Revista Cristo Rei - Fevereiro 2024

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Cada um e todos são corresponsáveis pela Ação Evangelizadora Os ecos da Assembleia Diocesana chegam em 2024 representando a unidade, comunhão e participação das lideranças que construíram as principais linhas de ação da Diocese de Toledo para este novo ano. Resultado da maturidade de pastorais, movimentos, membros de conselhos de Pastoral, clero, religiosos (as) e seminaristas que formam comunidade, o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora reúne os grandes temas e seus valores para dar o tom a projetos, atividades e demais iniciativas pela evangelização. O consenso manifesto na leitura e aprovação das propostas implica, a partir de agora, em atitudes fraternais e solidárias que coloquem o ser humano como centro das práticas de fé, assim como está na pregação de Jesus e relatado nos Evangelhos. O acerto da metodologia empregada para desenvolver a Assembleia Diocesana, a Conversa Espiritual, motiva ainda mais as comunidades à ação. Isso porque são delas mesmas as linhas gerais de atuação, aquilo que desejam e ratificaram no documento síntese do evento. O modelo começa a ser percebido com maior clareza e pode chegar a uma rotina de definições em âmbito paroquial. É mais um sinal de comunhão eclesial para a tomada de decisões participativas, considerando sempre a lente do Evangelho.

Este é o convite entusiasmado que a Assembleia Diocesana faz ressoar pelas páginas da Revista Cristo Rei a todas as lideranças: que construam suas práticas de fé pautadas na ação conjunta entre as pastorais, ao mesmo tempo em que se encontram na diversidade de carismas; promovam a Iniciação à Vida Cristã; e pratiquem a missionariedade dentro de casa, na comunidade e ad gentes. Este ano tem estreia na Revista Cristo Rei. A partir desta edição nº 299 contamos com a nova coluna que traz importantes orientações e conteúdos acerca do que é o Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) e o Conselho de Pastoral das Comunidades (CPC). Com isso, a Revista da Comunidade Católica apresenta uma formação continuada para que seja possível alargar a compreensão da origem dos conselhos até aspectos práticos de sua atuação. Com a mesma alegria que é feito este anúncio, agradecemos de coração ao Seminário Maria Mãe da Igreja, por meio de seu reitor Pe. Juarez Pereira de Oliveira e seminaristas, na contribuição com os artigos vocacionais publicados nos últimos dois anos, os quais registraram para a história os testemunhos vocacionais da vida sacerdotal diocesana e religiosa. Boa leitura!

Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024 Revista mensal da Diocese de Toledo

O editor

Ação Evangelizadora em 2024: a comunhão fortalece a fé

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Combate à dengue: uma ação coletiva de defesa da vida

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Diocese de Toledo prevê celebração pelos seus 65 anos

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Os triglicerídeos altos e os riscos para a saúde

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“Não havia nenhum necessitado entre eles” (At 4)

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Café está na “bienalidade positiva”

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Permanecer na Palavra para ser “Pereginos na Esperança” 2024 será o Ano de Oração em preparação ao Jubileu de 2025 “Peregrinos na esperança”, tempo para assinalar os primeiros vinte e cinco anos do século XXI. O evento nasce de uma feliz intuição do Papa Francisco (fruto de outro Ano Santo da Misericórdia, que decorreu entre 2015 e 2016) que acentua a missão da Igreja em anunciar o Evangelho a todos e que a todos acolhe. 2024, será uma grande sinfonia de oração. Oração, em primeiro lugar, para recuperar o desejo de estar na presença do Senhor, para escutá-lo e adorá-lo. Oração para agradecer a Deus tantos dons do seu amor por nós e louvar a sua obra na criação. Oração como via mestra para a santidade, que leva a viver a contemplação inclusive no meio da ação. Em suma, um ano intenso de oração, em que os corações se abram para receber a abundância da graça, fazendo do “Pai Nosso” – a oração que Jesus nos ensinou – o programa de vida de todos os seus discípulos. O caminho será iluminado pela Palavra de Deus que – como ensina a constituição conciliar Dei Verbum – não é apenas o conteúdo de um livro, a Bíblia, mas é realidade viva, bússola que orienta, companheira de caminho, alimento constante do coração e da alma. Enfim, a Palavra possibilita um encontro com Cristo, caminho, verdade e vida. No evangelho de João, Jesus nos convida a permanecer na Palavra. O evangelista João situa esta frase de Jesus no contexto D. João Carlos Seneme, CSS de uma disputa com os Bispo da Diocese de Toledo judeus que começaram a

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segui-lo, mas que a certa altura não gostaram das suas palavras ao ponto de entrar em polêmica com ele. Em seguida, Jesus afirma: “Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32). Liberdade e verdade. Estamos verdadeiramente no coração da pós-modernidade. Com a sua carga de reivindicações, desejos revestidos como direitos, autodeterminações antropológicas, tentativas de viver como ser humano preso dentro de si mesmo e fechado a qualquer transcendência, abandonando inclusive qualquer regra ética. Com as consequências que estão à vista de todos, tanto ao nível das relações interpessoais como, em maior escala, nas relações entre os povos e países. Uma liberdade, portanto, desvinculada da Verdade, distante da relação com o Criador, que se reduz a um puro e simples fazer o que se quer. Neste caminho encontramos muitas pessoas que produzem a guerra, a violência porque buscam seus próprios interesses em detrimento do bem comum. O beato Carlo Acutis observou que nascemos originais e muitas vezes nos tornamos fotocópias. “Permanecer na Palavra” é exatamente o oposto desta reivindicação dessa “liberdade”, que acaba por se tornar escravidão do pecado e às vezes dos outros, especialmente quando “o homem que não acredita mais em Deus acaba acreditando em tudo”. Jesus, porém, promete aos seus discípulos de ontem, de hoje e de sempre: “Sereis livres na medida em que permanecerdes na minha palavra”. O que significa permanecer na sua amizade, caminhar junto com Ele pelo caminho de uma caridade concreta que o reconheça no rosto dos irmãos, especialmente dos mais necessitados, confiando-lhe a vida mesmo à custa de pagar pessoalmente em termos de energia, tempo, carinho e até recursos financeiros. Em essência, ficar com Ele, no momento da Cruz, para permanecer para sempre à luz da Ressurreição. Quando a nossa humanidade viverá para sempre no abraço do Amor Trinitário, que já se manifestou com a Encarnação de Jesus. “Peregrinos na esperança” para recompor nossas relações na esperança e confiança como sinal de uma humanidade nova e ressuscitada.

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UNIDADE E ESPERANÇA

AÇÃO EVANGELIZADORA EM 2024: A COMUNHÃO FORTALECE A FÉ Esta primeira edição da Revista Cristo Rei do ano apresenta um convite entusiasmado a você leitor(a) que se sente inquieto e quer, a partir do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora 2024, contribuir para que o Evangelho de Jesus permeie de solidariedade, fraternidade e amor ao próximo as atitudes humanas na família e na sociedade. A avaliação dos últimos anos revela um campo de atuação muito vasto para os cristãos católicos, conside- Reflexões sobre as prioridades do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora rando os desafios das famílias (conflitos conjugais, diálogo como anteriormente nas reuniões com os filhos), das relações humanas – do Conselho de Pastoral Ampliado a própria amizade social, por sinal tema nos Decanatos. Por meio destas, da Campanha da Fraternidade deste os participantes olharam para o reano – e a necessidade do sopro cons- sultado do próprio esforço de cada tante da mensagem salvífica sobre as pastoral e movimento e de cada pessoas como atitude missionária. Conselho de Pastoral Paroquial e das A Ação Evangelizadora da Diocese Comunidades diante dos objetivos de Toledo quer ser justamente esse elaborados na época. A revisão jogou apoio em iniciativas e atitudes ins- luz aos próximos passos e desafios piradas pelo Evangelho para que a apresentados para três grandes áreas harmonia domine os espaços dentro de atuação, e que você confere mais e fora da Igreja. Com lideranças mais adiante nesta reportagem. caridosas e atentas às realidades ASSEMBLEIA DIOCESANA locais, certamente os sinais do amor de Deus ficarão mais evidentes no A Assembleia Diocesana, como cotidiano de vivência das pessoas. momento mais importante para a DioA realização da Assembleia Dioce- cese, registrou a participação de 167 sana, em novembro do ano passado, pessoas, também chamadas de sujeireuniu a Diocese de Toledo na refle- tos eclesiais. A maioria, pelo menos xão e aprovação de pistas de ação no 60% deste público, era formada de campo pastoral para este novo ano. leigos. Isso possibilita compreender O Plano Diocesano da Ação Evange- que a revisão do Plano de Pastoral, a lizadora foi revisado pelas lideran- qual apontou iniciativas, propostas e ças presentes na Assembleia, bem esforços para 2024, é expressão da 6

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realidade naquilo que foi a leitura dos desafios de evangelização feita pelo laicato, sacerdotes e religiosos (as) nas 19 cidades da região. Afinal são 32 paróquias, organizadas em quase 300 comunidades, entre matrizes e capelas, com grande número de pastorais e movimentos organizados. Esta expressiva participação, na avaliação do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, indica o carinho que leigos, sacerdotes e religiosos (as) têm com a Ação Evangelizadora e estão dispostos a colaborar na vinha do Senhor. Lembrando a primeira comunidade, descrita em Atos dos Apóstolos – “Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42-47), o bispo diocesano salienta que este é um modelo para todas as paróquias e comunidades quando se reúnem para construir o Plano Pastoral, diocesano ou paroquial.


Sendo assim, o elemento que envolve toda essa dedicação dos católicos é a alegria de evangelizar, a alegria de revisitar a caminhada diocesana e a alegria de projetá-la nos seus passos seguintes. “A palavra-chave está na comunhão. Partilhar as alegrias, talvez angústias e tristezas. Mas é a comunhão que fortalece a fé”, pontua. O Plano Diocesano da Ação Evangelizadora está incorporado na vida das comunidades paroquiais, uma vez que ainda em dezembro do ano passado, estas já fizeram suas assembleias e balizaram as mesmas decisões.

Grupo que contou com o bispo diocesano na Conversa Espiritual

CONVERSA ESPIRITUAL: METODOLOGIA E ESPERANÇAS A Assembleia Diocesana, que abriu os horizontes do Plano da Ação Evangelizadora para 2024, foi marcada pela experiência da Conversa Espiritual. A metodologia diferenciada possibilitou a participação ativa de toda a comunidade de fé, representada pelos párocos, vigários paroquiais, lideranças engajadas nos conselhos de pastoral (paroquial ou das comunidades), pastorais e movimentos, religiosos (as), Leigos e sacerdotes com a mesma oportunidade de participação seminaristas e até o próprio bispo diocesano nas definições dos grandes discernimento e cada participante expõe sua opinião sobre o assunto. temas e valores a serem perseguidos na Na Conversa Espiritual cada um tem evangelização. espaço para falar sobre determinado De acordo com D. João, o método da assunto; depois, cada um silencia por Conversa Espiritual é um resgate da históalguns instantes. Em seguida, fala-se soria da Igreja que o Papa Francisco fez ainda em vista da preparação do Sínodo sobre a bre o que o participante mencionou para que tenha certeza de que realmente foi Sinodalidade. Por meio deste método, as ouvido. Por fim, esta conversa se torna pessoas conversam em pequenos grupos sobre um determinado assunto, visando a uma atitude prática. “Ao final da Assembleia fizemos uma síntese da conversa e tomada de uma decisão. É uma etapa de isso se tornou para nós uma forma de encaminhar a Ação Evangelizadora para este ano”, completa o bispo diocesano. D. João compreende que o método aproximou ainda mais as pessoas, pois fundamentalmente tiveram liberdade para falar, acrescida da garantia de que estavam Participação das lideranças na Conversa Espiritual

sendo ouvidas. “Foi como se estivéssemos em uma mesa redonda onde não havia quem estivesse na ponta ou quem comandasse, mas todos estavam como batizados e membros da Igreja com liberdade para falar o que estavam sentindo e o que poderia orientar a vida da nossa Diocese. Foi um momento muito oportuno de partilha, revisão e tomada de decisões”, afirma. Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora falou da experiência como sacerdote ao participar da conversa espiritual. “É um método que desafia todos nós. Muitas vezes, nós padres, assumimos lugares de fala e de protagonismo. E quando nos colocamos nessa metodologia de conversa espiritual, temos que dividir o tempo e da mesma forma que falamos, ouvimos. Não há interrupções. Ouvem-se as sentenças inteiras. Aí que o Espírito Santo vai motivando algumas ações”, analisa. Na condução da Assembleia Diocesana, pela função que exerce, Pe. André usou uma expressão de que o evento “foi iniciado sem saber para onde caminharia”. “Lançar-se na conversa espiritual é lançar-se sob a condução do Espírito Santo”, comenta. O resultado apresentado na formatação do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora surpreende e gera esperanças, ao passo que mostra as capacidades de cada um na forma e caminhos propostos para o percurso evangelizador, entrelaçado pelo Evangelho e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

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UNIDADE E ESPERANÇA

A ASSEMBLEIA RESSOA NAS COMUNIDADES O método da Conversa talentos na comunidade só Espiritual foi bem acolhido esperando para serem conpelas lideranças. É o que diz vidados e estamos fazendo”, a coordenadora do Conselho afirma Rosângela. de Pastoral Paroquial, da Ela também observa que, Paróquia Nossa Senhora de em muitos casos, as pessoas Fátima, de Maripá, Rosângela até estão dispostas a auxiliar Aparecida Jacoby Barbosa. em uma atividade ou outra, Aliás, na capa desta edição, mas sem assumir comproa comunidade está represenmissos maiores. “As pessoas tada pela Andreia Pastore estão dispostas. Claro, saFrana (Pastoral litúrgica), bemos que essa questão é Evelyn Gabrielle Gremaschi um pouco lenta, mas quem (Pastoral da Comunicação) está participando, gostando e Simony Varella Martins Zoz bastante. Acredito que está (Equipe Executiva de Admise criando esse sentimento nistração e Economia). colaborativo”, considera. Rosângela conta que a Ao mesmo tempo que não experiência da Conversa Esse tem uma fórmula pronta, piritual foi muito positiva na existem possibilidades muiAssembleia Diocesana, onde to simples que favorecem no grupo estavam leigos e a partilha dos serviços na dois padres e todos tiveram comunidade de fé. O incena oportunidade de falar e de tivo parte das lideranças que serem ouvidos. “Cada um convidam mais pessoas e tomava a Palavra em mãos e incentivam a participação, falava sobre o seu trabalho valorizando aquelas habilie perspectivas. O silêncio dades que alguém possui em de todos deu voz a quem determinada área e que pode estava falando, e isso nos fez auxiliar nas tarefas. “Essa perceber que a comunidade A Palavra é fonte e inspiração da Ação Evangelizadora nas comunidades de fé questão da Pastoral de Contem momentos bons de orjunto tem muito da atitude ganização e também de dificuldades, como esse na Paróquia para que cada de ir ao encontro. Num encontro de por exemplo no engajamento de ou- pastoral tenha seu momento de fala, legitimação de Matrimônio, notamos tras pessoas. Foi muito interessante apresente suas dificuldades e desafios pessoas com perfil para colaborar em sentir que o uso da Palavra provocava para que todos juntos busquemos algumas atividades. Além disso, para a reflexão e todos ouviam”, afirma. A soluções. Ouvir é essencial. Isso é a realização do encontro, tivemos a partilha na Conversa Espiritual mos- fortalecer o conjunto”, considera. ajuda de pessoas ‘de fora’ que fizeram trou que se o desânimo aparecer, o a assessoria. É uma riqueza muito Na avaliação da coordenadora do amor a Cristo reaviva a chama do ser- CPP, em comunidades menores as grande nos últimos meses o trabalho viço. “A conversa mostrou a força das lideranças já fazem uma experiência de dessas pastorais onde as pessoas comunidades quando todos trabalham conjunto. Esta prática, adotada desde o foram acolhidas e hoje participam juntos”, acrescenta. ano passado, mostra possibilidades de mais”, comenta a coordenadora do Por sinal, este é o princípio da fortalecimento da ação evangelizadora CPP da Paróquia Nossa Senhora de Pastoral de Conjunto. Rosangela com atividades melhor organizadas e Fátima, deixando muito claro que de comenta que o método da Conversa eficazes, bem como pode contribuir toda essa ação da Igreja na acolhida e Espiritual pode alargar a percepção da na implantação de novas pastorais na preparação para os Sacramentos tem comunidade de fé como pertencente medida em que ficam mais claras as como destinatária a pessoa humana a uma realidade em que todos são necessidades onde a comunidade de que tem o desejo de se aproximar de corresponsáveis. Assim, ela acredita fé está inserida. “Acredito que precisa- Deus. “Elas até aparecem com certo ser viável percorrer esse caminho para mos fortalecer esse ‘ouvir’ da Conversa receio ou vergonha, mas no fim dão que aconteça maior interação entre as Espiritual e refletir sobre as pessoas um show nas assessorias dos enpastorais e movimentos, por exemplo. da comunidade que podem ajudar na contros. E assim, acabam formando “Queremos promover mais momentos evangelização. Já percebemos muitos comunidade”, salienta. 8

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PROPOSTAS E VALORES PARA 2024 Após todos os passos dados na revisão e construção do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora para 2024, a síntese apresentada pelas lideranças apontou seis grupos de atenção para a Diocese, dentre os quais estão a Espiritualidade – senso de Pastoral de Conjunto, Fortalecimento das comunidades, Formação, Missão e Família. Após a Assembleia, esta síntese passou por instâncias diocesanas até formatar três linhas gerais de atuação para o ano, sendo: Pastoral de Conjunto, Iniciação à Vida Cristã e Animação Missionária. “Não são diretrizes novas, mas preocupações da nossa região diocesana”, afirma o Aprovação de propostas na Assembleia Diocesana de 2023 coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo das. Por isso, o método da Conversa Mendes. Cada uma delas tem valores Espiritual é replicado nas paróquias de atuação a serem assumidos pelas para fortalecer a chamada Pastoral de pastorais, movimentos e paróquias. Conjunto. “Cada pastoral trabalha na “As inspirações eclesiais são uma sua particularidade, mas tendo o espíresposta ao mundo que nos desafia. rito geral de Igreja”, pontua Pe. André. - Outro valor que as comunidades Mas Deus está junto, nos ajudando e incentivando a continuar a caminhada”, devem incluir é a necessidade de sucomplementa o bispo diocesano, D. cessão. A necessidade de líderes para as pastorais e movimentos insere-se João Carlos Seneme. no senso de formar novas lideranças.

Pastoral de Conjunto

- A proposta é trabalhar e fortalecer laços de unidade entre as pastorais, movimentos e organismos. “Não queremos irmãos estranhos na mesma Igreja. Podemos, sim, estar separados, atuando em uma pastoral social ou ligados à Liturgia, mas todos somos membros de uma mesma comunidade paroquial. Portanto, esse valor precisa estar sempre destacado”, afirma o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora. - Preocupar-se com a motivação das pessoas para o serviço pastoral. A premissa é a pergunta: “Por que as pessoas estão servindo à Igreja”? Na Assembleia, as pessoas falaram que têm muita alegria, mas também feri-

Iniciação à Vida Cristã - A Iniciação à Vida Cristã é o processo que faz com que a pessoa se torne cristã. Esse processo leva aos Sacramentos do Batismo, Eucaristia e Crisma. A Igreja percebe que tem muitas pessoas que receberam o Sacramento, mas não participam da comunidade de fé. - Assim, a Diocese prioriza dois valores para este campo da Iniciação à Vida Cristã. O primeiro é a espiritualidade litúrgica, entendendo que a missa é uma ‘porta de entrada’ para que as pessoas possam ter a experiência da comunidade. - Investir em processo de formação integral das pessoas. Neste sentido,

criar estratégias para que a nossa formação não seja exclusiva para momentos celebrativos, mas que a pessoa se sinta parte de um processo formativo.

Animação Missionária Missão foi e sempre será a força de atuação da Igreja. A Diocese de Toledo aponta também dois valores para este campo de atuação nas paróquias. - Fomentar atividades missionárias para públicos específicos, sendo crianças, adolescentes e jovens. Cada paróquia da Diocese vai se comprometer na missão, de modo especial, com esses públicos. - Outro valor é falar sobre a missão da Igreja como forma de dar conhecimento a respeito do que a Igreja faz nesse campo e onde ela está. Isso porque, muitas vezes as pessoas fecham seu olhar na missa do fim de semana sem perceber as atividades e iniciativas que acontecem diariamente. Em números gerais, segundo dado apresentado por Pe. Antonio Niemec, da Pontifícia Obra Missionária (POM) durante entrevista à Voz da Diocese de Toledo, de cada dez pessoas no mundo, apenas três ouviram falar de Jesus Cristo.

