Revista Cristo Rei - Setembro 2023

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Um tempo de aproximação com a Sagrada Escritura

A Sagrada Escritura revela todo o amor incondicional e compassivo que Deus tem por toda a humanidade. Ao viver esse amor através de ações concretas, cada um se torna instrumento de transformação pessoal e comunitária em um mundo, muitas vezes, carente de compaixão e de humanidade. Não são raras as vezes que se ouve alguém comentar que o mundo ficou desumano ao ver no noticiário situações conflitivas das mais diversas na própria família e na sociedade de um modo geral. Este cenário ficará melhor quando os corações estiverem abertos para acolher a Palavra.

O Mês de Setembro, dedicado à Bíblia, é tempo favorável para os cristãos se aproximarem com coragem para conhecer um pouco melhor a sua própria fé, e assim terão a oportunidade de redescobrir ou reacender a chama do amor ao próximo em atitudes autênticas.

Fundamentalmente, neste ano o convite é estudar a Carta de Paulo aos Efésios. Mas estudar? É isso mesmo? Sim, e de uma maneira muito fácil e bem tranquila. A partir da metodologia da Leitura Orante da Bíblia, a Comissão da Animação Bíblica da Diocese de Toledo oferece um roteiro diário para contemplar de modo prático trechos

da Sagrada Escritura. A meta é chegar ao fim do mês tendo alcançado as três grandes pistas de leitura propostas para a compreensão: do Mistério da Salvação e da Igreja; da unidade do corpo de Cristo na Igreja; e da Exortação sobre a vida cristã, sintetizados na Carta Paulina.

Esse é um aperitivo que certamente levará você a assistir as aulas semanais, com apenas uma hora de duração, que serão transmitidas pela internet, no canal da Diocese de Toledo no Youtube. É fácil localizar, basta digitar no buscador do Youtube: @ DiocesedeToledo ou acessar o código QR que está na reportagem principal desta edição. Com isso, a expectativa é que os fiéis não abram apenas a Bíblia no dia 1º de setembro ou somente no fim do mês, mas aproveitem a oportunidade de conhecer melhor como se constitui a fé.

Dedicar-se um pouquinho para ler a Sagrada Escritura pode fazer a diferença na vida cristã de hoje. Que seja possível para todos encontrar a inspiração na Palavra de Deus e, assim, irradiar o amor que o Cristo transmite para iluminar as vidas daqueles que estão em cada uma das comunidades de fé e na sociedade.

Boa Leitura!

A Palavra de Deus nos veste da nova humanidade

Ministros Auxiliares da Comunidade: agentes da Pastoral da Saúde

Coral Cristo Rei: 75 anos de encantos e evangelização

“Escolha a vida” é tema da campanha da Semana do Trânsito

Vícios de postura mais comuns no dia a dia

Compra de leite em pó para estimular setor em dificuldade

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Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 Revista mensal da Diocese de Toledo
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Tua palavra é lâmpada para os meus passos, luz para o meu caminho

Há uma profunda necessidade de amor em cada um de nós, tantas vezes prisioneiros da nossa solidão. É a necessidade de uma palavra de vida que vença os nossos medos e nos faça sentir amados. O profeta Amós descreve com eficácia esta situação: “Eis que dias virão – oráculo do Senhor Deus – em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (8,11). E Santo Agostinho – que encontrou aquela Palavra, a ponto de fazer dela a razão de toda a sua vida – apresenta assim a resposta do Deus vivo à nossa necessidade: “Daquela cidade o Pai Nosso nos mandava cartas, mandava-nos as Escrituras, para acender em nós o desejo de voltar para casa”.

Se chegarmos a entender – como aconteceu a muitas pessoas de ontem e de hoje – que a Bíblia é esta “carta de Deus” que fala diretamente ao nosso coração, então a abordaremos com a ansiedade e desejo. Então, Deus falará precisamente a cada um de nós e a escuta fiel, inteligente e humilde do que Ele diz, saciará pouco a pouco a nossa necessidade de luz, a nossa sede de amor. Aprender a escutar a voz de Deus que fala na Sagrada Escritura é aprender a amar: portanto, a escuta das Escrituras é uma escuta que liberta e salva.

É essencial reacender a responsabilidade dos fiéis no conhecimento da Sagrada Escritura, bem como mantê-la viva através de um trabalho permanente de transmissão e compreensão, capaz de dar sentido à vida da Igreja e da humanidade nas diver-

sas condições de vida.

É realmente necessário redescobrir a necessidade de a comunidade cristã crescer no conhecimento da Palavra de Deus: é uma tarefa apaixonante porque se deixar inundar pela Sagrada Escritura é se revestir de uma vida nova; esvaziar-se para ser preenchido por um amor infinitamente bom. O Papa Francisco nos encorajou a “abrir espaço” dentro de nós para a Palavra de Deus. Porque “precisamos ouvir no meio de mil palavras todos os dias, aquela Palavra que não nos fala de coisas, mas nos fala de vida”.

Uma existência vivida ao redor de um chamado que se renova a cada amanhecer, e que encontra em cada canto do Evangelho um diálogo com aquele Deus que fala e escuta, que se faz casa, que se veste de conforto e protege até o último suspiro de nossas vidas.

O cristianismo, como dizia São Bernardo, é a “religião do Verbo de Deus”, não de “uma palavra escrita e silenciosa, mas do Verbo encarnado e vivo”. E como é importante descobrir, no caminho traçado pelo Papa Bento XVI em sua exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, que “só Deus responde à sede que está no coração de cada ser humano”.

Sobretudo agora, diante de tanta sede de luz e tanta fome de afeto, devemos ser canais de misericórdia para que, quando Deus nos vir com o Evangelho nas mãos e os olhos fixos em sua presença, possa acolher em silêncio nossas palavras de louvor.

“Tudo faço pelo evangelho”, revelou São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios (1Cor 9,23). Da mesma forma, em sua Carta aos Romanos, ele confessou: “Não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1,16).

Embora, muitas vezes, falte tempo nas nossas atividades quotidianas, a nossa fé deve germinar precisamente no contexto da vida quotidiana. Abramos espaço todos os dias para o leve sussurro da Palavra de Deus. De modo, que também podemos cantar com o salmista: “Tua palavra é lâmpada para os meus passos é a tua palavra, luz para o meu caminho” (Sl 119,105).

D. João Carlos Seneme, CSS Bispo da Diocese de Toledo
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A PALAVRA DE DEUS NOS VESTE

DANOVAHUMANIDADE

O Mês de Setembro é muito querido para a Igreja no Brasil que aproveita a memória de São Jerônimo para promover iniciativas que visam maior aproximação dos fiéis com a Sagrada Escritura. É um tempo muito oportuno em que os cristãos são motivados a tomar a Bíblia em seu lar, ou até mesmo no trabalho, para alguns minutos de reflexão, se individual ‘ok’, mas em família é melhor ainda. Afinal, os ensinamentos que compõem toda a história da Salvação não são exclusivos para única pessoa, mas para a vivência individual e comunitária.

A Comissão da Animação Bíblica da Diocese de Toledo, formada com o propósito de dinamizar a vivência bíblica das comunidades e ser uma ação permanente diocesana para, como o próprio nome diz, “animar” a espiritualidade, formação e aproximação dos fiéis com a Palavra de Deus, convida você que lê a Revista Cristo Rei, especialmente neste mês de setembro, a contemplar a Sagrada Escritura a partir da Carta aos Efésios: “Vestir-se da nova humanidade” (Ef 4,24).

No contexto geral, o Mês da Bíblia tem um significado muito especial para a Igreja no Brasil. As comemorações desta data no Brasil tiveram início ainda na década de 70. A partir de então, o Mês da Bíblia oferece uma oportunidade de dedicação a um estudo de um livro bíblico específico. “Isso tem a finalidade de que possamos conhecer mais profundamente a Sagrada Escritura, mas também de rezar um tema específico”, destaca o teólogo Ederson Pilonetto, membro da Comissão Diocesana da Animação Bíblica. Ele reforça que este é um convite para todos os cristãos.

“Ao falar de Sagrada Escritura sempre é interessante destacar que só conseguimos defender o que conhecemos. Como vamos defender algo se tivermos uma fé cega? Precisamos

“Ao falar de Sagrada Escritura sempre é interessante destacar que só conseguimos defender o que conhecemos. Como vamos defender algo se tivermos uma fé cega?

Precisamos ter conhecimento. Não adianta ter fé sem fundamentá-la”.

ter conhecimento. Não adianta ter fé sem fundamentá-la. Quando a Igreja no Brasil propõe o estudo de um livro específico ela quer que naquele ano seja aprofundado um determinado tema que este ano é a Carta aos Efésios”, comenta Pilonetto. Um dos conteúdos da Carta aos Efésios com destaque é a unidade da Igreja. Diante de tantos desafios para o cristão individualmente falando, bem como para sua família, a Carta ensina muito que a unidade cristã é primordial para superar as diferentes situações de vida. Essa é uma reflexão que faz parte

das Cartas Paulinas, do Apóstolo das gentes.

A edição pastoral da Bíblia (Paulus, 1990) oferece uma primeira noção aos cristãos que querem aprender mais a respeito de sua fé pelo testemunho de São Paulo. Ele é reconhecido como uma das figuras mais importantes do Novo Testamento, tendo informações sobre sua vida contidas nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas que escreveu. Basicamente, é importante ter em mente que Paulo era zeloso pela religião e perseguiu cristãos até que se encontrou com o Senhor na estrada de Damasco. Teve uma experiência de fé que mudou completamente sua vida e seu testemunho para muitos é exemplo de conversão. Nas Cartas que escreveu em sua atividade apostólica, soube aproveitar a condição de romano para conduzir todos que encontrava a Jesus. Com base em tudo o que escreveu, é possível notar que dirigia sua mensagem de maneira carinhosa, em vários

Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 6 UNIDADE EM CRISTO
Uma boa reflexão da Palavra se faz com uma boa preparação

momentos aos seus destinatários, mas também de modo bastante severo em outras situações. “Até o fim da vida, Paulo tem consciência de ter sido destinado a levar a Palavra de Deus aos pagãos, pois, em Cristo, o Pai chama todos à salvação” (p. 1371).

Paulo estruturou a mensagem de Jesus que até então era falada aos discípulos e ao povo de seu tempo. Ele quem deu forma e, de certo modo, colocou a teologia mais estudada e com parâmetros. Tinha como costume

fundar as comunidades e, conforme elas se estruturavam, surgiam os problemas. Assim, escrevia Cartas dirigidas a algumas comunidades que tratavam de questões fundamentais para a vida da Igreja, especialmente sobre a unidade.

Para “ler” Paulo é importante perceber as razões da unidade entre os discípulos de Cristo, que estão na fé e na verdade, conforme lembrou o Papa Bento XVI em 2008, por ocasião do Ano Paulino. A Carta aos Efésios é

compreendida pelos teólogos como um documento escrito a partir de profunda meditação, onde o olhar de Paulo se concentra em Jesus Cristo no céu, sim, onde Deus reúne todas as pessoas na paz e na unidade. Cristo é o centro e ápice do eterno projeto de Deus, é o caminho da reconciliação e reunião de todos os homens no único Povo de Deus. A Igreja abraça a humanidade inteira e Paulo a contempla nas dimensões do universo” (Bíblia, Paulus – Edição Pastoral, p. 1432).

CONHECER A SAGRADA ESCRITURA: UM PROGRAMA PESSOAL E COMUNITÁRIO

Para ampliar a compreensão do que é a Carta de Paulo aos Efésios e quais são suas conexões ou possibilidades de leitura da realidade atual, a Comissão da Animação Bíblica Diocesana convida para atividades muito simples a serem realizadas no decorrer deste mês.

Com o objetivo de contribuir para que a Palavra de Deus seja cada vez mais conhecida, transmitida e vivenciada pelos fiéis, será distribuído um roteiro bem simples com orientações para a leitura da Palavra, sugerindo a ambientação a meditação de um versículo por dia deste texto bíblico ao longo de setembro. Com esta proposta de leitura continuada, pretende-se valorizar a bênção que é aproximar-se de Deus por intermédio da Palavra, que é o próprio Cristo. “Pense que em 30 dias você terá a oportunidade de ler a Carta aos Efésios de forma muito tranquila e sem cansar. É uma forma muito prática e bastante legal de ler a Palavra”, comenta Pilonetto.

Para esse percurso prático e muito fácil de ser seguido, cada fiel que participar das celebrações da comunidade receberá um material explicativo para fazer esse itinerário. A Carta está preparada em três partes, sendo: “O Mistério da Salvação e da Igreja”, “A unidade do corpo de Cristo na Igreja”; e “Exortação sobre a vida cristã”. É uma proposta de espiritualidade bíblica que segue os passos do método da Leitura Orante da Bíblia que pode

ser feito aí, na sua casa.

Mas além disso, uma das atividades fundamentais nesse processo de conhecimento da Sagrada Escritura será a Escola Diocesana on-line. Todas as terças-feiras à noite, por meio do canal da Diocese de Toledo no Youtube (acesse o QR Code na página seguinte), haverá uma hora de estudos sobre esta Carta Paulina. “Essa Escola vai oferecer a você uma proposta de aprofundamento do conhecimento sobre aquilo que detalhadamente trata a Carta, como a renúncia ao pecado, o discernimento para vivermos como filhos da Luz, a fé e as obras de salvação, a graça concedida a cada fiel, a unidade em Cristo, a exortação às mulheres e aos maridos para ser Igreja de Cristo, entre outros. São temas bastante

atuais diante de tantas dificuldades familiares e da relação pais e filhos”, explica Pilonetto. “Acredito que será um programa familiar que a Diocese de Toledo está nos propondo. É um convite desafiante para que tenhamos correspondência à nossa fé”, acrescenta.

Esse é um ponto destacado pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. “É sempre importante que estudemos e nos aproximemos da Palavra com os olhos da fé. Afinal, as Cartas de Paulo apresentam uma linguagem própria daquele tempo que precisamos entender o contexto para que depois se torne luz à nossa vida diante das situações que vivemos hoje”, observa.

Ederson Pilonetto reforça essa proposta ao recordar a seguinte per-

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Estudar a Bíblia é uma forma de conhecer melhor a fé

gunta: “Naquela época, se perguntava para quem se destinava a Salvação? Exclusiva ao povo de Israel ou também aos romanos, gregos e outro”? Conforme ele, é justamente disso que Paulo trata na Carta que, em síntese, se respondia simplesmente: “Todos são convidados a fazer parte da comunidade de Cristo”. “Isso serve para nós atualmente. Talvez alguns se sintam excluídos nas comunidades, mas não pensem assim. A Palavra de Deus é para todos”, acrescenta.

Apesar de tanto tempo a Palavra de Deus sendo anunciada, algumas pessoas ainda têm dificuldade de interagir com ela e colocá-la em prática, sobretudo quando se aproxima da Palavra pela leitura de modo fun-

damentalista. É sempre bom lembrar que os textos bíblicos exigem estudos para a devida atualização. E hoje, mais do que nunca, a Palavra diz que em Cristo é formada uma nova unidade para a vivência dos fiéis. Muitas vezes a dificuldade de compreensão do que a Sagrada Escritura apresenta como a história da Salvação está enraizada pela forma como cada um se aproxima da Palavra e com quais objetivos. “Não se pode entender de forma correta a Palavra de Deus se ela for descontextualizada. Por isso, a Escola Diocesana quer ajudar você a compreender as palavras ou termos usados naquela época para que faça uma melhor interpretação da mensagem de Cristo na sua vida atual”, destaca Pilonetto.

SOMOS UM EM CRISTO

O intuito do Novo Testamento, Cartas de Paulo e demais escritos é despertar a fé, principalmente no anúncio do Cristo ressuscitado. Estes textos da Sagrada Escritura, em especial, mostram que Cristo, por meio da ressurreição, garante a Salvação.

É assim que se fundamenta a expressão de que a comunidade de fé é única no Corpo de Cristo. Entre as diferenças, São Paulo prefere e chama muito a atenção para os aspectos que podem unir as pessoas. Pode haver diferenças que deixam as pessoas separadas, porém o ponto em comum que Paulo salienta é que “Todos somos um em Cristo”. “O Cristo ressuscitado é para nós o centro da nossa fé. Por isso que Paulo fala de cristologia. O centro para nós é Jesus, o enviado do Pai. E depois, a eclesiologia tem a ver com a nossa vida de Igreja, de comunidade, que deve sempre refletir que somos filhos de Deus e Jesus nos une nessa filiação, não importando se eram judeus, gregos ou romanos desde que Cristo estivesse no meio de cada um. Em tantas circunstâncias de divisão, é importante olharmos uns para os outros e percebemos que somos um em Cristo que deu a vida por nós”, sublinha o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. Essas palavras expressam um pouco do que é a inspiração bíblica para este mês de setembro: “Vestir-se da nova humanidade” (Ef 4,24), que de modo muito simples implica, a partir da Palavra de Deus, vestir-se daquilo que Cristo deixou como ensinamentos. Assim se faz

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A venezuelana Ambar Peña na Igreja São Cristóvão, em Toledo a nova humanidade, que deixa para trás tudo aquilo que não é bom para a convivência fraterna, para vestir-se na vivência

“Muitas vezes conhecemos a história do time de futebol com riqueza de detalhes, quantos troféus, gols marcados em determinada partida e a até a relação dos jogadores. Porém, nós somos também chamados a conhecer desta forma a Palavra de Deus. A partir de conhecermos, vamos fundamentar e praticá-la com mais facilidade”.

do Evangelho. É isso o que Paulo quis fazer com a comunidade de Éfeso, que passava por incompreensões, práticas incoerentes, entre outras circunstâncias, para orientá-los a vestirem-se desta nova humanidade que Cristo deixou.

D. João reforça que a Comissão da Animação Bíblica se debruçou sobre o tema para oferecer a você algo prazeroso para conhecer a Sagrada Escritura. “A proposta é que façamos uma leitura da Palavra e nos aproximemos com fé, por meio de um momento de oração. Não façamos deste um mês em que entramos com a Bíblia no dia 1º de setembro

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CRISTO
UNIDADE EM
Selecione as Aulas da Escola Diocesana.

nas celebrações e depois só no final do mês. A intenção da Diocese é que não se passe despercebido esse período, mas que seja um período de vivência, contemplando o pilar da Palavra que sustenta nossa casa-comunidade eclesial missionária”, frisa.

“Não adianta conhecer sem praticar e muito pouco praticaremos sem conhecê-la. Muitas vezes conhecemos a história do time de futebol com riqueza de detalhes, quantos troféus, gols marcados em determinada partida e a até a relação dos jogadores. Porém, nós somos também chamados a conhecer desta forma a Palavra de Deus. A partir de conhecermos, vamos fundamentar e praticá-la com mais facilidade”, completa Ederson Pilonetto.

É assim que a Comissão da Animação Bíblica Diocesana convida catequistas e lideranças engajadas nas pastorais e movimentos. Contudo, é também oportuna essa proposta do Mês da Bíblia para as pessoas que estão afastadas. “Participe! De repente um versículo, uma palavra, desperte o senso de ser uma pessoa batizada e de fazer parte da missão de Cristo. Muito além das pessoas que estão diretamente ligadas às nossas comunidades, o nosso convite é para todos os cristãos. Com certeza, em algum momento, algo vai lhe chamar a atenção e quem sabe a partir de outubro a nossa vida, inspirada na Carta aos Efésios, vai se tornar um pouco diferente, e que ajudemos mais as comunidades que estão carentes de pessoas que nos auxiliem e dinamizem. Quem sabe seja esse o momento para nos despertar a uma vida ativa na comunidade de fé”, pontua.

CÍRCULOS BÍBLICOS E GINCANA PARA CATEQUIZANDOS

Para celebrar o Mês da Bíblica, a Comissão sugere ainda que os leigos se reúnam nos círculos bíblicos, que é incentivado aí na sua comunidade, como forma de estimular a reunião em torno da Palavra e quem sabe despertar para um estudo mais sistematizado nas escolas bíblicas paroquiais. Assim como foi no ano passado, a Comissão preparou cinco encontros para atender essa finalidade. Verifique na sua comunidade.

Já para catequistas e catequizandos, a Comissão propõe a realização da Gincana Bíblica. “A partir da Carta aos Efésios, 20 questões de assinalar e completar para os catequistas utilizarem nas comunidades da melhor forma possível para que também as crianças, desde já, comecem a estudar a Palavra”, diz Pilonetto.

A IDENTIDADE CRISTÃ GERA UNIDADE

Ainda contemplando a Carta aos Efésios, existem várias possibilidades em que as pessoas podem ser acolhidas e assim se engajarem na vida comunitária de fé, vestindo-se da nova humanidade e atuando em unidade. Ederson cita algumas maneiras como a história do fiel que se dedica na porta da Igreja para receber aqueles que vêm celebrar. Ou de outra pessoa que era muito tímida, mas que passou a fazer parte da equipe de Liturgia e está proclamando a Palavra. “São atitudes tão simples que mostram o quanto podemos contribuir para o bem daquele que vive na nossa comunidade ou está chegando”, comenta. “Essa é a intenção da Comissão da Animação Bíblica para este mês de setembro: que a Palavra de Deus transforme a nossa vida”, acrescenta.

Para vestir-se da nova humanidade é preciso, por exemplo, se despojar de preconceitos. E o tema inspirador para essas comemorações do Mês da Bíblia vai nesse caminho para dizer que não importa a nacionalidade, pois é o amor a Cristo, a vivência de seus ensinamentos e a fé na ressurreição que tornam todos irmãos.

Assim aconteceu com a venezuelana Ambar Parra Peña, que está na capa

desta edição da Revista da comunidade católica. Fiel leiga que participa das ce-

lebrações na Igreja São Cristóvão, em Toledo, ela também é aluna da Escola de Língua Portuguesa oferecida pela Cáritas Diocesana. O diferencial para essa jovem mulher de 30 anos sonhar com um futuro melhor é a experiência de fraternidade que viveu com um grupo de cursilhistas da Diocese visitante no Santuário Nacional de Aparecida. Depois das crises vividas em seu país e a tentativa frustrada pelo coronavírus de continuar sendo monitora no Santuário, ela conseguiu se estabelecer em Toledo graças a essa identidade cristã que se fundamenta na solidariedade e amor ao próximo, independente da sua condição. Formada em Direito, ela já conseguiu revalidar o diploma no Brasil, está empregada e busca sua naturalização. No período em que esteve como monitora no Santuário, passou a compreender, admirar e se aproximar intimamente da devoção mariana. As transformações para uma sociedade melhor, como todos rezam “mais justa e solidária” passam pelo ensinamento de Paulo aos Efésios. Para viver a autenticidade da fé é preciso seguir o princípio da vida nova: imitar a Deus, vivendo o amor, assim como há um só Senhor, uma só fé e um só Batismo. Os cristãos devem ser exemplo vivo dessa unidade que a fé proporciona e que supera todas as divisões humanas.

