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Celebração religiosa encerrou os eventos do Ano Jubilar da Cáritas RS
Um pulsar de emoção, fé e fraternidade encheu a Paróquia Santo Inácio de Loyola, em São Leopoldo (RS), que alegre e gentilmente acolheu a todas e todos para o encerramento das atividades em comemoração aos 60 anos da Cáritas RS. O espaço foi escolhido para a comemoração devido à sua localização central, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e por ter um trabalho de Cáritas organizado e muito dinâmico sob a coordenação do Padre Flávio Lima, pároco da Igreja e presidente da Cáritas Diocesana de Novo Hamburgo. Embora o público tenha sido restrito a poucas pessoas devido à pandemia de Covid-19, a missa celebrada em 11 de novembro de 2021 - data oficial de fundação da Cáritas - foi transmitida também virtualmente, possibilitando a participação mais ampla de quem tinha restrições de saúde ou de distância. Assim, as palavras de Dom Silvio Guterres Dutra, bispo referencial da Cáritas RS que presidiu a Celebração Eucarística, chegaram aos corações de agentes, voluntários e voluntárias, amigos e amigas nos longínquos cantos do país, e muito além.
Um dos pontos altos da celebração foi o momento do ofertório. Das mãos de agentes, voluntárias e voluntários da Cáritas vieram símbolos depositados no altar. Junto à bandeira com os dizeres “A ordem é ninguém passar fome” foram colocados produtos da Economia Popular Solidária e exemplares de Sementes Crioulas. Um pedaço de pão lembrou a soberania alimentar e nutricional. A Constituição Brasileira e a bandeira do Brasil firmaram os compromissos com as lutas por direitos. A cesta indígena chamou a atenção para a cultura de povos e comunidades tradicionais. A mala, para as causas da mobilidade humana, de migrantes e refugiados.
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A Vela Jubilar, acesa em novembro de 2020, manteve-se brilhando até o fim. Após a Missa, houve uma animada confraternização com doces, salgados e bolo feito por mulheres que participam dos cursos de culinária na paróquia Santo Inácio, promovido pela Cáritas Diocesana de Novo Hamburgo. Finda a festa, teve início um novo período de esperança, resistência e profecia.
Palavras de Dom
Sílvio Guterres Dutra no momento de júbilo
“A Cáritas existe porque existe Cristo, e porque existe o pobre, existe o Evangelho. Porque cuidar do pobre é cuidar de Jesus. Se ela não existisse, deveria ser criada. Os pobres não são só os destinatários da nossa benevolência, mas parceiros da caminhada, sujeitos do discernimento e da decisão. E qual o preço por ser Cáritas? Entre outras coisas, enfrentar uma economia e política voltadas ao privilégio. Para onde vamos? Trabalhar por um desenvolvimento sustentável e inclusivo. Quando o Papa fala de pobres, ele fala da terra, da água, do ar, das matas, e recorda que em nossa pedagogia deve-se trabalhar com os pobres, não para eles. Pois eles e elas têm muito a contribuir com momentos de partilha e solidariedade. Continuar socorrendo nas emergências, mas também construindo soluções duradouras. A Cáritas trabalha para que não seja mais preciso distribuir cestas básicas. Há um compromisso social que precisa ser assumido”.