Correio da Trofa nº 56

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Nº 56 . 5 NOVEMBRO 2015 . ANO 3 . Quinzenal Director Miguel Ângelo Pinto . Editor Comunicatessen www.correiodatrofa.pt 0,25€

Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro abrem dia 19

Inauguração da obra lançada em 2007 vai terá lugar no Dia do Município. Conheça todos os pormenores. Pág. 4

Metro na Trofa os números e as reações

Págs. 6 e 7

Especial Muro

Carlos Martins acredita na chegada do Metro à freguesia Pág. 10 POSTER NO INTERIOR Pág. 8 e 9

RallySpirit: Lendas do desporto na Vila do Coronado

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OPINIÃO

Maria Emília Cardoso Professora

A Direita «má» e a Esquerda «boa» Durante a realização dos Estados Gerais de 1789, em plena Revolução Francesa, os nobres sentaram-se à direita do rei e o Povo sentou-se à sua esquerda. Este ato arbitrário serviu para definir, de uma forma muito simplista e generalizada, que as pessoas são de «direita» quando defendem um estado liberal, a eficácia económica e a propriedade privada e de «esquerda» as pessoas que defendem um estado intervencionista e providencial. Também há quem associe os termos moderado e conservador à «Direita» e os termos radical e revolucionário à «Esquerda». Até aqui, nada de extraordinário e que nós não saibamos. Mas o que me causa estranheza é a conotação negativa que se faz quando nos referimos a pessoas que se assumem de direita. Até o tom com

que é pronunciada, na comunicação social, a palavra «Direita», parece transformar todos aqueles que se posicionam nesse espetro político em monstros devoradores de crianças e velhinhos, sem qualquer compaixão humana. Em contrapartida, ser de «esquerda» é ser modernaço, progressista, solidário… No entanto, qualquer conhecedor mediano da História da humanidade sabe que nada desses juízos de valor têm a sua correspondência naquilo que foram e são as práticas dos mais variados governos colocados à direita ou à esquerda. E para comprovar as minhas afirmações, basta fazermos uma pequena reflexão sobre cada uma das questões que passo a colocar: - A violência é uma caraterística só dos governos de direita?

- O pacifismo é uma qualidade só da esquerda? - A corrupção é uma caraterística só de governos de direita? - A Honestidade é uma caraterística só dos governos de esquerda? - A Ditadura é somente de Direita? Para responder a estas questões basta recuarmos aos governos de Estaline na URSS, de Mao Tsé Tung, na China, de Fidel Castro, em Cuba e aos atuais Nicolás Maduro, na Venezuela, José Eduardo dos Santos, em Angola ou Kim Jong- un, na Coreia do Norte, para, com muita facilidade, verificarmos que governos de direita e de esquerda não se distinguem quando se trata de ser autoritário, violento e corrupto. O que distingue um bom de um mau governo, uma boa de uma má ideologia, são as suas práticas políticas e não

os seus princípios teóricos. Acrescento, ainda, que o facto de ser da Direita ou da Esquerda é algo relativo e não permanente, uma vez que um partido pode estar de um lado, num determinado momento e de outro numa outra circunstância, agindo conforme um jogo de interesses. Temos o exemplo da Grécia e da sua Coligação de Esquerda Radical ‒ SYRIZA. Quando a rainha Isabel II foi acusada e crucificada pelos media porque encontraram uma foto dela a fazer a saudação nazi, no tempo da 2ª Guerra Mundial, eu fiquei a pensar que se a tivessem encontrado com um punho erguido, a fazer a saudação comunista, certamente que a teriam elevado à categoria de heroína das classes trabalhadoras e do movimento operário internacional, como se, na mesma altura, Estaline não ti-

vesse dizimado mais pessoas do que o próprio Hitler, e não se tivesse tornado no maior facínora da História o que nos leva a concluir que não há ditadores bons ou maus, nem ditaduras boas ou más. Ditadores e ditaduras são sempre condenáveis, venham de que quadrante político vierem.

Acrescento, ainda, que o facto de ser da Direita ou da Esquerda é algo relativo e não permanente, uma vez que um partido pode estar de um lado, num determinado momento e de outro numa outra circunstância

José António Barbosa

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Dr. Bernardino Vasconcelos Em Setembro houve, na Trofa, um dia triste. Esse dia triste foi o dia das cerimónias fúnebres do Dr. Bernardino Vasconcelos. Era uma pessoa afável e simpática. Foi um prestigiado médico pediatra, exerceu funções de director no Hospital de Santo Tirso, tendo entre 1998 e 2009 presidido aos destinos da Câmara Municipal da Trofa, em representação do PSD. Foi, entre 1995 e 1998, também deputado na Assembleia da República e o seu primeiro cargo político foi o de secretário da Mesa da Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado entre 1989 e 1991. Esteve, desde a estaca zero, na fundação do Município da Trofa. Um Concelho muito deficitário

porque foi ao longo de muitos anos o parente pobre de Santo Tirso. O Dr. Bernardino Vasconcelos foi peça importante na construção de um concelho novo, num novo concelho onde se criaram diversas infra-estruturas ao nível da rede escolar, desportiva e social. As suas maiores preocupações foram sempre a educação, o desporto, a acção social e sobretudo as pessoas, colocando sempre as preocupações dos trofenses em primeiro lugar. Não fez tudo bem feito, mas fez muito pela Trofa. O Dr. Bernardino Vasconcelos era uma pessoa que pensava pela própria cabeça, e como dizia Jorge Amado Pensar pela própria cabeça custa caro, preço alto. Quem se de-

cidir a fazê-lo será alvo do patrulhamento feroz das ideologias, as de direita e as de esquerda e as volúveis: há de tudo e todas implacáveis. Ver-se-á acusado, xingado, caluniado, renegado, posto no pelourinho, crucificado. Ainda assim vale a pena, seja qual for o pagamento, será barato: a liberdade de pensar pela própria cabeça não tem preço que a pague. É nosso dever de tornar público este reconhecimento ao Dr. Bernardino Vasconcelos que muito nos honra e orgulha e justifica-se, porque o povo que tem orgulho no seu passado e nos seus antepassados merece ter o futuro. Nós queremos ter o merecimento do futuro que nos está pela frente. Paz à sua Alma!

“Pensar pela própria cabeça custa caro, preço alto. Quem se decidir a fazê-lo será alvo do patrulhamento feroz das ideologias, as de direita e as de esquerda e as volúveis: há de tudo e todas implacáveis. Verse-á acusado, xingado, caluniado, renegado, posto no pelourinho, crucificado. Ainda assim vale a pena, seja qual for o pagamento, será barato: a liberdade de pensar pela própria cabeça não tem preço que a pague. ”


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notícias

Dívida da autarquia já baixou 15 milhões de euros Orçamento para 2016 ascende a cerca de 34,8 milhões de euros. As funções sociais e económicas são as que levam a maior fatia do bolo financeiro disponível. Miguel Ângelo Pinto geral@correiodatrofa.pt

A Câmara da Trofa reduziu a dívida em 15 milhões de euros, um resultado alcançado nos últimos dois anos, fruto de uma política de contenção financeira, necessária para fazer face à precária situação encontrada. Se no ano anterior, a poupança se tinha cifrado nos oito milhões de euros, no último exercício a queda foi de sete milhões de euros, um resultado alcançado através da renegociação com fornecedores, redução de despesas com pessoal (cerca de 700 mil euros), corte de um terço nas rendas pagas pelo município e cortes na despesa corrente primária e em algumas iniciativas levadas a cabo pela autarquia. Em declarações ao Correio da Trofa, Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, adiantou que esta política tem permitido ao município respirar melhor e olhar para os desafios futuros com maior confiança. Estes dados foram revelados aquando da aprovação do orçamento da autarquia para 2016, que se cifra em aproximadamente 34,8

milhões de euros, um corte de 1,2 milhões de euros em relação a 2015. O valor global dos orçamentos municipais tem vindo a diminuir, especialmente de 2013 para 2014 e de 2014 para 2015, com uma redução de 29,1 milhões e 11,9 milhões. Refira-se que em 2012, o orçamento da

