Correio da Trofa nº 54

Page 1

Nº 54 . 8 OUTUBRO 2015 . ANO 3 . Quinzenal Director Miguel Ângelo Pinto . Editor Comunicatessen www.correiodatrofa.pt 0,25€

Inaugurada a Loja Interactiva de Turismo

Novo espaço vai potenciar a actividade turística no concelho e promover fora das suas fronteiras os produtos locais e a oferta cultural Pág. 7 existente. Investimento rondou os 180 mil euros.

Legislativas

PàF faz o pleno no concelho A coligação Portugal à Frente venceu em todas as freguesias do concelho da Trofa. Joana Lima, candidata a deputada pelo PS, não foi eleita. Pág. 4 e 5

Metro à vista

Está dado um passo fundamental para que as composições do Metro do Porto cheguem finalmente à Trofa. Um protocolo de cooperação envolvendo as câmaras da Trofa, da Maia e a CCDRN, marca o arranque do prolongamento da Linha C, entre o ISMAI e a freguesia do Muro. Trata-se de um anseio antigo da população trofense, cada vez mais próximo da realidade. Pág. 3 Especial Alvarelhos e Guidões

Novo Centro de Dia é a prioridade

Entrevista com Adelino Maia, presidente da União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões Págs. 8 e 9


2

8 de Outubro de 2015

correiodatrofa

OPINIÃO

Elisário de Sousa

Maria Emília Cardoso

Breve reflexão

Um suave adeus

1 - Na antiguidade, a Europa Mediterrânica foi berço de civilizações. Primeiro a Grécia, depois Roma. Quando o Império Romano atingiu o seu auge, na expansão territorial e pela sua forma de viver, atraiu outros povos - os chamados bárbaros que, vindos sobretudo do Oriente, ansiavam nova e melhor vida. Cerca do Séc. IV, os Vândalos, os Visigodos, os Hunos, Suevos, Alanos, Celtas e outros povos de variadas ascendências invadiram e fixaramse na Europa Central e Ocidental, dando origem a um Continente multirracial que, gradualmente, viria a ser unificado pelo Cristianismo. Lembro muitas vezes este período da história da Europa antiga, sobretudo quando a comunicação social nos mostra multidões de refugiados da Síria, Líbia, Afeganistão, Iraque ou Eritreia que fogem de guerras e também de migrantes da África Subsariana que, em grandes grupos, procuram sobreviver à fome. E lembro ainda o tempo da Grande-Guerra de 1939 - 1945, com refugiados, sobretudo Judeus, na busca de paz, através do nosso País. Não há dúvida que, apesar de a Europa de hoje viver um tempo de relativa crise, continua a ser atração e sonho para outros povos que sofrem a instabilidade da guerra ou a fome da miséria. 2 - Será que a histórica Europa sente agora algum remorso tardio ou responsabilidade

DIRECTOR: Miguel Ângelo Pinto (CP 3914) (geral@correiodatrofa.pt) 960 431 791 JORNALISTA: Paulo Camões (geral@correiodatrofa.pt) DIRETOR COMERCIAL: Miguel Ferreira (miguel@spincom.pt) 960 431 790 EDITOR: Comunicatessen (geral@spincom.pt) REGISTO ERC: 126324 DEPÓSITO LEGAL : 358604/13 COLABORADORES: Alfredo Gomes (Desporto) PUBLICIDADE: (geral@correiodatrofa.pt) 960 431 790 PROPRIEDADE: Comunicatessen Lda. NIPC 508 456 215 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Fernando Moreira de Sá (sa@spincom.pt) 969 773 930 PERIODICIDADE: Quinzenal SEDE DE REDAÇÃO: Galerias Catulo, 3º, Loja 17 4795-293 Trofa CONTACTOS: (geral@correiodatrofa.pt) Tel. 229 024 729 IMPRESSÃO: Coraze - Oliveira de Azeméis Telf.: 256 040 526 / 910 253 116 / 914 602 969 geral@coraze.com TIRAGEM: 3 mil exemplares DISTRIBUIÇÃO:

SIGA-NOS EM facebook:/JornalCorreiodaTrofa

pelo mal-estar recente de outros povos? África foi colonizada durante séculos por países europeus que de lá negociavam escravos e outras importantes riquezas e não podemos esquecer que as duas últimas guerras no Iraque tiveram ação de europeus e americanos. Não por acaso, o chamado Estado Islâmico foi fundado por Abu Bakr al- Baghdadi, que nasceu em 1971 no Iraque. Foi preso pelos americanos no ano 2004, em Bagdad. Após sua libertação aderiu à Al-Qaeda, que abandonou em 2014 para fundar e comandar o Estado Islâmico ou ISIS (Islamic State of Iraq and Syria). Todos teremos ainda na memória o horror das imagens de decapitação de cidadãos europeus e americanos e as perseguições constantes a tudo o que se relacione com o Ocidente, por ódio profundo. Após ocupar uma parte do Iraque, o Estado Islâmico conquistou e domina metade da Síria, massacrando populações e - pelo terror - pondo as pessoas em fuga: adultos e crianças. 3 - O mais normal para a Europa seria acabar as causas deste terror, controlando o Estado Islâmico e anulando a venda de armas. Tal não foi ainda feito, por falta de vontade ou de capacidade. e as consequências estão à vista de todos. Volvidos Séculos, a Europa volta a ser invadida por multidões aterrorizadas ou famintas, que surgem de leste ou do sul, à procura de paz e de pão. Trata-se de uma tragédia humanitária, que esquece e despreza os direitos humanos e a dignidade das pessoas. 4 - A juntar à crise atual os europeus terão, agora e no futuro, um grande e muito grave problema para resolver: apesar do excessivo desemprego e apesar do perigo de infiltrações indesejáveis, a Europa ou é sensível e mantém os seus valores de humanismo (Cristão ou laico) e de solidariedade ou fracassa e trai a sua longa história. Os Estados Unidos, conhecedores da situação, não podem fugir ao dever de receber e apoiar também grande parte dos refugiados, sobretudo os que fugiram do Iraque, da Síria e do Afeganistão. E os países enriquecidos pelo petróleo, na região do Golfo, como o Qatar, Os Emirados, a Arábia Saúdita e outros que são irmãos da Síria pela mesma religião islâmica, quantos refugiados irão receber e apoiar? Os portugueses - povo de emigrantes - são solidários e, mais uma vez, como tudo o indica e apesar da sua atual fragilidade económica serão generosos e estarão na linha da frente, no apoio aos refugiados que fogem da morte pelas mãos e pelas armas do Estado Islâmico.

A minha relação com o Dr Bernardino Vasconcelos foi-se construíndo ao longo dos anos, e, tal como acontece com todos os fenómenos humanos, tudo o que se vai construíndo por etapas e de forma lenta, torna-se mais forte, verdadeiro e duradouro. Nem sempre concordei com as medidas que adotou e algumas vezes tornei pública essa discordância. Sempre com a preocupação de me cinjir à sua vertente política, nunca, em momento algum, beliscando a honra e o bom nome que estavam por trás do político. Uma noite, nos idos tempos das «Tasquinhas», no velho Parque de Nossa Senhora das Dores, eu estava com o meu marido e um grupo de amigos a jantar e eis que aparece o Dr Bernardino acompanhado da sua esposa, a Dra Natal. Afáveis, circularam pelas mesas distribuíndo cumprimentos e sorrisos, como era seu costume. A Dra Natal parou um pouco a conversar comigo e eu referi que, por vezes, emitia uma ou outra opinião que certamente não seria do agrado do Dr Bernardino e que me estava a sentir um pouco constrangida por esse motivo. Com um sorriso, a Dra Natal respondeu-me que não me preocupasse, pois até gostavam muito de ler o que eu escrevia ou dizia na Rádio e que as críticas, quando construtivas e educadas, ajudavam a refletir sobre as práticas. A partir dessa altura, a minha admiração pelo Dr Bernardino Vasconcelos aumentou, pois sei como, fatalmente, o poder acaba por criar pessoas com tendências totalitárias e pouco recetivas a opiniões divergentes e eu, nos anos em que o Dr Bernardino esteve à frente dos destinos da minha terra, senti-me livre de qualquer pressão sobre as minhas opiniões, o que para mim, que sou uma amante da liberdade de expressão e do pensamento divergente, foi verdadeiramente estimulante. E esta postura aberta e tolerante ainda teve mais significado quando, mais tarde e já noutra conjuntura política, essa mesma liberdade me foi retirada, sem qualquer pudor (sendo-me restituída no

