






A caridade cristã é fundamentada nos princípios de amor ao próximo, compaixão e solidariedade, ensinamentos que Jesus Cristo deixou aos seus seguidores. Quem é batizado e se declara cristão é convidado a fazer o exercício de reflexão desta realidade essencial na missão diária de cada um. Sem a internalização da caridade no ser e agir, o cristão pode entrar em conflito com seu próprio testemunho.
Entendida como uma urgência, a caridade leva a uma ação prática de participação. O imperativo da atitude implica no conhecimento e no desejo de realizar a vontade de Deus nas mais diferentes situações, que podem ser difíceis num primeiro momento, mas com perseverança é possível alcançar. A caridade além de urgente é exigente. A caridade é uma oferta de apoio material, emocional e espiritual que, por isso mesmo, obriga a um esvaziamento de si para que o amor ao próximo ocupe lugar próprio nas mãos estendidas que ajudam a quem mais precisa.
A Diocese de Toledo reforça sua expressão caritativa, já exercida pelas pastorais e movimentos e comunidades de fé, com a revitalização da Cáritas Diocesana. Se há mais de 30 anos a Pastoral do Auxílio Fraterno
vem cumprindo sua missão, com organização e atendimento sistematizado às pessoas em situação de vulnerabilidade social, agora sua irmã Cáritas, que estava adormecida, vem somar forças nesse processo de atuação e presença na comunidade cristã e na sociedade.
A experiência de atuação internacional da Cáritas, como organismo da Igreja Católica Apostólica Romana, oferece reais condições para que a Cáritas Diocesana atue com muita determinação em projetos regionais em pelo menos 13 linhas de ação dentro de seu propósito estratégico de atuação. Por isso mesmo, muitos projetos de cooperação serão possíveis e certamente produzirão frutos, dentro da vontade de Deus e participação ativa dos fiéis.
Se em 1968 quando surgiu, a Cáritas Diocesana foi desafiada a começar sua missão, quase 55 anos depois ela retoma a jovem condição de oferecer respostas aos novos desafios que a sociedade apresenta nas diferentes circunstâncias da vida humana. Que ela seja acolhida para que também possa acolher; que ela produza frutos na vinha do Senhor que está plantada no Oeste do Paraná.
Boa Leitura!
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Por ocasião do 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais (celebrado no último dia 21 de maio, Solenidade da Ascensão do Senhor) o Papa Francisco dirige a toda a Igreja uma mensagem refletindo sobre a comunicação que deve partir do coração. Na mensagem ele chama a atenção para o 60º aniversário da Encíclica Pacem in terris (Paz na terra) para recordar o contexto de guerra em que vivemos.
Falar com o coração, segundo a verdade, mas sempre na caridade: este é o convite que o Papa Francisco (citando a carta aos Efésios: “Testemunhando a verdade no amor” Ef 4, 15) nos dirige por ocasião do 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Na mensagem do ano passado ele se dedicou à necessidade de saber “escutar com o coração”, a atenção agora se volta para a dinâmica do diálogo e da partilha. “Foi o coração que moveu para ir, ver e escutar, e é o coração que nos move para uma comunicação fraterna e acolhedora. Diálogo e partilha que é, em concreto, comunicar cordialmente” (Papa Francisco).
Falar com o coração para afirmar uma cultura de paz onde há guerra, falar com o coração para abrir caminhos de diálogo e reconciliação precisamente onde o ódio e a inimizade deixaram marcas permanentes.
O Papa Francisco retoma a Encíclica de São João XXIII Pacem in terris para reiterar que a comunicação não hostil é urgente e necessária, “no contexto dramático de conflito global que vivemos...
Num período da histó -
ria marcado por polarizações e oposições – de que, infelizmente, nem a comunidade eclesial está imune – o empenho em prol de uma comunicação de coração e braços abertos é responsabilidade de todos”.
O convite do Papa Francisco é, portanto, à conversão do coração “graças à qual se decide o destino da paz, pois o vírus da guerra vem de dentro do coração humano”. O coração do qual, acrescenta, “nascem as palavras certas para dissipar as sombras de um mundo fechado e dividido e construir uma civilização melhor do que a que recebemos”.
O Pontífice põe em causa todos e em particular o sentido de responsabilidade dos operadores de comunicação, «para que exerçam a sua profissão como missão».
“Não devemos ter medo de anunciar a verdade, mesmo que às vezes seja incômodo, mas de fazê-lo sem caridade, sem coração”. O Papa Bento XVI, recentemente falecido, sublinhava que «o programa do cristão é um coração que vê”. “Um coração que com a sua batida revela a verdade do nosso ser e que por isso deve ser escutado. Conversar com cordialidade é sintonizar os corações, a ponto de sentir até mesmo as batidas do coração do outro em seu próprio coração. Então pode acontecer o milagre do encontro”.
Como o “misterioso caminhante que conversa com os discípulos a caminho de Emaús”, maravilhoso exemplo de comunicador segundo o Papa Francisco, é preciso falar com amor, acompanhando o caminho da dor, respeitando os tempos da compreensão. Para deixar entrever a participação “nas alegrias e nos medos, nas esperanças e nos sofrimentos das mulheres e dos homens do nosso tempo”, escreve finalmente o Papa, dirigindo um apelo a quem comunica hoje em um contexto orientado “à indiferença e à indignação, às vezes também com base na desinformação, que falsifica e explora a verdade”.
Que o Senhor Jesus, Palavra da verdade e caridade, nos ajude a dizer a verdade no amor, para nos sentirmos protetores uns dos outros.
D. João Carlos Seneme, CSS Bispo da Diocese de ToledoCom projetos impactantes para a sociedade, animação de voluntários e capacidade de agir, a Cáritas Diocesana de Toledo está revitalizada. Criada em 1968, pelo primeiro bispo diocesano, D. Armando Círio, com participação de religiosos e leigos, ela esteve adormecida por um tempo, após ter cumprido um papel fundamental de assistência nos primeiros passos da Diocese e que fez brotar mais adiante a Pastoral do Auxílio Fraterno, que passa dos seus 30 anos de caminhada organizada e estruturada de atenção aos pobres. No entanto, com novo formato e diante das novas respostas que a sociedade precisa, a Cáritas Diocesana está mais ativa do que nunca e desencadeia uma série de ações e projetos que visam convidar os cristãos a enxergar a realidade que os cerca e agir em favor dos mais vulneráveis por meio de ações sociotransformadoras, capazes de fazê-los retomar a dignidade humana.
“A Cáritas é o carinho da Igreja para o seu povo, a carícia da Igreja para com os seus filhos”. Esta expressão do Papa Francisco é lembrada pela coordenadora da Cáritas no Paraná, Márcia Ponce, que em visita à Diocese de Toledo faz questão de completar: “É a carícia da Igreja junto aos empobrecidos, junto aos mais vulneráveis, aos que sofrem e precisam de uma mão que os segure e os levante”. Como organismo de atuação internacional, ligada à Igreja Católica Apostólica Romana, a Cáritas conquistou credibilidade ao longo de sua existência justamente pelos projetos desenvolvidos com seriedade e total transparência. Não apenas por essa razão, mas também por agir nas situações emergenciais onde marca presença nos mais de 200 territórios ao redor do planeta, inclusive regiões que ainda não são reconhecidas como países.
A Cáritas é uma grande rede de solidariedade de inspiração cristã católica. Foi criada na Alemanha, em 1897, e hoje tem sede em Roma. Chegou ao Brasil em 1956, através de D. Helder Câmara – então secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a intenção de distribuir alimentos aos necessitados. Naquela época, o programa dos Estados Unidos chamado de “Aliança para o progresso”, quando eram enviados alimentos para os países de terceiro mundo. A partir de meados da
A Cáritas é um espaço para voluntários que queiram atuar nas suas quatro orientações estratégicas e 13 linhas de ação, por meio de sugestões e projetos que interfiram positivamente na política pública. As orientações estratégicas são:
- Promoção de identidade do agente. É a pessoa que se identifica com o Evangelho e adentra o universo com seu conhecimento e fé para servir a caridade de modo organizado;
- Organização e trabalho em rede;
- Defesa, promoção dos direitos, construção e controle de políticas públicas;
- Promoção e fortalecimento de iniciativas locais para a sociedade do bem viver.
década de 1970 o programa foi finalizado e se inicia um movimento no Brasil em repensar a atividade da Cáritas. Hoje, a Cáritas possui 190 entidades-membros, 12 escritórios regionais e mais de 450
municípios atuantes em diversas linhas de ação nas situações emergenciais das pessoas. No Paraná, ela está presente em 17 das 18 Arqui/dioceses.
Com toda essa experiência internacional e capilaridade, e constituída pelas peculiaridades locais, “a Cáritas se coloca nesses ambientes de discussão da política pública”, conforme lembra Márcia Ponce. Assim, agrega expertise e passa a atuar numa perspectiva mais promocional. É neste quadro de atenção que a Cáritas se coloca em posição ativa na Diocese de Toledo, acompanhando o momento histórico e a necessidade de presença da Igreja diante do que está se moldando enquanto sociedade, visando responder a essas demandas que estão às portas eclesiais. Ela não substitui nenhuma pastoral, mas se envolve com todas.
“A Cáritas é um meio da Igreja partilhar com o mundo aquilo que tem de bom a oferecer, especialmente o amor de Jesus Cristo”, afirma o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora e assessor da Cáritas Diocesana, Pe. André Boffo Mendes.
Essa é a questão fundamental no contexto de revitalização da Cáritas Diocesana, na opinião do sacerdote.
“Todo católico, em qualquer município da Diocese de Toledo, tem que enxergar Cáritas como um grande orgulho, porque é a nossa Igreja que está dando materialidade sistematizada, com o evangelho chegando ao nosso irmão que talvez não professa a mesma fé que a nossa, mas que precisa da nossa
ajuda, do nosso ser cristão. “A Cáritas vem para a Diocese de Toledo, sendo revitalizada com força, porque queremos aproveitar toda essa experiência para um trabalho conjunto para que nossa ação caritativa enquanto Igreja consiga chegar aos lugares onde não tínhamos um trabalho organizado e sistemático”,
Os documentos históricos datam de 1968 quando D. Armando Círio, primeiro bispo diocesano, reuniu-se na Cúria Diocesana com religiosos e um grupo de leigos para esta finalidade. Era o dia 28 de agosto. Um mês depois, ele encaminhou ao oficial de Registro de Pessoas Jurídicas, Haroldo Lycurgo Hamilton, o registro do Estatuto, que foi efetivado em 25 de outubro de 1968. Naquela época, a Cáritas Diocesana recebia recursos provenientes de países, em especial da Alemanha, cujo montante era aplicado na linha da proteção básica, como roupas e alimentos. Os registros mostram que foram atendidas, por exemplo, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Vila Nova, e auxílios a ações feitas pelos irmãos lassalistas e irmãs vicentinas.
“Com o passar do tempo a nossa
Diocese se organizou de maneira diferente, também porque as instituições internacionais passaram a olhar para outras regiões do planeta mais carentes do que o Sul do Brasil, pois entendiam que estava melhor organizada. Assim, a Diocese de Toledo fez a
Em pouco tempo de articulação, a Cáritas Diocesana tem parcerias ativas para auxiliar na regularização de documentos das pessoas em situação de migração. A Polícia Federal fez um treinamento com agentes voluntários ligados ao curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR) de Toledo para que eles possam atuar
com os colaboradores da Cáritas, preparando a documentação do migrante, com a finalidade de agilizar os processos. Além
afirma Pe. André. Nos últimos três anos, a Diocese de Toledo se empenhou na revitalização de toda documentação, abriu diálogo com a Cáritas no Regional Sul 2 e buscou credenciamento na Cáritas Nacional para o trabalho em rede, passando a acessar benefícios que são conquistados por essas parcerias.
D. Armando Cirio – bispo diocesano
Pe. Paulo Bubniak
Pe. Santo Pelizzer
Ir. Felipe Geraldo Andrade
Luiz Rossoni – comerciante
Natal Roman – corretor de imóveis
Alfredo Unfer – comerciante
Alberto Nardi – comerciante
Wilson Carlos Kuhn – advogado
Lamartine Braga Côrtes – cirurgião
dentista
Juvenildo Lorandi – agricultor
1ª Diretoria da Cáritas Diocesana em 1968
Presidente: D. Armando Cirio
Vice-presidente: Pe. Santo Pelizzer
Secretário: Ir. Felipe Geraldo Andrade
Tesoureiro: Pe. Paulo Bubniak
Coordenador: Osni Prin, catequista
sua caminhada, muito bem por sinal, organizando sua ação por meio da Pastoral do Auxílio Fraterno, que hoje soma mais de 30 anos de atividades, dando atenção às famílias carentes que buscam a Igreja para suas necessidades básicas”, recorda Pe. André Mendes.
disso, a Cáritas tem uma pessoa contratada que trabalha com os policiais em Cascavel para auxiliar nessa questão. Com a Embaixada Solidária estão sendo alimentados os cadastros dos migrantes. Outra necessidade que surgiu e a Cáritas Diocesana já está mobilizada é pela oferta de aulas de Língua Portuguesa.
Pelo menos 40 estrangeiros aguardam o início desta atividade que deve abrir portas a eles para outras oportunidades no mercado de trabalho. “Com o domínio da língua portuguesa, eles poderão ser contratados em outros setores, como de serviços que é demandante de mão de obra”, salienta Pe. André.
Para sustentar essas, além dos voluntários, a Cáritas conta com projetos financiados por meio de parcerias. O caso do levantamento de realidade e articulação pela empregabilidade conta com três pessoas contratadas remuneradas por projeto da ONU. Recentemente, a Cúria Diocesana repassou R$ 71.508,30 da Coleta da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos, para o Fundo Diocesano de Solidariedade, administrado pela Cáritas.
Para a Escola de Língua Portuguesa, a Cáritas está com ações em andamento como a venda de camisetas e com o dinheiro arrecadado quer sustentar o projeto. Por ser organização da sociedade civil, a Cáritas está apta a receber doações de pessoas físicas ou jurídicas. “Diante de algumas atenções especiais que precisamos alcançar no âmbito da caridade, a Cáritas tem todo esse conhecimento de causa e redes de apoio que facilitam para o trabalho não começar do zero. Portanto, vamos seguir num caminho ratificado de resultados”, comenta Pe. André. Outros projetos virão em atenção aos povos tradicionais, que até então se nota a ausência de uma ação pastoral e assistencial direcionada e sequencial a eles em territórios de Guaíra e Terra Roxa, e ainda na preservação ambiental. “Estamos numa região do País altamente produtiva e vem o apelo para que a Igreja se posicione e consiga mostrar maneiras de apoiar produção sustentável. Esse é um dos caminhos que a Cáritas tem bastante conhecimento e muitos projetos”, complementa Márcia Ponce.
Essa área de atuação da Cáritas assume a tarefa de combinar os esforços de diversas pessoas que doam seu tempo e talento em causas sociais que lhe atraiam de alguma forma. A ação voluntária é fundamental para a efetivação dos projetos da Rede Cáritas contribuindo para construir uma vida melhor para as pessoas e colaborando com a mobilização de pessoas em esforços comuns, a fim de potencializar boas práticas de transformação social. Para se inscrever como voluntário da Cáritas, basta mandar uma mensagem pelo Instagram @caritastoledopr ou pelo WhatsApp (45) 99830-0493.
Em meio ao contexto de migração mundial, o Brasil testemunha um aumento significativo de fluxos migratórios, principalmente nas cidades fronteiriças que acolhem quem chega em busca de esperança. Diante dessa realidade desafiadora, governos, organizações da sociedade civil, igrejas e outros atores são inspirados a estabelecer políticas e medidas acolhedoras para todos aqueles que enfrentam situações de vulnerabilidade extrema. Constatamos que na Diocese de Toledo e nas dioceses vizinhas o fluxo de migração é muito intenso e é nesse contexto que a Cáritas se dedica à acolhida, integração e proteção dos migrantes e refugiados, por meio de projetos desenvolvidos em várias cidades do Brasil.
MULHERES E EQUIDADE DE GÊNERO
Apesar de serem a maioria da população brasileira, as mulheres são historicamente vítimas de violações de direitos. São feridas profundas causadas por violências baseadas em gênero, como a violência doméstica, assédio e abuso sexual, e o nefasto feminicídio. Há quase duas décadas, a Cáritas Brasileira, em harmonia com a Rede Cáritas Internacional, abraça a equidade de gênero, tanto em sua organização interna como em suas ações lideradas predominantemente por mulheres. A Cáritas na Diocese de Toledo está empenhada em combater todas as formas de violência e injustiça contra mulheres, buscando fortalecer a reflexão sobre o papel e a participação das mulheres na gestão e nas decisões, ajudando a construir cidades mais igualitárias e justas para todos e todas.
O direito à cidade reconhece o acesso igualitário de todos os indivíduos aos benefícios e oportunidades que a cidade oferece, incluindo moradia adequada, serviços públicos, infraestrutura, lazer e participação na vida urbana. O direito à cidade e questões de política urbana no âmbito federal são regulamentados pelo Estatuto da Cidade, Lei n° 10.257/01. Esse Estatuto reforçou a importância do Plano Diretor Municipal como instrumento que efetiva o direito à cidade, pois a esfera municipal do Poder Público é a que mais se aproxima de todos os cidadãos. Um dos eixos de atuação e fortalecimento da Cáritas na Diocese de Toledo busca efetivar o direito à cidade para todos, promovendo a harmonia entre as pessoas e o ambiente urbano, visando um futuro próspero e sustentável para todos os habitantes.
A economia popular solidária é uma outra área de atuação da Cáritas e assume, principalmente, um papel de articulação sobre os ideais quanto ao desenvolvimento e atividades econômicas.
A ideia é mostrar, por meio de diálogos e projetos, que o desenvolvimento tanto territorial, como sustentável pode ser feito de forma solidária, ou seja, de forma que o coletivo ganhe. Apresentar que existem alternativas de uma economia mais humana, justa e solidária entre todos que formam o meio.
Saiba mais sobre a ação da Cáritas e parceirosPe. André Boffo Mendes Thaís Cristina Coelho Jéssica Karine de Oliveira Gomes
De acordo com Decreto Federal nº 6.040/2000, no Brasil, Povos e comunidades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais. Esses povos e comunidades constituem aproximadamente 5 milhões de brasileiros e ocupam 25% do território nacional. A Cáritas tem o intuito de contribuir com o fortalecimento de suas lutas, no senti-
do de reconhecer suas organizações e favorecer para que as políticas públicas cheguem até essas pessoas e se concretizem nesses lugares. Assim, a Cáritas Brasileira vem atuando junto a esses povos e comunidades, sempre com profundo respeito às suas formas de ser e existir. O princípio básico nessa relação é o respeito. Na área de atuação da Cáritas Diocesana, temos uma população indígena estimada em cerca de 2 mil pessoas, sendo estas residentes nos municípios de Guaíra e Terra Roxa.
Mais um dos braços de atuação da Cáritas que atua na prevenção de desastres climáticos bem como nos eventos de chuvas fortes, granizo, destelhamento de casas, deslizamentos de encostas, casas em locais não apropriados segundo a Defesa Civil, em que necessitem atendimento às pessoas. O trabalho é voltado à prevenção e diálogo com a sociedade, tanto com suas representações, quanto com o poder público.
Nessa atuação da Cáritas, a ênfase se dá em atividades visando a valorização dos biomas locais. Por meio dessa ação estratégica pretende-se fazer a conscientização da população local com a preservação dos biomas na região e as maneiras que a sociedade pode atuar, tendo consciência de que é por meio da preservação do meio ambiente que temos o gozo da vida com alimentação, ar puro e água limpa. No caso da região diocesana, se trabalha na valorização e preservação dos povos tradicionais, os quais têm impacto positivo para o bioma da Região Oeste.
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
É uma área de atuação direcionada com grupos de catadores de material reciclável, incentivando a formação de cooperativas nos municípios onde ainda este serviço não está articulado. Onde o serviço já existe, a meta é apoiar as iniciativas e estabelecer diálogo, indicando caminhos para que consigam se sustentar economicamente, valorizando esses profissionais e incentivar perante a sociedade a coleta seletiva nos municípios e criar consciência sobre os resíduos produzidos todos os dias.
foram sendo percebidos ao longo da caminhada enquanto elementos estruturadores do processo formativo na instituição. Esta linha de ação é voltada às pessoas atendidas nos projetos apoiados pela Cáritas e aos colaboradores e voluntários.
Historicamente, a Formação tem grande relevância na caminhada da Cáritas, tornando-se ferramenta importante no seu processo organizativo e de gestão. A compreensão da realidade, metodologias permeadas pela vivência da ação libertadora comprometida com a transformação social, por meio de processos participativos e emancipatórios, numa perspectiva humana integral,
Dentro do âmbito da Infância, Adolescência e Juventudes, a Cáritas pode atuar na assistência, proteção e inserção social, mas principalmente na defesa dos direitos destes grupos.
A organização pode atuar como defensora dos direitos das crianças, adolescentes e jovens, promovendo ações de sensibilização e campanhas de conscientização sobre questões relacionadas à infância, adolescência e juventude.
Em Toledo, por pedido do presidente de honra, nosso bispo diocesano D. João Carlos Seneme, a Cáritas integra a articulação da Campanha da Fraternidade, a maior campanha da Igreja Católica no Brasil executada anualmente, sempre com temática alinhada às necessidades sociais. Nesta linha de ação, serão observados os objetivos permanentes da CF: despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade; renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária.
Isso pode incluir a defesa dos direitos à proteção, educação, saúde, igualdade de gênero, participação social e combate ao trabalho infantil.