Câmara da Trofa era de 80 milhões de euros, contra os cerca de 20 milhões de euros em receitas disponíveis. Não obstante esta diminuição, o orçamento prevê a continuação do investimento, designadamente em áreas como o apoio social, que aumenta a sua dotação, ou

a educação. O valor do investimento municipal para o ano de 2016 totaliza cerca de 12,5 milhões de euros, com as funções sociais e económicas a terem o maior peso, 62% e 30% respectivamente. Para área social, o investimento previsto em 2016 ascende a 7,76 milhões de euros,

enquanto que a área económica tem uma fatia de aproximadamente 3,7 milhões. Estes valores constituem uma almofada fundamental para o apoio às famílias, ainda a viverem sob um ambiente económico adverso. No que diz respeito a obras no terreno, este orçamento prevê a continuação da política que vem sendo seguida pelo executivo, designadamente no que concerne às obras de maior proximidade junto das comunidades, com especial relevo para as intervenções na rede viária municipal, não só através da reparação de pavimentos e passeios, mas também ao nível da reorganização do trânsito. Está ainda prevista a instalação de um parque infantil em cada uma das oito freguesias do concelho da Trofa, retomando a distribuição geográfica anterior à organização administrativa que ditou a existência de apenas cinco freguesias. Outra grande obra que poderá arrancar proximamente, é a reconversão do canal da antiga estação ferroviária, uma obra orçada em 2,8 milhões de euros e que deverá proporcionar uma nova centralidade à cidade da Trofa, Esta empreitada está, no entanto, dependente da aprovação de uma candidatura a fundos comunitários.

Empresas da Trofa marcam presença na FINDE.UP 2015 A primeira edição da Feira Internacional de Emprego da Universidade do Porto encheu o Centro de Congressos da Exponor, com jovens estudantes à procura de uma oportunidade no mercado de trabalho. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt Várias empresas do concelho da Trofa estiveram presentes na primeira edição da Finde.up2015, que decorreu nos dias 3 e 4 de Novembro, na Exponor. A presença destas entidades contou com o apoio da Câmara Municipal da Trofa e da Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA), e foram vários os jovens que passaram pelos respectivos expositores para tentar um primeiro contacto com o mundo do trabalho. A FINDE.UP trata-se de uma feira de emprego orientada para estu-

dantes da Universidade do Porto e as organizações empresariais que procuram recrutar profissionais qualificados. Como se percebe, o objectivo passa por fomentar o contacto entre o mundo empresarial e os jovens estudantes. A organização garante que este tipo de iniciativas é “vantajosa para que os universitários possam selecionar as empresas que mais se adequam às suas expectativas e ter a perceção da realidade do mercado de trabalho e os principais desafios”. Actualmente, Portugal é um dos países da União Europeia com maior taxa de desemprego jovem, com os números recentes a apontar para os 34,8%, face aos 16,6% da média europeia.


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Parques Nossa Senhora da Dores e Dr. Lima Carneiro inaugurados a 19 de Novembro Abertura dos novos espaços, que trazem à Trofa uma nova centralizada através da requalificação do espaço público, coincide com a celebração do dia do município. Miguel Ângelo Pinto geral@correiodatrofa.pt

Os parques de Nossa Senhora das Dores e dr. Lima Carneiro vão ser inaugurados no próximo dia 19 de Novembro, dia do município, concretizando-se assim um longo anseio de toda a comunidade trofense. Lançados ainda durante o consulado do falecido autarca Bernardino Vasconcelos, em 2007, os parques assumemse como um espaço de convívio e lazer para todos os munícipes, contando com diversas valências que permitirão não só a realiza-

ção de múltiplos eventos, mas também a prática desportiva e momentos de relaxe no meio do bulício citadino. Com uma área total de 6,75 hectares, os parques localizam-se no núcleo central da cidade da Trofa, proporcionando aos utilizadores wi-fi gratuito. A obra integra a regeneração urbana do centro da cidade da Trofa, requalificando os parques, incluindo o canal onde passou a Linha de Caminho de Ferro, que foi desviada no Verão de 2010, para a nova Variante Ferroviária, libertando, assim, aquele espaço para usufruto de todos os trofenses. Este projeto alargado assentou numa reestruturação

que engloba várias áreas, como a qualificação das diferentes infra-estruturas e equipamentos da zona com mobiliário urbano e equipamento estruturante, iluminação, rede de águas pluviais e drenagem. Esta requalificação compreendeu também o reordenamento viário na zona, nomeadamente o reperfilamento e repavimentação dos arruamentos adjacentes. Para além da Capela de Nossa Senhora das Dores, um marco das celebrações religiosas no concelho, os parques irão ainda disponibilizar um circuito fitness com aparelhos, para os amantes da prática desportiva, espaço para para mini-basket e street-basket,

circuitos pedestres e parque infantil A realização de espetáculos será outras das mais-valias deste novo equipamento. Uma concha acústica e um anfiteatro natural, assim como os tradicionais coretos, irão permitir momentos de animação diversificados, potenciando a oferta de lazer e dando palco ao que de melhor se faz no concelho, designadamente ao nível cultural. Outro marco deste empreendimento é o edifício Fórum Trofa XXI, que compreende a Loja de Turismo, o Centro Comunitário Municipal da Trofa, um auditório e a Casa do Conhecimento. Os momentos de maior relaxe estão garantidos numa zona longe, especialmente con-

cebida para o descanso, assim como um bar-restaurante que, por certo, se transformará numa das atracções do espaço. Fundamental para o bom funcionamento dos parques e a necessária circulação na zona envolvente, é o novo parque de estacionamento, que conta com 152 lugares de parqueamento, incluindo quatro para utilizadores de mobilidade condicionada e um para velocípedes. A inauguração dos parques vem assim dar resposta a um anseio antigo dos trofenses, que passa não só a contar com uma renovada sala de visitas para o concelho, mas também de um espaço para usufruto público.

#SomosTodosHumanos - Campanha de Apoio aos Refugiados Centenas de milhares de pessoas vivem hoje uma situação aflitiva que as obriga a fugir das suas casas e a tentar deslocar-se e permanecer na Europa. Entendemos que a JSD não pode assistir com passividade a esta situação. Temos a obrigação de dar um sinal, de agir, de mostrar que todos somos humanos. Para isto, a vossa colaboração é crucial. Uma juventude partidária consciente do seu papel na sociedade não pode estar alheada da actual crise de refugiados, e na JSD, sempre estiveram bem vivos valores como a generosidade, o humanismo e o altruísmo. A campanha “Somos todos Huma-

nos”, promovida pela JSD, visa o apoio a instituições que acolherão refugiados em Portugal. Para tanto, desafiamo-vos a que no dia 7 de Novembro, sábado, procedam à entrega de roupas, alimentos ou bens não perecíveis na sede do PSD (Rua Camilo Castelo Branco - Trofa, junto ao Bar Desperados) entre as 15:30 e as 19:00h. Estarão também espalhados pelo concelho pontos de recolha estratégicos onde poderão deixar os respectivos donativos, desde logo, nas juntas de freguesia, cafés e afins. Para que esta recolha tenha a maior divulgação possível, e con-

sequentemente, seja um sucesso, é necessário que todos passemos

a palavra; nas redes sociais, juntos dos nossos familiares e dos amigos,

todas as partilhas são poucas. Contamos convosco!


