Revista Cristo Rei - Junho 2024

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Por Deus e para as novas gerações

A fidelidade e o compromisso à missão recebida desde o Batismo são características próprias de quem alcança a maturidade de fé. Como seguidores de Cristo, este caminhar é constante e cheio de novidades que são capazes de, após as devidas reflexões e iluminadas pela Palavra, transformar o jeito de ser e agir neste mundo por meio das relações humanas e com Deus.

A celebração dos 65 anos da Diocese de Toledo, tendo sido criada em 20 de junho de 1959, contribuem para uma breve pausa, contemplando pelo menos dois momentos, sendo: anterior e depois da criação deste território eclesial. Recorda-se que antes havia famílias que se reuniam para a oração do terço (único meio de manutenção da sua espiritualidade) até a chegada do primeiro sacerdote a prestar assistência religiosa nesta grande área de missão no Oeste do Paraná, o que coube ao Pe. Antônio Patuí. Em pouco mais de uma década, pelo vigor carregado na evangelização desta região, as lideranças se mobilizaram e responderam rapidamente ao que era uma possibilidade para Toledo ser sede episcopal. Os registros históricos dão conta de amplo engajamento neste firme propósito. E assim, com todas as condições reunidas, o Papa São João XXIII publicou a Bula Cum Venerabilis

que deu condições para que aquele povo pudesse iniciar uma nova história. Guiados pela Palavra, clero, religiosos e religiosas e os leigos de ontem, de hoje – e certamente do futuro – não deixam dúvidas de que a intensidade de seus atos na partilha, no gesto concreto de bondade e de misericórdia sinalizam aquilo que é o Reino de Deus. Muitos podem imaginar que o Reino é algo distante e que será conhecido somente quando adentrar na vida eterna. Mas ele já é experimentado aqui na Diocese de Toledo por meio das pessoas que acolhem a Palavra, que a meditam, compreendem e a traduzem em ações práticas do bem que se realiza pelo outro, seja no serviço eclesial das pregações e orações, seja na vivência da caridade e da compaixão – como do Bom Samaritano – por aqueles que nas suas realidades mais difíceis ensinam verdadeiramente o que é preciso fazer para afastar a intolerância e dar lugar ao amor fraterno. É isso que as novas gerações precisam para que também possam, no seu tempo, experimentar o Reino de Deus.

O Espírito Santo guiou os passos dados até aqui e, com confiança, continuará soprando efusivamente pelo bem deste povo. É preciso ter fé! Boa leitura

O editor

Louvor e graça pelos 65 anos da Diocese de Toledo

Auxílio Fraterno realiza treinamento para informatização de seus atendimentos

D. João presidiu celebração de Santa Rita de Cássia em Toledo

Senac de Marechal Cândido Rondon completa 10 anos

Uso da bactéria wolbachia será ampliado no combate à dengue

Paraná apresenta ações do Programa Nacional de Crédito Fundiário

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024
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Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 Revista mensal da Diocese de Toledo
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Vivendo sob a ação do Espírito Santo

O Batismo nos vincula à vida divina, na vida da Santíssima Trindade. Esse vínculo, com a presença atuante de Cristo, através do Espírito Santo, deve dar frutos: “Ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei”. Concretamente, sua revelação se resume no mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Esta nova vida não é fruto de nossa iniciativa, de nossa capacidade, mas do enxerto, ou seja, do Espírito Santo, embora requeira nossa humilde e fiel colaboração. Isso vale pessoalmente para cada um de nós, para nossas famílias, para a Igreja.

Ao lado da tradição principalmente ocidental, que vê no Espírito o vínculo de caridade que unifica, outra tradição se desenvolveu especialmente no Oriente, que vê o Espírito como o êxtase de Deus, aquele que torna possível a saída de Deus de Si mesmo, Sua abertura ao outro.

O Espírito Santo é aquele que unifica as diferenças, estabelece pontes de reconciliação e de paz. É aquele que abre e diversifica, suscitando a variedade de dons e carismas, continuamente incentivando os discípulos a sair de si mesmos para ir ao encontro do outro e acolhê-lo.

A ação do Espírito Santo na humanidade e na Igreja pode ser caracterizada em duas direções. Por um lado, o Consolador é o princípio invisível da unidade, que supera as divisões e fragmentações e traz a paz aos corações. Ele une na alegria da comunhão, com o Pai e o Filho, a alma da Igreja e faz desta unidade um

sinal, instrumento e profecia da unidade do mundo. Por outro lado, o Espírito suscita a riqueza dos dons e os ministérios mais diversos e instiga a viver a nova vida de ressuscitados como serviço e missão.

O Espírito unifica o diferente e diversifica o unido, reconcilia o distinto e distingue na comunhão dos reconciliados. Viver segundo o Espírito, portanto, requer a plena aceitação de sua dupla ação: rejeita o Espírito tanto quem promove divisão quanto quem deseja massificar e nivelar as diferenças. Acolhe o Espírito quem promove e respeita, valorizando a diversidade por ele suscitada, trabalhando para que tudo contribua para o bem comum e sirva para a edificação do único Corpo do Senhor Jesus, que é a Igreja da Trindade.

Tomemos como exemplo a parábola do amigo inoportuno (Lc 11,5-13) que bate à nossa porta à noite para pedir pão. Imaginemos que o amigo inoportuno é aquele que bate às portas das nossas comunidades cristãs pedindo-nos o pão da Palavra de Deus. Poderíamos nos encontrar na dificuldade em que se encontra o personagem da parábola: a porta está fechada, todos estão acomodados e dormindo, a noite já está avançada. Tudo está no seu lugar, e é difícil revirar a casa de cabeça para baixo, para acolher um pedido em hora inoportuna.

Uma pessoa ou comunidade que não atende ao clamor de um amigo inoportuno, que prefere a organização meticulosa de sua programação à generosa abertura ao outro, realizaria o oposto do que Jesus faz o personagem da história fazer. Não apenas isso: mas o homem que se deixa incomodar e satisfaz a fome do amigo insistente reflete a imagem do Pai celestial, que não nega o Espírito àquele que insistentemente o pede. Portanto, uma comunidade, um movimento, um grupo que se abre para acolher o outro e está disponível para ser perturbado e até mesmo questionado pela urgência da caridade e da comunhão, torna-se ícone vivo do Pai que dá o Espírito, fonte da vida e da alegria que vêm apenas do Espírito.

D. João Carlos Seneme, CSS Bispo da Diocese de Toledo
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LOUVOR E GRAÇA PELOS 65 ANOS

DADIOCESE DE TOLEDO

A comemoração de aniversário deixa qualquer pessoa mais animada e até mesmo cercada de expectativas de lembrança da data. Afinal, “é o seu dia” para viver intensamente com a chegada das felicitações, seja por meio de mensagens, um telefonema ou ainda pelos abraços e outras formas de carinho de quem a admira.

Com alegria transbordante, neste mês de junho, a numerosa família de cristãos católicos celebra vigorosamente os 65 anos da Diocese de Toledo, afinal “A alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8,10). É uma data especial para todos, sem dúvida, ainda mais quando é possível olhar para este período e perceber o quanto Deus é bom ao abençoar aqueles que formaram a primeira comunidade de fé reunida na oração do terço e permanece revelando seu rosto misericordioso a iluminar os fiéis no seguimento de Jesus, Cristo Rei do Universo. Com as mãos erguidas e o olhar direcionado para o alto, certamente o agradecimento é uma oração: “Obrigado, Pai de bondade, pelas graças alcançadas e por nos abençoar”.

A Diocese de Toledo tem uma história robusta e marcante de evangelização que começou na atenção dada pela Igreja ao observar a organização das pessoas no Oeste do Paraná e no envio de missionários para a assistência religiosa. Os núcleos populacionais eram visíveis e indicavam as carências de um povo que, além de tudo, tinha necessidades de fortalecimento e sustentação da sua espiritualidade. Os padres do Verbo Divino (SVD), dentre eles o memorável Pe. Antonio Patuí, foram decisivos na formação desta região, pois se embrenharam na inóspita região abrindo caminhos para que a Palavra de Deus pudesse revigorar os pioneiros uma vez que, parte deles,

oração,

de

demonstrava cansaço ao notar o “tanto por fazer” para dar condições às suas famílias.

Esta mesma organização resultou na criação da Diocese de Toledo em 20 de junho de 1959, por meio da Bula Cum

Venerabilis, do Papa São João XXIII, e confirma o que se reza (Deus é presente: ontem, hoje e sempre), pois antes mesmo da publicação do documento, a delimitação deste território e a continuidade da caminhada conta com o amparo divino. As famílias, bispos, padres, seminaristas, incontável número de leigos que estiveram e estão no serviço eclesial mostram que toda a intensidade desta presença na comunidade de fé e na sociedade sinalizam o Reino de Deus aqui e agora. A Diocese de Toledo é tudo isso: formada pelo impulso missionário, pelas vocações, pela sua própria organização e, especialmente, pela compaixão e misericórdia manifestos junto a quem passa pelos constantes desafios humanos. Fórmulas ou soluções não são simples e a inteligência humana ainda não conseguiu dar conta. Mas, certamente, o evangelho é a bússola. Na capa desta edição estão o senhor Pedro Gurzinski e dois de seus três netos, simbolizando a condução das gerações nos caminhos da fé. Ele é pai da catequista Vanessa.

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 6 ALEGRIA DO SENHOR
Em momento agradecer a Deus pelos 65 anos da Diocese de Toledo

Paróquias se unem em celebração pelos 65 anos da

Diocese de Toledo

O gesto de unidade é a marca dos cristãos. Por isso, por decisão do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, nesta data de 22 de junho (sábado), todas as 32 paróquias e capelas estarão reunidas nas missas para rezar, louvar e agradecer a Deus pelos 65 anos da Diocese de Toledo.

A celebração sob presidência do bispo diocesano será na Catedral Cristo Rei, às 19h. No horário habitual de cada comunidade de fé, localizadas em 19 cidades da região, as intenções da missa estarão em sintonia com o aniversário de criação da Diocese. Para tanto, elas receberão um roteiro celebrativo a fim de que estejam em sinodalidade com este júbilo pelo Reino de Deus que se faz presente no cotidiano de suas realidades.

Outra orientação para este ano de 2024 é que se valorize nas comunidades de fé o Hino da Diocese de Toledo, visando tornar ainda mais presente a dimensão da identidade desta igreja particular.

EXPOSIÇÃO CULTURAL TRAZ MEMÓRIAS DA EVANGELIZAÇÃO

Religiosidade, cultura, arte e história estarão reunidas na composição deste tempo celebrativo pelo aniversário de criação da Diocese de Toledo. Para tanto, a Coordenação da Ação Evangelizadora, Secretaria de Pastoral e Centro Integrado de Comunicação, com apoio da Secretaria de Cultura do Município de Toledo, lançam no dia 10 deste mês de junho, a Exposição “65 anos da Diocese de Toledo”. A vernissage (cerimônia de lançamento) para convidados será às 18h, no Museu Histórico Willy Barth de Toledo.

A exposição contará os caminhos da evangelização nesta região, lembrando do pioneirismo, dando ênfase a partir da data de criação da Diocese. Essa caminhada de fé é recuperada por meio de peças litúrgicas – como o baldaquino, uma proteção para a procissão pública com o Santíssimo – e paramentos uti-

Chegada de D. Armando Círio para sua posse como primeiro bispo da Diocese de Toledo (1960)

lizados pelo primeiro bispo diocesano, como a Mitra que é usada na cabeça durante as celebrações. Haverá ainda a apresentação de objetos da atividade ordinária das pastorais e movimentos, bem como de uso nas paróquias.

A composição do evento fará memória da presença da Diocese de Toledo na

sociedade e sua atenção com o campo educacional, destacando-se as escolas católicas de educação básica e ensino médio, até a participação no pioneirismo do ensino superior com a fundação da antiga Facitol (Unioeste) e mais adiante a concretização do campus da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR) neste território.

A Exposição ficará aberta ao público em geral até 30 de junho. Uma dica é a participação de catequistas que poderão organizar a visita de seus catequizandos à exposição, visando conhecer a história da Diocese de Toledo. No caso da visita em grupos, é necessário agendar com a equipe do Museu Willy Barth, pelo telefone (45) 3196-2465. O horário de funcionamento é de segunda a sexta (8h às 12h e das 13h30 às 17h30) e nos dois primeiros sábados do mês (13h30 às 17h30).

COMO VOCÊ VÊ A HISTÓRIA DA NOSSA DIOCESE E DA

EVANGELIZAÇÃO ATÉ AQUI E COMO IMAGINA O FUTURO?

D. Armando Círio foi, sem dúvida, o missionário do Oeste. Muito jovem, assumiu a recém-criada Diocese com tudo por fazer. Contou com o auxílio das congregações religiosas até abrir os seminários e formar o clero diocesano. Depois, a Diocese investiu muito na construção da casa de formação dos leigos e nunca deixou de oferecer-lhes oportunidade de formação bíblica, catequética e de prá-

tica de fé.

Olhando para o futuro: se quisermos ser cristãos mais presentes, mais fermento no meio da massa, acredito que temos de revisitar a Bíblia, tendo coragem de formar pequenos grupos, mas tem que ter o estudo de Jesus Cristo e seu Evangelho. Penso que esse seja o grande desafio: formar seguidores de Jesus a partir da reflexão, do conhecimento do Evan -

gelho. Neste mundo tão conturbado que vivemos, as famílias perderam um pouco seus referenciais, porém muitas delas têm cultura bem religiosa, bem cristã. Temos que ter coragem de propor-lhes o estudo, a reflexão e a vivência da Palavra de Deus. Ainda olhando para o futuro, na juventude o caminho é formar novas lideranças. É sentar, refletir, analisar a realidade e iluminá-la com a Palavra e levar para a ação.

Pe. Aloysio André Kasper Padre emérito da Diocese de Toledo

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D. João Carlos Seneme, bispo da Diocese de Toledo, salienta importância da celebração conjunta em todas as paróquias e capelas

Ao longo dos 65 anos de criação da Diocese de Toledo, muitas congregações religiosas foram acolhidas e se implantaram nesta Diocese. Várias delas, estão presentes desde a origem da Diocese, como é o caso dos padres do Verbo Divino que muito contribuíram na evangelização.

Para a Vida Religiosa, feminina e masculina, é motivo de gratidão estar nesta Diocese e fazer parte da mesma. Nossos pastores sempre abriram as portas e apoiaram os diversos carismas que aqui Deus enviara para colaborar e implantar o Reino, assim como continua acolhendo no presente as que vem chegando.

O nosso Deus é Bondade: “Provai e vede que o Senhor é Bom. Bem-aventurado o homem que n’Ele confia”(Sl 34,8). Ao Senhor que nos congregou como seu povo e seu rebanho, a nossa Ação de Graças; ao Senhor que escreveu sua história por meio desta Diocese que tanto bem fez e faz para o povo desta região, eterna gratidão; ao Senhor que enviou missionários de carismas diversos para colaborar nesta parte da Igreja, nossa gratidão.

O futuro que nos espera é desafiante, mas para nós que confiamos no Senhor, porque eterno é seu amor, temos a certeza de que Ele continuará guiando e conduzindo essa história que aqui se fez, porque tudo é d’Ele e nós somos seus instrumentos para que o mundo se transforme.

Ir. Mary Carmen Pauletto Franciscana da Beata Angelina

Temos gratidão por tudo que foi realizado e conquistado nesta Diocese ao longo de seus 65 anos de evangelização. Histórias de fé, muito trabalho, cooperação e uma caminhada de mãos dadas, um sonho realizado. Uma infinidade de famílias evangelizadas, uma enorme quantidade de jovens que descobriram e aceitaram o chamado para diversas vocações. A Pastoral Familiar acredita num futuro promissor, pois muito já foi feito e temos muito por fazer. Estamos caminhando a passos largos na evangelização das famílias e na conscientização e preparação para o Matrimônio, com o objetivo de fazer com que as famílias descubram e entendam que a educação familiar tem um papel essencial na construção de uma sociedade mais justa, respeitosa e com amor. Com este novo modo de formação para jovens que buscam o Sacramento do Matrimônio, eles se aproximam da Igreja, tomam gosto pela comunidade e compreendem melhor a beleza, a importância e compreensão deste Sacramento. Certamente, teremos no futuro mais famílias felizes. Costumamos dizer que a família é a base da sociedade, isso porque é de responsabilidade dela a construção da identidade e o desenvolvimento do ser humano. Agora, dentro dessa construção de pessoas vem o grande desafio para a família do futuro: entender que a educação é um processo contínuo e é na família que se aprendem valores essenciais para a vida em comunidade. Em nome da Pastoral Familiar diocesana parabenizamos nossa Diocese e agradecemos a Deus pelas graças e bênçãos alcançadas.

Joari e Sueli Vieira

Casal coordenador diocesano da Pastoral Familiar

É uma tarefa bastante difícil contar a história da Diocese de Toledo sem contar a história da Catequese ao mesmo tempo, porque desde o princípio o processo de evangelização passa pela Catequese, pelo trabalho dos nossos bispos, dos nossos padres, de todos os leigos envolvidos no processo de evangelização, de espalhar a mensagem de Jesus em nosso território. Aos poucos foi se organizando, várias as equipes passaram sob orientação e assessoria de vários dos nossos padres, e agora, comemorando esse aniversário de 65 anos, nós nos sentimos renovados e revigorados para continuar o trabalho considerando o grande presente que o Papa Francisco nos dá, que é o Ministério do Catequista. Esse é o reconhecimento oficial da Igreja. Pelo trabalho de catequistas, homens e mulheres que deram e dão a sua vida por esse processo de evangelização e educação na fé. Estamos dando grandes passos em nossa diocese, nessa direção e que Deus nos acompanhe.

Douglas Vinicius Mequelin e Maria Artes I Coma Catequistas referenciais para as escolas de formação da Animação Bíblico-catequética

A Diocese de Toledo, ao longo dos seus 65 anos, vem mostrando que a evangelização ocorre quando todos os batizados estão envolvidos, os leigos, o clero e o bispo. Comprovou que o processo formativo constante, o incentivo a ações inovadoras e a valorização da participação comunitária contribuem para a realização das mais diversas ações pastorais.

O futuro é instigador e imagino que a Diocese de Toledo, fortalecida pela sua história, continue favorecendo e conduzindo a caminhada da evangelização do Povo de Deus sobre a proteção de Cristo Rei, Padroeiro da Diocese.

Marinês Bettega

Membro da Cáritas Diocesana

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 8 ALEGRIA DO SENHOR

Nes ses 30 anos de Pastoral da Criança, vejo como nossa Diocese cresceu, como se multiplicou e está fazendo uma linda missão, principalmente ouvindo as comunidades.

Isso é muito importante, aonde o clero vai de encontro na “Igreja em saída”. A Diocese de Toledo está fazendo essa missão que é fundamental para que as comunidades sejam ouvidas e seja colocado em ação o que pensam. A Diocese cresce em graça e sabedoria. Vejo a importância das pastorais e movimentos na evangelização e a Diocese dá toda liberdade para as coordenações diocesanas para fazerem a missão acontecer. Isso é necessário. Nós, como Diocese, podemos sim fazer a ação evangelizadora acontecer na comunidade, lá na criança, na família, no idoso, onde nossa missão se realiza. Evangelizamos junto com as famílias em cada ação que desempenhamos.

Penso que para o futuro da Diocese de Toledo deve continuar nesse caminho. Ela tem uma dimensão muito grande e muito a fazer. Esse é o caminho que está sendo trilhado como Igreja em saída.

Coordenadora diocesana

Celebrar os 65 anos da Diocese de Toledo nos enche de júbilo. Alegra-nos sermos membros desta Igreja Particular que, pela graça do Espírito Santo, tem e teve a sua frente pastores dedicados a evangelizar seu povo. Missão esta que como na parábola da semeadura teve suas sementes caídas em terra fértil e rendeu muitos frutos. Para os anos vindouros, rogamos a Cristo Rei que nos mantenha imbuídos do desejo de semear; que nosso comprometimento seja uma fiel resposta ao que pede Nosso Senhor Jesus: “Ide por todo o mundo e anunciai O Evangelho”. Com esta alegria e serviço, desejamos evangelizar por muitos anos, com a graça de Deus e a materna intercessão de Maria.

