Revista 213

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ANO XVII Nº 213 JANEIRO 2014

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Centro de Tecnologia em Administração Funerária

O Adeus a

Nelson Mandela Cerimonial Fúnebre foi preparado um ano antes de sua morte

LEIA TAMBÉM: TANEXPO 2014 CTAF organiza grupo de viagens para a maior Feira Funerária da Europa CURIOSIDADES Você sabe como surgiu o costume de usar Coroa de Flores nos funerais?


TANATOPRAXIA e Reconstituição Facial O 1º Curso do Brasil - Desde 1994 - 100% Prático Objetivos: TANATOPRAXIA Apresentar noções de Anatomia Humana e de Dissecação; orientação para o uso de técnicas de injeção arterial e de drenagem, visando o retardamento do processo biológico de decomposição prevenindo o extravasamento de líquidos, odores e alterações anatômicas.

Objetivos: RECONSTITUIÇÃO FACIAL Demonstrar técnicas em restauração da face humana, utilizando produtos aprovados pelo mercado, permitindo fácil manuseio e aplicação, dando uniformidade sem que haja alteração (trincas) na área trabalhada, total aderência com um excelente resultado final.

Carga Horária: 40 horas/aula Tanatopraxia | 08 horas/aula Reconstituiçao Facial Local: Sorocaba-SP - Blocos Teórico e Prático. Docentes: Prof. Dr. Oisenyl José Tâmega, diretor da Tanatus Prof. Dr. Progresso José Garcia, diretor da Tanatus Prof. Dr. Jair de Campos Soares, consultor da Tanatus Professores Aposentados do Dept. de Anatomia Humana do Instituto de Biociências da UNESP Botucatu Prof.ª Maria José Bueno Rocha, Reparadora Facial

rma u T a m i Próx ço de Mar 12 a 16



ÍNDICE

ANO XVII Nº 213 JANEIRO 2014

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SEFESP

Um deslize pode transformar a "justa causa" num processo por danos morais. Fique atento ao demitir!

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ABREDIF

Secretaria de Saúde de São Paulo estuda protocolos para fiscalização da Resolução SS28/2013, que começa em março de 2014.

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CAPA

O funeral do Líder negro Nelson Mandela tomou conta da mídia mundial na primeira quinzena de dezembro. Ele foi velado e sepultado de acordo com as tradições de sua tribo natal, mas o cerimonial foi preparado um ano antes de sua morte.

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DIVÃ

O processo de Luto coletivo, frente a tragédias ou a morte de símbolos e ídolos populares precisa de atenção e deve ser acompanhado de perto.

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CURIOSIDADES

Os funerais nas diferentes culturas e a origem da Coroa de Flores nas cerimônias fúnebres

NESTA EDIÇÃO •Clipping •Cartas •Marketing •SóRindo!

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NEGÓCIOS

CTAF prepara grupo de visitas para Tanexpo 2014.

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Diretor Funerário | JANEIRO2014


EDITORIAL

P r e pa r a - s e a g or a para um ano melhor!

O Ano Novo é a comemoração, em países ocidentais, de um ano que termina e o início do próximo. O Ano novo pode ser chamado também de Réveillon, termo em francês que significa "despertar" e é celebrado no dia 1º de Janeiro. Nessa data também se comemoram: o Dia da Confraternização Universal e o Dia Mundial da Paz, instituído em 1968 pelo Papa Paulo VI. De acordo com os estudiosos, a comemoração de Ano Novo tem sua origem em 46 A.C, quando o governador romano Júlio César criou um decreto para que o dia 1º de janeiro fosse o Dia do Ano-Novo. Carlos Drumond de Andrade escreveu, e eu acho brilhante, que a ideia de fatiar o tempo em pedaços (anos) é espetacular, pois renova as esperanças. A ideia é que o ciclo se conclui e tudo começa outra vez, mas com novos rumos, novos esforços e principalmente um novo espírito. Existem diversas tradições de ano novo. No Brasil é costume usar roupas brancas, pular 7 ondas, shows de fogo de artifícios, comer uvas ou lentilha e fazer aquela eterna lista de desejos ou promessas ou mudanças ... Assim os profissionais de administração ensinam que o planejamento para todos os 12 meses de trabalho deve estar pronto nesta época do ano. É necessário fazer um balanço do que foi realizado, aprimorar o que não foi bom, impor novas metas, e traçar os planos e destinar verbas para colocar tudo em prática. Um bom plano, escrito e bem divulgado na empresa torna-se um documento, um compromisso de todos e tem mais chances de dar certo. É um ótimo exercício para este mês de janeiro, para aqueles que ainda não o fizeram. Veja na seção Marketing algumas dicas. Se você está planejando sua vida profissional e pessoal, vale também pensar na ideia de visitar uma Feira Funerária Internacional: a Tanexpo 2014, que acontece em março na Itália. O CTAF está formando um grupo de viagens e já tem mais de 35 interessados. Confira o Programa na matéria desta edição. Se falamos de tradições diferentes para comemorar o ano que se inicia, que dizer dos costumes para celebrar a morte nas diferentes culturas. Ciganos, Japoneses e Suíços estão retratados na seção curiosidades, que também fala da origem da Coroa de Flores nas cerimônias fúnebres. Já que falamos de funerais, impossível não expor os ritos preparados para o líder sul africano, Nelson Mandela. Figura reverenciada em todas as partes do mundo, símbolo da luta contra o preconceito racial e vencedor de um Nobel da Paz foi velado e sepultado conforme os rituais de sua tribo natal. Uma multidão de seguidores tumultuou seu funeral, que foi elaborado um ano antes de sua morte. Confira. Nesta edição também tem também um alerta para os empresários sobre a conduta no momento da demissão de um colaborador. Os detalhes podem transformar uma “justa causa” num processo por danos morais. Fique atento às dicas do SEFESP. Para quem já está se antecipando e projetando ações de marketing para a Copa do Mundo, vale dar uma estudada na legislação que fala do que é permitido ou não neste tipo de publicidade e assim evitar dor de cabeça. No mais desejamos um ótimo 2014, com muita paz e muito sucesso para todos.

Um grande abraço!

A Redação Estaremos em recesso entre os dias 23 de dezembro de 2013 e 06 de janeiro de 2014 Diretor Funerário | JANEIRO2014

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EXPEDIENTE CARTA AO LEITOR Caros leitores, É verdade que a Internet aproximou as pessoas e facilitou imensamente as relações corporativistas, a tal ponto de não existir mais distancias. A mesma Internet também devassou a privacidade do cidadão e, mais recentemente com as redes sociais, passou a transformar fatos corriqueiros da vida comum em situações que podem assumir proporções extremas. De qualquer forma, pouco ou nada se pode fazer a respeito. É um fenômeno que não pode ser contido. O que podemos fazer e tomar cuidado e ser cautelosos com as informações. Há poucos dias uma empresa do setor funerário foi vítima de uma situação no mínimo duvidosa. Alguém, de posse de todas as informações (endereço / telefone / CNPJ / Razão Social / Nome completo dos diretores, etc), as usou para conseguir informações sobre uma terceira empresa. O “mal entendido” foi desfeito a tempo, mas deixou uma secretária em agonia e houve até boletim de ocorrência, para prevenção de futuros danos. E aí nos perguntamos: se conseguiram isso, do que mais seriam capazes?? A polícia ensina: 1. Só respondam e-mails se souberem a quem pertencem; 2. Nunca dêem informações por telefone. Se quem estiver perguntando for uma corporação, certamente há um e-mail válido que possa ser enviado a você. E de novo, só o responda se confiar em seu remetente. 3 - Fique esperto com as pesquisas de opinião feitas por telefone, geralmente elas querem mais saber sobre você, que sobre o produto/serviço pesquisado.

Diretoria CTAF Lourival Antonio Panhozzi loripzz@gmail.com

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Diretora Administrativa Dulce Cristina C. Nascimento dulce@ctaf.com.br

Um abraço, A Redação

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Redação - Jornalista Responsável Solange Serafim - MTB 23.860 solange@ctaf.com.br

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Assinaturas, Departamento Comercial e Treinamento Leandro da Silva Jerônimo leandro@ctaf.com.br

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Diretor Funerário | JANEIRO2014


CLIPPING Incêndio no Grupo Burschetta Um incêndio provocou diversos danos na Indústria de urnas Santa Rita - Grupo Bruschetta, em Bilac -SP. O fogo foi percebido aproximadamente às 19h40 e controlado poucos minutos depois. No momento não havia ninguém trabalhando no local e não houve vítimas. Apesar do desastre, a produção não foi interrompida na manhã seguinte. Foram registradas avarias no telhado da empresa e danos em uma cabine de pintura. Algumas urnas funerárias também foram destruídas. Em menos de 30 minutos após o início do incêndio, o fogo foi controlado por funcionários da empresa que se dirigiram até o local e também pela brigada de incêndio da prefeitura, que enviou um caminhão-pipa. Como a cidade não possui Corpo de Bombeiros, soldados do órgão de Birigui se dirigiram com um caminhão até a fábrica, mas encontraram a situação controlada. A atuação deles acabou sendo dispensada. “Felizmente não houve vítimas e não precisamos interromper a produção”, informou a empresa, depois do susto. Folha da Região | Dezembro de 2013

Uma funerária feminina em Portugal Cláudia Santana, de 31 anos, ficou “chocada” ao constatar “a falta de dignidade” do serviço fúnebre prestado quando da morte de um tio. “Senti que ele, apesar de ser uma pessoa de poucas posses, merecia mais atenção naquele momento do que alguém apenas para fechar o caixão”, contou a florista. Depois do caso ter sido muito comentado na família, “surgiu a ideia” de abrir uma agência funerária “com um toque feminino. A jovem convidou a sogra, Maria do Rosario, funcionária pública e duas outras amigas: Diana Borges, uma enfermeira, de 23 anos, e a irmã Ana Borges, professora do ensino básico, para iniciarem a empreitada. Um ano depois, nenhuma está arrependida de entrar num ramo de atividade do qual não tinham qualquer experiência. “Temos feito em média um funeral por mês, o que é muito bom”, conta, entusiasmada, Maria do Rosário. O primeiro ano de atividades da empresa também revelou que a crise econômica na Europa e os cortes dos apoios da Segurança Social obrigaram as funerárias a oferecer serviços mais em conta para quem não tem posses. O subsídio, na ordem dos 1200 euros, ainda paga uma última homenagem digna. “Mesmo simples, fazemos uma cerimônia ao nosso gosto e com o maior respeito”, garante a empresária. A formação diversa das sócias é uma grande vantagem. Maria do Rosário tem “muita bagagem” no atendimento ao público. A professora é também útil por estar habituada ao relacionamento pessoal. E a presença da enfermeira “conforta” as famílias enlutadas em momentos que atingem grande carga emocional. Notícia de Aveiro | Novembro de 2013

Governo da Venezuela faz blitz contra os preços dos serviços funerários Até os mortos foram envolvidos na chamada “guerra econômica” da Venezuela, como é chamada a série de ataques do governo de Nicolás Maduro contra setores acusados de “especulação financeira”. O governo incluiu as funerárias entre os alvos das inspeções que têm como objetivo – segundo a propaganda oficial – conter o aumento de preços em meio à escalada da inflação no país. Grandes redes de varejo também têm sofrido constantes inspeções e algumas chegaram a ser forçadas a realizar saldões. O “ataque” às funerárias teve como alvo uma empresa localizada na capital Caracas. A inspeção foi conduzida pessoalmente pelo general Herbert García Plaza, o chefe do Órgão Superior de Economia, criado em setembro. Citando os custos do funeral do seu pai no ano passado, García disse que as empresas “especulam com as necessidades dos entes queridos em momentos muito difíceis”. O general foi além e condenou até mesmo a natureza das empresas. “Eu acho que os donos das funerárias têm que entrar em um profundo processo de reflexão (…) sobre sua estrutura de custos e margens de lucro, porque este serviço é sensível e não pode se converter em um negócio com fins financeiros”, disse, avisando que o controle continuará a ser feito para evitar que “especulações com a dor alheia não ocorram no marco de um governo socialista”. Ele citou o aluguel das salas das funerárias, dizendo que o preço mínimo é de US$ 1.619,00 (cerca de R$ 3.700). Ainda assim, não soube apontar qual seria um preço justo pelo serviço e, portanto, acabaram não multando a empresa. Veja | Dezembro 2013

Indonésio profanava túmulos na esperança de ficar invisível Um indonésio que saqueava túmulos em busca de um cadáver que lhe transmitisse o poder mágico de voar e ser invisível foi detido em posse de ossos humanos e telas funerárias, informou a polícia. Resi Rokhis Suhana, de 27 anos, "confessou que saqueava túmulos com o objetivo de obter um poder mágico chamado "Último Cavaleiro Mágico. Na residência de Rokhis Suhana a polícia encontrou, além dos ossos e telas, roupa íntima feminina e uma foice. Ele foi internado em um hospital psiquiátrico para ser examinado. A magia negra é comum na Indonésia, o país muçulmano de maior população no mundo, com 250 milhões de habitantes. Em 2003, um homem foi detido depois de comer a carne de uma mulher que acabara de ser enterrada com a esperança de ficar invisível. Diário de Pernambuco | Dezembro de 2013

NOTA O Clipping é uma coletânea de notícias do setor funerário publicadas nos jornais e outros veículos, em todo o país. Ele é um painel do que está acontecendo no setor e chega para a Diretor Funerário através de um serviço especializado que rastreia tudo o que é publicado na imprensa. A redação apenas transcreve a notícia, dando os créditos dos órgãos de imprensa onde foram primeiramente veiculadas e a data. Não são reportagens realizadas pela redação da Diretor Funerário. Diretor Funerário | JANEIRO2014

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REGISTRO FEVEREIRO Antecipamos a relação dos aniversariantes para você não perder a festa!