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Ambar Peña com a Bíblia na Igreja São Cristóvão, em Toledo

Ministros Auxiliares da Comunidade: agentes da Pastoral da Saúde

O serviço pastoral tem única matriz: levar o amor de Cristo às pessoas. As maneiras podem ser diferentes, assim como o tipo de formação. Mas em vários aspectos, a atuação é convergente. É o que acontece com os Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC), que tem seu jeito próprio de atuação nas celebrações e nas demais necessidades dos fiéis, dentre as quais a visitação aos doentes.

Neste serviço da Igreja, eles levam a Eucaristia a quem está enfermo e já não consegue mais participar da celebração na comunidade. Junto com a hóstia consagrada, também vai a Palavra de Deus e um breve momento de oração que o faz com muita preparação no ambiente familiar. É deste jeito, encontrando realidades diversas que seu campo de atuação como Ministro Auxiliar se alarga em outro

Madalena Schmidt falou sobre a dimensão sociotransformadora da Pastoral da Saúde enaltecendo participação nos Conselhos Municipais de Saúde

serviço Pastoral, no caso da Saúde, que já acontece sem muitas vezes se perceber. Em vista dessa admirável atuação do MAC, o tema central da formação permanente este ano, realizado em agosto, teve como foco essa proposta.

Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora e designado para a Pastoral da Saúde, salienta que existem pontos afins entre atividade do MAC no atendimento espiritual ao doente que contempla esta dimensão solidária do campo de atuação pastoral.

Para o ano que vem, ele informa, esta deverá ser a ação mais organizada do MAC para dar corpo às equipes paroquiais da Pastoral da Saúde. O evento formativo acentuou essa proposta, a partir de documentos do magistério da Igreja que versam sobre o assunto. Por sua vez, Pe. Luiz Carlos Franzener apresentou aquilo que Sagrada Escritura contempla sobre o tema. O seminarista Joaquim Cardoso conduziu um momento sobre o tema “Unção dos Enfermos”.

A equipe da Pastoral da Saúde, da Diocese de Toledo, apresentou vários conteúdos, desde a assistência religiosa até a visita ao doente acamado, que neste caso coube à enfermeira Franciele A’costa Perez, de Marechal Cândido Rondon, os cuidados e atenção ao enfermo e seus familiares, com a participação

de demais membros Vitor (Terra Roxa) e Edicleia (Jesuítas). Madalena Schmidt (Toledo), falou da importância de conhecer e participar do Conselho Municipal de Saúde, uma instância onde se definem as políticas públicas do setor. Esta presença nos conselhos de direitos do cidadão é o que se compreende como dimensões sociotransformadora da Pastoral da Saúde. A coordenadora diocesana, Célia Steim, animou os MAC: “Não deixem de visitar os doentes, façam visita com amor. Servir é bom”.

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Formação diocesana reúne MAC já atuantes Ministros Auxiliares da Comunidade acompanham explanação sobre a Pastoral da Saúde Ministros Auxiliares são importantes agentes da esperança Participantes da formação permanente dos MAC Guia da Pastoral da Saúde completa formação dos MAC MAC aprendem mais sobre a dimensão da visitação aos doentes

A nova edição do Missal Romano muda a participação dos fiéis nas celebrações?

A atenção e cuidado da Pastoral Litúrgica da Diocese de Toledo para que as celebrações sejam momentos de encontro do fiel com o Sagrado se expressam pela contínua formação de suas lideranças. Agentes da Pastoral, Equipes de Liturgia e Canto, e também dos Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC), estão atentos às novidades do Missal Romano, cuja nova edição passa a ser utilizada nas celebrações eucarísticas a partir do 1º Domingo do Advento, em 3 de dezembro. A nova edição do Missal Romano não muda a participação dos fiéis nas celebrações, mas os convida a celebrar profundamente o mistério da Salvação. Tecnicamente, a nova edição está melhor apresentada para facilitar sua utilização, seguindo os textos propostos. No Tempo do Advento, por exemplo, as missas da semana ganham formulário próprio a cada dia. Mas é sob o olhar da fé, que se estabelecem as transformações. Outro exemplo é o Tempo do Natal, onde a Epifania ganhou uma missa da vigília, que anteriormente era somente a missa do dia, com todas as suas orações próprias. Também foram incluídas orações de bênção sobre o povo desde a Quarta-feira de Cinzas até a missa da quarta-feira da Semana Santa. Eram facultativas, mas agora se fixam para ajudar a comunidade a dar passos nessa consciência pascal.

É importante os cristãos católicos

conhecerem o que é o Missal Romano para que assim possam, não só compreender melhor os ritos contidos na celebração, mas rezar verdadeiramente o Mistério Eucarístico.

“O Missal é o livro oficial, segundo o qual a Igreja celebra a Eucaristia. Tem uma primeira parte com as orações que se dirigem a Deus, comumente chamado Missal ou livro do altar, e uma segunda com as leituras bíblicas ao longo de todo o ano, o Lecionário. Embora, a rigor, o Lecionário e o Livro de Cânticos (Gradual) também pertençam ao Missal Romano, costuma-se chamar Missal, sobretudo, ao livro do altar, que contém as orações da celebração”, explica a Ir. Veronice Fernandes, mestra em Liturgia da congregação Pias Discípulas do Divino Mestre, atual coordenadora do Centro de Liturgia D. Clemente Isnard.

Em recente rodada de encontros com as lideranças nos quatro decanatos da Diocese de Toledo, ela reforçou aquilo que o bispo de Paranaguá, D. Edmar Peron, então presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB que trabalhou intensamente nessa nova edição do

Missal Romano, escreveu para a Revista Cristo Rei: que a nova edição do Missal seja conhecida pelos fiéis para que saiam do “automático” nos ritos, e tenham uma participação consciente, que brote do coração.

Para Ir. Veronice, a participação ativa e com conhecimento de causa passa pelo que já ensinou o Concílio Vaticano II (SC 48). Vale lembrar o que diz a Sacrosanctum Concilium sobre a formação litúrgica e a participação ativa: “É desejo ardente da Mãe Igreja que todos os fiéis cheguem à plena, consciente e ativa participação nas celebrações litúrgi-

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Ir. Veronice conduz encontro no Decanato Toledo A nova edição do Missal Romano é apresentada em Toledo Lideranças do Decanato Toledo acompanham exposição do conteúdo Oração inicial ao encontro no Decanato Toledo

cas, que a própria natureza da Liturgia exige e que é, em virtude do seu Batismo, um direito e um dever do povo cristão, ‘geração escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo resgatado’ (1 Pd 2,9; cf. 2,4-5). É a esta plena e ativa participação de todo o povo que se deve dar a maior atenção na reforma e promoção da sagrada Liturgia, porque ela é a primeira e necessária fonte onde os fiéis podem beber o espírito genuinamente cristão”.

Revista Cristo Rei – O que a nova edição do Missal apresenta?

Ir. Veronice – Vale acentuar que não é um novo Missal e sim uma nova edição, a terceira, após o Concílio Vaticano II. “Três razões para uma nova edição do Missal Romano devem ser salientadas:

1) Dar à Igreja um Missal latino decoroso para poder ser usado nas celebrações; 2) Apresentar regras claras para regular os legítimos pedidos de adaptações que chegavam à Congregação para o Culto Divino, o que resultou no cap. IX da Instrução Geral do Missal Romano (IGMR); 3) Reafirmar a vontade da Igreja de não deixar a liturgia à sorte de improvisadores e de criatividades selvagens e desautorizadas. A edição apresenta vastíssimo repertório de melodias gregorianas”. (Jeronimo Pereira, Revista de Liturgia (RL), 289/2022, p. 9).

RCR – Com a nova edição do Missal Romano, e com data para ser obrigatório seu uso – a partir do 1º Domingo do Advento, em 3 de dezembro – muitos leigos perguntam: “Mas a missa, vai mudar”?

Ir. Veronice – A 3ª edição do Missal Romano só fez algumas alterações. Não aconteceram mudanças profundas e sim “trata-se antes de incorporar a legislação já existente e de acréscimos, de insistências, de pequenas mudanças, especificações, que permitem esclarecer ou enfatizar alguns conceitos, bem como o sentido de alguns ritos, e, de algumas restrições ou retrocessos, à luz de uma compreensão um tanto legalista da Sagrada Liturgia” (Alberto Beckhäuser. Novas mudanças na missa, p. 8-9).

encontros decanais de formação, por que para essas lideranças (Pastoral Litúrgica ou Ministros Auxiliares da Comunidade, por exemplo) é imprescindível conhecer a nova edição do Missal Romano?

Ir. Veronice – Vamos mencionar o Papa Francisco que na Desiderio Desideravi recorda a necessidade da “formação para a Liturgia e a formação pela Liturgia”. “Sem formação litúrgica ‘as reformas no rito e no texto não ajudam muito’” (n. 34). Ou seja, é importante participar da formação litúrgica nos diversos cursos e em vários níveis, mas é essencial uma liturgia bem celebrada.

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Além do Missal, Ir. Veronice salienta o uso de outros elementos como o Lecionário Participantes no Decanato Rondon Rito de oração pelo encontro de formação no Decanato Rondon RCR – Pensando nos Oração inicial durante formação realizada no Decanato Rondon

Cáritas Diocesana lança camisetas com frases que inspiram solidariedade

A Cáritas Diocesana de Toledo acaba de lançar a venda de camisetas com o objetivo de promover solidariedade. Isso mesmo! Não se trata de uma grife, mas sim de um estilo próprio que tem uma causa envolvida: o apoio aos migrantes.

A partir de agora, quem adquirir as Camisetas Cáritas estará contribuindo diretamente com a sustentação financeira da Escola de Língua Portuguesa para estes estrangeiros que já convivem em cidades na região da Diocese de Toledo e que precisam aprender o idioma. A Escola de Português para Migrantes, iniciada em julho deste ano, é uma iniciativa que se conecta com o propósito

de melhorar a empregabilidade desta parcela da população.

As Camisetas Cáritas são feitas em Toledo pela empresa Rhudya Mara Confecções, e estão disponíveis também no modelo baby look. Trata-se de um produto bastante acessível pela magnitude da proposta e que chega até você,

que deseja vestir um produto de qualidade, com frases inspiradas no slogan: “Somos Cáritas, somos solidariedade”. Muitas vezes você não precisa fazer algo extraordinário, mas aquilo que está ao seu alcance. Cada camiseta que você adquirir, certamente contribuirá para o futuro dessas pessoas.

Para fazer a aquisição é muito fácil!

Basta apontar a câmera do seu celular para o QR Code. Ele vai direcionar ao formulário para o pedido. Você mesmo preenche a partir das indicações dos modelos disponíveis. Depois, é só escolher o tamanho. Para facilitar, tem uma tabela com as medidas, o que torna a compra ainda mais assertiva.

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Fotos: Jan

O Crocante C.Vale é de preparo fácil, rápido, com garantia de segurança alimentar para você e toda a sua família. Seu sabor único e inconfundível é resultado de um processo de agroindustrialização que utiliza somente matérias primas de qualidade. Porque para a C.Vale, despertar nas pessoas um mundo mais próspero é também levar alimentos de excelência para a mesa de quem você gosta. Experimente!

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Festa da padroeira motiva construção de nova Capela

A Capela Santa Teresinha do Menino Jesus, localizada em uma região de alta densidade populacional, na cidade de Toledo, pertencente à Paróquia Menino Deus, realizará no dia 1º de outubro a Festa da Padroeira. O sentido desta comemoração, sem dúvida, é de visitar a fonte que inspira o testemunho daquela que baseou sua vida na simplicidade, oração e na pureza da infância diante de Deus.

A Festa da Padroeira que a comunidade de fé organiza para o próximo mês se reveste também do significado da confraternização e da motivação pela construção de uma nova capela, com uma arquitetura mais moderna e condizente com a realidade do bairro.

O projeto da nova capela pretende oferecer uma experiência de oração aos fiéis ainda mais acolhedora. Localizada no Loteamento Pasqualli, no grande bairro Jardim Gisela, a capela teve suas origens em 2 de julho de 1996, quando foi recebido um terreno de 3.480m², além de mais oito lotes pelo senhor Dionizio Pasqualli. A

construção do salão, que se transformou nas instalações da capela, foi iniciada em 15 de maio de 1999. Sendo a vontade dos fiéis, a nova capela será erguida ao estilo octogonal.

Membros do Conselho Administrativo

Coordenador:

Clei de Camargo

Ana Maria Fabris de Camargo

Vice-coordenador:

Ricardo Silvestre Simonato

Rosemery Langer Simonato

Tesoureiro:

Elton de Moraes

Rita de Cássia Reis Araújo

Vice-tesoureiro

João Tomazelli Neto

Maria Aparecida Barbosa Maia

Tomazelli

Conselho de Pastoral da Comunidade

Euclides Jacó Benke

Marisete

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Projeção da nova Capela Santa Teresinha do Menino Jesus, em Toledo Justina Molossi Benke SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS Projeção noturna da fachada da nova capela Projeção aérea da nova construção Comunidade celebra a Vigília Pascal de 2014 Atuais instalações que os fiéis contam para suas celebrações

Há 50 anos, Frades Menores Missionários distribuem “Paz e Bem”

Os 50 anos da Congregação dos Frades Menores Missionários é marcado pelo compromisso renovado do seguimento a Cristo ao estilo de São Francisco de Assis: na contemplação, penitência, fraternidade, eclesialidade e na alegria missionária distribuindo “Paz e Bem” a todos. Essa foi a principal mensagem no contexto jubilar transmitida em celebração eucarística na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Ponta Grossa. A Congregação foi fundada em 15 de agosto de 1973. Participaram da celebração, o bispo da Diocese de Toledo, D. João Carlos Seneme, o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, e o ecônomo da Diocese, Pe. Geraldo Marino Ferreira. A comi -

tiva prestigiou o aniversário da congregação que está presente e muito contribui com a evangelização na Diocese de Toledo.

Além da acolhida aos símbolos que marcam o cinquentenário da Congregação, e da recordação dos freis fundadores que, guiados pelo Espírito Santo, deram início à

família dos Frades Menores Missionários, os franciscanos rezaram o compromisso aos “três amores” de São Francisco para que “Cristo encarnado, Cristo crucificado e na Eucaristia” continuem sendo o sustento de caminhada da família franciscana. Assim, como dito na celebração, ressoaram por todo o Ano Jubilar as trombetas da gratidão e do louvor.

Frei Amarildo Cupertino Pereira, Ministro Geral da Congregação, manifestou aos participantes da celebração: “Não tenhamos medo de olhar para frente. O Senhor está conosco! Não descuidemos da nossa vida comunitária e da vida oracional. Somos chamados a espalhar a semente do amor, da misericórdia e da paz de Nosso Senhor”.

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Apresentação da imagem da Padroeira Nossa Senhora de Fátima Fotos: @escrevendocomluz e Silvia Menon Momento devocional luminoso a Nossa Senhora de Fátima D. Sérgio Braschi, bispo diocesano de Ponta Grossa, no rito de bênção com a relíquia de São Francisco de Assis Crianças com vestes franciscanas participam da celebração

Diocese de Toledo prepara encerramento do Ano Vocacional 2023 com Festival Vocacional

A Comissão Diocesana responsável pela realização do Ano Vocacional 2023 dedica-se intensamente na organização e articulação do último e mais esperado evento vocacional deste ano, o Festivo – Festival Vocacional da Diocese de Toledo. Ele está programado para o dia 22 de outubro, nas dependências do Centro de Eventos Pe. José Aparecida Bilha, do Seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes.

A iniciativa pretende congregar as famílias em um dia dedicado ao fomento dos talentos infantojuvenis e à promoção de uma cultura vocacio-

Venha participar!

14h30 - Abertura do Festivo

- Apresentações musicais e de dança

- Exposição na Tenda dos Carismas

- Playground para as crianças

- Testemunhos Vocacionais

18h30 - Missa em ação de graças pelo Ano Vocacional 2023

Como inscrever minha Paróquia para uma apresentação?

Cada Paróquia tem a oportunidade de inscrever-se com uma apresentação artística, seja musical (em grupo ou individual) ou de dança (em grupo). A escolha da apresentação fica sob a responsabilidade da Paróquia, devendo ser encaminhada à comissão do evento a inscrição do(s) candida-

nal. A programação será dedicada às apresentações culturais com música religiosa e dança tradicional e contemporânea em torno ao tema da vocação. “Teremos belos testemunhos vocacionais para inspirar as novas gerações à busca de se tornar um dom de Deus para o bem do mundo”, comenta o reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, Pe. Juarez Pereira de Oliveira.

Ele salienta que movimentos, congregações religiosas e pastorais diocesanas estão convidadas a participar da exposição de seus trabalhos, carismas e serviços no espaço dedicado ao

to(s), segundo o edital à disposição no site da Diocese. Havendo vagas remanescentes, será realizada uma nova chamada de inscrição. Inscrições na secretaria da sua Paróquia. Confira o edital completo no site www.diocesetoledo.org.

Como inscrever nosso Movimento, Congregação ou Pastoral para a exposição?

Os responsáveis dos organismos serão contactados e convidados pela equipe organizadora da Tenda dos Carismas, precisando confirmar a participação até a data limite estipulada no cronograma de planejamento do Festivo.

conhecimento do serviço que a Igreja diocesana presta à região. Para isso, será montada a “Tenda dos Carismas”.

As crianças serão contempladas com parque infantil e várias brincadeiras no pátio do Seminário, podendo os pais e amigos aproveitarem do evento com liberdade enquanto os filhos se divertem em atividades de recreação.

O ponto alto do Festivo será a celebração da Eucaristia. “O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, padres, comunidades e famílias agradecerão juntos por esse Ano Vocacional tão lindo em que ressoou mais uma vez em nossa Diocese a chamada do Senhor: ‘Vem e segue-me’”, destaca.

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Entronização do símbolo jubilar e da relíquia de São Francisco de Assis Apresentação das fotos dos fundadores, dentre eles Frei Eusébio Ferreto que atuou por muitos anos na Diocese de Toledo Frei Amarildo, Ministro Geral da congregação, dirigiu seu agradecimento

Coral Cristo Rei: 75 anos de encantos e evangelização

Um patrimônio cultural e espiritual para a Diocese de Toledo. Assim pode ser definido o Coral Cristo Rei com a admirável marca de seus 75 anos de existência. Uma trajetória marcada pela dedicação de inúmeras vozes nas suas diferentes formações e o rigor nos ensaios que contribuem sobremaneira para que seus destinatários contemplem o transcendente por meio do canto coral.

Fundado em 15 de agosto de 1948, o Coral Cristo Rei mantém atividades ininterruptas, com bons, grandes e contínuos serviços de boa música coralística prestados à população de Toledo e região, em diversos tipos de eventos, sobretudo em celebrações religiosas, dentre as quais ordenações episcopais e sacerdotais. Na sociedade, o Coral Cristo Rei – que antes se chamou Coral da Igreja e Vozes das Torres – detém em seu histórico a presença nas recepções de autoridades, posses de

prefeitos, vereadores, formaturas de estudantes da educação básica ao nível superior, aberturas de desfiles cívicos e das 20 primeiras edições do Festival de Inverno (Festin). É a entidade sociocultural mais antiga de Toledo e, assim sendo, participou estreitamente de fatos da história do Município, bem como de muitos

concertos oratórios, envolvendo-se com música popular, folclórica, regionalista, erudita popular e religiosa, inclusive em outros Estados brasileiros.

Atualmente, o Coral Cristo Rei está sob regência do professor Djonatan Ledur que imprime sua marca própria na dedicação e responsabilidade de preservar o legado deixado pelos que o antecederam, notadamente o professor Darcysio Fritsch que esteve à frente do Coral desde 1967 até 2020 e faleceu em 20 de maio de 2021. Na adolescência, Djonatan cantou por bastante tempo no Coral que hoje dirige, tendo profissionalmente se formado em música, lecionando piano e técnica vocal. “Certamente conduzirá o Coral por muito anos com a graça e bênção de Deus e Nossa Senhora”, comenta Neusa Federhen, uma das mais antigas coralistas. “Agradecemos a todos que já participaram deste Coral e parabenizamos os nossos coralistas e maestro que fazem continuar essa história”, acrescenta.

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Coral Cristo Rei: 75 anos de evangelização por meio do canto coral Djonatan Ledur é atualmente o regente do coral mais longevo

DE TEMPOS EM TEMPOS, A RENOVAÇÃO

O ingresso de novos coralistas mantém o Coral Cristo Rei presente e atuante na Igreja e na sociedade. Adriana Bueno faz parte do grupo há 15 anos, cujo convite foi feito por Neusa, sua madrinha de Crisma. Foi um convite que a deixou feliz, mas também preocupada. “Entrar no Coral Cristo Rei, com aquelas vozes tão lindas, não sabia se a minha seria tanto quanto as demais”, lembra. Quando criança, ela cantava no coral infantil do Colégio Incomar. “Para mim, o Coral é muito importante. Ele me ajudou a curar de uma depressão que passava na época. Fico feliz ao emprestar minha voz ao canto coral com as lindas canções de evangelização e também por possibilitar uma

experiência do amor de Deus nas celebrações eucarísticas. Amo muito cantar nesta família do Coral Cristo Rei”, destaca.

Rosimeire Cristina Alves conta que sempre que participava das missas aos domingos e ouvia o Coral Cristo Rei, imaginava-se um dia como integrante do grupo de coralistas. “Quando ouvia o Coral cantando, ficava maravilhada. E pensava: um dia estarei ali com eles. Até que esse dia chegou porque tomei coragem. Procurei a Neusa, que é a nossa presidente, e ela pediu para falar com o professor Darcysio, nosso maestro de saudosa memória. Fui no ensaio, fiz o teste e aqui estou no Coral. É uma alegria imensa fazer parte de um grupo tão família

como é o Coral Cristo Rei”, comenta. Cantar é um ato que tem inúmeros significados para uma pessoa. Para Rosimeire a música tem um aspecto mágico, com suas notas musicais e tons. “É maravilhoso. Faz um bem enorme para nossa alma. E cantar em coral, principalmente no Cristo Rei, quando se ouve a melodia e a harmonia das vozes se encaixando, traz uma sensação de paz ao coração. Cada vez que saio dos ensaios ou celebrações, saio mais leve e feliz porque a música causa isso em mim. Traz essa sensação de leveza e bem-estar”, afirma.