A história da Diocese é marcada por um profundo compromisso com a evangelização e o serviço à comunidade. Ao longo desses 65 anos, vimos um crescimento significativo na participação dos fiéis e no alcance das ações sociais, que têm transformado vidas e promovido a justiça social. Olhando para o futuro, imagino uma Diocese ainda mais engajada, utilizando as novas tecnologias para evangelizar e expandir sua presença, sempre guiada pelos princípios do amor ao próximo e da solidariedade. Acredito que continuaremos a construir uma igreja vibrante, inclusiva e resiliente, capaz de enfrentar os desafios contemporâneos com fé e esperança.

Ir. Vilma Geopatto

e da Pastoral da Pessoa Idosa

Compreendo ser a história de nossa Diocese um exemplo de como o “fermento” do Reino de Deus leveda a massa do mundo. Se voltarmos nosso olhar para o passado, para as comunidades de migrantes e a fragilidade dos recursos humanos e materiais da Igreja, há como não se impressionar com o crescimento em apenas 65 anos de nossa comunidade diocesana?

Nosso território era maior, mas não tínhamos paróquias suficientes, hoje as temos exceto em um município. Não tínhamos clero local, hoje temos várias gerações de sacerdotes que são filhos de nossas terras. Carecíamos de estrutura física, administrativa e formativa, hoje contamos com 32 paróquias bem equipadas, 5 seminários, sendo 2 deles diocesanos, colégios e universidade católicos, noviciados para a vida religiosa feminina, instituições de apoio à formação do laicato e de caridade e cuidado da vida.

Ação Social São Vicente de Paulo nossa região.

Sonho com um futuro em que nossas comunidades serão oásis de vida fraterna em um mundo cada vez mais tecnológico e individualista. Um espaço contracorrente, em que valorizaremos cada vez mais a acolhida, o encontro, a comunhão e a fé. Enquanto o mundo falar de poder, ali falaremos de serviço, enquanto o mundo ensinar a intolerância, ali buscaremos nos olharmos nos olhos e nos querer bem, enquanto o mundo descartar a vida, ali receberemos toda a vida com reverência e amor, enquanto o mundo colocar sua esperança no que possui, ali aprenderemos a colocar nossa esperança na salvação que nos vem de Jesus.

Como não acreditar na ação do Reino de Deus no meio de nós? Aliás, somos um fermento que trouxe para toda região progresso social e acadêmico, já não sendo possível contar o número de pessoas cristãs ou não que se beneficiaram e se beneficiam do trabalho de nossa comunidade em prol da prosperidade da

Acredito numa Diocese que chamada a testemunhar a alegria de ser comunidade, encontrará a bravura, como os que nos precederam a encontrou, para ser tornar cada vez mais um luzeiro da comunhão de irmãos em torno do Cristo Eucarístico e exemplo de cuidado da vida, que fará ser reconhecido por todos o valor infinito de toda vida aos olhos de Deus.

Pe. Marcelo Ribeiro da Silva Reitor do Seminário São Cura d’Ars

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Leane Schneider Lutz da Pastoral da Criança Josiane Bucalão Coordenadora diocesana do Movimento de Cursilhos de Cristandade

Pastoral Familiar começa a preparação da Semana Nacional da Família

A Pastoral Familiar da Diocese de Toledo já começa a preparar a Semana Nacional da Família, marcada para todo o País celebrar no período de 11 a 17 de agosto. O tema será o mesmo debatido no Simpósio Nacional das Famílias: “Família e Amizade”, que é inspirado no tema da Campanha da Fraternidade.

Um dos caminhos para a amizade é o diálogo, descrito pelo Papa Francisco na Encíclica sobre a Fraternidade e a Amizade Social da seguinte maneira: “Aproximar-se, expressar-se, ouvir-se, olhar-se, conhecer-se, esforçar-se por entender-se, procurar pontos de contato: tudo isto se resume no verbo ‘dialogar’” (Fratelli Tutti, nº 198).

O Santo Padre completa que “para

nos encontrar e ajudar mutuamente, precisamos dialogar”. “Não é necessário dizer para que serve o diálogo; é suficiente pensar como seria o mundo sem o diálogo paciente de tantas pessoas ge-

nerosas, que mantiveram unidas famílias e comunidades. O diálogo perseverante e corajoso não faz notícia como as desavenças e os conflitos; e contudo, de forma discreta mas muito mais do que possamos notar, ajuda o mundo a viver melhor”, pontua.

Além de pensar sobre o tema proposto para este ano, a coordenação da Pastoral Familiar vai propor atividades a serem desenvolvidas no período da Semana Nacional da Família em todas as paróquias e capelas que contam com seus agentes em atuação. A reunião será no dia 6 deste mês de junho, no Centro Catequético da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand. Participarão coordenação diocesana e coordenadores dos Decanatos de Toledo, Guaíra/Palotina, Rondon e Assis.

A amizade continua inspirando as reflexões, agora especialmente nas famílias

Sim para toda a vida

Quatro casais da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Toledo, buscaram o Sacramento do Matrimônio e, após acompanhamento da Pastoral Familiar, celebraram o rito que foi administrado pelo pároco, Pe. Roberto Lopes de Souza. Nesta união abençoada, os casais se comprometem perante Deus e a comunidade em compartilhar suas vidas, caminhando na jornada de fé e espiritualidade

pela construção da família.

Alexandre e Rosângela, Alysson e Fernanda, Anderson e Cláudia e Elgio e Sirlei disseram ‘sim’ a este vínculo indissolúvel de serviço um para com o outro, abençoado por Deus e pautado pelo amor conjugal, respeito e apoio em todos os momentos da vida, compromissos que cada um assumiu.

Como meio de Santificação do casal, o

Matrimônio cristão torna os casais participantes do amor de Deus, que tem na sua essência a fidelidade e a doação de si para o outro. Para a Igreja, é a celebração de uma vocação específica que certamente contribuirá na disponibilidade dos dons e talentos de cada um na formação da sociedade. Esta foi a primeira celebração do chamado casamento comunitário na mais nova Paróquia da Diocese de Toledo.

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(45) 9 9903-2540
FALTA Pe. Roberto e equipe que acompanhou os casais na preparação para o Matrimônio Casais que protagonizaram a celebração com o Sacramento do Matrimônio

Auxílio Fraterno realiza treinamento para informatização de seus atendimentos

A Pastoral do Auxílio Fraterno realizou treinamento diocesano de seus agentes ao novo “Programa de Informatização da Pastoral do Auxílio Fraterno”, que será utilizado na Diocese de Toledo. Estiveram presentes 62 agentes de pastoral, provenientes de 24 paróquias, representantes paroquiais dos quatro decanatos. O programa foi desenvolvido e apresentado por Alexsandro Gomes Pereira (Lico), com o apoio de Djorge Marcelo de Almeida, secretário da Catedral Cristo Rei. O dia formativo, realizado em 28 de abril último, teve início com a Santa Missa junto à comunidade, celebrada pelo assessor diocesano desta pastoral e pároco da Catedral Cristo Rei, Pe. Hélio José Bamberg.

Durante o treinamento, Pe. Hélio explanou a importância do programa de informatização para a organização pastoral e, principalmente, sobre a importância da adesão de todas as paróquias.

Maria Inês Manica, coordenadora diocesana, enalteceu a caminhada conjunta dos quatro decanatos, por esta pastoral endógena na Diocese de Toledo. Trouxe

também à reflexão de que há muito ainda a se caminhar, tanto com relação a compreensão do que é a Pastoral do Auxílio Fraterno, sendo indispensável o estudo do Documento Base 2022-2025, como também no que se refere a efetivação em todas as paróquias dos 12 Passos da Pastoral do Auxílio Fraterno, e documentos pastorais atualizados, amplamente divulgados e conhecidos pelos agentes de pastoral. Pontuou também, que a dinamicidade desse tempo e dos serviços pastorais prestados, exige a evolução organizacional desta Pastoral Social, que ocorre através da informatização de seus atendimentos.

A informatização, conforme ela, virá para facilitar os registros e o acompanhamen -

tos das famílias atendidas e o próprio serviço pastoral como um todo. Maria Inês motivou os participantes a aderirem ao processo de informatização, considerando que não há possibilidades de retrocesso e sim, de avanços! “Todos somos chamados, mais uma vez, a colaborarmos com o desenvolvimento da Pastoral do Auxílio Fraterno, agora através da efetivação da informatização em nossas paróquias, para nos tornarmos uma Pastoral Social que além de uma forte mística, está também conectada com nosso tempo”, comenta.

DIAGNÓSTICO

Diariamente é significativo o número de famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza que recorrem à Pastoral do Auxílio Fraterno existente nas paróquias para serem ajudadas em suas necessidades. As famílias são acolhidas e escutadas, gerando um cadastro familiar, e após os encaminhamentos. Até então, os cadastros das famílias e os devidos encaminhamentos eram registrados manualmente e arquivados na própria paróquia. A compilação dos dados é realizada pelo coordenador paroquial

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Pastoral do Auxílio Fraterno dá importante passo de atualização dos seus serviços na Diocese de Toledo Treinamento envolve agentes da Pastoral do Auxílio Fraterno

(semestral e/ou anualmente) e encaminhada ao coordenador de seu Decanato.

Os coordenadores decanais por sua vez, compilam os dados recebidos de todas as paróquias do seu Decanato e enviam à coordenação diocesana, a qual faz a somatória das atividades dos quatro decanatos, obtendo assim, o Relatório Diocesano semestral e/ ou anual. Um trabalho desgastante, e é sabido por todos os agentes de pastoral, que muitas ações passam sem os devidos registros.

DIGITALIZAÇÃO

Dentro desta realidade, no ano de 2023, os membros da coordenação diocesana, formada pelos coordenadores decanais e outros agentes de pastoral por eles indicados, retomaram a ideia já madura e necessária de se desenvolver um programa de informatização

destinado ao cadastro das famílias e registro das atividades desta Pastoral Social.

Objetiva-se com a implantação e adesão dos agentes de pastoral ao programa de informatização, uma maior aproximação da realidade social em cada localidade, com dados precisos relativos ao número de cadastros familiares, acolhimentos e escutas, encaminhamentos e ajudas materiais prestadas. Tais questões serão facilmente registradas e acessadas em atendimentos posteriores, contribuindo ao acompanhamento das demandas familiares e o próprio desenvolvimento familiar, questão primordial deste serviço pastoral. Para tanto, torna-se indispensável que o programa seja fomentado pelos agentes paroquiais. Objetivamente, cada paróquia terá seus agentes paroquiais aptos a utilizarem o programa.

Programa de Informatização e fluxo de utilização

O Programa de Informatização foi desenvolvido pelo Alexsandro Gomes Pereira (Lico), embasado nos modelos das fichas cadastrais das famílias e dos relatórios existentes, utilizados até então. Neste primeiro treinamento foram solicitados até três agentes de pastoral por paróquia, denominados “agentes paroquiais da informatização”, todos com a devida autorização do pároco, podendo este número ser ampliado por decisão paroquial. Estes agentes paroquiais terão acesso a área de atendimento de sua respectiva paróquia.

Além dos agentes paroquiais, haverá em cada Decanato um “agente decanal”, o qual terá acesso aos dados de todas as paróquias do Decanato que representa, e estará apto a gerar relatórios e outras informações decanais, como por exemplo, mudança da família para outro território paroquial, no mesmo Decanato.

Por fim, a Pastoral terá os ‘administradores diocesanos’, os quais terão acesso a todas as paróquias e Decanatos e aptos a fazerem todos os ajustes solicitados pelos agentes decanais e a extrair relatórios diocesanos mensais, semestrais e anuais e demais informações necessárias. Também estarão disponíveis para esclarecimentos sobre o programa e sua utilização.

PASTORAL DO AUXÍLIO FRATERNO: 32 ANOS!

Neste ano a Pastoral do Auxílio Fraterno completa 32 anos e dá um grande passo no que se refere à sua organização. Com a implantação da informatização e sua real utilização por todas as paróquias que possuem esta Pastoral Social, o serviço pastoral se atualiza ao tempo e com dados precisos.

Neste tempo de implantação do programa, os agentes paroquiais estão na fase de ambientação ao programa, através do cadastramento das famílias participantes da Pastoral do Auxílio Fraterno na Diocese, referentes ao corrente ano. Estão acontecendo também pequenos ajustes no programa solicitados pelos agentes decanais, após discutidos e aprovados, fatores comuns para aperfeiçoamento e adequação do programa à realidade pastoral.

A coordenação diocesana juntamente com os agentes decanais e administradores diocesanos estão realizando todos os esforços possíveis para que todos os agentes designados para este fim estejam seguros e treinados para utilização do Programa de Informatização da Pastoral do Auxílio Fraterno.

“É motivo de alegria a qualificação dos serviços prestados pela Pastoral do Auxílio Fraterno, em benefício das famílias atendidas! Com as bênçãos de Deus e as luzes do Espírito Santo, seguimos unidos e com fé na direção de uma Igreja em saída, mais justa, acolhedora e fraterna”, destaca Pe. Hélio José Bamberg, assessor diocesano.

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Alexsandro Pereira fez apresentação do sistema desenvolvido para a Pastoral do Auxílio Fraterno Agentes de pastoral conhecem o novo sistema de atendimentos

Escola complementar prepara leigos para o Ministério de Catequista

A alegria de contar com leigos perseverantes leva a Diocese de Toledo a promover a Escola Complementar de Formação em vista do Ministério de Catequista. E ela abre com mais de 100 participantes, uma dádiva para toda a comunidade de fé que deve ser grata pela disponibilidade destas pessoas que, mais uma vez, estão no processo formativo que a Diocese oferece a partir do que o Papa Francisco propõe para este ministério. Nos dias 29 e 30 deste mês, acontece a 3ª etapa de formação, de um total de seis, no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, em Toledo. Esta formação é chamada “Complementar” porque recebe catequistas já certificados pela Escola Catequética Companheiros de Emaús (considerada a formação básica) e que foram indicados pelos párocos. Além disso, participam aqueles que atendem critérios requiridos à missão de Ministro da Catequese previstos no Documento 112 da CNBB, como por exemplo, mínimo 20 anos de idade e, no mínimo, cinco anos de atuação e experiência na Catequese.

A Escola Complementar atende a essa primeira necessidade formativa, porém

recebe formação complementar em vista do ministério na Igreja mais adiante serão acolhidos em escola própria os catequistas iniciantes que, admiravelmente, continuam se apresentando nas paróquias e se colocam à disposição em servir a comunidade neste campo da educação da fé.

O Papa Francisco destacou na Carta Apostólica, sob forma de Motu Proprio –Antiquum Ministerium (2021) que este ministério laical de Catequista “imprime uma acentuação maior ao empenho missionário típico de cada um dos batizados”.

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Grupo A coordenadora da Catequese no Paraná, Débora Pupo, animou os participantes a essa escola complementar Catequistas felizes com a missão na formação complementar Estudos são necessários perante as exigências do Ministério Catequista Evandra mostra material orientativo da formação Catequistas Companheiros de Emaús recebem formação complementar D. João Carlos Seneme salienta compromisso da Diocese na preparação para a instituição do Ministério de Catequista

Caminho Neocatecumenal

celebra seus 50 anos

No dia 29 deste mês de junho, o Caminho Neocatecumenal reunirá seus membros e comunidade de fé na celebração eucarística pelos seus 50 anos no Brasil. Esta caminhada aqui na Diocese de Toledo terá o momento de ação de graças na Igreja São Vicente Palotti, às 18h, na cidade de Palotina, sob presidência do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme.

Embora a data referencial deste Jubileu seja em abril, por força de agenda de muitos convidados, a celebração acontece agora em junho marcando este cinquentenário com muitos frutos colhidos, desde a evangelização dos casais, o fortalecimento das famílias e a prosperidade de vocações, inclusive para a Igreja. Ele propõe um itinerário catequético que contempla as fases do Querigma (anúncio), pré-catecumenato, catecumenato, eleição e a renovação das promessas batismais. O Caminho é pautado no carisma “Fazei comunidades cristãs como a Sagrada Família de Nazaré, que vivam em humildade, simplicidade e louvor. O outro é Cristo”. O casal coordenador do Caminho Neocatecumenal na Diocese de Toledo, Leacir e Vilma Romani, partilha com os leitores da Revista Cristo Rei esta história do Caminho.

Tudo começou quando em 1972, Pe. Irineo Idaldo Simon passou o ano na Colômbia em busca de novas formas de ser Igreja e conheceu uma pequena comunidade que esteva celebrando. Fez o pedido aos iniciadores do Caminho. Na época, ele era vigário do então pároco da Paróquia São Vicente Palotti, da cidade de Palotina, Pe. Vitorino Roggia.

Em novembro de 1973, chegou uma equipe da Espanha formada por Francisco Javier Sotel, Falita e Pe. José Manoel, que expuseram o Caminho para o

clero diocesano reunido em Toledo. No primeiro momento não foram acolhidos pelo Pe. Vitorino, por estar em Santa Maria (RS).

Então, D. José Maria Maimone (palotino presente na reunião), bispo de Umuarama, levou a equipe para lá, onde formaram a primeira comunidade em dezembro do mesmo ano. Por insistência do Pe. Irineo e a aprovação do Pe. Vitorino, voltaram para Palotina. Iniciando a catequização, formaram a primeira comunidade em 28 de abril de 1974.

Das 54 pessoas desta primeira comunidade, cinco estão vivas e ainda caminham, sendo: Leacir e Vilma Romani, Mafalda Redivo, Nair Dezan e Regina Centenaro. As demais estão impossibilitadas por causa de doenças.

ORGANIZAÇÃO E EXPANSÃO

Após o 1º Escrutínio, em agosto de 1976, já com 34 pessoas, foi eleita a primeira equipe de catequistas: Nair Dezan, Leacir e Vilma

Romani, os quais ainda caminham. A primeira pregação ocorreu entre os dias 18 de outubro e 19 de dezembro daquele ano. Assim foi formada a segunda comunidade de Palotina. Também é a mesma equipe que evangeliza em Terra Roxa.

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Leacir, Vilma e Nair com demais catequistas do Caminho Neocatecumenal na Catedral Cristo Rei, em Toledo (2023) Virgem do Caminho Neocatecumenal (Kiko Argüello) Rito de bênção com o bispo diocesano D. João Luiz Mossi e Lindamir na celebração de renovação de sua comunidade na Catedral Cristo Rei (2023)

Na Capela São João Batista de La Salle, em Palotina, nasceu a primeira comunidade em 1977. Nesta, há uma catequista itinerante: Zuleide Araldi.

Nos meses de março e abril de 1978, a equipe se deslocava todos os domingos para Umuarama, visando a participação nas catequeses junto, com demais equipes da região, que eram dadas pela equipe de Javier, Falita e Pe. José Manoel.

Em abril de 1979, formamos a primeira comunidade da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, de Guaíra, evangelizada pela primeira equipe de Palotina. No ano seguinte, após nova pregação em Guaíra, nasceu a segunda comunidade.

Ainda em 1980, mas na cidade de Palotina, nasceram outras duas comunidades, com o carisma de evangelização de Vitor, Silvana Maciel e família (itinerância). Em junho de 1981 nasceu outra comunidade que tem na itinerância Elza de Souza.

Já em 1983, houve junção das comunidades de Palotina, formando duas equipes de catequistas, sendo uma local e outra semi-itinerante.

A primeira equipe de catequistas seguiu formando comunidades anualmente e unindo algumas de acordo com a

Os jovens vão aos hospitais

Ir ao encontro e imitar o Cristo no cotidiano da vida. Participantes do Grupo Jovens Amando Cristo (JAC), da Capela São Miguel Arcanjo – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand), e do Encontro de Jovens com Cristo (EJC) se colocaram a caminho numa data muito especial, o Dia das Mães. Inspirados nos ensinamentos do evangelho para atuação prática, eles decidiram por visitar as mães hospitalizadas e aquelas que sofrem. No encontro com elas e seus familiares, muita emoção e, claro, a oração pela recuperação da saúde, os

quais rezaram para que sejam consoladas e confortadas pelo Espírito Santo

necessidade. A partir de 1989, as equipes de catequistas de Palotina formaram comunidades em Foz do Iguaçu, Matelândia e Cascavel. Desde 2005 há uma nova comunidade pequena em Novo Sarandi.

