Revista Cristo Rei - Novembro 2023

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Nas mãos de Deus A conclusão do Ano Vocacional pela Igreja no Brasil não encerra um ciclo como muitos estão imaginando. Como uma flor, ele vai desabrochar ao seu tempo nas casas de muitas famílias, nas escolas onde a garotada está frequentando, no mundo do trabalho, nas situações difíceis em que alguém precise de um amparo e em tantos outros lugares. Sua repercussão e efeitos positivos ainda serão sentidos pela sociedade, basta confiar. Tanto esforço pelas formas de mobilização de crianças, adolescentes, jovens e todo um empenho gigantesco em atrativos para tocar os corações deste público hão de produzir frutos. É importante chegar nesta linha de análise e ter humildade para perceber a dedicação que cada um teve em prol do Ano Vocacional, a começar por todos aqueles que escreveram e planejaram a proposta comemorativa que tomou forma no solo diocesano por meio da comissão articuladora que teve capacidade de reunir as expressões vocacionais para que assim se tornassem o farol a quem tanto precisa de luz. É preciso acreditar, mas também se empenhar, para que as gerações vindouras venham a sentir o sabor desse período tão intenso que “deu um cansaço”, mas que já é possível dizer: “Valeu, e muito, a pena”. Assim como vale a pena os esforços que a Revista Cristo Rei vem colocando em prática todos os dias para ser essa marca respeitada perante o público e que mais uma vez é reconhecida como a Revista mais lembrada em seu segmento local ou regional a partir de pesquisa

chancelada pelo Conselho do Jovem Empreendedor (Cojem), vinculado à Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit). Na proximidade da conclusão de mais um ano civil de atividades, sem dúvida, este é um prêmio que ocupa, sim, lugar de destaque na sede administrativa e de redação da Revista, mas que todos os dias referencia a equipe a promover estratégias de atuação ainda mais presente no meio em que circula e com o tesouro que oferece: a mensagem do evangelho a quem assim deseja. Por tantas alegrias e bênçãos ao longo do ano, chegamos às comemorações do Patrono da Diocese de Toledo, a quem também é dedicada a Catedral, a nossa Revista diocesana e o município de Toledo, assim como a Igreja Matriz de Entre Rios do Oeste. A Solenidade de Cristo Rei do Universo é um convite a refletir sobre um reinado singular, que se estabelece não através de batalhas e morte, mas pela compaixão e solidariedade. Cristo é um Rei que governa os corações, proclamando o reino de amor e cuidado pelos pobres e sofredores. Seu reinado não é de opressão, mas de libertação; não de acumulação, mas de partilha. Nesse reino é possível encontrar a verdadeira riqueza na capacidade de ajudar, na compreensão e na busca pela justiça social. Cristo, Rei do Universo, desafia cada um a construir um mundo onde o amor e a compaixão reinem sempre. Que essa história de vocação, comunicação e evangelização continue sendo escrita pelas mãos de Deus. Boa Leitura!

Ano XXVIII - nº 297 - Novembro de 2023 Revista mensal da Diocese de Toledo

O despertar vocacional é missão contínua na Diocese de Toledo

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Investimento em publicidade é fator para estimular vendas no varejo

Viva Cristo Rei!

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“Tempo de Casa” é reflexo de 72 trabalho bem feito todos os dias

Festivo comemora sementes vocacionais que começam a germinar

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Homens precisam virar o jogo do diagnóstico tardio

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O amor de Deus se infunde em nosso coração pelo dom do Espírito Santo O que nos move como Igreja e como indivíduos? O que nos inspira? O que determina nossas escolhas, nossas prioridades? O que nos faz perseverar em algumas situações e nos leva a não desistir mesmo com um grande custo pessoal? O que nos leva a mudar radicalmente os caminhos, as ideias e o comportamento em outros momentos? Fazemos essas perguntas a nós mesmos porque somos confrontados com uma frase que encontramos no versículo 14 do capítulo 5 da segunda carta de Paulo aos Coríntios: “O amor de Cristo nos impele”. O apóstolo São Paulo não teria dúvidas em responder à pergunta: “O que te move, Paulo? O que te forçou a mudar radicalmente o rumo da tua vida? O que determina tuas decisões no dia a dia? O que te leva a não desistir de uma Igreja tão complicada e conflituosa como a de Corinto? O que te tornou tão obstinado e incansável apesar de ter recebido golpes açoites de seus oponentes cinco vezes em público, apesar de ter sido espancado três vezes com varas, ter enfrentado várias vezes a prisão como inocente, ter sofrido ameaças de morte. Uma vez até escapou do apedrejamento, naufragou três vezes e inúmeras vezes enfrentou perigos, sofreu fome e frio (2Cor 11,23-33)? Tu, cidadão romano de nascença, membro de uma importante família da cidade de Tarso”? Se questionado por nós, ele teria respondido simplesmente, como, naquele tempo, disse à sua comunidade: “É o amor de Cristo que me impele, me força, é o amor de Cristo que me possui, me governa. Existe algo maior que minha força e que domina minha vontade. Não posso fazer de outra forma. É a força do amor de Cristo”. D. João Carlos Seneme, CSS A cruz pode parecer o fim

Bispo da Diocese de Toledo

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de tudo e a derrota do amor, até mesmo do amor de Deus, mas a ressurreição renova tudo, ilumina com nova força a vida e as escolhas de Jesus; a ressurreição declara que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus e que, através do seu amor e filiação todos os que têm fé são filhos de Deus. Este é o Evangelho da graça que devemos levar a todos os lugares. Porque o amor de Cristo nos possui, nos aquece, nos empurra, nos envia! Essa declaração evidencia que somos amados e por isso nos tornamos amáveis, apesar dos nossos defeitos e dos nossos fracassos. O amor de Cristo vence e dá esperança, ele nos envolve, nos transforma por dentro e nos faz profundamente alegres. Trata-se do amor doado, que está intimamente ligado às palavras e ações de Jesus, ao seu ensinamento de vida e a sua morte e ressurreição. No amor que vence a morte e o pecado está a raiz da verdadeira esperança para todos. Poder afirmar com Paulo que o amor de Cristo nos move, nos motiva, nos faz existir e avançar, nos obriga a servir, a acolher sem reservas. Com Jesus podemos ser acolhidos na presença de Deus. Da mesma forma que Ele nos ama verdadeiramente e nos acolhe com nossas faltas, nós também olhamos para ele e para os outros e descobrimos o dom precioso que recebemos de Suas mãos. Este amor ilimitado tem um grande poder regenerativo. Como diz o próprio Paulo: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que se fizeram novas”. Esta força, o amor de Cristo, ainda hoje motiva, traça o caminho e inspira decisões de vida de milhões de pessoas em todos os cantos do planeta e a Igreja existe por causa disso. Há ocasiões em que não é o amor de Cristo que nos possui, mas outras forças que dominam nossa existência e nossas instituições. Às vezes é o medo, outras vezes o apego às nossas crenças ou o desejo de não perder o que temos. O caminho é sempre retornar a Deus como seres necessitados de perdão e sentir novamente que Cristo nos ama com um amor puro e perfeito assim como nós somos. E então esse amor de Cristo brilhará novamente em nós, aquecerá nossos corações e brilhará através de nossos olhos. Este é o plano de Deus realizado por Jesus sob a ação de Espírito Santo que nos é confiado a tornar presente, atualizado principalmente, através da construção paz entre todos os povos.

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DESAFIOS VOCACIONAIS

O DESPERTAR VOCACIONAL É MISSÃO CONTÍNUA NA DIOCESE DE TOLEDO O Ano Vocacional 2023 com base no tema “Vocação: graça e missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” mostrou que pessoas se dispuseram com uma dedicação incrível em vista da promoção do que se chama de cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade. Como relatos necessários para que a comunidade de fé saiba um pouco deste esforço, a Diocese de Toledo e no Regional Sul 2 (Igreja no Paraná) notabilizaram um esforço gigante para atender esse propósito. “O Ano Vocacional nos movimentou e cumpriu seu objetivo que era fazer com que nossas comunidades pensem mais sobre a cultura vocacional”, afirma o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. Dentre os caminhos percorridos, a formalização de uma comissão para o Ano Vocacional, tendo como articulador o Pe. Juarez Pereira de Oliveira, reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, fez surgir propostas de atividades, o projeto celebrativo do Ano Vocacional na Diocese, entre outras ações, inclusive a ideia dos envelopes com a sementes distribuídas

Formação de agentes missionários para o Ano Vocacional

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A responsabilidade por manter acesa a chama vocacional é das famílias e de toda comunidade eclesial

às crianças, adolescentes e jovens. Nesse contexto, a reflexão da Diocese de Toledo apontou o chamamento para a formação de 40 missionários, sendo seminaristas diocesanos, religiosos, religiosas e alguns padres que se lançaram na Missão Vocacional – em abril e junho deste ano –, um projeto diocesano levado aos quatro Decanatos que se configurou em muita descontração, oração e mensagens vocacionais voltadas ao público infantojuvenil das paróquias. Mas para acontecer a Missão Vocacional, a Diocese contou com 165 agentes vocacionais das paroquiais, os quais foram responsáveis por preparar a chegada dos missionários. Sem dúvida, um engajamento muito bonito que evidenciou a disposição de todos em contribuir de alguma maneira para o despertar de vocações. A dedicação destas pessoas abarcou ainda a realização do retiro diocesano

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com participação de 16 paróquias, as quais enviaram 90 adolescentes. Como fruto desta iniciativa, em pelo menos três paróquias foram promovidos encontros de adolescentes replicando a metodologia. No contexto do Ano Vocacional, o Setor Juventude promoveu um Luau diocesano com programação que também chegou posteriormente em quatro paróquias. Com toda essa vasta programação, cerca de 11 mil crianças, adolescentes e jovens foram impactados pelos eventos. “A semente está lançada para a Igreja e para a própria sociedade, pois não estamos falamos somente da vocação sacerdotal, mas falamos das vocações religiosa, matrimonial e leiga”, salienta Pe. Juarez. Por fim, ele sonha que daqui a alguns anos essas crianças, adolescentes e jovens lembrem-se que foi neste Ano Vocacional que descobriram sua vocação.


CAMINHOS PARA A ANIMAÇÃO VOCACIONAL Durante o Ano Vocacional foi aplicada dos jovens que ocorreu uma pesquisa sobre a percepção de adono período de março a lescentes e jovens em relação à Igreja. junho deste ano. “Esse foi Mas não só isso: o questionário identificou grande desafio e ao mesaquelas que são as angústias, anseios e demo tempo a grande pérola sejos deste público perante a sua própria encontrada, porque perexistência, a relação com seus familiares, cebemos que é possível amigos, com a Igreja e com Deus. chegar à juventude e que Para isso, a Pastoral Vocacional da Igreja podemos ter lideranças no Paraná (Regional Sul 2) pensou três eique conversem, escutem xos que pudessem apresentar uma luz para e façam o discernimento”, a caminhada vocacional. O questionário se analisa. pautou nos temas “Ambientes VocacioAs sínteses enviadas penais”, “Atitudes Vocacionais” e “Acompalas Dioceses chegaram ao Atividades da Missão Vocacional realizadas nos quatro decanatos da Diocese nhamento Vocacional”, Simpósio o qual foi respondido em Vocacional, realizado animadores vocacionais no sentido do momentos de Catequese em setembro último na acompanhamento dos jovens, algo que ou em grupos de adolescapital do Estado. Esse não deve ser exclusivo aos padres formacentes e de jovens. Com material passou pela dores dos seminários. base nas respostas, se aprovação dos bispos Os bispos pediram ainda que seja produziu uma síntese em do Paraná e servirá de trabalhado o itinerário de discernimento cada Diocese no Paraná. base para a proposta de vocacional, com roteiro e indicações para A síntese da Diocese de trabalho vocacional do a juventude. Modelos inspiradores para Toledo você confere ao quadriênio 2024-2027. os jovens, como os santos da Igreja, e final desta reportagem. Conforme Pe. Marcetestemunhos de vida são considerados De acordo com Pe. lo, existe a indicação do nessa proposta como valores capazes de Marcelo Ribeiro da Silva investimento em itineráprovocar os jovens no despertar a vocação. assessor diocesano e rios de acompanhamen“Temos consciência bem ampla de que no Regional Sul 2 (Igreja to e aspectos do destemos uma tarefa vocacional, e que ela no Paraná) da Pastoral Em algumas comunidades, além de sementes pertar vocacional para vem de Deus e precisamos dar o máximo, Vocacional, é necessário foram distribuídas mudas de plantas para o as Dioceses. Soma-se a transformando-a numa missão de vida”, interpretar essa escuta cuidado das crianças e adolescentes necessária formação de exorta.

MOVIMENTO DE COROINHAS E ACÓLITOS Na conclusão do Festival Cultural e adolescentes, onde a primeira Vocacional, Pe. Juarez mencionou o vocação é amar e servir a Deus e aos Ano Vocacional “está apenas comeirmãos”, salienta. çando em nossas Paróquias”. Afinal, Ainda de acordo com Soneiva, muitas sementes já germinaram que também faz parte da Comissão e carecem de uma atenção espedo Serviço de Animação Vocacional cial. Como exemplo, cita os vários (SAV Diocesano), este ano dedicado grupos de coroinhas e acólitos que às vocações proporcionou diferennasceram ou se fortaleceram neste tes experiências nas Paróquias, período. como por exemplo, a oportunidade O movimento dos Coroinhas e de conversar sobre as dimensões Acólitos na Diocese de Toledo revela vocacionais, incluindo a vocação um grande testemunho de adolesda família, dos leigos, mas prinMovimento dos Acólitos e Coroinhas é crescente na Diocese de Toledo centes e jovens desejosos em seguir cipalmente despertar vocações Cristo. Apoiados por seus pais, eles são e este número vem aumentando. E são sacerdotais e religiosas. “Um grande deconvidados e participam de ritos próprios mais de 150 leigos que fazem um lindo safio é que possamos dar continuidade que marcam suas vidas a cada tempo. trabalho de formação e acompanhamento neste despertar, onde nossas Paróquias Soneiva Feix Dias de Souza, integrante destes em suas respectivas comunidades e comunidades devem estar abertas para da coordenação diocesana do Movimento e Paróquias. “Vemos as crianças e adolesacolher as crianças, adolescentes e jovens. Coroinhas e Acólitos, destaca que, con- centes não só se envolvendo no serviço Nós pais, leigos de diferentes movimentos forme levantamento realizado em março ao altar, mas nas celebrações litúrgicas e e pastorais, como Igreja, somos respondeste ano, na Diocese de Toledo estão zelo à Eucaristia. A Igreja e o Movimento sáveis pela animação e formação das participando do Movimento exatamente dos Coroinhas e Acólitos são espaços para vocações. Estimular a cultura vocacional 1.134 sementinhas/coroinhas e acólitos despertar as vocações de nossas crianças é dever e missão de todos nós”, convoca. Ano XXVIII - nº 297 - Novembro de 2023

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DESAFIOS VOCACIONAIS

ANO VOCACIONAL 2023

Síntese da Diocese de Toledo

O articulador do Ano Vocacional, Pe. Juarez Pereira de Oliveira, pontua nesta edição da Revista Cristo Rei, os resultados da pesquisa feita com adolescentes e jovens da Diocese de Toledo, dentro da proposta da Pastoral Vocacional da Igreja no Para-

ná. Vale lembrar que os apontamentos, indicações e sugestões dos participantes da pesquisa tiveram total liberdade para refletir a realidade na sua comunidade de fé e, com muita simplicidade, apresentar sugestões e propostas. As respostas que

a Síntese da Diocese de Toledo traz sobre o Ano Vocacional são válidas de toda leitura atenta para a devida compreensão e, inclusive, para a proposta de caminhos a percorrer naquilo que a Igreja pode oferecer a partir dos valores do Evangelho.

AMBIENTES VOCACIONAIS

Locais onde os entrevistados sentem a presença de Deus (experiência pessoal) Os participantes da escuta feita neste Ano Vocacional no âmbito da Diocese de Toledo, dizem sentir a presença de Deus, como experiência pessoal, em momentos diversos, tais como: missas (com destaque ao comungar), na Catequese, na Liturgia da Palavra, em reflexões dirigidas, Lectio Divina e partilhas, assim como nos momentos em que pedem ajuda orando a sós (como para provas e trabalhos escolares). Citaram ainda durante a época da pandemia, no luto por familiares e amigos. Sentem a presença de Deus quando recebem os Sacramentos (ênfase na 1ª Eucaristia e na Reconciliação). Outros momentos fortes para eles acontecem em celebrações como da Sexta-feira Santa e do Domingo de Ramos, na adoração ao Santíssimo e no silêncio pós a Comunhão. Afirmam sentir a presença de Deus na pastoral, como em gestos concretos da missa e da Catequese. Para quem pensa que é exclusivamente na Igreja que os adolescentes e jovens dizem sentir a presença de Deus, aqui seguem os demais espaços que indicaram: na escola, reunidos com os amigos, no futebol, viagens como para o Santuário de Aparecida (SP). Em casa, o mesmo acontece quando rezam com a família. Na vivência diária, sentem Deus na natureza, em caminhos cotidianos que transbordam beleza e calmaria, e também no

abraço recebido. A experiência pessoal com Deus, dizem que acontece também nos momentos que se entregam de coração para ouvir o Senhor na oração antes de dormir. Encontros vocacionais no seminário e/ou em casas religiosas são outros locais citados. Sentem Deus nos testemunhos vocacionais, e para alguns coroinhas e acólitos, quando servem ao altar. A reflexão sobre o significado do Dízimo também faz sentirem Deus em suas vidas. As novenas de grupo foram citadas igualmente.

ONDE NÃO SENTEM A PRESENÇA Ainda em relação aos ambientes vocacionais, há um desafio muito grande na compreensão e atuação eclesial, das famílias e da própria comunidade de fé diante das respostas apresentadas. Alguns adolescentes e jovens disseram não sentir a presença de Deus na Igreja, mas já a sentiram durante um culto protestante. Outros afirmam não terem feito a experiência de Deus até hoje em suas vidas. Sentem-se obrigados, por exemplo, a participar das celebrações apenas para cumprir preceito (busca de figurinhas), não compreendendo o real motivo do que fazem e, assim, não sendo cativados nem tocados pela graça de Deus.

PROPOSTAS SOBRE OS AMBIENTES VOCACIONAIS Os que se sentiram irmãos propõe melhorias para a comunidade de fé: acolher melhor, ouvir, deixar que a juventude se expresse mais; encontros com maior duração; celebrações específicas para a realidade de cada comunidade (exemplo: homenagem a alguém falecido, prece por alguém doente, temáticas sobre problemas daquela realidade, a fim de gerar apoio e união). Propõem ainda trabalhos em grupo, ou até em duplas ou trios, para melhorar a partilha de todos (socialização) e realizar apresentação de cada membro para que se conheçam e facilite o entrosamento, utilizando dinâmicas, músicas e brincadeiras de apresentação. Sugerem ainda como desafios para a 8

Igreja a realização de retiros e encontros com grupos específicos, animações, gincanas, brincadeiras, rodas de conversa e celebrações para cada faixa etária. Indicam ainda que é importante incentivar que os participantes se ouçam, respeitem uns aos outros, façam silêncio, prestem atenção às orientações. Deles mesmos vem o pedido de maior investimento na juventude, assim como o respeito pelo outro; compreensão da história do outro e o que o levou a ser e agir de tal forma. Os jovens mencionaram que o ambiente vocacional tenha atos concretos, como ajuda aos pobres, moradores de rua, doações, entre outros. Interessante notar que os respondentes da pesquisa propõem maior

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abertura dos seminários e casas religiosas para que possam conhecer tais ambientes. Pedem ainda liberdade para servirem onde se sentem chamados, com autenticidade e espontaneidade. Propõem mais missas jovens e encontros com temas diversos do dia a dia, tais como: vícios, pecado, jovens e casamentos, santos, vida sacerdotal e religiosa. Como iniciativas possíveis, apontam pela realização de ações que desenvolvam o hábito de um contato pessoal com o Senhor, não rejeitar quem se aproxima, promover o contato, o abraço, o toque para aqueles que necessitam, como também respeitar o espaço daqueles que não gostam; desenvolvimento de projetos que


visem trabalho em grupo e tenham uma aplicação prática na sociedade; tolerância; intercâmbio entre diferente grupos; lugares diferentes para os encontros, de preferência ao ar livre; disponibilidade; ânimo; testemunhos vocacionais durante a Celebração da Santa Missa para incentivar e tornar mais dinâmica a participação da comunidade. Consideram importante também o direcionamento correto da oração e que a pessoa do sacerdote, ou aquele que recebe um fiel, esteja mais

aberto, calmo e sereno para direcionar com caridade aquele que vem até ele pedindo ajuda. Já os que não se sentiram irmãos, apresentam como propostas de que precisa uma abordagem diferente dos coordenadores, uma linguagem mais acessível para cada faixa etária e um acolhimento verdadeiro do “diferente” que chega, além de maior abertura de quem coordena ou está à frente de pastorais e movimentos. Os que não se sentiram irmãos por falta de entrega própria ao

momento, dizem precisar de mais tempo para resolver suas questões pessoais e então se entrosar com um grupo. Há também os que dizem não se sentirem irmãos daqueles que não fazem parte de seu círculo de amizade ou que não são parentes próximos. Para ajudar esses, surgem propostas como maior demonstração de carinho, amor, respeito, sinceridade com caridade, gentileza, projetos que promovam a interação entre todos, olhar de compaixão, confiança.

ATITUDES VOCACIONAIS Os gestos e atitudes que servem de exemplo

Em relação às pessoas admiradas pelos entrevistados se destacam os familiares, em primeiro lugar, seguido pelos padres e religiosos (as), alguns santos e lideranças da comunidade. As características que os inspiram são o testemunho de fé a oração, a alegria em servir, a perseverança e a solidariedade. Os três valores mais importantes aos entrevistados são a fé, a humildade e o respeito ao próximo. Se tivessem que aconselhar um amigo em relação à escolha da vocação, indicariam um sacerdote ou religiosa para conversar sobre o tema vocação. Diriam para buscar a oração e dialogar com alguém que entenda do assunto. Em relação às passagens do Evangelho em que Jesus ensina as pessoas como viver, as que se destacaram foram, em primeiro lugar, aquelas ligadas à misericórdia, como por exemplo: a pecadora perdoada; o Filho Pródigo; e o trecho que ensina quantas vezes perdoar, seguida pela passagem das Bem-aventuranças e dos Mandamentos.

