Revista da Vila - Abril

REVISTA REVISTA DA VILA DA VILA

LANÇAMENTO EMPREENDA FUNCIONÁRIOS

ABRIL- 2023

Olá, comunidade, Mais uma edição da revista vem pedindo passagem. Abril passou tão rápido que nem deu tempo de sentir saudade, como diz Paulo Leminski: "Haja hoje para tanto ontem".

Podemos pensar no tempo como nosso aliado e lidar com ele de maneira calma, até porque a vida anda tão corrida que acabamos atropelando tudo e somos atropelados, criando um senso de urgência e a sensação de que tudo é para ontem, nos habitando e começando a fazer parte do nosso modo de viver. Ou o tempo acaba se tornando nosso inimigo e a sensação de que já passou se faz mais presente a cada dia, ficando aquele sentimento de vazio. Quando menos percebemos, já estamos nos empanturrando de chocolate, ou escolhendo os presentes do Dia das Mães, ou reclamando que vamos passar o Dia dos Namorados mais uma vez sozinhos, ou pensando no presente e naquela noite especial. Quando menos percebemos, as lojas já estão no clima do Natal e aquela nostalgia nos invade. É estranho falar do tempo agora. Esse tema me faz refletir. Já não é a primeira vez que escrevo sobre ele. Me conta, você tem pensado muito sobre o tempo?

Bom, enquanto vamos pensando, que tal conferir a edição deste mês?

Tem a Semana da Aprendizagem, que aconteceu na Vila (seu evento ou projeto já apareceu em alguma edição? Não? Tá na hora de reclamar).

Tem gente nova chegando no Senac. Se você ainda não conheceu a Raquel, precisa fazer uma visita à biblioteca. A Jéssica, na página 16, fala sobre protagonismo do al ale a pena conferir. Tem sessão no ada pelo nosso docente e por q e aprecie. O movimento Empr ua inscrição? Nosso parceiro inclusão. Não deixe de ler. Po sua linda homenagem à sua m e cultu

COM ELIANE BONILHO

Olá pessoal,

Encerramos mais um mês com muita energia e animação. Foram tantas coisas bacanas acontecendo que não poderia ser diferente: diversos projetos, encontros, bate-papos, ações na comunidade escolar e em parceiros locais agitaram demais nossa Unidade. Dentre tudo isso, não poderia deixar de destacar a nova edição do EMPREENDA, que a cada ano revela grandes talentos e está cheia de novidades. Além da premiação em dinheiro para os três primeiros colocados, os participantes contarão também com o voto popular, o que aumenta ainda mais a chance de vencer. Por isso, estamos todos engajados em incentivar a galera a participar, afinal, é um negócio e tanto. Além de todo o apoio para que o estudante coloque seu sonho em ação, ainda pode ter uma verba para iniciar seu negócio, não é demais? E para fomentar ainda mais o lado empreendedor de cada um, que tal você também participar, inscrevendose na 1ª edição do EMPREENDA funcionários Inova-vila? É isso mesmo, você pode se reunir com outros funcionários e colocar em prática aquele projeto inovador. O Inova-vila tem como tema central a inovação, então é só deixar por conta da imaginação e tirar as ideias do papel. Além do que, ter a oportunidade de se tornar um empreendedor e ainda ser premiado por isso, é tudo de bom. Então, é só acessar o link, conhecer o regulamento, se inspirar e ir com tudo! Quem sabe essa é í bela trajetória de sucesso. Ah, e não esqueça que o pra vai até o dia 05/06/23. Vá lá, reúna a galera e

Sucesso e até a próxima edição.

