Novas soluções para antigos problemas reprodutivos

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Revisão Técnica

• Há uma nova geração de vacinas vivas intranasais (Aptimmune™) que induzem uma resposta mucosal específica do tipo IgA, em glândulas salivares e no trato respiratório superior e inferior (G16X PRRSv vaccine). • Nos últimos dez anos houve grandes progressos nas técnicas de sequenciamento do ácido nucleico (NGS – a um o custo atual de US$ 300,00 a US$ 400,00/ amostra). A tecnologia desenvolvida pela MJPRRS Grouping permite classificar e diferenciar as cepas do vírus da PRRS com base nas suas diferentes propriedades físicas, identificando a sua sequência de aminoácidos em ORF5 (a proteína estrutural geneticamente mais variável). A técnica pode identificar a presença de mais de uma cepa na mesma amostra (fluidos orais, pulmões e soro), mas nem sempre distingui-la. Um universo de 25 grupos permite identificar os movimentos virais e as possíveis fontes de origem deles para estabelecer programas de controle regionais sistêmicos ou no nível da granja. • As coinfecções PRRSv/PCv2 afetam gravemente o crescimento dos leitões/suínos adultos. Diarreia Epidêmica Suína por Coronavírus (vírus RNA) www.aavs.org/pedv e www.pork.org/PED • Este é um vírus RNA da Ordem Nidoviridae, Família Coronavirus e Gênero Alphacoronavirus, com um diâmetro médio de 95 a 150 nm, de cadeia simples, envelopado e pleomorfo, com uma estrutura genômica e modo de replicação muito semelhantes aos de outras espécies animais e de humanos. O vírus é composto por sete ORFs que codificam quatro proteínas estruturais (S, E, M e N) e altamente infeccioso a tão somente na potência 103. A virulência dos isolados em diferentes países e continentes durante os 30 anos de sintomas clínicos foi semelhante, com um mínimo de dispersão genética. O referido vírus não tem nenhuma implicação na saúde humana. • O vírus foi detectado nos EUA pela primeira vez em abril de 2013, tendo sido identificadas duas cepas antigenicamente distintas, cocirculando

simultaneamente nas granjas de suínos (US PEDv e S-indels). A segunda era menos patogênica para suínos com cinco dias de idade, embora a patogenicidade desse vírus seja dependente da idade. A cepa US PEDv é excretada em maior quantidade nas fezes de leitões com três semanas de idade, e a cepa S-indels, em animais com sete semanas de idade. A primeira cepa gera proteção cruzada frente às duas cepas em leitões desmamados, enquanto a segunda faz melhor apenas frente às cepas homólogas e parcialmente frente às heterólogas. No México, o vírus da SED (sigla em inglês) foi detectado pela primeira vez em julho de 2013, causando 100% de mortalidade em leitões. Na província de Ontário (Canadá), ocorre desde janeiro de 2014. • No primeiro ano morreram 8 milhões de suínos nos EUA, causando perdas econômicas de US$ 900 milhões a US$ 1,8 bilhão, afetando 60% das granjas de reprodutoras norte-americanas, com uma perda total estimada, entre maio de 2013 e maio de 2014, de 12,5 milhões de suínos em idade de abate (11% da produção total). O vírus reapareceu na China, Japão, Coreia do Sul, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Canadá, México, Alemanha, Bélgica, França e Portugal. Cerca de 996 granjas (2,53 milhões de matrizes) que participaram voluntariamente de um projeto em Minnesota/EUA tiveram perdas médias de 2,6 a 4,7 leitões/porca/ano e demoraram de 15 a 20 semanas para retomar a produção anterior e 28 semanas (de 7 a 64) para se estabilizar.

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• A infecção de leitões no desmame provoca redução no crescimento e excreção fecal do agente durante 24 dias pós-infecção, sendo factível a reinfecção e a disseminação a partir dos dejetos. • A transmissão do vírus da SED está bem estabelecida, podendo ocorrer por meio de aerossóis, em partículas de tamanhos diferentes (detectáveis pela prova do PCR), até a 16 km de distância do local da infecção. A transmissão por meio de suínos infectados é rápida, e pelo transporte contaminado é segura. Além disso, em 2014, foi demonstrada a transmissão via matérias-primas, alimentos contaminados e caminhões para transporte de ração. O vírus pode sobreviver por até sete dias em alimentos secos e 28 dias na alimentação úmida, armazenados à temperatura ambiente. A dose infectante mínima calculada foi de 5,6 x10 TCID50/mL nº 59/2017 | Suínos&Cia


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