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Diocese de Toledo prevê celebração pelos seus 65 anos O ano começa com muitas atividades previstas no cronograma da Diocese de Toledo. Além do Plano Pastoral, que você conferiu os detalhes nas primeiras páginas desta edição, uma programação diocesana ganha destaque. É a celebração, em Ação de Graças, pelos 65 anos de criação da Diocese de Toledo, que está agendada para dia 22 de junho, na Catedral Cristo Rei. Em vista desta significativa data para toda a Diocese, a motivação é para a participação de todos os fiéis que assim puderem marcar presença, notadamente representantes dos conselhos de pastoral de todas as paróquias e comunidades, coordenações de pastorais

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e movimentos, religiosos e religiosas, seminários. Para marcar esse tempo de celebração pelos 65 anos da Diocese, a inspiração bíblica vem do profeta Neemias:

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“A alegria do Senhor é a nossa força” (cf. Ne 8,10). Ela expressa o caráter festivo dos fiéis em louvar essa trajetória abençoada pelo Senhor com a criação da Diocese de Toledo em 1959 por meio da Bula Cum Venerabilis, do Papa São João XXIII. A criação da Diocese aconteceu por meio da perfeita unidade do povo, com a articulação das lideranças locais, o que envolveu, além de ministros ordenados e leigos, também representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, diretores dos colégios de inspiração católica e diretores da Colonizadora Maripá. “A comunidade de Toledo era um exército em atividade. Todos cola-


boravam para um fim só: a criação da Diocese de Toledo. (...) Na manhã do dia 16 de junho de 1958, em Cascavel, na hora aprazada, os representantes de Toledo, liderados pelo Pe. Antonio Darius (vigário da Paróquia Cristo Rei), entregavam ao representante da Nunciatura Apostólica, volumoso processo, onde o povo de Toledo reclamava para a sua cidade a honra de criação da Diocese” (Histórico da Diocese de Toledo 1960-1985, Assoeste, 1985). OUTRAS ATIVIDADES Entre outras atividades das pastorais e movimentos, o cronograma Diocesano prevê ainda em data mais próxima, precisamente no dia 4 de março, a primeira reunião do Conselho Diocesano de Pastoral que será no Seminário Maria Mãe

Centenário do 1º Cursilho na Diocese de Toledo será em novembro

da Igreja, ocasião em que se colocam em pauta as principais ações programadas para este ano e atividades diocesanas com prioridade e, logo em seguida, a primeira rodada do ano das reuniões do Conselho de Pastoral Ampliado nos quatro Decanatos. Claro, dentre as demais atividades diocesanas estão programadas as festas do Seminário Menor São Cura d’Ars, em Quatro Pontes (dia 14 de abril) e do Seminário Maior Maria Mãe da Igreja, em Toledo (dia 5 de maio). As duas casas que aco-

Outra atividade de expressão no Cronograma Diocesano que particularmente chama a atenção é a realização do 100º Cursilho na Diocese de Toledo. O centenário da realização do 1º Cursilho na Diocese acontecerá em novembro. Ele será precedido de um curso preparatório do Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) no dia 3 de novembro. A edição nº 100 do Cursilho reunirá os homens no Santuário Nossa Senhora da Salette, em Palotina, no período de 14 a 17 de novembro. Já o 100º Cursilho Feminino está programado para o período de 21 a 24 do mesmo mês e no mesmo local.

lhem adolescentes, jovens e adultos para o discernimento vocacional expressam a unidade das comunidades e das famílias no apoio às vocações sacerdotais diocesanas.

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A Quaresma e o tempo da reconciliação A comunidade católica inicia neste dia 14 de fevereiro, o Tempo da Quaresma. Este é um período de muita profundidade na reflexão sobre as tentações humanas e como cada um está preparado para enfrentá-las. O exercício é individual e coletivo na medida em que depende da vontade e caminho de conversão e das práticas do Evangelho perante os irmãos e irmãs. Este é um tempo em que se torna possível sentir o toque de Deus no coração humano. As pessoas sabem do pecado cometido e se propõem à conversão. É neste momento que se abre a oportunidade deste toque misericordioso. É por isso que o Sacramento da Reconciliação ganha destaque neste tempo quaresmal. Pe. Jauri Strieder, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes (Guaíra), destaca que a Quaresma é um tempo favorável da graça de Deus e, por isso mesmo, um tempo de alegria, pois se reveste de otimismo e esperança na preparação para a Páscoa. Peni- O Sacramento da Reconciliação alivia corpo e alma tência ou reconciliação podem até soar, no imaginário popular, como traz consigo graças especiais. “A Igreja um tempo triste, quando na verdade nos recomenda, em preparação à Pásé de realização plena do ser humano coa, fazer a confissão e experimentar que busca Deus. Isso exige olhar para esse Sacramento que faz tanto bem na si mesmo e observar posturas que nossa relação com Deus, para com os demais, para com nossa comunidade. precisam ser abandonadas. Pe. Jauri convida cada cristão a Não vamos deixar essa Quaresma pasaproveitar esse Tempo da Quaresma sar sem uma boa confissão. Assim, cerpara que seja todo um período de tamente vamos chegar à Páscoa com o misericórdia para com os outros, nos coração disposto para receber a alegria pensamentos – julgar menos – e se do Cristo Ressuscitado”, destaca. confessar. “O mundo de hoje está PREPARAÇÃO PARA A CONFISSÃO muito necessitado de misericórdia. Ela é a grande mensagem do coração de Jesus”, pontua. O caminho possível é o Sacramento da Reconciliação, um sinal visível da graça de Deus invisível. Conforme o sacerdote ensina, todo Sacramento 12

Nas Paróquias acontecerão os mutirões de confissões contando com a presença de vários padres. Nesses eventos, o fiel até pode escolher o confessor. Contudo, a confissão começa com um bom exame de cons-

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ciência, analisando a própria vida, servindo-se dos Dez Mandamentos como referência, assim como a relação com as pessoas, com Deus e com a comunidade de fé. “Uma boa experiência da confissão é sentir o abraço carinhoso de Deus que se abre para nos acolher. E depois, oferece-nos o perdão que nos traz paz, alegria, leveza”, sublinha. Neste início de Quaresma, Pe. Jauri recomenda que cada um reserve uma data, procure o sacerdote ou aproveite o mutirão de confissões para fazer essa experiência da Reconciliação. “Quantas vezes você chegou com o coração dolorido e fez a experiência da misericórdia de Deus? Quantas graças Ele pode ter reservado para você nesta Quaresma? Então, aproveite para bem predispor o coração e sigamos ao encontro do Pai Misericordioso”, afirma.

OBRAS DE REPARAÇÃO Diante do pecado confessado, existem as chamadas “obras de reparação”. Geralmente são instruções caridosas que o confessor dá ao penitente. Por isso que além de receber o perdão, a confissão bem feita é aquela que culmina com a reparação. Pode ser mais oração, mais obras de caridade ou algum gesto que possa reparar com obras concretas. “Depois de cada confissão acontece o banquete com o Senhor. Portanto, não deixe de se aproximar do Sacramento da Reconciliação. Se tiver alguma dificuldade, procure um amigo, alguém que conhece da Igreja, converse com o sacerdote. Vamos romper as barreiras que nos impedem de fazer a experiência da misericórdia de Deus, pois a graça sacramental acontece pela confissão, oração e imposição das mãos do confessor”, destaca Pe. Jauri.


Agentes de relacionamento e promotores da amizade social Há 60 anos, a Campanha da Fraternidade (CF) acompanha os cristãos católicos no tempo quaresmal e insere-se harmonicamente no período de jejum, abstinência, oração e caridade como uma proposta de gesto concreto entre tantos que podem ser assumidos em vista da conversão. A “Fraternidade e Amizade Social” – tema de reflexão neste ano – se apresenta como um caminho de conversão diante do “medo do outro” provocado pelo período de instabilidade vivida na época da pandemia de covid-19, por exemplo. Já a inspiração bíblica da Campanha – “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8) – recorda exatamente a chamada de atenção de Jesus aos líderes de sua época que deveriam fazer a função de congregar as pessoas e, no entanto, acabavam dividindo ainda mais, principalmente pela hipocrisia. Um lema que atualmente convida cada um a pensar sobre a forma que lida com as relações sociais e familiares. Na Diocese de Toledo, a CF é coordenada pela Cáritas Diocesana que tem em sua linha de atuação o campo da formação. Aliás, a equipe se empenhou no finalzinho do ano passado ao percorrer os quatro decanatos para encontros formativos com as lideranças sobre esse assunto. A Marinês Bettega, integrante dessa equipe da Cáritas no setor de formação, considera que nos últimos anos cresceu o medo do outro, o medo do diferente, o que levou a uma postura de afastamento das pessoas ao invés de ir ao encontro. “O tema da Amizade Social vem nos dizer que o outro é a pessoa de Jesus Cristo. Eu tenho que me aproximar, sair da minha zona de conforto e ir ao encontro. A amizade não

é só aquela pessoa que concorda com o que penso, mas quem pensa diferente e que juntos podemos fazer as coisas ficarem mais harmônicas. É um tema para debater, escolhido há dois anos, e muito pertinente para o momento de tanto conflito entre as pessoas”, pontua. Assim, a CF convida todos os cristãos a ver as situações de inimizade que geram divisões, violência e destroem a dignidade da pessoa humana, mas que se deixem Iluminar pelo Evangelho que une cada um como família e resgata o sentido das relações humanas baseados no respeito e na reciprocidade do bem comum. Ao mesmo tempo, a Campanha diz que respeitar apenas não basta. “O respeito é algo básico. Para respeitar alguém que pensa diferente, não precisa ser cristão; basta ser educado. Porém,

quando falamos em amizade social, aquele ‘outro’ pode ter pensamentos diferentes dos meus, mas temos ponto em comum: professamos a mesma fé. Devemos ser agentes de relacionamento dentro da comunidade, promotores da amizade social, ir ao encontro do outro”, completa Pe. André Boffo Mendes, assessor da Cáritas Diocesana. Ao comentar os objetivos específicos da Campanha, Marinês comenta que a reflexão caminha no sentido para que cada um pense um pouco sobre as principais causas da atual mentalidade de oposição e conflito, geradora da incapacidade de ver nas outras pessoas um irmão e irmã. O próprio tema da CF 2024, por exemplo, não ‘nasceu da noite para o dia’, mas foi escolhido há dois anos. “São 24 meses de estudos, coleta de informações, de ir às bases, de descobrir como está a relação dos cristãos nas comunidades do Brasil. Então, precisamos tomar consciência, estimular, incentivar e promover iniciativas de reconciliação entre pessoas, famílias, comunidades. Aquele desejar a paz na celebração já é o começo de uma amizade social. Não devemos ter medo de olhar para aquele que frequenta contigo o espaço da Igreja. Às vezes somos tomados pelo desejo de entrar e rezar diretamente com Deus e sair. Mas devemos lembrar que estamos em comunidade, pois somos filhos e filhas de Deus”, acrescenta. Marinês lembra também que a amizade social tem fundamento no amor ao próximo e, por isso mesmo, a postura de olhar para o outro com amor e tolerância quebra o ciclo do ódio. “Na prática é não fazer ao outro aquilo que você não quer para si”, conclui.

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São Marcos é o Evangelista deste Ano Litúrgico Cada Ano Litúrgico é dividido em A, B e C. Sendo assim, cada Evangelho tem seu lugar próprio e exclusivo e se traduz numa maneira para que os fiéis possam em cada celebração contemplar um pouco das características que cada evangelista acentua na transmissão da Palavra. Desde o Advento, a comunidade de fé vive o Ano B, tendo como destaques as leituras do Evangelho de São Marcos. Isso porque, em algumas situações também será lido o Evangelho de São João, tendo em vista que o Evangelho de Marcos é mais curto e não preenche todos os domingos do Tempo Comum. Para que você aprofunde seu conhecimento sobre esse evangelista, o assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, faz os principais apontamentos sobre as peculiaridades que estruturam o Evangelho de Marcos. Conforme ele, os estudiosos dizem que o Evangelho de Marcos reflete a pregação de Pedro. Marcos era ainda muito jovem quando participou das primeiras missões. Na sua última prisão em Roma, Paulo escreve a Timóteo para que este vá a Roma e leve consigo Marcos, que é “útil no ministério”. Outra curiosidade é que Marcos foi o primeiro a usar a palavra “Evangelho” para o relato da vida de Jesus. É o inventor do gênero literário “Evangelho”, restrito à pessoa de Jesus de Nazaré. É narração e anúncio das palavras e obras de Jesus, desde o Batismo no Jordão até a Ressurreição. O que é narrado tem um conteúdo simbólico e revela ao leitor que crê mais do que as palavras podem dizer.

A ESCRITA DE MARCOS Marcos sabe escrever. Economiza palavras, usa vocábulos exatos e claros que transmitem o essencial em linguagem simples e que facilitam a compreensão do leitor. Os 13 primeiros versículos introdutórios apresentam João Batista e Jesus de forma rápida e concisa. Veja o exemplo de algumas frases que dizem tudo o que querem dizer: “João Batista esteve no deserto proclamando um ba14

O Evangelista Marcos, em vitral na Paróquia Menino Deus (Toledo)

tismo de arrependimento para a remissão dos pecados”; “Veio Jesus de Nazaré da Galileia e foi batizado no Jordão por João”; “Esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás”. Mateus e Lucas leram Marcos e depois escreveram os seus Evangelhos. Acrescentaram explicações e amenizaram o que em Marcos parecia áspero. Um exemplo é o pedido que Tiago e João fizeram a Jesus. Queriam sentar-se um à direita e outro à esquerda do Mestre em sua glória. Mateus descreve a mesma cena, mas diz que quem fez o pedido foi a “mãe” de Tiago e João. Marcos escreve para cristãos iniciantes de origem pagã. São convidados a percorrer um caminho que, de início, não é muito claro. É até um tanto obscuro, mas a luz do próprio Cristo vai iluminando o discípulo leitor do Evangelho até que ele veja com clareza quem é Jesus e o que Jesus espera dele. No Evangelho de Marcos, Jesus insiste em manter o anonimato. Não quer propaganda e proíbe que divulguem os milagres acontecidos. Era, porém, necessário que os discípulos soubessem com clareza a quem eles estavam seguindo. Os discípulos não ti-

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nham ideia clara sobre Jesus e sobre sua missão neste mundo. Marcos usa de um artifício literário para abrir os olhos dos discípulos e fazê-los ver o Cristo como Ele é e não como eles queriam que fosse.

PAIXÃO É possível que Marcos tenha redigido primeiro o relato da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, que se encontra nos três últimos capítulos. As primeiras catequeses visavam à apresentação do ponto culminante da vida de Jesus, não só por sua importância teológica como também pelo impacto causado em seus discípulos, O Mestre morreu no terrível patíbulo da cruz, mas não permaneceu na morte. Ressuscitou e marcou encontro com os seus na Galileia, onde tudo tinha começado. O Evangelho termina no sepulcro, onde as mulheres se encontram com o anjo. Elas se assustam, saem e, diz o texto, “nada contaram a ninguém, pois tinham medo”. Um discípulo acrescentou mais tarde os versículos finais nos quais são descritas algumas aparições do Ressuscitado, suas últimas recomendações e sua ascensão ao céu.


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Acolhida aos novos párocos e vigários paroquiais As comunidades de fé vivem intensamente este mês de fevereiro as celebrações de acolhida aos novos párocos. Segue-se assim o rito necessário, após as transferências anunciadas no fim do ano passado pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. O rito de posse, segundo o Direito Canônico marca o início do “exercício de um ofício eclesiástico”. As duas primeiras celebrações com este rito já foram realizadas, sendo em 27 de janeiro, na Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand), onde realizou-se a acolhida ao novo pároco, Pe.

Leonardo Ribeiro de Souza Castro, e a apresentação de Pe. Milton Wermann como vigário paroquial; e no dia 31 de janeiro, a acolhida pela comunidade de fé de Novo Sarandi ao Pe. Angelo Virgílio Pellá como pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças. Por sinal, a comunidade católica de Novo Sarandi já conhece o Pe. Angelo. Ali ele exerceu seu ministério como Administrador Paroquial (2011) e pároco no período 2012-2015. Por sua vez, Pe. Leonardo assume a função de pároco pela primeira vez em pouco menos de seis meses desde sua ordenação presbiteral.

DIA 31/01

DIA 27/01

Pároco: Pe. Ângelo Virgílio Pellá Paróquia Nossa Senhora das Graças – Novo Sarandi (Toledo)

DIA 07/02

Pároco: Pe. Leonardo Ribeiro de Souza Castro

Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)

Vigário paroquial: Pe. Milton Wermann

Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)

DIA 10/02

Pároco: Frei Gabriel de M. Lima Paróquia Santa Rita de Cássia (Toledo)

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Adm. paroquial: Frei Levi J. Botke Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá)

DIA 11/02

Pároco: Pe. Ademir Alves Teixeira Paróquia Sagrada Família – Dez de Maio (Toledo)


DIA 17/02

DIA 18/02

Pároco: Pe. Solano A. Tambosi

Pároco: Pe. Vanderlei R. Ghelere

Paróquia Nossa Senhora da Glória (Quatro Pontes) e diretor espiritual do Seminário São Cura d’Ars

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi)

DIA 21/02

DIA 21/02

Pároco: Pe. Inácio Afonso Scherer

Pároco: Pe. Erno Schlindwein

Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Vila Nova (Toledo)

Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa)

DIA 24/02

Pároco: Pe. Luiz C. Franzener

Vigário paroquial: Pe. Mauro Cassimiro

Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo)

Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) e diretor espiritual do Seminário Maria Mãe da Igreja

DIA 25/02

Pároco: Pe. Marcos Denck da Silva Paróquia São Cristóvão (Toledo)

Vigário paroquial: Pe. André Boffo Mendes

Paróquia São Cristóvão (Toledo)

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Seminários diocesanos abrem suas portas para receber vocacionados Os Seminários Diocesanos Menor São Cura d’Ars, de Quatro Pontes, e Maior Maria Mãe da Igreja, de Toledo, iniciam este mês o ano seminarístico 2024. Para os ingressantes é o início de uma caminhada de discernimento, e para o grande grupo é a continuidade das reflexões sobre a vocação sacerdotal. Em Quatro Pontes, o Seminário São Cura d’Ars inicia seu 41º ano formativo no dia 11 deste mês de fevereiro. O acontecimento contará com a presença dos formadores, professores e professoras, colaboradores e colaboradoras do Seminário, os quais receberão com alegria uma nova

turma de seminaristas e seus familiares, também o Pe. Solano Tambosi, nomeado para a função de diretor espiritual. A comunidade formativa de 2024 contará com 14 pessoas, sendo 11 seminaristas em sua maioria iniciantes. “Este ano formativo marca o retorno à estabilidade vocacional que o tempo da pandemia havia dificultado. O retorno dos encontros vocacionais no Seminário e as atividades de promoção e acompanhamento vocacional no Ano Vocacional de 2023 abreviaram a prevista carestia de seminaristas após a pandemia. Do mais, sabemos que o desafio é grande, porque uma turma com mui-

tos iniciantes implica em atenção, trabalho e formação redobrados, mas a equipe é excelente e sabemos que daremos conta”, considera o reitor do Seminário Menor, Pe. Marcelo Ribeiro da Silva. Já o Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo, que acolhe jovens e adultos para as etapas de Discipulado (Filosofia) e Configuração (Teologia), começa este ano com 18 seminaristas, sendo que 17 moram no próprio seminário e um no Seminário São Cura d’Ars, pois auxilia na pastoral. Em maio deste ano, o Seminário Maria Mãe da Igreja completará 45 anos a serviço das vocações.