A sua participação no Coral Cristo Rei é tão contagiante que ela trouxe a mãe, a senhora Nair Savani Alves, de 74 anos para os ensaios. Nair cantou por muitos anos no coral da Igreja Matriz de Santo André, no Estado de São Paulo. Há oito meses ingressou no Coral Cristo Rei por incentivo da filha. “Estou feliz em ser integrante deste maravilhoso Coral. Sou uma pessoa que gosta muito de música. Canto desde criança. A música nos inspira uma sensação de paz, num dom maravilhoso que Deus nos deu. Cantar no Coral Cristo Rei é maravilhoso, é lindo demais e muito significativo para mim”, completa.

Assista o Coral Cristo Rei

No dia em que completou seus 75 anos de existência, a Revista Cristo Rei esteve presente na noite de ensaio do Coral Cristo Rei e registrou esse momento em vídeo. Você pode assistir a um trecho do ensaio. É só apontar a câmera do seu celular para este QR Code, clicar no link e depois compartilhar a publicação com familiares e amigos. Além de trecho do ensaio, o vídeo mostra o Coral Cristo Rei nas celebrações da Sexta-feira Santa e da Vigília Pascal deste ano.

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Formação do Coral Cristo Rei reúne todas as idades Ensaios são marcados por muita dedicação Ensaio realizado na Catedral Cristo Rei

Palotinense professa votos perpétuos na congregação dos Padres Marianos

“Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido” (Sl 50,12). Com este lema, o seminarista Gustavo Alberto Pavan, natural de Palotina (PR), 30 anos, irá professar seus Votos Perpétuos na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, no dia 8 de setembro, às 19h, na Paróquia São Jorge, em Curitiba.

A Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição foi fundada por Santo Estanislau de Jesus Maria Papczyński, em 24 de outubro de 1673, na Polônia, e renovada pelo Beato Jorge Matulaitis, em 1909. A profissão dos votos perpétuos pelo seminarista Gustavo será transmitida pelo Youtube da Congregação dos Padres Marianos e Facebook da Paróquia São Jorge.

Nascido em Palotina, em 14 de janeiro de 1993, filho de Milton e Dalva Pavan, Gustavo Pavan cresceu em uma família católica. A oração diária do rosário de sua mãe foi essencial para seu resgate e retorno ao seio da Igreja, após uma experiência com Cristo Ressuscitado e o Espírito Santo, em 2013, durante um

retiro da Renovação Carismática Católica (RCC).

Membro ativo na Paróquia São Vicente Palotti, em sua cidade natal, em 2015 o seminarista começou a sentir uma inquietação, a qual não sabia explicar, e com a ajuda de Nossa Senhora foi direcionado a entender que Cristo o chamava ao Ministério do Sacerdócio.

Em 2016 (Ano da Misericórdia), Gustavo deixou os pais, três irmãos e suas respectivas famílias, trabalho, faculdade e amigos para ingressar na Congregação dos Padres Marianos.

Atualmente, vive no Seminário Maior São Pedro e São Paulo, na capital do Estado, onde é estudante de Teologia. Durante sua missão, também morou nas cidades de Ma-

noel Ribas (PR), para seu noviciado, e Adrianópolis, em seu ano pastoral.

No dia 8 de setembro, professará perpetuamente os seguintes votos de Pobreza, Castidade e Obediência: “Peço ao Senhor da Messe que me ajude a ser fiel e perseverante até o fim, a exemplo de Maria Imaculada e de Santo Estanislau de Jesus e Maria. Sinto uma paz interior e uma alegria muito grande em dar este passo na minha trajetória vocacional”.

Thaís Ramos, Comunicação da Paróquia São Jorge

Diocese de Toledo terá 1º Muticom

A Diocese de Toledo, por meio da Pastoral da Comunicação, está organizando o 1º Mutirão de Comunicação (Muticom), com o tema “Comunicar é dom e compromisso”.

Por ser a 1ª edição, ela está com boa receptividade junto ao público. Pensando em agregar a programação, a proposta do evento é contribuir para a formação dos agentes da Pastoral da Comunicação – leigos com ou sem experiência na área, mas que estão engajados neste serviço eclesial, bem como aos demais interessados.

A programação do evento é constituída de duas conferências e três oficinas práticas, com temas que envolvem a espiritualidade no trabalho da Pascom e a comunicação assertiva na Igreja. Os conferencistas serão Pe. Vanderlei Ghelere, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças (Novo Sarandi) e pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova); e Pe. Adilson Naruishi, assessor da Pascom no Regional Sul 2 (Igreja no Paraná).

O Muticom será dia 21 de outubro, às 18h30, no Instituto São João Paulo II, em Toledo.

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Gustavo Pavan em preparação para os votos na Congregação dos Padres Marianos, em Curitiba Gustavo, com seus pais, Milton e Dalva, em celebração na cidade de Manoel Ribas, ocasião dos primeiros votos na congregação

Diocese de Toledo recebeu padres de todo o Paraná

Com muita alegria, a Diocese de Toledo acolheu o Encontro Regional de Presbíteros da Igreja Católica no Paraná – Regional Sul 2. O evento teve como base o tema “Presbíteros: Testemunhas da Esperança” e a inspiração bíblica da Carta aos Romanos “Alegres na esperança, perseverantes na tribulação e constantes na oração” (Rm 12,12). Foi uma semana de reflexão, convivência e confraternização, de 21 a 25 de agosto último, mas também de partilha das experiências de vida.

Na abertura da programação do Encontro, os padres do Paraná participaram de celebração eucarística na Catedral Cristo Rei, presidida pelo bispo diocesano D. João Carlos Seneme, e concelebrada pelo seu colega de episcopado, o bispo da Diocese de União da Vitória, D. Wagner Jorge Pinto, que é o bispo referencial para os padres no Es-

tado. Participaram cerca de 150 padres. O Encontro Regional foi sediado no Centro de Formação Instituto São João Paulo II, onde Pe. Manoel José Godoy, membro do clero da Arquidiocese de Belo Horizonte, ministrou sete conferências a partir do tema e lema do encontro. Além de todo a dedicação com o encontro, Pe. Manoel concedeu entrevista para a Voz da Diocese de To-

Conheça a nova composição da CRP

Presidente: Pe. Edson Zamiro da Silva - Diocese de Apucarana

Vice-presidente: Pe. Emerson Detoni - Diocese de Palmas-Francisco

Beltrão

Secretário: Pe. Sidnei José Reitz –Diocese de União da Vitória

ledo, que você pode assistir no Facebook Revista Cristo Rei.

A programação incluiu ainda algumas apresentações culturais (veja na seção Comunidade Viva). Os padres também marcaram presença na missa da comunidade na Igreja Menino Deus, em Toledo. O evento acolheu dois padres vindos de Guiné-Bissau (África), onde a Igreja Católica no Paraná mantém a Missão Católica São Paulo VI. Pe. Luís Paulo da Costa Monteiro e Pe. Paulo de Pina Araújo, membros do clero da Diocese de Bafatá apresentaram o Projeto “Somos todos Irmãos”.

O coordenador do clero da Diocese de Toledo, Pe. Mauro Cassimiro, por sua vez, sublinhou que o tema proposto para reflexão no evento, contribui na formação e reflexão sobre a caminhada presbiteral no Paraná. Ao final do evento, foi eleita a nova composição da Comissão Regional de Presbíteros (CRP).

Vice-secretário: Pe. Martinho Luís

Hartmann - Diocese de Ponta Grossa

Tesoureiro: Pe. Ivanildo Gasparrini –Diocese de Foz do Iguaçu

Vice-tesoureiro: Pe. Reginaldo Teruel Anselmo – Diocese de Maringá

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Padres celebram a Eucaristia na Catedral Cristo Rei D. João dirige acolhida aos padres de Guiné-Bissau que participaram do Encontro Regional Participação do clero da Diocese de Toledo no evento Referencial para os padres no Paraná, D. Wagner Jorge (bispo de União da Vitória) acompanhou o encontro em Toledo

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Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 25 XXVII - nº 295 de 2023 25 Descubra a

Seminaristas assumem novos compromissos na caminhada vocacional

A caminhada de configuração com Cristo, o Bom Pastor, exige passos que vão sendo dados com liberdade e discernimento para o bem do formando. Por isso, neste processo ao responder sim cotidianamente ao chamado de Deus vai se progredindo na caminhada rumo ao Sacerdócio. O primeiro deles, a Admissão as Ordens Sacras é o acolhimento da Igreja ao desejo de se doar a Deus e a Ela. Um passo que impulsiona a colocar o coração ainda mais próximo do coração do mestre Jesus para ser configurado ainda mais pelo seu coração amoroso e misericordioso.

Nesse contexto de caminhada vocacional, foram admitidos às Ordens Sacras os seminaristas Gabriel Crome dos Santos, da Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand); Matheus Orlando, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand); Matheus Thim, da Paróquia Nossa Senhora de Fatima (Maripá); e Mayron Fabrício de Oliveira, da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo).

Por sua vez, o Seminarista Antonio Aparecido de Souza Junior, da Paróquia São Roque (Nova Aurora), foi instituído no Ministério de Leitor. E o seminarista

Joaquim José da Silva Cardoso, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand), foi instituído no Ministério de Acólito.

Pe. Juarez Pereira de Olveira, reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja explica que os Ministérios de Acólito e Leitor são marcos que sinalizam mais intensamente o serviço de doação e compromisso com a Igreja. “No Ministério de Leitor, o candidato é convidado a estabelecer um maior vínculo com a Palavra de Deus, ouvindo-a, refletindo-a e propagando-a pelo anúncio e testemunho zeloso de amor. A Palavra é o alimento primordial para a vida de configuração com o Cristo Bom Pastor, pois nela encontram-se os gestos e atitudes a serem realizados de acordo com os que pede o próprio Cristo. No Ministério de Acólito, o candidato é motivado a viver cada dia mais de modo eucarístico, servindo ao altar com zelo e dedicação. Um tempo de dedicação e empenho no conhecimento da Sagrada Liturgia se preparando para o futuro ministério ordenado”, informa.

Ainda de acordo com ele, estes passos que vão sendo realizados trazem impulso e vigor para a caminhada for-

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D. João Carlos Seneme dirige sua mensagem vocacional à comunidade de fé que celebrou os ritos aos seminaristas e o encontro com coroinhas e acólitos Seminaristas diante do bispo diocesano na admissão às Ordens Sacras Fotos: Juan Matoso

mativa, pois estando abertos para estes processos, a graça e o amor de Deus vão envolvendo os vocacionados por inteiro, para bem configurar ao Cristo.

“Deus que os chamou, com suas limitações, mas também com potenciais para serem desenvolvidos, é capaz de transformar a cada dia seus corações, em servidores: Servos comprometidos com a Palavra e com a Eucaristia. O caminho é realizado através da força que se recebe das orações, por isso, na caminhada celebra-se com a comunidade

diocesana estes feitos de Deus em suas vidas”, salienta.

As orações pelas vocações produzem frutos, mas para que sejam cada dia mais proveitosas, cabe a cada um ajudar crianças, adolescentes e jovens a compreender o chamado de Deus, para escutar Sua voz. “Sejamos em nossas famílias e comunidades animadores vocacionais, que inspirem a todos a responder a cada dia ao seu chamado. Que Maria Mãe da Igreja interceda por cada seminarista em sua caminhada

formativa e por todos aqueles que se empenham na oração e animação das vocações”, convida.

Os ritos de admissão e instituição foram administrados pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, durante Celebração Eucarística realizada no último dia 30 de julho, na Igreja Nossa Senhora da Glória, em Quatro Pontes, durante o Encontro Diocesano de Coroinhas e Acólitos, marcando assim um momento de muita fé e de animação vocacional.

Rito de instituição ao Ministério de Acólito ao seminarista Joaquim Entrega da Palavra ao seminarista Antonio, instituído no Ministério de Leitor

Recuperação estrutural da Catedral chega à reta final com Projeto “Tudo de Cor”

A restauração na estrutura de concreto armado da Catedral Cristo Rei, em Toledo, está concluída. E agora o projeto de revitalização das suas instalações entra na reta final com a realização da pintura. A viabilização desta última etapa acontece por meio do Projeto Tudo de Cor, da AkzoNobel Brasil, fabricante da Tintas Coral, intermediado pela empresa Central Tintas.

O pároco da Catedral, Pe. Hélio José Bamberg, comenta que este é um momento muito importante na história da Paróquia Cristo Rei (Catedral) e que, após um ano e meio de obras, a expectativa gira em torno do prazo de conclusão. Conforme as condições do tempo permitirem, a meta é entregar a pintura até novembro. “Que Deus nos dê força e coragem para chegarmos à Festa de Cristo Rei com os sinos tocando e a Catedral restaurada”, espera Pe. Hélio. Segundo o empresário Joel Loh, da Central Tintas, o projeto “Tudo de Cor” contribui diretamente com as comunidades, revitalizando espaços que são muito significativos para elas. “Conectamos esse projeto da Tintas Coral, através da Central Tintas, propiciando uma melhoria para a Catedral que é um símbolo máximo do cristianismo das origens de Toledo. Ficamos muito felizes em fazer essa ligação da Central Tintas com a Catedral e a Tintas Coral e

trazer esse benefício por meio da doação das tintas premium especiais”, comemora. A pintura na área externa contará com a utilização da tinta “Coral Sol e Chuva”, que tem característica de ser emborrachada, com elasticidade, visando conferir mais durabilidade a esse trabalho de restauração. Contudo, a execução da pintura ganha um certo grau de dificuldade por conta dos vitrais, que exigem um serviço minucioso na preservação do encanto que proporcionam através das imagens embutidas na estrutura. Os vitrais

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Joel Loh, da Central Tintas, expõe a parceria com a Tintas Coral e a Catedral Cristo Rei Albarello conversa com engenheiro Wilson Schiavinato Junior e o empresário Joel Loh

encantam pela história da Salvação que transmitem a quem se coloca em sentido de contemplação. “A Catedral tem toda essa beleza monumental, com uma arquitetura própria muito linda. Com certeza, a restauração e a pintura vão contribuir ainda mais”, afirma Joel Loh.

O coordenador do Conselho Econômico da Paróquia, Nelson Gafuri, salienta o empenho de muitas pessoas e empresas

que fazem o projeto caminhar para sua conclusão. “Temos que agradecer a toda comunidade que continua disposta a colaborar e entende que o projeto é de grande vulto. Um projeto ousado, mas que as pessoas perceberam a necessidade. A Catedral ficará nova”, destaca.

EXECUÇÃO DA RESTAURAÇÃO

De acordo com o engenheiro Wilson Schiavinato Junior, da Rawi Engenharia, o restauro e recuperação estrutural se mostraram necessários por conta da oxidação do ferro, com a identificação de pontos de corrosão na armadura de concreto. “Vários pontos não tinham cobrimento adequado de armadura o que proporcionou maior corrosão. Mas era o processo da época”, comenta ao recordar o projeto original da Catedral. Com isso, o tempo de realização desta recuperação se estendeu em razão da grandiosidade da obra e de todo o cuidado para não mudar o sentido que tem a arquitetura da Catedral. Além dos trabalhos na estrutura do prédio em si, a recuperação alcançou a torre dos sinos. “É um trabalho bem detalhista que é feito com muito cuidado”, salienta o engenheiro.

Por um motivo muito especial, o tesoureiro do Conselho Econômico da Paróquia, Gilberto Albarelo, salienta a preocupação de todas as pessoas envolvidas diretamente com a recuperação das estruturas do prédio da Catedral e menciona um agradecimento especial às pessoas físicas e jurídicas que realizam suas contribuições para a conclusão da obra. “Para os cristãos a Catedral é um ponto de referência na fé, de expressão da religiosidade e de gratidão a Deus. E para tantas pessoas também é uma razão para conhecer Toledo”, observa.

Reforçando as palavras de Albarelo, o pároco da Catedral, Pe. Hélio expressa gratidão a toda comunidade que percebeu a necessidade e exigências da revitalização executada pela Rawi Engenharia e agora com a doação das tintas, intermediada pela Central Tintas junto ao projeto da Tintas Coral. “Agradecemos a todos, sabendo que o ritmo de recuperação deste espaço é o que o povo oferece ao seu tempo”, conclui.

A Paróquia Cristo Rei foi criada em 1º de janeiro de 1952. O atual prédio da Catedral Cristo Rei, onde as pessoas se encontram para suas orações pessoais e comunitárias, e que recebe visitantes de outras cidades, teve sua construção iniciada em 1975. Dez anos depois, ela foi inaugurada no contexto do Jubileu de Prata da Diocese de Toledo,

1985.

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em de setembro de Albarello, Maria, Pe. Hélio e Gafuri conversam sobre o projeto Manchas mais claras evidenciam onde a recuperação da estrutura foi executada nas proximidades da sacristia Recuperação feita na estrutura próxima de uma das portas de acesso

Jornada de Oração pelas Vocações

Mais uma vez, adultos e crianças, jovens e idosos, enfim, a família da Diocese de Toledo se envolveu e participou da Jornada de Oração pelas Vocações. Esta foi a 2ª edição realizada pela Igreja no Paraná (Regional Sul 2 da CNBB). Em todas as 31 paróquias da Diocese e uma Quase-Paróquia, o momento oracional simbolizou o chamado aos fiéis para rezar pelas vocações, mas também representou a necessidade do despertar vocacional nas novas gerações. A Jornada de Oração pelas Vocações na Diocese de Toledo proporcionou a reunião da família para rezar, a aproximação de pais e filhos por meio da oração e envolveu a comunidade de fé nesse objetivo. Aos poucos, gestos como estes passarão a compor a cultura vocacional tão esperada.

Paróquia Cristo Rei

Confira vários desses momentos de unidade na oração pelas vocações realizados pelas comunidades e que foram compartilhados com a Revista Cristo Rei.

Paróquia São Cristóvão

Paróquia São Francisco de Assis

Catedral Toledo Toledo

Capela São Francisco de Assis

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Paróquia Maria Mãe da Igreja Marechal Cândido Rondon Fotos: Juan Matoso

Capela Nossa Senhora da Saúde

Paróquia Nossa Senhora das Graças – Novo Sarandi

Paróquia São Pedro

Paróquia Nossa

Senhora de Fátima

Paróquia Cristo Rei

Paróquia Santo Antônio

Formosa do Oeste

Em Formosa do Oeste, a Jornada de Oração pelas Vocações foi realizada em momentos diferentes do dia. A comunidade decidiu por organizar quatro horários para esta finalidade, sendo um pela manhã, dois à tarde e um grupo reunido à noite. Assim, possibilitou-se que mais pessoas pudessem participar deste momento sagrado de oração pelas vocações, como catequistas, catequizandos, famílias e Apostolado da Oração, por exemplo.

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Entre Rios do Oeste Vila Nova São Pedro do Iguaçu Fotos: Sandra Moreira

Paróquia Santo Inácio de Loyola

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Jesuítas Ouro Verde do Oeste

Paróquia Nossa Senhora de Fátima

Paróquia Sagrado Coração de Jesus

Na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândido Rondon, a Jornada de Oração pelas Vocações aconteceu dia 19 de agosto, e na mesma data realizou-se outra atividade: a Missão Vocacional. Para isso, seminaristas da etapa do Discipulado, do Seminário Maria Mãe da Igreja, e religiosas trabalharam a dinâmica vocacional com todas as turmas de Catequese, coroinhas e acólitos da Matriz e comunidades. A atividade fez parte de uma programação paroquial no contexto do Ano Vocacional e ocorreu exatamente na data em que a comunidade se reuniu para rezar pelas vocações.

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Marechal Cândido Rondon Maripá Fotos: Sandra Moreira Fotos: Patrícia Pelissari Fotos: Patrícia Pelissari

Irmãs Franciscanas promovem Encontro Vocacional

Este Ano Vocacional está sendo rico de experiências vocacionais. Para nós, Irmãs Franciscanas da Beata Angelina, tem sido uma alegria receber adolescentes e jovens que são fruto das visitas missionárias nas diversas paróquias de nossa Diocese de Toledo.

Encontro Vocacional

Irmãs Franciscanas da Beata Angelina

1º Domingo do Mês. Horário: 8h às 16h

Rua Rio Grande do Sul, 1173. Jardim

Porto Alegre, Toledo.

Jovem, entre em contato conosco:

Partilhamos com os leitores da Revista Cristo Rei a alegria imensa que tivemos em receber todas estas jovens em nossa casa no encontro vocacional do mês de agosto. O encontro, que se iniciou às 8h, com um delicioso café da manhã, seguiu com um momento de oração na capela, uma reflexão sobre a Parábola dos Talentos e o tema da formação humana. Após o almoço, uma gincana muito divertida com premiação para a melhor equipe.

(45) 3278-8474 ou (45) 93300-1685

“Transformar as ‘sombras de um mundo

fechado’ em ‘um mundo aberto’, onde a solidariedade, o diálogo e o amor sejam uma constante”, é uma proposta do Texto-base do Ano Vocacional e que sentimos estar colocando em prática, possibilitado nesse dia de convivência fraterna às jovens. Assim, elas podem fazer a experiência de ser “irmãs umas das outras”, sentir o clima de paz, de união de fraternidade. Como é bom para nós, irmãs religiosas consagradas possibilitar essas experiências de encontro com Cristo a quem vem em nossa casa. Devemos gerar processos de encontro, processos de paz. Isso é vocação!

Ir. Mary Carmen Pauletto Irmãs Franciscanas da Beata Angelina Toledo/PR

“É justo que muito custe o que muito vale”

O título acima vem de um pensamento de Santa Tereza d’Ávila e permeou uma palestra realizada durante a Semana Nacional da Família (6 a 13/08), proferida pela Dra. Sônia Sirtoli Färber, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Marechal Cândido Rondon. Trata-se de um pensamento que emerge da proposta de Jesus acerca do Reino de Deus, ao qual todos são vocacionados a promover e participar.

No Evangelho de Mateus, em parábolas, Jesus descreve o Reino do Céu como “um tesouro escondido no campo” (Mt13,44-46). Nelas, Jesus sublinha a proporcionalidade existente entre a aquisição de algo valioso e a dificuldade e empenho necessários para ter êxito. Assim é o Reino de Deus, assim são todos os dons e bens valorosos que acompanham a vida do cristão.

De acordo com o pároco, Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, na palestra foram mencionados esses elementos, contemplando que a vocação é ato divino que eleva, de forma inigualável, a autoestima da pessoa, pois é o gesto de olhar, perceber e atrair que Deus faz em direção ao vocacionado. E, este gesto gratuito e generoso coloca a pessoa num lugar de proximidade com Deus que, quem o percebe, troca tudo por mantê-lo.