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Casa da Cultura da Trofa celebra 14º aniversário Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Foi no passado dia 3 de Novembro que a Casa da Cultura da Trofa comemorou o 14º aniversário, com várias iniciativas durante todo o dia. A Casa da Cultura da Trofa tem como missão a dinamização de projetos de divulgação, sensibilização e animação do concelho, acolhendo a Biblioteca Municipal Prof. Doutor António Cruz, com a Sala de Leitura Infanto-Juvenil Matilde Rosa Araújo, bem como a sala multimédia, salas de exposições permanentes e temporárias e auditório ao ar livre. O executivo municipal, representado pelo vice -presidente da câmara municipal, António Azevedo e o vereador da Cultura, Renato Ribeiro, marcou presença para cantar os parabéns à CCT, na companhia dos alunos

Instalações do AC Bougadense alvo de tentativa de assalto do Jardim de Infância do Colégio da Trofa, que visitaram a Casa da Cultura no âmbito da actividade “Hora do Conto”. O espaço recebe igualmente o

Arquivo Municipal, o Gabinete de Património Cultural, o Gabinete do Turismo e Animação Cultural e Gabinete do Desporto e Juventude.

Autarquia apresenta plataforma online “Trofa Gobusiness” a 6 de Novembro Objectivo é criar uma rede empresarial baseada na georreferenciação, de forma a promover e dinamizar a economia do concelho. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

A apresentação da nova plataforma online “Trofa GoBusiness”, promovida pela Câmara Municipal da Trofa, vai ser apresentada no Auditório da AEBA, no dia 6 de Novembro a partir das 8h30. A utilização da plataforma é totalmente gratuita, sendo que o carregamento dos dados referentes a cada empresa ou estabelecimento comercial tem de ser feito directamente pelos proprietários ou repsentantes dessses mesmos negócios, através do registo no site oficial (http://gobusiness.

Principais serviços da plataforma “Trofa GoBusiness”: - Criação e gestão de uma rede empresarial digital baseada na georreferenciação; - Organização e visualização da localização de projectos empresariais; - Apoio ao empreendedorismo; - Promoção económica e territorial nacional e internacional; - Integração de serviços adicionais às empresas; - Integração da plataforma com as redes sociais; - Inventariação dos espaços disponíveis para alojamento de negócios urbanos, industriais, agrícolas ou de equipamentos.

mun-trofa.pt/). A “Trofa GoBusiness” terá informação sobre o tecido enonómico do concelho, com destaque para a projecção e publicitação dos negócios da Trofa a nível regional, nacional

e internacional, possibilitando o geomarketing e o geobusiness. A cerimónia que decorre no dia 6 pretende esclarecer todo o processo e está aberta a todos os potenciais interessados.

Alfredo Gomes geral@correiodatrofa.pt

Eram cerca de 2h.50m, da madrugada de Domingo, quando um grupo de quatro indivíduos, um deles menores de idade, alegadamente todos residentes na freguesia de Bougado, tentaram assaltar

as instalações do AC Bougadense. Um automobilista que passava no local, estranhando as movimentações, alertou um director do clube que desde logo contactou a GNR da Trofa. Os 4 elementos fugiram em direcção ao terreno junto à sede de um rancho ali existente, tendo sido detidos no imediato pela rápida intervenção da força policial, não levando avante os seus intentos.

Rastreios visuais gratuitos abertos à população Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Iniciativa promovida pela Câmara da Trofa decorre a 8 e 29 de Novembro nas freguesias de Bougado e do Coronado A Câmara Municipal da Trofa vai facultar, durante o mês de Novembro, rastreios visuais, direcionados sobretudo à população residente nos empreendimentos habitacionais, mas abertos a todos os interessados. O objectivo é proporcionar aos trofenses a oportunidade de realiza-

rem testes de avaliação, neste caso, da qualidade da visão, sendo que o rastreio será totalmente gratuito. Estes rastreios decorrem a 8 de novembro, das 10h00 às 12h00, no Empreendimento Habitacional de S. Martinho de Bougado, e a 29 de novembro, das 10h00 às 12h00, no Empreendimento Habitacional de S. Romão do Coronado. A iniciativa foi proposta no âmbito da promoção e desenvolvimento de competências, e conta com o apoio da Ótica Visão Oculista, empresa com a qual a autarquia estabeleceu um protocolo de colaboração de apoio às famílias mais desfavorecidas.


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ESPECIAL FREGUESIA DO MURO

Metro na Trofa: Núme Depois de mais de uma década de promessas por cumprir, a chegada do metro à Trofa chegou a parecer pouco mais que uma miragem para a população. No entanto, após a aprovação do respectivo protocolo entre as câmaras da Trofa e da Maia, a “Linha Verde” parece pronta para chegar ao Muro, numa obra avaliada em cerca de 37 milhões de euros. O Correio da Trofa aponta alguns dos números relacionados com a extensão do metro à Trofa e mostra-lhe aqui as reacções de alguns dos principais intervenientes de todo este processo. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Em primeiro lugar, é preciso perceber o que está em cima da mesa. A ideia passa por prolongar a Linha C, que faz a ligação entre Campanhã e o Instituto Universitário da Maia (ISMAI), até à Trofa, neste caso até à freguesia do Muro, criando para

isso duas novas estações: Ribela (Maia) e Muro (Trofa). A obra, que está avaliada em 36,7 milhões de euros, inclui a requalificação da antiga estação do Muro, cujos edifícios existentes serão alvo de recuperação e usados para zonas de espera, instalações sanitárias e áreas técnicas e de apoio à exploração. Em relação ao investimento feito, a Câmara da Maia vai investir 18,951 milhões de euros, cabendo os restantes 17,748 milhões

Muro Ribela

de euros à autarquia trofense. No entanto, sabe-se que ambas as autarquias estarão dispostas a abdicar de eventuais receitas de fundos europeus para que a obra possa avançar. Significa isto que esses fundos serão utilizados na construção do canal e serviços adjacentes, factor que terá sido, aliás, decisivo na aprovação do protocolo e na sua homologação por parte da Secretaria de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações e pela

Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças. No total, são 3,25 quilómetros de extensão da linha. O resto da antiga linha do comboio também será aproveitada para construir a ligação, que será de via dupla. É importante recordar que essa mesma linha foi encerrada em 2002, precisamente para dar início às obras de construção do canal do metro. No final de 2009, o processo esteve perto de avançar, quando

foi lançado o concurso público internacional para a linha da Trofa, concurso esse que viria a ser suspenso em Setembro de 2010, algo que motivou duras criticas ao então primeiro-ministro, José Sócrates. Hoje, a ligação ao Muro parece uma realidade, mas as câmaras ainda esperam a aprovação do projecto vinda de Bruxelas. A expectativa é alta, e na opinião dos responsáveis de ambas as autarquias, a assinatura do protocolo é um bom sinal para o futuro.


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ESPECIAL FREGUESIA DO MURO

meros e reacções Manuel Azenha

Joana Lima

Presidente da Junta de freguesia do Castêlo da Maia

Vereadora do PS na Câmara Municipal da Trofa e administradora na Metro do Porto

Não tenho grandes expectativas me relação ao projecto. Se de facto a obra for feita em via dupla, pode ter algum impacto aqui na freguesia, mas como o canal deve ser prolongado aproveitando a antiga linha de comboio, não terá grande influência para nós

Era um erro crasso se não fosse em linha dupla, não obstante estarmos a falar de uma linha que vai com certeza dar prejuízo, mas tiraramnos o comboio, têm que colocar cá o metro (declarações feitas na reunião do executivo municipal a 15 de Outubro).