Seminário São Cura d’Ars (Quatro Pontes) Reitor: Pe. Marcelo Ribeiro da Silva Diretor espiritual: Pe. Solano Alcioni Tambosi Seminarista Assistente: Vinicius Eduardo dos Santos Soares

1º ANO DO ENSINO MÉDIO Cassiano Fernandes – Paróquia Sagrada Família (Toledo) Djornes Rafael Schneider – Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) Guilherme Gomes da Silva – Paróquia São Roque (Nova Aurora) Gustavo Caio Lima de Souza – Paróquia Sagrada Família (Toledo) Mateus Manieri Sadeiro – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateubriand) Pedro Henrique Piuco – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi) 18

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Vitor Gabriel Tavarez – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi) 2º ANO DO ENSINO MÉDIO Matheus de Souza Donega – Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) 3º ANO DO ENSINO MÉDIO Bruno Gabriel Gobbi – Paróquia Menino Deus (Toledo) Kauan Eduardo Winkler de Souza – Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova) Matheus Augusto Brixner Biscaro – Paróquia Cristo Rei (Entre Rios do Oeste)


Seminário Maria Mãe da Igreja Reitor: Pe. Juarez Pereira de Oliveira Orientador espiritual: Pe. Mauro Cassimiro

1º ANO DO DISCIPULADO (FILOSOFIA) Daniel André Bianchetti – Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) Erick Antonio Mathias – Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) Kevin Benevento Kerber – Paróquia Santa Rita de Cássia (Toledo) Lucas Marcelo Troes Wickert – Paróquia São Vicente Palotti (Palotina) 2º ANO DO DISCIPULADO (FILOSOFIA) Bred Patrik Oliveira Mugnol – Paróquia Menino Deus (Toledo) Carlos Eduardo Motta Antunez – Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Marechal Cândido Rondon) 3º ANO DO DISCIPULADO (FILOSOFIA) Carlos Kauan de Oliveira Pereira – Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) Rafael Ribeiro de Souza Castro – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand) 4º ANO DO DISCIPULADO (FILOSOFIA) Vinicius Eduardo dos Santos Soares – Paróquia Sagrada Família (Toledo), residente em Quatro Pontes, como assistente do Seminário São Cura d’Ars

1º ANO DA CONFIGURAÇÃO (TEOLOGIA) Lucas Eduardo Teixeira Barbosa – Paróquia Maria Mãe da Igreja (Marechal Cândido Rondon) Vinicius Gomes Fazuline – Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) Vitor Gustavo Ito Mazorana – Paróquia São Roque (Nova Aurora) 2º ANO DA CONFIGURAÇÃO (TEOLOGIA) Gabriel Crome dos Santos – Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand) 3º ANO DA CONFIGURAÇÃO (TEOLOGIA) Antonio Aparecido de Souza Junior – Paróquia São Roque (Nova Aurora) Matheus Orlando – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand) Matheus Thim – Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá) Mayron Fabricio de Oliveira – Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) 4º ANO DA CONFIGURAÇÃO (TEOLOGIA) Joaquim José da Silva Cardoso – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand)

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Seminário Maria Mãe da Igreja prepara Festa do Costelão Em 2024 o Seminário Maria Mãe da Igreja completa 45 anos. Nestes anos, a parte interna da capela não passou por nenhuma reforma, mas agora chegou o momento, pois o forro de isopor e o piso de taco de madeira começaram a se soltar. A obra está orçada em aproximadamente R$ 260 mil. A recuperação deste espaço é uma maneira de proporcionar um ambiente ainda mais acolhedor aos fiéis para suas orações e encontro com Deus. O reitor do Seminário, Pe. Juarez Pereira de Oliveira, informa que uma parcela dos Projeção arquitetônica para revitalização da capela recursos para a execução da obra já está disponível. “Parte desde seminaristas das dioceses de Cascavel, dinheiro já foi reservada da Festa do Foz do Iguaçu, Guarapuava, Palmas/ ano anterior, mas a outra esperamos da Francisco Beltrão, entre outras, que Festa que acontecerá no dia 5 de maio frequentavam o antigo 2º Grau (atual próximo, e também de uma Ação entre Ensino Médio) e, posteriormente a FiloAmigos, em conjunto com o Seminário sofia na Facitol (Faculdade de Filosofia São Cura d’Ars, de Quatro Pontes”, diz. de Toledo) – hoje, Universidade Estadual Por essa razão, toda comunidade dio- do Oeste do Paraná (Unioeste). Já os cesana está convidada a se empenhar que cursavam Teologia não residiam na preparação e presença na Festa do em Toledo, mas tinham que morar em Seminário Maior Maria Mãe da Igreja. outras localidades como Curitiba, LonA Festa do Costelão será no Centro de drina, Florianópolis e Cascavel. Eventos Ismael Sperafico, em Toledo. Os A partir do ano de 2008, o Seminário kits para famílias, pastorais e movimen- Maria Mãe da Igreja que, acolhia sotos, paróquias e grupos de amigos já mente os seminaristas da Filosofia da estão sendo vendidos. Cada kit para 25 Diocese de Toledo, passou a acolher pessoas contém o costelão assado ao também seus seminaristas da Teologia, fogo de chão e acompanhamentos de arroz, mandioca, saladas, maionese e cucas. As aquisições antecipadas podem ser feitas pelo telefone (45) 3277-1186. Já a Ação entre Amigos tem o valor de R$ 10,00/cada número.

A CASA DE FORMAÇÃO O Seminário Diocesano Maria Mãe da Igreja é uma casa de formação dos futuros padres da Diocese de Toledo. Por um longo período, igualmente acolheu 22

A capela passará por um processo de revitalização arquitetônica

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os quais se deslocavam diariamente a Cascavel para realizar o curso na Faculdade Missioneira do Paraná (Famipar). De 2016 a 2021 os seminaristas da Teologia da nossa Diocese estudaram em Curitiba, no Studium Theologicum (Faculdade Claretiana), devido à extinção da Famipar. No mesmo período, o Seminário Maria Mãe da Igreja acolheu somente os seminaristas da Filosofia, como num tempo atrás. A partir do ano de 2022, as duas etapas (Discipulado e Configuração) passaram a conviver juntas novamente, sendo que os seminaristas da Filosofia (Discipulado) continuam seus estudos na Unioeste, e os seminaristas da Teologia (Configuração) no Instituto de Filosofia e Teologia São João Paulo II (IFITEO), criado na Arquidiocese de Cascavel. Portanto, atualmente, o Seminário Maria Mãe da Igreja, acolhe os seminaristas da Diocese de Toledo, que estão cursando o Ensino Superior. Ao todo, nesta etapa são 18 seminaristas, sendo que, 17 moram no próprio seminário e um no Seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes, para auxiliar na pastoral.



Migrantes ganham novas oportunidades para apreender a Língua Portuguesa A Cáritas Diocesana de Toledo dá continuidade ao projeto da Escola de Língua Portuguesa para Migrantes em 2024. Por meio de parcerias renovadas com a Pontifícia Universidade Católica (PUCPR) – Câmpus de Toledo e Secretaria Municipal de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano, está sendo possível abrir janelas para que os estrangeiros possam enxergar novas oportunidades de vida, de trabalho e de convivência social. O sucesso alcançado ano passado com a oferta das três

Professora Ruth Nicolas conduz aulas para migrantes no projeto da Cáritas Diocesana

Professor Jaime Rauber representa a PUCPR, parceira da Cáritas Diocesana de Toledo

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primeiras turmas para o ensino de nível básico em Língua Portuguesa ainda repercute positivamente junto à comunidade de fé e sociedade em geral. Afinal, esta percepção da realidade motivou muitas pessoas a adquirir o kit de velas para o Advento 2023 nas paróquias. Os recursos daquela comercialização estão permitindo a continuidade dos trabalhos neste primeiro semestre do novo ano. Por conta disso, as aulas são totalmente gratuitas. Com todo esse empenho no projeto, estão abertas três novas turmas formadas por pessoas de diferentes nacionalidades e que participam de aulas aos sábados e domingos. Uma dessas


Escola de Língua Portuguesa é oportunidade para migrantes

turmas recebe aulas de nível básico e outras duas de nível avançado em Língua Portuguesa, mas todas com aulas na PUCPR. A professora é Ruth Nicolas, haitiana já conhece o idioma e transmite com muita facilidade o conteúdo para fixação e aprendizado dos alunos. Vale mencionar o papel importante que exercem os voluntários envolvidos na Cáritas Diocesana. Cada um na sua função se dedica com muita disposição

Escola passa a oferecer este ano o nível avançado de Língua Portuguesa

em oferecer caminhos que possibilitem aos migrantes a liberdade que precisam alcançar por meio do idioma. A Cáritas Diocesana tem espaço para mais voluntários, inclusive em outras áreas de atuação: meio ambiente, gestão de riscos e emergências; economia popular solidária; infância, adolescência e juventudes; convivência com biomas; povos e comunidades tradicionais; mulheres e equidade de

gênero; segurança alimentar e nutricional; mundo urbano; e gestão de resíduos sólidos. Caso você que está lendo esta notícia tem interesse em ser voluntário e conhecer o serviço da Cáritas Diocesana, acesse no Instagram @ caritastoledopr ou pelo whatsapp (45) 99830-0493. Informe-se e conheça esta realidade presente na Diocese de Toledo.

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Porque nosso sonho é transformar sonhos em realidade Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

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Tupãssi prepara a Festa de Nossa Senhora de Lourdes Foto: Sidney Neves / Foto Tupãssi

Os católicos nutrem um carinho muito grande pela Mãe de Jesus e manifestam por meio das devoções. Dentre elas está a devoção a Nossa Senhora de Lourdes neste mês de fevereiro. Em Tupãssi, a comunidade de fé se reúne e amplia o convite aos devotos e pessoas de boa vontade para que possam se aproximar deste tempo de oração e viverem juntos a reflexão proposta na mensagem da Virgem de Lourdes. Como é costume em Tupãssi, do começo deste mês até o dia 10, acontece a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Lourdes às empresas. A chegada da imagem reúne empresários e colaboradores junto da espiritualidade mariana que convida para a oração e contemplação dos mistérios da Salvação e bênção do local visitado. Para viver a experiência mariana, nos dias 8, 9 e 10/02, acontecerá o Tríduo de em honra a Nossa Senhora de Lourdes com Celebração Eucarística. No dia 11, a Missa Solene e Festa de Nossa Senhora de Lourdes, com almoço de confraternização da comunidade. A Liturgia própria do Dia da Padroeira (11/02) é um convite aos fiéis para a reflexão sobre a doença vista no Antigo Testamento e a partir da Boa Nova que traz Jesus ao povo que se aproximava e pedia a cura. Se antes a lepra (Livro do

Comemorações de Nossa Senhora de Lourdes em Tupãssi

Levítico 13,1-46) era motivo para isolar a pessoa, rejeitá-la (morar fora do acampamento) e discriminá-la (gritava-se ‘impuro’), agora Jesus vem, aproxima-se do doente e cura. “Tocar um leproso significava ser contagiado inclusive dentro, no espírito, ou seja, tornar-se impuro. Mas neste caso o influxo não passa do leproso para Jesus, transmitindo o contágio, mas de Jesus para o leproso, concedendo-lhe a purificação.

Nesta cura nós admiramos, além da compaixão, da misericórdia, também a audácia de Jesus, que não se preocupa nem com o contágio, nem com as prescrições, mas é movido unicamente pela vontade de libertar aquele homem da maldição que o oprime” (Papa Francisco. Angelus, 2018). Em seguida, São Paulo escreve aos Coríntios: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1Cor 11,1).

“Cuidar do doente, cuidando das relações” No mesmo dia em que as pessoas se reúnem entorno da devoção a Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja celebra o Dia Mundial do Doente. Na mensagem deste ano, o Papa Francisco faz a seguinte reflexão: “Cuidar do doente, cuidando das relações”. O Papa chama a atenção dos fiéis para que se afastem da lógica do descarte, pois ela já permeia certas opções políticas “que não conseguem colocar no centro a dignidade da pessoa huma26

na com as suas carências e nem sempre proporcionam as estratégias e recursos necessários para garantir a todo o ser humano o direito fundamental à saúde e o acesso aos cuidados médicos”. O Santo Padre chama a atenção para o ato de cuidar do doente que significa, antes de mais nada, cuidar de todas as suas relações: com Deus, com os outros – familiares, amigos, profissionais de saúde –, com a criação, consigo mesmo. “É possível? Sim, é possível; e todos

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somos chamados a empenhar-nos para que tal aconteça”. Por fim, Francisco sublinha que os doentes, os frágeis, os pobres “estão no coração da Igreja e devem estar também no centro das nossas solicitudes humanas e cuidados pastorais”. “Não o esqueçamos! E confiemo-nos a Maria Santíssima, Saúde dos Enfermos, pedindo-Lhe que interceda por nós e nos ajude a ser artífices de proximidade e de relações fraternas”.


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“Não havia nenhum necessitado entre eles” (At 4)

O Auxílio Fraterno acontece com a sua colaboração e a organização deste grupo de agentes que estão nas paróquias

Anualmente, a Pastoral do Auxílio Fraterno procura de forma simples e objetiva mostrar o trabalho realizado. Um trabalho inserido no contexto da caminhada da evangelização. Fez eco ao tema da Campanha da Fraternidade: “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16). Esta é uma Pastoral social que se

apoia em quatro projetos precisos, todos permeados pela escuta e acolhimento. São os seguintes: Contínua implantação; Famílias: conhecer para promover; Vida e cidadania; Jesus: fonte de vida para todos. Baseada nestes quatro projetos, a ação evangeliza pela escuta, acolhimento, inclusão social, leva luz e

esperança para quem já não tem mais saída. Trabalho maravilhoso que atua em comunhão com órgãos públicos e assistenciais como Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), saúde, e outros. A Pastoral do Auxílio Fraterno é uma ação que busca envolver a comunidade

Outras atividades realizadas em 2023 - 22 paróquias com Auxílio Fraterno - 144 reuniões das equipes paroquiais - Famílias atendidas: 2.452 – isto significa mais ou menos 10 mil pessoas - 584 missas com participação e reflexão sobre o Auxílio Fraterno - 698 encaminhamentos para a escola, sacramentos, saúde, CRAS, CREAS, Cáritas - Aqui não computamos roupas, utensílios, geladeiras, calçados e outros em grandes quantidades. 28

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eclesial para que avance cada vez mais na autenticidade que evangeliza pela fé levando a Cristo. Impulsiona a uma verdadeira esperança que desamarra do egoísmo e, pela caridade, encontra o verdadeiro seguimento de Cristo. No dia a dia constrói a “Fraternidade e a amizade social”. “Vós todos sois irmãos” (Mt 23,8), como nos apresenta a Campanha da Fraternidade 2024.

FORMAÇÃO DE AGENTES Nas formações diocesanas e decanais foram tratados e aprofundados quatro temas muito importantes: 1) o acolhimento e a escuta com empatia e ética do sigilo, que se caracteriza por um verdadeiro “pôr-se com”, junto de quem sofre; 2) Visita domiciliar; 3) Doutrina Social da Igreja; 4) Teologia e mistagogia da Santa Missa e a caridade. Ainda na área da formação em níveis paroquial e decanal foram pautados temas como espiritualidade, estudo do documento base da Pastoral do Auxílio Fraterno. Em diálogo, visou-se a capacitação para melhorar o acolhimento e a escuta. Houve partilhas sobre as visitas e organização do trabalho, momentos de oração das lideranças e estudo do Cadastro Único para melhor situar a Pastoral. Fez-se também o estudo dos programas oferecidos pelo CRAS. Estudou-se sobre

saúde emocional e espiritual. Houve palestras sobre alcoolismo, drogas. Nos dados que apresentamos nestas páginas (veja ilustração e box) vemos a importância deste trabalho, as bênçãos que ele traz aos necessitados. Não se pode esquecer o empenho e a dedicação dos agentes que atuam pela sua fé e amor. Lembramos dos padres pelo seu apoio e implantação nas paróquias, e das lideranças de pastoral que incentivam.

O AUXÍLIO FRATERNO NA OPINIÃO DOS AGENTES Nossos agentes de Pastoral também fizeram uma pequena avaliação dos trabalhos realizados em vista das pessoas mais vulneráveis que batem à nossa porta. Aqui apresentamos uma síntese das avaliações de alguns dos 295 agentes desta Pastoral: “Só gratidão”. “O trabalho do Auxílio Fraterno é uma forma de agradecimento a Deus por tudo o que temos e Dele recebemos”. “É bom fazer parte desta pastoral, pois recebemos mais do que doamos”. “Temos o dever de fazer com que as famílias se sintam acolhidas e encontrem suporte tanto material, quanto espiritual”. “Estamos fazendo com respeito e amor”. “Registramos histórias de superação, melhoria das condições de vida e agradecimento”.

PROJETO PRINCIPAL DESTE ANO 2024 Informatizar a Pastoral para termos dados em tempo real do grande trabalho feito nas 22 paróquias participantes e em todas as comunidades e capelas. Trabalho já iniciado que será aprofundado ao longo do ano. Sentimos que ao longo de 32 anos, crescemos e aperfeiçoamos a caminhada, sempre tendo como referência os quatro projetos. Apresentamos uma pequena reflexão: a Diocese de Toledo tem 32 paróquias e mais de 300 capelas e comunidades celebrativas. Se a fé e as celebrações nos levam à caridade e humanizam, quebramos a desumanização e afirmamos a fé. Seremos cumpridores da Palavra de Deus que diz: “Não havia nenhum necessitado entre eles” (At 4). Por fim, reflitamos: Igreja com fé e caridade, humaniza. Igreja “com fé” e sem caridade é desumana. Pe. Hélio José Bamberg

Assessor diocesano da Pastoral do Auxílio Fraterno

Maria Inês Borges Mânica

Coordenadora diocesana da Pastoral do Auxílio Fraterno

Catequese reúne coordenações Paroquiais e Decanais Como previsto no cronograma diocesano, será realizado neste dia 10 de fevereiro, a primeira reunião do ano com as coordenações Paroquiais e Decanais da Catequese. O convite para o encontro é da Animação Bíblico-catequética, assessorada por Pe. Roberto Lopes de Souza, e coordenada por Fernando da Rocha. A Equipe de Animação Bíblico-catequética conduzirá esse momento de diálogo, contemplando as principais orientações para o ano. Logo, é indispensável encontro com as coordenações e secretárias(os) de Catequese das paróquias e decanatos. Este encontro sinaliza o início do itinerário catequético 2024 e, por esse motivo, a presença destas pessoas forCoordenações e secretárias(os) de Catequese participam de encontro orientativo

Local: Paróquia Cristo Rei – Catedral – Largo São Vicente de Paulo, 1210 – Centro de Toledo Horário: 8h às 11h30 Custo por participante: R$ 10,00 lanche. Não haverá almoço no local.

talecerá a Ação da Pastoral da Catequese em seu trabalho conjunto a partir das orientações da Equipe Diocesana. Entre os assuntos que estão em pauta: Valores da Assembleia Diocesana para o itinerário Catequético e a Campanha da Fraternidade 2024. Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

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Avança projeto de revitalização da Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand Está avançando muito bem o projeto de revitalização da estrutura predial da Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand. Iniciada em agosto do ano passado, a proposta prevê uma reformulação arquitetônica do espaço celebrativo, ao mesmo tempo em que serão feitas melhorias no sistema de som e de climatização. A revitalização está no contexto celebrativo em que a Paróquia comemora seus 60 anos. O projeto que está em andamento prevê nova cobertura, forro acústico, sistema de som e iluminação e ar-condicionado. A meta é concluir este investimento até as comemorações do Dia da Padroeira Nossa Senhora do Carmo, em julho. Desde o lançamento do projeto e início das obras ainda no ano passado, foram três meses de preparação do ambiente para iniciar a execução do novo telhado, o que incluiu reforço das estruturas metálicas. Em dezembro, realizou-se a colocação do telhado térmico. Já no decorrer de janeiro último, conforme as condições climáticas permitiram, realizou-se o acabamento da cobertura. O projeto avança para uma nova fase que é a preparação das estruturas para receber os equipamentos de ar-condicionado, rede elétrica, iluminação e som. De acordo com o pároco, Pe. Lucimar Antonio Castellani, a partir da apresen-

Execução da obra segue cronograma de investimentos

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tação do projeto de revitalização da Igreja Matriz, os fiéis têm acolhido muito bem a i n i c i a t i va d e investimento neste que é um bem coletivo para oração e espiritualidade. Assim, a comunidade c a tó l i c a te m contribuído ao Estrutura metálica recebe reforço menos por três maneiras, sendo pelo Dízimo, doações espontâneas para a obra por meio da Campanha “Eu amo minha comunidade” e pela Campanha do Metro Quadrado (m2) de telhado. Iniciada em novembro do ano passado, a Campanha do Metro Quadrado de telhado alcançou no mês passado ao menos 70% do objetivo. E as contribuições continuam, sendo o valor de R$ 680,00/m2. Por outro lado, para qualquer doação espontânea e participação nas campanhas, os fiéis interessados em colaborar devem procurar a Secretaria Paroquial para fazer esta adesão. Todas as iniciativas em vista da revitalização, tais como uma campanha ou promoção específica, são lançadas somente na

Fotos: Pascom/Paróquia Nossa Senhora do Carmo

celebração da comunidade. Isso é uma forma de evitar a ação de golpistas se apresentando como canal de doações para o projeto da Paróquia. Outro fator que tem contribuído para que o andamento do projeto de revitalização aconteça sem percalços é a participação da comunidade no Dízimo. Esse sentido de “fazer parte da comunidade” tem favorecido a realização deste projeto de maneira mais rápida. Vale lembrar que em pouco tempo terão o início as fases complementares de climatização, elétrica, sistema de som e forração acústica.

Avança o projeto de revitalização da Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo

Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

COM A MÃE DO CARMELO A Paróquia Nossa Senhora do Carmo comemora seu 60º aniversário de criação contemplando o tema “Ontem, hoje e sempre com a Mãe do Carmelo” e o lema “O Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lc 1,49). Esta inspiração bíblica acompanha os fiéis neste tempo jubilar, mas especialmente no dia 16 de cada mês, quando acontecem celebrações em preparação para o Dia da Padroeira que expressam a unidade cristã e a espiritualidade mariana.