“A vocação à vida acontece na família e, a vida familiar, é chamada a ser o exercício deste olhar ininterrupto de Deus sobre nós, daí a sua excelência e raridade. Por isso custa, mas este custo,

para quem reconhece o seu valor, vale a pena ser perseguido, mesmo que para este fim tenha que abrir mão de outros bens e trocar tudo para poder tê-lo”, comenta.

Na palestra, os participantes compreenderam que a família é, como na analogia de Jesus, uma pérola de valor inestimável. “É linda e todos a querem, mas não nasce pronta. Como a pérola ela ganha força, brilho e valor na luta cotidiana e silenciosa para resistir ao mal (a areia) que quer ganhar espaço no seu interior (na concha), o esforço doloroso e contínuo fortalece a beleza, mesmo que escondida dentro da ostra”.

Assim, a vocação, nesse caso à família, é caminho exigente e cheio de renúncias, mas no fim, à despeito das dificuldades, percebe-se que é justo que seja custoso conquistar o que realmente é valioso.

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Santa Tereza d’Ávila Fotos: Oficina da Foto

Semana Nacional da Família na Diocese

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes

Tupãssi

Em Tupãssi, a Semana da Família foi aberta com celebração eucarística, presidida pelo recém-ordenado, Pe. Leonardo Castro. A celebração teve a participação da Pastoral Familiar, alguns membros das capelas que entronizaram a imagem da Sagrada Família juntamen-

te com a equipe celebrante. No final da missa, houve homenagem para todos os pais, reforçando a importância da família como semeadora e berço das vocações. O pai com mais idade presente na celebração foi presenteado pela comunidade. O pároco, Pe. Solano

Paróquia Santo Inácio de Loyola

Jesuítas

Capela Nossa Senhora Aparecida

Marechal Cândido Rondon

Tambosi, fez o acolhimento ao neo-sacerdote, Pe. Leonardo, agradecendo a sua vocação e presença na comunidade. Ao final da celebração eucarística, houve um momento de confraternização no Salão Social.

Paróquia Nossa Senhora do Carmo

Assis Chateaubriand

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Entronização da imagem da Sagrada Família Rito de bênção às famílias Família apresenta o ícone elaborado para as celebrações na Diocese Rito de bênção aos pais na celebração eucarística em Jesuítas Participação dos pais na celebração eucarística em Jesuítas Família participa da Liturgia na Igreja Santo Inácio de Loyola, em Jesuítas Famílias apresentam símbolo do Ano Vocacional e a imagem da Sagrada Família em Jesuítas Fotos: Pascom/Paróquia Nossa Senhora de Lourdes Confraternização das famílias em Tupãssi Famílias integram a equipe celebrativa em Tupãssi Na celebração em Tupãssi, o pároco, Pe. Solano, acolheu o neo-sacerdote Pe. Leonardo

Paróquia Menino Deus

Toledo

Paróquia Maria Mãe da Igreja

Manifestação de carinho na família

Paróquia Nossa Senhora da Glória

Marechal Cândido Rondon Quatro Pontes

Paróquia Cristo Rei

Entre Rios do Oeste

Agentes da Pastoral Familiar mobilizados nas atividades da Semana Nacional da Família, em Quatro Pontes. As lideranças promoveram pontos de parada no trânsito para a apresentação de frases para reflexão e ainda a distribuição de adesivos para divulgação dos objetivos da campanha pelas famílias.

Paróquia São Luiz Gonzaga

Pato Bragado

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Em Nova Santa Rosa foram distribuídos adesivos Casal apresenta a imagem da Padroeira Sagrada Família Fotos: Fábio Cembrani Cantar é um ato de rezar pela família Família apresenta oferendas em celebração Equipe da Pastoral Familiar envolvida na programação da Semana Nacional Terço pelas famílias Pedágio em frente à Igreja Menino Deus para distribuição de material Apresentação do ícone e da imagem da Padroeira na Semana Nacional da Família Celebrar a família em torno da Palavra de Deus Família na Liturgia da Palavra

Casa de Maria celebra 2 anos em Marechal

Cândido Rondon com meta da sede própria

A apresentação do projeto de construção da sede própria marcou a comemoração do 2º aniversário da Casa de Maria na cidade de Marechal Cândido Rondon, no fim de agosto último. Durante café da manhã, apoiadores e lideranças locais se integraram ao sonho da unidade rondonense destinada ao atendimento de crianças e adolescentes em contraturno escolar.

O terreno de 7 mil m2 está localizado

no Loteamento Jardim das Flores, à Rua Osmar Martins. As futuras instalações terão 1.497,10 m² de área construída. Inicialmente, o projeto foi doado pelo arquiteto Ricardo Leites e foi firmada parceria para elaboração dos projetos estrutural, hidrossanitário, elétrico/lógico e Plano de Segurança contra Incêndio e Pânico (PSCIP) com a Associação Rondonense de Engenheiros e Arquitetos (Area). Os próximos passos são orçamentos e o levantamento de capital entre a mantenedora e parceiros nacionais e internacionais.

As comemorações incluíram a apresentação de judô – uma das atividades que as crianças praticam na Casa de Maria, e a entrega de panos de prato que elas mesmas elaboraram, com

supervisão de educadoras, aos apoiadores. O tesoureiro Darcy Luiz Muller apresentou a composição orçamentária da Casa. O investimento mensal por criança/ adolescente é de R$ 448,91 e atualmente, 25% são de recursos livres da Prefeitura de Marechal Cândido Rondon; 38% das Paróquias rondonenses e mantenedora; 25% são provenientes de empresas parceiras e colaboradores (pessoa física); e 12% de outras fontes. Uma nova fonte de receita, desde 11 de agosto último, é o Programa Nota Paraná.

Diretoria da Casa de Maria

FUNÇÃO NOME

Presidente Pe. Sérgio Augusto Rodrigues

Vice-presidente Pe. Anderson Tomadon Sgarbossa

1ª Secretária Rita Bottega

2ª Secretária Rosane Márcia Wiebbellig Livi

Tesoureiro Darcy Luiz Muller

Vice-tesoureiro Gilberto Domingos Krenchinski

Conselheiros

Zenaide Muller, Mirian de Lourdes Marques Krenchinski, João Frederico Livi e Mauro Geraldo Bottega

Diretor espiritual Pe. André Boffo Mendes

Gestora geral Clarete Echer

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Diretoria apresenta projeto de sede própria nas comemorações de 2 anos da Casa de Maria em Marechal Cândido Rondon Lideranças e apoiadores partilham conquistas da Casa de Maria Apresentação das crianças atendidas pela Casa de Maria Crianças fazem demonstração do que aprenderam nas aulas de Judô

Encontro de Coroinhas e Acólitos entra para a história diocesana

Quatro Pontes viveu um belo momento de expressão vocacional com a realização do Encontro Diocesano de Coroinhas e Acólitos, que reuniu cerca de 500 participantes de toda a Diocese de Toledo. Com o envolvimento das lideranças das comunidades e sua estrutura, o Seminário São Cura d’Ars acolheu adolescentes e jovens para um dia formação e muita descontração. Certamente, um evento que deixa marcas importantes no olhar vocacional de seus participantes. Essa é mais uma iniciativa conjunta que contribui significativamente para a formação da cultura vocacional tão importante e necessária para a Igreja.

Novos coroinhas

Em Jesuítas, Pe. Valdecir Trajano, presidiu a celebração de investidura dos coroinhas na Paróquia Santo Inácio de Loyola. Destaca-se a disposição destas crianças e adolescentes em participar mais ativamente das celebrações, mas em especial, o incentivo que os pais oferecem neste tempo tão importante da formação humana.

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Número de participantes surpreendeu organizadores do encontro diocesano Patrícia Pelissari Fotos: Juan Matoso Coroinhas participam da missa em Quatro Pontes Celebração com envolvimento de acólitos Participação de acólitos na celebração em Quatro Pontes

Funcionários da Mitra Diocesana recebem treinamento para prevenção de acidentes

A promoção de saúde e integridade física dos funcionários no ambiente de trabalho passa necessariamente pelo constante aprendizado das normas de segurança vigentes. A Mitra Diocesana, como pessoa jurídica empregadora, cumprindo o que determina a Norma Regulamentadora nº 5, ofereceu mais um treinamento aos seus colaboradores designados para que possam promover dentro do ambiente de trabalho ações voltadas à prevenção de acidentes.

A técnica em Segurança do Trabalho, Silvania Biavatti, instrutora da WestSeg, acompanhou quatro grandes grupos de colaboradores dos quatro decanatos (Toledo, Rondon, Assis e Palotina). Além da parte expositiva, os participantes do treinamento realizaram atividade prática da inspeção de segurança, mapas de riscos ambientais, ergonomia, obrigatoriedade de uso dos equipamentos de proteção individual, entre outros temas. “Esse tipo de treinamento cumpre uma função não só para os colaboradores, mas traz reflexos positivos para suas próprias famílias, para a empresa e sociedade”, considera a instrutora. Os grupos eram formados por profissionais que atuam em diferentes setores, desde o administrativo até a zeladoria.

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Grupo de participantes do Decanato Toledo Inspeção da validade dos equipamentos de segurança Participantes interagem com situações do cotidiano Identificação da carga do extintor Grupo de participantes dos Decanatos Assis e Palotina

A cruz do discipulado e o chamado à verdadeira conversão

23º Domingo do Tempo Comum | 10 de setembro de 2023

Leituras: Ez 33,7-9; Sl 94(95),1-2.6-7.8-9; Rm 13,8-10; Mt 18,15-20

Ao celebrar o domingo, dia do Senhor, já se encaminhando para a parte final do Tempo Comum, a Liturgia apresenta um momento de reflexão profunda sobre o significado do discipulado e o chamado à verdadeira conversão. As leituras apresentam o desafio ao cristão de examinar seu compromisso com Cristo e a compreender a exigência da cruz na jornada de fé.

A Primeira Leitura, tirada do Livro de Ezequiel, apresenta a imagem do profeta como uma sentinela. O profeta é chamado a anunciar o povo dos perigos iminentes e a exortá-lo a se afastar do pecado. Se o profeta não cumprir seu dever de alertar, a responsabilidade pelas consequências recairá sobre ele. Essa imagem também se aplica a nós, os discípulos de Cristo. Somos chamados a ser sentinelas em nossa sociedade, anunciando sobre as armadilhas do pecado e convidando as pessoas a se voltarem para Deus.

No evangelho, Mateus aborda a questão do confronto fraterno. Jesus nos dá orientações sobre como lidar com um irmão que peca contra nós. Ele nos instrui a abordar essa situação com amor e humildade, buscando a reconciliação. Se o irmão não ouvir, devemos trazer testemunhas; e se ainda assim não há arrependimentos, a questão deve ser levada à comunidade. Essa abordagem mostra a importância do amor fraterno, da correção mútua e da restauração das relações quebradas. No entanto, a passagem continua com as palavras poderosas de Jesus sobre a comunidade reunida em Seu nome: “Pois onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). Isso nos registra a presença constante de Cristo em nossa comunhão e das vitórias da vida em comunidade. A unidade da comunidade cristã é uma testemunha tangível do amor de Cristo em nosso meio, um amor que nos fortalece e nos guia em nossa jornada.

EM BUSCA DE UMA VERDADEIRA CONVERSÃO

A verdadeira conversão envolve uma mudança em nossa mentalidade e valores. O apóstolo Paulo nos lembra que “a noite está avançada e o dia se aproxima”. Isso nos chama a reflexão sobre o valor do tempo e a necessidade de priorizar ações que estejam em conformidade com os planos de Deus para nós. Em um mundo cheio de distrações e preocupações, somos desafiados a enxergar além do imediatismo e a investir em ações que tenham um impacto duradouro.

Buscando a atualidade dos textos proclamados, chegamos à conclusão de que devemos abraçar o chamado à conversão. Isso envolve uma mudança em nossa maneira de pensar, agir e interagir com os outros. A conversão nos lembra de que somos chamados a crescer constantemente em nosso relacionamento com Deus e a viver de acordo com os princípios do Evangelho.

- Quando me encontro diante do irmão difícil, me disponho a resgatá-lo ou me conformo e até me alegro com a separação?

- Qual é a minha maior cruz hoje?

Segundo, devemos abraçar a cruz do discipulado. Isso significa abraçar os sacrifícios e desafios que acompanham nossa fé. Em um mundo que muitas vezes valoriza o conforto e o sucesso material, a cruz nos lembra que nosso objetivo principal é o Reino de Deus. Através da cruz, encontramos força para perseverar nas dificuldades e confiar nas intervenções divinas.

- Estou consciente de que a aderência à fé cristã me obriga a amar por primeiro, amar sempre e amar a todos (não só aqueles que podem me retribuir)?

Terceiro, devemos cultivar o amor fraterno e a unidade na comunidade. Somos chamados a ser sentinelas de amor e reconciliação, a abordar conflitos com humildade e a buscar a reconciliação. Quando nos unimos em nome de Cristo, Ele está presente no meio de nós, fortalecendo nossa comunhão e guiando nosso caminho.

SEJAMOS DISCÍPULOS AUTÊNTICOS!

TOMAR A CRUZ E SEGUIR O CRISTO

A liturgia proclamada como um todo conduz ao cerne do discipulado: a cruz. Jesus nos chama a tomar nossa cruz e segui-Lo (Mt 16,24). Isso não se refere apenas às dificuldades que se possa enfrentar na vida, mas também à disposição de renunciar a nós mesmos, de nos voltarmos para Deus e de abraçar os valores do Reino. A cruz é um símbolo de sacrifícios e amor, uma lembrança constante de que nossa fé exige compromisso, esforço e renúncia.

Viver o discipulado de Cristo também significa abraçar uma verdadeira conversão de coração. A Segunda Leitura (Rm 13,8-10) nos exorta a “amar o próximo como a si mesmo”. Amar é mais do que uma emoção; é uma escolha e uma ação! O amor que Cristo nos ensina não é seletivo, mas abrange todos os que encontramos. Ele nos chama a olhar além das diferenças e a considerar a imagem de Deus em cada pessoa. Essa conversão do coração nos leva a tratar os outros com compaixão, justiça e respeito.

Reflitamos sobre o chamado à conversão e ao discipulado autêntico. Peçamos a Deus a graça de abraçar a cruz e de viver o amor fraterno em nossas vidas. Que o Espírito Santo nos guie na jornada de crescimento espiritual e nos ajude a testemunhar o amor de Cristo em tudo o que fazemos. Que nos tornemos verdadeiros discípulos, abraçando a cruz do discipulado e vivendo em amor e unidade com nossos irmãos e irmãs.

Leitura Diária

Dia 11: Cl 1,24-2,3; Sl 61(62); Lc 6,6-11

Dia 12: Cl 2,6-15; Sl 144(145); Lc 6,12-19

Dia 13 (São João Crisóstomo): Cl 3,1-11; Sl 144(145); Lc 6,20-26

Dia 14 (Exaltação da Santa Cruz): Nm 21,4b-9 ou Fl 2,6-11; Sl 77(78); Jo 3,13-17

Dia 15 (Nossa Senhora das Dores): Hb 5,7-9; Sl 30(31); Jo 19,25-27

Dia 16: 1Tm 1,15-17; Sl 112(113); Lc 6,43-49

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Perdão versus rancor, de que lado você está?

24º Domingo do Tempo Comum | 17 de setembro de 2023

Leituras: Eclo 27,33-28,9; Sl 102(103),1-2.3-4.9-10.11-12; Rm 14,7-9; Mt 18,21-35

Para sermos fiéis a Cristo, a Palavra proclamada nesta Liturgia dominical nos apresenta o caminho da compaixão e do perdão. São atitudes fundamentais para se viver em família e na comunidade. Os textos também nos mostram o que não podemos fazer e sentimentos que não são saudáveis para quem quer ser feliz e viver a santidade. Essa é uma tarefa cristã que exige esforço, determinação e constante autoavaliação.

A MISSÃO DA BOA CONVIVÊNCIA

As relações humanas são tantas vezes marcadas por desencontros, pelo ódio, por maldades sem fim. Mas também precisamos reconhecer quantos bons exemplos temos de boa convivência. E nós, de que lado estamos? Como é bom acreditar e viver o amor e o perdão. São valores religiosos e tão humanos que deveriam nos motivar e dar sentido à nossa vida cada dia.

A leitura do Eclesiástico é resultado da experiência do povo que foi aprendendo ao longo dos anos o que é melhor cultivar nas relações que são estabelecidas entre as pessoas e como isso ajuda se aproximar de Deus ou se distanciar dele. Esse escrito pertence a um contexto de resistência diante da pretensa imposição do imperialismo estrangeiro de seus costumes que feriam a identidade e os valores carregados pelo povo de Deus desde muito tempo.

e enquanto vivendo em comunidades de fé, é preciso servir a Jesus e ao Reino por ele anunciado. Estar em comunhão, doar-se pelo irmão, viver os valores do Evangelho é a exigência que muitos têm dificuldade de cumprir. Seria sem sentido ou hipocrisia sermos cristãos e Cristo não ser a razão maior de nossa vida. Também diante da morte, não se desesperar, pois Cristo ressuscitou e é nossa esperança de vida eterna. Neste sentido, quando a comunidade perde de vista essa orientação paulina, estará dividida e se distanciará do Reino e da salvação.

PERDÃO É A ATITUDE NECESSÁRIA E URGENTE

- O que a primeira leitura lhe inspira a sentir e a fazer? E o que precisa ser evitado?

- Você consegue sentir que Cristo é motivação importante em sua vida?

Continuamos lendo hoje o quarto discurso de Jesus transmitido por Mateus no capítulo 18, que nos ensina como viver na comunidade, na comunhão eclesial como sacramento do amor de Deus. O tema é o perdão fraterno que é a atitude necessária e urgente para mantermos a fraternidade e a união com Deus e entre nós. Pedro pergunta a Jesus sobre os “limites do perdão”, ou seja, “quantas vezes se deve perdoar”. Jesus responde que sempre, pois o perdão não deve ser medido pela quantidade, mas precisa ser dado com o coração, com amor.

- Por que as vezes é tão difícil pedir perdão e dar o perdão? Procure refletir sobre esse desafio e praticar.

“O rancor e a raiva são coisas detestáveis” nos ensina a Palavra. A vingança não pode estar no coração de um filho de Deus. A tarefa da boa convivência implica em ter compaixão, possuir autocontrole e praticar o perdão. É preciso pensar no sentido da vida, na sua finitude e efemeridade para buscar novos caminhos. Pensar nos mandamentos, na aliança com Deus e inspirar-se no modo como Deus age com compaixão e misericórdia. O melhor a se fazer é não se deixar dominar pelo rancor e espírito de vingança. O sábio agirá perdoando as injustiças que os outros cometeram, pois assim se aproximará do Senhor e ele será compassivo contigo.

“NINGUÉM DENTRE VÓS VIVE PARA SI MESMO”

Continuemos ouvindo Paulo quando escreve aos Romanos. Ele pretende dirimir os conflitos e harmonizar a diversidade das comunidades nascentes através da centralidade que é Cristo. Toda motivação da vivência cristã não pode vir de princípios parciais ou de grupos, pois o mais importante é o Senhor.

O conselho apresentado pelo apóstolo hoje é simples, mas bastante exigente. “Vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor”. É claro que aqui se trata em primeiro lugar dos vivos,

Para nos ajudar entender melhor essa jornada a ser trilhada, Jesus exemplifica com uma parábola: Um empregado que devia uma fortuna imensa e, por compaixão, foi perdoado. Em seguida, aquele mesmo empregado, agiu sem compaixão e se recusou a perdoar seu companheiro que lhe devia uma quantia irrisória. O empregado foi chamado e acusado de ser perverso.

Portanto, Jesus quis nos ensinar que nós precisamos imitar a compaixão e a misericórdia do Pai que nos ama, nos perdoa e nos acolhe apesar de nossos pecados. Não podemos em qualquer hipótese deixar de praticar o perdão, pois ele traz consequências positivas e restauradoras para todos. Sobretudo, porque assim experimentamos o “jeito de Deus ser” e nos aproximamos sempre mais Dele e do próximo.

Leitura Diária

Dia 18: 1Tm 2,1-8; Sl 27(28); Lc 7,1-10

Dia 19: 1Tm 3,1-13; Sl 100(101); Lc 7,11-17

Dia 20: 1Tm 3,14-16; Sl 110(111); Lc 7,31-35

Dia 21 (São Mateus): Ef 4,1-7.11-13; Sl 18(19A); Mt 9,9-13

Dia 22: 1Tm 6,2c-12; Sl 48(49); Lc 8,1-3

Dia 23 (São Pio de Pietrelcina): 1Tm 6,13-16; Sl 99(100); Lc 8,4-15

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“Ide vós também para a minha vinha”

25º Domingo do Tempo Comum | 24 de setembro de 2023

Leituras: Is 55,6-9; Sl 144(145),2-3.8-9.17-18; Fl 1,20c-24.27a; Mt 20,1-16a

Há poucos domingos celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Logo em seguida, a Liturgia nos apresentou Jesus questionando os discípulos sobre quem dizem os homens ser o Filho do Homem. A partir de então, Jesus começa a anunciar o sofrimento pelo qual irá passar, convidando seus seguidores a não desanimarem diante das dificuldades, sendo perseverantes na fé, caridosos na correção fraterna, vivendo a plenitude do perdão. Como a Liturgia de hoje no apresenta, Deus não nos vê segundo critérios humanos, mas conhece nosso interior, e qual a motivação que nos move.

MEUS PENSAMENTOS NÃO SÃO COMO VOSSOS PENSAMENTOS

A profecia de Isaías é uma provocação para a pessoa que está acomodada, vivendo no “automático”, reduzindo a fé a um costume aprendido, em vez do comprometimento consciente com o Reino de Deus. Frente a tantas ocupações e compromissos do dia a dia, ao colocarmos em uma escala de valores e importância, quais realmente são dignos para que ocupemos nosso tempo e nossas energias?

Eis que este apóstolo, revela um duplo sentimento após ter feito uma longa caminhada: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”, afirmando que se sente atraído para os dois lados, tem o desejo de morrer, para estar com Cristo, o que para ele é o melhor que pode acontecer, mas percebe que a sua presença neste mundo favorece que outras pessoas também possam conhecer, amar e viver o Evangelho de Cristo. Assim como Paulo, todo batizado deve cultivar sua intimidade com Cristo, consciente da missão de ser presença do Evangelho na vida de muitos que ainda não O conhecem, ou não se abriram para a graça de viver de acordo com o que realmente importa.

Podemos parafrasear São Paulo ao analisarmos o que estamos importando e exportando em nossa vida. Das realidades terrenas, a partir das circunstâncias em que estamos inseridos, o que internalizamos e agregamos ao nosso ser, e o que estamos oferecendo ao mundo para que o Reino de Deus se realize plenamente. O que absolvemos do mundo e o que estamos deixando para o mundo.