tempo presente, com o fim dessa conjuntura de má memória). Podia falar de muitos outros aspetos desta personalidade culta, afável, refinada, elegante, educada e bem preparada. Mas penso que este episódio que relatei ilustra muito sobre a sua dimensão humana e mostra o quanto a Trofa teve sorte em poder contar com a sua vontade de nos servir publicamente. A elegância e a qualidade que tentou incutir nesta comunidade trofense acompanhou-o até ao último ato da sua dimensão terrena. Ao chegar à Capela Mortuária, os filhos recebiam-nos com uma maravilhosa frase: «Sorria! Era o que o meu pai queria que as pessoas que gostavam dele e de quem ele gostava fizessem neste dia do adeus.» A sua missa de despedida só podia ser como foi: digna, bela, emocionante na sua simplicidade, com um fundo musical de grande qualidade e em sintonia com tudo aquilo que o Dr Bernardino sempre transmitiu e representou. Naturalmente, não foi uma figura consensual, mas na hora do adeus, a comunidade que ele serviu prestou-lhe uma grande e sentida homenagem. Sorrisos e aplausos para um grande HOMEM!


3

correiodatrofa 8 de Outubro de 2015

NOTÍCIAS

Metro: Linha da Trofa vai avançar Já está assinado um protocolo de cooperação que prevê a extensão da Linha C, a partir do ISMAI, até à freguesia do Muro Miguel Ângelo Pinto geral@correiodatrofa.pt

Os municípios da Maia e Trofa emitiram um comunicado onde se congratulam pela homologação do Protocolo de Cooperação, firmado na semana passada, e que viabilizará o prolongamento da Linha C do Metro. Desta forma, é dado o pontapé de saída para que a Metro do Porto estenda a sua rede ao concelho da Trofa, prolongando a linha entre a estação do ISMAI, na Maia, e a zona urbana da freguesia do Muro, na Trofa. A decisão foi protocolada pelos municípios da Maia e da Trofa, com a Metro do Porto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N),

e homologada pela Secretaria de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações e pela Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças. O traçado da nova linha terá início logo após a Estação ISMAI, na Maia, desenvolvendo-se em via dupla com aproveitamento do antigo canal ferroviário, numa extensão de 3.250 metros que inclui zona de parqueamento. De acordo com o projeto da Metro do Porto, serão criadas duas estações, Ribela e Muro, que procurarão dar resposta aos fluxos de circulação desenvolvidos pelo crescimento urbano dos últimos anos. A antiga Estação Ferroviária do Muro será reabilitada, devendo os edifícios existentes ser recuperados e usados como elementos caracterizadores da estação, comportando zonas de espera, instalações sanitárias e áreas técnicas e de apoio à exploração.

Assembleia Municipal: presidente da câmara fala em “crime político” Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Foi desta forma que Sérgio Humberto se referiu ao acordo assinado por Joana Lima com a Câmara de Santo Tirso, que como noticiou o Correio da Trofa na edição anterior, coloca agora a autarquia numa situação delicada, perante uma questão que envolve terrenos fronteiriços entre os dois concelhos. Esperava-se que o assunto fosse tema “quente” na última reunião da Assembleia Municipal da Trofa, e Alberto Jorge até colocou o assunto em cima da mesa, quando admitiu não

ter conhecimento do problema até aquele dia e questionou o chefe do executivo municipal sobre essa matéria.

“Neste caso, estamos a falar de um crime político”, lançou Sérgio Humberto, que não quis, no entanto, adiantar-se

muito mais. “Este assunto é muito delicado, e ainda vai fazer correr muita tinta, mas para já prefiro não fazer grandes comentários”, referiu. Ainda assim, apelou a que todos os deputados da assembleia se unissem nesta “luta pela Trofa”. À margem deste tema, a reunião decorreu sem grandes sobressaltos, com o membro mais interventivo a ser mesmo Paulo Queiroz, deputado da CDU Trofa. Destaque ainda para uma declaração do presidente da Junta de Freguesia de Bougado, que fez questão de anunciar que o serviço de Segurança Social se vai manter naquela freguesia, “ao contrário do que foi anteriormente noticiado”.

Savinor marca reunião do executivo A última reunião do executivo da Câmara da Trofa ficou marcada pela discussão em torno do pedido de reconhecimento de utilidade pública municipal da empresa Savinor. Este ponto ficou marcada pela oposição do Partido Socialista a alguns pressupostos da propostas, designadamente no que diz respeito à utilização da água da rede pública da Trofa. Pela voz de Joana Lima, os socialistas consideraram que o enunciado levado à reunião colocava em causa a qualidade da água fornecida na Trofa, uma vez que a empresa falava da salvaguarda da qualidade alimentar para justificar a não ligação à rede pública da unidade industrial. Após acesa discussão, este ponto acabou por ser aprovado.


4

8 de Outubro de 2015

correiodatrofa

legislativas 2015

Os eleitos pelo distrito do Porto

ALVARELHOS E GUIDÕES PàF - 51% PS - 24,88% BE - 8,58% CDU - 6,05%

BE

PAN - 0,72%

Catarina Soares Martins José Borges Araújo Moura Soeiro Luís Valentim Pereira Monteiro Domicilia Maria Correia da Costa Jorge Manuel Costa Campos

CDU Artur Jorge da Silva Machado Diana Jorge Martins Ferreira Ana Virgínia da Costa Pereira

PàF José Pedro Correia Aguiar-Branco Marco António Ribeiro Santos Costa Emília de Fátima Moreira Santos Luís Pedro Russo da Mota Soares Fernando Virgílio Macedo Maria Germana de Sousa Rocha Carlos Henrique da Costa Neves Paulo Miguel da Silva Santos Cecília Felgueiras de Meireles Graça Cristóvão Simão Oliveira de Ribeiro Firmino Jorge Anjos Pereira Andreia Carina Machado Silva Neto Miguel Ferreira Morgado Álvaro Castelo Branco Carla Maria Gomes Barros Paulo César Rios de Oliveira Fernando Luís Soares Vales

ALVARELHOS e GUIDÕES

PS Alexandre Tiedtke Quintanilha José Luís Pereira Carneiro Maria Isabel Coelho Santos Alberto de Sousa Martins Renato Luís de Araújo Sampaio Luísa Maria Neves Salgueiro João Veloso da Silva Torres João Paulo Moreira Correia Ana Paula Mendes Vitorino Maria Gabríela Canavilhas Ricardo Manuel Bexiga Maria Isabel Solnado Porto Oneto Tiago Barbosa Ribeiro Pedro Bacelar de Vasconcelos

MURO

TOTAIS NACIONAIS 2015

PàF - 38, 33% (104 mandatos) PS - 32, 38% (85 mandatos) BE - 10,22% (19 mandatos) CDU - 8,27% (17 mandatos) PAN - 1,39% (1 mandato) ABST. - 43,03% BRANCOS - 2,09% NULOS - 1,61%

2011

PSD - 38,63% (105 mandatos) PS - 28,05% (73 mandatos) CDS - 11,74% (24 mandatos) CDU - 7,94% (16 mandatos) BE - 5,19% (8 mandatos) ABSTENÇÃO - 41,08% BRANCOS - 2,67% NULOS - 1,36%

MURO PàF - 53,23% PS - 25,67% BE - 9,45% CDU - 3,38% PAN - 0,80%


5

correiodatrofa 8 de Outubro de 2015

LEGISLATIVAS 2015

UNIÃO DE FREGUESIAS DE BOUGADO

Direita e Esquerda:

PàF - 47,38% PS - 29,13% BE - 9,41%

Empatados em termos históricos?

CDU - 4,49% PAN - 1,18%

Em 1999 foi o PS que venceu as eleições legislativas tendo obtido 43,12% contra 41,12% do PSD. Em 2002 os resultados inverteram-se e venceu o PSD com 49% contra 34,7% do PS. Nas legislativas de 2005 e 2009 a vitória na Trofa coube ao PS com 44,7% na primeira e 41,7% na segunda. A partir daí foi sempre a direita a vencer as eleições com 38,6% em 2011 e agora em 2015 com 46,4%.