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Terra Roxa recebe Acampamento Juvenil Programado para o período de 10 a 13 deste mês de fevereiro, Terra Roxa recebe 112 participantes no 3º Acampamento Juvenil. Mas que evento é esse e quais são seus objetivos? O Acampamento é uma modalidade de evangelização que, por óbvio, tem o objetivo de aproximar os jovens de Deus. Esta é uma prática que contempla oração, recreação e muita espiritualidade em sua programação. Reunidos, esses elementos abrem possibilidades para relacionamentos saudáveis, novas amizades no mesmo propósito de crescimento espiritual e o reconhecimento da presença de Cristo em todas as áreas da vida. O Acampamento reunirá jovens de 18 aos 25 anos de idade, no Sítio Nossa Senhora de Fátima. A programação será concluída com celebração eucarística na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, em Terra Roxa. Este será o segundo evento do ano. Até porque, o 1º Acampamento de 2024 já foi realizado para o público Mirim, com a participação de crianças da própria paróquia e de comunidades

Foto: @acampaterraroxa

vizinhas. O grupo de crianças, representando oito cidades da região, vivenciou essa experiência no período de 12 a 14 de janeiro último, sob coordenação de AnUm dos oito grupos de campistas no 1º Acampamento Mirim de 2024 em Terra Roxa dréia Volpato Marques e Vagner José Rodrigues (Formação de Adolescentes Cristãos), da Silva; e de Izabelle Cristine Pinto para a faixa etária de 13 a 17 anos. Nepomuceno e Rodrigo NepomuJá em maio, precisamente no peceno. A assessoria como direção ríodo de 1º a 5, o Seminário Nossa espiritual foi do Frei Gabriel de Moura Senhora de Fátima, em Toledo, receLima (FMM) e Pe. Claudionor. Mais de berá o Acampamento Sênior voltado 200 pessoas estiveram envolvidas de para pessoas com mais de 25 anos de forma direta e indireta com a organiidade. Em agosto, Palotina receberá zação do evento. o 4º Retiro Campista de Palotina e O cronograma segue em Guaíra, Comunidades Amigas. Em novembro, onde no período de 14 a 17 de março, Toledo receberá o Acampamento será realizado o Acampamento FAC Juvenil.

Diocese tem diretrizes para Acampamentos Como modalidade evangelios que foram batizados e que hoje zadora, o Acampamento deve apresentam-se como não evangeintegrar o conjunto das ações lizados; os que por algum motivo propostas na ação evangelizase afastaram da Igreja; os engajadora da Diocese de Toledo e, por dos necessitados de renovação e isso mesmo, o bispo diocesano fortalecimento na caminhada de D. João Carlos Seneme, publifé e conversão; bem como os não cou diretrizes próprias para sua cristãos que queiram conhecer realização, visando as melhores a espiritualidade cristã e a Igreja possibilidades possíveis para o Diretrizes apontam caminhos para este serviço de evangelização Católica. Assim, ele se propõe a despertar e o cultivar da fé pesoferecer uma experiência pessoal soal e comunitária. e profunda com Jesus Cristo para que os participantes O evento é destinado a crianças, jovens e adultos. possam crescer no seu relacionamento com Deus, A espiritualidade vivida no Acampamento, tem a cen- consigo mesmos, com o outro e com a natureza. Além tralidade em Jesus Eucarístico, e tem um elemento disso, os conteúdos do Acampamento oferecem meios marcante quando realizado: ênfase no resgate e cons- aos participantes para que reconheçam, na experiência trução da família, seja pela valorização dos relaciona- da convivência em pequenos grupos, a importância da mentos familiares, seja pela necessidade de vivência partilha da própria vida, o exercício da solidariedade, do amor e do perdão na família. da fraternidade, do serviço e da prática concreta do Em geral, o Acampamento acolhe todos os cristãos: Evangelho. 32

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Encontro Vocacional para rapazes já tem data marcada Neste segundo mês do ano, o Seminário Maria Mãe da Igreja já está pronto para receber o primeiro encontro vocacional para rapazes de 2024. Esta é uma atividade periódica, já inserida no calendário anual seminarístico, que tem por finalidade dedicar um tempo específico para a apresentação da casa de formação dos padres da Diocese de Toledo aos jovens. Durante o encontro, os participantes têm a opor-

Participe! Dia 24: início às 13h30 Dia 25: término com almoço Local: Seminário Maria Mãe da Igreja Toledo

tunidade de conhecer o ambiente formativo e, muitas vezes, se aproximar da resposta que buscam para sua vocação. Você que é leitor da Revista Cristo Rei pode incentivar o jovem da sua família a participar. Basta que ele esteja cursando o 3º ano do Ensino Médio ou que já tenha concluído, mas Seminário Maior prepara primeiro encontro do ano para rapazes principalmente que tenha o desejo em conhecer e aprofundar Atenção para o prazo de inscrições: até sobre a vida sacerdotal. O jovem interesdia 22 deste mês de fevereiro, por meio das sado passará por um acompanhamento secretarias paroquiais ou pelo Watsapp do para discernir sua vocação. Seminário (45) 3277-1186.

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Liturgia

Ritos Iniciais da Missa: Hino de Louvor Ao longo do ano passado iniciamos uma série de artigos sobre os Ritos da Missa. Neste ano, continuamos nossa reflexão tratando deste mesmo assunto. Já tratamos da importância do domingo, como Dia do Senhor; a Celebração Eucarística que brota da Páscoa do Senhor; a presença do Espírito Santo sem a qual não acontece a Eucaristia; a nova edição do Missal Romano; a importância da acolhida para as celebrações; a procissão de entrada, acompanhada pelo canto; o beijo e a incensação do Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, o Hino de Louvor é cantado por toda a assembleia altar; o Sinal da Cruz e a saudação inicial e o Ato Penitencial. O Glória, na verdade, pertence àquedois coros dialogando entre si. É cantado Na sequência vamos aqui tratar do Hino las composições da Igreja chamadas de ou recitado aos domingos, exceto nos de Louvor. “idióticos” (em latim de psalmi idiotice), tempos do Advento e da Quaresma, nas cantos de composição pessoal, enquansolenidades e festas e ainda em celeO QUE VEM A SER O to os salmos são textos bíblicos inspirabrações especiais mais solenes” (nº 53). HINO DE LOUVOR dos. O Concílio de Laodiceia, no século Esta indicação resume bem o que vem Nos ritos iniciais da Missa, terminado IV, havia proibido os cânticos não bíblia ser este hino e sua função no contexto o Ato Penitencial, a comunidade canta cos. O Hino do Glória é uma fórmula que da celebração eucarística. Para melhor exultante o Hino de Louvor ou Hino do se enquadra nesta classificação porque compreender este hino vamos aqui expliGlória. Em seguida, com a proclamação suas palavras foram compostas por um citar os vários elementos apresentados da oração Coleta, conclui-se a primeira particular, e não copiadas diretamente nesta Instrução. parte da celebração eucarística. da Bíblia. A ORIGEM DESTE HINO A Instrução Geral do Missal Romano Na sua origem, o “Glória” era entoaassim se pronuncia a respeito deste hino: do durante o ofício da manhã. Só bem A origem deste hino remonta aos pri“O Glória é um hino antiquíssimo e venemais tarde, por volta do século IV, é que meiros séculos da era cristã. É uma das rável, pelo qual a Igreja, congregada no aparece prescrito na liturgia eucarística mais antigas composições de toda a traEspírito Santo, glorifica e suplica a Deus do Natal podendo ser entoado apenas dição cultual cristã. Até hoje, porém, não Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não pelo bispo. Esse costume se prolongou se conhece com exatidão a sua origem. pode ser substituído por outro. Entoado por muito tempo. Porém, no final do séO primeiro a mencioná-lo foi o Papa São pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo culo XI já há notícias do uso do “Glória” Leão Magno (440-461), no seu Sermão cantor ou o grupo de cantores, é cantaem todas as festas e domingos, exceto nº 6 para o Natal. Conforme nos informa do por toda a assembleia, que o alterna na Quaresma. Então os presbíteros já São Leão, o Evangelho segundo Lucas com o grupo de cantores ou pelo próprio podiam entoá-lo. lido naquela festa natalina teria sugerido grupo de cantores. Se não for cantado, Foi de suma importância, na renovaque se cantasse o Hino do Glória no início deve ser recitado por todos juntos ou por ção e reforma litúrgica, prescrever o uso da celebração. 36

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Liturgia deste hino para vários dias e momentos do ano litúrgico. Pois, este hino em prosa lírica é um tesouro da oração cristã, que tem sua origem no início da caminhada da Igreja.

QUANDO ESTE HINO DEVE SER ENTOADO Um dos elementos apresentados na Instrução Geral do Missal Romano é que este hino está prescrito para ser entoado aos domingos e outras solenidades, bem como em dias festivos, com exceção dos domingos durante os Tempos do Advento e da Quaresma (nº 53). Daí podemos deduzir se tratar de um hino que é expressão da alegria de uma comunidade que se reúne para celebrar o dia do Senhor. É uma explosão de alegria e louvor. O Glória está colocado, normalmente, nos ritos de entrada da missa nos dias de festa, antes da oração coleta do dia. Mas, na Vigília da Páscoa, encontra-se no meio da liturgia da Palavra, precisamente para sublinhar a passagem das leituras do Antigo Testamento às do Novo Testamento, e, além disso, com acompanhamento festivo de música, sinos e flores. O seu canto também é solene na Eucaristia vespertina de Quinta-feira Santa e deveria sê-lo, sobretudo, na noite de Natal. É entoado pelo sacerdote ou por um cantor e continuado, se possível, por toda a assembleia.

O CONTEÚDO DO HINO DO LOUVOR O seu conteúdo é um bom resumo da História da Salvação: a glória a Deus e a paz aos homens. Os louvores ao Pai, Senhor e Rei do Universo; os louvores também a Cristo, Senhor, Cordeiro, Filho, o que tira o pecado do mundo, o único Santo, tudo isso concluído com a doxologia: “Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai”. Na Instrução Geral do Missal Romano,

lemos que o “Glória” é um “hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro” (nº 53). Esta definição deixa claro que o “Glória” é um hino doxológico, ou seja, de louvor e glorificação, que canta a glória de Deus e do Filho. Porém, o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da súplica. Movida pela ação do Espírito Santo, a assembleia entoa esse hino, que tem sua origem naquele canto dos anjos que ressoou pela primeira vez nos ouvidos dos pastores de Belém, na noite do nascimento de Jesus (cf. Lc 2,14). Para compreendermos o hino, assim podemos dividi-lo: - O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados”. - Os louvores a Deus Pai: “Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória”. - Os louvores seguidos de súplicas e aclamações a Cristo: “Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós o Senhor, só vós o Altíssimo Jesus Cristo”.

“O “Glória” é bem mais do que isso: nele está contido o louvor, a aclamação e a súplica. E mais: a pessoa de Jesus Cristo aparece no centro desta grande doxologia. Quando não levamos isso em consideração, executamos um tipo de canto que não nos ajuda a caminhar ao encontro do mistério da fé”.

O “Glória” termina com um final majestoso, incluindo o Espírito Santo. É importante lembrar que esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa da Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece relacionado com o Filho, pois é neste que se concentram os louvores e as súplicas. Em outras palavras: o Cristo se mantém no centro de todo o hino. Ele é o Kyrios, o Senhor que desde todos os tempos habita no seio da Trindade.

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO HINO Nas missas em que se prescreve o uso do Glória, o mesmo deveria ser, na medida do possível, cantado. Exatamente porque se trata de um hino, e não de um texto a ser lido ou proclamado pela comunidade. A Instrução Geral do Missal Romano nos alerta que “o texto deste hino não pode ser substituído por outro” (nº 53). A reflexão que aqui fizemos certamente nos ajudará a discernir na escolha do Hino de Louvor mais adequado para as celebrações eucarísticas. Sabemos que em muitas de nossas igrejas há o costume de executar, no lugar do verdadeiro “Glória”, pequenas aclamações trinitárias, ou seja, simples aclamações dirigidas ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. O “Glória” é bem mais do que isso: nele está contido o louvor, a aclamação e a súplica. E mais: a pessoa de Jesus Cristo aparece no centro desta grande doxologia. Quando não levamos isso em consideração, executamos um tipo de canto que não nos ajuda a caminhar ao encontro do mistério da fé. Nos últimos tempos, assistimos a um importante trabalho de elaboração de novas melodias para a execução deste antigo hino. Pe. Sérgio Augusto Rodrigues Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

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Técnico: Dr. Natanael Cristiano Poltronieri - CRO/PR 31.501 AnoResponsável XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024


Orar, celebrar e viver a Missão 5º Domingo do Tempo Comum | 4 de fevereiro de 2024 Leituras: Jó 7,1-4.6-7; Sl 146(147),1-2.3-4.5-6; 1Cor 9,16-19.22-23; Mc 1,29-39 Inspirados pelo Evangelho de Marcos, testemunhamos o início do ministério público de Jesus Cristo. No texto deste domingo Ele acaba de curar a sogra de Simão Pedro e, ao cair da tarde, cura muitos enfermos e expulsa demônios. No entanto, o que mais chama a atenção é o seu retiro solitário para a oração. Diante disso, podemos nos perguntar: Por que Jesus, o Filho de Deus, sentia a necessidade de se retirar para rezar? A resposta está no fato de que, embora Ele seja plenamente Deus, Jesus assumiu também a nossa humanidade. Ele nos dá o exemplo de buscar o Pai em oração, revelando assim a importância do diálogo íntimo com Deus em nossas vidas. Jesus, em sua perfeita união com o Pai, nos mostra que a oração é o alimento da alma, a fonte de força para enfrentarmos os desafios da vida.

NOS RETIREMOS PARA ORAR

acima dos nossos. É um desafio constante, mas é assim que testemunhamos o amor de Cristo ao mundo. Em um contexto que muitas vezes valoriza o individualismo e a busca pelo sucesso pessoal, ser pescadores de homens significa dedicar-se ao serviço desinteressado aos outros. Significa estender a mão aos necessitados, perdoar os que nos ofenderam, e trabalhar pela justiça e paz. Jesus não chama apenas pescadores profissionais, mas todos nós, em nossas diferentes vocações e situações de vida, a sermos agentes de sua misericórdia. Ao mesmo tempo, ser pescadores de homens também nos chama a ser testemunhas corajosas da nossa fé. Vivemos em um mundo que muitas vezes tenta silenciar a voz do Evangelho, relegando a religião ao âmbito privado. No entanto, a nossa fé não é algo que devemos esconder, mas sim algo que deve brilhar como luz no meio das trevas. Podemos nos perguntar: Como podemos ser testemunhas corajosas do Evangelho em nossos ambientes de trabalho, em nossas famílias, e em nossas comunidades? Isso envolve não apenas falar sobre nossa fé, mas também viver de maneira coerente com ela. É através de nossas ações, mais do que de nossas palavras, que as pessoas podem encontrar o rosto de Cristo.

Vivemos em um mundo agitado, repleto de preocupações, responsabilidades e distrações. Às vezes, é difícil encontrar tempo para a oração em meio ao barulho do dia a dia. No entanto, a mensagem de Jesus é clara: a oração não é um luxo opcional, mas uma necessidade essencial. É através da oração que fortalecemos nosso relacionamen- Como está a qualidade e a constância da minha AI DE MIM SE EU NÃO to com Deus e encontramos o equilíbrio oração pessoal? PREGAR O EVANGELHO! necessário para enfrentar os altos e - Entendo a comunidade de fé como espaço para tornar baixos da existência. O testemunho de São Paulo, que objetiva minha oração? Ao contemplarmos a cena do Evanproclama: “Ai de mim se eu não - Consigo entender que a missão é indispensável à gelho, somos desafiados a examinar pregar o Evangelho!”, deve ressoar minha vida espiritual? nossas próprias vidas. Como está a em nossos corações. Não estamos qualidade da nossa vida de oração? Será que reservamos mosozinhos nessa missão. Assim como o Senhor chamou e enviou mentos diários para nos retirarmos do tumulto do mundo e nos os primeiros discípulos, Ele também nos chama e nos envia encontrarmos com Deus em silêncio? Ou permitimos que as hoje. Confiamos na graça de Deus e no Espírito Santo que nos preocupações diárias nos afastem dessa fonte vital de graça? capacita para essa tarefa desafiadora. Jesus não nos chama apenas à oração individual, mas também Ao olharmos para a vida de Jesus e sua missão, somos à comunhão com a comunidade cristã. A Igreja, como o Corpo convidados a contemplar o que significa segui-lo mais de de Cristo, é um lugar de apoio, encorajamento e crescimento perto. A oração, a comunhão fraterna e a missão são aspectos espiritual. Neste tempo em que muitos enfrentam isolamento inseparáveis da vida cristã. Não somos chamados apenas a e solidão, é ainda mais crucial buscarmos a comunhão fraterna. acreditar em Jesus, mas a segui-lo ativamente, a incorporar O Evangelho nos recorda que, após o tempo de oração, Jesus seus ensinamentos em nossas vidas e a compartilhar o tesouro se junta novamente aos discípulos para continuar sua missão. da fé com os outros. A Igreja é um lugar onde experimentamos a presença viva de Cristo. Ao nos reunirmos para a celebração da Eucaristia, Leitura Diária somos alimentados pela Palavra de Deus e pelo Corpo e SanDia 5: 1Rs 8,1-7.9-13; Sl 131(132); Mc 6,53-56 gue de Cristo. Esta experiência nos capacita a levar a luz do Dia 6 (São Paulo Miki e companheiros mártires): Evangelho para o mundo, a exemplo de Jesus que, após sua 1Rs 8,22-23.27-30; Sl 83(84); Mc 7,1-13 oração, saiu para pregar e curar. Dia 7: 1Rs 10,1-10; Sl 36(37); Mc 7,14-23 Dia 8: 1Rs 11,4-13; Sl 105(106); Mc 7,24-30 SEJAMOS LIVRES PARA SERVIR Dia 9: 1Rs 11,29-32.12,19; Sl 80(81); Mc 7,31-37 As palavras de São Paulo na segunda leitura nos exortam a Dia 10 (Santa Escolástica): 1Rs 12,26-32.13,33-34; Sl 105(106); sermos livres para servir, a colocarmos os interesses dos outros Mc 8,1-10 Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

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O encontro redentor: da lepra à transformação 6º Domingo do Tempo Comum | 11 de fevereiro de 2024 Leituras: Lv 13,1-2.44-46; Sl 31(32),1-2.5.11; 1Cor 10,31-11,1; Mc 1,40-45 Neste 6º Domingo do Tempo Comum, a Liturgia nos coloca diante do poder transformador de Jesus que cura o leproso. Também na vida de todo aquele que, conduzido pela Palavra de Deus, vai ao encontro de Jesus tem sua vida curada e transformada, tornando-se testemunha viva do amor e da misericórdia de Deus.