Na área da segurança alimentar, a Cáritas pode desempenhar um papel crucial para combater a fome, promover a nutrição adequada e garantir o acesso a alimentos saudáveis. Algumas das ações que a organização pode realizar incluem: Distribuição de alimentos; Agricultura e segurança alimentar sustentável; Educação alimentar e nutricional, com treinamentos e capacitação para indivíduos e comunidades em áreas relacionadas à segurança alimentar; e pode atuar também como defensora da segurança alimentar, na busca por políticas públicas que promovam o acesso equitativo aos alimentos e a melhoria das condições de produção e distribuição.
A Região Oeste do Paraná tem experimentado o fenômeno da migração, com a chegada de pessoas de 27 nacionalidades que foram acolhidas nos últimos anos pela Embaixada Solidária, uma organização não governamental com sede em Toledo. Atualmente, são atendidas 17 etnias.
A ação da Cáritas chega com o olhar macro para esta realidade, apontada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que calcula na microrregião um fluxo migratório de 20 mil pessoas. “Nós temos hoje a Pastoral do Migrante em duas paróquias da Diocese de Toledo, com características próprias de serviço na evangelização. A diferença é que a Cáritas Diocesana, com seu viés social, consegue ir um pouco além desse atendimento”, explica Pe. André Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora e assessor eclesiástico da Cáritas Diocesana. Ele explica que a Migração é a atenção prioritária deste ano da Cáritas Diocesana.
Nesse contexto um dos desafios é a empregabilidade dos migrantes. Em
parceria com a Cáritas do Paraná, Acnur, Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Embaixada Solidária de Toledo, foi cumprida uma agenda de visitas em maio, à Prefeitura de Toledo, Agência do Trabalhador e Associação Comercial e Empresarial (Acit) para conhecer a realidade e se colocar à disposição no fortalecimento de políticas públicas de atenção a essas pessoas.
A iniciativa priva -
da sente a angústia da grande oferta de vagas no mercado de trabalho, mas um abandono de emprego muito alto. O empresário Rainer Zielasko, presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), destacou em reunião com a Cáritas Diocesana que essa realidade é percebida nas empresas da região.
A Agência do Trabalhador de Toledo divulgou um relatório em que a cidade teve 1.031 contratações de pesso -
as migrantes, mas 875 demissões em 2022. “A Cáritas foi desafiada para, junto com o Poder Público, ajudar a encontrar respostas”, comenta Pe. André. Para contornar o problema, a Agência investiu em parcerias na tradução do currículo aos migrantes desempregados, em atendimento especializado e na oferta de cursos profissionalizantes. Já a prefeitura entende que é pelo caminho do emprego que se resgata a dignidade da pessoa em situação de migração, pois sem renda todos os serviços públicos são sobrecarregados.
“Quando falamos de política pública, é preciso conhecer para sugerir e agir para a contrapartida. Tem situações em que o governo só consegue ir até determinado ponto e a
A Cáritas quer ouvir pessoas dispostas a somar com as iniciativas expostas pelas suas áreas de atuação. Nas redes sociais, a Cáritas Diocesana (@caritastoledopr) tem um espaço para receber voluntários nesta missão. No link “Seja voluntário Cáritas”, o interessado pode sugerir ações e
O Projeto “Pão Nosso” é mais uma ação da Cáritas no Paraná e nasceu tão logo o início da pandemia de covid-19, em 2020, para dar resposta a demanda de pessoas desempregadas e situação de fome. Apresentado à CNBB-Regional Sul 2, o projeto tem duas linhas de ação: a primeira, mapear as realidades de fome no Paraná por meio da Igreja, percebendo como as comunidades estão lidando com essas situações e como elas mesmas enxergam os desafios nos seus territórios. Em segundo lugar, o Projeto Pão Nosso mobiliza recursos para ser resposta a essa demanda. Outro aspecto da campanha é a mobilização de recursos para aquisição de cestas básicas, com produtos da agricul-
sequência da política pública, muitas vezes, precisa ser abraçada por outras instituições da sociedade”, afirma Pe. André Mendes.
Enxergando essa realidade, a Cáritas Diocesana já trabalha em rede com essas esferas e executa projetos em parceria que assessoram a documentação dos migrantes e lança em breve uma turma de alunos estrangeiros
para aprender Língua Portuguesa.
O atendimento e cadastramento dos migrantes para as finalidades de assistência está sendo reunido entre Cáritas, Embaixada Solidária, Pastoral do Migrante e Pastoral do Auxílio Fraterno. Com o cruzamento de informações, esses cadastros serão aproveitados para essa questão de documentação dos migrantes. Até a primeira quinzena de maio, 140 cadastros foram feitos pela Cáritas. A Pastoral do Migrante e Pastoral do Auxílio Fraterno também colaboram neste sentido com os cadastros que possuem.
se colocar como voluntário. “Se você se sente inclinado para a preservação ambiental, está convidado a ingressar no MAGRE – Meio Ambiente, Gestão de Riscos e Emergências. Mas se tem afinidade para a promoção humana, o voluntário tem possibilidades de atuação nas áreas de Povos e comunidades
tradicionais e Mulher e equidade de gênero. São 13 áreas – que você já leu anteriormente – para identificar sua proximidade com o tema. O importante é ter uma boa ideia e nós buscamos as parcerias de acordo com o portfólio que a Cáritas tem no mundo todo”, convida Pe. André.
um produto de higiene pessoal, que não está incluso na cesta básica. Esse cartão pode ser usado para estimular o pequeno comércio”, informa Márcia Ponce, coordenadora da Cáritas no Paraná.
tura familiar para que assim também ela seja fortalecida. “Também fizemos uma proposta de gerar cartões de alimentação e complementamos à cesta básica repassada a quem precisa. É um valor reduzido, mas que ajuda a comprar uma proteína, um produto de limpeza, um pão,
Em Toledo, acontece neste momento a adoção experimental dos cartões. As primeiras famílias selecionadas receberão o benefício e, no futuro breve (esperamos), outras tantas poderão gozar do recurso. Toda a ação em nossa região diocesana é coordenada pela parceira Pastoral do Auxílio Fraterno que possui um trabalho organizado e sistemático com as famílias em situação de vulnerabilidade social, especialmente ligada a alimentação.
O time de futebol dos padres da Diocese de Toledo ergueu o troféu de Campeão do 15º Torneio Regional de Presbíteros, realizado na Diocese de São José dos Pinhais, dias 22 e 23 de maio último.
A disputa da final foi contra a Diocese de Palmas-Francisco Beltrão. No tempo regulamentar, ninguém abriu o placar. Assim, a confirmação do título só saiu nos pênaltis, com o placar de 4 x 3 favorável para a Diocese de Toledo. A primeira cobrança foi do Pe. Jauri Strieder, que acabou isolando, com a bola passando sobre o travessão. Os demais batedores Pe. Ricardo, Pe. Mauro, Pe. Geraldo e Pe. André Fatega converteram as cobranças. Melhor assim para o goleiro do time, Pe. Anderson Sgarbossa, que teve mais tranquilidade na final. A artilharia da competição também ficou a Diocese de Toledo, com o coordenador do clero, Pe. Mauro Cassimiro, recebendo o troféu. Ele marcou seis gols no certame.
A campanha da Diocese de Toledo
na competição foi de tirar o chapéu. Das sete partidas, apenas empatou com Campo Mourão e sofreu uma derrota para o Palmas, time da final.
“Nossa Diocese participa desde a 1ª edição do Torneio e tem conquistado bons resultados ao longo dos anos. Este ano foram cerca de 200 padres
participando do encontro esportivo e de confraternização que serve para rever amigos, colegas padres e até professores. Agradecemos ao Pe. Juarez Pereira de Oliveira que nos emprestou a van para o nosso transporte. Jogamos
bem e nenhum padre se machucou”, conta.
Na van do Seminário Maria Mãe da Igreja, os padres trouxeram ainda o 3º lugar na Canastra, com Pe. Jauri Strieder e Pe. Milton Wermann, e o 1º lugar no Tênis de Mesa. Em um dos confrontos nesta modalidade, Pe. Ricardo Pioner vestiu a camisa do time do coração, o Grêmio de Foot-ball Portoalegrense. Em tom de descontração, comentou: “O manto tricolor ofuscou o adversário”. Com isso, está colecionando troféus. “Participei quatro anos. Fiquei campeão em três e uma vez vice. Esse ano voltei a ser campeão”, disse.
O Torneio é uma realização da Comissão Regional de Presbíteros (CRP), da Igreja no Paraná. Ele acontece anualmente de modo itinerante nas Províncias Eclesiásticas. Ano que vem, a Diocese de Toledo será sede da competição, provavelmente na segunda quinzena de maio.
Para fomentar a vida de oração na Quaresma, a Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, de Guaíra, contou com missas diárias. Nas quintas-feiras, porém, ela era celebrada em latim, com cantos gregorianos, presidida pelo Pe.
Jauri Strieder. Desde o sublime canto
“Attende Domine et miserere”, passando pelo Kyrie, Sanctus, Pater noster, Agnus Dei e outros, a língua-mãe da Igreja ressoava com fervor.
Ano passado, um grupo de fiéis, simpatizantes do canto gregoriano, aprendeu os principais cantos da missa. Em novembro, com discrição e sobriedade, iniciaram as missas em latim. Mas foi só nesta Quaresma, depois de familiarizar-se com os cantos e os textos em latim, que a Missa foi divulgada a toda comunidade e
contou com presença de muitos paroquianos e curiosos.
Pe. Jauri salienta que esta missa em latim, oferecida na paróquia, não é a missa anterior à reforma do Concílio Vaticano II, como alguns poderiam pensar, mas uma missa no rito atual como se poderia rezar em qualquer outra língua, como alemão, italiano ou mesmo em português. “Vale lembrar que, as restrições feitas pelo Papa Francisco, se referem ao uso do rito antigo, e não da língua latina e do
canto gregoriano, que nunca perderá seu encanto e atração”, sustenta. Estas missas continuarão acontecendo nas primeiras quintas-feiras do mês. Pe. Jauri lembra que não se trata de substituir ou de mudar a rotina das celebrações paroquiais, mas de oferecer esta novidade “antiga e sempre nova” para quem desejar. “É uma oração salutar, visto que, por vários séculos, alimentou a vida litúrgica da Igreja e tantos santos dela se nutriram através da língua latina”, pontua.
A Paróquia São Cristóvão, de Toledo, se movimenta mais intensamente a partir deste mês de junho em torno da Festa do Padroeiro. Mantendo seu costume próprio, pároco e comissão organizadora realizaram o lançamento da festa com a apresentação da programação religiosa e festiva que já tem agenda a ser cumprida neste mês de junho.
Envolvida pelo tema “São Cristóvão: Santo pela graça, discernimento e missão” e o lema “Sigamos com perseverança, com os olhos fixos em Jesus” (cf Hb 12,1-2), devotos e pessoas de boa vontade são convidados à recepção da imagem do Padroeiro que passa a visitar as capelas, setores pastorais e Comunidade São Judas Tadeu de 18 de junho a 9 de julho. Neste mesmo período, a peregrinação da imagem do padroeiro dos motoristas alcançará postos de combustíveis e comércio.
Contemplar o testemu-
nho de São Cristóvão significa compreender que a graça da santidade é para todos, sobretudo pela caminhada que se realiza diariamente em vista da conversão. Como comunidade de fé missionária, o Padroeiro revela que é compromisso daquele que recebe a graça, transmitir a mensagem do Res-
suscitado que revela o rosto do Pai. Seguir com perseverança é o mesmo que afirmar em oração para Deus que cada um está disposto a assumir sua fé com coragem e alegria.
A Festa de São Cristóvão terá alguns momentos representativos neste período. Conforme a programação divulgada, no dia 8 de julho, haverá mais uma edição do passeio ciclístico da amizade em Cristo, a partir das 14h30.
Mas no período de 7 a 15 de julho, os devotos são convidados para a Novena do Padroeiro, sempre às 19h, na Igreja Matriz.
Mas serão celebrados no dia 16 de julho, os tradicionais festejos de São Cristóvão, sendo das 7h30 às 12h30 a tradicional procissão e bênção dos veículos. Ao mesmo tempo, acontece a missa solene na Igreja Matriz, às 10h. Para o almoço, será servido o costelão ao fogo de chão na modalidade de kit para 25 pessoas ou buffet (somente antecipado). A festa seguirá às 14h com coroação do Rei e Rainha da Festa e às 15h a ação entre amigos dos Dizimistas.
Com a missão de servir a Igreja na evangelização por meio da comunicação e ser ponte entre as pastorais e movimentos, está formalizada e nomeada a coordenação da Pastoral da Comunicação (Pascom) na Diocese de Toledo. O ato ocorreu durante encontro diocesano de articulação daqueles que atuam como agentes em suas respectivas comunidades de fé realizado no Centro de Formação –Instituto São João Paulo II, em Toledo, no último dia 6 de maio.
Por ser responsável pelo Centro Integrado de Comunicação, o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, também assumiu esse compromisso de guiar os passos destes agentes na missão. Com isso, durante o encontro foram apresentados os Eixos da Pascom (Espiritualidade, Formação, Articulação e Produção), com o Guia de Implantação para as Paróquias. Também foi feita a distinção entre Pascom e Centro Integrado de Comunicação e todos ainda partilharam os trabalhos realizados nas comunidades.
Carmo Follmann, da Paróquia Nossa Senhora das Graças (Novo Sarandi), escolhido coordenador diocesano, destacou no encontro que a missão da Pascom é colaborar com as pastorais e movimentos existentes. Salientou que no processo de implementação da Pascom é feito o itinerário que passa pelo conhecimento da realidade, sensibilização com diálogo e forma-
ção com critérios. Carmo, concluiu afirmando que “o agente da pastoral da Comunicação precisa ser alguém disposto a assumir a missão de comunicar, sendo capaz de abraçá-la e seguir firme diante dos desafios. Com atenção valorizar as habilidades, saberes e expertises de cada pessoa”.
Na partilha entre os participantes, ficou constatado que ao menos 20 paróquias já contam com ações de
Pascom e promovem iniciativas admiráveis neste serviço pastoral, sendo agentes engajados e responsáveis com esta tarefa-missão.
O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, compareceu ao término do encontro e agradeceu pelo empenho que cada um dedica à sua comunidade. Disse estar feliz pela implementação desta importante Pastoral, abençoando esta caminhada.
Assessor: Padre Andre Boffo Mendes
Coordenador: Carmo Follmann – Paróquia Nossa Senhora das Graças (Novo Sarandi)
Vice-coordenadora: Marluci Oliveira Verginio – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi)
Secretária: Cláudia Bayer Lima – Paróquia Maria Mãe da Igreja (Marechal Cândido Rondon)
Suplentes: Mateus Tavares – Paróquia Sagrada Família (Toledo), Gleissiele Dornelles – Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra) e Gustavo Boeing – Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Mercedes)
DEMAIS MEMBROS:
Decanato Toledo: Airton José Marenda Ferreira – Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo)
Decanato Assis: Cleverson Luiz Bamberg e Thayná Campanha dos Santos - Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)
Decanato Palotina: Angelo Giovane Nascimento da Silva – Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa)
Decanato Rondon: Jardel Henrique Selzler – Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado)
A devoção mariana carrega em si o forte apelo da oração do Terço. E foi com o terço na mão que um grupo de devotos realizou a procissão até se juntar aos demais fiéis que se encontravam na capela do Seminário Nossa Senhora de Fátima, mantido pela Congregação dos Frades Menores Missionários (FMM) em Toledo. Lá, no dia da Padroeira (13/05), a celebração eucarística se revestiu de vários momentos especiais, pois aconteceu no contexto jubilar dos 50 anos de presença da Congregação dos Frades Franciscanos na Diocese de Toledo.
Na celebração foi acolhido um grupo de pessoas que se propõem à caminhada como Leigos Franciscanos Missionários. São aqueles que se sentem tocados a viver as bem-aventuranças e o Evangelho de Jesus nos passos de São Francisco de Assis. Estes leigos passam a ser acompanhados no período chamado de aspirantado.
Na celebração eucarística, presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, também houve o rito de entronização da relíquia de
São Francisco de Assis que passa a compor com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima um conjunto devocional presente na capela do Seminário.
D. João conduziu o rito de bênção aos fiéis e devotos com esta relíquia.
Mas antes, em sua homilia, agradeceu a presença dos freis franciscanos que contribuem com seu carisma na ação evangelizadora, por meio da sua casa de formação mantida na cidade de Toledo, bem como pelas iniciativas que realizam junto à população.
Devotos participam da procissão até o Seminário
Relíquia de São Francisco de Assis e ícone dos 50 anos da congregação dos Frades Menores Missionários
Criança é educada a receber a imagem de Nossa Senhora
Leiga recebe o Tau Franciscano para o início do aspirantado
Leigo é recebido para o aspirantado
Devotos caminham fazendo suas orações
Em Maripá, as comemorações de Nossa Senhora de Fátima, aconteceram no domingo do Dia das Mães. A celebração presidida pelo Frei Gabriel de Moura Lima, foi antecedida pela procissão de devotos na Praça das Orquídeas e encerrada com uma apresentação de balé na Igreja Matriz. Nossa Senhora de Fátima é a Padroeira da Igreja Matriz de Maripá, a fim de que destine sua atenção aos maripaenses em aflições, ofereça seu colo sagrado em momentos de angústia e torne a fé de cada habitante mais viva. Celebrar a Mãe Maria é poder agradecer o seu infinito amor pela humanidade e por interceder em momentos difíceis. Maripá comemorou a graça e o amor da Virgem Maria e de todas as mães por meio de muita oração, agradecimento e pedidos de perdão nesta data especial.
As comemorações da Padroeira em Vila Nova (Toledo), tiveram início ainda em abril último, quando no dia 26, o Grupo de Jovens ABC (Amigos Buscando Cristo), se encarregou de rezar com toda a comunidade a Novena de Nossa Senhora de Fátima. A Virgem de Fátima pediu que rezassem o Santo Terço todos os dias para alcançar a paz ao mundo. Já no mês das festividades, nos dias 10, 11 e 12 de maio, foram noites de oração e de preparação para a Festa da Padroeira. Assim, no dia 14 foi realizada a missa solene, seguida da entrega dos kits churrasco em comemoração do Dia das Mães.
Com o terço na mão e fiéis reunidos em oração. Esse foi o rito escolhido para anunciar o propósito de criação da Capela São José, no futuro Bairro Cristo Rei, na cidade de Toledo a partir da doação de cerca de 2 mil metros quadrados pelos proprietários da área, Plínio Eidt e Ana Rigo Eidt, Renato e Michele Fernandes dos Santos Eidt.
A família tomou a decisão e no dia de Nossa Senhora de Fátima reuniu-se com o pároco da Paróquia São Francisco de Assis e lideranças para rezar o terço no local da futura edificação. Assim, todos pediram as bênçãos sobre esse gesto de generosidade na doação desta área. Não tem melhor forma para nascer uma capela.
O loteamento ainda está em processo
de formação e se depender das orações virá abençoado, assim como outro gesto anunciado na ocasião em que Valdir Ber-
ticelli, Eleda Berticelli e Ricardo Berticelli, da construtora Cmix contribuirão com a edificação da capela.
A Paróquia Nossa Senhora de Fátima acolheu seu novo administrador paroquial, Frei Gabriel de Moura Lima, em celebração presidida pelo bispo diocesano D. João Carlos
Seneme. A posse ocorreu no dia 3 de maio último. Frei Gabriel de Moura Lima é vice-reitor do Seminário Nossa Senhora de Fátima em Toledo e Animador Vocacional da Congregação dos Frades Menores Missionários (FMM).
A Catequese representa o começo do estudo da vida cristã, compartilhando informações sobre o caminho de Jesus e o exercício de seus ensinamentos. O começo da vida religiosa ocorre dentro do lar, no estudo realizado em família, como forma de compartilhar o exemplo, amor e valores católicos entre os seus membros. Assim, os ensinamentos iniciais ocorrem pela família, mediante orações, debates e aprendizados repassados pelos pais aos filhos.
A Catequese, em seguida, é continuada pela Igreja, cujo propósito é repassar a Palavra de Deus para jovens e crianças e a vida que deseja que caminhem, guiando-os e orientando-os sobre os perigos e o caminho preceituado por Deus. Assim, a Catequese visa repassar conhecimentos progressivos na mais tenra idade com a finalidade de propagar os princípios e ensinamentos cristãos, a vida em comunidade e a fraternidade.
Dessa maneira, a Catequese pode ocorrer inclusive antes da idade habitual, pois que muitos jovens recebem esses ensinamentos de seus pais, amigos e outros familiares antes de ingressar no momento de estudo e espiritualidade da Catequese realizada pela Igreja.
Com o propósito de aproximar as crianças desde os seus primeiros anos de vida na Igreja, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Maripá começou a realizar o Projeto Catequese Infantil – “Cordeirinhos de Cristo” no dia 30 de abril último, por meio de encontros semanais a cada quinta-feira, a fim de compartilhar informações sobre a vida de Jesus Cristo, promover brincadeiras e semear desde cedo a salvação no coração de cada criança que vive no Município de Maripá, antes da idade de
ingressar na Catequese.
Assim, o trabalho desenvolvido com as crianças visa apresentá-los ao amor de Jesus pela humanidade e a Palavra presente na Bíblia, consoante ao desenvolvimento da criança. Para tanto, utilizam-se recursos didáticos compatíveis para a sua aprendizagem. Esse processo inclui cantos, brincadeiras, dinâmicas e outros recursos para fazer com que o tema desperte o interesse das crianças e ocorra de forma natural. Por intermédio dessa ação, as crianças passam a se conectar com o catolicismo cada vez mais cedo em suas vidas e poderão compreender, adotar e prosseguir na fé cristã por mais tempo, além de conseguir vivenciar em seu cotidiano o amor de Jesus.