Sobre a proposta de se colocar a serviço para ajudar as pessoas, por amor a Jesus, a maioria respondeu afirmativamente “sim”, por ser gratificante ajudar os outros, como Jesus fez. Houve algumas respostas de que não se colocariam a serviço porque não querem compromisso com ninguém e por não admirar Jesus. PROPOSTAS Conforme a Síntese Diocesana, o que ficou evidente é que os pais e demais familiares continuam sendo os principais testemunhos de oração, de fé, perseverança e dedicação. Da mesma forma, o testemunho de serviço, a acolhida e a dedicação dos padres, das religiosas (das paróquias onde elas estão) e das lideranças das comunidades são os que incentivam as novas gerações. O amor que se dedica a Deus e ao próximo são atitudes importantes que não passam despercebidas aos entrevistados, e que incentivam para que façam a mesma coisa.

ACOMPANHAMENTO VOCACIONAL As maneiras de acompanhar o discernimento juvenil

Segundo os entrevistados, o acompanhamento de um jovem que está buscando descobrir e discernir sua vocação consiste em promover encontros mais entusiasmados que falem sobre a Igreja e vocações. Sobre o que se percebe que dificulta a acolhida, conversa e compreensão mútua entre jovens e Igreja e, em que os jovens e a Igreja estão falhando, eles entendem que a Igreja não está preparada para acolher as novas gerações. Citam um “tradicionalismo” da Igreja em contraponto às mudanças no mundo. Hoje em dia há muitas diversidades de entretenimento, não tornando as atividades da Igreja tão

atrativas, na opinião dos respondentes. Os jovens estão envolvidos com ambientes tecnológicos quem não dão espaços para atividades voltadas à Igreja. Citaram que falta incentivo e participação dos pais e que há desestímulos de outros jovens e pressão. Se fosse designado (a), no futuro, a acompanhar ou orientar um adolescente ou jovem sobre a escuta da própria vocação as qualidades que se deveria ter para realizar essa missão seriam: a paciência, a acolhida, a escuta, o incentivo, não forçar, não desistir, ser exemplo, humilde, respeitoso, ter conhecimento, experiência e ser motivador.

Das iniciativas que não podem faltar para que os jovens sintam acompanhados e possam discernir sua vocação, mencionaram: a promoção de atividades vocacionais, conhecer pessoas novas e outros ambientes religiosos acolhedores. PROPOSTAS Foram sugeridas dinâmicas e atividades lúdicas. Apontam que a Igreja deve se adequar aos jovens, e não somente os jovens à Igreja. Todos esses são pontos desafiantes para a devida compreensão e reflexão da Igreja e que pautarão as ações vindouras pela criação da cultura vocacional.

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Planejamento para 2024 prevê Congresso Regional da Pastoral Familiar A Comissão Regional da Pastoral Familiar (Sul 2) decidiu que coordenações e agentes estarão mobilizados pela realização, no ano que vem, da 7ª edição do Congresso Regional da Pastoral Familiar. A proposta foi extraída de reunião da Equipe Executiva, realizada dias 14 e 15 de outubro último em Assis Chateaubriand – Diocese de Toledo. Conforme rodízio entre as dioceses, o Congresso da Pastoral Familiar do Paraná terá a Diocese de Apucarana como anfitriã. Ela receberá o evento em novembro de 2024. Tema, lema e demais atividades para o ano que vem serão tratados na reunião da Comissão Regional da Pastoral Familiar que está marcada para os dias 18 e 19 deste mês na Diocese de Foz do Iguaçu. Mesmo assim, a equipe executiva do Regional Sul 2, pontua a necessidade de dialogar amplamente sobre vários assun-

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tos relacionados aos setores da Pastoral Familiar, quais sejam: Pré, Pós e Casos especiais. Há ainda a necessidade de dialogar mais a respeito do Serviço à Vida e do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (Inapaf) para que seja possível

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projetar novas ações da Pastoral Familiar no Paraná para o ano de 2024. A Equipe Executiva é composta pelos casais Coordenador e Vice-coordenador, Coordenadores dos Setores, Serviço à Vida, Inapaf, Casal Tesoureiro e Casal Comuni-


cação e Secretários. A reunião de planejamento contou ainda com a participação dos casais Coordenadores do Setor Pré-matrimonial da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, Diácono Paulo e Carmem (Diocese de Foz do Iguaçu), e o casal Jeandre e Suelen, da Arquidiocese de Cascavel, que além de coordenadores do Serviço à Vida no Regional Sul 2, também coordenam o Serviço à Vida na Comissão Nacional da Pastoral Familiar. A reunião da Equipe foi acompanhada integralmente pelos Bispos de Apucarana, D. Carlos José De Oliveira (Referencial da Pastoral Familiar Sul 2), D. Bruno Elizeu Versari, bispo de Campo Mourão e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Cloves e Milene Angeleli, da Diocese de Toledo, enquanto casal coordenador da Pastoral Familiar do Regional Sul 2, conduzem esses trabalhos que projetam as atividades pastorais para o ano de 2024.

Pastoral Familiar acompanha preparação de casais Foto: Carmo Follmann

Com o desejo de receber o Sacramento do Matrimônio e abrir seus corações na vocação para a família, casais da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Novo Sarandi, participaram dos encontros preparatórios orientados pela Pastoral Familiar. Assim, após algumas eta- Casais participantes dos encontros em preparação ao Matrimônio pas que contaram Como sinal de atenção da comunidade a com encontros personalizdos, dez casais estes casais, eles foram apresentados à asconcluíram esta preparação rendendo graças sembleia de fiéis reunidos e ainda convidados ao Senhor em celebração eucarística do último à participação na Liturgia da Palavra. dia 30 de setembro. Em seguida, todos participaram do jantar A preparação para o Matrimônio é uma das de confraternização para as famílias. Cada um atividades da Pastoral Familiar que a Paróquia recebeu o certificado dos encontros de prepasegue desde 2019, conforme orientação dioração ao Matrimônio. A cerimônia contou com cesana. O novo modelo propõe encontros a presença do pároco, Pe. Vanderlei Ghelere, de forma personalizada em pelo menos dez e de todos os agentes da Pastoral Familiar da momentos em que acontece a partilha ativa Paróquia Nossa Senhora das Graças. de todos.

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Viva Cristo Rei! A Solenidade de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI em 1925. Ela marca o fim de Ano Litúrgico e celebra Cristo, qual Rei do Universo e dos que creem n’Ele. É Padroeiro da Diocese, Padroeiro do Município e titular da Catedral na cidade de Toledo. Depois de uma caminhada espiritual iniciada no Advento, ao longo do Ano Litúrgico acontece um verdadeiro itinerário mistagógico de conhecimento na fé que nos impulsiona pelo desejo de viver na casa do Pai e nos anima no serviço de amor fraterno. E agora encontramos o ponto de chegada. Iluminados pelo Espírito Santo, seguimos Cristo e chegamos ao Pai. Lembra-nos São Paulo aos Tessalonicenses: “Recordamos a atuação de vossa fé, o esforço de vossa caridade, e a firmeza de vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1,3). Por isso, nosso louvor a Cristo Rei se estende também ao Pai e ao Espírito Santo. Na Paróquia Cristo Rei, Catedral de Toledo, iniciamos a festa já no Dia de Todos os Santos. Afirmamos a vocação cristã à santidade e fazemos do mês uma vida de ação de graças em base ao lema “A Ele louvor e glória eternamente”. Ser cristão é viver uma vida de louvor e gratidão por tudo, absolutamente tudo. É um abandonar-se nos braços do divino e com Ele construir uma vida

Celebrações lembram o Padroeiro da Diocese de Toledo

justa e fraterna. UNIDOS A CRISTO E AOS IRMÃOS Neste quadro teremos confissões e unção dos enfermos para doentes e idosos. Faremos um Tríduo com Santas Missas, nas quais celebraremos de forma catequética e mistagógica o caminho aberto por Cristo que nos possibilita a santidade, a compreensão e inserção existencial participativa na construção do Reino de Deus. Chegamos, assim, à experiência de aprofundamento do sentido da Santa Missa na vida de cristão. Nos 17 setores realizou-se a celebração sintonizando Catequese e celebração teológica, mist a g óg ica d o Sacramento. O Va t i c a n o I I põe a Santa Missa como ápice da vida cristã. Deu-se a possibilidade de

A Catedral Cristo Rei em Toledo, no centro da cidade

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“A Ele louvar e glória eternamente”!

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compreender onde o cristão se insere na vida de Cristo por meio de celebração: participa e se torna testemunho na vida ordinária, isto é, compreende como viver a missa (missão) no dia a dia. RESTAURAÇÃO DA CATEDRAL A Festa deste ano, para além da dimensão espiritual, comemora a conclusão da restauração da Catedral e festeja o início do badalar dos sinos, após vinte anos parados.

Dia 26 de novembro, por ocasião da Festa de Cristo Rei, teremos o Kit Churrasco Drive-Thru: 2 kg de carne bovina, 600 gr de carne de frango, maionese, saladas, cuca e farofa. Entrega no pátio interno da Catedral. Serve cinco pessoas. Fichas somente com aquisição antecipada na Secretaria Paroquial ou com os líderes de pastorais e movimentos ao custo de R$ 180,00. Participe, contribua com nossa comunidade. O resultado das vendas será revertido para a restauração da Catedral.


Jesus Cristo Rei do Universo sobre o altar na Catedral

Vitrais são um convite à contemplação. Um deles é o Anúncio do Anjo (Lc 1,26-38)

Foi necessária uma restauração profunda de toda a estrutura da igreja comprometida pela corrosão do ferro em suas paredes. Trabalho moroso que levou mais de um ano. E após foi reali-

zada a pintura, mantém-se o projeto original. Em consonância com seu estilo arquitetônico, um caracol que leva a vida da cidade ao altar e a partir dele a vida qual oferta agradável que sobe aos céus. Com iluminação externa especial, finalmente a Catedral vai estar no lugar em que deve estar: marcar o centro da nossa cidade expressando simbolicamente a vida do povo cristão que tem Cristo Rei como luz a ser seguida. Por isso, “A Ele louvor e glória eternamente”. Pe. Hélio José Bamberg Pároco da Catedral Cristo Rei

Documentos da Igreja propõem aos fiéis a redescoberta da Liturgia para o encontro com o Senhor O Papa Francisco, há quase um ano, brindou a Igreja com a Carta Apostólica Desiderio Desideravi “sobre a formação litúrgica do Povo de Deus”. Com ela, o pontífice concedeu a todos os católicos a possibilidade de uma leitura teológico-espiritual da Constituição Litúrgica Sacrosanctum Concilium, cujo aniversário de 60 anos está prestes de ser celebrado no próximo dia 4 de dezembro. Compreendendo Desiderio Desideravi como uma retomada do caminho conciliar, os benefícios para a Pastoral Litúrgica são certamente inúmeros. Essa reflexão pautou a 35ª Semana de Liturgia, no Mosteiro de Itaici, Indaiatuba (SP). Realizada de 16 a 20 de outubro, os estudos tiveram como foco o tema “Sacrosanctum Concilium 60 anos: Sentido teológico espiritual na perspectiva da Desiderio Desideravi”. A Constituição sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium relança a celebração do Mistério de Cristo como fonte da genuína espiritualidade cristã. Ao reconhecer a Liturgia como forma ritual da Revelação, situa-a como constitutiva do evento pascal, inerente ao Mistério de Cristo e da Igreja. “Sacrosanctum Concilium nos faz perceber que os ritos e preces não são mero adorno ou acréscimo ao Mistério Pascal com finalidade pedagógica, mas mostra-a como a atividade mais

Pe. Sérgio com demais liturgistas da Igreja no Brasil

excelente, embora não única, dentre as ações pastorais da Igreja”, comenta Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, um dos participantes do evento em Indaiatuba. Em Desiderio Desideravi o Papa Francisco medita sobre os grandes temas da Constituição litúrgica à luz da reforma litúrgica nela instituída. Mais de meio século após sua promulgação, ele propõe aos fiéis redescobrir a beleza da verdade da Liturgia que, precisamente, reside em ser a mediação para o encontro com o Senhor. O faz ressaltando a linguagem simbólica e a ação ritual interpretadas teologicamente na perspectiva da encarnação do Verbo, “método que a Trindade

escolheu para abrir o caminho de comunhão até nós” (DD 10). No ano em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil disponibiliza para todos os fiéis a tradução da terceira edição típica do Missal Romano, após aproximadamente duas décadas de muito trabalho, a Semana de Liturgia foi ocasião de festa. Animados na recepção do grande monumento da oração cristã e uma das obras mais emblemáticas da reforma litúrgica que em breve estará nas mãos das comunidades pelo País, a Semana de Liturgia foi preparada como um percurso formativo em vista de evidenciar como a Liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II fez-se de fato fonte de vida para a Igreja.

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Método da “Conversa espiritual” do Sínodo da Igreja conduzirá Assembleia Diocesana Os passos da evangelização na Diocese de Toledo para o próximo ano são definidos em Assembleia Diocesana, sempre considerando as urgências da Igreja e a continuidade das experiências exitosas. Desta vez, a condução destas propostas acontece por meio do método da “Conversa espiritual” que deu bases para a Igreja Católica Apostólica Romana preparar e realizar o Sínodo sobre a Sinodalidade. A metodologia já esteve presente na Assembleia do Povo de Deus, da Igreja no Paraná, realizada recentemente em Londrina e que agora será aplicada na Assembleia Diocesana de Revisão do Plano da Ação Evangelizadora, deste dia 5 de novembro, quando as lideranças estarão reunidas das 8h30 às 16h no Centro de Formação Instituto São João Paulo II, em Toledo. Um tema central conduzirá a Assembleia, repercutindo um pouco daquilo que se coloca como ponto de partida para a própria característica sinodal da Paróquia, ou seja, que ela assuma sua postura de encontro e diálogo, permitindo que o Espírito Santo atue na comunidade com o objetivo de que que trilhe caminhos de partilha e comunhão. “O diálogo no Espírito pode ser descrito como uma oração partilhada em vista do discernimento comunitário, para o qual os participantes se preparam por meio de reflexão e meditação pessoal. Oferecem uns aos outros o dom de uma palavra meditada, alimentada pela oração, e não uma opinião improvisada na hora” (Instrumentum Laboris, da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, nº 37). A metodologia da conversa espiritual, utilizada no Sínodo dos Bispos, que foi acompanhada pela Igreja no Paraná quando da realização da 43ª Assembleia do Povo de Deus, pode ser conferida na ilustração desta notícia.

Presença da Diocese de Toledo na 43ª Assembleia do Povo de Deus, em Londrina (22 a 24/09) quando se utilizou o método da conversa espiritual na abordagem do tema “Paróquia Sinodal: casa da iniciação à vida cristã”.

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Grupos de trabalho utilizarão o método da “conversa espiritual”


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Com um pouco de cada um, se faz muito pelas crianças Com apresentações culturais de encher os olhos, parceiros da Campanha Legal 2023 lançaram nas dependências da Casa de Maria – unidade de Toledo, o tema motivador deste ano: “Declare seu Carinho”. A Campanha é voltada ao contribuinte que anualmente recolhe o Imposto de Renda. O professor Marcos Oliveira conduziu um dos momentos de apresentações com seus alunos de percussão na cerimônia. A criatividade dominou Parceiros envolvidos no pleno desenvolvimento da Campanha Legal 2023 que tem prazo até 29 de dezembro para adesão do contribuinte do Imposto de Renda Pessoa Física a cena. As duas músicas – “Roda Gigante”, com a mensagem mostramos às crianda criança que quer crescer e depois ças que a música que cresce quer voltar a ser criança; pode ser feita em e a “oração do Pai Nosso” em um qualquer lugar com dialeto africano – contaram com materiais difereninstrumentos musicais diferencia- ciados”, conta com dos. “Garrafas pet viram chocalhos a alegria no olhar, e baldes de produtos se transforma- multiplicado pelas ram em tambores. Assim, fizemos crianças aplaudidas o som acontecer para acompanhar na demonstração. a apresentação. E temos outros Marcos é um dos trabalhos de reutilização em que profissionais dedicados que atuam na Casa de Maria, assim como os demais que estão nas diferentes Professor Marcos e grupo de alunos da percussão entidades assistenciais que se dedicam no cuidado para eles que tudo é possível para integral de crianças e adolescentes. aquele acredita e que vai em busca Na entidade, ele atende em mé- de seus sonhos”, comenta. dia 120 crianças. “C a d a u m ve m uma ideia e eles mesmos criam, fazem música. E l e s e n te n d e m de onde tiramos o som e a partir daí começam a fazer a música acontecer. Com isso mostramos 20

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Como contribuir sem desembolsar um centavo a mais? As formas de contribuição para auxiliar na sustentação econômico-financeira de entidades assistenciais que atendem crianças e adolescentes são muitas. Cada uma tem características próprias e, muitas vezes, vão em busca daquilo que a generosidade do doador é capaz. Porém, existe uma outra maneira de contribuir sem a necessidade de desembolsar nada a mais. Quer saber como? É o caso de quem recolhe anualmente o Imposto de Renda. Você sabia que parte do imposto devido, que é calculado pelo seu contador, pode ficar no município onde estão as entidades que

trabalham pelas crianças e adolescentes? Isso mesmo! Ao invés de recolher 100% para o caixa do Governo Federal, existe a opção do contribuinte Pessoa Física deixar até 6% do imposto devido diretamente no caixa destas respeitadas e fiscalizadas entidades. Para que fique bem claro: o contribuinte não recolhe imposto a mais, mas informa ao Fisco que ficarão até 6% do imposto devido em Toledo, e com destino certo: Casa de Maria, Ação Social São Vicente de Paulo, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Toledo (Apae), Associação Beneficente de Saúde do

Oeste do Paraná (Hoesp), Centro Social e Educacional Aldeia Infantil Betesda e Centro Beneficente de Educação Infantil Ledi Maas Lions. As empresas também podem participar da Campanha, tendo a opção de destinar até 1% do imposto devido. Todas as orientações para Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas são repassadas pelos especialistas em contabilidade, uma vez que existem detalhes sobre a forma de apuração do Imposto de Renda de ambos. Este ano a meta da Campanha é passar de R$ 1,2 milhão em destinações.

Destinação do IR qualifica atendimentos O coordenador da Cama Campanha e entregar bepanha Legal 2023 é o presinefícios à comunidade. dente da Casa de Maria de Lisiane Knaack, presidenToledo, Pe. Hélio Bamberg, te da Associação dos Contaque salienta o quanto a bilistas, lembrou que todos campanha tem mudado a os contadores podem auxirealidade das instituições. liar os contribuintes a fazer a “Temos outra qualidade, destinação. “Fazemos esse hoje, em termos de estrutrabalho com conhecimento tura, pessoal e equipamentécnico e segurança e, não tos, conquistas obtidas menos importante, exercenpelos recursos da Campado nossa responsabilidade nha Legal. O que mais nos social, trazendo às crianças alegra é ver as crianças Pe. Hélio Bamberg salienta qualificação e profissionalização das entidades uma qualidade de vida mesorrindo, brincando com lhor. É muito gratificante alegria, se alimentando e sendo vão as destinações do Imposto de saber que faz a diferença para elas”, acolhidas dentro das nossas enti- Renda) sem deliberação do Conselho. salienta. dades por cada um dos educadores Para colaborar com os contribuintes, PRAZO DA CAMPANHA LEGAL que as abraçam. Quero agradecer a as cooperativas de crédito estão juntodos que se envolvem nessa causa”, tas na causa, antecipando os valores A orientação é que as pessoas busdestaca. quem seus contadores para fazerem ao fundo a juro zero. A presidente do Conselho MuniEm nome das instituições financei- a destinação do imposto até dia 29 cipal da Criança e do Adolescente ras cooperativas, o vice-presidente de dezembro, lembrando que não há (CMDCA), Ires Damian Scuzziato, do Sicoob Meridional, Sonir Dalla qualquer ônus para o cidadão, pois enfatiza nenhum recurso sai do fundo Barba, afirmou que é de interesse das o valor destinado já está dentro do da Infância e Adolescência (para onde cooperativas continuarem a subsidiar imposto devido pelo contribuinte. (Reportagem e fotos: Revista Cristo Rei e Amanda Camargo/Sicredi)

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Nossa Senhora Aparecida: uma devoção incomparável As homenagens prestadas a Nossa Senhora Aparecida por incontável número de devotos espalhados por toda a Diocese de Toledo deixam muito claro o carinho que as pessoas têm pela Mãe de Jesus sob o título de Conceição Aparecida. É uma devoção que realmente impressiona, sob vários aspectos. A Padroeira do Brasil é presença forte em diversos locais, sobretudo em ao menos cinco paróquias no âmbito diocesano que estão em Toledo, Ouro Verde do Oeste, Terra Roxa, Mercedes e Guaíra. Nestas cidades estão as igrejas-matrizes das

comunidades de fé que se formaram no entorno. Mesmo naquelas que são dedicadas a outros santos de devoção, sempre é possível encontrar um ‘espaço’ para a Virgem de Aparecida e os devotos surgem dando a pronta resposta ao chamado daquela que conduz ao Filho Jesus. Diante de tamanha devoção, a Revista Cristo Rei oferece a você um breve apanhado de imagens compartilhadas pelas próprias comunidades, onde as crianças se envolveram nas celebrações, devidamente acompa-

Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Toledo Na Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Toledo, a celebração da Padroeira foi presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, que esteve acompanhado do pastor próprio Pe. Roberto Lopes de Souza e pelo reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, Pe. Juarez Pereira de Oliveira. A entronização das imagens das padroeiras da Matriz e capelas foi bastante envolven-

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te para as pessoas que saudavam Nossa Senhora levantando as mãos e com o uso de recortes de tecidos, numa demonstração devocional que envolveu adultos e crianças. Antes, da celebração, houve a procissão de Nossa Senhora Aparecida desde a Capela Imaculada Conceição até a Igreja Matriz, num percurso de aproximadamente um quilômetro.