ACONTECEU

NA VILA

1°SEMANASENACDEAPRENDIZAGEM

FÚLVIO, CAROL, MONIQUE, ANDRÉ, BIANCA E FÁBIO

ACONTECEU NA

1°SEMANASENACDEAPRENDIZAGEM

ACONTECEU NA

1°SEMANASENACDEAPRENDIZAGEM

ACONTECEU

ESTUDANTES E ESTUDANTES E FUNCIONÁRIOS FUNCIONÁRIOS RECEBEM A RECEBEM A MOCHILA DA MOCHILA DA NOVA NOVA

CAMPANHA DO CAMPANHA DO

SENAC SÃO SENAC SÃO PAULO PAULO

ACONTECEU

NA VPR

TURMA DE TURMA DE APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM

PROFISSIONAL PROFISSIONAL T116 PASSOU T116 PASSOU

UMA TARDE NO UMA TARDE NO

MASP COM A MASP COM A PROPOSTA DE PROPOSTA DE RECONHECER A RECONHECER A IIMPORTÂNCIA MPORTÂNCIA DE SEUS DE SEUS

CONHECIMENT CONHECIMENT OS, OS,

EXPERIÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS. VIVÊNCIAS.

DURANTE A ÚLTIMA REUNIÃO DURANTE A ÚLTIMA REUNIÃO

PEDAGÓGICA, FOI ANUNCIADO O PEDAGÓGICA, FOI ANUNCIADO O

LANÇAMENTO DO PROGRAMA LANÇAMENTO DO PROGRAMA EMPREENDA FUNCIONÁRIOS. EMPREENDA FUNCIONÁRIOS.

RECEBEMOS A ONG PÉ DE FEIJÃO RECEBEMOS A ONG PÉ DE FEIJÃO

PARA INSPIRAR OS FUNCIONÁRIOS PARA INSPIRAR OS FUNCIONÁRIOS

NO DESAFIO DE EMPREENDER. NO DESAFIO DE EMPREENDER.

ACONTECEU

NA VPR

TURMA T117 DA TURMA T117 DA APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM PROFISSIONAL PROFISSIONAL DEMONSTROU DEMONSTROU TODO O TODO O

TALENTO NA TALENTO NA CRIAÇÃO DE CRIAÇÃO DE UMA RÁDIO UMA RÁDIO NOVELA. NOVELA.

ACONTECEU NA VPR

ESTUDANTES DO ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA EM INFORMÁTICA N21 N21

DESENVOLVERAM DESENVOLVERAM UM INCRÍVEL UM INCRÍVEL FLIPERAMA EM FLIPERAMA EM NOSSA SALA DE NOSSA SALA DE HARDWARE! HARDWARE!

ACONTECEU

NA VPR

ESTUDANTES DO ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO CURSO TÉCNICO

EM SEGURANÇA EM SEGURANÇA DO TRABALHO DO TRABALHO

APRESENTARAM APRESENTARAM

UM PROJETO UM PROJETO

INCRÍVEL SOBRE INCRÍVEL SOBRE

O ABRIL VERDE O ABRIL VERDE

ACONTECEU

NA VPR

OS ESTUDANTES OS ESTUDANTES DO CURSO DO CURSO

TÉCNICO EM TÉCNICO EM

ENFERMAGEM ENFERMAGEM DA TURMA T25 DA TURMA T25

INVADIRAM OS INVADIRAM OS

COMÉRCIOS COMÉRCIOS PRÓXIMOS DA PRÓXIMOS DA

UNIDADE PARA UNIDADE PARA FALAR SOBRE FALAR SOBRE

PREVENÇÃO PREVENÇÃO QUATERNÁRIA QUATERNÁRIA

RAQUEL GONÇALVES

Como você tem visto a relação dos estudantes com a biblioteca da unidade? Observo que há um vínculo interpessoal entre a equipe da biblioteca com os estudantes veteranos, gerando uma relação de referência. Isto é engajador, dessa maneira, sendo um convite para aqueles recém matriculados sentirem-se acolhidos . Além disso, há interesse em compreender sobre o uso dos materiais e ferramentas da biblioteca, fatores engajadores para a autonomia nesse espaço.

O que você mais tem gostado em seu trabalho? O acolhimento das diferentes áreas tem propiciado uma integração leve e satisfatória. Gosto da rotina que me foi apresentada e o destaque é o desafio em desenhar soluções para a biblioteca de forma coletiva e articulada com a comunidade escolar.