Carlos Martins Presidente da Junta de Freguesia do Muro

Desde 2005, quando entrei para a junta, que toda a gente tem estado na expectativa de ver o metro chegar à Trofa. Os sucessivos governos foram colocando esse projecto de parte, e quem saiu prejudicado foi a população do Muro e do resto do concelho, perante aquilo que nem sequer devia ser uma promessa, era apenas uma troca do comboio pelo metro. Agora, se o protocolo foi assinado, é porque existe alguma vontade de avançar com o projecto. Estamos dependentes da aprovação de Bruxelas, se não for aprovado vamos continuar com a mesma luta que temos levado a cabo nos últimos anos

Sandra Lameiras

Vereadora do Partido Socialista na Câmara Municipal da Maia

Em termos de protocolo, a nossa ideia é de que se trata apenas de uma mera declaração de intenções. Neste tipo de obras, os montantes que são atribuídos são sempre consideráveis, e atendendo às condições financeiras das duas câmaras e do país, acho difícil que este projecto seja uma prioridade na estratégia que o governo vai estabelecer para a região. Em relação ao programa comunitário 20/20, há três anos que as nossas empresas estão à espera de uma resposta, e ainda estão a ser discutidas as obras estruturantes para a região nos próximos anos, por isso temos que esperar para ver o que sai do papel

Sérgio Humberto Presidente da Câmara Municipal da Trofa

A questão do metro na Trofa era um assunto enterrado, a Metro do Porto já não colocava a hipótese de o trazer até ao nosso concelho. O projecto foi ressuscitado, isso foi uma pequena vitória que merece destaque, mas temos também de ter alguma contenção, ainda vai correr muita água sobre este assunto. É necessário que as entidades envolvidas se entendam sobre os valores, pois continuamos a achar que os 36,7 milhões de euros da obra são um pouco exagerados. De qualquer forma, é a primeira vez que duas autarquias se mostram disponíveis para abdicar de fundos europeus para que a obra possa avançar. Isto nunca aconteceu, nem no Porto nem em Lisboa, o que demonstra que as duas câmaras têm essa sensibilidade e que há uma forte vontade de avançar com o projecto

António Bragança Fernandes Presidente da Câmara Municipal da Maia

Tenho boas perspectivas em relação ao prolongamento do metro até ao Muro, e posteriormente até ao centro da Trofa. Acredito que o projecto vá avançar, porque não me parece que o governo contrarie um protocolo que foi assinado pelas duas câmaras e homologado pelas secretarias de Estado responsáveis. Qualquer que seja o governo, não podem andar a brincar aos concursos e devem respeitar os contratos que foram assinados, por isso não tenho dúvidas de que o metro chegará à Trofa


Uni達o de Ciclis


smo da Trofa


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especial freguesia muro Carlos Martins, presidente da junta de freguesia do Muro

“Não admito colocar interesses políticos à frente da minha freguesia” Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Das cinco freguesias que compõem o concelho da Trofa, apenas uma não está diretemente ligada a qualquer cor política. É o caso do Muro, onde Carlos Martins foi eleito presidente da junta de freguesia, em 2013, como independente, depois de dois mandatos ligados ao CDS -PP. A cumprir aquele que será o seu terceiro e último mandato, o político dá uma entrevista ao Correio da Trofa, onde fala abertamente do seu percurso, do processo metro e das suas últimas prioridades à frente da freguesia do Muro. Numa altura em que estamos sensivelmente a meio do seu terceiro mandato, que análise faz do seu trabalho à frente da junta? Eu não gosto muito de fazer balanços nesse sentido, acho que cabe à população esse tipo de análises, mas acho que se não estivesse a fazer um bom trabalho não teria sido eleito para um segundo e terceiro mandatos. Mas nós estabelecemos um programa para a junta de freguesia, e daquilo a que nos propusemos, penso que 90% das coisas estarão feitas. E até ao final deste mandato, vamos obviamente tentar concretizar o resto, seja a nível de atividades ou obras. Tendo concorrido à junta como membro do CDS nos dois primeiros mandatos, decidiu candidatarse como independente neste último, por achar que seria o melhor para a freguesia do Muro. Continua a achar que essa foi a decisão correcta? De facto, na altura tomei essa decisão porque entendi ser a mais correcta, e olhando para trás, hoje tomaria exactamente a mesma decisão. Como se sabe, na política existem muitas variáveis, e nessa atura achei que isso seria o melhor, não para mim, mas para a freguesia, porque, para mim, a minha terra está em primeiro lugar. Foi ali que nasci, que cresci e que alimentei as minhas doutrinas. Não admito colocar interesses políticos à frente da freguesia. Não tenho nada contra nenhum partido, mas há muitas coisas que se passam dentro desses mesmos partidos com as quais não concordo. Tenho consciência de que foi um risco na altura, até porque o CDS, em coligação com o PSD, ganhou a câmara, e eu seria

à partida o cabeça de lista do partido nas eleições aqui na freguesia, o que não veio a acontecer. Nesse sentido, tomei a decisão de que, durante dois anos, não fazia qualquer tipo de oposição ou comentário ao trabalho de partido A ou B, seja ele do executivo ou não. Isto para perceber que tipo de trabalho seria desenvolvido no concelho e na freguesia do Muro. Nesse sentido, como é que olha para o trabalho desenvolvido pelo actual executivo municipal? Como tem evoluído essa relação? Neste momento, e olhando para os meus mandatos anteriores, considero que este tem sido o melhor executivo para a freguesia do Muro. Temos excelentes relações, e a freguesia tem sido apoiada a 100%, quer a nível de infraestruturas de obras, quer ao nível de actividades culturais, penso que a população do Muro só beneficiou com este executivo. E digo isto com toda a neutralidade. Nunca tive nenhum tipo de negócio com a câmara, nunca arranjei emprego para ninguém na câmara, não tenho lá nenhum familiar, não devo nenhum favor político a ninguém, o que me coloca numa posição em que, se tiver de criticar alguma coisa que entenda estar errada, faço-o abertamente e sem qualquer tipo de problema. Nunca se sentiu prejudicado por ter contado com o apoio do Partido Socialista na sua candidatura como independente? Nem prejudicado nem beneficiado. Como independente, não estou ligado a nenhum partido. O partido Socialista entendeu, na altura, não concorrer à junta e apoiar a minha candidatura, e eu aceitei esse apoio, como aceitaria de qualquer outro partido. Fui eu que reuni os votos necessários e que financiei a minha campanha, por isso nunca senti qualquer tipo de obrigação em relação a ninguém. E como disse antes, desde o primeiro dia que o objectivo foi trabalhar em conjunto com o executivo. E este executivo tem sido inteligente, no sentido de ir de encontro às necessidades da população, pelo menos na freguesia do Muro. Curiosamente, logo após as eleições alguém me disse que estava tramado. Embora compreendesse porque me estavam a dizer aquilo, nunca achei que houvesse esse problema. A população elegeu a coligação para a câmara e elegeu-me a mim para a junta. A única coisa que temos de fazer é trabalhar em conjunto, e é isso que tem acontecido.

meu entender, o metro não se devia ficar pela Trofa. Devia prolongar-se até Lousada, apanhando a linha do Minho e a linha Continental, cobrindo uma região com muita população e empresas, tornando-se muito mais rentável do que ao parar apenas aqui no Muro. O mais importante, no meio disto tudo, era ter uma só voz à frente deste tipo de processos, porque tendo alguém nomeado pelo governo nunca conseguimos igualdade. O exemplo do metro é indicativo disso mesmo, os autarcas que tinham mais peso foram os que conseguiram levar o metro até aos seus concelhos. Acabaram por aproveitar o dinheiro da Metro do Porto para obras adjacentes que não tinham nada a ver com o metro, e que obviamente prejudicaram e atrasaram o processo do metro para a Trofa.

