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Inovação é destaque em tempos de pandemia

Mais novo Instituto da Feluma desenvolve soluções tecnológicas para o combate ao coronavírus

O Instituto de Inovação e Incorporação Tecnológica Ciências Médicas foi criado, no início de 2020, com o objetivo de fomentar e dar suporte técnico a projetos na área da saúde. Ideias criativas vindas de alunos, colaboradores e professores, que podem ser colocadas em prática por meio de plataformas tecnológicas – a criação de uma startup, por exemplo –, têm encontrado no Instituto o apoio necessário para sair do papel.

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Com a chegada da pandemia, os esforços passaram a se concentrar em soluções que possam contribuir para o enfrentamento da Covid-19. A primeira plataforma tecnológica, criada com o apoio do Instituto de Inovação e Incorporação Tecnológica Ciências Médicas, é dedicada à realização de testes para diagnósticos in vitro. O método desenvolvido, conforme conta o Prof. Hércules Pereira Neves, coordenador do Instituto, simplifica o processamento de amostras para testes de PCR, que é considerado “padrão ouro”, de acordo com a OMS, para o diagnóstico da Covid-19. Ele permite a extração e purificação do RNA viral em dois minutos, a um custo inferior a R$ 1. “Mais importante, possibilita que a extração e purificação ocorram no próprio local de coleta. Dessa forma, o material a ser enviado ao laboratório é não contaminante e apresenta alta estabilidade mesmo em temperatura ambiente. O método já foi validado com sucesso. E, apesar de ter sido desenvolvido no contexto da pandemia, ele pode ser utilizado para qualquer teste molecular.”

O desenvolvimento de novas propostas no contexto da pandemia não para por aí. Em paralelo, a equipe ainda está aprimorando um teste rápido molecular que dispensa o uso de equipamentos de laboratório, cujo resultado é obtido em apenas dez minutos. Prof. Hércules explica que, assim como no caso do método de preparação de amostras, a plataforma utilizada estará disponível não só para teste de outros patógenos, mas também como apoio ao diagnóstico, utilizando biomarcadores como os micro- RNAs (miRNAs), biópsias líquidas e outros indicadores. Outra plataforma que o Instituto já está desenvolvendo é a de análise de imagens microscópicas baseada em redes neurais artificiais, uma especialização da inteligência artificial especificamente voltada ao estudo de imagens com alta capacidade de inferência automática. Em suma, é a utilização de sistemas de computador que funcionam de maneira semelhante à das redes de neurônios que temos no cérebro. Elas coletam e “aprendem” com as informações obtidas. Essas plataformas podem ser vistas como um esforço coordenado para o desenvolvimento de um sistema integrado para a instrumentalização da telessaúde. O objetivo é criar uma série de ferramentas para uso remoto, que permitam coletar e analisar os mais diversos parâmetros, de forma rápida e confiável.

Para o Prof. Hércules, a telessaúde é uma realidade e uma oportunidade de demonstrar utilidade e relevância durante a pandemia. Entretanto, é importante que se busquem no mercado alternativas para aumentar a qualidade e abrangência dos serviços. “É justamente aí que entra a tecnologia como apoio aos profissionais de saúde: não para substituí-los, mas para empoderá-los”, afirma o coordenador.

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