O CAMINHO DA CURA

Ao caminhar pela Galileia, Jesus se depara com as inúmeras condições que viviam aqueles homens: cegos, coxos, atrofiados e leprosos. Mas a atitude de Jesus supera a lei com a misericórdia e permite-se afetar pelas condições daqueles homens. Jesus acolhe, toca, cura as feridas e restaura a dignidade de filhos e A CONDIÇÃO DO LEPROSO filhas amados por Deus. O livro do Levítico nos apresenta a condição de vida dos Aquele leproso que se aproximou de Jesus, rompeu com as leprosos. Estes homens deveriam afastar-se das cidades, excluínormas que o mantinham ao longe, como pecador e excluído, rem-se do culto a Deus, andar desfigurados e anunciar “Impuro! numa atitude corajosa, que pode ser compreendida também Impuro!”. A lei de Moisés, que buscava manter a santidade de como uma confissão pública de seus pecados, devido à condição Deus e de seu povo, declarava impuro tudo aquilo que era de leproso. Também hoje quantos deixam de se aproximar de princípio de decomposição e morte e que, portanto, poderia Jesus por se considerarem pecadores ou indignos, por medo de contaminar esta santidade devendo manter-se longe de Deus julgamentos de outros. É preciso coragem para buscar a cura e e da vida. Deste modo, a lepra era compreendida como uma a transformação da vida. O leproso nos aponta o caminho ao punição divina pela condição do pecado, de modo que aqueles reconhecer humildemente sua condição e dizer: “Se queres, tens que a possuíssem eram considerados impuros. o poder de curar-me”. Reconhecer humildemente nossa condição Esta é também a realidade do pecado em nós, ao desfigurar é o primeiro passo para a cura, mas é preciso também confessar nosso ser daquilo que somos e fomos criados para ser. É Cristo nossos pecados e pedir a Jesus que nos cure e purifique. quem restaura e recria a condição e a A atitude de Jesus, ao tocar e curar dignidade humana a partir do encontro - Tenho sido um sinal compassivo de o leproso revela-nos o coração de Deus consigo, tomando sobre si nossos pecaCristo em minha comunidade? que, movido de misericordiosa comdos e curando-nos de nossa condição. - Quais realidades em minha vida e paixão, restaura a vida e nos conduz Enquanto a lei se limita a identificar e comunidade precisam ser tocadas e da condição de pecado à condição de afastar o leproso, Jesus, o acolhe e o curadas por Deus? pecadores perdoados e redimidos. A reintegra. transformação ocorrida pelo ‘toque’ de Deus, leva aquele homem, mesmo que instruído, a não contar CHAMADOS A SER SINAL DE CRISTO a ninguém, testemunhar a todos com alegria, a cura realizada. Na segunda leitura, o apóstolo Paulo exorta os cristãos a Que possamos realizar a experiência do toque de Deus em imitarem as atitudes de Cristo, mesmo diante dos conflitos nossas vidas e possamos ser sinais da presença acolhedora e que havia. Aquela comunidade se questionava quanto ao modo compassiva de Cristo em nossas comunidades, sobretudo a como deveriam agir diante dos costumes dos cristãos gentios, aqueles feridos pela indiferença, solidão e do egoísmo. considerados impuros pelos cristãos de origem judaica. O apóstolo chama a comunidade a se manter unida pelo amor fraterno, superando as diferenças pessoais que vinham das diversas culturas e dos níveis de compreensão da fé. O amor, expresso nas atitudes da acolhida e da integração, deve estar acima da busca de vantagens pessoais. Assim como Cristo acolhe e integra mesmo aqueles que eram considerados impuros, movidos de compaixão e caridade devemos ser sinais de Cristo entre os irmãos, conforme podemos perceber nas ações de Jesus no Evangelho. 40

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Leitura Diária Dia 12: Tg 1,1-11; Sl 118(119); Mc 8,11-13 Dia 13: Tg 1,12-18; Sl 93(94); Mc 8,14-21 Dia 14 (Quarta-feira de Cinzas): Jl 2,12-18; Sl 50(51); 2Cor 5,20-6,2; Mt 6,1-6.16-18 Dia 15: Dt 30,15-20; Sl 1; Lc 9,22-25 Dia 16: Is 58,1-9a; Sl 50(51); Mt 9,14-15 Dia 17: Is 58,9b-14; Sl 85(86); Lc 5,27-32


Como viver a Quaresma a partir da Palavra 1º Domingo da Quaresma | 18 de fevereiro de 2024 Leituras: Gn 9,8-15; Sl 24(25),4bc-5ab.6-7bc.8-9; 1Pd 3,18-22; Mc 1,12-15 O primeiro Domingo do Tempo da Quaresma apresenta Jesus no deserto passando pelas tentações, superando-as e iniciando sua pregação na Galileia. Jesus convida a todos à conversão e à fé na Boa-Nova do Reino de Deus. Essa é a perspectiva a ser assumida por cada um de nós nesta jornada quaresmal. A oração do dia da Liturgia deste domingo assim propõe: “Através dos exercícios anuais do sacramento da Quaresma, concedei-nos progredir no conhecimento do mistério de Cristo e corresponder-lhe por uma vida santa”. Santo Agostinho mergulhou fundo no mistério das tentações. Ele ensina: “Nossa vida é uma peregrinação. E, como tal, está cheia de tentações. Porém, nossa maturidade se forja nas tentações. Ninguém conhece a si mesmo se não é tentado; nem pode ser coroado, se não vence; nem vencer, se não luta; nem lutar, se lhe faltam inimigos”.

DEUS FAZ ALIANÇA COM NOÉ E PREFIGURA A NOSSA SALVAÇÃO

radicalmente com o Pai. Os “quarenta dias” e o “deserto” são termos bíblicos de profundo significado. Não são simples contagem de dias ou um lugar geográfico, mas “tempo e lugar teológicos”, ou seja, momento de importantes decisões da pessoa e grandes iluminações da parte de Deus. São iluminações para nossa espiritualidade e vivência da fé, seja nas atitudes cotidianas ou como propósitos a serem alcançados. Jesus, de fato, veio inaugurar assim um novo tempo, iniciar uma nova história, renovar e salvar o mundo. O deserto ainda recorda a necessidade de mudança. O povo escravo no Egito, marchou pelo deserto, fez Aliança com Deus, encontrou a Terra Prometida. Passados os quarenta dias do dilúvio, surgiu uma nova humanidade. Desta forma, o compromisso assumido pelo cristão com Cristo deve trazer sinais de vida nova e de crescimento espiritual.

- Qual a relação entre a história de Noé e a salvação trazida por Jesus? - Você consegue identificar quais são as maiores tentações a serem vencidas nos dias de hoje? - O que você está disposto a fazer nesta Quaresma?

O texto da primeira leitura situa-se logo após o grande dilúvio, quando Noé e a sua família já tinham “desembarcado” em terra seca, numa terra renovada. A humanidade renasce do caos gerado pelo mal e por suas consequências. O dilúvio é uma figura mítica, símbolo do mal que ameaça destruir o mundo. Este poder devastador não existe mais, pois Deus fez uma Aliança com Noé e renovou todas as coisas. E o resultado deste “pacto em prol da vida” é magnífico: “Nenhuma criatura será destruída pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”. A Arca de Noé e o Dilúvio são tidos como figuras da Igreja e do Batismo. Esta é a interpretação alegórica feita pelos Santos Padres da Igreja primitiva: todos os que se encontravam fora da Arca de Noé pereceram sob as águas do dilúvio; por outro lado, todos os nossos pecados são apagados, de modo que somos regenerados, pela água do Santo Batismo em que fomos mergulhados. São Justino via na pessoa de Noé, justo e íntegro (Gn 6,9), o “modelo” de Jesus Cristo, pois, a partir da aliança feita com Deus e da Arca, Noé salvou a humanidade e, de modo análogo, Jesus Cristo ressuscitou e abriu para nós as portas da eternidade. O texto do Gênesis vem atualizado pela leitura da Primeira carta de Pedro. Cristo veio a este mundo, compartilhou as nossas dores e limitações, a fim de realizar o projeto de salvação que o Pai tinha para a humanidade. Ele, embora sendo justo e bom, foi humilhado, flagelado, carregou a cruz e morreu amando e perdoando para reconduzir a todos ao encontro da vida plena. Pelo Batismo, nos unimos ao Cristo vitorioso e, como na história do dilúvio, renascemos fazendo uma Nova Aliança, nos tornando semelhantes a Ele.

TEMPO DE ANÚNCIO E DE ESPERANÇA RENOVADA

O evangelista Marcos contextualiza o início da pregação de Jesus citando João Batista e a Galileia. João Batista proclamou um tempo de penitência e conversão. Ele mexeu com os interesses e privilégios dos poderosos. E a Galileia é a “periferia” da sociedade da época, lugar de gente simples e sem visibilidade. Deus escolhe os pequenos e humildes para se fazer próximo e iniciar o anúncio da Boa-Nova do Reino. Jesus anuncia que “o tempo já se cumpriu”. A espera da verdadeira salvação chegou ao fim. É tempo de acolher a Palavra, aproximar-se mais de Deus e renovar a esperança. É o que meditamos através do Salmo Responsorial (24), Salmo de confiança em Deus misericordioso, que nos conduz e nos guia pelos melhores caminhos, os da verdade e do amor. Em síntese, aprendamos com as palavras da carta de São Clemente, Papa, aos Coríntios: “Percorramos todas as épocas do mundo e verificaremos que em cada geração o Senhor concedeu o tempo favorável da penitência a todos os que a ele quiseram converter-se. Noé proclamou a penitência, e todos que o escutaram foram salvos.” O mesmo aconteceu com Jonas e os ninivitas e em tantos outros momentos da história. Esta também é proposta para nós hoje para que sejamos salvos e ressuscitemos com Cristo.

Leitura Diária Dia 19: Lv 19,1-2.11-18; Sl 18(19); Mt 25,31-46 Dia 20: Is 55,10-11; Sl 33(34); Mt 6,7-15 Dia 21: Jn 3,1-10; Sl 50(51); Lc 11,29-32

TEMPO NECESSÁRO DE PENITÊNCIA E CONVERSÃO

Dia 22 (Cátedra de São Pedro): 1Pd 5,1-4; Sl 22(23); Mt 16,13-19

Antes de iniciar seu ministério, Jesus esteve por 40 dias no deserto, onde, mesmo tentado pelo demônio, comprometeu-se

Dia 24: Dt 26,16-19; Sl 118(119); Mt 5,43-48

Dia 23: Ez 18,21-28; Sl 129(130); Mt 5,20-26

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Deixar o controle da sua vida a fim de recebê-la como graça 2º Domingo da Quaresma | 25 de fevereiro de 2024 Leituras: Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18; Sl 115(116B),10.15.16-17.18-19; Rm 8,31b-34; Mc 9,2-10

Historicamente, o sacrifício de crianças era uma prática é o lugar por excelência das revelações e teofanias. O encomum em Canaã e em tempos críticos, tentando afas- contro entre Jesus, Moisés e Elias, representa a plenitude tar a ira divina. Esta prática era comum, chegando a ser sintetizada em Cristo, da Lei e dos Profetas. presente em Israel em alguns momentos de sua história. Vislumbrar a glória de Deus causa em Pedro, Tiago e Israel reconhecia o filho primogênito como “propriedade” João tamanho frenesi que sugerem ali mesmo permanecer. de Deus, mas usava outros sacrifícios como forma de Vislumbrar a antecipação da glória de Deus é compreender redimir os primogênitos. a grandiosidade de Deus, a pequenez humana e a graça a Num primeiro momento o relato do sacrifício de Isaac nós concedida em Cristo pela encarnação. é horrendo e incompreensível. Porém, além do fato em É NECESSÁRIO DESCER A MONTANHA si, temos um grande ensinamento e uma postura ideal Contemplar a glória de Deus é o auge para os discípulos, que se estende a todo aquele que fiz “confiar em Deus”. Deus vai “pôr a prova”. Esta postura ligada a Deus para mas a verdadeira missão não está meramente na contemcom Abraão diz muito do que este relato implica: Deus plação, e sim ao descer o monte. Aqui está de fato a grande vai testar Abraão, experimentá-lo, examiná-lo. Esta ati- missão dos discípulos, a nossa grande missão. As experiências que cultivamos nas diversas formas de tude de um Deus que “testa” seu povo é muito presente oração e espiritualidade dentro da Igreja devem, necessariano Antigo Testamento, servindo para conhecer, de fato, quem é o homem, quais suas intenções, como é seu co- mente, indicar o caminho da ação para que tal seguimento seja completo. Contemplar é de ração e se é capaz de ser fiel até - Abraão é apresentado como o seguidor fiel suma importância, pois nos dá a as últimas consequências. No e ideal de Cristo, sabendo escutar e confiar plena certeza de quem seguimos caso em questão, Abraão não totalmente em Deus. Tenho exercitado tal e porque seguimos, mas “agir” cotem conhecimento de tal “teste” escuta e seguimento? roa toda esta experiência, a ponto que, a um primeiro olhar, parece - Contemplar a glória de Deus é o auge para de ser capaz de confiar plenamenque Deus quer lhe tomar tudo o os discípulos, mas a verdadeira missão não te em Deus. Aqui encontramos o que tem, contudo, em todos os está meramente na contemplação, e sim ao elo entre Abraão, que é capaz de momentos Abraão apenas diz: descer o monte. Tenho concretizado meu ofertar o que tem de mais precioso “Aqui estou”. Abraão apenas age, seguimento ao Cristo? por confiar em Deus, e a experiênmesmo diante de tal pedido que lhe tirará tudo o que tem. O silêncio indica a determinação cia da transfiguração: descer à realidade e transformá-la de Abraão, sua confiança, sua obediência até a última mediante a experiência vivenciada do Cristo glorioso. consequência. Neste relato, Abraão é apresentado como o seguidor fiel e ideal de Cristo, sabendo escutar e confiar totalmente em Deus, mesmo diante da incompreensão e da agonia em ofertar o que tem de mais precioso. Abraão aprendeu a deixar o controle de sua vida a fim de recebê-la como graça. A ANTECIPAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS O relato da transfiguração é inundado de belos elementos que remetem sempre à glória de Deus. O alto monte 42

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Leitura Diária Dia 26: Dn 9,4b-10; Sl 78(79); Lc 6,36-38 Dia 27: Is 1,10.16-20; Sl 49(50); Mt 23,1-12 Dia 28: Jr 18,18-20; Sl 30(31); Mt 20,17-28 Dia 29: Jr 17,5-10; Sl 1; Lc 16,19-31 Dia 1º/03: Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104(105); Mt 21,33-43.45-46 Dia 2/03: Mq 7,14-15.18-20; Sl 102(103); Lc 15,1-3.11-32


“Não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes” 3º Domingo da Quaresma | 3 de março de 2024 Leituras: Ex 20,1-17; Sl 18(19),8.9.10.11; 1Cor 1,22-25; Jo 2,13-25 É uma prática comum, entre os fiéis, ao adquirir algum objeto para o cultivo da devoção religiosa, pedir a um sacerdote que abençoe. Toda bênção é louvor de Deus e pedido para obter seus dons (CIC, nº 1672). Assim como ao abençoar uma indústria, muito mais que invocar a bênção sobre o prédio, é pedir a bênção sobre todas as pessoas que ali estão envolvidas. Neste tempo de jejum, oração e caridade, meditando sobre o tema da “Amizade Social” que, segundo o Papa Francisco, é a nossa “vocação para formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros” (FT, nº 97), possamos de fato nos abrir às bênçãos divinas e sermos presença de Deus na vida de nossos irmãos e irmãs.

nos capacita e dá a liberdade para fazermos. Usarmos os dons e as possibilidades que temos para inverter o propósito da criação é uma grande ignorância humana, fruto da infidelidade e do pecado. Ao ser levantado no lenho da Cruz e morto, Cristo apagou os nossos pecados, mas não nos tirou a liberdade. Convida a todos a segui-los, mas não obriga ninguém. Há quem até queira seguir Jesus, mas pelo mau uso da liberdade retorna a vida de pecado. Os dez mandamentos nos atestam que se Deus ocupar o primeiro lugar em nossa vida, a força e a sabedoria divina conduzirão nossas ações. ENCONTROU NO TEMPLO OS NEGOCIANTES

O “jeitinho brasileiro” e o “querer tirar vantagem em tudo” apresentam-se fortes em nossa cultura. - Em quais práticas manifesto que professo a fé ‘Normalizado’ a ponto de nem pesar O Sacramento do Batismo imprime na pessoa uma marca inapagável, no Deus único? na consciência quando agimos deste tornando-a cristã. Não se trata apenas modo. Isso quando ainda não é falado - Busco viver segundo a força e a sabedoria de cumprir um rito pelo rito, mais sim divina, ou me apego as certezas deste mundo? como sendo ‘um grande feito’. A Deus de um novo modo de vida, que exige tudo pertence, portanto, não nos cabe - Diante de tantas possibilidades, quanto pesa coragem e decisão. Professamos a fé querer comprar as bênçãos de Deus minha honestidade? em Deus que é único e se manifesta em com bens materiais. Da mesma forma, três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. é ineficaz ficar contabilizando nossas ações. Mais grave ainda, Em Cristo, nosso irmão, nos tornamos filhos de Deus Pai e requando o “querer tirar vantagem em tudo” se manifesta na relacebemos o Espírito Santo. O cristão vive nesse mundo, sabendo ção com os ‘sacramentais’ e os ‘sacramentos’, colocando o deus que não é deste mundo, de modo que não vive somente segundo a dinheiro no lugar de Deus Uno e Trino. carne, mas busca as coisas do alto, vivendo segundo o Espírito. Não Lembro aqui o adágio popular, atribuído a Santo Agostinho: “A temos o controle de tudo o que nos acontece, mas temos a certeza medida do amor é amar sem medida”. A graça que recebemos com da fidelidade de Deus a Sua promessa, que nunca nos abandonará. o Sacramento do Batismo, de sermos chamados filhos de Deus, Como não somos deste mundo, não nos prendamos as coisas se manifesta plenamente quando, de fato, assumimos Deus como deste mundo. Vivamos o amor a Deus e aos irmãos, nos comproo Senhor de nossa vida, tementes a sua força e sabedoria, nos metendo com toda a criação, atentos às armadilhas do inimigo, ‘arriscando a viver por amor’. Conforme rezamos com o salmista, que vem para confundir e dividir. Nossa linguagem é falha. No co“Senhor, vós tendes palavras de vida eterna” (Sl 118). tidiano, há situações em que o que mais importa é o que cada um O lema da CF 2024 nos lembra: “Vós sois todos irmãos e irmãs” compreende do que aquilo que realmente é dito. Por isso, tantas (cf. Mt 23,8). Abertos a fraternidade e a amizade social, com a intermentiras aceitas como verdades e a constante possibilidade de cessão da Sagrada Família de Nazaré, a bênção: “O Senhor te abentirarmos Deus do centro de vida, constituindo deuses, ou querendo çoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua nos colocar no lugar de Deus. graça! Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz”! (Nm 6,24-26). NÃO TERÁS OUTROS DEUSES

FORÇA E SABEDORIA DE DEUS O cristão é chamado constantemente a tomar consciência da filiação divina e viver como tal. Não tem o poder de criar, mas pode cooperar na obra criadora de Deus Pai, vivendo a fidelidade à Palavra de Deus, comprometendo-se com a Missão Redentora de Jesus Cristo a nós confiada, inspirados e conduzidos pelo Espírito santificador. Os pensamentos e os julgamentos de Deus estão muito acima dos nossos pensamentos, julgamentos e sentimentos. Tudo o que temos pertence a Deus. E se fazemos o que fazemos, é porque Deus

Leitura Diária Dia 4/03: 2Rs 5,1-15a; Sl 41(42); Lc 4,24-30 Dia 5/03: Dn 3,25.34-43; Sl 24(25); Mt 18,21-35 Dia 6/03: Dt 4,1.5-9; Sl 147(147B); Mt 5,17-19 Dia 7/03: Jr 7,23-28; Sl 94(95); Lc 11,14-23 Dia 8/03: Os 14,2-10; Sl 80(81); Mc 12,28b-34 Dia 9/03: Os 6,1-6; Sl 50(51); Lc 18,9-14 Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

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EFV

Planejamento financeiro para 2024 Um novo ano se iniciou e normalmente quando se inicia um novo ciclo em nossas vidas, junto com esse início surgem novos anseios e objetivos e, geralmente, são esses desejos que nos movem. Tais objetivos podem ser classificados como imateriais (sentimentos bons, paz, alegria, entre outros) ou materiais (casa, carro, viagens, novos eletrônicos e tantos outros). Para ambos os tipos de desejo é o esforço individual de cada um que conta no momento de buscar o que verdadeiramente queremos: nossa postura diante das pessoas e situações do dia a dia, mas principalmente nossa postura em como lidaremos com o dinheiro. Isso conta muito para a obtenção de êxito dos nossos sonhos. Não podemos esquecer de variáveis externas que não podemos controlar e, por vezes, impactam a nossa vida. Diante disso, logo no início do ano (esse mês de fevereiro é propício para isso) já devemos iniciar o nosso planejamento financeiro, uma vez que sempre a organização desse aspecto presente em nossas vidas é de extrema importância e que pode impactar de forma significativa nos nossos objetivos materiais e até nos imateriais.

