

A FESTA NO TEATRO LETHES




ÍNDICE
Mirian Tavares (pág. 10)
Ana Isabel Soares (pág. 14)
Fábio Jesuíno (pág. 18)
Carlos Manso (pág. 22)
Sílvia Quinteiro (pág. 26)
Paulo Neves (pág. 30)
Nuno Campos Inácio (pág. 34)
Valentim Filipe (pág. 38)
Jardim de Infância do Forte Novo (pág. 42)
Dia do Município de Lagos (pág. 50)
Custódio Moreno despediu-se do IPDJ em lágrimas (pág. 62)
Algarve Music Series (pág. 80)
15 anos de LAMA Teatro (pág. 90)
«A Festa» da ACTA no Teatro Lethes (pág. 100)
«Barrigas & Magriços» no Cineteatro
Louletano (pág. 118)








Das viagens Mirian Tavares, professora
Roma será para mim a sua voz recitando as elegias de Goethe e Veneza para si o que eu lhe transmiti num fim de tarde, em São Marcos, ao escutar um concerto. Jorge Luís Borges
iajar, para mim, é um prazer: conhecer novos lugares, revisitar lugares conhecidos, perder-me em ruas que nunca vi e que, talvez, não volte a encontrar. Perder-me, é o que mais gosto de fazer nas viagens. De um modo geral, tenho viajado, quase sempre a trabalho. Mas sobra sempre um momento qualquer em que consigo enveredar pelos lugares, descobrir novos caminhos. Enveredar é uma palavra bonita – adentrar nas veredas, como alguém que desbrava um lugar. Há lugares que são obrigatórios para mim –museus, por exemplo. E o centro das cidades, o ponto de onde parte todo o resto que cresceu à volta. Há centros mais bem cuidados, outros com ar de abandono. Numa viagem a Macau, perdime nas ruas labirínticas do centro não turístico da cidade e deparei-me com uma apresentação de uma ópera chinesa. Pessoas sentadas nos passeios e também pelas ruas, impedindo os carros de seguirem seu curso, num tempo outro, numa pausa desejada, num momento de respiro. Fiquei ali, encantada, e descobri, através de um dos poucos espectadores que falavam inglês, que aquela era uma companhia itinerante e que o palco,
montado sobre um pequeno edifício, era de uma associação cultural. Ao lado, havia três templos. Daqueles de uso doméstico, apenas para os crentes, não para olhos estranhos ou para fotografias indiscretas. Pedi licença para entrar e fiquei ali, um bocado, a ver aquele mundo tão diverso do meu. As cidades são o que fazemos delas, possuem uma cartografia própria, mostram-se diferentes aos olhos de cada pessoa. Aos olhos daqueles que ainda veem ou querem ver: pois a maioria já não vê nada, anda com a cabeça enfiada no GPS com medo de se perder e de perder as atrações principais, a foto perfeita. Eu prefiro o imperfeito, os becos, os desvios. Como Borges, acredito que os lugares são também lugares de afetos. De partilhas, reais ou imaginárias, com aqueles que amamos. Assim, para o escritor argentino e para mim, “Paris será você em miúdo, teimoso, fechado num quarto a comer chocolates enquanto lia Hugo, a sua maneira de descobrir Paris; para mim, as nossas lágrimas quando vi no cimo da escadaria do Louvre a Vitória de Samotrácia, esta estátua sobre a qual o meu pai me ensinou a beleza”.

Foto: Isa Mestre


Um livro: , e Iida Turpeinen (Porto Editora)
Ana Isabel Soares, professora
aiu ainda não há três meses em língua portuguesa, traduzido por Diogo Paiva. Assim que foi apresentado na Feira do Livro de Frankfurt, em 2023, tinha fechado 16 contratos de tradução; neste momento, está em mais de vinte línguas pelo mundo inteiro. Esgotou no espaço de uma semana a primeira edição na Finlândia. É daqueles casos de sucesso imediato, o que me parece ainda mais gratificante quando se trata de uma autora nascida em 1987 que, depois de ter publicado vários contos, arrisca pela primeira vez o formato longo. Iida Turpeinen disse numa entrevista sobre a origem de Elloliset (A Existência da Vida) que, quando se deu conta de que a vacamarinha de Steller tinha sido o primeiro animal extinto pelo ser humano, decidiu conhecer a história dessa extinção. O resultado é o relato de uma longa série de peripécias que, no fundo, se geram durante a expedição de Vitus Bering (o homem que deu o nome ao estreito que fica entre a Rússia e os Estados Unidos, entre as águas gélidas do Ártico e do Pacífico) em 1741, que levou a bordo o naturalista alemão Georg Wilhelm Steller, e continuam até aos nossos dias. O arco temporal da narrativa chega até ao presente de cada leitor, e o primeiro capítulo é a descrição de quem, hoje,
entra numa das mais surpreendentes salas do Museu de História Natural de Helsínquia e depara com o estranho e desproporcionado esqueleto da vacamarinha. O nosso pensamento atual faz soar em contínuo a pergunta sobre como foi possível extinguir em menos de três décadas uma espécie descrita pelos exploradores setecentistas como dócil, quase terna. Mas eis uma das qualidades do romance: quando procura o rigor de tempo e espaço (dando coordenadas geográficas e datas recolhidas em documentação histórica), está ao serviço da relativização histórica, como quem lembra, a cada passo, que os instrumentos e a ciência que temos ao dispor divergem muito dos que estavam ao dispor do ser humano há um, dois, três e mais séculos. Mas não só o tempo mudou: todas as circunstâncias epistemológicas se alteraram e Turpeinen sublinha como a raridade de cada mulher ligada à ciência no passado é um trauma de lembrança tão dolorosa como a da extinção de espécies. No caso daquela, o percurso desde o século XVIII tem sido, pelo menos numa parte importante do globo, de avanço, de melhoria: em vários países do mundo onde não tinham voz de decisão na política, na arte, ciência ou na religião, as mulheres podem hoje votar e criar obras de arte – e ser reconhecidas por isso –, e, em grau de maior igualdade do que há

uns anos, contribuem para desenvolver o conhecimento científico (o caso das esferas do poder religioso é mais bicudo). No caso da extinção das espécies, o
presente é a imagem da catástrofe diária – não, horária... – do inapelável desaparecimento causado pela ação humana.
Foto: Vasco Célio


