Islãexigidosqueo muçulmano realize uma vez na vida. A Arábia Sauditaestá sepreparando para um fluxo de dois milhões de muçulmanos. (AE)
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O objetivo é utilizar uma área exclusiva para empresas que queiram fazer lançamentos, palestras, exposições e workshops para clientes que adquiriram modelos da operadora. A loja, em Curitiba, tem 600 metros quadrados de área
Acima, a fachada da primeira Concept Store da TIM, inaugurada no final do ano passado na capital paranaense. Nela, as demonstrações de novas soluções da operadora serão um evento à parte. O visual arrojado das instalações contribuem para o clima futurista
Testar os produtos em todas as suas potencialidades, comparandoos comoutrosmodelossimilares ou concorrentes antes de comprá-los é a proposta da primeira Concept Storeda AméricaLatina, oEspaço TIMGSM, quefoi inaugurado neste fim de ano em Curitiba. Além de celulares para a rede GSM de quatro fabricantes–Motorola, Nokia,SiemenseSony Ericsson–,aloja, que tem 600 metros quadrados, possui ummini auditório e um espaço próprio para eventos de empresas que queiram fazerlançamentos, pales-
tras e exposições. Aosclientes daTIM,serão oferecidos workshops(cursos) específicos para aparelhos comercializados pela operadora. Diferentemente do conceito de mega store, em que o cliente fica umpouco perdidoentre tantas ofertas, a nova loja, segundo o presidente da TIM Sul, Álvaro Moraes, é voltada para a demonstração de novas soluções emtecnologia, onde o consumidor pode testar os aparelhos,algunsdeles queainda nem chegaram ao mercado. Os celulares ficam divididos em quatro áreas de soluções: foto, vídeo, games e business.
Entreos destaques,estãoos modelos da Motorola que devem chegar em breve para GSM: o V600, o V300 e o E380, todoseles com internet por GPRS (velocidade de umalinhadiscada) ,displayscoloridos e capacidade para enviar mensagensmultimídia (com imagens e sons). O V300e o V600 têm câmeras digitais embutidas, e duplo display (interno e externo) para identificar as chamadas de forma mais fácil. Têm jogos, tons polifônicos e papel de parede. O V300 é feito com uma textura emborrachadapara permitir mais conforto.OE380 vibra,tocae
Estáaberta atemporadade caça às vagas nos cursos de graduação e pós-graduação para quem busca especialização na área de TecnologiadaInformação.Enquanto amaioria aindaprogramaas férias,os profissionais de TI passam o augedoverão àsvoltascom históricos escolares, currículos e revisão de conhecimentos paraostestes quepoderãogarantir a sonhada vaga.
O esforço é grande, mas vale a pena. Um diploma superior, uma pós-graduação ou um MBA despertam a atenção dos gerentes de Recursos Humanosnaanálise decurrículose podesignificar saláriosbem mais polpudos.
Segundo as consultorias, um gerente de Informática ou TI de média ou grande empresa ganhaentre R$7mileR$11 mil mensais; já o salário de um CIO (Chief Information Officer), cargomáximo emTI, varia de R$ 17 mil a R$ 25 mil.
Quem tiver no currículo uma certificação PMP (Project Management Professional), reconhecida mundialmente, temaindamaischances dese tornar umrequisitado gerente de projetos, profissional raro no setor. Por isso,as instituiçõesdeensino deTIestãoinvestindo em cursoscom a metodologia do Project Management Institute (PMI).
Senac tempós e MBA– Na FaculdadeSenac deCiências Exatas e Tecnologia, localizada na Vila Romana, zona Oeste de SãoPaulo, asinscrições parao processo de seleção para a pósgraduaçãovãoaté 23dejaneiro. Os programas de Lato Sensu concentram-se em segurança de redes e sistemas, tecnologiasderedes etelecomunicações e computação gráfica.
JáoMBA emBusinessIntelligence é para quem exerce funções executivas, para o desenvolvimento de processos de negócios com base em sistemas de informação inteligentes.
Asmensalidades variamentre R$ 475 e R$ 670 e a maioria dos cursos tem duasaulassemanais. Os candidatos podem fazerainscrição onlineou no campus (Rua Tito, 54). Taxa: R$ 50. Mais informações pelos fones 3868-6900,0800-8832000ou www.sp.senac.br/ posgraduacao. O preço datradição – Tradicionalceleiro de talentos,a PUC de São Paulo programou criteriosamente o MBIS (Master Business Information Systems) Executivo em Ciência da Computação. Ele dura um ano, mais seis meses para o término da monografia. São 500horas-aula, sendo 107 de palestras e seminários e 60paraa monografia.Mas o preçoé desalentador: R$21.296, ou 11parcelasde R$ 1.936 com reajustes. Inscrições nosite www.mbis.pucsp. br ou no campus da rua Marquês de Paranaguá, 111,na Consolação, fone 3256-1622. Dinheiro de volta – A Faculdade ImpactaTecnologia (FIT),voltada à formação de gerentes e diretores em TI, está com inscriçõesabertas até23 de janeiro para o vestibular dos cursos de graduação(4anos) emAdministração comênfase em TI (GATI) e em Sistemas de Informação (GSI). A Impacta oferece ainda cursos de pós-graduação Lato SensuIBAs (ImpactaBusiness Administration) e o MBA em "EduComunicação e Tecnologia. A taxa de inscrição é de R$ 90e aImpactadevolve odinheirocasoo candidatonão
sejaaprovado. Maisinformações na central de atendimento,na ruaArabé,71, VilaClementino (metrô Santa Cruz) ouno sitewww. impacta.edu.br.
Para quem tem pressa –Vão até 21 de janeiro as inscrições (R$35)paraoprocesso seletivo doInstituto Brasileiro de Tecnologia Avançada - IBTA, que tem cursos superiores detecnologia em Análisede Sistemas de Informação, Bancos de Dados, Redes de Computadores e Web Design. Autorizados pelo MEC, eles têm duração menor –dois anos e meio– que os cursos de bacharelado.Inscrições pelosite www.ibta.com.br ouno Centro de Treinamento Vergueiro (Rua Vergueiro, 1.759), fone 0800-881-1818
Práticas do PMI – Na Faculdadede Informática eAdministração Paulista (Fiap) a seleção vai até 28 de janeiro. A taxa é deR$ 45 eentre oscursos de graduação estão: Sistemas de Informação; Tecnologiaem Desenvolvimento de Software; Administração com habilitação em Sistemas de InformaçãoGerencial,Gestão deNegócios ou Tecnologia da Informação. Na área de pós-graduação, há o MIT (Master in Information TechnologyProgram)e cursosLato Sensucomo Gestão de Projetos com as Práticas do PMI. A Fiap fica na av. Lins de Vasconcelos, 1.264, Aclimação, fone 3385-8000. O site é o www. fiap.com.br. Rachel Melamet
Nesta edição, excepcionalmente, não publicaremos a coluna de Guido Orlando Júnior
piscaaoritmo da campainha escolhida pelo usuário e o flip é transparente.
Os modelos da Sony Ericsson para o mercado business são o T610e 0 P800, quejá estãoà vendadesdesetembro. Com câmera integrada, o T610 é o principal produto da fabricante, eum dosmenores modelos com câmera do mercado, embutindo o conceito QuickShare, paraqueasimagens sejam compartilhadas de forma rápida entre os usuários.
Já o P800 é um híbrido de celular com funções de PDA, apropriadopara osexecutivos muitoocupados equepreci-
sam de umaparelho único para telefonar,acessar e-mails, digitar textos, navegare ainda sedivertirumpouco comjoguinhos e vídeos (Men in Black 2 e Stunt Run) em 3D.
Na mesma linha dePDA comcelular, aSiemens está mostrando e testando no espaço TIM o seu mais novo produto,o SX1, lançadorecentemente naEuropa, com jogos em Java e sistema operacional Symbian, alémde umconjunto deaplicações corporativas, incluindo sincronização infravermelha ebluetooth.OSX1 só chegaao Brasilno primeiro trimestre de 2004, mas os con-
sumidoresjá podemtestaro produtona lojada TIM,assim comooMC60 eoC60,que também embutem câmeras fotográficas. A Nokia estámostrando a sualinhaGSM como3650,o 7250i e o 6100, todos operando em três bandas.Odiferencial do modelo 6100 da fabricante é que dispõe tambémde uma carteira móvel para transações seguraspelo browserWap. O módulo Wireless Identity Module habilita a assinatura eletrônica e inclui uma chave (WirelessPublic Key)paragarantia de segurança.
Bárbara Oliveira
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Criações interativas que utilizam recursos de alta tecnologia convidam o público a decidir os destinos dos personagens junto com os atores e o diretor do espetáculo Fotos: Paulo
Por Rachel Melamet
Uma nova e inesperada dupla surge nos palcos paulistanos e promete revolucionar tudo: cenários, roteiros, relação atores-público e até o espaço físico das platéiasde teatro.
Computador e internet entramemcena, conectadosa Aristótelese Bertold Brecht pela criatividade do ator, autor ediretor teatralToniD'Agostinho, fundador do grupo Teatro do Espelho, da Cooperativa Paulista de Teatro, em parceria como atore músicoWillian Germano.
Ligados eminformática desdeotempodos computadores MSX, os dois decidiram unir seus conhecimentosde artes cênicas e tecnologia da informação num projeto de atividades interativas –batizado de "Viagens Insólitas"– cujatônic aéamesclade várias linguagens: teatro,internet, RPG (Role Playing Game),
música ao vivo,artes plásticas e literatura.
Inicialmente desenvolvidas paraa mostraArtesLatinidades do Sesc, em agosto passado,as cyberpeças sãoadaptações de textos clássicos apoiados na narrativa dramática ondeos espectadoresdecidem sobrequestõespropostas e mudam o destino da história. Para que possam se informar sobreo temaantesde tomaras decisões,terminais decomputador conectadosà internetficamà disposição para pesquisas. O link é feito pelo ator/narrador que coordena a ação.
SegundoToni D'Agostinho, o objetivo é resgatar o hábito de contar histórias, incentivar a utilização dos mecanismosde busca na internet, proporcionar aos espectadores um exercíciointelectual ecriativo –alémdoentretenimento– e servir comoprimeirocontato entre público e obras clássicas.
Desafio – A idéiade misturar teatro e informática saiu do virtualpara o realquando o
Sesc propôs ao Teatro do Espelhoque montasseumaperformancecombase emumautor latino paraa Mostra Sescde Artes Latinidades. D'Agostinho logo pensou em "A Divina Comédia", deDante Alighieri, e escolheu o "O Inferno".
Como também é artista plástico ecaricaturista, Toni fez diversosdesenhosqueforam trabalhados no computador por WilliamGermano para serem projetados num telão, àmedida queapeça sedesenvolvia numa mistura de palco e lan house nos espaços de Internet Livre do Sesc, onde o público tambémvia asimagens nas telinhas dos PCs. O evento fez sucesso entre adolescentese adultos,que se divertiram representando um grupo de aventureiros cujo objetivo era ajudar Dante a sair da dimensão infernale voltarao mundo da superfície. Emseguida veioamontagemde"Os Argonautas", no SescPompéia,onde aplatéia juntou-seaoherói Jasão,da
Durante o espetáculo, diretor, ator e público interagem e criam o desenvolvimento e o desfecho da trama proposta
mitologiagrega,na procura pelo Velocino de Ouro. A busca na internet foi utilizada para responderquestões mitológicas contidas no enredo.
Linguagem híbrida – À primeira vistapodeparecer apenas mais uma atividade multimídia. Mas o cyberteatro exigiumuitapesquisaaté que se chegasse à linguagem ideal. "Aristóteles analisou a tragédia grega esintetizou as chamadas 'leis dodrama' que valem até hoje. Nestes roteiros, utilizamos elementos da poética aristotélica formando um híbridocom aestética doteatro épico ou dialético de Bertold Brecht",explica Toni D'Agostinho. Basicamente, Aristóteles aponta que há acúmulode emoção e identificação com os personagens durante uma peça, enquanto Brecht quer"a justa emoçãoe anão identificação,paraque sepossajulgar e raciocinar diante dosfatos". Nalinguagem híbridadascyberpeçasdo Teatrodo Espelho, aparte aristotélica pode ser encontrada no RPG, enquantoocomputadorea internet geram o distanciamento proposto por Brecht.
Ataque Cyberpunk – I n t electualismosà parte,ocyberteatro é umadiversão e tanto. Que o diga a galerinha que esteve sexta-feira passada no espaço Internet Livre do Sesc Vila Marianae participou do primeirocapítuloda saga "Ataque Cyberpunk",uma ficção científica urbana no estilo "Blade Runner, O Caçador de Andróides". Nocomeço estavam todos tímidos diante da figura do narrador, Tim D'Agostinho num longo sobretudo preto comoo de Neo,o heróide "Matrix", postado no centro de um círculo formado por 14 computadores. Num telão, imagens montadas em Macromedia Flash mostram a grande metrópole, especificamente a Av. Paulista. "Estamos em 2104, século XXII,e os computadores são ligados diretamente ao cérebro do usuário, os clones humanos tornaram-se apenas maisum elemento do cotidiano e a vida étotalmente dependenteda tecnologia", diz o narrador. Para regular as relações humanas existe umgrande computador cujo sistema operacional se chama "Justiça",que tomou
olugar dejuízes eadvogados, além de comandar uma polícia totalmente informatizada. O conflito sedá quandoo grupo chamado "A Resistência", cujo ideal éa voltados humanosao poder de decisão, resolve sabotar o grande sistema. A platéialogo entrano clima. Crianças quenão sabem navegar na internet também participam, auxiliadas por monitoresdo Sesc.É umcorre-corre dos PCspara o palco, paraser piloto, atirador de mísseis,matar oumorrer. Quem "morre" vai para o "panteão deheróis"econtinuaassistindo ao espetáculo.
"Ataque Cyberpunk" prossegue nos dias 16, 23 e 30 de janeiro, às 17 horas, no espaço Internet Livre do Sesc Vila Mariana(ruaPelotas, 141), com entrada grátis. Aniversáriode Sampa – A metrópole que comemora 450 anos dia 25 de janeiro também terá sua cyberpeça. "Aventura emSãoPaulo" seráencenada pelo TeatrodoEspelhonos dias 22, 24 e27/01 (quintaàs 11h, sábadoàs 13h eterçaàs 15h)no Sesc SantoAmaro –rua Amador Bueno, 505, telefone 5525-1855.
Durante o espetáculo, a platéia é convidada a acessar a internet para ajudar os atores a resolverem enigmas
O cyberteatro já está disponível para empresas que quiseremutilizar anovidade para animareventos internoseexternos. O grupo Os Peripatéticos,formado pela mesma equipe do Teatro do Espelho e comartistas convidadosdependendodo tipodetrabalho solicitado, realiza peçasteatrais temáticas, performances e intervençõesparaatrair público em feiras e congressos. Toni D'Agostinho é o dramaturgo responsável, autor também das divertidas "Palestras Peripatéticas", capazes dequebraro geloedescontrair atéos mais sisudos executivos reunidos em situações estressantes. Dono de um currículo impressionante para seus 29 anos deidade,D'Agostinhojá ganhouvários prêmios,entre eles o de Literatura Infantil, da Editora Melhoramentos,eos de Melhor Espetáculo no VIII e
no IX Festival de Teatro do Estado de São Paulo. Formado emArte Dramáticapela Fundação deArtesde São Caetanodo Sul,fez cursos dedramaturgia comChicode Assis noprojeto AçãoDramáticaeescreveu peçascomoo épico"Inqui$ição", acomédia infantil "A Cor que Ninguém Conhecia", o monólogo "Insanus S/A"e odrama infantil"A Incrível História do Homem que Não Ria". Dirigiu "O Auto da Compadecida" e"A Bela Adormecida". Atuou em peças como "OHomem deLa Mancha", "A Moratória"e "Fulano de Tal, Fiscal Federal". Escolha o tema – Para ter uma cyberpeça de teatro exclusiva paraolançamento deum novo produto ou serviço, basta a empresa informara D'Agostinho qual é o tema e disponibilizar um espaçopara a encenação ondeseja possíveladap-
tar o telão do cenário e onde haja um número compatível de computadores conectados à internet. Os Peripatéticos providenciamroteiro, atores, trilha sonora e arte gráfica. O grupotambém oferece atividades interativaspara eventosinternos de motivação, trabalhoem equipe,criatividade, segurança e prevenção de acidentes e excelência no atendimento. Outraatividade muitoprocurada pelosempresáriosé a caricatura, um diferencial para atrair e distrair público e convidados em estandes de feiras e congressos. Na carteira de clientes dos Peripatéticos figuram empresas como Canon, Ericsson e Hotel Toriba.Os contatospode seriniciadospelotelefone (11) 6121-7933 ou atravésdo site www.osperipateticos. com.br. (RM)
Essareunião de Monterrey, como outras reuniões similares ou não, acabará comoteve inicio,istoé, emnada. Provavelmente uma Carta deMonterreyouuma declaração conjunta de todos os chefes de Estado, para justificarema presença noencontro de interesse dos povos da América Latina, embora a maioriados presentes, com mandatos no continente, poucoou nadaconhecemda AméricaLatina,para todos eles, acomeçar porLula, um ilustre desconhecido. Escrevi um livro alentado, o que não é de meu feitio, que prefiro produzir obrasde tamanho médio, para encorajar o leitor a abrir as páginas e ler o que escrevi, com fundamento nas fontes que consultei. Afirmei, nesse livro, que a democracianãose adaptava totalmente, comoo exemplo americano gostaria deser copiado, no continente, por sua formação, sua colonização e seus desdobramentos,a maioria contra o primado da história. Sirvadeexemplo a vida de Bolivar, e outras vidas todas em sentido contrário. Nãoadianta, portanto, a presença dos Estados Unidos, poisde todasas reuniõesque foram realizadas no últimos cinqüenta anos pouco restou
de aproveitável, senão o papel, que ainda teria utilidade sefosse reciclado. Não estou fazendo brincadeira com coisa seria, umareunião de chefes de Estado com responsabilidade constitucional nos países para os quais forameleitos.Estou, simplesmente, apontando a realidadecomo o recurso para a interpretação de encontrosde chefesde Estado e seus problemas. O continente inteiro precisa, sim, de uma reuniãode chefesde Estado, mas todos aplicadosa debaterem, durante os dias que forem necessários, os problemas que o continente enfrenta equese têm agravado, como os peruanos, os argentinos, os brasileiros - mais partidários, em nosso caso, do que estruturais -, pois os povos do continente sofrema ação dosgovernos inorgânicos que lhes deram as eleições, inclusive noBrasil. Apesarde Lula contar com a maioria do eleitorado, vale dizer dopovo.Éminhaopinião a respeito desse encontro, para o qual se deslocou Lula,comseu séquitoesuas propostas.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Nivaldo Cordeiro
C ada notíciaque vema público sobre o balanço econômico de 2003 faz a sensação de fracassoaumentar. Sejaa queda do consumo de combustíveis,sejaa reestimativa do da taxa de crescimento do PIBparabaixo, sejaa taxa de desemprego,seja aquedade consumo dos principais produtos populares. As exceções deregra estão presentes, claro: o setor exportador foi bem, o bancário idem, a arrecadaçãogovernamental nuncafoi tamanha.
Como se vê, o que podemos comemorar na verdade são fontes delamento, umacontradiçãoem termos.Crescimento da renda governamental é sinônimo de empobrecimento coletivo; crescimento darenda dosetor financeiroé sinônimo desua disfunção;o crescimento do setor exportador, sem crescimento das importações, ésinal de empobrecimento do país e seu efeito líquido é a transferência de parteimportante dapoupança nacional parao exterior. Ficamos mais pobres. Até mesmo a boa notícia da redução dainflaçãoéalgo muito circunstancialetransitório, na medida em que desequilíbrios sérios nos preços relativos foramjogados para frente, adiando pressões inflacionárias inevitáveis.A queda da inflaçãose deu àcusta dos preços dos produtos dos setores competitivos, especialmente de serviços, em benefício dos produtores oligopolistas. Projeta-se para o ano que entrou uma tentativa de manter essa situação, na medida
em que a projeção do crescimento dos preços dos combustíveis é o dobro da taxa esperada de crescimento dos preços. Além disso, a nova Cofins carrega consigo uma pressãoinflacionáriade impacto ainda não calculado. Não creio que os setores oligopolistas como um todo elevemseuspreçosmenos do que ainflação. Comoos setorescompetitivos estãocom suas margensmuito deprimidas, emalgum momentoterão querevê-las para cima. Uma outra pressão que detecto é a elevação dos preços das commoditiesnomercado internacional.A soma de todos esses fatores me leva a acreditar quea questão dospreços poderáser uma surpresa desagradávelpara osbrasileiros em 2004. Quanto ao crescimento do PIB, é preciso também ter muito cuidado com as estimativas. Qualquer recuperação da economia como um todo só poderá sedar ao custodo sacrifício do saldo da balançacomercial, meiocaminhoandado para se construir uma séria crise cambial. O resumo de tudo équeoBrasilnãopode crescer sem que o grande óbice ao desenvolvimento seja sacrificado. No caso, o tamanho o gasto estatal. Os atuais governantes nãoterão condiçõespara fazeronecessário, sobretudo levando-se em contaque vivemosum ano eleitoral.As nuvensnohorizonte são escuras epressagiam uma tempestade.
Nivaldo Cordeiro é economista e Mestre em Administração de Empresas
Em recente entrevista para um jornal, o professor Gianetti, do Ibmec,respondendoapergunta formulada pelo jornalista sobre como andava a economia do Brasil, deu a seguinte resposta: "O Brasil vai bem na macroeconomia e vai mal na microeconomia". Esta resposta curta e grossa define com muita clareza a situação atual do Brasil. De fato, as contas externas vão bem, a inflação está sob controle e a economia internacional está no rumo certo. Mas, no que diz respeitoa microeconomia,que se refere aosetor produtivo interno,ahistória ébemdiferente, ela vai mal. Amicroeconomia atingiudiretamentea saúde dosempreendedores e empresas nacionais, queoperamnomercado interno,porque elas foram obrigadas asuportar oônus do custo macroeconômico, penalizada com uma carga tributária excessiva paraosnossospadrões. Fazem parte da microeconomia,a indústria,ocomércio, os prestadores de serviços, a agricultura e a pecuária, os profissionaisliberais etodas asdemais atividades produtivas. Esta é principal causa que levou o setor produtivo a enfrentar tantas dificuldades nos últimos anos. Para se ter uma melhor visão
dessa triste realidade basta destacar asseguintes situaçõesque recaem sobre os empreendedores: o Estado só tem conseguido sustentar suas contas, transferindo o ônus público para os contribuintes, que, em forma de tributos,responde poruma carga direta que gira em torno de 37% do PIB, beirando o confisco quese praticava na idade média;nossas empresas,particularmenteas depequenoporte, não conseguem obter financiamento compatívelcom a nossa realidade atual, não só em razão dos juros ainda elevados, como tambémpelas exigências cadastrais acima do normal. Para piorar o quadro, o país ainda insiste emviver uma burocracia retrógrada, obrigando as pequenas empresas a gastarem seu tempo e sua energia, em controles fiscais e preenchimento de formulários complicados, em detrimento da produção e esforço devendas. Resultado,a maioria dessas pequenas empresas se tornam inadimplentes porobrigações acessóriasesujeitas a autuações absurdas e de duvidosa legalidade. Por fim, o setor público transferiupara opequenoempreendedor um pesado ônus de naturezatrabalhista,que desestimula a contrataçãode
Arnaldo Niskier
É sempre agradável conversarcomoescritor RodolfoKonder. Emborarelativamente jovem, tem uma vida movimentada,parte noexterior, por conta de antigas e superadas convicçõespolíticas. Experimentou agruras de que não se arrepende, masque nãodesejarepetir pornada deste mundo. Hoje, a sua fixaçãoéJorge LuizBorgesenão mais Karl Marx. Pois ele me fala do desejo de retomar o Congresso Brasileiro de Escritores, perdido em algumadata passada. Tem o apoio da União Brasileirade Escritores,soba presidência de Cláudio Willer e possivelmente do UniFMU. É uma necessidade, ainda mais quando se registraque está em fasecrescente onúmero de escritores brasileiros.Não se pode afirmar que se vende mais livros do que nunca, a crise econômica não permitiria isso, mas o exercício da escrita é cada vez maior,para o bem daculturabrasileira. Houve uma síntese feita no Congresso BrasileirodeEscritores de 1985, em SãoPaulo, que merece uma lembrança,pela importânciados temassuscitados e o seu teor altamente democrático. Vejamos esses compromissos assumidos naquela oportunidade e que poderiamagora serenriquecidos de novos conceitos: - defender asliberdades democráticase a manifestação do pensamento em todas as suas formas, sem preconceitodeclasse, sexo, ideologia, raça, cor, nacionalidade e religião;
-proporo livreacessoatoda informação a respeito do
cidadão que,a pretextode controle ou fiscalização do Estado, possa ser anotada, arquivadae utilizadaporqualquer autoridade pública; -propor areforma daatual Lei do Direito Autoral; -proporaelaboração de uma nova política cultural, democráticae aberta,pelaqual oEstado incentive eapóiea criação literária, artística, científicae garantaà produçãonacional acesso permanente aos meios decomunicação de massa; -exigir ocumprimentodos preceitos legais referentes à Educação, consideradaa sua prioridade;
- exigir dospoderes públicos a defesa e proteção do patrimônio cultural, artísticoe ecológico do País;
- defender o acesso do trabalhador à terra e ao emprego; - reafirmar a posição em defesada autodeterminação dos povos, da paz entre as nações e do desarmamento nuclear;
- renovar o compromisso de luta pelo prosseguimento doprocesso democráticodo Brasil.
É claro quemuitas reivindicaçõescontinuarão aserpostuladas, a quese deve acrescentar, sem dúvida, outras mais,renovadaspelo movimento cultural brasileiro. Pode-se exemplificarcom aampliação dasbibliotecas públicas, a atualização dos acervos, o aperfeiçoamento dasescolhas oficiais de livros didáticos ou não.Aindahá "panelas"a serem desmanchadas.
Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras
AscartasàRedaçãopoderãoserencaminhadas,também,por e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou pelo fax (0xx11) 3244-3046. As cartas poderão ser resumidas pela redação, publicando-se, apenas o essencial.
Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800 caracteres,sedigitados, ou 40 linhas de 70 toques cada,se datilografados.
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UV - Unidade de Vendas - Fone: 3244-3993
Gerente: Roberto Brizola Martins
novos empregados,tornando maisdifícil ageraçãodeempregos dequetantoo Brasil precisa. Todosestes fatores e outros mais, aqui não abordados, só servem para desestimular o talento de nossos empreendedores,dificultar asobrevivência da pequena empresa, impedindo-osde contribuíremmuito maispara ocrescimento de nossa economia interna, auxiliar na geração de trabalho e promover a verdadeira distribuição de renda. Por tudo isto, se o governo de fato quiser gerar mais empregosterádesimplificar oatual sistema,removendo osentraves burocráticose ficais,resultantes de uma política ultrapassada do século passado. O bom seria simplificar a gestão das pequenas empresas,a exemplo doque fez aItália, nadécada dos setenta; lembrando que aqui são elas que ainda respon-
dem pormaisdenoventa por cento dos empregos ativos. Comoteria sido bomseo presidente Lula, em sua reunião ministerial do dia07,pudesse ouvira experiênciadepessoas como, o professor José Pastore, sobre as relaçõesde trabalho; o presidenteda ACSP,dr. Guilherme Afif Domingos,sobre a participaçãodasmicrose pequenas empresas; e também o parecer de alguns notáveis tributaristas patrícios, que são tantos e,para não cometerinjustiça,deixo denomeá-los. Quem sabeassim,ogoverno não conseguiria iniciar uma novaetapa,com ageraçãodos milhõesde empregosnecessários para atender a nossa juventude que todos os anos chega ao mercado de trabalho.
Cidade mal amada
São Paulo vai completar 450 anos de fundação no próximo dia 25.Os principaisveículos de comunicação têmfeito sériesde reportagensmostrando os mais diversosângulos da vida daquela que jáfoi a paulicéia desvairada,o berço da modernidade, a cidade que mais crescia no mundo e o orgulho de cada paulistano. São Paulochega aos450 anoscomoumacidade feia,maltratada,destratada, esgotada e mal amada.
Paradoxo É difícil entender.Cada paulistano ouvido sobre a cidadetemsua históriade amor, de bem querer, relacionadaàcapitalpaulista. Tem orgulho de algum modo, mas, ao mesmotempo,expressa profunda vergonha por aquilo em que a cidade se transformou: um amontoado de gente desordenada, mal dirigida, com péssima qualidade de vidae semnenhumapegoou vontade de melhorar onde vive. Odiscursopodeserde amor, mas a prática mostra que nenhum morador da cidadese senteenvolvido ou comprometidocom oatode dela cuidar, preservar, melhorar, sua quadra, que seja. É uma generalização perigosa, masnuma cidadeonde toda proporção é exponencial, vale como licenciosidade poética. Sobrevivência São Paulo ao longo de seus 4 séculos e meio de existência acolheu bem toda sorte de gente que paracá acorreu. Eu mesmo sou nascido na ProMatre da avenidaPaulista, mas neto de imigrantes que no final do século XIX vieram para oBrasile SãoPaulo em buscadeuma vidanova.Sou paulistano da gema, orgulhoso e preocupado com a cidade onde vivojáhámeioséculo.
Sim, há um rasgo de lembrança emminhamente dafesta do quarto centenário, mal saído era das fraldas. Vivi minha infância e parte da adolescênciaaindanuma cidade onde as desproporções e os destratos eram bem menores.
Eu acuso
São responsáveis pelo estado geral de miserabilização da cidade cada uma de suas autoridades,de quepoderforem, quenos últimos30 anossimplesmente pararam de pensar acidade ordenada,planejada e habitável, para se dedicar à politicalhae aoexercíciodo poder em função de interesses diferentes dosde simplesmente governar acidade. São responsáveis também cada cidadão morador mais antigo, imigrante e migrante que trataram apenas de sobreviver, mesmo àscustas dosacrifício da própria cidade,sem se importar com sua deterioração.
Forma de salvar
Se ainda houver possibilidade, se ainda houver condições para que São Paulo, a partir de seus450 anos,voltea seruma cidade melhor, menos caótica eabandonada, aoportunidade está nas mãosde cada pessoa que de fato se importe com olocal ondemora. Bastaque cada um comecea cuidar de suarua,de suaquadra,desua comunidade, como se fosse a extensão desua casa.É simplesassim. Porqueoexemplo disseminado gera um sentimento maior derespeito que vai obrigar os governantes e políticos a serem mais responsáveis. Pode ser uma visão romântica, mas é um primeiro passo para resgatar o patrimônio quenossa cidade representa. E melhorar a vida de todos que nela habitam. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
EYMAR MASCARO
Marta Suplicy foi sabatinada ontem na rádio Bandeirantes pelos jornalistas Fernandinho Vieira de Melo, Maria LídiaeSalomãoÉsper.Candidata àreeleição,aprefeitarepetiu as promessas de todos os partidos.
Mas,o quedemaisimportante foiditoéque Martarepudia Maluf,o malufismo e os malufistas. Trocandoem miúdos, a prefeita não quer os votos malufistas nas eleições de outubro.
Portanto, o caminho está abertopara o governador Geraldo Alckmin costurar a candidatura de Serra com o apoio de Maluf, caso o ex-prefeito não queira ser candidato mais umavez.Malufé,talvez, oúnicopolítico,emSãoPaulo, com capacidadede transferirvotos. ElegerPitta foicomo eleger um poste.
A últimapesquisa quechegou aoconhecimento dostucanos é que Serra e Maluflideram a preferência do eleitor, mas a prefeira Marta Suplicy está coladinha nos dois. Maluf e Serra estão com 20% de índice de intenção de voto e, Marta,18%. SemMalufnopáreo, Serrasobepara28%. OPT corresério riscodeperdera eleiçãoseAlckmine Malufse entenderem, principalmentese o PP indicar um vice na chapa tucana.
ENCONTROS
Alckmin e Maluf já conversaram duas vezessobre a sucessão municipal.Nãose sabe o que ficou acertado entre eles. Duas coisas lógicas: 1- Difìcilmente um candidato tucanoganha aeleição de prefeito em São Paulo se não tivera sustentação deum grupo de partidos, com voto. E, 2-Difìcilmente Serra perde perde aeleiçãoseo PSDBfechar umacordo com oPP. Nessepacote entra também o PFL.
PSB e PT
Para contrapor uma eventualcandidaturade Serra como apoio doPPePFL,o PT tentaria atrairLuiza Erundina, candidata do PSB à Prefeitura. Erundina aceita a coligação comMarta desde que seja ela e não a petista a candidata cabeça de chapa. O PT não aceita.
SOPA NO MEL
Nailor Ferreira é candidato a prefeitode SãoCaetano.Nailor é presidente do São Caetano, time de futebol que faz sucesso. Nailor estámontando umtime fortepara disputara Taça Libertadores.
CHAPA
Alheio aqualquer movimentação fora do PT, Rui Falcãovai sedimentandosua candidatura a vice-prefeito na chapadeMartaSuplicy. Falcãoé secretáriode Governoe forma com o marido de Marta,LuísFavre, adupla de assessores políticos da prefeita.
BALA NA AGULHA
Depois do encontro com lideranças do PMDB, no fim desemana, Lulase reúne, amanhã, com petebistas e pepebistas, para aumentar seu leque deapoio: PT, PMDB, PL, PTB,PCdoB, PPS, PSB e PP. O PMDB ganha dois ministérios (ou serásó um?); o PTB aumenta sua participação no governo e o PP negocia cargos nos escalões inferiores.
VOTAÇÃO
Lula já concluiu apauta de das sessões extraordinárias no Congresso, que vãoda próxima segunda-feira atéo dia 13 de fevereiro. Em discussão, a emenda paralela da reforma da Previdência e reforma tri-
butária. E, também, a reforma do Judiciário e a Lei de Falências. O tempo é curto.
ALGO ERRADO
Mário Covas assumiu o governo deSãoPaulo,em95, com oEstado devendocerca de R$ 20 bilhões.Demitiu mais de 150 mil funcionários para enxugar a folha de pagamento. Vendeu as estatais arrecadando R$ 33 bilhões. Quando Covas morreu, o Estado devia R$ 80 bilhões, 4 vezes mais. Este é o balancete daoposição, que não bate com o do PSDB.
PERGUNTAS
O povo quer saber: 1- Por ondeanda opromotorIgor, condenado há 20 anos de cadeia porque foi acusado de matar a mulher, grávida. Igor sumiue oadvogdoque odefendeufoi oministro daJustiça, Márcio Thomaz Bastos; 2-Quando ojornalistaPimenta Nevesserálevadoao Tribunal do Juri? Ele matou a namorada Sônia Gomide comvários tiros, um, pelas costas. Pimenta Neves está soltinho da silva.
SONHO
O PDT acha que Jorge Bornhausen vai subirno seu palanque para fazer a campanhade LeonelBrizola aprefeito do Rio.
RECORDISTA
Lulase encontracomBush pela 5ªvez. Nacidade mexicana de Monterrey, sede do encontro daCúpula das Américas. Em clima tenso: 1por causa daAlca; e,devido ao fichamento de americanos que desembarcam no Brasil.
NÃO DÁ LIGA
Não convidem para a mesma mesa aprimeira-dama, Marisa e a presidente da Pastoral da Criança, Zilda Arns, irmã do cardeal Evaristo Arns, umpetista com o pio de tucano.
DESCANSO
Marta Suplicy achaqueo Brasil devia adotar o sistema defériasanuaisaos prefeitos, governadoresepresidente daRepública.Oproblemaésaber: quemvaicolocar o guiso no gato? Só Lula pode propor a medida.
Apósosencontros dopresidenteLuizInácio LuladaSilva com colegas latino-americanos, incluindo opresidente venezuelano Hugo Chávez, o ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim, disse ontem queo governobrasileironão considera produtivo isolar o governo da Venezuela. Mas reiterou, também,queo Brasil manterá boas relações com os Estados Unidos, e buscará consenso sobre os temas em discussão na reunião da Cúpula Extraordinária das Américas.
"Nós temos relações de amizade coma Venezuelae como governovenezuelano. Não achamos produtivo isolar o governoda Venezuela",afirmou Amorim. "Tínhamos, temos e continuaremos a ter uma relação intensa com a Venezuela. Issonão impedevocê de escolher a manchete que queira". Indagado seo fato de Lula ter oferecido um almoço a Chávez, em um momento de tensão entre Washington e Caracas, não seria sinal de apoio e
solidariedade do Brasil. Visto recíproco – No encontro comBush (0h20de hoje,horário deBrasília) Luladeveria abordar, entre outros assuntos, um acordo de visto recíprocoao presidente dos EstadosUnidos. Amorimdisse que para existir reciprocidade comercial nas Américas é preciso ter liberdade de ir e vir. “Reciprocidade não é para tratar mal ninguém, é para estimularosoutros anostratarem bem.Brasil eEstados Unidos são aliadosdentro da OEA eé perfeitamentepossível encontrarinstrumentos que preservem interesses legítimos de segurançapara o país,mas quefaçamissona base dareciprocidade,dos procedimentos acertados em comum”, disse Amorim. Alémdo almoço comChávez, Lula encontrou-se com o presidente mexicano, Vicente Fox,com oqualfalou sobrea negociação de um acordo de livre comércio entre o México e o Mercosul. (Agências) Chávez e Lula se encontraram
Com oBrasil eos Estados Unidos divididos por uma ácida disputa sobre incluir ou não o prazo de janeiro de 2005 para a conclusão do acordo da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o presidente George W.Bushpôs o tema ontem (12) napauta das discussões entre os34 chefesde Estadoe de governodo continente,dizendoque "amelhormaneira deerradicar apobreza épromover o comércio".
A declaração, feita horas antes da instalação solene do quartoconclave continental de líderes,à noite,trouxe àtona abriga quemarcou a fase preparatória do encontro.
E tornou óbvia a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficar sozinho na insistência brasileirade nãodiscutira Alca,soboargumento de que a condição brasileira para participar do evento foi concentrar osdebates no combate à pobreza crescente, queafeta mais de 220milhõesdepessoas, ou quase metade dapopulação da América Latina.
Lula fará uma nova reunião para discutir geração de empregos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem, no seu quinto programa de rádio, o "Café com o Presidente", que fará umareuniãocom os ministros da área social para tratar da geração de emprego.
"A partir de agora cada centavo que cada ministério tiver que aplicar ele terá que saber que nós precisamos fomentara possibilidade degeraçãodeumposto detrabalho.E depreferência que sejaum empregonormal, que o trabalhador tenha sua carteira profissional assinada".
Lula enfatizou a necessidade de geração de empregos e reiterou estar mais confiante do que antes nocrescimentodo País. Os empregos, disse, virão de todasas áreas. "Eusó quero que vocês tenham clareza e certeza de umacoisa: eu comecei dizendoa vocêsquenós iríamosfazer onecessário;depois vamosfazero possível; edepois o impossível". (AE)
Recado direto – Num recadodireto aLula, Bush disse: "Espero que aquelesqueexpressaram alguma oposiçãoà Alca olhem os fatos, e os fatos são que o Nafta melhorou a vidadas pessoaseacabou coma pobreza em partes de nossa vizinhança", afirmou ele referindo-se aoacordo entreo México, osEstados Unidos eo Canadá,que está completando dez anos. (AE)
A reforma ministerial começa aganhar contornosde crise políticanabase aliada.Emalmoço ontem, a cúpula peemedebista mal disfarçou a frustração com o resultado da conversada véspera comoministro da Casa Civil, José Dirceu. Aocontrário doqueesperavam os peemedebistas reunidosnacasado presidentedo Senado,José Sarney (PMDBAP), Dirceu nãolevou convite objetivo ao partido. E ainda insistiu em oferecer o comando da PrevidênciaSocial,queo PMDB recusa-se a aceitar, com a alegaçãode que éuma pasta com mais ônus do que bônus. Sem exigências – Tanto no domingo quantono encontro de ontem, o presidentedo PMDB, deputadoMichel Temer(SP),e Sarney fizeram questão de destacar que o partido nãofará exigências. E muito menos chantagem. Olhando de fora o drama do PMDB,umfiel aliadodoPlanalto faz a seguinte avaliação: "É de desconfiança o clima en-
tre os aliados, e Sarney sozinho não segura aturma.Renanjá percebeuque oPlanaltonão quer conversa com ele e esta é a senhaparacomeçara guerra. Entraram no jogo interno do PMDB". (AE)
Diagnóstico da Organização de Estados Americanos (OEA), que será entregue hoje aos chefes de Estado e de governo durante a Cúpula Extraordinária das Américas, mostra que a pobreza e as desigualdades nos países da América Latina estão generalizadas, mesmo depois de profundas reformas econômicas realizadas nas duas últimas décadas.
O documento da OEA, divulgado pelo secretáriogeral, César Gaviria, afirma que as altas taxas de pobreza e a extrema desigualdade na região "socavam" a qualidade de vida de grandes setores da população e a "confiança" dos cidadãos na economia de mercado. "Devido às deficiências econômicas, as democracias (da região) estão ameaçadas. A fragilidade política, o lento crescimento econômico e as demandas sociais não atendidas são prioridades". (AE)
Portaria derruba liminar que põe fim à identificação de americanos, que agora são recebidos com camisetas de boas vindas: "Rio Loves You". Lula, no México, proporá eliminação de vistos entre Brasil e EUA. E o Queen Mary (abaixo, esq.) partiu ontem da Inglaterra para os EUA, devendo passar pelo Rio de Janeiro. A baía de Guanabara está sendo preparada por dragas para recebê-lo (dir.). Páginas 3, 7 e 8.
Leitores são favoráveis à identificação. Participe desse debate pelo www.dcomercio.com.br
Página 10
Restaurantes temáticos (ilustração acima), nova moda na Cantareira? O projeto é da Prefeitura, está na Câmara e poderá ser aprovado sem demora. Página 6
Empresas calçadistas aproveitam Couromoda para impulsionar exportações e mostrar as novidades do setor. Pág. 12
DC Informática
Em Las Vegas, a "copa do mundo da tecnologia" reuniu 2500 expositores e encantou 100 mil visitantes. Bill Gates, o midas da Microsoft, foi só divertidas novidades.
Empresas calçadistas e de acessórios de couro devem vender 25% da produção anual na feira, que vai impulsionar as exportações das pequenas empresas
O setor calçadistaestá apostando todas as fichas na 31ª edição da Couromoda -Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos eArtefatos de Couro. Isso porque este ano os quase mil expositores do evento estão a espera de mais de 500 compradores de diversos países ea feiradeverepresentar 25%davenda anualdaindústria coureiro-calçadista.
O bom resultado das vendas do setor em 2003, apesar do período de crisepor qual passou o País, tornamais otimistas as perspectivas do segmento. Embora as vendas sejam consideradas baixas no mercado interno, o setor conseguiu um incremento de 5%no volume deprodução. O Brasilconta hoje com um consumo per capita de 2,5 sapatos por ano.
Bons resultados - Segundo aAssociaçãoBrasileirada Indústria de Calçados (Abicalçados), o País exportou o equivalente a US$ 1,549 bilhão, o que representa7% a mais que 2002.O setorinteiro,envolvendoos segmentos coureiro calçadista, curtumes e componentes exportou o equivalente a US$ 3,2 bilhões em 2003. Para o presidente da entidade, Élcio Jacometti, se o crescimento doProduto InternoBrutodo País atingir amarcados 3,5% de crescimento este ano, seguindo as metas do governo, o setor de calçados e artefatos pode crescer 15% em 2004.
O principal motor do setor este anodeverá ser mesmo a Couromoda, que mostrará todas as tendências de materiais e design para as coleções deinverno 2004/2005, no Brasil e exterior, everãobrasileiro. Nos45 milm²do eventoesta-
rão instalados 915 expositores, representando85% deproduçãodecalçadose artefatos de couro. O evento está empregando três milpessoas para a montagem dos estandes e, durante os quatro dias da mostra, 12 mil pessoas trabalharão na feira. A expectativa é de que pelo menos 50 mil visitantes compareçam à mostra. Pequenos e luxuosos - Dentre os expositores, cresceu o númerode indústriasdepequeno porte, representada pelametadedos estandes.Conforme Francisco Santos, presidente da Couromoda Feiras Comerciais, emborasejam empresas pequenas, elas vendem produtos com altovalor agregado. É o caso do estilista Maurício Medeiros, que con-
segue vender um sapato no exterior por até US$ 87 em preço de fábrica.Em umabutique, o calçado chegaa custar US$ 250. Medeiros utiliza materiais nobres como madreperóla e pedrasdecristal Swarovski. Seus calçados foram usados no figurino do seriado norteamericano Sex and the City. Desfiles - Os desfiles oficiais da Couromodaforam produzidospeloestilistaJorge Bischoff, que deve levar para a passarela 50modelos.Apesar da boa expectativa para as vendas externas no decorrer da feira, asentidades que congregam asempresas dosegmento calçadista querem elevar as vendas domésticas.Durante a Couromoda, será anunciada a campanha Calçados paraTo-
Últimos preparativos para a montagem dos estandes foram feitos ontem. A estimativa é de que 3 mil pessoas tenham participado das obras de organização da feira. Evento terá 915 expositores.
dos. Osconsumidoresserão convidadosa doarsapatosem lojas, que serão entregues à entidadesassistenciais. Campanhas de marketing para incentivar o uso do calçados e preços mais baixos, com pares femininos custando entre R$ 24,90 e R$ 29,90, deverão ajudar a alavancar asvendas dosegmento no mercado interno.
SERVIÇO
Couromoda 2004 e Feninver 2004
Dora Carvalho
De 13 a 16 de janeiro, das 10 às 19 horas Pavilhão de Exposições do Anhembi, rua Olavo Fontoura, 1.209. Informações: 3897-6100. Inscrições: www.couromoda.com.br
Justiça condena Morgan Stanley a pagar 30 mi de euros à LVMH na França
A Justiça francesa considerou, ontem, o Morgan Stanley culpado de difamação contra a LVMH , empresa que controla marcas de luxo como Dom Perignon e Louis Vuitton. O bancofoiacusado detersidotendencioso nas pesquisasde recomendação de investimentos sobre a LVMH e recebeu multa de 30 milhões de euros. O Morgan ainda vai recorrer. Para otribunalfrancês,o banco cometeu"umafalha grave" em prejuízoda LVMH. A Justiça vai indicar um especialista para decidir se a LVMH terá direito ainda a outra compensação. A empresa argumentou que pode provarque as pesquisas do Morgan causaramdanosmateriaisde mais de70 milhões deeuros, além do prejuízo à sua reputação. A LVMH alega que o Morgan Stanley publicou informações incorretas sobre a posição desuadívida, classificaçãode riscode crédito.O banconega qualquer erro. (Reuters)
A Atlantica Hotels International, uma das maiores administradorashoteleiras do Brasil, vai inaugurar40 hotéis até meados de 2006.As obras,de acordo com o diretor de desenvolvimento daAtlantica, Cyro Fidalgo, já estão contratadas e incluem investimentoestimadodeR$ 800milhões,desembolsados pelas incorporadoras responsáveis pela construção. Atéofinal doano,segundo Fidalgo, serão iniciadas as operações de pelo menos 15 empreendimentos, 6 dos quais na região Centro-Oeste eNorte. "Trata-se deuma áreaestratégicaparaa empresa",afirmao executivo. É que o setor hoteleiro concentrou suas atenções durante muito tempo em São Paulo, oquelevou aregião à superoferta de unidades. Brasília - Somente emBrasília,a AtlanticaHotelsvai inaugurar dois empreendimentos em 2004. Localizados em Taguatinga, os hotéis serão das bandeiras Comfort Inn e Comfort Suites e receberão investimentosde cercade R$18
milhõescada. Atualmente,a empresa administra três hotéis no Distrito Federal. No início do ano, oquarto empreendimento daAtlantica em Brasília foi descredenciado. Deacordo com Fidalgo, a empresa havia firmado contrato de uso da marca Clarionde propriedade da norte-americana Choice Internacional e representada noPaís pela Atlantica- pordois anos,contados a partir de janeiro de 2002. Como o contrato previa investimentos para adequação dohotel aos padrões da bandeira Clarion e os investidores doBonaparte nãodispunham do capital, o acordo não foi renovado em comum acordo. Conversão- Embora a maior parte dos 40 empreendimentos cominauguração prevista até meados de 2006 siga o modelo de incorporação, a Atlantica também está aberta à conversão debandeiras -adoçãodeuma bandeiracompadrões internacionais de qualidade porum hotel quejá está em funcionamento. (AE)
suas bandeiras a hotéis já em funcionamento. AE
Parmalat adia prazo de pagamento a produtores no Chile
Afilial chilenado grupoitalianoParmalat adiaráo pagamentoaos produtoresdeleite locaisdevido àcrisedesencadeada pela descoberta da fraude contábil no grupo. A ParmalatChile enviounosábado uma nota aos produtorescomunicandoqueos pagamentosde dezembro,quedeveriam ser honrados até 10 de janeiro, serão adiados, informou o jornal local La Segunda Na carta aos produtores, a companhia garantiu que até 19 de janeiro pagará 20% da dívida e o restoserá quitado até o fim do mês. (Reuters)
Brasil se movimenta para provar aos norte-americanos que processo de dumping é infundado. Intenção é evitar cobrança de sobretaxa ao camarão.
O Brasil receberá nodia20 de janeiro uma resposta do governo norte-americano sobre o processo de dumping movido por pescadoresde camarão daquele país. A informação é doministro daSecretariaEspecial de Aqüiculturae Pesca, José Fritsch, que reuniu-se ontem com a embaixadora dos EstadosUnidos, DonnaHrinak paradiscutir oassunto. O governo dos EUA definirá se há ounão fundamentono pedido de dumping. Entre os argumentos que o Brasil irá utilizar para reverter a medida antidumping está o peso da indústria que processa camarão nos EUA. O país importa 90% do camarão que consome e oprocesso de industrializaçãocria 100mil empregos, disse oministro. Fritschentre-
gou à embaixadora umacarta em que afirma "todo o interesse do governo brasileiro em fornecer os esclarecimentos requeridos pelo governo dos Estados Unidos paraa investigação plena da denúncia".
Ao final da carta, Fritsch sugere a visita de uma missão técnica do Departamento de Agricultura "com a finalidade de proceder amplainvestigação sobrea supostaprática de dumpingnos processosde produção e comercialização do camarão em nosso país".
Falta de informação – Fritsch disseque há faltadeinformação nos Estados Unidos sobre o processo de produção de camarão no Brasil."Praticamente toda a exportação brasileira é feita com camarão produzidoemcultivo", explicou.
Ainflação em São Paulo, apuradapelo ÍndicedePreços ao Consumidor (IPC) da Fipe, foide0,59% naprimeiraquadrissemanade janeiro.Ataxa foi pressionadapor fatores pontuais e sazonais e deve encerraro mês entre 0,40% a 0,50%,segundoo coordenadordoIPC-Fipe, PauloPicchetti. A previsão leva em conta aexpectativa de queos reajustesdepacotes deviagens (que tiveram a maior contribuição no IPCda primeira quadrissemana, de 0,14%) e de cigarros (peso de0,06%)deixem de registrar o mesmo peso nas próximas semanas.
"Sei quejátemosprojeções mais altasde algumasconsultorias para o mês, mas o fim do efeito dos pacotes de excursões edos cigarrosnospermite manter uma projeçãoentre 0,4%e 0,5% no período",ex-
plicou Picchetti.Aindade acordo com o coordenador do IPC,os reajustesnasmensalidades escolares na capital paulista devemcontinuar pressionandoo índiceaolongodas próximas quadrissemanas. Apesar da grande dispersão desses aumentosentre osdiferentes bairros da capital, a Fipe estima que a contribuição média desse segmento sobre o IPC de janeiro deveficar em torno dos 10%.
IGP-M – AFundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou ontem que a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acelerou ligeiramente naprimeira préviade janeiro.O índicesubiu0,33%, uma variação superior ao 0,27%daprimeira préviade dezembro. Em todo o mês de dezembro a inflação pelo IGPM ficou em 0,61%. (Agências)
As perspectivas positivas para o desempenho da economia brasileira este ano levaram as instituições financeirase empresasconsultadas semanalmente pelo Banco Central a elevar para 3,60% a projeção paraataxa decrescimentodo
Produto Interno Bruto (PIB) em 2004. Os demais indicadores apurados mantiveram-se praticamente nos mesmos níveisdolevantamento anterior.
Analistas também prevêem inflação de 6% no ano, percentual que está dentro da margem estabelecida pelo governo federal
Oficialmente, o governo trabalha com a expectativa de que a economia crescerá 3,50% este ano.Mas osindicadores industriaise o comportamento da inflação estãogarantindo, até agora, uma perspectiva
mais positiva pelos analistas consultados pelo BC. Inflação – No casodainflação, os analistas acreditam que oÍndicede PreçosaoConsumidor Amplo (IPCA) registrará estemês umaalta de0,60%, fechando o ano com variação positiva de 6%, p e rc e n tu a l dentro da meta do governo. No comércio exterior, os analistas projetam um superávit de US$ 20 bilhões no ano. Peloladodastransações correntes, a projeção para o déficit em conta corrente do ano caiu de US$ 3,50 bilhões para US$ 3,40 bilhões. No casodosinvestimentos estrangeiros diretos, aestimativa permaneceu em US$ 12 bilhões. (AE)
"Mostramos que não há prática de dumping na atividade do camarão brasileiro e buscamos sensibilizar aembaixadora no sentido deque não resolve umanova açãona relaçãocomercial com o Brasil nesse mo-
Produção de motos
fica abaixo da meta de 1 milhão em 2003
Os juros altos e as dificuldades de créditoem 2003 impediram que as empresas filiadas à Associação Brasileira dos Fabricantes deMotocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas (Abraciclo) atingissem a meta de produzir 1 milhão de unidades. A entidade informou ontem queo setor produziu954.620 unidades,um volume10,8% acimadocontabilizado em 2002. A meta no início doanoera deumaexpansão de 14%.
O setorencerrou 2003 com um aumento de 7,1% nas vendas para omercado interno (atacado), em comparação como anoanterior.Aotodo, foram comercializadas no período 848.377unidades. Aintenção neste ano de2004 é alcançar 940 mil unidades vendidas no mercado interno.
Dezembro – Oúltimo mês do anopassadoapresentou quedano volumedenegócios, contabilizando a venda de 53.115 unidades,27,6% amenos do queem novembro (diminuição relacionada à menor quantidade dedias úteis).Em relação adezembro de2002, a queda foi de 6,8%. As exportações no último mêsdo ano recuaram12,2%emrelação a novembro, mas foram 4,7% maiores do que as de dezembro de 2002.
Os resultados mais significativos no acumulado do ano foramregistrados nocampodas vendas externas.Ao todo, 100.440 motocicletas foram enviadas a outros países, registrando um salto de 47,6% frente a 2002. Para este ano, a meta da Abraciclo é alcançar 110 mil motos exportadas.
Segundo aentidade, asmotos produzidasestãosendo mandadas para países da Américado Sul,México, EUA,Europa, África eAustrália.Os modelosmais vendidossãoos de menor cilindrada. (AE)
mento de integração que está se buscando entre todos os países", resumiu o ministro.
Seo processo por dumping contra o Brasil for considerado procedente,a produçãobrasileira poderá receber sobreta-
xas nos EUA, lembrou Fritsch. O produto poderiaestar sujeito a taxas entre40% e 230%percentuaisreivindicados pelos pescadores norte-americanos. A demanda por camarão é crescente nos EUA, conforme a Associação Brasileirade Criadores deCamarão (ABCC). Em2003, oaumento na demanda foi de 86 mil toneladas,quaseo totaldaprodução brasileira. Alto rendimento – F rits ch reuniu-se tambémcom representantes do setor para discutir areclamação norte-americana. A ação dos produtores norte-americanoscontrao Brasil foi apresentada noDepartamento de Comércio dos EstadosUnidosnodia31de dezembrode2003. OBrasildomina a tecnologia do camarão
eo climaéfavorável,o queexplica a alta produtividade obtida, conforme a ABCC. No anopassado, os três maioresexportadores decamarão para os Estados Unidos foram a Tailândia China, Vietnã, Índia, Equador e Brasil, justamente os alvos do processo antidumping. O Brasil exporta 25 mil toneladas para os Estados Unidos. A ABCC já contratou um escritório de advocacia nos Estados Unidospara cuidar dadefesa do setor.A estimativa éde que adefesacontraaação poderá representar um custo de US$ 2 milhões, caso o processochegue à fase final. HojeFritsch sereuniránovamente com aembaixadora norte-americana Donna Hrinak. (AE)
DEZ PRIMEIROS DIAS DE JANEIRO REGISTRARAM ALTA DE 7,2% NA MÉDIA DIÁRIA DE EXPORTAÇÕES
A balança comercial do País nasegunda semanadestemês teve superávitde US$298 milhões,resultado deexportações no valor de US$ 1,267 bilhão e importações de US$ 969 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com isso, o superávit acumulado no mês chegou aos US$ 333milhões, com exportações de US$ 1,405bilhão eimportaçõesde US$ 1,072 bilhão. A média diária das exporta-
ções da segunda semana foi de US$ 253,4milhões, elevandoa média do mês para US$ 234,2 milhões,o que representa um crescimento de7,2% em relação à média diária de janeiro de 2003e umaredução de23,7% em relação à de dezembro último. Nasimportações, amédia diária na segunda semana foi de US$ 193,8milhões, elevandoa média do mês para US$ 178,7 milhões, valor 7,7% maior que a média diária de janeiro do ano passado e 1,5% menor que a de dezembro de 2003. Destaques – As exportações foram puxadas pelas vendas de produtos básicos, principalmente minério de ferro, farelo de soja, petróleo em bruto, carne bovina, café em grão, milho em grão e soja em grão. Os produtos manufaturados mais exportadosforam laminados planos, calçados,aviões, autopeças, açúcar refinado, álcool etílico, fio-máquina, papel e cartão e automóveis. Já as importações foram impulsionadas pelas compras de combustíveise lubrificantes, equipamentos mecânicos, equipamentos elétricoseeletrônicos, químicos orgânicos e inorgânicos, automóveis e componentes, plásticos e obras, adubos e fertilizantes, instrumentos de ótica e precisão médica,siderúrgicos, borrachaeobras, alémdeprodutos farmacêuticos. (Agências)
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A Consumer Electronics Show, o maior evento de produtos eletrônicos de todo o mundo, reuniu 2.500 expositores em Las Vegas, na semana passada, com ênfase na diversão
Por Bárbara Oliveira
oram 2.500expositores
Fe mais de 100 mil visitantesnos pavilhõesdo LasVegas Convention Center esalõesdo LasVegas Hilton Hotel, na semana passada, paraconferir oque amaior feiradeeletrônicos –aConsumerElectronics Show (CES)–tinha para mostrar.Afinal, foi neste mesmo evento que foram lançados,anosatrás,o videocassete, o CD, o DVD e agora a tevê de alta resolução (HDTV). Não éà toaque opresidente da Consumer Electronics Association, Gary Shapiro, em seupronunciamentode abertura, rotulou a CESde a "copa do mundo da tecnologia". Além de ditar as tendências do
main eChiefSoftwareArchitectdaMicrosoft,sempre foi um entusiasta dos portáteis sem fio e que agora sejam capazes de comandar nossa casa e, de quebra, ainda nos fornecer, em um pequeno aparelho, conteúdo digital informativo ou de entretenimentoquando estamosno trem, no ônibus ou no carro.
A nova tentativa da Microsoftnessesentido éoPortable Media Center, aparelhos portáteis que tocam música,vídeose mostram fotos. É um novo nomepara umaparelho que eraconhecidocomoMedia2Goequeteve seulançamentoatrasadoem um ano. Quando começar aservendido neste ano, o reprodutor será atualizado comtecnologia de sincronização de dados.
O Portable Media Center foi lançado por Bill Gates em pessoa e toca música e vídeos, além de exibir fotos
mundo eletrônico e digital nos próximos anos (ou meses), a Consumer Electronic Show transformou-se no maior evento tecnológico do mundo, nosúltimostrêsanos. Eninguém querperder aoportunidade de marcar posição. Neste ano, mais uma vez, estavam lá o todo-poderoso Bill Gates e a referência feminina no fechado clube masculino de TI,Carly Fiorina,CEO daHP, que amplia cada vez mais o leque de seus produtos voltandose parao mercadode consumo digital e de entretenimento. Como host do evento, Gary Shapiro lembrou que um mundo cadavez menore mais conectado (com ou sem fios) exige também dos fabricantes produtosmais simplesdeserem manuseados, para que cada vez mais gente tenha acesso. "Os consumidores adoram nosso produtos, e gastam em média US$ 2 mil por ano comprando novidades em equipamentos eserviços (é claro que ele se referiaà sociedade americana). Mas eles precisam ser fáceis de ser operados", apelou. E é para atender essa crescente demanda que os expositores da CES brigavam por um espaço para mostrar seus equipamentos.Bill Gates, oChair-
A empresa vem buscando formas de estender sua presença além do computador, penetrandoem mercados tradicionalmente associados a eletrodomésticos como a TV e o videocassete. Porisso, desenvolveuo Windows Media Center Extender, que une computadores (rodando o software) com televisores, tudo sem fio. "Estamos trabalhandoduro parafazercom que todos esses aparelhos se conectem entre si", disse Gates. A estratégia faz parte do conceito "seamless computing", oucomputação sem costura, para quea informaçãodigital seja acessada de qualquer lugar em qualquer aparelho. Os parceiros dohardware noprojeto
do MediaCenter PCsão aGateway,a Dellea Samsungque fabricarão os tais set-top boxes para serem acoplados à TV e permitir a conexão sem fio. Gates também fez o lançamentodos chamadosrelógios inteligentes, que já foram apresentados no ano passado, e usam tecnologia SPOT (Smart Personal Objects Technology), daMS,paracaptar notícias, previsão do tempo e outras informações transmitidas por ondas de rádio. Tais relógios,com antenasembutidas, devem agora estrear no mercadoamericano a preçosentre US$ 180 e US$ 200. Mas os serviços que o usuário visualiza devem ser pagos à parte.
A CEO da HP, Carly Fiorina, fez doisanúncios importantes. Um delesé relativoà parceria queestáformalizando coma Apple para a produção de tocadores de MP3 do tipo iPOD, mas quelevará provavelmente a suamarca. Aoutra informação da HP também está ligada à música, mas sob outro ponto de vista, a pirataria. Fiorina disse que todos os produtos da HP terão agora um dispositivo para proteger o conteúdo digital.
"Essaé anossacontribuição para combater a pirataria", ressaltou Fiorina,afirmando que construirá, apartirdesteano, "a melhor tecnologia de proteção paraevitarqueosconsumidores baixemmúsicas earquivos ilegalmente".
E para reforçar a campanha, a HP levou à CES a cantora Sheryl Crow, oguitarrista doU2, The Edge,Alicia Keys,o rapper Eminem, além do presidente da Interscope–empresa dogrupo UniversalMusic–, JimmyIovine, e o ator Bem Affleck.
Telões e telinhas– Entre as novidades, destaque para o game portátil Gametrac (www. gametrac.com), que também toca músicas e vídeos e permite que sedispute partidas com outros jogadores por meio de Bluetooth e GPRS (sem fio).
Mas câmerasde vídeo,telas planas e DVDs com mais recursos também chamaram bastante atenção.Com aHDTV (tevê de alta definição) é normal que as telasfiquemmaioresecom mais resolução.
O Gametrac é um console para games que também toca música e vídeos
Em "Ataque Cyberpunk" os espectadores usam computadores para decidir questões e mudar o destino da história
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ALGeaSamsung estavam na CEScom telas de LCDe plasma em protótiposde 57 e 76 polegadasparacontrapor aos modelos de 42" que já existem. APhilips não ficaatrás e mostrouasFlats TVsemLCD de 14 a42",e prometenovas medidaspara TVs deplasma, que chegarão a 61". Dogrande paraopequeno – Na fronteira entre o handheld e onotebookpensávamos que estava ocelular, masumaempresa denome esquisito,OQO
(assim mesmo O-Q-O), de São Francisco, lançou um híbrido entre os dois equipamentos, e o chamou de Ultra Personal Computer Model,um computador que cabe na palma da mão e tem umchip Transmeta Crusoede1GHz eumdiscode20 GHz,alémde capacidadepara rede sem fio 802.11b, Bluetooth e portaFireWire.Muito poder paraum equipamento tãopequeno. O tecladinho se esconde quando não é usado. A Canon está atualizando sua
linhaZR de câmerasdevídeo, que agora ganhou mais curvas e ficou mais leve. Disponíveis a partir demarçonos EUA,os modelos começampela ZR80 ao preço de US$ 400, com zoom ópticode 18x,enquanto quea ZR85 suporta zoom de 20x e custaráUS$500. Não se sabe quandochegamao Brasil.A Sharpe aSony tambémlançaram suas linhas 2004 com zoom óptico de 10x, e que estarão nas lojas ainda em fevereiro a preços de US$ 500 as mais básicas.
Câmara aprova projeto em primeira discussão. Amanhã, vota pela segunda vez. Depois haverá licitação. A Prefeitura de São Paulo pretende construir quatro restaurantestemáticos noprédio do Mercado da Cantareira, conhecido como Mercadão. Eles servirão comidas típicasdo Brasil, Itália, Portugal eEspanha e deverão ser instalados no espaço existenteem cadauma das quatro torres do edifício. Ontem, a Câmara Municipaldeuo primeiropassopara transformar aintençãoem realidade ao aprovar, em primeira discussão, projeto autorizando a cessão dos espaços. Amanhã, deveser aprovado em segunda discussão. Depois daaprovação,o secretáriomunicipal deAbastecimentoe ProjetosEspeciais, Valdemir Garreta, pretende abrir um processo licitatório paraa construção dos restaurantes temáricos.
Esteira rolante – O projeto faz parte das obras de reforma doMercadão,mas não vãose limitar apenas a construção dos centrosgastronômicos. Uma das grandes dificuldades dos clientes do Mercadão é encontrar lugar para estacionar os carros. Para acabar com esse problema, Garreta quer fazer uma passarela ligando o Palácio das IndústriasaoMercadão, passando sobre aspistas da Avenida do Estado. Essa passarela seria feita com esteirarolante, contaria com câmeras de vídeo para segurança e compoliciamento constante da Guarda Civil Metropolitana. Assim, o cliente doMercadãooudos restaurantespoderiadeixaro carro
noestacionamento doPalácio dasIndústrias(este mêsasede daPrefeitura saido local,dandolugar aoMuseu daCidade) e fazer suas compras ou seu jantar em segurança. As torres foram divididas em setores A, B, C e D. O maior espaço está na torre A, que possui 2.465m², enquantoa torre B tem 1.454m² e astorres Ce D possuem 670 m² cada uma. Na torre A deve ser criado um restaurante de comidas típicas brasileiras, juntamente com uma choperia. Com a construção dos restaurantes (que vão servir almoço e jantar), o Mercadão poderáfuncionar 24hs por dia. Hoje, ele fecha às 16 hs e reabre por volta da meia noite. Os vencedoresda licitação vão serresponsáveis portodos os custosdas obrasde instalação dos estabelecimentos. Projetosde Habitação –Outros projetos aprovados ontem na Câmara em primeira discussão favorecem aárea de
habitação, especialmenteum vizinho doMercadão: oedifício São Vito. Dois projetos autorizam a utilização de dinheiro do Fundo Municipal de Habitação paraos programas PAR (ProgramadeArrendamentoResidencial) epara o Bolsa Aluguel. A idéia é utilizar esses projetos paraatender aos moradores do edifício que começam a ser desalojados nopróximo mês. O PAR prevê a compra do prédioe sua reforma, adequando suas instalações para moradia popular. Depois, os apartamentos são vendidos paraos interessados.OBolsa Aluguelprevê queautilização de dinheiro do Fundo Municipal de Habitaçãoparapagamentode locação.Se omorador não tiver dinheiro para pagar o aluguel, a Prefeitura entra como sua fiadora. Além disso, se o proprietário deum imóvelalugadoquiser vendê-lo, o inquilino interes-
sado na compra poderá abater o quejápagou de alugueldo valor total do imóvel. "Seria uma espéciede leasing”,afirmou o líder do governo, vereador João Antônio. “Esse projeto precisa ser mais bem debatido. Não é essa idéiadolíder dogovernoque estánoprojeto da prefeita”, afirma o vereador Gilberto Natalini (PSDB). O projeto encaminhado pelo Executivo só autoriza o Fundo Municipal de Habitação a gastar dinheiro com aluguel de terceiros. O projeto prevê autilizaçãodas condições aprovadas no projeto do hoje presidente da Câmara, vereador Arselino Tatto, que criou o Bolsa Aluguel. Outro projeto para a habitação aprovado ontem na Câmara é o que autoriza a Prefeitura a construir em Itaquera um conjunto habitacional de 14 prédios destinados exclusivamente a funcionários públicos.
A interdição do trecho entre a avenida Faria Lima ea rua FranzSchubert, nosentido centro-bairro daavenida Cidade Jardim, para a construção do túnel no cruzamento da Faria Lima, uniu os comerciantes da região.O empresárioFábio Sabóya criou aONGBoulevard Cidade Jardim para orientar os comerciantes da região sobreos problemasoriginados pela interdição. Em Pinheiros, onde as obras no cruzamento da avenida com a Rebouças também devem provocar transtornosao comércio,oscomerciantes da Distritalda AssociaçãoComercialde São Paulo (ACSP) reúnem-se hoje com a subprefeitaBeatriz Pardiparaapresentar propostas para reduzir o impactodos problemasde trânsito no comércio local. Jardins – "Estamosemestadodealerta. Vamosanalisaro comportamento dos nossos clientes. Mas não vamosficar parados", diz a dona do Empório Santa Maria,localizado na avenida CidadeJardim, Tânia Piva. Ela diz que já tem uma estratégia prontapara evitarque osclientes fujamdo Empório no período de interdição. "Vamoscolocar algunsmanobristas empontosestratégicosda avenidaparaorientar nossos clientes. Distribuiremossacos de lixocom ologotipo doempório para que a nossa marca não sejaesquecida", conta.Ela negouque as obrasdapassagem subterrânea tenham feito com que ela desse férias coletivas para seus funcionários. "Isso não é verdade. Dar férias pa-
ra alguns funcionários éuma medida quetomamos todo início do ano. Em janeiro, o movimento sempre cai", afirmouela,que aindanão tem uma previsão do estrago que as obras vão provocar nas vendas. Em média, o Empório Santa Mariarecebe 20 milclientes por mês. "Vamos trabalhar mais doque nunca paraque não tenhamos prejuízos. Não vamosdemitir ninguém, não queremoso desemprego.Para isso,temos de sercriativos", afirma.O EmpórioSantaMaria tem 100 funcionários.
Trânsito – Apesardasinúmeras faixas de orientação espalhadas nasproximidades da avenida CidadeJardim, chuva e obrascausaram ontemmuitas dificuldadesaos motoristas, principalmenteosque buscavam vagas paraestacionar. É que a Prefeitura acabou com a zona azul no local.
As alterações no trânsito na região sãoas seguintes:a avenida Cidade Jardim, sentido centro-bairro, entre a Faria Lima ea rua Franz Schubert, está interditada.AruaHungria, entre a Cidade Jardim e a Artur Ramos,teve a sua mão de direção invertida.
A rua Tucumã, entre a Mário Ferraz e arua Seridó, passoua tersentidoúnico dedireção,daMário Ferrazparaa Seridó. A rua Áustria tem sentido único da rua Dinamarca paraa ruaGrécia. Osdesvios estão sendo feitos pela rua ArturRamosaté oacessoparaa Cidade Jardim, atingindo a seguir a ponte Cidade Jardim. Wladimir Miranda
Captação em bônus globais alcançou US$ 1,5 bilhão com prazo de 30 anos e rentabilidade de 8,75% ao ano. Prazo longo surpreendeu investidores.
Depois de dois meses, o Brasil voltou ontem ao mercado externo. Captou US$ 1,5 bilhãode dólaresem bônusglobaiscomprazode 30 anos. O prazo surpreendeu o mercado, queesperavaentre 10e 15 anos.A última vez em que o Brasilemitiu títulosdadívida externa com prazo de vencimento de 30 anos foi no começode março do ano 2000, quando colocouUS$1,6bilhão do chamado "Global 30".
Naquele mesmo ano, poucos mesesdepois, foramcolocados mais de US$ 5 bilhões do título "Global40", comvencimento de 40 anos. Assim como agora, omercado internacionalencontrava-seem um cenário de forte liquidez. A comparação entre as taxas de hoje e asdaquela época,noentanto, mostra diferenças relevantes.
Lacuna – Para osGlobal 30, o governo brasileiro pagou uma taxa de retorno (conhecidano mercado como "yield") de 12,15% ao ano. Para os Global 40, de 11%. Na colocação anunciada ontem, ataxa inicialmente ofertada (que deve cairumpouco) ataxapagafoi de 8,75% ao ano. É a menor taxada faixa negociada pelo mercado. A taxa ficouabaixo daesperada devidoà boaaceitação dos papéis no mercado.
Os papéis foram vendidos ao preçode 94,723%do valorde face e foram colocados no mercado comum spreadde 376 pontos-básicos. Acima, portanto,dos títulosdogoverno norte-americano, seguindo o Banco Central. Segundo analistasdo mercadode dívida,o vencimento em 2034 preenche uma lacuna de vencimentos de longo prazo entre os vencimentos dos Global 30 (2030) e 40(2040).Um parâmetrode procura que pode ter incentivado oBancoCentralaoptar por tal prazo foi a recente emissão soberana daTurquia, feita na semanapassada,quetambém teve prazo de 30 anos e pagouumataxade retorno de 8,23% ao ano. Primeira – Inicialmente, o Brasil ofereceu aomercado US$1 bilhão, masaprocura, segundofontesdo mercado, chegou a bater na casa dos US$ 7 bilhões. A emissão de ontem foia primeira externadoano feita pelo governo. Por meio de uma nota divulgada à imprensa,o BancoCentralinformou que, na qualidade de agente do Tesouro Nacional, concedeu mandato aos bancos Citigroup e Deutsche Bank para que liderassem a emissãode bônus da República em dólares no mercado internacional.
A operação era bastante aguardada pelo mercado desde o final de 2003. Analistas sugerem queo governoaproveitou o bom momento de captação de algumasempresas para retornar ao mercado externo. "Vai na esteirada Vale, que
foi um tremendo sucesso", disse um dos operadores. Na última sexta-feira, a Companhia Vale do Rio Doce também foi ao mercado externo. Captou R$ 500 milhões em títulos de 30 anos,o prazomais longo conseguido por uma empresa
brasileira no mercado global. Os papéisemitidos pela maior produtora mundial de minério de ferro pagaram rentabilidadede 8,35% ao ano e foram postos no mercado com um spread inferior ao garantido atualmente pelos títulos do
governo de mesmo prazo. Naúltimavez emqueoPaís foiaomercadoexterno, em outubro do anopassado, conseguiu captarUS$ 1,5 bilhão em bônus globais com prazo de vencimento para em 2010. (Agências)
O presidente do Banco Central (BC),Henrique Meirelles, disse que aemissão soberana doBrasil feitaontem nomercado internacional, em dólares,comum prazode30anos, demonstra "as condiçõesde credibilidade e de confiança do mercado internacional na recuperação da economia brasileira". Meirelles, que participou nesta segunda-feira de reuniões na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS) naSuíça, afirmouainda que existem avaliações de bancosdeinvestimentos dequeo mercado "aceitará esse papel".
O presidente do Banco Central não quis comentar sobre o volume ou a taxa de remuneração (o yield) da emissão. "O fato concreto é que todas as indicações que temos apontam que existe uma posiçãodo mercadomuito favorávelaoBrasil",
reiterou o presidente do Banco Central.Meirelles saideBasiléia amanhãe estaráem Brasília na quarta-feira. Políticaeconômica– O G10, grupo dosdez principais bancos centraisdo mundo, ouviu na manhã de ontem, durantea primeira reuniãode 2004 na Basiléia, uma apresentação do presidente do Banco Central brasileiro sobre as medidas tomadas pelo governo de Luiz Inácio Lulada Silva neste ano, no setor econômico. Meirelles ainda apontouas perspectivas para o Brasil em 2004, explicação que teria sido bem-recebida pelos participantes do evento. "Tivemos uma apresentaçãomuito clara a respeito das metas que foram cumpridas(pelo Brasil)",afirmou Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central europeu e porta-voz do G-10.
Tecnicamente, a proposta de autonomia operacional do BancoCentral estápronta. A base é o projeto deixado pelo ex-presidente da instituição ArmínioFraga. Noprojeto, é fixada a autonomiae também definidos osmandatosfixos paraosdiretores epresidente daautoridade monetária.Mas adiscussãoa respeitodaautonomia promete esquentar. Dentro da Fazenda, a idéia principal édiscutiro tema "sem pressa". A preocupação da equipe econômica, segundo integrantes do governo ligados diretamente às discussões, é encontraromomento eaforma exatade tratar doassunto para não jogar por terra, logo de cara, a possibilidade de sucesso nessa área.
Entrave – O principal empecilho parao encaminhamento da proposta dentro do Congresso Nacional são osparlamentares do PT, partido do presidente LuizInácio Lulada Silva. A aparentetolerância ao tema, que vem sendo demonstrada por importantes representantes dopartido, estálongede seruma aceitaçãoverdadeira da proposta.
O ministro da Fazenda, Antônio Palocci - responsável pelaelaboração deestudossobre aautonomia– ,pretendefazer um esforço concentrado para
convenceromaior número possível de deputados e senadores da importância da aprovação do projeto. Mas oandamentodotema dentro do Congresso não conta com a boa vontade nem mesmo de aliados do governo. O presidenteda Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e a bancada do PT na casa não se têm esforçado muito para oandamento dasdiscussões. No dia 16 de outubro do ano passado, um ato de Cunha determinoua criaçãode uma comissão especial para começar a avaliar o tema. No papel – Prevista para ter 31titulares e umsuplente, a comissão ainda não saiu do papel simplesmente porque o PT, que tem direito aomaiornúmero de titulares – seis ao todo – não indicou os nomes. O Prona também não encaminhouo nomedo únicorepresentante. Todos os demais partidos ofizeram. Mesmotendo passado o prazo estipulado para asindicações, aindaassim o presidente da Câmara poderia fazê-las diretamente. O ponto de partida para a discussão sobraa propostade autonomiado BancoCentral, segundoimportantefonte da equipe econômica, é esclarecer exatamente o que significa a tal independência do BC.
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
VOTORANTIM FINANÇAS S.A.
As pessoas físicas abaixo subscritas, na condição de representantes legais da acionista controladora, Votorantim Finanças S.A., bem como os Srs. Marcus Olyntho de Camargo Arrudae Wilson Masao Kuzuhara, por intermédio do presente instrumento: DECLARAM - 1. Sua intenção de constituir sociedade com as características abaixo especificadas: Denominação Social: VOTORANTIM SEGUROS E PREVIDÊNCIA S.A. Local e Sede: Avenida Roque Petroni Junior, 999, 11º andar, conjunto “A”, Jardim das Acácias, CEP 04707-910, São Paulo, Estado de São Paulo. Capital Inicial: R$ 6.600.000,00. Composição Societária: Acionista Ações Ordinárias %
1. Votorantim Finanças S.A. 6.599.99899,98
2. Marcus Olyntho de Camargo Arruda 01 0,01
3. Wilson Masao Kuzuhara 01 0,01 Objeto Social:(a) aoperação de seguros exclusivamente no ramo vida, tal como definido na legislação em vigor, nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo, Tocantins, Mato
"Hoje há umavisão equivocada de que isso significará dar carta branca ao Banco Central fazer oque quiser.Não éisso", diz. "Naverdade, vamos apenas institucionalizar uma
atuação que já está implementada. O BC continuará trabalhando paracumprir metasde governo",destaca. Segundo Palocci, é um importante sinal aos agentes econômicos. (AE)
PASTORE DEFENDE INCLUSÃO NA AGENDA
O ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore defendeu ontem a prioridade da autonomia do Banco Central na agenda do governo com o Congresso neste ano. "O governo precisa avaliar melhor e encontrar uma maneira de, politicamente, contornar as posições contrárias ao projeto de autonomia do Banco Central. O governo deve vencê-las, mas com argumentos, pois um Banco Central independente produz estabilidade e confiança da política monetária, que são positivas para o País", afirmou Pastore no seminário "Fórum Econômico do Brasil", promovido pela Câmara de Comércio BrasilEstados Unidos. "Muita gente pensa que o Brasil não cresce porque o Banco Central é teimoso e deixa as taxas de juros elevadas, mas isso é uma
visão estreita. Taxas de juros altas são devidas a distorções e desajustes na economia, o que o governo vem procurando resolver", destacou Pastore.
Para ele, o esforço do governo para aprovar a reforma da Previdência Social tem de ser igual para a autonomia do BC. "O governo já enfrentou problemas mais difíceis", disse. (AE)
Meirellesjá haviaexplicado no domingo, durante uma outra reunião, tambémna Suíça, asmedidas tomadaspelogoverno brasileiro no primeiro anodo mandato deLula. Na ocasião,os participantesdo evento questionaram o presidente do BC sobre as reais pos-
sibilidades deque fossedada autonomia à instituição. Na reuniãode ontem de manhã, porém, a questão da autonomia não entrou na agenda. à tarde, Meirelles continuou em reuniões fechadas na sede doBanco de Compensações Internacionais. (AE)
A CaixaEconômica Federal (CEF) pretende abrir mais 100 postosde atendimento voltados ao atendimento das operações de empréstimos por meio do penhor. A idéia é elevar, em 2004, o volume total de crédito oferecido por meio dessa modalidade de crédito. Os 100 novos postosrepresentarão uma expansão de 32% da rede atual, hoje de 311 pontos. Osdois primeirosnovos postos deverão entrarem funcionamento ainda neste mês de janeiro, segundo informações do banco. Em 2002, a Caixa emprestou R$ 4,067 bilhões às pessoas físicas por meio das operaçõesde penhor, emum
total de 9,7mil contratos. Volume33% maiordoque oregistradono anode2001. A maioria dos pedidos, segundo a Caixa, foi motivada por dívidas pessoais – 70%, de acordo com a instituição. Mulheres – Pesquisa feita pelaCaixa mostrouaindaque a maioria dos pedidos foi feito pelas mulheres, em um total de 74%, com idade variando de 35 a 50 anos. Em 2003, a Caixa baixou osjuroscobradosnos empréstimos com valorde até R$300 de 3,3% ao mêspara 2,53%. Para penhorar um bem,bastao interessadoiraté uma agência da CEF que trabalhe com penhor. (DC)
Aeconomia globalestápreparada paracrescernofuturo iminente. Mas há alguns problemas nesse caminho, como os movimentos brutais no mercado cambial. O alerta foi feito ontem pelo presidente do Banco CentralEuropeu, JeanClaude Trichet, em entrevista apóso encontrodospresidentes de bancos centrais do G-10, grupo das deznações mais desenvolvidas, na cidade de Basi-
léia,na Suíça."Nós estamos confiantes após o que escutamos, mastemos de continuar vigilantes", declarou Trichet, evidenciando que são necessáriasreformas estruturaispara sustentar o crescimento no longo prazo. Ao se referir à desvalorizaçãodo dólardiantedo euro,Trichetsinalizou queo BCE não pretende ficar indiferente,destacando queháuma "volatilidade excessiva". (AE)
Portaria interministerial publicada ontem se sobrepõe à decisão de juiz de Brasília, que determinava a suspensão do procedimento no Rio de Janeiro
A Polícia Federal continuará "fichando" todos os cidadãos norte-americanos que desembarcarem noRiode Janeiro e no restante do País, apesar de o presidente doTribunal RegionalFederal (TRF) da1.ª Região, desembargador Augusto Catão Alves, ter concedido ontem liminar em ação da prefeitura carioca no sentido de suspender aidentificação nos portos e aeroportosda cidade. Isso porque também ontem foi publicadano Diário Oficial da União, em edição extra, portaria interministerialque mantémaidentificaçãodesses cidadãos, de acordo com o princípio da reciprocidade. Por meio de sua assessoria, o desembargador esclareceu que a portaria interministerial realmentese sobrepõe àsua decisãodeimpedir aPFde"fichar" os turistas no Rio. Ele frisou que havia tomado decisão favorável à prefeitura porque, no seu entender, a questão é da alçada do Poder Executivo e não do Judiciário. "Rio loves you" – Seja como for, a Secretaria Estadual de Turismodo Rio,em parceria com outros órgãos do setor, programou parahoje umcomitê de boas-vindas aos americanos. Nasaída doaeroporto, elesreceberão umacamisa com ainscrição "Rio loves you", brindes da joalheria H.Stern, da Varig e uma rosa. "Entendemos que éuma gentileza ao turista queestá chegando à cidade", disse o subsecretário de Turismo, Nilo SérgioFélix."Éuma forma de mostrar aos Estados Unidos que,além detratarmos bemo turista americano, precisamos dele", afirmou. A identificação dos americanos,feitadesdeo início do ano, foi determinada pelojuizfederal JulierSebastião da Silva, de Mato Grosso. Diplomacia – Catão Alves ressaltou ainda que a controvérsia entre osdois paísesem tornodos procedimentosde identificação deve ser resolvida por viadiplomática. "A solução da pendenga cabe ao PoderExecutivo pormeiodiplomático, mediante gestão junto ao governo americano, não ao Poder Judiciário,que estariaa usurpar competênciae, assim, a causar grave lesão à ordem jurídica e ao princípio da separação dos poderesinserto na Constituição", despachou o
desembargador. "O Poder Judiciário não pode chancelar retaliação política, ainda que a pretexto de aplicaçãodo princípio da reciprocidade, porque tal chancela acarretaria ofensa às relações exteriores do País."
Comemoração – A publicação da portaria foi comemorada pelo procurador federal Pedro Taques, autor da ação acatadapelo juizmato-grossense, quedeu origemao"fichamento" dos americanos. Com aportaria, ogoverno assume aresponsabilidadede determinar a identificação dos americanos –até agorabaseadaemdecisão judicial.Oprocedimentocontinuará aser adotado pelomenos até que um grupointerministerial defina regras para o controle da entrada de estrangeiros no País, segundo oprincípio da reciprocidade. O grupo terá 30 diasparaconcluir o trabalho. A norma é assinada pelos ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, e pelo advogado-geral da União,Álvaro Augusto Ribeiro Costa.
Será celebradaamanhã, dia 14, na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada na rua Honório Líbero, 90, bairro do Jardim Paulistano, missa de Sétimo Diaem memóriadoempresário Daniel Machado de Campose de sua esposa, Evangelina Botelho Machado de Campos. Ambos faleceram emum trágico acidentede automóvel quando viajavam para a cidade deItu, situadanointeriordo estado deSão Paulo.No mesmo acidentetambém morreu o motorista que conduzia o carro do empresário.
Distrital Butantã
Rua Alvarenga, 415 – CEP
Machado de Campos era presidente emérito da Associação Comercial de São Paulo (ACSP),entidadeque dirigiu entre 1966 e 1973. Era também presidentedo ConselhoSuperior da UniãoCultural BrasilEstados Unidos. Economista de formação, Machado de Campostinha84 anose iniciou suacaminhadana ACSP em 1952, com um mandato de diretor.Segundo opresidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, "DanielMachadode Campos representou um grandeexemplode empreendedor cívico".
Pernambuco tornou-se ontem o primeiro estado brasileiro a fazer a identificação eletrônica dos turistasnorte-americanos eliminando,com isso,alonga espera e o uso de tinta para coletar impressões digitais. Um equipamento combinando microcomputador, máquina fotográficadigitale live scan (que registra eletronicamente as impressões digitais)começouafuncionar ontemnoAeroporto dos Guararapes. O equipamento foicedido àPolícia Federalpela secretariaestadual de Defesa Social (SDS). Dez norte-americanos que chegaram pela manhã ao aeroporto, em umvôo fretado, foramfichados numtempomédio detrês minutos,tirando a foto eregistrandoasimpressões digitais. Os estrangeiros vieram a negócios e manifestaram aprovação ao processo, considerando-o eficiente.
O equipamento foi compradohá um ano pelasecretaria parafazer identificaçãocriminale fichamentodepessoas autuadas emflagrante oucom
Apesar da liminar que suspendeu a identificação no Rio, a estudante Olivia Doerge, de 20 anos, foi fichada no Aeroporto Internacional do Tom Jobim, por força de portaria interministerial. Em Recife, Philip Kevin foi identificado por sistema eletrônico, sem sujar os dedos. O procedimento leva cerca de 3 minutos.
mandado de prisão antes de serem presos.Ele deveráser devolvidona próximasemana, quandoa PFde Pernambuco deve receber equipamento similarpróprio. Semvôosdiretos para osEstadosUnidos,o Recife é ponto de chegada de poucos norte-americanos. Desde o início dos procedimentosde identificação, apenas 11cidadãosamericanos foram "fichados"na cidade, um pelo sistema antigo. "Inclinaçãoesquerdista" –Ontem,o jornalnorte-americano New York Times publicou reportagemsobrea ação da prefeitura doRio, paraacabar com a identificação. "Reagindo aumadecisãodogoverno doBrasil, de inclinaçãoesquerdista,de apoiara continuada coleta de impressões digitais e fotos de americanos que chegam ao País, o governo municipal obteve liminar para interromper aprática", diziao texto. Ojornalassinalaqueo Rioéo principalportodeentradapara os mais de 500 mil americanos que visitam o Brasil anualmente. (AE)
A OPINIÃO DE NOSSOS LEITORES
O DC começa apublicarhoje a opinião de seus leitores sobre a polêmica decisão da Justiça brasileira de identificar cidadãos norte-americanos emvisita ao País. Para opinarbasta acessar www.dcomercio.com.br
ção. Oentendimento domagistrado é perfeito. Não se pode diferenciar tratamentos no âmbito internacional. Com isso,poderemos sermaisrespeitados no futuro". Luiz Antonio Argollo (Ourinhos/SP)
* "Sou afavor dessa identificação.Sei queisso atrapalha um poucoo turismo noBrasil,mas jáestavanahora de alguémtomaruma atitude patriótica, já que os brasileiros sempre bajularam muito os norte-americanos e estes sempre nos recebiam com frieza no paísdeles.Só assimelesperceberão que não são os donos do mundo e que não podem entrar e sair de nosso País como se fosse a casa deles enquanto nós, ao entrarmos nos Estados Unidos, não somos bem vindos. Esse é o nosso troco."
Daniela Santiago (São Paulo/SP) "Sou totalmente a favor desse ´inconveniente´paraos norteamericanos,umavezque nós, brasileiros, também passamos porissolá. Apesardadiferença de agilidade no fichamento, eles têm que passar por isso para saberem que, já que nos causam constrangimentos na chegada a seu país, que fiquemboquiabertos com nossa capacidade de barrar, sim, quem quisermos."
Renato Domingues (São Paulo/SP) "Soufavorável àidentifica-
* "Sou contra a identificação porque a decisão judicial foi tomada meramente por birra.Não foiuma medida adotada para atender necessidades de segurança interna. Assimsendo,desvia efetivo da Polícia Federa que poderia ser muito melhor utilizado emoutras tarefas,realmente necessárias, tais como identificar e prender traficantesdedrogas earmas,escroques,fugitivos daJustiça,etc. Além disso, como é óbvio que a tal identificaçãoé desnecessária, fica uma impressão nas pessoas deque elasnãoestão sendo bem-vindas no Brasil, quando, na verdade, tratam-se, na maioria, de turistas que vêm para cájustamentepara fugir dos problemas que os afligem emseu país,como osterroristas (estes, sim, os verdadeiros). Devemexistir muitasoutras razões, tanto para identificar como para não identificaros americanos, e,nestedebate, que vença a pura lógica e os reias interesses do nosso País". José Geraldo Costa (São Paulo/SP)
A semana começou com mais uma forte onda de otimismo no mercado financeiro brasileiro. A confirmação da volta do governo ao mercadointernacional decapitais manteve o bom humor dos investidores. Resultado:o dólar fechou com as cotações mais baixasdesde meadosde2002, a bolsade valoresbateu novo recorde e o risco Brasil fechou em 397pontos,menornível desde outubro de 1997. Essa taxa representa oprêmioqueos investidores estrangeiros pedem para negociar os títulos da dívida brasileiros. Portanto, nesse patamar,significa queoBrasil paga uma taxade 3,97 pontos porcentuais acima dos juros dos títulos norte-americanos, considerados de risco zero.
O interesse dos investidores por ativos brasileiros reforçou a tese de que o País terá boa oferta de crédito externo este ano
O BancoCentral (BC) fez ontem doisleilões decompra de dólar pela primeira vez desde que decidiu,na semana passada, atuar para reforçar as reservas do País. Ainda assim, o dólar ampliou o movimento de queda.
Amoedaamericana encerrou os negócios cotada a R$ 2,788 para compra e a R$ 2,791 para venda, com queda de 1,45% em relação aofechamentode sexta-feira.Trata-se das cotações mais baixas desde odia24de junhode2002, quando o presidente da República ainda era Fernando Henrique Cardoso. Em São Paulo, odólar paralelofechouvalendo R$2,90 para comprae cotadoaR$2,98 paravenda–os mesmos valoresdo fechamento anterior. Boa demanda– In fo rm ações extraoficiais dão conta dequea procuradosinvestidores pelos bônus lançados ontem pelogoverno chegoua cerca de US$ 7 bilhões. O interesse desses investidores por ativos brasileiros reforçou a tese de que o País terá boa oferta de crédito externo em 2004, contribuindo para derrubar o dólar. Também ajudou na valorizaçãodorealofluxo deentradade recursos deinvestidores estrangeiros no mercado de ações e as recentes
captações externas da Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica Nacional. Os recursosdessa nova emissão do governo no exteriornão devem passarpelo mercado decâmbio,poisingressarãodiretamente nas reservasdo País.O efeitopositivo daoperação aparece no campo das expectativas em relação à economia brasileira. Compromisso– "Para o mercado, o governoestá comprometidocom acontinuidadedasreformas, doajustefiscal, da redução dos juros e com o crescimento", comentou um operador. Essa percepção poderá garantir tambémuma oferta abundante de crédito externo para um maior número de empresas e bancos brasileiros neste ano. No mercado de títulos da dívidaexterna,a liquidez diminuiu para todos os papéis diante da expectativa sobre o lançamento do novotítulo brasileiro, o Global34. O mercadoespera agora o resultado oficial da emissão anunciada ontem para avaliar melhora a operação, disse Felipe Brandão,da CorretoraLópes Léon. (RA/AE)
Ocenário internopositivoe o anúncio de mais uma operação do governo brasileiro no mercado internacional decapitais garantiramfôlego àBolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)no primeirodia denegócios da semana. Com valorização de1,34%, o Ibovespa, principal indicadordabolsa paulista,chegou ao fimdopregão em 24.236 pontos – novo recorde históricodo índice.Com oresultado de ontem,a Bovespa passaa acumularganhosde 8,9%no mês e no ano.
A maior alta do Ibovespa, incompreendida pela grande parte do mercado, foi de TractebelON,que deuumsaltode 35,81%, com 149negócios. O diretor-financeiro da empresa, Marc Verstraetea, negou os rumores de que a controladora estariaplanejando realizar umaoferta públicadecompra deações.Ele dissequenãohá fato novo para impulsionar os papéise quea únicamudança que podeestar ligadaà valorização,já queobalanço sóserá divulgadoem abril,éo comportamento dodólar. Oendi-
vidamento da empresa, estimado em US$ 300 milhões, cai conforme a desvalorização da moeda americana (que ontem recuou 1,45%). Influência dodólar – Duas empresasdosetor deenergia elétricaforam destaquesentre asaltas doIbovespa,também por serem endividadas em dólar. Light ON subiu10,17% e Cesp PN avançou6,18%.A queda acentuada do dólar, por outro lado,prejudicou fortemente as ações das companhiasexportadoras: Vale ON recuou 2,29%. (AE)
Carlos Celso Orcesi da Costa
O artigo 2031, nas disposições finais e transitórias do novo Código Civil, determinou que"asassociações,sociedades efundações, constituídas na forma das leis anteriores, terão o prazo de um ano para se adaptarem às disposições deste Código, a partir de sua vigência;igual prazoéconcedido aos empresários".
Vigente o código em 11 de janeiro de 2003,há poucos diasseesgotou oprazo anual de adaptação. Daí porqueagora se pergunta:comose comportaráe quais conseqüências sofrerá a grande maioria de empresas quedeixou defazer aadaptação?O principalefeitojurídico, comoapontei novolume 4(direito deempresa) de minha obra"Código Civil na Visão doAdvogado" (ed. RT, p. 374), é que o Código Civil se aplica por sobre o estatuto desatualizado.Ou seja, quando uma cláusula contratual estiver em desacordo como código(p.ex., aque manda levantar um balanço especial "com base na situaçãopatrimonial dasociedade",em casoderetiradade sócio), aplica-se o código.
Todavia a faltade adaptação não gerará conseqüências jurídicas graves. Pode se despreocupar o empresário,porqueo artigo 2031, nesse aspecto, étípicanorma sem sanção.Quer dizer, não há uma sanção ou puniçãoespecífica contraafalta de adaptação. A natureza do artigo 2031 é formal, não substancial ou material. Ao contrário do que alguns intérpretesapressados divulgaram, a oficina mecânica, a padaria, odepósito oua indústria metalúrgica que deixaram de cumprir o artigo 2031 não se transformam em "sociedadeirregular", com a conseqüência grave de seus sócios responderem pelasdívidas daempresa, apenas porque deixou de
adaptar o contrato social ou o estatuto. Há uma falta sim, porém omissão de caráter formal,quenão interfere com a substância da atividade empresarial. Daí não se conclua que as empresas estejam dispensadas dessa adaptação.Ao contrário, devemsim adaptar seus contratos, por exemplodisciplinandoas reuniões, o quórumde votação de matérias importantes,o direito deretirada,a exclusãode sócio quando faltar ao deverde colaboraçãoou cometer falta grave, o aporte de capital (inclusive suplementarquandoa empresa enfrentar dificuldades),a forma da sua organização etc. As juntas comerciais – inclusive os postos descentralizados que funcionam na sede e em várias distritais da Associação Comercialde São Paulo, em convênio com a Secretaria da Justiça – continuam recebendo normalmente os contratos adaptados,inclusivedepoisde 11 de janeiro de 2004. Entãoalguém perguntará: tanto fazadaptarcomo não adaptar?A resposta é não. Há sim algumas conseqüências. Aempresa que deixar deconsolidar seu contratonão poderárealizar, doravante, qualquer alteraçãocontratual, nem que seja mudança de endereço,abertura defilial,alteraçãodesócio etc.Ouseja, qualquer ato quequiser realizar perante a Junta Comercial pressupõe que o contrato estejapreviamenteadaptado.Se anatureza doartigo2031 éformal,como dissemos acima, é óbvio que a empresa que deixar deadaptar seucontratoestará "irregular". Tudo sem perder a coerência lógica de que essairregularidadeé formal,não tem natureza material ou substancial.
Carlos Celso Orcesi da Costa é Superintendente Jurídico da Associação Comercial de São Paulo
1) Todas as empresas, inclusive as públicas, estão sujeitas à inspeção do trabalho? A data da inspeção deve ser comunicada antecipadamente à empresa?
A inspeção do trabalho será promovida em todas as empresas, estabelecimentos e locais de trabalho, públicos ou privados, estendendo-se aos profissionais liberais e instituições sem fins lucrativos, bem como às embarcações estrangeiras em águas territoriais brasileiras.
Sempre que necessário, as inspeções serão efetuadas de forma imprevista, cercadas de todas as cautelas, na época e horários mais apropriados à sua eficácia, inexistindo a necessidade de se proceder a qualquer comunicação relativa à realização da inspeção à empresa.
O Auditor-Fiscal do Trabalho, munido de credencial, tem o direito de ingressar, livremente, sem prévio aviso e em qualquer dia e horário, em todos os locais de trabalho acima mencionados.
(Arts. 9º, 13 e 15 do Regulamento da Inspeção do Trabalho, aprovado pelo Decreto nº 4.552/2002)
2) Em quais situações os Auditores-Fiscais do Trabalho estão obrigados a observar o critério da dupla visita nas inspeções realizadas nas empresas?
Os Auditores-Fiscais do Trabalho têm o dever de orientar e advertir as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho e os trabalhadores quanto ao cumprimento da legislação trabalhista e observarão o critério da dupla visita nos seguintes casos:
a) quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais, e com relação exclusivamente a esses atos, sendo feita apenas a instrução dos responsáveis;
b) quando se tratar de primeira inspeção nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos;
c) quando se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com até 10 trabalhadores, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou de anotação da
OEstatutodoIdoso jáestá em vigordesde oprimeirodia doano, mas,naprática, osidosos continuam sendo desrespeitados. Empresas de transporte coletivo interestadual ainda não fazem a reserva de duas vagas gratuitas para pessoas com renda igual ou inferiora dois salários-mínimos e nem dãodesconto de, no mínimo, 50%no valor das passagens para os idosos que excederemessas vagas, como prevê a legislação.
O aposentado Oliveiros Lopes, de 69anos, tentou conseguir umapassagemparaacidadegoiana deCatalão narodoviária de Taguatinga, cidade
a 20 km de Brasília. Embora esteja aposentado por invalidez e receba R$240,00pormês do Instituto NacionaldeSeguridade Social(INSS), ele não conseguiu.
No guichê da Viação Anapolina, um cartaz informava que, apesarde oEstatuto do Idoso ainda não estar regulamentado,a empresa continuariaa atendero número de dois assentos por carro, mas o funcionáriodo guichênãoautorizou a viagem do aposentado.
Lopes procurou opostoda Agência Nacional de TransportesTerrestres (ANTT)naprópria rodoviária, entidaderes-
ponsável pela fiscalização do transporte interestaduale internacionalde passageiros,e acompanhou a visita de um fiscalao guichê da empresa,que tevede retiraro cartaz.Mesmo assim,o idosonão conseguiua passagem. Desta vez, a empresa alegou que o idoso estava somente com sua identidade, sem o comprovante de renda. Quem sesentirlesado também pode fazer uma reclamação formal junto aos postos de fiscalização da ANTTnos terminais rodoviários, pelo telefone 0800610300 ou pelo email ouvidoria@antt.gov.br . Apesar de osfiscais já esta-
A20ªCâmaraCíveldo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul proibiu a Dreher Representações Importação e Exportação Ltda.deutilizaro nome Dreher nadivulgação dosprodutosque comercializa.Osdesembargadores deram provimento a um recurso apresentado pelaDreher S.A. -Vinhos e Champanha,empresa quelançouo famosoconhaque,com-
prado pela multinacional Heublein em 1973. No recurso, alegouque ouso donomegera confusão para o público.
A Dreherargumentou ainda quea marca, registrada em 1969,noInstitutoNacional de Propriedade Industrial (INPI), naclassedebebidas,xaropes e sucos concentrados, é elemento característico de sua denominação social e que somente ela pos-
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 12 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente:Thatimalhas Ind. e Comércio Ltda. - Requerida: Sarha e Apelbaum Ltda. - Rua Gal. Flores, 381 - 19ª Vara Cível
Requerente: Produtos Alimentícios
Orlândia S/A Com. e IndústriaRequerida: Parmalat Brasil S/A - Ind. de Alimentos - Rua Gomes de Carvalho, 1.629 - 29ª Vara Cível
Requerente:Tópico Impressão Digital Ltda. - Requerido: Personal Vision Comunicação Visual Ltda. - Rua Francisco Pedroso de Toledo, 02 compl. 06 e 0810ª VaraCível
Requerente: WorkAble Service Ltda. - Requerido: Unisoap Cosméticos Ltda. Rua Funchal, 41 - 08ª VaraCível
Requerente: Araguaia Comercial de Ferro e Aço Ltda. - Requerido: José Nunes Almeida Ferragens-ME - Av. Deputado Cantidio Sampaio, 3.790 - 36ª Vara Cível
Requerente: Importadora e Exportadora Guriri Ltda. - Requerido: Real Trading Importação e Exportação Ltda. - Av. Benedito Lapin, 99 - 05ª Vara Cível
Requerente:Tech Data Brasil Ltda. - Requerido: FDG Comércio e Sistemas Ltda. - Av. Jacutinga, 21 - 25ª Vara Cível
Requerente: Distribuidora Pta. de Papéis e Suprimentos de Informática Ltda. - Requerida: Gráfica e Editora Rosa dos Prados Ltda. - Travessa Brasilina Fonseca, 10 - 35ª Vara Cível
Requerente: Da Terra Paisagismo Com. Ltda. - Requerido: Pinheiro Agro Pecuária Ltda.-MERua Nossa Senhora da Lapa, 69 - conj. 31 - 09ª Vara Cível
Requerente: Scala Fomento Comercial Ltda. - Requerido: Angio Imagem Centro Diagnósticos Ltda. - Rua Dr. José Queiroz Aranha, 292 - 26ª Vara Cível
Requerente: Sadia S/A - Requerido: Tradicional Ind. e Com. de Prods. Alimentícios Ltda. - Rua Oswaldo Arouca, 662 - 08ª Vara Cível
Requerente: Esquiavan Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: DCM Dellius Connection M. Ltda. - Rua Camburiú, 306 - 11ª Vara Cível
CTPS, bem como na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização;
d) quando se tratar de microempresa e empresas de pequeno porte, na forma da lei específica.
A autuação pelas infrações não dependerá da dupla visita após o decurso do prazo de 90 dias da vigência das disposições a que se refere a letra “a” ou do efetivo funcionamento do novo estabelecimento ou local de trabalho a que se refere a letra “b”.
Obedecido o disposto na letra “c”, não será mais observado o critério de dupla visita em relação ao dispositivo infringido.
A dupla visita será formalizada em notificação, na qual será fixado prazo para a visita seguinte, na forma das instruções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho.
(Art. 627 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e art. 23 do Regulamento da Inspeção do Trabalho, aprovado pelo Decreto nº 4.552/2002)
3) O trabalho noturno realizado na área urbana e rural observa critérios diferenciados?
Sim. Otrabalho realizado em horário noturno, seja na área urbana ou rural, exige maior esforço do organismo humano, por desenvolver-se em período normalmente destinado ao repouso do trabalhador. Ademais, o trabalho realizado em horário noturno pode gerar sérias dificuldades no relacionamento familiar do trabalhador, comprometendo inclusive o seu bem-estar social.
Por tais razões, à atividade noturna aplicam-se regras especiais de tutela ao trabalho, tanto no que concerne à remuneração dos serviços quanto à duração da jornada, sem prejuízo de outras normas gerais de proteção trabalhista.
Nas atividades urbanas considera-se noturno o trabalho executado entre às 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.
Nas atividades rurais considera-se noturno o trabalho executado entre:
sui direito de empregá-la.
A outra Dreher, que atua nos segmentos deserviços dereparação, conservação e montagem de máquinas e equipamentosindustriais, neganoprocesso a violação do direito, ressaltando que não usa o nome para identificarprodutos,mas apenasem razãodoseu sóciomajoritário ter esse sobrenome. Nadecisão, os desembarga-
remautuando asempresas,a ANTT afirmou que está aguardando a publicação de um decreto presidencial que regulamenteo Estatuto do Idoso,já que oartigo que aborda os transportes coletivos interestaduais deve ser cumprido mediante legislação específica, segundo o texto da própria lei. O Ministério dos Transportes informou que criou um grupopara estudartodosos pontos doestatuto euma maneira de adequar os itens da lei às empresasde transporte.Até o final do mês, o órgão pretendeanunciaro decretoregulamentador. (ABr)
dores entenderam que, embora em setores diferentes, o uso comum do nome Dreher confunde o público – já que ficou comprovadoquea réoutilizouem anúncio de equipamento para venda self service de chope. E que a lei protege o uso de marca já registradaem anúncios publicitários. A importadora já recorreu da decisão. Márcia Rodrigues
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a) às 21 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte, na lavoura; e
b) às 20 horas de um dia e às 4 horas do dia seguinte, na pecuária.
Nas atividades urbanas, ahora do trabalho noturno é computada como 52 minutos e 30 segundos (7 minutos e 30 segundos de redução em relação à hora diurna). Na prática significa que 1hora normal, trabalhada em período diurno, equivale a 60 minutos efetivamente trabalhados, enquanto que no período noturno corresponde apenas a 52 minutos e 30 segundos de efetivo trabalho.
Nas atividades rurais, a hora noturna tem duração de 60 minutos, não sofrendo, por conseguinte, qualquer redução temporal.
Outra diferenciação é constatada no que tange ao valor do adicional noturno. A Constituição Federal assegura a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garante aos empregados urbanos que trabalham em horário noturno, a remuneração com acréscimo de 20%, no mínimo, sobre a hora diurna. Assim, a cada período de 52 minutos e 30 segundos corresponde o adicional de 20% sobre o valor do salário-hora diurno (60 minutos).
Os trabalhadores rurais recebem para cada hora noturna trabalhada um acréscimo de 25% sobre a remuneração normal da hora diurna.
(Art. 7º, inciso IX da Constituição Federal; art. 73, caput e §§ 1º e 2º da Consolidação das Leis do Trabalho e art. 7º da Lei nº 5.889/73).
Na MacWorld realizada na semana passada, em São Francisco, Steve Jobs anunciou iPods menores e novos aplicativos multimídia
No anoem queo Macintosh comemora seus 20anos, erade se esperarqueo CEO da Apple, Steve Jobs, fizessemuitobarulho na abertura da MacWorldExpo, evento dedicado ao mundo Apple e realizado na semana passada em São Francisco. Embora não tenha feito nenhum anúnciobombástico paracomemorar a quase maioridade do filho mais querido(o Mac),Jobsafirmou que este será um "grande ano paraa Apple"eque acelebração serámarcada pelas novidades da marca em 2004. Na verdade, barulhomesmovirácom osnovosprodutos mostradosna MacWorld, como os tocadores de MP3 iPod em versões turbinadas e em tamanhos menores (os mini iPods), e o pacote iLife '04, que além de atualizar as versõesdoiTunes,iPhoto, iMovie eiDVD, trazum novorecurso denominado GarageBand, dedicado aquem gosta de música.
É um aplicativo capaz de gravar instrumentos e áudio em até64pistas, tocarmaisde50 instrumentos simultaneamente, além dedisporde mais mil loopsdeáudio profissionais, gravar performances ao vivo e conseguir cerca de 200 efeitos de áudio, incluindo de guitarra vintage ou modernos.
"O iLifeagora incorpora o GarageBand,que representa para a criação musical, o que o iMovie representoupara ovídeoeo iPhotoparaafotografia: fazendo com que a o processocriativoseja fácileacessível para todos", definiu Jobs. O show ficou a cargo do guitarrista JohnMayer queno palcomostrou osos efeitosde guitarradisponíveisno GarageBand, em tempo real. O apli-
cativosuportatambém qualquerteclado USBouMIDI. Depoisde usaroGarageBand, com gravação,loops eperformance ao vivo, o usuário pode exportar o resultadopara o iTunes, que criará um uma lista de musicas exclusivas.
O iLife'04custaráUS$49 nos Estados Unidos, e virá embutido nos novos Macintoshes apartirdasegunda quinzena deste mês. O aplicativo é compatível com o MacOS X 10.3 e 10.2.6 eem Macscom processadores Powerpc G3, G4 ou G5 com no mínimo600MHz e memória RAM de256 MB. O produtodeve chegaraoBrasil ainda no primeiro semestre. Na mesma linha musical, Steve Jobs também anunciou umadicional para oGarageBand, o JamPack,um pacote com mais de 100 novos instrumentos, 2000 loops e 15 novos efeitospara guitarra,e queestará disponível em 16 de janeiro, por US$ 99. Ou seja, tudo paradeixarfeliz opessoalque gosta de música. Os tocadores de MP3, em sua versão reduzida também foram atraçõesda MacWorld.Os iPod minis vêm agora no tamanhodeumcartão devisitaeficarammais confortáveisdeserem carregados nobolso. Com 4 GBde capacidade,ou oequivalente amil músicas,os iPods pequenos chegam em cinco cores (azul,rosa, verde, ouro e prata)e estarão disponíveis a partir de fevereiro nos Estados Unidos ao preço de U$ 249. OiPodé compatívelcom Mac e Windows através das interfacesFireWire eUSB2.0 e dispõedeacessórios opcionaiscomouma faixadeprendernobraço, fonedeouvido com controle remoto e o Monster iSplitter parao uso de um mesmo aparelho por dois fones de ouvido. A versão
Fotos Divulgação
As novidades da Apple: novas versões para os já consagrados tocadores de MP3 IPods (acima) e o GarageBand (à dir.)
mini só deve chegar nos outros países, inclusive Brasil, a partir de abril. A aposta da Apple nos iPods se deve ao fato de oprodutoter vendidomuito bem no último trimestre –cerca de 700 mil unidades, garantindo30% domercado detocadores de MP3. Ostradicionais aparelhos (em tamanho normal) também ganharamnova versão para15GB (para3,7milmúsicas) ao preçode US$299, e quesoma-se aosde10 GB,20 GB e 40 GB já existentes.
Office para Mac – Uma boa notíciapara quem trabalha com aplicativos do Office é que a Microsoft lançou o Office 2004tambémpara MacOSX, resultadosde doisanos dedesenvolvimento, equeinclui,
entre as novidades, os efeitos que utilizam a tecnologia Quartz do OSX, gravação de vozparaoWorde melhorias para o recurso de impressão na planilha Excel. O novo Office também traz o "ProjectCentre", que permite visualizar de forma simplificada os e-mails, arquivos, contatos, compromissos e tarefas relacionadas a diferentesprojetos. Essas informações também podem ser compartilhadas com outros usuários.O Word ganhou um recurso que permite visualizar osdocumentos com o layout de notebooks. Além disso, a exemplo do Office 2004para PCs, oWord na versãopara Macpermite queo usuário faça anotações, buscas e inclua arquivos de áudio nos
documentos. No Excel, a novidade éum recursopelo qualas planilhaspodemser vistasealteradas na tela exatamente da maneira como serão impressas, incluindo margens, cabeçalhos e rodapé.
Opacoteserávendido em trêsversões:Standard (Word 2004, Excel2004, PowerPoint 2004, Entourage2004e MSN Messenger Versão 4.0), Student e Teacher Edition. A MacWorld serviu também
O processo de inclusão de deficientes físicos também está chegando ao mundoda informática. Os estudantes do Centro Universitárioda Fundação Educacional Inaciana (FEI) criaram um sistema que possibilitao usode computadores para usuários com dificuldades de visão e audição. O sistema, que foi apresentado na semana passadana Consumer Communications and Networking Conference (CCNC), evento paralelo ao Consumer Electronic Show, é composto dehardware e software. Batizado ACDS, ele podeser instaladoemcomputadores ligados em rede, o que amplia a possibilidade de atender deficientes de baixa renda. Um dos formandos do curso de CiênciadaComputação, Claudio Rodrigo da Silva,informa que o projeto começou a ser desenvolvido em abrildo ano passado e que o sistema segue os padrões do World Wide Web Consortium's Website Accessibility Iniciative (Waid). Elese baseiaem conceitos de acessibilidade,ou seja,oferece um ambiente em que é possível contornar as deficiências visuais ou auditivas e ter acessoao usodo computador e da internet.
O sistema é compostode
Os alunos da FEI desenvolveram o ACDS, um sistema para incluir deficientes ao mundo da informática, que possibilita, por exemplo, converter textos em voz para o deficiente visual
aplicativos quepossibilitam converter textos em voz para o deficiente visual. Todos os comandos do editor de texto podemseracionados porvoz.O segundoaplicativo éo ACDS Net. Silva diz que é um tipo de ICQ que transmite mensagens semqueo usuário precise acioná-lo.O último é um mousequeé acionado pela voz do usuário. Expectativas – Todo o projeto foi desenvolvido por Cláudio RodrigodaSilva,Daniel Sonego da Silva, DouglasNavarro e WanderleiRenato Rosa,sob acoordenação eorien-
tação da professora Maria Ines LopesBrosso. Ogrupoespera obter,embreve,obter umfinanciamento do Ministério da Ciência e Tecnologiapara fabricar o produto em série. Para divulgar o trabalho, os estudantes o apresentaram em diversas feiras do setor. As mais recentes foram uma mostra na USPnoano passadoeaúltima foi a CNCC nos Estados Unidos nasemanapassada. "Nosso software foi classificado em sexto lugar entre19 projetos escolhidos e em 180 inscritos. Este é um bom passaporte", conclui. Paula Cunha
para que os desenvolvedores de softwaresanunciassem novasgerações paraosistema operacioal Mac OS X. Além da Microsoft, a Adobe e a Macromedia também lançaram versões novas de seus pacotes gráficos para a plataforma da Apple. Afinal, segundo a empresa, já existem mais de 9 milhões de usuários ativos do OS X e a meta eatingira10milhõesatéo fim deste trimestre.
Bárbara Oliveira
Philips lança TV com conexão sem fio à internet
A PhilipsElectronics lançou umatelevisão comconexão sem fio à internet e a microcomputadores, permitindo a reprodução de músicas, filmes e fotos direto da web ou do PC. O produto, demonstrado na Consumer Electronics Show em Las Vegas e que ainda não está à venda, éo mais recente deum conjunto de aparelhos conectáveis à internet da maior fabricante de eletrônicos da Europa. A empresa também lançou outros produtos durante a feiradeLas Vegas,incluindonovos aparelhos de som portáteis, iluminaçãodeambientes e gravadores de discorígidoe de DVD. (Reuters)
EM 2003, 15 MIL PESSOAS
FORAM PRESAS NO
ESTADO, TRÊS MIL A MAIS
QUE NO ANO ANTERIOR
O dentistaR. estácumprindo condenação de 90 dias por nãoterpago apensãoalimentíciada mulheredos filhos,de 16e 17anos."Não pago. Fico preso, mas não pago. É a terceira vez que passo uma temporada atrás das grades", disse. ComoR.,15 milpessoasforam processadas, condenadas e presas no ano passado, no estadodeSão Paulo, porque não honraram seus compromissos compensões, trêsmila mais que no ano anterior. Recolhido numa cadeia da Grande São Paulo há quase dois meses,R. alegouestar perdendodinheiro com o consultório fechado. "Mas prefiroficar presoafazera vontade da minha ex-mulher. Tentei mostrar para a juíza que o dinheiro que eu dava era gastoem tudo,menos na educação e nasaúde dos meninos. Nãoadiantou. Sou sempre 'omentiroso, omau pai',masminha família sabe que não", afirmou.
A dívida cobradapelas mulheres varia de R$ 200 a R$ 100 mil e as condenações são de 30
a 90 dias. Entre os processados, condenados, presos e procuradosestãode empresáriosapedreirose jogadoresdefutebol. O aumento do número de prisões fez lotar cadeias e distritos destinados a esse tipo de detento. EmJuquitiba, a73quilômetros de São Paulo, Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado da morte do prefeito Celso Daniel,tem 24 companheirosde cela:22estão lápor não pagar pensão.
O 18º Distrito Policial, na zona lesteda capital,abrigava na última sexta-feira 38homens presos pelo mesmo motivo. Alguns homensresolvemquitar osdébitospara sairdacadeia. Outros cumprem toda a pena. Avós - O advogado Francisco José Cahali, especializado em direito de família, disse que épossível "contar nosdedos" oscasosde mulheres presas pornão honrarcom apensão. "São avós que se comprometeram a pagar no lugar dos filhos e não cumpriram."
O delegado disse que em cinco anos teve conhecimento de apenas duas mulheres presas por essa razão. Os filhos não pagaram, elas assumiram a dívida, também não pagaram e ficaram no distrito policialdo Morumbi, na zona sul, por três dias. "De mulher que não pagou pensão
para o marido e foi presa eu jamais soube", afirmou. Na semana passada, em três dias, 950 novos mandados de prisão chegaram àDivisão de Capturasda Polícia Civil.São cumpridos de três acinco mandadospor dia."Alémdos que não pagaram pensão, temos de prender ladrões, homicidas,estelionatários", explicouo delegado José Carlos Gambarini, do Setor de Capturas. Os mandados são encaminhados pelo Setor de Capturas também para asDelegacias da Mulher. Segundo Gambarini, a maioria dos presos arranja dinheiro para deixar a cadeia. Os quetêmcondições de contratar advogadosconseguem se defender. Mas há casos de condenados que desconheciamo processoaberto apedido da ex-mulher. É o caso do balconista Eliseu Shimura,de 34 anos, que recebe R$ 400 e estáseparadohá seis anos."Ela medeixou, foiemboracom a minha filha e eu nem lembrava mais da cara dela", disse. Na semana passada, o balconista foirenovar acarteirade motorista noPoupatempo e saiu algemado."Vieram uns investigadores, fui levado para a sala do diretor, onde mostraram osdocumentosdaJustiça", contou. Condenado a30
dias, Nishimura foi avisado: ou pagavaR$6mil ouiriaparaa cadeia. Opai deleconseguiu o dinheiro eo balconistapassou apenas uma noite na prisão. Cobrança - O Poupatempo tem mandado condenados por pensão alimentícia para a ca-
deia quase todas assemanas. "Eles ficam surpresos. São pessoas humildes e jamais imaginaram que estavam sendo processadas", disse Gambarini. O delegado revelouque a cada 90dias osjuízes cobram dapolíciapara saber porque
os mandados depensãoalimentícia em aberto não foramcumpridos. "Respondo que entendemos a situação dasmulheres, mastemos também outras incumbências, como prender assassinos e estupradores." ( AE )
O valor da pensão é estipulado pela Justiça, com base nos salários. O cálculo de pessoas com registro em carteira é simples, pois elas recebem diretamente das empresas. Com os profissionais liberais, o sistema é mais complicado. Além do levantamento entregue pela ex-mulher, o processado tem de mostrar documentos com valores do que ganhou e gastou nos últimos seis ou 12 meses. Se houver dúvida, o juiz consulta cartões de crédito, bancos, Detran e a situação patr imonial.
Os homens reclamam que são explorados pelas exmulheres. Elas afirmam que eles fazem de tudo para não pagar. Maria demorou quase dois anos para encontrar o ex-marido, um empresário.
Osgovernadoresde São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de MinasGerais, Aécio Neves (PSDB), edo Rio Grande do Sul, Germano Rigotto(PMDB), cobraramontem do governo federal o cumprimentodo acordocom os estados para tornar viável a reforma tributária. Eles se reuniram pela manhã, na sede do governo deSão Paulo, para articularumaformade mostrar à administração federala necessidadedeadoção das medidas.
queé deR$8,5 bilhões.Outro ponto da pautada reunião diz respeito ao atraso, por parte do PoderExecutivo federal,da publicação da Medida Provisória (MP) da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide),que garantiria a partilha dos recursos com estados e municípios.
Governadores querem que a União apresente as garantias das fontes que financiarão o Fundo de Compensação às Exportações
Elesqueremque aUnião apresente,de forma clara, quais sãoas garantiasdas fontes que financiarão o Fundo de Compensação àsExportações,
Segundo Neves, a MPprecisa retroagir ao dia 1.º para queo entendimentofirmado seja cumprido. O governador de Minasdisse queconversou com o chefe da Casa Civil, José Dirceu, e quesaiu "esperançoso" de que essas questões sejam resolvidasnos próximosdias. "Esperamosque,até ofinalda semana, ocasojátenha uma
solução porque foi fruto de um acordo", observou. Depois do encontro no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin,Neves eRigotto participaram da abertura da 31ª Feira
Internacional de Calçados, Artigos Esportivos eArtefatos de Couro (Couromoda), no Pavilhão de Exposições da Anhembi Turismoe Eventos, zona norte da cidade. (AE)
Pela segunda vezna pauta de convocações extraordinárias do Senado, a reforma do Judiciário deverá continuar do jeito que está nos 19 diasde trabalho do Congresso. O relator da proposta, senador José Jorge (PFL-PE), sustenta quepode apresentaro parecer no momento em que for solicitado. Mas elepróprio reconheceuque nãohá acerto nem mesmoem temasaparentemente consensuais, como a transferência para a alçada fede-
ral dos processos relacionados a crimes sobredireitos humanos. Além dadificuldade deavançar num tema que tramita há15 anos no Legislativo, há ainda o impasse provocado por temas polêmicos, como o controle externodoJudiciárioe asúmula vinculante– mecanismo que obrigaos tribunaisdeprimeira instânciaa seguiarem, emprocessos semelhantes, pelas decisão dos tribunais superiores. "Ogovernodeveriaser mais
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 13 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Comunidade Santa Rita de Cássia S/C Ltda. - Requerido: Paulistana Distribuição e Repr. de Artigos Funerários Ltda. - Rua Jandaia, 180 – 29ª Vara Cível
Requerente: Typelaser Desenvolvimento Editorial Ltda. -
Requerida: Maxicom Máxima
Comunicação S/C Ltda.Rua Itajara, 245 - apto. 17102ª VaraCível
Requerente: Willian Petcov Basan
- Requerida: EPP Indústria e Comércio Ltda. - Rua Alberto
Primeiro, 130 - 24ª Vara Cível
Requerente: Oswaldo Elias - Requerido: Brasquímica Com. de Produtos Químicos Ltda. - Rua Itapicuru, 613 – 7º andar - conj. 71 - 02ª Vara Cível
Requerente: Montena Transportes
Ltda. - Requerida: Loic Comercial Oliveira Constr. Incorporadora Empreend. Ltda. - Rua Valter Nazareno Giovanetti, 189 - 38ª Vara Cível
Requerente: Repsol YPF Distribuidora S/A - Requerida: Viação Ambar Ltda. - Av. Imperatriz Leopoldina, 928 - 37ª Vara Cível
Requerente:Walter Cândido de Vasconcelos - Requerida: J e Ciasca Com. e Representações Ltda. - Rua Machado Bitencourt, 29 - apto. 13 - 13ª Vara Cível
Requerente: Rebuilding Com. e Assessoria Empresarial Ltda. - Requerido: Parceria Distribuidora e Comércio Ltda.Rua José Getúlio, 579- conj. 103 - 25ª Vara Cível
conciso e menosfingidoe não colocar na pauta da convocação outros temas além das reformas que se propôs fazer, da Previdência etributária", criticou a deputada ZulaiêCobra (PSDBSP), que relatou a reforma do Judiciário na Câmara, ao final de uma tramitação que durou 12 anos. Seuparecer chegou ao Senadoem junhode2000, ede lá prá cá não andou um passo. Na avaliação de boa parte dos parlamentares, e mesmodo
ministro do Supremo Tribunal Federal, MarcoAurélio Mello, ainiciativa doPlanalto decriar noMinistériodaJustiça uma secretaria própria para tratar da reformasó complicaseufuturo. A reforma enfrenta, ainda, o lobby de advogados, temerosos de perder a clientela, caso sejam extintas as inúmeras brechas de acessoarecursos, edopróprio Judiciário, que não quer perder regalias incompatíveiscomos dias de hoje. (AE)
Ele começou a namorar a secretária, 15 anos mais nova, e largou a família. Só nos primeiros seis meses pagou pensão para a mulher e os dois filhos. Depois, mudou-se de São Paulo. Maria voltou a trabalhar, vendeu bens para continuar com um "razoável" padrão de vida e foi à Justiça. Condenado a 90 dias, devendo mais de R$ 100 mil, o empresário foi preso há cinco meses ao desembarcar em São Paulo, vindo de Miami, onde morava. Sem condições de conseguir o dinheiro rapidamente, acabou numa cela. Saiu cinco dias depois e, na presença de um juiz, acertou o pagamento da pensão, que continua pagando.
Um conhecido empresário da noite paulistana também
STJ
foi preso por não ter pago a pensão de R$ 25 mil que a exmulher, filha de um industrial, ganhou na Justiça. Ficou uma noite na cadeia e, ao sair, fez um acordo: passou a pagar
R$ 20 mil, em vez dos antigos R$ 18 mil. E os dois continuaram amigos.
Já o assessor de marketing J. conseguiu se livrar da cadeia. A separação, após dez anos de casamento, fora consensual. Mas, com a alta do IGP-M em 1999, a pensão da família passou de R$ 6 mil para R$ 8 mil. Ele propôs redução e começou a pagar
R$ 4 mil. Ela não aceitou e como represália, mudou-se com os filhos para o interior. "Fiquei com a polícia e os oficiais de Justiça na minha porta um tempão", disse. Hoje, depois de um acordo, os filhos moram com ele. (AE)
O ministro Felix Fischer, da Quinta Turmado Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu liminar impedindo o aborto de um feto com má formação.Parao ministro,a medida, nessecaso, caracteriza condutatípica dodelito de aborto, de acordo com oCódigoPenal. NoBrasil, ainterrupção legal de uma gravidez só é permitida quando há risco de vida para a mãe ou se for resultado de estupro. Nãoé aprimeiravez queo tribunal indefere um pedido de aborto.A ministraLaurita Vaz também cassou autorização semelhante dada pelo Tribunal deJustiça doRio de Janeiro auma mãeque pediu para interromper suagravidez diante da inviabilidade de vida pós-natal do feto que, segundo exames realizados, padeciade anencefalia–ausência ouformaçãoinsuficiente docérebro.Ambos oscasos aguardam julgamento de mérito pelo STJ. O último pedidofoi autorizado pela Quinta Câmara Criminal domesmo tribunalfluminense e foicontestado por habeas-corpus impetrado por um advogado do estado, que disse que onascituro (criança ainda no útero da mãe) estaria na iminência de sofrer ameaça de morte, contrariando o artigo5º daConstituição quegaranteà inviolabilidadedodireito à vida.
O advogado também ressaltou queo fetoestá emfase final de formação – a gestação estácommais 32semanas–e que seria um "trágico e abominável abortoeugênico, em quese mata um ser humano por ele ser, 'não útil' para a sociedade". Para o ministro, apesar deserumtema polêmico e da discussão ser grande nos meios social, político e religioso, "o que interessa, no presente momento, é ocaráter jurídico desseprocedimento", e a lei condena o aborto nesses casos.
O aborto foi requerido pela mãe, após exame realizado no Instituto Fernandes Figueira –a unidadematerno-infantil daFundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – ter constatado anencefalia,que éaausência ou formação insuficiente do cérebro. Segundoo laudoda Fiocruz, em 100% desses casos os fetos apresentam condição incompatívelcom avida eacabam tendomorte intra-uterina ounoperíodo neonatal precoce. Num primeiro momento, o instituto constatou acrania (ausência total ou parcial de crânio), o que seria a manifestação inicialdeanencefalia, que é um defeito de fechamento da porçãoanterior do tubo neural,levando a nãoformação adequada do encéfalo e da calota craniana. Márcia Rodrigues
Ações de marketing de incentivo, com premiações para funcionários que vão desde viagens até carros, movimentam US$ 2 bilhões anualmente no País
Viagens para lugares paradisíacos,prêmios emdinheiro, cartões de crédito para compras, eletrodomésticos e carros de presente - vale tudo na hora de incentivar um funcionário a melhorar sua produtividade e alcançar metas e lucros. São estratégias eaçõesquemovimentamno mercadobrasileiro aproximadamente US$ 2 bilhõespor anoe sãoelaboradas dentrodaspróprias empresas ou por agências especializadas, comoa Incentive House e a Mark Up, as duas principais do ramo no Brasil.
O marketing deincentivo se sustenta basicamente no tripé: motivação, reconhecimento e recompensa. "É uma das ferramentasdo marketingpromocional (que inclui eventos e mala direta) ehoje vem sendo utilizadacom diferentesobjetivos: aumentode faturamento, melhoria davendado mix deprodutos, lançamentos, melhoria naqualidade (ISO 9000), quebrade resistênciasà mudanças (fusões e aquisições),relacionamentoe melhoria no pós-venda", explica SilvanaTorres, sócia-diretora daMark UpIncentiveMarke-
ting,professora daEscolaSuperior dePropagandaeMarketing e autora do livro Marketing de Incentivos (Ed. Atlas). Acertar o alvo - A idéia fundamentalde umacampanha de incentivo é alinhar o objetivo do negócio (aumentar vendas, diminuir custosetc) com as pessoas que trabalharão paraisso. Existemduasvertentes para efetivar acampanha- a primeira é alinha de comunicação estratégica: é preciso comunicar atodosos objetivos da empresa para que os funcionários saibamcomo colaborar. A segunda vertente é a chamada mecânica, a espinha dorsaldeumacampanhade incentivo. A mecânica irá desenhar como atingiras pessoas,qual prêmio,concurso ou regulamento vai de encontro ao perfil do grupo", explica André Sapoznik, diretor geral da Incentive House. André conta queganhar umaviagem, porexemplo, éo prêmioquepermanece mais tempo na memória do beneficiado. De acordo com a Society of Incentive Travel& Executives, esseprêmiopodepermanecer até 10anos na lembran-
ça."Entretanto aviagem, como qualquer outro prêmio, deve ser bem planejado e estarde acordocomo perfil das pessoas que concorrem a ele. Não é adequado dar uma viagem ao exterior para umgrupo quenão fala nenhum outro idioma, por exemplo. Ou dar uma geladeira para alguém quejá temuma ecorrer o risco de tornar o prêmio um estorvo", diz. De acordo com André Sapoznik, uma campanha de incentivo bem planejada é auto-pagá-
vel. "A empresa só terá os gastos de premiaçãodepoisque tiver atingido as metas propostas, sejaaumentando lucros ou diminuindo custos", explica ele. Além disso, o ganho em produtividade émuitosuperioraogastoem recompensas. "Todacampanha de marketing de incentivodeixa umefeito residual - as pessoas passama trabalharcom mais produtividade e empenho, mesmo com acampanha finalizada", diz Sapoznik.
Atividade lucrativa -A
Mark Up existe há dez anos, teve um faturamento de R$ 70 milhões em 2002 e prevê para 2003 atingir R$ 100 milhões. A agênciatemuma equipede80 profissionais,com escritórios em São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, numa carteira de 100 clientes. A maior e pioneira agência no setor é a IncentiveHouse, que faz partedo Grupo Accor do Brasil e concluiu o ano passado com um crescimento de 20% no seu faturamento. A IncentiveHouse tem hoje 1800 clientes de todos os portes e setores da economia.
Dados daAmpro (AssociaçãodeMarketing Promocional), que lançou recentemente uma pesquisa, mostramque o mercado de marketing promocional movimenta R$ 9,9 bilhões anuais em negócios, revelando que a verba para promoção de vendasdeve crescer 20% em 2004. Dentro dessaexpectativa, aaltaseria de 12,5% para merchandising, 16% para marketingde incentivo e 15% paraações de marketing direto. Gabriela Mendonça
A Kodakanunciouontem quevai pararde vendercâmeras fotográficas que usam filmes nos Estados Unidos, Canadáe na Europa Ocidental paraacompanhar ocrescente mercado de produtos digitais. Mas a companhiavai continuar a vender câmeras descartáveis no Ocidente, além de expandirasvendas destetipode produto ede câmerascomuns
em mercados como China, Índia eAmérica Latina, regiões onde afirma haver demanda crescente. A Kodak anunciou que vai parar de fabricar até o fim deste ano máquinas fotográficasque usamosistema Advanced PhotoSystem (APS)ecâmeras queusamfilmes de 35 milímetros em razão da baixa demanda. A empresa vaicontinuar a
produzirfilmesAPSe de35 milímetros epretendelançar novos modelos destes produtos no mês que vem. AKodakinformouque vai continuar a fabricar câmeras que usam filmes de 35 milímetros nos mercados emergentes, como China,Leste Europeu e América Latina, pois crescem a uma taxa de dois digitos por ano. (Reuters)
Fabricantes
As vendas no mercado interno em2003 ficaramabaixo do que esperava a indústria de sucosprontos, masasexportações compensaram e ajudaram amanterelevadas astaxasde expansão do setor. ASucos DelValle doBrasil, porexemplo, que até pouco tempoexportava apenaspara paísesdo Mercosule paraa matriz mexicana, em 2003 conseguiu ampliarpara 25 o número de parceiros comerciais fora do País. Com mais de 30% do mercado brasileiro, exporta aindapara Moçambique, Cabo Verde, Angola, além de Japão e Oriente Médio. Aumento - "Nossa meta é fechar 2004 com 50 países em nossapautade exportações", afirma ogerente deexportações da companhia,Dario Chemerinski. "Comisso, queremos concluir o ano com pelo menos 10%dovolumetotal produzido destinadoao mer-
cado externo". Em2003, esse percentual foi de 7%, com produçãoem tornode 90milhões de litros. Em 2002, era de 4%.
Vice -A SucosMais, vice-líder domercado eque atuano segmentode sucosprontoshá menos de um ano e meio, é outroexemplo de quem obteve bomdesempenho no comércio exterior em 2003. Pelo menos 10% do total produzido em 2004 deve se destinar ao mercado externo. O diretor comercial da companhia, Rogério Botelho, adianta que esse percentual pode sersuperado,dadasas negociações que a companhia vem tocando comgrandes redes varejistas mundiais. "Com pequenas alterações conseguimos elevar nossa capacidade instalada de 7,5 milhões de litros/mês para 10 milhões de litros/mês", comenta Botelho. "Nossa meta é que 350 mil dos 3,5 milhões de li-
tros quevendemosmensalmente se destinem ao mercado externoatéo fimdoano".A apostadaSucos Maisnomercado externoé tão forteque a companhia já tem a marca registrada em 32 países. Wow! - Mais uma fabricante que viuas exportaçõesdecolarem em 2003 foia Wow!, que fabricaos sucosSufresh.De acordo com odiretor de marketing evendas,WilliamSallum,emumano emeiode mercado, concluiu2003 com mais de10% desua produção comercializada com o exterior. Uma daspeculiaridades daWow! éofatode elaexportar seu suco pronto com outras marcas.Para osEstados Unidos, queabsorve60%de suas exportações,amarca éFruit Sip e para aEuropa, para onde remete20%do que embarca por mês,é Fruit Rush.África e Mercosul recebem os sucos com a marca Sufresh. (AE)
Promotores passaramaincluirpolíticosna investigação de fraude do grupo alimentício Parmalat , informou uma fonteda Justiça ontem. Oescândalo está envolvendo também mais instituições financeiras. Advogados do Citigroup foram ouvidos pelo promotor Francesco Greco, que investiga o sumiço de mais de 10 bilhões deeuros da contabilidadeda Parmalat. Segundo uma fonte, o Citigroup entrou comuma ação judicialno sábadocontra a Parmalat, acusando o grupo de ter falsificado 200 milhões de euros em títulos em 2003. "Estamos nosconcentrando nisso: bancos e políticos", afirmou a um grupo de jornalistas uma fonte da Justiça em Parma quandoperguntada quepapel teriam desempenhado os bancos italianos eestrangeiros no escândalo damultinacional. A fonte não deu mais detalhes. Nove pessoas, entre elas dois funcionários da ex-afiliada italiana daauditoria Grant Thornton,forampresase 25 sãoinvestigadaspor fraude, manipulaçãode mercados e contabilidade fraudulenta. Até agora,nenhum políticofoicitado na investigação. Os promotores ampliaram a
investigaçãopara bancosestrangeirose italianosqueconcederam empréstimos ou venderam bônus da Parmalat.
Crí ticas - Uma fonte disse queo banco suíçoUBS emprestou 103 milhões de euros a uma holding de propriedade da famíliade Calisto Tanzi, fundadorda Parmalat.O chairman do banco italiano Intesa,Giovanni Bazoli, disse em uma assembléia de acionistas que a instituição e outras do setor "têmsido tratadascomo
criminosas" e que as críticas têm sido "descontroladase injustificadas". Aexposição do Intesa àParmalat chega aos 360 milhões de euros. No caso está também a Tetra Pak, empresa sueca de embalagens,que ontemafirmou ter feitopagamentosde 12milhões de euros por ano para firmas ligadas ao grupo Parmalat,partede operaçõesderotina,mas negouque tivessedesembolsado dinheiro para a família Tanzi. (Reuters)
Falência e fábrica desativada
Investigada na Itália por desvios de milhões de euros e pelo rombo de bilhões de euros nas contas daempresa, aParmalat teveo seuprimeiro pedidode falêncianoBrasil, solicitado por dever menos de R$ 60 mil, valordivididoem dois títulos vencidos eprotestados emdezembro. O pedido foi ajuizado pela 29ª Vara Cível de São Paulo, pela empresa Produtos Alimentícios Orlândia S.A.Comércio eIndústria, conhecida nacionalmente por Brejeiro (seu nome fantasia), de Orlândia, na regiãode Ribeirão Preto, que vendeu gordura vegetal hidrogenada à multinacional.
Adívidada Parmalatcoma Brejeiro podechegar, naverdade, a R$ 900 mil, valor dos títulos vencidos ou a vencer. Apenas duas duplicatas foram incluídas pelo advogado Gilberto Massaro. A Parmalat também informou que a produção da unidadede Carazinho (RS)vaiaumentarporqueafábrica de Santa Helena (GO)será desativada parcialmente.Serão mantidasas linhasde leiteem pó industrial,creme de leite e molhos lácteos, segundo Afonso Champi, gerente executivo de comunicação da empresa. (AE)
Ontem, numa imensa reserva florestal
Flores, camisetas. E dedos sujos (ainda). Carpers, jogador de basquete no Rio: carimbado, apesar de festejado. Pág.13
Comerciantes e moradores afetados pelas obras na região da Rebouças, Faria Lima e Cidade Jardim querem isenção do IPTU no período de interdição das avenidas. Distrital de Pinheiros, com apoio da Associação Comercial, apresentou uma lista de reivindicações à subprefeita Bia Pardi. Página 14
A Volkswagen aposta no Fox (raposa em inglês). Ele está chegando com tudo para reviver uma era do sucesso do Fusca. E reconquistar a liderança.
Nossas bandeiras, nos extremos do Brasil
Novas em folha, 10 mil bandeiras brasileiras, doadas pela ACSP e Facesp, tremulam em escolas e instituições educacionais de todo o País. Página 4
Empresários, pedreiros, jogadores de futebol: cresce número de condenados por não pagar pensão alimentícia. Pág. 11
José Alencar, vice de Lula e interinamente na Presidência, aproveitou a Couromoda, ontem, para bater uma bola com o governador Alckmin. E também para opinar sobre política cambial. Pág. 6
EYMAR MASCARO
A CPI do Banestado recebeu documentação comprovandoque CelsoPittafezum depósitonoexteriorde 110mil dólares. Odepósito foifeito numbanco nosEUA, confirmando denúncia de sua ex-mulher, Nicea Camargo. Com o fato consumado,a CPIvai intimaro ex-prefeitoa prestar depoimento.
É provável que Nicea seja chamada outra vez para novos depoimentos, pois os membros da CPI acham que ela pode fazer novas revelações. A informação sobre o depósito descoberto é de José Mentor, membro da CPI. Celso Pitta processou judicialmente a ex-mulher apósa denúncia de que ambos tinham contas bancárias nos EUA.
Os membros da CPI devem exibir a prova da conta de PittanoPlenário,alémde distribuircópiasparatodososintegrantes da comissão. Se Pitta sonegou informação sobre a contarevelada etungouoFisco, aCPIpodesugerir norelatóriofinala devoluçãododinheiroaos cofresdaPrefeitura de São Paulo.
Nicea Pitta, quando fez a denúncia, disse que os depósitos do casal eram fruto de desvio de verbas da Prefeitura. Abrir conta bancária no exterior não é crime, desde que a origem dos depósitos seja lícita e que o Fisco não seja tungado.
GARGANTA PROFUNDA
Salvo retoque de última hora, Lula embarca dia 22 para a Índia. Nada anormal. Uma das marcas do governo petista é aviagem internacional. O presidente herdou de JK o amor pelo vai e vem. Enquanto vai, enquanto vem, Lula deixadelado problemasque parecem insolúveis,como, o do desemprego.
DÍVIDA
O1ºano de gestão Lula já passou eodesemprego cresceu. O desemprego pode crescer no governo de qualquer partido, menos no doPT. O "X" da questão é o dia anterior à viagem, 21, data em que Lula pretende anunciaro ministérioreformado. Quandotudo parece estar acertado, o PMDB vem com novidade. O partidode MichelTemer queria dois,mas agoraexige três ministérios: Integração Nacional, Previdência e/ou Comunicação. Lula precisariamexer no ministroque gosta, Ciro Gomes,a quem pretende transformar num super-ministro.
FUÇA-FUÇA
Lula chega do México e, além do problema com o PMDB, o presidente temde resolver outros dois: aumentar a participação do PTB no governo eabrirvagasparaa integração do PP de Maluf no governo. Os pepebistas só participarãodogoverno nos escalões inferiores.
RIFIFI
Geraldo Alckmin eMarta Suplicy sustentaram um breve quiproquó no dia de ontem. A prefeita reclama que o Estado não policiaos ônibusna zona Leste da Cidade. O governador desmente a denúncia. A bem da verdade, governador e prefeita só pensam naquilo, nas eleições de outubro.
DE OLHO EM 2006
Aeleição deprefeito naCapital paulista interessa muito a Alckmin e mais ainda a Marta: o governador écandidato em potencialàsucessãode Lula. Seria umfeitoextraordinário Alckmin elegero prefeito.Seriao1º governadoraganhara eleição na cidade.Para Marta, a reeleição pode garantir sua candidatura ao governo do Estado em 2006.
SEM FIRMEZA
Ninguém consegue arrancarde MartaSuplicy umadeclaração explícita de que será candidataao governoestadual, emcaso dereeleição. Já escolada pelo marido Luiz Favre, Marta diz apenas que é candidataa fazerumaboa prefeitura. Marta até decorou umafrase: sedeclaraapaixonada pela função que exerce, a de prefeita.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem, emseu pronunciamento na sessão de trabalho sobre Desenvolvimento Social na Reunião de Cúpula Extraordinária das Américas, no México, a idéia de que o desenvolvimento social desejado pelos países latino-americanosdepende da "reversão dos mecanismosde produçãodadesigualdade" na região.
INVASÃO
Afamíliadeum executivo francês, que mora no Jardim América, capital paulista, ficou refémde bandidos namanhã de ontem. Os bandidos invadiramaresidênciado executivo às 7da manhã, depoisde renderem o professor de ginástica da família. Osladrões levaram euros, pesetas e reais.
ROSAS PERFUMADAS
Se dependesse do prefeito César Maia, os turistas americanos seriam recepcionados sempre com rosas perfumadas, como as que foram distribuídas ontem a quem desembarcava no Galeão. Já, em Lula, se pudesse, o prefeito jogaria ovos.
QUEDA
A Prefeitura do Rio se encarregou de anunciarque caiu de 85% para 73% o número deturistas americanos que voltariam avisitar os cariocas. Aqueda, segundoCésar Maia, é sinal de protesto contra aobrigatoriedade do fichamento dosturistas americanos no Galeão.
BANCO DOS RÉUS
A ex-mulher do juiz Rocha Mattos,Norma Cunha, ambos presos, prestou depoimento na Justiça Federal, em São Paulo, por mais de 4 horas. Elaéacusada dechefiaruma quadrilha queagia ouagena áreado Judiciárioquevendia sentenças judiciais. Foi na casa de Norma que a polícia encontrou 550 mil dólares.
MISTÉRIO
Nem Covas,nemJânio, nem Maluf e nem Marta Suplicy: ninguém consegue disciplinaro usodascaçambas na cidade de São Paulo. Elas se proliferam dia após dia.
GESTO
CésarMaia ficou possesso: enquanto comemorava o habeas corpus que autorizava a Prefeitura do Rio a desobedecer asentençade um juizde Mato Grosso, obrigando o fichamentodos americanos,o ministroCelso Amorimbaixavaportariaconfirmando a sentença do magistrado.
QUESTÃO DE GOSTO
O ex-ministrode Fernando Henrique, Luiz Carlos Mendonça de Barros, acha Palocci melhor do que Malan.
VISITANTES
Prefeitos do Litoral Norte de São Paulo dizem que suas cidades, nas férias de verão, recebem milhares de turistas e ladrões.Veranistas para todos os gostos.
CÁ ENTRE NÓS A ida de Pittanão vai complicara situaçãode Malufna CPI do Banestado?
Lula lembrou que, ao lado do governoda Áfricado Sul,o Brasil criou umfundomundial contra a fome e que, no próximodia30,em Genebra, terá reuniões com o secretáriogeral da Organização das NaçõesUnidas (ONU),KofiAnnan,ecom opresidenteda França, Jacques Chirac, para "aprofundar idéias econvidar líderes mundiais a se engajarem nesse esforço global".
Sarney tenta acalmar ministeriáveis e recomenda silêncio
Opresidente doCongresso, senadorJosé Sarney (PMDBAP), comandauma operação para acalmaros ministeriáveis da bancadadesenadores do partido, todos queixososda demora do governo em definir a cota da legenda na reforma ministerial. Aos correligionários, Sarney tem recomendado uma só conduta: o silêncio. DoMéxico, opresidente LuizInácioLula daSilvasinalizouque não temmesmo pressa: "Ainda não tenho a data. Vouconversar comcada ministroquevai deixarocargo.Reforma temdeseruma coisa corriqueira", completou. Combinado ou não com o presidentedo Congresso, também começam a surgir, no Palácio do Planaltoe arredores, vozes petistas em favor de rápidas definições. "Está na hora de opresidente bateromartelo", defendeuontemo vice-líder do governo na Câmara Professor Luizinho (PT-SP). (AE)
Exemplo – Valendo-se dos propósitos de seu governo como exemplo, Lula reiterou suapromessa deincorporar 11 milhões de famílias pobres ao programa Bolsa Família, lembrou que oFome Zero alcança 1,9 milhão de famílias e reafirmou que essas políticas estãoorientadaspara "romperocírculo viciosodamiséria" e acabar com a dependência desses cidadãos da assistência do Estado. O presidente retomou ainda suadefesa datese deque o comércio internacional poderá ser um "poderoso indutor de desenvolvimento". Mas deve, necessariamente, elimi-
A convocaçãoextraordinária do Congresso vai custar R$ 15.262.236,00 só com o pagamento de salários-extras aos 513 deputados e81 senadores. Cadaparlamentar recebe o equivalente a R$ 12.847 brutos por mês. Mas, em caso de convocação extra, é paga uma ajuda decusto no valordo salário mensal no início dos trabalhos e outra no final. Nos vinte dias de convocação a Câmara vai discutir as reformas constitucionais. A PEC paralelada reforma daPrevidênciaterá queter suaadmissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Só então seguirá para a Comissão Especial que analisaráo méritoda proposta.Somente depois devotada nestas duas comissões, a PEC paralela poderá ser votada em dois turnos pelo plenário da Câmara. O mesmoprocedimento será adotado nocaso das alterações propostas pelos senadores
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para areformatributária. Os deputadosainda terão que analisar 10 projetos de Lei durante a convocação. Senado – Os senadores terão como missãoprincipal, nos vinte dias de convocação, analisar a reforma do Judiciário, que tramita há doze anos no CongressoNacional (leia mais sobre o assunto na página 11) Os senadores terãoseis projetos deleiparaanalisar.Entre eles, o que altera o Código Tributário Nacional, considerado umaprerrogativapara quea nova Lei de Falências seja aprovada. (ABr)
nar as situações de dependência e compensar as assimetrias entre os países. Alca – Semmencionar diretamente asnegociações daAlca, Lula afirmou que as discussõescomerciais oucom osorganismos financeirosinternacionais têm de "preservar a capacidade dos Estados Nacionais deformularempolíticas industriais, agrícolas, de ciência e tecnologia, sociais e ambientais".Ele insistiuque"as receitas rígidas" impostaspelos organismos internacionais "ampliam os impasses econômicos e sociais".
Segundo Lula,"muitos dos conflitose tensõesatuais decorremdeumaordem internacional em que a distribuiçãoda riquezaéinjusta efaltam oportunidades para os países maispobressedesenvolverem". (AE)
Os 260 primeiros deportados dos EUA chegam no dia 28
Adesastrosa experiênciavivida nos EUA por um grupo de brasileiros já tem data para terminar.Dia28 pousaemBelo Horizonte oprimeiroavião trazendo 260 pessoas(deum total de cerca de mil) detidas pelo governo americano por imigração ilegal. “Amaioria nãotemnenhumachance desair daprisão, pois nem mesmo fiança foi concedida pelaJustiça dos EUA”, dizo senador Hélio Costa (PMDB-MG),que integra a comissão de parlamentares que negociou a volta dos brasileiros. (AE)
O Banco Bradesco S.A. comunica ao Mercado, aos seus acionistas e clientes que o Banco Central do Brasil
o prazo de 66 (sessenta e seis) dias, a contar de 14.1.2004 e a vencer-se em 19.3.2004, para que os acionistas, a seu livre e exclusivo critério, possam ajustar as suas posições de ações, por espécie, em lotes múltiplos de 10.000 (dez mil).
O ajuste poderá ser feito por intermédio de Sociedade Corretora de livre escolha dos acionistas. As aquisições realizadas por meio da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, e exclusivamente sobre a quantidade necessária para complementar o múltiplo de 10.000 ações imediatamente superior, terão isenção da taxa de corretagem e dos emolumentos, devendo os acionistas, neste caso, se dirigir a uma das Agências da Rede Bradesco. Transcorrido o prazo para ajuste da posição, que dar-se-á em 19.3.2004: •as eventuais frações de ações serão separadas, agrupadas em números inteiros, e vendidas em Leilão a ser realizado na BOVESPA em 31.3.2004, sendo os valores apurados creditados nas contas correntes dos respectivos detentores das frações ou colocados à disposição na Sociedade em 12.4.2004; •as ações passarão a ser negociadas, em Bolsa, somente pela cotação unitária. Simultaneamente à operação no Mercado Brasileiro, obedecendo-se aos mesmos prazos, será adotado igual procedimento no Mercado Internacional, para os papéis negociados em NovaYork – EUA e Madrid – Espanha. Outros esclarecimentos que se fizerem necessários poderão ser obtidos no Site www.bradesco.com.br – Seção Relações com Investidores, na Rede de Agências Bradesco ou pelo Telefone 0800-7015727 (ligação gratuita).
Ele quer que os pais mandem seus filhos embora. E para bem longe de casa. Defensor das viagens de estudos e intercâmbio entre os adolescentes e universitários, o presidente do Student Travel Bureau, STB, José Carlos Hauer Santos Jr., acredita no potencial de aumento das viagens do tipo entre os jovens brasileiros. Segundo ele, apenas 30 mil pessoas nesse grupo viajam para estudar todos os anos, diante de um universo de 3 milhões de universitários. Em 2003, a STB fechou o ano com um faturamento em torno de US$ 40 milhões. Roteiros mais procurados mudaram ao longo da última década, com a entrada da Austrália e da Nova Zelândia.
Qual a estrutura do STB no Brasil e no exterior?
Temos umarede de37 lojas funcionando no País, das quais quatrolá fora.Estamosna Austrália,Nova Zelândia,Argentina e Espanha.
Quais são exatamente as áreas de negócios da STB?
Temos ao todo seis áreas de negócios que incluematividades diversas, como os cursos, a emissão da carteira de estudante internacional, a ofertade pacotesde viagens avulsas,viagens parasolteiros, um departamento aéreo e uma área de trabalho remunerado fora do Brasil.
Quem são os principais clientes da empresa hoje?
Em torno de 70% dos nossos clientes são jovens entre 18 e 25 anos, normalmente universitários, que fazem viagens com duraçãomédia de quatro semanas para estudaridiomas. Depois vêmos jovensem busca de cursos técnicose de extensão universitária, com 20% dototal.Os adolescentes que fazem intercâmbio, com idades entre 15 e 17 anos, respondem porapenas 10% do nosso faturamento total.
Isabela Barros
é oalemão, seguidopelo japonês e pelo chinês.
Por que os pais devem estimular seus filhos a passar um tempo estudando fora do Brasil?
Além do aprendizado de novas línguas, que é fundamental no atual mercado de trabalho, existea convivênciacom pessoasde outrasculturas.Num mundoglobalizado, ganha pontos o executivo que conheçaas característicasdositalianosna horade fecharnegócio com empresas daquelepaís e assim por diante. Sem falar que todo mundo voltamais sensível e atento depois de uma temporadafora,comuma visão diferente do mundo. Trata-se de um choque de culturas muito positivo.
Os homens viajam mais do que as mulheres? Não, elas viajam mais. Isso acontece principalmente nas viagens de intercâmbio, em
sa, todos serão muitoestimulados a viajarem assim.
Qual o gasto médio por viagem no STB?
O tíquete médio dos universitários é de US$ 2,5 mil.
De que forma o STB pretende estimular as vendas de viagens de estudos em 2004?
A tarefaque nos cabe éa de conseguirreduzir os custos das viagensnegociando com as escolas lá fora. Também vamos reforçar a nossa política de descontos com as companhias aéreas.
Qual a participação do STB no mercado de viagens para o exterior?
Temos mais de 40% desse mercado, que é muito pulverizado em todos os estados do Brasil emfunçãodaofertade produtos exclusivosporempresas diferentes.
Quais são os roteiros mais procurados pelos estudantes brasileiros lá fora?
"Famílias latinas preferem que os filhos façam viagens mais curtas"
Os jovens brasileiros viajam muito para estudar? Não. Todos os anos saem do País 30 mil jovens, o que é poucodiantedeum totalde3milhões de universitários. O crescimento das viagens de estudos está diretamente relacionado ao ganho médio dos salários. Se a renda é reduzida, menos pessoas podemviajar. Semfalar nos fatores culturais.
Que fatores são esses? As famílias latinas e asiáticas costumam ser mais apegadas aos filhos,não têma mentalidade cigana dosargentinos e europeus. Tanto que os pais desses grupos preferemque os filhos façam viagens curtas, entre seismeses eum ano.Os chineses são uma exceção, normalmentemandamos filhos fazeremuniversidadefora, o quesignifica ficarpelo menos três anos longe de seu país de origem.
Quais são os jovens que mais viajam no mundo? Omaior viajantedomundo
que os adolescentes precisam de boas notaspara serem aceitos nas escolas lá fora.
Os pais costumam dar muito trabalho?
Alguns sim. Há pais que se desesperampor qualquercoisa.Basta ofilhodizer quenão gostou da comida servidano jantar para algumas mães ligarem desesperadas dizendo que o filho está passando fome.
Quais as principais preocupações dos pais?
Segurança e saúde.
O senhor já fez intercâmbio?
Eu nunca, masquero muito que os meus filhos façam.
Algum deles já foi para fora estudar?
Tenho quatro filhos com idades entre12 anos eum mês de vida. AJúlia,a maisvelha, vaicomeçar aviajarpassando um mês na Suíça estudando inglês e francês. Ela vai num programa júnior, voltado para jovens entre 10 e 14 anos. Em ca-
O Canadá foio país maisprocuradono anopassado. Em segundo lugar ficaram a Inglaterra e os Estados Unidos.Esseano os Estados Unidosdevemlevar vantagem, por conta da cotação mais equilibrada dodólar observada nos últimos meses.
De que forma os pais podem escolher roteiros adequados aos perfis de seus filhos?
Todosos vendedores são orientados a conversar com os pais sobre os seus filhos na hora de vender os pacotes. É preciso saber se o jovem é mais ou menosmaduroe queobjetivosafamília tememmente com a viagem.
As preferências de roteiros mudaram muito nos últimos 10 anos?
Sim. Há 10 anos, países como a Austrália e a Nova Zelândia eram considerados novos no segmento. Na década de 70, por exemplo, as principais opções eram mesmoa Inglaterra e os Estados Unidos. O interessante é observarcomo os diferentesgovernos, porexemplo, são capazesde fazer oscilar a procura por viagens para os Estados Unidos. Osgovernos re-
publicanos, como o de George W.Bush, são normalmente marcados por mídia negativa e mais preocupação em torno do tema segurança.Os democratas costumam passar uma imagem mais positiva e isso estimula avenda de viagensde intercâmbio entre os estudantes e seus pais.
Que estados brasileiros mais enviam estudantes para fora? São Paulo responde por 40% do público total do STB, segui-
do peloRiode Janeiro,Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O ano que passou foi bom para o STB?
O primeiro semestre foi ruimdevido afatorescomo pneumonia asiática e a guerra no Iraque. Já o segundo semestre foi mais acessível, com o dólar mais equilibrado e menos temores quanto à segurançaláfora. Todaademandareprimida por viagens nos primeiros seis meses do ano ficou
para os últimos meses de 2003. Em comparação com o segundo semestrede2002,tivemos um crescimento de 40%nas vendas nosegundosemestre do ano passado.
Como o senhor começou a trabalhar no STB? Comecei a trabalhar na área atendendo osclientes. Depois me torneiagentedeviagens. Acabeicomprando oSTB de seuantigoproprietário em 1986.
Proposta brasileira é acabar com a identificação nos dois países até que seja firmado um acordo bilateral. Para EUA, nesse tema não cabe negociação.
O Ministério das Relações
Exteriores divulgou ontemos termos da proposta feita pelo presidente LuizInácio Lulada Silva ao presidente norte-americano, George W. Bush, para o fim do procedimento de identificação de americanos que chegam ao Brasile de brasileiros quechegam aos Estados Unidos. O governo propõe que tal procedimentoseja suspenso imediatamente enquanto se negocia o texto de um acordo queseria assinadoem meados de 2004.
Autoridades norte-americanas haviam antecipado, na semana passada, resposta negativa ao pedido de dispensa de vistos para cidadãos brasileiros, apresentadoformalmente pelo presidente Lula. Ementrevista àimprensa, noúltimo dia7,o porta-vozdoDepartamento de Estado, Richard Boucher,afirmaraque adispensa de visto "não é tema de negociação".
Odocumentofoi entregue em reunião reservada, no início da madrugada de ontem (horário de Brasília), em Monterrey (México) ondeLula e Bushparticipavam daCúpula Extraordináriadas Américas. "Se há 27 exceções, por que não 28?", questionou Lula, referindo-se ao fatodeos Estados Unidos isentarem27 paísesde visto. Bush respondeu que era umbomargumento, sorriu e prometeu que a proposta seria analisada.
Reação na Polônia – O Brasil já não é o único país a reclamar do tratamento. O prefeito de Varsóvia, naPolônia, Lech
O DC publica hoje mais opiniões de leitores sobre a polêmica em torno da identificação de turistas norte-americanos. Dê suaopinião no site: www.dcomercio.com.br
Kaczynski cancelou uma viagem que faria aos Estados Unidos por causa de sua objeção à nova política americana de vistos. "Apenas irei (aos EUA) quandonãofor precisotirar fotografia nem impressões digitaisdos poloneses",afirmou o prefeitoa jornalistas. Ogoverno da Polônia ficou visivelmente irado com a inclusão do país na lista de nações passíveis ao novo regime principalmente pelo fato deVarsóviaestar contribuindo para a segurança doIraque, estandoà frentede 9.500 forças internacionais. "Nãoviajarei enquantoospo-
lonesesforem tratadoscomo se não fossem aliados dos EstadosUnidos",afirmou oKaczynski, que tinha planejado viajar a Nova York em abril para uma reunião de prefeitos. Como presidente em exercício, José Alencar, defendeu ontemadecisão daJustiçabrasileira de"fichar" osnorte-americanos que desembarcam no País. Na opinião de Alencar, a medida "engrandece nossa democracia edá condições para negociarmos nabase daigualdade."
Alencar reiterouque adecisãoda Justiça não deveser
No Rio de Janeiro, entidades ligadas à promoção do turismo ofereceram brindes aos turistas norte-americanos ontem. Em reunião com o presidente George W. Bush, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou que o Brasil seja incluído na lista de países isentos da exigência de vistos. Bush apenas sorriu e disse que o pedido será avaliado.
questionada, mas sim cumprida. Observou, porém, que cabe ao governobrasileiroencontraruma soluçãoquecontemple o interesse nacional. "E eles (Estados Unidos) vão buscar o interesse deles", comentou. Flores – Osturistas que desembarcaram ontemno Aeroporto InternacionalAntônio Carlos Jobim passaram pelo "fichamento"mas deixaram o local satisfeitos com os brindes que ganharam na recepção: rosas, uma camiseta, um pingentecom a imagemdo Pãode Açúcar e um lenço perfumado. A medida éuma espécie de
compensação criada pelos órgãos de turismo doRio para amenizar o constrangimento da identificação. Segundoo subsecretário municipalde Turismo, Paulo Bastos, a prefeitura do Rio poderá entrar comum novorecurso contra amedida que determinaa identificaçãodeturistasamericanos. Na segunda-feira, a prefeitura do Rio de Janeiro ganhou liminar que suspendia o "fichamento", mas amedida continuouemvigor em razão de uma portaria assinada nosábadopelogoverno federal. (AE)
Brasil dispõe de tecnologia para agilizar processo de identificação
"É certomanter a reprocidade em relação ao tratamento que os brasileirosestão recebendo no exterior. A maioria dos países trata nossa gente como índios selvagens, ladrões e traficantes." Luiz Alberto (São Paulo/ SP)
"O que não podemos aceitaréasubm issãodiante ao imperialismo americano, deixando nossa soberania abalada. Se não vierem americanos quevenham franceses, japoneses, tailandeses, alemães e outros que nos respeitam e que nos tratam com dignidade. Aqueles que realmente amam o Brasil e sua soberania que não viajem aos S tates eboicotem seus produtos." Daniel Zanqueta (Mirassol/SP)
"Brasileiros e brasileiras: a identificação de visitantes nos Estados Unidosé justificada, pelo terrorismo e também porqueapolíciadelá sabe onde se encontram todos os habitantes do país. Aqui, nós nem sabemos que ao lado de nossascasas existem criminosos (não terroristas) que a polícia busca há maisde10 anos. Deixemos de bobagens. Nós ainda dependemos dosdólares norte-americanos, e muito.Afinal, continuamos sendoum país deterceiro mundo.Acabemos coma identificaçãode americanos antes que seja tarde e venhamos a perder empréstimos, compras valiosas e os dólares que eles costumam deixarno nosso Carnaval." Gustavo Caldo (São Paulo/SP)
Jens Glüsing, do Der Spiegel O sEstados Unidos, com sua caça aosterroristas, estão criando caos no mundo do turismo. Mas um juiz estadual está organizando a resistência a partir de Cuiabá, que só é mencionada nos guias de turismo em razãode suas coordenadas:a capitaldoMato Grossoé quaseo centrogeográfico daAméricadoSul. Tambémé conhecidapelo seu delicioso peixe e, mais recentemente, pela ação do juiz federal Julier Sebastião da Silva, de 34 anos. Primeiro, ele conseguiu colocarum dosmaiores reisdo mundo das drogas atrás das grades e depois impediu a construção de um canal no Pantanal.Agora, elecatapultouCuiabáparaocentro do mundoao desafiarossuperpoderes dosEUA. OTioSam já nãotemexatamenteuma ótimareputação naAmérica do Sul. Os latino-americanos que planejam viajar para o Norte freqüentemente passam horas, oumesmo dias, esperando na fila dos poucos consulados norte-americanos. Obter umvisto significa ser entrevistado porum dos seus funcionários etodo viajante da América Latina precisa de um visto para os Estados Unidos, mesmo que seja apenas para trocar de avião ou ir à Disneylândia. Antes de viajar para os EstadosUnidos, turistas argentinos, colombianos e brasileiros devem divulgar sua situação familiar efinanceira. Isso ocorreporque qualquerpessoa proveniente daregião é automaticamente suspeita de querer permanecer ilegalmente na terra prometida. Os latinos agüentam firmee esperam pacientemente nos aeroportos de Miami e Nova York, enquantoalemães, britânicos, franceses e outros ci-
dadãosdo primeiromundo passam por eles sorrindo, em um gestode "solidariedade". Elestêmde manterosangue frio quandoumfuncionário de alfândega(queteveum "diaruim") lhes pedeprovas de quepossuem recursos financeiros e bens materiais e têm de tolerar a grosseira inspeção dabagagem. É importante não levantar suspeitas porque aqueles que as provocamacabam sendo trancados em salas sem janela, forçados a se despir ou algemadosa cadeiras. Depois desete ouoito horas, acabam sendomandados de volta aseuspaísese,nestes casos, preencher uma queixa e enviá-la ao consulado norte-americano é inútil. A iniciativa geralmente é recebida com uma declaração lacônica dequeascoisas sãoassim desdeosatentados de11de setembro de 2001.
Recentemente, osEstados Unidosadotaramuma nova política: fotografar e colher as impressões digitais de algumas pessoasque entrem no país. Ainiciativaéencarada por alguns como um tapa no rosto, já que a maioria dos europeus não precisa se submeter ao procedimento. "Horrornazista" – Apesar disso, quase nenhum governo latino-americano ousou protestar contra a nova política.OGrande IrmãodoNorte seria forte demais, exceto para ojuizJulierSebastiãoda Silva. Ele reclamou que as políticas norte-americanas estão empé deigualdade "aos horrores cometidos pelos nazistas" e ordenou que os cidadãosdosEUA que entrarem no Brasil devem ser fotografadoseforçados a"tocaro piano", a gíria brasileira para a coleta de impressões digitais. Ele invocou o princípio diplomáticodareciprocidade eo maior jornal brasileiro, Folha
de S. Paulo",reforçou sua decisão classificando-a como "incontestável". Em sua chegada ao Brasil, os turistas norte-americanos podem esperar até oito horas para serem liberados, como ocorreunoRio deJaneirona última segunda-feira. Isso porque os funcionários brasileiros não têm os aparelhos eletrônicos de coleta de digitais utilizados nos Estados Unidos. "Tocar piano" ainda é umatarefa manual,aqui:um funcionário abreuma almofada de tinta e a distribui uniformemente sobre os dez dedosdo turista.Não hácâmeras digitais e os turistas são fotografados com polaroids, pelo menos por enquanto. Éclaroquetudo issocria tensão. "Estamos sendo tratados comocriminosos", reclamouo turista ScottHall,de Boston. "Vocês não querem os nossos dólares? Que há de errado com vocês?", perguntou um viajante, irritado porque perdeu uma excursão ao PãodeAçúcaremrazão das medidas de controle. Patrioticamente incomodados, osviajantesdonavio Amsterdã,que chegouao portodoRio nasemanapassadacom maisde 600cidadãos norte-americanos a bordo, recusaram-se desafiadoramente a desembarcar, em protesto àsnovas regras.Um casalcanadense ergueu, triunfante, suasmãos para mostrar o símbolo da vitória
quando descia do navio. "Somos canadenses", diziam. "Não me importaria de ser um deles", disse um americano. Bál samo – Estas cenas ocorridas no Rio eem São Paulo são umbálsamo para a torturada alma da América Latina. Políticos do México e da Terra do Fogo estão aplaudindoa ação. Um senador brasileiro, membro do partido do governo, o PT, exigiu queas regras deimigração sejam ampliadaspara ospaíses vizinhoscomo aArgentina, Paraguai e Uruguai.
O efeitopedagógicoda guerra das impressões digitais aindatemque sercompreendido por Washington. Na semanapassada, umporta-vozdo SecretáriodeEstado Colin Powell exigiu de seus paresno RiodeJaneiro uma explicação do porquê da submissão dos americanos a tais "horríveisinconveniências".Ele advertiuosbrasileiros dizendo que os atrasos na fronteira desencorajariam viagens de americanos ao Brasil.
O Rio deJaneiro espera 70 mil turistas dos Estados Unidos apenas parao Carnaval. Um certo afrouxamento da situação parece estar à vista: funcionáriosdas fronteiras brasileiras já foram equipados com câmeras digitais e, agora,opolegar direitoésuficiente para cumprir a exigência de coleta de impressões digitais.
Decisão anunciada depois deuma reunião entre representantes dos ministériosdo Turismo, da Defesa e da Justiça determinou que Polícia Federal contará com equipamentos mais modernos paraexecutar o "fichamento" dosturistas americanos. O objetivo é amenizar o impacto negativo da identificação eequipar ossete aeroportos que podem receber vôos diretosdos EstadosUnidos. São eles: Natal, Recife, Fortaleza, Salvador,BeloHorizonte,São PauloeRio deJaneiro. Segundoinformação extra oficial da assessoria de imprensa da PF, os equipamentos a sereminstalados seriam daempresa francesasSofremi, já fornecedorada PF. Mas empresas brasileiras detêm tecnologia para identificação ereconhecimentoautomático de impressões digitais. Segundo opresidente daFinanciadora de Estudos e Projetos(Finep), ofísico SérgioRezende, há pelo menos dois possíveis fornecedores nacionais quetiveram projetosfinanciados pela Finep:a paulista Griaule, que recebeu financiamentodeR$167 mileaMontreal, que recebeu um empréstimodeR$ 5milhões. Éda Montreal o equipamento emprestado instalado temporariamentenoAeroporto dos Guararapes, em Recife. Banco de dados – A tecnologiapara identificaçãoporimpressões digitaisdesenvolvida pelas empresas brasileiras permite o rápido "fichamento" e comparação de informações armazenadas em bancos de dados etem sido adotadaem departamentos de segurança pública e de trânsito de vários Estados.Outra empresabrasileiraque tem atecnologiaé a gaúcha Compuletra. "Estou trabalhando para que atecnologia dasempresasnacionais sejam usadas. Procurei o Ministério da Justiça para dizer que háempresas nacionais que foram financiadas pela Finep eque têmtecnologia para identificaçãopor impressões digitais. Éumaoportunidade de promover a empresa nacional",disse Rezende ontem. O argumentodo presidenteda Finep, instituiçãoligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia,éde queainstalaçãodos equipamentos seria uma oportunidadeimportantede colocar emprática odiscursodo governo federal de valorização da indústria nacional, e que isso significaria a criação de empregos além do domínio uma de tecnologia avançada e estratégica. (AE)
AAssociação Comercial de São Paulo convida para a Missa de Sétimo Dia do Dr. DANIEL MACHADO DE CAMPOS presidente emérito da ACSP e de sua esposa SRA. EVANGELINA BOTELHO MACHADODE CAMPOS a ser celebrada hoje, dia 14, às 12 horas, na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada na Rua Honório Líbero nº 90, Jardim Paulistano.
Não sei porque as fábricas aindainsistem em instalaras chamadas "setas", objetos piscantes queindicama direçãoqueo motorista vai dar ao veículo. Se pisca o da direita, lá vai ele para aquele lado.Piscando oda esquerda,segueno sentido oposto. Mas, se prestarmos atenção, vamosver queuma enorme eincompreensível parcela de motoristas jamais usou aquela alavanquinha, em geralcolocada àesquerdado volante.Talvez muitosnem saibam para que serve. Pois ele é de grande utilidade para todo o sistema viário.
Prestem atençãocomo édifícilseguir tranqüilamenteo seu caminhoquando osujeito à sua frente vira para a es-
querda oudireita, sema menor cerimônia e, pior, sem "dar seta"doque vaifazer.Mais grave: aquele que indica que seguirá pela direita e entra pra esquerdacomo secoubesse aosdemais mortaisadivinhar o que ele vai fazer com seu carro. Uma dica para tentar escapar deste povo é a seguinte: preste atenção aos movimentosde cabeçadomotorista quesegue àsua frente. Quando ele começaraolhar muitoparao retrovisorexterno, pode apostar, ele vai mudar de faixa sem tedar sinal.Observe este comportamento e suas chancesdechegar aoseudestino inteiro vão melhorar muito. Mas é claro, existem aqueles
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que usam a seta como desculpa parafazer oque bementendem. Estes nãousam o retrovisor,anão serointerno para pentear-se ou, no caso das mulheres,retocar amaquiagem, e entram sem a menor cerimônia, para um lado ou paraoutro. Edepois sinalizam com a mão (eu deiseta), comoseisso bastasse. Uma solução seriavoltarmos aosistema antigo, como o dos velhos Fuscas, em que uma espécie de lingueta saia da coluna central do carro, mostrando a direção a ser seguida. Quemsabe aqueleobjetoengraçadinho levaria um número maior de motoristas a usar este civilizadosistema deconduzir seusveículos.E saibamqueo
sistema custa caro,em média, US$ 30. Valor razoável para ser ignorado. Basta fazer as contas: em 2003 o Brasil vendeu cerca de 1,5milhão deveículos no mercado interno. Se,ao invés de instalar o pisca em todos os modelos, aindústria economizasse este dinheiro e o desviassepara oFome Zerodo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,seriam cercade US$45 milhões a matara fomedo povo brasileiro.E, pormais incrível que esta louca teoria possa parecer, com certeza haverá muita, mas muitagente mesmo,que ficaráfelizpor não termais quese preocupar com aquela chatice que é ter de perder tempo "dando seta".
Roni, um paciente, foi tratado de lombalgia, ficoubem, tevealta. Um dia, muito tempo depois,logo apósas fériasde janeiro, ligou: "Dirce, estou com muita dor no ombro esquerdo!" Veioaoconsultório eouviuas perguntas de praxe: Sofreu trauma do tipo cair e se apoiar sobre a mão esquerda, ou outro tipo de trauma?Resposta: Não.Brincou nas férias e sofreu alguma torção no braçoesquerdo? Não.Pegou algo muito pesado com o braço esquerdo? Não. Ao exame,a dorse mostrava constante, não muito intensa, mas exacerbava aos movimentos, principalmente à elevação lateral e naarticulação doombro, não nos músculos adjacentes. Pedi para descrever as suas férias, já que antes a dor não existia. Descobrimos que oRoni tinha dirigidoaté Parati,no Riode Janeiro, com trânsito lento, muito calor, vidros abertose o braço esquerdo apoiado,descansando, sobre o vão da janela. Na ida e na volta. Oque ocorreu:O Úmero, osso superior dobraço, foi forçado, pormuito tempo,contra seuencaixe naparte superiorda articulação, pressionando as bordas ósseas da cabeça umeral e da
escapular-cavidade glenoidealémdas bolsassinoviais(minúsculasbolsas comlíquidosinovial que lubrificam os movimentos dos tendões e ossos).
Houve irritação (inflamação) destasestruturas,e istoeraacausa da dor. Além disso, o Úmero ficou comuma discretaderrapagem no sentido para onde foi forçado. Ocorreuuma incongruênciana ar ticulação.
Foi necessário reposicionar os ossos, suavemente,com arecentragemarticular segundométodo Sohier (fisioterapeuta belga) e a aplicação de Ultra-som local, além de orientar o Roni quanto ao repousodeste tipode movimento por alguns dias.
Explicando: a causa do problema foi o tempo em que o braço ficou naquela posição. Podemos abrir os braços sem consequências, mas toda vez que ficamos muito tempo em posição forçadaou fazemosmuitasrepetiçõesdos mesmosmovimentosna mesmadireçãopodem ocorrer discretas derrapagens. Observese vocêcostumaapoiar obraçoesquerdo noapoioda porta ou mesmona janela. Pode ocorrer ao longo do tempo a dor no ombro, na coluna cervical (pescoço) ou na região dorsal. Diirija semprecom asduas mão no volante.
dcoluna@dcomercio.com.br
Distrital da ACSP encaminha à Prefeitura propostas para minorar transtornos impostos a lojistas e moradores da região da Rebouças e Cidade Jardim
Teresinha Matos e Fernando Lancha
Comerciantes e moradores dosbairrosde Pinheirosedos Jardins, afetados pela construção das passagens de nivel na avenida Rebouças com Faria Lima e na Cidade Jardim com Faria Lima reuniram-se ontem à noite na Distrital Pinheiros da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e apresentaram à subprefeita de Pinheiros, Bia Pardi, umalista com treze ações emergenciaispara minimizar os problemas enfrentados em decorrência das obras. Entre os pedidos, o destaque fica por conta da isenção total do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) por partedos imóveis da região, durante o período de interdição das avenidas.
A subprefeita disse que a isençãode pagamentodo IPTU é uma questão que envolve mudança de legislação, mas que,mesmo assim,vaiencaminhar o pedido recebido.
"Ocomércio estácomtodos os seus direitos cerceados e a Prefeitura continua cobrando um IPTU milionário", diz o vice-superintendente daDistrital Pinheiros, Fernando José dePaula Silva. Segundo ele,coma redução de atividadena região,oscomerciantes não terãocondições de arcar com o imposto predial.
A expectativa é de que as medidas sejam adotadas rapidamente pela Prefeitura, impedindo a extinção de empresas na região
Oslojistas e moradoresde Pinheiros e dos Jardins querem ainda acessolivre a todas as edificações comerciais ou residenciaisque tenhamsofrido interdição. "A Prefeitura da Capital efetuou a interdição sem conversarcom asentidades representativas da população",criticouo vice-superintendente."Ahoraéde tentar minimizar os problemas", prosseguiu o superintendente da Distrital Pinheiros, Fernando Vaz. Entre assugestõesparaa subprefeitura estão a implementação rápida de sinalização deacesso aoslocais interditados, construção de bolsões de estacionamento, com vagas para a clientela das lojas em locais interditados e espaços para publicidade epropaganda dos estabelecimentos que estiverem emáreasinterditadasou modificadas pelas obras. Segurança – A preocupação com a segurança nas áreas interditadas éoutra providência
reivindicada, porisso comerciantes e moradores da região querem a instalação de postos da Guarda Civil Metropolitana nesses locais. Os lojistas e moradores propõem que não seja permitido o trânsito de ônibus, vans, motos e caminhões em ruas situadas em áreas estritamente residenciais (Z1), como a Sampaio Vidal; instalaçãode lombadas eletrônicas para limite de velocidade máxima de 40 quilômetros por hora, com fiscalização eficiente e divisão das pistas de rolagem com tartarugas, impedindo trocade pistas,especialmente de motos. SegundoSilva, aexpectativa é de que essas medidassejam adotadas imediatamente pela Prefeitura de São Paulo, impedindo a aceleração da extinção das empresas da região. Os lojistas e moradores solicitam aindamaior fiscalização para impedir que o comércio ambulante atuenasáreas que tiveram o trânsito alterado. Por fim, os moradores e empreendedoresexigem avistoria por técnicos c a p a c it a d o s das estruturas dos imóveisda regiãoonde há obras ou alteração de fluxo viário. Caso sofram qualquer tipo de dano em razão do trânsito pesado, terão o direitode pleitearindenização justa. Polêmica – Vaz ainda discuteaquestão dafaltadeclareza doprojeto edecomo seráimplantadaa passagemde nível daavenida Rebouçascom a avenida Faria Lima. Em sua opinião,melhor seria se a Faria Lima passasse por baixo daRebouças– e não o contrário, como determina o projetoda Prefeituraemexecução–porseravenida mais larga e com mais pistas. O vice-superintendente FernandoJosé concorda eacrescenta: "Nãose justificaum investimento desse portepara manter o mesmo semáforo e um ponto de ônibus logo adiante na avenida Rebouças". Com assessoriajurídicaa ser prestada pela Associação Comercial de São Paulo, uma novareunião será realizadana próxima terça-feira entre a Distrital e demais entidades representativas de comerciantes e de moradores da região de Pinheiros e dos Jardins.
Funcionários da Prefeitura removem a capa de asfalto na avenida Rebouças
Maquete dá uma idéia de como ficará a passagem de nível na Rebouças
Canteiro de obras começa a ser montado na Cidade Jardim com Faria Lima
Estacionamentos aumentam seus preços na região
Não bastasse a morosidade dotrânsito que,apesar dasférias escolares, já se acumula nas áreas deinfluência das obras na avenida Rebouças comFaria Lima e CidadeJardimcom FariaLima, adesativação de vagas da zona azul temgerado vários problemas de estacionamento na área.
Só naregião daavenida Cidade Jardim cerca de 200 vagas foram desativadas, ainda que temporariamente (11 meses), pelaCompanhia deEngenharia de Tráfego (CET).
Resultado: alguns estacionamentos da região aproveitaramparaelevar seuspreçose muitos motoristasjá estavam pagando deR$8,00 pormeia hora a R$ 10 por uma hora nesses estabelecimentos.
As obras na Rebouças, Eusébio Matosoe CidadeJardim têm,segundoa Prefeitura,o objetivode desafogarotrânsito na região. Em entrevista recente ao DC,o secretário municipal deTransportes, Jilmar Tatto, chegou a afirmar que as obras ajudam, mas não resolvem todos os problemas viários na região.
Comerciantes temem a perda declientes ealguns estabelecimentosdeslocaram funcionários paracuidar dasegurançade seusfregueses notrajeto até as lojas.
Prefeita disse que falará com o governador sobre violência nos coletivos. Secretário diz que está atuante.
A prefeita Marta Suplicy vistoriou ontem a linha de ônibus 3703(Jardim NovaVitória–MetrôCarrão) naregião de São Mateus, zona leste da cidade.Alinha tevesuafrotade 26 veículos renovada. Nas conversascom passageiros,aprefeita ouviu diversas reclamações sobre a ação do narcotráfico e a falta de segurança. Os passageiros relataram à
prefeita casos de assalto, depredaçãoede cobrançadepedágio decooperados. Elaafirmouquevai conversarcomo governador Geraldo Alckmin sobreo problema nosentido deaumentaro policiamento na periferia "onde o transporte está sendo ameaçado."
Emresposta, osecretárioda Segurança Pública do Estado, Saulode CastroAbreu Filho,
afirmou que o policiamento da regiãoé ostensivoe queem 2003 foram presos mais de 1.500pessoas emvistoriasa cerca de 38 mil ônibus na capital, sendo 7 mil na zona leste.
Abreu Filhoconfirmou que houve casos de cobrança de pedágio, mas que olíder da quadrilha foi preso ontem.
EmSão Mateus,a avenida Sapopemba,a mais comprida do mundo segundo o Guinnes Book, ostenta ainda o título de a mais violenta dacidade. No ano passado, sóem ônibus foram registrados de15 a20 ocorrências porsemana(furtos,roubos, tentativas de homicídio e homicídios). O pior trecho está localizadoentre os bairros do Jardim Grimaldi e São Mateus. Fernando Lancha
A São Paulo Transportes (SPTrans) tambémandaàs voltas de perueiros. Em vários pontos da cidade estáse tornando comum perueiros legalizados pelas cooperativas tentarem ludibriar a fiscalização paraconseguirem maispassageiros. Deixam seus itinerários originais eacabam percorrendo linhas das empresas de ônibus. ASPTrans aumentou a fiscalização paracoibiresse procedimento. Resultado:fiscais agredidose veículosda empresa danificados. Em menosde 10 dias,o terminaldeSantana,na Zona Norte, registrou dois confrontos de perueiroscom fiscais da SPTrans.No dia29 dedezembro, a empresa decidiu aumentaro númerodefiscais eacabou constatando várias irregularidades. Os perueiros entravamnoterminal dos ônibus para pegar passageiros e circulavam pelasestações doMetrô na região. A licitação que as cooperativas de perueiros disputaram proíbe que seus associadosfaçam isso. Os perueiros são obrigados a seguir os trajetos determinados pela SPTrans para evitara sobreposição de linhas.
Alguns perueirosdazona norte aproveitavama redução da fiscalização após as 20 horas, parapraticar irregularidades. Com o aumento do númerode fiscais, os perueirosforam proibidos de entrar no terminal. Alguns ficaram revoltados e agrediram fiscais e destruíram um carro com paus e de pedras. Noúltimo dia 7, a cena voltou a se repetir. (FL)
Alzira Rodrigues
Como a indústria brasileira só vai até o semi-luxo, só resta mesmo aos importadores trazer o "luxo do luxo"
Semcondições decompetir em preço e volume com os produtos nacionais, restou aos importadores independentes concentrarsuas operaçõesem nichos demercado, atendendo, especialmente, os admiradores dos esportivos e utilitários de luxo. O setor promete ampliar o leque de ofertade produtos este ano, trazendo parao Brasil modelos como a Ferrari Scaglietti e a Maserati Quatroporte.
Os dois modelos têm chamado a atençãoem salõesinternacionais, incluindo o de Detroit, que se encerra nopróximo final de semana. Ambos estarão à venda no mercado brasileiro a partir do último trimestre, após exposição no Salão doAutomóvel do Pavilhão de Exposição do Anhembi, programado para outubro.
Antes da chegadadessasduas cobiçadasmáquinas, haveránovidades no segmento de utilitários esportivos. Ainda noprimeiro semestre, a BMW estará lançando o X-3 e a Porsche passará a importaro Cayenne com motor V6, que terá preço abaixo das atuais versõesà venda no Brasil:aS(US$ 120mil)ea Turbo (US$ 189 mil).
O diretor-presidente da BMW do Brasil, André Müller Carioba, diz que o lançamento do X-3 será dentro de doismeses. O preço ainda não está definido, mas como o X3 é um utilitário esportivo de porteinferior ao do X5, quecusta a partir deR$ 281 mil, fica claraa proposta da marca de oferecer uma opção mais barata aos apaixonados por
Maserati Quattroporte: um desenho atraente, motor compacto, 4.2 litros e 400 cavalos. No interior, detalhes agradam.
esse tipo deveículo. A BMW também vaiimportar duasversões da Série 6, enquanto a Ssangyong promete trazer para o Brasil a picapeMusso, com motor Mercedes-Benz.
Pior ano - Os importadores independentes viveramem 2003 o piorano de suahistória no País, comercializando apenas 3,3 mil unidades, 55%a menos do que em 2002(7,3 mil). Não chega a haver otimismo para 2004, mas espera-se um pequeno
acréscimo de 6% nas vendas, que subiriam para 3,5 mil unidades. "Acreditamos que esse quadro de evidente falta de competitividade seja atenuado por um período econômico melhor e pela perspectiva de acordos bilaterais, principalmente com a UniãoEuropéia", destacaAndré Carioba, quetambém épresidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores). A entidade vai continuar insis-
Ferrari Scaglietti: o modelo mantém a tradição do V12, o bloco que mistura melhor equilíbrio dinâmico com força bruta. A marca cresceu no mercado brasileiro em 2003, com 18 unidades, duas a mais do que no ano anterior. Em 98, porém, chegou a vender quase três vezes mais
tindo sobre anecessidade de redução da atualalíquota de importação, de 35%,que impede a competitividade do setor. "A indústria semodernizou; nósnão representamos mais risco à produção local. Não há motivo para se manter umaalíquota tão alta. O perigo que existe é o inverso. É o de, por falta de concorrência, o Brasil voltar a produzir carroças a longo prazo."
Entre asseis marcasassociadas àAbeiva, aque sofreumaior quedapercentual devendas foia Kia.
Contra 5,7 mil unidades que havia comercializado em 2002, vendeu1.986 noano passado.Seu principalproduto continua sendo a Besta, comcerca de 80a 100 unidades comercializadas mensalmente. A Kia é a única marca independente que ainda atua com volume e não em nichos específicos. Para continuar operando no mercado brasileiro, pensa em investir na produção de um veículono País,provavelmente o Bongo, um caminhão de pequeno porte.
Três marcas importadas ampliaram vendas noano passado. A Ferrari(18 unidades contra 16 em 2002), a Maserati(12contra 7)eaPorsche (76 contra 35). A marca alemãatribui odesempenho positivo ao lançamento do Cayenne,um produto quevem fazendosucesso mundialmente.
A BMW sofreuquedade 22,4% em 2003, mas é a que - com exceção da Kia - tem maiorvolume de vendas. Comercializou 1.125unidadesno anopassado,sendo mais da metade da Série 3, a de preço mais acessível da marca, que custa a partir de R$ 146 mil (modelo 320).
Se 2003 foi um ano em que tudo aumentou, por qual razão a inflação do carro iria ficar de fora desta onda?
Ainflação do carro medida pela Agência AutoInforme fechou o ano com alta acumulada de 6,5%. Em dezembro foiregistrado acréscimode 0,7% nospreços dosprodutos, serviços, impostos e demais itens que compõem a cesta da inflação do carro. Oano começou com alta expressiva, de8,5% em janeiro, impulsionada pelo aumento do preço do combustível. O pico foide 10,6%, registrado em abril.
Apartir demaio, noentanto, iniciou-seum processoinverso, com quatro quedas mensais consecutivas. Somentenos últimos
dois meses doano os custos voltaram a subir.
Para o diretor da Agência AutoInforme, Joel Leite, o balanço em 2003 mostrouque os gastos não foramos responsáveispelo aumento do custode vida. Ao contrário: eles puxaram para baixo a inflação do País.
"A inflação do Carro - diz Leite - fechou com índice menor que a inflação oficial, portanto derrubandoomitode queocarroe seus produtossão sempreos vilões dos preços".
Oanode 2003foioprimeiro em que a Agência AutoInforme calculou e divulgou, mês a mês, a
Inflação do Carro, que se tornou umaimportante ferramentade orientação para especialistas dos mais variados setores da indús-
tria, comércio,e prestadoresde serviço. O Inflaçãodo Carro da também é de grande importância para o consumidor comum, que passou a teruma orientação sobre o quanto representa os gastos com o carro noseu o seu dia-adia".
Maior alta -A pesquisade preços feita pela Agência AutoInforme para ocálculo da Inflação doCarro registrouuma altade 120,1%noitem lonade freio, no períodode janeiro a dezembro de 2003.Foi o maior aumento da cestade produtos e serviços da Inflação do Carro no ano. A maioriados itens pes-
Depoisde perderaliderança para a Fiat, a Volkswagen perdeu em 2003 tambéma segunda colocação para a General Motors, amargando um modesto terceiro lugar e o seu carro mais vendido, o Gol, sofreu com a chegada do Fox. Tudo isso,no entanto, não foi suficiente paraalterar a condição do Gol, que pelo 17º ano consecutivo foi o carro mais vendido no Brasil.O modelo encerrou o anona liderança incontestável,com 180.146unidades comercializadas e uma diferença de 50% sobre o segundo colocado, oCorsa, quetotalizou 120.856unidades, nasversões hatch e sedã.
Comoa Volkswagenpromete investimento e mudanças no seu campeão de vendas,o Gol vai permanecer na disputa pela liderança neste ano.Mas a concorrência nunca esteve tão agressiva. O Palio,por exemplo, que totalizou 118.220 unidades vendidas no ano,deve ampliar sua participação no mercado ao longo de 2004.
Remodelado no finaldo ano passado, o carro da Fiat está bem posicionado no segmento de entrada, exatamente onde o Gol tem a maior força de vendas.
Num mercado no qual o preço é fator determinante na venda, o segmento de entrada acabou sendo o grande filão das montadoras
em 2003. O resultado foi a presença destacada do Celta no ranking dos mais vendidos. Segundo carro mais baratodo Brasil, o modelo deentrada daGeneral Motors ficou entre os quatro mais vendidosno País,ameaçando o Palio,que vendeu apenas quatro milunidades a mais do que omodelo Chevrolet. O raciocínio vale também para o Mille: velho edefasado, mas o mais barato doBrasil, ele ainda está entreos cincoprimeiros colocados do mercado.
Os dois compactos franceses –Clio e 206- também ocuparam lugar de destaque no ranking dos dez mais vendidos, com 41.156 e 34.278unidades comercializadas, respectivamente. Entretanto, o maior destaque do ano, sem dúvida, foi a presença do Corolla entre os dezmais. Numa evolução de venda constante, o sedã na Toyota, mesmo sendo um modelo médio, conseguiu entrar no seleto grupodos dez primeiros em vendas. Fiesta, Siena e Astra completam olista dos dez primeiros em 2003.
A picapemelhor classificada foi a Strada, da Fiat, que ficou em 13º lugar, com 27.947 unidades vendidas, apenasuma posiçãoà frente do Ecosport, outro destaque de 2003, que vendeu 27.183 numano incompletode vendas.
quisados teve aumento de preço. Unicas exceções ,os serviços de balanceamento e alinhamento. O comportamentodos preços,de uma maneira geral,foi de grandes altas para peças de reposição e menores altas (com algumas quedas) no setor de serviços. É o retrato da crise, quando os prestadores de serviços são obrigados a abrir mãoda margem para sobreviver.
Ocombustível, querepresentou em 2003 metade de todos os gastos que omotorista teve com o carro, entre uso e manutenção, teve uma altabem abaixo da média: apenas 0,71%.
Depois de altas expressivas nos quatro primeiros meses de 2003, o preço do carro zero passou a cair mês a mês, com apenas duas variações positivas,em junhoe outubro. Em dezembro, nova queda de 0,2%confirmou o resultado do ano,de certa forma surpreendente: o carro zero subiu apenas 5,3% nos 12 meses do ano passado.
O índice é baixo se comparado com o aumento dado pelas montadoras nas tabelasde preço, em torno de 15%,e também em relaçãoao IPCdaFipe. Apesquisa feita pela AutoInforme com cotaçãoda Molicarmostra que desta vezo comprador de carro tema comemorar.Mostra também que opreço oficial, sugeridopelas montadoras,efetivamente não determina o com-
portamento do mercado. As fábricas tentaram cobrar mais caro e o mercado não aceitou. Oresultado foi ofestival de ofertas e descontosque as concessionáriastiveram quefazer para desovar o estoque. Descontos absorvidos em parte pelo fabricante, caso contrário a margem de lucro dos revendedores estaria totalmente comprometida. Depois dequatro meses de alta houve umaqueda em maio, primeiro sinal de que o mercado não estavaaceitando essaescalada de aumento.No mês seguinte o mercado permaneceu estávele emjulho,a últimaalta expressiva. Apartir deagosto, com a redução do IPI, o mercado seguiuquedas contínuas,culminando com redução de 0,71% nos preços em novembro.
Serão muito mais de 10 mil anos de história de veículos para homenagear a cidade no seu 450° aniversário
Opróximo domingo, 18, é diadesair decasapara conhecerparte dahistória da indústria automobilística mundial circular pelas ruas e avenidas da cidade, em homenagem aoaniversário deSão Paulo. Cada anode Sampa será representado por um automóvel antigo das dezenas de marcas representadas no desfile.
Os automóveis, picapes, jipes, peruas, caminhões, jardineiras e ônibus sairãodos quatrocantos dacidade, às9horas damanhã, em direçãoà AvenidaPaulista, onde deverão chegar por volta das 10horas. Permanecerãoali até às12 horas, seguindopara o Sambódromo,onde poderãoser vistos em exposiçãoaté às 17 horas.
A promoção édo AutoShow Veículos Antigos e Especiais, que promove encontros de antigos, todas as terças-feiras, a partir das 19,30 h, no Sambódromo, no Anhembi. Todos poderão ver o RomiIseta, Ferrari, Gordini, Corvette, DKW, Mustang, Peugeot, Simca,Rolls-Royce, Fusca, Kombi, Miura, Puma, Interlagos BMW,Mercedes-Benz, Karmann-Guia,Bel-Air, Cadillac,
NOVIDADES E CURIOSIDADES
Jaguar... Enfim, muitos modelos fabricados aqui ou lá fora, em sua maioria com mais de 30 anos de idade.
Os roteiros incluem, entre outras, as avenidasBrasil, 23 de Maio e Pacaembu, além da Praça Panamericana.Inédito ehistórico, odesfile faz partedo ca-
AHonda colocounoar, experimentalmente, o HondaJet, compacto, leve, econômicoe equipado com motorHF118, desenvolvido pela própria empresa. O teste inicial do novo jatinhofoi realizado
no aeroporto Piedmont Triad,na CarolinadoNorte (EUA). Segundo a Honda, eleé 40%mais econômico que outros modelos similares de avião. Será queagora, ajato, elaultrapassa a Ferrari?
Spyder, DKW e Buick. Três histórias na festa para os 450 anos
lendário oficial de festividades do aniversário da capital.
Vários roteiros - Na Zona Norte, 100 veículos sairão do Sambódromo seguindopelas avenidas Olavo Fontoura, Santos Dumont, Tiradentes, 23 de Maio e rua Bernardino de Campos, até atingirem a Paulista. O Shopping
A Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen Caminhões eÔnibus (Acav) investiuR$ 500mil na compra do VCO-950, equipamento de diagnose para motoreseletrônicos, que equipam alguns caminhões da marcae, em breve, também estarão nos ônibus.As 115concessionáriasdarede eospostos de assistência técnica damarca estarão recebendo o equipamento até o final do ano. Desenvolvidoem parceriacoma Bosch, o VCO-950 permite achecagem deumgrande númerode funçõesdo motor em tempo real.
Morumbi será o ponto de partida para os 100antigos que representam a Zona Sul. Eles passarão pelas avenidas Chucri Zaidan, Luís Carlos Berrini, rua Funchal, avenidas Juscelino Kubitschek, República do Líbano, Brasil e Rebouças, entrandoa seguirna Paulista.
Maisum comboio,daZona Oeste, tambémde 100carrosdeixará o Shopping Vila Lobos pela avenida Professor Fonseca Rodrigues, passando pela Praça Panamericana, rua Pedroso de Moraes e avenidasFaria Lima e
Rebouças, até alcançar a avenida Paulista.
Oquarto grupode 100veículos circulará pela Zona Leste a partir do Shopping Anália Franco, serpenteandopelas avenidas Álvaro Ramos,Alcântara Machado, Radial Leste, 23 de Maio e rua Bernardino de Campos até chegar à Paulista.
Todos se juntarão na chamada "a mais paulistasdas avenidas, a outros 50 veículos,os mais antigos e rarosdo evento, que estarão em exposição no local desde o início da manhã.
Comeste "Gibbs Aquada", modelitoanfíbio desenvolvido peloinglês Richard Branson,e testado ontemno rioTâmisa,em Londres, é possível enfrentar asenchentes paulistanas sem medo.No as-
falto ele faz 160 km/h e na água chega a 30 milhas/h. Noverão europeu ele vaifazer atravessia Inglaterra/França, pelo Canal da Mancha.O guarda-chuva é opcional, "of course"!
Corolla, Fox, Palio, EcoSport e Picasso chegam ao mercado com novas versões dos seus modelos originais
Encerrado 2003, um ano fraco em vendas mas, certamente, um dos mais ricos em lançamentos da indústria automotiva brasileira, o momento agora éde consolidação dos investimentos realizados nos últimos anos.As novidadespara 2004 vão ficarpor conta, principalmente, de versões derivadas dos produtos recém-lançados. Ainda noprimeiro semestrea Toyota começa a produzir a Fielder, station-wagon que chega para complementar a linha do novo Corolla. Esta é uma aposta que o mercado "paga pra ver", já que neste momento há uma forte migração paramonovolumes, minivans e afins.
Epode estarjustamente aía aposta da Toyota,que não precisa fazer grande investimento para oferecer algoraro no mercado e com base num dos maiores sucessos devendas do momento, o Toyotta Corolla.
AVolkswagen lançao Fox4 portas ainda no primeiro semestre e, numa segunda etapa, o CrossFox, quevem paraconcorrer com o EcoSport.
AFiat apresentaráasversões derivadas do Novo Palio, começando pelaperua Weekend.
Na seqüência,o novo Sienae a picape reestilizada.Embora ainda não haja confirmação oficial da Ford, tudoindica que será mesmo em2004 aapresentação do Sedã e da picape Courier com a nova "cara" do Fiesta.
Jáé certoo lançamentodo
EcoSport 4x4 atémarço e do Citröen Picasso com câmbio automático emabril. AGeneral Motorspromete doislançamentos até abrile seus executivos garantem quea empresarenovará 85% de sua linha nos próximos 30 meses.Mas não entra em maiores detalhes. Especula-se que a empresavai colocar no mercado ainda no primeiro quadrimestre maisum modelocom motor Flex-Poxer (bicombustível) e até o final do ano um novo produto da fábrica de Gravataí. Bicombustível -Lançada em 2003, essanova tecnologiabrasileira, que permiteo uso de
álcool e/ougasolina emproporção de livre escolha do usuário, tende a se consolidar no País a partir de 2004. A Ford, que entre as quatro grandes é a única que ainda nãoadotou a novidade, deve incorporá-la em sua linha também ao longo do ano.
Ainda neste ano certamente se instalará apolêmica quantoa taxação do multicombustível. Desde os primeiros exemplares, a indústria vem se movimentando para que esse tipo de carro receba todos os benefíciosdo carro a álcool, ou sejam impostos e taxas reduzidos. Resta saberse a Receita vê estaintenção com bom
olhos, o que é difícil.
O Fox foi o primeiro popular a sair commotorização 1.0bicombustível.Lançado emoutubro, o novocompacto vai ganhar a versão CrossFox para concorrer com o EcoSport. Em poucos meses, o utilitário esportivo da Fordentrou na listados dez maisvendidos, totalizando27 mil unidades noano e evidenciando a potencialidade do segmento no mercado brasileiro.
OCrossFox, emrelaçãoao modelo convencional, teve a suspensão elevada em 46 mm, o que lhe garanteuma melhoradaptaçãoa todosostipos desolo,
principalmente os mais acidentados. O veículotambém se diferencia, externamente, pelos faróis de milha embutidos no párachoque dianteiroe peloestepe para fora, com acionamento elétrico.Também incorporaaerofólio, proteçãoinferior dopárachoque e rack no teto.
Produtos de fora - Algumas marcas instaladasno Paísprojetam incrementaro lequede ofertade produtosimportados agora em 2004. A Volkswagen vai lançar oTouareg, utilitárioesportivo com preçona faixa de US$ 130 milque chega para concorrer como BMW X5e o XC 90 daVolvo, entre outros. Dirigentesda empresacomentam ser um modelo de "pequeno volume, mas de bom retorno para a imagemda marca". A Citröen lança no próximo mês o C-8, modelo compara sete passageiros.
Projeções -Com capacidade instalada para produzir 3,2 milhões de veículos/ano, a indústria brasileira totalizou 1,82 milhão de unidades fabricadas em 2003 e projeta chegar a 1,99 milhão este ano. Para obter esse crescimento dequase 9%,osetor temdiscutido com ogoverno a criação de novos mecanismos para incrementar vendas, principalmente na áreade crédito. A indústria jáapresentou aogoverno propostade umalinha especial para osegmento de caminhões e deum novo sistema de leasing para os automóveis.
Iniciativa faz parte da campanha de Propagação de Valores Cívicos, que já distribuiu 10 mil kits
De Nortea Sulbandeiras brasileiras tremulam vibrantes enovas emfolhaem escolase instituições educacionais de todo oPaís. Esse éo resultado dacampanha de Propagação de Valores Cívicos, lançada em setembro do ano passado pela Associação Comercial de São Paulo(ACSP), Federaçãodas Associações Comerciais do Estado deSãoPaulo(Facesp), Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf) e Exército Brasileiro. A campanha,apoiada por dezenas de entidades, doou 10 mil bandeirase 10 mil CDs com os principais hinos pátrios. O objetivo do movimento é aprimoraros valores cívicos. Como? Ensinando jovens e crianças o amorà Pátria, por intermédio doconhecimento maiordos hinosbrasileirose da Bandeira Nacional.
Opontoaltoda campanha, que aindacontinua, foino dia 14de novembropassado,
FAAP
quando em cerimônia oficial realizada no quartelgeneral do Segundo Exército estudantes, militares, autoridadescivise militarese opovo paulistahomenagearam a Bandeira Nacional.Nessa ocasião,os primeiros CDse bandeirasforam entregues aescolasdasredes municipal,estadual e privada. Depois da festa, o Exército Brasileiro prosseguiu distribuindo as bandeiras por todo o País. Expandidolimites– E ss e esforçodessas entidades para incentivar o amorà Bandeira tem ultrapassado os limites do território brasileiro. A idéia é que aBandeiraNacionalseja exibidade forma corretaem qualquer rincão do mundo. Recentemente, a ACSP, Facespe Rebrafenviaram cinco kits com bandeiras e CDs à Embaixada da Líbia. Por quê? É que na visita do presidente Lulaàquele paísfoi hasteado um pavilhão nacional com a inscrição Ordeme Progresso
OFórum SocialMundial, que acontecede 16a 21de janeiroemMumbai,na Índia, contará com aparticipação de representantesde entidades brasileiras,comoa delegação de alunos do curso de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Ela apresentará um workshop sobre segurança públicaquefazparte do projeto ConselhosIntegrados para a Segurança. O grupo apresentaráno dia 18 otrabalhointituladoViolênciaUrbana: NósTemos a Solução. Elepropõe soluções para a violência urbana em grandes centros em todo o mundo.Todo oestudo foibaseado no trabalho elaborado pelo Comunidade Consegue!, projeto que venceu o concurso realizado pelo jornal SPTV, da
Rede Globo, em 2002. Integração – De acordo com o projetoda FAAP, deve ser implementado um plano de integração entrepolícias, administradores públicos ea comunidade com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos habitantesdas grandescidades.
Para atingir este objetivo, o projeto prevê a participação de entidades e da comunidade organizadas emconselhos participativos de diversos setores da sociedade que identificam os principais problemasque afetam a segurançapública e distribuem tarefas para os conselheiros. Estes últimos apresentam, posteriormente, os resultados à população. O principal objetivo do evento é debater os problemas sociais da comunidade internacional. (PC)
grafada a mão e de forma incorreta. Emoutras ocasiões,como nosJogos Panamericanos,em SantoDomingo,a bandeira conduzida pela delegação brasileira estava fora dos padrõesoficiais. O HinoNacional tambémfoi executado erradamente em diversas cerimônias dosjogos,causandoconstrangimentos. Conhecendo e amando mais os símbolos nacionais, brasileiros em geral poderão evitar esses transtornos. Adesão – Aindaépossível participar da campanha "Vamos colocar uma bandeiraem cadaescola". Bastaque ointe-
ressado contribua com R$ 40, valor equivalente à doação de um kit, composto de bandeira e CD com os hinos pátrios. O pagamento pode ser feito por meio de boletobancário noBanco Bradesco. Osparticipantes recebememcasaum CD que contém o Hino Nacional, o Hino à Bandeira e o Hino da Independência, entre outros. Mais informações podem ser obtidas nos sites www.acsp. com.br; www.degrau.org.br e www. terceirosetor.org.br ou aindapelo telefone 0800-770-1911.
Teresinha Matos
Desde ontem, jovens de baixarenda dascomunidadesdo RealParque eJardimPanorama podemdesfrutarda programação de férias do Centro Cultural e Comunitário do Projeto Casulo.Estevisaincentivar a atuação dos adolescentes e jovens em atividades artísticas e culturais, buscando maior interação social.
Até 23 de janeiro, das8hàs 17h, haverá uma programação especial de férias para crianças e adolescentes de 12 a 21 anos. Serão apresentadas sessõesde ci-
nema, acesso livre à internet, jogos e diversas brincadeiras. Não é necessário fazer inscrição. Paralelamente,entre osdias 15 e30dejaneiro,o Centro Cultural e Comunitário do ProjetoCasulo estaráabrindo matrículas para as oficinas artísticas e culturais a serem desenvolvidas durante o ano todo.A programaçãoterá,além das oficinas deteatro, dança e música, a disciplina de Arte Projeção, aulas temáticas de história em quadrinhos (HQ), vídeo, grafite e cartoon.
As novas bandeiras foram hasteadas nos mais distantes pontos do território nacional, em escolas e também em postos do Exército Brasileiro
Osdocumentos necessários para matrícula nas oficinas culturais são:RG dospais ou responsáveis, certidão de nascimento ou RG do aluno e comprovantede endereço (completo). Os alunos matriculados poderão,automaticamente,participar tambémdas oficinasde BibliotecaeMultimídia, em um espaço que conta com um telecentro composto por 14 computadores e educadores especializados. Inauguradoemabril de 2003,oProjetoCasulo éuma
iniciativa doInstituto Empresarial (ICE) em parceria com a Prefeitura de São Paulo, empresas e organizações locais. André Alves
SERVIÇO Matrícula para as oficinas culturais do Projeto Casulo Data: de 15 a 30 de janeiro de 2004, das 8h às 17h Local: Projeto Casulo - Rua Paulo Bourroul, 100, Real Parque Mais informações: pelos telefones (11) 3758-0536/ 3758-0506, ou pelo site www.ice.org.br/casulo
Seráinaugurado amanhã, no Shopping SP Market, o Cyber Social. Noespaço, serão desenvolvidas oficinas de informática, além de eventos culturais abertos ao público que nãotem acessoao mundo digital, mas quer desenvolver seus conhecimentos.
Para atingir este objetivo, o espaço contará com monitores voluntários que atenderão os interessados. As oficinas terão duração detrês horas,em dias alternados da semana, e os principais temas abordados são informáticabásica,jogos por computador, planejamento financeiro atravésde planilhade cálculo, colaboraçãoonline e software livre: linux básico. Odiretorexecutivoda enti-
dadeAgente Cidadão,IkeMoraes, destaca que um dos fatores que diferencia o projeto é a inserção deatividades culturais juntamente comas oficinasde informática. "Nossapreocupaçãoé, alémda inclusãodigital, essencial para a conquista detrabalho, proporcionar atividades culturais que integrem aspessoas", explica. Por isso, ogrupo está aproveitandoo climadecomemoração dos 450 anos da capital paulista para apresentar uma mostra especial de fotos que compõem o livro"450RazõesPara Amar São Paulo" e outra exposição como a de fotografias da favela
da Rocinha.
Estes eventos estão sendo organizados tanto pelo Shopping SPMarketquanto pelas26organizações não-governamentaispaulistanas. São apresentações artísticas,oficinas, bingos beneficentes e shows queincluem a apresentação de malabaristas e contorcionistas, por exemplo.
SP Market oferece, a partir de amanhã, oficinas de informática e eventos culturais
Expectativa– De acordo com a avaliação deMoraes, os eventosde comemoração continuam até o dia 15 de fevereiro. Neste período,a previsãoédeque asoficinasdeverão atender160participantes que receberão cerca de 80horas detreinamento.
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Atualmente, aentidadecobra dos interessados uma taxa simbólica deR$ 10pela participação em todas as oficinas. Ele informa que os computadores instalados na oficina são montados pelo projeto Metareciclagem, que recupera máquinas fora de uso para que sejamutilizadas eminiciativas como esta.
O diretor executivo da Associação diz que a entidade pretende manter oprojetono shopping além do prazo de término das oficinas. Atualmente, ela ocupa uma loja vazia, localizada em umdos principais corredoresdo centrodecompras ejá existem negociações para a permanência do grupo. Paula Cunha
Ministro confirma redução do imposto para exportação do couro wet blue. Medida que, segundo empresários, prejudica indústria nacional de calçados
A partir desta quinta-feira, dia 15, a aalíquota do imposto de exportação do couro wet blue serámesmoreduzidade 9%para7%. Ainformaçãofoi confirmada ontem pelo ministro doDesenvolvimento,Indústria eComércio Exterior, Luiz Fernando Furlan,que rebateu as críticasfeitas por empresários sobre a decisão da CâmaradeComércio Exterior (Camex) de redução do imposto.Segundo representantesdo setor, a medidatransferirá empregos do Brasil para o exterior e prejudicará o desempenho da cadeia couro calçadista. Emmeioa pedidosparaque reveja a decisão da Camex, Furlan afirmouqueo impostode exportação sobre o wet blue vai
mesmocair, conforme decisão tomada pelos seis ministros que fazem parte da Câmara, presidida por ele. A decisão da Camex estipula que a alíquota cairá gradativamente para zero em 2006. "Nãoháoquediscutir. Não posso revogar adecisãodeseis ministros", afirmou. Durante aabertura da 31.ª Couromoda (feira internacional de calçados, artigos esportivose artefatosde couro),em SãoPaulo, Furlanouviu em discursos de empresários e dos governadores Germano Rigotto(PMDB-RS) e Aécio Neves (PSDB-MG) pedidos para que adecisãofosse revertida."Arrancar couro de ministro não dádividendo", ironizou,referindo-se ao fato de que todas as
partes criticaram a Camex, subordinada ao Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Desconforto – Logo noiní-
cio do seu discurso, Furlanjá havia deixado claro que estava se sentindo desconfortável com as manifestações. "Estamos agora naCouromoda, e a
Pelomenos 3milhõesde hectaresnoBrasilforam usados para o plantio de soja geneticamente modificada em 2003. A estimativa foi divulgadaontempelo ServiçoInternacional paraa Aquisição de Aplicações emAgrobiotecnologia(ISAAA, na sigla eminglês). Apesar de utilizar esse número como referência, a entidadenorte-americana alertou que,"por setratar deuma estimativa", a área plantada com sojatransgênica noBrasil pode ter sido "significativamente maior".
No mundo, a área utilizada parao cultivo deorganismos geneticamente modificados atingiuno ano passado 67,7 milhões de hectares, um incrementode 15% em relação a 2002. Ao todo, 7 milhões de produtores usaram transgêni-
cos,em18 países,dissea ISAAA. Quase a totalidade, 99%, do plantio ficou concentrado em seis países: Estados Unidos, Argentina, Canadá, China, Brasil e África do Sul. NoBrasil,oplantiode soja transgênicafoi autorizadopelo governo,de maneiraprovi-
sória, pela primeira vez no ano passado. Semo País, a área com transgênicos teria crescidocerca de 10% em2003em relação ao ano anterior.
Soja – A sojafoi o principal produto transgênico plantado. Houve aumento de 13% na área cultivada,para41,4mi-
OMercosulpoderá ter um índice comumde inflaçãoa partir de fevereiro. Embora nenhum dosgovernos dosquatro sócios do Mercosul (Argentina, Brasil,Paraguai e Uruguai,mais ChileeBolívia) tenha confirmado a informação, fontes do Instituto Nacional de Estatísticas eCensos (Indec) disseram que o índice será lançado no mês que vem. Batizado deÍndiceHarmonizado de Preços ao Consumidor (IPC-H), oindicador está sendo coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os institutos de estatísticas
Fernanda Corrêa & Advogados Associados OAB/SP
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decada um dos países sócios trabalham sobre a elaboração do índice com o objetivo de que ele seja "realmente um dado relevante do ponto de vista estatístico",segundo técnicos do Indec, instituto argentino que corresponde ao IBGE. De acordo com o órgão, a inflação do Mercosulestá sendo calculada sobreumconjunto de bens e serviços comuns aos países, que serão incluídos na cesta básica do IPC-H. O critério permitirácompararas inflações dos sócios, sem os erros deum índice calculado com base na média realizadaentre os dados de cada um.
Primeiro indicador – Será o primeiroindicador harmonizado do Mercosul e um importante termômetro, já que a inflação dos países do bloco deixarádeser calculadadeforma independente. Com o lançamento desseíndice, acomparação das taxas de inflação do Brasil, por exemplo, com as da Argentina poderá ser feita tendo por base os mesmos itens. Esse é oprimeiro passo para aharmonização deestatísticas daregião. Opróximo estudo conjunto, segundo o Indec, deverá ser feito sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos países do Mercosul. (AE)
No Brasil, a área plantada com sementes modificadas foi de, pelo menos, 3 milhões de hectares em 2003
lhões de hectares, ou 55% da área mundial destinada à oleaginosa, segundo a entidade. A área com milho transgênico cresceu cerca de 25% no ano em todo o mundo, alcançando 15,5 milhões dehectares,o equivalente a 11% da área destinada ao cereal. (Reuters)
moda parece ser tirar o couro do ministro, parece até que está faltando couro no mercado. Mas já aviso que o meu couro já está curtido por 39 anos de empresariado", respondeu. O ministro ressaltou ainda quetoda essadiscussão sobreo wetblue nãotema menorrelevância em termos de valor,já que as vendas externas do couro em tratamento representam apenas 0,23% das exportações do setor couro-calçadista, o que equivale a US$ 7,8 milhões. Nova análise– Em atitude apaziguadora, o ministro garantiu que a medida da Camex entrará em vigor, mas o governocontinuará a discutir a questão com o setor privado. E afirmou que poderá pedir ao
pessoal técnico para reanalisar a questão. "Se houver indício de que a medidafoi um equívoco,podemos voltaratrás com a maior singeleza", disse. Furlan afirmou ainda que é preciso olhar para frente, e que gastar energia brigando "entre nós" (governo e empresários) é um tiro no pé. O ministro lembrouqueo desempenho das exportações de calçados foi ruim neste ano. Enquanto o crescimento médio das vendas externas foi de21%em2003, asexportaçõesde calçados cresceram 7%. Ele ressaltou que o Brasilé responsável por apenas 3% das transações mundiaisdosetor."É preciso melhorar o esforço exportador do setor", afirmou. (AE)
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), apurado pelaFundaçãoGetúlio Vargas (FGV) encerrouo ano de2003com umavançode 7,67%, percentualbem inferior ao detectadonodecorrer de 2002. No ano anterior, o índicehavia subido 26,41%,registrando amaior variação desdea criaçãodo realem 1994. Em 2001,a inflação pelo IGP-DI foi de 10,40%.
A alta doindicador no último mês dedezembro, quando oIGP-DI aceleroupara0,6%, antealtade 0,48%emnovembro, não chegou a alterar significativamente o resultado acumulado do ano. Osanalistas esperavam,segundo pesquisa do Banco Central, uma taxa de 0,52% em de-
zembro e de 7,57% no acumulado de 2003. Segundo a FGV, onúcleodainflação acelerou para 0,46% no mês passado contra0,36% em novembro, fechando o ano em 9,68%. Composição – Em dezembro, o Índice de Preços no Atacado (IPA), que tem peso de 60% no indicadorgeral, subiu 0,74%, ante 0,46% em novembro. Representando 30% do IGP-DI, o Índicede Preços ao Consumidor avançou 0,43% em dezembro,contra 0,33% nomêsanterior. Jáo Índice Nacionalde CustodeConstrução(INCC), compeso de 10%,desacelerou para 0,16% em dezembro, ante uma alta de 1,04%em novembro.Em 2003, oIPA fechouem altade 6,26%,o IPC, de 8,93%e o INCC, de 14,42%. (Reuters)
É O QUE AFIRMOU O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, HENRIQUE MEIRELLES
Depois de ter conseguido reverter o humor dos mercados financeiros internacionais em relação ao futuro da economia brasileira, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles,defende que oimportante, agora, é que o País nãosejamais dependentede cenários externos favoráveis paracrescer. "OBrasil estátomandotodas asmedidasnecessárias para isso", disse.
Na sua avaliação, as perspectivas em relação ao desempenhoda economiamundialsão positivas, na medida em que os EstadosUnidos estãoliderando "uma fase de crescimento mundial" e oexcesso de liquidez existentebeneficiapaíses emergentes como o Brasil. Meirelles faz, entretanto, um alerta: "Os mercados sempre terão momentos favoráveis, de maior liquidez, e desfavoráveis, de menor liquidez. O quenão podemos é ficarem uma situação onde estamos razoáveis em momentos de muita liquidez e emcrise em momentos de baixa liquidez."
Segundo o presidente do BC, é preciso atingir a situação naqualoPaís "estejamuito bem quando a liquidez for alta e bem quando forbaixa". O que irá assegurar isso, segundo Meirelles, éamanutenção da trajetória que vem sendo seguida pela área econômica do governo Lula.Essa trajetória combina"estabilidade macroeconômica, de preços,situação fiscalequilibrada, relação cadente a médio prazo da dívidapública, reduçãodadívida indexada ao câmbio como porcentualdo total,recomposição gradual de reservas e crescimento sustentado".
O posicionamento do câmbio em um patamar de R$ 2,80 por dólarnão inviabiliza o crescimento das exportações brasileiras.A metadeexpansão de10%estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exteriorpara2004 deve ser atingida sem problemas. Entretanto, ao permitir a valorização doreal, o Brasil pode estar perdendo uma grande oportunidade para potencializar suas exportações,fortalecendo asreservas e diminuindo avulnerabilidade externa.
A análise é do diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Júlio Sérgio Gomes deAlmeida."Desde novembro do ano passado é
Avanços – Em todos esses itens,ressalta Meirelles,oPaís já vem tendo avanços consideráveis. Na segunda-feira, o governo fezo primeiro lançamentodetítulosde 2004 no mercado internacional, captando US$1,5 bilhãocom um prazo de 30 anos.
A operação, considerada um sucesso por analistasdo mercado financeiro, confirmou a tradiçãode início de ano, quando normalmente o Banco Central faz lançamentos desses papéis para aproveitar o maior apetite dos investidores.
O que se viu na última década, no entanto, é que o otimis-
tão avassaladora a onda de entrada de recursos externos no País, viaInvestimento Direto Estrangeiro (IDE), carteira (bolsade valores)eempréstimos a empresas de curto e médio prazos, que a tendência de valorização do real é muito forte", afirmou o diretor.
"Talvez não consigamos seguraro câmbioaR$ 2,80por dólar." Ele dizque estudos do Fundo Monetário Internacional (FMI), do próprio Iedi, "das linhas políticas de direita e deesquerda" mostramque háelasticidadedas exportações do Brasil atreladas ao comportamento do câmbio. "Não há dúvida de que o câmbio a R$ 2,80é ruim, mas não impede nosso crescimento.Aquestão quesecolocaé: por que não posicionamos es-
secâmbioa R$3,20 etemos um resultado muitomais positivo das exportações?".
Ao sugerir que o Brasil mire-seem exemplosde outros países,como aCoréia,Irlanda, Chinae oMéxico, queregistraram aumentoanualde exportações em médiade 15% em prazos de 15 a 20 anos,Almeida recomendaao País aproveitar "o bom momento do comércio internacional". "Nossas exportações cresceram 21% em 2003, puxadas pela retomada econômica daArgentina epelo fenômeno da China. Ao mesmo tempo, houve aumento de preços de commodities. Apenas esses fatores representaram 11 pontos porcentuais dos 21% de crescimento das exportações. (AE)
moemrelação aoBrasil,durante os primeiros meses do anonãofoi consistenteosuficiente para evitar mudanças bruscas dehumor dosagentes financeiro.
Crescimento– Nos últimos anos, alternaram momentos de euforia com extremo pessimismo,quese refletiramem taxas de crescimento razoáveis, seguidasde resultados medíocres. O ano 2000 foi o último em queo Brasilconseguiu crescer acima de 4%. De lá para cá, depois de dois anos de uma expansão em tornode 1%, a taxaesperada pelogoverno para 2003 é de 0,3%.
"O Brasil estátão acostumado a não crescer que as pessoas minimizam o ajuste verificado em2003",diz oeconomista Dany Rappaport, da consultoria Tática. "Nenhum país desenvolvido passou por uma situaçãodessa magnitude.Retrocedemos uma década em relação ao poder de compra das pessoase agoratemosde recompô-la", disse, ressaltando que essa é a maior diferença da situação brasileiraatual em relação àverificadanoinício deanos anteriores. Oeconomista opina que o excesso de liquidez atual domercado deve se reverter. (AE)
Essa é a opinião do diretor do Instituto, Júlio Sérgio, para quem um dólar em um patamar mais elevado poderia reduzir vulnerabilidade externa do País.
O presidente emexercício, José Alencar,alertou para a necessidade deo governoficar alerta à flutuação do câmbiode maneira que elanão desfavoreça a economia neste momento. "Temos deficar atentospara quenão hajaum descuido nosso", disse ele, reiterando, no entanto, ser favorável à flutuação do câmbio", disseJoséAlencar, durante sua participação na Couromoda, em São Paulo. "O câmbio deve ser flutuante,poisesse éocaminhoque favorece as exportações", continuaAlencar avaliouque nãohácomo fixar um patamar ideal parao câmbio, comoreclamamalguns setores
daeconomia, emespecialos voltados às exportações. Patamarpróprio – "Es se caminhodefixar opatamar do câmbio não é muito correto porque cada um tem o seu
próprio patamar",disse. Para Alencar, o câmbio, no Brasil, ficou em um patamar equivocado por umlongoperíodo, época em que o real valia mais do que o dólar.(Agências)
A Telesp Celular Participações anunciou ontemque está desistindode incorporar as ações da Tele Centro Oeste Celular (TCO) e que recorrerá judicialmente da avaliaçãoda Comissão de Valores Mobiliários (CVM).A CVMconsiderou a operaçãoprejudicial aos acionistas minoritários de ambas as empresas. Fernando Abella, diretor financeiro da Vivo, grupo que reúne aTelesp Celular e a TCO, disseontem que ainda não há nenhuma decisão sobre a retomada da operação de in-
corporação de ações. Também admitiu quea decisãojudicial sobreo casopodedemorar. "Queremosfazer valernossa opinião", disse o executivo. Sem impacto – Já o presidente da Vivo, Francisco Padinha, afirmou que o fracasso da operação não terá impacto nas operaçõesdaVivo,que mantém a previsão de investimento de R$ 1 bilhão ao ano pelo grupo até 2006. "O ritmo de investimentostema ver com odesempenho operacional. Em termos operacionais nada muda", afirmou.
Sinergia – Porém, a Vivo admite que, com o fracasso da incorporaçãodaTCO pela TelespCelular, deixaráde tersinergias na área fiscal e nos custos demanutenção de duas empresas listadas embolsa. Ambas ascompanhiastêm ações no Brasil e ADRs no mercado norte-americano. A principal preocupação dos analistas era coma eventualretomada doprocessoem condições queseriamaceitas pela CVM, o que pode ser feito já de acordo com a legislação brasileira. (Reuters)
Caixa Econômica paga amanhã diferenças do FGTS
A CaixaEconômica Federal libera, nesta quinta-feira, mais umlote dos créditos complementares doFGTS paraquem aderiu ao acordo com o governo e tem a receber mais de R$ 8 mil. Tambémamanhã estarão sendo pagas aterceira parcela para quemtem areceber valor entre R$ 2 mil e R$ 5 mil e ainda a segunda parte dos valores entre R$ 5 mil e R$ 8 mil.
Quem tem direito a R$ 8 mil, estarárecebendo aprimeira das seteparcelas a quetem direito. As demaisseis parcelas serão quitadas a cada semestre. Ao todo, aCaixa estará creditando R$ 2,1 bilhões em um total de 1,617 milhão de contas.
AUnião Cultural Brasil-Estados Unidos convida para a Missa de Sétimo Dia do
Dr. DANIEL MACHADO DE CAMPOS
presidente do Conselho Superior, a ser celebrada hoje, dia 14, às 12 horas, na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada na Rua Honório Líbero nº 90, Jardim Paulistano.
Depois do ótimodesempenhodesegunda-feira, omercadofinanceiro brasileiroteve ontem um dia de ajustes. O dólar comercial fechou em alta, a bolsa devalores caiue osindicadores de risco pioraram. Comuma atuação mais agressiva do BancoCentral (BC) nomercado decâmbio, o dólar interrompeuuma seqüência de quatro quedas consecutivas e encerrou a terça-feira a R$ 2,803 para compra e a R$ 2,806 para venda, com valorização de 0,54%.
Com uma atuação mais agressiva do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar interrompeu seqüência de quatro quedas
A moeda amer icana chegou a ensaiar novadesvalorização no início dos negócios,mas com trêsleilõesseguidosde compra realizados pelo BC, inverteu a trajetória.
Fluxopositivo– S e g un d o operadores,a alta sónão foi maior porqueo fluxode recursos estrangeiros para o Paísfoi positivo, com destaque para os exportadores, que aproveitaram a alta da moeda norte-americana para fechar negócios.
"O fato de o BC ter anunciado que não vai mais divulgar o motivo das variações das reservas internacionais diariamente deixou o mercado desconfiado. Podeserumsinal de que o BC pretende aumentar ascompras de dólares", afirmou o analista Fábio Fender, da corretora Liquidez. "O problema éque o mercado quer transparência. Por isso o dólarreagiu, subindo e descontando partedaquedade seg unda- feira", acrescentou Fender.
Risco – Os indicadores de risco brasileiros pioraram ontem. A taxa de riscocalculada pelobanco americano JP Morgan Chase tinha altade 3,42%às 18horas, para423 pontos-base,de acordocom aEnfoqueSistemas.Os C-Bonds, principais títulos da dívida externa, tinham queda de 0,12% no horário,negociadosa 100,75% do valor de face. Bolsa cai – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa ontem, depois deacumularalta decercade
10% emjaneiro.Os investidores continuam otimistas em relação às perspectivas parao mercadoacionário, mas decidiram embolsar parte dos lucros obtidos recentemente. O Ibovespa fechou com quedade 1,23%, em23.939 pontos. Ovolume financeirosomouR$1,566 bilhão.Agora,a bolsasobe 7,6% no ano. (RA/Reuters)
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COORDENAÇÃO:
Esta Instrução Normativa vem elucidar alguns procedimentos relativos àLei nº 10.833/03. No sentido prático, é esclarecedora ao mencionar os códigos de recolhimento na guia DARF, e a forma de retenção com relação a empresas que gozam de isenção ou alíquota zero em uma ou mais contribuições sujeitas à retenção ou as que estão amparadas por medida judicial. Chamamos a atenção para a necessidade da declaração para fins de não incidência na fonte de empresas optantes pelo Simples.
INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 381, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2003
DOU de 05.01.2004
Dispõe sobre a retenção de tributos e contribuições nos pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e pela prestação de serviços.
OSecretário da Receita Federal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF no 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto no art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e arts. 30, 31, 32, 34 a 36, da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, resolve: Art. 1º Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais, estão sujeitos à retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) eda Contribuição para o PIS/Pasep.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se inclusive aos pagamentos efetuados por:
I - associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos;
II - sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas; III - fundações de direito privado; ou IV - condomínios de edifícios.
§ 2º Não estão obrigadas a efetuar a retenção a que se refere o caput as pessoas jurídicas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples).
§ 3º As retenções de que trata o caput serão efetuadas sem prejuízo da retenção do imposto de renda na fonte das pessoas jurídicas sujeitas a alíquotas específicas previstas na legislação do imposto de renda.
§ 4º Para os fins previstos neste artigo, compreendem-se como serviços profissionais aqueles de que trata o art. 647 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR, de 1999).
Art. 2º O valor da CSLL, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, de que trata o art. 1°, será determinado mediante a aplicação, sobre o montante a ser pago, do percentual total de 4,65%, (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), correspondente à soma das alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), respectivamente, e recolhido mediante o código de arrecadação 5952.
§ 1º As alíquotas 3,0% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) aplicam-se inclusive na hipótese de as receitas da prestadora do serviço estarem sujeitas ao regime de não-cumulatividade da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep ou aos regimes de alíquotas diferenciadas.
§ 2º No caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção ou de alíquota zero, na forma da legislação específica, de uma ou mais contribuições de que trata este artigo, a retenção dar-se-á mediante a aplicação da alíquota específica, referida no caput, correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção ou pela alíquota zero, e o recolhimento será efetuado mediante os códigos específicos de que trata o art. 7º desta Instrução Normativa.
Art. 3º A retenção de que trata o art. 1º não será exigida na hipótese de pagamentos efetuados a:
I - Itaipu Binacional;
II - empresas estrangeiras de transporte de cargas ou passageiros;
III - pessoas jurídicas optantes pelo Simples. Parágrafo único. A retenção da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep não será exigida, cabendo, somente, a retenção da CSLL nos pagamentos:
I - a título de transporte internacional de cargas ou de passageiros efetuado por empresas nacionais;
II - aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações préregistradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro (REB), instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997. Art. 4º Os valores retidos na forma desta Instrução
Normativa deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica que efetuar a retenção, até o terceiro dia útil da semana subseqüente àquela em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica prestadora do serviço.
Parágrafo único. Se ovalor retido for inferior a R$ 10,00 (dez reais), o seu recolhimento só será efetuado quando, adicionado a retenções subseqüentes, totalizar valor igual ou superior a R$ 10,00 (dez reais), exceto na hipótese de Darf eletrônico, em que o recolhimento será efetuado independentemente do valor.
Art. 5º Os valores retidos na forma desta Instrução Normativa serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições.
§ 1º Os valores retidos na forma desta Instrução Normativa poderão ser compensados, pelo contribuinte, com o imposto e contribuições de mesma espécie, devidos relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção.
§ 2º O valor a ser compensado, correspondente a cada espécie de contribuição, será determinado pelo próprio contribuinte mediante a aplicação, sobre o valor da fatura, das alíquotas respectivas às retenções efetuadas.
CARTÕES DE CRÉDITO
Art. 6º Nos pagamentos correspondentes a prestação de serviços efetuados por intermédio de cartões de crédito, a retenção será feita sobre o total a ser pago a cada empresa prestadora do serviço.
§ 1º Da fatura ou documento de cobrança apresentada à pessoa jurídica pagadora deverão constar: nome, valor a ser pago e número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa prestadora do serviço.
§ 2º A indicação do número de inscrição no CNPJ da empresa prestadora do serviço poderá ser efetuada em documento distinto do documento de cobrança.
PAGAMENTOS EFETUADOS ELETRONICAMENTE
Art. 7º As faturas, boletos bancários ou quaisquer outros documentos de cobrança que contenham código de barras deverão destacar em campo próprio os valores sujeitos à retenção de que trata esta Instrução Normativa. PESSOA JURÍDICA AMPARADA POR MEDIDA JUDICIAL Art. 8º No caso de pessoa jurídica amparada pela suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nas hipóteses a que se referem os incisos II, IV e V do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), ou por sentença judicial transitada em julgado, determinando a suspensão do pagamento de qualquer das contribuições referidas nesta Instrução Normativa, a pessoa jurídica que efetuar o pagamento deverá calcular, individualmente, os valores das contribuições considerados devidos, aplicando as alíquotas correspondentes, relacionadas no caput do art. 2º, e efetuar o recolhimento em Darf distintos para cada um deles, utilizando-se os seguintes códigos de arrecadação:
I - 5987 - no caso de CSLL;
II - 5960 - no caso de Cofins;
III - 5979 - no caso de PIS/Pasep.
Parágrafo único. Ocorrendo qualquer das situações previstas neste artigo, o beneficiário do rendimento deverá apresentar à fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de que a não retenção continua amparada por medida judicial.
Art. 9º Ficam obrigadas a efetuar as retenções na fonte do imposto de renda, da CSLL, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, a que se refere o art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, as seguintes entidades da administração pública federal:
I - empresas públicas;
II - sociedades de economia mista; e
III - demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).
Parágrafo único. Aplicam-se às retenções de que trata este artigo as disposições da Instrução Normativa SRF nº 306 de 12 de março de 2003. DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. Para efeito do disposto no art. 3º, inciso III, a pessoa jurídica optante pelo Simples deverá apresentar, a cada pagamento, à pessoa jurídica que efetuar a retenção, declaração, na forma do Anexo I, em duas vias, assinadas pelo seu representante legal.
Parágrafo único. A pessoa jurídica responsável pela retenção arquivará a 1ª via da declaração, que ficará à disposição da Secretaria da Receita Federal (SRF), devendo a 2ª via ser devolvida ao interessado, como recibo.
Art. 11. As pessoas jurídicas de que trata o art. 1º, que efetuarem a retenção deverão fornecer, à pessoa jurídica beneficiária do pagamento, comprovante anual da retenção, até o dia 28 de fevereiro do ano subseqüente, informando,
relativamente a cada mês em que houver sido efetuado o pagamento, conforme modelo constante do Anexo II:
I - o código de retenção;
II - a natureza do rendimento;
III - o valor pago antes de efetuada a retenção; IV - o valor retido.
§ 1º O comprovante anual de que trata este artigo poderá ser disponibilizado, à pessoa jurídica beneficiária do pagamento, que possua endereço eletrônico, por meio da Internet.
§ 2º Anualmente, até o dia 28 de fevereiro do ano subseqüente, as pessoas jurídicas que efetuarem a retenção de que trata esta Instrução Normativa deverão apresentar à SRF Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), nela discriminando, mensalmente, o somatório dos valores pagos e o total retido, por contribuinte e por código de recolhimento.
Art. 12. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de fevereiro de 2004.
JORGE ANTONIO DEHER RACHID
ANEXO I DECLARAÇÃO
Ilmo. Sr. (pessoa jurídica pagadora) (Nome da empresa), com sede (endereço completo), inscrita no CNPJ sob o nº..... DECLARA à (nome da pessoa jurídica pagadora), para fins de não incidência na fonte da CSLL, da Cofins, e da Contribuição para o PIS/Pasep, a que se refere o art. 30 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003 que é regularmente inscrita no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples), nos termos da Lei nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996. Para esse efeito, a declarante informa que: I - preenche os seguintes requisitos: a) conserva em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovam a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial; b) apresenta anualmente Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal; II - o signatário é representante legal desta empresa, assumindo o compromisso de informar à Secretaria da Receita Federal e à pessoa jurídica pagadora, imediatamente, eventual desenquadramento da presente situação e está ciente de que a falsidade na prestação destas informações, sem prejuízo do disposto no art. 32 da Lei nº 9.430, de 1996, o sujeitará, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrem, às penalidades previstas na legislação criminal e tributária, relativas à falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) e ao crime contra a ordem tributária (art. 1º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990). Local e data ......................................................
Assinatura do Responsável
ANEXO II
Receita Federal
MINISTÉRIO DAFAZENDA SECRETARIA DARECEITAFEDERAL COMPROVANTE ANUAL DE RETENÇÃO DE CSLL,COFINS E PIS/PASEP (Lei nº10.833/2003,art.30) Ano-calendário ________
1.FONTE PAGADORA
2.PESSOA JURÍDICA FORNECEDORA DO SERVIÇO CNPJ NOME COMPLETO
3.RELAÇÃO DE PAGAMENTOS E RETENÇÕES MÊS DO PAGAMENTO CÓDIGO DA RETENÇÃO
4.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
5.RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES NOME DATA ASSINATURA
Aprovado pela IN SRF Nº381/2003
BONS RESULTADOS COM DIMINUIÇÃO DE ICMS DO ÁLCOOL ENTUSIASMAM
GERALDO ALCKMIN
Ogovernador deSãoPaulo, GeraldoAlckmin, motivado com os bons resultados alcançados na redução da alíquota de ICMSdo álcoolhidratado, mostrou disposiçãoem estender o corte de tributos para outros setores econômicos. Inclusive, reduzir oICMS de todaacadeia têxtilde18%para 12%. "Estou entusiasmado com essenegócio dereduzir impostos", disse ontem em reunião com empresários da indústria da moda.
Segundo Alckmin, a redução do ICMS do álcool hidratado de 25% para 12%, em vigor desde dezembro passado, foi responsávelpor umexpressivo aumento devendas doproduto. "A BR Distribuidora vendeu cinco vezes maisem dezembro depoisda reduçãodaalíquota. Alguém consumiu mais álcool? Não. Opessoalqueestavana
informalidade é que veio para a economiaformal. Então, não perdemos emarrecadação", defendeu o governador. De acordo com o Sindicato Nacional das Distribuidoras deCombustíveis , as vendas do álcoolhidratadoemdezembro dobraramem relação ao mês anterior, quando a novaalíquota nãohaviaentrado emvigor."Éo exemploclaro dequeo empresáriotemdisposição de pagar os impostos", afirmaAlísio Vaz,presidente do Sindicom. Setores beneficiados-O governador paulista informou que estão sendo preparados estudos em diversos setores para provar que uma alíquota menor deimposto não implica necessariamenteem redução de receita. "Os estudos visam contemplar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige corte de gastosquando hácortes de receitas. Precisamos primeiro provar que nãohaverádiminuição de arrecadação com alíquotas menores", disse. Cadeia têxtil-Aos confeccionistaso governadorsinalizou que a redução do ICMS de 18% para12%, nacadeiatêxtil,por diferimento, ou seja,parcial (só para alguns da cadeia), publicadanoDecreto nº48.042,pode ser revertida."Estamosestudando uma solução especial paraos microe pequenosempresários.Ainda nãoposso adiantar, mas teremossurpresas para o setor de modaque vem agregando valor, ou seja, reforçando a vocação doestado e projetando oPaís internacionalmente, como o São Paulo Fashion Week",disse ontemaolado doorganizador do evento,Paulo Borges. O SPFW, que será aberto pelogovernador, começano próximo dia 28, no Ibirapuera. Tsuli Narimatsu
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que pedirem vista dos autos de um processo terão dez dias para devolver a documentação, contados da data que a receber emseu gabinete. A medida, prevista na Resolução nº 278 do tribunal, começa avaler a partir de 29 de março.
A resolução, assinada pelo presidente do STF,ministro Maurício Corrêa,prevê ainda
que o julgamento desses processosaconteçam nasegunda sessão ordináriaapóssuadevolução, independente da publicação em nova pauta.
Segundo a Ordem dos Advogados doBrasil (OAB),que estimulou a ação pormeio de um ofício assinado pelo presidente nacional, Rubens Approbato Machado, a delimitação do prazo promete agilizar a tramitação de processos no Supremo.
No ofício,Approbato Machado enfatiza a preocupação dos advogados brasileiros com a paralisação de julgamentos em decorrência de pedidos de vista. Em respostaà entidade,Corrêa ressaltou o esforço dos ministrosparacumprir osprazose disse que"a medida acarretará celeridade nojulgamento de processos sobrestados por força de pedido de vistas". Márcia Rodrigues
Procurador-geral entra com Adin contra transgênicos
Porentenderquea Lei nº 10.814, que autorizou o plantio de sementes de soja transgênica na safra 2003/2004, consolida os mesmosvícios daMedidaProvisória131,da qualresultou,o procurador-geral da República, CláudioFonteles, ajuizouno Supremo Tribunal Federal (STF) ação direta de inconstitucionalidade (Adin)para suspender os efeitos dessa lei.
Os principais vícios apontados por Fonteles são a autorizaçãodesseplantio semaexigênciadepréviaavaliaçãode impacto ambiental e a existência de decisão judicial proibindo o plantio de sementesgeneticamentemodificadas noPaís.No ano passado, Fonteles, o Partido Verdee aConfederaçãoNacionaldos TrabalhadoresnaAgricultura (Contag) já haviam propostoAdinscontraaMP 131, pelos mesmos motivos. (AE)
Apenas 30% dos doismilhões de empresas – sociedades empresariais – do estado de São Paulo cumpriram o prazo estabelecido pelo novo Código Civil para a adaptação dos contratos sociais. A Junta Comercial deSão Paulo (Jucesp) estima que recebeu pouco mais de 600 mil pedidosde alteraçãoaté a última sexta-feira.O resultado oficialsó sainoinício defevereiro. "Provavelmente, a maioriadas empresasvaiaproveitar para seadequarquandotiver que fazeralguma outraalteração no contrato social,como endereço oucapitalsocial. Os empresários preferem fazer tudodeumavez só",dizopresidente da Jucesp, Marcelo Manhães de Almeida. O presidente da entidade faz um alerta em relação ao prazo deassinaturado contrato ad ap tad o. Quem o assinou até o dia 9 de janeiro– último dia útil antes do prazo de 11dejaneiro– tem até o dia8 defevereiropara darentrada do processo na Jucesp, conforme o artigo 1.151 do novo CódigoCivil e aLei Federal nº 8934/94, que trata dos registros mercantis. Nos dias queantecederam o prazofinalpara aregularização de contratos, o movimento diário dos escritórios regionais e postos de atendimento da Jucesp quase triplicou.No escritório regional da entidade na Associação Comercial de São Paulo, o númerode processos pulou de 60 para 150 – 100 deles tratando de alterações em contratos sociais. Sociedades simples- Nos dez cartórios de registro de títulos e documentos de pessoas jurídicas da capital– onde as sociedades simplesdevem fazera alteraçãode seuscontratos –,o movimento também foi intenso nosúltimosdias. Sociedade simples éa reunião deduas ou mais pessoas que caso atuassem individualmente seriamconsideradas autônomas.
De acordo com o primeiro vice-presidentedo Centrode DistribuiçãodeTítulos eDocumento, PauloRego,desde dezembro,a procura pelasalterações aumentou aproximadamente 25 vezes, atingindo emalguns cartórios250pedidos diários. Naúltima sexta-feira, o3º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, na região central de Sâo Paulo, bateu um recorde: aproximadamente 600 pedidos, enquanto que o normal era de 100 atendimentos diários.
presidente da Jucesp,
vai
adequar apenas quando tiver outras mudanças a realizar nos contratos sociais
Dúvidas - Após um anodo início do novo Código Civil, os empresáriosainda têm muitas dúvidasquanto ao local de registro. SegundoPaulo Rego,algumas sociedades simplesprecisammigrarseusregistros da Jucesp para os cartórios. Ele cita como exemplos c o n s u lt ó r i o s médicos e escritórios dearquitetura. "Sea alteração nãofor formalizada no órgão competente,osempresários poderão ter problemas futuros, pois o contrato não vaiestar atendendo o novo Código Civil", diz. De acordo com o presidente da Jucesp, osempresáriossão informados noórgão sobreas diferençasde seclassificarem como sociedade empresariais ousimples. "Nãotemos opoderfiscalizatório. Aceitamosa veracidade dos dados passados pelo empresário", afirma. Nos cartórios,as adaptações levam de um dia a um mês, dependendo das alterações necessárias. Mas a média para a atualização do contrato é de cinco dias. PauloRego acreditaque nos próximos três meses o movimento vaicontinuar intenso e que até o fim do ano todas empresas estejam regularizadas. As que não realizarem as devidasadaptações nãosofrerão nenhuma penalidade. Mas poderão,por exemplo,sofrerretaliações, comoser impedidas de obter crédito em bancos. Adriana David
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Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 14 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Uniserv União de Serviços Ltda. - Requerida: Indústria de Parafusos Jacofer Ltda. - Rua Jacofer, 392/428 - 20ª Vara Cível
Requerente: Racional Tecnologia e Serviços Ltda. - Requerida: Lages Romana Ltda. - Av. Nordestina, 3.00103ª Vara Cível
Requerente: Casablanca Ind. e Com. de Embalagens Ltda. - Requerido: Plastec Ind. e Comércio Ltda.Rua Maria Tereza Gaudino, 75 - 12ª Vara Cível
Requerente: Engetref Ind. e Comércio Ltda. - Requerida: Iproj Projetos de Máquinas e Dispositivos Ltda. - Rua Manuel de Burgo, 13 - 04ª Vara Cível
Requerente: Comercial e Industrial de Metais Auricchio Ltda. - Requerido:
Vara Cível
Operadoras de telefonia contestam reajuste pelo IPCA
Requerente: Eletro
Independência, 42 - 21ª Vara Cível
Requerente: Andino Metais Ltda.Requerida: Elumetais Ltda. - Rua Abdon Milanes, 03 - 36ª Vara Cível
Requerente: Flytour Agência de Viagens eTurismo Ltda. - Requerida: Mil Trajetos Viagens e Turismo Ltda.- Rua da Consolação, 222 - conj. 203 - 32ª Vara Cível
Requerente: Sobravis Sociedade Brasileira de Vidros Ind. e Com. Ltda. - Requerido: Vidromar Comércio de Vidros Ltda. - Rua do Bosque, 92902ª Vara Cível
Requerente: Sobravis Sociedade Bras. de Vidros Ind. e Com. Ltda. - Requerido: BR Merchandising Sinalização e Comércio Ltda. - Rua Dom Pedro H de Orleans Bragança, 1.086 - 02ª Vara Cível
Requerente: Sobravis Sociedade Bras. de Vidros Ind. e Com. Ltda. - Requerida: Apas Construções Ltda. - Rua Padre Justino Lombarde, 194 - 33ª Vara Cível
Requerente: JM Couros de Bocaina Ltda. - Requerido: Free London Ind. e Com. de Calçados Ltda. - Rua Águas de Xapecó, 330 - 23ª Vara Cível
Requerente:Paris Cabos Comercial Ltda. - Requerida: Skipconnect Informática e Comércio Ltda. - Rua Des. Euclides Silveira,
As concessionárias de telefoniafixaTelemar,Brasil Telecom, Sercomtel e CTBC decidiram contestar mais uma vez oreajustedas tarifasdatelefonia fixado anopassado noSuperior Tribunal deJustiça (STJ).Um pedido desuspensão deliminar foiencaminhado ontem ao presidente do tribunal,ministro NilsonNaves, queirá analisar oassunto nos próximos dias. A Telefônica e a Embratel,que também tiveram os reajustes de tarifas fixados pelo IPCA, não subscreveram o recurso junto ao STJ. Para as operadoras, a liminar do juiz Rodrigo Navarro de Oliveira, da2ª VaraFederal da SeçãoJudiciáriado Distrito Federal, que fixouo IPCA como índice para o cálculo das tarifasde telefoniafixacausou grave lesãoà ordemeconômica,em virtude da quebra do equilíbrio econômico-financeiro dos contratosde concessão. As concessionárias queremoemprego doIGP-DIno reajuste dastarifas, comoprevê o contrato de concessão. OSTJ jáanalisou oassunto aojulgar umconflito decompetência, quandováriasliminares haviam sido concedidas emtodo opaís. Até agora,no entanto,o STJnão decidiusobre o mérito da ação. (AE)
Uma mulher-bomba detonou ontem explosivos atados a seu corpo noentroncamento de Erez, matando um segurançaetrês soldadosisraelenses–alémde ferir sete pessoas, das quais quatro palestinos – e sinalizando umanova táticado grupo islâmico Hamas. O líder espiritual do Hamas, xeque Ahmed Yassin, disse que o martírio de uma mulher é uma situação especial para o grupo islâmico,mas "aguerra santa é uma obrigação de todos os muçulmanos, sejam eles homens ou mulheres".
Umamulher identificada comoReemRaiyshi,de 22 anos, disseaos soldadosque inspecionavam os palestinos
que passaria por fora do detector de metais, porque tinha pinos para corrigir uma fratura naperna. Elafoilevada auma sala especial para ser inspecionada e detonouos explosivos atados a seu corpo, disse a majorSharonFeingold, portavoz do Exército. Fechamento– Israel informou queo entroncamentoserátemporariamente fechado para os palestinos, impedindo a passagem de milhares de trabalhadores de uma zona industrial conjunta, que representa um dos últimos vestígios de cooperação entre as partes em conflito.
Doisdos quatro israelenses mortos eram imigrantes da ex-
Vietnã registra mais cinco casos suspeitos da gripe aviária
União Soviética. O sargento de políciaVladimir Trostinsky, de22anos,havia semudado para Israel com a mãe e o irmão mais novoháseteanosinformou o Canal 2 da TV israelense. OrecrutaAndrei Kegeles, de 19 anos, entrou para o Exércitohá quatromeses.Falando em russo, seu pai disse ao Canal 2 que Kegeles insistiu em fazer parte da linha de frente. Segurança – O atentadofoi reivindicado pelo Hamas e pelas BrigadasdosMártiresde Al-Aqsa.No entanto, Raiyshi declarou-semilitante doHamas. A tática de usar uma mulher parece ter como objetivo burlar a segurança, concentrada principalmente na hipótese
de atentados suicidas serem perpetrados por homens. Outros grupos militantes usaram mulheres-bomba no passado, mas Raiyshi foi a primeira aagir em nomedo Hamas.
Vídeo – Em uma mensagem de vídeo, Raiyshi afirmou que " sempre quis ser a primeira mulher a executar uma operação de martírio naqualpartes do meu corpo voam para todos os lados. Essaé a únicacoisa que
posso pedir a Deus". Ela deixao maridoe doisfilhos pequenos.YusefAwad, seu cunhado, declarou-se chocado."Não esperávamos isso dela. Não pensávamos que isso seria possível". (AE/AP)
Prefeito de Bogotá diz que Fidel Castro está muito doente
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O Vietnã registrou ontem maiscinco casossuspeitos da gripeaviária em seres humanos. Adoença,secombinada como vírusdagripe comum, poderia ter um impacto muito maior que o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars). Veronica Chan, chefe do departamentode Microbiologia eParasitologia naUniversidade das Filipinas, alertou que os seres humanos nãoteriam proteção contra umvírus combinado e que, então, uma epidemia da doençaseria inevitável. "Deveríamos nos preocupar. Isso mata". (Reuters)
Umcarro-bomba explodiu na frente deuma delegacia de polícia emBaqouba, 60quilômetros anordeste de Bagdá, matando o motorista e duas pessoasque estavam nolocal. Outras 30 ficaramferidas,incluindopedestres epoliciais. Osguardas abriramfogocontra oveículo quandoo condutor não obedeceu àordem deparar.Logo depois,elejogou o carro contrao muro do prédio.
"Umhomem-bomba em umsedanverde atacouaforça policial de resposta rápida'', afirmou o primeiro-tenente BrianElliott, da4ª Divisãode Infantaria. "Poderia ter sido
muito pior seele tivesse entrado com o carro no local".
Captura – Em Samarra, no chamado"triângulo sunita", soldados americanos mataram oito iraquianos depois de sua patrulha ter sido atacada a tiros, segundo militares dos EUA. Na terça-feira, numa operação de buscanacidade, os militares americanosdetiveram quatro sobrinhos do ex-vice-presidente Izzat Ibrahim al-Douri.
Ele é o número seis na lista dos 55 mais procurados pelos EUA,ea recompensa porsua captura é de US$ 10 milhões. O tenente-coronel David Poirier disse que osparentesde
Ibrahim tinham boas informações sobre oseuparadeiro. "Achamosque issonosdeixa um passo mais perto de encontrá-lo'', afirmouPoiriera repórteres.
Os americanos anunciaram aindatercapturado, nodomingo, em Ramadi, oeste de Bagdá, Khamis Sirhan alMuhammad, um ex-presidente regional do Partido Baath e comandante miliciano, o número 54 da lista dos 55 mais procurados pelos americanos. O generaldebrigada Mark Kimmit, dos EUA, disse que alMuhammad eraum financiadordeaçõesdaresistência na região. (Agências)
O presidente de Cuba, Fidel Castro, está "muito doente" e apresenta limitações físicas, revelouontem oprefeitode Bogotá e líder da esquerda moderada colombiana, Luis Eduardo Garzón. "O vejomuito enfermo,já é possível notarlimitações de ordem física, especialmente na voz", disse Garzón, que se reuniu com Fidel em dezembro. Fidel Castro, de 77 anos, que governa Cuba há 45 anos, convidou Garzón para um encontro informal duranteo seu regresso deuma viagemà Venezuela. (AE)
Rodrigo Trassato
Volks aposta no Fox, raposa em inglês, para ter o sucesso do Fusca e retomar a liderança. Quem viver verá!
Nas palavras do jovem diretor deVendas eMarketing da Volkswagen, Paulo SérgioKakinoff, nota-sea responsabilidade do novo compacto, lançado nofinal do ano passado. "Depois doFusca e do Gol, oFox éo carromais importante da história da marca no País", aposta oexecutivo de 28 anos que tevede amargar, ao final de 2003, a Volks despedir-se da briga pelaliderança de mercado, promovida por Fiat (campeã) e GM (vice). E, no Brasil, se ninguém dá valorao vice, imaginem o queacontece com o terceiro colocado.
Ajulgar pelosprimeirosresultados, o Fox não agrediu tanto suas vítimas como era o desejo da Volks.Em dezembro,totalizou 3.428 unidades,ocupando a12ª posição. Contraseus principais adversários,inclusive, suaaceitação foimódica. Perdeupara Palio, Corsa, Fiesta,Clio e 206. Todos, aliás.
Novas versões - Desenvolvido integralmente no Brasil, será exportado para aEuropa e dará origem a umafamília. Por enquanto, a Volks confirma apenas a versão hatch quatro portas (por enquanto, ele sósaiu com duas portas) euma minivan.Especula-se que poderá haver um sedã e uma picape. Mas a atual (e única carroceriadisponível até agora) já rende bons comentários. O designdo Fox duas portas realmentese sobressai. Discreto nas propostas estéticas
de lanternas egrades, é ousado na própria linha da carroceria, em que a altura quase se aproxima a de uma minivan. Segundo Luiz AlbertoVeiga, gerentede Estilo, o carrinhofoi criado de dentro para fora."Com a elevação da linha do teto, pudemos criar diversasnuances estéticas, como o pára-brisa inclinado como se fosse uma van".
A solução de agrupar os instrumentos em uma pequena ilha no painel do Fox traz dificuldades na leitura do conta-giros, assim como gerou a eliminação do marcador de temperatura. E o detalhe é que o desenho não ficou tão atraente, criando uma sensação contrária à de "amplitude" interna, que é a pretensão da Volks. Para um carro tão "espaçoso", o painel de pequenas dimensões acaba "descombinando". Em sua atual configuração, de duas portas, o Fox só varia o acabamento (City, Plus e Sportline) e a motorização (1.0 e 1.6 gasolina, 1.0 e 1.6 Total Flex). Preenchendo o espaço de mercado simbolizado por um comprador que a Volkswagen define como "racional e emocional" (de R$ 20 mil a R$ 30 mil), o Fox não baterá de frente com o Gol.
Outrassoluções internasnasceram dessa opção pelo teto alto, como a elevaçãoda posição dos bancos dianteiros, que proporcionam visibilidade privilegiada. Ou como o utilíssimo sistema de ajuste longitudinal do banco traseiro. Quandose pretendeacomodar adultos, o banco pode ser deslocado para trás. Ao contrário disso, oespaço doporta-malas pode ser ampliadode 260 para 353 litros.
Oproblema nodesenhodo Foxé que,comduas portas,o trafegar com ajanela do motorista aberta provoca no interior umareverberação muitoforte.
Daí, sem ar-condicionado, o jeitoé andarcomo vidroapenas semi-aberto parasuportar obarulho.
Concebidoa partirdaplataforma do Polo, o Fox herdou a mecânica eo ótimocomportamento dinâmico do hatchback da Volks. Masfoi além. Com uma surpreendentereceita de molas eamortecedores queprivilegia a estabilidade, surge como o compactomais dotadopara curvas do mercado brasileiro. Em compensação, a firmeza traz
um preço alto:não assimila a buraqueira urbana e joga para os passageiros todos os trancos vindos do solo. Em outras palavras, é tãoestável comodesconfortável. Junte-se a isso o fato de um desagradável "passarinhar" do Fox, acima dos 100 km/h, que dá uma forte sensaçãode falta de estabilidade, que não existe. O Polo, por exemplo, tem respostas inferiores deestabilidade, masé bem mais macio para se andar no trânsito...
Emresumo, oFoxrestitui diversosrótulos perdidospela Volkswagen ao longo dos últimos anos:é moderno,bem acabado, ótimo emcurvas e de desenho atraente, o que até oculta os pontos negativos, como suspensão dura e preço mais alto. Resta saber o quanto a síndrome "Classe A", de que carro pequeno por fora, grandepor dentro e caro no preço,vende pouco, vai abalar os planos da Volks. Mixde produção - Aversão 1.0 seguramenteocupará
maioria das unidades do Fox. Com motor de71 cv (gasolina) ou 72 cv (álcool), poderia até ser um dos "populares" de melhor temperamento urbano. Mas não é oque ocorre.Estranhamente para os padrõesda Volks, acertou-se no motordo carro para
gerar torqueem altasrotações.
Resultado: você custa a esticar as marchas doFox 1.0, jáque o melhor momento de trabalho do motoracontece em rotações mais altas. Nasretomadas, o esforço é semelhante, mas desta vez na exageradaquantidade dere-
duções. Não exibea força necessária parase venceraquela ladeira em terceira, exigindo que se reduza para segunda... e assim por diante. Bem ao contrário disso, a versão1.6 devolve ao motorista asensação deestar guiando umVolks esportivo.
Ágil, veloz evalente, vazio ou carregado, enfrenta trânsito e estradas com facilidade, sem esmorecer sob qualquer ultrapassagem ou subida mais íngreme. É uma pena que essa versão custe a partir de R$ 25 mil, enquanto a popular sai por R$ 21 mil.
Motor: 1.0 e 1.6 Gasolina (G) e Álcool (A) - dianteiros, transversais, 4 cilindros em linha, duas válvulas em cada
Potência: 71 cv a 6.000 rpm (G); 101 cv a 5.500 rpm (G); 72 cv a 6.000 rpm (A); 103 cv a 5.500 rpm (A)
Torque: 9,1 mkgf a 4.500 rpm (G); 14,3 mkgf a 3.250 rpm (G) 9,2 mkgf a 4.500 rpm (A); 14,5 mkgf a 3.250 rpm (A.)
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Câmbio: Manual de 5 marchas
Suspensão: Dianteira independente, MacPherson, amortecedor, mola helicoidal e
barra estabilizadora. Traseira, semi independente, eixo de torção, braço longitudinal, amortecedor e mola helicoidal
Freios: Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira (ABS opcional)
Pneus/rodas 175/65 R14
Dimensões: 3,80m (comp.), 1,64m (larg.) 1,54m (alt.) 2,46 m (entre eixos)
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Porta-malas:
Fonte: Fabricante
Depois de quase sete horas em sala da PF, comandante pagou multa de R$ 36 mil. Foi liberado e deixará o País quando o cheque for compensado.
Oamericano Dale Robbin Hersh, de 53 anos, comandante do vôo 907 da American Airlines foi detido por reagir ao procedimento de identificação obrigatória com umsinal obsceno.Ovôo eraprocedentede Miami e chegou por volta das 9h30 deontemaoAeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. Hersh fez um gesto com o dedo médio no momento em que era fotografado por agentes da Polícia Federal e foi preso por desacato.
O comandante prestou esclarecimentos acompanhado doadvogado da companhia aéreaefoi colocadoàdisposiçãodaJustiça brasileira.Àtarde, foi julgado e condenado no Fórum Federal de Guarulhos a pagar multa de R$36 mil, revertidosao Asilo São Vicente de Paulo. Se fosse condenado a prisão,poderia pegarpena de seis meses a dois anos.
Hershfoi liberado, mas seu passaporte ficará retidoatéa compensação do cheque, emitido pelaAmerican Airlines, que aceitouaproposta por meio de um telefonema.
Os outros 11tripulantes do vôotambém foramlevados à delegacia para prestar depoimentos, porque debocharam do procedimento e se recusaram a fazer a identificação. Proibidos de entrar no País, eles foram posteriormente en-
caminhados à sala vip da AmericanAirlines paraaguardaro retorno aosEstados Unidos. Ospassageirosda aeronave não resistiram ao procedimento de identificação. Nova tecnologia– Odiretor interinodo InstitutoNacional deIdentificação daPF,Clemil José Araújo, apresentouontem exemplares doscoletores de impressões e das microcâmeras enviados aos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro para fazero "fichamento"digitala partirdehoje. Emapenasum minuto, aPolíciaFederal terá condições de registrar dados pessoais, fotografar e coletar impressões digitais dos americanos que des em ba r ca re m nos aeroportos internacionais dos dois estados. Oequipamento foiremanejados do Sistema Automatizado deImpressões Digitais (Afis) que a PFusaria, a partir de fevereiro, paraidentificar criminosos e estrangeiros com visto provisório ou de permanênciano País."Nãoé asolução definitivae atenderá dois Estadosquerecebem maisde 90% dos vôos diretos dos Estados Unidos para o Brasil", disse Araújo. O procedimento é limitado;nãopermitirá, por
Nova identificação de turistas deverá ser realizada em um minuto e atenderá pelo menos 90% dos vôos entre Brasil e EUA
exemplo, cruzar dadosque levemà identificaçãoimediata dealgumforagido quetente entrar no País. Segundo o chefe da Divisão de Planejamentoe Projeto da PF, Harley Moraes, os critérios para realizar o controle migratório serão definidos pelos ministérios daJustiça edas Relações Exteriores e pela Advocacia-Geralda União.Moraes não descarta a possibilidade de o fichamento digital ser estendido a todos os estrangeiros. Criminosos –Há umano e meio, a PF vinha desenvolvendo oAfis, em parceria com a França eAlemanha, para montar banco dedados com as digitais de criminosos registradasem1,5 milhãodefichas de papel. Amigraçãodo sistema deverá estar concluída em dez meses enão deve ser prejudicada pelo uso dos equipamentosnos aeroportos.O projeto, orçado emR$ 34 milhões, dependedorepasse de R$12milhõesdogoverno. O equipamento (francês)tem capacidadede arquivar 5milhões de fichas, dois milhões de impressões e tempo de resposta satisfatóriopara consultas de partededigitais encontradas em cenas de crime. (AE)
O comandante Dale Robbin Hersh, 53 anos, da American Airlines (no alto, sendo preso), fez um gesto interpretado como obsceno diante da câmera fotográfica ao segurar o número de sua identificação (no destaque). A partir desta semana, o procedimento de identificação de turistas americanos deve ficar mais rápido e menos constrangedor. A Polícia Federal fará coleta informatizada de fotografias e impressões digitais para cerca de 90% dos vôos que chegam ao País (à esq.).
"Sou contra a identificação de turistas na entrada no País. Os problemas com estrangeiros, noBrasil, sãomuitoraros.
Já nos Estados Unidos, isso é muito comum. Na verdade, existem assuntos mais sériosa seremdiscutidose resolvidos pelo Brasil."
Marcia Tavares (São Paulo/SP)
Prefeitura inicia hoje sua mudança para o centro da cidade
"Soua favor da identificação dos americanosem nosso País, porque se somosdiscriminados lá, temos de lhes dar o mesmo tratamento que recebemos."
Erenita Oliveira Leite (São Paulo/SP)
"Sou favorável à identificação com critérioe rapidez, mas sem terrorismo ideológico. OPaísprecisa se desenvolver, abrir portas, e o turismo é muito importante. Aliás, ogoverno deveria sepreocuparem investir mais adequadamentenestaáreae em divulgar melhor nossa cultura no exterior."
Luis Antonio Bonini (São Paulo/SP)
Distrital Butantã
Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070
Diretor
Paradistrairos turistasereduziro clima deconstrangimento, os norte-americanos que desembarcaram ontem no Aeroporto Internacional Tom Jobimforam recebidoscom festanodesembarque. Integrantes de um grupo de samba eduas passistas deramuma prévia do carnaval carioca e atraíram curiosos. Afestano saguãofoiuma forma de dar boas-vindas aos americanos que, anteontem, receberamkits comcamisetas e pingentesdo Pãode Açúcar. A idéiade trazero grupoSambaDrums, quetem algunsintegrantesda escolade samba da Mangueira, partiu da Comissão deTurismo daAssembléia Legislativa. A recepção erapara os americanosmas agradouatodos. "Adoro o carnaval e estou encantado com isso tudo", disse o francês JeanJacquesBrousse, de 48 anos.
A apresentação também agradou a americana Kristine Farrell."Achei maravilhoso. Gosto desamba, masnão vou ficarpara ocarnaval. Pelomenos, vi um pouco aqui." O oftalmologista Jeff Blustin, de 52 anos, sabia que seria identificado ese surpreendeucom arecepção calorosa. (AE)
A recepção em ritmo de Carnaval foi preparada para agradar os turistas norte-americanos, mas conquistou também o alemães, franceses e turcos. Até os mais tímidos quiseram ser fotografados ao lado das passistas. O ritmista Ivo Meireles foi responsável pelo som da festa preparada pela Alerj.
A Prefeitura de São Paulo começa hoje à noite a sua mudança de sede. Caminhões vão começar a levar móveis e documentos do Palácio das Indústrias para o Palácio do Anhangabaú(nomeescolhido pela prefeita Marta Suplicy para rebatizar o prédio do Santander/Banespa, ao ladodo Viaduto do Chá).Oficialmente, a prefeitaquer inauguraroprédio no dia 25, junto com as comemoraçõesdos 450anosda fundação da cidade.
Uma dasprimeiras repartições que vai ser levada para a nova sede é a Secretaria de Comunicações. Na sexta-feira, a secretaria já poderáestar funcionando no novo endereço. A previsão é de que até odia21 todos os setores já tenham mudado. O gabinete da prefeita só deve sair no dia 23.
O governador Geraldo Alckmin também pretende ficar mais na região central. Ele instalou um gabinete na rua Boa Vista, onde despacha uma vez por semana. Alckmin quer elevar o número de dias que vai ficarno centro.Sepudesseele morariana região,depreferênciaem algum prédio na avenida São Luiz. Ele diz gostar de caminhar pela região. (FL)
Pedido de embargo da obra na avenida, feito por moradores e lojistas e apoiado pelo Ministério Público, deverá ser decidido ainda nesta semana. Página 14
CódigoCivil: só 30% das empresas enquadradas
Página 10
Consumidores sumiram. Faturamento de comerciante caiu 50% em quinze dias, mas seu carnê de IPTU é de R$ 29 mil. E obras podem durar 21 meses. Página 14
No aeroporto do Rio, os turistas foram recebidos em ritmo de carnaval. Franceses, alemães, americanos (estes fichados) sambaram à vontade entre as mulatas passistas. Página 12
Dedo e gesto sujos
Dale Hersh, piloto da American Airlines. Condenado a pagar multa de R$ 36 mil por desacato. Página 12
US$ 1,6 bilhão em quinze dias
Aproveitando a maré favorável, empresas brasileiras captaram US$ 1,6 bi no exterior. Petrobrás também deve emitir bônus. Pág. 6 Emprego cai pelo 3º ano
Em 2003, indústria paulista teve queda de 0,08%. Mas clima é de otimismo: no ano passado, emprego havia caído 4,43%. Pág. 5 Assaltos a ônibus. A polícia fecha o cerco.
Caixas com 15 mil boletins de ocorrência de furtos e roubos em ônibus foram encaminhadas à polícia. Pág. 13
Citação de pesquisa de Gallup International, pelo jornalistaClovis Rossi,na Folha de S. Paulo, de sexta-feira última, é dessas de arrepiar, pois antecipauma previsívelrealidade do mundo, nos próximos anos, ainsegurançacoletiva. Avida jásem valor,coalhada deperigospor todososlados, será ainda mais desvalorizada.
Não adiantarão as polícias maisbem adestradasearmadas que os terroristas, esse exércitode sombras,quenão vemos,nem pressentimos, mas eles estão em toda a parte com seu quinhão de perigo.
O ataque às torres de comérciodos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, teve o significado de ultimato, ou declaração de guerra, dos iranianos religiosos, financiados por um magnata do petróleo, abastecido pelos árabes da Arábia Saudita, que não querem, como já ficou provado, relações amistosas com o Ocidente. Eu jáescrevi a respeito, arevancheàs Cruzadas, os muçulmanos queguardaram o ódio durante séculos e agora se vingam na principal potência, nos Estados Unidos. Não sabemoscomo seráo mundo, nem mesmoneste 2004, quanto mais nos anos
Justiça em julgamento
Sr. Diretor: Lendo reportagem desse jornalsobreo temavejo que contém duas inverdades:A primeira équefuncionandocomo está oPoderJudiciáriotenha reflexos no desenvolvimento econômico doPais;a segunda é que areforma do Poder Judiciário queestá para iraoCongressoresolveráo problema.Oque atravanca odesenvolvimento econômico do Pais são os juros exorbitantes praticadospelosbancos e como age Sistema Financeiro Nacional, que não funciona, e que manda e desmanda no País.Existem dois tipos de empresas: as que produzemeas quesededicaram a tomardinheiro das que produzem. Por exemplo: se somadas todas ações de interesse dos bancos que tramitamnoPoderJudiciário e fossem os valores nela envolvidos cotejados com osbalanços quepublicam,chegar-se-ia àconclusão queosbalançosdos bancos são verdadeiras piadas. Fossem os bancos fiscalizados, ver-se-ia que são os principais responsáveispelas quebras dasempresas e do conseqüente desemprego. Os bancos oficiais transformaram-se em "propinodutos" que, por via indireta, abastecem os bancos particulares, bem debaixo do nariz do Banco Central. Quanto às empresas produtivas,
subsequentes. O de que não temos dúvidas, como acentuao jornalistaClovisRossi, é queo mundo estáse debatendo numa das piores crises que já o abalaram desde a sua criaçãopor DeusNossoSenhor. O ser humano se degradou, não sabe mais fazer uso das liberdades que lhe foram garantidas pelo Todo Poderoso e pelos Estados com organização. O resultado está aí, está dentro de nossas casas, está ao nosso lado. Como seráo futuroé rigorosamente impossível prever-se e a comprovação dessa situação anômala,amoníaca, terrível para todos os seres humanos, estánasmedidas de auto-proteçãoadotadas pelos Estados Unidos e vigentes, também,emoutrospaíses, inclusive noBrasil, onde as facilidadesde desvalorizar aindamais avida sãoevidentes. Temos que levar em conta essa realidade e nos precatar o mais possível,antesque seja tarde para deter os efeitos das calamidades que tombam periodicamente no mundo.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
ante a ausência de poupançae a necessidade dodinheirodos bancos,acabam cativas do sistema financeiro, mas semprepodem elas se valer das arbitragens e com isso desafogar o Poder Judiciárionos assuntos de interesse delas. A reforma do Poder Judiciário que os bancos pretendem, modificando osistemarecusal,é para teremmaisfacilidade, detentores do Poder Econômico que são, de manipularem a Justiça Singularao bel-prazer, emespecial em cidades pequenas. Quanto à reforma doPoder Judiciário ninguém nega que seja necessária e a que tramita noCongresso duvido que vá tornaro PoderJudiciário célere sem que prejudique os interesses dosmenos favorecidos, economicamente falando. Qualquer reforma do Poder Judiciário para ser boae gerarresultados esperadospor todos, terá de transformá-loem verdadeiro PoderdaRepública, de vez que com a atual sistemática constitucional ele não é um Poder, embora conste como tal, pois não se podeconceber queumPoder, considerado como tal, tenha acúpula escolhida peloExecutivo e o Orçamento aprovado pelo Legislativo, tirando-lhe aautomonia funcional e econômica e subjugando-o. Georgina Lúcia MaiaSimões
São Paulo - Capital
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Háanos se discutecomo a população excluídadeve parar de ser multiplicar com intensidade,causando umciclo viciosodemiséria, enãopermitindoo acessoàs boascondições denutrição, saúdee educação.Dentrodo regime democrático no qual vivemos, não podemos falar em controledenatalidade,pois seria uma aberração proibirque as famílias tenham maisou menosfilhos. Trata-se deuma norma antidemocrática não adequada aos tempos modernos eao nosso país.Uma norma de força, ilegal e antipática. Oposto, portanto,ao planejamento famíliar, que é uma forma de esclarecimento às famíliaseem especialàsmulheres, de prevenir voluntariamente a gravidez, através de cursos, campanhas educativas ede anticoncepcionais. Há 10 anos, escrevemos e foi publicado (06deabrilde 1994), artigo sobre otema, mostrando que ospaísespobres têm 75% da população mundial e o Brasil está entre os
dez maiores países pobres do mundo,destacando-se entre eles a Indonésia, Índia, Bangladesh e Nigéria. A ONU fez um prognósticode quenospróximos30 anosdeverão nascer3 bilhões depessoas, sendoapenas200 milhõesnospaísesricos.OBrasiltem maisde3mil favelas ( São Paulo mais de 600) e tem aumentado nos últimos anos. Portanto, jánão ésem tempo que deveríamos estar implementando o planejamento familiar no Brasil. Quanto mais pobre a família, maioréo númerodefilhos.E assim tem sido ao longo da história. Parece até que os mulheres mais pobressão mais férteis.Não podemosacreditar que,em nomedademocracia, o paísse isente deesclarecer os menos favorecidos. É muita omissãoou mesmohipocrisia. Como bem disse a secretária de Políticas para Mulheres, EmíliaFernandes, "esteéo momento de debater e incluir o planejamento familiar nasfamílias beneficiadas pelo programa Bolsa-Família".
David Fernandes
O presidenteLuiz Inácio LuladaSilva nãoperdea oportunidade dereiterar sua disposição de dialogar com os setores organizados da sociedade a fimde recolher sugestões para os projetos de interesse dopaís. Não poracaso, sua popularidade se mantém elevada entre os empresários, conforme mostram as pesquisas de opinião.Aliás,entre a classeempresarial sua popularidade é ainda maior que a confiança que deposita em seu governo o conjunto da sociedade. Não precisa ser um gênio da ciência política para saber que parte doprestígio dopresidentejuntoa quem produz deriva do fato de ele e seupartido teremabandonado as"bravatas"dostempos fáceis de oposição. Essa disposiçãodo governo federal aodiálogo foi, mais uma vez, reiteradapelo ministroda Previdência Social,Ricardo Berzoini, em palestra que proferiu noano passado na AssociaçãoComercial de SãoPaulo. Naoportunidade, ele se mostrou abertoàs sugestões, dispostoa ouvircríticase aincorporarpropostas queaperfeiçoassem oprojeto dereforma daPrevidênciaSocial enviado à Câmara dos Deputados pelopresidenteLula no último dia de abril. Tal disposição vemaoencontroda tesehá muitodefendidapelo presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos – e compartilhada pelos empresários – segundoa qual"nãoexiste governo ruim numa sociedade bem organizada".Emoutras palavras:não hásaída duradoura paraosproblemasdo país,sem oexercício diáriodo diálogo, do incentivo à cidadania, da participação efetiva e inteligente dos vários segmentos sociais eda prática do associativismo. O resto é ilusão. Soluções paliativas. O problema é que, em geral, há uma enorme distância entre o discurso e a prática. Ouvir é bom, fundamental. Mas não
basta. É necessário queo governotenha asensibilidadee – por que não dizer? – a humildade necessária para absorver e analisar as críticas, incorporar as boas idéias independentemente de quem as propõe. Sem isso, o que se tem é conversa fiada. Claro está que não existe reformaideal. Até porque cada um de nós tem a sua na cabeça. O importante é que o resultado final seja o melhor possível paratodos, que não seja fruto do poder quea caneta presidencialexercesobreaquelaparcela de parlamentares que insiste em fazer da política uma arte menor. Neste sentido, gostaria de registrar, mais uma vez, minha preocupaçãocom os rumos que a reforma tributária deverá tomar. Ninguém ignora, a dificuldade financeira por que passam a União, Estados e municípios. Assim,como sabemos todos o quanto é difícil convencer a quem quer que seja – presidente, governadorese prefeitos,emespecial–danecessidadedeabrir mão de recursos.
Agora, é preciso que todos eles – senadores e deputados também – tenham a sensibilidade para entender o óbvio: a sociedade emgerale osempresários,em particular,já não têm mais nenhuma condição de arcar com qualquer aumento da carga tributária. É preciso buscar o equilíbrio fiscal, indispensável, também pelo lado das despesas. É preciso que todosse convençam da necessidadedecortar na própria carne, eliminando despesas supérfluas, cortando cargos desnecessários, priorizando aprodução. Do contrário, vamos continuar jogando um jogo de mão única. Onde uns fazem de conta que ouvem e outros de que são ouvidos.
O tempo dirá se a disposição ao diálogo do governo federal épara serlevada asério, ouse é apenas para inglês ver.
David Fernandes é conselheiro da ACSP
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Conforme informações do próprio governofederal, jásão 2 milhões de famílias humildes beneficiadas pelo Bolsa-Família, eque poderiam sero ponto departida paraamenizaresse problema damultiplicaçãode miséria. Através de cursos obrigatóriosecampanhas esclarecedoras, estaríamos proporcionando educação e melhor qualidade de vida à população. Menosfilhos, menos miséria. Só receberiam o Bolsa-Famíliase participassem ativamentedesses eventos esclarecedores.Alguns requisitos já são necessários para receber o Bolsa-Família,taiscomo avacinaçãodas criançase freqüênciaàescola, curso de alfabetização ou capacitação profissional para os pais.Por quenãoincluir oplanejamento familiar ? É bom que se saiba que desde 1996 há lei sobre o planejamento familiar, permitindo o uso
de anticoncepcionais e até esterilização voluntária, como laqueaduradas trompas ouvasectomia. Neste2004, queé o Ano daMulher, conforme lei federal sancionada,acreditamos sero momentoparase acabar com essegrave problema nacional que é a multiplicação da miséria. Não é justo pôr filhos no mundo sem ter condições de criá-los decentemente, com educação eacesso a cidadania, escudado apenas por um falso dogma, confundindo controle de natalidade com planejamento familiar. O governonão devedecidir quantos filhos cada família deve ter, mas deve esclarecer à cadafamíliaoquanto eoquerepresentacada filhocolocado no mundo. Deve ensinar o que é paternidade responsável.
Classe média, again O leitor RGS escreve elegante missiva a respeito da coluna do último dia 11 quando falei da vitóriafácil de qualquer candidato que empunhar,de verdade e sem outros interesses, abandeiradedefesa da classe média. Diz o leitor: "Insignecolega, datavênia nãoé fácil a vitória, a classe média não participa, não abre a porta desua casaà fiscalização das campanhas sanitárias (saúde),não fazficha de filiação partidária, não carrega bandeiras, etc. Assim, a classe média é como dizem os bons espíritas: não praticaa caridade dinâmica".
Por partes
Jáé do anedotáriopopular mencionar Jack, o estripador, quando sequer irpor partes. O leitor, naminha opinião, tem e nãotem razão. Explico onde eporque. Temrazão quando diz que a classe média não participa, não abre a porta desuacasa. Maséprecisoexplicar porque,se nãoperde a razão.Nãoparticipa por deformação cultural. Sempre foi a pagadora das contas sem ter consciência, nunca teve consciência de sua força e não teve e não tem lideranças que a organizeemobilize. Quantoa não abrir a porta à fiscalização, no graude insegurança pública, verdadeira paranóia emquese transformouavida nas cidades, quem tem coragemde abriraportase oscriminososnão têmrepressão nemmedida emsuaousadia? É tudo parte de um processo educativo que deveria começar pelaprópria classemedia, sempre digo isso.
Par tidos
Dizo leitorquea classemédia não assina ficha de filiação partidária. Ainda bem que não assina apenas, porqueaí seria manipulada maisainda.É
preciso assinareparticipar. Sem estar presente na militânciapartidáriaa classe média faz mera figuração. Não serve para nada de útil para a sociedade.Esse éum pontofundamental. A classe média vota. É a maioria do eleitorado. E não sabeescolher candidatos,representantes, porque desconhece, não tem a mínima educação política para entender, discernir, que pagará a conta lá na frente pelo voto inconsciente, meramente figurativo ou interesseiro.Essa temsido uma luta pessoal minha. Mostrar aos eleitores como funcionam as instituiçõese porque não podem se omitir de participardos partidospolíticos.É uma luta quase inglória.
Sem compromisso A classe média elege candidatos por indicação,por interesse de emprego, para mostrarprestígio, paraestarbem, mas raramenteporsaber que se trata de um candidato que vai atual e agir como ele, o eleitor,o faria.Diga-sea bemda verdade,aprópriaclasse média não produz muitos candidatos porque não participa dos partidosque osindicam.Vira um círculovicioso etorna os partidosgrupos deinteressee amizade. E a classe média deixa de carregar bandeiras. Inclusive, anacional,maisuma vez por deseducação,pordesconhecimento de como funciona o país que ela sustenta. Debate aberto Estimulo osleitores –penso que somos todos da classe média–a esquentaressedebate. Ao menos estamos de alguma maneira nos educandopara o assuntoe para melhor consciência de todos de que somos nós que pagamos a conta. Eles devem morrer de rir da gente. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
A CPIdo Banestadoestá virandomotivo dechacota. O relator, José Mentor (PT-SP), está sendo chamado de mentiroso. Mentor disseque a Comissão teriarecebido documentação comprovandoque oex-prefeito CelsoPitta fez um depósito bancário, nos EUA, de 110 mil dólares. Pitta sedefendeu garantindo quenunca teveconta bancária lá fora. Quemestámentindo?Mentor ou Pitta?Só existeumaforma deacabarcomadúvida:éo deputado mostrar a documentação que diz ter recebido do banco no exterior. Enquanto a prova não for exibida, Celso Pitta tem todoo direitodedizerque tudonãopassade umagrossa mentira do deputado do PT.