- O que tem motivado minhas ações, as realidades deste mundo ou a Palavra de Deus?

- Minha devoção e minhas ações incluem também a salvação do outro?

Deus Pai, em sua onipotência, nos criou por amor e para a felicidade. Nós, seres humanos, imagem e semelhança de Deus, nos distanciamos da felicidade e nos fechamos ao amor Divino toda vez que impomos nossos conceitos e desejos, à exemplo da criança que se revolta com a mãe, quando recebe correções e limites. A criança não entende o porquê não pode, mas a mãe sabe da razão de tal ação.

- Tenho respondido prontamente aos ensinamentos de Deus?

PAGA-LHES UMA DIÁRIA A TODOS

A parábola contada hoje por Jesus é um alerta quanto a deixar para depois o bem a ser feito. Pois, assim como o Patrão que valorizou da mesma forma o empregado que trabalhou desde a primeira hora, como o que começou na última hora, corremos o risco de nos ocuparmos com tantas coisas deixando Deus em segundo plano, ou então de julgar ou achar que já fizemos o bastante.

Quantos são nossos questionamentos referente aos acontecimentos, frustrações e sofrimentos pelos quais passamos, em alguns casos chegando a ponto de questionar a existência de Deus. Isaías, com muita clareza afirma que os caminhos de Deus estão acima de nossos caminhos: “Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos” (Is 55,8). Compete ao cristão, se converter verdadeiramente para a verdade divina para que, além dos impulsos terrenos possa viver a lógica do Reino.

“PARA VÓS, É MAIS NECESSÁRIO QUE

EU CONTINUE MINHA VIDA NESTE MUNDO”

São Paulo se autodefine como apóstolo de Cristo, pela experiência mística espiritual que realizou com o Mestre, sendo um testemunho verdadeiro de conversão, uma vez que ao conhecer Cristo, O amou a ponto de considerar tudo o mais como menos importante. Se empenhou na missão que recebeu, agindo com afinco, para que Cristo Ressuscitado fosse anunciado, acolhido e amado a partir da vivência dos princípios cristãos.

Conforme o Salmo 104 – “O Senhor está perto da pessoa que o invoca!” – peçamos ao Espírito Santo a graça de vivermos a cada instante na presença do Senhor, não contabilizando nossos feitos, mas sim amando Cristo a todo o momento, em cada pessoa com quem convivemos e nas diversas situações pelas quais passamos. Com a intercessão da Sagrada Família, busquemos viver a altura do Evangelho de Cristo. Deus abençoe.

Leitura Diária

Dia 25: Esd 1,1-6; Sl 125(126); Lc 8,16-18

Dia 26: Esd 6,7-8.12b.14-20; Sl 121(122); Lc 8,19-21

Dia 27 (São Vicente de Paulo): Esd 9,5-9; Tb 13,2.3-4.5.8; Lc 9,1-6

Dia 28: Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9

Dia 29 (Santos Miguel, Gabriel e Rafael, Arcanjos): Dn 7,9-10.13-14; Sl 137(138); Jo 1,47-51

Dia 30 (São Jerônimo): Zc 2,5-9.14-15a; Jr 31,10.11-12ab.13; Lc 9,43b-45

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Deus é Pai e não Patrão

26º Domingo do Tempo Comum | 1º de outubro de 2023

Leituras: Ez 18,25-28; Sl 24,4bc-5.6-7.8-9; Fl 2,1-11; Mt 21,28-32

Jesus nos ensina a chamar Deus de Papai (Mt 6,9). É muito mais que pedir e agradecer. É conversar com Deus como uma criancinha que conversa com o seu pai. Não é dizer papai “da boca pra fora”, mas com o coração. Responder com carinho o amor de Deus que é amor de pai para filho. Contudo, temos a tendência de ver Deus mais como um Patrão exigente do que como um Pai que quer nos ensinar a viver bem. Podemos chamar o Deus Todo Poderoso de papai porque esta é a verdade. Todos os batizados são filhos de Deus. Jesus Cristo nos ensina a amar o nosso Pai, assim como Ele amou. Um de seus métodos são as suas parábolas e hoje Ele nos conta a “parábola dos dois filhos”.

SOMOS FILHOS LIVRES

Na parábola um homem diz a seus dois filhos para trabalharem em sua vinha. O primeiro filho diz “Não quero”, mas depois se arrepende e vai. O outro filho diz “Eu irei, senhor”. Mas não foi.

As parábolas de Jesus são de uma riqueza sem fim. Com um olhar simples podemos compreender que o homem, pai dos dois filhos, é Deus. Os filhos somos nós em diferentes momentos. A vinha é o Reino de Deus, onde Deus quer que seus filhos estejam, isto é, a vinha do Senhor é a Igreja formada por aqueles que já morreram e estão em comunhão com Deus, e por nós: os que se esforçam para fazer a vontade de Deus que é permanecer no seu amor, pela graça, agora e por toda a eternidade.

necer não seria Pai e sim carrasco. Um pai bom não escraviza o seu filho, quanto mais nosso Deus. Ser livre é ser responsável. Portanto, somos responsáveis pela nossa salvação. Como Santo Agostinho explicou muito bem: “Aquele que te criou sem a tua vontade não te salva se tu não queres”. É o que diz a primeira leitura de hoje, na voz do profeta Ezequiel. O homem é capaz de passar do mal para o bem e do bem para o mal. Ninguém está condenado pelo seu passado, e não há erro dos pais que sejam pagos pelos filhos, ou dos filhos que sejam pagos pelos dos pais.

GRANDE É A BONDADE DO NOSSO PAI

- Eu considero meu Deus um Pai bondoso ou um Patrão exigente?

As portas da vinha estão abertas para todos os filhos. É verdade que somos falhos e podemos entrar e sair da vinha mais de uma vez. Mas é uma verdade muito feliz que o nosso Pai está sempre de braços abertos para acolher todos os seus filhos, por mais sujos que estejam. Pode Deus excluir alguém? Não! Cristo não excluiu ninguém, nem endemoniados, nem prostitutas, nem aqueles que o traíram. E não há sujeira do pecado que Cristo não posso limpar, afinal Ele já morreu para nos livrar de todos eles, e agora vive para nos salvar.

- Quando eu me arrependo eu tenho coragem de admitir o erro e voltar à vinha de meu Pai?

- Eu tenho excluído algum irmão ferido dos cuidados da vinha de meu Pai?

A vontade do Pai, o trabalhar na vinha, não é um simples labor, mas é ser cristão: viver como Cristo. São Paulo, na segunda leitura de hoje, nos ensina como ser como Cristo: devemos “levar à plenitude a alegria (de Deus), não sós, mas em comunidade, nos colocando no mesmo sentimento, no mesmo amor, numa só alma, num só pensamento, nada fazendo por competição e vanglória, mas com humildade, julgando cada um os outros superiores a si mesmo, nem cuidando cada um só do que é seu, mas também do que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus”.

É difícil viver assim, e Jesus nos questiona para abrirmos os olhos e vivermos como Ele. “Qual dos dois realizou a vontade do Pai”? A resposta certa foi evidente para chefes dos sacerdotes e os anciãos da época, e deve ser para nós também: o que realizou a vontade do Pai foi o primeiro, que embora tenha dito não a princípio, se arrependeu e foi trabalhar na vinha, foi buscar ser cristão. Essa é a nossa história de amor com Deus. Temos um Pai bondoso, mas muitas vezes dizemos não. Felizmente, percebemos que Ele é o certo, nos arrependemos e voltamos à vinha. Isto significa que Deus nos dá liberdade para entrar e sair da vinha. Se Deus nos obrigasse a perma-

Cristo veio para salvar a todos, especialmente os que mais precisam. Como diz a primeira leitura, Deus é aquele que no sofrimento nos dá conforto, consolo, amor, ternura e compaixão. “Em verdade voz digo que os publicanos e as prostitutas vos procederão no Reino de Deus” (Mt 21,31). São palavras duras de Jesus, mas que revelam quem Ele é: o que aos doentes se fez médico e aos órfãos se fez pai. É o consolo dos aflitos, descanso dos abatidos; é vida eterna aos que pareciam morrer. Por isso, precisamos ter coragem e pressa para nos convertermos. É isto que Deus quer de nós. Peçamos, então, a Deus que nos ajude a ver a sua bondade para que sejamos seus bons filhos.

Leitura Diária

Dia 2/10 (Santos Anjos da Guarda): Ex 23,20-23; Sl 90(91); Mt 18,1-5.10

Dia 3/10: Zc 8,20-23; Sl 86(87); Lc 9,51-56

Dia 4/10 (São Francisco de Assis): Ne 2,1-8; Sl 136(137), 1-2.3.4-5.6 (R. 6a); Lc 9,57-62

Dia 5/10: Ne 8,1-4a.5-6.7b-12; Sl 18(19); Lc 10,1-12

Dia 6/10: Br 1,15-22; Sl 78(79); Lc 10,13-16

Dia 7/10 (Nossa Senhora do Rosário): At 1,12-14; Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55; Lc 1,26-38

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Os ritos iniciais da Missa

Todo evento tem uma abertura, seu desenvolvimento e sua conclusão. Na celebração eucarística não é diferente. Temos ritos que dão seu início, segue seu ponto culminante e ritos que a encerram. Os ritos que dão início a missa são: a procissão de entrada acompanhada pelo canto; o beijo do altar; a incensação do altar; a saudação ao altar e ao povo reunido; a recordação da vida e a introdução ao mistério celebrado; o rito penitencial ou a aspersão com água; o hino de louvor e a oração inicial ou “coleta”. Lembrando que nem todos estes elementos estarão presentes em todas as missas.

Segundo a Instrução Geral do Missal Romano, estes ritos iniciais da missa, tem a finalidade de “fazer com que os fiéis reunidos constituam uma comunidade celebrante, disponham-se a ouvir atentamente a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia” (nº 46).

“UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA”

A primeira finalidade dos ritos iniciais é algo muito simples, mas essencial: formar uma comunidade celebrante, que já começa na organização do espaço celebrativo e na acolhida. A acolhida das pessoas na chegada já vai criando um clima que favoreça a celebração.

Quem celebra é a Igreja. Não é somente o padre, mas todos os batizados e batizadas são celebrantes. O padre preside, mas todos celebram. Os fiéis deixam suas casas para celebrar Cristo na sua vida e a sua vida em Cristo. Reunir-se é tornar visível a Igreja, visibilizar a comunhão profunda que nos une para além das nossas diferenças: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (At 4,32).

Passar da rua para a celebração necessita tempo e rito. Para celebrar bem é preciso preparar o coração com ritos preliminares. Saímos de casa com nossas alegrias e preocupações e, aos poucos, vamos formando este corpo que é nossa comunidade reunida.

Os diversos e breves ritos do início da celebração expressam e realizam a acolhida que Deus nos faz e também

Os ritos iniciais na celebração eucarística nossa chegada, a apresentação de nossa realidade, de nossa abertura à sua Palavra e disposição, como parceiros, de renovar e ser fiéis à sua Aliança.

A assembleia litúrgica vai se constituindo corpo comunitário, povo sacerdotal, animado pelo Espírito Santo com vários dons e ministérios, para ouvir a Palavra, orar, agradecer, adorar, oferecer, cantar a uma só voz, a um só coração, a uma só alma.

A comunidade reunida para a celebração é uma das presenças de Cristo, pois prometeu “estar no meio dos dois ou três que se reunissem em seu nome” (cf. Mt 18,20). Como bem nos recorda o Concílio Vaticano II: “Cristo age sempre e tão intimamente unido à sua Igreja, esposa amada, que esta glorifica perfeitamente a Deus e santifica os homens, ao invocar seu Senhor e, por seu intermédio, prestar culto eterno ao Pai” (SC 7).

Esta realidade visível, que é a comunidade reunida, torna-se sinal do sonho que temos de ser um povo unido, uma Igreja de comunhão e participação, toda ministerial, uma sociedade fraterna, igualitária e uma nação santa. Este é o grande objetivo e o principal sentido dos ritos iniciais.

Os ritos iniciais realizam a sua finalidade quando é feito com todo o nosso

corpo, compreendendo o seu significado e assumindo uma atitude afetuosa e espiritual de cada gesto. Tornam-se, assim, sacramento da acolhida, sinal profético e antecipação do Reino. É o momento em que o Espírito Santo nos ajuda a vencer diferenças e nos perdoar mutuamente para nos irmanar, num só corpo com Cristo-cabeça para a glorificação do Pai e continuar no mundo sua ação redentora.

A assembleia litúrgica não é, e nem pode ser tratada, como um amontoado de pessoas, um grupo desorganizado, sem cabeça ou uma massa anônima, informe e dispersa. Trata-se de uma comunidade organizada, um corpo vivo, cujos membros se articulam em torno de um mesmo objetivo, buscam e cultivam o mesmo sonho, desempenhando diferentes atividades e funções, movidos pelo Espírito Santo.

Neste sentido, torna-se importante e necessário o trabalho da equipe de liturgia que deve preparar e executar os serviços necessários na celebração eucarística, como também em qualquer outra celebração. Ela deverá preocupar-se, sobretudo, para que a participação de todo o povo seja sempre mais ativa, consciente, plena e frutuosa, ação do povo celebrante, sujeito da celebração e não simples assistente, passivo, às

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Liturgia
Foto: Oficina da Foto

vezes infantilizado, tratado feito plateia.

Os vários ministérios, tais como a presidência, leitores, equipe de acolhimento, cantores, instrumentistas, acólitos e outros, estão aí para ajudar a assembleia nessa tarefa, assegurando a participação de todos.

Os ritos iniciais da missa são, portanto, o momento para juntos buscarmos e criarmos esse entrosamento, no Espírito de Jesus. A assembleia vai se estruturando como um corpo: procura agir em conjunto, onde cada pessoa assume seu lugar, situando-se perante Deus e em relação aos outros.

Todos sabemos como faz bem, mas como é custoso ao mesmo tempo, ouvir os outros profundamente, sentir com os outros, andar no mesmo passo, juntar nossa voz à voz de todos. Não é fácil, porém é bonito e faz bem unir as vozes formando um conjunto, sem que ninguém se sobreponha, sem que ninguém se arraste nem avance, sem que ninguém se faça ouvir mais que as outras pessoas.

Esta experiência de formar o corpo comunitário na Liturgia nos faz per-

ceber o quanto é importante a nossa convivência no dia a dia, em casa, no trabalho, no lazer, na organização da sociedade. Não obstante as dificuldades que encontramos na arte da convivência, nossa comunidade reunida nos provoca a vencermos nossas diferenças e indiferenças. O corpo comunitário na Liturgia nos desafia a busca do bem comum e o bem de cada um, com a graça de Deus. A assembleia litúrgica é sinal, sacramento da união de tudo e de todos em Deus; união essa que norteia todo o nosso viver.

Mas bem sabemos que o momento celebrativo, por si só, não dá conta de criar esta fraternidade entre nós. Para que isso seja possível precisamos de um mínimo de vida comunitária, que

“Segundo a Instrução Geral do Missal Romano, estes ritos iniciais da missa, tem a finalidade de ‘fazer com que os fiéis reunidos constituam uma comunidade celebrante, disponham-se a ouvir atentamente a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia’ (nº 46)”.

dê credibilidade aos sinais sacramentais realizados na Liturgia. Sem vida comunitária e missionária que a sustente, a missa perde seu verdadeiro sentido, perde sua força. Quando a comunidade está unida e reunida torna-se a grande expressão da comunhão que celebra.

A PROCISSÃO DE ENTRADA

ACOMPANHADA PELO CANTO

Com o canto inicial, durante o qual se realiza a procissão de entrada, constitui-se propriamente a assembleia eucarística, pois a unanimidade das vozes cria a comunidade celebrante: “Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros” (IGMR, nº 47).

Este canto deve estar integrado ao momento ritual (ritos iniciais), em consonância com o tempo litúrgico, com o tipo de celebração e com as características da assembleia.

Liturgia

Liturgia

A procissão de entrada e o canto de abertura são, pois, dois elementos celebrativos que conservaram na Igreja grande significado, tanto pela antiguidade de seu uso quanto pelo seu sentido litúrgico.

Até momentos antes de começar o canto de entrada, temos na igreja uma massa de fiéis provenientes de diversas partes, que converge para um mesmo local. Claro que já há em cada um deles um desejo inicial de se encontrar para celebrar o Senhor com louvores e agradecimentos; mas não podemos ainda contar com uma verdadeira comunidade celebrante, com uma assembleia unida para a liturgia. A partir do canto inicial, porém, não existe mais o fiel separado ou a massa anônima, porém, o grupo identificado e a assembleia congregada. Inácio de Antioquia resume bem essa realidade quando, em uma de suas cartas, pede que a Igreja de Deus constantemente se reúna “numa só oração, numa só súplica, num só pensamento, numa só esperança na caridade e na alegria puríssima que é Jesus Cristo, do qual nada é melhor”.

A celebração da Missa deve iniciar-se sempre com a procissão de entrada. E que dessa procissão devem participar os principais ministros da ação eucarística: acólitos, leitores, diáconos, sacerdotes etc. Todos estes representam, naquele momento, a inteira comunidade que ali se reúne, a qual, guiada pela cruz do Salvador, que segue à frente, caminha em direção ao centro da celebração, isto é, em direção ao presbitério, onde está o altar, símbolo do Senhor em meio à sua Igreja.

Para a celebração da Eucaristia os ministros entram no espaço celebrativo sempre organizados em procissão, que sinaliza de forma clara o povo de Deus peregrino que, constituído e guiado por Cristo-Pastor, se dirige ao Pai, centro de toda a celebração litúrgica.

Nos primórdios da Igreja a procissão de entrada era muito solene. Era feita, quase sempre, de uma igreja para outra. Com o tempo o presidente da celebração passou a se paramentar diante do altar. Hoje, com a reforma litúrgica, prescrita pelo Concílio Vaticano II, recuperou-se o valor desta procissão.

O sentido desta procissão deve ser buscado no contexto mais amplo da caminhada que as pessoas fazem de suas casas até a igreja. Ela lembra que somos

peregrinos neste mundo a caminho da casa do Pai.

Esta procissão deve ser feita com muita consciência e cuidado, pois contém um sentido muito profundo. Caminhando para o altar, dirigimo-nos para o Cordeiro, que no altar está vivo e triunfante. É a Igreja que se torna comunidade peregrina, desejando finalizar-se em Deus.

A cruz que vai à frente da procissão, indica a todos que é Cristo quem conduz o caminho. Cristo também está representado nesta cruz, porque Ele está à frente de seu povo. Como o Bom Pastor, orienta a direção da marcha. Desde a morte de Jesus, a cruz, apesar de todo o sentido negativo que tinha, como instrumento de tortura, transformou-se no símbolo da sua morte salvadora. Para os seguidores de Jesus Cristo, a cruz é símbolo de fidelidade e profundidade: têm de tomar a sua cruz e segui-lo (cf. Mt 16,24). O Senhor caminha conosco. É ele que nos conduz.

ALGUNS LEMBRETES IMPORTANTES

- O objetivo principal dos ritos iniciais é transformar indivíduos em povo celebrante, assembleia orante, corpo de Cristo animado por seu Espírito, disposto para o encontro pascal e transformador com o Deus vivo.

- A atitude básica dos ritos iniciais é de acolhida, alegre e afetuosa. De nada adianta executar todos os elementos dos ritos iniciais da missa, se não criarem um ambiente acolhedor, fraterno

e ao mesmo tempo de recolhimento e oração, de alegria pelo encontro com o Senhor.

- Nos momentos antes do início da missa, devemos evitar agitação e correria da equipe, afinação de instrumentos, teste de microfones. É importante que reine um clima de silêncio para a oração pessoal. O leve murmúrio das pessoas se cumprimentando e acolhendo certamente não atrapalhará esse clima. Se houver necessidade de ensaio com todo o povo, que seja breve somente os refrãos e que seja feito já em clima orante, predispondo as pessoas para a celebração.

- Não é necessário anunciar o canto de entrada nem dizer que a celebração vai começar. Basta os instrumentos e os cantores darem início ao canto e todos acompanharão.

- O canto de entrada não é “para acolher o padre”, como muitas vezes se ouve por aí! O canto de entrada é expressão de fé da comunidade reunida, como Corpo de Cristo, no Espírito Santo, louvando a Deus. Deve estar relacionado com o tempo litúrgico e com o sentido dos ritos iniciais.

Uma vez concluída a procissão de entrada, seguem os demais ritos que fazem parte dos ritos iniciais. Mas este é um assunto para a próxima edição.

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Pe. Sérgio Augusto Rodrigues diocesano da Pastoral Litúrgica O canto cumpre sua finalidade na assembleia eucarística

Explorando a Leitura Orante da Bíblia na Pastoral Familiar

A Bíblia, como fonte inesgotável de sabedoria e orientação espiritual, desempenha papel central na vida da comunidade cristã. Através da prática da Leitura Orante, a Bíblia se torna não apenas um livro de histórias antigas, mas um guia vivo para a jornada espiritual e um meio de fortalecimento dos laços familiares. Na Pastoral Familiar, a Leitura Orante da Bíblia se revela como um instrumento poderoso para nutrir a fé e a união entre os membros da família.

A Leitura Orante da Bíblia difere da leitura convencional uma vez que busca ir além das palavras escritas para encontrar o significado profundo e pessoal das Escrituras. Ela envolve um encontro íntimo com o texto, permitindo que os leitores se aproximem de Deus e compreendam como as mensagens bíblicas se aplicam às suas vidas. Na Pastoral Familiar essa abordagem ganha um significado especial, pois promove a reflexão conjunta e a partilha de experiências entre os membros da família.

A prática da Leitura Orante em âmbito familiar fortalece os laços entre pais e filhos, marido e mulher, e gera um espaço propício para o diálogo sobre valores espirituais e princípios morais. A Bíblia, nesse contexto, não é apenas um livro sagrado, mas um recurso que enriquece a vivência do amor, compaixão, perdão e respeito mútuo. As histórias e ensinamentos bíblicos proporcionam exemplos concretos de como enfrentar desafios e celebrar conquistas como uma família unida.

Além disso, a Leitura Orante da Bíblia na Pastoral Familiar também pode servir como um refúgio do agitado ritmo da vida moderna. Em um mundo repleto de distrações e compromissos, essa prática oferece um momento de tranquilidade e reflexão. Através dela, as famílias podem se reconectar espiritualmente e cultivar um ambiente de paz e harmonia em meio à correria do

dia a dia.

