Cartola #8

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YOUNG #8 Alejandro Ramirez / Breno Freitas / Gianfranco BriceĂąo Leandro Franco / Manny Roman / Paulo Anjos / TĂşlio Camillo


JUVENTUDE ≠IDADE JUVENTUDE = LIBERDADE


#EDITORIAL

be YOUNG

A

moda sempre cultuou a juventude como sinônimo de pouca idade, vendo as cicatrizes, rugas e demais bagagens como inimigas da beleza. Mas é possível ter espírito jovem aos 30, 50, 100 anos... Uma vez que juventude não é sinônimo de idade, e sim de atitude e liberdade. Nessa edição, buscamos retratar a juventude e alguns de seus desafios. Fomos de Natal ao Brooklyn, batemos um papo com o fotógrafo Gianfranco Briceño e refletimos sobre o “ser jovem”. Paulo Anjos diretor

EXPEDIENTE D IR E Ç Ã O E PROJETO GR ÁFICO Paulo Anjos FOTOGR AFIA Alejandro Ramirez, Breno Freitas, Leandro Franco, Manny Roman, Paulo Anjos e Túlio Camillo STYLING Alexander Garcia, André Ferreira, Camila Sanches, Chris Patricka, Gabriel Alvarez del Castillo, Jady Rocha, Jonhathan Duarte e Nê Bardac

B EL EZ A Andrèa Lord, Camila Sanches, Edu Hyde, Frankie Padron, Lu Ferreira, Thaygo Balbino, Sara Juan M OD ELOS Davi Martins, Devlin Arten, Henrique Fraga, Jeremy McClain, Malcolm Lindberg, Mateus Aguiar e Thaysa Belo ARTIG OS E M ATÉRIAS Paulo Anjos, Rafael Oliveira e Jânio Nascimento

AS S ES S ORIA J URÍDI CA Vitor França COL A G EN S Tiago Luís CA PA fotografia – Leandro Franco modelo – Davi Martins beleza – Edu Hyde styling – Nê Bardac assistente de styling – Erika Gottz assistente de fotografia – Diego Dias

Cartola é uma revista independente de moda masculina e arte. Esta é uma edição digital, disponível gratuitamente para visualização e download. Versões anteriores impressas podem ser adquiridas na loja online ou nos pontos de venda. A publicação pertence à empresa Anjos Creative e não pode ser impressa sem autorização prévia. A reprodução online é permitida perante colocação dos créditos da revista. / @cartolamag contato@cartolamag.com www.cartolamag.com


we all wa be youn ENTREVISTA ARTE & CULTURA

06 Minha Avó: Um Olhar Sobre a Juventude

28 Criador do Snaps Fanzine, KCT Private Club e do zine Uncut, o fotógrafo Gianfranco Briceño é o entrevistado da edição

COMPORTAMENTO CAPA

19 Se é Jovem Em Qualquer Momento

42 Is This Your Life


ant to ung

#CONTEÚDO

EDITORIAIS

08 Jeremy

20 Cool Kids For Lives

34 Circus

56 The World Is Not Enought

64 Knock Knock


Minha avรณ: Um olhar sobre a juventude 6

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#ARTE&CULTURA

“1. Período da vida de uma pessoa entre a infância e a idade adulta; juventa, mocidade; 2. A gente moça, a população jovem; mocidade; 3. Qualidade do que é jovem, do que apresenta viço e frescor; mocidades.”. A definição atribuída ao vocábulo “juventude” no dicionário Michaelis nos remete a sentidos denotativo e conotativo sobre a terminologia. Denotativo uma vez que se refere ao período biológico e psicológico de intensas mudanças, próprias dos seres humanos, e conotativo por estar associado a um estado de espírito. Por sinal, esse último nos permite uma dimensão mais amplificada do “ser jovem”.