01 ROOSEVELT JUVENCIO 01 ANDERSON J. NASCIMENTO 01 EDVALDO FERNANDES 01 EPAMINONDAS MOREIRA 01 ADRIANA BIGONI 01 JAQUELINE AP. BETIM 02 RENATO CEZAR MARTINS 02 JOSEFINA PARTATA 02 MAX KELVIN ALMEIDA DE OLIVEIRA 03 VALMIR ZIRKE 03 SEMIANA DIAS LOPES 04 ANTONIO FRANCISCO NUNES 04 RONYS PAULINO DOS SANTOS 04 OSMAR FAGANELO 05 ANTONIO CARLOS SILVA FREITAS 05 MAYARA BIGONI 05 CARLOS KONORATH HELDT 06 CLÁUDIA LIMA F. GONCALVES 06 JOSE LUIS TARGINO DE MOURA 07 BERNARDO SOUZA THEODORO 07 FLÁVIO BALDAN 07 KAREN ALINE BATISTA 08 JOSE NEMIGNO DO CARMO NETO 08 SÉRGIO DE CASTRO 08 MARNI FERREIRA MESQUITA 08 ZULMIRA 08 TATIANE ARRUDA GESUALDI 09 GRAZIELA BITENCOURT SANTANA 09 CLAUDIO DA SILVA RIBEIRO 09 VILMAR MARCOS MINSKI 10 HELBES VIEIRA SILVA 11 ELENICE O. SILVA FILIPINI 11 ANDERSON BATISTA MOREIRA 11 EITMAR LORENZETE 11 BENEDITA B. DA PURIFICAÇÃO 11 ANDERSON BATISTA MOREIRA 11 MILTON BUDINI 12 VITORIA MARQUES RODRIGUES 12 CARLOS MAGNO ALVES DOS REIS 13 ELIZABETE MEZANINO 13 RUBENS PEREIRA JR 13 JOEL GUEDES DA SILVA 13 LYDIA PINHO CERBATIAN 13 JOÃO MANICA 14 ANGELA MARIA DA CUNHA SILVA 14 LUIZ ALBERTO DE SOUSA 14 ANNA BEATRIZ M. DE QUEIROZ

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LAVINIA-SP PITANGA-PR BARRA DO BUGRES-MT GUIRATINGA-MT REGENTE FEIJO-SP PORTO FELIZ-SP BOA VISTA-RR PALMEIRAS-GO XINGUARA-PA GUABIRUBA-SC LABREA-AM ATIBAIA-SP LABREA-AM CASA BRANCA-SP CACAPAVA DO SUL-RS REGENTE FEIJO-SP CACHOEIRINHA-RS BEBEDOURO-SP ITAMBE-PE LAGES-SC GUARIBA/SP PORTO ALEGRE-RS S. SEBASTIAO PASSE-BA MONTE ALTO-SP ITAPURANGA-GO PROMISSAO-SP ITAI-SP PEABIRU-PR CORREIA PINTO-SC PORTO UNIAO-SC MARABA-PA FARTURA-SP CORUPA/SC PANORAMA-SP PORTO FELIZ-SP CORUPA-SC FERRAZ DE VASCONCELOS-SP SAO TIAGO-MG MESQUITA-RJ MIRASSOL DO OESTE-MT MINEIROS-GO ANDRADINA/SP MIRANDA-MS PEIXOTO DE AZEVEDO-MT BOM DESPACHO-MG FLORIANO-PI JARDIM-CE

14 THIERRY 15 ELISABETE 15 PAULO SERGIO RODRIGUES 15 LUIS CARLOS G. DE OLIVEIRA 15 GUNILDA M. BORGES 15 VILMAR XAVIER DOS SANTOS 16 JOSE LINEU CRAVO ROXO 16 SILVIO LUIS 16 EDSON AP SILVA 16 LUZINETE MIGUEL M. F. RODRIGUES 17 NILSON DE AZEVEDO 17 GILMAR PEREIRA FERNANDES 17 NILSON DE AZEVEDO 17 ALEXANDRE 18 LENI MARIA STURMER 18 MARIA ALICE DE MOURA 18 ANTONIO EVANGELISTA SOBRINHO 19 KAUAN ROBERTO PITOL UHLMANN 19 LETÍCIA GABRIEL ALVES 20 DARCI MATHIAS 21 SEBASTIAO ALPHEU DE S.FEITOSA 21 CARLOS NILSON BUENO 22 DAYSE FERREIRA 22 DIRCEU PEDRO DA SILVA 23 IVONE O. SILVA FILIPINI 23 WAGNER P. DE OLIVEIRA 23 MARLENE RUTZ 24 KELLY MARIA DA COSTA 24 PEDRO CLÁUDIO BULCÃORIO 24 DUILIO FABBRI 24 RAFAEL DARIUS STAEDELE 24 AFONSO HENRIQUE A. GESUALDI 24 MARCO AURELIO ARANTES 25 AURELIO SANTUCCI 25 FRANCISCA MELO TELES 25 JOÃO OSMAR DUARTE 25 AURELIO SANTUCCI 26 HENRIQUE DIAS MARINHO 26 AMILTON MACHADO FILHO 26 DEVALMA PIZZO CREPALDI 26 ELISABETH FRANCISCHETTINOVO 27 GABRIEL MARÇAL FERRAZ 27 ERNA TERESA BECKENKAMP 27 VERA LUCIA V.DE LIMA NOBREGA 27 CLÁUDIO F. DA SILVA JUNIOR 28 SERGIO RIBEIRO DIAS 29 PATRÍCIA DE C. AGOSTINHO

TAQUARITINGA-SP CORONEL MACEDO-SP TRES PONTAS-MG ASSU/RN BARRA DO RIBEIRO-RS PORTO ALEGRE-RS EMBU GUACU-SP JARDINOPOLIS-SP FARTURA-SP SÃO TIAGO-MG UNIAO DOS PALMARES-AL RIO VERDE-GO UNIÃO DOS PALMARES-AL STA RITA DO P.QUATRO-SP CHAPECO-SC DIADEMA-SP FORTALEZA-CE IBIRAMA-SC TAGUAI-SP PORTO ALEGRE-RS SÃO MATEUS-ES MOGI MIRIM-SP CATALAO-GO BORBOREMA-SP FARTURA-SP JACAREÍ/SP PEDRO OSORIO-RS GOIANIRA-GO RIO DE JANEIRO/RJ TRÊS LAGOAS-MS BLUMENAU-SC ITAI-SP FRANCA-SP JUNDIAI-SP TIJUCA/SC LUCELIA-SP VARZEA PAULISTA-SP RIO GRANDE DA SERRA-SP RIO DE JANEIRO-RJ BARRA BONITA-SP HAMBURGO-RS DORES DO INDAIA-MG VERA CRUZ-RS PIRASSUNUNGA-SP DUARTINA-SP PINHEIRO-MA NOVA IGUACU-RJ

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CARTAS A Revista Diretor Funerário, Boa Noite, Trabalho no setor funerário há alguns anos, e tive a oportunidade de ler um exemplar bem antigo da revista Diretor Funerário que tinha uma matéria que citava a importância do trabalho do agente funerário, mas relatava de uma forma muito bonita, pois o "qualificava" como o responsável pelo trabalho na passagem da vida para morte. Seria possível me fornecer uma cópia? Juliana Gomes Palmeira Oi Juliana, Podemos fornecer a reportagem sem problemas.Porém, assim de pronto, é difícil identificar a matéria a qual você se refere, ainda mais sendo um exemplar “bem antigo”. Se você tiver o mês e o ano da revista é mais fácil. Vamos procurar a referida reportagem em nossos arquivos e sua informação é que determinará se levará mais ou menos tempo, afinal procurar algo com referência é bem mais rápido! Espero que você continue gostando das matérias da Diretor Funerário. Faça críticas e sugestões. Um abraço, A Redação

Olá Meu nome é Santiago da Silva Junior e estive rapidamente na Funexpo 2013. Gostei muito da Feira, mas tive pouco tempo para visitá-la. Na edição de novembro da Diretor Funerário vi algumas empresas e alguns produtos que fizeram sucesso e me interessei. Vocês poderiam me dar mais informações? Olá Santiago, Por que passou tão rapidamente pela Feira? Tivemos 3 dias de evento, o que consideramos ideal para conhecer as novidades e também para fechar bons negócios! Enfim, você deve ter tido seus motivos. Sobre a informação, podemos lhe dar os contatos comerciais das empresas para que você mesmo tire suas dúvidas. Se isso lhe atende, me retorne dizendo em quais produtos têm interesse e lhe forneço a relação dos fornecedores que expuseram na Funexpo 2013. Boa sorte e menos pressa na próxima vez! A Redação

Dúvidas? Sugestões? Críticas? Entre em contato com a Diretor Funerário! (14) 3882 0595 e-mail: revista@ctaf.com.br

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SEFESP

Cuidados no processo de demissão para evitar danos morais O processo de demissão de um empregado pode ser, na maioria das vezes, bem simples, mas há situações em que o motivo exige cuidados especiais

O rompimento do vínculo empregatício pode ocorrer por diversas causas: término de contrato por tempo determinado, pedido de demissão, morte do empregador, demissão sem justa causa, rescisão indireta, demissão por justa causa, entre outras. Quando o motivo que está gerando o desligamento é mais delicado, é necessário tomar alguns cuidados, principalmente em relação às empresas. É o caso, por exemplo, de uma demissão por justa causa. A legislação trabalhista prevê quais os atos cometidos pelo empregado que se enquadram neste tipo de desligamento, e também os elementos exigidos para caracterizá-lo. Tomar uma atitude dessas por conta de intrigas pessoais

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entre chefe e empregado ou entre empregado e colegas de setor, por motivos emocionais externos às situações de trabalho, ou por motivos que não são suficientes e tampouco comprovam efetivamente a razão para o desligamento, caracteriza excesso no exercício do poder diretivo da empresa e, por conseguinte, violam os direitos de personalidade garantidos constitucionalmente ao empregado. Quem nunca presenciou situações de empregados desligados da empresa, mesmo que sem justa causa, que são submetidos a uma verdadeira escolta por todos os locais até pisar fora do portão de entrada? Normalmente são ordens da Gerência ou Diretoria que num momento de descontrole emocional acabam se

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excedendo em suas atitudes e determinam que pessoas do próprio setor, do RH ou mesmo da segurança da empresa, "cole" no pé do empregado, conferindo o que tira ou não de informação do computador, vasculhando armários e gavetas, impedindo o contato com outros colegas e até retirando à força o empregado desligado do local de trabalho. Ainda que o empregado tenha cometido um ato grave que acarrete o desligamento por justa causa, os pertences pessoais presentes nas mesas, gavetas e armários ou arquivos que eventualmente estejam presentes no computador, ainda continuam sendo objetos ou dados pessoais e este tem o direito de retirá-los. É aquela situação, se durante 5 anos o empregado sempre foi considerado um bom colaborador que contribuiu para atingir as metas da empresa, não é da noite para o dia que deverá ser condenado inadvertidamente. Por outro lado, a empresa também tem o direito e deve se assegurar para que qualquer objeto suspeito ou dados eletrônicos que possam servir para futura comprovação da falta grave praticada pelo empregado, sejam preservados. Basta que faça isso prudentemente sem aviltar o empregado.