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nhadas pelos pais e orientadas pelas equipes litúrgicas. Aproveite e leia ainda nesta edição o testemunho enviado pela Nicole Schmitz, da Pastoral da Comunicação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, da cidade de Maripá. Ela conta a história da dona Dulce Sapelli, uma irmã na fé de sua paróquia que vive uma experiência devocional. E assim, você tem a oportunidade de reviver esse tempo tão belo que tornou ainda mais maternal a Diocese de Toledo.


A devoção a Nossa Senhora Aparecida gera o testemunho nas pessoas Na comunidade de Pérola Independente, distrito de Maripá, mora uma cristã piedosa, de imensa dedicação e carinho pela Virgem Mãe de Jesus. Ela é Dulce Sapelli. As atividades promovidas pela cristã foram acentuadas ao longo dos anos em recompensa à benevolência, proteção e profundo amor desta para todos os fiéis católicos. Dulce mora no distrito de Pérola Independente desde os nove anos de idade, após o falecimento de seu pai. De família humilde, possuía nove irmãos e moravam em uma casa muito simples, concedida por Egídio Pandini. Estudou e depois trabalhou como doméstica na localidade, sendo que logo após conheceu o seu marido, Inácio Sapelli. Ainda durante o namoro, sua família se mudou para São Paulo, mas Dulce não os acompanhou. Logo após, se casaram e tiveram três filhos: Diego, Daniel e Débora. Seu filho Diego foi diagnosticado com depressão e Dulce se apegou em Nossa Senhora Aparecida para que intercedesse por ele na luta contra sua doença. Durante a noite, tinha sonhos com a Virgem Maria em que ela aparecia no céu envolta de muita luz. Muitos raios de luz branca emanavam de Nossa Senhora, em um aspecto angelical, e por isso sentiu que precisava retribuí-la pelos cuidados para com a sua família.

No ano de 2012, Dulce abriu uma panificadora em Pérola Independente e neste momento percebeu a necessidade de fazer alguma ação para agradecer a intervenção de Deus e de Nossa Senhora Aparecida na vida de seu filho Diego, de modo que passou a servir sorvete para as crianças no dia 12 de outubro, comemorado o Dia das Crianças. Porém, notou mais um chamado da Mãe de Jesus para fazer algo a mais para a comunidade, razão pela qual decidiu distribuir rosas para as clientes de seu negócio, acompanhadas de uma mensagem de Nossa Senhora. Da mesma forma, próximo ao mesmo ano, em 2015, começou a realizar novenas para Nossa Senhora Aparecida, marcadas por muita oração, fé e devoção. Para a realização da novena, Dulce conta com o auxílio dos Ministros da Igreja Católica de Pérola Independente e de outras pessoas que se fazem presentes e que incentivam esta prática por meio da sua devoção igualmente a Virgem Maria. Apesar disso, ainda assim sentia um chamado para realizar uma ação mais intensa, e por isso começou a organizar a festa das crianças, com a ajuda da comunidade em que vive. A localidade apoiou a iniciativa e até hoje colabora com a realização deste evento especialmente focado para as

Dulce Sapelli e sua devoção a Nossa Senhora Aparecida

crianças que ali vivem. Ao longo dos anos, a novena e a festa da criança, promovidas por Dulce, se tornaram populares e por isso tais ações representam um testemunho da sua atenção, amor e diligência a Nossa Senhora. Suas atividades são uma inspiração para todas as pessoas que residem no Município, além de intensificar a quantidade de devotos dedicados a consagrar e a bendizer a Virgem Maria. Nicole Naiara Schmitz Pastoral da Comunicação Paróquia Nossa Senhora de Fátima Maripá (PR)

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Ouro Verde do Oeste

Momento devocional da consagração a Nossa Senhora. Na Santa Missa a comunidade compartilhou a emoção de Laysa, Gabriel e Zequinha ao testemunharem as graças alcançadas

Fotos: Moon Fotografia

Entronização da imagem da Padroeira para rito de coroação. Em Ouro Verde do Oeste, a imagem peregrina visitou todas as capelas e comunidades para a novena e bênção das crianças.

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Capela Nossa Senhora Aparecida - Mercedes Fotos: Gustavo Boeing

Em Mercedes, devotos se prepararam para apresentação da Padroeira

Adolescente faz representação viva da imagem de Nossa Senhora Rito para o momento da coroação de Nossa Senhora

Entronização da imagem de Nossa Senhora na celebração em Mercedes

Capela Nossa Senhora Aparecida - Jardim Europa/Toledo Fotos: Alessandro Lara Teixeira/Deborah Alcassa

Devotos se aproximam para tocar na imagem da Padroeira em celebração no Jardim Europa (Toledo)

Rito de bênção sobre as crianças e pães na Capela Nossa Senhora Aparecida – Jardim Europa/Toledo

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Presença das crianças na missa campal realizada no Jardim Europa/Toledo que vive intensamente um período de construção da nova capela

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Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Tupãssi Fotos: Pascom

Apresentação da imagem de Nossa Senhora, conduzida por uma família com a mãe gestante em Tupãssi

Crianças em volta da imagem de Nossa Senhora para a bênção em Tupãssi


Capela Nossa Senhora Aparecida - Itaguajé – Jesuítas (PR)

Fotos: Patricia Furlaneto Pelissari

Entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida na celebração em Itaguajé. Devotos fizeram a procissão à pé desde a Igreja Matriz em Jesuítas até a Capela Nossa Senhora Aparecida, num trajeto de 12 quilômetros

Adolescentes envolvidos no Coral para Nossa Senhora Aparecida

Devocional para a composição do terço mariano

Crianças cantam para Nossa Senhora Aparecida

Capela Nossa Senhora Aparecida - Guaíra

Com o canto mariano, crianças prestam homenagem a Nossa Senhora Aparecida

Fotos: Marcos Albuquerque e Pascom

Preparação para a coroação da imagem da Padroeira

Pétalas de rosas homenageiam a Padroeira

Devotos rezam a Consagração a Nossa Senhora

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Diocese de Toledo participa do 10º Sulão de Catequese A Diocese de Toledo marca presença no 10º Sulão de Catequese, encontro regional que reúne catequistas dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Participam o assessor diocesano da Animação Bíblico-catequética, Pe. Roberto Lopes de Souza, o coordenador diocesano Fernando da Rocha, e Maria Carmela Lovera, vice-coordenadora. Este ano, o evento tem como tema “Catequis-

ta, Ministério e Missão Eclesial”. O Sulão de Catequese será recebido em Aparecida (SP), com programação que começa no dia 17 deste mês de novembro e se estende até dia 19. O evento visa aprofundar a reflexão sobre a formação para catequistas em vista do ministério proposto pela Santa Sé. A Diocese de Toledo está desenhando o modelo formativo para catequistas já atuantes, bem como para os novos.

A ajuda da Diocese de Toledo aos irmãos gaúchos No período mais crítico em que os irmãos na fé gaúchos passaram pelos efeitos devastadores do ciclone extratropical e consequentes inundações, a solidariedade se pronunciou. Por motivação do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, com articulação da Cáritas Diocesana de Toledo, foram reunidos R$ 109.056,10 em espécie. O montante é fruto da generosidade das pessoas que atenderam ao chamado em favor do povo riograndense e fizeram este geste concreto

por meio das coletas nas Paróquias nos dias 23 e 24 de setembro último. Aproveitando a ocasião, a Diocese de Toledo informa ainda os fiéis que foram repassados R$ 142.133,60 para a aquisição de bíblias visando atender a Ação Missionária Missão Palavra e Pão. Ela é uma iniciativa do Regional Sul 2 que mantém a Missão São Paulo VI, em Guiné-Bissau. A meta é encaminhar 25 mil Bíblias para os irmãos guineenses.

Grupo JUC promove Acampamento de Jovens Realizado dias 7 e 8 de outubro último, o 14° Acampamento de Jovens com Cristo (AJC), promovido pelo Grupo Jovens Unidos em Cristo (JUC), de Formosa do Oeste. O evento contou com 50 participantes, na faixa etária de 13 a 23 anos. Isabela da Rosa, coordenadora do Grupo JUC, destaca que o Acampamento é proposto anualmente, mas que em cada edição os jovens são levados a lugares diferentes, tudo como uma grande surpresa para eles. A recepção é realizada na Igreja, onde são repassadas todas as instruções. “O objetivo do AJC é proporcionar um encontro pessoal dos jovens com Deus, auxiliar com que eles se aproximem e se reconectem com Deus, e mostrar a eles a importância da família”, salienta Isabela. Após ter participado do AJC, espera-se que os jovens saiam com uma semente plantada no coração no que 26

Preparação dos jovens para o acampamento organizado pelo Grupo JUC

diz respeito a voltar ou começar a caminhada com Deus, e também que eles valorizem as pessoas que os amam como os amigos e a família. A programação do AJC contou com animação, missa, teatros e palestras sobre diver-

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sos temas. Nesta edição, o Acampamento incluiu abordagem sobre a história do Grupo JUC e da Pastoral da Juventude, a realidade do bem e do mal, drogas, o amor a Deus e a Nossa Senhora.


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Festivo comemora sementes vocacionais que começam a germinar Fotos: Karin Fotografias

Imagem pereg

Tudo perfeito: muita alegria, descontração, oração e principalmente com as bênçãos de Deus. Assim pode ser resumido o Festival Cultural Vocacional (Festivo) realizado pela Diocese de Toledo como atividade conclusiva do Ano Vocacional 2023. Adolescentes, jovens e suas famílias experimentaram uma tarde envolvente em que cada um pode mostrar seus talentos e fazer história. Os seminários diocesanos, congregações religiosas masculinas e femininas, bem como pastorais e movimentos apoiaram de maneira decisiva e se somaram ao festival expondo suas iniciativas como um sinal aos participantes: “Descubram sua vocação. Nós estamos aqui”! 28

O chamado à vocação é constante como o vento que sopra na brasa encoberta de cinzas. É pontual, individual e comunitário para demonstrar que todos são convidados e toda vocação deve ser cultivada, como uma responsabilidade de quem acompanha adolescentes e jovens. A alegria nas apresentações interpretações musicais e nas danças, as quais o Festivo levou ao palco, provocou estímulos saudáveis na plateia e contagiou a todos. Todo o esforço realizado teve o objetivo de oferecer condições para que os participantes sonhem com a vocação, seja ela qual for, se sacerdotal, religiosa ou matrimonial. A mensagem

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que fica é “acreditem na sua vocação, pois Deus está contigo”. O Festivo concluiu uma vasta programação de atividades que envolveram de ponta a ponta a Diocese de Toledo. Pe.


Juarez Pereira de Oliveira, articulador do Ano Vocacional na Diocese, disse que agora o Ano Vocacional começa nas paróquias. “Acreditamos que muitas sementes já germinaram e carecem de uma atenção especial, como por exem-

plo, o surgimento de vários grupos de coroinhas e acólitos que nasceram ou se fortaleceram em praticamente todas as paróquias”, afirmou. A celebração de encerramento do evento contou com a bênção do San-

tíssimo, em rito conduzido pelo bispo diocesano D. João Carlos Seneme. “O Ano Vocacional cumpriu seu objetivo: fazer com que nossas comunidades pensem mais sobre a cultura vocacional”, destacou o bispo diocesano.

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Paróquia Sagrada Família, de Toledo, celebra Jubileu de Prata Este mês de novembro é muito especial para a Paróquia Sagrada Família, de Toledo, que realiza as comemorações de seu Jubileu de Prata com uma programação que reconhece todos os esforços das lideranças e demais membros da comunidade ao praticar os valores do Evangelho. São 25 anos desde que foi criada a Paróquia em uma região da cidade que continua experimentando um crescimento populacional muito forte, inclusive com áreas ainda a serem loteadas no perímetro urbano. Diante desse fenômeno, eis a oportunidade de mostrar o rosto acolhedor da Igreja-comunidade frente às necessidades das pessoas. Para celebrar essa trajetória de unidade e fé, começa neste dia 3 de novembro e vai até dia 11, a novena em agradecimento e honra a Sagrada Família. Para marcar esse acontecimento, a Igreja Matriz acolherá as pessoas sempre às 19h30, com presença confirmada de padres que exerceram seu ministério nesta comunidade. “Vamos rezar em agradecimento a Deus pela nossa existência enquanto comunidade paroquial, bem como pelas orientações dos padres e a todos os membros das diversas

pastorais e movimentos que por aqui passaram e que não mediram esforços para o crescimento e fortalecimento da comunidade paroquial”, salienta o atual

pároco, Pe. André Fatega. As comemorações dos 25 anos da paróquia seguem no dia 11 deste mês com a celebração solene festiva que acolherá os padroeiros das capelas. Na ocasião, acontecerá um momento muito bonito que é a renovação do mandato dos Ministros Auxiliares da Comunidade, que são essas pessoas mais próximas do pároco no atendimento diário a quem busca a Igreja. Após a missa, será realizada a quermesse. No dia seguinte, domingo (12), o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, presidirá a celebração eucarística. Na missa, de caráter paroquial, acontecerá a administração do Sacramento do Crisma. A mobilização está intensa para esta celebração que tradicionalmente reúne familiares e amigos dos crismandos. Para o almoço festivo, será servido o famoso prato típico da Paróquia Sagrada Família, o Porco Light Desossado ao Legume. Kits para empresas ou famílias e almoços individuais estão à venda com as lideranças ou na secretaria paroquial. “Esperamos todos para celebrar conosco este momento de alegria e fé”, convida Pe. André.

História Fundada em 1983, a então Capela Sagrada Família, localizada no Jardim Panorama, cidade de Toledo, pertencia à área administrativa eclesial da Catedral Cristo Rei, que contava com 21 capelas em diversos bairros e também da área rural. A Capela Sagrada Família foi elevada ao título de Paróquia no dia 27 de dezembro de 1998, por D. Anuar Battisti, quarto bispo da Diocese de Toledo. No dia da criação tomou posse como primeiro pároco o Pe. Sérgio Augusto Rodrigues. Em seguida, deram continuidade à missão: Pe. Marcos Denck da Silva, Pe. Geraldo Marino Ferreira, Pe. Valdecir Caires Trajano, e desde 23 de fevereiro de 2022, o 5º Pároco, Pe. André Fatega. A partir de 2013, devido ao crescimento dos fiéis, e a necessidade de melhor atendê-los, a Paróquia passou a contar 30

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com um vigário paroquial, tendo os seguintes sacerdotes exercido seu ministério nesta função: Pe. Bráz Tarcisio Pauly, Pe. Juarez Pereira de Oliveira; Pe. José Roberto Garcia, Pe. Neimar Troes, Pe. Jociel Cristiano de Almeida e atualmente, Pe. Lucas Sebastião Schawrz. Atualmente, fazem parte as comunidades de fé: Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Caravaggio, Santo Antônio, Santa Luzia, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A Paróquia conta com lideranças engajadas nas pastorais e movimentos e organismos, tais como o Conselho de Pastoral Paroquial, Conselho de Pastoral da Comunidade e Equipe Executiva de Administração e Economia, empenhados na continuidade do trabalho da Ação Evangelizadora.


Crismas em novembro Foto: Sidney Neves/Foto Studio Tupãssi

Fim de ano se aproxima e a agenda de celebrações com o Sacramento da Crisma segue intensa. A maior concentração acontece agora em novembro, quando o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, estará em seis comunidades para administrar o rito aos crismandos. Outros três grandes grupos de crismandos participarão das celebrações em dezembro, sendo dias 1º e 2, na Paróquia São Vicente Palotti, em Palotina, e dia 3 de dezembro na Paróquia Menino Deus, em Toledo.

Rito da unção com óleo do Crisma

DATA

ATIVIDADE

LOCAL

4/11

Paróquia Santa Margarida

Vila Margarida – Marechal Cândido Rondon

11/11

Paróquia Sagrado Coração de Jesus

Marechal Cândido Rondon

12/11

Paróquia Sagrada Família

Toledo

18/11

Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes

Guaíra (D. Anuar Battisti)

18/11

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Ouro Verde do Oeste

25/11

Capela Santa Teresinha do Menino Jesus

Paróquia Menino Deus – Toledo

26/11

Capela São Luiz Gonzaga

Paróquia Menino Deus – Toledo

Tupãssi recebeu 48 crismandos para celebração

Fotos: Sidney Neves/Foto Studio Tupãssi

Alguns dos crismandos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e capelas

Adolescentes e jovens receberam o Sacramento da Crisma em Tupãssi

Ao todo, Tupãssi recebeu 48 crismandos da Matriz e duas capelas

A celebração com o rito do Sacramento da Crisma reúne em si uma série de significados. Para o próprio crismando, é a confirmação de sua fidelidade aos ensinamentos cristãos. Após ter mergulhado nos ensinamentos de Cristo e realizado

uma caminhada de entendimento e reflexão, chega o grande momento de receber o Sacramento que vai muito além um simbolismo, mas reúne em si o sagrado na sua fidelidade a Deus. Por exemplo, a Paróquia Nossa Senhora

de Lourdes, em Tupãssi, acolheu 48 crismandos em celebração no último dia 14 de outubro. Eram 34 da comunidade Matriz, 13 da Capela São Judas Tadeu (Jotaesse) e um da Capela Nossa Senhora Aparecida (Brasiliana)

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Escola de Português da Cáritas e parceiros, é porta de acesso ao futuro melhor para estrangeiros

A Escola de Língua Portuguesa da Cáritas da Diocese de Toledo, realizada com seus parceiros, é considerada a porta de acesso ao futuro melhor para estrangeiros. Ela se realizou após ter sido identificado que o desconhecimento do idioma local dificultava melhores chances no mercado de trabalho. “Essa cerimônia nos dá uma lição de ajuda mútua, sobretudo expressa o que Jesus nos ensinou”, afirmou o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, na solenidade de entrega dos certificados aos estrangeiros que participaram das aulas da Escola de Língua Portuguesa,

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uma parceria entre Cáritas Diocesana, Pontifícia Universidade Católica (PUCPR – Câmpus de Toledo), Secretaria de Desenvolvimento Humano e Embaixada Solidária. A cerimônia foi realizada no último dia 30 de setembro. Foram três meses de curso, num total de dez encontros que contaram com a participação de 60 estrangeiros. Este módulo ofertou o básico da Língua Portuguesa. Está sendo ava-

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liada a possibilidade de oferecer outros módulos (intermediário e avançado).


Em breve Pré I e II

MATRÍCULAS ABERTAS

cvmtoledo

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Pastoral da Juventude encerra 6ª Escola Diocesana de Liderança A Pastoral da Juventude (PJ) concluiu nos dias 21 e 22 de outubro último, a Escola Diocesana de Liderança (EDL) de 2023. Ela teve início em abril, num total de quatro etapas. O objetivo da EDL é despertar nos jovens a essência da liderança que existe dentro de cada um e levá-lo à reflexão sobre o significado da sua existência e o Participantes da 6ª EDL promovida pela Pastoral da Juventude potencial que para estar à frente das principais questem em sua alma tões da humanidade, sejam elas cultural, financeira e econômica, social, religiosa, Escola de Lideranças proespiritual ou até mesmo política. move a espiritualidade do Cada etapa seguiu uma temática do participante

material “Na trilha da Juventude”, proposto pela PJ, seguindo assim as místicas de Belém – lugar de nascimento de Jesus; mística de Betênia – lugar favorito de Jesus; mística de Nazaré – lugar da infância de Jesus; mística de Samaria – lugar onde Jesus converte uma pecadora, e finalizando com Emaús, que é o caminho da reflexão, da escuta da vida, das dores e tristezas. Ao final das quatro etapas, os novos líderes foram certificados pela PUCPR, com um certificado de 100 horas/ aula. A coordenação diocesana da Pastoral da Juventude e Assessoria da PJ Toledo parabenizam os novos líderes e ficam muito satisfeitos com o resultado da 6ª EDL.

Grupo JUJA retorna às atividades Na noite do dia 21 de outubro, aproveitando a realização da EDL, foi comemorado o retorno do Grupo JUJA, da Paróquia Menino Deus, de Toledo. Assim, foi realizado um encontrão com os jovens da comunidade que foi muito proveitoso e impactante. Parabéns a todos! Jovens participantes do Grupo JUJA, da Paróquia Menino Deus (Toledo)

Acólitos em Tupãssi A comunidade da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi, recebeu com muita alegria 11 adolescentes e jovens, na faixa etária de 14 a 19 anos, que receberam a investidura de Acólitos. O grupo já realizava o serviço de coroinhas na Paróquia desde 2018. Em celebração eucarística presidida pelo pároco, Pe. Solano Tambosi, no último dia 30 de setembro, familiares dos acólitos e a comunidade em geral, testemunharam esse gesto de amor a Cristo no serviço aos fiéis. Os acólitos 34

passaram por encontros de formação com o Seminarista Matheus. Os acólitos têm a missão de servir a Deus em diversos trabalhos paroquiais, tais como na Liturgia e nos movimentos com grupos de adolescentes, e serão testemunhas vivas de Cristo em toda a missão. Que Deus os abençoem para que sejam perseverantes e alegres na missão, e que Nossa Senhora de Lourdes interceda por cada um deles para que sejam fiéis e confiantes na caminhada.

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Grupo de Acólitos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes


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Realizado 1º Mutirão de Comunicação da Diocese de Toledo

Participantes do 1º Mutirão de Comunicação (Muticom) da Diocese de Toledo ampliaram horizontes na missão que exercem em suas respectivas comunidades

A Diocese de Toledo alegra-se pela realização do 1º Mutirão de Comunicação (Muticom) realizado no dia 21 de outubro último, nas dependências do Centro de Formação Instituto São João Paulo II, em

Pe. Vanderlei Ghelere, pároco das Paróquias Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova) e Nossa Senhora das Graças (Novo Sarandi), ministrou a Conferência “A comunicação assertiva na Igreja”

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Toledo, com a expressiva representatividade de 26 das 32 paróquias da Diocese. O Muticom contou com 70 participantes, entre eles pasconeiros e fiéis interessados a conhecer a Pastoral da Comunicação (Pascom) para melhor comunicar e evangelizar em suas comunidades de fé. O encontro abordou o tema “Comunicar é dom e compromisso” e possibilitou indispensáveis reflexões que passam a iluminar o caminho Pe. Adilson Naruishi, assessor regional da Pascom Paraná, conduziu a Conferência “A espiritualidade no trabalho da Pascom” da comunicação na Igreja e na vida cotidiana. O coordenador diocesano da Pascom, Carmo Follmann, e equipe diocesana avaliaram o evento positivamente. Ressaltaram que os temas abordados enriqueceram e capacitaram os agentes que atuam na área. Foi uma oportunidade única para aprender, compartilhar e crescer na área da comunicação eclesial. O evento abordou duas conferências e três oficinas práticas, com temas que permeiam a espiritualidade no trabalho da Pascom e a importância da comuniPasconeiros atentos às exposições dos temas no evento cação assertiva na Igreja.