UNIÃO DE FREGUESIAS DE BOUGADO

Contudo, se em todas essas eleições o PSD e o CDS tivessem concorrido coligados como em 2015, então teriam vencido as eleições na Trofa em 1999 e em 2009. Só em 2005 o somatório de votos do PSD e CDS foram inferiores aos votos no Partido Socialista.=

COVELAS

TOTAIS DO CONCELHO 2015

COVELAS

UNIÃO DE FREGUESIAS DO CORONADO

PàF - 48,51% PS - 30,76% BE - 8,20% CDU - 3,50% PAN - 1,09%

BE - 9,74% CDU - 5,02% PAN - PAN - 1,18% BRANCOS - 2,11% NULOS: 1,63% ABST. - 37,13%

2011

UNIÃO DE FREGUESIAS DO CORONADO PàF - 39,27% PS - 33,45% BE - 11,65% CDU - 6,41% PAN - 1,55%

PàF - 46,43% PS - 29,41%

PSD - 43,55% PS - 31,13%

CDS - 9,79% BE - 4,38% CDU - 3,93% BRANCOS - 2,49% NULOS - 1,30% ABST. - 34,73%


6

8 de Outubro de 2015

correiodatrofa

NOTÍCIAS

Bombeiros da Trofa assinalam 39 anos ao serviço da população Comemorações decorrem no próximo dia 10, no edíficio sede e quartel da instituição Miguel Ângelo Pinto geral@correiodatrofa.pt

A Associação Humanitária dos Bombeiros da Trofa assinala este sábado, dia 10 de Outubro, o seu 39º aniversário, com uma cerimónia a decorrer, a partir das 15h00, no edifício sede/quartel da instituição. São quase quatro décadas de trabalho em prol da comunidade trofense, com uma actividade de grande altruísmo e sempre voltada para o próximo. As comemorações iniciam-se com o hastear das bandeiras e homenagem aos bombeiros e membros dos órgãos sociais já falecidos, seguindo-se uma recepção às entidades convidadas. Logo a seguir, haverá lugar à benção de uma nova viatura e de equipamentos de protecção indivi-

dual e uma sessão solene no Salão Nobre da Associação Humanitária dos Bombeiros da Trofa. Um dos pontos altos do dia será sem dúvida o desfile apeado e motorizado em frente ao quartel, momento que atrairá muitos trofenses. O aniversário encerra com um Porto de Honra. Entretanto, os Bombeiros da Trofa marcaram presença no evento Bombeiro de Ferro AFT 2015, que decorrer na Ribeira do Porto, e que reuniu corporações da região e de Lisboa. Foi uma jornada onde para além da competição entre as equipas, se assistiu a uma demonstração das capacidades dos bombeiros portugueses, cada vez mais aptos para um efectivo apoio às populações. O presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, foi um dos convidados do evento, tendo entregue um dos prémios às corporações vencedoras.

Exposição fotográfica sobre animais silvestres Miguel Ângelo Pinto geral@correiodatrofa.pt

A Estação Ferroviária da Trofa tem patente uma exposição de fotografia, onde estão representados muitos dos animais silvestres que fazem

parte da fauna do concelho. Da autoria dos fotógrafos Alberto Maia, Joel Silva e Jorge Monteiro, a exposição regista os animais que habitam o concelho ao longo de todo o ano ou que, por vários motivos, sobem o rio Ave vindos do litoral ou, simplesmente, aqui aterram para descansar durante a sua jornada migratória.

Jantar marca encerramento da Festas Nossa Senhora das Dores Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt Foi num ambiente de muita festa e convívio que se juntaram cerca de 250 pessoas, num jantar que assinalou o encerramento oficial de mais uma edição das festas em Honra da Nossa Senhora das Dores, que mais uma vez encheu as ruas do concelho com alegria e devoção. A Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores, responsável pela condução

das festividades, organizou o jantar com o intuito de agradecer o contributo de todos aqueles que, de uma forma ou outra, contribuíram para o sucesso das mesmas. A cerimónia decorreu na cripta do quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa. Recorde-se que a edição deste ano atraiu, como já é habitual, várias dezenas de milhares de pessoas ao município, com destaque para as atuações de Anjos ou Santamaria, ao nível da animação, e da Grandiosa Procissão Nossa Senhora das Dores.


7

correiodatrofa 8 de Outubro de 2015

NOTÍCIAS

Trofa inaugurou Loja Interactiva de Turismo Investimento de 180 mil euros vai potenciar a oferta turística e impulsionar a divulgação da cultura e dos produtos locais. Miguel Ângelo Pinto geral@correiodatrofa.pt

A Trofa inaugurou a sua Loja Interactiva de Turismo, a 59ª na Região Norte e que se prevê venha a dar um impulso decisivo à atividade turística no concelho. A cerimónia contou com a presença, entre outros, do presidente da Entidade do Turismo do Porto e Norte, Melchior Moreira, do vice-presidente da CCDRN, Eduardo Viana e do presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto. Segundo o autarca, esta nova valência nasce cofinanciada por fundos europeus, num investimento que ascende aos 180 mil euros elegíveis e conta com a parceria e o empenho inexcedíveis da Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal , lembrando que por se integrar numa rede que liga todas as Lojas de Turismo já inauguradas, sendo esta a quinquagésima nona, a Trofa estará permanentemente ligada a outros concelhos portugueses, levando as nossas potencialidades e o nosso património até lá, e partilhando o melhor que Portugal oferece, aqui no nosso espaço . No entender de Sérgio Humberto, este novo espaço vai permitir a criação de um turismo que prime pela diversificação, dinâmico e inovador, alicerçado na riqueza do nosso território, da nossa história, dos nossos produtos, da nossa arte de bem receber e da nossa hospitalidade frisando que o espaço vai promover o turismo da Trofa com uma dinâmica voltada para os produtos estratégicos locais, seja a nossa gastronomia e vinhos, segmento de excelência, que convida a viagens por aromas, saberes e sabores, quer seja o nosso comércio, tão forte no passado, e que com a requalificação profunda do coração da nossa cidade, vai ter em breve um novo fôlego . O autarca lembrou ainda a importância do turismo religioso. Todos sabemos o impacto e a importância das nossas festas em Honra de Nossa Senhora das Dores, que já constam entre as maiores romarias do país, e porque não promovermos também, ao mesmo nível, o S. Gonçalo, a Santa Eufémia, o S. Pantaleão, a Festa do Divino Espírito Santo, e todas as romarias mais tradicionais

de todas as nossas freguesias, evocando o cruzamento entre a fé e as manifestações mais profanas e recreativas . Sérgio Humberto afirmou ainda que foram escolhidos como produtos estratégicos de eleição, cinco

pontos fortes que marcarão a estratégia de promoção turística, que são a arte sacra, os parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, o Parque das Azenhas, o Castro de Alvarelhos e o forte potencial de passado, presente e

COMUNICADO No dia 1 de Outubro de 2015, pelas 21h, Paulo Martins, Licenciado em Enfermagem, e que presta serviços ao domicílio, declara que: 1. Desde a presente data, por sua própria vontade, cessa funções/serviços de Enfermagem aos cidadãos Manuel Alves do Vale e a Maria Assunção Rodrigues Pereira; 2. Não se responsabiliza por qualquer atitude, consequência ou ato médico prestado aos cidadãos acima citados; Esta decisão prende-se pelo facto de, o Enfermeiro em causa, não sentir que reúne condições que assegurem a sua própria integridade física. Assim, e com o objetivo de se proteger publicamente de qualquer responsabilidade imputada, declara sob sua honra, que todas as afirmações são verdadeiras. Trofa, 1 de Outubro de 2015

futuro da indústria local. É daqui que partiremos para consolidar a projecção do nosso território , adiantou. Melchior Moreira, presidente da Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal, mostrou a sua satisfa-

ção pela abertura da loja na Trofa, lembrando que a estratégia seguida no sector para a Região passa pela ligação em rede, permitindo assim alcançar mais públicos e espaços que vão além dos mais difundidos internacionalmente.