Não se trata de um direito, mas de um dever da empresa em apurar, identificar e reter as provas necessárias que consubstanciam a justa causa dada a um empregado, até para se prevenir de eventual reclamatória intentada pelo respectivo empregado, a fim de reverter o motivo da demissão. A questão é que este direito seja exercido de tal forma que o empregado não seja ridicularizado perante os colegas do setor, principalmente se a demissão (sem justa causa, por exemplo) esteja ocorrendo preventivamente, em que há meras suspeitas, mas sem que os fatos tenham sido devidamente apurados, correndo o risco de antecipadamente, se condenar o empregado. A agressão aos direitos da personalidade pode ser tanto verbal quanto visual, pois o empregador que expõe o empregado a uma situação vexatória, ainda que não se diga uma palavra ofensiva, comete ato ilícito e gera dever de indenização por caracterizar o dano moral. Por óbvio que as obrigações são recíprocas, ou seja, se a empresa precisa comprovar a demissão por justa causa o empregado, que eventualmente tenha sofrido algum dano na demissão, também deverá comprovar o nexo de causalidade. Sergio Ferreira Pantaleão- para o Guia Trabalhista

Sindicato das Empresas Funerárias do Estado de São Paulo

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Rua Saint Martin, 35-65 - Jardim Aeroporto CEP 17043-081 - Bauru - SP Fone/fax: (14) 3227-4448 - sefesp@uol.com.br

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ABREDIF

Vigilância Sanitária vai começar fiscalização da SS28 O órgão está estabelecendo os protocolos de fiscalização da Resolução que vale em todo o Estado de São Paulo desde março de 2013 Uma reunião com os presidentes da ABREDIF – Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário – Lourival Panhozzi, SEFESP – Sindicato das Empresas Funerárias do Estado de São Paulo – Mario Fernando Berlingieri e representantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo foi realizada no dia 09 de dezembro, no Departamento de Vigilância Sanitária. Na pauta a Resolução SS28/2013 que estabelece normas para o setor funerário, crematórios e cemitérios em todo o Estado. Publicada em março de 2013 e revista em julho do mesmo ano, a RSS28 foi amplamente discutida com o setor, permaneceu em consulta pública antes de sua redação final e atende parcialmente aos anseios da categoria. A grande preocupação dos Dirigentes da classe é que a normatização precisa ser coerente e aplicável, para que todos possam seguir e, aí sim, proteger o consumidor e os trabalhadores, intuito maior da Resolução. “Não adianta termos regras que não podemos cumprir, por isso estamos negociando e tratando tudo com muito cuidado”, afirmou Panhozzi. Na reunião em dezembro a Secretaria de Saúde deixou claro que estava estabelecendo os protocolos para a fiscalização. Essas diretrizes ficarão prontas em meados de janeiro e as visitas da Vigilância devem se iniciar em março. A rigor, o caráter dessa fiscalização já pode ser punitivo, portanto é interessante que as empresas que ainda não se adequaram, comecem a fazê-lo. A Revista Diretor Funerário já publicou a RSS 28/13 e a íntegra da Resolução está no site www.funerarianet.com.br, mas segue as principais regras aplicadas ao setor. A Resolução Artigo 1º - Fica aprovada a Norma técnica que disciplina sobre necrotério, serviço de necropsia, serviço de somatoconservação de cadáveres, velório, cemitério, inumação, exumação, cremação e transladação, que faz parte integrante desta Resolução em seu Anexo I. Artigo 2º - O disposto nesta Resolução aplica-se aos estabelecimentos prestadores de serviços de atividades funerárias e congêneres, públicos e privados, que desenvolvam as atividades descritas no Anexo I da Portaria CVS - 4/2011. Artigo 3º - A realização da Tanatopraxia é facultativa às famílias, devendo o prestador de serviço, quando contratado para sua realização, obedecer ao preconizado nesta Norma Técnica.

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Artigo 4º - Os serviços de necropsia, serviços de somatoconservação de cadáveres, velórios, cemitérios, crematórios a serem instalados devem estar de acordo com esta Resolução, e os serviços já existentes terão prazo de 1 (um) ano para se adequarem, a partir da data de sua publicação. Artigo 5º - A inobservância ou descumprimento ao disposto nesta Resolução constitui infração de natureza sanitária, sujeitando-se, o infrator, às penalidades previstas na Lei - 10.083, de 23 de setembro de 1998, Código Sanitário do Estado de São Paulo. Artigo 6º - Os Roteiros de Inspeções Sanitárias, para fins de fiscalização pelas autoridades sanitárias, dos estabelecimentos prestadores de serviços de atividades funerárias e congêneres, serão disciplinados por meio de Portaria CVS, após a publicação desta Resolução. Artigo 7º - Todos os estabelecimentos objeto desta Resolução devem garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, incluindo os trabalhadores, de acordo com as legislações específicas vigentes, em especial o Decreto Federal 5.296/04, a Norma ABNT NBR 9050:2004; a Lei Estadual - 12.907/08 e as legislações municipais. Artigo 8º - Todos os estabelecimentos objeto desta Resolução devem atender ao disposto na legislação municipal referente a edificações e uso e ocupação do solo e demais legislações municipais e estaduais pertinentes ao assunto. Artigo 9º - Todos os atos normativos mencionados nesta Norma Técnica, quando substituídos ou atualizados por novos atos, terão a referência automática atualizada em relação ao ato de origem. Artigo 10º - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. DOE de 26/03/13 – Seção 1 – p.33 Anexo I Norma Técnica que disciplina sobre necrotério, serviço de necropsia, serviço de somatoconservação de cadáveres, velório, cemitério, inumação, exumação, cremação e transladação. 3. Cadastro e Licença de Funcionamento 3.1. Os estabelecimentos prestadores de serviços de atividades funerárias, exceto os estabelecimentos que realizam procedimentos de somatoconservação de cadáveres, somente podem funcionar mediante cadastramento junto à Vigilância Sanitária de sua área

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de jurisdição. 3.2. Os estabelecimentos que realizam procedimentos de somatoconservação de cadáveres somente podem funcionar mediante solicitação de licença de funcionamento junto a Vigilância Sanitária de sua área de jurisdição. 3.3. Os procedimentos para cadastramento e licenciamento dos estabelecimentos junto à Vigilância Sanitária estão descritos na Portaria CVS - 4/2011. 7. Serviços de Somatoconservação de Cadáveres. 7.1. Considerações Gerais 7.1.1 São considerados serviços de somatoconservação de cadáveres os estabelecimentos que realizam os procedimentos de formolização, embalsamamento e tanatopraxia. 7.1.2. Fica vedada, em todo o Estado de São Paulo, a realização de procedimentos de formolização, embalsamamento e tanatopraxia, quando o óbito tenha tido como causa a encefalite espongiforme, febre hemorrágica ou outra nova doença infecto-contagiosa que porventura venha a surgir, a critério da Organização Mundial da Saúde – OMS e concordância da Anvisa e Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - SVS/MS. 7.1.3. Os procedimentos de formolização, embalsamamento e tanatopraxia devem ser registrados em livro próprio para fins de levantamentos estatísticos, que deve estar à disposição da autoridade sanitária. 7.1.3.1. O livro deve ser aberto pelo responsável técnico ou legal do estabelecimento. 7.1.3.2. O livro deve ter páginas numeradas e conter as seguintes informações: nome do cadáver, nome do responsável pelo cadáver, data do óbito, causa mortis, data do procedimento, procedimento realizado, produtos químicos utilizados, nome do responsável pelo procedimento. 7.1.4. Os estabelecimentos prestadores de serviços de formolização, embalsamamento e tanatopraxia devem possuir área de embarque e desembarque de carro funerário, com área mínima de 21,00 m², devendo ter acesso privativo distinto do acesso público. 7.2. Formolização e Embalsamamento 7.2.1. Para fins de transladação de restos mortais humanos em áreas de portos, aeroportos e fronteiras devem ser seguidas as disposições da RDC Anvisa 33/11, que considera como procedimentos de conservação a formolização e o embalsamamento. 7.2.2. Uma cópia da Ata de Conservação de Restos Mortais Humanos, conforme previsto na RDC - 33/11, deve ser mantida no estabelecimento à disposição da autoridade sanitária, por 5 (cinco) anos. 7.2.3. O responsável técnico pelo serviço que realiza embalsamamento e formolização deve ser médico, legalmente habilitado para o exercício da profissão. 7.2.4. Os procedimentos de somatoconservação de restos mortais humanos, excetuando a tanatopraxia, devem ser realizados por profissional médico ou por técnico em necropsia/embalsamadores, sob a supervisão direta e responsabilidade do médico, cuja ata será por ele subscrita. 7.2.5. Os técnicos em necropsia ou embalsamadores

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devem ser legalmente habilitados, de acordo com a legislação vigente. 7.3. Tanatopraxia 7.3.1. A realização da tanatopraxia é facultativa às famílias, devendo o prestador de serviço, quando contratado para sua realização, obedecer ao preconizado nesta norma técnica. 7.3.2. O serviço que realiza a tanatopraxia deve ter um responsável técnico de nível superior da área da saúde, legalmente habilitado. 7.3.3. Os procedimentos de tanatopraxia devem ser realizados por profissional capacitado (tanatopraxistas), de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, e sob supervisão do responsável técnico. 7.3.4. A tanatopraxia só pode ser realizada mediante autorização, por escrito, da pessoa responsável pelo cadáver, através de formulário para este fim (Anexo III). 7.3.5. Os estabelecimentos que oferecem o serviço de tanatopraxia devem afixar placa em local visível e de fácil acesso ao público com os dizeres: “Os procedimentos de conservação do corpo “ tanatopraxia” e necromaquiagem não são obrigatórios”. 7.4. Edificação para os serviços de somatoconservação (formolização, embalsamamento e tanatopraxia) 7.4.1. A sala de procedimentos deve possuir área mínima de 17,00 m², para comportar 1 (uma) mesa de procedimento. 7.4.2. Para sala com maior número de mesas de procedimentos devem ser respeitadas as seguintes distâncias: 7.4.2.1. Entre mesas paralelas: mínimo de 1,00 m. 7.4.2.2. Entre mesas e paredes (incluindo cabeceira e pé da mesa): deve haver uma distancia mínima que permita a circulação do profissional. 7.4.3. As paredes, tetos e pisos devem ser constituídos de material liso, impermeável e resistente à lavagem e ao uso de desinfetantes. A junção entre o rodapé e o piso deve ser permitir a completa limpeza do canto formado. 7.4.4. O piso deve ser dotado de ralo sifonado, com fecho escamoteável ou grelhas para escoamento dos resíduos com dispositivo que impeça a entrada de vetores. 7.4.5. A sala deve dispor de lavatório ou pia com água corrente, devendo ser exclusivo para higienização das mãos dos trabalhadores e independente do dispositivo utilizado para a lavagem da mesa de procedimentos. 7.4.6. As torneiras devem ser de comando que dispensam o contato das mãos. 7.4.7. Devem dispor de sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual. 7.4.8. Deve dispor de preparação alcoólica para a higienização das mãos. 7.4.9. A mesa de procedimentos deve ser de aço ou outro material que possa substituí-lo, devendo manter facilidade de limpeza, ser resistente à corrosão e não reter resíduos. Deve ter suportes para manter o cadáver suspenso do fundo da mesa, os quais devem ser do tipo removível para facilitar a limpeza. O fundo da mesa deve manter uma ligeira inclinação, com fluxo de água corrente contínuo durante a preparação do cadáver. A tubulação hidráulica da mesa deve ser embutida, com mangueira com esguicho para lavagem