A catequese infantil quer fazer com que as crianças estejam mais próximas da Igreja Católica, mediante um momento de alegria, informação e fé. A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Maripá, deseja que as crianças e jovens descubram sobre a vida de Jesus e possam ser evangelizadas mesmo que
não estejam em idade para ingressar na Catequese, conciliando com as demais informações que lhe são enviadas no mundo globalizado.
que as crianças também possam ter um momento para receber, de forma lúdica, o conhecimento sobre a fé cristã, considerando a diversidade de informações sobre o mundo que lhe al cançam por instrumentos tecnológicos em idade cada vez mais inicial.
infantil englobam crianças de até 12 anos, ainda que já estejam na Cate quese, mas que desejam um outro momento de oração e conhecimento sobre o cristianismo. Assim, a cateque se infantil proporciona um momento de evangelização para as crianças em um mundo cada vez mais conectado e com conteúdos de diferentes temas, abordagens e mensagens. Portanto, enfatizar a vida, os valores e os ensi namentos de Jesus Cristo é uma forma de garantir o cristianismo e a salvação para as crianças.
A presença do público nas comemorações pelos 44 anos do Seminário Maria Mãe da Igreja, da Diocese de Toledo, em 7 de maio último, mostrou mais uma vez o apreço da comunidade de fé e pessoas de boa vontade pela casa de formação que acompanha os vocacionados no seu discernimento. Tanto a celebração eucarística quanto o almoço de confraternização, enchem de alegria e animam todos aqueles que se dedicam em oferecer o ambiente adequado para este serviço vocacional na Diocese. Milhares de pessoas prestigia-
ram a 42ª edição da Festa do Costelão assado ao fogo de chão, realizada no Centro de Eventos Ismael Sperafico que só foi possível pela dedicação de inúmeros voluntários que venderam os kits, organizaram o espaço, acolheram as pessoas, assaram os costelões,
preparam os acompanhamentos e os serviram ao público, entre tantas funções desempenhadas nos últimos meses para concretizar o evento. O sentimento é de gratidão pelo empenho na realização de mais uma Festa do Seminário Maria Mãe da Igreja que representou a unidade pelas vocações.
A Coluna de Curiosidades Litúrgicas retorna falando sobre o Domingo, o Dia do Senhor. Na oportunidade anterior, recordamos sobre a importância dada ao domingo na comunidade nascente, ainda nos registros do Novo Testamento. Agora, voltamo-nos aos escritos dos primeiros séculos, especificamente, nos quatro primeiros séculos da Patrística.
A Didaché, do final do século I, é um dos mais antigos testemunhos sobre o modo de ser da Igreja. No capítulo 14, indica que a Celebração Eucarística era realizada sempre em dia de domingo, denominado como Dia do Senhor. No século II, numa carta ao Imperador Trajano, o governante Plínio, o Jovem, aponta que os cristãos, interrogados por suas forças, reuniam-se para celebrar num dia fixo, próprio para a reunião, isto é, no domingo.
Santo Inácio de Antioquia (século II) testemunha a guarda do domingo e não mais do sábado, como os da Antiga Aliança. Outro teólogo do segundo século, São Justino, ao escrever para o
Imperador Antonino, diz: “No dia chamado do Sol, fazemos uma reunião em um mesmo lugar, todos os que moram nas cidades ou nos campos. Celebra-
Envie sua pergunta: Whats (45) 9-8823-1142 ou para revistacristorei@diocesetoledo.org
mos essa reunião no dia do Sol, por ser o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos” (Apologia I, 67).
Eusébio de Cesareia (séc. III), famoso por seu escrito “A História da Igreja”, recorda que o dia santo do Senhor é a comemoração do memorial do Salvador, por isso, o dia do Senhor é chamado de domingo. Na sequência, Santo Agostinho (séc. IV), já relata o domingo como o Dia do Senhor, mas relutando para não sabatizar o domingo, trazendo os mesmos costumes do sábado, enquanto dia de guarda dos judeus.
Enfim, todos esses relatos só confirmam a doutrina da Igreja, a qual propõe o domingo como o dia próprio e por excelência da Celebração Eucarística, memorial vivo da paixão, morte e ressurreição de Cristo.
Sentindo a necessidade de uma reforma, adaptação e modernização do Santuário de Nossa Senhora da Salette, da Paróquia São Vicente Pallotti, anexo a casa de Formação São Vicente Pallotti, em Palotina (PR), iniciou-se uma pesquisa e estudo com o objetivo de conceber uma reforma viável.
Muitas propostas foram apresentadas e um projeto arquitetônico moderno e arrojado, de autoria da arquiteta Vanessa Moschetta, contemplou toda a construção, desde seus fundamentos, para melhor aproveitar os espaços, tendo em vista também o valor da obra.
Foram meses de estudo e análise da viabilidade do projeto. Engenheiros e construtores fizeram suas propostas de execução da obra. Quanto à questão econômica, preços astronômicos foram apresentados, o que amedrontou a todos. Além de tudo, era o contexto da crise generalizada ocasionada pela pandemia da covid-19.
Foram várias reflexões realizadas, envolvendo o pároco Pe. Manoel de Pierri Primo, o vigário paroquial Pe. José Vicente do Carmo, o reitor do Seminário São Vicente Pallotti, Pe. Jurandir Goulart Soares, e membros do Conselho Administrativo Paroquial, Conselho de Pastoral Paroquial, Grupo de Reflexão Pastoral e a Comunidade da Salette. Até que em reunião no dia 23 de abril de 2020, houve a apresentação do projeto que causou espanto, admiração, alegria, bem-estar, mas foi aprovado por unanimidade. Assim,
autorizado para iniciar tão logo quanto possível e ainda antes da tradicional festa de Nossa Senhora da Salette, para que a comunidade pudesse perceber a seriedade e o desejo de sua conclusão.
No dia 13 de setembro de 2021 deu-se a bênção no local, para o início da reforma do Santuário. Estavam presentes Pe. Pierri, o coordenador do Conselho Econômico e Administrativo da Paróquia, Luiz Mocci, o vice Amauri Romani, a arquiteta Vanessa Moschetta, e seu pai, o engenheiro Pedro Moschetta, pedreiros e membros da comunidade.
Elevaram preces a Deus e a Nossa Senhora da Salette, pedindo forças e a graça para que, mesmo em tempos críticos de pandemia, empreendessem mais um trabalho corajoso e lograssem sucesso. Todos sabiam que seria uma grande empreitada, mas que o Senhor estava à frente e a graça não faltaria, contando especialmente com o apoio da comunidade palotinense.
Embora o momento fosse difícil, a comunidade não se sentiu atemorizada, e corajosamente assumiu a grande missão de reformar, reestruturar, adaptar e modernizar o Santuário, que se encontrava em estado crítico, deplorável e deprimente, desgastado pelo tempo.
No dia que iniciaram as obras foi celebrada a Eucaristia na Igreja Matriz, na qual se recordou a intenção especial de colocar nas mãos divinas a obra. Na homilia, Pe. Pierre frisou: “Com a bênção de Deus e a intercessão de Nossa Senhora da Salette e de São Vicente
Pallotti, padroeiro da Paróquia e do Município, vamos realizar uma bonita reforma e entregar à comunidade um marco referencial e histórico de singular beleza e modernidade para as gerações futuras. Será um lugar de frutos e bênçãos, milagres e caminhada do meu povo ao Santuário. No início da devoção a Nossa Senhora da Salette nestas terras e, subsequente construção do Santuário a Ela dedicado, o pe. Claudino Magro afirmou: ‘Se for rosa, florescerá’. Já floresceu e agora temos um grande jardim com muitas flores e, com certeza, logo colheremos frutos abundantes”.
Sendo assim, no último dia 30 de abril de 2023, houve a bênção de inauguração que contou com milhares de fiéis na celebração eucarística, presidida por D. Anuar Battisti, arcebispo emérito de Maringá, concelebrada por D. João Bergamasco, bispo de Corumbá (MS), D. Elói Roggia, bispo emérito de Borba (AM), Pe. Gilberto Orsolin, provincial da Província Nossa Senhora Conquistadora de Santa Maria (RS), e presbíteros de Palotina e região.
Na ocasião houve a comemoração dos 50 anos do Seminário São Vicen-
te Pallotti, com a presença de ex-alunos e padres que nele estudaram e trabalharam. O Seminário formou, para a Igreja e a sociedade, padres, irmãos religiosos e bons cristãos, que desempenharam e desempenham sua missão em diversas regiões do Brasil.
Por fim, Pe. Pierri despediu-se da comunidade, pois fora transferido para outra missão. “Temos a alegria de louvar a Deus, porque foram anos de severas dificuldades. Todos os recursos, muitas vezes fracos e quase que esgotados, foram suficientes para que
a obra não parasse e, mesmo a passos lentos, prosseguisse até a chegada final. Hoje, contemplamos a obra pronta. Enche nossos olhos de satisfação e nosso coração de alegria ver que a reforma concluiu-se em paz e sem dívidas, pois tudo foi controlado e administrado minunciosamente, com recursos próprios da comunidade. Desde o início, nossas motivações não foram puramente humanas, mas sempre objetivamos, com as reformas, a maior glória de Deus e a salvação das almas”, concluiu.
Partilha, comunhão, sinodalidade. Essas são as expressões mais adequadas para descrever a realização do Encontro dos Padres Coordenadores da Ação Evangelizadora no Paraná, no qual a Diocese de Toledo marcou presença com Pe. André Boffo Mendes.
Numa organização do Regional Sul 2 (Igreja no Paraná), o evento pontou atividades e iniciativas conjuntas a serem realizadas nas dioceses. Uma delas é a nova ação missionária “Missão Palavra e Pão” que busca arrecadar e enviar 25 mil Bíblias para a Diocese de Bafatá, em Quebo, na Guiné-Bissau (África), onde se realiza a Missão Católica São Paulo VI. A expectativa é alcançar essa meta até o começo de 2024. A iniciativa deve contar com o envolvimento de toda a comunidade, mas em especial estão sendo chamados os Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC). Esse mesmo quantitativo de bíblias já foi enviado em 2017.
Por sinal, a Diocese de Toledo é muito ativa nesta participação junto à Missão São Paulo VI. Em 2014, conjuntamente com a Igreja no Paraná, mobilizou a garotada da Infância e Adolescência Missionária pela construção de um poço artesiano da Missão na África. Já os catequizandos conseguiram reunir recursos para as bíblias. Entre 2020 e 2022, foi enviada ajuda financeira para a construção de uma escola na Missão, bem como houve a participação direta do construtor Moacir Esser, da Paróquia São Roque, de Nova Aurora, que atuou na obra, bem como sua esposa Gilsemira e o filho Márcio nas atividades missionárias.
No encontro realizado em Apucarana (8 a 10/05), também foi tratada a organização da 43ª Assembleia do Povo de Deus (22 a 24/09); as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil; o Ano Vocacional; a Pastoral da Ecologia Integral; a Pastoral Litúrgica e a nova tradução do Missal Romano; e a Pastoral da Criança.
A devoção a Santa Rita de Cássia arrasta multidões de pessoas que se reúnem para rezar e celebrar a Padroeira das Causas Impossíveis. Com presença marcante, devotos lotaram as dependências da Igreja Santa Rita de Cássia, localizada no bairro Jardim América, em Toledo. Pouco antes da celebração, eles rezaram o terço mariano no ambiente em que está sendo edificado o salão paroquial. Por sua vez, a celebração foi presidida pelo Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, que convidou os fiéis a agradecer a Deus por ter presenteado seu povo com tantos modelos de vida, como é o caso de Santa Rita de Cássia. “Uma mulher admirável que, acima de tudo, soube amar a sua casa, sua família, suas cru-
zes e amar também as suas dores. Não é à toa que tantas pessoas em situação de sofrimento se aproximam de Santa Rita. Ela acolhe, cuida como uma mãe, como uma amiga. Aquele que confia, alcança”, motivou.
A caminhada devocional foi realizada
na Paróquia por meio das orações em 15 encontros semanais que fizeram memória da Padroeira, assim como pelo Tríduo. Na celebração, os devotos ergueram as rosas para o rito de bênção e entoaram os cantos da Padroeira que lembram das flores e dos espinhos que
Santa Rita superou pela graça que Deus lhe ofereceu. Foi no seu martírio que Rita de Cássia mostrou-se ainda mais fiel a Jesus, perseverando na oração. Assim, seu testemunho mostra aos devotos que devem ter claro Jesus como centro de suas vidas.
Mas a programação festiva de Santa Rita de Cássia prossegue neste mês de junho. Isso mesmo! A comissão organizadora dos festejos da Padroeira decidiu realizar dois momentos para envolver os devotos que já se programam e aguardam esse tempo de confraternização. Com a novidade para este ano, sequ-
ência de atividades celebrativas acontece no dia 10 deste mês de junho, com a missa paroquial da Catequese, às 17h, seguida da ação entre amigos dos dizimistas mirins.
No dia seguinte (11/06), está programada a carreata com a imagem de Santa Rita de Cássia. Essa carreata saíra defronte a Catedral Cristo Rei,
às 9h30. A imagem da Padroeira percorrerá juntamente com os devotos o trecho de aproximadamente 5 quilômetros até chegar ao local da celebração, a Igreja Matriz no Jardim América. No local, a celebração terá início às 10h30. Depois, haverá almoço festivo com atrações populares na parte da tarde.
A mensagem transmitida pelo Frei Gelson Briedis, na celebração eucarística da noite, dirigida aos devotos no dia de Santa Rita de Cássia ganhou o tom de um pedido: “Santa Rita, ajude-nos no caminho de peregrinos a viver o dom da fé”. A frase foi dita na terceira celebração do dia da Padroeira para grande número de devotos que participaram da celebração realizada nas dependências do Seminário Santa Mônica, em Toledo. Este é o lugar onde a Associação e Oficinas de Caridade de Santa Rita de Cássia, organização de fiéis presente na Diocese de Toledo há mais de 32 anos, realiza seus encontros e mobiliza voluntários e devotos para as celebrações da Padroeira. Este ano, além da conhecida Quinzena de Santa Rita, as organizadoras mobilizaram a participação de devotos no Tríduo e ainda em três celebrações no dia dedicado à memória da Santa das Causas Impossíveis.
“Jesus Cristo nos pede que confiemos em Deus. E Santa Rita aprendeu desde criança a fazer o que também faziam seus pais: rezavam na família. Ela perseverou para que a graça, os planos de Deus acontecessem. Perseverou na fé. Ela nunca desanimou. Na doença, no sofrimento, na dor, na imagem do espinho durante 15 anos, em todos esses momentos, ofereceu sua vida como oferta. São virtudes que ela viveu e sofreu na sua própria
carne. Que ela nos ajude a viver o que somos na nossa casa, no nosso trabalho, diante da vontade de Deus que protege nossas vidas, caminhos e abre nosso coração para o dom do perdão. Guardemos essa confiança de Santa Rita junto a Jesus a quem ela amou tanto na oração”, afirmou na homilia.
Durante a celebração, a Associação e Oficinas de Caridade recebeu novas integrantes chamadas
A Casa de Maria, de Marechal Cândido Rondon, está dando passos firmes e decisivos para contribuir com seu jeito e carisma próprios pela melhoria da realidade de assistência social no município. Com menos de dois anos de atividades, já alcança maturidade na sustentação financeira para realizar os atuais 90 atendimentos e também projeta sua consolidação em vista de uma estrutura própria, pois hoje encontra-se em espaço cedido pela Capela Nossa Senhora de Lourdes, da Paróquia Maria Mãe da Igreja.
Recentemente, a entidade, que é mantida pelo Centro Assistencial da Diocese de Toledo, firmou termo de colaboração nº 015/2023 com a prefeitura rondonense, por meio do qual receberá R$ 235 mil no período de 12 meses para a realização de seus atendimentos junto a crianças e adolescentes. O convênio foi firmado com a Secretaria Municipal de Assistência Social.
A Casa de Maria oferece atendimentos em contraturno escolar nas áreas educação, cultura e esporte para o despertar de valores humanos, com apoio e orientação às famílias, fortalecendo a função protetiva e preventiva à ruptura dos seus vínculos familiares.
Vinculada ao Centro Assistencial da Diocese de Toledo, e com unidades em Toledo e Marechal Cândido Rondon, a Casa de Maria rondonense está em fase de consolidação. Por ser uma obra de assistência, apesar de ter todas as certidões municipais, estaduais e federais, ainda precisa aguardar as carências para que então possa administrar algumas questões de ordem de sustentabilidade e outras de ordem estrutural.
Em nível de sustentabilidade econômica, alguns projetos já garantem seu funcionamento. Atualmente, 40% provêm de recursos do governo municipal, por meio de termo de parceria, 30% pelas organizações religiosas, sendo 10% do Centro Comercial Catedral, 10% da Paróquia Maria Mãe da Igreja e 10% da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O restante é proveniente de doações de pessoas físicas e jurídicas de Marechal Cândido Rondon.
Outras ações estão em implementação, como é o caso do cofre solidário, distribuído pelo comércio rondonense, onde as pessoas podem fazer as doações em espécie ou por meio de Pix, e se tem a meta de alcançar até o fim deste ano o crédito junto ao Nota Paraná. Desta forma, o consumidor que fizer suas
compras e não incluir o CPF na nota fiscal, poderá repassar essas notas para a Casa de Maria. Além disso, organizações da sociedade civil fazem campanhas de arrecadação entre si e repassam o valor para a Casa. Tais iniciativas são mostras de que a sociedade rondonense abraçou o projeto diocesano.
Outra dimensão que a Casa está buscando é a consolidação de seu espaço físico. “Temos uma palavra da prefeitura de que vai disponibilizar uma área, já negociada de 7 mil metros quadrados, em cessão de uso, para que a estrutura da Casa de Maria seja construída. Para a construção, os projetos estão em andamento. A partir do momento que estiverem aprovados, passa -
remos à fase de cotação da obra e de unir esforços para fazer com que a nossa estrutura física consiga nascer como ocorreu com Toledo. A nossa intenção é uma obra para 350 atendimentos diários”, informa Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora. Atualmente, são 90 atendimentos e com lista de espera.
“Com essa parte da sustentabilidade da Casa organizada, focamos toda nossa energia na questão da consolidação do projeto. Para construir temos um pouco de recurso
próprio reunido ao longo dos anos, contamos com alguns órgãos que estão em levantamento de parcerias e iniciativas como do Imposto de Renda que poderemos receber”, espera.
Ainda assim, é visível o grau de felicidade com o andamento do processo de consolidação da Casa de Maria em Marechal Cândido Rondon. “Especialmente porque, pensando como Diocese, conseguimos criar um projeto de sustentabilidade na gestão da Casa de Maria. Hoje, nosso conselho de presbíteros deli -
berou que os párocos das paróquias de Marechal Cândido Rondon atendem respectivamente as funções de presidente e vice-presidente da Casa e, na medida em que um é disponibilizado para outra comunidade aquele que está como vice assume a função de presidente e aquele que chega a Marechal sabe que dentre suas funções além do cuidado com a paróquia está uma função diretiva na Casa de Maria”. A participação dos leigos continua nas funções de tesouraria, secretaria e conselho fiscal.
Locais onde estão as casinhas/cofre da Casa de Maria em Marechal Cândido Rondon
ALGUNS PONTOS DISPONÍVEIS
- Supermercado Allmayer
- Supermercado Copagril
- Supermercado Weimann
- Supermercado Cercar
- Protemar
- Ecoville
- Calçados Paraná
- Livraria Nota 10
- Farmácia Santa Bárbara
- Panificadora Doce Arte
- Posto de Combustível Rambo
- Posto de Combustível Ipiranga
A Paróquia Santo Antônio, de Formosa do Oeste, realiza de 9 a 11 deste mês de junho, as festividades em honra ao Padroeiro. Neste período, a comunidade se reúne para rezar e se confraternizar em família e entre amigos.
No dia 9, terá início o Tríduo de Santo Antônio com celebração eucarística às 19h30, num convite especial aos comerciantes. Esta missa será presidida pelo Pe. Jauri Strieder, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, de Guaíra. Logo após, no salão paroquial, haverá baile a partir das 21h.
No dia seguinte, 10 de junho, o 2º dia
do Tríduo, às 19h30, com um convite especial aos agricultores, a celebração será presidida pelo Pe. Valdecir Trajano, pároco da Paróquia Santo Inácio de Loyola, de Jesuítas. Depois da missa, às 21h30, show da Praça da Matriz.
Já o 3º dia do Tríduo será às 9h30, com o pároco de Formosa do Oeste, Pe. Ricardo Pioner. O almoço será servido a partir das 11h30. Na programação vespertina, às 13h30, haverá leilão de gado, seguido de show de prêmios.
Uma das atrações da festa é a Queima da Fogueira de Santo Antônio e
show pirotécnico que serão às 20h.
Por sua vez, no Dia de Santo Antônio (13/06), missa solene às 8h30 seguida de carreata com a imagem do Padroeiro às 9h30 e a bênção dos carros na chegada.
A capacitação continuada de seu quadro de colaboradores é uma das premissas da Diocese de Toledo. Ela visa a manutenção da qualidade dos atendimentos realizados perante à comunidade de fé, que procura as secretarias paroquiais, assim como contribui para o processo administrativo destes locais.
Por conta disso, um dos temas do encontro anual de formação para secretárias e secretários paroquiais foi conduzido pela psicóloga Luiza Devequi Siloti Pasqualatto. Ela fez uma abordagem
sobre os fatores motivacionais para a carreira e administração de conflitos no ambiente de trabalho, sejam eles pessoais, relacionais e até mesmo hierárquicos.
O evento, realizado no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, contou com a participação de secretárias (os), assistentes administrativos das paróquias da Diocese, funcionários da Cúria Dioce-
sana, dos Seminários, Casa de Maria e Centro Integrado de Comunicação. A realização do encontro é da Coordenação Diocesana da Pastoral de Secretárias e Secretários.
Outro tema tratado no encontro foi a apresentação do software de Gestão de Carreira que está sendo implementado para dinamizar o Plano de Cargos dos funcionários da Mitra Diocesana. Atualmente, a Diocese de Toledo conta com cerca de 300 colaboradores em diferentes funções.