Como os livros podem transformar a vida das pessoas? Entendo que antes do como, é importante refletir sobre o acesso à informação, alinhada com os perfis identitários e culturais de cada pessoa/grupo, somando a isso, os objetivos e variedade de gêneros que respondam aos interesses dos mesmos. Partindo disso, compreender as especificidades de cada um para que sejam provocados a construírem a relação crítica do conhecimento e da recreação (Paulo Freire), torna possível ter uma ação autônoma e transformadora dos impactos que a leitura nos leva para olhar e experimentar a vida.

PROTAGONISMODO ALUNONO PROCESSODE APRENDIZAGEM

Na psicologia existem diversas abordagens para entendimento e compreensão dos mais complexos processos de comportamento humano. Uma delas é a abordagem humanista, baseada nas evidências de Carl Rogers.

Para o autor, todos os seres humanos têm uma potencialidade natural para aprender e, considerando o contexto educacional, o propósito da aprendizagem é estimular o interesse do aluno em relação aos estudos, de forma que ele se sinta livre e motivado para buscar e pesquisar temas necessários para a sua formação e para que essa atitude possa ir além dos muros da escola.

Rogers se opõe aos métodos “tradicionais” que valorizam apenas questões intelectuais e avaliações engessadas, que descartam quesitos emocionais e afetivos que estão presentes em todos os seres humanos, ou seja, Rogers afirma que o aluno precisa aprender a aprender, conduzindo seus conhecimentos junto aos seus interesses pessoais, fazendo com que aquele novo conteúdo faça sentido para ele.

O autor enfatiza que o aluno estará mais motivado se tiver a possibilidade de vivenciar as situações de forma real, priorizando o protagonismo do aluno e sua participação ativa no processo de aprendizagem.

Para conhecer um pouco mais: Pinheiro e Batista (2018) afirmam que “dizer que o aluno é responsável pelo seu aprendizado, não significa a liberdade para escolher os conteúdos programados. Mas a forma de abordar a informação, interpretá-la, refletir e colocá-la em prática e conseguir modificar o meio de onde está inserido”. Neste modelo educacional, o aluno é ativo no seu próprio aprendizado e é estimulado à crítica e à reflexão, pois a sua potencialidade para aprender se faz presente em todo o processo de aprendizagem.

Tudo isso se refere à uma aprendizagem significativa, que segundo Rogers provoca uma modificação no comportamento e nas atitudes do aluno.

Que bom saber que nossa escola tem uma proposta pedagógica totalmente alinhada à conceitos éticos, humanos e científicos!

JESSICA MACIEL

Supervisora de Atendimento

TIRINHA-REVISTADAVILA TIRINHA-REVISTADAVILA

AMILTON SANTOS

Docente do curso Técnico em Docente do curso Técnico em Design Gráfico no Senac da Design Gráfico no Senac da Vila Prudente Vila Prudente

FABIOBASTOS

Docente da Aprendizagem Docente da Aprendizagem Profissional e Interlocutor do Profissional e Interlocutor do Empreenda no Senac Vila Empreenda no Senac Vila Prudente Prudente

Olá, leitores e leitoras da nossa revista da Vila Prudente! Olá, leitores e leitoras da nossa revista da Vila Prudente!

Meu nome é Fábio, sou docente aqui na unidade e também sou o Meu nome é Fábio, sou docente aqui na unidade e também sou o interlocutor do Empreenda. Vocês já ouviram falar do Empreenda? É uma interlocutor do Empreenda. Vocês já ouviram falar do Empreenda? É uma competição de ideias de negócios realizada pelo Senac há 16 anos, e já competição de ideias de negócios realizada pelo Senac há 16 anos, e já reuniu em suas edições mais de 70 mil alunos inscritos, tornando-se um reuniu em suas edições mais de 70 mil alunos inscritos, tornando-se um dos maiores concursos de empreendedorismo da América Latina. dos maiores concursos de empreendedorismo da América Latina.