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do cadáver durante sua preparação. 7.4.10. O instrumental deve ser compatível com o procedimento de somatoconservação realizado. 7.4.11. Os instrumentais devem ser lavados e desinfetados após cada procedimento, para proteção dos trabalhadores. 7.4.12. As bombas (aspiradora e injetora), suas mangueiras e cânulas devem ser lavadas e higienizadas após cada procedimento, de acordo com orientações do fabricante. 7.4.13. A higienização da mesa deve ser realizada a cada procedimento, sendo que para a desinfecção deve ser seguido o disposto no manual da Anvisa “Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies”. 7.4.14. A higienização da sala de procedimentos deve ser realizada no mínimo ao final do dia ou mais vezes se necessário. 7.4.15. A sala de procedimentos deve ter os padrões de controle para segurança do ar ambiente de acordo com o item 8 desta norma. 7.4.16. Em caso de grande demanda do serviço, o estabelecimento deve dispor de câmara fria para cadáveres, com área mínima dimensionada para a quantidade de cadáveres que ficarão acondicionados. 7.4.16.1 Os serviços de somatoconservação que possuem câmara fria devem ter gerador de energia elétrica. 7.5.14. O estabelecimento deve dispor de iluminação natural e artificial, de acordo com a Norma ABNT NBR 5413:1992. 7.5.15. O estabelecimento deve ser provido de reservatório de água (caixas d'água) com capacidade mínima correspondente ao consumo de dois dias ou mais. 7.5.16. As instalações de água fria devem ser projetadas, executadas, testadas e mantidas em conformidade com a Norma ABNT NBR 5626:1998. 7.5.17. As instalações elétricas da sala e equipamentos devem estar protegidas e aterradas. 7.5.18. O estabelecimento deve ter uma sala para recepção e registro das atividades, com área mínima de 7,5 m². 7.5.19. O estabelecimento deve dispor de Depósito de Material de Limpeza (DML), com área mínima de 2,00 m² e dimensão mínima de 1,00 metro, equipado com tanque. 7.5.20. As instalações sanitárias, vestiários, refeitórios e o fornecimento de água potável para os trabalhadores, devem atender o preconizado na Norma Regulamentadora - 24 do Ministério do Trabalho e Emprego. 7.6. Produtos Químicos 7.6.1. Os estabelecimentos devem escrever Procedimentos Operacionais Padrão - POP para utilização dos produtos químicos. 7.6.2. Sempre que possível, o formaldeído deve ser substituído por outro produto menos perigoso. Sua caracterização encontra-se descrita no Anexo IV. 7.6.3. No ambiente onde houver a presença, manuseio e estocagem de formaldeído e outros produtos químicos utilizados no preparo do cadáver, os padrões de controle para segurança do ar ambiente devem estar de acordo com o item 8 desta norma. 7.6.4. Considera-se nesta norma técnica o Limite de 14

Exposição Ocupacional para o formaldeído definido pela ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists, de 2008), cujo valor teto é de 0,3 ppm. Outros limites, desde que mais restritivos, podem ser adotados. Este valor não pode ser excedido em nenhum momento da exposição do trabalhador. 7.6.5. Devem ser realizadas avaliações ambientais quantitativas da exposição dos trabalhadores expostos ao formaldeído, de acordo com o estabelecido no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). 7.6.6. Todos os produtos químicos utilizados nos procedimentos de somatoconservação devem ter rotulagem de acordo com o preconizado na Norma ABNT NBR 14725-3:2009 e na Portaria - 229/11 do Ministério do Trabalho e Emprego. 7.6.7. Todos os produtos químicos utilizados nos procedimentos de somatoconservação devem ter a Ficha de Informação de Segurança do Produto Químico – FISPQ em local visível e acessível ao trabalhador, considerando as disposição da Norma ABNT NBR 14.725-4:2009 e da Portaria - 229/11 do Ministério do Trabalho e Emprego. 7.6.8. As embalagens de todos os produtos químicos não podem exceder o volume de 10 litros. 7.6.9. Os trabalhadores devem ser informados sobre a identificação do produto, a composição, a identificação dos perigos, as medidas de primeiros-socorros, as medidas de combate a incêndio, as medidas de controle para derramamento ou vazamento, as instruções para manuseio e armazenamento, as medidas de controle de exposição e proteção individual, as informações sobre estabilidade e reatividade, as informações toxicológicas e as considerações sobre tratamento e disposição dos resíduos. 7.6.10. O PPRA deve conter um inventário de produtos químicos perigosos utilizados, que deve servir de base para a elaboração do sistema de controle e definição das medidas de segurança e proteção dos trabalhadores, conforme previsto na Norma Regulamentadora - 9 e na Norma Regulamentadora 32, do Ministério do Trabalho e Emprego. 7.6.11. Deve ser instalado chuveiro de emergência e lava-olhos, em área de acesso livre e próximo ao trabalhador, devendo ser higienizados a cada uso. 7.6.12. Em caso de derramamento ou vazamento dos produtos químicos que contenham formaldeído devese: promover isolamento, exaustão e ventilação do local; evitar inalação, contato com a pele e olhos; remover fontes de ignição; usar EPI adequado para entrar no local; fazer a contenção e recolher o produto com material ligante para líquido (areia,ligante ácido, ligante universal, serragem); coletar em recipientes adequados devidamente identificados para posterior remoção de acordo com a legislação vigente. 7.6.13. Para todos os produtos químicos utilizados deve-se seguir o preconizado na Ficha de Informação de Segurança do Produto Químico - FISPQ, quanto à segurança e procedimentos de primeiros socorros. 7.7. Armazenamento dos produtos químicos Diretor Funerário | JANEIRO2014


7.7.1. Os produtos químicos utilizados devem ser armazenados em local apropriado e devem: 7.7.1.1. Ter sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente, de acordo com a Norma Regulamentadora - 26 e na Portaria - 229/11 do Ministério do Trabalho e Emprego. 7.7.1.2. Ser armazenados de acordo com a compatibilidade e em local seguro e bem ventilado onde não possa ocorrer confinamento de vapores e gases produzidos por estes. 7.7.1.3. Ter mecanismo de contenção que comporte o mesmo volume, no caso de extravasamento do produto. 7.8. Equipamento de Proteção Individual - EPI para os serviços de somatoconservação (formolização, embalsamamento e tanatopraxia) 7.8.1. Deve ser fornecido aos trabalhadores, gratuitamente, as vestimentas adequadas às atividades desempenhadas e os EPI com Certificado de Aprovação – CA do Ministério do Trabalho e Emprego. 7.8.2. Devem ser disponibilizados os seguintes EPI: 7.8.2.1. Proteção respiratória: a) respirador facial inteiro com filtro combinado (P2 e filtro químico para formaldeído e os produtos que o contenham) ou b) Respirador purificador de ar motorizado com capuz com filtro combinado (P2 e filtro químico para formaldeído) ou c) Respirador com linha de ar comprimido tipo de fluxo contínuo com peça facial inteira ou demanda com pressão positiva. 7.8.2.2. Proteção das mãos: luvas nitrílicas com cano longo; devendo ser colocadas sobre o punho do avental. 7.8.2.3. Proteção do corpo: avental impermeável. 7.8.2.4. Proteção dos pés: botas impermeáveis de cano médio (Policloreto de Vinila - PVC ou similar). 7.8.3. A higienização dos EPI deve seguir o preconizado pelos fabricantes. 7.8.5. Os trabalhadores devem efetuar a troca da vestimenta de trabalho a cada jornada de trabalho depositando em recipiente específico para este fim, imperme á v e l e c o m t a m p a , f i c a n d o s o b a responsabilidade dos empregadores a limpeza, manutenção e guarda. 7.8.6. A higienização, de que trata o item anterior, deve ser realizada por profissional devidamente paramentado, obedecendo às normas de segurança. 7.9. Resíduos dos Serviços de Somatoconservação (formolização, embalsamamento e tanatopraxia) 7.9.1. O gerenciamento de todos os resíduos dos serviços de somatoconservação de cadáveres deve atender a legislação sanitária vigente e a ambiental aplicável. 7.9.2. O estabelecimento deve elaborar Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde PGRSS, baseado nos resíduos gerados, de acordo com as resoluções Anvisa RDC - 306/04 e Conama - 358/05. 7.9.3. Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede pública coletora de esgoto com tratamento ou diretamente em corpo receptor, desde que observado o disposto no regulamento da Lei Estadual -997/96, aprovado pelo Decreto Estadual - 8468/76 e suas alterações, e nas Resoluções Conama - 357/2005 e 430/2011. 7.9.4 Efluentes e resíduos líquidos ou semi-sólidos que ultrapassarem os limites máximos permitidos na legislação

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e suas normas não poderão ser lançados no sistema de esgotamento sanitário, devendo ter destinação específica como resíduo sólido, conforme autorizado pelo órgão ambiental competente. 7.9.5. Os líquidos cujo descarte não é permitido no sistema de esgotamento sanitário devem ter procedimentos de destinação similar ao de resíduo sólido. Devem estar devidamente contidos em recipientes individualizados, vedados e estanques, resistentes, identificados e constituídos de material compatível com o resíduo contido, atendendo ao estabelecido nas normas técnicas específicas relativas ao armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos e de transporte de cargas perigosas. 7.9.6. Deve haver um local específico para o abrigo dos resíduos, de acordo com as resoluções Anvisa RDC 306/04 e Conama - 358/05. 7.9.7. Todo resíduo químico deve ser acondicionado em recipiente estanque, resistente e devidamente identificado. 7.9.8. Todo material perfurocortante deve ser desprezado em recipiente resistente à perfuração e com tampa, conforme RDC Anvisa - 306/04, Resolução Conama 358/05, Norma Regulamentadora - 32 e Portaria 1.748/11, do Ministério do Trabalho e Emprego, e NBR 13853/1997 (Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes - Requisitos e métodos de ensaio). 7.9.8.1. Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante o limite máximo de enchimento deve estar localizado 5cm abaixo do bocal. 7.9.8.2. O recipiente para acondicionamento dos perfurocortantes deve ser mantido em suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da abertura para descarte. 8. Padrões de controle para segurança do ar ambiente. 8.1. Os padrões de controle para segurança do ar ambiente se aplicam aos locais em que se armazenam, preparam ou utilizam formaldeído, produtos químicos que o contenham e seus resíduos. 8.2. Estes locais devem ter: 8.2.1. Sistema de ventilação forçada ou mecânica por exaustão que promova, no mínimo, 12 renovações de ar por hora de acordo com a Norma ABNT NBR 7256:2005. 8.2.2. Pressão negativa em relação aos ambientes contíguos. A pressão negativa do local sob exaustão se obtém admitindo o ar de reposição do ar retirado do local exclusivamente através de grelha dimensionada de forma a apresentar uma determinada resistência à passagem do ar, que representa a pressão negativa no local. 8.2.3. As portas devem ser mantidas fechadas e serem dotadas de dispositivos de fechamento automático. 8.2.4. O sistema de ventilação deve ser projetado de forma a evitar a circulação de aerossóis. O fluxo do ar no ambiente deve ser direcionado da área mais limpa para a área contaminada e daí para o exterior, a fim de minimizar a disseminação de aerossóis no ambiente. 8.2.5. O sistema de exaustão deve ter saída direta para o