VOCAÇÕES

Por este meio de evangelização do Caminho Neocatecumenal, surgiram três jovens que foram ordenados padres, frutos das comunidades de Palotina: Dilsomar Bombazar, formado no Seminário Redemptoris Mater (Brasília); Ronaldo Lorenci, que está em Córdoba (Espanha); e Mateus Maciel, que está na Galileia (Israel), filho dos itinerantes Vitor e Silvana.

de Deus. Em cada quarto, uma mão estendida aos doentes e seus familiares.

Jovens realizam visita às mães hospitalizadas Celebração mensal com os jovens realizada no 3º domingo 2ª Comunidade do Caminho Neocatecumenal na celebração da Vigília Pascal em 2015 Caminho inaugura neste dia 29, salas de catequese e celebração para 120 pessoas e outra com capacidade para 70 pessoas Ao levar o “abraço de Cristo”, muita emoção com familiares dos doentes

Missão Vocacional 2024 espalha

“onda” de evangelização

A primeira “onda” de evangelização da Missão Vocacional 2024 (MOVA), realizada em 18 de maio último, espalhou alegria, descontração e muita animação nas 12 Paróquias do Decanato de Toledo que participaram das atividades. E agora, uma nova onda chega no dia 29 deste mês de junho, nos Decanatos Assis e Guaíra/ Palotina, para envolver com esse mesmo entusiasmo os catequizandos de 11 paróquias a partir de atividades de evangelização que serão desenvolvidas pelos missionários junto às crianças e adolescentes, contando inclusive com momentos de oração que visam acentuar o protagonismo deles dentro da comunidade de fé em que fazem parte. O calendário também sinaliza a preparação dos catequizandos do Decanato Rondon que receberá a MOVA 2024 no dia 17 de agosto.

ando como missionários, ou seja, indo a outras comunidades para trabalhar com as crianças e adolescentes. “Além dos membros das casas de formação religiosa e diocesana de nossa diocese, tivemos a participação de catequistas, candidatos ao diaconato permanente, ministros da Eucaristia, entre outros que compunham cada grupo de missionários”, afirma.

Pe. Juarez Pereira de Oliveira, responsável pela comunicação da Missão Vocacional, salienta que este ano o evento apresenta novidades com o objetivo de que mais lideranças tivessem a oportunidade de vivenciar a MOVA atu-

Outra novidade presente neste ano é o acentuado convite do Papa Francisco ao Ano Jubilar de 2025 – “Peregrinos de Esperança”, que exorta a toda Igreja estar unida em oração de maneira mais intensa. “Motivados por isto a MOVA

deste ano preparou um espaço reservado intitulado de ‘Tenda da Oração’, onde os pais, responsáveis e toda comunidade é convidada a estar em adoração diante de Jesus Eucarístico, rezando por seus filhos e por toda Igreja”, sublinha.

Nesta primeira experiência de 2024, Pe. Juarez revela maior adesão e participação das crianças e adolescentes nos momentos direcionados a cada grupo o que motiva cada vez mais os missionários a servir, assim como gera grande expectativa da vivência nos outros decanatos. “Já estamos nos preparativos para a segunda onda da missão que acontecerá nos Decanatos de Assis e Guaíra/Palotina, no dia 29 deste mês de junho”, lembra.

Para tanto, toda comunidade diocesana é convidada a estar unida em oração com o Papa Francisco e a Diocese de Toledo para que a luz do Divino Espírito possa continuar guiando o bom andamento da Missão Vocacional e, para que de fato, o tema se torne concreto na vida. “Que a Oração possa ser a alegria do coração, no diálogo com Deus e o testemunho aos irmãos”, salienta Pe. Juarez.

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Grupo de participantes da Missão Vocacional na Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) Participantes recebem orientações para atividade Tenda da Oração reuniu catequizandos e seus familiares Fotos: Juan Matoso

Casa de Maria – Unidade de Toledo celebra 32 anos

Uma comunidade de fé que cuida dos seus pequeninos cultiva esperança para a sociedade. No gesto da acolhida sempre com um “bom dia” ou com um “boa tarde”, acrescido de um abraço, as sementes do amor e da fraternidade são regadas diariamente pela direção e colaboradores da Casa de Maria – Unidade de Toledo que comemorou seus 32 anos de atividades com uma ação de graças reunindo seu público formado por crianças e adolescentes.

Ação de graças pelos 32 anos da

A entidade de assistência à criança e ao adolescente é sinônimo de afeto, carinho, cuidado, proteção e dignidade. Todos os dias, as equipes estão

presidência, gestores, colaboradores e crianças prontas para oferecer arte, cultura e atividades educativas, assim como esporte, diversão, espiritualidade e acompanhamento nutricional. Tudo isso compõe um conjunto de ações que se reabastece até a chegada

do novo dia, pois há o firme propósito de se tornar pleno para alcançar a meta do atendimento humano integral.

A Casa de Maria é esse espaço que mostra como o Reino de Deus se realiza aqui na terra, com pessoas e para as pessoas; com gente preocupada em fazer o bem e esforçada na multiplicação dos gestos de generosidade; com gente que consegue colocar o evangelho em prática. Esse é o sentido cristão de amor ao próximo que sustenta os atendimentos e motiva ainda mais todos aqueles que se reconhecem como capazes de fazer algo pelo bem comum.

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Casa de Maria – Unidade de Toledo reuniu Missionários esbanjam alegria na MOVA 2024 em Toledo Turminha animada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Ouro Verde do Oeste) Paróquia Cristo Rei (Entre Rios do Oeste) se integrou na Missão Vocacional do Decanato Toledo Participantes conhecem a Capelinha da Oração, necessária na continuidade da Missão

D. João se encontra com comunicadores da região

Em clima de reflexão e de congraçamento, a Diocese de Toledo celebrou com comunicadores da região o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Este ano, o tema proposto pelo Papa Francisco foi pautado na Inteligência Artificial e a sabedoria do coração. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, enfatizou aos comunicadores a importância de todos estarem vigilantes quanto ao uso desses recursos que a tecnologia oferece, na

mesma linha que alertou o Santo Padre que afirmou: “Apenas recuperando uma sabedoria do coração é que poderemos ler e interpretar a novidade do nosso tempo e descobrir o caminho para uma comunicação plenamente humana”.

O encontro com os comunicadores contou com uma celebração eucarística realizada na Capela do Santíssimo, da Catedral Cristo Rei, em Toledo, e foi seguido de almoço. Mais fotos do encontro com os comunicadores, confira na seção “Comunidade Viva” desta edição.

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Celebração eucarística reuniu comunicadores da região Pe. André Boffo Mendes, assessor diocesano da Pascom, destaca a capa da Revista Cristo Rei aos comunicadores O bispo D. João fala aos comunicadores sobre o tema do evento

Comunicadores rezam no encontro com o bispo

D. João fala aos comunicadores sobre a data Momento de oração na comunhão Marluci Verginio, da Pascom diocesana A oração eucarística diocesano

Torneio Regional de Presbíteros do Paraná é realizado com sucesso na Diocese de Toledo

Confraternização, alegria e muito esporte! O 16º Torneio Regional de Presbíteros do Paraná teve a Diocese de Toledo como anfitriã, recebendo 190 padres. Foram dois dias de convivência e disputas de Truco, Canastra, Tênis de Mesa e Futebol. A Diocese de Toledo obteve o 1º lugar no Tênis de Mesa com Pe. Ricardo Pioner (Paróquia Santo Antônio – Formosa do Oeste), repetindo o feito do ano passado.

Campeão em 2023, desta vez o time de futebol da Diocese de Toledo não conseguiu avançar na competição. “O nosso time não foi muito mal, porque ganhamos da equipe de Palmas-Francisco Beltrão (que ficou campeã), mas depois relaxamos e perdemos a chance.

Agora vamos treinar mais, nos preparando fisicamente e psicologicamente para buscar o troféu em 2025”, avisa Pe. Mauro Cassimiro, coordenador da Pastoral Presbiteral diocesana e artilheiro em 2023. O próximo Torneio de Presbíteros do Paraná será realizado ano que vem na Arquidiocese de Maringá.

Na Canastra, esta campanha de 2024 também não foi favorável à Diocese de Toledo, que teve duas duplas com Pe. Jauri Strieder e Pe. Milton Wermann (3º lugar em 2023) e Pe. Neimar Troes e Pe. Nelton Hemkemeier. No truco, não houve representante.

O presidente da Comissão Regional de Presbíteros da Igreja Católica no Paraná Pe. Edson Zamiro da Silva, da Diocese de Apucarana, saiu satisfeito do encontro, enaltecendo a organização local na preparação e o fortalecimento da fraternidade presbiteral com o torneio esportivo.

Pe. Mauro Cassimiro contabilizou alguns pontos positivos do evento, dentre eles, o clima de confraternização e disputas esportivas saudáveis, empenho na organização que resultou na boa acolhida e estada dos presbíteros do Paraná, a presença de 190 padres, do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, do

bispo de União da Vitória, Walter Jorge Pinto, do bispo auxiliar de Curitiba, D. Adenis Roberto de Oliveira, do bispo auxiliar de Cascavel, D. Aparecido Donizeti de Souza, e do administrador apostólico de Cascavel, D. Paulo Antônio de Conto. “É muito importante para nós a presença deles e de seu apoio”, frisa.

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Pe. Milton repetiu a dupla com Pe. Jauri na canastra Pe. Dionisius Rangga (SVD), pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Mercedes) Bispo da Diocese de União da Vitória, D. Walter Jorge Pinto, disputou Tênis de Mesa no torneio em Toledo Saque de Pe. Ricardo no Torneio dos Presbíteros do Paraná em Toledo Pe. Mauro Cassimiro ficou em 5º lugar no Tênis de Mesa

Formação para voluntários Cáritas

No último dia 4 de maio, nas dependências da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Câmpus Toledo, voluntários que atuam nos projetos da Cáritas participaram de uma manhã de formação. Dentre os assuntos trabalhados, os assistentes de Integração contratados da Cáritas fizeram uma apresentação da instituição e dos projetos que estão acontecendo neste ano, bem como os resultados

alcançados ano passado. Em seguida, alguns membros do Conselho

Diretor apresentaram os referenciais do trabalho voluntário, bem como a sua importância, e sobre a ética e corresponsabilidade nesta atuação. A Cáritas se preocupa com este processo, haja visto que existem duas áreas de atuação específicas, a Formação e o Voluntariado. Por sinal, essas áreas fizeram parte da temática proposta no Encontro Regional da Cáritas realizado em fevereiro deste ano.

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Cáritas Diocesana está aberta para receber novos voluntários Time de Futebol da Diocese de Toledo 2024 Time da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão leva o troféu de campeão no futebol Pe. Ivanildo Gasparrini (Diocese de Foz do Iguaçu), D. João Carlos Seneme (bispo de Toledo), Pe. Mauro Cassimiro (Pastoral Presbiteral de Toledo) e Pe. Edson da Silva (Diocese de Apucarana) Pe. Neimar e Pe. Nelton formaram dupla na canastra Pe. Ricardo, mais uma vez, campeão no Tênis de Mesa

D. João presidiu celebração de Santa Rita de Cássia em Toledo

Devotos de Santa Rita de Cássia participaram da celebração presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e concelebrada pelo pároco, Frei Gabriel de Moura Lima, na Igreja Matriz localizada no Jardim América, em Toledo. Com rosas para o alto, eles saudaram a entronização da imagem da padroeira cantando o tradicional hino: “Fostes a rosa preferida, ó Santa Rita de Jesus! Ensinas-me lição de vida! Sofrer, amar, levando a cruz”. D. João abençoou as rosas e os fiéis, especialmente aqueles que foram acolhidos como novos integrantes do grupo de devotos a Santa Rita de Cássia: Clarice Camilo de Souza, Elisa Fátima e Everson Luiz Gotardo, Maria de Lurdes Souchie da Costa, e Dalva Pasquini. Que assim possam propagar a devoção e se empenharem no testemunho da padroeira.

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Fotos: Irineu Sturm/Foto Pioneiro

Celebrações de Santa Rita recebem donativos para Rio Grande do Sul

Atenta ao sofrimento do povo gaúcho, atingido drasticamente pelas enchentes, a Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia reuniu doações de fraldas (adulto e infantil) no dia da celebração da Padroeira, em Toledo. Nas três celebrações do dia, realizadas no Seminário Santa Mônica (Freis Agostinianos), os devotos trouxeram a contribuição. A missa da noite, presidida pelo Frei Gelson Briedis, também contou com o rito de bênção das rosas e dos devotos. Na homilia, enfatizou que Rita de Cássia desejou profundamente viver a experiência de Cristo. “Por isso, está ali em sua fronte com sinal mais profundo e mais forte da nossa fé que é o sinal da nossa redenção”, afirmou. Ao final, o devoto Maicon presenteou as ritianas com uma imagem da Padroeira.

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Migrantes recebem certificados da Escola de Língua Portuguesa organizada pela Cáritas

Três novas turmas de migrantes receberam os certificados de conclusão do segundo ciclo da Escola de Língua Portuguesa para Migrantes, oferecida pela Cáritas da Diocese de Toledo em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Câmpus Toledo e Prefeitura de Toledo. Após três meses de aprendizado, os certificados foram entregues aos 53 migrantes (divididos em uma turma básica e duas intermediárias).

A cerimônia contou ainda com apresentações culturais de poesia, música e dança realizadas pelos alunos e pela própria professora titular da escola, Ruth Nicolas. Com o certificado em mãos, os migrantes conseguem dar mais um passo no encaminhamento de seus documentos e, consequentemente, no seu processo de integração no Brasil. Esta foi a primeira certificação de 2024.

Novas turmas

Um novo ciclo da Escola de Língua Portuguesa para Migrantes está em andamento desde o último dia 4 de maio, com a participação de 60 alunos. O processo formativo é de extrema importância para a inclusão na sociedade brasileira e para a emissão de documentos junto à Polícia Federal. Serão mais três meses de intensos estudos para duas turmas básicas e uma turma intermediária. As aulas deste segundo ciclo formativo acontecem semanalmente na PUCPR, aos sábados pela manhã e tarde, e aos domingos pela manhã.

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MAREJA
Aulas foram ministradas para nível básico e intermediário do idioma Professora Ruth emociona migrantes, especialmente haitianos Apresentação de poesia é realizada na cerimônia Dança típica fez parte da cerimônia de entrega Migrante recebe certificado da secretária municipal Rosiany Favareto Certificação entregue pelo diretor Ricardo Prefeito Beto Lunitti entrega certificado a migrante Bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, entrega certificado

A devoção a Nossa Senhora de Fátima

Devotos de Nossa Senhora de Fátima prestaram homenagens à padroeira em Toledo. Mantendo a tradição, eles tomaram as ruas em procissão, rezando o terço, e participaram da celebração eucarística no Seminário dos Frades Menores Missionários (FMM). O clima chuvoso não impediu que a programação fosse realizada por completo, inclusive

com momento de consagração de novos devotos. A missa, presidida pelo Frei Amarildo Cupertino Pereira, teve a homilia de Frei Gabriel de Moura Lima que ressaltou o perfil de Nossa Senhora como aquela que aponta para Jesus, seus milagres e ensinamentos, e convida todos os fiéis a seguirem neste caminho de Salvação. A entronização da imagem de Nossa Senhora no espaço celebrativo e a presença das crianças na missa resultaram no entusiasmo à oração.

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Noite sob as estrelas: iluminando o mundo com a luz da fé

A pequena comunidade de fiéis da Capela Santa Luzia, da Paróquia Sagrada Família (Toledo), recebeu em 18 de abril o encontro “Noite sob as estrelas: iluminando o mundo com a luz da fé”. O evento foi organizado pelo grupo de jovens Pastoral da Juventude Unidos em Cristo (PJUC), da mesma Paróquia, e contou com a participação do grupo Jovens Peregrinos (JP) e o grupo Jovens Perseverante em Cristo (Jupec).

Os cerca de 60 participantes, entre eles jovens convidados que não estão integrados a grupos de base, participaram de momentos de animação com canções e espiritualidade. O pároco, Pe. André Fatega, procedeu com o rito de bênção ao encontro. Houve ainda uma abordagem sobre a importância de uma juventude na presença de Cristo, e um caminho é a participação da juventude nos grupos de jovens.

AO AR LIVRE

O tema do evento “Noite sob as estrelas” se relaciona com o local ao ar livre de sua realização, oportunizando aos participantes a reflexão da natureza ao seu redor, com os astros, estrelas e lua, bem como a apreciação do divino nas mínimas coisas.

Por meio dessa atividade, o grupo PJUC se apresentou para uma parcela da juventude que não possui vínculo com nenhum grupo de jovens, trazendo uma motivação para que iniciem a participação nesse espírito de unidade e sentimento de família. A Pastoral da Juventude (PJ) também se fez presente. Esse sentimento é fundamental para que haja uma juventude unida em

Cristo, formando uma sociedade com valores éticos, que são fundamentais a todos, além do conhecimento e vivências adquiridas no grupo.

Para os organizadores, as expectativas foram superadas, graças ao envolvimento de uma coletividade

indispensável para a realização, como: equipe de som e iluminação, de espiritualidade, de animação, e demais voluntários que ajudaram na organização, tanto com a doação do seu tempo e esforço, quanto com valores pecuniários.

Nova coordenação

A nova coordenação assumiu o PJUC em janeiro de 2024 e conta com cinco integrantes: Gabriel Souza, Daniele Rubert, Gabriel Fiorucci, Julia Lopes e Victor Souza. Possui como desafio uma juventude que vê diversos empecilhos na participação ativa na Igreja e nos grupos de base, e que busca com os eventos envolver os jovens nas atividades pastorais. Familiares e amigos contribuíram decisivamente no convite aos jovens para conhecerem a “Noite sob as estrelas”.

CONVITE

O grupo PJUC reforça o convite aos jovens para que participem dos encontros semanais que ocorrem aos sábados, após a Santa Missa, às 20h15, no auditório da Paróquia Sagrada Família, do Jardim Panorama, em Toledo, contanto com temas reflexivos importantes. Fica também o convite para seguir o grupo nas redes sociais @pjucpj para acompanhar mais dos futuros eventos.

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Participantes do evento “Noite sob as estrelas” da PJUC

Em Toledo, Dioceses partilham experiências e desafios da Ação Evangelizadora no Paraná

O encontro de coordenadores da Ação Evangelizadora (CRAE) da Igreja no Paraná, realizado na Diocese de Toledo (6 a 8/05) colocou em pauta as boas práticas da ação pastoral e os desafios de evangelização. Tudo o que contribui em boas experiências de fé para o povo anima a formatação do planejamento das atividades para os próximos períodos, bem como auxilia no despertar de iniciativas.

“Como Igreja sinodal, cada diocese trouxe aquilo que realiza na ação evangelizadora e partilhou seus desafios. Neste ambiente de escuta, também caminhamos em preparação para a 44ª Assembleia do Povo de Deus do nosso Regional”, informou o secretário-executivo da CNBB – Regional Sul 2, Pe. Valdecir Badzinski.

Na Diocese de Toledo, o coordenador da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, pontua como destaque o esforço para renovar as lideranças no tempo presente, especialmente depois das iniciativas apresentadas na última Assembleia Diocesana da Ação Evangelizadora. “Depois de exercitarem a Conversa Espiritual, nossos diocesanos reunidos em Assembleia apontaram como valores urgentes para a Evangelização local a renovação da comunidade por meio do fortalecimento da Pastoral de Conjunto, Iniciação à Vida Cristã e Atividade Missionária”, partilhou.

Na esteira das boas práticas pastorais, a Diocese de Toledo compartilhou ainda com o Regional Sul 2 os resultados satis-

O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, presidiu celebração eucarística na

dos os participantes do encontro, dentre eles secretário-geral do Regional Sul 2, D. Mário Spaki, bispo de Paranavaí, e secretário executivo do Regional Sul 2, Pe. Valdecir Badzinski

fatórios com a formação de casais para o Matrimônio de maneira personalizada e a atenção caritativa à população migrante.