A revolução da arte digital: o futuro da criatividade humana
Fábio
Jesuíno, empresário
arte está a viver uma autêntica revolução silenciosa que está a transformar profundamente a forma como criamos, partilhamos e experienciamos a expressão artística. Impulsionada pela tecnologia, esta transformação manifesta-se por uma profunda metamorfose que redefine as bases da criação contemporânea.
Longe dos holofotes mediáticos e das grandes instituições tradicionais, artistas de todo o mundo estão a utilizar ferramentas digitais para expandir horizontes criativos que antes eram impensáveis. Considero uma verdadeira democratização da arte, a digitalização facilitou a produção artística, tornando acessíveis ferramentas inovadoras que permitem aos criadores explorar novas linguagens visuais, sonoras e imersíveis. Plataformas digitais, programas de edição, impressão 3D e, mais recentemente, a inteligência artificial, foram os grandes impulsionadores de novas vozes artísticas, abrindo um maior espaço para a experimentação colaborativa.
Na atualidade, é possível experienciar obras baseadas em realidade aumentada,
instalações interativas e ambientes virtuais imersivos que não só desafiam as fronteiras tradicionais da arte, como também transformam radicalmente o papel do espectador. O público deixa de ser apenas um observador passivo para assumir um papel ativo e participativo no processo criativo, podendo interagir, influenciar e até colaborar diretamente na construção da obra digital, tornando-se cocriador e reforçando o papel dinâmico e coletivo da arte contemporânea.
Neste processo criativo, a inteligência artificial também vai aumentado a sua influência, como uma aliada e uma ferramenta facilitadora, possibilitando ampliar horizontes e fornecendo aos artistas meios inéditos para concretizar ideias, reinterpretarem estilos e inovarem a partir da fusão entre sensibilidade humana e potencial tecnológico.
Esta transformação também levanta novas questões éticas, sobre a autoria, originalidade e valor artístico, criando um grande desafio sobre a nossa perceção sobre o que é ser criativo na era digital. Na minha opinião, o futuro da criatividade humana será composto por uma profunda ligação entre arte e tecnologia, onde a capacidade de reinventar e imaginar continua a ser a ser característica central da expressão artística, num mundo em constante e rápida evolução.



A água vale mais do que custa e custa mais do que pagamos
Carlos Manso, economista e Membro da Direção
Nacional da Ordem dos Economistas
Europa quis transformar a água num bem económico, mas a prática revelou-se mais difícil do que a teoria. Apesar de Portugal ser hoje um bom aluno no setor urbano, continua ainda com muito por fazer no setor agrícola e na incorporação dos custos ambientais.
A Diretiva-Quadro da Água (DQA) foi, em 2000, uma das maiores revoluções ambientais e económicas da União Europeia, já que pela primeira vez, a água deixou de ser apenas um bem público para ser tratada como um bem económico, onde quem usa ou polui, passa a ter a obrigação de pagar. O seu artigo 9.º consagra o princípio da recuperação de custos, incluindo os financeiros, os ambientais e os de recurso, mas duas décadas depois, o balanço é misto, a ideia mantém-se sólida, mas a sua execução é desigual.
A DQA foi um avanço civilizacional, introduziu transparência, responsabilidade e rigor na gestão da água e o princípio do poluidor-pagador trouxe justiça intergeracional, prevendo que as gerações atuais financiem a manutenção e renovação das infraestruturas, garantindo
a sustentabilidade do recurso a longo prazo.
Em Portugal, a ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos) tem sido um exemplo de regulação moderna, o país dispõe de um modelo tarifário equilibrado, que promove a sustentabilidade financeira das entidades gestoras sem esquecer a proteção dos consumidores vulneráveis e em que o setor urbano recupera cerca de 80 por cento dos custos, um resultado alinhado com as melhores práticas europeias.
O que falhou não foi o princípio, mas a sua execução prática. A DQA partiu do pressuposto de que o preço seria suficiente para alterar comportamentos e reduzir consumos, porém, a realidade mostrou o contrário, a elasticidade da procura de água é muito baixa, i.é., o preço é eficaz para financiar sistemas, mas pouco eficaz para induzir eficiência. A diretiva também peca por excesso de tecnocracia determinando que se incorporem «custos ambientais e de recurso» sem oferecer metodologia para os calcular. Passaram vinte anos e nenhum Estado-Membro o conseguiu fazer. Tentou-se monetizar o que é, por natureza, imensurável, o valor ecológico

de um rio limpo, de um aquífero preservado, de um ecossistema funcional.
O resultado é que muitos países, Portugal incluído, optaram por ecotaxas simbólicas, de valor quase nulo, para cumprir formalmente a diretiva sem alterar substancialmente a realidade.
Evoluímos notavelmente no abastecimento urbano com melhor qualidade da água, gestão profissionalizada e tarifas transparentes, mas com um senão, no setor agrícola, a recuperação de custos é ainda insuficiente, muitas vezes abaixo dos 60 por cento. Persistem tarifas fixas, captações privadas sem controlo e fortes subsídios públicos. Apesar dos esforços atuais de retificar estas situações.
Esta distorção compromete o princípio europeu do «utilizador-pagador» e cria assimetria entre usos. O agricultor paga menos por metro cúbico do que o cidadão urbano, embora consuma mais e exerça maior pressão sobre o recurso.
A fragmentação institucional entre APA, ERSAR, ARH, associações de regantes e autarquias dificulta uma gestão integrada e eficiente.
Precisamos de menos teoria e mais pragmatismo e em vez de perseguirmos a utopia de quantificar cada impacto ambiental, o país deve apostar numa governação inteligente:
- generalizar tarifas volumétricas justas e transparentes;
- incentivar tecnologias de poupança e reutilização da água;
- criar mecanismos de compensação ambiental diretos;
- e fomentar mercados e bancos públicos de água, capazes de ajustar oferta e procura com base em critérios de eficiência e sustentabilidade.
O preço da água deve ser suficientemente elevado para promover responsabilidade, mas nunca tão alto que exclua comunidades ou setores estratégicos.
O artigo 9.º da DQA é um dos pilares da política ambiental europeia. Mas a sua eficácia depende menos da ortodoxia económica e mais da inteligência política com que é aplicada e Portugal tem condições para ser uma referência, um país que cumpre os objetivos europeus, mas com soluções adaptadas ao seu contexto climático e social.
A água não é apenas um custo, é um ativo estratégico, um bem vital e o capital natural sobre o qual assenta o futuro económico do país. A melhor forma de a valorizar não é aumentar o preço, mas usar melhor cada gota. Pensem nisto.
Nota: Este artigo de opinião apenas reflete a opinião pessoal e técnica do Autor e não a opinião ou posição das entidades com quem colabora ou trabalha.