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ambiente externo, de no mínimo 1 (um) metro acima da cobertura do edifício e dirigida para cima, ou em local que não possa haver volta do ar ao próprio edifício, penetração em outros locais ou em áreas freqüentadas por pessoas, contaminação de plantas e corpos de água. 8.3. Caso o serviço opte pela instalação de sistema central de climatização deve seguir as seguintes recomendações, alem das estipuladas nos itens 8.2. 8.3.1. Não é permitida a instalação de aparelhos de ar condicionado de janela ou “Split”. 8.3.2. O ar exaurido não pode ser recirculado e deve ser totalmente rejeitado ao exterior por um sistema de exaustão forçado. 8.3.3. O sistema central de climatização deve ser projetado, executado, testado e mantido conforme as recomendações da Norma ABNT NBR 16401:2008, RDC/Anvisa - 50/02, Portaria GM/ MS - 3.523/98 e Resolução RE/Anvisa - 9/03. 8.4. Deve haver capela de segurança química, de acordo com a RDC - 50/02, onde houver a diluição e fracionamento do formaldeído. 9. Serviços de Verificação de Óbito – SVO. 9.1. Os Serviços de Verificação de Óbito – SVO devem atender a Portaria MS/GM - 1.405/06 e as especificações desta norma técnica referente ao item 6 - serviço de necropsia e item 7 - serviço de somatoconservação de cadáveres. 9.2. Os Serviços de Verificação de Óbito que realizam necropsias e somatoconservação de cadáveres devem adotar as medidas de biossegurança pertinentes para garantir a saúde dos trabalhadores, conforme o preconizado nesta norma técnica no item 8 - padrões de controle para segurança do ar ambiente e item 16 saúde dos trabalhadores. 10. Velório 10.1. Os velórios devem ter, pelo menos: 10.1.1. Sala de vigília, com área superior a 20,00 m²; 10.1.2. Instalações sanitárias com, pelo menos, uma bacia sanitária e um lavatório para cada sexo; 10.1.3. Bebedouro, fora das instalações sanitárias e das salas de vigília. 10.1.4. Copa ou lanchonete em locais próximo. 12. Inumação. 12.1. Na suspeita de óbito decorrente de doença infectocontagiosa, a autoridade sanitária pode solicitar a necropsia para determinar a causa da morte. 12.2. É proibido o uso de caixões metálicos, ou de madeira revestida com material metálico, excetuando-se os destinados: 12.2.1. Aos embalsamados; 12.2.2. Aos exumados; 12.2.3. Aos cadáveres que não serão enterrados com os caixões, como por exemplo nos casos de recolhimento de corpos em locais públicos ou residências. É obrigatório à desinfecção dos caixões após o uso. 12.2.4 Durante o velório o caixão deve manter-se íntegro, ser de formato adequado para conter a pessoa falecida ou partes, com fundo provido de material biodegradável que

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garanta o não extravasamento de líquidos provenientes do cadáver. 12.3. Outros materiais podem ser utilizados na confecção de caixões, desde que submetidos à aprovação da autoridade sanitária. 12.4. Os caixões podem ser lacrados em casos de óbito de politraumatizados e acidentes graves. 12.5. Na vigência de epidemias ou óbitos em situações de interesse publico atentar para as recomendações dos órgãos de vigilância. 12.6. Nos óbitos por doenças infecto-contagiosas não há a necessidade de lacrar o caixão ou usar cordões de isolamento durante o velório e sepultamento. 12.6.1. Em situação de dúvida consultar a Vigilância Epidemiológica. 14. Cremação 14.1. O crematório deve possuir licença ambiental, de acordo com a legislação ambiental vigente e atender as Resoluções Conama - 316/02 e - 386/06. 14.2. O crematório deve ser provido de câmaras frias e atender aos requisitos mínimos estabelecidos no item 6.8 e seu subitem 6.8.1. 14.3 A localização do crematório deve ser condizente com as determinações expressas na legislação de uso e ocupação do solo do município e suas instalações devem atender ao disposto no código de obras ou outras posturas municipais, de forma a não provocar incômodos ou outros prejuízos à população circunvizinha. 14.4 Em complemento à legislação ambiental e aos cuidados no ato da incineração previstos nesta norma, o responsável pelo crematório deve providenciar e manter a disposição da autoridade sanitária laudos anuais comprobatórios de que as emissões atmosféricas decorrentes da incineração não acarretam exposição humana a poluentes, dentre eles o mercúrio, e consequentes prejuízos à saúde de trabalhadores, usuários e moradores vizinhos. 14.4. Os corpos podem ser cremados dentro de urnas funerárias (caixões) ou envoltos em tecidos (mantas), desde que estas atendam às seguintes exigências: 14.4.1. Ser de material de fácil combustão; 14.4.2. Ter alças removíveis, sem quaisquer peças metálicas ou de vidro; 14.4.3. Não serem pintados, laqueados ou envernizados; 14.4.4. Quando incinerados, não emitir gases e outros contaminantes atmosféricos, acima dos padrões vigentes, nem deixar resíduos aglutinados. 14.5. Os cadáveres devem ser cremados individualmente, podendo no caso de óbito de gestante, incluir o feto ou natimorto no mesmo processo. 14.6. Os cadáveres devem ser cremados sem marca-passo ou outro dispositivo similar, para evitar o risco de explosões no forno crematório. 14.6.1. No caso de corpo com marca passo ou outro dispositivo similar, o serviço de cremação deve informar os familiares sobre a necessidade de remoção do equipamento. 14.7. As instalações sanitárias, vestiário, refeitório e aquelas relativas ao fornecimento de água potável para

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os trabalhadores devem atender o preconizado na Norma Regulamentadora – 24 do Ministério do Trabalho e Emprego. 14.8. Os trabalhadores devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPI, compatíveis com altas e baixas temperaturas, assim caracterizados: 14.8.1. Proteção do tronco e partes dos membros inferiores do trabalhador, para risco de queimaduras provocadas por calor radiante e fagulhas quentes (avental kevlar); 14.8.2. Proteção do tronco, membros superiores e inferiores para baixa temperatura; 14.8.3. Proteção das vias respiratórias: respirador tipo PFF2 contra poeiras nevoas e fumos; 14.8.4. Protetor facial ou óculos de segurança para proteção dos olhos; 14.8.5. Luvas adequadas à função e ao risco das atividades; 14.8.6. Protetor auricular de inserção ou tipo concha; 14.8.7. Botas de PVC. 15. Transporte de Cadáveres 15.1. O transporte de cadáveres só pode ser realizado em carro funerário específico para esse fim. 15.2. O carro funerário deve ter, no local em que pousar o

caixão, revestimento de placa metálica ou de outro material impermeável deslizante. 15.3. O carro funerário deve ser higienizado diariamente e após o uso. 15.4. O carro funerário deve dispor de compartimentos separados para o cadáver e para o motorista. 15.5. O transporte dos restos mortais exumados deve ser feito em urna adequada, respeitando os prazos para exumação no item 13 e sob a responsabilidade dos órgãos e entidades responsáveis pelos cemitérios. 15.5.1. As legislações municipais sobre transporte de cadáveres devem ser compatíveis com a legislação estadual e federal pertinente. 15.6. Quando da necessidade de embarque intermunicipal, interestadual ou internacional de restos mortais humanos, em urna funerária, que ocorra por meio de transporte que trafegam em áreas de portos, aeroportos e fronteiras, devem ser seguidas às disposições da RDC Anvisa Nº 33/2011. Vale a pena ler toda a Resolução, que trata ainda de cemitérios e da Saúde do Trabalhador, com itens específicos para esses fins não citados nesta coletânea. Rua Dr. Rodrigues do Lago, 464 - Centro CEP 18602-091 - Botucatu - SP Fone/fax: (14) 3814 9500 - abredif@terra.com.br

Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário

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MARKETING

Um bom momento para planejar o Marketing da sua empresa O ideal é iniciar o ano com o Plano de Marketing já aprovado, mas se você ainda não o fez, esta é a hora certa!

Uma boa estratégia é elaborar agora o Plano de Marketing de sua empresa. Ele identifica as oportunidades que podem gerar bons resultados para a organização, mostrando como penetrar com sucesso para obter as posições desejadas nos mercados. O plano de marketing estabelece objetivos, metas e estratégias. Trata-se de um documento que formula um plano para comercializar produtos e/ou serviços. A grande vantagem dessa ferramenta é que ela disciplina o planejador a colocar suas idéias, fatos e conclusões de uma maneira lógica que pode ser seguidos por outros. O plano de marketing é à base do plano estratégico, pois determina, através de estudos de mercado, até mesmo o que, como e quando será produzido um bem, serviço ou idéia para a posterior venda a indivíduos ou grupos. Quando bem feito ajuda os membros do departamento de marketing a reconhecer onde seus esforços devem

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estar concentrados e a observar e tirar o melhor proveito das oportunidades no mercado. Também proporciona um meio de medir o desempenho do departamento de marketing pela comparação dos resultados com os objetivos Tipos de Planos Existem tipos de planos diferentes, para diferentes propósitos: Plano completo: seria apropriado para o plano global de marketing da empresa e outros planos de marketing mais importantes. Plano básico: este já se enquadra mais com mercados bem delimitados e poderia ser mais útil ao tratar de um único produto. Não inclui a informação sobre orçamento e o demonstrativo de resultados.

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Plano histórico: é uma avaliação da posição atual. Pode ser usado como a primeira etapa de um plano global ou ser utilizado para uma série de produtos diferentes a fim de se decidir qual dele tem o maior potencial. Geralmente engloba somente até o diagnóstico. Plano para novos produtos: não existem dados históricos de venda, mas sim do produto que ele vai substituir ou de concorrentes. Caso seja um produto completamente novo, retém-se apenas na análise de mercado e concorrência. O orçamento é muito importante neste tipo de plano. Como fazer? Basicamente a formulação do plano engloba: 1. Missão do negócio; 2. Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças); 3. Análise do ambiente interno (pontos fortes e fraquezas); 4. Formulação de metas; 5. Formulação de estratégias; 6. Formulação de programas; 7. Implementação; 8. Feedback; 9. Controle. Na prática: 1. Liste problemas e oportunidades; 2. Desenvolva Objetivos 3. Trace as estratégias 4. Estabeleça o orçamento 5. Acompanhe as ações desenvolvidas 6. Meça resultados

oportunidades e ameaças. Examine iniciativas anteriores e semelhantes. Para onde queremos ir? Selecione os públicos-alvo. Estabeleça objetivos e metas. Analise os públicos-alvo e a concorrência. Como chegaremos lá? Produto: projete a oferta ao mercado. Preço: administre os custos da mudança de comportamento. Distribuição: torne o produto disponível. Comunicações: crie mensagens e escolha a mídia. Como permaneceremos no caminho certo? Desenvolva um plano para avaliação e monitoramento. Estabeleça orçamentos e descubra fontes de financiamento. Conclua um plano de implementação. Todo plano de marketing deve ter um cronograma que indique um responsável para cada ação, o período de duração da realização, a data de finalização e os recursos necessários, que incluem recursos humanos e financeiros. O plano termina com os resultados esperados, que podem ser expressos por meio de volume de vendas, faturamento, participação de mercado, rentabilidade e indicadores de saúde da marca. E então, já está craque? Agora é só fazer o que você planejou no papel virar realidade. Boa sorte! Fontes: Portal Educação / Revista Exame

Uma boa dica é responder as questões abaixo: Onde estamos? Determine o foco do programa. Identifique o propósito da campanha. Conduza uma análise de forças, fraquezas,