O sentimento de saudade já bate entre os participantes da Escola Catequética Companheiros de Emaús. É que eles concluíram a etapa formativa, após superarem muitos desafios que tiveram com pandemia de covid-19, aulas on-line, retomada de encontros presenciais, entre outras situações para atender ao chamado de sua vocação como catequistas. Incentivados pela Animação Bíblico-catequética e por suas respectivas comunidades de fé, agora eles se preparam para receber o certificado de conclusão desta etapa de estudos iniciados em agosto de 2021. A celebração eucarística, seguida de entrega dos certificados, será neste dia 23 de junho, às 19h, na Catedral Cristo Rei, em Toledo.
Fernando da Rocha, coordenador diocesano da Animação Bíblico-catequética, informa que não há previsão de nova turma no próximo ano, tendo em vista
que está sendo refletido pela Igreja no Paraná a instituição do Ministério de Catequista. “Teremos que passar por uma reorganização estrutural que envolve a Escola Catequética e esta novidade do Ministério de Catequista”, afirma. Estão
sendo formuladas propostas de formação para catequistas já atuantes, assim como para iniciantes na perspectiva do Ministério de Catequista. O segundo semestre de 2023 poderá ser dedicado ao desenho deste projeto formativo.
Participantes da 10ª etapa da Escola Catequética Companheiros de EmaúsPor tradição, os católicos ornamentam os arredores de seus templos para a passagem do Santíssimo Sacramento da Eucaristia. As celebrações e procissões da Solenidade de Corpus Christi reúnem neste mês de junho milhares de pessoas que se organizam em grupos de voluntários para confeccionar e preparar os devotados tapetes que servirão para este evento de expressão da fé. Os materiais que formam esses tapetes são os mais variados, desde tecidos a serragens coloridas que ganham formas em molduras. Muitos fazem pinturas ou mesmo recortes de papéis que trazem figuras e imagens sacras.
Todo esse empenho tem uma única finalidade que é vivenciar e oferecer aos demais membros da comunidade uma experiência de amor, doação, testemunho e caridade.
A celebração de Corpus Christi é um convite à conversão, ao mesmo tempo que é um chamado para a comunidade trilhar os caminhos da fé por meio do dom eucarístico. Presentes no altar, os sinais do pão e do vinho mostram que Jesus seguiu sua missão, sempre muito unido ao Pai e sem contestações. A oração abriu as portas para a compreensão da entrega, a mesma que muitos pais e mães fazem para seus filhos; a mesma entrega que os casais devem construir dia após dia; a mesma entrega pelos idosos e por todos que precisam deste amor que só um coração misericordioso é capaz de oferecer. Por meio do teste-
Solenidade convida à reflexão sobre o testemunho de amor e caridade com o próximo de esperança cujo alimento se encontra na verdade e na paz. Na Solenidade deste tempo litúrgico alguns poderão até perceber ser esse um percurso curto – falando-se em distância –, mas seu prolongamento está na trajetória própria da vida que é marcada por desafios de compreensão daquilo que o Senhor pede a todos os fiéis diariamente.
munho de caridade que cada um pode realizar neste tempo, esta Solenidade se tornará viva dentro de uma prática cotidiana transformadora, mas também realizadora.
Como uma tradição popular, os tapetes de Corpus Christi encontram vários significados. Um deles é ser compreendido como o caminho que Cristo faz com o povo, por meio do qual Ele mesmo sente as dores e alegrias das pessoas, partilha a vida em meio a tanta fome, semeia a verdade em um campo de mentiras e contradições. É neste caminho, do hoje e do agora, que Cristo se oferece como alimento para animar a ação dos fiéis em vista do bem comum. É o Senhor da partilha, do coração aberto para acolher, que arrasta multidões nesta Solenidade litúrgica. Quem acompanha esse caminho já é sabedor – ou deveria saber, caso contrário não caminha de maneira consciente na celebração – que ele se faz desenvolvendo os mesmos sentimentos de Jesus na compaixão e misericórdia com o semelhante.
Participar da celebração do Corpus Christi é abrir-se para uma caminhada
Não se esqueça de solicitar o seu cupom e participar da promoção do Dia das Mães e Dia dos Namorados, concorrendo a diversos prêmios incríveis.
O artigo 19-A do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece como direito a possibilidade de gestantes ou puérperas (mulheres no período pós-parto), de entregarem voluntariamente, com o amparo da Lei, seu bebê para adoção. Tal procedimento que, como dito, está amparado por Lei em nada se confunde com o abandono de bebês, que se trata de uma conduta criminosa que consiste em desamparar ou expor recém-nascido para ocultar desonra própria, de acordo com o que está tipificado no artigo 134 do Código Penal Brasileiro, com pena prevista de seis meses a dois anos de detenção, podendo chegar até a três anos de prisão se o fato resultar em lesão corporal de natureza grave, e até seis anos se resultar a morte do bebê.
Portanto, o direito à entrega voluntária deve ser exercido sem qualquer tipo de constrangimento e encarado
como um ato que visa proteger a vida do bebê que será encaminhado para adoção junto ao Sistema Nacional
de Adoção e Acolhimento. Todos os procedimentos devem ser realizados de forma sigilosa, visando a proteção
da mãe e da criança. Para tanto, a gestante ou a mãe que optar pela entrega voluntária, deve procurar auxílio junto a postos de saúde, hospitais, conselhos tutelares, ou outros órgãos que visem a proteção da mulher ou a proteção da infância. O caso será encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude, que deverá proporcionar à mulher todo o amparo social, jurídico e psicológico, gratuitamente.
Normalmente o direito à entrega voluntária é exercido por mulheres vítimas de violência sexual, da qual resulta a gravidez, mas também pode ser exercido por outros motivos, como por exemplo, decorrente de um sentimento de incapacidade de se exercer o poder familiar (que está relacionado ao dever dos pais em sustentar, proteger e educar os filhos menores de 18 anos).
Recentemente tornou-se célebre o caso de uma jovem atriz, vítima de estupro, que decidiu entregar o bebê concebido para adoção. Ela foi vítima de indescritível violência física e psíquica, mas, apesar de tudo isso, optou por preservar a vida da criança inocente, dando-lhe a chance de ser amada, edu-
“A entrega voluntária é um direito importantíssimo que visa proteger a vida da criança, bem como visa proteger a mulher de severas implicações decorrentes da prática de um aborto, que embora possa estar descriminalizado quando a gravidez resultar de um estupro, não retira da mulher o pesadíssimo fardo causado pelas consequências físicas e psicológicas decorrentes da morte intencionalmente provocada dentro de seu ventre materno”.
cada e crescer sob o amparo de uma família adotiva. Penso ser importante destacar que as circunstâncias da concepção não definem se uma pessoa é menos ou mais digna do que outra, se mereceria ou não viver.
A entrega voluntária é um direito importantíssimo que visa proteger a vida da criança, bem como visa proteger a mulher de severas implicações decorrentes da prática de um aborto, que embora possa estar descriminalizado quando a gravidez resultar de um estupro, não retira da mulher o pesadíssimo fardo causado pelas consequências físi-
cas e psicológicas decorrentes da morte intencionalmente provocada dentro de seu ventre materno.
Lembremo-nos do que nos ensina a Igreja: “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida” (Catecismo da Igreja Católica, § 2270).
Assim como toda mulher jamais deveria sofrer qualquer tipo de violência, nenhuma vida deveria ser extirpada, ainda mais em seu estágio de maior vulnerabilidade, quando em seu desenvolvimento gestacional dentro do ventre materno.
Jeandré C. Castelon Casado, pai de dois filhos, membro da Pastoral Familiar, advogado, teólogo e professor.
Cooperador do Serviço à Vida da Pastoral Familiar –Regional Sul 2
10° Domingo do Tempo Comum | 11 de junho de 2023
Leituras: Os 6,3-6; Sl 49(50),1.8.12-13.14-15; Rm 4,18-25; Mt 9,9-13
Queridos irmãos, continuamos nossa caminhada no Tempo Comum e, nesse domingo, acompanhamos, na narração do Evangelho, o chamado de Mateus. O Tempo Comum é sempre essa nova oportunidade de seguir Jesus mais de perto, justamente porque, ao escutarmos o chamado dos primeiros discípulos, devemos também nos sentirmos chamados. Jesus foi ao encontro e chamou cada um de seus discípulos; da mesma forma, vem ao nosso encontro e nos convida para segui-lo. Nesse sentido, os doze discípulos representam doze maneiras diferentes de vivenciar o chamado. Nesse domingo somos convidados pela Liturgia a aprendermos com o chamado de Mateus.
A Liturgia, nesse contexto do Tempo Comum, muitas vezes adquire esse tom vocacional, porque ora somos convidados a nos colocar no lugar daqueles que são chamados, ora somos convidados a nos colocar no lugar daqueles que são formados por meio dos gestos, olhares, discursos, e milagres do mestre Jesus. Desta forma, não é exagero dizer que o Tempo Comum é a etapa formativa desses novos discípulos, tempo necessário de preparação para que, mais tarde, suportem o “peso” da missão e da cruz, como fez o próprio Cristo.
do chamado de Mateus, a Liturgia nos apresenta alguns pontos que podem responder a essa pergunta. Logo após receber a convocação de Jesus, imediatamente, Mateus se levanta e o segue; o fato de Mateus se levantar simboliza muito mais que a prontidão do ficar em pé. O significado dessa atitude está diretamente ligado ao relato que antecede o chamado, não é por acaso que, antes de chamar Mateus, Jesus cura um paralítico. Antes de ser convocado, Mateus vivia na paralisia do pecado, mas a voz de Jesus o liberta da prisão da ganância, o chamado de Cristo o salva. Por isso, a vocação não é sacrifício, mas salvação. Desta forma, podemos dizer que Jesus não espera outra coisa senão um grato coração.
- Compreendo minha missão como peso ou como salvação?
- Tenho sido grato a Deus por ter me escolhido e chamado para essa missão?
É justamente sobre esse aspecto do “peso” que esclarece a profecia de Oséias, apresentada na primeira leitura e retomada por Jesus no Evangelho. Será que a resposta ao chamado de Deus pode ser considerada como um peso ou como um sacrifício? Jesus nos convida a olharmos para nossa missão como um meio de salvação. É na vivência com o outro que Deus me salva, é na minha missão que encontro salvação, é carregando a cruz que encontro o Salvador. Por isso, nas tantas situações da vida, sobretudo naquelas que experimentamos o abandono e a solidão, precisamos saber reconhecer a voz d’Aquele que vem ao nosso encontro e nos convoca com simplicidade: “Segue-me!”.
- Ao me chamar, o que o Senhor espera de mim?
O evangelista Mateus, ao narrar a citação de Jesus à profecia de Oséias, utiliza a palavra “misericórdia” no lugar de “amor”, como encontramos na primeira leitura. Isso porque o amor e a misericórdia estão tão intimamente ligados na pessoa de Deus que são como que sinônimos. É o que vemos na passagem da pecadora perdoada. Nela, Jesus afirma: “Por essa razão, eu te digo, seus numerosos pecados lhe são perdoados, porque ela demostrou muito amor. Mas aquele a quem pouco foi perdoado mostra pouco amor” (Lc 7,47). Mais uma vez podemos nos perguntar: o que Jesus espera daqueles que chama? O que Jesus espera desses que liberta do pecado e da culpa? O que o gesto misericordioso de Jesus me constrange a fazer? Me faz amá-lo. A resposta do discípulo ao chamado de Deus deve ser amor e gratidão porque, ao me chamar, Jesus me liberta das amarras do pecado e me oferece uma proposta de salvação. Tudo isso de forma gratuita. Por isso a vocação é graça de Deus.
O Deus que nos convida é o mesmo que nos sustenta. Sendo assim, nossa vocação não pode ser só peso, nem só sacrifício. Como discípulos, precisamos também aprender a confiar naquele que vai à nossa frente, porque o próprio Cristo nos diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois meu jugo é suave e meu fardo é leve”.
Uma importante pergunta que pode iluminar nossa reflexão é a seguinte: “O que Jesus espera daqueles que chama”? Obviamente todo convite exige uma resposta, positiva ou não, que pode ser dada de várias formas, inclusive no silêncio. No relato
Nesse sentido, a Liturgia desse domingo nos convida a pedir, com fé e confiança, a graça de um coração agradecido, que reconhece o quanto Deus nos ama a partir do quanto Deus nos perdoa gratuitamente, bem como a graça de correspondermos com mais fidelidade à missão que nos confere.
Leitura Diária
Dia 12: 2Cor 1,1-7; Sl 33(34); Mt 5,1-12
Dia 13 (Santo Antônio de Pádua): 2Cor 1,18-22; Sl 118(119); Mt 5,13-16
Dia 14: 2Cor 3,4-11; Sl 98(99); Mt 5,17-19
Dia 15: 2Cor 3,15-4,1.3-6; Sl 84(85); Mt 5,20-26
Dia 16 (Sagrado Coração de Jesus): Dt 7,6-11; Sl 102(103); 1Jo 4,7-16; Mt 11,25-30
Dia 17 (Imaculado Coração de Maria): Is 61,9-11; 1Sm 2,1.4-5.6-7-8abcd; Lc 2,41-51
Leituras: Ex 19,2-6a; Sl 99(100),2.3.5; Rm 5,6-11; Mt 9,36-10,8
A Liturgia da Palavra trata de nossa relação com Deus em forma de Aliança, como um pacto de fidelidade e missão. Dele esperamos toda bênção e proteção. Da nossa parte, ele espera uma vida justa e comprometida com os irmãos. De fato, somos por Deus chamados, capacitados e enviados em missão. Ele desde todo o sempre quer libertar e salvar a humanidade! Em Cristo nos comprometemos também nós com esta missão profética e misericordiosa.
O CAMINHO É UM TEMPO DE CONSTRUIR IDENTIDADE
Depois de serem instruídos pelo Senhor e guiados por Moisés, o povo que havia experimentado uma situação de escravidão no Egito iniciou um longo caminho pelo deserto. Este tempo trouxe vários desafios e oportunidades em busca de sua identidade. Esta libertação aconteceu porque o Senhor Deus ouviu seus clamores, viu seus sofrimentos e agiu em favor deles. Chegando perto do monte Sinai, ali armaram suas tendas, “defronte da montanha”. Este lugar se torna um marco importante: Moisés subiu ao encontro do Senhor e, em nome de todos, fez uma aliança com Deus.
Desta aliança no Sinai teremos duas consequências para sempre: Israel torna-se especial, diferente das outras nações, escolhido como povo de Deus e chamado a vivenciar uma relação de compromisso com o Senhor. Serão “um reino de sacerdotes e uma nação santa”, isto é, todos estarão em sintonia perfeita com Deus, poderão servir ao Senhor e serão chamados à santidade como o próprio Deus é santo. A segunda consequência é o Decálogo, isto é, os Dez Mandamentos que servirão de orientação segura para todo o povo. O que se espera é que todos escutem a voz de Deus e guardem os seus mandamentos. Esta “obediência e fidelidade a Deus” é, de fato, condição e garantia de sua sobrevivência e de sua liberdade.
A salvação não depende de méritos próprios. Somos justificados, isto é, voltamos à amizade com Deus, somos verdadeiramente salvos pela fé em Cristo. As ações são consequências da fé e a testemunham, mas por si não nos garantem muita coisa. Quem nos garante o perdão e a reconciliação, a libertação de todas as escravidões, a vida em plenitude e a perfeição no amor é nosso Senhor Jesus.
JESUS ESCOLHE APÓSTOLOS PARA CONTINUAR SUA MISSÃO
- Olhando o povo do Êxodo, que lições eles nos deixam para nosso caminho de fé?
Jesus, vendo as multidões, se mostra compassivo e zeloso pelas suas “ovelhas”. O Evangelho de hoje pode ser dividido em três partes ou situações: No início apresenta como Jesus se compadece e toma consciência da real situação das multidões de seu tempo: “estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. A carência de bons líderes e de trabalhadores em prol do bem comum toca o coração de Deus. Situação semelhante foi a do Êxodo quando o Senhor escolheu Moisés para guiá-los e libertá-los. Diante desta situação, num segundo momento, Jesus demonstra ser o verdadeiro pastor. Ele sente e sofre junto com seu povo, por isso chamou os doze apóstolos e deu-lhes poder de expulsar o mal e curar as enfermidades do povo.
- Você realmente se sente unido(a) a Cristo e salvo(a) por Ele?
- Quando ouvimos a frase “os trabalhadores são poucos”, como você se sente? Onde e quando você deseja contribuir com a missão de Jesus?
A Carta de Paulo aos Romanos será lida também nos próximos domingos. Ele ainda não havia estado em Roma, por isso o assunto principal da carta não trata do específico de uma comunidade, no caso, dos romanos, mas possui um cunho teológico e pastoral mais universal. É a primeira carta colocada depois do livro dos Atos dos Apóstolos e inicia a coleção das cartas paulinas.
As primeiras comunidades cristãs eram formadas por pessoas de diferentes origens. Aqueles que vinham do judaísmo achavam que todos seriam salvos somente se primeiro praticassem suas prescrições legais. É claro que havia muitos cristãos oriundos do paganismo que não conheciam e nem praticavam as tradições judaicas. Os conflitos apareciam a partir da pergunta: O que era realmente necessário para obter a salvação de Jesus Cristo? Ora, este é o assunto principal desta carta.
Na terceira parte, Jesus envia os seus escolhidos, os apóstolos. Apóstolo é uma palavra que vem do grego que significa “enviado”, mensageiro ou missionário. Pressupõe alguém que o envia, uma mensagem a ser levada e um destinatário. Jesus é quem envia e quem lhes dá as instruções de como se comportar. A mensagem é o Reino dos Céus, e os destinatários são as ovelhas perdidas e sem pastor. Portanto, assim como Jesus se aproximou de quem mais precisava e agiu com misericórdia, sejamos assim também nós em nossas comunidades e pessoalmente. Sejamos os apóstolos corajosos nos diferentes ambientes da cultura urbana. Lembrando que sem primeiro sermos discípulos, não poderemos ser bons missionários.
Leitura Diária
Dia 19: 2Cor 6,1-10; Sl 97(98); Mt 5,38-42
Dia 20: 2Cor 8,1-9; Sl 145(146); Mt 5,43-48
Dia 21 (São Luís Gonzaga): 2Cor 9,6-11; Sl 111(112); Mt 6,1-6.16-18
Dia 22: 2Cor 11,1-11; Sl 110(111); Mt 6,7-15
Dia 23: 2Cor 11,18.21b-30; Sl 33(34); Mt 6,19-23
Dia 24 (Natividade de São João Batista): Is 49,1-6; Sl 138(139); At 13,22-26; Lc 1,57-66.80
Leituras: Jr 20,10-13; Sl 68(69),8-10.14.17.33-35; Rm 5,12-15; Mt 10,26-33
Com a Solenidade de Pentecostes, retornamos à liturgia do Tempo Comum, no qual já celebramos o mistério da Santíssima Trindade; a Festa do Corpo e do Sangue de Cristo; o chamado de Jesus a Mateus, na coletoria de impostos e, recentemente meditamos Jesus compadecido diante da grande multidão, afirmando que a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. A Liturgia do presente domingo, nos leva a colocar toda a nossa confiança em Deus, professando nossa fé em Cristo, sem temer aos homens.
Com a catequese litúrgica dominical, vamos dando passos significativos em nossa vida de fé. Tanto que logo mais iremos celebrar os alicerces da Igreja: São Pedro e São Paulo, os quais, cada com sua personalidade e trajetória, acolheram a verdade de Deus em suas vidas. A exemplo destes grandes santos e do profeta Jeremias, que meditamos na leitura de hoje, devemos tomar posse da graça da presença de Deus em nós, de modo que, por mais numerosas que sejam as dificuldades e perigosas as perseguições, não podemos nos abater e nem voltar atrás, pois: “O Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro” (Jr 10,10-13).
Ao olharmos para nossa história pessoal, tanto o dia mais triste, como o dia mais feliz que vivemos até hoje, já passaram, assim como o momento atual também passará. Somos peregrinos neste mundo, estamos aqui, mas não somos do mundo. Na condição de filhos e filhas de Deus, conscientes da realidade que nos cerca e do plano de Deus em nossa vida, possamos meditar as palavras do Evangelho: “Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido” (Mt 10,26). Recordo uma antiga canção da Banda Capital Inicial: “O que você faz quando ninguém te vê fazendo, ou o que você queria fazer se ninguém pudesse te ver”? Busquemos a santidade de vida com a verdade de nosso ser, por uma opção livre, não apenas por medo de sofrer: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno” (Mt 10,28).
- Oriento minha vida para a vida eterna, ou tenho apenas buscado a realização nesta vida?
- A religião em minha vida é uma busca pelo Divino ou, uma fuga do castigo?
- Minha abertura para a graça oferecida por Cristo tem resultado em quais frutos?
Deus, em sua grandeza, conhece o nosso coração a ponto de permitir que passemos por provações, não para nos testar, mas para que de fato possamos experenciar seu amor misericordioso. Lembremos as palavras de Jesus antes de retornar para junto do Pai: “Vós ficareis tristes, mas vossa tristeza se transformará em alegria” (cf. Jo 14,20). A aparente superioridade do mal, proporciona a passageira felicidade mundana, ao passo que a fidelidade na verdade cristã nos garante a felicidade eterna.
Jesus que chama os seus discípulos e se compadece da grande multidão desorientada. Ele deixa bem claro aos seus seguidores que não busquem agradar aos homens, mas se empenhem verdadeiramente diante da missão recebida no Batismo.
Recentemente, no dia 16 de junho, celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, devoção viva e fecunda que nos insere no amor incondicional e extremo de Cristo por nós, ao pedirmos que nosso coração seja semelhante ao d’Ele. Ter os mesmos sentimentos de Cristo, volta nosso olhar para a eternidade, para as realidades que são superiores em grau e ordem as nossas necessidades atuais.