8

8 de Outubro de 2015

correiodatrofa

Especial Alvarelhos e Guidões Adelino Maia, presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões

“Sinto-me melhor hoje na junta do que quando entrei” Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Que balanço faz dos anos recentes da freguesia, em relação ao que tem sido feito, não só pela freguesia, mas também pelas associações locais? Eu sinto que quem poderia responder melhor a essa pergunta seria o povo. Eu sei o trabalho que fiz e o que não fiz. Tento sempre fazer o melhor para a freguesia, sei que não está tudo feito, nunca está verdadeiramente, mas faço um balanço positivo. Sinto algum orgulho do que já está feito, e continuamos a tentar fazer o melhor possível para agradar ao povo, foi para isso que fomos eleitos. Como digo sempre, o povo gosta que votemos neles. Eles votam uma vez em nós, nós temos que votar neles todos os dias. Se por algum motivo tivesse que sair hoje da junta, não me iria pesar nada do que fiz, estou de consciência tranquila porque sempre tentei fazer o melhor pelas pessoas da freguesia. Como é a sua relação com a igreja? Congratulo-me bastante com a relação que construí com a igreja na nossa freguesia. É verdade que política e religião não se devem misturar, mas quando há diálogo construtivo entre ambas as partes, todos podem sair a ganhar. Não quero misturar ou confundir as coisas, isso é prejudicial, mas é bom podermos andar de mãos dadas, cada um com o seu papel, digo isso muitas vezes ao nosso padre. Temos uma coisa essencial em comum: trabalhar em prol do povo. Desde que as pessoas tenham humildade e saibam dialogar, chegamos sempre a bom porto. Eu não quero ser presidente da junta, quero ser presidente do povo. A junta não precisa de mim, ela é nova, não cai. Eu tenho é que acompanhar os problemas das pessoas, o dia-a-dia de quem trabalha e tem algo a dizer. Que tipo de ligação procura ter com as associações que existem e representam a freguesia? Mais uma vez, tento sempre an-

“há muito coisa que quero fazer até lá. Uma das prioridades é o centro de dia, estamos a trabalhar arduamente para que isso aconteça. Temos um dos melhores espaços da freguesia, aqui ao lado da junta, e está tudo parado há seis anos, é uma batalha que queremos ultrapassar. Para além disso, temos várias obras a serem feitas ou para começar. A Rua de Felgueiras, por exemplo, está prestes a levar um tapete novo, e a câmara também está a trabalhar no sentido de fazer o mesmo na rua de S. Gens”

dar de mãos dadas com todas as associações. O núcleo social de Guidões, por exemplo, tem tido um papel muito importante na freguesia. O rancho, a fanfarra, os escuteiros, todos são bastante relevantes para a freguesia e para a população, por isso tento dar-lhes o maior apoio para que possam desempenhar o respectivo trabalho. Na altura da ExpoTrofa, por exemplo, há um trabalho muito grande por parte de todos para que nos passamos unir e deixar a freguesia bem vista perante o resto do concelho. Gostaria que fosse possível dar algum tipo de compensação financeira a essas associações pelo trabalho que têm feito, mas mesmo assim a nossa porta está sempre aberta para o que for preciso. Orgulha-nos muito aquilo que eles fazem pela freguesia, e devemos-lhes mais a elas que o contrário, sem dúvida nenhuma.

Tem alguma coisa que quisesse deixar terminada antes do final deste mandato? Há quem diga que já fiz muita coisa, mas eu acho sempre que

não fiz o suficiente, quer sempre mais. Nesse sentido, há muito coisa que quero fazer até lá. Uma das prioridades é o centro de dia, estamos a trabalhar arduamente para que isso aconteça. Temos um dos melhores espaços da freguesia, aqui ao lado da junta, e está tudo parado há seis anos, é uma batalha que queremos ultrapassar. Para além disso, temos várias obras a serem feitas ou para começar. A Rua de Felgueiras, por exemplo, está prestes a levar um tapete novo, e a câmara também está a trabalhar no sentido de fazer o mesmo na rua de S. Gens. A parte rodoviária é um dos principais problemas da freguesia, e há muita coisa a fazer para melhorar esse aspecto. Como se caracteriza enquanto presidente de junta? Eu sou um homem de batalhas, não desisto enquanto não consigo terminar aquilo a que me proponho. Faço sempre as coisas com calma, mas nunca desisto, já nasci assim e vou continuar dessa forma à frente da junta. Tento sempre fazer as coisas com calma, penso que o diálogo

é sempre a melhor arma, mas se for preciso agir com força também o faço. Tenho um defeito: quando tenho alguma coisa que é preciso fazer, dorme comigo debaixo do travesseiro. E quando acaba aquela obra, entra logo outra. Isso prejudica um pouco a minha vida pessoal às vezes, mas é a minha maneira de ser, não consigo controlar isso. Que perspectivas tem para o futuro próximo da freguesia? Olhando para aquilo que tem sido feito, penso que o objectivo é continuar a apostar no povo. A Feira Franca, por exemplo, não teve o retorno esperado, é certo, mas foi de certo modo um sucesso, por isso vamos continuar a apostar nisso. O fontanário era uma prioridade, como o cemitério, são como cartões de visita da freguesia. Aqui tenho de agradecer ao executivo que trabalha comigo, que me ajudou muito para que se concluíssem esses trabalhos. Dito isto, posso dizê-lo do coração, sinto-me bem na junta, sinto-me melhor hoje do que quando entrei, por isso o objectivo é continuar a trabalhar da mesma forma.


9

correiodatrofa 8 de Outubro de 2015

Especial Alvarelhos e Guidões Adriano Teixeira, presidente da Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos

“O povo de Alvarelhos é um povo de grandes causas” Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Como é que tem evoluído a Fanfarra nos últimos anos? Apesar das dificuldades sentidas pela Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos, esta tem vindo a fazer um percurso firme e sustentado. Apareceu em público pela primeira vez em Agosto de 2011 com cerca de 35 elementos, só com instrumentos de percussão que na altura eram emprestados, e posteriormente oferecidos. Pouco tempo depois, a Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos dava um

passo importante: a aquisição de novos instrumentos. Atualmente, e naquele espirito de fazer mais e melhor, este grupo musical para além de ter mais elementos, cerca de 45, está mais enriquecido com instrumentos de sopro, satisfazendo desta forma a sua vertente mais solene, nomeadamente a participação em procissões. Porque chegavam pedidos para estarmos presentes em eventos de cariz mais ou menos tradicional ou feiras medievais, criamos há pouco tempo outra estrutura dentro da Fanfarra, os “Rufos do Castro”, com roupas de época e instrumentos de madeira. Desde de então temos participado em iniciativas de todo o género.

Que tipo de ligação têm com a junta de freguesia? A mais cordial. A nossa ligação com a Junta de Freguesia foi, é e será sempre a melhor. De referir também o ótimo relacionamento com a Câmara Municipal da Trofa e com todas as associações do concelho, para as quais vai uma saudação muito especial. Temos consciência de que o bom relacionamento com todas estas instituições nos dá mais força para alcançar os nossos objetivos. A Fanfarra tem sido uma das associações que mais transporta o nome de Alvarelhos para além da freguesia. Como reage a isso? Reajo com satisfação, mas também com sentido de responsabilidade. Quando somos convidados a estar

presentes com o nosso reportório em concelhos tão diferentes como Maia, Gondomar, Vila do Conde, Matosinhos e outros, enche-nos de orgulho e ficamos agradados com os aplausos e palavras lisonjeiras que nos são dirigidas pelas pessoas dessas localidades. Naturalmente que, quando somos solicitados para o nosso concelho, as pessoas já nos conhecem e recebem-nos de braços abertos. Que dificuldades têm tido e quais são as expectativas para o futuro? As dificuldades com as quais nos deparamos são, por exemplo, o facto de contarmos com 45 elementos inscritos no momento e qualquer espaço “torna-se pequeno” tendo em conta a dimensão do grupo. Outra