Por sua vez, na Arquidiocese de Maringá, Pe. Genivaldo Ubinge partilhou as esperanças com o Plano de Iniciação à Vida Cristã (IVC). Ele mencionou que antes das crianças iniciarem o processo catequético, são realizados seis encontros com os pais como oportunidade para reavivarem a experiência pessoal com Jesus Cristo e fortalecer vínculos com a Igreja. Anualmente a Arquidiocese recebe cerca de 6 mil crianças na

Catequese.

Já na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, Pe. Vagner José Raitz, sublinha o desenvolvimento de um projeto de ampla escuta das bases para formular o novo Plano da Ação Evangelizadora. Para tanto, a Igreja diocesana convidou professores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) para auxiliar na pesquisa, visando alcançar as lideranças da Igreja, mas também demais leigos que não estão em pastorais ou movimentos, assim como grupos específicos formados por professores, políticos e imprensa, entre outros.

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Catedral Cristo Rei em que foram acolhi- D. Mário Spaki conduz o encontro em Toledo Coordenadores regionais da Ação Evangelizadora (CRAE) realizaram visita técnica ao Centro de Pastoral da Diocese de Toledo Coordenadores partilham experiências da Ação Evangelizadora

Formosa do Oeste prepara a Festa do Padroeiro

A Paróquia Santo Antônio, de Formosa do Oeste, prepara mais uma edição da Festa do Padroeiro com intensa mobilização da comunidade de fé e do público em geral no período de 13 a 16 deste mês. A programação compreende a espiritualidade devocional e a festa popular, com diversas atrações.

No dia de Santo Antônio (13), a missa festiva será às 8h30, com o pároco, Pe. Ricardo Pioner. Após a celebração, acontecerá a carreata pelas ruas de Formosa do Oeste com a imagem do Padroeiro e bênção dos veículos e motoristas na chegada.

Nos dias seguintes, estão programadas novas celebrações, sendo: dia 14, com um convite especial de participação aos comerciantes, às 19h30, presidida por Pe. Jauri Strieder; dia 15, para os agricultores, às 19h30, sob presidência do Pe. Valdecir Trajano; e no dia 16, às 9h30, novamente com Pe. Ricardo. Na noite do dia 14, haverá baile no salão paroquial, e no dia 15, show na Praça da Matriz. Já no dia 16, haverá ainda almoço festivo, leilão de gado (13h30), ação entre amigos (16h), e acendimento da fogueira (20h), com show na Praça da Matriz.

Festa do Padroeiro tem tradição da bênção dos pães
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Retiro refletiu sobre vocação e saúde emocional

A temática sobre os cuidados de si mesmo para cuidar dos outros voltou ao centro das atenções durante retiro anual do Clero da Diocese de Toledo, organizado pela Pastoral Presbiteral. Corpo, mente e espírito em equilíbrio fazem parte da vida de todo ser humano, inclusive dos sacerdotes.

A palavra “inclusive” não está escrita por acaso. Ela reforça que os padres também são seres humanos que sentem angústias e até mesmo podem passar por sofrimentos, como qualquer pessoa. A diferença está a partir do ponto de vista de quem o vê como alguém imune a sofrimentos por “estar mais próximo de Deus”.

“A ideia de ‘estar mais perto de Deus’ pode ser a frustração, porque Deus é perfeito, é Santo, e que me chama a participar da sua perfeição e santidade. Mas somos humanos e podemos não dar conta e aí a frustração aparece. Era para ser perfeito! Porém, o sacerdote ou o religio-

so vive aquela tensão entre o que deveria ser, o que é no momento e o que ainda não consegue ser”, alerta Ir. Silvia Cristina Maia, religiosa da congregação das Irmãs da Copiosa Redenção que assessorou o retiro. Ela trouxe sua experiência como teóloga e mestre em Psicologia, com atuação no Centro Âncora – uma casa de acolhida para sacerdotes e religiosos (as) que estão enfrentando angústias profundas e apresentam sinais de depressão,

ansiedade, estresse, cansaço extremo e/ou Síndrome de Burnout. Conforme ela, é importante a comunidade saber que isso também pode ocorrer com o sacerdote e ele mesmo compreender o momento em que precisa de ajuda. “O mesmo acontece com um pai ou mãe de família. Por isso é preciso um momento para estar consigo mesmo e com Deus no silêncio. O retiro espiritual teve essa finalidade”, salienta a assessora.

Ir. Silvia promoveu um encontro de gerações entre os membros do clero diocesano, onde houve partilha entre os padres “iniciantes” na sua missão e aqueles com mais tempo de caminhada. Ela enfatizou ainda a importância deste diálogo nas casas de formação, algo que já acontece como acompanhamento nos seminários da Diocese de Toledo.

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Ir. Silvia assessorou o retiro de espiritualidade do clero diocesano Celebração Eucarística durante o retiro do clero Encontro permitiu partilha de vivências Tempo para retiro é importante para sacerdotes Assessora pontuou reflexão sobre a existência humana e a vocação Bispo diocesano, D. João, e o coordenador da Pastoral Presbiteral, Pe. Mauro Cassimiro Retiro reuniu o clero diocesano em maio
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Tradição familiar e Santos juninos na Igreja Católica

O mês de junho é um período especialmente significativo para as famílias católicas no Brasil. Marcado pelas Festas Juninas que homenageiam três santos muito populares: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro, essas celebrações não apenas mantêm vivas tradições culturais, mas também reforçam a espiritualidade e os laços familiares, integrando fé e cultura de maneira única.

As Festas Juninas são uma expressão vibrante da devoção popular, refletindo a profunda fé dos católicos brasileiros. Santo Antônio, celebrado em 13 de junho, é conhecido como o santo casamenteiro. Sua festa é marcada por orações para encontrar um bom casamento, além de procissões e quermesses que reúnem as comunidades em clima de alegria e esperança.

São João Batista, comemorado em 24 de junho, é talvez o mais popular dos santos juninos. As festas em sua honra são famosas pelas fogueiras, danças típicas como a quadrilha, e uma abundância de comidas tradicionais como milho assado e pamonha. A fogueira de São João, acesa em muitas casas e comunidades, simboliza a luz da fé que ilumina e aquece os corações dos fiéis.

dessas celebrações. Pais e avós compartilham com os mais jovens as histórias dos santos, as músicas tradicionais e as danças típicas, criando uma continuidade cultural que enriquece a identidade familiar e comunitária. Além disso, a preparação das comidas típicas e a organização das festas promovem a colaboração e o espírito de comunidade.

Além da alegria e da confraternização, as Festas Juninas têm uma profunda dimensão espiritual. As missas e procissões realizadas em honra dos santos são momentos de renovação da fé e de agradecimento pelas bênçãos recebidas. A devoção popular, expressa nas celebrações, reflete a fé viva e a confiança na intercessão dos santos.

Essas festas também são uma oportunidade para a Igreja reafirmar seu papel como espaço de acolhimento e evangelização. Através das celebrações juninas, a Igreja se aproxima das famílias, oferecendo apoio espiritual e incentivando a vivência dos valores cristãos no dia a dia.

São Pedro, festejado em 30 de junho de 2024, é reconhecido como o guardião das portas do céu e padroeiro dos pescadores. As celebrações em seu nome são especialmente significativas em comunidades ribeirinhas, onde procissões de barcos e missas solenes expressam a devoção dos fiéis e a gratidão pela proteção divina.

As Festas Juninas são, acima de tudo, momentos de encontro e celebração familiar. Em um país onde a

“As Festas Juninas são, acima de tudo, momentos de encontro e celebração familiar. Em um país onde a família é considerada a base da sociedade, essas festas oferecem uma oportunidade única para fortalecer os laços afetivos e espirituais”.

família é considerada a base da sociedade, essas festas oferecem uma oportunidade única para fortalecer os laços afetivos e espirituais. As quermesses e as fogueiras proporcionam um ambiente acolhedor onde crianças, jovens e adultos podem participar juntos das festividades.

A transmissão de valores e tradições entre as gerações é um aspecto central

As Festas Juninas, com sua rica mistura de fé e cultura, são um testemunho vibrante da devoção católica no Brasil. Celebrando os santos juninos, as famílias não apenas mantêm vivas tradições centenárias, mas também fortalecem seus vínculos e sua espiritualidade. Nesse sentido, as festas de junho são uma expressão do amor e da união que devem caracterizar a vida familiar e comunitária, iluminadas pela fé e pela devoção aos santos.

Lucas H. G. Primavera e Karini Paviani da Costa

Casal-secretário diocesano da Pastoral Familiar

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Testemunho dos Santos ganham características nas festas populares, como é o caso de São João, o precursor

Ser Cristão é simplesmente fazer a Vontade de Deus

10º Domingo do Tempo Comum | 9 de junho

de 2024

Leituras: Gn 3,9-15; Sl 129(130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8; 2Cor 4,13-18.5,1; Mc 3,20-35

Viver o Tempo Comum é ver um Jesus catequético. Neste período, os ensinamentos de Jesus são experienciais, no qual vou me colocando dentro do que Jesus está ensinando. E assim, posso olhar para vida de maneira mais autêntica e reconhecer a ação de Deus na existência humana. Neste final de semana, toda a liturgia é convidativa para olharmos a nossa conduta e perceber qual é a vontade reinante em nossa vida. Ser um cristão autêntico é saber que os laços de familiaridade, segundo o Evangelho, estão ligados à escuta da Palavra de Deus e a sua prática na vida. Eis aí o grande desafio de crescimento espiritual e proximidade com Cristo para o dia de hoje.

FELIZ CULPA, QUE MERECEU

TÃO GRANDE SALVADOR

Este subtítulo, que é cantado na liturgia do Sábado Santo, durante a bênção do Círio Pascal, pode parecer estranho, mas é por esse caminho que devemos olhar para o pecado original. A marca do pecado que o ser humano carrega é o principal motivo da redenção que Cristo veio trazer.

Como sabemos, o pecado nos afasta de Deus, e é por isso que Adão e Eva se veem nus, porque a partir de agora o ser humano parou de ter sua vontade totalmente voltada para o divino e passa a viver por seu próprio arbítrio. Dessa forma, devemos ter claro em nossa vida de fé que tudo o que vai contra a Deus nos levará ao pecado; a nossa vontade pessoal pode nos levar ao pecado; as devassidões do mundo nos levam ao pecado; os prazeres desordenadores nos levam ao pecado. Portanto, o único que pode nos salvar e nos levar a Deus, é Deus mesmo. Eis aí o grande mistério da encarnação do Verbo, isto é, a vinda de Jesus entre os homens.

permaneceu eternamente fiel a humanidade. Portanto, foi pela culpa de Adão que grandes graças de Deus foram abertas para nós, como os Sacramentos, a vida eterna e participação na vida divina. Por fim, jamais esqueçamos: onde for grande o pecado, com certeza, maior será a graça redentora de Jesus por cada um de nós. Ele, sim, é sempre e eternamente fiel.

FAZER A VONTADE DE DEUS

O Evangelho de São Marcos, logo no início, nos mostra como as palavras de Jesus vão criando uma certa tensão nas sinagogas. Consequentemente, isso provoca seu afastamento das mesmas, levando-o em direção às “casas” que, posteriormente, se tornam o local do encontro e do diálogo das novas comunidades, reunidas em torno de Cristo.

- Como vejo que a vontade de Deus se realiza em minha vida? Busco viver segundo sua Palavra?

- Diante dos meus pecados, reconheço e busco a grande misericórdia que Deus ofereceu por meio de Jesus Cristo?

- Como anda a minha vida sacramental, principalmente a confissão?

A figura da casa nos remete a este local de acolhida e proteção. Jesus é este que cuida e ama o seu povo, a ponto de se entregar totalmente pelo outro. O evangelista nos mostra este Homem excessivamente preocupado com a humanidade, ao ponto de não ter tempo de se alimentar. Muitos que viam esta atitude de Jesus o considerava louco, pois não conseguiam compreender a sua missão. A missão da qual o Filho de Deus veio ao mundo é restabelecer os laços entre o homem e Deus. Neste sentido, laço mais forte que o sanguíneo é aquele que realiza a vontade de Deus e une toda a humanidade. O que Jesus anunciou e continua anunciando ultrapassa a união familiar; substituindo este laço da tradição, pelo laço da união fraterna e do amor entre aqueles que seguem a Deus.

Dessa forma, caros irmãos(ãs), como por um homem o pecado veio habitar no mundo, é também por um Homem que a Salvação chegou à toda humanidade. Cristo, em sua vida terrena, veio nos libertar do pecado, libertação essa que aconteceu por meio de seu sangue na Cruz. Assim, por ser tão grande o pecado do homem, tão grande e plena foi a Salvação que Cristo nos trouxe por meio de sua vida, seu anúncio e, principalmente, seu sacrifício na Cruz.

Com isso, que a culpa de Adão não seja motivo de olharmos com desprezo para história salvífica, mas que gere em nós um coração grato a Deus, que diante da separação, do pecado, das infidelidades que o homem cometeu e comete durante sua vida, Deus, por meio de seus Filho Jesus Cristo,

Marcos nos deixa bem claro em seu evangelho que o importante é entrar na casa e conversar, dialogar e participar da vida com os nossos irmãos em Cristo. Tornando, assim, a comunidade dos discípulos, a nossa nova família, que vive entorno do amor verdadeiro, que é o próprio Cristo.

Leitura Diária

Dia 10: 1Rs 17,1-6; Sl 120(121); Mt 5,1-12

Dia 11 (São Barnabé): At 11,21b-26.13,1-3; Sl 97(98); Mt 10,7-13

Dia 12: 1Rs 18,20-39; Sl 15(16); Mt 5,17-19

Dia 13 (Santo Antônio de Pádua): 1Rs 18,41-46; Sl 64(65); Mt 5,20-26

Dia 14: 1Rs 19,9a.11-16; Sl 26(27); Mt 5,27-32

Dia 15: 1Rs 19,19-21; Sl 15(16); Mt 5,33-37

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 43

Reino de Deus: um caminho de confiança e amor

11º Domingo do Tempo Comum | 16 de junho de 2024

Leituras: Ez 17,22-24; Sl 91(92),2-3.13-14.15-16; 2Cor 5,6-10; Mc 4,26-34

Neste 11º Domingo do Tempo Comum, refletimos sobre as parábolas do Reino de Deus em uma perspectiva de confiança e amor, que contrasta com nossas visões de mundo, por vezes tomadas pela ansiedade e pelo desejo de grandeza. Tal confiança é iluminada por São Paulo que nos insere na caminhada rumo à morada celeste. Além disso, com o profeta Ezequiel renovamos a certeza de que Deus é fiel às suas promessas e, junto com o salmista, cantamos nossa ação de graças ao Senhor por tudo o que faz em favor dos justos.

O REINO DE DEUS E NOSSA VISÃO DE MUNDO

O mundo contemporâneo, cada vez mais, é tomado por um imediatismo que exige uma resposta para tudo quanto nos acontece ao redor. Faz parte da experiência humana buscar segurança e ter o controle das coisas, onde o inesperado é visto com maus olhos e a paciência tem saído de moda. Além disso, há uma constante busca por protagonismo e grandeza, que inserem o mundo numa lógica de orgulho e numa busca pelo poder.

O Reino de Deus, contudo, segue uma lógica distinta, como a semente que floresce sem fazer alardes ou que, pequenino como o grão de mostarda, torna-se a maior das hortaliças servindo de abrigo às aves do céu. Nessas duas imagens do Evangelho, refletimos sobre duas palavras que nos inspiram: confiança e amor.

UM CAMINHO DE CONFIANÇA

regida por Deus, que realiza tudo ao seu tempo. É preciso cultivar a virtude da paciência com a convicção de que Deus jamais atrasa. Diante disso, a postura do cristão pode ser sintetizada pelo imperativo de Santo Inácio de Loyola: “aja como se tudo dependesse de ti, sabendo, pois, que na realidade tudo depende de Deus”. Assim, o cristão é aquele que confia na providência divina, que coloca-se a serviço, semeia o amor, anuncia a vida e comunica ao mundo uma Esperança: o Reino cresce silenciosamente, e vale a pena esperá-lo!

A GRANDEZA DO REINO É O AMOR

Na segunda parábola desse Evangelho, o Reino de Deus é comparado com uma grande árvore, “a maior das hortaliças”, na qual se reúnem e repousam os pássaros do céu, contraposta com a pequenez de uma semente, “a menor de todas”. Mais uma vez, vemos Jesus que permite nos aproximarmos de Deus em um de seus mistérios: grande que é, se revela em seu contrário, agindo na simplicidade. Tal condição redimensiona nosso critério de valorização: em lugar do poder e do destaque, a humildade é manifestada no amor e no serviço.

- O mundo imediatista tem me atrapalhado no exercício da confiança em Deus?

- Quais aspectos da minha vida preciso confiar mais a Deus?

A primeira das parábolas apresentadas por Jesus no Evangelho compara o Reino de Deus com a semente que cresce por si, de modo que não importa se o agricultor dorme ou vigia, preocupa-se ou não: a semente floresce no tempo de Deus, de modo que o homem, tendo semeado, não pode fazer nada além de esperar confiante e pacientemente. Em outras palavras, o Reino é sempre iniciativa e obra de Deus: é Ele quem faz acontecer! Mesmo que não percebamos ou entendamos, está acontecendo, no aqui e agora. Tal leitura contrasta com nosso desejo de fazer tudo a partir de nossa lógica imediatista, inserindo em nossos corações a convicção de que tudo está sob o domínio de Deus. É preciso esperar n’Ele.

- Tenho buscado a grandeza ou vivido o amor e serviço aos irmãos?

No Reino, portanto, grandeza e pequenez andam juntas, uma vez que grande é aquele que ama mais e que, portanto, se faz pequeno e servo de todos. Assim, a parábola ganha característica cristológica, ou seja, a comunidade compreende que Jesus é a semente que, colocada sobre a Terra e desprezada por muitos, ama a ponto de entregar sua vida na Cruz, germinando na ressurreição e manifestando a Salvação para todos os povos: o Reino de Deus. Também nós somos convidados a entrar nessa lógica de Reino na vivência da doação do amor. Cientes de sua presença oculta, silenciosa e aparentemente imperceptível, uma vez que não faz alardes, vivamos a gratuidade do Reino que, pequeno e humilde, “estende ramos tão grandes”. Motivemo-nos, pois, por sermos instrumentos que levem o Reino a todos os nossos ambientes, encobrindo-os com a sombra do amor de Deus, comunicando a Esperança, confiantes na graça que sempre nos antecipa.

Leitura Diária

Essa espera, contudo, não é vazia, afinal, Deus é fiel a suas promessas, como diz a profecia: “Eu, o Senhor, digo e faço” (Ez 17,24). Assim, essa liturgia é uma liturgia da esperança que nos convida a entregar nossas vidas a Deus na certeza de que Ele age em nossa história e nós caminhamos para Ele (2Cor 5,8). Essa certeza não faz do cristão passivo diante da vida, mas o faz ver o mundo em outra perspectiva: o mundo é mais do que se vê ou se pode medir, as realidades estão além das dificuldades imediatas e a história é

Dia 17: 1Rs 21,1-16; Sl 5; Mt 5,38-42

Dia 18: 1Rs 21,17-29; Sl 50(51); Mt 5,43-48

Dia 19: 2Rs 2,1.6-14; Sl 30(31); Mt 6,1-6.16-18

Dia 20: Eclo 48,1-14; Sl 96(97); Mt 6,7-15

Dia 21 (São Luís Gonzaga): 2Rs 11,1-4.9-18.20; Sl 131(132); Mt 6,19-23

Dia 22: 2Cr 24,17-25; Sl 88(89); Mt 6,24-34

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 44

Como acalmar as tempestades e alcançar a outra margem

12º Domingo do Tempo Comum | 23 de junho de 2024

Leituras: Jó 38,1.8-11; Sl 106(107),23-24.25-26.28-29.30-31; 2Cor 5, 14-17; Mc 4,35-41

A Palavra desta Liturgia apresenta uma luz para entender o sofrimento de Jó e de todos os inocentes, o ensinamento sobre como toda criatura é renovada e reconciliada em Cristo, e o relato de Jesus que atravessa o lago da Galileia e acalma a tempestade.