“(...) os autarcas que tinham mais peso foram os que conseguiram levar o metro até aos seus concelhos. Acabaram por aproveitar o dinheiro da Metro do Porto para obras adjacentes que não tinham nada a ver com o metro, e que obviamente prejudicaram e atrasaram o processo do metro para a Trofa” Como é que olha para a possibilidade de o metro chegar à freguesia do Muro? Desde 2005, quando entrei para a junta, que toda a gente tem estado na expectativa de ver o metro chegar à Trofa. Os sucessivos governos foram colocando esse projecto de parte, e quem saiu prejudicado foi a população do Muro e do resto do concelho, perante aquilo que nem sequer devia ser uma promessa, era apenas uma troca do comboio

pelo metro. Agora, se o protocolo foi assinado, é porque existe alguma vontade de avançar com o projecto. Estamos dependentes da aprovação de Bruxelas, se não for aprovado vamos continuar com a mesma luta que temos levado a cabo nos últimos anos. Recentemente, ficou-se a saber que as câmaras da Maia e da Trofa estariam dispostas a abdicar de receitas próprias para avançar com o projecto. Acha que todo este processo é financeiramente viável? Eu estou completamente de acordo com todo o tipo de empresas, públicas ou privadas, que pelo menos não deem prejuízo. As coisas têm que ser minimamente viáveis, não podemos por exemplo pagar impostos para suportar um autocarro em Bragança que faz uma viagem por dia. Neste caso do metro, acho que há condições para que o projecto seja viável. Se o metro vier até à Trofa, cria-se uma interface com a estação de comboios que permite que quem vem de Braga ou Guimarães, por exemplo, e queira ir para o Porto, possa fazê-lo diretamente através do metro, em vez de dar uma volta muito maior para lá chegar. Mas, no

Qual é a sua prioridade antes de terminar este seu último mandato? Em primeiro lugar, terminar a terceira fase do São Pantaleão, cujo projecto já está a andar. Pelo menos foi o que deu a entender o presidente da câmara, quando pintou um 16 durante as obras da segunda fase, pelo que no próximo ano deve acontecer. A grande prioridade era o o alargamento do cemitério, mas já tivemos um primeiro grande entrave. O terreno está na freguesia do Muro, mas a escritura ainda está na Câmara de Santo Tirso. Isto não faz sentido nenhum, agora temos de pedir ao presidente daquela autarquia para nos ceder os terrenos, o que será complicado, olhando para os conflitos políticos que têm surgido ultimamente. Acredita que esse problema pode ser resolvido, mesmo perante essa animosidade entre as duas autarquias? Acredito que, de uma maneira ou de outra, o problema tem de ser resolvido, nem que seja à revelia. Aquilo praticamente é autofinanciado, portanto o único problema que vamos ter é mesmo esse. Nós temos de aumentar o terreno do cemitério, senão não temos onde colocar os mortos. Não há volta a dar, este problema tem de ficar resolvido, independentemente das diferenças políticas. Estamos a falar de centenas de terrenos que estão na mesma situação, que se faça uma lei que obrigue os terrenos públicos a passar para a Câmara da Trofa, porque as despesas são nossas e os terrenos continuam na posse de outra câmara.


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especial freguesia muro

ARJM continua a promover a prática de desporto na freguesia A Associação Recreativa da Juventude do Muro é uma das associações mais activas da freguesia e do concelho, procurando juntar várias modalidades para incentivar a prática de desporto junto dos trofenses. Neste especial dedicado à freguesia do Muro, falamos com Romeu Correia, vice-presidente da associação, que nos conta em primeira mão que tipo de trabalho têm desenvolvido e quais as perspectivas de futuro. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Qual é o principal objectivo da ARJM? Os principais objectivos da ARJM são desde a sua fundação, dinamizar a comunidade, principalmente a juventude, com várias actividades desportivas, culturais e recreativas. Quantos grupos existem dentro da associação e que tipo de actividades procuram desenvolver? Neste momento, as actividades a decorrer estão direccionadas para o desporto. Temos em competição, a nível distrital, duas equipas de futsal (sénior e júnior). Temos aulas de karaté que se realizam no pavilhão da ARJM, que a população desconhece, mas que existem há muitos anos. As aulas de aeróbica são realizadas no mesmo local. A nossa caminhada anual, que já vai na 4ª edição, intitula-se “Ponha-se a andar”, e tem o intuito de ser uma actividade mais abrangente pela comunidade. Tem sido um grande sucesso e

voltará no próximo ano. A nível cultural, estamos a recuperar o hábito de se fazerem espectáculos com o cunho da ARJM, ainda no passado dia 31 de Outubro tivemos na nossa sede uma noite de musica ao vivo. A nível recreativo, perdeu-se a tradição dos jogos de mesa, estando por esse motivo qualquer tipo de organização em suspenso. Que tipo de dificuldades têm encontrado nos últimos tempos? As dificuldades encontradas nos últimos tempos são sobretudo ao nível da falta de espírito associativista por parte da comunidade. Aproveito para agradecer aos que se vão mantendo, que têm sido fundamentais para o desenvolvimento de todas as actividades. Como é a vossa relação com a junta de freguesia e a câmara municipal, nomeadamente ao nível de apoios financeiros? O nosso relacionamento institucional tanto com a câmara municipal, como a junta de freguesia, é bom. Já em termos financeiros, estamos a trabalhar numa candidatura ao contrato do programa de apoio às associações, desen-

volvido pela Camara Municipal. Que perspectivas têm para o futuro? Alguma prioridade máxima neste momento? As perspectivas de futuro passam sobretudo por desenvolver as actividades existentes, e para além disso temos o objectivo de promover o associativismo com novas actividades para a comunidade.

Juventude Sem Fronteiras do Muro

Grupo de jovens já pensa nas Jornadas Mundiais da Juventude Com 19 anos de existência, a “Juventude Sem Fronteiras do Muro” procura aliar o serviço à comunidade com o espírito de alegria que contagia todos os que fazem parte do grupo. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

O Grupo de Jovens “Juventude Sem Fronteiras do Muro” é um dos grupos do movimento nacional franciscano GIOFRATER - Juventude Franciscana Missionária de Nossa Senhora. Nesse sentido, o principal objectivo do grupo passa por ir ao encontro das pessoas da freguesia do Muro, de forma a dinamizar a comunidade com diversas actividades que procuram atraiar pessoas de todas as idades. “O nosso plano de actividades anual é muito variado. Procuramos que todos os anos seja en-

riquecido e que vá ao encontro dos Murenses com mais experiência, para que possamos com eles aprender, e dos Murenses mais jovens, para lhes mostrarmos o que é o nosso grupo e como pode ser uma experiência fantástica virem trabalhar connosco”, explica Paulo Fonseca, um dos responsáveis do grupo. Uma das principais áreas de abrangência é, como conta o jovem, o “meloDios”, o grupo coral da JSFMuro, que todas as semanas anima a eucaristia da paróquia. Para além disso, o grupo colabora regularmente com a Liga Portuguesa Contra o Cancro e o Banco Alimentar. O polo principal das actividades é o Centro Paroquial do Muro.

Mas se ajudar a comunidade tem plano de destaque, também há espaço para a animação: “entre encontros de formação, acampa-

mentos ou festivais, tudo é um bom motivo para rever outros grupos como o nosso”, diz Paulo. Para já, as actividades têm sido

desenvolvidas sem grandes obstáculos, até pela “excelente” relação com todas as instituições do concelho. “Nunca encontramos uma porta fechada para alguma ideia para a qual precisássemos de apoio”, assume. A JSFMuro comemora 20 anos de existência em 2016, e os membros já preparam actividades futuras. “Estamos a reorganizar-nos e a repensar todo o trabalho e actividades, para que a nossa participação nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Cracóvia, não fique só pela viagem, mas se sinta em toda a preparação”, garante o jovem. Tudo isto para que o objectivo do grupo se mantenha sempre de pé: “estar onde a nossa presença possa ser uma ajuda”.


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desporto Manuel Rodrigues, Vice-Presidente do Trofense para a formação

“Apesar das dificuldades aposta na formação é cada vez maior” sala de estudo, mas vamos ter que improvisar. Há quem goste de falar, sem saber muito bem o que diz Aquilo que estava pensado, pelo menos para já, não temos hipótese de o realizar. Neste momento só temos uma carrinha, ou se quiser uma e meia (risos), para transporte de atletas, o que é manifestamente insuficiente.