texto RAFAEL OLIVEIRA foto TONY LUCIANI

S

e pudéssemos partir de uma questão sobre a juventude, proporia: o que é ser jovem? Apesar da profundidade filosófica, na tentativa de responder o questionamento faria menção a uma fotografia que tem minha avó de 86 anos de idade como objeto. Ela está dançando um “coco-de-roda”. Com um vestido florido de fundo azul, uma faixa vermelha à abraçar sua cintura, um grande colar de pérolas reluzindo no pescoço e sustenta no rosto uma maquiagem rosada, muitas vezes feita com o seu batom (que é também blush e sombra). O fotógrafo, anônimo, captura justamente o momento do girar de sua longa saia, registrando não apenas o plissado acentuado pelo movimento, mas todas as marcas do tempo: rugas nos olhos, os raros fios brancos no seu cabelo, as marcas que a vida eternizou no seu semblante. Para além dos aspectos materiais, a fotografia revela ainda elementos mais profundos, mas principalmente o frescor da juventude. Minha avó, naquele momento, é a representação máxima da força, do contentamento, da liberdade. Isso: liberdade. A produção historiográfica sobre o fenômeno da juventude nos faz perceber que ela, como tudo na sociedade, é uma construção. Segundo Clarice Cassab (2011), o conceito foi criado e reinventado por diferentes sociedades, a fim de delimitar um período que fosse marcado por aprendizagens que preparassem o indivíduo para a vida adulta. Essa passagem instituída por rituais que simbolizavam o romper de uma fase à outra. Em outros grupos humanos, como afirmado pela autora, essa transição é inexistente. Fazendo o ser infante cair no cotidiano da vida adulta sem perceber. Michelle Perrot (2018), em Os excluídos da história, ao analisar categorias historicamente marginalizadas, a partir da Segunda Revolução Industrial, como: operários, mulheres e prisioneiros, atenta seu olhar para os chamados apaches. Grupos de jovens delinquentes do subúrbio, estereótipo reforçado por uma elite econômica e dos grandes centros, que ganharam as manchetes dos principais

jornais parisienses entre os séculos XIX e XX. Os apaches também representavam a “anarquia”, o distanciamento do modelo da vida operária e disciplinar do chão de fábrica, próprio de um cenário revolucionário e questionador. O que fazia a burguesia tremer nas bases e promover sua repressão. O “apachismo”, termo cunhado no início do século XX, passou a ser entendido num dado momento como um rito de transição: “‘É a última busca do prazer antes de entrar na linha’ (...) [acentuando-se] o aspecto lúdico do comportamento dos apaches a recusa do trabalho (...), gosto pela perambulação, pelo fumo, álcool, mulheres, os prazeres do consumo e sobretudo das roupas.” (p. 346) A juventude ligada aos critérios etários, até mesmo as “responsabilidades” e “desafios” da vida adulta, sofreu com o advento do mundo pós-moderno. Fazendo com que momentos de vida antes consolidados e naturalizados pela sociedade passassem por um processo de inversão. Seguindo essa linha de pensamento, as características inerentes a juventude passam a ser compartilhadas e estendidas à idades mais avançadas. A sede por aprender, por se aventurar, por descobrir, por experimentar, por fugir dos padrões, por libertar-se, cada vez mais pode ser encontrada em pessoas como minha avó. Aos mais novos visualizamos o peso das cobranças no disciplinamento e deveres que só viriam após anos de aprendizagens e gozo da tez ainda firme. Percebemos esse processo em jovens que se lançam na carreira de youtubers, e que mesmo mostrando seu cotidiano e estilo de vida, montam verdadeiros modelos de negócio antes reservado à sujeitos mais “experientes” e “vividos”. Juntam-se ao hall de empreendedores que antecipam seus amadurecimentos. Utilizam-se do fôlego jovial para conquistar espaços no mercado. O conceito de juventude, em plena revolução digital, expande-se. Ultrapassa as fronteiras dos vocábulos dos dicionários e as sistematizações de alguns campos da ciência, reconstruindo-se na sociedade ocidental/midiática como um estado. Ser jovem é, simplesmente, sentir-se livre. CARTOLA cartolamag.com

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EREMY photography – MANNY ROMAN model – JEREMY MCCLAIN (One Management) styling – ALEXANDER GARCIA makeup – FRANKIE PADRON hair – ANDREA LORD


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blazer, shirt & trousers – TOKYO JAMES | dress – LOVE BINETTI (worn underneath)


shirt & shorts – LUCIO CASTRO trenchcoat – MAISON MARGIELA boots – DOC MARTENS 10

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jacket – PERE DU LOUP shirt – LUCIO CASTRO shorts – DUCKIE BROWN


shirt – PRADA trousers – MARNI latex top – ATSUKO KUDO shoes – JOHN FLUEVOG CARTOLA cartolamag.com

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shirt & Shorts – DANIEL PATRICK sheer bodysuit – R.U.B.S socks – CALVIN KLEIN trainers – DSQUARED2 14

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jacket – DANIEL PATRICK trousers – SAINT LAURENT bodysuit – R.U.B.S 16