A introdução da Leitura Orante da Bíblia na Pastoral Familiar exige um compromisso mútuo e uma disposição para compartilhar sentimentos e pensamentos. A escolha das passagens bíblicas a serem exploradas pode ser guiada por necessidades familiares específicas, como momentos de decisão, incerteza ou gratidão. O diálogo gerado a partir da leitura e da meditação conjunta

“A Leitura Orante da Bíblia difere da leitura convencional uma vez que busca ir além das palavras escritas para encontrar o significado profundo e pessoal das Escrituras. Ela envolve um encontro íntimo com o texto, permitindo que os leitores se aproximem de Deus e compreendam como as mensagens bíblicas se aplicam às suas vidas. Na Pastoral Familiar essa abordagem ganha um significado especial, pois promove a reflexão conjunta e a partilha de experiências entre os membros da família”.

fortalece a confiança e a compreensão mútua, criando uma base sólida para os desafios que a vida em família possa apresentar.

A Bíblia e a Leitura Orante têm um papel vital na Pastoral Familiar. Através da prática da Leitura Orante, as famílias podem mergulhar nas profundezas dos ensinamentos bíblicos e aplicá-los de maneira significativa em suas vidas diárias. Essa abordagem espiritual não apenas enriquece o relacionamento entre os membros da família, mas também contribui para a construção de uma base sólida de valores que sustentam os desafios e alegrias da vida familiar. Portanto, a leitura orante da Bíblia é uma ferramenta poderosa que fortalece os laços familiares e alimenta o crescimento espiritual em meio às complexidades do mundo contemporâneo.

O hábito da leitura da Sagrada Escritura em família depende do primeiro passo
FAMILIAR Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 51

Empréstimos: bom para quem?

A coluna deste mês do EFV tratar de um tema muito importante, uma realidade presente para muitos dos brasileiros e, com certeza, de nossos leitores: os empréstimos. Eles podem ser do tipo pessoal, financiamento, consignado, pré-aprovado, rotativo do cartão de crédito. Os empréstimos são ferramentas muito buscadas e utilizadas em nossa vida financeira. Mas, como saber qual o momento ideal para utilizar esses serviços? Será que eles podem ser uma boa opção diante de dificuldades ou oportunidades financeiras?

Antes de nos aprofundarmos nos empréstimos em si é importante falarmos sobre a relação entre dinheiro e tempo. Em geral, procuramos um empréstimo quando não possuímos recursos (agora) para realizar algum objetivo. Por exemplo, se eu quero ter um imóvel e não tenho todo o dinheiro posso recorrer à um financiamento; se gastei mais do que devia no cartão de crédito, posso utilizar o meu rotativo e pagar um valor menor de fatura; se tive um imprevisto posso fazer um empréstimo pessoal para complementar a minha renda. Em todas essas situações, estamos buscando formas de antecipar (tempo) o recebimento de um dinheiro que ainda não temos. E, precisamos pagar por isso. Esse pagamento vem sob a forma de “juros”. Os juros são, portanto, “o preço do dinheiro no tempo”.

Se retardamos o uso do nosso dinheiro e o investirmos vamos ser recompensados por esse tempo de “espera” recebendo juros, a nosso favor. Os empréstimos estão do outro lado da moeda: precisamos pagar juros pelo uso desses recursos que ainda não temos. Por isso, é muito importante ter atenção à vários critérios antes de tomar um empréstimo e entender quais as condições e características desses serviços. Agora veremos quais os tipos de empréstimos mais buscados pelos brasileiros e como eles funcionam:

• Crédito consignado: nessa categoria de empréstimo as prestações são cobradas diretamente na folha de

pagamento de uma pessoa. Assim, quem usa o consignado recebe a sua renda (salário, pensão ou aposentadoria) com o desconto da parcela.

• Crédito pré-aprovado: é um valor que uma instituição financeira deixa disponível para que o cliente pegue emprestado sempre que precisar, o cheque especial se enquadra aqui.

• Crédito rotativo do cartão de crédito: quando alguém não paga a fatura integral do cartão, ele entra no chamado “rotativo”. Ou seja, um tipo de empréstimo que serve para parcelar a fatura do cartão de crédito. Embora tenha taxa de juros menor do que o cartão, esse empréstimo ainda tem taxas bem elevadas, podendo levar ao descontrole e endividamento muito rápido.

• Empréstimo pessoal: é um tipo de crédito livre que pode ser usado para qualquer finalidade por quem o contrata, isto é, ele não precisa estar associado a nenhum outro tipo de produto.

• Financiamento: ao contrário do empréstimo, o financiamento tem finalidade definida, por exemplo: imobiliário, estudantil ou de automóvel. Assim, a pessoas precisa comprovar para a instituição financeira de que

maneira ela usará o dinheiro. Conhecidas as principais formas de financiamento é preciso que você se questione se você realmente precisa desse serviço no atual momento de sua vida? Será extremamente necessário? Eu posso esperar? Será a melhor maneira de alcançar meu sonho ou sair de uma situação de endividamento? É necessário parar e realizar um discernimento sobre isso. Neste ponto a espiritualidade pode ajudar muitíssimo, isso mesmo, aprender a arte de parar, meditar, discernir sobre as tomadas de decisões. Aliado a isso vêm o conhecimento e o diálogo, a busca por informações sólidas e confiáveis, pois facilmente nos deixamos levar pela busca frenética de soluções rápidas e mirabolantes e na maioria das vezes vamos nos envolvendo cada dia mais numa ‘bola de neve’, na avalanche da Cultura do Endividamento, sem achar soluções reais, exequíveis e possíveis. Aqui é que o planejamento financeiro deve entrar em ação pois o uso de qualquer serviço financeiro fora de contexto pode prejudicar as finanças pessoais e familiares. Os estudiosos da economia comportamental descobriram por exemplo que a realização

EFV Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 54
Antes de tomar um empréstimo, é necessário entender quais as condições e características desse serviço

de um empréstimo consignado pode acarretar um efeito psicológico de perda muito significativo. Isso acontece quando as parcelas deste produto começam a ser debitadas do salário, pois as pessoas visualizam que esse desconto é sentido como uma diminuição salarial. Tal efeito pode gerar insatisfação, queda na produtividade e menor comprometimento com o trabalho. Veja como as questões financeiras interferem a nossa vida como um todo.

Além disso, costuma-se cometer um outro erro ao contratar empréstimos: considerar apenas a parcela e não os juros. E ainda outro: descontar o valor da nova parcela do salário bruto ao invés do líquido. Lembre-se aqui se deveria considerar o dinheiro que fica disponível após pagar todas as contas correntes. Atenção! Limite, empréstimo, e outros serviços como este nunca podem ser encarados como uma renda extra, um dinheiro a mais seu, este também é um “recurso psicológico” que fazemos para nos autossabotar

e não enxergar a realidade de nossa situação financeira.

Assim, para além dos motivos pessoas de cada um, antes que você contrate qualquer tipo empréstimo algumas regras gerais podem ajudar: leia atentamente o que está escrito no contrato, não aceite ofertas por telefone, emails ou whatsapp e verifique qual o valor total da contratação para descobrir o valor dos juros a serem pagos. Além disso, é importante pro-

“Se retardamos o uso do nosso dinheiro e o investirmos vamos ser recompensados por esse tempo de “espera” recebendo juros, a nosso favor. Os empréstimos estão do outro lado da moeda: precisamos pagar juros pelo uso desses recursos que ainda não temos. Por isso, é muito importante ter atenção à vários critérios antes de tomar um empréstimo e entender quais as condições e características desses serviços”.

curar vários bancos e financeiros para fazer simulações e comparar quais as melhores condições de juros. Por fim, deve-se consultar o CET (Custo Efetivo Total) da operação e então tomar a decisão.

Caso futuramente você opte por antecipar o pagamento do seu empréstimo, isto é, fazer uma amortização da dívida, você tem direito a um desconto sobre os juros. Nunca fique com dúvidas sobre seus direitos financeiros e consulte seu orçamento porque isso nunca é demais. Uma última dica importante é: utilize a Calculadora do Cidadão que pode ser encontrada no site oficial do Banco Central, para começar a exercitar sua Cidadania Financeira e serem respeitados seus direitos financeiros através do conhecimento. E lembre-se sempre: Educação Financeira é Educação para a Vida!

Ana Carolina Alves e Augusto Martins

Equipe Educação Financeira para a Vida

EFV

Palavra de Deus: um compromisso missionário

A juventude traz consigo um misto de características, como: curiosidade, energia, a busca pela independência, pelo novo e por mudança. Nós jovens carregamos o sentir intensamente, buscando experienciar sensações, situações, relações e emoções. Sempre que questionamos pessoas mais velhas sobre qual época sentem saudades, muitas relatam “a minha época de juventude”, “os meus bons tempos, quando eu era jovem”. Contudo, só nos damos conta de como esse período é grandioso quando já passamos por ele.

Ao trilhar os caminhos da vida, quando jovens, nos deparamos com uma encruzilhada e nem sempre tomamos a melhor decisão para qual sentido devemos seguir. Na busca pelo certo, para aquilo que faz sentido para nós, muitas vezes pegamos caminhos diferentes: uns mais longos, alguns com mais declives e até mesmo aqueles com empecilhos na estrada. Para isso, buscamos espaços no qual podemos dividir nossas dificuldades em vista da criação de laços sinceros. Logo, muitos jovens encontram essa oportunidade de serem escutados na vivência em comunidade através de um grupo de jovens.

Palavra de Deus como referência para os participantes dos grupos de jovens que eu e tantos outros jovens tivéssemos um olhar para um espaço além das estruturas da Paróquia, praticando “uma Igreja em saída”, saindo do aconchego e buscando novos corações.

as lutas do povo, expressadas por meio de danças, cirandas e cores.

Todavia, a Liturgia é fundamental, como nos traz a Teias da Comunicação da PJ Nacional: “A Liturgia não pode ficar fora da vida e nem a vida ficar fora da Liturgia”. Diante disso, é importante a prática diária de oração pessoal, meditação, revisão do projeto de vida. Uma pessoa de suma importância em minha caminhada, apresentou-me os “Exercícios Espirituais da Vida Diária”, os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola por meio do Espaço Magis Manresa. Exercícios que podem ajudar tantos jovens a manter a prática diária. Os exercícios acontecem através de três etapas, acerca da iluminação bíblica:

Considerar, enxergar a nossa realidade com uma visão profunda e sensível e que mesmo no nosso dia a dia turbulento, existe um sussurro divino que nos chama para a intimidade com Ele; Meditar, refletir sobre a presença de Deus nas nossas vidas. Somos chamados a aquietar nosso coração, desacelerar;

Muitas vezes, são nesses espaços que tantos jovens iniciam a busca constante de Deus em suas vidas, passam a trilhar um caminho diferente em meio a inúmeros já percorridos.

UM CAMINHO DE AMOR

Foi através da Pastoral da Juventude que iniciei o meu caminho. A PJ, com seus pequenos grupos conhecidos como grupos de bases, colaborou para

Foi através da Pastoral que aprendi a rezar em comunhão, tendo a Palavra como centro e fazendo dela a leitura orante. Por meio do método “Ver, Julgar e Agir”, compreendi que antes de se firmar opções e opiniões é preciso escutar a vida e a Palavra do Senhor. Buscar uma iluminação através do olhar de Deus. Além disso, temos a experiência de poder partilhar por meio da Palavra, permitindo a escuta de Deus na vida do outro e o Seu agir de diferentes formas. Assim, eu me encontro na mística da PJ, através da reza que envolve a cultura e

Contemplar, vislumbrar a presença de Deus em cada realidade, reconhecê-Lo até no caos do mundo.

Santo Inácio nos diz: “O que sacia e satisfaz a alma não é o muito saber, mas o sentir e saborear as coisas internamente”, acontecendo o encontro diário com o Senhor na simplicidade de cada coração.

Este mês de setembro, “Mês da Bíblia”, vem com o objetivo de colocar a Palavra de Deus em evidência, destacando o nosso compromisso missionário. Um mês especial à Bíblia representa-nos,

Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 56 Juventude
Fotos: Arquivos PJ

por meio da Palavra, um Deus que busca dialogar com o ser humano e fazê-lo participante da sua vida divina. “A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus” (Pe. Edilson Agreson da Silva).

A Pastoral tem sempre como ornamentação, sejam de encontros e/ou formações, a utilização de uma mandala – símbolo de espiritualidade e conexão com a Palavra de Deus que está posicionada no centro. Sendo o centro da nossa espiritualidade o nosso guia.

Que possamos trazer essa dinâmica para nossas vidas, colocando o Senhor e suas palavras como destaque, preenchendo nossos corações, acalentando

“Um mês especial à Bíblia representa-nos, por meio da Palavra, um Deus que busca dialogar com o ser humano e fazê-lo participante da sua vida divina. Nos diz Pe. Edilson Agreson da Silva: ‘A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus’”.

as nossas angústias e, também, em celebração a nossas vidas.

Juventude
Francieli Bolognes Coordenadora de Estrutura Diocesana de Toledo Partilha dos jovens com a iluminação da Palavra Símbolo de espiritualidade e conexão dos jovens com a Palavra de Deus posicionada ao centro

A Palavra do Senhor é viva e eficaz

O autor da Carta aos Hebreus, quando recorda a história de Israel relembrando os feitos do Senhor pelo povo escolhido, lembra que “a Palavra do Senhor é viva e eficaz” (Hb 4,12), isto porque suas promessas são cumpridas e seus dons se renovam constantemente em nós e para nós. E qual é a Palavra de Deus? Os evangelhos nos trazem essa resposta. Para nós cristãos a luz de Jesus ilumina toda a Sagrada Escritura, inclusive é a chave de leitura para as promessas feitas através dos profetas e toda a história do povo eleito, e também para acolher a tradição que recebemos na transmissão da fé.

No prólogo do Evangelho, segundo João, encontramos uma definição de

construção simples e ao mesmo tempo de uma abstração singular: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus e a Palavra era Deus” (Jo 1,1), o que nos leva com segurança à interpretação de que Jesus é a Palavra.

Também no mesmo prólogo encontramos a resposta viva e eficaz de Deus para a nossa história de Salvação, porque “a Palavra se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo1,14). A encarnação de Jesus, sua vida, paixão, morte e ressureição revelam Deus a nós de maneira sublime.

O Concilio Vaticano II, quando toca

o tema, nos ensina que “pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar-se a Si mesmo e os decretos eternos da Sua vontade a respeito da salvação dos homens, para os fazer participar dos bens divinos, que superam absolutamente a capacidade da inteligência humana” (DV 6). O trabalho de evangelização da Igreja, e consequentemente da Catequese, consiste em fazer eco dessa Palavra revelada em Jesus, contribuindo com a sua vivacidade e eficácia.

Nunca é demais lembrar que o Concílio recorda que a doutrina católica não se baseia somente na Escritura, pois conta também com a tradição:

“A Sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente

Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 58 Catequese
A Palavra do Senhor alimenta nossa fé

“A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas” (DV 9).

unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência” (DV 9). Isso não quer dizer que a revelação em Jesus é incompleta, que necessite ainda de complemento, entretanto se atualiza pela transmissão da fé também pela Tradição, da qual somos custódios.

A misericórdia e bondade de Deus se mostram de maneira perene quando quis se revelar em Jesus e utilizar-se da natureza humana que ele mesmo criou. Ao assumir a nossa carne, de maneira total com exceção do pecado, Deus foi condescendente conosco, utilizando-se de nossa débil natureza para se revelar: “As palavras de Deus com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se intimamente semelhantes à linguagem

humana, como outrora o Verbo do eterno Pai se assemelhou aos homens tomando a carne da fraqueza humana” (DV 13).

BEBER DA FONTE

Como catequistas somos chamados a beber sempre dessa fonte da qual Deus se doa constantemente ao utilizar-se de nossa linguagem e natureza para se revelar e mostrar que a misericórdia e a bondade continuam atualizando no mundo a vivacidade e eficiência da Palavra de Deus.

É impossível conceber uma Catequese que não beba na fonte de Jesus através das Sagradas Escrituras e da Sagrada Tradição. Estes dois rios nascem da mesma fonte: Jesus, e a ele convergem sempre, já que nada do que Deus quis nos revelar pode estar fora de Jesus, porque por meio dele tudo foi criado, “Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito” (Jo 1,3).

Este tema nunca se esgota, até porque o processo de evangelização acontece sempre. Aparecida, em 2007, fazendo eco da secular Tradição e falando dos esforços pastorais recorda que “devido à animação bíblica da pastoral, aumenta o conhecimento da Palavra de Deus e do amor por ela. Graças à assimilação do Magistério da Igreja e à formação melhor de generosos catequistas, a renovação da Catequese tem produzido fecundos resultados em todo o Continente (DAp 99a). Sempre retomamos a centralidade de Jesus e sua revelação pela Palavra e pela Tradição.

Também o Diretório para a Catequese, expedido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova evangelização em 2020, revisita o tema dizendo que: “a Sagrada Escritura, que Deus inspirou, chega ao mais profundo do espírito humano, mais que qualquer outra palavra. A Palavra de Deus não se esgota na Sagrada Escritura, porque é uma realidade viva, em ação, eficaz (cf. Is 55,10a11; Hb 4,12a13). Deus fala e a sua Palavra manifestasse na criação (cf. Gn 1,3ss.; Sl 33,6.9; Sb 9,1) e na história. Nos últimos dias, “falou a

nos por seu Filho” (Hb1,2). O Unigênito do Pai é a Palavra definitiva de Deus, que no princípio estava junto de Deus, era Deus, presidiu à criação (cf. Jo 1,1ss.) e se fez carne (cf. Jo 1,14) nascendo de mulher (cf. Gl 4,4) pelo poder do Espírito Santo (cf. Lc 1,35) para habitar entre os seus (cf. Jo 1,14). Voltando para o Pai (cf. At 1,9), leva consigo a criação por Ele redimida, que n’Ele e para Ele foi criada (cf. Cl 1,18a20)” (DCq 91).

Da mesma forma que a criação continua através da nossa ação no mundo quando usamos nossas habilidades para contribuir para o progresso dos povos, o bem de nossas almas e dos nossos irmãos, também somos fiéis colaboradores da revelação de Deus quando colocando nossos dons à disposição. Somos fiéis na transmissão da fé através da Palavra e da Tradição reveladas em Jesus e custodiada com premura pela Igreja.

O Papa Francisco nos presenteou com o grande dom do Ministério do Catequista, e isso longe de ser um broche na nossa lapela, é um compromisso ainda maior no processo de evangelização, testemunhando Jesus, conhecendo-o intimamente para poder anunciá-lo. Para tanto é necessário o constante exercício conciliar de voltar às fontes, não em sentido arqueológico e anacrônico, mas de forma atual e necessária, pois é dessa maneira que conseguimos perceber a vivacidade e eficiência da Palavra revelada a nós, que nos é confiada a transmissão.

Tradicionalmente no Brasil, dedicamos o mês de setembro à Bíblia. Porque não aproveitar a ocasião para tirar o pó da nossa Bíblia e retomar nosso estudo, nossa leitura e espiritualidade? E que tal fazer essa retomada a partir dos evangelhos?

Sugerimos também como leitura introdutória a Constituição dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, sobre a revelação divina, que citamos brevemente neste texto.

Douglas Vinicius Mequelin e Maria Artés I Coma Membros da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética

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Catequese

O que podemos aprender com a história vocacional de Pe. Lucas Sebastião Schwarz

Em nossa Diocese de Toledo, encontramos excelentes exemplos de testemunhos vocacionais e um deles é o do Pe. Lucas Sebastião Schwarz. Nascido em 1957 no município de Jaraguá do Sul (SC), Pe. Lucas é filho de José Schwarz e Josefina Schwarz e possui dois irmãos, sendo eles Silvino e Rosa. Sua família sempre foi muito religiosa, pessoas de grande fé, participantes ativos na comunidade, participando das missas ou dos terços todos os domingos. A família veio de Jaraguá (SC) para Maripá (PR) em setembro de 1961.

PRIMEIROS PASSOS NA VOCAÇÃO

Pe. Lucas recorda que na escola onde fez o antigo primário (hoje, ensino fundamental), costumavam rezar o terço e celebrar missas. E foi neste momento que acontece a primeira experiência com o chamado, pois numa missa o padre celebrante perguntou quem gostaria de ser padre e o pequeno, com apenas nove anos, levantou a mão de modo muito espontâneo, fato que marcou o Pe. Lucas. O tempo passou e em 1970 os monges beneditinos vieram de São Paulo para fundar um seminário em Nova Santa Rosa e assumir a paróquia. Maripá pertencia à Paróquia Santa Rosa de Lima e mais uma vez aquele convite aqueceu o seu coração.

O padre conta que ficava encantado com as celebrações que participava com sua família. Relata também que seu pai sempre falava de seminário para ele, passavam horas conversando, sendo assim não teve dúvida que Deus lhe chamava à vida consagrada. Procurou o padre reitor do seminário num dia de missa para conversar so-

bre sua vocação e consequentemente o ingresso no seminário. No ano de 1971 foi para o seminário de Nova Santa Rosa (Seminário Santo Américo), com 14 anos. Hoje, com toda sua experiência, relata que mesmo o seminário sendo de monges beneditinos, inclusive o único no Brasil, não se diferenciava dos outros seminários de nossa Diocese.

Terminou o antigo ginásio (hoje, 2º ciclo do ensino fundamental) e foi para São Paulo continuar os estudos no Seminário São Plácido, onde fez o segundo grau (atual, ensino médio). Em 1978 entrou para o Mosteiro São Geraldo dos monges beneditinos, num tempo de formação chamado noviciado. Conta o padre que por ser monge beneditino seu nome, que até então era Sebastião passou a ser Lucas, em referência ao evangelista São Lucas. Fez a Filosofia no Mosteiro de São Bento (SP) e a Teologia no Instituto Teologia Salesiano Pio XI, de São Paulo.

Foi ordenado presbítero no dia 8 de dezembro de 1984, dia em que celebramos a Imaculado Conceição, em Nova Santa

Rosa. A comunidade do mosteiro pediu para que ele ficasse no seminário em Nova Santa Rosa, atuando como orientador. E assim iniciou sua caminhada sacerdotal na Diocese.

FATOS MARCANTES EM SUA HISTÓRIA

Um acontecimento marcante, conta o Pe. Lucas, foi o seu ingresso no seminário. Sua família necessitava de sua ajuda com os trabalhos na roça e por isso seu pai não aceitou muito sua saída de casa e também não tinham como comprar tudo aquilo que precisava para ir ao seminário. Relembra o padre que sempre encontrou pessoas com o coração bom em seu caminho, pessoas que incentivavam e estendiam um braço amigo, ajudando e motivando sua entrada no seminário.