Alfredo Gomes geral@correiodatrofa.pt

O Departamento de formação do Clube Desportivo Trofense movimenta cerca de duas centenas e meia de atletas, mais quarenta elementos, entre treinadores, directores e departamento clinico. Diariamente, cerca de trezentas pessoas passam pelo complexo desportivo, em Paradela. Na competição, os escalões vão desde os Sub-10 aos Juniores, tem também a escola de futebol Trofintas, associada da APEF, Associação Portuguesa de Escolas de Futebol, que às terças e quintas feiras utiliza as instalações do “Yes Indoor”, e aos sábados de manhã, treina no complexo desportivo. Para crianças dos 4 aos 8 anos. Manuel Rodrigues, no futebol, conhecido por “Manuel Wilson”, é, desde há uns anos a esta parte, o vice-presidente para a formação, que tem o professor Jorge Maia como coordenador. Nesta entrevista ao mundo da formação Trofense, não esquece quem o apoia e lança críticas a quem usou e usa o clube como arma de arremesso político. C.T. Como está o Departamento de Formação do C.D. Trofense? Vive com inúmeras dificuldades. A crise financeira que assola o clube, naturalmente também se faz sentir

na formação. Fizemos uma redução de 25% no orçamento. Num ano em que tivemos de remodelar equipamentos e efectuar uma intervenção básica nos relvados, que teve um custo aproximado de três mil e quinhentos euros. Precisávamos de fazer isso pelo menos três vezes por época, mas não há dinheiro, fizemos o indispensável. Estes sintéticos já têm sete anos e vão a caminho do oitavo ano. Têm que ser preservados. C.T. A formação não tem receitas? Poucas. Patrocinadores, alguns, e os vinte euros mensais dos atletas. Mas atenção; nem todos pagam. Àqueles que têm dificuldades financeiras, nós não temos coragem de levar dinheiro. Seria insensato da nossa parte.

De resto, vamos pedindo aqui e ali, e assim vamos aguentando o “barco”, C.T. Mas a formação recebeu o subsídio da autarquia? Falso. Aliás, não admito que usem o clube, e a sua formação como arma de arremesso do que quer seja, muito menos política. Andou aqui alguém, a patrocinar-nos, a bater nas costas, a dar-nos força, a elogiar o nosso trabalho e depois usou o clube como arma de arremesso para atingir a Câmara Municipal. Lamento essa atitude. O clube assinou um protocolo, mas por problemas burocráticos do clube, não da câmara, ainda não foi possível receber um cêntimo. Temos o anseio de fazer uma bancada para 200 ou 300 pessoas. Uma

C.T. Mas segundo sabemos, o C.D. Trofense usava as instalações da Academia da Louseira, para realizar alguns treinos da formação, era forma de “aliviar” o complexo desportivo... É verdade, utilizávamos as instalações do complexo desportivo da Louseira, mas deixamos de o fazer, por dificuldades financeiras e também pelo facto de aquela academia ter ligada a si pessoas que não tiveram um comportamento correto com esta instituição.

da formação. Russo, Pisco, Bruno Chuca, Miguel Ângelo, André Viana, Jorge Inocêncio, Bruno Simões, Rogério, Serginho e o nosso capitão Tiago. Muitos mais já saíram para o futebol sénior. E é aposta, pelo menos enquanto eu cá estiver, formar jogadores para lançar nos seniores. É preciso depois trabalhar e aperfeiçoar. Mas isso aí já é para o departamento sénior.

C.T. Cada vez mais o clube vai ter de apostar na formação? Como é óbvio. Neste momento, e se a memória não me falha, temos no plantel sénior dez jogadores saídos

C.T. Vem aí a época natalícia. Está a ser preparada alguma iniciativa? Vamos ver. A seu tempo, se houver possibilidade, a daremos a conhecer. Quero aproveitar para agradecer a todo o departamento de formação, que apesar das dificuldades, de às vezes não estarmos de acordo, com isto ou com aquilo, mas estamos sempre unidos. O meu obrigado a todos, sem excepção. Aos pais, muitas vezes são pedidos sacrifícios que não estavam no programa, mas eles entendem, e já se sabe que todos querem que o filho jogue, mas só podem jogar 11 ou 7, e eles compreendem. Podem contar com o Departamento de formação do Clube Desportivo Trofense. Manuel Wilson em discurso directo, a fazer um balanço do trabalho do Departamento de formação do Clube Desportivo Trofense. A enaltecer o trabalho de outras associações no seu departamento de formação, sem se coibir de apontar o dedo a alguém que no seu entender usa (ou usou) o clube e a sua formação como arma de arremesso com fins políticos.

há muto tempo, mas como praticamente corri em casa, as coisas correram bastante bem”, garantiu. No entanto, o mais satisfeito no final era pedro Ortigão. Para o mentor e promotor do RallySpirit, “o balanço não podia ser mais po-

sitivo. Está lançada a prova para o futuro e o objetivo é reunir ainda mais pilotos nacionais e internacionais e carros emblemáticos”, assumiu o responsável da Xikane, a grande impulsionadora deste evento.

C.T. Academia da Louseira que também tem escola de futebol... Nada contra, pelo contrário, dou os parabéns. A Trofa tem dificuldades na formação. O A.C. Bougadense está a fazer um grande trabalho, desde já dou os parabéns e felicito o Jorge Almeida, pelo bem que tem feito em prol da formação. Tudo o que vier de novo é bom. Mas não venham enganar as pessoas.

1.º RallySpirit levou clássicos à Vila do Coronado Prova contou com participação de meia centena de pilotos, com motores de várias gerações a fazerem-se ouvir durante dois dias de “enorme sucesso”. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt Nos dias 30 e 31 de outubro, a freguesia do Coronado recebeu um evento pouco habitual. A primeira edição do RallySpirit juntou, no mesmo espaço, veículos recentes das provas de rally e autênticas lendas do mundo automobilístico, como o Audi Quattro ou o Lancia Delta. São Pedro também decidiu dar uma ajuda, já que a chuva se manteve afastada durante os dois

dias de competição, factor que ajudou a aumentar a presença do público. No que diz respeito ao evento, esse dividia-se em duas provas distintas: RallySpirit Históricos, para veículos até 1989, e RallySpirit Contemporâneos, para os mais modernos. Nesta prova, o primeiro lugar da geral foi para Alexandre Camacho, que impôs a potência do Porsche 997 GT3, sendo o mais rápido nas três passagens pelas duas classificativas que compuseram ao RallySpirit: São Romão

do Coronado e Serra. “Adorei regressar ao Continente e, quando se vence, claro que a satisfação ainda é maior. Andei rápido, mas como a confiança nas notas não era total, acima de tudo procurei dar espetáculo para o muito público”, afirmou o piloto madeirense no final da prova. Já nos históricos, a vitória sorriu a Paulo Azevedo, ao volante de um Ford Escort MK1, que venceu oito das nove classificativas. No final, o piloto natural da Trofa mostrava-se bastante satisfeito com a conquista: “estava parado


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desporto

Vitória arrancada a ferros CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO 8ª- JORNADA

Grupo Desp. Mondinense 1 Clube Desp. Trofense 2 Jogo disputado no Estádio Municipal de Mondim de Basto Espectadores: Cerca de 300 pessoas Árbitro da partida: André Almeida, de Ponta Delgada Equipa inicial do C.D. Trofense: Jorge Batista, Miguel Ângelo, Nélson Sampaio, Rui Faria, Bruno Chuca, Tiago, Hélder Sousa, Rui Gomes, Ricardinho, Serginho e Onyeka Tr. Vitor Oliveira