DICAS E ORIENTAÇÕES Para uma pessoa que está endividada, iniciar o ano com o objetivo de ajeitar essa parte da vida financeira é muito válido. O primeiro passo a se fazer é uma análise da dívida e buscar trocar a dívida cara por uma mais barata, como por exemplo uma possível dívida do cartão de crédito, que possui uma alta taxa de juros rotativos, por um empréstimo, se for verificado que os valores finais levando em consideração, prazos e as taxas de juros serão menores do que as dívidas atuais do cartão de crédito. Para os não endividados e para aqueles que mesmo pagando uma dívida conseguem ver possibilidade de iniciar a organização financeira, reforço que desde o primeiro texto desta coluna que fala sobre educação financeira, nada 44

A atenção aos ganhos e despesas é essencial para trabalhar as metas

“Devemos iniciar o nosso planejamento financeiro, uma vez que sempre a organização desse aspecto presente em nossas vidas é de extrema importância e que pode impactar de forma significativa nos nossos objetivos materiais e até nos imateriais”. mudou e precisamos buscar nos policiar principalmente em três pontos simples para o nosso cotidiano financeiro. Primeiramente, o registro de nossas receitas e despesas: é sempre muito necessário saber o fluxo do nosso dinheiro, de onde vêm as nossas receitas e para quais locais nosso dinheiro é destinado. Por meio desse registro, conseguimos identificar nossos hábitos de consumo, e assim fazer análises, por exemplo, sobre em quais categorias de despesas devemos nos policiar ou até cortar, caso identificado que não são hábitos financeiros necessários ou saudáveis. O segundo passo, caso você não tenha ainda, é constituir a reserva de emergência. É necessário verificar gastos que possam ser cortados ou talvez uma forma de fazer renda extra pensando em ter pelo menos quatros vezes o

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valor das suas despesas mensais do dia a dia guardados. Esse dinheiro poderá ser utilizado caso venha faltar a sua renda principal; ou para gastos que podem surgir sem planejamento prévio como em um momento que ficamos doentes e surge um gasto grande em farmácia; quando um meio de locomoção precisa ir para a oficina; e para cobrir outras despesas surpresas que possam vir a surgir, entre outras. Bom, agora é preciso estabelecer metas, que é fundamental para compreender onde você quer chegar nesse ano: se você se propôs pagar uma dívida, comprar um celular, economizar para uma viagem ou investir para o futuro, escreva, anote, e se programe para conseguir concretizar esses objetivos. Os primeiros passos podem ser os mais difíceis, mas a satisfação ao alcançar um objetivo traçado por você vai fazer os esforços e abdicações que talvez tenham que ser feitas, valer a pena. Que todos nós tenhamos um 2024 com muitas realizações tanto materiais, como imateriais. Jéssica Karine de Oliveira Gomes Professora universitária, mestre em Ciências Contábeis e membro da Equipe EFV


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FAMILIAR

A fraternidade como promotora da amizade social Neste mês de fevereiro iniciaremos mais uma vez o tempo especial da Quaresma, preparando nosso espírito para podermos celebrar devidamente a festa central de nossa fé cristã: a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este é um tempo forte em que Deus nos chama, pela voz da Igreja, à conversão profunda de nossos corações. Um tempo para promovermos uma verdadeira revisão de nossas vidas, verificando nossa forma de nos rela- Amizade social acontece com corações puros e abertos à fraternidade cionarmos com Deus, com “É preciso revigorar a consciência de o mundo e com os irmãos. A cada ano que somos todos uma única família, escolhemos um tema no qual queremos a família humana. É preciso recordar focar nossas reflexões, que nos é proque a graça de Deus nos presenposto pela Campanha da Fraternidade. teou com o desejo de comunhão, Neste ano o tema tem tudo a ver com de fraternidade, de diálogo e que, o tema da família, pois trata da amizade portanto, nossa essência é a promosocial: “Fraternidade e Amizade Social”, ção do bem do outro, a solidariedade com o lema “Vós sois todos irmãos e e que todos os gestos e atitudes que irmãs” (cf. Mt 23,08). nos afastam do outro é negação da São João Paulo II nos recordou que “o divindade que mora em nós”. futuro da humanidade passa pela família”. Tendo presente o tema que refletiPRINCÍPIO DA FRATERNIDADE remos nesta Campanha da Fraternidade CRISTÃ recordamos que é no seio da família que recebemos os mais elementares conceiO tema da “amizade social” faz parte tos e valores que são necessários para da Doutrina Social da Igreja. São João nossa sociabilização. O Texto-base da Paulo II, em julho de 1980, na visita pasCampanha da Fraternidade nos recorda toral à França, disse numa homilia que “a que “a amizade é um sentimento de amizade social é uma manifestação auestima entre as pessoas, que é um dom têntica do princípio da fraternidade crisde Deus plantado por Ele em nossos cotã”. Por isso, a Igreja não está propondo rações e que floresce a cada livre oferta um caminho ideológico, mas o caminho de si mesmo para abrir-se ao mistério do daquilo que constitui a centralidade do outro”. Quanto mais nos relacionamos relacionamento cristão: a fraternidade mais humanos nos tornamos. Esta é como promotora da amizade social. uma proposta profética da Igreja no Brasil Papa Francisco recorda na sua carta que nos conclama a viver a fraternidade encíclica Fratelli tutti que a amizade em vista da amizade social. social é “o amor que ultrapassa as bar46

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reiras da geografia e do espaço e que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas, é o amor desejoso de abraçar a todos, comunicando-lhes o amor de Deus. A amizade social é o antídoto contra um ser humano fechado em si mesmo e, consequentemente, contra um mundo fechado aos vulneráveis e improdutivos”. Nossas famílias são instrumentos muito importante na luta contra o individualismo e autossuficiência que provocam o isolamento social, pois elas têm como essência transmitir os valores que combatem estes grandes males que tanto nos afligem. O Texto-base da Campanha da Fraternidade deste ano traz em seu conteúdo a narrativa da dolorosa experiência da primeira família humana onde, em consequência do pecado, um irmão tira a vida do outro (Gn 4,1-9). Ainda hoje experimentamos as consequências danosas dessa terrível escolha do ser humano, pois o pecado nos distancia do projeto de Deus e nos fecha ao amor ao próximo. O texto nos recorda o que Deus diz a Caim: “Onde está Abel, teu irmão”? A pergunta do Senhor recorda a Caim – e hoje, a cada um de nós – que todos formamos uma família e que, por isso, precisamos acolher, conhecer e respeitar, evitando toda forma de discriminação e distanciamento do outro. O texto nos questiona sobre o porquê de estarmos vivendo um tempo em que a vida, as pessoas e as relações humanas experimentam tanta agressão, tantas ameaças e nos recorda que somos responsáveis uns pelos ou-


FAMILIAR tros e, portanto, que devemos eliminar de nosso horizonte os desejos de que os que pensam diferente de nós, que se expressam de outro modo, desapareçam, porque, na prática, isto é exterminá-las, como fez Caim. Se o individualismo e a autossuficiência levaram um irmão a tirar a vida do outro, imagina o estrago que pode fazer na sociedade como um todo? É preciso revigorar a consciência de que somos todos uma única família, a família humana. É preciso recordar que a graça de Deus nos presenteou com o desejo de comunhão, de fraternidade, de diálogo e que, portanto, nossa essência é a promoção do bem do outro, a solidariedade e que todos os gestos e atitudes que nos afastam do outro é negação da divindade que mora em nós.

SOMOS TODOS IRMÃOS E IRMÃS Em Mateus (23,8), Jesus recorda que somos todos irmãos e irmãs, lembrando aos seus interlocutores o que a voz do Pai havia dito desde o início da criação.

Toda vez que quebramos nossas relações fraternas, seja por qual motivo for, feriremos o projeto de Deus para a humanidade, estaremos, mais uma vez, assassinando nosso irmão. “Romper as relações fraternas é negar ao outro certa forma de existência, aquela da companhia e do convívio, mas é também abandonar a si mesmo à experiência da morte. Quando nossas diferenças são entendidas como ameaças e não encontram nossos esforços em construir fraternidade, as relações humanas se rompem e a morte encontra espaço para existir entre nós”. No seio de nossas famílias somos forjados para o mundo. Para nossas famílias o grande convite que esta Campanha da Fraternidade nos faz é que sejam promotoras da cultura do encontro, da amizade profunda e verdadeira, que sejam capazes de superar as diferenças, de viver a compaixão que faz enxergar o coração do outro e promover a verdadeira comunhão. Que nossas

famílias saibam forjar os corações de seus filhos para que saibam perdoar, ter empatia, ter compaixão e misericórdia, construindo a verdadeira amizade, para que repliquem estes sentimentos e promovam também, nas relações sociais, a verdadeira amizade social. “Quem ama seu irmão permanece na luz” (1Jo 2,10) e, quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode dizer que ama a Deus, que não vê” (1Jo 4,20). Aproveitemos este tempo de Quaresma, tempo de verdadeira conversão para olhar para nossa família e ver se estamos formando nossos filhos para termos um bom convívio social, se os estamos ajudando a ser promotores da paz, da união, da fraternidade e da amizade social. Uma boa Quaresma e reflexão a todos. Que a Sagrada Família de Nazaré abençoe e ampare nossas famílias. Pe. Nelton Hemkemeier Assessor diocesano da Pastoral Familiar

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Juventude

Novo ano e a mística em nossos corações À medida que o ano chega ao fim, somos levados a reflexões profundas e retrospectivas, revisitando momentos vividos e resgatando sentimentos. Com o início do novo ano, surgem metas e projetos, oferecendo a oportunidade de construir algo novo e significativo. Esse ciclo de reflexão e aspiração é um convite à renovação e ao potencial transformador que cada ano traz consigo. A composição “A Lista”, de Oswaldo Montenegro, instiga uma profunda reflexão sobre a constante presença das mudanças em nossas vidas. Ela diz assim: “Faça uma lista de grandes amigos. Quem você mais via há dez anos atrás. Quantos você ainda vê todo dia. Quantos você já não encontra mais. Faça uma lista dos sonhos que tinha; quantos você desistiu de sonhar; quantos amores jurados pra sempre; quantos você conseguiu preservar. Onde você ainda se reconhece: na foto passada ou no espelho de agora. Hoje é do jeito que achou que seria”? Ela nos revela que, em diversos momentos, aspiramos por transformações, ansiando que estas se traduzam em experiências positivas. Ainda, a música nos convida a explorar os diferentes caminhos das transformações pessoais, sugerindo que, mesmo diante da incerteza, há sempre a possibilidade de abraçar as mudanças como impulsionadoras de crescimento e renovação. No coração dos ensinamentos de Jesus encontramos a sábia orientação sobre a importância de refletir sobre as ações que permeiam nossa jornada. “Jesus fala da importância do pensar as ações da vida”, uma instrução que transcende épocas e permanece como um farol a iluminar nosso caminho. Parar por um momento e contemplar o trajeto que a vida está tomando, torna-se uma necessidade vital. Em meio à agitação cotidiana é fácil ser levado pela correnteza dos acontecimentos sem questionar a direção que estamos seguindo. No entanto, a pausa para a reflexão é um convite à lucidez, à análise sincera do rumo que estamos trilhando. O autoquestionamento se aprofun48

Foto: Cleberson Pereira

Pastoral da Juventude convida o jovem para contemplar o caminho que percorre

“Parar por um momento e contemplar o trajeto que a vida está tomando, torna-se uma necessidade vital. Em meio à agitação cotidiana é fácil ser levado pela correnteza dos acontecimentos sem questionar a direção que estamos seguindo. No entanto, a pausa para a reflexão é um convite à lucidez, à análise sincera do rumo que estamos trilhando”. da ao indagarmos sobre as renúncias que cada escolha demanda. Cada decisão que tomamos implica abrir mão de outras possibilidades e é crucial confrontar essas renúncias de maneira consciente. “Quais renúncias esta escolha me pede?” é uma pergunta que ecoa, instigando-nos a avaliar se estamos dispostos a arcar com os sacrifícios necessários para seguir determinado caminho. Ao ponderarmos sobre o curso da vida, somos confrontados com a complexidade de nossas escolhas. A reflexão não é apenas um exercício intelectual, mas uma jornada interior que nos leva a compreender a verdadeira natureza de nossas de-

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cisões. Jesus, ao destacar a importância do pensar as ações da vida, nos oferece um guia para a sabedoria e a maturidade. Ele nos convida a transcender a superficialidade, a analisar nossas motivações e a ponderar sobre o impacto de nossas escolhas não apenas em nossas vidas, mas também na vida daqueles que nos rodeiam. Portanto, que cada um de nós reserve momentos para contemplar o caminho que estamos percorrendo. Que possamos analisar nossos pensamentos e sentimentos, questionando-nos sobre as renúncias que estamos dispostos a fazer. Pois, na reflexão consciente, encontramos a bússola que nos guia na construção de uma vida autêntica e significativa. “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas”. (Pr 3,5-6). Francieli Bolognes Coordenadora de Estrutura Diocesana da Pastoral da Juventude


Juventude

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Catequese

Novo ano, com novos desafios: CF 2024 e o itinerário formativo do Ministério do Catequista Ao passo que o calendário ganha ritmo, os trabalhos pastorais e comunitários são retomados gradativamente em nossas comunidades. Assim também a Catequese Diocesana começa a se articular para mais um ano de grandes realizações em prol da evangelização em nossa Diocese de Toledo. Neste ano de 2024, a Animação Bíblico-Catequética diocesana se debruça em um novo projeto que caminha em unidade com nosso Regional Sul 2 e, consequentemente, com a CNBB. Trata-se do Ministério do Catequista e sua instituição em nossas paróquias como uma ação concreta de valorização do catequista na obra da Evangelização. Sagrada Escritura é luz para o Ministério do Catequista O Ministério do Catequista, instituído pelo Papa Francisco no ano como deve ser feita a instituição e qual de 2021 por meio da Carta Apostólica o caminho a se seguir para a instituiAntiquum Ministerium, tem como ção deste Ministério. objetivo resgatar a importância desse Em vista esse grande passo que a antigo ministério da Igreja, na figura do Igreja ofereceu aos leigos catequistas, Catequista. Em vista disso, a CNBB, a Animação Bíblico-catequética traz após longo estudo, elaborou o Docu- como proposta para esse ano o estudo mento 112 definido como “Critérios e o projeto de formação para a instie Itinerários para a instituição do Mi- tuição do Ministério do Catequista. nistério do Catequista”, onde destaca Muito mais do que mais uma formação

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voltada para a instrução do povo de Deus sobre a vida e a doutrina da Igreja, este itinerário tem como propósito formar novos discípulos missionários, comprometidos com a Evangelização e com as causas do Reino de Deus. CAMPANHA DA FRATERNIDADE Ainda, vislumbrando os trabalhos do ano de 2024, a Animação Bíblico


Catequese “A Animação Bíblico-catequética tem a missão de trazer no seio formativo de suas coordenações, de seus catequistas e de todo o povo de Deus, a dinâmica espiritual e pastoral da Campanha da Fraternidade neste primeiro semestre, vivendo a unidade da Igreja junto com o tempo santo da Quaresma. Para o segundo semestre deste ano, a Catequese Diocesana busca apresentar um projeto rico, sólido e eficaz de formação e instituição do Ministério do Catequista”.

Catequética também se debruça, como igreja que caminha na unidade, sobre o estudo do Texto-base da Campanha da Fraternidade deste ano, que traz como tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs (Mt 23,8)”. A Campanha da Fraternidade deste ano, atenta às vicissitudes de nosso tempo, vem abordar de forma unânime o chamado

do Papa Francisco pela irmandade. Ao tempo em que cada vez mais vivemos em uma sociedade polarizada, marcada pelas suas diferenças étnicas, raciais, geográficas, políticas e religiosas, a Campanha deste ano, à luz do Evangelho, vem trazer a mensagem de que todos somos irmãos em Cristo e, nessa irmandade, somos convidados a formar comunidade. O lema da Campanha da Fraternidade deste ano “Vós sois todos irmãos e irmãs (Mt 23,8)”, surge do contexto em que muitos fariseus e mestres da lei se colocavam acima do restante da sociedade, julgando-se únicos dignos de louvar ao Pai, pois suas oferendas eram melhores e seus sacrifícios mais vistosos. Jesus, falando à multidão interpela a todos que um só é o Pai que está nos céus, um só é o Mestre, o Cristo e, diante deles, todos somos irmãos. E como irmãos, somos chamados ao serviço na obra de Deus. Diante desse cenário evangelizador, a Animação Bíblico-catequética tem a missão de trazer no seio formativo

de suas coordenações, de seus catequistas e de todo o povo de Deus, a dinâmica espiritual e pastoral da Campanha da Fraternidade neste primeiro semestre, vivendo a unidade da Igreja junto com o tempo santo da Quaresma. Para o segundo semestre deste ano, a Catequese Diocesana busca apresentar um projeto rico, sólido e eficaz de formação e instituição do Ministério do Catequista, com subsídios formativos, a exemplo do que já vem sendo realizado com a Escola Catequética Companheiros de Emaús. Que Maria, a grande discipula missionária, que soube acolher a Palavra de Deus, possa conduzir nossos trabalhos ao longo deste ano, fazendo de nossas comunidades, de nossa ação pastoral, uma verdadeira sementeira da Evangelização.

Matheus Hugen Membro da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética

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Formação CPP/CPC

O que realmente é um CPP? Iniciamos um novo Ano Pastoral em nossas comunidades de fé. Igualmente nossas lideranças, depois de um merecido tempo de recesso para comemorar as festividades próprias da época, retomam sua caminhada de participação e coordenação em nossas pastorais, movimentos e organismos diocesanos. Nossa Diocese caminha com passos seguros, pois acreditamos na força de nossas bases. Lideradas pelos presbíteros, os pastores, nossas paróquias contam com estruturas comuns que fortalecem um processo orgânico e homogêneo de promoção e divulgação da fé cristã-católica. Neste sentido, os Conselhos Diocesanos de Pastoral (CPP) têm um destaque acentuado. Ao longo do ano, nesta coluna conheceremos um pouco melhor a estrutura deste importante segmento e assim, nos formaremos juntos em sinodalidade com nossa Igreja e com nossa Diocese. Para início de conversa, precisamos responder pontualmente ou relembrar: “O que é um CPP”? O Normas Diocesanas para CPP devem ser estudadas pelas lideranças Conselho Pastoral é um organismo representativo de toda a comunidade, Para saber mais sobre os Conselhos Matriz e Capelas, que se identifica pela de Pastoral Paroquiais, não deixe de oração, reflexão, planejamento e exebaixar as Normas Diocesanas para cução da caminhada da comunidade. os CPPs, apontando a câmera do Sua principal missão é levar a paróquia seu celular para o QR Code. a assumir a fé de forma concreta, a partir das decisões tomadas na Assembleia Paroquial (que entenderemos Diocese existem dois Conselhos Pastomelhor numa oportunidade futura). É rais: o Conselho Pastoral Paroquial (CPP) um grupo de pessoas que assume, junto e o Conselho Pastoral de Comunidade com o(s) padre(s), a condução pastoral da (CPC). Também a Matriz deve ter o seu comunidade. Em cada paróquia de nossa próprio Conselho Pastoral de Comunidade (CPC). A Matriz é uma comunidade que “O Conselho Pastoral é um organisexiste na Paróquia e todas as outras como representativo de toda a comumunidades (capelas) são tão importantes nidade, Matriz e Capelas, que se quanto ela, e têm os mesmos direitos e identifica pela oração, reflexão, pladeveres. Não é correto pensar que quem deve organizar, dirigir, decidir a vida da nejamento e execução da caminhada Paróquia é o CPC da Igreja Matriz. da comunidade. Sua principal missão

é levar a paróquia a assumir a fé de forma concreta, a partir das decisões tomadas na Assembleia Paroquial. É um grupo de pessoas que assume, junto com o(s) padre(s), a condução pastoral da comunidade”. 52

AÇÃO EVANGELIZADORA Quais são as metas gerais para a Evangelização com as quais os CPPs devem se ocupar? As metas da Ação Evangelizadora descritas a seguir foram assumidas pela CNBB, e as mesmas estão contempladas

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no Plano de Ação Evangelizadora da Diocese de Toledo, o qual encontra seu espaço de execução nas comunidades paroquiais. As metas se distinguem em três âmbitos: a) A promoção da pessoa e de sua dignidade, sendo que a comunidade é o espaço para favorecer o crescimento da pessoa rumo à grande meta cristã, à santidade, num contínuo processo de conversão; b) A renovação da comunidade, crescendo na comunhão, sendo alimentada pela Palavra de Deus, pela oração e pelos Sacramentos, tendo em vista a superação de todo individualismo, o enfraquecimento da família e da vida comunitária; c) A participação na construção da sociedade justa e solidária, sendo exigência de fé, resultado da missão de todo cristão, a participação profética através da política. Assim, a Ação Evangelizadora estará atenta às necessidades que interpelam a sensibilidade cristã, devendo colaborar na superação das contradições do crescimento econômico, cultural e tecnológico, contra a miséria, a fome e a exclusão. É também necessário tomar posição séria e assumir compromissos em favor do equilíbrio ecológico.

