Guias de Umbanda - Nível 2 - Marcos Nascimento

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C.E.D.E.M TRABALHO DE ADMISSÃO E GRAU NÍVEL 2

MARCOS NASCIMENTO

GUIAS DE UMBANDA - FALANGES E MISTÉRIOS

SÃO PAULO-SP 2021 MARCOS SANTOS DO NASCIMENTO JUNIOR


GUIAS DE UMBANDA - NÍVEL 2 - FALANGES E MISTÉRIOS

Este é um trabalho de elevação de grau referente ao nível 2 e tem como finalidade aprofundar os estudos dentro dos diferentes temas tratados dentro do CEDEM e desta forma, evoluir e aprimorar diferentes pontos de vista em relação aos assuntos aqui tratados. Orientador: Douglas Vieira

SÃO PAULO-SP 2021

"Uma mente que se abre a uma ideia, como um paraquedas, jamais se fecha" Einsten, Albert.


SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO

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1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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1.2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA

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2. DESENVOLVIMENTO 1. SERES CONSCIENTES NO PLANO ESPIRITUAL 1.1. UM PARÂMETRO PARA DEFINIR EVOLUÇÃO 1.2. O PLANO DO CRIADOR

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2. HIERARQUIA ENTRE ESPÍRITOS 3. FALANGES ESPIRITUAIS 3.1. RELAÇÃO DAS FORÇAS NATURAIS (ORIXÁS) NA DENOMINAÇÃO DE FALANGES 3. CONCLUSÃO

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LINKS

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1. INTRODUÇÃO Esse estudo partirá do princípio que o entendimento definitivo sobre a forma como cada diretriz da religião é tratado em cada terreiro e centro de estudos, difere de um lugar para o outro e uma visão bem aprofundada e analítica do próprio entendimento perante cada assunto (sempre questionando-se e buscando aprimorar esse entendimento) é um resultado de uma auto-análise particular e, na maioria dos casos, orientada por um sacerdote e/ou guia chefe de um terreiro de Umbanda. Fundamento é o conjunto de regras básicas de organização e funcionamento de uma instituição, estabelecimento, esporte etc. (FIGURADO (SENTIDO)•FIGURADAMENTE - Dicionário google).

Ou seja, os pontos expressados a seguir são determinados por uma diretriz pré estabelecida na instituição de ensino em questão, o CEDEM e seu corpo diretriz.

1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


O projeto irá tratar da hierarquia e agrupamento de guias de Umbanda e suas falanges no plano espiritual e como isso reflete no trabalho realizado por eles no plano terrestre. (...) Estes guias, em sua grande maioria, são espíritos de antepassados que se encontram nas portas do plano espiritual ou dentro dele. Podem ser da família do médium ou da pessoa revisitada. Já as falanges são o "grupo" hierárquico espiritual com base em objetivos, evolução e definições préexistentes que ultrapassam o entendimento humano.

1.2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA Este estudo busca aprofundar o entendimento sobre o comportamento da consciência espiritual, a necessidade de uma definição hierárquica e seus objetivos primários bem como a relação dos tópicos citados com as falanges de Umbanda.

2. DESENVOLVIMENTO 1. SERES CONSCIENTES NO PLANO ESPIRITUAL Partindo de um princípio espiritualista e sem citar Anjos, Arcanjos, Orixás, Elementais e outras forças e entidades ligadas até mesmo a outros planos e mundos e, tendo em vista que o tema tende a aprofundar-se em guias de Umbanda: um dos maiores questionamentos sobre a existência de um ou mais planos além do terrestre, baseado em senso comum, é sobre a necessidade da sua existência. Além do que, muito se fala sobre aqueles que desencarnaram ou nunca encarnaram e que possuem consciência humana/terrestre. Em sentido psicológico, a consciência é a percepção do eu por si mesmo, este é o conceito mais conhecido. Em sentido epistemológico, a consciência é primeiramente o sujeito do conhecimento. Em termos metafísicos, chamamos muitas vezes à consciência o Eu. A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência e a capacidade de perceber a relação entre si e o outro. (Brasil Escola)