A NATUREZA REVELA AS MARAVILHAS DO AMOR DE DEUS

O sofrimento colocado em oração e iluminado pela Palavra traz sabedoria de vida e paz ao coração. É preciso ter cuidado com os julgamentos e resignação ingênua diante de situações de sofrimento. O livro de Jó é muito importante neste sentido porque trata sobre o sentido do sofrimento do justo inocente. O povo concebia a relação com Deus baseada na doutrina da retribuição, isto é, Deus devolve o bem com o bem e o mal com o mal. Quando Jó perde tudo o que possuía, seus amigos procuram acusá-lo por algum mal que ele teria feito. Jó, porém, procura defender-se e questiona Deus: Deus, sendo justo, por que estaria permitindo que pessoas inocentes sofram?

Nos capítulos 38 a 41, Deus responde a Jó e todos quantos poderiam se encontrar numa situação semelhante. É uma compreensão nova baseada na gratuidade. Por meio de um longo discurso sobre as maravilhas da criação, Deus mostra que é Soberano sobre as forças que geram o mal e que Ele é mais forte que todas as tragédias humanas. Até o mar que era temido e assustador, é Deus que estabelece seus limites e quebra suas ondas na areia da praia. Deus não é castigador, ele é amor e compaixão.

do novo Reino que Jesus veio inaugurar, a passagem lida hoje trata da travessia do lago da Galileia. É próprio de Marcos mostrar como Jesus não se prende onde estão às multidões, mas demonstra necessidade de ir para outros lugares, neste caso, onde moravam os pagãos, na Decápole. “Vamos para a outra margem!” disse Jesus. Essa travessia nos oferece uma grande catequese com vários elementos simbólicos de como acontecem as mudanças em nossa vida, de como enfrentamos os novos desafios, de como assumimos os novos lugares de missão.

A barca é a própria comunidade que precisa avançar, ser uma Igreja em saída, comprometida com as periferias físicas e existenciais. Fica evidente que o caminho é muitas vezes penoso e assustador, mas também fica claro que Jesus está com eles e que Ele dissipa a tempestade, pois Ele é o Senhor de tudo.

- O que se pode aprender com sofrimento humano a partir da experiência de Jó e o senhorio de Deus sobre o mundo?

- Toda humanidade a partir de Cristo se encontra numa nova condição. Como você vive isso?

- Onde estaria hoje “a outra margem” para missão da Igreja e a sua?

CRISTO NOS RENOVA VERDADEIRAMENTE

A segunda leitura, em continuidade com os domingos anteriores, trata das consequências da Páscoa de Jesus para nossa pobre humanidade: somos por Ele reconciliados, renascidos e renovados para a plenitude da vida. A força da comunidade cristã é o amor de Cristo. Esse amor é definido em termos de “morte por nós”. Na morte de Cristo todos nós morremos a fim de vivermos para Ele. Tal é o objetivo da morte de Cristo: resgatar a humanidade da desobediência, conduzindo-a novamente à vida em Deus. “Tudo agora é novo!”

Deste modo, Cristo pela sua morte e ressurreição inaugurou um mundo novo. Como ensina Paulo: “Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura”. E estar com Cristo significa participar dessa nova realidade, superando rivalidades e divisões, pois a força que impele a comunidade à vida é o amor de Cristo.

NÃO TEMER OS NOVOS LUGARES DE MISSÃO

Após os ensinamentos em parábolas sobre as características

O mar sintetiza as forças geradoras do mal e hostis ao projeto de Deus presentes no mundo. Em meio aos conflitos, a comunidade tem a sensação de que Jesus esteja alheio aos dramas e tempestades que a ameaça. Os discípulos ficam cheios de medo e com pouca fé. Enquanto Jesus acalma o mar e devolve a tranquilidade da viagem, revela aos discípulos o que Ele representa para a comunidade. De fato, os cristãos precisam aderir mais plenamente a Jesus e não temer os novos lugares para levar a Boa-Nova. Apesar de pensarmos, às vezes, que “estamos perecendo e que Deus não se importa conosco”, podemos e devemos confiar mais em Jesus, pois Ele já demonstrou o quanto nos ama e que n’Ele somos renovados. E quando Jesus ordena às tempestades do mar “Silêncio! Cala-te!” Ele quer hoje acalmar as turbulências de nosso coração. Mas também não quer que nos acomodemos. Como diz o Papa Francisco na exortação Alegria do Evangelho (nº 49): “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”.

Leitura Diária

Dia 24 (São João Batista): Is 49,1-6; Sl 138(139); At 13,22-26; Lc 1,57-66.80

Dia 25: 2Rs 19,9b-11.14-21.31-35a.36; Sl 47(48); Mt 7,6.12-14

Dia 26: 2Rs 22,8-13.23,1-3; Sl 118(119); Mt 7,15-20

Dia 27: 2Rs 24,8-17; Sl 78(79); Mt 7,21-29

Dia 28 (Santo Irineu): 2Rs 25,1-12; Sl 136(137); Mt 8,1-4

Dia 29: Lm 2,2.10-14.18-19; Sl 73(74); Mt 8,5-17

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“De todos os temores me livrou o Senhor Deus”

Solenidade de São Pedro e São Paulo | 30 de junho de 2024

Leituras: At 12,1-11; Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9; 2Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19

Conforme o Sínodo atual que a Igreja está vivendo, e que terá sua conclusão em outubro deste ano, um termo muito usado é a “sinodalidade”. Todo este trabalho que vem sendo realizado, transmite a posição do Papa Francisco, na condução da Igreja, para motivar o espírito de unidade do povo cristão. O desejo fundamental é de evidenciar a necessidade de todos caminharem juntos, com objetivos comuns na construção do Reino de Deus, a partir das particularidades das diversas culturas e contextos.

LEVANTA-TE DEPRESSA

De forma geral, o ensinamento cristão que é passado verbalmente para nossas crianças, é de que precisamos ser bons, evitar o mal, amar, perdoar e assim por diante. Esta forma de ensinar pode gerar uma fé da gratificação e punição, onde se eu for bom, Deus me abençoará e se eu for mau, Deus me castigará. Olhando para a vida dos Discípulos, como a leitura hoje nos apresenta Pedro, que para amadurecer na fé, passou por um processo de aprendizado e ao tornar-se um fiel seguidor de Jesus Cristo, anunciando a Boa Nova, nos revela que o amor de Deus por nós vai muito além da lógica humana. Ele nos ama, porque é Amor e não porque somos bonzinhos. Não é pelo fato de uma pessoa viver de maneira correta, praticando o bem e evitando o mau, que será recompensada com saúde, prosperidade. Mesmo porque a paz que Cristo nos oferece não é a tranquilidade que a lógica humana propõe como um ideal de vida, mas sim, a certeza da constante presença de Deus. Presença essa que nos motiva e impulsiona a ‘abraçar’ a própria cruz, colocando a vida a serviço dos outros.

não é para engrandecer-se, mas sim para dizer como aquele casal, que nas bodas de diamante fala emocionado e com orgulho das dificuldades enfrentadas e superações alcançadas.

Ser Igreja, muito mais do que palavras bonitas e propósitos para o futuro é, no momento presente, um modo de vida, que leva a experiência da Cruz, vivendo na prática o amor Cristão. Cristo é a cabeça, e nós somos os membros do corpo (cf. Rm 12,5). Se cada um combater o bom combate, em contextos diversos e adversos, o Reino de Deus se manifestará.

E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU?

- Em quais situações da minha vida sinto a presença de Deus?

- Como me vejo enquanto discípulo e missionário?

- Vejo Cristo, como Ele se manifesta, ou como quero que Ele seja?

São nos momentos de sofrimentos, perseguições e provações, que temos a mesma oportunidade que Pedro teve de trazer a consciência o amor Divino: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo pra me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!” (cf. At,12,11).

COMBATI O BOM COMBATE

A Igreja, ao tornar Ministério a Catequese, manifesta que catequizar está entre os desafios do momento presente: “Catequizar é missão de todos e nos mais distintos momentos da vida” (Papa Francisco). Somente quem conhece Cristo, torna-se capaz da conversão, de mudar as perspectivas e o modo de viver.

São Paulo, que com reta intenção, viveu os valores da cultura em que estava inserido e via na Igreja nascente uma ameaça, a partir da experiência pessoal que teve com Cristo Ressuscitado, como Pedro, tornou-se um fiel Cristão, anunciador da Boa nova. Quando Paulo dá o testemunho que combateu o bom combate,

A Solenidade litúrgica nos leva a voltar nossos olhares para os Apóstolos São Pedro e São Paulo, alicerces da Igreja. Esses dois Santos, com bagagens diferentes, inseridos em contextos diferentes, pela obediência a Cristo, tornaram-se instrumentos eficazes na evangelização, ensinando que as inquietações do momento presente, não são negativas em si, pois nos levam a manifestar quem é Cristo para nós. Por meio da oração, da observância dos mandamentos e da abertura a ação do Espírito Santo, nos tornamos também, fiéis discípulos missionários, sem temer em tomar a decisão certa. Assim como o Sínodo evidencia a necessidade de todos caminharem juntos, com objetivos comuns na construção do Reino de Deus, segundo D. Paulo Mendes Peixoto (cf. https://www.cnbb. org.br/sinodalidade), o Papa toca na essência do ensinamento de Jesus, revelada no capítulo 17 do Evangelho de João. Não é saudável uma Igreja sem unidade, mesmo tendo que enfrentar uma cultura da diversidade destoante. Entendemos o dinamismo que vem do Espírito Santo, mas não conseguimos compreender bem as atitudes daqueles que investem numa literatura de desunião. Para o Papa, o mais importante é construir pontes seguras, que ajudem as pessoas serem felizes na própria trajetória humana e espiritual de vida. Com a intercessão da Sagrada Família, Deus abençoe.

Dia 1º/07: Am 2,6-10.13-16; Sl 49(50); Mt 8,18-22

Dia 2/07: Am 3,1-8.4,11-12; Sl 5; Mt 8,23-27

Dia 3/07 (São Tomé, Apóstolo): Ef 2,19-22; Sl 116(117); Jo 20,24-29

Dia 4/07: Am 7,10-17; Sl 18(19); Mt 9,1-8

Dia 5/07: Am 8,4-6.9-12; Sl 118(119); Mt 9,9-13

Dia 6/07: Am 9,11-15; Sl 84(85); Mt 9,14-17

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Leitura Diária

Onde deixar minha Reserva de Emergência em 2024?

Amigo leitor, você que acompanha nossa coluna mensal já sabe que este é um espaço de conversa aberta e descomplicada sobre finanças pessoais e Economia. A ideia deste espaço surgiu a partir da preocupação do Papa Francisco para que pudéssemos tratar destes assuntos de uma maneira direta e profunda. O projeto chamado Economia de Francisco (e Clara) busca inspirar uma nova geração de líderes e agentes de mudança que estão comprometidos em construir uma economia baseada na solidariedade, no respeito pela dignidade humana e no cuidado com o meio ambiente.

Buscando sempre a atualização, esse mês abordamos o tema da Reserva de Emergência e, além de explicar este termo, especialmente para quem está chegando agora na nossa “roda de conversa”, falaremos também sobre produtos financeiros que fazem sentido para manter o dinheiro economizado.

MAS O QUE É MESMO A RESERVA DE EMERGÊNCIA?

Uma reserva de emergência é um montante de dinheiro reservado (como o próprio nome já sugere) para ser usado em situações imprevistas ou emergenciais, como despesas médicas inesperadas, perda de emprego, reparos inesperados em casa ou carro, ou qualquer outra crise financeira. A finalidade principal dessa reserva é proporcionar segurança financeira e evitar que você recorra a empréstimos ou ações drásticas, como vender investimentos em momentos desfavoráveis. Geralmente, é recomendado que a reserva de emergência seja suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas básicas para quem trabalha em regime de contratação formal (CLT) e doze meses para quem é trabalhador autônomo.

COMO FORMAR A RESERVA DE EMERGÊNCIA?

Formar uma reserva de emergência

Antigamente, ensinava-se a reserva com moedinhas. Hoje, são várias as possibilidades de construir essa reserva de emergência

requer um planejamento cuidadoso e um compromisso consistente com a poupança. Aqui estão algumas etapas que você pode seguir para construir sua reserva de emergência:

1 - Estabeleça um Objetivo de Economia: Determine quanto você gostaria de ter em sua reserva de emergência, baseado na proporção apresentada anteriormente. Calcule esse valor com base em suas despesas mensais essenciais, como moradia, alimentação, contas de serviços públicos e transporte.

2 - Analise seu Orçamento: Revise suas receitas e despesas mensais para identificar áreas onde você pode reduzir gastos e aumentar sua capacidade de poupança. Eliminar despesas desnecessárias ou encontrar maneiras de economizar em itens como entretenimento ou refeições fora de casa pode liberar mais dinheiro para sua reserva de emergência.

3 - Estabeleça um Plano de Economia Mensal: Determine quanto você pode economizar a cada mês para sua reserva

de emergência. Se possível, automatize suas economias, configurando uma transferência automática de uma conta corrente para uma conta de poupança simples ou produto financeiro dedicado a emergências logo após receber seu salário ou outra renda.

4 - Mantenha-se Disciplinado: Fique comprometido com seu plano de economia, mesmo quando surgirem tentações de gastar em outras coisas. Lembre-se sempre do propósito e da importância da sua reserva de emergência.

5 - Aproveite Rendas Extras: Utilize qualquer renda extra, como bônus no trabalho, restituição de impostos ou presentes inesperados, para impulsionar sua reserva de emergência. Em vez de gastar esses valores, direcione-os diretamente para sua poupança de emergência.

6 - Reavalie Regularmente: À medida que sua situação financeira e suas despesas mudam, é importante revisar regularmente sua reserva de emergência e ajustar seu objetivo de poupança,

EFV Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 48

se necessário. Também é uma boa ideia reavaliar sua reserva de emergência anualmente para garantir que ela continue atendendo às suas necessidades.

OPÇÕES FINANCEIRAS PARA A SUA RESERVA DE EMERGÊNCIA

A esta altura já entendemos que a Reserva de Emergência é importante e não deve estar “misturada” dentro da conta corrente, mesmo porque os valores precisam minimamente ser corrigidos à medida que passam pelo tempo para que o dinheiro não perca seu valor de compra. As melhores opções financeiras para manter sua reserva de emergência são aquelas que oferecem segurança, liquidez (ou seja, consigo sacar o dinheiro rápido, se precisar) e, se possível, algum retorno sobre o investimento. Aqui estão algumas opções comuns:

- Contas de Poupança de Alto Rendimento: Muitos bancos oferecem contas de poupança com taxas de juros competitivas. Essas contas geralmente têm acesso fácil aos fundos e oferecem uma maneira segura de manter sua reserva

“As opções mencionadas aqui oferecem uma combinação equilibrada de segurança, liquidez e potencial de crescimento que pode ser adequada para as necessidades de uma reserva de emergência neste ano. No entanto, é sempre aconselhável pesquisar e comparar as opções disponíveis”.

de emergência crescendo lentamente ao longo do tempo.

- Certificados de Depósito (CDs) de Curto Prazo: Os CDs são produtos bancários que pagam uma taxa de juros fixa por um período específico de tempo. CDs de curto prazo, com vencimentos de um ano ou menos, são uma opção para quem procura uma taxa de juros um pouco mais alta do que as contas de poupança, mas ainda deseja manter acesso relativamente rápido aos fundos.

- Títulos do Tesouro Direto: Os títulos do Tesouro Direto são títulos emitidos pelo governo brasileiro e são considerados um dos investimentos mais seguros

disponíveis. De uma maneira muito simples, é como um empréstimo ao governo para que ele financie obras importantes no curto prazo. Títulos do Tesouro como o Tesouro Selic (LFT) são especialmente adequados para reservas de emergência, pois oferecem liquidez diária e baixo risco. Em 2024, com as taxas de juros ainda em um ambiente de incerteza devido às condições econômicas globais, é importante priorizar a segurança e a liquidez ao escolher onde manter sua reserva de emergência. As opções mencionadas aqui oferecem uma combinação equilibrada de segurança, liquidez e potencial de crescimento que pode ser adequada para as necessidades de uma reserva de emergência neste ano. No entanto, é sempre aconselhável pesquisar e comparar as opções disponíveis para encontrar a melhor escolha com base em suas circunstâncias individuais e objetivos financeiros.

Pe. André Boffo Mendes Colaborador da Educação Financeira para a Vida

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 49 FAMILIAR

A dinâmica ritual da proclamação da Palavra de Deus

Como vimos no artigo anterior, a escolha de uma passagem da Sagrada Escritura a ser proclamada em nossas celebrações não é feita ao acaso. Existem listas preparadas após longo estudo. As leituras apresentam os fatos e palavras principais da história da salvação, tomando-os da Sagrada Escritura, de tal modo que esta história da salvação, que a liturgia da palavra vai recordando passo a passo, em seus diversos momentos e eventos, aparece diante dos fiéis como algo que tem uma continuidade atual, ao se fazer presente de novo o mistério pascal de Cristo, celebrado pela Eucaristia.

É importante ao se tratar da Palavra de Deus, quando proclamada em nossas celebrações, ter presente o Elenco das Leituras da Missa, que se encontra no Lecionário do Missal Romano. Este elenco foi realizado, em primeiro lugar, para obter um fim pastoral, seguindo o espírito do Concílio Vaticano II. Para conseguir esse fim, a escolha dos textos foi revista e elaborada várias vezes, com a cooperação de muitas pessoas de todo o mundo, versadas em matérias exegéticas, litúrgicas, catequéticas e pastorais. O Elenco das Leituras da Missa é, portanto, o resultado desse trabalho comum (cf. ELM, nº 58).

Recomendo a leitura deste texto, presente na introdução dos Lecionários. Uma contínua leitura e explicação da Sagrada Escritura ao povo cristão na celebração eucarística, segundo este Elenco das Leituras da Missa, será muito eficaz para alcançar a finalidade exposta várias vezes pelo Concílio Vaticano II. Vejamos como este elenco apresenta a dinâmica da Palavra de Deus proclamada em nossas celebrações.

QUANTAS LEITURAS SE DEVE FAZER?

A Instrução Geral do Missal Romano nos recorda que “a parte principal da Liturgia da Palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas” (nº 55), e que “mediante as leituras é preparada para os fiéis a mesa da Palavra de Deus e abrem-se para eles os tesouros da Bíblia. Por isso, convém observar a disposição das leituras bíblicas pela qual se manifesta a unidade dos dois Testamentos e da história da salvação. Não é permitido trocar as leituras e o Salmo Responsorial,

constituídos da Palavra de Deus, por outros textos não bíblicos (nº 57)”.

AS LEITURAS PARA OS DOMINGOS E DIAS DA SEMANA

O Elenco das Leituras da Missa é uma distribuição das leituras bíblicas que possibilita aos cristãos o conhecimento de toda a Palavra de Deus. Durante todo o Ano Litúrgico, mas sobretudo no Tempo da Páscoa, da Quaresma e do Advento, a escolha e distribuição das leituras tende a que, de maneira gradual, os cristãos conheçam mais profundamente a fé que professam e a história da salvação. Por isso, o Elenco das Leituras da Missa corresponde às necessidades e desejos do povo cristão (cf. ELM, nº 60).

Os textos importantes para a fé do povo cristão são os que foram reservados para os domingos e festas. Para os domingos, temos o chamado “ano A”, no qual lemos seguidamente o evangelho de Mateus; o “ano B” com o evangelho de Marcos e o “ano C” dedicado ao evangelho de Lucas. O evangelho de João é lido em parte no ano B, com Marcos, e em parte, nas festas e tempos fortes do Ano Litúrgico, como a Quaresma e o Tempo Pascal.

Para os domingos toda missa apresenta três leituras: a primeira, do Antigo Testamento e, no Tempo Pascal, dos Atos dos Apóstolos; a segunda, do Apóstolo (isto é, das Epístolas dos Apóstolos ou Apocalipse, segundo os diversos tempos do ano); a terceira, do Evangelho. Com esta distribuição sublinha-se a unidade do Antigo e do Novo Testamento, e da história da salvação, cujo centro é Cristo e seu mistério pascal que celebramos.