Outro fato marcante foi quando chegou em São Paulo (1975) e um colega o levou para iniciar o trabalho pastoral na favela de Paraisópolis. Pe. Lucas relata que lá ficou trabalhando por dez anos, ajudando nas pastorais da Catequese, Juventude, Liturgia, Catequese de Adultos, entre outras atividades; uma experiência muito rica que contribui para a sua formação.

Uma experiência de convivência que marcou muito o Pe. Lucas foi quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil pela primeira vez em 1980. Recorda já foi uma alegria saber que o Papa viria para o Brasil, mas ficou ainda mais feliz quando descobriu que ele se hospedaria uma noite em seu mosteiro. Pe. Lucas conta com alegria que serviu o jantar naquele dia, 3 de julho. Relata que não dá para descrever o que passava em seu coração em ver o Papa João Paulo II sentado ali na mesa, comendo, conversando e servindo-se dos pratos. O Papa tão longe e tão perto ao mesmo tempo. “Não estava em Roma no Vaticano, estava conosco comendo e conversando. Uma experiência inexplicável”, descreve o

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Vocacional
Pe. Lucas Sebastião Schwarz tem 38 anos de sacerdócio Pe. Lucas em celebração com o bispo D. Lúcio Ignácio Baumgaertner (em memória)

“Não precisamos buscar entender todas as coisas, mas confiar na graça de Deus. Uma vez que nos chama, precisamos apenas confiar e sua providência cuidará do restante. Como o próprio Pe. Lucas disse, Deus precisa de nós para que sejamos seus abraços acolhedores e da nossa boca para anunciar o Evangelho”.

padre. No outro dia, 4 de julho, o Papa foi embora. Um vaziou se formou, quase um luto, mas tinha muita alegria de ter tido essa experiência tão extraordinária, ficando as lembranças desse dia maravilhoso para ele e todos os seminaristas e monges.

Outro momento que não poderia deixar de ser marcante foi em sua Ordenação Sacerdotal. No seminário, em Nova Santa Rosa, passaram muitos adolescentes e jovens, mas o Pe. Lucas foi o único a ser ordenado. Foram 17 anos em que o seminário esteve em atividade, com mais de 300 colegas desde 1970 até 1986 quando foi fechado e só ele foi ordenado padre.

Por fim, outro acontecimento importante que mudou sua vida foi quando deixou de ser monge e pediu para ser admitido na Diocese de Toledo. Diz o padre que foi uma opção de vida e, por isso, é padre diocesano há 36 anos, atuando em diversas paróquias e pastorais.

UM CONSELHO PARA QUEM QUER ENTRAR NO SEMINÁRIO OU CONVENTO

Pe. Lucas diz aos jovens: “Façam uma experiência, não tenham medo. Jesus não tem, senão, nossa boca para anunciar o Evangelho; não tem, senão, nossos braços para abraçar, abençoar, consagrar, perdoar e acolher. Jesus precisa de você, jovem, para ser um padre ou de você, jovem, para ser uma irmã. Não tem outro, só você. Que tal pensar nisso”? Que tal ouvir as palavras sábias do Pe. Lucas, jovem, e pensar/rezar por sua vocação?

UM CONSELHO AOS SEMINARISTAS DE NOSSA DIOCESE

Aconselha Pe. Lucas: “Façam um bom discernimento vocacional! Se Jesus quer que você seja padre, você vai ser! Se ele tem outra missão para ti, siga! Não tenham medo, mas coragem”. O que podemos aprender com sua história vocacional? A mensagem que

Minha história vocacional

Sou Vinicius Eduardo dos Santos Soares, tenho 21 anos e pertenço à comunidade da Paróquia Sagrada Família (Toledo). Na edição de outubro do ano passado, aqui na Revista Cristo Rei, já apresentei um pouco da minha história vocacional, que começou em 2019, quando ingressei no Seminário São Cura d’Ars, em Quatros Pontes, cursando o Ensino Médio. Atualmente estou na etapa do Discipulado junto à comunidade do Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo, cursando o 4º ano da Faculdade de Licenciatura em Filosofia na Unioeste.

Você que acompanha essa página Vocacional da nossa Revista diocesana, já sabe que foi com minha família que comecei a dar os primeiros passos vocacionais. Pude aprender o valor das orações e a importância da participação nas celebrações. Foi também o grupo de jovens da minha paróquia de origem que me auxiliou neste processo de despertar vocacional. A convite de um amigo, fui conhecer o seminário e não me arrependi e participei, em seguida, do acompanhamento mais individual no Pré-seminário até que depois de muita oração decidi dizer meu sim a Deus e ingressei no seminário.

No começo dessa nova jornada não foi nada fácil me adaptar à rotina, mas poder morar em uma comunidade me ajudou, os irmãos sempre estavam abertos em ajudar no que fosse preciso. Uma das coisas que mudou em minha vida foi poder participar da missa diariamente, pois me ajuda com minha intimidade com Deus e me dá força para continuar a caminhar. Costumamos celebrar também com as comunidades (missas vocacionais), e o contato com as pessoas, as conversas, risadas e amizades que vão se formando, sem dúvidas é vocacionalmente animador.

Outra experiência incrível e que me anima muito é Ano Vocacional. Poder participar das missões nas paróquias foi uma coisa indescritível. Falar de vocação para as crianças, adolescentes e jovens, espalhando a cultura vocacional e tornando os ambientes mais fecundos para o despertar vocacional está sendo muito gratificante. Conduzir momentos como este é uma coisa que sempre gostei, sou bem animado, e gosto de fazer brincadeiras para tirar um sorriso dos adolescentes e assim sorrir com eles. Para mim não tem coisa melhor.

Ver a Igreja cheia de crianças e adolescentes nas celebrações e todos eles sonhando com sua vocação, entregando-a junto com suas vidas, no momento do ofertório, com um pequeno símbolo de pendurar o coração do ano vocacional em uma pequena árvore, ver aquela árvore cheia de vida e sonhos, é uma sensação inexplicável, e poder sonhar junto é muito animador, sonhar com a vocação dos outros me faz sonhar com a minha vocação, me faz olhar para frente e sonhar com o próximo Ano Vocacional, pois eu quero ser o padre que vai estar acolhendo, motivando, apoiando, rezando e relembrando das experiências incríveis que tive quando era seminarista. Portanto, a cada passo minha fé aumenta, e hoje sigo muito feliz e sonhando com minha vocação.

sua história nos transmite é que não precisamos buscar entender todas as coisas, mas confiar na graça de Deus. Uma vez que nos chama, precisamos apenas confiar e sua providência cuidará

do restante. Como o próprio Pe. Lucas disse, Deus precisa de nós para que sejamos seus abraços acolhedores e da nossa boca para anunciar o Evangelho. Deus precisa de você, jovem!

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Vocacional

Cursilho

Nosso olhar sobre o MCC

O Movimento Cursilhos de Cristandade nasceu em 1944, na Espanha, por iniciativa da Juventude da Ação Católica Espanhola, da Diocese de Palma de Maiorca, como pequenos cursos preparatórios à peregrinação a Santiago de Compostela. No Brasil chegou em 1962. Como na sua criação, até hoje, no mundo todo, o MCC continua sua missão de movimento eclesial, chamando homens e mulheres, adultos e jovens a se retirarem de sua rotina e vivenciarem, durante três dias, um curso (daí o nome de cursilho, pequeno curso) e nele fazer uma experiência maravilhosa do encontro consigo mesmo, com Cristo e com o mundo, aderindo a Cristo como uma proposta de vida, assumindo sua responsabilidade de filhos no Reino de Deus.

Na Escola Vivencial Diocesana, realizada em julho último, em Toledo, contamos com a presença do Pe. Francisco Bianchin (Pe. Xiko), assessor referencial para formação do Grupo Executivo Nacional (GEN), que nos lembrou: “O MCC nasceu sobre quatro pilares, ou objetivos: 1º) Criar uma nova visão de Deus; mostrar que Ele é próximo, no sentido de que o homem (criatura) se volte para Deus (seu criador); 2º) Dar

“O objetivo de fazer o homem (criatura) voltar-se para Deus (criador) é constante na Igreja e nos cristãos. A nós, cursilhistas, a missão faz parte do próprio carisma. Precisamos estar atentos para não nos desviarmos deste foco. Individualmente, cada batizado pode e deve auxiliar sua comunidade, paróquia, Igreja, em ações pastorais, obras de caridade, conselhos, entre outras formas, mas não podemos esquecer de evangelizar os ambientes”.

um novo rosto ao cristianismo apostólico missionário; o cristão passa pela sacristia, mas precisa ir para a estrada; nascemos na estrada e temos que perseverar; 3º) Ter uma nova visão do ser humano, sua grandeza, sua inteligência, sua filiação divina; 4º) Dar uma nova visão de mundo, que ele é de Deus, que onde vamos viver e agir, devemos fazê-lo para levar Deus aos homens e os homens para Deus”. No período histórico do nascimento do MCC, a mesma preocupação com a realidade do cristianismo estava latente em toda a Igreja Católica, o que levou à convocação do Concílio Vaticano II, pelo Papa João XXIII, no dia 25 de dezembro de 1961, visto a necessidade de discutir e atualizar a Igreja sobre vários temas, sendo finalizado em dezembro de 1965, sob o papado de Paulo VI.

Em 1995, o Papa São João Paulo II classificou-o como sendo “um momento de reflexão global da Igreja sobre si mesma e as suas relações com o mundo” e que esta reflexão impelia a Igreja à

uma “fidelidade cada vez maior ao seu Senhor”. Deste Concílio, uma das grandes proposições foi a de que o leigo assumisse seu protagonismo na Igreja, sendo Igreja para além dos serviços da sacristia.

No término deste Concílio, o MCC já estava difundido mundialmente e neste tempo, como até hoje, este movimento eclesial busca através do seu método de “Ver, Julgar e Agir”, resgatar as criaturas para o seu Senhor, como está descrito no seu Carisma, realizando a Evangelização dos ambientes: o leigo vivendo sua vida normalmente, sendo o evangelho

Escola Vivencial Diocesana do MCC contou com a presença do Pe. Xiko, uma referência para os cursilhistas Pe. Xiko: “Levar o evangelho vivo significa conduzir todos a encontrar ou conhecer Cristo”
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Participe!

vivo de Jesus Cristo.

Nas palavras do Pe. Xiko, o MCC é um dos mais adequados movimentos, pois nele, o convite a participar é aberto a todos, até aos não batizados. Nossa responsabilidade de levar o evangelho vivo significa conduzir todos a encontrar ou conhecer Cristo, encaminhando-o e acompanhando-os a vida cristã.

O objetivo de fazer o homem (criatura) voltar-se para Deus (criador) é constante na Igreja e nos cristãos. A nós, cursilhistas, a missão faz parte do próprio carisma. Precisamos estar atentos para não nos desviarmos deste foco. Individualmente, cada batizado pode e deve auxiliar sua comunidade, paróquia, Igreja, em ações pastorais, obras de caridade, conselhos, entre outras formas, mas não podemos esquecer de evangelizar os ambientes.

O Papa Francisco pede aos Cursilhistas, através das palavras ditas em 2016, na Ultreia da Europa: 1) Cuidem do carisma, pois se adulterarem o carisma, não tem mais razão de existir. Ele é o nosso DNA: ser transformador de ambientes, ser sal, luz e fermento;

2) Cuidem da amizade com Deus e com o próximo, pois vocês escolheram a amizade para perseverar. Fortaleçam o tripé individualmente e comunitariamente;

3) Busquem os afastados; se os esquecermos, não estarão sendo fiéis ao carisma. Busquem os afastados da fé, da família, da dignidade, da esperança, da alegria de Deus.

Somos convidados a manter nosso olhar sobre o MCC, baseado na essência de peregrinos, empoeirados da estrada, não mofados de sacristia; servindo a Igreja como leigos, cristão comprometidos no cotidiano de nossas vidas.

DATA ATIVIDADE LOCAL 2 e 3/09 2º Recolores Diocesano Instituto São João Paulo II 5/09 Escola Vivencial Diocesana Palotina 9/09 Ultreia Toledo 12/09 Escola Vivencial do Setor Marechal Cândido Rondon 17/09 Baile da Primavera Marechal Cândido Rondon 19/09 Escola Vivencial do Setor Palotina 19/09 Escola Vivencial do Setor Toledo 24/09 Romaria Nossa Senhora da Salette Palotina 24/09 Missa do Cursilho, seguida de Ultreia Marechal Cândido Rondon 28/09 Reunião do Setor com coordenadores de grupos Assis Chateaubriand 1º/10 Almoço no Carta (responsável: equipe de Marechal Cândido Rondon) Palotina 3/10 Escola Vivencial Diocesana Assis Chateaubriand 7/10 3º Concurso da Galinhada Assis Chateaubriand Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023
Cursilho
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Josiane Bucalão, Rafael Hirata, Giani Verdi e Marcos Hawerroth Cursilhistas da Diocese de Toledo Membros da coordenação diocesana com Pe. Xiko

Entregues os prêmios do 5º sorteio da campanha “20 anos Sicoob Meridional”

Foram conhecidos no dia 9 de agosto, os 11 ganhadores do quinto sorteio da campanha em comemoração aos 20 anos da cooperativa de crédito Sicoob Meridional. Os felizardos do mês de julho são cooperados investidores das agências localizadas nos municípios de Toledo, Santa Helena, Palotina, Guaíra, Osasco (SP) e Cajamar (SP). Os prêmios são 5 vales-poupança no valor de R$ 5 mil cada, 2 televisores, 2 iPhones 13, 1 notebook e 1 moto Honda Biz 0km. O próximo sorteio será no dia 9 de setembro.

O vice-presidente do Conselho de Administração do Sicoob Meridional, Sonir Dalla Barba, ressalta a importância da cooperativa para o desenvolvimento das comunidades. “O Sicoob completa 20 anos e estamos comemorando junto com os cooperados, fortalecendo nossa marca e nosso compromisso com o cooperativismo. Esta é uma grande campanha para presentear nossos associados”, afirma.

O cooperado da agência Parigot, Lucas Francisco Zem, ganhador do iPhone 13, fala sobre a surpresa em ser um dos contemplados. “Quando minha gerente ligou comunicando, fiquei muito feliz e surpreso e grato com o presente. Obrigado Sicoob Meridional por esta ação em comemoração aso 20 anos”, comenta.

COMO PARTICIPAR

Podem participar todos os cooperados das agências do Sicoob Meridional localizadas nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, que realizarem investimentos em cota capital,

poupança ou RDC, entre os dias 15 de fevereiro a 29 de dezembro de 2023. São 11 prêmios mensais e um total de 112. A campanha ‘20 anos Sicoob Meridional’ segue até o mês de dezembro e vai entregar mais de R$ 800 mil em prêmios, entre eles 50 vales-poupança no valor de R$ 5 mil cada, 20 televisores, 20 iPhones 13, 10 notebooks, 10 motos Honda Biz 0km e dois automóveis Fiat Toro 0km. Mais informações sobre a campanha 20 anos Sicoob Meridional no site: www.sicoob.com. br/web/sicoobmeridional/20anossicoobmeridional

Entidades e parceiros da Campanha Legal planejam lançamento da 23ª edição

Será realizada no dia 17 de outubro, a cerimônia de lançamento da Campanha Legal 2023. A data foi definida pelas entidades que atuam no atendimento a crianças e adolescentes e parceiros, durante reunião realizada na Sede Social da Catedral Cristo Rei. Nesta edição, a coordenação da ação está com a Casa de Maria, da cidade de Toledo.

A Campanha Legal destina parte dos recursos do Imposto de Renda de Pessoas Físicas e Jurídicas ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Toledo. Esses recursos, posteriormente, são direcionados para entidades que atendem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social com ações ligadas às áreas de assistência social, saúde, educação, cultura, esportes e lazer.

Em 2022, foram arrecadados R$ 1.214.514,28 para o Fundo, 42% a mais

do que no ano anterior. Pessoas Físicas (PF) podem destinar 6% e Pessoas Jurídicas (PJ) 1% do imposto devido.

ENTIDADES BENEFICIADAS

As entidades que recebem a destinação de recursos são Ação Social São Vicente de Paulo, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Toledo (Apae), Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp), Casa

de Maria – Assistência à Criança e Adolescente (Toledo), Centro Social e Educacional Aldeia Infantil Betesda e Centro Beneficente de Educação Infantil Ledi Maas Lions.

PARCEIROS

Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit); Associação dos Contabilistas; Associação Toledana de Imprensa (ATI); Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PR); Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (Sescap-PR); Sicoob Meridional; Sicredi Progresso PR/ SP; Uniprime Pioneira; Prefeitura de Toledo; Câmara de Toledo; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade (Sincoeste).

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Entidades definiram lançamento da Campanha em outubro

“Escolha a vida” é tema da campanha da Semana do Trânsito

Toda escolha feita no trânsito urbano ou em rodovias gera consequências. Isso vai desde as condições do veículo ao comportamento do condutor. Assumir o modo de direção defensiva, porém, é o correto a se fazer. As escolhas no trânsito não apenas afetam o indivíduo, mas também repercutem na segurança de todos os envolvidos.

Com o tema “No trânsito, escolha a vida”, a Semana Nacional do Trânsito tem por objetivo incentivar você que é motorista, pedestre e ciclista a repensar suas atitudes nas ruas e rodovias para preservar a vida. Quem já se envolveu em acidente de trânsito ou presenciou algum na vida tem as marcas na memória e pode até tê-las no corpo. Por isso, a opção por respeitar os limites de velocidade e até mesmo a decisão de ceder a passagem, reflete como está o seu nível de comprometimento e de responsabilidade.

O dia a dia do trânsito é feito da regra básica: dirigir com atenção e respeito às leis de trânsito. Essa é a primeira escolha do dia ao tomar o meio de locomoção (carro, moto, ônibus, bicicleta, entre outros) para se deslocar ao trabalho, à escola ou ao passeio na casa de amigos. O risco existe para quem sai apressado, não observa o básico e, portanto, pode se tornar vítima ou autor de uma ocorrência de trânsito. Logo, a escolha que cada um faz ao assumir a condução de um veículo é de grande responsabilidade consigo e com terceiros.

Infelizmente, no trânsito acontecem cenas inusitadas, mas comuns, entre as quais a colisão de veículos em cruzamento de ruas com semáforo, a colisão entre motociclistas ou mesmo o ciclista – em movimento – verificando mensagens no telefone celular. Mas o absurdo também acontece: um ciclista é visto digitando mensagem no celular enquanto fazia seu deslocamento em fim de tarde.

O Conselho Nacional do Trânsito (Contran), por meio da Resolução nº 980, de 23 de setembro de 2022, reforça que cada usuário do trânsito corre riscos se não fizer escolhas seguras e cumprir corretamente as regras de circulação. A Semana Nacional quer mostrar situações em que as escolhas conduzam à proteção à vida de quem escolhe e de todos os demais atores do trânsito que, devido à sua vulnerabilidade,

podem se tornar vítimas das escolhas de terceiros.

E para você, como tem sido a experiência no trânsito da sua cidade? Já foi surpreendido por alguma imprudência no trânsito? Transmitir bons exemplos de comportamento e educação no trânsito é importante e necessário para as próximas gerações. Pelo comportamento dos pais, as crianças já sabem da obrigatoriedade de uso do cinto de segurança e de que é proibido atender telefone enquanto dirige. Condutores de veículos sabem do dever de reduzir a velocidade nas proximidades de escolas e hospitais. Há até mesmo placas indicativas. Lembre-se que a escolha que você faz ao assumir ao partilhar o trânsito com outras pessoas tem consequências. Por isso mesmo, tenha sempre como critério o respeito à vida.

A Cartilha “Você no Trânsito”, do Detran-PR traz algumas dicas em que o pedestre pode contribuir, por exemplo, fazendo a travessia

somente na faixa de segurança ou nas passarelas. Já o motorista, sempre manter uma distância segura do veículo à sua frente e lembrar que os maiores cuidam dos menores. Por isso, tenha cuidado com pedestres, especialmente crianças e pessoas com deficiência. Para o motociclista a mensagem que a cartilha traz é a seguinte: circule com o farol aceso, mesmo durante o dia, e não ande em zigue-zague entre os veículos. Já o ciclista, sempre é bom lembrar da necessidade de sinalizar suas intenções na pista. Se não houver ciclovia, use a borda da pista de rolamento no mesmo sentido de circulação dos veículos, próximo ao meio-fio. Quando em grupo, ande em fila única.

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Preservar a vida é sempre a primeira escolha no trânsito Albari Rosa/AEN

Programa Empretec lança nova turma em Marechal Cândido Rondon

Considerado o principal programa de formação de empreendedores do mundo, o Empretec terá uma nova turma na cidade de Marechal Cândido Rondon. Por meio de parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Associação Comercial e Empresarial (Acimacar) e o Núcleo de Empretecos da entidade, os interessados vão percorrer os caminhos do desenvolvimento empresarial.

O Empretec envolve o uso de uma metodologia desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU), aplicada em mais de 40 países. No Brasil, a metodologia é aplicada com exclusividade pelo Sebrae e busca viabilizar a competitividade empresarial por meio do aperfeiçoamento das características individuais de cada empreendedor.

Empreendedores desenvolvem habilidades durante o Programa lucro mensal dos empreendedores que já participaram do Empretec e aumento de 61% na necessidade de gerar vagas de emprego pelas empresas participantes.

A inciativa, que tem como público empresários e futuros empreendedores, acontece entre os dias 16 e 21 de outubro, na Sala de Treinamentos da Acimacar. Durante os seis dias, os participantes terão uma intensa experiência de desenvolvimento, envolvendo aspectos como busca de oportunidade e iniciativa, persistência, exigência de qualidade e eficiência, comprometimento, correr riscos calculados, busca de informações, estabelecimento de metas, planejamento e monitoramento sistemáticos, persuasão e rede de contatos, além de independência e autoconfiança.

O Empretec conquistou nota 9,5 no Net Promoter Score (NPS), uma métrica de satisfação do cliente, além de ter como resultados 75% de aumento do

Para participar da turma do Empretec em Marechal Cândido Rondon, é preciso realizar as inscrições por formulário eletrônico que você pode acessar pelo QR Code nesta página da Revista Cristo Rei. As vagas são limitadas e as entrevistas já estão sendo agendadas para seleção dos participantes. O investimento é de 12 vezes de R$ 209,00.

Sanepar inclui Toledo no Circuito de Corridas de Ruas

Toledo vai sediar uma das etapas do Circuito Estadual de Ruas da Sanepar na região Oeste do Estado. O evento está agendado para o dia 8 de outubro com provas de 5 e 10 quilômetros, além de caminhada e circuito kids para crianças. A inscrição on-line pode ser feita por meio do QR Code que você encontra nesta reportagem. A adesão para as provas tem custo de R$ 39,90, mais taxa de serviço, e os primeiros mil inscritos em cada etapa têm direito ao kit premium, com camiseta da prova, sacochila e boné.