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Funeral

O funeral de Nelson Mandela Sempre que falece uma figura importante nosso segmento entra em foco. Os detalhes do funeral são esmiuçados, principalmente porque os protocolos envolvem integrantes de vários países, uma multidão de jornalistas e sobretudo porque os deslizes farão a organização ficar exposta aos olhos de todo o mundo. Com a morte do líder negro Nelson Mandela, mártir do fim do regime Apartheid (1948-1993) na África do Sul, não é diferente. Ex-presidente, ganhador de um Nobel da Paz e figura obrigatória em todos os rol de personalidades influentes para a humanidade, Mandela faleceu aos 95 anos, vítima de complicações pulmonares em Pretória, no dia 05 de dezembro de 2013. Seu sepultamento aconteceu no dia 15, depois de uma notória cerimônia fúnebre, que noticiou-se comparável a do Papa João Paulo II, em 2005. O corpo de Mandela descansa, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, localizada na província do Cabo Leste, onde ele cresceu e onde já estão os restos mortais de três de seus filhos. PLANEJAMENTO FEITO HÁ MAIS DE 1 ANO

briefing em Pretória e serão discutidos os aspectos logísticos do velório de Mandela. No dia quatro, vários dignitários visitarão a família de Mandela. • No dia seis haverá uma cerimônia religiosa memorial de “corpo presente” com a presença de dignitários e líderes de organizações. O presidente Jacob Zuma fará um discurso, haverá telões do lado de fora da Prefeitura, e possivelmente em Soweto, Cidade do Cabo e vários outros lugares." VELÓRIO De acordo com o documento, no oitavo dia após a morte o corpo de Mandela seria levado à sede da Prefeitura de Pretória. "O corpo ficará no local até muito tarde cada dia e então removido para ser preparado para o dia seguinte... dentro de um féretro coberto de vidro, para possibilitar a visualização." O planejamento também previa o ensaio das forças armadas para funeral oficial de Estado na Union Buildings, onde Mandela tomou posse como

Após o anúncio da morte de Mandela, o presidente sulafricano, Jacob Zuma, foi categórico: "Nosso amado Madiba terá um funeral de Estado. Dei ordem para que todas as bandeiras da República da África do Sul sejam hasteadas a meio-pau e que continuem a meio-pau até depois do funeral”. Mas os preparativos para o ritos de passagem estavam planejados num documento feito há mais de um ano. A informação é do Jornal britânico The Gardian. O documento interno do governo sul-africano previa uma programação de 12 dias a partir do momento da morte e oferece uma visão de como as autoridades se prepararam para um momento ímpar na história. • "Corpo será levado para o necrotério sob guarda policial. Planos para possível cobertura ao vivo sendo estudados", diz o documento para o dia um. • "Livros de condolências serão abertos em todas as missões estrangeiras, na Fundação Nelson Mandela, na Union Buildings [residência oficial e gabinete do presidente da África do Sul e possivelmente no Museu Mandela em Soweto", está previsto para o dia dois. • No dia três, diplomatas estrangeiros receberão um

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VELÓRIO De acordo com o documento, no oitavo dia após a morte o corpo de Mandela seria levado à sede da Prefeitura de Pretória. "O corpo ficará no local até muito tarde cada dia e então removido para ser preparado para o dia seguinte... dentro de um féretro coberto de vidro, para possibilitar a visualização." O planejamento também previa o ensaio das forças armadas para funeral oficial de Estado na Union Buildings, onde Mandela tomou posse como presidente após a primeira eleição democrática no país, em 1994. A previsão de chegada dos Chefes de Estado de vários países nos aeroportos de Pretória e Johannesburgo eram para o dia 9 após a morte. "Todas as medidas de segurança serão implementadas, inclusive com o bloqueio de ruas e avenidas. No 10º dia, o corpo deveria ser preparado pela última vez." A partir daí o corpo deveria ser levado ao Union Buildings, para o velório com a presença dos chefes de Estado. Esse evento aconteceu no dia 14 de dezembro e a presidente brasileira Dilma Roussef acompanhou o cerimonial. A cerimônia foi transmitida em telões espalhados pelos jardins da Union Buildings e na Prefeitura de Pretória. Após a cerimônia, o corpo deveria ser levado de avião pelos militares até Qunu para o sepultamento final".

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Apesar da presença de autoridades mundiais e celebridades, a atenção prioritária deveria ser dada aos líderes africanos e outros movimentos de libertação. COMO NO PAPEL A cerimônia fúnebre do líder sul africano ocorreu exatamente como o planejado. Mais de 80 personalidades compareceram aos ritos finais. A população, com centenas de milhares de pessoas, fez fila para ver o corpo exposto na sede da prefeitura de Pretória. Durante todo o tempo a urna (com tampo de vidro) esteve “guardada por um familiar de Mandela, como manda a tradição local. O carro fúnebre com a urna, coberta com a bandeira sul-africana e escoltado por motoristas, saiu do hospital militar e percorreu várias vezes os seis quilômetros até o Prédio da União, local da capela ardente. Os sul-africanos aguardaram nas ruas para saudar o cortejo. O corpo de Nelson Mandela teria sido embalsamado para o seu funeral, mas não há informações complementares sobre o procedimento.

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DIVÃ

Quando todos sofrem Tragédias que ocorrem em situações comuns tendem a afetar toda a população e as reações e os efeitos ficam muito próximos da realidade de cada um

No ano passado toda a nação brasileira foi afetada pelo incêndio de Santa Maria (RS) que vitimou 243 jovens. Já tivemos outros episódios trágicos como a queda do vôo 1907 da Gol, em 2006, com 154 mortos e o desastre com o avião da TAM, no aeroporto de Congonhas, em 2007, com 199 perdas. Dentro da psicologia do luto este é um fenômeno chamado de “luto coletivo”, pois trata-se de uma solidariedade que surge nos momentos de dor e que aciona uma mobilização em massa. As reações e os efeitos ficam muito próximos de toda a população porque a tragédia aconteceu em uma situação comum. Nesses casos existe uma projeção de que poderia ter acontecido com qualquer um. A dor é então projetada por certo período. Esta dor projetada pela dor do outro pode ser sentida verdadeiramente, principalmente por pessoas que já sobreviveram a um grande acidente ou mesmo perderam alguém em uma 26 22

situação de tragédia. Assim, nesses casos, os efeitos podem ser mais fortes e demorados, reativando a sensação de impotência. Estudos realizados em lugares que sofreram violentas tragédias demonstram que mesmo depois de passados muitos anos aumentam os problemas psicológicos como depressão e transtorno de comportamento. As tragédias abrem nas pessoas uma grande vulnerabilidade para que vários transtornos se instalem, como crises de ansiedade e abuso de substâncias químicas. O indivíduo passa a viver um estresse muito grande e diante do qual não consegue lidar com o seu equipamento psíquico habitual. Nota-se que o incidente traumático pode produzir vários sintomas cognitivos como baixa concentração. No emocional: ansiedade, depressão, medo, culpa, pânico. No físico: tremores, dores no peito, problemas gastrointestinais. Diretor Diretor Funerário Funerário | JANEIRO2014 | JULHO2013


No comportamento: distúrbios do sono, mudança no apetite, silêncio excessivo. No espiritual: desinteresse religioso, raiva de Deus, perda de significado. Tudo isso se torna muito preocupante aos olhos da Psicologia, porque a rede afetada é muito extensa (amigos, parentes distantes, profissionais que atuam na tragédia, autoridades que precisam tomar decisões rápidas e pessoas que acompanham a mídia). Por tudo isso, os cuidados devem ser amplos e generalizados. Intervenções proativas e imediatas podem ser decisivas para que as pessoas possam retomar normalmente suas vidas. O atendimento psicológico diante de uma emergência tem um aspecto preventivo para permitir que o indivíduo entre em processo de luto e possa com isso ressignificar a sua dor. Profissional - Esse atendimento caracteriza-se por intervenção psicossocial que atende a indivíduos, grupos e famílias em situações de crise, buscando minimizar seu sofrimento psíquico. “Em geral, o suporte tem como objetivo promover a recuperação do indivíduo por meio do enfrentamento, da superação, do fortalecimento e do crescimento pessoal diante da adversidade. Além disso, contribui na prevenção de comprometimentos à saúde ao atuar na administração de crises e cuidados pós-traumáticos”, destaca a psicóloga Sandra Maria Sales Sousa, coordenadora da pós-graduação em Práticas Clínicas em Psicologia da Faculdade Dom Bosco. Segundo a psicóloga, as catástrofes interferem de forma trágica e imprevisível na estabilidade emocional, no ambiente e nos vínculos afetivos, acarretando fluxo excessivo de energia psíquica que incapacita seu processamento pelo indivíduo. “Em situações traumáticas, a intensidade da experiência impede ou dificulta a elaboração de seus conteúdos, provocando perda de sentido ou prazer em viver”, afirma. Uma das consequências de experiências traumáticas é o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que pode ser diagnosticado a partir de um mês após o evento traumático e se tornar crônico, provocando mudanças duradouras de personalidade, se não houver tratamento. “TEPT é um transtorno de ansiedade precipitado por trauma. Seu desenvolvimento está ligado a um evento traumático de natureza extrema. O diagnóstico e tratamento devem ser feitos por profissionais de Psicologia e Medicina”, destaca Sandra. Diante desses desafios, o profissional de Psicologia deve adotar postura de cuidadosa escuta e acolhimento, oferecer amparo psíquico que favoreça a percepção de novas perspectivas de vida após o trauma. Ao longo do atendimento, sua palavra auxiliará o paciente a representar sua dor, e sua disponibilidade emocional será fundamental para o paciente suportar o sofrimento, as lágrimas e o desalento, facilitando o desenvolvimento da resiliência, capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Os estudiosos, porém, são categóricos ao afirmar que uma verdadeira educação para a vida deve-se incluir a realidade da morte, permitindo-se falar sobre o tema sem julgamentos e sem teorias prontas, prevenindo ou talvez amenizando o adoecimento resultante de tragédias.

Fontes: Luiz Coelho Neto, Psicólogo clínico especialista em perdas e luto e diretor do Instituto Ciclo de Psicologia em Perdas e Luto .

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curiosidades

Os Funerais entre os povos Esse tema é sempre curioso, pois abordamos as tradições de outros povos. Os ciganos por exemplo, não devem ficar tristes com a morte Os ciganos acreditam que os que foram ruins em vida podem ser arrebatados por Arangeloudlã, uma divindade cigana que castiga os que não foram bons. Por isso, quando um cigano morre, é importante que no enterro se fale dele com afeto e gratidão. Se a morte é esperada, devemos demonstrar surpresa e pena por essa pessoa não estar mais entre nós. O falecido deverá ser enterrado com pompa, satisfazendo os seus pedidos feitos em vida para essa hora. Ao término do enterro, na casa do falecido, é dado um banquete, onde o assunto é o morto e tudo o que ele gostava. Por um período de 40 dias após o falecimento o clã ao qual ele pertencia tem vários cuidados, e todos devem sempre lembrar dele com carinho. Há uma reunião periódica; nela são servidos os pratos prediletos do finado. Se ele fumava, pode-se fumar; se bebia, também se poderá beber. A tristeza deve ser

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moderada. Se a morte foi de uma criança, o luto é mais intenso e a reunião será feita mais vezes. A segunda e a terceira reunião, realizadas por quase todos os grupos, têm por fim objetivos práticos. Por exemplo, se um chefe de família morreu, nesse momento se discutirá como a viúva será sustentada. Se quem morreu foi uma criança, o grupo irá dar apoio a mãe; se foi uma cigana feiticeira, será escolhido quem vai substituí-la, e assim por diante. O ritual do banquete em sua homenagem será repetido até que se completem 7 anos da sua “desencarnação”. Este ritual é chamado do ciclo de 7anos para purificação total do espírito Sepultamento - Os Ciganos sepultam os seus entes sob uma árvore frondosa, e derramam vinho tinto,

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para o espírito seguir sua viagem satisfeito. As Ciganas juntam todos os pertences do falecido, e levam até um riacho, onde fazem um ritual de puro amor pelo espírito que se fora, com flores, frutas e perfumes. A tristeza é sempre moderada, para manter a esperança da liberdade total da matéria e o fortalecimento para o encontro com Deus. Assim terminam as cerimônias do funeral, mas durante algum tempo os membros cuidarão desse espírito. No Brasil, o funeral costuma ser realizado em locais apropriados (geralmente, no serviço da própria funerária). A duração é de no máximo 48 horas após o falecimento. Dia 02 de Novembro, é o Dia de Finados, é quando relembramos nossos mortos, geralmente, com muito pesar. O prazo de 48 horas é curto se comparado a outras culturas. Antigamente a justificativa é que o clima tropical favorece a decomposição do corpo, porém com a Tanatopraxia, já altamente difundida no país, essa situação pode ser facilmente revertida. Outra explicação para uma cerimônia mais breve é o fator emocional. De acordo com especialistas, o brasileiro tem uma relação peculiar com a morte e os laços afetivos são mais profundamente vivenciados que em outras culturas. Como o velório por aqui é encarado como um momento de muita dor e desespero, a alternativa é abreviar a despedida final.