Para os domingos e festas propõem-se os textos mais importantes, para que, num conveniente espaço de tempo, possam ser lidas diante da assembleia dos fiéis as partes mais relevantes da Palavra de Deus. Na ordem das leituras dos dias da semana, propõem-se alguns textos para cada dia de cada semana, durante todo o ano. Como norma geral, se tomarão essas leituras nos dias que lhe são propostos, a não ser que coincida com uma solenidade ou uma festa, ou uma memória que tenha leituras próprias (cf. ELM, nº 82). Para os dias da semana toda missa apresenta duas leituras: a primeira é do Antigo Testamento ou do Apóstolo (isto é, das Epístolas dos Apóstolos ou do Apocalipse) e, no Tempo Pascal, dos Atos dos Apóstolos; a segunda,

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Liturgia
As leituras apresentam os fatos e palavras principais da história da Salvação

é a proclamação do Evangelho. Ambos os ciclos, o trienal dos domingos e o bienal dos dias de semana, são independentes. Como vimos, o lecionário do domingo prevê três leituras e o lecionário para os dias da semana oferece duas. Tudo isso para que tenhamos maiores oportunidades para ouvir as Sagradas Escrituras. Portanto, o melhor é ficar com todas as leituras indicadas.

O SALMO RESPONSORIAL

No coração da Bíblia, encontramos um livro com 150 cantos. É o Livro dos Salmos, o “Livro dos Louvores”. São cantos que foram sendo feitos e refeitos ao longo da história do povo de Deus. Expressam a confiança em Deus na dor, na perseguição, na angústia, na doença. Clamam a Deus por justiça. Agradecem e bendizem ao Senhor pela sua presença criadora no universo, na vida do ser humano e principalmente na caminhada do povo de Deus. Acompanham, em forma orante, grande parte de tudo aquilo que encontramos nos livros históricos e proféticos.

As primeiras comunidades cristãs apreciavam muito os salmos. Foram percebendo nelas uma profecia de Jesus. É o que podemos ver em Lucas 24,44: Jesus está reunido com os discípulos depois da ressureição e lhes diz: “Era preciso que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos salmos”. E assim vamos encontrando muitas passagens do Novo Testamento que são resultado da interpretação de algum trecho de um salmo, a partir da pessoa e missão de Jesus. O Livro dos Salmos é o livro do Antigo Testamento mais citado no Novo Testamento.

O Salmo Responsorial foi tido como o canto principal da Igreja ao longo dos séculos. Antes da reforma do Concílio Vaticano II, chamava-se gradual, porque era executado não no alto do ambão, como acontecia com as leituras, mas entre os seus degraus. Já o nome responsorial dado a esse salmo provém da forma como ele geralmente é realizado: o salmista canta os versículos do salmo, enquanto a assembleia intervém com um responso, ou seja, um refrão ou antífona. Esse não é o momento para todos cantarem o Salmo inteiro. O salmo responsorial é como uma leitura, uma leitura cantada: todos são chamados a ouvir e responder com o refrão.

Após a primeira leitura canta-se o salmo, que é escolhido de acordo com a primeira leitura. O salmista canta versos e o povo todo participa com um refrão orante. O salmo é escolhido de propósito, como resposta à primeira leitura. Digamos que tem o mesmo peso de outras leituras bí-

blicas. Por isso, nunca deveria faltar, nem ser substituído por outro canto qualquer.

O salmo é Palavra de Deus cantada. Fala de Jesus Cristo. Fala de nossa vida. É nossa resposta orante à Palavra de Deus ouvida na primeira leitura. O próprio Jesus, assim como Maria, os apóstolos, os primeiros cristãos encontraram nos salmos sua linguagem de oração e celebração. Gerações e gerações de cristãos de todas as Igrejas alimentaram com eles sua fé.

Há quem encontre dificuldade na citação do salmo devido a sua numeração. Na tradução para o grego, dois salmos foram divididos ao meio e quatro, reunidos dois a dois, criando uma numeração diferente. Por esse motivo, eles são geralmente citados atualmente na primitiva numeração hebraica, conservando, porém, a numeração grega entre parênteses.

“A parte principal da Liturgia da Palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, e que mediante as leituras é preparada para os fiéis a mesa da Palavra de Deus e abrem-se para eles os tesouros da Bíblia”.

ACLAMAÇÃO DO EVANGELHO

A aclamação ao evangelho muitas vezes tem um verso tirado do próprio evangelho do dia, que não pode ser omitido. A Instrução Geral do Missal Romano diz que “após a leitura que antecede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou outro canto estabelecido pelas rubricas, conforme exigir o tempo litúrgico. Tal aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe o Senhor que lhes vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. É cantado por todos, de pé, primeiramente pelo grupo de cantores ou cantor, sendo repetido, se for o caso; o versículo, porém, é cantado pelo grupo de cantores ou cantor” (nº 62).

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO

“A leitura do Evangelho constitui o ponto alto desta Liturgia da Palavra, para a qual a assembleia se prepara com as outras leituras, na ordem indicada, isto é, a partir do Antigo Testamento até chegar ao Novo” (ELM, nº 13). Portanto, a leitura mais importante da missa é a proclamação do Evangelho. Depois das leituras do Antigo e do Novo Testamento, a comunidade cristã põe-se de pé para escutar a palavra do próprio Cristo. Evangelho vem do grego, eu (bom), e angelion (mensagem, anúncio, notícia). Significa, portanto, Boa-Notícia.

A proclamação do Evangelho, como vimos, é o momento culminante de toda a

primeira parte da celebração da Eucaristia (cf. ELM, nº 13). Por isso, este momento se rodeia de vários e tradicionais sinais de especial respeito:

- Durante as leituras que precedem o Evangelho, a assembleia se mantém sentada. Mas, na proclamação do Evangelho, todos se põem respeitosamente em pé, ao mesmo tempo que todos os presentes se voltam em direção ao local de sua proclamação.

- Inicia-se com a procissão formada em torno do livro que o ministro conduz em direção ao lugar da proclamação, acompanhado por velas e incenso. A solenidade devida à leitura do Evangelho estendeu-se ainda ao ministro encarregado de sua proclamação. Para as outras leituras basta um leitor, enquanto o Evangelho é sempre proclamado por aquele que preside a celebração ou por um diácono, configurado a Cristo, pelo sacramento da Ordem. Se o Evangelho for proclamado por um diácono, este costuma pedir a bênção ao que preside, da seguinte forma: enquanto se canta a aclamação ao evangelho, ele se inclina diante de quem preside e pede em voz baixa: “Dá-me a tua bênção”. O presidente abençoa dizendo: “O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. E o diácono responde: “Amém”.

- Quem proclama o Evangelho, faz o sinal-da-cruz no livro, na fronte, na boca e no peito, enquanto diz: “Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo...” e acrescenta o nome do evangelista. Foi a partir do século IX, no Ocidente, antes do Evangelho, que todos passaram a fazer o sinal da cruz, que evoluiria logo em seguida para três sinais. Como se faz no início de todos os cânticos evangélicos, também se traça no anúncio do evangelho o sinal da cruz, porque é Cristo quem fala.

- Principalmente nos dias de festa podemos usar incenso e velas para acompanhar a proclamação do evangelho.

- No final da proclamação, o Evangeliário ou Lecionário, e jamais um folheto, deve ser beijado.

- No final da proclamação do Evangelho, se diz: “Palavra da Salvação” e não “palavras”, no plural. O Evangelho, a Boa-Nova, é uma só e se refere à pessoa de Jesus Cristo, Palavra de Deus para toda a humanidade. A mesma indicação vale também para quem proclama a primeira e segunda leituras, dizendo: “Palavra do Senhor”.

Pe. Sérgio Augusto Rodrigues

Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica e mestre em Liturgia

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A juventude e o mistério da Eucaristia

Ainda inspirados pela recente Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo, em que celebramos o Mistério da Eucaristia, presença real e substancial de Cristo, realizamos nossa reflexão sobre o grande valor e tamanha importância da Eucaristia em nossas vidas.

Neste tempo propício, temos a oportunidade de renovar a nossa fé no mistério da transubstanciação, onde pão e vinho se tornam o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo. Nascemos e renascemos na Eucaristia, que para além do Corpus Christi, é recordação constante do sacrifício de Jesus, que nos ofereceu a própria vida por amor.

Com a narrativa de Santo Tomás de Aquino onde “a Eucaristia é o memorial perene da paixão de Cristo, o cumprimento perfeito das figuras da antiga aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. Na Eucaristia, os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais”, podemos perceber que a Eucaristia é reconciliação. Reconhecemos Cristo no altar, recebendo-o em nós e fazendo comunhão com Ele.

Como jovens, a Eucaristia nos convida a trabalhar a nossa fé, prosperar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento. É hora de pararmos nossas vidas corridas para estar com Jesus, grandioso Deus que se faz presença viva em uma pequena fração de pão.

“Que tomar o sangue de Jesus e nos alimentar com seu santo Corpo seja sempre um lembrete eterno do Seu amor por nós e o combustível para sermos os representantes d’Ele nessa terra”.

Desejamos viver o Cristo, colocando-o como centro de nossas vidas e o levando conosco para todos os lugares que frequentamos. Esperançosos nas palavras do Papa Francisco, esperamos que, na Eucaristia, Jesus venha ao nosso encontro e que, no pão da vida, venha nos visitar, fazendo-se alimento que cura a nossa memória adoecida pelo frenesi da

vida moderna.

Jesus nos chama: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6, 35). Nós vamos ao teu encontro Senhor, todos os dias, a cada celebração Eucarística e em especial nesse tempo, para celebrarmos a graça de tê-lo conosco.

A juventude celebra o pão e o vinho, o corpo e o sangue e o grandioso mistério de fé nas missas. Em sintonia, os jovens da Pastoral da Juventude de toda a Diocese, participaram dessa festividade do Corpus Christi com grande alegria em suas comunidades. A nosso modo, com a alegria que vem do Senhor, estávamos na Liturgia, no

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Eucaristia é ponto de unidade dos fiéis, inclusive jovens Foto: Regiane Zanutto

canto e na organização desta celebração. Também participamos da confecção dos tapetes para a procissão, que em alguns lugares são construídos com agasalhos e alimentos que são arrecadados em nossas comunidades, e outras com as artes simbólicas produzidas por nossos jovens.

Cada um de nós pode preparar o coração, reafirmar nossa crença e nos colocar mais uma vez no caminho. Apressemo-nos para estar perto de Jesus Eucarístico e confiantes em seu amor, que nos acolhe

Referências: https://www.cnbb.org.br/origem-e-significado-da-festa-de-corpus-christi, em 17/04/2024 https://pj.org.br/corpo-de-deus-gramatica-da-fe-e-da-vida, em 17/04/2024

e salva. Adoremos o Santíssimo Sacramento. Que tomar o sangue de Jesus e nos alimentar com seu santo Corpo seja sempre um lembrete eterno do Seu amor por nós e o combustível para sermos os representantes d’Ele nessa terra. “Quanto mais Eucaristia recebemos, mais nos tornamos como Jesus, para que nesta terra tenhamos uma antecipação do céu” (Beato Carlo Acutis).

Kaliny Cruz

Integrante da coordenação diocesana da Pastoral da Juventude

Eloisa Meinerz da Silva Integrante da Pastoral da Juventude diocesana

Juventude
Jovens participam das Solenidades na Igreja, como esta de Corpus Christi Foto: Arquivo PJ

Catequese de Adultos: um caminho para a educação da fé das crianças

É na graça de Deus que encontramos novos caminhos para a Catequese, muitas vezes parada no tempo. Porém, chega o momento de despertar e encontrar novos horizontes em prol da evangelização e anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo.

A Catequese de Adultos com inspiração catecumenal veio de encontro à necessidade de melhorar nossa maneira de evangelizar, atraindo mais pessoas com o desejo de conhecer a Jesus e segui-Lo. A ideia é partir de uma catequese de sacramentalização (somente para receber os Sacramentos), para uma catequese de evangelização e conversão, em que o catequizando assuma realmente a sua missão de batizado, tornando Jesus o centro de sua vida.

Tínhamos no Brasil uma população reconhecidamente cristã católica, mas ao longo do tempo essa tradição foi se perdendo. O abismo entre fé e vida se tornou cada vez mais distante, com o afastamento dos fiéis da Igreja Católica. É certo que vivemos em uma sociedade plural, com liberdade pessoal supervalorizada, com os valores humanos e de fé deixados para segundo plano, mas é necessário e urgente reverter essa situação oportunizando a todos os católicos, atuantes ou não, um processo de conversão em vista de uma fé pessoal livre, consciente, esclarecida, generosa e coerente.

A Iniciação à Vida Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia) é fundamental não só para a recepção dos Sacramentos, mas para uma adesão pessoal a Jesus Cristo, recebendo formação continuada como discípulo missionário d’Ele.

O querigma é um primeiro passo para a Iniciação à Vida Cristã, dando início a uma formação continuada. Mas, o que é o querigma? Na tradição cristã, a palavra “querigma” é sinônimo do primeiro anúncio das verdades da fé. Segundo as Escrituras, Jesus de Nazaré foi morto, ressuscitou, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai. Essa afirmação é o centro da nossa fé cristã. Podemos dizer que é um anúncio direto, profético, testemunhal, que parte da experiência do Ressuscitado. É uma evangelização caracterizada com um ponto de partida,

Família é convidada ao acompanhamento dos estudos catequéticos de seus filhos que “toca” e mobiliza a pessoa por inteiro, num processo de busca por aquilo que dá sentido à sua vida. Os destinatários desse primeiro anúncio são aqueles que se afastaram da fé por algum motivo ou nunca tiveram acesso a ela. Contudo, ele é destinatário e também interlocutor, pois deve ser escutado e com este, estabelecer uma relação de amizade e confiança. Nesse sentido, quem anuncia deve também se deixar ensinar por aqueles aos quais se dirige e aprender com eles.

“É na direção dos adultos que a Evangelização e a Catequese devem orientar seus melhores agentes. São os adultos os que assumem mais diretamente, na sociedade e na Igreja, as instâncias decisórias e mais favorecem ou dificultam a vida comunitá-

“Os adultos, num processo de aprofundamento e vivência da fé em comunidade, criarão, sem dúvida, fundamentais condições para a educação da fé das crianças e jovens, na família, na escola, nos Meios de Comunicação Social e na própria comunidade eclesial (Doc. 26 CNBB Catequese Renovada, 130)”.

ria, a justiça e a fraternidade. Urge que os adultos façam uma opção mais decisiva e coerente pelo Senhor e sua causa, ultrapassando a fé individualista, intimista e desencarnada. Os adultos, num processo de aprofundamento e vivência da fé em comunidade, criarão, sem dúvidas, fundamentais condições para a educação da fé das crianças e jovens, na família, na escola, nos Meios de Comunicação Social e na própria comunidade eclesial” (Doc. 26 CNBB Catequese Renovada, 130).

Chegamos à conclusão sobre a importância da Catequese com Adultos, e dela ser de extrema necessidade para as gerações futuras. Precisamos resgatar aquele ardor dos primeiros cristãos ao anunciar o Evangelho, sem medo de sermos perseguidos, injuriados e caluniados. Aquele que conhece profundamente o amor de Deus e sua misericórdia, jamais o abandonará e não conseguirá calar-se, sente em seu coração que precisa anunciar o Evangelho fazendo novos discípulos missionários.

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Sicredi Progresso PR/SP tem novo Presidente

Inácio Cattani é o novo Presidente da Sicredi Progresso PR/SP, eleito pelos associados nas Assembleias de Núcleo, realizadas no início deste ano para a Gestão 2024-2028. O processo foi homologado pelo Banco Central do Brasil (Bacen), no dia 17 de abril.

Cattani possui longa jornada dentro do Sistema Sicredi, com 37 anos de atuação e 17 destes na Sicredi Progresso PR/SP. Já passou pelos cargos de Gerente na Sicredi Vanguarda PR/SP/RJ, Gerente Regional na Sicredi Aliança PR/SP, Superintendente Estadual de Desenvolvimento na Central Sicredi PR/SP/RJ e Superintendente na Sicredi Progresso PR/ SP. Nos últimos 12 anos, Cattani atuou como Diretor Executivo na Sicredi Progresso.

çado”, afirma o novo presidente.

“Estar à frente desta Cooperativa é motivo de orgulho e uma enorme responsabilidade. Honrarei esse desafio, me comprometendo com nossos Conselhos, associados, diretores, colaboradores e também com a comunidade. Tenho o dever de levar a Sicredi Progresso ainda mais longe, firmado nos princípios e valores que nos nortearam até aqui e em conformidade com o planejamento estratégico tra-

O novo Conselho de Administração é composto por Inácio Cattani (Presidente), Cirio Kunzler (Vice-Presidente) e os demais conselheiros: Elton Alceu Endler, Gilnéia Grotto, Rosinei Isabel Rambo Maraschin, Evandro Maurício Richartz, Werno Silvano Koehler e Walter Eclache da Silva.

Já a Diretoria Executiva conta com a atuação dos diretores João Augusto da Rocha (Diretor Executivo), Carina Vargas (Diretora de Negócios) e Cleiton Peres (Diretor de Operações).

SOBRE A SICREDI PROGRESSO

PR/SP

Com 42 anos de atuação a Si -

credi Progresso PR/SP está presente na vida de mais de 70 mil associados. A Cooperativa possui 23 agências distribuídas nas áreas de atuação, nos estados do Paraná e São Paulo. Destas, 15 estão no Paraná e outras 8 em São Paulo. Seu capital humano conta com aproximadamente 400 colaboradores focados nos valores do cooperativismo e na oferta de produtos e serviços financeiros adequados aos associados, de um jeito simples e próximo. A Sicredi Progresso integra o Sistema Sicredi que está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

57 Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 Catequese 57 Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO
Inácio Cattani atua no Sicredi há 37 anos e há 17 está na Sicredi Progresso

O CPP deve planejar e revisar as atividades pastorais de sua paróquia?

Continuamos a conhecer a estrutura dos Conselhos Diocesanos de Pastoral (CPP/ CPC), um indispensável segmento a fortalecer nossas comunidades de fé. Em espírito de comunhão e sinodalidade, esta coluna ajuda-nos a entender um pouco mais sobre os Conselhos presentes em nossas comunidades. Em resposta ao título da coluna deste mês: Sim! Planejamento e revisão são fundamentais para bons resultados dos Conselhos em nossas comunidades. Inclusive, a falta deles por parte dos Conselhos pode gerar consequências significativas para a vida e o funcionamento de toda uma paróquia. Isto porque a falta de revisão das atividades pastorais pode ocasionar esfriamento, desânimo e distanciamento.

A ausência de planejamento e revisão nos Conselhos pode comprometer seriamente a eficácia e o alcance evangelizador da paróquia, podendo resultar desperdício de recursos e desconexão com a comunidade. É essencial que os Conselhos assumam a responsabilidade de planejar e revisar regularmente as atividades pastorais, garantindo que a paróquia possa cumprir sua missão de forma eficaz com o engajamento de cada membro.

Na prática, os Conselhos, que são indispensáveis instrumentos de ajuda e colaboração ao pároco na direção de sua comunidade, são motivados a incluir seis passos presentes nas Normas

Para saber mais sobre os Conselhos de Pastoral Paroquiais, não deixe de baixar as Normas diocesanas para os CPPs, apontando a câmera do seu celular para o QR Code.

Diocesanas para os Conselhos Pastorais Paroquiais de nossa Diocese, a saber: 1) Estudar o Plano da Ação Evangelizadora, cujas prioridades devem ser concretizadas em cada paróquia, em sinal de unidade em comunhão com toda a Diocese, respeitando o estágio próprio da caminhada pastoral de cada comunidade; 2) Distribuir a todos os CPCs da Paróquia o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, anexando um questionário feito pelo CPP para facilitar seu estudo

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Formação CPP/CPC
No momento da Assembleia Paroquial, todos são convidados a planejar e revisar as atividades pastorais

e surgimento de propostas para a elaboração do Plano Paroquial da Ação Evangelizadora;

Ainda, 3) Refletir e montar um anteprojeto com as sugestões vindas de todos os CPCs. Este anteprojeto deve ser enviado para análise do CPC e devolvido ao CPP para elaboração do projeto a ser apresentado na Assembleia Paroquial; 4) Organizar a Assembleia Paroquial, na qual o Projeto do Plano Paroquial da Ação Evangelizadora será proposto, discutido, votado e aprovado; 5) Acompanhar e estimular a execução do Plano Paroquial da Ação Evangelizadora nas várias comunidades, colocando-se a seu serviço; e 6) Determinar dias ou momentos de revisão para avaliar a caminhada do Plano Paroquial da Ação Evangelizadora em toda a comunidade.