Este ano, as premiações do concurso chegam a R$30.000 para os Este ano, as premiações do concurso chegam a R$30.000 para os vencedores. Além de ser uma competição, o Empreenda também oferece vencedores. Além de ser uma competição, o Empreenda também oferece mentoria para auxiliar os alunos participantes em sua jornada mentoria para auxiliar os alunos participantes em sua jornada empreendedora. Não dá para ficar de fora dessa, certo?! empreendedora. Não dá para ficar de fora dessa, certo?!

Convido vocês a acessarem o site do Empreenda Convido vocês a acessarem o site do Empreenda ((www.sp.senac.br/empreenda www.sp.senac.br/empreenda) para saberem mais sobre o concurso e se ) para saberem mais sobre o concurso e se inscreverem. Se tiverem alguma dúvida, é só me procurar aqui na unidade. inscreverem. Se tiverem alguma dúvida, é só me procurar aqui na unidade.

Vamos tornar este ano um ano de mudanças e novas ideias!

Vamos tornar este ano um ano de mudanças e novas ideias!

Estudante, faça sua inscrição no Empreenda!

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Se não fosse a “deseducação” eu não estaria aqui.

A frase, para alguns, pode soar absurda vinda de um professor. No entanto, essa afirmação passa por uma trajetória de desconstrução de tudo o que me foi ensinado, ou melhor dizendo, de tudo o que me foi imposto.

Fui educado para obedecer a todas as marcas culturais ensinadas. Ao nascer, me foi imposto um gênero que a ele seguiram-se todas as demais imposições: roupas que deveria usar, palavras que deveria falar, postura de corpo que deveria ter, profissões que deveria seguir e, sobretudo, brincadeiras e brinquedos que eu enfrentaria logo na primeira infância, não ficaram fora das imposições traumáticas.

A escola contatou minha mãe para informar que eu ficava sozinho nos intervalos e parecia triste na sala de aula. Na infância, tive uma amiga que me tratou bem e conversou comigo sem impor estereótipos de gênero. Durante nosso relacionamento de dois meses, pude desenhar e sentar como me sentia confortável, descobrindo que havia adultos que não me tratariam com violência. Infelizmente, após uma reunião com minha mãe, ela gritou com a psicóloga e encerrou a relação.

O tempo foi passando e a gente sobrevive. Meus pais se separaram enquanto eu crescia, e suas brigas eram violentas. Eu já havia desistido de tentar atender às expectativas da minha mãe e comecei a gostar de dinossauros e dos chocolates "Surpresa".

Naquela época, fiz um amigo negro, mas não podia convidá-lo para entrar em casa devido ao racismo enraizado na minha educação.

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Desde criança, eu sempre me senti diferente e tive que lutar contra as expectativas da minha mãe. Mesmo desejando ser um menino todos os dias, eu sonhava em sair de casa e encontrar coisas que gostava, como animais e colecionáveis. Com um amigo da escola, brincava com tazos e pensava em ser veterinária. Em casa, aprendi a usar chantagem para conseguir o que queria, como usar vestidos para ver meu pai ou batom para ganhar um bonequinho dos Comandos em Ação. Mesmo com algumas lágrimas à noite, eu consentia por algo que me fazia feliz. Um outro episódio peculiar também foi entre os 7-8 anos de idade. Meu pai sofreu um acidente de carro e ficou um ano e seis meses no hospital. Haviam dito que ele nunca mais andaria novamente, mas erraram. E esse episódio me marcou, se a medicina poderia estar errada, por que todas as outras ciências e educações não poderiam? Lembro também de ter lido “Feliz ano velho” – um bom livro sobre como se adaptar após um trauma. Mas era ideias soltas, eu não conseguia compreender o que se passava comigo. Teve um período que foi muito ruim, eu não saía nem para comprar roupa. A vida me ensinou estratégias de sobrevivência. Aos dez anos, minha mãe se casou com um militar corrupto, e aprendi sobre demagogia com ele. Decidiram que eu estudaria em um colégio religioso para afastar minha estranheza. No colégio adventista, descobri a tribo GLS e fiz amigos como Bruno, que já havia sido deixado pelos pais com os avôs. Meus avós paternos morreram de diabetes e os maternos estavam separados. Minha mãe não conversava com ninguém e sempre dizia que as pessoas não prestavam.