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Outra característica local acentuada é a necessidade que nós temos de tocar e beijar o nosso morto. Na Itália e na Suíça, geralmente, os funerais são feitos em casa e duram no mínimo 48 horas, podendo chegar a uma semana, para que a maioria de amigos e parentes possam se despedir do falecido. As pessoas vão e vem, beliscam alguns salgados, tomam vinho, e isso não causa constrangimento. Na Suíça, há hospitais que disponibilizam uma sala refrigerada, onde o corpo fica a disposição dos visitantes, que podem até marcar hora para a visita.

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Em Moscou, a tradição pede cerimônia de despedida numa igreja ortodoxa local, onde o funeral é feito com uma reunião muito alegre, com pessoas vestindo roupas coloridas (é proibido usar preto) e entoando cânticos de alegria. No México, o dia de finados é comemorado com muita festa. Exceto pelo motivo da comemoração, são muitas as semelhanças com uma festa de aniversário, inclusive, o morto é convidado para participar do banquete e os vivos festejam para que ele fique bem. As festas podem ser em casa ou no cemitério, mas tem que ter muita alegria e “comes e bebes”. Para sintetizar a visão da morte para o mexicano, podemos citar: “No México contemporâneo, temos um sentimento especial diante do fenômeno natural que é a morte. A morte é como um espelho que reflete como vivemos e nossos arrependimentos. Quando a morte chega nos ilumina a vida. Se nossa morte precisa de sentido, tão pouco sentido teve a vida, "diga como morre e te direi como é". Fazendo uma comparação com os cultos préhispânicos e a religião cristã, se sustenta que a morte não é o fim natural da vida, se não uma fase de um ciclo infinito. Vida, morte e ressurreição são os estados do processo que nos ensina a religião cristã”, cita o site:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mexico/ cultura-do-mexico.php

cerimônia de preparação do corpo antes de sepultálos. A preparação envolve a limpeza (para a purificação), a troca de roupas e a maquiagem para o corpo ficar bonito, com aparência saudável e preparado para a viagem que o morto fará ao novo mundo, e tudo isso é feito durante o funeral e na presença de todos. Este ritual pode ser feito pelos próprios familiares, mas, geralmente, são os “Nokanshi”, os agentes funerários japoneses, eles são profissionais especializados nisso. Os budistas entregam à família do falecido um

No Japão, os funerais são feitos, geralmente, na casa da família, e o interessante é que eles fazem uma

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envelope com uma quantia, indeterminada, de dinheiro, e costumam celebrar missas ao longo do tempo que se passa após a morte, para manter a memória do falecido e reunir amigos e parentes. Para quem quiser saber mais sobre a preparação do corpo no Japão, vale a dica do filme já citados outras vezes aqui na Diretor Funerário: “A Partida”, que além de explorar esse costume japonês, aborda também os sentimentos sobre a morte, os conflitos familiares e o preconceito profissional.

verdade significam, vida, sucesso e vitória! Estes arranjos possuem um simbolismo muito mais voltado à vida, alegria e sucesso do que relacionados com a morte. Desde tempos mais primórdios os vencedores e as altas sacerdotisas eram os únicos autorizados adornar-se com flores. Flores são os símbolos da vida para muitas crenças e religiões espalhadas pelo mundo, por esta razão a coroa de flores foi sempre um símbolo que representa a vitória da vida sobre a morte.

As flores no velório Para os primeiros cristãos as coroas de flores simbolizavam o próprio Deus. O seu desenho em forma de circulo representa eternidade e infinito, já que o círculo é uma figura geométrica usada nas culturas gregas na antiguidade para simbolizar o eterno. Assim, considerando que o ser supremo, dentro de cada cultura, é eterno e não tem início nem fim, foi rápida a associação de arranjos em forma de círculos como uma solução simples encontrada para alcançar os novos convertidos. Como a prática de utilizá-las já era conhecida e utilizada desde tempos muito antigos, a opção por esse objeto foi lógica, e nem sempre foi relacionada a velórios, funerais e falecidos, sendo usadas em situações geralmente para agraciar, homenagear, prestar condolências às pessoas “ in memorian” ou em vida. É equivocado imaginar que as coroas de flores devem ser usadas apenas em funerais e velórios, pois na

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Coroa de Louros – Era uma distinção concedida a um general vitorioso que entrava na Antiga Roma em triunfo apoteótico. Consistia em um círculo de ramos, sendo num primeiro momento de louro e posteriormente de ouro. A origem do uso de uma coroa de louros está no mito de Dafne, uma ninfa que transmutara-se em um pé de louro para fugir de Apolo. O deus, então, fizera com suas folhas uma coroa, com a qual passou a ser representado. Na mitologia grega este era um dos símbolos usados deus da Luz, da Cura, da Poesia, da Música e da Profecia, protetor dos atletas e dos jovens guerreiros. Ele também era chamado de Deus Sol. Em Atenas, a coroa de louros como símbolo de distinção e glória foi substituída pelos ramos de oliveira, considerada a árvore protetora da cidade. Na Grécia Antiga, em vez de receberem as atuais medalhas de ouro, prata e bronze, os atletas eram

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premiados com as coroas de pequenos ramos de oliveira entrelaçados, que representavam a suprema glória para a alma grega. Apesar de não ter valor material, a coroa tinha um significado muito especial para os atletas e para a cidade de onde vinham, que os receberiam com grandes festas e criando estátuas em homenagem aos vencedores. A coroa de louros, ou láurea, então, passou a simbolizar a vitória,2 sobretudo nos Jogos Olímpicos. Até pouco tempo atrás os pilotos de fórmula um recebiam uma corroa de flores, que usavam em torno do pescoço. Fontes: Blog Estudar em Casa; Livro Magia Cigana, de Ramona Torres./ Bolg Morte para os Vivos; www2.livrariacultura.com.br e www.culturajaponesa.com.br / Blog Noosfero

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Funeral ecológico

parentes para o que, na realidade, é sua última cerimônia social. Apesar de curioso, parece bem apropriado!

O Reino Unido já conta com mais de 200 áreas específicas para enterros verdes, e a procura por essa alternativa vem ganhando adeptos com força - entre 2009 e 2010, o setor cresceu 40%. Atualmente, cerca de 260 empresas realizam a cerimônia que acontece em áreas cercadas de natureza, sem utilizar campanas de cimento. Os caixões em geral são feitos de um material biodegradável (como casca de banana ou bambu), e a preparação do corpo dispensa produtos químicos, como formol, que podem atrapalhar o trabalho dos microrganismos no processo de decomposição. Para marcar o lugar do túmulo, muitos optam por plantar árvores ao invés de usar lápides.

Urnas exóticas Aqui na Revista já falamos sobre as urnas feitas sob encomenda e que acabam se tornando exóticas aos olhos do grande público. A urna em forma de sapatilha de balé para as dançarinas a campeoníssima urna com formato de garrafa de Coca Cola já chamaram atenção. A África do Sul parece ser o país mais criativo nesse quesito e agora estão fazendo os velórios numa urna que parece um sofá. O falecido fica ali confortavelmente recostado, com seu melhor traje, recebendo amigos e

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LEGISLAÇÃO

O Marketing na Copa do Mundo Pode parecer longe da realidade do setor funerário, mas acreditem, daqui a pouco vamos ver todo o tipo de empresa aproveitando a ocasião para tentar vender mais

As empresas brasileiras de micro e pequeno porte (MPE) podem lucrar com a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 no País, aproveitando as inúmeras oportunidades de negócios geradas pelo megaevento. Entretanto, na hora de promover ações para atrair os turistas do Mundial 2014 ou ofertar produtos e serviços, as MPE devem observar algumas regras do Programa de Proteção às Marcas (PPM) da Fifa, que dispõe sobre o uso das marcas; atividades de marketing proibidas; áreas de restrições comerciais; e produtos falsificados. As marcas são consideradas um ativo intelectual das empresas e, de acordo com a legislação nacional, as registradas no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) são de uso exclusivo de quem as registrou. As marcas da Fifa, assim como palavras, títulos, símbolos e outras marcas relativas à Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, são todas registradas no Inpi e também em outros órgãos internacionais de propriedade intelectual. O Programa de Proteção às Marcas determina que as marcas da Fifa só podem ser utilizadas por patrocinadores da Copa 2014 e parceiros da Fifa, e sob autorização prévia. São marcas da Federação Internacional de Futebol: FIFA; COPA DO MUNDO; COPA 2014; e BRASIL 2014. Também são de propriedade intelectual da Fifa os designs (sejam eles registrados ou não) e os direitos autorais de obras artísticas, como o Pôster Oficial, o Emblema Oficial, o Mascote, o Troféu, a Tabela de Jogos e a Identidade Visual das Competições. As empresas não patrocinadoras da Copa 2014 não podem, portanto, fazer uso das marcas, designs e identidade visual registradas pela Fifa. Quem não é patrocinador da Copa 2014 não pode, por exemplo, utilizar o logotipo do evento num folder, publicidade, produtos etc. Se fizer uso sem a autorização da Fifa, pode vir a ser acionado judicialmente. O uso editorial (em materiais jornalísticos) das marcas está autorizado pela Fifa. Restrição Comercial - Segundo a Fifa, há restrições comerciais ao redor dos estádios. A chamada Área de Restrição Comercial (linha imaginária que percorre toda a arena) tem perímetro de 2km e entra em vigência sempre dois dias antes dos jogos e dura até o dia em que a partida ocorre. Nestes dias, no perímetro mencionado, fica proibido: distribuição de produtos; a realização de ações promocionais por não patrocinadores da Copa do

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Mundo Fifa 2014; comércio de rua; e atuação de cambistas. É importante destacar que os negócios localizados dentro das áreas de restrição podem funcionar e ofertar seus produtos e serviços normalmente. As restrições não têm qualquer interferência sobre: o funcionamento do empreendimento; o tipo e marca dos produtos vendidos; ações comerciais da empresas, desde que não use as marcas da Fifa ou tente associar o negócio ao megaevento para atrair clientes. Marketing -. É considerado marketing de emboscada a tentativa de se beneficiar da grande visibilidade da Copa do Mundo da FIFA para divulgar um produto ou serviço por meio de uma associação comercial não autorizada. O marketing de emboscada acontece quando uma marca tenta se vincular, diretamente ou indiretamente, ao evento, seja por meio de anúncios comerciais ou de promoções, como a distribuição de ingressos ou o uso das denominações da Competição. Mesmo as campanhas criativas que estabeleçam uma ligação com a competição são consideradas ilegais. Produtos falsificados - A Fifa autorizou parceiros a fabricar e vender produtos com a marca da Copa do Mundo 2014. São os produtos licenciados. Os artigos que estampam as marcas da Fifa sem autorização são considerados falsificados/piratas, e são considerados ilegais, portanto, quem o produz é passível de medidas coercitivas. Não pode: Usar as marcas da Fifa e da Copa do Mundo Fifa 2014, sem prévia autorização; Distribuir ingressos para os jogos, se não for patrocinador; Produzir e vender produtos com as marcas da Fifa, sem prévia autorização; Realizar ações promocionais associadas à Copa, se não for patrocinador. Lei 12663/12 | Lei nº 12.663 Dispõe sobre as medidas relativas à Copa das Confederações FIFA 2013, à Copa do Mundo FIFA 2014 e à Jornada Mundial da Juventude - 2013, que serão realizadas no Brasil; altera as Leis nos 6.815, de 19 de agosto de 1980, e 10.671, de 15 de maio de 2003; e