Sílvia Quinteiro, professora
á experiências para as quais, com a idade, vamos perdendo a tolerância. E hoje sintome velha. Muito, muito velha. Cansada. Rabugenta. Confesso estar até ligeiramente agressiva. Eriça-seme o pêlo. Afilam-se-me os dentes. Garras em estado de prontidão. Olhos a soltar chispas indisfarçáveis.
Pergunta-me o colega a meu lado se aceito um chá de tília.
Respondo que talvez um tranquilizante para cavalos fosse mais apropriado à situação. Concorda.
— Dois, então — propõe — um para ti, outro para mim.
Pode soar a exagero, mas convido quem assim pense a ficar dois dias fechado num auditório a ouvir pseudoespecialistas, facilmente agrupáveis em duas categorias: a dos autobiógrafos egocêntricos e a dos especialistas em especialidades.
Os primeiros demoram-se na descrição do seu brilhante percurso académico, certificando-se de que mencionam todos os nomes ilustres com que alguma vez se cruzaram, ainda que tenha sido nos lavabos da faculdade. Prosseguem com o relato da sua notável carreira e, inevitavelmente, com uma alusão
discreta à própria genialidade. Havendo tempo, ou, melhor dizendo, se ninguém os interromper, ainda oferecem ao público algumas considerações sobre a família.
Os segundos, por sua vez, detalham até ao limite a estrutura das luminosas comunicações com que nos irão brindar: “é sobre…”, “incide em…”, “resulta de uma investigação realizada no âmbito de…”, “a metodologia aplicada foi…”. E assim se esgota o tempo. Vinte minutos depois, concluem apressados: fica para a próxima. Que pena! Tinham tanto para partilhar!
Ali estamos, sentados, para nada. Rigorosamente nada. Ainda assim, percebemos que podia ser pior. Nas raras incursões por terrenos científicos, há quem faça o pleno: seis conceitos enfiados a talhe de foice na mesma frase, todos mal utilizados. Um autêntico bingo da asneira.
Se a princípio rimos, brincamos, enviamos mensagens uns aos outros a lembrar os bilhetinhos trocados nos bancos da escola, ao fim de algumas horas a coisa perde a graça e, ao segundo dia... tomar medidas drásticas para acabar com a tortura começa a parecer aceitável.
Olho em volta. A ala mais jovem da sala escuta embevecida a oradora que, com o

fervor de quem anuncia um milagre, declara a importância dos livros para o estudo da literatura. Brilhante!
Revolucionário Uma epifania sem precedentes! Um ahhhh geral confirma o alinhamento com o génio da academia. Palmas. Muitas palmas! Animada pela plateia, a jovem doutora avança confiante e apresenta a grande conclusão da sua tese: ler é indispensável para conhecer os textos literários!
Quanta sabedoria condensada! Demasiada, diria mesmo. Abro o programa. Constato que me aguardam dois temas de uma pertinência e inovação verdadeiramente extraordinárias.
Estou velha. Velha demais para estas coisas. Digo ao meu companheiro de suplício — um catalão — que, em Portugal, usamos o dito “Quem não tem que fazer, faz colheres”. Ao que me responde com o equivalente na sua língua: “Quem não tem trabalho, penteia gatos”.
Pela janela, observamos o magnífico dia de outono: suave, lento e dourado. Exaustos, abandonamos a sala. Deixamolos entregues às colheres e aos gatos.
Caminhamos sem destino pelas ruas da cidade, enquanto discorremos sobre a falta de solidariedade ibérica: os portugueses deviam fazer pentes, não colheres.



Perdulários Paulo Neves, «ilhéu», mas nenhum homem é uma ilha
esperdiçando recursos de forma imprudente… Cada um de nós conhece mais do que uma situação idêntica sobre o desaproveitamento de património imobiliário público. Eu adianto 4 «que nos perseguem» de há anos em Faro, por razões diferentes e suficientemente esparsas no território para que se possa compreender melhor os efeitos que poderiam ter no seu entorno.
Desde 1987, as áreas de proteção para «o novo quartel militar na zona do Guilhim – Estoi» que fixaram regulamentarmente condicionantes em toda a zona que o Estado quis e não usou: a) Criação de novos núcleos populacionais; b) Construção, reconstrução ou ampliação de edifícios ou de outras instalações; c) Instalações de explorações ou ampliação das já existentes; d) Alterações importantes, por meio de aterros ou escavações, à configuração geral do terreno; e) Derrube de árvores em maciço com qualquer área; f) Destruição do solo vivo e do coberto vegetal. Enfim, limitou todo o desenvolvimento e progressão da área de logística do MARF em benefício da deslocalização, para outros concelhos próximos de novas ofertas comerciais e de emergência. Ali ficaram os muros…até hoje. Ou poderia ser habitação evolutiva
para jovens. Acrescente-se a antiga Messe de Oficiais, devoluta, no centro de Faro e percebemos que somos ricos e não sabíamos.
Desde, pelo menos, a criação do Parque Natural da Ria Formosa, ficaram desafetados 16 hectares do domínio público marítimo para o desenvolvimento do Porto Comercial de Faro. Nem isso, nem estaleiro de náutica de recreio, nem marina, nem tratamento das lamas solidificadas em redor. “Uma dor de alma” a que se juntou, desde há 40 anos, as ruínas da zona industrial do Bom João em que, nem houve acordo entre interessados/proprietários, nem posse administrativa/indemnização por expropriação de interesse público. Um adiamento sine die do desenvolvimento de uma zona fundamental para a vivência ribeirinha da cidade. Um desastre a olhos vistos. O governo vai criando grupos de trabalho sobre o potencial da zona do cais…
Na ilha da Culatra, núcleo dos Hangares – foi classificado, por Interesse Público Municipal, o património histórico da antiga carvoaria, hangares para ajuda aos navios atracados e apoio aos hidroaviões da Grande Guerra, moinho de água e posto da antiga Guarda Fiscal, etc… O que não caiu já nem existe ou está abandonado. Sequer os edifícios que poderiam ser usados para funções de interpretação ambiental ou residência
artística ou qualquer função de interesse à coletividade podem ser visitados/recuperados, até ficarem em ruínas também.
Na zona urbana da cidade, o terreno municipal do antigo Emissor Regional do Sul, tão apetecido para a transação imobiliária, agora sob a capa de PPP, também classificado de interesse municipal e que fez com que, em meados do século passado, as finanças do Município de Faro tivessem passado por sérias dificuldades para garantir a atração da Emissora Nacional, pagando então a privados pela aquisição dos terrenos e ainda pela contribuição, ao Estado, para a construção do edifício da atual CCDR. Agora voltam a querer vender o terreno ao melhor preço para, afinal, ainda «compensar» a RTP S.A. e também por querer encerrar a delegação da antena 1 e da televisão pública no Algarve. Duplo esbulho ao interesse público e ao património municipal. Basta deixar o Município utilizar e decidir sobre o que é seu e as habitações ficarão sempre mais acessíveis por não haver venda/compensação e promove-se o respeito pela justiça.
Se entre o Estado e autarquia(s) não há acordo nem concertação de esforços. Se entre municípios também não e grassa a competição pelo que pagar mais ao Estado para atrair e retirar ao vizinho os equipamentos, ou para centrar os novos, mesmo que isso signifique adiamentos para a segurança e a saúde de todos, como querem que os privados confiem e percebam o caminho que podem fazer na partilha com as autoridades que regulam a utilização do território?