Certos da presença em nossa vida, de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, sem temer aos que podem apenas matar o corpo, acolhamos a graça derramada em abundância, pelo sacrifício que Cristo ofereceu pela nossa Salvação.
O Plano da Ação Evangelizadora de nossa Diocese ressalta a importância da valorização do dia do Senhor e da nossa ação missionária. No Catecismo da Igreja Católica encontramos: “É por isso que a Igreja, especialmente por ocasião dos tempos do Advento, da Quaresma e sobretudo na noite da Páscoa, relê e revive todos estes grandes acontecimentos da história da salvação no ‘hoje’ da sua Liturgia. Isso, porém, exige igualmente que a Catequese ajude os fiéis a abrirem-se a esta inteligência ‘espiritual’ da economia da salvação, tal como a liturgia da Igreja a manifesta e nos faz viver” (CIC 1095).
Dia 26: Gn 12,1-9; Sl 32(33); Mt 7,1-5
Dia 27: Gn 13,2.5-18; Sl 14(15); Mt 7,6.12-14
Dia 28 (Santo Irineu): Gn 15,1-12.17-18; Sl 104(105); Mt 7,15-20
Dia 29: Gn 16,1-12.15-16; Sl 105(106); Mt 7,21-29
Dia 30: Gn 17,1.9-10.15-22; Sl 127(128); Mt 8,1-4
Dia 1º/07: Gn 18,1-15; Lc 1,46-47.48-49.50 e 53.54-55; Mt 8,5-17
Leituras: At 12,1-11; Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9; 2Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19
Neste domingo, celebramos a Solenidade de São Pedro e São Paulo. Ambos os apóstolos são considerados colunas da Igreja, tanto por seu testemunho de fé quanto pela abrangência e pertinência da missão desempenhada no início do cristianismo. Os dois santos tiveram grande influência na Igreja de Roma, local, inclusive, em que foram martirizados e do qual são patronos. Está é uma das solenidades mais antigas da Liturgia Cristã, sendo celebrada desde o século III. Na Igreja Universal, é celebrada no dia 29 de junho. Na Igreja no Brasil, a celebração é transferida para o domingo próximo.
A oblação da própria vida parece ser um elemento fundamental da vivência cristã. Efetivada por meio da caridade, na entrega a Deus através do próximo, tal ato, no decorrer da história da Igreja, chegou a expressões extremas como o martírio. Esta ação era muito recorrente nos primórdios do cristianismo, principalmente, nos três primeiros séculos da Igreja primitiva. Por isso, este recorte do Livro dos Atos dos Apóstolos nos aponta para um monte chave. Não se trata do primeiro martírio, mas do primeiro apóstolo feito mártir. É interessante a falta de detalhes ou a brevidade com qual São Lucas, autor de Atos, apresenta-nos essa passagem. São Tiago, irmão de São João, está sempre mais próximos de Jesus. Está presente na discussão de quem seria o maior, na Transfiguração e no Getsêmani. A resposta, talvez, está na sequência. São Tiago, como Jesus já havia anunciado, beberia do mesmo cálice (cf. Mc 10,38). Já São Pedro, diante da possibilidade da cruz, acovardou-se, numa atitude de apostasia ao negar Jesus. Diferentemente dos relatos evangélicos, aqui, São Pedro passou pela segunda conversão e já não teme a cruz. A paz em seu sono revela a fé em quem consagrou a sua vida. Até que ponto, estamos confiando em Deus? Temos fé ou a nossa pretensão nos leva ao ponto do desespero e da desesperança?
mamente ligada ao sofrimento. É o que vemos nesse recorte. Consciente da missão realizada, por graça de Deus, anseia com todo o coração ser glorificado tal qual Cristo. Como se sabe, o Apóstolo dos Gentios teve grande influência sobre os cristãos de origem pagã e, como consequência, tal teologia fundamentou a experiência de martírio das primeiras comunidades cristãs. Justamente, porque ser cristão significava, também, suportar todos os sofrimentos até chegar à morte pela causa do Evangelho de Cristo. Na contemporaneidade, criou-se certa aversão ao sofrimento como parte de um caminho feito de escolhas e renúncias. Como temos vivido o nosso cristianismo? Temos nos configurado a Cristo ou nos acomodado em nossas más tendências?
- Até que ponto, estamos confiando em Deus? Temos fé ou a nossa pretensão nos leva ao ponto do desespero e da desesperança?
- Como temos vivido o nosso cristianismo? Temos nos configurado a Cristo ou nos acomodado em nossas más tendências?
- Temos reconhecido e seguido o Senhor ou estamos caminhando sob a influência de falsos mestres?
Este é um momento chave no Evangelho, porque Jesus parece fazer um balanço de seu ministério, a fim de saber se as pessoas o reconhecem. Em relação ao povo, fica visível a incompreensão quanto a identidade de Jesus. Entendem ser um profeta, porque realiza coisas prodigiosas. A segunda pergunta, Jesus dirige ao grupo dos seus, aqueles que já haviam caminhado com o mestre, testemunhado as suas ações milagrosas, as controvérsias com os fariseus e escribas, os seus ensinamentos e explicações. É plausível que Jesus queira estimular a consciência de seus discípulos quanto a sua própria identidade. Antes de São Pedro, nenhum homem havia dado tal declaração. Só os demônios haviam reconhecido a identidade de Jesus. Por essa razão, a profissão de fé de São Pedro é muito pertinente e evidencia o personagem na narrativa. Ele reconhece Jesus como aquele por meio de quem Deus realizará tudo o que prometeu. Nós também convivemos com Cristo, que se dá a nós mediante inúmeras maneiras. A grande pergunta é: temos reconhecido e seguido o Senhor ou estamos caminhando sob a influência de falsos mestres?
O cristianismo primitivo via no martírio a possibilidade de alcançar o exemplo mais sublime dado por Cristo, o martírio por causa do Reino de Deus. Isso não significa que, aderindo ao cristianismo, necessariamente devemos caminhar para a morte corporal sacrifical, mas que, em tempos onde isso é possibilidade, o cristão não pode recuar em autenticidade. Assim como Jesus Cristo foi martirizado pela pregação da Boa-Nova, também morreram aqueles que ficaram encarregados em dar continuidade a sua missão.
Nos escritos de São Paulo, a imitação de Cristo está inti-
Diz o Catecismo da Igreja Católica: “A liturgia cristã não se limita a recordar os acontecimentos que nos salvaram: atualiza-os, torna-os presentes” (1112). E concretiza de maneira feliz: “O mistério pascal de Cristo celebra-se, não se repete; as celebrações é que se repetem”. E, para que não sejamos levados a fixarmo-nos na encenação exterior da celebração, logo continua: “Mas em cada uma delas sobrevém a infusão do Espírito Santo, que atualiza o mistério” (CIC, 1104).
Desta infusão do Espírito Santo na celebração tem a Igreja plena consciência. Por isso, frequentemente nas celebrações dos sagrados mistérios, o próprio ministro que realiza o rito não o faz sem invocar o Espírito Santo sobre a ação que está realizando.
Esta invocação costuma designar-se com outra palavra também de origem grega e que é epiclese, palavra que significa exatamente “invocação sobre”. Menos frequente na liturgia romana do que o tem sido nas liturgias das Igrejas orientais, sempre mais atentas à ação do Espírito Santo, a epiclese está hoje em todas as Orações Eucarísticas, (embora menos claramente na primeira, o chamado Cânon), e em outras orações, particularmente nas dos Sacramentos.
Habitualmente, quando se fala de epiclese entende-se a invocação do Espírito Santo na celebração da Eucaristia. A ela se refere o Catecismo com estas palavras: “A epiclese é uma intercessão, em que o sacerdote suplica ao Pai que envie o Espírito santificador, para que as oferendas se tornem Corpo e Sangue de Cristo. É aquela parte da Oração Eucarística que o sacerdote diz antes da narrativa da Ceia, de mãos estendidas sobre o pão e o cálice invocando o Espírito Santo”.
A este respeito o Catecismo cita uma passagem de São João Damas-
Rito da
consecratória em ordenação diaconal ceno, presbítero e monge da Igreja oriental do século VIII, que vale a pena reler: “Perguntas como o pão se converte no Corpo de Cristo e o vinho em Sangue de Cristo? Respondo-te: o Espírito Santo desce e realiza aquilo que ultrapassa toda a palavra e todo pensamento. Basta-te saber que isso acontece por obra do Espírito Santo, do mesmo modo que, da Santíssima Virgem e pelo mesmo Espírito Santo, o Senhor, por si mesmo e em si mesmo assumiu a carne” (CIC, 1106). Esta parte da epiclese a que acabamos de nos referir pede a graça da consagração do pão e do vinho, como podemos recordar abrindo o Missal Romano e relendo as Orações Eucarísticas.
Na Oração Eucarística 1, também conhecida por Cânon, visto ter sido até 1960 a fórmula normativa única da celebração da Eucaristia, não se encontra
uma expressão clara para a epiclese Apenas se diz, antes da consagração, de mãos estendidas sobre as oferendas: “Dignai-vos, ó Pai, aceitar e santificar estas oferendas, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso”. Mas nas outras Orações Eucarísticas aparece claramente a fórmula de epiclese da consagração.
Na Oração Eucarística 2, diz-se: “Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso”; e na Oração Eucarística 3: “... nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este mistério”; e semelhantemente na Oração Eucarística 4, diz-se: “... nós vos pedimos que o mesmo Espírito Santo santifique estas oferendas, a fim de que se tornem o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, para celebrarmos este grande mistério que ele deixou em sinal da eterna aliança”; na Oração Eucarística 5, própria para o Brasil, também se diz: “... mandai vosso Espírito Santo, a fim de que as nossas ofertas se mudem no Corpo e no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Mas a epiclese tem uma segunda parte onde se pede que esta ação santificadora do Espírito Santo se estenda a toda a assembleia, ela que é quem constitui o verdadeiro destinatário da ação santificadora do Espírito, como o Catecismo o explica ao dizer que a epiclese é uma intercessão, em que o sacerdote suplica ao Pai que envie
o Espírito santificador, para que as oferendas se tornem Corpo e Sangue de Cristo, para que os fiéis se tornem pessoalmente uma oferenda viva feita a Deus (CIC, 1107). O Pai atende a epiclese da Igreja e envia o Espírito que dá a vida aos que o acolhem e constitui para eles, desde já, “a garantia” da herança que os espera, conclui o Catecismo (CIC, 1107).
A epiclese ou invocação ao Espírito Santo para que realize o mistério que está sendo celebrado não se encontra apenas nas Orações Eucarísticas. Aparece também noutros lugares, sobretudo em celebrações particularmente significativas da vida da Igreja. Alguns exemplos:
- Na bênção da água batismal. Depois da evocação das maravilhas que, no passado, Deus realizou por meio da água, vem a epiclese a suplicar que essas maravilhas se continuem no presente: “Olhai, agora, ó Pai, a vossa Igreja.... Que o Espírito Santo dê por esta água a graça de Cristo...”. E, em seguida, com maior solenidade, mergulhando o Círio pascal na água, continua: “... que por vosso Filho desça sobre esta água a força do Espírito Santo”.
- Na consagração do óleo do Crisma Enquanto todos os concelebrantes, sem nada dizerem, estendem a mão para o Crisma, o presidente continua: “... nós vos suplicamos, ó Pai, que santifiqueis este óleo com a vossa bênção. Infundi-lhe a força do Espírito Santo, pelo poder de vosso Cristo, que deu o seu nome ao santo Crisma, com o qual ungistes vossos sacerdotes e reis, vossos profetas e mártires”.
- Na liturgia da Confirmação, o sacramento do Dom do Espírito, isto é, do Espírito que é dado, logo o convite que introduz a oração que acompanha a imposição das mãos utiliza linguagem típica da epiclese: “Roguemos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, que derrame o Espírito Santo”. Mas é no corpo daquela oração que se pode escutar uma verdadeira epiclese: “Enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito”, súplica que logo mais se concretiza no gesto e na fórmula da crismação, onde se diz de maneira inequívoca: “(Nome), recebe, por este sinal, o Espírito Santo, o Dom de Deus”.
- Nas Ordenações, que muitas vezes foram tratadas mais como transmissão de poderes do que como comunicação
“A ação que a Igreja realiza na celebração dos Sacramentos é realizada sempre sob a energia do Espírito Santo, porque Ele é a alma da liturgia, e não pelo simples poder do ministro que a realiza”.
de dom e de graça, a oração que acompanha a imposição das mãos lá está a invocação ao Espírito Santo:
a) Na ordenação do Bispo: “Enviai agora sobre este Eleito a força que de vós procede, o Espírito Soberano que destes ao vosso amado Filho Jesus Cristo, e ele transmitiu aos santos Apóstolos”.
b) Na ordenação dos presbíteros, a referência ao Espírito Santo aparece várias vezes ao longo da oração consecratória. Logo no início, diz-se: “... que dais crescimento e vigor a todas as coisas, e, para formar um povo sacerdotal, estabeleceis, em diversas ordens, os ministros de Jesus Cristo, vosso Filho, pela força do Espírito Santo”. E mais adiante: “Ele, pelo Espírito Santo, a vós se ofereceu na cruz, como hóstia pura...”. E, na última parte da oração, ao serem referidos os frutos da Ordenação na vida dos presbíteros, diz-se: “... para que as palavras do Evangelho, caindo nos corações humanos através de sua pregação, possam dar muitos frutos... com a graça do Espírito Santo”.
c) Na Ordenação dos diáconos: “Na variedade dos dons celestes e na diversidade dos membros, fazeis crescer com admirável unidade, pela força do Espírito Santo, o corpo de Cristo, a vossa Igreja”. E mais adiante: “Os Apóstolos do vosso Filho, movidos pelo Espírito Santo, escolheram sete homens de bem para ajudá-los no serviço diário...”. Mas a expressão mais clara de epiclese encontra-se dentro da própria fórmula essencial da ordenação: “Enviai sobre ele, Senhor, nós vos pedimos, o Espírito Santo que o fortaleça com os sete dons da vossa graça...”.
Nos outros Sacramentos foi também introduzida, de uma maneira ou de outra, a referência a ação do Espírito Santo. Isto por si só pode ajudar a ultrapassar a maneira de olhar para a celebração dos sacramentos como um simples ato de sentido acentuadamente jurídico ou administrativo.
Alguns dos formulários atuais abri-
ram a porta de maneira mais explicita à invocação do Espírito Santo. Assim, na Reconciliação, embora as palavras essenciais continuem a ser: “Eu te absolvo...”, etc., a fórmula começa mais atrás e num ambiente de oração: “Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela morte e ressurreição de seu Filho reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz”. Depois vem então a fórmula essencial: “E eu te absolvo...”.
Também a bênção nupcial recebeu, na sua nova versão, a invocação ao Espírito Santo: “Enviai sobre eles (os esposos) a graça do Espírito Santo, para que, pelo vosso amor derramado em seus corações, permaneçam fiéis na aliança conjugal”. O Espírito Santo é sempre o selo da aliança!
E ainda na unção dos enfermos, na própria fórmula essencial do sacramento, se diz também: “O Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo”.
ALMA DA LITURGIA
A ação que a Igreja realiza na celebração dos Sacramentos é realizada sempre sob a energia do Espírito Santo, porque Ele é a alma da liturgia, e não pelo simples poder do ministro que a realiza.
O Papa Francisco, na sua Carta Apostólica sobre a formação do Povo de Deus, nos alerta que “é a comunidade de Pentecostes que pode partir o Pão na certeza de que o Senhor está vivo, ressuscitado dos mortos, presente com sua palavra, com seus gestos, com a oferenda de seu Corpo e de seu Sangue. Daquele momento em diante, a Celebração se torna o lugar privilegiado, não o único, do encontro com Ele. Sabemos que, somente graças a esse encontro, o homem chega a ser plenamente homem. Só a Igreja de Pentecostes pode conceber o homem como pessoa, aberta a uma relação plena com Deus, com a criação e com os irmãos (Desiderio Desideravi, 33).
Pe. Sérgio Augusto Rodrigues Assessor diocesano da Pastoral LitúrgicaSomos uma escola católica e vicentina. Isso significa que nossa identidade contempla um carisma próprio, vinculado à vida e obra de nossos Fundadores, Luísa de Marillac e Vicente de Paulo. Como Educação Católica trazemos no bojo do que somos e fazemos a experiência de fé e vida cristãs, alicerçadas na pessoa e no projeto de Jesus de Nazaré.
Somos, em primeiro lugar, escola! Entendemos que a ação educativa assumida na perspectiva confessional se caracteriza por referenciar os processos educacionais por um conjunto de valores radicados nas experiências fundantes do carisma. Essa dimensão não tem como finalidade definir os objetos de conhecimento e as opções metodológicas, mas imprimir uma dimensão de transcendência ao projeto educativo, estabelecendo balizas antropológicas, espirituais e éticas que orientam as práticas e as relações, em diálogo com a pluralidade de contextos e interlocutores que compõem o mundo da educação.
Na perspectiva da evangelização como defesa e promoção da vida – da vida de todos/as e de todas as vidas – assumimos nossa missão educativa como uma experiência de cuidado. Esta não se resume a atos de zelo e atenção na relação com outrem, mas indica um modo de ser essencial. Nesse horizonte, os sete valores assumidos pela Rede Vicentina de Educação são descritos a partir de três dimensões que se conectam: cuidado das relações (acolhida – diálogo – colaboração); cuidado de si (espiritualidade – criatividade) e cuidado da ação (solidariedade – sustentabilidade). Dessa concepção de uma educação cuidadora alicerçada em valores emerge a dimensão de pastoralidade que acompanha nossa identidade e missão!
Como força mobilizadora daquilo que, como escola, somos e fazemos - educar e cuidar - a dimensão pastoral se configura como um diferencial de nossa ação educativa. Enquanto Educação Vicentina, nos interpela a assumir com criatividade dialógica nosso carisma como marca singular de nossa identidade e conexão de cuidado com as pessoas e com a Casa Comum.
“Deus provê, Deus proverá, a sua misericórdia não faltará”. Essa linda prece que faz parte do Terço da Misericórdia nos dá conforto em momentos que possuímos dúvidas ou que estamos passando por dilemas, e ela se remete à confiança de que temos em Deus e no sentido d’Ele providenciar sempre o que é melhor para cada um de nós. Isso é um fato e com certeza Deus cuida de cada detalhe.
Porém, há outra frase muito conhecida e que não podemos esquecer: “Faça a sua parte, que Deus faz a d’Ele”. Sendo assim, por meio dessa frase, pensando “na parte que nos cabe”, que é possível continuar nossa jornada de aprofundamento sobre preceitos financeiros que devemos lidar em nossas vidas.
Mesmo acreditando na providência divina, precisamos trabalhar e pensar no nosso futuro para garantir uma vida digna em todas as fases de nossa vida.
É muito comum que em nossa vida adulta, no período que estamos trabalhando, que busquemos ter uma vida confortável, adquirir alguns bens, fazer uma reserva de emergência, e alguns, seguindo todos os passos de uma experiência completa sobre os preceitos financeiros, fazem investimentos. Logo, esses passos às vezes são transformados em planos para a aposentadoria dessas pessoas, porém não é uma grande parcela da população brasileira que se preocupa com este momento.
Em pesquisa recente, desenvolvida por uma seguradora que avaliou a estrutura previdenciária de 70 países, no Brasil, cerca de 90% das pessoas com mais de 25 anos não poupam dinheiro pensando na aposentadoria. Parte desse percentual acredita que será possível viver com o benefício pago
pela Previdência Social brasileira, que é administrada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Se faz importante apresentar que sim, a contribuição que todos os trabalhadores da iniciativa privada que exercem uma atividade remunerada fazem para a Previdência Social, têm caráter contributivo e filiação obrigatória. Ou seja, não temos opção de não contribuir para essa previdência quando estamos empregados pelo regime das Consolidações das Leis Trabalhistas (CLT), então sim, ela é importante para a nossa vida, pois na prática essas contribuições, que fazemos todos os meses, funcionam como um “seguro” nos momentos mais sensíveis da vida do trabalhador e, inclusive, até de seus dependentes.
A pessoa contribuinte da Previdência Social pode vir a precisar desse “seguro” em momentos que antecedem o seu período de aposentadoria, como por exemplo, para as mulheres, quando requerem seguro maternidade, e
todos os demais segurados quando há incidências de doença ou acidente de trabalho, reclusão, pensão por morte e outras circunstâncias.
Essa previdência é muito conhecida e “famosa”, principalmente, pela forma como os processos ocorrem e pelas discussões que a cercam, afinal, não é difícil nos depararmos ‘vira e mexe’ com notícias que rementem a propostas pelo Governo Federal sobre reformas deste modelo de previdência, e essas medidas envolvem motivos como incompatibilidade entre receitas (contribuintes ativos) e despesas (segurados), envelhecimento da população, entre outros.
Diante desses diversos motivos, um deles é a incerteza de até quando esse método será algo atingível para todos e se os valores que são/serão pagos por contribuintes serão valores condizentes pensando em uma vida digna e com os mesmos padrões vividos em período de trabalho quando se chega no tão sonhado (por alguns)
momento da aposentadoria. E aqui, se faz muito importante apresentar diante de incertezas que permeiam o assunto, que há outras opções que podem ser consideradas por todos que pensam em se organizar para o futuro.
A previdência privada é uma modalidade de investimento de longo prazo que visa a acumulação de recursos para aposentadoria, podendo ser dividida em duas categorias: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e a Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL). Na PGBL, haverá incidência de Imposto de Renda sobre todo o valor acumulado no momento do resgate, que deve ser programado no momento de contratação, enquanto na VGBL sua maior característica é de ser possível determinar quem serão as pessoas que receberão o dinheiro que sobrar após a morte da pessoa segurada.