A mesma cena continua se repetindo em outro setor, envolvendooutroex-prefeito,Paulo Maluf,eumpromotor de Justiça, SílvioMarques. Também nesse caso,existe um mentiroso.
Opromotor insisteem afirmarqueMaluf temmilhões de dólares lá fora –100 milhões, ou 200 milhões, ou, ainda, 300 milhões.O ex-prefeito mandasua assessoriade imprensadesmentiro representantedoMinistérioPúblico. IgualaocasoPitta, só documentospodemresponder quem é o mentiroso.
SIGILO-1
O povoquersaber:os membros da CPIdoBanestado tem o direito de trancar no cofredocumentosque comprometem os 200, ou 300 brasileiros, queteriam remetido 55 bilhões de dólares, ilegalmente, parabancos,noexterior? Foirecorrendo ao sigilo da documentação que Mentor justificou sua recusa de mostrar, para a Imprensa, aprova docrime contra Celso Pitta.
SIGILO-2
O delegado José Castilho, daPolícia Federal, investigou os envolvidos no escândaloBanestado econcluiu que mais de 200 empresários e políticos brasileiros depositaram 55 bilhões de dólares no exterior. Simultaneamente, opromotor Luiz Franciscofala queosnomes dos envolvidos constam de uma relação entregue aos membros da CPI. Cadê a lista? Está no mesmo cofre?
NÃO DÁ LIGA
O comunista Roberto Freire não quer misturar seu partido,PPS,com oPP: o deputado repele a idéia de Lula levar o PP para o governo. Pergunta-se: o PP é diferente do PFL de ACM? O PP édiferentedoPTBde Roberto Jefferson? O PP é diferente do PT da Prefeitura de Santo André?
PASSADO FEIO
RobertoFreire seesquece que Luiz Carlos Prestes subiu no mesmo palanque para pedir votosparaGetúlio Vargas, mesmo depoisdo expresidente, ditador no período do Estado Novo, ter entregue à Gestapo sua mulher Olga Benário, enviada para a câmaradegás. AGestapo matou a mulher de Prestes com a cumplicidade de Vargas, mas Prestes não titubeou em servir o ex-presidente.
REPETECO
Ossocialistas do PSB vão repetir a fórmulade sucesso do PT: decidiramcriar núcleos debase em todoo País. A idéia é da ex-petista Luiza Erundina.
EM CAMPANHA
O senador Marcelo Crivela, PL, fazoqueogoverno não
fez: foi ao local e conseguiu libertar cerca de 1 mil brasileiros que estãopresos na fronteira do México com os EUA. Os brasileiros são acusados datentativa deentrarclandestinamente nos EUA. Os presos começam a voltar ao Brasilno dia28. Crivelaestá em campanha para aPrefeitura e governo, no Rio.
RESPOSTA
A Globo se prepara para detonar a campanha do bispo MarceloCrivela, daIgreja Universal doReino deDeus. Portanto,ligado àTVRecord,concorrente daGlobo. A Globo guardou o filme, para eventualuso futuro, em que pastores e bispos, como EdirMacedo, são flagrados com sacos cheios de dízimos recolhidos nas igrejas.
APOSTA
Será que aPolícia Federal vai fichar osecretário de Estado ColinPowell, dosEUA, quando o visitante desembarcar noBrasil, emfevereiro?
EXCESSO-1
Ao saber que alguém sugeriu o nome do vereador Salim Curiati para ser o seu vice, PauloSalim Malufcomentou: "É muito Salim numa só chapa".
EXCESSO-2
Apenas duas famíliasem São Pauloconseguiram eleger seis representantes para as casas legislativas: Os Tuma,que elegeramtrês,e os Tatto, outros três.
OUTRO VICE
RuiFalcão quese cuide: quemtambém trabalhapara ser ovice nachapa deMarta Suplicyé osecretáriodos Transportes, Jilmar Tatto.
PRISÕES
Tripulantesdeum avião americano, procedente de Miami, foram presos no aeroporto deCumbica, nãosó porque se negarama passar pelo processo de fichamento mas, sobretudo, porque o comandante fez um gesto obsceno paraos policiaisfederais. O governo brasileiro nãoquis transformaroepisódio num caso diplomático emandouSão Pauloresolver o problema.
Oministro-chefeda Casa Civil, José Dirceu, antecipou o encontro que teria hoje com as cúpulasdoPTBe do PP para tratar dereforma ministerial. Ficou acertado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não dará ministérioa nenhumdos dois partidos, pelo menos não antes de abril,quando deverá ocorrerumasegunda mexida no primeiro escalão federal. No início da tarde, mostrando tensão, Dirceu recebeu o presidentenacionaldo PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), e o líder na Câmara, José Múcio Monteiro (PE), com uma má notícia:"Gostaria muito de atender o PTB agora, mas nãotenhocondiçõesde fazê-lo, assim como o governo também não vai poder dar um ministério ao PP neste momento".
Mas PP confia – Mais tarde, porém, a conversa com o PP foi outra. "Nósnãodiscutimos nem nomes nem a pasta, mas saímos com a certeza de que estaremos na Esplanadados Ministérios", resumiu àporta do Palácio do Planalto o presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PE). Mas interlocutores doPlanaltogarantem que não será um ministério.No máximo, uma estatal.
SegundoCorrêa, oministro teriaaberto aconversareiterandoconvite paraque opartido participasse do governo. "Respondemos que gostaríamosque a participação fosse correspondente aonossota-
manho evalor",contou odeputado, lembrando que a bancada pepista reúne 51 deputados. "Somosmaiores queo PL e o PSB", emendou Corrêa. Dificuldades – Já com o PTB, queadotouestratégia opostae deixou oministro mais à vontade, em vez de pressioná-lo, o cenário descrito foi bem diferente. Segundo Jefferson, tanto Dirceu quanto o presidente do PT, José Genoino, disseramque nãopoderiam atender oPTBpor duas razões: dificuldades de mover companheiros do PT ea urgência de acomodar o PMDB. "O governo está com problemasparafazer umareforma ampla agora. Se nãopodem nos atender, não tem problema.Oque euqueromesmoé consolidar o partido. Para nós, basta que o governo continue indicando o PTB como o partido deseuapreço esua confiança", disse Jefferson. (AE)
A pauta de convocação extraordinária do Congresso Nacional já começa trancada na Câmarados Deputados, na próxima semana.A Medida Provisória 133/03, que trata do Programa Especialde Habitação Popular, passará a retardar a pauta já noprimeirodiade trabalho, caso haja deliberação em plenário.
Sódepoisdeapreciar essa medida osdeputados poderão votaros25 itens dapauta. A Constituição determina queem caso de convocação extraordinária – as MPs sejam incluídas automaticamente na pauta.
Oito – Nototal, faltamser votadas naCâmara vinte e quatro medidas provisórias já editadas pelo atual governo. Destas, oito passarãoa trancar a pauta da Câmara durante o períodode convocação. Tratam de temas relacionadosao Conselho Administrativo de Defesa Econômica(Cade),
certificados financeiros do Tesouro,planos debenefíciosda Previdência Social, Programa de Complementaçãoao Atendimento Educacional aos portadores de Deficiência, Fundo de Financiamento do Ensino Superior, Programa daFrota Pesqueira ecréditos doBanco Central. A ordem de votação poderá ser alterada deacordo com a decisão da Presidência e lideranças da Casa. Votadas – Desde o início desta legislatura, os deputados jávotaram 58 medidasprovisórias apresentadas pelo atual governo. Já tramitamna Casa diversas propostas para alterar omecanismo deediçãodas MPs. Parlamentares argumentam que elas nem sempre atendemà relevânciaeurgência exigidas pela Constituição para que possam ser editadas. AsMPssãovotadas inicialmente na Câmara dos Deputados esó depoisseguem parao plenário do Senado. (ABr)
ontem um dia agitado no Palácio do Planalto, mas sem muitas definições
O ministro daPrevidência Social, Ricardo Berzoini (PT), já foisondado,informalmente, sobre a possibilidade de assumirum superministériosocial.Opresidente LuizInácio Lula da Silva insisteem dar mais agilidade à área com a fusão, numa única pasta, dos ministériosda SegurançaAlimentare Combateà Fomee Assistência e Promoção Social.
O ministro daIntegração Nacional, Ciro Gomes, não quer
deixar a pasta. E aequipe econômica não quer fortalecer Ciro. Foi por isso queo presidentedesistiu de desmembraro Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O plano de Lula era que Ciro assumisse o Desenvolvimento eIndústria,deixando com Luiz Fernando Furlan apenas a fatia doComércio Exterior.A idéianão vingouporque aFazenda foi contra.(AE)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silvavai conhecer oque deveserseu próximoavião,o grande EMB-190, da Embraer, no dia 9 de fevereiro. O encontro será na sede da fábrica em São José dos Campos, onde Lula participarádacerimônia de "roll-out": a saída do hangar de montagem para apresentação pública, da primeira unidade de série do jato. O plano, ainda reservado, do Comando da Aeronáutica, é trocar os dois velhosBoeing737,os Sucatinhasda frotada Presidência – foram compra-
dos no governodo general Ernesto Geisel, e estão em operação faz30 anos– pordois novos EMB-190. Opreço estimadodomodeloé de US$ 30 milhões. "Na versão de 110 passageiros, o alcance do avião é de 4,5 mil quilômetros. No arranjo para 30 ou 40 lugares mais a área privativa, esse limite pode ser muito estendido, talvez permitindo decolar de Brasília para atingir, sem escalas, qualquer ponto do continente", explicou um dos oficiais envolvidosno planejamento. (AE)
Movimento pela isenção do IPTU, proposto pela Distrital Pinheiros da Associação Comercial de São Paulo, ganha força. Empresário da Rebouças mostra carnê de R$ 29 mil. Seu faturamento caiu 50%.
AJustiça deve definirainda nestasemana seembargaas obras da passagem de nível na avenidaRebouças eavenida Faria Lima (uma espécie de mini-túnel). A ação de embargo foi proposta pela Sociedade Amigos do Jardim Europa e Paulistano (Sojep). A juíza Helena IzumeTakeda, da7ª Vara da Fazenda Pública,atendendo a ação Sojep pediu manifestação do Ministério Público. O promotordo MeioAmbiente, GertaldoRangelentrega hoje suaanálise. Eleadiantou queé favorável ao embargo da obra. Essa poderá não ser a única ação contra a obra. Em reunião realizada na última terça-feira, na Distrital Pinheiros da AssociaçãoComercial deSãoPaulo, moradores e comerciantes entregaram uma relação de treze propostas para representantes do poder público (veja quadro abaixo ). Também ficoudecidido quenopróximo dia20eles voltarãoasereunir na sede da distrital para receber orientações jurídicas. Uma daspropostas,quesurgiu na reunião é demover uma ação (por lucros cessantes) contra a própria prefeita Marta Suplicy e não contra o município. Obra de21 meses - Na ação que já foi protocolada na Justi-
ça,a Sajepdefende oembargo da obra alegando que não existe nenhum relatório de impacto ambiental. Na reunião de terça-feira,Ricard Pereira,representante daEmpresaMunicipal de Urbanização que coordenada o projetodominitúnel, disse que a obra está prevista para demorar até "21 meses, podendo ter o prazo prorrogado".Segundo ele,esse éo prazo docontratocom aempreiteiraQueiroz Galvão. O secretário municipal do Abastecimento ede ProjetosEspeciais, Valdemir Garreta, garanteque aobravai estarpronta em 11meses. Pereiratambém afirmou, para espanto dos moradoresecomerciantes quea construção não tem relatório de impacto ambiental. Bairro degradado - "O que a Prefeitura está fazendo é um absurdo. Está degrandotoda uma região, sem levar em consideração os prejuízos que moradorese comerciantes vão ter", afirma o presidente da Sajep, Roberto Gaspariam. A subprefeita de Pinheiros, Bia Pardi, ouviu as reclamações de moradores e comerciantes e prometeudar umaresposta para as 13 propostas. Ontem, técnicosda Prefeituraestiveram na rua Sampaio Vidal (pa-
ra onde o trânsito da Rebouças foi desviado) paracomeçara fazer fotosdos imóveis. Essas fotos vão servir como laudos. Manifestação - O promotor GeraldoRangel, dapromotoriadoMeio AmbientedoMinistérioPúblico Estadual,dissequevai encaminharhoje, pessoalmente,sua manifestação sobre a ação da Sajep. "Minha posição é favorável ao embargo das obras. Estou levando emconta queestá sendoapreciada na Justiça uma outra ação, que se refere ao corredor de ônibus na avenida Rebouças. Enquanto não for julgado o mérito dessa ação, acredito quenãodeveríamoster essa obra, que faz parte do complexo viário do corrredor", disse. Pelo pedido da Sajep, além do embargo,a Prefeituratambém deverá acabar com os desvios de trânsito,criticadopor moradores e comerciantes. Nova reunião- Além da reunião dodia20,paraorientações jurídicas, será realizado outroencontrocoma Prefeitura, no dia 28,para quando a subprefeita de Pinheiros, Bia Pardi,prometeu darrespostas para as reivindicações dos moradorese comerciantes.A principaldelas éa reduçãodo IPTU.Oscomerciantes estimam prejuízos de 50% na vendas desde o início da obra.
"É umabsurdo o quea Prefeitura está fazendo. Aqui está, pago mais de R$29 mil de IPTU eomeufaturamentonos últimos15 diascaiu em mais de 50%." O desabafo é de Marcelo Wollf, dono da Leimar Musical, estabelecimentoprejudicado pela interdição de trechos das avenidas Rebouças e Eusébio Matoso . Marcelo Wollf éum dos articuladores do movimento dos comerciantes e moradores da região, que exigem a isenção ou, em último caso, abatimento do IPTU. Na reunião que teve com BiaPardi, subprefeita de Pinheiros, quarta-feiraà noite, Marcelo recebeu uma informação da EmpresaMunicipalde Urbanizaçãodeque oprazoparaa conclusãodas obrasé de 21 meses enão 11 meses comoestá sendoanunciado pela Prefeitura.
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"Eu vio contratoque aPrefeiturafez coma empreiteira queestáconstruindo otúnel. O prazo de entrega é de 21 mesese nãode11 meses",disse Marcelo."Além dos mais, o projetoque a Prefeituratem sobre otúnel nãoé definitivo. Está tudo na base do vai da valsa.A Prefeituracomeçouas obras,masnão sabecomovai terminá-las", dizMarcelo, com o carnê do IPTU na mão. Namesma calçadadaavenida Rebouças em que fica seu estabelecimento – cheia de tapumes– estáa SofáCenter. Arevolta lá não é menor. Faturamento zero – "Aqui, a queda no faturamento foi de 100%.Anossa lojafoia mais prejudicada pela interdição. Não entra mais nenhum cliente eé impossívela chegadade caminhões com mercadorias. Ealémdisso, temosdepagar
Fabricação Própria
Trecho interditado da avenida Rebouças, com parte de seu asfalto já retirado por funcionários da Prefeitura de São Paulo. Na foto abaixo, interdição da avenida Cidade Jardim, junto à avenida Faria Lima, para construção de novo túnel.
taxadelixo deR$200,00.Como pagarlixo se asujeira está vindode forapara dentropor causa das obras?", questiona a gerente administrativa Madalena Figueiros. O IPTU da Sofá Center é de R$10 mil, mesmo valordeseualuguel. Preocupado com a situação, José Paulo Ustódio,dono dafábrica de sofás, que fica em Farroupilhas (RS),veio paraSão Paulo."Fizemos uminvestimento deR$ 600 mil para fazer esta loja funcionar. Agoraque iríamoscomeçar ater oretorno aPrefeitura comete este absurdo. Não houve planejamento. Uma obradessasnão podeserfeita de uma hora para outra", reclama Ustódio.
Os efeitos da queda de movimento começam a ser sentidos pelosfuncionários da Sofá Center. Doisjá foramdemitidos."Sem movimentonãotemos faturamento. A solução é a redução de pessoal. Queremos isençãodo IPTU",prega Madalena.
O empresário Marcelo Wollf, dono da Leimar Musical, um dos estabelecimentos prejudicados pelas obras: IPTU de R$ 29 mil e faturamento reduzido à metade.
Cândido Malta suspeita de superfaturamento
O ex-secretário municipal de Planejamento e professor de urbanismo da USP, Cândido Malta, suspeita que a obra da passagem de nível da avenida Rebouças com a avenida Faria Lima possa estar com o preço superfaturado. Segundo ele, que é morador da região afetada pela obra e integrante da Sociedade Amigos dos Jardins Europa e Paulistano, o custo é superior a obra semelhante: a passagem Tom Jobim, no cruzamento das avenidas Tiradentes e Senador Queiros. A Prefeitura estima que vai gastar inicialmente R$ 66 milhões na passagem de nível (espécie de minitúnel) da Rebouças com a Faria Lima.
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Embora pague um IPTU (R$ 1mil) bem menordo que os seus vizinhos –seuimóvel é bem menor – Bruno Luposeli, gerenteda revendedorade motocicletasYamaha, também quer a isenção do imposto predial."Vamos nestalutaaté onde der", afirma.
Antes da interdição, a revendedoravendia50 motospor mês, numa média de 13 por semana. Depois do dia 4, quando começou o bloqueio, apenas duas motos foram vendidas. "PagoR$ 1mildeIPTU eR$9 mil de aluguel, fora as despesas com o pessoal. Há condições de sobrevivência?",questiona o gerente.
A irônia, segundo Candido Malta, é que o custo da obra de Maluf, sempre foi questionada por petistas, que afirmavam no passado que todas as obras viárias do ex-prefeito eram superfaturadas. A passagem Tom Jobim, que tem mais de 600 metros de extensão e três faixas em cada uma de suas pistas, foi inaugurada em 1996. Seu custo na época era de R$ 16 milhões. Pelo raciocínio de Malta, se for levado em consideração que o valor do dólar era igual ao do real no período da construção, ela teria custado US$ 16 milhões. Em valores de hoje, ela custaria R$ 48 milhões. Se as medidas são praticamente a mesmas e o método construtivo também, resta saber onde vai ser aplicada a diferença de R$ 18 milhões. Cândido Malta pretende pedir que o Ministério Público, os vereadores e o Tribunal de Contas acompanhem os gastos da obra no Serviço de Execução Orçamentário (SEO). (FL)
O Museu Brasileiro da Citricultura é uma organização não-governamental e aguarda incentivos da Lei Rouanet. Local deve atrair turistas e pesquisadores.
A cidadede Araraquara,no interior paulista, será sede do Museu Brasileiro da Citricultura (CitruScientia), popularmente designado "Museuda Laranja". Com previsão de início dasobras para omês de março, o museu oferecerá ao público todos os instrumentos necessários à pesquisa, estudos e outras atividades que visam o desenvolvimento sustentado do setor e do País. Já oficialmente criado como Organização Não-Governamental, o projeto está passando por aprovação no Ministério da Cultura, com o objetivo de receber os benefícios da lei de incentivo à cultura, conhecida como a "Lei Roaunet".
Escolha fácil -A laranja,especialidade adotada pelo CitruScientia,não foiumaescolha ocasional. O Brasilé o maior produtor mundial da fruta. Ela representaum setor de pontada agroindústrianacional, além deatuar com a melhortecnologiae logística
detransporte existenteemtodo o mundo. De acordo com dados da Secretaria do Comércio Exterior, as exportações de suco concentrado de laranja da safra 2002/2003, períodoque abrange os meses de julho de 2002 a junho de 2003, foram de aproximadamente 1,77 milhãode tonelada.Asexportaçõesde laranja"in natura"foram de mais de 3,40 milhões de caixas com 40,8 quilos cada. Lucro para a cidade - O museu, quandopronto, deverá gerar receitasà cidadee àregião,além de atrair turistas e criar empregos diretose indiretos. Segundo o diretor executivo do Instituto Uniemp, Cesar Ciacco, a cidade escolhidaparaasede domuseuéestratégica."Araraquara tem umaeconomia forte,estáem uma região rica na citricultura, além delocalizar-se nocentro do Estado", diz. Sendo umainiciativa daAssociação Brasileirados Expor-
tadoresde Cítricos (Abecitrus), e do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), está sendo viabilizada pormeio da parceria com o Instituto Uniemp- FórumPermanente das Relações Universidade Empresa. Os recursos serão obtidos junto aos empresários do setorcitrícola, incorporando todos os integrantes da cadeia produtiva.
O CitruScientia já elegeu um conselho, formado por empresários e pesquisadores do setor, para darandamento às ações que fazem parte do projeto. O presidente da organizaçãoé AdemervalGarcia,que preside a Abecitrus e o Fundecitrus e o vice-presidente é Dimas Ferreira, gerente geralda FMC Food Tech.
A diretoria conta com o trabalho do gerente-administrativo do Fundecitrus, Antonio AugustoDias, edodiretorda Esalq- Escola Superior de Agronomia "Luísde Queiroz" - José Roberto Postali Parra.
A crise da Parmalat mostrou aosetor deleite anecessidade de ser menos vulnerável aos grandesconglomerados ede fortalecer osetor cooperativo, avaliou ontemo presidenteda Comissãode PecuáriadeLeite daConfederação daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA),RodrigoAlvim. Uma saída para reduzir a fragilidade dosegmentoé apostaremalternativas como a formação de joint venturesentre asempresas do setor, analisou o dirigente, após reunião com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, as cooperativas de leite deveminvestir emaliançasestratégicas. Ele afirmou que fusões e incorporações poderiam ser conseqüênciasdesse movimentoinicial. Asituação fi-
nanceira das cooperativas é melhor, em termosgerais, que adeempresas privadas, disse Freitas. Mesmo assim, elas precisam de mudanças. Recursos - Os produtores de leite discutiram também a necessidade de recursos para a comercialização. O setor havia pedidoR$500 milhõespara atender às necessidades de todo o ano. O diretor do Departamento Econômicoda ConfederaçãoBrasileiradas Cooperativasde Laticínios,VicenteNogueira, quetambém participoudo encontro,ressaltou que a maior necessidade de recursos ocorre em janeiro e fevereiro, pois há um excedente estimado em 1,2 bilhão de litrosqueo mercado não tem como absorver rapidamente. A demanda de recursos seria de R$ 300 milhões somente em janeiro efevereiro,recursos que serviriam paraa estoca-
gem do produto. Segundo Nogueira,o ministrofezcontato com o Banco do Brasil durante a reunião,pedindo umaposição sobre adisponibilidade de novos recursos. Importação - Os produtores reforçaram também a Rodrigues a reivindicação do setor para que oacordo de compromissodepreços paraaimportação de leite da Argentina e Uruguaiseja prorrogado.Em fevereiro de 2001, o Brasil adotou medidas antidumping contra alguns países, incluindo os dois parceiros do Mercosul. O acordo vence em fevereiro, conforme Alvim. Aintençãodosetor éprorrogá-lopor três anos."O ministrovai nos apoiar politicamente no processo, queé técnico eestá sendo analisado pelo Decom (Departamento de Defesa Comercial) ", disse. (AE) Leia mais sobre a Parmalat na página 9.
CHEQUESS/FUNDOS,SUSTADOS,NEGATIVADOS,BLOQUEADOS, ROUBADOS,CONTASENCERRADAS,SUSTADORESCONTUMAZeN.º DECONSULTASDODIAconsultandoasmelhoresBasesdeDadosdo paísatravésdoCPFouCNPJ.
NOMEdoemitentedocheque,ENDEREÇOdotelefonefornecido,DATA DENASCIMENTO,NOMEDAMÃE,N.ºTÍTULOdeeleitorpara verificaçãodedadoseevitarorecebimentodechequesfraudadose clonados,proporcionandoaindamaissegurançanorecebimentode cheques. Aceitamosseuequipamentousadocomopartedepagamento. NacompradoequipamentoGANHEaconsultaviaINTERNET. Solicitedemonstraçãosemcompromisso.
Sede provisória - O museu terásuasede provisória nas instalações doFundecitrus. Posteriormente, quando concluído, se localizará ao lado do pavilhão da Feira Agro Comercial eIndustrial daRegião de Araraquara(Facira), emum terreno de 14mil metros quadrados doado pela prefeitura da cidade. Ainda não há previsão para o término das obras. A Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos representa o setor produtor e exportador desuco concentrado de laranjadoBrasil. Somente no Estadode São Paulo,responsável por 98% daprodução nacionalde suco,a Abecitrus congrega 10 indústrias e 29 mil propriedades rurais.
Marketing é saída para exportar mais carne do Brasil
A Associação Brasileira das IndústriasExportadoras de Carne (Abiec)pretende investirpesadoemmarketing para ganhar terrenonasexportações."Vamosampliar nossas ações de marketing, tanto para novosmercadosquanto para mercados tradicionais", disse ontem o presidente da associaçãoe ex-ministro daAgricultura, Marcus Vinicius Pratini deMoraes, aodeixar oMinistério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, onde se reuniu com o ministro LuizFernandoFurlan ecomo secretário-executivo da CâmaradeComércio Exterior (Camex), Mario Mugnaini Jr. Segundo Pratini deMoraes, os investimentosem marketing terão oapoio do ministério, por meio da Agênciade PromoçãodeExportações (Apex), que deverá ajudar na prospecçãoe definição de mercados. (AE)
Trabalho infantil - AAssociação vem apoiandoa erradicação dotrabalhoinfantilno setor cítrico etem promovido junto com suas empresas associadas uma série deaçõessociais que visam, principalmente, melhorar a qualidade de vida das crianças que estão em idade escolar.
André Alves
Lavoura
soja
A Secretaria da Agricultura e doAbastecimento do Paraná (Seab)interditouem Pato Branco três hectares de uma lavouradesoja, porserdeorganismo geneticamentemodificado. OagrônomoAdriano Riesemberg, da regional de PatoBranco, disse quea atitude teve comobase alei federalde agrotóxicos, de 1989, e a lei estadual de defesa sanitária vegetal, de 1995. É aprimeiralavouraa serinterditada noEstado na atual safra. As coletas das folhas foram feitas na semana passada. Os testes que apresentaram positividade para transgenia foram realizadosnos laboratóriosda Universidade Federal do Paraná(UFPR). Oproprietárioda lavoura, Dorvalino Bonetti, não foi encontrado pela reportagem.Ele deveráapresentara defesa no processo administrativo instaurado na Seab, que teminformação extra-oficial
dequeo agricultornão fez o Termo de Compromissoe Ajustamento deConduta, necessário para o plantio e cultivo de transgênicos. Segundo Riesemberg, desde o início da safra, fiscais têm visitado de forma aleatória as lavourasda região,que tem214 mil hectares plantados, tendo sido realizadas 160 análises, todas negativas. O caso identificado como positivo chegou aoconhecimentodaSeab por meiode uma denúncia anônima. Somente depoisdo encerramento do processo administrativo será decidido odestino dalavoura. "Se o processo não tiver término até acolheita, ela será feita de formaassistida", disse. Na safra passada, apenas sete propriedades noEstadoapresentaramresultado positivoa partir de 385 amostras de grãos. ( AE ) Leia maissobre transgênicos na página 10.
Profrutra receberá aporte de R$ 40 mi em linhas de crédito
O ProgramaEstadual de Fruticultura (Profruta/RS) já está mostrando bons resultados nas regiões carentes do Rio GrandedoSul. Para2004,está previstoo aportedeR$ 30milhões aR$40 milhõesemlinhas de crédito para este projeto paraincentivaro cultivo de frutas. O município beneficiado é Arroio dos Ratos. A safra de melancia, colhida no verão,deve serde20 miltoneladas segundo dados do governo doEstado.Em ArroiodosRatos, aexpectativa éobter uma produtividade média de 25 toneladas/ hectare. (Ag. Sebrae)
Redução no número de vagas na indústria paulista foi pequena, 0,08%, mas teve como base um ano muito ruim. Em 2002, emprego já havia caído 4,43%.
Pelo terceiroano consecutivo a indústria paulista registrou queda no nível de emprego e fecha 2003 com menos 1.351 postos de trabalho, o que representa diminuição de 0,08% emrelaçãoao ano de 2002.A quedafoi puxadapelo mês dedezembro,o pior dos últimos quatroanos, queteve 11.307demissões, ouseja,um índicede menos0,74% emrelação a novembro. Apesar disso, para ClaudioVaz,diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federaçãoda IndústriadoEstadodeSão Paulo (Fiesp), 2003 não pode ser considerado um anodos mais críticos, poiso númerode vagas manteve-sepraticamente estável em relaçãoa 2002. Naquele ano, onível de emprego caiu 4,43%, e em 2001, 2,02%. Entre os setores que mais demitiram no último mês do ano estão os de congelados e supercongelados, com diminuição de 6,74%;derelojoaria,com redução de 5,73% e de veículos (3,59% menos vagas). De acordo comVaz,apesar da queda donível de emprego ter sido um pouco acima do esperado, a entidade não acreditaqueisso sinalizeumciclode problemaspara aindústria. Afinal, dezembro é um mês tipicamente ruim, em decorrên-
Cresce venda de carro usado, mas 2003 ficou no negativo
Seguindoa tendênciado mercado deveículos novos,as vendas de carros usados em São Paulo aumentaram 9,44% em dezembro,em relaçãoa novembro. Segundo pesquisa mensal da Assovesp/Sindiauto,entidades querepresentam as revendas independentes, o número refletea entradado 13º salárioe uma melhorana confiança do consumidorna economia.Emrelação adezembro de 2002, houve estabilidade (alta de apenas 0,58%). Os dois últimos meses do ano foram osúnicos positivos do setor, que fechou o ano passado em forte baixa. As vendas de usados recuaram 12,34% na comparação com o total vendido em2002, para 467.347 unidades. Osjurosaltosque dificultaram o crédito e odesemprego são os principais fatores para a queda. Segundo a pesquisa,as vendas de veículos populares usados melhoraram em dezembro,mastiveramforte queda noano. Foramvendidos 40.428 veículos no mês, ante 36.941em novembro. Desse total, 25.874 unidades eram populares, 1,51% a mais do queasde novembro.Nacomparação comdezembrode 2002, as vendas de veículos mais baratos subiram 2,18%. No acumulado do ano, entretanto, asvendas depopulares recuaram 19,92%, de acordo com a pesquisa. (AE)
cia especialmente das dispensas de temporários,que somaramcercade 8mildemissões. As cerca de 3 mil dispensas restantes referem-se às demissões incentivadas, ou seja, negociadas pelos sindicatos. Otimismo para 2004 – De acordo com a análise da Fiesp, apesar da queda de 0,08% no acumuladodoano de2003,o período terminousinalizando umaretomada da atividade econômica para 2004, pois os indicadores econômicos do final deano estavam melhores que os do início de 2003.
O coordenador do Departamentode PesquisaseEstudos Econômicosda Fiesp estima umcrescimentoentre1,5% e 3% neste ano. Para Vaz, se a recuperação econômica ocorrer devido auma melhoradademanda interna, o emprego pode alcançar crescimento de 3%. Já se a retomada for impulsionada pelasexportações,a alta de emprego devesermenor, de cerca de 1,5%. Ele salienta, entretanto, que as contratações só devem ser percebidas a partir de abril, pois, historicamente, o pri-
À procura de uma colocação: desempregados formam filas enormes nas portas das agências de emprego no centro da cidade de São Paulo. Vagas difíceis de se encontrar nas indústrias paulistas.
meiro trimestre do anoé um período de fraca atividade econômica. Apenas no mês de março, apóso carnaval, aindústriadeve aumentar aprodução e gerar novos vagas.
R et ro sp ec ti va – Se confirmada a previsão da Fiesp, o ano de 2004 apresentará a primeira alta no nível de emprego desde 2000, quando houveuma expansãode 1,71%,com agera-
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA), índiceoficial doPaís, fechou2003 com umaaltade 9,3%. Uma elevação que foi puxada, principalmente,pelospreços administrados ou monitorados pelogoverno. A taxa,no entanto, ficou inferiorà registradaem2002 (12,53%)ecarregou ainda os efeitos do choque cambialqueelevaramos preços nofinaldo governo anterioreprosseguiramno início do governo Lula. "Odólar aindafoi determinanteparaa inflaçãoem2003, mesmo com orecuonacotação damoeda", dissea gerente doSistemade ÍndicesdePreçosdo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos. O IPCA, referência paraas metas de inflação traçadas pelo
Banco Central, ficou acima da meta estipulada de 8,5% para o ano passado,como já era esperado pelo mercado financeiro epelo próprio governo. A expectativa dos economistas édeque, em2004, ameta definida (IPCA de5,5%) sejacumprida sem maiores dificuldades. Preços administrados – Em 2003, mais de um terço da inflaçãoacumulada, ou3,7ponto percentualda taxade 9,3%, foi resultado daalta de preços administrados. Eulina observouqueos trêsprincipaisimpactosindividuais sobreaalta da inflação noano, responsáveis sozinhos por um quarto da
inflação total, foram justamentede administrados. São eles, nessa ordem, ônibusurbanos (20,9% de aumento); energia elétrica (21,3%) e telefone fixo (19,1%). Entreos grupos pesquisados, amaior alta ficou com Comunicação (18,69%), impulsionado pelo telefone fixo. Mas a maior contribuição (que depende do peso do grupo no cálculo final da taxa) para aelevação do IPCA no anofoi dadapelo grupode Habitação, com variação de 12,32% e impacto de 1,99 ponto percentual no índice geral. A taxa, nesse caso, foi influenciada pela energia elétrica.
O grupo dos Alimentos, que temfortepeso noIPCA,contribuiu com 1,78 ponto percentual dataxa, maso aumentoesteve praticamente concentrado no primeiro semestre (6,48%) do ano,"refletindo aindaochoque cambial de 2002", segundoEulina. Nosegundosemestre, houvevariação acumulada bem menor, de 0,94%, beneficiada pelo fim do impacto do dólar e a safra recorde. No ano, os alimentos acumularam alta de 7,48%. Dezembro – O IBGEdivulgoutambém ainflação dedezembro (0,52%), que ficou dentro doesperado pelomercado(0,40% a0,59%)e um pouco acima dataxa de novembro (0,34%).Oaumento foiinfluenciado por"reajustes pontuais" nos cigarros, ônibus urbanos eemprodutosalimentícios. (AE)
O número de consumidores que está pagandosuas prestações emdia aumentouem dezembrode2003 emrelaçãoao mês anterior, novembro. Segundoa pesquisa"PerfilEconômico do Consumidor", coordenada peloInstituto Fecomércio-RJ, da Federação do Comércio doRio deJaneiro, e divulgada ontem,15,91% dos 3.146 entrevistadosresponderam que estavam com alguma
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prestação de financiamento em atraso no mês passado, ante 21,6% em novembro.
As famílias que ganham até dois salários mínimos por mês sãoas quemaisestão comdívidasem atraso(32,62%),depois daquelas que recebem na faixa entre dois e três salários (27,50%).No grupodasfamília com rendimento mensal de até oito salários, esse percentual caiu de38,25% para
37,12%.Nas famíliasquetêm rendimento acima de oito salários mínimos ele passou de 41,88% para 38,90%. Dentre as contas atrasadas dos consumidoresde todasas faixas de rendimentos, asque maisdeixamdeser pagasem dia são as de telefone fixo, luz e água. A exceção fica por conta de pessoas acima de 20 anos que preferematrasardívidas escolares em vez das de água.
De acordo com a Fecomércio-RJ, osdados indicamuma perspectivapositiva, pois ocorreu umacombinaçãode melhoria das condições conjunturaisda economiacom padrõessazonais de comportamento do consumidor. Os técnicosda entidadedestacam ainda a influência no resultado da pesquisado reajustedas tarifas de energia, feito pela Light em novembro. (AE)
ção de 27 mil novas vagas. Do início do Plano Real até o final de 1999 foram fechados mais de600 milpostos detrabalho na indústria.
Patrícia Büll/Agências
Turistas argentinos voltam a invadir as cidades brasileiras
Em dezembro, 31,5mil turistas argentinos cruzaram a ponte internacional e entraramnoBrasil pelaestrada, 151,2% a maisem relaçãoao mesmo mês de 2002. O númeroé daGendarmeríaNacional daArgentina, órgãoresponsável pelocontrole daimigração aduaneiraem Paso de losLibres,que faz fronteira com Uruguaiana (RS). Na temporada, mais de 2,5 mil veículos e 337 ônibus turísticos entraram pela cidade, consideradaa principal rotaterrestre de argentinos no sul do Brasil. Por via aérea, esse fluxo também se destaca: dos 42 novos vôos charters vindos de 14 países para o Nordeste no verão 2003/04, oscom procedência daArgentina estãoemmaior número em relação aos outros. São10novos vôos,quandono ano passado foram somente dois. Esse aumento é resultado daconsolidação dodestino Nordeste e daparceria entre a Embratur,Infraeroe CTI-NE (Comissão de Turismo IntegradadoNordeste)pela promoção do Brasil no exterior. A retomada das viagens dos turistas argentinos, historicamenteos que maisvisitam o Brasil,é reflexodo períodode pós-crise no país, com a economia praticamente restabelecida. AEmbratur estimaum aumento de 25% na entrada total de argentinosno Brasilno ano de 2003. (AE)
Empresas apostam no encanto e glamour das fragrâncias de grife e utilizam essências dos importados. Preços dos frascos são 70% mais baixos. O glamour degrandes marcas de perfume sempre atiçou a imaginaçãofeminina emasculina. Sensibilizar oolfato é um artifício imbatível de sedução, ao qualmulheres detodas asépocas souberamrecorrer.Cleópatra, porexemplo, diz a história, costumava usar uma fragrância para cada dia, cada hora e cada parte do corpo - e assim conquistou os heróis Marco Antonio e Julio César. Marilyn Monroe chegoua declararque, paradormir, utilizava apenas algumasgotinhas deChannel Nº5, ogrande clássico da perfumaria.
Todo esteencanto, apesarde muito caro, não deixa de atrair aqueles quenãopodem pagar por ele. E quando éeste ocaso, a alternativaé recorrer aos chamados perfumes contratipos ou genéricos.
Oscontratipos sãoperfumes que têm como base um original importado, comaromaque procura chegar o mais próximo possível do importado.É um perfumede "inspiraçãoolfativa", dizem os fabricantes. Para produziruma nova essência, os criadoresmisturam várias substâncias aromáticas, entre as cerca de 7 mil existentes. Os fabricantes de contratipos partem do processo inverso: a partir dooriginaltentam criar algo omais próximo possível. Inspirado - Aí ésó pegar aquele novo perfume, dar-lheumnúmero, umaembalagemsimples ebaratae associá-lo ao importado no qual foi "inspirado". No Brasil, empre-
A Contém 1g utiliza numerações no lugar do nome da grife importada
Fragrância inspirada no perfume de Thierry Mugler custa R$ 38
sas como Contém 1g e Essenza Realese especializaramneste negócio. Mas osperfumes genéricos não são uma exclusividade brasileira, são produzidos em todo mundo, inclusive nos países de tradição de perfumariacomo França eEstados Unidos. Entre o céu e o inferno - Para o perfumistaJean Luc Morineau-quejá trabalhouem grandes multinacionais do ramo de essências, como a Firmenich,e hojeestá à frenteda
A Contém 1gé a maior e mais antigaempresa brasileira neste ramo no Brasil, apesar de não aceitar o rótulo de fabricante de contratipos. "Não damos focoà contratipagem. O óleode essênciaé livre,o que fazemosénos apoiarmosem inspirações, em sinalizadores de venda. Se o mercado está consumindo o perfume Angel, buscamos criar um perfume da mesma família olfativa. Mas temos fórmulas próprias", afirma EvandroMadeira,gerente de comunicação da Con-
tém 1g. Entretanto,a Contém 1g nãodeixadedemonstrar aosclientes aassociaçãoentre seusperfumes numeradoseas marcas importadas. A empresa começou em 1984vendendo roupas eem 1993 deslocou suas atividades para osetordecosméticos. "Iniciamoscom avendaporta aportadedeocolôniase em 1999ampliamos nossomixde produtos para maquiagem", diz Evandro Madeira, gerente de comunicação da empresa. Atualmente,a Contém1g
temcercade 600itensemseu catálogo, entre perfumes, maquiagem e produtos para cabelo. Otamanho damarca pode ser mensurado pela cifra de 1 milhão e 700 mil frascos de colônia vendidos no ano passado. São ainda 500 mil revendedoras cadastradas."Na ativa temos entre50 e 60mil revendedoras. A vendadireta ainda tem um peso forte para a nossa empresa.Hoje, 50%dasvendassão feitas por franquias e 50% por cento por venda direta", explica Madeira. (GM)
L'Atelier de Parfums -, uma das principais diferençasentre um genéricoe umimportadoestá na concentração daessência, a alma do perfume.Os contratipos têmentre 5% e7%deessência, enquanto que os originais têm entre 15% e 20% de essência em sua composição. "Entretanto, no Brasil, mesmo as indústrias de perfume que não fazem contratipos utilizam umaporcentagem menor de essência. A justificativa dada é o clima tropical. Osperfumesfabricados na Europa e nos Estados Unidos seriammuito concentradosparao calorbrasileiro", conta Morineau.
Segundo o perfumista, o mercado de contratipos, como qualquer outro, tem o seu céu e oseu inferno. "Existem contratipos de boa qualidade, com semelhança com original de até 90%. Outros são apenas uma vaga lembrançadocheiro do original. Hoje, a tecnologia permite detectar até95% dos constituintes deum perfume,o importante para semanter aética é não copiar marcas e embalagens", afirma Morineau.
As questões éticas são talvez o maior incômo-
do paraesta indústria.O presidente da Associação Brasileirada Indústriade HigienePessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIPHEC),João CarlosBasílio, dizquenãohánenhum impedimentolegal para aproduçãodecontratipos,mas, nasuaopinião,nãoé umprocesso ético."Entendoque seja uma cópia, se é inspiração olfativa,não temfazerrelação com uma marca famosa. Aassociaçãocapitalizaa imagemdeoutro. Nãosou contra, só acho quenãoé positivo,omelhor é ter identidade própria", diz. "Assim como ocorre com roupas e acessórios, os perfumes tambémseguem tendências internacionais demoda.Se umperfumeé lançado e conquista o consumidor,atendência équeele inspire a criação de outros produtos na mesmalinha olfativa", defende-se Mônica Lacerda, da Esssenza Reale, uma nova fábrica no ramo. Referência -Os contratipos são normalmente apresentados por números e não por nomes. Assim, para cada número de colônia de uma empresa es-
tá associadoum importadode renome.E"pagar porumnúmero" pode custar até 70% mais barato que "pagar por uma grife". Enquanto perfumes da moda como o Angel, do fabricanteThierry Mugler, chegam a custar entre R$ 190 e R$ 220, um correspondente naEssenza Reale,por exemplo, custa emtorno de R$ 38 para o frasco de 50ml. Pelomesmo preçosecompra umgenéricodo Channel Nº 5, cujo original atingeacifrade R$300nocomércio.Osperfumes da Contém 1g saem em média por R$ 25 o frasco nas lojas da marca. Gabriela Mendonça
Lambrusco Dell’Emilia Amabile
Prosecco Di Valdobbiadene
Frascati Doc Superiore
R$11,50
R$25,50
R$15,50
Valpolicella Clássico Doc R$19,90
Chileno Caballo De OroValle Del Maipo
Cabernet Sauvignon
Português Arcos do Rei
Argentino Borgoña
R$12,50
R$12,50
R$9,90
Francês Bordeaux Appelation Controlée R$19,90
PEQUENO E PODEROSO A Sony Corp lançou, ontem, o novo rádio digital portátil, da marca Aiwa, com capacidade de reproduzir áudio em MP3. No próximo mês, a Aiwa deve colocar no mercado mais sete equipamentos de MP3, quando a empresa enfim começará a ter os primeiros lucros depois da fusão com a Sony e de ter passado quatro anos no vermelho. (Reuters)
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LARGA CRESCE 60%
O número de assinantes do serviço de banda larga subiucerca de 60%entre 2002 e 2003. De acordo com a empresa de pesquisa IDC Brasil,o totalde usuáriosde serviços de acesso rápido à alcançou 1,1milhão noano passado. ATelefônica,que opera só em São Paulo, lidera o segmento.A empresa fechou o ano passado com 500 milclientesdo Speedy, um aumento de 51% em relação ao ano anterior. (AE)
Afirmação foi feita com base na declaração diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional sobre mudanças no cálculo do superávit primário, ontem. secretário,vaiassegurar um quadro bastante positivo para a decisão de novos investimentos essenciaisao crescimento da economia brasileira.
O secretário do Tesouro Nacional,Joaquim Levy, deu a entender quenadamudano acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI)diante doanúnciode ontem feito pelo diretor-gerente do Fundo, Horst Köhler. Köhler declarou que o FMI estariadispostoaexcluir os investimentos de empresas estatais em obras de infra-estruturado cálculodasmetas desuperávit primário.
Segundo Levy, o governo fez sua escolha ao decidir priorizar os investimentos em saneamento no novo acordo. "O anúncio foi i mp or ta nt e, pois refletea exp eriên cia positiva como Brasil. Em termos de programa, a escolha foi o saneamento", disse Levy. Além programa– No programacomo FMI,o Brasil abriu espaço de R$ 2,9 bilhões para investimentos em obras de saneamento, porque atende principalmente àsnecessidades da população de baixa renda. "Incorporamos o que achamos importante no acordo", continuou Levy. Osinvestimentos da Petrobras já eram tratados de forma diferenciada nocálculo dosuperávit.Levy ressaltou que a declaração do dirigente do Fudo vai "muito além" do progra-
ma brasileiro. "Não somososúnicosparceiros do Fundo. Nosso acordo vai acabar. OFundofaz acordoscom outrospaíses", ponderou ele. O acordo brasileiro vence no final deste ano. Ao ser questionado se o elepoderia ser alterado, o secretário do Tesouro, que éoprincipalnegociador da equipe econômica com o FMI, destacou que épreciso colocar em perspectiva a declaraçãodeKöhler. "Seriaum pouco de especulação em cima de uma mera declaração".
"Não somos os únicos parceiros do Fundo. Nosso acordo vai acabar. O Fundo faz acordos com outros países", ponderou Levy.
Incomum – Joaquim Levy fez questão de ressaltar que a discussão de mudança no cálculo do superávit primário não é trivial e que é preciso levar em consideração o retorno do investimento."A exclusão de investimentostem que ser feitade maneiramuito criteriosa", avaliou. Segundo ele, o Tesouro tem uma equipe de profissionais que está"mergulhada" nadiscussão com o FMI sobre qual a melhor forma de contabilização das contas públicas. Boas notícias – Levy avaliou ontem que o Brasil vem colhendo uma série de boas notícias na área da dívida pública e das taxas de juros. A continuação dessa tendência, afirmou o
"Láfora,emitimos a8,75% um titulo de 30 anos, com forte demanda. No front interno, as LTN de2005 saíramabaixo de 15%aoano. Issosóépossível quandoo níveldecredibilidadedogoverno comrespeitoàs perspectivasdeinflaçãoe solvência fiscal é significativamente alto", disse. Levy destacou queo último leilão de NTN-B(títulos atrelados à variaçãodo IPCA) indicoujurosreais de 8,14% e 8,35% (prêmio acima da inflação)nos papéis comvencimentoem 2006e2009. "Esseé o horizonte da maior parte dos investimentos", aposta. (AE)
Ed Ferreira/AE
Ospreços dosbônusdos mercados emergentes tiveram forte queda ontem por uma realizaçãodelucros,após um surpreendente rali nos primeiros dias de 2004. Os preços subiram com um forte apetite dosinvestidorespor papéis dospaísesemergentes, apesar dos quase US$ 7 bilhões em novos papéis nos últimos sete dias úteis deste mês.
Na segunda-feira, o Brasil emitiu US$ 1,5 bilhão em bô-
nus de 30 anos. Um dia depois, a Colômbiavendeu US$ 500 milhões em títulos de 20 anos. "Se eu tivesse de destacar um únicoevento, eu diria que a emissão da Colômbia foi a gota d'água", afirmou Siobhan Manning,estrategista dedívida da América Latina da Caboto em Nova York. "Eu acho queaprimeira grande ondade emissões acabou e daqui emdiante será mais oportuno trabalhar o
Em menos de15dias de 2004,empresasbrasileiras do setor privadoaproveitarama maré otimista dos mercados financeiros ecaptaram US$1,6 bilhão no exterior. O montante incluias operaçõesconcluídas nesta semana e também aquelas que devem estar sendo concluídas nospróximos dias. Ontem,esse grupo pode ganhar oreforço de peso, dagigante Petrobras. No fimdatardeda últimaterça-feira, dia12,a estatal sondou informalmente alguns bancos. O propósito,de acordo com analistas, seria o de montar uma emissão de bônus delongo prazo,disseramprofissionais de mercado. Apesar da quedados preçosde ativos em todo o mundo naquele dia, analistas crêem que a Petrobras tentará uma emissão lá fora com prazo de 30 anos.
"A Petrobras tem um nome que apermite fazer(uma captação) como quiser", disse o diretordeum bancoquepreparava suaproposta paraa estatal. "Além disso, temumasituação confortável,comum caixa de US$ 7,750 bilhões."
Custo– Segundoele, senão quiser marcar na sua curva de papéis os30 anos– prazo alcançado pela Co mpan hia Vale do Rio Doce navenda de US$ 500 milhões conseguidos naúltima sexta-feira – , a Petrobraspode fazer uma emissão mais curta e conseguir um custo muito interessante. A alternativa mais "rentável" seria emitir papéisde 10 anos, prazo testado sem dificuldades pela CSN,que vendeuR$ 200
milhõesem bônus naquintafeira da semana passada. Ou pela Braskem, quevendeu ontem R$ 250 milhões, a taxa de 11,75% ao ano.
Montante inclui as operações concluídas nesta semana e aquelas que devem estar sendo finalizadas nos próximos dias
A boa receptividade encontrada por essas empresas encorajou ogrupo Votorantim a tambémtentaros 10anosna emissão de US$ 300milhões queprepara, segundo um executivo que participa do lançamento. Inicialmente, o grupo admitia vencimentosentrecinco e10anos,mas optou pelo prazo mais longo.
A apresentação da operação a investidoresfoiabertaem Nova York na terça-feira e prosseguiu por Boston ontem, seguindo para Londres, Paris e Zurich.A remuneração dos
As taxas dejuroscobradas pelos bancos em operações voltadas para os clientes pessoas jurídicas, ou seja, asempresas, apreesentaram uma pequena queda nomês de dezembro na comparação com o mês anterior. Aredução,no entanto,não acompanhoua diminuição da taxa básica de juros, a Selic, no mês dedezembro, equivalente a um ponto porcentual). No Bradesco, por exemplo, a taxa máxima cobrada no desconto decheques pré-datados comprazo variandode7 a60 diascaiu de 4,34% no mês de novembro para4,27% nomês passado.Os jurosficarammenores também na modalidade de desconto de duplicatas, que estavam em 4,34% em novembroe fecharamomês de dezembro em 4,27%. Neste caso, o prazo da operação varia de 15 a 60 dias, segundo o banco. Para os contratos de empréstimo parafinanciamentode capital de giro,o encargodos juros máximodo Bradesco caiude 5,69% em novembro para 5,61% no mês seguinte.
Osjuros paraasempresastambémdiminuíramno banco HSBC. Para os descontos de cheques pré-datados eno desconto de duplicatas, ambas as operações com um prazo de até90dias, ataxa máxima mensal cobradacaiu de3,85% (mês denovembro) para 3,70% (dezembro). Os juros máximos para financiamento de capital de giro permaneceram estáveis entre novembro e dezembro, em 5% ao mês. NaNossa Caixa, os juros máximosde descontodecheques pré-datados, duplicatas e de financiamento de capital de
gironãoforam alterados(em dezembro, eram de 3,50% para cheques e duplicatas e de 4,85% para capital de giro). As alterações foramfeitas nastaxas mínimas. A de desconto de cheque especial,por exemplo, caiu de 2,22% para 2,17%.
A CaixaEconômica Federal continuou atrelando os juros dos financiamentos para pessoa jurídica à variação da Taxa Referencial (TR). Para descontodecheques pré-datadosde até120dias, obancocobrou em dezembroa TaxaReferencialmais juros de 2,27%. Rejane Aguiar
bônus ainda não está indicada, segundo o executivo. Empresas menos atuantes nomercado dedívidaprivada também aproveitam o bom momento para emergentes e captam com prazos menores, mas acusto consideradointeressante por analistas. Caso do grupo Ultra , que oferece US$ 60 milhões em bônusde 18meses, com rendimento entre 3,375% e 3,625% ao ano. A Telemig Celular Participações vendeu na segundafeira US$120 milhõesem bônus de cinco anos. e rendimento de 8,875%. A liquidez internacional neste momentotambém atraiu os bancos, que voltaram ao mercado nesta semana, após um início de ano dominado por operações feitas por empresas etambém pelaRepública. (Reuters)
Banco Central dará explicação sobre meta não cumprida
A variação de 9,3% do Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano de 2003 obrigará o presidente do BancoCentral (BC),Henrique Meirelles, a encaminhar nos próximos dias ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, uma carta aberta para explicar os motivos do descumprimentoda metadeinflação doano passado.
Dentro do regime de metas inflacionárias adotado pelo Brasil, trata-se de um procedimento obrigatório ao Banco Centralsempre quea metade inflação não é cumprida, como é o atual caso.
A metadeinflação prevista para 2003 estava fixada em 4% mais2,5 pontos porcentuais para cima oupara baixo, apesardeo BancoCentraltertrabalhado ao longo do ano tendo como alvocentral dapolítica monetária uma meta ajustada de8,5%.A datadedivulgação da carta, entretanto, ainda não foi definida pelo Banco Central.
mercado", ela acrescentou. O retorno total da dívida emergente fechou ontem em queda0,24%durantea tarde, de acordo com o índice EMBI+ dobanco JPMorgan,referência para o mercado. A dívidados mercados emergentes teve rendimento de 2,8% nos primeiros 13 dias do ano. Analistas disseram que ummovimento derealização de lucros ésaudável e desejável. "AAméricaLatinateve
Emissão
uma enorme realizaçãode lucros,oque nãopodeservisto como negativo ou preocupante. Os elementos positivos que dão apoio ao fortalecimento dos mercados emergentes ainda existem", afirmou o chefe de pesquisa paraAméricaLatina da IDEAglobal, Ricardo Amorim, em comunicado. A analista da Caboto diz que o mercado vai estabelecer uma novafaixa deoperaçãonos próximos meses. (Reuters)
A emissão soberana anunciadapelogoverno brasileiro esta semanateminfluência "mínima"naalteração dorating brasileiro (classificação de risco), avaliou ontem o diretor-executivo da Fitch Atlantic Ratings, Rafael Guedes. O País captou, nasegunda-feira, US$ 1,5bilhãocom avendadebônus de 30anos e o fatofoi amplamentecomemorado pelo mercadoe pelo governo. Mas segundo Guedes, embora positivo, trata-sedeum "evento singular" que, sozinho, não aumenta a probabilidade de melhora do rating brasileiro nos próximos 18 meses. Para ele,a possibilidade de mudança da nota de risco do Brasil,hoje avaliado emB+ comperspectiva estável,émenor que50%, poisnão alteraa capacidade de o governo pagar sua dívida nos próximos cinco a sete anos. Ele ressaltou que só neste ano o Brasil terá de pagar entre US$35 bilhões eUS$ 40 bilhões e as reservas ainda estão muito baixas.
Guedes afirmouque, por outro lado, a independência
doBanco Centralé"absolutamente essencial" para agilizar essa melhora. "Enquanto o BC nãoforjuridicamente independente, a vontadepolítica continuaamandar noBC", disse.Guedes lamentouainda o fato de o governo dificilmente colocar aproposta na pauta do Congresso este ano, pois isso, segundo ele, é um ponto que estásendo observadode perto pelos investidores."É uma pena. O Brasil precisa atrair investimentos, poistemumasérie de restritivos de infra-estrutura,"disse.ParaGuedes, ouo governo procura atrair investimentos ou"vai baterna parede". O diretor ressaltou ainda que o perfil da dívida interna e a vulnerabilidade externa continuam sendo osprincipais limitadoresde umamelhorada avaliação do Brasil. "80% da dívida (do País) é(atrelada ) à Selicou dólar.O quesignifica dizerque bastaumacriseexternaou internaparaamanhã oBrasil nãopagarmais. Éprecisoreduzira partedadívida indexada à Selic. (AE)
Taxa futura interrompe queda com ação de bancos
Os juros futuros interromperam, ontem, atrajetória de queda observada desde o início doano. Éprecipitadoclassificara guinada dastaxas como inversão de tendência, mas ocorreu pesado reposicionamento de bancos no pregão da BolsadeMercadoriase Futuros (BM&F). Operadores esperam consolidação dopatamar dasprojeções de juros para confirmar se o movimento brusco de ontem foi decorrente de realização de lucros (venda por parte dos investidores) ou uma correção de expectativas excessivamente otimistas. A projeção decorte da taxa Selic –embutidano depósito interfinanceiro (DI) de fevereiro de2004 –recuou acerca
de 0,5 ponto porcentual. Na última terça-feira, a expectativa avançava rapidamente para corte de 1,0 ponto. Nofinal dos negócios, oDI de fevereiro de 2004 era cotado a 15,91%ante 15,88%nofechamentoda véspera.ODI maisprocurado pelosinvestidores– vencimentoemjulho de2004e responsávelporgiro superior a 273.293contratos –subiude 15,06%para15,21% ao ano na BM&F. Osegundo DIdemaior liquidez – vencimento em janeirode2005eque temcomo equivalente Letrasdo Tesouro Nacional(LTN) –passou de 15,04% para 15,17%. Na terçafeira, os bancos já ensaiavam a revisão deposiçõesemovimentaram 503.402 contratos.
EMPRESA TEM CAPACIDADE
PARA PRODUZIR AO TODO 3,2 MILHÕES DE PARES DE SAPATOS POR ANO
A Marisol Calçadosquer reforçar as vendas de calçados infantis.Aempresa apresentou, ontem, naCouromoda,sua coleção "ClimasdoBrasil 2004". Comlogomarca novae apostandono conforto edesignde seuscalçadospara crianças, a empresa planeja, já no próximo ano, exportar 5,6%de sua produção para a América Latina e alguns países da Europa com osquais a Marisol já tem parcerias. Constituída no ano 2000, a divisão de calçados da empresa temcapacidade instaladapara produzir 3,2 milhõesde pares de calçados por ano. Para a nova coleção 2004, a Marisol Calçadosqueratingiras crianças de zero a 12 anos.
Comportamento - Segundo o diretor de Marketing da empresa, Giuliano Donini, as mudanças refletem os novos comportamentos das crianças. " As crianças do século XXIestão cada vezmais precoces, antenadas, informadas e exigentes. Diante disso, decidimos "tro-
carde roupa",modernizando o design da logomarca, o layout das embalagens e a linha de comunicação adotada".
Logo - A nova logomarca foi desenvolvida pela Seragini Design, uma dasmais importantes empresas de design de marcas e embalagens do País. Também foram desenvolvidos novosmateriaisdeapoio ao ponto-de-venda,o queinclui banners, adesivos, displays, móbiles infláveis, lâminas adesivas, cartazes e sacolas. Nodesfile realizado noestande da empresanaCouromoda, os destaques foram os atores globaismirinsBruno Abrahão e Pedro Malta. Usando os novos calçados da marca, os garotos causaram muita curiosidade e admiração por parte dopúblico que lotouo lado de fora da loja.
A coleção "Climasdo Brasil 2004" é separada por faixas etárias. Na linha "Recém Nascido", de zero aoito meses, a referência é o tema Jardim do Sol, com muitas flores nos detalhes e apliques de bordados e emborrachados.De acordo com RegesCosta,Gerentede Produtos da empresa, os novos modelos podemser ajustados aos pés das crianças.
ATENÇÃO
amanhã no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
Parmalat demite 120 funcionários em Goiás
A Parmalat demitiu 120 pessoas naunidadedeprocessamento de leiteem Goiás, num movimento de corte de custos, segundo uma fonte. A assessoria daempresa argumentou, no entanto, que a reorganização já estava programada antes dacrise queassolao grupoalimentício italiano.
A produção dessaunidade serádistribuída entre as processadoras da Parmalat em Carazinho, no Rio Grande do Sul, eGaranhuns, em Pernamb uco, conforme informou aempresa ontem.
Indústria de moagem de trigo paulista estaria se recusando a vender farinha à multinacional com medo de não receber depois
Biscoitos - Aúnica linha de produção de biscoitosda Parmalat no Brasil também estará paralisada durante toda esta semana.A empresa informou que arazão éum "ajustede estoque". Já osindicato querepresenta o empregados da Parmalat na região de Jundiaí afirmou que falta matéria-prima.
A fábrica de biscoitostem produção média de 1,5 tonela-
dapor mês, segundo Marcos Tebom,diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos de Jundiaí e Região. Partedesse volume é exportada paraa AméricaLatina.Segundoa assessoriada Parmalat, apenasumpercentual muito pequeno. Matéria - prima - "Falta matéria-prima. Ajustede estoque pode ser o argumento da empresa",disseTebom". AParmalat acertou com ogoverno até dia16 para pagar as cooperativas de leite e, para fazer caixa, pode não estar comprando matéria-prima". Uma fonte da indústria de moagemde trigopaulistaafirmou "ser possível" que alguns moinhos estejam se recusando a vender farinha para a Parmalat, receosos de não receberem. Segundo a Parmalat, estão sem trabalhar 423 funcionários. O sindicato diz queos funcionários da áreaadministrativa seguem trabalhando. (Reuters)
Linhapara bebês - A linha "Bebê",de oitomesesa dois anos,traz calçadoscom solados leves e flexíveis. No entanto, a maior novidade está na linha "Primeiros Passos", de um a cinco anos. Ela traz a sandália e o tênis "Apitinho", que emitem um sompersonalizado ao caminhar."É próprio para
quem está dandoos primeiros passos. A sandália e o tênis podem ser vistoscomo um brinquedo", afirma Reges. Para as crianças com mais de quatro anos, sãoas tendências demodaqueditamo ritmo. Nessecaso, encontram-secalçados commotivo demotociclismo, militar,anos 60,rock
Empresa planeja exportar 5,6% de sua produção. Linhas apresentadas incluem itens para bebês e crianças com até 12 anos de idade.
star ecoturnos. Asmeninas também se identificam com a coleção,que incluibotascom zíper descartável na partesuperior, sapatilhas com números e materiais metalizados. Selo - Com essesdetalhes, todososcalçados possuem o "SeloConforto". Criado pelo Centro Brasileiro de Engenha-
riado Calçado,o selo atesta e certifica osníveis de conforto dos calçados através de testes e exames realizados por técnicos e engenheiros especializados. Segundo Giuliano, essa é uma das principais preocuções da empresa no que se refere aos calçados infantis.
ASamello,com24 lojas franqueadasnomercado nacional, negocia a abertura da primeira loja commarca própria noJapão. Há 78anosno mercado decalçados masculinos, a empresa vaiinvestir a partir deste ano em outras parcerias para ampliarfranquias internacionais e reforçar a construção da marca da Samello. "Somos fortes como fabricantes, mas a intenção é construir nossa marca no varejo,para queelaviregrife eganhemaiorvalor", dizodiretor da empresa, Tom Mello.
A Samello produz 12 mil pares/dia, exporta 60% da produçãopara35 paísesedesenvolvecalçados paraasgrandes grifes internacionaiscomo Hugo Boss, Polo by Ralph Lauren, Gucci, Fratelli Rossetti e Coach. Masa maiorparte dos produtos são vendidos com a marca do comprador externo. Franquias - A idéia de entrar no mercado internacional pelo Japão com amarcaSamello surgiudo interessede umdis-
Nestlé pode comprar mais leite no País diante da crise
ANestlé airáfazer umestudo de alternativas com as quais poderia contribuirpara reduziro impacto dacrisedaParmalat no setorde laticínios. O presidente da empresa, Ivan Zurita,afirmouontem quea iniciativa responde a uma solicitaçãodo ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que está realizando reuniões com acadeia produtivaem buscadeumaformade atenuar oefeito da crise.Em uma estimativa preliminar, Zurita disse quea Nestlépoderia absorver 500 mil litros de leite adicionais por dia. Oexecutivo observouquea análise da empresaserá feita o mais rápido possível e estimou quedeveráter umaposiçãona próxima semana. A Nestlé recebe 4 milhões de litros de leite por dia e está trabalhando hoje com 100% da sua capacidade industrial, pois está em um período de alta temporada no recebimento de leite.
Aanálise daempresa iráindicar quando ecom que finalidade ela poderia absorver um volume extra de leite. (AE)
tribuidor local, mas Mello procura parceirospara franquias na Argentina e Santiago e está emfaseinicial dediscussãode um contrato na França. "Vamos atuar com muito cuidado nestas parcerias porqueno mercadointernacional nãodá paraerrar",diz.No mercado interno, a estratégiaé chegar a
100 lojas franqueadas em três anos,seguindoo projetode construção da marca. "Os produtosvendidosnaslojas são maissofisticadosem relação aoscalçados encontrados em multimarcas", explica.
Azaléia - O caminhode expansão da marca escolhido pela Samello já é seguido por ou-
tras empresas comoa Azaléia, que lidera o segmento de calçados femininos. A empresa produz150 milpares/dia evende 25% para o mercado externo. "Em 2003 consolidamos a transiçãode vender100%dos produtos com nossamarca", dizodiretor daAzaléia,Paulo Ricardo Santana. (AE)
O otimismoquemarcao comportamento do mercado financeiro hásemanas esfriou onteme,comisso, os principais ativos brasileiros sofreram ajustes.O dólarcomercialsubiu,a bolsade valores fechou com queda de pouco mais de 2%e osindicadoresderisco brasileiros pioraram.
Deacordo comoperadores, nãohouveum fato específico queexplicassea inversão da tendência. Apenas a percepção de que o otimismopode tersido exagerado determinou o movimento do mercado.
A Bolsa de Valores de SãoPaulo (Bovespa) fechou em queda, como resultadode realização de lucros dosinvestidores.O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuou 2,26%, para 23.398 pontos (trata-se da maior queda porcentual desde o último mês de outubro).
índice não significou redução do volume negociado, que continuouacimade R$1 bilhão – o giro financeiro somou R$ 1,578 bilhão. "Comoa bolsapaulistasubiu muito nasúltimassemanas, houve um movimento normal de realização de lucros dosinvestidores", disseooperador dacorretora Clickinvest Flávio Barros. A Bovespa caiu mais de 4% no meio do dia.
teria sido impulsionadopor "fundos globais, que começaram avender papéisde países emergentes".
A taxa de risco do Brasil –quena segunda-feirachegoua ficar abaixo de 400 pontos-base –atingiu ontema máxima de451 pontos-baseno fimda tarde, com alta de 5,63%, também segundo a Enfoque. Dólar sobe – Com baixo volume detransações,odólar comercial encerrou osnegócios ontem a R$ 2,817 para compra e a R$ 2,820 para venda, com valorização de 0,50% em relação ao fechamento da véspera.
"Como a bolsa subiu muito, houve um movimento normal de realização de lucros"
Com esse resultado, a Bovespa reduz para 5,2%a valorização acumulada no mês e no ano.
Operadores destacaram, porém, um ponto positivo no pregãode ontem: a quedado
Risco etítulos – Outros ativos brasileiros tiveram desempenhosemelhante aodabolsa de valores. OC-Bond, principal título da dívida externa brasileira, chegou a recuar 0,7% nasprimeirashorasde negócios.Às 18horas, opapel caía0,37%, cotadoa100,38% do valor de face, de acordo com a Enfoque Sistemas. Ainda segundo um operador, o recuo
O Banco Central realizouontem somenteum leilãode compra de dólares para recomposição das reservas internacionais, depois de cinco operaçõesnos doisprimeiros dias da semana. "Com esse tipo de atuação, o BCjá sinalizou, embora diga o contrário, que existepreocupaçãoem não deixar o dólar despencar", avaliou o analista de mercado da corretora Socopa Paulo Shiguemi. (RA/Reuters)
Saldo positivo de estrangeiros na bolsa já chega a R$ 767 mi
Pelo menos por enquanto, tudo indica que os investidores estrangeiros pretendem continuar operando no mercado acionário brasileiro.De acordo com balanço divulgado ontem pelaBolsa de Valoresde São Paulo(Bovespa),o saldo deinvestimentos externosnos seis primeiros pregões dejaneiro já soma R$ 767 milhões. O superávit é resultado de compras de ações por estrangeiros, de R$ 2,607 bilhões, superiores às vendas, que somaramR$1,840 bilhãonoperíodo. Em 2003, o saldo acumulado foi de R$ 7,5 bilhões. (RA)
Período integral * Coberta
ganhou
Um asilo (foto) que recebeu R$ 36 mil do comandante do dedo obsceno. Página 13
Editorial: os reféns da burocracia
Veja na pág. 2 o outro lado da guerra do dedo sujo. E as batalhas de ontem, pág. 13
A arrecadação caiu 1,85% em 2003, mas foi, com R$ 280,26 bilhões, a segunda maior da história. Para 2004, a Receita Federal terá que arrecadar mais R$ 38 bilhões para cobrir o orçamento aprovado pelo Congresso. Página 12
Londres, cenário de passeios cinematográficos. Veja no Caderno Boa Viagem.
FIM DE SEMANA
Nicole Kidman (acima) é a estrela de Dogville. Tom Cruise (dir.), o herói de O Último Samurai: estes são os filmes mais esperados da semana. Entram ainda em cartaz Beije Quem Você Quiser, uma comédia dramática, e Em Nome de Deus, uma obra polêmica. O teatro promete emoções fortes em A Força do Hábito, história de um circo dirigido por um tirano sonhador. Páginas 17, 18 e 20
Argentina Exporta
A rosa argentina é um dos assuntos do caderno de 20 páginas encartado no DC de hoje
Em obras na Rebouças: isenção do IPTU.
O sr. Wolf põe o dedo (foto) no IPTU a pagar por sua loja esvaziada com o buraco na Rebouças. Página 14
Centro mais bonito, imóveis valorizados.
Página 6
O charme desta cidade. Em livro.
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Vozes que retratam São Paulo
A homenagem do comerciante Jeleilate, num relato ao Museu da Pessoa. Págs. 15 e 16
Faz alguns meses o ex-presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, deixou o cargo de deputado, para oqual fora eleito,e deu as razões de seu ato em artigo publicado por um dos jornais editados nacidade. Encontrei-o naFiesp epedi algumasinformações paraescrever umartigo,informações que não constavamde seu artigo. Deu-as, acentuando que no presidencialismo brasileiroquem manda com exclusividade é o presidente, detentor de todos os poderes.
No Império, o Partido Liberal insistiuquantopode contra oque erafalsamente denominado poder pessoal do imperador,porconstar daConstituição oPoder Moderador, inspirado no jurista suíço-francêsBenjamin Constant. Escamoteava da pequena opinião pública do período imperial queDomPedroII nunca exerceu sozinhoo governo, massempre comoConselho de Estado,comodemonstrei, sem contestação dos estudiosos. Não houve poder pessoal.
Poder pessoal temos hoje, com a total hegemoniado poder políticonas mãosdo
Marcelo Moura Coelho
presidente. Estamos agora em facedas tramóiaspartidárias para acomodar o PMDB noMinistério, afim de ter o PTa total hegemonia do processo político, podendo o presidente Lula fazere desfazer oque entender, com uma simples penada. Éo poderpessoal nasua plenitude,que sónãovêem oscegos ouindiferentesou correligionários, pois está sendo exercidotodosos dias, como provam as agências reguladoras. Em suma, como bem afirmou o sr. Stefan Kanitz, em artigo para a Ve ja , temos umarepúblicaenela vivemos, mas não temos uma democraciadigna dessenome, embora serealizem eleições, até que razoáveis pelo número devotantes e pelasescolhasdealguns nomesque merecem a presença no Congresso. O poder pessoal, esse que concentra tamanha soma de atribuições e de possibilidades de fazer o que entende, esse continua, hoje muito maisfortedo queno Império, que o conteve.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Aburocraciaé ummalterrível,sobre issoninguémduvida,eem nomedelaagravase o contencioso Brasil-EstadosUnidos, já sobrecarregado porquestõesnaáreacomercial epordivergências quanto à formação da Alca. Embora no campo diplomático possa se dizer que as relaçõesentre dois paísessão boas, não obstante resistências ideológicas daqui e de lá, esseepisódiodo fichamento de turistas brasileiros e americanos, nosaeroportosdeentrada de cada uma das nações, trouxe à tona ressentimentos que poderiam serevitados e bravatas inconseqüentes.
Após o ataque às Torres Gêmeas de Nova York,em 11 de setembrode2001, os Estados Unidosvivem a síndrome de medo e, com carradas de razões, se precavêem contra futuros atentados. Além de exigirem visto em trânsito para outros países,os norte-americanos criaram outros obstáculos para os viajantes. Desde agosto, o Departamento de Segurança Internaexige entrevistapessoal paraautorizar qualquerpedido. Quemnão mora em uma das cidades brasileiras com consulado ou embaixada - São Paulo, Rio, Recifee Brasília- precisa se locomoveratéelas paraserentre-
vistado. ODepartamento de Estado americano diz que as medidas foram adotadas em relaçãoàmaioria dos países por conta de um suposto plano que sebeneficiaria deescalas e conexõesaéreas emsoloamericano paraumnovo ataque terrorista. No entanto,o governo dos EUA não faz as mesmas exigências para nacionais de 28países, amaioria daEuropaocidental, emborasejam deles que saem a maioria dos terroristas, senão a totalidade, e não dos países da América do Sul, muito menos do Brasil. Diante de tantasdificuldades,os brasileirosestãodesistindo dos EUA. A maioria dos turistas,inclusive aquelesque optavam pelo país como escalapara a Ásia, está redirecionandosuaviagem paraa Europa. Entre osdestinos mais procurados estão Madri, Paris,Lisboa,Roma, Londres e Amsterdã,Frankfurt eZurique,em território europeu. Rotas de conexões para África, OrienteMédioe Ásia,também estão entre asmais procuradas. Swiss, KLM,TAP, TAM, AirFrance, Lufthansae Varig estão comocupação de até 100%dosassentosnesses roteiros.Osempecilhos impostospelas autoridadesnorte-americanas não se limitam aos obstáculos do visto. A au-
A discussão sobre qual deve sera taxade jurosdomina opaísmensalmente, sempre nos dias imediatamente anteriores à reunião do Copom. É o que o ministro Palocci definiu de "tensão pré-copom". Descobriu-se que o Brasil, além deter 170 milhões de técnicosde futebol, tambémtemquaseo mesmo número de analistas econômicos. Amaioria deles, verdadeirosounão, invariavelmentesão afavor daqueda bruscadosjuros. Alguns poucos, osortodoxos, seriam maisrealistas, pugnandopelo gradualismo naredução dos juros, já que,segundo eles, uma queda brusca iria trazer resultados maléficos. Seriadese esperarquetodo esse debate sobre os juros trouxesse umamaiorcompreensãodoproblema, mas não é o que acontece. Por um lado osque advogamuma quedamaisacentuada dos juros dizem que a economia brasileira estáasfixiada eparalisadajustamente porcausa daalta taxadejuros.Por outro lado os defensores do gradualismo nadiminuição da taxa Selic opinam que existe a ameaça de um repique inflacionário euma fugade capitais,dos quaiso Brasil necessita desesperadamente. De certa forma os dois grupos têm razão. Isso não quer dizer que o problemados jurosnãotem soluçãoesim queamaioria absoluta dos analistas econômicos estádando atençãoàs conseqüênciase não às causas dos juros altos. É como se
doisgrupos demédicosestivessem discutindosobre como combater a febre causada por uma infecção e não como aplacar a própria doença. Para descobrir a origem do problemados jurosé necessário retroceder um pouco no tempo, levandoem conta a cargatributária brasileira. Desde o início da ditadura militar até 1988 os tributos nacionais somados comiam pouco mais de 20% do PIB. Esse valor permaneceu praticamente estáveldurante quase vinte e cinco anos. Porém,nos últimos quinze anos apartirde 1988, acarga tributáriavem crescendo progressivamente e atualmente já atinge quase 40% do PIB. Ou seja, nos últimos quinze anos a carga tributária praticamente dobrou. Ora,não émeracoincidênciaqueem 1988,anoemque a escalada da carga tributária começou,foipromulgada a atual Constituição Federal. A MagnaCarta brasileiraéportadora de uma visão paternalista, patrimonialista e estatista que é a origem não apenas dos juros, como também da altacarga tributária.Osconstituintes da época garantiram o direitode todos atudo, porém se esqueceram que, o que édireito dealguém tem que, necessariamente, ter a contra-partida de outrem. Resumindoo problema,segundo a Constituição,o Estadodevegarantir moradia, educação,saúde, previdência, emprego e etc para todas as pessoas.A questãoéque para o que Estado faça tudo isso énecessário queele tenha recursos para tanto. Essa é umas das causa do absurdo
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aumentodacarga tributária ocorrido nosúltimos quinze anos. Outra causaimportantíssima da explosão das despesas do Estado brasileira é o fato deque os constituintes de1988 criaramumsem-número dereceitas vinculadas. Ou seja, invariavelmente todos os anos ogoverno tem que destinar grande parte dos recursos orçamentários à determinadas áreas.Issoengessou o Estado brasileiro, causando um aumento contínuo das despesas públicas. O crescimento da demanda pela atuação estatalfoi causado diretamente pela Constituiçãode 1988.Ora, o Estado não produz riqueza, apenas a expropria de quem a tem.Aessaexpropriação se dá onome de tributo. Entretanto nem mesmo o brutal aumentodacarga tributária depois de 1988 foi capaz de suprir ademanda estatalpor recuso. Qualfoi asolução encontrada? Emumprimeiro momentoo governofederal acionouaCasada Moedae passou a emitir dinheiro. Essa foiaprincipal causadahiperinflação vivida pelo Brasil entre o final dos anos 1980 e a primeira metade da década de 90. É claro que nosso país já vivia o problema inflacionáriodesdeo começodosanos 1980, mas tem que ser ressaltado que até a Constituição de 1988 a inflação mantinha uma taxa maisou menosconstanteemtorno de200%a300%. Depois da promulgação da Magna Carta a inflação chegou a atingir 80%... ao mês. Depois do Plano Real, da queda da inflação e de sua estabilizaçãoem torno de um
dígito anual, o governo passou a ter outra estratégia para contornar o problema da falta derecursos. Essaestratégia foi tomar dinheiro emprestado.Essa foiacausa daexplosãodadívidainternado governo federal, que era de quase 80 bilhões de reais no início do governo FHC ehoje já se encontra pertodo primeiro trilhão dereais. Porcausa do tamanhodadívidaede ser um conhecido caloteiro, o governo brasileirotem que dar em troca para aqueles que lhe emprestam dinheiroum prêmio muito alto. Esse prêmio é aaltataxadejuros. Nota-se, portanto, que os juros altos têm umacausaestrutural,a Constituiçãode1988. Enquanto isso a grande maioria dos analistaseconômicos passa ao largo do problema, discutindo coisas que no máximo causariamumapequenaquedanos juros. Queda que seria meramente conjunturale quenão resolveriamo problema. Para que ocorra uma queda substancial na taxa de juros faz-se necessário umacompleta redefinição doEstado brasileiro. Uma redefinição que descentralize o poder estatal, transformando o Brasil numa verdadeira federação; que enxugue a máquina do Estado,trazendo maioreficiência a ela; e que diminua a demanda pela atuação estatal, causando a diminuição da dívida pública e conseqüentemente uma queda na carga tributária e na taxa de juros.
Marcelo Moura Coelho é advogado em Brasília e membro do Instituto Liberal
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torização não garante a entradaao país. Naimigraçãono aeroporto norte-americano, o passageiro pode ser rejeitado e mandadode volta para casa sem explicação. O quemais desagrada o turista é a forma como ele está sendo recebido nos aeroportos dos EUA. Se lá a burocracia está causandoestragos, talvezpequenos para a maior economia do mundo, aqui também está a produzirresultados indesejáveis, como a decisão de fazer fichamentos aqui,emborao magistrado responsávelpela sentença, provocado pelo MinistérioPúblico, possaestar amparado na lei e na reciprocidadedas relações entre nações. Mas a questão não é esta. Este i mb r og l io está trazendo prejuízose desconforto a ambas as partes. O turismo,principal afetado, éins-
trumento de criação e circulação deriquezas ede intercâmbio cultural entre povos. Qualquer restrição nesse sentido significa perda para nós, os brasileiros. Mas nem por isso podemos admitir arrogâncias, comoa leviana atitude de um boçal piloto americanoem Guarulhosao manifestar-secomum prosaico e suposto gesto obsceno ao fotógrafo da PF. O gesto deveria ser para esta perniciosa burocracia, que faz de todos nós seus reféns. É de se esperar, após orecente contatodo presidente Lulacom seucolegaGeorge W. Bush, no México, e das gestões diplomáticas ora em andamento, que filigranas jurídicas possam ser deixadas de lado e que brasileiros e americanos vão e venham como melhor lhes aprouver.
Cotidiano perverso
Escutei no rádio.Bandidos propuseram aos proprietários de empresas de ônibus urbanos de transporte coletivo de São Paulo o pagamento de um pedágiopreviamente ajustado para acabar com a média de 10assaltospor diaaosônibus da capital. Como reconhecimento pelopagamentofariam apenas um assalto por dia, por empresa. É para rir ou para chorar?
Começou a guerra Aguerra eleitoraljá estáem andamento. A prefeitura, nas mãos do PT, que pretende a reeleição da atual alcaide versus o governo do Estado, nas mãos oposicionistas do PSDB, vão fazer opossível eo impossível ao longodesteanoparaconquistar ovoto doeleitor paulistano. Deforma estranha porque o PT, além de criar um caos no trânsito da cidade ao paralisá-lapara obrasdecaráter visivelmente eleitoreiro, fez a maior derrama de taxas e aumento das últimas décadas e o PSDB acaba deelevar à estratosfera as taxas de licenciamentodeveículose IPVA do Estado e, obviamente, capital.
Nos ônibus
Mencionei a guerra eleitoral porque aquestão dosassaltos diáriosaos ônibus existe há tempos e só agora, em ano de eleições, a prefeitura juntou os boletins de ocorrência e foi à polícia que é do Estado, portanto, nas mãos do PSDB, devidamente acompanhada da imprensa, para fazer a denúncia epedirprovidências contra os assaltos.
Duas questões Observa-se que as empresas estão sujeitas à chantagem do crime que não é nem mais organizado (jáestá faztempo), mas, agora,burocratizado. Os criminosos já devem bater ponto emalguma repartição,
carimbar despachos determinando assaltos e recolhendo guias depedágio obrigatório. Observa-setambém queseas autoridades do Estado não estão conseguindo,aocontrário do que propalam, vencer o crime, as da prefeitura, de forma sub-reptícia,acumularamdadosde crimesparater material de escândaloem período eleitoral.
Inconseqüência Perderam-se todosos limites dainconseqüênciano exercício do poder público e na luta pelo voto que garante o controle dessepoder, emtodasas suas instâncias.Num paísondejuízese delegados comandamo crime,papelde trouxa fazem os cidadãos que a tudo assistem impassíveis e pagam sem direito a fazer greve.Longe demim propagara desobediência civil e o não pagamento de tributos como forma de protesto. Eu sou dos que pagam e engolem a revolta. Nãotenhoaquemrecorrer.À Justiça?Credo...Líderes? Quem? Quais?...
Exemplo
Esse é um dos motivos, mesmo indiretos(a faltade autorespeito e de respeito interno e externo) que levou o boçal do piloto norte-americanoda American Airlinesa fazero que fez na identificação de sua entrada no país em Cumbica. Deve ter pensado: num paisecodestesvouter quemehumilhar numa foto e impressão digital arcaica? Nunca... eles que se danem... Ele se danou. Porque a autoridade pública brasileira é eficaz e competente nesse campo: manutenção de sua autoridade e usufruto da própria. Teve brasileiro que vibroucoma prisãodo boçal pilotocomo sefosse gol em Copa do Mundo.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
EYMAR MASCARO
A intimidade nuncafoi admitida por Jânio Quadros. Nemmesmo quandochamavaosamigos paraumalmoço com ele, na sua casa do Jardim Acapulco, no Guarujá, o expresidente deixava de lado a formalidade.
Mesmo depoisde renunciarà Presidênciada República, Jânio fazia questão de ser chamado de presidente. Numanoite, fomoscomoex-presidente aoMackenzie. Jânio ia fazer uma conferência para alunos que não iam com acaradeFidelCastro. Nessetipodeambiente,Jânioxingava o ditador cubano. Mas, se no dia seguinte a palestra era para alunos festivos, de Ciências Sociais ou Filosofia, os elogios para Fidel eram pródigos. Durantea palestraquefazia noMackenzie,Jânio foiinterrompido por um aluno, que se dirigiu a ele assim: "Oi, Jânio, você acha que....". O aluno não acabou de fazer a pergunta porque o ex-presidente resolveu interrompê-lo: -Osenhor jáouvir falarem BenjaminFranklin? –indagou Jânio, para emendar: -Pois bem: Benjamin Franklin ensinava que a intimidade traz aborrecimento e filhos. Confessoquenão querome aborrecer e muito menos ter filho com o senhor. O estudante se desculpou, pegouos livros e foi embora, vaiado.
DESAFETOS
Falta de intimidade e sintoniaparecemestar existindo entre a Prefeitura do PT e oMinistério Público deSão Paulo.MartaSuplicy voltou a ser acusada pelo promotor Sílvio Marques de estar protegendo Paulo Maluf. O promotor exige quea Prefeitura contrate advogados na Suíça para investigar se oex-prefeito tem alta soma em dinheiro depositada em bancos naquele país.
RESPOSTA
Como davez anterior,a Prefeitura responde que está consultando o Ministérioda Justiçapara saberse podegastardinheiro do município contratando advogados, fora do País, parainvestigar uma coisa que estaria afeta à União.
EM TEMPO
Luladeve aproveitar a viagemdo dia 21, à Índia, para passar pela Suíça. Vai a Genebra. Será que o presidente vai aproveitar também suapassagem pela Suíça para sabera quantas andam as contas secretas de brasileiros em bancos naquele país? A CPI do Banestado apurou que seriam mais de 200 brasileiros, entre empresários e políticos, com contas milionárias fora do Brasil.
EM PENCA
Há mais de seis meses que os jornais das TVs gastam a maior parte de seus noticiários abordando corrupção na Prefeitura do PT de Santo André; de brasileiros que tungaram oFiscoe remeterram 55 bilhões dedólares, ilegalmente, para paraísos fiscais e do escândalo da OperaçãoAnaconda, envolvendo delegados,juízes e policiaisfederais, navenda de sentenças judiciais.
TRAPALHADAS
Enquanto o Itamaraty e a Embratur trabalham para apagara imagemno exterior de que no Brasil se praticasexo até no meio da rua, oprefeito doRio, César Maia,contrata sambistas para arecepção aos turistas que descem no Galeão. O prefeito exige que as sambistasrebolem obumbum na cara dos turistas.
FRASE SOLTA
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NUMA BOA
O líder do PMDB no Se-
Areformaministerial está dependendo exclusivamente dadecisão pessoaldopresidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele já tem em mãos todos os cenáriospreparados peloministro-chefedaCasa Civil,José Dirceu, depois de sucessivas reuniões com os aliados.
nado, Renan Calheiros, descansa numa praia de Maceió, mascom ocelular do lado, à espera de um chamado do ministro José Dirceupara iraBrasília acertar, em definitivo, a participação do partido no ministério.O PMDBfica com dois ministérios e uma estatal, das boas.
CHUPANDO O DEDO
Omáximoque oPPvai conseguir de Lulasão algunscargos nos escalões inferiores. Ministério, não. O PTB também deu um tiro n'água. Lula acha que os petebistasjá ganharam muitos cargos e um ministério. Enão concorda em aumentar sua participação no primeiro escalão.
INFORMALIDADE Outra frase soltalida no gabinete deum petista:"A princesa Izabel só não assinou a carteira de trabalho".
PROCURA-SE
O Ministério Público procura pelas fitasgravadas e desaparecidas no bojo dasinvestigaçõesdos escândalos que teriam ocorrido na Prefeitura do PT de Santo André.Asfitas seriam comprometedoras e prejudiciais à imagem de transparência defendida pelospetistas, masnacasa do vizinho.
UNIÃO
Asoposições de centroesquerda falamemunião de forças para enfrentar Marta Suplicy na campanha da reeleição. Os partidos em questãosão o PSDB, PSB e PV. Mas, para haver a aliança será preciso, primeiro,que Erundina desista de sua candidatura e apóie umtucano. Quem, cara pálida?
OPORTUNIDADE
Se as esquerdas de centro seunissem,por exemplo, em torno de um candidato forte, comoJosé Serra, Marta Suplicycorreria risco. Principalmente se nesse balaio entrasse também Paulo Maluf.
PITTA VEREADOR
Celso Pitta só aceitaria ser candidatoa vereadorsetivesse a certeza da vitória. Pitta, até o momento, não é candidato.
É CERTO
Lula já bateu o martelo: o netode MiguelArraes, Eduardo Campos,vai para o ministério.
Está nas mãos do presidente resolver se faz apenas trocas de ministros, para acomodar o PMDB, ou se mexe na estrutura administrativa do governo. A situação doPMDB jáestá praticamente certa, passando a ocupar osministérios dasComunicações edaPrevidência. Mas a grande incógnita é quem ocuparáo superministério da área social. O nome mais cotado continua do ministro Ricardo Berzoini. Em abril, não – Dirceu afastou a hipótese de, em abril, Lulafazernovas alteraçõesna equipe por contadaseleições municipais. "Nenhumministro vai se candidatar", disse, garantindoque areforma será feita em uma única etapa.
Segundo ele, com base nos cenários,o presidentejáestá em condições defazer a reforma que servirápara acomodar o PMDB nogoverno. "O presidentetemtodos os elementos para tomar a decisão. É uma questão que está agora nas mãosdo presidente", disse o ministro.
Difícildemitir– Onte m, durante almoço com Dirceu e ogovernador do Paraná, Roberto Requião, Lula disse que não é fácil demitir companheiros.Desabafou que, pessoalmente, estavaenfrentando dificuldades, pois considera "desagradável e doloroso" demitir velhoscompanheiros. "Mas a gentesempre toma adecisão finalvisandoao interessepúblico. Às vezes dói, mas a gente faz assim mesmo", disse Lula. Adatado anúnciodarefor-
Requião propõe a cobrança de pedágio de manutenção
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), admitiuontem,depois dealmoçocomo presidenteLuiz InácioLuladaSilva ecomo ministro-chefeda Casa Civil, José Dirceu, que sua decisão de encampar cinco concessionárias do serviçorodoviário no Estadodesagrada ao governo federal."Não hádesentendimento, mas apenas opiniões divergentes", disseogovernador, umdospeemedebistas mais próximos do governo.
O projeto de Parceria Público-Privada (PPP) do governo federalquer, justamente,incentivarinvestimentos deempresas privadas em obras de infra-estrutura no País. Novo modelo – Tanto é que o assuntoestá sendo analisado pelo Ministério dos Transportes, que dentro de um mês, segundo o ministro Anderson Adauto, deverá definir como será o novo modelo deconcessão rodoviária. ParaJosé Dirceu, cabe ao Judiciário se pronunciar sobreo caso, "já que a decisão do governo estadual está respaldadapelo Legislativo local".
Ogovernador disseconfiar na vitória do seu ponto de vista e que oassunto já estásendo objeto de estudos do Ministériodos Transportes. "Estou propondo umpedágio demanutenção no Brasil, conforme o modeloargentino, já que o pedágio, comexcessoderemuneração, como está acontecendohoje,nãodeucerto, e atinge pesadamente a economia do Estado". (AE)
José Dirceu sai de campo, depois de muitas negociações e a costura de vários acordos, e dá lugar para o titular, o presidente
ma ainda não está fixada. O presidente, segundo Dirceu, preferiu não estabelecer prazos para não ficar na obrigação decumpri-los. "Eopresidente quer fazer uma reforma de forma tranqüila".
Nãoterminou – Dirceu reconheceu que,apesarde encerradas,asconversascom os partidospolíticos poderãoser retomadas caso sejam necessárias. "O presidente tem todas as
Fotos: Rafael Neddermeyer/AE
condições agora para tomar uma decisão ou para fazer contrapropostas.As negociações nãoterminaram porquese o presidente fizer uma contraproposta e tomar uma outra decisão,eu terei de voltaraos partidos políticos", afirmou.
PTB e PP – Ele disse também que o PTB e o PP deixaram o governo à vontade para definir o espaço dos dois partidos no Executivo. O PP reivindica um
ministério emtrocado apoio da bancada (51 deputados) no Congresso, mas só ganhará a direção de umaestatal. O PTB já está contemplado e não deve ampliar seu espaço. Lulapoderá fazer apenas substituições ou aproveitar o momento para mexer na máquina administrativa. A criaçãode um superministério para concentrartoda a áreasocialestá inseridaemum dos cenários. (AE)
O PMDBainda nãoentrou oficialmente noministério, mas já começou a indicar seus quadros para o segundo escalãodasduaspastasque caberão ao partido na reforma ministerial:a dasComunicações e a da Previdência Social. Com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi decidido que a presidência da Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos (ECT) ficará com o ex-deputado JoãoHenrique, secretário-geral do PMDB.
O Planalto acenou com a chamada "verticalização" dos postos de comando de cada ministério, em Brasília enos Estados, para convencer a cúpuladopartido dequevaliaa pena aceitara Previdência, embora ossenadorespeemedebistas estivessem de olho na
cadeirade ministro da Integração Nacional. Mais cargos – Foi por isto que o presidente do PMDB, Michel Temer, saiu da reunião com o ministro da Casa Civil, JoséDirceu, nanoitede domingo,dizendo queseupartido teria "ministérios, e não ministros". Por este critério, além dapresidênciada ECTe suas superintendências regionais, o partidoterá também apresidência do INSS e superintendências Brasil afora. "O JoãoHenrique vaientrar na cota do presidente nacional do partido (deputado Michel Temer-SP),mas éfruto deescolha conjunta com o Eunício (Oliveira, olíderna Câmarae provávelnovo ministrodasComun icaç ões) ", confirmou ontem um dirigente do PMDB.
Outra estatal – O PMDB negocia ainda uma outra estatal de primeiralinha,que tanto pode sera Presidência daBR Distribuidoraquanto oBNDES. Opresidentedobanco, Carlos Lessa, é identificado comopeemedebista, masadireçãonacional nãoo tem como uma escolha partidária. "Ele não nos representasimplesmente porque foiuma indicação do PT. O nome do Lessa sequer passoupelo partido",resume um dirigente do PMDB. Emborao ministrodasComunicações, deputado Miro Teixeira, tenha revelado ontem que o presidente Lula ainda não tocou no assunto de sua substituição, não há no PMDB qualquer dúvida de que seu sucessorserá mesmoo líderEunício Oliveira. (AE)
A Presidência da República decidiucomprarum Airbus ACJ para substituir o atual Boeing presidencial, conhecido como Sucatão. Segundo nota divulgada ontem pelo Ministériodo Planejamento, Orçamento eGestão,onovo aviãopresidencial custaráaos cofres públicos US$ 56,7 milhões e deveser entregue apenas no final deste ano. "O Sucatão tem restrição de pouso em alguns aeroportos internacionais, o que acaba causando constrangimentos", explicou o ministro do Planejamento Orçamento e Gestão, Guido Mantega. O novo avião é adequado para a realização de viagens internacionais sem escalas, com autonomia de vôo deBrasíliapara Paris e tambémpara osEstadosUnidos e Canadá. Questão de preço– Mantegadissequeo governooptou por adquirir a aeronave da Airbus por "questão de preço". De acordo com o ministro, o contrato com o consórcio europeu AirbusGIE- Groupement d'IntérêtÉconomique - deve ser assinado hoje em Brasília. O modeloque seráadquirido pelo governo brasileiro custa US$ 38,6 milhões. Mas serão gastosmais US$ 13,5 milhões pela adaptaçãodosequipamentos e US$ 4,6 milhões pela logística. "Éum modeloespecial, comcomunicação inviolável", disse Mantega. O Airbus ACJ não tem simi-
A Justiça Eleitoralde Santos calcula que85 miltítulosde eleitoresdacidadeserão cancelados, automaticamente, comarevisãofeitanesses documentos. O prazo termina hoje e a estimativa é de que 75% doseleitores inscritosregularizarama situação.Com isso, o número atual de votantes naseleições deverácair dos 335 mil para cerca de 260 mil. Esses númerosnão sãodefinitivos, afirmou o juiz eleitoral substituto do município, José WilsonGonçalves, poisaqueles quenão compareceramao recadastramento poderão
procurar os cartórios eleitorais até 6 de maio.
Sem previsão – "Não dá para calcularainda quantos eleitores não puderamfazera revisão e quantos títulosserão mesmo cancelados em decorrência de óbito, mudança de cidadee outrosfatores",afirmouGonçalves. Até ontem ainda não estavam definidas as sanções paraaqueles queperderam o prazo.
A preocupação com o 2° turno acabou, pois mais de 200 mil eleitores tinhamse recadastrado, garantindo a escolha do prefeito em dois turnos. (AE)
lar no mercado e está sendo desenvolvido para atender às necessidades definidas pelo Comando Aeronáutica brasileiro. Entre outras coisas, o avião será equipado com uma UTI. Inadequados – Segundo o governo, a frota atual, formada pelo KC-137(Boeing 707), o Sucatãoe mais doisBoeings 737, os Sucatinhas,não é mais adequadaà realizaçãodeviagensdelonga distânciaporter tecnologia ultrapassada. OSucatão foifabricadona décadade70 eadquiridopela Presidência em1986. Jáos Sucatinhas devem ser trocados tambémneste anopormodelos EMB-190,daEmbraer e custam cerca de US$ 30 milhões cada. (Agências)
Queda real apontada pela Receita Federal foi de 1,85%. Descontadas as receitas atípicas, no entanto, governo faturou 3,27% mais no ano passado.
Depois deanossucessivos batendo recordes, aarrecadação da Receita Federal em 2003 caiu1,85% na comparação com 2002, em termos reais (corrigindo-se os valores pelo Índice dePreços aoConsumidorAmplo -IPCA).Entretanto,aarrecadação deR$280,26 bilhões foia segundamaior da história, informou o secretário-adjunto daReceita, RicardoPinheiro. Oresultadosó perde para os R$ 285,53 bilhões de 2002, quando entraramnos cofresdo governoR$ 18,46 bilhões em receitas atípicas. Semlevaremcontaessas receitas atípicas, a arrecadação do anopassado foia maiorda história."Foi umano degrande sucesso para a arrecadação", comemorou Pinheiro. Em termos nominais, a arrecadação de impostos e contribuições somouR$273,35bilhões, valor 12,49% superior ao apurado em 2002. Segundo Pinheiro, a redução das receitas atípicas, que somaram R$ 7,78 bilhões (valor corrigido pela inflação) no ano passado, explica a queda real na arrecadação. Sem considerar essas receitas, a arrecadação teve aumento real de 3,27%. No entanto, a Receita
registrou quedareal dearrecadação em quasetodos os principais tributos em2003 –um desempenho que reflete o ritmoaindalento da economia, que deve ter crescido apenas 0,3%no anopassado,segundo a estimativa mais recente do Banco Central. A retração no mercado de automóveis, por exemplo, fez comque aarrecadação doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no segmento caísse24,11% ante o apurado em 2002. O IPI como um todo rendeu aoscofres públicosR$ 19,67 bilhões em 2003, uma queda realde 13,29%em relação ao ano anterior. No caso do ImpostodeRenda (IR),ogoverno arrecadou R$ 93,01 bilhões, com queda realde 5,53%.
No caso daContribuição de Intervenção noDomínio Econômico (Cide), cobrada sobre combustíveis, aarrecadação caiu 9,7%, sobretudo por causa deliminares concedidas pela Justiça impedindoacobrança do tributo. O tributo de melhor desempenho em2003 foio incidentesobre aexploraçãode petróleo: o pagamentode royalties fez com que as chama-
das "demais receitas"chegassem a R$ 13,78 bilhões, acumulando elevação real de 17,41%.
Sea arrecadaçãoacumulada no ano ficou abaixo da de 2002, olhando apenaso mês dedezembro o que se percebe é a continuidadeda recuperação iniciada emmeados dosegundo semestre. No mês passado, o governo arrecadou R$ 25,82 bilhões – umcrescimento nomi-
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem decreto quereduzde 5%para3,5%a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) de 643 bens de capital. Outros cinco produtos tiveram o IPI reduzido de 12% para 8%. O corte só nãofoimaiorpara preservara política fiscal. A intenção, porém, é reduzir a tributação a zero até 2006. Dependendo do desempenho daeconomia, esse corte poderá ser antecipado. Lula querqueissosejafeitoo mais rápido possível. "O governoespera, comessa medida, acelerar o ciclo de retomada do investimento", disse o secretário de Desenvolvimento daProdução doMinistériodo Desenvolvimento, CarlosGastaldoni. Na sua avaliação, o corte de 1,5ponto percentual no imposto pode ser a diferença
entre um investimento ocorrer ou não. Ele explicou que, na maiorparte dospaíses, osbens de capital não são tributados. Portanto, a medida adotada ontem vai na direção de igualar as condições deinvestimento no Brasil e no exterior. Como decreto, ogoverno cortou em 30%a alíquota do IPI de todos os bens de capital relacionadosa setorescriadores de empregos, como o de construção civile oagronegócio.Também beneficiousetores próximos dautilização de 100% da capacidade instalada, como o de papel e celulose. Finalmente, atendeuàsmicroe pequenas empresas, ao reduzir a tributação sobre equipamentos como bombas, geradores, motores e transformadores.
"Tudo o que não é considerado bem de consumofinal entrou
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Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 15 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Marcos Lopes Ike -
Requerida: Alnice Barros Torres Alves ME - Rua Guarei, 123/125 - 40ª Vara Cível
Requerente: Eletrônicos Prince Ind. Com. Import. Exportação Ltda. - Requerida: ML de Franca Ayres-ME - Av. Osvaldo do Valle Cordeiro, 1.022 - 06ª Vara Cível
Requerente: Sérgio JustinoRequerida: Autoflex do Brasil Ind. e Com. de Flexíveis Ltda. - Rua Rodeio, 412 - 27ª Vara Cível
Requerente: Someco Representação Com. Import. e Exportação Ltda. - Requerida: Nero Metorina-EPP - Rua Maria Afonso, 71 - 22ª Vara Cível
Requerente: TL/Hearst Publicações Industriais Ltda. - Requerido: Benison Informática e Representações Ltda. - Rua Manoel Alonso Medina, 35509ª VaraCível
Requerente: Dacarto Benvic Ltda. - Requerida: Ocir Metalúrgica Industrial Ltda. - Rua Dr.
Mauro Paes de Almeida, 28924ª VaraCível Requerente: Multigrain Com. Exportação Importação Ltda.Requerido: Luiz Fernando Gomes Condez-ME - Rua Cardon, 269 - 30ª Vara Cível
Requerente: Zonoest Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Feras Som Com. de Peças e Acessórios P/ Autos Ltda. Rua Heitor Penteado, 1.47239ª VaraCível Requerente: Italplast Embalagens Plásticas Ltda. - Requerida: Parmalat Brasil S/A Ind. de Alimentos - Rua Gomes de Carvalho, 1.629 - 29ª Vara Cível
Requerente: Di Pace Ind. e Com. Ltda. - Requerida: Rolan Ind. e Comércio Ltda. - Rua Secundino Domingues, 39609ª VaraCível
Requerente: Belgo Bekaert Arames S/A - Requerido: Comercial JBR Ltda. - Rua Bom Jesus do Amparo, 254 - 15ª Vara Cível
na lista", disse Gastaldoni. Se o governotivesse resolvidozerar deuma vezo IPIdos bens de capital,teria uma perda da ordem de R$ 3 bilhões na arrecadação. Appyexplicou que o corte de 30%, que representará uma renúncia de R$ 1,020 bilhão, foio possível dentro das atuais condições. Cofins - Com amudançano sistema de cobrança da Cofins, entretanto, éesperadoum aumentonaarrecadação do IPI. Isso porque, nosistema antigo, um exportador sempre acabava comcrédito deCofins aofinal de suas operações e o compensava no IPI quetinha a pagar. No método novo, de valor agregado, esse crédito não será gerado. Por isso, asreceitas do IPI aumentarão. Ovalorserá"um pouco maior" do que o R$ 1,020 bilhão esperado de perda. (AE)
nal de 5,32% e real de 4,77% em relação a novembro. Esse desempenhofoi favorecido por fatoressazonais,como pagamento do13º salário, quefez a arrecadaçãodoImposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de trabalho saltar 58,98%.Mas, nacomparação com dezembro de 2002, que anula os chamados efeitos sazonais,o crescimentonominal da arrecadação bateu em 14,65% e o real em 4,90%.
Mudanças na legislação -A Receita obteve no ano passado uma elevação de pelo menos R$ 1,88bilhãona arrecadaçãodo PIS, Cofins eContribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), apenas por conta de alteraçõesna legislação. Osecretário daReceitaFederal, Jorge Rachid, rebateu,noentanto as
avaliações de quehouve aumento da cargatributária em 2003. Segundo ele, a carga tributária dos impostose contribuiçõesadministradospelo órgão noano passado foi menordo que em 2002. "Cabe um esclarecimento. Há um compromissodenão haver aumentoda carga.Em 2003, a carga tributária foi menor do que em 2002", assegurou ele. O secretário ressaltou que ogoverno estabeleceucomo"limite"a cargatributária de 2002. O cálculo da carga tributária depende não apenas do montante arrecadado em impostosecontribuições, mas tambémdo ProdutoInterno Bruto (PIB),a somade bense serviços produzidos no País. O valor do PIB de 2003 ainda não é conhecido.Em 2002,a carga de tributos federais foi de 24,52% do PIB. A carga total atingiu 35,86%.
Osecretário-adjunto daReceitaFederal, Ricardo Pinheiro, justificou essas mudanças na legislação como "correção de distorções". "Oaumentoé relativamente pequeno quando comparado com o ganho de qualidade da economia brasileira", afirmou. (AE)
RECURSOS SERÃO NECESSÁRIOS PARA FAZER FRENTE ÀS DESPESAS DO GOVERNO
Se depender do Orçamento daUniãode 2004, aprovado pelo Congresso, aReceita Federal terá "suor"dobrado para assegurar a arrecadação necessária com oobjetivode fazer frente às despesas do governo. O Fisco terá de aumentar em pelomenosR$ 38bilhõesareceita este ano em relação a 2003. Osparlamentares ampliaram no Orçamento em R$ 11 bilhões a previsão das receitas administradas pela Receita. Pelo Orçamento aprovado, a receitaadministrada estimada édeR$ 297bilhões,enquanto, em2003, aarrecadação dessas receitassomou R$259bilhões
em termos nominais (R$ 266,081 bilhões, corrigidos).
A maior dificuldade, reconheceu ontem o secretário-adjunto da Receita, RicardoPinheiro, deve-seao fatode quea administração federalenviou aoCongresso umaproposta bastante "realista",que previa um total de R$ 286 bilhões de receitas administradas em 2004. "Teremos em2004 umgrande desafio detranspiração, inspiração, suore lágrimas",disse. "Recordes têm limite", disse. Segundo ele, esse espaçoentre a previsão inicial de arrecadação e aquela aprovadapelosparlamentares será resolvido ou com o contingenciamentodo Orçamentooucom mudançasnos parâmetros econômicos que são usadospara as estimativas de receitas.A Receita está em compasso de espera do decreto
de programação financeira do Orçamento para saber qual será a metadearrecadaçãopara o ano. "Odecreto aindaestá em discussão", informou Pinheiro. Osecretário-adjunto daReceita afirmou que, se de um lado, existeumademanda por mais investimentos, por outro, a área econômica do Poder Executivo não podegerar "falsas expectativas" em relação à arrecadação. Pinheiro lembrou umafrase doex-secretário daReceita,EverardoMaciel, de que a carga tributária é decorrentedanecessidade de gastos. "O Brasiltem um déficit social muito grande que faz com que precise de mais investimentos públicos", ressaltou ele, lembrando que a arrecadaçãode2003foi oquetevemenor efeito de modificações na legislação desde 1999. (AE)
As empresas devem aproveitar o início do ano para realizarem umplanejamento tributário e reduzirem a carga de impostos. Especialistasgarantem que– apesardasconstantes mudanças na legislação – é possível diminuir ematé 50% a mordida do Fisco. Uma das saídas para as micro e pequenas empresas éaopçãopeloSimples– ofederal eo paulista.No caso do federal, os contribuintesdevemcorrer. Oprazopara adesão termina no dia 30. As micro e pequenas empresas devem aderir ao Simples Federal mediante alteração da Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica(FCJP). Odownloaddo programa pode ser feito no site do Diário do Comércio (www.dcomercio.com.br). Feitaa opção, ela será definitiva para todo o exercício fiscal. "Se realizada fora do prazo, o contribuinte só irá usufruir dos benefíciosdoregime apartir dopróximo ano",alerta oadvogado tributarista,Julio de Oliveira, doescritório Machado e Associados. Hoje, 3,9 milhõesde empresas estão cadastradas no Simples Federal,82% do total de empresasregistradaspela ReceitaFederalem 2003.Paraser incluída no regime, a microem-
presa deveauferir receitabruta anual igual ou inferior a R$ 120 mil. Para as pequenas, o faturamento deve ser superior a R$ 120 mil e não ultrapassar a casa do R$ 1,2 milhão no ano. Contudo, não são apenas estes os requisitos. Também é necessário que micro oupequena não esteja incluída no rol de vedações da regulamentação (ver em www.dcomercio.com.br).
O Simples Federal consiste emumaformasimplificada e unificada derecolhimentode tributos. Na sua base de cálculo – incidente sobre a receita bruta – estão incluídos os seguintes impostos e contribuições: IRPJ, PIS, Cofins, CSLL, INSS e IPI. A inscrição no regime dispensaa pessoajurídicado pagamento das contribuições instituídaspelaUnião– Sesc/Senac,Sesi/Senai eSebrae –,bem
como asrelativas ao salárioeducação eà contribuiçãosindical patronal. Poderá ainda incluirICMS eISS, desde que o estado e o município em que esteja estabelecida a empresa venha a aderir ao regime mediante convênio. Caso opte, na esfera estadual,peloSimples Paulista,o contribuintetematé novembro para se cadastrar. Opções -Antes de aderir ao Simples Federal, os empresários devem realizarum estudopara verificar serealmenteestaé a melhor opção. O consultor ReinaldoDomingos, diretordo Consultor 24 Horas, afirma que apesar dos benefíciose de certa diminuição da burocracia trazida pelo tratamento diferenciado,há casosemquevale apena permanecer emoutroregime. "Umaempresa de pequeno porte, cujaatividade esteja ba-
seada em vendas e com folha de pagamento zero ou bastante reduzida, poderá ver no regime de lucropresumido a melhoralternativa (ver quadro)", diz. Planejar o pagamento de impostos – federal, estadual e municipal – deveser uma medida a ser tomada por todas as empresas, de preferência no iníciodo exercíciofiscal. Mas não há uma receita que valha para todas. É preciso que se estude caso a caso. Segundoespecialistas, esteé o momentoideal para quese analise a carga que incide sobre asoperações praticadas pela empresa e determinar a viabilidade de uma reorganização doregime tributário,quepossibilite encontrar uma roupagemque geremenostributos. "É quandovocêtem dados anuais que apuram lucros ou prejuízos demonstrados nos balanços", segundoDouglas Rogério Campanini, consultor daASPR Auditoriae Consultoria. Comestas informações, os consultores tributários podem fazer uma análise comparativa e simular qual seria o valor que a empresa deveria pagar se optasse por um outro regimetributário, entreos permitidos pela legislação. Fernando Vieira
Por Geraldo Mayrink
Avelha e boa igreja católica ainda causa escândalo,para quem acredita nela. O diretorPeterMullan nãoacredita nas suasvirtudes,mas sóem seus vícios. Em Nome de Deus (The MagdaleneSisters) toma, no título brasileiro, o Seu santo nome emvão. No originalse refere a uma irmandade madalena, talvez emhonra à grande eoriginal pecadora.Foi premiado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2002, sob protestos da imprensa e personalidades fiéisà Igreja de São Pedro.Erevoltou aquemnão sabia doqueaconteceunos subterrâneos do Vaticano e nos conventos. A barbaridade foi relatada numa infinidadedelivrose filmes, entre os quais se destaca Madre Joana dos Anjos, todos passados emépocas antigas. Aqui a novidade é que desenha-se umretrato moderno detorturas medievais sobreviventes nos anos sessenta. E quem não sabia devia serateu ou distraído, talvez até protestante.
Martírio – Conta-se agora o martírio de três adolescentes marcadas para sofrer. Uma estuprada porum primodurante uma cerimônia de casamen-
Filme mostra a situação vivida por jovens, consideradas desonradas por suas famílias. Elas eram encaminhadas para um convento, onde viviam como escravas
to, outra suspeitade se entregar à luxúria e uma terceira que dá à luz um menino de pai desconhecido, ante a indiferença ou ódio dos pais. São condenadas a viver – se é que aquilo era vida – e morar numa espécie de convento, onderecebem chibatadas orando ao Senhor, obsessivamente. E ainda lavam roupa todo dia, que agonia. Não podemfalarentre si e sua única distração é assistir Os Sinosde SantaMaria. Trata-se de um marco piegas do cinema digamosassim religioso, no qual alinda Ingrid Bergman, no papelde uma freira,reza e agradecetudo aoTodo-Poderoso.Asmoças presas, dignas de toda a piedade cristã, são abjetas na sua submissão ao totalitarismo. Nenhuma centelha dofamoso efogoso estopim
DVD/VÍDEO
A Cor do Paraís o – É impossível não se emocionar com esta produção iraniana. Mohammad éumgarotodeoitoanos, que freqüenta umaescola para cegos em Teerã. Sua sensibilidadee inteligência tornam-no uma criança especial. Mas seu paiconsidera-o umfardoque não quer carregar, interessado que estáem secasar novamente. Durante as férias escolares, ele resolve afastar ogarotoda avó, a única a entendê-lo, levando-oparaaprenderum ofício comum carpinteirocego. Odiretor Majid Majidi (de Baran) fez uma históriapoética, apesarde extremamente triste.Com Houssein Majoub, Mohsen Ramezani eSalime Feizi.Duração: 90 minutos. DVD/VHS. Europa
Lua de Papel
– Comédia que traz nos papéis principais Ryan O’Neal esua filha Tatum, então com 10 anos de idade. A garotatornou-sea mais jovem atriz premiada com um Oscar por seu primeiro papel no cinema. Ela interpretauma meninade noveanos, quesejunta aovigarista Moses, quando sua mãe morre.Os dois vivemde aplicar golpes em viúvas e a esperteza da menina é o grande trunfo do malandro. Ela se apegaa ele, e não tem a menor dúvida em desmascarar uma possível namoradaquetenta seintrometerentre eles. Éum humorinteligente, de altonível.Com MadelineKahn. Direção: Peter Bodganovich. Duração:102 minutos.DVD(em preto & branco). Paramount
curto irlandês brilha nelas. Real – Os fatos narrados se passam na Irlanda, em 1964, épocaemqueasmulheres de outras partes do mundo descobriram autilidade dapílula anticoncepcionale descobriramtambémas pernas,na libertação dowoman’s lib.No asilo ninguém é linda como IngridBergman. Pelocontrário, lá sereúne umcaldeirão de
mulheres feias de dar dó, como poucas vezes se viu numa tela. Ofilmeé umaespécie de documentário baseado em fatos reais que remete a épocas e lugares primitivos, como a Sicília, ondea honra élavada a sangue, ou o nordeste brasileiro que se ajoelha a qualquer santo, passando fome.Mas o cenário é o do famoso primeiro mundo europeu, através de umaentidadechamada AsiloMadalena. Lápenaram cerca de trinta mil mulheres até ser fechadapelo governo, em 1996. Concurso e deboche – Espécie de Febem da alma, e só para moças,os asiloscobravam pela estadia e eram dirigidosporfreiras fanáticas,despóticas elúbricas. Elas quase gozavam diantedasinternas peladas,num concurso constrangedor em que escolhiam as maiores bundas, peitos e pentelhos, debochando delas. Emseguidaas espancavam.É tudosexoqueazedou, contra as leis da natureza. O martírio docorpocontra oespíritoexplode numa cenahilariante, a únicadestefilme sombrio.É quando um padre fica nu durante um ataque de coceira e uma das moças grita obsessiva e repetidamente: "O senhor não é homem de Deus". Deus,é claro,não temnada com isto. Não se sabe se o escocês Mullanvendeu suaalma a Ele ou ao diabo, se é católico ou protestante, mas apenas que escolheua Irlanda,palco de uma velha guerra entre as duas religiões, como pano de fundo de seu filme. Pouco importa de que lado está atirania, cuja vítima é sempreo serhumano. Vale oque está na tela, que é forte e perturbador.
Não énenhuma novidade,a tramajáfoiabordada emvários filmes. Mas Grande Menina, PequenaMulher (Uptown G i r ls ) torna-se um bom programa graças à atuação da brilhante garotinha DakotaFanning.Aos oito anos de idade, elajádera um showdeinterpretação em Uma Liçãode
A mo r , contracenando com SeanPeen.Esperta, bonitae muito engraçada, ela domina a produção de ponta a ponta.
Elaé Ray,umagarotaque compensaaausênciada mãe,
O Homem
Co piava –Ótima produção nacional, na qual o diretor e roteirista Jorge Furtado misturaváriosgêneros: ficção,comédia, dramae animação. Tudo isso para contar ahistória de André, operador de fotocopiadora, e seus amigos. Eleprecisa desesperadamente de R$ 38 para comprar um robee impressionara vendedorada loja. Copiauma notade R$50e conseguepassá-la facilmente. Associa-se aos amigos Cardoso e Marinês com planos para obter mais dinheiro. A estrutura narrativa torna a história ainda mais atraente. Com Lázaro Ramos, Leandra Leal, Pedro Cardoso e Luana Piovani. Duração:130 minutos. DVD/VHS. Columbia
Por Beth Andalaft
poderosaexecutivado ramo musical, sendo extremamente exigente consigomesma. Perfeccionista, com mania de limpeza, elaé uma adultaem corpo de criança.Não se permite brincar, relaxar e, muitomenos, comer aquelas porcarias que a garotada adora, como cachorro quente. Música, só clássica.
Já Molly (Brittany Murphy, de 8 Mile – Rua das Ilusões), aos 22 anos de idade, não tem qualquerresponsabilidade. Filha de um astro do rock, que morreu num acidente de carro com a mulher, vive de direitos autorais. Patricinha, ela é desorganizada, irresponsávele consumidora voraz. Uma criança em
corpodemulher. Atéquedescobre ter sido roubada por seu contador e ter de trabalhar para sobreviver. Faíscas –Molly nãosabefazer absolutamente nada. Então um amigo lhe arranja o emprego de babá deRay. É claro que asduas entrarão ematrito e sairão faíscasda convivência de ambas. Porém, Mollypercebe que por trás da sisudez de Ray, está uma garotinha carente. Apartir daí,as duasvão se tornar grandes amigas, porque Molly também tem suas carências.Em tornodas duascirculam outros personagens ehá espaçoparao romance. Neal (JesseSpencer)é ojovem por quem Molly se apaixona.
Voando Alto – Comédia dirigida pelo b ras i l ei ro Bruno Barreto eprotagonizada por Gwyneth Paltrow. Pela primeira vez, elafaz umamulher vulgar,criadanum estacionamentode trailers.Seu sonho étornar-seaeromoça e elacomeça numapequenaempresaaérea.Consegue entrar numcursodepreparação de uma famosa empresa, mas no exame é passada paratráspor sua melhoramiga. Então,ela recomeçadozero.O humorfica porconta deMikeMyers, oAustin Powers, comoo instrutor zarolho. Vale pela curiosidade em relação ao trabalho de Barreto. Com Christina Applegate e CandiceBergen. Duração:87minutos. DVD/VHS. LK-Tel
As s a ss i n a por Natureza – Filme menor de ação e suspense, repleto declichês. CJ éumaassassina profissional, que não se apega a nada na vida.Os homens, ela apenas usa oshomensquandoprecisa. Porém,ela começaa falhar na missão de matar o casal Troy eEmily,queroubou grande quantidadede drogasde seu chefe. CJ fraquejaporque descobreestar grávida.Nãofalta nem o bom moço que tenta recuperar CJ. Ele é Rick, padre queabandonou a batina,mas continua querendo salvar os pecadores. Com Daryl Hannah, Brad Renfro,Eric Mabiuse Dominique Swan.Direção:Keny Golde. Duração: 86 minutos. DVD/VHS. Eu ro p a
PIADAS INFAMES
O Cruzeiro das Loucas –Preco n ce ituosa, esta com édia con s eg ui u atrair um bom público no cinema. Portanto,há quem goste... Jerry leva um fora da namorada e para tiráloda fossa,oamigoNick oconvence a fazer um cruzeiro. Mas eleacabamnum tourparagays e só descobrem isso em alto mar. Não há como escapar. Jerry descobre a instrutora de dança e resolve conquistá-la. Porém, tudo isso acontece em meio a piadas demau gostoede duplosentido.É umavisão esteriotipada dos gays. Com Cuba Gooding Jr, Horatio Sanz, Vivica A. Fox e, pasmem!, Roger Moore, oex007.Direção: Mort Nathan.Duração: 95minutos.DVD/VHS. Imagem Filmes
Sessão Cineclube de janeiro tem grandes filmes
Reveralgunsbons filmeséa possibilidade que se abre com a Sessão Cineclube, que o Cinesesc(r. Augusta,2075)realiza neste mês,a partirde hoje.Os ingressoscustamR$4e R$2 (meia). Entre os filmes programados estão: hoje, Cães de Aluguel , de Quentin Tarantino; sábado, As Mil e Uma Noites de Pier Paolo Pasolini; dia 23, Testemunhade Acusação , de BillyWilder; dia24, Lolita, de Stanley Kubrick; dia 30, HanaBi –Fogos de Artifício, de Takeshi Kitano edia 31, Rogopag – Relações Humanas , de Roberto Rossellini, Jean-Luc Godard, Pier Paolo Pasolini e Ugo Gregoretti, quatro episódios, um para cada diretor. As sessões têm início às 23h30, excetonos dias30e31, queserealizarão às 23 h. (BA)
Ca ç ad o –
Neste suspense, tem-se aquela história da cobra criada. Aaron éum assassino treinado pelo governo americano, que serviu na guerra da Bósnia,foi até condecorado por seus atos. Porém,piroue,na volta aoseu país, passa a eliminar todos aquelesque consideraperigosos. Então,seu treinador L. T. é chamado para detê-lo. A produção mostra um jogo de gato e rato. São perseguições, armadilhas e muita violência. Mas a trama éfraca eTommy L.Jones já passou da idade e da forma para convencer em saltos e corridas. Com BenícioDel Toroe Connie Nielsen. Direção: WilliamFriedkin.Duração: 94 minutos. DVD/VHS. Buena Vista (21/01)
A foto acima reflete a desorientação que afeta comerciantes e moradores da região da Rebouças. Ao lado, da esq. para a dir., Eduardo, Márcia e Madalena. Mesma queixa.
Epitácio Pessoa/AE
CARTÃO POSTAL – A prefeita Marta Suplicy participou ontem de teste da nova fonte luminosa do Ibirapuera. Segundo ela, não há "a mais leve possibilidade de contaminação" dos espectadores, como questionou o Ministério Público.
Com assessoria jurídica, comerciantes e moradores da região afetada aguardam nova reunião com a subprefeita de Pinheiros, na Distrital da ACSP
Cresce o movimento pela isençãodo ImpostoPrediale Territorial Urbano (IPTU) dos comerciantes e moradores dos trechosdasavenidasRebouçase Eusébio Matoso interditados pela Prefeitura para aconstrução dapassagemde nível que ligará asduas vias, sob avenida Faria Lima. Aidéia,quenasceu naúltima terça-feira, em reunião dos comerciantes e moradores da região com a subprefeita de Pinheiros, Bia Pardi, promovida pelaDistrital dePinheirosda Associação Comercial de São Paulo,ganha cada vezmais adeptos. Nesseencontro, uma lista de treze reivindicações foi encaminhada às autoridades (veja quadro). Novasreuniões na Distrital estão marcadas paraos dias22e 28dejaneiro. Nessa ocasião, os comerciantes –cada vez mais irritados comos prejuízosque estão tendo com o bloqueio do trânsitoe ofechamento dascalçadas – irão ao encontro com Bia Pardi respaldados por uma assessoria jurídica.Háumconsenso entre os líderes do movimentode queasaída paraatenuar os prejuízos provocados pela interdição é a Justiça. Orientação jurídica – "Estamos tendo a orientação de advogados epodemos entrar comumaação pordanosmorais,lucros cessantes erequereroembargodo pagamento da taxa do IPTU", afirma MarceloWolf, gerentedaLeimar Musical, da av.Rebouças. Marceloreiterou queficousa-
Lambrusco Dell’Emilia Amabile
Prosecco Di Valdobbiadene
Frascati Doc Superiore
bendo, em conversas que teve terça-feira com pessoas ligadas à Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), queo prazo para a conclusão das obras é de 21meses e não 11, como está sendoanunciadopela Prefeitura. Parareforçar seus argumentos, Marcelo mostrou ontem o carnêde IPTU da Leimar Musical, cujo valor pode chegar a R$29 mil, caso optepor pagá-loem 10parcelas. Se optar pela parcela única, com desconto, o valor cai para R$ 26.832,00.
Com a queda no faturamento das empresas, o fantasma do desemprego volta a assombrar o comércio na área da Rebouças
Márcia Gatti, gerente da Victória, loja especializada em alta costura, também fez ques-
Valpolicella Clássico Doc R$19,90
Chileno Caballo De OroValle Del Maipo
Cabernet Sauvignon R$12,50
Português Arcos do Rei R$12,50
Argentino Borgoña R$9,90
Francês Bordeaux Appelation Controlée R$19,90
tão demostrar ovalorde seu IPTU: R$ 12 mil. Ela tem outros argumentos para levarà discussão na reunião na Distrital de Pinheiros, dia 28. "Nosso faturamento caiuemmaisde 50%.Antes da interdição, recebíamos mais de 100clientes em média aqui na loja. Hoje, não recebemos nem a metade. Como vamos fazer? Temos gastoscom funcionários (13 no total) e mais o aluguel do salão, que passa de R$ 6 mil. A insegurança étotal eà noitenenhumcliente temcoragemde entrar aqui", diz ela. Sinalização própria–Quem passa pela região, observavárias placasefaixas como anúncio das lojaslocalizadas nos trechos interditados. Se alguém pensa que foi a Prefeitura que providenciouos anúncios para facilitar a vida dos comerciantes está enganado. "Fomos nós, os comerciantes daregião, que mandamos confeccionar as faixase as placas de sinalização. Gastamos dinheiro comisto. Equem vai nos ressarcir?", questiona ela. Lúcia Helena dos Santos, gerente da Depilação Suzi, também temqueixas afazer àPrefeitura."O acessoà loja foi muito prejudicado.Os efeitos disso sãovisíveis. Antesda interdição, atendíamos de100 a 150clientes pordia. Agora,se atendemos20 clientes émuito", afirma ela, que espera pelo pior durante o Carnaval. "Onosso movimento semprefoimuito bomduranteo Carnaval. Em outrosanos, chegávamos aatender500 clientes durante os quatro dias. Este ano,com ainterdição, certamentevamos ter muitos prejuízos", diz ela. A taxa de IPTU da Depilação Suzi é de R$ 8 mil. Lúcia avisa que vai engrossar alistadosindignadosna reuniãocoma subprefeita. Risco de desemprego– "Queremosaisenção evamosfazer prevalecer nossos direitos", diz. Por causa da queda de movimento, omedododesemprego já tomou conta dos funcionários daDepilaçãoSuzi. "Temos 12funcionários, mas, se a situação não melhorar, vamos ter de demitir", afirma.
PROMOTOR ABRE INVESTIGAÇÃO CONTRA A PREFEITA
O promotor Saad Mazloum, da Promotoria da Cidadania do Ministério Público Estadual abriu investigação preliminar contra aprefeitaMarta Supli-
Eduardo Cordeiro Nunes, gerente da Vídeo Factory, é outro que contabiliza prejuízos. "Nosso faturamento caiu em 50por cento",avisa. Natentativa de amenizar os estragos, a Vídeo Factory colocou funcionários em pontos estratégicos da regiãopara levaros clientes atéaloja. Também intensificou osistemade"delivery"e contratouum serviçodemotoboys para atender melhor os clientes.Mesmo assim,constata: "Depois da interdição o nosso negócio ficou inviável. Estamos sobrevivendo por causa dos clientes antigos que temos.Estamos hámais de20 anos na região", afirma. "Esteclienteque estáaí,éo primeiro que entrou na loja até agora",afirma MadalenaGregório, gerente da Sofá Center, nofinalda tardedeontem."A nossaesperança é areunião quevamosternaDistrital da Associação Comercial. Queremos a isençãototal do IPTU", dizela,quetemoutros argumentos para levar à reunião. "Nossos clientes são classe A, porissonãovão sesujeitara enfrentar a sujeira provocada pelas obras. Além disso, temos os decoradores e arquitetos quecostumam trazer seus clientes até a loja. Com a interdição, eles sumiram. Estão fazendo exatamente o que a Prefeitura pediu para queelesfizessem. Sumiram da região", afirmou a gerente da Sofá Center,quepagaR$ 10mildeIPTU e R$ 10 mil de aluguel. Wladimir Miranda
cy.Elequer saberporqueela vetou projeto do vereador Odilon Guedes (PT) que determinava a publicação mensal dos gastos da Prefeitura. O MP também quer acionar a prefeitae algunsdosseussecretários pelas declarações que fizeram nas últimas semanas, insinuando que os promoto-
res estavam a serviço do PSDB. O último a atacar foi o secretário dos transportes, Jilmar Tatto,paraquem oConselhodo MP estaria trabalhando para ostucanos. Aprefeitaalegou entre as razões de seuveto que ficaria caro para o município publicar mensalmente relatórios de gastos.
Apaixonados pela sétima arte e pela metrópole, os cinéfilos paulistanos falam de suas melhores lembranças no escurinho das salas de exibição. Exigentes, todos indicam os melhores espaços para ver os títulos com conforto e sossego. Para Evaldo Mocarzel (foto à direita), Cinesesc tem charme único.
Por Dora Carvalho
OescritorJoão SilvérioTrevisan,o cineastaEvaldo Mocarzel, a editora de texto Maysa Monção, a bibliotecária Madalena Sadako Kawakami e a dona-de-casa Clotilde Pereirapodem nunca ter conversado, mas équase certo que já se esbarraram em umadas filasdassalas decinema preferidasdos cinéfilos paulistanos. Para eles, a cidade é perfeita paraquem é apaixonado pela sétimaarte. No aniversário de 450 anos da capital, eleselegem seuslocais favoritose relembramcomsaudade da Cinelândia edoscinemas elegantes da rua Augusta. Segundo eles, esses espaços escondem ocharme dacidade e do paulistanoafeito às artes. A variada opção de salas reúne os mais diferentes públicos que estão embusca de "esquecer o corre-corre da metrópole e mergulharno escurinhodo cinema",diz abibliotecária Madalena Sadako Kawakami. Mostra - Para ela, só em São Paulo é possível acompanhar o ritmo de lançamento de filmes. Na mostra BR de Cinema, realizada no final do ano passado, ela assistiu nada menos do que 63 títulos. "Tireiuns dias de folga para isso", afirma. Madalenaé frequentadora assíduado Espaço Unibanco, do Arteplex Unibanco e do Cinesesc.Nãofoisó Madalena que elegeu as três salas como as melhores de SãoPaulo. Os cinéfilos de carteirinha freqüentampelomenosuma vezpor semana um desses lugares.
Mas Madalena prefere mesmoo Cinesesc, jáquelá,segundo ela, o público émais respeitoso. "Ninguém fica atendendo celular, conversando,comendo pipoca ou fazendo barulho.Já vi gente brigar de soco por causa da
falta de respeito", reclama. Morar no Centro de São Paulo tem seu charme e suas vantagens.Uma delasé estar próximodebons cinemas. Morador de umprédio antigo na Avenida São Luís, o escritor João Silvério Trevisan também assiste filmesfreqüentemente na salado UnibancoArteplex. "Não gosto deshoppings, mas a qualidade de som dessas salas é muito boa", diz. Trevisan, que é autor do livro Devassos do Paraíso (EditoraRecord) edo longa-metragem Orgia ou o homem que deu
cria (1970), costuma ir ao cinemapelo menosduas vezespor semana.Mas, ultimamente, está aproveitando para rever os clássicos de sua filmoteca. Esseéum doscostumesque muitos cinemaníacos estão começando a adquirir. A livraria Fnacé alojaescolhida para comprar novostítulosem DVD pelos aficcionados.
Para rever amigos s -OcineastaEvaldo Mocarzel,autor do documentário A margem da Ima gem , adorairaocinema, masvemdividindoo tempo entre assistiros clássicosem
casa e ver os lançamentos na tela grande. Ele gosta do Arteplex do Unibanco. "É um ponto de encontro interessantíssimo para rever amigos", diz. O charme do Cinesesc, com o bar que permite que o expectador belisquealguma coisa enquanto assiste ao filme, é um dos destaques da cidade,na opinião de Mocarzel. Para ele, o local tem uma profunda ligação com São Paulo.
Lembr anças - A dona-decasa ClotildePereira relembra comsaudadeos tempos de adolescência,quando freqüentava os cines Majestic, PicolinoeMaraxá."Tinhaaté a chamadasessão maldita, que acontecia à meia-noite", conta. Apesar das boas lembranças, Clotilde gosta da variedade e qualidade das salas atuais. Há pelo menos30 anos,ela freqüenta o circuito de cinema paulistano. "A diferença é que, antigamente, as salas eram menores, era fácil encontrar os amigos eassistir duassessões seguidas", relembra.
Matadouro - A idéia de criar a Cinemateca Brasileira tem início na década de 40, quando estudantes da Faculdade de Filosofia da USP criaram um clube de cinema. Muito antes disso, em junho de 1887, foi inaugurado o matadouro de carnes da VilaMariana, que ficou abertoaté 1927. Hoje,o local abriga a Cinemateca Brasileira, que é responsávelpela restauração e preservação da produção cinematográfica nacional. "A história e o conjunto arquitetônico do prédio tornam a Cinemateca especial.Éainda maisinteressante assistirum filme sabendo que o local já foi um matadouro",diz aeditora de texto Maysa Monção.
A Cinemateca Brasileira tem um acervode 150milrolose quase 35 mil títulos.
Clássicos que são unanimidade entre os loucos por cinema: O Mágico de Oz; A um passo da eternidade; Cantando na Chuva e Grande Hotel
Primeira exibição em São Paulo foi em 1896
Nos idos de 1907, assistir a uma exibição de cinema custava entre500e milréis.O ingresso mais caro era comprado pela elite paulistanada época, que se acomodava em camarotesoulocais maisnobresde teatros do centro antigo.
A primeira exibição de que se temnotícia foifeita noTeatro Sant'Ana, em agostode 1896. O local tinha capacidade para abrigar maisde1,2mil pessoas. Era comumos filmes serem exibidos em teatros.
Só no final de 1907 é que a cidade ganhou a primeira sala fixapara aexibição de filmes produzidospelaLumiére. As apresentaçõescomeçaram a ser feitas no chamado BijouTheatre, que foi o primeiro locala exibirquase queexclusivamente filmes.
Piano - Nosanos 50,no triângulo formadopela rua São Bento, Praça da Sé e Avenida São João Chegou a abrigar maisde 50cinemas.O localficouconhecido comoa Cine-
lândia Paulistana. Os mais conhecidos da região eram o Olido,Rits, Metro,Regina,Espaciale Comodoro.Todoseram frequentados por pessoas elegantes, que aguardavam o início da sessão ouvindo clássicos tocados ao vivo no piano. Apesar das tentativas derecuperação da região,até agora apenas oCine Olidofoi recuperado pela Prefeitura para abrigar a Secretaria Municipal de Cultura, aGaleria Cultural Olido e o Museu da Cidade. Bingos - Hoje, porém, boa parte das antigas salas abrigam bingos, igrejasevangélicasou exibem filmespornográficos. O governodeSão Paulochegoua sinalizarque iriarestaurar pelo menos dez cinemas da região da Avenida São João. Também seriaconstruído um estacionamento de 800 vagas embaixo do Largodo Paissandu. Até hoje o projeto não saiu do papel por falta de recursos. A idéia era transformar a região na Broadway Paulistana.
Fotos: Divulgação
Doces gelados e sorvetes passam a integrar os cardápios das docerias, inclusive em versão light com menos calorias
Por Beth Andalaft
NPor Sérgio Roveri
o segundo semestre de2002, o diretor gaúcho Luciano Alabarse surpreendeu acrítica e o públicoda cidade ao mostrar,no Espaço Promon, uma das mais angustiantes incursõesteatrais doescritor austríaco ThomasBernhard, Almoço na Casa do Sr. Ludwig. Inspirada na vida do filósofo austríacoLudwigWittgenstein (1889-1951), a peça era umaimplacávelmetralhadora verbal que, após praticamenteaniquilar ospersonagens no palco, respingava seus tormentos por sobre aplatéia. Pouco maisde umano depois, Alabarse voltaa SãoPaulo, novamente acompanhado de um texto de Bernhard. O petardo da vez é A Força do Hábito, que, emboraambientado sobascoloridase puídas lonas deum circo,recria um ambiente tão corrosivo quanto o de um campo de concentração.
A Forçado Hábito é asegunda peça da trilogia bernhardiana que o diretor pretende concluirnoano que vem, coma montagem de Heldenplatz, peça que causou um rebuliço nacional ao ser encenada na Áustria, em 1989. Motivos, para isso, houve de sobra: neste texto, Bernhard, morto em 1989, abraçava atesede que e Áustria, nosdias atuais, seriaum país ainda mais fascista do que quando foi anexado por Hitler ao nazismo alemão. "Esta é a última e,comcerteza,amais polêmica das peçasdesteautor", diz Alabarse. "Nos últimos anos, não me lembrode
ter meimpressionadotanto comum escritorcomocom Bernhard. Algunscríticos europeus costumam compará-lo a Samuel Beckett. Não vejo afinidades estilísticas entre os dois, mas ambos têm o dom de escrever o melhor teatro, a grande dramaturgia".
Poder e dominação
E m A Forçado Hábito , Bernhard desnuda um humilhante exercício de poder e dominação entre osenhor Garibaldi,dono de um circo maltrapilho que leva seu nome, e sua trupe mambembe formada pelo domador, o palhaço, o malabarista e a bailarina. Masnão é aprática circense que Garibaldi exige deles. Longedisso. Odonodocirco querque seussubalternosexecutem, de forma que nada fique a dever ao virtuosismo, a dificílima peça musical A Truta, de Schubert. Oresultado é,na maioriadas vezes,constrangedor, já que nenhum dos artistas tem qualquerfamiliaridade com a música e seus instrumentos. "Aoretratar osensaios de umquintetode Schubert por artistas absolutamente incapazesde atingirestaexecução,a peça pretende falar sobre utopia e degradação", diz o diretor. "O picadeiro daquele circo é um ambiente em que falta ética e sobra trapaça – este é o grande mote da peça,muito adequado aos nossos tempos, por sinal".
A Força do Hábito estreou em marçode2003 noFestivalde TeatrodeCuritiba, echegaa SãoPauloapósalgumas apre-
sentações em Portugal.O diretor assegura,no entanto,que a montagem, que estréiahoje no Espaço Promon, está muito diferente daquela vista pelos paranaenses. "Quando apeça estreou em Curitiba, confesso quenão fiqueisatisfeito como resultado", revela. "Digo isso com a certeza de que uma direção teatral não pode se acomodar a um primeiro resultado. O espetáculo que entra hoje em cartazébemdiferente emintensidade ecorrosão. É mais duro, mais seco e mais áspero." Alabarse acredita que não é à toa que Garibaldi,o donodo circo,tenhaescolhido justamente A Truta como trilha sonorapara submeter seuscomandados a ensaios obsessivos ehumilhantes."Para opersonagem, A Truta é a música perfeita e oprincipal motivo para ensaiar incansavelmenteesta obra e recriar, no ambiente circense,um modelosufocantee totalitário".
A montagem de Alabarse traz, ainda, a oportunidade para que os paulistanos revejam o magistral trabalho do ator Luiz Paulo Vasconcellos na pele do velho erancorosoGaribaldi. Completam o elenco os atores Alexandre Vargas, Fábio Rangel, LisianeMedeiros eLutti Pereira.
SERVIÇO
A Força do Hábito, estréia hoje no Espaço Promon – av. Juscelino Kubitschek, 1830 –Itaim Bibi, fone 3847-4111.
6ª e sábado às 21 h, domingo às 19 h. Ingressos: R$ 30.
O dicionário Aurélio define a palavra ‘rubrica’,entre outros sete empregos possíveis, como sendo a "indicação escrita de comodeveser executadoumtrecho musical, uma mudançade cenário, um movimento cênico, uma falaou umgesto doator". Sob esteaspecto, seriacorreto afirmar que a rubrica é somente uma ferramenta a serviço do autor,um recurso queele utiliza para reger os caminhosdasua criação. Mas a partir de amanhã, no galpão 1 do Sesc Belenzinho, esta regraserá impiedosamente subvertida:na peça A Cabeça do dramaturgo Alcides Nogueira, a rubrica ganha vida própria, revolta-se, e passa a discutir com o autore como personagemo intrincadoprocesso da criação teatral. Que o público não se assuste: A Cabeça não pretende ser umtexto hermético, destinado apenasaodeleite daqueles que sãoíntimos dosmeandroscriativos. Ao longo de 50 minutos, o texto vai revelaralgumas questões éticas muito familiares a qualquer espectador. Alcides Nogueira é um dos autores mais férteisda dramaturgia contemporânea. Teve duas peças recentemente encenadas em SãoPaulo (Pólvora e Poesia e A Ponte e a Água da Pisc in a )e no momento escreve, com Maria Adelaide Amaral, a minissérie global Um Só Coraçã o A Cabeça é um texto de 2001, contemplado com o Prê-
mio Shell Especial. Em cena estão odramaturgo(vivido por Elias Andreato), o personagem (Eucir de Souza) e arubrica (papel deDébora Duboc).Ao tomar consciência de sua importância no jogo teatral, a rubrica, apoiadaem seuhumor corrosivo, passa a travar uma luta pelo poder com o dramaturgo e o personagem. "A criação estabelece a regra, e ela está em mãosdo dramaturgo",diz Nogueira. "Mas a personagem pode se rebelar, ao perceber que, no fundo,quem mexe as pedras no tabuleiro é a rubrica. Estes três pólos poderiam até lutar por idéias e ideais particulares, mas em A Cabeça a arena é a sociedade, onde ocorre o grande espetáculo".
Emboraa tramade suapeça possa soar, num primeiro mo-
mento, comoum veículodestinado aos iniciados, Alcides Nogueira garante quecriou uma obra muito mais abrangente. "Nãoconsigo estabelecer diferenças entre um espetáculo para grande público e outro para platéias diferenciadas. Para mim, existe a cena, esomente isso. Quero jogar o spot sobre a criação como arma, até mesmoletal. Emostrar deque formao criadorusaeste seu poder", acrescenta. "Com certeza,quem éfamiliarizado com rubricas, dramaturgose personagensfará uma leitura diferente do meu texto. Mas isso não aumenta, nem diminui, a sintonia com o público."
SegundoNogueira, aaçãoda peça sepassa emtemporeale dura exatamente o tempo em queo jogocênicoacontece. "Desta maneira, cada espectador tema possibilidadede interagir, mesmo sem sairde sua poltrona, com aquilo que está no palco. Se o palco é a cabeça de cada pessoa que está noteatro, então a peça acontece do jeito que cada um bem entende".
A Cabeça, em cartaz até 21 de março, abrea programação 2004 do Sesc Belenzinho.(SR)
SERVIÇO
A Cabeça, estréia amanhã no Sesc Belenzinho –av. Álvaro Ramos, 915 – fone: 6602-3700. Sábados e domingos às 20 h. Ingressos de R$ 10 a R$ 15.
Calor pede sobremesas refrescantes. E mesmo quem vive de dieta nãoresiste aosdoces geladose sorvetesda temporada.Masaqueles que não abrem mão da contagem de caloriasde modo algum, têm as versões light que asdocerias passaram a incluir em seus cardápios. A rede Amor aos Pedaços optou por cores e sabores cítricos para acoleção Primavera/Verão 2004. Os ingredientes encorpados foram substituídos pelas frutas, como tangerina, laranja, limão e maracujá. São 33 produtos entre bolos, tortas, sobremesas individuais, a linha light 0% de açúcare osgelados. Estes são o destaque da temporada, umaversãofria dosváriosdoces de sucesso da Amor aos Pedaços. É uma mistura de sorvete e bolo, como o Gelado de Limão (camadas desorve delimão com bolobranco, creme de limão, mousse de limão e raspas de limão).O valor calórico desses doces é menor que os tradicio-
nais, embora não sejam light. Uma fatia de Gelado de Limão(50g)possui112,9 kcal enquanto o Bolo Mousse de Limão tem 149,8 kcal. Os gelados também podemser encomendados e levados para casa e têm preçoentreR$40 oquiloeR$ 51o quilo dolight.Para viagem, eles pesam, em média, dois quilos.Outrasopçõesde
sabores são o Bolo Fantasia de Laranja (bolorecheado com chocolate, creme de trufa branca elaranja, cobertocom chocolate elaranja); bolo mousse de limão (bolo branco recheado e coberto com creme e mousse de limão). Ambos custam R$ 48, 20 o quilo. Mais informações podemser obtidas fone 0800-115020. Sorvetes – O Café Journal (fone 5055-9454) colocou em seucardápio váriascombinações de sorvetes Häagen Dazs para atendertodos osgostos. Da simples bola de sorvete de chocolateou creme com calda (R$ 5,80) ao Sweet Journal petit gateau, que combina chocolate, com caldade creme,framboesaou chocolatecomsorvete decreme(R$11,50),aos browniesquentes comsorvete de docede leitee caldaquente de chocolate(R$ 14,50) ou com sorvete de creme tradicional e calda quente de chocolate (R$ 10).Há ainda acompota de frutas com sorvete Häagen Dazs de c he e se c ak e (R$ 12,50).
Neste ano, o tradicional bolo de aniversário da cidade ganha os sabores de milho, coco e chocolate
Im pre scin dível nas comemorações do aniversário da cidade de São Paulo,o tradicional Bolo do Bixiga ganhou neste ano uma novaforma de preparo e novos sabores. Coco, milho e chocolate compimenta,que remetem à culturadosimigrantes queajudaram a construira cidade.Os sabores serãointercaladosno bolo e substituirão ohabitual pão-de-ló, oferecidoaté oano passado. A confecçãodesse enorme bolo,que acadaano aumenta um metro, conforme a idade quea cidade comemora, começa nesta terça-feira, dia 20, na Escola Senai Horácio Augusto da Silveira. Estaé aoutranovidadedo tradicional bolo.Ele deixade ser feito emvárias cantinas e padarias do bairro que lhe dá o nome, contando agora com o apoioda DonaBentaAlimentos, ChocolatesGarotoeSenai-SP.Os sabores escolhidos resgatam asraízes baianas,indígenas, coloniais, nordestinas, mineirase tambémdo interior do estado, expressando a diversidade cultural de Sampa. Provavelmente, o coco chegou ao Brasil, vindo do marda África ou dasÍndiase se integrou aos ingredientes locais. Misturas saborosas – Combinado com açúcare mandioca,o cocotransformou-seem doces ebolos. Compimenta e peixes,fezsurgir amoqueca, uma dasestrelas da culinária baiana. Temcomo umde seus
melhores parceiros omilho, que foi levado do México à Europa pelos conquistadoresespanhóis.Base daalimentação dos indígenas,erausadoem docese salgados.Combinado com o coco resultou em pamonhas, curaus, canjicas, bombocados e bolos diversos, que dão tanto sabor às festas juninas. Nas ceias nordestinas, o cuscuz regado ao leite de coco fresco tinha presença garantida. O bolo de milhomacio e úmido era outro acepipe.O bolode fubá de Minas Gerais, servido com café,conquistou opaís e, nointeriordeSão Paulo, era acompanhado de leite, à noite, antes de dormir. O chocolate foi o último dos ingredientes a se integrarà nossaHistória.
Originário da América, dele se alimentavam os sacerdotes astecas. Cobiçado, suas favaseram usadas como moedas. Noséculo XVII, um holandês conseguiu fazer das favas amargas um saboroso pó, que na Europa era servido como bebida. No Brasil, tornou-se ingrediente de doces no início do século passado. Mençãoa esse uso foiencontrada num velho caderno de sinhá, datado de 1906, queo apontavacomo item para o preparo de um bolo de tabuleiro. Assim, ele se junta aococo eaomilhopara fazero Bolo do Bixiga. O imenso bolo, este ano com 450 metros, é consumido em merosseis ou sete segundos. Walter Taverna, presidente da Sociedade de Defesa dasTradiçõeseProgresso da Bela Vista, atual responsável pela tradição, chama a hora de distribuição de "ataqueao bolo". A festa será realiza no dia 25, às 11 h, na rua Rui Barbosa (entrea r. ConselheiroCarrãoe praça D.Orione). (BA)
● Farinha de trigo: 1.492 quilos
Bolo do Bixiga em números
● Margarina: 620 quilos
● Fermento em pó: 80 quilos
● Fubá: 80 quilos
● Ovos: 13.100 unidades
● Leite: 1.140 litros
● Cacau em pó: 30 quilos
● Coco Ralado: 55 quilos
● Pimenta em pó: 3 quilos
● Marshmallow: 1.000 quilos
● Leite: 1.000 litros
● Gotas de chococate: 4.650.000 unidades
● 44 horas de batimento da massa
● 78 horas de cozimento
Objetivo é restituir ao Executivo competência exclusiva sobre política externa. Norte-americanos continuarão a ser identificados na chegada ao País.
A Advocacia Geral da União (AGU) deu entrada na tarde de ontem com um recurso na Justiça Federal contra a decisão do juizfederal JulierSebastiãoda Silva, do Mato Grosso, que determinou a identificação de todos americanosqueingressarem no País. Segundo o portavoz da Presidência, André Singer,oargumento jurídico da AGU é o fato de que, de acordo com a ConstituiçãoFederal, a competência sobre assuntos de política externa cabe ao Presidente da República. Singer explicou que o recurso destina-se apenas a restaurar a competência exclusiva do Presidente da República na condução da política externa. Ele também informou que fica mantida a portaria aprovada pelo presidente Lulana semanapassada,quedetermina a manutenção dos procedimentos adotados para o controle da entrada de estrangeiros no país com fundamento no princípio da reciprocidade nas relações internacionais. A portaria determinaa criação de um grupo interministerialque definirá regras para o controle da entrada de norteamericanos. O grupo temum prazo de 30 dias para a conclusão dos trabalhos.
Na segunda-feira, a PrefeituradoRio deJaneiroobteve decisão favorável à suspensão do procedimento no Tribunal Regional da 1ªRegião. Entretanto, a publicação da portaria impossibilitou asuspensão da medida no Estado.
Informatização – Nos aeroportos internacionais Antônio Carlos Jobim (Rio de Janeiro) e
Cumbica (São Paulo), a Polícia Federal começou a usar o sistema informatizado para identificaçãodos turistas norteamericanos.O sistemainclui coletorde impressões e uma microcâmera acopladosa laptops. A identificação está sendo feita com os dedos indicadores porque, segundoa PF,eles seriammaisricosem minúcias. Osdadoscolhidos ficarãono InstitutoNacional deIdentificação, em Brasília. Fozdo Iguaçu – No Aeroporto Internacionalde Fozdo Iguaçu, na Ponte Tancredo Neves, fronteira coma Argentina,ouPonte da Amizade, fronteira como Paraguai, os cidadãos americanos não passam pelo fichamento. A justificativa é que as autoridades em Foz ainda não foram notificadas dadecisão do juizmatogrossense Julier Sebastião da Silva. Alémdisso, faltapessoal para esse trabalho. Comohá
apenas um papiloscopista na região, a identificação tem sido feita apenas coma apresentação do visto.
Comandante detido – O piloto da American Airlines Dale Robin Hersh foi liberado para retornar aos Estados Unidos no vôo da companhia às 23h30 de ontem. Hersh foi autuado e preso na quarta-feira por desacato ao fazer um gesto obsceno na fotografiade identificação. Encaminhado à 1ªVara FederaldeGuarulhos, eleconse-
Nova unidade da Febem, no Brás, terá 200 adolescentes em semi-liberdade
O governopaulista inaugurou ontem,no bairro do Brás, região central dacapital, a primeira unidade de atendimento diferenciado da Fundação Estadual do BemEstar do Menor (Febem). No local será aplicado oregime desemi-liberdade. Os 200 adolescentes que, inicialmente, serãoatendidos na unidade participarão de atividades (educacionais e profissionalizantes) durante oito horas diárias e, à noite, retornarão para suas casas. Na avaliaçãodogovernadorGeraldo Alckmin (PSDB), a inauguração do novo modelo da Febem é um passo importante."Tínha-
mos, praticamente, ainternaçãoe aliberdadeassistida. Agora, teremosa semi-liberdade: o adolescente passa o dia todo aquimas dorme em casa", afirmou,ressaltando que o projeto recebeu o apoio da comunidadedoBrás. "O nome Febem ainda éestigmatizado e há preconceito. Mas acomunidadeentendeuqueagorao local será umaescola, uma oportunidade para os jovens, e ajudou participando até mesmo do conselho gestor."
Com o novo nome de Espaço Educacional Profissionalizante, a unidade recebeu investimentos de R$ 1,3 milhão e funcionaráno prédioque
Tripulantes da American Airlines desembarcaram ontem no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e receberam flores após identificação pacífica. "Fichamento" foi informatizado no Rio e em São Paulo.
guiu um acordo que o obrigava a pagar uma multa no valor de R$ 36 mil.
O crime de desacato tem pena de até dois anos de prisão, o que permite a transação penal. Nessa espécie de acordo é possível aplicar a pena imediatamente, suspendendo o processo convencionalpela imediata aplicação de uma pena alternativa. O cálculo do valor da multa foi baseado no salário do piloto americano,decercade US$ 10 mil mensais, e na aná-
Jovens passarão oito horas por dia estudando e voltarão para casa à noite
abrigou o antigopresídio do Hipódromo.
A unidade da Febem foi construída em uma área de 23 mil metros quadrados e conta com oficinas de panificação, gráfica-escola, cozinhas para oficina de gastronomia e de salão de beleza.
Nova gestão– Anovaunidade também será administrada dentro de um novo conceito, em que parceiros da iniciativa privada e oEstado atuamjuntospara buscara maneira maisadequada de inseriro menor infrator novamente na sociedade.
A Organização Não-Governamental "Instituto Mamãe" – Associação de Assis-
tência à Criança Santamarenseseráaco-gestorada primeira unidade de semiliberdade da Febem.
No segundo semestre, o governo esperar dobrar a capacidade de atendimento na unidade do Brás, abrigando 400 jovens no total. Até julho, devem ser inauguradas pelo menos outras cinco unidades semelhantes.
O governotambém estuda a possibilidade de no período danoite abrira unidadedo Brás para desenvolver programas como o de ensino supletivo, comentou Alckmin. "As instalações são ótimas e o prédioé muitogrande",observou. (AE)
Prédio foi inaugurado por Geraldo Alckmin e recebeu R$ 1,3 milhão em investimentos
Mañas Diretor Superintendente
Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Ivan Lorena Vitale
Superintendente
Pinheiros
lise das conseqüências do crime. A quantia foi paga pela companhia aérea com um cheque. Por determinação da Justiça,o passaportedocomandanteficaria retidoatéasua compensação.Ontem, ocheque foi trocado por dinheiro, e o passaporte liberado.
AmultadeR$36mil foia maior já imposta na Justiça Federal de Guarulhos. O dinheiro foi doado ao asilo São Vicente de Paula, no mesmo município. (AE)
OPINIÃO
Leia os comentários dos leitoresdo DC sobre aidentificação de turistas americanos. Paraopinar, acesse www.dcomercio.com.br
"Apesar da ne ces sida de premente do Rio de Janeiro dereceberturistase 'tocar' sua indústriade turismo, empregando grande parte da população local,o princípiode reciprocidadediplomática afirma a soberania nacional. Se a questão econômica subtrai a necessidade de ações recíprocas entre nações,cria-se uma relação colonial. Sou totalmente favorável à decisão domagistradoe àportaria que a confirmou."
Silvio Pedroso (São Paulo/SP)
"Pergunto:o que é mais importante,aindústria de turismo do Rio ou a dignidade dos brasileiros, tantas vezeshumilhados nos EUA?Acredito queodinheiro não é tudo na vida."
Jefferson Camacho (São Paulo/SP)
"O governo brasileiro tem se mostrado sério e responsável neste primeiro ano demandato.Ofichamento mostranossa força, tantopolítica comoeconômica, afastando aquela visão de quesomos um quintaldos EstadosUnidos,onde tudo se pode."
Elton Vilela Monteiro (Jundiaí/SP)
Dinossauros já viveram na região
Trezes anos depois de ter tropeçado em um osso fossilizado, às margensdo rio Itapecuru, ao norte do Maranhão, o paleontólogo aposentado CândidoSimões Ferreira,84 anos, acompanhou ontem, emocionado, a apresentação da sua descoberta:a réplica do Amazonsaurus maranhensis,o mais antigodinossauro,ou saurópode, encontradono Brasil. O achado elimina as dúvidas doscientistas ecomprova que a região amazônica era habitada por pelo menos uma espécie de dinossauro. Em1990, Ferreirachefioua expedição de escavação formada por pesquisadores da Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Nacionalde Comahue, na Argentina. Concluído o tra-
balho de campo, em 1996, os pesquisadoresIsmar deSouza Carvalho, Leonardo dos SantosAvillae LeonardoSalgado descobriram queosfósseis eram de um dinossauro e que o Amazonsaurus maranhensis é um novo gênero da família dos saurópodes, a Diplodocoidea. Os ossos encontrados no municípiode Itapecuru,a120 quilômetros da capital do Maranhão, são de um réptil vegetariano, com cerca de10metros de comprimentoe 10 toneladas, um dosmenoresda espécie. "Ele era muito leve para o tamanho. Há informações, aindanão comprovadas, de que ele ficava apoiado nas duas patas traseiras para alcançaracopa das árvores",detalhou Avilla, doMuseu Nacional/UFRJ. (AE)
O mais informal dos navios que navegam por águas tupiniquins, aposta em detalhes que agradam o gosto nacional. Em sua segunda temporada por aqui, traz novos mimos a bordo, como filiais da Casa do Pão de Queijo e da Academia Fórmula
Por Lygia Rebello
Feito o embarque, antes mesmo de o navio começar a navegar, soa a sirene e uma voz fala aos excitadospassageiros. Passamvários minutosaté quetodosdeixema euforiadeladoe comecem a seguir as instruções do Exercício Geral de Emergência, exigido pelas Leis Marítimas Internacionais.Sob ocomando da tripulação, a multidão de colete salva-vidasemmãossaià procurade seu ponto de segurança. Vinte minutosde regras e... pronto! Lá se vai um dos únicosmomentos emque sevêem caras sérias durante um cruzeiro no Island Escape O constante clima de festa –marca registrada desse navio queestáno Paíspelosegundo ano consecutivo – não é lenda. Pelo menos não enquanto brasileiros são maioria a bordo. E a receita que os convenceu a viajar ganha nesta temporada novos ingredientes tupiniquins. Alémdainformalidade nos horários e na vestimenta, do restaurante 24 horas e de menu queincluifeijoada, manjar branco,brigadeirose beijinhos,o Island traz agorafiliais daCasa doPão deQueijo eda Academia Fórmula, além de DJ nacionaltocando até altas horas na boate e revista própria
emportuguês (distribuída gratuitamente em todosos cruzeiros). "Obrasileironão quer ternoegravatanas suas férias, muito menoshorários rígidos", diz Ricardo Amaral, gerente de marketing da Sun & Sea, representantedaIsland Cruises no Brasil. Números promissores – Segundo ele, todasassaídasda temporada–quevaiaté 19/3 (último roteiro) – estão com níveis de ocupação acima dos 60%. E se a expectativa (um total de 37 mil passageiros, 17% a mais quenoanopassado)for alcançada, é possível que no próximoanoa IslandCruises venhaaoBrasil com mais um transatlântico. "Queremos trazer mais navios,porquea demanda pode sermuito maior doqueas100 milpessoas que o mercado brasileiro
Enjoaou nãoenjoa? Aperguntaquenão saíadaminhacabeça se dissipou quando fiquei aos pés do navio. Todo mundo sabe o quanto essasembarcaçõessão grandes, mas assim, de pertinho, elas ficam monumentais! Ea sensaçãodegrandiosidade aumenta aindamaisquandose percorre o labirinto de estreitos corredores à procura da cabine. Ao abrir a pequena porta, o susto: nadade janelas.Pelo menosnão no meu caso– oquenãoocorre com os afortunados que podem pagar por cabines até com varanda e jacuzzi. O banheiro? Algo parecidocomumtoilette de avião com a diferença de ter uma ducha. Não meestresso,afinal,quemé que vai ficar dentro da cabine com tanta coisa para fazer fora?
Shorts e camiseta: traje básico no Island. Seja no cassino (abaixo), seja no Beachcomber (acima), com bufê 24 horas
Estamos no auge da temporada de cruzeiros marítimos na costa brasileira. Até meados de março, o viajante encontra um sem-fim de roteiros. A seguir, os resorts flutuantes da estação
BLUE DREAM –proposta de luxo da CVC, o transatlântico está navegandoem águas brasileiras pela primeiravez, fretado pela operadora. A bordo,apenas 349 cabines– boaparte com varanda. Viagem de 24 a 31/1 custa a partir de US$ 950 por pessoa. Saída deSantos, visitando Búzios,Salvador, Ilhéus e Ilhabela. Tel. 2191-8410, www.cvc.com.br.
de cruzeiros embarca por ano", afirma EduardoNascimento, diretor da Sun & Sea. O númerodetripulantes brasileiros também aumentou – são 140 de umtotal de 500. Trabalham, principalmente, como bartenders, garçons e na aérea deentretenimento. Éfácil identificá-los: estão sempre com um largo sorriso no rosto, algo raro entre os outros funcionários, a maioria do Leste Europeu, que, apesar de falarem um pouco de português, parecem estranhar o excesso de "calor humano" e animação dospassageiros deáguasmais tropicais. Nada,porém,que atrapalhe a viagem.
Adaptações – É comodizo presidente da Island Cruises, MichaelBailey:"o produtoéo mesmo,masé preciso aprender e adaptar de acordo com os lugares". Exemplos não faltam. O pub e o salão de shows ficam semprelotados quandoinglesesestãoa bordo.Jáporaqui, os mais concorridos são o bar dapiscina ea discoteca, que animam com muito axé e rock n’ roll. O cassinoe as lojinhas, porém, são unanimidade. Nos trêsrestaurantes ocorre o mesmo. Europeus adoram as formalidades e ospratos mais requintados doOásis. Dife-
rentementedosoutros dois restaurantes, é preciso fazer reserva antecipada epagar uma taxadequaseUS$10. "Gosto dos brasileiros, mas comem muito tarde. Os ingleses jantamàs 18h30e brasileiroscomeçama chegaràs 21h",comparaochefe GiourgiouGiorgios Diomidus. Mas asensação entreos viajantes tupiniquins é, sem dúvida,o Beachcomberque,por servir umbufê24horaspor dia, nunca está vazio. A cena é, no mínimo, curiosa. Gente almoçando às 17h ao lado de outras que tomam o chá da tarde oupetiscam batatasfritas.Resultado de tanta tentação? Brasileiros consomemquase 40% a mais que europeus. Como aregraénada de informalidades, não há as típicas noites de gala. No lugar, festas temáticas na piscina, sob o céu estrelado. E assimo Island Escape vai navegando, seguindo o ritmo do axé que ecoa em alto-mar: "balança pra cá, balança pra lá,sacudiu, tremeu, remem sem parar".
SERVIÇO
Island Escape: com 746 cabines, possui ainda cybercafé, salão de beleza e espaço para crianças. Saindo de Santos tem roteiro para Ilhabela, Búzios, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Belo, Florianópolis e Ilhéus. Quase todas as saídas de janeiro já estão lotadas. A do dia 26 (de quatro noites, para Ilhabela e Búzios) custa a partir de US$ 249, na lista de espera. Para o Carnaval, o cruzeiro de oito noites (entre Rio, Ilhéus, Salvador e Ilhabela) sai a partir de US$ 839 – por pessoa em cabine dupla interna, com todas as refeições incluídas. Pela Sun & Sea, tel. 3156-5600, site www.islandcruises.com.br.
COSTA ALLEGRA– pura elegância. Datradicional Costa Cruzeiros, exibe reproduções de pintores como Van Gogh e Gauguin. Com 410 cabines, é o único a ir até Buenos Aires e Punta del Este. De 21 a 30/1, roteiro a partir de US$ 910. Sai de Santos e Rio. Tel. 3145-3655, www.costacruzeiros.com.br.
COSTA TROPICALE – esbanja clima latino. Seja no Miami BallroomounoCassino Havana.Com511cabines,percorrerá o Nordeste de 20/1 a 1º/2. Dez dias a partir de US$ 1.360 (saída deSantos e Rio).Dia 28/2zarpa para ofamoso Cruzeiro Fitness. Tel. 3145-3655, www.costacruzeiros.com.br.
FUNCHAL – português, com apenas244 cabines,o transatlântico faz roteiros curtos somente a partir de Fortaleza e doRecife, visitandoumamaravilhabrasileira: Fernandode Noronha. Porpessoa, a partir deUS$ 275 (trêsnoites). Tel. 3151-6393, www.bcrcruzeiros.com.br.
Com o navio ainda atracado, explorei os dez andares, ou melhor os deques, junto com uma multidão de outros curiosos. Mas nem adianta tentar ver tudo. A cada dia a bordo, novas escadas, salões e corredores com espreguiçadeiras vão sendodescobertos. Assim comoanacionalidade de cadatripulante. Até me acostumar,tivediálogosem português comosgringos edisse"thank you" e "please" para brasileiros. Começamos a navegar e a brisa do mar trouxe de volta a insistente pergunta. Opa! Precisei me apoiar até me habituar ao suave balanço, às vezes interrompido porumas tremedeiras. "São os estabilizadores funcionando para diminuir o balanço", explicam os mais entendidos. Mas mesmo sentada, o mareio continuava.
Conselhos – Chega a hora de comer. A preocupação em evitar o enjôo aumenta e com ela, os conselhos. "Não bebamuito líquido". "Nãofique como estômagonem muito cheio, nem muito vazio". "Prefira alimentos ricos em carboidratos, como pães e massas..." Segui à risca todoseles e tudo correu bem até o anoitecer, quando me lembrei que ignorei as duas últimasdicas: "peguesemprecabines com janelas" e "não fique muito tempo nos deques mais altos". E, sem saber, fiz o contrário. Passeipela discoteca,naparte maisaltadonavio,e volteipara
minha cabine sem janela. Foi preciso tomar um remédio (outra boa dica emcaso deurgência!) para acalmar o estômago. Tudo em dólar – Não pretendo assustarninguém. Nodiaseguinte, percebi que fazia parte de uma minoria.Tevegente quenãosentiu nem um suave balanço. Nada. Minhasugestão? Ficaromaior tempopossívelem movimento, andando, fazendo exercícios, dançando... Tarefa fácil, pois é preciso aproveitar cadaminutode um cruzeiro. Afinal,paga-se tudo emdólar,do pacote às compras feitasabordo –computadasno cartão de consumo, que deve ficar sempre nobolso. Como passar dos dias, o organismo se familiariza como balançoe aviagem fica bem mais agradávelpara quase todos os passageiros. O navio, então, atraca e pára novamentedebalançar. Avista encanta os olhos. Hora de escolher: passar o dia em terra ou desfrutar das atrações abordo enquanto estão mais vazias. Na dúvida,resolvi fazer os dois. Roupas? Levei de tudo um pou-
co. Os mais friorentos como eu devem pôr na malaum agasalho leve. O ar-condicionado funciona sem parar. É bom ver a programação antes de embarcar, para não ficarde foradasfestas. Todosos cruzeiros têm noites especiais: de gala, à fantasia... Mais duas surpresas para um passageiro de primeira viagem: normalmente é preciso deixar a bagagem no corredor durantea últimanoite para queelapossa ser despachada. Por isso, leve uma mala de mão para não ficar com as roupas usadasna noiteanterior e produtos de higiene pessoal para foradamala (sim,isso quase me aconteceu). Amelhor solução–adotada pelos experts – é levar uma mala pequenaque não precise ser despachada. Check-out? Não há.Lembra do cartão deconsumo quetodos levam à tira-colo? Então, a conta lá registrada cai direto na fatura do cartãodecrédito.Fácile prático. Deixei o navio apenas com uma lista de tudo o que foi consumido (entregue na cabine) e boas histórias para contar.
MELODY – sabordo Mediterrâneoporaqui. Daculinária aoentretenimento.DaitalianaMSC, oferece532cabines. Neste mês,saídas desete noites(de Santose Rio),custam a partir de US$ 780. Roteiros incluem Salvador, Búzios e Arraial do Cabo. Tel. 5053-8500, site www.msccruises.com.
PRINCESS DANAE – bandeira panamenha e 280 cabines. Dá continuidade às viagens do Funchal ( último roteiro de 11 a 16/2), com base no Recife e visitando Fernando de Noronha. O primeiro itinerário, de 20 a 29/2, sai de Santos. A partir de US$ 965. Tel. 3151-6393, site www.bcrcruzeiros.com.br.
Novembro marcou a 12ª retração consecutiva nas vendas do comércio brasileiro. O resultado, porém, foi o melhor do setor desde dezembro de 2002. O varejo teveem novembro o 12ºmês consecutivode queda nasvendas. Mas,a retração de 0,27% em relação a novembro de 2002 foi considerada uma ótima notícia. Isso porque o resultado do último mês de novembro foi o melhor desde dezembro de 2002, segundo os dados doInstituto Brasileiro de GeografiaeEstatística (IBGE).Nos mesesanteriores a variaçãonegativachegou a atingir até 11,35%. "É um negativo relativo, porque mostra que o setor está melhorandoe que dezembro pode apresentar um resultado ainda melhor, quem sabe chegar azero", avalia NiloMacedo, técnicoresponsável pela pesquisa do IBGE. Omelhordesempenho no
Governo consegue redução no preço de remédios para Aids
Nesteano,20 milnovospacientesdiagnosticadoscom o vírus HIV no Brasil terão garantia de atendimento. Isso porque o Ministério da Saúde conseguiuuma economia de 37% emcinco dos13 medicamentosquecompõemo coquetel de combate àAids.Segundo o ministro da Saúde, Humberto Costa, isso representa uma economia de R$ 299 milhões para o governo. Foram obtidos descontos de 10%a 76,6% juntoaos fabricantesdos remédios.Ogoverno também não precisará da licença compulsória de nenhum desses medicamentos, ou seja, o Brasil deixa de comprar similares na Índia. (AE)
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períodofoio docomérciode móveis e eletrodomésticos, que cresceu 9,05%em relação a novembro de 2002. É o terceiromês consecutivo que o segmento apresenta expansão. Uma das explicações para o êxitoéqueas pessoasestão mais seguras paracomprara prazo. Outras setores do varejo que também cresceram foram os de combustíveis e lubrificantese demaisartigos deuso pessoal, com alta de 0,81% e 0,05%, respectivamente. Compra do mês – Em contrapartida, osbens não-duráveis e semi-duráveis, como alimentos e vestuário, seguem em queda.Ogrupo representado por hipermercados, supermercados,produtos alimentícios, bebidase fumos –o mais
importante de todos dentro do setor– sofreuuma retraçãode 2,20% em relação a novembro de 2002. Mas, se comparado ao mês anterior, ogrupoconse-
guiu uma certa melhora.Em outubro, a queda era de 4,24% em relação a 2002. Comosãogruposque dependem da renda do consumi-
dor, são os que mais sofrem cortes em momentosde retração econômica. Para Nilo Macedo a perspectiva é que em 2004 o desemprego diminua, a renda melhore e aspessoasvoltema consumir os bens não-duráveissem medo de chegar ao fim do mês sem dinheiro. "Se issonão ocorrer, essessegmentos serãoosmais prejudicados", afirma. Carros e motos – Embora não faça partedo universo do comércio, ogrupo decarros e motostambém éacompanhado pelo IBGE. "Serve como um balizador dos bens duráveis", explica Macedo. A atividade foi aque teve osegundo melhor desempenhodenovembro: expansão de 6,03% em relação a novembro de 2002.
Segundo o IBGE, isso se deve àredução doIPI edas taxasde juros, àdesvalorização dodólar e ao aumentode recursos para o financiamento. Re giõ es – Outro dadotido como positivoé que emnovembro 13 regiões brasileiras apresentaram resultados positivos contra nove em outubro. Acre, Mato Grosso e Paraná foram os estadosque apresentaramas taxas mais expressivas de crescimento. Jáasmaiores contribuições negativas foram do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco. São Paulo, que até então aparecia como o principal responsável pelo desempenho ruim, está agora em quintolugar no "ranking das negativas".
Débora Rubin
O desempenho da indústria emnovembro indica umarecuperaçãodo setor,principalmente no segundo semestre de 2003,mas nãosuficientepara reverter a queda noacumuladodetodoo anopassado.A avaliação é do coordenador da unidadede PolíticaEconômica da Confederação Nacional daIndústria (CNI), Flávio Castello Branco. Segundo levantamento da confederação, houve em novembro, ante outubroe descontadososfatores sazonais, aumentosde 1,71% nas vendas reais, 0,32% do pessoal empregadoe 2,81%dos salários líquidos reais. Já o número de horas trabalhadas teve queda de 0,11%. Arecuperaçãolenta, mas
gradual,da indústria,refletea melhoria do cenário macroeconômico, segundo Castelo Branco. Ele observa que os números começaram a apontar melhoras nomomentoem que a inflação mudou de nível e reduziu acorrosão do poderde comprada população.
As estatísticasdessazonalizadas da CNI mostram um crescimento de 10,2%nas vendas reaisda indústriadesdeo mêsdejulho, quando começou o processo de recuperação. Mas os dados anualizados mostram ainda uma queda de 0,27% nas vendas reais ede
4,92%nossalários reaiseum crescimento de 0,75% no pessoal empregado e de 0,43% nas horas trabalhadas. A ociosidade de 20% na indústria e as perspectivas nacionalemun-
"Bons resultados já não dependem mais apenas dos setores exportadores"
dial,segundo ele,apontam para acontinuidadeda recuperação gradual: "As condições sãodesustentaçãode crescimento. Não vejo nenhu-
ma explosão de crescimento." Dependência do câmbio –Para ele, aatividade industrial já não depende mais apenas do setor exportador para sustentar bons resultados. Castelo Branco afirma também que a valorização do real não será empecilhopara osexportadores, que obtiveram competitividade ehoje nãocontam apenas de câmbio para vender no exterior. Ele disse acreditar que, se em algum momentoo câmbioapontar um desequilíbrio,o mercadose antecipará e fará o ajuste. "Em nenhumpaís comcâmbioflutuante existe uma taxa estável,
ideal,elaestásempre oscilando", explicou. Salários – A recuperação do mercado de trabalho industrial é um dos principais destaques da pesquisa. Castelo Branco observou que a massa salarialreal cresceu2,81%em relação anovembro, aprimeiraalta nosúltimos 12 meses. Isso apesardeterhavidopequena queda na quantidade de horas trabalhadas em novembro de 2003. O nível de empregoficou estável,comaltade apenas 0,32% sobre outubro. Castelo Brancolembra que, embora pequeno, é o quarto crescimento consecutivo no emprego eresulta em um aumento de 0,75%no acumulado do ano. (AE)
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GKN A GKN do Brasil, produtora de semi-eixos e juntas homocinéticas, conquistou três certificações simultâneas: ISO/TS 16949, de qualidade, OHSAS 18001, de segurança e saúde, e SA 8000, de responsabilidade social.
METALCORTE A Metalcorte Fundição fechou seu primeiro contrato de exportação. A empresa fornecerá até o fim deste ano 1 mil toneladas de pedestais para quinta roda a uma companhia alemã de implementos rodoviários.
METALCORTE 2 A empresa não libera o nome do cliente, mas adi-
O Grupo Braspelco, fabricante de couro, com matriz em Uberlândia, MG, estabeleceu como meta para os próximos cinco anos comercializar no segmento automotivo 50% da sua produção de matéria-prima acabada, o equivalente a 250 mil m² mensais. Atualmente pouco mais de 2% do que a empresa produz tem como destino o setor, incluindo
anta que é montadora com unidade no Brasil, de quem a Metalcorte já é fornecedora. O negócio envolve receita na ordem de 500 mil euros.
FORD
Na segunda semana de janeiro a Ford Brasil atingiu os 200 mil veículos produzidos no Complexo Camaçari, na Bahia. Em 2003 a planta fabricou 138,5 mil unidades, aumento de 134% sobre o total computado em 2002.
1,5 bilhão.Aproximadamente 40% de crescimento frente a 2002.
RANDON 2
O planejamento estratégico definido para este ano projeta cifras próximas a US$ 100 milhões em negócios no Exterior, com ênfase em autopeças e sistemas.
VWC O faturamento da Volkswagen Caminhões e Ônibus foi 50% maior do que em 2002, atingindo recorde de R$ 2,2 bilhões.
des no mercado brasileiro, alcançando participação de 34,3%. O volume é 15% superior ao do ano passado.
VWC 3
No segmento de ônibus a empresa fechou 2003 com participação de 30%, com 4,9 mil unidades vendidas e crescimento de 12% frente ao exercício anterior.
ITURAN
RANDON A Randon estima crescer de 10% a 20% neste ano. Dados preliminares indicam que a empresa fechou 2003 com receita consolidada bruta superior a R$ montadoras, mercado de reposição e exportações. Atualmente o grupo possui vinte unidades no Brasil, exporta 85% do que produz, tem capacidade para fabricar 4,8 milhões de peças e sua receita chega a US$ 240 milhões. Parte da produção das plantas de Nova Esperança do Sul, RS, e de Itumbiara, GO, destina-se à indústria automotiva. A uni-
VWC 2 En 2003 as vendas de caminhões de 7 a 45 toneladas de peso bruto total somaram 21 mil unida-
dade goiana, inaugurada em outubro do ano passado e considerada a maior do mundo na produção de couro acabado, fornece capas para cerca de 1,6 mil veículos das marcas General Motors, Audi, Fiat e Volkswagen. Para atingir a ousada meta, a Braspelco também investe em ações no Exterior, para onde pretende enviar 80% da pro-
A Ituran, empresa de monitoramento veicular, projeta aumento de vendas em até 40% neste ano. Com isso o faturamento anual deve chegar a US$ 50 milhões. Os investimentos devem somar US$ 5 milhões.
dução de capas de couro. Há dois anos alocou US$ 1 milhão na montagem de filial em Detroit, nos Estados Unidos, onde conta com escritório de vendas e armazém para estocagem do produto. Seus principais clientes são Ford e General Motors. Ações pontuais também estão sendo desenvolvidas na África do Sul e Ásia.
Por incrível que pareça, o futebol é muito mais pesquisado por eruditos acadêmicos na Europa e nosEstados Unidos do que noBrasil, onderecentemente começou a aumentar o númerodelivrossobreo esporte, masquase todosde jornalistas. Em termos de pesquisas universitárias, atéos EUA, ondeointeresse maioréarespeito dobasquete,beisebol e futebol americano, superam de longe o Brasil, no que se refere a obras de pesquisa sobre o nosso futebol(soccer, paraos americanos).
Prova dissoé oartigo publicadono númeromaisrecente da revista erudita americana Foreing Policy , dedicadaa assuntos derelevância mundial, em que o pesquisador também americano Franklin Foerpergunta:"O quepodesermais global do que o futebol?"
Eelemesmo responde:"Os jogadores de ponta e os proprietários de clubes domundointeiro não levam emnenhuma conta as fronteiras nacionais, comas principaisequipesacumulando rendas em todas as divisas disponíveisno câmbiointernacional, e bilhões de pessoas torcendo para seus campeões em línguas numerosasdemais para serem contadas."
Lançando moda
Porém Foer faz uma ressalva: "Mas, de muitosmodos, o jogo tão belo mostra muito mais coisas a respeito dos limites da globalização do que sobre suas possibilidades."Ele dádois exemplos: na Copa do Mundo de 2002, omeiocampista inglês David Beckam apareceucom o cabelo raspado no estilo dos índios mohawk, dos Estados Unidos. Imediatamente os a do l e sc e n te s j ap on es es adotaram em massa oestilo – e até mulheres japonesas executivas e p r of i s si o n ai s liberais rasparam seus pêlos pubianos no mesmo estilo, segundo arevista do Japão Shikuan Jitsuwa. Mais além, na Tailândia, os monges budistas do Templode Pariwascolocaram uma estatueta de Beckham no altarreservado às divindades menores. E pergunta se esses doisexemplos sãobonsou maus sinais de globalização.
Por Renato Pompeu
Ganhos financeiros
Afirma Faer: "Mais ainda do queoBanco MundialeoFundo Monetário Internacional, o futebol é a instituição mais glo-
balizada do planeta." Segundo ele, o futebol começou sua trajetória internacional logo após a Segunda Guerra Mundial. Antes mesmo de a Europa começaradaros primeirosetímidospassos parasuaunião comercial, osprincipais times europeus começarama disputar torneios transnacionais, como os torneiosagorachamados de Liga dos Campeõese Copa da UniãoEuropéia de Futebol -Assoc i a ç ã o- U e f a . Isso, assinala Faer, permite que os torcedoresda Juventus deTurim vejam um jogode seutime contrao Bayern de Munique numa semanae outro contra o Barcelona na semana seguinte. Mas, paraFaer, maisimportantedoqueo encantamento dastorcidassão osimensosganhos financeiros dos empresários com as receitas de bilheteria e de televisão. A América Latina, Áfricae Ásia logo seguiram o exemplo da Europa. Mais importante ainda, assinala Faer, é a mobilidade internacionalda força-de-trabalho (ou "pé-deobra") no futebol, em que os clubes espanhóis foram pioneiros, comprando em massa, a preços baratos, paraos padrões europeus, craquesnas suasantigas colônias da Argentina e do
Uruguai. A Argentina, em compensação – dizFaer –"saqueava" o Paraguai. Houve reações nacionalistas – a ditadura de Francisco Franco na Espanha proibiua importação de mais jogadores e o governo brasileiro proibiu a venda dopasse de Pelépara o Exterior. Entretanto, observa Faer, aonda transnacionalfoi mais forte. Os astros estrangeiros eramnecessáriosparadar maior competitividade aos times europeus.Hoje, umtime inglês pode não ter nenhum jogador inglês, escreve Faer. Nos anos 1990, os capitais do futebol já fluíam livremente por todo o mundo, em busca de novos talentos e de novos "consumidores",num mercado mais livre do que quaisquer outros dos mercados globalizados. O Ajaxde Amsterdã, Ho-
landa, é proprietáriode clubes na Cidade do Cabo, na África do Sul, e em Gana. O Newcastle United, da Inglaterra, é sócio do clube chinês Dalian Shide. Tudo issoparaarregimentar craques de bom nível a preço barato. O Manchester United e o Real Madrid têm redes de TVs a cabo restaurantes e megalojas em locais tãodistantes quanto CualaLumpur, na Malaísia, e Xangai, naChina. Mesmoem meio à recessão mundial o ManchesterUnited encerrouo
ano fiscal de 2002-2003, em julho passado, com um lucro, antes dos impostos, de mais de 65 milhões de dólares. Faer, entretanto, lembra que a globalização não aniquilou as lealdadeslocais–os bascos continuam fiéis aseustimes, como o Athletic de Bilbao, e as Seleções nacionais, apesarde contarem com jogadores naturalizados ou de descendênciaestrangeira, continuamjogandocom osseus estilosnacionaisdesenvolvidos aolongo das décadas anteriores. Mas a globalizaçãoleva à concentração de capitais e craques em determinadosclubes, todos europeus,em detrimentode clubes de seus próprios países e,principalmente, de outros países do mundo. Assim, Faer assinala que Ronaldo,o Fenômeno, aos27 anos,não joga paraumclube brasileirodesde os17–e quea grande maioriadoscraques pentacampeões jogam fora do Brasil.Hámuitosmais torcedores no estádio num jogo em Columbus, no Estado americanodo Ohio,doque nafinal do Campeonato Brasileiro– e cinco mil jogadores brasileiros jogam no Exterior. Do mesmo modo, ospequenos clubesinglesesnão têmchancesdiante dos gigantesManchester United eArsenal, que háuma décadaserevezamcomo campeõesdaInglaterra.O lado bom e o lado mau da globalizaçãose concentramnofutebol, conclui Faer.
ENTRE 12 INSTITUIÇÕES
OUVIDAS, APENAS DUAS
ESPERAM REDUÇÃO MAIOR
NA PRÓXIMA SEMANA
Apenas duas instituições,o CréditSuisse First Bostone a LCA Consultores, entre 12 consultadas, acham que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará um corte mais ousadona taxa Selic na sua reunião prevista paraa próximasemana. Enquanto dez instituiçõesesperam um corte cauteloso de apenas0,5ponto porcentual,o CSFB apostaemumaredução de 1 ponto porcentual e a LCA, de 0,75 ponto porcentual. O economista-chefe do CSFB, Rodrigo Azevedo, justificou um corte de 1 ponto porcentual comdois fatores.Desde a última reunião do Copom, houve valorização doreal. Do ponto de vista doBancocentral, ocomportamentoda moeda é um fator determinante parao comportamento da inflação, ponderou Azevedo.
Como o BC previa uma inflação de 4,5% parauma taxa de câmbio de R$2,94, a apreciação do real abriu espaço para um índice inflacionário menor. As atuações diárias do BC no mercadodecâmbio,com comprada moedanorte-americana, não alteraram a avalia-
ção de Azevedo. O segundofator,segundo ele,é a recuperaçãolentado consumo, o que indica uma retomada balanceada da atividadeeconômica, sem oriscode pressionaros preços. Asprimeiras prévias para os índices de inflação de janeiro, de acordo com Azevedo,embora tenham vindo acima das expectativas, indicaram que onúcleo demédias aparadasficou abaixodo núcleo dedezembro. Seria maisum sinal,de acordocomCSFB,de queo Copom poderia adotar um comportamento mais ousado na próxima reunião. O economista Ricardo Denadai, da LCA Consultores, justificouum corte de 0,75 ponto porcentual basicamente em função docenário externo extremamentepositivo parao Brasil. "Apesar do discurso moderado do Banco Central, as condições são muito favoráveis", disse,destacando aforte entrada de recursos no País, via empresas, que têm captado recursos no Exterior. Sem perspectiva de mudanças nesse cenário,Denadai aposta na continuidade de valorização dorealfrenteaodólar.
"O BancoCentral terá desuar a camisa para elevar a taxa de câmbio para umacotação entre R$ 2,90 e R$ 2,95", afirmou. Mesmo com intervenções mais fortes, a LCA não vê riscos
de que a taxa de câmbio venha a pressionar a inflação. Na verdade, a LCA diz que há espaço para um corte maior neste mês, de pelo menos 1 ponto porcentual, embora aposte em uma redução
Comnovo visualcorporativo, o Banco Fator conseguiu reverter, em 2003, o prejuízo registrado no ano anterior. Ontem, o presidente do banco, Manuel HorácioFrancisco, comemorou o resultado da instituiçãonoano passado, que registrou um faturamento de R$ 17,1 milhões. A exemplo de outras instituições financeiras em2003, o ganhodo Fator coma prestaçãodeserviços puxou parte desse bom resultado. A receita nesse segmento apresentouuma altade194% comparada ao ganho conseguido em 2002.
Segundo Manuel Horácio, o desempenho ruim do Fator em 2002 permitiu ao banco ganhar umespaçomaior para crescer. O queacabou se concretizando graças aosinvestimentosfeitospela instituição emsuasáreas decorporate,da corretorae nade recursoshumanos, com especialização na na gestão de recursos. Patrimônio – O patrimônio do bancotambém teve um crescimento considerado muito bom no ano passado. Os R$ 33,1 milhõesde 2002 ganharam umacréscimodeR$ 15,4milhões no ano passado, permitindo ao banco encerrar 2002 com um patrimônio 46% maior, de R$ 48,6 milhões.
OPORTUNIDADES
A revitalização da marca Fatorno mercadoinclui oagrupamento dasquatro empresas dogruposobo guarda-chuva da holding, a Fator Empreendimentos, cujo patrimônio em 2002 somou R$ 55,1 milhões, cerca de 40% mais do que o verificado no ano de 2001.
O resultado da Corretora, umdosprincipais focosdo grupo para 2004, incluindo o home broker(negociaçãode açõespela internet)no ano passadotambém foirevertido quando comparadoa 2002, quandoficou novermelho.a Corretorado grupo encerrou 2003com umaevoluçãoem seu patrimônio de 26,5%, com R$ 25,1 milhões.
Com o home broker, que hoje representa 26%do patrimônio da corretora, o objetivo é crescer 40% em 2004, apenas neste segmento, segundo Manuel Horácio. Atualmente,o Fator ocupa o oitavo lugar no rankingde negócios feitosna Bolda de Mercadorias e Futuros (BM&F). "Queremos estar entre os cinco primeiros", diz o presidente do banco. Especializada no mercado de risco (ocupa a 20ª posição entre os maioresadministradores de recursos de terceiros do País), é a12ª maior gestora de renda variável, que representam 60% dototal de recursos que administra. Roseli Lopes
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menor, dadoo perfilmais cauteloso do Banco Central. Amaioriados analistasque mantêma projeçãode cortede 0,5pontonaSelicacha queo Banco Central queravaliar melhor o impacto do afrouxamentomonetário naatividadeeconômica,aolongo doprimeiro trimestre de 2004."OBC não quer correr muitoe depois ter de pararaeconomia", afirmou Adauto Lima, economistado WestLB, sobreo riscode ogovernoaceleraros cortesdosju-
ros antes da certeza de que não haverá uma pressão maior. Jáo economistaRobertoPadovani, da Tendências Consultoria, alertou para o fato de que os núcleos dos índices de inflaçãosubiram emdezembro, aindaqueessa pressãotenha vindo de fatores temporários. Segundo ele, espera-se que o câmbio melhore as expectativas de inflação ao longo de 2004, mas a cautela deveria prevalecernesta primeira reunião. (AE)
O governo deveria dar continuidade aos cortesdataxa básica de juros,a Selic, como instrumento de sustentação do dólar, de promoção das exportações,de estímuloaomercado doméstico e de redução da dívida pública. A avaliação é de Marcel Solimeo, diretordo Instituto deEconomia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP),ao comentar o aumento na dívida mobiliária federal interna de R$ 623,2 bilhões em 2002 para R$ 731,4 bilhões em 2003. Solimeodizqueo comércio "está preocupado" com a possibilidade deque seinterrompa a queda nas taxasde juros devido a "pequenos soluços" inflacionários. Segundo ele, a expectati-
A ReceitaFederal está fechando cadavezmais ocerco sobre os contribuintes que usam os fundos privados de previdência apenas como fonte de benefício fiscal. Primeiro,decidiu multaras empresas que pagavam bônus aexecutivospor meiodefundos para não pagar tributos sobre obenefício.Agora, publicou uma Instrução Normativa que obrigaseguradoras eentidades deprevidência complementar a informar qualquer valorresgatado oupagopelos planos. A nova regra, datada de 30 de dezembro e publicada no dia 7 deste mês, revoga e altera
va para os próximos doze meses é de queda das taxas inflacionárias. O que permitiria ao Banco Central mantersua política de cortes dos juros. "O governo deveria ter perspectiva de médio prazo e evitar alterar apolítica monetária comíndices inflacionários de curto prazo", diz Solimeo. Para ele, a atividade econômica em janeiro continua "paralisada". Aquedado riscoPaís,avalorização dos títulos da dívida externaeasdeclarações positivas de dirigentes doFundo Monetário Internacional (FMI) sobre o País ainda não se refletiram em termos derenda do consumidor que "precisa da queda dos juros" para poder consumir, concluiu Solimeo. (AE)
a regra anterior, de 2001. Pela regulamentação anterior,a ReceitaFederal sóobrigava as seguradoras e os fundos a informar o valor de benefícios ou resgatespagos quando o montante anual ultrapassava R$ 6 mil e quando não houvesse Imposto de Renda retido na fonte no ano.
"Muitos contavam comdiversos fundos de previdência e sacavam R$ 500 por mês de cadaum deles,semprecisarpagar qualquer imposto", explicou aadvogadatributarista Andrea Nogueira Neves, do escritório Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados.
Segundo ela,agoraasseguradorasprecisarão informar qualquer valor pago como resgate, sejam benefícios ou indenizações, independente de ter ocorrido ou nãoo pagamento de IR na fonte. A regra vale tantoparaos PGBLsquantopara osVGBLs. Segundo odiretor daReal Seguros, Edson Franco, nãohaverá alteraçãona vida do participantede fundos deprevidênciaquenão visavam burlar oFisco."Sempre foi obrigatório e sempre orientamos nossos clientesa declarar todos os resgates feitos." Leia sobre arrecadação federal na página 12
A suspeita do mercado financeiro deque areunião extraordináriorealizada nofinal da tarde de ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) poderia representar o anúncio de uma redução do compulsório caiu por terra. Na reunião, o CMN aprovou dois votos voltados para a área agrícola,sendo umdelesreferente à renegociação da dívida dos agricultores. Um terceiro voto, cujoteor nãofoi reveladopelo secretário-executivodo MinistériodaFazenda, Bernard Appy, também foi aprovado pelo Conselho. Aboatariaque surgiucoma
reunião conhecidadeúltima hora foidesmentida peloMinistério da Fazenda. A assessoriade imprensainformouque oterceirovoto tratadeumtema relevante para a economia, mas não afeta nem estaria ligado ao mercado financeiro. Disse, ainda, que o voto só não foi divulgado porqueos técnicos ainda não haviam concluído sua redação final.
O primeiro voto agrícola dá novo prazo, até 31 de maio, parao equacionamento de dívidas da agricultura familiar. Havia operações vencendo em janeiro e fevereiro, que contam agora com otempo adicional.
Captação
O segundo voto agrícola regulamenta aquisições deprodutos pelo governo. O objetivo foi dar mais racionalidade e agilidadeao processo,conforme o Ministério da Fazenda. Uma possívelreduçãodo depósito compulsório recolhido hoje pelasinstituições financeirasao Banco Central é uma medida que vem sendo esperadapelo mercadofinanceiro há algum tempo. Mas recusada pelo Banco Central de forma insistente. Osbancos alegam que,com aredução, o créditopoderia custar menos para o consumidor e para as empresas. (AE)
Já chega a US$ 1,8 bilhão o volumede recursos captados no mercado externo por empresas brasileiras. A mais nova empresa a conseguir recursos láforafoiaCompanhia Siderúrgica Paulista (Cosipa). Segundoo mercado,elaemitirá entre US$ 150 e US$ 200 milhões em bônus, com prazo entre 5 e 10 anos. O volume captadopor empresas brasileiras no exterior também foiincrementado pela elevaçãodovalor ofertado inicialmente pelo Bradesco, de US$50milhões paraUS$100 milhões.
Advertência – As sucessivas captaçõesexternasfeitas por
empresas dividem analistas no que diz respeito às conseqüências. De um lado, a maioria admiteque não estaria havendo um aumento do endividamento dessasempresasemdólar, mas apenas uma rolagem e que osprazos são mais confortáveis.Mas, deoutro lado,continuaa haverconcentraçãode financiamentos em dólar. O vencimento dos bônus é 3 de janeiro de 2007 e a liquidação da operação, liderada pelo bancoBNP Paribase pelasede doBradesco nasIlhas Caymann, ocorreráem3defevereiro. Os recursosserão repassados em financiamentos de capital de giro. (Reuters)
Esquecido durante anos pelo setor imobiliário, o centro oferece apartamentos com grandes áreas úteis a preços muito menores do que imóveis semelhantes em bairros, e que agora tendem a se valorizar com a revitalização da região.
Morar no centro de São Paulo já deixou de ser coisa para alternativos ou corajosos, tradicionalistas oumigrantes que acabam de chegar à cidade. A recuperação de importantes pontoshistóricos, ainauguração de espaços culturais e a retirada de camelôs irregulares doscalçadões (comaconseqüente diminuição do número de furtos e roubos) tendem a tornar a região cada vez mais atraente. Trocarospequenos imóveis de bairros,com enormes áreas de lazer, por espaçosos apartamentos antigos, que têm como área comum apenas as portarias, podeser um bom negócio. "Esse é o momento ideal para quem tem interesse em morar ou em investir em umimóvel no Centro, pois o processo de recuperação não apenas é irreversível como deverá valorizar a região", afirma opresidente da AssociaçãoViva oCentro, Marco AntônioRamos deAlmeida.Quemsair nafrentee comprar agoraprovavelmente se antecipará a esse processo de valorização. A revitalização caminha a passos largos, com a inauguração da Sala São Paulo, do Centro Cultural Banco doBrasil, da reforma da Estação da Luz e também da Catedral da Sé. No "miolo" do centro (entre os
Esse é o momento ideal para quem quer morar ou investir em imóveis na região do Centro e ganhar com a revitalização da região
distritos Sée República)e nos bairros próximos (Bom Retiro ePari, aonorte, SantaCecília, Campos ElíseoseVilaBuarque, a oeste) é grande o número de imóveis de dois dormitórios ecom no mínimo80 metros quadrados de área útil. O preço? Entre R$ 70 e R$ 80 mil.Umapechincha, secomparados com apartamentos muito menores localizados em bairroseque nãooferecemo mesmo conforto em termos de espaço. Unidades de apenas 45 metrosquadrados em bairros chegam a custar o dobro. No Centro é possível, por exemplo, encontrar um a pa rt a me nt o próximo ao Largo do Arouche, com trêsdormitórios, trêsbanheiros, dependência de empregados,tudo distribuídoporuma área útil de 220 metros quadrados, por R$90mil. Praticamente um terço do valor pedido em um apartamento de mesmo tamanho em outro bairro, fora da região central. Essesimóveis ganhamem espaço e preço, mas perdem na disponibilidade de garagem, já que foram construídos entre as décadasde 50 e70,épocaem que ospaulistanosprescindiamdo automóvel."Amoradia no centro vale a pena principalmenteparapessoas que não fazem questão do automó-
Al. Lorena (AP/2 dorm/1 vg/J. Paulista)
Av. Angélica (AP/2 dorm/2 vg/Higienópolis)
Av. Higienópolis (AP/2 dorm/Higienópolis)
Av. Jamaris (AP/1 dorm/1 vg/Moema)
Av. Santa Inês ...............(AP/3 dorm/2 vg/Santana)
R. Amazonas (AP/2 dorm/1 vg/B. Retiro)
R. Cons. Brotero (AP/3 suítes/1 vg/Higienópolis)
R. Coriolano ...........................(Casa/3 dorm/Lapa)
R. Da Graça (AP/2 dorm/B. Retiro)
R. Dr. Veiga Filho (AP/3 dorm/1 vg/Higienópolis)
R. João Moura (AP/1 dorm/1 vg/Jd. Paulista)
R. Santo Antonio (AP/1 dorm/1 vg/Centro)
R. José Paulino (AP/4 dorm/B. Retiro)
R. Maria José (AP/2 dorm/1 vg/Bela Vista)
R. Marquês de Itú (AP/2 dorm/Higienópolis)
R. Newton Prado (AP/2 dorm/B. Retiro)
R. Prates (AP/3 dorm/B. Retiro)
vel e não se incomodam em caminhar ou usar otransporte coletivo", diz Almeida, destacando que, em termos de infraestrutura, o centro da cidade estáemvantagem. Emseuslimites há, por exemplo, sete estações de metrô.
Oferta – Como asconstrutoras se mantêm longe do centro há pelo menos 20 anos, a oferta de imóveis nãoé tão grande quanto emoutras regiões da cidade. "Quem mora no centronormalmentenão quer sair e isso diminui a ofertade unidades paravenda", diz Almeida.
Em vias cobiçadas como a avenida SãoLuiz, asunidades disponíveis normalmente atraem maisde um interessado. Um dos limitadores da volta do paulistano ao centro aindaé a falta de terrenos para construção. Uma alternativa pode ser areforma de prédios que hoje estão desocupados (leia reportagem nesta página).
A revitalização tem sido bem-sucedida, mas os envolvidos ainda têm um grande desafio: melhorara imagemda região, que ainda é vista por muitoscomoumlugarde menor segurança. Segundo Almeida, pormaisqueas estatísticas mostrem uma queda nonúmero de ocorrênciaspoliciais nocentro, aspessoas custama acreditar. "Mais do que ser seguro, o centroprecisa parecer seguro", completa ele.
Rejane Aguiar
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R. José Paulino (AP/3 dorm/B. Retiro)
R. Maranhão (AP/2 dorm/1 vg/Higienópolis)
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R. Vila do Conde (Casa/4 dorm/6 vg/B. Retiro)
Edifícios antigos no entorno do centro têm apartamentos
Ao contrário de outras regiões da cidade, no centro não há terrenos disponíveis para a construção de novos empreendimentos residenciais. Mas isso não diminui o interesse do mercado imobiliário pela área central da cidade, cuja revitalização tem atraído cada vez mais pessoas interessadas em morar no coração da cidade. Uma alternativa à falta de terrenos pode ser a reforma de prédios comerciais ou residenciais que estão fechados. Os empreendedores comprariam esses imóveis, fariam uma reforma que os deixasse habitáveis e revenderia os
apartamentos. Já há trabalhos desse tipo na praça Roosevelt e na rua Nestor Pestana. É uma forma de morar no centro em um apartamento "novo". A Fundação Armando Álvares Penteado tem um projeto interessante. Está restaurando um edifício do início do século XX na praça do Patriarca. Os três primeiros andares serão transformados em espaços para exposições e os restantes vão abrigar lofts (apartamentos sem divisórias) projetados pelo arquiteto Sig Bergamin. É possível que, futuramente, as unidades sejam alugadas para uso residencial.
— Quem preferir pode procurar imóveis para comprar em bairros próximos ao centro, como Campos Elíseos. Antes reduto de paulistanos endinheirados, o bairro sofreu uma drástica mudança de perfil nos anos 70, com a construção do Minhocão e presença da antiga rodoviária. Segundo o corretor Ciliomar Galli, da imobiliária Habitacional, a região tem unidades semelhantes às encontradas no coração do centro: apartamentos de dois dormitórios com pelo menos 80 metros quadrados e preços em torno de R$ 80 mil. Como no centro, a maioria não tem garagem. (RA)
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Tantoo ritmo decompras quanto odevendasrefluíram no mercado financeiro ontem.
O movimento de realização de lucros(investidores sedesfazendodeações)se manteve, embora em volume menor. Ainda assim, continuou sendo capitaneado porestrangeiros.
O Ibovespa, o índice dabolsa comas 54ações maisnegociadas, fechou em queda de 1,87%, na mínima pontuação do dia(22.961 pontos). Ovolume financeirosomou R$ 1,339 bilhão.
Apesar das três intervenções do Banco Central comprando dólares, a moeda nor te-americana registrou queda ontem
A Bovespa foi o único segmento do mercado a persistir em um tom bem maiscauteloso. Odólar caiu, mesmo com as três intervenções no mercado feitas pelo Banco Central comprando a moeda.OsDIs futurosregistraram apenas um ligeiro ajuste das taxas e o risco Brasil recuou8pontos, para427pontos-base. Sefosse só por esse comportamento dissonante, analistas consideram que o mercado acionário poderia retomar omovimento dealta já nesta sexta-feira.
Mas uma informaçãode última hora fezos investidores manterem a cautelae, com isso, ajudar na queda da Bolsa. O Conselho Monetário Nacional (CMN) realizou uma reunião extraordinária. De acordo como secretário-executivodo Ministério da Fazenda, Bernard Appy, oconselhodiscutiu voto"relevante". Omercadoentendeuquepoderia ser um afrouxamento dos compulsórios, desmentido mais tarde. Se confirmada,a medida pode criar expectativa de uma queda ainda menor da Selic, talvez de 0,25 ponto,na reuniãodo Copom da próxima semana. Entre as açoes de primeira linha (as blue chips), os papéis da Eletrobrás continuaram sendo alvo de vendas fortes. Ainda repercute mal a saída do diretorfinanceiro da estatal, Alexandre Magalhães. Seu substituto não foi escolhido até agora. Eletrobrás ONcaiu 6,19%e Eletrobrás PNBcedeu 4,26%, o segundo e terceiro piores desempenhos do Ibovespa. Trac-
tebel ON despencou 7,14%, a maiorqueda. Mas estepapel costuma sofrerum sobe-edescesem explicação.Assiderúrgicastambém estiveramna lista das maiores quedas do índice. Gerdau PN recuou 3,97% e Vale ON caiu 2,65%. Câmbio – O dólar comercial fechouem quedade 0,11%, a R$ 2,815,mesmo apóstrês leilões de compra do Banco Central,por causaespecialmente do forte fluxo financeiro. "Se o BC não tivesse voltado ao mercado duas vezes à tarde, havia o riscode odólartervazadoos R$ 2,80 porque o fluxo financeiro foi intenso, há novas captações externas privadas e algumas tesourarias teriam se antecipado à entrada desses recursos ofertandomoeda", disse um operador do mercado. O Bradesco fechou ontem emissão de 100 milhões em eurobônus, comprazodetrês anos. Os recursos chegam no País em fevereiro, data da liqüidação da operação. A Braskem confirmou uma captação externa de US$ 250 milhões, com vencimento emdez anos. Havia rumores ainda de que um grandebancoespanhol emitiria US$ 50 milhões. (AE)
Na primeira decisão de peso da Anatel desde a posse do novo presidente, Pedro Jaime Ziller, a agência reguladora das telecomunicações autorizou ontemavolta daTelecomItalia ao grupo de controle da Brasil Telecom. Osócioitalianoeo gestor defundos Opportunity têm umhistóricodeconflitos na empresaque searrasta por meses.Agora, ambosterão18 meses para solucionar pendências decorrentes da decisão da Anatel de liberar a Brasil Telecom a operar também na telefonia móvel e a obter licenças
de longa distância. Asregras dosetorimpedem que um mesmogrupodeinvestidores detenha mais de umalicença numamesmaregião."Onde há conflito de licenças, um ano e meio hoje é umprazobastante adequado parasebuscar deformaconstrutivaresolver essas questões", disseo diretor deRelações Institucionais da Telecom Italia para América Latina, Ludgero Pattaro. Conflito – A TIM, controlada pela Telecom Italia, é, atualmente, o terceiromaior grupo
de telefonia móvel do País. Para lançar a operação nacional da TIM, aTelecom Italia se afastou do grupo de controle da Brasil Telecom, depois de umacordo acertado com o Opportunity.
O contrato, submetido à Anatel,previao retornodos italianos assim quea operadora brasileira antecipasse as metasde universalização. Nesse meio tempo,porém,aBrasil Telecomadquiriu licença de telefonia móvelpara atuarnos nove Estados da sua região, o que gera conflito regulatório.
Fama, violência, profusãode apresentadoras de TVloirase muita aventurasão osingredientes que fazem a história de O Mistério das Jóias Coloniais escritopelo acadêmico Carlos Heitor Cony epela jornalista AnnaLee, lançadopelaeditora Salamandra. Classificado como literatura infanto-juvenil, o livro tem como protagonista Carol, uma garota de 14 anos, que age como uma detetive mirim. Com uma linguagem fácil, clara, com a qual os jovens vão seidentificar, OMistério das Jóias Coloniais tem aventura e ação suficiente para render bons momentos de leitura.
Em O Mistério das Jóias Coloniais, o leitor vive situações de perigo e emoção
Na verdade, trata-sede uma atualização de livros escritos porCony nadécadade 70,explica a co-autora Anna Lee (vejaentrevista abaixo).Oautor, por seuenvolvimento político não conseguia trabalho, então, com o pseudônimode Altair Boaventura, escreveu uma série de livros. Coube à Anna atualizaralinguagem eparao relançamento da série. O resultado éextremamentepositivo,pois emtempos deinternet ejogos eletrônicos,o livro oferece ação suficientepara prendera atenção de adolescentes e também de leitores não tão jovens assim.
A mb í g uo – O Mistério das Jóias Coloniais é o terceiro livro de uma série chamada Carol e o HomemdoTerno Branco. Esta história começacom amenina participando de um talk-show, porque se tornou famosa ao frustrar, pelasegunda vez, os planos de um bandido cuja identidadeé desconhecida.Ele é apenas denominado de O Ho-
"Personagens têm sempre alguma coisa do autor"
Diário do Comércio: Como se dá a parceria entre autores?
As idéias são discutidas? Cada um escreve uma parte? Anna Lee : O Mistério das Jóias Coloniais é o terceiro livro de umasérie que sechama Carol e o Homem do Terno Branco lançadapela Salamandraem 2001. O primeiro foi O Mistério das Aranhas Verdes e o segundo, O Mistério da Coroa Imperial Esse trabalhoé resultadode uma atualização eadaptação que fiz com base na série Márcia queoCony escreveunadécada de 70, usando o pseudônimo de Altair Boaventura. Era uma época em que ele não conseguia trabalho em jornais por conta de sua posição política contra a ditadura. A obra era datada – tinha muitascaracterísticas,gírias e costumes da década de 70 – então o Cony me incumbiu de adaptá-la. Apresentei a ele minhas sugestões demudanças, discutimos os novosperfis dos personagens jáexistentes edos que criei. A partir daí, escrevi as novas históriase oConyfez o texto final.
DC: Você já havia escrito antes com o Cony? Vocês pretendem continuar essa parceria? A personagem tem alguma característica de sua personalidade?
Maratona de terror juvenil na Fox Kids
Adolescente que se preza adora uma história de terror. Neste sábado, a Fox Kids exibe, das 11 h às 14h30, um programa sobmedida para essagalera exigente: a Maratona Goosebumps.A premiada série,inspirada nasfamosas histórias de terror para jovens escrita por R. L. Stine, traz em cada capítulo uma viagem ao desconhecido, com histórias recheadas com aranhas venenosas, fantasmas, lobisomens, robôs e outras criaturas apavorantes. Os protagonistas dessa tramasão umgrupo dejovens quevivemumavidanormal.Atéque, de repente, começama viverestranhos acontecimentos. Envolvidos emextraordinárias e misteriosas situações, eles terão de usar de muita inteligência ecoragem paraenfrentar monstros e personagens arrepiantes.
Anna: Antesdeescrever a série da Carol – que terámais três livros(a primeira, feita pelo Cony nos anos 70, tinha cinco e esta terá seis volumes, no total), opróximo programado para abril é O Mistério da Moto de Cristal – ajudei o Cony em algumas adaptações de clássicos, masque foram assinadas apenaspor ele. Além dos outros livros da Carol, estamoslançandopela Editora Planeta uma outra série infanto-juvenil: Duda, Jacaré & Cia. O primeiro livro que já está pronto e deve chegar às livrarias nestemês é OCrimeMais que Perfeito.O próximo quer deve sair até o meio de 2004 é As Rapaduras são Eternas. Ainda acabamos de lançar em parceria, pela Editora Objetiva, O Beijo da Morte – que é um livro para o público adulto, sobre as mortes dosex-presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart e do ex-governador Carlos Lacerda. Os personagens sempre têm alguma coisa do autor, pode acreditar nisso.
mem do Terno Branco, traje com o qual, obviamente, costuma se vestir. Ao término do programa, Carol é premiada com uma viagem à Bahia. A açãovai transcorrer em Salvador, paraondeamenina vai, usufruir seu prêmio. Mas Carol vai também viver nova aventura, já que seu perseguidor também segue para o mesmo local. Na verdade, foi ele o patrocinador da viagem, para mais uma vez sequestrar a menina. Há uma ambigüidade queperpassa todaanarrativa, poiscomo todosequestrado, Caroltambém senteatração porseu sequestrador.Elaaté chega a se tornar cúmplice dele em algumas situações, embora tenha uma excelente cabeça e sequestione o tempo todo. É uma história divertida, que terá seqüênciacom O Mistério da Moto de Cristal,a ser lançadoem abril próximo. Asérie completa de Carolé composta por seis volumes. Beth Andalaft
Cacilda Becker interpretava um rapazinho; o Teatro Moulin Rouge e o Sant'Anna (acima), o Municipal (à esquerda) e a capa do livro
OAnna Lee já prepara outros livros
Anna: Ainda não, mas, neste momento estou fazendopesquisapara escrevermeulivro solo, o qual quero lançar até junho doano que vem.Hoje tenho maisfacilidade emrelatar arealidadee, principalmente, analisartelevisão, porquesão ofícios que exerço há bastante tempo.Porém, escreverficção é fascinante, estou com aimpressão de queé um caminho sem volta.Agora quecomecei não quero parar nunca mais.
DC: Você tem alguma preferência por um dos veículos no qual trabalha, TV, jornal ou revista?
DC: Você já escreveu ficção sozinha? O que é mais difícil escrever ficção, relatar a realidade como jornalista ou analisar a televisão?
SP da periferia em documentário da Cultura
Na esteiradas comemoraçõespelos 450 anosde São Paulo, aTV Cultura apresenta neste domingo, às18 h, o documentário São Paulo, Histórias Comuns. Dirigido pela ótima repórter Neide Duarte, o programa garimpou imagens captadas na cidade nos últimos cinco anos, foiatrás de personagens já entrevistados e revisitou histórias levadasao ar.O resultado? Umsaborosopainel sobre a metrópole,contado apartir dopontode vista depessoas comuns edo como elasvivemseu dia-a-dianaperiferia, nas grandesfavelas ounos cortiços. Pessoas que sobrevivem com as menores rendasda cidade,mas quelutam,como lutaramos imigrantesno começo do século passado para que um dia pudessem ser incluídos na história da cidade.
Anna: Não tenho.A minha preferênciaé porserrepórter, seja lá em que veículo eu possa exercer a profissão que escolhi. Aentrevista foiconcedidapor e-mail. (BA)
advogado e memorialista Paulo José da Costa Jr., 78 anos, nuncafoi umseresteiro da turma da frente.Sem ele, entretanto, muitas mocinhas enamoradas dacapital teriam ficadosem assuas serenatas, tãocomunsnaSãoPaulo das décadas de 30, 40 e 50. Aboletadosnasua "Joaninha"–um Ford 1940 de duas portas, azulcobalto – companheiros do Largo São Francisco levavam violões ecanções às casasdas eleitas. As serenatas "equivaliam às maisexpressivas eromânticas declarações deamor", escreve Costa Jr. no livro Meu São Paulo?...Nunca Mais!, relançado pelaeditora Arx em homenagem aos 450 anos da cidade.
Era uma época de "pacateza", para usar termo empregado pelo escritorHernâni Donatono prefácio do livro.Pacateza que Costa Júnior resgata em tom de crônica, no ritmo dosbondes, pelos itinerários de uma província ainda bucólica.No final dos anos 40, ainda estudante de Direito dasArcadas,oautor conta que conseguia cavalgar pelas ruas dosJardins, do Jockey de São Paulo até a alameda Gabriel Monteiro da Silva. E congestionamentos, só mesmo os voluntários, nos animados corsos carnavalescosem plena avenida Paulista. Atranqüilidade dacidade era um convite permanente
de Marte no National Geographic Foto:
para a boemia e para a vida nas gafieiras e nos teatros. "Era uma despreocupação perene que levavaao sonho eà fantasia", escreve oadvogado.Ele mesmo acompanhou, orada galeria,orada platéia, orade camarote, as transformações da cena cultural paulistana. Nosanos30 e40,teatroera tambémsinônimo dediversão,com asrevistase osespetáculosdevariedades. Além disso, ganhavam os palcos "deliciosas comédias, especialmente européias, mas também nacionais,como asdeMartins Pena, dramas de bomnível e até, desafiando a pobreza, belíssimase clássicasóperas".
Costa Jr. faz história ao enumerar osteatros quefreqüentouna mocidade.Grandesorquestrasebelas vedeteseram cortejadas no Cassino Antarctica, perto doViaduto Santa Efigênia. Muitos estudantes entravam de graça, se se dispusessem aengrossar aclaque. O Moulin-Rouge, umacasa do tipo café-concertonasproximidades do Largo Paissandu, transformou-se depois da década de 20 no Teatro Avenida. Artistas plásticos comoDi Cavalcanti, Volpi e Bonadei podiam ser vistos no tradicional Teatro Santa Helena,no Palacete Santa Helena, na PraçadaSé, demolidoem1971 com o advento do metrô. O autordestacaaindao Teatro
Sant’Anna, na Rua Dom José de Barros – "mais modesto que o Teatro Municipal, mas ainda assim muito luxuoso e requintado" –, e o Bela Vista, na esquina da Ladeira Porto Geral, onde viu Procópio Ferreira em Deus lhe pague Nas décadas de 40 e 50, Costa Jr. acompanhoua profissionalização do teatro,ocorrida, segundoele,demaneira "quase explosiva". A criação da Escola de Arte Dramática (ligada à Universidade de São Paulo) por Alfredo Mesquita foi um dosmarcosimportantes dessa consolidação. Em 1948, a cidade ganhava o TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, na rua MajorDiogo, palco de artistas do primeiro time: Cacilda Becker, Madalena Nicol, Maurício Barroso,PauloAutran, Walmor Chagas, A. C. Carvalho, Sérgio Cardoso,NídiaLícia, Tônia Carrero, Ítalo Rossi, Célia Biar, Elizabeth Henreid, Fernanda Montenegro,Nathalia Timberg, MariaDella Costa,Marina F.Franco, LeonardoVilar, CleydeYáconis etantosoutros passaramporlá. Estevelátambém o polonês Ziembienski. Responsável pela formação de umageração inteirade atores, ele é lembrado no livro de Costa Jr., em citação provocativa atribuída a Nelson Rodrigues: "Antes dele [Ziembienski] a cena brasileira era burra."
José Guilherme R. Ferreira
Marte entra na ordem do dia, desdeo anúncio,estasemana, de que o presidente GeorgeBushplaneja enviar umaexpedição ao Planeta Vermelho.Coincidência ou não, o canal National Geographic exibe nestedomingo, às 22 h, a estréia mundial do programa Marte:Vivo ou Mor to Duassondas daNasa jáestão emdireção aMarte. E o programa, com uma hora de duração, vai revelar os bastidores do trabalho no laboratório espacial de Houston, mostrando, inclusive a chegada da sonda Spirit ao planeta – no qual uma equipede cientistaseengenheiros espaciaisesperaencontrar evidênciasda existênciadeáguanopassado. Odocumentáriomostraaostelespectadores momentos de tensão desses pesquisadores e revela como foi solucionado, de última hora, um problema relativo ao combustível das sondas.
A voz jazzística de Shirley Horn no Multishow No fim de noite de domingo, que tal relaxar com a voz e o piano maravilhosos da cantoraShirley Horn? Na série Tim Festival, queo canal Multishow levaao ar às23 h,a ganhadora do Prêmio Grammy como melhorcantorade jazzde2001entra emcena para apresentarseus maiores sucessosde carreira,principalmente os incluídosem seu último disco, Travelin’ Light , que contacom umainusitadaversãode Ye s te rd ay , cançãoimortal assinada pelos beatles John Lennon ePaul McCartney. Shirley Horn começou acarreira comopianista nainfância. Mas só aos 17 anos descobriu o potencial de sua bela voz jazzística. Hoje,vêtrês deseusálbunsatingiram o primeiro lugar na lista de jazz da Billboard.
Peter Brook dá sua versão do Rei Lear Junte uma maravilhosahistóriade WilliamShakespearee adireção do poderoso Peter Brook (de Mahabharata e O Senhor das Moscas) evocê terá um filme inesquecível em sua telinha nesta segunda, às 16 h, no canal Cinemax. O horário, de fato,é meio ingrato, mas vale deixar o videocassete a postos para gravar o filme Rei Lear (1971).Em preto ebranco, com 138 minutos, e estrelado por Paul Scofield, o filme foi indicado pela National Society of Film Critics nas categoriasde MelhorAtor, AtorCoadjuvante e Filme. Resumo da história para quem não conhece: o Rei Lear está decididoadividir seu reino entre suas três filhas, antes de morrer. Mesmo sem ser esta sua intenção, acaba provocando uma verdadeira guerra entre elas.
ROBERTO BENEVIDES*
O complicado acerto entre o lateral Lúcio eo Palmeiras ganhou mais umcapítulonesta quinta-feira. Durante o dia, o jogador nãoaceitou assinar semler arescisão de contrato que lhe foi enviada pelo Ituano eperdeu oprazode inscrição na Federação Paulista de Futebolpara oprimeirojogo do Palmeirasno campeonatoestadual, contra o Paulista de Jundiaí, na quarta-feira.
Já de noite, depois da interferência do presidente Mustafá Contursi, queassumiu pessoalmenteo comandodasne-
gociações com oempresário Oliveira Júnior,o lateralfinalmenteassinou arescisão epoderá jogar peloPalmeiras tão logo ocontratode três anos como clubeseja registradona Federação.
Na segunda-feira, o advogado Alexandre Nardo, representantedeLúcio, sereunirá com Oliveira Júnior, dono do Ituanoe demetadede seusdireitosfederativos, paraoficializar o acordo. "Estou muito feliz porque sempre disse que nãogostaria dedeixar oPalmeiras", garante o jogador.
Lúcio: livre do Ituano, desfalcará o Palmeiras na abertura do Paulistão
Uma declaração deMarco Branca, diretor técnicoda Internazionalede Milão,aojornal inglês The Guardian, admitindo claramente o interesse na volta do brasileiro Ronaldo, agitaa imprensa esportiva da Itália eda Espanhadesdeontem: "Émuito possívelque ele retorne. Estamos muito interessados, poissempre oconsideramos o melhor. Ele é um filho da Inter." Algunsjornais italianosdizem que o interesse repentinamentereveladoporBranca é
apenas uma formade pressionar Vieri,que pretendese transferir para oChelsea e não se apresentou para o jogo contra o Udinese pelas quartas-definal da Copa da Itália. O presidente da Inter, MassimoMoratti, acabou,porém, dando forçaàs declaraçõesdo seu diretor ao comentá-las com dubiedade aparentementeproposital: "Nofutebol,nadaé definitivo,mas hoje não existem contatos com Ronaldo.Nossosprojetose os seus, por ora, não se casam."
Com gols de Fininho e Abuda,o Corinthians conquistou ontem sua vaga na terceira fase da Copa São Paulode Junioresao vencer o Noroeste por 2 a 1, e vai enfrentar o Força Sindical, que venceu o Lençoense por 3 a 2.
A vitória corintiana garantiu o quarteto dos grandes clubes clubes paulistasentreasdez equipes que continuarão brigandopelo título.Santos,Palmeiras e São Paulo tinham conseguidoaclassificação na véspera.
O Santos venceu o CRB por 3 a 1, mesmo placar davitória
Corinthians vence
Noroeste por 2 a 1 e se junta a São Paulo, Santos, Palmeiras e na terceira fase da Copa São Paulo de Juniores
palmeirensesobre oPrimavera.Curiosamente,depois de empatar o jogoem 1 a 1,o São Paulo também fez 3 a 1 no Fluminense,mas nospênaltis.Na próximafase, oSão Pauloenfrentará o Santo André, que eliminouo Botafogo nos pênaltis por 13 a 12. O grande jogo, no entanto, será Santos x Palmeiras.
Na partida de ontem, ainda pela segundafase,oCorinthians fez seus dois gols até os 15minutos do primeiro tempo. ONoroestediminuiuno segundo tempo,comum gol de Cris em cobrança de pênalti, masnão chegoua ameaçarem nenhummomento avitória corintiana.
Também ontem àtarde, depois de um primeirotempo equilibrado que acabou empatado em1 a1, oForça Sindical fezumsegundo tempobem
melhor e derrotouo Lençoense por 3 a 2. Outro time paulista que ontem se classificou para a terceira fase foi o Rio Branco, quevenceu oCruzeiro por 3 a 1. O próximo adversário do time de Americana será a Portuguesa, que, à noite, venceu o Comercial por 1 a 0. Apróxima faseda CopaSão Paulo de Juniores terá, assim, quatro confrontos entre equipes paulistas e mais Coritiba x Flamengo. Os paranaenses eliminaram o Grêmio, vencendo o jogo por 3 a 1, e os cariocas desclassificaram o Serra Negra nos pênaltis,por 4 a3, depois de um empate por 1 a 1 no jogo normal. Como a segunda, a terceira fasetambém serádisputadapelosistema de eliminatóriasimples. Em casode empatenosjogos, cada uma das cinco vagasserá definida na cobrança de pênaltis.
No diaseguinte ao anúncio pela Ferrari da prorrogação do contrato de Rubens Barrichellopor dois anos,o hexacampeão Michael Schumacher afirmou,numa concorrida entrevista coletiva em Maddona di Campiglio que ainda não sabe quando deixarádepilotar profissionalmente eadmitiu até a hipótese de renovar o contrato com a escuderia italiana que tambémvence em 2006: "Não há razão para fechar as portasao futuro. Se, até lá, estiver me sentindo como agora,o futuroestará aberto."
Schumacher fezquestão de contar aos jornalistas: "Quando prorrogamoso contrato até 2006,o presidente Luca di Montezemolo medisse: 'fiqueaquienquanto estiver gostando, tivermotivaçãoeandar rápido'.Para mim, é fácil. Eu adoroo quefaço,amo oesporte e gosto de me preparar para as corridas."
O pilotoalemão disseainda quesó vai pensarna aposentadoria quandosentir queperdeu acompetitividade. E parece ter mandado um
Schumacher elogia a prorrogação do contrato de Barrichello até 2006 e diz que ficará na Ferrari enquanto for o melhor
recado para Barrichello: "Quandofalode competitividade, estou falandode uma comparação justa e a únicaforma decomparação justaé como meucompanheiro. Se umoutro piloto é mais rápido em outra equipe por qualquer razão, estaremos falandode outrasescuderias eesse nãoé oproblema. Aí entra o nosso trabalho como equipepara revertera situação."
Schumacher elogiou,no entanto, a prorrogação do contrato de Rubens Barri-
chello e disse que a decisão da Ferrari é "natural e lógica".
Parece ter sido sincero ao afirmar: "Honestamente, não há melhor escolha do que ter Barrichello conosco." Oquenãogostaria édetero irmão RalfnaFerrari pois, segundo ele, um seria vencedor e o outro seria perdedor: "Ralf não gostaria de fazer issocomigo eeu nãogostaria de fazer isso com ele."
Pareceoutro recado para Rubinho, que continuará mais dois anos na sombra de Schumacher.
E RAMON ANIMAM O VELHO FLU Uanderson Fernandes/AE
Por enquanto, eles ainda estão entregues aos preparadores físicos e nem tocam na bola nos treinos em Juizde Fora,masEdmundo,32 anos,e Ramon,31, estãoenchendo de alegria boa parcela da torcidadoFluminenseque voltou a chamar de Máquina o time que é dominadoporoutro veterano-o artilheiro Romário, às vésperas de completar 38 anos.Outra porção da torcida tricolor, ainda minoritária, teme que, juntos, os velhinhos botem o Flu no mau caminho. 0
LUÍS FABIANO FALA EM VOLTAR PARA A EUROPA
O são-paulino Luís Fabiano, que já teve uma passagem frustrante pelo Rennes, da França, vem dizendo nos últimos diasque tem propostas para voltar ao futebol europeu, mas acrescenta que não deixará o São Paulo enquanto o time estiver disputando a Libertadores. Ou seja: no meio do ano, se houver mesmo proposta, Luís Fabiano quer deixaro Morumbi,emboratenha contrato até 2005 e o Campeonato Brasileiro vá estar em pleno andamento.
Depois de trêsdias de treinamento num sítio em Jarinu, os jogadores Santos foram liberadospor EmersonLeãoontem à tarde e voltarão ao trabalho amanhã.
OCorinthiansvai fazernodomingo, emExtrema, umjogo-treino contrao FlamengodeGuarulhos emque deveescalar o time que estrearánoPaulistão, quarta,em Sorocaba, contra o Atlético.
Edílson não é mais jogador do Flamengo. Ao se reapresentar ontem naGávea, com quase duas semanas de atraso, foi convidadoaprocuraremprego em outro clube.
APonte Pretaapresentahojeo atacanteViola,35 anos,comoreforço para oPaulistão. Viola acha que,fazendogolsem Campinas, poderájogar porum grandetime no Campeonato Brasileiro.
Por Tsuli Narimatsu
Resgatar um poucoda trajetória de São Paulo por meio de relatos orais daquelesque ajudaram a formar a cidade tal comoela é– plural,acolhedora, batalhadora – é como viajar no tempo evivenciar momentos quenão fizeram parte das nossas vidas. Em comemoração aos 450 Anos de São Paulo, o Diário do Comércio , em parceriacom oInstitutoda Pessoa, convidaseus leitoresa fazerumbreve mergulho nas memórias de personagens anônimos que refletem a vida e o perfil desta cidade. São experiências como a do vendedordebatatasda zona
Cerealista Alfredo Campos que nos remetem ao Brás, bairroque emseus temposáureos já teve o maior número de cinemas e restaurantes da cidade – e mais acolheu imigrantes em todo o País. O relato da imigrante polonesa Rosa Fajersztajn, que saiu do campode concentraçãode
Auchwitzdiretamente para São Paulo com o auxílio da
Cruz Vermelha, nos emociona ao recordar a receptividade característica dacidadedeSão Paulodepois deterpassado tantos momentos de desespero nasmãosdosnazistas."Eu não acreditava no bondade das pessoas", diz,tropeçando no português.
Benedito Jeleilate relembra a trajetória dospais, Chafic Jeleilate eGeorgette Jeleilate,os primeiros comerciantesde noivasdaRua SãoCaetano,a única rua do mundo especializada em artigospara compor uma festa decasamento. O argentinoEnrique Lipszyc,fundador da Panamericana Escola de Arte,que acompanhoua evoluçãodas artese dodesign nos últimos 40 anos, em São Paulo,relata atransiçãoda província para a metrópole (veja os depoimentos nesta página e na seguinte). Poucas são as vezes em que se tem a oportunidade de conversar com a história viva. E esta écertamente uma dasmissõesdo InstitutodaPessoa, que há 12 anos reúne diferen-
tes relatos para formar uma redeinternacional de histórias devida. "Todoo serhumano, anônimooucélebre, temodireito de tersua história eternizada", afirma Karen Worcman, coordenadora do projeto ProjetoMuseu Aberto.Todos os sábadosde manhã,na sede do InstitutoMuseudaPessoa.Net,naRua Delfina, 342, Vila Madalena (SP), são gravadas entrevistas em vídeo, que depoisacabam transcritas,revisadas e publicadas na seção Acervo do portal www.museudapessoa.net. Até 25de janeirode 2005,o Museu da Pessoa.Net pretende reunir 450 depoimentos de pessoas quedesejam registrar suas lembranças sobre a capital. A instituição acredita que a memória é essencial para garantir a identidadede um povo, de umacidade. Ao preservar o passado, abrimos caminhopara acompreensãomais aguçada do presente e ampliamosnossa visãodefuturo. Aproveitea oportunidadede registrar suas memórias.
Eu falei para a prima Cidinha que para viver em São Paulo você precisava sonhar como São Paulo. Que de outra maneira esse mundo aqui não daria certo para quem vem de fora. Então em vários casos, relatos assim de pessoas que vieram só para ganhar dinheiro, acabaram quebrando a cara. Porque São Paulo, você além de sonhar com essa grandeza, querer ganhar dinheiro, você tinha a necessidade é de se identificar. Com o povo, a pressa, a agitação, a cultura, os acontecimentos, as ações assim diárias. Aceitar essa transformação e as coisas do interior você tinha que guardar na lembrança. Porque não tinha como você
ficar vivendo dois mundos. Quando eu desembarquei de Londrina (PR) na estação da Luz, aos 12 anos, eu vi aquele monte de carro assim. Eu falei: 'caramba, a gente vai ter que ficar morando aqui, né?' Então e isso daí já me deixou assim assustado, né, com movimentação e o acúmulo assim de informações para você tomar um ônibus. Para mim foi uma experiência radical mesmo. E eu demorei provavelmente 4 anos para acordar e falar: 'Ah, agora eu sei onde eu moro, sei onde estão as coisas!' Porque as mudanças eram muito rápidas e a cabeça da gente era ainda assim vagarosa como do interior, é. Lá você olhava e via árvores; aqui você via prédios. Lá você via rio, peixes; aqui você poluição, você sabia que
não podia nadar. Então isso secou um pouco a expectativa de vida. A gente vivia lá de comer mamão, de pegar as coisas no pé. Quando você tinha fome, você tinha que ter o dinheiro para comprar alguma coisa. E lá não, se tivesse fome você ia no mato e pegava alguma coisa e comia. Então esse choque assim, foi muito violento e me deixou assim assustado. Talvez até a minha própria gagueira, esse medo assim de falar as coisas, isso daí acho que vem dessa época assim".
OSMAR AFRÍSIO DOS SANTOS tem 43 anos e está em São Paulo desde os 12. Trabalha há mais de 30 no mesmo bar, especializado em batidas, onde é garçom. Graduado em Pedagogia, tem um livro editado.
Editora vai concluir investimento de 2 bilhões de euros no País até o final do ano. Meta é lançar mais títulos de autores nacionais e atrair jovens leitores.
A Editora Larousse do Brasil vaicompletar, emmaio, um ano de presença no País, mas já conta com realizações quefazem jus à empresa de porte que representa no segmento editorial.Em apenasoito meses,a unidade brasileiralançou 100 títulos delivros nomercado e, dando sequência ao plano de investimentos de 2bilhõesde eurosaté dezembrode2004, espera dobraronúmerode lançamentos neste ano.
Segundo JeanChristophe Marc, diretor geralda Larousse do Brasil, a entrada da editora francesa no País se deu num momento político complicado, mas mesmo ante as adversidades econômicas consequentesdesse quadrofoipossívelatingir as metas para 2003. Além disso, seus dirigentes estão otimistas em relação a 2004. "Além de as relações França-Brasil serem ótimas no âmbito cultural, amarcaLarousse éconhecida erespeitada. No ano passado, inauguramos o selo Larousse Júnior para livros infanto-juvenise demos enfase às publicaçõesde referência, como dicionários e guias linguísticos para viagens", diz o executivo.
Nacionais - Para os próximosmeses, aeditoraprevêo lançamento de títulos com autoriade escritores nacionais, oque é uma novidade, já que até o momento a atuação da Larousse ficou restrita à tradução de livros estrangeiros. "Isso ocorreem função depedidos quenos foramfeitos até o momento. Mas, nos próximos anos, esperamos equilibrar a balança, oferecendocercade 50% dos títulos de origem brasileira", diz Marc. Leitura - Para ele, a afirmação de que as pessoas deste País não se dedicam à leitura é uma inverdade e reflete apenas a faltade estímulo que os órgãos governamentais dedicavam ao assunto. "As açõespolíticas neste momento contribuem para a inclusãosociale divulgação da cultura. A Larousse já participou deprojetos estatais com a doação de livros para entidadespúblicas", explicao executivo.
Aadministração daLaroussedo Brasilcalcula queobterá oretornodos investimentos no País em cerca de dois anos e quer dinamizar o mercado editorial nacional. "Pelo fato de as empresas pertencerem àsfamílias que tradicionalmente sempreparticiparam destesetor, o comportamento dos executivosemtodas asáreasé conservador. Nossa meta é elevar a profissionalizaçãoe ino-
var naárea de marketinge nas escolhas e lançamentos de títulos", afirma Marc, que é formado em Administração por uma universidade de Paris, com pós-graduação nos Estados Unidos eexperiência internacional em vários segmentos como osde telecomunicações e supermercadista.
Jovens - Ele afirma que entre os objetivos da empresa está alcançar o público jovem de clas-
se C,ou seja, aqueleque conta com menoracessoaos livros. "Num primeiro momento, os lançamentos serãovoltados às classe sAeB, masposteriormente queremos expandir a atuação no mercado", diz.
A editora Larousse chegou ao País após 25 anos de presença na América Latina, o que inclui países como o México, Argentina, Chile e Colômbia. Juliana de Moraes
Samsung tem lucro 24% maior, mas anuncia demissões
A SamsungElectronics teve um crescimentode24% em seulucrotrimestral graçasa demandaexplosiva naáreade telasplanase dechipsparacâmeras digitais. No entanto, o desempenho da companhia ficou abaixo das estimativas do mercado, principalmente por causa de perdas na afiliada de cartõesde créditodaempresa, a Samsung Card.
A companhia,maior fabricante de microprocessadores de memóriausados emdispositivos eletrônicos e terceira maiorprodutora de telefones celulares,lucrou 1,86 trilhão de wons no período de três meses quese encerrouem31de dezembro de 2003.O número ficou abaixo das estimativas de analistas, que eram de 2,01 trilhões dewons. Nomesmo período do ano anterior aSamsung teve resultado positivo de 1,5 trilhão de wons.
Chips dememórias - As vendas de chips de memória, usados em câmerasdigitais e em tocadores demúsica estão crescendo em grande velocidade ao mesmo tempo em que existe um grande movimento de migração dos consumidores de monitores convencionais para as telas planas. "A força nestemomentoé muito grande e não vemos nenhuma desacaleraçãosazonal no primeiro trimestre", disse Chu Woosik,vice-presidente responsável por relaçãocomos investidores.
Desemprego - Apesar dos resultados, a Samsung Electronics disseque fecharábases na Espanhaena Inglaterra,oque resultaria em 800 funcionários sem emprego. (Reuters)
O papel dosbancos internacionais eitalianos na fraude multibilionária dagigantede alimentos Parmalat vem ganhando destaquecadavez maior. Entreas principaisinstituiçõesenvolvidas, estãonomes como oBank of America, Citigroup, DeutscheBank, Merrill Lynch, UBS, ABN Amro, Santander, Capitalia e Sanpaolo, entre outros. A crise da Parmalat foi deflagrada em 19 de dezembro, depois quea Parmalatanunciou que oBank ofAmericahavia declarado falso um documentoquecomprovava depósito de quatro bilhõesde euros nas ilhas Cayman em papel timbrado da instituição. OBank ofAmerica representava os investidores institucionais norte-americanos com participação de18,8% nasubsidiária brasileira da Parmalat. Oacordodaempresacom os investidores definiarecompra daparticipaçãoporUS$ 400 milhões caso a subsidiária brasileira não tivesse ações negociadasembolsaatéo final de 2003,compromisso queagravou a crise deliquidez do grupo no final de dezembro.
Citigroup - A políciaapreendeudocumentos dadivisão Eureka do grupo como parte do esforço para determinar se a unidade ajudou empresas vinculadas à Parmalat a colocar títulosde dívidalastreados por notasfiscais irregulares,disse uma fonte na quarta-feira.
Uma unidade do Citigroup criou a Buconero, sociedade limitada que emprestou cerca de 117 milhões de euros à Parmalat. Buconero quer dizer "buraco negro" em italiano.
Banco Capitalia, por exemplo, estaria diretamente envolvido na aquisição da Eurolat por um preço inflacionado em 1999.
De utsc he Bank - O banco é um dos mais antigos assessores da Parmalat,eestava próximoa Calisto Tanzi,ofundadorda empresa, e sua equipe. O Deutsche colaborou para a emissão de 350 milhões de euros embônus daParmalat em setembro,trêsmesesantes da insolvência do grupo.Em novembro, oDeutsche detinha cerca de 5,2% de participação acionária na Parmalat, uma fatia que se reduziu a menos de 2% em 19 de dezembro.
UBS - O banco emprestou 103milhõesde eurosaCalisto Tanzi,emuma transaçãoque pode ser investigada. O dinheirofoiemprestado noanoem que o UBS administrou a emissão de 103 milhões de euros em títulos para a Parmalat. Santander- Repo rtag ens afirmamque atéUS$ 250milhões dosUS$500milhões emitidos pela subsidiária brasileira da Parmalat em 2001 foramparar em umaconta no Santander das ilhas Caymane depois desapareceram. Os inve sti ga dor es acreditam ter localizado o dinheiro em Malta.
Capitalia - A Parmalat investiu na divisão MCC do banco, mas a participação de dois por cento foivendida recentemente. Tanzieramembro do Conselho do Capitalia e reportagens afirmam queele diz ter sido pressionando por Cesare Geronzi, o presidente do Conselho do banco, aadquirir a Eurolat por preço inflacionado em 1999. (Reuters)
O governo italiano não deve socorrer aParmalat Finanziaria SpA, mas os bancos devem reembolsar os pequenos investidores que compraram os bônus e ações da empresa, disse o ministro de Assuntos Europeus, Rocco Buttiglione. "A Parmalatnãodeve enãopode pesar nas contas do Estado", disse Buttiglione no intervalo de uma conferênciade bancos em Nápoles, da qual participou o presidente do Banco
Central Europeu, Jean-Claude Trichet.No mês passado, a ParmalatFinanziariaSpA pediu concordata depois de revelarque faltavam10 bilhõesde euros em seu balanço. Informações - Bu t ti gl i on e pediu queos bancosreembolsem os pequenos investidores que perderam suas economias com os bônus e ações da Parmalat.Eleafirmouque ospequenos investidores tinham pouca informação nas quais
basear suas decisões de investimentos e confiavam nas orientações de seus bancos. Oquartomaiorbanco da Itália, CapitaliaSpA, disseque está finalizando um plano, que poderá custaraté60milhões de euros, para reembolsar seus clientes de varejo pelos bônus quevendeudaParmalat Finanziaria eda CirioFinanziaria SpA,outra companhiade alimentosquenão honrou compromissos. (AE)
SãoPauloéo coração do Brasil e o Brás éo coração deSão Paulo. Obairro teve como alicerce três raças: italianos, espanhóis e portugueses, mas recebeu a todos com muito carinho. Veja,hoje temosirmãosdetodo onosso País, mais árabes, turcos, libaneses, coreanos, chineses, nigerianos, bolivianos, colombianos,... que hojefazem do Brás omaior centrodeconfecções de roupas daAmérica Latina, na rua Oriente.Tem também a Santa Rosa (zona Cerealista), MercadoMunicipale o comércio de madeira noGasômetro. Não sei como é que comporta gente de tantas raças, mas essa é a cara de São Paulo. Sou dotempo do lampião agás. Agente viao cara não sei se da prefeitura, ele vinha de poste em poste acender e apagaros lampiõesque iluminavama ruade noite.Durante a Revolução de 32, a gente corriaparadentro de casa quando viapassaruns aviões vermelhos. "Olha o vermelhinho"aí,alguém gritavae a gente corria. Eu era bem pequeno.OBrásjá teveoseu tempo áureo,sabia?Foi o bairroque maiscinemasteve. Sete aotodo. Mafalda, Olímpia, Oberdan,Babilônia, BrazPoliteama, Universo, Roxi e o inesquecível Teatro Colombo, todos desaparecidos. Grandesrestaurantes seforam, restando apenas a CantinaCastelões. Esportivamente, como desaparecimento dos campos de várzea, muitos clubes fecharam as portars, tais como Esporte Clube Silva Telles (apenas socialmente), Lusitano, Minas Gerais, Flor doBrás,São Cristóvãoemuitos outros. Grandes indústrias traziamo progresso,nãoao bairro, masatodosdeSão Paulo, tais como Matarazzo, Tecelã Ìtalo-Brasileira e outras foram para longe da cidade. Lembro quando inauguraram oMercadoMunicipal, em1933,a gentese entusias-
mava de ver tanto peixe, tanto queijo. Nasci e cresci no bairro. Em 1948 o governador Lucas Nogueira Garcez fechou o meretrício do Bom Retiro que acabou se dividindo entre o que é hoje a Boca do Lixo e o Brás. Começoua deteriorar. Quando comeceia trabalhar no comércio de batataso sujeito carregava os sacos e depois vinhaacertar. Nãotinha papel.Até hoje, 60anos depois, a vida é assim na zona Cerealista.Os comerciantes não gostam quefalem porque estão levando calote, mas aindaé assim. Antigamente carregávamos 10caminhões por dia; hoje não se carrega 10 por mês. Aumentoua corretagem e avenda diluiudepois quea Cooperativa Agrícola deCotia praticamente acabou".
ALFREDO CAMPOS nasceu em São Paulo em 1926. Descendente de portugueses, é vendedor de batatas na zona cerealista. Mora desde criança no Brás, "o coração da cidade", como diz.
Em todo povo, tem gente boa e gente ruim. Alguém que me conhece pode me chantagear ou, simplesmente, mequererdar para os alemães. Isso acontecia, gente dedo duro sempre fazia.A cidade deSão Paulo acheimaravilha.Na Suécia, estava, vamos dizer, bem mais desenvolvido, mas eu como lugar, gente, aqui tinha muitos conterrâneos, muitos damesma cidade.Todo mundome acolheu como fossefamília. Muitobem. Eisso também apressou me casar...Aqui estãoacostumados que quando se casa se traz presente. NaPolônia,não.É um país pobre, o pessoal é pobre. E aqui, quandoeu cheguei,todo mundo que veio trouxe, um trouxe vestido, o outro trouxe... Eunãoviaisso com os olhos tão bons. Para mim isso parecia esmola. Era difícil para mim acreditar na bondade da gente. Euvisómaldaderondando atrás de mim. De repente, chego,são amigos,muito amigos, uma capa, um vestido. Achei que tinha que casar. Casei depoisde trêsmeses. Não vou dizerque apaixonei,isso demorou. Foi mais tarde."
ROSA FAJERSZTAJN nasceu em 1919 em Kazimir, Polônia. Sobrevivente de campo de concentração nazista, chegou a São Paulo em 1947.
Estava entusiasmado aos 19 anos para conhecer novoshorizontesporque via gente daminha cidade que vendia banana emSão Paulo voltar vestindo um terninho preto de casemira. Tomei um trem. De lá vinha para a estação da Luz. Nabagagem, roupa numa trouxa de pano,paraproteger dopó,euma caixa defruta. Desci na Barra Funda porque tinhamedode me perder na Luz. Na estação vi gente vendendo banana, pensei: é lá da minha cidade. Deu mais empolgação. Me hospedei na casa de parentes. No dia seguinte, andei por toda a Av. Pacaembu, Av. São João até a Rua São Bento pedindo emprego. Trabalhei lavando xícaras e logo ganhei um salário mínimo. Levei seis mesespra juntar metade dessa quantia no sítio para poder vir embora para a capital. Era um dinheirão! De lá fui mudando para empregos que pagavam mais. Sempre procurandoumofício quegostava.Aci-
dade teveuma expansãomaior com a migração nordestina, a partirde1950. Fizescolatécnica de aviação efui trabalhar com sistemas hidráulicos até no Rio deJaneiro. Caseie fuimorar no Tatuapé. Por volta de 56, fuipara aAv. Mirunae nãosaí mais deMoema. Nunca quis perder o contato com a terra. Naquelaépoca não dava para chegar de carro em casa porque a estradaera deterra. Meusfilhos tomavam leite de vaca e estudaram na escola de uma tecelagemonde hojeé o shopping Ibirapuera.Imaginei quealia
valorização seria mais acelerada por causa do aeroporto de Congonhas. A Av.Bandeirantes era umcórrego em quese pescava. Esse é um outro lado da vida que as crianças da cidade não têma oportunidadedeaprender.Por issotenho umviveiro de plantas emcasa,doupalestrasnasescolas,vou aos parques e praças plantar.
CAETANO BECARI, 79 anos, é descendente de italianos e mora em Moema há 50. Dedica sua vida a arborizar a cidade que um dia viu tão verde.
Meupai, Chafic Jeleilate, imigrante libanês,abriua Casa Mimosa, loja de tecidose aviamentosna Rua São Caetano, em 1949.Logonotou quesaía muitobranco. Ascostureiras vinham comprar material para fazer vestidos de noiva. Um dia ele mandou confeccionarum vestido pronto e colocou na vitrine. Daí o negócio desenrolou. Asnoivasgostavamporque podiam ver o modelo pronto. Efaziamfilanaporta paraserematendidas. Minha mãedesenhava. Depoiscontratamos estilistas. Meu primo abriu uma loja e aos poucos outras surgiram. Chegamos a ter 30funcionários na loja mais 50 fora, na produção. E as lojasdemáquinas etecidosda rua foram sendo substituídas por lojas de noivas. Até chegar a 100, 150. A São Caetano fez muita gente. Chegou a empregar até 5 mil pessoas, entre bordadeiras, costureiras, arrematadeiras. O emprego só acabou dizimadodepoisque comerciantes descobriramvestidos de Taiwan. Mas as noivas em si não mudaram. Casar continua sendo osonhode todaa mulher. Mudoua condição econômica que resultou em trans-
formações também na rua. Estabeleceu-seuma concorrência desleal.Eu mesmodeixei o ramoe vivo dealuguel. Em 1990, quando meu pai morreu, todas as lojasda rua fecharam as portas na hora do enterro".
BENEDITO JELEILATE, 52 anos, é filho do primeiro comerciante de vestidos de noiva da rua São Caetano – a única do mundo no gênero.
Bom, naquele tempo, que a gente pegou a mania de chamar de sinhá e de sinhozinho , é porque a gente negro tinha que chamar os branco, era sinhazinha e sinhozinho. Bom, os brancos se compreendia, era rainha, princesa, é que os negros tratava de sinhazinha. E nisso, naquela criação que era na língua dos negros, nós também chamava nossos patrão de sinhá e sinhozinho. Ali aquele tempo havia respeito, por que se uma moça daquela de família se perdesse, ali era morrer todos os dois, matava o cara e matava a filha, o pai matava a filha e matava o cara. Bom, era uma lei brava, e se fugisse, podia falar assim... não tinha lugar que ele fosse, por que colocava gente no pé, para catar, enquanto não arrancasse a língua. Tinha que matar e trazer a língua. Isso era a lei, a lei era seca, não tinha para onde nego fugir. Então, era tempo de respeito. O cara fazia um negócio de 1 mil réis, então tirava um fio de barba, era o documento, enrolava no papelinho. "Então, tu fala com fulano que me empresta 500 mil réis", aquele era... o documento em vez de ser letra, era um fio de bigode, de barba, tirava aquele fio de barba enrolava e dava. Esse tempo não tinha esse negócio. O homem podia rapar a cara assim ,tudo, aqui mas o cavanhaque e o bigode tinha que ser honrado, isso aqui e o bigode.
GERMANO ARAÚJO DA SILVA nasceu em Vitória da Conquista (BA) no dia 22 de agosto de 1875, época em que já vigorava a Lei do Ventre Livre. Filho de pai africano e mãe índia, passou a infância trabalhando na agricultura. Mais tarde, tornou-se vaqueiro profissional. Casou-se 13 vezes e teve 68 filhos. Fumante inveterado, viveu seus últimos anos na Vila Missionário, na rua Navio Perdido. Morreu em 1999, pobre.
Eu tinha passagem administrativa num empório e numa panificadora. Estava acostumado a negociar com fornecedores, administrar funcionários e atender bem os clientes. Foi aliás uma freguesa que me indicou como gerente a Raul Borges, o comerciante português dono da Loja Araújo (especializada em carnes) que estava importando o modelo de auto-serviço dos Estados Unidos. Em 24 de agosto de 1953, Borges abriu o Sirvase que já contava com açougue e me levou para trabalhar. Um ano depois abriu o Peg & Pag que tinha também uma padaria. Ao todo foram 12 anos à frente da administração do Peg & Pag, abrindo uma loja por ano. O supermercado crescia, sustentado principalmente pela adoção de promoções como o Lev 2 e Pag 1, e pelas vendas de bandeirolas e espaço nas gôndolas. O maior desafio na época era conquistar os clientes acostumados a se abastecer em empórios e mercearias, estabelecimentos que ofereciam atendimento personalizado e o pagamento dos débitos no final do mês. O supermercado era mais caro, não oferecia aquele tratamento de compadre, forçava o consumidor a pegar os produtos na prateleira e exigia que se pagasse na hora. No começo, instalamos catracas para marcar quantos clientes visitavam e quantos compravam. Isso foi um entrave porque as pessoas achavam que tinham que pagar para entrar."
MÁRIO GOMES D'ALMEIDA, paulistano de 75 anos, foi o primeiro gerente de supermercados do País, abrindo caminho para um segmento que hoje fatura R$ 72,5 bilhões no Brasil. Foi também pioneiro ao ministrar cursos de gerenciamento de supermercados.
Em 1962, vimpara o Brasil implantar a Panamericana Escola de Artee Design, nos moldes argentinos, voltada para a formação profissional do mercado de trabalho.A cidade do Rio era centro cultural do País, ainda carregava o legado de ter sidoa capital, eraondeestavamas agênciasdepublicidade,tinha umperfil maisinternacional. São Paulo era uma província conservadora. Eu e Ziraldo estudamosa implantação da escola no Rio durante um ano até que ele vislumbrou:'Achoqueessa nãoéa praçacerta'. Aos poucos,São Paulo estava se destacando. Intuimos que a força do crescimento industrial do País como um todo estaria aqui. Funcionou. Abrimos a Panamericana em 1963na Av.Angélica, sede que existe até hoje. Na época, a cidade ainda tinhapoucas galerias dearte,o país praticamente desconhecia o design. Chegamosno lugarcerto ena hora certa. Houve uma certa cumplicidadecom aevolução de SãoPaulo.Contribuímos parao amadurecimento do mercado, que nãopreparava publicitários, decoradores,fotógrafos eprofissionais dehistóriaem quadrinhos.Aescola fez uma simbiose cultural com os acontecimentosegrandes eventos. Jânio Quadros parou aqui para ver a nossa Bienal Paralela, um evento que os alunos organizaram simultaneamente com a bienal de arte.
ENRIQUE LIPSZYC, argentino, é presidente da Panamericana Escola de Arte e Design; seu filho ALEX LIPSZYC, é diretor.
Não foi a primeira vez que issoaconteceu, e nãoserá certamente a última. Comojá ocorreu antes,o ´New York Times´ voltou essa semana a funcionar como a consciência moral dos Estados Unidos. Em editorial de precisão e coragem cirúrgicas, o velho jornal criticou a política econômica do Presidente George W. Bush, de pressionar os países emdesenvolvimentopara mostrarem honestidade e transparência, sem que o próprio governo americano faça o mesmo. A economia mundial pode estar à beira de uma nova crise,em conseqüênciadapolítica econômica sinuosa – e por que nãodizer hipócrita? –dos Estados Unidos.
Aprincipal propostaamericana na reunião da Cúpula das Américas,em Monterrey,no México, foi a de usar a cláusula da corrupção para avaliar países e até mesmo para excluí-los da OEA ´em casos graves´. Já não setrata depreservar ademocracia emestados americanos,comono passado,masde ameaçá-los epuni-los apartir de um julgamento moral que será feito – adivinhem por quem– pelosEstadosUnidos. O Presidente brasileiro Lula da Silva,quese encontroucom Bush naquela reunião, faturou politicamente no cotejo que se seguiu, entre estados e estadistas que ali compareceram. Para outros jornais da Costa Leste americana, a falsidade da política internacional de Bush pode estarminandoasbases do Partido Republicano às vésperasdaeleição que podeou nãoreelegero texano para mais ummandato presidencial.A poderosa mídiados EUA tem, naturalmente, seus pontos fracose uma inegável atraçãopelabanalidade, mas ela passa um volume fantástico de informações que ouvidos afiadosrecebem e interpre-
Por Luiz Carlos Lisboa, de Nova York
tam, não importa o nível cultural dos receptores. Quando a hipocrisia é visível, corre entre amassa a decepção que rejeita os homens públicos, às vezes para sempre. Fica na opinião pública a impressão desfavorável do ´faça o que digo, mas não faça o que eu faço´. O gostopelo banal, pelo espetacular e pela vulgaridade, estimulados pelamídia norteamericana, não elimina sempre o bom senso emterrenos tãosensíveis quantoaeqüanimidade e a justiça. O eleitor medianodosEstados Unidos seenvergonha facilmentede seushomens públicoscontraditóriose manhosos,masperdoa comfreqüênciaospecadoressimpáticosque namoram estagiárias mas admitem seus errosetransmitemotimismo a seus governados. A obsessão de Bush com a segurança na lutacontra o terrorismoestá corroendosua base popular, na medida em que um novo grande atentado não volta a ocorrer, deixando no ar a suspeitadequea Al-Qaeda pode ter algo de ficção, como há pouco afirmou o estudioso suíço Richard Labéviére, para quem a grande arma dos Bin Laden hoje, deve consistir em não cometer atentadosnervosamente anunciados pelo governo americano. Seja como for, o desgaste do governo Bush pode começar muito antes do que os republicanos temiam que acontecesse. Equem pode salvá-lo agora são os terroristas, que enlouquecendo e matando civis acabariam justificandoseu ´arbítrio do tempo de guerra´ e sua políticaeconômicae migratória desequilibrada.
Ninguém sente saudades, nos Estados Unidos, da corrida espacial do tempo da guerra fria. Os jornais têm lembrado aquela competiçãoque a seu modo foi útil para desenvolver uma tecnologia assombrosa de ficçãocientífica,mas revelou tambémostemores americanos e soviéticos da época. Agora prevalece a busca pura e simples de conhecimento, a curiosidade científica.A tecnologia desenvolvida pela Nasa trouxe maisbenefícios paraamedicina, a física, a química e a cibernética do que séculos de estudo
e pesquisa no final doséculo XX. Sabe-seagora queo pesquisa espacial é a mais rendosa fonte de conhecimentos de todos os tempos. E agora, em plenoano eleitoral,oPresidente dosEstados Unidosanunciou quevaiplantar laboratóriose oficinas naLua,preparando umvôotripulado aMarte.As sondas Spirit e Oportunityjá estão no planeta vermelho, e tudo issovai custarporenquanto US$800 milhões, um investimento razoável quando setem emvistaoque elepode render para a ciência na Terra.
Oinstituode pesquisa WorldWatch,com sede em Washington, divulgou um estudo que aponta o Brasil como o sétimomaior mercadoconsumidor do mundo. Mas o trabalho ´Estado do Mundo 2004´ indica que somente 33% da população brasileira fazem parte da sociedade de consumo. Nos Estados Unidos, 84% participamdo seu mercado. Interessante notar que a Índia, tradicional campeãde subnutrição, está em melhor situação queo Brasil. Osubtítuloda pesquisa é ´Os mais ricos, mais gordos e não muito mais felizes do mundo`. O estudo comenta o uso dasreservas de combustível da Terra,ressaltando que osEUA, com apenas 4,5%da populaçãodo mundo, consomem 70,2 barris por dia a cada mil americanos. Quanto ao maior consumo de eletricidade, os brasileiros ocupam o quinto lugar no mundo.
Os brasilianistas americanos são em geral homens maduros, estudiosos pacientes do fenômeno político, histórico e econômico do Brasil, que freqüentam bibliotecas, vêm de vez em quando ao Brasil e publicam livros sobre aspectos curiosos do nosso País. James Green,
criador do Brazil Estrategic Nework, é bem mais jovem que a média dos seus colegas, e é também um divulgador ... das idéias do PT. Green é um brasilianista um pouco diferente, estudioso da tortura e da perseguição política no Brasil, ao tempo dos governos militares. Ele trabalha na Duke University, admira mas ainda não conhece o Presidente Lula pessoalmente, e é militante gay. Ao tempo em que viveu no Brasil, dava aulas de inglês para sobreviver.Depois foi fazer um doutorado na Universidade da Califórnia sobre a América Latina, e voltou a viver nos EUA.
O chefe do escritório de comércio da Casa Branca, Robert Zoellick, talvez o mais destacado dos negociadores internacionais dos Estados Unidos, acha que as futuras negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) devem ser conduzidas por ministro de um país em desenvolvimento. Como, por exemplo, o Brasil. Sendo o
Ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, nosso principal negociador, esse deve ser o nome do futuro coordenador geral da OMC. Quase todos os países do G-20, grupo comandado por Brasil, China e Índia, estão imaginando o que há por trás dessa sugestão, inclusive a possibilidade de um acordo americano com os europeus. Em 1986 isso já
aconteceu na Rodada do Uruguai, mas hoje os países em desenvolvimento estão bem mais fortes. Apesar da desconfiança geral, o Brasil mostrou-se, por razões óbvias, sensível à sugestão de Zoellick, porque supõe que o convite sugerido pode ser uma compensação das farpas que Zoellick soltou contra o Brasil, depois do fracasso de Cancun.
Por Geraldo Mayrink
Para quem vive reclamando, ecom razão, da mesmice dosfilmes, Dogville é a pausa que desconcerta. Tudo se passa, durantetrês horas, num ambiente único, sem cenários, retratando uma cidadezinha americana na épocada grande recessão dos anos trinta. A pobreza era tantaque os desvalidos disputavam ossos com cachorros. Mas não se espere um espetáculo cru e realista como no clássico As Vinhas da Ira, livro e filme retratando a miséria deuma naçãoopulenta.Aqui, o artificialismo reina soberano e nem por isto é menos trágico. As ruas sãomarcadas com giz, assinalando as casas, os bancos de jardim, aigreja, os arbustos e a casinha do cachorro, cuja figura édesenhada nochão. Nestegrande tabladopreto não há paredes, janelas ou portas, onde no entanto as pessoas batem antes de entrar, como se existissem. Os personagens agem como robôs, falando num tom de voz monocórdio e indiferente.
O imprevisto chega
Tudo está totalmente organizado nesta comunidade, menos o imprevisto. Ele chega com Grace (Nicole Kidman), fugindo de gangsters. Ela pede abrigo,em trocadepequenos serviços, e seu grande defensor
Dogville, o desconcertante filme do diretor Lars von Trier, mostra o que de pior existe no ser humano. Nicole Kidman (foto) é o agente detonador da trama.
ante a desconfiança dos moradores é um certo Thomas Edison(PaulBettany).Os serviços deGrace setornamcada vezmaispesados.Ela éacorrentada e abusada sexualmente sem expressar qualquer emoção. Sua vingança será terrível."Matem primeiroas crianças", elaordena,"para que suasmães vejam. Depois matem as mães". Esta fábula negra sobreo comportamento humano, dividida em nove capítulos, comonos romances, e narrada por uma voz (ado atorJohn Hurt), como no rádio, não usa personagensdecarne eosso.
Tudo que eles fazem é cerebral e premeditado. Nem por isso o filme economiza na exposição crua de grandes características humanas como soberba, mesquinharia, inveja,covardia, hipocrisia e arrogância, jogando a humanidade num abismo que foi assimdescrito por um mestredo teatro do absurdo, Samuel Beckett "Não há nada maisa dizer,embora nadatenha sido dito. Nada é mais real doquenada. Àscegas,num mundo louco, nomeio de estranhos". O teatro, absurdo ou didaticamente distanciado do público, como o de Bertold Brecht, éo limite eúltima
O moderno
Por ironia oufatalidade histórica coube aosEstados Unidos o duplo papel de modernizar oJapão e sepultarsuas tradições, e com estas o sentido de honra. O Último Samurai (The Last Samurai ) tratadistoe acrescenta ainda uma pitada de humor negro. Feito para a glória e honra de Tom Cruise, um de seus produtores, mostra que o fim dos nobres guerreiros samurais só não é completo porcausa deumamericano, único sobrevivente em cena –ele mesmo, um dos dois ou três atores mais caros do cinema. O estofo digamos assim histórico do filme é o do choque de civilizações, a eterna batalha entre o velho e o novo, o passado e o futuro. A decoração deste estofoé carnavalesca,num movimentado desfile de bandeiras e espadas,atravésde trepidante aventura de ação. O filme é cínico, sentimental ecompetente.Ocapitão Nathan (Cruise), depois de exterminar índios no velho Oeste, ao lado até docélebre e infeliz general Custer, torna-se menino-propaganda daindústria de armas. Amarguradoe sem rumo diante deste triste papel a queforam condenadososheróiscomo ele,aceitatrabalhar noJapãopara exterminarpeles-amarelas, os samurais. Mas eis que, como tantos personagensencharcadosdesenso de ética,acabase aliandoàtribo comandada por Katsumoto (Ken Watanabe).Assim adere aopassado com seusvalores inestimáveis, da mesma forma que, se tivesse permanecido no faroeste, teria abraçado a causa indígenacom seusvalores também inestimáveis, mas depois que ela já estava perdida. Paraoespectador docinemãoespetaculoso, asvantagenscoreográficasdesta migração de nacionalidades logo seevidenciam. Ascenas debatalha são deslumbrantes porqueos samuraistem umsenso
Tom Cruise, um dos produtores do filme, é o norte-americano que adere à tradição e à cultura japonesas, para superar seus dramas pessoais, após ter liquidado os índios em seu país.
fronteira deste drama descarnadoe antitrágico.Asferozes criançasde D o gv i ll e p ar e ce m ter saltado do palco de uma peça curta de Brecht, Terror e Miséria no III Reich Astros irreconhecíveis
A visãodo diretordinamarquêsLars vonTrier(do premiado Dançando no Escuro)é assustadora. E um prodígio que tenha trancafiado durantre três meses, num estúdio sueco, umasuperstar doporte deNicole Kidman e uma não menos fulgurante constelaçãode astros de Hollywood, como Lau-
Um
ren Bacall,James Caan e Ben Gazzara, além da sueca Harriet Andersson (e um bom teste para o público é tentar identificalos, tãotransfiguradosestão). Como o filme custou o total de nove milhões de dólares (metade do queNicole, sozinha, cobra de cachê), supõem-se que o resto do elenco tenha trabalhado a preços simbólicos– e por benemerência,artigo queinexistenatramade D og vi ll le.E que tudo termine com cenas fixas, em preto e branco, dos miseráveisda depressão, aosom de DavidBowiecantando Young American , é,nomínimo, perturbador.
Como um teatro
Trier,de48 anos, parece, ainda tão novo,saber tudo de cinema, aponto de fazerum grandefilme quedesprezaa narrativa comumenteaceita e que lembratanto oteatro comoumavia sacra. Sabeque, antes dele,alguns filmesmostraram que nada é mais mortal para uma sociedade organizada como a chegada de um elemento desagregador (basta lembrarTerenceStamp dissolvendo uma família em Teore ma , dePíerPaoloPasolini, ou Férias deAmor , umaserpente venenosasob odisfarce do forasteiro William Holden, quevem para viver um romance numa idílica cidadezinha americana comKim Novak).Noentanto,Trier foi mais longe e mais fundo, geladamente nórdicoe aomesmo tempo ardentenasuademonstração. Eleagora afia suas garras para dois novos filmes quecomporão umatrilogia sobre a vida americana, Manderlay e Wasington (assim mesmo, sem H),quedarão continuidade à Dogvi lle . Por enquanto, aproveitem. Nãoé todo dia que aparecem filmescabeças como este,aflitivos mas também saudáveis e naturais. E por um raro instante livres de substâncias tóxicas, como a praga do fliperama dos efeitosespeciais.Em D o g v il l e asluzesquebrilham são ada inteligência.
de pessoas
Elizabeth (Charlotte Rampling, de Swimming Pool )é uma mulher demeia-idade. Bemcasada, bemdevidae mais preocupada com consumo do que com a família. Seus interesses resumem-sea bolsas,sapatos eroupasdegrife. Ela estáprestes aviajardeférias, enfatizando que está muito cansada.Bertrand (Jacques Dutronc,de ATeia deChocolate), omarido, donode uma imobiliária, vive a se perguntar o que cansa a sua mulher. Serão os jantares semanais que ela promove e no qual reúne amigos? Entre eles está o casal Veronique (Karin Viard, de Um DiadeRainha ) eJerome (Denis Podalydes), quetenta esconderofato denãopossuir maisuma situaçãoeconômica confortável. Mas aos olhosde Elizabethisso nãoescapa eela não perde uma oportunidade de ser ferina com Veronique, elogiando sua capacidadede usar os mesmos vestidos du-
de espetáculo mais apurado do que os do Sioux ou Cheyenne com suas armadurasmedievaisemortíferos chifresnos capacetes. Katsumoto,mais ainda que TouroSentado, é um filosófo que ama as flores e sabe que a vida não é mais que o invólucro para a honra. Quantoaocapitão Algren, aprende uma lição e desaparece no fim, para se transformar em lenda. O diretor Edward Zwick (de Lendasda Paixão ) capricha paracompor seuhinoaoheroísmo patriótico ( "Não devemos nos esquecer de quem somos",diz o jovem Imperador japonês). Oembateentre amarelos militarizados, do progresso,e amarelosquase esfarrapados, do atraso , é uma mortandade só. E termina com os sobreviventes fazendo mesuras uns aos outros, saudando o cavalherismo e pedindo passagem depois de l80 minutos aos quais se assiste sem sacrifício. (GM) Michel Blanc é o
Por Beth Andalaft
rante anos, daquele jeito que só as mulheres sabem fazer! Num desses jantares,ao comentarsua viagem de férias, Elizabeth fica sabendo que Veronique eJerome tambémvão para a mesma região. O que ela não sabe é quedada a situação financeira, eles ficam numa espécie de pousada, um lugar deprimente.O casalvive umperíodo conturbado,jáque a mulher não aceita a falta de dinheiro e a passividade do marido. Elizabethconvida aamiga Julie(Clotilde Courau),examante de seu marido, a acompanhá-la e Bertrand prefere ficaremcasa,por motivos de trabalho. Oque elequer mesmo é ficar com outra amante, um travesti.
Enroscos – No hotel onde se hospedam,Elizabeth e Julie vão encontrar os mais variados tipos, do bonitão metido a conquistador,ao maridoobcecado pelo ciúme, que não dá um minuto de sossego à mu-
lher.Maxime (Vicent Elbaz) vaiconquistarJulie com suas mentiras, apesar de Elizabeth adverti-la.Lulu(Carole Bouquet)éuma mulherséria,fiel, mas Jean-Pierre (Michel Blanc) não acredita e torna a vidadosdoisum inferno.A ação transcorrepor 10dias, durante os quais esses cinco casais,amigos, filhose amantes vão se enroscar nas mais variadas histórias. Esses personagens e seus relacionamentos formam um divertido mosaicode sentimentoshumanos.Mas ao contrário de Dogville, em que se mostra o que há de pior nas pessoas,aqui,o diretorpega mais leve e são situações corriqueiras,presentesno cotidiano de qualquer pessoa, que resultam num filme engraçado e leve. Mas mesmo assim capaz de questionaralguns comportamentos humanos e levar o espectadora rir desimesmo em muitas ocasiões.
Prato cheio para cinéfilos e cineastas do naipe de Alfred Hitchcock, a capital inglesa das telas do cinema brilha ainda mais quando vista ao vivo e em cores. Palco de inúmeras produções, convida a explorar bairros charmosos e importantes pontos turísticos, cenários de famosas filmagens. Dos clássicos 'Laranja Mecânica' e 'Luzes da Ribalda' aos água-comaçúcar 'Um Lugar chamado Notting Hill' e 'O Diário de Bridget Jones'. Págs. 2 e 3
Conheça os sete navios que estão no Brasil até março. E as surpresas da primeira vez a bordo. Pág. 4
Filme ou realidade? A cena de 'Simplesmente Amor' (no topo) poderia estar num álbum de viagem: turistas à beira do Rio Tâmisa. Ele faz parte da leva de produções que retratam a vida londrina. É nos cinemas da Leicester Square que curiosos vão à procura de celebridades – seja em noites de pré-estréia ou na calçada da fama inglesa
Não é de hoje que Londres serve de cenário para superproduções. Já em 1889, a Trafalgar Square foi exibida no cinema. Então, vieram clássicos como 'The Lodger' e filmes comerciais como '007'
Por Bruno Della Latta
Charles Chaplin, Stanley Kubrick, David Lynch, NeilJordan eAlfredHitchcock são alguns exemplosdefamosos cineastas que optarampor fazerde Londres cenário defilmes. Em diferentes momentos, eles viram que,do Sohoaosbairros dosubúrbio, há vários locais da capital inglesaque podiamajudar a dar um clima especial e diferente às suas histórias.
O primeiro que percebeu o potencial cinematográfico da cidade foi Wordsworth Donisthorpe. Já em 1889, ele decidiu captarimagens da Trafalgar Square, a célebre praça onde hoje se realizam reuniões públicas e fervorosas comemorações de ano-novo. Desdeentão, vários filmes passaram a ser gravadospelasruase cartões-postais londrinos.
Alista dosclássicoscomeça em 1926 com The Lodger , do cineasta inglês Alfred Hitchcock. Ofilme foium dosprimeirossobre olendárioJack, oestripador. Depois deHitchcock, o cinema usou a história do criminoso do bairro de Whitechapel e assombrias ruelas da cidade em várias produções, entre elas Dr. Strangelove
(1964), de Stanley Kubrick, e o mais recente Do Inferno (2001), com Johnny Depp. Alémde The Lodger, Hitchcock gravouem Londreso filme Frenesi, em 1972. A maioria das cenas é ambientada em Covent Garden, ondeodiretor passou grande parte da infânciaenquanto seupaitrabalhava na antiga feira do lugar. Hoje,é obairrodosartistaslondrinos,passeio imperdívelparacurtir cafés, performances de rua e mercados coloridos. É lá que vivem muitos atores e diretores ingleses e também onde está localizada uma das mais importantes escolas de cinemadaEuropa, aLondon Film School. F r e ne s i t a mb é m mostra outros pontos marcantes, comoa TowerBridge, a única ponte móvel sobre o Rio Tâmisa na cidade.
Bairros humildes– Charles Chaplin, mais um inglês que trabalhou grande parte da vida emHollywood, fezsua voltaa Londres em 1952 após ser expulsodos Estados Unidos. O retorno foi com uma desuas mais poéticas produções: Luzes da Ribalda
O títulodo filmeem português é inspiradonas luzes usadasem cenáriosparailuminar
Reprodução/AE
Única ponte móvel sobre o Tâmisa, a Tower Bridge não fica de fora das filmagens. É um dos pontos marcantes em 'Frenesi', de Alfred Hitchcock
grandes artistas. No entanto, o título original, Limelight, tambémpodesignificar Limey Light. Ou seja, Limey era o apelidodado ao personagem de Chaplinno filme,que vemdo nome dado aoshabitantes dos bairros mais humildes de Londres: Limehouse. O satírico eviolentofilme Laranja Mecânica , umdos clássicos de Stanley Kubrick,
Reprodução/AE
tambémé outroexemplode filmerodado emLondres,assim como O Homem Elefante (1980), de David Lynch, e Mona Lisa (1986), de Neil Jordan, em que uma clássica cena se passa em Kings Cross. Além desses, outros filmes seriam impensáveis se não tivessemcomo panode fundoa capital inglesa. Entre eles, estão alguns da série James Bond, Ri-
parte das
'Frenesi'
cardo III, que mostra a entrada do magníficoRoyal Palacee a Bankside Power Station, e até o clássicoinfantildeWalt Disney 101 Dálmatas. Nessa relaçãoentram aindaosrecentes Um LugarChamado Notting Hill, O Diário de Bridget Jones e Simplesmente Amor ( veja na página ao lado). Esses três últimos,realizados pelos mesmos produtores,
Divulgação/AE
mostram pontos da cidade que sãofacilmente reconhecidos pelos turistas, visitas obrigatórias, diga-sedepassagem. Algunsdeles? MillenniumBridge,a ponteerguidaparacelebrar o milênio;Piccadilly Circus, centro comercial; e Portobello Road, o programa para sábadoemLondres, endereçode umcharmosomercado de antiguidades.
Londres também épalco de noites de gala com famosos descendo delimusinesdireto paraum tapetevermelho.Cena à la Oscar.A última grande festa ocorreu no mês passado e contoucoma presençadeNicole Kidman, Jude Law e Renée Zellweger. Os atores estavam lá para participardapré-estréia do novo filme do diretor Anthony Minghela, Cold Mount ai n ,um dos maiscotados a concorrer à estatueta hollywoodiana desse ano. Essas pré-estréias ocorrem geralmentenos cinemas de
Leicester Square, onde a maioria dos blockbusters pode ser vista antesdo lançamentooficial. Quando aparecem as celebridades, apraça costumalotar de pessoas ávidas por ver os astros de perto. Dificilmente conseguem. Serve de consolo aos fãs otelão normalmente instalado para mostrarao público a chegada das estrelas. Decepcionados, algunsturistas tentam quebrar a cabeça para saber comoparticipar. Para entrar como convidado, hábasicamenteseis opções: tornar-se um ator, um diretor,
um fotógrafo, um jornalista, um relações públicas ou um participante do Big Brother inglês. Nada mais. Paraver bonsfilmes– Se o interesse for mesmo por bons filmes, e não tanto pelos atores que neles aparecem, vale conhecer oNational FilmTheatre. Lá ocorremos melhores festivais de Londres e é possível assistir aos principais lançamentos de todas as partes do mundo. Alguns deles nem chegam ao Brasil. Para os cinéfilos de plantão, o idealseria tornar-seassocia-
do(15libras porano).Então, recebe todaa programação e tem descontonacomprados ingressos para os eventos organizados pela British Film Festival,comoo LondonFilmFestival,em novembro. Só mesmo um turistamaníaco por Londres. Mas viajantede passagem, porém, podecomprar ingressos por7 libras(R$ 35). O caro que vale a pena.
Odeon, cinema de Leicester Square, e sua calçada da fama
Dos filmes para as ruas. Blockbusters como 'O Diário de Bridget Jones' inspiram deliciosos passeios. E ganham até mapas turísticos
Oúltimo blockbuster inglês, Si mp le sm en te Amor, éamais nova referência para os turistas quevisitam Londres.Enquanto esteve em cartaz na cidade, muitossaíam docinema ecomeçavam a andarpelas ruas identificando os pontos que serviram de cenáriopara asvárias histórias de amor. Até os próprios ingleses fizeram o programa. Essaonda deseguirum roteirocinematográfico começou com ofilme Um Lugar ChamadoNotting Hill e seintensificoucom olançamento de ODiário de Bridget Jones Dosmesmosprodutores, os três filmesparecemtertambémemcomum omesmoobjetivo: mostrar atodos, ingleses e estrangeiros, como e onde vivem os londrinos.
Ainda nos cinemas do Brasil, Simplesmente Amor aponta algunsdos lugaresmaisromânticose interessantesdacidade.
A rota começacom a Catedral de St. Paul, construção que domina a paisagem da City (o centro comercial), passa pela loja dedepartamentos Selfridge'sepor museusdedestaque, como a National Gallery e a Tate Modern.
Até a residência oficialdo primeiro-ministro britânico, onde mora o personagem vivido por Hugh Grant, serve de cenáriopara ofilme.E parao olhar doturista. A casafica no número 10 da Downing Street. Trafalgar Square ea MillenniumBridge também fazem parte do curioso itinerário. Para quemquiserseguir os mesmospassosdos persona-
Divulgação
gensvividos porHughGrant, Liam Neeson, Emma Thompson, AlanRickmaneRodrigo Santoro, uma boa notícia. O Visit London (escritório oficialdeturismodacidade)e a empresa FilmLondon (especializada napromoçãodefilmesrodados lá)lançaramum mapatraçando aslocalidades. Basta apenassair andando.Isso porque os principais pontos estão localizados no centro e o fatodeLondres serquasetoda plana incentiva a caminhar. Notting Hill – Um Lugar ChamadoNotting Hill ajudou apopularizar umdos bairros londrinos maischarmosos, quedánome aofilme.Agora, passou aser comumver turistas fotografando afachadada livraria quevendeprincipalmente guias deviagens, locali-
COMO CHEGAR
A partir de São Paulo, pela British Airways (tel. 0300/7896140), o bilhete dia-e-volta maisbarato custaUS$ 733.Na Varig (tel. 0300/7887000), a partir de US$ 868.
ONDE FICAR
The Ritz: 150Piccadilly, W1, tel. (00--4420) 7493-8181, site www.theritzhotel.co.uk. No filme Um Lugar Chamado Notting Hill,foi láque ficouhospedada a personagem vivida por Julia Roberts.Se quiserse sentircomoas estrelas,essaé amelhor opção.Diárias paracasal apartir de 310 libras. Four Seasons Hotel: 46 Westferry Circus, tel. (00--4420) 7510-1999, site www.fourseasons.com.Uma opçãoluxuosa realmente cinematográfica. Da arquitetura à vista para o Rio Tâmisa, tudo nesse hotel é surpreendente. Diáriaspara casal a partir de 250 libras. Academy Hotel: G ower Street, 25,tel. (00--4420)76314115, site www.etontownhouse.com.Bem localizado.Ideal para quem quer aproveitar a vida noturna, os teatros e os cinemas doWest End.Possuidois belos jardins. Diárias para casal a partir de 170 libras.
AONDE IR
National Film Theatre:
zada em umatravessa da PortobelloRoad, ondeo casalromântico vivido por Julia Roberts e Hugh Grant se conhece. Aproveitandoa visitaàregião, valeapena conheceromercado de mesmo nome, aos sábados, ecomer em umdos bons restaurantes da redondeza, freqüentado por artistas não só em épocas de filmagem. Se dependerdo pessoalque realizou os três filmes, Londres nunca deixará de ser cinematográfica.Está sendoproduzido por lá O Diário de Bridget Jones 2 , quedeveráser lançado nofim desteano. Jáadiantando a trama e o cenário: será sobre a AlbertBridge, vitoriana, que Hugh Grant eAlan Rickman aparecerão novamente brigandopela personagemvivida por Renée Zellweger.
South BankSE1, tel.(00--4420) 7928-3232. Leicester Square: E mp ire, site www.uci-cinemas.co.uk, tel. (00--448700) 102-030; Prince Charles, tel. (00--44901) 2727-007; Odeon Mezzanine, OdeonWest End,site www.odeon.co.uk, tel (00-44870) 5050-007;Warner Village West End, site www.warnervillage.co.uk, tel. (00--448702) 406-020.
ONDE COMER E BEBER Ásia de Cuba: St. Martin’s Ln. (Leicester Sq.), tel. (00-4420) 7300-5588. Possivelmente irá encontrar um famoso. Com decoração interessantee boacomida,é umdos melhores lugares para ver e servisto.Preçomédiode um jantar, 43 libras. San Lorenzo: 22 Beauchamp PI, SW3tel. (00--4420) 7584-1074.Mesmo apóscompletar 40 anos, continua sendo um dosrestaurantesmaisfreqüentados por celebridades. Cozinha italiana tradicional em umambiente clássico. Preço médio de um jantar, 46 libras. Locanda Locatelli: Ch u rchill Inter-ContinentalHotel, 8 Seymour St., W1 tel. (00--4420) 7935-9088. A cozinha é comandada pelopopular chefeGiorgio Locatelli.Entreaclientela, estáHugh Grant.Um dosmais
Albert Bridge e Portobello Road, mais que visitas especiais, eternos cenários de histórias de amor
agradáveisambientes deLondres. Preço médio de um jantar, 41 libras. M omo: 25 Heddon St.,W1, tel. (00--4420)7434-4040. Aintenção é fazer o cliente se sentir em Marrakesh, o quetorna o restaurantemuito divertido. Saboreie a boa comida marroquina ouvindomúsica árabe. Ideal tambémparaumjantar romântico. Preço médio de um jantar, 38 libras.
FAÇA AS MALAS
Agenda cultural: para saber tudo sobre artee entretenimento, compre a revista semanal Time Out. Nas bancas, por 2,20 libras. Internet: há ótimas opções desites paraquem buscaalgo específico na cidade: www.lond on-s e1.co.uk (atrações na área do Tamisa); www.24hour museum.co.uk (detalhes sobre todos os museus da cidade); www.infolondon.co.uk (informações sobretransporte em Londres); www.londonnet.co.uk (várias formas de ver a cidade); www.s-h-systems.co.uk/tourism/london (Londres de A a Z); www.streetmap.co.uk (maneira mais fácil de achar um endereço na cidade). Fu so : três horas amaisem relação a Brasília.
Pontos imperdíveis para os cinéfilos: a National Gallery e a pequena livraria no bairro de Notting Hill, que ficou famosa entre londrinos e turistas depois que Hugh Grant filmou por lá
Os cartões-postais de 'Simplesmente amor'
Um mapa turístico só para seguir o roteiro de Sim plesmente Amor . Recém-lançado pelo Visit London e pelo Film London,este éoprimeirode uma série baseada em filmes feitos na capital inglesa. Pode ser encontrado no posto de informaçõesturísticas daLower Regent Street e nos sites www.visitlondon.com/ e ww w. fi lm lo nd on .o rg .u k. Abaixo, os destaques do tour. Tate Modern: os britânicos dizem queesta é amaior galeria de arte moderna do mundo. Entre os trabalhos expostos permanentemente estão obras deDali, Duchamp,Giacometti, Matisse, Mondrian, Picasso, Pollock, Rothko eWarhol.
Funciona de segundaa quinta e aos domingos, das 10h às 18h; sextase sábadosatéas 22h;ingressos para as exposições permanentessão gratuitos.Em cartaz no TurbineHall até 21 de março, está a mostra The Weather Project, uma obra que reproduz o sol toda feita de espelhos. Tel (00--4420) 78878000, site www.tate.org.uk.