O Circuito de Corridas de Ruas faz parte das comemorações dos 60 anos da Sanepar e foi inaugurado no Projeto Verão 2022/2023 no litoral do estado, reunindo mais de 10 mil pessoas. Após o sucesso

do evento na orla paranaense, o circuito foi estendido para mais cidades do Estado.

O calendário das provas inclui no dia 24 de setembro a cidade de Pato Branco, na região Sudoeste. Em outubro, além

de Toledo no dia 8, o circuito ganha as ruas de Londrina, no dia 22, e Maringá, dia 29. Cascavel e Guarapuava sediam as etapas de novembro nos dias 12 e 19, respectivamente. As provas em dezembro serão realizadas em Ponta Grossa, no dia 3; Umuarama, no dia 10; e encerram em Curitiba, no dia 17.

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Corrida de Rua Sanepar
Inscreva-se no Empretec
Atletas e corredores amadores começam a se preparar para o evento

Voluntariado: Sicredi Progresso PR/SP entrega doações relacionadas ao DIA C

O Dia Internacional do Cooperativismo foi em julho, mas as ações de responsabilidade social e voluntariado ainda repercutem pela Sicredi Progresso PR/SP. Na penúltima semana de agosto, mais quatro entidades de Toledo receberam doações relacionadas ao Dia C.

Na segunda-feira, 21, foi o dia de repassar cheques ao Hospital Bom Jesus e ao projeto interno de voluntários Pequeno Amor, da UTI Neonatal, e ao grupo Todos Por Um Lar, que prestam cuidados a animais abandonados.

Para realizar essa iniciativa, colaboradores da sede administrativa da Cooperativa, em parceria com a Smash Burger, venderam 1.055 hambúrgueres e reverteram o lucro de R$ 11.100,00, para as instituições.

Na terça, 22, foi a vez da Associação Embaixada Solidária - que presta assistência e promove a inclusão social de imigrantes em Toledo – receber doações de mais de 3.000 itens, entre roupas, utensílios de cozinha, brinquedos e outros. A Embaixada atende aproximadamente 300 famílias mensalmente.

Na entrega das doações, a vice-presidente da Associação, Laudicéia Correia, contou que Toledo tem recebido muitos estrangeiros que vem sem nada para o país e a Associação acaba estruturando famílias com tudo que é possível. “Nesses mais de 6 anos, já atendemos muitas famílias que não têm nada, chegamos a mobiliar casas. Somos muito gratos pela ajuda e cooperação, sem o envolvimento das pessoas não fazemos nada!”, agradeceu.

Já na quinta-feira, 24, a Fazenda da Esperança também recebeu doações de alimentos e calçados masculinos e, o Projeto Pequeno Amor, fraldas descartáveis para recém-nascidos. O Comitê Mulher da Sicredi Progresso foi responsável por mobilizar e separar os itens a serem doados a cada uma das entidades.

Neste ano, cerca de 20 instituições foram escolhidas para serem abraçadas pelas ações voluntárias por todas as agências, no Paraná e em São Paulo. As atividades envolvem revitalização em escolas, praças, parquinhos, pontos de ônibus, hortas, plantio de mudas, doação de recursos, alimentos e outros itens para projetos de apoio ao câncer e ONGs com frentes diversas, oficinas de educação financeira e arte para crianças, palestras para mulheres e doação de sangue – esta última segue ativa até o fim do ano.

O propósito de todas as ações é cuidar das pessoas, do meio ambiente e incentivar atividades voluntárias que impactem a comunidade, demonstrando como o cooperativismo transforma realidades.

“Quando chegamos para entregar as doações para as entidades, as pessoas sempre nos recebem com um largo sorriso. Nas conversas, podemos perceber que aquele gesto que fizemos impactará a vida de muitas pessoas que têm várias necessidades. Isso nos motiva, pois

cada gesto conta”, afirma o Assessor de Desenvolvimento do Cooperativismo, Higor Loredo.

O Dia C é considerado o maior movimento cooperativista de voluntariado do país, uma iniciativa liderada pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil).

Sobre a Sicredi Progresso PR/SP

Com 41 anos de atuação a Sicredi Progresso PR/SP está presente na vida de mais de 60 mil associados. Com uma história, construída na essência da cooperação, a Cooperativa possui 22 agências distribuídas na área de ação nos estados do Paraná e São Paulo. Destas, 14 estão no Paraná e outras 8 em São Paulo. Seu capital humano conta com aproximadamente 400 colaboradores focados nos valores do cooperativismo e na oferta de produtos e serviços financeiros adequados aos associados, de um jeito simples e próximo. A Sicredi Progresso integra o Sistema Sicredi que está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 69 Ano XXVII - nº 295 - Setembro de 2023 69 INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO
Sicredi Progresso entrega cheques ao Hospital Bom Jesus, Projeto Pequeno Amor da UTI Neonatal e Todos Por Um Lar Vilmar José Krenchinski Cooperado desde 1988.

Vícios de postura mais comuns no dia a dia

Todo mundo, ou quase todo mundo, tem algum vício de postura. Ou seja, a maioria da população adota posições mais “confortáveis” para determinados movimentos ou situações. Mas é preciso atenção: quanto mais confortável uma posição, maior o risco de isto ser ou se tornar um vício de postura!

Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, especialista em Saúde Postural e Dores Crônicas, ao longo da vida é normal adotarmos posturas mais cômodas para determinados movimentos. “Sabe quando é muito mais fácil curvar o tronco para frente em uma cadeira do que se manter ereto? Ou abaixar o pescoço para usar o celular em vez de levantar o aparelho na altura dos olhos? Estes são apenas alguns vícios de postura comuns no dia a dia”, cita.

O que a população em geral não compreende é que quanto maior o conforto em uma posição, maior o risco disto se tornar um vício postural. “Outro alerta é que a má postura se instala sem que a pessoa tenha consciência disto. Como nossos movimentos são automáticos, temos dificuldade em perceber que estamos em posições prejudiciais para nosso sistema musculoesquelético”, reforça Walkíria.

DOR É PRINCIPAL SINTOMA DE VÍCIOS POSTURAIS

Os vícios posturais podem causar vários problemas, dependendo de qual região do corpo é afetada. De maneira geral, a dor é o principal sinal de que é hora de procurar ajuda. “Aqui vale uma ressalva: os incômodos podem ser inespecíficos. Nem sempre a dor é localizada. Pessoas com problemas na cervical podem desenvolver dores de cabeça, nos ombros e até nos braços, por exemplo”, comenta Walkíria.

Uma boa maneira de corrigir posturas é aumentar a consciência corporal. Walkíria recomenda a união de várias técnicas da fisioterapia para alcançar estes objetivos, dentre as quais a Reeducação Postural Global (RPG) e o Pilates.

- Curvar-se e levar o tronco para frente ao usar o computador: outro vício de postura típico da sociedade moderna é projetar o tronco para frente ao usar o computador. Inclusive, nestes casos é comum também abaixar o pescoço. Os profissionais que trabalham em escritórios e os estudantes são bastante afetados pela má postura durante o uso do computador. “Estes vícios posturais podem causar dores no pescoço, ombros e coluna lombar. Ao longo do tempo, a pessoa pode desenvolver cifose e até mesmo hérnias de disco”, aponta a fisioterapeuta. A primeira dica é investir em uma cadeira com encosto que dê apoio para a região lombar. Ao se sentar, a pessoa deve sentir que o quadril está bem encaixado no assento de forma que os dois lados do corpo estejam apoiados de forma equilibrada.

“Outra exigência é que a tela do computador precisa estar na altura dos olhos. Isto evita que a pessoa curve o pescoço para baixo. Os pés precisam encostar o chão e as pernas devem formar um ângulo de 90 graus em relação ao assento da cadeira. Por fim, é importante apoiar os cotovelos e antebraços na mesa para aliviar a tensão na cervical”, explica a especialista.

- Dormir com o antebraço embaixo da cabeça: as posturas erradas na hora de dormir são muito comuns. Uma das piores é dormir com os braços embaixo do rosto ou da cabeça. “Esta posição altera o alinhamento da coluna, além de comprimir nervos e veias. As pessoas que têm este hábito podem desenvolver a síndrome do túnel do carpo, que afeta os punhos e mãos”, diz Walkíria. A postura adequada na hora de dormir é deixar os braços relaxados e alinhados com os ombros, seja de lado ou de barriga para cima. Um dos braços pode ficar relaxado na altura do quadril e o outro ao lado do travesseiro.

- Cruzar as pernas: cruzar as pernas pode ser quase irresistível ao longo do dia, principalmente quando se passa muito tempo sentado. Esta postura é bastante prejudicial para o corpo. Ao cruzar as pernas, a pessoa tende a se curvar para frente. Além disto, desalinha o quadril e coloca pressão na coluna lombar”, ressalta a especialista. Você pode cruzar as pernas, mas de vez em quando. Ao fazer isto, procure se manter ereto e trocar de lado para equilibrar o esforço muscular. Evite ainda se inclinar para frente e abaixar o pescoço enquanto estive de pernas cruzadas.

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O uso inadequado da tecnologia gera má postura
Vícios de postura com maior potencial

Os pais, Gilberto e Denise Horn, da Paróquia Nossa Senhora da Glória (Quatro Pontes), homenageiam seus filhos Guilherme (11/09) e Deise (7/09) pelos seus respectivos aniversários. Parabéns e felicidades!

Formação de catequistas na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) com o seminarista Vinícius Gomes Fazuline – Foto: Patrícia Pelissari

Jovens pelos jovens

Em ação solidária pela jovem Nicolly Cristina, o Grupo de Jovens Unidos em Cristo (JUC), da Paróquia Santo Antônio, em Formosa do Oeste, se uniu à Associação Comercial da cidade na realização da Feira do Pastel, em agosto último na Praça Enio Pipino. O caráter beneficente do evento teve por objetivo arrecadar recursos para auxiliar nas despesas com cirurgia oftalmológica de Nicolly, de 14 anos. Um gesto de amor ao próximo!

Ao centro da foto, a aniversariante Carolini Rocha, da Paróquia Sagrada Família (Toledo), que comemora seus 12 anos (12/09), com o carinho do pai Gilberto e da mana Raffaela. Que Deus a abençoe, proteja e guie sempre!

Mãe e filha, comemora o aniversário. Valéria

Cristina Gaievik (12/07) e Tereza Filgueira Gaievik (27/08), recebem homenagem dos familiares e amigos. Tereza é do Santuário São José (Alto Piquiri), e Valéria é da Capela São José Operário - Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo)

Ordenação Pe. Leonardo

A Paróquia São Francisco de Assis marcou presença no Desfile Cívico do aniversário de 57 anos do município de Assis Chateaubriand. No ano que vem estará completando seus 50 anos, e já neste ano de 2023 prepara seu Jubileu de Ouro.

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Casal Arnaldo e Nilce Haraki apresentam a estola e a casula, expressão do serviço e dignidade sacerdotal Avós de Pe. Leonardo acompanham-no na oração diante da imagem de Nossa Senhora do Carmo D. João Carlos Seneme, bispo diocesano, conduz o Rito Eucarístico com o neo-sacerdote, Pe. Leonardo, tendo próximos Pe. Hélio José Bamberg (vigário-geral da Diocese) e Pe. Lucimar Antonio Castellani (pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo) Fotos: Janete Pascuti Alves e Eliton Lopes/Foto do Zinho

DIA DO PADRE

No calendário do Mês Vocacional, o Dia do Padre é marcado na Diocese de Toledo pela confraternização do clero com seus pais. Em agosto último, a data foi marcada com uma celebração presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, num momento de louvor a Deus pelo dom da vida e pela graça da vocação.

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FESTA DA PADROEIRA EM QUATRO PONTES

A comunidade católica de Quatro Pontes realizou a tradicional Festa da Padroeira Nossa Senhora da Glória, nas comemorações de seus 68 anos de evangelização. A Santa Missa foi animada pelo Coral Filhos da Glória, seguida de almoço de confraternização com a participação de cerca de 500 pessoas, e tarde de descontração com grupo musical e a realização da Ação Entre Amigos da comunidade – Fotos: Pascom

Catequese Matrimonial

A Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) realizou o encontro chamado de Catequese Matrimonial, no contexto da Preparação ao Sacramento do Matrimônio. Com a atuação da Pastoral Familiar, Pe. Valdecir Trajano (pároco) acentuou a disponibilidade deste serviço da Igreja Católica no atendimento aos casais que buscam o Sacramento para a vida conjugal e a formação da família. Felicidades a todos! Fotos: Patrícia Pelissari

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Participantes na formação litúrgica sobre o Missal Romano no Decanato Toledo (22/08) Grupo da Paróquia São Cristóvão na formação sobre o Missal Romano no Decanato Toledo com Ir. Veronice Fernandes (22/08)

Felicidades ao Pe. Jauri Strieder, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes (Guaíra), que recebe os cumprimentos pelo seu 11º aniversário de ordenação presbiteral neste dia 8/09 e, no dia seguinte, comemora mais um ano de vida

Parabéns ao Pe. Jociel Cristiano de Almeida, vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand) pelo seu 7º aniversário de ordenação presbiteral (3/09)

“Uma grande notícia encheu nossos corações de alegria, no dia 21 de agosto último, completaram cinco anos que o nosso querido Pe. Ademir Teixeira (que já foi pároco em nossa paróquia) realizou um transplante de fígado. Graças a Deus nestes últimos cinco anos não houve nenhuma intercorrência e ele está curado. Pe. Ademir, somos gratos pelo seu trabalho sacerdotal e principalmente pelo fortalecimento da nossa fé, na Santíssima Trindade e em Nossa Senhora. Pedimos a Deus que o fortaleça sempre, para continuar desenvolvendo o trabalho maravilhoso que demonstrou em nossa comunidade. Gratidão”.

Maria Olga Sabec Zanutto Pastoral da Acolhida – Paróquia São Cristóvão - Toledo | PR

Cumprimentos ao Pe. Angelo Virgílio Pellá, pároco da Paróquia Sagrada Família (Dez de Maio) que no dia 2/09 celebra o 34º aniversário de ordenação presbiteral Parabéns ao Pe. José Roberto Garcia, vigário paroquial da Paróquia São Roque (Nova Aurora), pelo 28º aniversário de sua ordenação presbiteral (2/09)

Noite Cultural no Encontro Regional de Presbíteros

O Encontro Regional de Presbíteros do Paraná, realizado na Diocese de Toledo (21 a 25/08) reservou na programação uma noite cultural, com apresentações do Grupo Folclórico de Danças Integração, de Novo Sarandi (Toledo) e do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Estância da Liberdade. Muitos registros para a memória, alegria e descontração marcaram essa etapa do encontro.

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Em celebração eucarística (23/07) presidida pelo pároco, Pe. Nelton Hemkemeier, foi realizado o rito de investidura dos novos coroinhas e acólitos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra). Que Deus e Nossa Senhora Aparecida lhes abençoe nessa missão e obrigado pelo sim de cada um e de suas famílias

Lideranças da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo), com acólitos, participam de celebração eucarística com Pe. Leonardo Castro, na Igreja São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)

Familiares e amigos da Paróquia São Pedro (São Pedro do Iguaçu), cumprimentam José Espontão Gamelo e Maria Mercedes Gamelo que completaram 50 anos de casados, com rito de bênção administrado pelo pároco, Pe. Valdeci Gaias

Ainda que no começo um pouco tímidas, as crianças do grupo “Cordeirinhos de Cristo”, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá), prestaram homenagem no Dia dos Avós (julho), durante celebração eucarística da comunidade. O projeto “Cordeirinhos de Cristo” começou em abril deste ano e visa fazer com que crianças de até 12 anos de idade estejam envolvidas com atividades lúdicas e católicas, ainda que não estejam em idade para participar da Catequese – Foto: Evelyn Gabrielle

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Albina Campagnolo Donassolo, Paróquia São Francisco de Assis – Toledo, Comunidade do Xaxim, completa 90 anos no dia 09/09 e recebe as homenagens de toda a sua família. Equipe da Pastoral Familiar, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Marechal Cândido Rondon) com a Dra. Sônia Färber que proferiu palestra na Semana Nacional da Família, em agosto último –Foto: Oficina da Foto Dia dos Pais na Igreja São Francisco de Assis, em Toledo –Foto: Renato Schuck Adolescentes que estão em preparação para receber o Sacramento da Crisma participaram de retiro organizado pelos catequistas da Paróquia Cristo Rei (Entre Rios do Oeste) Assessores do retiro para adolescentes da Crisma da Paróquia Cristo Rei (Entre Rios do Oeste)

“Alegrai-vos comigo”

(Lc 15,6)

“Uma celebração de gratidão a Deus por ter escolhido Leonardo e chamado entre os filhos desta Diocese de Toledo”. Foi com essa expressão que o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, manifestou a alegria em receber Leonardo Ribeiro de Souza Castro, filho da cidade de Assis Chateaubriand, como novo membro do clero diocesano. Pe. Leonardo foi recebido pelo coordenador do clero, Pe. Mauro Cassimiro com as seguintes palavras: “Vem agora a reponsabilidade, compromissos e realizações. Não tenha pressa. Viva e curta cada momento do ministério que recebeste”. Por sua vez, Rosangela Bornioti, coordenadora do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP), lembrou Pe. Leonardo que a comunidade viu sua vocação despertar, florir e amadurecer. Ela fez um pedido: “Pense em nós todos ao longo do teu ministério. Pense todos os dias neste dia da ordenação. Muitos de nós estivemos aqui para rezar por ti e fazer-te sacerdote. Leve Jesus através de tuas palavras, gestos, exemplo, fé e alegria e do teu jeito de ser padre”. Por sua vez, o neo-sacerdote se emocionou bastante ao falar dos avós maternos. D. João entregou-lhe um escapulário, sinal da união especial com Maria Mãe de Jesus “A quem te empenharás de imitar, na dedicação ao serviço aos outros”. Fotos: Janete Pascuti Alves/Eliton Lopes - Foto do Zinho

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Compra de leite em pó para estimular setor em dificuldade

A compra de estoques de leite em pó de agricultores familiares foi anunciada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como uma das medidas do governo para ajudar o setor, que vem enfrentando dificuldades em função do aumento da importação do produto, em especial de países do Mercosul. Serão destinados R$ 100 milhões do governo federal para a compra do leite em pó, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra Direta.

“A compra pública ajuda de imediato o setor. A gente faz a compra das organizações, cooperativas, associações de agricultores familiares que têm estoque e, a partir dali, pode-se comprar mais leite e elevar o preço. Quando a gente faz uma compra desse vulto, é uma sinalização muito positiva para o setor e também para o mercado”, explicou o presidente da Conab, Edegar Pretto, à Agência Brasil.

O leite em pó será destinado a pessoas em condições de insegurança alimentar e nutricional, conforme demanda do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

IMPOSTO

Outra medida do governo para ajudar o setor é o aumento do imposto de importação de leite e produtos lácteos. O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou o aumento do Imposto de Importação de 12,8% para 18%, pelo período de um ano, para três produtos lácteos: queijo de pasta mole e de pasta azul e óleo de manteiga. Em julho passado, o Governo já havia atendido pleito do setor de elevação da alíquota de complementos alimentares, lactalbumina e outras albuminas.

O Gecex também retirou 29 produtos do setor lácteo da Resolução 353 de 2022, que prevê Tarifa Externa Comum (TEC) unilateral de 10% para as tarifas de

importação. Com isso, esses produtos terão imposto variando entre 10,8% e 14,4%. Alguns exemplos dessa lista são: iogurte (14,4%); manteiga (14,4%); queijo ralado (14,4%); e doce de leite (14,4%).

FISCALIZAÇÃO

Em outra frente, o governo promete aumentar a fiscalização do leite que entra de outros países. Segundo Pretto, foram feitas denúncias sobre a prática de reidratar o leite em pó importado, o que é proibido. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, diz em rede social que o Mapa está intensificando a fiscalização desta prática. Ainda segundo o ministro, o governo trabalha para minimizar os impactos da importação de leite do Mercosul, que está tirando

a competitividade e a rentabilidade dos produtores.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, diz que o problema com a importação de leite acontece desde agosto do ano passado. “A nossa cadeia produtiva sempre passou por momentos complexos como o de agora. Mas antes era por 60, 90 dias e agora estamos com importações de leite batendo recordes de março para cá e elas vêm acontecendo desde agosto do ano passado. Essas importações acabam sendo danosas. Nós do setor não somos contra as importações, mas elas estão trazendo malefícios para o setor”, disse. Segundo Borges, muitos produtores estão deixando a atividade, o que resulta no enfraquecimento do setor.

Importação prejudica setor

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea Esalq/USP), as importações brasileiras de lácteos aumentaram 148% entre junho de 2022 e junho de 2023. Em relação ao leite em pó, as compras externas aumentaram ainda mais: 234,11% no

período, sendo os principais fornecedores o Uruguai, a Argentina e o Paraguai. No primeiro semestre de 2023, as importações somaram mais de 1,09 bilhão de litros em equivalente leite, quase três vezes acima do volume registrado no mesmo período do ano passado.

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A cada ordenha o pecuarista refaz as contas (Sabrina Craide, da Agência Brasil)

Primavera, a poesia da Criação Divina

Primavera, a estação das flores brilha, Radia a natureza, obra sublime do Criador, Em cores e tons, sua arte se faz tranquila, Num cenário de encanto e doce esplendor.

Os campos se pintam em matizes diversos, Pétalas dançam ao vento com leveza, O céu sorri, os pássaros em cantos dispersos, Anunciam a vida em sua pura beleza.

É Deus, o artífice de tamanha perfeição, Que com pincéis divinos criou esse jardim, Onde a esperança se renova, é bendição, E a alma encontra paz ao contemplá-la assim.

Oh, Primavera, estação das flores risonhas, És a prova viva do amor que Deus entrelaça, Em cada flor, em cada folha que coroas, A mensagem é clara: a vida é bela e graça.

Filhos e Filhas de Deus

Somos as flores do jardim de Deus. Os seres humanos de qualquer raça ou cor são as flores do jardim do Criador. Deus cuida das suas flores, Ele não grita com os seus filhos, mas aconselha para fazer tudo bem feito. Ele nos concede muitas graças, tudo com muito amor e o amor nos ensina ser melhores. Ser valente é ser gente do bem.

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Djonatan Andrade Paróquia Sagrada Família Toledo | PR Geraldo Gomes de Lima Paróquia Nossa Senhora Aparecida Arquidiocese de Maringá | PR

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