ESPÍRITO DE COMUNHÃO Qual é a importância de um Conselho Pastoral Paroquial (CPP)? O CPP tem, em resumo, por objetivo fomentar o espírito de comunhão e corresponsabilidade eclesial na Ação Evangelizadora. A Paróquia é uma grande comunidade formada por pequenas comunidades: matriz e capelas. Se cada comunidade decidir sozinha para onde caminhar, sem se importar com o conjunto, isso gera confusão. Seria a mesma coisa se um membro da família quisesse construir seu quarto de um jeito diferente do projeto da casa. Se numa Paróquia não existir um trabalho de conjunto, onde as coisas são feitas em unidade, tudo corre o risco de desmoronar. O Conselho Pastoral Paroquial é o primeiro responsável por manter a unidade. Pe. André Boffo Mendes Coordenação Diocesana da Ação Evangelizadora


Vocacional

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Cursilho

O chamado da Campanha da Fraternidade 2024 ao agir cursilhista

Cursilhistas acompanham o chamado da CF 2024 para sua ação na Diocese

Neste início de ano, a retomada das atividades do Movimento de Cursilhos de Cristandade na Diocese de Toledo é marcada pelo chamado da Campanha da Fraternidade 2024 da CNBB. Ele propõe despertar, de acordo com o tema “Fraternidade e amizade social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8), um caminho de verdadeira penitência e conversão. Segundo D. Ricardo Hoepers, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o tema e o lema da Campanha da Fraternidade 2024 refletem a preocupação do episcopado brasileiro em aprofundar a fraternidade como 54

contraponto ao processo de divisão, guerras e indiferença que tem marcado a sociedade brasileira e o mundo. A pobreza é uma das faces pela qual a desigualdade social se manifesta, portanto não é um fenômeno atemporal, moral ou natural. É antes de tudo o resultado direto de um processo que se manifesta objetiva e subjetivamente na experiência de vida de milhões de pessoas em todo o mundo, e no Brasil, infelizmente, não é diferente. Outro ponto de preocupação é a violência, que é um tema de debate nacional e internacional, mediante guerras que estão ocorrendo, seja no Brasil ou em outros países. Os objetivos geral e específicos

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desta CF são que o amor e a compaixão estejam presentes. “O amor é o que nos une. “Deus é amor”, escreveu São João, e nós somos imagem e semelhança dele. “A compaixão é a capacidade que devemos ter à imagem de Cristo. Ele padeceu por nós e nós podemos nos compadecer uns dos outros”, afirmou o secretário-executivo de Campanhas da CNBB nacional, Pe. Jean Poul Hansen. Recordamos o que disse o secretário executivo da CNBB Sul 2, padre Valdecir Badzinski, por ocasião do Seminário de Formação sobre a Campanha da Fraternidade (CF) 2024: “A CF não pode ser uma ação pontual, cronologicamente, mas precisar ter


Cursilho um efeito de ação evangelizadora. Não evangelizamos apenas com um momento, mas sim com processos, criando mentalidade”. É assim que o Movimento de Cursilhos de Cristandade, por meio de seu carisma, certamente é ferramenta especial nessa missão e perpetra ações transformadoras nos mais diversos ambientes, desde a sociedade, até o lar das famílias e o íntimo do coração cristão. Nós, cursilhistas, estamos no movimento por Cristo sim, mas também pelas nossas relações afetivas. Através dessas relações entramos num processo de humanização em busca da plenitude humana encarnada por Jesus Cristo. Nessas relações afetivas ou de amizade, pautadas na dinâmica de Cristo, encontramos o elemento essencial para o crescimento humano, pois nessas relações o indivíduo deixa de voltar sua atenção somente para si – embora seja necessário em

“O Movimento de Cursilhos de Cristandade nos ajuda a refletir sobre o tema, de forma muito profunda, tanto no diagnóstico da realidade, como na iluminação, a partir da Palavra de Deus. (...) O Movimento aponta pistas para o agir, ou seja, como colocar em prática essa CF na nossa vida, na comunidade e da sociedade, bem como executar e propor ações para continuá-la durante todo o ano”. alguns momentos um movimento de interiorização reflexiva –, tornando-se assim disponível para os outros – num gesto de doação –, estes que o permite existir, conhecer e se encontrar. As relações interpessoais combatem todo e qualquer tipo de autossuficiência pessoal e, deve combater o

individualismo e isolamento numa atitude de abertura ao outro, vindo de encontro ao lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8). O Movimento de Cursilhos de Cristandade nos ajuda a refletir sobre o tema, de forma muito profunda, tanto no diagnóstico da realidade, como na iluminação, a partir da Palavra de Deus; através das Escola Vivenciais, dos grupos de convivência e dos meios de formação. O Movimento aponta pistas para o agir, ou seja, como colocar em prática essa CF na nossa vida, na comunidade e da sociedade, bem como executar e propor ações para continuá-la durante todo o ano. Giani Verdi, Josiane Bucalão, Rafael Hirata e Marcos Hawerroth Cursilhistas da Diocese de Toledo

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Audiências públicas propõem mudanças nas regras eleitorais Foto: Nelson Jr/TSE

A Justiça Eleitoral recebeu mais de 1 mil sugestões de propostas para aperfeiçoar as regras do processo de escolha dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores que acontecerá em outubro. Dentre os temas abordados estão as Pesquisas eleitorais, Auditoria e fiscalização, Sistemas eleitorais, Atos gerais do processo eleitoral, Registro de candidatura, Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), Prestação de contas, Propaganda eleitoral, Representações e reclamações e Ilícitos eleitorais. Para cada um desses itens estão sendo avaliadas as propostas, tendo por base algumas minutas que propõe alterações. Na tentativa de coibir a propagação de notícias falsas que possam causar danos ao equilíbrio do pleito ou à integridade do processo eleitoral, a minuta sobre Propaganda Eleitoral prevê a responsabilização do provedor de aplicação de internet no sentido de adotar medidas para impedir ou diminuir a circulação de conteúdo ilícito que atinja a integridade do pleito, incluindo a garantia de mecanismos eficazes de notificação, acesso a canal de denúncias e ações corretivas e preventivas. A mesma minuta propõe que seja vedada a priorização paga de conteúdos em aplicações de busca na internet que

Prazo para regularização do título eleitoral vai até 8 de maio Os eleitores precisam aproveitar o tempo disponível para regularizar a sua condição perante a Justiça Eleitoral, caso queiram garantir participação no processo de escolha dos candidatos. O prazo para regularização do título eleitoral está em vigor e se encerra no dia 8 de maio. Nesta mesma data também encerra o prazo para jovens que precisam tirar o título ou eleitoras e eleitores que desejam fazer a transferência de domicílio eleitoral ou alterar o local de votação. 56

Eleições 2024 marcam escolhas de prefeitos, vice e vereadores

difundam dados falsos, notícias fraudulentas ou informações gravemente descontextualizadas, ainda que benéficas à usuária ou a usuário responsável pelo impulsionamento. Um tema que envolveu muita polêmica em eleições anteriores envolveu a urna eletrônica. Uma proposta é que procedimentos administrativos não previstos na Resolução TSE nº 23.673/2021 e ações que questionarem o funcionamento dos sistemas de votação ou de apuração só serão admitidos com a apresentação de indícios substanciais de anomalia técnica atestados por profissional habilitado, sob pena de aplicação

de multa quando constatada atuação temerária ou litigância de má-fé. A minuta que trata dos procedimentos de auditoria e fiscalização das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais apresenta, entre outros pontos: alterações relacionadas ao aumento de sistemas auditados pela Justiça Eleitoral e fixação do prazo de início e término do período de análise de sistemas eleitorais desenvolvidos pelo TSE. A Justiça Eleitoral divulgou ainda que o código-fonte das urnas e dos sistemas eleitorais, aberto desde o dia 4 de outubro do ano passado, também poderá ser inspecionado pelas instituições.

Convenções partidárias e registros de candidatura Entre 20 de julho e 5 de agosto é permitida a realização de convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos às prefeituras, bem como aos cargos de vereador. Já a propaganda eleitoral só

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poderá ser feita a partir de 16 de agosto, data posterior ao término do prazo para o registro de candidaturas. Até lá, qualquer publicidade ou manifestação com pedido explícito de voto pode ser considerada irregular e é passível de multa.


INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO

Sicredi Progresso PR/SP inicia processo assemblear 2024 O processo Assemblear 2024 da Sicredi Progresso PR/SP iniciou no mês de janeiro, logo após a realização da Reunião Preparatória, no dia 26, em que participam membros do Conselho de Administração e Fiscal, os Coordenadores de Núcleos das agências do Paraná e São Paulo e a Diretoria Executiva. As Assembleias são encontros que contam com a apresentação dos resultados e Na Assembleias o associado vota e participa das decisões futuras da cooperativa arquivo Sicredi Progresso ações do ano de exercício anterior (2023), As Assembleias acontecem presencialmente nos estados do Paraná e São Paulo além do associado ter a oportunidade de votar em sociados nas Assembleias, não associados. A Cooperativa pospautas como a distribuição dos só para estarem à par de tudo sui 23 agências distribuídas nas resultados financeiros da coope- que aconteceu no ano anterior, áreas de atuação, nos estados rativa e a eleição dos membros mas também decidir o futuro”, do Paraná e São Paulo. Destas, do Conselho de Administração. reforça o presidente da Sicredi 15 estão no Paraná e outras 8 em São Paulo. Seu capital humano É no momento da Assembleia Progresso, Cirio Kunzler. que o associado pode colocar em Ao todo serão realizadas 22 conta com aproximadamente prática o seu papel de dono, por Assembleias de Núcleo e, para 400 colaboradores focados nos meio do voto, com a participação finalizar o processo, a Assem- valores do cooperativismo e na nas definições pautadas para o bleia Geral com Coordenadores oferta de produtos e serviços financeiros adequados aos asciclo. “Nosso diferencial como de Núcleo, em março. sociados, de um jeito simples instituição financeira cooperativa SOBRE A SICREDI PROGRESSO e próximo. A Sicredi Progresso é o associado poder exercer seu PR/SP integra o Sistema Sicredi que papel de dono do negócio ao votar e a transparência em tudo Com 42 anos de atuação a Si- está presente fisicamente em que fazemos. Por isso, prezamos credi Progresso PR/SP está pre- todos os estados brasileiros e no tanto pela participação dos as- sente na vida de mais de 68 mil Distrito Federal. INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO 57

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Combate à dengue: uma ação coletiva de defesa da vida Foto: Luana Monteiro

Lamentavelmente, os esforços de conso ano começa com a cientização da populatriste notícia da morte ção, por diversos meios, de uma mulher de 39 inclusive de alertas nas anos por dengue no celebrações religiosas. Paraná. Ela é da cidade O combate à dengue de Mariluz, integrané uma ação coletiva te da 12ª Regional de de defesa da vida e de Saúde de Umuarama. empatia, pois como já A vítima não residia na dito, o mosquito não se região de Toledo, porém importa com posição é uma pessoa que deisocial, idade ou religião xou familiares e amigos que professa a vítima. enlutados por conta dos Ajude neste combate! efeitos de uma doença Em todo o Estado, as que pode ser combati22 Regionais de Saúde da com a simples ação possuem casos conde evitar locais para a firmados da doença. proliferação do mosDos 399 municípios, 279 quito transmissor. As possuem casos concondições climáticas Combate à dengue é uma atitude diária, especialmente em períodos chuvosos firmados. São 14.784 favoráveis para a infescasos autóctones, ou tação do aedes agypti exigem ainda mais atenção de todos. seja, adquiridos no município de residência dos infectados. O A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) confirmou que na Estado já descartou 31.378 casos suspeitos. segunda quinzena de janeiro, a 20ª Regional de Saúde de NOTIFICAÇÕES CONFIRMADOS Toledo – com abrangência em 18 municípios – tinha mais CIDADE de 2.400 notificações de pessoas com sintomas da doença. Assis Chateaubriand 248 9 Destes, 401 testaram positivo para a doença transmitida por 16 0 um mosquito que não se vê impedido de agir por conta de Diamante do Oeste um muro mais alto ou das portas fechadas de uma residên- Entre Rios do Oeste 22 5 cia; um mosquito que não se importa com a idade da vítima 117 3 (isso mesmo, pode ser uma criança); um mosquito que tem Guaíra capacidade de transmitir dengue, chikungunya, febre amarela Marechal Cândido 305 7 e zika vírus. Rondon O dado mais alarmante considerando o quantitativo de 66 2 casos é de Terra Roxa. Até 23 de janeiro, o Município tinha Maripá registrado 182 casos confirmados para 374 notificações no ano epidemiológico. Toledo aparece em seguida com 106 26 1 casos confirmados, conforme o mesmo boletim da Sesa-PR. Nova Santa Rosa Por sua vez, o Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Ouro Verde do Oeste 28 4 Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo, divulgou que o 273 49 número já alcança Palotina Foto: AEN/PR 128 casos positi- Pato Bragado 7 1 vos para dengue. 28 0 comeO aniversário de Toledo será Na tentativa de Quatro Pontes morado 119 parar a escalada Santa Helena 12 de casos positi4 0 vos, serão inten- São José das Palmeiras sificados neste São Pedro do Iguaçu 5 0 mês de fevereiro 374 182 ações práticas de Terra Roxa recolhimentos de Toledo 703 106 materiais passíTupãssi 16 0 veis de acumular Características do mosquito facilitam identificação Municípios da 20ª Regional de Saúde água, bem como

Mercedes

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Fonte: Sesa/PR, Boletim Epidemiológico nº 20 - SE 31 a 03

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O 2º ano mais quente desde 1979 no Oeste do Paraná Foto: Edino Krug / Itaipu Binacional

A Bacia do Rio Paraná 3, que engloba a maior parte da Região Oeste do Paraná, registrou em 2023 a sua 2ª maior média de temperatura desde 1979, quando se iniciou a série histórica: 22,7°C, cerca de 0,9°C mais alta do que o esperado. A maior média anual já registrada foi de 22,9°C, em 2019. As informações são do monitoramento feito pela Itaipu Binacional em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), que desde 2018 desenvolve, dentro do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT), estudos e análises dos dados climáticos de toda a área de influência da usina. Foram utilizados dados do CPC/NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), dos Estados Unidos. Os dados coletados no Oeste do Paraná mostram uma tendência de alta: dentre os

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10 anos mais quentes nos últimos 44 anos na região, sete foram registrados nos últimos 10 anos. A quantidade de dias muito quentes em 2023 também chama a atenção. Foram 34 dias considerados muito acima da média de temperatura para a época, quando normalmente são cerca de 18 Dados do acompanhamento mostram tendência de alta na temperatura média dias por ano nessa situação. Segundo Genilson Estácio da Costa, Apenas quatro dias foram considerados geógrafo da Diretoria de Coordenação “muito frios”. da Itaipu, além da tendência global de As precipitações também ficaram aumento da temperatura média e da acima do esperado, tendo chovido um ocorrência de eventos extremos, como acumulado anual de 1.800mm em méas ondas de calor, por conta das mudandia na região, 215mm a mais do que o ças climáticas, 2023 também foi influenesperado, representando um aumento ciado pelo El Niño. de 13%.

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Sanepar investe R$ 63 milhões em Assis Chateaubriand Foto: Divulgação

A Sanepar está investindo R$ 63,33 milhões na ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Assis Chateaubriand, que passará a atender 72% da população até o fim deste ano de 2024. Atualmente, o índice é de 50,4%. Está sendo executada uma extensa rede de coleta, com mais de 62 quilômetros, que irá possibilitar que mais de 2.500 imóveis sejam conectados à rede pública. Serão beneficiados os jardins Araçá, Jussara, Panorama e parte do Jardim América. “A empresa está com um grande volume de obras que está movimentando a cidade. Obras de saneamento, embora tragam transtornos transitórios, significam investimentos em saúde preventiva e beneficiam todos os moradores de Assis Chateaubriand”, afirma o gerente regional Eduardo Arrosi. Além da rede coletora que irá possibilitar a interligação ao sistema de três loteamentos, também está em andamento a construção de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e de unidades de bombeamento.

Investimentos em obras em Assis Chateaubriand ultrapassam R$ 63 milhões

A nova estação, a ETE Rio Verde, terá tecnologia mais moderna que é a de lodo ativado em batelada, e está sendo construída na bacia do Rio Verde nas proximidades da rodovia que liga Assis Chateaubriand e Jesuítas. A unidade de bombeamento fará o

transbordo do efluente até a estação de tratamento. Depois de pronta, a unidade terá capacidade para bombear 72,20 litros por segundo e fica bem próxima da ETE Baiano, que será desativada quando o novo sistema entrar em operação.

Entidades sociais de 27 cidades ganham prêmios do Nota Paraná Foto: SEFA/PR

A Associação de Proteção aos Animais Socorro Bicho do Município de Assis Chateaubriand é uma das 40 entidades premiadas com R$ 5 mil por meio de sorteios do programa Nota Paraná, vinculado à Secretaria de Estado da Fazenda. Ao todo, 1.665 instituições que atuam nas áreas de assistência social, educação, saúde, proteção animal e geração de emprego concorreram aos prêmios referentes ao mês de janeiro. Para ajudar as instituições, o Aplicativo do Nota Paraná favorece doações de notas fiscais sem CPF cidadão pode doar as notas fiscais em que não informa seu CPF. Assim, os vinculada ao Centro Assistencial da bilhetes para concorrer aos sorteios, con- Diocese de Toledo, e a Ação Social São cedidos de acordo com as compras, vão Vicente de Paulo são outros exemplos para a entidade, que terá mais chances de entidades para as quais o consumidor de ser contemplada. A Casa de Maria – pode doar as notas fiscais de compras Assistência à Criança e ao Adolescente, em que não foram informados o CPF.

De acordo com as informações do programa Nota Paraná, o consumidor pode vincular o CPF ao CNPJ de uma instituição social cadastrada para a transferência automática do crédito. Há três outras formas de efetivar a doação: por meio da aba “Minhas Doações” do site do Nota Paraná, onde é necessário inserir CPF, senha e a chave de acesso da nota fiscal, e pelo aplicativo do Nota Paraná, disponível para Android e iOS, em que é necessário escolher a opção “Doações”, buscar a entidade desejada e ler o QR Code da nota fiscal. Por fim, a nota fiscal também pode ser depositada em urnas disponibilizadas pelas entidades nos estabelecimentos comerciais.


Programa do Sebrae-PR promove o crescimento de startups Foto: Divulgação

Com um plano de ação perPrograma. sonalizado, dez startups paraTortato complementa que a naenses foram selecionadas iniciativa vai além de simplespara seguirem no Top 10, promente identificar as startups; grama promovido pelo Sebrae/ ela sinaliza para investidores e PR e com o objetivo de auxiliar para o mercado quais empresas na escalabilidade das empremerecem atenção especial. sas inovadoras, mapeadas pela Em 2023, as selecionadas instituição devido ao potencial tiveram um plano de ação persode crescimento. Com início em nalizado, com diagnóstico, ações julho de 2023, na média, as de acesso ao mercado e coneparticipantes tiveram 16,94% xões dentro e fora do Paraná. de aumento de faturamento, o As empresas também tiveram número de clientes ativos subiu benefícios exclusivos como co6,16% e o número de colaboranexão com clientes estratégicos Marcelo Yukio Outa e Carlos Alberto Sella, sócios da FaturÁgil, startup de Cascavel, dores cresceu 16,30%. e com a rede de investidores no Oeste do Paraná Na primeira etapa, em 2023, parceiros do Sebrae, mentorias foram selecionadas 66 startups em todo estratégicas, consultorias personalizaempresarial”, diz Rafael Tortato. o Estado, com potencial de inovação e das, assessoria de imprensa, acesso a SELEÇÃO escalabilidade. Elas participaram de menprogramas exclusivos e participação em torias coletivas durante um semestre e missões técnicas. Para determinar as Top 10 Paraná fona segunda fase, dentre essas, foram ram considerados critérios que incluíram Marcelo Yukio Outa é CEO da Faturáselecionadas as dez startups mais progil, startup de Cascavel, que conquistou o desempenho financeiro das empresas missoras no programa. As dez startups (crescimento do faturamento bruto lugar na classificação das top 10. A selecionadas simbolizam a inovação e startup, que funciona há cinco anos, nos últimos 12 meses) e atratividade o potencial de crescimento no cenário ajuda empresários a aumentarem a luno mercado (avaliada por fatores como empresarial inovador no Paraná. As selecratividade e otimizar tempo por meio receita mensal recorrente, número de cionadas foram: AeonVR, Agende, Almox clientes ativos, taxa de queima de caida automatização da gestão financeira Tech, Blueez, CustomerX, Faturágil, RH dos negócios. Além estruturação do xa). Também foram critérios decisivos Gestor, Sismetro, Visitown e Zirconium. empreendimento, Marcelo conta que os na seleção, o potencial do modelo de Conforme o coordenador de TIC e resultados obtidos por meio do Progranegócio, o mercado alvo, a experiência Startups do Sebrae/PR, Rafael Tortato, o do empreendedor e o encaixe do produto ma também possibilitaram a contratação Programa permite identificar e apoiar as no mercado, além da assiduidade e a de mais colaboradores, aumento de startups mais promissoras do mercado faturamento e de clientes. participação ativa na primeira fase do e promover ações de acelera“O ano de 2023 foi bastante ção e crescimento, através de marcante, pois dobramos a estratégias com atendimentos quantidade de funcionários, individual e personalizado, dobramos o número de conbuscando acelerar o processo tratos e, com isso, também de crescimento da empresa. dobramos o nosso fatura“Após a seleção, elas recemento. Com certeza, o nosso bem mentorias individuais e engajamento no Programa fez apoio personalizado para escaa diferença para esses resullar ainda mais suas operações. tados, pois entramos com a O Sebrae procura, com isso, ideia de aproveitar tudo o que prepará-las não apenas para fosse ofertado e nos envolveo sucesso imediato, mas para mos muito em cada etapa para uma trajetória sustentável e que o tempo fosse realmente impactante no ecossistema aproveitado”, confirma. 62

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Os triglicerídeos altos e os riscos para a saúde Os triglicerídeos são uma forma de gordura presente no sangue e desempenham um papel vital na saúde do corpo. No entanto, quando em níveis elevados, podem se tornar uma ameaça, aumentando os riscos para uma série de condições graves, como pancreatite e doenças cardíacas. Outro fator importante é a ausência de sintomas quando os triglicerídeos estão alterados, sendo necessário realizar exames para confirmar o diagnóstico. “Existem causas genéticas de aumento dos triglicerídeos, porém a genética isolada corresponde à minoria dos casos. Na maioria das vezes, a hipertrigliceridemia (triglicerídeos altos no sangue) está relacionada à combinação dos hábitos de vida com a genética. O abuso de álcool, alimentos ricos em gordura saturada ou açúcares são exemplos de fatores que influenciam no aumento dos triglicerídeos”, comenta a endocrinologista e consultora médica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Ana Clara d’Acampora. Estudos conduzidos no Brasil revelaram que a prevalência de dislipidemia, que é caracterizada por elevados níveis de gorduras, como os triglicérides, no sangue, é de 43% a 60% da população. Os dados estão presentes no “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dislipidemia: prevenção de eventos cardiovasculares e pancreatite” do Ministério da Saúde (MS).