Rui Costa, presidente do Rancho Folclórico de Alvarelhos

“Um dos projectos a arrancar este ano é a criação de uma escola de música” Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Como é que surgiu o Rancho Folclórico de Alvarelhos? Decorria o ano de 1995, quando um grupo de pessoas lideradas por Bernardino Rodrigues e Laurinda Rodrigues, se reuniram no Café de São Roque, com o intuito da criação de um rancho folclórico, pois todos concordaram que estava na altura da decisão e que existiam valores mais do que suficientes para o efeito. A ideia foi muito bem acolhida, e como é tradição, com o máximo de sigilo entre eles, mas também de um bairrismo e de um empenho sem exemplo. Foram então adquiridos todos os itens essenciais para o início da sua atividade, tendo sido a sua apresentação ao público acontecido pela primeira vez, oficialmente, no dia 3 de Agosto de 1996, com missa de batismo presidida pelo Reverendo Padre Aires, onde apadrinharam o RFA Dario Marques e Almerinda Marques, tendo também como convidados, o Rancho Folclórico de São Romão do Coronado e o mais antigo Rancho do conselho, Rancho Folclórico de Trofa, tendo este ultimo apadrinhado o RFA. Como é que tem evoluído o Ran-

cho Folclórico de Alvarelhos nos últimos anos?Dificuldades? Tem evoluído de uma forma sustentada, responsável, e tendo sempre em conta que fazemos parte de uma comunidade, e a responsabilidade de transmitir os valores e tradições dos nossos antepassados no sentido de preservar ao máximo os usos e costumes das nossas gentes. Claro que, estando inseridos numa comunidade, sentimos na pele a conjuntura em que o nosso país se encontra, as imensas dificuldades que nos vão surgindo no nosso dia a dia. No ano de 2012, adquirimos a nossa sede própria, com ajuda financeira da Câmara Municipal da Trofa, da nossa Junta de Freguesia, de um grupo de amigos do RFA (Filhos da terra, que residem na África do Sul) e com imensas ajudas de toda a população em geral e donativos anónimos. Para fazer face a todas essas dificuldades, temos que ser dinâmicos e criativos pois as despesas também são imensas, e nesse sentido temos organizado inúmeros eventos, tendo o nosso ponto alto na organização da “Feira Franca de Alvarelhos”, que já vai na sua 2ª edição, com uma adesão fantástica de todos os intervenientes e visitantes. Não posso deixar de referir também algumas das inúmeras saídas ao longo da época: temos levado a cabo o nosso festival, que se realiza todos os anos no primeiro fim de semana do mês de Agosto, e,

claro, a participação nas grandiosas festividades da “nossa” Santa Eufémia, nas rusgas e no excelente festival que ali decorre todos os anos no mês de Setembro, e quem pode estar presente tem comprovado, que ombreamos com os melhores Grupos de Folclore da Atualidade. Na sua opinião, qual é a importância do grupo para a freguesia e para o concelho? Penso que é de uma importância vital, representamos de uma forma digna as tradições usos e costumes do nosso povo e “um povo sem cultura é um povo sem identidade”. Pois como disse anteriormente, estamos inseridos em comunidade e temos, quer queiramos ou não, um papel preponderante também a nível social. E isso claro que é uma maior valia, quer para a nossa freguesia quer para o nosso conselho, pois levamos esses valores para todos os locais onde vamos atuar. Que tipo de ligação existe com a junta de freguesia local? Não podia ser melhor, é de uma inter-ajuda e de uma lealdade sem exemplo. Sempre que necessitamos de algum tipo de ajuda, a junta de freguesia, e em especial o nosso presidente Adelino Maia, têm demonstrado uma proximidade, uma humildade, uma prontidão e um sentido de união impressionante, quer na cedência de espaços pú-

blicos, na cedência das garagens, que habitualmente utilizamos para a montagem do nosso espaço de restauração, na cedência de meios logísticos para o que for necessário. Que tipo de apoios têm a nível institucional? Como disse anteriormente, temos tido quer por parte da Junta de freguesia Alvarelhos e Guidões, quer por parte da Câmara Municipal da Trofa, em especial pelo nosso presidente Sérgio Humberto, (que é sem duvida alguma um amigo especial do RFA) a ajuda possível, quer a nível monetário quer a nível logístico, e prova disso mesmo tem sido a ajuda que nos têm prestado nos eventos de maior envergadura (o nosso festival e a Feira Franca). Achamos, no entanto, e já o temos vindo a referir junto do pelouro da Cultura da CMT, que nos deveriam ajudar na questão dos transportes quando nos deslocamos para fora do distrito do Porto, pois, atualmente, 90% das saídas que temos são em contrato de premuta, e de facto o custo do transporte é sempre o mais complicado de suportar. Que perspectivas tem para o futuro? Continuar com a dinâmica que temos vindo a seguir nos últimos anos, uma das nossas prioridades é dar continuidade ao processo de federação do nosso rancho, e como

situação prende-se com o facto de todo o material e acessórios de percussão necessários ao grupo terem um custo considerável, e daí todo o tipo de iniciativas e apoios serem bem-vindos. Em termos de futuro, o nosso principal objetivo é crescer e levarmos a nossa música a novos horizontes e, acima de tudo, proporcionar muita aprendizagem a quem integra o grupo, e bons momentos a quem assiste às nossas atuações. Tem orgulho na freguesia de Alvarelhos? Muito, pode crer. O povo de Alvarelhos é um povo de grandes causas. Tem-no demonstrado ao longo dos tempos. Como tal, desde a primeira hora recebeu a Fanfarra de Santa Maria de Alvarelhos de braços estendidos e de coração aberto. Nesta oportunidade, queria deixar um profundo agradecimento a todos os Alvarelhenses pelo carinho e simpatia demonstrados ao longo destes anos. Uma palavra final emocionada para os pais dos elementos da Fanfarra, pelo seu interesse, pela sua presença e por todo o apoio concedido.

devem imaginar é um processo moroso e dispendioso mas que não devemos negligenciar. Uma atualização e manutenção dos nossos trajes, que mais uma vez também é muito dispendioso. Outra das nossas prioridades é aplicação de uma nova cobertura na nossa sede pois a mesma, encontra-se com imensas infiltrações, chegando mesmo a ser perigoso ensaiar, principalmente no inverno, pois com a humidade fica muito escorregadio. Outro dos desafios é tentar manter o nosso bar aberto diariamente como tem sido hábito, pois além de ser um ponto de encontro e convívio de todos os componentes, associados e amigos do RFA, também é uma fonte de receita que ajuda nas muitas despesas. Em resumo, a direcção à qual presido ainda tem mais um ano de mandato e muitos projetos pela frente, uns a decorrer e outros a implantar. Um dos projetos que temos em mente, com o seu arranque ainda durante o presente ano, é a criação de uma escola de musica a funcionar na nossa sede, pois temos vindo a notar muitos potenciais músicos interessados, e será também uma forma de captação de novos valores para o seio do nosso grupo e não só. E para finalizar, aproveito para agradecer aos meus colegas de direção tem efetuado um trabalho fantástico, ao Mário Andrade, nosso ensaiador, pelo trabalho que tem vindo a realizar, não podendo deixar de estender o agradecimento a todos os componentes sem excepção. Já agora, também um agradecimento especial a todos os consórcios, a todos os beneméritos da nossa associação e a toda a população em geral.


10

8 de Outubro de 2015

correiodatrofa

NOTÍCIAS

Alvarelhos: 140 Concertinas para animar Santa Eufémia O ponto mais alto do concelho foi palco de mais uma iniciativa que juntou cerca de duas centenas de pessoas

Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Decorreu no passado dia 26 de Setembro a 16.ª edição do festival de Concertinas e cantares ao Desafio da Trofa, no Monte de Santa Eufémia, em Alvarelhos, onde de resto se realizam as festas de mesmo nome. O início estava marcado para as 14h30, mas foi ainda antes da hora que o local reservado para a festa, mesmo ao lado da igreja, se começou a encher de gente, que esperava animadamente pelo momento alto da tarde. A abertura do festival coube a um grupo de cinco jovens os “Bons Amigos”, que abriram caminho para uma tarde reple-

“Este ano, o Festival de Concertinas e Cantares ao Desafio da Trofa foi capital da tradição da região Minho”

ta de música, com cerca de 140 concertinas a subir a palco até ao final do evento. Cada grupo trazia músicas tradicionais da região do Minho, umas bem conhecidas, outras menos, mas todas com o mesmo objectivo: “animar a malta”. No final, a Comissão de Culto

de Santa Eufémia, responsável para organização das festas, convidou todos os participantes para um jantar-convívio. É importante recordar que a tradição dos cantares ao desafio é comum a várias regiões e países do mundo. No século XX, no Norte Litoral português,

este modo musical e poético de improvisação começou a ser acompanhado com concertinas, tornando-se um ícone da musicalidade tradicional da região. Este ano, o Festival de Concertinas e Cantares ao Desafio da Trofa foi capital da tradição da região minho.