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jacket – VIDEMUS OMNIA shirt – DAVID HART trousers – TOKYO JAMES shoes – DOC MARTENS


#COMPORTAMENTO

Se é jovem em qualquer momento texto JÂNIO NASCIMENTO colagem TIAGO LUÍS

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utro dia, me encontrei bastante saudosista, lembrando de várias situações de quando eu era mais novo. Desde a impaciência e imediatismo a criatividade e intensidade em viver cada momento. Nesse tempo, imaginava que a vida de todo mundo era uma televisão. Havia milhares de pessoas assistindo minha vida. E em todo momento tentava ser engraçado, para que a série sobre mim, fosse também uma comédia e os telespectadores não mudassem de canal. Agora isso já existe e chamam de Youtubers. Mas, o mais engraçado, é que acreditava que existiam vários de mim. Não exatamente eu mesmo, mas era como se em cada país ou lugar qualquer existisse um rapaz que estava fazendo exatamente as mesmas coisas que eu fazia. Não era raro comentários meus como: na China existe outro garoto que agora está se deitando para dormir, assim como estou fazendo. Às vezes, ia tomar banho e decidia não usar o shampoo, assim, em cima da hora, na expectativa de enganar alguns deles e tentar adivinhar quantos conseguiram desistir a tempo. Lembrei também que foi isso que me deu forças no dia em que minha avó se foi. Durante o momento de seu enterro, no auge de minha dor, imaginei: quantos “eus” agora estão passando por esse momento junto a mim?

Quantos também perderam suas avós e as enterram, sentindo a mesma dor que estou sentindo? Em minha mente, abracei a todos e todos me abraçaram de volta. Juntos nos demos apoio e forças para continuar. Com o passar dos anos, essa crença foi aos poucos indo embora de mim, assim como muitas outras coisas que a idade adulta não nos permite mais possuir. O imediatismo foi substituído pela procrastinação, o colorido das roupas, deram lugar a tons mais sóbrios, a vitalidade cedeu lugar para o cansaço. Enquanto temos nossa juventude, nos permitimos viver intensamente uma sensação de que tudo é possível e que sempre podemos fazer muito mais. E quando a maturidade chega, renunciamos a tudo isso. Hoje em dia, percebo que não tem que ser assim. A juventude não é inversamente proporcional a idade. Esse brilho jovial não precisa esmaecer até chegar ao ponto de se apagar. Ao invés disso, busco trazer um pouco mais do eu antigo. Devolver a leveza de acreditar na infinidade de possibilidades existentes por aí. Me permito viver com menos asperezas e enxergar mais graça nas coisas. Foi pensando nisso, que decidi hoje mesmo postar esse texto. Antes que um outro eu, em um outro lugar, poste primeiro. CARTOLA cartolamag.com

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co o l K I

D f or

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LI VE S Viver. Se expressar. Ser contra o sistema. A juventude é única e se rebela através do comportamento e da identidade. Quebra de regras. Escândalo e agressividade. A finalidade é lutar pelo o que se deseja. Igualdade. Liberdade. Um movimento sem rótulos, que busca viver da maneira que julgar necessária. Não há certo ou errado. Suas escolhas. Seus ideais. A juventude nunca morre.

fotografia – TÚLIO CAMILLO modelo – DEVLIN ARTEN styling – ANDRÉ FERREIRA e CAMILA SANCHES beleza – CAMILA SANCHES


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gorro – ZARA camiseta – NO FUTURE gola alta – ZARA calça – LEE correntes – MIA BRECHÓ


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camiseta – ELLUS + HERCHCOVITCH jaqueta, camisa e calça – ZARA meias – À LA GARÇONNE CARTOLA cartolamag.com

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camiseta – À LA GARÇONNE manga longa – HIGH CO. calça – ZARA correntes – MIA BRECHÓ


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#ENTREVISTA

O O L HA R D E

Gianfranco

Briceño por PAULO ANJOS

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atural do Peru, o fotógrafo Gianfranco Briceño tem feito de seus quase 15 mil dias na terra uma experiência única de arte. Seu interesse pela fotografia veio ao começar o curso de Publicidade e Propaganda na PUC Minas, e desde então não parou. Com um olhar poético sobre o corpo masculino, suas fotografias retratam a juventude masculina, ora com nudez, em preto e branco, ora colorida com intervenções como textos e colagens. Fotografando há 14 anos, decidiu levar seu trabalho para um caminho de incertezas na arte. “Houve um momento que eu tive que escolher, ou levava meu trabalho por um caminho mais fácil e seguro, mas que me deixaria meio infeliz, ou corria atrás das coisas que realmente queria fazer”, comenta. Hoje, criador de projetos como o Snaps Fanzine e KCT Private Club, o artista comemora mais um projeto autoral visual, o Uncut, e compartilha conosco em entrevista um pouco do seu olhar sobre fotografia.