Millennium Bridge: pon te localizada na frente da Tate Modern.Construída paraas comemoraçõesda chegadado novo milênio.
National Gallery: possui mais de 2.200 obras de pintores clássicos.Nalista, Uccello, Botticelli, Raphael, Caravaggio,Leonardo daVinci,Rem-
brandt, Velázquez,El Grecoe Michelângelo. Funciona todos osdias das10hàs 18h;ingressos gratuitos. Tel(00--4420) 7747-2885,site www.nationalgallery.org.uk.
London Eye: o mais novocartão-postal da cidade, uma roda-gigante de 140 metros de altura, deonde vocêterá uma vista incrívelde todaLondres. Valea penaembarcar.Horários de funcionamento variam de acordo com a época do ano. Ingressospor8,50libras. Tel. (00--44870)500-0600, site www.ba-londoneye.com.
Albert Bridge: uma das mais belaspontessobreo Tâmisa. Será cenário também do filme O Diário de Bridget Jones 2.
Americanos ou europeus, de linha ou "concept, os modelos impressionam pelo estilo arrojado e desempenho
Ver o Cobo Hall entulhado com brinquedõesgigantescos ou apreciar formas mais sofisticadas e velozes...? Prefiro a segunda opção. Não discrimino tamanho de carroceria nem altura de suspensão. Adoro e tenho picape. Mas acho que o Salão de Detroit é mais interessante quando não há febre de utilitários.
É o caso, esteano. O novo FordF-150 impressiona.Deve continuar sendoo veículomais vendido nos Estados Unidos. A Nissan acertou com a picape Titan e o SUV Armada. A Daimler-Chrysler está provocando casos clínicos dedesejo com o SRT10, a picapecom motor Viper V-10de 500 cv,capaz de acompanhar alegremente uma Ferrari Modenaquando osinal abre. Mas comoesses modeloscom exceção do SRT10 - já estão nasrevendedoras americanashá semanas, as luzes de Detroit brilham dessa vezsobre sedãs e esportivos. Minhas preferências:
Corvette C-6, com faróis descobertos após 40 anos.
O que "empurra" a sexta geração do modelo é o motor V8, de 6 litros, com 400 cavalos. 0 a 100km/h: 4,3''
Corvette C-6 - Não é um carro bonito. Oestilo lembra ode um esportivo japonês genérico. Mas se não tem as linhas agressivas de um StingRay, o C-6tem, debaixo dapele, tudo oque um Sting Raynunca teve:desempenho real - não só em linha reta. O motor de6 litros desenvolve 400 cavalos. A suspensão tem nova geometria. A transmissão de seismarchas temrelações mais curtas e permite levar o V-8 a 6.500 giros. O carro é menor, mais estreito e - coisa essencialmais leve. Acelera de 0 a 100 em 4,3 segundos e tem desempenho melhor que amaioria dos esportivos europeus.
Mustang GT - O venerável Mustang, quarentão, volta às origens - finalmente. Passou dé-
cadas sendo maltratado pelos departamentos de Estiloe de Engenharia da Ford.Teve cara de carrinho esporte barato do Leste Europeu; teve jeito de carromúsculo cafajeste, teve - durante anos - faltade apelo terminal. Agora, traz devolta o desenho frontal mais bonitoda sua história - lembra os Mach II e III do final dos anos60. A suspensão (principalmente atraseira) foi redesenhada,o motoropcional V8 desenvolve 300cavalos e o preço é a metade do de um Corvette. Four-Twelve - Ogrupo de Design daChrysler trouxepara Detroit um peso pesado conceitual. Four-Twelveé umareferência ao númerode turbos e
Na Capital Mundial do Automóvel brilham as estrelas da casa. Ao alto, o Four-Twelve, "concept car" da Chrysler; acima, o novo Mustang e ao lado o Ford GT, desenvolvido em 15 meses para fazer tremer a Ferrari e outras marcas velozes por apenas US$ 150 mil. Suas máquinas concorrentes passam dos US$ 500 mil
de cilindros docarro. O V12 quadriturbinado tem 6 litros e desenvolve 850cavalos -potência de carros de Fórmula 1 de não muitotempo atrás.Além disso, o motor produz 850 libras de torque - que nem os Fórmula1 de hoje têm. Com transmissão eletrônica de 7 velocidades (cada mudança de marchaé feita em 200 milésimosde segundo)e pesando cerca de1.300 quilos, o Four-Twelve, sefor produzido, deveacelerar dezeroa 100em 2,9 segundos e ter velocidade máxima de 400 km por hora. Ford GT - O Four-Twelve ainda é apenasum exercício em
mecânica/estilo. Maso FordGT está em produção. Os engenheiros em Dearborn tiveram carta branca de Bill Ford para produzir um super carro digno da herança do Ford GT 40. Com um detalhe: eles receberam apenas 15 meses de prazo parapartir do esboço no papel echegar ao produto final. Conseguiram e superaram as expectativas. Criaram um carro que na aparência é quaseidêntico ao legendário protótipo vencedor em Le Mans, masao contrário do original, tem uma cabine confortável, equipamento de som de 260 watts eassentos que não
destroem aanatomia domotorista depois demeia hora na direção. O V8com 32 válvulas não é nenhuma obra de arte, mas com supercompressor desenvolve 500 cavalos de potência e 500 libras de torque. Atrás da cabine, o chassis detreliça de alumínio posiciona não só o motor, mas a transmissão à frente do eixo traseiro.Com suspensãodesenvolvida na pista e peso total de 1.550 quilos, o Ford GT dá trabalho a uma Ferrari Enzo ou a um Porsche CarreraGT. Só quea US$ 150 mil, custamenos da metade do quevale um Porschee um quarto do preço da Enzo.
AudiA8 W12 - Oreaproveitamento de partesentre a Audi e aVolkswagen seria escandaloso se nãodesse resultados tão bons.Colocar no impecável chassis dealumínio do A8 o motor W-12, desenvolvido parao Volkswagen Patheon, funcionatanto emtermosde marketing quanto de engenharia. O maiorsedã de Ingolstadt ganha uma nova imagem.A frente intimida -como a dos antigosAuto Union-justificandoo aumentodepotência (que passa de450 cavalos). Acima de tudo,entretanto, o W-12 encontra um complemento ideal
na transmissão Quattro. O A8era umdos maiscompetentes sedãs deluxo do mundo. Agora, convida à molecagem. Ferdinand Piechpode tersido um executivo de difícil trato tanto no departamento de competição daPorsche quandona presidência da Volkswagen. Mas deixou uma das heranças automotivas maissólidas dosúltimos 50 anos.Gostava de criar tanto para a pista quanto para a estrada. E sabia o que fazia. O A8 é uma dasprovas disso (outras são os Porsches917, 956, 962; Audis R8,TT, A6, A4;VW Beetle, Jetta, Patheon...) Maserati Quattroporte - Apesar de não sernovidade - já foi mostrada no Salão de Frankfurta nova Quattroporte é como um belo terno italianode lã com seda. Não temum detalhe que desagrade. O interior é um equilíbrio perfeito. Sem a austeridade alemã, sem oexagero inglês. O motor compacto,de 4.2litros, produz 400 cavalos. A suspensão é confortável, mas precisa. Depoisda comprapelaFerrari, a marcado Tridente entra numa fase nova. Fica no passado a lembrança dos primeiros carros biturbinados da Europa - inteligentes no desenho, desastrosos na execução.
Agora,com aescola deModena no comando, a execução passa pelo crivode quem ganha campeonato de Formula. Ferrari612 Scaglietti - Seos novosprodutos Maseratipassaram a terpadrão Ferrari de qualidade, a própria Ferrari se dá ao luxode viajar devolta no tempo - coma tecnologia do século 21. AScaglietti lembra as fabulosas berlinetasque oCommendatore produzia nos anos 60 e eram capazesde devorar qualquer coisa no asfalto - fosse a Autostrada Milano-Venezia, ou a Interstate 15 entre Los Angeles e Las Vegas. A Scaglietti mantém a tradiçãodo V12, obloco que misturamelhor equilíbriodinâmico com forçabruta. A cabine tem espaço confortável para quatro pessoas, oestilo é simplesmente... correto.
Chrysler 300C - Nos anos 50, oChrysler 300eraum ícone.As corridas emDaytona aindausavam (em metadedo circuito), a areiada praia.Eo 300voava. Depois da compra pela Daimler, o 300 renasceu.Só que aguado, com motor V6.Agora, o 300C volta merecendo a ancestria: vem com um Hemi V8 de 5.7 litros, desenvolvendo 345 cavalos e ganha cara de mau.
Novo atentado em Bagdá: homem-bomba detona explosivos na frente da antiga sede do palácio de Saddam Hussein e atual QG dos Estados Unidos
Umhomem-bomba detonou um carro carregado com meia tonelada de explosivos na frentedo quartel-general dos Estados Unidosem Bagdána manhã de ontem, matando pelo menos 20pessoas e ferindo cerca de60, queesperavam na fila para entrar na base. RalphBaker, porta-voz dos militaresdosEUA, disse que umapicape com maisde450 quilosde explosivos foi detonada na frente do portão, chamadopelos americanosde Portão dos Assassinos.
O ataque, ocorrido no coração da capital iraquiana, aconteceu um dia antes de uma importante reunião em Nova York entre representantes das Nações Unidas,do Conselho de Governodo Iraquee autoridades dos EUA e da Grã-Bretanha para debater o futuro político do país.
A bomba explodiu na frente da principal entrada para a "Zona Verde", o antigo complexo do Palácio Republicano de SaddamHussein emBagdá, que agoraabrigaa centraldesegurança militar e civil da administração liderada pelos EUA. Carrosque estavamnarua pegaram fogo e as vítimas ficaram espalhadaspelo chãoem meio apoças desangue. Ambulâncias cortavam anévoa grossa da manhã para socorrer as vítimas.
O porta-voz do Exército dos EUA, ocapitãoJasonBeck, dissequedois dosmortossão funcionários doDepartamento de Defesa dos EUA, mas ele não sabia dizer quais eram suas nacionalidades. Entre os feridos há seis norteamericanos – trêssoldados e três civis, disse ele. Médicos disseramque cercade 30pessoas
No dia 17 de janeiro, sábado, os moradores de Canals, Valência, comemoraram o dia de Santo
foram levadas para outros hospitais, sendo todas iraquianas. "Eu estava passando quando aconteceu aexplosão", disse
WissamMuhammad Shaker. "As pessoas foram jogadas, três ali, cinco ali. Os mortos são trabalhadores".
O primeiro-ministroAriel
Antonio Abad com uma grande fogueira. Segundo a tradição, os moradores começam a juntar lenha desde o dia oito de dezembro, de forma que a fogueira pode chegar a até 20 metros de altura. Os mais ousados atravessam as chamas.
Sharon elogiou o embaixador de Israel na Suécia, Zvi Mazel, porter danificado umaexibiçãode arteem Estocolmoque mostrava uma mulher-bomba palestina.SegundoSharon, o diplomata fez uma ação contra o anti-semitismo. Mazel, que participava na sexta-feira da abertura de uma exposiçãoligada aumaconferência antigenocídio, ficou furioso ao ver a obra de Dror Feiler, que leva o retrato da suicida Hanadi Jaradat. Ela matou 22 israelensesem umrestaurante de Israel em outubro. Mazel desconectou os cabos de eletricidade dos holofotes ao
Paolucci e Olga Bochini Paolucci. Confere com o original São Paulo, 26/9/ 2003. Presidente da Assembléia: João Paolucci - Secretário: Stanislau Ronaldo Paolucci. Certidão Jucesp: nº 291.549/03-2 em sessão de 03 de dezembro de 2003. (a)Roberto Muneratti Filho – Secretário Geral.
redor do trabalho, derrubando umadasluzes nabasee colocando Israel em uma discussão diplomática com a Suécia. Sharon dedicou seu discurso de abertura no início da reunião semanal do gabinete para defender Mazel, que édiplomata veterano."Eu ligueipara o embaixadorisraelense e agradeci por sua posição contra o crescimento da ondade anti-semitismo", disseo primeiro-ministro. Feiler vive na Suécia desde 1973 eé ativista dogrupoJudeus pela Paz Israelo-Palestina, uma facção contrária à ocupação daCisjordânia eda Faixa de Gaza. (Reuters)
Domingoé diade trabalho no Iraquee abomba explodiu pouco depois das 8 horas locais (3 horas de Brasília), quando
AVIÃO FAZ POUSO DE EMERGÊNCIA POR AMEAÇA DE BOMBA
Um jato daDeltaAirlines que ia da Alemanha para os Estados Unidos fez um pouso de emergênciaem Dublin, Irlanda,por causade umaameaça de bomba, disseram autoridades do aeroporto local. A decisão de pousar foi tomada depois que a tripulação achou um papel no banheiro do avião. Anota sugeriaque poderia haver uma bomba na aeronave.O Boeing 767-300 estavalevando 147passageiros. Eles foram retirados do avião,para queeste pudesse ser verificado. (AE)
muitas pessoasestavam indo para o trabalho. A maioria dos mortos do ataque de ontem era de empregados que esperavam para entrar na Zona Verde. Rebeldes que lutam contra a ocupação costumam atacar militares dos EUA e pessoas consideradas colaboradoras dos norte-americanos. O último grande ataque na capitaldestefoi aexplosão de umcarro-bomba nafrentede um restaurante na noite de Ano Novo, que matou pelo menos oito pessoas e feriu 30. 500 soldadosmortos –O número de soldados dos EUA mortos no Iraque desde a invasão, no ano passado, já chegou a 500, o que representa um problema para opresidente George W. Bush, que se prepara para a campanha em novembro, quando tentaráse reeleger. (Reuters)
"VÓ ASI", DE 122 ANOS, PODE SER A MULHER MAIS VELHA DO MUNDO
Umatataravó nascida na Chechêniaem 1881 foiapresentada neste domingo como a provável mulher mais velha do mundo.Segundo atelevisãoestatalrussa,elaé oito anosmais velhadoque adetentora do atual recorde mundial, a americana Charlotte Benkner, que tem 113 anos. Pasikhat Dzhukalayeva tem nove netos, 18 bisnetos e sete tataranetos que a chamam de "Vó Asi". "Eu não sei por que vivotanto. Euenterrei cincoirmãose quatro filhos", disse Pasikhat à TV russa. (Reuters)
o apartamento tipo I, nº 11, localizado no 1º andar do Edif. Missouri, situado à Rua Abagiba, 583, na Saúde -21º Subdistrito (matrícula 131.193 do 14º CRI/SP), dando-o ao autor em hipoteca para garantia da dívida. E não tendo sido localizados os executados, foi deferida a citação por edital, para que no prazo de 24 hs, a fluir após os 10 dias supra, paguem a importância de R$ 107.165,35 (07/2001) ou purguem a mora no valor de R$ 58.009,23 (09/2001), atualizáveis na data do efetivo pagamento e acrescida das cominações, sob pena de operar-se automaticamente aconversão do arresto efetuado sobre o imóvel dado em garantia hipotecária em penhora, passando a fluir independentemente de qualquer formalidade ou intimação, o prazo de 10 dias, para oferecimento de Embargos e, na ausência dos quais prosseguirá aação até o final. Será o edital afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 04/12/2003.
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Trevo do Pêssego Com. eServ. de Combust. e Lubrific. Ltda torna público que requereu na Cetesb aLicença de Operação p/o comércio varejista de combustível sito à Av. Ragueb Chohfi, 4.285 - Jd. Iguatemi - SP. CNPJ 00.024.610/0001-25. UGA V HOSPITAL BRIGADEIRO COMUNICADO Fica prorrogado para o dia 27/01/04 às 10:30 hs, o encerramento do Pregão nº 09/03 referente ao processo nº 001.0135.01285/03, cujo objeto é a contratação de empresa especializada em prestação de serviços de distribuição de refeições para funcionários e pacientes do UGA - V Hospital Brigadeiro.
Edital de Convocação Assembléia Geral Extraordinária - O Círculo dos Antiquários dos Jardins convoca seus Associados para Assembléia Geral Extraordinária que irá se realizar dia 28 de janeiro de 2003, às 19:00 horas, à Rua Oscar Freire 1.485,
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Edital de citação e intimação - Prazo 20 dias. Proc. 000.01.003735-7. O Dr. Cláudio Augusto Pedrassi, Juiz de Direito da 34ª Vara Cível da Capital. Faz Saber a Indústria e Comércio Matsumoto Ltda. (CNPJ 60.619.616/0001-77), na pessoa de seu representante legal; e Masao Matsumoto (CPF 026.030.128-00) e Toshio Matsumoto (CPF 008.297.148-04) que Banco Safra S/A, ajuizou uma ação de Execução, para a cobrança de R$ 56.596,91 (janeiro/01), representado pela Cédula de Crédito Comercial nº 761.471-9, bem como seus posteriores aditamentos de nº 761.827-7 e 762.185-5. Estando os executados em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para que em 24 horas, a fluir após o prazo do edital, paguem o débito atualizado, acrescido das cominações legais ou ofereçam bens a penhora, sob pena de operar-se aconversão em penhora do Arresto efetuado sobre: a) Conjunto comercial nº 101, situado no 1º andar do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Santo André (atual Comendador Abdo Schahim), nºs. 78 (entrada), 80, 84 e 88, no 1º Subdistrito-Sé, que assim se descreve: contém a área de 78,18m2, composto de um salão lavatório e WC devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete aquotaideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 38.622 do 4º CRI/SP); b) Conjunto comercial nº 103, localizado no 1º andar do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Santo André (atual Comendador Abdo Schahim), nºs. 78 (entrada), 80, 84 e 88, no 1º Subdistrito-Sé, que assim se descreve: contém a área de 78,18m2, composto de um salão, lavatório e WC devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete aquota-ideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 38.624 do 4º CRI/SP); c) Loja nº 5, localizada no andar térreo ou 1º pavimento do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Comendador Abdo Schahin, antiga Rua Santo André, nº 78 (entrada), no 1º Subdistrito-Sé, com a área de 78,50m2, composta de um salão principal, lavatório e WC, devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete aquota-ideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 83.841 do 4º CRI/SP); d) Loja nº 6, localizada no andar térreo ou 1º pavimento do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Comendador Abdo Schahin, antiga Rua Santo André, nº 78 (entrada), no 1º Subdistrito-Sé, com a área de 78,50m2, composta de um salão principal, lavatório e WC, devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete aquota-ideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 83.842 do 4º CRI/SP); e) Box nº 122-B, localizado no 12º andar tipo, do Edif. Garagem Parque 25, situado no Parque Dom Pedro II, nºs. 732/740, no 1º Subdistrito-Sé, contendo 18,2050m2 de área construída privativa, 8,7656m2 de área comum, o que perfaz uma área total construída de 26,9706m2 e correspondendo-lhe afração ideal de terreno de 0,1587% ou 0,92045m2 (matrícula nº 96.618 do 4º CRI/SP); f) Box nº 153-F, localizado no 15º andar tipo, do Edif. Garagem Parque 25, situado no Parque Dom Pedro II, nºs. 732/740, no 1º SubdistritoSé, contendo 18,2050m2 de área construída privativa, 8,7656m2 de área comum, oque perfaz uma área total construída de 26,9706m2 e correspondendo-lhe afração ideal de terreno de 0,1587% ou 0,92045m2 (matrícula nº 96.619 do 4º CRI/SP), passando a fluir imediatamente, independente de qualquer outra intimação, o prazo de 10 dias para o oferecimento de Embargos, e, na ausência dos quais prosseguirá a ação até o final. Será o edital afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 15/12/2003.
O que significa vencer em São Paulo, a maior metrópole brasileira? O desafio começa ao escolher uma carreira e não cessa mais. Planejála e desenvolvê-la implica em seguir percursos que exigem permanente busca de informação, garra e talento. Nesta página, o perfil de cinco profissionais bem sucedidos. Conte você também a sua história de sucesso, no nosso site: www.dcomercio.com.br.
"Era Ano Novo quando avistei a Avenida Paulista pela primeira vez. E disse:um dia vou conquistaressa cidade". Enilson Moraes Pestana, um paranaense de 19anos na ocasião, játrazia consigoadeterminação de umapessoamadura. Onze anos mais tarde, ele inaugurariaseu primeironegócio (detecnologiaem informática), " em um prédio na esquina da Brigadeiro Luís Antônio coma tãoalmejada Paulista", conta. Ele, que interrompeuos estudosnaquartasériedo pri-
meiro grau,já haviavendido hortaliçase trabalhado como faxineiro e artesão. Mas, foi na computação que viu a oportunidade de fazer acontecer o seu grandesonho. Autodidata,fez apenas um curso de programação. E acertou. "Luta e trabalho fazem parte da minha história, mas também a sorte de estar na hora certa no melhor momento e ter pessoas confiáveis ao redor".
Chefe- Pestana lembra que aprendeu a lidar com dinheiro quando um chefe seu tomou as rédias de suas contas pessoais e
Fazendo sucesso e sendo parte da história da cidade
Ser padre não estava entre seus projetos, por isso o assessor do Salão de Municípios de Geraldo Alckmin, Antônico CarlosTonca Falsetti,deixou o Seminário Central do Ipiranga em que estudava filosofiaparatentar avidanacidade. Era década de 60.
Nascido em Bariri, no interior do estado, e filho de alfaiate,teriaquebatalhar para se manter. Foi assim que, em uma
uma semana para aprender a datilografar e arrumar um emprego
ADMINISTRAÇÃO DE ESTACIONAMENTOS
semana, aprendeu a datilografar eentrouparaodepartamento bancário da Swift do Brasil, empresa do setor de carnes. "O emprego durou apenas até eu passar no vestibular para Ciências Sociais da USP", diz. ToncaFalsetti tornou-se professor, atividade que exerce até os dias de hoje. Na época lecionavaHistória nas escolase discutia as idéias "revolucionárias" sobreliberdade comseus colegasde república. "Noinício dosanos80, meus colegase euestávamosprontos para praticar a teoria política que tanto debatíamos. Criamoso PMDBeeu fui eleito vereadore depois deputado por Osasco", conta. Ele diz que se orgulha de ter feito parte da fundação do PSDB. "Ainda dou aulas de formação política no partido. Fiz parte e sou parte da história de São Paulo", explica Tonca,que administra a relação de80 municípios junto ao governo do estado.
o ensinou aadministrar a vida doméstica. "A chance de virar o jogoapareceu nummomento de dificuldade. Ao ser demitido do emprego em que permanecipor oitoanos,mededi-
quei aodesenvolvimentode um software quemudou minha vida", afirma. Pestana virouprestadorde serviços na área de tecnologia de informáticae, 13anos mais
tarde, passou a oferecer treinamento. Para ele, somente São Paulo poderia abrir tantas portas. "Eraum jovemcapaz, mas sem formação acadêmica. Aqui, meu talento foi reconhe-
cido. Hoje, preparo um projeto social para a formação de jovens comoengenheiros desistemas eanalistas. Queroagradecer à cidade queque um dia me recebeu".
Sim, é possível conciliar a vidapessoal eprofissionalmesmonumaregião ondeoprincipaltema étrabalho. Isso acontececom SueliSartori Vieira, alta executiva na indústria automobilística Scanialocalizada emSãoBernardo. Ela éa primeiragerente (Business Controler Development) do sexofemininoresponsável pelasáreascontábeis daempresanoBrasile nos demais países da América Latina em que a Scania atua. Essa posição, que é resultado de 30 anos de empresa, teve início antes mesmo do emprego na companhia, quando a menina de 14 anos começou a trabalhar como assistente de serviços gerais numa metalúrgica de São Caetano, cidadeda grandeSão Paulo em que nasceu. "Não disfarçava quandoas tarefasterminavam. Não sei se era rápida demais ou não conseguia enganar meuschefes. O fato é que passei apreencheroslivros de escrituração fiscal para não ficar sem atividade. E, com isso, aprendi contabilidade", diz.
Suelifoi admitida na Scania aos 18anos.Comsubsídioda companhia, frequentou a facul-
dade, fez cursosde especialização, inglêseespanhol."Aempresa meauxiliou emeus dirigentes foram compreensivos quando precisei. Ao ter meus filhos, mudei coma família para umacasaa trêsquilômetrosda fábrica para conciliar a vida pessoaleprofissional. Acho que deu certo",explica Sueli, sem esconder a expressãode que ao menostentou fazero melhor para ter todos à sua volta.
Família - Paraela, estarfora do centro de São Paulo, mas na região metropolitana, permitiu galgar posições naprofissão, mas sem abrir mão da vida emfamília. "Meusfilhoscresceramno ambiente tranquilo de cidades de interior, com escolas próximas e brincando na rua. Ao mesmo tempo tive acesso a uma estrutura corporativaqueapenas SãoPaulo poderiaoferecer paraodesenvolvimento da minha carreira, especialmentenaquela época, em que asindústriasficavam concentradas aqui", conclui.
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Aos32anos, SérgioGordilhoé umexemplo dasoportunidades ilimitadas que a cidade oferece. Sócio-diretor de CriaçãonaagênciaÁfrica, Sérgio tem longo um currículo na capital, apesar da pouca idade. O publicitáriofoi descoberto por DudaMendonça em Salvador, quando já acumulava prêmios de melhor diretor de Arte do Nordeste. Tinha nas mãos um diploma de arquitetura, queera resultadode falta de alternativas no campo publicitário regional com um empurrãozinho da família, formada porarquitetosconhecidos. "Optei pelocurso porque não havia faculdade de
Propaganda em Salvador". Lugar - Apesar disso, chegando em SãoPaulo apenas paracobrir férias de umdiretor de arte, acabou se destacandoe entrou definitivamente para aempresa."Permaneci dois anos na agência e parti para Londres, onde recebi formação na área que gostava. Na volta, Mendonça estava no Rio de Janeiro e me convidou novamentepara trabalhar com
ele, mas não aguentei. Meu lugar era São Paulo", conta. Na capital ainda passou pela agência de Roberto Justus e pela DM9. Afinal, recebeu o convite de NizanGuanaes para fundar a agência África. "São Paulo éuma cidade na qual, quemvacilar, perdeolugar. Temos a oportunidade de estar próximos de todas as informações recentesdomercadoe, com isso, oferecer o melhor".
"Sempre estive de olho em São Paulo... Écomplicado desejardemais algumacoisa, porque há o risco de acabar acontecendo", brinca o gaúcho PedroCappeletti, diretor de Criação daagência depublicidade paulistana DM9. A vinda para a capital ocorreu após um convite que recebeu de Nizan Guanaes para assumir adireção de artena empresa. "Conquistei mais do que poderia imaginar.Nada acontece por acaso. Estou na cidade
desde 1994, mas o trabalho me consome tanto que mal conheço o bairro onde moro", diz. Cappeletti acredita que o sucesso da publicidade paulistana é resultado do mercado forte com o ambiente em que está localizado. "A mistura do conservadorismodo Sul com a descontração de profissionais do Nortefaz comque asidéias aconteçam. Permitea realização do 'aproximadamente agora',areuniãopositiva do impulso com a ponderação".
País, que já foi o 2º maior destino dos investimentos estrangeiros, hoje afugenta capital de longo prazo. Otimismo econômico não contagia investidores.
O Brasil encerrou oano de 2003comemorando váriosrecordes: da balança comercial, daperformanceda Bolsade Valores, da valorizaçãodoCBond (títulosda dívidabrasileira)eda quedadoriscopaís. Mas, nem todosesses fatores positivos juntos foram capazes de atrair investimentos estrangeiros diretos (IED). Pelo contrário,ovolumede capital de longo prazo que é investido aquivem caindoa cadaano. Em 2003, a estimativa é que ele tenha sidopelo menos40% menorqueem 2002.E asexpectativaspara2004 também não são boas.
De acordocom o professor titular de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), Reinaldo Gonçalves, a exemplo do que ocorreu nosúltimostrês anos,esteano ainda apresentaráum cenário dequedade IED,comingres-
sos próximos de US$12bilhões, pouco acima dos US$ 10 bilhões previstos para 2003. "Desde 2001 oingresso de investimento estrangeirotem apresentado quedassucessivas. Em 2000 foram US$ 33 bilhões, em 2001,US$ 21 bilhões, em2002, US$ 18,3 bilhões e as projeções são de que a retração tenha se mantido em 2003", explica. Apesar docrescimento previsto para este ano, o nível ainda éconsiderado baixo, especialmente quandocomparado com os da décadade 90, especificamente a partir de 1995, quando o Brasil firmou-se comoum grandereceptor deinvestimentos. Na época, oPaís ocupava a invejável segunda posição entreas naçõesemergentes, atrás apenas da China. O período coincide com a quebra dos monopólios estatais, que trouxe as privatiza-
É preciso consolidar o crescimento. Essa é a opinião unânime de especialistas para que o Brasil volte a ser atraente para o investimento estrangeiro direto. "Só com crescimento o País demonstra que tem capacidade de remunerar o capital investido", diz Silvia Domit, da Gloval Invest. "É isto que atrai investidor: lucro. Ou seja, com a previsão de crescimento do PIB em 2003 de menos de 0,5%, não há nada que estimule efetivamente o capital de longo prazo", acredita.
Já o professor de Economia da UFRJ Reinaldo
Gonçalves defende medidas mais polêmicas, como um controle de capital mais rígido pelo governo. "Também é preciso baixar os juros drasticamente, para incentivar a produção. Se isso acarretar em inflação, o governo resolveria com depósitos compulsórios", diz. O professor ainda defende o aumento da carga tributária para os ricos. E uma auditoria da dívida externa. "Auditoria não é calote. É simplesmente uma forma de sabermos como andam nossas contas. E nos preparmos para não ter problemas lá na frente". finaliza. (PB)
ções do setores de telecomunicações, energia elétrica e bancospúblicos,que totalizaram ingressos de mais de US$ 87 bilhões naeconomia nacional. Desses, 48,3%, cerca de US$ 42 bilhões foramprovenientes de investimentos estrangeiros.
Pouca solidez – Mas Gonçalves salienta quenoúltimo
ano houve uma retração generalizadadeinvestimentos em todo o mundo. A América Latina foi a região que registrou o pior desempenho de IED no período. Houve queda pelo quarto ano seguido, com fluxo de investimentos de US$ 42 bilhõesem2003 contraUS$ 56 bilhões em 2002.
"Esse movimentode retração aliado ao aprofundamento da criseeconômicabrasileira nos últimos anos contribuiu muitopara aquedade IEDde longoprazonoPaís", dizo economista. Otimismo irreal – Quanto aootimismo generalizadode que este será um ano de crescimento,Gonçalves afirmaque nãohámotivo concreto para isso."Os fundamentoseconômicoscontinuam ruins:as finanças públicas estão se deteriorando e,coma perda real dos salários, não há expectativa deretomada deconsumo. Além disso,as políticasfiscal e monetária brasileiras são restritivas.Nãohácomoo País crescer desse jeito. Conseqüentemente, nenhum investidor estrangeiro se sente atraído paradeixar aquioseu dinheiroa longo prazo", acredita. Opinião semelhante tem a
analista da Global Invest, Silvia Domit. "As projeções são que o investimento estrangeiro direto melhore este ano. Mas ainda assim será um ingresso pequeno", afirma.Asprojeçõesda Global Invest são deum ano fraco, com IED em torno de US$ 13 bilhões. "A economia precisa crescer efetivamente, e não apenas nas projeções, para o País setornar realmente atraente paraoinvestidor estrangeiro de longo prazo", diz. A analista lembra que o Brasil concorre com outras nações emergentes, como a China, por exemplo, que deve apresentar um crescimento de 8,5% do PIB em 2003. "Isso sim atrai investimento estrangeiro de longo prazo: o crescimento. Entre um país que cresce 8,5% em um ano e outro que tem retração,nãohá dúvidadequal interessa mais", finaliza.
A participação do capital estrangeiro em fusões eaquisições também tem diminuído nos últimosanos. De acordo com um estudo da consultoria KPMG, o número de aquisiçõesefusões em2003foipraticamente igual aode2002: 230, três a mais que no ano anterior. Mas, dessas, apenas 114 referem-se a operações de cross bord er , ou seja, quando uma das partes envolvidas tem capitalinternacional.As restantes são de transaçõesdomésticas, entre empresas nacionais. Segundo Márcio Lutterbach, sóciodaárea deCorporateFinance daKPMG, apesar de manter-se estável em relação ao
Mês começa fraco para varejo, mas expectativa é positiva
Janeirovem sendoummês morno parao varejo.Aomenos é isso o que mostram as estatísticas do Instituto deEconomia "Gastão Vidigal" da AssociaçãoComercialde São Paulo (ACSP). Em relação ao mesmo período de 2003, o número de consultasao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), quereflete vendas a prazo, cresceuem2,7%.Jáas chamadas aoUsecheque, que sinalizam transaçõesa vista, caíram 2,8%.
"É um resultado que revela que o crédito continua puxando as vendas de produtos de maior valor, comoeletroeletrônicos e móveis", afirma presidenteda ACSP, Guilherme Afif Domingos. Já para os bens não-duráveis, comoroupas e alimentos, que dependem mais da renda, oresultado continua fraco.
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dasfestividadesdos 450anos de São Paulo. Háainda o fato de janeiro deste ano ter um dia útil a mais que em 2003. "Todos esses aspectos ajudarão para que o mês feche com um resultado melhor", diz Afif. Começomorno, anobom –Para oeconomistadaACSP, Emílio Alfieri, apesar de um começo morno, há alguns indícios que mostram que 2004 vai ser bem melhor que 2003 para o varejo. Um deles é o fato de que as consultas ao SCPC têm crescido emmédia 3% desdesetembro,depois deumperíodo dequedade 4%."Indica uma mudança de patamar, o que é diferente, e mais seguro, que um crescimento acelerado". Outro fatorpositivo éque a inadimplência também segue caindo.Na primeiraquinzena de janeiro houve um aumento de 6,3% nos cancelamentos de registrose umaqueda de1% nos recebimentos. "Isso mostra queo consumidor conti-
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nua interessado em limpar seu nome e que voltará a comprar a crédito", analisa Alfieri.
Jáa situação dos bens nãoduráveis só se resolverá ao longo do ano, diz o economista. E issodepende diretamenteda renda, que não acompanhou a inflação em 2003.
Para Guilherme Afif, o cenário do comérciomelhorará ao longodo anocom acontinuidade daqueda das taxasde juros – não apenas a Selic, mas especialmentedos custosfinanceiros efetivos pagos pelas empresas e consumidores.
O presidente da ACSP espera ainda que, além da redução dos depósitos compulsórios, o governo implemente uma série de medidasquejá estãosendodebatidas com diversas entidades, como a diminuição do "spread" bancário, a criação do Cadastro Positivo,aimplantaçãoda locação financeira ea agilização da execução de garantias.
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ano de2002, astransações encontram-se bem abaixo das 353 registradasem2000. Ofraco desempenho,na opiniãode Lutterbach, é justificado pela incerteza política gerada com a eleiçãode um presidente de esquerda e pelo desaquecimentodo mercado internacional. Eleacredita que2004 apresentaráumdesempenho melhor, especialmente por conta do programa de Parceria Público-Privada (PPP), que permitiráqueempresas participem junto com o Estado, de projetos
Transações em 2004 devem ser incentivadas pelo programa de Parceria PúblicoPrivada para projetos de infra-estrutura
de desenvolvimentode infraestrutura, como saneamento básico e energia elétrica. Consultas – O número de consultas realizadas por empresas estrangeiras junto ao escritório Azevedo Sette Advogados, que atua nas áreas de fusões e aquisições e investimentos estrangeiros, confirmaessa expectativa.De acordo com Ricardo Azevedo Sette, em 2003 houve um crescimento de 40% nesse tipo de consulta em relação a 2002. Para Sette, o PPP é realmen-
temuito atraente, especialmente no setor de saneamento básico. "Os investidoresestrangeiros não perderam o Brasildevista. Eles estavam aguardando os movimentos do governofederal. Agoraque eles se convenceram que o País vai continuarmantendosuas metas e assumiu o compromisso de crescimento, 2004 e 2005 sinalizamperíodosbastante atrativos", afirma. Confirmandoisso, o advogado adianta que uma empresa internacional do setor de aço já iniciou os trâmites para começar as atividades no Brasil. Sem dúvida, umaboa notícianesse início de ano. (PB)
O Clube Esperia promoveu ontem uma regata no Tietê para comemorar os 450 anos da cidade de São Paulo e relembrar a época em que o rio era local de passeios e competições
Rio Tietê,região metropolitana de São Paulo. Sob a Ponte das Bandeiras,remadorestomavam seus lugares nos barcos a espera do sinal para a largada da regata promovida pelo ClubeEsperia enquanto,às margens do rio, opúblico se aglomerava em busca dos melhores ângulos para ver a disputa.
A cenase passouontem, comohomenagem aos450anos da cidade, mas poderia retratar bem uma das tantas regatas que aconteceram por lá até a décadade50,istoé, sefosse possívelignorar ocheiroruim vindo das águas escuras e lodosas, repletas de sacos plásticos e latasderefrigerante, quetra-
ziam os mais saudosos de volta à realidade do Tietê morto. "É umapenao quefizeram com o rio, aqui era uma delícia. Lembro de assistirmeu irmão remar nele na década de 30. Na época, nãohavia estesbarrancos feios e aágua invadiaas margens, pareciaumapraia. Eu ficava sentada na sombra dasárvores, queagoranem existem mais, e conseguia até ver peixes", lembraBeatrizde Lima, de 68 anos. Como ela, Delmir Ramos, 84 anos, não consegue entender o que aconteceu com o rio. "Aqui eraum paraíso,as famílias se reuniam embaixo das árvorescheias depassarinhos.
Carros antigos percorreram as ruas de SP ontem dentro dos festejos do aniversário da cidade
Era difícil fixar os olhos num só modelo e marca. Quem gostade carrosficou extasiado.A
avenidaPaulistae oSambódromo do Anhembi serviram ontem de cenários para um desfile de veículos antigos. O evento fez parte das comemorações dos 450 anos de SP. Erammais de450carros. Colecionadores orgulhosos exibiam peças raríssimascomo o Ford T 1909 original, com rodas de madeira, o automóvel mais antigo do desfile, e o Buick Double Phaeton 1931, o únicodo País.Outros clássi-
Dava para pescar", relembra ele, até serchamado pelos organizadores da prova, que chegam paraentregar luva, óculos, máscaras e conferir se suas vacinas contra tétano e difteria estavam em dia, exigências que não existiamnos anos 40e 50, quando Ramos competia, mas que são necessárias para entrar no Tietê de hoje.
Rio de competições
As últimascompetições esportivas realizadas no Tietê aconteceram noinício dadécada de 70, emum rio já bastante poluído pelo esgoto e detritosindustriais."Não tinha
mais como jogar pólo aquático ou praticar natação, mas nessa época as regatas ainda aconteciam aqui porque não havia outro lugar para realizá-las", conta Ricardo Bodra, 55 anos, que remou ontem. Em 1972 foi concluída aRaiaOlímpica da Cidade Universitária, que passou a receber as regatas. O Tietê foi, então, abandonado. Ontem, osremadores competiramemumrio ondesão despejadas aproximadamente 360toneladasdiárias depoluentes. No pontoonde aconteceu a regata, o número de coliformesfecais équase cinco vezesmaiorqueo tolerado. Hoje, 70% da poluição do rio é
cos como Mustang, Corvette, Bel-Air, Cadilac, MercedesBenz,Jaguar, Rolls-Royce também marcaram presença. Nacionais como o Willys Rural e Gordini, Ford Corcel, Landau e Maverick, Chevrolet Opala, Fusca, Variant e Dodge Magnun fizeram aalegria dos saudosistas. Tinha até "estrelas"detelevisão comooBuick 1931,o FordT 1929,o RollsRoyceSilver Wright1953,o Chevrolet 1917 e uma jardineira Chevrolet 1926, que participaram da série"Um só coração", no ar pela Rede Globo.
A prefeita MartaSuplicy, ao lado do marido,o franco-argentinoLuís Favre,desfilou metadedotrajeto noBuick 1931,Double Phaeton, para alegriade seu proprietário, o português ManoelFernandes, de54 anos. "Sempretive paixão por carros antigos e, há três anos,mandei restaurar este. Quanto paguei? Nãofalo nem sob tortura. Se eu falo, posso virar alvo dos sequestradores", disse,enquanto esperava pela chegada da prefeita.
Foi numPlymonth1930, também usado na série "Um só
conseqüência de esgotos domésticos lançadosna água.Os 30% que faltam para chegar ao Tietê morto de hoje vêm da fuligem expelida pelos escapes dos veículos, de óleos, detergentes ede resquícios demetaispesadoslançadospor indústrias – como mercúrio, alumínio ou chumbo –quecausam graves problemascomo abortos e reduçãoda fertilidade. Perto da Ponte das Bandeiras, amostrasdo soloapresentaramquatro miligramasdessesmetaispor litro,quandoo limiteé ummiligramaporlitro. "As águas do Tietê não servem para nada, nem para regar plantas, nem para lavar calça-
coração", que a prefeita chegou ao Sambódromo do Anhembi. Lá, num modelito rosa choque,disse queodesfile decarros antigos passará a fazer parte do calendário turístico da cidade. "Gostei de muitos carros queestão aqui. Vi um Thunderbird muito lindo".
Carros que despertam paixões
Sósias de Martinhoda Vila, Roberto Carlos, Wanderléia, Pelé,Maria Bethânia,Elvis Presleye RaulSeixasfizeram
da", diz Maria Luisa Ribeiro, coordenadora derecursoshídricos da SOS Mata Atlântica Mas aindahá esperança."O programa de despoluição da Sabesptem apresentado bons resultados, provadissosão as garçase capivarasque sãovistasnas margens dorio", diz. Mesmo assim, a coordenadora e aprópria Sabesp dizem ser impossível que o rio volte a ser usado para pesca ou diversão. Osinvestimentos feitos para despoluir suas águas vão, no máximo, permitir que ele volte a ser navegável. Dificilmente as histórias deseuDelmirou de dona Beatriz vão se repetir. Renato Carbonari
de tudo para chamar a atenção. Mas ninguém estava interessado neles. O que todos queriam era fotografar asrelíquias motorizadas.O advogadoCarlos Eduardo Fleury, ao lado da mulher,Carla,falava desua Bel-Air 1957."Este éum carro clássico. Estou com ele há três anos.Járejeitei R$80milpor ele. Em casanãotenhocarro novo. Usoos meusvelhinhos. Tenho esse e mais 17", disse. "Esse Bel Air tem motor V-8, direçãohidráulica, vidro elétrico defábrica. Naestrada chega a 140 quilômetros por
hora", garantiu. Carlos Eduardoainda sesurpreende como encanto quea suaBel Airprovoca nas pessoas. "É impressionante como este carro abre caminhos. Todossaem dafrente para que eu possa passar. Já fui com ele para o Rio de Janeiro e para Porto Alegre", afirma. De acordo com o Grupo Matel, que organizou o evento, os veículosqueparticiparam do desfileutilizaram cincomillitros de combustível e percorreram, em média, 24 quilômetros. Wladimir Miranda
ficou para o fim de um trabalho que durou uma hora e 50 minutos, o tratamento recebido foi considerado "inconveniente". O Silver Wind fez sua primeira escala no Brasil, com 219 passageiros a bordo, entre eles, 150 americanos. Os norte-americanos foram fotografados e deixaram as suas impressões digitais nos arquivos brasileiros. (AE)
Americanos fichados com tinta Ontem foi a vez dos norteamericanos em passagem por Santos deixarem uma ficha na Polícia Federal. Eles estão viajando no transatlântico de luxo Silver Wind e foram surpreendidos na escala brasileira com o fichamento, com tinta, determinado pela Justiça. Os turistas que estavam no começo da fila não reclamaram, mas para quem
Depois da indústria e do comércio, o turismo é o maior vetor de desenvolvimento da economia do País. Por esse motivo, o presidente da Embratur, Eduardo Sanovicz, defende que o Brasil deveria acabar com a exigência de vistos não só para americanos como para cidadãos de outras nacionalidades, como
estratégia para atrair um número maior de turistas. Para ele, a história do Brasil não indica que a segurança interna possa ser ameaçada por fluxos de estrangeiros ou por terroristas, mas admite que a idéia enfrenta resistência de setores dentro do governo. "Novos dados precisam entrar nesse debate", diz Sanovicz. (AE)
O governo federal deve encerrar 2004 gastando com seus servidores quase metade do limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Projeções do Ministério do Planejamento indicam que a despesa líquida com pessoal deve cair para 27% da receita corrente líquida da União até o fim do ano. Esse indicador, limitado a 50%
pela Lei Fiscal, já chegou a atingir 56,2% em 1995, mas vem caindo por causa do crescimento da receita do governo. A receita corrente líquida de 1995 era de R$ 67 bilhões e, em 2004, deve chegar a R$ 260 bilhões. Neste ano, a folha de pagamento da União, incluindo ativos, inativos e pensionistas, deve custar R$ 84,5 bilhões. (AE)
Modelo, aprovado no ano passado pelo governo Lula a pedido da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, depende de ajustes entre os sistemas de bancos e empresas
Desdesetembro de 2003,o trabalhadorconta comuma modalidade nova de empréstimo: o créditocom o desconto das prestações feito diretamentenoseuholerite. Esse empréstimonãoénovo, jáé largamente utilizado por algumas instituições financeiras, mas estava limitado aos trabalhadores funcionários públicos. Agora, vale para todos os trabalhadores que têm carteira assinada.
No ano passado,aCentral Única dos Trabalhadores (CUT) levoua proposta do e m p r és t i m o com desconto em folha ao governo, que a aceitou e baixouuma Medida Provisória para sua regulamentação. Naprática, noentanto,esse tipo de crédito ainda caminha devagar. Umdosprincipais problemas está na informação de trabalhadorese, emalguns casos, até mesmo dos bancos. Embora aoperação pareça muito simples, odesconto das prestações diretamenteem folha requeralgumas mudanças eajustesentre aempresaonde o trabalhador é funcionário e o banco. ajustesque, emmuitos casos, demandam tempo. Jurosmenores – A grande vantagem desse tipo de empréstimo são as taxas cobradas, bem menoresdo queas pagas nos empréstimos tradicionais. Variam de 1,75% até 3,8% na média, com pequenas variações de acordo com a instituição financeira. Paraosbancoso empréstimo que é descontado em folha também traz vantagens. risco menor. Oferecer maisgarantiasaos bancosparaassegurar taxas de juros mais baixas para
ostrabalhadores foiaequação encontrada pelo governo federalpara ajudaros brasileirosa conseguirempréstimos mais baratos.
O débito em folha permite que se tenha crédito mais barato e que empresas corram risco menor de inadimplência
Osbancos podem,deacordo comessa regulamentação, debitar diretamentedo salário do trabalhador as parcelas do empréstimo– como os descontos decontribuição previdenciária e de Imposto de Renda. Assim, o banco tem a garantia de que a prestaçãodo empréstimoserápaga, sem atraso,todos os meses. Não pode pensar "vou pagarprimeiroo aluguele depoiso banco" – o empréstimo é pr io ri da de nesse caso.
Mais do que isso: os bancos foramautorizadosa ter até 30% dasverbasrescisóriasde um trabalhadordesligado da empresa para quitar o que restar do empréstimo, se isto estiver, é claro, previsto no contrato feito no momentodacontratação do crédito.
Garantia – Essa possibilidade dá mais uma garantia de pagamentointegraldadívida às instituições. Todas essas garantiaspermitem queosjuros dessas operações decrédito caiam.
A expectativa do governo e de representações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT)é dequea novaregulamentação docrédito comdescontoemfolha aumenteovolumede concessãodeempréstimos para assalariados já a partir deste ano. Nenhum dos bancos consultadospela reportagem do Diário do Comércio di v u lg o u um balanço das operações fechadasdesde a publicação da medida provisória de setem-
A rápida melhora do prêmio de risco brasileiro nas últimas semanastrouxe duasquestões principais. A primeira, e mais óbvia,é saberqualo fôlegoda atual liquidez internacional, uma vez que éelaqueexplica em grande medida a melhoria de risco dos emergentes. Caso a liquidez continue melhorando, é razoável supor que os ativos dos mercados emergentes continuemse apreciando. A segunda está relacionada à melhoria relativado Brasilem relação aos demais emergentes. Essaperguntaé menosóbvia, pois dependetanto de uma análisedefatores domésticos quanto da comparação que se faz com outros emergentes.
Dado o comportamento recente da produtividade, exportação e taxa de juros nos Estados Unidos, parece pouco provávelque atrajetóriade forte retomadaseja revertida nocurto prazo. Anão serse houver algum choque que conduza aumacrise de confiança, as incertezas em relação aospróximos mesesparecem reduzidas. Neste caso, seria mantida a combinação favorável entre taxas de juros baixas e reduzida aversão ao risco. Este quadro externo favorece osfluxos decapitais paraos mercados emergentes. Mas para que o Brasil se beneficie maisque outrosmercadose crieum círculovirtuoso esustentável, será preciso que esta janela deoportunidade seja aproveitada tanto com o avan-
ço dequestõesmicroinstitucionais quantopelacontinuidade de umapolítica macroeconômica responsável.
A liquidez internacional atual explica-se não apenas por reduzidastaxas de juros nos Estados Unidos, mas também pelo fato de os investidores internacionais apresentarem elevada propensãoaorisco. Empiricamente, pode-se mostrar que estapropensão ao riscoéinfluenciada emgrande medida pelocomportamento defasado dos mercados futurosde juros. Diante deuma percepçãode elevaçãonosjuros no futuro, os agentes antecipameste movimento etornam-se mais cautelosos na definição de seus portfólios.
Os mercadosfuturos de juros nos EstadosUnidos, por suavez, sãoinfluenciadospor diversos fatores, masas políticasfiscal emonetáriaexercem especialinfluência naformaçãodos prêmios.Nestecaso, trêsvariáveis poderiamdeterminar uma variação expressiva na estrutura a termo da taxa de juros: (a) a continuidade de uma politicafiscal extremamente frouxa, com impactos negativos sobre o endividamento público; (b) amanutenção por tempo excessivo de juros reais negativos, elevando destemodoo temordepressões inflacionárias no médio prazo e (c) ruídos gerados pela política externanorte-americana, quepoderia influenciar negativamente os fluxos de in-
vestimentos e elevar as dúvidas sobrea capacidadedefinanciamento externo dosEUA e sobre atrajetória dodólar eda inflação. Note-se que todos os casos podem ser influenciados, em maior ou menor grau, pelo ciclo eleitoral, elevando os riscos para o cenário 2004.
A partir destas considerações, pode-se construir três cenários para a economia internacional.no mais pessimista, as políticas fiscale externa combinam-separa gerar intranqüilidade nos mercados futuros.Nocasomais forte, pode-se supor que a economia mundial volte a operar nos patamaresdo estresseobservado em outubro de 2002, quando o EMBIalcançou cerca de 950 Bps. No cenário oposto, o mais otimista, os mercados futuros de juros nos EUA mostram elevaçãodemodo ordenado,fazendo comquea aversãoao risco se mantenha baixa, o que implicaem prêmiosderisco dos mercadosemergentes mantidospróximos ou mais baixosqueos atuais,emtorno de 350 bps.
Finalmente,em umcenário intermediário, as incertezas elevam-seno segundosemestre,commaiores ruídosgerados pelas eleições eporeventuais correções mais fortes que teriam como gatilhoa alta de juros pelo Fed. Neste caso, pode-se arbitrarum valor intermediário, algo como 450 bps. Roberto Padovani, da Tendências Consultoria Integrada
bro passado. Embora a medida provisória não obrigueas empresas afazer convênios com os bancos para conceder os empréstimos aosfuncionários,as instituiçõesfinanceiras têmpreferido trabalhar apenas com as que são conveniadas.
Trava – Eé exatamente essa exigênciados bancosqueemperraocrescimentodo volume deempréstimos. Muitas empresas podem encontrar dificuldades para ligarsua folha de pagamento aossistemas do banco, o que atrasa ou até inviabiliza as operações. Descontar prestações do holerite de funcionários não é novidadeparamuitos bancos.A CaixaEconômica Federal,por
exemplo, já trabalhacom essa modalidade de crédito há cerca de20 anos, deacordo com o gerente deMercado dobanco, Jair Luís Mahl. Desde 1993, quandocomeçouatrabalhar comodesconto em folha, o Real já emprestouR$ 2,5bilhões paraassalariados. Segundo o diretor-executivo de Segmentos, Felix Cardamone, o banco tem convênio com 1.800 empresas. "O quemudou coma nova regulamentação foi a possibilidade de vínculode parte das verbas rescisórias do funcionário, em casode desligamentoda empresa,aopagamento do empréstimo", afirma Mahl, da Caixa. "Essa permissão diminuio risco deinadimplên-
cia e, conseqüentemente, as taxas de juros". Na Caixa, para os empréstimosemquehá consignação das verbas rescisórias os jurossão de1,75%. Seessas verbas ficaremde forada operação, a taxa sobe para 3,52%. De acordo com o gerente da Caixa, o fato de a media provisória permitir a vinculação das verbasderescisãotornou imprescindível a participação dos sindicatosnasoperações. "As associações que representam os trabalhadores têm, nesse caso, a responsabilidade de fiscalizar o uso das verbas de rescisão",diz Mahl.Em geral,os sindicatos têm fechado acordos combancos parafacilitar os empréstimos.
Rejane Aguiar
As indústrias de doces brasileiras colaboraram muito para o bom desempenho nas exportaçõesno setor de alimentos processados no ano de 2003. A projeçãodaAssociação Brasileira daIndústria deChocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) éde crescimento de 30% nas vendas externas em relação a 2002, totalizandoUS$ 210milhões.Isso significaum incrementode US$ 186 milhões no saldo total dabalança comercial,já queo
setor importa muito pouco. Deacordo comGetúlioUrsulino Netto, presidente da entidade, essenúmero colocao Brasil entreosprincipais exportadores de chocolates, balas e confeitos do mundo, com participação de 12% no total domercado internacional. "Para se ter idéia da importância desse número, basta lembrar que a participação total do Brasil no comércio mundial é de 1%", ressalta ele. Apesarde possuirumadas
participações mais diversificadas em comércio exterior – exporta para 123 países– o setor também enfrenta barreiras. A maior delas, segundo Ursulino, é na Europa,quepossui a Lei do Açúcar,pela qual todos os produtos exportados que contém açúcar sãosobretaxadosem 33%,oqueaumenta muito o preço do produto brasileiro."AEuropa adota essa práticapara proteger osprodutores locais, que comercializam açúcarde beterraba,bem mais caroque o dacana-deaçúcar,queadoça os nossos produtos",lamenta opresidente da Abicab. Por outro lado, Ursulino Netto acredita que ainda há muitoespaço paracrescimento, jáque oBrasil éo primeiro produtor de açúcar do mundo, e o terceiro de milho, ambos matéria-primapara aprodução de doces e derivados. "Temos matéria-primaem abundância e disponível praticamente oano todo, oque torna o país bastante competitivo", acredita. (PB)
O assessor de Relações Internacionaisda Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou que está praticamente acertado oacordo de livre comércio entre a Índia e o Mercosul. "Tudo indica que o acordo seráassinadoantes da viagem do presidenteLula à Índia". Opresidenteviaja na próxima sexta-feira". Sem detalhar oacerto, Garcia afirmou que a política de aproximação com a Índia é estratégica,pois trata-sedeuma das maiores potências científicasdo mundo.Se tudocorrer conforme os planos de Garcia, uma delegação do Mercosul também acompanhará a viagem. O Brasiltem interesse de vender aeronaves para a Índia, alémdefirmar acordosdecooperação técnico-científica em setores como informática, farmáciaetambém naáreade agricultura familiar. Aviagemde Lulaéumsinal de que o governo quer reforçar
Asindústrias de alimentos estão ganhando cadavez mais destaque nas exportações. A projeção é que o setor tenha fechado 2003 comvendas externas de cerca de US$ 12,6 bilhões. Valorque representa 17,5% do total das exportações nacionais, que tiveram recorde de US$ 73,08 bilhões. De acordo com Dênis Ribeiro, diretor de Economia da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), essesnúmeros representam um crescimentode19% em dólares. "Em volume, asexportações cresceram 3%, o restante foi recuperação de preços internacionais", explicaRibeiro. Segundo ele, a expansão de 19%é excelente,especialmente se for levado em conta que o total de crescimento das exportações brasileiras foi de 21%. "A cada ano o setor de alimentos processados ganha espaço na balançacomercial. Dessa forma,o Brasilvai aos poucos saindo da condição de produtor de commodities para exportadordeprodutos de maior valor agregado", diz. O economista destaca que essaexpansãoé resultadodeum trabalhocontínuodaAbia em parceria com a Agência de Promoçãode Exportações(Apex), parao crescimentoefetivo em volumede alimentose nãobaseado apenas na cotação do dólar. Esforçode marketing,melhoranalogística eacordossanitários são alguns dos caminhos adotados paraatingir novos mercados.
O esforço para ampliar as exportações do Brasil atingiu também o setor de alimentos industrializados. Tanto que a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) e a Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex) fecharam um acordo com o objetivo de incrementar as vendas externas do País nos próximos anos. O primeiro passo já está
Destaques doano –O segmento de carnes foi o que apresentou o melhor resultado nas exportações brasileirasdealimentosprocessados em2003, com cerca deUS$3,4bilhões em vendas.Em seguidaveio o de farelo de soja, que é classificado comopré-processado, comUS$2,4 bilhões;eaçúcar, com vendas deUS$ 2 bilhões. Óleos e gorduras vegetais participaram com US$ 1,2 bilhão, e suco delaranja, com aproximadamente US$ 1 bilhão. De acordo com a Abia, entre os paísesimportadores,a Argentina apresentou omelhor resultado, em conseqüência da sua recuperação econômica. Estados Unidose UniãoEuropéia continuaram praticamenteestáveisem relaçãoaoano passado. Houve aumento de exportações também para a EuropaOriental, comexceçãoda Rússia. Opaís, aliás, éuma das
definido. A idéia é, através de um esforço conjunto entre o governo e a iniciativa privada, promover os produtos brasileiros nos Estados Unidos. A ação terá início na Flórida, com a colocação de gôndolas exclusivas para produtos brasileiros. Segundo a Abia, esta é uma forma de difundir e fortalecer a imagem dos produtos brasileiros no mercado internacional. (PB)
preocupações para 2004, já que o governo russo impôs uma cota de 179,5 mil toneladas para a importaçãodecarnesuína de umconjuntode países,entre eles o Brasil. Para se ter uma idéia do que isso representa, em 2003 asexportações brasileiras para a Rússia somaram 313 mil toneladas decarne suína.Com a nova cota, só se poderá exportar até70% do totalliberado, queseria no máximo 123mil toneladas. Ou seja, uma queda de maisde 50% novolume em relação ao ano passado. Ex pec tati vas – Deacordo com Ribeiro, para este ano a indústria dealimentos processados vai perseguir um crescimento entre 3% e 4% nas toneladas exportadas.O querepresentaria entre US$ 13 bilhões e US$13,5bilhões, uma alta de cercadeUS$ 1bilhãoemrelação a 2003.
Büll
Patrícia
oG-3,formado porBrasil,Índia e África do Sul. Questionado se a China também poderia integrar ogrupo, Garcia disse que aampliação do G-3é um tema muito complexo. (AE)
●● ●● TRABALHISTA
●● PREVIDENCIÁRIA (processos de obtenção de benefícios: aposentadorias, pensões)
●● REPRESENTAÇÃO COMERCIAL
Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso
S. Paulo/Capital - Tel.: (11) 3885-0423 www.advrns.com.bradvrns@aasp.org.br
A reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) tem tudo para concentrar a atençãodo mercado financeiro. As apostas em um corte menor dataxa básica de juros,aSelic,deapenas 0,5 ponto porcentual, ganharam corpo na semana passada. Mesmocom osíndiceseconômicos mais favoráveisa reduções ousadas, é possível
também que o BancoCentral retome, já nesta reunião, o conservadorismo que marcou o banco em parte de 2003. Compulsório – E aí a expectativa do mercado é ainda maior. Há tempos que se especula sobre um possível corte no compulsório recolhidopor financeiras ao Banco Central. na última quinta-feira,essa especulação chegou em alguns mo-
mentos a interferir, ainda que de forma sutil, com o mercado depoisqueainformação de que o Conselho Monetário Nacional sereuniupara uma possível redução do compulsório,oque foi desmentido. Um compulsóriomenor édefendido porinstituições,indústria e comérciocomo uma forma de baratear o crédito. Rejane Aguiar
O banco Nossa Caixa fez, na última sexta-feira,sua primeira entrada no mercado externo ecaptou US$100 milhõesem eurobônus comprazo dedois anos eum retornopara osinvestidores de 4%. Em seu primeiro lançamento de bônus nomercado externo, obanco conseguiu duas vezesmais do queovolume depapéisoferecido, igual a US$ 50 milhões.
Aemissãodospapéis no mercadoexterno tevea coordenação do UBScom o rating atribuído pela agência de risco Moody's. Odinheiro conseguido serádirecionado para a carteiracomercial do banco, com foco especial no comércio
exterior. "ANossaCaixaera um dos grandes bancos brasileiros que ainda não tinha lançado bônus no mercado externo como fimde conseguirrecursos e ter essa alternativa de fund ing ", disse Rubens Sardemberg, diretor de Finanças do banco.
Crescimento – Hoje, a carteira de comércio exteriordo banco representaoperações em um total de US$ 5 bilhões. a expectativa do banco, segundo Sardemberg,é encerraro ano de2004 comUS$50milhões em operações. A emissãoda Nossa Caixa faz parte,segundo obanco, do programa de captação estrutu-
rado
nosegundosemestrede 2002, com valortotal previsto em US$ 1 bilhão.
Ainda segundo Sardemberg, os recursos conseguidos lá fora serão mais uma opção definanciamentoao comércioexterior aos clientes do banco. "Queremos oferecera nossos clientes uma alternativa de crédito", diz o diretor do banco. No foco estãoas pequenas e médiasempresas quetêmum pé no comércio externo via exportações. "Com o crescimento das exportações, acreditamos que vai haver uma grande demanda das pequenas e médias empresas quehoje ainda não têm acesso a crédito".
Principais eventos
S egunda-feira: A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgao IPC-S,índice semanalde inflação.ASecretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento divulga o resultado da balança comercial brasileira na terceira semana de janeiro. Terça-feira: Começa a reunião doComitê de Política Monetária (Copom) em que será discutida a taxa básica de juros que vai vigorar nas próximas quatro semanas. A Fipe divulgao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da segunda quadrissemana de janeiro.
Quarta-feira: O Copom divulga sua decisão a respeito dos juros básicos,depois do fechamento do mercadofinanceiro.A FGV divulgao IGP-10 de janeiro. Sai a pesquisa industrial mensal de empregoesalário doIBGE referente a novembro de 2003. O Tesouro Nacional divulga nota demercado aberto de dezembro.
Q uinta-feira: O Banco Centraldivulga ascontas externas dedezembro. A FGV divulga a segunda prévia de janeiro do IGP-M.
Sex ta-feira: O IBGE divulga pesquisa mensal de emprego de dezembro passado.
Osonho do inédito ouro olímpico ficoumais próximo. Ao derrotar a Colômbia por 3 a 0, aSeleção Sub-23garantiu a presença no quadrangular que vai indicar, em três rodadas, os dois representantesdo futebol sul-americanona Olimpíada de Atenas. O Brasil estréia na quarta contra a Argentina, enfrenta o Chile na sexta e espera sacramentara vagaolímpica no domingo, contra o Paraguai, que também se classificou ontem ao bater o Equador nos pênaltis. Já estavam classificados para o quadrangulardecisivo aArgentina e o Chile, que empatou com o Brasil por 1 a 1 na última rodada da primeira fase do Pré-Olímpico.A equipe do técnico Ricardo Gomes garantiu ontem a vaga com os 3 a 0 sobreaColômbia –golsde Alex,Marcel eDuduCearense –,masmostrou umfutebolde poucainspiração. Foiapior atuação do time no Chile. Ricardo Gomes acredita, porém,quea voltadeDiegoe FábioRochemback, suspensos, vai garantir um Brasil mais forte e criativo contra os argentinos na quarta. A conferir.
Coritiba e cinco paulistas brigam por título júnior
O Santos perdeu para o Palmeiras por 2 a 0 o clássico paulista da terceira fase da Copa São Paulo de Juniores,mas acabouganhando a última vaga na quarta fase porter melhorsaldode golsdoque o time da ForçaSindical em toda a competição. Os outros cinco classificados são os vencedores dos confrontos diretos da terceira fase, disputada nofim desemana: oPalmeiras,é claro,oSão Paulo, que venceu o SantoAndrépor2 a1,oCorinthians, que goleou o Força Sindical por 4 a 0, o Rio Branco, que derrotou a Portuguesa por 3 a 2, e o Coritiba, que bateu o Flamengo por 2 a 1. Osjogos daquartafase serão disputados amanhã: Coritiba x Palmeiras; Rio Brancox São Paulo e Corinthians x Santos. A Federação Paulista de Futebol vaidefinirhojeos locaisehorários dos jogos.
Cada vaga na quinta fase continuará sendo decidida por eliminatória simples - portanto, em apenas um jogo. Em caso deempateno jogo,adecisão vaidiretamente para os pênaltis. Os vencedoresdos trêsjogosassegurarão a vaga e um quarto classificado sairá, de novo, do polêmico índice técnico -aliás, omesmo critério que levouo Santos, mesmo perdendo para o Palmeiras, à fase que será jogada amanhã. Afase semifinalterá dois jogos e os vencedores disputarão o título no domingo, 15.
Dudu Cearense: vibração com o gol que fechou a vitória sobre a Colômbia e mantém o Brasil na luta por uma vaga na Olimpíada de Atenas
Grandes apresentam novidades para o Paulistão: Fábio Costa saiu do Santos para o Corinthians, Doni fez o caminho inverso, Cuca levou muitas caras novas para o São Paulo e Jair Picerni conseguiu que o Palmeiras segurasse o time de 2003
O presidentedo Santos, MarceloTeixeira,não quer pouco em 2004 ejá avisou aos jogadores eao técnico Émerson Leão que sonha com a conquista do título paulista e da Libertadores. Nairo Ferreira de Souza, presidente doSão Caetano, éum poucomais humilde: "Se eu pudesse escolher um título, ganharia o Paulista, que é o campeonato do meu estado e uma competição forte", confessou ao repórterEduardo Maluf, da Agência Estado Coincidentemente, Santos e São Caetanosão, emtese,os principais candidatos ao título paulista quecomeça aser disputado nesta quarta-feira.
Os dois clubes mantiveram a basede 2003 ereforçaram o elenco com jogadores criteriosamenteescolhidos pelostreinadores- Titeterá,entre outros, os laterais Anderson e Gilbertoe Leãocontarácom olateral Paulo César e o centroavante Robgol. É verdade que o Santosjão terá Fábio Costa,agora noCorinthians, mas contratou o ex-corintiano Doni e continuará bem servido no gol. Os dois são igualmente talentosos e nervosinhos além da conta. Vaiconseguir maior sucesso quem mostrar mais juízo emcampo.LeãoeJuninho Fonsecaterão de bancar psicólogos, então.
O Corinthians fez uma série de dispensas, contratou em massae vai levar tempo para readaptar o volante e meia RincónaoParque SãoJorgee integrar, além do goleiro Fábio Costa, jogadores como ozagueiro Valdson, o lateral Julinho, ovolanteCareca,os meiasRodrigo, Adrianinho e Dinélson e os atacantes Marcelo Ramos, Régis Pitbull, Rafael Silva e Samir. O São Paulo também mudou o figurino paraesta temporada.Cuca, o substitutode RobertoRojas, tambémvai trabalhar com muitascaras novas no Morumbi: os zagueirosFabãoeRodrigo,o lateral
Cicinho, os meias Marquinhos, Danilo e Vélber e o atacante Grafite. Cuca vai precisar de tempo para definiro time e o estilo de jogo. O Palmeiras de Jair Picerni mudou pouco em relação ao time que foi campeão da Série B nacional,acrescentando apenas ozagueiroNem ao elenco. Talvez precise mais. Sonhosde alguns presidentes, o Campeonato Paulista, com 21times divididosem dois grupos - um de dez e um de 11!-, vaicomeçar comum alegre jeito de torneio de verão. Será a chance de Leão, Tite, Juninho, Cuca e Picerni arrumarem seus times. Nada mais.
Esta é a última página que o leitor do D C lerá sobre esporte neste formato.Apartirdapróxima segunda-feira, oesporteganhará um caderno semanal, que oferecerá umacobertura mais ampla do fim de semana e mostrará o queo leitorpoderáacompanhar de mais interessante, ao vivo ou na TV, nos dias seguintes. Além de acompanhar ascompetições eos fatos mais importantes do esporte noBrasil e no mundo,com natural destaque para as equipes e atletas de São Paulo, o novo caderno terá reportagens e artigos sobre saúde e atividade física. 0
RONALDO MARCA, MAS REAL BOBEIA
O fenômeno Ronaldo salvou o RealMadridontem emSevilha, marcandoaos15minutos do segundotempoo golde empate comoBétis,que venciapor1a0 desde os 33 do primeiro tempo, mas não conseguiulevar a milionária equipe madrilenha à liderançado CampeonatoEspanhol. OReal apenasmanteve osegundo lugar com 43 pontos, um a menos que o Valencia, que havia empatado com o Valladolid por 0 a 0 na véspera.
PROCURADOR QUER MAICON NA EUROPA
Wanderley Luxemburgonão tem gostado nada de saber que o uruguaio MárioRossi, procuradordo lateral Maicon, está tentando aproveitaro prestígioem altado jogador cruzeirenseno Torneio Pré-Olímpico para forçar sua transferência para o futebol europeu. "Quando o Maicon estava cheio de problemas, o procurador dele não apareceu, nunca se ouviuonome deleaqui",lembrouo treinador, que quer conversar diretamente com o seu jogador. 0
Ocasodedoping daatleta Maurren HigaMaggi, donada melhor marca do mundo em 2003 no salto em distância, vai ser julgado hoje pelo STJDda Confederação Brasileira de Atletismo.
Michael Schumacher jura que está lamentando a saída de Jacques Villeneuve da F-1: "Estamos perdendo uma grande figura." Há quem duvide da sinceridadedo hexacampeão, queprdeu otítulo de 97 para o canadense.
Galvão Bueno caiu do cavalo, ontem, em sua fazenda em Londrina, sofreu quatro fraturas no braço esquerdo, foi operado emSãoPaulo e não maisirá ao Chileparaacompanhar o Pré-Olímpico.
Relembrando: não haverá mais páginadeesporte nasediçõesde sexta-feira doseu DC Apartir da segunda-feira, dia 26, o leitor receberá umcaderno semanal.Todas as segundas, é claro, estaremos novamente juntos.
*Com Agência Estado e Reuters
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No século 17, como mostra a concepção artística reproduzida acima, ou no século 21, como mostram as duas fotos à direita, as sessões na Câmara Municipal de São Paulo eram e ainda são marcadas por momentos de discussões e de maior veemência entre os vereadores: marcas do jogo político
Nem só de leis e projetos vive aCâmaraMunicipalde São Paulo. Comestrutura epopulação maiores do que as de muitas cidades de pequeno e médio porte do interior do Estado, o prédio da Câmara recebe, por mês, mais visitantes do que muitos municípios turísticospaulistas. Ainstituição, que comemora 444 anos no próximodomingo,tem mais de 2,5 mil funcionários, que circulam pelo prédio de 13 andares durante 24 horas. Seu orçamento para este anoé de R$ 220 milhões. Por tudo isso, todos os dias, mais de três mil pessoas visitam oprédio localizado no número100 do viadutoJacareí. Amaioriapara pedir algum tipo de ajuda.
Contrastes
O município paulista de SantoExpedito, o santo das causas urgentes, fica a 600 quilômetros dacapital etem uma população de 2.532 habitantes distribuídosporumaárea de 131 quilômetros quadrados.
A cidade possui uma creche, um postode saúdee, paradefender seus cidadãos,conta com umabrigadarural. Seu orçamentonãochega a1%do Legislativo paulistano.
Já aCâmara Municipal de São Paulo possui uma creche para 14crianças, umdepartamento de saúde com seis médicos (algunsdeles tambémtrabalhamno hospitalAlbert Einstein, entre osmelhores do País) e dois dentistas, além de enfermeiras e fisioterapeuta. Dispõe uma guarnição da Polícia Militar, com 65 policiais (semcontarosoficiais), efetivo que também ajuda no policiamento dos arredores. A cidade paulista de Presidente Bernardes, por exemplo, onde está localizado o presídio de segurança máximaque abriga osprincipais líderesdo PCCe otraficanteFernandi-
Apenas seis anos mais nova que São Paulo, a sede de seu Poder Legislativo tem estrutura superior a muito município do interior paulista. História e "causos" também não faltam.
nho Beira-Mar, possui um destacamento de apenas20 policiais. O númerode carros de polícia é o mesmo na Câmara e em Bernardes: dois. Mas a Câmara é também um mundo em expansão: no próximodomingo seráinaugurado orestaurante-escola,que vai ensinar a arte de cozinhar e servir para 40 alunos por semestre. O custo será bancado pelasprefeituras de Genebra, na Suíça, e de Lion, na França. A vida comercial nos corredores da Câmara também é intensa. Comida, frutas, doces, roupas, jóias, produtos de couro, lingerie e até rifas são oferecidos aos funcionários e aos visitantes. O comércio é proibido, mas a PM não consegue
impedir que os vendedores entrem. Tododia é amesma história: os vendedores chegam, dizemque vão aogabinetede algum vereador e começam as barganhas. Quandosão apanhados em flagrante, sempre contam com a benevolência de algum funcionário, jáque trabalham ali há vários anos e acabaram fazendo amizades.
A biblioteca da Câmara é de dar inveja às de muitas grandes cidades.Aberta àconsultapública, ela oferece toda a legislação municipalalém demuitos exemplares raros de literatura. Nas prateleiras,que atépouco temposofriam com goteiras
No viaduto Jacareí, uma biblioteca com exemplares raros e aberta à consulta pública. Na cidade de treze andares há bancos, creche, médicos, dentistas, fisioterapeuta e até um paranornal.
Consulta
Informaasseguintesrestrições: CHEQUESS/FUNDOS,SUSTADOS,NEGATIVADOS,BLOQUEADOS, ROUBADOS,CONTASENCERRADAS,SUSTADORESCONTUMAZeN.º DECONSULTASDODIAconsultandoasmelhoresBasesdeDadosdo paísatravésdoCPFouCNPJ.
NOMEdoemitentedocheque,ENDEREÇOdotelefonefornecido,DATA DENASCIMENTO,NOMEDAMÃE,N.ºTÍTULOdeeleitorpara verificaçãodedadoseevitarorecebimentodechequesfraudadose clonados,proporcionandoaindamaissegurançanorecebimentode cheques. Aceitamosseuequipamentousadocomopartedepagamento. NacompradoequipamentoGANHEaconsultaviaINTERNET. Solicitedemonstraçãosemcompromisso. Informaçõespessoais
No século 16, muitos bandeirantes, entre eles Antônio Raposo Tavares, Fernão Dias Paes e Amador Bueno, o Moço, foram vereadores. No século 18, os vereadores paulistas vestiam uniformes de gala, como este colete bordado.
(as reformas foram iniciadas apenas no ano passado) estão livros que datam de 1615 (QuartaDecada daAza, de João de Barros, editado em Portugal) e de 1667 (El Rey Penitente,de CristóbalLozano). A primeira ata de trabalhos le-
gislativosda Câmara,de1560, está sendo restaurada e será devolvida em breve ao acervo. Nos horáriosde pico,o telefone da Câmara só perde para o 190 da PM, em chamadas feitas erecebidas.Oconsumo de energia e água é quase o de uma
cidade de porte médio. Uma conta deluz pode beiraros R$ 200 mil. A estrutura possui, ainda, duas agências bancárias e pode-se dizer que a única coisa que falta nessa cidade é uma igreja ou um templo ecumênico. Algo remediado pelo fato de o presidente da Casa iniciar ostrabalhos legislativos,em todas as sessões plenárias, com a frase "sob aproteção de Deus". Além disso, os representantes deDeus tambémestãopresentes.Entre os 55 vereadores, mais de 10% são pastores evangélicos e há, ainda, ex-freiras e ex-seminaristas. Lá tambémestáumdos maiores paranormais dasAméricas, Hamilton Rodrigues, quefaz previsões parapolíticos, banqueiroseastrosde televisão. Um páreo duro para a pequena Santo Expedito,que aindasonha emreceber asbenesses do turismo religioso.Seus moradores pretendem construir um santuário nacional.
Mais sobre a Câmara Municipal de São Paulo na página seguinte
ACONTECE NAS DISTRITAIS
Hoje Santana –A Distritalrealiza reunião com empresários do núcleo setorial dos profissionaisde belezado Projeto Empreender. A coordenação éda consultoraSandraDamazo. Às19 horas.
Santo Amaro – A Distrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial centro automotivo do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 19h30.
Terça S antana –Reunião para formação doConselho da Mulher Empreendedora (CME)da distrital, com a presença da diretora-superintendentedo CMEda ACSP,DivaFurlan.Às 15 horas.
Santo Amaro – A Distrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial de equipamentos industriais para bar, restaurante e utilidade doméstica do Projeto Empreender coordenadapela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 19h30. Quar ta Santo Amaro – A Distrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial de material para construção do Projeto Empree nd er , coordenada pela consultoraMaria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 8h30.
ANÚNCIOS TÊM PREÇOS
MÉDIOS DE R$ 200 POR MÊS POR QUADRO EXPOSTO NO SECADOR DE MÃOS
Ir ao banheiro não é mais a mesma coisa, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nessas cidades, um novo tipo de propaganda está surpreendendo osfrequentadores de bares, restaurantes,academias, shoppings e supermercados,entre outrosestabelecimentos. Trata-se da mídia indoor, com anúncios muitas vezes recheados de bom humor. Neste novo conceitode mídia, oobjetivo é anunciarenquanto as pessoasestãousando o toalete. "Colocados em lugares estratégicos,os anúncios atingemo consumidordeforma eficaz, com índice de recall deaté93%",afirma Michel Eberhardt, sócio-diretor da New Ad, empresa pioneira desteformato depublicidade no Brasil.
Formatos - Há a possibilidade de escolha entre quatro formatos de anúncios: os miniboards (44x32cm), os bigboards (90x60cm), os sampling boards (com um suporte para colocar amostradeprodutos) eo áudioboard, que, acionado por um sensor de presença, disparaumagravação de até 20 segundos.
Existem outras vantagens na mídia indoor. " Como pode haverfocoportribo, idadee renda, este é o único veículo quetemprecisão de100% na segmentação porsexo, atingindo homens emulheresde maneira eficaz", diz Michel.
Outra especialista que compartilha damesma opinião é Marlene Pereira, gerente comercial da Cantegril, empresa quetrouxe daItália omodelo de secadorde mãose, através da Smart Air, divisão que cuida damídia indoor, aposta neste novo formato de divulgação. "No Dia dos Namorados anunciamos lojas com sugestões de presentes quepodem agradar os parceiros", afirma. O retorno, ou recall, é garan-
tido.Para Marlene, 90% das pessoas que estão em um shopping passam pelo sanitário. O contrato neste ramo geralmente é mensal e os preços costumam ser a partir de R$ 200 por mês por quadro (secador demãos).Osanunciantes variam. A New Ad, por exemplo, costumatrabalhar combares, restaurantes, academias,fa-
SIMPLES E OBJETIVOS – Além do humor inteligente, os anúncios desenvolvidos para serem expostos nos secadores de mãos podem simplesmente exibir informações com objetividade. É o caso de propagandas divulgando serviços de recrutamento de profissionais pela internet ou de concessionárias de veículos, entre outros possíveis anunciantes.
Apósumano emqueonúmero de usuários de celular aumentou em um terço para 46,4 milhões no País, 2004 promete uma disputa ainda mais acirrada eaté um ajuste nasfatias de mercado dos grandes grupos. O novo elemento desse jogo é a estréiada BrasilTelecom até abril. Um balanço divulgado pela Agência Nacional de Teleco mu ni ca çõ es (Anatel) na última sexta-feira mostra que a Vivo mantém a liderança com 45,15% do mercado, seguidade Claro (20,43%), TIM (17,92%),OI (8,36%), Telemig/Amazônia (7,28%), CTBC (0,70%) e Sercomtel (0,16%). Depoisda entrada de 11,6
Vivo é líder do setor no País, com 45,15% do mercado. Disputa pelos clientes corporativos tende a se acirrar daqui por diante.
milhõesde novosusuários ao longo de2003, sendo3,36 milhõesapenas emdezembro, a expectativa daAnatel éque mais 10milhões debrasileiros adotem o celular em 2004. Pré-pago - A expansão do pré-pago --que representava 42% dos celulares em 1999 e no ano passado já havia superado os 76%--tem levado auma queda acentuada da receitamédia por usuário e intensificado a disputa pelos clientes de maiorpotencial.E isso deve se agravar este ano. "Nesse contexto de concorrência agressiva, os clientes corporativos edealto tráfego serão disputados de modo ferrenho entre as operadoras",
afirmou em relatório o diretor de estratégiada E-Consulting, Daniel Domeneghetti. Ele acreditaque o lucro das empresas tende a diminuir porque elas vãolevar mais tempo para recuperar os gastos com a conquista de novos clientes. Vantagem - Apesar desse desafio, omercado financeiro aposta na vantagem competitiva de grupos como a América Móvil ,queliderou omovimento de consolidaçãodo setor no Brasil em 2003. Nos últimos dias, Merrill Lynch e DeutscheIxe elevaram opreço-alvo das ações da empresa. Para a Standard & Poor's, a boa situação financeira das empresasdo grupomexicano, lideradopelo milionárioCarlos Slim, as coloca "em uma posição deliderançana consolidação regional". (Reuters)
culdades, quadras de futebol e buffet infantil. A Smart Air trabalha com shoppings, supermercados e cinemas.
Exclusividade - Na maioria das vezes, as empresas trabalham em sistemade exclusividade com seus anunciantes. A SmartAir,com aredeBig de supermercados e o Cinemark, entre outros. A New Ad, com a
Academia Fórmulae a Mercearia São Roque, contando ao todo com uma rede de 400 estabelecimentos. Nos shoppings, a grande maioria dosanúnciosé feita pelospróprios lojistas,devido à proximidade efacilidade de vendas.Os supermercadosseguem a mesma tendência, normalmentecom anúncios de
marcas expostas nas prateleiras. Kama Sutra - O bom humor fica por contade anúncios como os feitos na academia de ginásticaLife Fitness,ondeera passada a idéia de que lá as pessoas poderiam praticar exercícios em mais posições que o Kama Sutra.
André Alves
A Casa Legislativa mais antigada América Latinafoifundada em 1560, quando a aldeia deSãoPaulofoipromovida à condição de Vila. A história da CâmaraMunicipal desdeessa data até 1998 é contada em livro.Mas, de lápara cá, muita coisa aconteceu e, porisso, o presidente Arselino Tatto (PT) pretende lançar um outro livro, ainda neste ano, para mostrar como a história da Câmara está atrelada à da cidade. Segundo Tatto,os autoresdo novo livro ainda não podem ser divulgados,masele pretende entregar o exemplar pronto ainda este ano, coincidindo com os festejosdos450 anosdafundação da cidade. “Será um presentedaCâmara e dos vereadores para a cidade”, afirma Tatto.
O primeiro livro, feito na administração do ex-vereador Nelo Rodolfo, contou com a
participação decisiva do também ex-vereador Adriano Diogo. Seus autores foram Délio Freire dos Santose José Eduardo Ramos Rodrigues, que passaram váriosmeses pesquisando os fatos maisimportantes que marcaram o cotidianoda Câmara Municipal no decorrer de mais de quatro séculos. O livro tem 192 páginas e retrata os trabalhos do legislativo de 1560 até 1998. Uma curiosidadeéque emgrandepartede sua história,a Câmarafuncionavano mesmoprédio daCadeia Pública. O livro traz retratos e aquarelas de várias épocas. Duas peças, consideradas relíquiashistóricasestão retratadas nolivro: abandeira daCâmara Municipale o coletedo traje degala dos vereadores, ambos em exposição no Museu Paulista, no Ipiranga. (FL)
Tórridos romances, assistencialismo explícito e algumas estratégias políticas pouco ortodoxas para aprovação de projetos oficiais já viraram folclore nos bastidores da Câmara paulistana
Como toda praçade cidade interiorana,oscorredores da Câmara Municipal de São Paulo tambémtestemunham muitos "causos", particularmente interessantes por envolverem membros doPoder Legislativodamaiorcidade do País. Para piadistas, se a Câmara sefor coberta, viracirco. Se for cercada, vira hospício.
Custo da ressureição
Não é sempre, mas na maioria dasvezes essadefinição cai como uma luva para o trabalho de algunsparlamentares. Projetos esquisitos, atitudes impensadasedebochadas, além decasos decorrupçãomarcaram a Câmara ao longo de vários anos. É bem verdade que a grande maioria dos vereadores escapa desses desvios de comportamento. Justamente por não serema regra,as histórias fora do comum acabam virando "causos" memoráveis.
Quem pensa que projetos inusitados sãocaracterística dos tempos atuais, está totalmenteenganado. Em1856, por exemplo,foi aprovadona Câmaraum projeto que definia as regras de usodos cemitérios públicos. Um dos artigos do texto fazia questão de registrar uma regra importante: se o morto ressuscitasse, não estaria livre de pagar uma taxa. A multa por voltar ao mundo dos vivos erade 100 contos de réis, sendo que metade seria destinada ao administrador do cemitério e a outra metade, dividida entre os coveiros que velaram ocorpo. Indigentes, sem recursos para desembolsar tal valor, poderiam contar
com a benevolência da Câmara, que arcaria com o custo.
Histórias engraçadas já viraram folclore nos corredores da Câmara Municipal. Há tempos, um vereador (cujo nome nãoé nobre revelar) mantinha seu gabinete sempre fechado na parteda manhã. Conta-se que mantinha um tórrido caso matutino com a secretária.
Na época em queexistia o chamado decurso de prazo –instrumento pelo qual um projeto seria aprovado automaticamente, casonão fosse recusado pelos vereadores, em plenário, atéuma data determinada–, o então presidente da Câmara, Antônio Sampaio, usava estratégias próprias para
garantir a aprovação de projetos deinteresse doprefeito de São Paulona época,Jânio Quadros.
Estratégia política
O método exigia praticamente uma operação de guerra, mas funcionava. No último dia do prazopara apreciar oprojeto, ele mandavaatrasar ohorário detodos osrelógios doprédio da Câmara. Depois, anunciava pelo sistema de som que a sessão iria começar. Era uma correria de vereadores desesperados para se prepararem e chegarem ao plenário. Para segarantir,AntônioSampaio pediaque oascensorista do elevador privativo dos vereadores ficasse de folga. Quando os vereadores finalmenteconseguiam chegar, o projeto já tinhasido colocado em votação e, por falta de quórum, a sessão jáhavia sido encerrada. Assim, oprojeto era aprovado por decurso de pra-
zo.OPlano Diretordagestão
Jânio é um exemplo de projeto aprovado com essa estratégia. Mas inovação mesmofoi a doex-vereadorAntônio Carlos Fernandes. Durante seu mandato,ele simplesmente surpreendeu seusparescom sua franqueza. Váriasvezes ele subiuàtribuna dediscursose gritou: “Eu sou corrupto”, disparando em seguida uma buzina. Seu gabinete era conhecido como “pátio dos milagres” e o vereador, considerado um grande perito na prática do assistencialismo. Conta-se quecerta vez, um rapazdesempregado foipedir umaajuda aFernandes.Tudo o que ele pedia era uma carta de apresentação ou, quem sabe, umemprego. Saiuda salado vereadorcom ocargo dechefe degabinete. Algunsanosdepois, dois vereadores paulistanos foram cassados por corrupção: Maeli Verginiano e Vicente Viscome (que foi preso e
atualmente está emregime de liberdade provisória).
Fantasmas
Hámuitotempo seouvefalar que na Câmara Municipal existemfuncionários fantasmas, embora até hoje não se tenha provadoaexistência oficial de nenhum deles. O ex-vereador Paulo Roberto Faria Lima, entretanto, é testemunha de quealmas de outro mundo percorremos corredoresdo prédio echegou a chamaro padreQuevedopara ajudá-lo comum fantasmade verdade. O assunto rendeu comentáriose foiatétema de uma matéria jornalística internacional no canal de TV por assinatura USA. Mesmo assim, a existência do fantasma não foi comprovada. O quetodos na Câmara têm certeza é de que novos "causos" vão continuar a enriquecer o folclore do Legislativo paulista. (FL)
Rede brasileira de comida chinesa fez a adaptação dos pratos com um toque a mais de pimenta. Receita está garantindo o sucesso das duas franquias instaladas em Guadalajara. Expectativa é de chegar a 40 lojas. Osmexicanos estão aprovando nossa comida chinesa. A rede brasileira de delivery de comida chinesa Chinain Box, a maior do país, inaugurou em dezembro de 2002 sua primeira loja no México e agora já são duas unidades em Guadalajara. Aresposta ànossa entrada no mercado mexicano está superandoas expectativas. Em março haverá umagrande feira de franquias no México e nossaintençãoévender mais dez lojas", conta Robinson Shiba, presidente da empresa.
Quandoa China in Box montou a primeira loja no Brasil,em1992, nãohavianenhum concorrente no mercado,cenário muitopróximoao queocorre hoje noMéxico. Em pouco mais de dez anos no Brasil,arede totaliza115lojas presentes em todas as regiões dopaís.No ano passado, foi inaugurada, em média, uma loja pormêse ofaturamento anual da empresa no ano de 2003 ficou em R$ 25 milhões. Foramalgumas semelhanças como Brasil eum cenário econômico favorável que fizeram do México o principal alvo de internacionalização da rede."Realizamos umapesquisa detalhada sobre o mercado latino-americano e o Méxi-
co nos pareceu a opção mais viável. O país passa por uma situaçãoeconômica e política estável, com taxasdedesemprego baixas, e ainda tem similaridades de costumes com o Brasil. Semcontar queno México não existem outras redes de delivery de comida chinesa, não temos concorrência", conta Shiba.
Segundo opresidente da Chinain Box,na AméricaLatina apenas o México e a Argentina têm potencial para um negócio como este. "Expandir é um processo muito caro -
tem custodepesquisa,idase vindasde pessoal e várias outras despesas -, porisso só vale a pena se for para um país que comporta 40 lojas. Se a Argentina voltar ase reerguer, pode ser um bom projeto", diz.
Tentativa e erro - A primeira investida da China in Box no mercado externo aconteceu em1998, naArgentina. Uma tentativa que deumuita experiência e cautela para Robinson Shiba. "Além do serviço de delivery, abrimos umgrande restaurante, com 60 mesas. Chegamos a vender relativa-
Lambrusco Dell’Emilia Amabile
Prosecco Di Valdobbiadene
Frascati Doc Superiore
R$11,50
R$25,50
R$15,50
Valpolicella Clássico Doc R$19,90
Chileno Caballo De OroValle Del Maipo
Cabernet Sauvignon
Português Arcos do Rei
Argentino Borgoña
R$12,50
R$12,50
R$9,90
Francês Bordeaux Appelation Controlée R$19,90
mente bem, mas não entramos bem preparados no negócio.Eu nunca tinha tido um restaurante, não pesquisamos com cuidado o mercado argentino ea situaçãopolíticae econômica do país, bem como o paladardo público.Com o México não repetimos os mesmos erros", conta Shiba. A China in Box na Argentina durou cerca de três anos e acabou fechando as portas. Já para abrir a primeira loja no México foramdois anosde trabalho duro para encontrara melhor fórmula para aquele mercado. "Antes de inaugurarmos, ficamosdois anosfazendo pesquisas de mercado, painéis de degustação como público e consultorias de campo. O masterfranqueado mexicanopassou dois mesesnoBrasil aprendendo o funcionamento daredee, após ainauguração daprimeira loja,uma equipe brasileirade cozinhapassou seismesesacompanhando o trabalho feito lá em Guadalajara", explica.
Aslojas mexicanasvenderam emmédia US$ 40mil por mês em 2003 e Robinson Shiba diz que só se arrisca a entrar em outro país quando estiver bem forte no mercado mexicano.
Chinês apimentado - O melhorsegredo parao sucessode um negócio é talvez também o mais antigo: agradar o gosto do freguês. E é isso que a China in Box vem tentando fazer.
Háonze anos,no iníciodas atividades no Brasil,não havia um único concorrente para este tipo deserviço, hojejásão computadas 400 marcas de delivery de comida chinesaem todo o país.
"A maioria dos concorrentes ainda são empresas pequenas e amadoras, que abrem e fecham as portascomfacilidade.Mas já há marcas consolidadas. Por isso, temos que estar sempre criando novidades e procurando melhorar nosso produto e serviço", afirma Shiba.
Paraagradar ogosto do clientemexicano, algumaspequenas modificações gastro-
Modercarga terá aporte de R$ 2 bi para financiar caminhões
OConselho MonetárioNacional (CMN) aprovou as condições de financiamentodo Modercarga, programa do governo de modernização da frota de caminhões que oferecerá R$ 2 bilhõesnos próximos 12 meses. A aprovação pelo CMN era necessária para que o Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico eSocial (BNDES) pudesse dar o pontapé inicial na operacionalização do programa, que foi lançado pelopresidente LuizInácio Lula da Silva no final de 2003. O Modercarga é voltado para ofinanciamento de caminhões novos e usados. Poderão ter acesso ao financiamento pessoasfísicas (autônomos), micros, pequenas emédias empresas detransporte.Segundo o Ministériodo Desenvolvimento, IndústriaeComércioExterior, oprograma permitirá aos transportadores a aquisiçãode 20 mil equipamentos novos e usados. Do total deR$ 2bilhões derecursos disponíveis,até R$600milhões serão destinadospara financiamento de caminhões usados. (AE)
nômicas foram feitasem relaçãoà comida quea China in Box serve aqui no Brasil. Um pouquinho mais de pimenta no tempero foia principal delas. "Os mexicanos têm o hábitode degustar umalimento mais apimentado. Nós colocamos um pouco mais do tempero na comida e também enviamos juntoao produtoum saquinho de pimenta, o que é um hábito no país", conta. E como nada é insubstituível, no lugar dobroto de bambu, que não existe nas terras mexicanas, entrou uma abobrinha comum na região. No lugardo amendoimdofrango xadrez, uma castanhamais ao gosto do freguês. Gabriela Mendonça
Os organizadores da 8ª Feira Nacional de Inverno (Fenin) do RioGrande doSul pretendem movimentar R$ 330 milhões nostrês dias do evento, 10% a mais do que o registrado na edição passada. A Fenin Fashion2004, uma das mais importantes feiras do calendário de modado Brasil, começa nesta terça-feira, 20 de janeiro, no Centro de Eventos
doSierra Park,em Gramado. O número de participantes também aumentou. "Serão 360 expositores apresentandoascoleções outono/inverno de 920 marcas", destaca JúlioViana, diretorda Expovest, promotorada feira. Viana estima queo evento atrairá 15 mil lojistas do Brasil, Mercosul, Europa e Estados Unidos. (Ag. Sebrae)
Decisões do Superior Tribunal de Justiça condenam seguradoras a pagar indenizações a beneficiários de motoristas que dirigiram alcoolizados
Decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estão deixando as companhias de seguro preocupadas. Os ministros da Terceira e da Quarta Turma têm condenadoas empresasa pagar seguro de vida a familiaresde motoristasque dirigiramembriagados. "É um absurdo.Essasdecisões geram uma sensação deimpunidade naspessoas", criticaoadvogado AldoBertoni, doescritório FlávioOlimpiode Azevedo Advogados Associados. No mês passado, a companhia de seguros GBOEX-Confiança foi obrigada pela Quarta Turma apagaraproximadamente R$30mila GladisDickelBraun, doRio Grandedo Sul, beneficiária deum seguro feito pelo seu filho, Marco AntônioBraun, mortoemjulho de 1995, em acidente de carro. Em primeira instância, a açãoapresentada pelabeneficiária foi julgada improceden-
Advogados paulistas dispensados do pagamento da Cofins
A seccional paulista da Ordemdos AdvogadosdeSão Paulo(OAB-SP)obteve liminar no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, no último dia 14, isentando as sociedadesdeadvogados dorecolhimento da Contribuição parao Financiamentoda Seguridade Social (Cofins). Em suadecisão, ojuiz federal Manoel Álvares afirma que com a edição da Súmula 276/03 do Supremo TribunalFederal ("as sociedades civisde prestaçãode serviços profissionais são isentas de Cofins, irrelevante o regimetributário adotado"),elereformulou seu entendimento de modo amanter a isenção estabelecida no artigo 6º, inciso II da lei Complementar 70/91. O pedidodaOAB-SP haviasidorejeitado em primeira instância e em recurso apresentado no próprio tribunal. (Agências)
te.Indignada,a mãedosegurado apelou ao Tribunalde Justiça do Rio Grande do Sul, que tambémjulgou desfavorável à autora. "Comprovado que o segurado dirigia o veículo acidentado alcoolizado, nãohácomo prosperarademanda ajuizada porsua mãe, na condição de beneficiária, pois a embriaguez se constitui em causa extintiva do seu direito de receber o prêmio, por infringênciaà cláusulacontratual e norma legal", diz o acórdão.
No STJ, entretanto,o relator do processo, o ministro Barros Monteiro, entendeu que"a embriaguez apenas episódica do segurado não é excludente do direito à coberturasecuritária". Segundoo ministro, o fato de o segurado dirigir alcoolizado não é causa de perda do direito ao seguro, por não configurar tal circunstância agravamento de
risco, previsto no artigo 1.454 do Código Civil. Mesmo atestando a embriaguez do segurado, as empresas aindaestão sendo obrigadas pela Justiça a provaro nexo causal entre o acidente do motorista e o consumo de álcool.
Como não conseguiu provar o fato, a Companhia de Seguros América do Sul Yasuda, de SãoPaulo,foi obrigada pela TerceiraTurmado STJa pagar seguro de vida aos pais de Edmilson Garcia de Menezes, ex-motorista da empresa bra-
siliense Estrela do Mar Alimentos, morto num acidente de carro na cidade de Curvelo, em Minas Gerais, nodia 9 de janeiro de1995. Osministros mantiveram decisão do Tribunal deJustiça do Distrito Federal e Territórios. "A cobertura do seguro está condicionada aumaperícia que avalia qual o grau de comprometimento da embriaguez para a ocorrência do acidente. Como nestecaso, aseguradoranãoconseguiu fazeraligação, o STJ determinou o pagamento da apólice", diz o advogado especialista na área de Seguros, Marcelo Mansur Haddad,do escritórioMattos Filho Advogados. Ao julgar caso parecido envolvendo a Bradesco Seguros, o ministro Aldir Passarinho Júnior, daQuarta Turma, afirmouque "nãoficando provado o dolo por parte do segurado,no sentidodeter
O uso do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por VeículosAutomotoresde ViasTerrestres (DPVAT),pago pelos motoristasjuntocomo Impostosobre Propriedadede Veículos Automotores (IPVA), cresceu significativamentena última década. Em 1994, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) registrou a cobertura de 47.039 sinistros. No ano passado, 214.370 (4,3% do total de sinistros do mercado segurador), um aumento de 356%. "Observamos umcrescimento significativo apartir de 2001, indicando queo conhecimento do DPVAT por parte da população é uma tendência recente", diz o coordenador do CentroEstatístico da Susep, AnnibalVasconcelos. Em 2001,foram feitas215.428coberturas pelo DPVAT. O seguro obrigatório foi instituído pela Lei nº 6.194/74 pa-
OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE – A entrega das informações relativas às operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo ou com álcool etílico anidro carburante será efetuada observando o art. 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 46.588/2002, o art. 20 das DDTT (redação dada pelo Decreto nº 47.278/2002) e o disposto no Convênio ICMS nº 54/2002 alterado pelos Convênios ICMS nºs 121/ 2002 e 148/2002.
aumentado o risco de ocorrência do sinistro, mas tão somentea culpa, não afastou o acórdão recorrido a obrigação deindenizar por parte daseguradora”.
O advogado Aldo Bertoni discorda dasdecisõesdo STJ. Para ele,o fato de dirigir embriagado nãoexclui aimputabilidade e apessoadeve responder pelo delitoa títulode dolo ou culpa gravesegundo indicarem as circunstâncias, conforme o inciso II do artigo 24 do Código Penal. Para o presidente da ComissãodeAssuntos Jurídicos da Federação das Empresas de Seguros Privados e Capitalização (Fenaseg), Ricardo Bechara, "como a seguradora nãoconseguiuvincularo acidenteao álcool eeste também não foi apresentado em grau elevado, o entendimento do STJ éaté compreensivo". Márcia Rodrigues
Previdência revoga tabela de contribuição de dezembro
raampararas vítimasdeacidentes de trânsito em todo o territórionacional, independente de ser o motorista ou não.
"ODPVATfoi criadoparagarantir quetodas aspessoas que sofressem acidentes de trânsito fossem ressarcidas. O que muitas vezes não acontecia quando oculpado nãoeraidentificado ou se recusava a pagar, obrigandoa vítimaou umfamiliar a abrir um processo para pleitear indenização", explica Ricardo Bechara, presidente da ComissãodeAssuntos Jurídicos da FederaçãoNacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização (Fenaseg).
O DPVAT garante a cobertura de morte, invalidez permanentee despesasdeassistência médica e suplementares, quando a vítima é tratada em hospital privado.Essasdespesasincluem qualquer tipo de lesão. Até mesmo se a pessoa é atrope-
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente:Policom
Requerente:
dora
Comercial e
- Requerida: Brasil Glass Comercial Ltda. - Rua das Palmeiras, 350 - 09ª Vara Cível
Requerente:Paris Cabos Comercial Ltda.Requerida: Venâncio Bar Ltda.- Rua Venâncio Aires, 900 - 10ª Vara Cível
Requerente: FCI Componentes para Automação Ltda. - Requerida: Macroserv Serviços Ltda. – Rua Dr. Paulo David de Albuquerque - 36ª Vara Cível
Requerente: Gerdau S/A - Requerida: Construtora Ribeiro da Costa Ltda.– Alameda Jaú, 1.754 - 9º andar - 01ª Vara Cível
Requerente:TBM
União de Serviços Ltda. - Requerida: Screen Plast Indústria Comércio Exportação e Importação Ltda.- Rua São Quirino, 80 - 04ª Vara Cível
Requerente:
Requerente: Alves Azevedo, Comércio e Indústria Ltda. - Requerida: Padaria Rainha dos Cunhas Ltda.– Av. Elísio Teixeira Leite, 5.543 - 38ª
lada e quebra um braço ou uma perna, pode acionar o seguro. Indenização - Para receber a indenização, avítima,ou seu beneficiário, deve dirigir-se a uma seguradora– a maioria das seguradoras domercado está conveniada para atender o DPVAT –e apresentar os documentos básicos (consulte no ww w. dc om er ci o.c om .b r ). Não há necessidade de nomear procurador para o recebimento de indenizaçãodeseguro DPVAT, que poderá ser requerida pela própria vítima do acidenteoupor seusbeneficiários.O prazopara pagamentoda indenização é de 15 dias. Quando o acidente acontecer em transportecoletivo, épreciso se dirigir à empresa de ônibus para saber com qual seguradora ela trabalha. Mas esta norma será modificada em 2005, quando começa a vigorar uma resolução da Susep que permiteo pagamento da indenização por qualquer seguradora conveniada. A cobertura do seguropara casos demorte einvalidez permanenteé de até R$ 6.754,01. Para reembolso de despesas médicas e hospitalares, o valor é de até R$ 1.524,54. (MR)
2º andar42ª Vara Cível
Requerente: Cemontex Projetos e Montagens Industriais S/A - Requerida: NTG – Nacional Técnica e Gerenciamento Ltda. – Rua
Requerente: Renoir Construtora e Automação Industrial Ltda. - Requerida: Renoir Construtora e Automação Industrial Ltda. -
Janeiro/3ª semana
O Ministério da Previdência Social publicou no Diário Oficial daUnião, naúltima sextafeira, a Portaria nº 53, revogandoa novatabela desaláriode contribuição relativa à dezembro de 2003, que havia sido divulgada no último dia 6. Com isso, não haverá mais a necessidade dasempresas, contribuintes individuais e empregadores e empregados domésticos recalcularem as contribuições previdenciárias relativas ao mês de dezembro e ao13ºsalário de 2003e recolherem retroativamente a diferença em fevereiro. A justificativa doMinistério para aterceira portariasobre o mesmo tema, em pouco mais de uma semana, é que a aplicação proporcional do novo teto para umúnicodia de2003vaigerar custos operacionais e de ajustes desistemas incompatíveiscom asirrisóriasdiferençasde valores de contribuições a recolher. A medidagarante aindaque os contribuintes individuais e empregadores e empregados domésticosque chegarama usar a tabela nova de dezembro poderão compensar o valor recolhido a mais na contribuição do mês seguinte.
DIA 19 ICMS/SP – GIA ELETRÔNICA – último dia para a apresentação da GIA Eletrônica, relativa ao mês de Dezembro/2003, por meio da internet (www.pfe.fazenda.sp. gov.br), pelos contribuintes com o último dígito de inscrição estadual 8 e 9. Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia. (Parágrafo único do art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/ 98, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/2000).
Previdência Social (INSS), de acordo com a Lei nº 10.684/2003. Nota: Não há na legislação qualquer alusão expressa para prorrogação ou antecipação do prazo de vencimento da parcela, no caso de não haver expediente bancário no dia 20. Nessa hipótese, por medida preventiva, a empresa deverá consultar o órgão local de arrecadação do INSS.
comprovante com todas as informações previstas na IN SRF nº 268/ 2002.
IPI (exceto o devido por ME ou EPP) – Pagamento do IPI apurado no 1º decêndio de Janeiro/ 2004, incidente sobre os produtos classificados nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi.
DIA 20 PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) PAES – Pagamento da parcela mensal, acrescida de juros pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), pelos contribuintes que optaram pelo Parcelamento Especial de Débitos (PAES) perante a
INFORME DE RENDIMENTOS FINANCEIROS À PJ –Fornecimento, pelas instituições financeiras, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e demais fontes pagadoras, do Informe de Rendimentos Financeiros relativo ao 4º trimestre/2003, aos seus clientes (pessoas jurídicas), exceto quando a fonte pagadora fornecer, mensalmente,
ICMS/SP – 15431; 41009; 50300 a 50423, 52116 a 52795; 55212 a 55239, 55298; 60100 a 60224; 66117 a 66303, 67113 a 67202; 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202; 75116 a 75302; 80136 a 80993; 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092; 95001; 99007 – último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Dezembro / 2003.
DIA 21 IRRF – Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 11 a 17.01.2004, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País. ICMS – devido pelas microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no Simples Paulista, na forma disposta na lei 10.086/98, regulamentada pelo anexo XX do RICMS/SP, relativo ao mês de Dezembro / 2003.
DIA 23 IPI (exceto o devido por ME ou EPP) – Pagamento do IPI apurado no 2º decêndio de Janeiro/ 2004, incidente sobre produtos classificados no Capítulo 22 (bebi-
das, líquidos alcoólicos e vinagres) e sobre fumos classificados no código 2402.20.00.
IPI (Exceto o devido por ME ou EPP) – Pagamento do IPI apurado na 1ª quinzena de Janeiro/ 2004, incidente sobre “demais produtos”. DCIDE COMBUSTÍVEIS Entrega da Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e/ou Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/ PASEP eCOFINS (DCide-Combustíveis) referente à dedução efetuada no mês de Janeiro/2004. Fonte
É fato consumado que as novidades científicas, de propriedadedeste oudaquele cientista, devemser publicadas em revistas denominadas científicas, como Science, por exemplo, e outras de igual ou maior prestígio. O candidato a um cargo de titular de uma dasuniversidades públicas do Brasil, como de outros países, se não citar onome das revistas onde colaborou e queleuecitar trechosdela, não consegue aprovação, ainda que seja um sábio sobre a disciplina daqual disputa a nomeação, se não a cita. Faz pouco tempo, li num dos jornais paulista ou carioca, não melembro, que fora descoberta uma medicação para enfarte, que reduzia drasticamente as operações de safena eregularizavao funcionamento do coração empouco tempo. Li,como leioa montanhadejornais publicados no Rio de Janeiro eemSão Paulo,masessanotícia,que mechamou aatenção, recortei-a e a mandei ao cardiologista que trata de minha mulher,a fim deque tomasse conhecimento.
Qual não foi a minha surpresa, quando leu e me telefonou, informando-me que minha mulherjávinhahádois ou três anos do tratamento tomando a medicação e que seus
resultados eram positivos. Argumentei quea revistadava a informaçãocomo realidade recente, o que ele contestou, acentuando quetodos oscardiologistas, seus colegas, a empregavam com sucesso no tratamento de pacientes cardíacos. A notícia da revista cientifica que a divulgara, segundo o jornal, estava atrasada. Vê-se em que jogo podem cairos interessadose, emgeral, toutle monde etson pére, confiando nas revistas científicas, que publicam notícias velhas, como se fossem novidades. É lamentávelque aconteçam fatos comoesse, pois asrevistassão publicadas, exatamente, para atenderà necessidadedos especialistasdeinformações sobre as descobertas de novos produtos para facilitaro tratamento dos pacientes com esta ou aquela doença, mas, sobretudo cardíacas. O médico especialista deve estar atento eseguir, sempre,as notícias doslaboratórios eas revistas, para evitarde cair num alçapão,receitar oantigo como se fosse moderno, e, pior, miraculoso. Éo que penso a respeito.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Antonio Delfim Netto
N a primeirareunião do ano com seusministros, o presidente Lula disse que ia cobrarde todoseles ações que resultemnacriaçãode empregos.O emprego,hoje, é a maior aspiração dos brasileiros que aprenderam nestes últimos anos que ele só se cria quando a economia estáem crescimento. Para existircrescimentoé preciso que haja investimentos, tanto no setorpublico como nosetor privado.Com as privatizações dos anos recentes e adesmontagem de áreas técnicas do setor público, o Estado teve diminuída a suacapacidade deinvestimentoe atéde planejar.Está hoje reduzido aum instrumento de regulação do mercado e assim mesmocom muitas dificuldades. O papel do governo é o de atrair os investimentos privados para as obraspúblicas.Ele precisa convencer osempresários queos contratos serãorespeitados e que mesmo as condições estabelecidas nas privatizações horrorosas serão honradas. É fundamental que todo o governo se empenhenessa tarefa,para quese realizem os investimentos privadosem rodovias,portos, ferrovias e energia elétrica, sem o que odesenvolvimento não se sustenta. Quanto aos investimentos nosetor privado, épreciso superar esta fase de relatórios e partir para os estímulos fiscais ecreditícios de forma direta e prática. Não estamos usandoos instrumentosque
o governo tem, como é o caso da Caixa Econômica na alavancagem da construção civil, setor que mais absorve empregos.Não adiantaapenas falarempolíticaindustrial. É precisofazer a política industrial, uma política voltadarealmente paraa criação deempregose para oaproveitamento das vantagens comparativas quepermitam ao Brasil continuar expandindo suas exportações. Nãovamosnos iludir: os empresários só vãose convencer quando desonerarmos os investimentosem bensdecapital. Eles só vão investir mais nosetor exportadorquando forgarantida, defato (enãoapenasdedireito) a exoneração de toda a tributação nas exportações. É preciso alongar, cadenciadamente, osprazos derecolhimentodos impostosnos setoresindustriais queproduzem os bens de consumo de massae mais: reduzira carga tributáriadiscriminadamente entre um produto e outropara queoempresário possaescolhercertas linhas de produção. Finalmente, criar as condições de financiamento e juros que estimulem o espírito empresarial. Essaidéia que,conseguida a estabilidade, o crescimento se fará sozinho é falsa. O desenvolvimento econômico–e com ele os empregos desejados por Lulae por todos nós– sóvoltará seo seugoverno for eficiente no estímulo aos investimentos.
Antonio Delfim Netto é deputado federal
É verdade que o PT já está contando com 8 anos de permanência no governo, pois mal empossadoLula declarouque4 anos era muito pouco tempo para ser feita a mudança de "tudo o que aí estava". Quem acompanhe as manobras fisiológicas e de agit-prop quevêm sendodesenvolvidas intestinamente -e deverão ser"o grandeespetáculo" deste ano eleitoral – os pífios resultadosde 2003 não constituem surpresa. Porenquanto, o queaí está é um mandatode 4 anos, e decorrido¼ desse mandato, o que foi conseguido e vem sendocantadocomo vitóriaéa superaçãodo "riscoLula"detonadodurantea campanhaerevertido graçasa um marketing que já foi classificado como "estelionato eleitoral". Objetivamente,há doissal-
dosa considerar:oexterno eo interno.O primeiro resultante de uma política quenadatem que ver comos 20 anos doPT e foiapontadacomo o9ºanode FHC. No ano o risco Brasil caiu de2.400para 500pontos,o câmbiomelhorou deR$4,00 para R$ 3,00, a cotação dos títulos da dívida brasileira chegou a 98% do seu valor de face. O saldointerno setraduzpeloaumento do desemprego, pela queda da renda de 15%. Na parte "social" o Fome Zero não deslanchou e no setor agrário, segundo Stédile, do MST, este ano foi um completo fracasso. O balançoglobal édadopelo PIB= +0,30,o queé uma regressão dos já pífios índices anteriores. Sem dúvidativemos umaregressão das expectativasinflacionárias reduzidasa pouco
Rodrigo Proença de Gouvêa
unca tiveumainclinação política para o tom vermelho nem, tampouco,cheguei a carregar uma estrelinha no peito. Confesso até que, pela minhaformação, semprefuie cresci em meio à turma do azul, junto a outrascrianças que também tiveram medo da lenda do bicho-papão. Aquele da estrela vermelha, que invadiria a sua casa e comeria as criancinhas. Hoje, crianças medrosas de outrora se transformam em jovens empresários, observadores e participantesdeum novo tempo político. Inicialmente também ressabiadoscomo osnossos pais, mas, talvez, umtanto mais ingênuos e esperançosos na possibilidade de construirmos, juntos, uma Naçãode verdade queainda nãosomos, ouseja, de adquirirmos a consciência coletiva de um destino compartilhado, com valores comuns e projetos comuns. O fato é que, historicamente em um país dominado por oligarquias eminorias azuis, a democracia brasileira, para o bem detodos, vemse desenvolvendoaolongodos anos. Reduziram-se as influencias das fraudes, dos votos abertos e decabresto, bemcomo caíram os critérios excludentes da massa, como renda, gênero e,porfim, alfabetização.Oresultado natural esperado em uma democracia amadurecida éque,mesmocom tamanhas articulações e artifícios de defesa da tropa minoritária azul, a maioria acabasse chegando lá, como fez. Assim como quando éramos crianças, assistimos, a precipitação de associaçõesde classes conclamando a união de seusmembros para defenderem-se contrao tal bicho-papão que, finalmente, havia conseguido chegar ao controle do país. Ainda bem que amadurecemos todos. Tanto as entidades privadas quanto as suas crianças ameaçadas cresceram. A turma da estrela, desde acampanha orquestrada, assumiu um vermelho discreto que deu lugar às cores da bandeira brasileira, inclusive tendo o azul como fundo. Iniciado o novo governo, é admirável a atitude madura do
grandelíder damassa desfavorecida de, tendo nas mãos o poder,não se virar contra os opressores em favor único dos interesses oprimidos que semprerepresentou. Maisainda,é louvável a atitudede esforçarse unicamente em favor do Brasil, convocando inclusive a turma do azul e suas entidades associativas paracolaborar grandemente,defato, com propostas parao Brasil como um todo.Questão quediz respeito a todas as cores. Comtal objetivocompartilhado, todos vêm se juntando em torno do foco social e das reformas absolutamente necessárias paradesenvolvermos o país. Reformas estas que,devidoao conflitodeinteresses, só sairão se todos, em favor do Brasil, deixarem de lado a sua cor. Neste ponto, sorte de todos nós que o líder sindicalistarespeitado mestrena composição deacordosnegociados dentre os mais conflitantes interesses - é quem está brilhantemente unindo todos em torno dessesvaloreseprojetos. Seaforçafaz vencedores,a concórdia faz invencíveis! Quem sabe ver, repara. A primeira, mais difícil e mais importante reforma de todas é, justamente essa, a queabre a cortina dopassado:a Reforma da Aquarela do Brasil. Esta pesada reforma,com sucesso,vem derrubando o muro lentamente erguidopelo tempo. Muro esse quefora pintado de azul de um lado e vermelho do outro. Em seu lugar, constrói-se hojeuma pontelarga sobreas tais fontes murmurantes. Neste novo ambiente político, somos todos observadores,participantes e,principalmente jovens. Eternos herdeiros dofuturo doBrasil, quefinalmente agorase tornaum presente. O presente de um novo tempo, não mais dominado pelo conflito entre vermelhoe azul,massim coma consciência coletiva de um destino compartilhado. Uma Nação, pintada uniformemente com duas cores vivas: o Verde e o Amarelo.
Rodrigo Proença de Gouvêa é secretário geral do Conselho Estadual de Jovens Empreendedores de São Paulo, da Facesp
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menos de 10%. Os juros caíram e o saldo da balança alcançou um inesperado US$24 bilhões. O último trimestre assinalou um tremelico no desenvolvimento daatividade industrial. E tudo isso (ou antes, apenas isso) foi o suficiente para lançar umaaragemotimista tanto no governocomoentre analistas, lideres da economia privada e a própria mídia. Essa reação lembra o que ocorrenosestádios quandoo timeperdedor,dependendo de virar o placar, acertaumabola natrave.Osufocoengendraum alívio que empolga os próprios técnicos. Asprojeçõese previsõesdeeconomistas que ocupam cadeiras numeradas valementretanto tanto quanto a dostorcedores das arquibancadas, comoatestam os erros positivos e negativos
do confronto entreos números previstos para 2003 pelos economistas e os que foram apurados. Na gestão política o governo comemorou aaprovação dasreformas previdenciária e tributária, partos da montanha que ainda não despejaram todos seus ratinhos. NoLegislativo permanece oproblemacapital da "governabilidade". O Executivo acirrou seu contencioso com o Judiciário,alémde temerariamente afrontar importantes segmentos das Forças Armadas com seu acinte a favor de guerrilheiros que combateram contra elas.
"Ares de irracionalidade" Li, nãolembroonde, alguém alegando queo "antiamericanismo" no Brasil está atingindo ares irracionais. Referia-se o opinante à questão da identificaçãodos visitantesdeTioSam quechegam ao Brasil exacerbada pela boçalatitude dopiloto da American Airlines, que tanto rendeuna semana.Aproveitou-seoepisódio, bemexploradopela mídiaemgeral, para se identificar um inexistente clima de antimericanismo no Brasil.
Bom senso prevalece Onde há o bom senso desaparece a irracionalidade.É lei da Física. À toda ação corresponde uma reação de sentido oposto e força igual. É a SegundaLeide Newtonse não me falha a memóriados aprendizados do "científico" (atual colegial), que fiz no Brasílio Machado da Vila Mariana na década de60. Os estadunidensesdevem conheceressalei universal. Sabem, com certeza,afinal jáforam à Lua, pretendem ir de novo e à Marte, segundo o sr. Bush.
Explicação Prefiro estadunidense. "Americanos" se refere a qualquer um nascido em qualquer uma das três Américas. Não é prerrogativa exclusiva dos do Norte. Mas eles se apropriaramcomo setoda aAmérica deles fosse. Vaiver queé.O leitor atépodeachar queo tom da coluna é parte do "antiamericanismo". Errado. Nada tenho contra os Estados Unidos.Jádisse issoaqui.Lá temgente boae ruim como em todo lugar do mundo. Inclusivee especialmente em plagas tupiniquins. É só usar o bom senso. Acontece que como houve oimpério inglês, o império espanhol, o império romano, e tantos outros, hoje háo impérioestadunidense,
inapropriadamente chamado de americano. Norte-americanoainda vai.E império sempre se torna excessivamente presunçosoantesde começar a decair.
Culpado
Ressalvado meu respeito aos Estados Unidos, o mesmo que eles devem à mim e a qualquer brasileiro ou cidadão do mundo,entendo que se há alguém criando no Brasil e no mundo um sentimento antiamericano (prefiro antiestadunidense) é o próprio presidente daquele país. Confesso de que de1960 para cá, quando comecei a "enxergar" o mundo, não tinha visto ainda um chefe de Estado daquele país que sejatão pouco carismáticoe provoquenosinterlocutores sensação de que é cínico, como o atual Mr. Bush. O pai, ex-presidente, mesmoerrando muito,tema personalidademais suave. Aparenta, ao menos.
Adver tência Fiquem alertasleitores. Não vaifavorecer aninguém criar nas novasgerações brasileirasum sentimento antiestadunidense. Não leva a nada. Omelhor é lutar pela igualdade, pela justiça, pelo respeito recíproco.János basta a ridícula rivalidade com os argentinos. Não que eles sejam santos,mas e aqui em plagastupiniquins, somos? Em que nos ajuda a rivalidade? A alimentar um sentimentonegativoe avibrar muito, mas muito, quando os derrotamos no futebol... O que é quase sempre em termos de Copa do Mundo.
No devido lugar Boaviagem, Mr.Dale.Subdesenvolvimento é uma coisa. Respeito e educação, é outra. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
A prefeita, de volta ao passado. Num Ford 29, em desfile de carros antigos. Página
briga de grandes. A sub-23 vence a Colômbia: 3 a 0. E está de olho na Argentina. Pág. 16
Publicidade no banheiro Colocados em lugares estratégicos, os anúncios em banheiros são uma novidade divertida. Que dá bom dinheiro. Página 9 Um cavalo na fogueira de Santo Antonio
A comemoração à espanhola do Dia de San Antonio Abad é uma aventura perigosa: enfrentar uma imensa fogueira. À qual até os cavalos não escapam. O pulo da fogueira em Valência, na página 10.
A carreira de Sueli Vieira e de outros personagens que souberam construir o sucesso em SP. Página 4
20 mortos no Portão dos Assassinos Homem-bomba detonou explosivos à frente do antigo palácio de Saddam, em Bagdá. Pág. 10
EYMAR MASCARO
Para combater a forte candidatura de Lula à reeleição, em 2006, os tucanos pensam em lançar uma chapa representativa formadapelos governadores Aécio Nevese Geraldo Alckmin. O ideal seria que 1 dos 2 fosse o cabeça de chapa e, o outro, candidato a vice. Faz tempo que Minas e São Paulo não convivem com tão boa sintonia como agora. O Ibopeda épocase encarregariade apontarqual dos2 governadoresestaria emmelhor condiçãoeleitoral deenfrentar Lula e outras forças de esquerda. O difícil será convencer 1 dos governadores a ser o vice. Alckmin já cumpre o segundo mandato de governador e não pode disputar uma nova reeleição. Aécio, não: tem direito à reeleição. Ateoria docafé comleite imperouno Brasilno inícioda República, quando começou a eleição de presidentes civis, depois de 2 presidentes militares, os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. O 1º civil eleito foi um paulista de Itu, PrudentedeMoraes. Seguiram-seoutrospaulistas:Campos Salles, de Campinas, e Rodrigues Alves, de Guaratinguetá. A partir de 1906 começou a eleição dos mineiros, sendo o 1º deles, Afonso Pena, o popular Tico-Tico, segundo a historiadora Isabel Lustosa.
A PIOR PERDA
José Sarney perdeu sua principalconselheira política, sua mãe, dona Kiola, que morreu aos 94 anos.
(IN) SEGURANÇA-1
As autoridadesde segurançaprecisam tomarvergonha, pois a população vai se transformando cadavez mais refém da bandidagem. O que aconteceu noRio Grandedo Sul, com omonstrotravestido de homem que matou e estuprou 12 meninos de 8 a 13 anos, foi a repetição de cenas registradas anteriormente em São Paulo.
(IN) SEGURANÇA-2
O monstro gaúcho chegou a ser preso depois de matar e estuprar o 1º menino. Libertado por ordem da Justiça e por seu advogado, o monstro matoueestuprououtros11 garotos. Em São Paulo, o maníaco do parque também foi presoe libertado depoisdeestrangular a1ªmulher.Solto, matououtras 11,todasestupradas depois de mortas.
REI DO MUNDO
Vitoriosocoma prorrogaçãodo impostodocheque, Lula viaja dia 21para a Índia convencido de que pode ter sucesso ao propor a criação de uma "CPMF"Mundial,para matar a fome no mundo todo. O assunto será tratado por LulanaÍndia enaSuíça,país que também serávisitado pelo presidente.
DOR PROFUNDA
Lula diz que é doloroso para ele demitir companheiros. Mais dolorosoainda éconviver com 13 milhões de desempregados.
VOA, LULA O aviãopresidencialque Lula está comprando,um Airbus especial, de R$ 180 milhões, tem até sauna.
SEM MISTÉRIO
Lula bateu o martelo e, salvo emenda de última hora,o PMDB ficamesmocomos ministérios das Comunica-
çõese Previdênciae indicará ainda os presidentes daEletrobrás e dos Correios.
COM FORÇA Foio presidenciável do PMDB, Roberto Requião, que conseguiu sustentar Lessa na presidênciado BNDES.Requião continuasendoo padrinhodeLessana gestão Lula.
SERPRO
A integração do PP de Maluf no governoLula sedará através do Serpro, Serviço de Processamento deDados. OPP vai indicar seu presidente.
LÍDER NO CONGRESSO
MiroTeixeiradeixao Ministério das Comunicações para o peemedebista Eunício Guimarães e ganha cargode consolo no Congresso: será um dos líderes do governo, em substituição a Amir Lando, que vai bater com o costado em outra freguesia.
MUDANÇA
Até o dia 25, dia em que a Cidade comemora 450anos de fundação, a Prefeiturade São Paulo jáestará instalada no centro,noprédio do antigo Banespa mascedidopara Marta Suplicy pelo Banco Santander.
CURIOSIDADE
Oprédio queservirá denova sede da Prefeitura deSão Paulo foi construídopara ser asede daIndústriasMatarazzo, da famíliaà qual pertence o ex-maridode MartaSuplicy, Eduardo Matarazzo Suplicy.
ALCKMIN
A exemplo da prefeita, também Alckmin pensa em transferir a sede do seu governo parao centroda Capital.Esporadicamente, Alckmin vem dando expediente numprédio comprado pelo governo, narua BoaVista, queserviu de escritóriodobanqueiro Olavo Setúbal. Alckmin pode pensar em retornara sede do governopaulista paraoPalácio dos Campos Elíseos.
O presidente nacional do PT, José Genoino, defendeu ontem que opartido dêlugar aoutras legendas na reformaministerial. "O PT pensa grande. Portanto, tem que ceder espaço para os partidos aliados. O que está em jogo é o sucesso do nosso projeto nacional", disse Genoino, que esteve em Nova Iguaçu, naBaixada Fluminense,parao primeiro ato políticodo partido voltado para as eleições municipais: olançamento doPrograma deGoverno Participativo do candidatopetista àprefeitura, deputado federal Lindberg Farias.
Diálogo com tucanos – A lar gada para as eleições foidada peloPT justamentena cidade em que o partido está aliado ao PSDB, legenda deoposição ao governo Lula, e enfrenta o PMDB, que passou a integrar a base aliada eganhará pelo menos dois ministérios.
Genoino defendeu o diálogo
com os tucanos: "Acho importante ogoverno terinterlocução com o PSDB, reconhecendo o papel de oposição, mas ter relações civilizadas".
Segundo Genoino, o PT buscará alianças já no primeiro turno, preferencialmente com os partidosaliados.Eledisse que temconversadocom o
presidente doPMDB, deputado federalMichel Temerpara que, nas cidades onde não seja possívela aliança,adisputa "não seja uma guerra". (AE)
Operíodode trabalhoextraordinário do Congresso começahoje às12 horas com uma pauta sobrecarregada, comuma sessão conjunta da Câmara e doSenado. À tarde, asduascasasrealizam sessões ordinárias não-deliberativas. A previsão é de que sejam apreciadas 25 matérias. Para avotação conjuntada Câmarae doSenado, oúnico item da pauta é a medida provisóriaque permiteaemissão de Letra deCrédito Imobiliário (LCI)por bancos comerciais, pela Caixa Econômica Federal, por sociedadesde crédito imobiliário, associações de poupançae empréstimo,entre outrasinstituições, desdequeautorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Habitação popular – O primeiro item da pauta na Câmara éa MP 133/03, que cria o Programa Especial de HabitaçãoPopular. AMP foivotada em dezembro do ano passado, mas, em razão de emendas feitas pelos senadores no projeto de conversãodo deputado FernandodeFabinho (PFLBA), aprovado na Câmara, a matéria terá que ser apreciada novamente pelosdeputados. Essa MP tranca a pauta de votações da Câmara e, somente após suavotação,osdemais itens da pauta poderão ser discutidos e votados.
A Constituição estabelece que todas as MPs são automaticamenteincluídas napauta das convocações extraordinárias. Na Câmara, há atualmente 27 MPs em tramitação. Os prazos de tramitação só são interrompidos durante o recesso parlamentar.
Prioridades – As prioridadesdo governona Câmara
para operíodoextraordináriosão aPECParaleladareforma daPrevidência(PEC 227/04)eas duasmedidas provisórias que estabelecem novo modeloelétricoparao País (MP 144/03 e 145/03) v eja matéria
A PEC paralela da Previdênciafoiaprovadaem dezembro pelo Senado e é resul-
tado de acordo que permitiu a aprovação integraldareforma da Previdência pelos senadores, evitando que o texto voltasseàapreciação daCâmara,oque adiariaasuaimplementação.
A proposta alteraa reforma daPrevidênciaem aspectos que beneficiam os atuais servidores públicos federais e es-
taduais; trabalhadoresdo mercado informal; deficientesfísicos;e aposentadose pensionistas com doenças incapa-citantes.
Transgênicos – Destac a-se napautada Câmara,ainda, o Projeto de Lei da Biossegurança,que estabelece normas de segurança emecanismosde fiscalizaçãodeplantio ecomercializaçãode produtos transgênicos,os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).
No Senado, além da demorada tramitação da reforma do Judiciário, seis projetos de lei estão incluídos na pauta da convocação extraordinária para votação, como o que altera o Código Tributário Nacional, a nova LeideFalências, eode proteção da Mata Atlântica, que havia sido incluído na pauta do fim de ano, mas foi retirado. (Agências)
As duas medidas provisórias que estabelecem o novo modeloelétricoparao País (MP 144/03 e 145/03) podem ser apreciadas durante a convocação extraordináriado Congresso. Umavai regulamentar setoreaoutra vaicriaraEmpresa de Pesquisas Energéticas (EPE).As duasMPs têmgeradopolêmicadesdea sua edição. O PSDB e o PFL entraram comações diretasdeinconstitucionalidade (Adin) contra as medidas e defendem mudanças no texto. A decisão sobre as Adin, no entanto,só deve ser conhecida em fevereiro, com o fim do recesso do Judiciário. OPSDB tambémprotocolou umareclamaçãopor des-
cumprimento de decisãodo próprio STF. Em 1999,o STF acatou uma Adin, a partir da qualficou decididoquematéria relativa ao setor elétrico não poderia ser regulamentada por MP. Já outros partidosde Oposição emesmo parlamentares da base aliada do governo apresentaram emendas para modificar o texto. Governodefende– O novo modelo, diz a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, foi resultado de um processo de reflexão e de troca de informações entreogoverno eosagentessetoriais. Para a ministra, é preciso definir claramenteas funçõese atribuições de todas as instituições do setor elétricoe do Ope-
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rador Nacional do Sistema e suas relações com os agentes. O deputado Fernando Ferro (PT-PE), que pode ser o relator de uma das MPs, disse que a iniciativa dogoverno éfundamental. "Nós vamos estabelecer um marco regulatório para estabilizar osetor.Nós achamos que essas iniciativasdão credibilidade para área". (Agências)
ERRAMOS O valor correto no Airbus ACJ, adquirido pela Presidência da República, é de US$ 56,7 milhões, e não como foi grafado no título "Presidente ganha avião especial, de R$ 56,7 milhões", na edição do dia 16, na página 3.
Hoje é dia de Copom
Se o BC continuar a sua atual política, o Brasil poderá, em breve, ser o campeão dos países que cobram as maiores taxas de juros reais do mundo. Página 6
Entidades com nomes parecidos com o da Associação
Comercial de São Paulo (ACSP) aproveitam o começo do ano para cobrar indevidamente anuidade dos seus associados. É o golpe do boleto, contra o qual a ACSP está agindo judicialmente. Saiba como defender-se na pág. 16
A guerra do camarão, na página 5.
Gasolina a R$ 1,70? Esta tentadora oferta pode ser uma armadilha! E mais: não se engane com velhos 0 km com cara de novos.
As cartas de Anchieta cruzam o Atlântico, trazidas pela Associação Comercial e pela Fundação Pateo do Collegio. Página12
Os aprendizes da Indiana Seguros retratam a cidade. Terceiro Setor, pág. 4
Dona Bélgica (centro) e os meninos craques do do baseball. Gente que faz São Paulo ser melhor. Pág. 14
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Entidades com nomes parecidos com o da Associação Comercial aproveitam o início do ano para cobrar indevidamente anuidade dos seus associados
A AssociaçãoComercialdo Estado de São Paulo(Acesp) voltoua atacar.Desrespeitando decisão judicial,a entidade continuaautilizarum nome muitoparecido como daverdadeira Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a enviar boletos de cobrança de taxa de anuidade aosseusassociados.
OInstituto Jurídico daACSP está tomando as medidas cabíveis contra a entidade.
Na decisão, o juiz da 1ª Vara Civil de São Paulo, Paulo Furtado de Oliveira Filho, determinou, entre outras medidas, aanulação doregistro da Acesp.Curiosamente, odespacho se deu no julgamento de uma ação de indenização por danos morais movida pela entidade que copia o nome da Associação Comercial, quealegou prejuízos àsuaimagem commatérias publicadasno Diáriodo Comércio d e nu nciando sua atuação.
Para contra-atacar,a ACSP ingressou com uma reconven-
ção –uma ação inversaproposta dentro domesmoprocessoonde éré–e saiuduplamentevitoriosa. Alémdojuiz negar o pedido de indenização, elegarantiuà ACSPousoexclusivo de sua denominação. "Saímos vitoriosos.Mas a Acesp não obedeceu a ordem judicial", diz o superintendente jurídico daAssociação Comercial de São Paulo,Carlos Celso Orcesi. Há muitosanos,segundo o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, Marcel Solimeo, entidades usam nomes parecidos com o da verdadeira Associação Comercialpara obtervantagens financeiras, por meio do envio de boletos de cobrança de taxas de anuidade,muitos dosquais pagos indevidamente pelos associados da ACSP. As entidadesatacam geralmente em janeiro, mês de recolhimento da contribuição aos órgãos de classe. Este ano, o InstitutoJurídicodaACSP já
recebeu várias ligações de associados denunciando o envio de boletos dessas entidades.São nomes como AssessoriaComercial do Estado de São Paulo (Ascesp) ou Associação das Empresasdo ComércioeServiço doEstado deSãoPaulo que cobram, respectivamente, anuidades deR$ 182,25 e R$
A dona de casa Lúcia Del Papa Rossi,de SãoPaulo, obteve liminarpara pagar oImposto Predial eTerritorial Urbano (IPTU) deste ano sem o reajuste de 8,5%. A liminar foi concedida pela juízaSimone Gomes Rodrigues Casoretti, da 8ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.É umadasprimeiras decisões sobre o assunto.
A dona de casa foi representada pelo seu filho, o advogado Carlos AlbertoDel Papa Rossi. Segundoele,a prefeitaMarta
Suplicy não poderia efetuar o aumento baseada em um decreto-lei, porque oajuste inflacionário só pode ser concedido por lei, comodetermina oartigo 97 do Código Tributário Nacional. "Não há como se imaginar que o aumento de 8,5% na base de cálculo do IPTUnão implique em maior desembolso devalores pelos contribuintes, oque é vedado pela Constituição", diz. Emsua justificativa,a juíza afirmou que "nenhum ato normativopode majorartributo,
ainda que sob o rótulo de atualização de valores" e que "o perigo de dano está delineado, diantedapossível açãofiscal com repercussõesnegativas para o contribuinte, no caso do não pagamento do imposto".
Os carnês de IPTU começama serenviadosaos proprietários de imóveis a partir de hoje. Quem pagar a vista, vai desembolsar menos em relação a 2003. Odescontodeste ano é maior, de 8,5%. Márcia Rodrigues
98,40. Curiosamente, na faturaapresentada porestaúltima constaatéum númerodeServiçode AtendimentoaoConsumidor (SAC). "Todos osempresáriose contadores precisam ficar muito atentos com essas entidades fantasmas", alerta Carlos Orcesi.O problema não
ocorre só nacapital,masem vários pontos do Estado,segundo informações daFederação das Associações Comerciais do Estadode São Paulo (Facesp).
O superintendente jurídico orienta os associadosda ACSP a não pagar os boletos e, se possível, enviá-los de volta ao ban-
Empresários, sindicalistas e representantes do governo reúnem-se hoje eamanhã, em Brasília, para tentar fechar um acordoem torno dostemas considerados polêmicos na reforma sindical: a possibilidade dehavermais deumsindicato representando uma categoria na mesma região, a representaçãosindicalno localdetrabalho e a forma de financiamento das entidades patronais e sindicais. Este será o último encontro do Grupo da OrganizaçãoSindical doFórumNacional do Trabalho (FNT). Na próxima semana, as propostas serãoapreciadas pelaComissão de Sistematizaçãodo FNT e, depois, encaminhadas à Plenária do Fórum, para que o texto final seja redigido.
A expectativa é de que o projeto de lei seja enviado ao Congresso em fevereiro e seja votado até julho.O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, já garantiu que a casa vai discutir a reforma sindical este ano. A trabalhista, ficou para 2005.
A CUT e a Força Sindical têmposições diferentesno que serefere ao fimda unicidade sindical.ParaaCUT,a
possibilidade de haver mais de um sindicatode determinada categoria por região permitirá aos trabalhadores escolher qual sindicatoosrepresentaria. A Força Sindical defende a manutenção da unicidade, mas a pluralidade nos âmbitos das federações, confederações e centraisé consensoentre as entidades.
Na questão do financiamentodasentidades, CUTeForça Sindical não divergem. Ambas queremo fimdo impostosindical – um dos três pagos pelos trabalhadores. Edefendem o financiamento por meiode uma mensalidade associativa, cujovalor seja estipulado por assembléia. As centrais querem ainda que um imposto sejacobrado de todosostrabalhadores beneficiados pelos contratos coletivos firmados. Já o governo quer que esta contribuição respeite um percentual limite, sob a alegação de que hácategorias formadas por grande número de trabalhadores e que podem gerar recursos excessivos. Sobrea representaçãosindical no local de trabalho, há resistência entre os micro e pequenos empresários. (Agências)
co e explicar que o pagamento não serárealizado pelofato de não conhecer a entidade e nem serassociadoa ela.Deacordo comCarlos Orcesi,aatuação dessasentidades podeser caracterizada como crime de estelionato.
Nãosó a Associação Comercial de SãoPaulo tem enfrentado o problema. Sindicatos e associações precisam ficar constantemente fazendo alertas sobre a atuação de entidades que, com nomes parecidos, confundem seus associados. O assessor da presidência do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP),José Constantinode Bastos Júnior,também orienta as empresas anão pagar tarifas cobradospor entidades dasquaisnãosão associadas. "Como não háutilização de nenhum serviço, nem vínculo, não há porque efetuar o pagamento", diz Constantino.
Criada comissão para garantir segurança nos estádios de futebol
Decreto publicadoontem no DiárioOficial da Uniãocria uma comissão paragarantir a segurança de quem freqüenta estádios esportivos. A Comissão Nacional de Prevençãoda Violência eSegurança nosEspetáculos Esportivos (Consegue), que será presidida pelo ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, terá entre suasatribuições propor medidas para reduzir os índices de violêncianos estádios, sugerirnormas eregulamentos e articular a ação dos diversos órgãos públicos envolvidos na segurança dos torcedores.
Segundo o ministro, a medida é mais umpasso na política iniciada com aaprovação, no ano passado, doEstatutode Defesa do Torcedor, com o objetivode aumentarapresença do público nos jogos de futebol e outros eventos. "Queremos que haja civilidade nosestádios e queo espetáculo esportivo sejaparatodos:famílias, idosos, mulheres",diz Agnelo. "Isso serábom para os clubes que, commaior público,terão também renda maior." OEstatuto doTorcedor procuragarantir umasériede direitospara opúblicoesportivo. O torcedor que compra ingresso para assistir a uma partida defutebol, porexemplo, tem, pelo Estatuto, direito a encontrar lugarno estádio e ter acessoa serviçoscomo sanitáriose transporte adequado. A lei exigiu também medidas para aumentara segurança nos estádios. Caso haja problemas de violência, os clubes podem ser responsabilizados senão tiveremtomadomedidas preventivas. (AE)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São
Requerente: Star Seating Comércio e Manuntenção - Requerida: Agril Administração Imóveis Comércio Ltda. - Rua Áustria, 39 - 25ª Vara Cível
Requerente: Produtos Alimentícios Orlândia S/A Comércio e IndústriaRequerida: Parmalat Brasil S/A - Indústria de Alimentos - Rua Gomes de Carvalho, 1.629 - 29ª Vara Cível
Requerente: Prisma Capas e Confecções Ltda. - Requerida: Pronto Wash do Brasil S/C Ltda. - Av.Paulista, 1.439 – cj. 141 – 12ª Vara Cível
Requerente: Luciana Almeida Rossler Pecci - Requerido: Self Tao Wicca Comercial Ltda.-ME - Rua Correia Salgado, 97 - 27ª Vara Cível
Requerente:
Por Dora Carvalho
Opresidente Associação Brasileira daIndústriadeHigiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João CarlosBasílio, éum dospoucos que falacomentusiasmo sobreumsetor produtivodo País. E não é para menos. Há trinta anos nosegmento, passoupor váriossolavancos da economia.À frentedaentidade, conseguiu reunira indústria para combater o temor das multinacionais,com aaberturado mercado brasileiroem 1992. Agoraé sóotimismo, já queo setor fechou 2003com um faturamento próximo a R$ 24,5 bilhões.
Como está o desempenho da indústria brasileira de cosméticos?
O setor cresceu 18% em faturamento em 2003,se considerados os números de janeiro a outubro de 2003. O resultado foimuitomelhor doqueoesperado, embora o País tenha passado por uma crise econômica tãoforte eque afetoutodos os setores.
Quais os próximos desafios?
No comércio exterior,não
resta dúvida de que somos ilustres desconhecidos. Masestamossurpreendendo omercadoeuropeu comprodutosdiferenciados. Não temos pretensão decompetir,mas queremos mostrar para o mundo os nossos óleos e extratos vegetais da Amazônia.
Quais os segmentos que mais estão se destacando?
A perfumaria e a indústria de hair care (cuidados comoscabelos)vem conseguindoexcelente desempenho. E, principalmente, com grandeprojeção no mercado brasileiro. Antes, eramos cópias do mercado internacional. Hoje,representamosinovação,já queomercado externoestá semnovidades. Lá, quando alguma indústria lança um novo princípio ativo na formulação, todos copiam. Nós temos o diferencial da nossa biodiversidade.
Como esse diferencial está sendo visto lá fora?
A indústria brasileira está apresentandotantas novidades... E o que é melhor, começaa terpersonalidade própria. Não somos apenas competitivosem razãodamãode-obra barata, como aconte-
cena China,temos criatividade e designde embalagens de alta qualidade.
Como o País começou a ser mais competitivo? A abertura do mercado brasileiro paraas empresasestrangeiras obrigoua indústria ase unir.Ou seríamos engolidos,como aconteceu com a Argentina e o México.Nossas exportaçõesatingiram acasa dos US$ 220 mi-
Inovação da indústria nacional de perfumes e cosméticos está relacionada à grande riqueza da Amazônia
supermercados e perfumarias estão sempre com novidades. Qual é o tamanho do mercado brasileiro e o potencial de crescimento?
Lambrusco Dell’Emilia Amabile R$11,50
Prosecco Di Valdobbiadene R$25,50
Frascati Doc Superiore R$15,50
Valpolicella Clássico Doc R$19,90
Chileno Caballo De OroValle Del Maipo
Cabernet Sauvignon
Português Arcos do Rei
Argentino Borgoña
R$12,50
R$12,50
R$9,90
Francês Bordeaux Appelation Controlée R$19,90
lhões. Exportamosdeforma pulverizada paramais de90 países.Apesardisso,cerca de 50% vai para os países da América do Sul. Mas ainda estamos na fasede conheceras leisdos outrospaíses enormas deutilização de formulações. Quais são as recomendações para quem quer exportar? Éum processocomplicado. Já que énecessário passar por vários tipos de cadastros, adequações às regras dos órgãos de saúde pública, além de passar por uma série deanálisesde matérias-primas. Existem uma série de variações entre os países daEuropa,porexemplo. Mas a primeira orientação que damos é a seguinte: proteja a sua marca. Registre a exclusividade da composição e de comercialização de produto. Como a entidade está se posicionando para proteger a Amazônia da exploração desenfreada?
Acabamosdecriar umadi-
retoria de meio ambiente na Abihpec. Não estamospreocupados apenas com asboaspráticas de extração dos recursos, mas tambémcomo queé feito com osresíduos industriais. Precisamos seguir as tendênciasinternacionais. Omercado externo exigeprodutos deorigemcertificada e garantia de preservação do meio ambiente. Também fomos nomeados para representar váriossegmentos da indústriabrasileira, como a alimentícia,para sermosconsultores do governo federal.
As empresas têm fama de não se preocupar com o meio ambiente. Isso está mudando?
As respostas paraasnossa campanhas estãosendosurpreendentes. Estamos saindo na frente. Veja o caso de sucesso da Natura. Só que somos um contrapontoparaa indústria deextraçãoda madeira, por exemplo. Enquantoeles querem extrair, nós queremos que fique lá. Quando alguns elementos da cadeia sãodestruídos, o meio ambiente como um todo é comprometido. E issoserá muitoprejudicialpara todos nós.
As prateleiras dos
Em 2002, fechamos o ano com um faturamentode R$ 21 bilhões, se considerarmos o preço praticado na ponta,ouseja, para o consumidor. Este ano, esperamos um incremento de, no mínimo, mais 18%. Existem no País 1.123 fábricas operando, segundoa AgênciaNacionalde VigilânciaSanitária (Anvisa).E o potencialé imenso.Pelo menos 96% da população compra sabonete e creme dental. Toda a população economicamente ativa compra algum tipo de produto para higiene pessoal. Mas a população reclama que o produto é caro... Estamos falandodeprodutos em que não há rejeição por parte do consumidor. O problema éo baixopoder aquisitivo da população. E o consumidor tem razão quando diz queo produto é caro. Oproblemaé que o nosso sistema tributário não é transparente. Quais são os produtos com as maiores incidências de impostos?
Pelo menos40% dovalor de um único sabonete é referente a impostos.No preçodocreme dental, 30% são impostos. Estamosfalandode umprodutode primeira necessidade. No caso de maquiagem, a carga tributáriaalcança os 75%.Naanálise das 20 maiores economias do mundo, nenhuma chega perto da distorção do Brasil. É preciso lembrar que higiene pessoal temum caráterpreventivo de muitas doenças, sem contar o importante cuidadocom o bem-estar da população. Esse quadrojáfoi muitopiornos anos 80, quando a incidência de impostos era ainda maior.
João Carlos Basílio foi o idealizador da primeira feira destinada à indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Em parceria com a Cosmoprof, feira internacional do setor, tornouse a segunda maior mostra no mundo desse segmento.
O Brasil já participou três vezes da Cosmoprof de Bolonha. No primeiro ano, levou apenas oito empresários. No ano passado, foram 24 empresas, dentre elas a Natura, a Nazca e a Embelleze. A Agência de Promoção às Exportações (Apex) acompanhou a delegação e deve ajudar o País a levar uma delegação de 32 empresas em 2004. O pavilhão Brazil Fragrances recebeu seis mil visitantes. "Com tanto sucesso, a imprensa internacional, que nos ignorou no primeiro ano, ficou curiosa
Divulgação
para conhecer as novidades do Brasil", brinca Basílio. O País está em sexto lugar no ranking mundial da indústria da beleza.
Dentro do mercado doméstico, os variados canais de venda estão tendo bons resultados, em especial o de venda direta e as franquias. O varejo ainda é responsável por
63% de tudo o que é vendido. Mas na categoria de cremes para o rosto, o setor de venda direta desova 65% da produção. Já as franquias são o segundo maior canal de vendas de perfumes, com 25% desse mercado e cresce cada vez mais, perdendo apenas para os de venda direta, que tem 65%. (DC)
Justiça amenizou efeitos de liminar que proibia a alienação de quaisquer bens da empresa no País. Intervenção na Parmalat pode durar mais de 120 dias.
Os interventores nomeados pela Justiçaparaco-administrara Parmalat estiveram ontem pela primeiravez na sede da empresaemSão Paulo.O advogadoespecialista emfalências Carlos Casseb e o administrador de empresas Alpoim Botelho, ambos apontados pelo juiz da 42.ª Vara Cível de São Paulo,Carlos Henrique Abrão,parao comitêdefiscalização da Parmalat, reuniram-se de manhã com membros da empresa, acompanhados de uma equipe de peritos.
O juiz abrandou hoje os efeitos de liminar concedida na sexta-feira, queproibia aalienação de quaisquer bens, móvel ouimóveis depropriedade da Parmalat do Brasil que não se destinem à atividade normal da empresa.Em maisum aditivo à decisão, que já havia sido ampliada na segunda-feira, Abrão liberou transferências, sempre que haja "justificação plausível",o queseráavaliado pelos três membros do Conselho Fiscal Judicial nomeados por ele. O juiz esclarece que, no que se refere à alienação de ativos daParmalat,a proibição "diz respeito àatividade lesiva aos credores, semrelação com o objeto social".
Ativos - Abrão também relaxoua proibiçãode aParmalat oferecer ativoscomo garantia para empréstimos, o que deve
facilitarum aportedosbancos credores para dar caixa àempresa. "A fiscalização judicial dá uma certa segurança para os credores colocarem maisdinheiro paramanter aempresa operando", diz um especialista queacompanha ocaso,acrescentando quea fiscalizaçãodo comitê é uma garantia de que novosrecursos nãovãosumir ou ser enviados para outras empresasdo grupono Brasile no exterior, ou para a matriz. Demissões- Apesar de reduziroimpactode algumas exigências, o juizdeixou claro que a fiscalização poderá resultar na demissão dos atuais gestores. Embora anomeação do comitê de fiscalização não seja uma intervençãoformal-onde os especialistas apontados pela Justiça passariama comandar a companhia no lugar dos gestores -, os administradores "podem ser afastados em caso de recalcitrância ou desobediência".
Ele determinou ainda, na decisãodeontem, quea atividade fiscalizadora docomitê retroajaa umperíodo de 90 dias, devendo os trabalhos prosseguirem pelo prazo mí-
nimo de 120 dias, podendo ser prorrogados. Abrão esclarece que a liminar poderá ser "revista, reduzida, ou ampliada".
Reunião - Ostrês membros docomitê estiveramreunidos a portas fechadas comAbrão, em seu gabinete, na tarde de ontem. Depois desse encontro, o escritório de Casseb informou que ele não daria mais entrevistas sobre a Parmalat.
AProdutos Alimentícios Orlândia entrouontemcom um pedido de falência contra a Parmalat no Fórum da Capital, reclamando o recebimento de R$ 181,9 mil em títulos protestados e não pagos. (AE)
Comissão de deputados fiscalizará empresa. Produção de sucos é suspensa.
Outilitário esportivoda linha Smartque aMercedesBenz produzirá em sua fábrica deJuiz deFora(MG), apartir do início de 2006, será chamadode Formore.OBrasil terá exclusividade naprodução do modelo e a base local será a primeira linhademontagem de produtos damarca Smartfora da Europa,passando aser responsável pelo abastecimento do mercado norte-americano. Apesar das especulaçõesde que a produção do Smart em Juiz de Fora representaria o fim dafabricaçãodo ClasseA no País, a Mercedes-Benz continua negando qualquer plano nesse sentido.Os comentários sobre ofim do Classe Abaseiam-se em sua baixa demanda no mercado brasileiro, de apenas 7 mil unidades/ano. Ociosidade - Com uma capacidade paraproduzir 60mil veículos/ano, a fábrica mineira operacomelevadíssima ociosidade, compensada em parte coma fabricaçãotemporária do ClasseC no Brasil (6mil unidades/ano), voltada exclu-
Divulgação
sivamente paraexportaçãoe queserásuspensa nomêsque vem, conformeanúncioda própria montadora.
A Merdedes-Benz divulgou ontem que pelo menos a metade das 60 mil unidades que serão produzidas em Juiz de Fora destinam-se ao mercado norte americano."Este éo modelo ideal para o lançamento da marca Smart no mercado dos EUA", dizAndreas Renschler, presidente da Smart Ggmbh. Estrutura - O Brasil abrigará a quarta linha de montagem do
FASHION – Uma das patrocinadoras da São Paulo Fashion Week, a Walita será a responsável pelos ferros de passar do evento. O toque fashion fica por conta do cor-de-rosa do objeto.
mundo de produtos Smart. Comonome Formore,amarca estaráseguindoalógicade denominaçõesque começou como"Forfour" dequatrolugares. Oprincípio básicoé dar nomes que tenhamligação diretacomo usodoveículo.A marca Smart surgiu de parceria entre a Mercedes Benze a suíça derelógiosSwatch,na décadade90. Asociedadenão deu certo e o carro só começou a vingar a partir de 2000, quando a Mercedes ficou só.
Alzira Rodrigues
ERRATA
Na matéria: "Aproveite os 450 anos para vender mais", publicada ontem, o nome correto da superintendente do Shopping Interlagos é Carla Bordon. Já os desfiles com as peças em liquidação serão realizados pelo ABC Plaza Shopping, nos dias 23, 29 e 30 de janeiro. No Shopping ABC acontecerá o Liquida São Paulo a partir do dia 23. Entre os dias 29 e 1º de fevereiro, será a vez da Liquida Mais. Ao contrário do que foi publicado na matéria "Venda de Água Mineral Deve Crescer 40% no Verão", no dia 06 de janeiro, o incremento de R$ 42 milhões no faturamento referese ao mercado nacional de águas minerais e não à empresa Nestlé Waters do Brasil.
O presidente da Câmara dos DeputadosJoão PauloCunha (PT-SP),aprovou,ontem, a criação deumacomissão de fiscalização e controle para analisar o caso da Parmalat. A decisão éresultado deum pedidofeito pelos deputados daComissão de Agricultura da Câmara, que estiveram reunidos à tarde tratando do caso. Os deputadosquerem esclarecer declarações do ex-contador daParmalatna Itália Gianfranco Bocchi de queuma empresa no País teria sido usadapara desviardinheiro da multinacional. "Isso é uma coisa que nos preocupou",afirmouo presidente da Comissão de Agricul-
tura, Waldemir Moka (PMDB-MS), após a reunião em queos deputadosouviram o secretário de Política Agrícolado MinistériodaAgricultura, Ivan Wedekin, sobre a crise deflagrada na Parmalat. Sucos - AParmalat Brasil deixou de produzir, ontem, sucosprontosnoPaís, coma paralisaçãodas linhasresponsáveis pela marcaSantal, concentradasna fábricadeJundiaí, nointerior paulista. A companhia considerou a paralisação normal, explicando que a fábrica atua sob o regime deescala de produçãopara atenderà demanda deseus clientes. De acordo com informações oficiais daParmalat, a produção de sucos deve ser retomada hoje. Recentemente, a mesmafábrica sofreuoutra baixa, na áreade biscoitos. Responsável pela produção da
Dunchen, a unidade deve voltar afabricarbiscoitos ainda nesta semana, segundo a empresa. A explicação é de que aparalisação sedeupara quea empresa pudesse zerar o banco de horasdos funcionáriosque operam nesta área. Empresas - Tanto aCarital do Brasil, apontadanas investigaçõessobreo escândalo financeiro na Parmalat como destino degrandes somasdesviadaspela ParmalatdaItália, quanto a Zircônia,também ligadaàmatriz italiana,sãoempresasativas noBrasil,segundo registro na Junta Comercial de São Paulo. No entanto, a Parmalat Brasil S.A., listada na BolsadeValores deSãoPaulo (Bovespa) e responsávelpelas operações alimentícias do grupono País,afirma não reconhecer as atividades de nenhuma das duas. (AE)
A Ford apresenta uma Ranger bicolor, a VW o Gol Special II e a Land Rover aposta no sucesso do Freelander
Compintura externaem duas cores, o Ranger "Two Tone" éa nova versão que aFord lança neste mês da picape RangerLimited. Disponível em três combinações de cores -preto Ebony com prata, prata Geada com cinza fosco e azulMônaco com prata -, omodelo apresenta acabamento em tonalidade diferente na parte inferior da carroceria, incluindo as laterais, portas e alargadores dos pára-lamas.
O motor é o Power Stroke 2.8 litro Turbo Diesel, com 135 cv de potência e 38,2kgfm de torque, equipado comturbo degeo-
metria variável(TGV). AFord Ranger Limited "Two Tone" tem preço públicosugeridopela montadora de R$ 83.110. Algo de novo no Gol Special II-Ainda queperdendo terreno, o segmento dos popularesé o "carro-chefe" daindústria automobilística brasileira.Por isso,sempre que podem, os fabricantes mexem aqui eali, colocam um detalhe a mais, uma cor diferente, uma outra lanterna ou tecido novo no interior.
Foio quea Volkswagenfez agora no líderde vendas do mercado brasileiro há 17 anos, o Gol Special GeraçãoII, que per-
menece inalteradoem suamecânica. A fábrica promete visual externoainda "maismodernoe atraente",compára-choque e grade dianteiraintegrados em únicapeça, exclusivamentena cor cinzaNaval, amesma dopára-choque traseiro.
A sobriedade ganhou espaço dentrodocarro comapredominânciado preto.Pára-sóisbipartidos comespelhos parao motorista e o passageiro são as novidades prometidas pela Volkswagen para a segunda quinzena de fevereiro.
Land Rover - Asvendasda marcaLand Roverem 2003representaram recorde para o modelo New Range Rover, além devolume significativodo novo Freelander, que chegou ao Brasilem novembro.
Volkswagen apresenta nova decoração no
pequenas mudanças para dar sensação de algo
ao consumidor
A empresa vendeu um total de 1.204 unidades no ano, sendo 857 do Defender, 161 Discovery, 117 Freelander e69 Range Rover. Novembrofoi omês queregistrou omaiorvolume de vendas de produtos da marca,com umtotal de 171 carros comercializados noBrasil. Aalta foiimpulsionada, principalmente, pelo Freelander.
Parece que inspirada nos antigos sapatos bicolores, a Ford traz uma Ranger de duas cores
ONew RangeRovertambém superou o objetivo ao encerrar o ano com 69 unidades vendidas no mercado interno, quando a expectativados executivosda empresa eraatingir ummáximo de 50 unidades.
Para2004, JohnPeart,diretor da Land Rover,destaca um significativo aumento no volume de exportações do modelo Defender para a América Latina. O veículo é produzido no Brasil desde 1998. "Já exportamospara a Argentina, Chile,Paraguai. Nossa meta é aumentaras vendas para estes eoutros paísesvizinhos", afirma o executivo.
Quando odia 25começar, não teremos só o 450º aniversário destaSampa que tantossentimentos inspira.A zerohoraretoma-se ahistória doautomobilismo no Brasil, com a largada para a 32ª Mil Milhas,em Interlagos. Oscarros vãopassar,facilmente, dos250 km/h, com pilotos vindos da Europa, atraídospelo charme de Interlagos, um dia já dominadopor corredores tupiniquins que,
mesmo correndoabaixo de 200 km/h, fizeram nascer nocoração brasileiro a paixão pelas corridas. Inspirados nas"Mille Miglia" italiana,Wilson Fittipaldi (paido Emerson)e Eloy Goglianocriaram as nossas Mil Milhas,com sua primeira largadano dia 24 de novembro de 1956. Os gaúchosCatarino Andreatta eBreno Fornari, "voando" numa carretera Ford 1940,ganharam a prova. Tudo parou por 25
anos, entre 73e 81, para voltar em 92, junto com os importados, queganharam todas. Masa épocadepredomínio dosnossos WillysInterlagos, DKW,1093, Simca, Fusca e carreteras é a que nos traz saudades de Interlagos e de seu antigo circuito. Ingressosde R$ 50 aR$ 250pelo Televendas: 3224.8009 e 3337.2529.
Ricardo Ribas
Depois do trabalho de renovação,Omega 2003 ainda mantém os seus principais atributos para enfrentar 2004
OChevrolet Omega foi submetido auma plástica,mantendo-se no topo de linha da Chevrolet e deve continuar assim em 2004. O modelo, australiano,está comum visual mais moderno sem perder a discrição. As maioresmudanças estão na dianteira e na traseira. E bastaassumir o volante para notar que houve um ganho de tecnologia. O carro ficou mais inteligente emrelação àversão anterior, particularmente no que se refere àsfunções do computador de bordo.
As mudanças naseção dianteira foram na grade trapezoidal enos faróis,complementadas pelo novopára-choque. Natraseira, lanternastriangulares de linhas retas invadem as laterais da carroceria. Deram ao sedã uma aparênciaagressiva eestilo limpo. Em nada lembra a geração anterior, de linhas mais arredondadas e comportadas.
A traseira mudou radicalmente. As lanternas retangulares que se estendiam atéa lateral deram lugar às de formato triangular. Parece um Vectra.A tampa do porta-malas ganhou vinco, conferindo-lhe maisrobustez. Além disso, rodase retrovisoresexternostambém receberamalterações. O motor do Omega foi o único que não sofreu mudanças. Ainda bem!Foram mantidosos mesmo 3.8 litros V6 de 200 cv de potência e o câmbio automático. O carro acelerade0a 100km/h em 10s e chega a uma velocidade máxima de 216 km/h, segundo dados do fabricante.
Conforto irreparável – O am-
ACABAMENTO
Sofisticação e conforto no interior do veículo
No interior, sofisticado e confortável, sente-se a ausência dos espelhos retrovisores com superfície fotocrômica (reduz a intensidade da luz automaticamente) que melhoram a segurança, mas foram descartados.
biente interno do Omega é aconchegante. O painel possui linhas retas esuperfícies metalizadas dandoum aspectomodernoe envolvente. O painelde instrumentosé completo.Todosos comandosestãoà mão.Ofreio de estacionamentocontinua estranho do ladodireito (lembrese: ocarro éfabricado naAustrália) e a abertura do portamalas pode serfeita por acionamento de botão localizado dentro doporta-luvas oupelo controle remoto.
O motorista conta com um volante detrês raios deboa empunhadura, ar-condicionado independentecom controleindividual, disqueteira para seis CDs, além de computador de bordo e cruise control (controle de velocidade - cruzeiro, em português).Ainda que se note o compromisso coma funcionalidade, seuinterior é extremamente agradávele transmiteuma boa dose de requinte.
O novo computador debordo, composto por três mostradores de cristal líquido, que executa 12 funçõese dáinformaçõesem português, é um dos pontos altos desse ambiente de sofisticação e alta tecnologia.
O importado de luxo da GM manteve seu porte com a dianteira que ganhou novo conjunto ótico e nova grade, que lhe garantiram uma imagem sofisticada
fortáveis contam com ajustes elétricos. O motor funciona suavemente, permitindo aos ocupantesdesfrutar do ótimo sistema de som.
Outra novidade, que não existiana versãoanterior,é oRear Park Assist (assistente de estacionamento, em português), acionado sempre que se engata a marcha à ré.O sistema apita
quando detectaum obstáculo, facilitando assim avida do motorista namanobra. Ospassageiros do bancode trás ainda contam com uma mesinha que se abre no meiodo encosto com espaço para dois copos. Ao volante – Dirigir o Omega é um exercíciode prazer. Os bancos de courograndes e con-
Nacidade, nem mesmo seutamanho incomoda.
Oconsumo,como eradese esperar,foialto, masdentrodo normal de um motor V6. A suspensão agradou. Oferece conforto e estabilidade.
Na estrada, o sedã também se comportoumuito bem.Oótimo desempenho domotor, apoiado pelo bomconjunto desuspensão,
fazo carrãocolarno asfaltosem sustos. O sistemade controle de cruzeiro éprático econveniente. Basta definir a velocidade desejada e curtir o passeio.
Motor: longitudinall, 6 cilindros em V, 2 válvulas por cilindro, 3.791 cm³
Potência: 200 cv a 5.200 rpm
Torque: 31 mkgf a 3.600 rpm
Direção: hidráulica variável, tipo pinhão e cremalheira
Câmbio: automático, 4 velocidades com três programações (Sport, Economic e Winter), tração dianteira
Suspensão: dianteira independente, MacPherson Freios: discos ventilados na dianteira e disco sólido na traseira, com ABS e EBD
Pneus/rodas: P215/60 R16 / 16x7 pol
Dimensões: 4,964 m (comp.) 2,01 m (larg.) 1,44 m (alt.), 2,78 m (entreeixos)
Tanque de combustível: 75 litros
Velocidade: 0 a 100 km/h em 10 seg.
Consumo (cid./est./média): 7,4 / 12,3 / 9,6
Preço: R$ 134.765
Fonte: fabricante
São Paulo, 21 de Janeiro de 2004
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Ao comprar o seu próximo carro, atenção para a reparabilidade. Você vai economizar. Veja como na pág. 3
Com o objetivo de analisar as perspectivasdo setor da distribuição automotiva, a Fenabrave conta com amploestudo realizadopeloICDPInternational Car Distribution Programme, instituto de pesquisa sediado em Londres que, entre abril de2000 emarço de2003, examinou a evoluçãoda distribuiçãode veículosem todaa Europa, tomando como base um modelo enxuto eorientado para o consumidor.
Trata-se do "Customer Fulfilment– ProgressonoCaminho", realizado juntoa diversas concessionáriasna Alemanha, Itália e Reino Unido, envolvendo também fabricantes,importadores, fabricantes de peças, oficinas independentes e outros. Este projetochegou auma medidaobjetiva de desempenho de sistema
de distribuição, considerando as mudanças que vêm ocorrendo no perfil dos concessionários e salientandoagama detécnicase ferramentas disponíveis para impulsionar as melhorias de processopara quese obtenhaa meta desejada em prol da expectativa do consumidor:"o certo,daprimeira vez, no prazo certo".
Neste trabalho,o sumáriode avaliaçãodesatisfação dosclientes sobre os serviços prestados aponta avanços, mas comprova que ainda há um bom caminho apercorrer nestadireção. O índicede satisfação de clientes na comprade veículos novoschegoua 48%naItália, 55%naAlemanha e52%no ReinoUnido.O setordepósvendas,quevem sendoumdos
principais focosde mudançado segmento, apresentaalto índice de satisfação na Itália, de 80%, caindo para 66% na Alemanha e para 64% no Reino Unido.
O estudo doICDP demonstrou, ainda,que tantoa produção como vendae pósvendadevem estardirecionados à demandado consumidor. A fabricação de veículos deve acontecer conforme operfil enecessidadedo cliente,evitandoa açãode"empurrar estoque". No setorde peças, experiências evidenciamque sistemas dedistribuição locais vêm sendobastante eficientes.A venda de usados também merece atenção quanto à fusão de informações sobreestoque disponível, para que seja possível melhorar o casamento dos veículos
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disponíveis com os requisitos do cliente.
Nesta direção,o concessionário continua evoluindo em tamanho e forma,entre grupos e os chamados"pequenos dealers solo". Esses,efetivamente, não estão com os diascontados, principalmentese adotaremas ferramentas etécnicas deconcessionária enxuta,que prevêo corte de custose processos que não levem àprestação de um atendimento eficiente para todos os clientes(o estudo"Customer Fulfilment" está disponível, com exclusividade para concessionários cadastrados,no portalTELA: www.tela).
Hugo Maia, presidente da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
Não se pode negar à "família" Gordini o pioneirismo das 4 portas em carro pequeno brasileiro. Começou com o Dauphine, em 1962 e foi até 1967, com o Gordini IV. No meio, o popular da época, chamado "Teimoso". Nas Mil Milhas, o 1093 sempre fez sucesso.
"Mantenha-se à direita, dê passagem ao Simca pela esquerda". Era o slogan do Simca, primeiro luxo nacional, que chegou em 58 na versão Chambord, nome de castelo do Vale do Loire, França. Sucesso no mercado e também em Interlagos, nas Mil Milhas.
Alzira Rodrigues
O seguro do seu "zero" mais barato que o do velho. O que indica isso é o índice de reparabilidade.
Ocustode consertodos carros desenvolvidos no Brasil a partir de 2000 caiu 40%, namédia, em relação aos projetadosna décadapassada. Porconta dessarealidade, modelos aindaemprodução, mas com plataforma dos anos 90, acabam pagando proporcionalmente mais segurodo que os lançados no século XXI. É o que constata estudo do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) sobre índice de reparabilidade em casos de colisão,que servedebase paraas seguradoras determinarem suas tarifas.
Para seter umaidéia daevoluçãotecnológica dosnossos produtos, ovalor dereparação do novo Corsa1.8 cinco portas, lançado em 2002, é 47% inferior ao deum Corsa 1.6MPFI com plataforma da década de 90. Isso gerauma diferençasignificativa para o cliente na hora de contratar oseguro. Noprimeiro caso, o prêmioequivale a 3,5% do preço doveículo. No segundo, o índice sobe para 6,3%. Outros modelos -O estudo do Cesvi aponta que a situação se repete nacomparação demodelos de outras marcas. O Fox 1.6 Mi, recém-lançadopela Volkswagen, tem o preço médio do seguro fixado em 4,36%. No caso do Gol 1.0 8V, esse índice é de 6,2%. O valor total da reparação doFox, segundotestes doCesvi, é72%inferior aodo Gol. O custo das peças é 76% menor e o da mão-de-obra, 57%. O númerode peçassubstituídas noFox éde apenas5. NoGol,
chega a 26.Na comparação do Focus com oEscort, ambos da Ford, os gastos de reparação caíram17%. Aquedachega a77% no caso do Stilo em relação ao Brava, da Fiat. Crash-test - Hásete anoso Cesvi Brasildesenvolve estudos sobre índice de reparabilidade de veículos emfase delançamento, para queas companhiaspossam utilizar este dado técnico na elaboração de suas tarifas. Tudocomeça comumcrashtest feito em pista própria, abrangendo impactos dianteiros e traseiros a15 km/h, que éa velocidade média que predomina nas colisões em área urbana. Apóscada impacto,osdanos são estudados e reparados na oficina modelo do Cesvi, em São Paulo. São avaliadasas dificuldades na substituição e reparação de peças, a intensidade dos danos e quais os itens avariados. Sugestões - Ogerentetécnico do CesviBrasil, SérgioRicardo Fabiano,explica quemuitasvezes asmontadoras acatamsugestões para reduzir os custos de reparação.Entre asnovidades implementadas pelaengenharia automotiva nos últimos anos, destacam-se osabsorvedores de impacto,feitos depolipropileno, po-
O Cesvi Brasil realiza crash-test em suas pistas de impacto, simulando colisões frontais e traseiras a 15 km/h. São testados todos os modelos em desenvolvimento pela indústria automobilística brasileira. Os resultados servem de base para as seguradoras determinarem os valores do prêmio e da franquia de veículos novos.
lietileno,policarbonato eoutros tiposdeplástico. Comoelessão encaixados entreo pára-choque e a travessa dianteira ou o painel traseiro,ésimples asuasubstituição após um impacto. Outra novidade é o crash-box, que poupa as longarinas no caso de colisão e também éde fácil substituição, uma vez que
Os absorvedores de impacto, feitos de material plástico, ficam na parte interna do pára-choque.
são parafusados e não soldados. Todos esseselementos reduzem a passagemde energia para as partes estruturais do veículo, diminuindo os danos e, conseqüentemente, os custos de reparos em caso de acidente.
"A própriaplataforma monobloco, que predomina nos carros atuais,auxilia naminimização dos danos",explica SérgioRicardo. Entreas vantagensdos últimos avançostecnológicos dos carros brasileiros, o gerente técnico do Cesvi destaca o menor número de peças afetadas e substituídas no casode colisão, o maior númerode componentes que podem serreparados, a redução docusto demão-de-obra e o menor tempo de reparo, com conseqüente redução do valor total do conserto e do seguro.
Nilva X. Santos
Gasolina, álcool ou diesel. Atenção! No próximo posto pode haver uma "arma" apontada para o seu carro.
Cuidado! Gasolinamuito barata, empostosem marca, chamado"bandeira branca", abaixo de R$ 1,70, cheira aencrenca. Muitaencrenca! Mesmo assim, ainda há quem abasteçaem postoscom estes "milagres", que tornam um inferno a vidado incauto. Isto vale tambémpara o diesele o álcool. Nadaescapa aosdesonestos no ramo,sejam donos de postos de combustível, distribuidoras ou transportadores.
À gasolinaadiciona-se diesel, querosene,solventes deborrachas, derivados de petróleo, álcool e até água, que também vai no álcool e no diesel, no qual ainda se coloca óleo lubrificante queimado e álcool. Cláudio Coelho, engenheiro da Petrobras, diz que algumas distribuidoras de combustíveisabusam esofisticam produtos utilizados na fraude. "Muitas vezes,só é possível descobrira contaminaçãoem laboratórios", garante.
Batidade pino - "Oconsumidor percebe seo carro foi abastecidocom gasolinaadulterada quando, ao acelerar, o motor emitirruído metálico(a popular 'batidadepino')ou houver irregularidade da marcha-lenta. Outrosintomade alerta é o forte cheiro que sai do escapamentodevido aosprodutos químicosadicionados àgasolina", diz Valmir Pereira, dono da AVP – Serviços Automotivos, há 28 anos no mercado.
Alémda adiçãodecomponentes químicos nos combustíveis,outrasvariáveis contribuem para danificar o motor, gerando destaforma umalto custo para o consumidor. Segundo ele, alimpeza de bicos injetores ea troca defiltro de combustível, em casos mais sim-
ples, custa em torno de R$ 160. Já em situaçõesextremas, queexijam retífica domotor, o preço sobe para cerca de R$ 2,5 mil, se for um popular.
Omecânico EdsonRoberto Tosin, quetrabalha noCentro Automotivo- Grupo Grau União, conta que é cada vez mais comum pegarmotor decarro apresentando alguns sintomas, como falhano motor,superaquecimento e perda de potência, causados pelo uso de combustível adulterado. Para esses casos, o procedimentoexigirá desdea limpeza dos bicosinjetores até a desmontagem do motor.
Óleo lubrificante - Marcelo Fontoura, engenheirode Produto da Petrobras,diz que além do combustíveladulterado,a aplicação incorreta do óleo lubrificante também prejudica o motor. Algunsóleos sãovendidos como novos, mas não são. "Oque estáhavendoé amesma fraude dos combustíveis", explica o engenheiro.Segundo ele, a formação de borra no motor tanto pode ocorrer com o uso do óleo lubrificante mineral quanto na aplicação do sintético. Em razão disso, recomenda-se a troca de óleo mineral a cada 5.000 km, enquanto o sintético pode ser trocado com até 20.000 km.Outro componenteligado ao bomfuncionamento domotor é o filtro de combustível. O técnicoem desenvolvimentode produto da Mann-Filter, Flávio Sureira Netto,comenta quea função dos filtrosespecíficos é a de isentar os combustíveis de qualquer tipo de elementos nocivos ao motor,tais como ferrugem, pó, borra etc...
Complicações - O proprietário do Ninim Reparação Automobilística, Valentim Campani Filho, comenta que a situação secomplica principalmente quandoo combustíveladulteradose misturacomo óleolubrificante e aindapiora se o motorista passardo períodode troca do óleo.Isso pode criar uma borra e entupir algum canal de lubrificação, causando sérios danos ao motor.
Segundo José Carlos Finardi,
do Centro de Automotivo Finardi, pode-se fazer a limpeza interna do motor utilizando uma máquina ligada no cárter e aolocal dofiltrode óleolubrificante. O produto não inflamável de limpeza aquece e faz uma retrolavagem da bomba deóleo, do cabeçotee das galerias. Dessa forma, dissolve todasas impurezas.Alavagem leva em média duas horas e o valor cobrado varia de R$ 300 a R$ 600.
"Uma filtragem eficiente evitará possível falha de funcionamento do motor, contribuindo paraaumentar adurabilidade debicos injetores,da bomba decombustível, eprincipalmente a vidaútil do motor", explica. A durabilidade dos filtros do combustível é recomendada emtorno de20 mil kmpara injeçõeseletrônicase 5milkm paracarros carburados.Mas tudodependerá daqualidade docombustível por elefiltrado, o que coloca emxeque qualquernúmero estabelecido. O valor para troca dosfiltros parainjeção eletrônica varia de R$ 20 a R$ 40. Já paracarros com carburador, o custo é menor. Algo em torno R$ 10 a R$ 25.
Qualquer desavisado que seja colocado diante de um bloco de motor atingido pela borra formada em função do combustível adulterado vai se assustar pensando estar diante de uma peça usada em filme de terror ou ficção. Basta prestar atenção nestas peças apresentadas no DCarro, de fotos de um veículo 99, com 35 mil km, feitas na AVP - Serviços Automotivos . Este é um problema que não assusta mais aos mecânicos, quer sejam de sofisticadas oficinas de importados caríssimos, ou de nacionais populares, movidos a álcool, gasolina ou diesel. A bandidagem da adulteração não perdoa nada e ataca aqueles que, pensando estarem encomizando ao pagar barato na boca da bomba, acabam usando combustível batizado e tendo que pagar altos valores para ter o motor do seu carro recuperado
O coordenador do escritório da Agência Nacional de Petróleo de São Paulo (ANP), João Ubaldo Dantas, dáalgumas dicas ao consumidor sobrecomo diminuir os riscosde abastecer com combustível adulterado.
Primeiro, desconfiede preços abaixodo mercado,principalmentese foremmantidos pelo mesmo estabelecimento por longo tempo.Procure abastecer empostos debandeira conhecidae sempreno mesmo local. Também é fundamental pedire guardara nota fiscalpara seprevenir contra eventuais problemas.
O primeiro passo a ser dado pelo consumidor que vier a ter o seu veículo afetado por combustível adulteradoé juntara nota fiscal (se abastecer sempre no mesmo posto)ao laudo do mecânico quecomprove danificações aomotor devidoà adição de produtos químicos. De posse desses documentos, a pessoa temde procurar o Procon oualgum outroórgão
de defesa do consumidor para receber orientações sobre qual o melhor procedimento a tomar. O consumidor pode denunciarsobre combustíveladulterado à ANP pelo site www.anp.gov.br ou pelo telefone 0800900267.
Maior oxidação - Henry Joseph Junior, conselheiro da AssociaçãoBrasileira deEngenharia Automotiva (AEA) e engenheiro daVolkswagen do Brasil, explicaque aqualidade de produção de combustível no País éboa, estando muito próxima ao que é oferecido hoje homercado internacional. Oproblema, segundoele, éa formafinalcomo chegaao consumidor.
"Agasolina adulteradaafeta qualquer motor, desde os mais velhinhos atéos zero-quilômetro eimportados. Coma adulteração, a oxidação da gasolina pode intensificar-se e criar rapidamenteborra dentro domotor, entupindoa passagem do combustível".
Por causa do baixo poder aquisitivo do brasileiro, quatro modelos sobrevivem com design defasado
Quatro modelos sobrevivem no mercado brasileirograças aobaixo poder aquisitivo do consumidor. A inexistência de eficientes sistemas de financiamento levam o consumidor a comprarcarros com carrocerias totalmente defasadas, quejá foramsucedidos no mercadopor modeloscom desenhos bem mais modernos.
MOTOS/PRODUÇÃO
São produtos que efetivamente custammais barato,porém têmcusto proporcionalmente mais elevado deseguro, por terem sido projetados na década passada (ver pág. 3).
Sem indicação se a carroceria é velha ou nova, deve-se ficar aten-
Todos esses automóveis foram remodelados e aversão nova já está à vendahá muito tempo, mas as montadoras mantiveram a anterior emlinha para poder oferecer ao brasileiro um produto com preço menor.
to para nãocomprar gato por lebre. Modelos das quatro principais montadoras do País têm o mesmo nome como design antigo e o mais atual: o Ford Fiesta, o VolkswagenGol, oChevrolet Corsa e o Fiat Palio.
Há casos, entretanto,que ver só o lado externo do veículo para saber se vocêestá comprando o modelo novo nãobasta. A parte velha pode estar por dentro.
É o caso doGol City: quem olha o carro por fora vê que ele é idêntico ao modelonovo, o da Geração 3. Maspor dentro a montadora ainda usa o painel do modelo antigo, da Geração 2.
Trêsgerações numcarro - A Fiat Automóveisusou amesma estratégia com oseu carro mais vendido no País, o Palio. Lançou o modelo novo em novembro do ano passado emanteve a carroceria velha na versão Fire.
Ointerior docarro, noentanto, continuao doprimeiro
Maisde 848,3mil motosforam colocadasno mercadointerno em 2003, volume que confirmou a expectativa dos fabricantes e quesegue rumo ao objetivo de produção de um milhão de unidadesno Brasil. A meta deve ser alcançada ainda este ano, segundo estimativa do presidente da Abraciclo,Yuji Horie. Oexecutivo prevêcrescimento de 11%em 2004, atingindo-se umaproduçãode 1.050.000 unidades, das quais 940 mildestinadas aomercado interno e o restante ao externo. As vendas domésticas, em 2003, cresceram 7,1% em comparação ao anoanterior. As exportações deram um salto de 47,6%,atingindo 100.440unidades. Aprodução passoude 861,4milpara954.620, com acréscimo de 10,8%.
Líder - AMoto Hondada Amazônia, líder de mercado com 86% de participação, teve vendas ampliadas em 7%. Ao todo, colocou 729.678unidades noatacado, ante 682.395em 2002. As exportaçõesda marcaapresen-
taram percentual de crescimento ainda mais significativo, totalizando 87.393motocicletas no ano passado, 46,8%a mais do que no anterior. Entre osmodelos comercializados no Brasil, a CG 125 Titan continua sendo a preferida dos consumidores, respondendo por 55% do total vendido pela Honda nomercado doméstico.As vendas da Streetatingiram 403.291 unidades,vindo, naseqüência,a C100 Biz, com 147.603, e omodelo NXR Bros, com 88.863 unidades, incluindo as versões 125 cc e 150 cc. Jáa listade modelosexpor-
tados éliderada porduas motocicletas fabricadas exclusivamente para venda em outros países: as CRF 150F e CRF 230F, ambas destinadas a competições. A primeira, quetem maior demanda em países como os Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia,atingiu 17.557 unidades. Da versãoCRF 230F, foram exportadas 16.175 no acumulado de 2003.
Com uma linha de 12 modelos, dosquais novesão produzidos localmente e três são importados, a Honda tem planos para continuar em expansão este ano.
No Gol City, o painel é do modelo antigo, da Geração 2.
Palio, sendo só o painel do novo modelo. Em resumo, veja como ficou o PalioFire 2004: carroceria dasegunda geração;interior da primeirae painel da terceira geração. Existe ainda umaversão do
Palio Fire com carroceria velha e painel antigo. Essa versão foi retirada de linhacom a chegada do modelo novo, mas o mercado ainda tem estoquedo carro, ao preço de R$ 15,8 mil (veja tabela à esquerda).
Meriva e Zafira, a Chevrolet domina este segmento
Com doismodelos monovolumes, o Meriva e a Zafira, a General Motors manteve a liderança nosegmento, emplacando 30.092 unidades em 2003. Sua participação ficou em 36,6%, o dobro dosegundo colocado, a Honda, que deteveuma fatia de 18,3%. O Meriva é líder absoluto no segmento, dominando 25,9% das vendas internas. Lançado em 2002, esse modelo ganhou a versão Flexpower(álcool e/ougasolina) em novembro, o que pode contribuirpara incrementar
ainda mais asua demanda, segundo avaliação da GM.
Outramontadora quedivulgou balanço na última semana foi aVolkswagen, queconsolidou em2003 a suaposição de maior fabricante de veículos do País. No total, produziu 470.143 unidades, sendo412.411 automóveis, 28.786 comerciais-leves, 22.674 caminhões e 6.272 ônibus. A marcatambém foi líder em exportações,alcançando o recorde de 166.448 veículos vendidos em mais de 20 países.
Várias exposições defotografias mostram bem a evolução deSão Paulo, deuma pequena e modorrenta cidade habitada por negociantesde varejo, algumas indústrias pequenas e estudantes da Faculdade de Direito, namaioria poetas, tantoquanto dedicadosàsmatérias docurso.São Paulo eranada, comocidade, e ninguém poderia prever, nem mesmo com donsdivinatórios, o que seria esta cidade, dentrode 450anos, agora em fase de comemoração. Pois dentreas cidades grande do mundo, São Paulo é uma delas, batendo Nova York, e ficando abaixo de Tokyoe México,queregistram alguns milhões de habitantes a mais. Capital industrial, freqüentada diariamente nos seus múltiplos hotéis pelos turistas de negócios, é campo propício para os investimentosemfábricas detodoogênero, de casas comerciais, cadaqualmais bemdecorada para atrairclientela, eoutros ramos de negócio, que o paulista é, por excelência,o homem de negócios. Tudooque vemos,tudoo que presenciamose nosempolga, temapenas 450anos. Começou num colégio de pe-
quenas proporções e numa capelinha ao lado, para o cultoa Deuseseus santos,pelos padres daCompanhia deJesus, para aqui enviados pela corte de Lisboa,por se tratar deroupetas disciplinados, fiéis ao pontífice romano e dotados de estudos longos e profundos, que faziam de todosexemplares admiráveis do ensino. São Paulo é obra de padres jesuítas,debrasileiros aqui nascidos, de bandeirantes, de imigrantes, de estrangeiros que sebandearampara a Paulicéia, afimdeganhar mais do que em outrasplagas. Mereceos festejos com que estamostodos comemorando essa efeméride única na história do nosso país. Nenhuma outracidade oferece oqueSão Paulooferece,em qualquer sentido que se queira num confronto urbanístico. O seu brasão de armas diz tudo, poisSãoPaulonãoé guiado, guia. Honra, pois, aosquefizeram estacidadee lhe deram o título de primeira da nação.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Kretly
Paulo
A globalização torna os mercados cada vez mais competitivos eclientesmodernos mais exigentes e sedentos de novidades e opções. A empresa que sempre sai na frente nesta disputa é aquela que seadapta a este novo cenário epassa a oferecerprodutos commaiorqualidade e a preços mais competitivos. Dentre as medidas que podem ser tomadaspara alcançareste objetivo, encontra-se aprática de gerenciar projetosdeuma formamais profissional e planejada. Quando efetivamente chega ao gerenciamentodo projeto, o desafiopara a maioria dos indivíduos ou mesmo das corporaçõesnão édecomo gerenciá-lo, mas como equilibrá-lo com as demais tarefas e compromissos que demandam tempo.
A gestão de projetoé um processo defundamental importância para uma organização sedestacar nomercado e desenvolver habilidades funcionais no dia-a-dia, como:
1. Implementarfacilmente os quatro passos do processo de Gerenciamento de Projeto, que se resumem em visualizálo, planejá-lo, implementá-lo e finalmente encerrá-lo;
2. Elaborar claramente o escopodoprojeto quereflitaos interesses dasprincipais partes envolvidas;
3. Quebraroprojetoem partes controláveis para a criação do planejamento;
4. Garantirqueadecisão "go or no-go" seja feita duran-
te o processo; 5. Coordenaraequipesemanalmente e diariamente; 6. Encerrar projetos avaliando os sucessos atingidose identificando melhorias futuras. A partir da gestão, são claros os benefícios gerados para sua organizaçãoe aqualificação da corporação no mercado competitivo. Assim, a empresaque adotouo modelo de gestão de projeto adequado ganha característicade visionária, estando preparada para perceber os problemas e riscos que possam vir. Além disso, sofrem mudanças significativas na redução de gastos e tempo:
7. Reduçãodocustopor meiodo melhorplanejamento, menos retrabalho e gerenciamento hábil da equipe; 8. Menostempogastonas tarefas, melhorandooatendimento ao consumidor, a produtividade dos funcionários e a competitividade no mercado; 9. Melhor uso do tempo dos colaboradores,que, automaticamente, podem contribuir em novas tarefas; 10. Fortalecimentodacooperação da equipe e dos envolvidos; 11. Maiorcontroledoprogresso do projeto; 12. Foco certo no projeto no momento certo; 13. Identificaçãoantecipada dos problemas potenciais; 14. Redução detempo e dinheiro retrocedendo e refazendo um plano Paulo Kretly é mestre em Administração de Empresas
Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP 01014-911
O americano que desembarca no Rio, epassa por uma fila de horas para ser fichado, deve ficar perplexo quando ao término do processo, antes de entrarnacidade, recebeumarosa,um brinde da joalheria Stern, outro da Varig e uma declaração de amor: Rio loves you Unspensarão quesetratade sado-masoquismo, outros interpretarão a acolhida como confirmação dequeestãoentrando no país do carnaval... Paraosque aquivivemos,a coisa mais separece com as chanchadas característicasdas novelas deTV.Do pontode vista literário,os episódiosdo desembarque lembramfatos do surrealismo kafkianonarrados n’O processo. Mais seriamente, trata-se de uma seqüela decorrenteda "Constituição
dos Miseráveis", queaodesenharo novoEstado brasileiro foiincapaz de deixar claro na suadivisão dospoderesquem manda noque.Pois nem membrosdo Judiciário, nem do Executivo são capazes de interpretar consensualmente o que podeme oque não.Vejamos.
Umjuizfederalde Mato Grosso (podia ser qualquer outro, de Caixa Prego,por exemplo)achaquelhe cabe decidiro queexigir deamericanos que querem entrar no Brasil,aíincluídaa cidade de São Sebastiãodo Riode Janeiroetodasas outrasdoPaís,e decretao "fichamento dos gringos" por"reciprocidade". AprefeituradoRio nãoconcorda. Umdesembargador também discorda e suspende o
Milton Bigucci
2
003não foiumgrande ano para a construção civilnopaís.Aliás,já não tem sido há muitos anos. O IBGE informou que 2003 foi o piorano dos últimos 13 anos. Aconstruçãocivil voltou anúmeros de1991. Parece que a moradia não se tratade umanecessidade básicado cidadão,emborarepresente15,5% do PIB nacional. O carro é mais importante. Senão vejamos. Baixamas vendasde carros, o governo reduz o IPI para baixar os estoques. Baixam as vendas de moradias o governo aumenta os tributos, PISde 0,65%para 1,65%, Cofins de 3% para 7,6% sem cumulatividade etc etc. Conseqüência, a moradiaficamais carae mais distantedo sonhodo brasileiro.
Emboraa construção civilrepresente15,5% do PIB, como dissemos, ela emprega no mínimo três vezes maisque aindústria automobilística, empregandomuita população sem qualificaçãoe nãorecebe a mesma atenção. Nada contra o automóvel, pelo contrário, acho-o importantíssimo na vida moderna,porémmoradia é necessidade, é dignidade, é autoestima, écidadania. Perderam-semilhares de empregos em 2003 e a construção civil paga tributos perto de 45% do seu custo. Sópaga menosque o fumo e o álcool.
O grande déficit habitacional (6.600.000 moradias) está na faixa de renda de3a5 saláriosmínimos (91%)sendo 83,4% até 3 salários mínimos, e é aí onde menosse constrói,pois se não houver subsídio governamental não há como atender essa população carente. Grande parte dessas pessoastem rendainformaleé precisocriarum
plano nacional para a solução. Nãoexiste nopaís um plano nacional de habitação.Existe apenas liberação de verbas emergenciais paraamenizar oquadro. Se o governoconseguirfazer com que construir habitação dê mais lucro do que aplicar em jurosnomercado financeiro, comcerteza haverá saída.
O déficit aumenta ano a ano, pois se financia bem menos do que o volume de jovens que são inseridos na sociedade. No inicio da década de 80, do milagre brasileiro, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimofinanciou emtornode 600 mil casas/ano. Nestes últimos anos financiou-se apenas 50 mil/ano. Vejam o absurdo. Falta decisão políticapararesolver esse grande problema do país. Queda derendadapopulação em torno de 10% em umano, crescimentodo PIB perto de zero, quem conseguiu sobreviver em 2003 é herói e com certeza vai ganhar em 2004 por sua competência. O Brasil está com a economia"represada" e com certeza os númerosserão melhores em 2004. Tomara que não se trate apenas de uma "bolha", que seja um desenvolvimento sustentado, onde haja emprego e melhoria da renda individual. Aconstruçãocivil, cansada de apanharem 2003, estáotimistapara 2004. Abaixade jurose a inflação controlada nos fazem crer que teremosum ano melhor. Essascondições criam um clima positivo quecontagia apopulação. Com o quadro de expectativa positiva atual, se o governo não atrapalhar, a construção civil deslancha. É o que esperamos.
Milton Bigucci é conselheiro vitalício da ACSP
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fichamento por uma liminar. A Secretaria de Turismobate palmas eorganiza, coma adesão de entidades privadas, a declaração de amoraos fichados. Aí vemuma portaria interministerial (sabe-se lá como isso funciona) assinada pelosministros daJustiça edas RelaçõesExteriores, no sentido contrário.(?!). O presidente do Brasil propõe ao presidente dos EUAqueparemcoma brincadeira. EBush adotando o mesmo estilo brincalhão empurrou de barriga, dizendo que vai pensar no caso. Não é deadmirar a resposta deBush,pois láa medida foi tomada por lei.Ademais, o estiloda "bonezada"e da"pedalada",lançado por Lula para governar,parece estar gozando degrande aceitaçãointer-
nacional pelos políticos, como forma de tratar questões intratáveis. Como a Alca, transgênicos, subsídios agrícolas e até compra e venda de camarões. Há duas conclusõespossíveis.Uma ranheta,dada por De Gaulle (também a propósito de camarões) de que o Brasil n’estpasum payssérieux. Outra, mais jovial e de acordo com osfatos,de queomundodeixou de ser sério. Vive la bagonce – proclamava umfrancês que seradicara noBrasil. Rio loves you...– e"pau-de-chuva"para Kofi Annam…
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? – Um depoimento (Editora Senac) e-mail: bdebarros@sanet.com.br
A voz e a Casa do povo Vox populi, vox Dei ,se diz desde os romanos.A vozdo povo é a voz de Deus. No Brasil, em termos políticos, a voz do povo é o Congresso Nacionale nemsempresenotaa presençado Criadornas ações e atitudes dos representantesda populaçãobrasileira. Nota-se sim, com freqüência, a utilização de poderesmaioresdo queosdoscidadãos comuns, porparte de políticos, paraauferir vantagensde caráterpessoal,grupaloufamiliar.Nãosou um crítico gratuitodoLegislativo. Ao contrário, em meu entendimento e formação, sem contar aexperiência dejá 30 anos de jornalismo político (já deveria ter aprendido dirá o leitor...) o Congresso é de fato um poder que concentra a maior riqueza multicultural do país e precisa ser preservado,estimulado ereeducado para servir mais ao país. Pode e temobrigação deagir nesta direção e não apenas de forma corporativa. Mulher de César Socorro-me novamente dosromanos.Diziam quea mulher de César, além de ser honesta, tinha que parecer honesta. Omesmo seaplica ao Congresso. Eporextensão às Assembléias Legislativase Câmaras Municipais. Os nossos parlamentares, além se serem honestos e trabalhar com dignidade, precisammostrar issoemações concretas.A imagemquese tem do comportamento político é muito ruim no Brasil. Adespeito dasdeficiências daimprensa, não é válido admitir que essa imagem ruim do Legislativo decorre só de críticas. As críticas vêm em cima de fatos e atos. Pode haver um despreparo aqui, um exagero ali, por parte da mídia,mas namaiorparte
das vezesestalimita-se a mostraro queosparlamentares estão fazendo.
Ressalva
Que fique claro porque sempre digo isto, o Judiciário éumpoder maisherméticoe desconhecido do que o Legislativo. OExecutivoéineficientee excessivamentepoderoso. O sistema político brasileirona teoriaémoderno, na prática é subdesenvolvido política e culturalmente. Assim, o foco no Legislativo é até o mais fácil de fazer, mas é de onde também pode sair sempre a melhor solução para a maioria. Desde que não se trabalhe com osolhos voltados somente para o umbigo.
Não ajudam Os congressistas são um espelho, umcortetransversal, mostrandoo perfildasociedade brasileira. Receber cerca deR$50 milnumaconvocação extraordinária, por exemplo, e não comparecer à abertura, étípico da cultura brasileira. Osparlamentares nãoajudammuitoa melhorar sua imagem. Eisso só vai mudar quandoatravésda educação forelevadoo nível médiode culturaeeducação da população brasileira. Por ora, em toda suagrandeza - e achoisso -ariqueza ficaapenas na multidiversidade e não em seu uso afavordosinteresses maiores da população. Educação O candidatoa cargoeletivo no Brasil precisa melhorar seu nível.Comoele éprodutodo meio, a massa eleitoral (e os nãoeleitores também)precisa elevar seu nível de conhecimento e cultura para se tornar a massa mais exigente e o parlamentar mais produtivo. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
Eradomingo. APolícia Federal acabava de prender mais de100comunistasqueparticipavamdeumCongresso clandestino doPCB. Quem entrava noprédio da PFnão sabiaquemera tira,delegadoou comunistadetido. Gente ia prá lá e prá cá, tal era o rebu que dominava o ambiente.
Lá pelas tantas, ouviu-se num canto de uma das salas um diálogo curioso, mas repleto de sabedoria política. Um delegadodiziapara umvelhocomunista que,salvoerro de memória, era Moisés Vinhas.
– Se eu fosse o governo – dizia o delegado – mandava todos vocês, comunistas, para o paredão. Vinhasouviatudo commuitaatençãoe,depois das ameaças do delegado, puxou pela memória, criou coragem e sapecou, na fuça do policial: – Pois eu, não, doutor. Se eu chegar ao governo vou usar todo o know-how do senhor para proteger o meu regime. O senhor acha que nós, comunistas, iríamos jogar fora todo o know-how quepoliciais,comoosenhor,adquiriramao longo da profissão?
O delegado sorriu, deu um tapinha no costado de Vinhas, colocou a barba de molho e foi em frente.
CENSURA
O diálogo que ocorreu entreopoliciale Vinhas, há mais de 15 anos, precisa serlembrado, agora, porque as tricas e futricas de Brasíliatrombeteam queo PTpoderessuscitar aLei da Mordaça, que é um pito naImprensa.A Leida Mordaça já foi aprovada na Câmara e dorme, hoje, numadas comissõestécnicas do Senado.
DOMÍNIO
O PT não precisa se socorrer da Leida Mordaça para controlar a imprensa.O PT domina o baixo clero nas redações (leia-se reportagem), emboraa cúpulados jornais tenha se travestido de tucano. Mas, o PT é inteligente e sabe que quem faz o jornal é o repórter que leva a notícia para as redações.
RETA FINAL O encontro deontem de Lula comos ministrosJosé Dirceu, LuizDulci, Luiz Gushiken e Antônio Palocci foi o derradeiro para bater o martelo na reforma ministerial. O anúncio está na boca do gargalo.
OPORTUNISTAS
Toda vez que o contribuinte é obrigado a custear assessõesextrasno Congresso, um grupo de deputados,sobretudo do PT, convoca a Imprensa para condenaros saláriosextras, prometendo devolver o dinheiro aos cofres da União ou fazerdoação para entidadesassistenciais. Tudo lorota.
ANCHIETA
AACSP,seu presidente Afif Domingos e diretoria entram, definitivamente, paraa história política de São Paulo,com ainiciativa inédita de trazer ascartas originais deJosé Anchieta. A iniciativa faz parte da programação de festejos em comemoração aos 450 anos de fundação de São Paulo.
PRETO NO BRANCO
Na campanhade governadorde86, oempresário Antonio ErmíriodeMoraes fezuma declaração bombástica,que arrancou suspirosde unse indignação de outros. Candidato do PTB, Ermírio acusou o Brasilde ser"o paraísodos safados". Ontem, veio a notícia da Itália de que um diretor da Parmalat mandou a polícia procurar no Brasil o dinheiro desviado de lá.
Bittar/Reuters
ÓCIO
Depois de bolar o Imposto do Cheque Mundial para matar afomeem todosos países, Lularesolveu fazera noite do pagodenaGranja do Torto, emitindo um conviteespecialparao governador roqueiro Aécio Neves. O pagodeiro da hora era Zeca Pagodinho.
TROCA-TROCA É porisso queos deputados e senadores não querem a reforma política. De 2002, até hoje, 120 deputados eleitos jámudaram departido. A reforma política pretende botar um freio no troca-troca interesseiro.
VOCÊ SABIA?
Quedos sete deputados estaduais que Maluf elegeu em 2002,emSãoPaulo, cinco trocaramde partido no dia seguinte à posse?
Deixaram o PP e foram para o PFL e PTB. Sabia, também,queoProna perdeu todos os deputados federaisqueelegeu nasobrade votos do Dr. Eneas?
VOA, LULA
Lula viaja para a Índia e Suíça, ainda hoje.
FATOR SERRA-1
A cronistapolítica doJB, Dora Kramer, acertou na mosca. Ela e oprefeitodo Rio, César Maia. A tese que ambosdefendemé lógica: seMartaSuplicyse reeleger,o PTtemchance deficar no Paláciodo Planalto até 2014.Isto é, Lulase reelege em 2006 e faz o sucessorem2010. Quempode brecar o PT?Apenas José Serra?
FATOR SERRA-2 Por quê otucano? Porque Serraé o único tucano em condições de disputar a eleição de prefeito em São Paulo,emnome doPSDB. Quemdizissonãoé nenhum outrotucano. É a pesquisa.Serra lideraapreferênciadoeleitorao lado de Maluf e Marta Suplicy.
FATOR SERRA-3
Mas, para que Serra tenha realmente chancede derrotar Marta épreciso saber, antes, que tipo de comportamento teráMaluf. O ex-prefeito será candidato? Se for, pode rachar avotação do tucano.E se Maluf apoiar Marta? É bom lembrar que Maluf elegeuum postechamado de Celso Pitta, com seu poder de transferir votos.
As reuniões realizadas ontem pelo governo não foram suficientes para superar a paralisia na ação doExecutivo provocada pela discussão dareforma ministerial,queainda nãoeliminou oque tem sidoa maior barreira:aindecisãodo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente ainda não conseguiu superar osentimento deangústiacom oqualtem convivido nos últimos dias por ter que demitir amigos. Nos meiospolíticos jásãocomuns as avaliações de que a reforma poderá ser pífia e que o critério adotadopara adefiniçãode novos ministros não é técnicoprofissional, mas pessoal. Contra o tempo– O fator tempo intensifica a angústia de Lula, que tem que decidir o nome denovos ministrosaté sexta-feira, quandoiráaSão Pauloparaparticipardo aniversáriodaCidadee, depois, para oexterior, destavez para
Índia e Suíça. Pelos corredores doCongressonão édiferente osentimento de paralisia. Os ministeriáveis do PMDB, como o deputadoEunício Guimarães (CE),guardamsilêncio. Eos outrospartidos comcandidatos auma vaga naEsplanada também nada falam. Especulação prejudica – A demorana divulgaçãodosnomesestá criandoum climade especulação que é prejudicial aoPaís, avaliao vice-líderdo PSBnaCâmara. "Hámais de 30 dias que se discute e especula.Especular ébom?Em nenhumlugar, muitomenosno governo. Issoestá criandoum clima de especulação que é prejudicialaopaís", afirmou Beto Albuquerque (PSB-RS). O deputado participou de umalmoço natarde deontem com outros líderes dos partidosaliadosnaCâmara, para discutirapauta devotaçãoda
convocação extraordinária do Congresso Nacional. Segundo Albuquerque, o assunto da reforma não foi discutido.
Antes daviagem? – "Espero que opresidente possa externar essa reforma antes da viagemàÍndia. Reformaquedemoramaisde ummêsexpõe quem entra, quem sai, quem eventualmente poderia sair e quempoderia entrar", acrescentou. Segundo Albuquerque, ademora emdivulgaras mudançaspode geraratépro-
O PT e o chefe da Casa Civil, José Dirceu,recuaram nascríticas aoMinistérioPúblico (MP) e noapoio à aprovação pelo Congresso da Lei da Mordaça, uma forma de impedir que ospromotores divulguem fases de um inquérito ou processo criminal. Tantoo partido como Dirceu procuraram ontem e esclarecer que as críticas que fazem não diz respeito ao MPcomo um todo,mas ao comportamento de promotores públicos que participam da nova fase de investigação a respeito do assassinato do prefeito de SantoAndré,noGrande ABC (SP), Celso Daniel. Nota oficial – No fim da tardede ontem,o partidodivulgou uma nota assinada pelo presidente nacional,José Genoino,quetanto alegendacomo o chefe da Casa Civil "não
são contra as ações do Ministério Públicoe da Políciado Estado de São Paulo, mas têm críticas aos exageros,como o vazamento de informações que constamdeumprocesso que está sob segredo de Justiça". Durante almoço com os lí-
A executivanacionaldo PSDB faráhojesuaprimeira reunião de 2004. No comando do encontro estará o presidente do partido, ex-senador José Serra, que poderá receber logo de início uma cobrança.
Os dirigentes partidários planejamcomeçar hoje odebate da eleição municipal. Serra tem insistido que não pretende se candidatar aprefeito deSãoPaulo contrao PTda prefeita Marta Suplicy, mas ainda não convenceu parcelas expressivas do partido.
Segundoum importantedi-
rigente tucano, o ex-presidenteFernando HenriqueCardoso é um dos que não se conforma coma negativa deSerra. E aposta que eleé o único com chancesreais dederrotar oPT em São Paulo. "A pressão sobre Serra será grande".
Segundo o líderdo PSDB na Câmara, JutahyJúnior(BA), pesquisas internas apontam para a liderança do partido na corrida sucessória em São Luiz, Vitória, Cuiabá e Florianópolis, além do desempenho excelente em cinco outras, como Curitiba e Porto Alegre. (AE)
deres do governo, ontem, Dirceu afirmouque nãoé afavor de nenhuma lei da mordaça. Mas, paraele,devehaverregras claraspara impedirque o MP vaze informaçõesantes de concluir o processo. Caso Daniel – Tudo isso porque, na semana passada, duranteum ato de desagravo aodeputado LuizEduardo Greenhalgh(PT-SP), ochefe da Casa Civil afirmou que o MP temde ser contido ea Imprensa tem deparar de publicarnotícias quesão"inverídicas". Dirceuse referiaà divulgação de trechos do depoimento de um preso que teria afirmadoque fora torturado porGreenhalgh duranteasinvestigações do caso Daniel. Dirceu disse que, se estivesse no exercício do cargo, iria à tribuna daCâmara citarcasos de "exageros do MP". (Agências)
MS/AE
Presidente mostra indecisão na hora em que precisa demitir amigos do ministério para acomodar os partidos aliados
blemas em alguns setores. "É o tipo de assunto que tem que tomar a decisão e fazer". Os líderesdoPSB, Eduardo Campos (PE), e do PMDB, Eunício Oliveira (BA), cotados para assumirem os ministérios da Ciência e Tecnologiae das Comunicações, respectivamente, também participaram do almoço. "Nossa conversa foisobre a pauta da convocação. Não se tratou em nenhum momento da questão da reforma", disse Campos. (Agências)
Convocação: os faltosos tentam justificar ausência
Os deputados que faltaram à convocação do Congresso, que começou segunda-feira, têm explicações na ponta de língua para justificar as ausências. E elas variam desde atrasos dos vôos atéagenda previamente marcada, antes de o governo ter chamado extraordinariamente o Legislativo até dia 13. Um dos faltosos,o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), só chegou na segunda-feira ànoite."Estava chovendo muito emAlagoas e ovôo paraBrasília foicancelado".
Ausente segunda e ontem, o primeiro-secretário da Câmara, GeddelVieira Lima(PMDBBA), alegou ter uma agenda do partidomarcada previamente na Bahia,antesda decisão de convocar o Congresso. (AE)
PRONTOS PARA A GUERRA – Armados, 3,2 mil caiovásguaranis prometem resistir à reintegração de posse de 14 fazendas nas cidades de Iguatemi e Japorã, no Mato Grosso do Sul
Pessoas físicas e jurídicas * Negócios · Bens Contratos Divórcio Inventário REPRESENTAÇÃO FORENSE cópias processuais Grande S. Paulo
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APAIXONA RETRATADA POR JOVENS TRABALHADORES
Acidadeemcada umdos pontos cardeais, sua cultura, seus monumentos e suas tradições. Acrescente a isso um pouco do conhecimento, costumes e história dos povosque a formaram. Surge a metrópole que assusta e apaixona: São Paulo. É assim que os doze aprendizes da IndianaSeguros mostram acidade na"Exposição dos AprendizesIndianapara os450 anosde São Paulo", aberta na semanapassada. Fotos, maquetes, livros, mapas e objetosrepresentativos de cada povo recontam a história de São Paulo de Piratininga. Centro velho em maquete –O Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, a rua Boa Vista e o prédioda IndianaSegurossão retratados em uma maquete feita a partir de isopor, biscuit e material reciclável. As aprendizes Flávia Aparecida Oliveira de Lima eGraceKelly Dias, concluíram: "Foi bom perceber que ganhamosmuito conhecimento. Além disso, descobrimos o valor da cidade". Objetos, roupas, adornos e lendasrevelam atrajetóriados
japoneses e africanos e dos bairros da Liberdadee República, noCentro Novo.O visitante pode conhecera lendados tsurus (pequenospássaros empapel) e aimportância de outros amuletosorientais."O doente recebemil tsurus,que trazem bons fluídos. Depois de recuperado,ospássaros devem ser abertos ", relata o aprendiz Leonardo Santos Lopes. Dito popular – Na Zona Leste, ovisitantese depara coma história dos bairros do Brás, Moocae Penhareveladosem fotos, mapas enos textospesquisadospor Elen Cristina Pinheirose Jefferson Limade Araújo. O trem no Brás, as massasdos italianos daMooca ea igrejadeNossa SenhoradaPenha são os destaques sob o ponto de vista dos adolescentes. "Seguro morreu de velho/ Quem avisaamigoé/ Quem quiser dar bons passeios/Tem carrinhos sem receios/Bem baratos lá na Sé" Oditado popularcriticaa chegada da ferrovia àMooca. "Assim,consegui entendera origem dos dois primeiros versos,ainda muitousados",diz Elen. Segundo Jeferson, que reside na zona Oeste, não conhecer a cidade é como ser um estranho em seu próprio lar. As culturas alemã e judaica são apresentadas por Thiago Nascimento Santana e VanessaSilvadosSantos. "Os alemães se estabeleceram em Santo Amaro e contribuíram entre outras coisascom a culinária, com destaque parao chucrute e a cerveja", explica Thiago. Já os judeusse instalaram no Bom Retiro. Segundo Vanessa,
eles montaram lojas,especialmente de tecidos: "Hoje estão em Higienópolis e nos Jardins". Os doisexpuseram aindafotos dos principaismonumentos da região,comoo Monumento às Bandeiras e a Pedro Alvares Cabral,a av.Paulista, o Parque Ibirapuera e o Museu de Arte de São Paulo. Estes dois últimos forampintadosemóleo sobre tela por Vanessa. "Nunca haviaido aessesmonumentos nemtampouco sabiaahistória de cada um", diz Thiago. Diversão – Os bares e restaurantes da zona Oeste foram
"Esse éa metade umprojeto de aprendizado em uma empresa: descobrir e fazer aflorar o potencialde cadajovem",disse o diretor-presidente da Indiana Segurosepresidente daAssociaçãoComercial deSãoPaulo e Federação da Associações Comerciaise IndustriaisdoEstadodeSãoPaulo, Guilherme Afif Domingos. Segundo ele, a convivência e o aprendizado no trabalho sãomais importantes que a formação escolar.
"Isso faz parte da formação integral do jovem", disse Afif. Em sua opinião,os adolescentes devem aprender as coisas do mundo do negócio e do seguro, mas também as do mundo.
Para ele, o profissional precisasercompleto,no sentido social eespiritual. "Somente uma formação global contribui para desenvolver potencialidades", acrescenta.
"Com liberdadeparacriar, os aprendizes investiram na exposiçãoe contaram com criatividade a históriada cidade que nos abrigae dá o pão", elogiou Afif, revelando-se bastante feliz com o evento. Segundo ele, a cidade tem a marca do empreendedorismo e
dos que não têm medo de assumir, criar e desenvolver.
O PadreAnchieta noslegou essa marca."Ele foio primeiro empreendedor da cidade", disse.No entenderdeAfif, os aprendizes também estão ajudando aescrever ahistória de São Paulo.
"Vocês, aprendizes,a exemplo de Anchieta, também estão realizando, sem medo de assumir riscos", destacouo presidente da Indiana. E esse é o objetivo principal do Degrau e do projeto Aprendiz Indiana. Afiflamentou ainda que parte da sociedade tenha ojeri-
za ao trabalho do jovem aprendiz."Issotem nefastasconseqüências. Sem oportunidades vão paraoutro tipode aprendizagem", reflete. "Bastaperguntar aqualquer um desses aprendizes a importância do trabalho", emendou Afif. Segundo ele, na empresa o jovemacaba tendoumaformação superior. "Esse éo conceitodos idealizadores domovimento Degrau. Ea Indianaé pioneira.E eu,comopresidenteda Associação Comercial e da Facesp e coordenador domovimento, devo dar o exemplo." (TM)
Afif: 'jovens sem oportunidades vão para outro
Mais de 18 mil jovens e adolescentes estão trabalhando no Estado deSão Paulocom contrato de aprendiz por intermédio do esforço de facilitação do programaConvivência e Aprendizado no Trabalho, do movimento Degrau. Ele foi lançado em março de 2002pelaAssociação Comercial de São Paulo, Federaçãodas Associações Comerciais e Industriais doEstado de São Paulo(Facesp) e Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf). Governos federal, estadual e municipaltambém mantêm programas de aprendizado para jovens.
A contratação do aprendiz foifacilitada pelalei10.097, quepossibilita ainserçãono mundodo trabalhodejovens comentre14anose 18anos incompletos. O objetivo do programa: abriroportunidade de trabalho e, ao mesmo tempo, ofereceraeles estudo profissionalizante naárea de atuação escolhida. Entretanto, o programa Convivência eAprendizado no Trabalho tem encontrado barreiras na Capital. Desde que o Conselho Municipal dosDireitos daCriançaedo Adolescente do Município de São Paulo(CMDCA-SP) exigiu que as entidades certifica-
doras tenham seus programas submetidos ao órgão, por meio daResolução68, de22 deabril de2003,o seudesenvolvimento tem andado em marcha lenta. Até o final denovembro apenaso programa de duas entidades certificadoras –que preparam os jovens do ponto de vistaeducacional–havia obtido oregistro.Umdeles foi aprovado por meiodeliminar.Entretanto, asociedade e os próprios jovens preferem a alternativa do trabalho. E as ações culturais da Indiana Seguros revelam o papeldo mundo do trabalho na vida dos jovens. ( TM )
os destaques de Laís Marques e Jeferson Santos, moradores da Zona Sul. "A Lanterna (que reproduz o nome de pequena cidade italiana) oferece boa música eshows comhumoristas e novos talentos", resume Laís. Osdois aprendizesfalaram dos espanhóis. "Masa região Oeste recebeu uma forte influência italiana.Eles compravam chácaras eplantavam, especialmente naVila Romanae Leopoldina", explica Jeferson. A exposição mostra ainda fotos de locaissignificativos comoo Palácio dos Bandeirantes, a Ca-
sa da Fazenda, o Museu do Crime e o Instituto Butantã. Um livrocom ahistória dos bairros e dos principais pontos daZonaNorte apresentaaregião aos funcionários da Indiana. Um painel no formatodo mapa da região também revela a Serra da Cantareira, a Estação daLuz,o futuroParquedaJuventude, a Pinacoteca, o Museu de Arte Sacra, a escola de Samba ImpériodaCasaVerde, oterminal Casa Verde e a Igreja Matriz daFreguesia doÓ, dedicada a Nossa Senhora do Ó.
MaílsonAraújoe SilvaeRo-
zana Maria daSilva, aprendizes responsáveis por esses trabalhos, puderam assim apreciar a Serra da Cantareira. "Fui conhecer as trilhas da Cantareira. É tudomuitobonito",disse Maílson, que mora na Zona Sul. Os dois aindacontaram um pouco da colonização portuguesa na Zona Norte. "Os portugueses vinhamaoBrasile trabalhavam ouestudavam. Quando 'faziama vida'voltavama Portugal,por issopoucos ainda residem na Zona Norte", justifica Maílson. Teresinha Matos
Por dois meses, os doze aprendizes da Indiana trabalharam e pesquisaram para realizar a mostra."O passo inicial foi uma visita aos pontos históricos do centro no dia 14 de novembro passado",explicou Sonia Maria Aureliano, gerente de Negócios da Indiana Seguros. Segundo ela, a exposição é resultado do conhecimento adquirido pelosaprendizes navisita ao Centro histórico. "Às sexta-feiras,osaprendizesda Indianase dedicam a atividades culturais", prosseguiu.Nosdemaisdias dasemana, osjovens recebem formação profissional, com ênfase no setor de seguros. Estão incluídas nessas atividades sessões de cinema, teatro, pesquisa e interpretação de texto, dinâmicas para aprender a trabalhar em grupo, entre outras. "Essa é uma forma desses
Terceiro Setor terá encontro iberoamericano em SP
O Brasil sediará em 2004 o 7º Encontro Ibero-Americano do Terceiro Setor. O evento, organizado pelo Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), acontece de 16a 19 de maio, noHotel Transamérica, em São Paulo (SP). São esperadas cercade 800pessoas, entre profissionais e lideranças ibero-americanasligadas aempresas, institutos e fundações empresariais, ONGs, órgãos governamentais, imprensa, universidadese centrosdeestudos.O temacentral do Encontro seráa “ACidadania e suas múltiplasdimensões”. Para melhoraprofundar odebate, a Cidadaniaserá discutida sob três dimensões: a política, a social e a econômica. A estrutura doevento prevê a realizaçãode 4conferências, 12 mesas de aprofundamento do debatee 12painéis. Inscrições devem ser feitas no site www.ibero2004.org.br .
jovens aprenderem a se relacionarcom os demais funcionários da empresa. Em outra oportunidade, elesapresentaram um teatro de bonecosa crianças de uma instituição beneficente",resumiu afuncionária Laureny Cisneiros.
Escola especializada em deficiência auditiva abre vagas
A Escola Municipal de Educação Especial HelenKeller atende a alunos deficientes auditivos a partir dos três anos até a idade adulta. Ela está oferencendo vagaspara operíodo letivo de 2004. Os interessadosdevem procurar a instituição em seu endereço nacapital paulista:rua Pedra Azul, 314, no bairro da Aclimação. Os telefonespara contato são (11) 5573-4189 e (11) 5573-0667,ondepodem ser obtidas informações sobre o númerode vagas eos métodospedagógicos adotadosparaalunos com diversos graus de deficiência auditiva.
Os diretoresestão divulgando o início das atividades para que nãoapenas os familiares e amigos de pessoas nestas condições entrem em contato,mas tambémparaaqueles que conheçam crianças ou adultos que necessitamde educação especial.
A exposiçãodosaprendizes estará abertaatéodia26, na matrizda IndianaSeguros. A mostrafoiinaugurada coma presença dopresidente daIndiana, Guilherme Afif Domingos e ovice-presidente Cláudio Afif, entre outros. (TM)
Dez sites concorrem ao Prêmio iBest Brasil de ações sociais
O Prêmio iBest Brasil divulgou ontem a lista de dez melhores sites que serão finalistas na categoria iBest/Ajuda Brasil Ações Sociais e ONGs. Eles foram selecionados entre 388 inscritos. Apósesta seleção,os dezescolhidos passarãopor uma votação popular que apontará os três finalistas. Cada internauta poderá votar apenasuma vez em atétrês candidatos através do endereço www.premioibest.com.br. Os finalistassão AACD/Teleton, Click Fome, Fome Zero, Greenpeace Brasil, Instituto AyrtonSenna, Instituto Ethos, Instituto Guga Kuerten,InstitutoPão de Açúcar, Viva Rio e WWF Brasil. Os três finalistas serão anunciados no dia 25 de março. A votação é acompanhada pela PriceWaterhouseCoopers. Todos os internautas que votarem concorrema um Chevrole Montana 1.8 zero quilômetro.
Para equilibrar orçamento, brasileiro reduziu as compras nos supermercados em 2003. Resultado: setor teve o pior desempenho dos últimos 12 anos.
Com o bolso apertado, o consumidoroptou porcortar gastose substituir produtos tanto de alimentaçãoquanto de higiene elimpeza em 2003. Oresultadofoi opiordesempenhodas vendas dossupermercados brasileiros nos últimos 12 anos. Segundo dados divulgadosontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o faturamento nominal do setor foi de R$ 87,2 bilhõesno ano. Emvalores reais, descontando a inflação, isso significa que as vendas caíram 4,50% em 2003.
Em dezembro, considerado um dos melhores meses do ano, houve um crescimento de 32,01% em relação a novembro. Masasvendasainda foram 6,82% menores do que no mesmo mês de 2002. Para opresidente da Abras, João Carlos de Oliveira, oalto comprometimento comas tarifas públicas e com a educação levaram o consumidor a cortar produtos eoptar pelos itens mais baratos. "Seumapessoa deixa de pagar telefone, por exemplo, tem a linha cortada. Então, o único gasto que acaba sendo reduzido é o do supermercado", afirma.
Mesmo com a crise, no ano de 2003 os supermercados investiram mais, abriram novas lojas e contrataram pessoas
Mesmo assim, em 2003 os supermercados investiram mais,abriram novas lojas e contrataram pessoas. Estimase investimentos deR$ 1,5 bilhãono ano,contraR$ 1,2bilhão em 2002. "Parece um contra-senso, mas trata-se de um setor que investe a longo prazo. Alémdisso,éumaárea de competiçãoacirradae asem-
presas estãosempre inovando para atrair clientela",explica o presidente da Abras. Compras a prazo – Segundo dadosdo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística(IBGE) divulgadosna últimasemana, o setor de supermercadosfoium dosquetiveram piordesempenho noanopassado por ser um ramo em que as vendas normalmente são feitas a vista. Essa realidade, no entanto, pode estar mudando. Em 2003, as compras a prazo, seja através de cartão ou cheque pré-datado, podem ter chegado a53%,ante50%em2002. Oliveira acreditaquecada vez mais as redes investirão em cartões próprios, proporcionando a compra parceladapara as camadas mais baixas, que não têm costume de usarcartão de crédito. Os investimentos e a recuperação da rendasãoa esperançadosetor para 2004. A Abras espera que a recuperação comecejá noprimeiro trimestre. O otimismo é baseado no pacote queinclui redução da taxa de juros, crescimento da produção, investimentos e estabilização do câmbio. "O ano não será maravilhoso como gostaríamos,mas já vai ser bem melhor que 2003". O crescimento esperado para o ano é de 3%. Oscilação de preços – Quinzenalmentea Abrastambém acompanha a oscilação de preços de 35 produtos (que incluem alimentação,higiene e limpeza).No acumulado do ano a cesta teve alta de 5,95%.
Débora Rubin
Arquivo DC
A inflação em São Paulo pode ficar maior do que o mercado esperava para janeiro. Ontem, aFundaçãoInstitutode Pesquisa Econômica da Universidadede SãoPaulo(Fipe/USP) elevou sua estimativa dealtapara 0,7%nomês.A projeção anteriorera deum percentualentre0,4%e 0,5% no período. A mudança na estimativa veio após o anúncio de alta de 0,71% no Índice de Preçosao Consumidor(IPC), da Fipe, na segunda quadrissemana de janeiro. De acordo com o coordenador do IPC-Fipe, o economista Paulo Picchetti, aelevação no início de janeiro foi motivada pelos custos de material escolaremensalidades deescolas particulares,quetiveram va-
O paulistano começou o ano semplanosde adquirir bens duráveis ou semi-duráveis até março, segundo a pesquisa Expectativa de Consumo realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar-FIA). Este éo quintotrimestre consecutivo dequeda naintenção geral de compra.
O levantamento mostrou que 56,1% dos entrevistados não pretendem comprar nenhum
artigo dossegmentosanalisados, índice praticamente igual ao registrado no último trimestre de 2003, de 56%. Segundo o Provar-FIA, o resultado se deve à combinação desfavorávelde juros altos, queda da renda e aumento do desemprego. Mas,embora não pretenda adquirir bens duráveis,o consumidorestá mais otimista com aeconomiadoPaís.Segundo pesquisa feita pela Fe-
deração do Comérciodo Estado de São Paulo (Fecomercio), o otimismo aumentou7,04% em janeiro sobre dezembro, alcançando127,29 pontos, maiornível desde1999.Comparado a janeiro de 2003, o Índice de Intençõesdo Consumidor (IIC) subiu ainda mais: 11,07%.Segundo aFecomercio, o ânimo se refere, principalmente, a melhoras no emprego e renda em 2004. (AE)
O Departamento de Comércio dosEstados Unidos deu inícioontem aoprocessoem quepescadores norte-americanos acusam seis países, entre eles oBrasil, depraticar dumping na vendade camarão. O advogado LuizCláudio Duarte, que representa no País o escritório Cameron & Hornbostel,contratadopara adefesa pela Associação Brasileira deCriadoresdeCamarão (ABCC), explicou que o procedimento é formal e ocorre 20 dias apóso ingressodapetição inicial da acusação. A Aliança de Camarões do Sul, dos Estados Unidos, ingressou com a petição no dia31 de dezembrode2003. "É um procedimentoformal, queindica o começo da análise do caso", afirmou Duarte. A acusação envolve o Brasil, China, Vietnã, Tailândia,Índia eEquador,osseispaíses que mais venderam camarão aos Estados Unidos em 2003. O Brasil representou 5% das importações norte-americanas no ano passado, enviando quase 25 mil toneladas. Esforço em vão– Apesar do
esforço diplomático do ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch,queestevereunido coma embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak, na semana passada, o advogado disse que é difícil excluir um país da acusação, pois odano alegado seria causadopelas exportações do produto e não por um dos citados em particular.
"Esforço diplomático não conseguiu excluir País da acusação"
Enquanto o Departamento de Comércio dos Estados Unidosanalisaapossível existência de dumping na vendado camarão importado,a Comissão Internacional de Comércio (ITC, nasiglaeminglês)vai analisar o alegadodano àindústria local. Osdois procedimentos correm paralelos. Na sexta-feira, os países acusados no processo devolveram ao ITC questionários formula-
dospeloórgão comoparteda análise. As questões tratavam do volumede exportações,capacidade de produção euma comparação entre o camarão importado eo comercializado pelosfabricantes locais,entre outros pontos. Audiência – Hoje haverá uma audiência preliminar no ITC,em Washington.Oadvogado do Brasil espera que no começo de fevereiro a comissão emitaseuvoto preliminar sobre a existênciaou nãodeindícios dedanoà indústria.O ITC vai avaliar também a representatividade da indústria doméstica para impetrar a ação. "É necessário que 50% dos pescadores decamarão apóiem os peticionários e que 25%delesestejam representados no processo para que a ação prossiga", disse o advogado. Das60mil toneladasdecamarão exportadas peloBrasil em 2003,os EUAcompraram 39%, gerandoum faturamento de US$ 110 milhões. Os pescadores norte-americanospedem aaplicação desobretaxas entre40%e 230%aoproduto brasileiro.(AE)
O Procon-SP constatou diferenças de até 250% no preço de um mesmo produto da lista de material escolar, em um total de 118 itens pesquisados em dez estabelecimentos comerciais paulistanos. Em 2002, foram identificadas diferenças de preços até 354,55%.
Já o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP) analisou em laboratório 14 produtos
riação de4,42%, seguidospor despesas pessoais (1,80%) e alimentação (0,94%). Osaumentos impedirão o indicador de fecharnos 0,5% estimados
(entre massas de modelar, cadernos e lápis de cor) para verificar se apresentavam irregularidades quanto ao peso, volume ou quantidade indicados nas embalagens e constatou que todos os produtos estavam em confor midade. A pesquisa do Procon-SP foi realizada entre os dias 7 e 9, nas cinco regiões da capital paulista. (AE)
inicialmente pela Fipe. No IPCacumulado do mês, os produtos que mais devem pesar são os do grupo alimentação,segundo Pichetti. Ele des-
tacou asaltas nos preçosdo tomate e do arroz como os melhores exemplos disso. Na segunda quadrissemana de janeiro, eles tiveramaumentos de 25,7% e 5,3%, respectivamente. Já o grupo educação deverá ficarcom asegundamaior contribuição noíndice,com um pesode 0,4ponto percentual para a inflação do período. Deacordocom oeconomista da Fipe, osreajustes das mensalidades escolares (principais responsáveispelaaltado gruponomês) devemficarpróximos de 12%.
O grupo despesas pessoais, que teve o segundo maior peso no IPC da última quadrissemana não deverá afetar o índice fechado de janeiro. Estela Cangerana/Agências
É O QUE PREVÊ A GLOBAL
INVEST CONSULTORIA, SE COPOM MANTIVER CORTES
MODERADOS DOS JUROS
O Brasil tem grandes chancesde,em umcurtoespaçode tempo,ocupar a liderançano ranking dos países detentores das maiorestaxasde juros reais. Basta que, para isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) continue fazendo vista grossa para a queda da inflação e mantenha cortes moderados na taxa de juros básica, a Selic. Os juros reais são os juros da economia, descontada a variação da inflação.
O Brasil encerrou oano de 2003 com a segunda maior taxa de juro real do mundo, igual a 12,8%.A maiortambém em quasequatro anos.O Paíssó perdeu para a Turquia, que fechou omês dedezembro passado com juros reais de 14,3%, de acordo comestudo da consultoria Global Invest.
"Se o Banco Centralmantiversuapolítica decortestímidos da Selic daqui para a frente,
abaixodeumponto porcentual, dificilmente o Brasil escapará deserolídernoranking depaísescom maioresjuros reais",dizoeconomista Alecsandro Agostini, da Global.
Selic elevada– S e g un d o Agostini, a alta dos juros reais é conseqüênciada manutenção daSelic acumuladanosúltimos12 meses em patamares elevados, não acompanhando
a queda da inflação em igual período.Comoos jurosreais são calculados levando-se em conta, além da Selic, a inflação, a previsão da Global considerou a projeçãofeita pelo pró-
O mercado de fundos de investimento fechouo ano de 2003com umacaptaçãolíquida de R$ 60,7 bilhões. O volume é recorde e representa uma recuperação espetacular dos fundos,quando se considera que, noanoanterior,essas aplicaçõesencerraram com um saldo negativo de R$ 60 bilhões em caixa.
O resultado de 2003 é, ainda, praticamenteo dobrodoverificadonoano 2000esignifica uma elevação de 12,25% sobre a arrecadação nos 12 meses anteriores. Os númerossãoda AssociaçãoNacional dosBancos de Investimento (Anbid), divulgados ontem. Entre os meses de janeiro e
dezembrode 2003,aindústria de fundosdeinvestimento brasileira elevouseu patrimônio líquido em 44,06%. Passou de R$ 344 bilhões em 2002 para R$496 bilhõesem dezembro do ano passado.Mais de 50% dopatrimônio líquido que a indústria detinha em 1999. Troca de cadeiras – Um dos destaques nesse mercadoem 2003 foi a mudança de investidores de tipo de fundo. Os fundos de renda fixa, que em 2001 detinhamuma participação no mercado de 37%, encerrou 2003 com 34% do mercado. O caminhoinverso foifeito pelos fundosde previdência e os fundos mistos. Os primeiros ampliaram suaparticipação
no mercado defundos de 1,33% em 2002 para 4,49% no anopassado. Tiveram, em 2003,uma captaçãodepouco maisde R$7 bilhões,especialmente comos PlanosGeradores de Benefício Livre (PGBL) e com os planos VidaGerador de Benefício Livre (VGBL). Esse número equivalea um crescimento de 70% sobre o ano anterior. Já osfundos mistos– carteiras com os recursos aplicados tanto no mercado de renda fixa quantonode rendavariável–abocanharam quasedois pontos porcentuais de 2002para 2003. Saíram de 26,6% em 2002 para 28,1 no ano passado. Os fundosdeaçõestambém
perderam espaço dentro do mercado. Detinham7,84% do patrimôniolíquidode todaa indústria de fundosem 2002 e desceram para 6,96% de participação no ano seguinte. Fundos DI – Outros fundos quetiveram suaparticipação reduzida em 2003foram os fundos com carteiras atreladas ao DI. Em 2001, essas aplicaçõeschegarama representar quase 30% do mercado de fundos. No ano passado, fecharam com 22,6 de participação. Os títulos públicos, papéis comriscoquase zero,semantiveramcomo ospreferidos dos administradores na composição das carteiras. Roseli Lopes
priogovernodeuma inflação de5,96%para ospróximos12 meses, calculada com baseno Índice dePreços aoConsumidor Amplo (IPCA). Para escapar dotítulo indesejável,seria
preciso,diz oeconomista,que osjuros brasileirosbaixassem para 15% ao ano. Seria preciso que o Copom ousasse e raspasse dataxa 1,5ponto porcentual. O que, na opinião de analistas do mercado financeiro que nos últimos dias já fizeram suas apostas, estariaforados planos do Banco Central. A expectativa da Global para este mês de janeiro, considerando-se que,de fato, oBC corte0,5pontoapenas, é que os jurosreais subam ainda mais, para 13,8% e em fevereiro atinja 13,9%. Ou seja, deverão continuar subindo. As médiadas taxasde juros reais cobradas em 40 países analisados pela Global é de 2,2%. Amais baixaos últimos cinco anos. "Este seria um bom momento para o governo furar a barreira psicológica dos juros de15% aoano",diz o economista Agostini. Ao contrário da expectativa, no entanto,Agostini engrossa a lista dos que apostam em um cortebem maismodesto,de apenas 0,5 ponto. Roseli Lopes
O spread bancário – diferença entre a taxa que instituições financeiraspagam paracaptar dinheiro no mercado e a cobrada por elas dos consumidoresnassuas operaçõesdeempréstimo – devem cair neste ano.A previsãoé daTendências Consultoria. Segundoo estudo,ospread deverá baixar para 35 pontos. Se isso se concretizar, a taxa ficaria o mesmo nível verificado emem 2001, maisespecificamente no primeiro trimestre. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já declarou que que o spread no País aindaé muito elevadoe que, aindahá muito espaço para umaquedaque,na suaopinião, deverávirainda neste ano de 2004.
Concorrência – De acordo com aTendências, orecuo do spreadsónão émaiorporque falta às instituições financeiras do País um grau de competição maior. É simples: sem competição,os clientes se"acomodam", não trocam de banco.
O Banco Central tem feito um trabalho no sentido de permitir que os correntistas de bancos possam levar para outra instituição financeira seu históricode cliente.Comessa medida, batizada pelo governo como crédito positivo, a transferência docliente para outro banco seria mais rápida. Qual a vantagem da mudança? baixaro custodo dinheiro emprestado.À medidaqueos juros em um banco aumentassem, o cliente poderia, de forma fácil e rápida, transferir sua conta para outro banco. Isso, porsisó, ampliariaa concorrência entre as instituições e faria com que os juros pagos por consumidores baixassem. Segundo a Tendências, a medidasque vêmsendo implementadaspelo BancoCentral, comoinformar aocliente que ele temdireito de transferir suas ifnormações cadastrais paraoutrosbancos, poderia, defato, terumefeitoimportante para a redução do spread bancário. (DC)
Os presidentes doBanco do Brasil, Cássio Casseb, e da Caixa EconômicaFederal,Jorge Mattoso, assinaram ontem um acordo para compartilharos terminais de auto-atendimento – pontos de atendimento fora das agências – e da rede de correspondentes bancários das duas instituições. Inicialmente, 14.794pontos serão compartilhados. A meta, noentanto,é ter,comoacordo, a maior redebancáriainterligadado País,segundocomunicado do Banco do Brasil. Oacordoprevê umpiloto em três praças, duas delas já definidas: Brasília e Curitiba.
Nessa fase,serãopermitidas transações de saquee consulta a saldos.Atualmente, noBanco do Brasilesses dois serviços representam 66%do volume detransações dosterminais. Na Caixa,por 75%. ACaixa ofereceráaosclientes doBancodo Brasil1.080 pontos de atendimento eletrônico,mais 8.914 correspondentes bancários, nas lotéricas. O Banco do Brasil disponibilizará aos clientes da Caixa 4.800 pontos de atendimento eletrônico. A parceriaabre caminho para queosdoisbancos integrem suas redes de atendimento para outros serviços. (AE)
O Citigroup, maior grupo financeirodo mundo,divulgou ontem um lucro quase duas vezes maior noquarto trimestre de 2003. O resultado foi impulsionadoporoperações devarejo einvestimentos.A instituição informou que o lucro líquido ficou emUS$4,76 bilhões,96% maisdoque o ganho de US$2,43 bilhões registradosno mesmoperíodo do ano anterior. O lucrodo grupoficou acima das expectativasde analistas do mercado. Em todo o ano de2003,o lucrocresceu 17% alcançando umrecordede US$ 17,9 bilhões.
Perda com Parmalat – O lucro noquarto trimestrefoi reduzidoem US$242milhões por causa de perdas em operações de créditorelacionadas à Parmalat. Os resultadosdo ano anteriorincluíram encargos de US$ 1,55 bilhão relacionados ao litígio da Enron e empréstimos de risco. O ganho no quarto trimestre subiu 13%, para US$ 20,2 bilhões comparadoaomesmo período de 2002, e 4% comparado aosUS$19,4bilhõesregistrados noterceiro trimestre de2003. Obancotambém anunciou como prioridade novas aquisições. (Reuters)
Um simples e-mail supostamente enviado pelo banco ondeointernauta temsuaconta corrente. É assim que a maioria dos clientes de bancos têm caído no chamado conto da internet. Nessese-mails,há uma mensagem solicitando aointernauta cliente dobanco que recadastre seusdados pessoais e,especialmente,seus dados bancários para que o banco possaatualizá-los. Inclusive informando sua senha bancária. Atenção! Bancos advertem seus clientes que esses e-mails, enviados muitas vezes em nome do banco,são falsose representam um perigo.
Ao preencher os dados solicitados,o internauta terá sua senha bancária "roubada". Tanto o Banco do Brasil quanto o Itaú têm sido vítimas desse tipode e-mail. O nome dos dois bancos vem sendo utilizadonose-mails. Ambasasinstituições alertam para o fato de quenãoenviam e-mailsaseus clientes solicitando esse tipo de informação. Especialmente solicitandoque sejamconfirmados dados considerados pelo banco de totalsigilo. E que, por isso, não se responsabilizamemcasode oclientevira preencher esses dados e ter sua senha violada. (RL)
A expectativa em relação à decisão doComitê dePolítica Monetária(Copom) em relação aos juros básicos da economia mais uma vez reduziu o volume de negócios no mercadofinanceiro brasileiroontem. O dólar comercial subiu, a bolsa de valores fechou em alta e os indicadoresde risco tiveram discreta melhora.A decisãodoCopom sóseráanunciada hoje depois do encerramento dos pregões no mercado financeiro.
O dólarcomercial encerrou osnegócios cotadoa R$2,836 paracomprae aR$2,839para venda, com levedesvalorização de 0,04% em relação ao fechamento de segunda-feira. Em São Paulo, o dólar paralelo ficou estável,aR$2,92para compra e a R$ 3 para venda, segundo a Enfoque Sistemas. Deacordo comoperadores, amoedaamericana não caiu mais ontem porque não entraram no mercado recursos recentemente captados por empresas brasileiras no exterior. A expectativa é de que esses dólares entrem no mercado a partir de hoje.
O Banco Central(BC) continua operando no mercado de
câmbio, comprando dólares para as reservas internacionais do País. Ontem,a intervenção aconteceu a pouco antes do fim dos negócios, segundo o operadorde câmbiodoRabobankJorgeKattar. OBCcomprou dólares a R$ 2,838. O operadordisse queos investidorescontinuam naexpectativaem relaçãoaovencimento de US$ 2,521 bilhões em contratos cambiais no próximo dia 2 de fevereiro.
Risco – Depois de umdia sem operações por causa de feriado nosEstados Unidos,os indicadores de risco brasileiros voltaram a ser negociados ontem, semvariações significativas.A taxaderisco doBrasil calculada pelobanco americano JP Morgan Chasetinha queda de0,69% às 18 horas, para 430 pontos-base, de acordo com a Enfoque Sistemas. Os C-Bonds, principais títulos da dívida externa brasileira, operavam em alta de 0,12% no horário, negociados a 100,50% dovalor deface, tambémsegundo a Enfoque.
Bolsa– A BolsadeValores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta ontem,pelo terceiro pregão consecutivo. O Iboves-
pa, principal indicador da bolsa paulista,subiu 1,26%,para 23.678pontos.A alta,porém, ainda foi insuficiente para o índice ultrapassar24.000 pontos. Com o resultado, o Ibovespa passa subir 6,4% no mês. O girode negóciostambém diminuiu nabolsa.O volume somou ontem R$ 1,084 bilhão, R$ 500 milhõesabaixo da média recente. (RA/Reuters)
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Háumano, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva escolheu oFórum Econômico Mundialde Davos, na Suíça, para fazersua primeiragrande aparição internacional e pediraos reis da economia e da política de todo o mundo que apoiassem sua luta contra a pobreza.
Nesse ano, Lula não comparece à cúpulados principais líderes empresariais e de membros de bancos centrais que será realizadade hojeatédomingo. Também não vão estar lá o pre-
sidente argentino Nestor Kirchner, o chileno Ricardo Lagos, o mexicano Vicente Fox ou o peruano Alejandro Toledo. O Fórum, que defende o livre mercado e os investimentos externos, perdeuo charme entre os líderes latino-americanos.
Lula, Kirchner e Lagos já se levantaram contra os Estados Unidos ea Europa naquestão dos subsídios agrícolas, da guerra do Iraque e sobre o fracasso das políticas de livre mercado na melhora da situação econômica da região. (Agências)
Oschineses estão lotando aviões, trens e ônibus, sem medo da SARS e dos preços extorsivos.Quando chegao Ano Novo Lunar, eles viajam para aproveitar oferiado. Ogoverno calcula que cerca de 1,89 bilhão de viagens serão feitas na porção continentalda China, durante a temporadade turismodoFestival deVerão,marcadas para amanhã,quando começa o ano novo. Cerca de 295 milhões de chineses(amaioria estudantese trabalhadores) estarão dirigindo carros. É como se toda a população dos EUA decidisse irparaa estradaaomesmo tempo. (Reuters)
Milhares de muçulmanos xiitas marcharam pelas ruas de Bagdá exigindo a execução de Saddam Hussein, em mais uma demonstração de força da maioria religiosa que viveu oprimida sob o regime do ditador deposto. Acredita-seque estatenha sidoa primeirademonstração públicapela morte de Saddam desde sua captura, em 13 de dezembro.
“Saddam é criminoso de guerra, não prisioneiro de guerra! Executem Saddam!”, gritava a multidão, estimada em cinco mil pessoas.O Departamento deDefesa dos EUA considera Saddamum prisioneiro de guerra,mas diz que esse status não impede que seja julgado no Iraque.
Najaf eKarbala – Manifestações semelhantes,com centenas depessoas, ocorreram nacidade deNajaf.Outros milhares foram àsruasem Karbala, cidade sagrada, para
Explosão de mina mata cinco pessoas no Afeganistão
Uma mina explodiu ontem sob umveículo pertencente aogovernodo Afeganistão, matandotrês civise doissoldados afegãos. O ataque ocorreu no distritode Char Chino,área remotadaprovíncia de Uruzgan.
O representante da administração distrital, AbdulRahman, disse que a mina fora provavelmente plantada por militantesdo Taleban para atingir forças dos EUA que lutam contra a resistência. (AE)
exigireleições e condenar a ocupação americana. Seos iraquianosum diavirem Saddam Hussein no banco dosréus, vãoquerem também que seus ex-aliados americanos estejam algemados ao lado dele. "Saddam não deveria sero único julgado.Os americanos o apoiaram quan-
doele estava matandoiraquianos,e porissodeveriam ser processados'', disse o construtor Ali Mahdi. Julgamentro – Atéagora, o Conselho de Governo nomeadopelosEUA noIraquedizia queele seria julgado em um tribunal especial porjuízes iraquianos. Como prisioneiro
de guerra, Saddam, acusado de enviar milhares de iraquianosparavalascomuns, pode termaisdireitosdoque alguém suspeito de crimesde guerra. (Agências)
A cantora RitaLee, estrela das comemoraçõesdos 450 anos de São Paulo, voltou a criticar a capital paulista, durante apresentação do seu show "Balacobaco", no Canecão, Rio, na segunda-feira. Acantora disse que não poderia fazer críticas a São Paulo porque será uma das principaisatrações dafestade aniversário da cidade, mas deu opiniões: "Quem sabe fazer festa écarioca.São Paulonão sabe fazer festa. Mas quem disse queSão Pauloprecisa fazer festa? São Paulo é bom para ganhar dinheiro".
Antes de cantar uma de suas novas composições, "Asmina
de Sampa" ( As mina de Sampa/sãotodas branquelas/pudera/praia de paulista é o Ibirapuera), Rita Lee disse: "A(mulher) paulistanão tem personalidade, não tem opinião". Dúbia,acrescentou mais adiante que ela também é uma "mina de Sampa". Acantoralembrou quena estréia nacionaldo show,em oitode janeiro, tambémno Canecão,ela jáhaviareclamadodas novascores daAvenida 23deMaio. "Colocaram uma corque contrastabem comas cores de São Paulo. Cinza", disse, arrancando risos da platéia. "Depois da minha reclamação, eles reagiram e mudaram a cor para cinza-gelo", acredita ela.
EM SÃO PAULO, CERCA DE 80% DAS EMPRESAS DE VALETS AINDA ATUAM DE MANEIRA ILEGAL
A prefeitadeSãoPaulo, Marta Suplicy, sancionou ontem projetodo vereador William Woo (PSDB)que regulamenta o serviço de manobristas emSão Paulo. A partirde agora, todo o setor terá de obedecernormasespecíficas pela lei. O proprietário do carro que fordanificado soba guardade um serviço de manobrista (valets)poderá processaraempresa para repararos estragos. Sea empresanão estiverregularizada, odono docarropoderáprocessar oproprietário doestabelecimento que contratou os manobristas.
O projeto foi elaborado a partir dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)que ouviue investigou diversasdenúnciascontra as empresas demanobristas. A CPI dosValets, presididapelo vereadorWilliam Woo,ouviu
ainda inúmerosrepresentantes de empresas de bares, além dedonos deestabelecimentos, de gerentes da Companhia de Engenhariade Tráfego(CET) e de diversos outros órgãos. No total, foram prestados 67 depoimentos em16reuniões ordinárias, além de dezenas de visitas aos locais para averiguar asdenúncias recebidas.ACPI constatou que existem em São Paulo pelo menos 200 empresas de valets, das quais 80% atuamnailegalidade. Umlevantamento feitocom osDistritos Policiais de Pinheiros, ItaimBibi eJardins,regiões onde há concentração de estabelecimentos,constatou que, entre maiode 2001 emaio de 2003, foramregistrados cerca de 200 boletins de ocorrência que citam danos causados por empresas de valets.
O que se verificou é que a falta de regulamentaçãofez com que o serviço crescesse sem regras. ACPIorganizouuma blitz na região de Pinheiros, emmaio, econfirmou que muitos manobristas desprepa-
rados abusam da velocidade, estacionamoscarrossobre as calçadas, avançam o farol vermelho.Há aindareclamações de objetos furtados, como aparelhos de som dos veículos, e até mesmo batidaseroubos
dos carros. "Estou muito feliz e satisfeito, porque esse é oresultado de um trabalho árduo, que trará benefícios imediatos à população da cidade de São Paulo", comemorou Woo. Fernando Lancha
Os metroviários de São Paulodecidiramna noite deontem, em assembléia na sede do sindicatoda categoria,naZona Leste, suspendera paralisação de 24 horas que estava programada para hoje. Eles atenderampedido dajuízaVânia Paranhos, que realizou audiência de conciliaçãono Tribunal Regionaldo Trabalho, entre sindicalistas e diretores do Metrô. A paralisaçãoestá adiada até opróximo dia 27, quando será feita nova audiência e nova assembléia. Comaparalisação,os me-
MURO NOVO – As comemorações dos 450 anos de São Paulo podem ser percebidas nos mínimos detalhes do cotidiano da cidade. Ontem, o muro do cemitério da Consolação, próximo ao centro, recebeu nova pintura com motivos abstratos que pretendem inspirar tranqüilidade.
troviáriosquerem protestar contra as demissões de cerca de 300 funcionários–a maioria aposentados–,que começaram no anopassado.Embora tenham adiado aparalisação, osfuncionários decidiram manter o estado de greve. A direção do Metrô, que se mantinha irredutívelem rever asdemissões egarantiaque elascontinuariam, decidiurecuar. Paraevitar a grevede 24 horas, o Metrôse comprometeudurante audiêncianoTRT a suspender a homologação das últimas demissões. Cerca
de 120 pessoas foram dispensadas na semana passada, de acordo com a empresa.
A direçãodo Metrôgarante queasdemissõestêm como objetivoa reduçãode gastose quenãoprejudicarãoos setores de manutenção ou operação.Segundo oMetrô,muitos dos demitidos já são aposentados peloINSS e têm direito a um suplementosalarialpelo instituto de previdência. O Metrô tem cerca de 8.000 funcionários. Todosos diascerca de2,5milhões depassageiros utilizam os trens da empresa.
Os metroviários de São Pauloprotestam contraasdemissões de funcionários aposentados, que vêm ocorrendo desde o ano passado. Caso a greve sejadecretada não devedurar mais do que 24 horas. Osindicato dos metroviários alega que a explicaçãodo Metrô para as demissões (corte de custos) são injustificáveis. Para o presidente do sindicato, Flávio Godoy,cada demitido recebe salários que chegam a R$500enquantopessoas que ocupam cargos de confiança receber R$ 4 mil. (FL)
MÚSICA NO VIADUTO – O cantor Agnaldo Timóteo foi o alvo das atenções ontem, no viaduto do Chá, em pleno coração de São Paulo. Atrás de uma banquinha ele vendeu CDs a seus fãs paulistanos. Com autorização da Prefeitura, Timóteo disse que chega a vender 500 CDs por dia a R$ 10 cada um.
Os manuscritos do padre José de Anchieta que relatam a criação da cidade retornam hoje ao Pátio do Colégio, depois de uma viagem de 450 anos.
Fernando Lancha
As cartas escritas pelo beato Joséde Anchieta,queregistraram o nascimento da cidade de São Paulo,cruzam mais uma vez o oceanoAtlântico e chegam hoje à terra que o jesuíta ajudou a fundar em 1554.
Os documentos desembarcam no vôo 8097 da TAM, vindode Paris,quedevepousar emGuarulhos porvolta das5 horas da manhã. As cartas são um presente da Associação Comercialde São Paulo (ACSP)paraa comemoração dos 450 anos de São Paulo.
Ação conjunta – A vinda dos manuscritos deAnchietaé umaaçãoconjunta daACSPe daSociedade PateodoCollegio. A partir do dia 25, as cartas originais ecópias originais (também feitas por Anchieta) de cinco delas vão estar expostas ao público. O presidente da ACSP,Guilherme Afif Do-
mingos,vaireceber os documentos que, segundo ele, são a certidão de nascimento de São Paulo. Os manuscritos, abençoados pelo papa João Paulo II, foram liberados pelo Vaticano porgestões, entre outros, do padrePedro Melchert,diretor da Sociedade Pateo do Collegio. Jovem empreendedor –Com apenas 19 anos,Anchieta participou da fundação da cidade. Suas cartas retratavam os avanços dos seus trabalhose odeoutros jesuítas, bem como o progresso da entãoAldeia de Piratininga. Nacarta de número três, encaminhada aPortugal aos "padres e irmãos de Coimbra", no dia 15 de agosto de 1554 – menos de oito meses depois da fundação da cidade –retrata suaalegria pelosavanços que conseguiu na catequese e alfabetizaçãodos índios, especialmente das crianças. "Estamos, como lhes escrevi, nesta Aldeia de Piratininga, onde temos uma grande escola de meninos, filhos de índios, ensinados jáa ler eescrever, e aborrecem muitoos costumes deseus pais, e algunssabem ajudaracantara missa. Estes são nossa alegria e consolação, porque seus pais não são muito domáveis, posto que sejam muito diferentes dos das outras aldeias, porque já não ma-
Em seus textos, Anchieta (abaixo) falava sobre a saudade que sentia de seus irmãos padres em Coimbra, Portugal, como mostra o texto traduzido e reproduzido no fac-símile à direita.
tam nemcomemcontrários, nembebem comodantes",escreve Anchieta. Namesmacarta, obeatoretrata aquela que talvez seja uma dasmaiores características denossacidade:aatração de pessoas de fora para fazerem daqui o seu lar. "Dia de São Lourenço, se deram algumasroupasa alguns deles, do pano que El Rei nos dádeesmola,coisa comque folgam muito. E assim quase todas as noites se juntam a can-
tarcoisas deDeusem sualíngua. Alguns de outras aldeias se vêm fixar nesta aldeia com suas casas", contao beatoAnchieta em sua carta.
Opadrereclamado tempo que uma carta leva para chegar a Portugal.Segundo seusrelatos, apenasde ano emano um navio aportava para trazer e levar mensagens paraPortugal. Porisso,os jesuítas criaram um método para que suas correspondências não fossem perdidas: faziam cópias de suas
seus escritos, Anchieta
os
Assimina Vlahou, de Roma Entreascartas dopadreAnchietaquechegamhoje aSão Paulo, uma serárecebidaem forma digital, num CD Rom. Trata-seda famosacartaque contadetalhessobrea "cabana de palha que media 10 passos por 14", construída por Tibiriçá e queregistra oinício daaldeia que, posteriormente, setransformará em vila e, enfim, na cidade de São Paulo. Trata-sede umacópiado rascunhoda carta–umaminuta de 1554, cuja versão definitiva se perdeu e talvez não tenha chegado jamais à sede da Companhia deJesus, em Roma. Normalmente, os relatórios enviadosdas colôniaspelos jesuítas à Cúria, a cada quatro meses, eram escritos primeiroem rascunho edepois passados a limpo. Os mais importantes eram expedidos em duasvias,emnavios diferentes, para evitar o risco de extravioou perdadosdocumentos em algum naufrágio.
A autenticidade dessa carta, copiada paraum suportedigital, não écolocada em discussão,jáqueodocumento passou poruma análisepaleográfica,segundo informoupadre Luis Rodrigues, responsável pela bibliotecada Companhia de Jesus,em Roma, onde os documentos ficam guardados. Segundo ele, a carta é conside-
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rada como o registro da fundação da aldeia porque conta detalhes sobre a construção, pelosjesuítase comaajudados índios,da escolajesuíta que deu origem à cidade. "Na época, as pessoas que escreveram essascartas nãotinham idéia de estarfundando umacidade", esclarecepadre Rodriguesem entrevistaao Diário do Comércio. Ele alerta para o erro de interpretar os escritos pela ótica atual, sem levar
Paulo não nasceu de uma ação premeditada. Na aldeia, que depois recebeu o nome deSãoPaulo, ocorreu basicamente a instalação deum primeironúcleo de brancos, segundo explicações de padre Rodrigues. "O objetivo erafundar uma aldeia que, depois, se expandiu com a ação evangelizadora dos jesuítas, dos soldados que os acompanhavam e por meio do contato com o comércio. Pou-
em consideração que se trata de um conjunto de documentos do século XVI. "Só hoje, olhandopara trás, podemosdizer que elas representam um registro de fundação".
Na visão do religioso, as cartas que o padre Pedro Melchert trazhojeaSão Paulo–otexto digital e o volume de 568 páginascom 17manuscritosde Anchieta,além dosrelatórios deoutrosjesuítas– representam o que pode ser definido como a certidão de nascimento deSão Paulo. Nãoapenas o documento que tevea versão digitalizada.
Ao contrário do que aconteceu em São Sebastião, por exemplo, onde houve uma ação explícita de fundação, São
O manto de Anchieta está em exposição ao lado da capela no Pátio do Colégio. Em tecido castanho claro, a peça ficou em Portugal de 1760 até a década de 80, quando retornou ao Brasil. Apesar do desgaste, o manto ainda mantém sua estrutura intacta.
coa pouco surgiu uma vila". Na opinião do responsável pela biblioteca da Cúria dos jesuítas, ointeressedesses religiosos, mandados para ascolônias como missionários, não era registrar o desenvolvimento do comércio,mas informar o padre geral a respeito dos progressos daevangelização – sua missão principal. O rei havia recebido aquelasterrasapartirda bula da Cruzada e,para manter sua autoridadeegarantira posse sobre o território, precisava garantir a evangelização. Por isso, envioufranciscanos, capuchinhos,jesuítas e,posteriormente, dominicanos àcolônia. A preparação intelectual dos religiosos permitiuregistrar ahistória da colônia.
cartase asremetiam porrotas diferentes para Portugal. Na próxima quinta-feira, dia 23,o Diáriodo Comércio publica um caderno especial sobreAnchietae uma revista de 140 páginas com a íntegra das cartas do beato e sua tradução. Esse material vai estar disponível também na Internet no site w w w .d c o me rcio.com.br/anchietas Cortejo – Hoje, o traslado dascartas do Aeroporto de Guarulhos até o Pátio do Colégio, emSão Paulo,será acompanhado por um cortejo especial com policiais civis e militares.A exposiçãodas cartasfaz parte das comemorações oficiais do aniversário da cidade. Na seqüênciadas comemorações, diversoseventos estão previstos para o dia 25. Um bolo de 450 metros de comprimento começou a ser feito ontem no bairro do Bixiga. A nova sede daPrefeitura,aolado do viaduto do Chá, também vai ser inaugurada. Haverá ainda uma grande paradana avenida 23 de Maio, que estará fechada ao tráfego,e um baile de gala na noite do dia 25, com apresença deautoridadesestrangeiras. Obaile seráno Palácio das Indústrias, que vai deixar desediar aPrefeitura para abrigar o Museu da Cidade. Às21horas, umshowno Anhangabaúencerraráas comemorações oficiais.
ACSP CONCEDERÁ PRÊMIO A SETE EMPREENDEDORES
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Cia. Melhoramentos, que anualmente premiam um empreendedor brasileiro, entregam na próxima quinta-feira o Prêmio Antônio Proost Rodovalho a sete empreendedores que contribuíram para o crescimento da cidade de São Paulo: o advogado José Martins Pinheiro Neto, os empresários Antonio Ermírio de Moraes, Samuel Klein e Valentim dos Santos Diniz, o banqueiro Olavo Egydio Setúbal, o médico Adib Jatene e Dorina de Gouvêa Nowill, fundadora da fundação de apoio a deficientes visuais que leva seu nome.
A entrega dos prêmios acontecerá no Pátio do Colégio, às 20 horas, numa cerimônia elaborada para comemorar também os 450 anos da cidade de São Paulo. O evento será marcado pela encenação de uma peça de teatro especialmente escrita, dirigida e montada para a ocasião.
O Auto do Empreendedor foi escrito pelo dramaturgo José Antônio de Souza e conta a história de São Paulo por meio de um diálogo entre o beato José de Anchieta, o empresário Antonio Proost Rodovalho e o personagem fictício Silvano.
Ao longo da história, os empreendedores laureados neste ano serão citados por Anchieta e terão suas principais contribuições ao desenvolvimento da cidade destacadas. Dirigido por Bárbara Bruno, o espetáculo terá uma apresentação única no dia da premiação e traz no elenco Nicette Bruno, Paulo Goulart, Tadeu Di Pyetro, Paulo Goulart Filho e Atílio Bari. Neste ano, para evitar interrupções no espetáculo, os premiados não subirão ao palco para receber o prêmio.
Asfestasde comemoração dos 450anos sãoresponsáveis por uma redescobertade São Paulo. Depois de 25 anos, a dona de casa paulista Maria Aparecida RodriguesPuppo,por exemplo, voltouao centroparavisitar oPátiodo Colégio,a PraçadaSée aPraçadaRepública.Dosedifícios ItáliaeBanespa, viu acidadedoalto e ainda visitou o Teatro Municipal.Enfim, elachegou aoMuseu Paulista ( o Museu do |Ipiranga) e ao sítio histórico onde foi proclamada a Independência do Brasil. "Sempre tive vontade de fazer esse passeio. Agora, quero conhecera nascente dorio Tietê,aCantareira erever a Estação da Luz", diz, emocionada,a moradora de Santo André. Como dona Maria muitosoutros paulistas resolveram explorar palmo a palmo a cidade. Nas últimas semanas, cariocas, mineiros e moradoresdo Interior e de municípios da GrandeSão Paulopodiam serobservados percorrendo oParque
da Independência. "Estive no Museu Paulista quando era moleque.Agora, vim revertudo", dizoauxiliar decréditoWellington Guedes,de Jandira.Ele aproveitava uma folga para o passeio.
Como parte dos festejos do aniversário da cidade, o Parque da Independência, onde fica o Museu do Ipiranga, será restaurado. As obras já começaram e serão registradas pela fotógrafa Sheila Farah para um livro e uma exposição.
Projeto restituirá forma original aos jardins franceses
Vida cotidiana – Popularmente conhecido como Museu do Ipiranga,o Museu Paulista guarda mais de 100 mil objetos, fotos, documentos escritos e peças de mobiliário que contam muitoda históriada cidade."Há uma gama variada de objetosdocotidiano edofazer diário da casa, do comércio e da indústria paulistana. Eles ajudamareconstruir ahistóriada cidade, especialmente da metade do século XIX até 1940", afirma Denise Peixoto, que respondepelo serviço de utilidade educativa do museu. Além do famoso quadro de Pedro Américo, retratando o grito daIndependência àsmargens do Riacho Ipiranga, opaulistano pode ver, por exemplo, o retratoda Fundaçãode São Paulo, pelos olhos do pintorOscar Pereirada
Distrital da ACSP oferecerá nova bandeira
Sexta-feira, no museu, será aberta a exposição Olho Cíclico – visualidade no século XIX. No sábado, dia 24, às 8 horas, acontece a cerimônia de substituição da Bandeira Nacional do Monumento da Independência. A cerimônia é promovida pelo Movimento Cívico do Ipiranga e pela Associação Comercial de São Paulo – Distrital Ipiranga. "A cada quatro meses essa cerimônia é realizada. A Distrital Ipiranga assumiu esse compromisso há seis anos e envolve toda a comunidade no evento, convidando autoridades,
estudantes e representantes das três Armas e policiais militares para participar", diz Reinaldo Bittar, diretorsuperintendente da Distrital Ipiranga da ACSP. O objetivo: manter a Bandeira Nacional no Monumento à Independência sempre em ordem. Bittar lembra que o Parque da Independência é o orgulho do bairro. "Restaurar os jardins, o chafariz e o monumento sem descaracterizar o parque alegra os moradores do bairro, que não abrem mão desse espaço como área de convivência e prática de esportes", diz. (TM)
Silva,num óleo sobretela de 1909 quemostraos13jesuítas que criaram o Colégio no centro da São Paulo de Piratininga. A sala de visitada família de Jessy e Augusto de Souza Queiroz faz o visitante entender a vida da elite paulistana do final doséculoXIX,enriquecida à custado comérciode café.Os móveis de quarto do embaixador José Carlos de Macedo Soares,um dos líderes daRevolução Constitucionalista, também podem ser vistos. Um paulistano que gosta e precisa saber mais de sua cidadevai encontrarno Museudo Ipiranga um pouco da história do comércio revelada por fotos epublicidade dadécada de10. Estãoretratados oMercado
Caipira e os vendedores ambulantes, que distribuiam gêneros de primeira necessidade em carroças. "Ao lado de um comércio variado e requintado, conviviam uma multiplicidade de estabelecimentos de pequeno porte",enfatiza alegenda das fotos. Documentos epeças históricas daSão Paulo antiga não faltam. A produção da nascente indústria paulista se revela por meio dos tijolos fabricados nas olarias do Estado, entre elas a fábrica de AntonioProost Rodovalho, fundador da
Associação Comercial de São Paulo. Destacam-se uma pia bastimal do século XVII, que pertencia à Igreja do Pátio do Colégio, e a lápide sepulcral do túmulo de Antonio Afonso Sardinha e sua mulher Maria Gonçalos Rodrigues, retirada da mesma igreja. O Museu Paulista, projetado por Tommazzo Bezzi em 1882, foi construídoentre1885 e 1890. Oprojeto foiexecutado como parte dos festejos do Centenário da Independência einaugurado em1895,masa ornamentação interna só ficou pronta em 1917, quando o historiador e escritor Affonso Taunay assumiu a direção do museu e organizou as oito salas de modo a contar a história do Brasil e de São Paulo.
O Parque da Independência foi contemplado esteano com umagrande obraderestauração. O chafariz, os jardins franceses que ficam em frente ao Museu Paulista e o Monumento à Independência serão restaurados.
No chafariz,as obrasde recuperação das instalações hidráulica eelétrica – que deixaram de funcionarhá cerca de um ano – já começaram edeverão estar concluídas para osfestejos da Independência, em7 desetembro. Aobra vaidemorar nove meses e exigir o trabalho e pesquisa de cerca de 40 especialistas de um pool de empresas, entre elas a Companhia de Restauro e a Farah Service. Considerado um dos mais beloschafarizes doBrasil, aestrutura tem 4,5 mil metros qua-
dradose é ornamentada com esculturasdepeixes evasosricamente trabalhados. Os tijolos ainda são os originais, com a marca I*B, Império Brasileiro. Projetado pelo arquiteto Mário Whately, da equipede PrestesMaia,o chafariz funciona graças a um sofisticado processo. "A água sai de um reservatóriosuperior e enche uma primeira vasca (tanque), depois vai enchendo as s u bs e q üe n t es . Em seguida, o líquido passapara uma vasca central, transborda para as laterais,formando cascatas, até chegar ao último nível, onde estão os bicos de água, retornando, então, para oreservatório superior por conta da lei da gravidade", detalha o arquiteto residente da Companhia de Restauro, Márcio Valença. Para recuperar as esculturas,
os peixes e osvasos que ornamentam a fonte, o restaurador Márcio Leitão aindaestápesquisando acomposiçãodos materiais.
Paralelamente, afotógrafa e artista plástica Sheila Farah acompanhará passo apasso as obras no parque, registrando a situação anterior do Parque da Independência, a transformação e seus freqüentadores. Todo esse materialvai compor o livro Além dos Jardins do Ipiranga. A obra, com 150 páginas e cerca de 200 imagens, pretende revelar quemfreqüentava e quem vai ao parquehoje e como é esse uso. A publicação será editada pela Neat Construção deMarcas, como patrocínio do Banco Real.
Nesse pacote vem outro presente.Uma exposiçãocom painéis gigantes, reproduzindo as fotos do livro, mesclando o parque e seus freqüentadores de várias épocas. (TM)
Pássarose saguis atraem a atenção das pessoas que circulam pelos jardins do Parque da Independência. São 124 mil m²de vegetação,divididosem um bosque (com árvores centenárias) de 32 mil m², um gramado com67,9 milm² euma área ajardinada. No jardim principal – que fica emfrenteao museuefoi projetado pelo paisagista belga ArsênioPuttmans– sobressaemastopiáriasde bruxos. Esse espaçotambémserá restaurado, voltando à forma original. "O projeto foise adequandoaotempo,jáque as plantas que ainda são as mesmas ganharam corpo", diz a fotógrafa Sheila Farah. Monumento – Omonumento àIndependência,assinado pelo artista plástico EttoreXimenez,inaugurado nas comemorações do centenário da Independência, é umdos atrativos do parque.Desde 1952, uma capelaconstruída no local abrigaos restos mortais de D. Pedro I e das imperatrizes brasileirasD. Lepoldina e D. Amélia de Beauharnais, esta últimaesposaemsegundas núpcias do imperador.
A Casa do Grito, a simples casade tropeiropaulista do quadro de Pedro Américo, também pode servisitada. O documento mais antigo sobre a sua origem data de 1884. Ela já abrigou o Museu do Tropeiro e no Quarto Centenário de São Paulo ganhou mais uma janela paraficar igualà imaginada peloartista.Em1981, após pesquisas arqueológicas, novamente a edificação em taipa voltou à sua forma original: despida da janela. Para osvisitantes, avisita só fica comprometidapor uma únicafalha:o Departamento de Patrimônio Histórico da SecretariaMunicipal deCultura, que administra olocal, não dispõe defolheto explicativos e também não disponibiliza guias preparadospara explicaressabela históriaaosinteressados. (TM)
Os líderes comunitários trabalham, sem receber qualquer remuneração, para ajudar a tornar a vida dos moradores das favelas menos problemática
Kety Shapazian
A São Paulo que completa 450 anos no próximo domingo abre os braços e acolhe pessoas detodosos lugares. Muitos não vêem seus sonhos realizados: uma oportunidade de trabalho que não aparece, a chance decrescer que nãosurge, o desejo derealizar-se profissionalmenteque nãoseconcretiza. Outros decidem fazer acontecer, tornando o dia-a-dia dos moradores de algumas das tantas favelas da cidade um pouco mais suportável.
O que aconteceria se não existissem cidadãos comoo Aguinaldo,aBélgica eoJoséRolim?
Provavelmentea correspondência não seria entregue, computadores com acesso à internet seriam coisa de outro mundo, cursos de inglês e administração de empresas nãoseriam ministrados e baseball, um esporte tão distante da paixão nacional, não passaria de piada sem graça.
Quem passa pela avenida Mutinga,emPirituba, zona Oeste de SãoPaulo, pensa que precisa ter dinheiro para jogar baseball naquele terreno. "É esporte de rico,mas aqui se aprendede graça",fala oparanaenseAguinaldo Veríssimo da Silva, fundadordo projeto Baseball Popular.
Para o pernambucano –natural de Garanhuns,como o presidente LuizInácio Lulada Silva– José da SilvaRolim ser morador da segunda maior favela dacidadeé motivodeorgulho. Rolimcomeçaráem abril seu
quinto mandato comopresidente da Uniãodos Moradores e do Comérciode Paraisópolis. "Sou um homem realizado." Bélgica Robertinam Lins, de 47 anos, nasceuna Argentina e com um ano deidade veio com a família de uma tia morar em Votuporanga. Mudou-se para a favelaTiquatira, Penha, zona leste, em 1982,e, desde então, ajuda as mais de mil famílias que moramamontoadas embarracos em umterreno que começa ao ladoda linha do treme termina à beira da marginal Tietê. Se Rolim é o "prefeito" de Paraisópolis, Bélgica estáà frente
trabalhava como doméstica.
da Tiquatira. Tudo e todos passampelacasadestamulher de sorriso bonito e aberto. O dia começa cedo paraBélgica, que acorda às 4h para colocar comida no fogo para o marido. "Nãoadmito queeleleve marmita requentada para o trabalho", diz, enquanto mostra a pilha de correspondênciaque tem para entregar. Bélgica ajuda –sem ganhar nada em troca–o carteiro, já queé na casa dela que o funcionário dos Correios deixao calhamaço de cartas e contas para ser distribuído. "Aqui está a correspondência da Viela1", avisao carteiro.Na favela doTiquatira, aViela 1é
O "PREFEITO" JOSÉ ROLIM DA SILVA LEVOU MAIS DE 50 PROJETOS SOCIAIS PARA A COMUNIDADE
"Agora, querotrazer paracá alguém quevenda passagem aérea para o Nordeste a preços populares", deseja o pernambucano José Rolim da Silva, de 40anos. MoradordaParaisópolisdesde 1979,Rolim,casado e pai de cinco filhos, é o responsável por levar para a favela mais de 50 projetos sociais.
A primeiraconquista foium postoautorizado dosCorreios. "Oprimeiro dentrode umafavela no País", orgulha-se. Se não tivesse o posto, os 65 mil moradores da Paraisópolis teriam de ir a Pinheiros ou Santo Amaro. Atualmente, oito mil crianças e jovens freqüentamescolas na comunidade (osmoradores não gostam do termofavela, considerado pejorativo). Ainda não é o suficiente. Existem quase milcrianças fora daescola. Mas Rolim avisa quehá uma ação pública contra ogoverno do Estado e a prefeitura para que as vagas sejam preenchidas. Rolim fez da Paraisópolis uma favela que quase não se encaixana definiçãodapalavra.
Existem2.018 favelasnamais ricacidadedo País,segundoa Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Nenhumaé iguala Paraisópolis. Sualocalização, porsi só,já é umdosmaiores paradoxosde São Paulo. Situada no bairro do Morumbi,a favela tem como vizinhos prédios de luxo, cujos apartamentos são vendidos por
centenas de milhares de reais. O contrasteparece nãoatrapalharo cotidiano.Moradores dafavela trabalhamnoMorumbi. Moradores e alunos de escolas do bairro prestam serviço voluntáriona favela.Graças a Rolim, ela tem um posto de saúde de primeiro mundo. O Albert Einstein construiu um ambulatório ondetrabalham profissionais do hospital e todo medicamento é gratuito. Alista deconquistas doprefeito é enorme. O Colégio Santo Américo mantém duas creches. A prefeitura, em parceria com a
José Rolim da Silva é incansável e levou para a comunidade desde o acesso gratuito à internet até um posto de saúde financiado pelo Albert Einstein
União dosMoradores, fornece acesso gratuito à internet. Há o Espaço Bovespa (quadra poliesportiva), uma agência bancária, umalojada empresadeônibus São Geraldo. E por aí vai.
Aúltimade ZéRolimfoi convencer aMicrosoft ainstalaroutro Telecentro."Noque já temos, o sistema operacional é oLinux,então, precisamosde computadorescom Windows", explica ele. (KS)
mais conhecidacomo "Pé Sujo". "Porque lá é muitoruim, mesmo", conta Bélgica. E não é só correspondência que esta mulherincansável entrega.As listastelefônicas,as "caixas grandes" de Sedex, as intimações do Fórum eas da Polícia Militar eaté uma menina de 16 anos que o Conselho Tutelar um dia lhe confiou. Bélgica alimentou a garota, que ficou a tarde inteira sentadano sofádasalasimplesda "prefeita".Ànoite, foiatrásda mãe da menina porque "ninguém veio buscá-la".
Dedicação –"Meu trabalho é para a comunidade. Quando um barraco pega fogo, corro até a Secretaria deHabitação e DesenvolvimentoUrbano. Não desisto, bato o pé,volto no outro dia", diz Bélgica, que só estudou até a 4ª série e, aos sete anos,
Elaconsegue passagem para quem deseja voltar à terra natal, vaga em escola e uniforme para as crianças, carteira para os idosos usarem transporte de graça e, principalmente, moradia. Esta paulistana de coração já tirou cerca de30 famílias dafavela e as instalou em apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano. Bélgicapercorreas vielasda comunidade, daqualcuida "com muito amor", com panfletos da Defesa Civil sobre o plano "São PauloProtege", implantadopela prefeiturapara diminuirostranstornos causados pelas chuvas de verão. Nele, está escrito que "todaa administração trabalhará integradamente para diminuir os prejuízos provocados pelas enchentes."
Enquanto faz o trabalho da Subprefeitura da Penha (a dis-
tribuição dos panfletos), Bélgica mostra o esgoto que corre a céu aberto, serpenteando os barracos, e diz: "Estou vendo que vou ter detirar domeubolso para consertar isso. Não dá para ficar esperando, é fossa pura".
A "fossa pura" passa na porta do barraco do vendedor Ariclenes PereiradosSantos,de16 anos."DonaBélgica éminha cliente", falao rapaz,que vende –à prestação– tábua de passar roupa,sapateira, fruteira."Fruteira épara quemtem dinheiro paracomprar fruta",interrompe a mãe do jovem. Sem marido, sem emprego, comsete filhos e umanetapara cuidar,amulher resume aimportânciada simples existênciade Bélgica."Não sei o que seria disto aqui", afirma a mulher que moraem frente à fossa que Bélgicapromete consertar. Nem que seja com dinheiro do próprio bolso.
Pirituba tem
AGUINALDO VERÍSSIMO DA SILVA QUER EVITAR QUE JOVENS ACABEM
COMO ELE, NA FEBEM "Se nãoestivesseaqui,estariana favelausando droga,estariano crime.Roubando. Matando", diz, sem pestanejar, o estudante Emerson Silva Santos, de 16 anos, enquanto espera asua vezpara retornar ao jogo de baseball. Apartida aconteceemum terreno localizado na avenida Mutinga,emPirituba, zona leste deSão Paulo.O responsável por não permitirque Emerson e outras 79 crianças e adolescentesviremmeros números em estatísticas policiais é AguinaldoVeríssimo da Silva, de 32 anos. "Falo sempre para eles sobre o tempo perdido da minha vida." Entre 1987 e 1990, Silva passou quatro vezes pelaFebem (Fundação Estadualdo Bem-
Estar do Menor).
Como saco vazio não pára empé,antesdotreino começar, osmeninos –quase todos moradoresdas favelasNassau e Anastácia– tomam café com leite e comem pão com margarina. Silva avisa queo café está pronto. Eles fazem uma breve oração, se alimentam e correm para o campo, feito em mutirãopelacomunidade.É hora do aquecimento. Umdos garotos calça chinelos. Outros vestem uniformes completos. Para aprender baseball, não bastafreqüentar aescola, tem detirar notaboa, obrigaSilva. "Quando não estouna escola, estou aqui. Nas férias, fico o dia inteiro jogando baseball", contaAudeneirRamos da Silva, menino alto para os seus 15 anos de idade. O jogo começa e o garoto que seaquecia de chinelos, agora corre descalço. "Strike", "fly ball" e "strike two" são algumas das expressõesque o trei-
nadorSilva, tambémjuizda partida, gritaaos seuspupilos. Mas, as broncas são em português mesmo. "Está com medo dabola?"e "paredearrumaro sutiã" ecoam pelo terreno cedido pela prefeitura. Silva já conseguiu provar que osmeninos têm talento. Catorze de seus jogadores atuam por times da Federação Paulistade Baseball.ReginaldoSouzaCruz,de13 anos,e treinando hácinco comSilva, joga pelo Anhanguera. Recebe,por mês,uma cestabásica e, "às vezes", R$10 ou R$20 no final da partida. Cruz sonha jogar nos Estados Unidos. "No Gigantes", diz, referindo-seao NewYork Giants, talvez o mais famoso timedebaseball doplaneta.Silva sente orgulho de seus meninos. Porém, tem medo da prefeitura. "Eles já avisaramque vão construir aqui a sede da Subprefeitura de Pirituba e nós teremos de sair." (KS)
Analistas da área de segurançapediramontem emDavos, na Suiça, uma reavaliação da "guerra contrao terror"e contestaram a afirmação do presidente dos Estados Unidos, GeorgeW. Bush,deestar fazendo deseu país um lugar mais seguro. Bushreservou grande parte do discurso sobre oEstado daUnião,para adefesa da "guerracontra o terror", afirmando aos americanos que o paísnão poderia falhar enem deixar o trabalho iniciado por terminar.
Perigo maior – Mas analistas independentes, na sessão de abertura do Fórum Econômico Mundial, disseram que, ao invés deaumentar asegurança, a "guerra contra o terror"e a invasão do Iraque serviram apenas para aumentarosperigos. "Não, não temos uma segurança maior", disse Jessica Stern, da Universidade Harvard(EUA). "Ingressar no Iraque como fizemos, sem um apoio internacional amplo, acaboupor aumen-
tar a capacidade da Al-Qaeda e deseus simpatizantes de 'provar' queoobjetivodos EUAé humilhar o mundo islâmico e não libertar o povo iraquiano".
Mais guerra e terror – Gareth Evans, ex-chancelerda Austrália e chefe do Grupo Crise Inter-
Soldados israelenses destruindo casasnum campode refugiados palestinosna fronteira de Gaza com o Egito mataramontem umamulher e feriram gravemente um menino, segundo moradores. O Exército de Israel alega que está destruindo um túnel usadoporpalestinos para contrabandear armas.
Durante a operação de ontem, soldadostrocaramtiros com militantespalestinos. Mona Ismail, de31anos,que passavapelo local,foiatingida por uma bala na cabeça e morreu no hospital. Sua irmã e outro parente, um menino de 13 anos, também foram feridos. Outro menino de 11 anos foi atingidopor disparos demetralhadorade soldados israelenses que davam cobertura para a operação. Ele está em estado crítico. (AE/AP)
Khatami, presidente do Irã, não poupou críticas aos EUA pela ocupação do Iraque e a invasão do Afeganistão. Irônico, perguntou aos jornalistas: onde está Bin Laden?
Khatami critica – O presidentedoIrã, Mohammad Khatami criticou ontem a política americananoOriente Médio, edisse que apressão dos EstadosUnidosnão teve nenhum papelna permissão concedida pelo país a inspeções internacionaisno seu programa nuclear. Em concorridaentrevista coletiva, ele questionou os resultados da invasão do Afeganistão edo Iraquepelos EUA. "Os Estados Unidos invadiram o Afeganistão para esmagar o (Osama) Bin Laden. Onde ele está? O perigo representadopela Al-Qaedadesapareceu?",perguntou aos jornalistas presentes.
nacional, disse que a Al-Qaeda e seus aliados haviam ampliado seu campo de operações desde osataques do11de setembro. "A verdade desagradável é que o resultado da guerra contra o terror, ao menos até agora, foi mais guerra e mais terror".
Grão-aiatolá pode mudar de idéia sobre diretas-já no Iraque
O mais influente líder dos muçulmanos xiitas iraquianos,o grão-aiatoláAlial-Husseini al-Sistani, pode mudar de idéiae provavelmentevaideixar delado sua exigênciade eleições diretas, se a ONU concluir que não há condições para issoagora. A afirmaçãoé do dirigentexiita Ibrahimal-Jaafari,membro doConselhode Governo, que esteve recentemente com o aiatolá. (AE/AP)
O presidente doIrã observou ainda, com relação à invasãodoIraque, queasrazõese objetivos alegados pelos EUA estão sendo desmentidos pelos fatos. Nãoforam encontradas armasde destruiçãodemassa, eos EstadosUnidos seopõem às eleições diretas. (Agências)
Uma greve de 24 horas dos funcionários do sistema ferroviário da França deixou ontem milhares defranceses a pé e provocouvários congestionamentos ao redorde Paris,intensificandoas manifestações contrao governo.As filasde carro e o nervosismo aumentavam ao redor da capital enquanto as pessoas tentavam chegar ao trabalho. "As duas paralisações têm como alvoos planosde reforma do governo, que estão piorandoa vida de todo mundo. Achoque asgreves sãojustas", disseOlivier Pens,umprofessor que trabalha em Paris. Os funcionários da SNCF, queemprega 180milpessoas, querem um aumento salarial de 6por cento eestão preocupados com os planosdaempresa de cortar 3.500 postos de trabalho neste ano. (Reuters)
Os temores sobre uma crise dagripe avícolapioraram,ontem,quando oVietnãadmitiu queperto de 900 mil galinhas possivelmente infectadascom o vírus mortal foram vendidas. Ao mesmo tempo, especialistas internacionais lutam para desenvolver uma vacina.
As notícias que aves potencialmentedoentes foramvendidas no Vietnã antes que fosse determinadoo extermínioem
massa provocou mais preocupaçõesentre os agentesinternacionais de saúde. Nguyen VanThong, diretor do Departamento Veterinário do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã disse quenão como saber"se essasgalinhasforam mortas e comidas ouforam destruídas".Isso, segundoele, "coloca a ameaça de a doença espalhar-se". (AE/AP)
Pedaço de satélite cai na Argentina e assusta moradores
Os habitantes de uma pequena aldeia, na província argentina de Corrientes, foram surpreendidos nanoite deterça-feira por "uma bola de fogo" que caiu do céu. Osprimeirosestudos identificaram como uma parte desprendida de um satélite italiano, informou ontema Força Aérea Argentina. O fato ocorreuemSan Roque, acerca de mil quilômetros ao norte de Buenos Aires. (AE/AP)
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Número de vagas na indústria brasileira cresceu em novembro, mas resultado não foi suficiente para recuperar o ano. Salários também subiram.
A indústriabrasileiraregistou ligeirocrescimento,de 0,1%, no número de postos de trabalhoemnovembro na comparação com outubro, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística(IBGE). Oresultado positivo,porém,nãofoi suficientepara melhorara comparação com 2002, quecontinua comtaxas negativas: queda de 1,4% em relação a novembroe de 0,6% no acumulado do ano.
Os valoresda folhade pagamentoe do númerodehoras pagas também tiveram ligeira elevação em relação a outubro. Aumentos de 0,1% e 0,2%, respectivamente. Entretanto, o bom desempenho foi sazonal. Segundo o IBGE, esse é o primeiro resultado positivo registradoemfolha de pagamento desdejulhode 2003.Mas,como nocaso do númerode vagas, tanto folhade pagamento quanto número de horas pa-
gam continuam emqueda em relação a 2002. Agronegócio em alta – Apesar do desempenho geral positivo,forampoucos ossetores quetiveram aumento nonúmero de vagas de emprego em novembro. Entre eles, os destaques foramos segmentosligados à produção agrícola e exportações.Nãoà toa,sãoos dois setores que puxaram o superávit da balança comercial. A má notícia é que os segmentos quemais dependem dorealpoderaquisitivo dos trabalhadoresforamos que mais sofreramretração. Deles, o maior destaque nacional é o devestuário, com quedade 11,9% no nível de emprego. Ano fraco – Na comparação com novembro de 2002, a quedano nível de empregode 1,4% é conseqüência domau desempenhoem 12das 14localidadespesquisadas. Segundoo IBGE, os estadosdoSudesteforam osque maiscolaborarampara a performance
negativa, especialmente São Paulo, com quedatambém de 1,4%, e Rio de Janeiro, com desempenho negativo em 4,4%.