Festa do Burro 2015 foi um sucesso para a APVC Com uma afluência que triplicou em relação ao ano anterior, a Zurra - Festa do Burro começa a ganhar relevância no contexto das iniciativas ambientais na região. Organização satisfeita com adesão a um evento que pretende promover a importância cultural, económica e ecológica do burro, revalorizando a sua imagem perante um público mais alargado.

Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

A Associação para a Protecção do Vale do Coronado (APVC) levou a cabo, pelo segundo ano consecutivo, a ZURRA -Festa do Burro, que decorreu no passado dia 19 de Setembro na freguesia do Coronado, no “habitat” dos três burros da associação. Vítor Sá, um dos responsáveis da instituição, afirma ao Correio da Trofa que a afluência do público foi muito além do que se esperava. “Posso dizer com segurança que triplicamos o número de pessoas, e, melhor ainda, o público que ali chegava ia interessado no tema e nas actividades, o que é muito positivo e mostra que o nosso trabalho tem algum efeito”, comentava. A festa contou com o apoio da AEPGA (Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asi-

nino), de Miranda do Douro, e um assinalável número de voluntários, bandas e anónimos que ajudaram à realização de diversas actividades pensadas para todas as idades: caminhada com burros, literatura, música, hatha yoga, arte. Como o próprio nome indica, esta festa procura sobretudo dignificar, revalorizar e promover o Burro, aliando ambiente, sustentabilidade, mundo rural e cultura. “A ZURRA pretende levar o maior número de pessoas a fascinar-se pelo Burro, a compreender a sua importância social, cultural, económica e ecológica, a revalorizar a sua imagem”, explica a associação. A actividade acabou por ser uma espécie de ponto de encontro de burriqueiros e curiosos da espécie asinina, mas também de ambientalistas e todos aqueles que se preocupam com a adopção de comportamentos mais sustentáveis e em sintonia com a Natureza. “A APVC provou, mais uma

vez, que, mesmo sem apoios institucionais e com reduzidos recursos financeiros – mas com valentes recursos humanos–, é possível realizar um evento

em que a sustentabilidade é bandeira, fazer educação e sensibilização ambiental, juntar as famílias, promover o Coronado e, por conseguinte,

o concelho da Trofa”, assinala Vítor. A associação garante, de resto, estar já a preparar a próxima edição. Que seja novo sucesso.


11

correiodatrofa 8 de Outubro de 2015

notícias

Governador Rotary de visita à Trofa António Vaz enalteceu o trabalho que o movimento tem levado a cabo junto da comunidade trofense. Miguel Ângelo Pinto geral@correiodatrofa.pt

O Governador de Rotary do Distrito de 1970, António Vaz, esteve de visita à maia, numa jornada onde solidariedade e entrega foram as palavras de ordem. Para além da apresentação de cumprimentos na Câmara Municipal da Trofa, onde foi recebida pelo presidente da autarquia, Sérgio Humberto, a comitiva rotária visitou ainda a empresa Odlo Portugal, com o dia a terminar num jantar festiva no Restaurante Julinha. Em declarações ao Correio da Trofa, António Vaz adiantou que o dia “foi extraordinário de generosidade, partilha, entrega e doação deste grupo de trabalho com a comunidade da Trofa e não só”, frisando que “visitamos projectos de formação e educação, princípios fundamentais para que haja paz que é aquilo que efectivamente preten-

demos”. No entender do governador, “só estamos em paz quando somos capazes de nos doar aos outros”, lembrando, no entanto, que às vezes essa doação “não tem a ver com bens materiais, mas sim com a nossa capacidade de dar o nosso tempo ou participarmos em

projectos que ajudem crianças a ser homens, trazendo para a nossa sociedade a humanização que tenho vista neste concelho”. A crise económica que tem afectado o país tem levado a que o tema da solidariedade e da partilha comum esteja mais actual

do que nunca. António Vaz entende que mesmo com os tempos difíceis que se têm vivido, “as pessoas são solidárias e querem ajudar. Às vezes, os problemas da crise contêm um pouco algumas pessoas. mas a verdade é que os nossos problemas comparados

com os que existem no mundo são muito pequenos. 87% das crianças que não sabem ler estão em países subdesenvolvidos”, adiantou. O governador não deixou de saudar o “apoio extraordinário do Rotary Club da Trofa à comunidade local, algo que não posso deixar de registar e enaltecer”. Quanto ao movimento rotário, António Vaz salientou que ele tem passado por uma situação de quase estagnação ao longo dos últimos anos, mas desde o ano passado essa situação vem mudando e nota-se uma adesão forte das pessoas, reforçando o nosso lema de que juntos fazemos mais e melhor”. A adesão das novas gerações também é enaltecida por António Vaz. “Têm vindo a aderir e de uma forma muito tranquila e generosa e genuína. Tazem dinâmica e rebeldia que também é preciso. O movimento rotário deve ser algumas vezes revolucionário. Os jovens não são um conflito, são uma complementariedade”, concluiu.


12

8 de Outubro de 2015

correiodatrofa

DESPORTO

Formação do Atlético Clube Bougadense em festa O departamento de formação de A. C. Bougadense conta actualmente com cerca 120 jovens

Alfredo Gomes (Texto) Miguel Mourão (Foto) geral@correiodatrofa.pt

O Atlético Clube Bougadense realizou no passado fim-de-semana, a festa da formação para todo o seu departamento jovem. Foram dois dias de muita festa no parque de jogos da Ribeira, com jogos de apresentação de todas as equipas, inauguração da nova secretaria do departamento, apresentação individual dos atletas por escalão, lançamento do novo cartão de desconto GreenBox e um almoço convívio para todos. O vereador do pelouro e desporto da Câmara Municipal da Trofa, Renato Pinto Ribeiro, marcou presença no primeiro dia da iniciativa, que juntou largas centenas de pessoas no parque de jogos da Ribeira. Jorge Almeida, 43 anos, que a época passada estava no Gondim da Maia, é o coordenador do Departamento de Formação do Atlético Clube Bougadense e treinador da equipa de juniores. Em declarações ao Correio da Trofa, faz um balanço positivo do trabalho realizado desde que assumiu a coordenação do clube, fala sobre o presente e perspectiva um futuro risonho para o departamento de formação do Atlético Clube Bougadense: “O Centro Desportivo do A.C. Bougadense atualmente conta no seu departamento de formação com cerca de 120 jovens. Metade são atletas dos 4 aos 12 anos. Na Academia de Futebol do A.C. Bougadense, as crianças dos 4 aos 8 anos dão os primeiros passos na modalidade, aqui não há seleção, procura-se proporcionar o primeiro encontro formal com o jogo. A partir das Escolas de Competição 9 e 10 anos já se seleciona os que têm mais aptidão, aqueles que revelam capacidade para seguir um programa de formação futebolística. Nos Iniciados e Juvenis a seleção é mais exigente, continuam aqueles que manifestam mais rendimento. Os Juniores são o topo da pirâmide. Este projeto do Centro Desportivo A.C Bougadense e Departamento de Futebol Formação do A.C. Bougadense tem sido muito positivo. “Novos Passos Rumo ao Futuro” está projetado para os próximos 4 anos, com objetivos e metas bem delineadas, com uma Estratégia