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Aos 17 anos, um professor homossexual de literatura me inspirou a questionar a sociedade e me ensinou que tudo era uma construção. Por meio de livros e poemas, eu pude debater e discutir com a turma, o que me fez compreender que tudo em mim era construído e que eu poderia desconstruir. O professor Itapê, apelidado assim por seus alunos, foi significativo para o narrador por não ser pessimista e por aplicar a teoria de Paulo Freire em suas aulas. Ele enfatizava a compreensão da construção e da desconstrução e convidava os alunos a questionar e reformular. Isso inspirou o narrador a sonhar em estudar Direito ou Letras no último ano do colégio.

Prestei Direito e Letras, mas não entrei na universidade pública de Direito porque minha urgência maior era sair de casa para minha saúde mental, física e psicológica. Acabei trilhando o caminho de Letras, trabalhando durante o curso, fazendo estágio, atuando como monitor de Centro de Ciências e oferecendo aulas de reforço para alunos. A situação melhorou gradualmente e comecei a fazer pesquisa de iniciação científica com bolsa maior, o que me permitiu menos dias como garçom freelancer.

Perto do último ano, eu me tornei Educador Social no Projovem Adolescente e isso mudou minha vida. Trabalhei em comunidades carentes, longe da minha casa tóxica, e descobri a beleza das famílias alternativas que podemos formar na vida. No projeto, eu tive a oportunidade de ter uma relação forte com os jovens e ajudá-los em diferentes áreas, como esporte, cidadania, lazer e estudos. Também montamos um grupo de contação de histórias, o "1001 noites", que se apresentava em escolas de educação infantil do bairro e participou de eventos de leitura. Devido ao meu desempenho, passei a ser educador de dois coletivos e, depois, fui convidado para coordenar o projeto. Até hoje, mantenho contato com alguns jovens e sou grato por essa experiência.

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Nessa época, apesar de já saber que era uma pessoa transexual, não iniciei minha transição devido à falta de apoio familiar e profissional, o que poderia levar a exclusão, desemprego, drogadição, prostituição ou até mesmo morte. Foi após assistir a uma entrevista com João W. Nery, o primeiro homem transexual operado no Brasil, que percebi que os desconfortos que sentia poderiam ser resolvidos.

Após o fim do Projovem Adolescente, fui para uma escola pública como professor da educação básica II. Sempre tive medo de voltar para casa da minha família e, por isso, fazia tudo para evitar essa situação. Consegui o emprego por meio de um concurso e pude começar a ser quem eu realmente sou, apesar da discriminação velada que sofria por proteção de Decretos Estaduais. A partir de 2014, enfrentei muitos desafios, incluindo violências no ambiente médico e escolar, mas a juventude me apoiou. A Lei foi crucial e me permitiu seguir um caminho diferente do esperado para pessoas trans no Brasil. Acredito que a educação é a chave para mudar isso e convido você a refletir conosco sobre como podemos deseducar e educar para a inclusão.

DANIEL CAMARGO

Coordenador Educacional do Coordenador Educacional do Senac Sorocaba Senac Sorocaba

OSOLHOSESQUECIDOS OSOLHOSESQUECIDOS DAMINHAMÃE DAMINHAMÃE

16/05/2022 - Para mamãe e sua vontade de viver

Pela janela das suas retinas, Eu primeiro enxerguei o mundo

Com as batalhas invisíveis que trava toda mulher

Na luz da sua alma feminina

Dei meus primeiros passos

Com a firmeza de quem é guiado pela fé

Pelas suas mãos firmes de traços trêmulos

Aprendi a juntar letras e formar palavras

Você me deu a luz novamente quando a vida, me ensinou a ler Hoje, os seus olhos esquecidos s histórias que a memória insiste em escurecer guiam e inspiram seus filhos, ortante da estrada, não é o caminho É o quanto se quer viver.