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Pe. André destacou perspectivas do serviço da Pascom na Diocese

Pasconeiros compreendem o dom da comunicar na Igreja

Reunidos na celebração, pasconeiros rezaram pela missão

Celebração reuniu pasconeiros que participaram do Muticom

propostos: “Espiritualidade no trabalho da Pascom”, “Comunicação assertiva”, “Prática fotográfica” e “Estratégia e conteúdo para Instagram”. Com isso, os participantes vivenciaram uma jornada de aprendizado, inspiração e crescimento no 1º Mutirão de Comunicação da Diocese de Toledo. O Muticom foi concluído com celebração eucarística presidida pelo Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora e responsável pelo Centro Integrado de Comunicação da Diocese de Toledo e Pastoral da Comunicação. Muticom reuniu voluntários que atuam na comunicação em suas paróquias

Liturgia da Palavra é expressão da arte de comunicar

As oficinas práticas foram oportunidades valiosas em que os participantes desenvolveram habilidades a partir dos temas

Participação dos pasconeiros na celebração

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Articulação da PJ na Província de Cascavel é mantida com a Diocese de Toledo Eliane Leal, integrante da Pastoral da Juventude da Diocese de Toledo é a nova articuladora da PJ na Província Eclesiástica de Cascavel. A escolha ocorreu durante a 19ª Assembleia Regional da Pastoral da Juventude, realizada na cidade de Munhoz de Melo, região da Diocese de Apucarana. Eliane desempenhará suas funções como referência às coordenações diocesanas e de mobilização das mesmas para as diferentes atividades em que estiverem envolvidos os jovens. Certamente, alcançará seus objetivos, tendo em vista o histórico de muita dedicação quando esteve Participantes da Assembleia Regional da PJ na Diocese de Apucarana

Representantes da Diocese de Toledo na Assembleia

à frente da coordenação diocesana da PJ. Ainda durante a Assembleia Regional da PJ, realizada de 14 e 15 de outubro último, as coordenações diocesanas da Pastoral da Juventude do Paraná dialogaram a respeito dos passos da PJ Paraná no próximo triênio, pensando nas urgências da juventude. A Diocese de Toledo esteve presente no evento com a coordenação diocesana

representada por Flavia Barbosa, Francieli Bolognes e Kaliny Cruz, a assessora Jennifer Teixeira, e a jovem Eliane Leal. Participaram também representantes da coordenação Regional da PJ que são da Diocese de Toledo: Marines Bettega, assessora regional; Nathalye Lima, secretaria regional; e Karolayne Borges, que se despediu da articulação da PJ na Província de Cascavel.

Participação diocesana na Assembleia da Pastoral da Pessoa Idosa em Guarapuava Um dos objetivos da Pastodioceses. A Diocese de Toledo ral da Pessoa Idosa (PPI) é oresteve representada por Angeganizar redes de solidariedade lita Boufleur, da Paróquia São humana nas comunidades e Cristóvão. nos diferentes níveis para proMomentos de espiritualidamover o bem-estar dos idosos. de e reflexões sobre as metas Assim é o cotidiano de líderes e ações da PPI nas dioceses da PPI na Diocese de Toledo pautaram o encontro conduzique, por sinal, não medem esdo pela coordenadora estadual forços em vista do atingimento Rozilda Lemes do Nascimento. desta finalidade no cotidiano Dentre as ações propostas das visitas domiciliares, cadasestão incentivar a presença tramento e acompanhamento de líderes nos conselhos da população com idade avan- Participantes da Assembleia Regional da Pastoral da Pessoa Idosa em Guarapuava da pessoa idosa em suas çada e cabelos brancos. cidades, convidar mais votornar ainda mais preparados para esta Neste serviço pastoral da Igreja, a luntários para a missão, convidar os missão, após participação na Assembleia Diocese de Toledo conta com líderes jovens, envolver seminaristas e Ministros de Coordenadores Diocesanos da Pastoral devidamente engajados e motivados a Auxiliares da Comunidade, rever a ficha de da Pessoa Idosa do Paraná, realizado em desempenhar sua missão com toda a acompanhamento, captação de recursos, outubro último, na Diocese de Guarapuaatenção que a população idosa precisa. além de uma atenção maior para o aplicava, da qual houve 100% de presença das Coordenadores da PPI acabam de retivo da Pastoral da Pessoa Idosa (SIGPPI). 38

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FAMILIAR

O Método de Ovulação Billings é recomendado para o planejamento familiar A fecundidade é um dom, um fim do Matrimônio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização (CIC, nº 2366). Papa Francisco na Exortação Apostólica ® (sobre o Amor na Família), afirma que o amor sempre dá vida. Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus (cf. Ef 3,14-15). Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do Matrimônio: o bem dos cônjuges e transmissão da vida. Papa Paulo VI em sua encíclica Humanæ Vitæ diz: “Usufruir do dom do amor conjugal, respeitando as leis do processo generativo, significa reconhecer-se não árbitros das fontes da vida humana, mas tão somente administradores dos desígnios estabelecidos pelo criador”. “A vida humana é sagrada”, recordava São João XXIII; “desde o seu alvorecer compromete diretamente a ação criadora de Deus”. Diante disso, a Igreja recomenda o Método de Ovulação Billings (MOB) para o planejamento familiar, sendo ele um método natural que contribui para que a mulher tenha um melhor conhecimento do seu corpo e favorece a harmonia e o diálogo entre os casais. Para saber mais sobre o MOB, tivemos uma partilha com Thais Tomio, da cidade de Umuarama (PR). Ela é instrutora do Método de Ovulação Billings e integrante do Centro de Planejamento Natural da Família (Cenplafam). Ela nos explica o que é o método e seus benefícios. O QUE É O MÉTODO DE OVULAÇÃO BILLINGS? “O Método de Ovulação Billings® é um método natural de percepção da fertilidade e pode ser usado para: 1) Monitorar a saúde reprodutiva; 2)

Abertura do casal à vida, mas com paternidade responsável

“O casal mantém-se aberto à vida, a partir de um discernimento orante que avalia se estão num momento de chamar uma nova vida à existência, de responder com generosidade ao chamado especial de serem colaboradores no Plano da Criação. Isto não exclui os casais que não conseguem gerar vida biológica, mas que podem gerar vida no coração. Não se trata de ter todos os filhos que a fertilidade propicia, mas de saber administrar de forma equilibrada a paternidade responsável”.

Conseguir uma gestação (eficácia de até 78%); 3) Espaçar uma gestação (eficácia superior a 99%). O Método de Ovulação Billings® é aplicável a todas as fases da vida reprodutiva, seja o ciclo menstrual regular, seja irregular, durante a adolescência; quando se abandona a pílula ou o DIU; quando a mulher está amamentando ou quando se aproxima da menopausa”. PORQUE O MOB É RECOMENDADO AOS CATÓLICOS? “Por ser um Método Natural, o Mé-

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FAMILIAR todo de Ovulação Billings® respeita a fertilidade do casal nos seus ciclos fisiológicos assim como foi idealizado pelo Criador. Respeita os documentos da Igreja que esclarecem as finalidades unitiva e procriativa do Matrimônio. O casal mantém-se aberto à vida, a partir de um discernimento orante que avalia se estão num momento de chamar uma nova vida à existência, de responder com generosidade ao chamado especial de serem colaboradores no Plano da Criação. Isto não exclui os casais que não conseguem gerar vida biológica, mas que podem gerar vida no coração. Não se trata de ter todos os filhos que a fertilidade propicia, mas de saber administrar de forma equilibrada a paternidade responsável. Na Teologia do Corpo, quando São João Paulo II fala de amor, ele diz que o amor verdadeiro é ‘total, livre, fiel e fecundo’. Matrimônio é doação da totalidade: corpo e alma. Esta entrega é total e não só uma parte. O ato conjugal é muito mais que uma entrega de corpos, é doação de vida, de interioridade. É assumir um compromisso total com o outro, admiração, bondade, vontade de amar sempre mais. Se esta não for a realidade de uma das pessoas, então aquele ato sexual é uma mentira e corrói o amor que os une, destruindo o casal, a sua dignidade e até a capacidade de se doar. A contracepção impede que a doação seja total, porque ao recusar a fertilidade um do outro, o casal está praticamente dizendo ao outro eu quero você, mas não totalmente (não quero a tua fertilidade), isto vai deteriorando as demais características de livre, fiel e fecundo. Não se trata de usar um Método Natural por obrigação ou medo, mas por entender o significado da fertili-

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dade como dom de Deus. Como um talento oferecido pelo Criador e que deve ser livremente acolhido e cuidado ou, recusado, dependerá da resposta que cada um der. A Igreja como mãe, quer assegurar que o sacramento do Matrimônio seja vivido na plenitude e o uso do MOB corresponde a esta justa preocupação”. COMO É A FORMAÇÃO PARA O MOB? “O Cenplafam é responsável por toda formação e atualização dos instrutores do MOB. Para se tornar instrutora do MOB, será necessário ser usuária do método por pelo menos seis meses acompanhada por uma instrutora qualificada e posteriormente passar pela formação teórica específica para instrutores oferecida pela Cenplafam (hoje temos essa formação on-line duas vezes por ano) e concluir um tempo estágio supervisionado. Para se tornar uma usuária do Autêntico Método de Ovulação Billings é necessário receber a instrução inicial de um instrutor qualificado ou ainda através de um curso oficial, e aceitar o acompanhamento durante o tempo de aprendizado. Na Região sul do país temos 3 formas de instruções: 1) Presencial, diretamente com um instrutor que faça parte da sua região (se houver); 2) Através do nosso curso on-line com acesso imediato a instrução inicial e encaminhamento para um instrutor qualificado - explicarei em breve mais detalhes dessa forma; 3) Famílias carentes, que não podem contribuir com nenhum valor e estão em regiões sem instrutores, poderão ser atendidas através do ‘Aulão da Regional Sul’, que acontece on-line, ao vivo, pelo Google Meet, a cada dois meses, necessitando de inscrição antecipada”.

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SOBRE O CURSO ON LINE “Para agilizar o atendimento, criamos um curso ‘Instrução Inicial do Método de Ovulação Billings®’, com aulas simples e objetivas onde você terá conhecimento de como funciona o Método. Com este curso você poderá iniciar as suas anotações e o seu acompanhamento. Esse curso está disponível na plataforma Hotmart. Ao adquiri-lo, você terá: 1) Acesso a vídeo-aulas de Instrução inicial do Método de Ovulação Billings®, por quatro meses e assistir quantas vezes forem necessárias; 2) Acompanhamento personalizado com uma instrutora credenciada por quatro meses a partir da data da compra (instrução por e-mail ou vídeo chamada)”. As mulheres interessadas em iniciar o método podem solicitar o link de uma instrutora no perfil de Thais no Instagram que é “Thais @mob Umuarama PR”. Thais é responsável pelo suporte do curso. “As famílias numerosas são uma alegria para a Igreja. Nelas, o amor manifesta a sua fecundidade generosa. Isto não implica esquecer uma sã advertência de São João Paulo II, quando explicava que a paternidade responsável não é ‘procriação ilimitada ou falta de consciência acerca daquilo que é necessário para o crescimento dos filhos, mas é, antes, a faculdade que os cônjuges têm de usar a sua liberdade inviolável de modo sábio e responsável, tendo em consideração tanto as realidades sociais e demográficas, como a sua própria situação e os seus legítimos desejos’” (®, nº 167). Edvaldo e Lucineide Nascimento Casal coordenador diocesano do Setor Pós-matrimonial


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A necessidade de ser vigilante 32º Domingo do Tempo Comum | 12 de novembro de 2023 Leituras: Sb 6,12-16; Sl 62(63),2.3-4.5-6.7-8; 1Ts 4,13-18; Mt 25,1-13

Constantemente a Palavra de Deus insiste na observância da vigilância, pois, de fato, é necessária mediante a incerteza do amanhã. Ser vigilante é muito mais do que esperar passivamente. Antes, é uma espera ativa e transformadora.

do o costume, esta cerimônia de casamento iniciava com a ida do noivo até a noiva, mas era precedida de uma negociação entre o noivo e a família da noiva, por isso o atraso do noivo era esperado. A noiva, por sua vez, aguardava na casa de seu pai, juntamente com suas amigas com lâmpadas acesas, a chegada A SABEDORIA SE DÁ A CONHECER do noivo para buscá-la e ir à sua nova casa. As neO Livro da Sabedoria emerge na capital do Helenisgociações eram demoradas, pois a família da noiva mo que concentra grande parte dos judeus dispersos, era exigente quanto aos presentes que deveriam ser que sentem a necessidade de inculturar a fé dos anoferecidos à família da noiva, demonstrando o valor tepassados, assimilando elementos da cultura grega, enorme daquela que seria tida por esposa. Além de porém, sem perder o essencial da fé judaica. Há, sim, tudo isso, cumpria-se uma função social importante uma abertura ao diálogo, recordando que o Livro da para a época. Quando o noivo chegava, ao adentrar Sabedoria data do século I a.C, sendo o mais recente a sua nova casa com sua noiva, se iniciava a festa de dos livros do Antigo Testamento. casamento. Isto posto, a sabedoria não é encontrada; ela que Tendo presente este contexto, o Reino de Deus é se dá a conhecer, se deixa encontrar. A sabedoria comparado à festa mais alegre conhecida, que era a transcende a inteligência, que pauta-se na construção festa de casamento. Estas dez virgens, ou dez jovens, causal: causa e efeito. A sabedorepresentam o povo de Deus ria vai além e “meditá-la é, com - Tenho dado os condicionamentos adequados para que espera ansioso a vinda que a Sabedoria me alcance? efeito, a perfeição da inteligência” definitiva do Cristo (noivo). - Como está a minha vigilância? (Sb 6,15). Parte está preparada e parte - Tenho me esforçado em escutar, acolher e viver a Alguns interpretam a sabedoria não está preparada. Palavra de Deus? como a busca do sentido da vida, Escutar a voz do Cristo, outros a aproximam da imagem do próprio Deus. Mas acolher sua Palavra, viver de forma coerente é sinal o que é a sabedoria? Ela nos é apresentada como de preparação para a vinda do Senhor. Com isso nos aquela que é merecedora de ser procurada, desejaé pedido a vigilância em todos os momentos: na esda, esperada. Em todos os momentos ela deve ser cuta e acolhimento da Palavra, bem como na vivência buscada, pois ela dá sentido à tudo. Na interpretação concreta da mesma. e reflexão israelita, a sabedoria é identificada com a Quantas comunidades que, no cansaço da espera Lei de Deus, e ser sábio é cumprir os mandamentos do Cristo, acomodam-se, negligenciam a escuta e da lei de Deus. acolhimento da Palavra, são incoerentes na vivência A Sabedoria se apresenta ao homem, não é necesda mesma, julgando que o noivo (Cristo) demorará sário procurá-la, basta amá-la e ela estará “sentada à para chegar. A certeza da vinda definitiva do Cristo porta” (Sb 6,14). deve nos impulsionar para a vivência do Evangelho e à vigilância em nossos dias. O REINO DE DEUS É A FESTA MAIS ALEGRE E DEFINITIVA Esta parábola está dentro do discurso escatológico de Mateus, que trata do final dos tempos. Este discurso escatológico aborda o tema da segunda vinda de Jesus e as atitudes pedidas aos discípulos em preparação a tal vinda definitiva. É muito interessante o contexto desta parábola, pois nos remete aos rituais do casamento que, segun-

Leitura Diária

Dia 13: Sb 1,1-7; Sl 138(139); Lc 17,1-6 Dia 14: Sb 2,23-3,9; Sl 33(34); Lc 17,7-10 Dia 15: Sb 6,1-11; Sl 81(82); Lc 17,11-19 Dia 16: Sb 7,22-8,1; Sl 118(119); Lc 17,20-25 Dia 17 (Santa Isabel da Hungria): Sb 13,1-9; Sl 18A(19); Lc 17,26-37 Dia 18: Sb 18,14-16.19,6-9; Sl 104(105); Lc 18,1-8 Ano XXVIII - nº 297 - Novembro de 2023

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Um chamado a ser amor-doação 33º Domingo do Tempo Comum | 19 de novembro de 2023 Leituras: Pr 31,10-13.19-20.30-31; Sl 127(128),1-2.3.4-5ab; 1Ts 5,1-6; Mt 25,14-30 Neste 33º Domingo do Tempo Comum, já nos encaminhando para o final deste Ano Litúrgico, somos convidados através desta Liturgia a cultivar em nossa vida de fé a vigilância diante de nosso coração e de nossas atitudes, a fim de que possamos viver com intensidade e de modo genuíno a nossa fé, configurando nosso ser e nosso agir ao modo de ser de Jesus Cristo como uma verdadeira e generosa abertura a Deus e ao próximo.

de nosso amor-doação, como nos convida a viver o Evangelho. VIDA: UM TALENTO A SER CULTIVADO

O Evangelho deste domingo nos apresenta a Parábola dos Talentos, uma parábola do discurso escatológico de Jesus. Nela vemos um relato de um homem rico que divide os seus bens entre seus servos para que, ao retornar, veja incrementado. Ao apresentar esta parábola, Jesus quer apresentar a nós um novo UMA RESPOSTA DE AMOR estilo de vida, próprio do Reino de Deus, inaugurado por Jesus, A primeira leitura apresenta um elogio à mulher virtuosa do qual somos chamados a sermos discípulos construtores. destacando-a como um modelo daquele que deseja configurarA vida é o maior talento que o Senhor concede a cada um de -se ao agir de Deus. Ao apresentar tal mulher, o autor destaca nós. Assim como na parábola, podemos vivê-la de maneiras difealgumas qualidades importantes: é trabalhadora, tem coração rentes. Corremos o risco de vivê-la ensimesmados e em função generoso, mas por fim, destaca o temor ao Senhor. Este temor, da realização de nossas próprias vontades. Assim nos fechamos não se representa como um medo, mas uma disponibilidade e e limitamos nossa vida, dominados pelo medo de perdê-la, como para realizar a vontade do Senhor. O temor é resposta daquele fez aquele servo que movido de medo, enterrou seu talento. coração que encontrou em Deus a fonte do verdadeiro sentido O verdadeiro cuidado ou vigilância com o talento que o Sede nossa vida e busca assim realizar a Sua vontade na própria vida nhor confia a cada um de nós, não se faz numa espera passiva manifestando-se na generosidade de nossas atitudes com os ouou apenas uma estrita observação, motivados pelo medo. Mas tros; é uma resposta ao amor que se demonstra na doação de si. é antes uma vigilância que nos convida a investi-la e vivê-la de Este modo de agir é próprio daquele que sabe valorizar aquilo maneira ousada e criativa, iluminados e orientados pela Palavra que é essencial, sem preocupar-se com as aparências, com os de Deus, capaz de gastá-la na construção do Reino de Deus entre reconhecimentos e com a exterioridade. É fruto do amor que nós. Trata-se de encontrar o verdadeiro sentido de nossa vida provém de Deus, que nos preenche, mas que é também amor e de ali nos gastarmos, vivendo-a como diálogo amoroso com transbordante que adquire sentido Deus, cheios de generosidade para realizar - Como tenho vivido e gastado minha vida? a vontade de Deus gastando-nos num verquando nos leva à generosidade do - Busco guardá-la ou a vivo como abertura e dadeiro amor-doação ao outro. Somente coração, na doação ao próximo. É o doação a Deus e aos irmãos? modo de agir dos que são filhos da luz, assim, realizaremos o pleno sentido da - Quais talentos que ainda posso investir e conforme nos aponta a segunda leitura. vida: se a vivermos como plena abertura colocar em generoso serviço? à Deus e generosa abertura e serviço aos REFLEXOS DE CRISTO outros, por amor a Ele. A segunda leitura enfatiza o tema da vigilância: “Sejamos vigiQue assim como uma vela que se gasta para iluminar o amlantes e sóbrios”. Este é o convite a todos nós, para que em nossas biente onde se encontra, também assim possamos nós sermos atitudes sejamos verdadeiros filhos da Luz, agindo sempre de sempre vigilantes. A fim de vivermos sempre como filhos da Luz, maneira empenhada em fazer aquilo que Cristo nos ensinou. possamos iluminar e transformar os ambientes em que vivemos. O contexto desta leitura, como também aquela do Evangelho, mostra os cristãos que se encontravam desanimados porque Leitura Diária esperavam um imediato retorno de Cristo, após sua morte, mas como isto não acontecia, começaram a viver sua fé de maneira Dia 20: 1Mc 1,10-15.41-43.54-57.62-64; Sl 118(119); Lc 18,35-43 superficial. Dia 21 (Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria): Diante dos desânimos, do mundo que nos cerca e da falta de Zc 2,14-17; Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55; Mt 12,46-50 esperança, também nós podemos cair na tentação de também não Dia 22 (Santa Cecília): 2Mc 7,1.20-31; Sl 16(17); Lc 19,11-28 cultivarmos em nossa vida a vigilância de nossas atitudes. Através desta vigilância, devemos buscar assemelharmo-nos a Cristo, ser Dia 23: 1Mc 2,15-29; Sl 49(50); Lc 19,41-44 sempre “como Cristo” (=cristãos) em nosso modo de viver, reflexos Dia 24: 1Mc 4,36-37.52-59; 1Cr 29,10.11abc.11d-12a.12bcd; Lc 19,45-48 de Cristo entre nós, como uma profunda opção de vida e assim Dia 25: 1Mc 6,1-13; Sl 9A(9); Lc 20,27-40 nos tornaremos construtores do Reino e geraremos vida através 44

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“O Senhor é o pastor que me conduz” Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo | 26 de novembro de 2023 Leituras: Ez 34,11-12.15-17; Sl 22(23),1-2a.2b-3.5-6; 1Cor 15,20-26.28; Mt 25,31-46

Somos agraciados pela oportunidade de chegarmos ao final de “mais um” ciclo litúrgico e proclamarmos Jesus Cristo, Rei do Universo. A expressão “mais um”, não no sentido de algo repetitivo, como tantos outros, mas sim, de um passo muito importante para nossa santificação. Iniciamos com o tempo da espera da vinda do Messias, celebramos o nascimento, vida pública, morte e Ressurreição de Jesus Nosso Senhor. Diante das intempéries da natureza, dos conflitos humanos, nós aqui no Brasil ao concluirmos o 3º Ano Vocacional, com o coração ardente e os pés a caminho, somos impulsionados a caminharmos de mãos dadas, vivendo a sinodalidade.