Em SãoPaulo, houveredução no nível de emprego em 10 setores.Nodevestuárioa retraçãochegou a21,8%.Resultadoquesó intensificaapreocupação dos sindicatos ligados ao setor, como o dos comerciários, que teme que o varejo sinta o reflexo desses números e tambémdemita (veja reportagem abaixo)
Mais demissões – No acumulado do ano, as demissões superam as contratações em 10 ramos, com destaque para minerais não metálicos, com queda de 6,3%, e mais uma vez o de vestuário, com retração de 4,4%. Nacontramãodessa tendência nacional estão os setores dealimentose bebidas, queconseguiram registrarum aumento de 2,3%, e o segmento de máquinas e equipamentos, com alta de 6,2%.
Patrícia Büll
Apesar do nível de postos de trabalho ter se mantido estável ao longo de 2003, com retração de0,6%aténovembro, ocomércio deSão Pauloregistrou o maior número de homologações desde 1997: 50.335 pessoasperderamseus empregos ao longo de 2003. Esse número representa um acréscimo de mais de 30% em relação a 2002, quando foramrealizadas 38.317 homologações.
Na opinião do presidente do Sindicatodos Empregadosdo Comércio de São Paulo, Ricardo Patah,o resultado doano é basicamente um reflexo da políticaequivocada doiníciode 2003. Naquela época, o governo federal elevou para 26,5% a taxabásicade juros,a Selic
(que hoje está em 16,5%). "Com os jurostãoaltos,o primeiro desdobramentofoi a diminuição da massa salarial em cerca de 16% e uma demandareprimida porcrédito. Ou seja,oconsumidornão
comprou eo comércio precisou dispensar funcionários", afirmaPatah. Elesalientaainda que os resultados só não foram piores porque aconteceram inauguraçõesdeshoppingsesupermercados, oque
Começam napróxima segunda-feira as negociações com autoridades do Japão, Coréiado SuleTaiwan, paragarantir a abertura desses mercados para a carne brasileira. Hoje, umamissão lideradapelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, MaçaoTadano, viaja para a Ásia.
Acompanhado por representantes da cadeia produtiva de carnes bovina, suína e de frango,Tadano fará palestras sobrea situação sanitária da pecuária nacional.Os trêspaíses se tornaram potenciais compradoresdos produtos brasileiros, a partir da ocorrência do mal da vaca louca nos Estados Unidos, principal fornecedor de carne bovina para o continente asiático. Segundo o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o mercado asiático compra hoje cercade 450miltoneladas de carne bovina por ano dos Estados Unidos. Só o Japão importa130mil toneladas/anodo produto norte-americano.Ele lembrou ainda que o Brasil está discutindoa aberturadomercado dosEstados Unidospara
a carne bovina "in natura". Missão técnica– Uma missão técnica dos Estados Unidos visitará frigoríficos brasileiros em fevereiro, dando prosseguimento ao processo para autorizar o País a exportar carne verde para o mercado americano. O ministro acredita que as negociaçõesestejam concluídas até o final deste semestre. Na avaliação de Rodrigues, o cenário é favorável ao Brasil, não sóem relaçãoà carnebovina.Ele acreditaque emum aumentoda demandainterna norte-americana por frango, emrazão da doençadavaca louca. Isso, para ele, deve abrir espaço ao frango brasileiro em outros mercados,como orusso, por exemplo. O ministro projetou ainda um crescimento nas exportaçõesdemilhoe desoja, em conseqüência do problema sanitário enfrentado pela pecuária americana. Como efeito do surgimento da vaca loucanos Estados Unidos, Rodrigues estima que asexportações brasileiras do complexo carnes possam crescer em US$ 600 milhões neste ano, chegando a US$ 4,6 bilhões. (ABr.)
IGP-10 apura inflação de 0,76%, puxada por frutas e hortaliças
Osreajustes nos preçosde frutase hortaliças foram os principais responsávelpela elevação doÍndiceGeralde Preços -10 (IGP-10) para 0,76% em janeiro, ante 0,59% emdezembro. Oprimeiroíndice de inflação fechadode 2004 foi divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O coordenador de análises econômicas dainstituição, SalomãoQuadros,disse que a alta dosprodutos alimentíciosé sazonal, mas que será precisoatenção sobrealgumas matérias-primas industriais nos próximos meses. OÍndicede PreçosporAtacado -10(IPA-10), queé um dos indicadores que formam o IGP-10,passou de0,62%para 0,88% no período, impulsionadopelos hortifrutigranjeiros. "Ofoco daaceleração está nos produtos in natura pela sazonalidade", disse Quadros. Os outros dois índices que compõem oIGP-10, oÍndice dePreçosao Consumidor-10 (IPC-10) e oÍndicedeCusto da Construção - 10 (INCC-10) registraram percentuais positivos de 0,63% e de 0,19%, respectivamente. (AE)
resultou em contratações. Otimismo – Mesmo com um desempenho tão ruim em 2003, o otimismo que contagia todosos setoresdaeconomia chegou também ao comércio. Patah acredita que 2004 será um ano de retomada. "As reformas da Previdência e tributária,e agoratambém a do Judiciário, são extremamente positivas paraa economia brasileira. Alémde sinalizarem uma mudançade rumo do governo,mostram adisposição para a retomada do crescimento.Some-se a issoas quedassucessivas dojuros, quedesde janeirodo anopassado caíram 10 pontos, e temos sinais suficientespara otimismo", conclui. (PB)
O nível de emprego na construção civil do País caiu 0,46% em novembro de 2003 –o equivalente ao fechamento de quase 5.600 vagas. Em relação anovembrode 2002,osetor perdeu cerca de39.700 postos detrabalho(-3,21%). Osdadossão doSindusCon-SP (Sindicatoda Indústriada Construção Civil do Estado de SãoPaulo)e da GVConsult, combaseem pesquisadoMinistério do Trabalho. Naconstrução civilpaulista a quantidade de postos subiu 0,48%emnovembro, coma abertura de 1.700 vagas. Em 12 meses, entretanto, o setor em São Paulo continuaapresentando umaquedade quase
6.800 postos detrabalho (menos1,88%). Em novembro, o nível de emprego da construção civil nacapital paulista subiu 0,52% (891 vagas a mais). Desempenho regional – No resto do estado, também registraram crescimento significativoas regiõesdo ABCD,com 2,6% ou 428 vagas a mais, e Sudoeste (área da cidade de Sorocaba), com 1,09 % ou 338 postos de trabalho a mais. O emprego na região Noroeste (área de São José do Rio Preto) caiu 1,01%em novembro(112vagas amenos).Ainda houve queda naquele mês naregião Centro-Oeste (área de Bauru), com-0,71% ou 75 vagas a menos. (AE)
Ogovernovaifechar oprimeiro mês de 2004 batendo um novo recorde. A parcela da dívida mobiliária atrelada à variação da taxa de câmbio deverá estar, ao final deste mês, no menor nível já registrado pelo Tesouro NacionalepeloBanco Central desde dezembro de 1999, início dasérie história sobreo comportamento dadívida emtítulos do governo federal. Deacordo comochefe-adjuntodo Departamentode Operaçõesdo Mercado Aberto (Demab) do BC, Ivan de Oliveira Lima, com a decisão de pagartodoo vencimento de instrumentos cambiais(títulos e contratos de proteção contra variaçõesdo dólar –swaps) previstos parajaneiro, a parcela da dívida atrelada ao câmbio deverá cair abaixo de 20,75% dototal. Onível seráo menor járegistradodesde dezembro de 1999. "Como resgatamos tudo, provavelmente atingiremos o patamar maisbaixo da série", disse Lima. Os pagamentos feitospeloBancoCentral emja-
"Em 2003, dívida cambial interna teve uma redução de R$ 69,18 bi"
neiro somaram R$ 3,4 bilhões. Dezembro – Em dezembro, o estoqueda dívidamobiliária federalpassou aR$ 731,43bilhões, R$ 3,12 bilhões a mais do queosR$ 728,31bilhõesverificados em novembro. Do total,22,06% correspondiam a títulos indexados àvariação cambiale contratos de s wa p emitidos pelo BC. Ao longo de 2003, adívida 2003 eo resgatede títulos e contratos de swap que haviam sido emitidos pelo governo. Exposição – O cenário atual do mercado tem favorecido a estratégia de reduzir, gradativamente, aexposiçãocambial da dívida mobiliária.Segundo Lima,abaixavolatilidade do mercado de câmbioe as captações mais longas de recursos no exterior têm diminuído a necessidade domercado de fazer operações de proteção ( he dge ) cambial. Com isso a demanda por novos contratos de swap se reduz,permitindo que o governo quite os débitosexistentes, sem novas emissões.
cambialinterna teveumaredução de R$ 69,18 bilhões. O estoquedesses débitoscaiude R$ 230,57bilhões, emdezembro de 2002, para R$ 161,39 bilhões ao final de 2003, o menor nível járegistrado pelogoverno desde outubro de 2000, que era de 21,67% do total. Essa reduçãorefletiu avalorização do real ao longo de
O BC jáanunciou que irá pagar todo o lote de vencimento de cambiais do dia 2 de fevereiro."Não tem havido demanda. O mercado está olhando apouca volatilidade dodólar eestá avaliando que não há necessidadede renovar o hedge", disse Lima. Para ele, a queda na rentabilidade dos contratos também reduziu a atratividade dos swaps oferecidos pelo BC. (AE)
José Martins Pinheiro Neto, 86 anos de idade e 62 de profissão, comanda desde 1942 o escritório de advocacia que trouxe para o País a advocacia centrada na assessoria integral ao cliente, com contribuições para o bom andamento dos negócios.
Por Heci Regina Candiani
Engana-se quem esperar ouvir do advogado JoséMartins Pinheiro Neto um longo discurso sobre a importância do talento,do planejamento estratégico da carreira e da autopromoção como ingredientes para criarum empreendedor bem sucedido. "É preciso estudo, estudo, estudo; esforço, esforço, esforço", resume, enfatizandoanecessidadeda dose tripla. Aos 86 anos de idade, 62 deexercícioprofissional, ele tem autoridade e credibilidade para fazer tal afirmação. Afinal, ele é fundador e até hoje executivoresponsável da Pinheiro Neto Advogados ou, como ele a chama, "a firma".
A empresa nãoé apenas um escritório de advocacia. É uma megaestrutura de negócios com 350 advogados,dos quais 60 sócios, 180estagiários e mais de 1.000 funcionários em três unidades no País (São Paulo,Rio de Janeiroe Brasília). Osprincipais clientessão grandes empresas brasileiras e multinacionais.
A importânciada "firma" nãoestá apenasnosnúmeros. Foiapartir doescritório–que sob seucomandoiniciouas atividades em 1942, com um quadro de funcionários reduzido a ele, a secretária e o officeboy –, que Pinheiro Neto introduziu no País uma forma diferente de advogar, centrada na assessoria jurídica ao cliente enãoapenasna solução de contenciosos (veja ao lado).
O escritório é mesmo um fenômeno, segundo tradicionais instituiçõesdepesquisa do mundo jurídico.O Thomson Financial, dos Estados Unidos, que prepararankingsde bancos de investimentos e de consultores jurídicos, deu ao escritórioPinheiroNeto Advogadoso primeirolugar emvolume de transaçõesenvolvendo fusões e aquisições (US$ 3,6 bilhõesem2002).Já ainglesa Chambers Global, que publica
oanuárioThe LatinLawyer, aponta o escritório como o mais recomendado por seus clientes na América Latina. Sóque tudoisso, eleinsiste, aconteceu porobradoacaso. Formado pela Universidade de São Paulo em 1938, Pinheiro Neto nãoescolheuoDireito por paixão, mas por facilidade, como ele mesmo diz. Neto é filho deadvogados e os bancos daFaculdade SãoFrancisco eram o caminho natural, depoisdeter seformadonoColégio São Bento. Já formado, viajou para a Inglaterra ondetrabalhou como redator e locutor da BBC duranteosprimeiros anosdaSegunda Guerra Mundial.Na volta ao País, assumiu as atividades do pai: o escritório de advocaciainstaladono largo da Misericórdia, nocentro de SãoPaulo, earedação deartigos para O Estado de S. Paulo "Os primeiros anos do escritório foram difíceis.Eu não tinhaclientes mas, quando companhias inglesas começaramase estabelecernoBrasil, consegui os primeiros contratos", relembra. Comofalava inglês fluentemente e entendia a mentalidade britânica, PinheiroNeto começoua con-
Falar de cliente?
Nunca.
quistarclientescomo aDunlop ea RollsRoyce. Oescritóriofoi crescendoaospoucos: primeiro,coma contratação de auxiliares pormeio de anúncios nos murais da FaculdadeSão Francisco; depois, como primeiro sócioinglês. "Naquela época não era fácil conseguir bons advogados auxiliares.Hojenãoé assim. Os
estudantes têmconhecimento e interesse emtrabalhar no escritório".
Defensor de uma rígida ética profissional, Pinheiro Neto nãomencionaos nomes dos atuais clientes e, muito menos, detalhes dos casosnos quais a empresa está envolvida. "Fazer isso éerrado, não podemos e não temos por que divulgar esse tipo de informação. Falar de cliente? Nunca", afirma, peremptório. Foi com base nessa preocupação com os interesses do clienteque Pinheiro Neto também criou um conceito novode sociedadedeadvogados.Na"firma",ocliente não tem um advogado à disposição nem é exclusivode qualquer um dossócios.Eleé assistido por toda a equipe, o que garante assistência a qualquer momento. Outra característica do escritório é aassociação, sempre que necessário, com outros escritórios parceiros nas cidades em que não há unidades do Pinheiro Neto Advogadosou noexterior. A expansão geográficanãoé uma meta.Jáa parceria com os melhores profissionais em cada região é es-
tratégica.
Atéhoje, bengalaempunho – eletem uma coleçãode mais de cem delas, presentes de amigos e clientes – é ele quem determina asdiretrizespolíticas do escritório.Apesar denão atuar mais diariamente nem se dedicarao estudodasparticularidades de cada processo, almoça semanalmente com seus sócios principais –os advogados Antonio Mendes, Clemência BeatrizWoltherseCelso Cintra Mori. Estes o consideram um gênio e surpreendemse comsua lucideze capacidadedesíntese. Nãorarossãoos almoços emque elerecebe informações sobre casos complicadoscujassoluções determinacommaestria.Tudo para ele parece tão elementar quanto para SherlockHolmes, caro Watson. O reconhecimentode seu brilhantismocomo advogado veio, muitas vezes, em forma de prêmios e títulos. Pinheiro Neto é assessorjurídico honorário daCâmaraBritânica de Comérciono BrasileCavaleiro da Ordem de Orange e Nassau, da Holanda. Além disso,
foi eleito em2003 a "PersonalidadedoAno 2003"pelaCâmarade Comércio Brasileira naGrã-Bretanha. Oprêmio é concedido em reconhecimento à obra de pessoas que contribuíram para o fortalecimento dos laços econômico-comerciais entre os dois países.
A ligação com a Inglaterra marcaumdosepisódios mais importantes de suahistória pessoal. "Trabalheina Cultura Inglesapor25 anosefuipresidente dainstituição,queajudeia formare adesenvolver aqui no Brasil", diz. Foi graças a esse trabalho que obteve o título de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico(KBE) que só não recebeu diretamente das mãos da Rainha Elizabeth por opção. "Tive a oportunidade de escolher se receberia o título aqui ou na Inglaterra, mas decidi recebê-lo em São Paulo porque aqui estavam as pessoas que me ajudaram a ter este prêmio. Numa cerimôniaespecial, recebiaordemdas mãos do embaixador da Inglaterra", relata. Sua relação com a cidade ele resume de forma direta: "Eu sou São Paulo". Nascido no tradicionalíssimo Hospital SantaCatarina, naAvenida Paulista, e criado entre a rua Vergueiro e a esquina da Paulista com a rua Itapeva, Pinheiro Neto tem entretanto uma ligação afetiva especialcom o centro da cidade. Ele cita o viaduto darua XVde Novembro como umadas suas lembrançasmaisespeciais,e explica que fez questão de manter, ao longo de todos esses anos, o escritório no centro, que considera o coração jurídico da cidade, pela proximidade dos tribunais e da Faculdade de Direito onde estudou. "O escritóriomudou-se do Largo da Misericórdia, onde foi montado pelo meu pai, para a Rua José Bonifácio, depois aBarão deItapetiningae aLibero Badaró. Masfoinarua Boa Vista, onde está nosúltimos25anos,que elecresceu. Ocupava um andar e hoje ocupa sete no mesmo prédio e outros seteno prédio vizinho, o do Jóquei", conta. "Alguns sócios já tentaram me convencer a mudar para outros pontos importantes emais modernos dacidade comoMarginale Berrini. Mudar para quê?"
É preciso estudo, estudo, estudo; esforço, esforço, esforço.
Escritório é 'navio-escola' de advogados
A Pinheiro Neto Advogados tornou-se uma instituição de referência no País para profissionais de Direito. Além de ser uma estrutura gigantesca, que presta assessoria jurídica em assuntos ficais, trabalhistas, empresariais e de contenciosos, o escritório foi inovador graças à administração de Pinheiro Neto, em relação à valorização e à profissionalização do advogado. Foi Pinheiro Neto quem inverteu a idéia do advogado com pasta embaixo do braço visitando clientes. Com ele, eram os clientes que vinham em busca do advogado, que não é apenas um conhecedor dos meandros da legislação, mas um especialista que pode contribuir para o andamento dos negócios. E como não é apenas dinheiro que move o escritório, as equipes prestam, ainda, assessoria legal gratuita para instituições filantrópicas e sem fins lucrativos, como a Associação Viva o Centro. É por isso que o escritório é chamado de "navio-escola" por muitos advogados que por lá passaram, antes de fundarem seus próprios grandes escritórios, e também pelos aspirantes a um cargo na empresa. Qualquer advogado que entra na empresa pode passar de associado a sócio, se seguir o plano de carreira proposto pelo escritório que inclui formação complementar à graduação em Direito.
APor Tsuli Narimatsu, de Gramado
s novidadesem moda masculina que vão esquentar os dias mais frios do ano estão sendo apresentadas aos lojistas na 8ª edição da Feira Nacional de Inverno, Fenin 2004, que termina hoje em Gramado (RS),com público estimado em 15 mil visitantes. Longe do glamoure das propostas conceituais das passarelas, o que se expõe no evento é de fato a moda que seráencontrada nas vitrines de todo o País.
As coleções incorporam tecnologiaemfios,tecidose estampas, tudo para fazer o homem modernosesentirmais confortável e atraente. E aindústria de confecção busca fazerasínteseentre oqueépossível oferecer em preços acessíveis com aquiloqueo consumidor realmente deseja.
As calçasde couroda próxima estação outono/inverno podem serlavadas epassadas como qualqueroutrotecido graças à tecnologia deponta SoftFlex, apresentadapela Farbene, empresa de Araranguá (SC), há 17 anos no mercadonacional. Aspeças,batizadas deTranscouro,atendem ainda outrovelho pedido:são mais leves que ojeans e o acabamento em resina proporciona uma sensação de frescor.
C am is as –As camisassociais também mudaram."A primeira geraçãodas microfibras evoluiu em conforto. Passam a ser misturadas com tecidosnaturais comooalgodão ou tencel para proporcionar maislevezae suavidadeno contatocoma pele",afirma AndréLuiz KleinFernandes, diretor comercial daKlafer Camisas,pioneira na utilização da microfibra no País. Ascalças masculinas, para desespero dos mais conserva-
dores, estão mais apertadas, ou seja, coladas ao corpo. E os ternos perderam um botão. "Volta a moda dos dois botões e a modelagemestámais justa", diz Eliane Salmoria, estilista da Rafer, tradicionalfabricante paranaense de ternos.
Aousada mudança na modelagem tem justificativas mercadológicas: conquistar os clientes com umperfil mais moderno, aqueles que respondem pelos 30% das370 mil de cirurgiasplásticas realizadas no Brasil, dividem espaço com as mulheres nasacademias de ginástica e engordama indústria de higienee beleza. "Hoje um em cada 15 homens utiliza algumcosméticopra retardar o envelhecimento", afirma Marcelo Fernandes, diretor da LF Manufaturas, fabricante mineirade roupas queresolveu se concentrar na produção de camisetas.
Escritório – Aexpansãoda moda casual, impulsionada pela carta dealforria dada pelos grandes escritórios aos seus executivos, é outro fator que influencia a mudança de perfil das peças tradicionais. Aos poucos aobrigatoriedade do paletó egravata no dia-a-dia está sendo abolida. "O homem precisa de roupas para o trabalho eocasiões especiais, mas quer um look diferente", afirma NeiJosé Starosta,proprietário das lojas Akol. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), as vendas de roupas para os homensnasregiões SudesteeSul do Brasil representam 50,7% do consumoemovimentam R$ 10 bilhões por ano. No mercado global,ultrapassam poucomaisde35%. Éavaidade, atributo considerado essencialmente feminino,tornando-se também masculina.
modernos são o alvo de grande parte das confecções do País. Com uma modelagem mais ousada, as jaquetas e as camisas informais vão invadir o inverno masculino neste ano (fotos ao lado).
A influência dos esportes radicais e das Olimpíadas2004 devem dar às peças que estarão nas lojas durante o outono/inverno um armais tropical. Esportes de velocidade como o motocross sãoo temada coleção da Titus Jeans,confecção dacidade paranaensedeApucarana. Após pesquisas feitas em países da Europa e em centrosde referênciade modado Brasil, a empresaconstatou que praticidade, conforto e proteção, presentes nas articulações por meio de cotoveleiras e joelheiras, seriaum mote in-
teressante para conquistar não apenas os homenscomo também as mulheres. Maria Abigail Fortuna, proprietária da empresa, explicaque aescolha dotema éreflexodoestilode vida queatrai boa parte das pessoas atualmente. Ch er ne –Na mesma trilha está aconfecção masculina Cherne, com sede em Colatina,cidadedo Espírito Santo com tradição no setor têxtil. A Cherneproduz calças ebermudas,dentro dos estilos social, sportwear e jeans há cerca de 30 anos. A empresa captou a
modelagem dasroupasdos atletas, comcosturasdeslocadas,eabusoudo conforto, martigales (faixas) e meia-argolas em metal, tão em evidêncianas coleçõesdasgrandes marcas internacionais. No segmento jovem, a Chernevaiapresentar paraoinverno tecidos listrados, tendência marcantenaestação.Jána linha de roupas em jeans, a novidade está no retorno dos blacks edos cinzas.As corespredominantes nas roupas da marcacapixabatrazem tons fortes e alegres.
Com uma propostaúnica, a mineira IS-Esbanjando Estilo desenvolveu uma coleção que traduz a personalidade do homem moderno.Inspirada nos compostos criadospelo Dr. Bach para tratar a alma, a fabricante mineira de camisetas –uma daspreferidas dosfigurinistasdeprogramasda Rede Globo como Malhação e Celebridade – batizou suas peças com nomes e símbolo de plantas que curam a alma. A idéiaé "energizar"os vendedores, lojistas e consumidores neste mundo tão estressante,competitivo eindividualista", diz Marcelo Fernandes, diretorda LFManufatura,dona da marca. A proposta casa com
A Titus Jeans foi buscar inspiração no esporte de velocidade para criar a coleção outono/inverno deste ano
asexpectativasmais íntimas dohomem donovo milênio. "Os homens ainda não estão conscientemente ligados nisso emcomparaçãocom as mulheres, mas sem perceber estão buscando propósito e qualidade de vida", afirma Fernandes. O resultado é bom não apenas para quem usa como também paraos vendedores, que na hora da venda, ganham argumentos pós-modernospara convencer ocliente aadquirir as peças. Aos moços desanimados, por exemplo, recomendaseo"Elm"; paraquemprecisa inflar o ego, a dica é o "Willou"; para aguçar a masculinidade, "Animus" e paraaqueles que buscam a paz "Olive".
Decisão do Copom de manter os juros inalterados em 16,5% ao ano, sem viés, foi em sentido contrário às expectativas do mercado. Varejo e indústria, frustrados, esperavam pela continuidade dos cortes.
O Comitê de Política Monetária (Copom)do BancoCentraldecidiu manterem16,5% aoano ataxa básicade juros,a Selic,naprimeirareunião de 2004, que terminou ontem. A manutenção foi feita sem a adoção de viés. O que significa dizer que os juros não serão alterados atéa próximareunião do Copom, marcadapara os dias 17 e 18 de fevereiro.
Adecisãodo governodesegurar a taxa Selic pegou o mercado financeiro de surpresa, uma vez que a maioria apostara fortementeem mais uma queda, ainda que menor desta vez. Por meio de nota divulgada no início da noite à imprensa, oBancoCentraljustificou sua decisão alegando que "há incertezas associadas ao mecanismo de transmissão da polí-
tica monetária".Também alegou que osefeitos dos cortes feitos nos juros desde o mês de junhode2003 –seteaotodo, seguidos – , ainda não chegaram à economia. Decisão lamentável – Para o presidente daAssociação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos,"foiuma decisãolamentável,que frustrou as expectativas do varejo e
gerou incertezas em relação à evolução futura dos juros". Guilherme Afif lembrou que ocomérciovinha seantecipando às decisões do Copom. Reduziuas taxas de juros e alongou os prazos do crediário com o objetivo de alavancar as vendas.Tudo porquetinhaa expectativade que omovimento da queda dos juros continuaria, embora em ritmo mais lento.
Spreads – O presidente da Associação Comercialdiz esperar,agora,que ogovernose volteparaa reduçãodos spreads bancários de forma que se possa ter uma redução docustododinheiro tomado por empresase consumidores nos empréstimos. O Brasil tem hoje,um dosmaioresspreads, reconhecido até mesmo pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Em dezembro, o Copom cortou osjuros de17,5% para 16,5% ao ano.Em novembro, jáhavia sidofeitoum cortede 1,5 ponto na taxa. Em outubro, a redução foi de um ponto; em setembro, de dois pontos e, em
Amaioriados analistasque fizeramsuas apostasnapróxima Selic nos últimos dias esperava cautela porparte do Banco Central na primeira reunião do Copomde 2004.Mas erraramemcheio. Entre48instituiçõesfinanceiras consultadas, 44apostaram emuma Selicde16%aoano apartir de hoje.Dois bancose umaconsultoriapreviramuma reduçãode 0,75pontoporcentual. Apenas umúnico banco, o CreditSuisse First Boston, projetou um corte mais arrojado, de 1 ponto porcentual.
Os argumentosbásicosdos que defendiam corte de 0,5 ponto eram dois. O primeiro, de quea trajetóriada inflação, apartir dos índicesrecém-divulgados aponta para uma preocupação no curto prazo. O segundo argumentoera o da aceleração do nível de atividade, com um possível risco de reajuste de preços com impacto sobre a inflação. A maioria dos analistas acha que o BC quer avaliarmelhor oimpacto do afrouxamento monetário naatividade econômica,neste primeiro trimestre. (AE)
O Comitê de Política Monetária poderia ter sido mais ousado, afirmou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em nota divulgada ontem comentando a decisão do governo de manter em 16,5% os juros. Para a Central, a decisão inibe a tendência de crescimento econômico apresentada no início do ano. Para a CUT, a economia já está equilibrada e não haveria riscos em se fazer uma redução mais "drástica". "É uma pena esse conservadorismo porque todo o País aguarda por medidas que façam a economia girar e estimulem a produção, o emprego e o consumo", diz a nota.
O JP Morgan Chase, que fechou acordo decomprado Bank One na semana passada, divulgou ontem ter apresentado um lucro no quarto trimestre de 2003, revertendo prejuízo registrado no mesmo período do anoanterior. O resultado foi impulsionado pelos setores de varejo e investimentos. O segundo maior banco norte-americano apresentoulucro líquido de US$ 1,86 bilhão noquarto trimestre,Um ano antes,a instituiçãoapresentou prejuízo líquido de US$ 387 milhões.
Resultados – Noquarto trimestrede2002,obanco teve encargosde US$1,3 bilhãorelacionados principalmente a acordosfeitos comagigante norte-americana do setorde energia Enron, envolvida em escãndalo.
O banco de investimentos do grupo apresentou no período um lucro de US$ 860 milhões no trimestre contra US$ 341milhões.Naunidade de crédito para empresas,os custos caíram US$ 753 milhões na comparação com o ano anterior. (Reuters)
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...mas houve quem esperasse muito mais...
Antes do anúnciodanova Selic,havia umdiminutogrupo que fezapostas diferentes daquelas anunciadaspor analistas, de 0,5 ponto a menos. O JPMorgan apostavaem0,75 ponto porcentual,mas com um pé no corte de 0,5 ponto. "Não voufazer dissoum cavalo de batalha", disse o economista Fábio Akira. Para ele, a valorização do real diante do dólar verificada entre a reunião do Copom realizada em dezembro e a de ontem era um argumento para que fosse feita uma redução maior do juro.
Já a LCA Consultores apostava em um corte de 0,75 ponto porcentualcomum pénuma reduçãomaior. Oeconomista Ricardo Denadai justificou o corte de 0,75 ponto em função docenário externoextremamentepositivo. "Apesardo discurso moderado do BC, as condições são muito favoráveis", disse,destacandoqueo riscoPaís–taxa quemedea confiança dosinvestidores estrangeiros nacapacidade de pagamento dopaís -encolheu eofluxo externovemsemantendo alto. (AE)
O setor produtivo e parte da sociedade esperavam mais ousadia na condução da economia ao longo de 2004, disse o presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), José Augusto Marques. "Os juros precisam cair de forma consistente ainda no primeiro trimestre para que a economia não perca o bonde do crescimento". Para o executivo, a "manutenção do excelente momento pelo qual a macroeconomia passa, com valorização dos títulos da dívida externa, queda do risco e estabilização do dólar, pode abrir espaço para uma queda mais forte.
agosto,de 2,5 pontos. Emjulho,o cortefoide1,5 pontoe, em junho, quando a taxa estava em26,5%, a reduçãofoi de 0,5 ponto porcentual.. Mesmo alegandoque amanutenção do juro teve como intuito "preservar as conquistas dogovernono combateà inflação e no processo de retomada daatividade econômica", areação domercado foi um misto de reserva e crítica.
O economista-chefe do CSFB, RodrigoAzevedo, previra umcorte de1 ponto,com base na apreciação do real e na quedadoriscoPaís. Já oeconomista e diretordo Instituto de Economia GastãoVidigal, Marcel Solimeo, que engrossou o coro dos que previam 0,5 pontoa menos,classificou a decisão do BC de "muito ruim" e "conservadora em excesso". Roseli Lopes/AE
...e os que viram excesso de conservadorismo
Adecisãofoi recebida pelo mercado como umexcesso de conservadorismo. Naavaliação do economista-chefe do Banco Santos, Marco Maciel, a manutenção da Selic em 16,5% foi surpreendentee injustificável. Isso porque não há tantos riscos de explosão inflacionáriadiante deumcâmbio controlado como o atual.
"Mesmo que odólar subisse para próximo de R$ 2, 90, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA) fecharia o ano na casa de 6%.", diz Maciel. Para oeconomista-chefe do
BankBoston, Jose Antonio Pena o corte de 0,5 ponto porcentual esperado pelomercado já refletiaostemores de alta de inflação e, portanto, já era conservador. Nas últimas semanas, vários setoresda economia,comosiderurgia, mineração, papel e celulose, eletroeletrônico e automobilistico, anunciaram reajustes de preços ou intenção de aumentos para recompor suas margens delucro. Para Pena, "o BC corre o risco de sofrer algumdesgaste diante de tanto conservadorismo." (AE)
"Não há justificativa pelo lado da inflação para interromper a trajetória de queda dos juros", diz o economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Heron do Carmo. Para ele, o pequeno soluço da inflação neste começo de ano é sazonal e localizado em alguns produtos e serviços. "Eles perderam mais uma oportunidade de fazer com que o País volte a crescer", diz o diretorsuperintendente do Banco Fibra, João Rabello. Segundo o executivo, o Brasil só vai desatar esse nó se voltar a crescer. Ele também considera a alta da inflação momentânea e localizada.
Tarifas telefônicas continuam sendo reajustadas pelo IPCA
O presidente do Superior Tribunal deJustiça (STJ),ministroNilson Naves,decidiu manter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indexador para o reajustedastarifasde telefoniafixa. Naves indeferiu pedido feito pelas concessionárias de telecomunicaçõesparaque fosse suspensa aliminar dada pela 2.ª Vara daJustiça Federal, em Brasília. A liminar estabeleceu o IPCA como substituto do Índice Geralde Preços-DisponibilidadeInterna (IGP-DI), previstonos contratosdeconcessão firmados entre a AgênciaNacional deTelecomunicações (Anatel) e as concessionárias do setor.
Adequado –Ao manter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo como índice de reajuste das tarifas de telefoniafixa, Naves argumentou que o IGPDIreflete amédia ponderada dospreços aferidospeloIPA (Índice de Preços por Atacado) - que responde por 60% do cálculo e é fortemente influenciadopelodólar -,peloÍndicede Preços ao Consumidor (IPC) e
pelo Índice Nacional do Custo da Construção (INCC). Segundoele, oíndicefechou o ano de 2002 em 26,41%, "patamar essebem superiorà inflação medida no período".
As concessionárias Telemar, BrasilTelecom,Sercomtel e Companhia de Telecomunicações do Brasil Central (CTBC) argumentaram que aliminar concedidapela Justiça"onera excessiva einjustificadamente a concessionária. Que também comprometea continuidade daprestação doserviçopúblico. Mais: quepotencializa a responsabilizaçãocivil doEstado por quebra do equilíbrio econômico-financeiro do contrato deconcessão; ofende a ordem econômica, pela insegurançajurídicaque induz;e afronta o devido processo legal e aplenitude do diretode defesa ao proferir adecisãosem ouvir a Anatel".
Sem urgência – Apesar de considerar relevantesos argumentos apresentados, dentre eles a ruptura dos contratos firmados, Naves, deacordo com a assessoria do tribunal, alegou
inexistência dos pressupostos paraque opedidodesuspensão de liminar fosse deferido. Segundoele,o fatodeadecisão contestada ter sido proferida em 11 de setembro retira o caráter deurgência dopedido desuspensão. Alémdisso,segundoele, diantedoselementos apresentados, a solução deve ser buscada nas vias ordinárias, e não no STJ. A decisão contestada pelas concessionárias foi proferida em ação civil pública do Ministério PúblicoFederal paraimpedir aaplicação dosporcentuais de aumento das tarifas de telefonia autorizado em junho pela Anatel. PeloIGP-DI,a assinatura básica residencial, opulso eo crédito para cartão da telefonia fixa haviam sido reajustados em 25%; a assinatura não-residencial, PABX e habilitações, em 41,75%; as chamadas DDD (Discagem Direta a Distância), em 24,85%; e as chamadas DDI (Discagem Direta Internacional), em 10,54%. Com isso,o reajustemédioalcançava 28,75%. (AE)
Banco pode cobrar apenas 12% de juros ao ano, decide Justiça
A Justiça do Rio determinou que o Unibanco cobre juros máximos de 12% ao ano de um cliente endividado. Segundo sentença da11.ª CâmaraCível do TribunaldeJustiça doRio de Janeiro, o banco terá de rever os juroscobradossobre a dívida da escola deidiomas ESP Cursos. A decisão foi unânime,o que reduz aschances de recursos, segundo o coordenadorjurídicoda Associação de Proteção e Defesa do Crédito do Consumidor (Prodeccon), Carlos Vaz. "Essadecisãopode beneficiar outros devedores que estão enforcadosporjurosextorsivos", diz Vaz.A ESP tinha uma dívidaem tornode R$28 milcomo banco,contraída inicialmenteno chequeespecial e, depois, comempréstimos obtidos com o próprio banco na tentativa de equacionar sua situação financeira. A açãofoi movidapela Prodeccon, que comemoraa sentença em favor de uma empresa, o que não é comum neste tipode processo,diz Vaz."Esta sentença diz que não é só o código que protege os clientes".
Na oficina, invenções que salvam vidas
"Dr. Jatene é um grande porta-aviões e todos os seus assistentes são os aviões. Ele vai à luta, defendendo suas idéias, correndo atrás dos recursos, e leva o grupo de cirurgiões, engenheiros, médicos e pesquisadores", diz o dr. Biscegli, diretor da Divisão de Engenharia do Instituto Dante Pazzanese. Há 40 anos conhece dr. Jatene, desde que foi trabalhar na pequena oficina
Experimental e Pesquisa do Instituto, hoje Divisão de Bioengenharia da Fundação Adib Jatene. Dessa oficina, como a do InCor – onde dr. Jatene construiu, em 1958, o 1º coração artificial do HC –, surgiram várias contribuições: os oxigenadores de bolhas e de membrana, que ajudam nas cirurgias, como a válvula de disco basculante, que deu a patente ao dr. Jatene, entre outras criações. "Foi um passo importante, porque a válvula artificial na época era importada e custava 320 dólares. Fizemos uma válvula que vendíamos a 40 dólares".
Procedimentos utilizados por mais de 180 grupos de médicos brasileiros, em 270 hospitais que realizam cirurgia cardíaca.
Adib Jatene veio do Acre para São Paulo há cerca de 50 anos para cursar uma faculdade de Saúde Pública. A intenção era voltar para a sua Xapuri, mas por aqui ficou tornando-se um craque no estudo e tratamento das doenças do coração.
Por Marília Balbi
Premiado como um dos vinte pioneiros da cirurgia cardíaca no mundo, honraria que recebeu recentemente, também na Europa, e comemorada pela comunidade há dois meses em noite especial no Clube Monte Líbano, oilustre cirurgião, cientista, professoremérito da Faculdadede Medicinada USP, ex-ministrodaSaúde, Dr.AdibJatene tem muitos motivos para estar feliz. Mas os 450anos de São Paulo lhe tocam fundo: primeiro, porque é a suacidade docoração. Aqui viuafamília serconstituída.E ajudou a construir a cidade, comsuas criaçõesedesempenho na profissão (veja ao lado). E imaginar que ele só queria fazeruma faculdadedeSaúde Públicae voltarparaa suaXapuri, no Acre. Saudoso, recorda da cidade de 50 anos atrás, quando moravaempensão naav.Paulista comaav. BrigadeiroLuísAntônio e "não havia um prédio"! Do"Trianonse avistavaoRio Tietê",onde tantonadou eremou. Aliás,eraum"remador bom", daequipe esportivado, hoje, Epéria, e da Faculdade de Medicina da USP, época de estudante,nosanos50. Aos74 anos, Dr. Adib Jatene continua na ativa: é diretor do Hospital do Coração,da Associaçãodo Sanatório Sírio, onde faz atendimentofilantrópico àscrianças portadoras de cardiopatia congênita, comandado pela filha, Dra. Ieda Jatene. No escritório simples, mas moderno, ele continua a pensar na saúde, na melhoria do atendimento para os cidadãos paulistanos. Na mesade trabalho,debaixo datampadevidro, ummapa da cidade de SãoPaulo com a distribuição dos leitos hospitalaresprovaa suaconstante preocupação. Humilde, não comenta sobre alguns troféus na prateleira, nem sobre os 178 títulose honrarias demaisde 10 países em seus 50 anos de vi-
daprofissional, completados ano passado. Seu nomevirou técnicacirúrgica– Operação Jatene – e érealizada no mundointeiro. Suaequipe foipioneira na América Latina e uma das primeiras do mundo a realizar pontes de safena. Deu impulsoà era daBioengenharia, estimulou indústrias com suas contribuições originais que, produzidas sob licença, são exportadasparadiversos países da América Latina, Europa, Ásia e África.
As equipes que vem liderandodesde1962 járealizaram mais de80 miloperações. Vários serviços, no país e na América do Sul, são liderados por cirurgiões treinados sob sua orientação.
"Fico muito satisfeito. Na verdade, tive oportunidade cronológica. Inicieicom oDr. Zerbini quando ele começava a cirurgia. Claro que contribuí, me dediquei. Sempre trabalhei muito, mas nunca reclamei do trabalhoe aminhamulher também não reclamou. Tenho quatro filhos, sendo três médicos, dois dos quais cirurgiões e uma cardiologista, e a outra é arquiteta. Tenho dez netos", diz orgulhoso.
Em todasas instituiçõespelas quaispassou, deixou contribuições valiosas como In-
Sempre trabalhei muito, mas nunca reclamei do trabalho.
cor, Dante Pazzanese,Beneficência Portuguesae Hospital do Coração. Assimcomo para as 32 sociedades científicas, das quais é membro, em várias regiões do mundo. Para os 450 anos de São Paulo, está construindo um hospitalemSapopemba,que será inaugurado em abril, "todinho doado"peloBradesco, Votorantim,Eucatex, Prensil,Siemens, UNIP e Pirelli, entre outros, coordenado pela Fundação Faculdade de Medicina da USP. Aregião, umadas mais populosas de São Paulo, com mais de 250 mil habitantes, até
recentemente não tinha sequer um leitopara osmoradores. É seu jeito de amenizar a falta de leitos nacidade: 0,6leitos por mil habitantes.Foi oque descobriu Dr. Jatene quando Secretário de Estado da Saúde, ao elaborar oPlano Metropolitano de Saúde. Resultado do boom industrial em São Paulo, na segunda metadedos anos50 e início dos anos60,quando o presidente Juscelino Kubitschek trouxe a indústria automobilística e esta nova população foi para a periferia. Mas asaúde emSão Paulo tem solução,diz: "construir
O grande problema da saúde é a garantia do acesso para a população de baixa renda.
hospitais como o de Sapopemba,com50 leitos,para trabalhar comas equipesdeSaúde da Família, custa ao redor de 5 milhõesde reais.Paracolocar um leito por 1.000 habitantes nestas áreas seriam necessários 80 hospitais. Isto representaria um investimento de400 milhões por mês." Faz os cálculos naesperança deque estaidéia possavingar, masadiantaque não pretende mais atuar no governo, mas no social e na filantropia. O aumento do voluntariadoe das organizaçõesnãogovernamentais provoca entusiasmo: "É a consciência da responsabilidade social. É com a sociedade organizada participando que vamos trazer o avanço que necessitamos", diz, confiante.
Dr. Adib Jatene é um humanista, se preocupa com os pobres,quer que haja igualdade no tratamento entre todos, pobres e ricos. "O grande problemada saúdeé a garantiado acesso para a população de baixarenda, esseéo problemade SãoPaulo;Nós temosaltatecnologia, os maiores avanços, iguais ao mundo inteiro, mas a nossa dificuldade é garantir esse acesso".
Como adecisão do Comitê dePolíticaMonetária (Copom) sobre os juros básicos da economia só foidivulgada depois dofechamento dosnegócios, o mercado financeiro operouontemcombase nas expectativas. Ogrande impactoé esperadoparahoje.Isso porque, ao manter os juros básicos em 16,5% ao ano, o Comitê contrariou as projeções daesmagadora maioria dos analistas, cuja aposta era de um corte (considerado modesto) de 0,5 ponto p or ce nt ua l. Portanto, a expectativaé de que os investidores façam a partir de hoje ajustes nos principais ativos financeiros.
Bolsa– A BolsadeValores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda, como resultado de realizaçãode lucrosdosinvestidores – movimento já esperado depois detrês pregões consecutivos de valorização.
Por ter sido anunciada depois do fechamento, decisão do Copom de manter os juros em 16,5% não influenciou negócios ontem.
O mercado de ações, que ganha pontos quando os juros estão em queda, deve registrar osajustesmais acentuados. No mercado futuro de juros da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F)a movimentação também deve ser expressiva, também com base nas apostasda últimasemanados investidores em uma queda de 0,5 ponto porcentual.
O Ibovespa,principal indicadordabolsa paulista,caiu 1,59%e fechouo pregão em 23.301 pontos. Com esse resultado, o índice agora acumula ganhos de 4,7% no mês e no ano. Aexemplo doque acontece desde o início da semana, ovolume financeiro ontem foi inferiorà média registrada nas últimas semanas. O giro somou R$ 1,164 bilhão no fim do pregão. Além da realização de lucros, influenciou negativamente aBovespa adecisão judicial que manteve o IPCA como índice de reajuste dos contratos de telefonia fixaem detrimento do IGP-DI,que proporcionaria um aumento maior das tarifas e beneficiariaasempresas dosetor na bolsa de valores. Entre as ações mais negocia-
das na Bovespa, destacaram-se Petrobras PN(queda de 1,80%), Telemar PN (-0,4%), ItaubancoPN(-1,58%), Vale do Rio Doce PNA (-2,96%) e Bradesco PN (baixa de 2,92%). A maior alta do Ibovespa foi Tractebel ON (8,5%) e a maior baixa, Net PN (-5,7%). Dólar – O dólarcomercial subiu ontem, mas pelo terceiro dia seguido fechou na casa dos R$ 2,84. Amoeda norte-americana encerrou os negócios cotada a R$ 2,843 para compra e valendo R$ 2,846 para venda, com valorização de 0,25% em relação aofechamento deterça-feira. Em São Paulo, o dólar paralelo fechou a R$ 2,92 para compra e a R$ 3 para venda, segundo a Enfoque Sistemas. Segundo operadores, o dólar continua com uma faixa estreita deoscilaçãoporcausa dos ingressos derecursos captados por empresas no exterior edas comprasde dólarespelo Banco Central no mercado. A taxade riscodo Brasilestava em 426pontos-base às 18 horas,comqueda de2,96%. Os C-Bonds, papéis da dívida brasileira, subiram 0,87%, para 101,37% do valor. Rejane Aguiar/Reuters
Aquarta-feira foibastante positiva na Bolsa de Valores de Nova York. Os bons resultados financeiros de empresas e a expectativade queoutrascompanhias também apresentem números positivosfizerama bolsa fechar em seu melhor nível emquasedois anos. Jáa bolsaNasdaq, emque sãonegociadas ações deempresas de tecnologia, teve queda.
O índice Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Valores de Nova York fechou com valorização de 0,90%, em 10.623ponto s–onível mais
elevadoregistrado desdemeadosde março de2002.Também nabolsa deNova York,o índice Standard &Poor's 500 tevealta de0,78%, para1.147 pontos no fechamento.
Na Nasdaq, o mau desempenho de ações de empresas do segmento de semicondutores prejudicouo índice Nasdaq –que caiu 0,26%,para2.142 pontos. Osprevisões deresultados para 2004 divulgados por empresascomo Advanced Micro Devicese LucentTechnologies decepcionaraminvestidores.
Europa – As principaisbolsas européias fecharam com levesaltas ontem,influenciadas pelobom desempenho das ações na bolsa de Nova York. O índice FT-100, da Bolsa de Valores de Londres, fechou em alta de0,26%.Osganhosdo mercadolondrinoforam puxados pelas ações da Cookson (empresa do setor de engenharia), que subiram 9,5% em reação a uma projeção positiva de lucro. Nabolsa deParis, oíndice CAC-40 fechou com valorização de 0,44%, em 3.676,38 pontos. (AE)
Oportuguês Valentim dos Santos Diniz chegou ao Brasil em 1929. Trabalhou como caixieiro no armazém Real Barateiro, abriu doceira e padaria, para depois dar vida à rede Pão de Açúcar, hoje com 500 supermercados.
Por Lúcia Helena de Camargo
O imigrante português Valentim dos Santos Diniz chegou ao Brasil em 25 de novembro de1929,desembarcando no Portode Santos.Quando o naviopassava peloRio deJaneiro,alguém gritou"Olha o Pão deAçúcar!"Eleficouencantado com a beleza da pedra que avistou no horizonte e guardou onome que depois daria a seu empreendimento. Um dos homenageados com o prêmio Proost Rodovalho, o fundadordo GrupoPãode Açúcarfoium dos responsáveis pelo avanço dacapital paulista. "São Paulopara mim étudo.Éa cidadequemeacolheu,ofereceu trabalhoeprogresso. Gosto de tudo em São Paulo, menos da violência". O empresário prefere ser chamado apenas de «Sr. Santos», embora tenha título até de comendador. Com 90 anos, Valentim dos Santos Diniz é atualmente presidentehonorário doConselhodeAdministração doGrupoPãode
Açúcar e presidente do Pão de Açúcar S/A Indústria e Comércio (veja ao lado). Sempre vestido com ternos bem cortados, costuma chegar às 7h30 à matriz do Pão de Açúcar, naavenida Brigadeiro Luís Antônio. De lá, sai diariamente para visitar lojas do grupo,nasquaisexaminaa ordem, a limpeza, o atendimento, cumprimenta funcionários e clientes. "O ‘seu’ Santos semprenos elogia",diz EdCarlos, responsável pela seção de laticínios da lojaBrigadeiro, visitada por seu fundador numa tarde de quinta-feira. Para circular naslojas, nãodispensa seu crachá, que diz 'Sr. Santos –presidente honorário- fundador'. Identificado por clientes, sorri satisfeito, pede sugestões, ouve críticas."Eleémuito atento", diz Márcia Gouvêa, gerente-trainee que o acompa-
nhava na mesma visita. Embora use umaparelho auditivo porjá não tera audiçãoperfeita, participadasreuniõessemanaisdo conselho administrativo e dá opiniões. Sua sala na empresa é decorada com imagens e pequenasesculturas eqüestres, fotos,alguns dos prêmios recebidos ao longo da vida. Uma gravura representandoo poeta português Fernando Pessoatem lugar de destaque. "Para lembrar de Portugal", explica. Sr.Santosmantém ainda forte ligação com a comunidade portuguesa no Brasil. Membro doConselho daComunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo e presidente da Câmara Portuguesa de Comércio, foihomenageado, em dezembro de2003, pela Casa de Portugal de São Paulo. Ele aprecia as homenagens e nãoescondeo orgulhoporter construídoumagrande empresa, que empregaquase60 mil pessoas. Mas a família é hojeo aspectomaisimportante da sua vida. "Só vou do escritório para a casa,porque bom é ficarcom afamília",diz. Eos familiares retribuem essa dedicação.Emseuaniversário de
São Paulo para mim é tudo. É a cidade que me acolheu, ofereceu trabalho e progresso.
90 anos, os netos, comandados por Ana Maria Diniz, cantaram a música "Velha Infância", do conjuntoTribalistas, substituindo o verso "Você é assim" por "Vovô Valentim", emocionando o avô.
Nascido em18 deagosto de 1913, em Pomares do Jarmelo, subdistrito daGuarda, em Portugal, Valentim dos Santos Dinizinstalou-se emSãoPaulo e trabalhou como caixeiro no armazém Real Barateiro. Em1936, casou-secomFloripes Pires e comprouuma pequena mercearia. Em 1937, tornou-se sóciode seupatrão, Januário Miranda.Em1941, junto com o amigo Davi Rodriguese Miranda,abriu apadariaNice,que viriaaseruma das maioresdacidade. Cinco anos mais tarde,saiu da sociedadedapadaria Nice ecomprou duas casas,nos números 3134 e3138 naavenida Brigadeiro Luís Antônio. Nesse localinaugurou, em7 desetembro de 1948, a Doceira Pão de Açúcar, que rapidamente tornou-se ponto de encontro das elegantes senhoras paulistanas daépoca. Onze anosdepois, em 14 de abril de 1959, abriu o primeiro supermercado Pão de Açúcar, ao lado da doceira. Desde cedo soube atrair ao seu estabelecimento a clientela endinheirada dos Jardins, que conhecera nos tempos de funcionário doRealBarateiro. Já na primeira quinzena após a inauguração, conseguiuum contrato para preparar um banquete para 350 pessoas no Club Homs, na avenida Paulista, a pedido do então prefeito da cidade de São Paulo, Adhemar de Barros. Com noções de marke ting antesda palavraseradotada, ele mandava fabricar um papel depresente exclusivo,quetraziao logotipodaempresaeo morro do Pãode Açúcar desenhadoemalto relevo.Essee outrosdetalhes fizeramadiferença. Em 1963,inaugurou a segunda loja, na rua Maria Antônia. A partirdaí, começou o rápido crescimento. Em 1965, o pulo da rede foi grande,com a compradacadeiaSirva-se.Em 1966,jácom 600 funcionários, inaugura a loja deSantos, aprimeira fora dacidadede SãoPaulo.Em
1968, abresupermercados em Sorocaba, Campinas, Limeira e outras cidades do interior paulista. Nessaépoca,Valentim dos Santos Diniz já tem sob sua administração 40 lojas e 1.600 funcionários. Abílio Diniz, seu filho mais velho, então com 30 anos,começa a ajudar o pai nos negócios. Nadécadade 1970,a companhia incorporouas cadeias Superbom, Peg-pag e Mercantil, Eletroradiobraz, Bazar 13, Morita,entre outras. Inaugurou o Jumbo,primeiro hipermercado do Brasil, e chegou aos continentes europeu e africano, abrindo filiais em Portugal, Espanhae Angola. Em 1972, a Associação Comercial de São Paulo concedeu ao fundador do Grupo Pão de Açúcar o título de Homem de Comércio do Ano. Os anos80 foramde expansão, com a inauguração da primeira lojano Riode Janeiro,e incorporação devárias outras. Em 1986,porém, começamas desavenças pela administração da empresa entre os seis herdeiros – Abílio, Alcides, Arnaldo, Vera Lúcia, Sônia Maria e Lucília. No final da década, em dezembrode 1989,AbílioDinizéseqüestrado emSãoPaulo. O empresário, então vice-
presidentedo grupo,foilibertado depois de seis dias no cativeiro.Abatido,mas prático, ele retomouo trabalho semanas mais tarde. O único cuidadofoi cercar-sedeseguranças. Mais cauteloso, mas não menos ousado nos negócios, Abílio tornou-se nessa época sócio majoritário. Continuaramna empresa apenasele, seu paie a irmã Lucília. Os outros venderam suasparticipações ese retiraram da empresa. Os tempos quese seguiram foram duros: os planos econômicos colocaram o Pão de Açúcar àbeira dainsolvência. Abílio consegue tirar a empresada criseusandosuadesenvolta capacidade de administração: vende imóveis, negocia o BancoPão deAçúcar como Unibanco, toma empréstimos, acaba com supermercados Jumbo e Minibox, encerra os negócios emPortugal. Para conseguir sanar todas as contas, areduçãoé drástica:em 1989,o grupotinha449 lojase 46 mil funcionários; ao final de 1993,mantém 232lojas eapenas19 mil nomesnafolha de pagamento.
Aprosperidadeé retomada nos anos90. A partirde 1994, com o Plano Realimpulsionandooconsumo, aempresa cresce. No ano seguinte, abre o capital, colocando ações à venda naBolsa de Valoresde São Paulo (Bovespa), chegando à BolsadeNovaYorke bolsas européias. Em agostode 1999, 24% das ações são vendidas ao grupo francês Casino. O Pão de Açúcar voltou a incorporar redes de supermercados, como Barateiroe Peralta, tornando o grupo o maior empregadordoPaís foradosistema bancário. Em2000, foram abertas 16 novaslojas e adquiridasoutras 67.Em2001, oalvo é o ABC paulista, onde são compradas 26lojas. Emjunho de 2002, o grupo adquire a rede Sé Supermercados.Em dezembro de 2003, une-se ao Sendas, no Rio de Janeiro. Nos últimosanos, ocrescimento foisignificativo.A empresa tem hoje 58mil empregados e 500 lojas, somando Pão de Açúcar, Sé, Compre Bem, Barateiro, Extra eExtra Eletro. O faturamento em 2003 foi de R$ 12,8 bilhões.
Mudanças garantem voto de confiança
Em abril de 2003, o Grupo Pão de Açúcar passou a integrar um grupo de companhias listadas que participam do Índice de Ações com Governança Diferenciada, criado pela Bovespa. A inclusão nessa lista é uma espécie de voto de confiança dado pela entidade às empresas que oferecem menos riscos aos investidores, devido à transparência na divulgação de seus resultados. A companhia promoveu mudanças em março de 2003, justamente com o objetivo de se mostrar mais confiável. Com a reestruturação, os acionistas controladores passaram a fazer parte do Conselho de Administração. Nessa ocasião, Valentim dos Santos Diniz foi nomeado presidente honorário do Conselho de Administração, Abilio Diniz deixou o cargo de diretorpresidente para assumir a Presidência do Conselho de Administração, e a Presidência passou a ser ocupada por Augusto Marques da Cruz Filho, até então diretor vice-presidente administrativo financeiro.
A entrada em vigor da nova Contribuição para o FinanciamentodaSeguridade Social (Cofins) em 1º de fevereiro vai aumentar ainda mais a burocracia paraasempresas, além de elevar a carga tributária.A ReceitaFederaleditou instrução normativa que revoga o Demonstrativo de Apuração da Contribuição para oPIS/Pasepnão-cumulativo (Dapis), mas institui o Demonstrativode Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), para o cálculo do PIS/Pasep e da Cofins não-cumulativos. Odocumentoé obrigatóriopara todasasempresas tributadas pelo Imposto de Renda (IR) com base no lucro real.
"Maisumadeclaração aser preenchida. O Fisco está buscando mais informações dos contribuintes com o objetivo de fechar o cerco à sonegação", dizo consultorDouglasRogério Campanini, da ASPR Consultoria e Auditoria. De acordo
coma InstruçãoNormativa SRFnº387,editadana terçafeira, o demonstrativo deve ser apresentado pela empresa até o último dia útil do mês subseqüente aotérmino dotrimestre, por meio de aplicativo que estará à disposição no site da Receita Federal.Relativamente ao ano de 2003 e ao primeiro trimestre desteano,o Dacon deveser apresentadoaté oúltimo dia útil de março. "O Fisco está transformando o contribuinte emum serviçal do Estado. Temosum retorno à escravidão. Mas uma nova forma deescravidão, aeletrônica", diz osuperintendente jurídico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Carlos Celso Orcesi . A empresa que deixar de apresentaro documentoou entregá-loapós oprazoestará sujeita à multa de R$ 5 mil por mês. Caso o apresente com incorreções ou omissões, deverá pagarmultade 5%–nãoinferior a R$ 100 – sobre o valor das
transações comerciais ou das operações financeiras.
CargaTributária - Além de terde enfrentaro aumentoda burocracia, estudo realizado pelo Instituto Brasileirode Planejamento Tributário (IBPT) mostraque asmudanças na Cofins – que passou a ser não-cumulativa e tevesua alíquota majorada de 3% para 7,6% – vão aumentar a carga tributária para 65 (71%) dos 91setores daeconomiaanalisados. Na média, o custo sobre ofaturamento passariade3% para 4,01%.
Para o presidente do IBPT, o advogado tributaristaGilberto Luiz do Amaral, as novas regras resultarão em um aumento da arrecadação, neste ano, deaproximadamente R$ 9 bilhões, ou 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). E poderá causar elevação no custo final de produtos, como pão, bolachas etecidos.Arroz,feijão, milhoesoja, noentanto,podem ter queda de preço, já que a indústria vai poder gerar créditos de 70% do montante adquiridodepessoas físicas. "Mas,com osreajustes,certamentehaverá umimpactona inflação", diz Amaral.
O setor de serviços, devido ao grande peso da mão-deobra – que não gera créditos –, é o mais prejudicado, com impacto médio de 5,34% sobre o faturamento. No comércio varejista, o impactoseriade 3,37% e no atacadista, de 3,01%.Jáaindústria terá, em média, um custo efetivo de Cofins de 2,96%.
Adriana David
Astrês maiorescentraissindicais do País – CUT, Força Sindical e CGT–, que deverão ser as únicas a sobreviverem à reforma sindical e trabalhista, já fecharam uma "proposta consensual", emparceria com o governo Lula,sobrea nova estrutura sindical do País. O textoserálevadona próxima semana àComissãodeSistematização do Fórum Nacional do Trabalho (FNT)e,posteriormente, será colocado em votação plenária no FNT. O documento, obtidopela Agência Estado, estabelece uma estruturasindicalbaseada em critérios de representatividade, cuja organização será dividida em centrais sindicais nacionais; confederações nacionais; federações nacionais, interestaduais eestaduais;esindicatos (nacionais,interestaduais, estaduais, intermunicipaise municipais). Tambémdetermina a criação da representação sindical nolocal detrabalho, com a constituição de comitês nas
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empresas. Haveria,entretanto, um prazode trêsanos detransição para aimplementação da nova estrutura. Além de reconhecer juridicamente as centrais, a proposta de nova legislação altera o sistema de relacionamento entre governo, empresários e trabalhadores, com a criação do Conselho Nacional deRelaçõesde Trabalho e de duas Câmaras Bipartites (uma formada entre governo eempregadores eoutra entre governo e trabalhadores). Altera o sistema de sustentação financeira da organização sindical dostrabalhadores, com o fim do chamado ImpostoSindical, ou seja,com aextinção da Contribuição Confederativa obrigatória (valor correspondente a um dia de trabalho por ano) e a taxa assistencial.Como contrapartida, permiteaossindicatos cobrarem taxasassociativas econtribuições de negociação. Unicidade - Aproposta abre brecha, noentanto, paraa per-
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manência de um dos pontos polêmicos da atual legislação, a chamada"unicidade sindical"representação exclusiva de um sindicatopara determinadacategoria de trabalhadores.
A expectativa do governo e dos sindicalistas é de que o texto sofra poucas alteraçõesno FNT e, portanto, venha a ser encaminhado ao Congresso ainda neste semestre.Dessa forma,atenderá à estratégia do governo de primeiro fortalecer as entidades de representação dostrabalhadores para, posteriormente, debater a reforma trabalhista.
Embora a proposta indique a possibilidade de existência"de mais de uma organização sindical no mesmo nível e âmbito de representação, desde que sejam obedecidos os critérios objetivos de representatividade fixados em lei", naprática os sindicatos homologados até a entradadanovalegislação poderão manter-se exclusivos, caso se adaptem-se à nova lei no período de três anos da transição.
Estados e municípios ganham recursos da Cide
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem medida provisória que determina a repartição com estados e municípios de 25% da receita da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), cobrada sobre os combustíveis. Na prática, entretanto, apenas 20% da arrecadação será efetivamente entregue aos governadores e prefeitos, pois 5% serão desviados para o ajuste fiscal pela nova Desvinculação de Receitas da União (DRU).
A lei orçamentária de 2004 prevê que R$ 1,867 bilhão da Cide sejam transferidos para estados e municípios neste ano, mas o valor exato dos repasses dependerá da receita efetiva verificada em cada mês. O texto da MP deve manter o acordo entre os governadores, estabelecendo que o rateio dos recursos considere, por ordem de importância, a extensão da malha rodoviária de cada estado (40%), o consumo de combustíveis (30%) a população de cada um (20%) e uma parcela de 10% distribuída igualmente entre todas as unidades da federação. Com estas regras, os estados que terão os maiores repasses serão, pela ordem, São Paulo e Minas Gerais. (AE)
Sai
O presidente do Superior Tribunal deJustiça (STJ),ministroNilson Naves,decidiu ontem manter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indexadorde reajuste das tarifas de telefonia fixa. Navesindeferiupedido das concessionáriasde telecomunicações para que fosse suspensa a liminar dada pela 2ª Vara da JustiçaFederal,em Brasília, queestabeleceu oIPCA comosubstituto doÍndice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), previsto noscontratos de concessão firmados entrea AgênciaNacional de Telecomunicações (Anatel) eas concessionárias.
a concessionária, compromete acontinuidade da prestação do serviço público; potencializa a responsabilização civil do Estado por quebra do equilíbrio econômico-financeiro do contrato deconcessão; ofende a ordem econômica, pela insegurançajurídicaque induz;e afronta o devido processo legal e aplenitude do diretode defesa ao proferir adecisãosem ouvir a Anatel".
Presidente do STJ mantém liminar que indexou reajuste das tarifas ao índice de inflação
Ao manter o IPCAcomo índice de reajuste, Naves argumentou que o IGPDIreflete amédia ponderada dospreços aferidospeloIPA (Índice de Preços por Atacado) – que responde por 60%do cálculo e é fortemente influenciado pelo dólar–, pelo Índice de Preços aoConsumidor (IPC) e pelo Índice Nacional doCusto da Construção (INCC). Segundo ele, o índice fechou oano de 2002 em 26,41%, "patamar esse bem superior à inflação medida no período".
As concessionárias Telemar, BrasilTelecom,Sercomtel e Companhia de Telecomunicações do Brasil Central (CTBC) argumentaram que aliminar concedidapela Justiça"onera excessiva einjustificadamente
Apesarde considerarrelevantes os argumentos apresentados, dentre eles a ruptura dos contratos firmados, Naves, de acordo coma assessoria do tribunal, alegou inexistência dos pressupostos paraque o pedido de suspensão de liminar fosse deferido. Segundo ele, o fato de adecisão contestadatersido proferidaem 11desetembro retira o caráter de urgência do pedidode suspensão.Além disso,segundoele, diantedos elementos apresentados, a solução deve ser buscada nas vias ordinárias, e não no STJ. A decisão contestada foi proferida em ação civil pública do Ministério Público Federal para impedira aplicação dos percentuais deaumentodas tarifas autorizado em junho pela Anatel. Pelo IGP-DI, a assinaturaresidencial epulsos haviam sidoreajustadosem 25%. E a assinatura não-residencial ePABX, em 41,75%. Com o IPCA, estes percentuais caíram, respectivamente,para 14,34% e 23,95%. (AE)
O governovai tentar modificar o texto da reforma do Judiciário em análise noSenado pelo menosno pontoque tratada vinculação de decisões judiciais. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, defendeu ontem que areforma defina a chamada súmula impeditiva nolugar da súmula vinculante, que consta do texto aprovado pelaCâmara dos Deputados. A súmulavinculante, como o nome sugere, vinculauma decisão de um tribunal superior – Supremo Tribunal Federal (STF),Superior Tribunal deJustiça (STJ)ouTribunal Superior doTrabalho (TST)– sobre determinado temaa todosos processos semelhantes em outras instâncias.Já no caso da impeditiva, os juízes de instâncias inferiores têm mais flexibilidade deremeter aos tribunaissuperiores osprocessos,mesmo queaparente-
mente sobre o mesmo tema. Alguns estudos mostram que a vinculação das decisões dostribunais superioresagilizariao Judiciáriobrasileirode maneirasignificativa.O ministro, porém, argumentou que são necessários outros passos paraacelerar aJustiça, como areformadas execuções judicial, extra-judicial e fiscal e a regularização doscódigos de processo penal e outros. Ontem,Bastos enviouàCasa Civil uma proposta para a
modificação da execuçãojudicial."Nãoé um trabalhoque seresolva por passe de mágica. Essa reforma (em tramitação no Congresso) é uma condição necessária, masnão suficiente. Épreciso um trabalho de reformulaçãoda legislação abaixoda Constituição", disse Bastos,após encontro com o líderdo governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). Na semanapassada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa, tambémdefendeu a mudançanos códigosprocessuais com oobjetivo de acelerar a Justiça. Mercadante disse quea base governista noSenado vai trabalharpara darprioridade à reforma do Judiciário e manter o controle externo,conforme consta do texto aprovado na Câmara Federal. "Estou confiante na aprovaçãodareforma durante a convocação extraordinária", disse. (Reuters)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 21 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Pride Music Comercial
Importadora & Distribuidora Ltda.
- Requerido: Marcelo Domingos Pereira da Cruz D´Amico MERua Teodoro Sampaio, 836 - 14ª Vara Cível
Requerente: Holc Indústria e Comércio de Tecidos e Confecções Ltda.
– Requerida: Tralha Comércio Têxtil Tecidos e Retalhos Ltda.
– Rua do Areal, 225 - 16ª Vara Cível
Requerente: Entreposto e Distribuidora de Carnes Daniella Ltda. –Requerida: Comercial Big Giro
Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda. – Rua Maria Luiza Americano, 250 – 39ª Vara Cível
Requerente: Entreposto e Distribuidora de Carnes Miranda Ltda. –Requerida: Comercial Big Giro
Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda. – Rua Maria Luiza Americano, 250 – 39ª Vara Cível
Requerente: Clarete Aparecida Ferreira Tannuri – Requerida: Ultralojas Lar e Lazer
Empresa explica que o fim da produção de câmeras analógicas, anunciado em três grandes mercados, ainda está longe da realidade de consumo local.
Esqueça as câmeras analógicas: o presente e o futuro da fotografia são digitais. Pelo menos para a Kodak, uma das maiores empresas mundiais de produtose serviços fotográficos, noquedizrespeitoaos países desenvolvidos.Nasemana passad a a empresa anunciou que vai parar de vender máquinas fotográficas tradicionais - as que usam filmesnos Estados Unidos, no Canadá e na Europa Ocidental até o fimde 2004,se dedicandoexclusivamente aomercado das câmeras digitais. A produção e as vendas continuam para os mercados emergentes ou em desenvolvimento, como América Latina, China e Índia.
"Essa decisão foi tomada pela Kodak mundial em decorrência da queda da procura pelas câmeras tradicionais e do crescimento da fotografia digital nos países mais desenvolvidos. No Japão, cerca de 80% do mercado fotográfico já é digital. Na Europa enosEstados Unidosestaparcela éde40% do total",dizWalquiraDias, diretorade comunicação e pesquisa da Divisão de Imagens aoConsumidor eProfissional da Kodak Brasileira.
Filmes - Mesmo nos países em que direcionou suas vendas apenas para máquinas digitais, a Kodak permanece produzindo e vendendo os filmes para as máquinas tradicionais, jáque o númerode usuáriosdeste tipo de produto deve permanecer alto ainda por alguns anos. "Nos países em desenvolvimento, a fotografia tradicional é e vai continuarsendo a principal por muito tempo. Ainda écaroparao padrãodestes consumidoresa aquisição de
um equipamento digital. A câmera digital mais baratada Kodak sai, emmédia, por R$ 699, o que é um preço bom para a categoria, mas custa em torno de 10 vezesmaisque uma tradicional", afirma. Poucos flashes no País - O Brasil, mesmo se comparado a outros países latino-americanos, ainda fotografamuito pouco. O brasileiro gasta meio rolo defilme percapitapor ano,enquanto osargentinos gastam 3rolosper capita anualmente. Outrospaíses chegam a gastar 4 ou5 rolos/ano.Pesquisas mostram que apenas 49%dos domicílios brasileirospossuemuma câmera fotográfica. "Estima-se queexistamhoje emtornode 22 milhões demáquinas fotográficas noBrasil, das quais apenas 1,5% são digitais", afirma a diretora da Kodak Brasil. Outro dado interessante, segundo Walquira, é que no País um mesmorolo defilme per-
manece, em média, de 2 a 3 mesesdentro da máquina fotográfica desde a sua compra até o momento da revelação. "Com o mesmo filme, as pessoas fotografam as férias na praia, uma festa de aniversário ou a família em situações de luz
A Polícia Federalentra hoje, oficialmente,nas investigações do escândalo da Parmalat, com a aberturade pelo menos trêsinquéritos para apurar suspeitasdelavagem de dinheiro eremessailegalderecursos para o exterior.
Omaisprovável équeasinvestigações fiquemcentralizadas emSão Paulo, ondeestá a sede da empresa. Mas a PF deverá abrir também inquéritos no Rio de Janeiro enoParaná, já que um grande volume de remessas ao exterior foi feito por agências do Banestado em Curitiba e Foz do Iguaçu.
e pessoas vinculadas às subsidiárias da multinacional.
A PFvai trabalharbasicamente na movimentação feita pelaParmalatvia Banestado, mas também vai requisitar documentos das autoridades italianas que estão investigando as fraudes na matriz.
A PF vai trabalhar basicamente na movimentação via Banestado, por onde foram feitas algumas remessas.
A PF vai pedir a transferência do sigilo bancário da Parmalat, que já foi levantado pela força-tarefa do governo e do Ministério Público que investiga oBanestado. Alémdisso, segundofontesda PF,serão pedidasas quebrasdossigilos bancários e fiscal dos diretores
Remessas – Ontem, o Banco Central (BC) anunciou a proibição das operações de remessas derecursos da Parmalat Brasil ao exterior. A orientação foi repassada às instituições financeiras. Além disso, a Justiça solicitou do BC umlevantamento das remessas jáefetuadas. Aintençãoé checar sehá algumregistro irregular do ponto de vista da legislação cambial. Segundo uma fonte do BC, no entanto, a instituição não tem como avaliar a origem dos recursos parasaber sehouve fraude fiscal. "Esse é um traba-
lho que cabe à Receita Federal", disse a fonte.
CPI – A CPIque investigaa atuação do Banestado na remessailegal dedinheiroencontroumovimentações da Parmalat e suas controladas. De acordo com o presidente da comissão, senador Antero Paes de Barros (PSB-MT), documentos recebidos do Banco Central mostram que a empresaremeteuR$ 1,7bilhãopara UruguaiEstados UnidoseItália, no período de 1996 a 2002, via contas CC-5(contas bancárias no Brasil por não-residentesno País).Essasmesmas informações estãode posseda Receita Federal. Agora,disse Barros, cabe ao governo dizer se essas remessas foram legais. As repercussões do escândalodaParmalat sobreseusfornecedores no Brasilvêm preocupando tanto os parlamentares que o presidente da Câmara dos Deputados,JoãoPaulo Cunha (PT-SP)já anuncioua criação de uma comissão especial para discutir o caso. (AE)
Cercade 15% daprodução de leite do Estado do Rio de Janeiro que era vendida à Parmalat jáestá sendo absorvida por empresas concorrentes, como a Danone, a Nestlé e outras de menor porte. A busca por compradores foi uma alternativa encontradapelos produtoresà criseda companhia italiana, que ainda não pagoutodasas dívidas referentes a dezembro. Segundo o presidente da FederaçãodosAgricultores do Rio, (Faerj),Rodolfo Tavares, concorrentes da Parmalat vêm comprando entre 150 mil e 200 mil litros de leitepor diade
produtoresde Barra Mansa, no Sul do Estado, e de Itaocara e BomJesus deItabapoana, na região Noroeste. Atroca decompradores,porém, não é totalmente benéfica para osprodutores. Ospreços ficaramcomprimidos como aumentode oferta,segundo Tavares,e os novoscontratos têm valores entre 20% e 50% inferiores aos pagos pela Parmalat. "Mas émelhor perder 20% do que perder 100%, que é o risco que corremos se ficarmos nas mãos da Parmalat", resigna-se. Sucos –Jáno interiorde São Paulo, a Parmalat reiniciou
parcialmente a produção de sucos em suafábrica em Jundiaí, apósum diade paralisação nas atividades. Segundo a empresa,a interrupção na terça-feirafoipara ajustar os estoques. O SindicatodosTrabalhadoresde Alimentos e Bebidas de Jundiaí afirma, no entanto, que as operações desucos foramsuspensas pela falta de açúcar.
A área está funcionando com50% de suacapacidade. Metade dos funcionários do setor, cerca de 40 pessoas, permanecem em suas casas. (Agências)
Walquira: brasileiros usam meio rolo de filme por ano. KB32 é câmera de 35 mm que custa R$ 115. EasyShare CX6200 é digital e sai por R$ 699.
e exposição muito diferentes umas das outras. Por isso é importante paraa Kodak acomercialização dos filmes do tipoUltra, quetêm umaabrangência maior de utilização", explica a diretora. Gabriela Mendonça
A Kodak chegouao Brasil em 1920,comainauguração de umescritório no Riode Janeiro onde trabalhavam apenas seis funcionários. Nesta época, aempresa importavae comercializavachapas, filmes e papéis fotográficos. Em 1933, instalou uma loja e um laboratórioderevelaçãode filmes preto-e-branco em São Paulo. Em1965,lançoua pioneira câmara Kodak brasileira, a Rio 400, emhomenagem aoIV centenário da cidade do Rio de Janeiro. A primeira grande expansão de suas operaçõesno Brasilaconteceu nadécadade 70, com a inauguração do complexo industrial de São José dos Campos, onde foi incrementadaa produçãodecâmaras e papéis fotográficos coloridos e preto e branco, além de fotoquímicos de modo geral. Participação - A Kodak chegou a ser a número 1 em vendas no País e nos anos 90 superou a
marca de 18milhões de câmaras fotográficas produzidas em territórionacional. "Por decisão da corporação,as câmeras deixaram de ser fabricadas no Brasilepassaram aserimportadas da China -o que encareceuo produto etrouxeperda de competitividade no mercado", diz Walquira Dias. Sónoano passadoa filial brasileira recuperou o mercado perdido com uma ação simples. As câmerasvendidasno BrasilvêmdaChina, masos kits (câmera fotográfica, pilhas efilmes)passaram asermontados no Brasil. "Reduzimos os custos em 30% e de março a dezembro de2003 aumentamos nossas vendas em 300%", diz. Hoje, a KodakBrasileira possui cerca de 2,5 mil funcionários e comercializamais de 3,5milprodutos, emumarede dedistribuição queengloba maisde10milpontos de venda. (GM)
O banco está crescendo no exterior tendo em vista o aumento das exportações.
Como prefeito, restaurou Pátio do Colégio
A trajetória empresarial de Olavo Setúbal teve uma breve interrupção em meados dos anos 70, quando foi nomeado prefeito de São Paulo pelo então governador Paulo Egydio Martins. "Foi um convite inesperado. Assumi a prefeitura certo de que era um cargo de engenheiro. Mas acabei aprendendo a viver na política brasileira, com seus problemas, suas deficiências e suas heranças", conta Setúbal, que orgulha-se de ter realizado obras como a restauração do Pátio do Colégio e a reforma da Praça da Sé, além da compra de parques para a cidade como o do Carmo. "Hoje acompanho o desenvolvimento da cidade e vejo o imenso desafio que é administrar uma cidade como esta. Não há recursos que bastem para atender uma metrópole dessa natureza", diz. A passagem de Setúbal pela política não se resumiu à Prefeitura. Pouco depois de terminar seu mandato, recebeu o convite do expresidente Tancredo Neves (na época, senador) para organizar o Partido Popular em São Paulo. Foi Tancredo Neves também quem o nomeou ministro das Relações Exteriores, cargo que assumiu em 1985.
Aos 80 anos, o banqueiro Olavo Setúbal, engenheiro de formação, está acostumado a vencer desafios. Empresário há 57 anos, já foi também prefeito de São Paulo e ministro das Relações Exteriores, sendo um grande entusiasta da arte.
Por Adriana Carvalho
Poucas casas,muitasárvores, uma singelaponte de madeira sobre um riode águas tranqüilas. Assim era a vista da São Paulo de1821. A imagem, raríssima, foi gravada pelo pintor francêsArnaud JulienPallièree éoúnicoóleo sobretela da cidadeantes doadvento da fotografia. "O artista chegou ao Brasil com a comitiva de Dona Leopoldina e esse quadro, portanto, é um retrato do período colonial. Dá para ver o Pátio doColégio ea Igrejado Carmo", conta o banqueiro Olavo Setúbal, presidente do Conselho de Administração do Itaú. Ele orgulha-sede ter a obra, arrematada em um leilão em Nova York, como peça principal da coleção iconográficada instituição.Estáavaliado em um milhão de dólares e é umbeloexemplo dequenãoé só oItaú queemociona oempreendedor. Aos 80 anos, 57 deles dedicados à vida empresarial, Setúbal fala com entusiasmo de história, arte e da cidade de São Paulo. De seuartistapreferido, Victor Brecheret,háumaescultura nocorredor queleva a seu escritório. À beira da enormecascata que decoraa sede do grupo, no bairro do Jabaquara, repousauma obrado polonês Franz Krajberg. Na sala de reuniões, a grande mesa de madeiraé umaantigüidade dignademuseu. "AdoroSão Paulo,é umacidadefantástica para seviver. Édinâmica, estimulante e tem a capacidade de atender aos desejos mais variados de quem vive nela", diz Setúbal, que nasceu a poucos passos da Avenida Paulista, na centenária Maternidade São Paulo, a primeira que surgiu na cidade."Comexceção dedois ou três anos em que estive fora, vivi o tempo todo aqui", diz. Filho do escritor e poeta
Paulo Setúbal e de Francisca de Souza Aranha, membro de uma tradicional família da elitedo café, OlavoSetúbal formou-se em Engenhariana Escola Politécnica. Começou sua atividade empresarial em um ramo bemdistintodobancário:ele eoamigo RenatoRefinetti juntaram US$10mil e fundaram em 1947 a Artefatos de Metal Deca, que no início fabricavapequenas peçaspara fechaduras e torneiras e funcionavaemumpequeno galpão de dez por trinta metros. A empresa cresceu, mas Setúbal adeixoucerca de dez anos depois para dirigir, a pedido de seu tio,Alfredo Egydio, a Duratex, que passava por dificuldades.Setúbal conseguiu superar as adversidades e arecuperou.Como prêmio pelo êxito, seu tio o presenteou com a direçãodo Moinho São Paulo, outra de suas empresas. Vencido tambémesse desafio, surgiu umterceiroconvite, destavez paradirigir oBanco Federal de Crédito, consideradoo embriãodoqueéhojeo Itaú,segundo maiorbanco privado do Brasil. O Banco Federal de Crédito foi fundado com dinheiro da Companhia Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais,uma sociedadequeAlfredo Egydio tinha com José Ermírio de Moraes e José da Silva Gordo. Essa companhia, que já foi presididapor Antônio Ermírio de Moraes, atual presidente do grupo Votorantim, deu origem a Itaú Seguros. "Durante aSegunda Guerra Mundial, o Brasil rompeu com os países do Eixo e o sistema bancário teve que se adaptar ao fechamento de instituições alemãs, italianase japonesas, que tinham forte atuação em São Paulo. Isso causou uma explosãono número debancos nacionais. Foi nessa época que
surgiram as grandes instituições de hoje, como o Bradesco eoItaú",lembraSetúbal. O banco que Setúbal assumiu era, na sua própria definição, muito "primitivo". Ele costuma comparar o sistema bancário brasileiro dos anos 60 com os tempos em que a família Medici dominava o centro comercial e bancário de Florença, na Itália do século 15.Conta quetudose faziaartesanalmente e que a formação dosbancários eramuito modesta.Setúbaldedicou oprimeiro ano de sua gestão apenas à observação,para entender comofuncionavaa estrutura. Depois, deu ênfase à reformulação dos métodos de contabilidade edecidiu comprarmáquinas para agilizaressa atividade. Uma passagem curiosa marcou essa época. Ele ouviu falar que tinham sido lançadas no mercado máquinas de contabilidade com um sistema simplesde computador.Cha-
São Paulo é dinâmica e estimulante e tem a capacidade de atender aos desejos mais variados de quem vive nela.
mou o representantedo equipamento eencomendoudez unidades. O vendedor disse que precisava do dinheiro adiantado, pois não tivera recursospara importar asmáquinase elasestavamcaucionadas aum banco.Setúbal resolveu dar crédito ao vendedor. Anos depois, reencontrou ohomem,dequemjá nem se lembravamais, queagradeceu o voto de confiança. Seu nome eraMathias Machline,fundador do grupo Sharp do Brasil. Depois dos acertos na área decontabilidade, oBancoFederal de Crédito começou a se expandir. Em 1965 houve a fusão com o Banco Itaú, instituição fundada porum grupo de fazendeirosda cidademineira demesmo nome,cujosignificado é "pedra preta". "Esses fazendeiros haviam a princípio fundadouma fábricadecimento e depois partiram para o ramo bancário. Depois da fusão, adotamosonomeItaú", conta Setúbal."Desdeaquela época até agora houve uma evolução enorme nosistema bancário. Aglobalização ea competição levaram a uma ondade fusõese aquisições.O Itaú que conhecemos hoje é re-
sultado da fusão demais de 40 instituições". Segundo obanqueiro, terminadoesse movimento–jáque praticamente não existemmaisinstituições depequeno porteàvenda –o caminhoé ainternacionalização. "O Itaú já está em Portugal eestá chegandoàÁsiae àAlemanha. O banco está crescendo no exterior tendo em vista o aumento das exportações brasileiras, para dar suporte a essa atividade".
Nosanos70, viveu suaprimeira experiência política (veja aolado). E,na décadade 80, Setúbalingressou noterceiro setor. Foi ofundador da Associação PaulistaViva,umaorganização não-governamental com oobjetivodepreservar a região da Avenida Paulista. "Estou profundamenteligado a essa cidade, onde deixo meus 7 filhos e 19 netos", diz Setúbal, mostrando a foto da grande família que guarda no escritório. Seu lugar preferido na cidade é o restaurante LaCasserole, no Largodo Arouche."Temuma simpática vista para a banca de flores e é onde, uma vez por mês, me reúno com 15 amigos dajuventude. Fazemosissohá 55 anos, ininterruptamente".
Empresa fechou 2003 com exportações cinco vezes maiores. Peças viram objetos de luxo lá fora, com preços até nove vezes mais altos do que no Brasil.
A Boulevard Brasil, empresa que comercializa oartesanato brasileiro no exterior, terminou o ano com exportações quintuplicadas. Aempresa, que vendia umcontêiner a cada cinco meses no mercado externo quando abriuas portas, há dois anose meio, hoje exporta essemesmovolume mensalmente. São esculturas, abajures, vasos, quadros e até almofadas confeccionados manualmente por artesãos do NordesteeSul doBrasil,além de Minas Gerais. Os volumes ainda são pequenos, mas ajudam a engordar as exportações dosetor, que noanopassado atingiram US$ 5 milhões.
Feitos commatérias-primas como cerâmica,metal epalha de buriti, osartigosdamarca Boulevard Brasil partem das cidades brasileiras para lojas de decoração na França, Espanha, Portugal, Suíça, Itália, Líbano, Romênia, Escócia eCaribe. Nas prateleiras, ganham preços aténovevezes maiores queos deatacado. Nempor issodeixamde fazersucesso entre os consumidores de maior poder aquisitivo. "São produtos luxuosos", explica o proprietário da empresa, o
francês Axel de Torsiac.
Adaptação- A Boulevard Brasil faz uma adaptaçãodo artesanato nacional aogosto internacional, trocando, por exemplo, cores vivas como o vermelho e oazul por outras mais sóbrias, comocreme e marrom. Esculturas muito pecualiaresao gostoe àtradição brasileira, como agalinha d’angola e a lavadeira, não chegam a serproduzidas em larga escala nem em tamanhos muito grandes. Opreto velho, por exemplo, figura comum nas lojasvoltadasa turistasno Nordeste do País,nem é fabricado. Diferentementedo Brasil,ondeo artesanatoévendido comosouvenir, naEuropa ele ganha função decorativa. Por isso o grande investimento em peças mais finas. Fornecedores - A Boulevard trabalha atualmentecom17 fornecedores, alguns dos quais passaram depequenosartesãos a microempresários a partir das vendaspara a empresa. Torsiac diz queo fornecimento foi uma das dificuldades que encontrou para levar o negócio adiante. Nem todos os artesãos compreendiam aimportância do cumprimento de prazos, da
constância no fornecimento e do recuonospreços para ganhar clientes."O artesãosbrasileiros têm muita criatividade, masnãopossuemcultura daexportação", diz Torsiac. Tanto que são poucos os fornecedores iniciais que ainda se mantém trabalhandoparaa empresa. A Boulervard foifazendo umatriagem e hoje compra apenas dos que se adequaram ao ritmo do mercado. Planos - Neste ano, a Boulevard Brasil deve reestruturar suas operações. O plano é centraro foconaexportação ereduziros negóciosno Brasil.O fechamento de um show-room que a empresa mantém na Vila Madalena, emSão Paulo, fazparteda operação. Ficará aberta, porém, a loja da Boulevard no bairro do Morumbi.
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O francês Axel Torsiac abandonou a carreira de executivo para trabalhar com o artesanato brasileiro. Torsiac já foi diretor geral de operações da HBO no Brasil e diretor da Fox para a América do Sul, mas há cerca de três anos resolveu aventurar-se num negócio próprio. Valeu a pena?
Ele diz que não chega a levar para casa o salário que ganhava nas televisões por
assinatura. "Ainda não tive retorno financeiro". Torsiac está, na verdade, satisfazendo um desejo pessoal de trabalhar com artesanato e desbravar o comércio internacional.
A Boulevard foi montada em parceria com um outro francês, Bernard Karabachian, um exexecutivo da Ferrero Roche que vendeu sua parte a Torsiac recentemente. (ID)
Axel de Torsiac: segredo está na adaptação das peças ao gosto dos estrangeiros, o que inclui o uso de cores mais sóbrias.
GM não confirma plano de investir em Gravataí
A General Motors informou, ontem, por meio de sua assessoriade imprensa, que não vaise manifestarsobre a declaraçãofeita ontempelo presidente LuizInácio Lulada Silva. Eleafirmou terrecebido convite para visitar em fevereiro a fábrica da GM em Gravataí (RS), "que vai anunciaro aumentoda capacidade de produção".
Projeto - Segundo a assessoria de imprensa da montadora, a definiçãosobreo assuntodeveráser divulgada na primeira quinzena de fevereiro. O projeto que a GeneralMotorsvem negociando como governogaúcho desde abril prevê investimentos deUS$ 240milhões,am-
pliando de120 mil para 200 mil unidadesa produção de veículos. Também está prevista a instalação de uma unidade deCKD (veículos desmontados para exportação).
Plano envolveria ainda a construção de uma unidade de veículos desmontados para a exportação no Rio Grande do Sul
Escolha - Ogoverno doEstado informou que não recebeu confirmação da empresa sobre a escolha de Gravataí. O México, que estava disputando oprojeto, foi descartado noinício de d ez em br o, quando aGM anunciouacordo de exportação com o País. O outro concorrenteseria aChina.Mas, opresidentedaGM para a Ásia, Frederick Henderson,negouque estariadisputando os investimentoscom o Brasil. (AE)
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Vendas externas dobraram com projetos de incentivo
Nos últimos anos, as exportações de produtos artesanais só aumentaram. De acordo coma AgênciaBrasileirade Promoção das Exportações do Brasil,Apex, em2003oPaís exportouUS$ 5,098milhões em artesanato, aproximadamenteodobro verificadoem 2002, de US$ 2,621 milhões. Esse aumento está ligado a novos projetos de incentivo ao artesão. A Apex,por exemplo, apóia programas estaduais de exportação, custeandoaté 75%dovalordoprojeto. Seis Estados contam com equipe nesse sentido: BA, CE, MA, MG, RJ e SP. As peças exportadaspossuem a marca Brazil Handicraft, uma espécie de seloda qualidadedo produto e do processo artesanal. Os principaisprodutos exportadossão acerâmica,tecelagem, cestaria, trançados, rendas, pedras e objetos de madeira. AEuropaeosEstados Unidos são os maiores alvos. André Alves
American Airlines diz ter reduzido prejuízo em 80%
A controladora da American Airlines, aAMR Corp., anunciouontem quereduziuseu prejuízo no quartotrimestre em 80%graças auma campanhaintensivade cortedecustoscomo objetivodesalvara maior companhia aérea do mundo da falência.
A AMR teve prejuízo de US$ 111 milhões no quarto trimestre. No mesmo período do ano anterior,o resultado negativo da companhia aérea havia sido de US$ 529 milhões. O desempenhoda companhiasuperou as estimativas dos analistas ouvidos pela Reuters Research. A empresaressalvouque tem muito trabalho pela frente antes dea companhiavoltar a obter lucro operacional. "Fizemos um grande progresso", disse o presidente-executivo da AMR, Gerard Arpey. Receita - A receitadacompanhianoperíodo totalizou US$ 4,39bilhões, um crescimento de 3,9% em relação ao mesmo trimestre doano anterior. A empresa disse ter conseguido uma redução de 12% noscustos, desconsiderando os itens extraordinários. Antes de impostos e sem esses itens, a AMR teve um prejuízo de US$ 95 milhões.
A companhia encerrou o quarto trimestre comUS$ 3,1 bilhões em caixae referentes a investimentos de curto prazo. Aempresa vaireestruturar seus negócios em Miami para transformar a cidade em porta de entrada para a América Latina. A companhia anunciou ainda um acordo de code-sharing com a companhia aérea Mexicana de Aviación. (AE)
Samuel Klein, 80 anos, o sorridente dono das Casas Bahia, começou vendendo roupas de cama e mesa de porta em porta, em São Caetano do Sul, numa charrete. Cerca de cinco décadas depois, comanda um império de 350 lojas.
Por Heci Regina Candiani
Para os amigos, ele é o Samuca. Para os homensdenegócios, Samuel Klein, o rei do varejo. Para a maioria dos consumidores brasileiros, éo dono da loja onde se encontra de tudopelo preçoquese podepagar. O dono dasCasas Bahia é tudo isso e muito mais.
SamuelKlein –80anoscomemorados emnovembro de 2003 –é sorridente, falante e ativo. Caminha,todos osdias, pelo menos 5quilômetrosna esteira; faz aulas de alongamento e é figura sempre presente na administração central das Casas Bahia, em São Caetano doSul. Temtanta disposição,que elemesmo revelaque já fez um acordo com o divino: vai viver até os 120 anos. E para isso, cuida bem da saúde, da famíliae dosnegócios, sempre buscando algum meiode ajudar as pessoas que estão próximas, como os funcionários, os parentes e os amigos. Atrajetória dopolonêsaté chegar ao Brasil é longa. Quandoos nazistasinvadiram aPolônia, foi levadopara o campo de extermínio de Maidanek. Em 1944, conseguiu fugir e voltar para sua antiga casa. Depois daguerra, foipara aAlemanhaOcidental, ocupada pelos Aliados,recomeçar avidacom os familiares quesobreviveram ao Holocausto. Foi lá queconheceuAnna, a mulher com quem se casou, e teve seuprimeirofilho,Michael.Atéque anovafamília decidiu mudar-se para a AméricadoSul.Em 1951foiparaa Bolívia,masem1952 jáhavia decidido se estabelecer no Brasil. Chegoua SãoCaetanodo Sul na época em que migravam muitos trabalhadoresnordestinos na busca de empregos na indústria automobilística do ABC paulista.
A família Kleintinhaentão U$ 6.000 em economias: US$ 4.000foram paraa entradada casa eUS$ 2.000,para onegócio de Samuel. "Foiaí que comeceia comprarpor 100para vender por 200",conta ele. "E asprimeiras vendasjá forama prazo, seis ouoito prestações. Na época, vendia roupas de cama emesa deporta emporta, numa charrete. Cada cliente tinha um cartão com o nome,
endereço, o que comprou e em quantas vezes iria fazer o pagamento.Alémdefazer as vendas, eu fazia também a cobrança na casa do cliente".
Afilosofia dométodo de compra e venda de Samuel Klein não mudoumuito de lá para cá.Hoje sua redede lojas tem 350 unidades em sete estados brasileiros e no Distrito Federal. O que mudou, e muito, foram a tecnologia e a administração.
Oreidovarejo ainda comprapor 100– semprenegociandocomos fornecedores preços maisbaixosdoqueos de mercado edescontos especiais – e vende por 200. Só que, agora, são os clientes que vão atéele.Há pelomenos25mil funcionários que mantêm a estrutura em funcionamento e todos os controles dos carnês e compras são computadorizados. Além disso, as lojasnão vendem maisapenas móveise utilidades domésticas. Há também celulares, brinquedos e eletrônicos. As vendas parceladaspodemsertambém sem juros e quem quiser pode pagar com o cartão de crédito.
Notradicionalcarnê, pagamentos antecipados recebem descontoe ocréditocontinua facilitado. Mesmo assim, a taxa deinadimplência aindaéinferior a 5% dototal vendido. "Vender fiadoe àprestação é umapráticaenraizada nocomércio do País", diz Samuel
Vender fiado eà prestação é prática enraizada no comércio do País.
Klein, que levou apenas algumassemanas paracompreender isso, logo que chegouao Brasil. "Hoje, já não vendemos apenas para as classes baixas. Praticamentetodasas classes compram nas Casas Bahia", orgulha-se.
Há lojas dasCasas Bahia em shoppings e umadas mais recentes "jóias" de Samuel é uma estrutura imensa commais de 25 mil metros quadrados e 400 vendedores. O grande salto entre a charrete e o império varejista foia comprada primeira loja, em 1958, em São Caetano do Sul. Onome da loja, Casa Bahia, era homenagem aos fregueses, na maioria baianos. "Essa foi minhaprimeira jóia. A partirdaí, o negócio cresceu", resume ele. "Compreias lojasPiratiningaem 1970,depoisa redeColumbia,a Tamakavi,doSilvio Santos,aDomus elojasdaUltralar, Modelar e Garsom, do Rio de Janeiro.Sempre investi o lucro na própria empresa e não me interessei em diversificar as atividades". Háquemsuspeite queSamuel sejadotado deum toque de Midas, capaz de transformar em ouro tudo o que lhe cai nas suas mãos. Por causa disso, ele já setransformou num mito dos negócios,reforçado pelo fato de as Casas Bahia se tornarem cada vez mais fortes num ramo em que a maioria das redes, com nomes tradicionais e populares, faliu, co-
mo Mesbla, Coroa Brastel, Arapuã, Casa Centro e a supermarca Mappin. Também se diz que o sucesso de Samuca nos negócios, há 52 anos,éresultado desuaintuição e de seucarisma. Para outros,o segredoé suasimplicidade, seusorriso largoe otrabalho duro. Há quem diga que elefoiesperto emtercentralizado os negócios buscando satisfazer e fidelizar clientes com poderaquisitivo inferior,enquanto as outras redes buscavam apenas os remediados. Mas Samuel Klein gosta de dizer que o segredo de sobreviver ecrescer em meio àcrise é uma misturade simpatia,diálogo,bom atendimentoeuma equipe que sabe dar aos consumidores as informações corretas sobre o produto. Se for isso, o que está guardado a sete chaves não é a lista de ingredientes, mas as doses exatas em que cadaitem entra namistura.Em sua generosidade,ele revela um pouco mais. "Procuro tratarocliente comopessoa,não como umnúmero. Nãotiro a mercadoria se ele não pode pagar,renegocioatrasose dívidas, tiroo nomedo Serviçode Proteção ao Crédito (SPC) e já deianistiade até50%dadívida", diz o empresário. Hátambém, éclaro, uminvestimento pesado na "alma do negócio". A propaganda das Casas Bahiaé assumidamente maciça e consome anualmente entre 3% a 4% do faturamento
Procuro trabalhar o cliente como pessoa, não como um número... renegocio atrasos e dívidas.
das lojas e a rede investe ainda no treinamentodos vendedores. "Nãoexistem regras rígidas.Pagamos bons salários e procuramosajudar osfuncionários a crescer. Emprestamos dinheiro, oferecemos assistência médica e cesta básica, refeição e academia de ginástica e prêmios", enumera. Portudo isso,ninguémduvida queelenãotemmotivos paratemerou fugirdasgarras dos concorrentes. "Eunão me preocupo comninguém. A concorrênciaé boa. Sem ela, você acaba se satisfazendo com muito pouco. Mas se tem concorrência, um ensina o outro", diz Samuel Klein. Com toda essa segurança, fica claro que existem segredos que ele só divide com os filhos, que ajudama administrar o negócio. Ajudam,sim,porque, apesar de sua presença no escritório não ser imprescindível para oandamento dos negócios, ainda é ele quem determina – em reuniões mensais com osprincipaisexecutivos da empresa –, quais são os objetivos da rede, as metas de vendas e comoserão reconhecidososfuncionários eosfornecedores que mais se destacaram no mês. Dispostoa viver mais40 anos, ele diz que parar de trabalharpara curtir viagens e preguiçaé algoque nempassa pelasuacabeça. "Minhavidaé o trabalho e a família e eu tenho uma preocupação grande que é a de ajudar outras pessoas a crescerem e terem uma vida melhor", diz. Por isso, as Casas Bahia estão hoje envolvidas em projetos de apoio a instituições deassistênciasocial etêm compromissos com ações da Fundação Ayrton Senna voltadas paraa educaçãono Nordeste doPaís eda Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
Um dezembro com 2,1 milhões de carnês
Samuel Klein impressiona pela franqueza e pela transparência ao falar de seus negócios. Ele traz na memória cada um dos números importantes sobre a rede e não consulta os relatórios para dizer que 95% de seus clientes pagam as prestações em no máximo 90 dias, que 15% de tudo que vende é pelo cartão de crédito e que os estoques da rede são de certa de R$ 700 milhões. O maior armazém das Casas Bahia tem 260.000 m2 e a sua frota para as entregas tem 1.200 caminhões. O balanço de 2003 também está na ponta da língua de Klein. O faturamento da rede no ano passado foi de R$ 6 bilhões e há nos cadastros mais de 7.567.000 de clientes pagando prestações. A superloja das Casas Bahia, no Anhembi, recebeu em dezembro do ano passado 380 mil pessoas, vendendo R$ 800 milhões no mesmo mês. Foram empacotados ou despachados 3.700.000 produtos no último mês do ano e emitidos 2.100.000 carnês. "A meta agora é chegar a 500 lojas até 2008, abrindo em média 30 novas unidades por ano", diz.
Varejistas membros da Associação Paulista de Supermercados terão à disposição 30 mil quilos do melhor café produzido no estado. É a maneira dos empresários participarem da festa da cidade.
No início do século 19 circulavam histórias de famílias que enriqueciamcom oplantiode um tal ouro negro. Esse produto tão especial era o grão de café paulista, umdosprincipais agentesdo desenvolvimento urbano e social dacapital de São Paulo, que nesta semana completa 450 anos. Para comemorar a data, os empresários paulistasdo setor lançaramno últimodia20 uma edição especialde "Cafés Premiados Safra2003". São30 mil quilos do que há de melhor produzidono estado–cafés que estarão à venda nos estabelecimentos varejistas membrosda AssociaçãoPaulistade Supermercados (Apas). "Agorateremos acerteza de que produzimos e bebemoso melhor cafédo mundo",afirmou LineuCarlos daCostaLima, secretáriodo Ministério da Agricultura, PecuáriaeAbastecimento, que esteve presente nacerimônia delançamento como representante do ministro Roberto Rodrigues. Distribuição - Ainiciativaé uma ação conjunta da Câmara Setorial de Café (órgão ligado à Secretariade Agriculturae Abastecimento do Estado de São Paulo), do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé)e da AssociaçãoComercial de Santos (ACS). Neste ano, a campanha tambémrecebeu o apoio da Apas e da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). "Isso permitiráque oapelo da premiaçãoseja transmitidaao consumidor final do café. Com a distribuiçãogarantida eorganizada,além dematerialexplicativoe educativo sobreo tema, esperamos que o valor do café no mercado nacional seja impulsionadoe oconsumo elevado daqui para frente", dizNathanHerszcowicz, presidente doConselho doSindicafé e da Câmara Setorial junto ao governo do Estado, além de diretor executivo na Abic. Escolha dos melhores –A seleção dos melhores grãos produzidosem SãoPauloteve inícioem agostode2003 efoi concluída no finaldomesmo
ano. Primeiramente foram eleitos osmelhores cafésentre as nove cooperativas que atuam em São Paulo. Depois, foramselecionadosos5 melhores nas categorias "natural" e "cereja descascado".Participaram do concurso cerca de 530amostrase 10 produtores foram premiados.Os doisprimeiros postos foram ocupados por cooperados da Cooxupé. Para LuizHenrique Benedicto Ottoni, vencedor na categoria café natural, o benefício doprêmio éespecialmente adivulgação daFazendaMariana e do vale de São Sebastião da Grama, na região da Mogiana. "É a segunda edição dos Cafés Premiados e também nossa segunda vitória na categoria. É oresultadodo investimento em técnica de secagem, pessoal e colheita seletiva de grãos", descreve, orgulhoso. Ottoni contaque suafazenda tem250hectares,cerca de 14 trabalhadores e foi fundada em1992."Temos oprojetode criação de uma cooperativa regional.Esperamostornar o nomeconhecido aoscompradores e elevar o valor do café de São Sebastião da Grama".
Já ovencedor na categoria "cereja descascada" foio produtorEsmerino Joaquim Ribeiro do Vale, proprietário da Fazenda Floresta –adquirida em 1994, com área de 350 hectares. Oitentae doisempregadoscuidamdaprodução de 17,5 milsacasde60quilos. Marcelo Pásqua, responsável pelacomercialização egenro de Esmerino, explica que produção do café tipo cereja compensa, pois conta com o preço cerca de 15% maisalto do que onatural."Apesar disso,oque valepara aconquistade um produtodequalidade éozelo. Enquanto o caféestá no pé, a naturezatomao cuidado do fruto.Após acolheita,a responsabilidade passa a ser do produtor". Para Pásqua, o maior benefício doconcurso é o marketing da fazenda. "Com isso ganhamos poder de barganha no momento da comercialização."
Juliana de Moraes
Café Damasco arremata lotes de R$ 1.200 a saca
na distribuição tanto do produto como do material explicativo sobre a qualidade desses grãos.
Comexpectativas otimistas para 2004, o setor cafeeiro nacionaldeve entraremuma nova fase a partir deste ano. Os investimentosprodutivos do segmento devem somar R$130 milhões, cercade 115% amais do que oregistradoem2003, de acordo coma Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Casose confirmeessaestimativa, a quantia será o equivalente a3% da previsão de faturamento do setor,calculada em R$ 4,43 bilhões. Para as exportações de alto valor agregado, ou seja, as de cafétorrado emoído, aprevisão da instituição aponta alta de US$ 12 milhões (apurados em 2003)para US$ 29 milhões neste ano. "Após quatroanosde preços em baixa eextinção de cercade
500 indústrias do setor, finalmentevoltaremos acrescer", espera Guivan Bueno, atual presidente da Abic e diretor de Operações da Café Damasco. Para Nathan Herszkowicz, diretorexecutivoda instituição, arecuperação de preços do segmentojápôdeserpercebida em 2003. "Aaltachegoua110%na sacade60quilosde caféverde.Na pontade venda, a valorização do produto girou em tornode 50% sobre a média de 2002. Não se tratou de aumentode preços, mas recuperação",ressalta. Elecompleta dizendo que o total de sacasproduzidasnacionalmente noanopassado atingiu28,5milhões,o queé significativamente pouco mais do que a metade do registrado em 2002, quando a produção chegou a 48 milhões de
sacas."Paraeste ano,prevemos 38 milhões de sacas de café e devemos ser os responsáveis pelo abastecimento de 32% do mercado mundial de consumodo produto.Há quatroanos,a participação brasileira eradeapenas 18%", diz Herszkowicz. Guivan Bueno acrescenta que a Abic pretende intensificarasações demarketingno setor para que oBrasilrecuperea famainternacionalde grande produtor de café de qualidade."A associação já elaborou umprojeto eestá reivindicandojunto aoConselho Deliberativo da Política doCaféuma campanhanacional einternacional para divulgação da marca Brasil. Não podemos mais perder espaço de mercadopara países como a Colômbia". (JM)
Cinco indústrias cafeeiras participaram do leilão para a compra das sacas de café escolhidas como as melhores da safra 2003 de São Paulo: Damasco, Floresta, Bom Dia (a maior exportadora nacional do produto torrado e moído), Tiradentes e Prima Qualita e Mr. Coffee. A empresa vencedora do leilão foi a Café Damasco que arrematou os lotes (de 30 sacas de 60 quilos) de Esmerino Joaquim do Vale e de Luiz Henrique Benedito Ottoni por R$1.200 cada. Os demais lotes leiloados tiveram como preço mínimo R$ 300, o que é quase o dobro da cotação média para cafés de qualidade no mercado internacional. "Foi a oportunidade que encontramos de oferecer também o café de altíssima qualidade com a nossa marca na região metropolitana", explica Guivan Bueno, diretor de Operações da indústria beneficiadora de café paranaense. Segundo ele, a compra dos lotes premiados também é uma estratégia para fortalecer a participação da Café Damasco no estado atrelando a marca a produtos de qualidade. A empresa deu início às operações em São Paulo há apenas dois anos. "Se houver outros concursos para escolha de grãos especiais faremos o possível para participar", diz Bueno, que atualmente também é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A Floresta Café levou três dos 10 melhores lotes e deve produzir nove toneladas de cafés especiais a partir da mistura dos cafés vencedores com outros tipos. "Seremos a única empresa em SP a lançar os Cafés Premiados em sachês para máquina de espresso, dando preferência à tradição da Floresta. A empresa foi pioneira nesse nicho na década de 70, diz Paulo Fernandes Filho, proprietário da marca. Ele diz que esse tipo de embalagem oferece praticidade ao consumidor "que não precisa se preocupar em medir a quantidade exata na hora de tirar o cafezinho". (JM)
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Companhia Melhoramentos entregam hoje à noite, em cerimônia com teatro e música, no Pátio do Colégio, coração da cidade de São Paulo, os troféus Antônio Proost Rodovalho para sete empreendedores que se destacaram em 2003. "O prêmio resgata o espírito que predestinou a cidade de São Paulo desde o início da história do Brasil", diz o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. O padre José de Anchieta foi um dos primeiros empreendedores no País. Depois vieram os bandeirantes paulistas, que alargaram fronteiras. E também Antônio Proost Rodovalho, que fundou a ACSP no final do século 19 e empresta o nome ao prêmio.
Festa da premiação traz o pianista JOÃO CARLOS MARTINS na regência de uma orquestra de cordas, preparada para seu Bach pessoal.
Dorina Nowill
Cega desde jovem, ela cuida da Fundação editora dos livros em Braille que iluminam vidas
José Martins Pinheiro Neto
Há 62 anos ele comanda o escritório de advocacia, no centro de São Paulo, que é referência internacional
Adib Jatene
Ele veio de Xapuri, no Acre, para estudar Medicina e tornou-se um craque na matéria coração
Valentim dos Santos Diniz
Imigrante começou com doceira e padaria e hoje seu grupo, o Pão de Açúcar, tem 500 supermercados
Banqueiro do Itaú, engenheiro está acostumado a vencer desafios, em 57 anos de vida empresarial
1 2 3 4 5 6 7
Dono das Casas Bahia começou vendendo roupa de cama e mesa numa charrete e hoje é o rei do varejo
À frente do maior conglomerado industrial do País, empresário é um entusiasta do crescimento
Nunca, mas nunca mesmo, pensamos em parar de crescer. Parar não é bom para nós, nem para o País.
Na ficção, uma implacável radiografia do País
Antonio Ermírio consegue encontrar tempo para se dedicar à ficção. Embora, no caso dele, a ficção sempre venha acompanhada de uma implacável radiografia dos problemas nacionais. Foi assim nas duas peças teatrais que escreveu e já conseguiu levar aos palcos – e promete também ser assim na terceira, já concluída, e em fase de escalação de elenco. O empresário estreou como autor teatral em 1996. A peça, Brasil S/A, foi escrita durante 8 longos anos. Com ela, pôde dissecar uma realidade da qual sempre fora íntimo: a quantidade de impostos que sufocava o empresariado – dos pequenos, de fundo de quintal, aos colossais como ele. Em Brasil S/A, o dramaturgo temporão mostrava a figura do empresário herói perseguido por um sistema bancário que beirava o canibalismo. Os diálogos, sem qualquer tom panfletário, também faziam previsões sombrias sobre o desemprego –que o tempo se encarregou de confirmar. Em 1999, colocou em pé a peça SOS Brasil. A porção do País que agora pedia socorro era a saúde pública. A montagem foi elogiada pela crítica que enxergou ali um dramaturgo mais seguro da carpintaria teatral. Agora, está prestes a mostrar o terceiro resultado da grande sabatina que sua dramaturgia parece impor sobre o País: Acorda Brasil abordará principalmente a necessidade da geração de empregos.
Sérgio Roveri
Oempresário Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, está sempre em sintonia com o "espírito de bandeirante" de São Paulo, cidade onde nasceu, e se bate contra o desemprego que tanto a maltrata.
Por Milton F. da Rocha
OempresárioAntonio Ermírio de Moraes, 75 anos, hoje presidente do Conselho de Administração do Grupo Votorantim nãoesconde aadmiração por São Paulo e dizpara quem quiserouvir,emaltoe bom som: "Nasci nesta cidade abençoada quea todosrecebe como mesmocarinho eatenção. Soupaulistano mesmo,e amomuito estacidade; nasci na Avenida Paulista. Eu moravanacasa domeu avô,enquantomeu pai estava construindo uma casa na rua Guadelupe. SãoPaulo éuma cidadedinâmica, queacolheos brasileiros de todasaspartes. Por isso eu me bato muito contra o desemprego. Temtanta coisa para ser feita em São Paulo. Desejoque ogoverno federal faça alguma coisa". À frente do maios conglomerado industrial do País –com atividadesnosramosde cimento, papel ecelulose, metalurgia,energia, especialidadesquímicase sucodelaranja –, ele se identifica com o "espírito de bandeirante" que ele reconhece nacidade. "Umespírito pioneiro, de buscar a conquista do Brasil, no bom sentido.De expandirasfronteiras, de fazer aqui uma grande cidade. O Brasil é um País jovem e São Paulo o acompanha". Antonio Ermírio de Moraes tem seu escritório na Praça Ramos de Azevedo, atrás do Teatro Municipal. É dali que ele observa a cidade, acompanha os movimentos das pessoas no Viaduto do Chá,em frente ao antigo Mappin. "O prédio do Mappin deve ser transformado em uma universidade. Acho que, com o metrô, isso pode beneficiar muita gente." Ele também acompanha o movimento no Shopping Light e da própria Praça Ramos, que seu Grupo ajuda a manter limpae ajardinada."Olho estacidade,sempre como se fosse a primeira vez. É um encanto, sem dúvida alguma. Vejo o
Anhagabaúe observoqueestá melhor conservado. A cidade deveria ser sempre bemconservada, sem pichações, limpa. As pessoas gostam de coisas limpas e arrumadas, não é?" Quando caminha pela cidade, é abordadona rua, cumprimentaas pessoas. "Opovoé muitobom comigo.Me tratam bem". E quase como uma declaração de amor à cidade, ele afirma:"Viajopouco,mas sempre quando volto vejo que SãoPaulo tempossibilidades decrescimento equeé umlocalmuitoquerido, por todos, sejamosdaqui oude fora.São Paulofazpor merecerestecarinho de todos os brasileiros".
Casadocomdona Regina, que nasceu em Campinas, mas que se considera uma paulistana, Antonio Ermírio é pai de nove filhos, com mais de 20 netos, com dezenas de sobrinhos. É um homem dedicado ao trabalho. "Eugosto muitode trabalhar,aprendi a serassim com aminha família.Meu pai sempre deu o exemplo e buscava que o seguíssemos. Nos preparoupara enfrentar otrabalho.Nos fezestudaro quedesejávamos. Nos colocou à frente do Grupo Votorantimque começou aquiemSãoPaulo com uma série de dificuldades, pois muita gente desacreditava do projeto de produção de alumínio no Brasil. Fomos até
sempre como se fosse a primeira vez.
combatidos porestapostura. Hoje, a Companhia Brasileira de Alumínio mostra toda a pujança brasileira no setor." Essa pujança é resultado dos esforços do avô materno de AntonioErmírio, oportuguês Antonio PereiraIgnácio,que fundou a Votorantim em 1918.Trabalhando juntocom o genro, José Ermírio, paide Antônio Ermírio, PereiraIgnácioconstruiu asbasesdo conglomerado.Foi deJoséErmírioa idéia deproduzircimentoe produtos não-ferrosos. O que era considerado um granderisco paraoempreendimento, revelou-se uma excelente aposta. Masfoi o neto que, depoisdeumaformação sólidana UniversidadedeColumbia, em Nova York, impulsionou ocrescimentodaempresa. Antonio Ermírio ficou à frentedo Grupo Votorantim, na presidência do seu Conselhode Administração,participando ativamente de seu processo de modernização e de aumento de competitividade. Antonio Ermírio dedica cerca de dez horas diárias para o Grupo Votorantim, mas é bem verdade que seu dia não começana Praça Ramos. Porvolta das6h30, jáestádespachando
noHospital BeneficênciaPortuguesa,instituição quepreside eque temcerca de60% de seu atendimento destinado exclusivamentepara oSistema Unificado de Saúde (SUS), ou seja, para a população mais carente. Ele explica: "Nãoteria sentidoeu virpara cápara transformar o Beneficência em umhospitalde ricos.Eletem deatender os mais necessitados mesmo. Se não fosse assim, você nãomeencontraria aqui".
O trabalho no hospital começou há32 anos."Vi todoo seu crescimento. Fuiparalá como voluntárionolugardo meupai, osenador JoséErmírio. Elepediu:'Antoniofique na Beneficência emmeu lugar'. Eu aceitei ficar por quatro anos. Depois, pedi demissão, mas os portuguesesforam em casa para me convencer a ficar. Hoje,não devemosnada. Os equipamentos são os mais modernos.Fazemos 2miltomografias por mês e também 2 mil ressonâncias magnéticas.É um hospital respeitado". Ermírio também tem uma extrema dedicação àfamília e gosta de falar dos irmãos, com quemsempre dividiuasatividadesnaempresa, eficaemo-
cionado ao comentar a morte deJosé Ermíriode MoraesFilho, oirmão maisvelho. "Um amigo que sempre pela manhã me ouvia, dava e pedia conselhos. Sempre nos encontrávamos cedo nasuasala.Eraum encontro diário. Hoje, temos uma excelente novageração trabalhando ao lado de profissionais deprimeira linha. O Grupo estásendobemadministrado, de formamoderna e eficiente. Os meninos são bons. Os meus irmãos Helena, José eErmírio Pereirativeram excelentes meninos. Nósnos somamos com a nova geração. O Grupo até se internacionalizou nesta fase atual, comprando fábricasde cimentono Canadá e uma em Miami, na Flórida", resume em poucas frases a ousada trajetória de empreendedorismo do grupo. Hoje, o Votorantim exporta cercadeUS$1 bilhãoeseufaturamento em 2003chegou a R$ 12bilhões, commais de30 mil trabalhadores e programando investimentospara esteano que devem alcançar mais deUS$ 1 bilhão. "Estamos presentes nosprincipais Estados gerando empregos e riquezas. Participamos dos principaissetores industriais, fabricando desdepapel ecelulose, atéo níquel eoutros produtos químicoscoma Nitroquímica Paulista. Mas nunca, nunca mesmo, pensamos em parardecrescer. Parar nãoé bomparanós ou para oPaís. Temos um compromisso com o País, é por isso que trabalhamos muito", afirma. Além do trabalho no grupo e dovoluntariado demais de20 horas semanais no Beneficência Portuguesa, Antonio Ermírio também enveredou pelos caminhosda política.Em 1986, candidatou-se ao governo de São Paulo. A maioria dos eleitores escolheu o oponente, OrestesQuércia, eaexperiênciafuncionouparaele como uma decepção.Nãoexatamente com as urnas, mas com ouniverso dapolítica, aoqual não tem intenção de voltar. O aprendizado, entretanto, contribuiupara reforçar sua vervecrítica queolevouaescrever peçassobre os problemas sociais brasileiros (veja ao l ad o ).Com umavisão muito realistadoPaís, eleéhojeum dos maiores entusiastas do seu crescimento.
No 450º aniversário da cidade, a Associação Comercial de São Paulo, em parceria com a Companhia Melhoramentos, premia hoje com o troféu Proost Rodovalho sete personalidades de destaque nas suas áreas de atuação.
Final do século 19. São Paulo passava por radicais transformações.O entrepostocomercial provinciano ganhava ares de metrópole, acumulando tambémtodos osdesafiosdo desenvolvimento. Erapreciso o arrojode empreendedores capazesdesomar forçaspara vencer as várias crises políticas e econômicasdoPaís. Oempresário e administrador Antônio Proost Rodovalho (foto maior)esteve àfrente doprocesso. Observador atento dos crescentes reclamos daslideranças paulistas, quetinham voz principalmentenojornal A Província de São Paulo (o antigo Estadão), Rodovalho cria em 7 de dezembro de 1894 a Associação Comercial de São Paulo. "A associação não mata a iniciativa, a atividade e o tino comercial do indivíduo;ao contrário, o fortalece na expansãode suasprópriasqualidades e recursos, vindo muitas vezes em auxílio para alargar o campo de ação", dizia o texto deumexemplarartigo d'A Província,que tanto inspirou os empresários de SP. Consolidado o sonho de Rodovalho, a Associação Comercial de São Paulo (na foto, a antiga sede, na Rua XV de Novembro) nãosedescuidadatarefa dereconhecer eestimular o empreendedorismo. Desde 1992,aAssociação,em conjunto com aCompanhiaMelhoramentos de São Paulo, en-
trega o prêmio Proost Rodovalho ao empresário de destaque no ano. Nestaedição, comemorativados 450anos deSão Paulo,alista depremiadosfoi ampliada parasete nomes,incluindo Antônio Ermírio de Moraes, José Martins Pinheiro Neto, OlavoEgydioSetúbal, Adib Jatene, Samuel Klein, Dorina Nowille Valentimdos Santos Diniz (veja os perfis nas páginas seguintes). Essaspersonalidades receberão o prêmiohoje,a partir das20horas,em cerimônia com música e teatro no Pátio do Colégio, centro de São Paulo. Os empresários se destacam porque, além de gerar empregos e riquezas,se ocupamde aspectos sociais, ambientais e educacionais, administrando empresas sólidas e socialmente responsáveis. No caso de Dorina Nowill, a homenagem tambémé umprêmio dereconhecimento ao Terceiro Setor. As duasinstituiçõesque concedem o prêmio têm uma origem comum: foram fundadas por Rodovalho. A Companhia Melhoramentosde São Paulo (na foto)foi criadapor ele em 12 de abril de 1890. Antônio Proost Rodovalho nasceu nacapital paulistaem 27 de janeirode 1838. Empreendedordesde jovem,foium dosresponsáveis pelos avançosna economiadaAmérica do Sul na virada do século 19 para o20.Aos 25anos,abriu
PATROCÍNIO
emSão Paulo sua casadecomércio por atacado.Nos anos seguintes, começou a destacarse comoum dos maisbem sucedidos comerciantes da cidade. A época eraa da prosperidade cafeeira. O senso de oportunidade levouo empresárioa negociar cafécomocomprador e fornecedor em grande escala para omercado interno, além de se destacar entre os exportadores.Rodovalho foidiretor e umdos fundadores do Banco Comercialde SãoPaulo, presidentee instaladorda Caixa EconômicaFederal, administrou as obras da estrada deferroSãoPaulo-Rio deJaneiro,tevepapel decisivona incorporação das companhias de gás em São Paulo. Fundou, em 1887,a primeira fábrica de fósforos do País, em Vila Mariana. Foi sóciofundadordaFábricade TecidosAnhaia &Ciae daSerraria a Vapor Gustavo Sydow & Cia, mas suaproposta maisousada seriaa implantaçãodafábrica de cale papel emCaieiras, que já nasceu como uma das mais bem equipadas do ramo e com maior capacidade de produção do Brasil.Essafoiaprimeira versãodahoje centenária Companhia Melhoramentos de São Paulo. Ele fundou, ainda na década de1890, afábrica de cimento tipo Portland, em sua Fazenda Santo Antônio. Ficou conhecido portreinar eestimular seus funcionários, estabelecendo uma ligaçãoentre eles, aempresaeos clientes,práticaque só seria adotada na segunda metadedoséculo20, coma criaçãodo conceitode qualidade total. Exemplo de arrojo, o empresário chegou a comandar a GuardaNacional do Estado, prestandoserviçosdu-
REALIZAÇÃO
rante a Guerra do Paraguai. Foi membro da Câmara Municipal da capital paulista e contribuiu para mudar o perfil urbanoda cidade, tocandoobras em vários locais, com destaque para o Viaduto do Chá e a organização das linhas de bondes. Comandouaconstrução doreservatório daConsolação, que garantiriaágua tratada aos paulistanos.No livro "100Anos daMelhoramentos", editado no centenário da empresa, em 1990, o escritor Hernâni Donato escreve sobre o empresário: "Não havia em
Galeria dos premiados
O Prêmio Antônio Proost Rodovalho foi criado em 1992. O empresário José Mindlin foi o primeiro homenageado. Veja a lista de empreendedores agraciados:
1992 José Mindlin
1993 Horácio Cherkassy
1994
Rolim Adolfo Amaro
1995 Jorge Wilson
Simeira Jacob
1996
Roberto Konder Bornhausen
1997
Lamartine
Navarro Júnior
1998
Waldemar
Oliveira Verdi
1999
São Paulo empreendimento que o dispensasse." Rodovalho morreu em 1913,aos 75 anos. Visionário,chegou aanunciar nessa época: "São Paulo nunca deixará de crescer,de prosperar, de enriquecer. A sua sorte, o seu destino não dependem só de homens quetrabalham, mas tambémdoselementos naturaisdequedispõe eque apenas começam a ser explorados". 80 anos depois de sua morte, a entregadeste prêmio aos empreendedores contemporâneos, hoje, é aprovade que não estava enganado.
APOIO
Lázaro de Mello Brandão
2000 - 2001 Luiza Helena
Trajano Inácio Rodrigues
2002 Horácio Lafer Piva
É mais fácil reconstruir um dinossauro do que saber exatamente como Bach tocava.
No pódio, à frente de uma orquestra de cordas preparada especialmente para o evento, o pianista João Carlos Martins estréia como regente. E mostra seu Bach pessoal.
Por Luis S. Krausz
Se existe umcompositor que merece o título de mais influente nahistóriadamúsica doocidente,este será, certamente, Johann Sebastian Bach. Sua obra, que é uma síntese e uma culminação da musicalidade do barroco, contém as sementesdanova música que estava por nascer na Europa, e sua influência faz-se sentir até hoje. E se existe um pianista que levou a liberdade interpretativa ao extremo, quando se trata de Bach, este é João Carlos Martins. Ele sempre foi ummúsicoidiossincrático, decididoa seguir caminhospróprios, quepassam aolargode todotipodeortodoxia musical. Individualista, iconoclasta, autodidata, é, como foi Glenn Gould, um radical da interpretação, que não hesitaem sesobrepor àmúsica para expô-la de um ponto de vista estritamente pessoal. "Em Bach o físico, o mental e o espiritual acabam se unindo", diz. "É uma disciplina militar comalmade poeta –esteé o segredode Bachparamim. Existe a ortodoxia barroca, quedefendeum certotipode leitura de Bach. Mas eu gosto de fazer intervenções– até latino-americanas –, sempre respeitando o texto,é claro. E qual das duas maneiras de tocar está certa? Acho que as duas...." A ortodoxia em torno de Bach vemganhando cadavez mais importância nos últimos 40 ou50 anos, desdeque grupos demúsica europeus passaram a se dedicar, com fervor crescente, à reconstrução de timbres, afinaçõese andamentos originaisdoperíodo barroco, para "limpar" a música destaépoca de todasas influências românticas eneoromânticas que, segundo querem estesintérpretes,deturparam uma arte que pertence a um outro período histórico. Martins tomou um caminho diametralmenteoposto. Sua musicalidade, portanto, resulta de um diálogo, em que
se contrapõemum pianista formado natradição musical brasileira, apaixonado pelas possibilidades técnicasde um moderno pianoSteinway,e umcompositor que criou muitode suaobra paracravo. Eestediálogo,paraele, deve serbaseado, emprimeirolugar, na igualdade entre as partes e no respeito mútuo. "O intérpretejamais deveircontra ele mesmo. Eeununca fui contra mim mesmo e faço partedaquele grupoqueconsidera válidas todas as leituras. As pessoas que conhecem meu Bach o identificam imediatamente. Bach gostaria? Não sei...",diz. "Mas ofato é queVilla-Loboscompôs as Bachianas Brasileiras. Ele jamais poderia tercomposto uma Beethoveniana Brasileira ou uma Mozartiana Brasileira, porqueé Bach, enenhum outro compositor, que está na raiz da música de concerto." A importância do compositor, portanto, é o que justifica, para Martins, a liberdade com ele trata seulegado musical. Paraele,o intérprete precisa ter coragem, masnão pode nuncaprejudicara obra do compositor. E ao longo de sua trajetória, Martinsfoi seafastando cadavez maisda ortodoxia, tornando-se cada vez mais ousado emsuas leituras. "Acabei ficando até um pouco atrevido. Umavezmeperguntarampor queeu tocoassim. Eeu respondo:e porque não? Estudei livros de ornamentaçãobarroca, porexemplo. Minha análisefoi a seguinte:este estudode ornamentaçãoajuda,maso Bach que toco é num Steinway moderno, totalmente diferente do cravo. Chego a trocar mi bemol porminatural–por acreditar queaspartituras possam estar erradas. E os andamentos?Isto éimpossível de se estabelecer com um mínimode certeza. Émais fácil reconstruir um dinossauro do quesaber exatamente como Bach tocava", diz, sorrindo.
Do pianopara aregênciaAos63 anos, depois deuma trajetóriaquecomeçou aos sete,com o primeiro prêmio daSociedadeBach de São Paulo, Martinsrecentemente foi forçado a encerrar sua carreiracomo pianista,porcausa de problemas nas mãos que jáoobrigaram,em doismomentos anteriores, a afastarse da música. "Nos anos 70 fiquei sete anos sem tocar, afastei-me da música e fui trabalhar numbanco, depoisfui ser empresário de boxedo Eder Jofre. E nos anos 90 dirigi uma construtora,me meti em política... Foram 14 anos perdidos de minha vida", relembra.
Por isto,embora agoraesteja, novamente, impossibilitado de tocar, João Carlos Martins está decidido a continuar sua carreira como músico,naqualidade de regente. Ele se prepara para assumir um novo lugar no universo da música, mas vê-se,ainda, como um principiante: "Aprendi5% doquetenhoque aprender como regente, mas chegou a hora". O pianista, quejáfigurou na capadas mais importantes revistas de música do planeta, está agora tomando aulas com maestros comoAbelRocha, JulioMedaglia e Walter Lourenção e prepara-separa gravar,jáem abril próximo, os Con cert os d eB r an de m bu r go à frenteda English Chamber Orchestra. Ele pretende transpor, para ouniversodamúsicade câmara,todasas suasidéias e descobertas pessoaisreferentes à obra de Bach – e São Paulo terá a oportunidade de descobrir o que isto significa no concerto queMartins apresentahoje naIgreja Beato Pe. José Anchieta- PateodoCollegio, à frente deumaorquestra de cordas, integrada por nove violinos, seis violas, três violoncelos e dois contrabaixos. Os músicos integram
algumas das sinfônicas mais mais importantes de São Paulo, entreelas, aOsesp ea Orquestra do Teatro Municipal. O programaestá divididoem duas partes. Na abertura, execução do Hino NacionalB r as i l e ir o (música de Francisco Manoel da Silva, letra de Joaquim Osório Duque Estrada) e, na seqüência, o Concertode Brandemburgo Nº 3 , em Sol Maior, BWV 1048 , de Johann Sebastian Bach (1685-1750), dividido em três movimentos: allegro cadenza e allegro Documentário - Em sua sala de diretor da escola de música das Faculdades MetropolitanasUnidas– umcasarão projetado porRamos deAzevedo, naruaBrigadeiroTobias – o pianista e maestro revêumatrajetóriade55 anos de paixão por Bach. E ao mesmo tempo em que dá uma novaguinada em sua carreira, ele comemora a realização, na Alemanha, de um documentário sobre a sua trajetória intitulado Paixão Segundo Martins –uma brincadeiracom a Paixão Segundo S.Mateus , de Bach. Financiado pela fundação franco-alemã Arte epela Filmstung, deNurembergue, e com ajuda de pequenas fundações nospaísesnórdicose da Bélgica, além de um patrocínio da Varig, este documentáriopoderáser vistonoBrasilembreve.O lançamento será feitojuntocomaSociedadede CulturaArtística,na SalaSão Paulo,no próximo dia 29 de março. É uma etapaque se encerra na vida musical deum dos mais expressivos intérpretes do piano brasileiro, e também, com o novo ano, o início deumanova faseemsuatrajetória. A partir de agora, aquele sotaque inconfundível doBach de Martins, um segredo entreomúsico eoseu piano,passa asercompartilhado cominstrumentistas brasileiros e estrangeiros. Epode até criar escola...
A devoção eterna a Bach. Em discos.
Criado em 1960, o Concurso de Piano Eldorado transformouse em uma grife na cidade. João Carlos Martins o inaugurou e conquistou o primeiro lugar. O registro de sua performance consta de um disco antológico, editado pelo Estúdio Eldorado (foto acima). Nele, Martins interpreta a Sonata Nº 38 em Fá Maior, de Haydn, e o Improviso Op. 90 Nº 2, de Schubert. Ainda neste disco (um LP) estão gravações dos vencedores nos anos seguintes: em 1961, Caio Pagano; em 1962, Cleyde Paszkowski. É um documento que João Carlos Martins cita até hoje, como um momento marcante em sua vida. Apaixonado pela análise estrutural da obra de Bach, aos 18 anos o pianista isolouse do mundo, para dedicar-se ao estudo e interpretação das 96 peças que compõem o Cravo Bem Temperado que aos 20 tocou em recitais ao vivo. Essa integral, gravada em CD, foi editada também pelo Estúdio Eldorado. Obstinado, Martins gravou ainda a obra integral para teclado de Bach, concluída em 1997.
O melhor amigo de um homem [o livro] nunca vai lhe deixar só.
Completamente cega aos 23 anos, Dorina Nowill é exemplo de perseverança. Aos 27, criou a Fundação para o Livro do Cego. Hoje, aos 84, ainda trabalha pela inclusão social dos cegos, à frente da Fundação que leva seu nome.
Por Kety Shapazian
Imprensa
Braille, a menina dos olhos
De todos os serviços oferecidos pela Fundação Dorina Nowill, a Imprensa Braille é a menina dos olhos da entidade. Entre funcionários e voluntários, 24 pessoas trabalham para anualmente prover, em média, 100 mil livros, revistas, livros fonados e materiais diversos. Didáticos de Biologia, Física, História e títulos de Paulo Coelho, Agatha Christie e Sidney Sheldon são transcritos para o Braille em um processo que começa com uma pesquisa sobre a necessidade de livros e termina na distribuição gratuita do material. Cerca de 900 entidades são atendidas pela fundação, onde trabalham 78 funcionários. Mais de 300 pessoas prestam algum tipo de serviço voluntário. Segundo o gerente da Imprensa Braille, Roberto Gallo, há aproximadamente 1.100 títulos no arquivo eletrônico do acervo. Caso alguém deseje um livro de que o acervo não disponha, o pedido é encaixado na programação. “Pode ser que demore um pouco, mas nunca deixamos de atender”, orgulha-se Gallo.
Doaltodos seus84anosde vida, a paulistana Dorina Nowill diz enfaticamente: “Não dou murro em ponta de faca.” Sentadana cadeirade encosto alto atrás da mesa de madeira,ela nãorespondea cada pergunta com uma simples resposta. Dorina ensina, dáliçãode vida. “Nuncamesenti desiludida. Nunca me senti à margem de nada”, diz a mulher que,na juventude,era conhecida como a moça da pele bonita da Rua Augusta. Os elegantes óculos escuros escondem olhos que não enxergam há muito tempo. A moçada pelebonitacomeçou aperder avisãoaos17 anose, aos23, ficoudefinitivamente cega.Porém, da escuridão do mundo de Dorina nasceu a luz para milhares de deficientes visuais em todo o País. Em 2003, a Fundação Dorina Nowill Para Cegos (leia mais ao lado), em São Paulo, publicou 140 mil volumes de livros em Braille. Se existe uma mulher decidida, pertinaz, alguém quehá60 anostira dotrabalho oprazer, essa pessoa é Dorina. Filha de mãe italiana, pai português, norade irlandesae casada há53 anoscom umcarioca, Dorina nasceu na rua Matias Aires,no bairrodaConsolação, em1919.Conta que os pais sempre zelaram por ela, mas nunca a podaram. “Eu ia puxarcordão de carnaval, eles iam junto”, relembra. Foi a primeira aluna cega a matricular-se, em São Paulo, em uma escola comum, ao lado de estudantes videntes. “E não é videntede boladecristal, não,é vidente de ver, mesmo”, explica, sorrindo. NaEscola Caetanode Campos, apaixonou-se pela educação. “Ah, como professorase mães,tentar construir um mundo bom!”, suspi-
ra. Com a ajuda de colegas, implantouo primeirocursode especialização de professores para oEnsinodeCegos,em 1945, ano no qual também se formou docente. “Afaltaera delivros.Erade livro que a gente precisava”, fala Dorina. Publicações em Braille eramraras. Paraquem começou a ler aos quatro anos e só parou por causa de uma hemorragia na retina, era quaseinsuportávelficar longede umlivro, “omelhor amigode um homem, nunca vai lhe deixarsó.”Então,Dorina fezo que temfeito há 60anos: arregaçou as mangas e foi à luta. “Não tenho cansaço e preguiça”, diz.
Em março de 1946, aos27 anos, criou aantiga Fundação para o Livro do Cego no Brasil. OBraille, Dorinahaviaaprendido em1939 e, atéhoje, lembra-se doprimeirolivroque leu no sistema inventado, em 1825, por um jovem cego francês.“'A Históriade MinhaVida',de Helen Keller, uma das principais figurasdoséculo 20.” Cega, surda e muda desde os19 mesesdeidade, anorteamericana Helen chegou à universidadee tornou-se um exemplo de perseverança e entusiasmo pela vida. Perseverança, caridade, resignação, paciência. São as quatros palavrasqueregem o dia-a-dia da presidente eméritaevitalícia dafundaçãoque leva seunome.Dorina criou, capacitou, serviu, geriu, implantou, realizou, ensinou, desenvolveu, atuou e não sossegou até promover a inclusão social de crianças, jovens e adultos cegos ou com baixa visão.E parailuminar, nemque seja umpouco, a vidade deficientes visuais, foi atrás de presidentes, ministros, prefeitos,
governadores. Trabalhou com organizações mundiais de cegos, com a ONU (Organização das Nações Unidas),com a OIT (Organização InternacionaldoTrabalho), comaOMS (Organização Mundial de Saúde). Como um bandeirante desbravador, Dorinaderruboufronteiras para mostrar à comunidade que o cego não é umapessoaespecial. “Somos iguais”, afirma. Aos politicamente corretos, a entidade pede:Não eviteapalavracego, use-a sem receio.
“Abrir caminhos.Quer coisamais maravilhosa?”, pergunta essa mulher que, antes deserbrasileira, épaulistana. Dorina adora São Paulo. “Tem coisamaisbonita queaavenida Paulista?”,derrete-se. Em 1932, foia uma estaçãode rádioentregar a Nicolau Tuma, repórter da Revolução Constitucionalista, cachecóis,sabonetes, cigarros paraos "nossos soldados.”
“Soumuitocívica, canto o Hino Nacional – mesmo que baixinho–, acordocedopara votar e, se precisar, fico na fila”, declara. Apesar de São Paulo ainda estar longe de tratar dignamenteseus cidadãos deficientes,Dorina Nowillnãoreclama. Prefere enumerar as qualidadesda metrópole. O que mais a impressiona em São Paulo é a pujança. “Esta cidade sempre esteve na liderança de tudo o que é bom para o Brasil. O paulistano aumentou este País", comemora. Porum instante,Dorinacede efala,quase que nãoquerendo se fazer ouvir, queSão Paulo é, sim, um lugar difícil para se morar, para se locomover. Maspára poraí, paravoltar aensinar, tarefainerente à professoraDorina. “Houve muitospercalços naminhavida, mas eu os superei”, diz. Não pense queDorinafale com rancordasdificuldades quea vidalhe reservou.Bemhumorada e comuma memória invejável,ela conta histórias, relembra fatos, nomes, datas e, com uma velocidade difícil de acompanhar, emendaumassunto atrásdooutro. Riquandocompartilha ahistóriadecomo faziaparadri-
blar a vigilância do pai, que não permitia que ela usasse batom. “Usava um chapéu para ele nãoperceber”, diz,às gargalhadas.Sua salana fundaçãoé simples e quase esconde os feitos dessa mulher vaidosa, cuja tezcontinuabonita. Em cima da mesa,um pesode papelfaz as vezesde enfeite.Dentro, uma medalhacomemorativa deHelen Keller, que visitou a fundação, em 1953.Decorando a parede, uma colcha mexicana. Mais um presente? Não. É apenas uma das 30 tapeçarias que Dorina –uma geminiana, com ascendentetambémem gêmeos – já bordou. E como se fossea coisa mais natural do mundo, ela fala, sem qualquer afetação,dealgumas das pessoas com quem se encontrou: Madre Teresa de Calcutá, os papas Pio XII, PauloVI eJoãoPaulo II.“Sempre fui muito religiosa”, confessa Dorina, que trás no pescoço, além docolar depérolas com-
Esta cidade sempre esteve na liderança de tudo o que é bom para o Brasil.
binandocom osbrincos,uma medalha comaimagem de Nossa Senhora das Graças. Engana-se quem imagina que Dorina não ache tempo ou sintaprazer emcoisas mais frugais. “Champanhe, para mim, éumadelícia.Também gosto delicor, devinho branco, de vinho tinto, mas não misturobebida nenhuma.” Até nisto,a paulistanaDorina Nowill é sábia.
Os autos do jesuíta. Com endereço certo.
José de Anchieta utilizou um recurso comum na Ordem dos Jesuítas, que empregava a música e o teatro na catequese. Segundo o crítico teatral Alberto Guzik, os autos de Anchieta eram escritos com endereço certo. "Eles chamavam a atenção para os problemas morais ou religiosos de alguma cidade, para celebrar a chegada de algum superior da ordem ou ainda para comemorar alguma data festiva", diz o crítico. Um dos mais famosos autos de Anchieta, "Na Vila de Vitória", trata da luta de São Maurício para livrar a cidadezinha do vício. Anchieta transformou em personagens a ingratidão, o diabo, o mundo e a carne.
Outros autos famosos de José de Anchieta são "Na Festa de São Lourenço", "Na Festa do Natal", "Na Aldeia de Guarapari" e "Na Visitação de Santa Isabel".
Inspirado nas cartas de Anchieta, Auto do Empreendedor funde realidade à ficção para passear por quase cinco séculos de história. O dramaturgo José Antônio de Souza escreveu a peça para homenagear sete empreendedores contemporâneos.
Por Sérgio Roveri
Uma viagemaotempoem busca do Anchieta catequizador, do Anchieta missionário rigorosoe bem-humorado, mas, acima de tudo, do Anchieta visionário. Inspirado nas famosas cartas que o jesuíta escreveu em meados do século 16, o dramaturgo mineiro José Antônio deSouza, de63 anos, criou o "Auto do Empreendedor" – peça teatral em que fatosreaisfundem-seà ficção parapassearpor quasecinco séculos de história e atestar que o lendário padre não estava enganado ao prever para a sua então modesta Vila de Piratininga um futuro portentoso. Com osatores PauloGoulart eNicetteBrunocomo mestresde cerimônia, o "Auto do Empreendedor" será encenado hoje, às 20h, naIgreja de Anchieta, no Pátio do Colégio, centro da capital. A direção do espetáculo é de Bárbara Goulart. Oauto éum gêneroteatral surgidonaIdade Médiaque transportava para o palco figuras desantos,anjosedemônios,além detipos quepersonificavam pecados e virtudes. Eram histórias quepretendiam, obviamente, transmitir algum conceitode moralpara as platéias. José de Anchieta escreveu vários autos, alguns promovidos hoje à categoria de peças clássicas, que serviam naépoca deferramentalúdica em seu trabalho de evangelização das tribos indígenas. O "Auto do Empreendedor", que José Antônio escreveu combinando delicadamente rigor histórico com liberdade poética, também nasceu com uma missão definida: a de homenagear umgrupo desete empreendedores contemporâneos que contribuíram, de formas distintasmas decisivas, para
que São Paulo chegasse aos 450 como a maior emais pujante capital da América do Sul. "Pesquiseia vida dossete empreendedores paraencontraramelhor maneiradeencaixar suas histórias no corpo do auto", diz o dramaturgo que nasceuemJanuária, nortede Minas,e vive em SãoPaulo desde1973."Éporisso queo texto resultou em um grande passeio pelahistória. Napeça, Anchieta cita, sem cerimônias, por voltade 1560,os feitosde empresários que nasceriam quatro séculos depois". Este recursoempregado pelodramaturgo permite ao público situar a peça em meados do século 16 ounos diasatuais–basta que se aceite oconvite para participardo jogocênico que o texto propõe.
OAutodo Empreendedor homenageia, nominalmente e também por meio de uma sucintabiografia, omédicoAdib Jatene, os empresários Antonio Ermírio de Moraes, Valentim Diniz e Samuel Klein, o banqueiro Olavo Setúbal, o advogado José Martins Pinheiro Netoe Dorina de Gouvêa Nowill, fundadora do instituto especializado em levar a escrita e a leitura aosportadores de deficiências visuais. Por alguns instantes durante a encenação, todos eles serão convertidos empersonagensda históriae terão seus nomes citados pelo próprio Anchieta. Ou melhor, pelo ator Tadeu Di Pyetro, que dará vida ao jesuíta nesta montagem.Oelenco completa-se com Paulo Goulart Filho, na pelede Silvano, um mameluco,e Atílio Bari,vivendo Rodovalho (Antônio Proost Rodovalho).
José Antônio também empregou, em seu auto, afigura
do diabo e da serpente, que travam, com os demais personagens da peça,um diálogo acelerado na forma de um poema. "Osíndios brasileiros adoravamafigura dodiabonosautos. Anchietasabia que,se não houvessediabona história, eles nãogostavam do espetáculo", revela.O dramaturgo, queescreveu o "Auto do Empreendedor" emapenas três dias, achaprudenteressaltar uma diferença fundamental entreseu textoe osencenados no século 16: "Os autos de Anchieta duravam, no mínimo, três horas. O meu não passa de umahorae dez",brinca. Éo tempo que o autor precisa para mostrar como a medicinade Jatene, ou a metalurgia da famíliaErmírio de Moraes,foram essenciais para tornar real o sonho que o jesuíta dedicou à cidade de São Paulo. "A situação atemporal, este vai-e-vem entre os séculos,é um dos grandes atrativos do texto",dizo ator Paulo Goulart. "É muito curioso ver o Anchieta falando das coisas de hoje. Esta mistura traduz muito bem o espírito de São Paulo, que é ondeo Brasil inteirose junta e se completa". Este é o terceiro auto do qual Paulo Goulart participa.O primeiro foi um auto de Natal, encenado nas escadarias da Catedral da Sé. Depois veio o cinema, com O Auto da Compadecida, baseado na obra de Ariano Suassuna."Agora,com o"Autodo Empreendedor", eutenhoa chance de demonstrar meu imenso carinho por esta cidade que merecebeu esediou oinício daminhacarreira", diz Paulo. O ator nasceu em Ribeirão Preto e veio para São Paulo aos 16anos, paraestudar química industrial no Liceu Eduardo Prado, que ficavana Avenida Paulista.Trocouas salas de aula pelos palcos ainda no segundo ano do curso, para desesperodo pai,quegostaria de ver o filho entre tubos de ensaio e não sob os holofotes. Em São Paulo, o jovem Paulo Goulart trabalhou como locutor e sonoplasta antes de estrear no extinto Teatro de Alumínio, na Praça da Bandeira, com a peçaSenhoritaMinha Mãe,em 1952.Tinha,como companheiradepalco, aatriz Nicette Bruno, sua futura mulher. "Hoje eu volto a dividir o palco com ela, mas não como personagem.Neste auto,seremosnósmesmos, PauloeNicette, umcasalque mantém uma ligação profunda com esta cidade".
Veja a íntegra do Auto do Empreendedor no site www.dcomercio.com.br/anchietas
Bárbara e o milagre da encenação
Em se tratando de auto, a diretora Bárbara Bruno foi a protagonista de um pequeno milagre: ela teve exatamente um mês para encomendar o texto, escalar e ensaiar o elenco, escolher pessoalmente o figurino, encomendar a trilha sonora, conceber e dirigir a montagem do "Auto do Empreendedor". "Mas são desafios como estes que impulsionam a carreira do artista", diz. O grande trabalho de Bárbara foi o de impor um caráter teatral à cerimônia de hoje. Contou, para isso, com a ajuda de um elenco experiente e a decisão pessoal de encarar Anchieta como um homem normal. "Busquei a essência dele e passei a tratar todos os personagens como seres humanos. Só assim é possível contar uma história atemporal". Bárbara realizou os ensaios em duas frentes: primeiro cuidou das cenas que reúnem Anchieta, Silvano e Rodovalho. Depois, treinou as inserções no texto que serão feitas por Paulo e Nicette. Os dois grupos foram reunidos somente no início da semana, para uma série de ensaios gerais (veja imagens nesta página). Para que a narrativa não sofra interrupção, os premiados serão citados no texto, mas não subirão ao palco.
Dramaturgo também é romancista
José Antônio de Souza nasceu em 1940, na cidade de Januária, norte de Minas, região do Rio São Francisco. Foi este o cenário que ele escolheu para ambientar seu romance "Paixões Alegres", de 1997, finalista do Prêmio Nestlé de Literatura. O livro narra a paixão de um menino de 13 anos por uma mulher de 25, na década de 50, auge da navegação do São Francisco. Para o teatro escreveu "Oh, Carol", na década de 80 e, mais recentemente, "Crimes Delicados", peça dirigida por Antonio Abujamra e que tinha no elenco Paulo Goulart e Nicette Bruno, "Cantos Peregrinos", um dos sucessos do repertório da companhia Folias D’Arte, e "O Cavalo na Montanha", com Paulo Goulart Filho dirigido pela irmã Bárbara Bruno.
Somente com a abertura de novos negócios teremos um movimento de geração de postos de trabalho à altura da Nação.
Opresidente da Associação
Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, ressalta o papel do empreendedorismo na geração de empregos e fala sobre a importância do Prêmio Antônio Proost Rodovalho.
Por Juliana de Moraes
Qual o significado e o sentido do empreendedorismo nos dias de hoje para a economia do Brasil?
Prêmio festeja os homens que foram capazes de arriscar em busca de uma vida melhor.
Éa partirda açãoempreendedora quesurgirão osnovos empregos do País,daqui para frente. Somente com a abertura de novos negócios conseguiremos um movimento de geração depostos de trabalhoà altura das necessidades da Nação. Como já se sabe, o crescimento de grandesempresasnão levaà criaçãonumerosadevagas. Aaltatecnologia encontrada nascompanhias desse porte dispensa a contratação de um contingente grande de pessoas.
São conhecidas as dificuldades enfrentadas por pequenos empresários. Quais os principais desafios dos empreendedores brasileiros?
A burocracia e a quantidade dediferentes tributos cobrados dos pequenos empresários são nocivos ao equilíbrio e funcionamento deuma empresa. E, enquanto não tormarmos medidas para desonerar e facilitaros caminhoslegais paraa criação e a manutenção de empreendimentos, a maioria seguirá tropeçando nos próprios erros edesistindo nomeio do caminho. Temos um enorme potencial, estamos entre os países mais empreendedores domundo. É urgente amudançanotratamento daspessoas jurídicas. Infelizmente, nós ainda somos o País dos cartórios...
Aulas sobre empreendedorismo nas escolas poderiam facilitar o desenvolvimento de empreendedores mais preparados futuramente?
Definitivamente, não. Empreendedorismonão se ensi-
na, se estimula. Quem nasce com avocação empreendedoraprecisa deoportunidadese crédito,porque acoragempara pôr o pescoçoa prêmio esse sujeito já traz consigo. É possível lapidaro talento,trazer informações que aprimorem sua atuação como empresário. Outra posição importante é o apoio da Associação Comercial de São Paulo aos empreendedorescorporativos, ouseja, aqueles empregados que fazem suas companhias crescerem e se sentem partedesse movimento positivo.Este agente é fundamental.Ele não teme oriscoe contribui com inovações para o negócio.
Qual o objetivo da Associação Comercial com a entrega anual do prêmio Antônio Proost Rodovalho?
A premiação festeja justamente oshomens que foram capazes de arriscar em busca de uma vida melhor. É uma forma de enaltecer, levando ao conhecimento de todos o reconhecimentodainstituição à participação desses empreendedores na economia brasileira. O prêmio também resgata o espírito que predestinou a cidade deSão Paulodesde oinício da história do Brasil. O padreAnchieta foium dosprimeiros empreendedores juntamentecom opadreManuel da Nóbrega.Em umadescrição daconversados dois háa seguinte afirmação:'esta terra é nossaempresa!'A capital paulista foi abase das bandeiras quedesbravaramo País, construindoa brasilidadepor todo o território.
Neste ano a edição do prêmio a ser entregue na semana de aniversário de 450 anos da capital será diferente. O que levou a Associação a escolher
sete nomes e não apenas um, como normalmente ocorre? Acomemoração especial se deve à chegada das cartas escritaspelopadreAnchieta no Brasil. Os documentos descrevem o dia-a-diado inícioda construção do País. Mostram as dificuldades e limites que teve de enfrentar. Emum dos trechos, ele diz que esqueceuse das dores que o atormentavam.Anchieta era hipocondríaco, mas como não havia médicos por aqui, deixou de se sentir doentee aindaassumiu ospapéis demédico e enfermeiro dascomunidades indígenas. Superouseuslimitese enfrentou as adversidades. O sentidodo evento deste anoé transmitiressa motivação às gerações maisjovens. Porisso decidimos premiar econtar as histórias de sete importantes empreendedores de São Paulo. Será produzido um livro com
Homenagem também resgata o espírito que predestinou a cidade de São Paulo desde o início da história do Brasil.
as biografias dos escolhidos e posteriormente um documentário, que deve ser lançado em agosto desteano,numareuniãonacionalde jovensempreendedores.
A escolha de cada um dos empreendores remete a um olhar sobre a história da cidade. Seria possível resumir a parte representada por cada um dos premiados deste ano?
Para começar, quem não conhecea tradicionalfigurado "português da padaria"? Va-
lentimDiniz,o patriarca do Grupo Pãode Açúcar,foi o bravocomerciante quepor trás de um balcão de panificadora foi capaz de construir um impériosupermercadista. Jáo judeu da prestação, famoso por vender roupas de porta em porta com sua charrete puxada porumburrico, éninguém maisdoque SamuelKlein.Ele começoucom umacarteirade 200 clientes, comprada de um amigo, e hoje reúne 6 milhões de consumidores como clientela. Olavo Setúbal vem de uma família tradicional de São Pauloe,após passarpelaPolitécnica da Universidade de São Paulo, iniciousua atividade empreendedora numapequena empresa, mas tanto talento não pôde ser contido. Terminou por liderar o grupo financeiro Itaú. Um outro escolhido setrata de um empreendedor social. Ele comanda o maior grupo privado do País e tem no currículo a autoria de diversos projetossociais,incluindo a ação voluntariada no hospital Beneficência Portuguesa. Seu nomeé Antônio Ermírio de Moraes.
Pinheiro Neto, Adib Jatene e Dorina Nowill? Qual a lição que cada um desses premiados passa para as gerações mais novas? O primeiro representa o profissionalliberalligado ao centro de São Paulo. O talento do advogado que criou um dos mais respeitados escritórios de advocacia ereferência para empresasestrangeiras noBrasil. O segundo vem enaltecer o empresário científico.Jatene nasceu no estado do Acre e em São Paulo foi responsável pelo desenvolvimento de tecnologia para o tratamento do coração. Acidade de São Pauloé hoje umareferênciainternacional em tecnologia médica cardíaca.Finalmente, Dorina Nowill éum exemplo de empreendedorismo no campo social. Ameninaperdeua visão aos23 anos,masa mulherque já era lutoupelos deficientes visuais e criou a Fundaçãodo Livro de Cego, entidade responsável pela inclusão social dos portadoresdenecessidades especiais.
● HOJE – ESPETÁCULO DA ENTREGA DO PRÊMIO PROOST RODOVALHO
● HOJE – ESTRÉIA DO PIANISTA JOÃO CARLOS MARTINS COMO REGENTE
● HOJE – TRANSMISSÃO DOS EVENTOS, AO VIVO, PELA INTERNET
● AMANHÃ – PUBLICAÇÃO DO CADERNO ESPECIAL SOBRE JOSÉ DE ANCHIETA
● DOMINGO – MISSA NA IGREJA DO PÁTIO DO COLÉGIO, ÀS 9 HORAS
Fernando Lancha
Há 450 anos, o beato José de Anchieta se acomodavaao ladode umafogueira,à noite,e sobreuma pedradescreviaem suas cartas aossuperiores cenas do cotidiano dos primeiros paulistanos, jovens índios que eleajudavaa educarecatequizar. Ontem,alguns paulistanos já puderam ver de perto essas cartas, de volta ao local onde o padre as escreveu.
Destavez,a luznãoserádo fogo,mas deumailuminação especial. Apedra onde foram escritas dará lugar a uma redoma de vidro na qual as cartas, que testemunham onascimento da cidade, vão ficar expostas até o final de junho desteano nãomaisparaumaaldeia,mas paraa maiorcidade da América Latina, que o beato ajudou a fundar. "São Paulo, enfim, tem a sua certidão de nascimento. São poucas ascidadesdomundo que sabem comonasceram.
TODO CUIDADO COM OS DOCUMENTOS VINDOS DE ROMA É POUCO
Temosesse privilégio e agora ganhamos, atravésdascartas de Anchieta, além dessa certidão, um poucodo cotidiano dos primeiros moradores", disse opresidente daAssociação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Quem enfrentou toda uma maratona para trazer os manuscritos de Anchietafoi o diretor da Sociedade Pateo do Collegio, padre Pedro Melchert. Seuvôolevou16 horas de Roma até São Paulo, via Paris.Elefoi recebidonamadrugada deontem,noaeroporto de Guarulhos, por Afif Domingos e por um forte esquemade segurança.As cartas chegaram ao Brasil graças a umaparceriaentre aACSPea Sociedade Pateo do Collegio. Nas 17 cartas de Anchieta que ficarãoexpostas nacripta do museu do Pátio do Colégio, o paulistano poderá encontrar desde informações sobre a primeira missa e a fundação da Vila dePiratininga,quevirou São Paulo, até detalhes sobre os costumes dospovos indígenas e realizações do grande educador que serevelou o beato. "Suas cartas são como reportagens, mostrando avida de São Paulo durante os primeiros anos devida", afirmaopadre Pedro Melchert. Os documentos, patrimô-
nio da Companhia de Jesus, ordem à qual pertencia o beato Anchieta, estavam na biblioteca do Vaticano. Ao todo, estão no volume que veio ao Brasil, 268 cartasde jesuítasda América do Sul,escritas entre 1553 e 1554. Esses escritos fazem parte do volume Epistolae Venerabilium Momento de emoção – Antes de ser mostrada para as lentes de fotógrafos e cinegrafistas, as cartas passaram por uma perícia. AfifDomingos eo padre Melchert não conseguiram esconder a emoção quando folhearam, com todo o cuidado, algumas das cartas. "Todos que se envolveram nesteprojeto se dedicaram até a medula, com muita emoção ecom vontade. De todas as contribuições para o aniversário da cidade, esta pode nãoser amais pirotécnica,mascertamenteéa mais importante", Afif Domingos. Trazeros manuscritosde Roma para São Paulo não foi uma tarefafácil(veja texto na página seguinte ), mas basta olhar para os documentos para ver que valeu a pena.
Segundo Afif Domingos, a cada semana, olivrovaiser manuseado e uma nova carta vaiser "revelada" aos visitantes. "As normas de segurança exigem que não sedeixeuma mesma páginaexpostapor
viu de perto as cartas de Anchieta. Alckmin destacou a importância de se
muito tempo. Essa é uma condição, um cerimonial", disse. Os responsáveis pelo museu do Pátio do Colégio vãoter ainda de atendera outras normas desegurança. Desde que os escritos desembarcaram no aeroporto Internacional de São Paulo, emCumbica, foi montado um forte esquema de segurançaque envolveu policiais federais e militares, além deum grandecontingentede funcionários da empresaBelfort. As cartas foram trazidas ao Pátio do Colégio em carro blindado ebatedores e serão vigiadas 24 horas por dia. Ogovernador deSãoPaulo, Geraldo Alckmin, acompa-
nhado do secretáriodo Planejamento, Andrea Calabi, o secretário particular, Fernando Lessa,osecretário dosTransportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, foi ontem ver de perto as cartas escritas pelo beatoJosé deAnchieta."Esse conjuntode manuscritos compõe um dos mais importantes acervos da história da Humanidade. Ascartas relatam o cotidiano apartir da visão de um jovem que cuidava da catequese. Não era uma descrição feita apartir da Corte", disseGuilherme AfifDomingos ao governador. "É obrigação nossa preservar a memória para as próximas gerações", enfatizou o governador Geraldo Alckmin. Exposição – As cartas vão ficar em exposição a partir do dia 25 de janeiro. De terça-feira a sexta-feira, os visitantes poderão vê-lasdas 9 horasaté as 16h30.Aos sábadose domingos o horário de visitação é das 11 horasàs 16horas. Omuseu não abre àssegundas-feiras. A entrada é gratuita. Além dos documentos vão estar à disposição do público dois terminais multimídia com reproduções dos materiais expostos e informações complementares. Colaborou Teresinha Matos. Mais informações sobre o aniversário da cidade nas páginas 13 e 14.
A exposição das cartas de José de Anchieta, fundador de São Paulo, é cercada de uma série de normas de segurança ditadas pela Companhia de Jesus, em Roma. Os cuidados com os manuscritos compõem um cerimonial que envolve o controle da incidência de luz, da umidade ambiente. Transporte e manuseio também são controlados.
local são controladas. A certidão de nascimento da cidade pede cuidado.
Trazer os manuscritos de Anchieta para o Brasil era uma missão quase impossível. O padre Melchert atribui o êxito a uma graça especial do beato.
Fernando Lancha Sorte, empenho, conhecimentoe oindispensável"jeitinho brasileiro". Esses foram os ingredientes básicos que possibilitaram avinda dascartas de José de Anchieta para São Paulo, 450 anos depois de enviadas à Companhia de Jesus. Duas das pessoas que mais se empenharam paratrazer osdocumentos foram ospadres Luis Rodrigues e Pedro Melchert. O primeiroé oresponsávelpela bibliotecada Companhiade Jesus e o segundo é o diretor da Sociedade Pateo do Collegio. Juntos, em nove dias, eles conseguiram superar vários obstáculos quetornavama missãode trazer as cartas ao Brasil quaseimpossível, jáque um pedido de retirada de um documentodoVaticano, demora, no mínimo, um ano. Depois de feito o pedido, uma comissão formada por quatro pessoas começa a analisar a pretensão do requisitante. O problema éque essa comissão se reúne uma vez a cada trimestre. A última reuniãofoi feita no dia 23 de dezembro e a próximaserá emmarço. Para vencer toda a burocracia, em vez da solicitação do empréstimo, os dois padres buscaram uma autorização paramudar temporariamente olocalde guarda dos documentos. Em vez de ficar numa propriedade da Companhia de Jesus no Vaticano, elesficariam em São Paulo, já que o museu e a igreja do Pátio do Colégio são dos jesuítas.Masainda haviaopro-
blema da segurança. O Vaticanoaprovouoesquema que prevê vigilância de 24 horas para as cartas. "Foi uma felicidade muito grandequando consegui ver os originais. Ali estava o começo de tudo que existe hoje emSãoPaulo. Eosdocumentos foram escritos pelas mãos do fundador José de Anchieta", relata o padre Melchert. Bênção – Masumafelicidade maiorestava porvir. Padre Melchert estava com as cartas em mãos quandopassou pela sala das audiências, onde o papa João Paulo II abençoa algumas pessoas que vão ao Vaticano. Foi aí que entrou em cena o famoso "jeitinho brasileiro". "Estavacomascartas evio papa dandobênçãos.Decidi meaproximar. Fui chegando bem devagar. Percebi que um segurança me seguia. As cartas formam um grande volume e sempreexisteoreceio deum atentado. Quandoestava próximo aopapa, osegurança estava quase meafastando. Não tive dúvida. Me ajoelhei e fui logo falando que eram as cartas de Anchieta que iriam para São Paulo, para oaniversáriode fundação da cidade", conta o padre. Segundo ele, o papa abriu umsorriso edisse: "Anchieta. São Paulo". "Não tenho dúvida de queele lembrou da recepção calorosaque recebeu quando esteve aqui. Deu sua bênção àscartas eainda desejou sucesso para a cidade".
A felicidade dopadreMelchertcontrastavacom a surpresados segurançasdoVaticano,quenão acreditavam que, sem marcar nenhuma audiência, o padre tinha conseguido recebera bênçãopapal. "Para conseguir em Roma uma simples cópiadeumdocumento histórico seleva no mínimo um mês. Conseguimos liberaras cartasem novedias. Com as graças do beato José de Anchieta", garante Melchert. Sem marcar audiência, o padre Pedro Melchert (ajoelhado) se aproximou do papa que, além da generosa bênção, desejou sucesso à cidade
Além de trazer um presente especial– ascartasdobeato Joséde Anchieta–, aAssociaçãoComercial deSãoPaulo (ACSP) preparou uma programação diferenciada para o aniversário da cidade.
A edição de hoje do Diário do Comércio antecipa, no caderno especial Os Novos Anc hi et as ,o perfil dosseteempreendedores que receberão, nestanoite, o Prêmio Antônio Proost Rodovalho : José Martins Pinheiro Neto, os empre-
sários Antonio Ermírio de Moraes, Samuel Kleine Valentim dos SantosDiniz, o banqueiro OlavoEgydio Setúbal, o médico Adib Jatene e Dorina de Gouvêa Nowill, fundadora da instituiçãode apoio a deficientes visuais que leva seunome.NaComissão de Honra doevento estarão o presidente da entidade, GuilhermeAfif Domingos,Cláudio Lembo, padre Pedro Camisio Melchert, IvesGandra da Silva Martins, Alexandre
deMoraes, Alfried Karl Plöger e João de Scantimburgo. A premiação acontecerá no Pátio do Colégio,às 20 horas, coma encenação do Auto do Empreendedor, especialmente escrito para o evento. Após a apresentação do auto, o pianista João Carlos Martins estréia como regente num concerto especial na Igreja Beato José de Anchieta, no Pátiodo Colégio. O concertoreúne, entreoutros, músicosda OrquestraSinfô-
nicadoEstadodeSão Paulo (Osesp)eda Orquestrado Teatro Municipal, quecomporão um conjunto de cordas. Na programação, o Hino Nacional Brasileiro eo Concerto deBrandemburgo n°3, emSol Maior, BWV1048, deJohann Sebastian Bach. Amanhã,as homenagens continuam com a publicação, pelo DC, de um caderno especial sobre José de Anchieta. No domingo, dia 25, às 9 horas, a ACSP promovemissa
Associação programou uma série de comemorações que homenageiam São Paulo e empreendedores que se destacaram nos últimos 50 anos da cidade.
noPátio do Colégio, dando início àscomemorações oficiaisnodia doaniversárioda cidade. Também no domingo seráabertaa exposição Os Empreendedores: de Anchieta aos Novos Tempos O material jornalístico produzidopara ascomemorações estará no site www.dcom e r c i o . c o m . br / a n c h i e t a s Pelo site, será possível, a partir das 20h30, acompanhar a transmissãodos eventosda noitede hoje.A íntegra das
cartas de Anchieta será publicada numa revista exclusiva, presente da ACSP aos participantes do eventodehojeà noite e aos assinantes do DC Os demais leitores do jornal poderão solicitara publicação, bastando informar nome completo, endereço e números deCPF e RG.As solicitações poderão ser feitas por telefone (11-3244-3545 ou 3244-3544), e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou fax (113244-3921).
Uma linguagem ingênua, mas eficiente: característica principal da propaganda da época
Há exatamente meio século, entre inaugurações, fogos de artifício e chuvas de prata, o comércio deSão Pauloinundou as páginas dos jornais paulistascomhomenagens aoIV Centenário da cidade. "A cidade que mais cresce no mundo". "EmSãoPaulo é construídoum prédiopor dia". Esses eram alguns dos apelos dos "reclames", as ainda inocentes, mas muito eficientes peças publicitárias.
O símbolo maior da festa paulistananão eraosímbolo idealizado peloarquitetoOscar Niemayer, mas a imagem do desbravador, do caçador de esmeraldas, do bandeirante. O outro símbolo funcionou como uma grife elegante enfeitandoosanúnciose demais publicações.
Era dessa vila que partiam as bandeiras em missão, do caminho que começava no vale do Anhangabaú e não se sabia onde iria terminar. Foi do padre Anchieta e também do bandeirantesqueos paulistanose paulistas herdaramseu espírito empreendedor e progressista,fartamenteutilizado na propaganda da época. Folheando os jornais ao som de Silvio Caldase Inezita Barroso queecoavamdasradiovitrolas, os "reclames" convidavam a adquirir um refrigerador Frigidaire,umtelevisor Admiral ou um chuveiro elétrico Rei,em módicas prestações nas lojasCássio Muniz e Mappin. Marcas e companhias que não existem mais. O Diário do Comércio c olheu algunsexemplosdesses "reclames" para mostrar a evolução tecnológicae delinguagem que os transformaram em anúncios e campanhaspublicitárias nesses últimos 50 anos. Um modo de homenagear não apenas a vocação da cidade, mas daqueles que a constroem. Afinal, como se dizia no rádio, "Tempo é dinheiro; ganhe dinheironão perdendotempo... idéias luminosas, lustres Bobadilha... Consolação, 2288". Armando Serra Negra
do mundo" dava seu recado na festa do IV Centenário de São Paulo, "a cidade que mais cresce no mundo"
COM GARBO – Com imagens de paulistas em trajes que evoluíram de 1554 a 1954, as Lojas Garbo, ainda na ativa em São Paulo, destacavam uma história de quatro séculos em roupas para homens
Mapa destaca atrações e referências culturais do centro de São Paulo
Teresinha Matos
Comoparte dosfestejosdo aniversário de450 anosda cidadedeSão Paulo,aAssociaçãoViva oCentro lançouontemomapa Viva oCentro–São Paulo 2004.A publicação, com tirageminicialde 380 mil exemplares, reúne 111 referências culturais, os 350 logradouros do centro, as sete estações dometrô, 16teatros e salas deconcertos, 18 galerias comerciais, 58 estacionamentos, sistema decalçadões, acessos por veículos particulares eacessos por metrô e trem.
Elaboradopelos laborató-
Distrital Butantã
ANCHIETA – A antiga Gazeta, jornal que marcou época na história da imprensa paulista, dedicou toda sua primeira página do dia 25 de janeiro de 1954 ao padre Anchieta, educador dos primeiros paulistanos
riosde UrbanismodaMetrópole edeInformatizaçãode AcervodaFaculdadede Arquiteturae Urbanismoda Universidadede SãoPaulo,o mapa será distribuído como encarte de veículos de comunicação demassa epor organismosdefomento ao turismo da cidadeem aeroportos, agências de turismo, hotéis e restaurantes. Também estará à vendapara opúblicointeressadoem bancas de jornal por R$ 2,00.
Re vi tal iza çã o – "O centro de São Paulo está uma jóia, ou seja, bonito e seguro. Sua recuperação ganha grande impulsocoma instalaçãodese-
cretarias estaduaisemunicipais e da Prefeitura no Palácio do Anhangabau",disse aprefeita Marta Suplicy, ontem ao participarda inauguraçãoda novasede daAssociaçãoViva o Centro no número 425 da rua LíberoBadaró. Martae o governador de São Paulo, GeraldoAlckmin,elogiaram a participação dasociedade civil organizada na recuperação do centro.
"Ogoverno doEstadocontribuiucoma construçãodo complexo culturalque vaida Estação Pinacotecaao Teatro São Pedro", disse Alckmin. A volta de diversas secretarias de Estado para a região, com a
Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Victoria Ayroza Saracchi Diretora Superintendente Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Vico Mañas Diretor Superintendente
chegada de2,8 milfuncionários, ajuda adar vida. "Trazer o povo de volta, inclusive para morar, éumaalternativanecessária", explicou.
Nova sede – Opresidente daAssociação VivaoCentro, Marco Antonio de Almeida, tambémdestacouo esforço dos governos e iniciativa privada narecuperaçãoda área central. "Aprendemos a gostar doCentro, o bancose instalouaqui em1947 ecresceu comacidade e,em1991,ajudou a criar a Viva o Centro parainterromper oprocessode degradação", destacou o presidente do BankBoston, Geraldo Carbone, que doou um
Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Ivan Lorena Vitale Diretor Superintendente
Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Fernando Vaz Diretor Superintendente
Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 Bortolo Calovini Diretor Superintendente
REAL, CICA E A SENSAÇÃO – A Real (ao centro), "líder absoluta em transportes aéreos", era a empresa do "corcundinha", seu símbolo. Acima, um dos ícones da publicidade brasileira: "Se a marca é Cica, bons produtos indica". A Cica do elefantinho se apresentava como "a maior e mais moderna fábrica de conservas alimentícias do Brasil". À esquerda, a Sensação e sua oferta de crédito especial para a compra de geladeiras, televisores, rádios e vitrolas.
conjunto de escritório e investiumais R$100mil nareforma.O superintendenteda Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP), Roberto Mateus Ordine, participou da cerimônia representando o presidente da entidade, GuilhermeAfif Domingos.
Distrital Santana Rua Jovita, 309 –
Se bem analisarmoso cronograma das obras em realização nas ruas e cruzamentos da capital, veremos que poderiamtodas seradiadas. Nãoo foram paraobedecer aoconselho antigonapolítica partidária,conselhoque empurraa autoridadedecisóriaa fazerobras públicas, que o povo vê e, portanto, supostamente, devejulgaro mandatário no poder como realizador e, consequentemente, merecer voto nas eleições que se aproximam.Foi sempre assim.
A prefeita Marta Suplicy, que recebeu aferina alcunha de Martaxas, tal o número de taxas novas que impôs ao povo,parafazer dinheiro,com que gastar nosCEUs e outras iniciativas de destaque, a gentilprefeita deuordens emtal volumequea cidadeparece tersido bombardeada numa guerra, como a segunda da Europa, comas destruições em massa. Não há dúvida que essas obrasna Novede Julho, perturbando o trânsito e a comodidadedoshabitantes, se voltarão contra a prefeita.
Quem mora nas imediações dos locais onde têm obras, como, mesmo, os que moram distantes,mas são
Foz do Iguaçu
Sr. Diretor:
Para sua apreciação e análise, tenhoo prazerde encaminhar cópia da carta que enviei ao governador do Estado do Paraná, Roberto Requião, na qual questiono e contesto apolítica discriminatória disparadacontra Foz do Iguaçu. Nela também lamento a ausência do princípioda reciprocidade por parte de algumas pessoas que atuamna fronteira.Pessoas que desrespeitam uma cidade que acolhe a todos fraternalmente, sejamaquelesquea visitam ou aquelesque aquitrabalham mesmo que temporariamente. Um dos exemplos claros dessa injustiça é o comando da Receita Federalno município.Nodocumentofaço comparativos, recupero matérias jornalísticas e declarações absurdase preconceituosas contra a região. Foz do Iguaçu foi vitimada pelos interesses do Governo Federal ao longo de décadas e hoje pagaum altopreço porhaver atendidoaos interesses e a conveniênciado governo.Eo pior,semnadareceber anãoserasmazelas com as quais convivemos. E a história, hoje com outra conotação, está se repetindo. A cidadequerecebeu milharesde barrageiros,de todas as partes, para construir Itaipu, responsável por 25% daenergia consumida no Brasil. A cidade que convive em pazcom povos representantes de 67etnias.
prejudicados pelos desvios dotrânsito,cada vezpiorda capital, estão furiososcom o mal-estar de que são vítimas. Os caprichos da prefeitasão tomados como interesses eleitorais - e são-, não merecendo, porisso,aplausos, nemapoiodo povo,muito menos dos diretamente molestados pelas obras, como os doentes dos hospitais, os moradores em corredores de trânsito e outros. É um dos sinais, esse, do regimeeleitoralem quevivemos.Para seeleger faz-sede tudo, de preferência contra o povo, o pobre povo que é esfolado pelos tributos epela taxação implacávelque tomba sobre ele todos os anos, e quetem depagar,queira ou nãoqueira. Agora,temosrepetido o espetáculo já nosso velho conhecido, de muitos e muitos anos. Não sabemos quanto tempo vão durar as obras. Mas será longo o período, no cronograma. Haja paciência, enquanto os candidatos já escolhidos mandam e desmandam.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
A cidade que atende, em seushospitais, irmãos"brasiguaios". A cidade que recebe turistas domundo todo eque constróium grande Pólo Universitário, novamente corre orisco de ser punidapela omissãoe silênciodesuas autoridades diantedas agressõespromovidas contra a imagem de cidade turística que possuímos.Nossa belíssima e hospitaleira cidade está sendo sufocada e destruída moral ecomercialmente. Estão minando a auto-estima da nossagente enós precisamosdarum basta nessa situação. Cabe a todos nós, como patriotas, empenharmo-nos narecuperação deste sentimento. Nãopodemos admitirque pessoas queestão de passagem, eque deveriam ter um pouco mais de respeito pela cidade e sua população, ultrapassemos limites de suas funções e tentemnostransformar numantro de ilegalidade. Somos anfitriõesrespeitosos. Iguaçuenses determinados, trabalhadores edignos, oque nos permiteexigir respeito para com anossa história e nossagente. Oque nosautoriza a cobrar dos governantes soluções e alternativas para a "Retomada do Desenvolvimento" e, principalmente, questionar a indiferença ea omissãode algunsdiantedo autoritarismoe do abuso de outros. Fouad Mohamad Fakih Foz do Iguaçu - PR
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"Em 40 anos de jornalismo possodizer queele mepassou sinceridade", afirmouo jornalista Juan Arias do El Pais da Espanha, que com 5 outros participou de entrevista concedida por Lula logo após sua posse a repórteres de grandes jornais estrangeiros. A sinceridade percebida pelo jornalista ficou expressapela declaraçãocapitaldo presidente, aoafirmar: Eu não mudei ideologicamente, avida éque mudou. Reconhecia, com isso a guinada que deu com referência a3 pontos capitais,em que,comogoverno, secolocou em posiçãopolar contrária a que manteve em seus 23anos de oposição. A questão do superávit fiscal, a da taxaçãodos inativos ea dos juros altos.Ficou emsegundo plano a mudança que determi-
nou todas essas: aênfase que passou a sublinhar como governoemsua "faltadepressa", contrapondo-se às pressurosas expectativas de mudança quedespertou comocandidato. Justificavaassim que,embora continuassecontrárioà altitudedos juros,nãopodia governar submetendo-se às manchetes dos jornais, como declarou emrespostaàs críticas então feitas a decisão do Copom de manter naquela ocasião ataxa básica de juros em 26,5%. Das taxas-piso para as que vêm sendo cobradas pelos bancos deempresas e consumidores há um spread (diferencial) realmenteinjustificado e inaceitável, que só beneficia banqueiros e especuladores e freia o desenvolvimento econômico que é o alvo do gover-
Nivaldo Cordeiro
L ula,discursando na Cúpula das Américas, declarou que vigorou até 2002, noBrasil, o modelo perverso que separou equivocadamente oeconômico do social, opôs estabilidade a crescimento edivorciouresponsabilidade e justiça e ainda que aestabilidade econômica foi pensada de costas para a justiçasocial. Ficamossem as duas Umdos maioressofismas que ospolíticose intelectuais de esquerdausam para enganar o eleitorado é fazeradicotomia entreoeconômico e o social, pois a verdade nua ecrua éque econômico é social, quando se respeita as forças de mercado.Adicotomiasó acontece artificialmente, quando oEstadopretendesera instância adistribuir renda, violentando a ética distributiva e gerando uma casta de parasitas permanentes da mesadaestatal, bancada com arrecadaçãode impostos, com elevaçãoda dívida pública e com o surgimento da inflação. Otrágicoé queesseprocesso, uma vez iniciado, entraementropia, detalsorte que osparasitas passam a matar o hospedeiro. Quanto mais gasta no suposto social mais o Estado é compelido a aumentar aarrecadaçãoe, com isso, a enfraquecer a capacidadede geraçãoderiqueza e desvirtuando a ética distributiva.O destinofinal será sempre uma grande estagflação, comparalisia econômica, elevado desemprego,explosão dadívida pública e,claro, dainflação. Tudo pelosocial. Dequebra, a comunicação da esquerda no poder joga sobre as classes produtoras e sobre o capitalismotodasas responsabilidadesporsua própria incúria.É amentiraelevada à sua máxima potência. Mas o que seria das es-
querdas sem o uso da mentira sistemática? É a sua maneirade chegarao podere se manterno poder. Lula apenasmostrou a fórmula vencedora empolítica que se tornou essa enorme falácia. Na boca dele o discurso fica ainda mais grotesco porque o seu governo nada fez além de aprofundar o tal modelo vigorante até 2002. A sua mentira torna-se duplicada, numa atitude sem vergonha a mais não poder. Dizer essas besteiras em um fórum internacional nada importaparaessa gente, pois na verdadeestão sempre mirandoo público interno, em vistas das próximas eleições. É nessa mesma ótica que Lula preparou o seu encontro com George Bush, criandoo factóide daidentificaçãodosviajantes norteamericanos que aportam por aqui. Primeiro, fabricando umaliminar deum obscuro juiz de interior, para esconder o verdadeiro inspirador. Depois,editandouma normado PoderExecutivo, já às claras, em ato cujo propósito é puramente eleitoreiroepopulista. Aopedira Bush a suspensão da exigência dos vistos olhando para as câmaras de TV verificou-se a verdadeira intenção dos estrategistas do PT: queriambancar dedurões nacionalistas, atiçando os EUA, em uma matéria que só traz prejuízos para os brasileiros.Estão poucoselixando se o país perderá levas de turistas quedeixariamseu rico dinheiro por aqui. Tudo pelosociale pelapróxima eleição Infelizmente,a mentira, nesse caso, não tem pernas curtas.Poderãodestruir o país e, ainda assim, ganhar as eleições.Não vejoo que fazer.
Nivaldo Cordeiro é economista e Mestre em Administração de Empresas
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noeda naçãocomopré-condição para asolução dasdemais questões fundamentais, comoodesempregoe amelhoria da renda nacional. Não há comonegar nem a surpresa dojornalistanema sinceridade deLula, aindaque em lugar de dizer que não mudou ideologicamentese exprimiria melhor se dissesse que nãomudou deidéias. Asideologias têm um conteúdo teórico, dogmático e radical que antecede edita as idéias eas práticas. Issonão corresponde nem à formação nema experiência, nemàs posturase atividades co nsc ient es de Lula. Nãoobstante eleviveu otempotododesua militânciana atmosfera criada porideólogos e, ainda hoje, tem frei Beto como guru decabeceira, con-
selheiro privado que foi e é um dos ideólogos brasileiros que sobreviveu à derrocada do Muro de Berlim. Em antológica declaração, frei (?) Beto disse: "Nãochegamos ao poder, mas ao governo. Por enquanto estamos respeitandoas regras de um jogo que não montamos. Não fizemos uma revolução, sóganhamos umaeleição. Nemtemosforças para chutar o pau dabarraca e mudar tudo.(...)". Toda a ideologia estáresumida nessadeclaração. Oriscoé esse, o sublinhado nosso.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? – Um depoimento (Editora Senac) e-mail: bdebarros@sanet.com.br
O verão da classe média Achoque posso falarum pouco de formacríticada classe média brasileira na medidaem quetenho tentado ser aqui, nesta coluna, ao menos, um isolado defensor de seus direitos.Aclasse média brasileira é a grande sacrificada em todas as crises e mesmo no cotidianoda vidado país porque ela a tudo paga e nada recebe em troca. É chato concluir isso, mas a culpa é dela própria porque é egoísta, não se organiza e ainda vive muito de futilidade, exibicionismo e ausência de padrões mínimos de educação. Observase isso com mais crueldade no verão,quandoclasse média saideférias. Faltadeeducação, mau gosto e prepotência sãoa tônica nocomportamento. Eu diria que a educaçãomédia damédia dopovo de um paíssemede porseu comportamento nasestradas.Como nossasestradas,à exceção de algumas no Estado de SãoPaulo (não todas) são velhas, estreitas, com acostamentos ruins e nenhuma fiscalização, o que se vê na debandada da classe média rumo aolitoral(principalmente) e interior do Estado é um festival de desatinos. Falo daclasse médiabrasileira projetando por São Paulo.
"Homos imbecilis" Se fosse antropólogo, sociólogo,assistente social,algo assim, iria estudar com afinco essa espécie humana quesurge nasestradascongestionadas, o "homos imbecilis",generalizandoa espécie. À la James Bond, que tem licença de Sua Majestade para matar o "homo imbecilis", na estrada, de férias, indo ou voltando, sesente nodireito de afrontar a todas asregras de trânsito,de civilidadee se outorga além do direito de ser um suicida em potencial, o de
matar osemelhantecom as arrojadas manobrasdeseu possante melhor que o do vizinho.
Abusos gerais
Deférias, os pais da classe média parecemzeraro QI. Colocamseus filhos, menores de idade e de altura, ao volante de todotipo de veículo motorizado e os soltam como a exibir ao mundo o "meu garoto".Que já iniciasua educaçãoprecária aprendendoa ser um "meninus imbecilis jr". Inclusiveporque vêo mesmo pai, orgulhoso,testosterona a mil, ultrapassar na curva da estrada, onde há duas faixas amarelas na pista, no acostamento e ainda fazer o sinal que o piloto estadunidense consagrouem Cumbica, a quem reclama de sua imprevidência.
Longa série
É longaa sériede infrações que aclasse médiacomete ao sairde férias.Vaideixando seu rastro pelo caminho. Reflete, repito uma vez mais, sua situaçãodevítimageral das incúrias do país,por falta de educação,organizaçãoe auto-disciplina para tornar-se um coletivo. Por enquanto é salve-se quem puder, dane-se o vizinho (para não dizer outracoisa) epaguem-setodas as contas do país. Por ocioso, nemvou mencionarasespécies de "homos imbecilis" barrigudos efora deforma que se transformamem atletas da areia atropelando criancinhas e ocupando as praiascomsuas redes eraquetes, exibindo ao mundo, além da protuberância abdominal, como são felizes. Antesque meacusem deamargo, estou todo bronzeado e ficando barrigudo.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
EYMAR MASCARO
Contrasenso: enquanto em São Paulo o governo estadual transforma o antigo prédio doDOPS em Memorial da Liberdade, em Brasília setores retrógrados do PT querem ressuscitar a Lei da Mordaça, para colocar um cabresto na Imprensa, fechar o bico dos promotores de Justiça, secar a penadoscríticoseimpedir areaberturadasinvestigaçõesdo caso Celso Daniel.
O prédio do DOPS, que agora vira Palácio da Liberdade, traz lembranças amargas para velhos políticos, que ali bateram com o costado por terem opinião política contrária aos donos do Poder. Caso, por exemplo, de Monteiro Lobato, preso porque defendia o monopólio do petróleo brasileiro.
Um dos "hóspedes" mais ilustres da prisão no DOPS paulista foi Lula. Era lá queo presidente era visitado, às escondidas, pelocardeal Evaristo Arns. Foidaquele prédio que o então delegado, Romeu Tuma, pai, negociou com os militares a saída temporária de Lula da cela para ir ao velório da mãe.
Quem for ao Memorial da Liberdade pode manusear fichas de presos políticos ali trancafiados. Portanto, o ato do governo do Estado merece aplauso. Ébomque Lulaabraosolhosenquantoé tempoeimpeça que os stalinistas do PTlancem mão da Lei da Mordaça.Émelhordeixá-la trancadanacomissãotécnicado Senado. É mais conveniente o ministro José Dirceu chorar noombro deFidelCastro doquechorar futuramentede arrependimento.
RECHAÇADA
A idéia de votação no SendodaLeida Mordaçafoi admitidapor José Dirceu, que ficou irritado com a reabertura dasinvestigações do caso Celso Daniel. Os promotoresdesconfiam que o ex-prefeito foi assassinado porque ia brecar a corrupçãoque andavasoltana Prefeitura deSanto André. Diz-se que até a campanha deLula teriasidocusteada, em parte, com dinheiro daquela Prefeitura.
UM DUPLO NÃO
Osdoislíderes doPT,na Câmara e Senado, Nelson Pelegrino e Tião Viana, dizem não à proposta do ministro-chefe da Casa Civil. Pelomenos porenquanto, a Lei da Mordaça continua dormindo.
SEM O FILHO
Lula vai receberum apelo de Norma Cunha, ex-mulher do juizRochaMattos: quervero filho,mesmona prisão. Norma quer ser transferida daprisão,em Brasília, para a prisão, em São Paulo. Normae oexmarido estão presos porque são apontadoscomo oscabeças de uma quadrilha que vendia sentenças judiciais.
DE FORA
Lula, realmente, não vai participar da reunião dos Ricos, emDavos, comono anoanterior. Nemelenem o presidente da Argentina, Nestor Kirchner. Por coincidência, também os presidentes do México e do Chile não irão.O único representante de um país latinoamericano presente é o presidentedo Equador, Lúcio Gutierrez.
DEVASSA
A quem interessar possa: a Receita Federal começa a fazer uma devassa na contabilidade da Parmalat, no Brasil.
MAIS PRESSÃO
JoséSerra começaasentir mais pressão parasair candidato aprefeitoem São Paulo. A pressão parte agora do restante da cúpula do PSDB,que participa dasreuniões presididas porSerra. O ex-ministro sóescuta.Está roucode tanto ouvir.
IRONIA Ao invésdedizer "sim" ou "não",aquemopressiona para sair candidato, Serra prefereser irônico. Começa a criticar o PT. Na reuniãode ontem,por exemplo, Serra disse que o PT "tem um projeto de Poderenãode Governo". Mais irônico, ainda,foi quando Serra acrescentou que o governo Lula "é um retrocesso lento, gradual e seguro em todas as áreas, sem exceção".
A VOLTA
Os primeiros 200 brasileiros queestão presosna fronteira do Méxco com osEUAcomeçama chegar,no Brasil,terça-feira. Todos desembarcam em Belo Horizonte. Todos foram presos tentandoentrar clandestinamente nos Estados Unidos. Ao todo, são cerca de 1 mil brasileiros.Algunsnão voltam porque respondem a processo por tráfico de drogas.
DEPORTAÇÃO
Lula não quer que os brasileirosque voltam sejam considerados como deportados pelogoverno americano. Prefere que todos eles assinem um documento dizendoquevoltam por livre e espontânea vontade.
QUERCISTA
O ex-reitor da Unicamp, Rogério CerqueiraLeite, quejá integrouogoverno Quércia,em SãoPaulo, pode ganhar um cargo numaestatal no bojodareforma ministerial: diretor financeiro dos Correios.
DETALHE
Lula tem interesse no apoiodo PMDBpaulistaa Marta Suplicy na campanha da reeleição.
EM DÚVIDA
Osempresários nãosabiam,ontem, setorciam mais poruma quedamais acentuada da taxa Selic ou se torciaM mais para seleção brasileirapré-olímpica contra a Argentina.
EM TEMPO
Não se surpreendamse Lula viajar para a Grécia na época da Olimpíada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silvadefiniuontem asprimeiras mudanças na equipe. O Palácio do Planalto confirmou a demissãodo ministrodaCiência e Tecnologia, Roberto Amaral, e,à noite, Lulateria formalizado o convite ao líder do PSB na Câmara, Eduardo Campos (PE), para o substituir. Está quase certa também a indicação do deputado Patrus Ananias (PT-MG) para o novo Ministério do Desenvolvimento Social. O secretárioespecialdo Conselho de DesenvolvimentoEconômico eSocial (CDES), TarsoGenro, cogitado para o cargo, anunciou que permanecerá à frente da secretaria,abrindoespaço para Ananias, que recebeu o apoio decisivo da bancada do PT na Câmarae do governadormineiros, Aécio Neves (PSDB). Oanúncioda primeira reforma ministerial do presidente será amanhã, depois da conversadele com acúpulado PMDB, marcada para as 10 horas. Ocomando peemedebista esperaouvir, finalmente,o convite para queo partido ingresse no governo,após uma longa espera. Pastas – As negociações entre o Planalto e a sigla são feitas pelo chefe da Casa Civil, José Dirceu. Os peemedebistasesperam ser efetivadosnos Ministérios das Comunicações e da Previdência Social.O líderdo PMDBna Câmara, Eunício Oliveira (CE), foi indicado pela agremiação para a pasta das Comunicações.
Lula, no Palácio do Planalto: enfim, as primeiras definições. Para o Ministério da Ciência e Tecnologia deve ir Eduardo Campos. E o deputado petista Patrus Ananias, de Minas (abaixo) é o mais cotado para o novo cargo de ministro da área social
Para a Previdência, a escolha será entre os senadores Maguito Vilela (PMDB-GO) e Garibaldi Alves (PMDB-RN). Berzoini – A pressão pela permanência doministroda
"A ordem é pisar no acelerador".Com essa frase ogovernadordoEstado, GeraldoAlckmin, anunciouontem onovo foco de São Paulo. Segundo ele, essaacelerada virána forma de maior apoio aos micro e pequenos empreendimentos, ao setor exportadore na redução de impostos. Alckmin relembrou que esse esforço para reduzir a carga tributáriacomeçou jáem2003, coma ampliação do teto do Simples paulista. "Todas as microempresas com faturamento anual de até R$ 150 mil estão isentas de ICMS". O teto anterior era de R$ 120 mil. Outros benefícios– A nova legislação traz ainda outros benefícios. Para as empresas cujo faturamento ultrapassaros R$ 150mil estarãolivres derecolher o imposto até esse teto. A partirdesse valorrecolhem o ICMS apenas sobre a diferença dofaturamento a maior.Ou seja,é tributado em 2,2%no restante (até R$ 720 mil, quando sobe para a faixa dos 3,2%) . Essaredução deve beneficiar 558 mil empresas. "O baixo teto de isenção estimulavaas empresas a não crescer, ou a sonegar", destacouAlckmin. Emsuaopinião, uma legislaçãomais maleável ajuda tanto a reduzir a sonegação, como a trazerpara a economia informal muitos empreendedores que se encontravam na informalidade.
Alckmin lembrou ainda que a política de redução de impostos beneficiou diversos setores industriais, como otêxtil, o de calçados e o de álcool, que hoje recolhem apenas 12% de ICMS, ante os 18%, 18%e 25%, respectivamente, pagos anteriormente. Mais exportação – O governo de SãoPaulo vai estimular também aexportação. Como? "Uma das ações é por intermédio do fast track –a adoçãode um mecanismo que possibilita a devolução rápida ao exportador do crédito tributário", disse Alckmin. A segunda medida anunciadaserrá investirem portos e aeroportos. O governadordestacou aindao investimento no agronegócio, como a adoção de um selo de qualidade para o café produzido no Estado. "Uma saca de caféhojeénegociada entreR$ 160 e R$ 180. Mas cafés com selode qualidadetêm alcançado R$ 1.240 naBolsa de Mercadoriae deFuturos. Estamosrompendo ovelhochavão de que cafécom qualidadesóédestinado ao mercado externo".
Parao governador, "o ano de 2004 deverá ser melhor paraa economia,até porque a basede2003é deprimida". Em seu entender, o ano passado foi muito difícil, com a paralisação da economia. "É importante continuar reduzindo as taxas de juros".
Teresinha Matos
Previdência Social, Ricardo Berzoini, no cargo intensificou-se nos últimos doisdias, envolvendo associações de aposentados, além de setores do PTedoPoderExecutivo,
PSDB elege a questão do desemprego para atacar o PT na eleição
OPSDB vai nacionalizaro discurso contra ogoverno federal durante a campanha eleitoral, jogandopesado nascríticas ao "inibido" desempenho daadministração petistano combate ao desemprego.
"Semdúvida quea questão do desemprego é a questão mais sériahoje",afirmouontemJoséSerra,presidente do partido, após reunião da Executiva Nacional do PSDB.
"Qual é a política de emprego do governo federal? Qual a política de reforma agrária, industrial, agrícola? Nãose sabe", questionou Serra. (Reuters)
preocupados com a gestão dos fundos de pensãofora do controlepetista.OPMDB quer ocupar aSecretariade PrevidênciaComplementar, queé responsável pelo acompanhamento das atividades dos fundos de pensão. Acomodação – Resolvida a situação do PMDB e do PSB, Lula teráaindadeacomodar doisdos principaisauxiliares: Berzoini e Miro, que têm mandato na Câmara. Oministro das Comunicações poderiair paraum ministériodaarticulaçãopolítica eteriastatusde ministro, como desmembramento da Casa Civil, aliviando as atividades de Dirceu. Caso nãoretorne paraa Câmara, o ministro da Previdência Social poderia ser deslocado para o Planejamento, Orçamento eGestão. Por suavez, o ministro Guido Mantegairia para apresidênciadoBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES), uma vez que o presidente CarlosLessanãotem apoio do PMDB, partido ao qual pertence, para permanecer no cargo. Outrostambémestão com destinoindefinido, como os ministros extraordinário de SegurançaAlimentar e Combate à Fome José Graziano, e da Assistência e Promoção Social, Benedita da Silva.
Lula embarca para a Índia na noite de amanhã, onde fica até o dia 28. Antes de voltar, segue para a Suíça, ficando fora do Brasil uma semana. (Agências)
João Paulo descarta aprovação de emenda até dia 13
O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), jogou ontem um balde de água fria nas negociações feitas pelaprópriabase aliada para aprovar, aindadurante a convocação extraordinária, a PEC paralela da Previdência.
“Se alguémvendeu ailusão para asociedade de queem 20 dias seriapossívelvotaruma Emenda com mudanças na Previdência, tem agora que explicar isso”, disse João Paulo. Elecalculaque, se cumpridas todas asexigências, avotação na Comissão de Constituição e Justiça aconteceria somente no dia 11. (ABr)
A
As cartas de padre Anchieta estão desde ontem no Pátio do Colégio, de onde partiram há 450 anos. Viajaram abençoadas pelo papa e são o presente de aniversário à cidade da Associação Comercial de São Paulo e da Sociedade Pateo do Collegio. Elas contam como nasceu SP, segundo o seu primeiro repórter, o beato Anchieta. Págs. 12 e 13
Para preservá-lo e protegê-lo, o volume com as cartas será aberto semanalmente em páginas diferentes.
A ACSP e a Companhia Melhoramentos entregam, hoje à noite, no Pátio do Colégio, o troféu Antônio Proost Rodovalho a sete empreendedores de 2003. Fazem parte da cerimônia a encenação da peça Auto do Empreendedor e um concerto regido pelo pianista João Carlos Martins. Veja o Caderno Especial
Copom frustra mercado: não mexe nos juros Página 6
Os investidores já começam a especular a respeito da possibilidade de o C-Bond (principal título da dívida externa brasileira) permanecer em circulaçãopelo menosaté outubro, quando ogoverno terá novamente achancede recomprar o papel. Analistas ponderam que, para fazê-lo emabril, primeiradatade exercícioda opçãodecompra, o governo fragilizaria demais as reservas internacionais.
Os C-Bonds foram lançados,em 1994,com umaregra que permitia a recompra dos papéis pelogoverno brasileiro
quandofosse conveniente,ou seja, quando atingissem a marca de 100% do valor de face no mercado financeiro. Os títulos chegaram aessepatamar no início do mês e, por isso, os investidores começaram a tentar adivinhar quando e como o governo faria a recompra. Parcial – Até aúltima quarta-feira,acreditava-sena possibilidadede uma recompra apenas parcial dosC-Bonds. Mas segundoum relatóriodivulgado pelo banco americano JPMorganessa alternativa é mais complexado quese imaginava no mercado.
No texto, o analista Stuart Sclater-Booth explica que, se decidir comprar uma parte dos C-Bonds em circulação,o Banco Central terá de trocar os papéis que permanecerem no mercado eoferecer os investidores condições que compensem a perda de liquidez causada pela recompra. Para oanalistadebônus da Tesouraria doBanco Brascan, GuilhermeBethlem, arecompraparcial eraa únicaalterna-
Investidores e analistas consideram improvável recompra dos títulos da dívida no primeiro semestre. Esperam troca dos papéis.
tiva viável financeiramente. "Só seria interessante para o Brasil exercer a opção de compra parcialmente. Nunca achei que recomprar os C-Bonds fosse urgentea ponto deo governo usar as reservas internacionais para isso", afirma. O Banco Centralsó pode recompraros C-Bonds em datas determinadas, que coincidem com o pagamento de juros aos investidores, a cada seis meses. Se decidir pela opera-
ção, precisa avisar o mercado entre 30 e 60 dias antes da data darecompra. Paraexercera opção de compra em abril, próxima data de pagamento de juros,o BancoCentral teriade avisar omercado a partirde meados de fevereiro. Comoconsideram improvávelumarecomprano primeiro semestre, os analistas acreditamque ogovernobrasileiro pode fazer uma troca de títulosda dívidaexterna.Os analistas esperam que o governo sepronunciea respeito de uma troca até 15 de fevereiro. A data marca o início do período
de 30 dias no qual a República temque comunicarosdetentores de C-Bonds caso queira recomprá-los. Para operadores,anunciaruma trocaapartir daí poderia causar uma espécie de curto-circuito. Odiretorde mercadodecapitais do bancoBBVA,Paulo Bernardo, disse que lançar a oferta de troca já no período de exercício da opção seriauma estratégia ruim.Para ele,uma trocafazsentido, aquestãoéo preço. "O problema é saber o que o governo vai oferecer para oinvestidortrocar oC-Bond por outro". (RA/Reuters)
Não foi fácil para o mercado financeiro digerir a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) demanter ataxa básica dejuros daeconomiaem 16,5%aoano. Amaiorparte dos investidorestinha operações baseadas em uma queda de 0,5 ponto percentual dos juros e, por isso, os ajustes ontem foram inevitáveis. Mas, em geral, os analistas consideraram a decisão coerente com o discursodo BancoCentral, oque amenizou o impacto da manutenção dos juros no mercado. A exceçãofoi omercado futuro de juros da Bolsa de Mer-
cadorias e Futuros (BM&F), onde os ajustesgarantiram mais de um milhão de negócios somados todos os mercados futuros (leia maissobre a BM&F na página 14) ABolsadeValores deSão Paulo(Bovespa) manteveontem o movimento de realização de lucros. O fato de a bolsa ter fechado em baixa na quarta-feira amenizou o impacto da decisão doCopom no pregão de ontem. OIbovespa,principal indicador da bolsa paulista, fechou em baixade 1,43%,em 22.968 pontos.Com esseresultado,o
índice passa a acumular valorização de 3,2% no mês. O volume financeiro somou R$ 1,256 bilhão,giro superioraoregistrado no pregão da véspera. O dólarcomercial encerrou osnegócios cotadoa R$2,834 paracomprae aR$2,837para venda, com quedade 0,32%. Em São Paulo, o dólar paralelo fechouvalendoR$2,92 para compra e R$ 3,00 para venda, sem variação. Ataxaderisco do Brasil tinha alta de 1,65%às 18 horas, para431pontos-base. OCBond operava estável, a 101,37% do valor. (RA/AE)
Músico é reconhecido como exemplo de superação e um intérprete único da obra do compositor clássico
A festa que a Associação Comercialde São Paulo (ACSP) fez para homenagear o aniversário de São Paulotambém marcou avolta do pianista João Carlos Martins aos palcos que,num exemplodesuperação, ignorouadoençaque atrofiasuasmãos paratocaro HinoNacional. Aplatéia,que aplaudiuessasua demonstraçãode coragem,pode tervisto a última apresentação de Martins àfrente de umpiano. Mas oespetáculo nãoacabouaí. Minutosdepois, essemesmo públicoveriaaestréia dopianista como regente. O concerto escolhido para sua estréiafoi B ra nd em bu rg o nº 3,em SolMaior,composto por Johann Sebastian Bach, compositorque maisinfluenciou opianista. Olhar seguro para os músicos, sinal de que o concerto começaria, e lá estava Martins, agora como regente, coordenando suaorquestra comos mesmostrejeitosmarcantes e gestos fortes que cultivou durante sua vida de pianista. "Martinsconhece Bachcomo ninguém. O que ele está fazendoagoraé simplesmente transmitiro conhecimento que tem para os músicos", conta o maestro Julio Medaglia, um dos novos professores de Martins, que via a apresentação por uma fresta nas cortinas dos bastidores. Fim do concerto.Mais uma vez aplaudidode pé,ainda segurando as lágrimas que quase rolaram durante oconcerto, o regente agradecia os músicos e seu professor. Aos poucos, Martins retomava sua tranqüilidade, e suas expressões voltavamaparecer comasdehoras antes do concerto, quando, sentadonosalão de espera
acompanhadode Medaglia, discutia, entre outros assuntos, umprojetoquecomeçaa tomarcorpoem maio.Em38 apresentações, ambos se alternarão para levar música clássica para cidadesdo interior de São Paulo. Nem parecia que esta era sua estréia à frente de uma orquestra. "Os músicos que vão me acompanhar medeixam seguro. Jáno ensaio, que fizemos agora pouco, aqui mesmo, eles soaram muitobem", conta Martins.
De fato, o regente esteve bem acompanhado. Sob suas ordens, estiveram 20 músicos queintegram algumasdas mais importantessinfônicas da cidade, a exemplo da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), a OrquestraSinfônica da USP(Osusp) ou a da Rádio e televisão Cultura."Oque Martinsfazia no piano é o que ele quer tirar de
Superando a atrofia que limita os movimentos de suas mãos, o pianista tocou o Hino Nacional e recebeu os aplausos da platéia de mais de 500 pessoas na Igreja Beato José de Anchieta (abaixo)
nós quando nos rege",disse AlexandreDe Leon, concertinodaorquestra municipalde São Paulo que tocou viola nesta apresentação. O que o músico quer dizer, e que se mostrou verdadeiro durante a apresentaçãode Martins,éque oBach regido por ele tem pitadas pessoais, deum artista quese formou em meio à tradição musical brasileira. "O que percebo é que Martins se realiza quando consegue passar suas influências, osmesmos artifíciosque
usavanopiano, paraosmúsicos", diz Medaglia. Ainda fazparte dosplanos de Martinslevar oseu jeitode regerpara forado País. Ele quer reger Bach junto à Orquestrade Câmara Inglesa, uma das mais tradicionais sinfônicasdo mundo. Enquanto não chega lá, continua regendo emSão Paulo,cidade que,segundo ele,"é umafloresta que nunca termina e um deserto que nuncaacaba. Acidade éa união dos extremos". (RCI)
LOJAS PAULISTANAS FICAM FECHADAS NO PRÓXIMO DOMINGO
O comérciopaulistano não abrirá asportasnopróximo domingo, 25, data de aniversário dacidade. Comerciários e lojistas nãocelebraram um acordo coletivopermitindo o trabalho noferiadomunicipal."Com isso, legalmente, não há autorização para o trabalho",diz oassessor doSindicato dosLojistas, Antonio Jorge Farah. Segundo o presidente doSindicatodosComerciários, Ricardo Patah, essaposição foiadotada emrazão doaniversário dacidade. Novas convençõesdeverão ser discutidas a cada feriado na cidade. (Teresinha Matos)
UM MENOR MORRE EM MOTIM NA FEBEM DE VILA MARIA
Um adolescentemorreue quatro ficaramferidos ontem durante rebelião na Unidade VilaMaria daFundaçãoEstadualpara oBem-Estar doMenor (Febem), em São Paulo. Omotim começou após uma tentativa frustrada de fuga.Os adolescentesatearam fogo emcolchões e fizeram pelomenos cinco monitores reféns. Elesestavam armados com estiletes e de uma arma defogo.A Tropa de Choque daPolícia Militarinvadiu olocale conseguiucontrolar asituação. A Polícia Civil fará a investigaçãosobre amortedo menor. (Agência Estado)
LIVRO DE IMAGENS
COMEMORA OS 450 ANOS DE SÃO PAULO
SãoPaulo – Vila, Cidade e Metrópole, l ivro com fotos, mapas e gravuras de São Pauloantiga–resultadode pesquisa iconográfica do professor Nestor Goulart Reis, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) –, será o presente oficial da Prefeitura do Município de São Paulo às personalidades presentesà festade 450anos da cidade. A tiragem é de 3 mil exemplares. Bibliotecas e centros de pesquisa de todo o Paístambémreceberão a obra. Algunsexemplares serão colocados a venda. (TM)
CONFRONTO ENTRE TRAFICANTES DEIXA 11 MORTOS NO RIO
A guerra do tráfico de drogas no Rio fez 11 mortos, entre eles um garoto de 14 anos, da noite de quarta para a madrugada de quinta-feira. Uma das pessoasassassinadas erainocentee as demais, supostos traficantes, segundo a polícia. Um menino de 11 anos e um homem sem envolvimento com o tráfico ficaram feridos. Em cinco horas, houve duas execuções: uma na favela Três Pontes, zona oeste, e outra no ConjuntoEsperança, nazona norte.A políciaatribui achacinaàrivalidade oudisputa por pontos de drogas entre facções rivais. (AE)
DOIS PRESENTES – No viaduto do Chá, o Palácio do Anhangabaú, ex-Banespinha (ao alto), recebeu ontem decoração especial. Domingo ele passa a abrigar a Prefeitura de São Paulo. De fachada recuperada, a estação da Luz (acima) recupera o brilho de sua tradição: dois presentes de aniversário que o centro da cidade recebe na festa dos 450 anos.
Por Geraldo Mayrink
Sofia Coppola tinha apenas três anos quando fez sua estréia no cinema, em1974, nasegundapartedoépico O Poderoso Chefão . Dirigida pelopai,opoderoso Francis Ford Coppola, voltariaa trabalharem família em 1990, no terceiro e último filme da sagadosCorleone. Coppola sempre foi consideradoum cineastaexcêntricoe ambicioso, capaz tanto de fazer filmes visualmentedeslumbrantes,como A p o ca l i ps e Now e DraculadeBram Stocker , como de arrombar orçamentos e falir produtoras. Herdando essesgenes, pelo menos osbons, Sofiadesistiu
dacarreirade atrizeem1999 trocoude lado,para dirigiro seu primeiro filme, As Virgens S ui ci d as , deixando boaimpressãoehonrando osobrenome que ostentava. Com essascredenciaiscriou E n co ntrose Desencontros ( Lost in Translation ) para homenagearTóquio, queafascinava nos temposdeestudante, comtodasassuas luzese neons e aquela espécie de caos organizado. Lá se encontram,em um luxuosohotel,BobHarris (Bill Murray) e Charlotte ( Scarlett Johansson). Bob é um ator que passa por uma crise em seu casamento. Ele está na cidade para gravar um comercial de uís-
VALE VER DE NOVO
Violação de Con du ta –É uma trama repetitiva, já usada em vários filmes. Mas, mesmo assim, rende um bom programa.Nesse thrillerde ação nadaé oque parece.Numa base militar do Pananá, um grupo de elite, comandado por um sargentodurão,sai para um treinamento. Porém, apenas dois retornam àbase e cadaum contando uma versão da história. Para esclarecer os fatos é chamado o agente Tom Hardy, do departamento anti-drogas. Contraele vaise opora tenente Julia,a quem coube investigar o caso.Muitas reviravoltas numa história um tanto confusa.ComJohn Travolta,SamuelL. Jackson e Connie Nielsen. Direção: John McTiernan. Duração: 98 minutos. DVD/VHS. Fox
Uma Turma do Barulho –Protagonizada por afroamer icanos, esta comédia rende bonsmomentos de humor. A açãose passa numa barbearia, onde todos se dedicam a falar de suas vidas e principalmente da dosoutros.Calvin herdoua barbearia do pai, mas sonha comoutrosnegócios. Resolve vender olocale, então,descobre que com isso perderia suas raízes. Faz tudo pararecuperar aquele ponto de encontro, onde sereúnem asmais esquisitas e simpáticasfiguras.Um bom elenco dá conta do recado, com a presença de Cedric the entertainer, Ice Cube, Anthony AndersoneSan PatrickThomas.Direção: Tim Story. Duração: 102 minutos. DVD/VHS. Playar te
que japonêse sónão podeser considerado decadente porque vai embolsar dois milhões de dólares por isso. Charlotte é umajovem recém-formada, repleta dedúvidas existenciais eestá acompanhandoomarido workaholic quenãotem tempoparaela, muitomenos para suas dúvidas. Cumplicidade – Bob está terminando um casamento. Liga para a mulher nos Estados Unidos, comunica que a partir dali quer ter uma vida mais regrada, parando de beber e comendo mais peixe e ouve dela o conselho que lhe é dado em voz fria: " Porque você não fica por aí ecome isso todosos dias?". Charlotte está apenas desco-
brindo o que significa dividir o mesmo tubo de pastas de dente. Essa cumplicidadeos une em doses certeiras de melancolia ecomédiapelasruas da cidade, embaladosporuma trilhasonora deprimeira.Bill Murray está brilhante, economizando trejeitos e feições para arrancar risadas, fiel ao melhor estiloBusterKeaton. Scarlett Johansson também reluz do alto de seus 19aninhos,em um papel degente grande.Oresultadoé umfilmeparasevereouvir eque tem como um de seus produtores Francis Ford Coppola –agora tambémconhecido como o pai da Sofia.
Rugrats e Thornberrys juntos
Duas turminhas da pesada se juntamnumfilme: Os Rugrats e os Thornberrys Vão
Apro ntar ( Rugrats Go Wild ) traz ospersonagens das duas premiadas séries de animação doNickelodeon, canal deTV paga.
Nestaaventura deanimação, os Rugrats se perdem numa ilha deserta, sem celulares e sembiscoitos. Aindasedeparam com lagartos,leopardos e
plantas carnívoras,mas opior mesmoé encontrarosThornberrys. Spike,oquerido cachorro dosRugratsse perdeeencontra Eliza Thornberryque consegue falar com os animais e vai dependerdela a sua salvação. Na versão dublada, Spike tem a voz deCláudio Manoel,o seu Craysson.Na legendada,coube a Bruce Willis dar vida ao estimado cãozinho. (BA)
O Sorriso de Monalisa, novo filme de Julia Roberts, é como uma agradável lembrança do passado.
Afrondosa galeria de mulheres notáveis na tela deve alguma coisa a Julia Roberts . Em O Sorriso de Monalisa (Monalisa Smile),a atrizmaiscara do cinemaretoma de forma encantadora a combatividade dapersonagemde ErinBrockovich, UmaMulher deTalento (que lherendeuumOscar) no papel de uma professora em cruzada civilizadora. Ela se chama Katherine Watson e as alunas bárbaras pertencem à elite do colégio Wellesley. Tão arrogantessão estasmoçasricas quesabem decor tudoque a professora tem a lhes ensinar sobre história da arte, desde que Da Vinci, Van Gogh e outrosestejam emsuasapostilas. Como não sabempensar, mas só decorar, se espantam diante de uma tela de Jackson Pollock. Algumas acham logo que é melhor arrumarum maridoe esquecerestestormentos do espírito.
Ofilme deMike Newell(diretordoinspirado Quatro Casamentoseum Funeral) éuma máquinado tempoquetransporta a platéia para os chamados anos dourados, 1953 e 1954. Saídos de uma guerra mundial e mais ricos do que nunca, os Estados Unidosdavam aseus jovens oportunidades únicas de
OBSESSÃO
bem-estar e educação. Tudo é feliz,noespalhafatodos vestidos brancos com anáguas , à voz deDorisDaycantando Secret Love e,acreditem se quiserem, um bando de rapagões entoando em coro nada menos que Istambul, Constantinopla dum dumdum. Nesteparaísodos bons temposa professoraKatherineé uma espéciede serpentefeminista pré-histórica. Solteira eindependente,ouve sua diretora proclamarque "as mulheres avançaram muito nos últimos cem anos" e replica: "Só mudaram os modelosdos espartilhos".
Não se trata, porém, de obra de militância política,mas de comédia comalgumaslágrimas deamargura respingando aquelemundo desonho.Júlia Roberts, é claro, não se sentiria àvontade imitando mulheres bemmaisbravas comoJane Fonda ou Vanessa Redgrave. Ela preferea elegância eos bons modos, e talvez por isso faça umaespeculaçãosonhadora sobre o famoso sorriso de Monalisa: seria ela feliz, ou seu sorrisoseria umdisfarce?A resposta naturalmente não é dada, mas dá força simbólica a um filme superficial e antiquado, mas tão agradável aos olhos como velhas fotografias de festas de formatura. (GM)
Dirigindo no Escuro – Woody Allen é sempre bom, mesmo que não seja o mais criativo de seus filmes. Nesta produção, ele interpreta um cineasta obsessivo, narcisista, que está sempre causando problemas durante as filmagens. Sua ex-mulher consegue que ele seja contratado para dirigir o filme de seu novo marido. Depois de relutar, ele aceita. E, no primeiro dia de filmagem, se vê cego. Seu empresário o aconselha a não dizer nada e dirigir assim mesmo. É impossível não rir com o caos que se instala no set. Woody não perde a oportunidade de alfinetar Hollywood. Com Téa Leoni, George Hamilton, Treat Williams. Duração: 112 minutos. DVD/VHS. Europa
Mentiras –Y é uma estudantede 18 anos quese envolve com J, um escultor de 38 anos. Com ele, ela perde a virgindade. A partir daí, os dois vivem obsessivamente todas as fantasias sexuais, incluindosadomasoquismo. Filme coreano que se assemelhaa OImpério dosSentidos que marcou época por sua temáticaecenas fortesdesexo. Aqui tem-sequaseomesmo. Muitas cenasde sexopara poucahistória, porque os personagens deixam de viver suas vidas, para apenas realizar fantasias. Não trabalham, abandonamas famílias e passam a viver de motel em motel. Com Lee Sang Hyun e Kim Tae Yeon. Direção: Sun-Woo Jang. Duração: 112 minutos. DVD/VHS. MovieStar
entre amigos e familiares nomundo do crime. Quando Dris, um ex-condenado tenta levar umavidahonesta,se vêàs voltas como primoYanis eamigos solicitando sua ajuda para um últimogolpe. Alémdisso, o irmão maisnovo,Mel,ingressa na bandidageme vaise meter com a gangue rival. Por mais que Dris tente, não consegue selivrar dos amigos destrutivos, irritando sua mulher. A inexperiência do irmão leva a uma guerra de gangues, queocasiona o fim de algumas famílias, tanto as de sanguequanto asdenegócios. Com Samuel Le Bihan e Samy Naceri.Duração: 106 minutos. DVD/VHS. Columbia
Associação Brasileira de Lojistas de Shopping critica o primeiro ano do governo Lula e pede redução acelerada dos juros e da carga de impostos
O presidente daAssociação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop),Nabil Sahyoun, entregou ontem, em São Paulo, carta-manifesto ao ministro Tarso Genro, secretário especial doConselho deDesenvolvimentoEconômico Social da Presidênciada República,sobre a insatisfação dos empresários do setor em relação ao primeiroanodo governodeLuiz InácioLula daSilva,principalmente no que diz respeito à forma como foi articulada e conduzida a reforma tributária.
No entendimento do empresário Nabil Sahyoun, a reforma, aprovada no ano passado, não foi além da prorrogação da Cobrança Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF) e damajoração daContribuição paraFinanciamento daSeguridade Social (Cofins) e da Contribuição SocialsobreoLucro Líquido (CSLL).
Para ele, asmudançasna Cofins – que passou a ser nãocumulativa e teve sua alíquota elevada de 3% para 7,6% –, irão, certamente, provocar pressão sobre os preços. "Toda carga é repassada", disse. ACSLL,segundo Sahyoun, foi outro golpe contra o contribuinte. O tributo passou de 12% para32% paraas empresastributadaspeloregime de lucro presumido. No manifesto, a Alshop critica a política econômica do governoLula e reivindica a adoção "das medidas mais urgentes que todos reclamam, como a redução da carga tributáriaea reduçãomaisacelerada das taxas dejuros". "A manutenção das taxas de juros pelo Copom mostra que não háinteresse emestimularo desenvolvimento. Esse conservadorismonão ajudao consumo, queestá embaixa",
afirmou ontem Sahyoun.
Segundoele, aelevadacarga tributária e os altos juros apenas encorajam ainda mais a informalidade e levam as empresas que recolhem rigorosamente seus tributos a não realizar investimentos.
Ele destacou também a expectativa dos empresários do setor em relação às mudanças na legislação trabalhista. "A reforma tem que sair. Não adianta ser um remendo, como foi a reforma tributária", disse. Acriação demecanismos
Metalúrgicos: prestações mensais de R$ 50,00 para quitar débitos com a Receita Federal
Nabil Sahyoun (Alshop): carga tributária atual encoraja a informalidade
que estimulem a simplificação para a geração de empregos e a possibilidade de abertura de todo ocomércioaosdomingose feriados éum ponto do quala Alshop não abremão. "O importante é encontrar uma forma de não prejudicar
os trabalhadores", afirmou o empresário.
No manifesto, o presidente da Alshop reivindica que, antecipando-se à reforma trabalhista,o governo reduzaos encargossociais– incluindo os 20% destinadosà Previdência – que pesam sobre a folha de pagamento, pelo qual o comércio está obrigado a recolher mensalmenteascontribuições acessórias representadas pelo SistemaS (Sesc/Senac, Sesi/SenaieSebrae), cujopercentual éde 5,8% sobre todos ossalários pagos no País, além da contribuição variável de 1%a 3% destinadaao segurode acidentes do trabalho. "Os órgãos beneficiadospelo SistemaS deveriamgerar maisrecursos próprios,diminuindo o ônusdessascontribuições para o comércio", disse. Adriana David
Os 95milmetalúrgicos do ABC estão vivendo um pesadelo. Desde setembro do ano passado,estãopagando mensalmentea ContribuiçãoProvisóriasobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF)que deixaram de recolher entre 1999 e 2003, por conta de decisão judicial.
O pesadelo começou no iníciodo anopassado, quando instituições financeiras,por força da MedidaProvisória nº 2.158-35/01, decidiramdebitaros valoresdevidos dascontas dos metalúrgicos, que haviam perdido a batalha judicial contraotributo. "Foiumsus-
to. Várias pessoas retiraram todo o dinheiro de suas contas com medo de que o débito fosseefetuado", lembrao engenheiro Marcelo de Azevedo.
A MP determinava que o valorcorrespondenteà CPMF não recolhida pelos bancos por força de decisão judicial, posteriormente revogada, deveria ser debitadada contacorrente dos contribuintes, acrescida de juros e multa. Diante do problema, o Sindicato dosMetalúrgicosdoABC decidiuentrarem açãoenegociar os débitos com a Receita Federal. Os metalúrgicos conseguiram um parcelamento do
que devem, de até 60 meses (cinco anos), e anistia de multas e juros. A parcela mínima mensal ficou estipulada em R$ 50,00. Com oacordo, aReceita Federal teve que recalcular os valores devidos.Para queos metalúrgicospudessem checaras contas,o órgãodistribuiu senhas de acesso parapáginas pessoais em seu site.
Os metalúrgicos foramà Justiçaem 1999e obtiveram uma liminar contra a CPMF emjulho daqueleano. Emoutubro de 2001, a decisão provisória foi cassada. A categoria recorreu,então, ao Tribunal RegionalFederal (TRF)da3ª
Região, em SãoPaulo, mas foi novamente derrotada. "Quandopercebemos que perderíamos a açãoe que todos os metalúrgicos teriam que pagaro retroativo,como determinava aliminar, começamos a pedir mais agilidade no julgamento de mérito da ação, paranão prejudicar os envolvidos", dizo coordenador jurídico do sindicato, Davi Furtado Meirelles. A derrota na Justiça deixou os metalúrgicos irritados. "Todosforam orientados sobre o riscoque corriam", lembra o advogado.
Márcia Rodrigues
O Palácio do Planalto abriu uma crise na base aliada por causa da inclusãode um projeto do presidente do Congresso, senadorJosé Sarney (PMDBAP), queestende osbenefícios fiscaisdaZonaFranca deManausa todaa AmazôniaOcidental e ao Amapá, na pauta da convocação extraordinária. A proposta foi aprovada pelo Senado, apesar dasinúmeras restrições da Receita Federal, e agora poderá tramitar em regime de urgência na Câmara, como forma deretribuir o apoio decisivo que Sarney tem dado ao governo. Ontem, líderes do PT e do PSDB revezaram-senobombardeio à proposta,enquanto o presidente Luiz Inácio Lulada Silva reunia-se no Planalto com ministrose como secretárioda Receita, Jorge Rachid,para tentarcontornar apolêmica.Uma saídacogitadapelos aliados é quea administraçãofederal mantenha o discurso favorável à proposição, mas libere os líderes da Câmara para rejeitá-la.
"Apauta daconvocação foi feitacomacordo dogovernoe dos líderes,mas oCongresso tem autonomia parafazeros ajustes que quiser", afirmou ontemo secretário-executivo da CasaCivil,Suedenberger Barbosa. O deputado Professor Luizinho (PT-SP), vice-líder do governona Câmara, considera "uma temeridade"aaprovação de "uma zona franca desse tamanho numa região de fronteira". "Isso é profundamente prejudiciala SãoPauloea todosos estados brasileiros", afirmou. Excluídoda"Super Zona Franca", como é chamada, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), disse que a proposta avalizada pelo Planalto é de "um total oportunismo e casuísmo" e deve provocarsérias distorções no sistema produtivo."Seria mais simpáticoe cômododefenderainclusãodo Pará,mas não achoisso correto",afirmou Jatene, que pode perder fábricas de celulose que estão localizadas na fronteira com o Amapá, caso o projeto seja aprovado.
Atualmente, pelo Orçamento de 2004, as isenções dos Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e de Importação(II) garantidasàZona Franca já custam R$ 4,3 bilhõesanuaisaos cofresda União. O Amapá, estado pelo qual o presidente do Congresso foieleito, faz partede uma área de livre comércio e recebe incentivos federais da ordem de R$ 167 milhões anuais, que seriamampliadospelo atual projeto.
NoSenado,a propostafoi aprovada sem qualquer estimativa prévia do impactofinanceiro eorçamentário, nem medidas compensatórias pelas perdas, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. NaCâmara, oprojeto sónão foivotado aindaporque olíder do PSDB, Jutahy Magalhães Júnior (BA), descobriu, no apagar das luzes de 2003, que a proposta estava sendo discretamente incluída na pauta e resolveu obstruir o acordo para a tramitação com urgência. (AE)
Nesta edição, um caderno especial sobre o primeiro empreendedor da cidade.
Em cerimônia com teatro e música, a ACSP e a Companhia Melhoramentos entregaram ontem à noite, na igreja do Pátio do Colégio, o troféu Antônio Proost Rodovalho a sete empreendedores de 2003. Durante a encenação do Auto do Empreendedor, do qual participaram os atores Paulo Goulart e Nicette Bruno (foto maior), foram homenageados Dorina Nowill, José Martins Pinheiro Neto, Adib Jatene, Valentim dos Santos Diniz, Olavo Setúbal, Samuel Klein e Antônio Ermírio de Moraes. Págs. 8 a 10
Inspirado nas cartas de Anchieta, o Auto do Empreendedor passeia por quase 5 séculos de história.
seqüência do concerto:
Carlos Martins estréia como regente. A música de Bach encerrou a festa.
As cartas de Anchieta foram reproduzidas numa revista de 160 páginas: presente do DC aos leitores. Saiba como recebê-la. Página 6
Por Evaldo Mocarzel
AdiretoraEliane Caffévive embuscade um "Brasil profundo" nas expedições cinematográficasque fazpelo país,principalmente emregiõesdosertão mineiroenordestino, onde a riqueza das histórias orais parece inesgotável. A cineasta de Kenom a criou uma parceriamuito fértilcom o dramaturgo Luiz Alberto de Abreu, um dos mais importantes autores teatrais em atividadeno Brasil, quehádez anos vem pesquisando narrativas daculturapopular paraaFraternal Companhiade Arte e MalasArtes.Abreu eLili, como ela é conhecida no meio cinematográfico, assinam o roteiro do filme Narradores de Javé, uma das estréias mais importantes da semana. Oprojeto começoudurante a última semana de filmagem de K en o m a , em que Abreu também colaborou no roteiro. Lili estava lendo uma tese intitulada O Artesãoda Memória de Vera FelintoFerreira,e se defrontoucomum personagem realquelogo instigou a sua imaginação. Trata-se de um homem chamado Pedro Cordeiro Braga, de um pequeno vilarejo, Vau, no interior de Minas. Pedro é funcionário do correio e, com medo de perder oemprego,começoua escrever cartas para ele mesmo, pois a população do vilarejo, em sua maioria analfabeta,não escrevia nemrecebiacorrespondência. Lili começou a escrever para Pedro Cordeiro Braga e só parouum ano emeio depois. Pedro CordeiroBragaéuma das grandes fontes de inspiração para opersonagem Antônio Biá, protagonista de Narradores de Javé , vivido com maestria por José Dumont.
Café e conversas
Kenoma, também encabeçado pelo ator paraibano, que interpretava um homemvisionário tentando construir um moto-perpétuo,havia sidoescrito"emvolta deumamesa". Lili decidiuirpara a rua.Começouo quechama de"expedições, aventuras".Fez três: uma para ointerior de Minas, com LuizAlberto deAbreu, e outras duas para o sertão da Bahia. Afastava-se dos centros urbanos e ia percorrendo cidadesbem pequeninas para ouvir histórias."Nós não tínhamos destino",conta."Agente foiparao sertão,seaproximava daspessoas e logoera convidada para tomar um café", lembra. "Tomamos muito café!", diz. Lili comenta que a conversa em vilarejos é um "ato deentretenimento". "Ouvimos muitas histórias poéticas e fragmentos de muitas históriasque saíram de depoimentosreais estãonoroteiro de Narradores de Javé". O personagemAntônio Biá foi depois apimentado com um caráter duvidoso, pois, no filme, ele desanda a difamar as pessoas em suasfalsas correspondências,muitasvezes dizendo verdades que ninguém querouvir. Eleé irreverente, histriônico, farrista, mulherengo, poético,inteligente e também visionário.Em N arradores de Javé , Biáépraticamente banido da cidade por causa das difamações. Mas Javé, a pequena cidade imaginária do filme, será inundada pelaságuas deumahidrelétrica que será construída na região, e a população decide então escreveruma espéciededossiê, com todas as histórias antigas do vilarejo. Opovoacredita que esselivro podebarrar a
Fotos: Divulgação
construção da represa.E Biáé o únicoque sabe escrever e acaba sendo escolhido para registrar toda a riqueza das histórias orais que descortinam o passado de Javé. A cineasta conta que a participação deJosé Dumont no filmefoi mais que fundamental. Histórias pessoais do ator foram incluídas no roteiro. Um exemplo: dois irmãos de Dumont estavam conversando há muitos anos. Um estava doente, tomandoinsulinanaveia, mas bebendo sem parar. O outro irmãotentava convencê-lo ater fé em Deus. Oirmão doente disparou: "Como é que eu vouterfé numcamarada covarde que manda o filho para salvar o mundo?". A fala entrou no roteirode Narradores de Javé , além de incontáveis improvisações de José Dumont e também situações vividas pelo ator.
Obstinação do ator
"O Zé entra numa febre muito antes de filmar", conta Lili. Oatorentra nopersonageme fica numa espécie de obstinaçãotentandodesvendar asua gênese,cadadetalhe desuavida. "Mas comoele aprendeu a ler?", Dumontficava perguntando à cineasta. "Acho que foi com aspedras!",elemesmo respondia. Como Biá, José Dumont também aprendeu a ler sozinho, com a ajuda da literatura de cordel. "Ele é um autodidata", diz Lili. "Atualmente ele está lendo tudo sobre os incaseos heróisdelesãoJuscelino Kubistchek, Pelé e Dom Pedro II",revelaa cineasta. Ela contaque, duranteasfilmagens,emnoitesestreladas, o ator ficava descrevendo cada uma das constelaçõesdo céu faiscantedo interior,enquanto toda a equipe ficava descansando no asfalto morno tentandodaruma relaxada."No quarto dele, ele fez um universo inteiro no teto, com aquelas
estrelinhas fosforescentes", diz Lili, cujos olhos brilham de profundo carinho e entusiasmo ao falar do ator. "Ele veio do interior daParaíba, deum lugar muitopobre, onde ascasas não tinham nem porta", conta acineasta. "As portas eramfolhas decoqueiro e de bananeira." Lili considera José Dumont um "gênio" e eleé sem dúvida o trunfohilariante de Narradores deJavé. "Ele incorporaa alma do personagem.É um ator que trabalha o personagem em função do contexto." Uma das cenas mais marcantes do filme mostraBiá dizendoà furiosa população que não vai dar as costas para aspessoas, pois quer lembrar daquele momentoparasempreolhando todo mundode frente.Foio queno teatro chamamos de "caco", ou seja, uma improvisação quase que automática que normalmentevem àtonaquandoo ator está napele dopersonagem. A cena descrita acima não era assim. O personagem deveria virar de costas para todo
mundo e ir embora. Na hora de rodar, Dumont recrioua cena e foi se afastando de frente para todo mundo, o que causou um grandeestranhamento na equipe, o responsável pelo focoda câmeraficouperdido, mas eraum tremendoachado dramático para o desfecho daquela seqüência."O Zéfaz um mergulho tão profundo que às vezes precisamos alterar o contextodacena paraopersonagem existir de forma plena. Ele vêo personagemcom uma amplidão tão grande... Não fica fechado nele.Ele realmente interferena autoriadofilme", afirma.
Imaginário rural ElianeCaffétem42 anos, nasceu emSão Paulo e éformadaem psicologia.Como uma pessoa tão urbana pode mergulhar com tanta delicadeza e profundidade na atmosfera telúrica e bem-humorada do imaginário rural? A cineasta não sabe explicar. "Não consigoidentificar...
Minha influência veio mais da literatura... Eu sempre tive atração pelos elementos do f an tá st ic o. .. Talvez uma fuga do realismo... Na verdade, eugostoda aventura de fazer o filme e também da aventura antes de fazer o filme. Gosta dessas viagens pelo sertão. Gosto dessa aventura de desbravamento e conhecimento", tenta explicar. Em Ken oma , seu primeiro longa,Lili filmou noValede Jequitinhonha,umadas regiõesmaispobres dosertãode Minas. Em Narradores de Javé, rodou no sertãoda Bahia, em Gameleira da Lapa,que fica bem perto de Bom Jesus da Lapa, umdosprincipais centros de romaria do país. "Lá há uma grutaimensa quepareceuma catedral, comnichos prontos paracolocar ossantos",conta. "É um ponto de grande sincretismo, com todas as tendências religiosas. A cidade de Bom Jesus da Lapa se formou em funçãodessagruta.É uma região onde o papa interferediretamente", ressalta. A cineasta é autora de vários curtas premiadoscomo A rabesco Caligrama e O Nariz. Estudou cinema na Escola de San Antonio de losBaños, em Cuba, efez cursono Institutode Estética eTeoria dasArtes, em Madri. "O que me move é a buscapor ummeio deexpressão. Eu encontrei isso no cinema. No cinema, encontrei uma maneira de desenvolver essa necessidade de expressão que eutenho.Sou capazdeficar muito tempo debruçada num roteiro. Adoro viajar,fazeras pesquisas que faço. É a melhor forma de me sentir viva. Adoro essa aventura de filmar em outros lugares.Todaaequipe concentrada nessa vivência. As amizadesda equipecomas pessoas do vilarejo. Um vai comer bode na casa de alguém. A experiência de filmar nos afasta dos afazeres cotidianos. Modifica a nossa percepção. É
Por Beth Andalaft
"Quem conta um conto, aumenta um ponto" diz a sabedoria popular e Narradores de Javé, a boa produção nacional de Eliane Caffé, mostra bem isso. Vencedor de vários prêmios, inclusive no exterior, o filme conta a história da pequena cidade de Javé na Bahia, que será inundada pelas águas de uma represa. A partir desse mote, desfilam pela telas os mais brasileiros dos personagens já vistos, misturando atores e população local de Gameleira da Lapa, principal cenário do filme. Essa combinação faz com Narradores de Javé seja irregular, mas também ofereça histórias saborosas que provocam risos e furtivas lágrimas. Grande parte do mérito está na condução do protagonista, Antônia Biá, interpretado por José Dumont. Conhecido por seus papéis de retirante nordestino, tanto na telona quanto na televisão, pode-se dizer que com este personagem Dumont chega ao auge de sua interpretação. Ele está perfeito, completamente à vontade no papel.
História narrada
Na tentativa de evitar que Javé desapareça sob as águas, seus moradores resolvem escrever a sua grandiosa história. Por serem analfabetos, eles delegam a Biá a tarefa de redigir o livro. Malandro, que fora demitido dos Correios por escrever cartas contando intimidades dos moradores da cidade, ele começa a ouvir o relato dos descendentes dos fundadores do vilarejo. O humor advém dessas narrativas, em que cada um puxa a brasa para
sua sardinha, enaltecendo os feitos daqueles que dizem ser seus antepassados. Não há um fato que não tenha inúmeras versões e que não gere infindáveis discussões. Biá a tudo observa e pouco escreve, levando os moradores a ameaçá-lo constantemente. Outro aspecto que dá um toque de humor a Narradores de Javé está na linguagem adotada por Biá. Ele usa expressões criativas, como "ponto e vírgula", com o significado de texto completo e correto; pede nome, sobrenome e pronome ao entrevistado; diz
que é um homem de escrituras, já que é o único alfabetizado e por aí afora.
Linguajar próprio
Narradores de Javé mostra um povo sofrido, pobre, que vive à margem do consumo em vilarejos nos confins do Brasil, mas há um lirismo tocante na produção. Aquelas pessoas não são desesperançadas, apesar da consciência de seus problemas. Cabe ao personagem de Rui Resende verbalizar um fato, logo no início do filme. Sentencia ele: "dizem que a hidrelétrica vai beneficiar a maioria, que eu não sei quem é, só sei que nós somos a minoria que vai sofrer". Narradores de Javé conta ainda em seu elenco com as participações de Gero Camilo, Nelson Xavier, Matheus Nachtergaele, Nelson Dantas, Maurício Tizumba, Luci Pereira e Altair Lima (que faleceu em dezembro de 2002), além dos moradores de Gameleira da Lapa que muito contribuíram para as filmagens.
muitobomlevar umgrupode gente para uma aventura." O próximoprojeto deLili já está em andamento. Chama-se Andar às Vozes , também em parceria com LuizAlbertode Abreu."Éatrajetória deum homem, uma alma primitiva, rude.Ummergulho no Brasil profundo", conta. O projeto foi premiado norecente edital para desenvolvimento deroteiro da Agência Nacional de Cinema(Ancine) efoi umdos finalistas do concurso de roteiros doSundanceFestival, o mesmo que deflagrou todo o êxito de Central do Brasil , de WalterSalles."O personagem de Andar às Vozes sai do sertão e vai fazendo uma trajetória por um rio até chegar à Belém. É o processo de reconstrução desse homem que tenta se redimir de um crime passional que cometeu. É um rivermovie", brinca.
Muitas vozes
Lilipretende criarcom Abreu umaestrutura "polifônica"para oroteiro,ouseja, com muitas vozes,em que os personagens coadjuvantes tenham umaimportânciafundamentalnahistória, principalmente profundidade dramática,comonaspeças de Shakespeare ou nos romances de Dostoievski. "Foi uma sorte ter encontrado oLuiz Alberto de Abreu como parceiro", diz. "Adoroa maneira comoele trabalha, com simplicidade e muita sabedoria.Temos uma espécie de identidade temática. Uma formaparecidade sentir o humanismo."
O Projeto deComédia Popular Brasileira, desenvolvido por Luiz AlbertodeAbreu com a FraternalCompanhia de Arte e Malas Artes, engraçadíssimo e abundante de humorescatológico, ochamado humordobaixo ventre, está muito presente em N a rr ad ores de Javé. E tudo fica cinematograficamente hipnótico com adireção afetuosae sempre tãogenerosa deLili Caffé, que misturou os atores com a população do povoado baiano de GameleiradaLapa,com cerca de dois mil habitantes. O filmeé repletodeimprovisaçõesda população, que"se apropriou do filme", garante a cineasta. A atmosfera de fábula e o humor irradiam um humanismotocante, teluricamente brasileiríssimo, quandoas pessoas daregião, por exemplo, esbravejam para defender suas histórias.
Narradores deJavé é uma realização daBananeiraFilmes, pilotada por outra apaixonadaporcinema,a produtora Vania Catani,em co-produçãocom aGulaneFilmes, dos irmãos Caio e Fabiano Gulane, e a produtora francesa independente Laterit. Ofilme conquistou merecidamente inúmerosprêmios nacionaise internacionais, entreeles, Melhor Filme do Júri Popular e do JúriOficial noFestival doRio BR no ano passado e mais nove estatuetas no Festivaldo Recife, incluindoMelhor Filme. Foi também o grande vencedordo Festival Internacional de Bruxelas, arrebatando os prêmios de Melhor Filme e Roteiro. No elenco, além da presençacarismática deJoséDumont,NelsonXavier, Gero Camilo, Matheus Nachtergaelee Nelson Dantas,entreoutros."Foi uma grandediversão!", garante a diretora. O público com toda certeza vai sentir isso na tela e, em muitos momentos, vaise emocionare dar boas gargalhadas.
Quem disse que é fora de moda ir aos bares dos hotéis? Programa só de turista? Nem pensar. Em Nova York, por exemplo, o circuito noturno "in" certamente inclui um drinque no Blue Bar do histórico Algonquin. Ou no badalado Royalton, que a certa hora vira uma festa. Visitantes e nova-iorquinos incluídos na lista de freqüentadores.
São Paulo também têm os seus – dos modernos aos chiquérrimos. O Barreto, no Hotel Fasano, é um deles. Elegante,intimista e movido a doses de jazz ao vivo ou piano. O Skye do Unique, por sua vez, tornou-se um dos mais agitados endereços da cidade, com direito a DJ. Passa Gustavo Kuerten, passa Gisele Bündchen. E a vista da cidade "by night", uma maravilha. Confira a seguir as estrelas na capital
Por Antonella Salem
SABOR CUBANO – Aqui os drinques são inspirados na coquetelaria cubana, com o famoso rum Havana Club como ingrediente básico. Quer um tradicional mojito? Este é o local. Quer um dos coquetéis preferidos do escritor Ernest Hemingway? Este também é o local. Elegante e exótico ao mesmo tempo, diga-se de passagem, com décor assinado por Sig Bergamin e freqüentadores ecléticos – do executivo ao turista de passagem pelos Jardins. Eis o Havana Club do Hotel Renaissance. Há ambientes para os mais variados públicos: os reservados, perfeitos para casais, e os amplos, como a pista de dança. A partir do happy hour até a madrugada, a música fica sob o comando do DJ Dario, com sucessos das Big Bands e canções das décadas de 70, 80 e 90. Alameda Santos, 2.233, tel. 3069-2626. De segunda a sexta, das 18h às 3h; sábado das 21h às 0500; consumação mínima a R$ 30 (segunda a quinta) e R$ 40 (sexta e sábado).
ARTE MODERNA – Um bar inspirado num estúdio de arte moderna, com música eletrônica leve ao fundo e exposições itinerantes de brasileiros como Romero Brito e Beatriz Bona. Este éo Canvas Bar, no Hilton São Paulo Morumbi. No ar paira um certo clima contemporâneo bem ao estilo da arquitetura, rica em metais e vidro. Uma grande videowall exibe clipes dos mais variados gêneros. E o cliente escolhe entre um lugar nos balcões, em alguma das mesas ou em um dos dois confortáveis lounges, que circundam uma farta adega. No cardápio, destaque para o Jelly Cocktail, especialidade da casa, feito com gelatina. Mas a grande vedete é a mesa de degustação de champanhe e caviar. Avenida das Nações Unidas, 12.901, Brooklin Novo, tel. 6845-0050. De segunda a sábado, das 12h à 1h.
NO CÉU DA CIDADE – estilo contemporâneo, assinado pelo arquiteto João Armentano, petiscos do chefe Emmanuel Bassoleil. Na cobertura do Hotel Unique, o Skye é um dos endereços mais cools da noite paulistana. Seu nome: uma homenagem à vocalista Skye Edwards da banda inglesa Morcheeba, que vira e mexe faz parte da trilha sonora. Na entrada, portas de pedra ônix branco abrem-se automaticamente. A dica é chegar já no happy hour para conseguir um lugar nos sofás. Senão, nada como um cantinho no terraço com vista para o skyline iluminado da Paulista. À medida que as horas passam, a música trip-hop esquenta e atinge o auge quando comandada por algum DJ convidado. O menu de petiscos inclui sushi, sashimi e delicadas pizzas. Neste verão, drinques com sorvete Häagen-Dazs são destaque. Av. Brig. Luiz Antônio, 4.700, Jd. Paulistano, tel. 3055-4700, site www.skye.com.br. De segunda a quinta, das 18h às 24h; sexta e sábado até a 1h.
O JAZZ-CLUB – Clássico e aconchegante, com jeito dos anos 30, projetado pela dupla Isay Weinfeld e Márcio Kogan. É assim o novo Baretto, no Fasano, hotel da família de mesmo nome que já nasceu com a proposta de ser ponto de encontro chique da cidade, no coração dos Jardins. O bar é a estrela noturna dali. Atrações musicais neste pequeno espaço dedicado a jazz, com toques de blues e bossa-nova, vão de Bobby Short a Mônica Salmasso. Acredite. Quando não há apresentações célebres, o repertório é acompanhado pelo tom suave de um piano. Ambiente perfeito para degustar um dry martini, carro-chefe da elegante casa, e observar o movimento de seus discretos freqüentadores da sociedade paulistana. No menu, petiscos de filé à milanesa são a melhor pedida, especialidade da cozinha Fasano. Rua Vittorio Fasano, 88, tel. 3896-4077, site www.fasano.com.br. De segunda a sábado, das 18h às 2h.
LOUNGE & BAR – Dois espaços sofisticados em um. Ambos de design arrojado e clima internacional, valorizando, porém, as tipicidades brasileiras. Afinal, executivos estrangeiros são maioria. No Grand Hyatt Hotel, o Upstairs Bar é para o happy hour. A partir das 17h, oferece carta com 25 rótulos de cachaça, petiscos nacionais, além de mundanos, como tapas frias, e extenso menu de charutos. Já o Upstairs Lounge, ao lado, convida a contemplar a bela vista da cidade depois que o sol se põe e a se deliciar com coquetéis exclusivos. Neste verão, sobressaem combinações leves. Um exemplo? O drinque Massimo, que leva espumante, lima, Gran Marnier e licor de casca de laranja. De terça a sábado, além dos coquetéis, outra atração: cinco bandas se alternam com sucessos de MPB, jazz, bossa nova e pop internacional. Av. das Nações Unidas, 13.301, tel. 68381234. De terça a quinta, das 17h à 1h (bar) e das 20h30 à 1h (lounge); sexta e sábado até as 2h.
Por Luiz Barros
Dentre os lançamentos editoraisdedicados à comemoração dos 450 anos de São Paulo, destaca-se pelaseriedade einteresse areedição de dois livros de Afonso de Escragnolle Taunay. Filho doViscondede Taunay, político e escritor célebre (Inocência, A Retirada de Laguna), Afonso de Taunay (1876 –1958) foi catedrático da Escola
Politécnica e dirigiu, durante 30 anos, o Museu Paulista. É consideradoo primeirohistoriadordeSão Paulo,porter iniciado oestudo sistemático dos temas fundamentais para o conhecimento daHistóriade São Paulo. Dentreos maisde 100livros do autor, a Paz e Terra reuniu doisem umúnicovolume.O primeiro livro, de 1920,tem como fontes as Atas e o Regis-
tro Geral da Câmara (municipal, fundada em 1560), reconstituídase publicadas poror-
Paz e Terra, 2003; 456 págs. R$ 28,00.
demde Washington Luís quando prefeito dacidade,e define-se como um Ensaio de Reconstituição Social , recompondo o cotidiano de São Paulo dos primórdios. O segundo, de1921, usacomo fonteprin-
cipal as cartas jesuíticas (dos missionários a seus superiores) etraça a Historiada Villa Piratiningana.Mudam asfontes e resultam duas diferentes histórias da cidade, cobrindo o mesmo período, e escritas pelo mesmo autor. Leitura agradávele instrutiva, que se faz melhor com bom dicionário a tiracolo, embora do livroconsteglossário. Saborosa a linguagem, com as es-
Os jesuítas vieram ao Brasil por solicitação do rei dePortugal, D. João III, para ajudar na colonização.
São Paulo no Século XVI Dos soberanos europeus, fora D. João III, e por excelência, o benfeitor da Companhia de Jesus, desdeosprimeiros dias. Devia-lhe ela serviços enormes. Assim, alegremente lhe foiao encontro do apeloquando lhe pediu evangelizadores para o Oriente epara oOcidente. E melhornãopoderiapagar a suadívida, pois, dentro em pouco, despacharia para as Índias Francisco Xavier, para o Brasil, Nóbrega e Anchieta. (...) Ansioso por promover e estender a obra magna das catequeses, divisouo grandejesuí-
Desde as primeiras décadas quinhentistas, o povo deSão Paulo demonstrava espírito de independência, de oposição à prepotência.
SãoPaulo nosPrimeiros
Anos No afã de repartir compro-
Sem dúvida, para os leitores brasileiros,acostumados aler romances policiais americanose ingleses,eunspoucos franceses mais alguns nacionais, a grande novidade desse romance O Diplomata e o Agente Funerário , de Jacinto Rego deAlmeida,publicado pela Geração Editorial, é que se trata de umromance policial português.Como aprópria trama do livro indica, cheia de empreendimentos audaciosos de modernização do antigamente modorrento Portugal, empreendimentos de que participam, dentroda futurística globalização do país,gângsteres, traficantes e diplomatas, o surgimentode um bom romancepolicial portuguêschega a ser mais um fator do avanço daquilo que, hoje em dia, se tem por progresso, na santa terrinha e em outras terras, em toda a Terra.
Como romancepolicial, a trama é perfeita. Começa-se sabendoquem éo assassinado, ummodesto agente funerário de aldeia, e quem é o assassino confesso, seu filho,confinado a uma cadeia em Lisboa. Mas depois surgem dúvidasna história, dúvidas que levam a um complicado enredo em que entramotráfico dediamanteseo
Diário do Comércio – Seu livro trata dos descaminhos da sociedade portuguesa dos últimos trinta anos. Comente esse fato.
Jacinto Rego de Almeida –Trato simda adesão dopaís à "voracidade do capitalismo globalizado". Existe um lado bomna globalização,mas existe um lado ruim – e por que não rir desseoutro lado? A morte, oenvenenamentodo personagemàvolta doqualé tecida a intriga parece, segundo um especialista em literatura (Clécio Quesado), o envenenamento da própria nação por tuguesa.
DC – Recentemente o sr.
critas quinhentistas (naturalmente decifradas)das fontes originaisecom anarrativado autoremestilode 1920. Não menosinteressante, éencontrar nosepisódios históricos revisitados a saga dos paulistas que dãonome amuitas das ruas da cidade.
Barros, doutor em filosofia da educação pela USP, é escritor.
ta as vantagens que São Vicente oferecia para o alargamento daaçãocristã. Em 1550,fez fundar o colégio vicentino (...) Que era então a Capitania de São Vicente? Quase nada ao ladoda miseráveledecadente povoação capital, o minúsculo vilarejo de Santos; ao sul, as choças pobríssimas de Itanhaém nascente, e as dessa Cananéia, ninho de aventureiros castelhanos(...) e,ao norte,em Santo Amaro, ainsignificante fortificação de Bertioga. (...) Percebeu Manoelda Nóbrega, de pronto, que a região litorânea não eraa zona propícia paraa grandeobra quese ia empreender; daí aescolha de um local além da Serra do Mar (...) Nadamais precárioaliás, então, doque avida nacosta por aqueles anos em que aos perigos da proximidadedo tamoio, indomável e valorosíssimo, juntavam-se osda presença, no Rio deJaneiro,de seus aliados, os franceses de Villegaignon. Eram estes que açulavam e freqüentemente comandavam as frotas tamoias de grandes igaras às plagas vicentinas. ForaBertiogatomadae seufamosoartilheiro, Hans Staden, aprisionado;haviam famílias inteiras desaparecido nosfestins canibais. Mostravam-se ainda os tamoiosem extremocobiçosos dasmulheres brancas. Daí a ânsia com que, desejando salvaguardar a sua obra, apressou Nóbrega a fundação de São Paulo.
missos eresponsabilidades, freqüentemente recorria a Câmaraaoapoiodas assembléias populares (...) A 30 de setembro de 1576, narra uma ata, "junta a maior parte do povo daVila, juntamentecom os senhoresoficiais daCâmara",
tráfico de drogas, o tráfico de mulheres e a lavagem de dinheiro, a par de ousadas privatizaçõesaté decemitériospúblicos seculares e de manobras diplomáticas globalizadas. Da paisagem humilde da aldeia no Interior dePortugal partimospara ambientes de luxo, em ricas embaixadas e em prostíbulos caríssimos. A modernização de Portugal, sua integraçãoà União Européia, a febril atividade econômica,o bulício da contemporaneidadeque chega asuas pequenas cidades – até Lisboa é uma cidade pequena, na visão doautor, seconfundem coma chegadado banditismodealto bordo, especialmente nas antigas colônias africanas. Aobrade RegodeAlmeida, assim, além de especificamente portuguesa, está muito perfeitamente inseridana realidade globalizada de nossos tempos, pois nela semisturampaisagens dePortugal eda Espanha, do Brasil e da África, prostitutas oriundas da Hungria e da Polônia, além da América do Sul; lapidadores de diamantes na Holanda, multinacionais americanasempenhadasem criar um truste mundial de funerárias e cemitérios,multinacionais da criaçãodecaracóisem todoo mundopara exportação principalmenteparaa França. Tu-
afirmou que começou a escrever na década de 1980, influenciado por contistas contemporâneos brasileiros. Quais são eles? E o que exatamente foi essa influência?
Jacinto –Meus primeiroslivros de contos realmente têm influência da literatura urbana dos contistas brasileiros. Em Portugal não se escrevia desta maneira,e uma das razões para isso é que não havia essa cultura urbana forte que háno Brasil. Tive um grande impacto lendo, entre outros, RubemFonseca,Ignácio de Loyola Brandão eJoão Gilberto Noll. Algumas características que mecativaram de ime-
tomara-se a deliberaçãode se nãosatisfazeremos impostos dodízimo dopeixe cobrados pelo almoxarife da Capitania (...)Eraboa exigência!Pagaro bom povo de São Paulo impostos sobre gêneros que não consumia!
Mascomo não sebrincava com os oficiais d´El Rei, decidiu-se que iria a Santos "um homemcom procuraçãodeste povo com embargos à dita condenação".Láficasse atédecisão final, "até haveracordo". Combinada tal resolução "logo
Por Renato Pompeu
do isso a propósito da morte de ummodesto agente funerário numaainda mais modestaaldeia portuguesa.
Também notável é o modo de o autor narrar a história. Esta é contada de diferentes pontos-de-vista,de variados nar-
diatoforamo textoenxuto,o capítulo curto, a maneira de formação dateia narrativa,o tentar agarraro leitorenão largá-lo mais. Isso está presente na literatura argentina contemporânea, também,a qual me agradamuito.A literatura européia é mais descritiva. Posso dizer que sou influenciado pela literatura das Américas em geral.
DC – O sr. tem escrito muito mais contos e crônicas do que romances – este é seu segundo, na verdade. Por quê?
J acinto – Porque um romancenão seescreve;vaise escrevendo. Demoro três, qua-
tro anos; éum poucoangustiante, fico com o livro na cabeça o tempo inteiro.
DC – De que forma seu exílio (de 1968 a 1974) deixou marcas na forma do seu fazer literário?
J acinto –Fui oficial nas guerras de Portugal na África. Desertei e parti para o autoexílio – primeiro na França, depois no Brasil.Voltei a Portugal em 1974,depoisdarevolução. A situação portuguesa na ditadura foi extremamente opressiva, pois foi uma ditaduramuitolonga– 48 anos – que entrou na alma do país enão sóna minha.Sentimos seus efeitos até hoje –
peloditopovofoi eleito enomeado para o dito caso a Antonio Bicudo". Ecomo esteprestantecidadão nãopudesse, sem grave prejuízo de sua fazenda, ausentar-se deSão Paulo,assentouse ainda que a municipalidade
radores. Há um narrador principal, queé odiplomata dotítulo, mas na mesma página podem suceder-se vários narradores, sem porémque isso afete a clareza do livro. Sempre há um jeito de se saber quem está falando;às vezes é opróprio autor,o próprioRego de Almeida, que surgefazendo comentários literários, por exemplo, sobre o escritor americano Charles Bukowski (lisongeiros), ousobre oromancista patrício, Prêmio Nobel, José Saramago (poucolisongeiros),sobreasgrandezas e misériasda profissãodeescritor, sobre a (des)importância da literatura de ficção. O livro é descontínuo, mas bastante compreensível. Écomo sefosse umaconstrução de alvenaria em que cada tijolo, sucessivamente, é colocado numa parede diferente, e, quando chega de novo a vez dessa parede, écolocado numlocal diferente. Demodoque vemos crescer a carpintaria da própria narrativa, vemos aobra nascer desuas própriasentranhas,até finalmente termos diante de nós todo o edifício perfeitamenteacabado –atéfinalmente compreendermos, no fecho do livro,toda asua trama,que atéo fim não conseguíamos vislumbrar –comoemtodo
lhe daria uma remuneração de vinte cruzados, mas não em dinheiro, que não o havia! E simem "couros,e toucinho eporcose cera".Tambémcustearia Bicudo a demanda, às suas expensas, até vir do mar o acordo. (LB)
bom romance policial. Convém notarque o editor brasileiro, aparentemente, usouas matrizes portuguesas, porque a grafia usada no livro é a portuguesa, diferenteda brasileira,e há vários termos típicos de Portugal que deveriam tersidoexplicados naedição brasileira.Podemos especular que "telemóvel" é a palavra portuguesa para "celular",mas o que seria "cerveja truclada"? Talvez choca? No entanto, esses pequenos detalhes não prejudicam afruição integralda obra, quealém deseruma coisarara paranós, que éum bom romance policial português, é também uma coisa raríssima paratodosos leitoresdomundo– umbom romancepolicial que é também uma obra de arte, e aindamais uma obrade arte reflexiva. Uma obra de arte que aproveita um gênero de venda fácil – ogênero policial –para colocar asdifíceis questõesde como a arte pode sobreviver espiritualmentecomo arte num mundo marcado pela quantificação de todos os valores.
na forma de silêncio, de falar baixo. Duas geraçõesa sentiramnapele.O exíliomedeu um sentimento de liberdade: depois de 68 aprendi a dosar o que pensava, o que escrevia, o que sentia.
DC – Quais seus próximos projetos?
Jacinto – Acabei de finalizar um livro sobre oolhar sobre o Pantanal,que deveráserlançado no ano que vem. Trata da influência dos portugueses, dosíndios, dafronteira coma Bolívia – tendo em mente as trilhaspercorridas naregião porClaudeLévi-Strauss (TristesTrópicos -estivecomos mesmosíndios comquemele
esteve na década de 1930) e do Fawcett,oficialinglêsque lá esteve na décadade 1920 delimitando as fronteiras entre o BrasileaBo lívia. Fawcettfoi morto por indígenas. Há um livrode Tintim(personagemde HQ) em que o Fawcett é personagem, aliás. Bem, como nuncaacharamo corpodele,surgiu o mito de que ele não teria morrido, mas de que teria ficadopara semprevivendo com os índios Nhambiquaras, no Mato Grosso, com quem fiquei por duas semanas. Eu e o grandefotógrafo português Gonçalo Rosada Silva.Eosmosquitos,quedescobri queoParaíso tem um único defeito: mosquitos.
Quem lança olhar pela cartadomundo, vê-sediantede algunsacontecimentos que não se explicam pela severa lei das civilizações. Só o mistério, de queDeusNosso Senhor é oguarda absoluto, ao qual estamos subordinados, nosoferece asexplicações, que aceitamos ou não, mas que devemos aceitar para ter a chaveou deum insucessoou de um êxito. O maior exemplo que me ocorre, neste momento de comemorações dos 450anosdafundação da cidade deSãoPaulo, éexatamente esse atopraticado por dois jesuítas escolhidos pela Providência ou a mão de Deus parase perpetuarem com a cidade. Numerosas cidades há no mundo, mas coma predestinação que marcou e conduz a cidade de São Paulo, são poucas. NovaYork concentroua expansãoamericana. Erae continua sendoa grande cidadedos EstadosUnidos,de onde partem as idéias, os programas, os planos, as grandes realizações que fazem apotência da bandeiraestrelada. Daíconstituir-se NovaYorka cidade que comemora os grandes feitos dos americanos, inclusive a delicada homenagem do papel picado, que veio aserumaespécie deagrado com que o povo homenageia os seus heróis, sejam eles quais forem, setor de triunfo. Paris é outra cidade marcadapelapredestinação. Não foiParis quefezo reiHenrique IV converter-se e proferir afrase famosa: "Parisvale bem umamissa"?Pois Paris vale várias missas, pelo papel representadona História, comoAntigo Regime,coma Revolução de1789e comas Comunas, inclusive com a revolta estudantil e jovem de 1968, cuja balanço ainda não foi de todo dado. Como essas cidades, outras lhesseguem os passos ou oexemplo ou se
Certidão de São Paulo
Dr. Afif:
Aaover asreportagensno
Jornal Nacional e no B om Dia Brasil não resisti ao impulso de cumprimentá-lo pela iniciativa fenomenal de dar de presente à cidade deSão Paulo,nos seus450 anos, a"certidão denascimento" desta metrópole. E, como jornalista, a chegada dascartasde umdosnossos primeiros repórteres/redatores é outro grande presente.A descriçãoe a emoção deste jesuíta ao colocar os pés em São Paulo nosensina overdadeiro espírito do jornalismo. Muito obrigada e parabéns mais uma vez. Eliane Santos São Paulo - Capital
projetam tanto quanto elas. Lisboa, pontode partidadas caravelas preparadascom os pinhais de Leiria para seguirem os trabalhos de Dom Henrique. São Paulo,anossa cidade, foi ocentro dedespedida das bandeiraspara ossertões, a fim de conquistar para o Brasil de Tordesilhasos milhões de quilômetros quadrados de território que ficaram, pela mão de AlexandreVI, com a Espanha. Foi a maior epopéia conquistadora do mundo, graças ao denodo, à coragem, ao arrojo, aopatriotismo dos bandeirantes, cujosnomes tornaram-se legendários. São Pauloé tãobandeirante,o bandeirismo tanto se firmou no solo paulista, que os imigrantes setornarambandeirantes da indústria e da economia em geral, e temos uma grande metrópole com um grande brasão, incomparável no mundo inteiro. Agora,nestesdias, vamos comemorar o450o aniversário dessa formidável cidade, quenão pára,diae noite,que trabalha, que sustenta milhões de pessoas, que empurra o Brasil na senda do desenvolvimento,com avantagemde ter imposto, pelo que já fez ao Brasil, de ser considerada uma das grandes cidades do mundo, dessas megalópolis que animam asiniciativas, que fortalecemo espíritodeempresa, que produz em riqueza, que enfrentam os governos para quetrabalhemjuntos e juntosconsigam queoBrasil venhaa seimporcomouma das grandes potênciasdo mundo. É essaSão Paulo que estamos festejando, com o coração abundante de entusiasmoe de confiança nofuturo como a tivemos no passado.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Ingratidão Sr. Diretor: A atual vovozinha do roque Rita Lee foi além de todas as medidas em matériade ingratidão e faltade respeito pela sua (dela) e nossa cidade. Ao criticar e fazer pouco de São Paulose juntou aos detratoresdeSão Paulo, tais como César Maia, FHC e Regina Casé, numa hora em quedeveria fazerexatamente contrário,quando São Paulocomemoraseus 450 anos. Lamentável! Sugiro a dona Lee que desista de participar do show paulistano nestedomingo e que se mude rapidinho para o Rio ou vá para qualquer lugar imaginado! Sergio L. Rodrigues São Paulo - Capital
AscartasàRedaçãopoderãoserencaminhadas,também,por e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou pelo fax (0xx11) 3244-3046. As cartas poderão ser resumidas pela redação, publicando-se, apenas o essencial.
Rua Boa Vista, 51
Porenquanto assumimos o governo,masnão opoder (Frei Beto). Pela primeiravez vem a furo a face oculta do Lula "paz e amor", respeitador dos contratos e da lei. Ela já se manifestava por outros traços caracteriológicosbem conhecidosde personalidades autoritárias, para as quais o poder não reconhece limites: o gosto pelos discursos intermináveis, os dedos em riste, a incontinência de atos e palavras, a confiança inabalável em si mesmo, a esculhambação aplicada aos próprios "companheiros". A"demissão a pedido" de Schymura da Anatel, cujo mandato iaaté 2005, vem como confirmaçãopública, explícita, nua e sem rebuços, de até onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é capaz de chegar. Legalmente os mandatos
de integrantes das agências regulatórias são independentes, têm prazos fixos, não estão sujeitosa injunções políticas. Mas, se a lei não permite...- ora, a lei...- dizia Getúlio, o primeiro "pai dos pobres" brasileiros. Não é de hoje que a ala petista do governo que compartilha as idéias do guru frei Beto tenta assumirpoliticamenteos poderes de decisãotécnica que a lei confere às agências regulatórias e seusmembros. Por ignorância da lei isso já foi tentado antes. Também já se tentou, por ignorância de disposições legais, nomear general do exército um guerrilheiro que combateucontra asForças Armadas à que pertencia. O caso presente temimplicações mais extensas egraves do que os anteriores. De um la-
Walter Feldman
A imagem doCongresso Nacional junto à sociedade não é lá essas coisas. Todas as pesquisas de opinião, das mais recentes às mais antigas, demonstram isso.O mesmovale para asAssembléias Legislativas e Câmaras Municipais.São váriosos fatores que levam parte expressiva dos cidadãos a descrer dos parlamentares.Discorrer sobre todoselesseriaenfadonho, para dizer o mínimo. Vale a pena, no entanto, colocar umalupa sobreaquele que talvez seja o principal fatorde desgastedoLegislativo:a formainadequadaque o Executivo, em geral, usa para criar sua base de sustentação política. Tambémnesse quesito,o PTnão inova.Muito pelo contrário: usa e abusa de práticas ultrapassadas e condenáveis. O que acaba por reduzir opapel do Parlamentoe tornar medíocre o debate sobre temas de interesse público. Tem sido assim em São Paulo, na administração da prefeita Marta Suplicy. O mesmo ocorre sob o governodeLuiz Inácio Lulada Silva e José Dirceu. Quando o Executivo cria um ambiente favorável às discussões, quando nãoincentiva e se torna refém de barganhas menores – as que passampelaconcessão de cargos e de outras vantagens em troca de votos, por exemplo –,a açãoda maioriados parlamentaresse dánadireção dointeresse público.Ao menosé o que pudeperceber em vinte anos de vida pública, primeiro como vereador,depoiscomo deputado estadual e agora como deputado federal.
Dizer"não"étarefa complicada a todo homem público,sempreinteressado em conquistar corações e mentesdos eleitores,sejameles cidadãos ou parlamentares. O ex-governador MárioCovasensinava quedizer"não" exigecompetência, argumentos sólidos, disposição para o diálogo, convicção absoluta nos valores republicanos. É mais fácil, como se vê, dizer "sim" em troca do voto.
Nemque,para tanto,seprometa oque nãopodeser cumprido, ou que se use a caneta e o Diário Oficial, para saciar apetitesvariados. Quem faz umacoisa, faz outra. Éa isso queestamos assistindo, infelizmente. Tivesse o governo federal posturadiferente, fosseele realmente aberto ao diálogo, teríamos avançado muito mais nas reformas tributária e da Previdência. Ao contrário do que disse o presidente Lula, numa desuas bravatas recentes,oque foiaprovado pelo Congresso não é exatamente frutoda "cabeçapolítica dospolíticos brasileiros". Tem muitomais a vercom o queelee osquecompõemo chamado núcleo duro do governo – ministros José Dirceu e Antonio Palloci à frente –queriam que fosse aprovado. Nãoé dehojeque opresidente da República, voluntária ou involuntariamente, contribui para desgastar ainda mais a imagem do Legislativo. Anos atrás, como se recorda, afirmou que havia pelomenos trezentos "picaretas" noCongresso Nacional. Desde queassumiu, hápouco mais de um ano, vale-se dos meios que condenava para formar sua base política. Ao convocar extraordinariamente–e semqualquernecessidade –,o Congresso presta um outro desserviço à democracia.
A convocação extraordinária doCongresso sódeve ser feita em situações excepcionais. Não é oque ocorre no momento. Nada de importante deverá ser votadono período.Nãohá, portanto,nemuma razão que justifique, agora,a convocaçãoextraordinária. Se mais nãofosse, entreoutras inconveniências, ela acarretará gastos desnecessários e elevados– o que, salvoengano, revela a incoerência de umgoverno que,premido pelasdificuldadeseconômicas e acuado pela inoperância, deixou de gastar até o quepoderia nas áreas sociais, em 2003.
Walter Feldman é deputado federal
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do, aprofunda e agrava as dúvidas sobre as intenções manifestas pela Carta do Povo à qual se deve em grande parte a redução do "risco Lula" e sua vitória eleitoral.De outro,agravao fosso existente entre a ala petista-betista e a responsável pelo lado econômicoconstrutivo de seu governo. Colide frontalmente com a pretensão das Parcerias Públicas Privadas, das quaisdepende aviabilização de investimentos na infraestrutura e, portanto, com o alvo maior do desenvolvimento e criação de empregos. Enfim, sob qualquer ângulo, éumacontradiçãofrontal ao que se anuncia e pretende. Mas opior detudo, pelojeito indecoroso como feito, é a revelação escancarada dos extremos aque a"vontade polí-
tica" (ou "gula de poder") pode conduziro presidente. Esse "incidente" é um claro aviso de que "oriscoLula" debelado sob uma forma, subsiste sob forma mais grave: a de um "riscoparaLula" representado por ele próprio e, em conseqüência, para todaa população brasileira. Poisnão há nada mais perigoso quando a "vontade política"associada ao primarismo, ao messianismo e ao carisma, começa a dar publicamente piruetas em torno da lei.
O apocalipse? Ligouontem o leitor MV para perguntar: amanhã (hoje) vai acabar o mundo? É essa a sensação que tenho ao ler os jornaisde hoje(ontem, quinta-feira). O maior juro realdomundo,índios em guerra empunhando facões, filas para emprego com milhares de pessoas, governo desarticulado faz reforma que não vai melhorar nada, consumidor semrenda,crimes, conflitos, desentendimentos... eainda perdemos no futebol para a Argentina... Seráo apocalipse?(para quem seráqueo "primeirodamo" da capital torceu?).
Bem, não deve ter sido se o leitor estiver me lendo agora. Significa quenossoplanetinha e nosso grande país continuam suasina diáriade estragartudoque Deuseanatureza deram ao ser humano, mas ainda estamos por aqui no calvário das desigualdades e injustiças.
Nada mudou Expliquei ao leitor, qual advogadoda raça,quesempre foi e será assim. É da natureza perversado serhumanoo egoísmo,além dos demais pecados capitais, assim como é da naturezada imprensa sempre dardestaque àsnotícias negativas. Deve haver estudos que não chegam ao conhecimento de simples colunistas, explicando porque o leitor gostados fatosruins, dos negativos e daquilo que o choca. Deve fazer parte dessa natureza do ser humano o princípio definido como masoquismo. Esadismo também. Porque gosta de sofrer e ver os outros sofrerem.
Definição Que fique claro o que vão berraros entendidos: aimprensa não faz os fatos, apenas os divulga. Nemvou discutir isso 30 anos depois de ter deixado os bancos acadêmicos
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dasfaculdadesde direitoede jornalismo. Até porque é parte de meu ganhapão o ofício de falar sobre os fatos do cotidiano da vida nacional. Então, será sempre, caro leitor, o apocalipse, hoje, amanhã e sempre. Atéaconsumação dos tempos.Quemmandou sermos todos humanos?
Antiamericanismo
Aindaprefiro chamarde antiestadunidense. Éfeio, mas me nego a ceder o direito deser"americano" apenas aos donorte. Recebi muitas cartassobreo assunto.Oleitor GC diz que dei um exemplo de bom senso ao escrever sobre o tema, na edição do ultimo dia 19,traduzindoo sentimento de muitos e muitos brasileiros. Agradeço ao leitor e aos demais. Precisamos sersempre justose avaliar as situações de fato com bom senso. Criticarquando necessário, mas não apenas por ser contra.
Satisfação
Viajei nesta última terçafeiraaBrasília eaomeulado estava um casal.Ela, brasileira,elealemão. Moramem Evian-Les Bains (sim, a água da torneira deles é aEvian), na França. Vieram ver parentes dabrasileira. Comentaram comigo o episódioda prisãodo boçal piloto da American Airlines,que mostrouodedomal criadoao agente da Polícia Federal brasileira e ao mundo e foi preso. Disseram-me que na França e na Alemanha houve vibração comaatitude dapolíciabrasileira. As emissoras de TV, emseus "jornais nacionais", repetiram à exaustão o fato de o "estadunidense" ter sido preso por desacato. França e Alemanha nãoapoiarama invasão do Iraque pelos Estados Unidos da América. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
EYMAR MASCARO
José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil; José Genoino, presidente nacional do PT; e, Luiz Eduardo Greenhalgh, deputado federal, igualmente petista: os três são os protagonistas que defendem, no partido e no governo, a Lei da Mordaça. Oquerepresentaalei?Um calabocanaImprensa,nospromotores de Justiça, no Judiciário e noutros quetais.
A saber:
1- José Dirceu foi líder estudantil que pregou, na rua, a queda do regime militar em nome do direito de se manifestar;emnomedademocracia. Dirceufoipresoelevado para o Forte do Itaipu, na Praia Grande, litoral paulista e,mais tarde, foitrocado peloembaixador seqüestrado dos EUA;
2- José Genoino foi guerrilheiro no Araguaia. Optou pela luta armada pelos mesmos motivos de Dirceu. Queria um país livre, sem mordaça. Também foi preso político. Seu algoz foi o ex-deputado Sebastião Curió, o mesmo de Serra Pelada. A primeira vez que Genoino desceu em Brasília estava com os olhos vendados. Genoino fazia tudo em nome da liberdade de expressão; 3 - Greenhalghfoi um dos maisimportantes advogados defensoresdepresospolíticos. Emtodasassuasargumentações orais pregava o direito do preso de contestar o regime militar. Pedia aos generais-presidentes que dessem ao País a distensão política, longe de qualquer lei de espírito nazista e stalinista. Greenhalgh queriao fim do AI-5 edas leis que calavam a oposição.
CARTAS DE CAMINHA???
Foina noitedequarta-feira, presenciadopor milharesde espectadores em todoo País: Marta Suplicy,prefeita da cidade que comemora 450 anos, se referiu à chegada a São Paulo das cartas de José de Anchieta – por iniciativa exclusiva da Associação Comercial de São Paulo e da Sociedade Pateo do Collegio– comoas "cartasde Caminha", no programaBoa Noite Brasil, comandado por Gilberto Barros, na Band. Sem comentários.
REPERCUSSÃO
PorqueoPT quercalara oposição, o Ministério Público eos críticos?Em primeiro lugar, devido às eleições de outubro.A reeleiçãodeLula em2006 vaidependermuito do sucesso do PT nas eleições de 2004. O PT está morrendo demedo da reabertura das investigações doassassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.
CORRUPÇÃO
Por que o PT não quer a reabertura das investigações? A oposição acha que é porque os promotores desconfiam que CelsoDanielmorreu quando descobriuquehavia corrupção deslavadana suaprefeitura.Teriatentado botarum freionoslarápios eacabousequestrado eassassinado. Desconfia-se que não só a campanha de Lula mas também a campanha de candidatos a deputado teriam sido pagas com dinheiro desviado daquela Prefeitura do ABC.
IRRITADO
Luladormiu elevantouirritadocomo técnicodaseleção pré-olímpica que perdeu da Argentina, Ricardo Gomes. Lulapassou odiaàespera de um telefonemado presidente argentino, Nestor Kirchner.
NO GARGALO
De hoje não passa o anúncio do novo ministério de Lula. O presidente faz o anúncio e embarca para a Índia e Suíça.
CURIOSIDADE A Estação daLuz, em São Paulo, foi restaurada. É um dos marcos históricos da Cidade,que completa450 anos. Apenas umdetalhe: É umaestação sem trens.Os trens de passageiros agonizaram no governo Covas. Foram extintos.
SABE DAS COISAS
Para o senadorPedro Simon, aciumeira envolvendo
o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, e o líder petista no Senado,Aloízio Mercadante,temcomo panode fundo a eleição de governador,em 2006. Ambos são pré-candidatos disputando a indicação no PT.
VERDADE JoãoPaulo CunhaeAloízio Mercadante não são os únicospetistas sonhando comacandidaturaà sucessão de Alckmin. Outros pretendentes também se assanham no PT, como a prefeitaMartaSuplicy,José Dirceu e José Genoino.
PROMESSA
Quandoperdeu a eleição para Alckmin,em 2006,Genoino teve a promessa da cúpula do partido de que seria ele, outra vez, o candidato em 2006. Ofato deter sidomais votado doqueMalufentusiasmou o PT. Parece que a promessavirou pó.Genoino vai ter de enfrentar a convenção se quiser ser candidato.
ELEITOR Nº 1
Os petistas estão assanhadosporqueacham queLula será oeleitor nº1 em2006. Portanto, estão com a campanhagarantida. Vaihaver brigadasboas nacúpula do partido, principalmente se Marta for reeleita.
ANQUINHA
BR
A noite do pagode na Granja doTorto foi motivo pra Lula voltara bebericar umabranquinha. O presidente lembrou dos tempos de sindicalista quando saia da fábrica e ia no barzinho ao lado tomar o aperitivodo dia.Lula nãoesqueceu a cachaça nem quando esteve preso no DOPS.
TRISTEZA Técnicos emeconomia admitemque Lulaserá alvode mais críticas porque a taxa de desempregodeve crescerem torno de 10%.
MILAGREIRO
Um deputado paulista misturou vinhocom aquelaspílulasqueatiçam osexo.Acabou se esquecendo.Descansavanum hotelnoCircuito das Águas. Quando foi deitar ficou de sentinela, causando estranheza na mulher."O que éisso, meubem?", indagoua mulher."Não sei.Será quefoio vinhoquetomei?", respondeu assustado o marido. "Corre lá, bem; pega a marcadovinho", desceuo pano a mulher.
O presidente Luiz Inácio Lula daSilva planejavadivulgar todas asmudanças ministeriais de uma vez só, amanhã. Mas o Planalto não teve outro jeito, senão confirmar ontem mesmo as escolhas. Os indesejáveis vazamentosforam tantos que,na véspera, opresidente rendeu-seaozumzum-zumdos corredorese pediu aEduardo Campos (PSB-CE) que anunciasse o convite,para oMinistério da CiênciaeTecnologia, coma seguinte recomendação: "Diga que aceitou". Há dez dias, Lula divulgou notaoficial para desautorizarqualquer versão sobre o novo ministério. Além de Campos, outros três nomes de novos ministros foramconfirmados: os deputados EunícioOliveira (PMDB-CE) nasComunicações, AldoRebelo (PCdoBSP) na Secretaria de Articulação Política ePatrusAnanias (PT-MG) no superministério do Desenvolvimento Social. PMDB: só hoje – Para incorporar oPMDBaogoverno e manter o ministro daPrevidênciaSocial, RicardoBerzoini,no ministério,opresidente e auxiliares planejavam ontem à noite fazer uma grande dança decadeirasna Esplanada dos Ministérios, com troca deváriospetistas, deum postopara outro, de forma que o PT perderia apenas uma vaga. Nos cenários que ainda faltam serfechados para a primeirae complicadareforma ministerial do governo,o presidente e osprincipais auxilia-
rescogitavam atédesacrificar o amigo Agnelo Queiroz (PCdoB-DF),ministro dosEsportes, que poderia ceder o lugar para o PMDB. Maiscotados – Na confusão da reta final da reforma, Lula adiou o encontro com os líderes do PMDB das 10 horas paraomeio-diade hoje.Como o partido ainda reunirá a bancada de senadores para
tratar do convite presidencial, sobrarápoucotempo para o anúncio oficial do ministério até o embarque de Lula para a Índia,previsto paraas18h20. Entre os senadores do PMDB, omaiscotado paraasegunda vaga naequipe de Lulaé Maguito Vilela (GO). Berzoini – O problema é que o PMDB faz pressão para tirar Berzoini, por sejulgar ofendi-
Antes de fazer um brinde com os quatro deputados que deixarão o Congressopara se tornaremministros, opresidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), telefonou para o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.
Do Palácio do Planalto, Lula autorizoua comemoração, feita antes da confirmação oficial de alguns nomes. Com um copo d’água na mão, os deputados EunícioOliveira (PMDB-CE), AldoRebelo (PC do B-SP),Eduardo Campos(PSB-PE) e PatrusAnanias (PT-MG) fizeram o brinde com João Paulo. “Foi um encontro de amigos e companheiros que tiveram um trabalho árduo em 2003. O
Executivo certamente ganhará muitocom a chegadadeles”, disse João Paulo, referindo-se sobretudo aos líderesdo PMDB, PSB e do governo. Decisivos– Otrio tevepapeldecisivo na aprovação de propostas importantes na Câmara, arregimentando apoio político para solidificar a base parlamentardogoverno. A ascensãodostrêsdeve-se sobretudoaoempenho do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, com quem os líderes atuaramdiretamenteao longo de 2003. Na véspera,em conversa com políticos,opresidente Lula fezsucessivos elogios a Aldo Rebelo. “É uma pessoa a quem eu tenho na maior con-
ta”, disse, acrescentando que o líder do governo na Câmara tem todas as credenciais para exercera articulação política ao lado de José Dirceu (ministro-chefe da Casa Civil). “Ele foi muito importante para nóse vai facilitarotrabalho aqui”, afirmou. Tanto Rebelo quanto Patrus Ananias só poderão assumir os cargos deMinistroda Articulação Política e do Desenvolvimento Social, respectivamente, depois da edição de duas Medidas Provisórias (MPs) criando as novas pastas. Como mexerána estrutura administrativa do governo, o presidente Lula terá deeditar as MPs, quejá estãosendopreparadas pelo Planalto. (AE)
Lula, visivelmente abatido, pelo desgaste da reforma, autorizou ontem a confirmação de quatro nomes para o primeiro escalão do governo. Falta ainda acomodar o PMDB, com quem o presidente terá reunião hoje.
do por um comentário cuja autoria éatribuída aele: "Entregar o Ministério da PrevidênciaaoPMDBseria omesmo que entregaro galinheiropara a raposa". Verdadeira ou não a frase, Berzoini foi chamado ao Planalto. De acordo com colegas, para levar um pito de Lula, que luta com dificuldades para fechar os acordos e demitir petistas.(Agências)
POSSE DE NOVOS MINISTROS AINDA SEM DEFINIÇÃO
Além das últimas negociações para concluir a reforma ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha um outro problema para resolver: quando daria posse aos escolhidos e se ele mesmo faria isso. Até ontem não havia nenhuma decisão tomada.
A maior dificuldade para a realização das posses era mesmo de tempo, já que Lula viaja hoje à noite para a Índia. Assim, restará pouco tempo para o presidente fazer o anúncio e ainda a cerimônia de posse. (AE)
A comemoração dos 450 anos de São Paulo, neste fim de semana, dá o pontapé inicial nacampanhaà reeleiçãoda prefeita Marta Suplicy (PT) em 2004. A festa em ano eleitoralé classificadacomouma "feliz coincidência" pelos petistas. Não só por dar mais visibilidade à prefeita– há eventos relacionados ao tema durante todo o ano–, mastambémporque vaiajudar acriar um clima de otimismo entre os paulistanos,oque podeserefletirpositivamente nasurnas, na avaliação de integrantes do partido de Marta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lançou a prefeita à reeleição em 2003, vai dar sua cota de colaboração. Ele nãoestará na Cidade no domingo, data do aniversário. Mas arrumou espaçona agendapara,aolado deMarta, inaugurar hoje a nova fonte do Parque do Ibirapuera, bancada pela iniciativa privada. "Coincidência"– "É uma coincidência feliz porque Mar-
ta tem muitas realizações em andamento, a cidade é um canteiro deobrase,porcausa do aniversário, essasrealizações se destacam", avalia o ex-secretário de Comunicação da prefeita, o vereadorJosé Américo (PT).Obras daPrefeitura,como as docentro, receberam o carimbo dos 450anos. "A Prefeitura também pode ganhar se as pessoasreconheceremque Martaorganizou uma grande festa e que está resgatando a auto-estima do paulistano".
Na TV – A prefeita vem aproveitando adata paraaparecerna televisão,comoocorreu na noite de quarta-feira. Lidando com um assunto simpático, ela participou do Boa Noite, Brasil,da TV Bandeirantes. Mas trocou o nome das cartasquechegarama São Paulo (vejanotanacoluna de Eymar Mascaro) "Pormaisqueisso doanos adversários,Marta éumadas principaisfiguras dafestados 450 anos", diz o presidente do diretóriomunicipaldo PT,o
deputado estadual ÍtaloCardoso. Outrosganham– C e ls o Marcondes, presidentedo Comitê Municipal dos 450 anos e do Anhembi Turismo, afirma que outrospolíticostambém estão ganhando com a festa. "O
Paulinho da Força Sindical (pré-candidato do PDT à Prefeitura) vai aos eventos organizados em parceria com a central, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também vai participar de vários eventos, inclusive ao lado da prefeita", diz ele. (AE)
O PSDB fará sua própria festapara celebraros450 anosde SãoPaulo.Vai comemorara construção de um camposda Universidade deSão Paulona Zona Leste – um dos principais destaques da agenda de obras do governo Geraldo Alckmin (PSDB) na Capital – com um dia inteiro de atividades culturais, esportivas e shows em Ermelino Matarazzo. Alémdisso, vaimarcarpresençaem todosos eventosoficiais.Espalhará políticosemilitantes pela Cidade."Você vai veralguma ornamentaçãotucanaemtodas as atividades", resumiu Edson Marques,organizador do show.