Sim, há muitos mais exemplos que todos conhecem ainda melhor. Mas se houver respeito pelos recursos que são de todos, talvez se confiasse mais na relação que as autoridades deveriam ter com os contribuintes e administrados que são os cidadãos.
Como pessoa e político nem sempre tenho razão, como qualquer outra pessoa, mas sei que qualquer ato que promova estará mais visível e exposto à desconfiança sobre que interesses afinal tenho e defendo.
Desde há anos que promovo iniciativas que pugno serem de interesse público, como estas. Conto continuar, pois não tenho relações patrimoniais diretas ou indiretas que me beneficiem, nem os meus rendimentos alguma vez dependeram de dependência destes ou outros que defendo.


Ganhei as eleições. E agora? Nuno Campos Inácio, editor e escritor
o passado dia 12 de Outubro, os portugueses foram chamados às urnas para escolherem os seus autarcas para o próximo quadriénio. Pouco mais de metade dos algarvios foi votar e os resultados, em vez de serem esclarecedores, enevoaram o futuro da gestão autárquica. Em sete concelhos do Algarve os vencedores não conseguiram alcançar a habitual maioria absoluta, que permite governar sem sobressaltos.
No rescaldo da noite eleitoral, muitos festejaram a vitória, com um trago agridoce: «Ganhei as eleições. E agora?!».
A apreensão deste «E agora?!» vai muito além do sentido de responsabilidade. Em muitos municípios, seja por falta de maioria na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal, ou nas Assembleias de Freguesia, o que está em causa é conseguir governar, aprovar orçamentos, regulamentos, regimentos e posturas; abrir concursos públicos para a realização de obras, contratação de quadros e prestações de serviços; aprovar PDM’s, planos de urbanização ou de pormenor; projetar com segurança o futuro.
Portugal, que, desde o 25 de Abril tem-se a si mesmo como um país democrático, lida mal com as consequências da Democracia. A Democracia é boa, quando permite que o poder seja exercido de forma absoluta, quase ditatorial. Quando
obriga a negociações é uma chatice, um entrave ao progresso, um fator de instabilidade. Não é um defeito, mas um temperamento português, que se cimentou ao longo de séculos de absolutismo, a que se seguiu um liberalismo com governos ditatoriais e uma República com quase meio-século de ditadura. Se não fosse a lei de limitação de mandatos, muitos presidentes de Câmara eleitos nas décadas de 1970 e 1980 ainda estariam no poder, porque os portugueses gostam desse garante de estabilidade.
Esse cenário mudou com o aparecimento de um terceiro partido com dimensão suficiente para baralhar os resultados autárquicos e impedir maiorias absolutas, principalmente nos concelhos que elegem mais vereadores. Até hoje era praticamente garantido que uma Câmara eleita conseguiria cumprir o seu mandato de 4 anos. Esse cenário de estabilidade terminou e, seja no Algarve, ou um pouco por todo o país, os portugueses terão de se começar a habituar a terem eleições autárquicas antecipadas, ou intercalares. Não é um drama. É a democracia a funcionar. É um cenário desejável? No meu ponto de vista, não!... Mas é uma possibilidade real, quando três partidos de grandes dimensões não conseguem dialogar, com o receio de que os acordos que possam estabelecer sejam interpretados como uma submissão ao partido dominante; quando os eleitos não podem aceitar cargos de vereação, porque são vistos como interesseiros e vendidos
politicamente; quando tiques ditatoriais do passado, próprios das maiorias absolutas, causam animosidade pessoal e social.
«E agora?!»
Quem me conhece há mais tempo, sabe que não me revejo no atual sistema autárquico. No meu livro «Reinventar Portugal», publicado em 2005, avancei com uma proposta de alteração deste modelo, por considerar que não se enquadra na realidade política e social portuguesa. Para mim, não faz sentido que os executivos municipais sejam compostos por vereadores da oposição, que pouco mais fazem do que ir a uma reunião semanal ou quinzenal, para aprovar ou reprovar as largas dezenas de propostas que recebem no dia anterior e não têm sequer tempo útil para analisar. Votam sem conhecimento ou apoio técnico, de acordo com uma mera perspetiva política ou social.
Se a Lei estabelece que um município com mais de 50 mil habitantes elege 9 vereadores é porque considera que esse é o número razoável de eleitos para governar um município dessa dimensão. O que acontece na prática é que, raramente, esses municípios têm em funções mais de 5 vereadores e agora ficam reduzidos a 3 ou 4. Os atrasos nas decisões prolongamse e o trabalho político tem de ceder face às necessidades administrativas. Ficamos com políticos reduzidos à condição de subscritores de pareceres técnicos, também eles sem tempo para analisarem as propostas que recebem.
O que defendia em 2005 e continuo a defender é que a lista de candidatura mais

votada forme o executivo municipal e se reforcem os poderes de fiscalização das Assembleias Municipais. O custo é compensado pela dinâmica e celeridade das decisões e pela melhoria do trabalho político.
Nos últimos tempos começaram a surgir vozes que vão de encontro a esta ideia e fico feliz por isso. Só lamento que essas vozes apareçam mais por sentirem que a governabilidade dos municípios começa a ficar posta em causa com a falta de maiorias no executivo e a redução do número de vereadores e não por uma questão de lógica política democrática.
«Ganhei as eleições. E agora?!»
Agora veremos!...


Vítor Aleixo Valentim Filipe, músico, professor aposentado e dirigente associativo “
alentim Filipe é muito mais que um guitarrista, é o principal responsável pela existência do fado no Algarve, pela descoberta de novos/as fadistas, pela ajuda que a todos/as oferece e muitos/as lhe devem a carreira”.
Palavras do ainda presidente da Câmara Municipal de Loulé, incluídas na mensagem da agenda municipal de novembro de 2023.
Bonito sem dúvida e que me encheu de orgulho, não só pelo reconhecimento de uma pessoa que conhece bem o meu trabalho, mas, sobretudo, por serem escritas por alguém que não comunga os mesmos ideais políticos que eu, fazendo a prova de que nem todos se deixam politizar quando ocupam lugares de decisão, mantendo sempre bem presente a dignidade de quem sabe que as eleições terminam exatamente no dia da votação e que a partir daí há que tratar todos de igual forma. No que a mim diz respeito, esse foi sempre o sentimento e opinião que retive. É certo que poderia ter levado a cabo outros projetos durante o teu mandato, alguns dos quais decerto teria da tua parte luz verde se deles até tivesses tido conhecimento, mas não faz
nem nunca fez parte da minha postura passar por cima de pessoas cujos cargos foram atribuídos superiormente, e o presidente também não pode estar constantemente a desautorizar elementos a quem ele atribui tais pelouros.
Quando estás a poucos dias de deixar as funções que exerceste durante doze anos, as minhas recordações vão ainda mais longe, lembrando ainda hoje com prazer de aquando da tua primeira passagem como presidente, no ano de 2000, eu e mais alguns elementos fundámos a ACB – Associação Cultural de Boliqueime, tendo sido gratificante o modo como te associaste ao projeto desde a primeira hora, visitando as instalações e te disponibilizando para a ajuda que precisássemos.
As pessoas e a cultura… a cultura e as pessoas … Talvez por isso não tivesse ficado muito surpreendido quando, em maio de 2021, me foi atribuído pelo município a Medalha de Mérito Cultural, distinção que decerto também teve a tua influência.
Foste o presidente perfeito? Talvez para alguns, imperfeito para outros, mas é sina de quem ocupa cargos públicos ser alvo do julgamento do povo, sendo sempre um alvo da crítica fácil. No entanto, não
andarei muito longe da verdade se disser que sais com a consciência do dever cumprido.
Encontramo-nos por aí
Abraço





Jardim de Infância do Forte Novo é lugar de afetos e crescimento para mais de 100 crianças de Quarteira
edifício onde funcionou durante anos a Escola
Profissional de Gestão e Tecnologias
Marítimas de Quarteira, e que mais tarde serviu para albergar, temporariamente, o Posto da
GNR, voltou à sua função inicial e desde o ano letivo 2024/24 que acolhe o Jardim de Infância do Forte Novo. A intervenção realizada pela Câmara Municipal de Loulé assentou na alteração do espaço localizado junto a uma das avenidas principais da cidade de Quarteira, permitindo receber 125 alunos (capacidade total), com idades
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina




compreendidas entre os 3 e os 5 anos de idade.
Numa área total de construção de mais de 800 metros quadrados e um espaço exterior de apoio, foram criadas várias áreas como zona de atendimento/receção, 6 salas de atividades, 1 sala de pequenos grupos, diversas arrecadações, instalações sanitárias para professores e alunos, bar/copa e refeitório. E, como referiu Dalila Afonso, diretora do Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres, o novo edifício pretende proporcionar uma educação de qualidade desde os primeiros anos de vida e constitui um espaço pensado para “acolher, educar e inspirar as nossas crianças, oferecendolhe condições de aprendizagem que favoreçam o seu desenvolvimento integral e, sobretudo, a felicidade de cada uma delas”
Em representação da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares do Algarve, Eugénia Narciso também destacou o facto de este ser um “investimento no futuro das crianças e no desenvolvimento da comunidade”, mais do que a componente material. “É mais do que um edifício, é um lugar de afetos, de partilha e de descoberta, onde as crianças terão sempre as suas primeiras experiências de aprendizagem e de convivência. É mais um passo significativo no caminho de uma escola pública de qualidade, moderna e muito humanista”, notou.
O Jardim de Infância do Forte Novo faz parte do agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres, que agrega 8 estabelecimentos de ensino, com valências desde o pré-escolar até ao secundário, acolhendo mais de 2 mil e
100 alunos. A presente obra de reabilitação e adaptação rondou os 600 mil euros e é mais uma resposta ao aumento demográfico que o concelho de Loulé, em particular a freguesia de Quarteira, tem assistido nos últimos anos. Porém, apesar de obra feita na área da Educação, “as necessidades cresceram de uma forma muito veloz e nós não fomos capazes de acompanhar um crescimento repentino e que exigia respostas imediatas”, reconheceu o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo.
O autarca aproveitou este dia para fazer um balanço da obra realizada ao longo destes 12 anos de mandato, desde logo a construção do Conservatório de Música de Loulé Professor Francisco Rosado, uma escola pública para o ensino especializado da Música, que conta
atualmente com mais de 300 alunos. Na cidade de Quarteira, o principal investimento foi a requalificação da Escola EB2,3 D. Dinis, uma intervenção profunda e que deu à cidade “uma escola muito digna, com as melhores condições que se pode encontrar em Portugal”.
Na sede do concelho foi recentemente inaugurada a ampliação de outra EB2,3, a Eng.º Duarte Pacheco, com 7 novas salas e outros equipamentos; uma escola que tem uma forte aposta no ensino profissional. No mesmo agrupamento, foi construída a EB1+JI Hortas de Santo António 2, mais uma resposta ao crescimento do número de alunos no território. O edil lembrou ainda a reabertura, adaptação e reequipamento de vários estabelecimentos de ensino que tinham encerrado, como foi o caso do


Poço Novo, Escanxinas, Alfarrobeira, Goldra e Fonte Santa.
Quanto ao futuro, Vítor Aleixo adiantou que está já concluído o projeto do CECQ –Centro de Educação e Cultura de Quarteira, mais um polo dedicado ao ensino especializado, neste caso da Dança. “Vai ser um acontecimento nacional. Fica em herança deste executivo para o próximo presidente da
Câmara”, avançou. No âmbito da Carta Educativa, está prevista ainda a construção de duas novas escolas secundárias, em Loulé e Almancil, uma nova EB1+JI em Quarteira, além da requalificação da EB2,3 Dr. António de Sousa Agostinho, em Almancil, e da Escola Secundária Dra. Laura Ayres, onde será criada “uma escola de última geração”







Lagos comemorou Dia do Município
Município de Lagos assinalou, no dia 27 de outubro, o seu feriado municipal, em honra do seu padroeiro, São Gonçalo de Lagos, com um conjunto de iniciativas que conjugaram tradição, solenidade, mas também eventos de natureza institucional, cultural, desportiva e recreativa.
As comemorações arrancaram, logo pela manhã, com a Cerimónia do Hastear das Bandeiras, na Praça Gil Eanes, momento que contou com a participação
da Sociedade Filarmónica 1.º de Maio, do Grupo Coral de Lagos e com a tradicional largada de pombos promovida pelo Clube Columbófilo de Odiáxere. Depois, foi celebrada a tradicional Missa em Honra a São Gonçalo, na Igreja de Santa Maria, pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, seguida de procissão pelas ruas do Centro Histórico de Lagos, mantendose assim viva uma das mais emblemáticas tradições religiosas da cidade.
Durante a tarde teve lugar a Sessão Solene no Centro Cultural de Lagos, momento de reconhecimento institucional que contou com as intervenções oficiais de Hugo Pereira e
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina e Carlos Afonso / Município de Lagos
Joaquina Matos, respetivamente os presidentes da Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Lagos. Desta feita não aconteceu a habitual homenagem a cidadãos, clubes ou associações do concelho, uma vez que todo o processo de seleção dos distinguidos aconteceria em pleno período de eleições autárquicas.
Recordando o exemplo de São Gonçalo de Lagos, um lacobrigense nascido em 1360, numa casa, segundo reza a tradição, situada junto das Portas do Mar, no local onde hoje se encontra o seu nicho e imagem, Hugo Pereira assumiu que “não é fácil mudar o mundo, mas podemos e devemos – à nossa escala –contribuir para tal, melhorando o nosso bairro, a nossa cidade, freguesia e concelho, com medidas que impactem positivamente o território, a sua atratividade e as condições de vida e
bem-estar das pessoas que aqui têm as suas raízes, escolhem residir, estudar, trabalhar, criar família, viajar ou investir” “Foi esse o farol que nos guiou nos últimos quatro anos ao leme dos destinos do município, procurando corresponder à exigência dos novos desafios colocados pelo processo de descentralização do poder, do Estado Central para a Administração Local, e às crescentes expectativas dos cidadãos, organizações e empresas”, declarou o presidente da Câmara Municipal de Lagos.
Revisitando de forma resumida as principais concretizações e conquistas coletivamente alcançadas, resultantes dos compromissos eleitorais assumidos no mandato 2021-2025 sob o lema «Lagos mais à frente», e do esforço partilhado entre autarcas, serviços técnicos, administrativos e operacionais,


bem como com outras entidades com as quais trabalham em rede e agentes privados, o edil falou da Habitação, “a área mais crítica, face à dimensão da situação de carência e exigência das respostas necessárias” “Quisemos, primeiro, diagnosticar com rigor a realidade e planear os investimentos e ações, atualizando a Estratégia Local de Habitação, documento sectorial estruturante que elevou a meta de construção ao abrigo do Programa 1.º Direito para 260 fogos, dos quais entregámos 29 novas habitações e temos todas as restantes em curso ou com empreitadas adjudicadas. Paralelamente, adquirimos terrenos, no valor de 9,4 milhões de euros, para ampliação da oferta habitacional, o que nos irá permitir reforçar a resposta pública à crise habitacional e lançar um programa de grande escala, estando já em curso o projeto de urbanização para
construção de 500 fogos para venda a custos controlados, criando uma nova área de expansão urbana”, revelou, acrescentando que, “perante o atraso no compromisso de financiamento firmado com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, fomos à procura de fontes alternativas de financiamento, aprovando a contratação de um empréstimo bancário de 25 milhões de euros para concretizar a construção de habitação a custos controlados destinada às famílias do concelho”.
Assumindo plenamente o papel e a responsabilidade acrescida do município em matéria de Saúde e Bem-Estar, dinamizaram-se programas próprios como o «Saúde em Movimento», cuja participação passou a ser gratuita, o «Diabetes em Movimento» ou o «Crescer com Saúde», este último dirigido às




escolas do 1.º ciclo, onde também foi reforçado o apoio psicológico, atuando nas áreas da prevenção da obesidade infantil e promovendo a educação nutricional, o bem-estar emocional, o exercício físico regular e hábitos saudáveis nas várias fases da vida. “Em simultâneo, não poupámos esforços para garantir que o Serviço Nacional de Saúde, quer ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, quer ao nível da assistência hospitalar, tivessem as condições e recursos necessários para desempenhar a respetiva missão. São exemplos disso o apoio à instalação da USF Lacóbriga, o apoio financeiro à aquisição de equipamentos para o Hospital Terras do Infante, a manutenção e conservação do Centro de Saúde de Lagos e o projeto para a construção da Unidade Ambulatória de Alta Resolução de Lagos, atualmente em fase de lançamento de concurso
para a construção de um novo edifício que expandirá o atual Centro de Saúde de Lagos, visando criar novas respostas ao nível dos meios complementares de diagnóstico, entre outras”, destacou.
A pensar nos nossos mais jovens, o Município de Lagos implementou um conjunto de medidas que têm vindo a melhorar as condições de aprendizagem e a proporcionar a igualdade de oportunidades, designadamente através do apoio à frequência do ensino profissional e do ensino superior, com a revisão do regulamento e o aumento do número de bolsas de estudo atribuídas. “Cientes da multiplicidade de fatores que influenciam positiva ou negativamente o crescimento e formação das crianças e jovens, reforçámos o apoio às famílias, com o prolongamento de horário gratuito no pré-escolar público, fomentámos a




autonomia e participação cívica dos jovens através do programa MyPolis e da reativação do Conselho Municipal da Juventude, implementámos programas de literacia financeira e empreendedorismo, assim como ações de sensibilização sobre a importância das atividades lúdicas e do brincar livre”, salientou Hugo Pereira.
A ampliação e modernização da rede educativa foi outra das prioridades do mandato que agora termina, traduzida na obra em curso na Escola EB 2,3 das Naus, que irá requalificar integralmente aquele edifício escolar e aumentar a sua capacidade, a que se soma a elaboração do projeto para a ampliação da Escola EB 2,3 Tecnopolis de Lagos. Nas áreas da Economia e Emprego, nasceram o Espaço Empresa, a Fábrica do Empreendedor, o CoLagos, agora expandido com o novo
núcleo em Barão de São João, realizaram-se eventos de networking empresarial e criaram-se áreas de acolhimento empresarial de nova geração, um projeto único na região, financiado pelo PRR.
O Turismo e a Cultura foram merecedores de uma aposta ao nível do planeamento e dinamização dos setores, com a elaboração do Plano Estratégico de Turismo e o Plano Estratégico para a Cultura de Lagos; a realização de eventos âncora e uma programação cultural regular; a captação de eventos desportivos; a promoção do destino em mercados emissores; a criação da marca e plataformas «Lagos Vive Cultura»; o apoio às estruturas locais e à criação artística; a criação dos serviços educativos do Centro Cultural e do Museu Municipal; a valorização do património

histórico e cultural, designadamente do património edificado e do património cultural imaterial, promovendo a aquisição de edifícios de valor históricomilitar (Armazém Regimental), a requalificação de monumentos (Igreja de Nossa Senhora do Carmo) e respetiva acessibilidade, apoiando o restauro de outros bens patrimoniais, assim como o processo de certificação do Dom Rodrigo do Algarve, atualmente numa etapa decisiva rumo ao reconhecimento oficial como produto IGP – Indicação Geográfica Protegida.
Uma comunidade ativa, resiliente e saudável deve muito ao Desporto, pelo
que também nesta área “o investimento municipal foi constante, consistente e coerente com o Programa de Apoio ao Desporto que – a cada ano avaliado, revisto e aprimorado – tem-se afirmado como modelo transparente de apoio ao movimento associativo, que é a espinha dorsal da formação e da prática desportiva no concelho”. “A somar a esse trabalho, apostámos em programas e projetos desportivos municipais junto dos mais novos e das escolas, procurando fomentar o seu interesse pela prática de atividade física regular e apoiando a criação de estruturas de suporte que tão bom exemplo tem na UAARE – Unidade de
Apoio ao Alto Rendimento, cuja missão é apoiar os jovens que são simultaneamente alunos e atletas, fazendo com que nenhuma das esferas saia prejudicada e demonstrando que é possível compatibilizar o alto rendimento desportivo com o sucesso educativo”, referiu o edil lacobrigense.
Muito se fez também em termos de sustentabilidade, com decisões e medidas concretas de requalificação da rede viária municipal, renovação e expansão das redes de água e saneamento, e na implementação de uma rede de passadiços que permitem a visitação da costa do concelho, minimizando o impacto no território. “Foi da sustentabilidade que cuidámos quando decidimos investir no transporte público, ajustando as linhas
e reforçando os horários d’A Onda, na reconversão da iluminação pública, na instalação de sistemas de rega inteligentes, na reutilização de águas residuais das piscinas municipais, na manutenção e melhoria do espaço verde urbano, no reforço da recolha seletiva, em campanhas de sensibilização ou na preparação e implementação de medidas de adaptação às alterações climáticas”, enumerou Hugo Pereira, indicando ainda que a competitividade de um território também se mede pela qualidade dos serviços públicos e pela capacidade de os mesmos irem ao encontro das necessidades e expetativas dos cidadãos, instituições e empresas, “simplificando e desburocratizando procedimentos, diversificando os canais de comunicação e afirmando uma imagem