O Clube Desportivo Trofense venceu, na deslocação a Mondim de Basto, a equipa da casa por 2-1, num jogo repartido que teve um pouco de tudo. Emoção, golos, expulsões, com a vitória a sorrir à equipa mais feliz, mesmo ao cair do pano. A equipa da Trofa entrou praticamente a ganhar, com um golo apontado por Onyeka ainda não havia decorrido um minuto de jogo. Não havia melhor maneira de entrar na partida. Diga-se, em abono da verdade, que foram uns vinte minutos iniciais de total domínio do Clube Desportivo Trofense e só por ineficácia dos seus avançados é que o Trofense não conseguiu uma vantagem mais dilatada no marcador. Contudo,

sensivelmente do meio da primeira parte, o Mondinense equilibrou a contenda, começando também a criar bastantes embaraços à defensiva do Trofense e foi sem surpresa que chegou à igualdade à passagem do minuto 31, já que, como se costuma dizer, o Trofense “pôs-se a jeito”. Até ao final da primeira parte, o jogo foi repartido, acabando, por isso, por se aceitar a igualdade ao final dos primeiros quarenta e cinco minutos. No segundo tempo, voltaram a entrar melhor os comandados de Vítor Oliveira, com Ricardinho e Serginho a estarem perto do golo, mas a pontaria estava desafinada. A meio da segunda parte, Hélder Sousa e João Miguel envolveram-se num lance a meio campo. O jogador do Mondinense terá alegadamente atingido com a bota o seu adversário, quando este estava deitado no relvado, provocando-lhe um ferimento, na face, o que levou o árbitro a mostrar cartão vermelho ao jogador da casa e a Hélder Sousa por ter respondido à alegada agressão. Assistia-se a um jogo de parada e resposta, com o golo a rondar ambas as balizas, acabando o Trofense por ser mais feliz já ao cair do pano com o golo da vitória a ser apontado por Ailton. Uma nota para o regresso ao onze de Miguel Ângelo, que depois de uma passagem pela equipa B do Marítimo, onde não foi feliz, regressou ao clube do seu coração e realizou uma exibição ao nível daquelas a que habituou

os adeptos do Trofense no passado. RESULTADOS DO DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO DO A.C.BOUGADENSE

Juniores – 4ª- Jornada Nogueirense F.C 2-0 A.C. Bougadense Juvenis A – 4ª- Jornada Barrosas 1-1 A.C. Bougadense Juvenis B – 4ª- Jornada AMCH Ringe 2-3 A.C. Bougadense Iniciados – 3ª- Jornada A.C. Bougadense 1-0 F.C. Tirsense Infantis – 4ª- Jornada A.C. Bougadense 1-2 Mocidade Sangemil Benjamins – 2ª- Jornada S. Martinho 5-1 A.C. Bougadense

RESULTADOS DO FUTSAL CAMPEONATO DISTRITAL Séniores - 4ª- Jornada C.F.C.P. Rio Tinto 3-4 G.D.Covelas A.R.J. Muro 4-2 C.R. Valongo C.R. Bougado 4-2 Brás Oleiros

Juniores – 4ª- Jornada C.C.D. Ordem 3-5 A.R.J. Muro Juvenis – 4ª- Jornada Moinhos 2-3 C.R. Bougado Iniciados – 4ª- Jornada Rebordosa 3 – 5 C.R. Bougado RESULTADOS FUTSAL DO F.C. SÃO ROMÃO Seniores Femininos Juv. Triana 2-3 F.C. São Romão

Juniores Femininos Rest. Avintenses 9-1 F.C. São Romão Infantis F.C. São Romão 9-0 Brás Oleiros

vai participar no campeonto concelhio da Trofa, a casa vai organizar um jantar, se-

Em S. Romão, jogo não terminou Alfredo Gomes (Texto) João Gomes (Foto) geral@correiodatrofa.pt

O impensável aconteceu no parque de jogos Carlos Alves em S. Romão. Decorria o minuto oitenta e dois, quando a equipa da casa chegava à igualdade, depois de ter estado a perder por 2-0. Ao festejar o golo, Paulo Silva, jogador do S. Romão, foi agredido por um dos atletas suplentes do Estrelas, que fazia aque-

cimento junto à linha de fundo. A partir desse momento, instalou-se a confusão total, fora e dentro das quatro linhas, com jogadores de ambas as equipas envolvidos em desacatos, e nem a intervenção da G.N.R fez com que os ânimos serenassem. Nos confrontos, três jogadores tiveram de receber tratamento hospitalar. Dois atletas dos Estrelas de Fânzeres e um da equipa da casa. O árbitro da partida deu o jogo por terminado aos oitenta e dois minutos, com o resultado a fixar-se em 2-2.

ARMÉNIO SOUSA, TREINADOR DO S. ROMÃO

“Foi surreal o que aconteceu!” Alfredo Gomes (Texto) Diogo Sousa (Foto) geral@correiodatrofa.pt O treinador da equipa da casa estava estupefacto com o que tinha acontecido: “ Quando chegamos ao empate, o meu jogador foi agredido, sem que nada o fizesse prever. Foi um jogo calmo, sem casos, e

o que aconteceu foi surreal. Os jogadores da equipa adversária partiram para cima dos nossos e toca a bater. Ainda por cima, fomos ameaçados para o jogo da segunda volta. Sem comentários” Quanto ao desfecho do jogo: “ Não sei. O árbitro, diz que os oito minutos em falta têm que ser jogados. Vamos ver o que diz a associação”

Bougadense empata em Melres Alfredo Gomes (Texto) João Gomes (Foto) geral@correiodatrofa.pt

Benjamins F.C. São Romão 0-20 Modelos

Casa do FC Porto da Trofa organiza jantar/magusto Com o intuito de apresentar os equipamentos da equipa de futsal feminino, que

CAMPEONATOS DISTRITAIS DA A.F. PORTO EQUIPAS DA TROFA COM FIM-DE-SEMANA CARICATO

guido de magusto pelas 20 horas do próximo dia 13 de Novembro.

Na 1ª- divisão distrital da A.F. Porto, o Atlético Clube Bougadense foi a Melres empatar a uma bola. O jogo começou com quarenta minutos de atraso, porque o trio de arbitragem atrasou-se. O Melres chegou ao intervalo a vencer, mas na segunda parte a equipa de Agostinho Lima foi superior, e

nem a expulsão por duplo amarelo de Resende fez a equipa baixar os braço, e o poste da baliza do Melres evitou que o Bougadense saísse de Gondomar com os 3 pontos.


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cultura e lazer LUÍS LIMA, PRESIDENTE DA BANDA DE MUSICA DA TROFA

“O concerto na Casa da Música do Porto foi o expoente máximo” passa os nossos sentimentos. E uma romaria sem banda, não é romaria.

Alfredo Gomes geral@correiodatrofa.pt

A Banda de Música da Trofa celebra o 64º aniversário, e como tradicionalmente acontece, comemora-o durante o mês de Novembro, com um concerto nas instalações do TrofaShopping, seguido de um jantar. Fundada em 1 de Março de 1951, com a apresentação na Feira anual, teve o pai do actual Presidente como um dos fundadores, João Lima. Luís Carlos Ferreira Lima tem 58 anos e é trofense “nascido e criado”. É em memória do seu pai que sente forças para abraçar este projecto. É sócio da associação desde dos 14 anos de idade, e fala com orgulho de António Oliveira Gomes, carismático maestro da Banda, seu professor, e confessa que só não foi músico porque “naquele tempo não havia instrumentos para todos”. Neste momento, tem como maestro Luís Filipe Campos, de que muito se orgulha. Como é que “apareceu” a presidente da banda de música da Trofa? Eu apareci na banda em 2006, na altura em que a banda precisou de mim, apareci porque gosto da banda, gosto muito da música. Fui um aluno do Sr. Gomes com os meus 12 e 13 anos e aí ficou o bichinho da música dentro de mim, embora filho de uma pessoa que adorava a banda de música da Trofa, como é de conhecimento geral, o meu falecido pai, João Lima, e daí fui sempre uma pessoa agarrada à música e à banda. Quando tomou posse há nove anos, pensou estar tanto tempo à frente da banda? Eu entrei na banda como secretário, dois anos, e depois ao fim de dois anos, o Sr. Delbarque Dias, que era o presidente da Banda, por motivos de saúde, teve que abandonar, e eu fui convidado para ser presidente, porque os meus colegas na altura, achavam que eu era a pessoa ideal para estar á frente dos destinos da Banda de Música da Trofa. Assumi a presidência da Banda em 2008. Além da velha guarda, como se