Global para o Departamento e duas fases de desenvolvimento do projeto. Atualmente vamos no 1º ano com este projeto, e sentimos que estamos a percorrer o caminho certo, um caminho seguro, assente numa estrutura cada vez mais sólida. Partindo do princípio que o Departamento de Formação A.C. Bou-

gadense tem como fundamento formar jogadores, com capacidade para jogar um dia na equipa principal do clube, definimos as seguintes estratégias: associar o AC Bougadense como um clube formador de referência no Concelho e no Distrito, no plano desportivo, social e cognitivo; investir na qualidade de todos os intervenientes

no processo; definir um modelo de Jogo Positivo – em que o jogar bem é uma obrigatoriedade; definir um perfil de jogador do A.C. Bougadense; definir o perfil de técnico do A.C. Bougadense; criar um Gabinete de deteção e seleção de Talentos; criar Departamento de Marketing e Publicidade da marca A.C. Bougadense; criar a Acade-

mia de futebol A.C. Bougadense, criar a escola de Guarda Redes, e por fim definir objetivos desportivos do Departamento. Para operacionalizar o projeto traçamos duas fases de desenvolvimento. Nos dois primeiros anos a nossa prioridade passa por criar condições humanas e melhores Infraestruturas, preocupamo-nos em “moldar” técnicos, jogadores, responsáveis e intervenções, agora vamos investir muito na implementação do modelo de Jogo adotado e na prospeção de jogadores para as nossas equipas de competição, pois só desta forma conseguiremos atingir a regularidade competitiva que pretendemos para o Departamento. Nos próximos anos vai passar para que as nossas equipas sejam capazes de disputar o acesso aos Campeonatos da 1ª Distrital. Agora temos de dar tempo para o desenvolvimento do projeto, este é um processo que necessita de tempo e de grande estabilidade estrutural. Nada pode ser feito por acaso. Não adianta nada subir num ano para descer no próximo ou no seguinte porque falta a base. Temos que entender o processo. O Departamento tem que ter equipas com alguma qualidade em todas as idades para sustentar, ano após ano, as equipas que disputam os Campeonatos da 1ª distrital. Já temos alguma qualidade e competitividade nas nossas equipas. Se observamos a qualidade de jogo e o seu rendimento percebemos que estamos no caminho certo nada se pode comparar com os últimos anos. Estrategicamente, já criamos um Gabinete de deteção e seleção de talentos do departamento de formação, que vai ser fundamental para o nosso crescimento e afirmação, nomeadamente na deteção de jovens jogadores de qualidade, contribuindo desta forma para que, ano após ano, apresentemos equipas ainda mais competitivas e uma equipa Sénior B para dar oportunidades aos nossos atletas. Atualmente, a formação é e será uma forte aposta do Clube/atual Direção. O Clube está a investir no futuro, o Centro Desportivo A.C. Bougadense proporciona excelentes condições para a prática da modalidade, com um bom sintético. O projeto do clube passa pela formação. A parte mais visível é o campo, temos 4 balneários, um Bar com esplanada, uma Secretaria / Stand para dar apoio aos Pais


13

correiodatrofa 8 de Outubro de 2015

DESPORTO

Taça de Portugal 3ª- eliminatória dos atletas, Bancada, Departamento Médico, Transporte com carrinha de nove lugares. Temos organizado algumas atividades desportivas com o intuito de divulgar e promover o futebol de formação, de valorizar os nossos jovens, de mostrar a qualidade de trabalho deste departamento e despertar todos aqueles que acompanham o futebol que a nossa formação está e quer crescer ainda mais. Em Junho, fizemos o nosso Torneio SummerCup2015 nos escalões de Juvenis, Iniciados, Infantis e Benjamins. Para a Páscoa de 2016 vamos realizar o nosso I Torneio de Benjamins Sub-11 Futebol de 7 ‒ BOUGADENSE CUP /2016. Durante o mês de Outubro vamos realizar uma ação de incentivo à prática do Futebol em Bougado a fim de despertar a paixão pelo jogo e possibilitar a prática do futebol em relva sintética a todas as crianças do concelho. Esta é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da modalidade. Vivemos num período em que as crianças são obrigadas a interessa-

O sorteio realizado na sede da Federação Portuguesa de Futebol, determinou que o Clube Desportivo Trofense, recebesse no seu estádio o vencedor do jogo Pedras Rubras ‒ Santa Clara, que se re-

aliza na noite de Quinta feira, dia 8 de Outubro, pelas 19h, no municipal de Pedras Rubras. O jogo da terceira eliminatória está marcado para o próximo dia 18, às 15h, na Trofa.

Vigorosa apresentou equipas para nova época A secção de Basquetebol da A.C.R. Vigorosa, apresentou no passado Sábado, em S. Romão do Coronado, as equipas de competição, para a nova época de 2015/2016. Sub-

14 e Sub-16 masculino e Sub-19 Feminino, foram os escalões apresentados. Recorde-se que, na época passada, a equipa feminina disputou a final-four de apuramento de campeão.

Casa FC Porto da Trofa apresenta equipa de futsal masculino rem-se por outras atividades que não o futebol e isto tem efeitos muito prejudiciais para a modalidade. Basta repararmos no tempo que as crianças passam na escola, entram de manhã e saem à noite! Passam o dia na sala de aula! As crianças têm de brincar, de correr,

de saltar, de jogar, têm de transpirar! Agora não se pode jogar futebol na rua e em algumas escolas acontece o mesmo. Temos que alterar esta atitude. O Departamento vai continuar a divulgar e promover o futebol, temos que devolver a paixão pela bola, pelo jogo.

A Casa do FC Porto da Trofa vai pela primeira vez em 19 anos de existência, participar nos campeonatos concelhios de futsal da Trofa. Para esse efeito, no

Tinturaria de fios Polyester - Poliamida - Algodão - Acrílico - Viscose e Misturas Estamparia de fios Torcedura - bobinagem - urdissagem de fios

Rua Nossa Senhora da Assunção, nº1 - Esprela - Apartado 136 - 4786-909 Trofa Telefone: 252 409 430 - Fax: 252 409 439 - Tlm: 914 399 301/2

borgapelion@mail.telepac.pt

próximo sábado, dia 10, pelas 22h30, nas instalações da casa, irá decorrer a apresentação da equipa que vai participar no referido campeonato.


14

8 de Outubro de 2015

correiodatrofa

DESPORTO CAMPEONATO DISTRITAL DA 2ª DIVISÃO DA A.F. PORTO – SÉRIE 2

A.D.C. Penamaior - 2 F.C. São Romão - 1 Alfredo Gomes (Texto) Diogo Sousa (Foto) geral@correiodatrofa.pt

O F.C. São Romão iniciou o campeonato com uma derrota na sua deslocação a Paços de Ferreira, para defrontar o Penamaior. A equipa da Trofa esteve a vencer durante quarenta minutos, mercê de um golo apontado por Berto, no melhor período da equipa romanense. O S. Romão foi superior durante a primeira parte.

Na segunda parte, o Penamaior equilibrou a contenda e a doze minutos do fim chegou à igualdade por intermédio de Vítor. E quando toda a gente pensava que o empate seria o resultado final, Mónica Melo, juiz da partida, viu motivo para assinalar grande penalidade contra o S. Romão, já em período de compensação (90+4). Chamado a converter, Juliano deu a vitória (injusta) aos pacenses. Na próxima jornada, o S. Romão folga, voltando à competição na terceira jornada, a 18 de Outubro, recebendo o 1ª- Maio Figueiró.

CAMPEONATO NACIONAL DE SÉNIORES – SÉRIE B – 5ª- JORNADA

Trofense vence com naturalidade Estádio do Clube Desportivo Trofense, Trofa Espectadores: Cerca de 200 pessoas Equipa de Arbitragem: Vasco Almeida, auxiliado por Paulo Cabral e João Cabral C.D. Trofense: Jorge Batista, André Gomes, Nélson Sampaio, Pedro Eira, João Pedro, Tiago, Jorge Inocêncio (Rui Gomes), Bruno Simões, Hélder Sousa, Serginho (Rui Faria) e Onyeka (Zé Domingos) Suplentes: Ricardo, Rui Gomes, Aílton, Ricardinho, Rui Faria, João Viana e Zé Domingos Tr. Vítor Oliveira

João Gomes (Texto) João Gomes (Foto) geral@correiodatrofa.pt

A.D. Oliveirense: Ricardo Fernandes, Marco André, Zé Manel, Vinícius, Tiago Portuga, Fatai, Jacob (M. Pedro), James (Tucka), Neves, Isaiah (Bruno Sousa) e Rui Li

Embalado com a vitória no último fim-de-semana, frente ao Atlético, para a Taça de Portugal, o Clube Desportivo Trofense entrou forte e moralizado frente à A.D. Oliveirense e logo aos dois minutos Bruno Simões, com um cruzamento magistral, colocou a bola à mercê de Serginho, que inaugurou o marcador, dando vantagem à equipa da casa. Mas a vantagem durou pouco tempo, porque passado quatro minutos Neves respondeu da melhor forma a um livre marcado por Tiago Portuga e restabeleceu a igualdade no marcador. Depois do golo do empate, foi a equipa visitante a ficar com o controlo do jogo, mas sem criar oportunidades de golo. Nos últimos quinze minutos da primeira parte, o Trofense conseguir voltar a ter o controlo