CACAUGRATÃO

Técnica de Área no Senac Vila

Técnica de Área no Senac Vila

Prudente Prudente

DICA CULTURAL DICA CULTURAL

O livro "Viva (e entenda) a diferença" tem como objetivo abordar a temática da diversidade de uma maneira inovadora, fugindo da abordagem tradicional onde os autores são considerados detentores de todo o conhecimento. Em vez disso, o livro busca incorporar a diversidade em sua própria estrutura. Os conceitos e contextos da temática são apresentados apenas nas páginas ímpares, enquanto as pares são dedicadas a outras fontes de conhecimento, como citações de diferentes pensadores. A segunda parte do livro apresenta histórias de vida de 43 pessoas diversas, incluindo uma mulher indígena, uma diarista, um jardineiro, educadores de diferentes níveis, entre outros.

Foram necessários dois anos de trabalho para encontrar e reunir essas histórias, mas elas não se limitam ao livro. O autor incorporou essas histórias em sua própria vida e se tornou mais empático e aberto à diversidade após conhecê-las. O autor até mesmo se apresenta como a penúltima personagem do livro, indicando que ele próprio se transformou após se envolver com essas histórias. A última personagem do livro é o leitor, que é convidado a se juntar a todas essas histórias e experiências únicas.

DICA CULTURAL DICA CULTURAL

A exposição FAVELA-RAIZ é uma ocupação-manifesto composta de cinco partes - três internas e duas externas - que nos levam aos fundamentos da formação da identidade das pessoas que habitam esses territórios. As partes internas apresentam esculturas tecidas em crochê, criadas pela artista Lidia Lisbôa em colaboração com mulheres da vizinhança, que se conectam ao trabalho têxtil e ao artístico. Uma instalação audiovisual sensorial propõe o despertar de memórias afetivas a partir de imagens e da pulsação de vida existente nas favelas. O desfecho do percurso é uma criação sonora que exalta os diferentes modos de se pensar a beleza, agora mais plural e periférica do que os espelhos dos salões refletiam em séculos passados. Na área externa, uma das instalações sintetiza a história do Palácio Campos Elíseos, enquanto a outra, do artista Paulo Nazareth, rememora a intelectual Maria Beatriz Nascimento.

Além disso, a exposição IDENTIDADE PRETA: 20 anos de Feira Preta também está disponível no local.

A visitação ocorre de terça a domingo, das 9h às 18h (com entrada até às 17h), com entrada gratuita. O museu fica no Palácio dos Campos Elíseos, localizado na Rua Guaianases, nº 1024, em Campos Elíseos, São Paulo, SP - CEP 01.204-001. É possível agendar visita mediada para grupos de 10 a 40 pessoas através do site do museu. Grupos menores podem realizar a visita mediada de forma espontânea. Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail agendamento@museudasfavelas.org.br.

O Museu das Favelas está com duas exposições em cartaz: FAVELA-RAIZ e IDENTIDADE PRETA: 20 anos de Feira Preta.

PARA INSPIRAR

O Professor Bachmann e a Sua Turma

O documentário mostra uma cidade alemã chamada Stadtallendorf, que teve uma história complexa em relação à integração e exclusão de estrangeiros. Apesar disso, a cidade conta com uma escola que serve como exemplo de como a educação pode ser transformadora e incentivadora. Além de suas casas com arquitetura marcante alemã e suas fábricas, o professor Bachmann é a figura central que ensina seus alunos não apenas com as disciplinas escolares, mas também com música e conversas sobre a vida fora da escola. Ele ajuda os alunos com cálculos e incentiva a curiosidade em relação a uma vasta gama de saberes, disciplinas, culturas e opiniões.

Dirigido por Maria Speth

Alemanha, 2021

Disponível: