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ALGARVE INFORMATIVO 15 de julho, 2017

ALAMEDA BEER FEST | «A HERANÇA NAZI» DE PEDRO INOCÊNCIO MERCADO DE CULTURAS … À LUZ DAS VELAS | BUBBLE FOOTBALL

RUGBY CLUBE DE LOULÉ ESTÁ DE REGRESSO À PRIMEIRA DIVISÃO NACIONAL 1 ALGARVE INFORMATIVO #116


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CONTEÚDOS ARTIGOS 10 - Alameda Beer Fest 20 - Mercado de Culturas… à luz das Velas 30 - Pedro Inocêncio 38 - Rugby Clube de Loulé 46 - Exposições no Centro Histórico de Faro 56 - Bubble Football 76 - Atualidade

OPINIÃO 64 - Paulo Cunha 66 - Paulo Bernardo 68 - Adília César 70 - Antónia Correia 72 - António Manuel Ribeiro 30

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REPORTAGEM

ALAMEDA BEER FEST DEU A PROVAR CERVEJAS DE TODO O MUNDO Texto:

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Jardim da Alameda, em Faro, acolheu, de 7 a 9 de julho, mais um Festival Internacional de Cerveja Artesanal e Cervejeiros, ou «Alameda Beer Fest», como é mais conhecido junto do grande público. Ao todo, foram para cima de 250 variedades de cerveja, streef food, show cookings, animação de rua e muita música para deslumbrar os milhares de visitantes deste carismático evento da capital algarvia. A abertura do certame fez-se ao ritmo de uma arruada e o primeiro concerto da noite esteve a cargo de Tiago Saga, logo seguido, noutro palco, dos galegos Festicultores. A sexta-feira chegou ao fim com os espetáculos de Melech Mechaya, Yvette Band e do DJ Discossauro. No sábado, as portas abriram logo às 18h, com uma degustação/harmonização queijos DOP e cervejas especiais. Duas horas depois, com uma arruada dos Kumpania Algazarra pelo meio, houve lugar a um showcooking de Desconstrução Organoléptica de cervejas e alimentos. Já depois do sol-posto, a música foi da responsabilidade dos Momo, Vurro, Mauro Maral e DJ Mesquita.

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O derradeiro dia do certame principiou com a apresentação de cervejas maturadas, antes da música e animação tomarem conta do Jardim da Alameda, com Alfanfare, Labaq e Bed Legs a abrirem o apetite para o cabeça-de-cartaz da edição de 2017 do «Alameda Beer Fest», José Cid. Depois de uma agitada viagem pelos êxitos do popular compositor e cantor, o serão terminou com a prestação do DJ Renato AKA Renato. “A cerveja artesanal é bastante apreciada no Algarve e, neste evento, temos oportunidade de contatar com muitos produtores, que nos trazem variadíssimos sabores e formas de fazer cerveja. Mas é, essencialmente, uma festa de família, onde as pessoas se reencontram. Foi com esse objetivo que concebemos este certame periódico, para se criar uma identidade e uma ligação da cidade e de quem nos visita a este espaço maravilhoso que é a Alameda”, referiu, na noite inaugural, Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro. Um espaço nobre que esteve “abandonado” durante bastante tempo e que carece de uma requalificação, na ótica do edil farense, intervenção essa que deverá tornar-se realidade em 2018. “Demoramos dois anos para idealizar um evento que trouxesse as pessoas à Alameda e fomos buscar muitos destes ALGARVE INFORMATIVO #116 ALGARVE INFORMATIVO #116

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cervejeiros ao Norte, região que tem uma grande tradição neste ramo. Este ano estão presentes 35 cervejeiros, mais de 250 variedades de cerveja, nacionais e estrangeiras, e esta moldura humana comprova o sucesso do «Alameda Beer Fest». Esperemos que este êxito se prolongue por muitos anos, para que os farenses criem uma nova ligação à Alameda”, sublinhou Rogério Bacalhau. Produtores que chegaram de todos os pontos do país e da Europa e o número de interessados em participar foi, inclusive, superior à capacidade física do espaço, atestando que a cerveja, assim como o vinho, tem um significado especial para os portugueses. “Experimentei cervejas com sabor a coentros, a algas, a manga, há variedades para todos os gostos. E alguns deles são do Algarve e do concelho de Faro”, destacou o presidente da Câmara Municipal, adiantando que diversos restaurantes da cidade já possuem cerveja artesanal nas suas ementas. “É algo importante para nós, como marca e oferta para quem nos procura, porque o turismo, hoje, é feito de experiências e ter, por exemplo, uma cerveja artesanal com sabor a laranja algarvia é uma mais-valia” . ALGARVE INFORMATIVO #116 ALGARVE INFORMATIVO #116

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REPORTAGEM

ROTA DA SEDA esteve em evidência em mais um

«MERCADO DE CULTURAS … À LUZ DAS VELAS» Lagoa foi palco, de 6 a 9 de julho, de mais uma edição do «Mercado de Culturas… à luz das Velas», desta vez subordinado ao tema da «Rota da Seda». A ação voltou a concentrar-se em redor do Convento de S. José e não faltaram atividades culturais, animação musical e gastronomia para todos os gostos. Texto:

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e 6 a 9 de julho, o Convento de São José, em Lagoa, e as ruas circundantes foram o epicentro do «Mercado de Culturas… à Luz das Velas», com mais de 50 artesãos de várias culturas e religiões a conviverem em harmonia e a mostrarem aos milhares de visitantes as suas tradições, sabores e artes. O tema central da quarta edição foi a mítica «Rota da Seda», que ligava o ocidente e o oriente e que continua a ser recordada como um dos grandes percursos comerciais de sempre e um palco de importantes contactos entre civilizações. Ao longo de quatro dias, entre as 19h e a 1h, estiveram patentes ao público, no Convento de São José, três exposições de fotografia: «Novo aspeto da Rota da Seda – China», da Embaixada da China; «Síria,

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Egito e Jordânia», de Pedro Barros; e «Retratos do Oriente», de Robson. Os visitantes puderam também contemplar uma mostra de instrumentos tradicionais da China. No exterior, a música e a dança estiveram em grande destaque, com a participação de diversos grupos de diferentes géneros e procedências: Lu Yanan e Nanyin (China), Yaran Ensemble (Pérsia – atual Irão), Raul Sengupta (Índia), Emilio Villalba (Espanha) e Al-Bashirah (Síria, Turquia e Egito). Um dos pontos altos do evento foi a presença de um dragão e de um leão chinês, que deambularam pelas ruas do Mercado de Culturas. Mas também houve oficinas diárias de dança tradicional da Pérsia e Arménia e uma oficina para crianças com meditação e

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conto de estórias, para além de um Espaço de Terapias Zen, um Jardim Zen e uma exposição de árvores Bonsai. Este ano, a área de animação contemplou ainda uma zona chillout com o Dj Charlie Spot e as suas «Silk Road Night Sessions». A gastronomia é um vetor fundamental deste tipo de certames e os claustros do Convento São José transformaram-se num verdadeiro restaurante de fusão de sabores da «Rota da Seda». E todos os dias se procedeu ao acendimento de milhares de velas, com as quais foram desenhados os símbolos das diferentes culturas e religiões da velha «Rota da Seda», num espetáculo de enorme beleza visual que cativou os visitantes. Entre a multidão de visitantes estava Francisco Martins, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, 23

que prontamente enalteceu a articulação com a Embaixada da República Popular da China. “Estamos a ouvir um grupo interpretar música chinesa que é património imaterial da humanidade, tal como é o nosso Fado e o Cante Alentejano, temos exposições que estão patentes pela primeira vez no Algarve e em Portugal, artesões que vieram propositadamente da China para participar no evento, para além de uma partilha de conhecimentos que foi essencial para o «Mercado de Culturas» ter esta autenticidade”, destacou o autarca lagoense. A ação teve como palco principal o Convento de S. José, que foi recentemente restaurado para fazer jus ao estatuto de cartão-de-visita do ALGARVE INFORMATIVO #116


Nuno Encarnação Amorim, vice-presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, Francisco Martins, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Shu Jianping, Adido Cultural da República Popular da China, e José Águas da Cruz, presidente da Assembleia Municipal de Lagoa, preparando-se para acender as velas de um símbolo colocado no Convento de S. José

concelho em matéria de cultura. “Grande parte do projeto museológico que está previsto para Lagoa vai desenvolver-se aqui no Convento, é a nossa Casa da Cultura”, revelou Francisco Martins, satisfeito por ver as ruas repletas de gente numa quinta-feira de trabalho, sucesso que se viria a repetir nos restantes dias. “É um evento que veio para ficar e não é nenhuma feira medieval, ao contrário do que algumas pensavam inicialmente. A vela é o elemento principal, é com ela que reproduzimos os vários símbolos alusivos às culturas das diferentes edições. O artesanato, a gastronomia, a música, são escolhidos para estarem em sintonia com o tema de cada ano. Já tivemos as culturas judaica, islâmica e celta, este ano foi a Rota da Seda”, descreveu o edil. ALGARVE INFORMATIVO #116

Com tudo isto em mente, cada edição começa a ser preparada assim que a anterior termina e este ano o espaço cresceu para a Rua do Mercado, uma expansão que deverá ficar por aqui, pelo menos para já. “Os eventos devem ter sustentabilidade e este já atrai entre 35 mil a 40 mil pessoas por ano. O importante, agora, é sedimentar este sucesso e não colocar em causa a sua qualidade”, garantiu Francisco Martins, sob o olhar atento de Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, que não faltou à abertura do «Mercado de Culturas… à luz das velas». “As atividades culturais são fundamentais para o êxito do nosso destino turístico e este evento é uma 24


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mais-valia, como se constata pelos muitos algarvios e turistas estrangeiros que andam aqui ao nosso redor. Isto reforça a imagem e a perceção que os visitantes têm sobre o Algarve, com momentos de cultura e de lazer, novas experiências, uma atratividade mais alargada”, frisou o dirigente. Eventos culturais não vão faltar, de facto, no Algarve nos próximos tempos e Desidério Silva reconhece que os 16 municípios algarvios se têm esforçado por valorizar a sua oferta nas mais variadas áreas. “Isso depois traduz-se em números, em estatísticas, que comprovam que a sustentabilidade do Algarve é possível, desde que cada um faça o que tem que ALGARVE INFORMATIVO #116

fazer e que seja mais objetivo nas escolhas que faz. O Algarve está a somar pontos, em 2017 poderemos chegar aos 20 milhões de dormidas e queremos que esses turistas vivam momentos que mexam com eles e que depois recomendem a região aos seus amigos e conhecidos”, sublinhou o presidente da RTA. “O interessante é que muitas iniciativas se estão a deslocar no tempo para não colidirem umas com as outras e assim ficamos todos a ganhar. A esmagadora maioria dos nossos visitantes tem intenção de regressar ao Algarve porque somos excelentes a receber as pessoas e isso contribui para a sua fidelização”, reforçou Desidério Silva . 26


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ENTREVISTA

«A HERANÇA NAZI» CONFIRMA TALENTO DE PEDRO INOCÊNCIO Depois do sucesso do romance de estreia «Tudo acontece por uma razão», Pedro Inocêncio tem novo livro no mercado, desta vez um thriller histórico cujo enredo envolve Adolf Hitler, António Salazar e o Papa Pio XII. Uma história vivida a um ritmo frenético, com constantes mudanças de cenário e personagens, prendendo o leitor da primeira à última página e deixando-nos à espera de novas aventuras de Pedro Inocêncio, que até podem surgir já no próximo ano. Texto:

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Herança Nazi» é uma história de suspense perturbadora e desconcertante que conta as aventuras de Afonso Mendes, um pacato médico voluntário da AMI que, de repente, é transportado para o meio de uma trama internacional passada nos finais da Segunda Guerra Mundial e que tem como personagens centrais o líder nazi Adolf Hitler, o homem forte do Estado Novo António de Oliveira Salazar e o Papa Pio XII. O enredo é da autoria de Pedro Inocêncio, um professor de Educação Física natural de Elvas, mas a residir em Faro há 28 anos, com quem já nos tínhamos cruzado no seu tempo de cantor e compositor de músicas nos projetos «Flash» e «Move» “Desde os 25 anos que sou um leitor compulsivo e nessa altura já ALGARVE INFORMATIVO #116

escrevia as letras das canções das bandas por onde passei. Há três anos, estava a chegar à fasquia dos 40, e decidi fazer qualquer coisa diferente. Uma notícia insólita num jornal deu-me a ideia para o primeiro capítulo do «Tudo acontece por uma razão» e aqui estamos”, conta o alentejano, à conversa junto à Doca de Faro. Quando o romance de estreia ia sensivelmente a meio, pediu a opinião a uma amiga, Sónia Pinto, professora de português, que o incentivou imediatamente a seguir em frente. “Escrever é algo que faço com imenso prazer, criar uma realidade paralela, sermos nós a mexer nos cordelinhos do mundo. Enviei um e-mail tipo para várias editoras e tive logo muitas propostas, o que me surpreendeu 32


porque, na música, estava habituado a nunca ninguém nos responder”, lembra, com um sorriso. A escolha para lançar o livro, em novembro de 2015, recaiu sobre a «Chiado Editora», as apresentações sucederam-se em Faro, Lisboa e Elvas e a crítica deu o seu aval positivo, assim como o público em geral, com mais de 20 mil fãs a seguirem atentamente a sua página do Facebook. Entretanto, ainda «Tudo acontece por uma razão» não tinha visto a luz do dia e já estava na forja «A Herança Nazi», passando de um thriller moderno para um romance mais histórico, cuja trama começa no passado até desembocar no presente. “Fala de uma suposta farsa que envolve a morte de Adolf Hitler e segundo a qual ele terá fugido para a Argentina. Achei mais engraçado que ele tivesse escapado para Portugal e o livro aborda uma conspiração entre as forças nazis, Salazar e o Papa Pio XII que traz um segredo bastante inconveniente para o presente”, desvenda Pedro Inocêncio, adiantando que é este género de literatura que mais o atrai enquanto leitor. “Não gosto de capítulos demasiado longos e enfadonhos. Os meus são curtos, com mudanças constantes de personagens e uma forte dinâmica que mantém o leitor num suspense contínuo que só termina no fim do livro. O meu objetivo é que as pessoas fiquem na dúvida, porque Portugal recebeu 395 toneladas de ouro da Alemanha Nazi e não se sabe muito bem por que motivo”. A envolvente histórica de «A Herança Nazi» conferiu, entretanto, maior responsabilidade a Pedro Inocêncio, que teve que fazer uma longa pesquisa antes de começar a escrever a aventura que lhe 33

fervilhava na cabeça. “O meu estilo de escrita manteve-se, apesar desta componente mais forte de história real no início do enredo. Sei que há muitos autores que apostam nas sequelas, em criar uma série de livros com os mesmos personagens, mas a mim dáme gozo começar sempre do zero. Aliás, já estou no terceiro livro”, revela o entrevistado, garantindo que criar histórias originais não lhe causa grandes dores-de-cabeça. “A minha maior referência é o Simon Scarrow, um professor universitário de História que tem uma saga sobre a vida nas legiões romanas e escreveu quatro livros sobre a luta entre o Napoleão e o Wellington. Gosto da intensidade do seu estilo, parece que estamos a entrar nos combates. Os meus livros oscilam entre partes muito românticas e outras mais dramáticas, com violência, com mortes”, descreve.

VIVER DA ESCRITA É MARAVILHOSO, MAS É SÓ PARA ALGUNS Como não é dos livros que depende a sua sustentabilidade financeira, Pedro Inocêncio escreve ao sabor das suas ideias e gostos pessoais, sem pensar no hipotético sucesso comercial que daí possa advir. “A minha vontade é que os leitores estejam agarrados da primeira à última página e não estou preocupado se isso é comercial ou não. Já tenho largado obras de autores conceituadíssimos porque chego à página 100 e ainda estou a nadar na história. É como na música. Se à décima audição ainda não estamos agarrados a ALGARVE INFORMATIVO #116


uma canção, não vale a pena insistir. Não quer dizer que seja boa ou má, simplesmente, não é a nossa praia”, observa. Com duas obras já editadas, mas ainda a dar os primeiros passos na escrita, Pedro Inocêncio volta a dizer que não faz parte dos seus planos escrever sequelas, porque tem imensas ideias e não quer prender-se muito a um assunto ou personagem em concreto. “As personagens ficam limitadas aos mundos para que foram concebidas e eu não podia pegar no Francisco, do «Tudo acontece por uma razão», e transportá-lo para «A Herança Nazi». Não fazia sentido”, justifica. “No primeiro livro, preferi escrever sobre um sítio que

conhecia bem, Lisboa, onde estive cinco anos a estudar. No segundo, como a segurança e confiança são maiores, já ando pela Alemanha Nazi, pela Nigéria, onde trabalha o Afonso Mendes, por Lisboa, até culminar a ação em Elvas, no Forte da Graça, onde se vai resolver um problema que pode afetar a humanidade toda”. Ideias não faltam, está visto, o mais complicado é depois conciliar a faceta de escritor com a exigente profissão de professor e com a vida pessoal. Sobre essa questão, Pedro Inocência recorda os tempos de miúdo e as brincadeiras com a máquina de filmar da mãe de um amigo de infância. “Hoje, qualquer pessoa faz filmes com o telemóvel mas, na época, uma câmara de filmar era um objeto de responsabilidade e era sempre eu que avançava com as ideias. Mais tarde, quando parei com as bandas, senti um vazio criativo. O fantástico dos livros é que, apesar da vida intensa e muito preenchida que tenho, chego à noite e posso prescindir de ver um filme para escrever. Nas tardes de fim-de-semana, quando a filha vai dormir a sesta, escrevo mais um bocado, e as coisas têm resultado assim”. Outra grande diferença em relação aos tempos de músico é que, agora, há a perfeita noção de que viver da arte, da cultura, só está ao alcance de uma elite, de nomes sonantes que têm uma forte máquina promocional atrás de si. “Uma figura pública pode escrever o pior livro do mundo, mas ele chega sempre aos leitores. Para um escritor anónimo, dar os primeiros passos é bastante

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complicado, basta ver que muitos autores consagrados praticamente não venderam nada enquanto foram vivos”, salienta Pedro Inocêncio. “Viver da escrita é maravilhoso, mas é preciso ter uma falange de leitores significativa”, acrescenta. A tarefa fica ainda mais difícil face à enorme quantidade de livros que chega todos os dias ao mercado, a que se soma o fenómeno dos livros digitais. “Para mim, ler é em papel, mas há, de facto, uma brutalidade de edições diárias que dá um sem número de opções ao público. Mas penso que as pessoas gostam realmente de ler e que procuram ativamente as obras dos seus autores preferidos, algo que não senti quanto estava nas bandas. Recebo pedidos diários de livros através da minha página de Facebook e agora são os convites para ir às feiras do livro, que 35

são oportunidades excelentes para se conviver com o público”, frisa Pedro Inocêncio. «A Herança Nazi» foi lançado no dia 21 de junho, na Biblioteca Municipal de Faro, mas o terceiro livro do alentejano já está em andamento, uma história sobre um acontecimento drástico que acontece na atualidade. “Há muitas mentiras que nos vão contando e nem sempre queremos saber a verdade. Escrever é algo que me preenche e relaxa, o novo livro poderá estar concluído já em 2018, mas agora é deixar este fazer a sua caminhada natural. Não crio grandes expetativas, mas está a ser um percurso bastante interessante e é gratificante quando as pessoas que compraram o primeiro, adquiriram logo o segundo mal ele saiu” . ALGARVE INFORMATIVO #116


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ENTREVISTA

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Loulé é um concelho que vibra intensamente com o rugby e os seus adeptos têm motivos extra para sorrirem, com a subida do Rugby Clube de Loulé à primeira divisão nacional. Em 2017/2018, sob a liderança do presidente José Moura e do treinador Jo Ajuwa, o objetivo não passa, contudo, pela simples manutenção, mas sim por ganhar jogos de olhos postos nos títulos. Texto: 39 39

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Rugby Clube de Loulé surgiu, em 1982, por aglutinação do Núcleo de Rugby de Loulé, criado em 1975, e da secção de rugby do Louletano Desportos Clube, emblema que defendeu nos diversos campeonatos nacionais no escalão sénior. A caminhada começou pela III Divisão, corria a época de 1976/1977, e demorou apenas dois anos para atingir a I Divisão, a atual Divisão de Honra. A 29 de junho de 1982, o Rugby

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Clube de Loulé formalizou a sua inscrição na Federação Portuguesa de Rugby e passou a disputar o Campeonato Nacional da II Divisão, do qual se sagrou campeão na época de 1989/1990, com a subsequente subida à primeira divisão nacional, onde permaneceria durante duas épocas. Saltando para o presente, o Rugby Clube de Loulé está de regresso ao escalão principal da modalidade pelas 40


a contratação, no início da última época, de um novo treinador – Jo Ajuwa – para atacar a promoção. “Jogou em equipas profissionais de grande renome em Inglaterra, tem uma enorme experiência e, para nossa sorte, vive em Vilamoura com a família. Ajudou-nos a atingir parte dos objetivos traçados, só faltou mesmo sermos campeões da divisão, ficamos em segundo lugar”.

Jo Ajuwa com José Moura

mãos do presidente José Moura, eleito a 31 de agosto de 2016 para um mandato de dois anos, e para quem a paixão dos louletanos por este desporto não é nenhuma surpresa. “Continuamos vivos, de boa-saúde, e esta temporada apostámos forte na equipa sénior para dar também maior visibilidade aos nossos patrocinadores. Estar na primeira divisão traz-nos mais adeptos e praticantes e isso também se traduz em mais jovens na formação”, refere o dirigente, destacando 41

A aposta em Jo Ajuwa é para continuar e, em 2017/2018, este vai acumular as funções de jogador e treinador, com o intuito de contribuir para uma alavancagem à equipa e ao clube. “Queremos fazer evoluir o nosso rugby em termos de formação para que, no futuro, possamos alimentar a equipa sénior com a prata da casa. O grosso dos atletas são do concelho de Loulé, mais alguns de Faro e Albufeira”, indica José Moura, ao mesmo tempo que destaca o papel de Faustino Pires e João Adelino Gonçalves na história do clube. “O Faustino tinha jogado na Escola Agrícola em Évora e, quando veio para o Algarve, foi o grande dinamizador do rugby em Loulé. Meteu este «bichinho» em muita gente, foi dos primeiros treinadores e o primeiro presidente, numa altura em que eramos todos jogadores e dirigentes. Depois veio o João Adelino Gonçalves, que segurou um bocadinho as rédeas da juventude desenfreada e manteve o clube sustentável, estrutural e economicamente, durante muitos anos”, recorda o entrevistado, à conversa precisamente a poucos metros do Campo de Treino João Adelino Gonçalves.

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Como se adivinha, o poder local, nomeadamente a Câmara Municipal de Loulé, tem sido um parceiro fulcral na existência do Rugby Clube de Loulé, no seguimento do forte apoio que concede a todas as modalidades desportivas praticadas no concelho. “E nada melhor para retribuir as ajudas recebidas do que subir à primeira divisão, conquistar títulos, trabalhar cada vez mais e melhor. Em competição, temos que ser ambiciosos para obter resultados positivos e levar o nome de Loulé e do Algarve por esse país fora”, frisa José Moura, pouco preocupado com a «aparente» hegemonia do futebol no que toca a mexer com os sentimentos dos adeptos. “O rugby tem a vantagem de ser o único desporto onde os miúdos vêm jogar, sujam-se e as mães aplaudem. Depois, podemos derrubar os nossos adversários, dentro das regras, claro, que é algo que dá vontade a muita gente que pratica outras modalidades”, descreve, com um sorriso. “É um desporto viril, de combate, coletivo, com algumas influências medievais porque trabalhamos para conquistar terreno de modo a levar a bola até ao objetivo final. Isso desenvolve o espírito de grupo, de vitória coletiva”. Um desporto que se adapta a qualquer tipo de compleição física, refere ainda José Moura, com atletas baixos e altos, magros e fortes, mais rápidos ou mais lentos. “Desde que tenha capacidade de luta e espírito de equipa, tudo o resto se alcança através dos treinos. Nós conseguimos transformar um jogador de rugby num atleta grande e musculoso, mas o inverso nem sempre é verdade”, avisa, garantindo que não basta ter músculo e força para se aguentar estar constantemente a cair e ALGARVE INFORMATIVO #116

levantar, a correr e saltar, a derrubar e a ser derrubado. “É preciso uma tremenda capacidade de luta e sacrifício, um empenho e compromisso bastante fortes. Todos podem jogar rugby mas, como em tudo na vida, há uns que chegam um bocadinho mais longe. Mas isso não significa que os outros não possam fazer parte de uma equipa”.

RUGBY PODE DAR MAIS VISIBILIDADE AOS PATROCINADORES DO QUE O FUTEBOL Como «de pequeno é que se torce o pepino», o Rugby Clube de Loulé tem escalões de formação a partir dos Sub-8, mas os dois filhos de José Moura, por exemplo, começaram logo a jogar aos cinco anos, dependendo sempre da cultura desportiva que exista na casa de cada um. “Um deles já jogou e o outro continua a jogar, tenho um sobrinho que é segundo treinador do Cascais – que foi terceiro no campeonato nacional e vice-campeão da Taça de Portugal, outro sobrinho está a estudar Educação Física e é treinador dos escalões de formação no Agronomia e joga no clube. Desde os 13 anos que ando metido no rugby e gosto mesmo disto”, conta o entrevistado, adiantando que o RCL teve, na época 2016/2017, 135 jogadores inscritos, desde os Sub-8 aos seniores, para além de uma equipa feminina. “O nosso campo tem sido bem preservado, apesar da sua utilização intensiva, e muita gente em Portugal gostaria de ter as nossas condições para a prática de rugby”. 42


De férias estão os atletas, mas a direção já pensa na próxima época, que vai ser bem mais exigente, logo a começar pelas maiores deslocações, pois há adversários em Arcos de Valdevez, Guimarães, Bairrada, Caldas da Rainha, Santarém, Moita, Lisboa e Setúbal. Isso implicará, logo à partida, um reforço do orçamento, estando «apalavrado» todo o apoio possível, em matéria de transportes, por parte da Câmara Municipal de Loulé. “Mesmo assim, às vezes temos que alugar autocarros porque todos os escalões jogam aos fins-de-semana e a deslocação mais próxima que fazemos é a Évora. E haverá algumas situações em que teremos que seguir para cima no dia anterior ao jogo, o que obriga a despesas de alojamento, porque as viagens pesam muito nas pernas dos atletas. A nossa vantagem é que já estamos habituados a essa rotina e, quando a equipa é unida, há 43

sempre uma grande confraternização no autocarro. Para baixo, se ganharmos, a boa-disposição ainda é maior”, salienta José Moura. Quanto ao orçamento, não depende, nem pode depender, exclusivamente dos apoios camarários, pelo que há que amealhar patrocínios para se juntar às quotas pagas pelos pais nos escalões de formação. “Infelizmente, as empresas pagam muitos impostos em Portugal e, se quiserem ter alguma responsabilidade social, os patrocínios ao desporto e cultura saem da parte do lucro”, revela, lamentando que a comunicação social só dê atenção ao futebol. “Temos três jornais diários de futebol, imensos programas de futebol na televisão. Isso faz com que as pessoas optem mais por patrocinar o futebol mas, tirando os três grandes públicos, a visibilidade também não é ALGARVE INFORMATIVO #116


muita para as empresas. Num concelho como Loulé que vive do turista que o visita diariamente, o rugby poderá dar mais retorno aos patrocinadores do que o futebol”, entende o presidente, sublinhando que o grosso dos visitantes do Algarve é proveniente do Reino Unido e da França, ambos com fortes tradições no rugby. “Este ano assistimos a uma maior afluência dos residentes dessas nacionalidades nos nossos jogos em Loulé, pessoas que têm uma cultura de ajudar o próximo, de se envolverem na comunidade, de participarem na vida dos clubes”. Quanto aos objetivos para a próxima temporada, José Moura é rápido a responder: “A melhor maneira de nos mantermos na primeira divisão é disputarmos os primeiros lugares. Nos escalões de formação, gostamos que os miúdos se divirtam enquanto aprendem a ALGARVE INFORMATIVO #116

jogar rugby e a competir. Na equipa sénior, a meta é ganhar, é lutar pelo título. É isso que dá alento a um jogador que já é maduro e que, no dia seguinte, tem que se levantar para ir trabalhar, porque as pancadas custam muito mais quando perdemos do que quando ganhamos”, assegura o antigo praticante, agora no papel de dirigente. “Os nossos jogadores têm talento para ganhar e ao clube compete criar as condições para que eles se tornem mais fortes, rápidos e ágeis e para que possam exponenciar o seu talento. É possível competir na primeira divisão, mas vai ser precisa a vontade de todos para estarmos focados no objetivo final. O campeonato é longo, vão ser cinco meses a trabalhar e a jogar todos os fins-de-semana com clubes que são muitos equivalentes no seu valor”, antevê, em final de conversa .

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REPORTAGEM

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DINOSSAUROS, URBANISMO E DESENHOS EM PAPEL DE ALGODÃO EM EXPOSIÇÃO NO CENTRO HISTÓRICO DE FARO Texto:

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Centro Histórico de Faro é palco, por estas semanas, de exposições para todos os gostos. No Museu Municipal de Faro está patente, até ao final do ano, «Faro, Marcos de Urbanismo», da responsabilidade da Câmara Municipal de Faro. Consciente da importância de dar a conhecer o urbanismo da cidade, como parte da sua identidade coletiva (social, cultural e económica), bem como o património documental que detém, a autarquia apresenta, nesta mostra, «momentos-marcos» que foram os grandes responsáveis pelo desenvolvimento urbanístico da cidade de Faro. Num horizonte temporal balizado entre os séculos 15 e 20, pretende-se identificar e partilhar os elementos que foram os verdadeiros momentos de transformação da cidade, com o intuito de constituir um momento de enriquecimento do conhecimento e de reflexão sobre o que somos enquanto comunidade. Na Galeria Trem encontra-se, até 22 de setembro, a exposição «Passagens», de Samuel Rama, organizada pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve e pelo Centro de Investigação em Artes e Comunicação. O artista passeia entre técnicas diversas, desde a fotografia e pintura, à escultura e desenho e o seu trabalho estabelece um diálogo permanente

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consigo próprio, com as suas exposições e com a (i)materialidade do mundo que nos cerca. Os desenhos apresentados nesta exposição dão-nos a ver o processo de criação do artista através dos desenhos em papel de algodão, um suporte paradoxal, por aparentar uma delicadeza extrema, mas a sua resistência faz com que seja usado para imprimir documentos importantes e mesmo notas bancárias. Na Galeria Trem assiste-se a uma passagem por materiais, por técnicas, por suportes e, sobretudo, uma passagem pelas fronteiras da arte e do mundo. “A sua obra propõe ao espetador um salto no abismo que está para além da arte, um salto num abismo a que podemos chamar de vida”, descreve Mirian Tavares, diretora do CIAC. Já na antiga Fábrica da Cerveja pode-se visitar «Dinossauros na Cidade», da responsabilidade do Centro de Ciência Viva de Faro e da empresa Magalodon. No recinto encontram-se, até finais de outubro, Tyrannosaurus Rex, Stegosaurus Triceratops, Deinonychus, Velociraptor, Ankylosaurus e Pterosaur, com o objetivo de proporcionar uma oferta diferente durante as férias a quem visita o centro histórico da capital algarvia . ALGARVE INFORMATIVO #116

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REPORTAGEM

BUBBLE FOOTBALL CONQUISTA ALGARVIOS

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É uma das novidades do Verão 2017, o Bubble Football, uma mistura de futebol com futebol americano ou rugby, onde o objetivo é marcar golos, mesmo que, para isso, se tenham que derrubar todos os adversários que apareçam pelo caminho. Tudo isto, claro, dentro de bolhas gigantes … Texto:

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Fotografia:

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uem passasse num destes finais de tarde pela entrada de Faro deparava-se com um desporto diferente do habitual a animar o relvado em frente ao Fórum Algarve. Um campo de futebol demarcado por pinos de plástico, uma baliza pequena em cada extremo do retângulo, uma bola de dimensões oficiais. Até aqui, tudo normal. Depois, a novidade, os jogadores, quatro em cada equipa, com o equipamento tradicional, mas enfiados dentro de bolhas gigantescas. Bola ao centro, o árbitro apita e, de repente, é o salve-se quem puder. Jogadores uns contra os outros, a rebolar na relva, às piruetas, de cabeça para baixo, dentro das tais bolhas, com alguém a tentar marcar golos, sem nenhuma tática definida ou pensada. Na linha lateral, muitos entusiastas apoiavam as suas equipas, entre os quais ALGARVE INFORMATIVO #116

Marco Rojo, professor e mestre de esgrima em Olhão e que agora abraçava esta nova aventura, em parceria com os amigos Sabino Soares e Nélson Leal. “O Bubble Football já é dinamizado por algumas empresas em Lisboa e no Norte de Portugal e pensámos que o Algarve, como região de muito sol e calor, seria ideal para se introduzir também esta modalidade praticada ao ar livre. Para já, é uma atividade recreativa, de lazer, mas existem competições mais ou menos organizadas noutros países, grupos de amigos que formam equipas para disputar torneios”, conta Marco Rojo, adiantando que, no Bubble Football, podem jogar homens e mulheres, adultos e crianças, tudo em simultâneo, uma vez que existem bolhas adequadas para todos os tamanhos.

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Marco Rojo é um dos sócios da Algarvefootbubble

Ao fim de alguns minutos de intensa adrenalina, e depois de mais um golo marcado, é tempo para uma pequena pausa, porque a modalidade é bastante exigente em termos físicos, sobretudo pelo calor que se sente dentro das bolhas. Por esse motivo, os encontros acontecem normalmente ao final da tarde, até para não interferir com os horários de quem trabalha ou estuda, contudo, mesmo com o sol menos intenso, há que acautelar a desidratação e beber água com frequência. “Correr 10 minutos com uma bolha destas é extremamente desgastante, o que obriga as pessoas a terem uma boa resistência física. As regras são muito flexíveis, com quatro contra quatro, sem guarda-redes nem cantos. Se o espaço for maior, as equipas podem ter cinco elementos cada e pode-se jogar ao ar livre ou dentro de um pavilhão. Não convém é ALGARVE INFORMATIVO #116

que o piso seja demasiado abrasivo, para não perfurar a bolha”, explica Marco Rojo. “A praia também seria um bom local para se jogar, mas o problema são as conchas, caricas ou pedaços de vidro”, acrescenta. Assim que o árbitro dá sinal de partida, a única falta é tirar a bolha no recinto de jogo, por uma questão de segurança, porque é ela que protege os praticantes contra os choques. E os choques são, de facto, constantes, mas divertidos. Nesse sentido, torna-se complicado delinear táticas, embora seja natural que os restantes elementos da equipa protejam a progressão do colega que tem a bola nos pés. “Vão fazendo placagens, derrubando os adversários que estiverem no caminho, para se chegar ao golo. Só que, com a brincadeira, às vezes as pessoas esquecem-se da bola e 60


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estão mais preocupadas em atirar os outros para o chão”, reconhece, com um sorriso, ao mesmo tempo que garante que o Bubble Football ajuda a melhorar a coordenação motora e a orientação espacial. “Quando levamos com um encontrão, rebolamos, rodamos 360º e, de repente, estamos de cabeça para baixo, pernas para cima, sem sabermos para que lado está a baliza e o nosso campo. É uma maneira divertida de treinar os reflexos”. Para dinamizar a modalidade no Algarve, os três sócios criaram a «Algarvefootbubble» e as partidas podem acontecer de forma espontânea em espaços ao ar livre, como sucedeu neste final de tarde, em frente ao Fórum Algarve, do mesmo modo que se podem organizar competições fechadas para grupos de amigos, escolas ou empresas. “O importante é que as pessoas façam ALGARVE INFORMATIVO #116

desporto para terem uma vida mais saudável e, muito provavelmente, no final do jogo ninguém quer saber quem é que ganhou ou perdeu. A certeza é que se transpira bastante, se convive imenso e se fortalece o espírito de grupo”, garante Marco Rojo. Quanto ao equipamento, às bolhas, são feitas à medida para esta empresa sedeada em Faro. “Tivemos um grande cuidado em escolher o fabricante certo para que o material assegurasse a segurança dos praticantes, com proteção nas mãos e no rosto, pegas firmes, tamanhos diferentes para adultos e crianças, para que todos estejam confortáveis ergonomicamente. As pessoas nunca viram umas bolhas com pernas a jogar futebol e ficam logo com vontade de experimentar”, conclui Marco Rojo, porque tinha terminado a pausa para a conversa e era tempo de entrar também no campo de jogo . 62


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OPINIÃO Coletores de desperdício / Coletores de sonhos Paulo Cunha (Professor)

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ó quando nos confrontamos com uma situação de perda de um familiar que connosco privou durante grande parte da nossa vida é que nos damos conta da quantidade de pertences que essa pessoa guardou durante o seu percurso de vida. Pertences que a morte transforma em «coisas» e, consequentemente, a inutilidade e o desapego acabam por converter em lixo. Alguns deles, apesar de estarem impregnados de grande valor estimativo, afetivo, histórico e sentimental, não resistem ao propósito que os seus proprietários originais neles depositaram: “Que possam vir a ser reutilizados um dia mais tarde!” Senti na pele (e no coração) o quanto é relativo o valor que damos às coisas quando, após «ter perdido» o único progenitor que ainda me restava, me vi obrigado a, num curto espaço de tempo, ter que me desfazer de grande parte dos bens que povoavam a sua casa, e assim a poder esvaziar e entregar ao senhorio. Tendo ocorrido numa altura em que ainda não havia a proliferação de lojas de compra e venda de artigos em segunda mão, nem de ajuda social, vi-me na contingência de ter que dar grande parte dos seus pertences às únicas instituições que se dispuseram a aceitá-los. Acabei por colocar os que não foram aceites ao lado de contentores do lixo, para que pudessem, ainda assim, ter algum aproveitamento. Qual não foi a minha surpresa quando, num curto espaço de tempo, me apercebi que aquilo que a morte tinha transformado em lixo, rapidamente tinha ganho uma nova vida nas mãos daqueles que o levaram consigo. Não sei se sentem o mesmo, mas quando entro em determinados museus ou estabelecimentos comerciais de venda de artigos usados, olho para os objetos expostos e consigo sentir, através deles, um pouco da história dos seus antigos proprietários. Quedando-me perante a sua imobilidade, ponhome a imaginar tudo aquilo a que assistiram, e no que contribuíram para a vida dos seus donos.

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Sobrevivendo a vários proprietários, continuam a cumprir o seu propósito: proporcionar-nos bemestar físico e psicológico. Consubstanciando o que aqui escrevo, recordo as palavras de um amigo que, apesar de viver sozinho, me diz que vive acompanhado pela memória dos anteriores donos dos objetos que ao longo dos anos lhe foram doados por pessoas que nele viram a capacidade de respeitar e valorizar o seu legado. Daí a sua preocupação em conhecer a história dos objetos, pois, segundo ele: “Com história os objetos têm outro valor”. Nascemos despojados de tudo, mas ao longo da vida tornamo-nos proprietários de mais do que realmente necessitamos. Levamos uma vida a juntar e a colecionar para, após a morte, connosco nada levarmos. Espólios de vida que no fenecimento perdem toda a importância que outrora lhes foi dada. Vivendo numa sociedade de consumo imediato e desenfreado, onde a «novidade» e a «moda» são as palavras de ordem, facilmente nos transformamos em coletores de desperdício. Assisto, com agrado e regozijo, a um progressivo desprendimento em relação aos valores materiais por parte das novas gerações. Valorizando as experiências de vida e a fruição de novas e enriquecedoras sensações e emoções, vemos cada vez mais jovens a tornarem-se «coletores de sonhos», por contraponto com as gerações dos seus pais e avós. Como legado deixarão menos bens materiais à sua descendência, mas transmitirão, por certo, mais e melhores valores de respeito, de preservação, de valorização e de partilha por tudo aquilo que os rodeia. O mais importante não é guardar bens materiais, o mais importante é usá-los para que deixem boas memórias nossas em todos aqueles que nos seguirão. Essa sim, essa é a única herança que nunca será transformada em desperdício! .

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OPINIÃO

Dá-me música Paulo Bernardo (Empresário)

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hegando o tempo quente, o país enche-se de festivais, festas e festinhas, parece que o calor traz o divertimento. Pegando no caso concreto do Algarve, este tema faz-me confusão e já o disse várias vezes. Durante sessenta dias temos uma concentração enorme de festas e festinhas, podem-me dar vários argumentos que eu até aceito, a tradição, o final das colheitas etc, etc. Contudo, e numa época de globalização, defendo que o Algarve deveria ter um programa integrado de festas e festinhas. Quando se fala em programa integrado, vem logo a ideia de erudição dos eventos e aí mata o processo. A ideia seria, sem aumentar os custos, pois eles já existem, e sem cair no erro do «ALLGARVE», que era de Lisboa e para Lisboa, pegar em tudo o que se faz - e é muito - e dar-lhe uma nova forma de organização, apenas isso. Organizar de modo a que os eventos não aconteçam em simultâneo e que se possa fazer uma promoção com tempo, que exista um calendário de um ano para o outro. Que seja um fator de atração para a região, que todo o ano tenha uma oferta distribuída para que quem cá vive e quem nos visita saiba o que tem para fazer. Outra questão que não entendo e para a qual não consigo encontrar explicação é o porquê do Algarve não ter um festival a sério de musica. Basta ver o que acontece pelo país fora e constatar que o Algarve está completamente isolado, nada. Este grande festival, sim, podia ser em plena época alta para ser rentável e poder trazer grandes nomes mundiais. A oferta cultural é fundamental para trazer mais e novos clientes ao Algarve. No entanto, parece-

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me que continuamos a apostar no isolamento municipal, cada um por si. No isolamento da Região de Turismo e no isolamento do governo central. Cada um faz as festas e festinhas à sua maneira. O que eu gostava de ver era um programa que abrangesse todo o ano e toda a região, com a participação de todos, com a capacidade de ter uma plataforma on-line de promoção, que esteja ligada às grandes plataformas mundiais de venda de bilhetes. Que, de um ano para o outro, fosse sendo uma rotina. Como exemplo dou-vos a questão da Concentração de Motas em Faro, edição 36, abrangência internacional, cartaz musical que tem capacidade de atrair pessoas de vários países. Muito empenho de um grupo de gente com mérito e criou-se uma rotina para vir ao Algarve. Faz-me pensar que, se tivéssemos mais quatro ou cinco eventos ao longo do ano daquela dimensão, o que não seria hoje a oferta cultural do Algarve. Temos condições para ter um grande festival de rock, um grande festival de música clássica e mais outras atividades que poderiam acontecer sem qualquer dúvida. Assim, e para mim que gosto muito de música, façam mais pelo Algarve de uma forma organizada, para que não necessitemos de nos perder em tanta oferta e, noutras épocas, tenhamos que rumar a outras paragens para que nos deem música .

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OPINIÃO O estudo do Espectador: Contributos da Sociologia, da Semiologia e da Estética da Recepção Adília César (Escritora) “O espectáculo é a categoria universal sob as espécies pela qual o mundo é visto” (in Roland Barthes par Roland Barthes, 1975)

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Teatro, essa janela aberta para o mundo. Mas toda a representação se destina ao público, tudo acontece por causa dele. O espectador é o co-produtor do espectáculo a que assiste, à chegada e à partida, não se podendo esperar que seja o mesmo espectador nos dois momentos: existe todo um trabalho de artesão entre o antes e o depois. O processo de comunicação teatral é complexo, tendo em conta os actores e os outros espectadores. Assim, o comportamento e o entendimento de cada um é balizado pelo comportamento e pelo entendimento dos outros. Por um lado, envolve uma abordagem sociológica que investiga a composição dos públicos (a sua origem sociocultural, os seus gostos e reacções, através de questionários respondidos pelos espectadores antes e após os espectáculos; depois, a psicologia experimental parte para a quantificação da recepção). Por outro, temos a semiologia que estuda a forma como o espectador elabora o sentido a partir dos signos, das intersecções estabelecidas entre os diferentes significados – ele combina, compara, focaliza, exclui, ou seja, afina esferas de significado. Quando assisto a um espectáculo de teatro, tenho fortes espectativas face à representação e uma grande esperança de sentir arrebatação e êxtase. A fruição artística poderá transformar-me: primeiro, o acto teatral esvazia a minha mente do conteúdo supérfluo, tornando-a receptiva ao essencial; depois, provoca-a, enriquece-a, fecunda-a. Neste sentido, o espectador ideal, ou o leitor modelo, como tão bem o define Umberto Eco, seria aquele que conseguiria a maior correspondência possível entre experiência estética (impressão) e elaboração simbólica (expressão). Serei eu capaz dessa espectacularização? O espectador ideal é a procura constante da estética da recepção, a qual tem a ver com a acção e

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o comportamento do público perante o espectáculo, de modo a construir uma experiência estética. Distinguem-se duas formas de recepção: enquanto estudo histórico (por exemplo, a recepção de uma obra por um determinado público de uma época específica); e/ou na forma de interpretação da obra pelo espectador, tendo em conta a análise dos processos emotivos, mentais e intelectuais utilizados pelo espectador na compreensão do espectáculo. O movimento Estética da Recepção surgiu na Alemanha na década de 60, a propósito da posição e função da leitura, numa discussão direcionada para o campo da literatura. E em 1967, Jauss designou a história da literatura como «história dos autores», a reivindicação da leitura e do leitor como agentes do acolhimento social realizado pela obra. Esta postura alargou-se rapidamente a outras formas de expressão, de tal forma que hoje só compreendemos o acto expressivo quando este ultrapassa o sujeito criador e é acolhido pelo sujeito usufruidor. No caso do teatro, independentemente do nível de recepção que o espectador apresente, coloca-se - tal como noutras formas de arte - um problema de estética. Brecht já o sabia, ao propor a elaboração de uma «arte do espectador», uma vez que a fruição estética não acontece levianamente: é necessário que o espectador assuma o seu papel produtivo e faça um esforço imaginativo para se situar dentro ou fora do espectáculo. Da próxima vez que eu for ao teatro, estarei preparada. Assistir a um espectáculo de teatro não pode ser reduzido a um mero acto de entretenimento. Eu, a espectadora, sou a rainha dessa grande festa e a minha responsabilidade é potenciar a experiência, transformando-a e transformando-me. Só assim a arte teatral cumpre a sua função artística e estética .

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OPINIÃO

A EN 125 não é alternativa Antónia Correia (Professora)

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taxa de mortalidade situa-se nos 10,7 por mil habitantes e mantém-se nestes valores desde 1960 (Prodata). O Algarve surge com uma taxa agravada (11,8 por mil), constituindo-se por isso como uma das regiões responsáveis pela taxa de mortalidade nacional, só superada pela Região Autónoma dos Açores e pelo Centro do país. Nestas duas regiões (Açores e Centro), a mortalidade é justificada pelo envelhecimento da população e pela cada vez maior desertificação, com as consequentes quebras nas condições de vida que, infelizmente, justificam a mortalidade superior à média nacional. No caso do Algarve, as causas de morte não são tão evidentes, a principal região turística do país, aquela que mais cresceu no ano anterior, 40 por cento (INE), que no Verão mais do que duplica a população residente, apresenta uma taxa de mortalidade na estrada superior à média nacional. Em 2016 contabilizaram-se 1,8 vítimas mortais na EN 125 contra 1,3 a nível nacional (Anrsp). Nesta região de extensão limitada e onde o trânsito é relativamente tranquilo ocorreram, entre 2011 (data em que se determinou o início do pagamento das Portagens na Via do Infante) e 2016, 10 mil e 584 acidentes, com 207 vítimas

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mortais. Estes valores representam mais de 10 por cento dos acidentes viários ocorridos nas Estradas de Portugal e 7 por cento das vítimas mortais. Destaque-se ainda que 80 por cento dos acidentes viários ocorrem em estradas nacionais e que, no Algarve, as taxas de crescimento em 2014 e 2015 se situaram nos 6 e 7 por cento, respetivamente, em número de acidentes, e 38 e 28 por cento em número de vítimas mortais. Por oposição, no país, os acidentes viários cresceram 1 por cento e 4 por cento em 2014 e 2015, enquanto as vítimas mortais decresceram 7 e 2 por cento, respetivamente, destacando ainda mais o estado de emergência que se vive no Sul. Conscientes de que 80 por cento dos acidentes ocorrem em estradas nacionais, que a taxa de sinistralidade com mortes associadas é cada vez maior no Algarve, contraindo a tendência nacional onde circulares e eixos viários aligeiram a sinistralidade, sabendo ainda que portagens na Via do Infante são uma das principais fontes de insatisfação dos que nos visitam e a justificação para taxas de mortalidade acima da média nacional, pode assumir-se sem grandes controvérsias que a EN 125 Não é Alternativa .

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OPINIÃO

O amolador António Manuel Ribeiro (Músico e escritor)

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uvi os gemidos da gaita-de-beiços virem do fim da rua sem movimento – a cidade e os arredores estão a banhos apesar da temperatura e das nuvens imprevisíveis no dia em que escrevo perto da Fonte da Telha. Não há vento, só gatos no jardim e o homem solitário que passa no alcatrão soprando a mesma melodia que aprendi, muito lá atrás, a criar alvoroço na cozinha da minha avó beirã – Maria do Carmo. Lesta, de avental, apontava-lhe umas quantas facas para serem afiadas a preceito na azinhaga à frente do jardim. Nasci no alto de Almada, junto ao santuário que olha Lisboa de braços abertos sem receber uma resposta decisiva dos decisores da nação sentados no hemiciclo que lhe fica à frente. A sinestesia soltou-se num ápice. Lembrei-me do meu cão Tarzan, um rodas baixas rafeiro de pêlo (sem o acento circunflexo é pateticamente ‘pelo’) negro lustroso sempre meio sebento dos giros à cata das cadelas que não alcançava por ser baixote; a cabrinha presa numa estaca na courela que dava leite para mim e para o meu irmão mais pequeno; o Sol que nascia vigoroso sobre o Barreiro, banhava o mar da Palha mais parecendo

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um espelho (ia para a escola do Conde Ferreira), e dizia que os voos curtos das andorinhas notificavam a primavera – sob os beirais anichavam as suas pequenas assoalhadas feitas do barro que compõe o solo dessa parte de Almada. O amolador passou por entre a fiada de vivendas soturnas, fechadas, não adormecidas, fechadas porque os meus vizinhos ainda não aceitaram o verão. Um dia destes, sem museu apropriado, o vento da vida dará um piparote no homem que pedala a bicicleta com uma roda fixa no chão e afia as facas das nossas necessidades. Eu, por estes dias escritor entre dois concertos, mantenho o piano do Keith Jarrett a desfazer a melodia da gaita do homem que amola facas. Fade out… Um livro: «A Guerra Secreta» de Max Hasttings, edição Vogais (2016). Um livro histórico retratando os serviços secretos dos beligerantes que entraram na II Guerra Mundial. Quando a vida e a morte são pormenores no xadrez e os falhanços nos gabinetes (decifração de códigos) deixam milhares entregues à sua sorte .

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ATUALIDADE

PADERNE APRESENTOU CLAQUE E PADRINHO DA CANDIDATURA ÀS «7 MARAVILHAS DE PORTUGAL»

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apresentação de Paderne na qualidade de pré-finalista no concurso «7 Maravilhas de Portugal – Aldeias» teve lugar, no dia 11 de julho, num hotel com vista panorâmica sobre o centro da cidade de Albufeira. A Gala da RTP, na qual serão apuradas as duas finalistas na categoria «Aldeias Rurais», realiza-se no dia 16 de julho, com transmissão em direto, com início às 21h, a partir de Paderne. A cerimónia contou com a presença de elementos do Executivo da Câmara Municipal de Albufeira, presidentes das Juntas de Freguesia, autoridades, associações, empresários e jornalistas e serviu também para apresentar ALGARVE INFORMATIVO #116

publicamente o mediático padrinho da candidatura, Fernando Correia, a claque que na Gala do próximo domingo irá defender a «plenos pulmões» a vitória de Paderne, a passagem de um vídeo promocional do programa «7 Maravilhas de Portugal – Aldeias» e uma breve explicação sobre o processo de votação. «Todos Por Paderne» é o slogan da candidatura da aldeia mais típica do concelho de Albufeira, cuja autenticidade e beleza natural e patrimonial foram argumentos de peso e de consenso utilizados por todos os que neste final de tarde tiveram a responsabilidade de defender perante os convidados que Paderne merece ganhar esta candidatura.

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Fernando Correia agradeceu ao Município, à Junta de Freguesia de Paderne e à RTP a oportunidade de poder ajudar a promover e defender a candidatura da aldeia de Paderne, terra que há 40 anos escolheu para passar o seu tempo de qualidade, em família, na casa que possui na Ribeira de Alte, tendo aceitado ser padrinho, entre outras razões, pela sua relação afetiva com o local. “Gostei da ideia de ter uma casa no campo, fora do bulício da praia e dos bares, onde regresso sempre que posso, fazer as minhas compras na Maria Espírito Santos, comprar o jornal, ir à farmácia, aos correios, ao café, passar pelo jornal Avezinha, ir com os meus filhos à igreja e ao Castelo. Paderne é uma terra de verdade, autêntica, onde não se arranjou nada à pressa para efeitos de votação. Fica numa colina, num cerro que depois se espraia por ali, lindíssima. Portugal não pode viver sem a autenticidade da sua gente e por isso as pessoas devem votar no que é autêntico”, defendeu o padrinho da candidatura. O presidente da Junta de Freguesia de Paderne tinha a felicidade estampada no rosto e fez questão de agradecer à Autarquia por ter lançado a candidatura, “reconhecendo que somos genuínos e o coração do concelho de Albufeira”. Miguel Coelho enfatizou não só a beleza paisagística e patrimonial da aldeia, mas sobretudo as pessoas que ali vivem e trabalham. “Somos gente boa, trabalhadora, que sabe receber, temos uma gastronomia ímpar e produtos sem pesticidas nas terras que nos foram transmitidas pelos nossos antepassados. Com a ajuda de todos, iremos passar à final”. 77

Carlos Silva e Sousa, na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Albufeira e promotor da candidatura, está convicto que Paderne já ganhou só por fazer parte dos pré-finalistas das «7 Maravilhas de Portugal» e por receber a Gala no próximo domingo, levando a imagem da terra a milhares de pessoas que irão visionar o programa da RTP, a ser transmitido a partir do Largo do Estádio João Campos. O edil reiterou as qualidades e beleza da freguesia, enumerando alguns dos mais belos exemplares do património natural e paisagístico locais, que durante esta semana irão ser dados a conhecer na promoção do programa. “Paderne é uma terra com muitas tradições, que preserva as suas raízes, com gente que sabe receber e que fazendo parte de um concelho com forte vocação turística, faz a diferença pela sua autenticidade, complementando uma Albufeira cosmopolita pela sua essência de aldeia rural, que se vê não só na paisagem, mas também nas coisas simples, na proximidade e solidariedade entre as pessoas. Acredito na autenticidade dos destinos turísticos e que, cada vez mais, este é um fator de diferenciação e temos um bom exemplo disso no Fernando Correia, que escolheu Paderne para passar os fins de semana e as férias em família, pela beleza e tranquilidade do local, pela boa gastronomia e pela simpatia dos seus habitantes”. Para Carlos Silva e Sousa, o espírito é competir com alegria, o que está bem patente na claque de apoio de Paderne, e com respeito pelas outras aldeias e pelas diferenças existentes em Portugal. “Paderne tem tudo para ganhar esta competição e apelo a todos sem distinção que votem para que sejamos uma das «7 Maravilhas de Portugal»”, concluiu.

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ATUALIDADE

MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA RENOVOU PROTOCOLO COM APAL

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Município de Albufeira renovouo protocolo de colaboração com a Agência de Promoção de Albufeira, através do qual disponibiliza um apoio financeiro no valor de cerca de 45 mil euros, destinados à divulgação e promoção turística do concelho. A Agência de Promoção de Albufeira procura divulgar os seus produtos regionais através do estudo, preparação e desenvolvimento de ações específicas nos mercados interno e externo, com vista ao desenvolvimento sustentado do concelho. ALGARVE INFORMATIVO #116

A APAL tem vindo a desempenhar um trabalho crescente no desenvolvimento de atividades de apoio à divulgação turística do concelho de Albufeira, correspondendo à estratégia municipal. A estratégia promocional da APAL passa, por um lado, pela divulgação do município como destino turístico, local de realização de congressos, eventos, feiras e outras organizações afins e, por outro, pela realização de acordos entre entidades públicas e privadas regionais, com a definição de políticas, objetivos e estratégias de promoção do concelho .

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ATUALIDADE

PRAIAS DE CASTRO MARIM ACOLHEM WORKSHOPS AMBIENTAIS

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om o objetivo de promover uma maior consciência ecológica junto da comunidade, em particular junto da faixa etária infantil e juvenil, a Câmara Municipal de Castro Marim desenvolve nas praias do concelho, durante os meses de julho e agosto, workshops de educação ambiental. Os workshops começam sempre pelas 9h30 e integram ações diversificadas, como jogos sobre reciclagem, pintura de tecido, reutilização de materiais na construção de suportes de livros, sendo o principal objetivo alertar as crianças para a problemática da produção de resíduos,

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problema este que poderá ser minimizado através da reciclagem e do reaproveitamento de materiais, tais como: plásticos (garrafas), cartões (embalagens), entre outros. Com esta iniciativa, cujo sucesso tem sido confirmado pelo entusiasmo dos participantes edição após edição, a Câmara Municipal de Castro Marim pretende tornar as praias do concelho num espaço privilegiado não só de lazer, mas também de aprendizagem, através de atividades lúdico-pedagógicas que despertem crianças e jovens para uma conduta de proteção e preservação do meio ambiente . 80


ROTÁRIOS APOIARAM AQUISIÇÃO DE UMA UNIDADE MÓVEL DE RASTREIO

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á quatro anos, a Associação Oncológica do Algarve fez uma apresentação ao Rotary Club Estoi Palace International, daí surgindo uma ideia para ajudar a entidade na compra de uma nova unidade móvel de rastreio de mama com tecnologia de ponta. A visão original foi-se alterando ligeiramente ao longo do tempo, tendo a associação concorrido a apoios comunitários para fornecer o equipamento, incluindo a tecnologia de tomossíntese, que melhora as taxas de deteção, e também para financiar um projeto de pesquisa como o do cancro de mama no Algarve.

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Incluindo a ajuda de outros Rotários do Algarve, o «Wolf Valley Charity» e o «Central Algarve Ladies Luncheon Group», foram organizados eventos de angariação de fundos e foram conseguidas doações que permitiram a compra da unidade móvel que transporta este equipamento. A unidade móvel chegou ao Algarve no final de maio e tornou-se operacional no início de junho. Entretanto, foi entregue um cheque no valor total de 63 mil e 37 euros à Presidente da Associação Oncológica do Algarve, Maria de Lurdes Marques da Silva e Sousa Santos Pereira, pelo Governador do Distrito 1960, Abílio Lopes, no dia 27 de junho, no Centro de Saúde de Albufeira, local onde a unidade está presentemente situada .

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ATUALIDADE

ESTÁ CONCLUÍDO O ARRANJO DA ZONA ENVOLVENTE DO CEMITÉRIO DO PARCHAL

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Cemitério Municipal do Parchal, que entrou em funcionamento a 3 de fevereiro do corrente ano, tem capacidade para 300 corpos em covais, 180 em gavetões e cerca de 600 ossários. Depois de todas as suas estruturas de apoio – serviços administrativos, câmaras ardentes, sanitários e edifício de recolha de contentores para lixo – estarem terminadas e em pleno funcionamento, a Câmara Municipal de Lagoa procedeu ao arranjo da sua zona envolvente, num investimento de 104 mil e 999 euros, criando um jardim com vegetação arbórea, sistema de rega automática e relva sintética entre o passeio e o muro de fixação construído com lajes de pedra da bordeira. ALGARVE INFORMATIVO #116

Apesar desta intervenção, mantinha-se a falta de passeios no local, o que impedia que os peões circulassem com comodidade e segurança, já que uma grande parte da via carecia de iluminação pública e o piso estava degradado, sem diferenciar o automóvel do peão. Face a essa realidade, a autarquia lagoense adjudicou, por 131 mil e 373,75 euros, a sua recuperação, com a construção de passeios em piso contínuo de betão poroso, sendo redistribuídos, ao longo de todo o percurso, os postes de iluminação, com novos elementos onde a iluminação era escassa e feito um sistema de drenagem de águas pluviais, melhorando uma zona que estava completamente degradada .