Autopromoção – "Não fomosconvidados,como organismo da sociedade civil a participar das solenidades do aniversário, mas vamosnosincorporar às comemorações", disseopresidentedo PSDB paulistano, deputado Edson Aparecido. "Nãohá dúvida" de que Marta Suplicy está usando as atividades dos 450 anos "para se promover", mas o PSDB não vai fazer disso um cavalo-debatalha,afirmou Aparecido. "Nãoestamos preocupados coma questãopolítico-eleitoral,mas comacidade", disseo presidentedo PSDB, referindo-se à própria festa. (AE)
A festa dos 450 anos de São Paulo começou ontem. Na encenação do Auto do Empreendedor, uma homenagem a quem faz a cidade do presente e a do futuro.
Fernando Lancha, Renato Carbonari Ibelli e Wladimir Miranda
Foi umahomenagem diferente. Mas que emocionou as mais de 500 pessoas que estiveramontem naigreja doBeato Anchieta, no Pátio do Colégio, paraassistir aentregado prêmio Antônio Proost Rodovalho para sete moradores de São Paulo, que se destacaramem 2003, como empreendedores. Em vez de chamar cada um dos homenageados, fazer a entrega do troféu e ouvir um discurso, os organizadores do prêmio decidiram inovar. A exemplo do padre José de Anchieta, sevaleramdo teatro e da música para mostrar o espírito empreendedor de de Anchieta e dos homenageados. "Imitamos o próprio Anchieta. Começamos nossa catequese do empreendedorismo pelo teatro epela música. Quando tivemos essa idéia, muita gente duvidou. Perguntavam seos homenageados nãoiriam agradecer. Eles não precisam fazer isso.Nós é quetemos de agradecer tudo o que fizeram porSãoPaulo, comseuespíritoempreendedor", explicouo presidente daAssociação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Foram homenageados o médico AdibJatene, oempresárioAntônio ErmíriodeMoraes,a pedagoga Dorina Nowill, oengenheiro ebanqueiro Olavo Setúbal,o advogado José Martins Pinheiro Neto, o empresário Samuel Klein e o também empresário Valentim dos Santos Diniz. Durantea encenaçãodapeça, querecebeuo nomede"Auto do Empreendedor", foi sendo contada a história de Anchieta e de Rodovalho, coma inserção dos feitos empreendedores dos homenageados. A peça paravapara queocasal deatores Nicette Bruno e Paulo Goulart anunciassemo ganhador do prêmio efosse feita a entrega do troféu.
Logo após o encerramento da peça eda entrega dosprêmios, aplatéiafoibrindada comuma apresentaçãotocante dopianistaeagoraregente de orquestra João Carlos Martins. Ele brindou a todos os presentes tocando oHino Nacional Brasileiro ao piano. Depois,assumiu aregênciade uma orquestra de cordas preparada especialmente para a execução de uma parte da obra do compositor Johann SebastianBach.Enquanto Martins regia, os olhos dos convidados pareciam estar hipnotizados pelos movimentos do maestro, que estréia regendo em Londres nos próximos dias. "Foi emocionante. Sem duvida alguma esse evento vai ficarmarcadocomo umdos mais comoventes dos 450 anos da c idade, pela maneira como as principaisliderançasda cidade sedirigirampara cáea atenção que dispensaram", disseo deputadofederalGilberto Kassab (PFL-SP). O clima de confraternização era total. O vice-governador Claudio Lembo (que representou o governador Geraldo Alckmin)
O engenheiro e banqueiro
O
trocavapalavras gentis como secretário municipal de governo, Rui Falcão, que representou a prefeita Marta Suplicy. Lembobrincava com Falcão
e
O advogado José Martins Pinheiro Neto (esq.), que comanda um escritório de advocacia que é referência não apenas na cidade, mas em todo o País, e o empresário Antônio Ermírio de Moraes (acima), que dirige o maior conglomerado industrial do Brasil e um dos mais importantes da América Latina. Prêmios a dois entusiastas do crescimento.
pelo fato de este ter tirado o bigode, que cultivava há vários anos.Durante arecepção, o presidenteda Federaçãodas Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, quepretende eleger Claudio Vazcomoseu sucessor, conversava descontraidamentecomo candidato da
oposição,PauloSkaf. Ofilho de Valentim dos Santos Diniz, Alcides, passouparte da cerimônia preocupado com a mãe, Floripes,porcausa doarcon-
dicionado em suas costas. Mais a vontade, o advogado Pinheiro Neto, acompanhava tudo com os olhos fechados. Afif Domingos aproveitou as homenagensfinais aospremiadospara revelarumsegredo. Amaneiracomo foi conduzidaa premiação,pormeio de uma peça de teatro, foi feita sem nenhum planejamento anterior. Existia apenasa vontade de fazer. "A peça foi escrita em quatro dias e os ensaios duraram apenas uma semana. Issomostra oespíritoempreendedor também neste espetáculo", disse."O que queríamos conseguimos:dar onosso muito obrigado a essas pessoas que são um exemplode vida. Elasse inspiraramemAnchieta, nosso primeiroempreendedor, para também deixarem suas marcas de empreendedores", disse Afif Domingos. Segundo opresidente da ACSP, os homenageados são um exemplo para os empreendedores do presente e do futuro. "Esse evento foi a primeira lição aos jovens, pois foi transmitidopela internet,a ferramentadojovem", concluiu. "Queremoslevaresses exemplosà nova geração. Precisamosdenovos empreendedores", disse Afif Domingos. De acordo com uma das homenageadas, Dorina Nowill, parase criarum empreendedor é precisoinvestir "desde o jardim dainfância". "Épreciso estimular desde pequeno a iniciativa, a coragem de fazer coisas diferentese estimulara superação de obstáculos. Com isso,formaremos grandes empreendedores e grandes homens, que é a coisa mais importante de um país", disse Dorina Nowill. Novas publicações – Até agosto, oDiário doComércio vaipublicarvários cadernos mostrandoo trabalhodoempreendedor. Em agosto, quando forrealizadoo Congresso do Jovem Empreendedor, todos oscadernospublicados vão ser unidos em um livro, que "servirá de ajuda e inspiração para os jovens empreendedores", disse Afif Domingos. No portal ww w. dc om ercio.com.br/anchietas, poderá servistaaintegra daexibição em vídeo do"Auto do Empreendedor", bemcomoasedições com os "novos Anchietas", que traz um perfil de cada homenageado, um caderno sobre o padre José de Anchieta e uma revista com 166 páginas com a íntegra das cartas do padre José de Anchieta. Essas cartas originaispoderãoservistasapartir dedomingo,na criptado museudo Pátio do Colégio. As cartas foram trazidas da biblioteca da Companhia deJesus, noVaticano,por iniciativa conjunta daACSPe daSociedadePateo doCollegio. Aentrada égratuita. Os documentos vão ficar noBrasilaté 30dejunho,segundo o padre PedroMelchert, diretor do Pateo do Collegio. A exposição, contudo, ficará aberta apenas até maio. Todos osconvidadosaofinal doevento fizeramquestão decumprimentar oshomenageados e os diretores da ACSP, especialmente Afif Domingos. Ele aproveitou para encerrar a solenidade utilizando uma frase que encerrava cada bloco da peça e que traduz o crescimento de São Paulo e a ação dos seus empreendedores. "São Paulo é Piratininga. Piratininga é São Paulo. O que está feito, está feito. E muito bem feito."
Deliciosa entreduas fatiasde pão fresquinho, a mortadela, há algum tempo, deixou de ser associada à refeição das camadas mais simples da populaçãoepassouafreqüentar mesas mais sofisticadas. Com oaniversário de São Paulo, neste domingo, o acepipe volta a integrar os cardápios e surgem em alguns pratos, comoo calzonede mortadelada Forno Brasile.A PizzaBrosjá incluíaapizza comessesabor em seu menu, mas no caso em homenagem à atriz italiana Sophia Loren.
Também é preciso registrar que no Mercado Municipal o sanduíche de mortadela éum dos mais vendidos e apreciados. O calzone da Forno Brasile é preparado com mortadela Ceratti, rodelas de tomate e coberturade mussarela,salpicado com oréganoe pimenta do reino, ao custo de R$ 27,90. Fica no cardápio da casa até o fim do mês defevereiro. Clientes que oconsumiremno dia25 ganham uma taça de vinho da casa. A Forno Brasile fica na al. Dos Anapurus,1483– fone 5996-2017.
Outra possibilidade de consumir osaboroso ingredienteé a pizza de mortadela (mussarela, mortadela e rúcula) que a Pi-
zza Bros colocou em seu cardápio em homenagem à musa italiana,Sophia Lorenqueprotagonizou o filme A Mortadela Em dois tamanhos, individual queserveduas pessoas,custa R$ 19,70, e grande, que custa R$ 28,80. A pizzaria tem dois endereços: r. Adolfo Tabacow, 170 –fone 3078-1130e praça Vilaboim, 55 – fone 3822-1374.
Do tira gosto ao prato principal
A mortadela conquistou tanto espaço que, em 1998, ganhou um livro só com receitas usando-acomo ingredientedotira gostoao pratoprincipal.Criadas pela culinarista Wilma Kövesi, elas compõe O Livro da Mo rta dela , lançado pela DBA/Melhoramentos. Ainda disponível em livrarias, custandoporvoltade R$ 30, olivro trazumagrandevariedade de receitas,como terrinedecogumelos com mortadela de pistache, gratin de batata com mortadela,cuscuz commortadela, frango e pimentão e farofa com banana-passae mortadela,entre outras. Confiraabaixo uma das sugestões. Wilmaé proprietária da escola de culinária que leva seu nome, na qual oferececursos variados.Informações pelo fone 3082-9151.
DOMINGO, DIA 25
São Paulo pela lente de um urbenauta
NodiaemqueSãoPaulo comemora450anos,oquenão vaifaltar éhomenagemà cidadenatelevisão. Longedas megaproduções globais, a TV Cultura estréianestedomingo umasérie de programetesde um minutode duração, exibidos ao longo daprogramação, que se destacam pelo inusitado.Trata-se da série Urbenautaem Expedição por São Paulo, baseada no livro Expedições Urbenauta – São Paulo, uma Aventura Radical do jornalista Eduardo Fenianos. Asérie narraas aventurasvividas porFenianos em 2001, quando ele permaneceu 4 meses viajando dentro dacapital, tentandosobreviver comum saláriomínimo, sem retornar para casa, comendo e dormindo na casa dos moradores dos bairros visitados. Em 100 dias, ele navegou em oito rios da cidade e percorreu cada um dos 96 distritos da cidade e todos os seus bairros.
ARROZ COM TIRINHA DE MORTADELA
Ingredientes: 3 xícaras de arroz pronto, ¼xícara de caldo de frango, ½ xícara de creme de leite, 1 pitada de noz moscada ralada na hora, 1 pêra cozida al denteemágua eaçúcar,½colher (chá) de folhinhas de alecrim fresco (opcional),1 xícara de mortadela tradicional ou light cortada em tirinhas e grelhadas.
Prep aro : Numa frigideira, aqueça oarroz como caldode frango,ocreme deleiteeuma pitada de noz moscada. Acrescente apêra emfatias emisture. No momento de servir, junteoalecrime astirinhasde mortadela grelhadas. Acompanha grelhados, avese peixes assados.
Beth Andalaft
Sony exibe e festa do Globo de Ouro
E quem quiser fugir dos festejos paulistanos pela TV, deve acionar o controle remoto em direção ao canal Sony, que a partir das23 hestará transmitindoao vivo,direto deLos Angeles, a cerimônia do Globo de Ouro de 2004 – uma das premiações mais importantes de Hollywood, considerada a prévia do Oscar. Criado pela associação de correspondentes estrangeiros emLos Angeles, o prêmioé concedido aos melhores da TV dos EUA e do cinema americano e internacional. No total, serão premiadas 24 categorias: 13 decinema e11 deTV, comoMelhor Sériede Drama,Melhor Série de Comédia, Melhor Ator e Melhor Atriz em Série de Drama etc. Este ano, o homenageado especial da noite será o ator Michael Douglas, 59, que receberá o prêmio Cecil B.De Millepor suatrajetória nocinema, omesmo que seu pai, Kirk Douglas, ganhou em 1968.
Curtas celebram a capital paulista O mundinho da moda no canal Fox À meia-noite deste domingo, o programa Zoom, também da TV Cultura, entra na maré de homenagens aos 450 anos da cidade. Oprograma vai apresentar três curtas-metragens: Mooca São Paulo,de FranciscoCésar Filho, comfotografia do premiadoLucas Bambózzie música original de Lívio Tratemberg, Onde São Paulo Acaba, de Andréa Seligmann; e Metrô – A Metrópole em Você, em que a carioca Raquel Couto, assistente de direção do filme Lavoura Arcaica procura fazer um registro poético sobre São Paulo.
Para quem curte o mundo da moda, outra novidade estréia no canal Fox a partir deste domingo: o Fox Fashion que começa, com inserções ao longo da programação, mostrando osbastidores da Fashion Rio 2004. Aidéiaésintonizar otelespectador com todo o fascínio que cerca esse verdadeiro mundinho, onde circulam modelos, estilistas, produtores etc que enchem a moda de glamour e fantasia. O programa vaiapresentar produtos,lugaresepessoas queseguemas tendências do momento. Os programetes terão 3 minutos e vão ao ar durante a programação do canal.
SEGUNDA, DIA 26
Uma negra é a estrela da nova novela das 7
A novanovela das7 queestréia nestasegunda-feira na Globo traz uma novidade: uma negra como protagonista. Trata-se da atriz Taís Araújo, que vai contracenar com o galã Reynaldo Gianecchini em A Cor do Pecado, história assinada por João Emanuel Carneiro (o roteirista de Central do Brasil), que também faz sua estréia na TV como novelista.A tramanãoapresenta nadadenovo, apenaso velho e bom folhetim do moço rico (Gianecchini) que se
apaixonapela moçapobre(Taís),romance quevaiser atrapalhado pela moça rica emá (Giovana Antonelli). A diversão deveficar porconta daatriz RosiCampos, mãe de cinco filhos lutadores, e do ótimo Mateus Nachtergaele, estreando em novelas no papel de pai de santo muito louco. O elenco conta ainda com Lima Duarte, Ney Latorraca, MaitêProença, Aracy Balabanian,Leonardo Brício, Pedro Neschiling, Caio Blat e Jonathan Haagensen.
Por Sérgio Roveri
Impossível haver título mais oportuno para batizar, não apenas oespetáculoque Jorge Dória estréia hoje no TBC, mas também o ofício desteator que chega aos 83 anos aindanalinha de frente dos grandes comediantes do teatro brasileiro. Juntandoos Cacos,o espetáculo, confunde-se com o hábito que Jorge Dória mais disseminou ao longo de 52 anos decarreira nospalcos– a arte de, maliciosamente na maioria das vezes, meter o bedelho no texto alheio para incluir palavras e expressões de sua própria autoria quecostumamroubar dasplatéias demoradasgargalhadas. E nisso ele é um mestre inconteste.A partirde hojeele vaitera chance,durantequase duas horas, de resgatar seus cacosmaisfamosos emostraraté onde eles o levaram. Seja para o bem ou para o mal. "Ninguém podia contar esta minhahistória anãosereu mesmo", disseo ator, paletó nas costas para se proteger de uma corrente de ar que entrava pela janela do hotel. "O espetáculo é uma espécie de talkshow em que falode como entrei epermanecinoteatroe também, é claro, desta minha famosa mania de colocar cacos em quase tudo". Este ‘quase’englobaalguns poucos autores a quem Dória decidiu poupar, entre eles Nelson Rodrigues ePaulo Pontes. "Éimpossívelcolocar cacos nostextosdo Nelson.Eleescreviadeuma maneiratãoencaixadaque nãodeixavaespaçopara uma brincadeirasequer", revelao ator.O mesmo ele tem a dizer a respeito de Arthur Miller. "Fiz A Morte de um Caixeiro Viajante, dirigido pe-
lo Domingos de Oliveira, e não coloquei caco algum. Não teria cabimento jogar com este texto." Se é impossível brincar com Nelsonou Miller,o mesmo não se pode dizer de Molière, o alvo predileto das investidasdeJorge Dória."Molière fazia teatro na rua, era um mestre dosespetáculos populares. É como se ele me autorizasse a incluir cacos entreos diálogos que escreveu,pois meuteatro também édeentretenimento. Oque eufaço éatualizar ohumor dele, e nãoo seu texto. O caco tem deser coerente, caso contrário vira uma bobagem". Predileção – Não é à toa que Jorge Dória gostade citar Molièreentreseus parceirosprediletos. Escola deMulheres e O Avarento, ambasdo comediógrafo francês, estão entre os maiores sucessosde Dórianos palcos, ao lado de A Gaiola das Loucas –OAvarento , por exemplo, ficouem cartazdurante quatro anos. "Noinício da temporada, a peça estava dando prejuízo. Foientão que comecei a remoçar o humor de Molière, colocandouma frase aqui, outraobservação ali.Em algumas semanas eutinha um sucesso de público". Em Juntando os Cacos, Dória vai apresentar,além deMolière,textosde Vinícius deMoraes, Pedro Bloch, João Bethencourt eDomingos deOliveira. "Tudo o que eu digo nestapeça é absolutamente verdadeiro e ocorreu em algummomento daminhacarreira", diz o ator que, para surpresa dopúblico, podese tornar uminimigodos cacosse elesnãoforem convincentes. "Durante a temporada da peça Bonifácio Bilhões, deJoão Be-
thencourt, o ator que fazia o Bonifácio, esquecendo-se de que seu personagem era analfabeto, começoua caprichar nos comentários sobre a política brasileira, de um jeito muito letrado. Ora, ninguém na platéia acreditava mais naquilo. Brigueifeio com elee paramos a peça". Domínio – Dóriaafirmaque suaobsessão peloscacos nãoé uma ferramenta para ocultar uma prováveldificuldadeem decorar os textos. "Seiquedizem que eu não consigo decorar aspeças. Issoé umainverdade. Só pode colocar um caco o ator quedomina completamenteas falas, ou ele se perderia na brincadeira. Meus cacos só surgem depois de dois meses de temporada, no mínimo".Esta prática de subverter sorrateiramente os textos nãoé tãocomum natelevisão, afirma o autor, já que as novelas, namaioria das vezes, proíbem palavrões ou gestos obscenos. Etambémporque, segundoDória, os autores de tevê são os que mais se incomodam diantede umcaco. "Não sei por que, já que tem tanta genteescrevendo amesmanovela hoje em dia que é impossível identificarda cabeçade quem saiu determinada cena". Para a costura de Juntando os Cacos, Jorge Dória contou com auxíliode FábioMássimoe Izábeli Montanha, que tambémsobem aopalco.A atriz MarianeMiranda completa o elenco da peça.
SERVIÇO Juntando os Cacos – Teatro Brasileiro de Comédia – rua Major Diogo, 315, fone 31045523, Bela Vista. De quinta a sábado, às 21 h, e domingo às l9 h. Ingressos de R$ 15 a R$ 30.
É na esquina, das avenidasIpiranga eSão João, que ele cantou em Sampa que Caetano Veloso abrirá o grandeshow em comemoração aos 450 anos da cidade de São Paulo. O espetáculo começa às 23 h deste sábadoe viraa noite, terminando no dia 25. Caetano terá como convidadosNando Reis, Jair Rodrigues, José Miguel Wisnik, Jairzinho Oliveirae orapperRappin'Hood. A ordemde entrada dos artistas ainda não foi definida. Promovida pela Prefeitura de São Paulo, Comitê Municipaldos 450Anos,Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de SãoPaulo, com patrocínio da Petrobrás e do Banco do
AE
Caetano é a grande atração do show
Brasil,a apresentaçãoocuperá um grande palco que será montado na madrugadade hoje para sábado, para não haver transtornosno trânsitoda
movimentada região. Caetano, acompanhando-sedo violão,deverá cantar S am pa po r volta da meia-noite. A música foi composta por ele em 1978, em homenagem àcidadequeo acolheu nos anos60, na qual teve início o reconhecimento nacional de seu talento. Na canção,Caetano eternizou alguns ícones da cidade,entre elesa famosa esquina onde vai cantar ea cantora Rita Lee. Umdetalhe curioso: o cantornunca marca showspara estadata,pois é aniversário deseufilhoTom, mas ele abriu uma exceção parao aniversáriode SãoPaulo. Sorte do público! (BA)
"A formação de um empreendedor começa no jardim da infância. Devese estimular a superação de obstáculos."
"Trabalho, trabalho e trabalho. Esforço, esforço e esforço. Com isso, é fácil virar um empreendedor."
"Trabalhar com seriedade e com um padrão de respeitabilidade e ética, capazes de lhe dar credibilidade."
"Um lugar como São Paulo, uma cidade que me acolheu, me ofereceu trabalho e progresso."
"É preciso conquistar a simpatia do mercado através da valorização dos funcionários."
"Tem que ter vocação. São Paulo tem espaço para todas as pessoas que queiram empreender."
"Tem que amar mais o País do que a si mesmo. A partir daí, pé no acelerador. O Brasil é jovem e São Paulo o acompanha. "
Texto inteligente e fábulas muitobem elaboradas.Apeça O Auto do Empreendedor , do dramaturgoJosé Antôniode Souza, foi abela soluçãoencontradapelaAssociação Comercial de São Paulo (ACSP) e pelaCompanhia Melhoramentos para homenagear os sete premiadoscomo Tr oféu Antônio Proost Rodovalho Dorina Nowill, um exemplo de perseverança, que ficou cega aos 23 anos e, aos 27, criou a Fundação para oLivro do Cego; José Martins Pinheiro Neto,advogado com 62anos de profissão, quecomanda desde 1942o escritórioquetrouxe para o País a advocacia centradanaassessoria integralao cliente; Adib Jatene, craque no estudo e tratamento das doençasdo coração;Valentimdos Santos Diniz, que deu vida à rede Pão de Açúcar, hoje com 500 supermercados; Olavo Setúbal, engenheiroque comanda o Banco Itaú; Samuel Klein, quecomeçou vendendo roupas de cama e mesa e hoje é o rei do varejo,dono dasCasas Bahia e Antônio Ermírio de Moras, que comanda com entusiasmo o maior conglomerado industrial do País, receberam merecidas homenagens. Tendo como ponto de partida as cartas que o jesuíta José de Anchieta escreveu no século 16,JoséAntônio deSouzaelaborou o Auto do Empreende-
dor. Osatores PauloGoulart e Nicette Bruno como mestres de cerimônia, "costuraram" muito bem a obra, que teve interpretações corretas de Paulo Goulart Filho,como Silvano, ummameluco, e AtílioBari, que viveu AntônioProost Rodovalho. O beato José de Anchieta foi interpretado por Tadeu Di Pyetro. Uma outra boa soluçãoencontrada por JoséAntônio de Souza foiincluir na peçaas figurasdodiabo eda serpente que, durante oauto, travaram ricos diálogos comosdemais personagens, que propiciaram momentos de muita descontração entre os presentes. Atéo comercialdas Casas Bahia "Quer pagarquanto?", foilembrado peloautor,arrancando gargalhadas das
mais de 500 pessoas que compareceram ontem a noite à Igreja doBeatoAnchieta,no Pátio do Colégio, no centro velho de São Paulo. No momento daentrega do prêmio – feita por estudantes universitários –, nenhum dos vencedores discursou. "Quando expus na Associação Comercialcomo seriafeita apremiação, chegaram ame dizer: Mascomo, os homenageados não vãodiscursar,não vão agradecer? Eu respondi: A vida deles fala por eles. Nós é que temos de agradecer por tudo que eles fizerampor SãoPaulo", explicouo presidenteda ACSP,Guilherme Afif Domingos. No final da encenação, alguns dos premiados falaram ao Diário do Comércio. "Foi ma-
ravilhoso,um espetáculo. Nuncavi algoparecido emtodaa minha vida", disse, emocionado,Valentim dosSantos Diniz.
Adib Jatene támbém fez elogios àmaneira encontradapelosorganizadores do evento para realizar a premiação. "Foi lindo. Já participei de muitas solenidadesdeste tipoeposso dizer, semmedo deerrar, que foi a melhor cerimônia de premiaçãoqueeu jápresenciei.A Associação Comercial de São Paulo eaCompanhiaMelhoramentos estão de parabéns". Cercado pelos repórteres, Antônio Ermírio de Moraes, foi sucinto. "Foi uma solenidade agradável. Eles conseguiramcontar ahistória dosempreendedores com muita inteligência. (WM)
Segunda prévia do IGP-M mostra volta da pressão inflacionária
A inflação medida pelo ÍndiceGeralde PreçosdoMercado (IGP-M)subiu para0,65%na segunda prévia de janeiro, ante 0,46% emigual períodode dezembro. Para o coordenador de Análises Econômicasda FundaçãoGetúlio Vargas(FGV), Salomão Quadros, o resultado mostra que "está havendo pressãoinflacionária, que deve se extinguir em breve".
Segundoele,osreajustes de preçosnoatacado confirmam as intenções deaumentos para recomposição de margem. Embora acredite que a maior parte da pressão esteja ocorrendo por motivos passageiros, Quadros admite que "são preocupantes" os reajustes de preços de commodities no atacado. (AE)
Empresas de comércio exterior são vítimas de golpe pela internet
Empresas exportadoras e importadoras têm sido vítimas de um golpe aplicado via e-mail nasúltimas semanas. Através demensagens encaminhadas emnome doBancoCentral, são solicitadas informações sobre transações no exterior. Em nota oficial,oBCinformou quenãoé oautordasmensagens e alerta que os e-mails não devem ser respondidos. O Banco esclareceu ainda que, quandosolicitadados desse tipo,utiliza mecanismos segurose aPolíciaFederaljá está investigando o golpe. Dúvidassobreo assuntopodem ser esclarecidas nas Centrais de Atendimentodo BCpelotelefone 0800 99 2345.
E IMPORTADOS BLINDADOS, AUTOMÁTICOS (MOTORISTAS BILINGÜES) hiservicecar.com.br
O Brasilconseguiu fecharo ano de 2003 com um superávit em conta corrente de US$ 4,05 bilhões, oquecorresponde a 0,83% do Produto Interno Bruto(PIB). Oresultado foio melhor desde1992, quandoo Paísregistrou US$6,1bilhões. O bomdesempenho nastransaçõescorrentes foioresponsável também por um outro avanço macroeconômico.Em 2003, pela primeira vez em cinco anos, oBrasil conseguiu registrarumsaldopositivo nas suas transaçõescomoutros países,independente daajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde o final de 1998, quando oPaísrecorreuao Fundo para tentar reduziros efeitos dacrise da Rússia, odinheiro liberado era fundamental para o governo cobrir o rombo nas operaçõesquefaz comoexterior. Com isso, minimizava os estragos provocados pela fuga de recursos do País, no chamado balanço de pagamentos. No ano passado, o superávit dobalanço de pagamentosalcançou US$ 8,469 bilhões. Desse total,US$ 4,769bilhões correspondiam aingressos do Fundo, oquesignifica que, mesmo sem o dinheiro do FMI, oBrasilteria apresentadoum superávit de US$ 3,7 bilhões. Em2002, osUS$ 11,480bilhões liberados pelo organismo compensaram as saídas verificadas no período e permitiram aoBrasil apresentarum
saldo positivo de apenas US$ 302 milhões. Esse resultadoem 2003permitiu umaumento das reservas internacionais doPaís, umaespéciede poupança queserve para garantir os pagamentos da dívida externae ajudar o governo a enfrentarmomentos deescassez de créditointernacional. No últimomêsdedezembro de 2003, o saldo das reservas estavaemUS$49,296 bilhões anteUS$ 37,823bilhões nofinal do ano de 2002. Vulnerabilidade – A pe s a r da melhora, o nível ainda é considerado baixo,o quedeixao Brasil vulnerável, justamenteporqueo saldodasreservas está inflado pelos empréstimos do Fundo. Se forem abatidos essesrecursos, asreservas líquidas caem para aproximadamente US$19 bilhões.Por isso,o esforçodo
governo tem sido o de recompor o nível de reservas para que o País possa caminhar sem o apoio financeiro do FMI. Em 2004, pelas projeções oficiais do BC (que não consideram a liberação de nenhuma parcela dos US$ 14,8 bilhões a que o País tem direito no novo acordo com o FMI), o balanço de pagamentos deverá ficar negativo emUS$ 4,7bilhões, em decorrência do pagamento de partedoempréstimo junto à instituição tomado anteriormente. "Não fosse o pagamentode US$4,4bilhões aoFundo,esteano, obalançodepagamentos ficariaequilibrado", afirmou ochefe do Departamento Econômicodo Banco Central, Altamir Lopes. Dezembro – Em dezembro, o superávitnastransações correntes foi de US$ 349 milhões, o melhor para o mês
Em 2003, o Brasil recebeu o ingresso de US$ 10,1 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED), segundo os dados do Banco Central. Embora o saldo tenha sido o pior desde 1995 (quando ingressaram apenas US$ 4,4 bilhões), o valor já era esperado pelo governo. "Os investimentos estão num patamar satisfatório. Não teremos mais somas
GM As exportações da General Motors do Brasil e da Argentina totalizaram US$ 1 bilhão 206 milhões em 2003, crescimento de 20%frente ao ano anterior, quando a empresa exportou aproximadamente US$ 1 bilhão.
GM 2
A expectativa para este ano é chegar a US$ 1,3 bilhão de embarques nos dois países.
FANAVID
A Fanavid, fabricante nacional de vidros automotivos, projeta elevar seu faturamento em 66%, no prazo de dois anos, passando de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões.
FANAVID 2
A empresa concentrará esforços nas exportações, além do lançamento da linha de vidros blindados para o mercado de reposição, que consumiu investimentos de R$ 2,5 milhões do total de R$ 8 milhões consolidado no ano passado.
INTERNATIONAL
A International apresentou o motor Power Stroke 2.8L, primeiro da em-
presa a ser utilizado para pesquisas do biodiesel em veículos nacionais. A primeira fase de testes está baseada neste equipamento, mas em breve envolverá os propulsores eletrônicos da família NGD, cujo lançamento está previsto para este ano.
GKN A GKN assumiu integral-
mente a planta de juntas homocinéticas da Volkswagen, instaladajunto à fábrica de São Bernardo do Campo, SP.
TA A Transportadora Americana, TA, empresa brasileira de transporte rodoviário de cargas, incorporou as operações de cargas fracionadas do Grupo Águia
Aluguel de Veículos e Serviço de Motorista Fone: (0xx11) 3825-2010 e-mail: info@santanarentacar.com.br
Branca, que decidiu interromper suas atividades no segmento no fim de 2003.
TA2
Com a aquisição, cujo valor a empresa não revela, a TA elevou a projeção de crescimento para este ano de20% para 30% frente aoano passado, fechado com receita de R$ 120 milhões.
Até o fim do primeiro semestre a Dana Corporation pretende se desfazer de seu Grupo de Reposição Automotiva, que responde por cerca de 18%, US$ 2,2 bilhões, do faturamento da companhia e deve ser negociado por cerca de 50% desse valor. A decisão, afirma Hugo Ferreira, presidente da empresa na América do Sul, foi ancorada no encolhimento do mercado de reposição mundial. “Atualmente a durabilidade das peças e componentes é muito maior, o que significa menos trocas. Por isso, concentraremos o foco no fornecimento para OEM.” O maior impacto da medida no Brasil, dentre outras ações, é a possívelven-
da da Pellegrino, cujo faturamento médio anual supera US$ 60 milhões. Fundada em 1941 como importadora de autopeças e comprada integralmente pela Dana em 1976 – os primeiros 40% foram incorporados quatro anos antes –, a distribuidora possui quinzeunidades no País, complexo de mais de 20 mil m2, trezentos funcionários diretos e duzentos representantes para atender a cerca de 13 mil clientes ativos, como revendedores deautopeças e postos deserviços. “Os Estados Unidos sempre viram na Pellegrino um conflito, uma concorrente para outras distribuidoras clientes nossas.” Caso integre a negocia-
ção, a perda da receita da Pellegrino não será integral para a Dana. Boa parte dos produtos comercializados pela distribuidora, algo como 20%, levam o logotipo do grupo americano. “A Pellegrino, hoje o primeiro ou o segundo, seguirá como um dos grandes clientes da Dana no segmento.” Em 2003 o mercado de reposição representou algo como 38% do faturamento da Dana no Brasil. Os números ainda não foramconsolidados, mas a expectativa de Ferreira é de que todos os negócios, incluindo fornecimento OEM e exportações, tenham atingido R$ 1 bilhão, valor que deve ser repetido este ano.
desdeoano de1992,quando foi registrado um saldo positivo de US$ 435milhões. O saldo positivoemdezembro repetiu o que já vinha ocorrendo ao longo de todo o ano, possibilitandoosuperávit nobalanço de pagamentos.
consideráveis como no passado mas eles estão retornando", disse o chefe do departamento econômico do BC, Altamir Lopes. A estimativa é de ingressos de US$ 13 bilhões em investimentos este ano. Em janeiro, segundo Lopes, já ingressaram US$ 650 milhões, até o dia de ontem (22). No mês todo deverá ser US$ 1 bilhão. (AE)
A conta corrente registra o resultadodas exportaçõese importações do País, assim como receitas e despesas com serviços (viagens internacionais, fretes eseguros) erendas (pagamento de juros e remessas de lucros e dividendos).
Ocâmbio maisdesvalorizado em2003 favoreceuas exportaçõesbrasileirase uma contração de itensimportantes da conta de serviços, como é caso dasviagensinternacionais. (AE)
Paris: médicos e enfermeiros
Namais recentejornadade protestos contra os planos de reformas do governo de Jacques Chirac,milharesde médicos, enfermeirose outrosempregadosdo setorde saúdemarcharamontemem Paris.Ao mesmo tempo, umagreve defuncionários deaeroportos atrasava vários vôos em todo o país. Os atrasos noshorários não passaram de 30 minutosno principal aeroporto da França, oCharlesdeGaulle. Amanifestação ocorreu no dia seguinteà paralisaçãodos funcionários ferroviários.
Os trabalhadoresdasaúde afirmam que não dão conta de atenderà grande quantidade depacientes. Muitocriticado pelas15 mil mortes, devido a uma onda de calorem 2003, o governo prometeu melhorar o sistemapúblico desaúde.Mas ossindicatos sãocontráriosàs reformas propostas. (AE)
Ataques em Faluja, Diwaniya, Baquba e Mosul mataram 9 pessoas, sendo 4 mulheres iraquianas em uma emboscada
O Iraqueviveu ontemmais um dia de violência e múltiplos ataques contra as forças de ocupação e civis, que causaram nove mortes e vários feridos. Guerrilheiros investiram contraum postode controle dapolícia comfuzisde assalto e uma granada, em Faluja, matando doispoliciais e um civil. "Estávamos no posto e vimos alguns carros aproximando-se. De umdeles, saiu umagranada efuzisforam disparados", disse opolicial Maher Mohammad. Triângulo sunita – H oras antes, um ataquecom morteirosaumabasedos Estados Unidos terminou com dois soldadosmortose um ferido. Todos os ataques aconteceram nochamado"triângulo sunita", foco da resistência àocupação liderada pelos EUA. Os guerrilheiros também abriramfogo navéspera contraumônibus quelevavaira-
quianasque trabalhamem uma basemilitaramericanaa oestede Bagdá.Quatrodelas morrerame seisficaramferidas. Cristãs – A emboscada ocorreu em Faluja, disse KhajiqSerkis,o motorista,quefoi atingido na perna. Eledisse que seu veículo era parte de um comboio detrês,perseguido porumcarro comquatrohomens, armados e mascarados com lenços. Serkis disse que seu ônibusficou paratrás efoi atingidonospneus.Todas as vítimas eram cristãs das Igrejas Armênia ou Assíria. Guarda espanhol – Ao sul da capital, pertode Diwaniya, um comandante da Guarda Civil espanhola recebeu um tiro na cabeça durante uma operação contra "membros de um grupoterrorista",disseo Ministério de Defesa da Espanha. Ocomandante sobreviveuao ataque. Desde queenviou tro-
Enfim, o "andarilho nu" consegue completar jornada
Sete meses e várias prisões depois,ele conseguiu: Stephen Gough, 44 anos, terminou sua jornada nu por toda a Grã-Bretanha. Ele chegou a John O´Groats, noextremo norteda Escócia.O"Andarilhonu" foi preso 16 vezes, e condenado duas vezes à prisão. Não há lei na Inglaterra contra nudez em público. Entretanto, existem leis contra exposição indecente – só com provas da intenção deinsultar uma mulher –ououtro comportamento que confirmese como"molestamento, sobressalto ou perigo". (Agências)
pas para o Iraque, em agosto, a Espanha jásomadezmortos no país árabe.
A maisrecente ondade violência acontece em meio a promessasdosEUA deentregaro poder, embreve, paraum governoiraquiano eemmeioa uma polêmica sobre se esse novo governo deve ou não ser escolhido por meio de eleições. Foguetes – Em Tikrit,cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein,uma porta-vozdas Forças Armadas dos EUA disse que morteiros e foguetes foram disparadoscontra uma base americana perto de Baquba, ao norte de Bagdá, na noite de quarta-feira.
"Dois soldados da 4ª Divisão de Infantaria foram mortos e um outroficou seriamenteferido",disse a major Josslyn Aberle.Na cidade de Mosul, no norte do Iraque, uma bomba feriu três soldados dos EUA e outras sete pessoas.
As mortes elevam para 349 o número de soldados americanos mortos emação no Iraque desde que os EUA invadiram o país árabe. Incluindo as mortes em situações nãohostis, o número sobe para 505. A coalizão que ocupa o Iraque já contabiliza umtotal de601militares mortos.(Agências)
O robô Spirit parou de enviar dados a partir da superfície de Marte há mais de 24 horas, dizem membros do comando da missão. A NASArecebeu aúltima mensagemda sonda naquartafeira.Desde então, Spirit tem enviado apenas ruído.
Comando perdeu contato com o robô
Inicialmente, os cientistas acreditavam que afalha de comunicação estivesse sendo causada por condições climáticas aqui na Terra, mas agora crêem queas dificuldadesestejamno equipamento da sonda.“É um
problema sério. É uma anomaliamuito séria”,disse ogerente deprojeto PeterTheisinger. Um robô idêntico ao Spirit, chamado Opportunity, está a caminho de Marte no próximo final de semana. (AE/AP)
Radicais na dieta e firmes na ideologia de não agressão aos animais, os vegans ganham espaço.
Por Rachel Melamet
Umanovatribo está expandindo suaaldeia global no terceiro milênio. Eo grito de guerra já foi ouvido na terra brasilis. Empunhando a bandeira da compaixão, os vegans colocam na mesa uma dieta vegetariana radical, que abomina carnes, aves, peixes, ovos, leite e seus derivados e mel, pois consideram cruéis os métodos utilizados para obrigar os animais a produzi-los.
Mais que uma opção alimentar, o veganismo é um estilo de vida que busca evitar todas as formas de exploração do reino animal, seja para alimentação, vestuário ou qualquer outro eventual propósito.
Couro - Os vegans não usam roupas de lã e seda nem sapatos ouacessórios decouro epele. Travesseiros de penas, cosméticoscomcolágeno ouqualquer produto testadoem animais tambémestãofora.Sem falar que eles ficam indignados comoconfinamentode animaisemcircos, zoológicos, touradas, farra do boi e rinhas de galos ou cães.
Numa sociedade arrependida dos danos causados ao meio ambiente emum século de progresso e devastação,a ética vegan se encaixa como uma lu-
va. No mundo inteiro, famosos vão à luta gritando "porcos são amigos, não comida", "não como nada que tenha um rosto"ou "minhas roupassão 100% livres de crueldade".
Famosos à frente- A queridinha do movimento nos EUA é a recém convertida Alicia Silverstone, atriz de As Patricinhas de Beverly Hills. Ela é a garota-propaganda do site www.cowsarecool.com, da Peta (Pessoas pelo Tratamento Éticoaos Animais), ondeos horrores do confinamento e abate deanimais paraconsumo dacarne e usodo couro, lã e peles sãoexpostos de formacapaz deconverter até o mais aficcionado dos carnívoros. No Brasil, apesar dos muitosfamosos envolvidos em movimentos de defesa animal, nenhum delesassumiu o veganismo publicamente, talvez preocupados comalgumas "esquisitices",como não usar filmes fotográficos porque são recobertos por uma película de gelatina animal, não usar amaciantes de roupas porque levam colágeno e não comer mel porque a produção massiva escraviza as abelhas.
adeptos rejeitam o uso de acessórios de couro e de itens como os amaciantes de roupa, que usam colágeno em sua composição.
Points - EmSão Paulo,os vegans já têm vários "points" para se encontrar esaborear sem medo os "alimentos sem crueldade". Umdelesé aSorveteriaSoroko, onde ocasal Maria Regina eAnatolie Soroko há seis anos começou a fabricar a iguaria com leite de soja, apedido de umacliente vegan quesecansou das opções
de frutas e queria provaros sabores cremosos de flocos,chocolate com avelã e morango.
MarmitinhaDepois de saciar a fome com uma bela porção de
ovos, leite e mel. "Muitas vezes dizemos que somos alérgicos a leite ou ovo, porque as pessoas tentam nos empurrar comida animal",dizLuisa, veganhá quase três anos.
Aestudante deCiências
s o r v ete, Luisa Pereira Santos,de18 anos, estilista de camisetas, buttons e adesivosdo movimento, mostra um acessório indispensável a qualquer vegan:amarmitinha, quesempre deve estar nabolsa ou mochila quando se sai de casa sem horário para voltar. Achar a comida correta é o maiordesafio dosvegans,pois atémesmonum restaurante vegetariano muitos salgados e doces são preparados com
Sociais Andréa Mori, de 21 anos, que deixou de comer carne aos15 apósa visão "aterradora" de um caminhão carregado de porcospara oabate, lembramomentos de fome emfestas ereuniõesregados asermões sobre o quanto sua atitudeé inútil diantedebilhões de pessoas que continuam comendo bichos. Mas ela não desanima:"Sóvou a lugareseeventos ondeseique haverá alimentação pra mim". Para auxiliar os candidatos a vegan, a designer Regina Lemos Nery, de23 anos, reuniu asamigase criouogrupo"Veganas",que fazfolhetosinformativos para distribuição em shows e"verduradas" -os churrascos vegetarianos.
Lista de permitidos - S egundo onutricionistaGeorge Guimarães,o úniconalinha vegan em São Paulo, quem deixa de comer carne, ovos, leite e derivadosnão podedispensar outras fontes de proteína, ferro, cálcio e vitamina B-12. É preciso aderir ao feijão, er-
vilha,lentilha, grão de bico e soja, às castanhase sementes (nozes, avelãs, amendoim), frutassecas, vegetaisverde-escuros,algas marinhas ealimentosfortificados, comosucrilhos e leite de soja. Dono do restaurante Vegethus, Guimarães serve aos clientes até uma improvável feijoada sempertences de porco. Incontáveis - O termo vegan (originalmente veegn) teria sido criado no fim do século 19, na Grã-Bretanha. Mas só recentemente passou a ser usado paradistinguirosvegans dos vegetarianos convencionais.
A primeira sociedade vegana foi criada em 1944, na Inglaterra. Em 1960, H. Jay Dinshah levou omovimentoparaos EUA. Desdeentão,surgiram mais de 50 grupos no mundo, mas não há dadossobre o número de adeptosporque eles estão dispersos em tribos.
A única lanchonete vegan de São Paulo, por exemplo, pertence aocasal harekhrisna Indra Gasparin e Leonardo Roth Stulman, o Lila. Aberta há um ano, noBrás,juntoaocentro comercial da rua Oriente, a VivaMelhorvem conquistando atépaladares carnívoros,como o dos árabes. No cardápio há quibe e beirute vegetarianos e um bolovegan de chocolate com banana muito famoso.
Volume é recorde e deveu-se ao ajuste feito pelo mercado depois que o Comitê de Política Monetária manteve inalterada a taxa básica de juros, a Selic.
A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) mostrou, ontem, a primeira conseqüência do impacto da manutenção da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O volume de negócios com contratos de ativos financeiros e de mercadorias superou 1 mbilhão, puxados especialmente pelos contratos de juros futuros. O volume é recorde. Como um corteda Selic era esperado pela maioria do mercado financeiro, que apostava emuma redução depelomenos 0,5 ponto porcentual, com base nalinha quevinha sendo adotadapelo BancoCentral
nos últimos meses, esses contratos já haviam antecipado o corteeajustaram uma taxa abaixo de 16%.
Vendas – Mas como o Banco Centralmanteve inalterada a Selic, muitosinvestidores acabaram tendo de se desfazer dos papéis, mesmo ficando com prejuízo por conta do ajuste queo mercadotevede fazer dianteda decisãodo governo em não mexer na taxa.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de julho,o mais negociado na BM&F ontem,projeta taxa anualde15,89%,contra 15,40%do fechamentode quarta-feira,horas antes da
decisão do Banco Central ser anunciada.
Já o DI de abril subiu de 15,65% para 16,15% ao ano no ajuste deontem. Eo DIde fevereiro, mais afetadopela manutenção dos juros, foi reajustadode 15,85%para 16,21% ao ano. ODImarçode2004, que somou 98milcontratos, passou de 15,74% 16,18%.
Negócios– Foram negociados ontem 934.013 contratos de taxaspós-fixadas (DIs), o maiorvolume jáverificado desde 18 de dezembro de 2003, quando os juros futuros movimentaram 640.495 contratos. Logo cedo, as taxas pós-fixadas
ameaçaram subir com mais força.Entretanto, aolongodo dia, astaxas deprazos mais longos recuaram. No mercado aberto, o Tesouro vendeudoislotes de LTN (prefixadas) com vencimentos em 4 de janeiro e 18 de julho de 2005. Os papéis foram levados com taxas máximas de, respectivamente,15,56% e 15,46% ao ano. Na semana passada, LTNs semelhantes encerraramos negócios pagaram 14,98% e 14,87%. O Banco Central tirou de circulação R$2,696 bilhões porum dia,pagando aosbancos 16,35%. (DC/AE) BM&F:
Adecisãodo ComitêdePolítica Monetária (Copom) de manter a taxa de juros Selic em 16,5% reacendeu as discussões sobre a necessidade de aprovar o projeto de lei que confere autonomia operacional para o Banco Central (BC). Em nota distribuída na quarta-feira, AloizioMercadante (PT-SP), líderdogoverno noSenado, insinuava que o BCjá tem autonomia na prática. "Todossabem queagrande prioridade dopresidente Lula écrescere gerarempregos.A decisãosobreos juros comprova aautonomiado Banco
Central". Seguindoesse raciocínio, se o BC fosse vulnerável a pressões do governo para promoveruma retomadadocrescimento, ainstituição continuariacortando os juros,em vez de interromper temporariamente a queda da Selic. Mesmo assim, defensores da independência do BCcomo o ex-presidente da instituição Gustavo Loyola, insistemna necessidade de autonomia formal."O BCvemagindocom autonomia, mas isso é fácil em tempos de vacas gordas", diz Loyola. "Emmomentos deestresse, porém, umalegislação
concedendoautonomia pode fazer toda a diferença."
Outro ex-presidentedo BC, Carlos Langoni, éda mesma opinião. "Atéagora, oBC tem recebido apoio para medidas relativamente impopulares como essa", diz. "Mas se fosse necessáriauma elevaçãodos juros,será queoBCteriao mesmo apoio?"
O fato é que a aprovação da autonomia doBCdeixoude ser prioridade parao governo, acredita Loyola. "Por um lado, o governo não quer desagradar asalas maisà esquerda doPT duranteum ano de eleições,
Excesso de cautela e de conservadorismo ouação preventiva para barrar a disputa entre setores da indústria e do varejo com o objetivo de reajustar preços?Enquanto analistas tentam entender os motivos que levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a manter a taxa de juros inalteradaem16,5%aoano, há otemor de que a decisão provoque reaçõesinesperadas, jáque surpreendeua maioria do mercado.corte.
Na avaliação da LCA Consultores, a decisão doBanco Central, que aparentemente procurou antecipar-se ao risco de um repique inflacionário, pode ser contraproducente e provocar uma reação "perplexa e de alarme" do mercado. "Nesseclima de 'o queserá que oBC sabe que nósnão sabemos', alguns poderão até rever paracimasuaexpectativa de inflação para as próximas
semanas", diz o economista Ricardo Denadai. Elelembra que 44 instituiçõesconsultadas esperavam um corte de 0,5 ponto,equatro instituições, entre elas a própria LCA, esperavam umcortemaior."São equipes bem-informadas e com capacidade técnica. Por queninguémfez amesmaleitura do Banco Central?" Corte suave – Para o consultor FernandoMontero, da Tendências, adecisão doCopom deveser avaliadamais no plano qualitativo do que quantitativo,pordivergirde um amploconsenso ede umamaneira tãoradical. "Porque não um corte suave de 0,25%?", questiona ele. "É provável que o alvo seja a briga de setores da indústria entre si e com o varejo em cima dasnovastabelas depreços", avalia oeconomista.Na opinião de Montero, o objetivo da mensagem do Copom ao man-
O primeiro balanço da Central Única dos Trabalhadores (CUT) sobre ostrês primeiros meses de operação do sistema de concessão decrédito em consignação em folha de pagamentoindica quehádeficiência de comunicação interna e externa entre os três agentes do sistema: bancos, sindicatos e empresas. Segundo Richard Dubois, consultor da Trevisan, responsávelpor conduzir o processo para a CUT, a maior parte dos envolvidos e interessados no sistema sabem que essa linha de crédito existe, mas desconhecem seus detalhes. Os bancospadronizarão o sistemadedivulgaçãodas linhasde crédito, aomesmo tempo quepromoverãouma espécie de"universalização" dos termos contratuais. (AE)
ter a taxa de juros é "desinflar o otimismo em relação à demanda, como forma de renovar a resistênciade comércioeconsumidores a reajustes."
Já o diretor-executivo do Banco Itaú, Sérgio Werlang, acreditaque houveexcessode conservadorismo do Copom ao manter a taxa básica dos juros. "Foi uma decisãomuito conservadora", afirmou Werlang, que esperauma redução de até trêspontos porcentuais na taxa até dezembro.
No escuro – Segundo o economista-chefe do Banco Schahin, CristianoOliveira, o Copom"deixou omercadofinanceiro no escuro". "Não quero dizer que o BC tem de ser previsível sempre, mas a interrupçãodociclo decortecriou uma situação em que o mercadoficousemsaberoque será no próximo Copom. Isso encarecerá o crédito e o mercado de juros se ajustará." (AE)
em que osdeputados têm um papel muitoimportante", diz. "Poroutro lado,agradar o mercadocom aaprovação da autonomia neste momento deixou de ser prioridade, porque o humor está bom."
Dentro do PT há muitos opositoresà concessão deautonomia ao BC. No dia 8 de janeiro, o ministro-chefeda Casa Civil, JoséDirceu, chegou a dizer que o projeto não iria ser votado neste ano, contradizendo declarações do ministro Antônio Palocci. Dirceu teve de voltar atrás um dia depois, masa questão continua divi-
dindoo partidodo governo. Para oeconomista-chefeda ItaúCorretora, Marcelo Carvalho, a decisão pode dificultar a tramitação do projeto. Pornãotercortadoos juros,como esperavaamaioria domercado, o economista disse que o BC será criticado porinsensibilidade às metas de crescimento. Outra pressão para que a autonomia fosse concretizada pelo governo ainda durante o ano de 2004 estaria vindo do próprioFundo MonetárioInternacional(FMI), comquem o Brasil tem um acordo. (AE)
"Foi apenas uma pausa", justifica Joaquim Levy
Para tranqüilizarministros de Finanças e altos funcionários dosgovernosrepresentados na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), osecretáriodo Tesouro brasileiro, Joaquim Levy, explicou ontem, após reuniãofechada na sede da organização em Paris, queamanutenção dataxabásicade jurosem16,5% aoano constitui apenas umapausae não uma inversão de tendência da política atual do governo. Adecisãodo ComitêdePolítica Monetária(Copom) do Banco Central(BC), afirmou Levy, não interrompeuo movimento e a política atual de reduçãodos jurosdeve prosseguir,mas adaptadaa umnovo contexto, istoé, aumritmo mais adequado. Análise – O secretário lembrou que a Selicjá caiu dez pontos nosúltimos meses,e é necessária uma análise dos efeitosdessas reduções.Para
ele, não se justificam críticas de certos setoressobreasconseqüências sobrea retomadado crescimento econômico.No momento, disse, as taxas de jurosreaisestãono nível mais baixo dos últimos anos. Indagado se essa suspensão das reduções dos juros não inibiria o crescimento, Levy disse: "Não é porque você pára um mêsqueo mundovaiacabar." Astaxas atuais,insistiu,estão compatíveis com a previsão de crescimentode3,5% neste ano. "Élógico que,a partirde agora, atingido certo patamar, não vai dar paraas taxas continuarem caindo 1% ao mês." Quanto a reações negativas à decisão do Copom no plano internacional, Levy disse que o segredo para garantir o fluxo de capitais vem mais do marco regulatório e do papel das agências.Levyseguiu para Washington, onde tem encontro com as autoridades do Tesouro americano. (AE)
OCitigroup reduziusuarecomendação overweight (acima da média da carteira) sobre as ações brasileiras em 2,6 pontos porcentuais, para 49,4% em sua carteira modelo de ativos latino-americanos.Esse porcentual fica ligeiramente acima da recomendação "neutra", de 48,4%.
O México passa a substituir o Brasil como opção favorita de investimento nos mercados de açõeslatino-americanos, depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic, a taxa básica de jurosdaeconomia, em 16,5% ao ano.
No boletim depesquisa, o Citigroup disse que elevou a recomendaçãooverweight do México em 2,2 pontos porcentuais, para 38,2%, comparado com uma posição"neutra"de 35,1%. "Nós vimos a decisão
(da autoridade monetária) de manter a taxa de juro básica estável no Brasil como significativamente negativa no curto prazo", disse os analistas GeoffreyDennis eGuillermePaiva do Citigroup. Os participantes do mercado esperavam um corte de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic para dar mais impulso ao fraco crescimento da economia brasileira. Os analistas acrescentaramque osrecentessinais de investidores migrando para o México, "provavelmente irão crescer", como resultado da falta de corte no juro no Brasil. OCitigroupdescreveu sua mudança na carteira de ações latino-americanacomo uma
Segundo os analistas, redução é apenas temporária e grupo manterá sua atenção na perspectiva de recuperação do Brasil
decisão momentânea, acrescentandoque oBancoCentral brasileiro provavelmente fará novos cortes na taxa de juro no futuro. "Além do mais, nós acreditamos que a perspectiva de recuperação econômica permanece amplamente intacta. Estaremos olhando para uma oportunidade para comprar de volta as ações de forma agressiva a preços mais baixos", diz o boletim do grupo americano. O Citigroupdissequeestá retirando o Banco Bradesco SAde sualistade açõesindividuaise acrescentandoaTenarisSA, da Argentina.O bancotambém transferiualgum investimento do Brasil para a Argentina. (AE)
Varejo continuará diminuindo taxas, apesar do Copom
As redes varejistasque decidiram cortar os juros ao consumidor antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) demanter ataxa básicaem16 5% aoanopara os próximos 30dias pretendem continuar com a política de encargos financeirosmenores. "Vamos manter a taxa de 0,99%aomês porqueesseéo nosso diferencial", diz o supervisor geral da Lojas Cem, Valdemir Colleone. Segundoo executivo,aempresatemconfiança dequehá espaço para que a taxa Selic volte a ser reduzida no mês que vem. "É muitocedo para falar em mudanças deexpectativas", diz Colleone. Também asfinanceiras não acreditamem umaalteração de rota. "Mantemos a nossa taxa com viés de baixa", diz o diretor deDesenvolvimento de Negócios daLosango,Leandro Vilain. Ele observaque, apesar da decisãodo Copom demanter osjuros, ainadimplência na Losango não deverá aumentarnospróximos meses, comoocorre normalmente. Esse fator deverá jogar a favor da queda da taxa. Indústria reage – O presidente do Conselho deAdministraçãodo GrupoVotorantim, Antonio Ermírio de Moraes, criticou a decisão do BancoCentral de manter aSelic inalterada. "Hoje a área produtiva é discriminada, em favor da área financeira. Falo isto em uma análise dosúltimos20 anos da economia brasileira”. O setor produtivo,afirmou o empresário, "fica amarrado com os juros altos e com a manutenção dadecisão dosjuros básicos inalterados pelo Copom. Realmentea situação é díficilparaqueminveste na produção”.
ParaAntônio Ermírio,"o Brasil, para se desenvolver e gerar o volume de empregos de que necessita,precisa ter um custo menor para odinheiro. Esta é arealidade. Não critico somenteagoraastaxas dejuros. Também critiquei nos governos anteriores”. Ápice – Para o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos deFinanças(Ibef/SP), WalterMachado, aomantera taxa de jurobásicaem16,5% ao ano, sem viés, o Banco Central chegouao"ápicedoconservadorismo". Segundo ele, "é inexplicável" que no momento em que o setor produtivo esperava uma injeção de "ânimo", o BancoCentralfrustre asexpectativas. Os executivos de finançasesperavam quearedução da taxa de juro seria de "no mínimo um ponto percentual" neste início de ano e ficaram frustradoscom adecisão,afirmaMachado. Nasua avaliação, o aumento verificado nos índices de preços mais recentes são sazonais e "insuficientes" para justificar a decisão. (AE)
HÁ QUEM VEJA NO METRÔ UMA AMEAÇA AO SOSSEGO DOS MORADORES. OUTROS PREVÊEM MELHORA.
Metrô é uma facilidade que a maior parte dosmoradores de uma metrópole quer ter por perto. Mas, segundo alguns, não na porta de casa. É por isso que o projetode expansão das linhasverdee lilás dometrô paulistanojácomeça agerar polêmica nopequeno bairro de Chácara Klabin, na zona sul dacidade. Naregião, háquem considere positiva a chegada do metrô. Outros acham que a presençados trensvai tirara tranqüilidade do bairro. Espremida em uma pequena áreada VilaMariana, entreas avenidas Domingos de Morais eRicardo Jafet,a ChácaraKlabin ficaem umponto estratégico: exatamentenaligação entreasregiões deVila Clementino e Moema e os bairros mais próximos àsaídade São Paulo pela rodovia dosImigrantes. O bairro está, ainda, nas proximidades do Paraíso e daestação AnaRosa, quepertenceà linhaverde. Dalocalizaçãoprivilegiada partiuointeressedogovernodo estado em interligar o bairro de ChácaraKlabinàs linhas2(verde) e 5 (lilás) do metrô.
Aextensãodalinha verde partiráda estaçãoAna Rosa para a Chácara Klabin, seguindo para a zonasudeste (Imigrantes, Ipiranga e Sacomã). Cercade530mil passageiros devem passar diariamente pela linha quando estiver pronta. A primeira etapa dasobras, que inclui a estação ChácaraKlabin, deve ser concluída em outubro de 2006. Em um segundo momento, a estação Chácara Klabinserá a terminalda linha lilás, que tem na outra ponta o Capão Redondo, bairroda periferia dazonasul. O metrôainda nãotemprevisão para o fim dessa extensão.
Com ou sem metrô, a expectativa do mercado imobiliário é de que as unidades residenciais na Chácara Klabin continuem em valorização ou que, pelo menos, mantenham seus atuais valores de venda. "O projeto de expansão do metrô para o bairro ainda não mexeu com os preços de compra e venda dos imóveis, diz José Ribeiro, corretor da Cheidith Imóveis. "Os apartamentos e casas do bairro são muito procurados e, como há poucos terrenos disponíveis para novas construções, a demanda supera a oferta. Com isso, os preços continuam elevados", afirma o corretor. Segundo ele, em suas pouco mais de 15 ruas, a Chácara Klabin conta com cerca de 100 edifícios residenciais. A maior parte foi construída na década de 90, período do desenvolvimento mais vigoroso do bairro. A incorporadora Klabin Segall aposta na melhora da região com a chegada do metrô e, por isso, usa a comodidade da nova estação Chácara Klabin como parte da propaganda em seus lançamentos. (RA)
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Altopadrão – Nas pouco maisde 15ruasda Chácara Klabin predominamosedifícioscom apartamentosdetrês e quatro dormitórios, voltados aos consumidoresclasses médiaemédia alta.De acordo com JoséRibeiro, corretorda Cheidith Imóveis, os preços dos apartamentos usados no bairro variamde R$ 250mil a R$ 1,8 milhão. "Quemmora na Chácara Klabin normalmente anda de carro, dispensa otransporte coletivo", diz o corretor. Por isso, eleacha que boaparte dos moradores prefere continuar sem o metrô por perto. "Entre a tranqüilidade que hoje impera no bairro ea comodidade do metrô, parece que a maioria ficaria com a tranqüilidade", afirma Ribeiro. Segundo o corretor, muitos moradores do bairrotemem que a estação do metrô leve paraa ChácaraKlabinumfluxo de pessoas bem maior do que o atual. "Hoje, apenas moradores evisitantesfreqüentamo bairro.Coma chegadadometrô, issopode mudar. Pessoas deoutras regiõesde SãoPaulo devem passar a ir para a região o que tirariaparte da tranqüilidade da área. Pobres x ricos – Já os incorporadores parecem apostar maisnosbenefícios queometrô pode oferecer à Chácara Klabin,mesmo considerando o inevitávelchoque de classes
Secovi-SP ministra palestra sobre gestão de condomínios
O Secovi-SP promove no próximo dia 28, às18 horas, a palestra "Gestão Financeira para Administradores". A idéia,segundoo sindicato, é mostrara proprietáriosde imóveis, síndicose funcionários de administradoras as melhores formas de gerir um condomínio. A palestra será na rua doutor Bacelar, 1049, Vila Mariana. Maisinformaçõese reservas no telefone 5591-1303.
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sociais. "A integração de bairros, sejam pobres, ricos, centrais ou periféricos, é inevitável em uma metrópole como São Paulo", diz a gerente de Marketing da Klabin Segall, Marcella Carvalhal. "Nãohácomo se
a chegada do metrô ao bairro
isolar",continua. Aempresaé uma das mais atuantes naincorporaçãodeimóveis residenciais no bairro. SegundoMarcella, ometrô vaicomplementara gama de serviços disponíveis aos mora-
dores egarantir aintegração a outras regiões. "O metrô facilitará oacesso dosmoradores a importantes pólos comerciais e empresariais da zona sul, comoasregiões do Ibirapuera e da avenida LuísCarlosBerrini", diz. "Muitos moradores da Chácara Klabin talvez não utilizem o transporte coletivo por falta de opções". De fato, há poucas linhas de ônibus que cruzamobairroe aestação mais próxima do metrô hoje fica na Vila Mariana, no alto de uma ladeira.
A Klabin Segall também não aposta emum aumentodo movimento de pessoas."Comoserá construídanaparte maismovimentada dobairro, a estaçãodo metrô não deve mudar muito o fluxo de veículos epessoas", avaliaMarcella. "A maior parte da Chácara Klabin devecontinuarcomcara de cidadezinha do interior".
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R. Gal Flores ........................(AP/2 dorm/B. Retiro)
R. Javaés.............................(AP/2 dorm/B. Retiro)
R. João Moura..........(AP/1 dorm/1 vg/Jd. Paulista)
R. Marquês de Itú (AP/2 dorm/Higienópolis)
R. Newton Prado..................(AP/2 dorm/B. Retiro)
R. Ouro Grosso ..........(Casa/ 2 dorm/Casa Verde)
R. Pelegrino ........(Sobrado/ 2 dorm/1 vg/Santana)
R. Santo Antonio............(AP/ 1 dorm/1 vg/Centro)
R. Souza Caldas ................(AP/ 1 ou 2 dorm/Brás) R. Talmud Thorá.................(AP/ 2 dorm/B. Retiro) R. Visconde de Taunay...(Casa/ 2 dorm/B. Retiro)
■ Documentação Imobiliária: Cartórios de protestos, Distribuidores cíveis e criminais, Justiça Federal e trabalhista, Certidões de esclarecimentos de ações (Objeto e Pe) (Pessoa Física e Jurídica);
■ Registro de Imóveis; ■ Imposto de Renda;
■ INSS - Jurídica/Obras; ■ ICM’s (Estado); ■ ISS-CCM (Município);
■ São Paulo (Capital/Interior) e Grande São Paulo ■ Aposentadorias/Pensões/Revisão
■ Concorrências públicas;
■ (Prefeitura Municipal), Regularização de áreas construídas (Alvarás/Habite-se) Transferência de nomes no IPTU.
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Alimentados porrazões ideológicas e uma certa dose de inveja, os tradicionais inimigos dos EstadosUnidos uniram-se aos radicais islâmicos e aosmodernos e razoáveis críticos da política externa do governoBush para transformar o Iraque num palco onde o governo americano é julgado todos os diasperante a opinião públicamundial. Odiscurso presidencial americano sobre o Estado da União conteve, de forma subliminar, uma confissão de culpa e uma admissão do fracassode Washington no Oriente Médio.
Esse podeser ocomeço da derrota de Bush na sua luta pela reeleição este ano, principalmente se seu adversário democratafor mesmoJohn Kerry, veterano condecorado do Vietnã que parece a antítese do atual presidente americano, por sua maturidade emocional e equilíbrio na abordagem dos problemas públicos.Kerry apoiou a recente invasão do Iraqueporque acreditou nas informações daCasa Branca sobrea existênciade armasde extermínio em massa que Saddan Husseinteria escondidas. Agora que Saddan se revelou quase um tigre de papel, Kerry emergecomo olíderdemilhões de eleitores ludibriados por aquela afirmação. Nopalco iluminadodoIraque, onde os Estados Unidos e seu presidente estão sendo julgados pelas multidõesque conversam nas esquinas, lêem jornais e vêem televisão, os iraquianos agoraexigem eleições diretas (o one man,onevote, do antigo brado americano), guiados pelos muçulmanos xiitas queforam tambémperseguidos porSaddan Hussein. A eleição programada pelo conselho governante iraquiano prevê para esteano a escolha de uma assembléia de transição apontada pelasconvenções regionais dosgrupos partidários.Esseéo caminho americano paraa criaçãode umademocracia nos países árabes.
Então, no palco do Iraque sob osolhares atentosdo planeta, umnúmero crescentede cidadãos pedeque sejaadotadoem seupaís ovotodireto, uma receita sofisticada para uma nação árabe.E pede exatamente às NaçõesUnidas, essa caixa de percussão mundial, para quesoemais forte o seu pedido. Osecretário-geralda ONU, KofiAnnan,responde que épreciso verificarse há condições técnicas, políticas e de segurança para que tais eleições ocorram agora. Enquanto isso,sem muitodestaquemas de formapatética,osEstados Unidos dão ênfase a seu pedido de ajuda às nações amigas para comporem o governo do grande campo minado que é hoje o Iraque.Pouca gente gostaria de estar agora na pele do PresidenteBush, porqueofuturo não lhe promete muita coisa agradável.Omais queseteme agora é a fatia do Partido RepublicanodosEstados Unidos que há três anos ocupa a Casa Branca,cometer num momentodeaflição algum erro fatal parao prestígio internacional já ameaçado do país mais poderoso do mundo.
Na ONU: Kofi Annan (dir.) e o administrador americano no Iraque, Paul Bremer (ao lado): cooperação? E Bush: discursos e tensão.
Por Luiz Carlos Lisboa, de Nova York
Senador democrata John Kerry, dos EUA: provável adversário de Bush na disputa pela
Asprimáriasque indicam o candidato que deve ser apresentado à convenção do partido no pleito americano, chamadas nos Estados Unidos de ´caucus´, sãoo assuntodo momentonos jornais e na TV. A palavra tem origem num vocábulo dos pelevermelhaalgonquim, signifi-
cando ´omais velho´. Seas primárias de New Hempshire confirmarem o nomede John Kerry, já vitorioso em Iowa, Bush terá um adversário escolhido no pleito deste ano. E as prévias estão sendodiscutidas comemoção num paísdivididoquase queexatamente aomeio. Co-
menta-se em Washington, com malíciae uma pontademedo, quetudodependeagora do comportamento de Osama bin Ladenedeseus seguidores. Se eles ameaçaremo país,o escolhido mais provável como salvador será aquele que já tem a faca e o queijo nas mãos.
Dois anose meiodepois de começara rastrearodinheiro que alimenta omovimento terrorista mundialno sistema financeirodosEstados Unidos, o governo americano congelou somente US$36,7 milhões, coma parcelairrisóriadeUS$1milhãopor país investigado. Paraobteresse resultado foram emitidas 474 intimaçõesjudiciais contra suspeitos, mas nenhuma delas chegou até agoraaostribunais. Há dias, o Presidente Bush anunciou que vai propor um aumento de 12,7% no orçamento da FINCEN,órgão do Departamento do Tesouro destinado ainvestigar crimes
decoação e financeiros.Novos fundos serão aprovados também pelo Congresso americanovisando aumentar o númerode técnicosespecializadosem lavagemde dinheiro. Nenhum banco ou instituição do mundo(nem os da Suíça) vai escapar do controle a ser instalado em 2005.
Bagdá: xiitas apóiam liderança do aiatolá Ali al-Sistani. Pedem eleição direta para o governo iraquiano.
OLosAngeles Timesfoi cáustico com o Presidente Lula quando comentou seu pedido ao Presidente Bush para que viajantesbrasileiros fossemisentadosde fichamento ao entrar nos EUA. Para o jornal, o presidente brasileiro desperdiçou precioso capital político em Monterey, tratandodamatéria. Estudiososdo Brasilem Harvard,Princeton e Berkeley concordaram com oeditorial dojornalão daCalifórnia, mas se manifestaram com muito cuidado. Quando o Times da Costa Oeste chamou Lula de ´patriota radical´ usou um eufemismo para evitar palavra pior. Isso confirma asrestrições quesãofeitas aqui ao Presidente brasileiro, baseadasnofatodeque ele ainda nãoconseguiu remover o palanque da sua atuação na vida publica.
O Texas éo estado americano onde hámaiornúmerode condenações à morte. Os texanos maisconservadores alegam que esse rigor é necessário porque o estado tem uma fronteira selvagem e 80% dos ilegais entram ali pelo México ou por mar. A seu favor os texanos mostram uma estatística segundo a qual seu estado é toleranteeliberal comseuscriminosos, emcomparação com outrospaíses do mundo.Ci-
tam dados daAnistia Internacional que apontam Cingapura como o país que tem o maior número de execuções do mundo(13,57 pormilhão dehabitantes), seguido da Arábia Sauditaque ostenta4,65executadose a China com2,01.Com isso,ostexanosrespiram aliviadosporque nãosão ospiores do planeta na aplicação da pena capital.Mas elessão sem dúvidaos mais fervorosos na sua defesa.
As autoridades americanas estão alarmadas com a´gripe das aves´que está grassando no Vietnã. Segundo técnicosem saúdepública deWashington, os EUA não estariam preparados para fazer frente a uma epidemia desse tipo. A pergunta mais ouvidanosprogramas de televisão sobre medicina é a respeito da transmissão de vírus de aves para seres humanos, desconhecida há poucos anos. De certomodo isso sempreexistiu, mas os grandes aglomerados urbanos e o transporte aéreo
globalizaram as epidemias.Os vírus sofrem alterações genéticas constantes e este que está apavorando as autoridades sanitárias (seu nome é H5N1) atravessa a barreiradas espécies com rarafacilidade, passando de galináceos para homens em poucashoras.A Chinaestáainda mais assustada com a ´superpneumonia´do queosEstados Unidos, porque as condições de higiene no interior daquele país sãoprecáriase oOrientetem uma antiga tradição de incubador de epidemias.
de os Estados
Iraque,
empresa
50 carretas para
por meio do programa "Oil for Food". Os executivos da Randon esperam retomar os negócios no Iraque, paralisados por causa da guerra.
Empresa, com sede em Caxias do Sul (RS), fabrica carretas, caminhões, ônibus e autopeças
A crise econômicapela qual passouoBrasil em2003ficou longedos negóciosdoGrupo Randon, fabricante de carretas, caminhões, ônibus e autopeças paraveículos comerciais. O período de bonança das exportações e do agronegóciodo Paísatingiupositivamente a empresa, que tem sede em Caxias do Sul (RS). Isso deveresultar numareceitabruta perto de R$ 1,5 bilhão, quando foremfinalizadasas contas anuais da companhia. Grande cliente - O montantedeexportações devechegar aosUS$68 milhões,número este muito superior aos US$ 50 milhões obtidosem 2002. O principal país comprador dos produtos da Randon é os EstadosUnidos. Ogrupodetém 30% do mercado norte-americano de lonas, pastilhas e autopeças para reposição em veículos comerciais, por meio de sua subsidiária. As exportações correspondem a50% dofaturamentoda Fras-le, uma das empresas daRandonParticipações. AFras-le,sozinha, vende para 70 países. A empresa deve explorar ainda o potencial de autopeças para a linha de veículosleves. Materiaisde fricção, por exemplo, têm um mercado de US$ 100 milhões no Brasil. NosEstados Unidos é de US$ 1 bilhão.
Mais investimentos -A Randon Participaçõescontrola ainda a Jost, Suspensys e Master. Todas fabricam, dentre outros produtos, autopeças e equipamentos ferroviá-
Divulgação
Tonon: sucesso das negociações
rios, além de suspensão para caminhões efreios. Acompanhiainvestiu noanopassado R$ 45 milhões em modernização e ampliação da capacidade de produção. Em2004, os investimentos devem ficarentre R$50milhões eR$ 60 milhões.Mas vai depender das condições econômicas.Se foremfavoráveis, permitirão a antecipação de liberação derecursos. OGrupo Randontem unidadesem Guarulhos (SP)e emcidades daArgentina, Chile, Estados Unidos e Alemanha. Deacordocom odiretorde operações do Grupo Randon, Erino Tonon, queacumula aindaocargo desuperintendente da Fras-le, o forte crescimento da empresa no mercado externo pode ser explicado pelo fato de que todos os executivos daempresa negociam frente a frente com os compradores, qualquer que seja o país. "Emrazão danossa cultura,os brasileiros estão preparados para negociar em países com instabilidade eco-
nômica epolítica, enquanto norte-americanose europeus temem arriscar. Isso abre espaço para as companhias nacionais no exterior", diz Tonon. África - O mercado de maior potencial de vendas para a Randon é o africano. A empresa aposta em Angola e na Argélia para exportar mais,jáque esses países iniciaram um período de estabilidade política e de reconstrução. Asempresas angolanas compramdesde tanquesde combustível,basculantes eimplementos para carga secaaté peçasde reposição para manutenção de veículos de transporte. Na hora de vender, as empresas brasileiras contamcom umavantagema mais na África. "As similaridadesculturais,a facilidade de comunicação eaté a simpatia pelo Brasil nos ajuda afechar negócio", ressalta Tonon. Iraqu e - O grupo Randon conta ainda com a expansão para países doOriente Médio. O Iraque e os Emirados Árabes estão entre os compradores. Executivos da Randon visitam freqüentemente esses países para prospectarnovos compradores. Uma semanaantes deos Estados Unidosinvadirem oIraque, aRandon vendeu 50carretaspara aquele país, por meio do programa Oil for Food . "Agoraas negociações estão paralisadas, mas esperamos uma retomada das vendas para oIraque embreve",diz odiretor deoperações da Randon.
Dora Carvalho
A comissão especial criada ontem pela Câmara dos Deputadosparaanalisar ocasoParmalat quer esclarecer a denúnciadequeteriahavido desvio dedinheiro damatrizitaliana parao Brasil."Vamos afundo nesta questão", disse o presidentedacomissão, deputado Waldemir Moka (PMDBMS). Ele explicou que o objetivo é proporalternativas para a crise, criando condições para quecooperativas epequenos produtores possamcontinuar na atividade.
Moka afirmouque acriação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar a crise da multinacional italiana dependerá dos rumos dos trabalhos. "Neste momento, vamos nos ateraos limites de uma comissãoespecial", ressaltou. Além de investigar o casoParmalat, ogrupopoderá fazerum diagnósticodosetor de leite no País. Moka disse que serão aproveitados os relatóriosdeseisCPIs regionaisdo leite, que avaliaram as cadeias produtivas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina,Paraná, Goiás,MatoGrossodo Sule Minas Gerais. ACPI do Banestadojádescobriu que a unidade brasileira da Parmalat enviouR$ 1,7 bilhão aoexteriorentre 1996 e
2002, por meio de conta CC-5 (de não-residentes noPaís). O presidente da comissão especial disse que pretende obter informações da Receita Federal edaPolíciaFederal sobre essa questão financeira.
Parmalatdo Brasil - Opresidente da Parmalatdo Brasil, RicardoGonçalves, também deve ser chamado pela comissão para falar sobre as implicações da crise na matriz italiana nas operações da empresa no País. Fonte próxima à empresa disse ontem que a Parmalat do
O ex-chefe da contabilidade da Enron, Richard Causey, rendeu-se ontem às autoridades federais norteamericanas, no escritório do FBI em Houston, apenas alguns dias após o antigo vicepresidente financeiro Andrew Fastow ter concordado em cooperar com os promotores na investigação do colapso da gigante de energia dos Estados Unidos. Causey, 44 anos, ex-diretor contábil da Enron, foi demitido em
Brasil precisa de empréstimos de R$ 100 milhões para manter suasoperaçõesnos próximos 30 dias. Amesma fonte acrescentouque acompanhia járecebeu a sinalização de credores para concessãodelinhasde crédito de R$ 15 milhões.
Valor - O jornal ingês Financial Times informou naedição deontem que as fábricasda Parmalat nomundo podem valer apenas entre 1 e 2 bilhões de euros, sendo que a dívida do grupo pode chegar a 14 bilhões de euros. (Reuters/AE)
fevereiro de 2002, dois meses após a falência da empresa. Reid Weingarten, um dos advogados de Causey, disse que seu cliente "não fez nada de errado". O cargo que Causey ocupava na Enron, e não seu nome, foi citado por Fastow. Segundo o ex-vicepresidente, o diretor contábil ajudou a esconder dívidas e aumentar o lucro da empresa de forma irregular. O acordo de cooperação de Fastow levantou especulações de que finalmente os promotores conseguirão acusar o exchairman da Enron, Ken Lay, e o antigo presidente-executivo, Jeff Skilling. (Reuters)
Em seu aniversário de 450 anos a cidade de São Paulo está recebendo como presente exposições de obras de grandes artistas nacionais e internacionais. Certamente, P i c as s o na Oca é a mais importante, pois trata-se damaior retrospectiva daobra doartistaespanhol, Pablo Picasso. São 126 obras,entrepinturas,esculturas, obras sobre papel e cerâmica. Promovida pela BrasilConnects, com patrocíniodo Bradesco,a mostra ocupa a Oca, no Parque Ibira-
puera, apartir dapróxima quarta-feira,dia 28,e alipermanece até 2 de maio. Picasso na Oca consumiu cerca dedoismesesparaa montagem doespaço e das obras e envolveu uma equipe de cerca de 80 pessoas. A curadora doMuseu Picassode Paris, DominiqueDupuis-Labée diz que a exposição tomou essa grande proporção quando ela esteve em São Paulo e conheceu aOca. Elaconsidera quea arquitetura de Oscar Niemeyere aobradePicasso se
Por Beth Andalaft
complementam. O espaço ganhou cenografiadoarquiteto Felipe Tassaraedacineastae cenógrafa DanielaThomas, que deixaram aOca quase totalmente branca,para queas obras falassem por si só.
Várias fases expostas
Ostrabalhos expostoscobrem a vasta produção de Picasso, desde as sua primeiras pinturas, realizadas aos 14 anos,atéas obras concluídas pouco antes desua morte. Di-
vidida em 32 módulos, conforme as fases e sub-fases pelas quais oartista passou, Picasso na Oca conta com peças como Garota com os Pés Descalços, de 1895, Retratode homem, 1902; Bustode Mulher– Estudopara Les demoisellesd’Avignon , 1907; Grande Nu Deitado , 1943, Os Banhistas , 1956e O beijo, 1969.
Para Os Banhistas, conjunto de seis esculturas, foi criado um espelho d’água,no último andar da Oca, reproduzindo a instalação originalmente con-
cebida por Picasso e, até então, exibida apenasno MuseuPicasso deParis. Outroespaço queatrairáo públicoéotúnel de imagens,comespelhose projeçõesdo artista em várias fasesde suavida. Aprogramação de Picasso na Oca in c lu i ainda oficinase eventosespeciais. Escolas públicas, particulares e entidadessociais podem agendar visitas com antecedência. Nesses casos, a entradaé francaeas visitas agendadas são realizadas de terça a sexta-feira.
SERVIÇO
Picasso na Oca – Parque do Ibirapuera – Pavilhão da Oca –28/01 a 02/05 – de 3ª a 6ª feira, das 9 h às 21 h; sábado, domingo e feriado, das 10 h às 21 h. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada) – Gratuito para crianças até seis anos, maiores de 65 anos, aposentados e portadores de deficiência física. Agendamento para escolas pelo fone 3253-7007 ou pelo e-mail agendamento@brasilconnects.org.
Não é preciso ser hóspede. De chiques a descolados, veja cinco dicas para uma noite diferente em SP. Pág. 4
Uma península que impressiona. A 79 km de Florianópolis, exibe praias quase desertas e um mar perfeito para mergulhadores. Este paraíso oferece infra-estrutura cada vez mais completa. Neste verão, a novidade é um parque ecológico idealizado pela aventureira família Schürmann (ao lado). Págs. 2 e 3
Xodó da região, a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (acima) convida a vislumbrar um mundo de peixes a poucos metros de profundidade. Sepultura (ao lado) é uma das 29 praias locais, nas quais se preserva a pacata vida de pescador. Hotel Vila do Farol encanta turistas que querem conforto
Em área de proteção ambiental, o município de Bombinhas esconde nada menos que 29 praias de águas cristalinas. Um convite tentador a deliciosas horas de mergulho
Por Adriana David
Paraíso ecológico em Santa Catarina. Ainda pouco explorado pelos paulistanos, o município de Bombinhas, distante apenas79 quilômetrosde Florianópolis, guarda maravilhas.Dentroe forad’água.Trata-sedeumapenínsula de36 km², que avança sobre o mar formando belas praias. Ao todo, são 29 – das mais agitadas, como Bombinhas, às quasedesertas, como Tainha. Eoutrascom ondasperfeitas para o surfe, como Quatro Ilhas. Quermais? 75%de seu território éconsideradoárea depreservação, daqual faz parte aReserva BiológicaMarinha de Arvoredo, um delírio aos adeptos do mergulho. Para seu curioso nome, Bombinhas, há várias versões. Uma delas está relacionada com o som da arrebentação das ondas que, dizem, lembra o debombinhas explodindo.A outra diz respeito à areia das praias, abundanteem cristais de quartzo. Aocaminhar, ouvem-se pequenos estalosque provocam o mesmo efeito. Se você for até lá irá constatar que as duas têm sentido. Mas as atrações locais não estão apenas na areia. É possível caminhar e até cavalgar em meio à Mata Atlântica. Os mais corajosospodemainda se aventurar epraticaresportes
radicais: rapel earvorismo incluídos no roteiro. Duas trilhas são imperdíveis –adoRetiro dosPadreseado Morro do Macaco. São fáceis e reservamaos turistas vistas deslumbrantesdas Praias de Bombas, Bombinhas, Lagoinha,Sepultura, RetirodosPadres, QuatroIlhas, Canto Grande, Mariscal e Zimbros, onde secriam moluscos.Cada uma, aliás, para um público diferente. As duas primeiras, por exemplo, são própriaspara família e para quem quer agito, têm ótimos hotéise centro comercial em expansão. Qual é a sua praia? – Da Lagoinha saem os barcos para mergulho. Aoentardecer,os adeptos da pesca esportiva disputam o trapiche de lá. A Praia da Sepultura, por sua vez, exibe inscrições rupestres.Acredite. Ela foi assim batizada porque antigamente era um cemitério indígena. Aliás, em um sítio arqueológicoemBombas já foram encontradas 12 sepulturas humanas commédia de2 mil anos, objetos feitos por eles e ossos de tubarão e golfinho. De ares mais descolados e com muitos surfistas, em Quatro Ilhas, Retiro dos Padres e Mariscal concentram-sealguns dos dez campings do município. Quem preferir curtir o dia-a-dia da vida local deve dar uma passada naspraiasde
Adriana David
Nem só de mar vive o turismo na península. Em terra, há charmosas pousadas, como a Villa Paradiso (à dir.), e restaurantes irresistíveis, como a Casa da Lagosta, com criativas receitas
Canto Grande eZimbros, onde os pescadores e moradores sãofacilmente encontrados.E aPraia Tainhaéuma dasmais belas, e assim como as do Cardoso, Triste e Vermelha, praticamente desabitada. Estruturatarimbada – Comer bemé regrabásica naregião.Peixes e frutosdo mar brilham emvariadasreceitas. No Restaurante Olímpio, que fica em Bombas, sãoservidos fresquinhos. Dica do menu:
Mergulhar sobre um navio afundado é bem mais fácil do quevocê imagina.Atémesmo quem nunca experimentou pode fazê-lo em Bombinhas. A profundidade é pouca, mas suficientepara vislumbraruma infinidade de peixes e arraias. Vedete do mergulho naregião, a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo fica a cerca de meia horadelancha.Nela,o naufrágio Lily pode ser visto do próprio barco, dependendo da visibilidade, que chega a 25 metros no verão. E pode-se mergulhar, ou até mesmo pra-
ticar snorkelling, nas proximidadesdas quatro ilhasque compõem o local: Ilha das Galés, Calhaude SãoPedro, Ilha do Arvoredo e Deserto. Proteçãoambiental– Po r serprotegida desde1990,não sepode pescarnematracar barcos emArvoredo. Masnão há fiscalização por parte do Ibama. São os próprios instrutoresqueorientam anãomexer ou retirar nada do fundo do mar. A Associação das Escolas e Operadoras de Mergulho do Estado deSanta Catarinadiscute a questão judicialmente.
Bombinhasrespiraa atividade. Emtorno de1 milpessoas trabalham nela. Muitos instrutores sãonativosque aprenderam com os pais o ofício. Outros vêm de regiões mais distantes como Fernando de Noronha e o centro do País. Chegam, se encantam com o local e acabam ficando. Com o engenheiro ambiental Gustavo Rodrigo, 27 anos, foi assim. Veio de Goiás há alguns anos e nunca maispensou em sair. Começoua trabalharna prefeitura e acabou se envolvendo com mergulho.
O sonho daatual administração de Bombinhas é transformaro municípioemum Parque-Cidade, assim como a bela Fernando de Noronha (PE).O objetivoé evitaruma exploração descontrolada, comoavista novizinhobalneário de Camboriú. Segundo oprefeitoClaudionor Carlos Pinheiro, a idéia é controlar a entrada de turistas a fimde proteger anatureza,
que está em zona de preservação e possui um dos maiores números deespécies de aves do mundo. Não é à toaque umadas principais opções de passeio na região seja a trilha para observação depássaros."Meu sonho éterumacidadebem controlada, desde a preservação danatureza atéa entrada de pessoas", diz Pinheiro. Apóssuaemancipação de
pescado ao molho de camarão, com arroz esalada. Outra opçãodeboacozinha éaCasada Lagosta. Além de grelhado, o crustáceo vem em mais versões culinárias. Tem bolinho e maionesede lagosta. Para quem prefere massas, aves e até feijoada,o RestaurantedoFarol, juntoao hoteldemesmo nome, é o local. Opções para se deliciar na hospedagem tambémnão faltam na cidade.Luxuososho-
téis, condomínios e pousadas pipocam em todas partes. Deste último tipo de acomodação, sãomaisde150 porlá, atéo prefeito Claudionor Carlos Pinheiro tem uma.
Na listade boassugestões, o Hotel Vila do Farol, todo coloridinho, esbanja hospitalidade. Aconchegante, oferece ainda um ótimo restaurante (pães feitos na casa) e sala de DVD. Mesmo que o tempo não esteja parapraia, ascrianças têmdi-
versãogarantidanas salasde recreação e karaokê. E além do marzão em frente, hóspedes contam com o conforto da piscina e serviço de bar.
Outro luxo é a Pousada Villa Paradiso, dotadade banheiras de hidromassagem, ofurôs, deques molhados e bangalôs diante da bela Praia da Lagoinha. Um estouro!
A viagemfoioferecida pelo Hotel Vila do Farol
Na reserva de Arvoredo, a visibilidade é tanta que se pode ver um naufrágio sem sair do barco. O maior atrativo, porém, é mergulhar
Porto Belo, em 1992, a cidade de Bombinhas temrecebido melhorias significativasem suainfra-estrutura, fatoque, emborabeneficie seushabitantes, pode provocar o estímulo do turismoem massa e o conseqüente aumentoda degradação ambiental. Como incentivo para a conservação, a prefeitura concede desconto de 10% para cada árvore mantida na ca-
sa dos munícipes.Outra medida tomada para evitar a explosãodemográfica eturística éo número limite de andares dosedifícios. Ese estiverpensando emseinstalar porlá, prepare-se:terrenos desse paraíso são caríssimos. Masapesar doreceio de umatransformação radical do local, benfeitorias estão sendo realizadas para atender, cadavez com maiscon-
forto e qualidade, os visitantes do município. No verão passado, Bombinhas acolheu cerca de 160mil turistas.Na região centraldacidade, já funciona umsistemadesaneamento básico e a meta é de que a obra seja finalizada em breve. Alémdisso,o prefeito afirma que já existem projetos para a reciclagem de água e lixo e de um segundo acesso à cidade pela BR-101.
Aberto neste mês em Bombinhas, o Parque Ambiental Família Schürmann exibe fotos e objetos do clã catarinense que rodou o mundo num veleiro. E mais: tem trilha e café no estilo da Polinésia
Umadas grandes novidades em Bombinhas éa inauguração do ParqueAmbiental Família Schürmann. Aberto neste mês, oespaço, emmeio a30 milmetros quadrados de Mata Atlântica, mostra um pouco das aventuras realizadaspela família catarinense que rodou o mundoem dezanosseguindo os passos da expedição do portuguêsFernão deMagalhães.O navegador comandou a primeira volta ao mundo entre 1519 e 1522. E nãoconseguiu completá-la. Morreu em 1521 em combate com nativos das Filipinas. Àmostra,além de fotografias relacionadas às expedições dos Schürmann –a primeira entre1984e 1994easegunda entre 1997 e 2000 –, o visitante aprecia peças recebidas de presente, comomandíbula dejavali ecoco em formatode cor-
po feminino de Seichelles. O parque proporciona também educação ambiental, com trilhasecológicas epasseiosde escuna.Por meiodoInstituto Schürmann, há coleta seletiva do lixo, cuja renda é revertida a entidades filantrópicas. Oferece ainda lojinha e café com decoração no estilo da Polinésia. Fundo de quintal dos aventureiros – Bombinhas é o local onde os Schürmann treinam pela ocorrência de todo tipo de vento e dificuldade de atracar o barco. Há 20anos, afamília utilizava a Praia da Sepultura paraa ancoragemdoveleiro. "De lá paracá algumas coisas mudaram em Bombinhas, mas a água continuaclarinha", diz DavidSchürmann, de29anos (filho do meio), que continua a velejarcomos pais Vilfridoe Heloísa e a irmã Kat, de 11 anos. Osoutros doisirmãos, PierreeWilhelm, aliamapai-
xão pela velaa outras atividades. O primeiro dedica-se ao windsurfe (é um dos melhores do mundo) eo segundo cuida dos negócios da família.
Amor por Bombinhas – Entre suas praias preferidas, Daviddestacaas deBombinhase Quatro Ilhas.Conhecedor de diversos paraísos no planeta, ele diz que a beleza natural do mar dali é muito particular, assim comotoda a costasul brasileira. "Lugaresparecidos há no Panamáe na Venezuela. Bombinhassó perdeparaas praiasdo Índico",afirma."O municípiotem estruturapara todotipodepúblico,dos que querem pousadas bacanas a hotéis de luxo", completa. E revela que sempre que está por lá hospeda-se nos hotéis Vila do Farol ou Vila do Coral.
Nos últimos meses, David se divide entre a finalização do parque, do longa-metragem O
Além da natureza, há mais atrativos paraaquelesqueescolherem Bombinhascomo destino de férias. Shows folclóricosduranteo verãosãoapenas alguns deles. No calendário de comemorações populares da cidade,pelo menos três
festas merecem atenção. A dos pescadores, após oCarnaval, a de emancipação, em março, e a do marisco, em julho. "Para comemorar11 anos deautonomia, serão11 diasde festa", afirma o prefeito Claudionor CarlosPinheiro. Quem não
COMO CHEGAR
O aeroporto mais próximo de Bombinhas é o de Navegantes, distante 47 km. A partir de São Paulo, apassagemaérea promocionalpela TA M ( te l. 0300/1231000)e pela Va rig (tel. 5091-7000) sai a partir de R$ 516,40 ida-e-volta. De carro, saindo da capital paulista, pegue a BR-101 em direção a Camboriú (a 41km de Bombinhas). Outra opção é ir até Camboriú de ônibus,saindo da Rodoviáriado Tietê(tel.32350322). Em ônibus leito, gasta-se em torno deR$ 200 (ida-e-volta). Somente ida custa entre R$ 95,33 e R$ 97,30 pela empresas Pluma (tel.6221-9977) e Catari ne n s e (tel. 6221-1695),respec tivamente.
ONDE FICAR
PousadaVilla Paradiso: Av. das Garoupas, 5, tel. (0--47) 369-0005,site www.villaparadiso.com.br. Diáriasa partirde R$ 345 por casal, com café. HotelVila doCoral: Av. Ver. Manoel José dos Santos, 215, tel. (0--47) 393-9333, site
www.viladocoral.com.br. Diárias a partir de R$ 270 por casal, com café.
Hotel Vila do Farol: Av.Ver. Manoel José dos Santos, 800, tel. (0--47) 393-9000, site www.viladofarol.com.br. Diárias a partir de R$ 400 por casal, com café.
ONDE COMER
Casa da Lagosta: Av.Ve r. Manoel José dos Santos, 987, tel. (0--47) 369-2235. Restaurante do Farol: Av.Ver. Manoel José dos Santos, 800, tel. (0--47) 369-0341. Restaurante Olímpio: Fic a
conseguir participar de uma delas, podeentrar emcontato com a cultura, o folclore e a história da cidade no Engenho do Sertão.Lá estáinstalado um museu e um engenho defarinha de mandioca construído há cerca de 150 anos.
na beira da Praia de Bombas, tel. (0--47) 369-1297.
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M ergulho: na Submarine, Praiada Lagoinha, tel. (0--47) 369-2473/2867. Saídas para Arvoredo custam a partir de R$ 100 por pessoa. Parque Ambiental Família Schürmann: Av.Ver. Manoel Josédos Santos, s/nº.tel.(0-47) 393-7112. Ingresso a R$ 3. Engenho do Sertão: CaminhoparaZimbros. tels.(0--47) 393-3099 e (0--47) 369-2690. Não é cobrada taxa de entrada, mas aceita doações. Turismo de aventura: na Trilhas eHorses,R.Tucunaré, 12, tel. (0--47) 369-0309.
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Mundo em Duas Voltas (que recria aexpedição de 1984)e a pesquisa tecnológicaparaa próxima viagem. A nova aventura terá início em 2005 e o roteiro ainda é segredo. David diz apenas que é inédita, vai envolver Américado Norte,Ásia e Europa e que a idéia foi de Kat. "Achamos que era uma doideira de criança, mas passei a noite nainternetverificandoa possibilidade de fazê-la."
Bombinhas é um dos locais onde os Schürmann (entre eles, Vilfrido e Heloísa, a pequena Kat e David, de 29 anos) treinam para suas aventuras. A nova atração fica em meio a 30 mil m² de mata e oferece até lojinha
Pesquisa confirma desempenho ruim das micro e pequenas empresas em 2003, mas também mostra que 61% delas apostam em um 2004 bem melhor A onda deotimismo em relaçãoa 2004, que parece ter contagiado quase todosos setores da economia brasileira (apesar devários teremfechado 2003com faturamentoe produção menores que no ano anterior), também alcançou as micro e pequenas empresas. Uma sondagem realizada pelo Serviço de ApoioàsMicro e Pequenas Empresas de São Paulo(Sebrae-SP) indica que 61% dosentrevistados acreditam que ofaturamento de sua empresa vai aumentar este ano. Asituaçãoatual, noentanto, é bem diferente disso. Deacordo como últimoresultado dos Indicadores Sebrae-SP,referente aomêsde novembro, houve queda de 2,3% nofaturamento realdas micro e pequenas empresas no período na comparação com o mês anterior, outubro de 2003. No acumulado do ano até novembro,os números também
foram negativos, em 14,4%. Mas, segundoo assessor de pesquisas do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, a queda registrada no mês de novembro não comprometeo otimismopara 2004,pois jáera umresultado aguardado. "A desaceleração já era esperada, especialmente na indústria, poiso abastecimentodocomércio paraoNataljá havia sido realizado. Não à toa, foi o setor que apresentou o pior desempenho no mês, quedade 4,4%, seguidodeserviços, com retração de 3,1% e do comércio, com 1,6%", diz. Emprego e renda – Gonçalvestambém chamaaatenção parao fato deque o nível de pessoal ocupado manteve-se estável, semvariação emrelaçãoaomêsde outubro. No acumulado do ano houve uma ligeira queda de 1,4%. Apesardisso, otrabalhador da micro e pequena empresa ficou com seu poder de com-
Ao mesmo tempo em que os micro e pequenos empresários são otimistas em relação a 2004, estão também cautelosos nas tomadas de decisões. Se por um lado 61% dos entrevistados pelo SebraeSP acreditam que haverá aumento no faturamento, apenas 36% pretendem investir em máquinas e equipamentos. Isso porque, para 58%, o reflexo imediato do aumento de faturamento seria a diminuição de endividamento da empresa. E apenas 13% acreditam no aumento do endividamento. Já em relação à economia, as opiniões são contraditórias: 55% dos entrevistados acreditam que o nível de produção irá crescer e 10% apostam em queda. Mesmo assim, 41% acreditam que haverá ainda mais desemprego. Em relação à taxa de juros, 52% acreditam que ela cairá. Mas, a manutenção da Selic em 16,5%, para o superintendente do SebraeSP, quebrou a expectativa que vinha se mantendo nos últimos meses. (PB)
pra mais comprometido,pois acumulanoanode 2003 perdas de14,9%. Fato queseria considerado mais que suficiente parafrear um pouco o otimismo de alguns setores pa-
ra2004.Mas nãofoioque aconteceu com as micro e pequenas empresas. Cenário favorável – O motivo, na opinião do superintendente do Sebrae-SP, José
Luiz Ricca, é que o cenário macroeconômico, tanto interno quanto externo, sinalizacom umaretomada de crescimento. "Claro que o simples fato de mudarmos deano nãosignifi-
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), apurado trimestralmente pela ConfederaçãoNacional daIndústria (CNI), registrou de outubrode 2003para janeirode 2004 umamelhora geralnas avaliações dos empresários sobre as condições atuais da economiabrasileirae dosetorindustrial. As expectativas em relação ao desempenho para os próximos mesestambém ficaram mais positivas. "Pela primeiravez desdejaneiro de 2001, todos os indicadores estão positivos, o que é umsinal claro de queosem-
presários estão percebendo que aeconomia estásuperando asdificuldades quemarcaram esses últimos anos", afirmou o chefe da unidade de Política Econômicada CNI,Flávio Castelo Branco. O ICEI faz parte da sondagemindustrial feitapelaCNI, que terá seusdados completos divulgadosna próxima semana pela entidade. A pontuação dada pelos entrevistados vai de zeroa 100.Pontuações acima de 50 são consideradas favoráveis. O índice subiu de outubro do ano passado para janeiro deste ano de 55,7 para 62,4.
ca queo ciclode quedasficou para trás como em um passe de mágica. Entretanto, nos últimos meses a macroeconomia esteve calma, o câmbio e os juros estão caindo, o que é extremamente propício para a retomada da economia", afirma. Já o assessor de pesquisas complementa dizendoqueos 10pontos reduzidos na taxa Selic ainda não se refletiram na micro e pequena empresa. O que deve ocorrer nos próximos meses. "Além disso, arecomposição dos salários, que virá com os dissídios, devolverá o poder de compra à população. Isso,somado à inflação controlada, semdúvida sinalizam uma recuperação", opina Gonçalves. A lógica traçada por ambos é que, com mais dinheiro, as pessoas comprem mais, eas empresas precisem aumentar aprodução para atender a demanda.
Naavaliação dascondições da economia brasileira, a variação foi ainda mais significativa,passandode 42,3 para 56,1pontos. "Issoreflete não só o desempenho da economia no último trimestrede 2003, mastambéma percepçãode melhora das condições da economia brasileira. Emtermos gerais, éa percepçãode queo ambiente está mais favorável", salienta Castelo Branco. Expectativa nas empresas –O economista Renato Fonseca, técnicoresponsável pela apuração do ICEI, destaca o aumento significativo que ava-
liação sobre a situação atual da economia brasileira também gerouum crescimentoimportante na expectativa dos empresários em relação ao desempenho de suas empresas nos próximos seis meses. Até a pesquisapassada, apercepção de consolidação dos fundamentos macroeconômicos não geravaefeitos tãosignificativos em termosde perspectivas para as empresas. Os dois economistas da CNI reconhecem, entretanto, que a manutenção da Selic em 16,5%acabaprejudicando a leitura do ICEI. (AE)
Não só de soja sobrevivem as nossas exportações. Há brasileiros ganhando o mundo com cabos de vassoura, contraceptivos e até ataduras coloridas O Brasil bateu um recorde histórico de exportações em 2003. Mas, não foram só os commodities os responsáveis por esse desempenho. Segundo oMinistério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, produtos que não são tradicionalmente exportados tiveramumcrescimento expressivo,em alguns casos, de até 21%.Dentreessasmercadorias, há de tudo: cabo de vassoura, roupa para cachorro, parapente (para vôo livre), dispositivo intra-uterino(o DIU), atadura de gesso, e o que mais o freguês estrangeiro desejar. Ary Carlos Pradi, da catarinense Sol Sports, por exemplo, fabrica e exporta parapente, uma espécie de pára-quedas. Tudo começouhádozeanos, quando ele percebeu que seu hobbypodiase transformar em um bomnegócio. Montou como irmãoumafábrica jáde olho no mercado externo, uma vez que o Brasil ainda tem poucos adeptos da modalidade.
Como vôo livre é mais um hobby queum esporteprofissional, o mercado de todo o mundo é suficientepara cerca de 40 empresas,segundo Pradi. "Eu certamente roubei a fatiadealguém", dizoempresário. Valeu apena. Hoje a Sol Sports,que contacom 70fun-
Ricardo Linhares (esq) conquistou mercado com exposição de gesso nas cores da bandeira nacional, enquanto Geraldo Fernandes (acima) trocou venda de resina por cabo de vassoura para ganhar cliente português.
cionários, exporta para 45 países etem a Europacomo principal mercado. "Somos os únicos emtoda a América a produzirparapente",conta. A concorrência vem de fortes marcaseuropéias que,porsua vez, produzem na Ásia.
Gesso colorido – Masnão
sãosóos artigosesportivosdo Brasil que se destacam no mercado externo. Durante uma feirahospitalar naAlemanha,a empresa Polarfix enfeitou seu estande com seuproduto de maior apelo: as ataduras de gesso coloridas. "Utilizamos as coresdabandeirado Brasil", recorda RicardoFontana Linhares, diretorgeral da empresa. "Fizemos o maior sucesso". A Polarfix chamou a atenção nãosópelocoloridode seus gessos, mastambém pelosimples fato deserumaempresa brasileira entrando emum mercado de velhas e conhecidas ataduraseuropéias eamericanas. "O setorde saúde ainda édesconhecido no exterior", explica Linhares. Hoje a Polarfixexporta para países da América do Sul, Centralecomeça aentrarnomercadoamericano eeuropeu.Linhares conta que a decisão de exportar, há três anos, foi tomada quando eles deixaram de vero concorrenteestrangeiro
Odispositivo intra-interino, popularmente conhecido como DIU,nãofaz tantosucessoentre asconsumidoras brasileiras como aspílulas anticoncepcionais.Prova dissoé que a Injeflex, empresa sediada no bairro do Ipiranga, mais exportaDIUdo que vendeno mercado interno. "A cultura da pílula ainda é muito forte poraqui",constata Ronaldo Canteiro, dono da empresa. Um trabalho de divulgação entre consumidoras e médicos está sendo desenvolvidopela
empresa.Mas, para Canteiro, só daqui uns dois anos surtirá efeito. Enquanto isso não acontece, eledestina quasetoda asua produção, cercade 40 mil unidades por dia, para países como Paquistão, Chile, Argentina, Uruguai e Costa Rica, entre outros. A Injeflex tem ainda um contratocom aOrganização das Nações Unidas (ONU), que garante demandas esporádicas. Quando isso acontece, Canteiroé obrigadoacontratar funcionáriosextraspara
dar conta das encomendas.
Madein Brazil– A tecnologia da empresa veio do Canadá, masa matériaprima estáquase toda aqui,em outraempresa também de Canteiro, a Embaquim. "Esse é um diferencial que temos: nós mesmos produzimos todas as peças necessárias para oDIUenquanto nossos concorrentes compram", diz. AgoraCanteiro estádeolho no mercado europeu,que tem naFrança omaior númerode consumidoras. "Masainda estamosatrásde umselodecer-
EVENTO VAI REUNIR
ESPECIALISTAS EM COMÉRCIO EXTERIOR DE VÁRIOS SETORES
AAssociaçãoComercial de São Paulo (ACSP) promove no próximo dia 5 de fevereiro, o seminário internacional "Como exportar para os Estados Unidos - Aspectos Práticos das Medidas Antiterrorismo". Participarão do evento o engenheiro João Fernando,da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Vicente Mazzarella, coordenador geral do Programa de Apoio Tecnológicoà Exportação (Progex) do Instituto de PesquisasTecnológicas(IPT) eo advogado norte-americano Leslie Alan Glick, especializadoem questõesaduaneirase
regulamentações da Federal and DrugAdministrationFDA dosEUA, autorde trabalhos como o "Multilateral TradeNegotiations"e "GuideTo US Customs and Trade Laws". Atualmente, Glick está envolvidocom projetosrelacionadosaoSistema GeraldePreferências(SGP)de entidades e empresas brasileiras. Objetivos do seminário
● Analisar as opções para abertura de canais de distribuiçãonos EUA eoscustos de prospeção de negócios,
● Orientar as empresas exportadoras e asprestadoras de serviçosque operamnacadeia desuprimentosparaos Estados Unidos, para a adequação de processose procedimentos deprodução que atendamàs normas de segurança Container Security Initiative - CSI e
Foi prorrogada a vigência do Acordo de Complementação Econômica n.º 39 (ACE) até o dia 30 de junhode 2004, a fim de manter aspreferências tarifáriasqueo ACE39instituiua partir de agosto de 1999.
A prorrogação leva em conta onovoacordo assinadoem25 de agosto de 2003 entre o Peru e os Estados partes do Mercosul (Brasil,Argentina,Paraguai e Uruguai), pelo qual se estabelece umazonadelivre comércio. Também foiconsiderado o ACE 59, assinado em 16 de dezembro de 2003, entre osEstados partesdoMercosul e os países membros da Comu-
nidade Andina: Colômbia, Equador e Venezuela. A prorrogação do ACE 39 contempla anecessidadede preservar as correntes de comércio já existentes, até que os acordoscitados acimaentrem efetivamente em vigor. O Decreto n.º 4.951, de 12 de janeiro de 2004,publicado no Diário Oficial daUnião do dia 13 domesmomês,dispõesobre a execução do 10º Protocolo Adicional ao ACE 39 assinado entre os governos do Brasil, Colômbia,Equador, Perue Venezuela, no dia 18 dedezembrode2003, eque visa a sua prorrogação.
24 HourAdvanceNotice of Cargo Manifests;
● Avaliarcom exportadores brasileiros a parceria com a Alfândega dosEUA comvistas à prevenção de atos terroristas,
● Orientaras exportadoras nacionais dossetores de alimentos, bebidas emedicamentospara aadequaçãoàs normas de segurança impostas pelo FDA;
● Apresentarcasos denegócios beme mal sucedidos nos EUA, apartir desetembrode 2001, com empresas brasileiras e norte-americanas.
O seminárioserá realizado na sede central da ACSP, à Rua Boa Vista, 51 - 9º andar, das 8h30 às 14h.Consultas e inscrições podem ser realizadas pelos telefones (11) 32443500, 3244-3986 ou pelo fax (11) 3244-3366.
tificação exigido pela Comunidade Européia." Segundo Canteiro, existe "umameia dúzia" de fabricantes de DIU em todo mundo,mas ele éo únicoda América do Sul. Desafio – Exportar, para a Injeflex, não é o mais difícil. Tarefa árdua vai ser convencer o governo brasileiro de que o planejamento familiaré amelhor maneira de acabar com a fome no País. "Isso sim é Fome Zero, uma família decidir quantos filhos quer ter, e não a distribuição de comida", conclui. (DR)
como um "bicho-papão". "Analisamos a fundoos outros fabricantese percebemosque tínhamos algumasvantagens sobre eles", conta. Uma delas é a matéria prima, 99% brasileira. Cabosde vassoura – Matéria-prima nacional também não falta para o empresário Geraldo Fernandes. Há quatro anos, ele trocou a exportação deresinapela decabosdevassoura, ou "cabostorneados de madeira", como ele prefere chamar.Aresinajánão dava tanto lucro e Fernandes tinha um comprador certo em Portugal.Hoje,ele vende 90 mil cabos a cada 45 dias. O exportador tem quatro fornecedores entre ointerior de São Paulo e do Paraná. Para Fernandes, é vantajoso manter esse esquema de apenas um comprador, que, segundo ele, distribuipor todoo nortede Portugal. Mas ele garante que
os cabos, feitosde pino tropical,fazemsucessolá fora ejá estão presentes outros países. Percalços – Mas como nem tudo é perfeito, os empreendedores reclamam da burocracia que existe paraexportar e dos altos custos e tarifas. Fernandes lembra que não existe seguro "pagável" para um pequenoexportador comoele, que não pode encarar os US$ 4.200 por remessa. Ary Carlos Pradi, dosparapentes, cogita até sair do Brasil para aumentar sua produção. "Porque aqui eu tenho muitos problemas com prazo e para crescerprecisaria eliminaressesentraves", avalia.Paraos pequenosexportadores, esseé o preçodo"custo Brasil", que alémde limitar a capacidade das empresas, poderá transformar os produtos brasileiros em "Made in China".
O Ministério das Relações Exteriores divulgou comunicado da embaixadabrasileira em Acra, capitalda República de Gana, alertandoaos exportadores brasileiros que venhamasercontactados por importadores da região, sobre tentativas de fraude.
De acordo com o informe do diretor-geral de Promoção Comercial do Ministériodas Relações Exteriores, Mário Vilalva, temocorrido tentativas fraudulentas,por partede supostas empresas sediadas no Togo, de receber mercadoriasimportadas antes de seu pagamento. A alegação infundada é de que a legislação local nãoadmite transferência de divisasantes dorecebimento de mercadorias. AEmbaixada doBrasil em Acra chama a atenção, em particular, para as empresas togo-
BANGLADESH
003 - Artigos dejuta tais como sacaria para todo tipo de produto; tecidos e fios de juta.
TAILÂNDIA
004 - Borracha
005 - Cloreto, sulfato e óxido de zinco; químicos
006 - Cosméticos, produtos de toalete e para bebês
ISRAEL
007 - Comidas étnicas
008 - Diamantes grandes com asseguintes características: peso:1cts até20cts;corte: fancy, roundand fantasyshapes; cor: D-I e fancy colors; clarity: IF -SI1.Todas as pedras possuem os certificados GIA IGI e EGC.
009- Vinhosengarrafados com denominação de origem La Mancha; tintos varietais: cabernetsauvignon,merlot, syrah; brancosvarietais: macabeo, chardonnay, sauvignon blanc;vinho espumante;vinhos ecológicos/orgânicos brancos e tintos; vinhos de mesa brancos, tintos e rosados. 010 - Cimento dental; produtos de obturaçãodental, branqueamento,pasta profilaxia, ácido gravador, fios de retração e produtos para desinfecção PAQUISTÃO 011- Ferramentasmanuais parajoalheirose relojoeiros; tesouras ealicatesde uso odontológico
lesas com razão social no idioma Inglês, uma vez que a língua oficial do Togo é o Francês. Tratam-se, muitas vezes, de nigerianos que estabelecem negócios de fachada no Togo. Nessesentido,a embaixada recomenda que as empresas brasileirasnão negociemcom firmas togolesas sem antes consultar o setor comercial da Embaixada do Brasil em Acra, no endereço abaixo: Embassy of Brazil Millenium Heights Building 14
Liberation Link Airport Commercial Area,2nd floor, A Acra - Gana
telefone: (233 21) 774-908 / 774-921
fax: (223 21) 778-566
e-mails: brasemb@igmail.com ou brasemb@ucomgh.com
Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51 – 8º andar Telefones: 3244-3500 e 3244-3397
Câmara Britânica de Comércio e Indústria tem novo presidente
No próximo dia 5 de fevereiro, a CâmaraBritânica de Comércio e Indústria no Brasil empossa seunovo presidente, Aldo Castelli. Ele irá substituir Gilberto Giusti, atualmente no cargo. Formado em Contabilidadepela Universidade Mackenzie, Castelli também tem em seucurrículo diversoscursos e especializações realizados nos EstadosUnidos, Reino Unido e França. Atualmente, é presidente da ShellBrasil e vice-presidente Corporativo da Shell na América Latina. Acerimôniaserá emSão Paulo, no Centro Brasileiro Britânico,localizado naRua Ferreira de Araújo, 741 - 4º andar, em Pinheiros,a partir das 11h45. Além da cerimônia de posse,haverá umcoquetel,seguido de almoço, no restaurante da entidade. As adesões parao eventopodem serfeitas pelotelefone (11) 3819-0265 com Tatiane, Andréaou Márcia, ou pelo e-mail: eventos@britcham.com.br
Participarão doevento diversos membrosdaCâmara, entre eles o presidente da Filial São Paulo, Ivan Clark.
ISRAEL
001- Empresa israelense representando umadas principais companhias locais de armazenamento e infra-estrutura de combustível e gás deseja identificarempresa paraassociar-se e formar uma "joint-venture" para gerenciar projetos no segmento de gás natural.
POLÔNIA 002- Principalempresapolo-
nesa utilizando modernos métodos de fabricação e especializada em toda linha de flanges (pipe-fittings), busca contato com empresasbrasileirasdo mesmo segmento, para cooperação. Seus produtos estão dirigidos para os seguintes setores industriais: oleodutos, estaleiros, indústrias processadoras de alimentos e químicas.
Carros com placas finais 1 e 2 não podem circular nesta segunda-feira no centro expandido da capital
O rodízio de circulação de veículos na cidade de São Paulo está de volta a partir de hoje. Estão proibidosde circular nesta segunda-feira, no centro expandido da capital, os veículos com placas finais 1 e 2. O rodízio foisuspenso no dia 22 dedezembro, por causa das férias escolares. Este ano a interrupção foi maiorpara alcançar as comemoraçõesdo 450º aniversário de aniversário de São Paulo.
A Companhiade Engenhariade Tráfego (CET) acredita que amedida reduz em20% a extensão doscongestionamentos nos horários de pico. Centro expandido - Instituídaem1977,arestrição de circulação ocorre de segunda à sexta-feira, das 7h às10h e das 17 às 20h. Os veículos são proibidos decircular pelas marginaisdoRio Pinheirose Tietê, Avenida dos Bandeirantes, TúnelMaria Maluf,Avenidas Tancredo Neves, Juntas Provisórias,AnhaiaMelo eSalim Farah Maluf.
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Na segunda-feira, o rodízio atinge os veículos com placas com finais 1 e 2. Na terça-feira, nãocirculam osautomóveise caminhões complacas finais3 e4. Eassim,sucessivamente, até a sexta-feira. Multas - Quemdescumpre o rodízio pode ser multado em 80 Ufir's,cerca deR$ 85,além deperder quatro pontosna carteira de motorista. A fiscalização tem sido pesada, em cerca de50 pontos dentrodo mini-anel viário.
Empresários argentinos e brasileiros fecharam um acordo na madrugada de sábado reduzindo a exportação de denim (jeans) do Brasilpara a Argentina em 25% em relação às vendas de 2003. Depois de "oito longas horas de negociação" em São Paulo, cinco representantes da indústria têxtil argentina, liderados por Carlos Basaldúa, presidente da Alpargatas da Argentina,concordaram coma proposta da Associação Brasileira da IndústriaTêxtil (Abit) de limitar as exportações brasileiras de denim a 15 milhões de metros lineares, ante 19milhões no ano passado. "Foi uma decisão boa para os doispaíses",dissePaulo Skaf, presidente da Abit. "Eles insistiamnaredução paranovemi-
lhões de metros lineares,mas conseguimos chegar a um meio termo." O "acordo de cavalheiros" podeser asolução para uma crise comercial entre os dois países,quevinhaseagravando desde o início do ano. Sexta-feira, o ministro da Economia da Argentina,Roberto Lavagna, haviaanunciado aaplicação delicenças nãoautomáticas para a importação detêxteis brasileiros. Entreos produtos brasileiros atingidos estão tapetes,denim,fiosde acrílico etecidos defios coloridos. Quandoa medidaentrar em vigor, a entrada de têxteis ficará mais lenta e burocrática. Lavagna anunciou a medida cedendo a pressões do empresariado argentino, que alegava estarsofrendouma "invasão"
dos têxteis brasileiros. Sábado, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse em Davos que a medida da Argentina contraas exportações brasileiras era "intempestiva".
Segundo Skaf, a Argentina deve suspender a imposição das licenças não-automáticas aos têxteis nesta semana."A condição 'sine qua non' para o acordo entrar em vigor é a suspensão da medida", afirmou Skaf."Isso ficou bem claro na reunião."
Com oacordo,o Brasil,em tese,perderia avendade 4milhões demetros linearespara a Argentina, o equivalente a US$ 40 milhões. Mas, segundo Skaf, essalimitação de vendas não significa necessariamenteuma perda: "Quem disse que conseguiríamos exportar 19 milhões de metros lineares este ano, como noanopassado?2003foi umanoatípico, ademandaargentina estava alta, com recomposição de estoques." (AE)
Rodada de Doha foi o tema central de Davos
A retomada das negociações globais de comércio e os desequilíbrios externos das maiores economias foramos grandes temasdo FórumEconômicoMundial, encerradoontem. O diretor-geralda OrganizaçãoMundial doComércio (OMC), Supachai Panitchpakdi, passou amaior parte da semana conversando com ministrose empresários, em reuniões abertas e fechadas, eapelou aosgovernos, mais de uma vez, para que tentemconcluir nesteanoaRodada de Doha, que deve ser retomada em fevereiro.
Os organizadores do Fórum tentaram transformar o terrorismo e a segurança internacional num dos temas centrais, mas sem grande sucesso. (AE)
ADEUS AO ETERNO
DIAMANTE NEGRO
Reprodução/AE
O atacante Leônidas da Silva (*Rio deJaneiro, RJ, 6/9/1913) aparece acima ao lado de Lima, do Palmeiras, antes de um jogo nos anos 40. Astro do Brasil e artilheiro da Copa do Mundo, em 1938, com 8 gols, ele foi ídolo do Flamengo (de 1936 a1941) edo SãoPaulo(de 1942a 1950).Consagroua bicicleta,jogada em que, de costas para o gol, golpeavaa bolano ar.E ganhouo apelidode DiamanteNegro.Morreu no sábado, dia 24, em São Paulo, aos 90 anos. 0
O FUTEBOL BRASILEIRO NA OLIMPÍADA
Pela quarta vez, o Brasil deixou de se classificar para a disputa do torneioolímpicode futebol.Entrea primeiraparticipação, emHelsinque(1952),e aúltima,emSydney (2000), a Seleçãosó havia ficadode fora em três oportunidades: Melbourne (1956),quando nenhum país da América do Sul participou; Moscou(1980), quando caiuno Pré-Olímpico dianteda Colômbia; e Barcelona (1992), novamenteeliminado no Pré-Olímpico, por Paraguai e Colômbia . 0
Pelo menos até Pequim, em 2008, o ouro olímpico continuará sendo o título mais importante que o Brasil perseguiráno futebol.Seus melhores resultados até hoje foramduasmedalhas deprata,nos Jogos de Los Angeles (1984) e nos de Seul (1988). O Brasil perdeu a final de 1984, para a França (2 a 0), e a de 1988 para a União Soviética (1 a 0 na prorrogação, depois de empate por 1 a 1 no tempo normal). O país tambémfoi medalha de bronze em Atlanta (1996).
O maior campeãopaulista é o Corinthians, com 25 títulos. Seguem:Palmeiras (21),São Paulo (19), Santos(15) e Portuguesa (3). Inter de Limeira e Bragantino têm um cada.
Oestede Itápolise AtléticoSorocaba jogam oPaulistão pelaprimeira vez neste ano. Sorocaba sediou jogos entre 1963 e 1991, com o São Bento. Itápolis é a 38ª cidade na história do campeonato.
A Copa São Paulo de Juniores começou em 1969, como um quadrangular envolvendo somente asequipes da capital. Este ano, contou com o número exagerado de 80 times.
Falcão (Inter-RS), Cerezo (AtléticoMG),Casagrande (Corinthians), Djalminha (Flamengo),Dener (Portuguesa)e Kaká (São Paulo) foram os principais craques revelados nestes 35 anos de disputa.
Eduardo Pincigher correu as Mil Milhas; Patrícia Teixeira disputou o Troféu Cidade de São Paulo
Páginas 3 e 4
Ofutebol brasileiro está fora da Olimpíada de Atenas.A Seleção Sub-23 precisavaapenas de umempate para assegurar umadas duas vagassul-americanasna Olimpíada,masperdeuontem para o Paraguai por 1 a 0 e ficou em terceiro lugar no Torneio Pré-Olímpico disputadono Chile. A Argentina, que empatou com o Chile por 2 a 2, conquistou o título do Pré-Olímpico. O Paraguai, vice-campeão, ficou com a segunda vaga na Olimpíada. No jogo quesepultou de vez osonho brasileiro de conquista doinédito ouroolímpico em2004, oParaguaifezum bomprimeirotempoechegoua 1a0 com um gol de cabeça marcado por De Vaca aos 32 minutos.A vantagemnoplacarpermitiu queotime paraguaio voltasse mais fechado para o segundo tempo, que teve infrutífero domínio dos brasileiros. OatacanteDagobertosubstituiu ovolante Paulo Almeida e levou o Brasil ao ataque desde o começo do
segundo tempo,tanto queo Paraguaitrocou oatacante Pablo Giménez pelo zagueiro Alvarenga. O Brasil perdeu, no entanto, todas as chances degol que chegou acriar ereclamou emvão deum pênaltiem DanielCarvalho queo juiznãomarcou. Nofinalzinho do jogo, Dudu Cearense desperdiçou a mais clara chance de empate ao chutar por cima do gol uma bola quelhesobroulimpa dentropdapequenaárea.Em seguida, Edu Dracena foi expulso.
Nofim dojogo,RicardoGomes reconheceuqueo Brasil não jogou "o futebol que se precisa jogar numa decisão"eassumiutoda aresponsabilidadepelofracasso no Pré-Olímpico, mas o diretor-técnico Branco, que saiu do vestiário com os olhos vermelhos, acaboudeixandoescapar umacríticaaos jogadores: "Hoje em dia, futebol não se ganha mais só com a técnica. Se não houver vontade em campo, você sempre estáarriscado aperder.Setivéssemos jogadocomo
Atacante são-paulino marca dois gols e garante a vitória no primeiro clássico, contra a Portuguesa, por 3 a 2
O primeiro clássico do Campeonato Paulista de 2004, entre os remodelados times do São Paulo e da Portuguesa, disputadonodomingo, no Canindé, foi um jogo difícil. Tão difícil que só foi decidido em favor do São Paulo, por 3 a 2, com um gol dorecém-contratado Grafite, adez minutos do finalda partida. Mas quem brilhou mesmo, mais uma vez, foi seu companheiro de ataque, Luís Fabiano.
A diferençaentre os doistimes ficou clara quando ele marcou duas vezes no primeirotempo, aos34minutos,cobrando pênalti de Capitão em Danilo, e aos 39 minutos. No segundo, a Lusa foi valente.Descontou comumgol de Paulo Isidoro, aos 6 minutos, e chegou ao empate com outro, de Lucas, aos 20. O gol de Grafite, em jogada individual de Vélber, confirmou: pelo menos na frente, o São Paulo vai se entrosando.
No aniversário de Robinho, Brasil perde para Paraguai por 1 a 0 e está fora da Olimpíada de Atenas
mesmoespírito deluta quemostramos nosegundo tempo da partida contra oChile, certamente não estaríamos tristes agora. A verdade é que perdemos para nós mesmos."
Branconão quis,porém, engrossarocoro dosque agora criticam as jovens estrelas do time, especialmenteossantistasRobinho, queontemcompletou 20 anos, e Diego, substituído por Nilmar no segundo tempo: "A decepção não é com A ou com B. O grupo todo perdeu,mastodososmeninos queestiveram aquisãograndes talentose,comcerteza,terão um grande futuro."
um sonolento empate por 1 a 1
De umlado, o Santos, timeque melhor largou na abertura do Campeonato Paulista, no meio da semana, vencendo o Oeste em Itápolis por 1 a 0. Do outro,oSão Caetano,quetambémcomeçou a disputa comuma boa vitória (3 a 2 no Mogi,jogando em casa). Por esses ingredientes, o jogo disputado no domingo, na Vila Belmiro, prometia. Na prática, porém, o que se viu ficou aquém das expectativas. Um gol de Fábio Santos,para oSão Caetano,aos 33 minutosdoprimeiro tempo.Outrode Basílio, decabeça,empatando para o Santos, no minuto seguinte. E nada mais. Ou quase nada, porque ainda antesde terminaro primeirotempo olateral santista Léo deu um chapéuem Mineiro.Em seguida,nacaída dabola, chutou deesquerda, obrigando Sílvio Luiz a fazer grande defesa. Muito pouco para salvar o espetáculo.
Guilherme Afif, presidente da ACSP; casal Favre; vicepresidente Alencar; governador Alckmin e cardeal Hummes: cartas de Anchieta na Cripta do Pateo. Abaixo, relíquia de Anchieta chega à Sé.
E A FESTA CONTINUA
Páginas 4, 5 e 6
NOSSOS PRESENTES
Especial sobre Anchieta; íntegra de suas cartas e a festa do empreendedor no www.dcomercio.com.br/anchietas
O 1º dia de Marta Suplicy na nova sede da Prefeitura, o Palácio do Anhangabaú. E a mostra das cartas de Anchieta, no Pátio do Colégio (balão azul acima).
Veja como ganhar a revista "Minhas Cartas", por Anchieta. Pág. 16
Lá vai a 295, repórter do novo Caderno de Esportes do DC, estreando hoje.
E algo aconteceu na Ipiranga e avenida São João
Quando Caetano e Gil cantaram para 35 mil pessoas
Para quem contratou doze jogadores experientes para atuar em seu time de profissionais em 2004, o Corinthians vai indobemdemais em suas categorias de base. Campeãopaulista sub-15e sub-17,o clubefaturou também, neste domingo, sua quinta Copa São Paulo de Futebol Júnior. As outras conquistas corintianas no torneio(a mais tradicional disputa de clubes da categoria no país) aconteceramnosanosde1969, 1970, 1995 e 1999. A vitória na finalaconteceu no Pacaembu, na manhã de ontem, aniversário da cidade, contra o São Paulo, por 2 a 0, gols de Bobô e Rafael, de pênalti.
Não foi, porém, uma conquista fácil. Com um melhor toque de bola, o São Paulo do atacanteDiego Tardellisónão saiu na frente ainda no primeiro tempoporque perdeumuitas oportunidades diante do goleiro corintiano Júlio César. Nasegunda etapa, otécnico corintiano Adaílton Ladeira lançou mão de um recurso que já havia utilizado durante toda a competição: colocou em campo o atacante Bobô. Justo ele, um dos mais criticados entre a garotada lançada nos profissionais noúltimo Campeonato Brasileiro. Foi dele, Bobô, ogolque abriucaminhopara mais essetítulo da garotada, uma conquista que faz pensar.
Se na manhã do domingo os jovens fizeram a alegria da torcida corintianaganhandoa Copa SãoPaulodeJuniores, no sábado à tarde um senhor de 37 anos destacou-se na vitória por 2 a 1 sobre o Rio Branco, nomesmoPacaembu, pelo Campeonato Paulista. Os golsforamdozagueiro Anderson, de cabeça, e do meia Adrianinho (Thiago Ribeiro descontou para o Rio Branco). Mas quem ganhoumesmo –ou melhor, reconquistou – o coração da Fiel foi o volante colombiano Freddy Rincón.
Sorato atravessa o caminho do Palmeiras
OatacanteSorato,de 34 anos, autor do gol do titulo brasileirode 1989doVasco, atacou novamente. Dessa vez, a vítima foi o Palmeiras, um de seusmuitos ex-clubes.Oalviverde caiu no sábado, em PresidentePrudente,por 2 a1, comdoisgols doveteranoartilheiro. O Palmeiras havia saído na frente com Vágner, de pênalti. Quem não sabe se esse time é bom para a primeira divisãoteráde esperarmaisum pouco: depois de Paulista e Marília,o Palmeiraspegana quarta-feira oItuano. Todos da Série B do Brasileiro.
Há dois anos afastado do futebol ehá trêslonge doCorinthians (trocouo clube pelo Santos em 2000, sob a acusação demercenário), Rincón fez uma reestréia de gala. Com direitoa chapéunosadversários e a broncas nos companheiros, como a da foto ao lado, em que ele apareceorientando ojovemSamir,bemaseu estilo.Contrariando as expectativas, suportou bem os 90 minutos ena saída decampo ouviu dostorcedores ogrito quepor muito tempo lhefoifamiliar: "Rincón, Rincón..."
Estréia de Edmundo no Fluminense tem gol e vitória
A dupla Romário-Edmundo asseguroua vitóriado Fluminense na primeira rodada doCarioca. Cada umfezum gol nos 2 a 1 sobre o Madureira, ontem, no Maracanã. Edmundo definiu oresultado aos 44 minutos do segundo tempo. Osoutrosgrandes também venceram. O Vasco fez 2 a 0 na Portuguesa,emSão Januário, gols de Anderson e Valdir. O Flamengo marcou 2 a 0 na Cabofriense, em Cabo Frio – Jean eFabiano Ellermarcaram. E, emCaio Martins, o Botafogo bateu o Olaria por 1 a 0, com gol de Dill.
Campeonato Mineiro: Valério surpreende Cruzeiro de Rivaldo
Na segunda rodada do Campeonato Mineiro deste ano, em que o Atlético ainda não estreou, odestaque ficou para a partidadesábado, entreCruzeiro e Valeriodoce. Não só pela estréia de Rivaldo com a camisa azul, masprincipalmentepelo resultado:o Valério ganhou por 1 a 0, com gol de falta de Samis que desviou em Rivaldo. Nodomingo, oUberaba venceu o Mamoré (4 a 3), o América derrotouoIpatinga (3 a 2), o Tupi ganhou do URT (2 a 1), oGuarani bateu o Rio Branco (3 a 0) e a Caldense derrotou o Social (2 a 1).
Coritiba vence o primeiro clássico do ano no Paranaense
Comumgol deRoberto Brum, oCoritiba venceu ontem o Paraná por 1a 0, no Pinheirão,no primeiroclássico do ano noCampeonato Paranaense, deixando o rival em situação complicada – é o lanterna da chave sul, com duas derrotas. O Coritiba, que havia estreadocom derrotaemcasa para oIraty, foi atrês pontos. Aristizábal,principal reforço do clube, ainda não estreou. O líder do grupo sul é o Atlético, que no sábado precisou de menos de meia hora para golear o Francisco Beltrão por 4 a 0, na Arena da Baixada.
Pela segunda vez dos anos 90 para cá, uma promissora geraçãodofutebolbrasileiroficafora daOlimpíada:Robinho, queontemfez20anos,Diego,Fábio Rochemback, EduDracena,Gomeseilustrecompanhiarepetiram em campos do Chile a frustração que a turma de Cafu, Roberto Carlos e Dener viveu em 1992 ao perder nos gramados paraguaios a chance de jogar em Barcelona.
A lembrança não diminui a frustração da torcida, que tinha bons motivospara acreditar na conquistado inédito ouroemAtenas,masdeve servirdealentoaosjogadores. Afinal, aquela seleção de 92 não chegou sequer ao quadrangular decisivo do Pré-Olímpico, mas Cafu e Roberto Carlos deram a volta por cima e hoje são consagrados campeões do mundo – Cafu em 1994 e 2002 e Roberto Carlos em 2002.
Os brasileiros podiam até empatar o jogo de ontem, mas acabaram perdendo para os paraguaios por 1 a 0. Mais uma vez, nesse Pré-Olímpico disputado no Chile, o Brasil jogou melhor do que o adversário, mas não soube ganhar o jogo. Quando tinha controle dos nervos, o time sempre se mostrou bom de costura, mas fraquinho de acabamento. Faltou um goleador.
É verdade que Ricardo Gomes queria levar o centroavanteAdriano, queestavanoParma eacaboudevoltar paraa Internazionale, mas os grandes clubes europeus simplesmente se recusarama cederseus jogadores para oPréOlímpico– eoBrasilSub-23 ficousemogoleador, semo meia Kaká, sem o zagueiro Luisão, sem o volante Júlio Baptista. Kaká é o grande craqueentre os ausentes, mas quem fez mais falta no Chile foi Adriano.
RicardoGomes levouo garotoMarcel,do Coritiba,um centroavante típico,mas umtanto toscopara opadrão refinadodo meio-de-camporegidopelosantistaDiego.O treinador ainda experimentou jogar no ataque com Dagoberto eRobinho, dois jogadoresmais afeitos àcriação do que à finalização, e raramente pôde contar com o colorado Nilmar, ainda meio convalescente de uma contusão sofrida no Mundial Sub-20. Apesar dospercalços, oBrasil Sub-23 merecia melhor sortediante daArgentinaedo Paraguainoquadrangular que definiu exatamente estas duas seleções como representantesdofuteboldaAmérica doSulnaOlimpíadadeAtenas.Otime deRicardoGomesnãochegou abrilhar,mas teve contra ambos mais volume dejogo e mais chances de gol. Meio na retranca, Argentina e Paraguai conseguiram os 1 a 0 que tiraram do Brasil o sonho olímpico. Campeão mundial em todas as categorias, o futebol brasileiro está fora da grande competição de 2004. É inevitável queos jovensjogadoresda SeleçãoSub-23e seutreinador Ricardo Gomes sejam cobrados - até duramente - nos próximos tempos, mas a frustração no Chile não pode marcar em definitivo a carreira de uma geração que tem tudo para brilhar nos campos do mundo afora.
O ouro é um sonho que ficou para 2008, em Pequim.
SEM FOLGA
Diego, Robinho, Alex, Paulo Almeida e Elano que se preparem. Leão quer vê-los em ação coma camisa do Santos imediatamente. "Agora vão pedir folga", já resmungava ontemo treinadorsantista, dispostoalhes lembrar queelessão muito jovenseo Santosprecisa muito de todos.
SOBRINHO
O garoto Wendell, que saiu do meio-de-campo doCruzeiro para assumir a lateralesquerda da Seleção Sub-23 no Pré-Olímpico e já não tem como ir aAtenas, é sobrinho doatacante Geovanni,outra revelaçãocruzeirense que disputou a Olimpíada de Sidney,foi jogarno Barcelonae hoje está no Benfica.
ELE, DE NOVO
Falta de goleador é um problema quenão aflige oSão Paulo. LuísFabiano passou em branco contraa Ponte, é verdade, mas já fez dois gols nos 3a 2 sobrea Lusa eestá a umdo centésimogol com a camisa tricolor. O que lhe falta emjuízonasvárias faixas do camposobra emoportunismo dentro da área.
GRANDE FEITO
O 1a 0 doValeriodoce sobreo Cruzeiro, na abertura do Campeonato Mineiro,é umfeito etanto. Campeão invictode Minasem 2003,o Cruzeiro tinha perdido pela última fez no campeonato estadual em 5 de maio de 2001, quandoainda eratreinado por Scolari.Venceu-o oIpatinga, por3 a1.E mais:foi campeão brasileirode2003 batendo, pelo menos uma vez, 22 dos seus 23 adversá-
rios.Só oSãoCaetano não perdeu para aequipe de Luxemburgo e Rivaldo.
PEQUENO FEITO
A dupla Edmundo-Romárioestreoucom vitória no Fluminense: 2 a 1 no Madureiro, com um gol de cada.
DE VOLTA Promessa do Flamengo campeãodaCopaUnião de 1987 e destaquedo time que conquistou em 1992 o seu último títulobrasileiro, omeia Zinho está de voltaà Gávea. Aos 36 anos, Zinho retorna ao clube que o revelou com currículoinvejável: nosúltimosdez anos,foimaistrês vezes campeão brasileiro –duaspelo Palmeirase uma pelo Cruzeiro.
DESTINO INCERTO Continua indefinido o destino de Ricardinho,que deixouoSãoPauloe emvãoé cobiçado pelo Corinthians. Há quem diga que ele pode ir mesmo para o Benfica, mas Ricardinho está negociando também com o Newcastle, da Inglaterra.
MAURREN O técnicoNélio Mouraespera voltar hoje ao trabalho durocom aatleta Maurren Maggi,absolvida peloSTJD da Confederação Brasileira deAtletismo pelouso deum esteróide anabólico presente na fórmula de uma pomada para depilação. É difícil, quase impossível que a ConfederaçãoInternacional deAtletismo aceite a absolvição, mas Nélio Moura não pode mais perder tempo na preparação de Maurren para Atenas. Mesmo que Atenas seja só uma possibilidade.
EYMAR MASCARO
Dizia-se, na época, que o general Ednardo D’Ávila Melo morreu magoado com o presidente Geisel por ter sido exonerado do Comando do 2º Exército por telex, após a morte do operárioManuel Fiel Filho, registradano DOI-CODI, em São Paulo.
O general estava desgastado com outra morte misteriosa que também ocorreu nasdependências do DOI-CODI, a do jornalista Wladimir Herzog. Amigos garantem que o generalD’Ávilaestava foradeSãoPaulonasduasocasiões. Mas, o fato é que o general foi destituído do cargo por telex, segundo as tricas e futricas da época.
Dias antes da exoneração, Paulo Egídio Martins conversava comjornalistas nosalão nobredo Paláciodos Bandeirantes quando um repórter interrompeu o governador e passou a informação de que o general D’Ávila Melo acabava de ser apeado do cargo. Paulo Egídio pediu licença, se trancou no seugabinete, telefonou diretamente para o presidenteGeisel,retornouao SalãoNobreeconfirmou: "É verdade".
Em tempo: o mesmo dissabor que sentiu o general D'Áviladeve tersentido tambémoprofessor universitárioCristovam Buarque, que foi demitido, por Lula, por telefone, do Ministério da Educação. Buarque estava em Lisboa lançando seu livro "Admirável Mundo Actual".
SUBSTITUTO
Assim que surgiu na praça a notícia de que um dos prováveis substitutos de Cristovam BuarqueeraTarsoGenro, a oposição foi buscar no fundo do baú a acusação de que o indicado respondia por crime de responsabilidadepor não teraplicado naeducaçãoo mínimoda receitadoorçamentoexigidopela Constituição, quandofoiprefeito de Porto Alegre.
MEIO A MEIO
Lula escolheu Aldo Rebelo para seu assessor político para tirar José Dirceu do alvo das críticas. Dirceu vem sendo malhado pela oposiçãoe por setoresdo PT porqueé o ministro político deLula. O presidente resolveu que Dirceu passaria a dividir com Rebeloa tarefa políticadogoverno. Todo mundo sabe que Dirceu éo verdadeirosuperministro de Lula.
VITORIOSOS
Aescolhade Aldo Rebelo não deixa de representar também uma vitória de João Amazonas, presidentedo PCdoB.Outro vitorioso é Miguel Arraes, com a indicaçãode seu neto,Eduardo Campos,parao Ministério de Ciência e Tecnologia, em substituição a Roberto Amaral.
DEVASSA
A Polícia Federal desconfia que a Parmalat de São Paulo, Rio e Paraná, pode ter enviado dólares clandestinos para aItália. Calcula-seemR$ 100 milhõesa dívidada empresa com fornecedores brasileiros.Uma CPI pode ser criadanoCongresso para apuraradenúnciade queo dinheiro desviado da Parmalat italiana pode ter vindo parar no Brasil.
ESPORTE
SeaCPI daParmalatsair, gente doesporte pode ser chamado para depor, pois a empresainvestiu muitodinheiro patrocinando clubes, como Palmeiras, em São Paulo, e Juventude, no Rio Grande do Sul. Um dos depoentes deve ser José Carlos Brunoro, que era o homemda Parmalatitaliana para osetor de esporte no Brasil. Brunoro foi jogador e técnico da seleção brasileira de vôlei.
VERGONHA Apopulação nãosabe quem foi que perdeu a vergonha: se foi acantora Rita Lee ouos organizadoresdafesta dos450 anosde fundaçãoda Cidade de São Paulo. Rita Lee foi ao Rio e criticou demais os
Na lista das demissões de ministros, a que mais preocupou Lula foi a de José Graziano da Silva
paulistas. Muitagente pediu para aprefeita MartaSuplicy excluir a cantora do rol dos artistas que se apresentariam noshow. Martadissenãoe, ainda, elogiou Rita Lee.
VERDADE Ricardo Berzoiniestáse sentindo como um bagaço de laranja, jogado fora depois de ser chupado. Ou: depois de se desgastar com a reforma da Previdência, Berzoini não saiu mais da corda bamba.
GENTE FINA
O mais gabaritadoportavoz que o PMDB dispõe para negociar comLulaé José Sarney.
REJEIÇÃO
Encontra rejeição das grandes o projeto que beneficiariao senadorJosé Sarney, estendendoparao Amapá as vantagens da Zona Francade Manaus.Quebenefícios? A renúncia fiscal. Sarney foi eleito pelo Estado do Amapá.
VOCÊ SABIA?
QueEunício deOliveira, novo ministro das Comunicações, é genro do embaixador em Lisboa, Paes deAndrade? Sabia, ainda, que Oliveira é donode três emissoras de rádio?
RECADO A LEMBO
Romeu Tuma, pai, avisa que nãoabandonoua idéia deser candidato,pelo PFL,à Prefeitura de SãoPaulo. Tumãodiz quetem15% deíndice de intenção de voto. Detalhe: o PFL paulistaestá atreladoao PSDBdeAlckmin. O partido só terá candidatopróprio aprefeitosea indicação favorecer o candidato tucano ou se o candidato do PSDB for rigorosamente fraco de voto.
O ALVO
Trocando em miúdos: o PFLnão terácandidatopróprio a prefeito de São Paulo se o PSDB lançar, por exemplo, José Serra, que tem chance de ganhar a eleição. Mas, se o candidato tucano for um Zéninguém em matéria de votos, os liberais saem com candidato próprio.
FORA DO PRELO
Ocolunista RicardoBoechat, do JB,deu umainformaçãocuriosa.A saber:olivro sobre Lula, da socióloga Denise Paraná, está vendendo bem em Buenos Aires, a 35 pesos. Em compensação, o livro escrito por FHC e o exprimeiro ministro português, Mário Soares,está vendendo mal na mesma capital, ao preço de 6 pesos.
HOMENAGEM – Na Índia, o presidente e a primeira-dama, Marisa Leticia, prestaram homenagem à Mahatma Gandhi, em seu local de cremação. Lula também passou em revista às tropas durante cerimônia oficial no Palácio Rashtrapati Bhawanl.
Tyagi/EFE/AE
Harish
Reuters O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar "aliviado" com a primeira reforma ministerialdeseu governo.Aconfidência foi feita a interlocutores durantea viagem São PauloNova Délhi,ondeelechegou na madrugada de ontem para uma visita de quatro dias. Na lista das demissões de ministros, a que mais preocupou Lula foi a de José Graziano da Silva (Segurança Alimentar e Combate à Fome), mas ele acredita que o antigo colaborador deve aceitar o convite para ser seu assessor especial no Palácio do Planalto. Lula estava tão curioso sobre a repercussão política da reforma noBrasilque quando o avião presidencial fez escala para abastecer em Palermo, na Itália,ele pegou o celular e ligou para o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação do Governo,Luiz Gushiken.Aindaera madrugada, maso presidente queria notícias. "A repercussãofoi muito positiva. Fique tranqüilo", afirmouGushiken. "Estoualiviado", desabafou Lula. Asmudanças,nasua opinião, eram necessáriasnão somentepara acomodaro PMDB como para dar eficiência àmáquinaadministrativa. Integrante dacomitiva,o governadordoMatoGrosso do Sul,José OrcírioMirandados Santos, o Zeca do PT, disse que o presidente elogioumuito Graziano durante o vôo. "Temos de conversar com os companheiros do PT para afastar ressentimentos que podem ter ficado num primeiro momento", observou Zeca, numa referência aos demiti-
José Genoíno, presidente nacional do PT, descarta crise com demissão, por telefone, de Cristovam Buarque
dos. "Areformafoimaisbem aceita do queesperávamos." Até osdois deputadosfederais do PFL que acompanham o presidente na viagem à Índia –Abelardo Lupion (PR) e AroldoCedraz (BA)–concluíram que oMinistérioprecisavade uma "mexida". "Lula ficou satisfeitocom a reforma. Ele só comentou a dureza queé demitirum companheiro", insistiu o governador doParaná, RobertoRequião (PMDB), que também integra a comitiva presidencial, formada porcerca de 30 pessoas,entre eles os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan(Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Guido Mantega (Planejamento) e Walfrido Mares Guia (Turismo). Em SãoPaulo, opresidente nacional do Partido dos T r a ba l h a d or e s (PT), JoséGenoíno,afirmou que não hárevolta entre assessorespróximos aoex-ministro da Educação, Cristovam Buarque, que foi comunicado de seu desligamento da pastapor um telefonema do presidente. "Isso énormal emum governo. O próprio Cristovam, quando era governador, indicou e desindicou diversos secretários. Portanto, não há crise", disse. "É natural que um ministro entre e outro saia, e nós respeitamos muito oCristovam eseu papel comoliderança nacional, governador e senador. "
Também em São Paulo, o ex-ministro daPrevidência e atual ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini,negou ter saído da Previdência por causa de desgaste. "Desgaste é folclore", afirmou o ministro. (AE)
Depois de23hdeviagem, o presidente LuizInácio Lulada Silva chegou a Nova Délhi para uma visita oficial de quatro dias dispostoa construirumaforça política capaz demudar o que chamou de "geografiacomercial" do mundo. Ao afirmar que de nada adianta o Brasil e a Índia ficarem debraços cruzados esperando as nações ricas resolveremos seusproblemas,Lula disse queo grupode paísesem desenvolvimento, batizado de G-20,deve fincar em junhoas estacas de um novo sistema de preferências comerciais.
A data é uma referência à 11ª reuniãoda Unctad,organismo dasNaçõesUnidaspara Comércio eDesenvolvimento, queseráem SãoPaulo.Emencontro a portas fechadas com o primeiro-ministro da Índia,
Filho de ministro interino morre em acidente no Rio
Um acidente namadrugada de ontem deixouummortoe um ferido grave na Avenida InfanteDom Henrique, naPraia deBotafogo, no Rio. A vítima fatal éMarcel LuizFetti Fontes de Almeida, de 22 anos, filho do ministro interino do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, Márcio Fortes de Almeida. Marcel perdeu o controle do carro e bateu em um poste e duas árvores. Ele e mais quatro pessoas – uma hospitalizada em estado grave – voltavam de uma micareta com Ivete Sangalo, no Pier Mauá, e seguiam para casa, no Leblon. (AE)
Atal Bijari Vajpayee, Lula falou da importância defortalecer o G-20.Pouco antes,ao ladodo premiêparticipou dacerimôniade assinaturade seis acordos, um delesda Índia com o Mercosul,blocoformado por Brasil,Argentina, Uruguaie Paraguai.
" De ve mo s aproveitar a 11ª Unctad para lançarmos as negociações do sistema geral de pr ef er ên ci as comerciais",disse."Será este, possivelmente, o primeiro passo para a criação de uma área de livre comércio entreospaíses do grupo, aberta a outros países em desenvolvimento."
Na Índia, presidente defende o fortalecimento do G-20 e a criação de uma área de livre comércio entre os países do grupo
Para o presidente, é preciso derrubar os "injustificáveis sub-
sídioscom que os países ricos distorcem a economia agrícola do mundo". Ele ressalvou que não se trata de relegar o relacionamento com os países ricos a segundo plano, mas de ter criatividade para superar os problemas dos mais pobres e defender seus interesses em pé de igualdade. Fome - Mais tarde, em jantar oferecido pelo presidente da Índia, Abdul Kalam, no elegante Palácio RashtrapatiBhawan, Luladestacou que, na lista das parcerias, nenhuma é mais importante do que o combate à fome.
Opresidente brasileirolembrou que a criação do G-3, integrado por Brasil, Índia e Áfri-
ca do Sul, atraiu aatenção de políticos dos mais variados quadrantes porquepretende desenhar novos paradigmas de desenvolvimento. "Mas em nenhum outrocampoessacooperação é mais urgente e necessária do que no combate à fome e à extrema pobreza", disse. Nosdoisdiscursos quefez ontem, Lula insistiu no papel de liderança doG-3nanova ordem mundial. Ao indiano Abdul Kalamele ressaltouque temencontromarcado no próximodia30,em Genebra, como secretário-geral da Organização das NaçõesUnidas (ONU), Kofi Annan, e com o presidente daFrança,Jacques Chirac, para articular a mobilização doslíderes mundiais, sobretudo os dospaísesricos, na luta contra a pobreza. (AE)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2004
Milan goleia e pode ser líder do Italiano na quarta-feira
O Milan goleou o Ancona por 5 a 0, ontem, em Milão, e ficou mais perto da liderança do Campeonato Italiano: tem 42 pontos, contra 43 da Roma, que não passoude um empate com a Udinese, por 1 a 1, em casa. Kaká deixou sua marca, marcando os dois últimos gols doMilan– Schevchenko, Rui Costa e Tomassontinham iniciado a goleada. A Juventus empatou por3 a 3 como Empoli esegueem terceiro,com 40 pontos.
OMilan podeassumira pontana quarta-feira,quando enfrenta oSiena, às17h30 (de Brasília), com transmissão pela ESPN Internacional. Esse jogo estava marcado para dezembro,masfoiadiado para que oMilan viajasseao Japão, para disputar o Mundial Interclubes contra o Boca Juniors.
Com gol de Ronaldo, Real Madrid retoma a ponta no Espanhol
O Real Madrid retomou a liderança do Campeonato Espanhol nestefimdesemana,ao vencer o Villareal por 2 a 1, anteontem, e chegar a 46 pontos. O Valencia perdeu em casa para o Osasuna, por 1 a 0, e parou em 44. O La Coruña perdeu por 1 a 0 para o Athletic Bilbao, e está em terceiro, com 40. Avitória doReal veiomais uma vez com a ajuda de Ronaldo, quemarcou osegundo gol do time,no iníciodo segundo tempo – Solarihaviaaberto o placar.Ballesteros descontou para o Villareal.
Outro brasileiro que marcou hoje foi Nenê, ex-Santos, autor do último gol do Mallorca nos 3 a 1 sobre o Zaragoza.
Grandes seguem sem sobressaltos na Copa da Inglaterra
Os favoritosnãotiveram problema no fim de semana para avançar na Copa da Inglaterra. O Arsenal, de Gilberto Silva e Edu, goleou o Middlesbrough, de Juninho, por 4 a 1; o ManchesterUnited,de Kleberson, fez 3 a 0 no Northampton; o Liverpool marcou2 a 1 noNewcastle;e oChelseabateu o Scarborough, 1 a 0. Brasileiro marca para a Tunísia na Copa da África
O atacante Francileudo dos Santos marcou o gol da vitória da Tunísia contra Ruanda, por 2 a 1, na rodada de abertura do Grupo AdaCopadas Nações da África. Francileudo, que joganoSochaux, daFrança,éo segundo brasileiro a atuar na seleção tunisiana. O lateral José Clayton defendeu o país nas Copas de 98 e 2002.
No dia do aniversário de São Paulo...quem ganhouo presente fui eu. De repente, ali,no alto do pódio, realizaram-semeus sonhos mais ternosde criança. Acho que tudoisso começou emmeados dosanos 70,naquelemesmo circuitoemque José Carlos Pace venceria sua única corrida, perseguido de pertopelo Émerson. Fiquei maravilhado naquele dia, tanto quanto hoje. Toda criança temodireito desonharque umdiaserájogador de futebol. Pois eu também me via encenando dribles, dando socos no ar como epílogos de minhas bicicletas certeiras... Mas tinha também paixão incomum pelos automóveis,inclusiveosde corrida. Imaginava-me contornando curvas no limite,fazendo ultrapassagens memoráveis, recebendo bandeiradas. Como jornalista especializado em automóveis há quatorze anos–tinha queperseguirum dos sonhos mais de perto -, vivoe respiroo assuntodesde que saí da faculdade. Alguns dias atrás, recebi o telefonema do diretor de Comunicação da GM, Pedro Luiz Dias, convidando-mepara uma empreitadainusitada: participardas MilMilhasBrasileiras, como piloto,em uma Chevrolet Montana. Como o ser humano vive perseguindo rótulos de pioneirismo, achei o máximo: seria oprimeiro carro de corrida do mundo com motor bicombustível, já que a condiçãosugerida eensaiada pela montadora consistia em manteroutilitáriode ruao mais originalpossívelparaa corrida. A picapinha — tipo de carroceriaque, aliás,não énadacomumde severnaspistas — tentariapassar por uma prova defogo, emmeio atantas feras prometidas pela organização da prova. Porsche, Ferrari, Viper, BMW... Pra completar, o time seria formado pormais trêsjornalistas. Três carros largariamdesse projeto: o dos engenheiros da fábrica, o de pilotos e o nosso. Passados os treinos livres, fui escolhido pelaminhaequipe para ter a responsabilidade de classificar ocarro.Nadatão empolgante e assustador. Você sai pra pista com os ombros pesadíssimos, tendo a missão de
Evandro Monteiro/Digna Imagem
O jornalista Eduardo Pincigher relata toda sua emoção ao conquistar o terceiro lugar nas Mil Milhas Brasileiras com uma picape Chevrolet Montana
transformar o trabalhode um montede genteem poucossegundos. Saí do boxe embutido na outraMontana,a queera conduzida por pilotos de verdade. E nem foi tão difícil: classifiquei a Montana 52 em... 61º lugarnogrid.Parecia bom, não fosse a penúltima fila. Como uma corrida de doze horas de duração não costuma dar tanta importância para colocação no grid... Deu-se a largada àmeia-noite de sábado para domingo.Foraatensão de supor como estaria se virando meucolega (agoracompanheiro de equipe)empista molhada pela garoa paulistana e calçado por pneus slick, consegui até relaxar. Eu entraria no carro às duas da manhã. Nadade cochilar. Melhor assim. Acho que vesti aquela parafernália de macacão, bala-
clava, luvas, rádio etc. antes da uma e meia. Chegada a hora de entrar nocarro,respirando fundo e aterrorizado com o riscode incêndio no abastecimento, logo me vi saindo dos boxese riscandoa descida do Lago, em Interlagos. Pressionava oaceleradora 6.000giros, trocavasuavementedemarchas, nãosubia nas zebras para poupar o carro, esforçava-me para enxergara pista e os outros carros naquela escuridão... Naverdade, aquilo tudo é uma coisa de gente insana. Meu sonho, está certo, masguiarum carrodecorrida é algo próprio a alguns predestinadosque colocamo desejo da conquista e o amor pelo esporte acima do apego à vida. Descidocarro àsquatroda matina. Vide tudo nessamadrugada.Nosso carro tinhao
Começou ontema 15ªediçãodo Nacionalmasculinode basquete,torneio com16participantes que marca a volta do basquete brasileiro àTV aberta. A RedeTV!acertou com a Confederação Brasileira de Basquete a transmissão de uma partida por semana, sempre aosdomingos,às 11h. O Sportv, como nos últimos anos, também exibirádois ou três jogos por semana.
O destaque da primeira rodada foi avitória do COC/Ribeirão, que busca o bicampeonato nacionale nesta semana conquistou o tricampeonato paulista. O time do técnico Lula Ferreira, que também comanda a seleção brasileira, bateu o Casa Brancapor 91 a 78, emcasa. OCorinthians/Mogi, vice-campeão paulista, estreou com derrota: 91 a 89 para o Blumenau, em Santa Catari-
na. Odia nãofoi bompara os times de São Paulo: o Paulistanoperdeu por 74 a69 para o Flamengo; Franca caiu diante do Universo/Minas, 110 a 88; e o Araraquara foi derrotado por 76 a 70 pelo Londrina. Nesta sexta,a Grande São Paulo recebe doisduelos paulistas. Em Mogi das Cruzes, o Corinthians recebe o Franca, e, naCapital,o Paulistanoenfrenta o COC/Ribeirão.
plano da montadora de que não importava a posição de chegada, mas apenas... a chegada.TerminarasMil Milhas já é uma grandevitória. A despeito disso, éramos mais lentos que amaioria.Guiavamais olhando pelo retrovisor do que para frente. Até porque nem se enxergava direito, mesmo... Que divertido. Os outros carros começaram a perder rendimento... e a Montana, inteirinha. Em respeito aos meus sonhos antigos, fiz, sim, ultrapassagens por fora emmanobras ousadas, entrei de lado em curvas velozes (amaisde 160 km/h), senti o sabor de rasgar a reta a mais de 190 km/h e frear naplaca dos50metrospara contornar o S do Senna a 80, 85 km/h. Foi tudo fantástico!
Pela manhã (guiaria novamente entre nove e dez e meia),
ahistória serepetiu, mascom umenlacedeemoção maior: euera espectadorprivilegiado do meu próprio trabalho, já que "assistia" minhas ultrapassagens auxiliado pelosol da manhã... O carro parecia ter acabado de largar! Escapei de diversas cacetadas, livrei-me de Porsches lentos, Ferrarisderrapando, protótipos estropiados... fui me vingando de dezenasde cruéis velocistas quesó meatormentavamhorasantes. Bom.Ofinal de tudo isso eu já contei antes: pouco depois do meio-dia, outro jornalista cruza a linha de chegada e nosso time se consagraria comdois carrosentre os quinzeprimeiros naprova. Vencemos cerca de 45 adversários durantre as doze horas!! A Montanados pilotos em segundo e a dos jornalistas em terceiro.
Lá do alto do pódio, olhando aquela multidão esperando pelo banho de champanha, um boné arremessadoe qualquer outropresentedado pelospilotos,senti umenorme orgulho daminhaobra. Agarrei o troféu de terceiro colocado na categoria4 (carrosdeturismo com motorde até2 litros),explodi arolha e dei um banho nos meus amigos. De repente, no meio da multidão, consigo ernxergar os olhos brilhandode umgaroto de nove, dez anos. Ele nos admirava com tantapaixão. Nós éramos seus heróis.Meus olhos, então,marearam.E chorei, feliz da vida. A história, quem sabe, vai se repetir. Eduardo Pincigher
O norte-americano Andre Agassi seclassificou paraas quartas-de-final doAberto da Austrália ao bater ontem o tailandês Paradorn Srichaphan, que eliminou Guga. Agassi pega agoraSebastiénGrosjean. Outro duelo terá Marat Safin e Andy Roddick. Entre as mulheres,Justine Henin pega
Lindsay Davenport, e Amélie Mauresmo enfrentaFabiola Zuluaga. Nesta madrugada, seriam definidos os demais classificados.Amanhã, osbrasileiros FlávioSaretta eAndré Sá jogam pelas quartas-de-final de duplas. A ESPN Internacionalpassa oAberto daAustrália a partir das 23h30.
O gás naturalestá na moda. Aclamado comosolução energética ealternativa aoscombustíveis fósseis, ele tem sido anunciadopelo governocomo prioridadedo Ministériode Minas e Energia após a consolidação donovo modelodo setor elétrico.O anúncio da Petrobrassobre a descobertade grandes reservas de gás na Bacia deSantoseos projetos deextensãodo fornecimentoparaa região Nordeste do País contribuíram ainda maispara a promoção do produto.Mas a viabilidade dessaexploração do gás natural ainda é discutível.
O potencial é grande. Para se teruma idéia, aestatal divulgouque,emboraainda esteja emfasede exploraçãodaregião, estima queexistam cerca de 419 bilhões de metros cúbicos (m³) de gásnatural em sua área de concessão. Uma descobertavaliosa, jáque, em2002, as reservas provadasde gás em todo o Brasil ficaram em torno de237bilhões dem³,segundo dados da Agência Nacional do Petróleo(ANP).A utilização desse potencial, porém, deve levar anos.
Segundo o economista e especialista noassunto, Frederico Estrella Valladares, da Tendências Consultoria Integrada, as reservas de Santos poderiam darbons resultadosde produção em 2009.Mas, para
isso,precisa-se criartoda ainfra-estrutura necessária. Algo que o governo jáadmitiu não ter verba para fazer. Umdosgrandes entraves para um crescimento mais aceleradodo gásnaturalno Paísé justamentea dificuldade de transporte ea necessidade de volumosos inv e s t i me n t o s em redes de gasodutos para levar oproduto atéas distribuidoras.Apesar denãohaver mais omonopólio daPetrobrasnadistribuição degásnatural, acompanhiaaindadetém a totalidade dainfra-estrutura detransporte entreos camposde exploração eos mercados consumidores. Parcerias – A participação da iniciativa privada, entretan-
Um dos grandes entraves para um crescimento do uso do gás natural no Brasil ainda é a dificuldade de transporte
to, será fundamental para dar seqüênciaaos projetosdogoverno. "É preciso que seja feito um trabalho intenso junto a todososagentes domercado, de forma que se possa incorporarovolume daBaciadeSantos à economia do País", afirmoua secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria dasGraças Silva Foster. De acordo com ela, o governo federal está analisando essa questão e já recebeu algumas propostas de empresasdo exterior interessadas em fazer parcerias com a Petrobras paraexploração econômica das reservas nacionais.Atualmente, o Brasil só possuiumarede de9milquilômetros de gasodutos.
Benefícios – Apesar de apresentar vantagensconsideráveis em relaçãoa outros energéticos, sobretudo no que se refereàmelhoria depadrões ambientais – já que é bem menospoluenteque agasolina,o carvão ou o petróleo – o gás natural ainda émuito pouco utilizado no Brasil. Tem uma participação de apenas 4% na matriz energética nacional. Mesmosetratando deum mercado ainda pouco explorado (em partes porque não há um livre acesso à rede de gasodutos) a ANP vem registrando crescimento naproduçãode gás natural ano após ano (veja quadro).No ano 2001, a produçãoficou em13,998bilhões dem³e,em 2002, fechouem 15,525 bilhões de m³.
Márcia Becker
O gás natural é um combustível fóssil,encontrado emrochas porosas do subsolo, mas não é, necessariamente, ligado ao petróleo. Se estiver dissolvidonoóleo,éconsiderado gás associado e sua produção é determinada diretamente pela produção do óleo. Algumas vezes, entretanto, a extraçãoé inviabilizada pela falta de verbas. Neste caso, ou o gásnaturalé injetado nova-
mentena jazida,ou équeimado para evitar o acúmulo de gases combustíveis próximos aos poços de petróleo. É possível, ainda, queo gásesteja livrede óleo,oujunto de pequenas quantidades, nesse caso eleé considerado não associado.
No Brasil, aocontrário do que acontece no resto do mundo, as reservas de gás natural estãoemsuamaiorparte na forma associadae distribuídas por váriasregiões. Dototal de gás natural descoberto no País, 32,2% estão localizados em terra e 67,8% no mar. Atéagora, asmaioresreservas de gás naturalnacionais encontram-senaBacia de Campos,noRiode Janeiro. Como ovolume dasreservas da Bacia de Santos ainda não foi provado, ele não foi confirmado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). (MB)
Da mesmaformacomo
acontece com o petróleo, o Brasil produz gásnatural, mas também importa. Em 2002, foram importados 5,269 bilhões dem³,contra 4,607bilhõesde m³, em 2001. A Bolívia é nosso principal fornecedor. Prova disso é que, no ano passado, foi responsável por 98,4% do total de gás natural importado pelo Brasil. Os 1,6% restante foram provenientes da Argentina. Foia partirdainauguração do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), em julhode1999, quea Petrobrasiniciouaimportação de gás natural boliviano. Jáa empresaSulgás ini-
ciou a importação de gás natural argentino em junho de 2000. Em2001,duasnovas empresasimportadoras degás passaram a operar: a EPE (Empresa Produtora de Energia Ltda.) e a BG Comércio e Importação Ltda. Ambas apenas importam gás boliviano. T r a n s p o r t e – O gasoduto Bolívia-Brasil é o maior da rede operante no País e tem uma extensão de3.150quilômetros. Destes, apenas 567 quilômetros se encontram em solo boliviano.Os2.583 quilômetros restantesatravessam boa partedo territóriobrasileiro, ligando Santa Cruz de La Sier-
DC Informática.
as terças-feiras, aqui, no seu jornal.
ra, na Bolívia, à cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em território brasileiro.
Como o preço do gás natural importado nãoestásujeito a nenhuma regulamentação por parte do Ministério de Minas e Energia–diferentemente do gás produzido nacionalmente – elepode sernegociado livrementeentreasempresas envolvidas nessas transações.
Nesse sentido, a descoberta das reservas na Bacia de Santos pode ser um elemento decisivo no processo de negociação entre as companhias que operam noBrasil enaBolívia. Umdos reflexos, inclusive, pode ser a
redução dopreço dogás natural que entra em nosso País.
"Não há dúvidasde que essa descoberta pode ajudar o Brasil a fechar negócios mais favoráveis com a Bolívia", afirma Frederico Estrella Valladares, economista eespecialista em gás natural da Tendências Consultoria Integrada.
O trunfo brasileiro é ainda maisimportante seforlevado em consideração que a compra
de gás da Bolívia está amarrada a um contrato que obriga o Brasil acomprarum volume fixo de gás, mesmo que não o utilize. Uma mudançanesse sistema tem sido estudada pelo Ministério de Minas e Energia desde o ano passado, mas aindanãose chegouaindahánenhuma definição. A expectativa é que as negociações sejam retomadas aolongo desteano de 2004. (MB)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal
Requerente: LCB Factoring Ltda.Requerida: Silva Diesel Com. de Auto Peças Ltda. - Av. Serafim Gonçalves Pereira, 420 - 32ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerida: Drogaria Pollini Ltda-ME - Rua dos Lavapés, 48 - 05ª VaraCível
Requerente: Saci Comércio de Tintas Ltda. - Requerido: Teledutos Construções Ltda. - Rua Coronel José Venâncio Dias, 549 - 30ª Vara Cível
Requerente:Tecidos Salim Daniel Ltda. - Requerida: Confecções Iwha Ltda. - Rua Bresser, 216conj. 222 - 15ª VaraCível
Requerente: Santil Eletro Santa Ifigênia Ltda. - Requerido: M3 Gerenciamento e Construções Ltda. - Av. Luis Carlos Gentile de Laet, 1.222 - 24ª Vara Cível
Requerente: Redfactor Factoring e Fomento Comercial Ltda.Requerida: Le Doux Indústria e Comércio Ltda. - Rua Baroneza Itú, 375 - sala 05 - 24ª Vara Cível
Requerente: Multiaços Ind. e Comércio de Produtos Técnicos Ltda.Requerido: Pbol - Misura Ind. Metalúrgica Ltda. - Rua Jair Afonso Inácio, 820 - 03ª Vara Cível
Requerente: Química Industrial Supply Ltda. - Requerido: Remolixo Ambiental Ltda. - Rua
África do Sul, 177 - 11ª Vara Cível
Requerente: Distribuidora de Medicamentos Santa Cruz Ltda.Requerida: Drogaria Brasifarma Ltda. - Rua Frei Caneca,
Queda real foi de 4,7% em relação a 2002, quando o governo de São Paulo arrecadou R$ 36 bilhões. Desempenho reflete o ritmo ainda lento da economia. O governo paulista arrecadou R$ 34,35 bilhões em 2003, o que representa uma queda de 4,7% na comparação com o anoanterior, emtermosreais (corrigindo-se os valores pelo Índice dePreços aoConsumidor Amplo - IPCA/IBGE). Em 2002, entraram nos cofres do Estado R$ 36,03 bilhões. É o segundoano consecutivoderetração na receita tributária. A queda na arrecadação é consequência do baixo rendimento do Imposto sobre Circulação de Mercadoriase Serviços (ICMS),principal tributo do Estado. Em 2003, ele foi responsável por88,9% dototal. O Estado arrecadou R$ 30,56 bilhões (incluindorecursos obtidos com o programade recuperaçãofiscal lançado em dezembro – Lei nº
11.596/03),5,7%menos em relação aos R$ 32,42 bilhões de 2002, que também sofreu o impacto da recuperação fiscal. A receita de ICMS em dezembro,inclusive,foi fortemente
influenciadapela anistiadada aos contribuintes.O programa derecuperação fiscalpreviu dispensa integral de multas e desconto de50% nopagamentode jurosparaa liquidaçãode
débitos a vista em parcela única no dia 22. No mês, o Estado arrecadou R$ 3,01 bilhões, um crescimento real de 15% em relaçãoa novembro e12,4% comparativamente a dezembro de 2002. Deste montante, aproximadamente R$427milhões ingressaram pormeiodochamado "Refis estadual". "O valor recuperado superou asexpectativas",diz oassessor de Política Tributária da Secretaria da Fazenda de São Paulo, Pedro Paulo Cardoso de Mello, para quem o desempenho da arrecadação reflete o ritmo ainda lento da economia, que deve tercrescido apenas0,3%no ano passado, segundo a estimativa maisrecente doBanco Central."Abaixa produção e consumo reflete diretamente sobre a arrecadação", afirma.
AProcuradoria Fiscal,órgão da Procuradoria Geral do Estado (PGE), desempenha um importante papel para o incremento da receita tributária estadual.Dosmaisde R$34bilhões arrecadados em 2003, quase meiobilhão dereais entrounos cofres do Estado por meio de execuçõesfiscais promovidas pelos procuradores.
Dototalde ações ajuizadas pela ProcuradoriaFiscal,cerca de98% estãorelacionadascom a cobrança de ICMS. O restante divide-se entre IPVA, multas aplicadas pelassecretarias ecobrançasjudiciaisdo Imposto sobreTransmissão CausaMortis e Doações de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD).
Daparcelaprincipal, referente ao ICMS, 10% é decorrente de autos de infração – autuaçãofeitaporfiscaisem razão de irregularidades – e 90% correspondea débitodeclarado e não pago. "O contribuinte informa quedeve certovalor e
AGENDA TRIBUTÁRIA
OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE – A entrega das informações relativas às operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo ou com álcool etílico anidro carburante será efetuada observando o art. 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 46.588/2002, o art. 20 das DDTT (redação dada pelo Decreto nº 47.278/2002) e o disposto no Convênio ICMS nº 54/2002 alterado pelos Convênios ICMS nºs 121/ 2002 e 148/2002.
DIA 26 ICMS/SP -CNAE´S - 15113 a 15229; 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206; 60232 a 60259 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Dezembro / 2003.
DIA 28 IRRF - Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 18 a 24.01.2004, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País.
DIA 30 DECLARAÇÃO DE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS (DOI)Entrega à Receita Federal, pelos Cartórios de Ofício de Notas, de Registro de Imóveis e de Registro de Títulos e Documentos, da Declaração de Operações Imobiliárias relativa às operações de aquisição ou alienação de imóveis realizadas, durante o mês de Dezembro/2003, por pessoas físicas ou jurídicas.
deixa de recolher no prazo determinado", diz Clayton Eduardo Prado, procurador do estado chefe. Segundo a PGE, estima-se que o Estado possui atualmentecercadeR$ 65bilhõesem créditos para com os contribuintes. Contudo, esse valor é irreal, afinal,boa partedele é "incobrável", de acordo com Prado. "Você pode ter incluído neste montanteosdébitosde uma empresa quefaliu na década de 70. Ovalor da dívida não sai do sistema e permanece comoumcrédito emfavordo Estado", afirma Prado. Elediz quehá tambémum número considerável de "empresas desaparecidas", que não são localizadas por oficiais de justiça quando vão efetuara penhora."Namaioria dos casos, a empresa já encerrou suas atividades. Nós tentamosprosseguir aexecuçãocontraos sócios,maso Superior Tribunalde Justiça
tem entendidoque nãoé viável a cobrança", diz.
Assim, sobram aproximadamente R$ 20 bilhões passíveis de cobrança, segundo Prado. "Nos últimos dois anos, recuperamos em média R$ 40 milhões por mês. No ano passado, foram arrecadadosR$ 406milhõesna execução da dívida ativa."
Processo - No caso de débito declarado e nãopago, o contri-
buinte recebe notificação (boleto) daSecretaria daFazenda para pagar. Caso não efetue o pagamento, o débitoé inscrito na dívida ativa. E, automaticamente, a PGE promove a execuçãofiscal."O procedimentoé todo eletrônico. Osistema já emite a documentação necessária (Certidão da Dívida Ativa) e a petição inicial da execução fiscal", explica Prado. (FV)
●● ●● ● TRABALHISTA
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IRRF - Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre os lucros distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliário, cujo fato gerador ocorreu em Dezembro/2003 (art. 9º, § 3º, da IN SRF nº 25/2001).
IRPJ - APURAÇÃO MENSAL - Pagamento do Imposto de Renda devido, no mês de Dezembro/2003, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa.
IRPJ - APURAÇÃO TRIMESTRAL - Pagamento da 1ª quota ou quota única do Imposto de Renda devido, no 4º trimestre de 2003, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado.
IRPJ - RENDA VARIÁVELPagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos, no mês de Dezembro/ 2003, por pessoas jurídicas, inclusive as isentas em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro e de participações societárias, fora de bolsa. IRPJ – LUCRO INFLACIONÁRIO - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre a parcela considerada realizada no mês de Dezembro/2003, do lucro inflacionário acumulado existente em 31.12.92, inclusive o saldo credor da correção monetária complementar pelo IPC/90, pelas pessoas jurídicas que, até 31.12.94, optaram por oferecê-los à tributação de forma antecipada (mediante redução da alíquota do imposto), em 120 parcelas mensais. IRPF - CARNÊ-LEÃO - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior, no mês de Dezembro/2003. IRPF - LUCRO NA ALIENAÇÃO DE BENS OU DIREITOSPagamento, por pessoa física resi-
dente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de Dezembro/ 2003 provenientes de: a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira.
IRPF -RENDA VARIÁVELPagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação de ouro, ativo financeiro, fora de bolsa, no mês de Dezembro / 2003.
IRPJ / SIMPLES - LUCRO NA ALIENAÇÃO DE ATIVOS - Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo SIMPLES, incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de Dezembro / 2003.
CSL - APURAÇÃO MENSALPagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de Dezembro / 2003, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa.
CSL - APURAÇÃO TRIMESTRAL - Pagamento da 1ª quota ou quota única da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no 4º trimestre de 2003, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ (com base no lucro real, presumido ou arbitrado).
FINOR, FINAM E FUNRESRecolhimento do valor da opção com base no IRPJ devido, no mês de Dezembro / 2003, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa - art. 9º da Lei nº 8.167/91 (aplicação em projetos próprios).
FINOR, FINAM E FUNRESRecolhimento da 1ª parcela ou parcela única do valor da opção com
base no IRPJ devido, no 4º trimestre de 2003, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do lucro real -art. 9º da Lei nº 8.167/91 (aplicação em projetos próprios).
REFIS/PAES – A)Pagamento, pelas pessoas jurídicas optantes pelo Programa de Recuperação Fiscal (REFIS): I -da parcela mensal devida com base na receita bruta do mês de Dezembro / 2003; II -da prestação do parcelamento alternativo em até sessenta prestações (acrescida de juros pela TJLP).
B) Pagamento pelas pessoas físicas e jurídicas optantes pelo Parcelamento Especial (PAES) da parcela mensal, acrescida de juros pela TJLP.
IPI (Exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 2º decêndio de Janeiro/2004, incidente sobre produtos classificados nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi. IPI (devido por ME ou EPP não optantes pelo Simples) - Pagamento do IPI apurado no mês de Dezembro/2003 pelo contribuinte enquadrado como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), conforme definidas no art. 2º da Lei nº 9.317/96, não optante pelo Simples (art. 202, inciso V, RIPI/2002).
IPI - DIF - CIGARROS -Entrega da Declaração Especial de Informações Fiscais (DIF-Cigarros), com informações do mês de Dezembro/2003 relativas às obrigações tributárias do IPI, do PIS/ PASEP e da COFINS, pelas empresas fabricantes de cigarros.
IPI - DIF – BEBIDAS – Entrega da Declaração Especial de Informações Fiscais relativas à tributação de bebidas (DIF- Bebidas), com informações do mês de Dezembro/ 2003, pelo estabelecimento matriz, independentemente de ter havido ou não apuração do IPI, movimentação de insumos, selos de controle
Além dos 75% do total gerado em ICMS, a receita tributária doEstadoé formada por maistrês fontes: 50%doImposto sobre Veículos Automotores(IPVA), 100%dastaxas sobre serviços públicos ou exercíciodopoder depolíciae 100% doImposto sobre Transmissão CausaMortis e Doações de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD). A arrecadação como IPVA –a segunda maiorfonte do Estado (5,3% do total) – também caiu em 2003,em termos reais (IPCA). Comparativamente ao anoanterior, areceitaapurada foi 7,3% menor. Entrou nos cofres estaduais R$1,82 bilhão, ante a R$ 1,94 bilhão de 2002.
EmtaxaseITCMD, entretanto, o governopaulista conseguiuarrecadar maisnoano passado. Foram recolhidos em taxas R$ 1,44 bilhão (4,3% do total) –valor 5,9%maiorem relaçãoà receitade2002(R$ 1,36 bilhão). Agrande surpresa veio com o ITCMD (1,5% do totalarrecadado), queteve um crescimento de 88,2%. "Infelizmente, o ano passado foi marcado pelo falecimento depessoas com grandepatrimônio. A nossaprevisão de arrecadaçãocomoITMCD era de R$ 200 milhões, mas a coincidência permitiu superar a casadosR$ 500milhões",afirma Cardoso de Mello.
Fernando Vieira
ou produtos acabados, no mês de referência, conforme Instrução Normativa nº 325, de 30/04/2003. IPI - DNF – EMBALAGENS PARA BEBIDAS, CIGARROS ETC – Apresentação do Demonstrativo de Notas Fiscais (DNF) –Programa Versão 1.3, pelos fabricantes, importadores e distribuidores atacadistas de embalagens para bebidas, cigarros etc, relacionados no Anexo I da Instrução Normativa nº 359/2003, do Secretário da Receita Federal, com informações relativas ao mês de referência Dezembro/2003.
DIF - PAPEL IMUNE (DECLARAÇÃO ESPECIAL DE INFORMAÇÕES FISCAIS RELATIVAS AO CONTROLE DE PAPEL IMUNE) - Entrega, pelo estabelecimento matriz, da Declaração Especial de Informações Fiscais relativas ao Controle do Papel Imune (DifPapel Imune), pelos fabricantes, distribuidores, importadores, empresas jornalísticas ou editoras gráficas que realizarem operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, relativas ao 4º trimestre de 2003.
IPI-FABRICANTES DE PRODUTOS DO CAPÍTULO 33 DA TIPI – Prestação de informações pelos fabricantes de produtos do Capítulo 33 da TIPI (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria) com receita bruta no ano-calendário anterior igual ou superior a R$ 100 milhões, constante do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 47/2000, relativa ao bimestre novembro/ dezembro/2003, à unidade da Secretaria da Receita Federal com jurisdição sobre o domicílio da matriz.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL (EMPREGADOR) - Recolhimento da contribuição sindical patronal às respectivas entidades de classe. Consultar a respectiva entidade sindical, a qual pode fixar prazo diverso.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (EMPREGADOS) –Recolhimento das contribuições sindicais descontadas dos empregados em Dezembro / 2003. Consultar a respectiva entidade sindical, a qual pode fixar prazo diverso.
MAPA DE AVALIAÇÃO ANUAL (SESMT/MTE) - Envio ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Mapa de Avaliação Anual com avaliação anual dos dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade.
REQUERIMENTO DO 13º SALÁRIO - Requerimento pelo empregado do pagamento da 1ª parcela do 13º salário por ocasião de suas férias.
PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) - PLANO ANUAL DE AÇÃO DE ATIVIDADES - Apresentação ao INSS, pela pessoa jurídica de direito privado beneficiada com a isenção de que tratam os arts. 206 e 207 do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, do plano de ação das atividades aserem desenvolvidas durante o ano em curso, nos termos do § 2º do art. 209 do mesmo diploma legal.
ISS MUNICÍPIO DE SÃO PAULO –ENTREGA DA DECLARAÇÃO ELETRÔNICA DE SERVIÇOS (DES) – Último dia para entrega, por meio da Internet, da Declaração Eletrônica de Serviços (DES) relativa ao mês de Dezembro / 2003, pelas pessoas jurídicas (inclusive sociedade de profissionais) e pelas pessoas físicas prestadoras de serviços estabelecidas no Município de São Paulo, conforme disposto no item 6 da Portaria SF nº 29/2003.
Fonte
Mais dedezmil pessoas saíram às ruas de São Paulo ontem para participardoIXTroféu Cidade de São Paulo, que também fezparte da comemoração dos 450 anos. Eu, uma jornalistade 25anos ecorredora amadora, participei pela primeira vez de uma prova de longa distânciae, aomesmo tempo, acompanhei toda a movimentação do circuito. Homens e mulheres de diferentes perfis, com e sem preparo físico, marcaram presença. O ministro dos Esportes,Agnelo Queiroz, também mostrou seus sinais de saúde. Segundo o organizador da corrida,José JoãodaSilva, oministro fez um bom tempo, em torno de 56 minutos.
A presençade criançaschamou aatenção. Muitasacompanhavam, mesmo sem inscrição, oânimo dosadultos –sinaldequeo incentivo ao esportecomeça aseaproximar da educação.DoniTorezani, 46 anos, levou três sobrinhos, de 9, 13 e 17 anos. Henrique, de 13, diz que depois de começar a treinar ganhou fôlego paraas brincadeiras de escola.
Chegou a hora de me preparar e partir para o alongamento, item fundamental para evitar lesões. Dada alargada, o meu prazer era simplesmente correr, sem a ansiedade de lutar pelo primeiro lugar. Durante o trajeto, houve horas de dificuldade emque atépensei emdesistir, maslembrei queo
Newton Santos/Digna Imagem
esporteé determinação,e a maior vitória é superar os próprios limites. Acabei concluindo os 10 km da prova em pouco mais de umahora.Ednalva Laurgano conquistou o tricampeonatoem 34minutose 13 segundos.Eu acabeiem 898º lugar.
Preparação – Acostumada a praticar esportes desde a adolescência, tivehá maisou menostrês mesesaidéia departicipar de uma prova de rua. Como qualquer pessoa,não pensei baixo e disse a mim mesma: "Querocorrer aSãoSilvestre". Maso preparadorfísicoAlexander Glauco,da Academia Vertical,medisse que seria loucura, pelo pouco tempo para treinamento. Entãodecidi esperar um mês e estrear numa provamais curta.Era horade treinar com disciplina. Noprimeiro dia,comajuda de Glauco, o treino foi simples.
Eu alternava um minuto de caminhada e dois de corrida, para que o corpo não sofresse lesões porcausa do impacto. A partir da terceira semana, a velocidade aumentoue oorganismo começou a se adaptar. A alimentação também foi alterada. Nada de estômago vazio: nessas horas, o carboidrato (pães, massas, arroz, frutas) pode ser usado à vontade. Além da esteira, comecei a correr na rua. Prazer absoluto, principalmente se você está em um parque ou na praia. Experimenteganhar velocidadeno som ambiente da natureza. Naúltima semana, não adiantava acelerar mais.Correré comoseprepararparao vestibular.O melhorévalorizar o que você sabe e não sobrecarregar o corpo,para que no diada provanãodê umapane total. Assim fui.
Patrícia Teixeira
Nossa repórter, Patrícia Teixeira, participou ontem do IX Troféu Cidade de São Paulo com mais de 10 mil pessoas. Chegou meia hora depois da vencedora, mas mostrou que o importante é vencer seus próprios limites
O surpreendente número de inscritos (mais de 10 mil) não se justifica somente pelos 450 anos da cidade. A verdade é que correr virou mania entre os paulistanosdediferentes classes sociais. Correr traz benefícios aocorpo, alémde ser um esporte barato. O médicoesportivo Osmar deOliveira apontaque ocorredor tem mais resistência física, dorme melhor, ganha mais disposição em outras atividades e melhora a postura,alémdeemagrecer, melhorar a auto-estima e ganhar qualidade de vida.
Aomesmotempoem que traz vantagens, correr também pode causar danos à saúde, se o atleta não tomar alguns cuidados. "Importante é saber que correr é o passo posterior de um bom treino de caminhada", avisa Glauco, da Academia Vertical. Segundo omaratonistae assessor esportivo da Run & Fun,MárioSérgio Andrade Silva, antes de iniciar qualquer esporte, opraticante deve fazer umteste ergométrico – exame deeletrocardiograma com a pessoa em atividade na esteira –e passarpor um
médicopara checar pressão, ter o coração auscultado e fazer exames deglicemiae triglicérides. Atualmente, muitas clínicas particulares oferecem o exame, que pode ser feito gratuitamenteno Hospital doCoraçãoou no Hospital das Clínicas.
O fisiologistaRenato Lotufo alerta que pessoas com histórico familiarde infartoou doenças cardiovasculares,fumantes e portadores de diabetes precisam de orientação especial. "Para as pessoas muito obesas, a caminhada não é indicada porcausa dasustenta-
ACresce o número de adeptos da corrida. Mas é importante saber que correr é o passo seguinte da caminhada. Médicos e preparadores físicos avisam que os benefícios desaparecem se os exercícios não forem feitos com cautela
ção do peso corporal", explica Lotufo. Acaminhadafeita com orientação previne doenças cardiovasculares, diminui a necessidade de medicação na diabetes e controla o peso. "Para pessoas de idade, melhoram a força muscular e otempodereação, ediminuem osacidentesdomésticos", completa o fisiologista. Se caminhar oucorrer traz diversasvantagens,a prática nãocorreta podetrazerperigos. O preparador físico e nutricionista da Z.Track, José Carlos Fernando,dizquese preocupa com as pessoas que
têm o hábito de fazer atividade física somente nos fins de semana. "Essetrabalho não traz estímulo fisiológico na performance.Só parase ter uma idéia, o maior número de casos de infarto do miocárdio em esportistas se dá em praticantes de fim de semana." O consultor esportivo da Run& Funexplicaqueacaminhada deve começar com trinta minutos diários, quatro vezesporsemana. O início moderado evitalesões nos joelhos e tornozelos. Outro item quemerece atenção éo coração."Afreqüência car-
díaca ao praticar o esporte deve ficar entre 65% e 80 %", diz Andrade Silva. Sabendo dessas informações médicas, a caminhada e a corrida só trarão benefícios. Não esqueça que antes de iniciar a prática deve ser feito um alongamento nos membros inferiores.Também épreciso usarroupas levese têniscom amortecimento adequado, beber água a cada 15 minutos, consumir alimentos àbase de carboidratos, evitar terrenos irregulares e pedir a orientação de um professor de educação física. (PT)
seleção brasileiravenceu a Argentina por 9 a 2, ontem de manhã, na primeira rodada do Pré-Olímpico masculinode póloaquático, que está sendo disputado na piscina do Vasco, no Rio. Amissãodo Brasilnãoserá nada fácil: emseu grupo ainda estãoRússia, atual vice-campeão olímpica, Eslováquia e Holanda. De quebra, o técnico Carlos Carvalho nãoconta com cinco jogadores do grupo que conquistoua medalhade prata no Pan de Santo Domingo, no ano passado. No outrogrupo estãoCroácia (prataem Atlanta-96 e atualvice-campeã européia), Alemanha, Canadá, Polônia, Porto Ricoe Romênia.Os três primeirosde cadachaveseguem na competição, que classifica três seleções para a Olimpíada de Atenas. O Brasil não teve dificuldade nojogo de hoje.Melhor time da América do Sul, dominou e só levou o primeiro gol quando jávencia por8 a0. Mesmoassim, o técnico Carlos Carvalho
Beto Seabra, de gorro branco, marcou um dos gols do Brasil na vitória de hoje. Apesar dos desfalques, time busca voltar a uma Olimpíada
não gostou dos minutos finais, em que o time só administrou a partida.Elediz queserápreciso mantera concentraçãoo tempotodo para o jogode amanhã, contra a Rússia, atual vice-campeã olímpica. Ontem, osrussos estrearam vencendo a Eslováquia por 11 a 7."Éuma equipetécnicaehabilidosa, com volumedejogo muito forte", disse Carvalho ao site da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.Para chegar àfase seguinte,o Brasil precisa depelomenosmais umavitória.O técnicoaposta na partida contra a Eslováquia:
"Estão numnível umpouquinho acima, mas dá jogo". Fique de olho – O Sportv transmite os próximos jogos do Brasil no Pré-Olímpico: amanhã, contra a Rússia, quarta, contra a Eslováquia, e quinta, diante da Holanda, sempre às 17h30.
Vanessa Jaguski
Por que olhar com interesse para essespapéis?, perguntará o investidor. É simples. O setor de siderurgia brasileiro é, hoje, um dos mais competitivos do País. A valorização cambial registradaem 2003, somadaà melhora apresentada pela economia interna, garantiram bom destaque às empresas. Um outro impulso ao setor veiodefora, daÁsia.Maisespecificamente da China. A China é, atualmente, um dos principais compradores do açobrasileiro. Noano passado, as vendas ao mercado chinês cresceram,em termos de valor, 500% sobre o ano anterior,gerando umareceitade US$ 700 milhões. Ganho na Bolsa – O resultado é que as ações das empresas do setor mostraram um desempenho invejável. Os papéis daUsiminas,por exemplo, apresentaram,em 2003, uma valorizaçãode 453%;os da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de 265%; e os da
Companhia Siderúrgica de Tubarão, de 213% apenas para citaralguns.Já oIbovespa,o índice dabolsa paulistacompostopelas54 açõesdabolsa mais negociadasno mercado, subiu bem menos: 97%. Para 2004, o cenário não deve ser muitodiferente em termos de exportações para aquele país. É o que dizem os analistas. Embora a China tenha se tornado um dos maiores produtores de aço do mundo (sim, elesproduzem)passando à frente dos Estados Unidos e do Japão, o consumo de aço no mercadochinêscresce a uma velocidademaior do que ade sua produção. Mascomo aindasãopoucas assiderúrgicas modernasna China, opaís devecontinuar buscando o produto em outros mercados.Eo Brasilestána mira doschineses.Some-sea isso a tendência de um aumento no preço do aço no mercado internacional ainda no primeiro semestre de2004 e pronto. As ações de empresas siderúrgicasestão,maisumavez, na
listade indicações para compra dos analistas. Mesmo tendo esses papéis apresentado bom resultado no ano passado, ainda há espaço para valorização e ganhos para o investidor da bolsa que apostar neles, comentam eles.
Positiva – "As empresas do setor são exportadoras e os novos investimentos são bancados por geração de moeda forte. O endividamento foi drasticamentereduzidonos últimos quinze meses. A perspectivaé positivaparaos
próximos dezoitomeses, com compradeações paramédioe longo prazo",dizo analista Mauro Giorgi. "No mercado externo, o preço do aço deve se manter em alta com o aumento da procura, em especial pela China", completa Giorgi.
Analistas de mercado consultados pelo Diário do Comércio apontaram cinco papéis de empresas dentro do setor de siderurgia que consideram com as maiores chances de proporcionar melhores ganhos ao investidor. Também comentam o porquê da escolha desses papéis e quais as perspectivas neste ano para cada uma das empresas escolhidas.
Umadas maioressiderúrgicasd do País, a Usiminas é líder no mercado brasileiro de laminados de aços planos, nos setores automobilístico, de autopeças, máquinas agrícolas e rodoviárias, equipamentos eletroeletrônicos e tubos de grande diâmetro, Em 2003, os papéisda empresaderam ganho espetacular aos investidores: 453%,segundolevantamento da Economática. Para 2004,a tendênciade crescimentodo mercadointerno deve voltar a favorecer a Usiminas com um aumento dos preços. Também as exportações da empresadeverão crescer, segundo analistas. Para 2004, o focoda empresa deve ser a redução do endividamento, que totalizou R$ 7,9 bilhões ao final do primeirosemestre do ano passado. "A Usiminas deve continuar reduzindo seuendividamento via geração de caixa e captação de recursos, alongando sua dívida e reduzindo custos,diz Ângelo Larozi,analistadeinvestimentos da Corretora Souza Barros.
Expansão – Com a recente conclusão doprograma de ampliação da capacidade produtiva, os principais investimentos da empresa no curto prazo deverão se restringir à manutençãoe reduzidasmodernizações.
A expansão da controlada Cosipa foi mais um passo em direção à consolidação do Sistema Usiminas,quepassoua contar com capacidade produtivade9,2 milhõesdetoneladas/ano de aço bruto. "Estamos trabalhando com um preço-alvode R$40,00 paraUsiminas PNA", diz Paulo Gomes, analista deinvestimentos da Global Invest.
A empresa está redirecionando suas exportações, historicamente concentradasno Sudeste Asiático, para mercados onde acredito ser mais competitiva, especialmente na América do Norte e na América Latina.
As remessaspara omercado externo ultrapassam 800 mil toneladas de aço."A Usiminas é a empresa dosetor de maior volume de vendas no mercado
A Companhia Siderúrgica Nacional(CSN) élíder nosetorsiderúrgicobrasileiro. Éo mais abrangente complexo siderúrgico integrado da América Latina, com minas próprias, usina, ferrovias e portos. Como é a maior empresa do setor, a mais endividada e a de maior potencial é a de maior volatilidadenomercado", dizo analista Mauro Giorgi. Como grande partedas empresas do setor siderúrgico, a CSN registroulucro nosnove primeiros meses de2003,revertendo o prejuízo no mesmo período de 2002. "O resultado se deve ao desempenho operacional e financeiro. Com a melhora dos preçosinternacionais e reajuste dos preços no mercado interno para o início de 2004 devem continuar con-
tribuindo para futuros resultados. Vale lembrar que a empresaestudaum planodeexpansãoque inclui oaumento da capacidade produtiva de aço e minériodeferro", afirma Ângelo Larozi,analista daCorretora Souza Barros. Os papéis da empresa apresentaram uma valorização, em 2003, de 265,9%, de acordo com estudo da Economática. "O preço-alvo fica em torno de R$ 180",diz PauloGomes, da Global Invest."Embora acreditamos que o potencial de valorização do setorestejaentre 15%e 20%,aCSNé umadas nossas preferências para investimentos",complementa. A CSN está entreas poucas siderúrgicas quepossui mina própria de ferro, que garante integralmente seu suprimento.
interno. É tambéma mais endividada em moeda forte e conseqüentemente precisa de acompanhamento estreito do dólar", dizoanalistaMauro Giorgi. Usiminas e Cosipa poderão sofrerpequeno impacto comanotícia, nasemanapassada, de que a companhia Vale do Rio Doce aumentará em 18%, o maior em dezanos, o preço do minério de ferro.
Nomercadointerno, ademanda tambémdeve permanecer aquecida. "Normalmente, combons resultadosno mercado internacional, em 2004o setorsiderúrgicoserá também favorecidopelo crescimento esperado da economia", diz Fabio Motta, estrategistada SulAmericaAssetManagement. Mercado interno– Na opinião de Elaine Rabelo, analista daCoinvalores, omercadointerno tem chances muito grandes de ganho. "A forte retomada da demanda interna provocará redução das exportações e um redirecionamento das vendas para o mercado interno, favorecendo as siderúrgicas nacionais", diz Elaine. Segundo a analista, historicamente as margens de contribuição no mercadointerno sãomaiselevadas. "Alguns movimentos pontuaisdogoverno têmcolaborado, hoje, para o crescimento da demanda nos principais segmentos de atuação das siderúrgicas brasileiras", conclui.
Comumacapacidade de produção anual de 14,4 milhões de toneladas, a Metalúrgica Gerdau é uma das maiores siderúrgicasdo País.Possui usinas no Brasil, Uruguai, Chile,Canadá,na Argentinaenos Estados Unidos. Recentemente, anunciou um investimento na unidade chilena no valor de US$ 23 milhões, distribuídos pelos próximos cinco anos.
No segmento deaçoslaminados longos, cuja produção do mercado é de6 milhões de toneladas,a Gerdauélíder com maisde 45%e tambéma maiorprodutora daAmérica Latina. A expectativa de que as prometidas medidas por parte do governo de incentivo ao setor de construção devem ajudar a empresa diretamente neste ano.
Destaque – Os papéisda empresa apresentaram bom ganho no ano passado, com uma valorização de161,7%, segundo a Economática. Para Mauro Giorgi, "apesar das recentes altas,aGerdauainda tem espaçoparadarbonsganhos a seus acionistas". diz.
"A empresaestáequacionando seu grande endividamento eissopode melhorar bastante seu resultado. A posiçãoda empresanoCanadáe nos EstadosUnidospode ser importante narecuperação da economia americana", diz.
"O GrupoGerdaupossui forte participação no mercado americano, após a fusão das atividades dogrupo comas da
Co-Steel", lembra Ângelo Larozi, analistade investimentos daCorretora SouzaBarros.As perspectivaspara o grupona Américado Sul –em especial noChile, naArgentinaeno Uruguai – também são favoráveis. Isso porque a recuperação do mercado argentino vem se mostrando consistente. NoChile foramanunciadas novas obrase aassinaturado acordode livrecomérciocom os EstadosUnidos. "Diantedo crescimento da demandainternanopaís edacrescente aberturaeconômica, oGrupo Gerdau irá realizar investimentos, nos próximos cinco anos, de US$ 23milhõesna Gerdau AZA. Estasinversões têm por objetivo aumentar a qualidade de seus produtos e otimizar aprodução" ,explica Ângelo Larozi. Em 2002, a empresa teve um lucro líquido consolidadede R$821milhões, 49%maisdo que no ano anterior. O resultado referente ao ano de 2003 está previsto para serdivulgado pela empresanesta quarta-feira, dia 28.
A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira é, ao lado do Grupo Gerdau, uma das maiores produtoras de aço longo. em2003, aempresa incorporou a MendesJúnior Siderurgia, que ajudou a elevar o lucro da empresa. Opreço do aço nosmercados internoeexterno também favoreceu a empresa no ano passado. a empresa exportou mais em 2003. "Com suacarteira deexportaçõesvoltadapara aEuropae com o fortalecimento do euro, a empresa tem grande potencial de ganho de margem, além do bomposicionamento interno", diz o analista de mercado Mauro Giorgi. "A Belgo-Mineira pode ser beneficiada poratuar nosetor deconstrução civil,queainda não tevea sua alta eque deve
acontecer até 2005", acredita Fabio Motta, estrategistada SulAmerica AssetManagement. Em 2003, a empresa também se reestruturou financeiramente, em especial em relação às suas dívidas. No períodode janeiroa dezembrodoanopassado, as açõesPN daempresaapresentaram uma valorização de 106%. Também acima da valorização registrada pelo índice da bolsa paulista, o Ibovespa. em 2003,aempresadivulgou seus planos de investimentoque inclui umtotalde R$ 1,6 bilhão.O valordeverá ser diluídoapartir deste ano até o ano de 2007. Na primeira quinzena de janeirode 2004, a empresa anunciou um novo passo no processo em seu processo de reestruturação.
A Companhia Siderúrgica Tubarãoé amaiorexportadoramundialde placasde aço, com 20% da oferta. A empresa tem seu controle repartido entre a Companhia Vale do rio Doce,a Arcelore a Kawasaki Steel. Em 2003, suas ações acumularamum ganhode213%, de acordo com estudo feito pela Economática. A empresa inaugurou no último ano seu laminador de tiras a quente, reduzindo a oferta de placas, para suprir com bobinas de aço plano sua coligada de Santa Catarina, Vega doSul,indústria de transformaçãode aço.Comprocessos de decapagem, laminaçãoa frio e galvanização,a empresa fornece bobinas deaço principalmenteparaa indústriaautomobilística do sul do País.
Aempresaé umadasmaiores apostas do setor para o analistaMauroGiorgi. "Nosegmento deaço plano a CSTé a opção de melhor expectativa de resultado.É aque maisexporta, ade maior projetode crescimento eo maior crescimento em longo prazo", diz. Os planos de investimento da CST também deixam o analista da SulAmerica Ângelo Laroziotimista:"Está emandamento o planode expansão da produção deaçopara até 7,5 milhões de toneladas/ano a partir de2006. Com este aumento a empresa espera suprir uma maiordemanda, alémde manter sua fatia no mercado deplacas. Considerandoas perspectivas para a economia em 2004, recomendo as ações da siderúrgica", completa.
Asofisticada grifeinternacional de malasSamsonite, que no final de 2003 pôs no mercadoum produtodiferentedo seupadrãousual, sualinha de mochilas, escolheu a cidade de São Paulopara o lançamento. "Quando entramos com algumprodutonovoescolhemos paraos nossotestes de mercado os grandes centros e, obviamente, São Paulo, uma cidade cosmopolita",diz odiretor geral, Francisco Cortez.
Acoordenadora de marketing da empresa, Simone Martin, destacaadiversidadecultural da cidade. "Em São Paulo há diversos tipos de cultura, que absorvem produtos tão diferentes quanto as maletas usadas por James Bond nos filmes easmalas assinadaspordesigners como Phillip Stark".
Mercado - A Samsonite tem distribuição nacional, mas São Paulo é o seu grande mercado. A GrandeSão Paulorepresenta 35 % do faturamento da empresa,concentrando 30%dos pontos-de-vendas da marca.
Já o interior do Estado está entre os primeiros cinco mercados da empresa, sendo responsável por 10 % das vendas.
Diadora - A marca italiana deartigos esportivosDiadora elevou em 10% seu faturamentonoBrasil, em 2003,associandoseunome a umclube esportivo paulista.Desde agosto passado, quando assumiu o vestuáriodo Palmeiras, a Diadora já vendeu 120 mil camisas, quandoa expectativa inicial era de 60 mil. O resultadodas vendasfoi o responsável pelaelevaçãodo faturamento daempresano País no ano passado, atingindo a cifra de R$ 65 milhões. Por aí já se tem uma idéia da importância de São Paulo para a Diadora."Se vocêtem umamarca forte em São Paulo, tem uma marcaforteno restodoPaís", diz o gerente demarketing, Leonardo P. Frigeri. A empresa pretende direcionar cada vez mais seus investimentos em marketing no Sudeste, sobretudo em São Paulo. (JGR)
As homenagens das empresasparao aniversáriode450 anos dacidadenãoacabaram com os eventosde ontem. No caso da Fuji, a maratona de fotógrafos renomados que registraramimagens dacidadeda meia-noite de24 de janeiro à meia-noite do dia 25, resultará numa exposição que deve acontecerem maio.Seráum reconhecimentoà capitaldo Estado, onde a Fuji tem 40% de todos os seus negócios. "Éaqui quesão criadosprojetos novos, como o da loja piloto Fuji Image, inaugurada no início de janeiro, com um novo conceito: venderserviçosde imagemcomtecnologia digital, tendo um estúdio fotográfico e uma unidade de negócios para atenderprofissionais liberais", explicaagerentede marketing da empresaMaria José Ferraz de Barros.
Francisco e Simone, da Samsonite: públicos diversos permitem lançamentos variados
Getúlio Ursulino, da Abicab: consumo médio de chocolate é o mesmo dos italianos
Moradores da Grande São Paulo consomem em média 7 quilos de macarrão por ano, para 5,7 quilos da média
Haja comidapara alimentar tantagente.E depaladarestão diversos.Nosetorde alimentos,algunsdados mostramo potencial de consumo da capitalpaulista. Entreeles,estáa fome de chocolate e macarrão dos moradores da metrópole. Segundoinformações da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Abicab, a cidade de São Paulo consome 45 miltoneladas de chocolate porano, 15%do consumode todooBrasil. São3quilosde chocolate per capita em todo o ano, contra 1,2 quilo da média brasileira. "O consumodo paulistano equivale ao consumo médio de um italiano", explica GetúlioUrsulinoNetto, presidente da Abicab. Macarrão - Outro dado revelador é o consumo de macarrão. "Sóna capital,o consumo
per capita está na faixa de 7 quilos anuais,um dosmaiores do Brasil,onde amédiaéde5,7 quilos", explica o gerente de marketing da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias, Abima,Alexandre Rodriguez. Segundo ele, São Paulo é um dos maiores consumidores nacionaisno setordemassas. "A GrandeSão Paulorepresenta 9,6%, e o interior corresponde a 18,7 %doconsumo.Hoje, nós temos 65 indústrias no Estado de São Paulo. A cultura do consumo do macarrão se difundiucommuito maisfoça aqui, em conseqüência da imigração italiana - por isso a região é tão importante para o setor", explica Rodriguez. Biscoitos - São Paulo é também umconsumidor vorazde biscoitos. Daniel Cohen, presi-
dente da Festiva, uma indústria brasileira debiscoitos populares voltada paraas classes C e D, diz que a metrópole é seu maior mercado,sendo ointerior paulista o segundo - maior que os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais juntos. O Estado de São Paulo representa 65 % do seu mercado. Carros -A imponênciaeconômica de São Paulo diante do País nãoseria a mesma sem a presençadas grandesmontadoras no ABC paulista, formado pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.
A maior fabricante de veículosdoPaís,a Volkswagendo Brasil, fechou 2003 na posição delíderdo mercado, com 470,1 mil unidades produzidas, liderandotambém asexportações do setor,com 166,4
mil veículos(montados)distribuídosparamais de20países. Responsáveispor 30%do total exportado pela indústria automobilística brasileira no mercado interno, asvendas da Volkswagen totalizaram317,4 mil veículos em 2003.
GM - Outragigante, aGM do Brasil, apenas no mês de dezembro de 2003 vendeu para o Estado deSão Paulo15, 2mil unidades,deumtotalde 42,2 mil no mercado interno, o que representa 36%destas vendas. "São Pauloéa locomotivado Brasil. Por isso dedicamos tanta atenção a esse mercado, em que aChevrolet élíder hátrês anosconsecutivos. Fechamos 2003 com26,4% departicipação de mercado", afirma Edgar Lourençon,diretor Nacional de Vendas da General Motors do Brasil. (JGR)
Eduardo Bruder, da Avon: campanhas de saúde são homenagens. Nestlé apostou em lata comemorativa dos 450 anos.
Unilever - A Unilever, fabricante de tradicionais marcas no segmentode higienee limpeza, em parceria com a Editora Abril, organizou a exposição Retratos em Revista, que segue até 1ºdefevereiro,noEspaço Abril, mostrando como a história das duas empresas está ligada à cidade. Quem se lembra doslogan dosaboneteLux, "preferido pornoveentredez estrelas", irá se encantar com as fotosdemais de150beldades quejá fizeramo comercial,de SophiaLoren aGiseleBündchen, passando por Elizabeth Taylor, Brigitte Bardot e Vera Fischer, só para citar algumas. Avon - A Avon,que chegou ao Brasilem 1959,preserva ligações sentimentais com a metrópole. "São Paulo foi a nossa porta de entrada no País" diz o vice-presidente de comunicação corporativa daAvon Brasil,Eduardo Bruder. "A nossa fábrica, que faz os produtos distribuídos no Brasil inteiro, está nacidadedeSãoPaulo, além do nosso maior centro de distribuição.Hoje, aAvon
Brasil tem 4,3 mil funcionários, dos quais 3,8 mil deles baseados aqui", explica. No ano passado, a empresa lançou o InstitutoAvon, com umasériedeaçõescom foco principal no combateao câncer de mama - filosofia mundial do grupo - e fez a doação de 5mamógrafos paraacidade, comumcustoestimado de meio milhão de dólares. Embalagem especial - A Nestlé Brasil, presenteem São Paulo desde 1921, preparou uma edição limitada de sorvete crocanteespecialmente para os 450 anos da cidade. O sabor está sendo vendido no varejo em quatro versõesdiferentes de latasdecoradascomo selo comemorativo oficial da data e algumasimagens dacapital paulista: Viaduto do Chá, Praçada Sé,AvenidaPaulistae TeatroMunicipal, todospontos de visitaçãofamosos entre paulistanos de todas as idades e tribos. (JGR)
ANALISTAS QUEREM SABER QUE ARGUMENTOS O GOVERNO VAI USAR PARA JUSTIFICAR MANUTENÇÃO
Depoisde teremsido surpreendidos pela manutenção dos juros básicos da economia determinada pelo Comitêde Política Monetária(Copom) na semana passada, os investidores agora esperam a divulgaçãoda ata da reunião.Na próxima quinta-feira, o mercado vaisaber em detalhes o que levouo Copom aadotar postura tão cautelosa.
A ata do Copom sempre chamaa atenção dos analistas, masdestaveztemparticularimportância: delaos economistas dependem para fazer projeções econômicas para os próximos meses. O que mais o mercado espera é o detalhamento do cenáriode inflaçãocom queogoverno está trabalhando. De acordocom asprimeiras análises sobre a decisão do Copom, o mercado e o governo deram diferentespesos parao fato de a inflaçãoem janeiro apresentardiscreta tendência de alta.Enquanto osanalistas
consideraram a subidados preços passageira,o governo levou a sério a possibilidade de as elevações dos índices indicarem uma consistente tendência de alta dos preços. Só a ata poderá acertar essa divergência. Daí sua importância.
Balanços – Sem contara ata doCopom, osmercados tendem a operar sem mudanças significativas– dólar perto de
Principais eventos
S egunda-feira: A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga oIPC-S, índicesemanal de inflação. A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério doDesenvolvimento divulga o resultado da balança comercial brasileirana terceirasemanado mês de janeiro. Nos Estados Unidos, saem dados a respeito davenda deimóveis usados em dezembro.
Ter ça-fe ira: O Banco Central divulga osagregados monetários dedezembro e nota sobrejurose sp re ad bancário, referenteaomês de janeiro.O Tesouro Na-
R$2,84, indicadores derisco estáveis e bolsa em alta.
Na Bolsa de Valores de São Paulo(Bovespa),já começaa influenciarosnegóciosa expectativa em relação à divulgação de balanços de empresas referentes ao ano de 2003. Por enquanto, os estrangeiros permanecem na bolsa – o saldo está positivo em R$ 527 milhões em janeiro. (RA)
cionaldivulga oresultado primário dogoverno emdezembro de 2003. Sai pesquisa de confiança do consumidor americano em janeiro. Quar ta-feira: A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas(Fipe) divulgaoÍndice de Preços ao Consumidor (IPC) da terceira quadrissemana de janeiro. O IBGE divulga o IPCA-15 referente ao mês dejaneiro. NosEstados Unidos, sai pesquisa sobre vendas deimóveis novosno mês de dezembro. Quinta-feira: O BancoCentraldivulga aata da última reunião do Comitê de Política Monetária(Copom) em
quefoi determinadaa manutenção dos juros básicos daeconomiaem 16,5%ao ano. A Fundação Getúlio Vargas divulgao IGP-Mdo mês de janeiro. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulga os indicadores da indústria paulista denovembro edezembro de2003.Nos EstadosUnidos, saem dados de pedidos de seguro desemprego. Sex ta-feira: O Banco Central divulga dadossobre a necessidade de financiamento e o montante da dívida do setor público em dezembro passado. O IBGE divulga levantamento siste-
mático da produção agrícolareferente adezembro de 2003. Sai o resultado do PIB americano do quarto trimestre de 2003. Sem datadefinida durante asemana: Reunião ordinária do Conselho MonetárioNacional.A Federação do Comérciode São Paulo divulga dados de vendas e faturamento real do comércio varejistadaregiãometropolitanade São Paulo em dezembro.A Fundação Seadee oDieesedivulgam a pesquisa de emprego e desemprego na grande São Paulo referente ao último mês de dezembro.
■ Documentação Imobiliária:
Metrópole é dona de 18% do PIB nacional, de 20% das vendas do varejo e do mais alto consumo de chocolates e macarrão do Brasil. Além de ser um grande mercado consumidor, a capital paulista dita tendências e é fonte de inovações que mexem com todo o País. Entre as empresas, regra é seguir investindo nessa locomotiva paulistana.
São Paulo é o principal mercado do Brasile do Mercosul. Na capital, que abriga a maior bolsa devalores docontinente sul-americano, situam-se os principaisgrupos industriais, financeiros e de varejo do País. A cidade é um pólo de atração para investimentos em função de seu potencial de consumo, infra-estrutura e mão-deobra. E as empresas sabem disso. Tanto que têm no mercado local, muitasvezes, quase a metade de todos os negócios realizados no País.
A Região Metropolitana responde por aproximadamente 18% doProduto InternoBruto, PIB, do País, de acordo com a Fundação Seade. A Pesquisa de Investimentos no Estado de São Paulo, também realizada pela FundaçãoSeade, indica que 32% dos investimentos anunciadospor empresasprivadas, nacionais e estrangeiras, entre 1995 e dezembro de 2001 eram destinadosaosmunicípiosdaRegião Metropolitana de SãoPaulo.Omunicípio concentra cerca de 20% das vendasdevarejo noBrasil.Informações daUnião Brasileira
de Promotores de Feiras, Ubrafe, mostramquedas140 grandes feiras denegócios que acontecem todo ano no Brasil, 110são realizadasnacapital paulista. A metrópole é ainda o principal centro de eventos da América do Sul. Além dos visitantes de outras cidades e estados, cerca de35 mil compradoresvêm doexterior paravisitar asfeiras dacidade anualmente.
Couromoda - Um bom exemplo do peso do mercado paulistano para as grandes empresas é o evento que abriu a agenda de feiras da cidade em 2004: a 31 ª Couromoda, maior feira de calçados da América Latina. Realizado de 13 a 16 de janeiro, o evento contou com a presença de 915 empresas expositoras vindas de 15 estados brasileiros erecebeu 55mil visitasprofissionaisque renderampedidos totais no valor de R$ 4 bilhões. Isso não é tudo.
Estimativa é de que 35 mil compradores venham do exterior todos os anos para acompanhar as grandes feiras da cidade
O presidenteda feira,Francisco Santos, estima que os
contatos feitos durante o evento deverão influenciar os negóciosportodo oprimeirosemestre,podendo totalizar até R$ 10 bilhões, "estimativa perfeitamente viável tendo em vistaa disposiçãodecompras manifestada tanto pelos lojistas brasileiros, quanto pelos compradores internacionais". Mudança - A cidadedeSão Paulo, aocompletar 450anos, vem mudando seuperfil de grande metrópole industrial parao demais importante núcleo financeiro eprestador de serviços de todo o País. Esteprocessode transformação deve ser estimulado, na opiniãodo professorAndré Franco Montoro Filho, do Departamento de Economia da Faculdade deEconomia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidadede São Paulo. "Em lugar do grande centro da indústria pesada, poluidora, a cidade se torna um grandecentro detecnologia, de indústrias sofisticadas.É
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um papel que só São Paulo podedesenvolver noPaís, jáque tem mão-de-obraqualificada, serviços, universidades e centros importantesde pesquisa de ponta", afirma ele. Atividades - Esse novo perfil dacapital éconfirmadopor dados da Pesquisa da AtividadeEconômicaPaulista, Paep, da Fundação Seade. No setor de material eletrônico e equipamentos decomunicação, a região detém 74,9% da produção do Estado. No setor de máquinas de escritório e equipa-
mentos de informática, 81%.
Em 2000, o censo do IBGE revelouuma cidadecommais de10milhões demoradorese umaRegião Metropolitana (a Grande São Paulo), abrangendo mais 38 municípios adjacentes, num total de 17,9 milhões de habitantes - 48% de toda a população do Estado de SãoPauloe cercade10,5%da população brasileira. GigantismoquestionávelO professor André Montoro Filho lembra que o slogan "a cidadequemais crescenomun-
do", outrora motivode orgulho dos paulistanos como ele, hoje deveser repensado.Os custos do gigantismoda cidade, como os grandes congestionamentos eoaltograude poluição do ar e dos rios na metrópole, são muito altos. "É necessáriopensarnessa grande transformação que São Paulo vemsofrendo paraganharem qualidadee sofisticação,não emtamanho",diz. Leia mais sobre a importânciado mercado paulista paraas empresas na página 9.
Vicente (à esquerda) e Giuliano Donini, da Marisol: "São Paulo sinaliza andamento da economia nacional". José Cláudio Mota, da Levi´s: demanda e poder de consumo ditam tendências.
A fabricante de malhas e calçados Marisol, uma das maioresdo setornoPaís, tem35% de todos seus negócios realizados dentro doEstado. A grande SãoPaulo ficacom 12%do total. "São Pauloé um termômetrodo mercadonacional,a região que mais sinaliza como anda nossaeconomia", afirma o diretor demarketing da empresa, Giuliano Donini. O executivo cita outra qualidade de São Paulo: a visibilidade que oferece para os produtoslançados. "Quandovocê lança uma marca e quer buscar resultados, é aquique tem a possibilidadede pôr em teste seus produtos. Sesão bem recebidos pelo mercado paulista, é um sinal de sucesso em todo o mercado nacional", explica. "Muitos lojistas vêm à cidade
para ver o que tem na vitrine e fazer compras nos centrosde distribuição. São Paulo influencia diretamente uma série de mercados", explica Donini. Vila Romana - A gerente de marketingdaredede lojasde vestuário VilaRomana, Karen Terenzzo,é categórica:"Nãoé mais preciso viajar aos grandes centros demodanoExterior. Um tour pela cidade traz informações de vários lugaresdo mundo". A Vila Romana, criada há 50 anos, tem 44% de suas lojas em São Paulo. "Das 25 lojasnoBrasil, 11estãoemSão Paulo, sendouma no ABCe outra nointerior. Sempreiniciamos qualquer tipo de ação aqui, onde estão os formadores de opinião. Nossos investi-
mentos em 2004serão em grande partefeitosemSão Paulo", afirma Karen. Levi´s- A Levi´s,conhecida internacionalmente por seus jeans, concentra noEstado de São Paulo entre 40% e 45 % do seusnegócios no Brasil, tanto nas lojasmultimarcas quanto nas lojas exclusivas, segundo informa odiretordemarketingda empresa,JoséClaudio Motta. "Éumpoucoavitrine do Brasil. A cidade é cosmopolita, temaqueles consumidores quecriam tendências.E isso não acontece sócom a moda, mas em muitas outras áreas, um fatoatrelado a uma demanda e ao poder de consumo dos habitantes". (JGR)
Do Pátio do Colégio, à praça da Sé e ao Anhangabaú, passando pela 23 de Maio, os 450 anos de São Paulo reuniram uma das maiores multidões da história da cidade. O povo dançou nas ruas.
Fernando Lancha e Teresinha Matos
Opaulistanomostrou ontem que conhece a fórmula para fazer uma grande festa. Bastaterpovona ruaequeascomemorações aconteçam na região central.Foiassimnas comemorações do IV Centenário(1954)e nacampanha das Diretas-Já (1984). Não poderia ter sido diferente ontem, quando uma multidão invadiu a região do Centro para comemorar os 450 anos de São Paulo. Junte-se a isso o fato de a cidade que abriga mais de 10 milhõesdehabitantes, nãoser singular, mas plurale conseguir juntar ricos e pobres, católicos eprotestantes, judeus e povosárabes. Acantora Rita Leenãoestava certaaodizer que São Paulo não sabefazer festa. Desta vez,ela não representou a"mais completa tradução"da cidade, como diz Sampa, de Caetano Veloso. A
"Afif, você trouxe uma jóia para a cidade de São Paulo "
Marta Suplicy
festados 450 anos continua com vários eventos programados até o final do ano. As comemorações oficiais doaniversárioda cidadecomeçaram onde SãoPaulo nasceu.Às8h50surgiu àsportas do Pátio do Colégio uma procissão. À frente a relíquia (restosdofêmur )eaimagem de Anchieta, que peregrinaram desde 13 de julho de 2003 por treze cidades do litoral paulista que ele ajudou afundar ou visitou como evangelizador. Por maisde oitohoras entre o dia 24 e o alvorecer do dia 25, representantes dessas localidadesconduziram aimagem ea relíquia dobeato atéo quilômetro 40 da Via Anchieta, refazendo o caminhofeitopelo beato para fundar São Paulo. O prefeito de Bertioga, Lairton Goulart,recebeu arelíquia ea imagemconduzindo-as em caravana até o Parque D. Pedro II, de onde saiu a procissão.
Emoção - A procissãochegou ao Pátio surpreendendo a todos os presentes. Participavam a banda dos Arautos do Evangelho– associação religiosainternacional– entoando antigos hinos religiosos, um grupo folclórico de danças das
Índios com máscaras na Sé
Ilhas Canárias,ondeo beato nasceu, erepresentantesdas treze cidades da peregrinação. O povo eparticipantes da procissão assistirama cerimônia ecumênica do lado de fora da igreja. Depois da cerimônia, as autoridadespresentes abriram oficialmente a exposição que traz 17 cartas escritas por Anchieta,entre 1954 e1955. Logodepois,por volta das 10h30, umaimensa filade popularesse formou para ver a exposição.Assim, ospaulistanos iniciaram sua festa: conhecendo de perto a certidão de nascimento da cidade.
de Anchieta chega à Catedral da Sé (esq) no centro de São Paulo. Acima, o presidente da República em exercício, José Alencar e esposa, o governador Geraldo Alckmin e esposa, Luís Favre, Guilherme Afif Domingos e Marta Suplicy na inauguração (ao lado) da exposição "Minhas Cartas", no Pátio do
dente da Repúblicaem exercício, José de Alencar, e o governador Geraldo Alckmin.
"Afif vocêtrouxe umajóia para São Paulo", disse a prefeita ao presidente da ACSP, GuilhermeAfifDomingos. AAssociação Comercial junto com Marta, abraçada por operário,
"É um presente para o povo da cidade de São Paulo"
Guilherme Afif Domingos
A prefeita MartaSuplicy inaugurou a exposição. Acompanhavam a prefeita o presia SociedadePateo doCollegio promoverama vindadosmanuscritos à cidade. "Pedi à prefeita para cortar a fita,poisela representaopovo de São Paulo e a mostra foi promovida para a população", disse Afif Domingos. Ele lembrou à prefeita que o Papa João PauloII abençoouascartas e,por
seu intermédio, o povo paulistano. "Aajuda dopadre Pedro Melchert, diretor da Sociedade Pateo doCollegio,foi fundamentalparaa realizaçãodo evento", reforçou Afif. "As cartas de Anchieta resgatam aorigem dacidade deSão Paulo, por issosua importância", disse Milu Vilela, presidente do Centro Cultural Itaú, uma das primeiras paulistanas a visitar a exposição. O vice-presidente da ACSP, Rogério Amato, não escondia a emoção ao ler os relatos de Anchieta. Naabertura do evento, estavam ainda vicepresidentes da entidade e superintendentes das Distritais daAssociação, entreelesWalterIihoshi, RobertoMateus Ordine, IvanLorena Vitalee o assessor especial da presidência, Gaetano Brancati Luigi. Na entregadomonumento "Glória Imortaldos Fundadores de São Paulo", que foi recuperado, o discurso mais aplaudidofoi o do governadorGeraldo Alckmin. Ele falou de improviso,ao contráriode Marta e José Alencar. "O maior poema de José deAnchieta é semduvida acidadedeSão Paulo", disse para depois completar: "Para esta cidadenão vieram as cortes, massimos trabalhadores eé esse espírito que nos empurra para o futuro", concluiu.
Na catedral da Sé, foi realizada uma missa em homenagem
ao aniversário da cidade. Para evitar problemas de superlotação,asportas dacatedralforamfechadas pelaequipede segurança da Presidência da República. Muitos acompanharam a missa e uma mensagem especialdo papa,lida durante a liturgia, por um telão instalado na praça. "Desejo congratular-me aviões da Esquadrilha daFumaça passaram a fazer acrobacias pelos céus da cidade. Pelas ruas do centro e de regiões próximas o povo podia ser visto festejando. Aavenida 23de Maio foi fechada para a realizaçãode váriosespetáculos populares, queculminaram com umshow deencerramentono ValedoAnhangabaúe com um baile de gala, no Palácio das Indústrias, para autoridades estrangeiras convidadas.
"O melhor poema e obra de Anchieta é São Paulo "
Governador Geraldo Alckmin
comtodasas forçasvivas–do último trabalhador recémchegado até os mais altos mandatários –peloempenho em manter oespírito indômito quecaracterizou as bandeiras peloBrasilafora", disseopapa em sua mensagem. Pouco depois do meio-dia, Martainaugurou a nova sede daPrefeitura.Logo depois,
Como odiaeradefesta, muitos paulistanos abdicaram de duas desuas principais características:carroea pressa. Logo cedo, os trens do Metrô passaram a circular lotados. As pessoas iama pé da Avenida Paulista até o Centro, pelaAvenidaBrigadeiro Luis Antônio. Alguns preferiram usar bicicletas,patinse skate. A23 de Maiofoi tomada logo cedo. Segundo cálculos da Guarda Civile da Polícia Militar mais de2,5 milhões de pessoas participaram das festividades.
Com Liane Lossano e Wladimir Miranda. Mais sobre a festa dos paulistanos nas páginas 5 e 6
Arotina de trabalho ficou insuportável, embora você tenha um bomcargo eum salário razoável numa empresa de grande porte? Os tempos de adrenalina e projetos desafiantes há muito ficaram para trás e levantar da cama pela manhã tornou-se um verdadeirosuplício?Suarelação comachefia também já não é mais das melhorese todasastentativas de mudanças de departamento fracassaram? Se você se identificoucompelomenos uma dessas situações, talvezseja a
hora depensar seriamenteem mudardeemprego. Maséimportante agir com calma. Com o atual quadro de desemprego no País, há sempre vários pontos aseremconsiderados, antes de uma decisão radical. O período em que poderáficardesempregado, as condiçõesdas reservasfinanceiras emudanças no padrão de vida da famíliasão os fatoresque devemser avaliados. "É precisoperguntar-se oque realmente está incomodando dentro da empresa", diz a diretora-executiva daempresa
de consultoriaLens& Minarelli, Mariá Giuliese. Segundoela, muitosexecutivos a procuram preocupados com o fato de que, se permanecerem muito tempo na empresa, poderão ser considerados ultrapassadosno mercado de trabalho. "Isso tudo é mito. Se o profissional ficar dez anos em uma companhia, realizar novos projetos, mudar de cargos e assumir diferentes responsabilidades nesse período, não há com que se preocupar", opina Mariá. Há quem vejacom receio
currículos de profissionais que mudam muitodeemprego, conforme o consultor do Grupo Prime, Marcos Possari. "Os queasempresaslevam em contasão osresultados.Antes de qualquer mudança, é necessário planejamento", reforça. Naopiniãode Possari,sóse deve mudar de emprego quando houveruma propostarealmentetentadora. Do contrário, é preciso planejar com cuidocomoserá oprocessode transição. "Apenasa insatisfação com o salário não é motivo para a troca de empresa", diz o consultor, que constata o achatamento salarialvivido por muitos profissionais. Pe sq uis a - Paraquem está insatisfeitocom a remuneraçãomensal,a dicadeMarcos Possariéuma pesquisadecargose salários.Aidéia éver quantoos executivoseprofissionais de cargos médios, comogerentes,estão pleiteando em seuscurrículos."É espantoso como cada vez mais gente qualificada negocia salários menores. Então, quemtiver empregado,é bomsegurara vaga enquanto puder", avalia. Apesar disso, há momentos em que a situação fica insustentável, principalmentese há fortes sinais de cortes, indícios de falência ou relacionamento difícil com achefia ou colegas. "Mesmo assim, é preciso identificar o melhor momento e ter uma conversa franca com chefes ou responsáveis pelo departamento", enfatiza Alessandra Luchini, consultora de Carreira da Career Center. Umplano de carreiraé a melhor saída apontada pelos consultores paradarnovos rumosà vidaprofissional. Cultivar umarede derelacionamentos, fazer contatos com clientes efornecedores, identificar novas oportunidades também estão entreasdicas daconsultora."O currículo deve estar sempre atualizado, com destaquepara osresultados alcançadosdentro daorganização. É nisso que os selecionadores estão interessados", aconselha Alessandra. Para PatríciaFadini, coordenadora deconsultoriada Manager, mudar deemprego pode sim dar uma boa acelerada na carreira, já que um profissional com várias vivências é melhor vistono mercado.Isso ocorre, principalmente,em profissões ligadas ao setorde telecomunicações e informática. Mas, segundo ela, a decisão de mudança mais radical de rumos éaconselhávelpara os profissionaisdentre 40e45 anos,que jáconseguiramacumular uma série de ganhos para as empresas pelas quais passaram. "Não é verdade que para o executivo de meia idade não há chances no mercado de trabalho.A empregabilidade só fica ameaçada nos casos de profissionaisque ficamanos no mesmo cargo e desempenhando as mesmas funções", diz Patrícia Fadini.
Dora Carvalho
Emocionada, a prefeita Marta Suplicy chorou ao ser abraçada por um operário que trabalhou na restauração do Palácio do Anhangabaú.Estratégia para revitalizar a área central da cidade.
A prefeita MartaSuplicy inaugurou ontem o seu novo local de trabalho. Apartir de hoje a sede da Prefeitura vai ser o Palácio doAnhangabaú,ao lado do Viaduto do Chá (o antigo prédio do Banespa, conhecidocomo Banespinha).
Desde queassumiu aPrefeitura, há pouco mais de três anos, Marta não chorava em uma solenidade.Ontem, aoabriroficialmente as portas da nova sede,em companhiade umfuncionário que fez a reforma do prédio, a prefeita chorou. "Fiquei emocionada", disse ela. Mas hojea prefeitavai usufruir muito pouco do novo endereço.Elavai teráumdia.De acordo com sua agenda oficial, ela vai estar na parte da manhã em um seminário que vai discutir os problemas semelhantesdeSão PauloeParis,onde seráassinado umconvêniode cooperação entre as duas cidades.Às 11h,elavai inaugurar um mural na ligação LesteOeste. Às 13 horas, ela vai inau-
O antigo sonho de Prestes Maia está mais perto de ser realizado
A recuperação da área centraldeSão Paulonãoéprioridade só da Prefeitura. Estado e Uniãotambémestão empenhados emocuparprédios e espaçosociosos naregião, transformando-os em locais de cultura, lazer e trabalho.
A mudança da sede daPrefeituraparao Palácio do Anhangabaú não éa última ação da administração municipal para recuperar e revitalizara região.Amaioria dassecretarias municipais está no Centro, dandovida aum antigosonho doex-prefeitoPrestes Maia, que queria um Paço Municipal na região. A Secretaria Municipal de Cultura deverá inaugurarespaços culturais nos três andares dos mezaninos do prédio que abrigava o antigo cine Olido.As secretarias de Cultura e Abastecimento já estão instaladas nos outros andares.
O governo federal,através do Bancodo Brasil eda Caixa Economica Federal, também investe no Centro. Depois de criar o CentroCultural Banco doBrasil, ainstituiçãofinanceira está reformando um prédio na Praça do Patriarca. A CEF, por suavez, está recuperandoimóveis naruaRoberto Simonsen, onde pretende criar umcentro cultural.A CEF também ajudaa Prefeitura ao liberar recursos para a recuperaçãodeedifícios quesãodestinados para moradiasde pessoas de baixa renda. Educação– A iniciativa privada também vem dando sua colaboração na recuperação da região. AFaculdade Anhembi Morumbi criou um campus na rua Libero Badaró e é provávelque aUniversidade Paulista (Unip) ocupe o antigo prédio do Mappin,na Praça Ramos de Azevedo. (FL)
gurar orestaurante-escolana Câmara Municipal.Às15 hs, Marta vaimostrar aosprefeitos de vários cidades estrangeiras que vieram para o aniversário da cidade o CEU Jambeiro, na zona Leste. A inauguraçãoda novasede rende aplausospara aprefeita. O presidente do banco Santander/Banespa, Gabriel Raramilho, que cedeu oprédio para a Prefeitura,num acordoinusitado,disse serumadmirador da região central. Segundo ele, a nova sede não se resume apenas a uma mudança de endereço. "Ela resgata os laços afetivos de cadacidadão", disse. O presidente da República em exercício, José Alencar, acabou inovando, ao dizer que tam-
bém é um apreciador da região central. "Lembroquequando me casei, há 46 anos, fiquei naquelehotel ali(apontandopara oOthon Palace).É umaregião que me traz boas lembranças", contou Alencar. A prefeita nãoconseguia esconder sua alegria pela inauguraçãoda nova sede.Éa segunda vez que uma prefeita do PTmuda asede daPrefeitura. A primeira foi Luiza Erundina, que no final de1992 mudou a Prefeitura do Parque do Ibirapuera para o Palácio das Indústrias,no Parque DomPedroII. Comasaída daPrefeitura doParque DomPedro II, o local poderá fazer ao seu nome de batismo e se transformar realmentenum parque.OPa-
O presidente da República em exercício, José Alencar (acima) discursa durante a inauguração do Palácio do Anhangabaú: "Passei minha lua-de-mel naquele hotel ali", apontou. O prédio do Banespa, vizinho da Prefeitura, abriu seu mirante para a população.
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O Palácio do Anhangabaú, nova sede da Prefeitura, embrulhado para presente (esq). Abaixo, a Esquadrilha da Fumaça em formação especial sobre a cidade.
lácio das Indústrias vai abrigar oMuseu da Cidade. Os estacionamentos do localvão servir para os usuários do Mercado Central, já que está prevista a construção de uma esteira rolanteligando oestacionamento ao mercado, quedeve ganhar ainda neste ano quatro restaurantes de pratos típicos deimigrantes queajudarama construir São Paulo. Além dasautoridades brasileiras,estiveramna inauguração os prefeitos da seguintes cidades: Paris, Bogotá, Budapeste, Genebra, Buenos Aires, Montevidéu, Lisboa,Moscou, Ilhas Canárias e Ilha da Madeira. A prefeita vai dividir seu novo endereço comvários secretários municipais.
Teatro - O cerimonial da Prefeitura não confirmou, mas é possível que Marta compareçaà"Missa Solemnis",deBeethoven, que vaiser apresentadano TeatroMunicipal pela Orquestra Sinfônica Municipal, sob a regência do maestro IraLevin. Osconcertoscome-
çam hoje e vão até a próxima quarta-feira. A peça é considerada pelosespecialistas como "uma obradefôlego"dentro douniverso beethoveniano. Os ingressos começarama ser distribuídosontem, nasbilheterias do Municipal. Fernando Lancha
A cantora Rita Lee, para quem
Nem mesmo a chuva do final da tarde conseguiu quebrar o entusiasmo dos paulistanos. A parada na 23 de Maio reuniu todas as tribos de São Paulo.
Na Parada SP450 Anos, o paulista teve outra oportunidade para mostrar que sabe fazerfesta,apesardachuva. A Avenida 23 de Maio ficou com a cara da cidade: em vez de carros, as filas eram de pessoas. No Bixiga, bairrotradicional paulistano, um bolo de 450 metros de comprimento (o maior do mundo, segundo os organizadores), foidevoradoemapenascincosegundos poruma multidãocalculada emcinco mil pessoas, mantendo-se uma tradição que já dura 19 anos. Paulistano gosta de ofertas gratuitas: esperouhoraspara cortaro cabelo,fazer tatuagem, ligar para um parente distante, escrever carta... Bianca, de7 anos, feza mãe ficar3horasnafila datatuagem dehenna. Otatuador fez uma flor na perna. "Vamos voltarparaa Bahiae elaquer mostrarpara osamigos",contou a mãe, Zeli Abade. "Mas valeu, nunca vi algo assim." Nas estações gastronômicas, comia-se da paella espanhola provada pela relações públicas carioca Daniela Fraga a cachorro-quente.Parao mais curioso, havia a "Comida Típica Paulistana Moderna", como dizia a placa: um saboroso san-
duíche de carne-louca na chapa com pão francês. Música – O caminho começava pelo palco de folclore internacional diante do Centro Cultural São Paulo. Peloscaminhões das subprefeituras passavam de bandas de reagge e rock a trios de forró e baterias desamba.A músicanãoatrapalhou quem queria relaxar. A dona de casa Benedita da Silva, de74 anos,recebeumassagem pelaprimeiravez na vida. "É ótima, uma delícia." Foi esperta: chegou cedo e foi uma das primeiras atendidas pelaprofessora Regina Prado. Andandopor aí,SãoPaulo revela personagens. A pedagoga Yara Fabrícia Pinaffo estampouo sentimentonuma camiseta vermelha. O "Eu Amo SP", com coração no lugar do verbo, foi feito com tinta acrílica. Na manga, um bordado vermelho ebranco.Para completar, uma calça preta e sandáliasbrancas, tudonacor de São Paulo. Amo a cidade." Terezinha Carvalho, por sua vez, volta paraFortaleza, Ceará, depoisde40anosemSão Paulo. "Esta éa maneiramais feliz para eu dizer adeus à cidade que amo." À noite, Rita Lee cantou no Anhangabaú. (AE)
BEIJOQUEIRO – Caetano Veloso beija Nando Reis, ex-Titã, durante festa na Ipiranga com São João, no sábado. Mesmo debaixo de chuva forte, mais de 35 mil pessoas viram a apresentação do cantor. O ministro Gilberto Gil e Jair Rodrigues, entre outros, também participaram do espetáculo.
• A Capital da Gastronomia
• A Capital do Trabalho
• A Capital do Progresso
• A Capital mais Brasileira
• A Capital das Culturas
• A Capital da Integração dos Povos
São Paulo onde tudo acontece, queremos te ver cada vez mais linda.
Parabéns São Paulo pelos seus 450 anos.
UNIVINCO União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências.
Todas as tribos foram representadas na parada
Hoje Contas – O diretor-superintendente da Distrital Centro da ACSP,Roberto Mateus Ordine,participa da sessão especialde posse,respectivamente, do presidente, vice-presidente e corregedor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Às 11 horas, no auditório nobre "Prof. José Luizde Anhaia Mello" – av.Rangel Pestana, nº 315 – anexo I. Terça Exterior - Reuniãoda Comissão de Comércio Exterior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), coordenada pelo vice-presidente RenatoAbucham. Às17horas, na sede da entidade - rua Boa Vista, nº 51/9º andar.
Quinta Urbana – Reunião da Comissão de Política Urbana (CPU) da ACSP, coordenada pelo vice-presidenteLuciano Wertheim.Às12horas, na sededa entidade–rua Boa Vista, nº 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre). Sex ta Washington - O presidente da Associação Comercial de São Paulo,Guilherme Afif Domingos, recebe o futuro embaixadordo Brasil em Washington, Roberto Pinto Ferreira MameriAbdenur. Às 12horas, na sede da entidade – rua Boa Vista, nº51/12ºandar, noEspaço Nobre deRecepções e Eventos (Enre).
ACONTECE NAS DISTRITAIS
Hoje Santana – A Distrital Santana realizareuniãocomempresáriosdo núcleo setorial dos profissionais de beleza do "Projeto Empreender", coordenada pelaconsultora Sandra Damazo. Às 19 hs. Santo Amaro – A Distrital Santo Amaro realiza reunião com empresáriosdo núcleo setorial centro automotivo do "Projeto Empreender", coordenada pelaconsultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 19h30. Terça Santana – Reunião para formação doConselho daMulher Empreendedora (CME) dadistrital,coma presença da diretora-superintendente do CME da ACSP, Diva Furlan. Às 15 horas.
Santo Amaro – A Distrital Santo Amaroda Associaçaão Comercial de São Paulo realiza reuniãocom empresários do núcleo setorial deequipamentos industriais para bar, restaurante e utilidade domésticado "Projeto Empreender", coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 19h30. Quar ta Santo Amaro – A Distrital Santo Amaroda AssociaçãoComercial deSãoPaulo realiza reunião com empresários donúcleosetorial dematerial paraconstruçãodo "Projeto Empreender", coordenada pelaconsultoraMaria Cristina ImbimboGonçalves. Às 8h30.
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O grupo Metro, uma das maiores redes de varejo do mundo, montou uma loja do século 21 numa pequena cidade alemã. Os EUA devem ter a sua em 2005
Por Bárbara Oliveira
Muita gentenão gosta deirao supermercado porque perde tempo em filas ou porque demora nas gôndolas à procurado produtoouporquenão encontra a mercadoria que costuma comprar. O comércio varejista tenta atrair o consumidor com novidades, ofertas e variedade, masnemsempreisso ésuficiente para agradá-lo.
Pois há duas semanas, em Nova York, durante a realização da Exposição Anual da National Retail Federation (NRF), maiorfeirade comércio varejistado mundo,lojistaspuderam ver como funciona a "loja dofuturo", um conceito novo que torna mais eficaz, rápido e individualizado o atendimento ao cliente, com redução de custos e rotatividade de estoques.
A lojadofuturo, que estava em demonstração e funcionando na feira de Nova York, mostrou o que a tecnologia pode fazer parafacilitar a vidado consumidor e do lojista. O mais interessanteé quetudoo quefoi mostrado na exposição da NRF já existe e funciona na prática.
Aloja ébaseada nastecnologias já existentescomo leituras ópticas,redessemfio por radiofreqüência, Personal Digital Assistants (PDAs) que foram integradosem terminaisinformativos, displays, etiquetas eletrônicas, gôndolas inteligentes e carrinhosde compras. Foi inaugurado emabril de 2003, em Rheinberg, Alemanha. Nos EUA, a cadeia Wal-Mart espera que em 2005 pelo menos 100 de seus fornecedores estejam capacitados para usar a tecnologia, e até 2006, quem fornecer para arede deverá estar adaptado aosnovos padrões, informou Regiane Romano, diretora da Vip-Systems Informática, especializada em sistemas de automação para o varejo e também consultora da Alshop (AssociaçãoBrasileira deLojistas de Shoppings), que esteve na feira da NRF com outros 30 executivos e varejistas brasileiros. Pode parecer insólito quea pequena cidade de Rheinberg, encravadano noroestedaAlemanha, na fronteira com a Holanda, disponha deumsupermercado com uma tecnologia tão avançada e que está mudando a maneira de fazer negócios. A ex-modelo alemã Cláudia Schifferfoi convidada,naocasião, para ser a primeira cliente, afinal ela nasceu na cidade.
A iniciativa de abrir uma loja com tais característicasfoido grupo alemão Metro, um gigante do varejo presente em 28 países,com2.300 pontosdevenda e 240 mil funcionários, e que teve o decisivo apoio da IBM, Intel e SAP (uma das líderes em soluções para e-business). Mas também participaram Cisco, Microsoft, Oracle, Philips,Symbol, alémdos fornecedorescomoJohnson &Johnson,CocaCola,DHL, Gillete,Procter & Gamble, entre outros. Na loja de Rheinberg, chamada Extra, todas as soluções
dessas empresas foram integradas emumambienterealde produção. Mas na exposição de Nova York, os visitantes já tiveramuma boaidéia decomo funciona, na prática, o novo tipo de supermercado: estavam lá as gôndolas, os quiosques, os Personal Shopping Assistants e as etiquetas eletrônicas. Se entraremwww.futurestore.org e procurar pelo "virtual tour", o leitor pode ter uma idéia de como funciona o supermercado, do momento em que o cliente entra até a hora em que ele paga a conta e carrega as compras. Bastabaixar o filme que dura menos de 3 minutos. Comofunciona – O cliente pega um carrinho com um display comandadoporum PSA (Personal Shopping Assistant). Esse displayé capazde leras informaçõesdeidentificação do cartãointeligente do consumidor.Esse mesmocartão seráútil emfuturas compras, pois o sistema saberá, por exemplo,oque oclientecomprou daúltimavez,epoderá indicar onde estão os produtos queelecostumalevar. Além disso, jácreditaospontosdo plano de fidelidade da loja.
O PSA do carrinho também permite que seja checado o subtotal dascompras etorna mais ágilopagamento, umavezque osprodutosjá foramescaneados enquanto eramcolocados no carro. Nos terminas informativos podem ser encontradas informações sobre as mercadorias, detalhes do processo de fabricação (se houver tempo para isso), modos de preparo, dicas e até receitas, além dos preços. Trilhas de CDs e clipes de DVDs também podemser ouvidos, mas issodepende também dos fornecedores de conteúdo.
A publicidade de alguns produtos é feita em displays eletrônicos promocionais (Electronic Advertising Displays), com vídeos e animações, e que, muitas vezes,são decisivosnascompras feitas por impulso. Se a mercadoria tiver de ser pesada, como é o casodas frutas ou alguns tiposde legumes,existem as balanças inteligentesque reconhecem automaticamente a textura, tamanho, core peso, graçasa umsoftwaree umacâmera especiais. A etiqueta é liberada diretamente na impressora acoplada à balança. Se, por acaso, a balançanão reconhecer o produto ela fornece uma lista de opções para que o cliente selecione as que mais se aproximam da mercadoria desejada.
Atualização – As Electronic Shelf Labeling –etiquetas eletrônicas de preços– permitem que ospreços estejamsempreatualizados nas gôndolas, o que evita uma discrepância de valores nas prateleiras enoscheck-outs,e põemfim àquelas dúvidas que sempre ficamentre oconsumidor e o caixa sobre que preço pagar.Tais etiquetaspodemconter nãosó ovalor, mastambém informaçõesdas promoções, quantidade de modelosnas gôndolas e no estoque (isso é gerenciadopelos funcionários).
São alimentadas poruma bateriacompactaque dura5anose são equipadas comreceptores wireless e uma mini-antena.
Ao chegarao caixa,o cliente pode fazer o check-out sozinho oucomajudado funcionário. Neste caso, só dá um comando no display do carrinho e o caixa lê a informação e dá o total a ser pago.Ou sepreferirfazer oautocheck-out, oconsumidor precisa escanearnovamente os produtos noterminale pagar com o cartão de crédito. Interligados– Todos os recursos tecnológicos da lojase comunicam entre sipor meio daRFID(Radio Frequency Identification), sistema de radiofreqüência wireless,o que agiliza a reposição das gôndolas por meio de uma comunicação com o estoque (feito por funcionários que carregam um handheld). Destaforma,frisa Regiane Romano,"osfabricantes poderão programar suas áreas de produção e reduzir custos, além de aumentar o controle da qualidade dos produtos, poisserão monitoradas as datas de validade com mais regularidade".
A tendência é que, em breve, o supermercado do futuro e mesmo as lojas mais novas que forem abertas pelomundo, usem aredewirelesstambém para o transporte das mercadorias, já que todas elas receberão umaetiqueta de identificação antes de serem enviadas para umcomputador central. Tais pacotesde produtos,comsuas etiquetas, serão localizados e identificados ao longo de toda a cadeia logísticae emtodas as áreas de vendas das lojas.
A redução dos custos das empresas,porcausa daeficiência obtida,ea satisfaçãodoconsumidor, que terá mais comodidade na hora de fazer ascompras do mês, são as duas grandes vantagens dessas tecnologias para o varejo. Segundo o grupo Metro,o númerodeconsumidores satisfeitos aumentou.
O carrinho do supermercado (à esq.) tem um display comandado por um PSA, que lê as etiquetas inteligentes (acima) e vai totalizando os produtos colocados nele, além de ler as informações de identificação do cartão inteligente do consumidor
Acidentes e tragédias podem ocorrer a qualquer momento. Fazer cópias de segurança dos dados está se tornando cada vez mais importante para empresas, escritórios e profissionais liberais
Por Carlos Ossamu
Quase sempre a história se repete: o usuário sóvai percebera necessidade de se fazer um backup(cópia de segurança) de seusdados quando ocorre algum desastre, geralmente um defeito no disco rígido. E não é tão raro ocorrer umafalha no HD –umesbarrão na CPUenquantoseestá realizando uma gravação pode fazer com que acabeça de leitura toque na mídia e destrua parte dosdados–, impossibilitandooacesso aosistema,ou mesmo pode ocorrerumdefeito no disco porexcessode uso, sem falar em tragédias como incêndio ou enchentes. Em escritórios ou empresas em geral, imagine os problemas ocasionados caso informações como contas a pagar/receber, pedidos, relatórios, processos, documentos diversos e outras simplesmente ficaminacessíveis. Claro quesempre é possível recorrera serviçosespecializados derecuperaçãodeda-
dos, mas isso significa algum custo, tempo perdido e muito aborrecimento. Nas grandesredes corporativas, onde trafegam grandes volumesde informações,geralmente há sistemas sofisticados de armazenamento, que fazem backups automaticamente. Em sistemas de missão crítica, que não podem cair de formaalguma(como os de bancos), além das cópias de segurança, os servidores operam deformaespelhada,ou seja, um segundo computador opera paralelamente, gravando as mesmas informações.Caso o primeiro caia, o outro imediatamente assume a operação. Mas para pequenas redes, ou mesmo para usuários individuais, como profissionais liberais,as soluçõessão maismodestas, mas há uma grande variedade de equipamentos e tecnologias disponíveis. "Entre os anosde 1995 e 1997, o Zip Drive, fabricado pela Iomega,reinava absoluto
eaindaé umnomeforteneste mercado.Mas depoisvieram os gravadoresdeCD,que foram ganhando terreno, já que a cada ano o preço baixava, com a vantagemde seremproduzidas por vários fabricantes diferentes,ao contráriodo Zip Drive, queé umasolução proprietária",comenta Eduardo Favaretto, diretor de Marketing da ControleNet(www. controle.net), empresa especializada na comercialização de soluçõesde armazenamento de dados.
Segundo o executivo, antes de optar por uma solução de backup, ousuário deve identificar suas reais necessidades e o volume de dados que deseja armazenar. Ele lembra que os gravadores de CD e DVD podem ser usados na produção debackups, mas também permitem outras aplicações, como gravação de músicas, fotos e vídeos. Háalguns anos,essesgravadores, além de caros, eram bastante criticados por serem lentos."A tecnologiaevoluiubastante, principalmente com
Para osprofissionaisque precisam apenas de cópias de segurança dos seusdados, o Zip Drive é ainda uma boa opção,uma vezque já vemcom software de gerenciamento de backups. Para quem possui uma baia disponível, o ideal é o modelo interno ZipDrive 250 MBATAPI,que podeutilizar mídias de 100 ou 250 MB. Eleéreconhecido automaticamente por qualquer PC, pois usa a mesma conexão ATAPI/IDE,usada pelos discos rígidos. Dispensa qualquer adaptaçãoouconexão especial e permite a instalação automática. Pode ser adquirido por R$ 798.
Para quem prefere ummodelo externo,háoZipDrive 250 MB USBExterno,totalmente plug& playe quese conecta ao computador por meio daportaUSB. É reconhecido pelo sistema,dispensando adaptadores econversores.
Aceita mídias de 100 e 250 MB. O preço é de R$ 867 na loja virtual da ControleNet.
Já para os queprecisamde maior capacidade de armaze-
namento, o ZipDrive 750 MB Externo é o ideal. Guarda até 750 MB de dados e mais rapidezna gravação,avelocidades de 50x50x50x (leitura, gravação e regravação) a R$ 1.172. Os discos rígidos externos são outra opção para pequenas redescom grande volumede informação. AIomega oferece um com capacidade de 80 GB. Elese conectaaocomputador pelas portasUSB ouFireWire. É compatível com plataformas PC ou Mac.
Ele vem acompanhado do software QuikSinc, que permitebackupautomáticoe recuperar desastres. Pelo armazenamento, o preço é bem razoável: R$ 924 na ControlNet.
Segundodisco – Nãoé o ideal,mas ébaratoe podeser muito útilinstalar umsegundo HD,quepodeseroservidor da rede, para produzir backups. Traz alguns inconvenientes, como o de estar instalado na mesma máquina que o HD principal.
Outro ponto fracoé que, se houver falha no primeiro disco, o backup ficará inacessível
chegada da portaUSB 2.0. Há produtos quegravam um CD completoemapenas dois minutos", observa, acrescentando que esses equipamentos são ideais para usuários domésticos e profissionais liberais. "O gravadorde DVDtemsido muito usado, por exemplo, para guardar filmes em vídeo. Paratanto,é necessárioter uma placa de captura de vídeo".
Já o Zip Drive e os HDs externos são equipamentosdesenvolvidos quase que exclusivamente paraa produçãode backups, porisso sãobastante eficientes nesta tarefa e trazem softwares gerenciadores, que podemser configuradosde acordo com anecessidadedo usuário. Em geral, muitos preferem fazer o backup no final do dia, mas alguns usuários precisamqueeleseja feitode hora emhora ouaté emintervalos de minutos.
"O Zip Drive possui uma capacidade menor de armazenamento, chegando até750 MB. Já o HD externo pode chegar a até 250 GB",diz Favaretto. Na sua opinião, éimportante que o sistema de backup trabalhe commídiasremovíveis, para que elas possam ser guardadas em lugares seguros fora da empresa.Assim, emcaso de um incêndio, os dados estarão salvos e podem ser recuperados. Para redes emque trafegam grandesvolumes de dados e necessitamde altaconfiabilidade,háoutras tecnologias disponíveis, mas comcustos
bem maiores, como fitas DAT/DDS(Digital AudioTape/Digital Data Storage) e AIT (Advanced Inteligent Tape). Produtos – Para quem deseja maisdo quefazer cópiasde segurança, um gravador de CD é o ideal, mas o usuário terá de providenciar um software gerenciador de backups caso não queria fazera operação manualmente. ASonyestácom boas opções em sua loja virtual www.sonystyle.com.br.
OmodeloSony CRX225Aé um gravador CD-RW interno que grava mídias CD-R com velocidade máxima de 52x, CD-RW em 24x e acessa dados a52x. Aceitamídias comcapacidade de 700 MB e oferece bufferde2 MB.Casoocomputador não tenha portas USB 2.0 ou FireWire, osperiféricos internos, comoesse daSony, são os ideais, já que a taxa de transferência em portas paralelas, serial ou USB 1.1 são baixas.
O CRX 225A permite que umdisco sejatotalmentepreenchido em apenas 2 minutos, usando-seuma mídia CD-R. Oproduto estásendovendido por R$ 199. Naloja virtualdaControleNet(www.controle.net), um gravadorCD-RWexterno da Iomega para portaUSB 2.0 sai porR$610.O equipamento também oferece velocidades de52x24x52x, possuifontede alimentação externae écompatível com micros PC e Mac. Para gravar umCD-R completo,omodeloleva3 minu-
tos. Porserumequipamento externo, o seu design é mais caprichadoe estádisponível na cor preta. É ideal para usuários que não possuembaias disponíveis no computador.
Um outro produto bastantesofisticado, ebem maiscaro, é o gravador CD-RW multiuso Backpack Triple, da Microsolutions, também vendido na loja virutalda ControleNet, que tempreço de R$1.233.É voltadoparamicros PCs e notebooks.
O grande diferencial éque ele permite conexão pelas portas USB 2.0, paralela e PC Card, disponíveis nos micros portáteis. Ele é totalmente plug & play, bastando conectar ao computador para estar pronto para uso,e nemé precisodesligar a máquina para isso. Quando conectado à porta paralela, o gravador leva cerca de dez minutospara "queimar" um CD-R completo.Na porta USB 2.0, essenúmero cai para apenas dois minutos.
Para quempretendeinvestirem umgravador deDVD, nalojada Sony omodelo DRU-510A custa R$ 1.399. Trata-se de ummodelo interno quegravaDVD+R ou DVD+RW em 4x e lê DVD em 12x. Além disso, grava DVDRem 4xeDVD-RWem 2x; gravaCD-R em24x,CD-RW 10x e lê CDsem 32x (unidade 24x16x 32x). A capacidade da mídiaparaDVDé de4,7GBe 650 MB para CDs (aceita os modelos de 700 MB).
edeverá serremovido.Como vantagem, ousuário poderá utilizar até o HD de um micro antigo. Se for necessário comprar um disco rígido,é melhor optar por gravador de CD ou Zip Drive. Quem nãotemconhecimento deve chamarum técnico,poisserá necessárioabrira CPU e fazer conexões internas. Primeiro, é precisoverificar se há uma baia livre para o segundo disco. Depois, veja se o cabo emque estáconectado oHD atual tem um segundo conector. Caso não haja, será necessário providenciar um. Nocaso dea máquina ter doisdiscos, um seráo mestre ou principal e osegundo o escravo. Será necessário configurar o segundo disco para a função, ajustando o jumpers. Após instalaro HD, éhora de obter o programapara gerenciaro backup.Eleépago eo SOS Backup Standard, da catarinense Virtos (www.virtos. com.br) tem uma versão de teste por30 dias.Custa R$265 emportuguês comsuporte técnico no Brasil. (CO)
No site da ControleNet o usuário encontra diversas soluções para backup
EYMAR MASCARO
Depoisde participarde umamissa, naBasílica deAparecida, Valedo Paraíba,onde confessouseu pecadose comungou, Adhemar deBarros, o filho, sedirigiu ao estádio do Pacaembu, onde se realizava uma grande concentração de evangélicos.
Naqueleano,dr.Adhemar–Adhemarzinho –pensava em disputar a eleiçãopara oSenado. Adhemar integrava uma comitiva de políticos que foià festa da Padroeira do Brasil. O Pacaembu recebia cerca de 50 mil evangélicos, que lotavam arquibancadas, cadeiras sociais e os espaços que separam o campo de jogo e a torcida.
Dr. Adhemar foi levado parao centro do gramado: era umdosconvidadosespeciais dosreligiosos.Lápelastantas, os evangélicosiniciaram a sessão dequebra de imagens de santos, entre os quais, a de Nossa Senhora. Adhemar ficou pálido.
Mais inquieto ainda ficou quando seu nome foi anunciado no alto falante, que ecoou por todo o estádio. O locutor convidava os políticos à quebra das imagens dos santos, citando nominalmente o dr. Adhemar de Barros. "Vamos, dr. Adhemar", dizia o locutor. "Vamos quebrar a imagem".
Atônito, pois ainda sentia o gosto da hóstia que engoliu na cidade de Aparecida, dr. Adhemar deu o jeitinho de brasileiro, foi saindo do estádio, ganhou a rua e foi embora, beijando a medalha de Nossa Senhora que ganhou na paróquia de Aparecida.
DÚVIDA
Cristo foi testemunha de que José Serra comentou com Genoino, durante missanaCatedralda Sé, que não pretende ser candidato a prefeito de São Paulo, este ano. Imediatamente, o governador Geraldo Alckmin foi informadoda má notícia.
CUTUCÃO
O comentário de Serra alfinetou Alckmin na alma. A exemplo de Lula, também o governador tucanoprecisa eleger o prefeito da Capital, amelhor alavancapara quempretende disputaras eleiçõesde2006. Alckmin quertomar olugar deLula no Planalto.
COMO FUNCIONA
Lulajogatodoo peso da máquina petista na campanha de reeleição de Marta Suplicy,enquanto Alckminluta para que um governador eleja oprefeito deSão Paulo,pela 1ª vez.ApenasnaCapital se concentram 8 milhões de um total de 25 milhões de votos em todo o Estado.
BRIGA DE FOICE
A escolha do candidato do PSDB à Presidência, em 2006, vaidependerfundamentalmente da melhor condição eleitoral do candidato.Quem estivermelhor no termômetro do Ibope seráo indicado.Alckmin está numa posição cômoda, mastambém ogovernador de Minas,Aécio Nevesestá numa situação privilegiada, o mesmo acontecendo com outros pré-candidatostucanos, como Tasso Jereissati e José Serra.
FATOR SERRA
A eleição deSerra para a Prefeitura traria um outro benefício ao governador paulista: afastariao ex-ministro de suapretensão de também concorrer à Presidência, em 2006. Serra arrancou 40milhões devotos no 2º turno contraLulae achaque aindaé omelhor candidato no PSDB.
ATAQUE
As festividades dos450 anos de SãoPaulo serviram paraAlckmineMarta Suplicy debutarem como futuros candidatosna catade voto. Alckminfoi maiscomedido: elogiou meio mundo. Já,a prefeita,usou as tribunas paraatacar Malufe Pitta. Aprefeita comentou que herdou uma Prefeitura de 8anos de corrupção.
NO COLO TUCANO
Os ataques de Marta a Maluf pode ter um efeito danoso para a petista na eleição de outubro. Tudo que Alckmin quer é o voto malufista. As pesquisas indicam que Serra cresce seMaluf nãofor candidato.Naúltima pesquisa Datafolha, Serrae Malufestavam com 20% de índice de intenção de voto e, Marta, com18%. SemMaluf,Serra sobe para 28%.
CURIOSIDADE
Os Suplicy, Eduardo e a ex-mulher Marta,podem brigar pela candidatura ao governo paulista em 2006, no PT.Será quese chegara essa situação Lula vai continuar permitindo que Marta use o seu sobrenome? Por que não se apresentarao eleitor como Marta Favre?
INGENUIDADE
Parece que Eduardo Suplicy acredita em Papai Noel: o senador pensava que aPrefeitura de São Paulo fosse aceitar suasugestão de exibir na Internet seus gastos.Quandoadotou essanorma noseu programa, o PT era oposição. Hoje, é governo.
DESGASTE
Brizolainsiste, natelevisão, em denunciarLula deesbanjar o dinheiro do contribuinte na compra de um Airbus, por US$ 60 milhões.
CHOQUE
Lula manda sua tropade choque convencer Erundina a renunciara candidaturaà Prefeitura paraapoiar Marta. Erundina responde que no seu dicionário não existe a palavra renúncia.
DEU NO PASQUIM
Estupra mas não Marta.
ENJÔO O sintoma nacomitiva de Lula na Índia éde quem levantou com ressaca. Tal o desânimoque dominou seus membros após a derrota vergonhosadaSeleção pré-olímpica parao Paraguai.
REPULSA OPT entraemcenapara abortar no nascedouro a CPI que acompanharia as investigaçõesdo assassinato de Celso Daniel. Por motivos óbvios.
LIDERANÇA
O deputado paulista, Arlindo Chinaglia, deve ser o novolíderdabancada do PT na Câmara.
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, viveu um verdadeiro dia de presidente ontem, recebendo alguns dos novos ministros paradiscutir asações do governo para os próximos meses. Recebeunovosevelhos ministros,líderes edirigentes partidários e aindatentou conter crises internas que ameaçam oambientepolíticopor causa das feridas abertascom a dança das cadeiras em Brasília. Com a reforma ministerial, Dirceu ganhounovos poderes emseu gabinete,acumulando a gestão das pastas que ficavam a cargo do Ministério do OrçamentoePlanejamento. Pela manhã, Dirceu recebeu o novo ministro da Educação, Tarso Genro. Na parte da tarde, reuniu-se com oministro da Previdência, Amir Lando, e com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, ex-líder do governo na Câmara. De Rebelo para Miro – Antes desereunircomDirceu, Rebelopassou ocargo delíder do governo naCâmara ao deputado federal Miro Teixeira (sem partido-RJ), que acaba de deixar o Ministério das Comunicações para dar lugar a Euní-
cio Oliveira (PMDB-PE).
Alencar: discrição – E nquanto ogabinete de Dirceu fervilhava,opresidente daRepública em exercício José Alencar,tinhauma agendaapenas interna,emboraestivesse despachandono gabinetedeLula, no 3° andar do Planalto. Hoje,Dirceu deverádedicar parte do dia, como fazia até entãoàs terçasequintas, areceberdezenas deparlamentares. Aldo Rebelo,o novoministro da Articulação Política, deverá estarao ladodele, paracomeçar a nova distribuição de funções. (Agências)
Os suplentes dos quatro deputados que tomaram posse como ministros devem assumir seus mandatos até amanhã. O novo ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos (PSB-PE), assume o cargo e seu substituto na Câmara será o deputado Jorge Gomes (PSB-PE). Nomeado ministro da Coordenação
Política, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) tem como suplente Jair Meneguelli (PTSP). Eunício Oliveira (CE), assume hoje às 16h e sua suplente é a deputada Gorete Pereira (PFL-CE). Para a vaga de Patrus Ananias (PT-MG), novo ministro do Desenvolvimento Social, vai o deputado Vadinho (PT-MG). (ABr)
Oprefeito deGenebra, Manoel Tornare,queveio aSão Paulopara as comemorações dos 450 anos da Cidade, confirmou ontem que o ex-prefeito Paulo Maluf possui contas em seupaís.Segundo Tornare, as contas de Maluf na Suíça foram bloqueadas em agosto de 2002 e liberadasno começodesteano. A assessoria de imprensa do exprefeito afirmou ontem que Maluf não tem contas na Suiça. "Sei de muitas coisas, mas não posso dizer tudo. Posso dizer que sejao governoou aJustiça suíça não serão favoráveis a Maluf. Ele se arrisca a estar em maus lençóis. Nós estamos muitos mais rígidos com essetipo de contas", disse Tornare. Segundo ele,acontafoibloqueada por ordem do governo suíço. "Ele tinhaconta bancária naSuíça. Não sei ao certo quantotinha. Osjornaissuíços noticiaram que a conta chegou a ter cerca de US$200 milhões",disseTornare. Ilhas Jersey – Ascontas de Maluf na Suíça foram divulgadas pelo promotor Sílvio Marques, do Ministério Público de São Paulo. Segundo ele, o dinheiro dessas contas foi depois transferido para as Ilhas Jersey. O dinheiro em nome de Maluf, segundo o promotor, seria fruto das obras superfaturadas na gestão do ex-prefeito. Apesar de oex-prefeito sempre ternegado atitularidade das contas no exterior, as investigações sobre elas chegaram à Corte Suprema da Suíça. O governo de Berna confirmou que advogados de Maluf entraram com uma ação para impedir que as autoridades suíças divulguemas movimentaçõesbancárias do ex-prefeito.
Recursos – Para conseguir as informações, a Justiça brasileira precisava provar que as acusações existentes contra Maluf e sua suposta conta no exterior possuiam alguma relação.Em julhode2003,depois de mais de um ano e meio de tramitação, foi conseguida a liberação do dossiê. Mas um recurso dos advogados de Maluf à um tribunal regional de Genebra impediu queissoocorresse.Em outubro, o tribunal deu um parecer contra Maluf eindicou que as informações poderiam ser encaminhas aos promotores brasileiros. Mas, nocomeço deste mês, osadvogados doex-prefeito apelaram à instância mais elevada dosistema jurídicodo país europeu, para evitar que os dados sobreas movimentações bancárias de seu cliente cheguem a Brasília. As investigações poderiam ser concluídas mais rapidamente,segundoos promotores de São Paulo, se a Prefeitura contratasse um advogado, já quea versãodo MPéde queo dinheiro é fruto de superfaturamentode obras e portanto pertenceria aoTesouro Municipal. Mas ninguém na Prefeitura parece ter pressa e vontade em contratar um advogado. Acordo? – Para osadversários políticos da administração petista pode existir um acordo comMalufque passaria pela eleiçãodeoutubro.Seele for candidatoenfraquece acandidatura dos demais adversários de Marta e se for para a disputa com elano segundoturno, os petistasacreditam que será mais fácil manter opoderda administração municipal. Fernando Lancha
Aindasurpresocom ademissão, o ex-ministroda Educação e senador Cristovam Buarquereconheceu ontem que estava em rota de colisão com a Casa Civil e criticou a reforma da Previdência aprovada pelo governo. Admitiu que o seu substituto, Tarso Genro, terá "maior competência política" no cargopelo acessoeentrosamento com a "equipe central", numa referência ao grupo comandado por José Dirceu. "Ministério é uma coisa de disputa de poder, de conseguirinfluirnos núcleoscentrais" disse,confessando ainda "irritação" com a Casa Civil pelas constantes reprovações a suas propostas. Bloqueado – Cristovam contouque aCasa Civilsempre argumentavaque suas propostas exigiam mudanças na Constituição e por isso não poderiamser adotadas."Ora, se precisa de reforma, se reforma. Sea gente reformou a
Constituiçãopara tirar direitos develhinhos e aposentados, pode também reformar para dar direito a criancinha semescola", afirmouem entrevista coletiva. "O problema é que o governo tem dado tanta ênfase à economia que o social fica relegado". E osocial? – O ex-ministro disse que comentoucom o presidente LuizInácio Lulada Silva, numa reunião com outros ministros, inclusive o da Fazenda, Antônio Palocci, que um dos problemas do governo eraLula falarpouco nosocial, salvo o Fome Zero. Cristovam exibiu a lista de projetos que forame voltaram da Casa Civil, entre eles o que abre vaga para crianças a partir de4anos. Ontem,eleeTarso conversaram por 30 minutos e posaram para fotos no auditório onde hoje acontece a transmissão do cargo. Tarso elogiou Cristovam e disse que terá muita responsabilidade em substituí-lo. (AE)
Uma das maiores redes de varejo do mundo montou uma loja do século 21 numa pequena cidade alemã. É um supermercadomodelo da era digital. Leia no DC Informática
Até morto paga pensão alimentícia
Entenda por que o espólio deixado pelo falecido deve pagar pensão. Pág. 11
Novas regras para setores como o automotivo e cosmético. Página 11
A cidade volta à rotina: a prefeita Marta inaugura restaurante-escola (esq.), recomeça o rodízio de carros e a chuva complica o trânsito (acima). Pág. 7
O crescimento das exportações pode levar o País a um superávit de US$ 5 bilhões em janeiro. Página 5
Projeto muda a cara do Brooklin. Pág. 6
Saindo do MEC
O adeus do ex-ministro. Página 3
Ferrari 2004
A nova máquina foi apresentada em festa na sede de Maranello
Em São Miguel Arcanjo, os passageiros do ônibus foram resgatados por um helicóptero. Este foi um dos muitos acidentes registrados ontem, em conseqüência das enchentes que já mataram três pessoas no interior de São Paulo. Chove em quase todo o estado. Pág. 7
(CPF 008.297.148-04) que Banco Safra S/A, ajuizou uma ação de Execução, para a cobrança de R$ 56.596,91 (janeiro/01), representado pela Cédula de Crédito Comercial nº 761.471-9, bem como seus posteriores aditamentos de nº 761.827-7 e 762.185-5. Estando os executados em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para que em 24 horas, a fluir após o prazo do edital, paguem o débito atualizado, acrescido das cominações legais ou ofereçam bens a penhora, sob pena de operar-se a conversão em penhora do Arresto efetuado sobre: a) Conjunto comercial nº 101, situado no 1º andar do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Santo André (atual Comendador Abdo Schahim), nºs. 78 (entrada), 80, 84 e 88, no 1º Subdistrito-Sé, que assim se descreve: contém aárea de 78,18m2, composto de um salão lavatório e WC devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete a quotaideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 38.622 do 4º CRI/SP); b) Conjunto comercial nº 103, localizado no 1º andar do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Santo André (atual Comendador Abdo Schahim), nºs. 78 (entrada), 80, 84 e 88, no 1º Subdistrito-Sé, que assim se descreve: contém a área de 78,18m2, composto de um salão, lavatório e WC devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete a quota-ideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 38.624 do 4º CRI/SP); c) Loja nº 5, localizada no andar térreo ou 1º pavimento do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Comendador Abdo Schahin, antiga Rua Santo André, nº 78 (entrada), no 1º Subdistrito-Sé, com a área de 78,50m2, composta de um salão principal, lavatório e WC, devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete a quota-ideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 83.841 do 4º CRI/SP); d) Loja nº 6, localizada no andar térreo ou 1º pavimento do Edif. Comércio e Indústria, sito à Rua Comendador Abdo Schahin, antiga Rua Santo André, nº 78 (entrada), no 1º Subdistrito-Sé, com a área de 78,50m2, composta de um salão principal, lavatório e WC, devidamente numerado, sendo que em condomínio com os demais proprietários lhe compete a quota-ideal de 1,15% no terreno e coisas comuns a todos (matrícula nº 83.842 do 4º CRI/SP); e) Box nº 122-B, localizado no 12º andar tipo, do Edif. Garagem Parque 25, situado no Parque Dom Pedro II, nºs. 732/740, no 1º Subdistrito-Sé, contendo 18,2050m2 de área construída privativa, 8,7656m2 de área comum, o que perfaz uma área total construída de 26,9706m2 e correspondendo-lhe a fração ideal de terreno de 0,1587% ou 0,92045m2 (matrícula nº 96.618 do 4º CRI/SP); f) Box nº 153-F, localizado no 15º andar tipo, do Edif. Garagem Parque 25, situado no Parque Dom Pedro II, nºs. 732/740, no 1º SubdistritoSé, contendo 18,2050m2 de área construída privativa, 8,7656m2 de área comum, o que perfaz uma área total construída de 26,9706m2 e correspondendo-lhe a fração ideal de terreno de 0,1587% ou 0,92045m2 (matrícula nº 96.619 do 4º CRI/SP), passando a fluir imediatamente, independente de qualquer outra intimação, o prazo de 10 dias para o oferecimento de Embargos, e, na ausência
Crescimento das exportações pode levar País ao maior superávit comercial de todos os meses de janeiro. Saldo do período já está em US$ 1,266 bilhão
Osuperávit comercial do Brasil em 2004 já ultrapassou a casadeUS$1 bilhão.Como saldodeUS$609 milhões na quarta semana de janeiro, o acumulado do mês atingiu US$ 1,266 bilhão. O crescimentodas exportações, que devem chegaraosUS$ 5bilhões até o próximo dia 31, pode levar a balança a bater novos recordes para o período. DaÍndia, onde participade viagem oficial acompanhando o presidente Lula, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, comemorou o resultado. “Neste mês vamos bater o recorde ( de saldosda balança)detodos osmesesde janeiro”, afirmou o ministro. Para Furlan,o desempenho
da balança comercial é bastanteanimador. “Osaldoé hoje uma ferramenta essencial da política econômicaporque ele alivia fortemente a necessidade de atraçãode capitais, seja por empréstimos ouinvestimento direto e, ao mesmo tempo,contribui de maneira concretíssima para o resultado dabalançade contascorrentes”, explicou. O ministro lembrou que a meta de exportação para este ano éde US$ 80bilhões, com umgrande aumento das vendas do setor de transporte, não só naárea deveículose autopeças, mas também de aviões. Para atingiressa meta,segundo ele, não deverá haver necessidade deumadesvalorização do real, como pedemalguns
setores da economia. “Ogovernonão estásegurando o dólar. Há uma percepção do mercado que o dólar está barato e o euro está caro”, comentou. “O câmbio ao re-
A Argentina virou o jogo no último minuto e recuperou, no final do ano, o posto de segundo maiordestino dasexportações brasileiras. Por uma margemreduzida, deUS$30 milhões, fechou 2003 à frente da China, que vinha ostentando o lugar device-líder noranking da vendasexternas, depoisdos Estados Unidos,líderisolado. A recuperaçãoportenha deverá estimular investimentos no mercado vizinho, segundo empresas sediadas no País. "O ano todo sóse falava em China e, de repente, aparece outro no segundo lugar. E a tendência, em condiçõesnormais, é que a Argentina mante-
nha a posição aolongodeste ano", avaliao diretor-executivo da Associação de Comércio Exteriordo Brasil(AEB),José Augusto de Castro. Pódio – Os dadosdaSecretariadeComércio Exterior (Secex) mostram que oBrasil vendeu US$ 4,56 bilhões em produtos para opaís vizinho e US$ 4,53 bilhões para a China. O primeiro lugar do pódio permanece cativo comos Estados Unidos, quecompraram US$ 16,69 bilhões do Brasil. A recuperaçãogradualda economia argentina deu o tom da retomada das vendas brasileiros. Tradicionalparceira, a Argentinahaviaperdido peso
relativo com a crise enfrentada nos últimos anos. Mas, no ano passado, as exportações para o sóciono Mercosulavançaram 95% easvendasparaopaís avançaram 6,2%.
O presidente do Grupo Brasil, entidade que reúne 190 empresas nacionais com negócios na Argentina, Eloi Rodrigues de Almeida, explica que além doinício darecuperaçãoda atividade, empresas brasileiras exportadoras vêm dando crédito e assumindo parte do risco nas vendas para o mercado vizinho. Segundoele, osinvestimentos brasileiros também dãosinais deretomada emdireção ao vizinho. (AE)
O"ano daretomada"tão aclamado pelo governo federal malcomeçouevários setores daindústria jáanunciaram reajustes nos preçosde seus produtos. Ontem, foia vez da AssociaçãoBrasileira de Embalagens Flexíveis (Abraflex) informarquea embalagem, feita à base deresinas termoplásticas, ficará18% maiscara nas próximas semanas. "As negociações entre aindústria de embalagense osclientes jáestãoavançadas",disse opresidente da Abraflex, Synésio Baptista da Costa, que também é vice-presidente da fabricante de eletroeletrônicos CCE. Oreajustenospreços das embalagens flexíveisé resultado, sobretudo, do aumento de 12% nos preços das resinas termoplásticas registrado em 5 de janeiro e do aumento anunciado de mais 20% para fevereiro. "É preciso deixar claro que não estamos em uma corrida inflacionária. O que ocorreu é que nossos preços foram comprimidos no ano passado, ficando 3,5% abaixodo IPCA( ín d ic e oficial de preços)", justificou. Melhoranademanda – O reajuste anunciado pela Abraflextambém vem embalado pelobom desempenhodosetor nasúltimas semanas.A demandapeloprodutoteve aumento de 4,5% em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2003. Mas, segundo a entidade, ainda
não dápara avaliarse ocrescimento do consumo está ligado à recomposição de estoques. Os reajustesde preços, no entanto, não selimitam a segmentos queregistraram aumento nas vendas em janeiro. Os eletroeletrônicosdalinha marron,comoTVs eDVDs, registraram queda neste início de ano em relação a dezembro, quando as vendas desses produtos tradicionalmentecrescem. Ainda assim, osvalores tanto da linha marrom quanto da branca (de geladeirase fogões) sofrerão aumento de 10% nas próximas semanas. A notícia, que já havia sido dada pela associaçãoquerepresentaosetor, aEletros,foi confirmada ontempelo vicepresidenteda CCE.Segundo ele, apressão sobre os custos provocada peloaumento dos preços do aço, do papel e de derivados de petróleo (borracha, embalagens flexíveis) torna inevitável o repasse daaltade
Fabricantes de DVDs e TVs confirmaram aumento de 10% nos preços de seus produtos
custos para o comércio.
Culpa do governo – Os empresários argumentamqueos aumentostiveram início nos preçosadministrados pelogoverno, comoenergia elétricae telefones,alémdo petróleo. Como resultado, asmargens ficaram extremamente deprimidas. "Não estamos pensando em recompor margens, mas apenas em nãoentrarnovermelho. Se não, várias empresas acabarãoquebrando", justificou o executivo da CCE. Segundo Baptista da Costa, não há corrida por fazer estoques nem no comércio nem na indústria. "A demanda continua enfraquecida. Não há razão para fazer estoques", disse.Parareduzir custos, a CCE decidiu trabalhar no sistema just in time, fabricação conforme pedidos, praticamente sem estoques. (AE) (Veja reportagem sobre indústrias que reajustarãoseus preços com base na alta da Cofins na página 11)
dor dos R$ 3,00 é competitivo. Nossa previsão de inflação é de 4% a 5% este ano, e o ganho de produtividade da agricultura, da indústriae deserviços brasileiros tem sido de cerca de 4%
De Nova Délhi, na Índia, o ministro Furlan comemorou o resultado: vendas externas do Brasil devem fechar janeiro em torno de US$ 5 bilhões
ou5% aoano.Portanto, oganho de produtividade compensaria a inflação, e o câmbio não teria espaço para grandes crescimentos”, afirmou. Desempenho semanal – Na
quarta semana de janeiro, as vendas externasbrasileiras atingiram US$ 1,613 bilhão e as importaçõesforam deUS$ 1,004 bilhão, resultando em umsuperávit de US$609 milhões.Entreosdias 19e 23,a média diária das exportações passou de US$ 300 milhões para US$ 322,6 milhões. No mês, asvendasexternas somam US$ 4,447 bilhões e as importações, US$ 3,181 bilhões. A média diária acumuladadas exportaçõesemjaneiro é de US$ 277,9 milhões, 27,3% a mais que no mesmo período de 2003 (US$218,4mi).Jáa dasimportaçõesestá emUS$ 198,8 milhões, valor 19,8% acima do de janeiro de 2003 (US$ 165,9 milhões). Estela Cangerana/Agências
O acordo quefixou as vendas brasileiras de jeans (denim) àArgentina em 15milhões de metros lineares, fechadona madrugadadesábado pela AssociaçãoBrasileira daIndústria Têxtil(Abit),não foi suficiente para colocar um ponto final nadisputa travada pelosdois países.SegundoAldo Karagozian,presidente da Fundação Pro-Tejer, criada no
início de 2003 para reunir a cadeiaprodutivatêxtil dopaís contraa "invasão de tecidos brasileiros",falta consensosobre outros produtos,a exemplo dos fios acrílicos.
A crise se agravou depois que osecretárioda IndústriaeComércio daArgentina, Roberto Lavagna, anunciou a aplicação de medidas que tornariam maislentaeburocrática aen-
tradade tecidosbrasileirosno país. Nopróximo dia29, mais um grupo de argentinos se reunirá com empresários brasileiros para discutir a exportação de fios sintéticose tapetes.A exportação de fios de acrílico que abastecia 45% do consumona Argentinaaté2002foi reduzida para40% em 2003 depois da substituição por produtos asiáticos. (TN/AE)
OSuperior TribunaldeJustiça decidiu que o espólio (bens deixados pelo falecido) deve continuarpagando pensãoalimentíciaa quemo falecidopagava antes de sua morte. Acabandocom divergência existente entre a Terceira e a Quarta Turma, os ministros da Segunda Seçãoentenderamqueo possível herdeirodo falecido "não pode ficarsem condições de subsistênciadurante oprocesso deinventáriodosbens deixados".
Umamenor, representada por suamãe, moveuuma ação de alimentos contra um espólio. Em primeira instância, determinou-se o pagamentode sete salários mínimos mensais. A inventariante, representandoo espólio, questionou,no entanto, a decisão de primeiro grau.Elaafirmou queaprestaçãode alimentosteriacaráter personalíssimo e, por esse motivo, não poderia ser transmitida aos herdeiros do falecido. Assim, a obrigação de pagaros alimentosà menor extinguiu-se com a morte do alimentante. Ela alegou também queo espólionão teriarenda, oque impediriaopagamento da pensão.
O recurso foi rejeitadopela segunda instância e a recorrente entrou com recurso especial
no STJ. O julgamento teve início na Segunda Seção antes da aposentadoriado ministro Ruy Rosado de Aguiar, relator do caso. Ele rejeitou o recurso mantendo a obrigação do espólio deprestaralimentosà menor. O relatorlembrou voto desua relatoriaem casoanteriorsobre omesmoassunto entendendoqueo artigo 402 do CódigoCivil(de1916)foi revogado pelo 23 da Lei do Divórcio. "Amelhoralternativa decisória é aquela que assegura ao filho necessitadoo direito de obterdo espólioos alimentos que este possa fornecer, em substituição àqueles que o menor recebiaem vidadoautor da herança, até o pagamento dos quinhões, quandoentão presumivelmente oalimentandopoderá extrairdessa quota o necessário paraa sua sobrevivência", destacou o ministro na decisão anterior. Ruy Rosado também rejeitou o argumento de que a inexistênciade provaderendimentosdo acervo impede a concessão de verba alimentar. "Ocredor tem direitoa eles (alimentos), ainda que não produzam rendas ou recursos líquidos, bastando a existênciade patrimônio suficiente para suportar oônus", afirmou. ( Agências )
UM PROTESTO
CONTRA PROJETO DE BIOSSEGURANÇA
Integrantes do Greenpeace fizeram ontem pela manhã uma manifestação em frente do Palácio do Planalto contra o substitutivo apresentado semana passada do projeto de lei sobre biossegurança. O protesto foi rápido. Sete homens vestidos de uma cor,
três de outra, para representar os resultados de uma pesquisa feita pelo Ibope em dezembro passado: 73% dos entrevistados disseram ser contrários à liberação dos transgênicos. O substitutivo traz alterações criticadas por ambientalistas, como a redução da representação da sociedade civil na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). (AE)
1) Caso ocorra o falecimento de pessoa idosa em gozo do benefício assistencial pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os seus dependentes terão direito à pensão por morte?
Os Ministérios da Previdência Social e da Assistência e Promoção Social asseguram o benefício assistencial de prestação continuada equivalente a um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência, assim considerada a incapacitada para a vida independente e para o trabalho, e ao idoso, assim considerado aquele que contar com 67 anos ou mais de idade, que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou tê-la provida por sua família.
Esse benefício é concedido aos que atenderem aos requisitos legais, ainda que o beneficiário nunca tenha exercido qualquer atividade remunerada.
É considerada como sendo incapaz de prover amanutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa, a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 do salário mínimo (atualmente, R$ 60,00 = R$ 240,00 ÷ 4).
O benefício assistencial é intransferível e não gera direito à pensão por morte. Assim, em caso de falecimento de pessoas em gozo do benefício assistencial, seus herdeiros ou sucessores não terão direito à pensão. Contudo, caso haja resíduos do benefício não recebido em vida pelo beneficiário, estes serão pagos aos herdeiros ou sucessores, na forma da Lei Civil.
(Arts. 20 e 38 da Lei nº 8.742/93, na redação dada pela Lei nº 9.720/98 e art. 36 do Decreto nº 1.744/95, na redação do Decreto nº 4.712/2003)
2) Para fins de saque do saldo da conta vinculada do FGTS, quais são os documentos que devem ser apresentados pelo trabalhador portador do vírus HIV/Sida/Aids?