costuma dizer, foram abertas escolas de música para os mais novos. Como é que isso está a correr? Quando eu cheguei à banda, não existia escola de formação, e nós criamos a escola de música, ainda eu era apenas secretário da associação. Depois de assumir a presidência, aí sim, demos um impacto muito forte na escola de formação. Temos uma pessoa formada à frente da escola e fomos buscar 14 professores, todos qualificados. Temos cerca de 40 alunos com a finalidade de os “fazer” músicos, para passarem a fazer parte da banda principal. Como sabem, a nossa banda teve sempre elementos de longe da Trofa, até de Lisboa já tivemos músicos, e o nosso objectivo é formar jovens da Trofa ou periferia da Trofa, para assim também reduzirmos às despesas. Assim, hoje temos a escola de música artes da Trofa liderada pela Dr. Maria José, e temos uma escola com grande qualidade, e todos os anos tiramos proveito disso. Há algum tempo atrás esteve para abandonar a presidência da Banda. Neste momento, como é que está a situação? Já lá vão nove anos de banda, com muitos sacrifícios. Nós somos voluntários, não ganhamos dinheiro, pelo contrário, às vezes até pomos algum. por amor à banda e à terra. É isso que me

move para continuar o meu caminho à frente da banda em conjunto com a minha direcção. E a nível de apoios? Câmara Municipal da Trofa. Sempre foi a Câmara Municipal. Nos três executivos camarários, todos eles apoiaram a banda de música da Trofa. Aqui, honra seja feita. E para não fugir à regra, o presidente actual tem sido um senhor, no que diz respeito à banda. Gosta da banda, gosta da Trofa e eu sinto-me lisonjeado. Temos também os nossos, cerca de 300 associados, são mais umas “economias” que entram, e depois temos alguns amigos que também ajudam. A presença na Casa da Música do Porto foi o ponto alto da banda?

Para mim e para a família da banda, foi a cereja no topo do bolo, foi o reconhecimento por um trabalho de quase dez anos. Eu conheço a história da banda, já estivemos em grandes palcos em Portugal e no estrangeiro, mas as pessoas que me desculpem, foi o melhor concerto da história da banda este na Casa da Música do Porto. Recebi um e-mail da direcção da CMP a enaltecer e agradecer pela grande qualidade de espectáculo que a Banda de música da Trofa lá deu. Isto é muito gratificante, estavam 1200 pessoas na plateia, 400 das quais eram da Trofa, e eu fiquei sem palavras. Ainda é considerada a melhor banda civil do país? Para mim é. Sou suspeito, mas se não for a primeira... olhe não há melhor, pode haver igual, mas melhor tenho a certeza que não há. E isto é reconhecido no mundo musical. Falo com muita gente e a opinião é a mesma. Quando se ouve dizer que as bandas de música, já pertencem ao passado e é só uma forma de se gastar dinheiro, que comentário lhe merece? Total desconhecimento do que é a cultura, a arte, a música. São pessoas que não estão dentro da realidade, porque a música é uma coisa fantástica. A música é um conjunto de sons que ultra-

Não dispõe de sede própria. Qual é o vosso projecto? Nós temos uma sede que não é nossa. É do Comendador J. Serra, e desde já aproveito para lhe agradecer, porque estamos lá gratuitamente com a escola de música no primeiro piso e o resto no rés-do-chão. Eu vou a qualquer lado, e qualquer banda tem a sua sede. O futuro da banda da Trofa, passa pela construção de uma sede própria. Por muito respeito pelas outras associações a Banda de música da Trofa, é a bandeira do concelho a nível associativo, e temos de ter condições para trabalhar. Por isso, peço para que o poder político olhe para isso como uma necessidade. Já falei com o Sr. Presidente da Câmara, e por ele começava já amanhã a construção, mas isso é um processo demorado, porque não há recursos financeiros, mas gostaria de, antes de sair da presidência, contar com um terreno para as nossas futuras instalações. Tenho esse sonho. E não custa nada sonhar. Como diz a história, o homem sonha e a obra nasce. Estamos no final de época. Que iniciativas vão ter ainda? Vamos ter no dia 21 de Novembro, no TrofaShopping, o concerto inserido mas comemorações da elevação da Trofa a concelho, como habitualmente acontece, e vamos ter a festa de natal das escolas da banda de música, que ainda não tem lugar marcado, mas que será sensivelmente a meio do mês de Dezembro. Que mensagem gostaria de deixar aos trofenses? Apoiem a banda. A banda é da Trofa, é um tesouro que o concelho tem. É uma bandeira que entra por todo o lado. E é um prestígio enorme para a Trofa. A Banda de música da Trofa, arrasta multidões. Desde que eu entrei temos feito uma política aberta. A Banda praticamente aparecia só na Senhora das Dores, agora não. Agora aparece praticamente durante todo o ano, em muitas iniciativas que se fazem neste concelho. Por isso apoiem a Banda, não a deixem morrer, porque a Banda de Música da Trofa é de todos os trofenses.


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cultura e lazer

Grupo de Danças e Cantares do Vale do Coronado festeja 3.º aniversário Cerimónia decorre no dia 14 de Novembro, em São Mamede do Coronado

Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

É já no próximo dia 14 de Novembro que o Grupo de Danças e Cantares da Vila do Coronado festeja mais um aniversário, assumindo hoje um papel de destaque na freguesia e no concelho. Sempre com vontade de fazer mais e melhor, o grupo surgiu da vontade de revitalizar algumas tradições que consideravam perdidas no tempo. Ricardo Oliveira, presidente do grupo, acredita que essa foi a decisão certa a tomar. “A prova mais séria disso mesmo reside no facto de hoje alguns grupos tentam fazer aquilo que nós revitalizamos”, explica. “Sabemos que há áreas do folclore que tendem a desaparecer por não serem conservados, e é nosso projeto tentar salvar o povo dessa perda. Fazemos com a fundação deste grupo o que não nos deixaram fazer anteriormente”, defende. Hoje, o grupo cresceu e conta já com 45 membros, dos 3 aos 81 anos, o que sustenta, na opinião de Ricardo, a diversidade que procuram

colocar em prática durante as suas actuações. Quando questionado sobre o ponto alto destes três anos, o responsável não tem dúvidas: “a realização do World of Traditions in Coronado, com a primeira edição em 2015”. Esta foi a primeira mostra de folclore internacional organizada por um grupo da Trofa, algo

que enche os membros de orgulho. “É um certame que veio para ficar e para dinamizar a Vila do Coronado e o concelho da Trofa”, garante Ricardo. No dia 14, o grupo tem preparado um jantar/espectáculo para celebrar o aniversário, com início marcado para as 20 horas, em São Mamede do Coronado.

Casa da Cultura recebe exposição de pintura solidária Iniciativa é organizada pelo Movimento Lírio Azul, entre 7 e 14 de Novembro. Metade das receitas revertem a favor do IPO. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt A Casa da Cultura da Trofa recebe, a partir do próximo dia 7 de Novembro, uma exposição de pintura intitulada de “Retrospectiva”. A inauguração está marcada para as 17 horas e deverá contar com a presença das duas artistas responsáveis, Elsa Brenner e Sónia Regina Santos. Esta iniciativa tem como grande objectivo promover

a igualdade de géneros e alertar para o perigo do cancro. É nesse sentido que 50% das receitas reverte para o Instituto de Oncologia do Porto (IPO), para o serviço de medicina física e de reabilitação de mulheres mastectomizadas. Esta não é, de resto, a primeira vez que as duas artistas se juntam para inicitivas do género, já que ambas frequentam aulas de pintura em atelier, desde 2004, no Atelier IA. Elsa Brenner tem 41 anos, é licenciada em Gestão de

Empresas pelo Ismai, trabalha em logística. Sónia Regina Santos tem 40 anos e é licenciada em Gestão de Marketing pelo ISCET, é comerciante. O Movimento Lírio Azul (MLA) é um movimento cívico feminino criado em setembro de 2014, que tem vindo a adquirir uma projecção e relevância crescentes. As três principais causas que apoiam são: as pessoas amputadas, a comunidade surda e as crianças em risco ou hospitalizadas.



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