Uma informação muito importante é que podemos (e quase devemos)
“O estudo sobre as opções existentes no mercado e a organização financeira para termos liberdade em nossas escolhas é um ótimo começo, principalmente para termos a certeza de que além de contar com a providência que Deus busca nos presentear em cada momento, que fazemos a nossa parte como pessoas educadas na fé e nas finanças pessoais”.
ter as duas formas de previdências, ao mesmo tempo, sem nenhum problema. O pagamento da previdência privada, enquanto fazemos contribuições para a previdência social, ligada ao INSS, é muito recomendado, uma vez que uma possui caráter de ser algo que está por nós em momentos que podem acontecer imprevistos, enquanto estamos em período ativo de trabalho, enquanto a outra vamos escolher valores a serem alcançados e prazos para poder ter acesso à ela, se pensando no longo prazo.
No caso da previdência privada, os planos privados são ofertados por inúmeras instituições financeiras, sendo importante a escolha correta que atenda a necessidade de cada pessoa. Sendo assim, é muito importante a organização e análise das variáveis que envolvem cada caso, como qual é o momento da vida que a pessoa se encontra, idade, bens já adquiridos e outros.
O estudo sobre as opções existentes no mercado e a organização financeira para termos liberdade em nossas escolhas é um ótimo começo, principalmente para termos a certeza de que além de contar com a providência que Deus busca nos presentear em cada momento, que fazemos a nossa parte como pessoas educadas na fé e nas finanças pessoais. Pois lembrem-se sempre: Educação Financeira é Educação para a Vida!
Jéssica K. de Oliveira Gomes Equipe EFVQuando batizados somos chamados a sermos vocacionados à missão de Jesus, celebrantes no mundo através da evangelização. A Eucaristia é fundamental na vida cristã, sendo presença real de Jesus. A Solenidade de Corpus Christi, aproximadamente 60 dias após a Páscoa, nos recorda a oferta da vida do Senhor e nosso compromisso como cristãos, tendo como sinal dessa comunhão a Eucaristia, que nos chama a vivenciar em nossa rotina a vida em comunidade.
Recordando as palavras do Papa Francisco, na homilia de Corpus Christi de 2018, ele realçou a importância da Eucaristia como “o pão do futuro que já nos faz saborear um futuro infinitamente maior do que as mais risonhas expectativas. É o pão que sacia os nossos maiores anseios
Eucaristia ensina a oferta generosa entre irmãos de diferentes nacionalidades Sabe lá por onde eu andei, o que passei, o que deixei pra levar e pra lembrar.
Não ter mais lugar me fez buscar do outro lado do mar e de novo tentar. Ao menos por um tempo – ter lar, ao menos por um tempo – sonhar, ao menos por um tempo – ter paz.
Mas sempre ao mesmo tempo – LUTAR!
Lutar pelo chão e, se não tem chão, plantar no solo da memória e regar! Com resistência pra sonhar, com nova história pra ter paz. Um ramo frágil de oliveira continua sendo um ramo de oliveira pra plantar. (…)
e nutre os nossos mais belos sonhos. Numa palavra, é o penhor da vida eterna, isto é, uma antecipação concreta daquilo que nos será concedido. A Eucaristia é a marcação, a ‘reserva’ do paraíso”.
Jesus coloca-se à mesa em diversos momentos e, em sua Última Ceia, nos faz o pedido “Fazei isto em memória de mim”, convidando-nos a fazer memória em cada celebração, e também na vida comunitária, desta oferta de amor, celebrando o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, sinal de unidade, vínculo e caridade. Somos convidados a participar verdadeiramente da peregrinação do Corpo de Cristo, através do tapete que nos leva a diferentes corações presentes nas realidades. Buscamos a construção do Reino de Deus através de uma “Nova Jerusalém”, atentando-nos a atualidade e dispostos a construir um mundo no qual todos possam viver com paz e dignidade.
A construção do tapete para Cor-
pus Christi simboliza um caminho de fé, sendo a passagem de Jesus, através do Santíssimo Sacramento em saída. Nesse caminho, é importante lembrarmo-nos daqueles irmãos que são forçados a migrarem do seu país, muitas vezes, por causas injustas em busca de melhores condições de vida. Como Igreja, temos a missão de sensibilizarmos com as dores humanas e sermos uma presença acolhedora, profética e solidária através de um espaço de liberdade e de participação.
No dia 25 de junho é momento de nos recordarmos de todos os imigrantes, pessoas que deixam para trás amigos e família em busca de melhores condições de vida. Esse dia foi determinado através do Decreto nº 30.128, de 14 de novembro de 1957, emitido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O Brasil é um país formado e cons-
Ao menos por um tempo
truído por diferentes nacionalidades, que migraram de seus países. Esses indivíduos costumam ser as vítimas da exploração, violação, violência, racismo, xenofobia, preconceitos, discriminação, trabalho escravo e degradante. Assim, é nossa responsabilidade fomentar a conscientização sobre o processo migratório e a importância de todos de se comprometerem com a causa.
Como Igreja, buscando a vivência comunitária, o trabalho com os imigrantes nos traz alguns desafios: a acolhida, a preservação da cultura, o resgate da cidadania e o diálogo intercultural. Logo, é preciso que cultivemos a sensibilidade e solidariedade, denunciando causas de injustiças: fome, opressão, migração forçada e concentração de renda. Ainda, é necessário anunciarmos o resgate da vida, uma fé comprometida a defesa da pessoa, construção e transformação da sociedade e cobrar politicamente por leis em favor da vida dos imigrantes e por políticas
“A construção do tapete para Corpus Christi simboliza um caminho de fé, sendo a passagem de Jesus, através do Santíssimo Sacramento em saída. Nesse caminho, é importante lembrarmo-nos daqueles irmãos que são forçados a migrarem do seu país, muitas vezes, por causas injustas em busca de melhores condições de vida. Como Igreja, temos a missão de sensibilizarmos com as dores humanas e sermos uma presença acolhedora, profética e solidária através de um espaço de liberdade e de participação”.
públicas ao serviço dos excluídos.
Dessa forma, a Pastoral do Migrante no Regional Sul 2 nos traz alguns questionamentos acerca das nossas ações: “Como criar e recriar novas estruturas sociais e eclesiais possibilitando espaços de solidariedade e de gratuidade para os migrantes,
dignificando as relações e as pessoas? Como intensificar nossa ação no estado do Paraná, uma vez que temos grandes dificuldades com material humano e financeiro”? Portanto, além de sermos um espaço de escuta diante da realidade desses indivíduos, necessitamos de ações concretas que envolvam toda nossa paróquia e comunidade.
O poema “Ao menos por um tempo” de Anderson Herci, nos faz refletir para que não caiamos na “globalização da indiferença”, não nos atentando à situação dos nossos irmãos. Acolhê-los é colocar em prática o evangelho de Jesus Cristo: “Eu era migrante, peregrino, estrangeiro e me acolheste” (Mt 25,35). Que possamos entender o verdadeiro significado de vivência comunitária e acolhedora e juntos construir a cultura da paz.
A Equipe Diocesana da Catequese Junto à Pessoa com Deficiência vem trabalhando na Diocese de Toledo há mais de oito anos com um grupo de catequistas que participaram de formações junto ao Regional Sul
2, a fim de oportunizar educação da fé com qualidade e inclusão às pessoas portadoras de deficiências. De lá para cá, este grupo tem aumentado e ótimas experiências de encontro com o Mestre Jesus vêm acontecendo.
A alegria do Evangelho continua a invadir os corações e tem impulsionado a ação catequética, com holofotes direcionados à Catequese inclusiva junto aos nossos catequizandos com deficiência, também a seus catequistas, suas famílias e com maior ênfase ao crescimento da comunidade da qual fazem parte. Aliás, a comunidade torna-se mais plenificada a cada pessoa que dela se sente membro, a começar pelas pessoas com deficiência. Sim! Precisamos delas porque são insubstituíveis e cada uma tem sua contribuição na vida da comunidade e juntas crescem como Comunidades Eclesiais Missionárias.
Dito isto, pensando no cotidiano da Catequese, encontros e demais atividades, podemos nos perguntar: “Como acolher uma pessoa com deficiência e atender os demais catequizandos”? Vamos lá!
A Catequese tem por objetivo central ensinar a vivência da fé, isto
é, o modo de viver de Jesus Cristo. Jesus tem uma metodologia própria de acolhimento; Ele acolhe a todos porque todos possuem a mesma dignidade dada por Deus. Sendo assim, imitá-lo é a melhor maneira de estar em sintonia com Ele.
Com Jesus aprendemos que o outro nos completa para avançarmos ainda mais. Exemplo disto foi o que aconteceu com Moisés, um dos grandes profetas do Antigo Testamento que tinha dificuldades na fala. Mesmo tendo esta dificuldade não deixou de seguir seu chamado e Deus colocou ao seu lado seu irmão Aarão que transmitia ao povo aquilo que lhe era solicitado por Moisés. Uma parceria, um acolhimento da fragilidade que garantiu ao povo escolhido ser guiado por Deus.
Ainda podemos nos perguntar, quando devo levar à missa meu familiar com deficiência? Sempre que puder! Quando ele não está a comunidade não está completa, ele faz falta, pois o que ele tem a colaborar com a comunidade que se reúne, apenas ele pode dar. Todos nós, povo de Deus, com deficiências ou não, precisamos participar da Celebração Eucarística. É a nossa família que se reúne. Jesus realizou inúmeras ações que nos ensinam que juntos encontramos soluções e nos tornamos comunidade mais inclusiva, ao modo de Cristo.
E o protagonismo da pessoa portadora de deficiência na vida da comunidade? Podem ser catequistas e atuar em outras pastorais? A partir do que conversamos até aqui, é evidente
que sim. A participação, atuação de pessoas com deficiência em nossas comunidades potencializa a comunidade pela diversidade. Assim como os fiéis não portadores de deficiência estes são interpelados a serem sujeitos eclesiais missionários capazes de dar testemunho.
Recentemente a equipe diocesana da Catequese junto à pessoa com deficiência promoveu uma live diocesana na qual tratou do tema “A Catequese no desenvolvimento das capacidades das pessoas com deficiência”. Na live os assessores bem trabalharam a temática e alguns exemplos são marcantes.
O Diretório para Catequese apre-
“Ainda podemos nos perguntar, quando devo levar à missa meu familiar com deficiência? Sempre que puder! Quando ele não está a comunidade não está completa, ele faz falta, pois o que ele tem a colaborar com a comunidade que se reúne, apenas ele pode dar. Todos nós, povo de Deus, com deficiências ou não, precisamos participar da Celebração Eucarística. É a nossa família que se reúne”.
senta sobre a Catequese com pessoas com deficiência: “A solicitude da Igreja para com as pessoas com deficiência brota do agir de Deus. Seguindo o princípio da encarnação do Filho de Deus, o qual se torna presente em cada situação humana, a Igreja reconhece nas pessoas com deficiência o chamamento à fé e a uma vida boa e cheia de significado. O tema da deficiência é de grande importância para a evangelização e para a formação cristã. As comunidades são chamadas não só a cuidar dos mais frágeis, mas a reconhecer a presença de Jesus que neles se manifesta de modo especial.
Isto “requer uma dupla atenção: a consciência da educabilidade para a fé da pessoa com deficiência, até grave e gravíssima; e a vontade de a considerar um sujeito ativo na comunidade em que vive” (32). Infelizmente, em nível cultural, está difusa uma concepção da vida, muitas vezes narcisista e utilitarista, que não capta a multiforme riqueza humana e espiritual nas pessoas com deficiência, esquecendo que a vulnerabilidade pertence à essência do homem e não impede que sejam felizes e se realizem a si mesmos” (DC 269).
Que em nossas comunidades de fé sejamos gratos a Deus por todos os que dela fazem parte, em especial as pessoas com deficiência. Que sejamos capazes de acolher e aprender sempre. Sigamos os passos de Jesus e com Ele vivamos o seu reino no hoje de nossas vidas.
Vânia S. Klein de Oliveira Catequista referencial para a Catequese junto às Pessoas com Deficiência na Diocese de Toledo
Parte fundamental da vivência cristã, especialmente do cristão cursilhista, é a sua formação. A educação permanente da fé é essencial para a perseverança nos caminhos do Senhor, sobretudo em tempos de novos e constantes desafios.
Nessa perspectiva, o Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) oferece aos cursilhistas ferramentas que possibilitam esse renovar do saber católico. Exemplos dessas ferramentas oferecidas são as Assembleias e as Escolas Vivenciais. Para essas, em Assembleia Nacional, foi definido um tema a ser trabalhado pelos cursilhistas no triênio 2022-2024: “Sinodalidade na missão do MCC”. A sinodalidade pressupõe uma caminhada conjunta dos cursilhistas, dispostos lado a lado como um só Povo de Deus, do qual todos fazem parte com a mesma dignidade e vocação à santidade, em saída para anunciar.
A cada ano do triênio é atribuída uma dimensão, na qual esse tema proposto é estudado e trabalhado de acordo com a perspectiva apresentada. Para o ano de 2022, a dimensão adotada foi “Profetas rumo ao jubileu, onde todos somos irmãos”, quando viveu-se um período particularmente desafiante de retomada pós-pandemia em concomitante celebração do Jubileu de Diamante do Movimento de Cursilhos de Cristandade no Brasil.
Para o ano de 2023, a dimensão escolhida é “Martírio: testemunho de fé, missão e resposta”. Etimologicamente, mártir (do grego, martys) significa testemunha, tratado em um contexto amplo, no plano histórico, jurídico e religioso. A dimensão para a qual o pensar sinodal do cristão cursilhista se volta é o do martírio como testemunha de fé e renúncia pessoal, esses como instrumento de uma constante busca dos caminhos de como construir o Reino de Deus aqui na Terra. Esse testemunho se dá pela fé e pela entrega do cristão comprometido no âmbito pessoal, nas tarefas diárias, na evangelização dos
ambientes por meio de seu testemunho de vida, em uma aliança comprometida com Cristo, o Salvador.
A missão, por sua vez, constitui um chamado interior que impulsiona a ação gratuita, pela qual os cristãos comprometidos são conduzidos com força imensurável, que não é contida por desafios, resistências, perseguições ou mesmo ameaças. Nossa vida é missão, missão de testemunhar Jesus e a Palavra de Deus com coragem, sem medo. Esse é um propósito para o qual não há temor de incorrer-se em perjúrio, posto que o chamado é para testemunhar a verdade divina. Entretanto, a vida cristã sinodal é pressuposto para essa vivência, posto que somente assim somos capazes de enfrentar as complexidades deste tempo, em unidade, cientes de todo o percurso realizado e decididos a continuá-lo com disposição entusiasmada e impetuosa de pregar o Evangelho.
Já a resposta, sob a perspectiva da dimensão lançada, é a parte que nos conclama à vivência da fé consistente no anúncio, no serviço, na caridade e no testemunho, sobretudo nos ambientes mais vazios de Deus e dos
valores cristãos. A resposta é a vivência da fé, por meio da vida em comunidade, meio no qual o Povo de Deus se fortalece, como irmãos que se apoiam, como Igreja, onde suportam um ao outro na vida diária e caminham juntos em seus ambientes. A realização prática do testemunho de Cristo é a resposta do mártir a seu exemplo de simplicidade, desprendimento, pobreza, obediência à vontade do Pai, do serviço e da entrega. O exemplo dos mártires é a semente do cristão.
O convite à reflexão pessoal para essa resposta pode ser observado a partir da frase de São Paulo “seguindo a verdade em amor” (Ef 4,15). Convite esse que apresenta especial desafio nos dias atuais, quando o sentido de verdade e de amor sofrem especial esvaziamento. Cristo é nossa verdade e Cristo é amor. O chamado que nos é feito é a responder, de forma consistente, ao testemunhar Cristo, sua vida, morte, ressureição e ensinamentos. Isso de modo tão intenso a ponto de podermos reverberar a fala também de São Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
O convite ao martírio, ao testemunhar, não se dá apenas por meio do martírio de sangue, aquele que é violento, agressivo e criminoso, sangrento, que os primeiros cristãos sofreram, que quase todos os apóstolos suportaram, dando a vida em defesa da fé. Há sim aqueles que são chamados a esse tipo de martírio, especialmente em regiões do planeta nas quais os cristãos ainda são perseguidos, por razões ideológicas ou fanatismos, onde ainda há derramamento do sangue de cristãos que testemunham sua fé.
No entanto, há diversas outras situações de perseguição, privações e luta que não incorrem em derramamento de sangue, mas que representam verdadeiro martírio para o cristão. Esse testemunho, esse sacrifício não sangrento é denominado de martírio branco. Todos somos conclamados ao testemunhar de
Cristo por meio do martírio branco, num “martírio sem derramamento de sangue, em meio às perseguições”, como já nos disse São João Paulo II.
O martírio é testemunho a ser dado na vida cotidiana, no modo de agir do cristão, na vida cristã que é partilhada em sinodalidade. Os desafios que despontam
em nossos caminhos são superados e deles provém o aprendizado quando nos entregamos ao testemunho cristão, lado a lado dos nossos irmãos, e experimentamos o testemunho proclamado pelo próximo. Da mesma forma que o sangue derramado dos cristãos é semente de novos cristãos, nossas humilhações, renúncias e fidelidades incondicionais fazem despontar novos amigos de Cristo e em Cristo. Por vezes, nossa entrega e testemunho podem contribuir para a salvação daquele que está ao lado. Isso é expressão de sinodalidade.
E que não se diga que o caminho do martírio é trilhado com passos desanimados e vacilantes, porque não é com postura cansada que se convida a caminhar junto, e porque o católico fiel não se entristece com as renúncias que faz para Cristo e quando dá testemunho dele. Pelo contrário, ele sabe que trocou um campo vazio por um tesouro inigualável (cf. Mt 13, 44).
Marcos Hawerroth, Giani Verdi, Josiane Bucalão e Rafael Hirata
Cursilhistas da Diocese de Toledo
Na vida de um vocacionado ao sacerdócio é importante a convivência com padres que possuem experiência no ministério, a fim de que possam servir de testemunho e inspiração de serviço, caridade, anúncio e zelo pastoral.
Um destes exemplos de vida é do Pe. Ângelo Virgílio Pellá, paulista de Macatuba, nascido em 19 de outubro de 1957 e filho de Bruno Pellá e Alaide Bazuco Pellá.
Veio com sua família para terras chateaubriandenses com 13 anos de idade, local em que iniciou seu despertar vocacional junto a Paróquia Nossa Senhora do Carmo, grande celeiro de vocações.
A primeira manifestação de vontade em querer ser padre ocorreu, inclusive, antes de estar em Assis Chateaubriand, entre 6 e 8 anos de idade, durante as missões que ocorreram na Arquidiocese de Maringá, onde residia há época, no Norte do Paraná. Entretanto, o tempo passou e este desejo acabou sendo esquecido.
Quando chegou em Assis, a Paróquia Nossa Senhora do Carmo estava com um trabalho pastoral revolucionário,
Em setembro, Pe. Ângelo completará seus 34 anos de sacerdócio muito organizado para a época, especialmente no que tocava os círculos bíblicos, grupos de jovens e setorização.
Inspirado por tão belo trabalho pastoral, se tornou catequista aos 14 anos de idade e durante as formações conheceu alguns seminaristas que acabaram se tornando padres e novamente o desejo de criança tomou conta do então jovem Ângelo, fazendo com que, dois anos mais tarde, ingressasse no Seminário São José, de Cascavel, ainda pertencente à Diocese de Toledo, para estudar o antigo 1º Grau (atual ensino fundamental).
Em 1978 foi para Curitiba dar sequência nos estudos e em 1979 ingressa no Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo, para concluir o Ensino Médio e iniciar a formação filosófica, sendo ele da primeira turma regular da Facitol (atual Unioeste). A formação teológica foi realizada no Studium Theologicum em Curitiba, período em que publicou seus primeiros livros, ainda como seminarista.
Foi ordenado presbítero para a Diocese de Toledo em 2 de setembro de 1989 com o lema de ordenação embasado no livro do profeta Jeremias: “Seduziste-me na feição do teu povo e eu não pude resistir” (Jr 20,7).
Em sua trajetória sacerdotal que completará 34 anos, passou por 16 paróquias, foi reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja (1998-1999), foi professor de Filosofia na Unioeste e de Teologia
na Faculdade Missioneira do Paraná (Famipar, hoje extinta), fez mestrado e doutorado em Teologia na Pontifícia Studiorum Universitas a San Thomas Aquino In Urbe, em Roma, e foi missionário ad gentes em Ariquemes (RO).
Durante esta experiência missionária que perdurou por dois anos, teve contato com uma igreja viva, independente, autônoma e criativa apesar das condições precárias para o atendimento pastoral. A sede do povo por Jesus Cristo era tão grande, que chegavam a participar de duas missas no mesmo dia em capelas diferentes e distantes, visto que só teriam outra missa três meses mais tarde.
Para ele, diante do que viveu em Ariquemes, e apesar dos perigos da malária (o qual foi acometido) e da violência, considera importante experiências missionárias além-fronteiras desde a formação, visto que há benefício para o missionário que vai e para quem o recebe, seja no crescimento humano, seja no vocacional, a partir de uma Igreja que é a mesma que a nossa, presente diante de uma realidade diferente, mas ainda assim, um povo de Deus que vive a sua fé de uma maneira única.
Durante seu pastoreio, além das paróquias, foi responsável pela implantação dos primeiros grupos de Infância e Adolescência Missionária em nossa Diocese, quando era assessor eclesiástico da Obra. Perante tão grande vivência, a sua motivação vocacional continua muito presente e viva apesar das dificuldades, e passaria tudo de novo nem que fosse para viver um só
“A vocação sacerdotal, o trabalho nas paróquias e as experiências pastorais e missionárias são marcantes, profundas e valiosas. Não há como não querer continuar no caminho sacerdotal. É uma vida que por si só é muito rica de tudo o que o ser humano precisa: espiritualidade, carinho e bondade do povo”.
dia como ordenado.