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estabelece concessão de prêmio e de auxílio especial mensal aos jogadores das seleções campeãs do mundo em 1958, 1962 e 1970. Ver tópico (271 documentos) Sanções Civis Art. 16. Observadas as disposições da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), é obrigado a indenizar os danos, os lucros cessantes e qualquer proveito obtido aquele que praticar, sem autorização da FIFA ou de pessoa por ela indicada, entre outras, as seguintes condutas: Ver tópico (1 documento) I- atividades de publicidade, inclusive oferta de provas de comida ou bebida, distribuição de produtos de marca, panfletos ou outros materiais promocionais ou ainda atividades similares de cunho publicitário nos Locais Oficiais de Competição, em suas principais vias de acesso, nas áreas a que se refere o art. 11 ou em lugares que sejam claramente visíveis a partir daqueles; II- publicidade ostensiva em veículos automotores, estacionados ou circulando pelos Locais Oficiais de Competição, em suas principais vias de acesso, nas áreas a que se refere o art. 11 ou em lugares que sejam claramente visíveis a partir daqueles; III- publicidade aérea ou náutica, inclusive por meio do uso de balões, aeronaves ou embarcações, nos Locais Oficiais de Competição, em suas principais vias de acesso, nas áreas a que se refere o art. 11 ou em lugares que sejam claramente visíveis a partir daqueles; IV- exibição pública das Partidas por qualquer meio de comunicação em local público ou privado de acesso público, associada à promoção comercial de produto, marca ou

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serviço ou em que seja cobrado Ingresso; V- venda, oferecimento, transporte, ocultação, exposição à venda, negociação, desvio ou transferência de Ingressos, convites ou qualquer outro tipo de autorização ou credencial para os Eventos de forma onerosa, com a intenção de obter vantagens para si ou para outrem; VI- uso de Ingressos, convites ou qualquer outro tipo de autorização ou credencial para os Eventos para fins de publicidade, venda ou promoção, como benefício, brinde, prêmio de concursos, competições ou promoções, como parte de pacote de viagem ou hospedagem, ou a sua disponibilização ou o seu anúncio para esses propósitos. § 1o O valor da indenização prevista neste artigo será calculado de maneira a englobar quaisquer danos sofridos pela parte prejudicada, incluindo os lucros cessantes e qualquer proveito obtido pelo autor da infração. § 2o Serão solidariamente responsáveis pela reparação dos danos referidos no caput todos aqueles que realizarem, organizarem, autorizarem, aprovarem ou patrocinarem a exibição pública a que se refere o inciso IV. Art. 17. Caso não seja possível estabelecer o valor dos danos, lucros cessantes ou vantagem ilegalmente obtida, a indenização decorrente dos atos ilícitos previstos no art. 16 corresponderá ao valor que o autor da infração teria pago ao titular do direito violado para que lhe fosse permitido explorálo regularmente, tomando-se por base os parâmetros contratuais geralmente usados pelo titular do direito violado. Art. 18. Os produtos apreendidos por violação ao disposto nesta Lei serão destruídos ou doados a entidades e organizações de assistência social, respeitado o devido processo legal e ouvida a FIFA, após a descaracterização

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dos produtos pela remoção dos Símbolos Oficiais, quando possível. RESPONSABILIDADE CIVIL Art. 22. A União responderá pelos danos que causar, por ação ou omissão, à FIFA, seus representantes legais, empregados ou consultores, na forma do § 6o do art. 37 da Constituição Federal. Art. 23. A União assumirá os efeitos da responsabilidade civil perante a FIFA, seus representantes legais, empregados ou consultores por todo e qualquer dano resultante ou que tenha surgido em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado aos Eventos, exceto se e na medida em que a FIFA ou a vítima houver concorrido para a ocorrência do dano Parágrafo único. A União ficará sub-rogada em todos os direitos decorrentes dos pagamentos efetuados contra aqueles que, por ato ou omissão, tenham causado os danos ou tenham para eles concorrido, devendo o beneficiário fornecer os meios necessários ao exercício desses direitos. Art. 24. A União poderá constituir garantias ou contratar seguro privado, ainda que internacional, em uma ou mais apólices, para a cobertura de riscos relacionados aos Eventos. DISPOSIÇÕES PENAIS Utilização indevida de Símbolos Oficiais Art. 30. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer Símbolos Oficiais de titularidade da FIFA - Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 31. Importar, exportar, vender, distribuir, oferecer ou expor à venda, ocultar ou manter em estoque Símbolos Oficiais ou produtos resultantes da reprodução, imitação, falsificação ou modificação não autorizadas de Símbolos Oficiais para fins comerciais ou de publicidade - Pena detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa. Marketing de Emboscada por Associação Art. 32. Divulgar marcas, produtos ou serviços, com o fim de alcançar vantagem econômica ou publicitária, por meio de associação direta ou indireta com os Eventos ou Símbolos Oficiais, sem autorização da FIFA ou de pessoa por ela indicada, induzindo terceiros a acreditar que tais marcas, produtos ou serviços são aprovados, autorizados ou endossados pela FIFA: Pena - detenção, de 3 (três) meses

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a 1 (um) ano ou multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, sem autorização da FIFA ou de pessoa por ela indicada, vincular o uso de Ingressos, convites ou qualquer espécie de autorização de acesso aos Eventos a ações de publicidade ou atividade comerciais, com o intuito de obter vantagem econômica Marketing de Emboscada por Intrusão Art. 33. Expor marcas, negócios, estabelecimentos, produtos, serviços ou praticar atividade promocional, não autorizados pela FIFA ou por pessoa por ela indicada, atraindo de qualquer forma a atenção pública nos locais da ocorrência dos Eventos, com o fim de obter vantagem econômica ou publicitária: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 34. Nos crimes previstos neste Capítulo, somente se procede mediante representação da FIFA. Art. 35. Na fixação da pena de multa prevista neste Capítulo e nos arts. 41-B a 41-G da Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, quando os delitos forem relacionados às Competições, o limite a que se refere o § 1o do art. 49 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), pode ser acrescido ou reduzido em até 10 (dez) vezes, de acordo com as condições financeiras do autor da infração e da vantagem indevidamente auferida. Art. 36. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de dezembro de 2014. DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 56. Durante a Copa do Mundo FIFA 2014 de Futebol, a União poderá declarar feriados nacionais os dias em que houver jogo da Seleção Brasileira de Futebol. Ver tópico (5 documentos) Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que sediarão os Eventos poderão declarar feriado ou ponto facultativo os dias de sua ocorrência em seu território. Art. 64. Em 2014, os sistemas de ensino deverão ajustar os calendários escolares de forma que as férias escolares decorrentes do encerramento das atividades letivas do primeiro semestre do ano, nos estabelecimentos de ensino das redes pública e privada, abranjam todo o período entre a abertura e o encerramento da Copa do Mundo FIFA 2014 de Futebol. Brasília, 5 de junho de 2012

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NEGÓCIOS CTAF prepara grupo para visitar a Tanexpo Viagem deve incluir a Feira Funerária, visitas técnicas à empresas locais e um passeio turístico que termina em Roma Mais de 35 pessoas estão empolgadas com o grupo de viagem organizado pelo CTAF para visitar a Tanexpo 2014, em Bologna na Itália, de 21 a 23 de março. O CTAF já organizou viagens duas vezes anteriormente, em 2002 em 2006, ambas com muito sucesso e aliando trabalho – com a presença na Feira e também visitas técnicas a empresas funerárias, crematórios e fornecedores da região – e também lazer, com um tour turístico pelas principais cidades do norte da Itália. A vantagem da viagem está no preço – interessante por tratar-se de um grupo; no roteiro técnico, preparado em conjunto pelo CTAF e pelos organizadores da Tanexpo e também nas facilidades que o turista vai encontrar em ter um guia falando Português para guiar os passeios, além de hotéis e traslados pré-definidos com datas e horários agendados. O programa que o CTAF está negociando tem ainda mais uma vantagem, que é a oferta de almoços ou jantares na maioria dos dias da viagem. “A comida na Europa tende a ser um pouco cara para os padrões brasileiros. As refeições inclusas no pacote acabam saindo mais em conta e são uma preocupação a menos para os viajantes”, define a diretora do CTAF, Dulce C. Nascimento. O planejamento da viagem inclui: Dia 20 de março - Saída de São Paulo – chegada em Bologna no mesmo dia ou dia seguinte – dependendo do horário do vôo. De 21 a 23– visitas a Tanexpo e passeios para conhecer empresas da região Dia 24 – Veneza com tour guiado pela cidade Dia 26 – Florença com tour guiado pela cidade Dia 28 – Siena e Pádua – com tour Dia 29 – Roma com tour guiado pela cidade e ainda possibilidade de passeio em Capri ou Nápoles Dia 31 – Retorno a São Paulo

para nós brasileiros de São Paulo e do Sul. Quem é do Nordeste, Norte e Centro Oeste do país pode sentir um pouco com as temperaturas amenas. O clima, no entanto, favorece os passeios, principalmente aqueles que são feitos a pé. A Cultura – A Itália é uma país com tradição religiosa e muitos passeios por lá incluem a visita à templos – verdadeiros museus. Por isso é interessante levar roupas mais cobertas – a temperatura também vai exigir isso. Nada de ombros ou pernas de fora na Básica de São Marcos em Veneza ou no Vaticano. Na Tanexpo o traje é formal. Expositores e dirigentes usam ternos ou apenas o blazer com calças jeans e sapatos confortáveis. As mulheres acompanham com roupas ideais para o ambiente de trabalho. O pavilhão tem climatização, então não é frio demais e nem muito calor. Para participar – Os interessados devem enviar e-mail para eventos@ctaf.com.br ou ligar para (14) 38820595. Todos receberão a proposta de viagem com preços e condições de pagamento e só então deverão confirmar a participação. Fique atento às notícias no site e na próxima Diretor Funerário.

Providências – para quem está interessado em viajar, é necessário ter passaporte. A Europa não exige visto de entrada para grupos turísticos. Mantenha os documentos em dia e se você não tem passaporte ou ele está vencido, procure regularizá-lo. Informe-se num posto da Polícia Federal mais próximo de você. Os tramites para o passaporte são ágeis, mas procure não deixar para última hora, porque você terá outras providências para a ocasião. A temporada – Março é um mês de baixa temporada na Europa, o que torna o preço da estadia, da viagem e dos passeios um pouco mais interessantes. Estamos no finalzinho do inverno e as temperaturas em geral, na Itália, oscilam entre 05 e 20 Graus Centigrados. Friozinho

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SóRINDO! O bêbado entra num bar e grita: — Feliz Ano Novo! Feliz Ano Novo! — Você está maluco? — intervém o dono do bar. — Nós estamos em fevereiro! E o bêbado: — Fevereiro?! Putz... É hoje que eu apanho quando chegar em casa!

Um pai de família judeu chama seu filho, na antevéspera do Ano Novo de sua religião e lhe diz: - Jacózinho, eu odeio ter que estragar seu dia, mas tenho que dizer-lhe que sua mãe e eu vamos nos divorciar, depois de 45 anos de convivência. - Papai, o que você está dizendo?! - grita o filho. - Não conseguimos mais nem nos olhar um ao outro - disse o pai, e completou: - vamos nos separar e acabou. Ligue para sua irmã Raquel e conte a ela. Desvairado, o rapaz liga para a irmã, a qual explode no telefone. - De jeito nenhum meus pais irão se divorciar!! Chame papai ao telefone! Quando o velho atendeu ela disse, gritando: - Não façam nada até nós chegarmos aí amanhã. Estou chamando Moisés, que está em viagem, e amanhã mesmo estaremos aí, ouviu?!!! - e bateu o telefone sem deixar o pai responder nada. O velho colocou o fone no gancho, virou-se para a mulher e sorridente disse: - OK Sara, eles virão para o Ano Novo e não teremos que pagar as passagens!

Era um feriado de ano novo, e todos no hospício estavam muito felizes. Brincando em uma piscina, que foi acabada de ser instalada. Quando chega o fim da tarde e um louco fala com o médico: -Adorei o dia de hoje, todos estão gostando muito da piscina né doutor? O médico responde: -É verdade. O louco pergunta novamente: -Amanhã vamos poder brincar na piscina? Mais uma vez o médico responde: - Sim, amigo, amanhã vai estar muito melhor vamos colocar água nela.

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