mais moderna, reflexo de um posicionamento claro e diferenciador”.
Na gestão da coisa pública não foi esquecida a Proteção Civil e a Segurança, com o reforço do apoio aos Bombeiros Voluntários de Lagos; o apoio ao Programa de Prevenção e Auxílio no Litoral; a limpeza do mato e da floresta no âmbito da prevenção de incêndios florestais, numa parceria inovadora entre a Câmara (via Associação de Municípios Terras do Infante) e os clubes de caçadores locais; a criação da nova resposta pré-hospitalar de emergência com o Programa Municipal de Desfibrilhação Automática; o avanço do projeto de instalação da videovigilância no centro histórico da cidade, cuja instalação aguarda apenas a obrigatória aprovação por parte do Ministério da
Administração Interna; a disponibilização de novas instalações para a GNR no Chinicato; o apoio com meios, designadamente com viaturas, a todas as forças de segurança que operam no concelho; a criação de um corpo de Polícia Municipal para ampliar a ação fiscalizadora na ocupação do espaço público e em outros domínios relevantes para a segurança de bens, pessoas e animais.
Finda a Sessão Solene, o programa culminou, à noite, com um espetáculo musical que aliou tradição e modernidade, na Praça do Infante, juntando a Sociedade Filarmónica Lacobrigense 1.º de Maio e a icónica banda de rock algarvia IRIS.




Custódio Moreno despediu-se do IPDJ em lágrimas
ustódio Moreno
terminou as suas funções de Diretor Regional do Algarve do IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude, no dia 24 de outubro, para abraçar novos desafios como vereador na Câmara Municipal de Olhão. Na véspera, num jantar com as emoções à flor da pele, o rosto do desporto, juventude e associativismo jovem do Algarve da passada década despediu-se da sua
equipa, da sua segunda «família», que não o quis deixar partir sem lhe preparar uma merecida homenagem com uma festa surpresa na sede do IPDJ, na qual compareceram dezenas de autarcas e dirigentes, homens e mulheres do desporto e do movimento associativo.
Quem conhece Custódio Moreno sabe que fala sempre com o coração na boca, que não consegue disfarçar ou mascarar sentimentos, que diz o que pensa, e que se dedica, de corpo e alma, às causas que abraça. Por isso, mal se apercebeu da
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina




«partida» que lhe tinham preparado, não conseguiu conter as lágrimas. Lágrimas que jorraram pelo rosto abaixo em todos os testemunhos, em todos as palavras, em todos os abraços e lembranças que recebeu.
No fim, antes do brinde coletivo no hall de entrada, as primeiras palavras foram para a família, para a esposa, para a irmã, para o filho e para a filha, o seu porto de abrigo, as suas fundações e alicerces, as forças-vivas que lhe deram força para se dedicar ao Algarve, mesmo que isso implicasse estar mais tempo junto dos outros do que dos seus próprios. Mais tarde, ao terminar uma das melhores etapas da sua vida, partilhou um enorme
sentimento de gratidão e de consciência de dever cumprido. “Foram mais de 9 anos a trabalhar no IPDJ, com a minha equipa, de forma incansável, imbuído de um forte espírito de missão, na tentativa de contribuir para uma sociedade cada vez melhor e mais justa. Agarrámos esta missão, pautados pelo diálogo com todos, promovendo parcerias, estabelecendo pontes e fomentando a cooperação. Executar as políticas públicas nas áreas da juventude e do desporto, sempre foi um desafio sem limites, em que todos os momentos nos fascinavam e onde quisemos sempre fazer mais e melhor pelas comunidades”, lembrou.



No momento do adeus, endereçou um sincero e genuíno agradecimento a todos os parceiros nesta caminhada, “na certeza de que muito ficou por fazer (não fomos perfeitos; somos humanos), mas soubemos assumir as nossas responsabilidades e fazer a reflexão e a avaliação do nosso trabalho, com a humildade de sempre”. “O Algarve é uma região desafiante, com um enorme potencial. O associativismo de carácter juvenil e desportivo são excelentes
agentes de desenvolvimento local, os quais muito nos orgulhamos de ter apoiado e incentivado a fortalecer o seu papel junto das populações, do litoral ao interior. Sempre de olhos postos no futuro e nos jovens, renovo os meus sinceros agradecimentos às parcerias e aos projetos (e foram muitos), que em conjunto potenciámos. Foram tempos de muitas conquistas, que perpetuaremos para sempre”, declarou.





































Algarve Music Series encantou Teatro das Figuras e Club Farense
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Irina Kuptsova
Algarve Music
Series está a acontecer desde o dia 1 de outubro, com a 10.ª edição a prolongar-se até 16 de novembro, dividida entre as cidades de Faro, Loulé e Tavira. O ciclo nascido, em 2016, da vontade da violoncelista Isabel Vaz e do pianista Vasco Dantas, aposta numa programação internacional que contempla música de câmara, concertos sinfónicos, jazz e música folk.
Sob o tema «ECHOS», o festival propõe uma reflexão sobre a forma como a
música ressoa no tempo e no espaço. Para tal, a programação articula três dimensões: ecos da tradição e inovação, que aproximam música clássica, contemporânea, tradicional e eletrónica; ecos sonoros, que exploram encontros inesperados de instrumentos, como a harpa com eletrónica ou o piano com marimba; e ecos geográficos, que levam artistas e obras a diferentes palcos do Algarve.
A abertura teve lugar, no dia 1 de outubro, no Teatro das Figuras, em Faro, com a Orquestra do Algarve, dirigida por Michael Seal, numa celebração do Dia Mundial da Música com o Triplo Concerto





de Beethoven, «Mouvements Perpétuels» e a «Sinfonietta» de Francis Poulenc, interpretados por Álvaro Pereira, Isabel Vaz e Vasco Dantas. No dia 4 foi a vez do Club Farense, também na capital algarvia, assistir a uma noite de folk irlandês com o grupo FARÓ.
Liderado por Fergus Cahillane, o ensemble cruza sonoridades do jazz e da
música coral com melodias da Irlanda e da Escócia, num espetáculo vibrante com gaitas de foles, percussão e harmonias vocais cativantes. Com atuações em festivais de referência como o St. Patrick’s Festival em Dublin e colaborações inovadoras com artistas internacionais, o FARÓ proporcionou uma noite de intensidade, autenticidade e celebração musical.