“A vocação sacerdotal, o trabalho nas paróquias e as experiências pastorais e missionárias são marcantes, profundas e valiosas. Não há como não querer continuar no caminho sacerdotal. É uma vida que por si só é muito rica de tudo o que o ser humano precisa: espiritualidade, carinho e bondade do povo”, diz Pe. Ângelo.
Inspirado pelo despojamento, renúncia e humildade de São Francisco de Assis, padre Ângelo, hoje com 65 anos, é pároco da Paróquia Sagrada Família, distrito de Dez de Maio (Toledo), e vive uma vida simples, dedicada ao trabalho evangelizador à parcela do povo de Deus a que lhe foi confiado, e continua a motivar jovens a seguir o caminho sacerdotal, considerando essencial o apoio da família e a valorização dos formandos em suas paróquias de origem, envolvendo-os desde sempre na vida paroquial pastoral.
Suas palavras para os seminaristas que buscam discernir a vocação são as de que “é necessário um verdadeiro envolvimento com a formação e com a vida comunitária. Não é momento para se isolar, mas sim, aproveitar a convivência. A vocação se fortalece quando o convívio é realmente o que deveria ser: uma família”.
Com certeza uma história vocacional tão rica como a do padre Ângelo, serve de motivação para nós, seminaristas, e para mim, em particular, saber que, ainda que indiretamente, ele é respon-
Sou Vinicius Gomes Fazuline, tenho 24 anos, natural de Jesuítas (PR) e pertenço a comunidade da Paróquia Santo Inácio de Loyola. Sou seminarista diocesano do Seminário Maria Mãe da Igreja, e estou no terceiro ano da etapa do Discipulado (Filosofia).
De família católica, sempre fui conduzido pelos meus pais, Rozana Gomes de Oliviera Fazuline e Valdeci Fazuline, para a Igreja, estando presente nas atividades pastorais da Paróquia.
Quando criança fui coroinha e membro da Infância e Adolescência Missionária. Neste período, inclusive, é que houve meu despertar vocacional, pois servindo o altar e estando no campo de missão, me imaginava seguindo o caminho do sacerdócio.
Entretanto, por mais que eu sempre visse essa possibilidade, nunca tive a coragem de dizer sim. Até mesmo negava quando alguém me perguntava se eu iria para o seminário. Uma senhora vizinha, toda vez que me encontrava, me questionava se eu já estava “estudando para ser padre”, e eu, sempre dizendo que não.
Do princípio da negação, as coisas se abriram e eu queria, sim, ter um discernimento vocacional mais específico. Quando entrei no ensino médio, não tive a coragem de ir para o seminário menor. O mesmo aconteceu quando concluí a educação básica, me faltando, talvez maturidade, para dar minha resposta positiva.
Com isso, me mudei para Marechal Cândido Rondon (PR), onde iniciei a faculdade de Direito na Unioeste, a qual concluí no ano de 2021. Durante estes cinco anos da graduação, assumi a coordenação da Infância e Adolescência Missionária de nossa Diocese e busquei uma orientação espiritual e vocacional, sentindo, neste período, que eu precisava responder sim.
Em um encontro de adolescentes e jovens missionários, no Santuário Nossa Senhora da Salette (Palotina/PR), durante os momentos de espiritualidade, eu senti, de uma maneira única, a presença de Deus. Ao final do encontro, uma senhora, que não sabia o que se passava dentro do meu coração, me chamou e disse: “Vinicius, eu tenho certeza que você teve as respostas para as suas dúvidas”.
Naquele tempo a inquietação acerca do chamado vocacional estava muito grande, e durante o encontro eu tinha sentido que eu deveria discernir minha vocação. Assim, concluída a graduação, fiz os encontros vocacionais no Seminário Maria Mãe da Igreja, e no dia 2 de novembro de 2021 iniciei minha caminhada formativa.
Que Deus continue sendo meu auxílio e sustento para que eu possa responder sim todos os dias e discernir cada vez mais a minha vocação.
sável pela minha vocação, visto ela ter se fortalecido durante o período em que vivi diretamente o estilo de vida missionário da Infância e Adolescência Missionária, do qual ele foi o precursor em nossa Diocese, é motivo de agradecer a Deus pelo sim ao seu chamado. Que assim como padre Ângelo foi
seduzido pelo Cristo presente na feição do povo, possamos nós, também, fortalecer a nossa caminhada, buscando encontrar o Amor que é Deus em cada pessoa que cruzar o nosso caminho, de modo a não resistirmos às maravilhas advindas da vocação, que brota do coração amoroso de Jesus.
Intensamente debatido nos últimos meses, o projeto de concessão do Lote 1 do sistema rodoviário do Paraná já têm data de lançamento de edital e de leilão marcados. Será o primeiro certame com a nova política de outorgas, o que promete menor preço de tarifa de pedágio e também promete garantir investimentos privados necessários para ampliação e manutenção das rodovias.
O leilão do Lote 1, que compreende rodovias próximas de Curitiba e Região Metropolitana, será dia 25 de agosto na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. As datas indicadas pelo Ministério dos Transportes já foram referendadas pela diretoria-colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Depois do leilão, a homologação do resultado será dia 27 de outubro e a assinatura do contrato está prevista para até 29 de dezembro.
A nova modelagem consiste em um leilão por menor tarifa, não havendo necessidade de pagamento de aporte, até 18%. Acima desse percentual, a contribuição será necessária. O investimento por menor tarifa exige, por exemplo, que o recurso seja usado na própria concessão para assegurar o andamento execução das obras ao longo da rodovia, com pedágios mais baratos aos usuários.
Estão previstos R$ 7,9 bilhões em investimentos privados no Lote 1. Se for somado o Lote 2 – abrangendo
Usado anteriormente, o modelo híbrido previa que, além da menor tarifa, era obrigatório o pagamento de um valor de outorga à União. Essa exigência, na prática, acabou diminuindo a competitividade e limitando a concorrência dos projetos de concessão de rodovias. Agora, vencerá o leilão quem oferecer o menor preço de pedágio.
“O modelo de concessão das rodovias Paraná foi pensado para beneficiar a população com rodovias de
rodovias que ligam ao litoral, campos gerais e a São Paulo, que terá suas datas anunciadas em breve, o montante chega a R$ 18,6 bilhões para os 30 anos de contrato.
As concessões do Paraná estão divididas em seis lotes. O Lote 2 deve ser o próximo a ir para leilão. Dos quatro lotes restantes, os de número 5 e 6 incluem rodovias na região de Toledo, em direção a Guaíra e norte do Paraná, bem como para o Sudoeste do Estado. Todos estes quatro lotes ainda passam por análise do Tribunal de Contas da União. Serão 3,3 mil quilômetros de estradas, sendo 1,1 mil quilômetros de
rodovias estaduais. Os investimentos devem ultrapassar R$ 50 bilhões em todo o programa.
Haverá tarifa diferente para pista simples e pista dupla, mecanismo de compartilhamento de risco de receita, desconto de usuário frequente, desconto básico para TAG (5%) – dispositivo adesivo pré-pago, iluminação inteligente (LED) e áreas de escape. As obras de ampliação de capacidade ocorrem em um ciclo único concentrado entre os anos três e sete da concessão.
qualidade e tarifas justas”, destacou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro. Sem o diálogo entre Governo Federal, Estado, setor privado e representantes da população, acrescenta, não seria possível chegar a esse modelo. “Foi um processo transparente, mitigando riscos e obtendo recursos necessários, com governança na gestão, para entregar um projeto de qualidade”, completou.
Educar é uma responsabilidade compartilhada entre família e escola. Essa parceria desempenha um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças. No Colégio La Salle Toledo, essa corresponsabilidade é vivenciada diariamente e, neste ano, também se concretiza de maneira lúdica por meio do Projeto “A Família também conta histórias”.
A coordenadora do Ensino Fundamental – Séries Iniciais, relembra como o projeto foi estruturado. “No início do ano, durante o alinhamento pedagógico, tivemos a intenção de aumentar a participação da família na experiência escolar. Queríamos envolver os pais junto com seus filhos, e assim surgiu o Projeto ‘Família também conta histórias’”, diz Anna Sampaio.
O projeto prevê a presença dos pais na escola para contar histórias não apenas para seus próprios filhos, mas também para os colegas de turma, com o objetivo de fortalecer os vínculos e criar memórias. “Contar histórias, além de ser lúdico, estimula a imaginação e auxilia a criança na expressão de suas ideias e pensamentos. Ver, sentir e ouvir são as primeiras experiências gravadas na memória das pessoas, e contar histórias é uma experiência interativa, que estabelece um vínculo entre quem conta e quem ouve. Esse foi o nosso objetivo ao promover esse projeto”, comenta.
Essa experiência também permite que os pais compreendam melhor a dinâmica do cotidiano escolar vivenciado por seus filhos e pelos professores. “Os relatos dos pais que já participaram da contação de histórias são muito positivos. Muitos deles recordam de sua época de estudantes lassalistas e agora são
pais lassalistas. Outros percebem o papel importante que os professores desempenham na sala de aula. Muitos até se disponibilizam a criar atividades dinâmicas para enriquecer ainda mais essas contações de histórias. Eles vivenciam a realidade dos professores no dia a dia, entendendo como é orientar um grande número de crianças, interagir com elas e o desafio de ser criativo, envolvente e, acima de tudo, transmitir a mensagem que a história deseja comunicar”, destaca a coordenadora.
Anna Sampaio ressalta que as
crianças quanto os próprios pais têm grandes expectativas em relação à participação das famílias. “Há muita expectativa para o dia em que os pais vão à escola. Além disso, a criança cria memórias ao ver seus pais contando histórias não apenas para ela, mas também para seus colegas.
Essa experiência de ter alguém que eles amam em seu ambiente escolar, vivenciando as mesmas rotinas, dinâmicas e experiências, com certeza marca positivamente essas crianças com esse projeto”, afirma.
A coordenadora orienta as famílias sobre a importância de contar histórias: “Quero incentivar as famílias a não contar apenas histórias literárias e infantis, mas também histórias de suas próprias vivências, de sua infância, para assim gerar momentos de qualidade! Temos falado muito sobre isso, sobre a importância de sermos intencionais nas ações com nossos filhos. Pais, dediquem tempo para se relacionar, invistam em momentos de qualidade na criação de seus filhos. Interajam com eles, porque com certeza isso renderá frutos”.
O diretor do Colégio La Salle Toledo, Irmão e Psicólogo André Muller, endossa esses propósitos. “O projeto é mais uma ação de corresponsabilidade no cuidado e educação de nossas crianças, mas, acima de tudo, é uma oportunidade única de construirmos memórias. Uma criança que acumula experiências positivas e prazerosas é uma criança mais segura e feliz. Certamente, ela terá mais facilidade para lidar com suas emoções, relacionamentos e conflitos. Os pais são bem-vindos no Colégio La Salle, pois não há educação verdadeira sem a participação e o comprometimento da família”, afirma.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (SEIL) atingiu a marca de 55% de execução do novo Contorno Oeste de Marechal Cândido Rondon. A obra, administrada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), prevê uma nova rodovia com seis quilômetros de extensão e dois novos viadutos, com investimento de R$ 20.840.776,18.
Os primeiros quatro quilômetros do contorno já estão pavimentados e a estrutura do novo viaduto no entroncamento com a BR-163 foi concluída. Os esforços agora se concentram no futuro viaduto com a PRC-467 e finalização do pavimento, que ainda será encaixado nestas duas novas obras de arte especiais. Atualmente está em implantação um desvio na PRC-467 para receber o tráfego de veículos da rodovia. Os serviços do viaduto serão iniciados na sequência.
“O Contorno Oeste de Marechal Cândido Rondon foi contratado em 2018, utilizando como base um projeto executivo que já não contemplava o desenvolvimento do município e
Obra promete condições de trafegabilidade e segurança para usuários aumento do tráfego de veículos nas rodovias de ligação. Por este motivo foi necessário atualizar os projetos dos viadutos, garantindo que atendam as demandas da região”, explica o diretor-geral do DER/PR, Fernando Furiatti. Ao ser concluído, o contorno
receberá a denominação PR-970 no Sistema Rodoviário Estadual.
A obra está incluída no Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes do Pa-raná, uma parceria da SEIL com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Com a participação de 450 mulheres, o Encontro das Lideranças Femininas Cooperativistas (Cooperlíder Feminino) realizado em maio, em Toledo, estimulou o protagonismo feminino, a diversidade e igualdade de gênero no setor cooperativista. Com a participação de representações femininas de 30 cooperativas do Paraná, o evento teve o Sicoob Meridional como cooperativa anfitriã do evento, numa organização do Sistema Ocepar, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR).
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, falou que uma das prioridades no planejamento estratégico é o incentivo à presença das mu-
lheres no cooperativismo paranaense. Para isso, são desenvolvidos projetos especiais de formação e qualificação, com investimentos contínuos, buscando preparar e ampliar o quadro de liderança feminina nas cooperativas. “A participação das mulheres também é importante para conscientizar e trazer
mais os jovens para o cooperativismo, porque elas trazem consigo sempre a integração com as famílias. O fortalecimento das cooperativas e sua perenidade estão fortemente associados à presença feminina e dos jovens”, ressaltou o dirigente.
A presidente do Sicoob Meridional e diretora da Ocepar, Solange Pinzon Martins, reforça que é preciso qualificar mais e trazer mais mulheres para o cooperativismo. “Despertar esse empreendedorismo, essa vontade de fazer acontecer, sair do seu papel culturalmente disseminado de dona de casa e mãe de família, mostrando a elas que é possível buscar outros objetivos, alcançar novos patamares”, observa.
O juiz Figueiredo Monteiro Neto, da 1ª Vara Criminal, e a juíza Vanessa D Arcângelo Ruiz Paracchini, da 2ª Vara Criminal, ambos da Comarca de Toledo, realizaram encontros com lideranças do Poder Executivo e do Poder Legislativo do Município de Toledo, para expor a realidade dos serviços judiciários prestados. Nesta exposição, informaram o acúmulo de processos em tramitação e a necessidade de apoio para que seja instalada mais um juizado. E conseguiram o apoio formalizado em maio último com aprovação de requerimento e envio do documento solicitando ao Tribunal de Justiça a implantação de mais uma vara criminal. No documento, sugerem a criação de um Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Vara de Crimes Contra Crianças, Adolescentes e Idosos.
Somente na 1ª Vara Criminal são cerca de 5 mil processos, entre as diversas competências, como Vara Criminal, Vara Plenária do Tribunal do Júri, Vara da Corregedoria dos Presídios e Vara dos Regimes Fechado e Semiaberto, dentre outros. Os processos legalmente prioritários atingem 60% do total.
Esse quantitativo exposto, perante o quadro pessoal disponível, acarreta problemas na prestação do atendimento jurisdicional, pois tem levado a inúmeras prescrições da pretensão punitiva. Em documento apresentado ao executivo e legislativo, destaca-se que dentre eles, tem sido afetados casos
sensíveis, de vítimas vulneráveis, como casos de violência doméstica, crimes contra crianças, crimes contra idosos, crimes contra o meio ambiente, “principalmente porque as penas para muitos destes crimes são pequenas e o prazo prescricional é reduzido”.
O documento aponta ainda que, pelo volume de processos, a pauta de audiências está dilatada em um ano e meio entre o saneamento do processo e a audiência de instrução e é comum que o prazo para a primeira sentença do processo chegue a quatro anos, mesmo com as inúmeras medidas adotadas para gerir a “delicada situação”.
A Itaipu Binacional definiu a tarifa de serviço de eletricidade para o exercício 2023. O valor de US$ 16,71/kW é 19,5% menor que o custo praticado em 2022, de US$ 20,75/kW. A definição ocorreu na reunião extraordinária do Conselho de Administração da Itaipu, no último dia 17 de abril.
Durante o encontro, os conselhei -
ros brasileiros e paraguaios entraram em consenso sobre o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse), ou seja, o custo para produção de energia da Itaipu. O Cuse leva em consideração, entre outros componentes, a dívida de construção da usina hidrelétrica, que foi quitada em 28 de fevereiro deste ano, com
Em reunião na Câmara de Vereadores, o juiz Figueiredo lembrou ainda as determinações legais relativas à preferências em processos, que abrangem desde a violência doméstica (Lei Maria da Penha), aos idosos (Estatuto do Idoso), menores (Estatuto da Criança e Adolescente), deficientes e ainda os crimes hediondos. “Enfim, são inúmeras as prioridades legais que devem ser implementadas em processos criminais, mas que, diante do volume de trabalho e dos poucos dias para realização de audiências” não têm sido atingidos os andamentos processuais prioritários em processos dessa natureza.
um pagamento total de US$ 63,5 bilhões.
A redução da tarifa de Itaipu deve beneficiar o consumidor de energia. No Brasil, esta tarifa é um dos componentes considerados para definição da Tarifa de Repasse, aplicada ao consumidor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Quando se fala em doação de sangue, algumas pessoas até pensam no gesto, mas não executam na prática. Muitas vezes, a doação acontece porque algum familiar ou amigo sofreu um acidente de trânsito, passou por uma cirurgia mais delicada ou está em tratamento de determinada doença.
As cidades se mobilizam em busca dos doadores de sangue. Na Região de Toledo, municípios que compõem a 20ª Regional de Saúde contam com uma estrutura muito bem equipada e com profissionais qualificados para oferecer uma boa acolhida e conforto aos doadores. É a Unidade de Coleta e Transfusão (UCT), também conhecida popularmente por banco de sangue, mantida com recursos públicos do governo do Estado.
É por isso que a celebração do Dia Internacional do Doador de Sangue, em 14 de junho, tem um único objetivo: esclarecer dúvidas e estimular que mais pessoas tomem esta atitude que se traduz em amor ao próximo. Aliás, a doação de sangue tem essa característica bem peculiar, pois ela acontece independentemente do doador conhecer ou não o destinatário.
Ao se tornar um doador de sangue, você estará fornecendo um recurso
Você pode estar se perguntando se pode ser um doador de sangue. A maioria das pessoas saudáveis, entre 16 e 69 anos, dentro dos critérios de peso e saúde estabelecidos pelos órgãos reguladores, são potenciais doadores. As restrições são mínimas e visam garantir a segurança tanto para você quanto para o receptor do sangue. Além do impacto positivo que sua doação terá na vida de outras pessoas, existem também benefícios pessoais em se tornar um doador de sangue regular. Mas a principal delas
Gesto da doação traz benefícios para a saúde individual e coletiva gue passa pelo chamado processo de fracionamento, por meio do qual são separados os hemocomponentes (plasma, hemácias, plaquetas e crio) que atendem a diferentes necessidades. Portanto, cada gota de sangue doado é um gesto de generosidade e compaixão.
vital que não pode ser fabricado. Seu sangue será testado, processado e disponibilizado para aqueles que precisam, sejam pacientes com câncer, vítimas de acidentes graves, pessoas submetidas a cirurgias ou mulheres em trabalho de parto complicado. Sua doação fará a diferença entre a esperança e o desespero para essas pessoas e suas famílias.
Uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas. Isso porque, depois de coletado, o san-
é a sensação de gratidão e satisfação ao saber que você está salvando vidas é algo verdadeiramente gratificante. Então, que tal dar o primeiro passo hoje? Para doar sangue é preciso:
- Estar em boas condições de saúde
- Pesar no mínimo 51 kg
- Estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
- Apresentar documento oficial com foto
Por isso, fica o convite para que você pense mais um pouquinho a respeito da doação de sangue, um ato simples, seguro e que pode ter um impacto significativo na vida de outras pessoas. Muitos bancos de sangue enfrentam uma constante escassez de estoque, tornando-se uma corrida contra o tempo para fornecer o sangue necessário para salvar vidas.
Associado há mais de 30 anos da Sicredi Progresso PR/SP, Alcir Emidio Viviani, morador de Vila Nova Videira em Toledo/PR, recebeu seu prêmio do Seguro de Vida. Ele foi contemplado com o valor de R$ 16 mil e comemorou a conquista na agência Sicredi do Jardim Coopagro.
Alcir recebeu um cheque simbólico dos colaboradores da agência e esteve acompanhado da esposa e filho. A entrega também contou com a presença do Presidente da Cooperativa, Cirio Kunzler e colaboradores da Icatu Seguros.
O associado disse estar muito feliz com o valor recebido e que ficou surpreso. “Fui chamado na agência, mas não sabia o que queriam comigo e agora saio daqui com meu prêmio. Sou associado há muitos anos do Sicredi e tenho orgulho disso, vou aproveitar o valor que recebi”.
O Presidente, Cirio Kunzler, reforçou o compromisso da Cooperativa em atender aos associados. “Nosso seguro de vida é mais do que um serviço ofertado, ele permite ao associado ter segurança em diversos aspectos e ainda a concorrer a prêmios. É uma alegria para nós participar dessas entregas e ver o quanto o Sicredi faz a diferença na vida das pessoas como exemplo a do senhor Alcir”.
Inserido no portfólio de mais de 300 produtos e serviços que o Sicredi oferece, o seguro de vida é sinônimo de proteção e tranquilidade para o associado e sua família, caso imprevistos aconteçam.
No Sicredi é possível fazer seguros: Residencial, empresarial, auto, vida, seguro-viagem, rural (máquinas e propriedade) e agrícola (grãos); RC Médico, RC dentista; Náutico (embarcações), entre outros.
Os seguros de vida são oferecidos pelo Sicredi em parceria com a Icatu e Mapfre Seguros, que realizam sorteios mensais – pela Loteria Federal - entre os associados que contratam os serviços. O prêmio pode chegar até R$ 100 mil reais.
Com 41 anos de atuação a Sicredi Progresso PR/SP está presente na vida de mais de 64 mil associados. Tem uma história construída na essência da cooperação e possui 22 agências. Destas, 14 estão no Paraná e outras 8 em São Paulo. Seu capital humano conta com mais de 370 colaboradores focados nos valores do cooperativismo e na oferta de produtos e serviços financeiros adequados aos associados, de um jeito simples e próximo. A Sicredi Progresso integra o sistema Sicredi que está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.