Às vésperas daentradaem vigor da novaformadecobrança da Contribuição para o Financiamento daSeguridade Social (Cofins), em fevereiro, a Receita Federalestáanalisando apossibilidade de realizar algunsajustes para os setores nos quais o recolhimentode tributos é feito deformamonofásica. É o caso de setores como o automotivo, de medicamentos, cosméticos e pneus. Representantes daAssociação Nacional dos Fabricantes de VeículosAutomotores (Anfavea) discutiram com técnicos da Receita Federal, na semana passada, alguns problemas identificados nacobrança danova Cofins. Deacordo com anova sistemática, a contribuição passará aincidir somentesobre ovalor agregado em cada etapa de produção de um bem ou produto, a umaalíquota de7,6%.Atéentão, a cobrança da Cofins era cumulativa, incidindo sobreo valortotaldo bemproduzidoem cadafaseda cadeiaprodutiva,a uma alíquota de 3%.
Cada vez que uma empresa, dentro de uma cadeia produtivaadquire um insumo quejá foi tributado pela Cofins, será criadoagora umcréditoque pode ser compensado no pagamento do tributo na etapa seguinte deprodução. Oproblema identificado pelaAnfavea é que, no recolhimento monofásicode tributos,nãohá acriação desse crédito. Portanto, para cadeias produtivas cujo recolhimento de tributos é feito por uma única empresa, na for-
ma monofásica, a alíquota de 7,6% da Cofins, mesmo recaindo apenas sobre o valor agregado na produção de um bem, na prática, poderá representar um aumento de carga tributária. A Receita está estudando o problema apresentado pela Anfavea. E fará também um levantamento da situação para outros setores cujo recolhimento de tributosémonofásico.Se areclamação for considerada procedente, a Receita poderá fazer
um ajustetécniconacobrança da Cofins. Mas qualquer alteração que venha a ser feita não entrará em prática no curto prazo, ou seja, o recolhimento da nova Cofins será válido para todas as empresas, apartirdoinício de fevereiro, sem exceções. Nos próximos dias,a Receitadeve divulgar uma instrução normativa com a regulamentação da nova Cofins não cumulativa. Contestações - A constitucionalidade da mudançaestá
sendo questionadapelo PSDB e PFL no SupremoTribunal Federal. O tributotambém é alvo de várias ações por parte de entidades de classe e empresas. Recentemente, o Sindicato das Empresas de Prestaçãode Serviçosa Terceiros, Colocaçãoe Administraçãode Mãode-Obra e de Trabalho Temporário no Estadode São Paulo (Sindiprestem) obteve liminar que isentaseus associados da nova Cofins. (AE)
Fabricantes dematérias-primas e de bens de consumo aproveitam a virada da alíquota da Cofins,quesobede3% para 7,6% apartir de 1ºde fevereiro, para reajustar os preços mais do que proporcionalmente à alta do tributo. As justificativas são asmaisvariadas, como repasse de aumentos de custos ocorridos nos últimosmeses que não foram incorporados aos preços. Esse movimentodeveter impacto nobolso doconsumidor, já quetanto aindústria debens duráveis como ovarejo alegam não ter como abrir mão de margem para absorver a alta. Na semanapassada,a DuPontdoBrasilcomunicou aos clientes que, a partir de 1º de fevereiro, os preços de todos tipos de plásticos de engenharia serão reajustados em 7% por conta de aumento de custos. Deste percentual, 4,6% referem-se à diferença da nova Cofins. Damesma forma,aBayer
Frutas e verduras agora com nome,peso eendereço. Apartir do dia 2, todas as frutas frescas e hortaliças deverão vir em embalagens rotuladas. A norma, que atende a determinação doMercosul, devebeneficiar tanto consumidores quanto produtores, avalia o técnico do Ministérioda Agricultura Fábio Fernandes.
Isso não significa que na feira livre ou no supermercado o produtoteráde vir embalado. "Avendaa granel podecontinuar. Mas a informação terá de estar disponível para todosos consumidores", informa.
Por enquanto,a regra não
vai valer para alface, agrião, couve, espinafre, rúcula, brócolis, alcachofra, aspargo e cebolinha. Para tais produtos, o prazo é um pouco maior: 15 de março. A fiscalização, que será iniciada no próximo mês, ficará sob a responsabilidade do MinistériodaAgricultura. As multas serão aplicadas a partir de março. A rotulagem deve ser feita nas caixas dos produtos, de madeira ou papelão. "Até agora, somente oatravessador tinha visibilidade. Além dese tornar conhecido, ficará mais fácil parao produtorvender suamercadoria", diz Fernandes. (AE)
O trabalhador que for portador ou possuir dependentes portadores do vírus HIV/Sida/Aids poderá proceder ao saque do saldo da sua conta vinculada do FGTS. Para tanto, é necessária a apresentação dos seguintes documentos: a) atestado médico fornecido pelo profissional que acompanha o tratamento do paciente, no qual conste o nome da doença ou o código de Classificação Internacional de Doenças (CID) respectivo, o CRM e a assinatura, sobre carimbo, do médico; b) laudo ou exame laboratorial específico, relativo ao trabalhador ou ao seu dependente; c) documento hábil que comprove a relação de dependência, no caso de dependente acometido pela doença; d) Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), na hipótese de saque de trabalhador; e) Documento de identificação do trabalhador; f) Cartão do Trabalhador ou Cartão de Inscrição PIS/Pasep. (Circular nº 296, de 19.09.2003, da Caixa Econômica Federal - Caixa )
3) As empresas de transporte coletivo público urbano estão obrigadas a conceder passe livre aos Auditores-fiscais do trabalho?
Sim. As empresas de transportes de qualquer natureza, inclusive as exploradas pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados e pelos Municípios, bem como as concessionárias de rodovias que cobram pedágio para o trânsito, concederão passe livre aos Auditores-Fiscais do Trabalho e aos Agentes de Higiene e Segurança do trabalho no exercício de suas funções, no território nacional, mediante a apresentação da Carteira de Identidade Fiscal.
O passe livre abrange a travessia realizada em veículos de transporte aquaviário.
A inobservância dessa determinação configurará resistência
Polymers informou aseus clientes que,devidoàalta da Cofins, vai aumentar seus preços à vista em até 5,5%.
Bens de consumo - A indústria debensde consumo alega que não tem como absorver novos aumentos de custos. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário, Domingos Sávio Rigoni, asempresasnão conseguiram repassar pressões de custo ocorridasno ano passado. "Chegamosnumpontoque nãodá
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras
mais.Qualquer reajustevamos ter de repassar", diz Rigoni. Para osupervisor-geralda Lojas Cem , Valdemir Colleone, a indústria está usando a Cofins como desculpa para aumentar preços. Mas, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário(IBPT), ocustomédio dotributo sobre ofaturamentoaumentaráde 3% para 4,01%. Hoje, transportadores decarga reúnem-se com ogoverno para discutir o aumento da Cofins em seus custos.(AE)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 26 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Indústria de Papel e Papelão São Roberto S/ARequerida: Indústria e Com. de Bebidas Artera Ltda.- Av. Suzana, 301 - 28ª Vara Cível
Requerente:Tear Têxtil Ind. e Comércio Ltda. - Requerida: Costa Brava Comercial Têxtil Ltda.- Rua Almirante Barroso, 426 - 26ª Vara Cível
Requerente: Roma Comércio de Metais em Geral Ltda.Requerida: Ausbrás Engenharia Ltda. - Av. Indianópolis, 3.435 - 2º andar - 25ª Vara Cível
Requerente: Nadir Figueiredo Ind. e Comércio S/A - Requerido: Palmasa Mercantil Ltda.Rua Mendes Caldeira, 410/ 416 - 20ª Vara Cível
Requerente: Sociedade Alfa Ltda. - Requerido: Limpadora e Serviços Fortaleza Ltda.- Rua da Divisa, 60 - 08ª Vara Cível
Requerente: Muriaço Ferro e Aço Ltda. - Requerida: C.R. de Farias Machado-ME - Rua Lagoa D’anta, 92 - 18ª Vara Cível Requerente: Uniserv União de Serviços Ltda.
ou embaraço à fiscalização e justificará alavratura do respectivo auto de infração e a aplicação da multa correspondente. (§§ 5º e 6º do art. 630 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e art. 34 do Regulamento da Inspeção do Trabalho, aprovado pelo Decreto nº 4.552/2002)
4) Quais são as formas pelas quais o contribuinte individual, ao ser contratado por uma empresa ou admitido em uma cooperativa, pode comprovar a sua regular inscrição no Regime Geral de Previdência Social?
O contribuinte individual (autônomo, empresário ou cooperado) poderá comprovar a sua inscrição no RGPS por meio de: a) apresentação do Cadastramento no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) – com a implantação do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) todos os segurados serão identificados pelo Número de Identificação do Trabalhador (NIT), que será único, pessoal e intransferível, independentemente de alterações de categoria profissional; b) número do PIS/Pasep – o segurado já cadastrado no PIS/ Pasep com esse número, não sendo necessário novo cadastramento.
(Caput einciso II do art. 32 da Instrução Normativa DC/INSS nº 95/2003
As duas empresas acabam de formar uma nova parceria com o objetivo de desenvolver soluções específicas para companhias desse ramo
Por Paula Cunha
Desenvolver soluções específicas paraagilizar a administraçãoderedes de transmissãodedados parao mercado de saúde como hospitais, clínicas, postosde saúde, laboratórios e santas casas foi a estratégia adotada pela Enterasys Network e a IT Care. Asduas empresasfirmaram uma parceria para explorar este campo de atuação e pretendem oferecerpacotes completos de soluções de alta tecnologiatanto nacomputação quanto nas telecomunicações.
Ogerente detelecomunicações daEnterasys,Ricardo Nucci, informa que a administração da redede telecomunicações será realizada pela Intelig Telecom e que a sua empresa trabalhará com os equipamentos específicos deredes de transmissão dedados ede gerenciamento.
Na opinião de Nucci, a idéia da parceria éintegrar todos os estabelecimentos que formam o mercado de saúde desde hos-
pitais até laboratórios e prestadores de serviços. "A idéia surgiu danecessidade dealgumas empresas que já atendíamos. Seus representantes diziam que precisavam de umasolução maiscompleta de telecomunicações".
Atualmente, a Enterasys Networks atende sete dos dez maiores hospitais de São Paulo. Por isso, aempresa conseguiu detectar o crescimento da demanda porsoluções queintegrem TI e telecomunicações. O pacote oferecido inclui VoIP, wireless, detecção de intrusos,roteadores, switches e firewallentreoutros.Jáa IT Care se responsabilizará pelo projeto de montagem da rede e de sua adaptação às necessidades dos hospitaise das empresas prestadorasdeserviçosde saúde, comolaboratórios e centrosespecializados em fisioterapia, por exemplo. Custos – O preço dos pacotes oferecidos dependerádo portedecada empresa doramo desaúde e dassuas neces-
GUIDO ORLANDO JÚNIOR
sidades. Mesmo sem divulgar perspectivas imediatas defechamentode negócios,odiretor da IT Care, Paulo César Alves,está otimistaporqueacredita que este mercado é muito pouco explorado pelas empresas de TI. "O processo de informatização doshospitaisé recente", explica. Alves diz que este mercado é bastante heterogêneo, a IT Care eaEnterasysestãoprocurando aqueles que estão interessados em investir em TI. Ele acredita que esteé um fatorpositivoe queestimulao interesse por estecampode atuação jáque estasinstituições são as que estão mais propensas a utilizar diversos tipos de tecnologia tanto para aperfeiçoaroatendimento fornecidopelosmédicos esuas equipes quanto paraaumentar a gama de serviços oferecidos aos pacientes.
"Todos os serviços hospitalares informatizados demandam tecnologia de informação avançadaem razãodanecessidadede mobilidadedosmédicos e de outros profissionais da área de saúde", acrescenta.
Ele também éotimista e acreditaqueo campodeatuação neste mercado tende a se ampliarainda maisporque a cadeia de serviços que a auxilia é muito grande.
Fique atento às promessas e ofertas que chegam via e-mail ou que você encontra em sites. Elas podem lesar seu patrimônio
Cuidado. Os golpistas via internetestão deolhono seudinheiro. Todosos dias surgem e-mails falsos que reproduzem perfeitamente sites de bancos e de instituições financeiras a fim de roubar senhas para lesar correntistas. Não caia nessa. Se receber algume-mail pedindo quevocêconfirme sua senha, nemtermine de ler.Apague imediatamente, mesmoque ele ofereçagrandes chancesde você ganhar dinheiro. Você podeachar quea internet é olugar mais insegurodo mundo,mas nãoé.Ela tema mesmainsegurança dequalquer lugar do planeta, pois o que transita por ela são pessoas. Nenhuma rua ou avenida do mundo é insegura só por ser uma rua ou avenida. O que as torna insegurassão certostipos depessoas que transitam por elas. Qualquer umpode depararse com um golpista na próxima esquina e cair num conto do vigário e ser lesado financeiramente. Quem nuncaouviu falar de golpes do bilhete de loteria, terrenos a preço de banana, viagem para a Europa por agênciasde viagemque nuncaexistiram e tantos outros truques que sempreacabam pegando os mais ingênuos?
Saio em defesa dainternet pois ela é um dos maiores avanços que já ocorreram na humanidade enãopodeser culpada pelos golpes que transitampor ela. Seria omesmo que alguém nunca mais passar pela av. Paulistaporque ouviu falarqueuma pessoacaiuno golpe do bilhete premiado. Anualmente sãogastosbilhões de dólares em segurança para tornar os sites mais segurose proteger da maneira mais eficaz possível os usuários da web.
Resolvi falar desse assunto nessasemanapordois motivos:primeiro, paraalertaros leitores sobre esse risco; segundo, paramostrar umcaso prático desse tipo de golpe.
Sábado passado recebi um email desses, com o seguinte as-
sunto: BB Informa 20012003. Diz ser do Banco do Brasil e tem o seguinte texto: "Caro Correntista BANCO DO BRASIL, OBanco do Brasil está sorteando entre clientes especiais como você, os Prêmios BB Ourocap, com prêmios 1.000,00 à 1.000.000,00 de Reais.Novossorteiossão feitos regularmente.Parasaber se você foi um sorteado, acesse sua conta e retire um extrato. Parasua comodidade, use o formulário do BB abaixo para retirar seu extrato. Seja do tamanho do seu sonho! É o que deseja o Banco do Brasil!"
O talformulárioque oemail indicapara serpreenchido contém:
1 - Um campo para escolher se ocorrentistaé oprimeiro, segundo, terceiro ou quarto titular;
2 - Um campo para digitar a agência;
3 -Outro parainformar a conta corrente; 4- Um terceiroparainformar a senha da conta; 5- Um para informara senha do cartão;
6 - Um botão para enviar essas informações. Além disso, o layout da página seguetodo ovisual doBancodo Brasil, com logotipia idêntica àdo BB,uma fotode um pai e uma filha sorrindo, emumasituação detotaldescontração econforto. Além disso,nopéda páginaexiste um botão "Políticade Privacidade", que remete para o site real do Banco do Brasil. Sevocê receberum e-mail comessas características,apague-o imediatamente, pois é falso. Nãoprecisei consultaro banco para saber se é verdadeiro ou não por dois motivos:
1- Oe-maildo remetenteé bb@bancodobrasil.com.br. O domíniodo Bancodo Brasilé www.bb.com.br; 2 -O e-mail começa com: "Caro CorrentistaBANCO DO BRASIL,".Eu nãosoue nunca fui correntista do BB. Portanto, não precisei checar com a instituição para verificar averacidadedas informações contidas no e-mail. Trata-se de um spam a fim de roubar senhas de correntistas.
Fujitsu: a um passo da produção do papel eletrônico
Os Laboratórios Fujitsu produziramum bem-sucedidoprotótipo depapeleletrônico que pode ser comparado em brilho e espessura ao papel destinado atualmente a cópias. Aempresaespera fabricar o produto regularmente a partir de 2006. Diversas características desse papel foram obtidas com o novo processo de produção,como facilidadede leitura e durabilidade, além de maior brilho e contraste.
As característicasdopapel
Papel eletrônico: à venda em 2006?
contribuirão para a economia de energia.Mesmocomsua energia desligada, o papel eletrônico mantém o que já está dispostonele, utilizandoa função de memória built-in.
O produto será de fácil manuseioe há a possibilidade quase ilimitada de se reescreveremsuasuperfície. Além disso,não está sujeito a deformações. A Fujitsu espera que a invenção contribua para diminuir o uso depapel em escritórios e reduzir o seu consumo em todo o mundo. Estes novos avançosfizeramcom queo papeleletrônico alcançasse um coeficiente de cor branca de média 80 ou superior e uma taxa de contraste de 15 ou maior. Estes resultados,quando comparados com os papéis tradicionais utilizadospara cópias, apresentam diferenças pouco expressivas.
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Comerciantes já conseguiram o apoio da Prefeitura e agora buscam patrocinadores
Renato Carbonari Ibelli
As principais ruas comerciais do bairro do Brooklin, na zona sul de São Paulo, vão ganhar caranova:calçadas mais largas, câmeras de segurança, fontes e detalhes que relembrama Alemanha,país deorigem de grande parte dos moradores da região.
Apropostadoslojistas do bairro é deixar mais agradáveis as ruasPrincesaIsabel,JoaquimNabucoe Barãodo Triunfo, que serãorevitalizadas. Oprojetoconta como apoiodaPrefeitura da cidade que, por meio do Programa de
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Intervenção em Ruas Comerciais do Município de São Paulo – o mesmo que ajudou a restaurar a rua João Cachoeira, no Itaim –se comprometea custear parte das obras. O projeto já foi aprovado pelaPrefeitura, mas as obrassó devem começar dentro de90 dias, quando os gastos gerais da reforma forem definidos. As ruas do Brooklinvão ganhar ares mais modernos, com linhas telefônicas subterrâneas, iluminação para as calçadas e bancos de granito em suas esquinas. "Fizemos estudos arquitetônicos e paisagísticos de cidades com características modernas. Berlin,naAlemanha,é umexemplo, comsuas ruas livresde poluiçãovisual", explica a arquiteta que elaborou oprojeto derevitalização, Julliana Camargo. Beleza e segurança – A idéia é, também, promover o alargamentodascalçada das três ruas, que passam dos 2,5 metros atuais para3,5 metros de largura. Elas ainda ganham pintura nascoresdabandeira alemã– amarelo, preto e vermelho – e serão decoradas com tonéis de chope recheados de flores. Também haverá a substituiçãodas árvoresdaregião por pitangueiras e ipês. Com as calçadas mais largas, as ruas vão acabar ficando mais estreitas e haverá a necessidade de se remover alguns pontos de estacionamento quehoje ope-
Projeto arquitetônico pretende reduzir a poluição de ruas como a Joaquim Nabuco, como mostra o croqui (acima, à dir.). As calçadas serão alargadas e algumas ruas perderão áreas para estacionamento.
ramnosistema deZonaAzul. “Esse não será um problema porque há sete grandes estacionamentos na região que podemterconvêniocom aslojas”, dizJulliana. Opólocomercialdo Brooklin serámonitorado por câmeras ligadas diretamente à Polícia Militar. Amaior partedos gastos
comas obrasvaiser pagapela Prefeitura. Os comerciantes locaisirãobancar somente a reforma nas calçadas, que sairá por cerca de R$ 275 o metro linear. "Mas nossa intenção é tornar os gastos dos comerciantes os menores possíveis. Estamos em busca de patrocinadores paraobra", informaa
presidente do Clube dos Lojistas doBrooklin, ElizabethCarrion Bonini. Paraaprovar as obras na Prefeitura, era necessário que 75% dos comerciantes das regiões afetadas estivessem de acordo comas mudanças.Segundo o clubedoslojistas da região, praticamente todos os proprietários concordaram com o projeto. "Não será necessário fechar lojas paraque asobras aconteçam, por isso não seremos prejudicados. Esse é um bom projeto, quevai tornar o bairro mais agradável paraos nossos clientes. Além
disso, vai valorizar uma colônia que tem tanta importância quanto os italianos e portugueses para o País: os alemães", dizoproprietário daGráfica People, Jamil EliaAyde, que tem seu estabelecimentona rua PrincesaIsabel eé comerciante da região há 25 anos. Oproprietáriodeuma loja de CDs da rua Joaquim Nabuco,GerhardDaut, esperaque todasas mudançaspropostas para a região tragam de volta clientes que foram perdidos para os shoppings ou em função dacrise no comércio. "Muitas lojas da região tiveram que fecharnessesúltimos anos. Jáhouvecincolojas de CDs no bairro, hoje, sou o único", lamenta.
Árvores, linhas telefônicas e iluminação serão substituídas também na rua Princesa Isabel (acima e à esquerda). Os arquitetos Julliana Camargo e Rafael Iaconelli (dir.) inspiraram o projeto em Berlim.
O Brasil sai na frente e será o primeiro país no mundo a ter um órgão democraticamente eleito para gerenciar a web
Por Rachel Melamet
Depois deliderar o grupo de países contrários àmanutenção da governança da internet mundial nas mãos de uminstituto privadonorteamericano (ICANN),durante aCúpulaMundialsobrea Sociedade da Informação, realizada emdezembro naSuíça,o Brasil mais uma vez sai na frente e adota um sistema democrático de gestão da web que várias nações do primeiro mundo defendem,masnunca tiveram a coragem de implantar. Em sua primeira reunião de 2004,oComitêGestor daInternet no Brasil (CGIbr) anunciou sexta-feira passadaem São Paulo que, de seus 21 membros, os 11 que representam a sociedade civil serão escolhidos porumcolégio eleitoral formado porentidades e representantes de cada segmento, eparticiparãodiretamentedas deliberaçõesdocomitê. É a primeira vez que isso ocorre desde a criação doórgão, em maio de 1995. De acordo com oDecreto 4.829, de setembro de 2003, que definiu a estrutura e as atribuiçõesdoCGIbr,o Comitê é composto por 21 membros. Nove sãoindicadospeloGoverno Federal, umpela diretoria do Fórum Nacional deSecretários Estaduais para Assun-
tos de Ciência e Tecnologia e 11 são eleitos, sendo quatro do setorempresarial, quatrodoterceirosetore trêsdacomunidade científica e tecnológica.
Também tem assento garantidonoconselhoo professor Demi Getschko, representante da comunidade educacional e cultural, por "notório saber em assuntos de internet". Votação via web – O Comitê decidiu queaseleiçõesserão realizadasvia internetutilizando-se certificadosdigitaisda ICP-Brasil. O processo será implantadopelo Registro.Br,instituição responsável pelo registro de domínios da internet no Brasil, com a orientação técnica doITI (InstitutoNacionalde Tecnologia da Informação).
Até a eleição, os 11 membros dasociedade civilforamnomeadosprovisoriamente ejá participaram desta primeira reunião deliberativa. No segmento empresarial,asquatro vagas foramdistribuídas entre as áreas de provedores de acesso e conteúdo da internet, provedores de infra-estrutura de telecomunicações, indústria de bens de informática, telecomunicaçõese software e osetor empresarial usuário. Na segunda quinzena de fevereiro, está previstaa colocação em consulta pública do edital que regulará o processo
eleitoral. As inscriçõesdos candidatos deverão ocorrer na segundaquinzenade abrileo resultado da votação deverá sair até 31 de maio.
Pioneirismo – Para Sérgio Amadeu,presidentedo ITIe representante da Casa Civil no Comitê,esseéum passoimportantepara ainovação,tanto noaspecto democráticocomo tecnológico. "O Brasilserá oprimeiro país no mundo a ter um comitê gestor da internet democraticamente eleito. E este será também um bomexemplo de como transações via rede podem ser feitas de forma segura e ágil. Tudo isso mostra que o País estáem condiçõesdeser umdos maiores players globais na área de TI", afirmou Amadeu.
Atribuições – Coordenado por Arthur PereiraNunes, secretário-adjunto de Política de Informáticae Tecnologiado Ministério da Ciência e Tecnologia(MCT), oCGIbr temcomo principais atribuições estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e ao desenvolvimento da internet no Brasile formulardiretrizes paraa organização das relações entre o Governo e asociedade,na execuçãodoregistro deNomes deDomínio,na alocação de Endereço IP(Internet Protocol)e naadministraçãopertinente ao Domínio de Primeiro Nível(ccTLD –countryco-
de Top Level Domain) ".br", visando o desenvolvimento da internet no País.
Cabe ainda ao Comitê propor programas de pesquisa visando manter inovações técnicas no uso da internet, promover estudos e recomendar procedimentos, normas e padrões técnicos e operacionaispara a segurança dasredes eserviços deinternet, bem comopara a
sua crescente e adequada utilização pela sociedade. Desafios – Para odiretor executivo doCGIbr, Hartmut Glaser, os grandes desafios para 2004 na área de TI são a manutenção doalto nível noregistro de nomes, o incremento no treinamento de operadores de rede no que se refere à segurança na internet e o incremento dos pontos de troca de
Sérgio Amadeu diz que o Brasil está dando um passo importante para a inovação, tanto no aspecto democrático como no tecnológico
tráfego (PPT) para otimizar e baratear os custos, além do início das atividades visando a inovação tecnológica da internet no Brasil. Nessa tarefa,a diversidade de opiniões que o novo modelo de comitê gestorapresenta será fundamental.Na áreagovernamental, os membrosindicados representam, além do MCT, osministérios dasComunicações; Defesa;Desenvolvimento, IndústriaeComércio Exterior; Planejamento, Orçamentoe Gestão;Casa Civil; Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científicoe Tecnológico eos secretários estaduais de Ciência e Tecnologia. "Nossoobjetivoé quea governança da internetno Brasil atenda aointeressedetodaa sociedade, através de seus representantes eleitos,e nãocooptadospelo governo", conclui Sérgio Amadeu.
O medo de sofrer invasão por crackers e a infecção por vírus de fontes externas sempre foram a maior preocupaçãodos responsáveispelasredes corporativas na áreade proteção de dados. Mas, segundo pesquisa da Infonetics, consultoriainternacional especializada naárea deTecnologiada InformaçãoeTelecomunicações,mais de90%dos riscos que esse tipo de rede enfrenta são internos. Foipensandona necessidadedebloquear essesriscosinternos, queescapam aossistemas tradicionaisdeproteção de internet e de detecção de intrusos, que a Check Point Software,empresa israelense desistemasde proteçãodedados, desenvolveu o InterSpect, um firewall que age na área interna das redes.
O InterSpect evita os danos causados na rede por funcionários mal-intencionados
Desenvolvimento de Software
Sistemas
De acordocom BobBooth, diretor regional da Check Point para a América Latina, oInterSpecté oprimeirogateway de segurança interna do mundo paraproteger as redes corporativase aplicativos, enquanto que os sistemas tradicionais defirewall se ocupam apenas com as ameaças externas. "A maioria dos danos nas redes internas é causada por funcionários mal-intencionados, desinformadosou ainda pela falta de atualização do sistema", exemplifica Booth. "Big brother"– O InterSpect é uma espécie de "big brother" que fica de olho em todos os computadores da empresa, 24 horaspor dia,sete diaspor semana. Dessa forma, consegue monitorar todos os departamentos e detectar, por exemplo,apresença deumvírusna transmissão dedadosentre funcionários, internamente oua partir de qualquer notebook oupalmtop queseja conectadoremotamenteà rede da empresa. Além de detectar e bloquear a propagação de vírus e worms, onovofirewallda Check Point é capaz de detectar a ausência de atualizações e
15 anos de experiência
colocarem "quarentena" a máquina com problemas, indicando asprovidênciaspara a correção.
O InterSpect, segundo Bob Booth, trabalha em conjunto com qualquer outrofirewall e independedo sistemaoperacional que for adotado pela empresa. Sua instalação, diz Booth, não demora mais do que dez minutos. Com lançamentoprevisto para 1º de fevereiro, o InterSpect é composto de um sistemadesenvolvido pelaCheck Point que rodaemum hardware da Dell (EUA), e será distribuído no Brasil pelas empresasWestcom, CNTePHD Sistemas.
O produto está disponível emtrês configurações:InterSpect 210 para até três portas de rede(preçosugerido: US$9 mil);InterSpect 410, para redes de três a dez portas (US$ 18mil); e os modelos 610e 610Fcom interfacesde fibraóptica esuporteaum número ilimitado de redes virtuais - VLANs(US$ 36 mil e US$ 39 mil). ( RM )
Inaugurações, aulas e congestionamentos trazem São Paulo à "normalidade"
Fernando Lancha
A prefeita Marta Suplicy teve um dia cheio ontem e quase nãoutilizouseu novolocalde trabalho. Uma série decompromissos fez com que ela passasse a maior parte do dia longe danovasededa Prefeitura,o Palácio do Anhangabaú.
Noinício damanhã, a prefeita abriu o Colóquio São Paulo/Paris,organizado para discutir problemas comuns às duas cidades. Duranteo evento, foi assinado um convênio deajudamútua entre os dois municípios.Por volta do meio-dia, a prefeita, acompanhadadoprefeito de Paris, Bertrand Delanou,inaugurou um mural em grafite, denominado Painel Cosmobrasileiro , resultado do intercâmbio cultural entre as duas prefeituras.
Ainauguração domuralfaz partedas comemorações dos 450 anos da cidade e integra o processo de revitalização do Centro, além de estabelecer umaligaçãocom o São Paulo Capital Graffiti, projeto criado pela Prefeitura para valorizar essa linguagem gráfica como forma de arte e inclusão social. O mural é do artista francês Philippe Mayaux, com participaçãodo grafiteiropaulistano
Gejoe de outros artistas que colaboraram noprojeto.Em maio, será a vez da artista plástica brasileira CarmileGross inaugurar seu mural em Paris. Trânsito ruim – A inauguração provocou congestionamento naligação Leste-Oeste, onde está localizado o mural. A prefeitaquasesofreuum acidente ao se desequilibrar e, por pouco, não caiudo canteiro onde se apoiava para ver o painel. Além dainauguração, a chuva, a volta do rodízio de veículos eo retornoparcial às aulastambém contribuíram para acidade viverumdiade "normalidade".
Nocomeço datarde, a prefeita mostroualgumas desuas realizações para prefeitos estrangeiros quevierampara a comemoração dos 450 anos de São Paulo.Marta foi atéa Câmara Municipal para conhecer einaugurar orestaurante-escola, montado na sede do Legislativo Municipal. O restaurante vai formar 55 alunos por semestreemdiversas áreasde hotelaria e gastronomia. "Acredito que os alunos que estudarem com afinco vão poder sair daqui já empregados. Existe uma carêncianomercado por bons garçons e ajudantes especializados", disse o coor-
denador do restaurante-escola Federico PabloGueishutiler. O restaurante-escola vai atender os funcionários da Câmara e pessoas que trabalham em escritórios vizinhos. No dia da inauguração, opreço darefeição já provocou reclamações. Segundo Gueishutiler, o chamado prato feito custará R$ 12. "É muito caro. Com esse preço vamosdiscriminar funcionários. Ou elevamos o valor de seus vales (R$ 8) ou baixamos o preço da refeição", disse o secretário-geral daCâmara, vereadorToninho Paiva.O presidenteArselino Tatto,um dos responsáveis pela criação do restaurante,concordou. "Falei com a prefeita e ela pode criar um subsídio", disse. Quem vai cuidar do recrutamentoe ensino profissionalizante para os alunos é a Fundação Jovem Profissional.Os jovens deverão ter idade entre 17 e21anos, morarnasproximidades da Câmara e ter renda familiar inferior a R$ 600. Os alunos, além docurso, vão receber uma ajuda de custo de R$ 100 e assistência médica. O restaurante-escola só atenderá no horário do almoço, mas poderá, no futuro, abrir também para o happy hour Colaborou Teresinha Matos
Três pessoas morreram e pelo menos duas estão desaparecidas em conseqüência das chuvas que atingem, desde domingo, a região de Sorocaba, a 92 quilômetros de São Paulo. EmItapetininga, osoterramento de um barraco matou a mãe,Maria NeusaPereira;sua filha, Tainara Pereira, de 3 anos,eo avôdamenina,Juvenal RodriguesPereira, noJardim Casa Grande. O barraco foiatingido porumdeslizamento, na noitede domingo. Os corposforam encontrados na tarde de ontem. Em Ribeirão Grande, policiais vasculham rios e córregos na busca de dois corpos que sumiram nas enxurradas.As águasdorio quelevao nome da cidade subiram e desabrigaram várias famílias. Res gate – Em São Miguel Arcanjo,48 passageiros entre adultos, crianças e idosos que estavam em umônibus de excursão foram resgatados pelo helicóptero Águia da Polícia
Parada na avenida 23 de Maio poderá se repetir no 9 de Julho
O congestionamento de gente que tomou conta da Avenida 23 de Maio no último domingo poderá repetir-se em 9 de julho.Os organizadoresdo evento ficaram tão satisfeitos com osresultados da Parada SP450 anosquejá pensamem reprisá-lo no dia em que se comemora oaniversáriodaRevolução Constitucionalistade 1932. "A ocupação das ruas pelo povo representa o resgate da auto-estima, a unificação cultural esocialdopaulistano", disse o presidente do Anhembi e do comitê organizador dos festejos, Celso Marcondes.
Militar de São Paulo e por barcos do Corpo de Bombeiros de Sorocaba e Tatuí, depois que o Córrego Capão Rico subiu mais de três metros. O ônibus seguia pela SP250, que liga São Miguel a Gramadinho, na região sudoeste do Estado. Omotorista parou
na cabeceira da ponte porque a água havia invadido a pista. A água subiu muitorápido, chegando a atingir o retrovisor do ônibus. Os passageiros subiram nocapô doveículo até a chegadade socorro. Vinte e dois passageiros foram resgatados pelo helicóptero e, os ou-
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Acompanhada de prefeitos de várias cidades européias,
e inaugurou um restauranteescola na Câmara Municipal (à esquerda), onde 55 jovens farão curso profissionalizante na área de gastronomia.
Correção
Quinta Urbana – Areunião daComissão de Política Urbana (CPU) daACSP coordenada pelo vice-presidente Lucia-
Passageiros de ônibus ilhado em São Miguel Arcanjo foram resgatados por helicóptero e barcos. O veículo quebrou e foi surpreendido pelas águas que transbordaram do córrego Capão Rico.
tros, retiradosdebarco pelo Corpode Bombeiros. Ninguém ficou ferido. As chuvas também provocaramaqueda deumabarreira naaltura dokm381 daRodovia Régis Bittencourt, em Miracatu, e trechos da pista foram interditados. (AE)
no Wertheim será exclusiva para os 7 (sete) membros da coordenadoria. Às 12 horas, nasede daentidade – rua Boa Vista,nº 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre).
ACONTECE NAS DISTRITAIS
Hoje
Centro – ADistrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial de RH do Projeto Empreender , coordenada pela consultora JaneGianniniBueno. Às15 horas.
Centro –A Distritalrealiza reunião com empresários do núcleo setorial de confecções do Projeto Empreender , coordenada pela consultora Jane Giannini Bueno. Às 19 horas. Amanhã Mooca – A Distrital prestará uma homenagem a empresáriosda região.Oevento
faz parte das comemorações de seu 50º aniversário. Às 19 horas.
Centro – ADistritalCentro realiza reunião com empresários do núcleo setorial de alimentação do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Jane Giannini Bueno. Às 19 horas.
Quinta Santo Amaro – A Distrital vai realizar uma reunião com empresários do núcleo setorialde farmáciasedrogarias do Projeto Empreender, coordenada pelaconsultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 20 horas.
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O produto, inovador em termos de custo, tem por objetivo ampliar o benefício ao maior número de pessoas. Um seguro de vida popular, oprimeirodo mercado,foi lançado ontem pela Bradesco Vida e Previdência com a propostadeatender umpúblico específico, demenorpoder aquisitivo. É oVida Segura Bradesco, que tem mensalidadebemmenordo queos planos tradicionais – de R$ 9,90 –, e prevê umacobertura básica, de mortenaturaleacidental, além da cobertura adicional de auxílio funeralindividual aos dependentes do segurado.
Além do preço, o Vida Segura traz ainda como diferencial a premiação.O seguradoconcorre a quatro sorteios mensais de R$ 15 mil, em dinheiro, pela Loteria Federal, semnenhum custo adicional na apólice. Contratação – O Vida Seguracomeçou aser vendidoontem emtodasasagênciasdo Bradesco (não será comercializado nos bancos postais) e podesercontratado nãoapenas pelos clientesdobanco, mas também por quemnão écorrentista. A idadelimite para a contratação é de 60 anos.
No casode mortenatural, a carência prevista é de 12 meses. Para morte acidentalnãohá carência.Outro diferencialdo produtocomparadoos seguros clássicos do mercado é que, na contratação do Vida Segura não é preciso o segurado apresentar declaração de saúde. Dez milhões de pessoas – O público potencial para esse produtoé grande."Estima-se que10 milhõesde pessoaspoderão serbeneficiadas comesseproduto,de um total de32 milhões de pessoas hoje incluídas nas classes de rendamais baixa", dizMarco Antônio Rossi, presidenteda Bradesco Vida e Previdência.
Com o Vida Segura o banco estimaampliarem 500mil o número de segurados de sua carteira de seguro de vida individualneste ano.A Bradesco Vida e Previdência tem 1,3 milhão de clientes individuais.
Aindústriade fundosdeinvestimento da América Latina bateu recorde de captações em 2003. O patrimônio administrado chegou a US$ 222,624 bilhões.Um crescimentode 14,65% ou US$ 81,840 bilhões, acima do registrado no ano anterior. Os dados foram divulgadosontempela Thomson Financial Brasil.
Os novos depósitos, descontadosos saquese avalorização das carteiras, responderam por US$20,625 bilhõesa mais do que o que foi investido nessa indústria no ano passado.
Brasil puxaalta– O desempenho dos fundos no Brasil foi o responsável direto pelo bom resultadodaindústria latina. Ao longo do ano, a indústria brasileira captou nada menos do que US$ 19,079,55. Ou 92% dovolume totalconseguido em toda a região.
Amaiorconfiança dos investidores na recuperação da economia brasileira em 2003, favorecidapela valorizaçãodo realfrente aodólare pelaquedadorisco-país, foioresponsável pelo crescimento da indústria,segundorelatório da Thomson Brasil.
A preferência dos investidores semanteve nos fundosde renda fixa e renda mista, que tiveram captação líquida de US$ 9,183 bilhões e US$ 7,285 bilhões, respectivamente. Argentina – Na Argentina, a recuperação da indústria de fundos foi ainda mais intensa do que no Brasil. Depois de um ano de ameaças de calote da dívida em 2002, osinvestidores argentinos voltaram aospoucos a aplicar nopaís. O crescimento da indústria na Argentina em 2003 foi de 60,11% em relaçãoaoano anterior,oque, em termos reais, significou um ingresso derecursos daordem de US$ 658,09 milhões. As aplicações foram concentradas em fundos de prazo fi-
O Banespa,controlado pelo grupo espanhol Santander, apresentou lucro líquido de R$ 1,746 bilhãoem 2003, com queda de 38,01% em relação ao resultadodeR$2,818 bilhões registrado no ano de 2002. As receitas da intermediação financeira recuaram 14,85%, para R$4,974 bilhõesnoano passado. As operações de crédito subiram20,14%, somando R$2,438 bilhões,e oresultado da operação com títulos e valoresmobiliários caiu 39,72%,para R$2,469bilhões em 2003 Intermediação – As despesas com intermediação financeiratotalizaram R$2,094 bilhõesnoano passado,comredução de 13,98%, e o resultado bruto da intermediação ficou em R$ 2,880 bilhões, uma queda de 15,48%. O banco registrou resultado operacional de R$ 1,826 bilhão em 2003, com recuo de 40,44%. Em 31 de dezembro de 2003, o patrimônio líquido da instituição financeira estava
em R$ 4,756 bilhões. Os dados são consolidados. Segundo analistas, esse resultado veio sobretudo de quedaacentuada dasreceitascom tesourariarealizadas peloBanespa no ano passado. "O bancoestá sedesfazendo da sua carteirade títulos para focarmaisno crédito. Além disso,como osjuros(básicos) tambémcaíram em2003,isso acaba afetando oresultado financeiro doBanespa também", afirmou o presidente da Austin Asis consultoria, Erivelto Rodrigues. Segundo Rodrigues, a receita com tesoura-
ria recuou de R$ 4 bilhões para R$ 2,4 bilhões no período. Coerente – "O resultadode agorafoi coerentecom obanco. O do ano anterior é que não era",acrescentou Rodrigues. Em 2002,o Banespaencerrou comumlucrodeR$ 2,81bilhões. O Banespa, que não quis comentar o resultado,foi privatizado em novembro de 2000, quando o Santander ofereceu R$7,05 bilhõespela instituição financeira. O grupo espanholdivulgou resultado anual com lucro 16% maior, mesmocom receita líquida o menor. *(Agências)
xo, os mais conservadores do mercado, que receberam US$ 586,86 milhões. O bom desempenhonão foisuficiente, no entanto, para que a Argentina voltasse àterceira colocação no ranking de investimentosdaAmérica Latina.O país fechou o ano na lanterninha do ranking,com umaparticipaçãode apenas0,89% sobre o volume total investido. Vizinhos– O Peru também teve umaperformance parecida comadaArgentina em 2003, com a indústria crescendo26,81%. OChile foioutro país que fechou o ano passado na azul, com um crescimento de 8,58% de captação em relação ao ano anterior. Só oMéxicoencerrou2003 com resultado negativo nas carteiras, com ossaques superando ototal depósitos em US$ 114,50 milhões. Alenta recuperação daeconomia, associaçãoà desvalorização do peso frente ao dólar, de 7,1% no ano, são apontados no relatório da Thomson como os principais motivos para o mau desempenhoda indústriade fundos na região. Adriana Gavaça
O novoproduto daBradesco nasceu depois que uma pesquisa feitapela instituição mostrou,entreoutros motivos,queboa partedosconsumidores não tinham seguro de vida porque o produto é caro e o benefício muito baixo. Inclusão social – De acordo com o presidente dogrupo Bradesco Vida ePrevidência, Luiz CarlosTrabuco Cappi o Vida Segura é uma prova de que se é possível adotar a inclusão social também na áreade seguros, a exemplodoquejá foi feito nabancarização, com os correspondentes bancários, e na área de crédito do banco. No Vida Segura, o capital segurado varia de acordo com a idade do contratante. Tambémé possível aumentar em até cinco vezeso valor segurado, bastando, paraisso, que o segurado aumente ovalorda mensalidade em igual propor-
ção. Paraumafaixaetáriado segurado variandode30 a34 anos, por exemplo, o capital seguradopodeir deummínimode R$31,5milaté ummáximo de R$ 102,5 mil. Imposto– Onovo seguro estásujeitoaopagamento do Impsoto sobre Operações Financeirasem umporcentual de 7%. Segundo o superintendente Renê Garcia, da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a isenção doimposto para produtos voltados à massadeconsumidores éum pleito que está sendo levado até o governo. Outraidéiadefendida pela Susep, segundo Garcia,em relação aos seguros populares,é a adoção deum contrato-padrão. "A padronização dos contratosfacilitarianão apenas o entendimento do seguro, mas sua contratação", diz ele.
Acordo com FMI não será renovado, diz
O Brasil não vai renovar no final deste ano seu acordo com o Fundo MonetárioInternacional (FMI).Foi oque voltou aafirmarontemo presidente doBancoCentral, Henrique Meirelles, que participa do Fórum Econômico Mundial, na Suíça. "Vamos sairdo FMI no final do ano", disse ele. "Não há dúvida", arrematou. Aafirmação foifeita nofim de semana quando o presidente do Banco Central explicava o graudepreparação do país para enfrentar o cenário financeiro externo no futuro. Uma das possibilidades de problemas potenciaisna economia internacional é o que vem sendochamado de "bolha dos emergentes", ou seja, o forte fluxodecapitaispara ativos desses países. Risco menor – Essa tendência, quepredomina desde o ano passado, provocou uma queda acentuada da taxa de risco desses países. Uma elevação sustentável dos juros nos EstadosUnidos, quesegundouma boa parcela dos analistas deverá ocorrer mais no final deste ano, poderia gerar turbulência
para os emergentes, com uma forte saída dos investidores. Outra problema potencial estariaem umaestagnaçãona economia norte-americana em2005, comreflexosnegativos na economia mundial. O presidente do BC disse queasituaçãoda economia brasileirajá melhorou muito desde o ano passado e essa trajetóriavai continuar,reduzindo ainda mais a vulnerabilidadedo país. "Estamos nos preparando para quando um momento adversonocenário externo ocorrer",disse. "Quando isso acontecer, estaremos preparados."
Blindagem – M e ir e l le s acrescentou que, se uma crise externa ocorrer antesde 2005, em fevereirode 2004,por exemplo, o País estará muito bem protegidospois "temoso acordocomo FMI,estamos blindados pelo Fundo".
Segundo ele, aestratégia do governo em renovaro acordo em 2003 foi a de justamente manter o acordo com o Fundo neste ano, tempo necessário para que o país possa reduzir a sua vulnerabilidade. (AE)
Depois da surpresa da decisão do Comitê de Política Monetária(Copom), na semana passada, quemanteve osjuros em16,5% aoano, osanalistas emWall Streetesperamagora que o Banco Central retome os cortes na taxa de juros apenas no mês de março. Naopinião do economistachefepara AméricaLatina do banco WestLB, JohnWelch, o Copom não deverá alterar a taxaSelic nareunião defevereiro,comoscortessendo retomados apenas em março.
Cautela – "Até o Carnaval (dia 24 de fevereiro), não haverá muita novidade em relação à inflação. Então,o BancoCentral adotará umaposturade cautela, ou seja, de esperar para ver", afirmou Welch. "Achávamos que a parada na reduçãodosjuros sóviriano segundo trimestre",acrescentou. Ele aposta numa queda de 50 pontos-base nataxa Selic
em março. Para o primeiro semestre, Welch aposta em que a taxa estará por volta de 15% ao ano,caindo para14% nofinal de dezembro. Emrelação à inflação, ele projeta um Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA) de 0,73% para janeiro; de 0,50%,em fevereiro; e de 0,30% em março. Ata – Para o economistachefepara AméricaLatina do banco HSBC, Paulo Vieira da Cunha,aata doCopomaser publicadanesta semanapoderá dar uma idéia melhor da direção dos juros. "A ata vai dar uma idéia para ofuturo,mas achoqueainda vai estar muito concentrada no queo mercadojásabia, istoé, que os índices, em particular o Índice de Preços noAtacado (IPA), estavam muito altos". Cunha também achaqueo Banco Central voltaráa reduzir a taxa Selicapenas a partir de março próximo."O merca-
dosabeque janeiroefevereiro serão meses ruinspara a inflação, especialmente para o número geral,entãoacho queo BC vai esperar para março para os cortes,embora tudovai depender da direçãoda inflação, em particular do núcleo", afirmou Cunha. Até 14% – Cunha estima um IPCA de 0,7% para janeiro e de entre 08% e 0,85%para fevereiro. Ele ainda não tem uma aposta para um corte nos juros em março, porém acredita que a taxaSelic poderáestar entre 14%e 15%ao anono finaldo primeiro semestre. "Isso dependerá da velocidade comque oCopomfizer os cortes dos juros em março e em abril", disse oeconomista do HSBC. Para ofinalde 2004, Cunha estima umaSelic entre 13% e 14% ao ano. Ele também estima um IPCAde 6,2% para esteano."O quehouvecoma inflação foi um repique". (AE)
O governo tailandês confirmou ontem que investiga 10 casos de contaminação pelo vírus da gripe avícola. Cinco deles envolvem crianças.
Outras quatro pessoascom suspeita de teremsido infectadaspelo vírusda gripeavícola morreram na Tailândia, informou ontem o Ministério da Saúde local. Ao todo, há dez casos suspeitos de contaminação humana no país, inclusive as quatro mortes anunciadas ontem na província de Sukhothai e um homem de 56 anos que faleceu na sexta-feira. Os cinco suspeitos sobreviventes são crianças. O governo tailandês aguarda os resultados dos testes para ver se as vítimas foramcontaminadas pelo mesmo vírus que vem se alastrando pelasgranjas asiáticas.
Revolta – O governo havia confirmado no início da manhã amorte deum meninode seisanos,que setornouaprimeira vítima fatal dadoença nopaís. Horasdepois daconfirmação, o pai da vítima acusou o governotailandês de ter encoberto o surto de gripe avícola nopaís e deter escondido informações que poderiam ter salvado a vida deseu filho. "O governo sabia,entãoporque elesnãodisseram aopúblico paranos protegermos?",questionou Chamnan Boonmanut, agricultor e pai do menino.
Proibições – Diversos países proibiram as importações de frango e produtos da Tailândia desdeque o governoassumiu que seu plantel tinha sido contaminado pela doença.
O ministro tailandêsda Agricultura, Somsak Theapsutin, disse que o combate à doença pode levar cerca de um mês e que o governo está tomando asmedidas necessárias para conter a disseminação do vírus para outras regiões.
Crise – Enquanto isso,exportadores tailandeses de carne de frango pediram ajuda ao governo para driblarem a crise da indústria. "O governo deveria pedir ao Japão que aceite produtos tailandeses derivados defrangocozidose processados o maisrápido possível", disse Pornsil Patcharingtanakul, vice-presidente do CharoenPokphand Group, maior conglomerado de agronegócioda Tailândia. De acordo com oMinistérioda Saúde, o vírus H5N1 pode ser destruído pelo calor durante o processo de cozimento.
Cingapura – O governo de Cingapura ordenou que todos ostrabalhadoresde granjas vistam roupas de proteção e restrinjam a movimentação de pessoas numa tentativa de evitar que o vírus da gripe avícola chegue ao país.
"As fazendas estão registrando a entrada e saída de veículos e pessoas em suas instalações", disse umrepresentante do Departamento de Agricultura eVeterinária. "Apenasfuncionários dafazendae aquelaspessoas que têm negócios afazer poderão
entrar na propriedade",segundo o comunicado.
Malásia – Na Malásia, autoridades insistiram ontem que não há sinaisda doença no planteldefrangoslocal eque estãotomando medidas para evitar um futuro contágio.
O ministro da Agricultura malaio, Muhyiddin Yassin, impôs um embargo total às importações de carne e derivados de frangos da Tailândia.
A doença já foi registrada em oito países: Tailândia, Vietnã, Camboja, Coréia do Sul, Japão, Taiwan, Indonésia ePaquistão. (Agências)
O governo da Indonésia foi criticadoporprodutores por sua postura em relação à gripe aviária, que já determinou o sacrifício de milhões deaves. Enquanto isso, autoridades afirmam que poderá levar dias para se saber se a doença representa risco à saúde humana.
O Ministério da Agricultura aguardaos resultadosdostestes para ver se o tipo de gripe era o mesmo H5N1 que foi encontrando na Tailândia,no Vietnã e em outros países asiá-
Sete policiaisiraquianos forammortosem distintosataques a oeste de Bagdá, divulgaram ontem autoridades. No norte, mergulhadoresmilitares americanos procuravam nas lamacentas águas do rio Tigre três soldados dosEUA –um que estava numa lancha de patrulha quenaufragou edois outros que viajavam num helicóptero OH-58Dquecaiuao bater num cabo enquanto participava da operação de resgate domingo em Mossul. Na naufrágio da lancha, dois policiais iraquianoseumtradutor iraquiano morreram.
Ospoliciais iraquianosforam mortos na noite dedomingo em doisataques em separado contra postos de checagem ao redor da cidade de Ramadi, 110 km a oeste de Bagdá, nochamado"triângulo sunita", o centro daresistência à ocupação americana.
Ônibus– Um iraquiano foi mortoontem quandopisou numa bomba quando descia deum ônibus num subúrbio de Bagdá, disse o tenente da defesa civil do Iraque Mustafa Tariq. A explosão também feriutrês passageirosdoônibus, que ficou bastante danificado.
Ataque abase– T a mb é m ontem, dois projéteis atingiramuma basemilitaramericanaem Kirkuk, sem causar vítimas. Foi o segundo ataque dotipoàbase emdoisdias. Testemunhas também relataram que mísseis foram lançadosontemcontra uma base
espanhola nos arredoresde Najaf.
Na noite deontem,uma bombaexplodiu nabeira de umaavenidano oestedeBagdá, ferindoumcivil edanificando três veículos,disseram testemunhas. Jordaniano – Um motorista jordaniano morreu quando o caminhão que dirigia a serviço dos soldados japoneses no Iraque foi atacado perto de Bagdá. Ainvestida nãopareciateras forças japonesas comoalvo, segundo o Ministério da Defesa de Tóquio. O caminhão, quetransportavauma casamóvel queseria usada pelas tropas japonesas, foi atacado cerca de 100 quilômetros a noroeste de Bagdá, no domingo, quando ia da Jordânia para a capital iraquiana, de acordocom um comunicado do Ministério da Defesa japonês. (Agências)
ticos.Essevírus matousete pessoas e determinouo abate de milhões de aves. "Estamos tentando descobrir se o vírus é o H5N1...Esperamos saber (o resultado) até o fim desta semana", afirmou o porta-vozdo ministério, Hari Priyono. Confirmação – A Indonésia confirmou a ocorrência da gripe aviária em aves, mas autoridades disseram quenão encontraram evidências de que a doença contagiou humanos. O governodeclarou anterior-
mente quea Indonésiaestava livre da doença e que mortes de aves ocorridas em Java e Bali se deviam à doença de Newcastle, inofensiva a humanos.
O presidente daAssociação dos Agricultores da Indonésia, Siswono Yudhohusodo,disse queagripe aviáriajácustou milhões dedólares. "Issomostra que o governo não estava alertadesde ocomeço. Eulamento muito que os diagnósticosiniciais tenhamsidosimples demais". (Reuters)
Tempestades de neve e chuvagelada cobriramontem com um manto de gelo diversas rodoviasdas regiões central enoroestedosEstados Unidos,causando amortede 25 pessoas.As escolasforam fechadasnosEstadosde Illinois à Carolinado Norte, Carolina do Sul e Geórgia, onde o gelo bloqueou várias estradas, assimcomoem partesdeNebraska, Dakota do Norte e Minnesota, onde o problema principal foi a neve. No condado de Spencer, em Indiana, as rodoviasestavam tão escorregadiasque asautoridades não despacharam os caminhõesdo serviçodelimpeza deneve. Dezenasde vôos foram postergados ou canceladosdoMissouri àCarolinado Sul. Tambémforamregistrados algunscortesdeenergia elétrica na região.
Mortes – Segundo as autoridades, todas as25 mortesforam relacionadas a acidentes de trânsito,causados,porsua vez,pelaneve epelachuvagelada.Ontem,uma tormenta disseminou neve do Novo México aoTexas, e dalia Minnesota eWinsconsin. Atormenta, então, se dirigiu a leste, atravessando a região dos Grandes Lagos e chegando a Nova Jersey. Em Denver houve o acúmulo de 20 centímetros de neve durante a noite. As piores nevascas ocorreram em partes de Dakotado Norte ena regiãocentro-oeste de Minnesota, ondecaíram 50 centímetros deneve. Washington também foi afetada. O Serviço Meteorológico Nacional informou quea tormenta poderia chegar hoje a váriaszonas do noroeste dos Estados Unidos. (AE/AP)
Visite a Muralha da China, antes que ela se dissolva
A Grande Muralha está caindo gradualmente, vítima do turismo, do desenvolvimento e danegligência, disse ontem o governo. A agência oficial Xinhua News cita um relatório deespecialistas afirmando que apenasum terço domuroainda existe e que partes das porções ainda existentes estão dissolvendo-se.
“O turismo crescente, o desenvolvimento e a falta de fundos para manutenção estão corroendoo GrandeMuro”, diz a Xinhua.
A Grande Muralha começou a ser construídodurante a dinastia Qin (221-206 A.C.) e aumentada nas dinastias subseqüentes. Sua maior reconstrução, durantea dinastia Ming (1367-1644), acrescentouas seções em volta de Pequim.
A muralha estende-se da costa leste de Pequim à província de Gansu. Estimativas sobresua extensão original variam de 2.900 quilômetros a duas vezes isso.(AE/AP)
O QUEEN MARY II COMPLETA A SUA PRIMEIRA VIAGEM
O maior e mais caro navio de passageiros do mundo, o Queen Mary II, completou ontem sua primeira viagem transatlântica. O barco chegou ao porto de Everglades, próximo a Fort Lauderdale, duas semanas depois de partir Southampton, na Inglaterra. Centenas de pessoas reuniam-se no porto para apreciar a atracação do transatlântico de US$ 880 milhões. 2.600 passageiros pagaram entre US$ 4.408 a US$ 48.310 pela viagem inaugural, desde que partiram de Southampton, dia 1°. O Queen Mary tem 1.138 pés (342 metros) de comprimento e 71 metros de altura. As 1.310 cabines possuem cabeamento de rede, acesso à internet, filmes sob demanda e TV interativa. Há ainda um complexo de segurança que rastreia todo o movimento das pessoas dentro e fora do navio. (AE/AP)
TUDO PELA ARTE – Mauro José Alves Ferreira, dançarino e camelô na rua 25 de Março, executa passos radicais em frente ao Mosterio de São Bento.Ele dá aulas de dança para crianças de rua e participa de espetáculo de Ivaldo Bertazzo.
MPE INVESTIGA
ENVOLVIMENTO DE POLICIAIS EM CRIMES
OJudiciário eoMinistério
Público Estadual (MPE) investigam denúncias e suspeitas de envolvimento de policiais dosprincipais departamentos da Polícia Civil de São Paulo com assassinato, roubo de carga, roubos a banco e carroforte,ameaça, entreoutros crimes. Há suspeitas de faltas graves no Deic e Detran, entre outras divisões policiais.
PROMOTORES ACOMPANHARÃO INQUÉRITO NA FEBEM
O procurador-geralda Justiça, Luiz Antonio Marrey, designou quatro promotores para acompanharo inquérito sobre a morte de dois internos da Febem, durante tentativa de fuga, na Unidade Vila Maria 3, zonaleste, quinta-feira. Há suspeitas de que os tiros tenham sido disparados pela Polícia Militar.
GARAGEM DA PREFEITURA VIRA CEMITÉRIO DE ÔNIBUS
Cercade175 tróleibus,a maioria quase nova,formam umcemitério de ônibusem uma garagem da Prefeitura na avenida GuidoCaloi, emSanto Amaro.Sessenta delespertencem à Prefeitura e estavam emuso até20dedezembro, quando foidesativada arede aérea que utilizavam no corredor entre a avenida Faria Lima e a rua Augusta.
FILAS CONTINUAM NA NOVA SEDE DO CONSULADO DOS EUA
Quemtentar tirar visto na novasede do ConsuladoGeral dos Estados Unidos em São Paulo terá de passar por um rigoroso sistema de segurança, antes de entrar no setor de entrevistas. Os procedimentos são tão rígidos que nem os 17 guichês instaladospara atender opúblicosãosuficientes para diminuir as filas.
Grupo de 262 pessoas detidas pela Imigração americana desembarca às 12h no aeroporto de Belo Horizonte
Um primeirogrupo,com 262 brasileirosdetidos edeportados pelo serviço de imigração dos EstadosUnidos, chega hoje ao País. Os cidadãos brasileiros desembarcam às 12h, aoaeroporto deConfins, em Belo Horizonte (MG). Eles virão em um vôo da TAM, fretadopelo governonorte-americano.
Dos 262brasileiros queretornam ao Brasil, 187sãode MinasGerais,agrande maioria de municípios da região leste do Estado. O restante é dos estados de Goiás, Espírito Santo, MatoGrosso, Rondônia, Pará, Santa Catarina e do, Distrito Federal. Novosvôosde repatriação estão previstos para fevereiro e março.
Com dignidade – O deputado João Magno (PT-MG) seguiu para Phoenix,noArizona, para acompanhar a viagem de deportação. "Queremos garantir o retorno digno dos brasileiros e brasileiras, como fi-
cou acordado com as autoridades dogoverno norte-americano",disseo deputado,que, no início do mês, ao lado dos senadores Hélio Costa (PMDB-MG) e MarceloCrivella (PL-RJ), esteve em missãoparlamentar visitandovários presídiosnoTexaseno Arizona, onde está a maior partedos brasileirosdetidos portentarem entrarilegalmente nos Estados Unidos. Missão – Na primeira fase da missão parlamentar, de 5 a 9 de janeiro, a comissão externa do Congresso designada para acompanhar asituação dos brasileiros detidos pela Imigração dos EstadosUnidos conseguiu negociar “condições humanitárias" para a deportação. "Acertamos que oscustos dos vôos serão pagos pelo governo norte-americano eque osbrasileiros não receberão tratamento de criminosos, sendo dispensados deusarem algemas e uniformes dos presídios",
disse João Magno. Depoi mentos – Assim que desembarcarem no Aeroporto de Confins(MG), os brasileiros vindos dos Estados Unidos prestarãodepoimentos adelegadosdaPolícia Federal.APF quer saber o motivo da viagem e se eles foram maltratados nas prisões americanas. Os delegadosesperam acolaboração daqueles presos compassaportesfalsos para ajudar a identificar intermediários que providenciaram os documentos.A Secretariade Estado dos Direitos Humanos recebeu da Embaixada americana no Brasil informação de que o avião .
A PF também pretende obter dos brasileiros informações quelevem aagências deturismo ou nomes ligados ao tráfegodepessoas. Paraisso,aPF preparou umformulário-padrão,oque permitiráquealiberação dos passageiros seja feita o mais rápido possível.
Esquema montado – Os delegados ouvirão, em primeiro lugar, as mais de 80 pessoas que sãodeoutros Estadosedepois osmineiros. Segundoassessoria dasuperintendência daPF emMinasGerais, umdospassageiros tem mandado de prisão decretada,maso crimejá estariaprescrito. Aassessoria também informa quedesde as 9 horasa PF estará comtodo o esquema montado no aeroporto para receberos brasileiros. Foramconvocados especialmente paraa operação25 delegadose 25 escrivães,que tomarão os depoimentos utilizando computadores instalados em dependências do próprio aeroporto. Os brasileiros de outros estados seguirão viagem por ônibus ouavião, dependendoda distância dacidade em que moram. As passagensforam providenciadas por políticos mineiros epelaSecretariade Ação Social de Minas. (AE)
Será aberta hoje ao público a exposição "Picasso", com 126 obras do artista espanhol, avaliadas em US$ 700 milhões. A mostra abrange um período longo, que vai de 1895 a 1972. Trata-se da primeira exposição de obras de Pablo Picasso, desse porte, em toda a América Latina. O acervo a ser exposto em São Paulo abrange pinturas, esculturas, trabalhos sobre papel e cerâmicas feitos pelo artista que se transformou em mito antes mesmo de morrer.
A exposição "Picasso" estará na Oca do Parque do Ibirapuera, zona sul de São Paulo, e faz parte das dos vários eventos que marcam as comemorações 450 anos da cidade. Ontem, na Oca, as instalações da mostra receberam os últimos retoques antes da abertura oficial.
Filme é o primeiro longa-metragem brasileiro a concorrer nas categorias diretor, edição, roteiro adaptado e fotografia
Sergio Roveri
O diretor Fernando Meirelles estava em Londres na manhãde ontem,reunido como ator Danny Huston (o arquiteto Michael do perturbador 21 Gramas,em cartaznacidade), quando recebeu a notícia de que o filme Cidadede Deus , que ele rodou em 2002, acabara de receber quatro indicações ao Oscar, o maior prêmio da indústria cinematográfica mundial. "A Academia de Hollywood enlouqueceude vez?", perguntou o diretor. Se a Academia endoidou, como desconfiou Meirelles, foi com o mais irrestrito aval do seu presidente,Frank Pierson que, momentos antes, ao lado da atriz Sigourney Weaver, havia comandado uma cerimônia curtíssima em que foram divulgados os concorrentes à 79ª edição do prêmio. Cidade de Deus está nadisputa porquatro estatuetas: melhor direção, fotografia, roteiro adaptadoe edição.Apóso anúnciodos concorrentes,a distribuidora Lumière informouque entre60e70 cópias do filmevoltarãoaocircuito comercial em 6 de fevereiro. Asquatro indicaçõesde Cidade de Deus foram recebidas comsurpresa, jáque todas as apostas nacionais recaíam sobre Carandiru, de Hector Babenco. Cidadede Deus poderia ter representado o Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro noano passado,mas nãoficouentre oscinco finalistas.A gigantesca Miramax,distribuidora do filme noterritório americano, decidiu então realizarum colossaltrabalho derelançamentodo título,queresultou nesta enxurrada de indicações."A distribuidora corrigiu agora o erro cometido no ano passado", disse ontem o crítico de cinema RubensEwald Filho, que irá comentar a cerimônia de entregado Oscar no dia 29 de fevereiro, pelo SBT.
Fotos: Manuel de Brito/AE e Divulgação
Fernando Meirelles ficou surpreso com as indicações. O diretor optou por colocar moradores da comunidade dividindo as cenas com atores profissionais como Mateus Nachtergaele (abaixo).
O crítico de cinema irá apresentar o Oscar pelo SBT, no dia 29 de fevereiro.
Atriz interpretou a jornalista Marina Cintra no filme Cidade de Deus
Cidadede Deus foi o filme nacional maisvistoem 2002, com um públicode 3.307.722 espectadores. Baseado no livro homônimo de Paulo Lins, o filmefazumretrato impiedoso daviolêncianasfavelas cariocas. Otema não era novidade nocinema nacional,masMeirelles soubeembrulhá-lo com umpapelde presentetãodelicado aponto detornar irresistível o seu coquetel de homicídios, espancamentos e tráfico de drogas. Nunca um filme comercialbrasileiro havia sido tão arrojadoemsuafinalização – uma combinação estupenda de fotografia e recursos deedição que tomaramemprestada alinguagemdovideoclipe. A violência com a cara e as roupas do século 21. "Cidade de Deus rompeu um paradigma docinemanacional, que rezava que para chegar ao sucessoofilme precisariaser uma comédiacom atoresglobais",disseontema cineasta Tata Amaral. "Ofilme de Meirelles venceu por sua força. Ele contou bem uma história que precisavaser urgentemente contada".
Meirelles disputa a estatueta de melhor diretor com Peter Jackson (O Senhor dos Anéis), Sophia Coppola ( Encontros e D es e nc on t ro s ), Peter Weir ( Mestredos Mares ) e Clint Eastwood (Sobre Meninos e Lobos). Com exceçãodesteúltimo filme, que deve estrear na sexta-feira, osdemais concorrentes de Cidade deDeus já estão em cartaz na cidade.
"Um filme em português ser nomeado paraconcorrer àcategoria de melhor roteiro adaptado?Um filme totalmente finalizado no Brasil nomeado para categorias técnicas como ediçãoe fotografia? O que estáacontecendo?",repetia Meirelles, que antes de Cidade de Deus havia dirigidoo longa Domésticas. O diretor está em Londres trabalhando na produçãodeseu primeiro filme internacional, O Jardineiro F ie l , baseado no livro Th e Constant Gardner,deJohn Le Carré.
Beth Andalaft
Sucesso no cinema, onde fez mais de três milhões de espectadores em 40 semanas, Cidade de Deus ganhou duas versões em DVD. A primeira para locação, disponível também em VHS, chegou ao mercado em junho do ano passado. A outra, apenas em DVD, com dois discos, foi lançada em outubro de 2003, para venda direta ao consumidor. Nesta, além do longa metragem com 130 minutos de duração, estão cenas extras, um documentário sobre a Oficina de Atores, que treinou o
elenco, o making of da produção e clipes musicais. O documentário mostra todo o trabalho desenvolvido pela O2 Filmes, produtora da qual o diretor Fernando Meirelles é um dos sócios, no desenvolvimento dos atores. Com exceção de Matheus Nachtergaele e Gero Camilo, o elenco é formado por integrantes da comunidade, selecionados entre dois mil candidatos, que participaram de uma espécie de escola, aprendendo a interpretar. Esse foi um dos grandes acertos de Meirelles, já que atores conhecidos dificilmente convenceriam nos papéis.
Diário do Comércio – Como você recebeu a notícia das quatro indicações do filme Cidade de Deus? Rubens Ewald – Foi melhor que a encomenda. A distribuidora Miramaxcorrigiu uma injustiça doano passado,mas com isso fez outra bobagem: derrubou Cold Mountain, sua grande aposta. Os doisfilmes tiveramquatro indicações,só que obrasileirocustouUS$3 milhões, e Cold Mountain, US$ 80 milhões.
DC – Você acredita que Cidade de Deus tem chances de vencer em alguma categoria?
RE –Talvez como melhor montagem. Nãoexiste amínimachance para diretor. Meirellesnão foiindicadopelo Sindicatodos Diretorese eles são muito corporativistas.
DC – O que estas indicações representam para o cinema nacional?
RE –Meirelles é o Pedro Almodóvar da vez. A cada ano Hollywood descobre um cineasta estrangeiro. Destavez, foi um brasileiro.
Diário do Comércio – Como é o trabalho do diretor Fernando Meirelles?
Graziella Moretto – Eletem uma confiança gigante nos atores que chama para trabalhar. A ponto de deixar que seu elenco se arrisque. Ele não é somente generoso, ele é um parceiro, um profissional queconcede liberdade total à equipe.
DC – Ele adota algum método especial para dirigir os atores?
GM – Elenãoseprendeao texto. Explica para o elenco comoquer cada cena, e daí nós partimos para o improviso. No final, o improviso traz quase que as mesmas palavras escritas no roteiro. Ele não parte do texto paraa cena,prefere fazer o caminho inverso.
DC – Como você situa Cidade de Deus no cinema nacional? GM – É ummarco, é um filme top de linha, capaz de agradarplatéias dequalquerlugar do mundo.
Veículos do segmento tiveram reajuste médio de 1,7% em 2003. Comprar uma Besta ficou 10% mais barato
Emboraas montadorastenhamreajustado várias vezes suas tabelas oficiais no ano passado,o aumento real do preço dos comerciais leves em 2003 foi deapenas 1,7%, bem abaixo do aumento médio do mercado, que ficou em 5,3%, conforme pesquisa feita pela AgênciaAutoInforme comnúmeros da Molicar.
Além das dificuldades enfrentadas em 2003 pelos setores produtivos e de serviços que mais utilizam esse tipo de produto, notadamente ocomércio, uma das principais razões do pequeno aumento depreço doscomerciais leves no ano passado foi a adaptação da Kiaà realidade do mercado brasileiro.
A marca coreana, líder na venda de importadosno Brasil há vários anos, teve que se submeter à lei da oferta e procura e o preço da Besta caiu mais de 10%. Foi a maior queda entre os modelos do segmento, o que contribuiu para puxar a média de aumento pra baixo. A diferençado preço de tabela com oPreço de Verdade foi praticamenteabsorvida pela rede distribuidora, já que o preço oficial nãofoi alteradodurante todo o ano. Além da Kia, apenas a Toyota apresentou queda de preço em 2003. Todas as demais tiveram altas reais, com destaque para aHyundai, cujospreços subiram 14,6% em 2003, seguida da Volkswagen (14%), Renault (13,6%) e Fiat (8,7%).
RANKING
Depois da recuperação verificada no final de 2003, a venda decarros e comerciais levesestá sendoum verdadeiro fiasco em janeiro, especialmente para as líderesdo mercado, Fiat eGM, que desbancaram a Volks e encerraram o ano em primeiroe segundo lugar, respectivamente.
A queda de 31% nas vendas da primeira quinzena nãoé real. É resultado dadisputa entreas montadoras pela liderança no ano passado - leia-se Fiat e GMjá que aVolkswagen não tinha condições de disputar o primeiro lugar.
Quedasacentuadas - Na primeira quinzena de janeiro, as vendasda Fiatcaíram48% eas daGM, 39%.Jáa Volkscresceu 0,3%. Juntas, GMe Fiat venderam nos primeiros15 dias 17
Uma leiturasuperficial dos números doRenavan nesteprimeiro mês do ano poderá dar ao leitor a impressão de que o mercado brasileiro de veículos entrou em recessão. Mas a verdade está muito alémna relação dos carros mais vendidos.
mil carros a menos do que na primeira quinzena de dezembro. Como as duas têm 50% do mercado, umaalteração desseporte muda significativamenteo resultado geral. Seas duas montadoras tivessem mantido o volume de dezembro,a queda em janeiro seria de apenas 8,5%.
Vejana tabelaque, comexceção da Volks,todas as montadoras tiveram queda, mas em geral mantiveram a participação. Não foi o que aconteceu com a Fiat e a GM. Líder de 2003, a Fiat por enquanto é apenas a terceira
colocada no ranking.
Como é a disputa
Tanto a Fiat quanto a General Motors, em parceria com as suas redesde concessionárias,registraram noRenavan, emdezembro, um númerode veículos incompatível coma demandado mercado,provocando altosestoquesnasuas redes.Agora, grande parte dos carros que estão sendo vendidosem janeirojá tinha sido registrada no Renavan no ano passado.
Assim, muitosconsumidores, desconhecem queestãocomprando um carro já licenciado em nome daconcessionária. Com isso, arigor, esse consumidor passa aser o segundo proprietário. Essasituação, no entanto, não altera a condição do produto, que semantém na garantiaoriginal. Apenasmostra que houve distorção nos números de 2003. E janeiro perdeu volume.
Apesardisso, asvendasda primeiraquinzena foramsuperiores às domesmo período do ano passado (52.163 unidades contra 50.585), oque indica o reaquecimento do setor.
AjaponesaToyota Motor Corp. tomou da norte-americana Ford Motor Co. o posto de segundamaior montadorado mundo. A mudança ocorre após osetor automobilísticonorteamericano perder clientes para as empresas do Japãoao longo do ano passado e depois de a Toyota ganharparticipação noimportante mercado asiático. A fabricante japonesa caminha para alcançar suameta de obter 15% do mercadoglobal de automóveis em algum momento da próximadécada. Atualmente,a empresa detém cerca de 11% do total comercializadoem todoo mundo, segundo a Agência Reuters. A meta colocaria a Toyota à frente da General Motors, que afirma ter obtido14,7% de participação global durante o ano passado.
Deacordo cominformações divulgadas pela Toyota esta semana, o seu grupo - que inclui a Hino Motors e a Daihatsu Motor - vendeu 6,78milhões de veículos em2003, registrandoalta de 10% sobre o resultado do ano anterior. O totalsupera os 6,72 milhões de veículos vendidos pela Ford no mesmo período.
Iveco inicia neste mês a venda de nove modelos do City Class, com preços entre R$ 85 mil e R$ 105 mil
Paraampliar suacompetitividade no segmento de microônibus,a Ivecoestá lançando o CityClass, com preços na faixa de R$ 85 mil a R$ 105 mil. É o primeiro microônibus da marca de composição integral (chassi ecarroceria), comgarantia de fábricapara o veículo completo. Disponívelnas configurações Executivo, Turismo, Urbano, SPtrans e Escolar, o City Class tem duasopções de distância entre-eixos (3,6m e 4,118m) e abrange, ao todo, nove modelos, comcapacidades que variam de 16a 36 passageiros. Seu chassis é produzido na fábrica da Iveco de Sete Lagoas, em Minas Gerais, com carroçaria fornecida pela Neobus.
"O segmento devanspara transporte depassageiros ede microônibus está em expansão, devendo atingir cercade 15 mil unidades este ano,quase 25% a mais do queem 2002", prevê Vicente LopesGarcia Filho,do Marketing de Produto da Iveco Latin America.
Dos 15 milveículosproje-
SÃO PAULO
tados, 10 mildeverão ser microônibus e 5mil vans. "Nossa meta é produzirentre 1.000 e 1.200 unidades, conquistando de
10% a 12% do mercado de microônibus",informa GarciaFilho. Do volume previsto, cerca de 30% a 40% dos veículos serão destinados ao SPTrans.
City Class vemequipado com o motor diesel turbo-intercooler Iveco 8140.43 S, de2.8 litros e 4 cilindros em linha, com 125 cv de potência. É ummotor de gerenciamento eletrônico, com sistema de injeçãoUnijet do tipo Common Rail, que atende os níveis de emissões exigidos pelo Conama Fase V(Euro III) com possibilidade de alcançar os níveis da norma Euro IV. Ao apresentar oproduto, o presidente da Iveco, Flavio Ferraris, destacou não apenas a modernidadetecnológica doCity Class, mas também seus principais itens de conforto.
"NoCity Class,omotorista tem a maior cabine do mercado e os usuários o mais largo corredor da categoria, oque amplia o conforto e facilitao embarque e desembarque", garante Ferraris.
plementa o executivo.
Há planos deexportação do City Class para a Argentina, Chile e Colômbia. No Brasil, o líder do segmento de micrônibus hoje é oVolare, modeloproduzido pela divisão independente de mesmo nome da Marcopolo.
"Háuma claratendênciade crescimento douso demicroônibus no transporte urbano, o que trazboas perspectivaspara os fabricantes do setor", com-
MONDEO
Série limitada homenageia aniversário da cidade
Edição limitada de 1.450 unidades do Fiat Stilo 16V equipado como KitSP homenageiaSão Paulonosseus 450 anos, com identificação "SP" nospára-lamas dianteiros e no vidro traseiro.
O Stilo SP trazo NGI (Next Generation Interior), novo conceito de interior que tor-
na o carro mais funcional e versátil.O encostodobanco dianteiro é equipado com regulagemde altura, gaveta porta-objetose mesa tipo avião.O traseiro é bipartido em 2/3 e 1/3, com ajustes longitudinais,o que aumenta oporta-malas ou dá mais espaço no interior.
Motorização - Desenvolvido sobre o chassiScudato 60.13, o
Jáàvenda nomercadobrasileiro,o Mondeo2004incorpora uma sériede novidadesquerealçam oestiloeo confortodosedã deluxoimportado pela Ford. Disponível na versão Ghia, com motor Duratec 2.0Lde143 cv,omodelotem preço sugeridode R$91.590 na versão com câmbio manual, e de R$ 94.990, na com transmissão automática. Segundoa montadora, oveículo tornou-se mais competitivo em relação aosconcorrentes do seu segmento, como o Chevrolet Omega, e deveampliar parti-
cipação interna. Externamente, o Mondeo 2004 vem comnova grade dianteirae detalhescromadosnas maçanetas e na tampa do portamalas. O acabamento interno tornou-se mais luxuoso, com detalhes cromados eem couro, além debancos decouro com ajuste elétricoem oitoposições para o motorista. O modelo tambémtem MP3 player.
Alémdisso, oveículopossui níveis de ruído inferiores aos dos modelos concorrentes, devido ao posicionamento domotor que não invade o interior do veículo. O presidenteda companhiarevelou que a empresa prepara novidades para o próximo ano, quando passará aatuar no segmentode ônibusnafaixa de17 toneladas.
Alzira Rodrigues
Não importa se o carro é feito, ou não, para grandes obstáculos. Vale a imagem de "aventura" que transmite
Ao invés do bom asfalto do carroesportivo, omercado hoje queraquilo que lhe confira um aspecto aventureiro, muitas vezes tão falso quanto a esportividade de muitos dos nossos carros do passado. Fiat, Ford e Volks (que já anunciou o CrossFox)têm suas armas. A GM vem por fora e poderá anunciar isto no próximo dia 5, quandoo principal executivo da montadora no mundo, Richard Wagoner, que já foi presidente damontadora noBrasil, estará em Gravataí, no Rio Grande do Sul,para anunciar novos investimentos e revelar o que, até agora, ésegredo: oconcorrente do EcoSport.
Mas,é precisoprestar um pouco de atençãoa esta história de "aventura", assim como aconteceu no passadocom os esportivos já que,na indústria automobilística, nem tudo o que reluz é ouro.
Primeiro,nas décadasde 60e 70, foramos carrosesportivos. Tinha automóvel que andava até menos que os modelos comuns, tal o pesoda parafernália agregada para dar "pinta" de bravo a modelos que não tinham um único cavalo amais. Agora, na década passada e no começo deste novo século, são os veículos aventureiros. Todos com cara de mateiro, trilheiroe outrosesteriótipos, mas,na maioriados casos, incapazesde vencerqualquer subidinhacom umpouco de lama. Enquanto nos esportivos faltava motor, nestes agora faltam tração adequada.
Mesmo assim, os "aventureiros" fazem sucesso.É só olhar para oEcoSport e paraos "Adventures" (Palio Weekend e Strada) da Fiat, campeões de audiência, e vera promessa da Volkswagen que vemaí com o CrossFox, provavelmente ainda neste primeiro semestre. E a General Motors, como fica nessa vida aventureira? Elasempre estevepresente nosegmento em tempos passados e, hoje, tem uma tímida participação com a versão Sport da sua Montana. Afinal, a "onda"é aderiraos carros aventureiros,aqueles que prometem - nem sempre cumprem - recursos que permitem ao
seu proprietário levar uma vida alternativa, buscando aventuras mais radicais no final de semana, como praticar um rafting ou um rappel. Mas, como a trilha não é lá muito exigente,o carro chega nas bases desses esportes, vencendo alguma lama e uns poucos pedregulhos pelo caminho. Travestidos - Assim,valeobservar osucesso dosautomóveis travestidos de jipinhos no mercado brasileiro. Suspensões mais
GRAVATAí/EXPANSÃO
altas, estribos escuros e molduras nos pára-lamas, além de pneus tipo lameiros, sãoa última palavra da "turma", sem esquecer do quebra mato, um perigo para o trânsito urbano.A Fiat enxergou primeiro essa tendência e caminhou a largos passos com sua família Adventure, que estreou coma Palio Weekende já deu novos frutos (picape Strada e utilitário Doblò).
No caso daPalio Adventure,
A General Motors vai investir US$ 240 milhões no Brasil para expandir a sua fábrica de Gravataí,no RioGrandedo Sul, conformeinformações divulgados pela Agência Reuters.O Brasildisputava comaChina eoMéxicoos recursos da matriz. O projeto daGeneral Motorsenvolve a expansão da fábrica para a produção de um novo modelo e exportações para um mercado que ainda está sendo estudado.
Atualmente,a fábricada montadorano RioGrande do Sulproduz cercade 120
mil modelos compactos Celtapor ano.Após aexpansão - que deverá estar concluídaem 2006-, acapacidade ficaráem 210mil unidades.
Pianista? - Richard Wagoner, presidente mundial da GM, poderá ser o primeiro norteamericano, conhecido mundialmente, obrigado a "tocarpiano" nasuachegada ao Brasil, emPorto Alegre, RS, dia 5 . Salvo se, até lá, o Aeroporto Salgado Filho já tiverrecebido equipamento de identificação eletrônica.
os próprios números de vendas traduzem o efeito desse sucesso: trata-se de umexemplo raro de um topde linhacomercializado em um percentual do mix maior que a versãobásica. Pois ela representa mais de 60% das Weekend vendidas. Tanto que a Volks criou a Parati Crossover e, na mesma esteira, promoveu a versão SuperSurfpara aSaveiro, visando combater a liderança da Strada.
No entanto, a tacada de mestre veio da Ford. Ao lançar o EcoSport, a montadora assumiu interinamente que estácom o jovem brasileiro... e não abre. Embora tenha sido lançado em meados do ano passado, o Eco quase conseguiu aliderança entreos utilitários em2003. Nesteano, esteja certo, elevence fácil, fácil. A Volks prometeaté criar o CrossFox embreve paratentar conter essa escalada da Ford.
A General Motors promete investir US$ 240 milhões até 2006 para ampliar a capacidade da fábrica gaúcha, que atualmente situa-se na faixa de 120 mil veículos/ano
São Paulo, 28 de janeiro de 2004
Mercado de microônibus cresce e ganha novos concorrentes apresentados nesta semana pela Iveco. Na pág. 3
Assinadopor Oswaldo Henrique Paiva Ribeiro, o Jornalda Tarde publicou um artigoquedeveser acatado por quem conhece a cafeicultura e lhe atribui a devida importância. Desde logo, afirmemos que o café continua sendo a principal mercadoria deexportação unitáriado país. Tendo deixado São Paulo, retomouo caminho de volta efez deMinas Geraiso principalprodutor dessa preciosa rubiácea, queentrou noBrasil em 1727e até hoje é forte.
O café passouporvárias crises, mas,na realidade,geradas pelo poder público, com seus institutos do café, cabidesde emprego para protegidos dos mandões do momento.Agora ocafévai indo bem, sem o imposto pirata que durante anos prejudicou seriamente os produtores,levando umgrande númerodeles aabandonara cultura doproduto eprocurar outro negócio, onde o governo não metesse oseu bedelho destruidor, com seus institutos, entregues a apaniguados e, não raro, a negocistas.
O café, segundo o autor do artigo, é commodity que vale ouro.Evale, poispoderiaaté
mesmo ser um lastro brasileiroparainternacionalizar a sua moeda, mas fica nas cooperativas, nas organizações de várias empresas em t r adi ngs ,para manterem os mercados externossempre prontos para recebero café brasileiro, que não foi derrubado pela Colômbia e, muito menos, pelospequenos produtoresda AméricaCentral ou pelos africanos, que colhem evendem umproduto ruim de sabor.
O café vaiindo bem. Não queira o governo intervir na sua produção,nos milhares de produtores de São Paulo, ainda doParanáe dos demais Estados, principalmente Minas Gerais, hoje o sucessorde SãoPaulodas grandes colheitas,para os mercados gulosos da bebida estimulante,que ésaboreada com prazer por quem se dispõe a fazê-lo. Tenhamos, pois, no café uma c o m m o d ity de primeiragrandeza,e nos batamos paraque o governodeixe oproduto esua cultura em paz. É patriótico fazê-lo.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Andréa Lanna Lima
A pesarde aConstituição Federal dizer em seu artigo 5º que "todos são iguais perantea lei,semdistinção de qualquer natureza", esta nãoerabem arealidadedo Código Civilque estavaem vigor atéo dia 11de janeiro de 2003. Arealidadeé queasmulheres continuam ganhando menos,mesmoexecutando tarefas idênticas às executadas peloshomens. Existem funções que são consideradas exclusivamente masculinas equando encontramos mulheres desempenhandoestes papéis, percebemos a discriminação.Podemos citaralguns exemplosde modificações constantes do Novo CódigoCivil que caracterizam muitobemofatode que até as leis discriminavam a mulher.
1- Igualdade EntreSexosO Código Civil de 1916 fazia referência ao"homem",o Código que entrou em vigor, empregaa palavra "pessoa". Esta modificação refleteo objetivode igualdade entrehomem e mulher.
2- Emancipação - No Código de 1916, a mulher somentepoderia emancipar um filho (a), se o pai deste (a) houvesse morrido. Hoje a
emancipação do (a) filho (a) éconcedida por ambos os pais, ou só porum deles na ausência do outro.
3- Virgindade - O novo Código Civil acaba com a com o direito do homem de ajuizar ação para anular casamento se descobrir que a mulher nãoé maisvirgem.O novo textoacaba tambémcomo dispositivoque permiteaos pais utilizar-seda "desonestidade dafilha que vive na casa paterna" como motivo para deserdá-la. 4- Pátrio Poder - O chamado pátrio poder,que nada mais é do que o poder do pai sobre osfilhos, passoua ser chamadode "poder familiar", que passa a ser igualmente exercido pelo pai e pela mãe. Assim sendo, o homem deixa de ter o papel de "chefedafamília",que passa aser dirigidapelo casal de forma igualitária. Estes sãoapenasalguns exemplos de questões jurídicas que passaram a ser tratadas de maneira diferente com o intuito de colocar em pé de igualdade os direitos do homem e da mulher, que apesar de nãoacabar totalmentecom asdesigualdadesexistentes,passa aser umpasso a mais paraesta conquista.
Andréa Lanna Lima é advogada
AscartasàRedaçãopoderãoserencaminhadas,também,por e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou pelo fax (0xx11) 3244-3046. As cartas poderão ser resumidas pela redação, publicando-se, apenas o essencial.
Em contraste com os indicadores da balança comercial, retomada do ingresso de capitais, superávitfiscal e cenário externofavorável, amanutenção da Selic em 16,5%, conformeficouescancaradona reação em cadeia do meio empresarial,foiumbanhode água fria nesteinício de ano.A prática da mesmice monetária sobrepuja o discurso oficial do crescimento, no qual muitos já começavam a acreditar.
Dianteda demandadocomércio ainda arrefecida, da oferta de divisas bastante razoável,do fato depraticamente todos os setores industriais operarem com ociosidade edaretóricagovernamental otimista, numerosas empresas estruturavam seu planejamento com base numa perspectiva de expansão. Porém, ao se depararem com o obstáculo da manutenção dos juros altos, tiveramde frear de forma brusca. Os protagonistas da insólita aventura brasileira deproduzir acusaram o golpe.
Énítida adecepçãoe osentimentodequãoefêmera éa meta defazer planejamento empresarial responsável para um único exercício. As empresascontinuam enfrentando a concorrência do própriogoverno na captação de crédito. Para obter capital destinado a investimentos, ninguém consegue pagarmais do queos títulos públicos. A venda a prazo
—uma dasprincipaispropulsoras daseconomiascivilizadas — também sofre o impacto dosjuros. Ouseja, os setores produtivosficam comprimidos entre as dificuldades presentes nas pontas da produção e do consumo.Nestecenário, ganham apenas aqueles cujo produto é a moeda. A indústria gráfica é um verdadeiro termômetro da economia, pois a produção de embalagens, rótulos, notas fiscais, manuaisde automóveise equipamentos eletrônicosrefletem com precisãoo nível de atividades detodos ossetores. Pois bem, a queminteressar possa, as gráficas, na média nacional, trabalhamhá bom tempo comociosidade superior a30% eo setornão cresce há pelo menos dois anos. Este é um espelhocristalino daconjuntura brasileira. Assim, não háexagero nos protestos dos empresários contra a manutenção da Selic em patamares elevados. Não se tratade merareação àmedida isoladado Copom.Éindignação com efeito cumulativo. São décadas de incômoda sensação de que produzir é pecado neste País. Parecehaver atávico preconceito contra a indústria, comércio e prestadores de serviço.Écomo seaestescoubesseapenas aresponsabilidade de pagar impostos (cada vez mais altos).
O mais curioso é que crescimento econômico, criação de
Vanessa Clímaco
E ntreasinovaçõesda Lei Complementar (LC)nº 116/03 está a inclusão das atividades deregistropúblicos cartorários e notariais na lista dos serviços. Enquadrados erroneamente nesta natureza, por se tratarem de um serviço público, portanto, isentos do imposto.
Esteequívoco daLCfica evidente quando analisamos o Art. 150, VI, da Constituição Federal, o qual prevê que "sem prejuízosde outrasgarantias asseguradas ao contribuinte,évedadoà União, aos Estados, ao Distrito Federal eaosMunicípios: (...) VI –instituir impostosobre: a–patrimônio, rendaouserviços, uns dos outros".
Ainda a favor do contribuinte estáo fatode queos emolumentos - sobreos quais incide o Impostosobre Serviço Serviços (ISS) -são consideradostaxas,matéria quejáformou jurisprudência no Supremo Tribunal Federal (STF). Como abase de cálculo do imposto seráo emolumento,ou seja, o valorda taxa, ocorrerá uma aberração jurídica de um tributo incidirsobre outraespécie tributária. Cabeainda ressaltarque a autorizaçãopara incidência sobre estes serviços é encontrada na Lei Complementar 116/03 no art. 1º, § 3º, o qual possibilitaa cobrança do ISS sobre serviços prestados medianteautilização debense serviços públicosexplorados economicamente mediante
Os artigos enviados à Redação
empregos em larga escala, prosperidade, geração e distribuição derenda, bemcomo o desenvolvimento, integram as cartilhasde todosospartidos, inclusive e principalmente dos quetêm ocupado o poderfederal nas últimas e na atual gestão. Entretanto, as políticas econômicas adotadas acabam, sempre,contrariando o conteúdoprogramático dasagremiações. É comose houvesse
—acima detudo,detodose até das propostasde governo eleitaspela sociedadepor meioda decisãosoberanadas urnas — um poderoso partido incrustadono BancoCentral do Brasil,cuja inspiraçãofilosóficaprofessa indefectívelfé na recessão.
Mário
P.S.
autorização, permissãoou concessão, como pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. Todavia, o que não foi mencionado é que os serviços notarias eregistrais são exercidos por delegaçãodo Poder Público, que não se confunde com as hipóteses de autorização, permissãoou concessão. Aestassãoreservados, em particular, o exercício de atividadeeconômica, ouseja,serviços materiaiscomo os de telefonia, telegráficos e deradiodifusão. Além disso, osemolumentos nãosãotarifas, preços ou pedágios, que representam o valor cobrado pelaprestação doserviço público porempresas públicas, sociedades de economia mistas, empresas concessionárias epermissionárias. Mas taxas cobradas pelos oficiais que são pessoas físicasresponsáveis pelo serviço público. E, pornão encontrarmosa delegação do serviçopúblico notarial e registral, no § 3º do art. 1º da LC 116/03, é insustentável admitirsuainclusão nalistadestesserviços. O que torna inviável a incidência do ISSsobre os serviços deregistros públicos, cartoráriose notariais,uma vez que se trata de uma hipótese tributáriainconstitucional e abusiva,que evidencia o intuito arrecadador que vem permeando as últimas alterações legais.
Vanessa Clímaco é advogada tributarista
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Gerente Agostinho do Couto Sacramento UV - Unidade de Vendas - Fone: 3244-3993
Gerente: Roberto Brizola Martins
Da natureza política Édanaturezadoser humano,especialmente, dos políticos, terum determinado tipo de comportamento padrão. Ele se repete em outras atividades humanas, como no esporte ou ondehouverum aglomerado de seres humanos, como nas reuniões de condomínio. Está presente no comportamento da situação, se repete na oposiçãoe se adequa quando a oposição vira situação. Não évã filosofia. É apenasaconstatação, pelas declarações dos ministros dogoverno Lulaqueentraram e que saíram e dos jogadores pré-olímpicos (e serão pré para sempre) que fizeramo Brasildar omaior vexame no Chile.
Fio da navalha
Todos andam no fio da navalha. Buscam fazerdeclarações politicamentecorretas, demodo anão desagradar o presidente que os nomeou ou demitiu (há sempre uma perspectiva futuraquenão podeserqueimada) enão querem se queimarcom amídia logo no início, ou fim de carreira ministerial. Jogador de futebol,porsua vez,repetechavão comtanta freqüência quecomeço aimaginarque exista umaespécie decartilha que os veteranos fornecem aos novatos, com frases decoradas e capítulos especiais do tipo: declarações para antes da partida, declarações parao intervalo,declarações para o fim de jogo, com variáveis de vitória, empate e derrota.
Exceções I
Como em toda regra há exceção, no caso do ministério saíram declaradamente insatisfeitosoex-titular da Educação, CristóvãoBuarque de Holanda, demitido por telefone, e a ex-ministra Benedita da Silva, magoada petista históricaquejulgou "nãoter validode nada seu passado de lutas".
Exceções II
Nocasodos jogadores "pré", o goleirodo Cruzeiro, Gomes, mostrou ter vergonhana cara.O técnicotambém. Ricardo Gomes além de chamara si toda a culpa, que foi parcial, ainda teve a hombridade de pedir desculpasaos brasileiros e chorar deacanhamento. Outros, como Diego, Robinho, Daniel Carvalho, recorreram ao manualdasdeclarações feitas, do tipo, agora é levantar a cabeça, issojá passou,no jogose ganhae seperde, eoutras pérolas de quem não tem o que dizer.
Sem sacrifício
De todo modo, vamos agora procurar ouvir as instruções do professor e dar o melhor de nós para superar as dificuldades e vencero jogo. Não é hora de sacrificar ninguém,além dossacrifícios naturais de uma demissão ministerial, uma designação para essemister euma vexatória derrota de ditos promissores jogadores que ou se mascararam ou amarelaram da cor da camisa mais famosa do futebol mundial. Sacrificado, sempre, éocomum cidadãoque pagatodasas contas dos desatinos de governos e sofre como um idiotatorcendo por atletas que só pensam em fama e dinheiro. O que éjusto, não fosse a camisasobreosombros ser pentacampeã domundoe carregar umaresponsabilidade maior para quem a usa. Apátria emchuteiras, jádizia NelsonRodrigues, gênio da escrita.
Sei não O time do presidenteLula que entra em campo neste segundo ano de mandato não é muitodiferente doanterior. O "reforço" PMDBanda meio destreinado.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
AAssociaçãoBrasileira de Blindagem (Abrablin) foi fundadahámenos de dois anos, maspossui dados do setor desde 1995. Os números são impressionantes. A produção saltou de 388 blindados naquele ano para 4.136 em 2002, uma alta de 1.065,98%. Muita coisa mudou no período.A violência aumentou e, com isso, desapareceu a resistência dese adquirir um blindado. Além de status, possuir um veículo dessetipo hoje é questão de segurança. Tal crescimento fez explodir o número de empresas especializadas. Hoje,são cerca de60. A Abrablin foi fundadapor 5 associados e possuihoje 36. Essa "explosão" levou as autoridades a ampliarem o controle do setor. A partir de1999, o veículode passeio blindado figura como pro-
dutocontrolado peloExército, que publicou o Regulamento 105 (R-105), obrigandoas blindadoras a obtero Certificado de Registro. Também é preciso uma autorização específica para cada veículo a ser blindado.
Esse procedimento pretendeevitarque carros blindados sejam utilizados por pessoas não idôneas. Porisso, oconsumidor precisa apresentar RG, CPF,comprovante deresidência, Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), Certidões Negativas Criminais da Justiça Federal, Estadual e Militar nos últimos cinco anos e Atestado de Antecedentes Criminais emitido pela Polícia Civil do Estado. Seo carropertencer auma empresa, será necessária a apre-
sentação do CNPJ e da Certidão de Antecedentes de cada um dos sócios, administradores ou gerentes dasComarcas ondetenham sido domiciliados nos últimos cinco anos. Sópessoas físicas ou jurídicasque jásãoregistradas no Exército são dispensadas de toda essa burocracia.
Caso a Região Militar autorize a blindagem, ela deve informar ao órgão de trânsito estadual que o veículo foi blindado. Maseste só poderá serretirado apóster sido registradono respectivo Departamento de Trânsito. As empresasque produzem insumospara blindagem,além de tero CR, precisamobter o Relatório Técnico Experimental (ReTEx) de cadaum dos produtos. Essesdevem respeitara Normado Exército Brasileiro
Diretor-Presidente
Guilherme Afif Domingos
Diretor de Redação Moisés Rabinovici
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Rua Boa Vista, 51 6º andar Impressão O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
(NEB) E-316,que subdivideos produtos blindados em cinco níveis de proteção: I, II-A, II, III-A e III. Amaioria das blindagens utiliza onível III-A(proteção para as armas de calibre 44 Magnun e de 9mm).
Muitas normas já existem, mas outras ainda precisam ser criadas. Até hoje, os carrosnão são classificados de acordo com o nível de blindagem. Quando isso acontecer, o consumidor passará a saberqual é ablindadora que realiza um bom trabalho. As empresas que trabalham comseriedade sairão ganhando,enquantoas chamadasempresas "piratas" não terãovez e, aos poucos, deixarão de existir.
Christian Conde Antonio, diretor de Tecnologia da Vitrotec Vidros de Segurança.
Viajar é muito bom! Com o pé naestrada, curtindo a paisagem, conversando, ouvindo música, relaxamos gostoso. Saboreamos a viagem por horas e, sem nosdarmosconta, estamosutilizandofortemente algumasestruturas donosso corpo: acoluna lombar, os joelhos,os tornozelos, os punhos, acoluna cervical (pescoço)eo sistemacirculatório, principalmente nos membrosinferiores.Alguns músculos ficam muito contraídospelo trabalho que dá dirigir. E há outros muito relaxados, quase não usados neste trabalho.
Depoisde umaviagem longa, é quaseinevitável chegarmoscansados,com ocorpo dolorido,pés inchados.Quefazer? "Preveniré melhor que remediar".
Primeira medida, sentar bem. O encosto do carro deve ficar pouco inclinado - a medida de cada um é feita colocando os punhos sobre a parte de cima do volante mantendo as costas apoiadas. Os joelhos e ospés, emgeral, ficam"rodados" para fora. Procure ficar com os pés mais retos, assim os joelhos também ficarão. Não apoie o cotovelo na janela ounoapoiointerno da porta. A sua colunae o ombro esquerdo agradecem.
Durante o trajeto faça o mesmo
exercício de descompressão da coluna que já falamos aqui, imaginando umfio que puxa oalto da cabeça para cima, desencostando um pouco ascostas, respireprofundamente, descanse. Pare a cada duas horas, caminhe um pouco estimulando a circulaçãodas pernas. Alongue-se esticando o braço direito, lateralmente, acima da cabeça,incline-se suavementepara a esquerda, respire profundamente, faça do outro lado, três vezes de cada lado.
Empé, apoieascostas, eleveum joelho, puxando-o suavemente com a mão, três vezes para cada um. Apoie asmãos numa parede ouárvore,incline otroncopara frente apoiandoa testanas mãos, flexione um joelho para frente esticando a outra perna paratrás mantendo o calcanhar deste pé encostado no chão. Fique assim por30 segundos.Vocêdistensiona os músculos da parte de trás da perna,principalmenteda direita, que trabalha muito na aceleraçãoe frenagem.Faça na outra perna, também três vezes.
Olhando para frente,
gire suavemente a cabeça para cada lado. Coloque as mãos nos ombros, aproxime devagar os cotovelos na frente, três vezes. Em pé, apoie umamão. Com aoutra pegue o tornozelo correspondente e leve para trás, distensionando o músculoda frentedacoxa,que deveráestarcansado, 30segundos, três vezes cada lado. Quandochegar ao seudestino, após tirar as malas do carro, faça os alongamentose procure descansar deitado, por alguns minutos. Boa viagem!
dcoluna@dcomercio.com.br
EYMAR MASCARO
Lula não pode pegar a pecha de que virou a Rainha da Inglaterra: precisa abortar a onda de que é o superministro JoséDirceuque andadando ascartas noPaís.Cristovam Buarque deixou o Ministério da Educação atirando para todos os lados e denunciou que Dirceu exerce a função de primeiro-ministro num regime presidencialista.
Se Buarque tem razão só o tempo dirá, mas toda vez que Lula viajapara oexterior, nãoé ovice-presidente queassume as rédeas do País. É Dirceu.
Quem compara as agendas de um e de outro percebe, por exemplo, queé Dirceu quempromove osdespachos com outros ministros, enquantoa agenda de JoséAlencar é esvaziada. Coma recentereforma promovidapor Lula,Dirceu ganhou a força de um Sansão, sem juba.
Ao perceber que ganha corpoa idéia de primeiro-ministro, Dirceu mandou sua assessoria de comunicação espalhar a informação de que havia perdido metade das funçõescom areforma. Nãoéverdade. Dirceuvirou umsuperministro. Ou, como diz Cristovam Buarque, o primeiro-ministro.
DE OLHO EM 2006
Fortalecidono governo, JoséDirceu vaiconsolidando sua condição de pré-candidato ao governo de São Paulo. Está evidenciado que as estrelas paulistas do PT já brigam porquesonham em sucederAlckmin noBandeirantes.Entreas estrelas quecintilam,alémde Dirceu, estãoAloízioMercadante, João Paulo Cunha, José Genoino,Eduardoe Marta Suplicy.
ELEITOR Nº 1
Por que os petistas se assanham com tanta antecedência?Porquetodos eles julgamque Lulaserá oeleitor nº 1 nas próximas eleições. Acham que oPT vai ganhar a eleiçãode governadorem São Paulo, sobretudose Marta Suplicy se reeleger.
FRANGO À VENDA
Os criadores de frango, no Brasil, estão de bem com a vida: o ministro Luiz Furlan está com Lula na Índia, país com mais de um bilhão de habitantes. O ministro quer aumentara vendadacarne de frangonaregião.Outro fatorque vaiajudarosavicultores tupiniquins é a gripe do frango que assola países asiáticos, agora proibidos da exportação do frango que produzem.
MAQUIAVÉLICOS
Ostucanos estãodispostos a lutarpela continuidadedas investigaçõesdoassassinato de Celso Daniel, convencidos de queo tema pode durar até a temporada dacampanha, desgastando o PT. Para os tucanos, o Assassinato do ex-prefeito não foi crimecomume, sim, morte encomendada. Acham os tucanosque Daniel morreu vítima dos corruptos que atuavam na Prefeitura de Santo André.
DISPUTA
Se oPFL decidirpor candidatura própriaaprefeito,nadagaranteque RomeuTuma ouAristodemo Pinottigarantam, já,a legenda.O indicadoserá aquele que, no momento oportuno, estiver emmelhores condições de chegar ao 2º turno. O termômetro serão as pesquisas.
VERDADE
O PFL deSão Paulo quer manter alealdadecomo PSDB, apoiandoo candidatotucanoà Prefeitura, desde queo candidatotenha lastro eleitoral. No momento, o único prefeitável noPSDB, muitobem situado nas pesquisas, é José Serra. Sem Serra, o PSDB fica a ver navios. É nesse casoque oPFLpodelançar candidato próprio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamouontem a atenção dosempresários brasileiros durante encontro organizado pela Confederação dasIndústrias Indianas, em NovaDélhi. Ao falarsobre aspossibilidades deampliação dosnegóciosno exterior, Lula não deixou por menos."O momentoqueestamos vivendonão éparanenhum empresário ficardentro do seu país chorando o que não está acontecendo. "Vou fazer umdesafiopara quevocês aprendam a vender mais do que reclamar".
COMO ESTÃO
Aposiçãodos pré-candidatos nas pesquisas está lá, cravada nocomputador do governador Geraldo Alckmin. Serra, Maluf eMarta Suplicy brigam na ponta das pesquisas, cada um com cerca de 20%de Ibope, seguidospor Erundina,com 14%. O índice de Tuma e Pinotitioscila entre 10%e 13%. PaulinhodaForça Sindical gira em torno dos 9%. Outrostucanosestão abaixo da linha dos 6%.
O BOM E O RUIM
Presidente da CBF, RicardoTeixeiraficou feliz por um lado e, triste, por outro. O lado alegre é que acaba de seravô.O ruimfoiadesclassificação da seleção pré-olímpica.
TUDO IGUAL
Quem assiste na tevê as cenas dasenchentesem São Paulo pensa que se tratadefilmes antigos, dos tempos em que o PT culpava os ex-prefeitos. Não são. As cenas são atuais. As enchentesocorrem também na administração do PT. Como a poluição do Tietê, que desafia os governos estaduais, inclusive os oito anos de tucanato.
DO ZERO AO NADA
Os parlamentaresfaturaram salários extras e não votaram nada de importante. Foi o mesmo que meter a mão nobolsodoZépovinho, tirar seu dinheiro e encher o bolsodos nossos deputados e senadores.
EM TEMPO
Quem convocou o Congresso extraordinariamente foiLula, paravotara emenda paralela da reforma previdenciária. A emenda não será votada. O que aconteceué queos extras que os parlamentares receberamserviram para registrarque algumacategoria no paísconsegue ganhar o 19º salário.
RECURSO-1
Maluf e a TV Globo podem ter dedevolver aos cofresdaPrefeituraR$1 milhão200mil,referente ao pagamento para a transmissão daMaratona daCidade de São Paulo. O STJ manteve decisão anterior, mas o ex-prefeito decidiu recorrer da sentença.
RECURSO-2
A açãopopular foimovida contra Maluf e aGlobo por doisvereadores doPT: José Eduardo Martins Cardosoe AdrianoDiogo. Acontece que a mesma maratona foirepetidanagestão de Marta Suplicy e transmitida pela Globo.
Para uma platéia formada por cercade 150empresários, o conselho foi umsó: sair pelo mundo e garimpar espaços para vender seus produtos. "Convidamos os empresários para vir à Índiacom a certeza
Dirceu defende as 3 mil contratações sem concurso público
Oministro-chefeda Casa Civil, José Dirceu, disse ontem que a decisãodo governo de contratarmaisde trêsmilpessoas semconcursopúblicoé uma medida "necessária para a reestruturação ea modernizaçãoda máquinaadministrativa".
Segundo Dirceu,a administração pública está se reorganizando. "Foram dez anos de sucateamento.Como ogoverno pode atender?O Estadoprecisa funcionar", afirmou ele, ao sair do prédio da Câmara, onde assistiu à cerimônia em que RicardoZaratini Filho(PTSP) assumiu o mandato de deputadofederalem substituiçãoaAldo Rebelo (PCdoB), que assumiuo Ministérioda Coordenação Política. Dirceu afirmou que a despesa não passade R$40milhões."Vários órgãos estão paralisados e têm necessidade dereestruturação e/ou de modernização".
Órgãos – Ele citou,por exemplo,a EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); aFundação Nacional do Índio (Funai); Conselho Administrativode Defesa Econômica (Cade); o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); o Conselhode ControledeAtividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda.
O governoatual, segundoo ministro, até omomento não criou cargos,apesar dos concursos queestá promovendoe da reorganização que vem sendo feita. "Acho absolutamente razoável o que foi feito (a decisão de contratar) ,dentro dos padrões éticos e transparentes". (AE)
de que vocês podem repetir, no século 21, a mesma função desbravadora queos portugueses tiveram 500 anos atrás quando descobriram o Brasil", disse. Convocação geral – O presidentegarantiuque, quando voltar ao Brasil, convocará uma reunião com representantes da Confederação Nacional da Indústria(CNI) edasfederações de indústrias e comércio de todos osEstados paraformalizar o desafio lançado ontem. "Nãodá para ficarparado nem na Índia nem no Brasil cobrando investimentos que as pessoas já sabem,deantemão, queogoverno nãotem",insistiu, abandonando o discurso redigidopara falardeimproviso. Em tom de cobrança, Lula pediu maiscoragem."Épreciso quea gente seja mais criativo,
maisousadoe que estabeleça entre nós o compromisso de fazer as coisas acontecerem".
Globalização –Antes da descompostura nosempresários,o presidenteLula abriu, em NovaDélhi, umseminário sobre desenvolvimento sustentável convocandoos "colegasindianos" aparticiparem do que chamoude "outra globalização", para conjugar crescimentoeconômico comdistribuição de renda. Lula observou queo momentonãoé apenasdefirmar acordos bilaterais. "A hora é de política de inclusão social, porqueépara issoquefomoseleitos". O desafio que está coloca-
Presidente vai chamar líderes empresariais e colocar o desafio lançado ontem na
do paranós é que nãobasta crescerpara atenderumapequena castadanossasociedade: crescimento tem de significar distribuição de riqueza". Questionado sobre como crescer com superávit primário, ele repetiuraciocínioque condenava quandoera oposição: recursos não dependem de vontade políticaporque sóse gasta quando se tem. (Agências) Leia mais sobre o assunto na página 13
As MPsdo setorelétrico devem servotadas peloPlenário hoje.O parecerdo deputado Salvador Zimbaldi (PTB-SP) à MP 144/03, que cria a Empresa de Pesquisa Energética,foi apresentado nasessão deontem, mas a votação da matéria acabou adiada em razão de pedido de vistas do relatório pela oposição.Já oparecer dodeputado Fernando Ferro (PTPE) à MP 144/03, que estabeleceregrasgerais paracomprae venda de energia, será apresentado em sessão extraordinária hoje, às 9 horas.
Acriaçãode umconselho consultivo com representantes dediversossegmentos dasociedade relacionados à questão energéticae a criação daEmpresa de PesquisaEnergética (EPE) com o capital exclusivo daUniãoforam asprincipais alterações introduzidas pelo deputado Salvador Zimbaldi (PTB-SP)na MedidaProvisória 145/03.
Redundante – Ele também excluiuartigo sobreacontratação de obras, que considerou redundante, pois aLeide Licitações (Lei 8666/93) já contempla asempresaspúblicas,e acres-
centou outrasatribuições àempresa nas regras para a realização de estudos na área energética. Vínculo – A novaempresa será vinculada ao Ministério dasMinas eEnergia,com afinalidade depromover estudos e pesquisas para subsidiar o planejamento do setor energético nas áreas de energia elétrica, petróleo, gásnatural e seus derivados, fontes energéticas renováveis oueficiência energética. A empresa realizará ainda estudossobrea matriz energéticabrasileirae oaproveitamentodospotenciais hidráulicos e dará suporte às articulações relativas ao aproveitamentoenergético de rios compartilhados com países limítrofes. (AC)
Renato Carbonari Ibelli
O asfalto antigo, principalmente das marginais, se desmancha com a força da água. A abertura de crateras é inevitável, assim como o prejuízo para motoristas. var embora meus pneus. Só não conseguiram porque eram muito pesados", lembra Segundo ocaminhoneiro, essa foia segundavez queum buracona Marginal lhe causa transtorno.A Secretaria Municipal das Subprefeituras confirmou que as pistas das Marginaissãopontos críticos para o surgimento de buracos, masnemtodos sãocausados pela chuva. Oóleo derramado por veículos desregulados amolece e danifica o asfalto. Mas não são só as Marginais queficarammarcadas pela chuva. Ontem, umasérie de calotas de automóveis podiam ser vistas encostadasnas guias próximas ao cruzamento da rua Otaviano Alves de Lima com a Afonso Ronaldo Galuci, no bairro da da Casa Verde, todas "vítimas" dos buracos abertos no local.Mas nem todos osmotoristas se conformaram com o prejuízo. Meio
Se a chuva dos últimos três dias trazalgum alívio aos que tememum novoracionamento de água, o mesmo não se podedizerem relaçãoaosmotoristas e pedestresque circulam pela cidade.Segundo técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Secretaria Municipal das Subprefeituras,acadadia dechuvaforte umamédiade até500novos buracospodem "brotar" nas ruas da capital. O motivo, segundoa Secretaria, é que o asfalto antigo que cobreboapartedacidade– e quenem sempre foi devidamente recapado – acaba se desmanchando com a força da água. Ontem,entre as 521 ocorrências registradas pela CET até o fechamentodesta edição, 33 eram relacionadas a buracosresponsáveis pela quebra de veículos.
Na via expressada Marginal Tietê, ocaminhoneiro Joelda Silva, 47anos,aguardavaque seu caminhão fosse reparado poder voltar à estrada. O prejuízo de Silva aconteceu quando, por volta das 12 horas, acabou "acertando"umburaco que a chuva havia aberto nas proximidades da Ponte das Bandeiras, no sentido da rodovia Castelo Branco. Com a violência do impacto,seu caminhão perdeu todo o eixo traseiro, que, porsorte,não colheu os veículos quevinham atrás. "O buraco estava coberto pela água, não deu para desviar, não tinha como ver nada. Sorte que euestava devagar,porque o acidentepoderia tersidomais grave", disse Silva. Pneus – Depois do susto, Silvateve aindade enfrentarpessoasque tentaram roubá-lo. "Parou um outro caminhão atrás. Eu achei que iam me ajudar, mas o que queriam era le-
Aguaceiros devem dar trégua e temperatura sobe até sábado
As forte chuvas que castigam São Paulo hájá três dias deverão dar umapequena trégua eo sol reaparecer a partir de hoje na capital paulista. Asnuvens carregadas começam a diminuir. Gradativamente,segundo as previsões dameteorologia, atemperaturadeverá subir,chegandoa 30 graus até o sábado. De qualquer forma, haverá pancadas de chuva à tardepor causado aquecimento. As temperaturas mínimas na capital permanecerão estáveis, em torno de 19 graus. Até a última quinta-feira, a esta-
ção do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Mirante de Santana, na zona norte da capital, havia registrado 105,1 milímetros. Ontem,às16 horas,oíndicemarcava 222,7 milímetros. Ovolume normal em janeiro é de 252,3 milímetros.
Segundo ometeorologistada empresa Climatempo, Alexandre Nascimento, foiafusãoentre as grandesáreasde instabilidades vindasda regiãoCentro-Oeste ea passagem de uma frente fria pelo Estado que provocou a instabilidade dos últimos dias. (AE)
semgraça,Vagnerdos Santos preferiu descer de sua Caravan no meio da chuvapara pegar a calota que havia perdidono buraco do cruzamento.
101 quilômetros – Até as 18 horas de ontem a CET registrava 101 quilômetros de conges-
tionamento na capital. Um dos pontosque inspirou atenção duranteo diafoia ladeiraDr. Falcão,quepassou atersentido duplo por causa da inauguração doPalácio doAnhangabaú – antigo Banespinha, nova Prefeitura de São Paulo.
Apesar da chuva que não deu trégua aos paulistanos, durantetodo odia deontem oCentrodeGerenciamento de Emergências (CGE) não registrounenhum ponto de alagamento na Região Metropolitana de São Paulo.
Vera Lúcia daSilva, de31 anos e o seu bebê, Leonardo Franco da Silva, deapenas 6 meses morreram em conseqüência das chuvas que atingiram e inundaram a cidade de Ribeirão Grande, a 240 quilômetros de São Paulo, na região sudoeste do Estado. A casa onde moravam foi inundada pelas águasdo rio que cortaa cidade.Os corposforamencontrados pelo Corpo de Bombeiros deSorocaba40 metrosde onde estava a casa. Desde sábadochovena região.O prefeito deRibeirão Grande, Vandir Mendes de Queiroz (PFL) decretou ontem estado de calamidade pública. Mais de 100 famílias ficaram desabrigadas e foram acomodadas em escolase no centro comunitário do município. Acidadeainda ficou sem água e energia elétrica por dois dias. Os serviços só foramrestabelecidospor volta do meio-dia deontem. O prédioda prefeitura tambémfoi atingido. Equipamentos, móveis e documentos foram destruídos pelaságuas.Queiroz calcula que o prejuízo atinja R$ 1 milhão. A Defesa Civil, voluntários, Polícia Militare Corpo de Bombeiros estão ajudando o município, que ainda está inundado. Os 500 mil habitantes de So-
roca ba , a 92 quilômetros de São Paulo, estão sem água desdesegunda-feiraà noite.As quatro adutoras que transportam água da represa Itupararanga para as estações de tratamento romperam depois de serem atingidas por um deslizamento. As adutoras abastecem 85% da cidade e, juntas, têm capacidade para captar 1.950litros porsegundo.A prefeitura criouseis postosde distribuiçãode água para os moradorese estáabastecendo os hospitais do município com caminhões-pipa.
Vale do Ribeira – Desde sexta-feira, umapessoa morreue outras 800 ficaram desabrigadas em cidades do Vale do Ribeira. O pico da cheia no rio Ribeira de Iguape, que corta a região, chegoua 10,18mem Eld o r ad o , na segunda-feira, o dobrodonívelnormal, oque causoua onda de cheiaque vem inundando as áreas ribeirinhas das cidades. O caso mais grave aconteceu em Barra do Turvo com a morte de Abraão da Silva Correa,23 anos,portador dedeficiência. Ao sair de casa, ele foi levado pela correnteza do CórregoComprido. O coordenador regional daDefesaCivil, Ney Ikeda, informou que a onda dechuvas deveatingir opico hoje, em Registro
Alzira Rodrigues
Hoje já se compra veículo novo como geladeira, TV, fogão. Quanto e como quer pagar as suas prestações?
Aescassez deprogramas oficiais definanciamento parapequenos e médiosempresários, assimcomo paraprofissionaisautônomos, temlevado osbancos demontadoras a criarplanos especiais com taxas e períodosde pagamento diferenciados, tudo visando incentivar mais as vendas para pessoas jurídicas e físicas.Coisas muitosemelhantesaos apelos do comércio varejista que vende TVs, geladeiras, panelase móveis do jeito que o "freguês" pode pagar.
O Banco VWlançou o"Financiamento Sob Medida",para pessoas físicas e jurídicas. Com entrada mínima de 30%, oconsumidor pode escolher os meses em que quer pagar menos. O mínimo é de R$ 99.A taxa de juro, 1,99% ao mês."Para automóveis e comerciais leves, prazomáximo de 24 meses, com 15 prestações podendo ser definidas pelo cliente",diz Marcos Ferreira, supervisor de Marketing e de Produto da instituição. Caminhões têm prazode 36 meses. "Nocaso de uma empresa, porexemplo, ela pode programar prestações mais baixas para dezembro e janeiro, quando tem gastos com pagamento de 13ºsalário e de IPVA, se tiver frota".
Agronegócios - Para você que, além do comércio, atua nosetor de agronegócios,oBanco Fordtemo"Plano Safra", para autônomose empresas. A entrada éde 60% e oprazo máximo, comtaxade2,05%, éde36meses.As prestações são semestrais. "É para coincidir com asafra", explica Maurício Greco, gerente de Vendas e Marketing dobanco.Dentro desseplano,tema modalidade especial para a Ranger e F250, a taxas de 0,99%(12 meses) e de 1,45% (36 meses).
Recentemente,aproveitando esse período em que os gastos sobem pelos pagamento diversos, oBanco Ford lançou o "Cem Dias".A entrada pode ser a partir de 10% (exceção à Ranger, 50%), e a primeira prestação só depois de 100 dias. Os juros são de 1,66% até 39 meses e de 1,78% para 48 meses. Outra opção oferecida pela Ford é o "Plano Escolha Certa", válido para pessoas físicase jurídicas.Com taxade 1,8% ao mês e entrada de 40%, 50% ou 60%, o cliente pode financiar em 24 ou 36meses edeixa 30%para pagarno final do plano. "O focoé a troca do veículo no final do financiamento", diz Greco. "Quando acaba de pagar, o cliente pode quitar a dívida e ficar com
Bancosde montadoras,os própriosfabricantes, instituições financeirase entidades ligadas ao governo, sob a coordenação da Associação Comercial de SãoPaulo, estãodebatendo como governo umpacote demedidas para incentivar o créditono setor automobilístico.Alémde estaremdiscussão mudançasnasregras atuaisdocrediário, também se analisa novas modalidades de financiamento, incluindo um novo produto, batizado de "locação financeira",que equivaleao leasing operacional.
Por essesistema, oconsumidor adquire a licença de uso do veículo (novo ou usado) por um prazo mínimo de dois anos, com uma prestação proporcional à metade do valor do bem, acrescida de encargos, juros, seguro e outros serviços. Passadosos doisanos, elepode pagar oresidual e ficarcom obem ou mantera sistemáticade prestaçãoe pegar um modelo mais novo.
Tambémestá emdebate osistema "Modern Carga", para autonômos e pequenas empresas quetenham frota de no máximo quatro caminhões.
o carro ou dar o veículo como parte de pagamento de umzero-quilômetro e renovar o contrato".
Incentivo àtroca -Nessa mesma linha de incentivar o consumidor a trocaro carrousadoporum novoao final do financiamento, o Banco GM tem o "Plano Amigo Chevrolet". O prazo é de 24 meses, a entrada é de 50% e, durantedois anos,o consumidorsó paga os juros do empréstimo. No finaldo contrato,pode-se optar pelo pagamento dos 50% restantes, por refinanciar esse valor ou, ainda, vender o veículo para a concessionária onde fez o negócio. Nesse caso, a autorizada garantirá um valor de recompra de 60% na troca por um Chevrolet "zero" financiado pelo Banco GM.
Pegando comoexemplo umCelta 2004 deduas portas,ao preçopromocional de R$ 15.970,00,a entrada é de R$ 7.985,00 com 24 prestações mensais de R$ 179,90 (correspondente aos juros da operação).O saldo restante, ao término do contrato, seria de R$ 7.984,20. Ainstituição também disponibiliza o "SmartBuy", modalidade de financiamento que prevê uma entradamínimade 20%dovalordo veículo, prazos de 12, 24 ou 36 meses e "prestação balão" (ao final do contrato) de 50%, 40% e 30%, respectivamente.
Mais fácil? - A Renaulttem um plano semelhante ao da GM, que é o "Renault Mais Fácil?",destinado aos clientes físicos ou jurídicos que utilizam o automóvel parafins não comerciais. A entrada é de 50% e durante o financiamento(prazos de18, 24ou 36 meses), paga-se apenas os juros bancários. A taxa é de 0,99% ao mês. Na compra de um modelo Clio 2 portas Authentique 1.08V(ano/modelo 03/04), com ar-condicionadoe preço sugerido de R$ 22.240,00, o cliente pagará uma entrada de R$ 11.120,00, arcando com uma mensalidade de R$ 111,64. Ao final doperíodo do contrato, o consumidor poderá optar por quitaros 50%restantes,refinanciar este valor ou, ainda, vender o veículo à concessionária onde ele fez a compra. Caso escolha esta última alternativaque garante um valor de recompra que variade 50a 60%do valorde notado carro, dependendo do prazo de financiamento escolhido -o automóvel deverá ter passado por todas as revisões periódicas, além de estar em bom estado de conservação.
PARA A ENTIDADE, OS ARTIGOS 55 A 59 DO NOVO
CÓDIGO CIVIL FEREM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Desde o final do ano passado, a Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), entidade parceira da Associação Comercial de São Paulo no Movimento Degrau,vem travando uma batalha para a prorrogação do prazopara a adaptação ao novo Código Civil.
Primeiro,a Rebraf encaminhou uma cartaao presidenteda República edepoisentrou em contato com os outros poderes. Sensibilizado, o presidente incluiu oassunto na pauta daconvocação extraordinária doCongresso Nacional.
"É uma alegria muito grande pois é uma vitória da sociedade civil organizada, que foi reivindicada juntoaos trêspoderes. E que vai beneficiar muita gente",disseMarília deCastro,da diretoria jurídica da Rebraf. Para a advogada, a prorrogação também beneficiamuitas associações quenemsabiam danecessidade dasadaptações e "só iriam perceber quando solicitassem alguma parceria com umgestor públicoe vissem o pedido negado".
A advogada afirma que a prorrogação éimportante
porque tornaviável odebate e a reflexão sobrealguns artigos do Código Civil que contrariam a Constituição Federal (CF)."Inclusive, vão contra cláusulas pétreas (que só podem ser modificadas por uma nova Constituição) como a liberdade plena de associação, previstanoartigo 5º,incisoXVII,da CF", afirmou. Segundo ela, as disposições introduzidas pelos artigos 55 a 59do Códigoestabelecemdireitos dos associados einterferem nacompetência e no quórum para deliberações das assembléias. "Estas determinações ferema Constituição. Oinciso XVIII do artigo 5º diz que évedada expressamente a interferência estatal no funcionamento das associações."
A Rebraf argumentava,na cartaaoPlanalto,que o própriopresidenteda Comissão Revisora e Elaboradora do Código Civil, o jurista Miguel Reale, "percebendo o flagrante equívoco do artigo 59, defende a supressão do mesmo". "O artigo restringe os limites de funcionamento das associações, uma vez que em muitos casos determinadas entidades com elevado número de associados jamais conseguirão completar o quórum exigido", explicou a advogada, acrescentando que a medida "engessa a administração". (FV)
ENTIDADES E FUNDAÇÕES NÃO DEVEM ESPERAR O FINAL DO PRAZO PARA ADAPTAR SEUS ESTATUTOS
Asempresas, associaçõese fundações vão ter mais um ano paraseadaptar àsdisposições donovo CódigoCivil (CC).O Senado Federal aprovou ontemoProjetode Lei deConversãonº 113/2003,originário doProjeto deLei 1273/2003, da CâmaradosDeputados, que amplia para dois anos o prazo inicial, previstono artigo 2.031 do CC,que se esgotavano dia10 dejaneiro. Oprojetoagoraaguarda sançãodo presidente da República.
A aprovação foi comemoradapelaRede BrasileiradeEntidadesAssistenciais Filantrópicas (Rebraf), que trabalhou durante semanas junto aos três poderes da República, em Brasília, para ampliaro prazo das mudanças de estatutos para as entidades filantrópicas.
Segundo a advogada Marília de Castro,integrantedadiretoriajurídica da Rebraf,"este espaço de tempo obtido (mais um ano) éfundamental, a fim de que se discutam outros projetosque propõemaalteração e até mesmo a revogação de artigos do atualCódigo Civil relativos à matéria".
No dia27 de novembro de 2003, a Rebraf protocolou, no Palácio do Planalto, uma carta aoPresidente da República solicitando a prorrogação desse prazo (leia maisnotexto ao lado).
"Constatamosque noCongresso Nacional havia diver-
sos projetos em tramitação sobre esteassunto. Nosúltimos trêsmeses, aRebrafcontatou osparlamentares quetrabalhavam nessamatéria,assessorou asrelatorias eas comissões, tantona Câmaraquanto noSenado,de talmodoquea votação de ontem pode ser considerada uma grande conquista das mais de 700 entidades querepresentamos", afirmou Rogério Amato, presidente da Rebraf. Irregulares? – Muitos advogados defendiam a idéia de que as empresasque não promovessem as alterações em seus contratos sociais ficariam irregulares econseqüentemente teriamresponsabilidade ilimitada.Assim, emcaso deum processojudicial,as empresas poderiam ter de responder com o patrimônio
pessoal dos sócios. No entanto, o advogado CarlosCelso Orcesi daCosta, superintendente jurídico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), afirmava que a "falta de adaptação não geraria conseqüências jurídicas graves pois se trata de típica norma sem sanção". Noentenderdele,ao contráriodoqueafirmavam alguns advogados, asociedade não se transformaria em "irregular",coma conseqüencia gravedeseus sóciosresponderempelas dívidasdaempresa, apenas porque deixou deadaptar ocontratosocial ouestatutoaonovo Código Civil. "Há uma falta sim,porém omissãodecaráter formal, que não interfere com a substânciada atividadeempresarial", disse Orcesi.
Contudo, as empresasque não realizassem as adaptações poderiam sofrer retaliações como serimpedidasdeobter crédito em bancos. Deacordocom estimativas daJunta ComercialdeSão Paulo(Jucesp), apenas 30% dosdois milhõesdeempresas –sociedades empresariais–do Estado de São Paulo haviam cumpridooprazo deumano, estabelecido pelo novo Código Civil –encerrado no dia 10de janeiro de 2004–, para promover as alterações. Aampliação doprazonão deve servir de estímulo para queasentidadesdeixem de realizar asalteraçõesnecessárias. É fundamental que se promova oquanto antespara evitar oacúmulo depedidos observados no início deste ano. Fernando Vieira
Movimento de vendas nos três primeiros dias da megaliquidação foi pequeno. Para a Associação de Lojistas de Shopping, está dentro das expectativas.
Uma opção de lazer de quem estápassandoo períododefériasnacidadeé olharvitrines de shopping centers. O fluxo de público tem sido intenso nos corredoresdos centrosde compras, mas omovimento dentro das lojasfoipequeno nos três primeiros dias da 13ª edição da Liquida São Paulo. Mesmo assim, o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, acredita que as vendas estão dentroda expectativa. A previsão é de que o faturamento nos dez dias de megaliqüidação sejapelo menos 5%maior doquea ediçãodo ano passado. Sahyoun acredita que o movimentode compras maisforte deverá acontecera partir de hoje. "Os consumidores devem aproveitaras promoções nopróximo final de semana, já que será a última oportunidade de encontrar boas ofertas", diz.
O presidente da Alshop acreditaque ocomércioperdeu um dia de liquidação, já queno feriado de aniversário dacidademuitaslojas fecharamem conseqüênciadafalta de acordo com o Sindicato dos Comerciários. Desta vez, a Liquida São Paulo foi antecipada em pouco mais de um mês, em razão das comemorações dos 450 anosde SãoPaulo. Osorganizadores aproveitaram o evento para realizar a única liquidação do comércio dentro dos festejosdeaniversárioda cidade. Segundo o presidente da Alshop, 12 mil lojistas aderiram à campanha. Lojas vazias - No Centro ComercialLeste Aricanduva, os descontos chegama 70%. Cercade60 lojasentraramna liquidação e várias outras estão realizando promoções de forma independente. O consumidor, entretanto, olha tudo apenas do lado de fora da vitrine. A
estimativaéde queonúmero de pessoas circulandopelos corredores seja 8% superior, se comparado com o mesmo período de 2003. Vestuário - Osegmentode vestuário éo quetem descontos mais altos. Blusas, camisetas,calçasjeans emodainfanto-juvenil são osmaiores atrativos da megaliquidação no Aricanduva. NoShopping Tatuapé,a lojaStructura,por exemplo, especializada em jeans, oferece descontosde até 40%. Uma bermuda masculina de R$ 65 passou a ser vendida por R$39,90. No Shopping Metrô SantaCruz eo noMorumbi Shopping,várioslojistas estão antecipando o períodode liquidações.Outramaneiradeatrairo consumidor são promoções do tipo leve três e pague quatro ou formas de pagamentocomcheques prédatados para até 90 dias.
Dora Carvalho
Uma nova marca de celulares chega ao País aproveitando oboomdas vendasdeaparelhos móveisqueultrapassaram, nofim do anopassado, a 45 milhões de unidades. A cada quatro brasileiros, umestá com um celular na mão. Agora é a vez da Venko, uma empresa nacional quefabricará em Jaguariúna (SP)e em Manaus usando a tecnologiada inglesa Sendô, uma das maioresfornecedorasde equipamentos para a redeGSM (Global Systemsfor MobileCommunication) da Europa. O nome Venko, queem esperantosignifica Vitória, é resultado da associação entre a Icatel – ICA Telecomunicações,maior empresa detelefones públicos, com 60% do capital, e um grupo de investidores brasileiros e estrangeiros, com os restantes 40%. A Venko terá um investimento inicial de R$ 12 milhões para produção e marketing. Produção - A fabricação em Jaguariúna será na unidade industrial da Celestica, grupo internacional que monta celulares no mundo inteiroe que nesteprimeiroanoterá uma produção de 100 mil unidades. Em Manaus, a unidade da Infocom será a responsável pela produção de outros 100 mil celulares. AInfocom já monta, em Manaus, baterias e carrega-
dores para aparelhos móveis. A entrada da Venko no mercado significa,de imediato, acriação de 600 empregos diretos nas duas unidades e no escritório da empresa em São Paulo. A meta é obter 10% do mercado ainda neste primeiro ano, com 1 milhãode aparelhosvendidos, estima o gestor do projeto David Ostrowiak. Segundo ele, aempresa vai primeiro concentrar sua atenção nomercado paulista, ondeainda existeumgrande potencialde crescimentodas vendas. A unidade de Jaguariúnaserá ponto departida das exportações para a América Latina.A Sendô inglesa existehá quatroanos efornecetecnologia paraasgrandes operadorasde telefoniada Europa. No ano passado, vendeu 5 milhões de unidades pa-
Emsintoniacom as comemorações dos450anos de São Paulo, a 16ª edição do Calendário Oficial da Moda Brasileira elege comotema para apresentarascoleções inverno2004, acidadepaulistana. Acenógrafa, figurinista e roteirista Daniela Thomas é a curadora artística do evento e a responsável por criar na Bienal do Ibirapuera umaatmosferaque traduztoda adiversidadee multiplicidade da metrópole. A Bienal será transformada,dehojeà terçafeira (3/02), numa espécie de Minhocão, comfachadas selecionadas a partir de imagens de renomados fotógrafos.
Comcusto total de R$ 5 milhões e um público estimado de 12 mil pessoas, a SP FashionWeek deste ano contará com 41 desfiles, que serão apresentados em quatro salas com capacidade para até 1.100 pessoas.
Nas passarelas da Bienal o o inverno tem novidades: RenatoLoureiroe Huis Clos retornam ao calendário eduas participações especiais acontecem:o desfile daestilistade Lourdinha Noyama–responsável por produzir cerca de70%dos vestidos de noiva da elite pernambucana –, epela segunda vez acoleção da Coopa Roca, cooperativa da fa-
Além da badalação com Eletra, os desfiles terão capítulo à parte nos lançamentos da Fórum. Na primeira fila estarão os personagens Maria Clara Diniz (Malu Mader) e Ricardo Mendes (Fábio Assunção), da novela Celebridades, da TV Globo. As cenas serão exibidas em março.
vela da Rocinha. Hoje os desfiles teminício às14 horascom apresentação da coleção de Ricardo Almeida. Uma das grandes atrações do primeiro dia é o desfile da Zoompque contará coma presençade Gisele Bündchen.
Esteano alguns desfiles acontecem fora da Bienal, como éo caso dascoleçõesde Marcelo Sommer, Lorenzo Merlino, Cori Hius Clos. Sommerprepara umdesfileinusitado que acontecerá dentro e fora da sua loja, na rua Augus-
Eletra Rossellini (fotos), filha de Isabela Rossellini, é uma das sensações desta edição da São Paulo Fashion Week. Patrocinada pela grife de calçados Arezzo, vai desfilar com a coleção de inverno de Reinaldo Lourenço.
ta.O quarteirãoentre aOscar Freire e a Alameda Lorena será bloqueado no domingo. Lorenzo e Cori fazem uma homenagem à cidade e levam suas criações para pontos referenciais comoa Pinacoteca (Lorenzo) e o Espaço das Artes (Cori). Ontem, amodelo Eletra Rosselini, filhadeIsabela Rossellini,que desfilarápara agrife ReinaldoLourenço, visitou as passarelasda Bienal.
Sabina Deweik
ra a rede GSM, líder no mundo (64% do mercado) emais de 900milhões de usuários. No País, a TIM e Claro (com quem a Venko já fechou contratos) e Oi atuam com GSM e concorremcom a Vivo (tecnologia CDMA).
Segundo Ostrowiak, oobjetivo daVenko élançar umcelular para GSM com o "custo maisacessível domercado,mascom umdesignarrojado e também sem antena". O modelomaisbarato será o Talento, que chega em fevereiro apreço máximode R$250. É oaparelhomais simples e pesa81 gramas.O modelointermediário será oAmigo S 330 (que só chega em abril) com visor em cores de alta definiçãoeque vaioperarcom velocidade rápida de internet (tecnologia GPRS) a preço sugeridodeR$300. OEstilo M550 é mais sofisticado, pesa só 77 gramas e vem em formato de concha, e cujas características são o design ea resistência. "Posso jogar ele contra aparede queele nãoquebra", garanteDavidOstrowiak. O preço ficará em R$ 700. Bárbara Oliveira
Volume total chegou a R$ 137 bilhões, de acordo com levantamento divulgado pelo Banco Central. Empresas tiveram mais 15% de dinheiro disponível. O volume de empréstimos liberados em 2003 pelos bancos, privados epúblicos, cresceu.Chegou aR$ 137bilhões, segundo levantamento do Banco Central divulgado ontem. Esse volume equivale, hoje, a 25,5% do Produto Interno Bruto (PIB), atualmente na casa do R$ 1,3 trilhão. Em 2002, o total de dinheiro que chegou ao mercado na forma de crédito representava 23,8% do PIB.
Parao chefedo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, o aumento é umindicativo forte da solidez do processo de retomada do crescimento econômico do País. Lopes não quis fazer, no entanto, nenhuma projeção para 2004 em termos de volume de crédito.
Mais para empresas – O total de recursosemprestados às empresas em dezembro de 2003 chegou a R$ 62,1 bilhões. No ano de 2002, também em dezembro, foi de R$ 51,6 bilhões. Umincremento de 20,4% de umano paraoutro, de acordo com o BC.
Lopes admitiu que as empresaspodem estarprocurando captarrecursos nosbancos para aumentaraproduçãoe atendero crescimento dademanda ou mesmo paraelevar seus estoques. "Apesar de os dados de estoque no Brasil não serem muito precisos, nós temos percebido uma diminuiçãodelespelas sondagens feitaspor algumas associações de classe.",disse o chefe do Depec.
Inadimplência – Lopes destacou ainda tersido registrada uma queda do número de inadimplentesnas operaçõesrealizadas com pessoasfísicas. "A
taxa de13,9% verificadano mês dedezembr oéamenor desde agostode 2000,quando a taxa dos que deixaram de pagar chegou a 10,6%", disse.
O recuo da inadimplência, de acordo com Altamir Lopes, pode serinterpretado como um movimento dos consumidores em direção à quitação de suas dívidas como objetivo de abrir espaço para uma eventual retomada do créditono mercado, no futuro. "Éincrível onúmero debaixas de registros no Serviçode Proteção ao Crédito (SPC)" no segundosemestrede 2003, afirmou Lopes.
Depois dos bancos, agora é a vez dasfinanceirasdespacharem a consumidores seus cartões de crédito e de fidelidade. Até aí tudo bem se os esses consumidores tivessemsolicitado o produto. Acontecequeos cartões são encaminhados sem que as pessoaso tenham pedido. O que é proibido.
O artigo39 do Códigode Defesa do Consumidor, em seu inciso III, éclaro: é proibidoenviar ouentregar aoconsumidor, sem sua solicitação prévia, qualquer produtoou fornecer qualquer serviço. O Códigode Defesado Consumidor também proíbea troca entre empresas de dados pessoais de seus clientes.
À revelia do cliente – Financeirase bancos,no entanto,se fingem de morto quando o assunto e divulgar seus cartões. A jornalista Marina Afonso foi mais umaentre asvítimas dos cartões. Recebeu, à sua revelia,
umcartãocom abandeira Mastercard, enviado pelo banco PanAmericano, financeira do Grupo Silvio Santos, sem nunca ter sido cliente. Procurado pelo Diário do Comércio, o Banco PanAmericano negouquefaçapartede suapolítica oenvio deprodutos sem o consentimento do consumidor.Segundo aempresa, ésolicitadonoato do empréstimopessoal ounahora da liberação de um financiamento dentro de uma loja conveniadaàfinanceira, queo clientepreencha umformulário noqualéperguntadose gostaria de recebermaisprodutos e serviços da empresa. Pronto .Éaporta para queo cliente receba tais produtos. Contrato – O problema é que muitos clientes não sabem que estãoconcordando como envio de produtos quando assinamum contrato com uma financeira,porquemuitas ve-
zes essainformação estáno meio do contrato.
O que,apesar dessecuidado das financeiras em seguir a legislação nãoevitatranstornos para osclientes.Nocasode Marina, uma compra feita na internet emuma lojaparceira doPanAmericano resultouno envio de um cartão de crédito.
A jornalista afirma que não assinou nenhumtipo de contrato concordando como recebimento posteriordeserviços ou produtos, noatoda compra. "Ocliente quese sentir lesadopor esse tipode ação tem o direito de recusar o produto eaindaentrarcom ação contra aempresa, diz a assistente de direção da Fundação Procon-SP, Dinah Barreto. Nocaso deMarina, épossível reclamar na Justiça por seus dados cadastrais terem ido parar em uma administradora de cartões de crédito. Adriana Gavaça
Juros– Emrelação aocusto dodinheiro paraas pessoasfísicas quantopara asempresas, em 2003, foi registrada uma redução. De acordo com o levantamentodo BC,no anopassado, as taxasdejuros cobradas nas operações deempréstimo feitas com pessoas físicas, considerando-se amédiadasvárias operações, registraram uma queda acima do corte dos 10pontos porcentuaisfeito durante o segundo semestre na taxa básica de juros, a Selic. "Tivemosumaredução de 16,9 pontos dos juros dos empréstimos às pessoas físicas, que fecharamo ano passado com o menor nível desde maio de 2001.", disse Lopes.
Dúvida – Apesar do forte recuo dosjuros apresentadono ano passado, AltamirLopes disse, entretanto, não saber se oritmo dequedaneste anose manterá ou mesmo se há chancesdeeleser aindamaiordo que o da própria Selic. Ovolume decréditoliberadopelos bancoscomrecursos livres no mês de dezembro
Altamir Lopes (foto): aumento é indicativo da retomada do crescimento
cresceu 17,7% comparado ao mês de novembro de 2003. O que refletiria, segundo o BC, além deum incrementosazonaldosfinanciamentos em meio às festas de final de ano, o processo de retomada da atividade econômica.
Título de capitalização da Real dará 1 carro por dia
Depoisdo sucessodoRealCap 20 e do RealCap Casa, a Real Seguros,braço doBanco Real, trouxe para o mercado, neste mês,o RealCap25.É mais um título de capitalização quesortearáum carropordia, durante 25 meses, no valor de R$ 25 mil, em dinheiro, já descontado o Imposto de Renda. Com uma parcela mensal de R$25,00,o participante concorre, durante 25 meses, todos os dias, ao sorteiode um carro no valor de R$ 25 mil, já descontado o imposto de renda. Duas chances– Cada participanteconcorreaos sorteios, feitoscombase naLoteriaFederal, com dois números. Se ao final doprazode 25meses, tempo em que dura o plano, receberá devoltaR$500,00. Que representam praticamente 80% de tudo o que ele pagou nos 25 meses, segundo a Real. O primeiro títulode capitalizaçãocomesse desenhode premiar os participantes todos
É O QUE AFIRMAM
REPRESENTANTES DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO, ALÉM DE ECONOMISTAS
Superada a fasede ajustes, empresários eeconomistas consideram que o país deve retomar ocrescimento.Assim, chegam, quase consensualmente, à conclusão de que a preocupação exclusiva do governo com uma política de metas (leia-se taxas de juros elevadas, superávit primário e inflação), não abrirá espaço para novos investimentos. Também não ajudará na criação de empregos enoaumento da produção necessária ao incremento do mercado interno.
Liderançasda indústria, do comércio e do meio acadêmico acham que, ao se limitar ao papel defixar a taxa dejuros básica, deixando o setor financeiro livreparamanter asatuais discrepâncias do mercado de crédito,oBancoCentral desvirtua sua real missão fiscalizadorae controladora.Desperdiça,ainda, o poder que tão acintosamenteacumulae que reivindica.
Retração– O professorde economia Celso Luiz Martone, do Departamento de Economia daFaculdadedeEconomia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), aponta a insistência do BC em atuar apenas na fixação da taxa do overnight, passando ao largo das distorções do mercado financeiro, comouma das principais causasda retração econômica. "Se bate muito no over e se esquece o resto,está mal focada a concentração das críticas na fixaçãodos jurosbásicos", disse elena últimareunião do Conselho SuperiordeEconomiada Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Fiesp– O próprio presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, admite que está cansado de reclamar, todo mês, da taxa básica de juros. Aidéia de que essa taxa é fundamental para o controle da inflação precisa ser revista, disse Piva.
O presidente da Fiesplembrou oalerta feitopelo economistaPérsio Aridapara aexistência de umainflaçãocíclica alimentadapela rigidezdo mercado de trabalho. Dissídos
do final do ano passado deram aumentos entre 18% e 14% contra uma inflação de 6% nos preçosao consumidor.Passadaa fase dosajustes temosde cobrar dogoverno maisscrescimento", afirmou.
Estresse – Boris Tabacof, do Grupo Suzanodiz que,após um rápido crescimento no primeiro semestre, nosegundo a economia entrará em estresse por conta das eleições municipais noPaís edas eleiçõespresidenciais americanas.
"Hávárias possibilidadesde obscurecimento dabolade cristal para o finaldo ano, afetando até mesmo a governabilidade".Amaior delaspelaincapacidade crônica do país expandir seu mercado interno.
Em desalinho – O economista Paulo Nogueira Batista Júniorlamentao predomínio doque classificoudementalidade "estagnacionista" no Brasil. Dizque aobsessãopor manter os juros e um superávit primário elevados deixará a economia desalinhada com relação ao restante do mundo.
"Ou somos os únicos de passo certo ou todos os demais estão errados,até aÍndia, nação
os diasfoilançadoem2002 com oRealCap20.Otítulo também sorteou um carro por dia aos participantes que contribuíramcom umaprestação mensal de R$ 20,00. A estratégia semostrou tão bem-sucedida que em2003 a empresa lançou o RealCap Casa. Aqui, o participante pagava umaparcela mensalde R$ 200,00 e concorreu toda semana, por 12 meses, a uma casa no valor de R$ 75 mil. O prazo curto de duração do planopropostopela RealSeguros, bem menor do quea média do mercado de capitalização, que varia de 48 a 72 meses,é apontado pela empresa como um dos motivos do sucesso dos produtos de capitalização lançados em 2003 e em 2002 com o mesmo desenho.
"Apostamos na transparência do produto",diz Patrícia Feltrin, diretorade capitalização da Real Seguros. Roseli Lopes
Ocréditoliberadoem dezembrodoanopassado foi 15,2%maiordo queno mesmo mês de 2002.No mês passado, chegou ao mercado um total de R$ 92,2 bilhões, contra os R$80 bilhõesde dezembro de 2002. (Agências)
Itaú lança fundo prefixado de 180 dias para empresas
O banco Itaúcolocou nomercado neste mêsde janeiro seuprimeiro fundoderenda fixa prefixado com prazo mais longo, de 180 dias, voltado para os investidoresjurídicos. O produto foi criadocom a proposta deoferecer aoaplicador umataxa prefixadaporémretorno acima da taxa over. Compatrimônio liquidode R$ 1,75milhão (o fundo começou noinício domês),e uma taxa deadministração de 0,5%, o novo fundo do Itaú requer umaaplicaçãomínima do investidor de R$ 1 mil. Segundo Aguinaldo Fonseca, diretor da Itaú Asset Management,ameta échegaraum patrimônio de R$ 50 milhões ainda no primeiro semestre do ano, especificamente até julho. "Oproduto édirecionadoao investidor que querum prazo maior para deixar seu dinheiro aplicado,semterdeir parao mercadodeações",diz Aguinaldo. (RL)
com o mesmo estágio de desenvolvimento que adota política muito diversa da nossa."
Batista Júniordizque não existe no meio acadêmico ou empresarial nenhum consensosobreo que seja regimede metas."Política econômica não tem precisão nenhuma, são coisas meio simbólicas, por issoé tãoduvidosaeidéia de subordinar o processo de crescimento de um país a um regime de metas."
Delmar Marques
Juliana de Moraes
PRESIDENTE E DEAL MAKER DA TRUMP REALTY BRAZIL, RICARDO BELLINO SE CONSIDERA UM ARTICULADOR DE IDÉIAS. NA PRÁTICA, É UM MESTRE DE ATITUDES ARROJADAS E UM DIPLOMATA PARA LIDAR COM LÍDERES. Ricardo Bellino tinha21 anos quando entroupara o mundo dos negócios. Primeiroelelargou a faculdadede Economiapara fechar,com John Casablancas, dono da agência Elite,a realizaçãodo concurso de beleza "The Look of The Year" no País. E isso sem investir um centavo. Foiatrás de investidorese fezcomque todos apostassem na sua capacidade de realização. Conclusão: oevento foiumsucesso. No ano seguinte, o jovem prodígio inaugurava uma unidade da agência de modelos Elite, na época a mais famosa do planeta. Passados 17 anos, Bellino lidera um negóciode US$ 100 milhões. É sócio do bilionário norte-americano Donald Trump na construção do maiorcomplexo degolfda América Latina, a Vila Trump. Na entrevista que se segue, este "articulador",como sedefine, conta um poucode suas façanhasemostra queparaserum empresário de sucesso é fundamental apostar que para tudo há uma solução.Bellino é um diplomata empresarial. Une interessesdiversos, egos edesafetos. Tudo em prol de um bom e lucrativo negócio.
Como você descobriu que tinha tino para criar e comandar negócios?
Quandopequeno jávendia gibi na porta do prédio em que morava. Achoque aação em-
preendedoraé da natureza da pessoa.Mas, foinaadolescênciaque otalento despertou. Nasfestas daescola,eutinha muitavergonha detirar asgarotas para dançar, então ficava próximoaosdj'se ajudava a mexer na aparelhagem. Por causa dessa timidez passei a entender tanto de som que montei uma equipe para operar em festas.Numa ocasiãofomos chamados para comandar o som em uma comemoração temática e então pensei em fazer umaproduçãocom omotivo da festa. A invenção deu tão certo que ganhei mais dinheiro coma vendadecamisetas do que com a própria contratação da equipe de som.
O que o impulsionava a apostar em novas idéias empresariais?
O gosto pelo risco sempre foi uma característica marcante da minha personalidade. Lembro-me quenamesmaépoca em que montei a equipe de som decidiincrementar amesada com a venda de camisetas (olha lá "elas" outra vez...) na véspera de um Grande Prêmio de Fórmula 1 que aconteceu no Brasil. Junto com um amigo, assistiatodos ostreinospara decidir em quem deveria investir nas estampas das camisetas que pretendia vender. Entãofomosauma regiãode atacado,pagamos as peças ao donoda loja,um judeuamigo
de meu colega, com um cheque pré-datadoe enviamos ascamisetas para uma estamparia. Vendemos tanto que não sobrou nem mesmo a que vestíamos. Lembro-me como se fosse hoje. Saímos da frente do autódromo com um saco enorme de dinheiro.
Afinal, tanto gosto pelo risco, acompanhado de tantos resultados alcançados, era fruto de bom planejamento ou havia alguém em quem você se espelhava para agir dessa forma?
Umpoucodosdois. Meu avô sempre foi e ainda é minha principal fonte inspiradora. Foium imigranteque veiopara o Brasil e começou seu negóciovendendo tecidosnolombo de um burrico. Acabou por tornar-se o maior distribuidor de tecidos do País na época em que a Guanabara era a capital. Ele,sim,me passavaaimpressão de que chegar ao topo era possível. Estava próximo de mim desde a infância e propunha-me tarefas como lavar seu carro em troca de algumdinheiro.Nunca tivereceio de colocar a mão na massa, assim comomeu avô.Foi talvezessa postura que me conduziu tão
Lambrusco Dell’Emilia Amabile
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longe ao longo dos anos. Como fazer para que potenciais parceiros aceitem dar crédito para idéias empreendedoras? Antesde qualquer coisa,é necessário que as pessoas acreditem no autor da idéia. Ninguém "compra"umasolução, mas a pessoa que leva a idéia (o produto). Depende da postura de cada um. É importante ter auto-confiança e respostas na ponta da língua para dar. O projeto de trazer a agência Elite para o Brasil foi, para mim, o maiordesafio enfrentado. Eu não tinha nada a oferecer a não sermeu empenhoecapacidade de realização. A história começouquando euaindatinha 21anos.Lium artigosobreo concurso de beleza "The Look ofThe Year"eenviei umtelex ao John Casablancas, dono da agência Elite e mentor do concurso, explicando oplano de exportar a idéia para o Brasil. Até aí,tudobem,mas oimpressionanteé queobtiveretorno do contato e fui convidadopara conversarcom eleem Nova York. Tive queir. Somente em umcontato pessoal ele teria averdadeira compreensão do que eu queria dizer e porque deveriadarcrédito a um jovem de 21 anos.
Você lançou, no segundo semestre de 2003, o livro O Poder das Idéias, em que explica como chegou a sócio de Donald Trump no País e dá dicas sobre como conduzir as idéias para que se alcance a concretização de um plano. Um dos capítulos é o "Publique suas próprias idéias". Qual a importância da comunicação nesse caso?
Antes de passar para este estágio recomendo a todas as pessoasuma auto-reflexão.É importante descobrir o que se quer.É fundamentalter ambições, mastambém estarsatisfeito com o que possui e faz. Umapessoa frustradaéincapazde convenceralguémsobre suas idéias e projetos. Com a compreensão desse fato,fica maissimplesdivulgar uma inovação. Tenhoum perfildesafiador, sempre fui direto ao ponto, sem intermediários. Não gosto de ter depedir permissãoparaexplicar um plano. Acredito em
resultadose apostonaconfiança quetransmito nahora de negociar.
Você negocia principalmente com empresários estrangeiros. O que essa convivência internacional agregou em sua formação como empreendedor?
A experiência forado Brasil me permitiu ter uma visão ampla domundodosnegóciose da sofisticaçãoempresarial.A partirda convivênciacomelites de outros países percebi que os brasileiros de classe média altatêm maiornecessidadede se afirmar emcima de marcas. Aquinão importa tanto o quanto setem, mas oquese compra. Esses emblemas têm um eco especial por aqui.
Que oportunidades você agarrou diante desse cenário que conseguiu enxergar? Consegui importar conceitos, mas comhabilidade para adaptá-losàs necessidades nacionais. Uniinteressesaté mesmo de pessoasque já não sefalavammais,como foio casodeDonald Trump edo campeão mundial de golfe, Jack Nicklaus. Uma parceria problemática anterior havia afastadoessas duas"figuras" incríveis do mundo dos negócios, mas soube aproximá-los em torno de um projeto que interessavaa ambos:aVilla Trump, em São Paulo. O mega negócio une a confiabilidade de Trump e o glamour conquistadopor Nicklauscomo jogador.
Uma oportunidade na Trump Realty Brazil
Se você é universitário e se considera um talento empreendedor, eis uma chance para crescer: Ricardo Bellino, presidente da Trump Realty Brasil, deve lançar, dentro de 15 dias, o concurso "O Aprendiz Empreendedor". O objetivo é escolher o mais habilidoso negociador e o vencedor receberá como prêmio o salário anual de R$ 100 mil para aperfeiçoar seu talento junto a Bellino e seus parceiros internacionais. Ele explica que na primeira fase será aplicado um teste eliminatório pela internet. "Na
segunda etapa deverão ser apresentados os projetos com potencial de implementação em negócios existentes ou pela criação de novos empreendimentos". Na última etapa, 100 participantes serão separados em grupos e terão de passar por provas práticas. "A idéia é avaliar a habilidade de negociar, seja vendendo suco na Paulista ou criando projetos publicitários para empresas". Para saber mais, basta acessar a homepage www.poderdasideias.org.
Depois deregistrar altasuperiora 3% no pregão de segunda-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cedeu ontem. Foi forte o movimento de realização de lucros dos investidores,o quedeterminoua quedada bolsapaulista. Nosdemaismercados, com exceção do cambial, a terça-feira foide poucas oscilações. Odólar comercial fechou com fortealta eosindicadores de risco do Brasil terminaram o dia estáveis. O Ibovespa fechou em baixa de0,51%, em24.226pontos. O índiceé oprincipal indicador da Bovespa. Com o resultado de ontem, o índice reduz para 8,9%avalorizaçãoacumuladanomês. Ovolumefinanceiro somou um total de R$ 1,356 bilhão, giro superior à média diária de janeiro.
alta da bolsa paulista.
Movimento de realização de lucros dos investidores, depois de dois dias de alta, determinou queda da Bovespa ontem
Entre as ações mais negociadas, destacaram-se Telemar PN(-0,52%),Telesp Celular Participações (-5,52%, corrigindo parte da forte alta da véspera), Petrobras PN (-0,57%) e CSN ON (5,35%, a maior alta doIbovespa). Amaiorbaixa do índice foi Tele Centro Oeste PN (-10,7%). Dólar– O dólar comercial teveontem amaior altado mês, de0,84%. A moeda americana fechou cotado a R$ 2,867 e a R$ 2,87 para venda.A alta foia maior desde 30 de dezembro, quando as cotações subiram 1,43%. O interesse de bancos em cotações mais elevadas do dólar na liquidação da dívida cambial quevence nasemana que vem ganhou o reforço do BancoCentral,que fezdoisleilões de compra e ajudou na valorização da moeda americana.
Segundo profissionais, osexportadores aproveitaram a alta para fechar operações.
"Tem a questão o vencimento de sexta-feira é um evento importante para oi mercado de câmbio estasemana", disseo responsável pela área de câmbio dobancoING, Alexandre Vasarhelyi.A ptax(cotação médiado dólar)desexta-feira servirá de base para o vencimento de US$ 2,521 bilhões da dívida cambial que o Banco Central decidiu resgatarintegralmente na segunda-feira. Quanto maior a taxa, maior a remuneração, em reais, aos detentores da dívida.
O Banco Central comprou dólares no mercado à vista no meio damanhã eno inícioda tarde. As taxas máximas pagas nosleilõesforam deR$2,854 e R$ 2,862, respectivamente.A taxa de risco do Brasil fechou em 423 pontos-base, comquedade0,23%,eo CBond ficou estável,a 101,4% do valor. (RA/Reuters)
Apesar da queda nopregão de ontem,analistas dizemque o fato de abolsa ter permanecido acimade 24mil pontos–patamar em que fechou apenas três vezes na história – indica a consolidaçãoda tendênciade
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Com a ajuda de empresas, o projeto tirou da informalidade 40 cooperados que trabalhavam por conta própria nos lixões ou nas ruas de São Paulo
Por Camila Doretto
"Reciclar, reutilizar e reduzir o lixo,além deexercer umato de cidadania é também sinônimo de economizar energia, recursosnaturais e salvar o planeta da destruição."
A mensagemé lemado ProjetoVira Lata, organização não-governamental que há quatro anos luta pela conquista de um mundo sustentável. O projeto atende 200 estabelecimentos entre condomínios e escolasda zona oestede São Paulo, além de empresas e instituições,como aAssociação Comercial de São Paulo, que há um ano doa parte de seu lixo não-orgânico para a ONG.
A iniciativa da instituição de organizar a coleta seletiva tirou da informalidade pessoas que trabalhavam porcontaprópria nos lixões ou nas ruas, em situação precária,carregando carroças pesadas e colocando em risco a própria saúde. Hoje, o projeto conta com 40 cooperados,cujotrabalho erendase estendem à sobrevivência de outras 80 pessoas.
Aomesmotempo que promove aeducação,oVira Lata também atua como uma corrente solidária pela inclusão social e o resgate da cidadania.
"Na rua, eu recolhia papel, vendia para ganhar um trocado e nem sabiaporque compravam aquele material.Hoje,eu aprendi o que é reciclagem, deixeideviver emumacasaocupada para pagar aluguel, trabalho comsegurança etenho a certeza do dinheirono final do mês", orgulha-se Fernando Paulino, coordenador da área de triagem do projeto. Através de palestras e orientaçõesque recebemnodia-a-dia, os cooperados descobrem o valorde seutrabalhoe setornam multiplicadoresda cidadania. "Se estiver acompanhado de um conhecidoevejo outrapessoa jogando um papelou qualquer outro material reciclável na rua, eumostroque aquiloestáerrado e explico o porquê", diz Maria Jussarados Santos,coordenadora da triagem de papel. Profissão e mercado –Aproveitar a oportunidade é assinar um pacto com o compromisso e a responsabilidade. "Nós estamos capacitando pessoas para o trabalho de reciclageme profissionalizandoacoleta seletiva, pois é um mercado que tende a crescer e os clientes exigem, cada vez mais, qualidade e produção", diz Wilson Santos Pereira, fundadore coordenador do Vira Lata.
ACSP: alinhada com entidades assistenciais
São váriasas entidadesque recebem ajudamensal daAssociaçãoComercialde São Paulo (ACSP). Além disso, muitas são beneficiadas pelo trabalhovoluntário dosfuncionáriosda ACSP.Conheça um pouco mais da história dessas instituições e do trabalho realizado por elas: Casa Vida– Pioneira nas doações da ACSP, a entidade foi fundada pelo padre Júlio Lancelotti em 1991. A instituição atende 17 crianças de até 16 anos, portadoras do vírus HIV.
ADMINISTRAÇÃO DE ESTACIONAMENTOS
Asdoaçõespermitem que a Casa seja abastecida com complexos vitamínicosimportados e luvas descartáveis.
Fernando Paulino (à esq.): de trocados com a venda de papel a um trabalho que integra dignidade e a segurança de um salário mensal. Acima, membros da cooperativa durante o trabalho de seleção de material. Eles recebem orientação através de palestras e multiplicam a ação de conscientizar as pessoas da importância da reciclagem e do reaproveitamento de papel, papelão, latas e outros materiais
Jussara dos Santos (à esq.): o projeto proporcionou a ela a conscientização. Para Wilson Santos Pereira (acima), possibilidade de obter capacitação e profissionalismo em um mercado que tende a crescer e exigirá cada vez mais qualidade e níveis expressivos de produção por parte dos participantes
Além de assegurar uma imagempositiva paraaempresa que se preocupacom a preservação ambiental,ter produtos reciclados na cadeia de produção garante também economia. Umadas empresasque compra material daONGé a Eco Fabril, produtora de fibras
depoliésterconfeccionadas a partir de garrafas PET (de plástico). A empresa destina 80% da produção para aindústria automobilística em vários Estados do País. "Além de sereconomicamente favorável para a empresa, estamos colaborando com o meio ambiente, uma alterna-
tiva que precisa ser multiplicada", dizAmadeuGeraldo Caum,representantedo departamentocomercial da Eco Fabril.Compraro PETnolugar da resina garante à empresa uma economia de 25% no preço final do produto. Parcerias – A Associação Comercial deSão Paulodoou mais de 5toneladasdepapel para o Vira Lata no ano passado. Todos os setores da ACSP possuem uma caixa com o cartaz doProjeto Vira Lata.Lá os funcionários depositampapéise jornaisque sãorecolhidos e doados toda semana.
Com a ajuda dos parceiros, a ONG recolheu em torno de 400 toneladas de lixoem 2003, gerando salários mensais de R$ 250 a R$ 450. "Este ano, nossa previsão é dobrar o trabalho e a arrecadação", diz Pereira. A expectativa provém de um acordo firmado com a Petrobrásparaa produçãodetelhas ecológicas feitas a partir do papelão. Segundo Pereira, o pro-
jeto está previsto para este ano e a estimativa de produção é de 30 a 40 mil telhas por mês, que serão usadas pela prefeitura na construçãode casaspopulares em São Paulo. O acordo também prevê cursode educação ambiental para os trabalhadoresdacooperativa, capacitação profissional, uniforme, equipamentosde segurança,aconstrução de um galpão onde serão fabricadas as telhas, um caminhão e uma perua para transporte. "O trabalho emparceria garante a sustentabilidade da cooperativa,geraemprego eincentivaosurgimento eacontinuação das açõesecologicamente responsáveis", alerta o coordenador da ONG.
SERVIÇO
PROJETO VIRA LATA
Rua do Sumidouro, 580, Pinheiros, São Paulo, SP Tel. (11) 3782-3690
E-mail: todalata@bol.com.br
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Associação Maria Helen Drexel – Fundada em 1973 pelo PadreJoãoDrexel,ela possui oito lares com uma mãe eum paisocial emcada um,nosquais sãobeneficiadas atualmente84 crianças.A entidade ofereceabrigo, alimentação, saúde e educação a menoresque nãotiveram acesso a nada disso. No finaldoanopassado,a ACSP fez uma campanha entre os funcionários para que "adotassem" uma criança preparando umasacola de Natal com roupas ebrinquedos. Em uma semana, todas as sacolinhas tinham sido adotadas. Toca de Assis – Fundada em 1994 pelopadreJoséRoberto Lettiere, faz um trabalho de reabilitação de moradoresde rua. A ACSP doa fraldas geriátricas e leiteparaajudar as120pessoas recolhidas na entidade. Projeto de Incentivo à Vida – O Pivi mantém 180 crianças e jovens de até 16 anos, sendo várias delas portadorasdo vírus HIV,entre outrasenfermidades.A doaçãodefraldas durante todoo ano de 2003 foi fundamental para o cuidadocom ascriançasassistidas pela ONG. ( CD )
Fazpartedahistóriada AssociaçãoComercialde São Paulo (ACSP) dedicar-se com afinco àlutapelasolução dos problemas sociais. No caminhodadefesa da cidadania,a ACSP jáfundou hospitais,escolas,apoiou osserviçosdo Corpo de Bombeiros da capital ea manutençãoe proteçãodo patrimônio históricoda cidade de São Paulo. Hoje, a entidade lidera uma ação para estabelecer perspectivas paraa juventudeatravés da inclusão deaprendizes no mercado de trabalho.A ACSP,em parceriacom aFederação das Associações Comerciais do Estadode São Paulo (Facesp) e da Rede Brasileira deEntidades Assistenciais Filantrópicas(Rebraf), criou oMovimentoDegrau, que já tem cerca de 20 mil adolescentes envolvidos com o Programa Convivência e Aprendizado no Trabalho em todo o Estado.
OPrograma temoobjetivo de integrar empreendedores do segundo e terceiro setores e incentivá-losàpráticada lei 10.097, que regulariza o trabalho como aprendizes de adolescentes com idades entre 14 e 18 anos incompletos.
A ACSPconta com aajuda voluntária de seus funcionários para seguir com êxito na bem-sucedida trilhada res-
Funcionários da Associação Comercial levam jovens da Casa Vida para comemorar o Dia das Crianças
ponsabilidadesocial. Alémde colaborar com areciclagem e o Projeto Vira Lata, maisde 80% dos funcionários doaram R$ 4 por mês,durante todo o ano passado, para contribuir com algumas entidades assistenciais, como a Casa Vida, a Toca deAssis,aMariaHelen Drexel e o Pivi (Projeto de Incentivo à Vida).
A ACSP também organiza movimentos em benefício da comunidadecomo campanhas para arrecadação de leite, agasalhos, material escolar,
doação de sangue e aFeirada Saúde, que acontece duas vezes ao ano e atende cerca de 10 mil pessoas dacomunidade oferecendo diversos exames de saúde gratuitos. A assistênciatambém sedá no sentidode criaroportunidade e dar incentivo a quem estáà procurade emprego. Atravésdo Programade Apoio à Recolocação, cerca de 100 pessoas comparecem a reuniões mensais erecebem orientação, participamde dinâmicas de grupo e têm o cur-
rículo encaminhado auma agênciade empregoparceira da associação. A iniciativa tem como objetivo abrir portas para que as pessoas retornem ao mercado de trabalho. As ações nãoparam por aí. Para este ano, a associação temem seusplanoscolaborar commais duas entidades indicadas pelos próprios funcionárioseainda atingira marca dos120 miladolescentesinseridos nomercado de trabalho,através dosesforços do Movimento Degrau. ( CD )
Cidade de Deus recebe quatro indicações para o Oscar. E não concorre como filme estrangeiro! Página 16
A trégua de um ano para que associações, sociedades e fundações se adaptem ao novo Código Civil foi uma vitória da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), parceira da
Degrau. Página 5
ILEGAIS NOS ESTADOS UNIDOS
Chega hoje a Belo Horizonte o 1º grupo de 262 brasileiros (entre eles, 187 mineiros) que vivia ilegalmente nos EUA. Novos lotes de deportados são previstos até março. Página 15
A cada dia de chuva forte cerca de 500 novos buracos podem aparecer nas ruas da cidade. O asfalto velho e recapeado não suporta a infiltração da água. O cálculo é da CET e da Secretaria Municipal das Subprefeituras. Página 14
Eles são o Projeto Vira Lata (fotos), uma ONG que recicla lixo e promove inclusão social. Veja em Terceiro Setor, na página 4.
Cofins. E preços mais altos? Página 10
Alerta do leão
Na mira as deduções com educação e saúde. Pág. 10
Um luxo a R$ 141 mil
Só o preço não parece marca Mercedes. A "pechincha" da foto, o C-180 Kompressor, tem o charme, o requinte, os equipamentos e acessórios de seus mais caros irmãos.
Este é o modelo de "entrada" da Mercedes alemã à venda no Brasil.
Gripe avícola chega à China. OMS fala em ameaça global.
A China confirmou ontem que a gripe avícola foi detectadaem trêsregiões, eagências internacionais desaúde pediram aosdemaispaíses que ajudemos pequenoscriadores daÁsiaacompensaros prejuízos queestão tendo,de modo aimpedir queeles vendam aves doentes.
A confirmação da doença também no Laos, que agora se espalha por nove países (do Paquistão ao Japão), significa uma ameaça ainda maior para o gigantesco setor de criação de aves da China. "Esta é uma ameaça globalà saúdehumana", disse o chefe da OMS, Lee Jong-Wook. "Precisamos começar com este trabalho duro e custoso agora". Mais de13 pessoas– oito casos confirmados ecincosuspeitos–morreram no Vietnã e Tailândia. (Agências)
Com um alto poder de destruição, o MyDoom já infectou computadores em 142 países, em apenas dois dias
Nembem aSophos anunciou achegada do W32/Dumaru-Y, mais um vírus de alto poderdedestruição estáse propagando rapidamentepela internet: o MyDoom ou Norvak, que surgiu segunda-feirano Canadá e Estados Unidos, e espalhou-se rapidamente por 142 países e está deixando a internet cada vez mais lenta.
Segundo declarou Mark Sunner, analista da MessageLabs, ao site CnetNews,a pragajá infectou mais de100 mil computadores emmenosde 24 horas, batendo o recorde do Sobig, uma da maisdevastadoras pragas digitais surgidas em 2003.
Um milhão – Sunner disse aindaque sua empresainterceptou quase ummilhão de mensagens que transportavam o código malicioso do MyDoom–um emcada12emails enviados em todo o mundo são dovírus. "O vírus
parece seguir o movimento do Sol: ontem estava no Ocidente, hoje viaja pelo continente asiático". A mensagem traz na linha de assuntoas palavras "Hi"e "Test" ecarrega informações técnicas.Alerta,por exemplo, que o envio de certo
e-mail nãofoi bem-sucedido. "Assim, édifícil perceberque se tratade umvírus", esclareceu SteveTrilling, analistada fabricante de antivírus Symantec, à Associated Press. Brecha – A praga se auto-envia a todos os endereços de e-
mail que encontra nos computadores infectados. Pior: o MyDoom podetambémabrir uma brecha nos PCs, permitindoquehackers mal-intencionados peguemsenhas edados confidenciais. Alto risco – Vincente Gullo-
to, vice-presidente da Network Associate, classifica o vírus como de alto risco e diz que ele já se disseminouportodoo mundo ecomeçaa bombardear várias redes corporativas. Um expert em segurança digital,quenão quisseidentificar,revelou àCnetNews.com que oMyDoomestáprogramadopara lançarataquesmaciçosde DOS(negação deserviço), àSCO, apartir de1° de fevereiro. A SCO é uma desenvolvedora de software que se diz dona do código do Linux. O MyDoom só afeta máquinas que rodam Windows. Segundo aMessageLabs, a empresa já barrou a praga mais de577mil vezesem clientes corporativos de 168países. Os Estados Unidos é o mais afetado.Cercade 60%dosataques aconteceram no país. Depois aparecem oCanadá(9%)ea Austrália (6%). (Agências)
tende apresentar as oportunidades deinvestimentos no País. Eletambém deveindicar os setores nos quais gostaria de ver osinvestimentos ocorrendo,em especialnocampo de semi-condutores, infra-estrutura e agronegócios. Até o momento já estão confirmadasas participaçõesdos presidentes de empresas como aBasf,Fiat, Honda,ABNAmro e Volvo, entre outras. Do lado do governo, a equipe contará comváriostécnicoseseis ministros ligados à área econômica: AntônioPalocci, daFazenda; Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústriae ComércioExterior;Guido Mantega, do Planejamento; Dilma Rousseff, de Minas e Energia; Walfrido Mares Guias, do Turismo; e o chanceler Celso Amorim.
Excesso de inscrições – O interesse pelo seminário foi tão grande que surpreendeu até os maisotimistasna ONU.Aorganização teve de encerrar inscrições para o evento diante da grande procura e limitar a participaçãodas empresasaapenas uma pessoa. "A sala estará lotada",garantiu umafuncionária da Unctad. Para convencer osinvestidores, o governo apresentará à platéia não apenas os dados macroeconômicosdo País, mas também explicarásobre os incentivos existentes, como no setor de logística e nas 20 cadeias produtivas que estão sendo selecionadas pela Nova Política Industrial do governo. Oseixos de integraçãoda Américado Sultambémserão apresentados aos estrangeiros durante o evento.
Flexibilidade– Ao mesmo tempo em que lança a ofensiva por investimentos, ogoverno vai à Organização Mundial do Comércio (OMC) pedir que regras de política industrial sejam modificadas para permitir que pequenas e médias empresas noPaís tambémsejam be-
neficiadas pelaentrada de capital estrangeiro. Nesta semana, o Brasil solicitou que os acordos de investimentos da OMC fossem flexibilizados para permitirqueogoverno exija que empresas estrangeiras se utilizem das companhias nacionais como fornecedoras.
Presidente apresentará em Genebra as oportunidades que o País oferece aos investidores. Intenção é voltar da viagem com acordos encaminhados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará amanhã de um seminário internacional nasededas Organizações das Nações Unidas (ONU), em Genebra, que terá o objetivo de convencer 200multinacionais ainvestirem noPaís.Segundo aConferência daONU parao Comércio (Unctad), queestá organizando oevento emparceira com o governo brasileiro, há várias indicações de que Lula poderá sair da Suíça com umasérie deacordosencaminhados com o setor privado. De acordo como Itamaraty, pelomenos uma multinacionaljá avisouque pretende anunciar nos próximos dias um investimento de US$ 270 milhões no Brasil. Com o slogan "Crescimento, Credibilidadee Estabilidade", o presidente da República pre-
MEDIDA É VÁLIDA APENAS
PARA FROTAS DE ÔNIBUS
URBANOS NAS REGIÕES
SUL E SUDESTE DO PAÍS
APetrobrasdeu inícioàsua política de massificação do uso de gás natural no País. A empresa anunciou ontem o lançamentode umprogramaque garante ofornecimentodo combustívela umcusto55% menor do que o do óleo diesel, por um período de 10 anos, para frotas de ônibus urbanos das regiões Sul e Sudeste.
Segundo odiretordeGáse
Energiada Petrobras, Ildo Sauer, o programa vai proporcionar, além de melhorias ambientais das grandes cidades, uma redução na importação do óleo diesel, combustível em que a estatal tem seu maior déficit.APetrobrascalcula ser possível substituir cerca de 60% da frota das grandes capi-
tais (um total de 50 mil veículos, sendo a metade distribuída entre Rio e São Paulo) por motores movidosa gás numperíodo de seis anos. Desta forma, estima-sequehajaum acréscimo nas vendas de gás natural de 2 milhões de metros cúbicos aodia, quevão substituir 1bilhão de litrosde diesel consumidos diariamente. "Inicialmente, a proposta é feita paraas cidadesdo Sule Sudesteque forematendidaspor gasodutos, mas a idéia é expandir este consumoparaoutras regiões", comentou Sauer. Emnota divulgadapelaPetrobras, a "nova fórmula é uma alternativa à estruturade preçosincentivados dogás boliviano "easua aplicação"dependerá de acordos com as companhias distribuidorasde gásnatural eda aprovaçãodos respectivos órgãos reguladores estaduais". A estataldestacou ainda que a medida também
poderá viabilizar uma redução no custo da operação do transporte urbano, além de trazer benefícios ambientais, tendo em vista os baixos níveis de emissão de poluentes dos motores a gás natural. Passagem mais barata – Especialistas estimam que o preço dapassagem em algumasregiões,como emSãoPaulo eno Rio de Janeiro, poderá ser reduzidoemtorno de15%.Técnicos das empresas de ônibus, entretanto, afirmam que o custo paraadaptaçãodo veículodeverá ser diluído nesta diferença de preços, o que pode reduzir ou anular este percentual.
Sauerestará hojeem São Paulo com a prefeita Marta Suplicy (PT) e representantes das distribuidorasregionais para apresentarmaiores detalhes doprojetoe paraassinar,com a SPTrans, convênio que vai permitiraadoção doônibusa gás na capital paulista. (AE)
Os DVDs atingiram o recorde de vendas de 1,68 milhão de aparelhos, com crescimento de56%em 2003,emrelaçãoa 2002, enquantoos televisores alcançaram acifra de5,29 milhões de unidades, com aumento de 8,84% em relação ao mesmo período. A expansão dostelevisores aindaestápróxima aoregistradoem2000, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). O balanço final de vendas da Eletros em 2003 referenteao desempenho da linha brancaimagem e som eeletroportáteis - mostrou uma queda de 2,25% nas vendas, confirmando as estimativas realizadas pela entidade em dezembro, de que o anodeveria fechar com um desempenho negativo entre 1% e 2%.
Em dezembro,as vendasregistraramcrescimento de 11,97% comparadas a igual mês de 2002, também referendando as avaliações preliminaresfeitaspela entidade."Aindústria eletroeletrônica enfrentouforte retraçãodemercado atéo mês de outubroe a recuperaçãoque ocorreulogo depois, no último trimestre de 2003, não foi suficientepara reverteressa queda,conforme já prevíamosna ocasião",analisaopresidenteda Eletros, Paulo Saab.
Imagem e som– O balanço da Eletros mostra que a linha de imagem e som foi a que regis-
trou melhordesempenho, puxando a média de vendas do setor para cima. Em 2003, os produtosdessalinha venderam 10% mais do que em 2002, sendo que, em dezembro, o crescimentoatingiu 55,43%."Este resultado foi puxado pelas vendas de televisores e principalmente de DVDs - este o grande destaquedo setoreletroeletrônico no ano passado', diz Saab. Na linha branca,o ano encerrou com quedade vendas de 11,51%. Embora as vendas tenham crescido 2,71% em dezembro, nãofoi possívelcompensar a retração verificada durante o ano. Já a linha de eletroportáteisfechou 2003 com queda de 5,83% e, em dezembro,o desempenhofoinegativo em 5,16%.
Consumidor deixa de lado produtos de linha branca, eletroportáteis, imagem e som, cujas vendas foram 2,25% menores. Por outro lado, elege produtos de valor agregado. DVDs batem recorde: 1,68 milhão, 56% a mais do que em 2002.
Compasso deespera - SegundoSaab,as vendasde fim de ano foram impulsionadas pelo aumento de crédito ao consumidor, e não pelo aumento de renda ou emprego. Porisso, aEletros aindamantémprojeções bastantemoderadas para 2004. "Se o PIB (Produto Interno Bruto)crescerem torno de 3,5%, como apontam algumas projeções, o setor pode iniciar um movimento de retomada devendas e cresceraté 4%", afirma ele. "Para isso, contudo, é necessário que a economia mantenha o ritmo atual, que haja recuperação da renda e do emprego,e queo governo apresente políticas de prioridade ao setor produtivo", concluiu Saab. (AE)
Para oItamaraty,essa relação não ocorre naturalmente e precisa ser "encorajada"pelo governo. Os Estados Unidos, porém,jádeixaramclaro ser contra qualquer flexibilidade nos acordos e indicaram que o assunto sequerestá naagenda de negociações. (AE)
Na corrida pelo dinheiro externo, o o governo brasileiro saiuna frente. A viagem do presidente LuizInácio Lulada Silvaa Genebra (Suíça) para seduzir osprincipais líderes empresariais europeus a investirem no Brasil, foi muito bemrecebida pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).
"Vejo com muito bons olhos ainiciativado governodetentar influenciar nas estratégias das grandes multinacionais", disse o presidente da entidade, Antônio Corrêa de Lacerda, ao lembrar que, em 2003, o Brasil foi muito prejudicado pela turbulência provocada durante a disputaeleitoral de 2002. "Encontrar CEOs (principais executivos) das grandes empresas estrangeirasé sempremuito bom, principalmente para conheceras suasestratégiasde investimentose, comisso,poder influenciar em suas decisões", afirmou Lacerda.
"Mesmo que os objetivos fossem apenas para ampliar as exportações, que, diga-se de passagem, estãotambém relacionadas aos investimentos di-
Arquivo DC
Lacerda: diálogo freqüente com CEOs das multinacionais é essencial
retos, já que 60% do comércio exterior érealizado pelasmultinacionais,é sempre muito válido uma iniciativa dessas, de falar comos principais responsáveis", acrescentou o presidente da Sobeet. Cana freqüente – Ele alertou,no entanto,que essasiniciativas nãopodem serestringir apenasa umareunião, comoa queLulateráemGenebra. Para ele, é necessário que o País abra umcanal freqüente com os CEOs dos grandes conglomerados estrangeiros. Embora existam expectati-
vas de um crescimento de pelo menos 50%para os investimentos estrangeiros diretos (IED) este ano, Lacerda acreditaqueseránecessário queo Brasilainda implemente uma série de medidas para atrair o investidor. Oexecutivo lembrou, por exemplo, a aprovação do marco regulatório principalmentepara os setores de infra-estrutura. Ele disse ainda que o governo precisa também detalhar melhor os setores que pretende apoiar na sua política industrial anunciada ao final do ano passado. (AE)
O mercado financeiro brasileiro teve ontem um dia movimentado. Nocâmbio, atradicional especulaçãodefim de mês determinou mais uma alta das cotações do dólar. Na bolsa devalores,o movimentode realização de lucros fez as ações fecharem em baixa. O risco subiu e os títulos da dívida externa fecharam quase estáveis. O mercado de câmbio registrou mais um dia de alta das cotações do dólar comercial. A moeda americana subiu com aatuação de alguns investidores interessados em elevara Ptax (média dascotaçõescalculada peloBanco Central) doúltimodia dejaneiro. Com essa pressão, os investidores tentamganharno mercado futurode câmbioda BolsadeMercadoriase Futuros, que tem vencimentos sempre no fim do mês. Amoedaamericana encerrou os negóciosontem cotada a R$ 2,894 para compra e valendoR$2,896para venda, com valorização de 0,91%. Em São Paulo,o dólarparalelo fe-
A moeda americana subiu com a a atuação de alguns investidores interessados em elevar a Ptax , taxa média calculada pelo BC
chou a R$ 2,94 para compra e a R$ 3,02 para venda, estável em relação à véspera. Leilões– Também influenciarama alta dascotaçõesas operações decompra dedólares pelo Banco Central, que fez dois leilões.Noprimeiro, comprou a R$ 2,874; no segundo, a R$ 2,884. Ao contrário de terça-feira,quando o Banco Central fez leilão num momento em quea cotaçãoda moedaestava emalta,ontem fez o primeiro leilão do dia quando o dólar estava em queda, refletindo a expectativa de que haveria ingresso de recursos externos. De acordo com operadores, o Banco Centralteria tentado mostrarao mercado quenãotemuma ação idêntica no dia-a-dia das mesas de operações. "O Banco Central podeter tentado mostrar que não age da mesmaformatodos os dias", comentou um profissional. Ao mesmo tempo, disse o operador,o BCestariapreparandoum ambiente melhor para as exportações, que nor-
malmente aumentam a partir do mês de março.
Bolsa cai – O humor dos investidores domercadode ações piorou, por causa do aumento da inflação, daaltado dólar ede alerta dadopelo Federal Reserve (obanco central americano) aodecidir manter osjuros dopaís em1%. Osinvestidores aproveitaram ocenárioruim pararealizarlucros, o que determinou a queda daBolsa de Valoresde São Paulo (Bovespa).
OIbovespa,principal indicadordabolsa paulista,caiu 1,55%, para 23.851 pontos. Comesse resultado,diminuiu para 7,2% o ganho acumulado no mês. O giro de negócios somou R$ 1,238 bilhão.
Analistas internacionais leram em documento divulgado pelo Federal Reserve a possibilidade deelevaçãodosjuros americanos depois de um longo período de queda ou manutenção da taxa. Foi o suficiente para prejudicar asbolsas americanas e,conseqüentemente, outros mercados de ações. A taxade riscosubiu 3,05%, para 439pontos-base. OsCbonds fecharam estáveis, a 101,25% do valor.(RA/AE)
O Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômicoe Social (BNDES)admite ampliar sua participação acionária na distribuidora de energia Cemig, como solução para a dívida de US$ 700 milhões que os acionistasprivados daempresa têm com o banco. "Eu quero resolver o caso e não tenho, no momento, nenhum preconceito", disse o presidente do banco,Carlos Lessa,sobre a possibilidade de a instituição se tornar sócia da distribuido-
ra. O BNDEStem hoje 2,21% do capital total da empresa.
A conversão de dívida em capital foi asolução encontrada, por exemplo, para que o BNDES chegasse a um acordo coma controladoradaEletropaulo,aAES, referenteauma dívida de US$ 1,2 bilhão.
O bancoe aempresa americana criaram uma nova h o lding, chamadaBrasiliana, que vaicontrolar ascompanhias nasquais aAES temparticipação no Brasil. (AE)
principal objetivo da polícia eradescobrir seosrepatriados utilizaram passaportesfalsos. Comessas informações, eles esperam chegar aos "coiotes".
Conforme o senador, além de aliciar os brasileiros que desejam atravessar afronteira com osEstados Unidosilegalmente, pagandopara issode US$ 2 mil a US$ 10 mil, os "coiotes" traficam drogas, crianças e fomentam a prostituição nos EstadosUnidos. "Essa máfia está iludindo e prejudicando centenasde pessoas diariamente com a promessa de uma vida melhor nos EstadosUnidos.É precisodizer que, hoje, quem se arrisca na fronteira não tem chance nenhuma de sucesso".
Dadosdo Departamentode Segurança Interna dos Estados Unidos apontam que, diariamente, 40 brasileiros eram presos tentando atravessar a fronteiracom oMéxico."Nos últimos sete dias, apenas quatro brasileirosforam presos tentandoatravessara fronteira", afirmou o senador Hélio Costa. (AE)
Enrolados na bandeira do Brasil, deportados dos Estados Unidos comemoram a chegada ao aeroporto de Confins, em Minas Gerais. A Policia Federal montou um esquema para ouvir todos os brasileiros deportados. O objetivo era obter detalhes sobre a ação dos "coiotes".
Hélio Costa acompanhou chegada de brasileiros e disse que uma máfia favorece imigração ilegal aos EUA A açãodos chamados"coiotes", aliciadoresdebrasileiros quebuscam umavidamelhor nos Estados Unidos, será alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Segundo o senadorHélio Costa,quehá cercadeum mêsnegociaa transferência de brasileiros das prisões norte-americanas para o Brasil, o pedido de criação de um CPI no Congresso e no Senado será feitona próxima semana. Costa,o senadorMarcelo Crivella (PL-RJ) e o deputadofederal JoãoMagno(PTMG), acompanharam hoje a chegada do primeiro grupo de brasileiros repatriados em Minas Gerais. O vôo com os cerca de 280 brasileiros,em avião fretado,saiuàs 20horas(meia noite, hora de Brasília) de uma base aérea,emChandler,no Texas,a de30minutosde Phoenix, no Arizona. Odesembarque no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, ocorreu às 14 horas. Foramdestacados especialmente para tomar o depoimento dos repatriados 20 delegados da Polícia Federal. O
Desde segunda-feira, os solicitantes de vistoparaos Estados Unidosno consuladodo Recife estão sendo submetidos aumnovoprocedimento de identificação que inclui a coleta eletrônica das impressões digitais dosdois dedosindicadores. A medida foi determinada peloCongressonorteamericanopara checaraidentificaçãode quemchegaaos EstadosUnidos, fortalecendo seu sistema de segurança de fronteiras e combatendo even-
tuais tentativasde fraudes ao sistema de identificação. Ao desembarcar nos Estados Unidos,ovisitante tirafotoe digitais eletrônicas que serão comparadascom asdigitaistiradas no momento da solicitação do visto e com a foto entregue durante a entrevista e que são enviadas para um banco de dados criadopelogoverno norte-americano. O procedimento chega a São Paulo no próximo mês, em março se estenderá ao Rio e em
maio estará em Brasília. Até 26 deoutubro,o sistemadeverá estarimplementado nos consulados e embaixadas americanas em todo o mundo. Atualmente, osistema funciona nas embaixadas de Bruxelas, San Salvador e Guatemala enoconsuladogeralde Frankfurt, na Alemanha. No início deste mês, um total de 50 embaixadase consuladoscomeçou a escanear as digitais de quem postula vistos paraentrar nos Estados Unidos.
NoBrasil,o Recifefoioprimeiro a adotar o sistema por ser um consulado demenor movimentaçãono númerode pedidos de visto. Trata-se de umteste e,para evitarproblemas,o consulado reduziu o número médio de entrevistas diárias, de 75 para 50. Criançascommenos de14 anos, adultos acima de 79 anos, diplomatas e quaisquer autoridades brasileiras viajando a serviço do governo estarão livres da exigência. (AE)
Três auditoresfiscaiseum motoristado Ministériodo Trabalho foram mortos com tiros nacabeça, ontem,quandorealizavam vistorias a50 quilômetros de Unaí, noroeste de Minas.A PolíciaFederal, queassumiu ainvestigação, acredita que eles tenham sido executados. Aregião éconhecida pelasdenúncias detrabalho escravo.
EmGenebra, opresidente Luiz InácioLuladaSilvagarantiu que os assassinatos."A PF, o Ministério do Trabalho e a Secretaria de Direitos Humanos estão lá. Vamosapurar quem fez isso".
Os quatro servidores estavam há dois dias em Unaí. O caso inicialmentefoi atendido por uma patrulha rural que recebeu informaçõesde queum homem havia sido recolhido, ferido, por uma caminhonete. Tratava-se do motorista, Ailton Pereira de Oliveira,de 52 anos.Elefoio primeiro alvo dos dois assassinos, que fecharam a pista e impediram a passagem da caminhonete do Ministério do Trabalho. A dupla anunciou um assalto.
Ataque – Oliveira levou um tiro,ficou comabala alojada no maxilar e não morreu instantaneamente. Ao recobrar os sentidos, viu que os fiscais NelsonJosé daSilva,de 53 anos, João Batista Soares Lage, de 51, e Eratóstenes de Almeida Gonçalvez, de 43, haviam sido mortos com tiros na cabeça.
Ospistoleiroslevaram ape-
nas os telefones celulares. "Havia dinheiro,lanterna evários outrosobjetos pessoaisdevalor que não foram tocados. Por isso, é grande a possibilidade de elesterem sidomortos por matadores profissionais", disse um policial. Segundo outro policialde Unaí,mesmo feridoomotorista conseguiu dirigir cerca de 10quilômetrosatéa Rodovia LMG 628, ligação com Buritis, onde foi socorrido. Oliveira seguiu para oHospital de Unaí, de ondefoi transferidopara o Hospitalde BasedeBrasília, onde chegou morto. Ostrês fiscais, que receberamtiros depistolas, nãotiveramchancede sairdocarro.
Morreram na hora.Eles atuavamem19 municípios da região e algumas vezes recebiam ameaças de "gatos" (pessoas que contratam mão-de-obra paratrabalharna lavoura de forma escrava).
"Essa região sempre foi muito complicada", afirmoua secretária de Fiscalização do Ministério do Trabalho, Ruth Vilela. Ela revelou que no ano passado o fiscal Nelson José da Silva, um dos executados, recebeu ameaça de morte.
Os ministros do Trabalho, Ricardo Berzoini, edos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, estiveram no local e anunciarama criaçãode uma força-tarefa para tentar encon-
trar os assassinos e os mandantes do crime.
Para o presidente da Repúblicaemexercício, JoséAlencar, "essa brutalidade não ficaráimpune".O presidentedo Tribunal Superior do Trabalho (TST), Francisco Fausto, pediu esclarecimento omais rápido possível das mortes.
Para o presidente daAssociaçãoNacional dosMagistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Grijalbo Coutinho,"a chacina mostra que muito há por fazer, sob pena de nãoconseguiro Estadomostrar à Nação que consegue proteger o seu próprio povo de assassinosquenãotemem enfrentá-lo." (AE)
A Polícia Federal decidiu deportar o norte-americano Ronald Harry Duffy Junior, que desembarcouontem noAeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Durante o vôo, Duffy agrediuum bebê.O americano dissequetomava remédio, queriadormir ea criança nãoodeixava. Irritado,aproveitou que acomissária servia água e refrigerante para alguns passageiros,pegou umcopoe jogou a água no rosto e no corpodobebê, queestavanapoltronaao lado,nocolo dopai. Os comissários ajudaram o bebê e impediram que Duffy fosse agredido pelos passageiros. Apesar de revoltados, os pais do bebê não quiseram registrar queixa contra o agressor, condição necessária paraque este tipo de crime resulte num processopenal.Mas, comoo comandantedoavião haviacomunicadoofato àPolíciaFederal pelo rádio, Junior teve seu visto cancelado automati-
camente quando desembarcounoPaís, foiinterrogadoe levado àsala destinada adeportados para aguardar o vôo de volta aos Estados Unidos. Até o final da tarde deontem, nenhuma empresaaérea havia concordado emlevá-lo. Duffy comprou passagem pela American Airlines, que oembarcouna TAM porque seu destino final era Salvador. Desacato – Este é o segundo caso dedeportaçãode umcidadão norte-americano pelo Brasil em menos de um mês. No último dia 14, o piloto Dale Robbim Hersh, da American Airlines,também foideportado após mostrar o dedo médio na foto deidentificação no aeroportode Guarulhos.Ele foi detido pela Polícia Federal sob acusação dedesacato àautoridade, passou a noite numa sala de esperadoaeroporto.A companhia aérea pagou a multa imposta a Hersh, no valor de R$ 36 mil. (Agências)
Um cachorro circulou ontem de manhã pela pista do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, atrapalhando as manobras de pouso de dois aviões que chegavam ao Rio. Os pilotos das aeronaves, ambas vindas de Belo Horizonte, tiveram de sobrevoar a área até que ele fosse retirado. O animal morreu pouco depois de ter sido capturado vivo pelos bombeiros. A "invasão" aconteceu por volta das 7h30, horário de grande movimentação no terminal. A Infraero informou que o cão, um vira-lata de rua de porte médio, entrou na pista pela parte de trás do aeroporto, sem ser notado por ninguém. O animal tentou fugir do cerco que se formou para capturá-lo e se escondeu nas pedras que ficam à beira-mar, mas acabou retirado por funcionários da Infraero, que chamaram o Corpo de Bombeiros para recolhê-lo. Informada da confusão e com medo de que ele fosse sacrificado, a Sociedade União Protetora dos Animais (Suipa) mandou um representante até o aeroporto para apanhar o cão – que a essa altura já havia recebido o apelido de Santos Dumont. Ao chegar ao aeroporto, o funcionário foi informado que o animal estava morto. Os bombeiros disseram que apenas usaram uma rede para prender o cachorro e um cambão,
instrumento usado para conter animais bravos e imobizá-los. O animal teria morrido por estar muito agitado e por ter tentado se defender, segundo eles. O cão foi enviado ao Instituto Municipal de Veterinária Jorge Waistmann, onde seria necropsiado. A Suipa quer saber se os bombeiros o mataram. Risco – O secretário de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Antônio Augusto Marques Peixoto, lembrou que a presença de animais, objetos ou pessoas na pista pode causar acidentes com aviões. Peixoto disse que há um programa internacional desenvolvido pela comunidade de segurança de vôo em defesa de um rigor maior na fiscalização das pistas. Ele considerou correto o procedimento adotado no Rio, pelo fato de as manobras terem sido interrompidas até que o cachorro fosse retirado. (AE)
ESPECIALISTAS EM REDES
IDENTIFICARAM ONTEM A VARIANTE MYDOOM.B, AINDA MAIS PERIGOSA
Ovírus Mydoom.A.wormé oresponsável pelamaisgrave epidemia da históriada informática.Os últimosdadosdivulgados ontem pela Panda Software, empresa especializada em sistemas antivírus, indicam que uma em cada 12 mensagens de correio eletrônico em circulação no mundo, ou 8,33%, está infectadapelo código malicioso.Essenúmero supera em muitoo alcançado pelo Sobig.F (1emcada 17), em agosto de 2003, que até então era considerado o vírus que mais rapidamente se propagou pela Internet. O Mydoom.A.worm também é seis vezes superior ao causado pelo Bugbear.B, até então o segundo vírus mais freqüentemente detectado.Aestimativaé de que300 milcomputadoresno mundo, grande parte deempresas, estão infectadospelo novo vírus. No Brasil, o númerode máquinasinfectadassubiu 3.133% em 24 horas.
O Mydoom.A.worm se propagapelo serviçodetrocade arquivos KaZaAe tambéminfectacomputadores pormeio da instalação de um arquivo anexadoamensagensde email. O vírus abre um backdoor (entrada alternativa), permitindo a invasão dá máquina por hac ker s , que podem roubar,corromper edestruir in-
formações. Testes realizados pelo Panda Labs constataram que esse bac kdoor também possibilita a recepção de um arquivo que, ao ser executado, permite queo ha ck er te nh a acesso atodososrecursosda rede corporativa.
Variante – Ontem foi detectada uma nova variante do vírus, aindamaisperigosa.O Mydoom.B.worm estádesenhado para impedirque muitos programas deantivírus façam a atualização corretamente.A varianteBtraz aprevisão deumataque de negaçãode serviço(DoS) contraosservidores da Microsoft. Como seu antecessor, o Mydoom.B.worm afeta principalmente asredes corporativas. Ele sereenvia a todosos endereços do Outlook ea todos os endereços com extensões .htm, .sht,.php,.asp, .dbx, .tbb, .adb, .pl, .wabe .txt que estejam armazenados no equipamento. Além disso, O Mydoom.B.wormse propagapor aplicações P2P, com o KaZaA. Ele sobrescreve o arquivo de hosts do Windows, redirecionando os endereços da Internet –entreeles, os devárias companhias de antivírus. Isso faz com que,no momento em que o usuário tenta acessar a página,o navegador mostre uma típica mensagem de erro, indicando que a página não foi encontrada. Com isso,o vírus acaba impedindoquemuitos programas deantivírusrealizem suas atualizações. Rachel Melamet
R$ 76 mil. Seu carro vale R$ 6 mil.
Excesso de velocidade é seu maior problema. Agora ele usa o carro do irmão e diz que só anda a 70km/h.
Renato Carbonari Ibelli
O mais novorecordistaem número de multas no estado de São Paulo, o veloz radialista Walter Soares Ricci, de 46 anos,teve seucarroapreendido pela equipe de Busca e Apreensão da Divisão de Fiscalização do Detran. Ao todo, ele tem 441multas colecionadas desde 1997,a grandemaioria, porexcessodevelocidade. As infrações acumuladas renderamaRicci mais dedoismil pontos negativos em sua carteira dehabilitação eum débitode R$76mil.Detalhe: ovalor do carro apreendido, um Escort Hobby, ano 96, éde aproximadamente R$ 6 mil. Para o sargento Marco Antonio, daDivisão deFiscalização doDetran, queparticipou da apreensão do veículo dirigido por Ricci,"alguém com mais de 400 multas conseguiu burlara fiscalização poroito anos porque costumava rodar demadrugada,quando onúmero de bloqueiospoliciais é menor". E, de fato, a maioria de suas infrações foi cometida entre 2h e 3 h da manhã.
Muitos empregos – O recordistaRicci nãonega queas multas tenhamsido merecidas, masafirmaquesomente excedendo olimitedevelocidadeeleconsegue sedeslocar da Rádio Tupi FM, onde comanda oprogramaClubeda Tupi,paradiversascasas noturnas da Grande São Paulo, onde também trabalha. "Enquanto tem gente dormindo eutento ganharmeudinhei-
ro", justifica. "Hoje, por exemplo, eu preciso sair de um local de trabalho em Embu das Artes à 1 da manhã e chegar a meu outro emprego, lá em Ribeirão Pires, antes das 2h. Não dá para não correr", afirma. A autuação deRicci só foi efetuada depois que oDepartamento de Operaçõesdo Sistema Viário (DSV) emitiu ofícioparaque aequipedeBusca e Apreensãodo Detrandesse prioridade ao caso."Em casos comoesse,nós aguardamoso infrator visado nas ruas onde ele cometeu amaioria de suas irregularidades", diz o tenente
PM Arnaldo Luis Pazetti, da Divisão de Fiscalização do Detran. Segundo ele, outra recurso é esperar o infrator próximo asua casae abordá-loquando começar a dirigir em via pública.Foi justamente assimque Ricci teve seu veículo apreendido. Por volta das7 horas da manhã ele deixava sua casa em Osasco. Próximohavia uma equipe do Detran esperando. SegundoRicci, ospoliciais "exageraram". "Elestentaram me prender, disseram que tirava racha.Masnão,eununca meenvolviem outrotipode incidente", afirmou.
Wladimir Miranda
Maisde 100comerciantese moradores dostrechos interditados das avenidas Rebouças e Eusébio Matoso, para a construção da passagem de nível da avenidaFaria Lima,resolveram não dartrégua à Prefeitura. Prejudicados de alguma forma pela interdição, ele entrarão na Justiça com ações individuais ou coletivas.A decisão foi tomada na tarde de ontem, em reunião na Distrital de Pinheiros da AssociaçãoComercial de São Paulo.
seja realizadanapróximaterça-feira. "Mas mesmo que a Emurb nãocompareça,faremosuma reuniãoparadecidir o foco do movimento."
De acordo com o Detran, motoristas com carro apreendido têm90 diaspara quitar suasmultase recuperaroveículo.Findo esseprazo, ocarro vai a leilão e o produto da venda é usado para cobrir a dívida do motorista. Se o valor não for suficiente, o valor pode ingressar na Dívida Ativa do Município. O infrator, então, pode ter bensapreendidos. Agora,de Escort apreendido, o recordista paulista de multas está usando ocarrodoirmãoparase deslocar. "Estou dirigindo a 70kmpor horaagora. Éo jeito", garante Ricci.
Chuvas provocam duas mortes e deixam cidades isoladas em SP
O encontro estava programado hámais de15 diase deveria contar com a presença de representantes daEmpresa Municipal de Urbanização (Emurb), que iriam apresentar o projeto oficial das obras. Porém, noiníciodatarde,Fernando José de Paula e Silva, vice-superintendenteda Distrital de Pinheiros, recebeu um email daEmurb,cancelandoa reunião."Segundoo e-mail, um imprevisto impediuque a reunião fosse realizada. Mas tenho informações não oficiais de que o motivo do cancelamentoteria sidoumencontro entre opessoalda Emurbe o juíz que está analisando o processodeembargo impetrado pelo MinistérioPúblico", afirmou Fernando, acrescentando que é provável que areunião
"Temos de entrar com ações contra a prefeita Marta Suplicy e nãocontra aPrefeitura. Éela que está causando todos esses prejuízos", disse o engenheiro AntônioAugusto Pizarro, conselheiroda ACSP. "Ajudei a projetara Faria Limae posso provar que aobra que deveria serfeita nãoé esta. O certo é a Faria Lima passar por baixo daRebouças e não o contrário", disse. Pizarro garante ter informações de que a maioria dos engenheiros da Companhia deEngenharia de Tráfego (CET) foi contra a obra."Sei que muitos engenheiros foram postos no olho da rua por terem se posicionado contra a construção da passagem subterrânea", diz ele. JaderJúnior, gerentedaVideo Factory, localizada Eusébio Matoso, tem outra preocupação. "Por causa das obras, a Prefeitura abriu uma enorme valeta bemem frente àloja. Se já eradifícil ocliente entrar, agora ficou pior", disse. EduardoAlalou, proprietário deum imóvelna Rebouças
Emurb não comparece a reunião na Distrital de Pinheiros da ACSP. Até sexta-feira, Justiça deverá se pronunciar sobre embargo de obra.
3.128, também mostra indignação."Oimóvel estávaziohá maisdeumano. Eagoraéque não vou conseguiralugá-lo. E como vou pagar o IPTU, no valor de R$ 1 mil", questiona ele. Mais ações– Existem atualmente três ações questionando o projeto. Fernanda Bandeira de Mello, do Movimento Rebouças Viva, avisa que amanhã a Justiça deve se posicionar sobre uma dessas ações. "Nodia 29 de dezembro,a So cied ade Amigos dos Jardins Europa, Paulista e Paulistano entroucom uma ação para questionar a decisão do Condephat, que teria liberado oinício dasobras, mas com algumascondições, que não foramatendidas pelaPrefeitura. Nossa expectativa é que até sexta-feirasaia uma liminar embargando as obras." "Nada justifica o início das obras. Após a sua conclusão, a passagem não vai eliminar o cruzamento,o que vai descumprir uma licença ambiental que existe desde 1994. Houve uma precipitação da Prefeitura ao iniciaras obras com três ações na Justiça", afirma Fernanda. A primeira ação contra as obras na Rebouças e Eusébio Matoso é do vereador Gilberto Natalini, do PSDB. Para o parlamentar, a Prefeituranão poderia darinício às obrassem a autorizaçãodo Condephat (órgão estadual responsável pelo patrimônio histórico). "AJustiça concedeuumaliminar, que na minhaopinião ainda não foi cassada pela Prefeitura. A liminar ainda está valendo", afirma Fernanda.
Duas pessoasmorrerame outrascincoficaram feridas em doisacidentesnarodovia Gerson Douradode Oliveira (SP-595), entre Castilho e Itapura, na região de Araçatuba, a 545 quilômetros de São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária, os acidentes foram provocados pelachuva registrada na região desde sábado. Noquilômetro 3,9darodoviapor voltadas 3h30 de segunda-feira, aconteceu o acidentecom umEscort comseis pessoas. Paulo Césardos Santos Silva estava no carro, que caiu num buraco quando o asfalto desmoronou. Apenas Silva não conseguiu sair do carro, porque ficou presopelo cinto de segurança. O outroacidente ocorreu porvoltadas 8h30dedomingo. Rivair Dourado perdeu o controleda Saveiroquedirigia.O carro foi atingido por um ônibus que seguia logo atrás e arremessado a uma alturade aproximadamentetrês metros. Socorrido com vida, Dourado morreu no hospital. Cidades Isoladas – Na região de Sorocaba, as cidades de Ribeirão Grande e Capão Bonito ficaram isoladas por causa das chuvas. As três rodovias de acesso foram interditadas pelo Departamento deEstradas de Rodagem (DER).As cabeceiras de várias pontes estão comprometidaspelo aumentono volume dos rios das Almas e Ribeirão Grande. Os moradores de Sorocaba deverãoficarpelo menosaté domingo sem água. O abastecimento foi interrompido na noitede segunda-feira,depois quequatro adutorasforam destruídas por umdeslizamento deterra. Hojecerca de 80% da população já estavam sem água. (AE)
A top internacional Gisele Bündchen escondeu os longos cabelos loiros embaixo de uma peruca cacheada ao desfilar para a grife Zoomp ontem, durante o primeiro dia de São Paulo Fashion Week
Os tons escuros predominaram nas coleções apresentadas ontem no primeiro dia de São Paulo Fashion Week
Encarnandoo look black is beautifull ,a top Gisele Bündchenfoi a atração ontem, no primeiro dia de desfiles do São Paulo FashionWeekInverno 2004. Emprestando fama e belezaà grifeZoomp, elacausou atraso etumulto no Pavilhão da Bienal,no Parquedo Ibirapuera. O desfile foi o mais concorrido do dia. Desta vez Gisele escondeu os longos cabelos loiros comumaperuca black power curta e cacheada. E encerrou o desfile aolado do estilista RenatoKherlakian vestindo um poncho estampado em preto e branco,bota de cano alto e cinturão de metal. A Zoomp elegeu como mote dacoleção osanossetenta eos ícones da década:Jim Morrisson, as Panteras Negras, ÂngelaDaviseJanis Joplin.Gisele abriu o desfile com roupas inspiradasna culturanegra enos figurinos sexys dos cantores da década.Vestindo um casaco pretocomgoladepele, bermudão compridosobremeia elástica e botade cano alto, a topsintetizou aapresentação com ares vintage. Em tecidos, a coleçãoda Zoomptevevinil, pelúcia, cetim, liganete e franjas. Sem falar nojeans, é claro, que vem desbotado e com uma
Por Sabina Deweik
lavagem semelhante às primeiras experiênciasde tinturarias da marca,em 1974.As formas pareciamsaídas desteperíodo de paz eamor: ponchos, golas rulês,micro shorts,bolerinhos,pantalonas ecalçascintura baixa e boca de sino. Tudo muitosexy ecom muitojeans, assim como pedea Zoomp de Renato Kherlakian. Almeida –Já noprimeiro desfiledo dia, do estilista Ricardo Almeida, aestrela foio galã Rodrigo Santoro,que arrancou vários aplausosda platéiafeminina.O desfilesedesenhou em cimade duas imagens emblemáticas:o figurino dos filmes Matrix e Senhor dos Anéis.O estilistaapresentou uma mistura de elementos tecnológicos e artesanais, e trabalhou os opostos mesclando coresclaras eescuras nomesmo look.Por exemplo:osmoking escurocomapenas umelemento de luz, a gravata borboleta branca. Almeida usou tons sóbrios como o preto,cinza, darkbrowne darkblue.O ponto alto foram as golas compridas em cima de camisas, coletes,paletós emantas. Oator Rodrigo Santoro encarnou bem o personagem, com barba por fazer, blusa de gola alta roxa e uma manta com franjas de
camurça enrolada no terno.
Na segunda entrada Rodrigo apareceu num look totalmente branco com uma manta de pele. O couro, o jeans desgastado e a camurça quebrarama nobreza dos tecidos de alfaiataria. Asilhuetase mostroubemestruturada e ajustada ao corpo. Loureiro – Renato Loureiro fez uma apresentação eqüestre na passarela.Dois exemplares de cavalos da raça Lusitana servirampara ilustraracoleção, todabaseada noestilomontariacompeças tiradasdoguarda roupa dos jóqueis,como calças montaria ou fuseaus, camisasebotas decanoalto.O estilo pólo foi suavizado por toques de rosa antigo e tecidos nobres como o cetim, a musselina e a seda. O brilho de paetês e das malhas em lurex também ajudaramadeixartudo mais feminino. Os tecidos foram as grandes belezas do desfile com misturas de algodão, pele, couro e camurça com misturas inteligentes e mais nobres.
Já a grifeCarlota Joakina fez um desfile quenão emplogou muito. Nem a bela Elettra Rosselini, filhada atrizIsabella Rosselini, conseguiu salvar a coleção: tudo muito colado ao corpo,com tecidostecnológicos como os emborrachados.
Tecle para matar Página 16
Recorde histórico: quase 2 milhões de desempregados na Grande São Paulo.
Falta dinheiro para obras. E o setor elétrico brasileiro corre sério risco de colapso em 2007.
A inflação em janeiro subiu O,68%. Os culpados são energia, alimentos e escolas.
Nos últimos 5 anos a renda média dos trabalhadores da Grande São Paulo caiu mais de 30%
O comércio da região metropolitana de SP faturou menos 3,8% em 2003 Páginas 4 e 5
Elettra Rosselini (esq.) e Gisele Bündchen (dir.) desfilam em tons escuros no Fashion Week. Na página 12 e no www.dcomercio.com.br
Empresários reagem à cobrança de Lula para que "chorem menos e vendam mais". Dizem: o presidente "viajou" (foto). Pág. 3
A empresa pede concordata no Brasil. Sua dívida está estimada em US$ 160 milhões. Página 9
Enrolados na bandeira, deportados dos EUA chegam ao aeroporto de Confins, em Minas. Página 15
Oaumento da3% para7,6% da alíquota da Contribuição parao Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a partir de fevereiro,é anova "incógnita" para a inflação. A avaliação é do economistada MBAssociados José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministérioda Fazenda. "É a grande dúvida parafevereiro: saber quem vai conseguir repassar oscustos da Cofins para os preços", avaliou. Mendonça de Barros afirmou queo aumento daalíquotada Cofins,com ofim dacobrança cumulativa (em cada fase da cadeia produtiva), representará um aumento real de carga tributária. Com isso, subirá o custo das empresas, que vão procurar repassá-lo para os preços. "A elevação daCofinsrepresenta aumento de carga. Não é choradeira de empresário", disse o exsecretário, ressaltando que haverá aumento de custos, principalmente,dos serviços, matérias-primas, produtos importados e operações financeiras. Segundoele, édifícil fazer uma avaliação do impacto que a elevação da Cofins pode ter
na inflação.Isso porqueo aumento do tributo incide de formadiferenciadanos diversos setores daeconomia."Éimpossível prever. São milhares de casos", comentou. O economista destaca ainda que a inflação deste início de ano está sendo pressionadapela elevação do preço de commodities no mercado internacional, principalmente petróleo (que afeta também os preços dos plásticos), aço e alguns metais. Apesardessas pressões, Mendonça de Barros avaliou que esse movimentoé temporário."Temos uma barrigade inflação, mas esse movimento é temporário porque a demandaestáfraca", disse."Oconsumo está fraquíssimo." Por isso, ele acredita que o Copom poderia ter reduzido em 0,5 ponto percentual a taxa Selic. Ele nãoobserva na economia um movimento de reposição forte de estoques e também não vêrisco de inflaçãode demanda. Mas "há uma pressão inflacionáriaque vai alémda sazonalidade do período", disse, citando oaumento de preços das commodities. (AE)
Dirigentes da Associação Nacional dos Fabricantesde VeículosAutomotores (Anfavea) estiveramontem no Ministério da Fazendapara negociar mudanças naforma de cobrança danova Cofins,que passará a vigorar a partir de fevereiro com alíquota de 7,6%.
Após seencontrar como ministro interino da Fazenda, Bernard Appy, e dirigentes da Receita Federal, o presidente da Anfavea, Ricardo Carvalho, disse que os fabricantes estão mui-
Regularização de Imóveis
Habite-se
Projetos - Prefeituras CETESB
topreocupados comoimpacto da nova Cofins no setor. Cauteloso, noentanto, evitou fazer qualquercomentário sobre as negociações com a equipe econômica. A Receita estuda a possibilidadede fazerajustes nalegislação daCofins paraos setores cuja cobrança de tributos é feita de forma monofásica – numaúnicaetapa da cadeia produtiva –, como o automotivo e os demedicamentos,cosméticos e pneus, que poderão ter aumento de carga. (AE)
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Partido estima que custo com contratação de 2,79 mil pessoas poderá chegar a R$ 58 milhões por ano
O PFL questionará na Justiça a legalidade da medida provisória (MP) editada pelo governo na sexta-feira que cria 2.797 cargos, 1.332de comissãoe 1.465de função gratificada. O custo dessas contratações poderá chegara R$ 58 milhões por ano. Para o presidente nacionaldo PFL,senador JorgeBornhausen (SC),a MP vai assegurar a transferência de cerca deR$ 17 milhões para oscofresdoPTporque, lembrou, "o partido cobra 30% do salário de seus filiados que ocupam cargos". Issose todos os cargosforem preenchidos porpetistas filiados.O PSDB também protestou contra a medida do governo. "Trata-se de uma verdadeira operação gafanhoto, feita à reveliadocidadão que,mesmo sem ter qualquervínculo partidário, está, involuntariamente,contribuindo para abarrotar a caixa de campanha
Senado votará Lei de Falências e reforma do Judiciário
Os líderes dos partidos no Senado decidiram ontem que até o final da convocação extraordinária serão votados em plenário a nova Lei de Falências e os pontosconsensuaisdareforma do Judiciário. Em reunião com o ministro daCoordenação Política, AldoRebelo, oslíderes assumiram o compromisso votar osdois temasnascomissõesjá na próxima semana, para que sejam levados ao plenário na última semana da convocação. A Leide Falênciastramita naComissão de Assuntos Econômicos (CAE) e areforma do Judiciário na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo o líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT/SP), há cinco pontos consensuais na reforma do Judiciário:a federalização dos crimes contra direitos humanos,o controleexterno doJudiciário, aunificação dosconcursos parajuízes, aquarentena de três anospara que juízes aposentados voltem aatuar como advogados e o fortalecimento das varas de Justiça. Ainda há polêmica sobre a súmula vinculante, mas o Senado ainda espera votar o tema antes de 13 de fevereiro. A súmula foi um dos três pontos prioritários para votação defendidos ontem pelo futuropresidente do Superior Tribunal deJustiça (STJ),ministro Edson Vidigal, primeiro depoente a discutir, este ano, a reforma do Judiciário na CCJ do Senado. Além dela, o ministrodefende aaprovação do controleexterno doJudiciário ea criaçãoda EscolaNacional de Magistratura. (AE)
do PT", acusou. Na avaliação dele, a ação beneficiará uma legendanum ano eleitoral,em prejuízo das demais.
"Denunciamos à nação o desperdício de dinheiro público, o empreguismo e a falta de consideração com o cidadão brasileiro", afirmou. Adecisão de tentar derrubar, judicialmente, a MP foi tomada na reuniãode ontem da
Executiva doPFL. Aagremiação ingressarácomuma ação direta de inconstitucionalidade(Adin) noSupremoTribunal Federal(STF) questionando dois pontos da MP: a de inverter a lógica da Constituição Federal, que consagra a admissão defuncionáriospúblicos apenas por concurso público, e a de autorizar o remanejamento de recursosorçamentários,
Berzoini quer mudanças na CLT ainda este ano
O ministrodo Trabalho,Ricardo Berzoini, quer acelerar as negociaçõesentre trabalhadores e empresários no Fórum Nacional do Trabalhopara poder encaminhar, até março, pelomenos parteda reformatrabalhista ao CongressoNacional. Foi esse o recado que o novo ministro deu ontem, na aberturada reunião dacomissãode sistematização do Fórum. A comissão estáfechando orelatório da parte da reforma trabalhista que trata da organização sindical.A reuniãoplenáriado Fórum, que vai fechar a questão sobreo assunto,estámarcada para o dia 17 de fevereiro.
O presidente da Força Sindical,Paulo Pereira daSilva,declarou, no entanto, que não há temponem condiçõespolíticas para mexerna legislaçãotrabalhista esteano. "Oque vaificar pronto é só a parte sindical", disse. De acordo com o sindicalista, mexernalegislação trabalhista significa mexer nodireito dos trabalhadores."Quemquer ficar sem 13º, férias e outras conquistas?", questionou. A posição do presidente da
ForçaSindical écompletamente contrária à do representantedosempresários noFórum. O vice-presidente da Confederação Nacionalda Agricultura (CNA), Rodolfo Tavares,dissequeo governo errouao começara reforma trabalhista pela organização sindical. "Deveríamos, primeiro, tertratado de garantir a simplificação dalegislação, de forma a assegurar direitos essenciais aos trabalhadores e diminuir a possibilidadede passivos trabalhistas tão elevados como os que osempresários enfrentam hoje", sustentou. Berzoini reconheceu que o tema é complexo e que mexe com muitosinteresses.Mesmo assim,pediuque ostrabalhoscaminhem para um afunilamento, de talmodo queo Fórum possa apresentar ao governo todos os pontos negociados,inclusive os que não foram objeto de consenso.O novoministro disse que não tinha medo de estar à frente de uma nova reforma,embora reconheçaque qualquer mudança na Constituição gere polêmica. (AE)
"oqueé absolutamente vedado", argumentou. Bornhausen disse que considera a MP "um abuso, uma desconsideração com a sociedade brasileira, principalmente, porque ocorre ao finaldo primeiroano dogovernoPT, que aumentou em 650mil o número de desempregados". No plenário, o senador Leonel Pavan(PSDB-SC) também protestou contra a medida. Segundo Pavan, odinheiroda contratação em cargos de confiança daria para construir cinco mil casas popularespor mês. Ele lembrou que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostramum novorecorde nosíndicesdedesempregodo País atingindo 12,3% da população economicamente ativa. "Mas nãoé contratandomais três mil pessoas sem concursos que o problemavai se resolver", criticou. (AE)
Inquéritos e processos parados por falta de laudos periciais
Milhares de inquéritos e processos, em todo o estado de São Paulo,estão paradosnapolícia e na Justiça porfalta de laudos periciais, oque impedejulgamentos ea libertaçãode inocentes. São laudos sobre acidentes detrânsito, homicídios, roubos, furtos, crimes de natureza sexual, deinformática, ambiental,estelionato, incêndios, explosões, desabamentos, acidentes de trabalho e DNA. Juízes,promotorese delegados têm cobrado todas as semanasdo InstitutodeCriminalística (IC)aentrega doslaudos. No ano passado, o Departamento de Investigaçõessobre o Crime Organizado (Deic) quase parouotrabalhosobre oPrimeiro Comando da Capital (PCC) por causa da morosidade na degravação das fitas das conversas gravadas dos bandidos. O pedido foi atendido após a visita ao IC de deputados da comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa. Para resolver oproblema, o diretor do IC, JoséDomingos Moreira das Eiras, relacionou os 191 peritos que estão com o trabalho atrasado. Eirasmandou publicar no "DiárioOficial" do Estado os nomes deles e determinouquetodos passematrabalhar das 8às 18 horas, sem prejuízodos plantões. A cada semana,com relatórios,vai controlar aestatísticados laudos concluídos. Celso Perioli, responsável pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica, informou queo acúmulo de laudos é grande por causa do volume:40 mil novosregistrados todos os meses para cerca de 800 peritos no Estado. (AE)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 28 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Proluminas Lubrificantes Ltda. - Requerido: Riccaoil Lubrificantes Ltda. - Rua Coelho Barradas, 145 - 11ª Vara Cível
Requerente: Produtos Alimentícios Orlândia S/A Com. e Indústria - Requerida: Parmalat Brasil S/A - Ind. de Alimentos – Rua Gomes de Carvalho, 1.629 - 29ª Vara Cível
Requerente: Armor Equipamentos de Proteção Ltda. - Requerido: Comercial Nova Trabalhadores Ltda. - Rua Estevam Furquim, 396 - 15ª Vara Cível
Requerente: Armor Equipamentos de Proteção Ltda. - Requerido: C Pontes Automóveis Ltda. - Rua Chico Pontes, 1.000 - 26ª Vara Cível
Requerente: Loti Lorando Tecnologia Indl. Ltda. - Requerido: Rele Eletrotécnica Ltda. - Rua Santa Ifigênia,
510 - 03ª Vara Cível Requerente: Indústria e
- Alameda Eduardo Prado, 676 - 13ª Vara Cível
Requerente: Comércio e Indústria Orsi Ltda. - Requerido: Grigorio Manoel da Silva Mercadinho-ME - Estrada Coronel José Gladiador, 465 - 04ª Vara Cível
Requerente: Comércio e Indústria Orsi Ltda. - Requerido: Mercadinho MR Ltda. - Rua Prof. Oscar Campiglia, 6228ª Vara Cível Requerente: Comércio e Indústria Orsi Ltda. - Requerido: J Carmo Coml. Alimentícia Ltda. - Av. Conceição, 3.780 - 21ª Vara Cível
Requerente: Comércio de Veículos Biguaçú Ltda.Requerida: Sport Master Com. de Prods. Metalúrgicos Ltda. - Av. Osvaldo Pucci, 60 - 17ª Vara Cível
Requerente: Metal-Fas Com. de Aços e Metais Ltda. -
Requerida: Central Brasil Engrenagens Ltda. - Rua Piratininga, 528 - 25ª Vara Cível
Requerente: Oxibrás Equipamentos Ltda. - Requerido: Central Brasileira de Engrenagens Ltda. - Rua Piratininga, 526 - 25ª Vara Cível
Requerente: Emef Com. e Locação de Equipamentos Mecânicos Ltda. - Requerida: Missões Com. Restauração e Pinturas Ltda. - Rua Bladina Ratto, 65 - 06ª Vara Cível Requerente: Comércio
Um atacantesuicidaexplodiu ontem um furgão disfarçado de ambulância na frente do Hotel Shaheen, freqüentado porocidentais emBagdá,matando quatro pessoas e ferindo outras17,segundo a polícia iraquiana. Um sul-africano estava entre os mortos e quatro outros,entre osferidos,informou o Ministériodo Exterior da África do Sul.
Aexplosão ocorreuàs6h40 locais, depois que guardas de segurança abriram fogo contra o veículo - um furgão branco comasmarcasda Crescente Vermelho, a versão da Cruz
Vermelha no OrienteMédioquando ele era manobrado em tornode barreirasdeconcreto na rua. O ministro do Trabalho iraquiano, Sami Izara al-
Majourn,umdos moradores do hotel, escapou ileso. Cratera – A explosão deixou umagrandecratera narua, destroçou o térreodo hotel de trêsandarese danificoupelo menos três outros prédios vizi-
nhos. Cercade 10carros estacionados nas proximidades foram destruídos. Foi o primeiro ataque com carro-bomba emBagdá desde 18 dejaneiro, quando31 pessoas foram mortas numa ex-
O juiz Brian Hutton eximiu ontem o primeiro-ministro britânico,Tony Blair,dequalquer responsabilidade no suicídiodo cientistaDavidKelly, mas suas críticas à rede BBC levaram à renúncia o seu presidente,Gavyn Davies.O juiz declarou que o governo Blair não atuou deforma "desonrosa, abusiva, nem enganosa".
O suicídiode Kellyocorreu dias após seu nome ser vazado à imprensa como sendo a fonte de uma polêmica reportagem daBBC, acusando ogovernode ter"esquentado"informações sobre armas iraquianasparajustificar a guerra no Iraque.
O juiz Hutton, que investi-
gou o suicídio, criticou energicamente a BBC por causa da reportagem dojornalista Andrew Gilligan. Ele disse que a
reportagem era "infundada" e criticou os redatores-chefes da BBCpor nãoteremverificado devidamente as informações do repórter.
Renúncia – A BBCanunciou a renúncia de Davies, presidente da junta de diretores da rede, logo após a divulgação do relatório de Hutton,sem dar maiores detalhes. A BBC pediu ontem desculpas por "certas alegações" errôneas, feitas por Gilligan, no programa de rádio Today, no dia 29 de maio.
A rede, no entanto, destacou que duranteos últimos oito meses nunca acusou Blair de mentir. ABBC nãoanunciou ainda nenhuma medidacontra Gilligan. (AE/AP)
plosão na principal entrada do QG das forças de ocupação. Pelo menos cinco hotéis usados por estrangeiros em Bagdá já foram atacados por insurgentes com carros-bomba, mísseis e outros explosivos. Os ataques evidenciama precária situação de segurança em Bagdánovemeses depois docolapsodo regimedeSaddam Hussein.
Protesto – Na cidadesulista de Nasiriya,cercadedezmil partidários de um radical clérigo muçulmano xiita forçaram o governador apontado pelas forças de ocupação a abandonarseuescritório, afirmando que só reconhecerão líderes eleitos. "Não aIsrael,não ao imperialismo, não à América", gritava a multidão. (AE/AP)
Soldados israelenses matam oito palestinos em Gaza
Oitopalestinos forammortos ontem em um dos dias mais violentosdos últimos meses em Gaza, complicando ainda mais os esforços de enviados americanos incumbidos de levaraspartes emconflitode volta à mesa de negociações. Os tiroteios entre soldados israelenses e pistoleirospalestinos transformaram em zona de guerra umbairro daCidade de Gaza. A violência ocorreu no mesmodia emque osenviados americanos JohnWolf eDavid Satterfield reuniram-secomo primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ahmed Qureia. (AE/AP)
A NASA divulgou ontem as primeiras fotografias coloridas captadas pelaslentes dasonda Opportunity. As imagens mostram camadasderochas marcianas que poderiam indicar que já houve água na superfície do planeta vermelho. "Alguns dos detalhes que podemos ver aquisão fenomenais", comentou Jim Bell, um dos principais cientistasresponsáveis pela câmera panorâmica posicionada na sonda. As rochas comfinas faixas horizontais situam-se a pou-
cos metros do local onde está a plataforma sobrea qualposiciona-se oOpportunity. Cada faixa horizontalna pedra representa um evento na história geológicado planetaepoderia indicarse houve água em algum momento do passado. No outro lado de Marte, a sonda Spiritserecupera.Os engenheiros da NASA receberam novas informações enviadas pela sonda. Eles ainda tentam compreender os persistentesproblemas noscomputadores da Spirit. (AE/AP)
OMS insiste em abate de aves
A Organização Mundial de Saúde (OMS) insistiu em que osdez paísesasiáticos jáinfectados pela "gripe das aves" abatam os animais doentes o mais rapidamentepossível, para impedir a propagaçãoda doença que já matou dez pessoas. Mas a Indonésia informou que não obrigará seus avicultores a fazerem isso.
Técnicosda OMS e outras organizações internacionais desaúdedisseramquea vacinação não é suficiente para impedir uma epidemia. Ela ajuda, masnão substituio abate.Segundo a revista inglesa New Scientist,a exemploda pneumonia atípica (Sars), queno ano passadoafetoua Ásia, o surtoatualda "gripedasaves" também pode ter começado na China. (AE/AP)
Leio no Herald Tribune, de sábado-domingo, 17-18 deste mês, que a instabilidade do pós-guerra do Iraque tornou o serviço militarprivado numa excelente indústria.A coalisão de autoridades permitiu a companhias do setor privado contratos para providenciara pletora de serviços de segurança, desde a proteção dos poços de petróleo ao treinamento das forças de segurançado Iraque. As companhias privadas desegurança já fizeram lucrativo negócio no Afeganistão. Oartigoé longoenãovou comentá-lo, salvo, ainda, um período em que acentua a necessidadede enfrentaro desafiode princípios éticose práticos.Defato,as forças mercenárias escapam ao controle doEstado epodem, mesmo,voltar-se contrao próprio Estado que as preparou e contratou. O artigo trata, igualmente, de problemas vários, dentre os quais a perda, pela nação-Estado,do monopóliodas forçasarmadas.Cita,ainda,o artigoas companhias que já adotaram os mercenários. Ossoldados mercenários são velhíssimos no mundo. Todo o feudalismo foi defendido poreles.Osenhorfeu-
Empreendedor paulista
Parabéns pela festa do empreendedor paulistano. Maravilhoso, simplesmentefinoe gratificantecomo São Paulo deve ser. Definir São Paulocomuma única palavra é muito fácil: "Única". Um abraço Ricardo Wagner/Ligia Maria
São Paulo - Capital
Parabéns ao Diário de Comércio.Com certeza existe uma equipe de profissionais que vive decoração e abraços abertos para que o sucesso seja permanente. Abraços.
Denise Cotrim
São Paulo - Capital
Dieta da compaixão Muito boa a matéria "A dieta dacompaixão", de 22-12004, esclarecendo o pensamento e a prática dos vegans. Espero que o Diário do Co mé rc io publique outros artigos sobre o assunto, no futuro. A população precisa aprender queninguém precisaconsumir produtosanimais para sersaudável e viver bem. Pelo contrário...
Regina Rheda
São Paulo - Capital
Parabéns pelo espaço disponibilizadopara amatéria
dalnão podia manter um exército, como os Estadosnação denossotempo.Daí valer-sedos andarilhosde castelo em castelo, soldados prontos para defender a bandeira que lhes pagasse mais e melhor. Foi como se firmou o feudalismoe levou-oaté às transformações porque foi passando o mundo da época, como desaparecimentodos senhores feudais. Mas, omercenarismo não desapareceude ummomento para o outro. Os novos senhores em que se dividiam os territórios dos reinos tinham que contar com forças armadas para sua defesa, e o mercenarismo eraa solução,como, historicamente, foi essa a solução com quecontaram os proprietáriosdos castelos ondese concentravam.Agora, volta o mercenarismo, com os Estados Unidos, a Inglaterra ea Áfricado Sulempregando-os, e firmas privadas fazendo o mesmo. É onde chegamos,como desenvolvimento da ciência e o domínio dasconsciências pelainformática.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
sobre o veganismo. Apenas gostaria de pedirque nesse tipo de matéria evitassem os comentários dotipo "algumas esquisitices", pois nãodevemos criticar algo em que não temos entendimento. Este tipo de critica é peculiar a quem ainda acha que o homem é o senhor da terra. Todos ficariam chocados se soubessem que seres humanos sãomortospara que umaenzimasejautilizada na fabricação de um rolo defilme. De qualquer forma tudotemumcomeço, parabéns.
Max Reis São Paulo - Capital
Aumento do Simples
Assino embaixo a carta do leitor Edilson Limeira Ribeiro da microempresaCorimex Comercial Ltda., publicada naedição dodia20 p.p.Sou um microempresário que vêm sentindo diaapós dia o aumentobrutal dacargatributária edespesas criadas pelo executivoe legislativo, esse último com a mudança absurda dos contratos sociais,com umcustomínimo de R$400,00 emmédia. Se quisermos ser ouvidos, teremos que ser mais duros para obtermos sucesso. Mario Matos São Paulo - Capital
Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800 caracteres,sedigitados, ou 40 linhas de 70 toques cada,se datilografados.
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É vozcorrente entreos empresários amáximadeque quem produz no Brasil é punido,istose referindo,principalmente, aos estrondosos gravames tributários e à excessiva burocracia às quais se submetem os empreendedores de qualquer natureza, pequeno ou grande. O castigo é um fato, mas o desrespeito público é algoque ao menosdeveria ser evitado,mormente em relação àquelescujo desempenho se revelam dos mais positivos. Em sua recente viagem à Índia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro em NovaDelhi, deu um pito nos empresários brasileiros, dizendo alto e bom som que eles deviam chorarmenose vender mais. Nada maisinjusto para uma platéia que tem dado provas decompetência, seriedade earrojo, ajudando até melhorar alguns números do primeiro ano do Governo Lula,quenogeralnãosão nada primorosos.
Nada consta que administração petista tenha dado gran-
des saltos paramelhorar o comércio exterior brasileiro. Nãoobstante,a balança comercial brasileira fechou o ano de 2003 com uma cifra que é recorde histórico:US$73,084 bilhões. As importações alcançaram US$ 48,253 bilhões, e o superávit comercial fechou em US$ 24,831 bilhões.As exportações cresceram 21,1% em relação a 2002, com aumento absoluto de US$ 12,722 bilhões. Foi a maior expansão em valorjá registrada pelas vendas brasileiras. O desempenho das exportações deprodutosmanufaturados foi notável, com 54,3%dototal dos negócios externos brasileiros. Essafoi a categoriade produtos que maiscontribuiu para oaumento das exportações, em relação ao ano anterior. Em valores absolutos, asvendas externas dessa categoria de produtoscresceram US$6,7bilhões, oquecorrespondeu a52,3% do total da ampliação das exportações brasileiras,no ano passado, seguidopelo produtos básicos, com US$ 4,2bi-
Lucila Pizani Gonçalves
O Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa não deixa dúvida. Numa cidade, qualquer uma, periferia é a regiãomais afastadadocentrourbano, em geral carente eminfra-estrutura eserviços urbanos e que abriga os setores de baixa renda da população. Melhor explicação impossível. O dia-a-dia difícil justifica a faltade auto-estima: é muito comum, na periferia de São Paulo, ouvir alguém dizer que "vai dar um pulinho na cidade". Vamos entender o que isso significa: quando um morador está longe,nos grotões da cidade,sente-seexcluído. Está implícito(mas muitoclaro) nafrase.Amaioria nem percebe, mas não fala a palavra"centro" esim "cidade".É porque,na realidade, está longe do progresso, do movimento, da vida, das oportunidades – de tudo. É na periferiade São Paulo que as pessoas mais precisam de atenção,de policiamento, de entretenimento saudável para crianças, de acesso a um tratamento de saúde digno... São tantas as coisas. Mas é possível resumirtodas asnecessidades numasó frase:As pessoas precisam sentir que são cidadãse quetêm dignidade– que fazem parteda "cidade".
O "progresso" está chegandoà periferiadeSão Paulo através do processo de descentralizaçãoe do trabalho queas subprefeiturasdesenvolvem.Além disso,oPlano Diretordeixa claro que São Paulo émuito maisdo queo centro. É um efeito cascata. Se as pessoas encontrarem o que precisam nos locais onde moram, não vão para o centro – ou para a cidade, como gostam de falar. É bom para todo mundo.Paraos queestão "além-centro"e paraos que precisamir parao centro,local que ficará desafogado. Pequenas obras na periferia podem significar mais do que as grandes no centro.
Mas São Paulo já apresenta
resultados positivos. Até agora, o PSF,maior programa de saúde da família no Brasil, implantou 748 equipes, beneficiando cerca de2,5milhões depessoas;foram implantadas27 brinquedotecas em hospitais, prontos-socorros e postos de saúde municipais; já foram inaugurados 17 centrosde educaçãounificados, os CEU’s –e até o finalde janeiroserão 21unidades;nos últimos três anos foram criadas duzentas mil novas vagas nasescolas e CEU’s; já foram regularizados 10.173 lotes, beneficiando maisde40 mil pessoas, desdejaneirode 2003,quando foiaprovadaa lei autorizando asregulamentações (aprevisão éde que esse número chegue a 48 mil famílias); foram construídos 6 piscinões,ação que diminuiuo grandeproblema dasenchentes; foramcanalizados 7.300metros decórregos; houve um aumentode 70% no atendimento à população de rua emrelaçãoa 2000; em três anos foram instalados103telecentros, beneficiando cerca de 300 mil pessoas; os programas sociais como o Renda Mínima, Bolsa Trabalho, Começar de Novo e Oportunidade Solidária já atenderam mais de 1,2 milhão de pessoas. As melhorias já começaram na região de São Paulo que foi esquecida. Lugarque aspessoas que moramno centro querem esquecer.Por isso não posso deixarde mencionar ehomenagear asmuitas entidades,associações emovimentos populares que ao longo destesanos lutaram para resgataro direitoà cidadania. O direito que a periferia tem defazer parteda cidade de São Paulo na prática. Mas hámuito trabalhopelafrente ainda –afinal,sãomuitos anos de descaso,errosque devem ser corrigidoscom urgência. As ações que estão por vir devem ser encaradas como um grande desafio.
Lucila Pizani Gonçalves é vereadora em São Paulo
lhões (33,2% do total), e semimanufaturados, com US$ 2,0 bilhões (15,6%). É importante salientar que a base de tais resultados reside em esforços de anos anteriores e não da administração lulista, já que asrelações de comércio internacionalsão lentas, dependem de muitos esforços e tempo para a concretização de negócios e não são feitas do dia para a noite, salvo imprevistos em colheitas de c om m od it ie s agrícolas emalgumpaís.Portanto,o grandeêxitoexportador não pode enem deve ser atribuídoao governo petista. Aliás, o PT ganhoua eleição e não perdeua poseirresponsável.Seus líderesainda acham que podemagircomoseestivessem na oposição ou à frente de algum sindicato. Parece que ainda não perceberam que suas incontinências verbais podem comprometer170 milhões de brasileirosou no mínimo envergonhá-los. Lula precisa urgentemente parar de acreditar que seucapital político é inesgotável. Asdeslumbradas estrelinhas petistas precisamsecalar edeixarasociedade fazer o seu trabalho. Tornar mais fácil a vida dos empreendedores, reconhecer seus esforços e não lhes dar injustificados puxões de orelha.
P.S.
Presidente brincalhão
Reza a lenda recente que na intimidadede seugabineteo presidente Lula é muito duro com seus subordinados e um exímiofaladorde palavrões. Aliás, dizemque esta é também uma característica muito forte da prefeita da capital. Não deve ser, certamente, um estilo petista de governar, mas umacoincidência simples.Pessoalmente presenciei – já mencionei aqui - um entrevero entre oentão postulanteàcandidatura presidencial,LuizInácio Lula da Silva, e uma aeromoça da Varig, numretornodevôo de Brasília para São Paulo que constrangeuos circunstantes. Deveria ser fobia de voar. O que também, pelo excesso de vôos internacionais da atualidade, revela uma capacidade desuperação muito intensa do nosso presidente que, a despeito de tudo isso, é um brincalhão.
Sem outro modo Nãohá outro modo de compreender a"cobrança" feita pelo presidentena Índia aos "empresários" brasileiros, de quereclamassem menos, do que como uma piada. Certamente, infeliz como quase toda piada que o presidente se dispõe a fazer em seus improvisos. Adepto do recurso oratório das metáforas,dos simbolismos ecomparações, a puxada de orelhas que pretendeudar,ainda insisto,naforma de piada, não pode ser entendida de outra maneira.
Descor tesia Aindaque fosseverdade queo empresáriobrasileiro só chora (ainda que, reitero), um presidenteda República, em viagem na qualidade de Chefede Estado(sim,como chefes de governo ficaram aqui, na ordem, José Dirceu e o vice-presidente José de Alencar) jamais poderia ser descortêscomofoi, interna-
cionalmente, comquemfaz nascer e circular a riqueza nacional, da qual oEstadoe o presidente se utilizam até para viajar permanentemente.
Descuido
Alémda descortesia,opresidentecometeuo descuido derepetir umbordãode quem não temoutras justificativas a dar. Só chora, se é verdadeque oempresariado chora, quem está com dor. Ninguémchorado nada.E não seria de alegria queos empresáriosno país poderiam estar chorando.
Generalização perigosa
Quando generaliza a expressão "empresários",o presidente certamente deixa fora milhões demicros, pequenos emédios empresáriosbrasileiros,quesofrem continuadamente há quase dez anos, as agruras de umapolítica econômica, acentuada no primeiroano dagestão Lula,de recessão e aumentobrutal de impostos. Se pretendeu dar alguém recadoo presidente deveria ter sido específico. Essa de governante reclamar do choro de empresários e pedir mais trabalho é mais velha do que andar para frente. E vazia. Os governantes em geral poderiamfazer maise falarmenos, isso sim. Só pode ter sido brincadeira.
Soberba
Osgovernantese políticos que mandam nopaís seja de que partido forem, são portadoresda "soberba". Julgamse donos da coisa pública e acimado bem e domal em seu poder de arbítrio. O povo brasileiro, por ignorância, deseducação política, é manso evai semprepara obrejo, em benefício dos poderosos de sempre,mesmoque venham da oposição.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
MASCARO
EYMAR
Uma semana antes das eleições degovernadorem São Paulo,em 1994,MárioCovasconvidou algunsjornalistas para tomar com ele um café da manhã reforçado, no comitê central de campanha do PSDB. Foi naquela eleição que, para derrotar Francisco Rossi no 2º turno, Covas não vacilou em procurar Maluf e pedir seu apoio. Rossi não perdoa Maluf até hoje.
Covas tomou uma chá de erva-doce e enumerou as prioridadesdo seugoverno,mas negandosempreque seconsiderava vitorioso antes da aberturadas urnas. Chamou a atenção quandodisse que erauma apaixonado portrens e prometeu uma política ofensiva para recuperar a malha ferroviária de São Paulo.
Vitoriosonasurnas, Covasganhou do governo espanhol um trem. Custo zero. Com uma condição: a reforma dos vagões seria feita numa oficina espanhola. Covas aceitoumesmosabendoque iadarempregoatrabalhadores espanhóis.
Covas gastou R$ 90 milhões para reformar o trem azul, na Espanha.Omesmo tremqueapopulação vêcorrendoparalelamente à margem do rio Pinheiros. O triste da história éque foinogovernoCovas queotremde passageiros,que ligava a capital ao interior, morreu.
RECADO
O maior empresário brasileiro da área privada, Antônio ErmíriodeMoraes, avisa que nunca chorou quandoesteve comLulae nunca precisou viajar tanto para o exterior para que a Votorantim ampliasse as vendas. Ermírio informa quesua empresa está exportando mais de 50% dos ferrosos enão-ferrosos que produz na área de metalurgia.
VOCÊ SABIA?
Quenum determinado ano, todos os funcionários da estação de trem de Engenheiro Schmidt, interior paulista, entraramem férias,todos de uma só vez?
Fecharam a estação e levaram a chave para casa.
ESTÁ ESCRITO
No párachoque deuma Kombi: "Velocidade controlada pelo buraco".
FUÇA-FUÇA
O primeiro oba-oba de Lula com onovo ministério serádia 6,na Granjado Torto.O presidente aproveita emanda assar uma carninha.
TROMBONE
O juiz RochaMattos foi depor pela segunda vez. Na véspera, teriaprometido revelar fatos que envolveriammais representantes doJudiciáriocom aquadrilha acusadadevender sentenças judiciais. Sefalou, ninguémsabe,ninguém viu.
ALTO NÍVEL
Jarbas Passarinho ensina que quando se pretende dificultar as investigações de alguma irregularidade, no Brasil, costuma-se criar uma Comissão Especial para estudaro caso.De preferência, de "alto nível".
CALA BOCA
Cristovam Buarque será aconselhado a fechar o bico, esquecerque foidemitido por Lula por telefone, assumir seu mandato no Senado e passar a apoiar o governo. Se quiser ter chance de ga-
nhar a legenda do PT para se candidatarao governo de Brasília, em 2006.
SAIBA QUE
Umcãozinho viralatainvadiu apista doaeroporto Santos Dumont, no Rio, ontem de manhã, e impediu, por 10 minutos, que os aviões descessem ou subissem na hora certa.
MAIS UM Ex-ministro das Comunicações, Miro Teixeira está a caminho do PT do Rio. Apesar da forte oposição de petistas cariocas.
PERGUNTA
Porque a agenda do superministro José Dirceu previa encontro comcinco ministrose opresidentedoPTB, Roberto Jefferson, enquanto a do vice, no exercício da Presidência,José Alencar, anotava apenas uma audiênciacomo chefedegabinete do prefeito de Juiz de Fora?
MAIS CARGOS
Lulaestácriando quase trêsmil cargosno governo federal queserão preenchidos sem concurso. O argumento da Casa Civil é: "para atenderàs demandassociais eadministrativasdo País e fortalecer o Estado".
CARDEAIS
Sarneye Requiãodisputam o privilégio de indicar o futuro presidente da Eletrobrás,em substituiçãoaLuiz PinguelliRosa. Aestatalentrou nopacote negociado por PMDB e governo.
GALHOFA
Virou piada, atéem Salvador, a presença de um baiano no Ministério do Trabalho.
NA CABEÇA
Nem o apoio total de Lula ao candidato doPT venceria César Maia na eleição de prefeito,noRio, sea votação fosse hoje. Pesquisa Gerp encomendada pelo JB indica que Maia vence qualquer candidatoja um do PT, ou Denise Frossard, do PSDB, ou o bispo Marcelo Crivela, do PL, ou Sérgio Cabral , do PMDB.
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Acobrança feitapelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva aos empresáriosbrasileiros, emsua viagemà Índia,para que "chorem menose vendam mais", reacende asdiscussões sobre ascondições dadaspelo governopara asexportações. Na opiniãodos empresários,é horade resolver os gargalos queimpedemoPaís deser mais competitivo no exterior, como o excesso de burocracia e o peso dos impostos.
E mais: não será possível expandir o mercado externo, dizemeles,enquanto, internamente, os índices de desemprego batemrecorde eas perspectivas de consumo semantém incertas. "Se háumademanda permanente no mercado interno,as empresasbuscamnovos mercados", argumenta Paulo Godoy, 1ºvice-presidente da Associação BrasileiradaInfraEstrutura e Indústriasde Base. "Obrasileiro tem vontade e criatividade para exportar, mas não é possível dissociar tudo issododesemprego edafaltade perspectivas internas".
Nãohá choro – "Tenho o maior respeito pelo presidente de meu País,masnãofoiuma boa observação", avaliou o presidente da Associação Brasileira de Fabricantesde Brinquedos (Abrinq) e do Conselho Regional deEconomia deSão Paulo, SynésioBatista daCosta."Não vejoo empresariadobrasileiro chorando e pedindo favores ao Estado.Oque pedimoséqueo Estado custe menos".
O presidenteda Federação dasAssociações Comerciaisdo
EstadodeSão Paulo(Facesp)e da Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP),Guilherme Afif Domingos, disse que o empresáriobrasileiro enfrenta a cadadiauma burocraciacada vez maisinfernal, queo governo joga nas costas dos empreendedores."Comtodos esses encargoscomo éque oempresário pode ter tempo para olhar outras coisas?", pergunta. Entravesassustam – P ar a Afif, o mercado externo assusta grandeparte dosempreendedores brasileiros devido aos entraves burocráticos existentes, principalmente no caso das pequenas emédias empresas. "Não há ainda um sistema facilitador, apesar de o ministro Furlan ter uma visão extremamente prática", dizo empresário, que acredita que o ministro possa ajudar muito o governo dos burocratasdo PTa entender como se deve tirar a carga de cima do empreendedor. Afif espera que o presidente Lula seja sensível à pauta da desburocratização "até porque ele não nasceu naburocracia comováriosmembros do PT. Lula é do chão de fábrica e vai entender nossa reivindicação".
Comelefazemcoro outros empresários, que criticam tambémos altosjurose aprecariedade da infra-estrutura, como estradas esburacadas."Odesabafo do presidente e sua repercussão vão servir para que o empresariado possa apresentar comclarezaos entravesqueo governo acha que é choradeira", avalia Godoy. (DC/Agências)
Um dia depoisde dizer que os empresários brasileiros devem vender mais e chorar menos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou para tentar contornar o mal-estar criadocomaestocada e,poucas horas antesde deixara Índia, natarde deontem, decidiuse explicar. Ao discursar no Fórum de Negócios Brasil-Índia, em Mumbai (antigaBombaim), Lulaafirmou que não estava se referindo aos "companheiros" que já se encontramno paíspara exportar seus produtos.
"Ontem, houve quem achasse que eu fui duro com os meus companheiros, os empresários brasileiros, quando eu os desafiei.E nãofoia primeiravez", disse. "Eu achoquetemosde desafiar mas não aqueles que estãoaqui ouque têmviajado muito,mas, sim,os queficam nos seus paísesesperando que aconteçam milagres".
Amaciante – O discurso mais brandodeLulaagradou aos empresários na platéiaeram cerca de 200, entre brasileiros e indianos. "Ele colocou umamaciantenas palavras", definiu o vice-presidente da
Confederação Nacional das Indústrias,Robson deAndrade, que acompanhou a comitivapresidencial. "Foibomporque todo mundo pôs a boca no trombone".
"Tem muita coisa plantada, muitasemente.Agora, quem precisaaguar tudoissosãoos empresários", observou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.Pelos seus cálculos, o intercâmbio bilateral deveaumentarde US$ 1bilhãoparaUS$ 5bilhões em cinco anos.
Concorrência difícil – P araMichel Haradom,donode umaempresa defertilizantes que integra a delegação brasileira, a concorrência será difícil."NaÍndia hámuitossubsídios, financiamentoe mãode-obra baratos".
Lula acenou com o projeto de Parceria Público-Privada (PPP), que está no Congresso. "Teremos a oportunidade de oferecer a estrangeirosa participação em negócios com ummarco regulatóriogarantindo que não haverá, da parte do Estado, a perspectiva de não cumprir o que foi colocado no papel". (AE)
Nem mesmo aforte neblina queatrasou em mais de uma horaa decolagemdo"Sucatão" em Nova Délhi impediu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devisitar oTajMahal, monumentoqueo imperadorShan Jehanmandou construirnacidade de Agra, no século 17, para enterrarsuamulher, Muntaj Mahal. Considerado uma das maravilhas do mundo moderno, o palácio de mármore branco foi concluído em 1653. É um templo em homenagem ao amor."Chegaratéaqui enão conhecer o Taj Mahal era como não vir à Índia", disse Lula. "Era um antigo desejo". Posando para fotos– De mãos dadas com a primeiradama Marisa Letícia,o presidente andou calmamente pelo imenso jardim epousou para fotos em frente do monumento. "Vocês já viram alguma coisamais bonita através dessas lentes?", perguntou Lula, bemhumorado, aos fotógrafos. Dianteda respostanegativa, não se conteve: "Não é lá atrás, não. Sou eu, gente!" Logo depois, chamou toda a comitiva para imitar seu gesto. "Pessoal,vocêsmerecem tirar umafoto aqui!", insistiu.Primeiro, foram os governadores Roberto Requião (Paraná) e
José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT (MS).Depois, os ministrosCelso Amorim (Relações Exteriores), Guido Mantega(Planejamento) e WalfridoMares Guia (Turismo). Todos se juntaram aopresidente parao cliquedo fotógrafo oficial. Os políticos estavam acompanhados de suas mulheres. Suntuosidade – Um guia informavaa Lula,pormeio do tradutorSérgioCorrêa, queo Taj Mahal recebe7 milhões de visitantesporano,dos quais R$2,5 milhões estrangeiros. Impressionado com a suntuosidadeda obraerguida noImpério Mogul, Requião brincou com o presidente: "Ou esse imperadorera um apaixonado pela mulherou aodiava, porque festejou a morte dela com um mausoléu".
Para visitar o Taj Mahal, Lula enfrentou 40 minutos de avião de Nova Délhi até Agra e, depois,maisduas horasde lá até Mumbai."Se Deus quiser, umdiavou voltar aqui",comentou, antes de partir. Ao chegarà reunião,disse: "Um país que consegue preservar um monumento daquela magnitude temtudoparaser um paísmuito maisdesenvolvido do que a Índia é". (AE)
O plenário da Câmara dos Deputadosaprovouontem à noite por votaçãosimbólica MedidaProvisóriaque criao novo modelodo setorelétrico noPaís. Apolêmica emtorno dasMPs do setor elétricofez comque asessão entrassepela noite.
Pelo texto da MP, o Ministério deMinase Energiaserá o responsável pelo planejamento edefinição daspolíticas do setor, como por exemplo a construção de novas empresas geradoras de energia e a composição do regime tarifário. A Aneel terá que seguir orientaçõesdoministério na abertura de licitações, mas será responsável pela aplicação das concorrências. Eletrobrás, Furnas, Chesf e Eletronorte serão retiradas do Plano deDes es ta ti za çã o. (AE)(Leia mais sobre o assunto na página 4)
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Avicultores apostam que crise do frango e da vaca louca abrirão espaço para exportações em 2004.Países da União Européia são os principais alvos.
A gripe do frango no Oriente e a suspensão da importação de carne bovina dos Estados Unidos estãoabrindo espaçopara queo Brasilaumente aexportação de ovos. Os representantesde entidadesdo setoracreditam queesse éum bommomentoparaque oPaís conquiste novos mercados e aumente as vendas do produto noexterior, aindapoucorepresentativas. Por enquanto, o maior comprador de ovos brasileiros é o Japão, que consome 70% da produção enviada para o exterior. Os produtos exportadossãooovo "innatura",o ovo em pó e a clara em pó, que renderama cifrade US$2,640 milhões aoPaís noano passado."Éum númeroaindatímido,se comparadocomosde países do Oriente",diz o diretor-executivo da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Carlos Teixeira da Silva. Agora, a doença da vaca louca ea gripe dofrango devem ajudar o Brasila abocanhar as fatias doschineses, coreanose tailandeses na União Européia, maior compradorde ovos desses mercados. De acordo com dados do Departamentode Agricultura dos Estados Unidos, a China é a maior produtora de ovos em milhões de unidades, seguida da própria União Européia, Estados Unidos, Japão, México, Federação Russa e Brasil. Consumo baixo - Apesar deo Paísocuparo sétimolugarem volumeentreosprodutores mundiais, o consumo de ovos por habitante é considerado baixo no Brasil. En-
quanto no Japãochega a345 unidades percapita, amédia dobrasileiroé depoucomais de 80 unidadespor ano. Mesmo assim,a AssociaçãoPaulista de Aviculturaestima um aumento de produção de 6%, no mínimo, para este ano, em relaçãoaoanopassado. Em 2003, foram cerca de 15 bilhões de unidades. Para 2004, a expectativa é de estabilidade nos custos da produçãoemrazãodas previsões de baixa na inflação, o que deve gerar políticas de preços mais vantajosas para os produtores. "Novos investimentos na produção vão depender em muito dessesfatores somadosàperspectiva de crescimento econômico", prevê Teixeira da Silva. O clima de otimismo, portanto, seapóia mesmona possibilidadede aumentonasexportações.Umdosalvos éa Alemanhaque,no próximo ano, deve implantar alei que garanteo bem estar das aves. Com isso, ficará proibida a criação dosanimais emgaiola ou outro tipode confinamento. "Isso vai quase que inviabilizar o custo da produção. Certamente ficará mais barato importar ovos de países com custosmaisbaixos, comoo Brasil",explicao diretor-executivo da APA. Boas novas - Nas granjas do interior doPaís, as previsões otimistas começam a animar osavicultores. A GranjaSaito deve elevar o volume de exportação para oJapão neste ano. "Pretendemos passar do 1% atual para 5%", diz Fumio Saito, proprietário da empresa.
Com 15 bilhões de unidades por ano, Brasil é o sétimo produtor mundial de ovos. A meta é diversificar e aumentar as exportações.
Com 27 granjas espalhadas pelosestadosde São Paulo, Goiás,Mato Grosso,Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará,a Saitoproduzanualmente 20milhõesde caixas com30 dúziasdeovoscada. No mercadointerno,cadacaixa com ovos do tipo extracusta em torno de R$ 32. "Um t ra de r ( ne g oc ia d or ) alemãojá fez consulta de preços.Espero fechar negócios com o país."
A Granja SantaMarta,de
Itanhandu,sul deMinas Gerais, produtora de ovos tradicionais e enriquecidos do tipo Pufa(PolyUnsaturated Fatty Acid tipo Ômega3), pretende iniciar as exportações este ano. Claudio Scarpa, diretor da empresa, éum dosorganizadores do site Mercado doOvo ( ww w . me r ca d o do ovo.com.br). "O siteé acessado diariamenteporcerca de200 produtoresem buscadecotações e oportunidades de negó-
A agricultura e a pecuária andaram na contra-mão do mercadoem 2003.Emborao fluxo deinvestimentosestrangeiros diretos(IED) para o Brasil tenha despencado 39%em relaçãoa 2002, as duas atividades, ao ladoda extração de mineraismetálicos, mais quetriplicaram sua participaçãono ingressodesses recursos. Dados da Sociedade Brasileira deEstudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet),mostramque, em 2002, os três setores captaram apenas 3,4% dototal de US$ 18,75bilhões.No anopassado,entretanto, essa participação subiu para 11,5%, embora o fluxo total para o Brasil tenha sidobemmenor(US$ 12, 9 bilhões).Mesmo assim, em valores absolutos, a captação subiudeUS$638milhões, em 2002, para US$ 1,48 bilhão no ano passado. A indústria, porsua vez, reduziu a sua participação de 40,6% para34,7% nessemesmo período. Os três subsetores que mais receberam IED em2003 foramos mesmosde 2002. A indústria automobilística, a indústriaquímica e a indústriade alimentosconcentram 17,7% do total de IED que entraram no País.
Pelos dados da Sobeet, a indústriaem geral recebeuno ano passadoUS$ 4,48bilhões, ante osUS$ 7,62 bilhões em 2002. O setor de serviços tambémperdeu espaço para o setor primário, indica a Sobeet. Sua participação caiu de 56%, em 2002, para 53, 8%
em2003. Emcifras totais, a área de serviços recebeu no ano passado US$6,94 bilhões, bemmenos do que os US$ 10,5bilhões em 2002. "Apesar doquadro relativamente ruim em 2003, esteano deveser bemmelhor, principalmente se avançarmos na consolidação dosmarcos regulatórios para infra-estrutura, se definirmos os instrumentos de política industrial eseevitarmos a valorização do real, que criaexpectativa de desvalorização futura e termina postergando investimentos produtivos",dizAntônioCorrêa deLacerda,presidente da Sobeet. Para este ano,a entidade mantém asua projeçãode ingressos no valor de US$ 15 bilhões. (AE)
cios no exterior", diz Scarpa. Os ovos enriquecidos, comoos produzidospelaSanta Marta, andam em baixa: representam apenas 3% da produção da granja. Na Saito, a produção foi paralisada. Polêmicas emtorno daeficácia do produto no combate ao colesterol, um dos principais benefíciosdifundidos pelos produtores, tiraram a credibilidadedo produto."Somado aisso,temosa falta de informação dapopulação sobre o produto", diz Fumio Saito. O custo, até 30% mais alto, também inibea produção. "Alimentamos as aves com ração enriquecida deácidosgraxosdotipo Ômega3,extraídos de vegetaise de peixes de água fria, o que encarece o produto final".
Dora Carvalho
Cidade paulista produz 1,5 bilhão de ovos anualmente
A cidade de Bastos, localizadanaregião deMarília,a540 KmdeSãoPaulo, éumadas maioresprodutorasde ovos do Estado.Das 100 granjas avícolas de Bastos saem cerca de50 ovos por segundo,de acordo com informações da prefeitura local. As 8 milhões de aves, sendo 5,6 milhões em produção e 2,4 milhões em formação, rendem, diariamente, 4,2 milhõesdeovos. Um total, a cada ano, de 1,533 bilhão de unidades. Com esses números, Bastos, que tem 20 mil habitantes, responde por 26,5% da produção de ovos no Estado e um décimo da produção brasileira. (DC)
A gripedofrango já fezaumentar, nos últimos dias, as consultas comerciaispara novas compras de frangos e outrascarnes brasileiras,alémde derivados, como ovos, segundotécnicosdo Ministérioda Agricultura.
Cingapura, que importa mais de 100 milhões de ovos por mês, 70% provenientes da Tailândia, paísafetado pela epidemia, jáentrou emcontatocom ogoverno brasileiro para fechar embarques sistemáticos do produto.
Expor tadores pretendem aumentar em 10% as vendas de frango. Tailândia deve ser um dos países a fechar negócios.
OJapão garantiu às autoridades sanitáriasbrasileiras que enviará ao Brasil, no próximo mês,uma missãode técnicoseespecialistaspara fechar a compra de mais frangos, suínose também bovinos.
“Certamente, o Brasil poderá suprir umaparte destemercadocriado naÁsiapor causada epidemia”, disse o chefe da divisão de Cooperação Técnica e Acordos Internacionais da Se-
cretaria deDefesa Agropecuária, Odilson Ribeiro. Crescimento - A "saúde" das carnes brasileiras, segundo Ribeiro, está atraindo parceiros comerciais e possibilitando o aumento dosnegócios. Ogoverno federal ainda não sabe calcular quantoopaíspoderá ganhar coma gripedo frango, queatinge paísescomoJapão, Coréia do Sul, Vietnã, Indonésia e China. Estimativas da Associação Brasileirados Exportadores de Frango (Abef), apontam um i nc re me nt o neste ano de até 10% no comércio de frangoscongelados, “in natura” e resfriados. De acordo como Ministério de Agricultura,desde que os primeiroscasos dadoença foramconfirmados na Ásia, o Brasil passou a redobrar a atenção nas fronteiras.O governo decidiu ainda cancelar as compras de aves originárias de todos os países em que a epidemia foi detectada. (ABr)
São Paulo colherá mais grãos
A safra paulista de grãos e fibras deverão deveaumentar 6,5% nesteano agrícola 2003/04, passando para 5,954 milhõesdetoneladas. Aárea plantada deve crescer 5,8%, atingindo 1,695milhão de hectares. Os dadossão dosegundo levantamento de previsãoda safradaSecretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Asecretariadivulgou ainda que, no fechamento 2002/2003(deagostoa agosto),onde seincluem as safras deverãoe inverno,o estado atingiu a marca de 7,2 milhões de toneladas, a maior dos últimos dez anos. Odestaque será asoja,que
deve crescer21,22%e atingir 1,986 milhão de toneladas. Já a safra de verão do milho deve ficar em 3,407milhões de toneladas, umdecréscimo estimado de 1,27%.
O aumentonaprodução desoja e a pequena queda na de milho devem melhoraro quadrodoconsumo emSão Paulo, tradicional"importador" dos grãos, de acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Antônio Duarte Nogueira Júnior. O levantamento apontou ainda um crescimentode 14,94% para o algodão, 16,71% para o amendoim das águas; 16,46% para o feijão das águas e 18,8% para o café. (AE)
Governo não tem verba para todas as obras necessárias e investidores alertam: não colocarão seu dinheiro em um setor que está desamparado por leis
O setor elétrico brasileiro corre um sério risco de colapso em 2007. Se não tiver regras claras e definidas em lei, o País não vai atrair osR$ 11 bilhões eminvestimentos privadosde quenecessita paranãosofrer um novo apagão. Até os esforços dopresidente Lula – que estáhojeem Genebra,naSuíça,com aministrade Minase Energia, DilmaRousseff, vendendo uma imagem favorável para atrair capital externo –podem fracassar. "Nenhum investidor colocará dinheiro numsetor regulamentado por atos administrativos quepodem sermudados. Um ministro fica quatro anos no máximo na pasta", explica o ex-presidente de Furnas, hoje deputadofederal LuizCarlos Santos(PFL-SP). A falta de segurança para o aporte de investimentos é consensoentre agentes dosetor quese reuniram ontem, em São Paulo, no seminário "Cenário econômico 2004:a influência da regulamentação no mercado de energia".
Risco–Os investidoresconsideram que medidas provisórias e outros atos administrativos trazemexpressiva possibilidade de quebrade contratos. Nocaso daMP 144, alegam queo novomodelodosetor elétrico comprometeo equilíbrio concorrencial entre empresas estatais e privadas. Além disso, prevê apossibilidade de proibição derevisões ereajustes tarifários independentemente doque dispusero contrato e elimina condições que motivaram investimentos privadosjárealizados, casodalivre contratação.
AlcidesCasado, diretorcomercial daDuke Energy,lem-
bra que, pela primeiravezna história do Brasil, as condições quevão reger o setorelétrico não serão fixadas em lei."O modeloremeteà uma condição infralegal. É como dar um cheque em branco para o regulador. As coisas podem mudar ao sabordos acontecimentos futuros", explica.Renato Chaves,diretordaPrevi, complementa: "É difícil se encaixar em um modelo de posições tão arbitrárias, identificar os riscos e comoserão alocadosnolongo prazo com tantas indefinições macroeconômicas".
Alerta – Eduardo Serra,da área de Project Finance do Unibanco, faz um alerta. "A definiçãodasregras levarápelomenos um ano.A construçãode uma hidrelétrica ou termelétrica demanda pelomenos cinco anos. Isso significa que em 2007 o abastecimentoestá sobrisco. Se o objetivo é ter mercado competitivo para atrair investimentos egarantir ageração de energia é curioso promover leilões em condições nãoisonômicas",diz, referindo-seàparticipação de estatais. "Não se pode deixar aberta a questão de reajuste de tarifas. Do ponto de vista do investidor, o risco é a contratação sem contrapartida",afirma Pedro Batista, analista do banco Pactual. Como a Eletrobras não temcaixapara cobrirmais de 30%dos investimentosnecessários, "o restante tem que vir da iniciativaprivada, quenão tem interesse". Prever racionamento, segundo ele, não é o único ponto aser discutido e sim aque preçoficará aoferta de energia no Brasil,uma vez que os riscosserão repassados ao consumidor. Tsuli Narimatsu
O novo modelo do setor elétricopoderá resultar emaumento de tarifas de energia para oconsumidor.Essa éuma daspreocupações manifestadas porassociações do setor elétrico e da indústria em carta enviada ontem aopresidente Luiz Inácio Lula da Silva e a vários ministros e parlamentares. "Financiadoressão unânimes em afirmar que o aumento da percepção de risco regulatório será refletido na escalada do custo de capital, item mais relevante nosprojetos do setor. A conseqüênciaprática de tal escalada de risco será, inevitavelmente, um aumento de tarifaspara oconsumidorfinal", afirma o documento.
A inflação está mais alta em janeiro. A confirmação veio ontem com a divulgação de doisindicadores:o Índice de PreçosaoConsumidor Amplo-15(IPCA-15),que éuma prévia do IPCA (indicador oficial de inflação), e o resultado da terceiraquadrissemana do Índice dePreços aoConsumidor (IPC).
O IPCA-15 registrou uma inflação de0,68% emjaneiro, um percentualsuperior aoregistrado em dezembro, que foi de0,46%, segundodivulgouo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, os principais responsáveis pela elevação doíndiceforamos aumentos nas tarifas de energiaelétrica(0,91%) de cinco regiões metropolitanas.Eles aconteceram noRiodeJanei-
ro, em Recife, Brasília, Fortaleza e Curitiba.
O grupoalimentos também pressionou para cimao IPCA15, comuma elevaçãode 0,62% em janeiro, ante um aumento de 0,24% em dezembro. Aalta foi motivada por problemas climáticos que aumentaram os preços dos hortifrutigranjeiros, com reajustes em produtos como o tomate, a cebola,hortaliças, frutase o pão francês.
Segundo os analistas da consultoriaGlobal Invest,osmesmos fatoresqueimpulsionaram a inflação medida pelo IPCA-15 (energiae alimentos) deverão elevar ainda mais o IPCAde janeiro.Issoporqueo primeiro índice captou apenas partedosreajustesde preços ocorridos neste início de ano.
IPC- Fipe – Novamente a
A indústria aposta na retomada da atividade neste trimestre, com ampliação da produção e do emprego, e prepara aumentos de preços. De acordo com a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 43% das 1.146 empresas consultadas planejam reajustar preços entre janeiro e março. Essa é a maior marca registrada desde janeiro de 2003, quando os custos de produção estavam muito pressionados pela disparada do dólar. "Vai ter uma queda-debraço forte neste primeiro trimestre", adverte o coordenador da pesquisa,
Aloisio Campelo Jr.. Na sua opinião, o principal fator que impulsiona a indústria a querer remarcar preços é a subida das cotações de commodities como petróleo, nafta, níquel, ferro, zinco, entre outras, no mercado internacional. Ele pondera também que os reajustes salariais concedidos no fim do ano passado estão entre os fatores de pressão considerados pelos empresários. A mudança na alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foi apontada como foco de alta de custos. (Veja mais informações sobre o impacto da Cofins na página 10)
alimentação, somadaaos gastos com material e matrículas escolares, foi a responsável por pressionar o orçamento das famílias que vivem na cidade de São Pauloe querecebem uma renda mensal de 1 a 20 salários mínimos. A constatação vem do resultado da terceira quadrissemana do IPCda Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Foi apurada uma alta média de 0,74% nos preços ao consumidor. Na comparação com a segunda quadrissemana, ataxa apresentou uma pequena elevação:estava em0,71%,mantendo a constância da velocidadedasaltas dospreçosque mais têmpressionado ainflação neste começo de ano.
Otimismo – Por estar associada a aumentos sazonais (alimentos in natura, porconta das fortes chuvas nas regiões de plantio, e educação, em decorrência das voltas às aulas), o coordenador do IPC-Fipe, o professor de economia da Universidadede São Paulo(USP) Paulo Picchetti, mantém seu cenário otimista para a trajetória da inflação. Ele ainda sustenta suasprevisões de 0,70% para a inflação no mês de janeiro e de uma taxa entre 5,5% e 6% para o ano.
Segundoa Fipe, grupoAlimentação até mostrou uma pequena desaceleração, de 0,94%na préviaanteriorpara 0,90% na terceira parcial de janeiro. Nãoé,porém,o que ocorreu com o grupo Educação, que elevou seu ritmo de alta de4,42%nasegundaquadrissemana para 6,94%. "O grupo Educaçãodeve manterse em altapara fechar omês com variaçãode 10%",afirma Picchetti. (Agências)
A carta é assinada pelas associaçõesrepresentativas dos distribuidores (Abradee), produtoresindependentes (Apine), comercializadores (Abraceel), investidores (CBIEE), c o n c e s s i o n árias (ABCE) e por representantes da indústria, como a Co nf ed er aç ão Nacional da I nd ús tr ia (CNI), a Federaçãodas Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Associação Brasileirade Infra-EstruturaeIndústrias de Base (Abdib). De acordo com as entidades, assim como o governo, elas
Distribuidores, comercializadores, investidores e concessionárias enviam carta de alerta ao presidente Lula
também desejam tarifas mais baixas,segurança noabastecimentode energiaeestabilidade regulatória. As associações reforçamorisco iminente de desabastecimento, por falta de investi mentos. "O investidor privado não tomará nenhuma decisão enquanto não houver um ambiente de maiordensidade legalemaior clareza regulatória". Sem os investimentos, calculados em R$ 20 bilhões (sendo R$11 bilhões da iniciativa privada), "não fica assegurada a expansãocapaz desustentar
o crescimento econômico pretendido pelo governo e por todas as organizações", dizem. "Portanto,a fimdeevitar querestriçõesenergéticas se tornemnovamente umgargalo parao crescimento,parecenos imprescindível que os próximos passos sejam construídosenvolvendo umdiálogo profícuoentre Executivo,Legislativo,agentes privadose consumidores", sustentam. Elespedem queo Congresso crie condições para que "sejam produzidos os instrumentos com a densidade legal capaz de efetivamente induzir aos objetivos pretendido pelo Governo e pela sociedade brasileira como um todo." (TN/AE)
O governo central, conjunto formadoporTesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, fechou as contas de 2003 com um saldo positivo de R$ 39,841 bilhões, no conceito primário(receitamenos despesas exceto juros). É um valor R$ 1,6 bilhão acima da meta estabelecida pelo governo, conforme informou o secretário doTesouroNacional, Joaquim Levy.O resultadofoi alcançadoapesarde ogoverno centralterregistrado,em dezembro, um déficit de R$ 5,669 bilhões.Foio único saldonegativo em todo o ano. "Oponto maisrelevante é que o governo conseguiu fazer o superávitcommenosreceitas do que no ano anterior", comentou Levy. Asreceitasdo governo central, que corresponderam a exatos23,94% do Produto InternoBruto(PIB) em 2002, caírampara 23,45% do PIBno anopassado,uma redução de 0,49 ponto percentual. Para conseguir alcançar o superávit, portanto, foi preciso promover um aperto ainda maior doque noano anterior, de0,63ponto percentualdo PIB, nas despesas. Corte – Em comparação com oOrçamentoGeralda União aprovado no Congresso Nacional,as despesasfederais terminaramoanocom um corte de aproximadamente R$ 14bilhões.Esse valorfoicontingenciado noinício de2003 por um decreto do presidente LuizInácio LuladaSilva e,segundoLevy, houveapenasalgumas liberações "marginais". A programação de gastos do decreto, porém, foi seguida, apesar das constantes queixas de retençãododinheiropelo Ministério da Fazenda.
Os ministérios da área social gastaram99% dodinheiroa eles entregue pelo Tesouro Nacional, enquanto os demais dispenderam umamédia de 95%. "Foi uma boa execução", afirmou Joaquim Levy. Ele explicou que os ministérios normalmente operamcom uma folganocaixa, daíadiferença perto de 5%. Isoladamente, o Tesouro Nacional registrou um superávit de R$ 66,246 bilhões em 2003. Esse resultado foi anulado em parte pela Previdência, que registrou um déficitde R$26,404 bilhões(contraos R$17bilhões em2002),epelo
Banco Central que fechou suas contas no ano com R$ 194 milhões no negativo. Eleições – Levy evitoucomentar asperspectivaspara a políticafiscalneste ano.Com as eleições municipais, é tradicional quehajamaispressões por gastos, mas o secretário evitou entrar notema. Ele disse, porém,queo crescimento da economia esperadopara
2004 deverá elevaras receitas. Por outro lado, lembrou, a implementação dareforma tributária "sempre instila uma gotinhade incerteza"nocomportamento das receitas. Segundo o secretáriodo Tesouro,se oatualritmo defuncionamentoda economia for mantido até omês de dezembro, será possível um crescimento próximo a 2,5% do PIB neste ano. Como,porém,os indicadores melhoram a cada mês, é esperado um resultado melhor, na casa de 3,5%. O resultado do governo central, divulgado ontem,não é o que conta para determinar se o Brasil cumpriu ou não sua meta acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A meta do programa refere-se ao conjunto dosetor público,ou seja, o resultado do governo central mais estados, municípiose empresas estatais.Esse númeroé calculadopeloBanco Central e será divulgado amanhã. A meta para 2003 é de R$ 65 bilhões. (AE)
PESQUISA REVELA QUE O ÍNDICE DE DESOCUPAÇÃO ATINGIU 19,9% DA POPULAÇÃO EM 2003
Oníveldedesemprego na região da Grande São Paulo atingiu19,9% da População Economicamente Ativa (PEA) em 2003.Essa foi amaior taxa registrada desde 1985, quando a FundaçãoSistema Estadual de Análise deDados (Seade) e o DepartamentoIntersindical de Estatísticae EstudosSócioEconômicos (Dieese) iniciarama pesquisa.Issosignifica 1,94 milhão de pessoas sem uma ocupação em 2003. De acordocoma pesquisa, no ano passado apenas 35 mil novos empregos foram criados na Grande São Paulo. Um volume insuficiente para absorver ocrescimento daPEA. Ela foi acrescida em 151 mil pessoas ao longo do ano.
A indústria eliminou 55 mil postos de trabalho, interrompendoum círculode quatro anos consecutivosdecrescimento do nível ocupacional. Já o comérciocriou 14mil novas vagasdeemprego, melhorando seudesempenhoemrelação à estabilidade de empregados verificada em 2002. Já o setor de serviços gerou 58 mil postos de trabalho, retomando um movimento decontratações quehavia sidointerrompido em 2002. Por fim, setores como serviçosdomésticose construção civil criaram 18 mil empregos ao longo do ano.
As 55 mil demissões promovidas pela indústria da Grande São Paulo foram puxadas pelos ramos devestuário, calçadose artefatos de tecido, que eliminaram29 milpostos detrabalho;metal-mecânica, com 13
mildemissões (redução de 2,3%doscargos), ealimentação, com 9 mil cortes (uma diminuição de8,8% dosempregos do setor).
"O ano passado foi muito difícil porque nãogerou os postos de trabalho necessários", avalia agerentede Análise de Pesquisas daFundação Seade, PaulaMontagner. Elalembra queoanopassado começou com umaexpectativamuito forte de que o governo Lula teria dificuldadesde controlara inflação, o que provocou aumento da taxa de juros pelo Banco Central e forte queda da atividade econômica no decorrer do ano.
C o mé r c io – O setor de comércio da Grande São Paulo passouàmargem dofracodesempenho econômico de 2003 e criou 14 mil ocupações na região. Segundo a pesquisa, o comportamento favoráveldeveu-se "ao aumento da ocupação nas lojas de varejo especializadas em alimentos, bebidas e fumo (6,9%) e no agregado deoutraslojas especializadas (3,3%), no segmento atacadistas(5 5%)enavenda decombustíveis (14,1%).
O comércio da região metropolitana de São Paulo registrou quedade 3,8%no faturamento em 2003,no comparativo com o ano anterior. Os dados sãodaFederaçãodo Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio SP), que aponta as altas taxas de juros, crédito escasso, perda de poder aquisitivo do consumidore o aumentododesemprego como os principaisfatoresque colaboraram para a retração.
Jápara esteano, a entidade prevê um crescimento de cerca de 3%, quedependerá da ampliaçãodo poder decompra. "Mesmo que o aumento da oferta decrédito possadar um empurrãoinicial aocomércio, sea renda real não se recuperar,ficarádifícilhaver crescimento no setor",afirmou o presidente da FecomércioSP, Abram Szajman.
De todos os itens avaliados pelaPesquisa Conjuntural de Comércio Varejista (PCCV) –
duráveis, semiduráveis, nãoduráveisautomotivoe materialde construção–, apenaso setor automotivo encerrou o ano passadocom aumentode 6,01% nas vendas.
Dezembro – Em dezembro, quando o resultado do comércioé geralmente 30%acima dos outros meses do ano, o faturamentoapresentou declínio de 3,64% na comparação comomesmo mêsde2002.A baixa foipuxada pelosgrupos dematerial de construção (14,82% negativos) e pelos supermercados (-11,71%). Já na comparação com novembro de 2003, houve alta de 30,75%. Esse índice é maior do que o aumento de 23,41% verificado na comparação entre dezembro e novembrode 2002. Na avaliaçãodaFecomércio SP, adiferença nodesempenho entre osdois meses de 2003 é muito grande e pode significar uma tendência de recuperação do comércio. (AE)
À procura de uma vaga: criação de 35 mil novos postos de trabalho não foi suficiente para acolher as 151 mil pessoas que entraram na população economicamente ativa na Grande São Paulo. O resultado: desemprego bateu todos os recordes no ano de 2003.
O setor de serviços também apresentouexpansão, coma geração de 58 mil postos e passou a representar 52,5% do trabalho na região. Segundo a pesquisa, registraram crescimentodaocupação serviços especializados (11 7%); saúde (6,4%); outrosserviçosdereparação e limpeza (6 3%); pessoais (3,1%); creditícios e financeiros(3%). "Éimpressionante esse dado. Os bancos voltarama contratar", destacou Paula Montagner. Nomêsde dezembro,odesemprego naGrande SãoPaulo atingiu 19,1% da PEA, o que representa uma queda de 4% em relação aos 19,9% verificados em novembro do ano passado. Em relação a dezembro de 2002, o desempregocresceu, uma vez que naquele ano o índice haviaatingido umnível de 18,5% da PEA. Conforme o levantamento, 1,89milhão de pessoas estavam desempregadas na Grande São Paulo no final do ano passado.
C of i n s – A elevaçãoda alíquotadaContribuição para Financiamentoda Securidade Social(Cofins) de3% para 7,6% não deverá exercer grande influência sobre a decisão de
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contratação de mão-de-obra por indústria, comércio ou prestadores de serviços. Segundo agerente deAnálise de Pesquisas daFundação Seade, Paula Montagner, o Brasil tem plenas condições de absorver a expansão do tributo. Ela reconhece, entretanto, queoimpacto finalpoderáresultar em diminuição da renda do trabalhador. "Empresários podem transferir oreajuste do imposto ao salário do trabalhador substituindo mão-deobra", admitiu. A evolução tecnológica é, na suaopinião, oprincipalfator de impacto no mercado de trabalho, especialmenteno setor de serviços. "O elemento mais importante, semdúvida,envolve mais os aspectos tecnológicos para adequaçãodo setor doque as questões de ordem tributária", disse. (AE)
Renda do trabalhador cai mais de 30% em cinco anos
Nos últimos cinco anos, a renda média dos trabalhadores da região metropolitana de São Paulo apresentou uma queda de 30,6%, de acordo com a pesquisa realizada pela FundaçãoSeade/Dieese. Asondagem aponta que a trajetória de quedanos rendimentostemse mantido aolongo dosúltimos seis anos. Para se ter uma idéia, em 1998, o trabalhador ganhava,em média, R$ 1.338 e, no anopassado, essevalor diminuiu para R$ 928. Só em 2003, a queda dos rendimentos dos assalariados foi de 4,7%.
O valor máximorecebido pelos 10% de ocupadosmais pobresapresentou uma pequena variação, diminuindo
paísatravésdoCPFouCNPJ.
Informaçõespessoais
de R$ 201,00 em outubro, para R$ 200,00em novembro.Já o valor mínimo obtido pelos 10% maisricospassou dos R$2.014,00 para R$2.005,00 no mesmo período. Procura por emprego –A pesquisaapontaainda queo tempomédiodeprocura por emprego aumentou de 53 semanasem novembro,para54 semanas em dezembro. Já ajornada detrabalho dos assalariadosmanteve-se estávelem45 horas.Entretanto, houve uma ligeira alteração na proporção das pessoas que trabalham mais de 44 horas semanais: de 46,7% em novembro, para os atuais 48,9%. Patrícia Büll/Agências
NOMEdoemitentedocheque,ENDEREÇOdotelefonefornecido,DATA DENASCIMENTO,NOMEDAMÃE,N.ºTÍTULOdeeleitorpara verificaçãodedadoseevitarorecebimentodechequesfraudadose clonados,proporcionandoaindamaissegurançanorecebimentode cheques. Aceitamosseuequipamentousadocomopartedepagamento. NacompradoequipamentoGANHEaconsultaviaINTERNET. Solicitedemonstraçãosemcompromisso.
Empresa atribui decisão às pressões que teria sofrido de seus credores no País. Dívida estimada da Parmalat Brasil seria de US$ 160 milhões, diante de US$ 1,4 bilhão da Parmalat Participações.