Proclamar Jesus Cristo com o nosso Rei, manifestamos que Ele é o Senhor de nossas vidas. Tudo o que existe é para sua honra, glória e louvor. Nega essa verdade quem se coloca no centro, querendo colocar Deus e os irmãos a serviço de suas necessidades e vontades pessoais. Mesmo que o último inimigo já foi vencido, Deus não impõe a ninguém a vida nova, pois Ele é misericordioso, mas é também justo. VINDE BENDITOS DE MEU PAI

Conforme o adágio popular “De boas intenções o inferno está cheio”, sabemos que ninguém se salva sozinho, que necessitamos da comunidade para vivermos a Palavra de Deus, pois é na EU FAREI JUSTIÇA ENTRE UMA OVELHA E OUTRA comunidade que de fato nos tornamos cristãos. No entanto, cada Em plena vida pública, quando os discípessoa é um mistério, que traz junto - Quanto tenho me aproximado de Deus, pulos pediram, que os ensinassem a rezar, com seu histórico familiar, potencialipelas minhas escolhas? Jesus, os ensinou que Deus é Pai e ama a dades, dons, como traumas e frustra- Em quais atitudes minhas, tenho todos. Amor que não é fruto da justiça, mas ções. A cada dia vamos construindo sim da misericórdia divina. Sendo filhos manifestado a ressurreição de Jesus? nossa história, na qual podemos nos amados, somos os continuadores da obra aproximar ou nos distanciarmos da - Sinto-me livre para amar o próximo, ou salvífica de Nosso Senhor. salvação oferecida por Deus a todos, preciso ser amado por primeiro? Durante o ano todo, a cada dia, a Palavra em Jesus Nosso Senhor. de Deus sempre nos aponta a direção para onde devemos camiNão é o suficiente dizer que amamos a Deus. São as nossas nhar. Em momento algum a justiça de Deus tira o nosso poder atitudes que fazem a diferença. Quem apenas reage aos estíde escolha, o que não quer dizer que a misericórdia Divina aceita mulos, não é cristão de fato. Se o meu tratamento para com tudo, de qualquer jeito. A salvação não é um mérito pessoal, o outro depende do modo como ele me trata, não é o amor mas uma graça concedida por Deus à todas as pessoas. cristão que me move. Há pregações que afirmam ser necessário se esforçar para Proclamar Cristo Rei do Universo, é gritar, com nosso modo ir para o inferno, pois cada pessoa no uso de sua liberdade, é de viver, que Jesus morreu na cruz para apagar nossos pecados chamada para abrir-se à essa graça e a afastar-se do caminho e que ressuscitou vencendo a morte. Não temos o que temer, do mal. Relatos bíblicos, apresentam que desde os primeiros pois em Cristo temos a vida. Transmitir essa vida nova ao mundo tempos, existiram pessoas que se fecharam a essa graça, e é a missão que recebemos em nosso Batismo. escolheram o caminho que leva à morte. Em Jesus, temos a Com o coração ardente e pés a caminho, devemos em comucerteza de que Deus Pai, não desiste de ninguém. Mesmo que nhão com a Igreja, viver a fidelidade a Palavra de Deus. Assim na condução de nossa vida, afastemos o nosso coração de o Papa Francisco motivou no Sínodo: “Este Sínodo no espírito Deus, temos a possibilidade do arrependimento e da mudança da ardente oração que Jesus dirigiu ao Pai pelos seus: ‘Para que de vida. Deus que tudo vê e tudo conhece, justamente por ser todos sejam um’. É a isto que somos chamados: à unidade, à misericordioso, não pelos critérios humanos, exercerá a justiça comunhão, à fraternidade que nasce de nos sentirmos abrano fim dos tempos. Ele que a todos ama, respeitará a escolha çados pelo único amor de Deus” (Vatican News, 09/10/2021). dos que se recusam serem amados por Ele. O ÚLTIMO INIMIGO A SER DESTRUÍDO É A MORTE A tonalidade da reflexão da liturgia que estamos celebrando não é de fim dos tempos, mas sim da nova criação manifestada em Jesus. Somos filhos amados de Deus, em Cristo, enviados a fazer nova todas as coisas, pois como vemos na carta de São Paulo aos Coríntios, já não temos mais o que temer, pois se o último inimigo a ser destruído é a morte (2Cor 15,16), este já foi vencido com a Ressurreição de Nosso Senhor, neste domingo, solenemente, aclamamos Rei do Universo, celebrando o dia do Cristão Leigo.

Leitura Diária Dia 27: Dn 1,1-6.8-20; Dn 3,52.53-54.55.56-57; Lc 21,1-4 Dia 28: Dn 2,31-45; Dn 3,57-59.60-61; Lc 21,5-11 Dia 29: Dn 5,1-6.13-14.16-17.23-28; Dn 3,62-63.64-65.66-67; Lc 21,12-19 Dia 30 (Santo André): Rm 10,9-18; Sl 18(19A); Mt 4,18-22 Dia 1º/12: Dn 7,2-14; Dn 3,75-77.78-79.80-81; Lc 21,29-33 Dia 2/12: Dn 7,15-27; Dn 3,82-83.84-85.86-87; Lc 21,34-36 Ano XXVIII - nº 297 - Novembro de 2023

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Advento, tempo de vigilância, esperança alegre e comprometida 1º Domingo do Advento | 3 de dezembro de 2023 Leituras: Is 63,16b-17.19b;64,2b-7; Sl 79(80),2ac.3b.15-16.18-19; 1Cor 1,3-9; Mc 13,33-37 Com o 1º Domingo do Advento, inicia-se um novo Ano Litúrgico na Igreja. A relação do ser humano com o tempo o ajuda encontrar o sentido de sua vida. Saber viver cada tempo sem ser escravo dele. A vivência religiosa com seus ritmos e ritos certamente ajuda cada pessoa encontrar harmonia interior e serenidade na jornada da vida. Advento quer dizer chegada, algo novo desabrochando. Este é um tempo especial de preparação para o Natal do Senhor Jesus. O Advento nos coloca em ritmo de espera e esperança, em atitude de atenção e vigilância, de alegria por causa da vinda de nosso Salvador. Este caminho de aproximadamente quatro semanas vai ser percorrido por cada um de modo pessoal e também juntos, em comunidade.

tão grande amor? A base de tudo é nos mantermos em comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, e vivendo como irmãos uns dos outros. VIGIAR É VENCER O MEDO; É UMA ESPERA CONFIANTE E FELIZ

O Evangelho nos apresenta uma das temáticas que marcam a primeira parte do Advento que é a escatologia, isto é, refletir sobre as coisas últimas ou definitivas. Qual é o fim último da nossa vida? Como nos preparar melhor para o futuro? E para nossa morte? O coroamento de nossa fé é o encontro definitivo com Deus, é a plena comunhão com Cristo. Esta linguagem apocalíptica não é para nos assustar, mas para nos encorajar a fazer mais pelo Reino de Deus. Jesus mesmo insiste sobre a necessidade de nos prepararmos para A ORAÇÃO ACALMA, CONVERTE E DIRECIONA A VIDA os eventos que estão por vir, mesmo que o dia e hora sejam descoO profeta Isaías “conversa” com o Senhor. A leitura é uma oração de nhecidos. Importante é que o Senhor não nos encontre “dormindo”, súplica confiante, quase um desabafo onde o profeta busca entender isto é, acomodados, omissos. as circunstâncias vividas à luz de sua confiança naquele que o chamou: A parábola conta a história do dono da casa que viajou e deixou o Pai. Isaías fala do sofrimento do povo num período de reconstrução. os cuidados de sua casa aos seus empregados, distribuindo a cada No centro da leitura está a confissão da culpa do próprio povo que se um sua tarefa. Nós somos os servos do Senhor que nos confiou afastou do Deus único e verdadeiro. É em razão tantas coisas. Jesus nos ensina dessa distância que o povo não consegue mais que vigiar é se manter fiel à missão - Como você deseja viver este tempo do Advento? reconhecer a face de Deus. O mal em nós oculta dada por Deus. A vigilância é uma O que você está disposto a fazer? Com quem? a imagem de Deus, torna nossos olhos pesados, atitude de quem está atento para Quando? incapazes de reconhecer o Senhor e a sua ação não se deixar levar pelas tentações - Você consegue sentir a presença de Deus na sua na história, na vida das pessoas, em nossa vida. do inimigo e, com a graça de Deus, vida? Embora a comunidade se sinta impura, superar suas armadilhas. Esta não - Que situações ou atitudes precisam ser manchada, desanimada, carregada pelo mal deve ser uma atitude passiva de melhoradas como sinal de vigilância e conversão? como folhas levadas pelo vento, o profeta espera ou de medo que paralisa, encoraja sua gente para reconhecer o que Deus é capaz de fazer mas marcada por ações concretas de quem se sente responsável, por eles. Deus é chamado de Pai e libertador (redentor), isto é, de quem reconhece e testemunha a presença de Deus na sua vida continua renovando a vida e redimindo os que nele esperam e e na sua comunidade. praticam a justiça. Duas dimensões devem ser levadas em conta neste Advento: De fato, em cada tempo é preciso, apesar da situação difícil e do de um lado, Deus nos ama e quer nos “visitar”, enviando seu Filho sofrimento, que as pessoas se deixem “modelar” novamente por Jesus. Por outro, devemos preparar nosso espírito e nosso coração Deus, sendo como o barro nas mãos do oleiro. Para prepararmos para este encontro. Nada de novo pode acontecer quando o coração os caminhos do Senhor, nada melhor do que nos entregarmos mais permanece insensível e incapaz de perceber as coisas de Deus. Para na oração e na prática da caridade, deixando-se converter pela ação que nossa esperança seja alegre e comprometida, procuremos intendo Espírito Santo em nós. sificar nossas orações e fazer nosso gesto concreto para estarmos em comunhão com Cristo e com a comunidade-Igreja. EM CRISTO NOS RECONHECEMOS IRMÃOS Paulo se mostra muito próximo das comunidades, como Cristo pede aos seus enviados. Ele testemunha a missão de “pastor junto às suas ovelhas”. Ele é conhecedor de suas dificuldades e afetuoso em suas palavras. Ele não chama atenção para si, mas se importa em encaminhar as pessoas para Cristo e orientar para que essa relação se mantenha saudável. Nesta introdução da primeira Carta de Paulo aos Coríntios, o apóstolo faz uma saudação e dá graças a Deus. Tudo neste texto se refere a Jesus Cristo, pois é Ele que concede a graça e é por causa d’Ele que devemos perseverar. Paulo destaca que os cristãos de Corinto são ricos por terem recebido muitos dons, mas que precisam viver unidos a Cristo. Deus é fiel, e qual será nossa atitude diante de 46

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Leitura Diária Dia 4/12: Is 2,1-5; Sl 121(122); Mt 8,5-11 Dia 5/12: Is 11,1-10; Sl 71(72); Lc 10,21-24 Dia 6/12: Is 25,6-10a; Sl 22(23); Mt 15,29-37 Dia 7/12 (Santo Ambrósio): Is 26,1-6; Sl 117(118); Mt 7,21.24-27 Dia 8/12 (Imaculada Conceição): Gn 3,9-15.20; Sl 97(98); Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38 Dia 9/12: Is 30,19-21.23-26; Sl 146(147A); Mt 9,35-10,1.6-8



Liturgia

Os Ritos Iniciais da missa: o sinal da cruz e a saudação Uma vez realizada a procissão inicial e o beijo do altar, prosseguem os ritos iniciais da missa com o sinal da cruz e a saudação a assembleia por parte daquele que preside. Quanto ao sinal da cruz, a Instrução Geral do Missal Romano diz que “executado o canto de entrada, o sacerdote, de pé, junto à cadeira, faz o sinal da cruz com toda a assembleia” (nº 50). Antes de tudo é preciso ver essa ação litúrgica como uma ação integrada no contexto dos ritos iniciais da celebração, ou seja, “fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembleia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia” (IGMR, nº 46). O sinal da cruz no início da celebração é uma ação ritual litúrgica e, por isso mesmo, carregada de profundo sentido humano, teológico e espiritual. É a primeira ação litúrgica, pela qual se constitui “oficialmente” a assembleia. É como se a pessoa que preside dissesse assim: “Em nome da Trindade santa (Pai, e Filho e Espírito Santo) declaro constituída esta assembleia litúrgica”. E toda a assembleia expressa o seu assentimento, dizendo: “Amém”, ou seja, assim seja, aprovado. Assim, junto com a saudação presidencial e a resposta do povo, se expressa “o mistério da Igreja reunida” (IGMR, nº 50). Uma vez constituída a assembleia litúrgica nos perguntamos: “Quem nos reúne para ouvir a Palavra e celebrar a Eucaristia”? É o Deus-Comunhão (Pai, e Filho e Espírito Santo). Neste Deus-Comunhão, por pura graça d’Ele, todos nós estamos em comunhão, formando um só corpo místico para celebrar a divina Liturgia, na qual somos tocados pelo seu amor misericordioso em todos os âmbitos do nosso ser. É o Senhor Ressuscitado na pessoa de quem preside que, de coração, nos saúda, abre a celebração em nome da Trindade. A celebração, portanto, se dá “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. O sujeito desta ação é o próprio 48

O gesto do sinal da cruz na celebração eucarística

Deus. Mas sua ação não é individual, é a Trindade: o Pai, juntamente com o Filho e o Espírito Santo toma a iniciativa atuando em nós e através de nós, seu povo reunido. Somos o sujeito visível desta ação realizada em conjunto com Deus. Ele nos convida, nos convoca para que, reunidos como irmãos e irmãs e em seu nome, celebremos com Ele uma aliança de amor e compromisso. O primeiro que fez o “sinal da cruz” foi o próprio Cristo, que “estendeu os braços na hora da sua paixão” (Oração Eucarística II) e que traçou entre o céu e a terra, por seus braços abertos “o sinal permanente da vossa aliança” (Oração Eucarística I da Reconciliação). Os cristãos, ao traçar sobre o seu corpo o sinal da cruz se reconhecem como a comunidade dos seguidores de Cristo, que nos salvou na cruz. CONFISSÃO DA NOSSA FÉ É um gesto simples, mas cheio de significado. O sinal da cruz é uma confissão da nossa fé: Deus salvou-nos na cruz de Cristo. É um sinal de pertença, de posse. Ao fazer sobre nós este sinal é como se disséssemos: estou batizado, pertenço a Cristo, Ele é o meu Salvador, a cruz de Cristo é a origem e a razão de ser da

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minha existência cristã. O monge beneditino Anselm Grün, escritor e místico moderno, assim escreve sobre o sinal da cruz no início da Liturgia eucarística: “Já no primeiro século, os cristãos se marcavam com a cruz. Ao fazê-lo, é como se talhassem ou gravassem em todo o seu ser o amor com que Jesus Cristo nos amou até o fim, morrendo por nós na cruz. Ao traçar sobre nós a cruz nós a burilamos em toda a amplitude do corpo: sobre a fronte (os pensamentos), no baixo ventre (a vitalidade, a sexualidade), sobre o ombro esquerdo (o inconsciente, o feminino, o coração), sobre o ombro direito (o consciente, o masculino, o agir). Ao fazer o sinal da cruz, asseguramos e antecipamos aquilo que celebramos na Eucaristia: que seremos tocados pelo amor de Cristo e que nada em nós fica excluído deste amor. Na Eucaristia, Jesus Cristo imprime o seu amor salvador e libertador em todos os âmbitos de nosso corpo e de nossa alma, para que tudo em nós espelhe sua luz e seu amor”. O sinal da cruz no início da Liturgia não tem nada a ver com “invocação” à Santíssima Trindade, como muitos pensam. Não tem sentido chamar esta ação litúrgica de “invocação” à Trindade. Pois é


Liturgia Ela que, por gratuita iniciativa sua já nos reúne em assembleia para, em comunhão de fé e amor, ouvirmos atentamente a Palavra e celebrarmos dignamente a Eucaristia. Simplesmente celebramos o fato de ser a Trindade que nos reúne para sermos tocados pela presença viva do Senhor, na Palavra e no Sacramento. O SINAL DA CRUZ NÃO DEVE SER FEITO DE QUALQUER JEITO Fazemos o sinal da cruz. Façamo-lo bem. Não um sinal precipitado, disforme, que ninguém sabe o que significa, mas um sinal da cruz bem feito, lento, amplo, da fronte até o peito, de um ombro ao outro. Sentimos como nos envolve completamente? Concentremo-nos por inteiro. Concentremos todos os nossos pensamentos e todas as nossas disposições neste sinal, enquanto o traçamos. Sentiremos que este sinal nos abraça o corpo e a alma, que nos recolhe, consagra e santifica. Porque é o sinal daquele que é Tudo e é o sinal da nossa salvação. Na Cruz, o Senhor redimiu a humanidade inteira. Por meio da Cruz, Ele santifica o homem e a mulher, totalmente, até a mais íntima fibra do seu ser. Por isso fazemos este gesto antes de rezar, para que nos ordene e concentre os nossos pensamentos, coração e vontade em Deus. Depois de rezar, para que permaneçam em nós as graças recebidas. Na tentação, para que nos fortaleça. No perigo, para que nos proteja. Na bênção, para que a plenitude da vida divina penetre na alma e nela fecunde e consagre tudo. Pensemos nisto toda vez que fizermos o sinal da cruz. É o sinal mais santo que há, o sinal de Cristo. Façamo-lo bem: lentamente, amplamente, com esmero. Pois este sinal envolve todo o nosso ser, figura e alma, os nossos pensamentos e vontade, os nossos sentidos e espírito, as nossas atividades, e nele tudo se fortalece, define e consagra pela força de Cristo, em nome do Deus uno e trino. O SENTIDO DO AMÉM NA CELEBRAÇÃO LITÚRGICA Uma vez feito o sinal da cruz a comunidade participa dando o seu Amém. Aliás, como atesta o Missal Romano, “terminado o canto de entrada, o sacerdote e os fiéis, todos de pé, fazem o sinal da cruz, enquanto o sacerdote, voltado para o povo diz: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O povo responde: Amém”.

Saudação do presidente da celebração nos ritos iniciais

“Feito o sinal da cruz, o presidente da celebração, abrindo os braços saúda a Assembleia. A saudação, no começo da celebração é muito antiga. Pelo menos, desde o tempo de Santo Agostinho, já se tem notícia dela. Ela indica que a convocação da assembleia é um gesto de fé e que vai se realizar um acontecimento em que Cristo Jesus e seu Espírito serão protagonistas”.

da Oração Eucarística: a comunidade, dizendo, ou melhor, cantando o Amém, sublinha o que o presidente proclamou em seu nome; e na comunhão, quando o ministro diz “o Corpo de Cristo” ou, se for nas duas espécies “o Corpo e Sangue de Cristo”, e o fiel responde “Amém”, reafirmando assim a sua Profissão de Fé no sentido desse momento privilegiado.

Portanto as palavras que acompanham este sinal (em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), é daquele que preside. A participação da assembleia se dá pelo Amém, que tem um sentido profundo em nossas celebrações. A palavra “Amém”, nós a herdamos, sem a traduzir, do hebraico, e significa fiel, firme, seguro, estável, válido. Por isso, transformou-se já no Antigo Testamento na aclamação com que alguém, sobretudo a comunidade, manifesta o seu assentimento e aceitação do que se disse ou se propôs. Com essa palavra se concluem as orações, bênçãos, promessas e alianças. Desde sempre se pronunciou o Amém na liturgia cristã, por exemplo, depois das orações. Como dizia Santo Agostinho, “o vosso Amém é a vossa assinatura, o vosso assentimento e o vosso compromisso” (Sermão contra os pelagianos, 3). Há dois momentos em que o Amém tem particular sentido: como conclusão

Feito o sinal da cruz, o presidente da celebração, abrindo os braços saúda a Assembleia. A saudação, no começo da celebração é muito antiga. Pelo menos, desde o tempo de Santo Agostinho, já se tem notícia dela. “Entrei... saudei o povo e as sagradas escrituras foram lidas” (A Cidade de Deus, 22,8). Ela indica que a convocação da assembleia é um gesto de fé e que vai se realizar um acontecimento em que Cristo Jesus e seu Espírito serão protagonistas. Depois do sinal da cruz, as primeiras palavras que ouvimos são palavras de inspiração bíblica: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.” Não tem, pois, sentido litúrgico o padre fazer de início um discurso de própria iniciativa, ou mesmo dar as boas-vindas à comunidade em seu nome, antes de ter feito com a assembleia o sinal da cruz, porque toda palavra por ele dirigida à comunidade a partir da

BENDITO SEJA DEUS QUE NOS REUNIU NO AMOR DE CRISTO

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Liturgia entrada deve exprimir o diálogo íntimo entre Deus e o seu povo. Não convém que se diga outra palavra antes disso, nem “bom dia” ou “boa noite”, nem comentários ou introduções. Para este momento, o Missal Romano apresenta três fórmulas de saudação para o sacerdote e uma específica para o bispo. A edição brasileira acrescenta, além das previstas pela edição latina, mais quatro. Esta saudação de quem preside vem sempre depois do sinal da cruz, o que indica que a comunidade se encontra ali reunida não por força humana, nem por vontade de alguns, mas por graça da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. E toda palavra que a partir de então o presidente da celebração profere, o faz não em seu nome pessoal, mas em nome da Trindade Santa, já que ele preside a Eucaristia “na pessoa de Cristo”. Como em toda a celebração, também na saudação inicial, o presidente está agindo “in Persona Christi”, ou seja, “em lugar, na Pessoa de Jesus Cristo”. Por isso a fórmula deverá ser sempre: “Esteja convosco” e nunca “conosco”. Talvez este

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“Quem preside, após ter beijado o altar em sinal de veneração e de ter feito, juntamente com toda a assembleia, o sinal da cruz, introduz, por meio de breves palavras, os fiéis no espírito da Missa do dia, incitando-os à união e à verdadeira participação em torno das duas mesas que compõem a ação eucarística: a mesa da Palavra de Deus e a mesa da Eucaristia”. pensamento fique mais claro, se considerarmos a narrativa da Ceia. Também lá, o presidente diz: “Isto é o meu corpo” e não: “Isto é o corpo de Cristo”. Quem age e fala, através do sacerdote, é o próprio Cristo. Daí o “isto é meu corpo”. Quem preside, após ter beijado o altar em sinal de veneração e de ter feito, juntamente com toda a assembleia, o sinal da cruz, introduz, por meio de breves palavras, os fiéis no espírito da Missa do dia, incitando-os à união e à verdadeira participação em torno das duas mesas que compõem a ação eucarística: a mesa da Palavra de Deus e a mesa da Eucaristia.