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HÁ 5 ANOS VOCÊ LANÇAVA O SNAPS FANZINE, PIONEIRO AO RETRATAR O NU MASCULINO MODERNO, COM UM OLHAR POÉTICO, NO BRASIL. DE LÁ PARA CÁ VOCÊ LANÇOU MAIS DOIS PROJETOS, O KCT PRIVATE CLUB E O MAIS RECENTE UNCUT. COMO VOCÊ ENXERGA A EVOLUÇÃO DO SEU TRABALHO AO LONGO DESSES ANOS?

Gianfranco – Bom, é difícil definir minha própria evolução. Acho que em cada projeto eu explorei elementos diferentes de um mesmo tema, por assim dizer. Quando fazia o Snaps, estávamos falando do corpo masculino nu de uma forma simples, sem objetificação, existia uma inocência nisso tudo. No KCT quis entrar mais na noite que tanto pulsava em São Paulo e nos desejos sexuais de uma juventude bem mais aberta, que não tem medo de se mostrar ou de mostrar seu tesão. E no UNCUT

eu condensei isso tudo em colagem, acho que essa evolução veio no fato de eu deixar de ser apenas um fotógrafo que registra e ter me tornado um artista mais completo, consegui trabalhar as imagens que eu faço com outras técnicas, como pintura e colagem, isso me abriu outras possibilidades para experimentar. Tem sido bem gostoso de fazer. ARTISTAS, ÀS VEZES, COSTUMAM FALAR SOBRE A POSSIBILIDADE DE CRIAR NOVAS IDENTIDADES E/OU EXPRESSÁ-LAS ATRAVÉS DE SUA ARTE. DURANTE SUA CARREIRA COMO FOTÓGRAFO, COMO SUA VIDA TEM SIDO REFLETIDA EM SUAS FOTOGRAFIAS?

GB – Eu me considero um flâneur, um observador de tudo o que eu vejo, das conversas que ouço nas ruas, do jeito como as pessoas falam, se expressam; isso tudo talvez venha pelo fato de eu ser estrangeiro (moro há 20

anos no Brasil, sou peruano), então ainda conservo aquele olhar estrangeiro comigo, tenha certa curiosidade no que as pessoas fazem/gostam de fazer. Tudo o que eu faço vem muito da minha observação, dos meus amigos, dos lugares onde vou. Moro no centro de São Paulo justamente por isso, é um centro muito rico, cheio de gente de muitos lugares do Brasil e do mundo, de muita gente nova também. Então eu gosto muito de saber/ver/perceber o que a juventude faz, tenho um foco muito forte nos jovens, esse jeito de se expressar se conecta comigo e a partir daí surgem muitas ideias no meu trabalho que muitas vezes eu percebo depois que eu já fiz. VOCÊ TRILHOU UM CAMINHO DE CERTA FORMA A PARTE DO ATUAL MERCADO TRADICIONAL DE FOTOGRAFIA BRASILEIRA, POR QUÊ?

GB – Houve um momento que eu tive que escolher, ou levava meu trabalho por um caminho mais fácil e seguro, mas que me deixaria meio infeliz, ou corria atrás das coisas que realmente queria fazer, pagando minhas contas com muito aperto, mas sendo feliz com os resultados. Bom, como vimos fui na segunda opção e não me arrependo. SEUS PROJETOS RETRATAM A IDENTIDADE DO JOVEM BRASILEIRO DE DIFERENTES FORMAS. HÁ ALGUMA FOTOGRAFIA CLICADA POR VOCÊ QUE TENHA UM SIGNIFICADO ESPECIAL? E POR QUÊ?

GB – Não tenho esse tipo de afeição específica com determinadas imagens. Costumo gostar muito das fotos que faço hoje, amanhã talvez não goste tanto mais, aí depois esqueço delas. 30

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QUEM VÊ DE FORA TALVEZ NÃO IMAGINE O TRABALHO QUE DÁ FAZER PROJETOS AUTORAIS E AINDA ARTESANAIS, COMO O ZINE. QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS NA PRODUÇÃO, DIVULGAÇÃO E VENDA DO SEU TRABALHO?