Deste modo, um Conselho Pastoral de Comunidade terá êxito ao passo da harmonia com o pároco e juntos revisitarem e planejarem a vida pastoral da comunidade. Importante frisar que isto é válido para todas as comunidades, por menor que sejam, devem fazer seu

“O planejamento e revisão das atividades pastorais pelo Conselho Pastoral Paroquial são essenciais para garantir que a paróquia atenda efetivamente às necessidades espirituais e pastorais, promovendo o crescimento e a vitalidade da fé entre os fiéis”.

Plano de Atividades Pastorais a partir de suas necessidades em sintonia com o Plano Paroquial. E que ao final do ano, ou em momento conveniente, façam a revisão das atividades pastorais com o intuito avaliativo apontando quais pontos foram bons e quais devem ser melhor trabalhados.

É crucial que os Conselhos assumam a responsabilidade de planejar e revisar regularmente as atividades pastorais, garantindo que a paróquia possa continuar a ser um farol de fé e serviço em sua comunidade, capaz de acompanhar as mudanças e exigências que surgem.

Formação CPP/CPC

Aliás, o planejamento e revisão das atividades pastorais pelo Conselho Pastoral Paroquial são essenciais para garantir que a paróquia atenda efetivamente às necessidades espirituais e pastorais, promovendo o crescimento e a vitalidade da fé entre os fiéis. Esta reflexão da revisão e planejamento dos Conselhos vale também para o cotidiano da vida, especialmente para as pessoas que desejam fazer o seu melhor com aquilo que possuem no presente. Portanto, parar e rever a caminhada é importante sempre, e este exercício pode nos redirecionar, porque quando paramos para olhar o caminho percorrido, recordamos do que nos motivou, e ainda motiva, à jornada desejada.

No próximo mês haverá a continuação sobre Formação CPP/CPC com a temática dos responsáveis pelo êxito da comunidade, assunto complementar deste itinerário que estamos percorrendo. Até mês que vem!

Fernando da Rocha Secretário Diocesano de Pastoral

Maria: modelo de Humanização a partir da Eucaristia

A “Humanização a partir da Eucaristia” é a dimensão de estudos do Movimento de Cursilhos de Cristandade para o ano de 2024. Em um mundo onde o individualismo vale mais do que as necessidades coletivas, e o prazer, o bem-estar, a comodidade pessoal e o materialismo são os principais valores do ser humano, a Eucaristia nos traz luz para um discernimento mais humano sobre qual é o verdadeiro sentido da nossa vida.

Na Eucaristia, comungamos do próprio Deus vivo que deu sua vida por nós e vem ao nosso encontro. A Eucaristia mais do que o ato de comer o pão eucarístico, nos leva à vida em comunidade, voltando nossa atenção ao próximo, caso contrário se torna também uma Eucaristia individualista, fazendo-a perder seu real sentido.

Nesse contexto, surge Maria, como grande modelo de “Humanização a partir da Eucaristia”.

Maria está de tal maneira ligada ao mistério eucarístico que o Papa São João Paulo II, na Encíclica Ecclesia de Eucharistia , justamente a chama de “mulher eucarística” (cf. EE. nº 53). Assim, se desejamos ardentemente participar da ceia do Senhor e viver ou redescobrir toda a sua riqueza e sua relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia, Maria é nosso modelo singular. Como mãe e modelo da Igreja, ela é guia que acolhe e conduz ao Santíssimo Sacramento, pois sempre testemunhou uma profunda ligação com Ele. “A Igreja, vendo em Maria o seu modelo, é chamada a imitá-la também na sua relação com este mistério santíssimo” (nº 53).

Em nosso Roteiro de Estudos para Assembleias e Escolas Vivenciais, lemos o que Professor Dr. Pe. Pero Alberto Kunrath e Pe. Carlos Luiz Bacheladenski, da PUCRS, refletiram sobre “Maria e o Mistério de Cristo e da

Nossa Senhora oferece aos cristãos o modelo de seguimento a Jesus

“Se a Igreja e a Eucaristia são uma realidade indivisível, Maria e Eucaristia o são igualmente. O cristão que comunga bem assume com liberdade e responsabilidade o projeto de Deus revelado em Jesus Cristo como oferenda, oferta aos irmãos e irmãs numa atitude de serviço”.

Eucaristia”. “Maria praticou interiormente sua fé eucarística ainda antes de ser instituída a Eucaristia, quando ofereceu o seu ventre virginal para a encarnação do Verbo de Deus; e daí o título de ser a Arca da Aliança, que contém os Santos do Santos. A Virgem Maria teve consciência de ter concebido Cristo para a salvação de todos os homens”, (p. 79). Inspirados neste Roteiro e na Encíclica de São João Paulo II, vemos que Maria é “Modelo, pois o anjo pediu a ela para acreditar na obra do Espírito Santo, e na Eucaristia é pedido aos fiéis para

crerem que aquele mesmo Jesus, Filho de Deus e filho de Maria, torna-se presente nos sinais do pão e do vinho como todo o seu ser humano-divino”. “Santo Agostinho ressalta: ‘Para Maria, ter sido discípula de Cristo foi mais do que ser mãe d’Ele (…). Por isso também Maria é bem-aventurada, porque ouviu a Palavra de Deus e a guardou; guardou mais na mente a Verdade do que no seio a carne. Vale mais o que se carrega na mente do que o que se carrega no ventre. O parentesco materno não teria ajudado em nada a Maria se ela não tivesse carregado Cristo de modo mais feliz no coração do que na carne”1.

Desejar ardentemente cear com o Senhor, conforme Kunrath e Bacheladenski1, “significa levar, para cada fiel e cada comunidade, a exemplo de João, aquela que Cristo sempre de novo nos dá como mãe”. “Significa, ao mesmo tempo, assumir o compromisso de nos conformarmos com Cristo; de nos dizeres de São João Paulo II, adquirirmos a estatura de Cristo, entrando na escola de Maria e aceitando a sua companhia de mulher, mãe e discípula” (cf. EE, nº 57).

Se a Igreja e a Eucaristia são uma realidade indivisível, Maria e Eucaristia o são igualmente. O cristão que comunga bem assume com liberdade e responsabilidade o projeto de Deus revelado em Jesus Cristo como oferenda, oferta aos irmãos e irmãs numa atitude de serviço. Maria colocou-se como a serva do Senhor. Pela Eucaristia, a Igreja torna-se serva da missão! Que possamos a cada dia lembrar desse modelo que é Maria e que, através da Eucaristia, possamos nós também sermos modelo de humanização em nossa vida e para o mundo.

Rafael Hirata Cursilhista da Diocese de Toledo

(1 Professor Dr. Pe. Pero Alberto Kunrath; e Pe. Carlos Luiz Bacheladenski – PUCRS; Maria e o Mistério de Cristo e da Eucaristia Rev. Trim. Porto Alegre, v. 35, Dez. 2005, in: Roteiros de Estudos para assembleias e escolas vivenciais, MCC)

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Cursilho

Área de atuação: segurança alimentar e nutricional

Você sabia que a Cáritas tem uma área de atuação específica para lidar com a questão da alimentação? É a área “Segurança Alimentar e Nutricional”. Essa é uma questão que preocupa, haja visto que, no cenário social, cerca de 30 milhões de brasileiros passavam fome em 2022, segundo a Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional). Além disso, a pesquisa aponta que três em cada dez famílias convivem com a insegurança alimentar.

Podemos conceituar a insegurança alimentar com a redução na quantidade e na qualidade dos alimentos, bem como a falta deles por um ou mais dias. Não se deve confundir com o conceito de fome, que é classificada como a privação constante de alimentos. A insegurança alimentar pode ser classificada em três categorias: 1) leve, que se refere a incerteza de conseguir alimentos; 2) moderada que é quando a qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos são reduzidas drasticamente ou quando algumas refeições dos dias são suprimidas; e 3) grave, quando não se consome comida por um dia inteiro ou mais.

Por outro lado, a Segurança Alimentar e Nutricional é um direito de todos ao acesso a alimentos de qualidade, em quantidade suficientes, de maneira regular e permanente. Isso deve ter como bases as práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam econômica, ambiental e socialmente sustentáveis. Uma política de segurança alimentar e nutricional engloba um conjunto de ações devidamente planejadas para que garanta a oferta e o acesso a alimentos para toda a população, e que promova a nutrição e a saúde.

A Rede Cáritas reafirma o seu compromisso com a Segurança Alimentar e Nutricional, deixando cada vez mais claro, em seu Marco Referencial (CNBB, 2023), que a alimentação é um direito inalienável e que “a garantia de uma alimentação adequada e saudável é condição fundamental para uma vida digna e para o bem-estar coletivo”. Por isso, organizamos “ações junto a grupos e comunidades em situação de vulnerabilidade para que atuem no fortalecimento e na garantia das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, por meio dos

Projeto Sumaúma “Nutrindo Vidas”: Ação Cáritas Brasileira com financiamento do Escritório de Assistência Humanitária (BHA) da Agência dos Estados Unidos pelo Desenvolvimento Internacional

princípios da agroecologia”.

Em conformidade com os ensinamentos da Igreja, a Cáritas defende que o problema da fome apenas será resolvido quando existir uma política de segurança alimentar. Isso é afirmado pelo Pontifício Conselho Cor Unum – Serviço da Pastoral da Caridade da Igreja – em 1996, com o Documento “A Fome no Mundo”. Diz ainda o Conselho: “A segurança alimentar existe quando todos os habitantes, em todos os momentos, têm acesso aos alimentos necessários para levar uma vida sadia e ativa. Por isso, é importante desenvolver programas que valorizem a produção local, uma legislação eficaz que proteja os terrenos agrícolas” (Cor Unum, 1996).

AÇÕES INTERSETORIAIS

Vale a pena lembrar que a Segurança

“A alimentação é um direito inalienável e que ‘a garantia de uma alimentação adequada e saudável é condição fundamental para uma vida digna e para o bem-estar coletivo’” (Marco Referencial – CNBB, 2023).

Alimentar e Nutricional não é alcançada por apenas uma entidade que luta individualmente. Para que os objetivos sejam atingidos são necessárias ações de intersetorialidade, isto é, que reúnem diversos setores da sociedade como: Governos, Igrejas, Organizações da Sociedade Civil (OSC), e entre outros, bem como toda a população.

Pensando nisso, trazemos à tona o segundo dos 17 objetivos da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Desenvolvimento Sustentável. Esse objetivo é o da “Fome Zero e Agricultura Sustentável”, que reúne a erradicação da fome, o alcance da segurança alimentar, a melhoria da nutrição e a promoção da agricultura sustentável. A Segurança Alimentar e Nutricional é um compromisso de todos nós, por isso, reiteramos a necessidade do sentimento de empatia e fraternidade, ajudando nossos irmãos e irmãs que tanto sofrem com a incerteza da presença de alimentos em seu dia a dia.

Marcus Vinicius de Jesus Sanita

Assistente de Integração da Cáritas Diocesana de Toledo

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EM AÇÃO
CÁRITAS
Foto: Cáritas Brasileira

Sicoob lança campanha educativa de combate a golpes e fraudes bancárias

O Sicoob, instituição financeira cooperativa com mais de 8 milhões de cooperados, lança a campanha educativa “Quem avisa, amigo é” para combater golpes e fraudes bancárias, um problema crescente que afeta milhões de brasileiros. A ação tem como objetivo alertar e orientar a população sobre alguns cuidados que precisam ser tomados para se precaver de golpes e fraudes, fornecendo informações e dicas sobre os principais golpes atualmente praticados no mercado, como a falsa central, roubo de celular, contato via Whatsapp e as ofertas “imperdíveis” da internet.

“Se houver qualquer dúvida sobre a legitimidade de uma oferta ou pedido, é preferível não prosseguir. O risco de ser um golpe é alto”, explica Antônio Vilaça Júnior, diretor de Tecnologia da Informação. Ele reforça que o Sicoob tem investido constantemente em tecnologia para criar mecanismos que impeçam os golpistas de agir.

PROTEÇÃO EM TRÊS PILARES

As proteções do ambiente cibernético no Sicoob são estruturadas em três seções: a primeira, considerada o alicerce, conta com um conjunto robusto de recursos tecnológicos, como soluções de última geração, detecção de intrusão, segmentação de ambientes, monitoração ostensiva, entre outros.

A segunda tem avançados controles

de segurança, como cadastramento e liberação de dispositivos com modernos recursos de reconhecimento e biometria facial, senha de acesso, senha de confirmação, controle de limites, segundo fator de autenticação, entre outros.

Já a terceira é focada no uso intensivo de inteligência artificial para validar a veracidade da transação em curso, podendo ser negada ou mesmo exigir uma nova validação de biometria facial a depender das características da operação.

CAMPANHA

A campanha tem abordagem voltada

para a educação financeira e digital dos cooperados, tratando especificamente sobre segurança e prevenção de forma criativa, humanizada e atrativa. O filme principal da campanha retrata um casal que se depara com o anúncio de um site de compras com a falsa oferta de uma televisão que está com o preço abaixo do mercado no pagamento por PIX ou boleto. Diante do risco, um gerente do Sicoob entra em cena e, como um amigo, alerta que na dúvida, é melhor não arriscar. Para mais informações, é só entrar no site do Sicoob e verificar as dicas de como se proteger contra os criminosos.

CVale Alimentos é lançada na maior feira supermercadista do mundo

A CVale está com nova identidade visual para a linha de alimentos. Ela foi oficialmente apresentada aos clientes e consumidores participantes do maior evento de bebidas e alimentos das Américas e maior feira supermercadista do mundo – 38ª APAS, em São Paulo, de 13 a 16 de maio último.

A CVale Alimentos nasce com um portfólio de produtos completo, identidade própria, traduzida em novas embalagens, mais atrativas. A partir

Foto: Divulgação de agora, os consumidores passam a adquirir cortes de frango e peixes com nova identidade visual. O novo desenho é composto por uma tipografia com traços de modernidade e tecnologia, que transmitem cuidado, proteção e conectividade. Prevalecendo as cores da marca mãe, azul e turquesa, o novo logotipo excluiu o ponto entre as letras C e V e traz um novo símbolo, o CV estereotipado com a assinatura “Aqui faz bem-feito para todos”.

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Linha de alimentos da cooperativa ganha nova identidade visual

Senac de Marechal Cândido Rondon completa 10 anos

O Senac Marechal Cândido Rondon comemorou no último dia 26 de maio, uma década de atuação no município, marcando uma importante trajetória na qualificação de profissionais para os setores do comércio, serviços e turismo. Desde sua chegada, a instituição tem sido um pilar de desenvolvimento, oferecendo oportunidades de capacitação que antes exigiam deslocamentos para outras localidades.

“Estamos orgulhosos de celebrar esses dez anos de contribuição para a formação profissional em Marechal Cândido Rondon e região”, declara o gerente executivo do Senac local, Osnei Francisco Alves.

Com uma estrutura ampla de 1,5 mil m², capaz de atender diariamente até 670 alunos, o Senac trouxe para a cidade novas opções de formação, especialmente nas áreas de gastronomia, beleza, tecnologia da informação e saúde. A edificação possui uma cozinha pedagógica moderna e equipada onde são realizados diversos cursos rápidos, aperfeiçoamentos e capacitações completas para quem deseja atuar no ramo

da gastronomia. No ambiente pedagógico de beleza, que simula um salão de beleza completo, são realizados diferentes cursos, palestras e workshops para profissionais do segmento. Seu laboratório de informática, possui 20 computadores de alta tecnologia, todos ligados a internet, além de uma impressora 3D e óculos de realidade virtual, oportunizando assim, uma experiência única para os alunos. Nos laboratórios da área da saúde, o Senac possui todos os equipamentos e ambientes para as práticas pedagógicas dos cursos técnicos de enfermagem e radiologia. A unidade conta ainda com recursos como auditório para 100 pessoas, biblioteca e duas salas de aulas convencionais para atender os mais diversos cursos

de seu portfólio.

A instituição atende a dez municípios na região, incluindo Marechal C. Rondon, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, São José das Palmeiras, Santa Helena, Quatro Pontes, Nova Santa Rosa, Mercedes, Guaíra e Terra Roxa. Nestes dez anos a unidade realizou mais de 1,1 mil turmas e já formou aproximadamente 8 mil alunos no ensino presencial, incluindo cursos técnicos.

Toledo garante nova projeção mapeada para o Natal

A Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), o Serviço Social do Comércio (Sesc/PR), o Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Toledo (Sinvar) e a Fecomércio Paraná iniciaram o planejamento para um novo espetáculo de projeção mapeada, que será realizado durante a programação do Natal Encantado de Toledo, entre os meses de novembro e dezembro.

O espetáculo, até então realizado apenas nas cidades de Curitiba e Ponta Grossa, foi um sucesso em Toledo no ano passado e atraiu centenas de famílias que puderam ver de perto três pro-

jeções distintas na fachada da Catedral Cristo Rei. Entre elas, histórias como do nascimento do Menino Jesus, do Papai

Noel, e da fábrica de brinquedos. A projeção mapeada é uma técnica audiovisual que utiliza a arquitetura do edifício como tela, o que transforma a fachada da Catedral em um espetáculo deslumbrante.

A primeira edição da projeção mapeada ocorreu em dezembro do ano passado, com estimativa dos organizadores de que cerca de 1.500 pessoas assistiram a apresentação. A projeção fez composição com a Vila de Natal e a Casa do Papai Noel organizadas pelo comércio. A atração chamou a atenção de adultos e crianças.

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Instituição contribui na preparação em diferentes áreas para o mercado de trabalho Projeção mapeada teve primeira edição em Toledo no Natal de 2023 Foto: Imprensa/Acit Foto: Divulgação
CRM/PR 29011 | RQE 23728 Dra. Luciana Menezes TransplanteCapilar em Toledo (45)9 9852-1841 Der matologista pioneira na técnica FUE em Toledo. IMED Toledo, R. Santos Dumont, 2708 - Centro @dralumenezesder mato www.transplantecapilartoledo.com.br

Sicredi Progresso PR/SP: o cooperativismo pautado na confiança e credibilidade

A apresentação da nova presidência do Conselho de Administração da Sicredi Progresso PR/SP e de seus diretores Executivo, de Negócios e de Operações realizada à Imprensa regional ratificou os compromissos basilares do cooperativismo pautados na confiança das relações e credibilidade. A transferência de comando de Cirio Kunzler, que permaneceu como presidente da cooperativa nos últimos 17 anos, para Inácio Cattani – executivo com 37 anos de carreira – demonstrou a efetividade de um processo sucessório devidamente organizado que prima pela construção de resultados favoráveis aos cooperados.

De 2007 até agora, a Sicredi avançou de 11 para 23 agências, sendo oito em São Paulo, num projeto de expansão que caminha em resultados

que são possíveis de serem mensurados, como o volume de recursos que os cooperados deixaram de pagar em juros e taxas – cerca de R$ 43 milhões – e o montante e cerca de R$ 2,5 bilhões pagos em fornecedores da área de atuação da cooperativa. No mesmo período, investimento ocorreu no incentivo à presença das mulheres e jovens nos conselhos da cooperativa e o fortalecimento dos comitês. Atualmente, o quadro associativo conta com 44%

de mulheres, e mais da metade do quadro de colaboradores da Sicredi é formado pelo público feminino. Os desafios futuros, apontados pelo novo presidente, percorrem a importância das pessoas conhecerem os valores, práticas e benefícios do cooperativismo. Cattani também confirmou à Imprensa o dia 30 de agosto para a inauguração da nova agência agro da Sicredi, na Avenida Ministro Cirne Lima, em Toledo, data em que a cooperativa completará 43 anos de existência.