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Já nesse momento, adquire grande valor aquele aspecto de comunicação e empatia tão necessária a quem se põe diante do povo para presidir celebrações litúrgicas. Um presidente de celebração que saiba se comunicar convenientemente é capaz, desde o início, de “ganhar a simpatia” dos fiéis para Deus, promovendo na assembleia interesse e atenção em proveito da inteira ação litúrgica. Às vezes, basta um sorriso, um olhar mais cativante, uma palavra oportuna, uma sugestão apropriada, para levar todos a uma profunda comunhão e a uma intensa oração. O bom presidente da ação litúrgica é capaz de utilizar oportunamente vários meios, sempre em vista de uma mais plena celebração do mistério de Cristo. Na sequência dos ritos iniciais da missa temos o ato penitencial, o hino de louvor e a oração do dia. Assuntos para nossas próximas edições. Pe. Sérgio Augusto Rodrigues Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica


coamo.com.br

FAMILIAR

Para a Coamo, cooperação e comemoração têm o mesmo significado.

1º lugar na categoria Cooperativas e campeã histórica da EXAME. Nos 50 anos de Melhores e Maiores da Exame, temos mais um motivo para comemorar. Somos a campeã histórica desta renomada premiação. É o reconhecimento ao trabalho, à dedicação e à força dos nossos 31 mil cooperados, 9 mil colaboradores e 140 mil beneficiados. Transformamos amor pela terra e cuidado com o meio ambiente em produtos de alta qualidade para milhões de brasileiros. É assim que nos tornamos a maior cooperativa da América Latina.

AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA 51

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EFV

Consumismo e desigualdade social O ato de comprar é uma experiência que ainda bem cedo, iniciamos em nossa vida. Precisarmos de itens, tais como alimentos, roupas e calçados, já que principalmente na fase infantil “perdemos” com maior frequência, materiais escolares, alguns brinquedos, e por aí vai. E afirmo isso, pois tirando esse ato de termos acesso a coisas necessárias, pode ser que quando éramos ainda crianças, já começávamos a ganhar algumas moedas, “alguns trocados”, uma mesada a partir de determinada idade ou até mesmo presentes em forme de dinheiro de alguns familiares, e assim começamos a comprar pequenas coisas que temos em nosso imaginário infantil ou até a poupar para conseguir pequenas conquistas que a idade nos permite sonhar. O fato é que logo cedo nos tornamos consumidores, direta ou indiretamente. E isso não é um problema, mas aí surge uma variação desse termo e nesse momento se faz necessário separarmos consumidores de consumismo. Na palavra “consumidores”, o ato de comprar está ligado com à necessidade ou sobrevivência que todos nós temos presente em nossa vida. Já no termo “consumismo” isso é deixado de lado. O interesse em gastar com produtos sem utilidades é maior e é o que faz com que nos movamos para realizar compras. É “Diante de tantas possibilidades e estímulos para o consumismo, o brasileiro acaba se deparando com problemas de longo prazo, como o endividamento e o transtorno compulsivo de compras causado por ansiedade. Esse cenário não é algo só nosso. Relatórios de respeitadas organizações ambientais ditam que nós já estamos consumindo mais do que a capacidade do planeta se regenerar, assim, alterando e muito nosso planeta. A população mundial já consome 30% a mais do que o planeta consegue repor. No meio de tudo isso, chegamos a outra variável: a desigualdade social”. 54

Antes de comprar, deve-se perguntar: “Eu preciso”?

uma reflexão sobre o consumismo que faremos neste texto. O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman possui como uma de suas principais ideias e linha de pensamento, que atualmente vivemos em uma sociedade marcada pelo conflito do ser versus o ter. Ele afirmou que estamos vivendo a sociedade do consumo. Essa ideia defendida por Bauman de que as relações sociais são baseadas no consumo, ou seja, de que somos uma sociedade de consumo, ganha força com a necessidade de ostentação nas redes sociais e de possuir bens em comum (como smartphones, roupas de uma determinada marca, etc.) para se encaixar em um grupo. Dessa forma, o consumismo está presente em razão, dentre outros, da necessidade de participação de um grupo, de aceitação. A compra de bens supérfluos está ligada também a aspectos psicológicos, por exemplo, como

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a ansiedade. Há muita gente, vivendo de forma ansiosa, sofrendo com essa situação e se utilizando da prática de consumir para se sentir melhor. Muitos são os fatores que vêm acelerando esse processo que vemos acontecer: o acesso à internet, o surgimento de e-commerces, até mesmo as facilidades ao crédito muito acelerado pelo surgimento dos bancos digitais. Esses são fatores que facilitam o processo de aquisição de bens e produtos e estimulam o consumismo por meio de propagandas direcionadas em redes sociais. Afinal, quem de nós não percebe o forte bombardeio que temos de propagandas ao utilizar nossos celulares? Seja no ato de usarmos aplicativos que facilitam nossa


EFV comunicação, ao verificar nossas redes sociais, ou até mesmo ao buscar por vídeos e músicas. Acabamos dentro de um mundo digital de possibilidades, que nos proporciona acesso a qualquer item, de qualquer lugar, por qualquer valor (e aqui sim, podemos nos lembrar daqueles itens ou peças que são super baratos e que até nos gera a dúvida: “Nossa, como isso pode ser tão barato se vem de tão longe”?), por um frete em conta e com diversas formas de pagamento.

PROBLEMAS DO CONSUMISMO Diante de tantas possibilidades e estímulos para o consumismo, o brasileiro acaba se deparando com problemas de longo prazo, como o endividamento e o transtorno compulsivo de compras causado por ansiedade. Esse cenário não é algo só nosso. Relatórios de respeitadas organizações ambientais ditam que nós já estamos consumindo mais do que a capacidade do planeta pode se regenerar, assim, alterando e muito nosso planeta. A população mundial já

consome 30% a mais do que o planeta consegue repor. No meio de tudo isso, chegamos a outra variável: a desigualdade social. O consumo é algo bastante importante para nossa vida, pois tudo que necessitamos vem do consumo de algo. O consumismo só passa a ser um problema quando se realiza de uma forma desenfreada. No Brasil, pesquisas mostram que as classes consideradas como C, D e E são exatamente as que mais consomem sem necessidade, impulsionados principalmente por essa necessidade de aceitação. Um paralelo se cria e o consumismo aumenta a desigualdade social, pois enquanto alguns tem o privilégio de consumir os padrões expostos pela sociedade, outros de menor condição financeira não têm, ficando assim, excluídos na sociedade. Com isso, é necessário práticas para solucionar tais problemáticas. Quem vos escreve sempre gosta de citar e reforçar que a propaganda, o marketing de maneira geral, o estímulo à compra, sempre vão existir, e

sempre será necessário, pois sim, eles impulsionam nossas empresas e organizações que nos geram empregos e, claro, que queremos que tenha espaço para todas no mercado, porém, da mesma forma que temos o incentivo para comprarmos algo, os diversos canais que impulsionam a propaganda, desde a televisão, rádio e mídias digitais, devem criar propagandas para a conscientização da população quanto ao consumo consciente, mostrando os efeitos negativos do consumo exacerbado tanto em nossas finanças pessoais, como para o nosso planeta. O incentivo a cuidarmos de nossas finanças pessoais, a explicação sobre os problemas do uso exagerado do crédito, o esclarecimento de termos relacionados a questões bancárias, ou seja, uma sociedade que vive o consumo consciente é o que fará com que o equilíbrio necessário entre finanças e consumo aconteça. Jéssica Karine de Oliveira Gomes

Equipe Educação Financeira para a Vida (EFV)

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Juventude

A Pastoral da Juventude e seus Grupos de Jovens Já parou para pensar o que acontece nos espaços de juventude, especificamente nos Grupos de Base da Pastoral da Juventude? Se sim, esse texto vai te ajudar a ter um pouco mais de clareza sobre esse assunto. Mas o que é um Grupo de Jovens? Vale iniciarmos esse diálogo pontuando que no olhar pastoral, consideramos grupos de jovens todos aqueles espaços constituídos e organizados por juventudes, sejam eles dentro ou fora dos espaços religiosos. Contudo, hoje falaremos especificamente desses que nascem no seio da Igreja. Os Grupos de Jovens são a base da estrutura da nossa pastoral, por isso costumamos chamá-los também de Grupos de Base. É ali que o trabalho realmente acontece, em espaço propício para o protagonismo jovem, pensado, organizado e desenvolvido por e para as juventudes. O carro-chefe desses grupos são as suas reuniões que apesar de terem especificidades de um grupo para o outro, seguem o mesmo princípio, sendo lugar de diálogo aberto, acolhimento, reflexão, descontração e oração. Os temas abordados nessas são os mais diversos possíveis: tem muito de religiosidade, cultura, saúde, educação, política,

Grupos de Jovens formam base de atuação na comunidade de fé

música, entre tantos outros. Mais do que evangelizar, o grupo de jovens é lugar de desenvolvimento pessoal e humano. Outra parte bem bacana dessas organizações são as atividades sociais, que nascem dos diálogos nas reuniões e dão sentido ao termo “Igreja em saída”. Na nossa Diocese de Toledo, com muita alegria podemos dizer orgulhosos

que todos os nossos grupos contribuem desenvolvendo esse tipo de atividade pelo menos uma vez por ano. Sempre indo de encontro às minorias, que se encontram às margens de nossas comunidades, trabalhamos a missionariedade de maneira efetiva, levando a esses além de nossas orações aquilo que sacie suas necessidades, por meio de acolhimento, roupas, móveis,

Conheça nossos grupos na Diocese de Toledo ASSIS CHATEAUBRIAND JAC: todos os domingos, às 20h – Capela São Miguel Arcanjo, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo Jurac: 1º e 3º domingo do mês, às 20h – Centro Catequético da Paróquia São Francisco de Assis Juféc: 2º e 4º domingo do mês, às 20h30 – Centro Catequético da Paróquia Nossa Senhora do Carmo 58

Juem: 1º e 3º sábado do mês, às 18h – Salão do Bairro Panorama (Assis Chateaubriand) FORMOSA DO OESTE JUC: todos os domingos, às 19h30 – Paróquia Santo Antônio TOLEDO Jupec: todos os sábados, às 19h

Ano XXVIII - nº 297 - Novembro de 2023

– Capela Santa Teresinha do Menino Jesus, do Jardim Gisela, região da Paróquia Menino Deus JP: todos os domingos, às 19h – Paróquia São Francisco de Assis, do Jardim Coopagro Pjuc: todos os sábados, às 20h15 – Paróquia Sagrada Família, do Jardim Panorama


Juventude

Atividades realizadas na comunidade no período de Páscoa

Jovens animam a caminhada uns dos outros

“Nossos grupos são, com toda certeza, metodologia que deu certo! A ação evangelizadora aqui caminha lado a lado com a formação integral de cidadãos; são espaços para todos e todas, sem distinção, muito menos preconceito. Entendemos que pessoas foram feitas para serem amadas antes de qualquer outra coisa, por isso, buscamos o céu enquanto lutamos para melhorar o mundo onde vivemos, falando de Deus e levando o próprio Deus conosco”.

Grupos de Base são expressão jovem da Igreja

Participação dos jovens nas celebrações da comunidade

alimentos, brinquedos e materiais escolares, por exemplo. Alguns grupos de jovens ainda podem atuar na comunidade com suas equipes de canto e/ou Liturgia. É isso mesmo! Muitos dos nossos jovens aprendem a tocar instrumentos e/ou se descobrem vocalistas na vivência grupal. Uns com os outros vão aprendendo e aprimorando seus talentos. Como resultado disso, temos tantos e tantas trazendo misticidade e melodia para nossas atividades pastorais e para as suas comunidades. Nossos grupos são, com toda

Organização dos jovens para encontros e demais atividades

certeza, metodologia que deu certo! A ação evangelizadora aqui caminha lado a lado com a formação integral de cidadãos; são espaços para todos e todas, sem distinção, muito menos preconceito. Entendemos que pessoas foram feitas para serem amadas antes de qualquer outra coisa, por isso, buscamos o céu enquanto lutamos para melhorar o mundo onde vivemos, falando de Deus e levando o próprio Deus conosco. Entusiasmados pelo próprio Papa Francisco, seguimos com a coragem, ousadia e criatividade que nos são características, sem desanimar

nem deixar que nos roubem a esperança, de um mundo melhor, justo e fraterno para todos. Em nossos grupos, vamos construindo, passo a passo o caminho para chegarmos aonde queremos, em uma nova civilização: a civilização do amor. Você se identifica e/ou se interessa com algo que leu nesse texto? Então, a Pastoral da Juventude foi feita para você! Kaliny Cruz Coordenadora de mística e secretaria diocesana da Pastoral da Juventude

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Catequese

A Catequese iluminada no contexto do Advento A Catequese é um importante processo de ensino e aprendizagem que tem como objetivo introduzir os fiéis na vida cristã. Durante o Advento, período que antecede o Natal, a Catequese adquire significado ainda mais especial, pois possibilita aos fiéis uma rica experiência de preparação para a celebração do nascimento de Jesus Cristo. O Advento é um tempo de espera, de preparação e de renovação da esperança na chegada do Salvador. É um momento propício para os fiéis refletirem sobre a grandeza da mensagem de Deus, que enviou seu Filho ao mundo para nos salvar. Durante esse período, muitas igrejas realizam celebrações especiais, e utilizam-se de símbolos específicos como a coroa do Advento, as novenas, a Oração das Laudes e a Adoração Eucarística, que ajudam os fiéis catequizados a se conectar com Deus e a perceber a proximidade do Natal. A Catequese durante o Advento deve ser uma ferramenta poderosa de aprendizado e evangelização. Ela permite aos catequizandos uma reflexão profunda sobre os aspectos centrais da fé cristã, tais como o amor de Deus, a salvação, a redenção e a paz. Além disso, incentiva-os a cultivar as virtudes cristãs, como a esperança, a humildade, a paciência e a caridade o amor com um olhar de Deus. Durante a Catequese pode-se explorar as histórias bíblicas relacionadas com o nascimento de Jesus Cristo, tais como a Anunciação, a Visitação, o Nascimento, a Adoração dos Pastores e a Epifania. Também pode-se estudar os símbolos do Advento, como a coroa, as velas, as decorações e o presépio, e refletir sobre o seu significado e importância na celebração do Natal. A Catequese durante o Advento é uma oportunidade única para aprofundar o relacionamento com Deus. É uma rica experiência de preparação e de renovação da esperança na chegada do Salvador que pode transformar a vida das famílias e fortalecer a sua relação com Deus e com os irmãos na 60

fé. O Advento é um período importante na tradição cristã, pois marca o início do Ano Litúrgico e a preparação para o Natal. Em um encontro de Catequese sobre o Advento pode ser interessante explicar o significado das quatro semanas que antecedem o Natal e como cada uma delas é representada por uma vela. Também é importante falar sobre a simbologia das velas, como a luz que representa a esperança e a chegada de Jesus ao mundo. É válido abordar a importância da espera, da preparação e da reflexão durante o Advento. Outro aspecto para enriquecer a atividade de Catequese seria propor atividades práticas, como montagem de presépios, confecção de cartões de Natal, realização de orações em grupo. É possível ainda destacar passagens bíblicas relacionadas ao Advento, como o Anúncio do Anjo a Maria, o nascimento de Jesus em Belém, entre outros. Para ajudar na compreensão, vamos apresentar os Domingos do Advento. 1º DOMINGO A vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana

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as leituras bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”. É importante que, como uma família, tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal; por exemplo, revisando nossas relações familiares. Como resultado deveremos buscar o perdão de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar. Desde então, isto deverá ser extensivo também aos demais grupos de pessoas com as quais nos relacionamos diariamente, como o colégio, o trabalho, os vizinhos, etc. Esta semana, em família da mesma forma que em cada comunidade paroquial, acenderemos a primeira vela da Coroa do Advento como sinal de vigilância e desejo de conversão. 2º DOMINGO A conversão, nota predominante da pregação de João Batista. Durante a segunda semana, a Liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a me-


Catequese lhor maneira de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Na semana anterior nos reconciliamos com as pessoas que nos rodeiam; como seguinte passo, a Igreja nos convida a acudir ao Sacramento da Reconciliação (Confissão) que nos devolve a amizade com Deus que havíamos perdido pelo pecado. Acenderemos a segunda vela da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo. Durante esta semana poderíamos buscar nas diferentes igrejas mais próximas, os horários de confissões disponíveis, para quando chegar o Natal, estejamos bem-preparados interiormente, unindo-nos a Jesus e aos irmãos na Eucaristia. É preciso considerar a disponibilidade e abertura de nossos sacerdotes para acolher os fiéis que se acostam preparados para a confissão. 3º DOMINGO O testemunho, que Maria, a Mãe do Senhor, vive, servindo e ajudando ao próximo. A Liturgia do Advento nos convida a recordar a figura de Maria,

que se prepara para ser a Mãe de Jesus e que além disso está disposta a ajudar e a servir a todos os que necessitam. Dessa forma, o evangelho nos relata a visita da Virgem à sua prima Isabel e nos convida a repetir como ela: “quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha a visitar-me? Sabemos que Maria está sempre acompanhando os seus filhos na Igreja, pelo que nos dispomos a viver esta terceira semana do Advento, meditando sobre o papel que a Virgem Maria desempenhou. Propomos que fomentar a devoção à Maria, rezando o Terço em família. Dessa forma, acendemos como sinal de esperança gozosa a terceira vela da Coroa do Advento. 4º DOMINGO O anúncio do nascimento de Jesus feito a José e a Maria. As leituras bíblicas e a homilia, dirigem seu olhar à disposição da Virgem Maria, diante do anúncio do nascimento do Filho dela e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a Luz do Mundo”. Como já está tão próximo o Natal, nos reconci-

liamos com Deus e com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa. Como família devemos viver a harmonia, a fraternidade e a alegria que está próxima celebração representa. Portanto, todos os preparativos para a festa deverão viver-se neste ambiente, com o firme propósito de aceitar a Jesus nos corações, as famílias e as comunidades. Acenderemos a quarta vela da Coroa do Advento. Por mais que o tempo litúrgico do Advento está dentro do ciclo do Natal e tem a natureza de preparação para este grande e importante tempo, podemos perceber que tem suas características próprias e assim deve ser considerado. A luz grandiosa do Natal não apaga o Tempo do Advento, mas o ilumina e enche de significado. De maneira alegórica toda a Igreja está “grávida” junto com Maria e aguarda ansiosamente a chegada do Salvador. Marines Ribeiro Zulian Integrante da coordenação diocesana da Animação Bíblico-

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catequética

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Vocacional

O que podemos aprender com a história vocacional do Pe. Milton Wermann? Pe. Milton Wermann é sacerdote da diocese de Toledo e completará neste mês de dezembro, 42 anos de ministério. Em todo esse período de doação ao povo de Deus, vivendo com solicitude sua vocação, acumula diversas histórias e lembranças e seu testemunho torna-se incentivo a todos aqueles que sonham em, assim como o Pe. Milton, doar suas vidas pelo Reino de Deus. Nascido na cidade de Santa Rosa (RS), no dia 29 de novembro de 1953, Pe. Milton é filho de Alcídio Arthur Wermann e Maria Wermann (ambos em memória), o mais velho de dez irmãos. A família veio para Vila Ipiranga, interior de Toledo, em 1963, onde estabeleceu-se. O desejo de ser padre manifestou-se desde muito cedo. Nesse sentido, o papel da família foi essencial. Ele recorda que, quando pequeno, liam em casa uma revista que tinha diversas histórias vocacionais, e foi ouvindo essas que surgiu um desejo de ser padre, mais especificamente, padre missionário no Mato Grosso. Esse desejo, cabe destacar, é fruto de um lar cristão, de muita oração, onde se falava de vocação. Pe. Milton conta que em casa se rezava todos os dias o Santo Terço, sendo que uma dezena era pelas vocações. Compreende, dessa forma, que seu ministério é fruto de todas essas orações. Nesse sentido, aos 11 anos disse ao pai que queria ser padre. Incentivando-o, seu pai o levou até a paróquia para conversar com o pároco, Pe. João Werner, que embora verbita (Sociedade do Verbo Divino), o encaminhou para o seminário diocesano. Desse modo, em 28 de fevereiro de 1966, ingressou no seminário para fazer o 5º ano do primário (hoje, ensino fundamental). De 1970 a 1972 fez o 2º Grau (hoje, ensino médio) no Seminário São José, em Curitiba. De 1973 a 1976 cursou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), também na capital. Pe. Milton recorda que todo esse período foi muito puxado. Na época o custo do curso era bancado pelos próprios seminaristas. Com isso, a solução era fazer terços, correntinhas e colagem de quadros para vender, bem como aproveitar o período 62