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FREGUESIA DE OLHÃO ASSINOU PROTOCOLO COM ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE OLHÃO

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primeiro ato protocolar realizado na nova sede da Freguesia de Olhão, inaugurada no dia 10 de julho, ocorreu entre a Freguesia e o Estabelecimento Prisional de Olhão, mais concretamente entre o presidente Luciano Jesus, o Diretor-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, e o novo Diretor do Estabelecimento Prisional de Olhão, Júlio César de Melo. Aproveitando estímulos do Instituto do Emprego e Formação Profissional, o protocolo celebrado entre as duas entidades visa reintegrar dois reclusos, através da sua inclusão em postos de trabalho da Freguesia de Olhão, proporcionando-lhes o regresso ao mundo laboral como forma de reconhecimento social da sua reabilitação. Na ocasião, Celso Manata salientou que “os presos têm de sentir-se úteis à sociedade”, acreditando ser “este o caminho certo, no sentido de dar uma segunda oportunidade a quem cometeu delitos, mas com muita segurança”, sublinhando ainda que “isso é impossível sem o apoio das autarquias”. Com o objetivo de “promover as liberdades 83

condicionais”, o Diretor-Geral acredita que estes protocolos são visionários, defendendo que “a reinserção social é um trabalho que tem de ser feito em comunidade”. Por sua vez, Luciano Jesus salientou que a Freguesia de Olhão foi a primeira entidade pública do concelho a estabelecer sinergias com o Estabelecimento Prisional de Olhão e recordou a obra realizada nos viveiros dos espaços verdes, “que foram recuperados de forma exemplar pelos reclusos, a baixo custo, defendendo o erário público e promovendo a reinserção dos indivíduos privados da sua liberdade”. A participação dos reclusos dos Estabelecimentos Prisionais de Olhão e de Faro na «Missão limpar paraísos de Olhão», que recolheu, no Verão passado, 1,8 toneladas de lixo de uma das ilhas da Ria Formosa, também foi lembrada pelo autarca . ALGARVE INFORMATIVO #116


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«SALIR DO TEMPO» FAZ VIAGEM AO REINADO DE D. AFONSO III

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e 21 a 23 de julho, a vila de Salir, no interior do Concelho de Loulé, revive a período histórico da Conquista do Algarve aos Mouros, em mais uma edição do «Salir do Tempo». Este ano, o Rei D. Afonso III será a figura em destaque num evento que alia a recriação histórica, a um festival de artes medievais e mercado medieval. Ao longo de três dias são várias as propostas que transportarão os visitantes ALGARVE INFORMATIVO #116

para uma época longínqua, marcante para o que é hoje Portugal e o seu território. O programa irá integrar cortejos históricos, torneios de armas a cavalo, concertos de música árabe, recriações teatrais, gastronomia da época, mercado com venda de produtos locais e árabes, animação itinerante, rábulas e estórias, exposições e muito mais para vivenciar num recinto decorado de acordo com a época. Em permanente interação com o público, 84


dezenas de performers darão uma visão da estratificação da população durante a Reconquista, onde ao monarca se juntam também cavaleiros, escudeiros, gente do povo, do clero e da nobreza, damas de «boa e má fama», bailarinas da dança do ventre, trovadores, bobos ou malabaristas. É durante o reinado de D. Afonso III que se situa este «momento-charneira» do Portugal medieval e no qual Salir constituiu um ponto estratégico. O Castelo de Salir deverá ter sido construído durante a ocupação Almóada, no Século XII, e terá sido o local escolhido por D. Paio Peres Correia para esperar por D. Afonso III, para juntos desencadearem a

conquista do Algarve aos mouros, tornandose então uma praça-forte em que o Castelo de «Selir» (designação Árabe) deteve um papel privilegiado. No que se supõe, foi este incendiado e reconstruído por duas vezes, restando apenas ruínas das suas muralhas. Filho de D. Afonso II e de D. Urraca, D. Afonso III deixou a sua marca na conquista definitiva do Algarve. Procurou ainda recompor o reino, repovoando-o, fundando novas povoações e estimulando as suas bases económicas. As portas do «Salir do Tempo» abrem diariamente às 19h e o preço das entradas é de 3 euros (Bilhete Diário) e 5 euros (Bilhete Festival) .

CORRIDA VERTICAL DESAFIA PARTICIPANTES PARA UM CONTRARRELÓGIO EM 20 ANDARES

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epois do sucesso das três edições da «Corrida Vertical», Quarteira volta a estar em destaque no desporto nacional com a realização da «Corrida Vertical Torre 20 Quarteira», no dia 22 de julho, a partir das 21h. Pela segunda vez, a corrida sobe um edifício de habitação, a Torre 20, em Quarteira, com 20 andares, 70 metros de altura e 350 degraus. A corrida será dividida em provas individuais de contrarrelógio, nas categorias de masculinos e femininos. Cada atleta sobe duas vezes as escadas, sendo que os dez primeiros classificados vão disputar a última e derradeira etapa que vai coroar o rei e a rainha da «Corrida Vertical Torre 20 Quarteira». A prova é 85

aberta a todos as pessoas, maiores de 18 anos, interessadas em participar em novas experiências, neste caso, subir 20 andares a correr ou caminhar e testar os seus limites. O espetáculo acontece dentro e fora do edifício, com muita animação, luz e cor. Todos os participantes e espetadores poderão assistir à prova que será transmitida em direto através de ecrãs gigantes colocados no exterior e desfrutar da animação audiovisual com DJ Miguel Filhó (Kiss FM) durante de todo o evento. A «Corrida Vertical Torre 20 Quarteira» é uma organização da Free Challenge, em coorganização com a Câmara Municipal de Loulé e o apoio da Freguesia de Quarteira .

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ALUNOS DE VILA DO BISPO VENCEM CONCURSO NACIONAL «IDEIAS PARA MUDAR O MUNDO»

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projeto «Gatil de Intervenção Comunitária», da turma do 5.º B (2016/2017) da Escola EB 2/3 de São Vicente, de Vila do Bispo, obteve o 1.º lugar a nível nacional no concurso «Ideias para Mudar o Mundo», por ter sido considerada a ideia que melhor respondia ao desafio proposto aos alunos dos 5.º e 6.º anos do ensino básico no âmbito desta iniciativa. Com este desafio, a turma, constituída na sua maioria por alunos de Sagres, propõe-se construir gatis para gatos abandonados, cuja intervenção passa pela união de esforços de várias instituições: Câmara Municipal, ALGARVE INFORMATIVO #116

Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia, Escola de 1.º ciclo, Jardim-de-infância, as famílias e a comunidade piscatória. O concurso é uma iniciativa conjunta da National Geographic, da Revista National Geographic Júnior e da SPEdH - Sociedade Portuguesa para a Educação Humanitária (responsável pela implementação em Portugal do Programa Internacional Roots & Shoots - do Instituto Jane Goodall em Portugal) lançado a todos os alunos do 2.º ciclo do ensino básico (5.º e 6.º anos de escolaridade) de Portugal Continental e dos Arquipélago dos Açores e Madeira que queiram dar o seu contributo para melhorar 86


o mundo. Com este projeto pretende-se que os alunos observem a comunidade que os rodeia sob três aspetos – ambiente, pessoas e animais – para então identificarem algum aspeto que gostassem de melhorar ou mudar sob a forma de uma Ideia para Melhorar o Mundo. Ao vencer este concurso, para além da assinatura mensal da revista e de uma ida ao Teatro Tivoli BBVA e ao Jardim Zoológico, a turma teve a visita de técnicos da National Geographic, que realizaram um Workshop sobre Jane Goodall e o seu programa Roots & Shoots e que fizeram o registo do projeto com reportagem fotográfica e filme. Neste

evento, onde conheceram a famosa primatologista e defensora da vida animal Jane Goodal, os alunos do 5.º B foram os únicos representantes das escolas públicas, algo que foi enaltecido pelos organizadores do evento. Nesse mesmo dia, à tarde, os alunos tiveram a oportunidade de visitar o Jardim Zoológico de Lisboa, onde participaram num workshop com os tratadores dos primatas. A Câmara Municipal de Vila do Bispo apoiou este projeto ao disponibilizar o transporte dos alunos na sua viagem a Lisboa, onde receberam o prémio, no palco do Tivoli BBVA, no dia 26 de maio, durante o National Geographic Summit .

HOTÉIS DO GRUPO NAU DISTINGUIDOS COM SELO DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL WE CARE

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AHP - Associação de Hotelaria de Portugal entregou os selos de Sustentabilidade Ambiental «We Care» a todas as unidades da NAU Hotels & Resorts, reconhecendo desta forma o compromisso do grupo no cumprimento dos requisitos ambientais e na implementação do Programa Hospes – Sharing is Caring, iniciativa de Responsabilidade Social Corporativa da Hotelaria Nacional lançado neste evento. Salgados Palace, Salgados Palm Village, Salgados Dunas Suites, Salgados Vila das Lagoas, São Rafael Atlântico, São Rafael Suites, Morgado Golf & Country Club, Hotel Palácio do Governador, Hotel do Lago Montargil e Salema Beach Village 87

são as unidades NAU Hotels & Resorts que conquistaram, através da atribuição deste selo, o reconhecimento da associação do sector pelas melhores práticas de sustentabilidade ambiental adotadas. O lançamento do programa «Hospes» da AHP marca a entrada numa nova era com vista a um turismo cada vez mais responsável e sustentável, um compromisso assumido por todos os grupos e hotéis distinguidos com os selos «We Share» e «We Care», incluindo o grupo NAU Hotels & Resorts. Este desígnio conjunto confirma a importância da Hotelaria não apenas como um stakeholder económico fundamental, mas também como um valioso contribuinte para o tecido social do país . ALGARVE INFORMATIVO #116


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