GB – Acho que é o fato de eu fazer tudo sozinho, o que eu gosto porque faço as coisas exatamente do jeito que quero, mas enfim, eu demoro uns 6 meses entre fotografar um fanzine, divulgar, fazer pré-venda, produzir em si até enviar pelos Correios. É um puta trabalho e demanda muito muito tempo. Tenho a sorte de sempre ter tido apoiadores que se identificaram com meu trabalho e sempre compraram os fanzines <3 E POR FIM, O QUE VOCÊ ACONSELHARIA A ALGUÉM QUE QUER SEGUIR CARREIRA NA FOTOGRAFIA?

GB – Acho que muita gente que começa se volta a ver “referências” do que poderia fazer, e eu acho que isso é a coisa mais errada que o pessoal que está começando faz, porque no final você vê toda uma geração com um trabalho parecido, sem identidade, tendo as mesmas referências. Então, meu conselho seria: faça um trabalho autêntico, diferente, ouse. Procure inspiração na sua própria historia, na sua vivência, nas coisas que você consome e nas que não consome também, ande por outros caminhos, ouça outro tipo de músicas, veja outro tipo de filmes, viaje. O mundo é diverso e cheio e vai ser nessas descobertas que as ideias vão surgir. Fuja da internet, da pastinha de salvos do Instagram, do Pinterest, aquilo está ali porque já foi feito e ninguém vai longe com um trabalho parecido com outro que já é referência.

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fotografia – BRENO FREITAS modelo – MATEUS AGUIAR styling – CHRIS PAT assistente de styling – NASKA looks – RENDASE BRECHÓ CARTOLA cartolamag.com

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THIS IS YOURlife fotografia LEANDRO FRANCO modelo DAVI MARTINS beleza EDU HYDE styling NÊ BARDAC assistência de styling ERIKA GOTTZ assistência de fotografia DIEGO DIAS


jaqueta – RATIER blusa – CAVALERA


terno – RICARDO ALMEIDA gargantilha – MINHA VÓ TINHA



colar – MINHA VÓ TINHA blaser – B LUXO camiseta – OLIV sapato – RICARDO ALMEIDA anel – SKULL


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acessórios – SKULL macacão – OCKSA bota – HEBEL 48

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calça – FCKT anel – SKULL


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gargantilha – MINHA VÓ TINHA macacão – FCKT anéis – SKULL CARTOLA cartolamag.com

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terno – RICARDO ALMEIDA gargantilha – MINHA VÓ TINHA


camiseta – CAVALERA jaqueta, colar e bota – MINHA VÓ TINHA 54

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jaqueta – RATIER blusa – CAVALERA cinto – MINHA VÓ TINHA anel – SKULL CARTOLA cartolamag.com

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the world is not enought fotografia – PAULO ANJOS modelos – HENRIQUE FRAGA e THAYSA BELO styling – JADY ROCHA assistente de styling – JONHATHAN DUARTE beleza – LU FERREIRA e THAYGO (Salão Iguales) agradecimentos – COMPLEXO IGUALES e PONTO G




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kknock nock photography – ALEJANDRO RAMIREZ model – MALCOLM LINDBERG stylist – GABRIEL ALVAREZ DEL CASTILLO groomer – SARA JUAN agency – VIEW MANAGEMENT


coat – MUJI shirt – KIKE trousers – ERMENEGILDO ZEGNA CARTOLA cartolamag.com

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jacket – GAP t-Shirt – CALVIN KLEIN jeans – LEVI´S shoes – CONVERSE - Chuck Taylor All Star 66

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coat – MASSIMO DUTTI TAILORING t-shirt – ADIDAS ORIGINALS jeans – AMERICAN VINTAGE shoes – CONVERSE – Chuck Taylor All Star socks – ADIDAS ORIGINALS CARTOLA cartolamag.com

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jacket – LEVI´S trousers – OVADIA & SONS shoes – CONVERSE - Chuck Taylor All Star 68

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cardigan – MUJI t-shirt – CALVIN KLEIN shorts – VOLCOM socks – ADIDAS ORIGINALS shoes – CONVERSE Chuck Taylor All Star CARTOLA cartolamag.com

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coat – J.P. TILFORD pattern shirt – CARLO PINI trousers – OVADIA & SONS shoes – CONVERSE - Chuck Taylor All Star CARTOLA cartolamag.com

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