Pe. Milton Wermann completa em dezembro seus 42 anos sacerdócio

de férias para trabalhar na roça, a fim de ganhar uns trocados para pagar o curso e comprar livros. Mesmo assim, nunca faltou o necessário, embora não houvesse recursos de sobra, muito menos auxílio externo ou padrinhos. Perguntado sobre o que deu forças para encarar tantos desafios, Pe. Milton destaca que “quando Deus chama, as dificuldades são pequenas diante do chamado”. É a graça de Deus que age nas pessoas, de modo que à medida que a caminhada vai acontecendo o seguimento vai se clareando, sem nunca perder de vista que se é Deus quem chama, é Ele mesmo quem sustenta os vocacionados! Em 1977 iniciou a Teologia no Studium Teologicum em Curitiba. Em 1978 foi assistente no Seminário São José, de Cascavel, e em 1979 fez o 2º ano de Teologia. Em 1980 e 1981 fez os dois últimos de Teologia no Instituto Teológico de Santa Catarina (Itesc), em Florianópolis. Nesse período, desempenhou trabalhos pastorais em Biguaçu, uma cidade litorânea. Sua ordenação diaconal aconteceu em 26 de julho de 1981, em Formosa do Oeste, enquanto cursava o último ano da Teologia. Pe. Milton se recorda que não houve festa, mas apenas uma celebração. Em novembro do mesmo ano, concluiu os estudos e foi ordenado padre em 12

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de dezembro do mesmo ano, em Vila Ipiranga (Toledo). Foi ordenado por D. Geraldo Majella Agnelo, que mais tarde foi criado cardeal, e teve por padrinho de sua 1ª missa o atual arcebispo de São Paulo, cardeal D. Odilo Pedro Scherer. Seu lema de ordenação “Levo este tesouro em vaso de barro para que transpareça claramente que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós” (2 Cor 4,7) o acompanha em todos esses anos de ministério. Perguntado sobre sua importância, Pe. Milton disse que o sacerdócio é um tesouro, a vocação é um dom de Deus, mas que se leva em vaso de barro, que somos nós. Ou seja, é preciso cuidado, porque se for derrubado, ele quebra. Conservar esse tesouro implica empenho, esforço e dedicação diários. E nisto consiste o segredo de uma vocação feliz e duradoura. Como padre, trabalhou na Paróquia Nossa Senhora do Carmo e São Francisco de Assis, em Assis Chateaubriand; Paróquia São Pedro, em São Pedro do Iguaçu; Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, em Guaíra; Paróquia São Pedro e São Paulo, em Toledo; Paróquia São Roque, em Nova Aurora; e atualmente é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória, além de ser diretor espiritual no Seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes. O MINISTÉRIO, MOTIVAÇÕES E COMUNIDADE Fazendo um balanço de toda trajetória, Pe. Milton entende que a paróquia sempre tem a cara do padre que está lá. Mas do fato de que cada comunidade tem uma característica muito particular, porque o povo é diferente, o padre precisa ser compreensivo e agir do melhor modo para garantir que a evangelização aconteça, no contexto em que se está inserido, mas nunca desconsiderando-o. Perguntado sobre o que motiva seu sacerdócio, responde que é o serviço ao povo de Deus, porque servindo aos irmãos, se está servindo ao próprio Deus. Assim, é a graça de Deus que dá as forças necessárias para não desanimar e se superar os desafios. No dia a dia paroquial, o que mais o alegra é estar junto do povo, atendendo os mais frágeis, como doentes


Vocacional “O que motiva seu sacerdócio? É o serviço ao povo de Deus, porque servindo aos irmãos, se está servindo ao próprio Deus. Assim, é a graça de Deus que dá as forças necessárias para não desanimar e se superar os desafios. No dia a dia paroquial, o que mais o alegra é estar junto do povo, atendendo os mais frágeis, como doentes e idosos. Essa é a maior motivação”. e idosos. Essa é a maior motivação. Além disso, a oração é um fator indispensável para uma vocação bem vivida. Segundo o Pe. Milton, um padre precisa ser um “profissional da oração”. Afinal, “se não reza, como pode motivar o povo de Deus”? Essa convicção, o fez criar o hábito da oração do Terço todos os dias, o que motiva uma especial devoção mariana, notadamente por Nossa Senhora de Fátima. Nesse sentido, sua experiência de fé o faz ter sempre presente a frase que diz: “Pede à Mãe que o Filho atende”. E o ensinamento de Maria que diz: “Façam tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). O que Jesus diz é o que está nos Evangelhos, e nossa missão é procurar colocar em prática tudo isso no nosso dia a dia. Olhando para o futuro, Pe. Milton diz ter por objetivo continuar a servir ao povo de Deus e se sente realizado com tudo o que construiu ao longo desses anos de doação. “Se colocar na vontade de Deus”, esse é o segredo para tal realização. Para isso, os santos são sempre uma motivação para cumprirmos nossa missão e, nessa missão, a construção de nossa santidade, que se dá pela vivência extraordinária daquilo que é ordinário em nossas vidas. RECADO AOS JOVENS Aos jovens que pensam na vocação, Pe. Milton diz que o mundo em que vivemos apresenta muitas opções. Entretanto, se Deus chama é para a felicidade daquele que é chamado e jamais para algo diferente disso. Nesse sentido, todas as dificuldades são superáveis. “Jovens, não tenham medo de dar o passo. Não importa o que os outros vão dizer, mas sim sua resposta. Com certeza, há sempre vaga para o serviço no Reino de Deus” é a mensagem de incentivo e encorajamento do Pe. Milton. Para os vocacionados, Pe. Milton diz ser preciso descobrir a vocação e vivê-la com alegria, se dedicando todos os dias, com empenho e esforço, e principalmente acreditando na graça de Deus. A certeza

Minha história vocacional Sou Vitor Gustavo Ito Mazorana, tenho 21 anos e sou filho de Nelson Mazorana e Elisângela Ito Mazorana. Cresci em Nova Aurora, participando com minha família da comunidade da Paróquia São Roque. Nesse contexto, familiar e comunitário o chamado vocacional nasceu e, aos poucos, foi amadurecendo. Desde muito cedo tinha vontade de ser padre – essa era minha resposta para pergunta: “O que quer ser quando crescer?” – e, com o incentivo da minha família, participava da Infância Missionária e dos Coroinhas, mesmo antes de frequentar a Catequese. Esse desejo, embora com motivações infantis, ao menos no início, foi muito significativo e permaneceu em mim por muito tempo. Foi nesse período que tive meu primeiro contato com o seminário, aos sete anos. Com o passar do tempo, novos horizontes surgiram, de modo que o desejo de ser padre precisou dividir espaço com outros sonhos. Nesse contexto de dúvidas, quando tinha 13 anos fui convidado a fazer um novo encontro no seminário. Foi a oportunidade de olhar para si e para os sonhos: por um lado aquele desejo de ser padre, um pouco apagado pelo tempo, e por outros novos planos que apresentavam-se. Motivado pela companhia de alguns amigos da escola, e também pela promessa de que haveria um jogo de futebol, aceitei o convite para participar do encontro. Mesmo sem as motivações mais nobres, a experiência marcou de um modo muito positivo e a partir desse dia iniciei um processo de acompanhamento vocacional que durou um ano. Nesse momento, o testemunho da minha família foi essencial. Olhar para meus pais, sempre atuando em diversas pastorais da comunidade, era ver que da doação gratuita pelo Reino provém uma alegria inesgotável e muitas bênçãos. No dia a dia da família, compreendi que vale a pena servir a Deus, cultivando uma vida de oração e percebendo os sinais de Seu amor e cuidado. Também o testemunho e incentivo do Pe. Milton, meu pároco na época, foi de grande importância para o discernimento. Esse desejo de servir a Deus é o que motivou meu sim ao seminário, que aconteceu em 12 de fevereiro de 2017, quando ingressei no Seminário São Cura d’Ars, onde fiquei três anos, concluindo o Ensino Médio. Em 2020 ingressei no Seminário Maria Mãe da Igreja, na etapa do Discipulado, para cursar Filosofia. Atualmente estou no quarto ano da graduação. Hoje, com alegria, continuo dando o “sim” ao meu chamado, procurando, dia após dia, ouvir a voz de Deus para discernir minha vocação. A certeza é de que é Sua graça, bem como as orações de tantas pessoas, que me sustentam na caminhada cujo objetivo é o serviço a Deus e ao próximo. Que Deus realize, a cada dia, aquilo que é Sua vontade em minha vida. é que Deus dá as graças necessárias para cada dia. Por fim, é preciso perseverança. Afinal, “aqueles que perseverarem até o final serão salvos” (Mt 24,13). Com a história vocacional do Pe. Milton, podemos aprender o serviço e a doação integral pelo Reino de Deus, uma

fé convicta na ação da graça de Deus em nossas vidas e uma vida de oração. Um testemunho fiel de quem ensina o que crê e procura realizar o que ensina, na simplicidade do dia a dia. “Realizar a vontade de Deus e o resto é resto”, é assim que o Pe. Milton sintetiza nossa missão cristã.

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Cursilho

A importância do estudo na caminhada cristã Através do Sacramento do Batismo nos tornamos cristãos, filhos de Deus. Com o Sacramento da Crisma ou Confirmação do Batismo, recebemos os dons do Espírito Santo e nos comprometemos a difundir e a defender a fé, por palavras e por obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo. Os sacramentos do Batismo, Crisma e da Eucaristia são os chamados Sacramentos da iniciação cristã. E por que iniciação cristã? Porque esse é apenas o início da caminhada cristã. A partir daí precisamos amadurecer nossa fé, nos aprofundar no conhecimento do plano de Cursilhista deve compreender a importância do estudo na caminhada cristã Deus e da doutrina da nossa Igreja para que assim possamos real- amanhã ou se viveremos até os 80, estar correndo na minha vida? mente difundir e defender a nossa fé. 90, talvez 100 anos. E depois? Depois Justamente por isso, a formação/ Do contrário, como difundir ou temos apenas duas opções: o céu ou o estudo é um dos três pilares do Modefender algo que eu mesmo não co- inferno! Qualquer uma dessas opções, vimento de Cursilhos de Cristandade nheço muito bem? não tem mais volta. É para a eternidade! (MCC) que somada à oração e à ação - Já estudei sobre a vida de Jesus E os anos que vivemos aqui nessa formam a base de sustentação para Cristo? Se não o conheço, como posso terra, é o tempo que temos para es- a caminhada dos cursilhistas. Uma segui-lo? colher para onde vamos depois. Sim, célebre frase de Santo Agostinho diz - Já estudei sobre a Missa e o que escolher! Porque para onde iremos, irá o seguinte: “Só amamos aquilo que significa seus vários momentos? Sem depender das ações que tivermos hoje. conhecemos”. entendê-la, como posso vivenciá-la? Pois bem, se nessa terra viveremos Precisamos conhecer o plano de - Já li algum dos vários documentos com sorte 100 anos, é importante sim Deus para nossa vida, saber o que realque a nossa Igreja nos oferece para nos prepararmos profissionalmente, mente ele espera de nós. Só assim tereque conheçamos a verdadeira fé cristã proporcionar bons estudos para nossos mos senso crítico cristão para discernir e a doutrina da nossa Igreja Católica? filhos, mas se depois só temos duas “Precisamos conhecer o plano Como posso professar uma fé desco- opções, e lá viveremos eternamente, nhecida? cabe nos perguntarmos: “Não seria de Deus para nossa vida, saber o Nos preocupamos com os estudos sensato e até mais importante estudar, que realmente ele espera de nós. dos nossos filhos para que tenham conhecer ao máximo sobre o que eu Só assim teremos senso crítico um futuro melhor. Estudamos sobre preciso fazer para alcançar o céu”? cristão para discernir entre o que a nossa profissão para que possamos - Será que somente ir à missa aos o mundo quer nos “empurrar” e nos desenvolver cada vez mais. Sim, domingos é suficiente? tudo isso é muito importante, mas nos o que realmente Deus quer de - Será que não matar, não roubar, não ajuda a sermos melhores enquanto trair é suficiente? nós. Para isso precisamos estudar, estivermos aqui na vida terrena. - Será que o que eu “acho” que vai me dedicar nosso tempo, e buscar em Nós cristãos acreditamos que a vida levar para o céu, realmente irá de fato? fontes confiáveis, não em um innessa terra é apenas uma passagem. - Será, será, será? Será que esses fluenciador qualquer da internet”. Não sabemos se estaremos vivos “serás” não são o maior risco que posso 64

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Cursilho

Participe! DATA

ATIVIDADE

LOCAL

5/11

Almoço no Carta (responsável: equipe de Toledo)

Palotina

7/11

Escola Vivencial Diocesana

Toledo

11/11

Escola Vivencial Diocesana Jovem

Assis Chateaubriand

11/11

Ultreia

Toledo

14/11

Escola Vivencial Setor

Marechal Cândido Rondon

19/11

4º Pedal Solidário Decolores

Palotina

21/11

Escola Vivencial Setor

Palotina

21/11

Escola Vivencial Setor

Toledo

tólicas, entre outras, eles nos ajudam a atualizar o plano de Deus para os 26/11 Ultreia – Missa da Família Palotina acontecimentos contemporâneos. 26/11 Missa do Cursilho, seguida de Ultreia Marechal Cândido Rondon Trazendo para a realidade do Movimento de Cursilhos, temos vários Almoço no Carta (responsável: equipe meios de perseverança onde o estudo 3/12 Palotina de Assis Chateaubriand) está sempre presente, como exemplo as Assembleias, as Escolas Vivenciais, Ultreia Festiva Diocesana (encerramento 3/12 Marechal Cândido Rondon Ultreias, as reuniões de grupo, enconatividades do ano) tros de formação, buscando sempre esse aprofundamento no conhecimenentre o que o mundo quer nos Bíblia é a história de Deus procurando o to da Bíblia Sagrada, do Catecismo e também “empurrar” e o que realmente homem e o homem procurando Deus. dos documentos da nossa Igreja. Deus quer de nós. Mas precisamos aprender a interpretáParticipar ativamente de uma comunidade, Para isso precisamos estudar, -la, entender o que realmente ela quer se engajar em um movimento da Igreja, em dedicar nosso tempo, e buscar nos dizer, é preciso entender o contex- alguma pastoral, são meios riquíssimos e em fontes confiáveis, não em to em que o texto foi escrito, a cultura necessários para vivermos o fundamental crisum influenciador qualquer da in- da época, e não o que “achamos” base- tão e nos aprofundar nesses conhecimentos ternet. E essa busca precisa ser ado em fundamento nenhum. A Bíblia de forma confiável. Esses são apenas alguns pró-ativa, não podemos confiar precisa ser lida, estudada, entendida e exemplos de fontes seguras de estudo que nossa eternidade à boa vontade vivida por nós. temos facilmente ao nosso alcance. de alguém em nos ajudar. - Catecismo da Igreja Católica: é um Conforme nos aprofundamos nesses estuA nossa Igreja nos oferece guia prático para a vida de qualquer dos, conhecemos uma outra realidade, passainúmeros subsídios para isso, católico, onde encontramos toda dou- mos a entender melhor as coisas que aconteentre eles: trina da Igreja Católica, nossa profissão cem a nossa volta, conseguimos visualizar as - A Bíblia: é o supra-sumo de fé, nossos Mandamentos, regras de situações as quais Deus nos fala, aumentamos do plano de Deus para nós. A conduta moral, nossa tradição, colo- o nosso autocontrole, mudamos a forma de cando um fim ao “achismo lidar com as situações que nos acontecem no ou às opiniões próprias”. É dia a dia, e com certeza, estaremos nos preo Catecismo adulto, madu- parando melhor para o dia do nosso encontro ro, consciente do cristão. com Deus. - Os documentos da Jesus Cristo disse no Evangelho de Mateus: Igreja: são vários e têm o “Errais não conhecendo as Escrituras nem o objetivo de orientar as lide- poder de Deus” (Mt 22,29). ranças religiosas e nós fiéis Que os “serás” não sejam motivo de arresobre os diversos assuntos pendimento! Façamos a nossa parte e rezemos relacionados a socieda- pela misericórdia de Deus! de atual. Sob a forma de encíclicas, constituições Rafael Hirata, Marcos Hawerroth, apostólicas, exortações Josiane Bucalão e Giani Verdi apostólicas, cartas aposCursilhistas da Diocese de Toledo Estudos devem incluir Sagrada Escritura e documentos da Igreja Ano XXVIII - nº 297 - Novembro de 2023

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Investimento em publicidade é fator para estimular vendas no varejo Na reta final do ano, o varejo põe em prática suas estratégias de vendas para atrair o consumidor. Dois meses ainda restam para buscar o resultado positivo no balanço das empresas. O que se observa neste momento é um esforço concentrado para estimular as compras e movimentar a economia que chega a este último bimestre com um ritmo estável baseado em sucessivas quedas registradas desde o início do ano, segundo a Fecomércio-PR em seu relatório de setembro. Um dos caminhos aos empresários é investir em publicidade dos seus produtos ou serviços. A divulgação faz o consumidor conhecer a empresa, seu produto, preço e atendimento oferecidos. No universo da concorrência, existem muitas lojas de calçados e confecções, assim como de produtos para decoração de residências e cosméticos. Esses três setores específicos do varejo convivem diariamente com a “disputa” por consumidores e por isso já notam a necessidade de informar seu cliente e atrair novos consumidores para garantir a movimentação de seu caixa e a sustentação de seus negócios no mercado altamente competitivo. O consumidor tem características próprias, ainda mais no fim de ano. Existem aqueles decididos, que já sabem o presente que vão comprar. Mas tem também os indecisos. Ambos serão estimulados pelas ferramentas da publicidade neste período. São essas ferramentas que contribuem nas vendas de produtos tradicionais para a época do ano, bem como podem conduzir o consumidor a produtos que nem ele mesmo havia pensado em comprar. Aqui entra a força de estímulo da propaganda bem feita que leve ao desejo do consumidor em adquirir o bem ou serviço. Por isso, para as empresas, vale a pena investir ainda mais nesse período de alta concorrência e conversar com bons profissionais do segmento publicitário, assim como com os consultores de empresas de comunicação devidamente estabelecidos e geradores de empregos, especialmente locais. Para o varejo, a chegada do fim de ano é como a safra do agricultor, e o segmento de vestuário e calçados é o que mais 66

Vendas podem ser estimuladas com boa campanha publicitária

acentua suas vendas. É nessa época que acontecem os preparativos para uma boa colheita do comerciante. Por isso, torna-se ainda mais exigente uma estratégia bem articulada para impulsionar o crescimento das vendas. Várias empresas oferecem o mesmo modelo e marca de calçado. O que as diferen-

ciam? Preço, qualidade no atendimento e a forma como isso é comunicado ao consumidor. Mas quem vai saber que a empresa tem esses diferenciais se ela não se comunica? A concorrência entre as empresas existe e destacam-se aquelas que já estão preparadas para encarar esses desafios de reta final do ano.

Campanhas de vendas Na direção do estímulo às vendas, as entidades que reúnem o setor varejista estão prontas para colocar em práticas suas estratégias. Dentre elas estão as campanhas de vendas que oferecem cupons para os consumidores concorrerem a prêmios atrativos que vão desde vales-compras, automóveis e até casa. A Associação Comercial e Empresarial de Toledo, por exemplo, promove nestes meses de novembro e dezem-

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bro a Campanha Meu Natal Premiado que distribui cupons aos consumidores de produtos do comércio local. No contexto de estímulo às vendas, se realiza o evento “Natal Encantado de Toledo”, de 10 de novembro a 23 de dezembro, com apresentações de danças, corais, música, orquestras, entre outras atrações na Praça Willy Barth – centro da cidade e atividades itinerantes que serão realizadas nos bairros de Toledo.


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Sicoob Meridional divulga ganhadores do 7º sorteio da campanha 20 anos COMO PARTICIPAR Foram conhecidos no dia 16 de outubro, os onze ganhadores do 7º Podem participar todos os cosorteio da campanha em comemooperados das agências do Sicoob ração aos 20 anos da cooperativa de Meridional localizadas nos estados crédito Sicoob Meridional. Os felido Paraná, Rio Grande do Sul e São zardos do mês de setembro são coPaulo, que realizarem investimentos operados investidores das agências em cota capital, poupança ou RDC, localizadas nos municípios de Toledo entre os dias 15 de fevereiro a 29 de (PR), Santa Helena (PR), Lajeado (RS) dezembro de 2023. São onze prêmios e Estrela (RS). mensais e um total de 112. Os prêmios são cinco vales-pouA Campanha “20 anos Sicoob Meripança no valor de R$ 5 mil cada, dois dional” segue até o mês de dezembro televisores, dois iPhones 13, um e vai entregar mais de R$ 800 mil em notebook e uma moto Honda Biz prêmios, entre eles 50 vales-pou0km. O ganhador da moto Honda Biz 0km é o cooperado Maiquel Knecht, Representante da empresa Gratto Soluções em Desenvolvimento pança no valor de R$ 5 mil cada, 20 televisores, 20 iPhones 13, 10 noteda cidade de Estrela (RS). A agência Humano, a sócia Graciele Gatto books, 10 motos Honda Biz 0km e Centro Toledo foi a que mais teve dois automóveis Fiat Toro 0km. ganhadores neste 7º sorteio, sendo sócia Graciele Gatto. “Estamos muito Outras informações sobre a campaquatro no total. felizes e surpresos por termos sido connha 20 anos Sicoob Meridional no site: Entre os felizardos de Toledo está a templados com uma poupança no valor www.sicoob.com.br/web/sicoobmeriempresa Gratto Soluções em Desende R$ 5 mil. Convido a todos a investir e dional/20anossicoobmeridional. volvimento Humano, representada pela participar”, disse.