PREVENÇÃO A prevenção das dislipidemias e de suas possíveis consequências, como a pancreatite aguda, envolve a adoção de um estilo de vida saudável. Isso inclui uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, e pobre em gorduras saturadas e açúcares refinados. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de álcool. A prática regular de exercícios físicos também é fundamental para manter um peso saudável e evitar a elevação dos triglicerídeos. Além disso, para quem tem histórico familiar de pancreatite ou já teve a condição antes, pode ser necessário tomar medidas adicionais para prevenir futuros ataques, como evitar certos medicamentos e fazer exames regulares.

A caminhada é um bom começo na adesão a hábitos saudáveis

Sinais e consequências Embora não apresente sintomas, é possível surgirem sinais relacionados a alguma das consequências dos triglicerídeos altos. De acordo com a endocrinologista, um deles é quando ocorre a combinação de triglicerídeos altos e alterações do colesterol, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. A obstrução de vasos sanguíneos, por exemplo, pode causar tontura, dor no peito e, em casos graves, derrame. Já a pancreatite pode ocorrer com dor abdominal intensa, náuseas, vômitos e febre. Também em relação às doenças cardíacas, o entupimento de vasos sanguíneos em razão do excesso de gorduras pode culminar em infartos e a acidentes vasculares cerebrais (AVC). Segundo levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), de 2008 a 2022, o número de internações por infarto aumentou 150%, no Brasil. As doenças cardíacas são a principal causa de morte no País. Quando em alta, os triglicerídeos podem ainda bloquear dutos no pâncreas, gerando um quadro de pancreatite aguda. Níveis de triglicerídeos acima de 500 mg/dL, por exemplo, podem precipitar esse tipo de quadro. A doença é um processo inflamatório caracterizado pela autodigestão do pâncreas, causado pelas próprias enzimas presentes no órgão. Se não tratada, pode levar à hemorragia e atingir outros órgãos. Por não apresentar sintomas, os triglicerídeos altos precisam ser diagnosticados por meio de exames laboratoriais indicados por profissionais qualificados. Os testes mais comuns são os exames de triglicerídeos (TG) e de perfil lipídico. Este último inclui outras gorduras que podem estar presentes no sangue, como o colesterol HDL (o ‘bom’) e o LDL (considerado ‘ruim’). Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

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Diabetes é responsável por mais de 28 amputações por dia, no Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Realização de testes é fundamental para a descoberta de uma doença “silenciosa”

O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, entre janeiro e agosto deste ano, 6.982 amputações de membros inferiores (pernas e pés) causadas por diabetes, o que equivale à média de mais de 28 ocorrências por dia. Os casos vêm crescendo ano a ano, conforme mostram os dados do Ministério da Saúde. O número de amputações em 2022 (10.168) foi 3,9% superior ao total de 2021 (9.781), o que representou média de 27,85 cirurgias por dia, no ano passado, em unidades públicas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença já figura como a principal causa de amputação não traumática em membros inferiores no País. As amputações traumáticas são as que ocorrem, por exemplo, em acidentes de trânsito ou de trabalho. “Hoje, nós temos um número de grande de amputações sem ser por acidente. E a principal causa é justamente o diabetes, além do cigarro. Então, a gente tem que combater esses males”, reforça o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Levimar Araújo, portador de diabetes tipo 1. A SBD aponta também que 13 milhões pessoas com dia-

betes têm úlceras nos pés, os chamados pés diabéticos, que podem resultar nestas amputações. Preocupada com o cenário, a Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) alerta para essa complicação que pode atingir tanto pacientes com diabetes mellitus do tipo 1, como do 2. O presidente da ABTPé Luiz Carlos Ribeiro Lara, dimensiona a situação. “Entre todas as suas complicações, o pé diabético é considerado um problema grave e com consequências, muitas vezes, devastadoras em razão das úlceras, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas”, diz. PÉ DIABÉTICO A neuropatia periférica provocada pelo diabetes causa a perda das funções dos nervos do pé. Com isso, ficam prejudicados o tato e a sensibilidade para a dor. Essa redução da sensibilidade relacionada ao diabetes dificulta a percepção do paciente em notar lesões ou feridas. Em entrevista à Agência Brasil, a diretora da ABTPé, a ortopedista, cirurgiã do (Daniella Almeida, da Agência Brasil)

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pé e tornozelo, Jordanna Maria Pereira Bergamasco, relaciona a sensibilidade dos pés como um fator de proteção à pessoa com diabetes. “Esse pé não tem a sensibilidade protetora, então, sem perceber ocorrem feridas e infeccionam. O paciente não consegue resolver e estas acabam em amputações menores ou maiores, ou seja, desde uma pontinha de dedo até uma perna. Tudo por causa das feridas. E o número de ocorrências é grande”, alerta. Jordanna confirma também ser inevitável que, em até dez anos após o desenvolvimento do diabetes, comecem a surgir os sintomas da neuropatia periférica, mesmo com a doença controlada, esses pacientes vão ter algum grau de neuropatia. Porém, segundo ela, a saída é o controle da glicose no sangue, que pode adiar as alterações neurológicas, principalmente, dos membros inferiores, e consequentemente, evitar mutilações. “A doença leva à neuropatia, a gente não consegue evitar. O único jeito de conseguir postergar isso é com controle glicêmico. E para evitar as amputações é com cuidado”, conta a ortopedista.


BODAS DE OURO

Equipe que trabalhou em uma das promoções realizadas em prol da revitalização da estrutura predial da Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand. A comunidade promoveu uma feira de cucas e pães e muitas pessoas colaboraram

Maria Lizete e Agostinho completaram 50 anos de casados (26/01). Eles fazem parte da comunidade do Santuário São José, de Alto Piquiri – Diocese de Umuarama, e recebem a homenagem e o carinho dos familiares residentes na Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo)

Vocação: corações ardentes e pés a caminho Ano Vocacional deixou belos testemunhos às comunidades de fé. A reflexão do tema “Vocação, Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes; pés a caminho” conduziu as famílias às celebrações. Agora, demais atividades terão continuidade neste ano de 2024 por conta de iniciativas específicas que cada comunidade ainda poderá realizar. A chama continua acesa! Nestas imagens, a Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) menciona as vocações leigas, à vida consagrada, à família e ao sacerdócio – Fotos: Patrícia Pelissari

O Sacramento da Eucaristia Guardamos com muito carinho a celebração em que recebemos pela 1ª vez a Eucaristia. Este Sacramento chegou para um grupo de 68 catequizandos da Matriz Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi; 18 da Capela São Judas Tadeu, de Jotaesse; 7 da Capela São Cristóvão, de Palmitolândia; e 6 da Capela Nossa Senhora Aparecida, de Brasiliana, até então sob os cuidados pastorais do Pe. Solano Tambosi. Para receber a 1ª Eucaristia, eles participaram de encontros semanais de catequese e na Liturgia. Cabe salientar a dedicação dos catequistas que os acompanharam no itinerário, bem como a participação dos pais e da comunidade – Fotos: Sidney Neves / Foto Studio Tupãssi

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Cardeal Scherer na Fazenda da Esperança O cardeal arcebispo de São Paulo, D. Odilo Pedro Scherer, esteve em visita a familiares no mês de janeiro na cidade de Toledo. Além da visita à família, dentre os compromissos, ele e D. Anuar Battisti – arcebispo emérito de Maringá – celebraram a Eucaristia com os acolhidos e os responsáveis da Fazenda da Esperança Cristo Rei (2/01).

Catequese Matrimonial O tempo de preparação para o Matrimônio é marcado pela reflexão de temas pertinentes a esta vocação, bem como de uma melhor compreensão sobre o significado da convivência entre o esposo e a esposa, a abertura de ambos à vida e demais responsabilidades. Nas imagens, alguns casais que participaram desta preparação na Paróquia Santo Inácio de Loyola, em Jesuítas, acompanhados pela Pastoral Familiar e pároco – Fotos: Patrícia Pelissari

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1ª Eucaristia na Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste)

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SAUDADES

Elesir Tasca *13/03/1938 +16/12/2016 Terezinha Colombo Tasca *16/06/1937 +03/10/2013

Homenagem da família

Maria de Lourdes Philippsen, da Paróquia Cristo Rei (Toledo), onde atua como catequista, recebe homenagens da filha, genro e familiares pela passagem do seu aniversário

Celebrar o mistério da Salvação A Liturgia precisa ser bem preparada para que a Celebração Eucarística possa conduzir os fiéis à experiência com Deus, a partir da contemplação do mistério da Salvação. Isso envolve estudos, reuniões e até mesmo ensaios para fluirem harmonicamente os ritos com os cantos próprios da ocasião. Nas imagens estão aqueles que exercem sua missão na celebração litúrgica.

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SAUDADES

Lembramos com muito carinho do jovem Carlos Eduardo da Silva, da Paróquia Menino Deus (Toledo), então coordenador diocesano do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), falecido em 31/10/2023. Um jovem que deixa saudades na família e nos amigos do MEJ e do Setor Juventude. Permanecemos em oração pelo seu descanso eterno.


Sacrame A Paróquia Santo Ant

Um grupo de 65 adolescent

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Voluntários que trabalharam para um dos eventos em prol da revitalização da estrutura predial da Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand. A promoção do Frango Assado auxiliou no levantamento de recursos

Recordamos o 40º aniversário de ordenação sacerdotal do Pe. Elci Piccin (SAC), vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa), comemorado em 1º/01

Pe. Jairo Vieira da Silva Junior, reitor do Seminário São Vicente Palotti (Palotina), comemora o 2º aniversário de ordenação presbiteral neste dia 12/02. Parabéns!

Felicidades ao pároco da Paróquia Santa Margarida – Vila Margarida (Marechal Cândido Rondon), Pe. José Emanuel Beffa, que neste dia 5/02 chega aos seus 19 anos de sacerdócio

Neste dia 28/02, cumprimentamos o Frei Amarildo Cupertino Pereira, da congregação dos Frades Menores Missionários (FMM) que celebra 15 anos de sua ordenação presbiteral

Cumprimentamos o Frei Antônio Francisco da Silva Lima (FMM) que comemorou seus 30 anos de ordenação sacerdotal (30/01)

Cumprimentos ao vigário paroquial da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina), Pe. José Vicente do Carmo, da congregação da Sociedade do Apostolado Católico (SAC) que neste dia 3/02 comemora seu 39º aniversário de ordenação presbiteral

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Neste dia 1º/02 cumprimentamos Pe. Aloysio André Kasper que completa seus 49 anos de sacerdócio. Como ele mesmo diz: “Aposentado, mas sempre à disposição dos colegas padres quando estou em Toledo”. Ele é o padre com o 2º sacerdócio mais longevo na Diocese de Toledo. Parabéns, felicidades e bênçãos!

Cumprimentos ao Pe. Claudemir Ricardo Pioner, pároco da Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste), que neste dia 25/02 comemora o 6º aniversário de sua ordenação presbiteral


FELICIDADES Telmo e Maria Nelma Follmann, da Paróquia São Cristóvão (Toledo), recebem homenagem dos filhos, noras, netos e bisnetos que rendem graças a Deus pelas bênçãos nos seus 65 anos de casados

Grupo dos Mensageiros da Capelinha de Jesus das Santas Chagas da Capela Santa Rita de Cássia – Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra) esteve reunido em Novena pela saúde e recuperação de Everton, membro da comunidade. Que Jesus das Santas Chagas e Nossa Senhora Aparecida continue abençoando este grupo na missão de propagar a cada família uma gota do sangue Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Crianças participam de celebração na Igreja Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde do Oeste – Foto: Moon Fotografia

Os Ministros Auxiliares da Comunidade desempenham uma missão muito especial na atenção aos fiéis, desde a visita aos doentes até a assistência nas celebrações. Esse é o novo “time” de MAC da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), apresentado pelo pároco, Pe. Valdecir Trajano – Foto: Patricia Pelissari

Momento d

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Café está na “bienalidade positiva” A produção de café do país deve chegar em 58,08 milhões de sacas. É o que aponta o primeiro levantamento do ano realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), volume 5,5% superior à produção de 2023. Esse é o chamado ano de “bienalidade positiva”. A estatal ressalta que as safras de 2021 e 2022, devido às adversidades climáticas, tiveram baixas produtividades, o que modificou a tendência de crescimento que se verificava na série de produção. Mas em 2023, com as condições climáticas mais favoráveis, iniciou-se a fase de recuperação das Segundo o Boletim da Conab, essa redução da exportação foi influenciada pela restrição dos estoques no produtividades. início do ano, após as adversidades climáticas que limitaram a produção nacional nas safras 2021 e 2022. Na área de atendimenmunicípios de Jesuítas, Iracema do Oeste campos que só entrarão em produção to do Núcleo Regional de Toledo, da e Formosa do Oeste concentram essas nos próximos anos. Nas últimas safras, Secretaria Estadual da Agricultura e do áreas com a cafeicultura na regional de a estabilidade na área brasileira de café Abastecimento (Seab), o café ocupa uma Toledo. Sozinho, o Município de Jesuítem sido compensada pelos ganhos de área 209 hectares. A produção no ano tas é responsável por produção de 195 produtividade, representados pela musafra 2023/2024 foi de 480 toneladas, toneladas (Produção Agrícola Municipal, dança tecnológica observada no setor com um rendimento de 2.297 kg/ha. Os IBGE, 2022), com rendimento médio de cafeeiro. 1.300 kg/ha. Para a produtividade média nacional Já no Brasil, a área total destinada à cade café, a primeira estimativa indica um feicultura no país em 2024, nas espécies volume de 30,3 sacas por hectare, cerca arábica e conilon, é de 2,25 milhões de de 3% maior em relação à safra anterior. hectares, com aumento de 0,8% sobre A produtividade do café arábica está a da safra anterior. Essa área engloba estimada em 26,7 sc/ha, com aumento 1,92 milhão de hectares de lavouras que de 2% em relação à safra de 2023, e a do estão em produção, que apresentam café conilon em 44,3 sc/ha, 6,2% acima crescimento de 2,4% em relação ao ano da safra anterior. anterior, e ainda mais 336,3 mil hectares Na produção por estado, Minas Geque estão em formação, que por sua vez rais mostra volume estimado em 29,18 tiveram redução de 7% em comparação milhões de sacas, acréscimo de 0,6% ao mesmo período. em comparação ao total colhido na safra anterior, justificado pelo aumento AS BIENALIDADES da área em produção e, principalmente, De acordo com o Boletim da Conab, pelo ciclo de bienalidade positiva, além nos ciclos de bienalidade negativa, os das melhores condições das lavouras. produtores costumam realizar tratos Somente no Paraná, com cultivo predoculturais mais intensos nas lavouras, minantemente de café arábica, a previpromovendo algum tipo de manejo em são é de estabilidade. Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

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Exportações do agro paranaense cresceram 40,8% Foto: Ari Dias/AEN

A exportação do setor agropecuário paranaense atingiu mais de 30 milhões de toneladas em 2023. Isso representa aumento de 40,8% sobre os 21,3 milhões de toneladas enviados ao Exterior no ano anterior. Em valores financeiros entraram no Paraná US$ 19,4 bilhões somente desse setor. O resultado é 16,2% superior aos US$ 16,7 bilhões de 2022. Os números são da Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha as exportações e importações do agronegócio brasileiro. O crescimento paranaense nesse segmento foi percentualmente bastante superior ao registrado no Brasil. O maior acréscimo em vendas foi em frango (9,9%) Em 2022 as exportações nacionais do setor agro tinham alcançado US$ o mar, modernizaram seus portos e hoje 158,9 bilhões na venda de 233 milhões podem comemorar crescimentos anuais de toneladas de produtos. No ano pas- e recordes nas exportações”, acrescentou. sado o volume subiu para 272 milhões CLIMA de toneladas (16,7% a mais), enquanto os valores cresceram 4,8%, passando a O chefe do Departamento de EconoUS$ 166,5 bilhões. O agronegócio foi res- mia Rural (Deral), Marcelo Garrido, salienponsável por 49% da pauta exportadora tou que os números de 2023 precisam total brasileira. ser analisados dentro da ótica do que foi 2022. “Aquele foi um ano muito difícil IDENTIDADE PRODUTIVA para a agricultura devido às geadas e à Se a exportação paranaense fosse um estiagem”, ponderou. processo linear, com o mesmo volume a Somente na produção de soja a quebra cada dia, o Estado teria exportado 82,3 foi de 41,5% em relação à previsão inicial mil toneladas por dia, ou 3,4 mil tonelade 21,2 milhões de toneladas, resultando das por hora, ou ainda 57 toneladas de produtos agropecuários por minuto. “O em 12,4 milhões de toneladas. O cálculo Paraná tem uma identidade produtiva de perdas financeiras à época foi de bem definida, ele nasceu e permanece aproximadamente R$ 15 bilhões. “No ano um Estado agrícola, e aprende cada dia passado, mesmo com excesso de chuvas mais a transformar os produtos primários, entre outubro e novembro, a recuperação agregando valor e conquistando novos foi significativa”. A soja, por exemplo, renmercados interna e externamente”, afir- deu 22,3 milhões de toneladas. mou o secretário de Estado da Agricultura PRODUTOS e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Nos números divulgados pelo Agrostat “Os paranaenses também aprenderam chama a atenção o volume de exportação bem cedo que a prosperidade e a obtenção de mais renda dependem de boas do complexo soja, que em 2022 tinha relações comerciais, por isso contribuí- colocado no Exterior 9,2 milhões de toram no aprimoramento das saídas para neladas e no ano passado somou 15,9 74

Ano XXVII - nº 294 - Agosto de 2023

milhões. Em recursos, saiu de US$ 5,8 bilhões para atingir US$ 8,5 bilhões. Os cereais também tiveram boa recuperação. Enquanto em 2022 saíram 2,6 milhões de toneladas, em 2023 foram 5 milhões de toneladas. Em valores passou de US$ 875 milhões para US$ 1,3 bilhão. O setor de carnes teve acréscimo de US$ 61,8 milhões em 2023, fechando o ano com pouco mais de US$ 4,3 bilhões. Em volume subiu de 2,1 milhões de toneladas para 2,3 milhões. O maior acréscimo em vendas foi em frango, com 9,9% a mais, passando de 1,9 milhão de toneladas para 2,1 milhões. No entanto, houve redução de US$ 18 milhões (0,4%) em relação a 2022, fechando o ano com US$ 3,766 bilhões de faturamento. Em compensação, os pescados arrecadaram 35,4% a mais. Em 2022 foram US$ 13,8 milhões, enquanto no ano passado o montante chegou US$ 18,7 milhões. Em volume subiu de 5,1 mil toneladas para 5,2 mil. De carne suína o Paraná vendeu 168 mil toneladas, crescimento de 7% em relação às 157 mil toneladas anteriores. Entraram no Estado US$ 375,6 milhões, ou 12,6% a mais que os US$ 333,5 milhões de 2022.


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Deus, Pai da Misericórdia e da reconciliação Somos agraciados pela chegada do tempo quaresmal e assim temos a oportunidade de realizar nossa caminhada junto com Jesus no deserto, avaliando como está nossa relação com Deus e nossas fraquezas nas tentações. Entramos no período que podemos dizer “sagrado” que o será quando realizarmos essa jornada interior de reflexão e arrependimento. São 40 dias cruciais para um bom aproveitamento para enxergar para dentro de si como está o comportamento perante a família, amigos e até mesmo diante de pessoas desconhecidas. Neste tempo, vamos rezar insistentemente para que a fé abra nossos olhares e praticá-la junto aos casais que precisam da nossa ajuda para uma reconciliação e dos filhos que precisam de atenção e disposição dos pais para o diálogo fraternal. É tempo de rezar pela

Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

mudança de comportamento nas relações humanas e que sejamos, como diz a oração de São Francisco, “instrumentos de paz”! Somos chamados a examinar nossas vidas à luz da fé, reconhecendo nossas falhas e buscando a reconciliação com Deus. O perdão, nesse contexto, torna-se uma dádiva divina que nos liberta do peso dos erros passados. Temos diante de nós a oportunidade de renovação espiritual.

Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, pratiquei o que é mau aos vossos olhos! Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!

Marisa Aparecida Carvalho de Souza

Paróquia Sagrada Família Toledo | PR

Salmo 50(51)

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Um simples e forte sinal Um gesto simples e sagrado. O sinal da cruz transcende barreiras linguísticas e culturais. Numa única ação, expressamos nossa fé na Trindade e recordamos o sacrifício redentor de Cristo. O sinal da Cruz une passado e presente e traça nossa identidade cristã. Na sua simplicidade, o sinal da Cruz é uma poderosa manifestação de nossa fé, recordando-nos constantemente do amor divino que nos envolve. 76

Ano XXVIII - nº 299 - Fevereiro de 2024

Silvia Müller

Paróquia Menino Deus Toledo (PR)

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