Lama Teatro celebrou 15 anos em Faro
os dias 10 e 11 de outubro, o LAMA Teatro assinalou, em Faro, o seu 15.º aniversário com uma programação especial que incluiu exposição, apresentações de espetáculos, DJ set e outras surpresas. A estrutura criada pelo ator e encenador farense João de Brito começou com um gesto simples, “talvez uma conversa num café, um email, uma ideia dita em voz baixa, um sonho teimoso de quem acreditava que faria sentido ter uma estrutura teatral
com um carácter multidisciplinar na capital algarvia, ou seja, ter Faro como ponto de partida e o mundo como horizonte”, recorda.
Assim nasceu o LAMA Teatro, “da vontade, da coragem e, acima de tudo, da necessidade, porque há sonhos que são urgentes, e o teatro foi, desde o início, a nossa urgência: a de falar do que nos inquieta, de dar corpo ao invisível, de transformar o quotidiano em poesia”. “O LAMA Teatro é, desde sempre, um espaço de encontro. Entre quem faz e quem assiste, entre o riso e

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Taya Maria








a ferida, entre a tradição e a inquietação do agora, entre a cidade e o mundo”, descreve João de Brito, acrescentando que, nestes 15 anos, “cruzámos caminhos improváveis, ocupámos palcos e praças, escolas e ruas, levámos o teatro onde ele não costumava ir, e trouxemos para dentro dele quem nunca pensou que pudesse pertencer”. “Passámos por muito palcos referência, conquistámos o nosso espaço metafórico, mas também físico, com a nossa LAMA Black Box. Carregamos orgulhosamente e sem dores nas costas a nossa querida MOCHILA, em formato festival para os mais novos. Cada espetáculo foi uma travessia — entre o medo e a confiança, entre o risco e a revelação – e em cada

ensaio, em cada noite de estreia, em cada aplauso, sabíamos: o que fazemos só existe porque há alguém disposto a escutar”.
Fazer teatro é, para João de Brito, um ato de fé. “Fé nos outros, fé no instante, fé na palavra, fé na humanidade. E é também um ato de resistência — resistência contra o esquecimento, contra a pressa, contra o ódio, contra a ideia de que a arte é supérflua. É um ato de liberdade”, sintetiza o farense, sublinhando que, ao longo dos últimos 15 anos, o LAMA foi escola, refúgio e utopia. “Foi o lugar onde se cresceu juntos — onde os atores se tornaram criadores, onde os técnicos se tornaram poetas da luz e do som, onde o público se tornou

cúmplice. No fundo, é disso que se trata, cumplicidade, porque o teatro não se faz sozinho. Faz-se com quem chega, com quem fica, com quem vai, com quem nos chateamos, com quem acredita. Faz-se com o público que nos acompanha, com as instituições que confiam, com os artistas que se lançam connosco nesse abismo maravilhoso que é a criação”, aponta João de Brito.
Por tudo isto, quando a estrutura do LAMA Teatro, agora, olha para trás, não vê apenas os espetáculos, “mas as pessoas que lhes deram vida, as mãos que construíram, as vozes que disseram, as lágrimas e gargalhadas que nos lembraram por que fazemos isto” “E quando olhamos para a frente,
vemos horizonte. Vemos novas histórias por contar, novas linguagens por descobrir, novas gerações que chegam, curiosas e ousadas, prontas para continuar esta viagem. Porque há tanto por fazer, porque o teatro é movimento, e a LAMA é um corpo vivo, em transformação constante, alimentado pelo desejo de partilhar, de inquietar, de emocionar”, entende a equipa liderada por João de Brito, que deixa uma garantia: “Enquanto houver LAMA há teatro, pensamento, amor, genuinidade, inquietação, sentido de responsabilidade, incertezas, liberdade e esperança”.











«A FESTA» DA ACTA É, SIMPLESMENTE, QUE SE FAZ DE COMÉDIA NO
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

SIMPLESMENTE, DO MELHOR NO TEATRO PORTUGUÊS


streou, no dia 24 de outubro, no Teatro Lethes, em Faro, «A Festa», aquela que é a 89.ª produção da ACTA –A Companhia de Teatro do Algarve. E se a expetativa era elevada, devido à qualidade a que a estrutura capitaneada pelo ator e encenador Luís Vicente já nos habituou, no final, o sentimento geral do público era de completo êxtase.
«A Festa» é um texto sobre a família. Mãe, pai e filho partilham a mesma casa; a mãe tenta fazer alguns avanços para comemorar o aniversário de casamento, o pai procura qualquer motivo que o afaste daquela casa e o filho é incapaz de estabelecer qualquer comunicação. «A Festa» é um espetáculo sobre a família, que não sabe comunicar, que se esgota
em tentativas de solucionar os seus próprios problemas, mas que acaba por criar inevitavelmente um ciclo repetitivo de mal-entendidos. «A Festa» é sobre as suas dúvidas e angústias daquela família, os seus conflitos e incapacidade de os resolver, tudo isto num formato de comédia que deixa a assistência a rir do princípio ao fim.
Com texto de Spiro Scimone e encenação de Bruno Martins, a interpretação está a cargo de André Canário, Carlos Pereira e do próprio Bruno Martins, simplesmente maravilhoso no papel de uma mãe que leva qualquer um ao desespero com as suas infindáveis questões, inquietações e uma vontade tremenda de agradar ao marido e filho, mas também de os por na linha. Imperdível.











































«BARRIGAS E MAGRIÇOS»
O 25 DE ABRIL NO CINETEATRO
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Jorge Gomes

MAGRIÇOS» RECORDOU CINETEATRO LOULETANO

grupo de teatro infantojuvenil «Que Cena!», da Associação «Os Barões» da Nave do Barão, apresentou-se, no dia 19 de outubro, no Cineteatro Louletano, com o conto infantil escrito por Álvaro Cunhal, «Barrigas e Magriços», para assinalar o dia mais importante da nossa história contemporânea, o 25 de Abril de 1974. Do conto contado aos momentos emblemáticos da luta contra a
ditadura e às palavras cantadas que foram arma, o espetáculo conta ainda com as ilustrações de Susana Matos, que, em 2018, com a editora «Página a Página», lançou o conto de Álvaro Cunhal colorido de desenhos que ajudam a contar aos mais novos o que foi esse tal dia 25 de Abril.
Encenado por Rui Penas, «Barrigas e Magriços» foi interpretado por Daniel Gomes, Diogo Cavaco, Íris Conceição, Lenny Palma, Leonor Costa, Lourenço Amaro, Rita Morgan e Tiago Teixeira.




















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