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LONGEVIDADE NO EMPREGO

“Tempo de Casa” é reflexo de trabalho bem feito todos os dias No universo de milhares de trabalhadores dedicados ao exercício de suas funções rotineiras, existem aqueles que conquistam a longevidade nas empresas. Tanto tempo de carteira assinada para a mesma organização evidencia responsabilidades assumidas, objetivos alcançados e reconhecimento. A Coamo Agroindustrial Cooperativa é uma organização que reconhece a dedicação das pessoas que sustentam o negócio dos cooperados por meio do Programa “Tempo de Casa”, que no final de outubro prestou homenagens a 31 funcionários dos entrepostos da Região Oeste. Na cerimônia realizada em Toledo, 19 trabalhadores receberam homenagem por 10 anos de serviços à Coamo, 10 trabalhadores por 20 anos, um com 30 anos de empresa e um com 40 anos dedicados de sua profissão à cooperativa. Eles são dos entrepostos de Bragantina, Paulistânia, Brasilândia, Nova Santa Rosa, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Toledo, Dois Irmãos, Dez de Maio, Tupãssi, Brasiliana e Vila Nova. Também foi homenageada uma funcionária da cooperativa de crédito da Coamo da agência de Toledo por 10 anos de serviços. A incrível marca de 40 anos ininterruptos dedicados à Coamo é do Manoel Antonio dos Santos, atualmente gerente de entreposto em Brasilândia. “Ficar tanto tempo na empresa representa que estamos fazendo um bom trabalho, e por outro lado a empresa oferece as condições necessárias para que possamos nos desenvolver e hoje eu me sinto realizado”, resumiu. Outro homenageado é o supervisor operacional João Gelinski, do entreposto de Dez de Maio. “É uma 72

Funcionários comemoram “Tempo de Casa” na Coamo

satisfação completar 30 anos na cooperativa. A sensação é de dever cumprido, mas enquanto Deus estiver dando saúde vamos trabalhando. Eu sou uma pessoa que ama o que faz e melhor ainda dentro de uma empresa responsável com os funcionários e com a qualidade de vida”, disse. Antonio Sérgio Gabriel, diretor Administrativo e Financeiro da cooperativa, destacou que a Coamo tem

hoje mais de 2 mil funcionários com mais de dez anos de empresa. “Note a experiência acumulada dessas pessoas nesse tempo todo. Isso vem traduzir em conhecimento que é necessário para uma empresa longeva. Nos interessa o trabalho bem feito para que possamos atender bem o cooperado e gerar renda de modo sustentável, mas que o funcionário se sinta feliz em estar na Coamo”, pontua.

Concurso de Decoração Natalina vai distribuir mais de R$ 57 mil Encerra no dia 16 deste mês de novembro, o prazo de inscrições ao Concurso de Decoração Natalina, destinado a moradores de Toledo e empresários do município. São duas categorias previstas no certame: residencial e comercial. A premiação é bastante atrativa. Na categoria residencial a premiação é a seguinte: 1º lugar: R$ 7.806,40; 2º lugar: R$ 4.879,00; e 3º lugar: R$ 2.439,50. Já a categoria comércio conta com a seguinte

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premiação: 1º lugar: R$ 21.467,60; 2º lugar: R$ 12.685,40; e 3º lugar: R$ 7.806,40. A partir do dia 20 de novembro até o dia 15 de dezembro, uma comissão avaliadora visitará os imóveis inscritos no concurso. O resultado será divulgado no dia 17 de dezembro, em festividade do 71º aniversário de Toledo no Parque Ecológico Diva Paim Barth. O regulamento completo pode ser consultado em www.toledo.pr.gov.br.


O Professor na educação infantil Como a Bíblia Sagrada contém ensinamentos precisos para os Cristãos, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta os cinco campos de experiências preciosos, os quais ajudam na elaboração de aulas visando o desenvolvimento integral da criança. São eles: 1) O eu o outro e o nós; 2) Corpo, gesto e movimento; 3) Traços, sons cores e formas; 4) Escuta, fala, pensamento e imaginação; 5) Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações. E apresenta seis eixos estruturantes das práticas pedagógicas: Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar, Conhecer-Se. A aplicabilidade destes direitos garante um desenvolvimento autônomo e responsável. Entretanto, ser professor não basta. O professor desempenha outros papéis tais como: mãe, pai, psicólogo, enfermeira (o), comandante, intérprete. Diante da criança que chora querendo a mãe, o professor abraça-a, aconselha e fica feliz como mãe ao ver a criança se consolar e ir brincar. O professor faz papel de pai quando é indagado: – Profê, nós vamos ao parquinho hoje? – Não, tem barro lá. Ou ainda: – Profê deixa agente assistir desenho? – Não, nós vamos fazer atividade agora. Tem o professor psicólogo que entra em ação quando a criança diz: – Profê eu vou comer só salada. – Criança em fase de crescimento tem que comer arroz, feijão, carne, etc. Tem professor enfermeiro (a) passando pomada em arranhões, picada de pernilongos, etc; e professor comandante, que se desdobra para fazer um pelotão de 20, 25 crianças seguirem as normas de rotina. Hora do café da manhã, da atividade, banheiro, almoço dormir, e por aí vai. Como intérprete, o professor precisa ser bom para decifrar uma fala quando dois, três falam ao mesmo tempo: “Pof um dia voche vai na mia caja eu vô mota pá voche ca mamae copocuelefantelo-

ja”. O que? “Pof um dia voche vai na mia caja...”. – Não prometo mas se tudo der certo eu vou. Profissão abenç o a d a é d e p ro fessor, mas ganha m u i to s a p e l i d o s tais como: Pof, Pofessola, Tofe, Pofê, etc. Veja um exemplo: “Eu quero ficar com a Prof Gobete”. – Não se diz “Pof Crianças devem ser respeitas na sua faixa etária de aprendizagem Gobete” e sim “Professora Claudete”. “Ah, shim Pofe É importante que o professor conCodete. Eu quelo a Pofe Codete”. Para sidere a especificidade, a individuao professor esta fala está correta para lidade de cada criança e não queira a idade. transformar as crianças em adultos em Piaget ajuda a entender que a criança miniatura. passa por quatro estágios do desenHoje, com a incidência de vários cavolvimento: Sensório Motor (0 a 2 sos de autismo e outros transtornos, anos), Pré-operacional ou simbólico pesa sobre o professor a incumbência (2 a 7 anos), Operatório concreto (7 a de preparar a criança para que se de12 anos), e Operatório Formal (a partir senvolva bem e se torne um adulto dos 12 anos). realizado, porém vale ressaltar que Vygotsky contribuiu para a compre- professor não é infalível. Por isso, é ensão das fases do desenvolvimento, pertinente a conscientização de todos afirmando que são três fases a ser sobre a necessidade da intervenção de consideradas: Pré-linguística (a criança outros profissionais, medicamentos e ouve apenas), Linguística (a criança da neurociência que tem muito a conouve e pensa) e Pronúncia (a criança tribuir para o bem-estar das crianças ouve, pensa e reproduz). E apresenta com transtornos. a teoria da Zona de Desenvolvimento Um pai indagou sem mesmo pestanecontribuindo, por assim dizer, com o jar: “Como o professor pode aguentar? processo de ensino e aprendizagem. Há tanto barulho neste lugar”. Em meio São elas: Zona Real (aquilo que a criança a tanto alarido aprendemos uma grande faz sozinha), Zona Potencial (aquilo que lição no poema: “Ao ver na pequenez da a criança faz com ajuda de terceiros, criança / Descontração, Amor e perdão. alguém mais experiente), Zona Proximal / Professor engajado sabe / Lidar com (aquilo que ainda esta por vir, que pode a situação / Ele extrai um aprendizado / ser explorado). Que é amor em sua profissão”.

“É importante que o professor considere a especificidade, a individualidade de cada criança e não queira transformar as crianças em adultos em miniatura”.

Lucia Cremon Educadora infantil da Escola Arco Íris Paróquia Santo Antônio Formosa do Oeste (PR)

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CÂNCER DE PRÓSTATA

Homens precisam virar o jogo do diagnóstico tardio

Cerca de 95% dos diagnósticos de câncer na próstata acontecem em estágio avançado. É um índice elevadíssimo que precisa mudar. Conforme publicado pela Secretaria Estadual de Saúde, o câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto. Se você que lê este texto é homem, seja sincero consigo mesmo: quando foi a última vez que foi ao médico, de qualquer especialidade? E quando foi a última vez que foi ao especialista em urologia? Agora, se você que está lendo for esposa, fale com seu marido sobre a atenção que precisa dispensar ao menos uma vez por ano com a próstata. A mudança na estatística pelo diagnóstico precoce só vai acontecer pela tomada de consciência dos próprios homens, mas quem sabe com aquela “puxão de orelha” que só você consegue. O risco existe para todos os homens. No caso de diagnóstico tardio, as consequências são severas e com chances pequenas de recuperação. A expansão do tumor pode levar a atingir outros órgãos, o que complica sobremaneira a saúde masculina, levando-o a cirurgia de retirada da próstata e suas consequências. A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada quando se encontra alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que somente são prescritos a partir da suspeita de um caso por um médico especialista. Por isso, exames de rotina são fundamentais. Quando o homem deve procurar o médico? A resposta é simples: ao menos uma vez por ano para os tradicionais exames. Mas a Secretaria da Saúde do Paraná alerta para alguns fatores de risco. A idade, por exemplo, é um fator de risco que aumenta conforme a longevidade. “No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos”, informa a secretaria. Todo homem deve levar em conta o histórico de câncer na família. Se o pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata

Homens precisam reverter estatísticas negativas do câncer de próstata

antes dos 60 anos, muito provavelmente você também faz parte do grupo de risco. E aí, a Campanha do Novembro Azul está na área para chamar sua atenção. Ainda

de acordo com a Sesa, estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado. Outro fator de alerta, portanto.

Como prevenir? Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, dimiHábitos saudáveis passam pela qualidade da alimentação nuir o consumo de álcool e não fumar. Entre os fatores que mais ajudam a prevenir o câncer de próstata estão: - Ter uma alimentação saudável; - Manter o peso corporal adequado; - Praticar atividade física; - Não fumar; - Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Fonte: Sesa/PR Ano XXVIII - nº 297 - Novembro de 2023

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Sicredi é a 4ª melhor empresa para trabalhar no Brasil Instituição financeira cooperativa foi reconhecida na categoria Grandes Empresas, em evento realizado nesta segunda-feira (16)

O Sicredi, instituição financeira cooperativa com presença em todo o Brasil, é a 4ª melhor empresa para trabalhar no país, categoria Grandes Empresas (com mais de 10 mil colaboradores), segundo o ranking do Great Place To Work® (GPTW). A cerimônia de premiação aconteceu nesta segunda-feira (16), em São Paulo, e reconheceu 150 organizações em três categorias - Multinacionais, Grandes Empresas Nacionais e Pequenas e Médias Empresas Nacionais. Mais de 5 mil empresas se inscreveram para esta edição do GPTW.

Colaboradores da sede administrativa da Sicredi Progresso, em Toledo, comemoram a premiação

“Essa é uma conquista das mais de 40 mil pessoas colaboradoras que fazem do Sicredi um ótimo lugar para trabalhar e que, todos os dias, vivem o nosso propósito de construir juntos uma sociedade mais próspera, fazendo a diferença na vida dos nossos mais de 7 milhões de associados. Estamos muito felizes com o reconhecimento, pois também demonstra a construção de um ambiente de trabalho positivo, humanizado e do qual as pessoas se sentem parte”, afirma Daniele Garcia Schmidt, superintendente executiva de Gestão de Pessoas e Cultura do Sicredi. A posição de destaque foi obtida a partir de avaliação realizada por meio da Pesquisa de Clima e análise do Book de Práticas. Neste ano, a pesquisa contou com a participação de 34 mil colaboradores do Sicredi, que contribuíram com sua percepção sobre como é trabalhar

na instituição, atingindo um resultado (índice geral de confiança) de 89%. Outro ponto analisado é o e-NPS (Employee Net Promoter Score), que mede o quanto os colaboradores indicariam a instituição para os amigos trabalharem. Neste quesito, a instituição atingiu o marco percentual de 84%. A pesquisa com o público interno também apontou os motivos pelos quais os colaboradores querem continuar trabalhando na instituição financeira cooperativa. Oportunidade de crescimento e desenvolvimento foi a razão indicada por quase 50% das pessoas, seguida do alinhamento dos valores pessoais com os valores da empresa (25%) e o fato de proporcionar equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (18%). “Acreditamos que no cooperativismo, modelo de negócio do Sicredi, as

pessoas têm a oportunidade de deixar um legado. Isso significa que os talentos preocupados com a agenda ESG e em fazer a diferença no mundo encontram no Sicredi uma cultura que, temos orgulho de dizer, tem bases sólidas no nosso propósito que se manifesta na nossa forma de se relacionar com nossos associados e com as comunidades onde estamos inseridos”, salienta Daniele. Em sua 27ª edição, o Ranking GPTW Brasil é uma realização da consultoria global Great Place to Work®, em parceria com Época Negócios e Valor Econômico. Em 2023, foram reconhecidas as 150 empresas considerando seus esforços e avanços na construção de ambientes de trabalho melhores para as pessoas, para os negócios e para a sociedade. A organização “Great Place to Work for All” está presente em 97 países e analisa mais de 10 mil empresas anualmente.

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Pe. Adilson Naruishi (Pascom Paraná) recebe agradecimento pela Conferência apresentada durante o 1º Mutirão de Comunicação da Diocese de Toledo. Na foto com o coordenador diocesano da Pascom, Carmo Follmann, e o assessor diocesano desta Pastoral, Pe. André Mendes

Gleissiele Dornelles, da Pascom da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra), presta agradecimento ao Pe. Vanderlei Ghelere pela Conferência “A comunicação assertiva na Igreja” realizada no 1º Mutirão de Comunicação da Diocese de Toledo

Participação da Casa de Maria no Tríduo da Padroeira da Capela Nossa Senhora Aparecida – Jardim Europa/ Toledo

Na celebração da Padroeira, equipe de Ministros Auxiliares da Comunidade da Capela Nossa Senhora Aparecida – Jardim Europa/Toledo, pertencente à Paróquia Santa Rita de Cássia – Foto: Alessandro Lara Teixeira

Adolescentes e crianças têm seu espaço na Igreja Crianças e adolescentes ocupam seus espaços nas celebrações, seja no serviço como acólitos e coroinhas, ou mesmo com participações em ocasiões específicas da missa. Este é parte do grupo que contribuiu para as festividades da Padroeira da Capela Nossa Senhora Aparecida – Jardim Europa/Toledo – Fotos: Alessandro Lara Teixeira/Deborah Alcassa

As crianças na celebração de Nossa Senhora Aparecida No dia das comemorações de Nossa Senhora Aparecida o que não pode faltar? As crianças! Elas encantam com sua ternura e a devoção mirim que, aos poucos, vai se formando no coração muitas vezes por incentivo dos pais. A presença das crianças na missa da Padroeira da Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Toledo, é motivadora para que demais pais e mães estejam nas celebrações com seus filhos e os ensinem os caminhos de Jesus.

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Na celebração da Santa Missa de 27 de setembro, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá) acolheu os novos integrantes para o projeto Sementinhas e Coroinhas. Após receberem o crucifixo de seus pais, deram início a missão tão abençoada para a qual foram designados.

FELICIDADES Lurdes Giroletti (ao centro, com vestido floreado), da Paróquia Menino Deus, recebe homenagem dos familiares pelos seus 80 anos de vida (18/10)

Terço envolvendo a imagem de Nossa Senhora Aparecida em Itaguajé (Jesuítas) – Foto: Patricia Furlaneto Pelissari

Terço das Rosas Edi Clarice Wolf, da Paróquia Menino Deus (Toledo), comemora seu aniversário de 70 anos no dia 15/11, recebendo o carinho de toda a família e amigos

Parabéns ao Pe. Neimar Aloisio Troes, pároco da Paróquia Santa Rosa de Lima (Nova Santa Rosa) que neste dia 15/11 completa o 15º aniversário de ordenação presbiteral. Pe. Neimar também é assessor diocesano da Pastoral do Dízimo, da Dimensão Missionária (Conselho Missionário Diocesano) e do Encontro de Casais com Cristo

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A Pastoral Familiar e o Movimento Convívio Damasco promoveram o Terço das Rosas na Igreja São Francisco de Assis (Toledo), num grande gesto de devoção mariana e de oração pelo nascituro e pela consciência sobre a adoção como manifestação do amor de Deus – Fotos: Renato Schuck

Felicidades ao pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi), Pe. Solano Alcioni Tambosi, que neste dia 29/11 comemora o 37º aniversário de ordenação presbiteral

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Tatiane Lodi, representando a Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo) presta agradecimento ao bispo diocesano D. João Carlos Seneme que presidiu a celebração da Padroeira

Por graças alcançadas e por seu testemunho devocional, dona Ivone Simonatto está à frente do Conselho Econômico que mobiliza a comunidade em prol da construção das novas instalações da Capela Nossa Senhora Aparecida, localizada no Jardim Europa, pertencente à Paróquia Santa Rita de Cássia (Toledo). Na foto, dona Ivone com o pároco, Pe. Marcos Denck da Silva – Foto: Alessandro Lara Teixeira


SAUDADES Mães da Paróquia Nossa Senhor

59ª Romaria de Nossa Senhora da Salette realizada no dia 24 de setembro em Palotina

Com muito carinho, fazemos memória neste dia 21/11 do 1º ano de falecimento do querido Pe. José Aparecido Bilha. Recordamos sua história de vida e trajetória presbiteral pautada no amor a Deus e aos irmãos. Pe. Cido gravou em sua biografia o perfil de um homem de caráter simples e muito dedicado pela obra do Senhor ao longo dos 28 anos de seu ministério presbiteral. Por onde passou fez muitos amigos e plantou a semente dos ensinamentos de Jesus nos corações de seminaristas – quando esteve à frente dos Seminários Menor e Maior diocesanos, bem como junto aos fiéis nas comunidades onde atuou. É um dia de saudade, mas igualmente de alegria por seu testemunho de fé!

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Coroinhas desempenhando suas tarefas na celebração da Padroeira da Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo)

Filho no colo e terço na mão. Assim a mãe participa da procissão de Nossa Senhora Aparecida em Toledo – Foto: Vinícius Araújo

Equipe de cantos que animou a celebração na Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo)

Imagem da Imaculada Conceição, da capela localizada no Jardim Filadélfia (Toledo), é entronizada na celebração da Padroeira da Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida, simbolizando a unidade paroquial

Procissão da Padroeira Nossa Senhora Aparecida em Toledo registrada por Vinícius Araújo na Quase-Paróquia do Jardim Pancera

Time de assadores na festa de Nossa Senhora Aparecida em Mercedes – Foto: Gustavo Boeing

Tempero no capricho e carne bem assada com a equipe de churrasqueiros na festa de Nossa Senhora Aparecida em Mercedes – Foto: Gustavo Boeing Em sinal da unidade paroquial, a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, da capela localizada na Vila Becker (Toledo), é entronizada na celebração da Padroeira da QuaseParóquia Nossa Senhora Aparecida

Momento devocional próximo da imagem da Padroeira após celebração de Nossa Senhora Aparecida em Mercedes – Foto: Gustavo Boeing

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O Seminário São Cura d’Ars, de Quatro Pontes, ofereceu retiro aos seus seminaristas neste segundo semestre. Realizado no Centro de Formação Instituto São João Paulo II, em Toledo, o retiro contou com assessoria do Pe. Elizandro Spillere, reitor do Seminário Diocesano de Filosofia Bom Pastor, da cidade de Francisco Beltrão. Para a reflexão, os seminaristas acompanharam o tema: “Encontros vocacionais de Jesus”.




Festa do Menino Deus e da Criança A Paróquia Menino Deus (Toledo) celebrou o padroeiro com grande envolvimento dos fiéis. Pais e mães trouxeram as crianças para mostrarlhes que é necessário ter a presença de Deus em suas vidas para que compreendam o sentido da existência. Pe. Geraldo Marino Ferreira, como pároco, presidiu a celebração, que contou ainda com a presença dos Frades Menores Missionários, os quais estão presentes no território paroquial e têm história conjunta escrita com esta parcela do povo de Deus há cerca de meio século – Fotos: Fábio Cembrani

Encontro de Líderes da Pastoral da Criança A Pastoral da Criança reuniu 153 líderes para encontro realizado no Decanato Assis, que teve por objetivo avaliar os trabalhos desenvolvidos, bem como partilhar aprendizados na caminhada. Além disso, a espiritualidade do líder esteve muito presente na programação do encontro realizado em 23/09.

Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi)

Paróquia Nossa Sra. do Carmo (Assis Chateaubriand)

Paróquia São Roque (Nova Aurora)

Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste)

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Festa de São Francisco de Assis Em Toledo, a Festa do Padroeiro da Paróquia São Francisco de Assis mobilizou os devotos em uma programação bastante envolvente que contou com o tríduo do Padroeiro, a bênção aos participantes do passeio ciclístico e também aos animais de estimação, entre outras iniciativas que fizeram memória do santo protetor da ecologia – Fotos: Renato Schuck/Juan Matoso

Famílias levaram seus filhos e filhas para receberem o Sacramento do Batismo, em celebração (30/09) na Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste). Que sejam abençoados na comunidade para que possam realizar a caminhada de fé com apoio de seus pais, padrinhos e dos demais fiéis

Na chamada “Missa da Catequese”, Pe. Valdecir Caires Trajano, Pároco da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) sentouse com as crianças no presbitério para explicar as escrituras (16/09) – Foto: Patricia Furlaneto Pelissari

Crismas em Pato Bragado Por iniciativa própria e grande incentivo dos pais, eles buscaram conhecer melhor a fé e venceram as etapas de preparação para o Sacramento da Crisma. Desta maneira, a comunidade da Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) acompanhou o rito conduzido pelo bispo diocesano D. João Carlos Seneme a 23 crismandos. Que sigam firmes na fé sendo bons cristãos e atuantes na comunidade – Fotos: Pascom

Dia do Nascituro O Dia do Nascituro foi rezado na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) no contexto das celebrações de Nossa Senhora Aparecida, com a participação das famílias, crianças e especialmente das grávidas que receberam a bênção para suas gestações – Fotos: Josi Zanachi Raizi 84

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OFICINA BÍBLICA Com muita criatividade e dedicação, catequistas da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) envolveram seus catequizandos na Oficina Bíblica, em celebração ao Mês da Bíblia (11, 14 e 18/09). A atividade é uma tradição na comunidade e visa aproximar os catequizandos aos textos bíblicos e sua devida interpretação por meio de exposições e teatros – Fotos: Josi Zanachi e Patricia Furlaneto Pelissari

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