Mas afinal, qual a necessidade da consciência existencialista mesmo antes de encarnar ou pós a morte? Dentro do que a Umbanda ensina, a resposta é simples: a


evolução do espírito baseado em um âmago, um núcleo ou, simplesmente, um parâmetro específico. Vale lembrar que, tratando de espiritualidade, consciência não é a mesma coisa que memória, ou seja, nem sempre o que o espírito vivencia, ele registra.

1.1. UM PARÂMETRO PARA DEFINIR EVOLUÇÃO Indo direto ao ponto, um ser para que seja considerado mais evoluído ou menos evoluído, precisa de um parâmetro, um eixo comparativo o qual se dá pela consciência do certo e errado estipulado pelo grande arquiteto do universo, baseado em suas particularidades, objetivos, aprendizados e no que o espaço tempo preparou para aquela alma. Muitos até acreditam que a terra é um dos planos por onde aquele ser irá passar para ensinar ou aprender algo e, quase como em uma passagem de capítulos ou fases, irá transitar entre planos e mundos conforme sua evolução.

1.2. O PLANO DO CRIADOR Com base no entendimento da continuidade de traços da consciência do ser e na concordância de que é necessário um parâmetro para definir o que é mais e o que é menos alguma coisa, entende-se que os seres conscientes não encarnados, que se assemelham aos que habitam, em estado de espírito e fisicamente, a terra, tem como objetivo evoluir e auxiliar na evolução do "eu", ou seja, da consciência. Em atos, pensamentos e tomadas de decisão. Importante considerar que a vivência que causa inquietude e/ou angústia nos seres, que em algumas filosofias e religiões denomina-se Karma, é considerado um meio de evolução. Ou seja, nem só de flores é feito o caminho da evolução do espírito e da consciência. Para que esse objetivo único de tornar aquele ser merecedor e capacitado a desfrutar de algo, deduz-se que um plano natural foi desenhado pelo tempo e pelo grande arquiteto que na Umbanda pode ser denominado Olorum. Entre tantos meios para alcançar esse objetivo, como a prática da caridade ou a meditação, um deles pode-se dizer que é o uso (pelo plano espiritual) de seres não encarnados para orientar outros seres (encarnados ou não encarnados) a buscar o seu melhor estado, como a si mesmo.


2. HIERARQUIA ENTRE ESPÍRITOS Olhando mais atentamente para esse plano desenhado pelo grande criador, é possível entender um tático desenhado com o intuito de aproveitar cada ser como um integrante de um exército, onde hierarquias e regras são consideradas. Tal condição de hierarquia entre os espíritos é uma relação de respeito e disposição a depuração moral, recebendo o auxílio dos espíritos puros. É importante compreender que hierarquias terrenas de nada são relevantes após o desencarne. (AllanKardec – O livro dos espíritos, pág 45.)

Na Umbanda, além dos líderes que comandam verdadeiros exércitos que trabalham dentro e fora da lei da Umbanda, também há os falangeiros. E é nesse ponto que este estudo quer se aprofundar. O que são, qual é de fato a necessidade de uma falange, como elas nasceram e por "quem" ou o que são compostas?

3. FALANGES ESPIRITUAIS As falanges são os agrupamentos de espíritos que foram destinados pelo mesmo campo energético para fins muito semelhantes e até muitas vezes idênticos. Numa determinada falange pode haver centenas de espíritos atuando com o mesmo nome, aos quais denominamos de falangeiros dos orixás. A falange de Cabocla Jurema, por exemplo, é constituída de milhares de espíritos que adotam este nome, como se fossem procuradores diretos da vibração do orixá Oxossi. (Comunidade Céus)