Guaíra reúne crianças e adolescentes no Projeto “Não Faça Bullying, Faça Amigos”

O município de Guaíra lançou o Projeto “Não Faça Bullying, Faça Amigos”. Ele é uma iniciativa da Patrulha Escolar da Guarda Municipal, vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Trânsito (SEMST), com o apoio da Secretaria Municipal de Educação. O projeto aborda de forma abrangente e eficaz o tema do bullying

Uma série de palestras diárias serão realizadas com o intuito de atender

todas as escolas municipais e algumas escolas estaduais do município de Guaíra. O objetivo principal é sensibilizar os alunos sobre a importância de criar relações saudáveis e amigáveis, além de conscientizá-los sobre os impactos negativos do bullying . O bullying é uma realidade preocupante em muitas instituições de ensino, e pode causar sérios danos emocionais e psicológicos às vítimas.

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Diretor-executivo João Augusto da Rocha mostrou o significado do cooperativismo em números Resultados alcançados e projeções são apresentados à Imprensa Projeto chama a atenção para questões de relacionamento Foto: Imprensa/Prefeitura
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Uso da bactéria wolbachia será ampliado no combate à dengue

Seis municípios devem receber em julho as primeiras solturas de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia: Uberlândia em Minas Gerais; Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Presidente Prudente, em São Paulo, Joinville, em Santa Catarina; e Natal, capital do Rio Grande do Norte. No ano que vem, a estratégia será adotada em mais 22 municípios de Minas Gerais.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o primeiro país a incorporar a tecnologia como política pública para reduzir os casos de dengue a médio e longo prazo.

O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela e, quando se reproduzem, os mosquitos passam a bactéria para outros, fazendo com que menos insetos possam transmitir doenças para os seres humanos.

Antes da soltura dos mosquitos, há uma etapa de engajamento comunitário pois, inicialmente, a comunidade tem a percepção de que o número de mosquitos aumentou na região. “Além disso, onde se solta o mosquito, não se pode aplicar inseticida, porque o método se baseia na mudança de população, substituindo mosquitos que têm a wolbachia por aqueles que não têm”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.

Segundo Ethel, há uma série de critérios que precisam ser observados para que o município receba essa estratégia, principalmente a pouca variação de temperatura durante o dia, porque isso prejudica a adaptação do mosquito com a wolbachia. De acordo com a secretária, a estratégia tem se mostrado bastante efetiva. Um exemplo é a cidade de Niterói, no

estado do Rio, a primeira a receber o projeto na etapa de pesquisa, em 2014, que teve redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% nos de chikungunya e 37% nos de zika. “Lá, o número de casos é bem inferior ao dos municípios vizinhos, mostrando que a médio e longo prazo a estratégia pode ser muito importante”, disse a secretária.

Outras cidades do país que estão utilizando o Método Wolbachia são o Rio de Janeiro, Campo Grande e Petro-

lina, em Pernambuco. Além do Brasil, Indonésia e mais três países participam da pesquisa em parceria com o World Mosquito Program

O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram a Biofábrica Wolbachia, em Belo Horizonte. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

Combate ao mosquito é a melhor prevenção!

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que são causadas por vírus transmitidos por mosquitos. As arboviroses mais comuns em ambientes urbanos são: dengue, chikungunya e Zika, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A melhor maneira de evitar as doenças é com a eliminação dos criadouros para impedir o nascimento do mosquito. Essa ação depende da ajuda de toda a sociedade.

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Mosquitos infectados serão soltos em julho em mais seis municípios, inclusive no Oeste do Paraná Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

Com aumento de casos, secretaria alerta sobre os cuidados com a hepatite A

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta sobre as medidas de prevenção, sintomas e o diagnóstico oportuno da hepatite A. O alerta surgiu com a alta expressiva de casos confirmados da doença na capital do Estado. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), são 122 diagnósticos confirmados neste ano na Capital – em todo o ano de 2023 foram 23.

Ainda de acordo com o Sinan, o Paraná registrou, neste ano, 144 casos confirmados de hepatite A, sendo 135 na 2ª Regional de Saúde Metropolitana, que inclui a Capital. A Secretaria Municipal de Saúde informa que pode haver divergência no número de casos, pois os mesmos ainda estão sendo notificados no Sistema. As outras confirmações da hepatite A estão localizadas na 3ª RS de Ponta Grossa (2), 4ª RS de Irati (2), 5ª RS de Guarapuava (2), 14ª RS de Paranavaí (1) e 17ª RS de Londrina (2). Com relação aos óbitos, dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM) apontam que, neste ano, três pessoas morreram em razão da doença, todas em Curitiba.

VÍRUS

Trata-se de uma doença infecciosa, viral e imunoprevenível, causada pelo vírus da hepatite A. A transmissão pode ocorrer por meio do consumo de água e alimentos contaminados por fezes; condições precárias de saneamento básico e falta de higiene pessoal. Em crianças, a infecção costuma ser leve ou assintomática. Já em adultos, os casos podem ser mais graves.

SINTOMAS

Os sintomas iniciam de forma inespecífica, com náuseas, vômitos e diarreia. Em casos raros pode causar

também constipação, febre baixa, cefaleia, mal-estar, fraqueza e fadiga. Passada a fase inicial, pode surgir a icterícia (coloração amarelada da pele), urina escura e fezes esbranquiçadas. Há pacientes em que persistem a fraqueza e a cansaço por vários meses.

PREVENÇÃO

A principal medida de prevenção contra a hepatite A é a vacina. De

acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), a meta de cobertura vacinal para hepatite A é de 95%. Atualmente, o Estado registra a imunização de 81,95% da população preconizada. O imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), por meio do PNI, para crianças a partir dos 15 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade.

Como conter a disseminação

Além da vacinação, outras medidas de prevenção são importantes para conter a disseminação do vírus:

- Orientar sobre o cuidado em relação à água de consumo, à manipulação de alimentos e às condições de higiene e de saneamento junto à comunidade e aos familiares

- Higienização das mãos com água e sabão e álcool gel 70% antes e depois de preparar alimentos, após usar o banheiro, trocar fraldas, manusear lixo e roupa suja

- Lavar bem frutas e vegetais crus antes de consumir

- Cozinhar alimentos de origem animal antes do consumo

- Beber água tratada, fervida ou filtrada

- Manter a higienização antes e depois da relação sexual

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A principal medida de prevenção contra a hepatite A é a vacina

A Catequese da Paróquia Cristo Rei (Catedral) tem nova coordenadora. Após 13 anos, Cassiana Borges de Moura transmite essa função para Elisangela Mazzuti. Foi durante celebração eucarística no último dia 27/04. Na foto: a nova coordenadora Elisangela e o esposo Vanderlei, com os filhos Léo Vitor e Gabrielle, o pároco da Catedral, Pe. Hélio José Bamberg, Cassiana e seu esposo Vanderlei de Moura

Grupo de coroinhas da Catedral Cristo Rei que atuou em celebração presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme

A Associação de Amigos de Deficientes Audio Visuais (Adav), da cidade de Assis Chateaubriand, celebrou os 25 anos de fundação da Escola de Educação Básica Raio de Sol. Atualmente, a associação atende alunos surdos e com perda auditiva das cidades de Assis Chateaubriand, Jesuítas, Tupãssi e Palotina, na faixa etária de 4 a 69 anos. Na Igreja São Francisco de Assis, a comunidade rezou a Deus pela direção, coordenação, professores, alunos, pais e demais funcionários da ADAV, para que continuem firmes, com determinação, garra e vontade de buscar sempre o melhor para os alunos surdos.

Coralistas que animaram a celebração dos Santos Óleos 2024 na Igreja São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)

esposa e filho participam da celebração

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Maicon, em honra a Santa Rita de Cássia, no Seminário Santa Mônica (Toledo)

Galera do EJC e Grupo de Jovens JAC, de Assis Chateaubriand, que levou o “abraço de Cristo” às mães hospitalizadas e seus familiares

DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Comunicadores e Pascom do Decanato Guaíra/Palotina

Comunicadores e Pascom do Decanato Assis

Família participa da celebração em homenagem a Santa Rita de CássiaSeminário Santa Mônica (Toledo)

SAUDADES

Vicente Paulo Thomas +26/05/2022

Paróquia Menino Deus (Toledo) Homenagem da família

Comunicadores e Pascom do Decanato Toledo

Comunicadores e Pascom do Decanato Rondon

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Fotos: Regiane Zanutto

BATIZADOS EM FORMOSA DO OESTE

O pároco da Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste), Pe. Ricardo Pioner, realizou o batizado de quatro crianças no dia 27 de abril. Graças na vida desses bebês e bênçãos aos seus pais, padrinhos e demais familiares.

A imagem peregrina da Santa Madre Paulina esteve em Toledo. Os devotos Nilton e Lúcia Gregório fizeram contato com o Santuário em Nova Trento (SC) e o reitor Pe. Presentino Rovani trouxe a imagem da Santa que visitou a Paróquia São Pedro e São Paulo (27/04) e Paróquia São Cristóvão, ambas da cidade de Toledo.

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SANTA MADRE PAULINA EM TOLEDO Lívia Mendonça Costa Theo Alves Furlanetto Murilo Gabriel Alves da Silva Caio Finato Angélico

Missa do Trabalhador

A Festa do Trabalhador, com a celebração eucarística no dia de São José Operário (1º de maio), contou com a presença do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. Ao lado do pároco, Pe. Luiz Carlos Franzener, e a comunidade de fé, todos rezaram pelos trabalhadores, suas profissões e pelos desempregados. Além da novena, a comunidade da Capela São José Operário – Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo), participou do almoço festivo no salão de festas.

SANTA RITA DE CÁSSIA É CELEBRADA EM GUAÍRA

Lucas e Simeão, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo

do encontro diocesano de formação da Pastoral do

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Equipe da Pastoral do Batismo, da Paróquia Cristo Rei (Catedral), no encontro diocesano de formação (21/04) Antônio (Assis Chateaubriand), participam Batismo (21/04) Celso Pereira recebe cumprimentos pelo seu aniversário (28/05). Há dez anos colabora com o Projeto Mais Vida da Arquidiocese de Maringá Grupo de Jovens Amigos Buscando Cristo (ABC) da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova) A Capela Santa Rita de Cássia, do bairro Parque Hortência (Guaíra), reuniu devotos na celebração da memória da Padroeira (22/05). A missa foi presidida pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Pe. Nelton Hemkemeier. No momento devocional, as pessoas trouxeram rosas diante da imagem de Santa Rita –Fotos: Carlos Gabriel Ferreira Mariano

Pela 8ª edição, foi realizado o retiro “Eu Escolho Deus”, promovido pelo grupo JUC da Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste). Cerca de 50 jovens e adolescentes participaram das atividades com animação do próprio JUC. Além de palestras do anfitrião da casa, Luís Sérgio Costa, assessoraram o retiro Thiago Menezes, da Pastoral da Juventude de Assis Chateaubriand, e Juninho Barbosa, do Grupo GOJ, da Paróquia São

Reflexões ao ar livre

“Noite sob as estrelas”, evento organizado pela Pastoral da Juventude Unidos em Cristo, da Paróquia Sagrada Família (Toledo), reuniu jovens para a reflexão sobre a natureza, o encontro com o Divino no cotidiano da vida e promover a unidade dos jovens.

Roque (Nova Aurora). No dia seguinte, as assessorias foram de Angela de Brito, com grupo JAM (Jesuítas), e de Lucas Sabino, assessor do grupo JUC (Formosa do Oeste), além da participação da coordenação e assessores, com apoio de Fátima e Tonhão Belmonte, Adriana Leite e Wilson. Realizado dias 13 e 14 de abril, o retiro foi considerado “muito abençoado”.

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8º EU ESCOLHO DEUS

Pe. Laudemir da Rocha com os missionários da MOVA 2024 – Missão Vocacional e crianças da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) expõem atividade realizada no evento – Foto: Juan Matoso

Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, coordenador da Missão Vocacional 2024, presente na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Ouro Verde do Oeste)

Jovem Salmista na celebração da Padroeira Nossa Senhora de Fátima, em Toledo (13/05)

Parabéns ao Pe. Amário Zimmermann, sacerdote do clero diocesano residente em Marechal Cândido Rondon, que completa o 56º aniversário de sua ordenação (29/06), e seus 84 anos de vida (30/06). Que Deus o abençoe!

Pe. Marcos Denck da Silva, pároco da Paróquia São Cristóvão (Toledo), e vigário judicial do Tribunal Diocesano, comemora 21 anos de sua ordenação sacerdotal (21/06)

Felicidades ao pároco da Paróquia Menino Deus (Toledo), ecônomo da Diocese e assessor eclesiástico da Escola de Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC), Pe. Geraldo Marino Ferreira, que comemora o 24º aniversário de sua ordenação presbiteral (17/06)

Pe. Mauro Cassimiro, vigário paroquial da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo), recebe cumprimentos pelos 22 anos de sua ordenação (29/06)

Cumprimentos ao pároco da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo), Pe. Laudemir da Rocha, que comemora o 23º aniversário de sua ordenação (30/06)

Cumprimentos especiais ao Pe. Nelton Hemkemeier, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra), e assessor diocesano da Pastoral Familiar, que comemora Jubileu de Prata de ordenação (25 anos) neste dia 12/06

Dedicação litúrgica na celebração eucarística que reuniu devotos de Nossa Senhora de Fátima, em Toledo (13/05)

Frades Menores Missionários, leigos e crianças na celebração de Nossa Senhora de Fátima, em Toledo (13/05)

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MELÃO SÃO CAETANO

REDUZ OS NÍVEIS DE AÇÚCAR NO SANGUE

AJUDA NA PRISÃO DE VENTRE

AUXILIA PEDRA NO RIM

Multy Multy Amargo 10 Amargo 10

D I M A F L E X D I M A F L E X

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Apostolado da Oração

A Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) recebeu o Encontro Decanal do Apostolado da Oração. A espiritualidade foi conduzida pelo assessor do AO, Pe. Luiz

Carlos Franzener, e pelo Frei

Gabriel de Moura Lima (FMM) –Fotos: Fábio Cembrani

Papai Marcos, mamãe Raquel e maninha Natália felizes com a chegada do Cássio (22/05) – Dia de Santa Rita de Cássia e aniversário de Raquel. A família é da Paróquia Santa Rita de Cássia (Toledo)

Uma linda homenagem a Nossa Senhora de Fátima e às mães emocionou os fiéis em Vila Nova. Nas comemorações da Padroeira da Paróquia, houve a missa (12/05) com a procissão das Capelinhas e a oferta de flores diante da imagem de Nossa Senhora. A programação seguiu com almoço e tarde dançante, além de brincadeiras para as crianças – Fotos: Pascom

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No Dia das Mães (12/05), data que coincidiu com a Solenidade da Ascensão do Senhor, fiéis reunidos na Igreja Sagrada Família (Toledo) rezaram com as mães a consagração a Nossa Senhora – Foto: Pascom

Ednéia é integrante da Pastoral do Batismo, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand)

Equipe da Pastoral da Comunicação da Paróquia Sagrada Família (Toledo)

Festa do Seminário Maria Mãe da Igreja

Sob a proteção de Maria Mãe da Igreja, o Seminário Maior Diocesano celebrou seus 45 anos, contando com a inauguração das obras de revitalização da sua capela e almoço festivo. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, conduziu o rito de bênção do ambão, do altar e do sacrário na nova capela. O reitor do Seminário, Pe. Juarez Pereira de Oliveira, e o diretor espiritual, Pe. Mauro Cassimiro, fizeram os agradecimentos a todas as equipes de voluntários que trabalharam para a realização da Festa e ao público que prestigiou o almoço festivo e participou da Ação entre Amigos – Fotos: Revista Cristo Rei e Juan Matoso

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 82

Acampamento Sênior em Toledo Brilho no olhar, muita alegria e entusiasmo simbolizaram a realização do 1º Acampamento Sênior de Toledo e comunidades amigas (1º a 5/05). A conclusão do evento ocorreu com celebração eucarística no Seminário Nossa Senhora de Fátima, dos Frades Menores Missionários que assumiram essa proposta formativa aos leigos. Os Acampamentos são ferramentas de evangelização, com normas próprias, e podem ser aplicados para grupos infanto-juvenis e adultos – Fotos: Jóder

Cursilhistas do Setor Rondon

Escola Vivencial Diocesana

O Movimento de Cursilhos de Cristandade realizou a Escola Vivencial Diocesana em Assis Chateaubriand (7/05), reunindo os Setores para a continuidade dos estudos documento proposto pelo MCC para o ano de 2024, que traz como dimensão a “Humanização a partir da Eucaristia”.

Ano XXVIII - nº 303 - Junho de 2024 83
Cursilhistas do Setor Palotina Cursilhistas do Setor Toledo Cursilhistas do Setor Assis

Paraná apresenta ações do Programa

Nacional de Crédito

Fundiário

Os desafios e oportunidades para a execução do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) no Paraná foram debatidos durante o Encontro Territorial Sobre Políticas Públicas, realizado em Curitiba. O evento teve como tema central “A terra como espaço de produção de alimentos saudáveis e de bem viver”, e reuniu produtores, representantes de órgãos de governo, técnicos, lideranças e entidades do setor agropecuário para discutir políticas públicas para acesso à terra, como crédito, financiamentos, além de infraestrutura e outras políticas sociais.

O PNCF é um programa do Governo Federal, executado no Paraná pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Por meio dele, é possível pleitear uma linha de financiamento para comprar um imóvel rural com juros de 2,5% ou 5,5% ao ano, conforme a linha de crédito disponível. Os recursos também podem ser usados na estruturação da propriedade e na contratação de assistência técnica.

O diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável (Deagro) da Seab, Márcio da Silva, apresentou um histórico do Programa, seu funcionamento e o trabalho desenvolvido pela Unidade Técnica Estadual (UTE-PR). “Nosso objetivo é garantir a qualidade adequada da execução do PNCF”, disse. Silva também falou sobre a necessidade de fortalecer a assistência técnica e a extensão rural, e investir em parcerias para atender à demanda. Neste ano, a UTE tem investido em inovações para garantir mais eficiência ao trâmite dos projetos.

Representando o Sistema Estadual da Agricultura (Seagri), também participaram do evento com a técnica do PNCF na Seab, Lucineia Meister, e os técnicos do Instituto

de Desenvolvimento Rural do Paraná, Evalton Turci Sidney e Éder de Oliveira, também assessor regional da Fetaep no Noroeste. Segundo Oliveira, uma capacitação sobre o Crédito Fundiário está prevista para o final de junho, com participação de empresas privadas de Assistência Técnica e Extensão Rural, sindicatos e parceiros para qualificar a elaboração de projetos.

POSSIBILIDADES

Por meio do PNCF, é possível pleitear uma linha de financiamento para comprar um imóvel rural com juros de 2,5% ou 5,5% ao ano, conforme a linha de crédito disponível. Os recursos também podem ser usados na estruturação da propriedade e na contratação de assistência técnica. Para participar, o produtor pode procurar uma cooperativa ou empresa de ATER e elaborar seu projeto de financiamento.

Recentemente, o Programa teve

duas alterações. Uma delas foi o aumento do valor financiado do PNCF Mais para aquisição de terra, de R$ 184 mil para R$ 280 mil. Com isso, houve o aumento nos valores de enquadramento no Programa, sendo que o valor da renda líquida anual de R$ 55.551,98 e um patrimônio de R$ 140 mil podem financiar até R$ 280 mil com juros de 2,5% ao ano, além de bônus de 20% no pagamento da parcela até o vencimento com 25 anos para quitação.

A outra mudança foi a criação da linha de financiamento “Terra da Juventude”, o “PNCF Jovem”. Jovens agricultores que tiverem até 30 anos, com renda líquida anual de até R$ 55.551,98 e um patrimônio de até R$ 140 mil, podem financiar até R$ 280 mil, sendo que o benefício de juros proposto é de 0,5% ao ano, com bônus de 40% na parcela paga em dia, mais 36 meses de carência e 25 anos para quitar.

Ano XXVII - nº 294 - Agosto de 2023 84
Foto: Divulgação/Seab Debate sobre políticas públicas para o crédito fundiário e possibilidades no campo

A Tuicial parabeniza a Diocese de Toledo pelos 65 anos de história, também desejamos sucesso aos próximos anos que virão!

praticando a empatia e a compreensão.

No Colégio La Salle Toledo, entendemos que a educação vai além da sala de aula. Por isso, incentivamos o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, capacitando os estudantes para:

• enfrentar desafios;

• construir relacionamentos saudáveis;

• resolver conflitos de maneira construtiva.

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