Suplentes: Ricardo, Paulinho, M. Pedro, Júnior, Tucka, Bruno Sousa e Vicente Tr. Tó Nau Marcadores: Serginho, Neves e Hélder Sousa Ação Disciplinar: Tiago Portuga, Fatai, Marco André, Bruno Simões, João Pedro, Hélder Sousa, Jorge Batista, André Gomes e Tucka Nada a registar Melhor Jogador em Campo: Hélder Sousa

GD Covelas obtém segunda vitória consecutiva Alfredo Gomes geral@correiodatrofa.pt

Em jogo a contar para a Taça da Associação de Futebol do Porto, o Grupo Desportivo de Covelas recebeu no passado sábado, no pavilhão da EB/23 de S. Romão do Coronado, a Associação Desportiva de Labruge, vencendo por 3-2, com o golo da vitória a ser apontado por Cenoura, já no decorrer da segunda parte. A equipa lidera o grupo com duas vitórias em outros tantos jogos realizados.

do jogo e Onyeka, reforço que fez a sua estreia em jogos oficiais, obrigou o guardião da equipa visitante a esticar-se para realizar a defesa da tarde. Na segunda parte o Trofense entrou forte e nos primeiros minutos teve oportunidades para ganhar vantagem. Serginho, Inocêncio e Nélson Sampaio tiveram o golos nos pés, mas a bola não queria entrar. Mas o golo apareceu com naturalidade, com Hélder Sousa a finalizar da melhor maneira um canto apontado por João Pedro. A perder, a Oliveirense correu atrás do prejuízo e só de bola parada é que consegui incomodar a defensiva da equipa da casa. Nada que colocasse em causa a vantagem do Trofense. Até ao final, destaque para um remate de Hélder Sousa que rasou a trave da baliza de Ricardo Fernandes. No próximo sábado (dia 10), o Clube Desportivo Trofense desloca-se ao terreno do Arões, jogo que tem inicio marcado para as 15h00.


15

correiodatrofa 8 de Outubro de 2015

notícias

Horta da Santa Casa da Misericórdia celebra 5.º aniversário “O meu cantinho de terra” é o nome do projecto social da Santa Casa da Misericórdia da Trofa que, nos últimos cinco anos, tem dado uma nova oportunidade a várias pessoas de ocuparem o seu tempo e, ao mesmo tempo, usufruírem dos produtos da terra. Provedor garante que o projecto se irá estender a São Romão do Coronado. Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Foi no passado dia 3 de Outubro que a Santa Casa da Misericórdia da Trofa celebrou o quinto aniversário de um dos seus projectos sociais mais acarinhados pela população, designado “O meu cantinho de terra”. Basicamente, esta iniciativa permite que um total de 27 famílias possam usufruir de um “talhão” individual, uma porção de terreno entre os cerca de três mil m2 que ocupam a horta da instituição. Aqui, podem plantar e cultivar uma série de produtos hortícolas, sendo que tudo aquilo que for plantado é sua propriedade, como faz questão de salientar Amadeu Castro Pinheiro: “a Santa Casa não fica com nada do que é aqui

plantado, o objectivo é que as famílias possam beneficiar de tudo o que produzem”, ressalvou o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa. Foi precisamente junto ao local que teve lugar a cerimónia de comemoração, com a assinatura dos acordos que estabelecem essa ligação entre quem usufrui do espaço e a própria instituição de apoio social. Um a um, Amadeu Pinheiro foi recebendo as pessoas que ali se encontravam, e que alegremente assinavam o protocolo que lhes permite, de certa forma, oficializar o acordo celebrado com a Santa Casa. Também presentes na cerimónia estavam Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado, e a vereadora da câmara Lina Ramos. Depois de deixar uma palavra de apreço para os trofenses ali presentes e para os parceiros que apoiaram o projecto (Junta de Freguesia de Bougado, Câmara Municipal da

Trofa, Segurança Social e BioTrofa), o provedor destacou a evolução do espaço e assumiu que “nada disto seria possível sem o enorme esforço e dedicação de todos os envolvidos”. Luís Paulo também fez questão de deixar algumas palavras de incentivo: “ninguém nasce condenado ao insucesso, isto é a prova disso. Vocês podem construir aqui o vosso futuro,

só é preciso trabalho e dedicação”, salientou o político. Lina Ramos, por seu lado, destacou a importância de “ajudar famílias que de outra forma poderiam não ter nenhum tipo de apoio” e recordou o lançamento de um projecto semelhante em São Romão do Coronado. Esse é precisamente um dos próximos objectivos da equipa respon-

sável pelo projecto. Em declarações ao Correio da Trofa, Amadeu Pinheiro avançou que já se está a trabalhar nesse sentido e que a nova horta social deverá começar a ser utilizada no início do próximo ano. “Estamos a falar de um terreno sensivelmente com as mesmas dimensões que este, por isso julgo que teremos condições para ajudar um número semelhante de pessoas”, assumiu o provedor. Para quem utiliza o terreno para cultivar os seus próprios alimentos, não existem dúvidas quanto à sua importância. Maria e Júlio Pereira têm um talhão há dois anos. O casal garante que chega a passar várias horas por dia no terreno e “é uma ótima maneira de passar o tempo e ganhar algo com esse trabalho”. Quanto ao futuro, apenas uma certeza: “vamos continuar a trabalhar aqui até que nos seja fisicamente impossível”.

Alva Dance continua a produzir campeões A academia de dança Alva tem estado no centro das atenções no mundo da dança nos últimos tempos. Isto porque foi aqui que surgiu o talento de Sandro Marques, o jovem dançarino que foi um dos grandes vencedores do concurso de talentos da TVI “Pequenos Gigantes”, que terminou no passado dia 27 de Setembro. O Correio da Trofa acompanhou um dos ensaios dos mais jovens, para que perceber em que tipo de ambiente nasceu a nova coqueluche do concelho.

Paulo Camões geral@correiodatrofa.pt

Todas as terças e sextas-feiras, Sandro Marques junta-se aos colegas do Alva Dance para treinar em equipa e num ambiente descontraído. Apesar de se ter transformado numa pequena celebridade, depois de vencer o concurso da TVI, continua a seguir a mesma rotina que o levou ao programa. “Fiquei muito feliz quando percebi que era um dos vencedores do programa, mas agora quero continuar a treinar aqui com os meus colegas, é onde me sinto melhor”, afirma Sandro. E se uma das características que lhe é apontada pelas pessoas mais próximas é a maturidade com que tem lidado com a fama recente, o mesmo pode ser dito em relação aos restantes jovens da academia e à forma como lidam com a nova estrela. Ricardo Dias é um dos jovens que ensaia todas as semanas com o “pequeno gigante”, e defende que a pessoa que venceu o

concurso é a mesma que treinava antes. “Tenho muito orgulho no Sandro, é um grande dançarino e ele sabe disso, mas continuo a darme com ele da mesma maneira, ele é o mesmo”, explica o jovem que também sonha seguir uma carreira profissional no mundo da dança. Ana Cruz, um pouco mais velha, também tem acompanhado o percurso do jovem. “Ele tem uma técnica muito apurada, e trabalha muito, por isso não ficamos admirados que ele tenha alcançado esta vitória”, diz. De resto, é notória a cumplicidade entre os três enquanto falam ao nosso jornal, com muitos risos e trocas de elogios. “Acho que ele não mudou nada desde que chegou ao programa, continua a ser um bom colega de dança e um bom amigo como era antes”, ressalva. A jovem não tem como objectivo profissional uma carreira na área, mas assume que a dança”é uma boa forma de apurar a técnica e criar boas relações com outras pessoas que têm gostos semelhantes”. Nesse sentido, a adoles-

cente considera que “não devem existir melhores locais que o Alva Dance”. Quanto ao futuro de Sandro, o jo-

vem tem já prevista a participação na próxima edição do programa “Portugal Got Talent”. Para além disso, o objectivo continua a ser o

mesmo: “treinar aqui no Alva com os meus colegas, prefiro ficar aqui do que ir para uma qulauqer escola no estrangeiro”.



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.