As falanges são regidas por um espírito chamado comumente por falangeiro e possuem sempre um nome que os denomina. Como por exemplo Tranca Ruas, Maria Padilha e Pena Verde (nomes muito familiares para frequentadores e praticantes da religião de Umbanda). Por isso é comum ter mais de um guia com o mesmo nome em diferentes terreiros. Cada um é um, porém a partir de um determinado momento e por um motivo específico, foi dado àquele espírito a chance de levar o nome daquela falange. Também há casos em que um guia pertence a uma falange mas leva um nome/mistério diferente. Como a pombagira Maria Quitéria que responde para a falange Maria Padilha. (...) sob o comando de um espírito, existe uma quantidade enorme de outros espíritos que se utilizam dessa mesma "chancela" ou "insígnia" - uma espécie de autorização dos Maiorais que regem o movimento umbandista e que identificam os que já adquiriram o direito de trabalho nas suas frentes de caridade no orbe. (Comunidade Céus)


As entidades que trabalham na lei de Umbanda e numa linha de trabalho específica, ou seja, em uma falange, respondem energeticamente a uma força natural: um Orixá.

3.1 RELAÇÃO DAS FORÇAS DENOMINAÇÃO DE FALANGES

NATURAIS

(ORIXÁS)

NA

Os Orixás determinam em qual força o guia irá atuar, de acordo com as necessidades próprias e de acordo com o meio em que irá atuar, como já citado acima. A Falange da Cabocla Jurema por exemplo, uma das mais antigas conhecidas, é uma falange designada pelo astral a trabalhar na linha de Oxóssi, por ser de Caboclo. Uma linha que traz consigo o conhecimento das ervas e a simplicidade dos indígenas brasileiros. Além do conhecimento e do foco que Oxóssi (a força da própria mata e representante da fatura e do discernimento) também carrega consigo. Ou seja, cada arquétipo, mistério, nome, elementos e atuação de um guia, está diretamente ligado à falange para qual responde que, consequentemente está ligada ao Orixá a qual rege. E de novo, essa designação se dá por merecimento ou ato de confiança para uma determinada obrigação, egocêntrica ou externa, como é possível notar por exemplo no livro O guardião da Meia Noite de Rubens Saraceni.

3. CONCLUSÃO Conclui-se que todo e qualquer passo de uma entidade, isso inclui as cores de velas que usa, as bebidas que pede e suas manias e costumes, tem o seu significado e que existem diferentes formas de um espírito se aproximar da realidade dos encarnados e trabalhar em prol da evolução humana. Ou seja, na Umbanda, tudo tem um porquê. Não existem perguntas sem respostas, a menos que quem questione não esteja apto a saber.


Também nota-se que as falanges foram uma forma que a espiritualidade encontrou para "organizar" os grupos que atuariam com uma determinada missão.

Vale, por último mas não menos importante, lembrar que as falanges e seus mistérios e nomes, ao decorrer do tempo, vão desaparecendo e dando lugar a outras.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LINKS ● https://umbandaeucurto.com/materias/textos/cores-de-guiasdos-orixas/ ● http://www.genuinaumbanda.com.br/ entidades_e_falanges.htm ● https://www.google.com/search? q=significado+de+fundamento&rlz=1C5CHFA_enBR827BR827 &oq=significado+de+fundamento&aqs=chrome..69i57j0l5.4474 j1j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8 ● http://www.blog.mataverde.org/exu-pagao-e-exu-de-lei/ ● https://www.google.com/search? q=entenda+mais+guias+de+umbanda+falange&rlz=1C5CHFA_ enBR827BR827&oq=entenda+mais+guias+de+umbanda+falan ge&aqs=chrome..69i57.5539j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8 ● https://lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/cultos-a-natureza/ artigos/o-que-sao-os-orixas ● http://luzdoespiritismo.com/perguntas-e-respostas/pr-o-que-eo-estado-espiritual-para-o-espirito ● https://domtotal.com/noticia/1203691/2017/11/a-narrativamitica-do-surgimento-da-umbanda/


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