Pressionadas pelos credores, aParmalatParticipações do Brasil Ltdae aParmalat Brasil
S.A. Indústria de Alimentos pediram concordatapreventiva ontem no Fórum da Capital, respectivamente na 4.ª e na 29.ª Varas Cíveis. A medida garante proteção imediata contracredores.As empresas comprometem-sea pagarintegralmente oscredoresno prazo de dois anos, sendo 40% das dívidas quitadas no fim do primeiroanoe osaldonotérmino do segundo. As empresas não revelamo montante do passivo edo ativo e pedem prazo para ap re se nt ar em balanços especiais e demais documentos exigidos porlei. A dívidada Parmalat Brasil S.A.(divisão operacional do grupo) é de cerca de US$ 160 milhões, segundo o presidente daempresa, Ricardo Gonçalves. Os débitos da Participações, quetem outros negóciosnoBrasil além da ParmalatS.A.,são estimados em US$ 1,4 bilhão. Decisão - Depois de analisar os documentos entregues pelas empresas, os juízes decidirão se aceitam definitivamente aconcordata,protegendo as empresas da Parmalatno País decredorese suspendendo a
Juízes vão analisar documentos para decidir se aprovam ou não o pedido de concordata da empresa no Brasil.
tramitaçãodos seispedidosde falência e uma centena de protestoscontra acompanhia."A decisão, embora difícil,tornou-se inevitável", afirmou o presidente daParmalat Brasil, Ricardo Gonçalves. Caso não aceitem a concordata, os juízes podem decretara falênciadas duas empresas. Embora a concordata dê um prazoparaaempresase reorganizar,trabalhadores, Fiscoe credorescom garantiasreais comoo Banco do Brasil, que tem arrestado recursos da conta corrente da empresae penhorado bens, estão livres dos efeitos da medida. "O arrestodebens foi revogado antes da concordata", afirmou ThomasFelsberg, advogadoda Parmalat. "A medida era descabida e foi revista", afirmou. Credores - Segundo o advogado, a empresa tentou fugir dasoluçãojudicial, maselafoi inevitável diante do "açodamento dos credores". "OBB nos apertou demais", disse. Aempresaavalia ter sido "gravemente contaminada" pela crise internacional do grupo controlador italiano. Gonçalves afirmou que, até o final do ano passado, as contas com fornecedores, produtores de leite e os débitos fiscais sem-
pre foram pagosem dia, assim como eram"satisfatórias" as relaçõescom oscredoresfinanceiros. "A situação internacional, que surpreendeu a mim eaosoutros seismilfuncionários da empresa, acabou contaminando a empresa", disse. Pressão - Desde que estourou o escândalo financeiro na Itália, aParmalatbrasileira passoua serpressionadapelos credores. Um pedido de falência, formuladopelo BancoFibra, credor de cerca de R$ 1 milhão, foi feito na 4.ª Vara Cível. Seisoutros estãona 29.ªVara, envolvendo dívidas que somam perto de R$ 1,3 milhão. Osexto pedidoentrou ontem, formuladopela Produtos Alimentícios Orlândia S/A, em razãode um crédito de R$98 mil. A mesma empresa já fizera dois pedidosanterioresde falência da Parmalat S/A. Ainda ontem o Banco Fibra entroucom pedido de execução contra a Parmalat,na 6.ª Vara Cível, de título no valor decercadeR$ 5,5milhões.A situação se agravou com o bloqueio dos estoques da unidade de Jundiaí. (AE)
Oministroda Agricultura, Roberto Rodrigues, informou, ontem, queogovernofará uma reunião hoje, na Casa Civil, para avaliaras ações que poderá adotar diante do pedido de concordata da Parmalat. Ogovernotrabalhacom dois objetivos:garantir acontinuidade do trabalho dos produtores e, num segundo momento, assegurar o abastecimento. Participarãodareunião representantes do Ministérios da Fazenda, Justiça,Bancodo Brasil, Banco Centrale da comissão especial da Parmalat na Câmara. Rodrigues rebateu também as críticasfeitas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) à atuação do governo na crise da Parmalat, emparticular àfalta
de manifestaçõesdo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil. "O governo delegou a mim a função de negociação", afirmou. "Agora, com a concordata, nósestamoslevando o assunto a um nível superior de discussão", disse. Leite - Rodrigues disse que a compra de duasmil toneladas deleite empódado pela Parmalat em pagamentode parte da dívida a cooperativas ainda não foi viabilizada porque não háorçamento liberadoparao Fome Zero. A aquisição do produto foi uma das medidas apontadas pela CNA para amenizar as dificuldades. Rodriguesdisse quefoisurpreendido pela informação do pedidode concordatadaParmalat, do qual tomou conheci-
mento emum telefonemadado pela empresa de auditoria contratada pela multinacional. O ministro disse que tinha marcadauma reunião como presidente da Parmalat no Brasil, Ricardo Conceição. BB- A Parmalat Alimentos pediu ontem ao juiz da 28.ª Vara Cível concessão de liminar para obrigaro Bancodo Brasil (BB) a se abster de "práticas abusivas"contraa empresa, sobpenademulta diária.A Parmalat acusa o BB de se valer de "cláusulas contratuais abusivas" parapressionar as empresas do grupo - com medidas como o arresto de R$ 9 milhões dasuacontacorrente- para pagar juros sobreuma dívida de R$ 23 milhões que a companhia tem com o banco. (AE)
British Airways vai reduzir US$ 550 mi em custos com pessoal
A British Airways , maior companhia aérea daEuropa, anunciou nesta quarta-feira que tem planos para reduzir seus custostotais compessoal em 300 milhões de libras (US$ 550 milhões) nospróximos dois anos. A empresa, no entanto, adiantou quenão haverá demissões compulsórias. "Nossa perspectivade receita éligeiramentemelhor. Entretanto, estáclaro quenossa base de custos ainda é muito alta", afirmou o presidente-executivo daempresa, Rod Eddington. Ele acrescentouque osdoisúltimosanos "eram uma questão de sobrevivência, mas agora queremosestar em uma posição de prosperar".
Lucro - Em carta aos funcionários enviada ontem, Eddington adiantou que o objetivodestenovo planode negócios é a obtenção de margem de lucro operacional de 10%. Nos últimosdois anos, aBritish Airways eliminou ao todo 12 mil postosde trabalho. Nesse período, a receita da companhia teve forte queda, em consequência dos ataques de 11 de setembrode 2001nosEstados Unidos, da guerra no Iraque, daepidemiada SarsnaÁsia e da guerra de preços na Europa, entre outros fatores que prejudicaram a aviação mundial. "As pessoas estão aliviadas com o fato de o programade redução decustos nãoter terminado, mas ter apenas começado", afirmou o analista do Commerzbank, Dominic Edridge. (Reuters)
Toshiyuki Aizawa/Reuters
MOVIDO A PILHA – Uma voluntária testou, ontem, um veículo movido a pilhas secas desenvolvido pela Panasonic no Japão. O carro anda até 1,2 km com duas pilhas AA, a 3,3 Km por hora.
Afirmação é do presidente da Febraban, Gabriel Jorge Ferreira. Custos, Lei de Falências e compulsório, no entanto, reduzem volume de dinheiro, diz. Os bancos brasileiros estão prontos para emprestar. O sistema não é hoje apenas um dos mais sólidos e competitivos. Também está capítalizado. Pronto para receber o crescimento da economia brasileira. Mas ao mesmo tempo está preso sobre um tripé: custo operacional e compulsório elevados, e uma lei de falências que poucas garantias dá aos bancos. A opinião é do presidente da Federação Brasileirados Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, manifestada ontemdurante almoçocom aimprensa na sede da Febraban, em São Paulo."Se naõ tivermos uma liqüidação financei-
ra eficiente,não temosgarantias paraemprestar,especialmente com o aumentoda informalidadeno País", diz Ferreira, referindo-se àatual Lei de Falências, que deverá ser alterada pelo governo. De acordo comFerreira,o crescimento do volume de crédito em dezembro de 2003 comparadoa igualperíodode 2002, divulgado na última terça-feira pelo Banco Central, é significativo. Mas ainda é pouco quando comparado ao potencial do sistema financeiro.
Entraves – Segundo o presidentedaFederação,a relação do volume de crédito o ProdutoInternoBruto (PIB) brasi-
Quatro anos depois de o governo incluir entre suas prioridades a redução do custo do crédito no País, o que se verifica é a um conjunto de boas intenções com pouco resultado prático.
Essa é a conclusão do estudo feito pelo Banco Central para avaliar os resultados das medidas adotadas a partir de 1999 com o objetivo de diminuir a diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar recursos no mercado financeiro e o valor cobrado dos clientes (o chamado spread bancário) e aumentar o volume de empréstimos. Desde o lançamento desse projeto, os diretores do Banco Central fazem anualmente um balanço dos resultados obtidos. Essa foi a primeira vez que o levantamento, concluído em dezembro, não
teve a divulgação de praxe. No documento, os técnicos da área de pesquisa econômica do BC analisam os efeitos de medidas como a divulgação na internet das taxas de juros cobradas pelos bancos nas diversas modalidades de financiamentos e a criação da cédula de crédito bancário. Eles reconhecem que algumas medidas precisam de mais tempo para surtir o efeito desejado e também fazem novas propostas. Os técnicos ressaltam que é preciso insistir com as medidas já adotadas e fazem novas propostas. Entre elas, a elaboração de uma cartilha para explicar aos consumidores a importância que o histórico do seu relacionamento bancário pode ter para conseguir taxas de juros melhores. (AE)
leiro,que,segundo oBC fechou2003em25,5% do PIB, acima dos23,8%do anode 2002,porémmenor doqueos 26,5% do ano de 2001, só não é maior por conta dos entraves citadosmais deumavez pelo mercado. "Os bancos estão preparados para emprestar", diz Ferreira.
Gabriel Ferreira elogiou as medidas dogoverno, divulgadas no ano passado, de estímulo ao crédito.Como o programademicrocrédito, importantepara os microempreendedores, naopinião do presidente daFederação, e o crédito com desconto no holerite (crédito consignado).
"País engatinha"– Mas ao mesmo tempo criticaa operacionalização dessamedida. "O Brasilaindaengatinha na questão do microcrédito", diz ele.Segundo Ferreira,osbancos não estão preparados para operar com microcrédito.
ParaFábioBarbosa, presi-
dente do ABN Amro no Brasil, aspré-condições para que o País retome o crescimento já estão dadas. Agora, é preciso que os juros caiam um pouco mais para que essa queda se reflita, também, nocusto do di-
nheiro liberado pelos bancos EdsonMachado Monteiro, vice-presidente de varejo do Banco doBrasil, instituição com umdos maioresvolumes deempréstimos,disse quea carteira decrédito dobanco,
uma das maiores do mercado, teveumcrescimentode 22% em 2003. Deve crescer 15% neste ano.Acima daexpansão prevista pela Febraban para o mercado, de 15% no ano. Roseli
Ospequenos bancosquerepassam recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social(BNDES) preparam uma ofensiva contra a direção dainstituição,por sentirem-se lesados com as novasregraspara habilitaçãode instituições financeiras. Essasinstituições planejam irdiretamente até oministro do Desenvolvimento, Luiz FernandoFurlan, reclamarda faltadediálogo dobancoestatal de fomento.Dirigentesde algunsbancos afetadospela medida, que praticamente restringe a habilitação para repas-
sar créditos do BNDES, estiveramreunidosontemem São Paulo paradefinir aestratégia de contra-ataque. Perdas – Desdeque oBNDES impôs limites para a atuação dos agentes financeiros esses bancosestariam perdendo negócios. As novasregras impedem instituições com menos de dez agências ou classificaçãoderisco abaixodeC(segundo critérios do BNDES) de fazer esse tipo de operação. Além disso, determinam um teto de 10% do ativo de cada banco para o volume de recursos repassados.
Na próxima segunda-feira, dia 2, entrará em vigor a instrução número 400da Comissão deValores Mobiliários (CVM). Ainstrução tempor objetivogarantir maiortransparência às informações fornecidas pelas empresas de capital aberto, isto é, as empresas que têm suas ações negociadas em na bolsa de valores.
A medida deve ser usada como chamarizpara atrair um maior número de investidores, propiciando umdesenvolvimento maiordomercadode capitais brasileiro. Mudanças – Dentreas mudanças que constam da instrução, queentra no lugar dade número 13, de 1980, estão a de não permitir oregistro de novasemissões emdadaspróximas à apresentaçãodas informações periódicas e a restituiçãointegral dosvaloresinvestidos nos casos de suspensão ou cancelamento da oferta.
Para as empresas a instrução também trazboas notícias. Como a diminuição do prazo de emissãodenovas operações. As emissões, que antes demoravam entre três e quatro meses, deverão, a partir de agora, demorar 60 dias. Oferta maior – Também serápermitido àsempresasau-
mentar em até 20%o lotede valoresmobiliários ofertado, sem a necessidade de se fazer um novo pedido de registro. "Todas as mudanças sugeridas pela instrução de número 400foram incluídasdepoisde um longo debate com o mercadofinanceiro", disse o presidente da CVM, Luiz Cantidia-
Uma saídapara oproblema da dívida da Parmalat pode estar a caminho. Bancoscredores da empresa, investidores e a própria Parmalatpretendem levar adiantea idéiadelançar um fundo de recebíveis em direitos creditóriosnovalor de R$ 50milhões, mesmocom a ameaça de o Banco do Brasil de ir àJustiça cobraradívida.A medida tem por objetivo capitalizar a empresae impedir a sua falência.
De acordo com Fernando Iunes, diretor de Mercado do Itaú BBA, que estáà frente da coordenação dolançamento do fundode recebíveisda Parmalat, essepodesero melhor caminho para a filial da empresanoBrasil honrar suasdívidas. "A Parmalatjá havia solicitado o registro de um fundo de recebíveis na CVM. Essa poderáser agora uma forma de blindagempara arecuperação da empresa", diz. Formato – O fundo de recebíveis em direitos creditórios permitiriaà Parmalatreceber novo aporte financeiro de um pool debancos que hojejá são credores da empresa. O lastro do investimento seria formado por créditos a receber daempresa, o que diminuiria os riscos de nova inadimplência por parte da companhia à frente. O pedido de registro do fundo estavaprevisto paraontem na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).Apesar disso,o presidente da CVM, Luiz Can-
tidiano, disseao participarde evento na Associação Nacional dosBancos de Investimentos (Anbid) não ter notícias do pedido,atéporque esseregistro costuma ser automático. "Aempresa solicita oregistro e só depois a CVM analisa o pedido",explicou. Segundo Cantidiano, o fato de a Parmalat estar passando por um problemafinanceiro nãoimpede queelalance umfundodesse tipo."Oque podeaconteceré que os credorespoderão pedir mais garantias do que normalmente sãosolicitadas para o lançamentodeumfundo comoesse", disse. Mais informaçõessobrea concordatadaParmalat na página 9 Adriana Gavaça
no, ontem, ao participarde eventopromovidopela Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid). Mais mudanças– Além das mudanças previstas para o mercadode capitais,aCVM deve aprovar até o próximo dia 10 umnovo arcabouçode regras para o mercado de debêntures. A indústria de fundos de investimentoéoutra queestá na mira da CVM.
Em 15 dias, a Comissão pretende levar para audiência pública novas regras para esse mercado, que deve dividir a indústriaem três partes. Aprimeiradelas seriaformadapor fundos de investimentospadrão, voltados para o varejo. As outras duas seriam voltadas parainvestidoresqualificados, como fundos de pensão e grandes empresas, e não qualificados, como investidores do setor de varejo. Adriana Gavaça
Títulos da empresa despencam no mercado externo
Adivulgação públicadeque o grupo italiano Parmalat possui dívida líquida oito vezes maiordoquea relatada anteriormente, trouxe nova tensão entre a empresa e os detentores de títulos da companhia.
Uma fonte próxima aos credores afirmou ontem que a divulgaçãodos dados,quebaixou ospreços dos títulosda Parmalat em 6%, para 12% do seu valor nominal,mostrou falta de respeitocom os donos dos bônus.
Os dados foram veiculados pela imprensa na segunda-feira antes de os credores terem acessoàs informações,segundo a fonte. (Reuters)
"Estamosparados ecertamente teremos de demitir funcionários", dizo executivode uma instituição financeira prejudicada. Esteé, justamente, o teor da carta que os bancos pretendemenviar aoministro Furlan, que,na hierarquiado governo, é o superior de Carlos Lessa, presidente do BNDES. Semdiálogo – As instituições querem destacar o impacto das medidas sobre o emprego.A decisão deiniciaruma ofensiva foi motivada, segundoos empresários,pela dificuldadede diálogocom oBNDES. "Eles trataramo assunto
de maneira unilateral, sem nos ouvir", reclama a fonte. CarlosLessa disseontem, durante eventodoqual participou no Rio, que a aplicação dasregrasnão éimediatanem "peremptória" eque omercado ainda terá chances de discutiro modelo. Segundoele,o objetivo do banco é criar "uma rede robusta de instituições repassadoras".
Na sua opinião, a medida não vai excluiros bancospequenos nem aumentar a concentração no setor bancário, pois todas as instituições poderão se adaptar. (AE)
Gustavo Loyola*
A srazõesdoBanco Central para a interrupção da queda dos juros não estão claras para omercado. Em princípio,pode-seimaginar quatro motivos, não necessariamente excludentes, para a atitudedo Copom:(a)reação à deterioração dosíndices inflacioários recentes, principalmentedo IPA; (b)movimento preventivo tendoem vista as intenções de aumentos expressivos de preços por partedealgumas indústrias debensintermediários (sondagem da FGV, por exemplo); (c) aumento das expectativas de inflação, apuradasna pesquisaFocus,para oprimeiro bimestre do ano, o que poderia contaminar as expectativas para a taxa anual, hoje estáveis em torno de6% a.a.; e (d) crescimentodademanda agregadaacimado crescimento da oferta, hajavista a queda dos estoques nos útlimos meses.
Ocorre que nenhuma dessas razões isoladamente seria forte o suficiente para justificar a cautela do BC. É sua ocorrência simultânea,combinada à ausência de instrumentos analíticos confiáveis para avaliar os efeitos da queda acumulada dos juros (dez pontos porcentuais em sete meses) sobre a atividade econômica,que determinou a parada na redução. Se isso for verdade, a decisãodo Copom emfevereiro será determinada não sópelosindicadores deinflaçãoe de atividade econômicaque
serão divulgados nos próximos dias, mas tambémpela evidência colhidapelo governocom relaçãoàdinâmica de repassesde aumentos na cadeia produtiva.
Nesse momento, o que parece certoé que nãose deve esperar novidadespositivas dadivulgação dosíndicesde inflaçãonas próximassemanas, oqueimplicadizerque uma queda de juros em fevereirodependerá fundamentalmenteno comportamento das expectativas dos agentes e deindícios decontenção no processo de repasse de preços pela indústria.
Nesse contexto, o panorama visto de hoje não antecipa a possibilidade de retomada da queda das taxas em fevereiro,excetoseo BCtiveraoportunidade de colher informações favoráveis sobre o comportamento dos preçosdiretamente dos empresários.
Tendoem vista asmúltiplas razões possíveis para a conduta do Copom, esperase que a ata de sua última reunião seja suficientemente esclarecedora, até mesmo para transmitir aos mercados as incertezas pelas quais o BC eventualmente passa neste momento, em termos da avaliação daconjunturaeconômica.Issoseria importante especialmente para afastar asacusações dequeo BCteria sido desnecessariamente cauteloso aooptar pela manutenção das taxas de juros. * Ex-presidente do Banco Central e sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada
NÚMERO DE PRODUÇÕES
ESTRANGEIRAS FEITAS
DOBROU NO ANO PASSADO EM RELAÇÃO A 2002
Na onda das agências de propaganda brasileiras já reconhecidas internacionalmente, as produtoras publicitárias nacionais buscam, há dois anos, o mercado estrangeiro. Aidéia é aproveitar um filão que movimenta cerca deUS$ 300 bilhões anualmente - apenas entre os 10 maiores mercados. Para tanto, foi criada a FilmBrazil, umaassociaçãode20 produtorasdeáudio,vídeo e infraestrutura especializadas em mídia. A meta é conquistar os interessados em contratar as terras, profissionais e serviços legitimamente brasileiros,engordando a receita do setor. Eitan Rosenthal, presidente do conselho do grupo, que é ligado àAssociaçãoBrasileira
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das Produtoras de Audiovisual (Apro), conta queainiciativa partiudanecessidade deexplorar novos mercados e elevar ofaturamentodas empresas. "De2001para cá,osinvestimentos no segmento de publicidade eproduçõespara propaganda caíram muito e partimos para a busca de novos contatos comerciais.Antes, as produtoras brasileiras eram voltadas exclusivamente ao mercadodo País",explicaRosenthal. Osegmentomovimenta R$ 12,7 bilhões por ano no Brasil, de acordo com informações da Apro. Projeção mundial – A FilmBrazil saiu do papel em janeiro de 2002 e de lá para cá trabalha para alcançar projeção internacional. "Em junho do ano passado participamos do Festival Internacional de Publicidade em Cannes, naFrança. Alugamosumiate efizemosa divulgaçãodo grupo àbeira mar. Valeu a pena porque conseguimos a repercussão necessária para dobraro número de produções estrangeirasrealizadas noBrasil.De20, em 2002,passamos para40 ototal de trabalhos concluídos em solo nacional em 2003", diz. Rosenthal afirma que neste ano a FilmBrazilvai participar de um evento específico do setor, oLocationExpoShow, que ocorre anualmente em SantaMônica, noestado da Califónia, nos Estados Unidos. "Trata-se de uma feira de negócios em que esperamos aumentar a lista de contatos do grupo. Até o momento, todas as atividadessão financiadas pelos associados, mas esperamos poder contar com o apoio do governo em breve". O presidente do conselho da FilmBrazil conta que já se reuniu junto à Agência de Promoçãode ExportaçõesdoBrasil (Apex) emBrasília paraangariar fundos destinados à divulgação dosetorbrasileiro no mercado externo. "Já nos apresentamos aosórgãos governamentais comoumsegmento promissor de serviços e alcan-
Rosenthal: empresas locais apresentam vantagens competitivas como o câmbio favorável e a diversidade de climas e cenários para as gravações das propagandas
çamosalgumas soluções,comoafacilitação daemissãode vistos para entrada de estrangeiros provenientes de produtoras internacionais no País".
Concorrência – Entre as nações que já atuam nesse filão do mercadoexterno estão:África do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Argentina,Chile, Canadá,
República Tcheca, Polônia, Hungria eIslândia. Rosenthal explica que a Islândia é o local de gravações publicitárias maiscitadoquando aluaéo principal elemento do cenário. "Os geiserse otipo desolo da regiãosão ideaispara essetipo de produção", afirma.
Já as produtoras que mais contratam mão de obra estrangeira para realização de trabalhos provém dos Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental. "Nesses países o valor dos filmesécercade seisvezesmais caro do que os contratados por
empresas e agências brasileiras - em torno de R$ 200 mil". Rosenthal afirma que as empresasnacionaistêm vantagens em relação ao câmbio e à variedade de ambientes para escolha de cenários, além de estações climáticas invertidas em relação ao hemisfério-norte. A diversidade étnica facilita para a equipe de produção a escolha de pessoas para figuração. "Paracompletar,nossa música é um enorme atrativo para as produções de trilha sonora", diz o executivo. Juliana de Moraes
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As exportações da Gerdau somaram32 milhõesdetoneladas em 2003, um novo recorde para a empresa. O volume representa crescimento de 69,9% emrelação a2002.Segundo o balanço financeiro divulgado pela empresa, contribuirampara essedesempenho a forte demanda eos preços atrativosdo açonomercado internacional.
Em valores, as exportações do grupo foram de US$ 787,3 milhões,cifra 125%maiordo queo registradono anoanterior, conseqüência da elevação de 30,9% nopreço médio obtido pelaGerdauAçominas, empresa que consolida as operaçõesno Brasil. As exportações, que representaram 48,8%das vendasdaempresa,
compensaram a redução no mercado interno, que ficou 12,9% abaixo do volume comercializado no ano anterior.
Vendastotais - As vendas totais do grupo atingiram 12,1 milhões detoneladas,32,7% superiores a 2002. Na América do Norte, foram vendidas5,1 milhões de toneladas, 69,4% a mais do que no ano anterior, e nasunidades doChile,UruguaieArgentina, ovolumealcançou 416,3mil toneladas, um aumento de 18,3%.
Aproduçãode aço bruto atingiu 12,3 milhões de toneladasem2003, volume30,7% superior a 2002. O crescimento deve-se, em parte,à incorporação de novas unidades na América do Norte em outubro de2002e àrecuperaçãodaca-
A Oracle Corporation quer a liderança na venda de aplicativosnaAmérica Latinadentro detrêsanos. Deacordocomo presidente dogrupo paraa região,LuizMeisler, aempresa estáhoje em segundo no ranking, atrás apenas da alemã SAP."Hádois anosemeioestávamos em quarto lugar".
A empresa cresceu numa média de 40% a 45% ao ano na região por conta do focoem aplicativos, que englobam os sistemas de gestão integrada, com ERP, módulos de finanças eadministração. Meislerdiz que, de cada dez concorrências de vendacom aSAP, aOracle ganhanove."Não querdizer que ganhamos 90% do mercado, pois não participamosde todas as concorrências das quais a SAP participa".
Foco - NoBrasil, especificamente, a Oracle perdeu terrenopara aSAP nadécada de90
por terdemorado em se concentrar em aplicativos. Em 1994, a Oracle tinha 50 clientes no País, quando a SAP iniciou suas vendas. Mas, segundo Meisler, a companhia demorou em dirigir suas vendas para sistemas, vendendo mais bancos de dados e ferramentas para desenvolver soluções. Segmentação - A Oracle quer segmentar o atendimento e garantir umamelhor cobertura dosclientes corporativos. No próximo ano fiscal, vai trabalhar com uma divisão nova dascontas.A companhiacuidava diretamente de 200 maiores empresas, mas suas equipes devendas vãodedicar-seapenas às 50 maiores. As outras 150 ficarãopor contados parceiros do grupo. A Oracle quer também estreitarsuarelação com integradores e fomentar o treinamento sobre aplicativos Oracle. (AE)
pacidadeprodutiva naunidaded eOuroBranco-MGda Gerdau Açominas. A produção no Brasil foi responsávelpor 56,5%dototal produzido em 2003. As unidadesnaAmérica doNortecontribuíram com40,7% eas empresas na América do Sul (excetoBrasil)com os demais 2,8%. Do total produzido, 9 milhões de toneladas foram de produtos laminados, o que representa um crescimento de 30,5% em relação a 2002. No último trimestre do ano, aproduçãode açobruto das empresas Gerdau foi de 3,2 milhões de toneladas, 1,4% superior ao volume do terceiro trimestre. A produção de laminados no período atingiu 2,4 milhões de toneladas. (AE)
Lucro líquido da Sony cai por queda nas vendas de videogame
AjaponesaSony divulgou, ontem, queseulucrolíquido do terceiro trimestre fiscal, encerrado em dezembro, caiu por causa da queda nas vendas do videogamePlayStation 2e pelafalta defilmesde grande sucesso. Apesar disso, aempresa ainda aumentou a previsão do lucro anual em 10% devido à força do euro.
Para o ano fiscal que termina em 31 de março, a Sony aumentoua projeçãode lucrolíquidopara 55bilhões deienes (US$ 521milhões), contraestimativa anterior de 50 bilhões de ienes, devido à valorização da moeda naUnião Européia, que melhora o resultado quando convertido para ienes.
A Sony não alterou a sua previsão para o lucro operacional de 100bilhões deienes parao ano,jáque decidiuaumentar suas despesas comuma reestruturação anual. (Reuters)
O desfile da Forum ocorreu em clima de alvoroço ontem na São Paulo Fashion Week. Tudo porque Luana Piovani, Fábio Assunção e Malu Mader apareceram por lá. Malu e Fábio gravaram uma cena da novela Celebridade. Mesmo com a cena roubada, a Forum mostrou sua coleção. Como sempre com look sexy, decotes profundos, costas à mostra. As cores seguiram uma cartela suave com rosa e azul lavado, além da combinação de opostos como preto e branco.
Os atores Malu Mader, Fábio Assunção e Luana Piovani foram ao São Paulo Fashion Week ontem conferir o desfile da Forum (acima e à esquerda). Luana foi acompanhada de Ricardinho Mansur.
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Rede de supermercados é a maior do Paraná e pretende consolidar sua marca no estado a partir de Presidente Prudente. Grupo é o oitavo do setor no País.
A rede SuperMuffatoestá em primeirolugar noranking dos maiores supermercados doParaná. Ogrupocomeçará agora a consolidar sua atuação em São Paulo, com uma loja já inaugurada em Presidente Prudente,a primeiraunidade de todo o estado.
Odiretor doGrupo SuperMuffato, EvertonMuffato, está otimista com o desempenho da unidade paulista, inauguradaemsetembro doanopassado. "Temosplanos deinaugurar novas lojas em SãoPaulo, mas não há meta definida. A certeza é de que começaremos no interior doestado, nas regiões próximas à divisa com o Paraná", explica o executivo. Os planos mais imediatos de expansão incluema inauguração de mais uma loja em Londrina, ainda neste primeiro semestre. Até agora,são 17 unidades espalhadaspelo Paraná. Fora do estado, a primeira tentativa deembarcarem outras regiõesestá sendofeita como
hipermercado de Presidente Prudente, instaladono Shopping Americanas. Desempenho- A inauguração de novas lojas e a criação de novos serviços está sustentando o crescimento darede SuperMuffato.Emborao ano passado tenha sido difícil para a economia brasileira, a rede conseguiu crescer 27%, se consideradas as novas lojas. A empresa nãorevela seusdados fi-
nanceiros, mas, segundo Everton Muffato, o desempenho ficou dentro das expectativas do grupo. "Se a economia estivesse caminhando bem, o resultado teria sido ainda melhor", reforça. Só para se ter uma idéia, em 2002o faturamentobruto do Grupo Muffato chegou a R$ 506,1milhões, deacordocom o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A Xerox apresentou ontem as armas que vai utilizar para tomar a liderançano mercado deimpressoras de pequeno porte no Brasil, hoje liderado pela HP. Os lançamentos, entre equipamentos multifuncionais e impressoras, foram apresentados em um lançamento simultâneo no Brasil, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha e Inglaterra, com participação, via satélite, dapresidente mundialdaXerox, Anne M. Mulcahy. Foram lançados dois novos modelosda série DocuTech, para produção em alto volume, e duas novas Phaser, 8400 e 7750,para pequenosemédios escritórios. Os novos produtos surgem para coroar o anúncio, hádois dias, domaiorlucro anual, em 2003, desde 1999. "Nãoestamos construindo equipamentos melhores e sim melhores resultadosparaos negócios dos nossos clientes. Queremos deixá-losainda mais eficientes", disse apresidente.Naspalavrasdela, os novos produtos são feitos para consumidores reais e irão "mudaraforma comoaspessoas usam impressoras". O fato de oBrasilparticipar do lançamento mundial mostra a importância do País para a empresa. "Essainiciativa comprova o compromisso assumi-
Marcopolo
apresentou receita 13% menor em 2003
AMarcopolo, fabricantede carrocerias para ônibus, fechou o ano de 2003 com receita líquida consolidada de R$ 1,28 bilhão,resultado 3%superior ao previsto pela empresa(R$ 1,25 bilhão) e 13% inferior ao desempenhode 2002(R$1,48 bilhão). Aproduçãoatingiu 14,3mil unidades,dasquais 4,4 mil foram exportadas. No total, foram 3 mil modelosrodoviários,4,7mil urbanos, 1,7 mil microônibus e 3,5 mil miniônibus, além de 1,2 mil unidades produzidas nas fábricas no exterior. As vendas no exterior totalizaram R$ 636 milhões. Segundo Carlos Zignani, diretorde Relação com os Investidores, a menor cotação do dólar no ano passado, em comparação com 2002,foi importantenodesempenhodaempresa. Para 2004, a perspectiva é de receita de R$ 1,45 bilhão. (AE)
do pela Xerox de ajudar os nossosclientesa adquirirem para seus negócios maior produtividade, qualidadee competitividade", afirmou Pedro Fábrega, presidente da Xerox no Brasil. Pequenos e médios – Como mais dametadedareceitada multinacional no Brasil vem do mercado representado pelas pequenase médiasempresas,a Xerox estará muito focada nessesegmento este ano. "Nossos planos parao mercado de pequenase médias empresas são enormes", disse Fábrega. Para alcançar oobjetivo, a Xerox está mudandoa forma de atender a esse mercado, ampliando o número de representantes autorizados –em 2003 havia mil deles e a empresa quer chegar a 1.500 até o final do ano– e oferecendo mais opções na área de serviços. "Nossa áreade consultoria identificaos gastos docliente com impressão eencontra soluçõesespecíficaspara osnegócios dele. Até desenvolvemos softwarescustomizados para atender a necessidades específicas", explicou Fábrega.
A consultoria representa 5% da receita da Xerox no Brasil, masajuda nofaturamentodas outras áreas da empresa, como a de serviços, quegera 50% da receita total.
As máquinas– Os dois no-
vos modelos da impressora/copiadora DocuTech (100e 120) são destinados aproduzirum alto volumededocumentosa velocidade de 100 a 120 páginas por minuto. Para uso em gráficascomerciaise gráficas rápidas, oequipamentodeve chegar ao País em abril, com preços de US$ 77 mil a US$ 99 mil.
Rápida - Os clientes da Xerox e jornalistas tambémpuderam conhecer ainda os equipamentos digitaisde suanova linha parapequenos emédios escritórios.A Phaser8400foi apresentada como a mais rápida impressora colorida de sua categoria para escritórios. Umade suasvantagens éo uso da nova tecnologia de cera sólida que garanteumcusto operacional mais baixo. Este equipamento imprime a uma velocidade de 24 páginaspor minuto eincluimemóriade 128MBexpansívela 512MBe processadorde 500MHz.A 8400temum ciclodetrabalho de 85 mil cópias por mês e deve chegaraomercado aumcusto entre R$13 mile R$22 mil,de acordo com sua configuração.
Já aimpressora alaser Phaser7750imprime aumavelocidade de 35 páginas por minuto e deve chegar ao mercado com custos entre R$ 37mil e R$ 53 mil.
Célia Almudena
O grupo Telemar, que opera a empresa de telefonia móvel Oi, não pretende disputar licença para atuar com telefonia móvel em São Paulo. A afirmação é do diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Marcos Grodetsky. Segundo ele, o mercado paulistaestá muito disputadoe a empresapreferiu se concentrar nasuaáreadeconcessão, queenvolve16Estadose garantiu àempresa umaparticipação de 18% do setor. "Iniciar uma operação a partir do zero seria muito custoso, já que seríamos a quarta operadoraemSãoPaulo", afirmou Grodetsky, que reiterou que o grupo estáprevendo encerrar 2004comuma basede5,4milhões de clientes na telefonia móvel,num aumentode1,5 milhão de usuários este ano. O executivo previu que a Oi continuará operandocom prejuí-
zos nospróximos 18meses, mas com margem operacional cada vez maior devido ao aumento de assinantes.
Embratel - Quanto à proposta apresentada pelaTelemarparaa compradaEmbratelem conjuntocomoutras companhias de telefonia fixa (Telefônicae BrasilTelecom), o executivo informou que "não houve resposta" nem dos vendedores (MCI/WorldCom) nem do governo.Para a Telemar, apropostapreenchetodos os requisitos da legislação. Em teleconferência ontem com a imprensa, Grodetsky informou que a Telemar vai mesmo ter um provedor de acesso à internet.Mas aempresa ainda nãodecidiu comoserá essa operação, que pode ser a compra do iG, de outro provedor de acesso ouaté a constituição deuma novaempresa, apartir do zero. (AE)
Serviços - Oprincipal foco estratégico da rede para garantiro primeirolugar noestado do Paraná é a prestação de serviços. Atendimento de supermercado de vizinhança nos hipermercadosé umadaspreocupaçõesdarede. Segundo Muffato, 90% das unidades possuemlojasde apoio.Em Curitiba, ohipermercado tem à sua volta 70 outros estabelecimentos, como restaurantes,
lanchonetes,sorveterias, bancos, drogarias,lavanderiase lojas de confecções e calçados. Há pelo menos três anos e meio aempresa veminvestindono serviço deentregasexpressas, com pedidos feitos via internet outelefone.Oticket médio decadacomprajá alcançaosR$ 80. Issoé quase a metade do valorda média nacional emcompras realizadas nas lojas convencionais, que fi-
cou em aproximadamente R$ 192,44, segundo a Abras. Há um ano, arede passou a comercializarcarnes coma grife SuperMuffato. Após uma parceria comfornecedoresde carne bovina, a empresa passou a vender a marca Novilho Precoce.Sãocortes especiais decarne bovinade animais ainda jovens para o abate. "O quilo da carne é pelo menos 10%maiscaro queoconvencional eatrai opúblico que gosta de carnes especiais", afirma Everton Muffato. Participações -O grupo Muffato nasceu em meados da década de 70 e foi fundado por José Carlos Muffato e Hermínio Bento Vieira. Em 1996, o comando dos negócios passou paraosirmão EdersoneEverton Muffato. Atualmente, os doiscontrolamas17 lojasda rede, sendo três de atacado.
Para atrair verba estrangeira, presidente exalta, em discurso em Genebra, o comprometimento do governo com crescimento econômico sustentável
Um País queobteve um recorde históriconasexportações em 2003 e que deve ter um crescimento daeconomiade até 4%este anocom umquadro de consistência macroeconômica e de disciplina fiscal. Foi assim que o presidente Luiz Inácio Lulada Silva conclamou ontem cerca de 200 empresários e diretores de bancos internacionais a investirem no Brasil.Ao discursardurante cerca de trinta minutos, durante umsemináriosobrea economia brasileira, na sede das Nações Unidas, Lula ressaltou a importância do crescimento doinvestimento parao governo atingir seu objetivo de maior justiça social no Brasil. O presidentedisse queo go-
verno"está fazendoa suaparte", referindo-se à melhora dos indicadores econômicos.Ele "desafiou"o empresariado brasileiro e o estrangeiro que tem investimentono Brasil a "não ficar parado", aproveitandoas oportunidadesoferecidas pela globalização.
"Ofato de termos crianças derua,o fatodetermosum País com problema social, de termos analfabetos não são motivos parasensibilizarnenhum investidor acolocar um centavono Brasil", disse."O que vai motivar o investimentoéo quepoderemosoferecer a vocês em infra-estrutura, em mercado, de mão-de-obra extremamente qualificada."
Recuperação – O presidente
disse que a economia brasileira deverá crescer entre 3% e 4% neste ano. "Isso é que o que dizem os economistas. Se depen-
der do meu esforço pessoal vamos crescer mais do que isso." O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, tambémressal-
A produção industrial paulistacresceu1,2% em2003sobre 2002, por conta do aumento de 14,8% das exportações do setor. As vendasexternas tiveramum impacto positivo de 2,2 pontos percentuaisno nível de atividadeindustrial (INA), apurado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Já as vendas reais tiveram uma alta de 2,9% no acumulado do ano. Os números mostram um início de recuperação daindústria em 2003, já que, no ano passado, o INAtinha registrado uma queda de 1%. Segundo a Fiesp, isso revela que, no ano passado,foiretomadoo nível médio de produção de 2001, quando houve uma elevação de 2,5% na atividade do setor.
No últimomês dedezembro, a produção teve um incrementode 4,4%sobrenovembro, omelhor resultadodesde setembro, quando apresentou crescimento de 6,03%. Na comparação contrao mesmo mês de 2002, o INA aumentou 9,2%. "Está claro que existe um ambiente deretomada", afirma o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos(Depecon) daentidade, Claudio Vaz. Ex pec tati vas –De acordo como executivo,aprojeção para este ano é de um aumento da atividade industrial paulista entre 4% e5%, se for confir-
mada a estimativa de incremento da demanda entre 5% e 6%. "Seo Copomajudar com cortes de juros, o mercado interno vai reagir", diz Vaz.
Ontem, o diretor da Fiesp apresentou um outrocritério para o cálculo do INA, que é sem ajuste sazonal. Não inclui, por exemplo, as férias coletivas
Odiretor doDepartamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),Claudio Vaz,utilizou osúltimosdados de inflação (IPCA e IPC-Fipe) para rebater supostos temores daautoridade monetáriade quea indústria entre em um forte processo de reajuste nos preços de seus produtos. Vaz argumentou que na lista dosprodutoscommaior impacto na inflaçãoestão educação, arroz,feijão,hortifrutigranjeiros, recreaçãoe viagens
e preços administrados. "Não encontrei nenhumproduto industrial que justifique esses temores", ressalta. Quantoàintençãode 43% dos empresários de reajustar preços, apuradana Sondagem Conjuntural da Indústriade janeiro, feita pela Fundação Getúlio Vargas(FGV), Vaz respondeu que nada indica que estejaocorrendomovimentodealta nospreçosindustriais."Falar em reajustes pode seruma estratégia para diminuir os estoques e esvaziar os depósitos", opina Vaz.
Na avaliação do diretor da Fiesp, está em curso uma recuperação da atividade industrial,mas nada que possa ser considerado explosivo. Retrospectiva – O diretor da Fiesp lembrou ainda que, de 1994 a 2003, a indústria paulistaregistrou um crescimento médioanualde apenas0,8%.
Considerandosomente operíodo 1997 a 2003, a expansão é aindamenor: cai para0,36% ao ano. "Ocrescimento da indústriapaulistanos últimos noveanos nãopassa deresidual", finaliza. (AE)
de fim de ano.Por esse novo critério, o nível de atividade recuou 9,1% em dezembro sobre o mês anterior. Reposição de estoques – Os reajustes salariais das categorias com data-base em novembro e dezembro, as promoções do comércio no final do ano e a oferta de crédito em prazos maislongos porparte dealgumas redesdo varejoajudaram a desovar os estoques da indústria. Somada à expectativa de retomada do crescimento econômico, essa ação levou o setor atrabalhar para recompor os estoques. "Há,sim, uma tendência de recuperar estoques", afirma Vaz.
Jáo Nívelde Utilizaçãoda Capacidade Instalada(Nuci) médio da indústria paulista em dezembro ficou em78,9%, contra 78,2% no mesmo mês de2002. Osetorcom maior utilização dacapacidade no mês foi o de papel e papelão (88,4%).Na outraponta,produtos alimentares teve a maior queda: 69%,contra 80,2%em dezembro de 2002. (Agências)
IGP-M
tou a estabilizaçao da economia ao longo dos últimos 13 meses. Segundo o ministro,a recuperação já está em curso. "O setor de bens de capital apresenta elevadas taxa de crescimento", disse. Segundo Palocci, esse aquecimentoda economiacomeça a se refletir no mercado de trabalho. "Desde o final de 2003 pode-se notar a queda do desemprego", disse. Elogios – Antes de participardoseminário,Lula esua delegação se reuniram com cerca de 20 presidentes de grandes empresasestrangeiras. O presidente do grupo sueco Stora Enzo, Jukka Härmälä, disse ter ficado muito satisfeito com oencontro. "Aeconomia brasileiramostra umatrajetó-
riadeestabilidade,o governo vem fazendo um bom trabalho e issoé importantepara osinvestimentos", disse Härmälä. O Grupo Stora Enzo tem um pesado investimento em Eunapólis, no sul da Bahia, numa fábrica decelulose. Aempresa sueca é proprietária de uma grande área de reflorestamento na região. O presidente do grupo espanhol Repsol YPF, Alfonso Cortina, tambémelogiou ogovernobrasileiro edisse que sua empresa está disposta a aumentar os investimentos no Brasil."Estamosatentos às oportunidades no País, pois estamos otimistas com as perspectivas da economia", disse Cortina. (AE)
serviços facilitam exportações de têxteis
A operação de exportação de produtos têxteis para os Estados Unidos ficou mais fácil. Empresas de entregas expressas, como FedEx e UPS, com ampla experiência no desembaraço alfandegário,desenvolveram serviços que facilitam o preenchimentoeobtenção de documentos obrigatórios nas transações, como a fatura Visa e o Certificado de Origem. A fatura Visa, uma exigência dos Estados Unidos para entrada de tecidos no país, precisa serexpedida pelo Departamento de Comércio Exterior doBancodoBrasile requera presença de um despachanteoudopróprio empresárionolocal. JáoCertificado de Origem, apesar do trâmiteum poucomaissimplificado,também tomatempo dos empresários brasileiros. De acordo comGuilherme Gatti,diretor demarketingda FedEx, com o serviço Visa Têxtil, lançado ontem pela empresa no Brasil, é possível reduzir o tempodeoperações buro-
Lançado ontem no Brasil, Visa Têxtil pode reduzir as operações burocráticas de 15 para apenas 4 dias nas transações com os EUA
cráticas de15 diaspara apenas 4dias."Vamosfacilitar avida doexportadortêxtil. Elesse preocupam com moda, produção evenda. Enós ficamos responsáveis pelo transporte". Documentos – Juliana Vasconcelos, gerente de marketing da UPS Brasil para o Mercosul, conta que a partir de um trabalho desenvolvidohá dois anos com o segmento têxtil, foi possível perceber quea preparação de documentos era uma dasmaiores dificuldades encontradas pelas empresas para iniciar o processo de exportação. "Decidimos ajudá-las, emitindo os papéis obrigatórios", explica.
A faturaVisa já foiexigida pelos países europeus mas atualmenteficou restrita aos Estados Unidos. Já o Certificado de Origem é solicitado tambémpor 32países parapermitir aentrada de mercadorias como calçados, eletroeletrônicos e autopeças, dependendo do país de destino.
Tsuli Narimatsu
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) subiu 0,88% em janeiro, acima dos 0,61% de dezembro. A expectativade analistas ouvidos pelo Banco Central eraque oíndice avançasse para 0,68% neste mês. "O resultado do IGP-M ratifica a decisão do BC em ter sido cauteloso e infelizmente, acendeuma luzamarelapara ainflação", ressalta AndréCaminada,gerente deportfólio do Itaú Asset Management. IPC também em alta – O Índice de Preço ao Consumidor (IPC), que indica o preço no
varejo também subiupara 0,84%nestemês,contra os 0,41% dedezembro. Aalta do IPC, que responde por 30% do cálculo doIGP-M, éde 8,02% em 12 meses. A mesmatendência de alta foi confirmadano Índicede Preços por Atacado (IPA), que responde por60% doIGP-M, e subiu 0,98% depois de uma inflaçãode 0,64%no mêspassado. O IPA em acumulado em 12 meses teve alta de 5,99%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção(INCC) registrou alta de 0,28% abaixo dos 0,99% de dezembro. (AE)
Aumenta o número de pessoas que procuram a região para a compra de imóveis. O bairro abriga hoje empreendimentos cada vez mais sofisticados.
Depois de duas décadas de intensodesenvolvimento, o bairro do Tatuapé virou o sonho de consumo dos moradores da zona leste da capital paulista. Olugar paraonde muitas pessoas que melhoraram de padrão de vida querem viver. Opções de moradia– imóveis novosouusados, casasouapartamentos – não faltam no Tatuapé,que aindatem como vantagem a ampla oferta de comércio, serviços e transportes. Aexpansãodo bairroapartirdoinício dosanos80foi constante e ainda continua a pleno vapor,dizem profissionais do mercadoimobiliário. De fato, basta dar uma volta nas principais ruas do Tatuapé para verdiversas torresde apartamentos sendoerguidas. E nada de imóveis populares: apartamentosnovosde dois quartos(o padrão da classe média paulistana) no Tatuapé chegam a custar por volta de R$150mil, valor próximoao de bairros nobres das zonas sul
eoestedacidade,como Vila Mariana e Pompéia, por exemplo. Segundoo diretoradministrativo da Hernandez Construtora, Lucimar Ângelo Fernandes, o metro quadrado de imóvel novo no bairro fica entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, dependendo do padrão do empreendimento. A empresa, que atua há 41 anos na região, tem seis projetos em andamento. Umdos condomíniosquea Hernandez está construindo tem apartamentos de dois dormitórios com 66metrosquadrados deárea útil– bemmais do queo atual padrãodo mercadoparaesse tipodeimóvel, entre 45 e 55 metros quadrados de espaçoaproveitável.O tamanhodosimóveis éumdiferencial no Tatuapé. Existem as unidades menores, mas a maior parte dos imóveis novos de dois dormitórios no bairro tem mais de 60 metros quadrados de área útil. Esses fazem mais sucesso entre as pessoas
que saem de casas de outros bairrosdazonaleste– ospotenciais compradores. Quemmora noTatuapégeralmentegosta muitodobairro, fenômeno comum em lugares tradicionais da zona leste. E, como expressivo desenvolvimentodos últimos anos, não precisa sair das redondezas para ter acesso acomércio e serviços.NoTatuapé nãofaltam consultórios de médicos e dentistas, clínicas de estética, academias de ginástica, super e hipermercados, butiques e shopping centers (são quatro nos limites do bairro: Anália Franco, Metrô Tatuapé, Sílvio Romero e Chic). Os moradores tambémnãopodem sequeixarda oferta detransporte coletivo. Várias linhas de ônibus passam pelo bairro em direção a outros Arquivo/AE
bairros ou ao centroe há duas estaçõesdemetrô (Tatuapée Carrão). "Para quem anda de carro, também não há muitos problemas. Cortando caminho pelo bairro, é possível chegar ao centrosem precisar pegar a semprecongestionada Radial Leste",afirma ogerente comercialdaHubert Imóveis, Marcelo Tringoni. A ofertade lazertem acompanhado o crescimento do Tatuapénos últimos anos. Com cada vez maisbares, casas noturnas e restaurantes, o bairro já está parecido com áreas da cidade famosaspela vidanoturna (Vila Madalena e Moema,por exemplo).Mas,como lembra o diretor da construtoraHernandez, ainda faltam teatros e casas de espetáculos. A ausênciadebons espaços para espetáculos e de um grande hospital particular são, segundoFernandes, os pontos fracos do bairro. Nada, porém, quedesanime ospotenciais compradoresde imóveis no bairro, aestrelado mercado imobiliário da zona leste.
O Tatuapé concentra, na pequena área conhecida como Jardim Anália Franco, os imóveis mais valorizados da região lestedacapital. Sãoapartamentos dignos de áreas ricas da cidade, como Morumbi e Itaim. Para quem puder pagar, há coberturas com cinco dormitóriose seisvagas de garagem por R$ 2,3 milhões.
Quando começaram aperceber que a oferta de terrenos no miolo do Tatuapé (no entorno da praça Sílvio Romero) já não era tão grande, os incorporadores passaram aprocurar outrasáreas paraerguer os edifícios. Dessa necessidade partiuo desenvolvimentoda parte dobairro conhecidacomo Jardim Anália Franco.
Av. Angélica (AP/2 dorm/ 2vg/ Higienópolis)
Av. São João .........................................(Kit/ Sta. Cecília)
Av. Cásper Libero (AP/ 1 dorm/ Luz)
Av. Higienópolis .......................(AP/ 2 dorm/Higienópolis)
Av. Nove de Julho (AP/ 1 dorm/Bela Vista)
Av. Jamaris ......................................(AP/ 1 dorm/Moema)
Rua Amazonas ..............................(AP/ 1 dorm/B. Retiro)
R. Caraíbas (Kit-mobiliado/ Perdizes)
R. Souza Caldas (AP de R$ 300 a R$ 800/bom estado/Brás)
R. do Areal ...................................(AP/ 2 dorm/ B. Retiro)
R. Gal. Flores ...............................(AP/ 2 dorm/ B. Retiro)
R. Javaés .....................................(AP/ 2 dorm/ B. Retiro)
R. Guaianases (AP/ 1 dorm/ C. Elíseos)
R. Maria José ..................................(AP/2 dorm/1 vg/Bela Vista)
R. Marquês de Itu ..................(AP/ 2 dorm/ Higienópolis)
R. Sérgio Tomás ..........................(AP/ 2 dorm/ B. Retiro)
R. Pelegrino (Sobrado/ 2 dorm/ 1 vg/ Santana)
Nesse canto do Tatuapé estão localizados os edifícios que atraem emergentes como apresentadores de televisão ou jogadores de futebol. A construção de um completoshopping centernaárea, em 1999, deuimpulso adicional parao AnáliaFranco, uma ilha deprosperidadena zona leste da capital paulista. (RA)
e-mail: comercial@zylber.com.br - www.zylber.com.br
Rua José Paulino, 547 - 6º Andar -Bom Retiro -SP
Av. Gal. Olímpio da Silveira (AP/ 2 dorm/ B.Funda) Av. Angélica ..................(AP/ 3 dorm/ 1 vg/ Higienópolis)
R. Prates.......................................(AP/ 2 dorm/ B.Retiro)
R. Guarani...................................... (AP/ 3 dorm/B.Retiro) R. Atuaí ...................................(AP/ 2 dorm/ 1 vg/ Penha)
R. Newton Prado ..........................(AP/ 2 dorm/ B. Retiro)
R. Acuruí..............................(AP/ 3 dorm/ 2 vg/ Tatuapé)
R. José de Ibirra ................(AP/ 2 dorm/ 1 vg/ Mandaqui) ALUGA COMERCIAL
Av. Rudge ..................................(Loja/ 300 m²/ B.Retiro)
Av. Pompéia ................(Casa comerc/ 100 m²/ Pompéia)
R. Dr. Penaforte Mendes ..........(Loja/274 m²/ Bela Vista)
R. dos Italianos (Galpão/ 350 m²/ B.Retiro)
R. Faustolo...........................................(Loja/60 m²/Lapa)
R. Ezequiel Freire ...........................(Loja/35 m²/Santana)
R. José Paulino ...........................(Sala/ 80 m²/ B. Retiro)
R. João Kopke (Galpão / 234 m²/ B.Retiro)
Ata do Copom divulgada ontem causou espanto ao mercado e em analistas, que esperavam explicação mais convincente por parte do Banco Central. Inflação.Esseé onomedo inimigo número 1 dos juros baixos paraoBancoCentral. Foi a ela que o Comitê de Política Monetária(Copom) atribuiu sua decisão de manter em 16,5%ao anoa taxabásica de juros (Selic) em sua última reunião, na semana passada. Na ata do Copom, divulgada ontem, o Banco Central alegou estar preocupado com o aumento de preços. Que esse movimento de subida pode não ser ummovimentosazonal, umareferência ao mês de dezembro,quando oconsumo aumenta devido às festas de final de ano. Achaque pode ser uma tendência para os próximos meses.
Prenúncio – "A maior variação (dos índices de preços) em dezembro pode significar apenas um evento isolado, provocado por motivos sazonais ou extraordinários, ou prenunciaruma aceleraçãopersistente da inflação", diz a ata.
O certo mesmo é que a explicação do Banco Central foi comoum socono estômagodo mercado financeiro (ver mercado à página 13), do comércio, da indústria, de economistas e analistas. Algunsdestes dois últimos classificaram a justificativa de absurda.
Para analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Diário do Comércio , a preocupação doBanco Central é excessiva.
Eles já haviam criticado, na semana passada,amanutenção dos juros. Agora, criticam a explicação do governo.
Aqui não!– "Mesmo quea inflação aumente,o que não acredito, a política monetária
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não é a melhor forma de conter alta de preços. Aumentar juros para conter inflação pode funcionar muito bem em países da Europae nosEstadosUnidos, mas não adianta no Brasil", diz o professor do Departamento de Economia da PUC-SP e presidente da Sociedade Brasileira deEstudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Antônio Corrêa de Lacerda. Lacerdadizquea inflação brasileira não é provocada pela explosão do consumo, oque nesse caso um aumento dos juros conseguiria diminuir. "Temos uma inflação gerada por setores onde aindahámonopólios, pelos preços administrados e das commodities". Impacto – Para o economistaMarcel Solimeo, diretordo Instituto deEconomia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo, é possível que apostura altamenteconservadora do BC tenha um impacto mais negativo na economia do que a manutenção dos juros. "Essa preocupação exagerada doCopom traz devolta as incertezas sobre a recuperação da economia e pior, causa uma paralisia namaioria dos setores. O varejo vinha em uma ondade confiança, alargando prazos,diminuindotaxas de juros e renovando estoques. E agora deve ficarparadoatéa próxima reunião do Copom". O Instituto Brasileirode Executivos de Finanças também condenou o Banco Central: "É o ápice do conservadorismo",disse o presidentedo Ibef-SP, Walter de Barros. Adriana Gavaça
Não é papel de nenhum banco central do mundo cumprir as expectativasdomercadoe seguir suas apostas para tomar uma decisão. Orecado foi dadopelo presidentedoBanco Central, Henrique Meirelles, de formasutil, nasentrelinhas de seudiscurso feito ontemà noiteemSão Paulo,nacomemoraçãodos 18anos daBolsa de Mercadorias & Futuros. Foi comoumaresposta, também de forma indireta, ao
Aluguel de Veículos e Serviço de Motorista Fone: (0xx11) 3825-2010 e-mail: info@santanarentacar.com.br 5535-3924
VW A VW totalizou US$ 1,5 bilhão em exportações no ano passado. O volume representa crescimento de 15% frente a 2002 e coloca a companhia na posição de quinta maior exportadora do País.
VW 2 2003 foi marcado pela conquista de novos mercados como Líbia, Iraque, Líbano, Síria e Egito, além do primeiro embar-
que para a matriz da companhia, na Alemanha.
FORD
O Cargo 4331 MaxTon, lançado em fevereiro do ano passado, produziu um maxiefeito nos negócios da Ford Caminhões.
FORD 2 Com o modelo as vendas de cavalos-mecânicos praticamente dobraram em 2003, somando 1 mil 318 unidades contra 715 em 2002.
BASSO A Basso, especializada em usinagem de componentes automotivos, encerrou 2003 com faturamento de R$ 18 milhões, crescimento de 30% frente ao ano anterior.
FRAS-LE A Fras-le transferirá todas as suas operações para a unidade industrial de Forqueta, em Caxias do Sul, RS, edesativará a planta onde a em-
Muda presidente, muda a concorrência, mas o lobo não perdeu o pêlo muito menos o vício. Ao que tudo indica, agilidade continuará a ser uma das boas cartas na manga da Fiat Automóveis na briga pelo mercado interno em 2004.
Apenas quatro meses depois do lançamento do novo Palio, e um mês depois de colocar no mercado um Mille rejuvenescido – 5 de fevereiro –, a companhia
fará dupla apresentação na primeira quinzena de março. Sienae Palio Weekend ganharão as mesmas soluções estéticas e de conteúdo adotadas no Palio no fim do ano passado. As modificações abrangem carroçaria e interior e, a exemplo do que ocorreu com o recente lançamento, a montadora deve oferecerrecursos como o My Car, sistema de personalização de comandos, bem co-
mo de conforto, lançados originalmente no médio Stilo, em 2002. A rápida atualização dos dois modelos é medida precisa na conta da Fiat para manter a liderança de três anos consecutivos no mercado interno. No ano passado a diferença para a General Mot ors, segunda colocada e em curva ascendente nos últimos anos, foi consolidada apenas em dezembro.
presa começou suas atividades.
SIFCO
A Sifco, fabricante de componentes forjados, usinados e montados, para suspensão, transmissão, motores, dentre outras aplicações, foi recomendada para a norma TS 16949/2002.
SCANIA A Scania comemora 2003 como o melhor dos últimos tempos no segmento de chassis rodoviários e parte para abraçar 2004 com igual vigor. A empresa saltou de 29% de market share para quase 37%.
FILOAUTO
Fabricante de peças estampadas e conjuntos soldados, a Filoauto vai colocar em operação, até março, sua primeira filial. A cidade escolhida foi São Leopoldo, RS.
FILOAUTO 2
Com matriz em Indaiatuba, SP, a empresa investirá R$ 3 milhões no projeto durante dois anos, gerando cem empregos diretos em igual período.
nervosismodomercado vivido ontem após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom),embora ele próprio tenhase negadoa comentar o nervosismo. Riscos – Sobre oteordaata Meirelles apenas disse que ainda há riscos e obstáculos verdadeiros "que devemser encarados com responsabilidade e seriedade e não com mágicas tentadas nopassado comconseqüências nefastas".
Do presidente da Associação Comercialde SãoPaulo,Guilherme Afif Domingos,Meirelles ouviu um pedido: a aprovação de medidasque reduzam os juros cobrados dos tomadores finais de crédito. "Governo e associações de classe buscamalternativas para reduzir osjurosnaponta, como a aprovação do cadastro positivo, já que entendemos que o crédito éa chave para o crescimento. (AG)
Para o ministro Antônio Palocci, não há por que temer
De Genebra, Antônio Paloccimandou ontemumrecado aoPaís:"Ocenário de alta dos preçosnãopreocupa", afirmou o ministro,garantindo que não tinha lido, ainda, a ata do Copom, divulgada ontem. Palocci insistiu em quea recentealta dospreçoséresultado principalmente de fatores sazonais. Justamente o contrário do quis dizer a ata do Copom,que temepor essesaumentosnãoserem sazonais e permanecerem. Sem mudança – bcEle afirmouquemantéma mesma opinião que apresentou ontem durantea entrevistado presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a alta dos preços tem uma característica sazonal, como escola, preçosdas commodities agrícolaseaumento da demandaexterna por produtos brasileiros. O ministro disse que não vê nenhumproblema emrelaçãoà divergência sobre a sua análise e o teor da ata, que monstrou preocupaçãocom a persistência da inflação. "Não sou eu que faço a ata, éóbvio quepode destoarem alguma coisa. O governo tem tido uma posição consistente emrelação aocombate àinflação desde suaposse, e essa posição nãovai mudar",disse. "Porisso, euconfio quea inflação não volta." (AE)
OConselho MonetárioNacional (CMN) autorizou a Bolsade Mercadorias eFuturos (BM&F) aabrir umbanco comercial. O banco ficará sob controlesocietáriodireto da bolsa e sópoderá atuar comoliquidante e custodiante, prestandoserviçosàbolsa eaos agentes econômicos responsáveis pelas operações.
As instituições que fazem parte da BM&F e as que participam denegociação nabolsa poderão ter contasno novo banco, que,no entanto, não poderá fazer captações junto ao público.
Além de fazer o trabalho de liquidaçãofinanceira dasoperações, obancoterá afunção de ser depositante de todos os ativos dados em garantia nas operações da BM&F.
Custos – Segundo odiretor de Normas do BancoCentral (BC), Sérgio Darcy, a criação do bancocomercial reduzirá custos para a BM&F. "Dará mais segurança aos participantes domercado, emespecial às instituições menores", diz.
Segundo ele, o bancocomercialcontribuirá também paraadiminuição doriscode mercado. "O bancovai operar de acordocomasregrasprudenciais corretas. Há benefíciosparao mercado",justificou Sergio Darcy. Com a aprovação do voto do CMN, aBM&F, segundoDarcy,poderá imediatamente solicitar ao Banco Central o pedido de constituição do banco. O capital mínimo para a abertura do banco da BM&Fé de R$ 20 milhões. Odiretor informou tambémque ovotoaprovado pelo CMN estendea possibilidadede aberturade bancocomercial para qualquer bolsa de mercadoria efuturosque for constituída no Brasil. Presente – De acordo com o presidente da BM&F, Manoel Félix Cintra Neto, o banco podecomeçar aoperaraté ofim do primeiro semestre. Os trabalhos da bolsapara a criação do banco já começaram, com a formação das equipes e desenvolvimento dos sistemas de informática."A aprovaçãodo
CMNfoi um presente para nós",disseCintra Neto.A BM&Fcomemorou ontem18 anos de fundação. Na avaliação de Cintra Neto, 2003 foi um ano bastante positivo para a bolsa, que registrou aumento de 16,6%namédia diária denegócios emcomparação com 2002. Amédia diária,noperíodo, passoude 404.434 contratos para 471.779 contratos.Entram naestatística as operações com ativosfinanceiros (dólar, taxa de juros, títulos da dívida e índice de bolsa) e agrícolas (café, boi, milho, soja, entre outros). Consolidação – O presidente da BM&F disse também que 2003 foi o ano da consolidação da câmara de compensação ( cl e ar in g ) de operaçõesde câmbio, que foi criada nos primeiros meses de 2002.
CintraNeto adiantou planosdaBM&F para2004. "Além de marcar presença na Ásia com ainauguração de escritório na China. Rejane Aguiar/AE
Quemestá comoorçamentoapertadoe aindatemdeencarar as despesas com material escolarnesteinício deanopodeoptarpelos empréstimos oferecidospor bancosparaesse fim. A Nossa Caixa anunciou acriação deuma linhade crédito para essas despesas. Banespa e Fininvest também oferecem crédito para tais gastos. A linha da Nossa Caixa estará disponível em todas as agênciasda instituição até opróximodia 13 defevereiroe tem por objetivo cobrir despesas comvalores entreR$200 eR$ 700. Ataxaseráde3,46%ao mês eo prazo máximode pagamento, de 12 meses. Nossa Caixa – Mesmo quem não é correntista da Nossa Caixa pode ter acesso ao crédito. É preciso ir a uma agência da instituição e apresentara relação pedida pela escola ou um orçamento do material. Os clientes da Nossa Caixa quitam adívida por meio de débito na conta corrente. Para os não-clientes, o pagamento é feito com cheques pré-datados ou fichas de compensação.
O Banespa possui uma linha de crédito voltada aos correntistas do bancoque precisam comprarmaterial escolar e uniformes. Ovalor mínimo emprestado é R$ 200,mas o banco financia até 100% da despesa. Para isso, a nota fiscal dacompra precisater sidoexpedida nomáximo 30dias antes do empréstimo. (AE)
Reunião interministerial decidiu ontem que serão liberados créditos para a produção de leite e que uma comissão do governo acompanhará a crise
Após umalonga reuniãointerministerialno Palácio do Planalto, com participação de parlamentares da comissão especial daCâmara dosDeputados, ogoverno optoupor tratara criseda Parmalatcom cautela, evitando, por enquanto, avançar em hipóteses como a intervenção na empresaenquanto não houver umadefinição da Justiça sobre o pedido de concordata feito pela multinacional.No finaldoencontro, as únicas medidas concretas anunciadas foram a liberaçãode créditosparaprodutoresde leiteeacriação deuma comissãodo governopara acompanhar a crise.
Oministroda Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que o governosó vai avaliar a propostadeintervençãona Parmalat depois dereceber informações daempresa. "Não estamos descartando nenhuma medida, apenas deixandoclaro que qualquer postura depende do resultado da concor-
data", disse o ministro. "A posição neste momento é ainda de cautela", reforçou o presidente da comissão especial da Câmara, deputado Waldemir Moka (PMDB-
RS), que levou ao ministro a proposta de intervenção, feita por entidades de produtores e trabalhadores rurais. "A intervenção é o que todos aguardam. Aprópria comissão es-
pecialjá discutiuisso, mashá dificuldades jurídicas e precisamoster cautelaem intervir numa empresa privada multinacional, pois issotem implicações", disse Moka.
O governo do Estado do Rio prepara uma ação civil pública contraa Parmalat.Oobjetivo, segundo osecretáriodeAgricultura, Christino Áureo, é preservaros"elos maisfracos da cadeia leiteira". A ação pedirá a nomeação de um administrador judicial para a fábrica de laticínios Glória, em Itaperuna,controlada pela companhia.Alémdisso,pede quea Justiçadetermine umalistade prioridades para o pagamento das dívidas da empresa.
Nessa lista, seriam pagos em
primeiro lugar os trabalhadores da fábrica, depois os pequenosprodutoresdeleite, produtoresdemaiorporte efornecedores deinsumos. AParmalatdeve R$ 1,8 milhão aos produtores do Estado pelo fornecimento de dezembro.
Tributos - Uma eventual decretação de concordata da Parmalat não causará a suspensão da cobrançadetributosfederaisda empresa.Foio queinformou ontem o secretárioadjunto da Receita Federal Paulo Ricardo de Souza Car-
doso.Eleexplicou queasempresas emconcordata seguem tendode recolher tributos federais. Não hásuspensão nem dascobrançasnem de eventuais fiscalizações nem do parcelamento.Em casodefalência, os créditostributários são osegundoitem aserpagopela massa falida. O primeiro são os créditos trabalhistas.
CNA - A Comissão Nacional de Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) irá propor ao ministro da Agricultura,Roberto Rodrigues,
que o governo assuma a dívida deR$14 milhõesdaParmalat compequenos produtorese cooperativasdeleite. "O governo tem de fazero papel social ecomprar adívida com a Parmalat", afirmou o presidente da comissão, Rodrigo Alvim. "Os pequenos produtores não podem esperar 2 anos para receber", disse. Além da dívida de R$ 14 milhões,os produtoresestãoinseguros quanto ao pagamento referente ao leite entregue em janeiro. (AE)
Ministros - Alémde Rodriguese Moka,participaramda reunião os ministros da Justiça,Márcio ThomazBastos,do Desenvolvimento Agrário, MiguelRossetto,da Fazenda, interino, Bernard Appy, os presidentesdo BancoCentral, Henrique Meirelles, edo Bancodo Brasil,CássioCasseb, o advogado-geral da União,Álvaro Augusto Ribeiro da Costa eo secretárionacional deEconomiaSolidária doMinistério do Trabalho, Paul Singer, além do relator da comissão especial da Câmara, deputado Assis Miguel do Couto (PT-PR).
No final doencontro, o ministro da Agricultura anunciou que o Bancodo Brasil vai liberar Empréstimos do Governo Federal (EGF) a taxas de 8,75% ao ano para cooperativas que fornecem leite para a Parmalat. Comisso ogoverno pretende darfôlego aessas cooperativas para que continuemproduzindo. Além disso,ogoverno estudaaadoção
deum programa deretenção de matrizespara evitarque os produtores sacrifiquem os animais, transformando-os em carne. Rodriguestambém disseque ogoverno estuda uma forma de comprar as duas mil toneladas deleite empó quea Parmalat entregou aos produtores na forma de pagamento de suas dívidas. Segundo ele, a idéia é conversar com os governos estaduaispara queo produtoseja usado na merenda escolar. Viagem - Ocomitê que acompanha o caso terá representantes dos ministérios da Agricultura Justiçae Desenvolvimento. O grupo vai trabalhar emcooperação coma comissão daCâmara.Rodrigues informou que o Itamaraty está entrando em contato com o interventor da empresa na Itália para combinara viagem àquele país dodeputado Waldemir Moka edo ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. (AE)
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A possibilidade deosjuros
básicos voltarem a subir no Brasil e nos Estados Unidos assustouos investidoresedeterminou umforte movimento de ajuste no mercado financeiro brasileiro ontem. Os analistas viram na ata da última reunião doComitê dePolítica Monetária (Copom) e em comunicado do FederalReserve (o banco central dos Estados Unidos) sinais de elevação de juros ou, na melhora das hipóteses, de manutenção das taxas nos próximos meses.
Dólar comercial subiu mais 1,21% e fechou cotado a R$ 2,931 para venda. Taxa de risco brasileira teve alta de 19%, para 509 pontos.
O ajuste mais significativo aconteceu na Bolsa de Valores de SãoPaulo (Bovespa). O Ibovespa, principalindicador da bolsa paulista, fechou em quedade 6,14%,para 22.386 pontos – a maior baixa desde janeiro de 2000. Com esse resultado, o índice reduziu o ganho acumulado no mês para apenas 0,67% (essavalorização acumulada beirava os 10% nos últimos dias).
O giro financeiro, de R$ 1,58 bilhão, foi superior à média de janeiro, refletindo o forte mo-
vimento de venda de ações, desencadeado principalmente por investidores estrangeiros. Copom– Aata doCopom foi considerada por muitos alarmista, por enfatizar que as pressões inflacionárias atuais podem não serapenassazonais. E o mercado passou a considerar que a taxa básica de juros tem pouca chance de cair neste primeiro trimestre. Apesardeo dia tersidotumultuado, aexpectativado mercado éde que a tensão nãovai seprolongar. Alguns c o n s i de r a r a m o movimento um ajuste do excesso de otimismo que predominava nas primeiras semanas do mês. Mas poderáhaver umdebate acalorado: vale apena um país crescer pouco, com juro alto e, ainda por cima, não cumprir sua meta de inflação?
Dólar – O dólar disparou e fechou em alta de 1,21%, cotado aR$2,931para venda.O BancoCentral fez apenasum leilão e comprou a moeda americana a R$ 2,925 pouco antesdas 13horas.Além dos
alertas sobre juros, operadores citaram outros fatores para explicar a alta do dólar, como a formação daptax (médiade cotações calculadapelo Banco Central) do fim do mês.
Apesardetodo oensaio de pânicoexpressoontem nos números do mercado financeiro, existem instituições que nãotêmdo quereclamar.O motivo é simples:a ptax desta sexta-feira,último dia útildo mês, serviráde referênciapara o vencimentofevereiro de câmbiofuturo na BM&F e tambémparaosUS$ 2,5bilhõesem contratoscambiais que vencem na segunda-feira. Para algumas instituições, quanto mais alta a ptax, maiores seus ganhos. Risco – Acompanhando o mau humor geral do mercado, a taxade riscodisparou 19,2% e voltou a superar 500 pontosbase –estava em509pontosbase às 18 horas segundo a EnfoqueSistemas. Os C-Bonds, principais títulos da dívida externa brasileira, caíam 2,96% no horário, para 98,25% do valorde face.Desde aprimeira semana do mês opapel não tinha cotação inferior a 100% do valor facial. (RA/AE)
Opresidente daCompanhia Vale do Rio Doce , Roger Agnelli, disseontemqueas captações da empresa este ano somarãoUS$1,1bilhão de dólares.O patamar épouco superior ao de 2003, quando a companhia captouumtotal de US$1,030 bilhãonomercado internacional. Do montante previsto para 2004, a Vale jácaptou mais da metade: US$ 640milhões. A empresa lançou bônus de 30 anos novalor de US$500 milhões, recebeuuma parcelade US$ 98 milhões de um empréstimo do Jbic(JapanBank for International Cooperation) e obteve o restante em pequenas
operações de pré-pagamento. Expansão – O aquecimento do mercado siderúrgico mundial levouaCompanhia Vale do Rio Doce a antecipar seu programa de expansão em minériode ferro,incluindono orçamentode 2004projetos inicialmente planejados para outros anos.
O investimento de US$1,8 bilhãoanunciado pelaempresa para este ano já engloba, por exemplo, oinício daexpansão do Sistema Norte de Carajás, originalmente prevista para 2008. Segundo Agnelli, a demanda mundialporminério de ferro devecontinuar forte nos próximos 18 a 24 meses.
"Temos ainda dois anos razoavelmentebons paraaárea deminério,o queabsorverá plenamente oaumento dacapacidade produtivaque aempresa vai gerar", afirmou. Neste ano, a Vale vai investir US$ 28,8 milhões na expansão do SistemaNorte deCarajás e US$ 76,4 milhões naampliação Sistema Sul. Com isso, a capacidade produtivada província mineral localizada no Pará saltará das 56milhõesde toneladasde 2003para70 milhõesdetoneladas em 2004 e 85 milhões em 2006. No ano passado, osinvestimentos da Vale somaram US$ 1,988 bilhão. (Reuters)
Nos 450 anos da cidade, a CVC lança city tour regular – do centro ao Ibirapuera. Embarcamos nessa. Pág. 4
Engana-se quem ainda lembra do Estado norteamericano somente por seus parques temáticos e, da mesma forma, associa Miami a um mero destino de compras. Este é o oásis do turista bon vivant, com todas as regalias a que tem direito: golfe, spa e o que há de melhor em gastronomia e hospedagem. Seu roteiro tem tudo para ser um luxo. Págs. 2 e 3
Miami, Fort Lauderdale e Palm Beach: eis as cidades do glamour no sul dos EUA. Nelas, as estrelas são a mordomia dos resorts, como o Mandarin Oriental (acima e à dir.), e o king crab (caranguejo típico da região). Néons e cafés marcam o badalado bairro de South Beach (no topo), Miami
entre governo de São Paulo e o banco permitirá atender 300 mil jovens na capital
Renato Carbonari Ibelli
O governode SãoPaulo eo Banco Interamericanode Desenvolvimento (BID) iniciaram ontem um acordo que podegarantirao EstadoUS$30 milhões que serão usados para financiar o projetoFábrica de Cultura– encabeçadopelasecretaria estadual de Cultura –que pretende levar atividades artísticas e culturais para jovens e crianças de regiões com grande índice de violência.
A secretariaacredita queem março o grosso do financiamento esteja emcaixa,então, deve começar a construção das Fábricas de Cultura, espaços que prometem oferecer anualmente, acercade300mil jovens da periferia, a oportunidade departiciparde atividades de artescênicas, artes visuais,música, multimídiae leitura. As fábricas – 9 ao todo –deverãogerar cercade 1,2mil empregos diretos.
MARTA INAUGURA
MOSTRA DE ARTE NO
SOLAR DA MARQUESA
Cercada de estudantes da rede municipal de ensino, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, inaugurou ontem a
Importadas
SÓbebidaS
Nacionais
O governador Geraldo Alckmin esteve presente ontem para assinatura doacordo com o BID e enfatizou que as fábricas sãoumprojeto pioneiroeque devem"acabar" comoproblema da violência atacando sua origemaolevar culturaparaa periferia. "A maioria dos acordos quefirmamos como BID até então levava em conta a infra-estruturadoestado. Nos ajudaram a fazer o metrô, redes de esgoto,mas este acordo vai ajudar diretamenteo ser humano queé amatéria-prima das fábricas que estamos propondo", disse Alckmin. Parceiros – O contrato entre o banco e o governo deve durar seis anos. "Mas já estamos procurando parceiros para nos ajudar a manter as fábricas depoisqueo acordoterminar", dizasecretária daCultura, CláudiaCostin. Segundo ela, até março, quando as obras devem ter início, sua equipe estará traçando um "mapa" da si-
exposição São Paulo – Traços Urbanos,no SolardaMarquesa, no centro histórico da cidade. A exposição éparte de um projeto que combinaum livro da arquiteta Teresa Saraiva e uma mostra itinerante que percorrerá os CentrosEducacionais Unificados(Ceus). São
tuação das regiões que irão circundaras fábricasparaverificar que tipo deserviços assistenciais precisamserdesenvolvido emcadalocal. "As associaçõesdemoradores serão importantes aliadosnessa fase. Eles é que vão nos mostrar o que fazer em cada região. Não queremos construir shoppings na favela".
Das nove fábricas programadaspara seremconstruídas assimque os US$30milhões forem liberados, sete já são dadas como certas pela secretaria – Brasilândia, Itaim Paulista, Vila Curuçá, Guaianazes,Sapopemba,JardimSão Luiz e Capão Redondo. Aprevisão é de que estasunidades estejam prontas em meados do ano que vem. As duas fábricas restantes ainda não têm terreno definido para as obras. "Existem muitos terrenos irregulares na periferia, o quedificulta nosso trabalho", explicou a secretária Cláudia Costin.
51 desenhos que a arquiteta já expôsnaFrança eemPortugal. A artista reproduziu diversos edifícios como o Martinelli e o SampaioMoreira, além de ruas e praças. O livro traz 75 desenhosfeitos alápis,reproduzindobens culturaisehistóricos da cidade. (TM)
“MANIA DE VENDER BARATO” “MANIADEVENDERBARATO”
VINHOS
Lambrusco Dell’Emilia Amabile
Prosecco Di Valdobbiadene
Frascati Doc Superiore
Valpolicella Clássico Doc
Chileno Caballo De Oro Valle Del Maipo
Cabernet Sauvignon
Português Arcos do Rei
Argentino Borgoña
Francês Bordeaux Appelation Controlée
Montepulciano D´Abruzzo Doc
Toro Viejo Barbera Malbec
Vinho Gaúcho Garibaldi
R$11,50
R$25,50
R$15,50
R$19,90
R$12,50
R$12,50
R$9,90
NADA CAMARADA – A Praça Vermelha (à dir.), em Moscou, mudou de cor. O branco dominou o cenário, mas não impediu que a moscovita saísse com seus cães.
– Os pandas Mei Xiang (ao fundo) e Tian Tian brincam no zoológico nacional de Washington, nos Estados
Os
ALEGRIA GELADA –Cãozinho cocker spaniel brinca no Wandsworth Common, em Londres. O inverno europeu tem provocado transtornos em estradas e aeroportos ingleses.
... VOU EU – Decidido e com experiência anterior em terrenos escorregadios, Lula inicia a travessia da calçada. Em seminário na ONU, durante discurso de 30 minutos, o presidente conclamou cerca de 200 empresários e diretores de bancos internacionais a investirem no Brasil.
SE VOCÊ NÃO VAI... –Depois de conceder entrevista em Genebra, na Suíça, onde participou de reunião com investidores na sede da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que o governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio, o Zeca do PT, caminhe por uma calçada coberta de neve.
À DERIVA – Fortaleza, a capital do Ceará, registrou ontem a maior chuva desde 1910. De acordo com o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Francisco de Assis Souza Filho, nos últimos dois dias choveu 265 mm na cidade. As ruas ficaram alagadas e Fortaleza caótica. Várias pessoas ficaram desabrigadas. Animais foram levados pela correnteza (foto ao lado). No Rio Grande do Sul, uma pessoa morreu depois de ter sido atingida por um cabo de alta tensão. No sudoeste do estado de São Paulo, cidades ficaram isoladas porque tiveram estradas e pontes destruídas. Por volta das 18h, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura paulistana suspendeu o estado de atenção nas regiões central, norte e leste e na Marginal do Tietê. Os bairros de Guaianazes, Jardim das Oliveiras, Mooca, Vila Mariana e Ipiranga foram os mais afetados pela chuva de ontem. Na Grande São Paulo, a choveu forte em Poá e Ferraz de Vasconcelos.
ESFORÇO DUPLO –Encolhidos de frio, dois esquilos tentam se equilibrar e, ao mesmo tempo, se manterem aquecidos em parque norte-americano localizado em Granger. As baixas temperaturas continuam castigando as principais cidades dos Estados Unidos, num dos invernos mais rigorosos do últimos anos.
Livro agrupa e faz comparações entre vários assassinatos
Por Renato Pompeu
Neste livro Assassinatos que Abalaram o Mundo – Os Crimes Políticos que Mudaram a História, do ex-diplomata inglêsMilesHudson, em tradução em geral boa, mas comalgunstrechos obscuros porfalhasderevisão, deJúlio França, em publicaçãoda Ediouro,atese geraldoautor, ligado ao Partido Conservador, desautoriza o subtítulo da edição brasileira, subtítulo que aliás não consta do original britânico.
Sem mudanças
Isto porque o que Hudson quer comprovaré queo crime políticonão compensa,não causa as mudanças políticas pretendidas pelos assassinos. Ele discute, aospares etrios, dezoito assassínios políticos, do general romano Júlio César, noséculo 1antesde Cristo,ao líder negro americano Malcolm X,em plenoséculo 20.E praticamente em todos oscasos chega à conclusão de que o assassínionão levouaosresultados que eram os objetivos de seus perpetradores. Os seis pares escolhidos, e os trios,não têma vercom oespaço,nem comotempo, sim coma similitudedesituações. Assim vemos Júlio César comparado ao arcebispo daCantuáriaTomás àBeckett, naInglaterra medieval,notando-se que os assassinos não conseguiram nem a manutenção da República romana, nem o fim da autonomia da Igreja Católicainglesa; olíderindiano, o Mahatma Gandhi, é relacionado com Jesus Cristo (um tanto arbitrariamente incluído na lista, pois executadoapósum processo judicial, ainda que sumário), por serem ambos líderes religiosos, observando Hudson queos assassinosnão conseguiramseusobjetivos, a uniãoda Índiacom oPaquistão e a hegemonia dos cidadãos hindussobre oscidadãosde outrasreligiões, emparticular os muçulmanos, no caso de Gandhi,e ofimda influência de Cristo, que na verdade só
começou a crescer verdadeiramenteapósa suamorte.Essas são as teses de Hudson. O autor compara ainda o assassínio de Jean Paul Marat, líder da Revolução Francesa iniciada em 1789, edeLeon Trotsky, líder da Revolução Russa iniciada em 1917. Chega às conclusões de que o assassínio de Marat teve o efeito contrárioaopretendido, que era ode pôrfim aoTerror revolucionário eas execuções pelaguilhotina, quesóaumentaramem represália à morte do líder francês, e que a morte de Trotsky não teve nenhuma repercussão relevante, seja contra o movimento trotskista, sejaa favorda liderança stalinista. Teria sido, diz Hudson, apenas o acerto de contas entre doisrivais pelo poder– avitóriadeum oude outronão teriaalteradoem
nada as condiçõesmais gerais da União Soviética.
Custos imprevistos
Em seguida, o ex-diplomata inglês, que,como bom conservador britânico, fazconfluir oconservadorismo político ede visãode mundocom um liberalismo institucional intransigente na defesa dos direitos humanose dalegalidade,compara oassassínio, de lordeFrederick Cavendish, enviado do governodeLondres à Irlanda então dominada pelos britânicos, morto por nacionalistas irlandeses, ao do arquiduque FranciscoFerdinando,enviado pelogoverno da Áustria-Hungriaà BósniaHerzegovina,então dominada pelo governo deViena, morto pornacionalistassérvios, o que desencadeou a Pri-
meira Guerra Mundial. No caso de Cavendish, Hudson chega à conclusão de que os assassinos não conseguiram osseus objetivos,que eraconseguir aindependência imediata e incondicionalda Irlanda, quedemorou aindaalgumas décadas e foi negociada; no caso do arquiduque, a conclusão de Hudson foi de que, apesar de ao fim da guerra a Bósnia-Herzegovina ter sido anexadaao Reino daSérviaCroácia-Eslovênia, depois Iugoslávia, o custo disso– a Primeira Guerra Mundial – não estava nosplanosdos assassinos. E, na verdade, pode-se dizer, o que Hudson não deixa muito claro,que overdadeiro objetivo dos assassinosera conseguir a ascendência dos cidadãos sérvios católicos-ortodoxos sobre os cidadãos croatas católicos-romanose
sobreoscidadãos bósnios e turcos muçulmanos, ascendência que jamais foi conseguida,nem naIugosláviamonárquica, nem na Iugoslávia comunista,nemna guerrada Bósnia dos anos 1990.
Mudança de rumo
Nasmortes do tzarrusso Alexandre II edo presidente americano Abraham Lincoln, nemfoiaceleradoo processo dereformasna Rússia, como pretendiam os jovens estudantes assassinos dotzar, nem foi revertidoo processodeabolição da escravidãonos Estados Unidos, como pretendiao assassino do presidente. Do mesmo modo,oassassínio,em ambos os casos por rebeldes irlandeses, do marechal inglês Henry Wilson edo líder revolucionário irlandês Michael
Collins,por este terentrado emacordo com osbritânicos para umatransição gradual e negociada,nãolevouà independência imediata da Irlanda, que sófoi alcançada décadas depois,dentro dostermos negociados por Collins. No primeiro trio que examina, Hudson chega à conclusão de que oassassínio, por extremistas árabes contrários à aproximação com Israel, do rei Abdulla da Transjordânia e do presidenteegípcio AnuarSadat,e amorte, porextremistas israelensescontráriosà aproximação com os palestinos, do primeiro-ministro israelense ItzakRabin, nãolevaramao fim dessas aproximações. Se issoparecia certoquandoHudson escreveu seu livro, não parece certoatualmente, poisos paísesárabesse afastaram de Israel, que está longe de se conciliar comospalestinos,mas possivelmente isso não tenha a ver com os assassínios.
O último trio que Hudson examina,e osúltimosassassínios discutidosemseulivro, são o do dirigente sul-africano branco Hendrik Verwoerd, por extremistasbrancos; ode Martin Luther King e Malcolm X, líderes negros americanos, o primeiro por umextremista branco,o segundoostensivamente por negros que desejavam punirseu crescenteradicalismo, seu afastamento do islamismo e sua aceitação de um diálogocom osbrancos.Hudson chega à conclusão de que nenhum desses assassínios chegou aosresultados pretendidos por seus mentores, já que a ascensão dos negros continuou a existir na África do Sul e nos Estados Unidos. As conclusões de Hudson são discutíveis, mas isso acontece com todo livro.
ALEGRIA – Prisioneiro palestino reencontra a família após troca de presos feita ontem entre Israel e o Hezbollah. O grupo também libertou o empresário israelense Elhanan Tannenbaum, seqüestrado em outubro de 2000. Israel deve liberar mais 436 prisioneiros.
A crescente proliferaçãode focosdecontaminação pela gripe avícolaestálevando os países a adotarem novas e mais severas medidas. Taiwan ordenouontemo abate de50mil frangos e patos que foram contaminadospor umsubtipode vírus menos mortal para as aves,o H5N2.Ovírus maistemido,o H5N1 já provocou a morte de 8 pessoas no Vietnã e 2 na Tailândia.
Na Tailândia,um porta-voz do governo informou que o vírus abrange agora 31 das 76 províncias do país, incluindo a capital,Bangcoc."Na noite passada, encontramos mais 6 províncias com focos de con-
taminação", disse o porta-voz Jakrapob Penkair. China – Na China, autoridades sanitárias proibiram o abatede avesnosmercados dePequim em mais uma tentativa de conter a disseminação da doença. De acordo com a agência Xinhua, o governo também proibiu a venda de carnes e produtos que não tenham sido inspecionados nos mercados da capital, onde ainda não há registros de casos da doença.
O MinistériodoComércio chinêsinterrompeuas exportaçõesdefrangos eprodutos provenientes das províncias de Hubei,Hunan eGuangxi, no sul do país. (Agências)
Um homem-bombapalestino matou 10 pessoas e feriu cerca de 50 ao detonar os explosivos que carregavanum ônibus de linhaque trafegava pela ruaGaza, no bairro de Rehavia, centro de Jerusalém. Oextremista AliJaara,24anos, também morreu naexplosão. Horasdepois ogrupo radicalBrigadas dos Mártires de AlAqsa assumiu aresponsabilidade pelo atentado.
Vingança– O atacante suicida, umintegrante dasforças de segurançapalestinas origináriodo campoderefugiados deAida, arredoresde Belém, naCisjordânia, deixouumbilhete de despedidaafirmando que pretendiavingarosoito palestinos mortos pelo Exército deIsrael numaincursão na quarta-feira na Faixa de Gaza. Ele acionou a bomba pouco antes das 9 horas damanhã quando o veículo, lotado, estava aapenas 15metros daresidência oficial do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon,
quenão seencontrava no local.
Milícia da Fatah – As Brigadas são umamilícia da facção Fatah, a mais importante organização palestina,dirigida pelopresidente daAutoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat,e também integrada pelo primeiro-ministroAhmed Korei.A ANPemitiu um comunicado condenando o atentado e ao mesmotempo lamentando a violência contra o povo palestino e a ação israelense na Faixa de Gaza.
O atentado, na tranqüila rua Gaza, levouo terror devolta a Jerusalém, cidade onde não
Um agente da defesa civil iraquana foi morto e 10 outros ficaram feridos em dois ataques distintosno norte enoroeste do Iraque. O agente morreunumataque ontem com granadas propelidas por foguetes, contra um posto de fiscalização nas proximidades do centropetrolíferonortista de Kirkuk.
Também ontem, uma picape transportando policiais iraquianos foi atingida pela explosãode uma bomba. O artefatoestava escondido em uma carroça de mão, numa estradaperto de Baquba,ao norte da capital Bagdá. Nove policiaisedoiscivis iraquianos ficaram feridosna explosão. (AE/AP)
O atentado (acima), praticado pela AlAqsa, ocorreu numa rua próxima da residência do primeiro-ministro Ariel Sharon. Muitos dos feridos (à dir.) foram socorridos no próprio local.
aconteciam ações do tipo havia quatro meses.Ofer Mozescaminhava nas proximidades quando a explosão atingiu o ônibus número 19, bem na frentedosolhosdele, espalhando pedaços de corpos pela rua e deixando uma nuvem negradefumaçanoar. "Aspessoas estavam no chão, queimadas oumeio despidas'', contou. "Senti o cheiro da morte". Crianças – Uma outra testemunha, Drora Resnick,disse ter olhado dentro do ônibus atingido pelo terrorista. "Os corposestavam nas cadeiras queimadas, sem se mexer. Havia crianças queimadas sentadas juntas'', contou. Segundo a polícia, abomba estava cheia de porcas e parafusos para maximizar seu efeito. (Agências)
LONDRESCHEIA DENOVIDADES deSeparamostrêsdicasquentes quemculturaegastronomiapara vaiàcapitalinglesa. Confiranapág.20 lg
CapitaldoEstadoda carregaBaviera,acidadealemã essetítulodesde ooséculo19.Naépoca, Ludwigcasamentodopríncipe Icausoutanto quefurorentreapopulação ediçõesoeventoganhou semelhançaanuais.À dos imigrantes,Santa PaísCatarinapromoveno 12celebrações típicocomoquehádemais germânica.nacultura Págs.18e19
Oktoberfestésinônimodealegriaediversão, sempreregadaacervejagelada.Nafestade Munique,aoriginal,háatéparquetemático são(acima).Tendascommesas,comesebebes refúgiosdedescontração.Neles,agraça étorcerparaqueassimpáticasgarçonetes consigamequilibrarbandejascheiasde canecossemderrubarnenhumagota
queHáummundodesurpresasnamala repórteraeditoraAntonellaSalemea LygiaRebellocomeçamaAabrirhojetodasassextas-feiras. emprimeiraescalaéaoutrarevolução BOACuba–aturística.Bem-vindoao semanalVIAGEM,onovocaderno doDiáriodoComércio
qualquerEstanãoéumailha doCaribe. dosCubaéailhadeFidele charutos.Ailhaqueviveumarevolução receberturística.Nesteanodeve visitantes.1,9milhãode Háuma 340década,erammeros brasileiro,mil.NouniversoCubaestánanaagendadopresidente, modaenocardápio regimesdeférias.Umdosúltimos socialistas encantaseus’hermanos
Baseado em romance de Philip Roth, filme discute a identidade
Por Geraldo Mayrink
Todos os seres humanos deixam impressões digitais desua passagem por este mundo, escreveu Philip Roth, autor doromance que deu origem a Revelações (The Human Stain). Mas esta afirmação algo óbvia ganha ressonânciapor ter sido feitapor umgrande escritore, principalmente, por uma hipótese que ele levanta: e se estas impressões digitaisforemfalsas? Seriam menos humanas por causa disto? Assim ele contaa históriadeum falsárioradical, Coleman Silk (Anthony Hopkins), eminenteprofessor de artes clássicas numa universidade,viúvo àbeirada aposentadoria. Ele vive um tórrido romance com uma certa Faunia (Nicole Kidman), faxineira que limpa asprivadas na universidade. Judeu, o professor Silk chegou a reitor depois de levar a universidade medíocre a um patamar de excelência. Faunia, fumando um cigarro atrás do outro, o provoca dizendo que é baixo nível demais
para ele.Oprofessorfazum comercial do Viagraem nome doseuúltimo amor,estecom Faunia. O ex-marido dela, Lester (EdHarris),veteranoalgo enlouquecido pelas suas lembranças da guerra do Vietnã, ameaça mata-los.O escritor Nathan(Gary Senise),recluso numa cabana,observa tudo para talvezfazer umlivro. Ganhavidanovaquando oprofessor dança comelecheek to cheek, em volteios de amizade sincera e viril. É só isto, na aparência.Além dela,hámuito mais.
Segredos – Tantoo professor comoFaunia guardamsegredos de seu passado. Ela teve pais muito ricos, antes de viver namiséria, e podeter contribuído para a morte dos dois filhos.O professor,quando jovem,imprimiusuas impressões digitaisem documentos mas elas nãorevelavam a verdade, ade queele eranegro –num desvio genético que lhe deu apele "brancacomo aneve", como observa sua mãe. Era lutador de boxe e massacrava adversários de cor dizendo que não ia dar "boa vida a crioulo".
Por Beth Andalaft
O Outro Lado da Cama ( El Otro Lado de La Cama) é mais umfilme espanholque falade relacionamentos. Dois casais amigos –Sonia (PazVega,de Lucía e o Sexo) e Javier (Ernesto Alterio, de Deseo )e Pedro (Guillermo Toledo, de La Espada de Dios) e Paula (Natalia Verbeke, de O Filho da Noiva) –, estão passando por um momento decrise.Na verdade,elaéprovocada por Javier, que se envolveu com Paula, levando-a a terminar com Pedro.
Este,porsua vez,ficaobcecado emdescobrir seurival. A partir daí, surgem discussões intermináveis sobre relacionamentos. E começam, também, envolvimentos entrevários personagens. A mentira é uma constante, poisJavier mente para o amigo, para a namorada e para a amante.Ele é o típico aproveitador, que nunca se envolve de verdade. Ao mesmo tempo, outros personagens entram em cena com suas "verdades" sobre sexo e amor.
Música – Claroquetodases-
DVD/VÍDEO
NACIONAL DOS BONS
O Homem do Ano –Máiquel, jovem da periferia, perde uma aposta e tinge os cabelosdeloiro. Nãosuportando as gozações no boteco, ele mata Suel. Para seuespanto,a partir daíele setornaherói daregião, porqueo outroera um temido bandido.Paparicado portodos, até pela polícia, Máiquel é contratado como matador pelos poderososdo local.Eles mandam matar todos os que julgam perigosos, como sefossem justiceiros.Roteiro deRubemFonseca. ComMurilo Benício,Cláudia Abreu, Wagner Moura, NatáliaLage,Lázaro Ramos,Paulo César Pereio e Jorge Dória, entre outros.Direção:José Henrique Fonseca.Duração: 105minutos. DVD/VHS. Warner
sas situaçõesgeram momentos de humor, que tornam a produçãoagradável.Porém, elaéinteiramente pontuada por música. Não é um filme musical, mas para expressarseussentimentos de raiva, ciúme, culpa, os personagens saemcantando. Assim,opúblico quenãoaprecie esse tipo de recurso, não deve assistir a O Outro Lado da Cama. Mas é preciso ressaltar que as músicas estão bem colocadas e, se causam certa estranheza no início,depois passama seraté aguardadas.
Driblando o Destino – Comédia que, com muita leveza, aborda os choques culturais entre indianos eingleses. A jovem indiana Jess é uma ótima jogadora de futebol.Mas sua família quer queela sigaa tradição,casando-se com alguém da colônia. Com a ajuda da amiga Jules, Jessentrapara otimefeminino da regiãoe tem a chancede se tornar profissional. Claro que tambémvaise envolver como técnico do time, Joe, dando ainda mais motivospara a família reprimi-la. Com Parminder Nagra (atualmente no seriado ER), KeiraKnightley,Jonathan Rhys Meyers e Anupam Kher. Direção: Gurinder Chadha. Duração: 112 minutos. DVD/VHS. Fox (exclusivo para locação)
Um personagem divertido é o detetive contratadoporPedro,para seguirPaula.Ele éo criadordeummétodode espionagem, pormeio doqual descobriu que o presidente JohnKennedy,na verdade, suicidou-se, porque fora abandonadopor MarilynMonroe. Ele inclusive escreveu um livro arespeito.Suas teoriassãoengraçadas e divertidas. A direção é de Emilio Martínez Lázaro, de Amo Tu Cama Rica e Los Peores Años deNuestra Vida , entre outros.
Assim setorna brancoimportante. Tido como judeu, é acusado de racismo por ter usado emclasse uma expressão que pode ofender os negros. O país discuteosexo oraldocharuto do presidente Bill Clinton. Tudo pouco antesde enfrentar o terrorismo que derrubou as tristemente famosastorres gêmeas. Parece tudo verdade. Roth namorouna juventudeuma jovem"dessas que chamamos de preta", mas cuja família tinha pelebranca, ese inspirou no episódio para escrever o seu
Nicole Kidman e Anthony Perkins dão vida aos personagens e mais uma vez reafirmam seus talentos, deslumbrando os espectadores.
livro. O que o diretor Robert Benton(do premiado Kramer vs. Kramer) fez do texto é sutil e atordoante. Ridicularizando o "politicamentecorreto" sem fazer pregação liberal ou proselitismo político, ele acentua a tragédia (e não por acaso o nome a universidade onde o professor ensina é Atenas) de genteque reinventasuaidentidade, numa falsificação que os leva aonada, transformando-os em coisa alguma.O professor, aocontrário daardenteFaunia,quevive na contra-mão, fugiu dele mesmo, em busca da
chamada"vidamelhor", seguindo arespeitadanorma americanado homem quese faz com seus próprios méritos, mesmo que baseados numa mentira fundadora. Elenco forte – Oelenco dá força e vida a este caos existencial. Hopkins, um grande ator que àsvezescede a cacoetes vergonhosos, desdequefezo canibal Hanniball em O Segredo dos Inocentes, estásoberbo noárduopapel cheiodetensõese nuances,moldandoum homem marcado por duas danações, ade sernegro denascençaejudeu porescolha.E Nicole Kidmam virou um caso sério. Ela pode ser vista em outro drama poderoso em cartaz, Dogville, e em Revelações chega aonívelraro dabelagrande atriz que é uma fera. Sua personagem triste, amarga, sensual é humana demais, linda demais, tudo demais e,no entanto, reservadae contidaem seusgestos e sua voz áspera insinuante, capaz de fazero sangue ferver. Ainda estamosno primeiro mês de 2004 e Nicole já é a mulher do ano.
Pobre Machado de Assis, deve estar se revirando na tumba, pois as mais recentes adaptaçõescinematográficas deseus romancestêm deixadoadesejar. É o que acontece com A Cartomante, livremente inspiradoem contohomônimodo escritor, que estréia nesta sexta-feira. Numafase em que o cinema nacional vai muito bem, obrigado, esta produção nãoconsegue atingiro patamar de qualidade. Com elenco global, parece um caso especialfeito às pressas. A bem da verdade, do conto original manteve-se apenas o triânguloamoroso dahistória. O restante datrama é criaçãode WagnerAssis,também co-diretor ao lado de Pablo Uranga. Romance, com um toque de suspense, relata a históriada jovem Rita(Deborah Secco), noiva do ambicioso médico Vilela (Ilya São Paulo). Ela está prestes a realizar seu sonho de se casar quando conhece Camilo (Luigi Baricelli). Bad boy e amigo de Vilela, que salvou a vida dele, ele atrai e se sente atraído por Rita.
Crenças – Ritaé aquelamenina simplória, que lê e acredita no horóscopo do jornal. Sua terapeuta, doutora Antonia (Silvia Pfeifer), a ouve pacientemente. Colega de trabalho de Vilela, ela conhece certos detalhes davida deambos. Porém, a situação se complica quando Rita vaia uma cartomantee se apavora com as previsões feitas por ela.O suspensedatrama gira em torno dessefato,porémosatores nãoconseguem dar pesoe profundidadeàs situações e osdiálogos também
O Exterminador do Futuro 3 – A Rebelião das Máquinas – O atual governador da Califórnia Arnold Schwarzenneger no papel que lhe deu fama. Neste episódio, ele retorna para, mais uma vez, proteger John Connor, o líder dos humanos. Apesar de ser um robô defasado frente às novas máquinas, ele vai à luta. Só que enfrentará uma adversária, sim o modelo mais moderno é feminino e não poupa sopapos. Apesar de repetir a trama, é aquele cinemão repleto de efeitos especiais, que convida à uma pipoca. Com Nick Stahl, Claire Danes e Kirstanna Loken. Direção: Jonathan Mostow. Duração: 109 minutos. DVD/VHS. Columbia
Traídos pelo D estino –
Depois de 20 anos, Michael, agora médico patologista, retorna àsua cidade natal.Ele continua àprocura deseu irmãogêmeo, desaparecido quando eles eram crianças. Em seu caminho, estáo prefeito Porter quetem muito a esconder, pois se envolveu com crimes e corrupção. Há aindaoutra complicação,apromotora da cidade, filha do prefeito, é a paixão de Michael. Muitas idas e vindas num drama policial fraco, em que se tenta levar aconclusões erradas, masfica muito evidentequem éo assassino. Só agrada mesmo os muito fãs do gênero. Com Robert Patrick,Roy Scheider. Direção: Paul Cade. Duração: 88 minutos. DVD/VHS. MovieStar
não ajudam. Assim, o suspense não se sustenta. Completandoa tramaestão ospersonagensde Giovanna Antonelli, como uma empresária de sucesso que se envolve comCamilo, SilvioGuindane éDuda, melhoramigo deCamilo,Christiane AlvesfazSimone, mãe dobad boy e Mel Lisboa faz uma pequena participação,entrando no final da história.A ex-BigBrotherSabrina Sato, como namorada de Duda, entra mudae sai calada de A Cartomante. (BA)
SUSPENSE NO MAR
Submersos –
Com b in a çã o de filme de guerra com susp ense, não éuma grande produção mas agrada a quem gosta do gênero.DuranteaIIGuerra, um submarino norte-americano resgata sobreviventes de uma embarcação em chamas. Apenastrês pessoassãosalvas, entre elas uma mulher. Este fato mexe com os nervos dos tripulantes, pois há uma tradição marítimasegundoa qualmulhera bordadáazar. Estranhosacontecimentos reforçamessatese, masoque realmenteexistiufoi um erro
Destino fashion entre celebridades e jet sets, esta famosa cidade norte-americana esbanja boa vida. Cafés, lojas de consagrados designers, badalados bares e hotéis de luxo emolduram suas amplas avenidas
Por Flávia Perin
Oque Enrique Iglesias e Celine Dion têm em comum? Miami éa resposta.Nenhum outro lugar oferece umalista de atrativos tão interessante – e as estrelas sabemdisso. Osendereços da moda estão todos reunidos neste pedaço no sul dos EstadosUnidos, eisso nãoinclui apenas lojas de grife, mas hotéis, restaurantes ebarestambém. Somam-se o charme único e o clima sempre agradável. Pronto: estádadaarazãopara que Miami seja, naAmérica, a queridinhados astrospop.E, éclaro, dequemprocurauma viagem cheia de estilo. Entre suas praias e seus bairros, a cidade reserva inúmeras surpresas.EmSouth Beach (SoBe),asruas mantêmvivaa arquitetura art déco. É nesta excêntrica porção de Miami que estáa Lincoln Road, com suas largas calçadas salpicadas de galerias e cafés aconchegantes. Aosulda Lincoln, mais uma boa pedida para o visitante bon vivant. Considerada um tesouro escondido, a Española Way encanta porsua atmosfera européia.
Já Coconut Groove é denominada a região mais românticade Miami.A vilade jeitorenascentista italianoé perfeita para um passeio a pé ao cair da noite. Primeira comunidade planejada de Miami, Coral Gables exibe construções em estilomediterrâneo espanhol e graciosasfontes. Fãsdearquitetura irão se deparar, ainda, com coloridas casas holandesas, francesas e chinesas.
O pontode comprasde Gablesé oTheVillage ofMerrick Park.Esculturas de bronze, fontese jardinscompõemo
clima para lojas de aclamados estilistas e grifes. Hype por definição, Miami não pára de atrair premiados chefes de cozinha e novíssimas tendências. Umexemplarde restaurantededestaque chama-se Sushi Samba, em Miami Beach. Sua cozinha ousada misturainfluênciasdo Japão, Peru e Brasil. Por isso, espere encontrar receitas comfrutos do mar, como ostra e ceviche, e óleo dedendê eleitede coco entre os ingredientes. Caipirinhaparaacompanhar, of course! A decoração de cores fortes – "inspirada no Carnaval brasileiro", segundo os criadores – e MPB sempre presente. Cozinha com badalação–Igualmente(ou mais)badalado, mistodebar,lounge, restaurante e night club, o Joia fica em plena Ocean Drive. Ambiente cool, para ver e ser visto. O piso de pedra faz lembrar da areia que beira a famosa avenida deSouth Beach.No menu, especialidades italianas. Tão imperdível é Joe’s Crab, este, porém, tradicionalíssimo, estabelecido em 1913 e especializadoemking crab (caranguejo gigante típico do litoral norte-americano). O restauranteAzul, porsua vez, localizado nomoderno Mandarin Oriental Hotel, aberto em 2000, prima pela cozinha internacional. Graças a ele, o hotelrecebeu o invejado prêmio AAA Five Diamonds. Ainda no Mandarin, oCafé Sambal reúne sushi bare extensa carta de saquês. Desfrute da vista espetacularde seu terraço,sob ostimbres suavesde uma cítara. Talvez seja uma boahora para concluirque Miami se fazimpecável para o mais exigente viajante.
Fotos: Divulgação
Agitação é a regra na Ocean Drive (acima), em South Beach. Igualmente conhecida, porém bem mais tranqüila, é a charmosa Lincoln Road (abaixo) com seus cafés. Na hora das compras não há um, mas vários endereços imperdíveis, como The Village of Merrick Park (ao lado). E, para terminar o dia, um drinque em clima de romance em Coconut Grove (abaixo, à esq.)
HOTEL INN AT FISHER ISLAND – Um destino por si só. O hotel fica na exclusiva ilha pertinho de Miami, acessível em ferry boat particular. Espalhados por 874 mil m², vilas, apartamentos, campo de golfe, quadras de tênis, restaurantes, spa, marina, beach club e muito mais. Diárias custam a partir de US$ 365 por casal (apartamento com vista para jardim), com café da manhã incluído. Reservas na Leading Hotels of the World, tel. 0800/ 141819. Site www.fisherisland-florida.com.
No badalado bairro de South Beach, verdadeiro símbolo de Miami,os hotéis butique (site www.miamiboutiquehotels.com) sãoas estrelas.Há pelomenos 75 delesespalhados pelaregião. Aantigaarquitetura preservada combina perfeitamente com estetipo exclusivoe estiloso de hospedagem. Menor que a média, o hotel butique se caracteriza por serviçocaloroso epersonalizado,design arrojado eum cardápio diferenciado, recheadode amenidades. Um hotel com personalidade. No Clinton Hotel,que
apesar de restaurado tem cara contemporânea, algumas das 30 suítes têm jacuzzi particular no terraço. O Hotel Victor, porsua vez, situado aolado daantiga mansãode Versace,ampliou recentementesua propriedade,originalde1937,e hoje recebe em 91 quartos. A incrível vista para a Ocean Drive merece menção. O designer Jacques Garcia, de Paris, assina o projeto interior. Alto padrão também pode ser encontradono Sagamore Hotel. Uma coleção dearte moderna impressionaos hóspedes compeças provo-
cativas.Todas assuas 93suítes possuem minicozinha, móveis de design arrojado e enormes banheiras de hidromassagem. VizinhosdoSagamore, os hotéis Shore Club, Delano, Raleighe Nationalfiguram entre os mais distintos de South Beach. No Shore Club está orestauranteNobu; no elegante e moderno Delano –um dos hotéisde Ian Schrager–, opoint éo BlueDoor. No Raleighe noNational, duas das mais apreciadas piscinas de Miami. Em qualquer um destes hotéis butique, charme não é exceção.
Não há como pensar em Palm Beach e não falar de seu mais tradicional resort: The Breakers, aberto em 1896 e inspirado na Renascença italiana
Ao norte de Miami, Fort Lauderdale – carinhosamente chamada de 'Veneza da América' – acolhe iates e navios milionários. Palm Beach, mais adiante, é um reduto de mansões, grifes e palmeiras
AFlórida concentra quilômetros de praias recheadas de e sp et ac ul ar es mansões e campos de golfe. Conseqüentemente, acolhecomo poucosquem sabeviver bem.Para oturista,é possível conhecer oEstado como mesmo glamour, em especial se for a outras duas cidades distantes até uma hora de carro de Miami: Fort Lauderdale e Palm Beach. Nesta última, o cenário é formadopelas palmeirasque lhe dãonome. Mas nãohá como dissociarPalm Beach de seumaistradicional resort,o The Breakers. Aberto em 1896, esterequintado hoteljamais perdeu a majestade. A suntuosa arquitetura, inspirada na Renascença italiana, divide a atenção como mar. Háde tudo:clubede golfe,quadrasde tênis, gigantescas piscinas... Entreosmimos,umspa com
produtos da conceituada marca francesa Guerlain. Boas compras – Dois lugaresessenciaispara serenderàs comprasemPalm Beachsãoa WorthAvenue eoCityPlace. Giorgio Armani, Escada, Cartier,Valentino, HermèseBvlgari e suas respectivas butiques estãona WorthAvenue. Que tem ainda grande variedade de galerias de arte. Oshopping acéu abertoCityPlaceabrigagrandes cinemas, grifes internacionais, os brinquedos da FAOSchwarz e os deliciosos sorvetes e cafés do Ghirardelli SodaFountain & Chocolate Soup. À noite,não percaos shows de blues do bar Blue Martini e a culinária asiática do restauranteEcho.Outraboadica para comer bem em Palm Beach é o restaurante Fathom, entre os melhores de frutos do mar da região. O jeitoé entregar-se às
COMO CHEGAR
A partirde SãoPaulo,pela American Airlines (tel. 32144000), atarifaida-e-voltamais promocional paraMiami custa US$ 749. Na Varig ( te l . 0300/7887000),sai apartir de US$ 751.
ONDE FICAR
Mandarin Oriental Hotel: 701 Brickell Avenue, Miami, tel. (00--1305) 913-8288. Diárias a partirde US$399, pelopacote "Latino Fantástico". Reservas na The Leading Hotels of the World, tel. 0800/141819. Turnberry Isle Resort & Club: 19.999 W. Country Club Drive, Aventura, tel. (00--1305) 932-6200. Quarto casal a partir de US$ 499 a diária. Inclui café da manhã e crédito de US$ 50 por apartamentopor noitepara ser utilizado no spa, golfe ou tênis.NaLeading Hotels,tel. 0800/141819.
Cl into n: 825 Washington Avenue, Miami Beach, tel. (00-1305) 938-4040. Pacote de duas noites custa a partir de US$248 porpessoa noquarto tipo Classic Queen. Sagamore: 1671 Collins Avenue, Miami Beach, tel. (00-1305) 535-8088. Tarifas a partir de US$ 355. The Breakers: One South County Road,PalmBeach, tel. (00--1561) 655-6611.Diárias para casal emapartamento
standardapartirde US$379. Reservas na Leading Hotels, tel. 0800/ 141819.
ONDE COMER
Sushi Samba: 600 Lincoln Road, Miami Beach, tel. (00-1305) 673-5337. Azul: no Mandarin Oriental. Nobu: no Shore Club Hotel, 1901 Collins Ave., Miami Beach, tel. (00--1305) 695-3232. Blue Door: no Delano Hotel, 1685 Collins Ave., Miami Beach, tel. (00--1305) 674-6400. Joe’sStone Crab: 11 Washington Ave., Miami Beach, tel. (00--1305) 673-0365. Joia: noCentury Hotel,140 OceanDrive, South Beach, tel. (00--1305) 674-8871. Ech o: 230Sunrise Avenue, em PalmBeach, tel.(00--1561) 802-4222.
Fathom: 11611 EllisonWilson Rd., Palm Beach Gardens, (00--1561) 626-8788. Jackson450 SteakHouse:
especialidades e seus prazeres. E o que dizerde uma cidade conhecidacomoaVeneza da América? Pois Fort Lauderdale épura sofisticação,acomeçar pelas lanchas cinematográficas e pelos transatlânticos que a escolhempara ancorar.Naavenidabeira-mar LasOlas ficao Jackson 450 Steak House, onde se pode provarcarnes nobres, além de receitas com lagosta, camarão e o king crab. Perto dali, emDania Beach, uma atração imperdível para interessados emdecoração. No Design Center of the Americas (DCOTA), auto-intitulado "maior centro de design do mundo",encontram-se móveis, peças de arte, tecidos e até aquários.Motivos paraesticar a viagematé lá?Anote alguns: Versace, Paloma Picasso e Ralph Lauren, emversão Home Signature. Asofisticaçãonão poupa espaço na Flórida.
450 EastLasOlasBoulevard, Fort Lauderdale,tel. (00--1954) 522-4450.
AONDE IR
CityPlace: West Palm Beach, tel. (00--1561) 366-1000. DesignCenter oftheAmeric as: 1.855, Griffin Road,em Dania Beach,tel. (00--1954) 920-7997.
FAÇA AS MALAS
Visto: exigidopara brasileiros. Informaçõespelo Consuladodos EstadosUnidos emSão Paulo, tel. 3081-6511. Fuso horário: três horasa menos em relação a Brasília. Sites: www.miamiandb eaches.com e www.flausa.com. Pacotes: na Agax tur, cinco noitesem Miami, com hospedagem,locaçãodecarro econômico(km livre) e passagem aérea, sai a US$ 862 por pessoa emquarto duplonoRamada Inn Beach Resort. O mesmo pacote para Palm Beach custa US$ 892, no Hilton Palm Beach Ocean Front. Tel. 3067-0900. Pela Soft Travel, aéreo, três noites em Miami (Mandarin Oriental), duas noites em Fort Lauderdale (WestinDiplomat), uma noite em Palm Beach (The Breakers), umasemana decarro (com seguro e km livre) e seguro-viagem a partir de US$ 1.475por pessoa (quartoduplo). Tel. 3017-9999.
Não há luxo que sobreviva sem o deleite proporcionado por umspa. Sua visitaà Flórida, portanto, tem de passar por umdesses oásis.Os spas do Estado estão entre os mais conceituados do país, onde o tema é uma febre. Em Miami, estão dois dos de maior renome: o do Mandarin Oriental e o do Turnberry Isle Resort (em Aventura). Com 17salasprivativas distribuídas em três níveis de frenteparao mar,oTheSpa at Mandarin já justificaria todo mérito sópor suas instalações. Os rituais exclusivos misturam elementosdo mundo todopara desestressar, relaxar e revitalizar. Mais eficiente que falar de seus tratamentos,porém, écitar os prêmios que recebeu. Melhorda Flóridapelarevista Se lf , segundo melhor de acordo com os leitores da revista Travel and Leisure e melhor spa dos EUA pela publicação Celebrated Living. Excelência comprovada. "Ondasde prazer"é oque promete o The Spa at Turnberry Isle. Banhos aromáticos,massagens erituais orientais, de Bali e da Tailândia, estão no cardápio. Da Índia foi trazido o conceito ayurveda, que significa "conhecimento da vida" e se baseia emcincoelementos–éter, ar, fogo, água e terra. Alguns tipos demassagem utilizam técnicas de conhecimento do corpo dos aborígenes australianos e prometem purificar eestimular apele. Que tal tentar uma massagem como essa?
Elegância na entrada (acima) do spa do Turnberry Isle Resort. E terapias orientais
Em Hollywood Beach, próximo a Fort Lauderdale, a
sugestãoé oThe Diplomat Country Club & Spa, pertencente ao Westin Diplomat Hotel. Ocasarão de estilo mediterrâneo oferece tratamentos distintos para homens eparamulheres. Ambospodem desfrutardesala de ginástica,salão debeleza, piscina privada, saunas, jacuzzis e banhos de vapor. Tudo do bom e do melhor.
Já ociteimais de uma vez, mas como éoportunofazê-lo, ainda,torno acitá-lo.Num de seussermões,disseo padre Vieira, que conheciaasambições,quemais mudaohomem sãoo subire odescer,e osubir mais do que o descer. Tenho citado exemplos, mas o que me está mais à mão, nesta fase da história donosso país,é opresidente Luiz InácioLula da Silva. Tenho observado muitos casos de mudança de personalidade, mas poucos vi até hoje como o presidente da República. Lulaera umahumilde torneiro-mecânico, como foi um humilde operário daVillares, e umsindicalistaacessível atodos os companheiros e companheiras. Disputoueleiçõese perdeu, mas, afinal, naquinta vez, ganhou, reconheçamos, de maneira estrondosa. Lulafoi o grande vitoriosoda nossademocracia, com seus milhões de votos, que pôs a nocaute o candidato José Serra. O grande donodo podium supremo, ocupou-oe vaiocupá-lo nareeleição,porquanto não creio que vá ceder o governo da República a outro candidato. É ele, Sua Excelência, o candidato. Mas ninguém viajou até hoje tanto quanto o palavroso Lula,nemmesmo oviajante por prazer, que é seu antecessor, que bateutodos os recordes do mundo, inclusive do presidente dos Estados Unidos. O su catã o voou mais do queo Number One . Agora,o velho 707 vai ser aposentado
Desemprego recorde
Odesempregototal naregião metropolitanadeSão Paulo bateu recorde no primeiro ano do governo Lula. A taxa média encerrou o período em19,9% da População Economicamente Ativa (PEA)contra 19%do anoanterior. Esta é a maior taxa desde 1985,quando apesquisa começou a ser feita pela FundaçãoSeade/Dieese. Ao todo, 1,944milhão depessoas ficaramsememprego em 2003. Sr.presidenteLula,a grande maioria dos brasileiros já notou que o sr. não tem capacidade para o cargo que exerce. Os seus companheiros dizem que foi pouco tempo para o sr. mostrar serviço, que o país estava no abismo, que o FHC isso, que o FHC aquilo... Como então o sr. explica os dadosacima? O que eu vejoéque foi pioradoo que já se dizia ruim!!! Por falar em explicar, é melhor o sr. não falar mais nada, pois quando abre a boca só sai asneira. Essa última de dizer na Índia queos empresários brasileiros precisam de criatividade,e parardereclamar é dose. Ora sr. Lula, para o sr. é muitofácil falarisso,pois nuncaadministrou nada,ao contrário sómamou nas tetasdogovernoeagora mama commuito maisvigor,o sr. e seus companheiros, pois não se cansa de criar cargos de confiançae de alocar incompetentesem cargostécnicos. Masvoltando aosempresários,osr., acho,nãode-
ou usado pela Aeronáutica, poiso presidenteLula daSilva terá á sua disposição, para vôos internacionais e nacionais, um Airbus de56 milhõesde dólares,com mais13milhõesde adaptações, segundo O Globo É umdos melhores aviões do mundo, sem dúvida. O presidentefarábonito evoarácom o conforto dos marajás. É assim que se confirma o pensamento do padre Antônio Vieira,que dentreos seussermões proferiu um que merece ser lido e relido, sobretudo pelos que sobem e mudam, o sermão da primeira dominga do Advento, no qual o grande pregador da Companhia de Jesus lembra a todos nós que tudo passa, quepassam os amores, passam os reinos, passam as repúblicas, passam os monumentos, passa tudo, tudo passa,e passa,emnosso tempo, cada vez mais velozmente, de tal maneira velozmente que não nos damos conta dessa velocidade, quenos carregajunto.Não sevejano queescrevi uma crítica, umaavaliação de personalidade, mas, simplesmente, um comentário sobre o pensamento dogrande jesuíta e a mudança que já se operou na personalidade do presidentedaRepública, hojeum dos líderesmundiais dos países emergentes.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
ve ler muito, mais deveria ver a reportagem da revista Veja de 28/01 aonde analistas estrangeiros nãosabem como é possível seter um negócio no Brasil, pois o ambiente sufoca qualquer iniciativa. O sr. deveria falar menos e fazer o que prometeu aos infelizes quelhe deramum voto de confiança. Deveriatrabalhar e parar de reclamar e inventar parábolas que são verdadeiros devaneios.A receitaé muito simples para faze crescer umpaís: educaçãoe trabalho, coisas que o sr. com certeza desconhece. Adilson Miliorino Guarulhos - SP
Direitos da mulher
Com todoo respeito aminha colega, dra. Andréia Lanna Lima, acercado tema publicado publicado pelo Diário doComércio em 28/01/04 - Direitos da mulher - pg.2 , passamos a fazer a seguinteconsideração: Nossa Carta Magna,em seuartigo 5º, determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Contudo, há em nossa legislaçãoumadistinção de grande proporçãoentre homens e mulheres em relação à aposentadoria. Os homens se aposentam com 65 e as privilegiadascom60 anos. Precisamos conquistar esta igualdade com as mulheres. Assyr Fávero Fº, advogado São Paulo - Capital
AscartasàRedaçãopoderãoserencaminhadas,também,por e-mail (dcomercio@acsp.com.br) ou pelo fax (0xx11) 3244-3046. As cartas poderão ser resumidas pela redação, publicando-se, apenas o essencial.
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP 01014-911 Tel.: 3244-3322 - Fax: 3244-3046 - E-mail: dcomercio@acsp.com.br
Os recentes e continuados ataques contra postos da Polícia Militare guardasmunicipais na GrandeSão Paulo, além dagravidade intrínseca à perda de vidas, são um claro e ousado desrespeito às instituições. Aometralharem postos policiais, os agressores,naverdade,atiraram no estado dedireito,ferindoa democracia e praticando um atentado contra toda a sociedade. Apolícia éuma instituição do Estado destinada a garantiro cumprimentodas leis, as decisões da Justiça, a segurançadasociedadee as relações de direitose deveres inerentes ao exercício da cidadania.Atentados contraa políciasão umdesrespeito a tudo isso, um perigoso ato de menosprezo às leis, à Constituição e às instituições. Os tiros quematarame feriram
policiais atingiram, na verdade,todasas autoridades constituídasdeste país, os parlamentos, os executivos municipais, estaduaise federal,o PoderJudiciárioe, principalmente, a sociedade. Em momentoscomo estes, de profunda indignação e sensaçãode insegurança,não se podeconfundirautoritarismo com autoridade. Autoridadeé umaprerrogativae um dever a serem exercidos de formaplenaporaqueles que receberam da população, por meiodo votosoberano e livre,aincumbênciade governar. Há muito vêm sendo feito alertas sobre a necessidadede ampliaçãodosefetivos da Polícia Militar, em especial na GrandeSão Paulo.A gravidade, crescimento e organizaçãodocrimeexigem respostas ágeis e eficientes.
Arnaldo Jardim
S ão Paulo está diante de um grande desafio: estimular a geração de milhões de empregos. Para tanto, o cooperativismo torna-se um instrumento estratégico, capaz de inserir e integrar o cooperado no mercado de trabalho. Também desenvolve a cultura de solidariedade, uma vez que a ajuda mútua é a marca dessesistema. Enfim,ocooperativismo é uma alavanca ao desenvolvimento econômico e social do país.
Eo cooperativismovive umgrande momentoem terras paulistas.Em 2003,a Ocesp –Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo contou com a entrada de 108novas associadas, ou seja, um aumento de 56%em relaçãoa 2002.Ao todo, são 1025 cooperativas registradas. Esse impulso vai se ampliar como relançamentodaFrente Parlamentardo Cooperativismo Paulista, aFrencoop-SP, na Assembléia Legislativa, em 12 de fevereiro, da qual terei ahonra desercoordenador.
Como propósitodepromover um relacionamento harmonioso entre a Assembléia Legislativa e o sistema cooperativo, os parlamentares ligados à Frencoop-SP – são 12, por enquanto –pretendem traçar, num primeiro momento, um panorama atualizado do setor, ouvindo entidades,cooperados, Poder Público, líderes comunitários, empresários, sociólogose demaisenvolvidos. Em seguida, apresentarão propostas para a valorização e fortalecimento das entidadescooperadas, acriaçãode novas frentes detrabalho ea integração social.
Nosso sonhoé quetodos os94deputados apóiem a Frencoop/SP, organização
apartidária que tem por missão oferecer um atendimento melhorado ao cooperativismo, trabalhando no aperfeiçoamento e na implementação deumalegislação que promova o seu desenvolvimento. A Frencoop/SPdeverá orientar suas atividades no sentido de incentivar e desburocratizar o cooperativismo, bem como abrir espaço paraapoio creditício ebenefícios tributários ao setor. Alémdisso, afrente terárepresentação em todosos dez ramos de atividades cooperativistas, para permitir atuações específicas em cada setor.
Mas a Frencoop não estará sozinha nesta missão – teremos uma relação propositiva coma Ocesp,entidade que coordena o cooperativismoem SãoPaulo. Nas questões de âmbito federal, como a de excluir da base de cálculo do PIS/Cofinso ato cooperativo, a frente paulistadeverá dar seu apoio à Frencoop Nacional.A Frencoop também pretende dar umexemplo a ser seguido pelos demais estados. Da mesma forma,pretende estimular e apoiar a formação de Frencoops municipais. Estamos numa fase bem adiantada,com muitas idéiasestruturadas neste sentido, pois, a exemplo do mutirão estabelecido pela CDHU, não podemos desprezar a participaçãodas cooperativas habitacionais no combate aodéficit habitacional, nem ignorar a geração de novos negócios e oportunidades para as cooperativas.
Dessa forma, buscamos reduzir o descompasso entre a força real, econômica e social do cooperativismo hoje ea forçapolítica que esse sistema merece.
Arnaldo Jardim é deputado estadual
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É chegada a hora de se discutir toda essa questão de formamais objetivaemenos permeada de conceitos quase hipócritas sobre direitos civis. Todos conhecemos as causas sociais da criminalidade, e devemos empreender grande esforço para combatê-las, trabalhando pela inclusãode milhões de brasileiros nos benefícios da economia, atenção à infância,à juventude, à saúde, àeducação! Entretanto,paralelamente,é preciso garantirsegurança àpopulação, combatendofirmemente o crime, inclusive o organizado, que nada tem a ver com
a dívida social do País, embora recrutenos bolsõesde miséria grande parte de seus militantes. Independentemente das causas,é precisocombateraviolênciae garantirum mínimo desegurança aoscidadãosde bem.Os tiroscontra as instituições são um grave alerta, que não pode ser menosprezadoneste momento pelasautoridades constituídas.
P.S. PAULO SAAB
Amar e odiar São Paulo O rescaldo dos 450 anos da cidade de São Paulo não deve nem precisaserexplorado até a última gota dobagaço somente pela prefeitada capital.Embora elao façacom interesses eleitorais e gastando recursospúblicos desviados deoutros temasmais relevantesede interessedacidade,o fatoéque osleitores desta coluna também têm o direito deseguirno assunto até quando acharem por bemterminar.Os custos aqui embutidos são todos de ordem particular. Por esta razão, acolho a mensagem doleitor AC,queenvia10 motivos paraodiar SãoPaulo, ainda por conta das inacabáveis festividades promovidas pela prefeitura para mostrar serviço. Aliás, na organização defestas continua muito bem, ao contrário do item administração e melhoria geral da cidade.
Os 10 motivos A cidade é odiada por conta de:- trânsitolouco; -buraco para ninguém botar defeito (agora com as chuvas,então); - falta de verde; - falta de vergonha; - sobra lixo; - segurança zero; - falta ordem; - tolerância 100%; - impostos, impostos;- amaracidade, afinal á aqui que a "grana" rola (imagino queneste item o leitor tenha parodiado a frase, se não me engano de CarlitoMaia:"amo SãoPaulo com todo meu ódio").
Tem mais?
Se você, leitor, tiver sua listinha de amor e ódio, não importa que sejaem fevereiro, o espaço da colunaestará aberto,como sempre.Afinal, os 450 anos da cidade serão explorados pela prefeita até o dia das eleições, em outubro.
Mal servido
OgovernadorGeraldo Alckmin precisaabrir osolhos. Tem estado mal servido em algumas áreas estratégicas de
seu governo,especialmente as que envolvema polícia, os criminosose osmenoressob abrigo do Estado.Vaimal, muito mal. Tem gente dando o chapéu no governador.
Pelo céu
Ouvirde um delegadode polícia do Estadoque armas podementrar noCadeiãode Pinheiros dependuradasem pipas,empinadas talvez duranteamadrugada por aliados dos presos, que cortam a linha quandoa pipaque carrega a arma está sobre a área dacadeia, éuma dasmaiores ofensas que já vi à mínima capacidade de compreensão de um sujeito de QI zero.
Infância
Ou odelegado nãoteve infância e não empinoupipas (no meu tempo era "papagaio") ou está absolutamente estressadopelo banhopermanentequea polícialeva dosbandidos edosmenores infratores.Algo não está cheirandobeme écapaz de sobrarlama nabarraitaliana de ternos palacianos.
Desatino
Fico imaginandoo quanto ocidadão comumandacansado de ouvir tanto desatino de autoridades de expressão e mesmo dos escalõesinferiores. Fora os comentários dos "especialistas" que pululam no rádio e natelevisão e opinam sobretudo.O sujeito apareceu em qualquer programa de TV, por exemplo, e no dia seguinte já é comentarista de física quântica. Quantomais dapobrevida política, econômica esocial do Patropi. Como cidadão comum dou meutestemunho dessecansaço.Sérgio Porto falava, hádécadas,do Festival de Besteirasque Assola oPaís. Nocampo dacomunicação e na política... parece que só piorou.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
Entidades e empresas vão à Justiça questionar a legalidade das mudanças na legislação. Algumas já obtiveram vitória, reduzindo a mordida do Fisco.
A nova sistemática de cobrança daContribuição para Financiamento daSeguridade Social (Cofins), que passa a vigorara partir destedomingo, dia 1º,está sendo contestada portodos os lados. Enquanto entidadesde classee partidos políticos lotamoSupremo Tribunal Federal (STF) com ações diretas de inconstitucionalidade (Adins), empresas estão indo à Justiça e obtendo liminares que as autorizam a permanecer no antigo regime, com alíquota menor, de 3%. Apróximaentidade acontestar anova Cofins éa Confederação Nacional do Comércio (CNC), que pretende ingressar nesta segunda-feira com umaAdin no Supremo. Será a sexta ação que se tem notícia ajuizada contra o novo sistema decobrança,queinstituiu anão-cumulatividadee elevou a alíquota dotributo a 7,6%. Já ingressaram com Adinsa ConfederaçãoNacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o PSDB, o Prona e o PFL.
A CNCdecidiu ir àJustiça contra anova Cofins ontem à tarde.O presidentedaFederaçãoNacionaldas Empresas de Serviços Contábeis edasEmpresasde Assessoramento,Perícias, Informaçõese Pesquisas (Fenacon), Pedro Coelho Neto, considerouacertada adecisão daentidade, quecongrega, além daFenacon, outras33 federações. Paraele, aLeinº
Segunda fase da reforma tributária começa a ser discutida
A duas semanas do fimda convocação extraordinária do Congresso,o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) apresentou ontem, na Comissão deConstituiçãoe Justiça (CCJ) da Câmara, o parecer favorávelàsegundaetapa da reforma tributária.Pelocalendário fixado na CCJ, a reforma serávotada no dia5. A segundaetapa prevê,entre outros pontos,aunificação das alíquotas do ICMS. A medida criará as condições para que,em 2007, sejacriado o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que será a junção do ICMS e dos Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e Sobre Serviços (ISS). O relator da reforma não fez nenhuma mudança na proposta aprovada pelo Senado. O texto prevê ainda a criação de um gatilho que reduzimpostos toda vez que o PIB atingir um certo limite e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. E estabelece o aumento de 1,5% daparticipação daUniãono Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além da previsão de não-cumulatividadede impostos. (AE)
10.833/03,quetrouxe asmudanças na legislaçãoda Cofins, é uma "obra-prima produzida nos porões geradores de tributos eobrigaçõesburocráticas". "A nova Cofins é um monstrengodisforme, sem coração e comamente poluída pela ganância de arrecadar mais e mais", disse Coelho Neto. Outras entidadestambém questionamjudicialmente a nova Cofins. A Federaçãodo Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) encaminhou mandado de segurança àJustiçaFederal, naúltima segunda-feira. Aentidadeargumenta que as empresas de servi-
ços, ao contráriodas demais, não têm como descontar gastos com insumos – benefício adotado pela nova Cofins para compensar o aumento da alíquota. O principal gasto no setor é com mão-de-obra, que representa 70% dos custos de produção e nãopodeserutilizada como crédito no cálculo do tributo. Mesmo sem ainda uma posiçãodoSupremosobrea questão, váriasempresas têmtomado ocaminhodaJustiça. Somente o escritório Trevisioli Advogados Associados jáingressou com 30 ações. E já obteve vitória paraa cooperativa de prestação de serviços Coserge,
de Presidente Prudente. Além dela, o Sindicato das Empresas de Prestação de Serviçosa Terceiros,Colocaçãoe Administraçãode Mão-deObra ede TrabalhoTemporáriodo Estado deSão Paulo (Sindiprestem) tambémobteve liminar,que beneficiacerca de 750 empresas. Um dos argumentos nas açõescontra anovaCofinsé que sua instituição fere o princípiodahierarquia das leis.A Lei nº10.833/03 estáem conflito coma LeiComplementar nº 70/91, que instituiu o tributo. Uma lei ordinária, segundo especialistas,não poderia regulamentar oassunto. Paraisso, seria necessário uma lei complementar,mais complicada de ser aprovada.
O advogado Jeferson Nardi destaca ainda que a nova Cofins jamaispoderiater sidoregulamentada inicialmente por medida provisória (MP nº 135/03), porcontado artigo246da Constituição Federal, que proíbea ediçãodeMPs queversem sobrematérias tratadasnaCarta, cuja redação tenha sido alteradapor emendaconstitucional, como é o caso da Cofins. Nardi argumenta ainda que a nova Cofins viola os princípios da isonomia e da capacidadecontributiva, poisasempresas que optaram pela tributação com base no lucro presumidopagarão alíquotade3%, enquantoos demais– comalgumas exceções –, 7,6%. Adriana David
O governo decidiu promover mais umaumento dacarga tributária da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)e doPrograma deIntegração Social(PIS)para as empresas de refrigerantes e cervejas. A Receita Federal avisou ontem, de última hora, que os fabricantes desses produtos terão de pagar Cofins e PIS mais altos a partir de maio, se não fizeram a opção de recolher esses dois tributos com base numa alíquota específica que recai sobrecadalitroproduzido. Para aquelasempresas que decidirem permanecer no atual sistema,noqual acobrançaincide sobre o preço do produto, a alíquota da Cofins subirá de 7,6% para 11,9%, eadoPIS,de 1,65% para 2,5%.
A Receita deu um prazo de apenas 24 horas para que as empresas tomem a decisão e encaminhem até às 18h de hoje o termo de opção às delegacias doórgão.O documentonão poderá ser entregue pela internet. Além dos fabricantes de cervejas e refrigerantes, a medida tambémabrange as empresas que produzemextrato de refrigerantes (xaropes).
O aumento da carga tributária da Cofins e do PIS para o setor de refrigerantes e cervejas foi incluído naMedida Provi-
Os fiscais daReceita Federal aplicaramno anopassadoR$ 50,66bilhões em autos deinfração. A indústria – sobretudo empresasdossegmentos metalmecânico, metalúrgicoe de alimentos – foi a mais autuada, com R$ 8,33 bilhões em créditos constituídos. O comércio ultrapassou o setor financeiro e ficou em segundo lugar:R$ 8,2 bilhões, enquanto as financeiras foram multadas emR$ 5,99 bilhões. Nototal, asempresas foram autuadas emR$ 46,08 bilhões. E as pessoas físicas, em R$ 4,58 bilhões. As autuaçõesaumentaram 33% com relação a 2002, quandohaviam somado R$38,05 bilhões. "Não querdizer que a sonegação esteja aumentando", disse o secretário-adjunto da Receita Federal, Paulo RicardodeSouza Cardoso. "É a nossa produtividade que cresceu."Em 2002,59.580pessoas físicas e jurídicas foram fiscalizadas, antea 67.889 contribuintes no ano passado. Cardosonão soubeprecisar quanto dessasautuações efetivamente ingressará nos cofres públicos. Ocontribuinte autuado pode discutir a cobrança na própria Receita ou na Justi-
OSindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas de São Paulo (Sescon-SP),como apoio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), enviou anteontemofício aosecretárioda ReceitaFederal, Jorge Rachid, solicitando que se aceite a adesão ao Simples demicro epequenasempresas que protocolarem até hoje o pedido de registro de alteração docontratosocial, uma dasexigências donovoCódigo Civil. O prazo para adesão ao Simples termina hoje. E, embora o Senado Federal tenha aprovado um projeto de lei que estende o prazo para as empresas, associações e fundações adequarem seuscontratos sociais e estatutos até janeiro de 2005, o texto ainda aguarda sanção presidencial. De acordo com o SesconSP, muitas empresas foram prejudicadas com o imenso volume de trabalho nos órgãos deregistro–juntascomerciais e Registro Civil de PessoaJurídica– em dezembro e no início de janeiro. Márcia Rodrigues
ça, o que pode levar anos. Além disso, muitas vezes, o contribuintetemrazão. Por isso,os técnicos diferenciamo contribuinteautuado dosonegador. Em média, disse ele, de 10% a
15%dos autossão pagosem atédoisanos. Orestanteleva mais tempo a ser recuperado. Além defiscalizar umnúmero maior de contribuintes, a Receita aumenta a cada ano as fon-
tes de informação que utiliza para cruzarinformações. Entre as pessoas físicas, houve um crescimento acentuado nos créditos constituídos sobre proprietáriose dirigentesdeempresas. Em 2002, eles haviam recebidosautuaçõesdeR$ 707 milhõese,em 2003,ovalorsaltou para R$ 1,929 bilhão. Cardoso atribuiparte desse crescimento às informações sobre movimentaçõescom imóveis,quea Receitaincorporou à sua base de dados em 2002.Compras,vendas ealuguéis deimóveis viacorretoras, construtoras e imobiliárias são informadas aoFisco. Com isso, rendas que antes passavamdespercebidas da fiscalização agora são captadas. A distribuiçãode lucrosedividendos,disseele, também se mostrouumafonte preciosa para a fiscalização. O coordenador de Fiscalizaçãoda Receita,MarceloFisch, disse que em 2004a Receita vai continuar acompanhandode perto setores com elevada carga tributária, como cigarros e bebidas. Neste ano, aReceita também terá informações com movimentações em cartãodecrédito acima de R$ 5 mil. (AE)
sória (MP) que estabelece a cobrança dessas contribuições para os produtos importados. Ogoverno nãohaviaontem nem mesmo publicado a MP, fixando o aumento da alíquota, e a Receita já corria, no final da tarde, paradivulgaraInstrução Normativa (IN) que estabelece odia dehoje comoo prazo final para as empresas fazerem a opção.
O coordenador detributos sobre a produção e comércio exterior da Receita, Hélder Chaves, informou quetanto a MPquanto aIN seriampublicadas ontem,numa ediçãoextra do Diário Oficial da União. Eleadmitiua queapressadeve-se à exigência do período de 90 dias(noventena)paraque mudanças feitas em contribuições federais passem a vigorar. Na terça-feira, no anúncio do teor da nova MP, não foi informada a mudança na tributação do setor de bebidas. Quem nãofizer aopção para mudara cobrança daCofins e do PIS para o sistema de alíquota especifica terá de obrigatoriamente permanecerno sistema atual. Só poderão mudar de sistema em2005.A intenção da Receita com a medida é forçar as empresas a optarem pelo sistema dealíquota específica, o que dificulta a sonegação. (AE)
A Receita Federal inicia, em fevereiro, uma operação especial de fiscalização sobre as pessoas físicas. Os focos serão: abatimentos de despesas com saúde e rendimentos de aluguel. O trabalho começa com a convocação de 1,5 mil profissionais da área de saúde cuja renda declarada é muito diferente da soma dos recibos por eles emitidos. No período de 1999 a 2002, essa diferença soma R$ 350 milhões. Os médicos terão de confirmar a emissão dos recibos. Ou os contribuintes que os apresentaram passarão a ser convocados. Os 1,5 mil chamados são os que apresentaram maior discrepância de dados. No entanto, a Receita está analisando 16 milhões de recibos de mais de 10 mil profissionais liberais. Um outro foco de fiscalização são os aluguéis. Os dados dos contribuintes estão sendo cruzados com as informações das imobiliárias. (AE)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de janeiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Richard Saigh Ind. e Comércio S/A - Requerido: Mamede Paes Ltda.- ME - Rua Prof. Gianfrederico Porta, 2132ª Vara Cível
Requerente: Marllins Equipamentos Ltda.Requerida: Comercial Grãos de Ouro Ltda.Rua Benjamin de Oliveira, 367 - 16ª Vara Cível
Requerente: Alimentos Zaeli Ltda. - Requerido: Mercadinho Gurupi Ltda.-ME - Rua Miguel Ferreira de Melo, 980 - 33ª VaraCível
Requerente: Comercial Dimel Ltda. - Requerido: Wal Mart Brasil Ltda.Rua Luziânia, 234 37ª Vara Cível
Requerente: Sifra Fomento
Comercial S/A - Requerido: Siderlan Produtos Siderúrgicos Furlan Ltda. - Rua Santa Maria, 40 - 30ª Vara Cível
Requerente: Centro Ótica C omercial Ltda. - Requerida: Ótica e Relojoaria Cívica Ltda-MEPraça. Prof. José de Azevedo Antunes, 24 - 40ª Vara Cível
Requerente: Estrutura Fomento Mercantil Ltda.Requerida: Sotubos Comercial Ltda. - Rua Helena, 120 - 30ª Vara Cível
Requerente: Sifra Fomento
Comercial S/A - Requerida: Sant Fer Comércio de Ferro e Aço Ltda. - Rua dos Correntistas, 150 - 31ª Vara Cível
Requerente: Este Reestrutura Engenharia Ltda. - Requerida: AJM - Sociedade Construtora Ltda. - Rua Arnolfo Azevedo, 167 - 38ª Vara Cível
Requerente: Verzer Ind. Com. e Distribuição de Ferro e Aço Ltda. - Requerido: Comércio de Racks Gral Metal Ltda. - Rua Verava, 61 - 11ª Vara Cível
Requerente: Distribuidor São José Ltda.-ME - Requerida: Prime Club Eventos Bar e Danceteria Ltda. - Rua dos Pinheiros, 783 - 12ª Vara Cível
Requerente: Federal Tecnologia e Serviços Ltda. -
Requerida: Sant Fer Comércio de Ferro e Aço Ltda. - Rua dos Correntistas, 150 - 31ª Vara Cível
Requerente: Aracy ArensRequerida: Atlanta Luminosos e Painéis Ltda. - Rua Oscar Pinheiro Coelho, 239 23ª Vara Cível
Requerente: SND Distribuição de Produtos de Informática Ltda. - Requerido: M M Produtos de Informática Ltda.Rua Fidalga, 146 - conj 02 - 10ª Vara Cível
Requerente: Gomagraf Etiquetas e Rótulos Adesivos Ltda. - Requerida: Modas e Confecções Bibelô Ltda. - Av. Paranaguá, 1.717 - 35ª Vara Cível
O estreante Max Pirkis, ao lado, é o aprendiz do navio. Abaixo, Russell Crowe e Paul Bettany, os amigos que divergem, mas se completam.
Russell Crowe, ao lado, é o comandante do navio Surprise (abaixo) que, mesmo em desvantagem técnica, tem a incumbência de obstruir o avanço da fragata francesa Acheron.
Mestre dos Mares, filme estrelado por Russell Crowe e Paul Bettany, teve apenas uma indicação a menos que a última parte de O Senhor dos Anéis.
Por Beth Andalaft
Com10indicações ao Oscar, Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo ( Master and Comander: The Far Side of the World) chega aos cinemasbrasileiros evai dividiropiniões. Essencialmente masculino, este filme de aventura se passa, durante os seus 138minutos de duração, em plenomar. Muitaágua,tormentas, batalhas e homens, apenas homens em cena.Por isso,a produçãopodenão agradar a algumas pessoas, mas arrebatar outras. Baseado em romances de Patrick O’Brian (a editora Recordestá lançandooprimeiro volume), Mestre dos Mares é uma aventura épica que narra batalhas no mar, durante as guerras napoleônicas. Muito bem realizado,comexcelente fotografia, detalhista na reprodução de época, é um excelente
produto cinematográfico, embora nãotenhauma grande história. Os diálogos são enxutos, resumindo-sepraticamente a comandos náuticos.
Amizade nas diferenças
As batalhas são o tempero da história,porque no centroda trama está a amizade entre dois homenscompletamente diferentes, quese completame se entendem, oque se evidencia quando fazem duetos ao violino e violoncelo. O capitão "Lucky" JackAubrey(Russell Crowe,de Gladiador e Uma Mente Brilhante),é obcecado por seu dever,não tem raízes, vive para cumprir seu papel. Ele é o comandante da armada britânica e sua incumbência é interceptara fragatafrancesa Acheron. O problema é que seunavio, oHMS Surpriseé inferior, está em desvantagem,
mas ele não leva isso em consideração.
Seu amigo, e ao mesmo tempo opositor, éo médico naturalista Stephen Maturin (Paul Bettany, de D ogville e Uma Mente Brilhante),que sepreocupa mais com a tripulação ferida ehá tanto tempolonge de casa. Éesse o motivoque leva os dois a desentenderem, principalmente após o ataque do Acheron, quando o Surprise fica bastante avariado. O médico questiona o comandante se ele não está sendo movido pelo orgulho, na sua obsessão em vencer. Eles conseguem superar oepisódio eas demonstrações de amizadese farão presentes em várias ocasiões.
Cirurgias e cicatrizes
Além das batalhas,são as cirurgias realizadas por Maturin que rendem cenas impressio-
nantes. Com os poucos recursos a bordo, ele conta com a coragem dos homens para conseguir tratá-los. A produção se esmerou nos detalhes, tanto de cicatrizes comodaaparência dos personagens. Sempreno mar, eles têm dentes,unhas, pele e roupas sujas. A equipe de maquilagem teve que bronzear os atores, escurecer e manchar seus dentes,entreoutrascoisas. Os protagonistas usaram uma finíssima membrana plástica pintadaque revestia seus dentes, para evitar que precisassem pintá-los todos os dias, como o resto do elenco. Mestre dos Mares usa efeitos especiais, eles estão em quase 750tomadas, paraproduziras intempéries enfrentadas no mar.Ascenas detormentaea batalha final entre o Surprise e o Acheron são perfeitas, fazem o espectadorperdero fôlego. Osatorestiveram quetreinar
em alto mar, aprendendo a subir no cordame das velas, a manusear pequenasarmas defogo e canhões, a duelar com espadas ea seguir normasde conduta militar.
Elenco coeso
Russell Crowe dá conta de seu papel com tranqüilidade, com ares de quempassou a vidainteira nomar.Mas éPaul Bettany, que já fez parceria com Croweem Uma Mente Br il ha nt e , quereafirmaseu grande talento. Atualmentetambém no elenco de Dogville, ele comprovasuaversatilidade. O restante do elenco, com alguns novatos, é bastante coeso, com interpretações convincentes.O estreanteMax Pirkis,de 13anos deidade, éo aspirante de marinhaLorde Blakeney; Billy Boyd, que foi o Pippinde OSenhor dosAnéis
interpreta Coxswain Bonden; James D’Arcy éo primeiro tenenteThomas Pullings e Lee Ingleby,oaspirantede marinha Hollom.
A direção coube a Peter Weir, de O Show de Truman e A Testemunha, indicado aoOscar de melhor diretor. Mestre dos Mares também disputará ascategorias: melhorfilme, melhor direção de arte, melhor edição, melhorfigurino,melhoredição de som, melhores efeitossonoros,melhor fotografia, melhor maquiagem e melhores efeitos visuais. E terá como principal concorrente O Senhor dos Anéis: O Retorno do R ei , também indicado em10 categorias.
O filme entra em cartaz hoje nos cines: Bristol1, Kinoplex Itaim6, MorumbiShopping3, Metrô Santa Cruz 10, Market Place 2, Unibanco Arteplex 1 e Anália Franco 7, entre outros.
São Paulo ganha novos teatros e um curso superior de circo. Aprovados no vestibular começam aulas em fevereiro.
Por Sérgio Roveri
São Paulo é uma aniversarianteque nãoseincomoda em receber presentes atrasados –tanto queeles continuamchegando, e em quantidades generosas. Algunsdias após as comemorações dos450anos,a cidadeganha doisteatros(um novoeoutro aserreinaugurado hoje após reforma) euma escola decircocomstatusde faculdade. Os teatrosficam na região central da cidade, endossandoa políticamunicipal de transformar toda aquela área emumconcorrido pólo cultural. E a escola terá duas sedes, uma na Vila Madalena e outra na Lapa. Estes três novos projetostêm, emcomum,um acentuado caráter social permeando suas atividades – enquanto os teatros prometem oferecercursosgratuitos ou atividades para estudantes de escolas carentes, aescolade circo conta com quatro bolsas de estudos integrais.
Teatro dos Arcos
Depois de quasedois meses dereformas, queincluíram pintura, troca de fiações, construção decamarinseinstalação de novos equipamentos de
luz, oTeatro dos Arcos, com 150 lugares,será reabertohoje para o público, na rua Jandaia, nas imediações dos teatros Oficina e Imprensa. A inauguração,para convidados,ocorreu ontem, com a estréia da peça RG,do jornalistae cineasta EvaldoMocarzel. Apeça,dirigida por JoséRenato, marca a abertura doprojeto Painel das Histórias Não OficiaisdeSão Paulo, que pretende, até o final doano, colocarem cena seis produções teatrais em que a cidade de SãoPaulo apareça como cenário, personagem ou mesmo mote da história. Em R G , Mocarzel focaliza um desesperançado embate entredois moradoresde rua sobrea possedeumacarteira de identidade (o RG do título). O documentoé sóum instrumento utilizado pelo autor para descortinar uma discussão sobreaidentidade eacidadania de centenasde paulistanos completamente ignoradospelasociedade. O elenco é integrado por ÊnioGonçalves, José Ferro, Thiago Catellani e ViníciusCassoni.A montagem, em cartaz até 14 de março, pode ser vista de quinta a sábado, às21 h,eaosdomingos às20. Os ingressos custam R$ 10.
O Teatrodos Arcostambém inaugura,em fevereiro, sua programaçãode cursosgratuitos. Já estão abertas as inscrições paraas aulasdeIniciação ao Teatro, Teatro Para a Melhor Idade, Práticade Montagem Teatral e Teatro Para Crianças. As aulas, dosquatrocursos, ocorrem aos sábados. As inscrições podem ser feitas na sede do teatro, à Rua Jandaia, 218, Bela Vista, fone 3101-7802.
Teatro Fábrica São Paulo
Um prédio na rua da Consolação, que abrigou a sede da Invictus,empresa que em 1943 começou a produzir aparelhos de rádioe em 1951lançouo primeiro televisor nacional, está saindodeumperíodode abandono que já somava 30 anos. A partir do próximo dia 12,o prédio, de1.250m²,re-
nasce como umespaço cultural múltiplo de três andares, onde irão funcionar um teatro de240lugares, umacentralde criação e produção, área de convivência e salas de ensaio. A peça A Falecida, um dos clássicosdeNelson Rodrigues,dá início à programaçãodo novo espaço. Arecuperação doprédio é resultadode uma parceria entre acompanhia teatral Cia. Fábrica São Paulo e 21 empresas queforneceram, entre outros materiais, aço, alumínio, tecidos, vigas, tintas, cabos elétricos e lâmpadas.
A Cia. Fábrica São Paulo é conhecida porseu empenho em produzir um circuito popularde teatroparaprofessorese estudantes– algunsespetáculos sãolevados paraas escolas, na maioria das vezes na periferia. Este ano, os diretores da companhia pretendem rea-
Um dos sofisticados endereços gastronômicos da cidade, o restaurante LaTable incluiu emseucardápio umpratodiferente a cada dia, em porções limitadas.O chefe Carlos André R. Linhares cria uma alternativaao menudegustaçãoda casa.Porém,são preparadas umamédia de15 porçõesdiárias,nãomais doqueisso.São pratos especiais, de sabor único, acompanhadospor vinhos destacados.
Uma dassugestões éo tournedo de atum com risotode shitake(R$31,70), acompanhado de um vinho branco, como La Vielle Ferme 2002 CôtesduLuberon (R$95).O cardápio do La Table inclui massas,carnes,saladase grelhados, além de sobremesas. Háváriasopções deentradae pratos especiais. O menu de-
Por Sergio Paula Santos
Para muitoso inverno é tempo devinhos.Nãoébem assim, sempre é tempo de vinhos. Seas condiçõesclimáticas podemvariar muito,os tipos e variedades de vinhos, podem mais ainda. Existem portanto vinhos para todas as ocasiões e circunstâncias. Para o forte calor de nosso verão, os ideais são os vinhos brancos, leves frutados. Destas escolhemos para iniciar
gustação,composto devárias porções, sai por R$ 23, servido em ramequins(três cumbucas à escolha do cliente), dispostos num suporte de madeira. Além disso, a casa também ofe-
rece drinques, coquetéis e aperitivos, com ou sem álcool. Happy hour – Apartirdas 16h30, diariamente,realiza-se ohappyhour. Entreassugestões, estão ocrostini de queijo
Tournedo de atum com risoto de shitake é uma das criações do La Table. A cada dia há um prato diferente, mas com número limitado de porções.
Brie e presunto cru com salada verde (R$ 15) e o suflê de goiabadacom requeijão(R$ 6).O La Tableque abriua primeira casanos Jardins,possuiagora uma unidade no MorumbiShopping, que também contacom aButique de Azeites Oliviers & Co no mesmo local. Éo charmee osabor daregião daProvenceemSampa. Nos Jardins, o La Table fica na r. BelaCintra, 2023– fone30889008 e no Morumbi na av. Roque Petroni, 1089, piso Lazer, loja 30H – fone 5181-3365. Beth Andalaft
Alvarinho, a rainha branca de
esta coluna, os vinhos verdes, e entre estes, os Alvarinhos, a elite dos vinhos verdes. "Verde" nocaso não éa cor, mas um tipo especial de vinho português do Minho, em que a uva não amadurece inteiramente, conservando o vinho uma agradável acidez e frescor, resultantede uma fermentação malolática.O "verde"no caso opõe-se a "maduro", São assim vinhosa serem consumidos bens jovens, o mais cedo possível, e bem frios (8 - 12º), não sendoportanto vinhosde guarda. Alvarinho é a casa da uva, a variedade davideira, que dá tambémo nome aos vinhos. É encontrada em apenasdois dos 28 conselhos quecompõem a região dos vinhos verdes no Minho, os de Monção e Melgação, nasub-região e Monção. Fora dePortugala Alvarinhoéen-
contrada apenas na margem espanhola do rioMinho, na Galícia,nas chamadas Rias Baixas,no vale do Salnés, em Cambados. Há duas décadas não havia em Portugal nem meia dúzia de A lv a r in h os . Hoje encontram-se mais de três dezenas, de acordo com João Paulo Martins,que os degustou, em Os Vinhos de Portugal, Editora Dom Quixote. E sc o lh emos 2, entre os melhores.
Portal do Fidalgo- Alvarinho 2002 Decanter Importadora - r. Joaquim Floriano 101/805- fone 3071-3055 - Preço R$ 56,00 Como assafras dos anteriores, 1999, 2000 e 2001 (premiada) o vinho mantém a qualidade. De coloração citrina clara e aroma característico da variedade, frutado e elegante, na boca tem o frescor daacidez malolática,que lhedá
Teatro Fábrica
São Paulo (acima). Ao lado, Ênio
Gonçalves e José Ferro, do elenco de RG, peça que reabre o Teatro dos Arcos, com São Paulo em cena.
lizar 840 apresentaçõesno novo teatro. A Falecida , por exemplo, permanecerá em cartaz até 31 de março. O novo teatrofica narua daConsolação, 1623, fone 3255-5922. Escola de Circo
Trintaeoito candidatosse apresentaram, na segunda e terça-feiras desta semana, para um vestibular insólitoem que lápis e canetas foram substituídospor demonstrações de acrobacia, equilíbrio e força física. Eles estão pleiteando uma vaga no recém-criado Centro deFormação Profissionalem Artes Circenses(Cefac),um cursotécnico comduraçãode três anos, e formato de curso superior,quetornará oformando apto a se apresentar como um profissional do circo. Criado peloGalpãodo Circo,
Fazer as refeições no prato assinadopor umapersonalidade ou colecionálos éuma possibilidadeque foi criada pelo p ro gr am a Projeto Pratos Fam osos , do site Via Global em benefício de programas da ONG Escola Aprendiz. Os pratos de porcelana,com mensagens sociais, já estão expostos nosrestaurantes que vão comercializá-los, ao custo de R$ 20 cada.
que já existe há seis anos e reúne hoje 300 alunos, e pela associação Central do Circo, o Cefac terá suas cinco horas diárias deaula,desegunda asábado, ministradasora naRuaGirassol, na Vila Madalena, ora na Avenida Imperatriz Leopoldina, na Lapa. É a primeira vez que um curso de circo noBrasil é tratado com ares acadêmicos, inclusive notocanteàmensalidade, fixada em R$ 790. Mas o investimentopromete compensar: embora o MECainda não reconheça a atividade circense comoprofissão, osdiretores doCefacgarantem que, após os três anos decurso, o aluno terá cacife paratentar uma colocaçãono disputadíssimo Cirque du Soleil, por exemplo. Aescola pretendecriarconvênios para encaixar seus estudantes nomercadodetrabalho, sob lonas brasileiras ou estrangeiras.
A grade do novo curso é composta por disciplinas como dança, teatro,técnicas aéreas,técnicas acrobáticas,técnicasde manipulaçãoeequilíbrio, além de preparação física. As aulas começamna segunda quinzena de fevereiro. Resta saber agora que tipo de trote está destinado a tais calouros.
Entre as personalidades participantes do projeto estão: Jô Soares (prato do Esplanada
a leveza e o equilíbrio. Acompanha bem frutos do mar e dos peixes,dos mais delicados ao bacalhau. Devemos, por uma questão de honestidade confessarnossa parcialidade com relaçãoà certos temas. Assim para os vinhos verdes, o Alvarinhoé insuperável. Para o futebol, onde ninguém é imparcial, aproveitando o mote do verde,a seleçãonacional poderia também ter apenas essa cor...
Cotação: 88/100
Murosde Melgação-Alvarinho 2002
Importado por Decanter, r.Joaquim Floriano, 101/805
Preço R$ 99,00 Fermentadoemmadeira e engarrafado sem filtragem, reflete na coloração dourada a passagem pelamadeira.Os
Grill), Fernanda Montenegro (Cristal Pizza, Bar e Grill), Pelée Joyce Pa sc ov it ch (Quatrinno), João Ubaldo Ribeiro (Gigetto), Constanza Pascolatto (Hotel Lycrae Spot),Luciano Hulk (Casa Braz), Gilberto Dimenstein (Café Aprendiz), Glorinha Kalil (Ritz), e Chico Buarque (Gero). Mais detalhes estão no site www.viaglobal.com.br/pratos. (BA)
aromas sãodelicados ecomplexos, mais frutados que florais. Na boca, a acidez e o frescor da casta não é suplantado, mas complementadopelo toque da madeira, o quelhe dá uma rara estrutura e complexidade para um vinho verde. Um ótimo Alvarinhoquesenivela aos grandes brancos de outras origens. Sugere-se acompanho um salmão, grelhado ou não, umhaddock ounaturalmente todo e qualquer fruto do mar.
Cotação: 89/100
Comerciantes
Ata do Copom mantendo juros fez a Bolsa cair 6,14%, o risco Brasil aumentar 19% e o dólar disparar, fechando em alta de 1,21% (cotação de R$ 2,931). Página 13
Revelações, com Nicole Kidman (dir.) é uma das estréias de cinema. Na foto à esquerda, tesouros dos caçadores de antigüidades. E Luiz Carlos Lisboa escreve de Nova York.
EYMAR MASCARO
José Sarney deixou o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, livre dascólicas renais. Suas pedrasforam bombardeadascom raiolaser.Segundoos médicos,asdoresque osenador sentia eram piores que dor de parto. Nãocausousurpresa que, mesmo sofrendo asterríveis dores de cólica renal, Sarney tivesse deixado às enfermeiras a impressão correta de ser um senador bem-humorado, de bem com a vida e com a história.
Conta-se nafamília que,na últimacampanha eleitoral, Sarneylanchavaem sua casa, emSão Luís do Maranhão, quando sua mulher, dona Marli, estrilou, cansada de viajar do Maranhão para Brasília, de lá para o Rio, do Rio para São Paulo e de São Paulo para o Amapá, estado pelo qual Sarney se candidatou.
–Sevocê nãopararcomessasviagens cansativaseume mudo para a Conchichina –, brincou a mulher.
A empregada, que a tudo ouvia atentamente porque também estava cansada de ficar longe do namorado, esperou que o salão se esvaziasse, se aproximou do senador e cochichou ao pé do seu ouvido: – Presidente, onde fica a Conchichina? Brincalhão, como sempre, Sarney puxou a empregada e sussurrou no seu ouvido: "Conchichina fica vizinha da Chechênia".
BASTA
Lulaacha queJosé Dirceu está aparecendodemaisna mídia e quer dar umbasta. Quer que seu superministro seja mais discreto. Lula já percebeu queDirceu estáem campanha para viabilizar no PT sua candidatura ao governo paulista, em 2006.
A VERDADE
No fundo,Lulaestápreocupado comoutra coisa: com a onda que se criou de que éDirceuquem manda nas decisões do governo. Calou fundo em Lula o comentário deCristovam Buarque sobreo comportamento de primeiro-ministro deDirceu. O presidente não quer serchamado jocosamente pelaoposição de Rainha da Inglaterra.
INTROMISSÃO
Uma das coisas reprovadas por Lulafoi aintromissão de Dirceunum encontrodePalocci comoutrosministros. Outra coisa que irritou Lula foi a fala de Dirceu, comentando que Palocci era favorávelaoprojeto deSarneyque estende os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus ao Amapá.Palocci,segundo o Planalto, é contra.
DIZEM POR AÍ
Que JairMeneguelli,suplente, não quis assumir a vaga de deputado, em substituição a AldoRebelo, para não perderum saláriode R$ 20 mil numa estatal.
CIUMEIRA Petistascariocas eLulaestão em clima de ciúme: os petistas acham que o presidente despreza a virtual candidatura de Jorge Bittar à Prefeitura do Rio, só protegendo a campanha de reeleição de Marta Suplicy.
HISTÓRIA
Anoteno seucaderninho: o apelido de Campos Salles, que foipresidente de1898 a 1902, era Pavão. Por motivos mais do que óbvios. Basta ver as fotos do presidente campineiro.
TIRO NO PÉ
Nomomentoque volta a falarem matar afome no mundo, Lula é sacudido com a incômoda informação de que o desemprego voltou a crescer no Brasil.
TRANCA NA PORTA
Bournhausen acha que o PFLpodebarrar naJustiçaa criação de trêsmil cargos no governo federal,queseriam preenchidos sem concurso.
EFEITO-1
Frase ouvida na Fiesp: "Este governoestá cadavez mais parecido com o de Fernando Henrique".
EFEITO-2
Frase ouvida na sede da CUT:"O desempregopode crescer emqualquer governo, menos no do PT".
LÍNGUA SOLTA
Será amanhã, na seda da Polícia Federal,o depoimento dojuiz RochaMattos, que pediu para ser ouvido novamente, pois pretendecontarcoisas doarcoda velha,que podem envolver mais gente do Judiciário, do Ministério Públicoe daPF, envolvidacom aquadrilha que vende sentenças judiciais.
PREOCUPAÇÃO-1
O que anda preocupando a CUT,quando saemosíndices sobre o desemprego crescente no País, é que nos últimos10 anosoBrasilvem sendo governado pelosexcludentes de 64. Isto é: lideranças que mais denunciaram os governos militares de acabarem com as conquistas trabalhistas.
PREOCUPAÇÃO-2 Oscutistascitam, como exemplos, Fernando Henrique e Lula. Foram dois líderes forjados naoposição aos governos militares. Por coincidência, os dois virarampresidentes. E, mais coincidênciaainda,foi eé nos governos dos dois que o desemprego deslanchou. Para cima.
O extensopoder doministro-chefedaCasa Civil,José Dirceu, nãoexisteapenasde fato, mas de direito. Uma consultapreliminar aoSistemade Informações Organizacionais do governo mostra que ele participa da formulação de políticas dequase todas asáreas do governo,de questõesraciais a aviação civil. Além de ministro, Dirceu é titular de seteconselhos ligados à Presidência da República e de 11 câmaras setoriais. Ele ainda abriu mãode participar de conselhos deestatais, como o da Petrobrás,quechegou a integrar no início do governo. Emtodas– O ministro é secretário-executivo do Conselho da República, integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e do Conselho de Governo.
Ligadas a este conselho, Dirceu preside várias câmaras, comoasde PolíticaCultural,de Políticas de Recursos Naturais, de Políticas de Infra-Estrutura, de Política Social e de Reforma do Estado. Ainda no âmbito do Conselho de Governo, ele é membro das câmaras de Regu-
Benedita
Arquivo DC
lação do Mercado de Medicamentos, dePolítica Econômica, de Políticasde Integração Nacional e Desenvolvimento, de Relações Exteriores e Defesa Nacionale deComércioExterior.E comoseas atribuições não fossempoucas,eleainda preside o Comitê Executivo do Governo Eletrônico.
E mais – A lista não pára por aí. O ministro tem assento nos conselhos Nacional de Promoção da Igualdade Racial, de Aviação Civil, Nacional de Desestatização eno de Política Energética. Participatambém do ConselhoSuperiordo Ci-
A ex-ministra da Assistência SocialBenedita daSilva afirmouontem quesua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a demitiu do cargona reformaministerial, excluindo-a do governo, continua a mesma de antes do episódio. "Amo o Lulinha", declarou a petista, amiga há mais de 20anos do presidente, com quem participou daconstrução do PT.
Elaafirmou quefará acampanhado pré-candidatodo partido à Prefeitura do Rio, JorgeBittar (háespeculações dequeela gostariadeconcorrer no lugar dele). Mas, inicialmente, pretende descansar.
"Preciso tirar férias com o meu Pitangão (oator AntônioPitanga seu marido), com os netos, com a família", disse, após desembarcarno SantosDumont."Elas serãobemlongas, porque preciso descansarde verdade".
Livre, leve e solta – A ex-ministrareafirmou seucompromisso com o PT – uma das especulações sobre seu futuro seria o de que poderia deixar a legenda. "Defendo fidelidade partidária e que o mandato seja partidário. Portanto,estou de alma lavada, estou muito bem, atendi ao partidoem todos os momentos e,agora,estoulivre, leve e solta". (AE)
O vereador Ricardo Montoro(PSDB) protocolouontem noMinistério Público Estadual, representação contra o secretário da Saúde, Gonzalo Vecina Neto, e a prefeita Marta Suplicy,porcrime eleitorale improbidade administrativa. O secretário teria utilizado uma correspondênciadasecretariapara pedirque Marta seja reeleita.
A representação se baseia em um e-mail do secretário enviado aos funcionários de sua pasta, em30 dedezembro doano passado,denominado de "Carta aos Trabalhadores da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo". Para enviar o email, a secretaria utilizou o serviçode comunicação da Prodam,provedor daPrefeiturae que tem os endereços eletrônicosdetodosos funcionários públicos.
Oficial– "Temos que conseguir reelegera prefeitaMarta Suplicy. A discussão da construção deuma novacidade, deum novo mundo passa pela decisão política que ocorrerá este ano. Temosque participardessa construçãode maneiraconseqüente", diz o e-mail oficial, enviadocomo brasãodomunicípio e assinado pelo secretário.
Na representação, Montoro sustenta que osecretário infringiu o artigo 36 da Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, que trata dalegislaçãoeleitoral, que diz "a propaganda eleitoral
somente é permitida após o dia 5 de julho do ano da eleição", e o artigo 11 da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992, que define como ato deimprobidade administrativa qualquer ação que viole os deveres de legalidade e imparcialidade dos ato de governo. "O uso partidárioda máquinapública tornou-se uma práticacomum nagestão petista em São Paulo e no País", criticou Montoro. Outrocaso– No ano passado,a SecretariadeGoverno Municipal encaminhou junto com as correspondências das realizações da Prefeitura um panfleto do PT. O funcionário acabou sendo suspenso.
GonzaloVecina Netosubstituiu Eduardo Jorge, figura de destaque junto as correntes políticasmais tradicionaisdo PT. Ele discordava das ações da prefeita para sua pasta. Acabou pedindodemissão edeixando o partido.VecinaNeto tinha trabalhado anteriormente no governodeFernando Henrique Cardoso.
Nota – A Assessoriade Imprensa da Secretaria da Saúde, encaminhou uma nota de esclarecimento ontem ànoite, assinada pelo secretário, nos seguintestermos: "Acartaaos trabalhadores da Secretaria Municipal da Saúde foiuma manifestação estritamente pessoal,portantodeveria ter utilizado meu e-mail pessoal" Fernando Lancha
nema, que ele preside por ser ministro, mas Dirceu costuma ocupar todo o espaço político possível.
Nem mesmoo ministro da Fazenda, Antônio Palocci –outropilar dogoverno Lula–temtantas atribuiçõesquanto Dirceu. Palocci está no Conselho deDesenvolvimento Econômicoe Social; de Governo; da Aviação Civil; de Política Energética; noConselhoNacional de Desestatização e no Conselho Superior doCinema. E participade 8câmaras setoriaisdo Conselho deGoverno. (AE)
Partidos escolhem os seus novos líderes no Congresso
O troca-troca de lideranças noCongresso deveprosseguir até o início do ano legislativo, no dia15 defevereiro. Masalgunspostos-chave jáestãodefinidos, como o senador Fernando Bezerra (PTB-RN) para a liderança do governo no Congresso edo novolíderdo PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP).
O deputado paulista foi eleito por aclamação pela bancada doPT, ontem, para substituir NelsonPellegrino(BA). Mesmoaclamado, Chinagliaenfrentou resistências. PMDB e PSB – Entre os aliados, odeputadodo Paraná João Borba foiescolhido novo líder do PMDB na Câmara. Já noPSB, fontesligadas aopartido confirmam que houve um certo desconforto na indicação de Renato Casagrande (ES).
A disputa mais acirrada acontecenoPFL, ondenãose sabe ao certo aindaquem vai substituir o líder José Carlos Aleluia (BA). O grupo de ACM nãoabremãode indicaro substitutodeAleluia, seuexaliado. (Reuters)
"É COMO SE O PAÍS TIVESSE ADOTADO O PARLAMENTARISMO"
Com ataques ao "excesso de poder" do ministro José Dirceu, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) propôs que o País volte a discutir a adoção do parlamentarismo a partir de 2010. "Um presidencialismo em que o chefe da Casa Civil não somente se tornou o gerente dos ministérios, num ano eleitoral, como também está mandando no partido do governo, o PT". "É como se o governo tivesse adotado o parlamentarismo sem consultar o povo", comparou. "O 'Super-Zé' age com a desenvoltura de um primeiro-ministro, mesmo quando o presidente está no País". O senador está convencido de que "Lula gostaria mesmo era de virar garotopropaganda, para ficar viajando ao exterior".
Sabe aquelas excursões que todo turista faz quando chega a uma cidade pela primeira vez? Pois bem, nesta semana a CVC começou a operar um tour regular pelos principais pontos da capital paulista. Durante quatro horas, fotos, história e curiosidades sobre bairros, museus e monumentos
Por Sonaira San Pedro
Londres, Paris, Nova Yorke outras importantescidades domundo têm city tours regulares. Com 450 anos, já era hora de a maiormetrópole da América Latina ter o seu. Junto com a CVC,embarcamos naprimeira excursãoturística dogênerona cidade de São Paulo capitaneada por uma grande operadora nacional, lançada esta semana. Oveículo: ummicroônibus com 27lugares,ar-condicionado, frigobare músicaambiente.Guia especializado a bordo,é claro.Roteiro?Panorâmico, passandopor 23pontos famosos da capital paulista eparandoem alguns,comoo Ibirapuera, para asesperadas fotos. Porém,nada de entrar em museus ou passear a pé por bairros e ruas percorridos.
Partimosdo HotelMercure Downtown, pertinho da Praça da República. De lá, a primeira paradaé noEstádiodo Pacaembu, palco de fortes emoções.Na Paulista,outro cartão-postal, oimponente Masp e a Casa das Rosas não podiam faltar no roteiro. "Nada mais
justoque São Paulopudesse mostraroque temdemelhor no campo cultural e histórico", disse o presidente do São Paulo Convention &VisitorsBureau, Roberto Gheler. Seguindopela AvenidaIpiranga, o Edifício Itália e o Copan relembram a época de ouroda capital.E,naesquina com a Avenida São João, encontramos a inspiração de Caetano Veloso. "Para celebrar o aniversário de São Paulo é propício lançarum city tour que mostre alguns dos maiores encantos da cidade", afirmou o presidenteda CVC,Guilherme Paulus.
O Parquedo Ibirapueranão ficoude fora.E,depois daCatedral da Sé, foi a vez do bairro daLiberdade.Durante opasseio,oguia reveloudadoshistóricos, contou casos e curiosidades, como a de que antes dos orientais, eram os italianos que dominavam a região – por esta ninguém esperava. Passamos pelo marco da SemanadeArteModerna de 1922: o Teatro Municipal, projetado entre as mais belas obras
Os melhores sites
O Oscar daInternet.Comessa propostaem mente, oportal iBest(www.ibest.com.br) criouo Prêmio iBest e divulgou sualista dos dez melhores sites na categoria turismo, eleitos por meio de votação popular e virtualentre 485 inscritos. Os finalistas: Accor Hotels (www.accorhotels.com.br), Cia.Transamérica deHotéis (www.transamerica.com.br), Club Med Brasil (www.clubmed.com.br), Decolar (www.decolar.com.br),Embratur (www.embratur.bov.br), Global Exchange (www.globalexchange.com.br), Mergulho Mania(www.mergulhomania.com.br), Reserve Hotéis (www.reservehoteis.com.br), Rumbo(www.rumbo.com.br) eStudentTravel Bureau (www.stb.com.br). Vale conferir. Rock in Rio. Em Portugal
Uma festa para quem planeja viajar a Lisboa. Entre 29 de maio e 6 de junho, a capital portuguesa será sede de seu 1º Rock in Rio. O palco do evento? Parque da Bela Vista.A expectativa dos organizadoresé recebercerca de500 milespectadoresdurante oscinco diasde shows.Entre asatrações confirmadas estãoBritney Spears, Sting, Guns n’Roses e abrasileira IveteSangalo. Ingressos estarão à venda a partir de 1º de março. Informações pelo site rockinrio-lisboa.sapo.pt/. Viagens exóticas
Destinos exóticos, pincelados com aventura. Assim são os novos roteiros do programa Imaginative Travellerdo StudentTravel Bureau(STB). E
arquitetônicas domundo. Aindanocentro, aEstaçãoda Luz e a Sala São Paulo.
O tour dequatro horas (das 9h30às13h30,para evitaros horários de pico no trânsito) exibiu grandes marcos da capital, que ganharam atenção dobrada depois do aniversário de 450 anos. É uma oportunidade imperdível para que os turistas – e por que não os paulistanos? – tenhamuma visãoglobal do que é São Paulo.
SERVIÇO
City Tour São Paulo 450 anos CVC: de quarta a domingo, das 9h30 às 13h30. Embarque na Rua Araújo, 141, Consolação, no Hotel Mercure Downtown. Ingressos à venda pelo Aeroporto Express, tels. 61217795 e 6128-6763. Adultos pagam R$ 35 e crianças de até 12 anos, R$ 12.
não é preciso ser jovem nem estudante. O tour pelo sudeste asiático, por exemplo, dura 17 dias, entreBangcoc eCingapura.O grupodeaté 18pessoas conhece, entre outras atrações, plantações de chá e morango, epraias tailandesas. A hospedagem é diversificada – de bangalôs a estadas noturnas em trem. A partir US$ 640 (parte terrestre). Outra viagem bacana leva ao Quênia e à Tanzânia, com direito a trekking pela montanha do Kilimanjaro. Tel. 3038-1555. Site www.stb.com.br.
Um novo flat no Rio
Há nova opção de hospedagem da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O Transamérica Flat Barra, do mesmo grupo dos hotéis em Comandatuba e São Paulo, oferece 298 apartamentos equipados com work station. Além debusiness center, lobby bar, health club, piscinas, restaurante de cozinha con-
A partida: Hotel Mercure Downtown (acima), às 9h30. Ao todo, 23 locais vistos pela janela de um microônibus e comentários de um guia especializado –em português, inglês ou espanhol. O bairro da Liberdade (ao lado), a Estação da Luz e o Masp (abaixo) estão no roteiro
temporânea e um centro de convenções com capacidadepara500 pessoas.Preçossobconsulta. Tels.0800/126060 e(0--21)2123-7150,site www.transamerica.com.br.
Infinity no Carnaval
Atemporada decruzeirosmarítimos nacosta brasileira terá um visitante ilustre: o Infinity, navio super luxuoso da Celebrity Cruises, que opera roteiros regulares para Alasca, Havaí, Canal do Panamá e América do Sul. Pela primeira vez estará por aqui. Com capacidade para 1.950 hóspedes, o gigante temcomo alguns pontosaltos umspa sofisticado e o Champagne Bar, exclusivo para a degustaçãodoespumanteedecaviar.Para quem quiser embarcar nessa, há o cruzeiro de 14 noites, com saída (e chegada) de Buenos Aires, passando pelo Paísem plenoCarnaval. Noroteiro, Montevidéu, Porto Bello (SC), Santos, Rio (22, 23 e 24/2) e Búzios. Apartir de US$1.316 porpessoa, incluindo parte aérea (SP-Buenos Aires-SP) cabine interna dupla, sem as taxas portuárias. Informações na Sun &Sea, tel. 3044-4966e nosite www.celebritycruises.com.br.
Verão em Maresias com charme e bem-estar
Até março, o Hotel Pousada dos Condes, em Maresias,tem umprogramaespecial para seus hóspedes. O Summer Care, assinado pela empresaespecialista embem-estarSpazioMele &Melone, incluikit cortesia de cuidados para a pele, massagens e tratamentos de beleza (de R$ 35 a R$
150), além de dicas e receitas sobre o tema. Charmoso, com móveis de Bali, e plena infra-estrutura (incluindopasseiosecológicos), ohoteloferece diáriasa partirdeR$230por casal. Tel.(0--12) 3865-6322, site www.pousadadoscondes.com.br.
The Savoy de Londres ganha bar de champanhe Mal inaugurou no Hotel The Savoy de Londres e o Laurent-PerrierChampagne Bar jáse transformou num dos lugares mais quentes da cidade. No estilo artdéco, obar ganhoutons nadecoração característicos da marca Laurent-Perrier.E tem em sua cartaas safras mais famosasdo produtor de champanhe.Informações e eeservasno Brasil pelo 0800/8917847.
Prometendo para SP, em 2004, obras de alguns de seus autores mais importantes.
Tão animadora quanto a perpectivade um superávit recorde em janeiro na nossa balançadepagamentos éaprogramação de músicavocal para2004 em São Paulo. Vedete por muitos anos, a ópera já conquistou multidões e arrancou das platéias gritosquehojeouvimosapenas nos showsde rock. Porém,aos poucos,está voltandoa sero carro-chefe da produção lírica da cidade.
No Municipal
Com ânimorenovado apósa boatemporada de 2003, o Teatro Municipal promete uma versão bem escolhida de Don Carlo (19, 21, 24, 27 e 29 de agosto), deGiuseppe Verdi (1813-1901), uma das maiores óperas do compositor que esteve ausente de nossos palcos por 78 anos. Satisfazendo às expectativas dos wagnerianos de plantão, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta também Lorengrin (19, 21, 24, 26 e 28 denovembro), canceladaem2003.Aindano Municipal, a Orquestra Experimental de Repertórioabre atemporadalíricacom acantata dramático-sinfônica Colombo (26e 27 março), dobrasileiroCarlos Gomes(1839-1896).O mesmogrupovolta emjunho(13,15, 17,19e 21) com Romeu e Julieta, de Charles Gounod (1818-1893), e apresenta em novembro no Teatro Alfa a Litaliana in Algeri, de Gioachino Rossini (1792-1868). Valelembrarque teremosnovamente João e Maria (12, 14, 16, 18 e 19 de dezembro), deHumperdinck (1858-1921),consolidando o conceito de ópera de repertório. Mas o que tem chamado a atenção dos"operófilos"nosúltimos dias éa confirmação da montagem no Municipal,comelenco completodaHelikon Opera de Moscou, de A Dama de Espada s , de Piotr I. Tchaikovsky (18401893), jamais vista emSão Paulo (13 a 17 de outubro).
Municipal à parte
O talentosoÓpera deRisco -antigo grupo de óperadaFaculdade Santa
Marcelina – espera o "espetáculo do crescimento" em 2004 e já prepara a montagem de Viva la Mamma, de Gaetano Donizetti (1797-1848). O grupotem aindanorepertóriopeças como Basenet Bastienne ,deMozart(1756-1791)e Il Mondo della Luna, de Haydn (1732-1809).
No projeto Pocket Opera do Sesc Ipiranga, está prevista a remontagem de Porti Nari– A Ópera, sobre a vida do pintor Cândido Portinari (4 a 15 de fevereiro).
Vozes na Osesp
Nesteano, aOrquestraSinfônicadoEstado de SãoPaulo(Osesp),amaisimportante orquestradoBrasil na atualidade,também faz ópera.Depois do Édipo Rei , de Stravinsky (1882-1971) e Dido e Enéias , de Purcell (16591695), em 2003, a Osesp apresenta em setembro deste ano (dias2 e 4), a ópera Francesca da Rimi ni ,deSergei Rachmaninov(1873-1943), também inédita em São Paulo.
Tesouros de câmara
Em 23 dos 56 diferentes concertos programadospelaOsespa voz humana estápresente. Comênfase.Emdois deles,teremosapresença dosirmãos ChristopheStephanGenz, queforammuito aplaudidosna Paixão segundo São João, deBach (1685-1750),em 2002.Em 2004, elesinterpretam cançõesalemãs comacompa-
Quem gosta de ópera, e às vezes confunde Verdi com Puccini, não pode perder os comentários de Lauro Machado Coelho na série Ópera Comentada, com apresentação de vídeoslaser no Centro Brasileiro Britânico (sábados, às 15h00).
Outra grande pedida são as inteligentes contribuições
Filme de estréia de Meirelles no Canal Brasil
nhamento de piano (17 de julho). Ambos retornam à Sala São Paulo nos dias 22 e 23 do mesmo mês, quando Christoph interpreta com a Osesp a Serenata para Tenor, Trompa e Cordas, de Benjamin Britten (1913-1976) e os dois integram o elenco da MissainTempore Belli , de Joseph Haydn (1732-1809).
Outro destaque camerístico é o dobaixobarítono belga José Van Dam. Convidado pelo Mozarteum, canta na SalaSão Paulo (24 e 25 de maio).
Nãomenos importanteéapresença docontratenor americano David Daniels, cujo timbre de vozé especialíssimo.Ele vemacompanhado pelaAkademie fürAlteMusik, de Berlim,na agenda da Sociedade de Cultura Artística.
Que traz,em setembro,a músicade câmara antiga napolitana (vocal e instrumental) da Capelladella PietàdeTurchini,além dorefinado Les Arts Florissants.
Série Promon
Outra novidade para 2004 éa criação de uma série de recitais de música vocal de câmara pelo EspaçoPromon. Conhecidopelos eventosdedicados à músicainstrumental, este aconchegante teatro receberá promoverá oitoprogramascom alguns dos mais destacados cantores nacionais, em repertórios que abrangerão lied alemão, canção decabaré francesae peçasdo repertóriobrasileiro. Há mais: a sériede câmara que mantém o espaçoparaa vozdaFundaçãoMaria Luizae OscarAmericanooferecerá um programaexclusivocom canções de Maurice Ravel (1875-1937). Corais
do maestro Walter Lourenção, na Rádio Cultura FM de São Paulo (103,3 MHz), nos semanais Cena Lírica (5ª, às 21 horas e reprise aos sábados, às 10 horas) e Chevron Texaco MetropolitanOpera, nas sábados à tarde, com transmisssão ao vivo das matinês do Metropolitan Opera House de Nova York.
SEGUNDA, DIA 2
Manuel de Brito/AE OdiretorFernando Meirelleséo nossoheróida hora.Indicadoao Oscar esteano pelofilme Cidade de Deus (que concorre ainda em outras três categorias), ele fez sua estréia no cinema, em 2001, com outro filme elogiadíssimo pela crítica, a comédia D omésticas que o Canal Brasil oportunamente reprisa neste domingo, às 21 h. O filme é baseado na peça da autorae atrizRenata Melo,sucesso nos palcosem1998, e relata o dia-a-dia,sonhos, anseiosefrustraçõesdessas mulheres humildes que,alémdotrabalhoduro dentro das casas de famílias, têm de sobreviver numa cidade caótica como São Paulo. O longa traz no elenco um ótimo trio de atrizes vivendo as personagens-título,a autoraRenataMeloe asatrizesLenaRoque eGraziela Moretto. AndréAbujamra assinaa trilhasonora, naqual usousons deeletrodomésticos, vassouras, rodos etc. E pérolas do cancioneiro brega de Perla, Angelo Máximo, Sidney Magal, Amado Batista, Gilliard, Waldick Soriano e Nilton César ajudam a dar ainda mais clima ao filme.
A&E Mundo homenageia premiados pelo Oscar Neste mêsde fevereiro, oassunto no mundo do entretenimento não vai seroutro senãooOscar, cujacerimônia de premiação (que será exibida pelos canais Sony e SBT) foi antecipada para o dia 29 (normalmente ocorre em finalde março). Para entrarno clima da maior festa do cinema mundial, o canal A&E Mundo vai passar a apresentar no programa Biography per fis de atores, diretores e roteiristas que já levaram a estatueta dourada para suas respectivas estantes. A partir do dia 2, sempre de segunda a sábado, às 21 h, 24 artistas serão homenageados. Os destasemana são: Ingrid Bergman (Oscar por À Meia Luz Anastácia a Princesa Esquecida;e Assassinato no ExpressoOriente – segunda), Anthony Quinn (Oscar por Viva Zapata! e Sede de Viver – terça),AlecGuinness(Oscar por APontedo RioKwai e um Oscar honorário – quarta), Shirley Temple (Oscar pelo conjunto trabalho
do juvenil – quinta), Diane Keaton (Oscar por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa –sexta, dia6/2) ePaul Newman (um Oscar honorário e outro por A Cor do Dinheiro – sábado, dia 7).
Norah Jones em especial no Multishow
Norah Jones, a cantora e pianista mais badaladadacenajazzística internacional em 2003, é a atração do programa exibido hoje, às 21h45, pelo canal Multishow. Nesseespecial gravado emNova Orleans,Jones,que jáarrebanhou apenascom o seu CDde estréia8 Grammys, vaiapresentaras músicas desteálbum vitorioso, Come Away With Me, que traz misturas finas de jazz, soul, country e folk-pop. A partir deste mês, a cantora poderá sentir de fato a temperatura do sucesso, como lançamento de seu segundo CD, que contará com as participações da musacountry Dolly Parton,do baterista Levon Helm e do tecladista e saxofonista Garth Hudson.
O Coral Lírico Municipal garante presença nasóperas doMunicipal.E abreaindaespaço para que seus cantoresmostrem talento e disposição em excertos deóperas nas tradicionais VesperaisLíricas(sextas-feirasnosalão nobre do Municipal).
SERVIÇO
Centro Brasileiro Britânico
R. Ferreira de Araújo, 741 - Pinheiros
T 3039-0553
Espaço Promon
Avenida Juscelino Kubitschek, 1830 – Itaim T 3847 4216
http://eventos.promon.com.br/sala htm
Av. Morumbi, 4077 – Butantã
T 3742-0077
www.fundacaooscaramericano.org.br
Mozarteum Brasileiro
T 3815-6377 (informações e vendas) www.mozar teum.org.br
Ópera de Risco
T 3062-8674 (informações e parcerias)
Marcos Fecchio
Fundação Maria Luiza e Oscar Americano
Trabalharão muito, em 2004, o Coral Lírico Municipal, oCoral Paulistano e oscoros daOsesp.Todos deexcelente nível técnico. Os CorosSinfônico e de Câmara da Osesp, por exemplo, apresentam-seem18 concertosnaSalaSão Paulo e devem fazer ainda uma turnê pelo México. Destacam-se as participações do coros na Nona Sinfonia de Beethoven (1770-1827) em 4, 5 e 6 de março; no Réquiem Polonês , deKrzysztof Penderecki(1933) -sob regênciado compositor- (10e 12 de junho); e no Réquiem de José Maurício NunesGarcia(1767-1830),em 14e16deoutubro.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
R. Mauá, 51 - Centro
T 3337-5414
www.osesp.ar t.br
Rádio Cultura FM de São Paulo (103,3 MHz)
T 3874-3081
Sesc Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga T 0800 118 220 www.sescsp.org.br
Sociedade de Cultura Artística
R. Nestor Pestana, 196 - Centro T 3258-3344 www.culturaar tistica.com.br
Theatro Municipal de São Paulo
Pça. Ramos de Azevedo s/n - Centro T 222-8698 www.theatromunicipal.com.br
TERÇA, DIA 3 –
Estrelas têm seu dia animal na TV
Uma série documental no mínimo curiosa, que vale daruma espiada principalmente se você for fã de animais e astros e estrelas do cinema. Pois o nome da atração é exatamente essa: Famosos no Mundo Animal, e ganha exibição a partir de hoje, no canal National Geographic, em três horários, às 13 h, 17 h e 21 h. Beldades como BridgetFonda, Daryl Hannah, Isabella Rossellini e Alicia Silverstone, além do ator James Avery(Dr. Dolittle 2), que inicia a série hoje, são alguns dos apresentadores destedocumentáriosobre a vida selvagem, que vai explicar o modo de vida de animais como elefantes, tigres, rinocerontes, tartarugas, mostrar espécies ameaçadas de extinção e projetos que tentam reverter esta situação. O inusitado é que essas celebridades de Hollywood foram colocadas como partedo programa, como se fossem profissionais deste tipo de produção.
QUINTA, DIA 5
Juca Kfouri volta a comandar o Cartão Verde Fãsdos comentárioscerteiros epolêmicosdo jornalistaesportivoJuca Kfouri devem sintonizar a TV Cultura na quinta-feira, às 22h30. Juca está de voltaà sua antiga emissora– "da qual jamaisdeveriater saído", afirmou – para comandar ao vivo a nova fase do Cartão Verde, exibido todas as quintas. O programa terá mais cara de talk show do que de debates, será mais intimista, e não ficará preso à obrigação de mostrar apenas os gols dasemana. Portanto,é uma atraçãosob medida nãoapenas para aficcionados da bola rolandoem campo, mas para quem gosta de vida inteligente na TV, já que o programa,promete Juca, receberá em cada edição, no máximo, dois convidados – e um deles, eventualmente, virá de outra área,comomúsicos,poetas, cineastas e artistas em geral.
A Cori, grife assinada por Alexandre Herchcovitch, mostrou elegância misturando modelagens simples e o estilo retrô (fotos acima, abaixo e à direita)
A modelo Jeíza Chiminazzo (esq.) usou um casaco de recortes coloridos na abertura do desfile da Cori ontem, no SPFW
No segundo dia de SPFW, muitas listras, estampas camufladas e recortes
OPor Sabina Deweik
segundodia de desfiles daSão Paulo FashionWeekcomeçou aindapela manhã.Ao invésdasinstalaçõesda Bienal,AlexandreHerchcovitch, diretor artístico da grife Cori, abriu o desfile na Sala São Paulo. Com um cenário de vitrais, sob o som da Orquestra Jazz Sinfônica e das bases eletrônicas de Felipe Venâncio, a ambientação foi perfeita para o clima elegante do desfile da marca. O estilista imprimiusuamarcaatéemmodelagens mais simplese mostrouuma coleçãocom influências do folk e elementos retrôs.
Amodelo JeízaChiminazzoabriu aapresentação vestindo um casaco com recortes verde e laranja. As estampas foram um capítulo a parte. O corteamodelagem: impecáveis.Alexandrenovamentemostrouqueé mestreemmisturarpadronagenscomo xadrezes,florais,príncipede Gales, tweed e até uma multicolorida estampa com rabiscos velozes. Ele apresentou uma modelagem simples e básica na parte de cima, com camisas, camisetas,pólos e paletósestruturados, e saias godês da parte de baixo. Os mantôs e parkas foram, entreas peçasda passarela,algumas das mais bem acabadas: clássicos da alta-costura. Camuflados – Glória Coelho abriu a tarde e fez uma belíssima coleção de releituras das estampas camufladas.Tons militares, cinzasmesclados, preto e branco e terrosos invadiram o cenário. O diferencialmesmo, porém,foi otrabalho derecortes que a estilista fez em cada um dos pedaços da estampa.Inspirados nossumérios, laponeses enovestuáriomasculino inglês,oslookspareciam mais uniformes contemporâneos, com peças sisudas tipo manteaus e jaquetas estruturadas ecalças retas.Paraquebrara seriedadeapareceramvestidosrecortados emicrosaiasdelicadas com aplicação de camuflagem em tules.
C o r es – Se depender daestilista Terezinha Santos,dagrife Patachou,oinverno2004será multicolorido. Todasas peçasforamextremamentetrabalhadas,com texturas,listraseinúmeras cores. Michael Jackson como pano de fundo revela os anos oitenta: nas micro saias em tule estiloCindy Lauper,nasmeias,nas sandáliasaltasenamistura deinformações.Comoacessórios indispensáveis,as modelos usaramgorro e muitos cachecóis amarrados no pescoço. Anteontem a Ellus masculina apresentou uma coleçãocommistura doslooksgrunge,esportivo, lenhador e xerife. A Triton ficou no estilo rock girl com vestidos tipo lingerie, All Star bordados e partesde baixo justas. Vejagaleria de fotos do SPFW no site www.dcomercio.com.br.
A grife Patachou não economizou nas cores. As listras invadiram a passarela (foto acima, à esquerda e abaixo)
A estilista Glória Coelho fez uma releitura de estampas camufladas na passarela: uma espécie de uniforme contemporâneo (fotos acima, à direita e abaixo)
Os recortes fizeram parte da coleção apresentada pela estilista Glória Coelho na São Paulo Fashion Week para o inverno deste ano (foto à esquerda)
A coleção masculina da Ellus foi apresentada na primeira noite de SPFW: o estilo esportivo predominou
A cidade tem mais de 800 antiquários onde se encontram colecionadores de todos os tipos
Por André Alves
Háquem faça por hobby, há quem veja como uminvestimento. Seja qual for o objetivo, quem sai à procura deantigüidades rarasou exóticas acaba se encontrando nos muitos antiquários espalhadospelacidade. "Somente na capital paulista há cerca de 800", diz o dir et or -p re sidente da Associação dos An tiq uári os do Estado de São Paulo (AAE SP), Luiz Moraes de Almeida. Com essenúmero, São Paulo é a cidade brasileira onde o comércio de antigüidades é mais forte. Os bairros do Bi-
xiga e Jardins, a região da Faria Lima,alémda feiradoMASP, concentram a maioria deles. Os leilões são outro ponto de encontro de colecionadores. Os principais acontecem no eixo Rio-SãoPaulo esão muito freqüentados porcomerciantes. "Perto deste público, um colecionador particular di fici lmen te consegue concretizar uma compra. Eles formam uma pa ne lin ha ", diz Moraes. À procura - Depequenos alfinetes degravata a enormes esculturas demármore,há uma infinidade de objetos cobiçados pelos caçadores de antigüidades. Odesejo deteruma peça que enriqueça coleções supera longas distâncias e outras dificuldades. "Tenho umcliente que vem da Áustria à procura de dedais de porcelana",diz o advogado ecomerciante BenHur Dias, dono da Ben Hur Antigüidades, no bairro doBixiga. "Vou a antiquáriosduas vezes por mês. Além de ser um passeio, é uma aula de cultura e história", diza professorauniversitária Cecília Almeida. Cole-
cionadora desde criança, ela começou com chaveirose maços decigarro.Depois, herdoudo pai e do avô bengalas, espadas e relógios. "A maioria dos colecionadores é movida por gosto, nãopela possibilidade de lucro", diz Cecília. A qualidadedas peçasé outro atrativo. "Osmóveisantigos, alémdeserembonitose históricos, são imensamente maisresistentes. Muitosduram centenas de anos", diz Ben Hur. Além da idade,a procedência do objeto também conta na valorização.Peças originárias dedeterminadasregiões, que se tornaram famosas por sua produção, como os cristais de Murano, na Itália, as porcelanas deSèvres, naFrança, além de lustres e móveis inglesese franceses, sãoum exemplo. Os quadros catalogados edatados, deimportância histórica, também estão entre os objetosde desejo dos colecionadores de raridades. O preçodo antigo - AsclassesAe Bsãoasmaiorescompradoras de antiguidades mas, garimpando um pouco,é possível encontrar artigos de todos os valores, acessíveis a quem não dispõede muitodinheiro, mas gostaria deteruma peça antiga em casa."Até alguns anosatrás, aclassemédia eraa maior consumidoradesses ob-
Músico, professor de piano e maestro, o paulistano Mário Carezzato, 62 anos, é apaixonado por coleções desde os anos 60. Na época, frequentava choperias com amigos só para pegar as canecas de chope. "O pior é que eu não bebia nada. Só saía para poder levar aquelas canecas. Cheguei a reunir mais de cem."
jetos. Com a crise, a classe mais rica passoua predominar",explica Ben Hur. Os preços obedecem à lei da oferta e da procura. Os artigos encontrados commaior facilidade seguem uma espécie de "tabela"enão têmgrandevariação no valorde venda.Os preços mais altos e arbitrários estão nas etiquetas penduradas em objetos muito raros, geralmente com grandeimportância histórica, disputadíssimospor quementende do assunto. Estes, geralmente, são levadosporcolecionado-
A inspiração para que Dayse Seyssel Barreto, 70 anos, começasse a colecionar foi um relógio do século XIX, que pertenceu a seu avô. "Esse relógio fez parte da minha vida. Ele coordenava toda a rotina de casa."
Dayse fez sua iniciação juntando outros objetos deixados pelo avô e se empolgou tanto que hoje tem uma loja de antiguidades e de restauração de porcelanas. Sua preferência, no entanto, ainda recai sobre os relógios. Hoje, tem 25 deles,
mas já chegou a ter mais de 60 peças. "Com o tempo, tive que me desfazer de muitos. Não podia ver um relógio parado e tinha que gastar muito com manutenção".
Além disso, Dayse chegou a ter problemas com uma vizinha. "Ela reclamava que os relógios eram barulhentos demais".
Mesmo assim, a antiquária continua sonhando em ampliar sua coleção. "Se aparecer a oportunidade de adquirir uma peça rara que venho procurando, farei muitas coisas para conseguí-la."
resdispostosa desembolsar valores mais expressivos. Público jovem - As perspectivas econômicas parao setornãosão muito animadoras. Amelhoria nasvendasdepende doretorno do crescimento econômico e da recuperação dopoder de compra. A Associação dos Antiquários do Estado de São Paulo aposta, noentanto, emum crescimento pro-
Na década de 80, Carezzato começou a colecionar imagens de santos católicos. Hoje, com mais de 60 imagens, ele fez um oratório particular com peças dos séculos XIX e XX. Sua coleção mais curiosa, no entanto, reúne miniaturas de pianos provenientes da Áustria, Alemanha e França, entre outros países.
Na foto ao lado, espadas da Guerra do Paraguai (ao centro) e do período Napoleônico. Todas as peças são da coleção da professora Cecília Almeida.
missor entre uma nova parcela dapopulação. "Osjovens,que antes não se atraíam pelo assunto,têmdemonstrado um interesse crescentepor peças antigas", afirma Luiz Moraes. "Definitivamente, as pessoas estão percebendo cada vez mais queesse universo não é apenas curioso, mas tem um valor histórico ecultural inestimável".
Vandalismo
DORMENTE TERIA SIDO
COLOCADO ATRAVESSADO
NA LINHA FÉRREA
PROPOSITALMENTE
Um dormente colocado no Aparelho de Mudança de Via (AMV)dalinha B(JúlioPrestes–Itapevi) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na altura da estaçãoImperatriz Leopoldina, zona oeste dacapital paulista, provocouo descarrilamento de um trem por volta das 5 horas de ontem. Pelo menos sete pessoas ficaram levemente feridas. Segundo aassessoria de imprensada CPTMacredita que o dormente tenha sido colocado "criminosamente" na bifurcação doAMV, queserve para transferir o trem de uma linha para outra.
O ato de vandalismo poderia ter provocado um acidente de proporçõesgravíssimas, segundo avaliação da companhia.A linha teve de ser bloqueada para reparos e a retirada dos vagões. Por causa doacidente, a circulaçãode trensfoiinterrompidaentre asestaçõesDomingos de Moraise Presidente Altino (GrandeSão Paulo).Cerca de 247 mil pessoas utilizam a linha B diariamente, sendo 154 mil pagantes,segundo a CPTM. Dos 12 vagões da composição, descarrilaram"o terceiro e quinto carros". Cerca de 30ônibus foram deslocados de outras rotas para fazer o transporte dos passageiros que ficaram sem o trem. Foram registrados tumultos porqueas pessoasdisputaram vagas nos ônibus. (AE)
PF recebeu uma lista com nomes de suspeitos e investiga indícios de execução de fiscais do Trabalho Uma força-tarefa, composta por 17 agentes e três delegados da PF,alémdeintegrantes da Polícia Rodoviária Federale policiais militares e civis, vai investigar asmortes dostrês fiscaise do motoristaassassinadosnaquarta-feira emMinas Gerais. Os policiais receberamdo MinistérioPúblicodo Trabalho uma lista com nomes de fazendeiros eagenciadores de mão-de-obra que vinham sendoinvestigados porimpor condições degradantes oferecidas a trabalhadores.
Os auditores fiscais João BatistaSoares Lages,Eratóstenes de Almeida Gonçalves eNelson José da Silva, do Ministério do Trabalho, e o motorista Aílton Pereira de Oliveiraforam assassinadosna quarta-feira, 28, em Unaí. Eles investigavam denúnciasdeutilização ilegal de mão-de-obra na colheita. A região é considerada a maior produtora de feijão do País. Oscorposdos trêsfiscaise do motorista foram sepultados ontem. Em solidariedade às famílias, opresidentedaRepúblicaemexercício, JoséAlencar,eos ministrosdaJustiça, Márcio Thomaz Bastos, do Trabalho, RicardoBerzoini, e da SecretariaEspecial dos DireitosHumanos, Nilmário Miranda, acompanharam os velórios. Mirandainformou que as famílias serão indenizadas o mais rápido possível.
Lei – Ontem, em uma conferência de imprensa para jornalistasdetodoomundo, Lula lembrou que os fiscais estavam na região apenas para cumprir alei brasileira."É proibidoter trabalho escravo no Brasil. A escravidãoacabou noPaísno dia 13 de maio de 1888", disse o presidente, em Genebra. Lula falou, por telefone, com JoséAlencarsobre oassuntoe garantiu que a Polícia Federal e o governo"fariam opossível não apenas para colocar na cadeia quem matou, mastam-
Moradores ecomerciantes daruaClélia,naLapa, zona oesteda capitalpaulista,decidiramontem fazerumprotesto contraa Companhiade Engenharia deTráfego (CET) e provocaram congestionamentos em várias ruas da região. Os manifestantes protestavam contra a retirada de zona azul e a proibiçãode parare estacionar na rua. Eles interditaram a rua Clélia por volta dahora doalmoço. Foram queimados vários pneus eotrânsitofoi interrompido. Segundo a CET, foram interditadososcruzamentosda rua Clélia com aruaCláudio,da rua Guaicurus com a rua Crasso e da rua Coriolano com a rua Crasso. Os desvios foram feitos pelas ruas Cláudio, Faustolo e Sabaúna.A ruaClélia éutilizadacomocaminho alternativo para os carros que trafegam pelo corredor – batizado de passarápido – Pirituba/Lapa/Praça. Ramos de Azevedo. Segundo alguns comerciantes, aconfusãocomeçou porque eles procuraram a Subprefeiturada Lapa parasaber da proibiçãode estacionamento masnãoobtiveram resposta. Ontem, no finalda tarde,um
Distrital Butantã
Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Carlos Pomarico
Diretor Superintendente Distrital Centro
Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000
Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Roberto Mateus Ordine
Diretor Superintendente
Distrital Ipiranga
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Manifestantes colocaram fogo em pneus e interditaram o trânsito
grupo de moradorese comerciantesprocurou aCET para saber mais detalhessobre as mudançasnotrânsitoda região. Segundo acompanhia, a proibiçãode estacionamento na Clélia vaicontinuar, mas as ruas transversais receberão vagas de zona azul. Fernando Lancha
bémpara saber seexiste um mandante".
Sem pistas – Agentes do Comando de Operações Táticas da PolíciaFederal deBrasília foram para Unaí para investigar oassassinato. A PF ainda não tempistas sobreos criminosos. O presidente da Câmara, JoãoPaulo Cunha,informou que uma comissão externaa MinasGerais,integrada por nove deputados, vai acompanhar asinvestigações. SegundoCunha,não haverá recuopor partedo governo na apuração dedenúncias detrabalho escravo.
O procurador-geral de Justiça deMinas Gerais, Nedens Ulisses FreireVieira, designou ocoordenador doCentro Operacional de Combateao CrimeOrganizado edeInvestigação Criminal, André Estevão Ubaldino Pereira, para atuar na investigação.
O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, reafirmou, em nota oficial, o empenho do governoemdesvendar ocrimee relembrouque suaprioridade neste ano é intensificar as ações de fiscalizaçãodascondições de trabalho nas áreas rurais.
"É umaquestão de honra. Elesmerecemtoda anossa consideração, asfamíliasmerecem nossasolidariedade.É também uma questão de hon-
presidente em exercício
ra parao Estado paranão permitir que esse tipo de ação possa, dealguma maneiraainda quetênue, intimidarpartedos auditoresfiscaisque têma honrosa tarefade promovero cumprimento das leistrabalhistas", disse Berzoini.
Execução –O governo trabalha com a"hipótese de execução" dos auditores fiscais do trabalho e do motorista. Todos osquatro funcionários foram mortos com apenas um tiro na cabeça.
Outroindíciode execução seria aforma comoos tirosforam disparados, todos à "queima-roupa". Hátambém ofato de os criminosos não terem levado nenhumobjeto dolugar do crime. Além disso, há informações deque oauditor Nelson José da Silva já vinha sendo ameaçado de morte há um ano
por fazendeiros da região, mas a DelegaciaRegionaldo Trabalhonão comunicou ocaso. Ele solicitou à delegacia um reforço para afiscalização neste ano e os outros dois auditores queestavam comelenomomento do crime foram destacados para ajudá-lo. O presidenteda Confederação Nacionaldos Trabalhadoresna Agricultura(Contag), Manuel José dos Santos, manifestou ontem aoministro Berzoini, preocupaçãocom a mortedosfiscais. Paraele,a ação foi encomendada, uma verdadeiraqueima dearquivo e o governoprecisa punir com rigor os executantes do crime e osmandantes.Ele pediuqueo governoenvie ao Congresso propostas mais duras para coibir as irregularidades e a violência no campo. (AE)
Empresas aéreas se recusam a embarcar americano deportado
A polícia e ascompanhias aéreas negociaram ontem o retornoparaosEstados Unidos do norte-americano Ronald Harry DuffyJunior, acusado de agredir um bebê durante vôo que partiu de Miami e chegouaSão Paulonaquarta-feira.Duffyfoi impedido deentrar no País e ficou à espera de um vôo de retorno noAeroportoInternacionalde Cumbica, em Guarulhos (SP). A negociação final previa seu embarque às 23h30 de ontem. Segundo aPolícia Federal,a TAM, empresa que trouxe Duffy, estaria obrigada a leválo devolta. Aempresa, inicialmente, recusou-se a embarcálo, porque sua passagem foi comprada pela American Airlines. Posteriormente, a TAM decidiu avaliar a possibilidade deembarcá-locom acompanhamento policial.
Diretor Superintendente Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Victoria Ayroza Saracchi Diretora Superintendente
Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor
Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Ivan Lorena Vitale
Diretor Superintendente Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Fernando Vaz
Reprodução de página de passaporte de Duffy: visto inutilizado ao desembarcar
Na manhã de ontem, a PF chegou a informar que ele retornaria aos Estados Unidosnum vôo daVarig, mas a companhia negou oembarque dizendo não haver garantias de que o passageiro se comportaria bem durante o vôo.
Ch or o – Na viagem entre Miami e São Paulo, Duffy se irritou com o chorode um bebê brasileiro que estava no colo do pai, napoltronaao lado,e
jogou água no rosto da criança. Ofato foicomunicado porrádio pelocomandante daaeronaveà Polícia Federalem Cumbica. Quando Duffy desembarcou, teve seuvisto inutilizado e foi deportado. (AE)
O presidente Bush (primeiro abaixo) tem em John Kerry (segundo abaixo) o seu principal adversário nas próximas eleições.
Tudo indicaque aescolha do próximo presidente dos Estados Unidos já tem seus contornosdefinidos, se éque já não temseus resultados prontos. A vitória de John Kerry nas primárias de New Hampshire aponta no rumoda reaçãopopular maistemida pelaCasa Brancae mais desejada pelos democratas. Tanto é assimque oPartidoRepublicano deixou de lado sua indiferençaconfiantee antecipou a abertura de comitês e o início deuma intensa propaganda pela internet. Líderesrepublicanos ouvidossobre asprimárias dosdemocratas confessaramque John Kerryé, de todosos candidatos, o que eles menos gostariamdever enfrentandoo Presidente Bush na sua luta pela sucessão presidencial. Como a má sorte nunca vem sozinha, dois outros fatos caíram como bólidos sobre os republicanos esta semana: a notícia do crescimento do déficit público americano,que chegaaUS$ 500 bilhões, e a admissão forçada do governo de que não foram encontradas armas de destruição em massa no Iraque.Uma nuvemescurapareceseguir Bush neste perigoso ano eleitoral americano.
Por Luiz Carlos Lisboa, de Nova York
Mas Kerry, porque Kerrye nãomaisDean ouWesley Clark? Precisamente porque ele é oanti-Bush por excelência, o que indicaantes de tudo que a opiniãopública estávirando nos Estados Unidos, emborao paístenhamilhares de soldados lutando ou ocupando território estrangeiro. A antiga tradição americana de prestigiar seus dirigentesem tempo de guerra não parece estar prevalecendo agora. O contrasteajuda Kerry: enquanto Bush conseguiu escapar do campodebatalha mortal do Vietnã, o outro quase perdeu a vida ali. O primeiro ébalbuciante, o segundo é decidido. O quartel-generalda campanha Bush-Cheney foi instalado em regime de urgência em Washington. Nele,quaseduzentos funcionáriosquevinham sendotreinados emtécnica de organização de comitês eleitorais e registro de novos eleitores, foram acionados logo depoisdavitóriadeKerry em Iowa. O presidente da campanhaé Ed Gillespie, eatéas eleições presidenciais do final do ano ele se encontrará diariamentecom Bush paraensaiar as táticas indispensáveis a um presidenteque querreelegerse num país como os Estados Unidos,onde política étambém show business.
Quandoos EstadosUnidos impediram a votação do plano internacionalde combate à epidemia deobesidade, proposto há dez dias pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, as demais delegações presentes à reuniãoprotestaram, afirmando que a oposição americana refletia a forte pressão do lobbyda poderosa indústria de alimentos. Hábitos alimentares ruins e sedentários são responsáveis por doenças e morte precoce no mundo in-
teiro, clamaram alguns delegados e parte da imprensa americana. O plano vetado pelos Estados Unidos recomendava a redução do consumo de açúcar, sal e gorduras, propondo que os países criassemsubsídios para a promo-
ção dehábitos alimentares mais saudáveis. O delegado americano, William Steiger, justificouseu vetodizendo que isso não é papel do governo,e aspessoasprecisamter responsabilidade por sua própria saúde.
Desta vez o presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, quis mesmo assustar os que o escutam como um homem experiente, ou até como um oráculo.
Algumas das maiores empresas de produtos alimentícios renderam-se, no último ano, àdieta Atkins de baixas calorias, entre elas a Nestlé, a PepsiCo,a Unilever ea Kraft Foods. O que parecia impossível há apenas dois anos, agora é realidade avassaladora.A famosafotode um Dr.Atkins eufóricoe vitoriosodiante de umimenso pernil de porco, talvez seja a maisimpressionante profecia dasúltimas décadas. Os Estados Unidosforam inteiramente seduzidos pela nova concepção dietética que permite todas as proteínas e gorduras naturais, e proíbe os antigamente prestigiosos pães integrais e produtos de confeitaria. A indústriade alimentos nestepaís movimenta580bilhões de dólares por ano, e isso torna a indústria americana a mais ágil do planeta, sendo ca-
paz de virar do avesso em poucas horas para ganhar uma novafatiado mercado.Sabe-se agora que a Coca-Cola, o McDonald´s e acadeia dehotéis Holiday Innconverteram-se à novadieta, eos doisprimeiros estão trabalhando em versões derefrigerantes ecardápios adequados à novamudança. Tudoparabaixaro colesterol do mundo e afinar silhuetas jovens e maduras.
Segundo ele, o protecionismo americano pode prejudicar as condições de vida nos Estados Unidos, afetando diretamente a economia mundial. Há mais de cinco décadas que os americanos incorrem nesse equívoco, disse Greenspan,
e as conseqüências disso num mundo globalizado como o nosso podem ser catastróficas. A recuperação
do emprego nos EUA é possível e talvez já tenha começado, mas o protecionismo é uma doença
infantil que continua grassando neste século. Foi a flexibilidade humana que salvou a economia americana do desastre nas recessões de 1991 e de 2001. Essa agilidade permitiu à economia antecipar-se aos movimentos do governo, por sua natureza mais lentos e pesados. A flexibilidade, então, seria a chave da saúde e da felicidade econômica. E por que não dizer, enfim, da felicidade humana?
O diretor-geral daAgência Internacional de Energia Atômica, oegípcio El-Baradei, disse em entrevista a uma publicação alemãque omundo estará muito perto de uma guerranuclearse nãoforcriadoum novosistemainternacional decontrolede armase materialatômico. El-Baradei estavachegando deuma viagem ao Irã quando deu a entrevista, o que fez supor que estava inquieto com as restrições queosiranianosfazem apesquisas da ONU em seu território. Armas atômicas podem cair emmãosdeditadoresou de terroristas quandomenos se esperar, disse o diretor da
AIEA.Ao tempoemque ogoverno Bush acusava o Irã de desenvolver armas nucleares, juntamente comaCoréia do Norte e com a Síria, El-Baradei achava issoum exagero. Chegou a insinuar que os EUA não eram fiscaisdo mundo.O que ele teriasabido agora,para ficar tão preocupado?
O novo sistema de muros e barreiras que o governo de Israel criou para evitar a infiltração em seu território de terroristas e visitantes indesejáveis, não parece tão eficaz quanto Tel-Aviv desejava
Isso porque, segundo sites israelenses, o número de invasões por palestinos
era antigamente de cerca de trezentas por mês, enquanto agora já ocorrem quase cem infiltrações naquele mesmo período. Em alguns lugares, os palestinos usam escadas comuns para saltar a barreira. O projeto completo medirá 730 quilômetros e custará US$1,9 bilhão, com
sofisticadas grades, redes eletrônicas, câmeras e patrulhas militares – além de um desgaste político que não foi ainda avaliado. A meta principal da obra é deter o terrorismo palestino, mas os invasores são, na prática e em sua maioria, árabes em busca de trabalho em Israel.
Eles estão nos principais terminaisrodoviários de São Paulo epresentes emaeroportosdegrande fluxonoPaís–Cumbica(SP) e Galeão(RJ).
Ao circular por um desses locais não seimagina quem trabalhaportrásda organização das praças dealimentação que atendem os milhares de passageiros que passam poresses pontos diariamente.
A Select Service Partner (SSP), uma das divisões da GR Serviços deAlimentação (veja aolado oquadrocompletode serviços), é a empresa que administra a rede de serviços privados nas rodoviárias do Jabaquara, do Tietê e da Barra Funda. "No terminal Tietê, temos a experiência maisbem-sucedida. De 2001 para cá, a receita da SSP no localaumentou 50%", diz NicoMajel, diretor-geral daempresa noBrasil. Paraele, o resultado positivoé conseqüênciada melhoriadainfraestrutura local, docuidado no trato da alimentação servida e também uma resposta ao acerto da SSP naescolha das marcas oferecidas aos clientes. Marcas - Além de sete marcas próprias, aSSPtem franquias do Bob's, Casa do Pão de Queijo, Dunkin Donuts e Mister Sheik. A loja do Pão de Queijo no Tietê é a que mais fatura por metro quadrado em toda a rede. A do Bob's recebeu prêmio de loja-modelo, em função do bomdesempenho
quantitativo e qualitativo.
Histórico – A empresa foi implantada no Brasil a partir da associação do grupo inglês Compass com o grupo francês Accor, que já detinha a marca GR. De lá paracá, mudanças estruturais na administraçãode praçasde alimentaçãodeestações rodoviárias eaeroportos foram fundamentais para o crescimento da companhia no País. "Semestralmente realizamos pesquisas para verificar o nível de qualidade dos serviços. Estudostambém identificam as preferências dos consumidores que freqüentamas áreas decirculação em que atuamos", diz Majel. "A SSP cresce a uma taxa de 40% ao ano e é considerada um dos principaisvetores decrescimento da companhia no País", acrescenta Silvio PennonePereira, diretor de marketing corporateda GR.Devido aos bons resultados dos últimos trêsanos –o faturamento
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passou de R$ 18 milhões em 2001 para R$ 35milhõesem 2003 –, a idéia agora é expandir os negócios. Para 2004 ainda nãosefalaem meta de faturamento.
"A expectativa de ganho vai depender da entrada da SSP em outros terminais e aeroportos ouaquisições. Todo complexo quecontarcomcerca de um milhão deembarques porano nosinteressa", dizPereira.Em junho desteano, a SSPpassa a gerenciar negócios também no aeroportode Brasília."Olocal faz parte dos 10 maiores terminaisaéreosdepassageiros do País,os quais registramcerca de 76% dos 85 milhões de embarques nacionais realizados anualmente", explica Majel. Para oexecutivo,umdos elementos dificultadoresdo avanço da empresa é a forma como são feitas as licitações no Brasil. "As ofertas são avaliadas principalmentepelos preçose esquece-se um pouco da importância da qualidade que umserviço contratado deve oferecer. Mas, acredito em mudanças na lei. É uma tendência",acredita.O diretor também aposta na experiência de25 anosda GRno Paíspara superar os entraves e profissionalizar cada vez mais o setor. Juliana de Moraes
A GR Serviços de Alimentaçãoresponde por15% dosegmento nacionale é líderde mercado.Deacordocom Silvio PennonePereira,diretor de marketing corporate,a companhia tem peso significativonaeconomia, sendoadécimasexta maiorempregadoradoPaís, com17milempregados. "Fui contratado pela GR em 2001 apósa entrada do grupo inglês Compass no mercado brasileiro com a compra de 50% dasações da companhia. Minha missão naquele momentoeradirecionar as mudanças no sistema de administração das empresas que compõema GR.Aotodosão cincodivisões doramo dealimentação", descreve o executivo. Pereira anteriormente fez parte da equipe da Shell, no período em que implementou no País a marcaSelect Service, de lojas de conveniência da rede.
Para Pereira, após dois anos de "arrumação de casa", o momento da companhia é de expansão. "Estão previstos investimentos da ordem de R$11 milhões em 2004 e o objetivo é a busca e abertura de novos negócios.Com isso,aestimativa de crescimento da GR para este ano é de 10%a 15%, o equivalente a servir 100 mil refeições a mais por dia e gerar três mil novos postos de trabalho". Grandes clientes - Atualmente a companhia presta serviçosparaempresas doporte de Volkswagen,no setorautomotivo, Instituto do Coração (Incor), na área médica, e Editora Abril, no segmento editorial. "Segundo um levantamento que fizemos recentemente, estamos em 44% das 100 melhores empresas para se trabalhar, de acordo como rankinganualdarevista Exame", diz. (JM)
Serviços também para hospitais e indústrias
GR Serviços de Alimentação - Atta : voltada para indústrias e empresas, oferece orientação nutricional, campanhas educativas, festas e eventos internos. Medirest: divisão especializada em alimentação para hospitais, clínicas médicas, casas de repouso. Atende pacientes, corpo clínico e funcionários. Select Service Partner: presente em aeroportos e rodoviárias. A empresa oferece opções de alimentação por meio de marcas da GR (Caffé Rittaza, Upper Crust, entre outras) e de fraquias administradas pela SSP. Canteen: serviço de máquinas automatizadas para servir bebidas quentes e frias, lanches, massas, pizzas, sorvetes, frutas, iogurtes e salas. ESS (Suport Services World Wide): operacionaliza alimentação e suporte –hotelaria, lavanderia, limpeza, comércio – em locais remotos (mineradoras e petrolíferas, canteiros de obras).
R$11,50
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Valpolicella Clássico Doc R$19,90
Chileno Caballo De OroValle Del Maipo
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Português Arcos do Rei
Argentino Borgoña
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Uma novaauditoria nas contas da Parmalat revela que o endividamento líqüido da empresa somava 14,3 bilhões de euros no final de setembro (US$ 17,96 bilhões) e não 1,8 bilhão de euros (US$ 2,25 bilhões) anunciado na ocasião, antesda revelação da fraude nas contas da empresa. A nova auditoria foi conduzida pela PricewaterhouseCoopers, a pedido de EnricoBondi, o administrador indicadopor determinaçãojudicial, paradescobrir o valorexato do rombo nas contas da empresa. Os novos números confirmam as estimativas de diversos analistaseconômicos logo após arevelaçãodacrise.Na ocasião, aParmalat admitiu que nãopossuía cercade 4bilhões deeuros (US$5 bilhões) emuma conta noBankof America, conforme documentação então divulgada.Os números detectados pela auditoria ainda são preliminares. Além do endividamento, outros números mostram divergênciasem relação ao
QUE VERGONHA! – Célebres bichinhos de pelúcia da Parmalat escondem o rosto, em imagem que circula na internet – uma referência bem-humorada ao escândalo da multinacional italiana.
anunciado anteriormente pela companhia. O lucro EBITDA –lucro antes de impostos, juros, depreciação eamortização –apresentou uma diferença de 530 milhões de euros. Nos novemeses até30de setembro,o EBITDA foide 121milhões de euros, bem menor do que os 651 milhões anunciados. Em comunicado, a nova administração daParmalatad-
Marcondes de Miranda Couto Advogados site: www.mmcouto.adv.br e-mail: mmc@mmcouto.adv.br
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Pabx:
mitiu ontem que as subsidiárias daempresa nosEUA eno Brasilenfrentam dificuldades para honrar seus compromissos. A direção da empresa afirma que já montou forças-tarefas para atuarem nessas unidades eajudarem asadministraçõeslocais alimitaremsuas necessidades financeiras efecharem acordos com os bancos locais credores. (Reuters)
Feira do Bebê mostra novidades no Center Norte
O Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte abriga a partir de hoje a 45ª edição da Feira da Pechincha, da Gestante, Bebê e Criança – o paraíso das futuras mamães. Segundo seus organizadores,trata-se do maior evento do setor na América Latina, que trazpara São Paulo grandes lançamentos mundiais, de chupetas a lembrancinhas,passandopor artigos de decoração, vestuário para bebê e gestantese artigosdepuericultura. Ate domingo, com entrada gratuita. De terça à sexta, das14h às22h. Sábadoe domingo, das 10h às 22h.
A semana começou movimentada no mercado financeiro brasileiro, sobretudo na BolsadeValores deSãoPaulo (Bovespa). O fato de os investidores estaremassimilando melhor a manutenção da taxa básica de juros contribuiu para obom desempenhodosmercados. Na bolsa, ajudou a forte valorização das ações da Telesp Celular Participações. OIbovespa,principal indicador da bolsa paulista, fechou com alta de 3,61%, em 24.319 pontos. Comesse resultado, o índicepassaa acumular valorização de 9,3% no mês. O volume financeiro somou um total de R$ 1,270 bilhão, giro pouco inferior à média registrada em dezembro. Telesp – Operadores disseram que as ações da operadora celularsubiram principalmente por causa das operações deinvestidores estrangeiros interessadosemse beneficiar de arbitragem com os American Depositary Receipts (ADRs) da companhia, que subiram mais de 10% na Bolsa de
Em uma sessão quase sem oscilação, o dólar comercial subiu 0,14%, negociado a R$ 2,843 para compra e valendo R$ 2,846 para venda
ValoresdeNovaYork. Nas operações dearbitragem, os investidorescompram evendemações emmercadosdiferentes para lucrar com a diferença de preços. As ações PN da Telesp Celular Participações fecharam na Bovespa com forte alta de 13,35%, negociadas a R$ 10,44 por lote de mil papéis. Entre as ações mais negociadas na Bovespa, destacaram-se Telemar PN(2,81%),Petrobras PN (1,98%), Vale do RioDoce PNA (0,35%), Cemig PN (9,16%)e Bradesco PN (4,46%). A baixa mais expressiva do Ibovespa foi Sabesp ON, açãoque fechou em queda de 2,4% Dólar emleve alta – Em uma sessãopraticamente sem oscilaçãono mercadodecâmbio,o dólarcomercial encerrou os negócios com ligeira alta de 0,14%, cotado a R$ 2,843 paracomprae aR$2,846para venda. Apequena valorização da moeda americana ocorreu nos minutos finais de negociação,depoisdosegundo leilão
de compra feito pelo Banco Central (BC).
A autoridade monetária atuou duas vezes no dia, dando continuidade ao programa de recomposiçãodas reservasinternacionaisdoPaíse absorvendo a oferta extra de dólares do mercado de câmbio.
Além dos ingressos de recursos das recentes captações de empresasbrasileirasno exterior,o mercadocontou coma ajuda dos investidores estrangeiros, queatuaram commais intensidade na bolsa de valores brasileira.
Segundo o operador de câmbio do Rabobank Jorge Kattar, o mercadoaguarda oingresso de pelo menosUS$400 milhões nesta semana, recursos referentes àsúltimas emissões fechadas no mercado internacional. Umadelas é ada Cosipa, quecaptou US$175milhões na última sexta-feira.
Risco – A taxade riscodo Brasil tinha queda de 0,23% às 18 horas,para 426pontos-base, de acordo com aEnfoque Sistemas. OsC-bonds, principaistítulos da dívida externa, tinham queda de 0,12%, negociados a 101,37% do valor de face. (RA/Reuters)
Asprojeçõesde taxasdejuros com prazos mais curtos subiramno pregãode ontemda Bolsade Mercadorias&Futuros(BM&F). Osdepósitosinterfinanceiros (DI) mais longos,principalmente comvencimento em 2005,no entanto, tiverem forte queda.
Os bancos ensaiam um novo ajuste dasprojeções dejuros –alteradas rapidamente na semana passada, depois de divulgada a decisão do Comitê de Política Monetária(Copom) de manter taxa básica (Selic) inalterada em 16,5%.
Apesar do acerto dos juros, operadoresnãoatribuíam o movimentodosbancos adeclarações do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, de que a Selic deve cair de 3 a 4 pontos porcentuais este ano. A novidade do comentário é o fato de Dirceu falar sobre juros – fato raro. Como gerenciador de expectativas, o ministro nada fez porque basicamente reproduziu a estimativa de juro para dezembro feitapor uma centena de instituições consultadas pelo Banco Central (BC) na sexta-feira.
O resultado da pesquisa é liberado às segundas-feiras. E nada mudou de uma semana para cá. A projeção ainda é de Selic de 13,5% em dezembro de2004ou3 pontos percentuais abaixoda taxa definida emdezembroe reprisadapor mais um mês pelo Copom. ODImarço de2004fechou ontema16,20% aoanoenão aponta qualquer alteração do juro básicode fevereiropara março. O DI julho de 2004 – o mais negociado naBM&F –recuou de 15,90% para 15,88%. (Reuters)
O C180 agrada em todos os aspectos referentes a conforto, segurança e estética. Mas não se deve esperar muito do seu motor, mesmo Kompressor.
Correr os olhospor uma tabelade preçosdaMercedes-Benz podeprovocar algumapeça aosobservadores incautos. Em meio a tantas beldades cotadasacima deR$ 200 milou 300 mil,eis que aparece um certoC 180 Kompressor pela "bagatela" de R$ 141 mil. Exceção feita ao Classe A, o pequenino nacional, esse sedã de "entrada" da marca alemã sugere ser umaversão básica,desprovida das maravilhas tecnológicas que se alastramem outras versões... Será mesmo? Como pode um Mercedes custar próximo a um despretensioso Chevrolet Omega? Não é nada disso. Uma versão, por certo, teria de ser a mais barata. Tanto que esse Mercedes C180 Kompressor abusa da tecnologia tanto quanto seus irmãos maiscaros. A começar pelo motor. Partindo de uma cilindradapequena, apenas 1.8 litro,esse propulsorrende 143 cv depotência, fruto do emprego de um cabeçote de 16v, comando deválvulas variávele, principalmente, de um compressor volumétricoassessorado por intercooler. Trata-se de um recurso semelhantea umturbo compressor, masque temmaior eficiência em baixas rotações. Tantoque vocêaceleraesse Mercedes-Benzsem sentirfalta de fôlegoem nenhumacircunstância. Ou seprecisaria de algo mais doque umavelocidade máxima de 223 km/h?
INTERIOR/EXTERIOR
Condução segura -Na segurança, oKompressor também é exemplar, comoos freios, que vêm assistidos por um programa que amplia apotência de frenagem (BAS). Como seus irmãos maiores e maiscaros, ele possui inúmeros aparatos que tornam a condução mais segura, assim como diminuema ocorrênciade danos aos passageiros caso aconteça algum acidente. Equipado comcontrole eletrônico deestabilidade, eleimpede, porexemplo, quevocê derrape em uma curva através de sensores, que vão monitorando a velocidade de cadaroda e "percebem" oinício daderrapagem. O módulo eletrônico, então, dá ordens para que o motor corte a aceleração e osfreios atuem automaticamente, sempre no intuito de devolvera carroceria à trajetória ideal. O modelo tem freio com ABS e BAS.
Equipamentos - Alista de equipamentos não é nada modesta: air bag duplo (motorista e passageiro), side bagduplo e air bags de "janela", que protegem as cabeças em batidas.
Omodelo temsuspensãotraseira com três braços de controle, que torna a dirigibilidade mais segura em pisosde difícil aderência. Asuspensão dianteira, independente, é MacPherson.
O C 180 Kompressor também incorpora pré-tensionadores dos cintos de segurança e semi-chassis integralem alumínio,que apóia motor, caixade câmbio e componentesdo eixodianteiro, ajudando a diminuir o peso.
Outro diferencial é a memória climática (marcações individuais do controle automático do arcondicionado são"lembrados" na chave de ignição). Destacamse, ainda, entre seus principais esquipamentos, o sensor de chuva, o tetosolar elétrico, bancos com ajustes elétricos memorizados, piloto automático e transmissão automática com opção de trocas manuais.
OPINIÃO
Umavançado conceitooperacional do painel com display aumenta o conforto e o prazer de dirigir desse Mercedes Classe C. Mais do quenunca a tecnologia moderna estátirando dosombros do motorista a responsabilidade demuitas tarefas,executando-as automaticamente. Com a ajudado volante multifunção e o computador de bordo integrado ao velocímetro, o motorista pode programar mais de50 tiposdeinformações etêlas "à mão" ao toque de um botão. Seu porta-malas tem capacidade para 130 litros. Jáodesign desseC180nem merece muito destaque. Simplesmente, é perfeito!Os faróis integrados (lanternas e piscas) criam uma forma orgânica de dois círculos unidos, o que define com maestriaa personalidade própria do sedã.Não há qualquer outro automóvel que se pareça com ele...exceção feita a outro Mercedes, desta vez em razão da grade tradicional da marca. Enfim,é ou nãoé um Mercedes???
No seu interior, e linhas externas, o C180 não nega sua origem Mercedes Benz. O volante tem empunhadura perfeita , o painel mostra o que é preciso com classe incomum. No elegante console central, o sistema de som e a alavanca do câmbio automático. No lado de fora, o charme do desenho, com o espelho retrovisor que abriga a luz de direção embutida.
Como é andar "numa" Mercedes-BenzC180? Noque diz respeito ao conforto, ótimo.O somidem, oscomandostodosà mão,oajuste dos bancos perfeito, ajuda a ergonomia. Deixaria muito feliz Dirce dos Santos, responsávelpela DColuna(quinzenalmenteno DCarro)setodos os seus pacientes pudessem dispor do equipamentonosseus carros.O couro é macio, o ar-condicionado impecável, câmbio fácildeusar egostosode brincarnas reduzidas.Fazer curva com ele, então, é uma covardia. Nãotem praninguém. Como o nosso especialistaRodrigo Trassattoexplica no teste, o equipamento corrigenossos errose a curva ficou para trás. Ele bei-
ra à perfeição. Há um ponto, entretanto,emque oC180 não é láuma Brastemp, ou melhor,"uma" Mercedesde verdade. Éna horade acelerar. Dá paraentender, o porquedopreço eo"Mercedesde entrada".Andar, ele até anda,com ajuda do Kompressor, mas....
chicolelis
Motor: dianteiro, longitudinal, 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, intercooler, 1.796 cm³
Potência: 143 cv a 5.200 rpm
Torque 22,4 mkgf a 2.500 até 4.000 rpm
D reção: hidráulica
Câmbio: automático, 5 marchas, tração traseira
Fre os: disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira, com ABS e BAS
Pneus/rodas: 195/65 R156 / 15x6 pol 14x4 pol
Dimensões: 4,53 m (comp) 1,72m (larg.) 1,43 m (alt.), 2,72 m (entreeixos)
Peso: 1.475 kg
Porta-malas: 430 litros
Ve oc dade: 223 km/h
Preço: R$ 141.144
Suspensão: dianteira independente, MacPherson, trapézio articulado, amortecedor, mola helicoidal e barra estabilizadora. Traseira independente, eixo multibraço, amortecedor, mola helicoidal e barra estabilizadora.
Fonte: fabricante
EYMAR MASCARO
Dois fatosregistrados nas últimashoras, nas áreas da Justiçae MinistérioPúblico,ambosem SãoPaulo,foram motivos de reflexão. Um, diz respeito à decisão do Tribunal de Justiça, que mandou Fernandinho Beira-Mara sair do isolamento no presídio de segurança máxima, em PresidenteBernardes, eautorizousuavolta aumapenitenciária do Rio.
O segundo ato de repercussão foi provocado pela portaria do procurador-geral deJustiça, Luiz Antonio Marrey, que afastou o promotor José Carlos Blat do Gaeco, o grupo de combate ao crime organizado.
Fernandinho Beira-Mar está preso em Bernardes há quase um ano, mas seus advogados lutam para levá-lo de volta ao presídio de Bangu, no Rio. O medo é que o preso volte a comandar otráfego de drogasmesmo preso. Apósa polêmica decisão da Justiça, o governador Geraldo Alckmin entrou em contato com o Ministério da Justiça para saber para onde devia mandar o traficante.
Uma coisaestá decidida:Alckmin sóficaria comBeiraMar em São Paulo se o preso continuasse isolado, inclusive quandotoma banho desol. Os advogadosdo traficante ameaçamrecorrerà Corte de Hayaseosdireitosdeseu cliente não forem respeitados.
No caso seguinte, sabe-se que José Carlos Blat foi afastadodo Gaecocomajustificativadequeoatoé apenas uma rotina administrativa. Blatnão foi encontrado para falar sobreo seuafastamento. Opromotor, segundoinformações, entroude férias eassim que retornarao trabalho serádesignado por Marreypara atuar numdos fóruns da capital paulista.
Blat foi o promotor que invadiu a Prefeitura de São Paulo nagestão Pittaedelá saiucomcomputadores,fitas, CDse outros documentos relacionados com as denúncias de corrupção nas então administrações regionais.
CPI DAS CINZAS
ACPIda Propinaestácom carae jeitodePierrô, ou:o carnaval pode enterrara comissão. O presidente do Senado,JoséSarney, suspendeuas votaçõesplenáriasaté o 2demarço.Parecemissa encomendada, segundo os defensores dasinvestigações do escândalo Diniz.
SEQÜÊNCIA
Masainiciativa deSarney não desestimula o senador Antero Paes de Barros, que promete aproveitar o feriado de momo paraarrancar assinaturas mínimasque justifiquem a CPI.
QUORUM
Para abrir aCPI, Paes de Barros precisa de, no mínimo, 27 assinaturas, de um totalde81 senadores.Dizosenador tucano que quase chegou lá. Paes de Barros é o mesmo senador tucano que preside a CPI do Banestado.
O ÓBVIO
Todos os ministros se declaramcontráriosàCPI da Propina. Quemfalar a favor perde o emprego.
E AGORA?
Informa-se que Waldomiro Diniz continuou mantendo relacionamento com o bicheiroCarlinhos Cachoeira mesmo depois de assumir funçãoimportantena Casa Civilpresidida porJoséDirceu.
MAIS PRESSÃO
Até aliados do governo formam no pelotão que insiste no afastamento de José Dirceu da Casa Civil.
TERMÔMETRO
OIbope estánapraçamedindo até que ponto o escândalo Diniz prejudicou a imagem do presidente Lula.
REFLEXÃO-1
Pesquisa estimuladada GPT,doRio, revelaque quandoJoséSerra nãoéincluído na lista de candidatos àPrefeitura deSãoPaulo, Maluf dispara nafrente. A pesquisa GPT que saiu do forno revela que Maluf está com29,9%de índice de intenção de voto, contra 19,6% de Marta Suplicy; 9,3% de Erundina; 7,9% deRomeu Tuma e 7,7% de Pinotti.
Onda de boatos tomou conta de Brasília ontem, dando como certa a saída do chefe da Casa Civil
Boatossobreum suposto pedido de afastamento do chefe da Casa Civil, José Dirceu, e a pressãopara queeledeixeo cargo, temporariamente, levaramo governoa reagirontem: descartou, formalmente, a possibilidade de Dirceu deixar o posto. E anunciou a criação de umacomissão desindicância para averiguar as atividades doex-subchefede Assuntos Parlamentares daCasa Civil Waldomiro Diniz. As dificuldades de ontem foram contornadas, mas permanece na cúpula do governoa discussão sobre a conveniência ou não da permanênciado gabinetedele no Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lulada Silva tem ouvidosugestões deauxiliares próximos,o chamado núcleo político do governo, para afastarDirceu
até que tudo se esclareça. A hipótese chegou aos ouvidos de Dirceu, que disse estar à disposiçãodopresidente,mas Lula não aceitou a sugestão. A apre-
José Dirceu disse que está à disposição do presidente Lula, que recusou
REFLEXÃO-2
Já, na pesquisa espontânea, istoé,sem aapresentaçãode nomesdos candidatos,oíndice deMaluf caipara 17,4% e, odeMartaSuplicy,para 14,5%. Erundina,naespontânea, despenca para2,2%, enquanto Pinotti fica com 1,8%. Os demais candidatos ficam abaixo da linha de 1%.
TUCANOS
Nos dois modelos de pesquisa, estimuladae espontânea, a situaçãodos tucanos é dramática, quando onome deSerra não constada relação de pré-candidatos.Mas, em todas as demais pesquisas, em que o nome do ex-ministroérelacionado, Serra tem arrancado um empate técnico com Marta e Maluf.
NECESSIDADE
O que acontece no PSDB jáse repetiuem outrospartidos: oIbopepode forçar alguém ase lançarcandidato, mesmo que não queira. É ocasodeSerra.O tucano querdisputara eleiçãode governadorem2006e, por isso, reluta em aceitar a candidatura a prefeito. Diante do quadroqueaparecenas pesquisas, não restará ao governador Geraldo Alckmin outra alternativa a não ser pressionar Serra para que se candidate à sucessão de Marta Suplicy.
CONFUSO
Nenhum ministério está numa fasetãoconfusaeem crise como o da Cultura. Dizse na áreadogovernoque Gilberto Gil perdeu o controleno ministério.Chega-sea comentar que Gil jápensou em pegar o boné e dar no pé.
DUAS CANOAS
Eduardo Suplicy era contra a forma de Lula reformar a Previdência, mas na hora davotação doprojeto,votou a favor. O senador justificou seu voto dizendo que é fielà decisãodopartido.A coisa se repete:Suplicy é a favor das investigações do escândalo Diniz, mas vai votar contra a CPI.
FUTEBOL
Nem o escândalo Diniz forçou Lula a tiraro olho da televisão enquanto a seleção do Brasil debutou em campo europeu, na tarde de ontem.
O escândalo envolvendo o subchefe deassuntosparlamentares daCasa Civil, Waldomiro Diniz, antecipou o Carnaval, em Brasília. O presidente do Senado,José Sarney, concedeu um recessobranco, prorrogando qualquer decisão sobre ocaso para depoisdo Carnaval. Enquanto isso, setores do governo e do PT sambam emdeclarações, tentam colocarseu bloconarua, mas esbarramna evolução.Erevivem o famoso "samba do crioulo doido". Para tentar evitar umaCPI parainvestigaras açõesdeDiniz,o Planalto determinou a abertura deumasindicância. O ministrode Coordenação Política e Assuntos Institucionais, Aldo Rebelo, garantiu ontem que até agora não há indício de irregularidades envolvendo o ex-subchefe de Assuntos ParlamentaresdaPresidência da República, Waldomiro Diniz, no período em que eleesteveno governo- dejaneiro de 2003 até a semana passada. Ao mesmo tempo, o senador Aloísio Mercadante (PT) afirmaquenãoafasta a possibilidade de Diniz ter praticado outras irregularidades, principalmente no período em que esteve na Casa Civil. CPI dosBingos – A CPIsobreo financiamentodecampanhas pode não sair, mas Diniz pode serinvestigado por outra comissão, aprovada ontemno Senado.Emapenas uma tarde a senadora Heloísa Helena (sem partido) conseguiu32assinaturasparao re-
querimento do senador MagnoMalta (PL-ES)parauma CPI sobre os bingos, que vai investigar também autilização das casas de bingos paralavagem de dinheiro. Esta foi a maneiraque aoposiçãoencontrou para investigar Diniz. Petistas apóiam – O requerimento de instalação da CPI dosBingos contoucom aassinatura de sete petistas: os senadores Tião Viana, Cristóvam Buarque, Eduardo Suplicy , FlávioArns, SibaMachado, Ana Júlia e Serys Slhessarenko. Quatro senadores da basede apoio ao governotambém assinaram. No começo danoite,foi anunciado osubstituto deDiniz: Alon Feuerwerker, que assumirá interinamente como
subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência. Ele trabalhou na Folha de S. Paulo ondeexerceu asfunçõesde editore desecretário deredação,passando depoisadiretor do portal UOL. Ganhou destaque por ser peça principalnuma açãomovida pelo Sindicato dos Jornalistas contra a Folha: ele não tinha diploma. Depois assumiu por alguns mesesaassessoriade imprensa daprefeitaMarta Suplicy, trocando o emprego pela assessoria de imprensa do então candidato a presidência da República, José Serra (PSDB),quedisputoua eleiçãocontraLula.Desde oano passado, Feuerwerker trabalha com Aldo Rebelo. Fernando Lancha
INVESTIMENTO E EMPRÉSTIMO ESTRANGEIRO
* Consultoria e assessoria em Comércio Exterior
* Investimento Estrangeiro (módulo RDE-IED)
Trabalhista
•• • Microempresa
•• • Empresa de Pequeno Porte
•• • Lucro Presumido
•• • Lucro Real
•• • Regularização Receita Federal CPF-CNPJ
••
••
•• •• • Declaração IRPF
• Declaração IRPJ
• Serviços Garantidos por Contrato
O DIÁRIO DO COMÉRCIO informa que na sexta-feira, 20/02/2004, fechará a publicidade das edições com datas de 23, 24 e 25 de fevereiro de 2004. No dia 25 de fevereiro, com o expediente iniciando às 13 horas, o DIÁRIO DO COMÉRCIO fechará normalmente a edição do dia 26 de fevereiro de 2004.
-dividendos -juros sobre o capital próprio -aumento ou redução de capital -demonstrativo econômico financeiro anual até 30/04 -conversão de dívida para investimento
* Empréstimo Estrangeiro (módulo ROF)
* Importação e Exportação -curto ou longo prazo (financiamento com ROF)
* Câmbio, Despacho Aduaneiro e Logística.
SUPORTE
E-mail: contato@suporteconsult.com.br
ensão da cúpula petista devese aos boatos de que novas denúncias deverão ser publicadas nesta semana contra Diniz. Os que defendem o afastamento do ministro querem evitar que as denúnciasatinjam o governo.
Provas– O MinistérioPúblico Federal (MPF) teria provas de que Diniz manteve contatosem 2003 como suposto bicheiro Carlos AugustoRamos, o "Carlinhos Cachoeira". Mas as decisões de ontem do Palácio do Planalto não foramconsideradas suficientes por aliadosdo governo e até por petistas.
Este grupo querque Lula dê umsinal explícitodeprestígio político a Dirceu e lembra que, desde sexta-feira (13), quando foi publicadaa denúnciacontraDiniz, opresidente nãocitou, publicamente,o nomedo chefe da Casa Civil, a quem chamarana vésperade"capitão do time". Lula poderá fazer issohoje, num dos discursos que faráem Uberaba,no TriânguloMineiro, onde vai inaugurar obras.
Desmentido– Durante o dia,oboatosobre oafastamentode Dirceulevou oporta-vozdaPresidência daRepública,André Singer,amarcar, extraordinariamente para o inícioda tarde, umaentrevistapara desmentirademissão de Dirceu. "Não há nenhuma cogitação de que o ministro José Dirceudeixe o governo", disse Singer,repetindo a mesma afirmação por mais duasvezes diantedainsistência dos jornalistas. (AE)
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RETRAÇÃO DO MERCADO
INTERNO EM 2003 LEVOU
O SETOR AO SEU PIOR
DESEMPENHO EM 11 ANOS
Osetorde embalagens foi fortemente castigado pela retração econômica de 2003. O volume de produção registrou queda de 6,6%no período de janeiroa novembro,o piorresultado da indústria desde 1992, quando o recuo chegou a 8%. Os segmentos responsáveispor90% dasvendas(embalagens metálicas, de papel, papelãoeplásticas) foramos mais afetados. Apenas vidro e madeira obtiveramresultados positivos, fruto da expansão das exportações agrícolas. Para 2004, aexpectativa éderecuperação modesta: 2,5%.
Na indústria de alimentos, a maior entre os usuários de embalagem, as quedas foram generalizadas.No segmentode laticínios, a diminuição do volume produzidofoide1,6%. Node aves,apesar do desempenhodas exportações,aqueda chegou a 2,5%. Os piores resultadosficaram comaindústriafarmacêutica, quesofreu retração de 18,4%naproduçãodemedicamentos,e vestuário,que fechouo anocom
pedidos 17,39% menores.
Termômetro – A desaceleração da indústria de embalagem, que movimenta nada menos que R$ 23, 7 bilhões por ano, reflete a situação do mercadointerno. "Poucos setores conseguiram escapar da queda generalizadano anopassado", dizSalomão Quadros,economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística(IBGE),o consumo das famílias, incluindo bens e serviços, diminuiu 4,2% de janeiro a setembro de 2003.E o poderaquisitivoda população economicamente ativa caiu 11,6%. Diante dessequadro, aprodução de bens de consumo não duráveis caiu 3% ante 2002. E a queda na produção de embalagens seaprofundou.Fábio Mestriner, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre),reconhece que a rigor aindústria já vinha enfrentando alguma retração ao encerrar 2002 com uma taxa de crescimento de 0,97%, menos dametade dos 2,2%obtidos em 2001. "Nessemomento, porém, assistimos um princípio de recuperação do poder de compra. Por isso apostamos num crescimento de2,5%. Só
daquiauns doisanospoderemos esperar alcançar o resultado obtido em 2002", afirma. Exportações – Commercado interno fraco e câmbio favorável, a saída para recompor as perdas foi aumentar as vendas externas, atingindo crescimento de 33%no volumede exportações, o que representa ummontantede US$281milhões. Graças àexpansãodo agronegócio, a produção de vidronomercadointerno cresceu3,97%e amadeira, 12,16%. "Aagroindústriaestá batendo recordes no Brasil e depende do processo de embalamento e acondicionamento. Nossa embalagem é competitiva em design e em preço porquenós mesmos produzimos boapartedas matérias-primas", diz Mestriner. Segundo a Abre, a variação média de preços em 2003 foi de 9,8%. O número é substancialmente inferior aos33,7% acumuladosem2002. Opreçoda celulose,por exemplo, caiu 11,6%, enquanto cartões e cartolinas subiram 10,8% e materiais plásticos, 26,5%. Eneste primeiro trimestre doano, algumas matérias-primas estão subindo, caso das resinas plásticas e aço.
Tsuli Narimatsu
O Índice Geralde Preços-10 (IGP-10) mediuuma inflação de0,78%em fevereiro, ante 0,76% do mêspassado. A alta dosprodutosindustriais no atacado, e pressões sobre alimentos e mensalidades escolares no varejoforam responsáveis pela elevação do índice. A alta surpreendeu o mercado,que previa variação entre 0,20% e0,70%. Masfoi coerente com a decisão do Comitê dePolíticaMonetária (Copom) de manter ataxa básica de juros inalterada. "As razões decautela do BancoCentral permanecem", disse o coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Paraele, osresultadosdo IGP-10mostram que"ainflação ainda está sofrendo certa pressão, sobretudo dos produtosindustriais". Oíndiceacumula alta de 1,54% no ano, e de 6,06% em 12 meses. Aaceleração dosreajustes dos produtos industriais continua sendoo principalfator de pressão sobre a inflação apurada pelaFGV. Aelevação do índice sofreu impacto espe-
cialmente dos produtos industriais no período, de 1% em janeiro para 1,54% neste mês. Os industriais respondempor 70% do ÍndicedePreçosdo Atacado - 10 (IPA-10), que por sua vez tem peso de 60% no cálculo do IGP-10. "Pode ser que a alta de alguns produtosindustriais estejarelacionada à demanda. Mas também devehaver algum componente de custo", acreditao economista da FGV.Os principais reajustes ocorreram nos produtos siderúrgicos, latas para embalagem e matérias plásticas. Esta última, sendo matéria-prima para muitas cadeias produtivas. Repasse – No varejo, a elevação do Índicede Preços ao Consumidor - 10 (IPC-10) para0,78%emfevereiro, ante 0,63% em janeiro, foi provocada por "fatores sazonais", segundo oresponsável pelocálculodataxa naFGV, André Braz. "Osreajustes dasmensalidades escolares e o repasse da alta dosalimentos noatacado (já emfase dedesaceleração) para ovarejo pressionarama inflação ao consumidor", diz.
Braz ressaltou, entretanto, que aalta dos industriaisno atacado ainda não exerce qualquer pressão dedestaqueno IPC. Segundo o economista, as principais altas registradas no IPC-10de fevereiroforam as decursos de ensino superior (4,11%), ensino fundamental
(5,01%), tomate (12,82%) e feijão carioquinha (14,21%). Jáo Índice de Custoda Construção Civil(INCC-10) subiu para 0,36% este mês, ante0,19%em janeiro. Arazão apontadaé oaumento depreço de materiais e serviços, de 0,37% para 0,68%. (AE)
Na contramão, IPC cai e fica abaixo das expectativas
O Índicede Preçosao Consumidor(IPC) apurado pela FundaçãoInstituto dePesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade deSão Paulo(USP) foi de 0,26%na segunda quadrissemana defevereiro. Oíndice,referente à inflação no município de São Paulo, foi menordoqueoda primeira prévia do mês, de 0,46%, e ficou abaixo dasprevisões dos analistas, que apontavam variação entre 0,30% e 0,45%.
Ocoordenador doIPCda Fipe, Paulo Picchetti, revisou suaprojeção paraoíndice mensal, que era de 0,40%, para o intervalo entre0,30% a
0,40%.Para isso, levouem consideração o ritmo de queda do IPC nasegunda quadrissemana de fevereiro."Aqueda surpreendeu, esperávamosalgoem tornode 0,35%",disse ele.Entretanto,para oano,o coordenador mantém a projeção do IPC de 5,5% a 6%.
Oitem quemaiscontribuiu para reduzir oresultado da segunda quadrissemana de fevereirofoi Viagens(excursões), que caiu 9,40% no período. "O recuo nesse item era esperado por causa dofimdasférias. Mas, eledeve voltar asubir como carnaval",observouo coordenador da Fipe. (AE)
chega
pública
O pagamento de juros e uma ligeira alta na cotação do dólar fizeram com que o saldo da dívida pública fechassejaneiro emR$737,34 bilhões.Issorepresenta um aumento de 0,8% sobre dezembro,apesar de o TesouroNacional terresgatado mais papéis do que emitido. O resgatelíquido ocorridoem janeiro foi de R$ 5,2 bilhões. Apesar daligeira altano saldo da dívida, a parcela corrigida pela variação do dólar continuaemqueda, mantendoa trajetória iniciada emmaio de 2003.Ficou em R$155,07 bilhões, ou21,03% do total, a menor participação já registrada desde que esse tipo de papel foicriado. "Emfevereiro,essa participação deve registrar novaredução, chegandoa19%", antecipou Sérgio Goldenstein, diretor do Departamento de Mercado Aber to (Demab) do Banco Central. Todos os papéis cambiais que venceram em janeiro efevereiroforam resgatados.Isso representa uma redução da ordem de US$3,4bilhõesem janeiroe US$ 4,2bilhõesem fevereiro. Reduzir o volume de papéis atrelados ao câmbioé um dos objetivoscentrais dosadministradoresda dívida pública. Eles tambémtrabalham para aumentar aparticipaçãodos títulos com correção prefixada. Em janeiro, essa parte da dívidachegou aR$ 92,71bilhões, ou 12,57%do total. Em dezembro, ela havia ficado um pouco abaixo: 12,51%.
A parcela da dívida, corrigida da pela variação do dólar, está em queda, mantendo a trajetória iniciada em maio do ano passado
Outro objetivo é elevar o prazomédio dosvencimentos dospapéisda dívida,oque também foi atingido. Em janeiro, oprazo médioficou em 31,37 meses, contra 31,34 meses em dezembro. Por outro lado,o governo trabalha para aumentar o volume de negócios com papéisfederaisno mercado secundário, mas esse segmento teve uma queda de
15% emjaneiro, nacomparação com dezembro.Na avaliação dogoverno,essa queda é menos importante que ofato dehaver aumentadoomercado secundário para papéis prefixados, que passou de R$ 2,7 bilhões para R$ 2,9 bilhões. Aumento de liquidez – O resgatelíquido deR$5,2bilhões da dívida emjaneiro, provocou aumento na liquidez bancária. Também contribuíramparaaumentaro volume de dinheiro disponível na economia asoperações doBanco Centralno mercadodecâmbio. Segundo Goldenstein, em janeiro foram gastos R$ 7,4 bilhões para comprardólares e recompor as reservas do País. Para neutralizar os efeitos desseaumento deliquidez,o BCaumentouo saldolíquido de suas operações compromissadas, que são feitas semanalmente para enxugar do mercado justamente oexcessodeliquidez. Deacordocom odiretor doBanco Central,as operações de tomada de recursos feitaspeloBC semanalmente (com prazo de um mês) tiveramseusaldo líquidoelevado de R$ 43,7 bilhões, em dezembro, para R$ 58 bilhões no mês de janeiro. Segundo o coordenador da Dívida PúblicadoTesouro Nacional, Paulo Valle, o resgate líquido da dívida não deverá repetir-se em fevereiro e março. "Comoteremos umbaixo vencimento nesses dois meses, vamosfazer emissõeslíquidas", disse Valle. De acordo comele,nesses dois meses o volume de vencimentos é baixo, da ordem de R$9 bilhões. Por essa razão, Tesouro deveráaproveitar para emitir umvolume maior de títulose recompor,assim,seu colchão de liquidez. Nomês de abril, os vencimentos programadosserão de R$ 23,190 bilhões. (AE)
Em visita de três dias ao Brasil, ministro russo tenta aprofundar relações bilaterais. O maior desafio, porém, deve ser o de resistir às críticas à decisão de seu país de reduzir as cotas de importação de carne brasileira.
Rússia e Brasil podem ficar mais próximos. Ontem, o viceprimeiro-ministro da Rússia, Boris Alioshin, iniciou uma visitaoficial de trêsdiasaoPaís com a missãode aprofundar a cooperação emsete diferentes áreas, entre as quais a econômico-comerciale aespacial,e deestreitar arelaçãobilateral, considerada prioritária pelo governobrasileiro. Suamaratona pelo Brasil, entretanto, deverá ser tumultuada pela controvertida decisãorussa de reduzir as cotas de importação decarnes doBrasile pelasambições de cada lado de aumentar suas exportações. Ontem,Alioshin foirecebidopelo presidenteLuizInácio Lulada Silva. Atésuapartida de Brasília,na sexta-feira,terá se encontrado com seis ministrosbrasileiros,como vicepresidente José Alencar e com os presidentesda Câmarados Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Antes de retornara Moscou,aindavisitaráa Embraer ea Avibrás,em São José dos Campos. Ele participou ontemda abertura da 3ªreunião da Comissão Intergovernamental Brasil-Rússia,criada em abril de 1999 como principal instrumento de cooperação bilateral. Alioshin veio acompanhado por 22empresários,quejátiveramumarodada de negó-
cioscom 40 executivos brasileiros na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nesse encontro, os empresáriosrussosse concentraram nas possibilidadesde vendaao Brasil de máquinas e implementos agrícolas, mas assistiram também a apresentações de softwares desenvolvidos no Brasil – entre eles, os utilizados emautomação bancária,no programa governo eletrônico, para osistema depagamentos e para a área agrícola. Comérciobilateral – O comércio entre Brasile Rússia atinge pouco mais de US$ 2 bilhões por ano. Em 2003, o Brasil exportou US$ 1,4 bilhão. Entre osprincipais produtos estavam o açúcar, as carnes suína, bovina e de frango, o fumoeo café.SegundooMinistério doDesenvolvimento, a Rússia importa US$ 20 bilhões em alimentos a cada ano, o que indica uma elevada oportunidade para os exportadores brasileirosdo setor.As importações de produtos russos,no anopassado, alcançaramos US$ 555 milhões. Ositensde maior relevância são os químicos e fertilizantes. Ocomércio, entretanto,foi prejudicadopelas restrições adotadaspelosrussosno fim do ano passado.Ogoverno brasileiro tem aexpectativa de encontraruma soluçãoparao impasse gerado pela redução
O governoconseguiu aprovar o relatório doprojetode
Parceria Público-Privada (PPP) em comissãoda Câmara. Mas, comuma alteração: a oposição derrubou o artigo quetratava daprecedênciade pagamento. Poresse mecanismo, umaempresa queinvestisse em parceria com o governo teria prioridadeno recebimento em relaçãoa outras obras públicas.
Governo quer atrair parceiros para investimentos que não tem condições de arcar. Intenção é atrair R$ 36 bi em quatro anos.
A mudança foi sugerida pelo PSDBe PFL, que, com oapoio do PMDB, retiraram do susbstitutivotodooartigo daprecedência,consideradoo mais polêmico doprojeto.Para a oposição, a precedênciafere o princípio constitucional da isonomia, alémde privilegiar as grandes empresas, que são as que têm possibilidade de aderir àsparcerias.Paraogoverno, trata-se de garantia adicional para atrair investidores. Outras garantias porém, permaneceram,comoa criação deumfundo fiduciário, que será formado por recursos orçamentários, ações de esta-
tais ebensmóveise imóveis. Essefundo poderáseracionado pelo investidor quando o poderpúblico não honraros pagamentos. Artigo pode voltar – O objetivo do governo com as PPPs é conquistar parceiros para investimentos queaUniãonão tem condições de arcar. A previsãoé atrairR$36 bilhõesem quatro anos com o novo esquema.Por isso, ogoverno considera a m a nu t e nç ã o do artigo de p r e c e dê n c i a tão importante. Pelo mesmo motivo,o relator do projeto, deputado Paulo Bernardo (PT-PR),disse após a sessão, que o governo pretende restabelecer o artigo no plenário, em março. Ele admite quehouve falhadabancada governista, inclusive com a ausência de aliados ontem. Houvemudanças de redação, como no item da fiscalização dos contratos. Foram aglutinados os artigos sobre o papel das agências e dos ministérios noacompanhamento dos mesmos. (Reuters)
A ministrade Minase Energia, Dilma Rousseff, anunciou que o governo está preparando para este anoum leilãode 3.800 quilômetros de linhas de transmissão deenergia.Segundo Dilma, as linhas serão licitadas em 14lotes e demandarãoinvestimentosde R$ 3 bilhões. Oleilão, segundoela, deverá ser aprovado em março, no Conselho Nacional de Desestatização (CND). Oanúncio da ministrafoi feito ontem,durante aassinatura dos contratos para a construção daslinhas detransmissão leiloadas pelogoverno no ano passado.No total,os contratos prevêem a construção e operação de 11 linhas, com investimentos de R$ 1,4 bilhão. De acordo com o diretor-geral da AgênciaNacionalde Energia Elétrica (Aneel), José Mário Abdo, as novas linhas de transmissãotrarão mais confiabilidadee garantiadeabastecimento ao sistema elétrico. "Essas linhas representam um reforço importante", afirmou Abdo. Participaram do leilão 22empresasdo Brasil, Espanha e Itália. (AE)
das cotas decarnes brasileiras, para o sistema de bandas de preços parao açúcare paraas medidasde salvaguardasaplicadas ao frango. Do outro lado, Alioshin deverá pedir a suspensãode medidasantidumping aplicadas sobre o nitrato de amônia e o ferro-cromo da Rússia.
OMC – Nos encontroscom osministros dasRelaçõesExteriores, Celso Amorim,do Desenvolvimento,Luiz Fernando Furlan, e da Agricultura, Roberto Rodrigues, Alioshin conversará aindasobre o ingresso da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC) e oestreitamento dasrelações. OBrasil almeja estender o chamado G-3, o grupo que compõe com a Índia e a África do Sul, para um projeto maior, queenvolva a Rússia e a China.
O interessedosdois países também estávoltado paraas áreas científica, energética e espacial. A subcomissão bilateral que trata dacooperação espacial tem, entre seus temas, a participaçãodo Brasilno Interball (projeto internacional de estudodo clima)e asperspectivasdemodernização do VeículoLançador de Satélites (VLS)brasileiro. Asubcomissão de energia deverá trabalhar nouso pacíficoda energianuclear e nas áreas de gás e de petróleo. (AE)
Caso Nestlé-Garoto: governador do ES leva proposta a Lula
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, levou ontemao presidenteLuizInácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, proposta da Nestlé de reduzir a participação no mercado de chocolates,o que evitaria que a multinacional suíça tivesse de vender integralmente a Chocolates Garoto, conformedeterminação feitano início do mês pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Hartung ressaltouquenão pediuumainterferência noCade."Aproposta é abrirespaço para uma nova negociação", disse. Lula, segundo o governador, se mostrou sensívele orientou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, presente ao encontro, que procure o diálogo com oCade. Hartung disse queteme umadisputajudicial prolongada, caso não seja possível um diálogo. "ANestlé já tem uma propostaque atende às exigências do Cade. Um acordo é muito melhor do que um conflito", afirmou o governador do Espírito Santo. "A Nestlé já está há dois anos tomando conta da Garoto. Hoje, ela jáconhece todosos segredos industriais da Garoto e toda a rede de distribuição da Garoto, éimportante dizerisso", acrescentou Hartung. O governador salientou ainda que a Nestlé assumiu um compromisso coma sociedadecapixaba,o sindicato dostrabalhadores da Garoto e o governo doEstadopara ampliarosinvestimentose manter osempregos. (AE)
Mudança nas restrições de compra de carne podem ficar para 2005
Ogovernosó conseguirá ampliar as cotas de exportação de carne para a Rússia a partir de 2005. Segundo o vice-premier russo, Boris Alioshin, que iniciou ontem uma visita de três dias ao País,o governo de Moscou ainda não decidiuse irá rever as cotas estabelecidas para 2004."Esteano,vamos elaborar um sistema que possibilite uma soluçãomais justa para a questão das cotas em 2005", disse o vice-premier, logo após encontro com o ministro doDesenvolvimento,Indústria eComércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. O ministro, porém,deu si-
nais de que ainda acredita numarevisão dascotasestabelecidas para 2004. "Há uma boa conversação no sentido de tentarmos encontraruma flexibilização para as regras", disse. Já o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou nãoacreditar emrevisãodas cotas acurto prazo."Não vejo com entusiasmo nenhuma mudança substancial ou de comportamento dos russos para compra de carne neste ano",disse,ao abrirumareunião com produtorese exportadores de carne suína. Regimedecotas – De acordo comos parâmetrosfixados
noanopassado pelogoverno russo, os produtores brasileiros terão dedisputarcomdiversos concorrentesumapequena parcela das cotas de carne naquele mercado. No segmento de frango, por exemplo, a cota global fixada pelo governo russo foi de 1,050 milhão de toneladas para 2004.Sem cota específica,o Brasilterá dedisputar com outros fornecedoreso enviode,no máximo,68 mil toneladas do produto. O mesmo ocorreu nossegmentos de carnes bovinas e suínas. As eleições presidenciais russas,em março,são umentrave um avanço no tema. (AE)
NA PRIMEIRA REUNIÃO DA NOVA GESTÃO FORAM DISCUTIDAS AS AÇÕES DO CONSELHO PARA 2004
Missão definida, trabalho iniciado: o Conselho das CâmarasInternacionais deComércio, da Associação Comercial deSão Paulo(ACSP), será o grande interlocutor entre as Câmaras e destas com o governoem todososseus níveis,inclusive como PoderLegislativo, disse ontem Hélio Nicoletti, coordenador do Conselho, durante sua primeira reunião deste ano.
Para sero "amplificadordas questões que envolvem osinvestidores estrangeirose empresários do comércio exterior", o Conselho vai ouvir todasascâmaras parafazervaler suas sugestões. "Vamos detectar os problemas comuns que angustiam quem negocia no comércio externo com o Brasil e procurar facilitar suas vidas", salientou ele.
Esse elodeligaçãoentreas câmarase opoder público,se-
gundo Nicoletti, expressa a preocupação dopresidente da ACSP,Guilherme Afif Domingos. Para cumpriressa determinação, foram estipuladas outrasações aserem implementadas imediatamente.As mais importantes são: ● Promover eventos em conjunto comas câmaras de comércio, comodebates e missões comerciais, entre outros; ● Trabalharem conjunto com a São Paulo Chamber of Commercee comaComissão deComércio Exteriorda ACSP: "Vamos dar assistência à comunidade empresarial poder agir com maior agilidade"; ● Tornar o Conselho um órgão dedefesaeincentivo das câmaras de comércio cujo trabalhoesteja, efetivamente, cumprindosuamissãode fomentar asrelações comerciais internacionais; ● Darapoioe divulgação, por meio do Diário do Comércio e da WebTV da Associação, aos eventos que busquem detectare resolverosproblemas que envolvem os empreendedores do comércio exterior.
Para agilizar essa agenda inicial de trabalho será preciso estreitardemaneirainformal a relação entre oConselho eas câmarasde comércio."Essa colaboração precisa ser próativa,paraqueos resultados dosnossosesforçossejam rápidos eefetivos", afirmou o presidente do Conselho. Hélio Nicoletti ainda pediu o entrosamento também entre os associados dascâmaras e os da ACSP, que têm uma história de109anos voltadaparaadefesa da livreiniciativa e desenvolvimento. "No comércio exterior a Associação tem se pautado pela defesa dolivrecomércio", destacou. O coordenador do Conselho explicou que a São Paulo Chamber of Commerce vai facilitar,para as missões e dirigentes estrangeiros, o entendimento dos múltiplos papéis de atuação da ACSP. Mostrou aindaaos participantesaforça da rede capilar das 409 associações que integram a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Sergio Leopoldo Rodrigues
Apesar de a decisão ser a mais esperada, novamente o Banco Central recebeu críticas dos que se mostraram frustrados com os juros de 16,5% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom)do BancoCentral decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 16,5% ao ano, sem viés. Ou seja, não deve mudar até a próxima reunião, em março. Ao contrário da reunião de janeiro, a manutenção, desta vez, não surpreendeu o mercado. Mas frustrou.Osetorprodutivo criticouduramente a conduta do Banco Central. Mais que isso: disse quea medidacompromete oresultado dosetorno primeiro trimestre do ano. "O primeiro trimestre já está perdido. Aomanterosjuros emjaneiroe,agora, repetir a
manutenção mandou um sinal à economia de que Paíspode não estarno caminhodo crescimento, como se imaginava no finalde 2003", dizo presidente da Ordem dos Economistas edaAssociaçãoBrasileira dos Fabricantes de Brinquedos, Synésio Batista. Paralisia – O economista Marcel Solimeo, diretordo Instituto deEconomia Gastão Vidigal,concorda emquea manutençãodos jurosprovocará umaparalisianaeconomia por pelo menos até março. "Adecisão nãofoi nenhuma surpresa, mas nãodeixa de ser decepcionantepara quemestá
do lado real da economia". Solimeolembra queatéjaneiro, antes da primeira reunião doCopom de2004, ocomércio e aindústria trabalhavam comuma expectativapositiva para a economia. Mas na medida em que os juros deixaram decair,essaexpectativa acabou. "Vivemos de novo a síndrome do Copom. Enquanto não houver uma certezade queos juros voltarão a baixar, osetor produtivocontinuará adiando investimentos e renovação de estoque".
Medo – Na opiniãodo presidente daAssociação Comercial de São Paulo, Guilherme
Afif Domingos,a manutenção "pretende ser um freio preventivo à ação predatória do Fisco, que, apesar do discursoem contrário, aumentou muito os impostos. Do contrário,o Copom teria mantido os cortes".
Para Afif, mesmocom a reduçãodos jurosnãohaveria repasseparaos preçose ao consumidor porque o desemprego e a redução salarial funcionam como um freio. O presidenteda Federação das Indústrias de Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva,emnota divulgadaàimprensa, também criticou a conduta do Banco Central.
Omercadobrasileiro de consórcios encerrou o ano de 2003 com 3,14 milhões de participantes ativos – que mantêm o pagamento em dia. Esse total é recorde e representa um crescimentode4,3% sobreo número de pessoas que detinham cotas de um consórcioem 2002. Mas não foi apenas o númerode consorciadosqueaumentou no ano passado. Entre janeiro e dezembro de 2003 o mercadovendeu 5,8% mais cotas do que em igual períodode2002. Ao todo, 1,64 milhão de novascotasforam negociadas. Outro recorde. Em 2002, foram 1,55 milhão. O resultado foi comemorado.
Segundo Consuelo Amorim, presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), ao contrário de outros setores da economia, os consórcios registraram um crescimentonão apenas nas vendas, mas de ativos. Adesões – Nos últimos quatro anos, o total de pessoas que compraram cota de consórcio, seja paraa comprade imóvel, automóvel ou eletroeletrônico, subiude 2,86milhões para 3,14 milhões. Ou 18% mais. O segmento deimóveis aindaperdeem númerodeparticipantes para o de automotores. Masapresentou, em2003. omaiorcrescimento emtermos de cotas vendidas: 55%. O número deconsorciadosno segmento imóveis passou de 73,8milem 2002 para 114,5 mil, anopassado.Amédiade valor dos imóveis, segundo a Abac, foi de R$ 50 mil. Veículos – Já o segmento de automotores cresceu 7,1% no período, saindo de 1,26 milhão de cotas vendidasem 2002 para 1,35 milhão em 2003. O total de participantes nesse segmentolideracomfolga. São2,77 milhões. Segundo a Abac, hoje, de cada sete veículos vendidos no País, um é feito via consórcio. As motocicletas, que responderamnos últimos anos pelo crescimento do setor deautomotores, ampliou sua participação no mercado de 51,7% para 53,6% em 2003. "A renda menor do trabalha-
A Nossa Caixa, banco público pertencente ao governo do Estado de São Paulo, teve lucro líquidode R$ 449,3milhões em 2003, resultado recorde na história do banco. Em comparação com o balanço de 2002, os ganhos aumentaram65%. "Os números do ano passado mostram que o banco está no caminho certo. Mas ainda precisamosincrementara gama de produtose serviçospara os clientes", disseseu presidente, Carlos Eduardo Monteiro. Umdos fatoresque contribuíram para oaumento do lucro do banco em 2003 foi a ampliação do número de clientes.
dor,somada àsaltas taxas de juroscobradas nosfinanciamentos,têm levadoaspessoas para o sistemade consórcios", segundo Consuelo. O crescimento da procura pelo consórcio de imóveis, diz a presidente daAbac, tem sido impulsionado,também, pela facilidade nacompra doimóvel,diferente da compra pelo sistema tradicional. Cofins– Consuelo Amorim voltoua criticaraelevaçãoda Cofins de 3% para 7,6%, que atinge em cheio as administradoras de consórcios. "Alguns setoresdeveriam terumtratamento diferenciado", diz.
"A alta do tributo é desastrosa para o mercadoe ainda não conseguimos dimensionaro tamanho do estrago", afirma Consuelo Amorim. Roseli Lopes
Classificou-a de inflexível. "A manutençãoda Selic mostra que o Banco Central rejeita uma das principais lições que aprendemos nos últimos anos: o regime de metas de inflação precisa ser flexível." Foi a preocupação com a inflaçãoque levou oCopom a manter os juros em janeiro, segundo os diretores do BC, na sua última ata.O documento caiu como uma bomba sobre as expectativas domercado financeiro, da indústria e do comércio. Nela,osdiretores do banco que formamo Comitê disseram que ainda é preciso avaliaros efeitos da queda de
10 pontos porcentuaisdos juros em 2003, sobre os preços, antes de uma nova redução. Opinião que geroumuita discussão. "Os preços ao consumidor estãotendo influências sazonais", disse Piva. Pior do quea preocupação excessiva com a inflação é uma outra mensagem do Copom via ata dejaneiro, que preocupao setor produtivo."A ata mostrou que a interrupção poderia não ser por só um mês, o quese materializoucom adecisão de fevereiro. É isso que preocupa", diz o economista da Associação Comercial. Adriana Gavaça
O Lemon Bank, que tem como diferencial o fato de só atuarpor meio de correspondentes bancários, chegou ao final do anopassado com 3.600 pontosdeatendimentos, que juntos realizaram 45 milhões detransações,entre orecebimento de contas de consumo e boletos de cobrança. Emmédia, foramrealizadas 3,75 milhões de transações por mês ou 125 mil por dia, que no total movimentaram R$ 2,3 bilhões. Segundoo diretor-geral do Lemon Bank, Michael Esrubilsky, ameta para2004 é ainda mais ambiciosa: chegar a 82 milhões de transações, com um volume de R$ 4,7 bilhões. "Trata-se dotriunfo deuma filosofiadeatendimento que dá prioridadeàpopulação de baixa renda e torna acessíveis os benefícios dos serviços bancários a pessoas que normalmentesão excluídas dos bancos convencionais, por não terem meios decomprovar renda", disse ontem ao divulgar os resultados do banco.
Oscorrespondentes bancários do Lemonsão formados por supermercados,farmácias, postos de gasolina e outros estabelecimentos comerciais. O banco foi criado no fim
de 2002 a partir deparcerias com 1.250 pontos deatendimentos,quejáno primeiro ano realizaram 1,4 milhão de transações.O númerodecorrespondentes saltou para 3.600 pontos em 2003 e deve alcançar 5.500pontos atéo final de 2004. Conta popular– Além do crescimento físico, o banco comemorouem 2003 umaumentononúmerode clientes alcançados pela Conta Brasil (a contacorrentedo Lemon). O produto, lançado em setembro nos estados de Pernambuco e da Paraíba,chegou ao fim doano com 27mil correntistas.Obanco estimaquesubapara para 160 mil em 2004.
A Conta Brasil serálançada em Alagoas, no Rio Grande do Norte e em Sergipe ainda neste primeiro trimestre. Para apoiar as operações,foiinaugurado em janeiro um centro de processamento em Recife. Assim como o Conta Aqui da Caixa Econômica Federal, a conta corrente do Lemon pode ser aberta por qualquer pessoa coma apresentação de documentode identidadee CPF, sem acomprovação de renda nem análise de crédito. Adriana Gavaça
A Nossa Caixa fechou o ano com 3,86 milhõesde clientes, 24,87% a mais do que em 2002. Dototal,75% sãopessoasfísicase 25%,jurídicas."Temos uma participação bastante forte em um segmento cobiçado pelos bancos, o de pessoas físicasdas classes média e média baixa", afirmou Monteiro. Crédito – O aumento do númerode clientes éaindamais importante, segundo Monteiro, em um cenário de queda de taxa de juros. "Em vez de tentar ganhar apenas com asvariações dos títulos e valores mobiliários do governo,os bancos tendem apartirde agora desviar o foco para o crédito".
limitadode produtospor cliente,relação que pode ser ampliada com os novos serviços que lançamos recentemente", disse Monteiro, referindose à criação de cartões de crédito e planos de previdência privada, no final de 2003.
A Nossa Caixa pretende ampliar em 25% as operações de créditoem 2004, apostando em produtos como o crédito com desconto emfolha para funcionários públicos. Segundo Monteiro, o banco tem vantagens competitivas que permitemà sua administração esperarnovos bonsresultados nos próximos anos. "Em comparação a outros bancos,ainda temosum número
Financeira– Até o fim do ano, o banco deve montar uma financeira e uma empresa para avendae administraçãodetítulos de capitalização. O lucro da Nossa Caixa cresceu em 2002, mas os ativos do banco caíram 3,76%,de R$ 28,6bilhões para R$ 27,5 bilhões.
Segundo Monteiro, foi resultado de ajustesnos títulos e valores mobiliários da carteira. "Osativos ficaram menores, mas hoje têmmelhor qualidade", disse odiretor de Controladoriado banco,Paulo Roberto Penachio.
Rejane Aguiar
Imagens de observatórios espaciais mostram pela primeira vez o alcance de um buraco negro. Leia a história na página 4
Colhendo US$ 300 milhões
Produtos orgânicos brasileiros, como a cana-de-açúcar, conquistam o consumidor. E dão lucro. Página 24
A pressão foi grande, mas o governo descartou o afastamento de Zé Dirceu para apuração de denúncias contra assessor. Página 3
O Copom decidiu manter a Selic em 16,5% ao ano. Para Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP, decisão revela receio do BC de que o forte aumento de impostos feito pelo governo causaria elevação dos preços e alta da inflação. Página 5
Roberto Carlos (acima) correu muito e arriscou alguns chutes. Esforço inútil: o Brasil não marcou no jogo amistoso com a Irlanda, ontem, em Dublin.
200 mortos e 400 feridos no Irã. O trem desgovernado, carregando combustíveis e fertilizantes, descarrilou e explodiu nos arredores de Neyshabur, uma cidade histórica a leste de Teerã. Página 4
Página 26
O drama dos sem-CPF: aumenta a polêmica
Página 21
Hotel com diária de R$ 59. Na Paulista. Página 18
Dólar subiu, bolsa caiu e indicadores de risco brasileiros pioraram. Investidores especularam até sobre afastamento do ministro José Dirceu do cargo. O dólar comercial fechou emaltaontem pelaquartasessão consecutiva, em meioàs incertezas sobre os desdobramentos do caso de corrupção envolvendo o ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz. A tensão também prejudicou o desempenho da bolsade valores, que fechou com desvalorização. Os indicadoresde risco brasileiros pioraram. Boatos arespeito do afastamento do ministro da Casa Civil,José Dirceu,docargo atéo fimdasinvestigações deixaram os investidores ainda mais
nervosos. A possibilidade de afastamento do ministro foi negada peloporta-voz daPresidência,mas oestragono mercado já estava feito. Amoedaamericana encerrou osnegóciosno segmento comercial cotada a R$ 2,94 paracompraea R$2,942 para venda,comvalorização de 0,79% em relação aofechamento de sexta-feira. Nos quatro diasconsecutivos dealta, o dólar subiu 1,6%. Segundo operadores,a proximidade do feriado de Carnaval contribuiu para a pressão
sobreascotações do dólar, apesar do expressivo volume de recursos externos que chega ao mercado. "Os investidoresestão estressados por causa do escândalo do exassessor. Ninguém sabe direito o que pode acontecer e, na dúvida, os investidores preferem se afastar do mercado", disse o gerente de renda fixa do banco Prosper, Carlos Cintra.
Dólar comercial fechou em alta pela quarta sessão consecutiva, para R$ 2,942 na ponta de venda. A valorização da moeda foi de 0,79%.
Atensãodo mercadocomo caso doex-subchefe deassuntos parlamentaresdaPresidência começou no último final de semana, quando a revista Época veiculou uma reportagem relatando um vídeo no qual Diniz aparece pedindo propina paracampanhas eleitorais edinheiro para umbicheiro em 2002. Apesar de Diniz ter sido exonerado do cargo pelo governo,
aoposição tentaarticulardesde oinício dasemana ainstalação de umaComissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Analistasem Wall Street também semostrarampreocupados, em especial com a chance de afastamento de Dirceu,vistocomoum hábilnegociador no Congresso. "O caso chegou em umponto que o governo podeterde contar com apoio deoutros partidos, com barganhapolítica porser um ano eleitoral", diz Alexandre Póvoa, do banco Modal.
ABolsadeValores deSão Paulo (Bovespa) fechou em baixa de1,90%, comIbovespa em21.999pontos evolumede R$ 2,465 bilhões, giro inflado pelo vencimento de opções sobreo Ibovespa,o principalindicador da bolsa paulista. Ataxaderisco do Brasil tinha alta de 2,96% nofim da tarde, para556 pontos-base, segundo a Enfoque Sistemas. Os C-Bonds, principais títulos da dívida externa, tinham queda de 0,78% no horário, negociados a 96% do valor. Rejane Aguiar/Reuters
A Klabin planeja aumentar sua capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de produtos para doismilhões de toneladas por ano. Segundo o diretor-geral da empresa, MiguelSampolPou, oprojeto tem prazo entre quatro e cinco anoseincluiaduplicação da produção de cartões, de 320 mil toneladas para650 mil toneladas. Parteda ampliação, explicou, será feita com o 'desgargalamento de fábricas', mas tambémserãonecessários investimentos em plantas. O diretor da empresa explica que a Klabin readquiriu sua capacidade de investimento após asvendas deativospromovidas em 2003. Segundo ele, a empresa deve investir R$ 450
milhõesneste ano, diante dos R$ 125 milhões de investimento feitos no ano passado. O destaque dos resultados, apontou o executivo, foi justamentea reestruturaçãofinanceira,a redução do endividamento líquido e o aumento das disponibilidades.
Adívidalíquidada Klabin passou de R$ 2,821 bilhões em 2002 para R$ 513 milhões em 2003.A receitacresceu26%, paraR$ 2,370bilhões,e aempresa encerrouo ano passado com um lucro líquido de R$ 1 bilhão.Em2002, aKlabinhavia fechado com um prejuízo de R$ 208,296 milhões.