Chamado de “combustível do futuro”, o hidrogênio verde começa a ganhar espaço na Região Oeste do Paraná, apontada por pesquisadores e investidores como uma região de grande po-tencial de produção e também de fonte de matéria prima. Vários países têm identificado que o hidrogênio apresenta possibilidades de uso nos transportes, geração de calor, refinarias de die-sel e gasolina, produção de amônia que é usada para produção de fertilizantes, entre outras formas de energia. Cidades da região começam a se conectar no debate, muito embora ainda estejam em projetos distintos.
Grupos de investidores estrangeiros formalizam parcerias com cooperativas de suinocultores para o aproveitamento do biogás e biometano como forma de produção do hidrogênio verde, com possibilidades de exportação do produto. Para isso, pecuaristas de Toledo, Nova Santa Rosa e, mais recentemente, de Quatro Pontes estão ingressando no Programa Oeste Sustentável e Saneamento Rural que tem como meta construir uma solução tecnológica de grande escala para tratar e transformar os passivos das atividades do campo. A meta é que os pecuaristas sejam fornecedores da matéria prima necessária para funcionar as centrais que farão o processamento do produto final.
Já em Palotina, o professor Dr. Helton Alves, ex-diretor do campus da Universidade Federal do Paraná e que
atualmente coordena o Laboratório de Materiais e Energias Renováveis, obteve a aprovação da proposta de pesquisa em hidrogênio verde por meio do Programa iH2 Brasil, uma parceria entre os governos do Brasil e da Alemanha. Um dos campos de pesquisas que são possí-veis no momento é aproveitar o potencial da eletrólise para separar hidrogênio e oxigênio. O campo de pesquisa por meio dessa rota é vasto e a Região Oeste tem capacidade de fornecer material necessário que esse processo seja renovável e por isso o hidrogênio passa a ser chama-do de verde, pois não precisará do gás natural (não renovável) para ser produzido.
Por sua vez, o Governo do Estado estimula o desenvolvimento dessa cadeia de produção com a criação do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI-H2), que recebe um aporte de R$ 3 mi-lhões para impulso às atividades de pesquisa. A iniciativa
envolve a Fundação Araucária e a Uni-versidade Federal do Paraná, que já tem trabalhos importantes sobre o tema. O objetivo geral do NAPI-H2 é estruturar a criação de uma rede de pesquisa e inovação na área do hidrogênio renovável de baixo carbono no Paraná, buscando articular ações que envolvam instituições pú-blicas e privadas, de forma a impulsionar, principalmente, o desenvolvimento de tecnologias, a oferta de serviços, e a formação de recursos humanos especializados.
Durante o anúncio do aporte de recursos foi informado que a demanda para o fertilizante verde – produto obtido a partir do gás de síntese baseado no H2 –, 80% do mercado doméstico de fertilizantes depende de importação, que chegou a cerca de 9 milhões de toneladas anuais, uma demanda que, do ponto de vista dos fertilizantes nitrogenados importados, dobrou entre os anos de 2008 a 2018.
Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia indicam que, nos últimos cinco anos, profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) afastaram pelo menos 1,3 milhão de brasileiros do risco de cegueira por glaucoma. A doença é a maior causa evitável de cegueira no mundo. De acordo com a entidade, entre 2019 e 2022, tratamentos clínicos e cirúrgicos contra a doença beneficiaram, em média, 289 mil pacientes de todas as regiões brasileiras anualmente.
“Além dos tratamentos clínicos, pacientes com glaucoma, com maior comprometimento, também puderam recorrer a diferentes tipos de cirurgia por meio do SUS na tentativa de frear o avanço da doença. No período analisado, a cada dia, 45 pessoas que lutam contra o glaucoma reduziram o risco da cegueira dessa forma”, destacou o conselho. Os dados mostram ainda que o SUS registra um total de 68.250 cirurgias para glaucoma. Em 2022, foram 19.592 intervenções, quase 20% a mais do que foi realizado em 2021. Já em 2020, ponto alto da emergência em razão da pandemia de covid-19, o volume de procedimentos desse tipo caiu 25% em relação ao ano anterior.
Segundo o Conselho, o glaucoma surge em consequência do aumento da pressão intraocular, que gera perda da visão pela destruição gradativa do nervo óptico, estrutura que conduz as imagens da retina ao cérebro. “A depender do quadro do paciente, as intervenções clínicas e ou cirúrgicas podem suspender
a progressão da doença, mas não são capazes de recuperar a parcela da visão já comprometida”.
Dentre os fatores de risco, o Ministério da Saúde apontou em 2018 que com relação à história familiar, estudos revelaram que basta um caso familiar de glaucoma para aumentar significativamente a chance de o indivíduo desenvolver a doença. Segundo o Rotterdam Eye Study, a chance de um indivíduo com irmão com glaucoma desenvolver a doença é 9,2 vezes maior do que a população geral. A maioria dos casos não está vinculada a fatores relacionados aos genes, o que sugere que o dano glaucomatoso é multifatorial. Enxaqueca e vasoespasmo periférico foram consistentemente relacionados como fatores de risco, ao passo que outras doenças vasculares (por exemplo, hipertensão arterial sistêmica) não tiveram associação confirmada. Estudos estimam que de 1 a 2% da população mundial convivem com o glaucoma. As projeções indicam
que 111,8 milhões de pessoas podem sofrer com a doença até 2040 em todo o mundo.
Todo diagnóstico deve ser feito por um médico especialista em oftalmologia. Em geral, a doença pode se desenvolver durante meses ou anos sem apresentar nenhum sintoma. “Os sintomas só aparecem na fase mais avançada, quando a pessoa começa a esbarrar nas coisas, pois está perdendo a visão periférica (vê bem o que está na sua frente, mas não enxerga o que está dos lados)”, segundo consta na Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde. A idade pode ser considerada um fator de risco, especialmente para pessoas com mais de 40 anos e pessoas com alto grau de miopia. Quem também convive com diabetes também precisa passar por exames de rotina.
A conjuntivite bacteriana é uma infecção na conjuntiva, pele que reveste a parte da frente do globo ocular. A conjuntivite de origem bacteriana é a segunda causa infecciosa da doença e é prevalente em crianças. Estima-se que metade dos casos pediátricos de conjuntivite tem origem bacteriana.
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra geral e especialista em estrabismo, a conjuntivite bacteriana em crianças é causada principalmente pelas bactérias Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e Streptococcus pneumoniae
“Esses micro-organismos podem causar doenças como pneumonia, meningite, amidalites e a conjuntivite. Como a imunidade nas crianças é menor, mesmo com as vacinas contra esses agentes o risco de contrair uma conjuntivite bacteriana é maior nessa população. Mas a doença pode afetar qualquer pessoa, principalmente pessoas imunodeprimidas”, salienta.
Conjuntivite bacteriana tem sintomas diferentes das demais formas. Apesar da vermelhidão ocular ser o sintoma mais conhecido de todas as formas de conjuntivite, na forma bacteriana há uma manifestação bem característica: a secreção é purulenta ou mucopurulenta, de cor amarelada e produção abundante.
“O pus é uma secreção característica de uma infecção por bactérias. Isso ajuda o médico a diferenciar o tipo de agenda causador da conjuntivite. É muito importante distinguir clinicamente uma conjuntivite bacteriana das outras formas da doença. Isso ajuda a direcionar o tratamento e evitar a administração desnecessária de antibióticos”, comenta Dra.
Marcela.
Muita gente ainda se pergunta: “Conjuntivite bacteriana é contagiosa”? A oftalmopediatra afirma que sim, a conjuntivite bacteriana é contagiosa. Portanto, durante o curso da doença a recomendação é o afastamento da criança da escola e de outras atividades. Isso vale para os adultos.
No dia a dia há algumas estratégias que podem prevenir a contaminação, e o que é melhor: apenas seguir alguns hábitos como, por exemplo, manter as mãos sempre higienizadas e orientar a criança a não colocar as mãos nos olhos. Nos dias mais frios, tente evitar ambientes fechados, pois a falta de circulação de ar aumenta o risco de contaminação por diversos vírus e bactérias.
Contudo, se o contato tenha sido inevitável e a criança já estiver com conjuntivite bacteriana, é importante seguir alguns passos, tais como evitar compartilhamento dos itens
de uso pessoal. E, mais uma vez: a criança não deve frequentar a escola, centro de educação infantil e outros locais durante o período de isolamento recomendado pelo médico, bem como neste período os pais devem cuidar para manter os olhos limpos das crianças, removendo a secreção gentilmente com água morna e gaze.
O tratamento da conjuntivite bacteriana é feito por meio de colírios antibióticos. Por isso, é necessário consultar o médico oftalmologista, pois somente ele é capaz do diagnóstico preciso e a prescrição do tratamento. Aliás, o tratamento é importante para reduzir a transmissão, melhorar os sintomas e permitir que o paciente retorne o quanto antes às suas atividades rotineiras. Em geral, a pessoa pode retomar sua rotina em cerca de sete dias após o início do tratamento.
Voluntárias na produção de xarope da Pastoral da Criança, na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes.
Roseni Romão da Silva e Ademir Francisco da Silva, da Capela São José Operário – Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo), comemoraram 30 anos de casados (17/04), e recebem homenagem dos familiares e amigos
os leigos dispostos a se dedicar na missão de evangelizar por meio do carisma franciscano. A cerimônia foi realizada no dia de Nossa Senhora de Fátima, padroeira do Seminário dos Frades Menores Missionários, de Toledo
Em comemoração ao Dia do Trabalho, Pe. Laudemir da Rocha celebrou a eucaristia na Igreja São Francisco de Assis (Toledo) com o rito de bênção das carteiras de trabalho realizado no último dia 3/05 – Fotos: Juan Matoso
Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia (Toledo): a madrinha Maristela Vendramini e a nova ritiana Renata Bitiati Bianchini Friedrich
Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia (Toledo): nova ritiana Luciana Peres Goelzer com a madrinha Marilu Giaretta
Devotos participam da celebração de Santa Rita de Cássia, no Seminário Santa Mônica, em Toledo
Participação de devotas de Santa Rita de Cássia na celebração realizada no Seminário Santa Mônica, em Toledo
Representação de Nossa Senhora de Fátima e dos três pastorzinhos organizada para a celebração na celebração da Padroeira em Maripá – Foto: Sandra Moreira
Equipe de cantos que animou a celebração da Padroeira da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Toledo
Vandrei Manfrin, coordenador da Equipe de Administração e Economia, com Pe. Pierre na Procissão de São Vicente Palotti, em Palotina
Casal Marcos e Raquel Schoenardie com a filha Natália na missa da Padroeira da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Toledo
As comunidades que compõem a Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) viveram um momento especial de renovação do mandato dos seus Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC). Este é um testemunho que os leigos oferecem para que mais pessoas se sintam convidadas ao serviço na Igreja
O Grupo de Jovens JUC, da Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste), chegou nesta 7ª edição do retiro “Eu escolho Deus”, contando com 40 participantes que tiveram um fim de semana recheado de palestras, dinâmicas, teatros, conversas e atividades que os levaram à reflexão sobre vários aspectos da vida. A realização desse retiro só foi possível graças a um grande número de voluntários que mostraram força de vontade enorme para oferecer esse momento único e experiência maravilhosa para os jovens nos dias 29 e 30 de abril último. “Nós do Grupo JUC agradecemos a cada um dos envolvidos, aos jovens e à comunidade pelo apoio”, destacam.
A Paróquia Sagrada Família, de Dez de Maio (Toledo), promoveu mais uma edição da Festa da Colheita, atividade inserida no calendário paroquial para celebrar os dons recebidos da parte de Deus na forma das produções alcançadas no período de safra. Foi um momento para reunir a comunidade em oração e em confraternização.
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Grupo de participantes do Movimento Mães que Oram pelos Filhos nas comemorações do 4º aniversário do Movimento na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Terra Roxa
Neyva, Vera, Marina, Azenilda e Ivonete, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa) em direção ao encontro nacional das Mães que Oram pelos Filhos (20 a 23/04)
Neyva Martini, Pe. Milton Munaro e Edineia Vasconcelos, nova coordenadora paroquial do Movimento Mães que Oram pelos Filhos em Terra Roxa
Coordenadoras Carla (estadual de Metodologia), Zenilde (diocesana de União da Vitória), Neyva Martini (diocesana de Toledo), Eliane (da Arquidiocese de Maringá), Keli (estadual de Comunicação e Mídia) e Tânia (estadual do serviço Virtual Filhos) no encontro nacional das Mães que Oram pelos Filhos (20 a 23/04) com o tema “Ide Evangelizai”
Ana Maria e Edmilson Eduardo da Silva, da Paróquia Menino Deus (Toledo), celebraram 28 anos de casados (13/05). Na foto com o Frei Gabriel, após a missa da Padroeira do Seminário Nossa Senhora de Fátima, de Toledo
Neyva Martini, coordenadora diocesana, com a Catarina, participante do Movimento Mães que Oram pelos Filhos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa) em evento nacional do Movimento (20 a 23/04)
Fazendo parte do itinerário catequético, crianças da Capela Nossa Senhora do Rocio, de Concórdia do Oeste, participaram do rito em que receberam de seus pais a Bíblia
Homenagem pelo Dia das Mães prestada pelas crianças e adolescentes em celebração eucarística na Igreja São Francisco de Assis (Toledo)
No dia 13 de maio, coroinhas e catequizandos da Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) participaram da Adoração e Coroação a Nossa Senhora de Fátima
Pe. Marcos Denck da Silva, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia (Toledo), e vigário judicial do Tribunal Diocesano, comemora 20 anos de sua ordenação neste dia 21/06
(30/06)
Parabéns ao Pe. Nelton Hemkemeier, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra), e assessor diocesano da Pastoral Familiar, que neste dia 12/06 chega aos 24 anos de sua ordenação sacerdotal
O pároco da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo), Pe. Mauro Cassimiro, recebe cumprimentos pelos 21 anos de sua ordenação (29/06)
Neste dia 17/06, o pároco da Paróquia Menino Deus (Toledo), ecônomo da Diocese e assessor eclesiástico da Escola de Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC), Pe. Geraldo Marino Ferreira, comemora o 23º aniversário de sua ordenação presbiteral
Felicidades ao Pe. Laudemir da Rocha, pároco da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo), que neste dia 30/06 comemora o 22º aniversário de sua ordenação
Encerra neste mês de junho, a campanha de atualização cadastral do rebanho paranaense. A atualização é obrigatória e deve ser feita por todos os pecuaristas, os quais precisam informar à Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) todo o rebanho que possuam em suas propriedades rurais. Nos primeiros 11 dias da Campanha, completaram-se 13,9% da estimativa de animais do Estado declarados na Adapar. O período começou em 1º de maio.
A obrigatoriedade da declaração do quantitativo de animais nas propriedades é para todos os produtores rurais. Se
não fizerem a declaração até dia 30 deste mês de junho, o transporte dos animais não declarados ficará proibido, visto a impossibilidade de se retirar a Guia de Trânsito Animal (GTA), e o produtor poderá receber as punições previstas em lei.
A atualização é fundamental para que a vigilância sanitária animal do Paraná saiba onde estão os animais e como eles se movimentam no Estado, ajudando a garantir a condição de área livre de febre aftosa sem vacinação. O Estado optou por não impor custo ao produtor com a colocação de brinco para identificar cada animal, mas faz a exigência de que uma vez ao ano os produtores declarem seus rebanhos.
A atualização é exigida para todas as espécies de animais de
produção existentes na propriedade, sejam eles bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda.
Os produtores podem fazer a declaração de forma on-line pelo site da Adapar, em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento das prefeituras ou por meio do aplicativo Paraná Agro.
Segundo balanço parcial, dos 20 municípios que compõem a área de abrangência do Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) de Toledo, o município-sede está em 6ª posição entre aqueles que já efetivaram a declaração. O primeiro é Palotina, com praticamente a metade do rebanho já informado junto à Adapar. O último no ranking é São José das Palmeiras, com apenas 23,81% dos estabelecimentos com exploração pecuária já declarados.
A carne de frango é uma opção popular entre os brasileiros, principalmente pela sua versatilidade no preparo, mas é claro, pelo sabor que cada um acrescenta na culinária regional. Frango ao molho, frango com polenta, assado no espeto ou marinado. Esse tipo de proteína é de preço mais acessível em comparação com outras carnes, como a bovina, a suína ou de peixe. Mas para chegar ao consumidor, a produção de frango de corte exige muita atenção dos criadores.
Cada vez mais especializada e tecnológica, a avicultura incorpora técnicas como a seleção genética, a nutrição específica para cada fase do desenvolvimento das aves, o controle de temperatura e umidade dos ambientes de criação, entre outras. Independente das estações do ano, o desafio nos 365 dias é o controle do ambiente, que inclui a temperatura, nos galpões de produção onde estão as aves. Desde a chegada dos pintinhos, o ambiente precisa estar devidamente climatizado, com temperatura média que gira em torno de 35 graus. O controle de temperatura segue conforme o porte das aves e constantemente precisa ser equilibrado, observando inclusive as condições climáticas.
Para isso ser possível, avicultores realizam investimentos maciços em automação e sensores. O custo de sensores na avicultura pode variar bastante, dependendo do tipo de sensor e do fornecedor escolhido. Sensores são dispositivos que coletam informações sobre o ambiente e/ou sobre os animais, permitindo monitorar diversos aspectos da produção avícola, como temperatura, umidade, qualidade do ar, consumo de água e ração, atividade dos animais, entre outros. A implementação
de sistemas automatizados pode envolver gastos com equipamentos, softwares, mão de obra especializada, infraestrutura e manutenção. Isso mostra que a avicultura comercial está num patamar dos mais elevados de produção, com alto nível de profissionalismo envolvido nas granjas. Tais investimentos justificam o posicionamento da avicultura comercial no Brasil. A produção da carne de frango é uma atividade econômica das mais importantes para o País, especialmente na Região Sul brasileira, sendo grande geradora de empregos. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o País produz 14,5 milhões de toneladas de carne de frango e exporta quase 5 milhões de toneladas. A mesma entidade pesquisou que a carne de frango está em 98% dos lares brasileiros e que 54% dos entrevistados consomem esse tipo de proteína ao menos três vezes na semana.
Toledo, Marechal Cândido Rondon e Palotina despontam na produção de carne de frango, com um abate de animais em grande quantidade para o abastecimento do mercado doméstico, mas também atendendo as exportações.
A Tuicial Indústria Gráfica e a Greenfarm CO2 Free anunciaram uma parceria para promover práticas comerciais mais sustentáveis. A Tuicial é uma empresa comprometida com a sustentabilidade, enquanto a
Greenfarm oferece soluções de carbono neutro. Juntas, elas trabalharão para neutralizar as emissões de carbono da Tuicial e explorar oportunidades para reduzir ainda mais sua pegada de carbono.
No dia 21 de junho, celebramos a memória de São Luiz Gonzaga. Assim, iluminada pela Palavra, dedico-me a escrever sobre este admirável santo, padroeiro da comunidade que participo, em Pato Bragado - PR.
São Luiz Gonzaga, nascido em 1568 em uma nobre família italiana, demonstra como o amor divino é transformador. Herdeiro de grandes riquezas, renunciou ao direito de principado, tornou-se religioso aos 14 anos, e dedicou-se incansavelmente aos cuidados dos doentes, sobretudo durante uma epidemia que atingiu Roma. Após contrair a peste, São Luiz morreu em 1591, com apenas 23 anos de idade.
Ao conhecer a história de vida de São Luiz Gonzaga, considerado mártir da caridade, e também padroeiro dos jovens e dos estudantes, ficamos tocados pela sua pureza de vida. Sua humildade mostra-nos o ponto de partida para aderir à fé, e assim também nós como fiéis podemos
trilhar esse caminho, pois fazer o bem, viver a vida de oração e de caridade são significativos quando
No Dia dos Namorados, vemos tantos jovens que têm a oportunidade aberta para a união sagrada. Uma vocação linda ao Matrimônio que nasce de corações dispostos a se encontrar e reconhecer o amor de Deus.
O tempo do namoro é uma celebração abençoada que tem como guia a Luz divina. Ela fortalece os laços, conduz ao caminho de passos firmes na fé. Sendo o amor dos jovens um reflexo do amor de Deus, é o próprio Cristo que está presente em seu meio, sendo sustento para esta jornada. Pelos ensinamentos de Jesus, os namorados encontram a direção certa para uma vivência pura deste amor e reúnem as condições para ler a realidade que os cerca, interpretando cada vitória ou desafio como alicerces
no relacionamento.
Ao altar da vida, Deus os convida pelas palavras de amor, no cuidado e perdão para que se fortaleçam nesta unidade para a qual se abrem. Que seja uma vocação feliz, um testemunho de esperança e gratidão ao Senhor!
Solange Aparecida Andrade
Paróquia Sagrada Família - Toledo (PR)
acompanhados de um único desejo: fazer por amor e fé.
Nesse sentido, São Luiz Gonzaga mostra-nos que a verdadeira vocação dos jovens está na entrega total de si a Jesus Cristo, de um coração livre e maduro para as exigências do amor verdadeiro. Aproveitando que estamos vivenciando o 3º Ano Vocacional, peçamos ao Senhor que conceda a todos os jovens, a graça de descobrir sua missão na Igreja, para que, a exemplo de São Luiz Gonzaga, possamos viver a juventude em amor à Deus e a todos que necessitam, e assim sejamos capazes de nos dedicar com grande fervor ao Teu chamado para a nossa vida. Amém!
São Luiz Gonzaga, rogai por nós!
Isabel C. da Silva
Coordenadora da Pastoral dos Coroinhas e Acólitos, Catequista e Ministra Auxiliar da Comunidade da Paróquia São Luiz Gonzaga - Pato Bragado/PR
Aponte a câmera do seu celular!