Investimentos – A Klabin planejainvestirUS$ 55 milhões em sua fábrica em Monte
Alegre(PR), quepassaráde uma capacidadede produção de celulose de550 mil toneladas para 650 mil toneladas. Esse aumento de celulose implica na elevação da produção de papel Kraft Liner em 50 mil toneladas, visando à exportação, explicou. Segundo Pou, 30% dos investimentos previstos para 2004 serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os planos para 2004 incluem o fechamento da fábrica desacos em CorreiaPinto (SC), com transferênciados trabalhos para Lajes, a 40 km dedistância. Pouafirmouque nãohaverádemissões como fechamento. (Reuters)
Os produtos com certificação orgânica ganham espaço nas prateleiras dos grandes supermercados e na mesa do consumidor comum. Há poucos anos, consumir vegetais orgânicosera consideradoumhábito restritoaconsumidores ecologicamente "engajados" ou da turma dos "naturebas", aqueles que também sãoadeptos delinhas denutrição alternativas. Mesmo porque encontrar produtos sem agrotóxicos no supermercado mais próximo não era tão fácil. Hoje,comotudo oqueestá ligado à qualidade de vida e a hábitos mais saudáveis e naturais, o consumo de alimentos orgânicos, aqueles produzidos sem autilização dedefensivos agrícolas,hormônios oufertilizantes químicos, deixou de ser hábito de um pequeno grupo de "iniciados". O mercado de orgânicos -ou ecológicoscresceu emovimenta US$300 milhões por ano.
A cifra ainda é pequena perto da produçãoagropecuária brasileira, que chegou aos US$ 92,6 bilhões em2001. Mas estimativas do Centro Internacional doComércio (ITC)indicamqueamédiade crescimento do mercado mundial é de 22,5%, patamar semelhanteao alcançadonoBrasil.O País éconsideradoumoásis para este tipoque cultura por causa do clima favorável. Consumo baixo -Se a produção vem aumentando significativamente, o consumo não segue no mesmo ritmo. Ainda que venham se tornan-
do cadavez maiscomuns por aqui e osprodutossejam revendidos em redes como CarrefourePão deAçúcar,os principais compradoresdos nossosorgânicossão japoneses,americanos eeuropeus.É para eles que vão mais de 80% da produção nacional. De acordo com dados do IBGE, existemsete milprodutores brasileiros envolvidos com produção orgânica.Emsua maior parte, são pequenos empresários do campo que se submetem-se à inspeção de algum órgão certificador. "Assim, garantem aos consumidores um alimento quepreserva omeio ambiente e também as relações sociais no meio rural", explica Alexandre Harraly, vice-presidente do Instituto Biodinâmico (IBD), uma das maiores organizações nacionaisde certificação de orgânicos. Os órgãos que certificam estes produtos também fiscalizam a conduta dos produtores. Em tese, o selo garante que não há menores de idadetrabalhando naprodução equeos funcionários sãotratadosde acordocomo quemandamas leis trabalhistas brasileiras (veja quadro).
Só o IBD foi responsável pela emissão de 100 certificados para propriedades convertidas ao sistema de cultura orgânica em 2003. "A previsão para 2004 é repetir a dose", afirma Harraly.
Paraele, essemercado conta com potencialexpressivo de crescimento."No Brasil, as agroindústrias certificadas não passam de 200. Na França, são mais de 2 mil. Assim que houver aregulamentaçãoda lei deorgânicos,maisempresas se interessarão em entrar neste mercado". A lei, aprovada em dezembrode 2003, ainda espera pela regulamentação.Por causadessa demora, hoje éimpossível lançarno mercado novos produtos de origem animal ou bebidas.
Biodiversidade - A Native é um dosdestaquesbrasileiros no mercado deorgânicos.A empresa, quefaz partedo grupo Balbo, cooperado do grupo União, produz cafée sucode laranja e é a maior exportadora de açúcar orgânico do mundo. Ahistória daNativecomeçou em 1986, com um projeto chamado Cana Verde. "O objetivo eraterminar comoprocesso de queima da cana, que destrói a terra e a biodiversidade local",explica LeontinoBalbo Júnior, diretor comercial. "Passamos a substituir herbicidas químicos e a desenvolver máquinasapropriadaspara a colheita". Chegaram a um maquinário ideal depois de 10 mil horas de pesquisa e receberam a certificação em 1997. As mudanças na fazenda, por causadaconversão dacultura tradicional para a orgânica, são
À esquerda, plantação de cana orgânica, que agora é visitada por sucuris e onças pintadas. Ao lado, a maionese de soja da Ecobras. Abaixo, os produtos da Native, maior exportador brasileiro de açúcar orgânico.
motivo de orgulhopara Balbo. A Nativerealizou umtrabalho em parceria coma Embrapa (Empresa Brasileirade PesquisaAgropecuária), aUSP(Universidadede SãoPaulo) eUniversidade Mackenzie,com técnicos visitando as áreas de plantio em Registro, interior de São Paulo. "Notamos que a biodiversidadena plantaçãoorgânica de cana é quatro a cinco vezes maior do que em áreas de plantação tradicional. De sucuri à onçapintada, osbichos voltaram a aparecer na região."
As condiçõesde trabalho
também melhoraram entre os 2.800 funcionários, segundo Balbo. "Com ofim do uso de adubos e pesticidas químicos, não houve mais acidentesde intoxicação". Elediz queaté seus clientesestrangeiros, responsáveispor 90%detudoo que comercializa,ficam surpresos comascondições de trabalho oferecida aos lavradores da fazenda. "Estruturamos um programa de acesso à saúde, esporte elazer, além de umplanode participaçãoem resultados", conclui. Juliana de Moraes
Produção de soja lidera mercado de orgânicos no País
Soja e hortaliças são as principais culturas ecológicas no Brasil. Estima-se que o grão responda por 40% da produção total.
Umadas maioresreclamaçõesdosprodutoresde alimentosorgânicos éamargem delucro dovarejo sobreos produtos. "Enquanto a da agriculturatradicionalestá entre 10% e 20%, nos alimentos orgânicoschega a60%. Issoimpede apopularização", diz Leontino Balbo Júnior, diretor comercial da Native, que produz açúcar,café e suco delaranja orgânicos. ArnaldoEijusink, diretorde Agronegócios da redeCarrefour no Brasil, confirma que a margemde lucrosobre osorgânicos é maior,mas rebate as queixas. "O preço diferenciado já vem de origem e há uma pre-
visão de perda. O valor embute essas variáveis."
Para evitar o problema, Joop Stoltenborg, donodoSítioA Boa Terra, de Itobi, interior de São Paulo, desenvolveu uma estruturade entregaem casae em pequenos comércios. "Distribuímos cestas de legumes, hortaliças e frutas orgânicas. Foi o modo de que encontramos para permanecer no mercado,fora das grandes redes", explica. Com a distribuição própria,as perdaschegarama quasezero."Antes, com aentrega em supermercados, feitas por distribuidoras,elas chegavam a 30%".
A propriedade de Stolten-
borgproduz hortaliçaselegumesdesde 1992e aconversão para a plantaçãode orgânicos ocorreupor causadosacidentes com os elementos químicos usados na adubagem da terra e combate a pestes. "Comercializamos mensalmente dez mil quilos de legumes e sete mil maços de hortaliças", diz Roberto Dertoni, gerente geral do SítioABoaTerra. Ofaturamento da empresa gira em torno de R$ 100milpor mês. "Após anos de crescimento acelerado, em 2003 tivemos os mesmo problemasque todosossetores. Nesteano,esperamos aumentaras vendas em 20%." (JM)
Aproveitando a oferta, a Ecobras, uma pequena indústria localizada no Rio de Janeiro, vem atendendo à demanda por alimentos funcionais (que, além de nutrir, trazem benefícios àsaúde). Fabricados a partirda soja, eles têm certificação de agroindústria orgânica(que segueregrasde produçãoecológica). Entre outros produtos, a Ecobras faz leite, queijo emaionese de soja. "Devemoslançar iogurtee bolo pronto", diz Paulo Saraiva, dono da Ecobras. Carne - A produção de carne orgânicatambém vem crescendo. De acordo com o InstitutoBiodinâmico (IBD),existem cerca de 600 mil cabeças de gado já em produção ouem processo de conversão. Essa pecuária, mais barata que a tradicional, prevêo tratamento do gado com homeopatia e ervas naturais, alimentos sem agrotóxicospara osanimaise umlimitede númerodecabeças porhectare. O avanço acontece especialmente na região Centro-Oeste, onde foi fundada a Associação Brasileirade Pecuária Orgânica (ABPO), que reúne 10 fazendas. A rede de supermercados Carrefour, membro da ABPO, tem 80 mil cabeças destinadas à produção decarne orgânica. "O projeto das Fazendas Carrefour,convertidas para produção de alimentos ecológicos, surgiuem razão da crescente demandapor essesprodutos. Arede tambémproduz e exporta uva de mesa orgânica", diz Arnaldo Eijusink, diretor de Agronegócios do Carrefour. (JM)
Advogados combatem medida da Receita Federal, que causa transtornos a inúmeros brasileiros. Um total de 41,3 milhões de documentos já foram invalidados.
A operadora de caixa Dinalva Romano, de 29 anos, teve uma desagradável surpresa ao tentar abrir um crediário nas Casas Bahia para comprar um celular: estavacom oCPF (Cadastrode Pessoa Física) cancelado. Dinalva é uma das 7,8 milhões de pessoas que ficaram, de repente, na mão, na semana passada, por não terementregueaDeclaração de Isento ou a do Imposto de Renda nos últimos dois anos. O que, para advogados ouvidos pelo Diário do Comércio, éinconstitucional, mesmocoma possibilidadeda reativaçãodo documento em troca do cumprimento das exigências.
Ocancelamento dos7,8milhões de CPFs foi anunciado no último dia9 pelaReceita Federal. Com isso, onúmero de documentos cancelados desde 1998 atinge 41,3 milhões – 29% da basede143,3milhões de CPFs.Outros 17,25milhõesde brasileiros estão correndo o mesmo risco, caso não regularizem sua situação com o Fisco. "A medida da Receita é absolutamente inconstitucional, ilegal e injustae poderá causar sérios danos não só aos contribuintes como à própria União, além de gerarmilharese milhares de novas ações judiciais, a serem encaminhadas à nossa já abarrotadaJustiça Federal", dizoadvogado tributarista
Raul Haidar, lembrando os vários transtornos causados com o cancelamento do CPF.
Para Haidar, ao cancelaro CPF,o Fisco está, na prática, proibindo que essa pessoa exerça suas atividades profissionais, uma vez que tal inscriçãoé exigidaparaque seconsiga emprego, antea necessidadede queo empregadorfaça,quando foro caso,a retenção do Imposto de Renda nafonte. Sem ele, também é impossível abrir conta em banco, fazer compras a prazo ou mesmo tirar passaporte.
De acordocom oadvogado, o comportamento do Fisco ignora, mais uma vez, normas expressas da Constituição Federal e desrespeita posição pacífica dos nossos tribunais. " O cance-
lamento deve ser precedido de uma notificação, ainda que seja feita pelo Diário Oficial. Mas isso não acontece", diz. Obrigatoriedade - Há também quem coloque em xeque a obrigatoriedadeda entregada Declaração de Isento do ImpostodeRenda. "A obrigação deveriaestarprevistaem leie não em instrução normativa, que serve apenas para explicitar ", explica o jurista Ives GandraMartins, presidentedo Centro de Extensão Universitária (CEU).
Outro ponto polêmico levantado por Gandra Martins é a exigência feita pelo Fisco para que o cidadão quite suas dívidasou declare o Imposto de Renda para terde voltao CPF.A exigência, diz, fere o inciso 55 do artigo 5º da Constituição: "Aos litigantes, em processo judicial ou administrativos, e osacusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa com os meios de recursosa ele inerentes". Para o jurista, ao condicionar a regularização ao cumprimento dessas exigências, aRe-
ceita está coagindo o cidadão. Na mesmalinhade raciocínio, o constitucionalista Dircêo Torrecillas Ramos citao inciso 54 do mesmo artigo: "Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal". "O cidadão precisa ser notificado para usufruirde seu direito de defesa", diz. Mas nãoé issoque acontece. Em 2002, o aposentado Onofre deOliveira Júniorpassoupelo drama de quase perder sua aposentadoria por causa do cancelamentode seuCPF. Elehavia se aposentado por invalidez em março de 1983. Desde então, recebia mensalmente o equivalente a um salário mínimo. Mas em novembro, o aposentado foi entregar a ‘declaração de isento’, como de costume, mas foi impedido. Estavaem situação pendente de regularização. Para ativar o registro, era preciso apresentaraDeclaração do Imposto de Renda de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica e pagar multas de uma empresa que foi fechadaem 1984, cujos documentos nem mais existiam. In-
conformado, o aposentado entrou com mandado de segurançana1ª VaradaJustiçaFederal deOurinhos, interior de São Paulo e obteve liminar, confirmada recentemente por sentençadojuiz federal João Eduardo Consolim. Os advogados sustentaram a tese de que mesmo que haja irregularidade na pessoa jurídica que não apresenta declaração, tal fatonãopode atingir seusócio. No julgamento, alémde acatarosargumentos da defesa, considerou o fato de a empresa ter encerradosuas atividades há mais de 18 anos. Outra vítima daatitudeda
Receita Federal bateu às portas do escritório Stuber Advogados Associados. O ex-sócio de uma empresa–que preferenãose identificar – da qual alega não fazer mais parte, teve o registro canceladoporcausade dívidas tributárias da firma. A estratégia do escritório foi entrar com processo administrativopara provar que oex-sócio nãotinha mais vínculo com a empresa. "Não deveria haver ligação entre o CPFe os débitos, masé uma maneira da Receita Federal fazer com que a pessoa cumpra os seus deveres", afirma a advogada Daniela Mastrorocco.
Adriana David
R$ 4,50 PARA
O DOCUMENTO
O contribuinte que deseja saber se o seu CPF está em situação regular, cancelado ou pendente de regularização pode obter informações pelo telefone 0300-780300 ou no site do Diário do Comércio (www.dcomercio.com.br/especiais). Segundo a Receita, a maioria das inscrições foram canceladas por falta de entrega da Declaração de Isento ou do Imposto de Renda nos últimos dois anos. Os declarantes isentos que tiveram o CPF suspenso podem regularizar sua situação nas agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos Correios, mediante pagamento de R$ 4,50. Já os contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis acima do limite de isenção (R$ 12.696) e deixaram de prestar contas com o Leão só terão o CPF de volta depois que entregarem as declarações em atraso. O valor da multa varia de R$ 165 a 20% do imposto devido. Quem entregou a Declaração de Isento nos últimos anos, mas aparece como sócio de empresas (inativas ou não) também pode estar enquadrado na lista negra da Receita Federal e também precisará entregar as declarações em atraso. (AD)
Duranteaudiênciana Comissão de Constituiçãoe Justiça (CCJ) do Senado, ontem pela manhã, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministroMaurício Corrêa,usouo caso Waldomiro Diniz para contestar aproposta dogoverno de criar um órgão de controle doJudiciário comparticipação de pessoas de fora do Poder. Corrêadisseque oPaís passa por umasituação "conflituosa, dramática" envolvendo o ex-assessorparlamentardo Palácio do Planalto e que essa situação não étratada pelo Judiciário. "Fala-se eminstalarumaCPI. Issoé problemadoCongresso. Não tenho nada a ver com isso", afirmou. "Porque,então,tem de haver um controle externo do Judiciário,que é um Poder?", questionou emseguida o presidente do STF. Oministro usououtro exemplo para justificar sua posição contráriaao controleexterno no Judiciário: parlamentares suspeitos de quebra de decorosãosubmetidos aexames pelo próprio Congresso. "Seria o caso de se ter um controle externoou seriaviolação à independência?", perguntou. "Por que só o Judiciário tem de ter o controle?", indagou. Ex-senadorconstituinte e ex-defensor dafiscalização externa do Judiciário, Corrêa considera atualmente que nenhum Poderdevesofrercontroleexterno."Fui daOAB,do Senado e da Magistratura. A experiência me conduziu a isso. O homem temdemudar.Ohomem que se agarra às suas con-
vicções não acompanha o tempo", justificou o ministro ao falar sobre a mudança de opinião a respeito do controle externo. O presidente do STF lembrouainda que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não tem assuas atividades fiscalizadas nem mesmopelo Tribunal deContasdaUnião (TCU). "OJudiciário, emseus atos administrativos, estásujeitoà fiscalização dostribunaisde contas", afirmou. Ele disse que as contas da OAB são analisadaspor umpequeno grupo de advogados. Em reação àsafirmações de Corrêa, opresidentenacional da OAB, Roberto Busato, divulgou na tarde de ontem uma nota oficial. "Élamentávelqueuma pessoa como o ministro Maurício Corrêa, queconheceu a instituiçãoem tempospassados,e foi inclusive um de seus dirigentes na seccional da OAB-DF, tenha esta visão totalmente irreal, dizendoquesuas contas são
aprovadas por um reduzido número depessoas", afirmouBusato."Issoé umainverdade, uma aleivosia, meramente com a intenção de denegrir uma instituiçãoqueo revelouperantea sociedade civil brasileira."
Busato sustenta que as contas daOABsofrem auditoriasinterna e externa e são julgadas de acordo com uma lei de 1994 que estaria"capenga" porqueCorrêanãojulga oméritodeuma ação movida contra a norma. Súmulavinculante - Na audiênciana CCJ,MaurícioCorrêa criticou posições defendidas pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que é contra a edição desúmulas com efeito vinculante, emdiscussão nareformadoJudiciário. ParaBastos, isso poderia criar uma ditadura do STF. O relatório sobre a proposta de reforma do Judiciário deverá ser apresentado na primeira ou na segunda semana após oCarnavalpelosenador José Jorge (PFL-PE). (AE)
MP pede a condenação de envolvidos no caso FonteCindam
Ajuízada6.ª VaraFederal Criminaldo Rio,Ana Paula Vieira de Carvalho, recebeu ontemas alegações finaisdo Ministério Público Federal (MPF) no processo do caso Marka-FonteCindam.O relatório reitera as acusações feitas na denúnciado MPF epedea condenação dos 11 acusados de envolvimentoem supostas irregularidades na operação de ajuda aos bancos, feita em 1999, pelo Banco Central (BC). Segundo os procuradores da República, foram comprovadas a práticade crimescomo peculato (pena máximade 12 anos), corrupção ativa e passiva (8 anos), prevaricação(deum ano), gestão fraudulenta (12 anos) e temerária (8 anos). Dentre os réus, estão o ex-presidente doBC FranciscoLopese o excontrolador do Marka, Salvatore Cacciola. Osdemais réus são diretores dosbancosMarka e FonteCindam, integrantes do BCà épocaeacusados deintermediação no episódio. Agora,a juízaconcederá prazo para que a defesa de cada um dosacusados apresenteas alegações finais.Depois disso, o caso poderá ser julgado pela Justiça Federal. Na prática, por conta da complexidade e extensão do processo, o prazo deverá ser ampliado. Apenas o relatório do Ministério Públicotem 380páginas. Umdos advogadosenvolvidos na defesa avalia que o prazo deverá ser o mesmo dado ao MPF, de 60 dias. A denúncia foi apresentadaemjunhode 2000e acatada pela 6ª Vara Federal. As acusações criminais contra o ex-controlador do Marka, Salvatore Cacciolla, foram desmembradasporqueoréu está foragido na Itália. (AE)
O procurador-geral de Justiçado EstadodoRio,Antônio Vicente da Costa Júnior, deverá apresentar hoje recurso contra a decisão de transferência dotraficante LuizFernando da Costa, oFernandinho Beira-Mar, de São Paulo para o RJ. A decisão de mandar BeiraMar de volta foi tomada anteontem, pelo Tribunal de JustiçadoEstado deSãoPaulo.O recurso será apresentado no Superior Tribunalde Justiça (STJ), em Brasília. Adecisãocausou novo impasse entre os dois Estados, a exemplo do que ocorrera no início doano passado,quando otraficantefoitransferido do Rio para São Paulo. Ele está preso no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Osecretário deAdministração Penitenciária do RJ, Astério Pereira dos Santos, afirmou que a entrada do criminoso no Rio"nãoserá autorizadaenquanto não houveruma decisão do STJ ou do Supremo Tribunal de Justiça (STF)". Ele disse, porém, que o Estado tem "condiçõestécnicaspara custodiá-lo", caso a decisão final seja pela transferência. O governo fluminense não reconhece a decisão da Justiça de São Paulo. "São Paulo não está fazendo nenhum favor ao Rio. Lamentavelmente, eles estão equivocados", declarou Santos. Eleargumentaque aprimeira condenação de BeiraMar ocorreu no Estado de Minas Gerais, em 1996. Santosdisse querecebeuum ofício da Secretaria de AdministraçãoPenitenciária de São Pauloàs 19h40 deanteontem, solicitando aindicaçãode um
estabelecimento prisional para atransferência. Equehojenegou opedido. "SãoPauloestá contrariado é com aUnião. Acho que eles deveriam colaborar comofizemos nocaso das rebeliões lá em São Paulo, quando houve a transferência para cá de alguns líderes do PCC (facçãocriminosa Primeiro Comando da Capital)", disse. Beira-Mar está desde maio de 2003em PresidenteBernardes, uma das penitenciárias mais seguras doPaís. Preso em abril de 2001 na Colômbia, Beira-Marfoi deportadoe ficou em Brasíliaaté marçode 2002, quando foi para o Rio. Em Bangu 1, teria comandado em setembro de 2002a rebelião que deixou quatro rivais mortos. Em fevereirode 2003,o governofederal negocioucomo governo fluminensea transferência do criminoso paraSão Paulo. Eleficouummês em PresidenteBernardes, 39 dias em Maceió e, depois, voltou para SãoPaulo,no iníciode maio.
Imprudência - Para o secretárioespecialde DireitosHumanos, Nilmário Miranda, a transferência do traficante FernandinhoBeira-Mar seria "uma imprudência"."Ele deve permanecer no interior de São Paulo.Éum presoperigosoe, noRio, comandao tráficoda prisão",justificou.O secretário garante quenenhum direito do traficante está sendo infringido com a aplicação do regime especial."Não existeviolação de direitoshumanos em relação ao Beira-Mar." Nilmário foi o único representante dogovernoa comentaradecisão de transferência. (AE)
Serra da Bocaina, 610 CEP 03174-000 Belém – São Paulo – SP Fone: 6605-9730 Fone/Fax: 6604-2005
Relator vai alterar projeto da Lei de Falências no Senado
O presidenteda Comissãode Assuntos Econômicos(CAE) doSenado, Ramez Tebet (PMDB-MS), deixou claro que oprojetoda novaLeideFalências sofrerá alterações no Senado,o queobrigaráseu retorno paraa CâmaradosDeputados. Tebet esteve ontem, no Ministério da Fazenda, onde discutiu o tema como ministroAntonio Palocci. Eleé o relatorda matéria naCAE. "O quefor importanteparaaprimorar aleioSenado vaifazer", disseTebet depois do encontro. Osenador nãodeudetalhessobre oque pretende alterar notexto aprovado na Câmara. Disse apenas quequer incluirmedidasque possam dar"mais agilidade"ao processo de impugnação de créditos, previsto na lei, e uma melhor distinção sobre os créditos trabalhistas. O relatório de Tebetcomeçaráa serelaborado após ocarnaval. Aexpectativa é a de que poderá concluir a redação em 30 dias. (AE)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 18 de fevereiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Real Gráfica
Copiadora Ltda. - Requerido: Vidromar Com. de Vidros Ltda. - Rua do Bosque, 929 - 02ª Vara Cível
Requerente: HSA Real
Gráfica e Copiadora Ltda. - Requerida: Smart Click Informática Ltda. - Largo Pe. Péricles, 145, conj.72 - 16ª Vara Cível
Requerente: PVA Factoring Fomento Mercantil e Participações Ltda. - Requerida: Pier 19 Ind. e Comércio Ltda. - Rua do Hipódromo, 1.525 - 31ª Vara Cível
Requerente: Acesita Serviços, Com. Ind. e Participações Ltda.Requerida: Lucilene Mateus da Costa-ME - Rua Tenerife, 16233ª Vara Cível
Requerente: Arnaldo Felício - Requerido: Constecca Construções S/A - Av. Brig. Faria Lima, 1.656, conj. 41, 4º andar - 17ª Vara Cível
Requerente: BerniferPerfilados de Aço Ltda. - Requerido: Lidersteel Com. de Prods. Siderúrgicos Ltda. - Rua Guamiranga, 1250 - 36ª Vara Cível
Requerente: Acesita Serviços, Com. Ind. e Participações Ltda.Requerida: Aeromaster Com. de Ventiladores Ltda. - Rua Prof. Quintino Mingoia, 54 - 42ª Vara Cível
Requerente: JelmarkInd. e Com. de Rolamentos e Peças Ltda. - Requerida: Premont Engenharia e Montagem Ltda. - Rua Onze de Junho, 13420ª Vara Cível
Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Requerido: Palhares e Mesquita Com. de Pedras Ltda. - Av. Afonso Sampaio Sousa, 1230 - 31ª Vara Cível
Requerente: Açotubo Ind. e Comércio Ltda. -
Requerida: Intec Equipamentos Industriais Ltda. - Pça. da Independência, 30 - 15ª Vara Cível
Requerente: Ebid - Editora Páginas Amarelas Ltda. - Requerida: Reciclart Ind. Com. Importação Export. Ltda. - Av. Cardeal Santiago Luiz Copello, 798 - 01ª Vara Cível
Requerente: Açotubo Ind. e Comércio Ltda.Requerido: Tomarock Transmissões Ltda. - Rua Munhoz de Melo, 158 - 14ª Vara Cível
Requerente: Hat Company Ind. Com. e Representações Ltda.Requerido: RNE Indústria e Comércio Ltda. - Rua Javaés, 771 - 30ª Vara Cível
Requerente: Grupo Transdore Expresso Ltda. - Requerida: Telesp Celular S/ARua Abílio Soares, 489 - 32ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A Prods. AlimentíciosRequerida: Tarsicio e Joana e Doces LtdaME - Rua Participação, 202 - 17ª Vara Cível
Requerente: Artesana Divisórias e Forros Ltda. - Requerida: IN M.E.S. Comércio e Serviços Ltda. - Rua Dr. Fonseca Brasil, 195 - 42ª Vara Cível
Requerente: Anaconda Industrial e Agrícola de Cereais S/ARequerida: José Gersino da Silva-ME - Av. Sapopemba, 16.080 - 32ª Vara Cível
Requerente: Felap Máquinas e Equip. Ltda.Requerido: Mássimo Móveis Ltda. - Rua Itapiru, 589 - 21ª Vara Cível
Requerente: Eletrotécnica Comercial Yamada Ltda. - Requerida: Ibirama Ind. de Máquinas Ltda. - Rua Guatemozin, 77 - 14ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda.Requerida: M.A. Chaves Drogaria-MERua Itapicu, 95 - 31ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerido: Drogaria San Mindlin Ltda.ME - Rua Gustavo Paiva, 30 - 28ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda.Requerida: Drogaria Nova Berrini Ltda. Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 623 - 16ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerida: Drogaria Ministro Alckimin Ltda. - Rua Ministro José G. R. Alckimin, 350 - 29ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerida: Rosângela dos Santos Freitas Rocha Drogaria-MERua Nelson Tartuce, 492 - 16ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerida: Drogaria Portal da Cidade Ltda. - Rua Marie Nader Calfat, 250 Loja 05 - 34ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda.Requerida: Previs Med Comercial Ltda. - Rua das Giestas, 1.203 - 01ª Vara Cível
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Relatório da ONU prega reformas na Justiça e na Polícia. Em 11,5% dos casos, os encontros acontecem dentro de casa, com conhecimento da família.
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicouontem relatóriosobreprostituição infantil noBrasil e concluiu:o Poder Judiciárioea polícia devem ser reformados para controlaroproblema, queatingeentre 100mile500 mil menores no País.
Umdos dados mais alarmantes: em 11,5% dos casos, a própriafamíliamarca encontros de clientes em casa. Trabalhoscomo dedomésticaexpõemos menoreseas principaisvítimas sãomeninasafrobrasileiras. Orelator aponta ainda o desequilíbrio na relação entre homens e mulheres e dizquea mídiareforçaaimagem das jovens comoobjetos sexuaise "commoditiesà disposição dos homens".
Segundoo relatorJuanMiguel Petit,há 241 rotasde tráfico de menores e mulheres. Os principais destinos são Espanhae Holanda.A maioriadas
rotas está no Nordeste e Norte. Se oritmo da aplicaçãodo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)for mantido,diz, alguns dos objetivos serão atingidos apenas no ano 3640. Éo segundorelatório da ONUque, em menosdeuma semana recomenda que o Brasil reveja seu sistema judiciário. Na semana passada, a relatora Asma Jahangir fez duras críticasà Justiça brasileira.O relatório publicado ontem exigirá uma resposta pública do BrasilduranteaComissão de Direitos Humanos na ONU em março, se concentra na ineficiência do sistema. Petit mostra-sepreocupado com a corrupçãoe o corporativismo napolícia, lembrando que,noAmazonas, suspeitos de exploração sexual, incluindo representantes do Poder Judiciário, escaparamdas acusações por serem "pessoas influentes". Para ele, "processos
de denúncia e investigação não funcionam emmuitos casos", advogados, procuradores e juízes operam em um ambiente institucional "ineficiente" que permite "impunidade".
Crime organizado –A impunidade, segundo ele, contribui para o número ainda baixo de denúnciasdeprostituição infantil. ParaPetit, queesteve no Brasil emnovembro e formulou 21 recomendações, a prostituição infantil no País está ligada aocrime organizado. "Nas áreas marginalizadas, comoas favelas,o Estadoestá virtualmente ausente.Esse vácuoé preenchidopelocrime organizado."
A pobrezaseria aexplicação para o envolvimento de tantas crianças. "Pessoas famintas são facilmente recrutadas", diz um dosentrevistadosparao relatório. O documento revela que, emSalvador, meninasse prostituíam por R$ 0,20. (AE)
Os lojistas da avenida Robert Kennedy,nazona suldacidade, jácogitamapossibilidade de entrar com uma representação contra a Prefeitura, solicitando a pedindo a isenção do pagamentodas parcelasdo Imposto Predial eTerritorial Urbano (IPTU)e também da TaxadoLixo. Issoporqueeles se sentem prejudicados pela construçãodo Passa-Rápido–o corredor de ônibus proposto pela Prefeitura. A suspensão do pagamento seria até a finalização das obras. Nanoitede terça-feira,os comerciantes se reuniram com o subprefeito da região, Tadeu Dias Reis,paradiscutiralternativas para minimizar os prejuízos quevêmtendo coma construção. Várias lojas estão impossibilitadas de funcionar porque seus acessosficaram bloqueados pelas obras. Por esse motivo, cerca de 20 lojas já fecharam suas portas, segundo os lojistas da avenida. Inacabadas –No encontro, a Prefeitura foi questionada sobre adesorganização noandamentodaconstrução ,que acabadeixando váriostrechos da avenida com obras inacaba-
Passa-Rápido
das, semqueoscomerciantes tenham umaperspectivade quando a área em frente a suas lojas estará liberada. A Prefeitura prometeu enviarfiscais, aindaontem,para verificar como a construção do Passa-Rápido eraencaminhada. "Não adiantou nada.Eles podemtervindo, masnãoderam satisfação", diz José Simões de Almeida, lojista. Fechou – Segundo Almeida, outroacordo tratadona reuniãoequenão foicumprido pelaPrefeitura foiode nãofe-
chartotalmente ambasasfaixas a avenida. "Hoje [ontem], eles acabaram fechando as duas faixas,no sentidocentro, num trecho demais ou menos dois quarteirões. Conversei com os funcionáriose me disseram que a situação vai permanecer essa por15 dias", desabafa o comerciante.
O Diário doComércio tentou contatar a subprefeitura da região, porvolta das17h, mas ninguém autorizado a falar sobre o assunto foi localizado.
Renato Carbonari Ibelli
A construção do corredor de ônibus naavenida Rebouças, incluindo a passagemde nível sob a avenidaBrigadeiro Faria Lima, vai prosseguir, segundo decisão do juiz Antônio Carlos Ferraz Miller, da 7ª Vara da Fazenda Pública. Ele indeferiu ontem pedido deliminar formuladopelaSociedade Amigos dos Jardins Europa ePaulistano(Sajep), que pretendia, com aval do Ministério Público Estadual (MPE), paralisar a obra, em ação civil pública contra a Prefeitura de São Paulo.
O juiz nãoacolheu oargumento de que ocorredor de ônibus causaria impacto negativo irreversível no trânsito e na área tombada pelo Conselho deDefesa doPatrimônio Histórico,Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Para Miller, "deve prevalecer o interesse público,(...) pois amelhoriadotráfego deônibuse automóveis(...) éprovidência que atende ao interesse de milhões de paulistanos".
Segundo a Sajep, ao tornar umadastrêsfaixasdos dois sentidos da Rebouças exclusiva para ônibus, por onde circu-
"Iluminar também é dar um armais humanopara amaior cidade da América do Sul", disse GuilhermeAfif Domingos, presidente daAssociação Comercial deSão Paulo(ACSP), ao entregar ontem o prêmio do concurso Natal Iluminado –uma réplica em miniatura do MarcodaPaz– aopresidente da Casa da Bóia, Mário RobertoRizcallah. Oprêmio foioferecidopelas SedesDistritais, Centro, Lapa e Santana. Afif deixou claro que a premiação é um reconhecimento "singelo"a quembusca"trazer luz àcidade, sobretudo,numa épocatão importantecomo o Natal". Acrescentouque ainiciativa dastrêssedesdistritais representa uma injeção de animo no espírito dos empreendedores que enfrentaram um
ServiçosdeServiçosde ServiçosdeServiçosde Serviços de CobrançaCobrança CobrançaCobrança Cobrança “A experiência é o nosso diferencial”
2003muito difícil."E esteano foi especialpor se tratarda comemoraçãodos450 anosda cidade", enfatizou. Guilherme Afif agradeceu o empenho dos três diretores superintendentes, pelo empenho e parcerias firmadas:Roberto
Mateus Ordine (Centro), DouglasFormaglio(Lapa) e do vice-superintendente João de Favare, representando o superintendenteAgrário Marques Dourado.Afiflembrou queailuminação fazparte da recuperação docentro velho:
"Estamos assistindo ao renascimento da cidade", resumiu. Ao todoforam 17homenageados,desdeprédios públicos, privados, residências,até instituições bancárias, shoppings e empresas comerciais que se destacaram no esforço deembelezar acidade por meio dailuminação.Várias autoridades participaramdo evento, entre elas, o vice-presidente daACSP, RogérioAmato, Marco Antonio Ramos da Associação Viva o Centro e JoãoDonato,secretário das Subprefeituras. O Natal Iluminado que,segundoRoberto Mateus Ordine, "deverá crescer daqui para frente", contou com parceiros como a Prefeitura,Secretaria dasSubprefeituras eapoio daEletropaulo e da Llume. (SLR)
lam 3.600 veículos por hora em cadadireção,os carrosoptariampor ruasque cortamas áreasmais internas dos Jardins. "Até dois mil veículos a mais circulariam pelos bairros, degradando aqualidade devidaea tranqüilidadequemotivaram seu tombamento", justificou o arquitetoe urbanista Cândido Malta Campos Filho, da Sajep. Tantoa entidade quanto o MPE podem, e provavelmente vão, recorrer da decisão ao TribunaldeJustiça. "Vamosrecorrer com certeza", disse Fernanda Bandeira de Mello, da Associação de Moradores da Rebouças. "Esse efeito pode ser sentidoagora,nãosóna Rua Sampaio Vidal, que é o desvio forçado do trânsito da região, masnas outrasruas dosJardins." A conclusão do túnel, orçado em R$ 66 milhões, está previstapara ofimdoano. Éa segunda vez que a Justiça indefererecurso contraaobra.A primeira foi na 2ª Vara da Fazenda Pública, mantidapelo TJ. Uma terceira ação está na 4ª Vara. APrefeitura divulgou nota elogiandoojuizMiller. Comerciantes locaisquerem isenção do IPTU. (AE)
Explosão de fogos em cabine de caminhão deixa dois feridos
A explosão de fogos de artifício na cabine de umcaminhãode lixoda empresaVega, queprestaserviços paraaPrefeitura, por volta das 11h de ontem, deixou feridos o motorista, MárioJoão daCruz Rocha, de45 anos, e o ajudante, Fábio Rogério deAssis, de 23. Ambos sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus no rosto e no corpo e foram para o Hospital das Clínicas. O acidente ocorreu na avenida doEstado, noBom Retiro, em frente à sede da Subprefeitura daSé. Nomomento da explosão, acreditava-se que poderia se tratar de um atentado, já que são comuns as ameaças de bomba, por causa das medidas tomadas para combater oscamelôsirregulares,segundo a subprefeitura da Sé.
A Guarda Civil Metropolitanada Regional Sé acionouos bombeiros e o esquadrão antibombas.Especialistas descartaram a hipótese de atentado. Asvítimas informaramquetinham recolhido os fogos no lixo, colocando-os no painel. O sol forte no pára-brisas ou cinzas de cigarropodem ter provocado o acidente.
Fernando Vieira
Câmeras eletrônicas serão espalhadasno Zoológicode São Paulo para controlar os 80 hectares do parque. A medida, confirmada hojepelo diretorpresidente dafundação, Paulo Magalhães Bressan, poderá ajudar a identificar visitantes que jogam comida ou materiais nos recintos,vândalos ou ladrões que invadem à noite o localpara roubar algunsbichos e até um envenenador.
Bressan é cauteloso em dar
mais detalhes. Prazo? "Não poderia dizer. Seuma pessoa estiveragindo deformaintencional (envenenando os animais), estaria dizendo a ela para agir mais rápido ou não." Desdeo dia24, 13mamíferos morreram possivelmentepor intoxicação deumraticida dentro do Zoológico. A medidapode ajudara evitar novas mortes e os locais onde ficarão osnovosequipamentos jáforam delimitados. (AE)
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Maisde 200pessoasmorreram ontemno nordestedo Irã na explosãodevagõesde um trem desgovernado, que transportava combustível e produtos químicos, e pelo menos 400 pessoas ficaram feridas. Entre osmortos estavam importantes autoridades locais e 182 socorristas e bombeirosque tentavam controlarumincêndio ocorrido depois do descarrilamento do comboio. O trem levava uma perigosa carga de enxofre, combustíveis, fertilizantes e algodão. A explosão ocorreu nos arredores deNeyshabur, uma cidade história situada 650 quilômetros a leste de Teerã. Autoridadesda cidade–incluindoo governadorda região, o prefeito eo chefedo Corpode Bombeiros – estão entre os mortos,juntamente com 182 agentes de resgate e bombeiros,mortos, namaioria,pela força da explosão.
Tremor – O impacto foi tão forte que moradores da região pensaram tratar-se de um terremoto. Sismólogos iranianos detectaram um tremor de 3,6 graus na escala Richter no momentoda explosão,informou a agênciaoficial de notícias Irna.
Ainda não se sabe ao certo o quecausou odescarrilamento docomboio quemisteriosamente deixou a estação Abu Muslim,nos arredores de Neyshabur, por volta das 4h
locais. Segundoa Irna,"algumas vibrações"teriam colocado os vagões em movimento. Mistério – O tremcomeçou a deslocar-se sem que o motor estivesse ligado e sem nenhum maquinistaem seu comando. Alocomotivaeoutros48 vagões tombaram quando che-
gavam aKhayyam, queseria a paradaseguinte a Abu Muslim. Odescarrilamentodeu inícioa umincêndio. Asduas estações situam-se a cercade 20 quilômetros de distância uma da outra. Carga – De acordo com a Irna, 17 vagões levavam enxofre,
O comboio de vagões desgovernado, carregando combustíveis, fertilizantes e algodão, descarrilou e explodiu nos arredores de Neyshabur (acima). Bombeiros e socorristas foram as principais vítimas (à esq.), além de moradores de casas próximas. Sismólogos detectaram um tremor de 3,6 graus na escala Richter na região.
seis carregavamcombustíveis, sete transportavam fertilizantes e dez estavam repletos de algodão.
Mohammad Maqdouri, diretor do serviço local de emergência, disse a uma emissora de televisãodeTeerã queo trem explodiu às 9h37 locais, quando o incêndio estava quase dominado.
Investigação – A Irna divulgouque SyedHassanRasouli, governador da província de Khorasan participava ontem de uma reunião com autoridadeslocais paradeterminarcomoocorreu oacidentee oque causou a explosão.
Estoquesde sangueestão
Pelo menos 11 pessoas morreram ontem em mais um atentadocom veículos-bomba, desta vez contra um quartel das forças polonesas, que integram acoalizão lideradapelos EUA, emHilla, 100 quilômetros aosulde Bagdá.Doiscaminhões-bomba tomaram partedoataque. O primeiro explodiu ao chocar-se com um muro de concreto que protegia a entrada da base militar. O segundo foi detido pelos guardas da torredevigia do quartel, quemataram omotoristasuicidaatiros antesqueatingisse seu alvo.
Segundo a porta-voz da administração civil americana no Iraque, Hillary White, todos os
dá. Outros 15suspeitos foram detidosna mesma operação. Baqubaficano "triângulosunita" – entre Bagdá, Faluja e Tikrit –, onde a resistência à ocupação é mais feroz.
Deacordo comosmilitares dosEUA, os supostos integrantes da Al-Qaeda detidos pertenceriam a uma célula que ajudou aplanejar eexecutar ataques contra alvos da coalizão no Iraque.
sendo enviados ao local. A Guarda Revolucionária iraniana isolou o local para evitar a aproximação de pessoas em meioa temoresdenovasexplosões. Coma ajudade altofalantes, as autoridades pediam àpopulação que doasse sangue.
Moradores presos – Moradores de bairrospróximos aos trilhosficarampresos sobos escombrosde suascasasde barro, derrubadasdevido à força da explosão. Teme-se que maisde 200 pessoas estejam presas sob os escombros. "Eutinhacerteza dequeera um terremoto. A primeira coisa em que pensei foi correr até a escolae salvarmeusfilhos", disse Zahra Rezaie,uma dona decasa de41 anosque faziao almoçoda famíliaquandoouviu a explosão esentiu o chão tremer.
Bombeiros – Depois deencontrar seus filhos sãos e salvos na escola, que não sofreu danos, Rezaie foi a um hospital próximo. "Foi quando eu vi todas aquelas pessoas feridas chegando. Elasvestiam uni-
formes.Eram roupasdebombeiros ou de socorristas", reparou."Eles me contaram que houve umaexplosão", relatou ela à AssociatedPress em conversa por telefone.
"A devastaçãofoienormee osdanosparecemagora mais graves do que informou-se anteriormente", disse Vahid Bakeshi,diretordo serviço de emergência de Khorasan. Cidade histórica– Neyshabur tem cerca de170.000 habitantes e é o centro de uma regiãoprodutora de algodão, frutas e grãos. Por volta de400d.C.,a cidade transformou-se emumadasmais importantesda Pérsia, estabelecendo-se comocentrode cultura e abrigando importantes escolas. Omar Khayyam, o famoso poetapersa,nasceu em Neyshabur, ondefoi sepultado.
O Irã é frequentemente atingido portremoresdeterrae terremotos.Maisde40 mil pessoas morreram em um forte abalosísmico ocorrido no dia 26de dezembrona cidade de Bam. (Agências)
mortos no atentadodeHilla são iraquianos que passavam pelolocaloumoravam nas proximidades da base. Entre os 64 feridos, há 31 iraquianos, 12 filipinos,10 poloneses, 10 húngaros e um americano. O atentado seseguiu a uma onda de ataques contra delegacias de polícia e instalações militares iniciada na semana pas-
sada, que causaram a morte de mais de125 pessoasem Iskandaria, Bagdá e Faluja. Al-Qaeda – Ao mesmo tempo,fontes militaresamericanas anunciaram ontema captura de sete supostos membros da rede terrorista Al-Qaeda durante uma blitz realizadaà noitena cidadede Baquba,65 quilômetros aonortede Bag-
Freqüentemente o governo dos EUA tem acusado a AlQaedade tentarinfiltrar-seno Iraque paralançarataques contrasuasforças eparainsuflar umaguerra civilentre xiitas e sunitas iraquianos.
O Conselho de Governo do Iraque deve encaminharaté o fim do mês ao administrador civil americano, PaulBremer, umapropostade Constituição, ou Lei Básica, num passochave parao planode transferência de poder.(AE)
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O supreendente desempenho do senador John Edwards, da Carolina do Norte, nas primárias de Wisconsin, na terçafeira, e a decisão do ex-governador de Vermont, Howard Dean, ontem, de encerrar sua campanha à presidência sem retirar-se formalmente da corrida, introduziram novasincertezas na disputa pela candidatura do Partido Democrata à Casa Branca no momento em
queela pareciaestarresolvida em favor do senador John Kerry, de Massachusetts,o vencedor de 15 das 17 prévias eleitorias já realizadas. Kerry: ainda favorito – Kerrymanteve-se na posiçãode franco favorito depois de recebero apoiode40% doseleitores de Wisconsin,ou 4 pontos porcentuaisamaisdo que Edwards. Mas oavanço do senadorda Carolina doNorte
nos dias finais da campanha e o vistoso 2º lugar que conseguiu com suamensagem protecionista num estado com forte desemprego deu-lhe fôlego para levar adiante sua campanha e manter abertaa brigapelo direitodedesafiaro presidente George W. Bush nas eleições de novembro. Edwardspoderá serbeneficiado, também,pela adesão à sua candidatura dos simpatizantes de Dean. (AE)
Dois observatórios espaciais fornecerama primeiragrande evidência do alcancedeum buraco negro, ao captarem imagens deuma estrelasendo partida eparcialmente engolidaao entrarnasproximidades de seu campo gravitacional, anunciaramastrônomos ontem. Talevento eraprevisto pela teoria, mas até então nunca fora confirmado. Uma potente explosão de raios Xchamou aatenção dos astrônomos para o evento, ocorrido no centro de uma galáxia situada a 700 milhões de anos-luz da Terra. A equipe internacional deastrônomos acredita que a explosão foi causada pelos gasesliberados pela estrela, superaquecidosa temperaturasde milhõesdegraus centígrados,quandoo objeto aproximava-sedo buraconegrolocalizadoperto do coração da galáxia RX J1242-11.
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De acordo com os astrônomos, umaestreladotamanho do nosso Sol ingressou no campo gravitacional do buraco negro ao sair de curso, depois de aproximar-se de umaoutra estrela.O poderosocampogravitacionaldoburaconegro –de massa aparentemente 100 milhões de vezes superior à do nosso Sol – exerceu pressão sobre a estrela até que ela se partisse. "Éuma versão modernada batalha entre Davi e Golias, mas essa Daviperdeu", comentou Gunther Hasinger, do InstitutoMax PlanckdeFísica Extraterrestre, na Alemanha. Os astrônomosutilizaram os observatórios de raios X Chandra, da Nasa, e XMM-Newton, da Agência Espacial Européia, para captarimagensdo fenômeno. Calcula-se que um evento dessetipoocorrauma vez a cada 10.000 anos em uma galáxia normal. (AE)
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Grupo vai reforçar a abertura de hotéis com diárias a R$ 59 nas proximidades da avenida. Taxa de ocupação média chega a 95% nesses estabelecimentos.
Da Consolação ao Paraíso, lá estão eles. O grupo francês Accor, que administra a maior rede hoteleirado País,está espalhando seus domínios pela AvenidaPaulista. Com120 hotéis emtodo oBrasil, ogrupolança, nopróximo mêsde julho, seu terceiro empreendimento com a bandeira Formule 1, conhecida por hotéis com diáriasa preços maisbaixos e localização privilegiada.O endereço é a Avenida 9 de julho. O novo hotel, que está em fase de obras, seguena esteira de dois outrosempreendimentos bem sucedidos da mesma bandeira: o Formule 1 Consolação e o Formule 1 Vergueiro. Com diárias aR$ 59,preço quedificilmente se encontra na região, ao menoscom qualidade semelhante, a marca Formule 1 é a grande aposta da rede. "Havia umademanda reprimidapara estetipo dehotel,jáque ossimilares existentes no mercado, também consideradoseconômicos, são antigos e defasados. O Formule 1atende o público quevem paraSão Pauloparticipar de eventos em família ou até mesmo para fazer compras na25de março",dizodiretor de operações das redes Formule1, Frank Pruvost. "Estes hotéisestãocom uma médiade ocupação de 95% no ano, considerada excelente no setor", afirma.
Sónaregião da Avenida Paulista ogrupo Accor reúne dezhotéiscom asmarcasParthenon (flats),Ibis,Formule1 e Mercure.Em dezembroúltimo, aredeinovouaoabriro IbisPaulista,o únicohotelsituadoexatamente naavenida, que tem diárias econômicas de R$ 89 durante a semana e R$ 69
Fotos: Divulgação
aos sábados edomingos.Em novembro, foi inaugurado o Mercure Trianon,a umquarteirão da avenida. "A Paulista é o maior centro de negócios do País, o que atrai um grande número deviajantes", explicouo gerente geralde marketingdo grupo Accor, Toni Sando.
Outros quarteirões A estratégia agressiva de expansão temsidoa característica do gruponos últimosanos.Com issochegou aoprimeirolugar emnúmero dehotéis,seguida do grupo Meliá e Atlântica, em segundo eterceirolugar,respectivamente,segundo ran-
king da consultoria BSH, especializada no setor hoteleiro. Hoje, é difícil andar mais do que 15 quilômetros pelas áreas nobres da cidade, como Jardins, Ibirapuera, sem encontrar uma unidade das bandeiras da Accor. As marcas Parthenon, Ibis, Formule1, Mer-
cure,Novotel eSofitel são todas da rede francesa. Novasunidades - No ano passado, a Accor inaugurou 25 novos hotéis em diversas cidades. O ritmo deve diminuir um pouco neste ano, com 12 novos hotéis no País. "Encerramos 2003 com umfaturamento de
R$ 400 milhões de reaise temosexpectativa de aumentar essenúmero em20% neste ano", afirma Sando. Paradriblar aconcorrência no setor, a rede vem investindo naoferta dedescontos emtodas as suas bandeiras. Rosa Symanski
O primeiro lugar em quantidade dehotéisnoBrasil,na verdade, não é dono de muitas unidades.A atividadedogrupo francês Accor consiste apenas em administrar hotéis e flatsque levamseunome.Os verdadeiros proprietários dos
quartos e suítes são investidores pessoa física. "Nós somos contratados somente para gerenciar",dizo gerentedemarketing do grupo Toni Sando. Os apartamentos são vendidos a essas pessoas, que têm uma taxa de retorno entre
Marcondes de Miranda Couto Advogados
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0,6% a 1% por mês, dependendo da ocupação e do valor investido nacompra doimóvel. Dos 120 hotéisque levam a marca do grupo, somente12 são próprios. O sucesso de vendas do Formule 1 da Avenida 9 de julho dá uma dica do apetite dos investidores por esse tipo de produto. Os400 apartamentos foram todos vendidos na planta por R$ 50 mil cada. Essa demanda obedece à mais antiga lei de mercado. A altaprocura porhotéiseconômicos se justifica pela pequena oferta desses estabelecimentos no País. "Os hotéis econômicos são os únicos que não estão comsuperoferta, porissoa procura",dizo consultorde hotelariada Asmussen Associados, Michel Asmussen. Para ele,o setor aindaé penalizadopelasuperoferta de flats que começouem 1997, quandoforam gerados30mil novosquartos emSãoPaulo em cincoanos. "Em2003, a média deocupação noshotéis dacidade ficou em40%,um resultado desastroso". (RS)
Carros alegóricos estão chegando ao Sambódromo. O esquema para os mais de 1,5 milhão de veículos que deixam a cidade também está montado.
A cidade já está preparada para oCarnaval,tanto para quem vai ao Sambódromo, como para quempretende pegar aestrada rumoao Litoral,Interior ou outros estados. Na passarela do samba do Anhembi,os carrosalegóricos já estão chegando e até a prefeita Marta Suplicy e o Rei Momo estiverampor láontem paraa checagem final. Para os 1,5 milhão de veículos que devem deixar aCapital, oesquema também está montado.
A SecretariaMunicipal de Transportes, através da Companhiade EngenhariadeTráfego (CET),colocaemaçãoa Operação Estrada , apartirde
amanhã. O esquema fica em vigor até o dia 25 e visa garantir a fluideze segurançados motoristas epedestres,emespecialnosacessos echegadasdas rodovias.
Será ativadoo seguinte esquema:operaçãosaída está montada para amanhã à tarde e sábadopela manhã;a operação chegadaserá ativadana terça-feira à tarde e na quarta pela manhã. T er mi na is – Otrânsitona região dos terminais rodoviários Tietê, Barra Funda e Jabaquaratambém serámonitorado pelos agentes da CET. Caso haja necessidade, será alterado para garantir a acessibilidade.
A equipe de engenharia de campo da CET posicionará guinchos em pontos estratégicos nos principais corredores de tráfego e perto das rodovias para agilizar eventuaisremoções de veículos. Nas estradas – Aprevisão é de quecerca de 515mil veículospassempelosistema Anchieta-Imigrantes. Espera-se que cerca de 1,5milhão de turistassedirijamàscidades do litoral.Deacordocoma Ecovias, que administra o sistema, a Operação Carnaval co m eç a amanhã, às 14h. A descida será feita pelas quatro faixas da Anchieta e pelas três faixas da pista norte da Imigrantes. Para
evitar congestionamento no pedágio, a Ecovias planeja ampliar o atendimento nas praças de São Vicente e Guarujá. Para o litoral norte, o movimentoprevisto éde 250 mil veículos. Na rodoviadosTamoios (SP-99), os motoristas poderãoutilizar oacostamento no trecho entre o km 64 e o km 83. O mesmo procedimentoseráadotadona rodovia Rio-Santos(SP-55), notrecho entre a Mogi-Bertioga (SP-98) e aRiviera deSãoLourenço (entre o 212 km e o 214 km). Já osmotoristas que passarem pelaMogi-Bertioga enfrentarão, no km 81, a operação Pare e Siga, que fecha um sentido da rodovia enquanto ooutro utiliza todas as faixas. Na Carvalho Pinto, a Dersa estima movimentode 250mil veículos. Para as travessias de balsa Santos-Guarujá, Guarujá-Bertioga, Iguape-Juréia, Cananéia-Continente eSão Sebastião-Ilhabela a previsão é de 270 mil veículos. No sentido Capital-Interior, a AutoBAn,responsável pelas rodoviasAnhangüerae Bandeirantes,espera 380milveículos. Para evitar o acúmulo de carros no pedágio, a empresa vai implantar a operação PapaFila,comacobrança antesde os carros chegarem às cabines. A postos – A Polícia Rodoviária deve colocar nas estradas cercade1.600 homens, além do apoio dos bombeiros e da tropade choquedaPM.O maior movimento nas estradas deve ocorrerde 12h àmeianoite de amanhã edas 5h às 13h de sábado. Ontem, aCET já registrava um movimento acima do normal nacidade. SãoPaulo teve 51 km de congestionamento às 11h30, quando amédia para o horárioé de30km. Omotivo era o excesso de veículos. A Polícia de São Paulo apreendeu ontem uma carreta com umatoneladade maconha.A droga seriadistribuída durante o Carnaval. (Agências)
mostra os 450 anos de
A prefeitaMarta Suplicyesteve ontem no Sambódromo e aproveitoupara visitarocamarote da Prefeiturae conhecer as alegorias e carros alegóricos que já estavam naconcentração.Hojeà noiteaprefeita confere o ensaio da escola de samba Vai-Vai, no Bixiga. Este ano, todas as escolas de samba vão abordar temas relacionados à cidade em seus desfiles, numa alusão aos 450 anos de São Paulo. "Vai ser fantástico. Vamos conseguir homenagear a cidade sob os mais variados ângulos. Será umaverdadeira aula de história, dos bandeirantesaté aatualidade", afirmou a prefeita. Marta explicou que o esquema de segurança prevê a participação de 1.700 homens, entre policiais militares ecivis, guardas-civis metropolitanos e empresas de segurança.
Em ritmo de samba: prefeita foi ao sambódromo e se admirou com as alegorias. Entre elas o dragão e o índio, que estão na concentração
Rio e Olinda trazem novidades para os turistas foliões
No Rio de Janeiro também já estáquasetudo pronto para o desfile das escolasde samba na Marquesde Sapucai.Dezagremiaçõesirão participardodesfiledoGrupo Especial, mostrando novidadesna avenida, que vão desde uma homenagem à apresentadora Xuxa, pela Caprichosos de Pilares, a um enredo sob encomenda de usineiros que será trazido pela Salgueiro, querecebeuR$ 1milhãoda empresaJ. Pessoapara cantar elogios aosetor sucroalcooleiro.
Também irão cair no samba a camisinha, a Internet, o paubrasil, Minas colonial e a educação para o trânsito. A Amazônia será otema de Portela eBeijaFlor. Asescolas desamba Portela, Tradição, Império Serrano e Unidos do Viradouro aceitaram a sugestão da Liga de reeditar antigos enredos. Olinda – Maisde3milhões de foliõesdevem descere subir as famosasladeiras dahistórica cidadedeOlinda nosquatro diasde Carnaval.Anovidade deste ano é acriação de uma passarela, com 37 metros de comprimento e1,10metrode altura, na PraçadoJacaré. Por ela deverão passartodos os 340 grupos carnavalescos.
Pintor dá os últimos retoques na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.
Takiguthi e o retrato de Anchieta jovem, que será doado ao Papa
Quem entrou ontem na igrejado Pátio do Colégio, naregião central de São Paulo, se deparoucom umPadreAnchieta jovem, no auge de seus 19 anos, retratado em um quadro de 1,7 metros de altura por 1,3 metros de comprimento, obra do artista MaurícioTakiguthi. Batizado de Anchieta,oApóstolo de São Paulo", o quadro foi encomendadopela AssembléiaLegislativa do Estado de São Paulo para comemorar os 450 anos da cidadeeficará expostanoaltar daigreja do Pátiodo Colégio por 20 dias. Então, seguirá para o Vaticano, onde ficará definitivamente.
Segundo Emanuel von Lauenstein Massarani, superintendente dopatrimônio cultural daAssembléia Legislativa, a intenção do artista ao retratar um Anchieta jovem foi a de dar umrosto ao personagem quefundouacidade."A maioria das imagens que se temde Anchietao mostramjá com certa idade. Mas quando ele chegou a São Paulo era bem jovem", comenta. A obraserá aúnica imagem dopadreainda jovem afazer partedo acervodo Vaticano. Ainda de acordocom Massarani, a Assembléia Legislativa está negociando patrocínio
com uma companhia aérea para levar a obra para Roma. Para substituir o presente do papa, o Takiguthi já está trabalhando em outro quadro que será doado ao Pátio do Colégio. Este, mostrará Joséde Anchieta no Pátio do Colégio. Para o descerramento do quadrodo jovemAnchieta, que aconteceuàs 9horasde ontem, estevepresenteassessor especial da presidência da a Associação Comercial de São Paulo(ACSP), GaetanoBrancatti Luigi, e o presidente da AssembléiaLegislativa,o deputado Sidney Beraldo. Renato Carbonari Ibelli
Declaração do presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar reforçou especulações de que o Wal-Mart já seria o dono da rede Apesar das negativas da diretoria do grupo Bompreço, com forte presençano Nordeste, a rede norte-americana WalMart pode ter fechado as negociaçõesparaa compradarede de supermercados, que atualmente tem como proprietária o grupoholandês Ahold. O primeirosinal deque avenda foi consolidada foi dado ontem pelo presidente do conselho deadministração doGrupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, antes de proferir uma aula magna na Fundação Getúlio Vargas, nacapital paulista.Ele afirmou que tinha informaçõesde queas negociaçõesentre o Ahold e o Wal-Mart já haviam sido concluídas.
O diretor doBompreço, Raymundo Almeida, disse que ainda não foi informado sobre ofechamento donegócio."A empresa está a venda desde julho do ano passado. Se foi vendida eu não sei", disse.Desde julho, as negociações de venda estavam sendo feitas com a intermediação do ABNAmro Bank.E,segundo odiretorda empresa,é precisoaguardar informações da própria Ahold. Mas osdiretores já estavam esperando que algum anúncio oficial fosse feitona primeira semana demarço ou logo após o Carnaval.
Wal-Mart aproveitaria oportunidade para se expandir no País a partir do Nordeste. Grupo Pão de Açúcar, sob o comando de Abílio Diniz (foto acima), também fez oferta para a compra da rede de supermercados.
O Grupo Pão de Açúcar chegoua fazerumaofertaparaa aquisição do Bompreço, que não foi aceita.O processode fusão com a rede Sendas reforçaa tesedequesó ficaramno páreo as redesCarrefour e Wal-Mart. Mas écrescente o interessedo Wal-Martemexpandir suas operações para outras regiões do País. Compra - Reportagem publicada pela revista Istoé Dinheiro afirma quea rede WalMart comprou oBompreço porUS$ 300milhões. Ovalor era próximo doque os analistasesperavam,algoem torno
dosUS$ 370milhões. Comisso, o Wal-Mart passaria a figurar em terceiro lugar no ranking dos maiores hipermercados do País. A rede é composta hoje por 143 lojas, com receita na casa dos R$ 5 bilhões. "Hoje,oWal-Marté uma das únicas redes que teria força suficientepara adquirir outra do tamanho do Bompreço, com uma oferta bastante agressiva", afirmou ontem o presidenteda AssociaçãoPaulista de Supermercados (Apas) Sussumu Honda. Enfraquecimento - Naopinião deHonda, aspreocupa-
O presidente do Conselho de Administração doGrupo Pão deAçúcar,Abílio Diniz, disse ontem que está tranqüilo em relação ao questionamento da Secretaria de AcompanhamentoEconômico(Seae) sobre afusão como GrupoSendas noRio deJaneiro.Eleinformou que, logo após o anúncio danegociação, oConselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) chamou os empresários dosdois grupos,que apresentaram os dados solicitados. Asinformaçõesforam, então, protocoladas."Não há hipótesedea transaçãoser anulada ", afirmou Diniz.
O empresário não vê razões para que a fusão seja impedida. "Todos sabem que o Sendas estava em situação difícil. A associação vai fortalecera empresa", declarou.Diniz argumenta que, com auniãodas duas empresas, nãohaverá concentração de mercado no Rio de Janeiro, acrescentando que, de acordo com dados do Ibope, as trêsbandeiras daCompanhia Brasileira de Distribuição (CBD) - Pão de Açúcar, ABC Barateiro eExtra -têm 5%de participação no Estado. Pequenos - Diniz justifica que grande parceladadistribuição dealimentos noRio, e
em todoo Brasil,está namão de pequenas empresas. Sua estimativaé de que50% deste mercadoseja dominado pela informalidade. "Ninguém tem parcela expressiva de participação", afirmou o executivo. Segundo ele, a expansão de empresas varejistasé salutar, pois o negócio precisa de escala,visto queasmargens delucro são pequenas e trabalha-se comprodutos debaixovalor agregado namaior parte dos casos.A novaempresaformada pelo Carrefour e pelo Sendasteria 106lojas,concorrendo com o Carrefour no Rio de Janeiro. (AE)
O interventornomeado pelo governo italiano para administrara Parmalatdaquele país, EnricoBondi, responsabilizouontem oBancoSumitomo pelo destinoda subsidária brasileira. Na carta enviada pela empresa ao banco, o interventor alega que, já que a companhia foi expropriada pela Justiça noâmbito deum processo movido pelo Sumitomo contraa Parmalat,é seudever "notificar vossas senhorias de que aParmalatFinanzaria S.pA e a Parmalat S.pA responsabilizarão o Banco Sumitomo por quaisquer prejuízos causados à subsidiária (brasileira) e seus credores, pela administração nomeadaem decorrência do seu pedido".
Carta - A Parmalat italiana sugere ainda que, "a fim de evitaresta desagradávelsituação, caso vossas senhorias não o tenham feito ainda, empreguem os recursos financeirose humanos necessáriospara administrar asubsidiária deforma eficiente eevitar aliquidação damesma". Caso aParmalat brasileiravenha afalir sobintervenção ou seja fatiada, comopropõeogoverno, aParmalatestuda processaroSu-
mitomo na Justiça para reaver seusprejuízos,segundo oadvogado da Parmalat italiana no Brasil,Thomas Felsberg.Uma cópiadacarta foienviadana tarde de hoje a todos os credores da Parmalat brasileira e será enviada novamente ao Sumitomo, via cartório, hoje. Bombril - A Bombril S.A. divulgou ontem nota afirmando que o executivo Gianni Gri-
sendi,que era presidente da Bombril quandoestourou o escândalo da controladora Cirio na Itália, "não tem qualquer ligação com a Bombril S.A.". Atualmente,Gianni Grisendi administra outros ativos da Cirio no Brasil,sob a denominação deBombrilHolding,a mando do comitê de interventores nomeadospelo governo italiano. (AE)
çõescomumapossível concentração do setor podem ser descartadas neste momento. "Temos um problema mais sério que é o enfraquecimento dosmédiose pequenosemrazão da falta de crédito. É precisoque ogoverno ofereçamais condições de liberação dedinheiro para que os supermercados de menor porte também possam expandir suas operaçõesno País",ressalta.Atualmente, ascinco maioresredes
do Paísdetêm 38,8%do setor. O restante está nas mãos dos pequenos. A situação é bastantediferente do México,por exemplo, onde cerca de 70% daquelemercadoestá nas mãosdos trêsmaioresgrupos.
Na Grã-Bretanha, a concentraçãoé aindamaior:80% do segmento supermercadistaestá nas mãos dos grandes.
Mais boatos - E não foi só no Brasil que circularam boatos sobre novas aquisições da rede
Wal-Mart. Na Europa, as ações doCarrefour dispararamapós notícias de que o grupo norteamericano irá fazer uma oferta de comprapara ogrupo francês. O boato foi visto com desconfiança pelos operadores e analistas europeus, que acreditam quea compranão éoportuna emrazão daalta cotação do euro em relação ao dólar. As ações do grupofrancês estavam em alta de 4,28%. Dora Carvalho/Agências
CONTABILIDADE CATALDO 42 anos contabilizando qualidade Abertura de Empresas Cancelamentos Assessoria Contábil e Fiscal Legalização de Firmas Advocacia Contratos e Alterações Transferências Inscrições de Autônomos Imposto de Renda Física e Jurídica Administração de Imóveis
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Dr. Aloysio Luz Cataldo Diretor
Rua Dr. Carlos Augusto de Campos, 185 - 04750-060 Santo Amaro - SP Tel/Fax: 5686-4620 5686-3300 / 5686-3305
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em favor da Sociedade. 7Obrigações por empréstimos e repasses Representados por recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, através da sua
Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME, com vencimentos até janeiro de 2006, incidindo atualização monetária da TJLP e encargos financeiros de até 10% ao ano. 8Outras obrigações - Diversos Incluem obrigações decorrentes de contratos de assunção de obrigações que representam dívidas assumidas de terceiros, atualizadas com encargos contratuais de 16% ao ano, acrescidas de variação cambial e com vencimentos até fevereiro de 2005.
Estes encargos estão registrados como “Operações de captação no mercado”. O valor de mercado dessas obrigações monta a R$ 59.494 e o valor contratual monta a R$ 58.620, ocorrendo resultado não realizado, em 31 de dezembro de 2003, no montante de
Diretores Executivos
Marcus Olyntho de Camargo Arruda Wilson Masao Kuzuhara
Milton Roberto Pereira Milton Egon Eggers
R$ 874. O critério de apuração do valor de mercado é definido pela área de gerenciamento de risco que considera preços e
oficialmente divulgadas pela BM&F. 9Patrimônio líquido a.Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 446.730 ações ordinárias,
pela estimativa de lucro tributável suficiente neste período, conforme estudo aprovado pelos órgãos de administração.
•Crédito tributário sobre provisão para contingência: constituída sobre a provisão efetuada sobre possíveis perdas em discussões judiciais sobre determinados tributos e contribuições sociais, cuja perda implicaria a dedução do lucro tributável à época, com a conseqüente realização. A realização depende de uma solução judicial definitiva, da qual não se pode estimar o prazo.
•Crédito tributário sobre diferenças temporais: constituído sobre provisão para créditos de liquidação duvidosa, cuja realização se condiciona aos prazos legais para dedutibilidade conforme a Lei nº 9.430/96, após esgotados os recursos legais de cobrança. Eventuais recuperações ou redução da perda implicam a redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável. Estimativa de realização: no máximo, de 1 a 2 anos.
•O valor presente dos créditos tributários constituídos sobre Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social monta em R$ 5.672 em 31 de dezembro de 2003. Para os demais créditos tributários constituídos o saldo contábil é considerado o valor presente dos créditos tributários. As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e referem-se a receitas a serem tributadas quando de sua realização, sendo Superveniências de Depreciação sobre contratos de arrendamento mercantil, a serem realizadas até o término do contrato, e diferença entre valor contábil e valor de
11Transações
financeiros derivativos, cuja realização está prevista no
pagas por intermediação de operações de arrendamento mercantil no montante de R$ 196 (2002 - R$ 597), sendo apropriadas ao resultado no prazo dos contratos de arrendamento.
b. “Outros créditos - Diversos” incluem o montante de R$ 11.121 (2002 - R$ 20.396) referente a créditos tributários e R$ 7.136 (2002 – R$ 6.606) referente a antecipações de imposto de renda e contribuição social.
c. “Outras receitas operacionais” incluem o montante de R$ 1.950 (2002 – R$ 7.543) referente a ganhos obtidos em liquidações antecipadas de contratos de arrendamento mercantil e R$ 8.206 referente à variação cambial ocorrida em contrato de assunção de dívida.
d. “Outras despesas operacionais” incluem o montante de R$ 534 (2002 - R$ 1.930) referente a comissões pagas a lojistas pela intermediação de operações e R$ 669 (2002 - R$ 1.173) referente a perdas na repactuação de contratos de arrendamento mercantil.
e. “Resultado não operacional” refere-se a prejuízo líquido obtido na alienação de bens não de uso próprio. f. A Instituição vem questionando, judicialmente, o recolhimento de determinados tributos. A decisão quanto ao seu provisionamento considera as possibilidades de êxito, sendo amparada na opinião de advogados externos. As provisões constituídas estão registradas em “Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias” no passivo circulante, no montante de R$ 466 (2002 -R$ 371) e os depósitos judiciais efetuados estão classificados em “Outros créditos no realizável a
DIRETORIA
Paulo Ribeiro de Mendonça João Batista Donizete de Souza
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Administradores e Acionistas da BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. levantados em 31 de dezembro de 2003 e 2002 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Diretores das operações, que permanecem registradas de acordo com as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante e realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado do exercício e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, exceto quanto à não-reclassificação de saldos mencionado no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. em 31 de dezembro de 2003 e 2002, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas,
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. A Empresa registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil, por meio da constituição de provisão para superveniência ou insuficiência de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme mencionado nas notas explicativas às demonstrações financeiras nºs 2a, 2d e 5. Essas diretrizes não requerem a reclassificação
A2.854.4871.1262.855.6131.596.503-1.596.503 B - atraso entre 15 e30 dias66.441163.542229.98365.020100.402165.422 C - atraso entre 31 e 60 dias39.077127.651166.72818.70391.307110.010
D - atraso entre 61 e 90 dias5.13345.89851.0313.96028.86332.823
E - atraso entre 91 e 120 dias59.83630.27690.11244016.55916.999
F - atraso entre 121 e 150 dias23.48337.22860.71118211.57411.756
G - atraso entre 151 e 180 dias1115.27415.285758.2758.350
H - atraso superior a 180 dias7.54560.26167.80619928.58528.784 Total3.822.128481.2564.303.3842.489.227285.5652.774.792 e.Constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa por nível de risco: 2003 BancoConsolidado Provisão Nível de risco%2003200220032002 A0,52.56789525.92621.155
B - atraso entre 15 e30 dias1,05895372.2992.777
C - atraso entre 31 e 60 dias3,07333415.0073.331
D - atraso entre 61 e 90 dias10,095285.1023.367
E - atraso entre 91 e 120 dias30,017.915-27.0345.128
F - atraso entre 121 e 150 dias50,0--30.3555.897
BancoConsolidado 2003200220032002 Saldo inicial1.8012.19576.29038.007 Constituições / (Reversões)20.125(149)176.12865.679 Baixas para prejuízo-(245)(78.029)(27.396)
obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e referem-se, principalmente, a receitas a serem tributadas quando de sua realização, sendo a diferença
Os saldos de transações com partes relacionadas, realizadas principalmente com o Banco Votorantim S.A. em condições usuais de mercado são: 20032002
Ativos: Disponibilidades
contribuição social incidentes sobre as operações do exercício: 20032002
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social80.05544.669
Encargos (imposto de renda e contribuição social)
à alíquota nominal de 25% e 9% respectivamente (27.219)(15.187)
Exclusões/(adições) permanentes 5.7382.307
Juros sobre o capital próprio -1.972
Variação Cambial diferida (83)-
Participações no lucro 458335
Despesas não dedutíveis (2)-
Juros NTN-A 5.365-
Exclusões/(adições) temporárias 17.941441
Ajuste a valor de mercado - Circulares n° 3.068 e nº 3.08217.614(1.602)
Provisões para contingências fiscais e trabalhistas 296(102)
Outras 312.145
Imposto de renda e contribuição social correntes (3.540)(12.439)
Imposto de renda e contribuição social diferidos (17.531)221
Imposto de renda e contribuição social total (21.071)(12.218)
b.Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado 20032002
•Imposto de renda e contribuição social diferidos
Adições/(exclusões):
Ajuste a valor de mercado - Circulares n° 3.068 e nº 3.082(17.614)245
Variação cambial diferida 83(24)
Imposto de renda e contribuição social diferidos no exercício (17.531)221
Aos Administradores e Quotistas da Votorantim - Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim - Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. levantados em 31 de dezembro de 2003 e 2002 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
ADMINISTRADORES Marcus Olyntho de Camargo Arruda Wilson Masao Kuzuhara
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
da BM&F a título de prêmio por volume de operações.
d. “Outras despesas operacionais” referem-se, basicamente, a atualização monetária de contingências fiscais.
e. “Negociação e intermediação de valores” referem-se a valores a liquidar por operações realizadas em Bolsa.
f. A Sociedade vem questionando, judicialmente, o recolhimento de determinados tributos. A decisão quanto ao seu provisionamento considera as possibilidades de êxito, sendo amparada na opinião de advogados externos. As provisões constituídas estão registradas em “Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias” no passivo circulante, e montam R$ 40 (2002 - R$ 1.416). Em 23 de julho de 2003, a Instituição protocolou junto à Secretaria da Receita Federal sua adesão ao Programa de Parcelamento Especial - PAES, instituído pela Lei 10.684/03, do Governo Federal.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 José Rubens Alonso Giuseppe Masi Contador CRC 1SP104350/O-3
DEL REY COMBUSTÍVEIS LTDA. torna público que requereu na Cetesb a Licença Prévia e de Instalação p/ o comércio varejista de combustível sito à Av. Integração, 270 - Cohab - São Paulo - SP. CNPJ 50.524.388/0001-06
que lhe são conferidas pelo Estatuto, comunica aos Srs. Associados que na Assembléia Geral Extraordinária especialmente convocada, realizada em 27 de Janeiro de 2004, às 12:00 (doze) horas, na sede do Sindicato à Rua Barão de Itapetininga nº 255 - 12º andar - conjuntos 1211/1212, nesta Capital, decidiu soberanamente por votação unânime: Prorrogar os mandatos da presente Diretoria, Conselho Fiscal e Delegados junto ao Conselho de Representantes da FECOMÉRCIO SP bem como dos respectivos suplentes, até o dia 23 de Janeiro de 2006, quando as eleições serão convocadas conforme disposto no presente Estatuto e obedecerão as normas estabelecidas no Regulamento Eleitoral, atentando-se para o prazo de 04 (quatro) anos de vigência do mandato. São Paulo, 18/Fevereiro/2004. (a) Arlette Cangero de Paula Campos –Presidente
DECLARAÇÃO AVISO DE LICITAÇÃO
Aviso ao Público
A Empresa Umuarama - Camarú Comércio de Madeiras Ltda, com sede no Largo do Paissandu, 72 - conj. 1.906 - 19º andar - Centro, comunica a todos, ou a quem possa interessar, que a Empresa M. Bastos Madeiras Ltda-Me, representada pelo seu Diretor, Sr. Marcelo M. B. Santos e o seu representante legal, Sr. Claudionor B. Santos, não têm nenhum vínculo comercial com esta Empresa. Informamos também, que não nos responsabilizamos por quaisquer contrato ou orçamentos por eles apresentados. São Paulo, 18 de fevereiro de 2004.
AVISO DE LICITAÇÃO - MODALIDADE TOMADA DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO ZERBINI torna público para o conhecimento de quem possa interessar a compra de produtos para sua unidade InCor-DF, localizada na Estrada Parque do Contorno do Bosque s/nº - Parte - Cruzeiro Novo - Brasília. O recebimento das propostas abaixo descritas, tendo como fonte de recursos o Convênio com a Câmara dos Deputados e Senado Federal, segue o seguinte cronograma: A Licitação estará disponível no Período de 19/02/04 a 04/03/04, das 09:00 às 11:00 hs e das 13:30 às 16:00 hs, e a data limite para apresentação de entrega dos envelopes e sua abertura em seção pública é 05/03/04, no horário indicado em cada licitação. FZ-TP-023/04 - CONJUNTOS PRIVATIVOS Os interessados poderão retirar os Editais na Fundação Zerbini, localizada na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1884, 2º andar, Jardim Paulistano, São Paulo, SP. Maiores informações poderão ser obtidas por meio do telefone: (0XX11) 3038-5625, fax: (0XX11) 3038-5385. São Paulo, 13 de Fevereiro de 2004 Luiz Cezar de Macedo Soares Superintendente de Suprimentos
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alemão, casado, técnico comércio exterior, portador da cédula de identidade RNE nº V114367-8, inscrito no CPF/MF sob nº 163. 266.208-64 e s/mulher Rosana Sanchez Luters, brasileira, casada, do lar, portadora da cédula de identidade RG. nº 13.031.129, inscrita no CPF/MF sob nº 038.169.988-95, expedido nos autos da ação de Execução Hipotecária, que lhes requer Unibanco - União de Bancos Brasileiros S/A - Lei 5741/71 - Proc. 002.00.022664-7. O Dr. Luis Fernando Balieiro Lodi, Juiz de Direito da 7ª Vara Cível do Foro Regional II - Santo Amaro, Capital, na forma da lei, etc... Faz Saber que no dia 30/04/04, às 13:30 hs, no Foro Regional de Santo Amaro, à Rua Alexandre Dumas, 206, Capital, no local destinado às Hastas Públicas, o porteiro dos auditórios levará em Praça Única, o bem abaixo descrito, sendo entregue por preço não inferior ao saldo devedor, ora de R$ 198.199,88 (dez./03), o qual deverá ser atualizado até a data da Praça, ficando os executados, intimados da designação supra, se não intimados pessoalmente. Bem: Apto nº 21, localizado no 2º andar do Edifício Louisiana, integrante do Condomínio Portal do Brooklin, sito na Av. Sargento Geraldo Santana, 1100, no 29º Subd. Santo Amaro, contendo a área útil privativa de 68,50m², área comum de 44,47359m², mais a área comum correspondente a uma vaga indeterminada na garagem de 32,73867m², perfazendo a área total de 145,71226m², correspondente a uma fração ideal de 0,105118% no terreno. Referido imóvel acha-se matriculado sob nº 255.390 no 11º CRI SP, constando conforme R.3, hipoteca em favor do exequente; e conforme R.4, o registro da penhora exequenda. Não havendo licitantes na Praça, o referido imóvel será adjudicado ao exequente, nos termos do art. 7º da Lei 5741/71. Dos autos não consta recurso ou causa pendente sobre o bem a ser arrematado. Eventuais ônus sobre o bem correrão por conta do arrematante. Será o presente, afixado e publicado. SP, 04/02/04.
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Disse Santayanaquequem perde amemóriadopassado fica condenadoarepetí-lo.E isso responde não só pela secular lentidão dasmudanças como pelaexasperante repetição de erros.Masé inevitávelque aconteça. A cada 25 anos temos nova geração de bebês que ignora tudoqueaanterior aprendeu. E a cada 50 anos, na geração dos netos, sobra muito poucoda experiênciavivida pelos avós. A memória dos acertos e erros passa para a História que é, no máximo,conhecimentode eruditos que pouca ounenhuma influência exercem sobre aspráticasdas novas gerações. Imagine-se o queocorrequando essa memóriafaz partedaexperiência de outros povos... Commais deduasgerações de atraso ensaia-se no nosso país uma versão do welfare stat e – oestadoprovidencialdo
bem-estar social – que se alastrou pelos principais países europeus em seqüência à SegundaGuerramundial.O marco de partida foi dado na Inglaterracoma adoçãodoPlanoBeveridge, político que representava na época a ideologia socialista dominante. De fato, a despeito da vitóriamilitar dos aliados, possibilitada pelos EstadosUnidos, paragrandedesesperodeChurchill avitória política foi entregue aos russos por Eisenhower, com a detenção do avanço de Patton. O "socialismo" e o "planismo global tecnocrático" de origem soviética se alastraram por toda a Europa, na vogaglobal da guerra fria que, na gestão interna dos governos, se traduziu noassistencialismo de"tudo pelo social."
Foi quando surgiram os planos assistenciais de salário mínimo, os securitáriosde renda
Arnaldo Jardim
Cuidados com o frentista
Gostaria de parabenizar o autor da matéria "Cuidados com o frentista" porretratar a realidadedos frentistasbrasileiros em relação a treinamento e capacidade técnica. Sou proprietáriode uma oficina mecânica muito conceituada em nossaregião, atuandohá 38 anos no setor, e diariamente me deparo com expressões dos clientes: "O rapaz do posto disse que o defeito é isto ou aquilo"efico surpresocoma tendência de os clientes acreditarem em muitos casos na opinião do frentista e duvidarem da opinião de um profissional qualificado,quando as mesmas divergem.Continuem com este trabalho de conscientização.
César Garcia Ramos
São Paulo - Capital
Layout do jornal
Em primeiro lugar quero informá-los que após fazer assinatura de seu jornal elê-lo diariamentepercebique éo tipodeinformaçãoque eue muitas pessoas necessitam, um panorama geral de forma resumida. A única coisa chata em todos os jornais é o seu tamanho defolha,quenão dá praticidade à sua leitura quandoem locais públicos ou mesmonoescritório. As folhas de todos os jornais são
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Estamosvivendoa época mais secularizada da História. QuandoNietszche afirmou que Deus morreu, já estava nos umbrais da loucura, mas todos sabíamos, com o Dostoiewsky de Os Possessos , quese Deus morreu tudo é permitido, quer dizer, tudo pode acontecer e ninguém se espantar ainda que tenhamos singularidades de monta.É conhecidaaexpressão:SeDeusmorreu, tudo é permitido. Vemos queo enfraquecimento da influência religiosa sobre as almas e os corações nos levou para a violência, o crime, os roubos em série e os assassinatos sem razão alguma, como temocorrido em São Paulo, para citarmos exemplos nossos. É a secularizaçãoda História. No século passado escrevi e a Editora Ltr publicou o livro O mal na História. Com o subtítulo Os totalitarismos no século XX. Que foram os totalitarismos, o comunismo, o fascismo, o nazismo, como espécimensprincipais de totalitarismos,senão omodelo das múltiplas ditaduras que se espalharampelomundo, com a única exceção dos Estados Unidos e de algumas monarquiasliberais edemocráticas, como a inglesa, as escandinavase outras.Foi aépoca dourada das ditaduras. Pois essasecularização, esses totalitarismos,essas ditaduras sabem os leitores quantas mortesprovocaram,segundo publicaçãode fontesfidedignas? Centoecinqüenta milhões de mortos foi a conta desse sinistro, trágico, fúnebre, macabro balançodequeforam partes principais o comunismo, em maior número, onazismoum pouco menos, eofascismoo menos de todos. Mas as ditaduras da África,da América Latina, da Ásia, essas mandaram para o cemitério milhões de inimigos dos chefões de gangs fardadas, para imporem autoridade.Que fezPol PotnoCambodge? Matoumilhões,esvaziandohospitais e mandando os doentes para o campo, trabalhar, pudessem ou não. A maioria não podia e morria. O mundo melhorou do século passado para cá, por terem morrido Stalin, Hitler, Mussolini, Pol Pot,osgeneraisjaponeses, Mao Tse Tung e os sobas africanos, todos eles canibais, comoIdiAmin Dadaeoutros. Mas nãomelhorou tanto que possamos dormir tranqüilos. O terrorismo está aí para comprová-lo. O que foi que aconteceucomas torresdeNova York, senão um ato nefando de terrorismo, que os tiranos do séculopassado assinariampor baixo, com grande gáudio? Enfim, não estamos seguros. A vida de cada um de nós vai cada vezvalendomenos, porque Deus morreu, como anunciou Nietszchee, comodisseDostoiewsky,tudoé possível,sobretudo a vida perder o valor.
muitoincomodas paraoseu manuseio. Sugestão: por que nãoadotaros layouts de jornais "tipo revistas" como por exemplo o Primeira Mão MetrôNews, etantosoutrosjornais ingleses?
Icaro Razuk
São Paulo - Capital
Juros
Adecisãodo ComitêdePolítica Monetária (Copom) do Banco Centralde manter,pelosegundo mêsconsecutivo, a taxaSelic em 16,5%ao ano foi meramenteprotocolare frustrou,mais umavez, osetor produtivonacional. Desdeo finaldoano passadohá evidentes condições para uma redução mais acentuada dos juros. As taxas atuais prejudicam, principalmente, as pequenas e médias empresas quefornecem aovarejo,já que as maiores conseguem financiamento externo a taxas menores.A faltadealternativas de crédito baratopode prejudicar odesempenho da indústria de equipamentos para ovarejo, sobretudodas empresas que pretendem entrarnomercadode exportação. Fica difícil concorrer com países como o México,por exemplo, cujos empresários conseguem financiamento a juros de 6% ao ano. Marcos Andrade
São Paulo - Capital
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP
O barulho da matraca, aparelho de madeira e metal que,ao semover uma manivela, traziao assustador som dasmetralhadoras,há muito se calou. Poucos restaram daquela geração de idealistas deSão Pauloque, em9 de julho de 1932, pegaram em armas em defesa do estado de direito, então ameaçadopela falta deleis epelos desmandos de GetúlioVargasem apenasdois anosde governo.No entanto,osecos da RevoluçãoConstitucionalista estão mais audíveis do que nunca. Afinal, vivemos, hoje, em uma democracia. O país conta com uma Constituição ecomuma estrutura política definida por voto popular, e não mais pelos caprichos do ditador de plantão. E é justamente pelo respeitoà democraciaque é bom relembrar a importância do movimento de 1932. O levante paulista contraaditadura procurava, acima de tudo, trazera liberdadede voltaao Brasil,comleis que garantissem os direitos dos cidadãos. Foi uma luta árdua e desigual por três meses de combate solitário -o apoioprometido por Minas Gerais e Rio Grande do Sul nunca veio, mas as tropas ligadas à ditadura Vargas, sim. Ospaulistasfizeramo que puderamcomseupequeno contingente- 35 mil soldados contra 100 mil do governo - e com a pouca munição disponível. Na falta dessa, entrou em ação a matraca, cujo ruído debelava as tropas inimigas.Mas, porfim, afalta de infra-estrutura eo bloqueio do litoral levou à rendiçãodo contingenteconstitucionalista, mesmo como apoio maciço da população. Essaderrota, porém,ganhou tons de vitória, com a retomada da legalidade. Pou-
co depois do início da revolta paulista, Getúlio Vargas iniciou o processo que resultou naConstituiçãode1934. A deposição de armas, porém, não vergou a espinha dorsal deSão Paulo,quedirecionou seu espírito combativo para o empreendedorismo. O lema da cidade de São Paulo, Non ducor, duco, ou seja, "Não sou conduzido, conduzo", manteve-sereal emmeio àsvicissitudesda política.SãoPaulo ampliou sua importância econômica entrando de cabeça na industrializaçãoe na tecnologia,sendo um dos pioneiros no seqüenciamentogenético. Éa"Locomotiva do Brasil", uma vez que responde por 34,95%do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.Conta comorçamentode R$ 54,6 bilhões e 37,6 milhões de habitantes - dos quais 12 milhões só na Capital. A pujança econômica, porém, tem um preço, com problemas de saúde, desemprego e violência das mesmas dimensõesde seu poderio. Mas o Estado conta com o empreendedorismo de seus cidadãos e sua generosidade para resolver essas questões. Neste momentoemqueo Paísdiscute areformatributária, define as regras de uma reforma política eredefine a reforma do estado é hora de, mais umavez, SãoPaulo estar atento para que tenha a justaposição eoreconhecimento deseu papelrelativo. Assim, o exemplo deve ser recordado: ésó olharpara a bandeira paulista hasteada paraver o mapa do País em posição de destaque. Isso é uma profissão de fé, de que São Paulo traz o Brasil em seu coração, como foi provado pela Revolução Constitucionalista de 1932.
Arnaldo Jardim é deputado estadual
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mínima, contra o desemprego, asdoenças,a favordaeducação, todos patrocinados e geridos pelo Estado. Logo se viu que mesmo as nações mais desenvolvidas nãotinhamcondições nemde arcarcom esses custos,nem degerí-loseficazmentecom osquadros daburocraciapolítica. Melhordizendo, não foi "logo", mas apenas cerca de quarenta anos depois, quandoa Inglaterra estava à beira da falência, o Muro de Berlim caía e madame Tatchersubia ao governo. (Detalhe: somenteos planos de saúde governamentais da França demandariam20% do PIB francês...)
A mentalidade do previdencialismo providencial planista, estatal etecnocrático, ressurge nos dias de hojeem nosso país, por motivos, circunstâncias esob condições diversas das européias.Podem-se imaginar quaisserão seus frutos a longo prazo, se já agora o simples INSS representa uma ameaça de falência paraasfinanças públicas. Já no ano em cursoa verba para investimentos públicos é de R$ 12 bilhões, enquanto a do "Desenolvimento social" e de R$ 13 bilhões.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? – Um depoimento (Editora Senac) e-mail: benedictobarros@yahoo.com
Reforma política
Os líderes partidários falaram emSãoPaulo estasemana sobre reforma política. Manifestaram interesse em promovê-la ainda este ano. Duvido, mas em todo caso apoio que estejamao menos lembrando da necessidade. É imperioso. O Brasil só vai começar a melhorar quando houver investimentosmaciços em educação (médio e longo prazos) e for feitaum reformapolítica (curto prazo) que acabe com as distorções que se utilizam do processo democrático na vida pública para favorecer interesses pessoais ou grupais.
Distanciamento
O mal político maiordo país é o distanciamento entrea vontadedamaioria da populaçãoeo quepensame fazem os seus "representantes". A infidelidade partidáriae osistemarepresentativo aberto são duas situações quefazemdo eleitorumtolo. Não há respeito, compromisso,cumprimento dedelegação. Acada quatroanos o eleitor é chamado de idiota ao escolheralguémque jamais falará emseu nome ou agiráconforme seudesejo. Não há vínculo, não há ligação, não há mecanismos de cobrança.
Troca vergonhosa
A troca de partido logo apósa eleiçãoou aqualquer momento em função do interesse pessoal do detentor de mandatoofende acidadania de cada eleitor. É urgente que seja criado o instituto da fidelidade. Ovoto empartidos e não em candidatos pode ser interessante se as regras não criaremuma ditadurapartidária. Como é hoje, o processo democrático fica manchado de falta de pudor, acoberta os políticos malandros e agride a sensibilidade do eleitor.
Injustiças
Um candidatocom90mil votos fica de fora dando lugar a um com 300 votos. Isso porqueao votodelegenda puxou um e eliminou o outro. É correto isto? E o voto obrigatório.Era afavor, mas revi meus conceitos. É melhor ter aqualidadedo votodoquea quantidade sem discernimento.A falta de educação políticada massabrasileirae a ausência de um padrão educacional mínimo em nossa população faz dos eleitores massa de manobra dos interesses dosdominadores das máquinaspartidárias edo poder público.
Recursos públicos
Agora querem queo contribuinte financieos partidos.Tudo que significa aumentodecarga tributária cheiramal.Além disso,os políticos gastam recursos públicos que faltamemobras em serviços essenciais em autopromoção, em publicidade abusiva ementirosa de seus "feitos". A prefeitade São Paulotemjogado zilhões de reais fora. Umescárnio. Deveriaser proibidaapropagando oficial do poder público. No horário dos partidos já ludibriam a lei, fazendo promoção pessoal.
Necessária
A reforma política é necessária.Assim como a tributaria, de verdade.Não interessa aospartidos,nem aoPT,que ocorram.Eo paísnecessita delas para escapar da âncora, do peso que a vida pública representa sobrecada cidadão. O Estado brasileiroé um pesadelo para a sociedade. E, pelo queouço e converso,as esperançasno governoLulaestão sedesmanchandomuito rapidamente. Quanta insensatez nesse caso Waldomiro. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
Quem nãogostade samba pode aproveitar o carnaval para preencher a declaração de Imposto deRenda da Pessoa Física de 2004. A Receita Federalanunciou ontem que o programa para preenchimento da declaração pela internet estará disponível para ser "baixado" apartir de hoje. Oplano inicialera fornecero programa somenteno próximo dia 1º. "Masa Receita decidiu antecipar suaoperação por causa do feriado do carnaval, quando muitoscontribuintes aproveitam os quatro diasdefolga parapreparara declaração", informa nota divulgada ontem. Por causa da pressa, só o programa na versão Windows poderá ser copiado a partir de hoje.A Receita prometeasversões Linux e Macintosh para os próximos dias. O contribuinte poderá preenchersua declaração nocarnaval, mas oenvio terá de ser adiado para o dia 1º de março, quando ficará pronta a versão atualizada do Receitanet, oprograma de envio e recebimento das declarações. "Quem tentar utilizar asversões antigasdo Receitanetnão conseguirá concluir o processo deenvio", disse osupervisor nacional doImpostode Renda, Joaquim Adir. A principal novidadeeste ano é a obrigatoriedade de informar, na declaração, o CPF ou CNPJ dosprestadores de serviços, como médicos, dentistas, escolas, faculdades, entreoutros. Opróprioprogramavaiavisarque afaltadetal informação deixará a declaraçãosujeitaa retençãonamalha fina. Neste ano, a Receita também
CONTABILIDADE
RECURSOS HUMANOS
FISCAL E TRIBUTÁRIA ABERTURAS E CANCELAMENTOS DE EMPRESAS
TEL.: 3315-0449 FAX: 3313-1273
recomendaque se informe o númerodo CPF dos dependentes – quando houver. Dessa forma,esse dependenteficará dispensado de preencher a Declaração de Isento. A Receita também restringiu ouso dasdeclaraçõesemformuláriodepapel. Amedidafoi tomada para tentar reduzir o número de erros cometidos pelos contribuintes durante o preenchimento manualdodocumento. Esses erros, em geral, levam a declaração para a malha. Contribuintes com renda tributávelapartirde R$100 mil terão de apresentar a declaração em disquete ou via internet.O mesmovale paraquem teve rendimentos não-tributáveis acima de R$ 100mil no ano passado. Oprazo para entrega da declaração de Imposto de Renda termina no dia 30 de abril. (AE)
O atacante Romário, do Fluminense, poderá ser condenado a pagar multa, de valor ainda não calculado, à Receita Federal por supostamente ter sonegado Imposto de Renda referente ao ano de 1994, quando atuava no PSV Eindhoven, da Holanda. A ministra Laurita Hilário Vaz, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), analisa recurso especial ajuizado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra decisão de segunda instância que considerou inepta a denúncia apresentada contra o jogador.
A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, no Rio, considerou que "a denúncia apresentada (pelo MPF) pecou pela falta de descrição precisa da conduta do denunciado (Romário) e de todos os elementos do tipo penal em questão, sendo, por este motivo, inepta" Diante da rejeição do TRF, o Ministério Público ingressou com o recurso alegando que a denúncia apresenta indícios verossímeis e claros da prática de crime pelo denunciado e possibilitam a este exercer a sua ampla defesa, e não há como considerá-la inepta e se obstar o seu recebimento. Romário passou a ser alvo de processo por crime de sonegação após sua exmulher Monica Santoro declarar que ele teria feito a transferência de vários bens particulares para a empresa RFS Eventos e Promoções, que cuida de sua publicidade, e tem como sócio majoritário seu pai, Edvair. Essas transferências não apareceram em sua declaração de 1995. (AE)
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, informou ontem que levaráao MinistériodaFazenda umpedido deanálise decasos específicos de empresase segmentosprodutivosque serão oneradospela Contribuição parao Financiamentoda Seguridade Social (Cofins) sobre importações,que começará a ser cobrada em maio. Segundo ele, aFazendajásemostrou aberta a examinar esses casos. "A lei da Cofins foi criada paradarisonomiaentreos produtos nacionais e importados e não onerar o produtor e aumentar a carga tributária", disse Furlan, ao final de uma reuniãodoGrupo deAcompanhamentode Conjuntura Econômica(Gace),que faz parte do Conselho de DesenvolvimentoEconômicoe Social (CDES). Entre os casos passíveis de umaanáliseda Fazenda,oministrocitouosprojetos deinvestimento produtivo no Brasil que envolvem a importação de bens de capitale o armazenamentodessemaquinário por um período de dois a três anos, atéoiníciode funcionamento dalinhade produção."Isso
Idoso perde o benefício de viajar de graça
O artigo do Estatuto do Idoso obrigando as empresas de ônibus interestadual a reservar duas vagas gratuitas a idosos só deverá ser aplicado após o Executivo regulamentar o benefício. Adecisão foi tomadaontem pela desembargadora Selene Maria de Almeida, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. O artigo prevê ainda descontomínimo de50%no valor das passagens para os idosos seas vagasgratuitas jáestiverempreenchidas.A decisão suspendeu os efeitos de um ofício daAgência Nacionalde Transportes Terrestres (ANTT), publicado em 5 de fevereiro, orientando o cumprimento do dispositivo. (AE)
Argentino Borgoña R$9,90
Francês Bordeaux Appelation Controlée R$19,90
Montepulciano D´Abruzzo Doc R$19,90
Toro Viejo Barbera Malbec R$11,50
Vinho Gaúcho
onera terrivelmente a produção. Éimpossível estocar um impostoportrês anos, sem a possibilidade de compensá-lo em curto prazo", afirmou. Política industrial - A cobrança da Cofins sobre produtos importados poderá afetar a política industrial que o governo está preparando para anunciar no dia 11 demarço. Essa política serávoltada paraquatro setores –fármacos e medicamentos, semicondutores, software e bens de capital. Furlan não quis dar detalhes, mas mencionou que, entre os incentivos fiscaisque devemser oferecidos afabricantes desemicondutores deveráconstar alguma medida relacionada com os impactos das novas regras de incidência da Cofins sobre produtos importados. A burocracia foi outro assunto abordado durante a reunião no CDES, da qual participaramrepresentantes doempresariado com assento no Conselho. Furlan informou que o governo pretende desburocratizar aconstituiçãode novasempresaso que,na sua opinião, vai permitir aumento significativo na geração de empregos e também no volume de exportações. (AE)
Vítima de enchente poderá sacar R$ 2,4 mil do FGTS
A população atingida por enchentes emtodo oPaís sóprecisará comprovar que mora em áreas afetadas para sacar até R$ 2.400 do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A informação foi divulgada ontem peloministrodaIntegração Nacional, CiroGomes, e vale para as836municípios com prejuízos decorrentes das cheias em 17 estados. A medida atingeaté acidadede SãoPaulo, pois o ministério considera em situaçãode emergênciatodos os locais que registraram intensas precipitações pluviométricas. O levantamento dos beneficiados seráfeitopelo próprio governo federal, endereço por endereço. (AE)
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 19 de fevereiro de 2004, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Rodrigues e Oliveira Equipamentos
Hoteleiros Ltda.Requerida: Renato Sako-ME - Rua Joel Carlos Borges, 8825ª VaraCível
Requerente: Ocrim S/A
Prods. AlimentíciosRequerida: Bem Brasil Produtos Alimentícios Ltda. - Rua Gal. Pórfirio da Paz, 3840ª VaraCível
Requerente: Yamaoka
Gráfica e Embalagens
Ltda. - Requerida: Capmidia Central de Agenciamento Publicitário Ltda. - Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 670 - 27ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A
Produtos Alimentícios
- Requerida: Marize
Panificadora e Confeitaria Ltda. - Rua Major Júlio Valente, 20 - 23ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A
Produtos Alimentícios
- Requerida: Panificadora e Doceria Nova ABC Ltda. - Rua Eça de Queiroz, 33 - 23ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A
Produtos Alimentícios
- Requerida: Casa Torralta Com. e Indústria Ltda. - Rua Antonieta Leitão, 227 - 39ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A
Produtos Alimentícios
- Requerida: Pães e Doces Rainha do Capão Ltda. - Rua Henrique Reichmann, S/nº - Lt 19-Qd D - 27ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A
Produtos Alimentícios
- Requerido: Jociel Lobo da Silva Laticínio s-ME - Rua Caburés do Sol, 396, Altos - 11ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A
Produtos AlimentíciosRequerida: Kit Queijo Panificadora Ltda.Rua Dr.Pedro Arbues, 59 - 27ª Vara Cível
Requerente: Ocrim S/A Produtos Alimentícios - Requerido: Mini Mercado Soares e Silva Ltda.-ME - Estrada do Cocaia, 1.242 - 40ª Vara Cível
Requerente: Fortymil Ind. de Plásticos Ltda.Requerida: Andreza de Freitas Koch-MERua João Teodoro, 1.507 - 12ª Vara Cível
Requerente: HR Gráfica Editora Ltda. - Requerida: Copan - Comércio de Prods. Americanos Ltda. - Av. Alcântara Machado, 1.251 - 22ª Vara Cível
Requerente: Adaptec Engenharia de Veículos Especiais Ltda.Requerida: Premont Engenharia e Montagem Ltda. - Rua Onze de Junho, 134 - 20ª Vara Cível
Requerente: Oma Ferragens Ltda. - Requerida: Telatim e Carvalho Com. e Confecção de Bolsas Ltda. - Rua Paes Landim, 60 - 14ª Vara Cível
Requerente: Nacional Tubos Industrial Ltda.Requerido: Displayart Ind. e Com. Artefatos Arame Ltda. - Av. Vila Ema, 971 - 05ª Vara Cível
Requerente: Aços Groth Ltda. - Requerido: Displayart Ind. e Com. Artefatos Arame Ltda.- Av. Vila Ema, 971 - 05ª Vara Cível
Requerente: Nacional Tubos Industrial Ltda.Requerida: Indústria e Comércio Pottel Ltda. - Rua Carlos Magalhães, 287 - 25ª Vara Cível
Requerente: BCP S/ARequerida: Tatty Star Promoções e Representações Ltda. - Av. Ipiranga, 1.097 – 8º andar - conj. 84 - 22ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerido: Drogaria Deby Ltda.-ME - Av. Dep. Cantidio Sampaio, 4.370 - 15ª VaraCível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda.Requerida: Drogaria Ferreira e Custódio Ltda. - Av. Conceição, 704 - 06ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerida: Drogaria Bonfiglioli Ltda. - Av. Eng. Heitor Ant. e Garcia, 943 - Loja 10 -22ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerido: Drogaria Valfarma Ltda-ME - Av. Voluntários da Pátria, 3.041 - 19ª VaraCível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerida: Ruth Tavares de Oliveira-ME - Av. Senador Queiroz, 17710ª Vara Cível
Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerida: Farma Claúdia Drogaria Ltda.-MEAv. Intercontinental, 212 - Loja 02 - 19ª Vara
380 - 35ª Vara Cível
Malha rodoviária de fácil acesso, proximidade com a Capital e baixo preço do metro quadrado dos terrenos são os atrativos das regiões escolhidas.
Cidadesdo interiorpaulista distantesamenos deduashoras da Capital, situadas no eixo dasrodovias Anhangüerae Bandeirantes, começama abrigar, cada vez mais, megaedifíciosvoltados aosegmento de escritórios comerciais de altíssimopadrão. Campinas, Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Hortolândia são algumasdas escolhidaspor grandesconstrutoras com essa finalidade. Emcomum, alémdaproximidade com a Capital, todas têmumatrativoafim: uma malha rodoviária de fácil acesso.O preçobaixodometro quadrado doterreno também pesa naescolha,umavezque permite baratear o custo final do empreendimento. Desenvolvimento– O nível de desenvolvimento das cidades que estão na rota das construtorasé grande.Campinase São José dos Campos, por exemplo, chamam a atenção de empresas multinacionais interessadas emmão-de-obra qualificada, em centros de pesquisa e em um mercado consumidor expressivo. "Os incentivos fiscais conseguidos nessascidades ea proximidade com regiões que vendem matéria-prima mais baratafazemparteda lista de exigências feitas por grandes empresas daCapital,quedemonstram interesse em rumar em direção ao Interior", diz Fábio Rossi Filho, diretorde marketing da Itaplan, uma das maiores empresas do ramo imobiliário.
Lançamento– O mais novo empreendimento comercial de padrãoelevado foilançado em Campinas, nasemana passada. É oTradeTower,o primeiro na região enquadrado no conceito Triple A A expressão Triple A, importada domercadoimobiliário dos Estados Unidos, define os empreendimentos dealtíssimopadrão, dotadosderecursos tecnológicos avançados, especialmente em relação à segurança e automação, e, principalmente, que dispõemde lajes dedimensõescapazesde acomodar escritórios das mais diferentes formas e tamanhos. O Trade Tower foi construído comsistemas desegurança que permitemo monitoramentoeletrônico detodasas áreas comunsdo prédio,além de redução dos gastos de energia. Todo o cabeamento foi feito em fibra ótica, que permite aumentar a velocidade e baratearoscustos detransmissão deimageme voz. Ainfra-estrutura inclui um heliponto.
"O objetivo de boa parte desses empreendimentoscomerciais deluxo éestender aatuação pelo Estadode São Paulo, começandopor cidades promissoras do Interior", diz Eduardo Tibiriçá, sócio da Pacto, empresaencarregada pelo lançamentodo megaedifício Trade Tower. Aconstrução consumiuum investimento de R$ 25 milhões envolvendo três das maiores empresas do mercado imobiliárioda região:aPrado, aCaputti e a Home. O objetivo é atrair, com o novo empreendimento,empresas multinacionais,emespecial asqueatuam nos setores detelecomunicações e informática. O edifício dispõe de dez andares para locação, com lajes que variam de 670 m² a 975 m² de piso.No piso térreo, lojas, cybercafé, academia, restaurantee agências bancárias complementam o conforto do empreendimento.Ali, pelo menos 40% dosempreendimentos estão vendidos.
Umalinha definanciamento específica paraa compra de armários, sob medida. É a nova linhade créditooferecidapela Caixa EconômicaFederal (CEF). São R$ 576 milhões que estarão à disposição dos interessados, segundo o banco. O valor do empréstimo varia deR$1milnomínimo aR$ 180mil nomáximo.A taxade juroscobradaéigualà Taxa Referencial mais 1,65% ao mês e prazo de pagamento de até 36 meses. O crédito é concedido mediantecartão magnético,o cartão Construcard. Os valores referentes às comprasdo materialserãodebitados automaticamente do cartão,que écarregado como
valor doempréstimo. Acompra deve ser feita apenas em lojas credenciadas à Caixa.
Crédito específico – O Construcard é uma linha de financiamentodirecionada especificamente àcompra de materialparaconstrução, reforma ou na ampliação de
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Confira os esquemas especiais montados para repartições públicas, transportes, comércio e espaços de cultura e lazer em São Paulo.
As repartições municipais terão esquema especial de funcionamento durante os quatro diasde Carnaval(de sábadoa terça-feira), assim como o Metrô, que alterou os horários das linhas, ea Companhiade Engenharia deTráfego (CET), que montará esquema especial para o fluxo deveículos na cidade. Vale apena conferir antes de sair de casa para viajar ou para se divertir na cidade.
Na área de abastecimento, os mercados Paulistano(central),Central LesteeTucuruvi funcionarão os quatro dias. Os mercados de Sapopemba e Vila Formosafechamna segundafeira.Ipiranga e Guaianases não abrem segunda e terça-feira.Fecham somentena terça, São Miguel,Cantareira,Lapa, PiritubaeSanto Amaro.O mercado de Pinheiros não abre naquarta-feira. Os sacolões não funcionam na segunda e na terça-feira;asfeiras-livres, apenas na segunda-feira.
Na área de assistência social, os albergues municipaispermacemabertos todos osdias, por24horas.Jáoscentros de convivência e os espaçosjovensfechamsegunda eterça, reabrindo à partirdas12hde quarta-feira. A Central de Atendimento Permanente (CAP), funciona normalmente, durante 24 horas.
E du c aç ã o – OsCEIsecrechesfecham nasexta-feirae voltam afuncionar naquartafeira, depois das 12h. As Emeis e Emefs encerram as atividades
na sexta e retornamem 1º de março. Nos Ceus, as atividades recreativas e de lazer funcionam normalmente. Os clubesmunicipais,que oferecematividades esportivas, permanecerão fechados na segunda-feira para limpeza. Abremamanhã, domingo e terça. Na quarta-feira, funcionam depois das 12h. As Unidades Básicas de Saúdefecham desábado atéquarta-feira, às 12h, quando voltam afuncionar. Oshospitaise
prontos-socorros municipais atenderãoem regimedeplantão. O atendimento se normaliza às 12h de quarta-feira. Todos os parques municipaisvãoabrir normalmente, com a exceção do Burle Max, quepermanecerá fechadoesó reabrirá na quarta-feira,às 12h.O daPraça BuenosAires fechará com uma hora de antecedência (17h). Metrô – O Metrô iniciou hoje a operação especial para o feriado deCarnaval, comrefor-
Bolsa caiu. Mas foi no samba.
O mercado financeirocaiu, mas foi no samba. A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) promoveu ontem, das 12hàs 15h, o Carnaval na Praça. A tradicional festa na semana doCarnavalagitouo centrodeSão Pauloereuniu maisde4 milpessoasnapraça AntonioPrado,em frenteao prédio-sede da BM&F. Em sua 16ªedição, o evento fez partedo calendário oficial dos 450 anos de São Paulo. "Essecarnaval éuma formade chamar a atenção para o centro da cidade.Fazpartede um compromisso nosso com a sua revitalização",disse Manoel Cintra, presidente da BM&F. Samba – As 16escolas do GrupoEspecialde SãoPaulo estiveram presentescom seus puxadores desamba oficiaise cerca de 25 passistas. Eles foram acompanhados pela Bateria da Cidade, que tem a central formada pela bateria da Águias deOuroe participaçõesde músicos de todas as escolas.
Mas, apesar do carnaval, a BM&Fnãoparou.Os mercados operaram normalmente durante todo dia,sendo que a festa,pelo menospara osoperadores, se resumiu ao período de intervalopara almoço,das 13 às 14h30.
ADMINISTRAÇÃO DE ESTACIONAMENTOS
Estresse – Para o operador Celso Rodrigues,da corretora Delta, o carnaval da BM&F é umaoportunidadepara liberar oestresse dotrabalho. "Eu acho que o mesmo barulho que eles estãofazendo aqui, nós fazemoslá embaixo. Talvez, atémais,porquenãotemos microfone", brincou.
Segundo AdilsonVita, dire-
tor da Sampa Show Eventos, que organizao Carnaval na Praçadesde o seu início, é feito um acordo comosedifícios mais próximos para a realização do evento. "O espaço comportaaproximadamente 5mil pessoas, masopúblico que prestigia ébem maior,porque é rotativo", acrescentou.
Fernando Vieira
turista no Samba: o transatlântico Queen Mary II aportou ontem em Salvador dando
ço dafrota de trens nofinal da tarde e início da noite. Na linha Azul (Jabaquara–Tucuruvi) o número detrenspassade19 para 23, um acréscimo de 20% emrelaçãoa uma sexta-feira normal. Alinha Verde (Ana Rosa–Vila Madalena) terá sua frota total em operação, ou seja, 11 trens. Na linha Vermelha (Itaquera–Barra Funda) estarão circulando32 trens,aumentando a frota normal,de 24 trens, em 33%. Amanhã e domingo, a programaçãode trensserá igualà de um final de semana normal, ou seja, 60% e 40% da frota de um dia útil, respectivamente. A quantidade de trens circulando nas três linhas na segunda-feira e na terça-feira será semelhante à do final de semana. Na quarta-feira, o início da operação comercialnas linhas Azul e Vermelha será antecipado para 4h, e na linha Verde, para 4h30. Na linha Lilás (Capão Redondo–LargoTreze), que atende de segunda a sextafeira, das 5h às 23h, exceto feriados, não haverá alteração na oferta de trens.
Trânsito – A Secretaria MunicipaldeTransportes deSão Paulo colocou em operação hoje um esquemaespecialde trânsito, queprossegue até quarta-feira. A previsão éde que aproximadamente 1,5 milhão de veículos deixem a capital. Na região dos terminais rodoviáriosTietê, BarraFundae Jabaquara o trânsito será monitorado por funcionários da Companhia deEngenharia de Tráfego(CET).Haverá guinchosem pontosestratégicos nos principais corredores de tráfegoda cidade enasproxi-
midades das rodovias.
Na região do Pólo Cultural Grande Otelo, o sambódromo, no Anhembi,onde acontece o desfile das escolas de samba deSãoPaulo, também haverá esquema especial de para monitorar trânsito.
A avenida Olavo Fontoura será interditadahoje, às8h, da praça Campo de Bagatelle à ruaBrazeliza Alves deCarvalho (sentido Santana). No sentido Casa Verde, a avenida será fechadaàs15h, mas liberada quandonão houver desfile. A
Gato por lebre: lojistas vão conhecer projeto para o Bom Retiro e ouvem discurso sobre realizações da Prefeitura.
rua Prof. Milton Rodrigues também ficará bloqueada até o meio-diada quarta-feira.A avenidaAssis Chateaubriand seráfechada hoje, das 22h às 7h. E entre amanhã e terça-feira, das 20h às 7h. Veículos que vêm das das zonasnorte,sul eoestepoderão usaras avenidasSantosDumonte BrazLemeou aponte daCasaVerde comoopçãoàs vias interditadas. O rodízio está suspensodeamanhã atéa quarta-feira, voltando a vigorar na quinta.
Animada, Marta fez dois discursos. Revitalização ficou em segundo plano.
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Emcampanhaparaa reeleição, a prefeita Marta Suplicy não perde uma chance para aparecer na mídia. Quartafeira ensaiou passos de samba ao lado de integrantes da Acadêmicos do Tucuruvi, no Sambódromo. Ontem,aproveitou a apresentação do projetode requalificação da rua JoséPaulino, noBomRetiro, para fazerum balançode sua gestão.Foramdois longos discursosque irritarammuito os comerciantes da região. "Eu larguei a minha loja e vim ouvir explicações sobre a José Paulino. Só que ela insiste em falarda administração. A vontade que eu tenho é de ir embora",disseum comerciante, visivelmente desconfortável na cadeirae pedindo para não ser identificado. No almoço – Antes de o almoço serservido,a prefeita faloupor15 minutos.Só fez uma tréguaporque percebeu
queaspessoas começavama ficar impacientes. "Vamos almoçarprimeiroe depoiseu falomais. Hojeeu estoucom muita vontade de falar", disse ela. Minutos depois, reassumiu o controledo microfone paracriticar as administraçõesdosex-prefeitos Celso Pitta e Paulo Maluf. Comrelação àsuagestão, só elogios. Ficouempolgada ao comentar que alguns alunos dosCEUs (CentrosEducacionais Unificados) estão até falando francês. "Fui visitar umdos CEUsdia destese um meninome cumprimentou emfrancês.Não é uma maravilha isto?", contou ela. Enquantoa prefeita falava sem parar, a irritação aumentava."Não seioque falarsobre oque estáacontecendo aqui.Masa prefeita é inteligente e usou bem o momento parafalarsobre assuasrealizações", disse, constrangido,
Shlomo Shoel, presidenteda Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro. Sem respostas – Discurso feito,Marta nãodemonstrou amenorvontadede responderàs perguntasdosrepórteres. Indagada sobre a invasão dos camelôsno centro, disse que a pergunta deveria ser feita ao subprefeito da Sé, Sérgio Torrecilhas.As explicações sobrea JoséPaulinoficaram parao arquiteto Mauro Scazufca, coordenador do Programa de Requalificação de Ruas Comerciais. "Vamos transformar a José Paulino num boulevard, com calçadas mais largas, bancos e mais acessoparadeficientes físicos. As obras devem começar em julho",afirmou Mauro. A verba para o projeto é R$ 2 milhões.
A primeira ruaa ser revitalizada foi a João Cachoeira, no Itaim. Outras,comoa25de
Março– cujasobrasvão começar dia 27 – e Joaquim Nabuco, no Brooklin também serão reurbanizadas. Embora tenhaverba deR$ 2milhões,a participação financeira da Prefeitura é mínima. "O custo não deve ultrapassar os R$ 700 mil e os lojistas da região entram com 70%
deste valor. Temosainda o suporte financeiro doBanco do Brasil", avisaShlomo Shoel.Enquanto aprefeita discursava, circulava um termo de adesão, onde os lojistas se comprometiama pagarR$ 250,00 por metro linear da calçada de seu imóvel. Wladimir Miranda
Fotos:EvandroMonteiro/DignaImagem
Foi no carnaval que passou... A saudade dos músicos Zé Kéti e Pereira Matos expressa em Máscara Negra – última marchinha de carnaval feita "à moda antiga" – prenunciava o fim de uma era carnavalesca romântica, dos corsos de rua e dos bailes de salão. E também dos lançaperfumes.
Essa ampola de vidro ou metal –hoje considerada entorpecente –, foi durante a história do carnaval brasileiro peça obrigatória nas folias de rua e salão, fazendo do carnaval por quase 100 anos uma festa essencialmente perfumada.
forte conotação oriental, pois o Oriente era então um lugar distante, misterioso e inatingível, mexendo com o imaginário popular", explica Alysson, que se fantasiava de pirata, árabe e cigano quando pequeno.
"Havia até confetes e serpentinas odorizados, uma herança do carnaval italiano do século XVIII. Mas desde o final do XIX é que se tornou comum aos foliões comprarem nos camelôs – que já infestavam a cidade – pequenos frascos de perfume e potes de talco, para atirarem uns nos outros em divertidas guerras", conta o antiquário e carnavalesco
Alysson Camacho
Gonçalves.
Coleção – Em suas andanças atrás de curiosidades e antiquariato, Alysson amealhou uma significativa coleção de objetos carnavalescos, inclusive uma ampola de vidro intacta da lança-perfume Pierrot, de 1910, fabricada em São Paulo, que apresenta um selo de 600 réis colado na parte interna do rótulo envelhecido. Ele mostra também dois potes de talco, importados da França, decorados com a figura do Arlequim; uma ventarola com o rosto de uma Colombina anunciando a (carnavalesca) Colônia Thompson; dois vidros de perfume em formato de elefante montados por hindus e outro em formato de chinês, todos vazios.
Uma peça de destaque na coleção é uma adaga de fantasia, com o emblema da cidade de Veneza gravado na lâmina, e de cujo punho encrustrado de pedras falsas podia-se lançar perfume nos outros.
"Antigamente o carnaval tinha uma
Essa era também a época dos corsos, realizados nas principais avenidas da cidade, como a Paulista e a São João, em São Paulo. De mão dupla, a bordo de valentes "fordinhos" conversíveis, os foliões travavam entre si verdadeiras batalhas de talco, lançaperfume, confetes e serpentina quando se cruzavam, numa alegria que era transportada aos salões de baile dos clubes. Rhodouro – A mais popular entre todas as marcas de lança-perfume comercializados no Brasil era a francesa Rhodouro, lançada mundialmente no final do século XIX, e aqui no carnaval de 1907. Seu sucesso foi tamanho em terras tropicais que, em 1919, a Rhodia, empresa fabricante, constituiu uma subsidiária –Companhia Chimica Rhodia Brasileira – com sede no consulado brasileiro em Paris. Dava início aí à construção de uma unidade nacional para a produção de seu mais famoso produto, uma febre entre os brasileiros. No ano seguinte, em fevereiro de 1920, a Rhodia começou a erguer a fábrica num terreno entre o rio Tamanduateí e a estrada de ferro que ligava o porto de Santos a Jundiaí, no município de Santo André. A produção efetiva da Rhodouro começou em 1921, com as primeiras linhas de cloreto de etila, éter e ácido acético, e depois expandiu-se nos ramos têxtil, químico e farmacêutico. "Naquela época nem se precisava cheirar lança-perfume nos bailes, embora quase todo mundo fizesse isso. Como era usado
O tradicional frasco de lança-perfume
Um tempo em que lança-perfume não era proibido
Por Armando Serra Negra
variados para o perfume que impregnava os salões
para espirrar nas pernas das meninas, o ambiente ficava logo tomado pelo cloreto de etila (o princípio ativo) contagiando todo o salão", revela um folião da época.
Proibição – Tal Colombina e Arlequim, a folia e o lançaperfume deram as mãos até o início dos anos 60, quando o então presidente da República Jânio da Silva Quadros proibiu seu uso e comercialização. Famoso por medidas então antipopulares –como a proibição do uso de biquini para as mulheres, a prática do jogo do bicho e da briga de galo – o já falecido presidente não se baseou no fato do lançaperfume compor uma substância entorpecente para proibi-lo, como era de se esperar, mas devido a um fato significativo e de foro íntimo. Pois o produto era perigoso também se atingisse os olhos das pessoas – o que vivia acontecendo sem danos maiores. Mas para Jânio, o que causou seu caricatural estrabismo foi um espirro de lança-perfume na infância.
Se antigamente o lançaperfume era a coqueluche do carnaval, usado para a diversão até das crianças, que ganhavam dos pais seus tubinhos para brincar o carnaval, hoje é considerado entorpecente pela vigilância
sanitária, e seu uso é considerado crime. Com a fabricação proibida no País, ele aparece nessa época do ano, contrabandeado de lugares como Argentina, Paraguai e Uruguai, onde o uso é legal, sendo vendido como inseticida. Contra-indicações – Além do risco de prisão, o lançaperfume pode afetar a respiração, levar à sensação de estrangulamento, palpitação do coração e asfixia. Pode ainda causar parada cardíaca aguda, choque anafilático e colapso dos órgãos, causando a morte.
Em formato de elefante (ao lado) e tipo ampola (abaixo) são outros frascos da coleção
É hora de aquecer as solas dos pés e vestir a fantasia. Para que não falte inspiração, nossos entrevistados revelam suas melhores histórias de Carnaval.
Por Juliana de Moraes
Amagia das festas de Carnaval vem de longe. Teve início na África, entre os egípcios, há mais de 3.000 anos, segundo registros de historiadores. Mas, como se estivesse predestinada a desembarcar no Brasil, a folia foi se aproximando, passando pela Grécia e mais tarde pela Itália. Aqui, não há como precisar quando ocorreu a primeira festa de Carnaval. O que se sabe é que tudo começou com uma
Eles sãosóboaslembranças quandoo assuntoé Carnaval. De Olinda aSalvador, passando pelo Rio de Janeiro, nãofaltam históriasparacontar. E inspirar quem está se preparando para os quatro dias de festa que começam amanhã. "Foi um dia emocionante, nunca mais vou esquecer", dizDeborah Secco, atriz datelenovela Celebridade, da rede Globo, e ela própria uma celebridade. Deborah conta que sua melhor lembrançacarnavalesca estábem guardadanainfância."Eu tinha cinco anos de idade quandopedi àminha família para participar do desfile de fantasias deCarnaval namatinê do clube", descreve. A festa aconteceu no Marina Barra Clube, que fica na capital carioca. "A fantasia que eu vestiaera baratinha,nadaespecial, feitadepedaçosdetule pretoe fitasprateadas.Acho queera debailarina".O quea atriz lembra em detalhes é a sua participação no desfile. "Lá estava eucomminhasbotinhas pretas na passarelae enfrentando bravamente a platéia quando pisei num prego. Não
brincadeira da época do império. O entrudo, o primeiro nome para o que depois viria se chamar de Carnaval, estava mais para bagunça do que para festa em 1.600. Eram comemorações de rua que regadas a ovo podre e esguichos de água de origem, digamos, duvidosa.
A brincadeira contava com um fã ilustríssimo: Dom Pedro I. E, como se o gosto pela festa fosse hereditário, depois passou para o filho
Dom Pedro II. Mesmo com a simpatia das gentes, o entrudo foi proibido em função de algumas mortes, mas o Carnaval não. Hoje, o Brasil sedia a maior e melhor festa do planeta quando chega fevereiro. E com direito a muitas e muitas histórias, vividas pelos mais diferentes personagens. Do paulista que foi parar em Salvador porque amava o Carnaval ao carioca que não quer mais sair de Olinda. Abaixo, memórias de foliões apaixonados.
Vai a festa, ficam boas histórias para contar
perdio rebolado.Segurei as pontase fuifirme atéretornar para os bastidores", afirma. Omelhor ainda estavapor vir: Deborah acabou vencendo o concurso de fantasias. A festa da família foi tanta que tornou o dia inesquecível. Fisgado pelo trio - "Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu", já diziao hino ca rn av al es co de Caetano Veloso. Benson Acohamo, umbaiano criado no Riode Janeiro (RJ), levou tão asério o ditado quedeixouparaofim da festa do trio elétrico o socorro ao corte da perna que mereceu nada mais, nada menos, do que dezesseis pontos de sutura no Carnaval de 2001. "Estava com amigos emSalvadorna festa, queconsideroumadas
melhores que já experimentei. Naquele ano fui convidado a ir para o alto do trio elétrico e, numa tentativade descer,deixeiopéescapar deumdosdegraus. Literalmentedespenquei para dentro do trio", diz. O folião, que tomou um susto nahora, levantou-see, emboracom bastante dorpelo corte nacoxa, nãotitubeou: a festa estava boa demais. A perna teveque esperar."Faria tudonovamente. Naquelemomento tudo poderia esperar", afirma Acohama, que é diretor dearte da agência de internet SFBIZ. Mudança de endereço - Amudança deMárcio MonteiroBeberparaSalvador há quatroanos nãosedeu por acaso. Foi fruto de muitos carnavaisno Nordeste e bastante estudo, mais tarde, paraingressar no grupo de práticos que servem o porto da capital baiana.
Ele, filho
de pernambucana com capixaba, foi criado na cidade deSantos (SP), mas ainda garoto partia quase todosos anos para o No rdes te como intuito de visitar a família e passear. "Arelação de muitocarinho passou apaixãoarrebatadora na adolescência quando, aoperceber ocalor das festas e das pessoas, decidi que queria ficar na regiãoparao restodos meus dias", afirma ofoliãoconvictoe, principalmente, fiel a todas as comemorações. Beber não sabe precisar em que momento tomoutal decisão, "pois foram muitos carnavais". Ele conta que, em alguns anos,até faz promessas para passar asfestasnumritmo maistranquilo, "mas ao tocar dos tambores a terra treme e simplesmente não consigo permanecer quieto.Vou atrás do trio elétrico", confessa o prático, que seconsidera baiano nato. "Nãome imagino mais muitotempo foradaqui.
Pioneiro do "cinema verdade" dos anos 60, com forte preocupação social, que inspirou diretores na França e nos Estados Unidos, o etnólogo e cineasta francês Jean Rouch morreu, num acidente de carro no deserto da Nigéria, África, na última quarta-feira, aos 86 anos de idade. Realizador de documentários famosos na África, preocupado que era
com a sorte do negro africano, Rouch faleceu quando o automóvel Mercedez que o conduzia bateu em uma estrada a 550 quilômetros a nordeste da capital, segundo informou uma rádio local. A mulher dele, o cineasta nigeriano Moustapha Alhassane e o ator nigeriano Damouri Zika ficaram seriamente feridos no acidente. Nascido em Paris, em 31
de maio de 1917, Rouch realizou cerca de 120 filmes, alguns considerados clássicos, como Les Maîtres Fous e Moi, un Noir . Sua dedicação à África iniciou-se após trabalhar naquele país como engenheiro civil, durante a II Guerra Mundial. Rouch também foi diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França e da
Comomeupai diz,essaterra me estragou", conta. Adeus Sapucaí - Aq uele Carnaval tinhamesmo tudo paraseromelhordetodos. E foi.Aindaem 1997,opublicitárioe empresárioPauloVieira já estava envolvidocom os preparativos para fevereiro de 98 em Olinda, Pernambuco. Elee um grupo de 11 amigos publicitários, que juntos alugaram umacasana cidade para passar os quatro diasde festa. "Fazíamos uma reunião por mêsparacombinar detalhes como apinturaquefaríamos na casae asdiferentes camisas que usaríamos durante o Carnaval. Era um motivo para passar o ano fazendo confraterni-
zações", conta. Carioca radicado no Recife há 15anos, Vieiranunca mais voltou à Sapucaí depois que descobriu a folia pernambucana. "O mais extraordinário do Carnaval de Olinda é o improviso:basta olharao redor para perceber que90% das pessoas estão vestidas de modo diferente. Não conheço povo mais hospitaleiro e alegre do que os pernambucanos", explica. Entre umaladeira e outra, o Carnaval de 98 foi marcado porcanções como Davanira, musa de um comercialda rede delojas de tecidosNarciso."Era umgalanteio a uma moça morena na varanda de uma casa", diz. Com Isabela Barros
Cinemateca francesa, entre 1987 e 1991. Considerado um dos pais do "cinema verdade", Rouch exerceu forte influência no Cinema Novo brasileiro. Dizia que "há uma verdade que o filme de ficção não consegue captar – e que é autenticamente real". O cineasta participou da Jornada de Cinema da Bahia, no ano passado.
Nunca uma frase pronunciada nofim de um filme rendeu tanto. Peixe Grande esuasHistórias Maravilhosas ( Big Fish ) é mais um descendentede"Quando a história interfere com a lenda, imprimimos a lenda", que coroava com palavras deouro aobraprima de John Ford O Homem que Matou o Facínora. Quer dizer,omelhor remédiopara umavidadescolorida chamase imaginação. Um exemplo que impressionou,dez anos atrás,foi ode Forrest Gump,o Contador de Histórias . Nele, umpobre coitadocom Q.I.de 75,5(Tom Hanks),limítrofe com adebilidade mental,desponta para uma carreira de astro que o leva a conviver ou até contracenar com Elvis Presley, John Kennedy e Lyndon Johnson, na prova máxima do poder do cinema como agente de falsificação daHistória. Se Kennedy, que morreu em 1963, aos 46 anos, quando Hankstinha sete,como épossível que tivesse apertado a mão dele, já adulto? Pois está lá tela, em imagemirretocável, para desorientar um pesquisador do futuro e força-lo a reescrever a História, com o aparecimento de um novo personagem até então desconhecido. A falsificaçãode Peixe Grande,porém,é de outra espécie.
Por Geraldo Mayrink
Ewan McGregor faz o personagem quando jovem, criando situações nas quais é sempre herói.
Ela é íntima, modesta e de certa forma redentora.Trata-sede umdesfiledas famosashistórias de pescador (como o título sugere), noqual o narrador agonizandocomum câncer (AlbertFinney)não temossonhos degrandezadeForrest
Gump, mas apenas mostrar-se, no fim da vida, comoalguém que mereceu vive-la.Quando jovem(interpretado porEwan McGregor), eleera impossível, ounão– maspreferelembrarse como grande figura humana, grande atleta,grande tudo,ca-
paz atéde enfrentare conquistara amizade deumgigante (Matthew McGregory, que mede de verdade 2,30 metros). Há um peixe mágico, em forma de mulhernua,quenãopode ser pescado, figuras circenses (e uma apariçãomarcantede
Danny de Vito), gêmeas siamesascantoras euma bruxa cujo olhodevidrotemo domde prever a circunstâncias da morte de quem o contemplar. O filmeé também umahistóriade casamento àantiga, comovedoramente romântico, quando
o personagem escreve no céu, com aviões que soltam fumaça, mensagens de amor à sua amada (Jéssica Lange). O filho não o entende e o chama de mentiroso. Ele é casado com uma jornalista francesaque mereceo seguinte comentáriodovelho Finney: "Tudo que ela escreve é real, verdadeiro e sem sabor". Esta é a questão. Tim Burton, o inspiradodiretor de Eduardo Mãos de Tesoura e Ed Wood, está em plena forma como mestre denarrativasem queafantasia falamaisforte quearealidade. Não por acaso, ele começou a carreiracomo desenhistade produção nos estúdios Disney e agora, aos 44anos, éum dos mais originaiscineastas danova geração de Hollywood. Uma de suas marcas registradas é a criação de atmosferas dark, sombrias, como em Batman O Planetados Macacos e A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça. Outra é o humor, que deu qualidade e requinte àparódia da ficção científica de Marte Ataca. Mas o melhor de Burtontalvez sejam estas criaturas sonhadorasde Peixe Grande, Eduardo, aleijadobondoso criadoemlaboratório, eEdwardD. Woody Jr. que viveu de verdade (1922/1978)e foiconsiderado o pior cineasta de todos os tempos –menos paraele,éclaro, homemde imaginaçãoexuberante.
"Então estou morto, e a culpa foi de uma ruiva", diz o narrador, seguindo a tradição de cadáveres que falam, que vai do clássico Crepúsculo dos Deuses ao mais recente Beleza Americana.A tradição manda bala. Mais um golpe perfeito já no título brasileiro de Confidence – o Golpe Perfeito é apresentado nesta trama policial. Trata-se de mais uma prova de que o velho gênero noir, com suas sugestões em ambientes sombrios, não é coisa do passado, embora esteja cada vez mais irreconhecível. Aqui traz algumas máscaras que disfarçam sua personalidade criminosa, pois aparece fantasiado de filme-cabeça. O bando de trambiqueiros chefiado por um certo Jake Vig (Edward Burns) é psicologicamente tão complexo que matar gente não basta para explica-lo. Nem mesmo seu arquirival Gunther Butan (Andy Garcia), que guarda na cartucheira uma balasurpresa reservada para o final. Acima do dois, pelo poder, está um homem esquisito, cheio de tiques nervosos, apelidado Rei (Dustin Hoffman). A bandidagem campeia solta na vida desta gente. Falam e se agridem sem parar. O cineasta James Foley (que também dirigiu
Um golpe perfeito para confundir os espectadores
Por Beth Andalaft
Violência, sexo,drogas, ódio, ociosidade dominam a vida dos jovens. Ao menos a dos que povoam Ken Park (Ken Park), maisrecente filme de LarryClark (de Kids e Bully). Se em Kids Larry já despertou polêmica, pois mostrava crianças envolvidas nesses mesmostemas, agoravaiprovocar muito mais discussão. Ao insistir no tema, o diretor e roteirista erra a mão e ultrapas-
satodos oslimites. Natentativade chocar opúblico, Ken Park chega a ser pornográfico. Atramacentra-seno relacionamento pais e filhos, tomandocomoreferência uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos. Não há ninguém saudável entre os integrantes das quatro famílias que dominam atrama. Ospais são desocupados,fanáticos, displicentes, com taras sexuais.
Os filhos, é óbvio, não ficam atrás.São drogados,preguiçosos, violentos esó pensam em sexo, 24horas por dia.Não há outra atividade que os atraía. Larry,quecontou com Ed Lachman na co-direção, filma seus atores nassituações mais bizarraspossíveis.Quase sempre eles estão nus, transando ou se masturbando. Há desde o pai que agride o filho, porque sente atração sexual por ele, até a mãe que transa com o namorado da filha.O adolescente quemora comos avós é intolerante, agressivo e parte para a pior das violências. A garota orfã de mãe é pega pelo pai, fanático religioso, transando com o namorado e, alémde umasurra, éobrigada a praticar incesto. O tema é atualíssimo, várias dassituações mostradasocuparamo noticiário de vários países,mas Larryperdeua oportunidade de fazer um grande filme, aoceder à tentaçãodechocaro público.O elenco dejovens, todosmaiores de idade para poderem fazer as cenas de sexo explícito, se mostra bemdesinibido diante das câmeras.
Madonna em Quem é Esta Garota? e o trio de ouro composto por Jack Lemmon, Al Pacino e Kevin Spacey em O Sucesso a Qualquer Preço), não está nem aí. Deixa que o pau coma solto, tudo por um assalto que renderia cinco milhões de dólares, e a platéia que se vire para entender. Mas não vale a pena o esforço. Vale só porque é bom de ver comendo salgadinhos e tomando cerveja, como é bom ler gibis, se não se prestar muita atenção (de resto inútil) ao que está sendo mostrado. As cenas correm desbragadamente e que ninguém tente saber onde irão parar. A não ser pelas novidades tecnológicas, como celulares e computadores que remetem dinheiro virtual para paraísos fiscais, pouco mudou no noir, onde todo mundo tem culpa em cartório e ninguém presta. Foley, em vez de usar os correios, manda uma mensagem , velha conhecida do público: a de que o crime não compensa. Tudo desde o tempo dos clássicos como O Tesouro de Serra Madre e O Grande Golpe, nos quais o dinheiro do roubo chega ilusoriamente às mãos dos criminosos. E aí o vento o levou. (GM)
DoJeitoqueElaÉ (Pieces of April) causa um certo desconforto,porque éumadaquelas produções que tem como tema os desajustes familiares, assunto que toca de perto quase todo mundo. Afinal, não hácomo escapar. Ou vive-se em família ou viveu-se em um dia. A de April (Katie Holmes,do seriado Dawson’s Creek )é como tantas outras,cheias dedesencontros, mal entendidos, inveja e disputas. Atrama sepassanoDia de Ação de Graças.April,que sempre foi a ovelha negra da família,moracomo namorado Bobby (DerekLuke, de V o ltando a Viver – Antwone Fisher), no bairro do Brooklin, em Nova York. Ela está prestes a recebera famílianum almoço,poissuamãe estámuito doente. Despreparada para as tarefasdomésticas, elatenta preparar uma refeição adequada. Paralelamente, ofilme mostraafamíliano caminho, durante a viagem. Problemáticos –A mãede April,Joy (Patricia Clarkson, de Dogville, eindicada ao Oscar de atriz coadjuvante por
esse papel) está muito doente, o que faz os demais se preocuparem muito com ela. Beth (Alison Pill, de Confessions of a Teenage Drama Queen) a filha perfeita, interrogainsistentemente a mãe sobre a saúde dela; o filho Timmy (John Gallagher Jr) só faz tirar fotos de todos; a avó (Alice Drummond) não entende o que se passa e Jim (Oliver Platt, de Os Impostores ) opaideApril, éo único confiante na visita.
O problemaé que nãohá boasrecordaçõesde Aprilna família. Elafoi viciadaem dro-
gas, aprontou todas e os familiares se ressentem. Enquanto isso, em seu apartamento, April descobre que seu forno não funciona e ela precisa assar aquele imenso peru. Inicia uma jornada pelos vizinhos, com os quais jamais se relacionou, em busca de ajuda. Revelam-se então outras personalidades entre solícitos e os mais esquisitos possíveis. É uma excelente comédia dramática, com um elencoperfeito, que brilhana interpretação. Roteiro e direção de Peter Hedges (de Aprendiz de Sonhador). (BA)
Psicóloga,mãe deumaadolescente de 15 anos, Tess Coleman (Jamie Lee Curtis, de Halloween: Vinte Anos Depois), está prestes a se casar novamente. Poderia estar muito feliz, mas o problema é queela eAnna (Lindsay Lohan, de Operação Cupido),afilha, nãoseentendem.Elasestão naquelafase emque só vêemdefeitos uma naoutra.Esteé otemade Sexta-Feira Muito Louca ( F r ea k y Friday),remakede Se Eu Fosse Minha Mãe, de 1976, que tinha Jodie Foster no papel da filha. A produção usa o temajá abordadoem filmescomo Tal
Pai, TalFilho , com Dudley Moore, em que há troca de corpos.ComTess eAnnaacontece num restaurante chinês, quandoa proprietáriaobserva as duas discutindo e lhes oferece os biscoitos da sorte. Ao comê-los,elas passam por uma transformação, mas somente no diaseguinte descobremestar uma no corpo da outra. Inicialmente, ambas se espantam edescobremdefeitos. Emseguida, desesperam-se, pois o casamento de Tess será em poucos dias. Entram em cena, então,as situações clássicas. Tess perce-
bequeestava sendoinjusta com a filha, enquanto Anna reconhece os cuidados que a mãe tinha com ela. Mas como a vida não pára,uma tem que irà escola ea outra, aotrabalho. Assim, as duas se vêem em situações constrangedoras. Tess como namoradinhodafilha. Anna com os pacientes da mãe. Com leveza e humor, sem ser chato, Sexta-Feira Muito Louca mostra quepaise filhos só precisamser maistolerantes paraquea relaçãofluasem maiores conflitos. Destaquese que as atrizes saem-se muito bem em seus papéis. (BA)
DVD/VÍDEO
MORTE EM DISCUSSÃO
A Vidade
David Gale
– Estedrama coloca em xeque a pena de morte. David Gale estánocorredor damorte,condenadopelo estupro e assassinato de uma colega, que com ele integravaumgrupo que combatia exatamente esse tipo de punição penal. Ele resolve dar sua única entrevista à repórter Bitsey e à medida que narra sua história,vão surgindo evidências de que ele é mais uma vítima de um erro judicial. Apesarde, em alguns momentos, soar inverossímil, é um filme instigante, queprende aatenção doespectador doinício aofim. Com Kevin Spacey, Kate Winslet e Laura Linney. Direção: Alan Parker.Duração: 130 minutos. DVD/VHS. Universal
D om –Ad apt açõ es de grandes clássicos da l i te rat u ra sempre serviram aos estudantes pouco afeitos à leitura. Mas esta, do brilhante Dom Casmurro, de Machado de Assis, não sepresta aesse papel.Simplesmente porque transposta para a atualidade, a trama perdeu seu principalmistério: Capitutraiu ou nãoBentinho? Comteste de DNA não há suspeita que resista. Bento, apelidado de Dom, reencontra Ana, amiga de infância, a quem chama de Capitu. Casamse e a partir daí surgem as dúvidas de Dom, que vê noamigo Miguelumrival. ComMarcos Palmeira, Maria Fernanda Cândido eBruno Garcia.Direção: Moacyr Góes. Duração: 91 minutos. DVD/VHS. Warner
A comédia romântica Quero FicarCom Polly (Along Came P ol l y )começa da forma que elas geralmente acabam:num casamento. Mas Reuben Feffer (Ben Stiller, de Zoolander e Os Excêntricos Tenembauns, entre outros) não vaiviver feliz para sempre.Ao contrário, ele é abandonado pelamulher Lisa (Debra Messing, de Dirigindo no Escuro e do seriado Will & Grace) em plena lua de mel. Ela o troca pelo francês Claude (Han Azaria,de Os Queridi-
Por Beth Andalaft
nhos daAmérica), instrutorde mergulho. Reuben retornaà suarotina de peritode umaseguradora. Acostumado a calcular todos osriscos, elesempreacreditou ter controletotal sobresua vida. Nem mesmoo inesperado interesse damulher poroutro o faz mudar.Ele continua metódico,organizado eprevisível. Até que reencontraPolly (Jennifer Aniston, doseriado F ri e nd s ), com quemestudou nasétima série.Desorganizada, despreocupada, viciada em comida picante, ela é a pessoa menos indicada para Reuben. Mas emcomédia romântica os opostos sempre se atraem e, assim, lá vão os dois tentar um relacionamento. Escrito e dirigido por John Hamburg (de Entrando Numa Fria e Zoolander), QueroFicar comPolly repete as situações costumeiras do gênero, apela para a escatologiaetempera ahistóriacom três personagensque agregam valor graças àseus interpretes: Hank Azaria está hilário como o instrutor francês, Philip Seymour Hoffman (de Quase Famoso s )dominaacena como Sandy, o melhor amigo de Reuben,e AlecBaldwin (de O Ga to ), caricato como ochefe de Reuben, diverte. Merece atenção tambémofurão, bicho de estimação de Polly.
As duas irmãs envolvem-se com o conquistador italiano, mas não têm boas experiências.
"Filosofices" na tentativa de fazer cinema de qualidade
A falta de assunto no cinema tem sido tão grande que já andam falandomal atédo velho e bom sexo. E a intrépida diretora Catherine Breillat não se emenda nesta campanha desmoralizadora. Para Minha Irmã ( À ma Soeur) conta a infeliz travessura de duas menores de idade, Elena (Anais Reboux),magra, eAnais(RoxaneMesquita),gorda, irmãs em férias tediosas numa praia, em companhiados pais.Uma dá,aoutracome. Elassãorivaismas também cúmplices enquantoesperama hora da estréia na vida sexual, aceleradaspelocalor dosoldeverão. Umcafajeste italiano(Libero di Rienzo) pousa como um corvoemsuas vidas.Amagra consegue, mesmo com grande desgosto, a gorda nemisto – e
Por Geraldo Mayrink
suas vidasterminam emdesastre. Esta é a história criada pela cineasta que, aos 56 anos, tem noseu currículo oitolivros publicados e, acreditese quiser, uma co-autoriado roteiro de E la Nave Va, de FedericoFellini.Além,éclaro, de um filme inesquecívelem todos os sentidos , Romance, feito três anos atrás. Foi esta obra inacreditável que lhe garantiu a fama pela sua intrepidez, por libertarocinema-pornô das constrangedoras "salaspara homens" e coloca-lo nas "salas dearte", ondeas melhoresfamílias podiam ver em sossego cenas de felação, masturbação esexo anal,tudoem ricosdetalhes."Pintos finosnão são nobres",ensinava umapersonagem.
A coragem, aqui comono
Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra – Aventura em grande estilo. Quem não tem saudades das histórias de piratas? Jack Sparrow perdeu seu navio Pérola Negra para Barbossa e tenta recuperá-lo a todo custo. Quando a cidade de Porto Royal é atacada e Elizabeth, a filha do governador raptada, Jack ajuda o apaixonado Will a resgatar a jovem. O que eles não sabem é que a tripulação foi atingida por uma maldição, transformando-se em mor tosvivos. Ação, suspense, mistérios e efeitos especiais dão cor e sabor ao filme. Johnny Depp está brilhante como Jack. Com Geoffrey Rush, Keira Knightley e Orlando Bloom. Direção: Gore Verbinski. Duração: 143 minutos. DVD/VHS. Buena Vista
PODER ASSUSTADOR
Sinais do Mal – Pordiferentes crimes, os quatro homens foram parar na mesma cela. O empresário que cometeu fraude, o transexual, o retardado mental que comeu a irmãzinha e o intelectual que assassinou a mulher, sóqueremumacoisa: escapar dali. Derepente cai nas mãos delesum misteriosolivro, diário de um prisioneiro daquela mesmacela noinício doséculo. Escrito em latim,contém poderesincríveis. Estranhosfenômenos passam aocorrer. Os quatro supõem que a fórmula mágica os levará para fora da cela. Mas elesnão têmidéiade ondeirão parar. Assustador!Com Gerald Laroche, Phillipe Laundebach. Direção: Eric Valette. Duração: 86 minutos. DVD/VHS. Imagem
outro filme, é a de reduzir o sexo a uma série de movimentos deida evinda,alguns gritose sussurros e depois uma enorme sensação devazio e repulsa. Madame Breillatnão teme o ridículo nem a galhofa. Como antilibertina militante, discorre sobre a mais selvagemdasemoçõesatravés de uma narrativa gelada e que parece desagradávelatépara os atores quefornicam impassivelmente, parecendosonâmbulos. Seguindo a melhor tradição intelectual do cinema francês "de qualidade", eles fazem isto entre literatices filosofantes ("Vouensinar-lhe tudo sobre o amor", "você tem olhos durosenquanto os meus são fluidos"). Tenham a santapaciência. Sinceramente, assim não dá.
POLICIAL DE SEMPRE
A FaceOculta daLei –Embora seja um filme repetitivo, com um tema recor rente, aborda um assunto muito presente no cotidiano: a atuação da polícia. Eldon é o policial veterano, acostumado a fazer os fatos se encaixaremna
cial. Bobby é o novato, que ainda seenoja com aviolência e corrupção. Parceiros, eles conseguem ser mais violentos que os bandidos que investigam.Porém, a situação chegaa tal ponto, que Eldon não tem outra saída senão denunciarseus superiores.Parafãs dogênero vai agradar muito.Com Kurt Russell,ScottSpeedman, Michael Michelee Ving Rhames. Direção: RonShelton. Duração:118 minutos. DVD/VHS. Europa
de equipamentos de informática e comércio atacadista de equipamentos de informática e comunicação.
NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As práticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme e consistentes com aquelas utilizadas no exercício anterior.
NOTA 3 - PRÁTICAS CONTÁBEIS
a- As receitas e despesas são reconhecidas em conformidade com o regime contábil de competência do exercício.
b- A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em montante considerado suficiente para a cobertura de eventuais perdas com base na análise das garantias e riscos de realização dos créditos.
c- O estoque de material para revenda está demonstrado pelo custo médio histórico de compra, que não excede o valor de mercado ou custo de reposição.
d- O imobilizado em locação está registrado ao custo de aquisição.
e- A depreciação é calculada com base nos contratos de locação.
f- O imposto de renda está calculado à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescido do adicional de 10% e a
9% sobre o lucro tributável.
g- As estimativas contábeis,
VICE-PRESIDENTE José Carlos Moraes Abreu
Olavo Egydio Setubal CONSELHEIROS Paulo SetubalRaul Penteado Plínio do Amaral Pinheiro
DIRETOR PRESIDENTE Paulo Setubal
DIRETORIA
DIRETOR SUPERINTENDENTE Gabriel Antonio Marão
DIRETORES Cláudio Vita FilhoJesus Francisco Ramon Barreiro Boelle Geraldo José Belini AmorimRicardo Egydio Setubal*
Guilherme Archer de Castilho * Diretor de Relações com Investidores
CONTADOR Ewaldo Michalani Isaias - CT CRC 1SP141159/O-9
Os moradores da região metropolitana doRio de Janeiro vão viajar menos neste carnaval. A constatação é de pesquisa realizadano últimodia 11, Federação do Comércio do EstadodoRiodeJaneiro, com 1.330 pessoas. Pela pesquisa, 29,77%dos entrevistadostêm intenção deviajar nocarnaval desteano, contra 38,28%no ano passado. Osuperintendentede Desenvolvimentoda Fecomércio, José Sette, atribuiuoresultadoàqueda da renda docarioca.“Após um anodifícil, osconsumidores estão mais cautelosos”, diz.
A Região dosLagos será o destino preferidode quemvai sair do Rio, com 50,51%. A Costa Verde, litoral sul do estado, ficou em segundo lugar, com 7,58% do total. (ABr)
Examinamos os balanços patrimoniais da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec Philco levantados em 31 de dezembro de 2003 e 2002, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos
quando comparados com os
que se poderia obter na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros ajustado com base na taxa de juros vigente no mercado, se aproximam do seu correspondente valor de mercado. A Empresa não realizou operações com derivativos no exercício de 2003.
NOTA 16 - CÁLCULO DO EBITDA O cálculo do EBITDA foi realizado considerando-se o lucro operacional de R$ 18.306 acrescido de depreciação de R$ 36.371,
registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Paulo, fevereiro de 2004. A Administração Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec Philco São Paulo - SP
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec Philco em 31 de dezembro de 2003 e 2002, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
6 de fevereiro de 2004
Adelino Dias Pinho Contador CRC 1SP097869/O-6
Os agricultores devem colher130,8 milhõesdetoneladas de grãos e de algodão neste ano, segundo a terceira estimativa dasafra 2003/2004da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em dezembro, aprevisãoerade 129,690 milhões de toneladas. Em relaçãoao volumecolhido na safra anterior (122,96 milhões de toneladas),a nova estimativa da Conab aponta para
umcrescimento de 6,2%na produção agrícola. O levantamento foi feito entre os dias 2 e 6 de fevereiro, em 526 municípios das principais regiões produtoras do País. SegundoaConab, oaumentoda produçãode grãosseriamaior semo excesso dechuvas este ano noCentro-Oeste ea seca no Oeste do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, que prejudicaram a produtivi-
dade das lavouras. "A produtividade é similar ou ligeiramenteinferiorà registradaem 2002/03. O ano passado foi excepcionalmente bom emtermos de clima", explicou o presidenteda Conab,LuísCarlos Guedes Pinto. No caso da soja, porexemplo aprodutividadeno atual ano-safra deveserde2.737 quilosporhectare,ante 2.800 quilos em 2002/03.A colheita
desojaserá de57,666milhões detoneladas,masem dezembro a previsão era de 58,763 milhões. A Conab ainda não identificou problemas por causa das intensas chuvasem outras regiões. "No momento, não existem estimativas quanto às perdas em virtude das adversidades climáticas no Nordeste,pois naquelaregiãoainda é possível o replantio", diz comunicado da Conab. (AE)
TELEVISÃO/ESCOLHA REGINA RICCA
SEXTA, DIA 20
Carnaval entra em cena na Globo e Cultura O baticumdo Carnaval2004 começoue aTV nãovai deixar,claro, deexibir essaque éa nossamaior festapopular.Globo eCultura exibema partirde hoje, a partirdas 22 h, o desfiledas escolas do Grupo Especialde São Paulo direto do sambódromo, no Anhembi. No sábado, a partir do mesmo horário, vai ao ar a segunda parte do desfile paulistano, que se encerra já na manhã de domingocom odesfile daúltima escolaa entrarna avenida,a Nenêde Vila Matilde. No domingo, começa a transmissão da festa carioca em seguida ao Fantástico,que teráapenas 45minutos deduração, e,na segunda-feira, após o Big Brother entra no vídeo o segundo dia do carnaval do Rio. Segunda e terça-feira,dias 23e 24,a Globo vaiexibir, às15h45, compactosdos melhores momentos dos desfiles do dia anterior. A apuração de São Paulo será exibida às 9h30 de terça-feira, dia 24, e a do Rio de Janeiro, às 15h45 de quarta-feira, dia 25.
‘60 Minutos’ investiga o dote e a gripe Uma alternativa interessante para quem prefere fugir das transmissões da festa de Momo é sintonizar no canal GNT hoje, às 23h30, para conferir o ótimo programa 60 Minutos, que acaba de festejar 35 anos de atividades na TV americana. Na noite de hoje, o programa vai exibir reportagem sobre a origem misteriosa, paraos cientistas, dagripe que reapareceu naChina e quejá ocasionou o sacrifício de milhares de aves naquele país. O programa traz ainda uma entrevista como atorRobert Duvall realizadaem BuenosAires, terrade sua atual namorada e cenário de seu último filme como ator e diretor, O Tango e o Assassino (2002), em cartaz na cidade. Duvall fala de seus principais papéis em filmes marcantesde Francis FordCoppola, como O Poderoso Chefão e Apocalipse Now.Para encerraro 60 Minutos trazainda umareportagem sobrea polêmica gerada na Índia sobre a tradição de a família da noiva pagar dote. Isso está setornando tão caroque vem resultandono assassinato demilhares de mulheres que não tiveram como pagar sua cota.
Carmem Miranda é tema de documentário Portuguesa com certeza mas brasileiríssima no coração e nos adereços, Carmem Miranda é uma das atrações deste sábado de Carnaval, às 18 h, na tela daTVCultura,queexibeo documentárioAEmbaixatrizdoSamba,direção de Cristina Fonseca.O programa aborda a trajetóriada ‘Pequena Notável’ nos dez anos poucoconhecidos de sua vida artística noBrasil, antes de se tornar estrela internacional, e o reflexo desta fase nos 14 anos que Carmem viveu nos EUA.Trechos raros de suas participações emprogramas da televisão americana, como o Jimmy Durant Show de filmes de época e dos musicais que lhe consagraram no Brasil eno exterior também recheiam o documentário, que traz ainda depoimentos de amigos, familiares, como a irmã de Carmem, a também cantora Aurora Miranda, e de personalidades como Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Braguinha (compositor), José Lino Grunewald e Vadeco, músico, integrante do Bando da Lua.
DOMINGO, DIA 21
Rei Leão é a estrela do Disney Channel Um filme para ganhar corações e mentes de adultos e crianças, O Rei Leão, um dosmaioresclássicosdaDisney,ganha exibiçãonestedomingo,às20h,no Disney Channel.Com umatrilha lindíssima assinadapor EltonJohn (ganhadorade doisOscars) euma históriaemocionante comtoques de Rei Lear, de Shakespeare, ofilme tem como personagemprincipal da tramao leãozinho Simba, filho do sábio e bondoso rei Mufasa, que não vê a hora de crescer e virar rei. Aconteceque Mufasaé mortopelo irmão malvado,Skar, ea partirdaí a história ganhar outro rumo. Prepera-se para rir também com Timão e Pumba, dois animais que praticam a relaxante filosofia "Hakuna Matata".
SEGUNDA, DIA 23
Humor de Monicelli no Telecine Happy Aindana linha"queroesquecer oCarnaval",nadacomo aproveitaralguns bonsfilmes quea TVprogramou paraestes feriados.A partirde segundae até quinta-feira, sempre às 22 h, o Telecine Happy exibe uma minimaratona Mario Monicelli,considerado o pai dacomédia italiano, e diretorde alguns bons e inesquecíveisfilmes como Rosy Furacão (segunda),com Gerard Depardieu, Viagem com Anita (terça), com trilha de Ennio Morricone e estrelado pelaamericana GoldieHawne peloitalianoGiancarlo Giannini, Mor tadella (quarta), protagonizado pela bela Sophia Loren, que interpreta uma italiana que viaja para os EUA para encontrarseu noivo, mas acaba presa no aeroporto por trazer uma mortadela na bagagem, e finalmente O Incrível Exército de Brancaleone comédiaindicadaà Palmade OuronoFestival deCannes que traz no elenco Vittorio Gassman e Gian Maria Volonté.
Por Sergio Paula Santos
A Alsácia, no "Departamento" do Baixo – Reno é hoje politicamente francesa. Cultural e historicamente é porém alemã.Alíngua, oalsacianoéum dialeto alemão. AAlsácia pertenceu ao Sacro Império Germânico até 1681, quando passou afazer parteda Françaaté 1870. Desse ano até 1918 esteve novamente sob domínio alemão.Derrotada a Alemanha na primeira guerra mundial, voltouaintegrar aFrança,à qual pertencedesde então,excetuando-seo períodoentre 1939/1944,quandofoi mais umavez anexadaàAlemanha. Como se vê oatual território francêsestevesoba tutelado país, apenas por274anos... e, culturalmentesempre foi alemão. Paradoxalmentefoina
Leona Cavalli entra em cena como Medéia. Depois do Carnaval.
Por Sérgio Roveri
Acarreira da atriz gaúcha LeonaCavalli, 33anos, seassemelha um pouco ao ambiente daqueles clubes exclusivos, aosquaissótêmacesso personagens altamente recomendadas e portadorasde um pedigree acima de qualquer suspeita.Fazemparte deseu currículo, apenas para citar algumas mulheres que ocupam a primeira fila,Blanche Dubois, de Um Bonde Chamado Desejo, Ofélia, de H a ml e t , Sônia, de Tio Vânia, Geni,de Toda Nudez Será Castigada, e Cacilda, a personagem-título do espetáculodo GrupoOficinabaseadona vida deCacilda Becker. Nos próximos dias, este seleto clube abrirá suas portas para recebersuamais novaconvidada, Medéia – se é que se pode chamarde novaumamulher que já passou dos três mil anos, embora mantenha conservadíssimasua sede de vingança. Memórias do Mar Aberto – MedéiaConta SuaHistória, texto deConsuelode Castro,entra em cartaz dia três de março no Teatro Sérgio Cardoso, trazendoLeonaCavalli na peleda desnaturada heroínada tragédia grega que, ao ser abandonadapelo maridomaisjovem, decidepôr fimàvida dospróprios filhos.
Atualização – Aospuristas, um avisodeextremaimportância: a Medéia de Consuelo de Castro é livremente inspirada, embora não siga passo a passo, na trilha deixada pela Medéia original esculpida por Eurípides.Trata-se, agora,da atualização do mito por meio de uma versão com toda flexibilidade poéticaque adramaturga foi capaz de abarcar. Um exemplo: o que desperta a fúria desta Medéianão épropriamenteo adultério,e sim uma aliança políticafirmadaentre seu marido Jasão e o rei Creonte. Agora outro: ela também não decide matar os filhos com oúnico propósitode sevingar do marido. Por meio do assas-
sinato,Medéia, acredita estar livrando as crianças de uma escravidãoiminente. "Ahistória agora é narradasob um ponto devista essencialmentefeminino", diz Leona, que atravessa uma fase cuja produtividade beiraaestafa –além dapeça, está no elenco da novela Da Cor doPecado , aprimeirade sua carreira, e participa de quatro longas-metragensprevistos para entrar em cartaz este ano (leiabox). "Otítulo doespetáculo já deixa isso bem transparente. É Medéia quem conta sua história e torna público que temuma missão a cumprir: resgatar a dignidade humana perante os deuses. Ela é uma pacifista, uma conciliadora, umadeusa que decide optar pela condição humana. E, de tão humana, leva adiante o plano de matar os dois filhos após ver seu marido migrar para os braços de uma mulher mais jovem e ainda aderir a algumas alianças espúrias". Paradar contadoscaudalososdiálogos desuapersonagem, que ora fincamos pés na
literatura clássica e ora adotam tonalidades mais coloquiais, Leona vem ensaiando oito horas por dia, uma rotina que não será quebradanemduranteo carnaval. O convite para viver Medéia foi feitopelaprópria Consuelo, hápouco mais de um ano, quando a atriz estava no Paraná filmando Cafundó longa-metragem que marca a estréia do ator Paulo Bettina direção. "Era umpapel com o qualeusonhava,é claro.Mas para daqui uns dez ou vinte anos. Não penseique pudesse fazer esta personagem tão cedo", diz a atriz. "Mas a Consuelo me garantiu que não haveria nenhum problema caso esta Medéiafosse feitapor uma mulher mais jovem". Preparada –A atrizafirma quea certezadeque seencontravapreparada para opapel surgiu de uma situação cotidiana. "Um dia eu estava em casa,pensando emtodas as coisas que eu tinha desistido de fazer por amor a uma outra pessoa.Foiquando meveioo estalo: mas isso é Medéia. Ela
Leona na Telona
Conheça os quatro filmes com Leona Cavalli que estréiam em 2004 e um novo que ela começa a rodar no meio do ano:
OLGA – Cinebiografia de Olga Benário Prestes, primeira mulher do líder comunista Luiz Carlos Prestes, feita a partir do bestseller de Fernando Morais. Dirigida por Jayme Monjardim, Leona vive a personagem Maria Werneck, companheira de cela de Olga.
CAFUNDÓ – Dirigida por Paulo Betti, é a história do exescravo João de Camargo (papel de Lázaro Ramos), que mais tarde se tornaria um curandeiro adorado por milhares de pessoas. Leona vive a mulher de Cafundó
QUANTO VALE OU É POR QUILO – Nova investida do cineasta Sérgio Bianchi, que faz uma impiedosa análise do
mercado financeiro a partir de uma família de classe média. Sua análise do mercado começa no século 19 e chega aos dias de hoje.
CONTRA TODOS – Filme de estréia de Roberto Moreira, professor da USP, que acaba de participar do Festival de Cinema de Berlim. É a história de quatro pessoas de uma família de classe baixa expostas à pobreza extrema na periferia de São Paulo. MIL ANOS DE ESPERA –Primeiro longa-metragem da diretora Gisela Callas, que narra a história de amor de um casal que poderia muito bem ser Eros e Psique. As filmagens devem começar no fim do ano. (SR)
Alsácia, em Riquewihr, que Rouget de l’Isle compôs a Marselhesa, o hinonacional francês, o hino da liberdade. Com relaçãoà vinicultura, curiosamente os vinhos alsacianos sãomais identificadospela variedade dauva, quepelos vinhateiros que os produzem. A variedade emblemática da Alsácia é a gewurztraminer, cepadifícil depronunciar mas fácil de reconhecer, por seu extraordinário aroma, complexo, potente e duradouro. A Gewürztramineré encontrada tambémemoutras regiões, como no Palatinado (Alemanha),na Stíriaaustríaca, na Hungria, na Austrália na Nova Zelândia e pouco na Califórniae Argentina, masdesenvolveinteiramente seupotencial na Alsácia. É um dos casos maiscaracterísticosde
a da p ta çã o perfeita de uma variedade de uva, com um solo e com um microclima, ou em uma palavra, com um"terroir". "Gewürtz" c o rr e s p on d e em alemão a ervas, condimentos,especiarias e"Traminer"é uma variedade de uva, também aromática, cujo nome deriva deTramin ou Termeno, no Alto Adige, Tirol italiano. A Gewürtz traminer é considerada uma mutação, mais aromática,da Traminer, razãopela qualé conhecida também comoTraminer Aromatique. Emborareconhecidana Alsáciadesdea IdadeMédia,ava-
riedadesó tomou adenominação de G e wü r z tr aminer no século XIX. Escolhemos para esta degustação, dois e x em p l ar e s da variedade, do mesmo produtor Vind’Alsace. Confira os resultados abaixo: DOPFF&IRION, GEWÜRZTRAMINER - 200 Importador – CasaSanta Luzia – alameda Lorena 1471 telefone 3083-5844 –Preço na loja: R$ 54,00 Vinho de coloração amarelo - palha, límpido e brilhante, mas espesso. O aroma é potente, lembrando rosas e lichia. Na bocao vinhoseexpande,em
uma gamade saborescitrinos, frescos (pelaacidez), redondo e equilibrado. Asensação subjetiva de doçura não é dada pelo açúcar, pois ovinho é seco, mas pelas características da variedadee pelascaracterísticas davariedade epelo equilíbrio do teor alcoólico(13ºG.L.)–açúcar/acidez. Acompanha bempeixes delicadosecondimentados emesmo aves.Boa relação custo benefício.
Avaliação - 87/100
CHÂTEAUDE RIQUEWIR -LES SORCIÈRESGEWÜRZTRAMINER-2000
Produtor Dopff&Iron, Riquewir
Importadora Casa Santa Luzia – alameda Lorena, 1471 telefone 3083-5844 –Preço na loja: R$ 81 Produzido para ser o de me-
tambémabandonou umpaie um reino pelo amor de um homemquemais tardeatrairia". Por uma dessas ironias do destino, o convite para a peça chegou enquantoLeona continuava mergulhada nestas divagações. Memórias doMar Aberto é ambientada emumcais do porto, em um cenário dominado pela silhueta de Argo, a lendáriaembarcação queum dia foi utilizada por Medéia e Jasão para a viagem até Corinto, mas que agora jaz encalhada.Os ensaios, atésemana passada, estavamsendo realizadosem umadassalas daOficinaCulturalOswald deAndrade,no Bom Retiro, mas a partir desta semanaocupam oTeatroSérgio Cardoso. "Este espetáculo não é uma adaptação da história deMedéia, comoocorreu com Gota d’Água",diz a atriz. "Todaa mitologia gregaé mantida, mashouve, sim,um abrasileiramentoda personagem. Os ideais que ela defendia se encaixam perfeitamente na sociedadebrasileira atual.Enquanto ahumanidade existir, haverá semprea possibilidade de se viver em paz ou não. A Medéia deste espetáculo prefere optar pela paz". Na avenida – A direção da peçaéde ReginaGaldino,responsável por umdosmaiores fenômenos de bilheteria dos últimos anos, o espetáculo Intimidade Indecente,que reúne os atores Irene Ravache e Marcos Caruso.No papelde Jasão está Cássio Scapin. Os atores Rubens Caribe, Francarlos Reis, Vanessa Bruno e Gustavo Trestini completam o elenco. Pelo menos hoje, sexta-feira, seriaumpouco deexagerodizerque LeonaCavalli estátotalmente possuída pelo espírito da tragédiagrega: logo mais à noite ela vai trocar a insuportável dor da traição pelo muito mais animado carro abre-alas da escolade sambaGaviões da Fiel, no sambódromo paulista. Depois do desfile, que venham Medéia e toda sua dor. Agora é só confete.
lhor nível da variedade. De coloração amareloouro,ébrilhante e denso. Aroma característico da variedade, penetrante e com retro olfato longo. Na boca é complexo, denso e equilibrado. Retro gostoduradouro.
Avaliação –84/100
Cotações Razoável (de 50 a 60 pontos sobre 100), B om (entre 60 e 70) Muito bom (entre70 e80), Ótimo (entre 80 e 90) e E x ce l e n t e (acima de 90).
EYMAR MASCARO
JoséDirceuestácomo técnicodefutebol:prestigiado. Porquem? Pelopresidente doclube. Nocaso doministro, prestigiado pelo presidente da República. Dirceu está firme no cargo. Certo? Errado.
O próprioministro declarouque deixa ocargo sesair a CPI da Propina no Congresso. Então, Dirceu está tão firme no ministério como Juninho estava firme como técnico do Corinthians.
A CPI podenão dar em nada. Pode virarpizza, mas tem tudo para ser instalada no Senado. O senador Antero Paes de Barros conseguiu quase que o número mínimo de assinaturas – 27 de um total de 81– e deve ler o requerimento em plenário depois que o rei momo tirar a fantasia do carnaval.
O PT tem mais uma dívida de gratidão com o presidente do Congresso, José Sarney, que decretou um recesso branco atéo dia2demarço. Atélá,nenhumavotação ocorreráno plenário do Senado.Sarney só não dá nóem pingo dágua porque ainda não precisou.
REFORMA
O escândalo Diniz pode apressar a reforma política, como admitemos dirigentes partidários.Um dositensda reforma é a introdução, na legislaçãoeleitoral, dofinanciamento público das campanhas,que evitaria as doações docrimeorganizado e dos empreiteiros aos principais candidatos.
A LISTA
Um dos pontos de atrito no projetode reformapolíticaé o que introduz na legislação a lista decandidatos dospartidos.Oeleitor deixariadevotar no candidato e passaria a votar no partido. Serão eleitos os candidatos deacordo com suacolocação na lista dos partidos.
FIDELIDADE
Outroitemdoprojeto vai merecer debate entreos grupos que apóiam e repudiam a volta do instituto da fidelidade partidária. O projeto prevêque ocandidato quemudar de legenda depois de eleito pode perder O mandato. O mandato passa a pertencer ao partido e não ao candidato.
DISTRITAL
Parece que não será dessa vez, ainda, que os parlamentares estariam dispostos a introduzir na legislaçãoo voto distrital –nempuro nem misto – emboraesse sistema tenhadado certo nospaíses de 1º mundo. Osparlamentares preferem as eleições proporcionais. Émaisfácil cabalar votos.
SABEDORIA
Com os escândalos Celso Daniele WaldomiroDiniz,o PT não pode usar sua bandeira de campanha: acusar os adversáriosde corruptos.Nos dois escândalos, o PT é acusadode usardinheirosujonas suas campanhas. No primeiro caso,seria dinheiro desviado da Prefeitura de Santo André; e, no segundo, de pagar a campanha com dinheiro clandestino do jogo do bicho.
INVESTIGAÇÕES O PT revelou medo quando os promotoresde Justiçaque cuidam docaso resolveram reabrir as investigações do assassinato de Celso Daniel. Por quê o PT estrilou? Porque os promotores desconfiavam que parte das campanhasde Lula ede candidatosa deputados teria sidopaga com dinheiro desviado da Prefeitura de Santo André. Citava-se entre os candidatos beneficiados o nome de José Dirceu.
ESCORREGÃO
Luladiz tertomadoprovidências,há umano,quando surgiram as primeiras suspeitasenvolvendo oassessor da CasaCivil, Waldomiro Diniz. Mas, a principal providência Lula não tomou: afas-
Ochefeda CasaCivil,José Dirceu,dissenanoite de quarta-feira, que foi"traído" pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentaresdo ministério Waldomiro Diniz.A declaração foi feitaaos participantes de um jantar na casa do presidente daCâmara, JoãoPaulo Cunha (PT-SP), em homenagem a José Dirceu, segundo os deputados presentes ao encontro.
tar temporariamente otal de Waldomiro até o final das investigações. Ele não só não foi afastadocomo continuoua fazer contatos perigosos já no governo de Lula.
OUTRA CPI
Aoposiçãodeu ogolpeno PT, aprovando uma outra CPI: ados Bingos.O quevai acontecer, caso não seja aprovadaa CPIdaPropina? Vai acontecer que Waldomiro será convocado para depor na CPI dos Bingos. Tanto faz baternacabeça comonacabeça bater.
FUGA O PT não quer a CPI da Propina para evitar o depoimento de Waldomiro Diniz no Congresso. Diniz vai ter de prestar depoimento aosparlamentares,sim. Senãoforna CPIda Propina será naCPI dos Bingos. Ou, nas duas.
O CRIME
Ninguém quer o Fernandinho Beira-Mar, principalmenteo Rio.O governo daqueleEstado recorre para nãoter ocriminoso devolta, apesar de garantir que o presídio Bangutemsegurança máxima.
LEMBRANÇA
Todas as vezes em que esteve preso nem Bangu-1, Beira-Marconseguiu comandarotráfico dedrogasnos morros cariocas. O medo da governadora Rosinha Matheus éque acena serepita. Em Presidente Bernardes, onde está preso há quase um ano, Beira-Mar não tem moleza: ficouisolado.Até banho de sol ele toma sozinho, ouna companhiadealguns cães de guarda.
RACIONAMENTO
Prepare-se: o racionamentodeágua paracercade10 milhões de pessoas, que dependem do sistema Cantareira, deve começarem março. Paradesesperodaspessoas e, sobretudo,dos candidatos tucanos.
CENSURA
Éprovávelque AdãoeEva nãopossam terrelaçãosexual na Marquês de Sapucaí, noRio. JoãosinhoTrinta terá de cobrir o casal em plenodesfile, apedido de promotores de Justiça católicos. O tema da escola do carnavalesco é"Bota camisinha,bota meu amor".
ENQUETE
Em quem você vota para madrinha deescoladesamba?Na LuanaPiovani ouna Derci Gonçalves? Detalhe: a madrinha temde desfilar com pouca roupa.
REFÚGIO
O casal Alckmindeve passar o carnaval em Campos do Jordão.
Acusações em 2003 – De acordo comos parlamentares, eleafirmou que,em 2003, quando saíram as primeiras acusações contra Waldomiro Diniz,conversouele, queo convenceu de que não havia irregularidades.
ConformeDirceu, asiniciativas tomadas por Diniz, como pedir a apuração das acusações, indicavam também que não havia nada contra ele. "Euerrei" – "Me senti traído.Com todaa experiência que tenho, me senti traído", disse o chefe da Casa Civil, se-
gundo um parlamentar. Ainda deacordo comosconvidados da reunião, Dirceu reconheceu que errou:"Eu errei. Confiei quando não devia ter confiado", relatou um participante do jantar.
Pedido de desculpas – O chefe da Casa Civil pediu desculpas aos aliados pelos constrangimentos queteria provocado, agradeceu pelo o apoio de todos e disse que pensou em
Santana do Parnaíba sai na frente e põe fim ao recesso de julho
A idéia de terminar com o recessoparlamentardo meiodo ano surgiuna CâmaraMunicipal de São Paulo, mas quem acabou saindo na frente foi o Legislativode SantanadoParnaíba. Os vereadores do pequeno município da região metropolitana nãovão maistirarférias emjulho. EmSãoPaulo,oautordo projeto que inspirou os vereadores da cidade vizinha, vereador Celso Jatene (PTB) tenta convencer outros colegas da importância do projeto.
Maioria – Para aprovar o projeto emSãoPaulosãonecessários 37 votos, já que ele altera a Lei Orgânica do Município. Opresidente da Câmara, vereador ArselinoTatto (PT), defendea suaaprovação,mas reconhece que será uma tarefa árdua acabar comas fériasde julho. "Tem de ser feito um trabalho de convencimento", afirma Tatto. "Seo projeto for aprovadoem SãoPaulotenho certeza de que outras Câmaras Municipais vão seguir o exemplo", afirma Jatene. Mas algunsvereadores não concordam. "Esse tipo de projetoédemagogia.A Câmara de Santana doParnaíba faz sessão uma vez por semana. Em São Paulo se trabalha mais e por isso os vereadores precisam dorecesso", dizWadih Mutran (PP). A proposta, apresentada pelo presidente da Câmara de Santanado Parnaíba,Jamil Toufic (PPS), foi aprovada por unanimidade.Segundo ele, também houve resistências. "O recesso parlamentar do meio do ano é um privilégio dado aos vereadores, que não acontece com os trabalhadores comuns. Sóesse argumentojá é suficiente para acabarmos com o recesso", afirma Jatene. Fernando Lancha
fazer umpedido deperdão à Nação, mas que isso depende de autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O jantar dedesagravoao chefe da Casa Civil reuniu quatro ministros, alémde Dirceu, o presidente do Congresso, senador José Sarney(PMDBAP), os presidentes de partidos aliadose deputados petistas afinados com o Palácio do Planalto. (AE)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou ontem a candidatura do ministro dos Transportes, Anderson Adauto, a prefeito de Uberaba, em duas cerimônias no Triângulo Mineiro, mas teve o cuidado de recorrer às entrelinhas para não ferir a Lei Eleitoral. Na Faculdade Federal de Medicina, o presidente não poupou elogios ao seu colaborador, que lhe entregou a carta de demissão ainda no vôo que conduziu a comitiva presidencial até Uberaba. O mais cotado em Brasília para o lugar de Adauto no Ministério dos Transportes é o prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento (PL). (AE)
O Ministério Público Federalno Riopediuontem aquebrade sigilobancário,fiscale telefônicodo ex-subchefede Assuntos Parlamentaresda Casa Civil, Waldomiro Diniz, acusado de pedir propinas para financiar campanhas eleitorais no Rio e em Brasília.
Bingos eLoterj – Diniz está sendoinvestigado em uminquéritoaberto pelaPolíciaFederal,emjaneiro de2001,que apura irregularidadescometidas nos bingos do Estado do Rio de Janeiro, com a conivên-
cia dos administradores da Loterj, responsável pela autorização e fiscalização das casas de jogos. No inquérito, Waldomiro Diniz aparece comoprincipal suspeito de ter cometido os crimedeimprobidade administrativa eprevaricação durante o tempo em que presidiu a Loterj, entre os anos de 2001 e 2002.Segundo oprocurador da República José Augusto Vagos, autor dopedido, as novas denúncias surgidascontra Diniz justificam a medida.
a "gordura" das mensalidades ante a inflação (ainda no acumuladodesde1997) erade 7,16 pontos percentuais.
Abusos – "Os maiores abusos ocorreram em 1997 e 1998. Nesses anos, a diferença foi tão grande que os proprietários de escolase universidadesnão precisariam aumentar seus preços durante muito tempo", observou.Em 1997,asmensalidades escolares subiram 14,09% ante inflação de 6,11% noperíodo, segundo oICV. Noano seguinte, os preços avançaram 0,49% em média, ante uma elevação de 8,21% apenas das mensalidades.
sultado das pressões dosreajustes nas escolas de 1º grau (12,98%), 2º grau (12,56%) e universidades (12,04%).
"A surpresa de 2004 está na comparação como anopassado. Emjaneiro de2003, quando haviaexpectativa deinflação maior, o aumento dos cursos foi de 9,36% e agora, quando as previsõesindicam redução da taxa anual (a expectativa do Dieese é de inflação em 5,5%no finaldo ano) , o aumento foi ainda mais significativo, de 11,82%", afirmou a coordenadora do índice.
O que muitos pais já sentiam no bolso foi confirmado pelo Dieese: há anos, os reajustes das mensalidades escolares têm sido maiores que a inflação. Foiconfirmado.Os gastos com mensalidades escolares na cidade de São Paulo ficaram muitoacimada inflação nos últimosanos. Foram exatos 22,47pontos percentuais a mais queos índices de preços no acumulado entre1997 e janeirode2004. Acomparação foi divulgada ontem peloDepartamento Intersindical de EstatísticaeEstudos Sociais (Dieese).Segundo olevantamento, a inflação desse períodoficou em72,05%, anteum aumento de 94,52% com serviços de educação, cujo índice de maiorpesoé odemensalidades escolares.
"Com esse resultado podemosafirmar quehouve um abuso nos reajustes das mensalidades escolares ao longo dessesanos",disse Cornélia Nogueira Porto, coordenadora do Índice do Custo de Vida (ICV) do Dieese. Ogrupo Educaçãocostuma ser um dos principais vilões da inflação no início do ano, contribuindo para o aumento dos preços. Essa pressão foi sentida também em janeiro e fevereiro de 2004, com a evolução de quasetodos osíndices ( v ej a texto ao lado). Mas,segundoa coordenadora,em tese, nem precisariahaver aumento,já que até o final do ano passado,
Deacordo comCornélia,os preços maiores dasescolas devemestar atreladosàelevação das margensde lucro."Não dá para dizer que houve aumento porqueos custosforam ampliadosjáque os professores, por exemplo, não tiveram seus saláriosreajustados emquase 100% no período", avaliou. Custo de vida – O ICV-Dieeseapresentou alta de 1,46% emjaneiro frente a0,32%de dezembro. O principal fator de pressão foi do item Educação e Leitura (8,55%) e, dentro deste grupo, osubgrupo educação tevedestaque (altade9,13%). Ocomportamento daselevações, segundo Cornélia, foi re-
Mais caros– Dentreos serviços de Educação,o grupo quemaissubiuno período avaliadopelo departamento foio CursosUniversitários (124,32%). Aumentos expressivostambém forampraticados nas escolas de 1º e 2º graus, com, respectivamente, 94,06% e 93,82%. Jáa pré-escola, com alta de 70,48%, apresentou variação inferior ao índice geral. Para elaborar o levantamento, o Dieese consultou mais de 50 instituições de ensino na capital, incluindoescolas deensino médio e fundamental, pré-escolas e universidades. Segundo o Departamento, os gastos com educação represntam 6,3% do orçamentodoméstico. (AE)
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IVECO
Em outubro a Iveco deve lançar seu chassis de ônibus urbano com capacidade para 16 toneladas.
IVECO 2
Outra inovação de porte da montadora será a aplicação de um motor de fabricação nacional em seus caminhões, para escapar dos custos de exportação e ainda torná-los negociáveis pelo Finame.
MERCEDES-BENZ
linha Atego que, por aqui, deverá utilizar a nomenclatura Axor.
GKN Para atender aos planos de expansão, que incluem incremento de 20% na produção,aGKN construirá novo prédio em terreno anexo à atual sede em Porto Alegre, RS. Inicialmente serão mais 10 mil m² de área construída, mas o projeto prevê 30 mil m².
BOSCH
A divisão Car Multimedia da Robert Bosch, representada no Brasil pela marca Blaupunkt, projeta
elevar em 30% seu faturamento deste ano, sobre os R$ 10 milhões doexercício anterior.
CUMMINS A Cummins Latin America registrou crescimento de 28% no faturamento bruto do ano passado: R$ 1 bilhão contra os R$ 780 milhões de 2002. Diante dos resultados, a empresa mantém expectativa de fechar 2004 com 14% de incremento nas vendas e 12% no faturamento.
MVC
Empresa do Grupo Marcopolo, a MVC Componentes Plásticos dobrou
A inflação voltou a acender o sinal dealerta sobrea tendênciadeaumentos depreçosontem,depoisda divulgação do Índice dePreços aoConsumidor Amplo -15 (IPCA-15) que subiu para 0,90% em fevereiro, ante 0,68% em janeiro. Mais uma vez, como já havia ocorrido com o IGP-10 e ocorreu ontem com o IGP-M, a alta foi superiorao previstopelomercado (0,65% a 0,89%). OIPCA-15 écalculadopelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de acordo coma mesmametodologia do IPCA, este último referência para as metas de inflação do Banco Central. A diferença entre os dois índices é que, enquanto a coleta do primeiro ocorre em torno dodia 15 do mês anterior a 15 do mês de referência,a pesquisa depreços
dosegundo éfeitaem mês cheio.Noano,oíndice acumulou 1,59% e, nos últimos doze meses, 7,09%. Em fevereiro, um terço da inflação medida pelo IPCA15,ou0,31 pontopercentual, resultou do aumento das mensalidades escolares,que atingiu 8,17%. Outros itens com impacto de altaforam a energia elétrica (de 0,91% em janeiropara 1,36% emfevereiro, por causa de reajustes em cinco regiões), taxa deágua e esgoto (de0,28% para1,37%), gásde cozinha (de 0,20% para 1,14%), automóveis novos (de 0,84% para 1,38%) e usados (de 1,46% para 1,78%).
Análise– Para o economista Carlos ThadeudeFreitas,do Ibmec, os dados divulgados projetam um IPCA fechado em fevereiroentre 0,65% e
0,70%, abaixo,portanto, dos 0,76% em janeiro. Segundo ele, ainda que a taxa tenha sido elevada,osnúmerosdo IBGE trouxeramboas notícias,pois confirmaram queas elevações de preços, ocorridas em janeiroe fevereirosãopontuaise concentradas em alimentos (quejá começamadesacelerar)e mensalidadesescolares. "Nãohá pressõesinflacionárias pela frente", diz. IGP-M – Já a segunda prévia doÍndice Geralde Preçosdo Mercado(IGP-M) defevereiro, divulgada ontem pela FundaçãoGetúlio Vargas(FGV), ficouem0,47%,contra estimativas de mercado que variavam de 0,20% a 0,33%. Neste ano, o IGP-Macumula uma elevação de 1,35%.E, nos últimos12meses, aaltamedidaé de 5,27%.(AE)
sua receita líquida em 2003 com relação ao ano anterior, totalizando R$ 72 milhões. Para 2004 a meta é crescer 80%.
METALBUS
A Metalbus, montadora de ônibus de Caxias do Sul, RS, investirá R$ 5 milhões em unidade própria, aumentando a produção de trinta para cem unidades por mês.
VOLVO
Dos quase 4,4 mil caminhões pesados comercializados pela Volvo em 2003, cerca de 48% destinaram-se à composições bitrem graneleiras.
Também em outubro chega a nova linha de caminhões médios MercedesBenz. A grande mudança está na cabina derivada da COLHEITADEIRAS:TUDO IGUAL EM 2004. O crescimento de quase 170% nas exportações de colheitadeiras em 2003, face ao ano anterior, não se repetirá em 2004. Segundo Pérsio Luiz Pastre, vice-presidente da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a perspectiva para o segmento é de estabilidade.
As 3 mil 232 colheitadeiras embarcadas em 2003 tiveram como destino principalmente os países do Mercosul e, em menor quantidade, Alemanha, Itália, Espanha, Polônia e França.A produção total alcançou 9 mil 195 unidades, volume 34,2% superior às 6 mil 851 máquinas fabricadas em 2002. E a salvação da lavoura veio mesmo das exportações. No mercado in-
“Os fabricantes investiram muito em tecnologia nos últimos anos, fazendo das máquinas brasileiras referência em qualidade. Preço competitivo também foi diferencial e por isso exportamos tanto.Agora, mais doquecrescimento estrondoso, buscamos sustentabilidade.”
terno foram comercializadas 5 mil 435 colheitadeiras, queda de 3,2% diante dos números de 2002 e longe do recorde histórico do segmento, em 1986, com venda de 6 mil 544.
A estimativa para 2004, de acordo com Pastre, ficará dentro da tendência média para os próximos anos: vendas de 5,8 mil unidades no País. “Produção e exportação devem crescer, mas não como no ano passado.”
Um dos indicadores da projeção do vice-presiden-
te é a safra agrícola que, segundo a Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento, a colheita 2003/2004 pode chegar a 129,7 milhões de toneladas, 5,5% maior que a anterior, de122,9 milhões.
O Moderfrota, programa de renovação de frota de máquinas agrícolas, em funcionamento desde 2000, também será decisivo no volume de vendas, já que cerca de 80% dos negócios do setor são realizados por meio desta modalidade de financiamento.
OBrasil tem conseguido manter,nesteinício deano,o ajuste nas contas externas verificado em 2003. Em janeiro, as transações correntesdo País (quecontabilizam oresultado da compra e venda de mercadorias, além das receitas e despesas com prestaçãode serviçose rendase transferências unilaterais)apresentaram um superávit de US$ 669 milhões. Essefoi omelhordesempenho para o mês de janeiro desde o ano de 1992, quando o superávit foi de US$ 791 milhões. Com isso, noperíodo acumulado de 12 meses, o saldo positivo das contas externas subiu deUS$4,051bilhões, emdezembro, para US$ 4,567 bilhões, o maior valor anual desde março de 1993. O resultadoverificadoem janeirosuperou as expectativas do Banco Central, que projetava um saldopositivode apenasUS$100 milhões."O desempenho da balança co-
mercialveio bemmaior",explicou o chefe do DepartamentoEconômico doBC,Altamir Lopes. Em janeiro, o superávitcomercial alcançoua casa de US$ 1,588 bilhão. Amelhora nocomércioexterior neste início de ano fez, inclusive, o BC revisar suas projeções para o ano. Em vez deum superávit comercialde US$ 19 bilhões, os técnicos trabalham agoracom US$20 bilhões."Esse númeroaindaé conservador",ressalta Lopes. O ganho esperado de US$ 1 bilhão no saldo final entre exportaçõese importaçõeslevouo BC a reduzir de US$ 4,4 bilhões para US$ 3,9bilhões, sua estimativa para o déficit em transações correntes em 2004. Turismo – O País também tem conseguido ganhos expressivos na conta de serviços e rendas que, entre outras coisas, registra receitas e despesas com juros,viagens internacionais, remessa de lucros e dividendos, fretes eseguros. Apesarde elevar de US$ 5,3 bilhões para US$
5,8bilhõesa projeção deremessas de lucros edividendos para oano em funçãoda retomada da economia, houve umainversão naconta deviagens que ajuda a compensar parcialmente a elevação. Os gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior –que historicamente superam as receitas obtidaspeloPaís com turistas estrangeiros – se mantêm reduzidos, enquanto as receitasvêmaumentando. Em janeiro, a conta de viagens internacionaisfoi superavitária em US$ 100 milhões, o melhor desempenho desde quandoo dadocomeçoua serapurado, em 1969.
Segundo Lopes, o que puxou esse resultado foi o incremento fortenas receitasdo Paíscom turistasdeoutrospaíses, que somaram US$ 296 milhões no mês, US$100milhõesa mais do que em janeiro de 2003. Em fevereiro, até o dia de ontem, a conta de viagensinternacionais estava positiva em US$ 67 milhões.(AE)
Greve de fiscais prejudica operações no Porto de Santos
Apenas quatronavios de granéis líquidos atracaram ontem no Porto de Santos por causadagrevedosfiscais da Agência Nacionalde VigilânciaSanitária. OSindicatodas Agências Marítimas do Estado de São Paulo entrou com agravo de instrumento no Tribunal deJustiça na capitalparaque os navios procedentes de áreas endêmicas ou de outros portos do País sejam liberados da inspeçãoa bordo,mediante comunicação à autoridade portuária. Está prevista hoje a chegadade quatrotransatlânticos que realizam cruzeiros. (AE)
Há leis que limitam a ação de camelôs e a realização de manifestações públicas. Mas elas não são cumpridas. O vereador Dalton Silvano, líder da bancada doPSDBna Câmara Municipal, foi um dos milhares de paulistanos que sofreram ontem com o caos no trânsitonaregião central. Ele perdeualguns compromissos e chegouatrasado aoutros. Como muitos outros cidadãos, o veradortambém se irritou com a situação. "O centro parece terra de ninguém. Falta comando na cidade para resolver a situação.A área central não é a casa da mãe Joana, mas sima casadaMartaJoana", afirmou o parlamentar.
Leis – A ira do vereador contra o poder público se justifica. Em parte. Existem várias leis que disciplinam o uso das ruas e locais públicos. Seja para manifestações ou para a ocupação
do comércio ambulante. Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento, no ano passado, existem milhares deambulantes irregularesespalhados pela cidade. Só na região da rua 25 de Março foram cadastrados cerca de seis mil camelôssem regularização. Em toda a região central, podem trabalhar 1.244 ambulantesquepossuem osTermosde Permissão de Uso (TPUs). Por isso, aPrefeiturafezalgumas blitzepara combateroscamelôs irregulares. Mas a fiscalizaçãorelaxou nos últimos tempos, para alegria dos vendedoresilegais. Prova disso foi o caos instalado ontem na região da 25 de Março, com os ambulantes toman-
Mais uma vez a chuvaforte deixou váriasruas alagadasna cidade, principalmente nas proximidadesdo CórregoIpiranga, que transbordou. Desta vez, apancada não foia maior responsávelpelos congestionamentos. Mesmo assim, a avenida doutor Ricardo Jafet foi inundada. Também foram registradosalagamentos nas avenidas 23 de Maio, professor Ascendino Reis, República do Líbano e Ibirapuera, pista local da Marginal do Pinheiros, perto da Ponte CidadeJardim, viaduto JoséColassuono eno túnel do Anhangabaú. Ficaram em estadode atenção as zonas leste, sudeste, centro ea Marginal do Tietê. O Centro de Gerenciamentode Emergências (CGE) registrou 13pontos dealagamentos. O Aeroporto deCongonhas ficou fechadopara pousose decolagens das16h às 16h30, mas, segundo aassessoriade
COMUNICADO
imprensa doaeroporto, apenas um vôo sofreu atraso. Na Grande São Paulo a chuva atingiu ainda os municípios de Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Santana do Parnaíba, Barueri, Mauá, Santo André e São Bernardo do Campo. Árvores – Segundo a AES Eletropaulo, a chuva provocou quedas de galhos de árvores que atingiram os fios da rede de distribuição, provocando problemas na distribuição de energiaem algumasruas dos bairros de Pinheiros, Jardim América, Jardim Saúde, Chácara SantoAntônio, Santo Amaro, Granja Julieta, Planalto Paulista e Ibirapuera. Segundo os bombeiros, uma árvore de grande porte caiu sobre um poste eem seguida atingiuumveículo naruaTeixeira da Silva, no bairro do Paraíso.Uma mulherde 35anos estava no carro e foi levada ao hospital. (RCI)
Dermaglass Ind. e Com. de Embal.de Vidro Ltda. ME torna público que rec. da Cetesb a LP nº 30000410 e LI nº 30002601, e req. LO, p/ fabr. de embal. de vidro, lacres de alumínio e itens complem. p/ embal. localiz. à Rua Água Rasa, nº 55 - SP/SP.
DECLARAÇÃO
CONVOCAÇÃO
EDITAL
doconta não só das calçadas, mas também das ruas. Sem apoio –"A fiscalização continuanasruas doCentro, mas pouco pode fazer se não tiver oapoioda GuardaCivil Metropolitana. A Secretaria de Segurança Urbana não está providenciando os guardas para daremapoioaosfiscais", disse um funcionário da Subprefeitura da Sé, que pediu para não ser identificado. Naquarta-feira, areclamação veio doprópriogabinete de Marta Suplicy. Um funcionário da Comunicação pediu a retirada de camelôs da rua Direita,queandava livredeambulantes. Ontem,oscamelôs voltaram à rua Direita, que fica a poucos passos do gabinete da prefeita.
Aviso –Qualquer entidade que desejar fazer uma manifestaçãoemlocal públicotemde avisaros órgãos competentes. Normalmente, quando acontecem passeatas, aCET é acionada.Osagentes detráfego tentam organizar a passeata, chegandoinclusive anegociar otrajeto.Sea Prefeituranão autorizar o protesto, ou ele sair de controle, pode ser pedida a intervenção daPM.Isso não vem acontecendo. A Prefeitura prefere acompanhar as passeatas econfiná-las emuma faixa das pistas. Quem se sentir lesado ou prejudicadopode entrar com um processona Justiçapedindoindenizações paraaPrefeitura.As reportagensservem como provas. (FL)
As greves e manifestações de grupos civis são um direito constitucionalmente garantidoaoscidadãos interessados em defenderseus interesses.Mas esse direito não é ilimitado, lembra o secretário da Justiçae da DefesadaCidadania doEstado deSão Paulo,Alexandre de Moraes. A manifestação realizada porfamílias de sem-teto, que aconteceu ontem a poucos metros da Secretaria comandada por Moraes eprovocou caos na região central da cidade, foi o assunto da seguinte entrevista, que ele concedeu ao Diário doComércio:
direitos ou garantias fundamentais, devemos harmonizálos, de forma acoordenare combinar os bens jurídicos em conflito,evitando o sacrifício de uns em relação a outros.
DC – Em que sentido a manifestação realizada ontem pode ter ultrapassado os limites constitucionais?
É abusivo o exercício de direitos que possam impedir o livre acesso das pessoas ao transporte e às vias públicas
Diário do Comércio – O que define os limites jurídicos de uma manifestação?
Alexandre de Moraes –O direito de manifestação encontra seus limitesnos demais direitos igualmente consagrados pela Constituição. Havendo conflitos entre dois ou mais
M o r a es – Os movimentos reivindicatórios não podem obstar o exercício, por parte do restante da sociedade, dos demais direitos f un da m en ta is , con figura ndose, claramente, abusivo, o exercício de direitos que possam impedir o livre acessodedemais pessoas ao transporte e às vias públicas, em flagrantedesrespeitoà liberdade constitucional de locomoção(ir evir),colocando emriscoa harmoniaeasegurança pública.
DC – Nos casos em que o exercício do direito de manifestação fere outros direitos fundamentais, como
o Poder Público pode atuar?
Moraes – Aconduta do Poder Público deve ser a de compatibilizar os direitos fundamentais pautando-sepela razoabilidade, no sentido de evitar oexcesso ou abuso de direito e,conseqüentemente, afastar a possibilidade de prejuízos de grandes proporções à sociedade. A razoabilidade deveevitar a ofensa aosdemais direitosfundamentais, odesrespeito à consciência moral da comunidade.Disso resulta
a prática democrática do direito de reivindicação. Trata-se da cláusula da proibição do excesso ( Übe rm ass ve rb ot), consagrada peloTribunal Constitucional alemão, ao estabelecer o pensamento da proporcionalidade como parâmetro para se evitar transtornos excessivos, inadequados,buscando-sesempre nocasoconcreto o tratamento necessariamente exigível dentrodos parâmetros de um Estado Democrático de Direito.
Ainauguração doPopcentro da rua 25 de Março foi adiadoparao iníciode março. O Subprefeito da Sé, Sérgio Torrecillas, tinha garantido que seria aberto estasemana. Segundo a assessoriade imprensa da subprefeitura , o atraso se deve à escolha dos camelôs que ocuparão os 140 boxes.
O Popcentroda ruaFlorêncio de Abreu,com capacidade para148 boxes tambémdeve ser aberto em março. Segundo
a Secretaria das Subprefeituras, o atraso na inauguração aconteceupor causadasobras de readequação doprédio. Na verdade, oatrasoaconteceu peloexcesso de burocracia na escolhadosambulantes ena ação de funcionários corruptos que orientavam os camelôs a não alugarem os boxes e permanecerem nas ruas. Valores – Enquanto no Popcentro da Florêncio de Abreu o alugueldos boxesvaria de R$
300 até R$ 1,5 mil, no da rua 25 de Março,o aluguelé igulaem todos osboxes: R$300. Opreçodalocação éapontadopor muitosambulantescomo um dos empecilhos para a ocupação do empreendimento.
O Popcentro da 25 de Março vai funcionar num antigo estacionamentoe praticamente não haverá obras de readequação, já que cada boxe será uma barraca. A vantagem éque a áreaé coberta.Torrecillas
anunciouque estãosendoestudadas mais duas áreas na região para virarem Popcentros. Em debate promovido pela Câmara, o presidente da AssociaçãoComercial deSãoPaulo, GuilhermeAfifDomingos sugeriu que o mercado de hortifrutigranjeirosda ruaCantareira, queserá desativado,seja transformadoemum grande Popcentro.Comoa áreaépública, a locação poderia ser ainda mais barata. (FL)
Ponto final para o cheque devolvido Pertochek, impressora de cheque com consulta ao banco de dados do USECHEQUE
• Lê dados do CMC7 (tarja magnética do cheque);
• Rejeita na hora cheques com restrições, falsos ou fotocopiados;
• Confirma os dados do emitente (nome, data de nascimento e endereço);
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Agências do banco, adquirido pelo Bradesco seis anos atrás, abrirão na próxima quarta-feira já sob a marca Bradesco. Clientes terão nova conta.
A partir das 18 horas de hoje, a marca BCN, ligada ao banco voltado paracliente derenda mais elevada, deixaráde existir,iniciando um processo de incorporaçãoda instituição pelo Bradesco, quecomprou a marcaem1997. Todosos721 mil clientesdo BCNpassarão, apartir deentão,a serclientes Bradesco e deverão ser acomodadosna instituição sob uma nova conta corrente e sob um novo perfil de renda Clientes pessoa física com renda acima de R$ 4 mil ou que tenham aplicação financeira no valor de R$ 50 mil serão atendidospelo segmento Prime do banco,criado pelo Bradesco para o atendimento dos clientes alta renda.
Até agora, do total de 558 mil clientes pessoa física do BCN, 50miljáforam convidadas e aceitaram migrar para o Prime do Bradesco.O segmento é atendido por meio de 135 agências exclusivas, a exemplo de outros bancosque segmentaram a alta renda, como o Itaú,com o P e rs o nn a l it é ,e o Unibanco, com o Uniclass Quem não se enquadrar ao perfil Prime, será atendido pelo segmento de varejo do Bradesco, cuja rede supera três mil agências em todoPaís. As empresas também serão distribuídas pela carteira do Bradesco, de acordo com o perfil. Prazo – Todos os clientes do BCN receberão uma contacorrente com número novo. A
O Grupo UnibancoAIG, da áreadeseguros, registrou um lucrolíquido, em2003, deR$ 403,3 milhões. Um crescimento 23,5%sobre oresultado verificadonoano de2002.Oretornosobreseupatriônio líquido no período foi de 22%.
As reservas técnias do grupo alcançaramR$ 4,3 bilhões no anopasssado,ou40,1% mais do no no resultado anterior.
Osnegócios comseguros, previdênciaprivada apresentaram um resultado líquido de R$ 265 milhões, com um retorno sobreo patr~imôniolíquido de 18,5%.
"Oque favoreceo mercado desegurosem geral, e principalmente nosramos ondetem um tipo de acumulação, são os bons índices econômicos", diz
Henrique coelho, da área de controladoria do Unibanco. O faturamento consolidado nosegmento deseguros eprevidência complementarsomou R$825 milhões,com um faturamento de R$ 3,469 milhões, um crescimento no segmento equivalente a 37,3%. Emprêmios,foram emitidos, em 2003 pelo Unibanco AIG, um total deR$ 2,249 milhões, umcrescimentode 20,9% sobre o ano de 2002. A Unibanco AIG Previdência teve lucro líquidode R$ 48 milhões. Oequivalentea 54,8% mais do que o conseguido em 2002. O faturamento fechou com um total de R$ 1,220 milhão,uma expansãode 83,5% sobreigual período do ano de 2002.
O conselhodediretoresdo Banco Mundial (Bird) aprovou ontem um empréstimo de US$ 505 milhões para apoiar o crescimento econômico do Brasil. Em nota distribuída à imprensa, ainstituiçãoexplicou que o financiamento tem o objetivo de apoiar "uma série de medidas microeconômicas e reformasinstitucionais para impulsionar o crescimento amplo e sustentável, gerar empregosereduzir apobrezapor meio demaior investimentoe maior produtividade".
Segundo o Banco Mundial, o financiamento– chamado oficialmente de "Primeiro Empréstimo Programático para Crescimento Sustentável e Eqüitativo" – também reduzi-
rá a vulnerabilidade externa do País, uma vez que cobrirá parte dasnecessidadesde financiamento externo doBrasil e ampliará suas reservas líquidas externas.
"Um programa bem-sucedido e equilibrado de gestão econômica, reformas microeconômicaseinstitucionais ea implementaçãode iniciativas nas áreas apoiadas por este empréstimo poderão contribuir para queo Brasilalcance uma taxa médiaanualde 4%de crescimento",afirmou Vinod Thomas, diretor doBanco MundialparaoBrasil. "Aumentaro crescimento é importante para geraremprego e aumentar a rendados pobres, o que reduzirá a pobreza."
anterior será encerrada. O cartão de movimentação bancária da nova conta deve ser solicitado pelosclientes,nasantigas agências doBCN, atéo próximo dia 30 de abril. O mesmoprocedimento
serve para os cartões de crédito emitidos pelo BCN com a bandeira Visa. Neste caso, o número anterior será mantido. Só mudará o emissor, que passará a ser o Bradesco, uma vez que o banco também trabalha com
os cartões Visa. Já quem era cliente do BCN e tinha seu cartão decrédito coma bandeira temcartãode créditodabandeira American Express não poderá fazer a migração para o Bradesco.Comoobanco não possui acordo com a bandeira, o cartãoAmerican Expressserá cancelado.
Empréstimos emaberto serão transferidos paraa área de financiamentodo Bradesco, sem nenhumônus paraos antigos clientesdo BCN.E ostalões de cheque terãovalidade por mais seis meses.
Transição – O anúncio da incorporação do BCNjá havia sido feito pelo presidentedo Bradesco, Márcio Cypriano, em janeirode2003.Massó
agoraserá concluído, com a adaptaçãodasagência BCNà marca Bradesco. Segundoa assessoriadeimprensa do Bradesco, no próximodia 25, quando osbancos reabrirem apóso feriadode Carnaval, todas as agências com amarca BCN nãoexistirão mais.
Não há previsão de fechamento de agências ou demissão de funcionários que hoje trabalhavampara oBCN. Quando coincidirde uma agência BCN ficarmuito próxima à do Bradesco, ela poderá ser transformada em agência Prime , como ocorreu com o processo de incorporação do Mercantil.
Adriana Gavaça
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,não quis comentar ontem a manutenção da taxade juros decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Ao ser questionado sobre o curto comunicado após a decisão, Meirelles respondeu apenas que as explicaçõesestarãona ata doCopom,queserá divulgadana próxima quinta-feira.
Naopinião do economistachefe doSul AméricaInvestimentos, Newton Camargo Rosa, oBC não temobrigação de divulgar os motivos da manutenção da Selic. Camargo Rosa discordada reclamação de
Analistas de Wall Street esperam boas perspectivas na Ata Após a decisão sem surpresa do Banco Central na aurta-feira, demanter a taxaSelicem 16,5% ao ano, há uma expectativa grande entre vários analistas em Wall Streetde que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) a ser divulgada na próxima semana,terá umavisãoconstrutiva em relação à perspectivadeinflação, podendo sinalizar um corte de juros em março. O diretor de pesquisa e estratégia paramercados emergentesdoRoyal BankofScotland, Suhas Ketkar, não ficou preocupado com o fato de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) ter ficado acima das expectativas (subindo 0,90%) eespera umaata mais positiva emrelação àinflação. "Adecisãodo Copomtevecomo objetivo melhorarsua credibilidadeem termosde controle da inflação", disse.
parte do mercado, que gostaria de já ter em mãos uma explicação maisdetalhada."O canal de comunicação doBC com o mercadoéasua ata,que será divulgada na próxima semana. Elesnãotêm obrigaçãodedar grandes explicações." Saiajustaesticada – Já o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais (Sobeet),Antonio Correade Lacerda,disse que o Copom nada mais fez do que "esticar a saia justa" na qual haviasemetido nomêspassado.Parao economista,ouo Copom reconheciao erro cometido em janeiro, quando
Jaques Wagner apóia decisão de manter juros inalterados
O ministrodo Trabalho,JaquesWagner, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), afirmouque adecisão doComitê de Política Monetária (Copom) demanter ataxa Selic em 16,5% ao ano respondeu a umanecessidade denão "desarrumar o arranjo do jogo" macroeconômico. Aofinalda reuniãodoGrupo deAcompanhamento de ConjunturaEconômica (Gace), Jaques Wagner disse que é vontade de todos e objetivo do governo a redução do custo de capital no Brasil. "Parece aquele jogo de pegavaretas.Nem semprese pode bulirna varetapreta, porque pode desarranjar o jogo", comparou oministro."Aredução dos juros é uma vontade de todos, masestá sendofeitade forma que não desarrume o arranjo do jogo", completou.
também mantevea Selic inalterada, ou mantinha a taxa para não se contradizer. Para odiretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi),JulioSérgio GomesdeAlmeida, a decisão do Copom teve mais impacto no ânimo dos empresários doqueasrepercussões políticasdo casoWaldomiro Diniz. Bancos – As instituições financeiras ouvidasna pesquisa semanal feitapelo BancoCentral (BC)optaram pormanter a aposta de queda de 0,50 ponto porcentual dos juros na reunião do Copom.
Lucro do Banco
Central atinge R$ 31,3 bilhões em 2003
O Banco Central apresentou em 2003 um lucro de R$ 31,3 bilhões, o maior já alcançado pelainstituição desdeolançamento doPlanoReal.Nosegundo semestre, o balanço do BC foi positivo em R$ 7,136 bilhões,valor quesesomouao lucro de R$24,181 bilhões do primeiro semestre. O balanço doBanco Centralem 2003foi aprovado na reunião de ontem doConselho MonetárioNacional (CMN). Do lucro obtido nosegundosemestre, R$ 5,356 bilhões serão repassados ao Tesouro Nacionalnos próximos dias.
Com a redução, os juros cairiam dosatuais16,50% para 16% ao ano. A dose do mesmo gradualismo se repetiria em fevereiro, deacordocom osresultados dolevantamento eas taxas recuariam mais 0,50 ponto porcentual de 16% para 15,50% ao ano.
Asprevisõespara aSelicno final do ano, entretanto, tiveram recuo maior e passaram de 13,85%para 13,50%ao ano, passando a projetaruma queda estimada de 3 pontos porcentuais ao longo de 2004. Para o fim de 2005, os entrevistados pelo BCrevisaramsuas estimativas de 13% para 12,50%.
26 Anos de Experiência! Assessoria em documentação
construídas (Alvarás/Habite-se) Transferência de nomes no IPTU.
rápidas
do Presidente, Vice-Presidente e Secretário do Conselho; c) - Assuntos Gerais - Não havendo número legal na hora marcada será a reunião realizada 30 minutos após, ocasião em que será levada a efeito com qualquer número de Associados, de conformidade com o Capítulo VI, artigo 37, do parágrafo único dos Estatutos Sociais. São Paulo, 20 de Fevereiro de 2004. Issa Tannous Maalouli - Presidente da Diretoria. TEMPLO DE UMBANDA CABOCLO JUNCO VERDE CNPJ 62.275.011/0001-31 EDITAL DE CONVOCAÇÃO Convocamos nos termos do estatuto padrão em vigor, os membros e associados para participarem da Assembléia Geral Extraordinária no Templo de Umbanda Caboclo Junco Verde, que se realizará no dia 26/02/2004 às 15:00 horas, nesta capital, na Rua Perucaba, 135, para tratar da adaptação do estatuto padrão ao novo código civil. São Paulo, 19 de Fevereiro de 2004 - Nelson Ribeiro de Souza
VI, artigo 35, dos Estatutos Sociais, convoca os Senhores Associados para a Assembléia Extraordinária dos Sócios a ser realizada no dia 28 de Março de 2004 - (Domingo) - às
O DIÁRIO DO COMÉRCIO informa que na sexta-feira, 20/02/2004, fechará a publicidade das edições com datas de 23, 24 e 25 de fevereiro de 2004. No dia 25 de fevereiro, com o expediente iniciando às 13 horas, o DIÁRIO DO COMÉRCIO fechará normalmente a edição do dia 26 de fevereiro de 2004. Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso S. Paulo/Capital - Tel/Fax: (11) 3885-0423 www.advrns.com.bradvrns@aasp.org.br ●● ●● TRABALHISTA (dissídios individuais e coletivos)
Apesar da turbulência política dos últimos dias, investidores externos continuam comprando ações no Brasil, tentando compensar o juro baixo dos EUA Em busca de ações baratas, os investidores estrangeiros continuaram destinandorecursospara aBolsa deValores de São Paulo (Bovespa), apesar da turbulência políticaque fez a bolsaperder maisde2 mil pontos entreaúltima sextafeira até ontem.
Entre o dia13, quando surgiu oescândalodecorrupção envolvendo o ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz, e a última terça-feira, 17, os ingressos de capital estrangeiro na Bovespa somaram R$ 153,4 milhões, de acordo com dados
da bolsaorganizados pelacorretora Sudameris. Omontanteaplicado no mercado de ações brasileiro nesses três diasúteis representa cerca de um terço de todo o saldopositivo deestrangeiros emjaneiro, deR$ 323,4milhões. Poroutro lado, osfundos mútuos,formados basicamente por pequenos investidores (pessoas físicas), venderam umtotal de R$104,1 milhões em ações no período. Analistas afirmam que existe muita liquidez no mercado externo que pode ser direcionada
a aplicações maisrentáveis em países emergentes. O que ajudaria a explicar o interesse pelo mercado brasileiro. O objetivo éfugirdos juros baixos pagos pelos países mais ricos –nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa estáem 1% aoano –e sebeneficiar das perspectivasde crescimento econômico no Brasil. "Existe muita liquidez no exterior e os investidores têm de
"As pessoas físicas entraram em busca de uma rentabilidade maior, mas ao primeiro sinal de perigo começaram a sair"
comprar papéis de países emergentes para fugirdos jurosbaixos. E, mesmo com os problemasdeordem política agora, os investidores estrangeiros continuam olhando para a parte econômica do Brasil, que está robusta", afirmouodiretor derendavariável do HSBC, Lúcio Graccho. Parao diretorderendavariável da GAPAsset Management, José Luiz Garcia, os es-
trangeiros que estão colocando dinheirono Brasilsão GlobalFunds, queinvestem em mercadosno mundotodo. "Eles têm de manter o peso do Brasil", afirmou. Pequenos seafastam – Por outrolado, aturbulênciapolítica afeta os investidores brasileiros, mais sensíveisàs notícias internas. O temor é de que a possível instalação de uma ComissãoParlamentar deInquérito (CPI) para investigar o caso Waldomiroatrapalhe o andamento dos trabalhos legislativos e, por conseqüência,
reduza as perspectivas de crescimento econômico.
O gerente da mesa debolsa da Corretora Sudameris, Fábio Galdino de Carvalho, disse que grande parte dos investidores locais que fugiram da Bolsa paulista tinha entrado no mercado recentemente, com aesperança de sebeneficiar nesse anode umavalorizaçãosemelhante àde2003,dequase 100%. "As pessoasfísicas entraram embusca deuma rentabilidademaior, mas aoprimeirosinal deperigocomeçaram a sair". (Reuters)
Dólar vai à cotação mais alta desde setembro.
O escândalo envolvendo um ex-assessor do governo federal continuou provocandoestragosno mercado financeiro brasileiro ontem. O dólar comercialsubiue fechoucomas cotações mais elevadas desde setembropassado,abolsa de valorescaiuquase 5%eosindicadores de risco pioraram. Além das denúncias e da possibilidade de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o caso, o feriado prolongado de Carnaval preocupa. Isso porqueos investidores temem fazer as apostas erradas, já que não po-
derão desfazê-las durante os quatro dias sem negócios. "Nada impede que durante o feriado apareçam mais notícias negativas.Na dúvida,muitosinvestidorespreferem ficar fora do mercado", disseum profissional do mercado.
O dólarcomercial encerrou osnegócios cotadoa R$2,958 paracomprae aR$2,960para venda,comvalorização de 0,61% (foi a quinta alta consecutiva damoeda americana). Trata-sedas cotaçõesmaisaltasdesde3 de setembro de 2003, quandoo dólar comercial fechou valendo R$ 2,958.
4,77%.
A taxade riscodo Brasilsubia 4,99% às 18 horas, para 589 pontos-base, segundo a Enfoque Sistemas.OsC-Bonds, principais títulos da dívida externa brasileira,tinham queda de 1,43% nohorário, negociados a 94,62% do valor. Bolsa– A BolsadeValores de SãoPaulo(Bovespa)despencou 4,77% ontem, elevando para 4,1% as perdas acumuladasno mês.A quedaontem foi a segunda maior do ano. O Ibovespa, principal indicador dabolsapaulista, fechouem 20.950 pontos. No ano, a bolsa cai 5,7%. (RA/Agências)
Negligênciaouum problema nos freios podem ter sido a causa do acidente com um trem com51vagõesrepletos decombustíveis e produtos químicos que descarrilou e explodiu na quarta-feira, causando amorte depelo menos 320 pessoas,disseramontem autoridades locais,ao mesmo tempo em que moradoresda regiãoolhavamas listasdos mortos para saber o destino de seus entesqueridos. Cercade 460 pessoas ficaram feridas em decorrência da explosão em Neyshabur,uma histórica cidade iraniana de 170 mil habitantes 650 quilômetros ao leste de Teerã. A causa do desastre continua sendo investigada, disse Hassan Rasouli, governadorda província deKhorasan, região nordeste do Irã. "Uma das causas possíveis é a eventual negligência por parte dos funcionários daestação onde otrem se encontrava; outrapossibilidade éum problema técnico no sistema defrenagemdocomboio", comentou.
Freio quebrado– Todos os vagões têmfreios eum pesado bloco de metal costuma ser colocado na frente da locomotiva para evitar seu deslocamento quando não há ninguém no comando dotrem, explicouo governador."O quenóssabemos é que o freio frontal de alguns vagões estava quebrado".
Apenasna madrugada de ontem, quase 24horas depois do acidente, equipes de resgate e bombeirosconseguiramextinguir o incêndio iniciado depois do descarrilamentodo comboio,que levavaalgodão, combustíveis e produtosquímicos industriais.
Como foi – Sem ninguém no comando, o trem percor-
reu cercade 50quilômetros a aproximadamente 150 km/h atéchegar auma curvafechada perto da estação seguinte. Nesse ponto, 48 dos 51 vagões dotrem descarrilaram ealguns se incendiaram. A explosão ocorreu mais de cinco horas depois. Existe um leve declive na estação onde o trem estava parado. Segundo Rasouli, isso pode ter causado o início do deslocamento. Autoridades calcularam avelocidade dotrem com base no tempo estimado em que o veículo teria percorrido a distância entre a estação e o local do acidente.
Aldeiasdevastadas – Guindastese retroescavadeiras eram utilizados para revirar os escombrosdosvagões edealdeias próximas devastadas pela explosão, ocorrida 30 quilômetrosa leste de Neyshabur. Equipesdeemergência recolhiamrestos humanosespalhados por uma explosão tão potente que causou o desabamento de casas de barro em cinco aldeias, estilhaçou janelas de casas a 10 quilômetros de distância e abriu uma craterade 15metros de profundidade no local.
Abalo – Em um aparente indíciodaforça daexplosão,sis-
mógrafos de institutos iranianos registraram umtremor de 3,6graus naescala Richternaquela área no exato momento da explosão.
Visivelmente abatidos,os moradores de Neyshabur compareceram ao enterro do governador dacidade, Mojtaba Farahmand-Nekou, que figura entre asdiversasautoridades municipais mortas na explosão.O comandantedo corpo de bombeiros de Neyshaburtambém faleceu no incidente.
Multidão – Mais de 20 mil pessoas saíram às ruas para ver ocortejoque levavao corpo, envolto pela bandeira iraniana. O comércio e as repartições públicas locais obedecerão três dias de luto.
Ali Hosseini, diretor do Crescente Vermelho iraniano, confirmou a morte de 320 pessoas. "Acreditamos que nãohajamuitos outroscorpossobos escombroseesperamos que onúmerodevítimas não suba mais", disse ele à Associated Press.
Apenasalguns vagõesseincendiaram no momento do descarrilamento, comentou Rasouli. Mas, aparentemente, os bombeiros não perceberam que as chamas estavam aquecendo os vagões com combustíveis eoutras cargas,que então explodiram.
Oitenta porcento dosmortos e feridosforam vítimas do desabamento de suas casas. Os demais sofreram queimaduras e ferimentos como resultadoda forçada explosão,disse Syed MajidTaqizadeh, diretor do hospital 22Bahman, batizado coma datado calendárioiraniano quecoincide com o dia da revolução islâmica de 1979. (AE)
Osecretário-geralda ONU, Kofi Annan,anunciouontem formalmente que eleições diretas no Iraque não poderão ser realizadas até 30 de junho; Mas ressaltou que o cronograma que prevê a devolução do poder aosiraquianos atéaquela data "tem de ser respeitado".
Em apoio à tese dos EUA, Annan afirmou que será necessária a criação de um mecanismo para a formação de um governoprovisório queprepare as futuras eleições. Annan fez a declaração formal ante46 delegações (de países vizinhos do Iraquee membrosdoConselhodeSegurança da ONU) reunidas nasede das Nações Unidas em Nova York. Em Bagdá,o administrador da ocupação americana, Paul Bremer, reiterouqueo poder será transferido aos iraquianos na dataestabelecida. "Mudanças nomecanismo deescolha
dogoverno sãopossíveis,mas adata serámantida",afirmou. Pelo plano original, o poder seria entregue a um parlamento provisório formado por deputadosescolhidos porlíderes políticos e tribais de diferentes regiões do Iraque. Voto direto– Membros da maioria xiita, noentanto, vêm exigindo que essa escolha seja feita pormeio dovoto direto. Partidários dolíderxiita,o grão-aiatolá Ali Sistani, no entanto, adotaram umtom mais conciliatório após a declaração de Annan. Os xiitas mantêm suas divergênciascomBremer sobrea formulação de uma Constituição provisória-que deve ser promulgada antes da transferência de poder. O administrador antecipouque nãopermitirá que a Carta seja baseada na leiislâmica,soba alegaçãode que isso não garantiria os direi-
tos fundamentais de todos os iraquianos, "de qualquer religião, etnia ou sexo".
Duas mortes– Mais dois soldados americanosmorreram ontem noIraque, desta vez vítimas de uma explosão em uma estrada, próximo a Jaldiya, 80 quilômetros ao oeste de Bagdá. Segundo umcomunicado do Comando dos
EUA, além dossoldados, pelo menosum iraquianoficouferido.Aexplosão ocorreu quando uma patrulha de cerca de20 soldados epoliciais iraquianos investigava um ataque anterior contra veículos dos EUA. Com estas mortes, já são 545osmilitares americanos que perderam a vida no Iraque. (Agências)
Taiwan é um dos locais mais densamente povoados do mundo e não há muito espaço paranovos cemitérios. Então uma empresa americanas apareceucom umaalternativa: mandar os restos mortaisdos taiuanesespara oespaço, literalmente. A Celestis Inc., com sede em Houston, Texas, anunciou ontem a assinatura de um acordo com a Baushan Enterprise, maior empresa de serviçosfunerários de Taiwan, com o objetivo de oferecer à população local "enterros" no espaço sideral. Ao espaço,em tubos– Roberto Tysor, presidente da Celestis, explicou comofuncionariaoserviço duranteacerimôniade assinaturado contrato, realizada em Taipé. De acordocom ele, as cinzas dos mortos seriam colocadasem tubos de alumínio do tamanho
de um cilindro de batom. Os tubos seriam então enviados ao espaçoem foguetescomerciais, a partir de bases nos EUA e na Rússia. Ostubos seriamentãodespejados na órbita da Terra e seriam queimados durante a reentrada na atmosfera do planeta, explicou.Os tubos podem passar até meses ou anos em órbitaaté voltarem à atmosfera.
De olhono céu – Yeh Fengchiang, diretor da Baushan, disse aos jornalistas: "Sempre que a lua aparecer no céu, você poderá olharpara cimae lembrar de seus entes queridos". Cada "sepultamento espacial"custariao equivalentea R$35 mil,preçomédio deum funeral em Taiwan. Quem quiser enviar suas cinzas para a superfície da terá de pagar o equivalente a quase R$ 90mil. (AE)
Haiti: rebeldes criam "país"; Aristide resiste
Os rebeldes que assumiram o controle deuma cidade do Haiti se declararam um país independente ontem,nomeando um governo e um presidente.Cerca de20mil pessoasassistiram à declaração na praça principal de Gonaives ou de cima dos telhados de uma favela. O líder rebelde Buter Metayer, antesaliado dopresidente Jean-BertrandAristide, chegou ao local saltandoe com os braços erguidos, como se fosse um boxeador. Deternobranco eóculosde aros dourados, ele comandou a multidão,que gritava:"Sozinhos somos fracos,juntos somos fortes,juntos somosa resistência". Os rebeldes batizaram o seu país de Artibonite, o nomedaregiãoaoredor de Gonaives,dedicada aocultivo dearroz.Metayer,que neste mês expulsou a polícia da cida-
de, foi nomeado presidente. Em Washington, o secretário de Estado americano, Colin Powell, disse pela primeira vez queos EUAestãoabertosà possibilidade dequeAristide renunciepara pôrfimàcrise, que desde5 defevereiro virou uma rebelião armada.
EUA– Relutante em enviar forçaspoliciaisao país, mas aparentemente incapaz de mediar a crise, Powelldisse que a saída de Aristidenão faz parte denenhumplano depazpossível. "Mas, se for alcançado um acordo que se mova em outra direção, está bem", disse. O ex-padre Aristide, antes visto como um herói, mas agora acusado decorrupção, deixouclaroque nãopretende deixar o poder. "Não há dúvida de que estou disposto a morrer seissofor necessárioparadefender o país". (Reuters)
Escolha o aroma. E mande um e-mail com cheiro.
Aoperadora britânicaTelewest Broadband está testando uma nova tecnologia, que permiteenviare-mails com vários aromas.
Trata-de doScentMail, dispositivo com 20 aromas-base, que poderão ser combinados, produzindo até 60 odores diferentes. Maso objetivoda empresa é colocar à disposição até dois mil odores.
O aparelho custará cerca de 372 euros (cerca de R$ 1.400) e pode ser ligado ao computador porum cabo,damesma forma que uma impressora ou um scanner. (AE)
Esta recepcionista atende telefone,dá informações e, inclusive, fazfofoca sobreo chefe. Masnão recebe salárioalgumporquenão éumserhumano: "Valerie" é um robô. Trata-se de umamáquina apresentada ontempelaUniversidade Carnegie Mellon. A recepcionista artificial é considerada a primeira de sua classe a possuir umapersonalidade bem definida, disseram pesquisadores de Carnegie.
Com personalidade– E nquanto atende o público, "Valerie"contahistórias deseu chefe, fala sobre sua analista e de seus sonhos de um dia ser cantora. "Quisemos dara ela a personalidadede umapessoa que nãotriunfou navida, que deseja abrir caminho em um mundo de seres humanos", disse Kevin Snipes, de 26 anos, estudantede dramaturgiaque participou comoutros trêsescritores da criação do personagem do robô. O projeto é resultado de dois anos emeiode colaborações entre os departamentosde artes dramáticase ciênciascomputadorizadas de Carnegie Mellon,com oobjetivode criar um robô capaz de atrair as pessoas por seu trato sociável. Orobô poderáservendido nofuturoe "Valerie" deverá participar de uma comédia musical que está sendo escrita pelos estudantes. (AE/AP)
O C-Bond caiu e o risco-País subiu. Tudo em meio ao carnaval (foto) na frente da BM&F. Páginas 8 e 12
Alexandre de Moraes, secretário da Justiça do Estado, diz que impedir o acesso das pessoas ao transporte e às vias públicas – como fizeram ontem os sem-teto na Boa Vista – é um abuso dos direitos civis. Cabe ao Poder Público evitar o excesso de direito. Para o vereador Dalton Silvano, o Centro virou "terra de ninguém". Página 11
O trânsito travou nas principais vias: reflexo do centro. Páginas 10 e 11
Neste fim de semana com muitos filmes, atenção para o polêmico Para Minha Irmã (esq.) e o divertido Sexta-Feira Muito Louca (dir.). E prepare-se para ver Medéia, belo clássico do teatro, com Leona Cavalli (acima).
Marta tenta furar o bloqueio
Apressada, a prefeita Marta Suplicy (na foto, com o secretário da Saúde, em evento no CEU), no carro oficial e com segurança a reboque, foi vista tentando furar o trânsito na Av. 9 de Julho. Pág. 10
No DCultura: lembranças do tempo em que lança-perfume fazia parte da festa. E folias inesquecíveis, segundo personalidades famosas. Mais: mil logomarcas no salão, o marketing do carnaval (página 17).
Programe-se: horários especiais dos bancos, repartições, transportes, comércio (página12).
Caia na folia do Leão O programa da Receita para fazer o IR estará disponível hoje. Página 20
Renato Carbonari Ibelli, Fernando Lancha e Fernando Vieira
Sem fiscalização da Prefeitura, os camelôs se apoderaram das ruas do Centro. Ontem a 25 de Março esteve intransitável para veículos e/ou pedestres. A XV de Novembro e a São Bento idem. E mais: uma manifestação de sem-teto bloqueou a rua Boa Vista, desde o Pátio do Colégio até a Secretaria da Habitação, em um protesto contra o governo do Estado. Resultado: além do transtorno local, o caos estendeu-se às principais vias da cidade, num efeito dominó que travou o trânsito. Trabalhar, todos precisam. Manifestar-se é um direito. Mas há regras. À tardinha, às 18h51, provavelmente com pressa, a prefeita Marta Suplicy foi vista em seu Ômega oficial, segurança a reboque, sirene ligada, tentando furar o trânsito na avenida 9 de Julho. Pedestres e automóveis foram expulsos ontemda rua 25 deMarço. Centenasdebarracasdecamelôsilegais tomaram totalmenteascalçadas e chegaram aocupar 2/3da rua. Quem tentou cruzara 25 de Março, de carroou de ônibus, gastoumaisdeuma hora.A "festa" dos camelôs multiplicou-se por outras ruas do centro. NaXVdeNovembro, as lonas estendidas no chão, lotadasdeCDspirateados, estavam de volta, dividindo espaço com outras barraquinhas que vendiam de rapadura a softwares. ASão Bentose transformou numa grandepassarela para osvendedoresambulantes ilegais desfilarem com suas mercadorias. Omotivo parao aumento do número de camelôsnasruas centrais:desdeo Carnaval, a fiscalização da Prefeitura decidiu relaxar. Indignado, umcomerciante da Ladeira Porto Geral, que preferiu não ter o nome divulgado,dissequefiscais daPrefeitura estiveram na região da rua 25 de Março das 9h às 12h, mas não fizeram nada. "É sempreassim.Eles aparecem, tiram os coletes da Prefeitura e ficamparadosnas esquinas. Enquanto isso, acontece toda essa bagunça em frente às lojas. O pior é a música alta que os camelôs colocam".
Irritados, motoristas que tiveram de enfrentar a 25 de Março ironizavam e sugeriam que a rua fosse fechada de vez aos veículos
Por volta das 14h a reportagem do Diário do Comércio acompanhou a conversa, por telefone, entre um funcionário da Regional da Sé e um comerciante que requisitava à Prefeitura novos fiscais para controlar o caos formado no local. Os fiscais chegaram porvolta das 16h,sem a companhia da Guarda CivilMetropolitana (GCM) e permaneceram sentados, sem coletes,no final da Ladeira Porto Geral. "Não é preciso explicar o que acontece por aqui", ironizou um dos comerciantes, sugerindoque fiscais poderiam estar sendo subornados por ambulantes.
Em reportagemfeita nodia dois de fevereiro, o DC revelou que um camelô conhecido como "Mil" recolhia R$ 30 dos ambulantesda Florênciode Abreu, no centro, e, num bar de nome Madragoa, entregava o montante a um dos chefes da fiscalização da Prefeitura.
Indignação – Ontem, a revolta dos comerciantesdaregião da rua 25 de Março só não era maior do que a indignação dos motoristas que arriscaram atravessá-la. Espremidos entre as barracas dos ambulantes, os motoristas se arrastavamtentando ainda desviar dos pedestres, expulsos das calçadas. "Sei que a25 semprefoi complicada,mas hojeestáimpossível", desabafava Paulo de Souza,
motorista autônomo que,segundo ele mesmo disse, teve "o azar de pegaruma entrega" na região. "Entrei há mais de20 minutose andeimenos de200 metros. Seiqueos camelôs precisam trabalhar, mas eles invadem metade da rua e fecham as calçadas. Daí, ospedestres precisam andar na rua e os carros ficam sem espaço", comentava Souza, que não pensou duasvezes antesde escapar da 25 de Março por uma ruaparalela, já na altura da Praça Dom Pedro. Menos sortetiveram o motoristadeum ônibus,quepediu para não ter seu nome revelado. O motorista afirmou que num dia como o de ontem, emqueos fiscaisnão"apertam" os camelôs, ele leva mais de umahora paraatravessar a rua, que tem pouco mais de um quilômetro. "A Prefeitura deveria fechar de uma vez o trânsito de veículos por aqui. Só deveriam transitarpedestres", sugeriu o motorista. M an i f es t aç ã o – Saindoda 25deMarço,escalando aLadeira Porto Geral e seguindo em direçãoà ruaBoaVista, mais caos: cercade 97 famílias pertencentes a movimentos de sem-tetos ocupavam uma das faixas da rua, emfrente às Secretarias doGoverno doEstado,num protesto quecomeçou às10h da manhã.
A poucos metros, na XV de Novembro, o desafio voltavaa ser desviardasbarracas dos camelôs. Um poucomais adiante, naruaSãoBento, o mesmo problema,e nenhum fiscal da Prefeitura à vista. "Das 11h às 15h a gente tem uma folga da fiscalização porque eles parampara almoçar",explicava o camelô Alexandre Marcelino daSilva, "livreiro"da São Bento. Ele disse que a fiscalização tem passado pela região de quatro a cinco vezes por dia. Ocamelô AndersonOliveira,que ficanaruaXV deNovembro, confirma a oportunidade proporcionadapela pausado meio-dia dos fiscais. "Muita gente só vem nessa hora paratentar evitarque afiscalização apreendaas mercadorias", afirma.Eletambém faz questão de reclamar da atuaçãodosfiscais,que estariam agindocom violência."A fiscalização já chega batendo, mesmo sem qualquer reação do camelô.Na últimaquartafeira, o camêlo Ricardo, vendedor de capa de celular em frenteo metrô São Bento, teve o braço quebrado", garantiu. Ontem, pelas ruas do centro, não se observou essa postura dafiscalização.Na verdade, não se viu fiscal nenhum. Na página seguinte, mais sobre o caos na cidade
Acima, na rua Boa Vista, além do apitaço, os manifestantes do Movimento dos Sem-teto deitaram-se na via, obrigando carros e ônibus a retornar pela contramão, em direção ao Pátio do Colégio. À direita, com faixas e bandeiras, a passeata entrou na Boa Vista pelo Pátio do Colégio, impedindo o trânsito na região do quadrilátero da Sé.
A rua 25 de Março (acima) sem espaço para pedestres e veículos. Os camelôs voltaram a invadir as calçadas e cerca de 2/3 do leito da rua. O mesmo acontecia na Ladeira Porto Geral (à esquerda). Em comum, a dificuldade de circulação e a ausência (ou inoperância) de fiscais da Prefeitura. Abaixo, manifestação dos sem-teto na rua Boa Vista. A passeata começou no Largo do Paissandu e dirigiu-se ao Pátio do Colégio e secretarias.
Ato de sem-teto força mudança na mão de direção da Boa Vista
Os carros que passavam pela ruaBoaVista, nocentrodacidade, por volta da 13hde ontem, chegaram aseguir pela contramão para escapar do congestionamento formado pela manifestação de sem-tetos, queinterditavam umadas faixas da rua, em frente ao prédio onde funciona a Secretaria de Habitação do Estado. Cerca de 30 Policiais Militares tentavam impedirqueos manifestantes ocupassem toda arua eorganizavam otrânsito no local. Pouco adiantou. Com a Boa Vista parada, os reflexos do congestionamento foramsentidos nas avenidas do Estado, 23 de Maio e Tiradentes, que pararam. Desdeàs10h ascercade97 famílias que compunham o
protesto se mantinham no localsegurandofaixas onde se viam frasescomo "moradia é um direito do cidadão e um dever dos governantes".O motivoda manifestaçãoera odespejo das famílias do edíficio de número 123 da rua Ana Cintra e do acampamento Águiade Haya, na zona leste. "Vamos ficar acampados aqui até que resolvamnos atender",diziaJairaCoelho Rodrigues deAndrade, uma das coordenadoras dos manifestantes. Por voltadas 16h,representantes dos sem-teto foram autorizados entrar na Secretaria para debater, masforam convidadosa entrarpelo outrolado do prédio, que fica na Rua 25de Março.A manifestação ganhou aresde passeatae des-
ceu aLadeiraPorto Geral e conseguiu abrir caminho entre os camelôs, a majoria ilegal. Deacordocoma assessoria de imprensadaSecretaria de Habitação ossem-terra entregaramumpapel comsuasreivindicações para um representante da casa. Entre outros pontos, é pedidauma alternativa paraqueas143crianças das famílias despejadas possam ser matriculadas nas escolas, já que as aulas estão começando e, por morarem nas ruas, as crianças não podem ser matriculadas. Em nota, o secretário municipal da Habitação, Paulo Teixeira, secomprometeuaincluir as famílias no programa Bolsa-Aluguel da Prefeitura de São Paulo até o fim do mês.
Efeito dominó travou ruas. Engarrafamentos chegaram a 111 km. Paratentar minimizaros problemasprovocados pela manifestaçãodos sem-tetoe pela tomada da 25 de Março pelos camelôs, técnicos da Companhia deEngenharia de Tráfego (CET) redirecionaram o trânsito no centro.
Por volta das 11h30, os arredores doPátio do Colégioe da Praça da Séforam bloqueados emrazãoda presençadosmanifestantes. Os ônibus que circulam na região tiveram de ser desviados pela rua Bittencourt Rodrigues,avenida Rangel Pestana e ParqueDom Pedro. A manifestaçãoprovocouum efeito-dominóno trânsito com reflexos na entrada do elevado na avenida do Estado. Jána avenida23de maio,o trânsito,lento durantetodoo dia, parou às 16 horas, por causa da chuva. Foi registrado um ponto de alagamento em ambas as pistas da avenida, no trecho localizado próximoao Viaduto Euclides Figueiredo –naaltura doObeslisco,junto aoparquedo Ibirapuera–que foi contornado com um desvio de emergência. ACETindicava101 kmde lentidão na cidade às 17h30. O índice normal para o horário é 53km. O picode congestionamento foi 111 km, às 19h.
Écurioso como pode ser tãoútile tãointeressante este livrode história, oudehistórias, Fogo sobrea Terra –A mentalidade medieval e o Renascimento, doamericano William Manchester (publicadopela Ediouro), erudito autor famosopor suasobras sobretemas contemporâneos, comoa vida do eminente primeiro-ministrobritânicoWinston Churchill. Pois o livro tinha tudo para dar errado. Em primeiro lugar, foiaprimeiravez queManchester seaventurou alémdos séculos 20 e19, para vasculhar os mil anos da Idade Média. Mas isso lhe deu a oportunidade deolharoperíodocom olhos encantados e novidadeiros, quelhe permitiunotar fatos curiosos que poderiam passardespercebidos por um eruditoespecializadoem medievalismo.
Olhar curioso
E esse encantamento eesse senso de novidade passam para o leitor, que se maravilha ao descobrir,por exemplo,que nostemposmedievais cada pessoa só podia, de acordo com sua condição social, usar roupas de determinados modelos, determinadostecidos e determinadas cores. Via-se uma pessoa e se sabia que profissãoexercia, oquecomia e em que condições morava. Em segundo lugar, o objetivo inicial do autor não era escrever um livro tão grande e, sim, reunir anotações para fazer o prefácioa um livrode um colega sobreo naveganteportuguês Fernãode Magalhães,o primeiro a comandar uma circunavegação do Globo, comprovando praticamente que a Terraéredonda, assuntomuito polêmico naépoca, aponto de ter levado gente a ser queimada viva na fogueira. Manchester reuniu porém tantas anotações esparsas queresolveu publicálas emvolume.Oresultadoé
uma sucessãocaótica eincoerente de anedotas e historietas, que ora parecem condenatórias do catolicismo, ora parecem libelos acusatórios contra o protestantismo, oraparecem apontar como culpadosos humanistas quenãotomaram partido.O livroassim nãotem nem um fio condutor, nem uma coerência interna. Mas,mais umavez, essedefeito dolivro comoobra inte-
Ao abordar, pela primeira vez, a Idade Média, o autor
William Manchester consegue observar os fatos com olhos "novidadeiros" e assim tornar a leitura do livro atraente.
lectual acaba redundandoem vantagem para os leitores nãoacadêmicos. Estes são deixados livres para decidir quais das facções em disputa tinham defeitos menores ou argumentos melhores. E onde mais, senão num livro tipo metralhadora giratóriacomo estedo franco-atirador William Manchester, poderíamos ficar sabendo ao mesmo tempo que a bela, culta e fiel católica italia-
na Lucrécia Bórgia, que lavava com mel os dourados cabelos, compridos até ochão, era amante do próprio pai, que era papa, e de seus próprios dois irmãos, um dos quais era cardeal e matou o outro, por ciúme da irmã? Ou que o grande líder da Reforma, o alemão Martinho Lutero, uma das personalidades mais influentes da história do Ocidente, tinha o hábito de soltar gases intestinais para
afastar, como odor fétido,o demônio queo ameaçava?Ou que o grandeintelectualholandês, Erasmo de Roterdã, o mestre da tolerância, se recusoua dar abrigo aum colega humanistaperseguido, abandonando-o à própria sorte?
Em terceiro lugar, Manchester contaque nãoleu asobras de historiadores medievalistas mais recentes, quederam origem a toda uma revisão do
Por Luiz Barros
"Todos os bens que eu possuo ou que venha a possuir são automaticamente da Ordem [dos dominicanos]. (...) Toda vez que ouço falarem voto de pobreza na Igreja eu me lembro da piada quediz que duas prostitutas passavam na frente de um palácio episcopal e se espantaram diante de tanta riqueza, mármores, lustres de cristal... Aíuma vira-separa a outra e diz: 'Se é isso que eles fazem como voto de pobreza, imagina o que estão fazendo lá dentro como votode castidade'." Desta forma Frei Betto conclui resposta a Fernando Morais,em entrevistade1992 para a revista Pl a y bo y , explicando que não havia ficado ricoembora declarassejá ter vendido 3 milhões de livros no Brasil, em Cuba e "mais dezessete traduções". Essa entrevista, Confissões do frade, é um dos capítulos do último livro do político, jornalista eescritor FernandoMorais, que reúne doze trabalhos de imprensa selecionados dentre sua produção demais de quarenta anos.
Cem quilos de ouro, também publicada na Playboy, reporta-
gem que empresta o títuloao livro, relataemestilo francamente literário um seqüestro ocorridonaBahia em1988.O clima inusual do relacionamento psicológico entre seqüestradorevítima eodesfecho inesperado da situação, associadoà livre utilizaçãode técnicas ficcionais fazem o texto mais parecido com ficção do que factual, sendo esta, não raro, uma das dificuldades do jornalismoliterário. Nolivro esse é o textoque mais padece com o problema, embora outros tragaminformações inverossímeis, mesmo se verdadeiras, como uma reportagem sobre Cuba, primeiro rascunho do livro A Ilha (Alfa Ômega, 1976), detal maneiraimpregnadapela simpatiaideológica ao regime de Fidel Castro que o autor, na época já um jornalista deprimeiro timede importantes redações,sequer conseguiu publicá-laapós suaarriscada viagem aCuba em 1974, salvo no Ex-, um nanico jornal underground. A seleção abrange textos publicados entre 1974a 1998 em sete veículosdiversos, entreos quais as revistas Marie Claire e
IstoÉ, alémda já citada Playb oy , e diários como o Jornal da Tarde ea Folha de São Pa ul o . Uma coletânea de repor tagens antigas, inéditase altamente originais à época porém hoje versando sobre assuntos f ar t am e nt e c on he c id os , facilita que se i de n t if i q ue m falácias, na verdade inevitáveis na imprensa tantoquanto emlivros,porserem partedavida, razão porque atrevidamente intitulei esta coluna "me engana que eu gosto". Não é apenas a ilusão do frade que se diz pobre porque o dinheiro que ganha pertenceà suaordem,quandoesse dinheiro e o poder que acumulou tudo lhe permite desfrutar.
F e r na n d o Morais recusou incluir esse livro na coleção Jornalismo Literário da C o mp a n hi a das Letras. C o n s id e r a quea obra não pertence e x cl u s iv amente aogênero, "por mais diversas que sejam as definições do c o nc e i to " , pela diversidade de estilos, inclusive em virtude dos "perfis" existentes no livro, que não considera "jornalismo literário". Mas,observe-se como ele termina o primeiro perfil de FernandoCollor (O Napoleão do Planalto ) feito em 1992 para a Marie Claire, retratodeum presidenteimperial, que sempre andava a "meio galope": "Àuma damanhã [o presidente]já vestiuopijama decalças curtas e estádeitado
no ladoesquerdodacama de casal tamanho king size, prontopara dormir."Um perfilestilo literatura, a despeito da opinião do autor.
Não só pelas reportagens como pelos textos introdutórios, em que ele conta como fez as matérias, percebe-se Fernando Morais como jornalista perspicaz, influentee degrande sucesso. Por seu faro, prontidão, persistência ecoragem conquistou o privilégio de fazer aschamadas"grandesreportagens", hoje de certa formararas naimprensabrasileira, que se valem de estilo literário, depoiseventualmentese traduzindo em "livros reportagem". Sendo reconhecido pela produçãode biografiasetrabalhos de jornalismo literário, e verificada a predominância deste estilona obra,fica adúvida, polêmicasà parte, se ele próprio não seilude quanto à natureza do livro.
Outras ilusões reveladas? Umadasmaiores: em1974,o Jornal da Tarde o destacou e ao fotógrafo Alfredo Rizzutti para percorrerde formapioneiraa Transamazônica, declarada concluída pelo governo de
"barbarismo medieval"e atoda uma reabilitação das conquistas materiais eespirituais da Idade Média – e, mais ainda, a todo um questionamento do "progresso" edo"Iluminismo". Manchesterconta quesó pesquisou asobrasclássicas, maisantigas,sobre oquechama aindade"Idadedas Trevas". Assim, comoaedição americana éde 1992,os leitores brasileiros estão recebendo sóagoraumaobra que já era defasada doze anos atrás. E bota defasado nisso,pois os medievalistasdaatualidade mais recente põem em xeque o próprio conceito de feudalismo, chave para todas as concepções tradicionais,como ade Manchester, sobre a Idade Média. De novo, virtude. Entretanto, mais esse defeito intelectual do autor acaba vindo em benefício dos leitores. Poisseu teoré de documentação, não de interpretação. Tudo que Manchester diz sobre as barbáries, as torturas e os massacres da Idade Média está bem documentado. Afinal, nossa própria época, tãoprogressistae esclarecida, estárepleta debarbáries, torturase massacresqueos historiadores futuros não poderão ignorar. Finalmente,há problemas detraduçãoe derevisão.Ofamoso Pepino, o Breve, aparece como umprosaico Pepino, o Baixo. E os relógios de bolso do século 16 aparecem como "relógiosde pulso",emboraestes só tenham sido lançados no século 20,porSantosDumont. Emsuma, comtantosproblemas, parece incrível que a leitura do livro possa ser, como é, tão proveitosa.
Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro) e de Memórias de Uma Bola de Futebol (Editora Escrituras).
Médici –meenganaque eu gosto!... O jornalistadiagnosticou a farsa, intitulando e concluindoa sériedereportagens como motede "osonhoacabou", colhido de depoimentos de velhos comerciantes de Altamira: "Osonho daTransamazônicaacabou. Agora está na hora de pagarmos a despesa dessafestança[da construção daestrada] queduroutrês anos."
Mas até parao tolerante povobrasileiro hálimite no"me engana que eu gosto" e na disposição decontinuar pagando festanças. No segundo perfil de Collor, não literário?, (O solitário da Dinda), em 1995, para a Playboy, o repórter pergunta ao ex-presidente quem tem telefonado.
"Quando ouvea pergunta, Collor pára,olhafixonos olhosdointerlocutor e faz lembrar um personagem de um de seus autores preferidos, Gabriel Garcia Marques: -Meu caro,ninguém metelefona mais..."
Luiz Barros, doutor em filosofia da educação pela USP, é escritor.
Jáse temditoque napolítica dos Estados Unidos os republicanossulistas são adversários temíveis,mas queDeus lhesdá, para proteger seus adversários, pouca imaginaçãoe nenhuma sensibilidade.Seja comofor,o candidato democrata John Kerry está se beneficiando agora do descontentamento popularcom umgovernanteque osamericanos suspeitam seja governado por outros, além de chegado ao poder na poeira de uma eleição mal compreendida pelo mundo. Osfinanciadores islâmicos do presidenteBush, referidos há pouco no New York Times, existemdefato, eomaisim-
No subway,noscafés, nos ônibus, nos restaurantes é possível avaliar o que se lê em Nova York,a cada semana.Agora parece ser a vez de Dresden, Tuesday, February 13, 1945, de Frederick Taylor, sobre o pequenoholocausto dessa vez perpetrado pelosaliados, quase nofimda Segunda Guerra Mundial. O livro parece estar em todas as mãos, em quase todas as bocas e em muitas entrevistas na TV. Naquela data, a cidade civil deDresden, onde constava que nãohavia soldados, munições ou escritórios da Gestapo, foi duramente bombardeada por uma noite
inteira, para ´destruirmoralmente os alemães`. Morreram 100 mil civis naquela noite, segundo apropaganda deGoebels, e25 mil segundoo autor do livro, a maioria de civis emborahouvesse alifábricas de armamento. Dresden é o primeiro livro bem informado sobre a destruição de uma cidade moderna.Oescritorde origem alemã mashoje cidadão americano, Kurt Vonegut, estava emDresdennaquela noiteeescreveumuito arespeito doque viu então.A obra de Taylor, porém, nada tem de ficção, e diz muito sobre o horror das guerras.
Agora que a Líbia do coronel Khadafi é uma aliada virtual dos Estados Unidos, tendo aberto seus segredos nucleares para a ONU e os americanos, muito coisa está sendo contada sobre o comércio nuclear. Sabe-se hoje, por exemplo, que a China Continental transferiu essa tecnologia para o Paquistão, e este país a revendeu para Khadafi há várias décadas. Para os chineses daquela época, todo adversário político-militar dos americanos fazia jus a um pequeno arsenal atômico
para castigar o inimigo. Quem revelou isso recentemente foi o Washington Post, acrescentando que o pacote enviado por Pequim para os paquistaneses incluía matéria-prima (urânio) e manuais explicando como armar as bombas. Para o físico americano David Albright, antigo inspetor de armas, a China deve ter armado do mesmo modo dezenas de nações, ao tempo em que defendia a idéia, depois arquivada, do ´quanto pior, melhor´, em política exterior.
O livro de James Mann sobre ossubterrâneos dogoverno Bush (The Rise of the Vulcans: the History ofBush´s War Cabinet) já vendia bem desde o seu lançamento em Nova York e Washington, mas depois que Maureen Dowd(apelidada de Raposa) escreveu no New York Times um encantadoartigo sobre ele,não se falaem outra coisa na Costa Leste. O vice Dick Cheney é o personagem predileto do autor,que esmiuçou sua vida e ouviu centenas de pessoasdasrelaçõesde Cheney. O grande amigo do vice é o rico iraquianoAhmedChala-
bi,que fundouo BancoPetra, da Jordânia. Chalabi um dia foi condenado a 22 anos de trabalhos forçados, mas escapou para Londres. NosEUA,dedicou-se a derrubar seu inimigo pessoal Saddan Hussein, por acaso o ditador do Iraque.Segundo James Mann (e a cronista Dowd, a Raposa), foi Chalabi quem fez a cabeça de Cheney e de PaulWolfowitz, paraesquecer um tempo de Bin Laden eacabar com Saddan. E adivinhem quem, segundo o autor do livro, inventou o pretexto das armas de destruição em massa? Ele mesmo.
Por Luiz Carlos Lisboa, de Nova York
portantedeles éMoriHosseini, executivo-chefe da ICI Homes, uma construtora de DaytonaBeach, naFlórida.Ricos iraquianos eiranianoscomo ele têm-sededicado alevantar fundos para a reeleição do presidente,eos quetrouxeram contribuição mais expressiva tiveramcomo prêmioumencontro pessoalcom Bushna Disney World. Isso tudo repercute mal entre osárabes e seus descendentes no mundo inteiro, não porque haja alguma ilegalidade nas doações,mas devidoà políticada CasaBranca no Oriente Médio, veladamente hostil aos palestinos.
A poucaimaginação ea nenhuma sensibilidade dos as-
sessores deBush emtodosos escalões,tem ensejadopequenos errosque com otempo se transformam em tempestades. O resultado dessa política desastrosafoi mostrado numa sondagem de opiniãofeita pelo Sogby International, segundo a qual o presidente americanocontava há doisanos com 83%de aprovação pública, mas hoje tem somente 38% de-
la.Depois,a guerradeguerrilha que a Al-Qaeda desencadeou num Iraque oficialmente ocupado pelos EUA, matando diariamente jovens americanos, temdesgastado muito o governo Bush, e vai preparando a eleição de John Kerry – um ex-soldado ferido no Vietnã, um herói como os americanos gostam,um anti-Bushfeito sob medida. Tudoporque parecequeDeus castigaafriaarrogância sulista dos republicanos, dando-lhesopoderetirando-lhes um pouco do juízo e da sensibilidade.
A prosperidade do Japão emmeio àssuas infinitascrises econômicasé umdesafio ao entendimento dos americanos. Há talvez mais livros sobreesse assuntonaAmérica do que sobre sexo ou sobre como ganhar dinheiro. Durante dez anos o Japão manteve sua economia completa-
mente parada,e noentanto a sociedade japonesa é a segundamais prósperadomundo. Dizem que hojeos nipônicos precisam trabalhar um pouco mais paramanter omesmo nível de vida, mas os restaurantes e lojas de artigos de luxovendem aliagora maisdo que em qualquer outro tem-
O descasoem relaçãoao meio-ambiente em alguns países da Europa, e a desconfiança americana com qualquer restrição ao seu crescimento industrial, criaram o que muitos cientistas definem como uma bomba-relógio ecológica que deveexplodirporvolta de 2015. Médicos dos dois continentes têm escritoe falado sobre o aumento da alergia, índice seguro de que o homem está ignorando uma advertência do seu própriocorpo. Ocientista belgaVan Cauwenbergdisse na UNESCO queser alérgico está-se tornando normal. O modode vidamodernourbano é considerado irresponsável, gerando doençasqueinfernizam a vida do homem comum.Quase todasasprovidências parao controle da poluição têmsido rejeitadas pelos americanos nos organismos internacionais.
po. Os americanos não entendemofenômeno efalamnissodiscretamente,para que não sepense que elestêm inveja.Nasgrandescidades do Japão, ocomércio funciona aossábados,domingose feriados, e as lojas estão sempre cheias (alémde muitotranqüilas, o quetambém não dá para o ocidental entender). Asgrandes levasde turistas americanos que visitam Tóquio e Kioto o ano inteiro, incluem umbom número de professores, economistase sociólogos, amadores eprofissionais, que querem entender o permanentemilagre japonês.
Ilhabela, Ubatuba, Camburi. Foi-se o alto-verão, passaram-se as férias e vem aí a melhor época para aproveitar os raios de sol com tranqüilidade. Destaques da costa paulista, estas três praias oferecem culinária bem caprichada, pousadas cheias de charme e novíssimas atrações – detalhes que cativam cada vez mais turistas. Págs. 2 e 3
Conheça as curiosidades de um estudo que revela o futuro do setor: de hotéis móveis à volta do Concorde. Pág. 4
Programas para todos os gostos, diversão de todo tipo. Ubatuba reserva clima familiar na pacata Toninhas e saborosas tortas no Nau Catarinetta (fotos acima). Já Camburi vive da badalação na areia e do sossego nas aconchegantes pousadinhas, como a Villa Bebek – a novidade da estação (fotos ao lado e ao meio). Ilhabela, por sua vez, esbanja romantismo. Seja nas belas praias, seja no centrinho recheado de cafés e lojas (fotos abaixo)
No burburinho das praias da região de São Sebastião, ela já tem notoriedade no quesito gastronomia. Nesta temporada, antigas atrações, como o badalado Galeão, brilham ao lado de novidades: a elegante Villa Bebek, que promete conquistar os mais exigentes visitantes
A descontração toma conta das areias desta praia do litoral norte paulista. À noite, a sofisticação marca o clima em pousadas e restaurantes –na lista dos melhores da região. Entre os nomes mais famosos estão o Ogan (ao lado), com seu delicioso bacalhau, o tradicional Manacá e o descolado Tiê (à esq.) Carolina Da Riva
Durante muito tempo Camburifoi só uma vila caiçara perdida no litoral norte de São Paulo. Assim como a maioria das praias paradisíacasfoi descobertapelos surfistas, desenvolveu-se rapidamente na década de 80 com a conclusão daRio-Santos e hojeé uma das areias maisdescoladas e sofisticadas da região. Um de seus maiores charmes,contudo, foio depreser-
var oespírito do locale conciliar o jeito simples do passado com pousadas aconchegantes e ótimos restaurantes – os melhores desta parte da costa. A praia é cortada pelo Rio Camburi,que adivide em Camburi eCamburizinho. Do ladode Camburizinho, bem menor, as águas são calmas. E diante daareia, condomínios de luxo acolhem famílias. Já Camburi é boa para o surfe. No alto-verão é raro encon-
trar um lugar paraestender a cangaou mesmo espetar o guarda-sol.A simpáticaruazinhade terra, bordadadelojinhas, que dá acesso à praia vira uma procissão de carros e os restaurantes lotam. Calma. O auge da estação já passou. Cozinha estrelada – Ca mburi é a meca gastronômica do litoralnorte. Atraiamantesda boa mesa de todas as praias vizinhas. O Manacá foi o primeirobom restaurante a se fixar por lá, com suas mesas entremeadas pela mata e a sofistica-
da comidaquesaidocaso de amor entre o mar e o chefe Edinho Engel. Suas receitas variam conforme aestação, mas as estrelas do cardápio estão sempre lá, como o linguado ao creme de laranja e gengibre. E o Manacá hátemposnão está sozinho. Háo Ogan, com seu tradicional bacalhau, o Tiê, com seu risoto de rúcula e camarão, e oAqua. Este último, localizadonoalto deummorro, com mesas na varanda, oferece umaprivilegiadavistada praiae aindaserve delíciasco-
Surpreende-se quem descobre as incontáveis praias do município – urbanas ou emolduradas por preservada Mata Atlântica. No centro revitalizado há fartura também na oferta de restaurantes
O "footing" é frenético. Tem gente caminhando, pedalando, andando deskate, feirinha hippie, parquinho de diversões, barzinhos à beira-mar. Assimé oastral nonovíssimo calçadão do centrinho de Ubatuba.Repleto dejardins,banquinhos e uma bem-cuidada ciclovia,é um belo programa ao cair da tarde, seja para comprar,badalar, levarascrianças ou simplesmente flanar sem compromisso.
Itaguá abrigao pedaçomais charmoso dali. Lá estão concentrados as lojinhas e os restaurantes mais bacanas. Aproveite para jantar. Há fartura na escolha. Querendo algo mais sofisticadováao Papagallieo faça àluzdevelas.Pensando em cozinha típica, aposte no "azul-marinho", prato caiçara feito na panela de ferro com postas depeixe, normalmente o garoupa, e banana verde. Deixeasobremesa eoex-
presso para o Tachão, que vende a famosa bananinha passa de Ubatuba, oua Nau Catarinetta, com tortas deliciosas. Paraquem pensa emirà praia na região central, há boas opções. Basta escolher o estilo. Tenório eToninhastêm ambientefamiliar. Na Vermelha doCentro, oclimaé desurfe. Praia do Cedro para os amantes danatureza.E naPraia Grande, agitação non-stop.
Se a idéia é relaxar por praias mais tranqüilas, deve-se ir para a região norte, dona de um dos pedaços mais bem preservadas de Mata Atlântica do País. Des-
taque para a Brava da Almada e a Bravado Camburi,ambas acessíveis apenas por trilhas, e paraPuruba, com sua longa faixa deareiabranquinha,a qual só se chega depois de atravessar um pequeno rio, nadando ou de canoa. Estando no norte, duas boas dicas para almoçar. A primeira delasficaem Ubatumirim,e atendepelo nomede JujuBalagandan,um despretensioso quiosque na areia, decorado comcharme, queoferececasquinha desiricommandioquinha e risoto de polvo. Outra opção éseguir para a
mo oespaguete comazeitonas pretas, camarão e pinoli. Estilo balinês – Quem procura boa hospedagem também não temdoque reclamar. Inauguradahá seismeses, a Villa Bebek chegou paraser a pousada maischique dali,decorada ao estilo balinês. São 22 suítes equipadas com TV de tela plana e cama king-size, entre outros mimos. Ficam espalhadas em voltadeuma piscina que copia o curso deum rio, onde foram esticadas redes paraos hóspedes deitarem ese
deleitarem, bebericando uma taça de proseccoe apreciando quitutescomoracletes de queijo brie com mel. Quandochegaa noite, o programaé passearpelas lojinhas da rua principal e, para os maisanimados, divertir-seno Galeão. Misto debar e danceteria, a casa acaba de completar dez anos de história. E promete fôlego para animar muitos carnavais da gente jovem e bonita que desfila em suas pistas e que na manhã seguinte volta a colorir a bela praia.
Praia da Almada, reduto caiçara acessível por uma estradinha apertadaque revela mirantes de tirar o fôlego. Ali, vários barzinhos à beira-mar servem toda sorte de drinques e
petiscos, além de fumegantes moquecas de camarão. A praia, de mar tranqüilo, é o paraíso. E convida a brindarao sossego e à natureza, o melhor de Ubatuba.
O calçadão no novo centrinho é a sensação da temporada. Uma arborizada ciclovia (acima) e banquinhos à beira-mar convidam a descansar, namorar, passear em família... Aos que procuram sossego, o conforto da pousada Recanto das Toninhas (à esq.) e as praias do norte. Destaque para a reservada Puruba (à dir.)
Faça chuva ou faça sol, Ilhabela abre um leque de opções para dias e noites de diversão. No coração da maior ilha marítima do País, impera o charme. Em cafés, bistrôs, antiquários e pousadas exclusivas
Ilhabelaencantaseus visitantes aoprimeiro olhar. MataAtlântica preservadíssima,praias, cachoeiras... Ela reúne o que os destinos mais bacanas do litoral têm com avantagemde estarcercadade água por todos os lados.
A grandediferença, porém, fica mesmo na estreita faixa urbanizada desua encosta,onde selocaliza umacoleção derestaurante, pousadas e lojinhas. Ilhabela é reduto de charme. Todo ano, uma leva de pessoas se instala por ali e monta um café inusitado, um antiquário, um bistrôzinhoromântico.O ponto de encontro éa "Rua do Meio", no centro da vila histórica. Ali, até tarde da noite a moçadase encontraparabeber, dançar e namorar.
Casais apaixonados, aliás, adoram a ilha. Não faltam programas sob medida. Passeio de lancha para o norte, com parada nobar doEustáquio, éum
deles. Ali, serve-se um drinque à base de vodca e folhas de tangerina. Astronauta chama-se. Outradica: Jabaquara, para andar por suas areias branquinhas. Ou, ainda, ir ver o pôrdo-sol em Borrifos, petiscando o marisco lambe-lambe do Nova Iorqui. Mas não vá emborasem provar umacasquinha de camarão do Viana. Menu de sabores– Se namoro combina com boa mesa, aocairda noite,quetaljantar no sofisticado Pitanga ou no transado Barulho D’Água? Depois, uma passadinha no Felippo para a sobremesa: tarte tatin de maçã, cravo e canela, acompanhada de uma taça de vinho e ao som do piano suave. Para fechar com chave de ouro: uma sessão de hidromassagem em uma das suítes da exclusiva Pousada Maison Joly, de frente para o mar. O cardápio de atividades na ilhatambémé farto.Alémdas
praias mais badaladas, como a do Curral e da Feiticeira, do lado sul, e a do Viana e da Armação, ao norte, existem pedaços de areia acessíveis somente por trilhaouemjipe 4X4.Éocaso doBoneteede Castelhanos, respectivamente. Para quem gosta de cachoeiras, são mais de 300. E são muitososesportesnáuticose de aventura, como trekking, windsurfe (Ilhabela é a Capital Brasileirada Vela),kitesurfe, rapel e por aí vai. Sem falar em mergulho, nas dezenas de naufrágios que pontilham a ilha. Ventos fortes e ondas potentes já levarammuitos barcos a pique. Reza a lenda que as sereiasdailha atraemos marinheiros para suas encostas e os seduzem comsua beleza,fazendo-os perder o controle dos barcos. Orisco ainda hoje parecerondar osquevisitam Ilhabela. Enfeitiçados, todos querem ficar.
Requinte e privacidade: palavras de ordem na Pousada Barulho D'Água
ONDE DORMIR
Todos os preçosincluem café da manhã.
UBATUBA
Pousada CasaMilá: Pra i a Brava da Almada, acesso pelo km 13 da Rio-Santos sentido Paraty, tel. (0--12) 3832-9015, www.casamila.com.br. Está encravada no topo de um morro.Todosos novequartostêm rede na varanda com vista para serra emar. Diárias apartir de R$ 100 por casal. Recanto dasToninhas: Praiada Toninhas,SP55 para Caraguatatuba, km 56,5, tel. (0-12) 3842-0042, www.toninhas.com.br.Fazparteda Associação Roteiros de Charme e é o mais confortável hotel de Ubatuba.Diáriasa partirdeR$ 390 por casal.
CAMBURI
Villa Bebek: Rua Zezito, 251, Camburizinho, tel. (0--12) 3865-3320, www.villabebek.com.br. Rústica e chique. A diferençaentreos quartoséo tamanho. Todos tem TV com tela plana, ar-condicionado e cama king-size.Diáriasentre R$ 200 e R$ 320 por casal.
Villa Paradiso: Rua Tubarão, 9 (esquina com estrada do Camburi, 1510, tel. (0--12) 3865-2557, www.pousadavillaparadiso.cjb.net. Tranqüila e arborizada,a 50mdapraia. Diárias por R$ 180 por casal.
ILHABELA Maison Joly: Rua Antônio Lisboa Alves, 278, tel.(0--12) 3896-3500, www.maisonjoly.com.br. A mais elegante e exclusiva da ilha. Dez quartos. DiáriasdeR$250 aR$1.100 (suíte luxo) por casal. Barulho D’Água: Rua Manoel Pombo, 250, Praia do Curral,tel. (0--12) 3894-1406, www.barulho dagua.com.br. Requinte eprivacidadesão a palavar de ordem. Com apenas dois quartos. Diária de R$ 260 a R$ 620 por casal. Pousada Canto da Praia: AvenidaForça Expedicionária Brasileira, 793,Praiade Santa Tereza,tel. (0--12) 3896-1194, www.c anto dapraiailhab ela.com.br.Novíssima eexclusiva. Apenasquatro apartamentos. Diária ente R$ 350 e R$ 500 por casal.
Canto Bravo: Praia do Bonete, tel. (0--12) 3896-5111. Super alternativa,àluz develas.Boa comida caseira e visual espetacular. Diárias a partir de R$ 140 por casal.
ONDE COMER
UBATUBA
Terra Papagalli: Rua Xavantes, 537, centro, tel.(0--12) 3832-1488.
Peixe com Banana: Ave n ida Guarani, 255, centro, tel. (0-12) 3832-1712. CAMBURI Manacá: Ruado Manacá, 102, Camburizinho, tel. (0--12) 3865-1566. Ogan: Estrada do Camburi, 1.650, Camburi, tel. (0--12) 3865-2388.
Tiê: Estrada doCamburi, 696, Camburi, tel. (0--12) 3865-2204. Aqua: Estrada do Camburi, 2.000, Camburi, tel. (0--12) 3865-1866.
ILHABELA Pi t a n g a : Avenida Pedro PauladeMoraes, 435,Sacoda Capela, tel. (0--12) 3896-2156. Viana: Avenida Leonardo Reale, 1.560, Praia do Viana, tel. (0--12) 3896-1089. Barulho D’Água: Rua Manoel Pombo, 250, Praia do Curral, (0--12) 3894-1406. Felipp o: AvenidaPedro de Paula Moraes, 1.006, tel. (0--12) 3896-1070.
Reduto de esportes náuticos e de aventura, a ilha guarda pequenos paraísos, como as praias Bonete (ao lado) e Jabaquara (acima), e delícias, como as do Felippo (no topo)
Baseado em opiniões de especialistas, estudo britânico mostra as tendências e as novidades no setor turístico daqui duas décadas
Imagine hospedar-seem hotéismóveis, em forma de nave espacial, onde o quarto serádecorado conforme o seugosto. Imagine aindaira NovaYorkemtempo recorde por 73 euros. O que pareceutopiapode serarealidade dos viajantes dentro de 20 anos. Pelomenos é oque indica um estudobritânico sobreofuturo do turismo no mundo. Lembrou de um filme de ficção científica?Poisatéparece mesmo. Mas o segundo milêniomalcomeçou ejápromete surpresas emtodos ossetores. E o negócio do turismo não poderia ficar para trás, claro. Vêm aí muitas novidades. As previsõessão muitas,e muito curiosas. Companhias aéreas reduzirão significativamente suas tarifas, o Concorde – modificado – voltará a voar, a China setransformará nodestino mais visitado do planeta... As estimativas sãodo grupo turísticoThomson Holidays que consultou toda sorte de especialistas – de arquitetos a sociólogose jornalistas– para adiantar tendências e hábitos dentro de duas décadas.
Hotelaria reinventada –
Um dos setores que mais sofrerá mudanças,afirmamos experts,seráo da hotelaria. Os novos hotéis não terão nada do que conhecemos hoje. Nem belas fachadas nem interiores rococós. Os empreendimentos do futuroserãodignos de "2001, uma Odisséia no Espaço". Terão,porexemplo,design decápsula oval,sustentada por cinco pilares, com antenagigante decomunicaçõese impacto ambiental mínimo, já que produzirão sua própria energia ereciclarão seuspróprios resíduos.
E assim como casas móveis, estes alojamentos vanguardistas poderão sertransferidos e reinstalados em qualquer outrodestino, considerandoflutuações de mercado e perda de potencial turístico de determinadoslocais. Os quartos, na maioria dos empreendimentos, serão adaptados conforme o gosto de cada viajante. Estes hotéis do século 21 deverão aclimatar-se às novas modalidades de férias. Entre as mais usadas:"férias suaves", que combinarão trabalho e prazer.Enquanto paistrabalharemviainternet, filhosse divertirão com videogames.
A volta do supersônico –Prepare-se. A tecnologia do recém-extinto Concorde ressuscitará para liderara revolução do setor aéreo. O Cosmopolitano será um avião que irá resgatar elementos do famoso supersônico e permitirá viagens a Nova York por 73 euros ou à Austrália por menos de 180 euros (a partir da Europa).
Os trajetos certamente incluirão a China que, segundo o estudodaThomson,será em 2025 o destino mais visitado do mundo – seguido das praias do Qatar, Brasil (com Rio de Janeiro e Amazônia no topo da lista) e Eslovênia com seus centros esportivos e spas. Etemmais: ascompanhias dosegundo milênioterão
adaptado seusassentos a pessoas obesas. A crescente preocupação dosturistascoma saúde e opeso modificará aindaosmenusnosaviõese nos hotéis. Poucas calorias e gorduras. Dará impulso definitivo ao turismo de saúde.
E, num mundocaótico,o bem-estar e a tranqüilidade serão bens preciosos. Nas praias,
Na Cidade-Luz com Raí Conhecer Paris acompanhado do ex-jogador de futebol, que lá viveu durantecinco anosquandojogou noParisSaint Germain.É estaa propostada SpecialTrip em seuexclusivoroteiro "Paris comRaí". De 17a 23 demaio, o programa incluipassagem aérea,hospedagem em hotel quatro-estrelas, cinco refeiçõesem restaurantesespecialmente selecionados e passeios.
Dois dias ficarão reservados à programação com o craque. "São lugares que eu gosto de ir porque têm bem a cara da França e do estilo de vida dos franceses", adianta Raí. O ponto alto da viagemocorrerá nodia 20,quando oexjogador levará os viajantes ao amistoso entre Brasil e França, no Stade de France.Preço sob consulta. Maisinformações pelo tel. 3032-3570, site www.specialtrip.com.br.
Há muitas novidades no ar Omercadode aviaçãotemboasnovas para o passageiro. A British Airways (tel. 0300/ 7896140) anunciou sua primeira promoçãodo ano parao Executive Club, seu programa de fidelidade. Até27demarço, oassociadorecebeo triplo de milhas por vôo. Já a South African (tel. 0800/118383) celebra 35 anos no Brasile passaa operar,em parceria com a Varig (tel. 5091-7000), vôo diários entre o País e a África do Sul a partir de5 deabril.A Air France (tel.0800/ 8803131), por sua vez, lança o Dedicate, um serviço de vôos regulares e diretos saindo de Paris para destinos remotos queapresentam atividade econômica importante e grande potencial de desenvolvimento. Entre eles, Pointe Noire, na República do Congo, e Malabo, na Guiné Equatorial.
Gastronomia em alto-mar Uma viagem pela costa brasileira dedicadaà altagastronomia.Nos dias27 e 28deste mês,o navioMSC Melody, da MSC, partirá do Porto de Santos em seu "Cruzeiro Gastronômico". A bordo, a chefe Andrea Bisio recepcionará mestre-cucas muito especiais: Allan Espejo (do Don Pepe di Napoli e Al Maré), Emmanuel Bassoleil (do Hotel Unique) e AdrianoKanashiro(Restaurante by Adriano Kanashiro e Aoyama). Além de provarem cardápios exclusivos, os passageirospoderão participar de palestrassobre vinhoedegustação decharutos e terão aulas de culinária. Quem se interessou deve se apressar: na saída deSantos restampoucasvagas. Apartirde US$ 780 por pessoa emcabine dupla peloroteirodesetenoites, incluindo Salvador, Búzios e Arraial do Cabo. Tel. 5053-8500.
por exemplo, o uso de celulares será estritamente proibido, para o sossego dos turistas. Verdadeou não,aosviajantesdeplantão restaapenasesperarosanos passarem para comprovar a veracidade dessas mirabolantes previsões.
Agências internacionais (AFP e EP)
Diárias emNova Yorkpor apenas US$ 99. Na Interep Até 31 de março, a Interep oferece uma promoçãoespecial: reserva de hotéis em Nova York, Estados Unidos, a preços bem abaixodo convencional. No Pennsylvania, situado na 7.ª Avenida, bem no coração de Manhattan, a diária para casal fica por US$ 99. O hotel foi construído em 1930 e remodelado recentemente. Outra opção econômica é o hotel Milford Plaza, localizado na região da Broadway e com tarifas a partir deUS$ 116para duaspessoas. Uma bagatela em se tratando da famosa Big Apple.Maisinformações pelotel. 3256-2811, site www.interep.com.br.
AtlânticaHotelsinaugurao Clarion Jardim Europa A hotelaria paulistana ganhou um novo empreendimentode luxovoltado para os executivos. Com investimentos de R$ 25 milhões, o Clarion Jardim Europa, primeiro lançamento em 2004 da Atlantica Hotels International, ficanobairro doItaimeoferece170 apartamentos com varanda emimos como "quick massage" de cortesia. Na infra-estrutura, fitness, piscina com hidromassagem, programadedayspa, além de salas de reunião para acomodar até 60pessoas. Até 31 demarço, o
Por Luis A. Lachèze
Presunção minhaprojetar tanto e tão longe, mas uma certeza tenho: o turismo continuarácrescendo noBrasileno mundo. Haverácadavez mais segmentação, levando à crescentemultiplicação demercados. Estes trarãoa necessidade de serviços específicos para atender cada nicho. A demanda tornará cada vez mais importante opreparoprofissional dos participantes da cadeia produtiva do turismo. O segmento GLS terá um crescimento desproporcional em relaçãoaos outros,à medidaque suasreaisnecessidades forem entendidas e atendidas com êxito. O da "melhor idade" continuará em expansão e cada vezmaisexigente. Sãomercados com dinheiro discricionário para gastar.
A inevitável continuidade da globalização,que criaumacultura universal homogênea, tornará destinos diferenciados ainda mais desejáveis. É o caso dos brasileiros Pantanal, Chapada dosVeadeiros,Lençóis Maranhensese IlhadeMarajó, entre tantos outros. Pelos oceanos – Ao contrário do que muitos pensam, não acho que o espaço sideral será a "nova fronteira". Os oceanos, berços de toda a vida terráquea e"logoali" emtermos dedistância, o serão. À medidaque forcrescendo aconsciência mundialemrelaçãoà preservaçãodanatureza, aumentará a importância (e os números) doecoturismoe de todas suasramificações. Cruzeiros certamentecontinuarão emalta. Serãomaisdemocráticos,voltados ao atendimento de nichos eaoalcance de um maior número de viajantes. Vejo queas palavras "crescente"e "mais" se repetem no texto. Essaseráa tônicadesta fantástica indústria.Capazde criar pontes entre culturas,erguer estruturas de compreensãoe atendimentoparacentenas de milhões de usuários anualmente, e projetar dezenas de milhares de produtos específicos acada seismeses. Tudo isso semuma nuvenzinha de fumaça, uma chaminé sequer, e usando quase exclusivamente a mais antiga ferramenta do homem: sua imaginação. E ninguémprecisa demuita imaginação para saber que para o turismo o futuro será brilhante. Luis A. Lachèze é diretor-executivo da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa)
Clarion, em parceria como Gol, dá 10 pontos no programa de milhagem da companhia a cada R$ 1 gasto com hospedagem. E o empreendimento chega em boa hora. Segundo o São Paulo Convention & Visitors Bureau, a cidade recebe, emmédia, 6,5 milhõesde visitantes ao ano, dos quais 57% têm como motivo principal osnegócios.Tels. 3702-9000ou 0800/555855,site www.atlantica-hotels.com.
Novo hotel é voltado para executivos
Lideradas pelas marcas de cerveja, empresas investem alto para colocar suas marcas na avenida e serem lembradas pelos foliões
Carnaval éépoca devestir a fantasia,cantar samba-enredo,iratrásdotrioelétrico. E investir em marketing. Nessa época, as empresas aproveitam a animação dosfoliões (e consumidores) para ligar sua marca à alegria do carnaval. Nesse quesito, as cervejas saem nafrente.AKaiserfirmou um acordo de exclusividade com a Rede Globo duranteafesta paradivulgaronovo sabor de sua cerveja. A Ambev, que engloba as marcas Skol, Brahma e Antarctica, estará no carnaval pernambucano,no carioca e no de Salvador, patrocinandoescolas desambae distribuindo lugares emseus camarotes.
Verba alta - O interesse das empresas está diretamenteli-
gadoaos ganhos queconseguemnesse período.Nãocostumam ser baixos, mas dependemde investimentostambémaltos. A Kaiser,por exemplo, gastou R$ 12 milhões com a exclusividade nas transmissões dos desfiles do Rio e de São Paulo. Em troca, sua logomarcaapareceráem vinhetas, anúnciose nosprópriosdesfiles. "Estaremos praticamente em todo o País, já esses são os carnavais maisassistidos do Brasil", diz o gerente de assuntos corporativos da Kaiser, Paulo Macedo. Além dapresença natelevisão, a Kaiser terá um camarote no Sambódromo, em São Paulo, para600 pessoaspor noite, todas convidadascomerciais da empresa. "Ao contrário do
ano passado, não teremos celebridades noscamarotes",diz Macedo. No carnaval de Salvador, aempresa seráa patrocinadora do grupo Araketu, com a cerveja Bavaria. Cinema - A Ambev, que tem uma verba anual de marketing daordemde R$350milhões, vaidistribuir investimentos entreseus diversos rótulos. A Brahma concentrará investimentos nos carnavais do Rio de Janeiroe Salvador.No Rio, seu camarote terá como tema o cinemanacional, coma lembrança da indicações ao Oscar do filme Cidade de Deus. A escolha não foi àtoa. "A Brahma já patrocinou mais de 15 produções nacionais desde1995. Este ano, já fechamos dois patrocíniosdecinema", dizage-
A Biomist Aromasys nasceu em 2000paraatuar em um mercadoainda poucoconhecido: o domarketing olfativo. Onegócio consisteemdesenvolver aromas exclusivos para ser usados em lojas, hotéis, bancos e até universidades, e criaruma identificaçãomaior com os consumidores. Neste ano,a empresavai estrearseus perfumes em um novo local. A Biomist desenvolveu um sistema para aromatizar o desfile da escolade sambaGaviões da Fiel, de São Paulo. Um dos carrosalegóricosda escola,com referênciasà ascensãodacidadedeSãoPaulo eàslavouras
cafeeiras quefizeramsuariqueza,vai lançar na avenida um cheirinho de café. O sistema é composto por 40 aparelhosaromatizadores que, a cada dez segundos, borrifam 100 miligramas de perfume na avenida. Para o diretor daBiomist,LucianoPereira,o aromadecafé vaiajudar as pessoas a entrar no clima do enredo. "É um trabalhoexclusivo nocarnaval de São Paulo euma oportunidadede mostrar a um grande número de pessoas o quanto o aroma é importante."
Alémda Gaviões,aempresa está negociando acordospara
A Embraer recebeu ontem o certificado de produção para o jato 170 e já pode iniciar as entregas. "Este ano, serão entregues 60 aviões dessa família. As primeiras três unidades saem em março paraa U.S. Airways,LOT Polish Airlines e Alitalia",disseo vice-presidente-executivo Corporativo, Luiz Pizarro Manso. Ocertificado, emitidopelo Centro Técnico da Aeronáutica (CTA), credencia a empresa areceberascertificações das autoridadesdos Estados Unidos (Federal Aviation Administration) eEuropa (Joint AviationAuthoritiese EuropeanAviation SafetyAgency), quea Embraeraguarda paraa próxima semana.
A entrada no mercado de jatosproduzidos naChina eno Canadá (pelaBombardier) não preocupa os executivos da Embraer. "Não ouvi o anúncio formal da Bombardier, só con-
versas. Omercado dejatos de 50 a 110 lugares é estimado em quatromil unidades num período de dez anos. E a Embraer sai nadianteira",disseLuís Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia e Desenvolvimento de NovosProdutos. "A Embraerestá quatro anos à frente e os outros não têm tanta competitividade", disse Pizarro Manso.
O Embraer 170tem capacidade para 70a 78 passageiros. "O Embraer 175 deverá ser certificado ainda este ano e o 190, que começará a voar em março, deverá ser certificado no ano que vem", informou Affonso. Segundo o executivo, os certificadores avaliaram o Embraer 170 como um dos aviões tecnologicamente mais avançados do mundo. O avião é conhecido pelo desempenho, níveis de conforto, baixo consumo e custos de manutenção reduzidos. (AE)
desenvolver perfumes decamarotes no Rio de Janeiro e em São Paulo. "Eles seriam aromatizadoscomestimulantes e neutralizadores que se relacionassem com a cenografia", explica Luciano.Oferecendo31 diferentes tipos de fragrâncias, aBiomist,que teveumfaturamentodeR$ 750 milno ano passado, nãovende osequipamentos.Atua apenasna prestação do serviço de aromatizaço.Em2004,a expectativaé triplicar o faturamento, além deabrir filiaisnoRio deJaneiro, Curitiba eBelo Horizonte, para chegar à marca de três mil clientes. (AA)
Fábrica da Parmalat em Itaperuna salda dívidas com produtores
A fábrica daParmalat em Itaperuna (RJ), sobintervençãojudicial háduas semanas, pagou as dívidas com produtores referentes a novembro e dezembro.Opagamento, de R$ 2,2 milhões,foi feitocom leite em pó e condensado. Ocomitêexternoque vem gerindo a fábrica concluiu, esta semana, as primeirasavaliações sobresua situaçãofinanceira. A unidade recomeçou a venderprodutos, independentemente da matriz. A expectativa é de que os primeiros carregamentos rendam R$ 1 milhão.
Itália - O ministro da Indústria da Itália, Antonio Marzano, afirmou ontem que existem várias demonstrações de interessepelosativos da Parmalat fora da Itália. Segundo ojornalitaliano Milano Finanza, a Parmalat irá vender negócios nosEstados Unidos e Brasil. (AE e Reuters)
rente de marketing da Brahma, LígiaGonçalves. Amarcade cerveja vai patrocinar também osdesfilesdaMangueira eda Mocidade Independente de Padre Miguel. Em Salvador, a Brahma triplicouinvestimentos com açõesemdiversos pontosda cidade ecompatrocínios. O destaque éocamarotecoma presença da cantoraDaniela Mercury, que terá decoração de botequim.
Outra marcadaAmbev, a Antarctica, está investindo no carnaval de rua de Recife e Olinda,em Pernambuco,lançando uma latinha decorada comtemas docarnavallocal. Serão dois milhões de latas distribuídas durante a folia. Em Olinda, a Casa Antarctica, ins-
talada na antiga residência de AlceuValença,é o camarote oficial do carnaval da cidade. "Os vendedores de ruaganharão estrutura para montar barracas, freezer, caixas térmicas, mesas e cadeiras", diz a gerente de marketingda Antarctica, Flávia Rocha. A empresa vai montar ainda um camarote paraodesfile dotradicional bloco "Galo da Madrugada". ASchincariol vaipromover sua Nova Schin com o patrocínio exclusivo da Liga Independente das Escolasde Samba de SãoPaulo. Aempresa teráexclusividade navendadeprodutos no sambódromo,será fornecedorda bebidanos59 camarotes da Liga eemparte das arquibancadas, camarotes e frisas. A logomarca estará em
todososingressose credenciais. A Nova Schin será ainda o principal patrocinador do carnaval de Salvador. Beleza -Não são apenas as cervejariasque ganham.Com investimentos de R$ 700 mil, a Johnson & Johnsonvai montar 11camarotes naMarquês de Sapucaí, cobertos com adesivos damarcaSundown de protetor solar, além de ter uma ala exclusiva na escola Imperatriz Leopoldinense. Para Cláudia BritoThomas, gerente de conta da Johnson & Johnson na Incentive House, empresa de marketing de relacionamento que está organizandoa ação,éimportante motivarconsumidores, funcionários e clientes.
André Alves