BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA E SOCIAL
ISSN 2525-5134
Comércio Exterior
A exportação ilheense continua sendo capitaneada pela rubrica “Cacau e suas preparações”, com a quase totalidade percentual da exportação comparada às outras quatro commodities exportadas no trimestre. A predominância daquela rubrica na pauta exportadora no primeiro trimestre de 2022 alcançou 99,72%.
Um fato distinto ocorreu, neste trimestre, na pauta importadora de Ilhéus. A representação de “Cacau e suas preparações” nessa pauta foi de apenas 11,22%, enquanto que em outros boletins recentes esse percentual passava de 70%. O grande destaque trimestral na importação ficou com “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (e partes), aparelhos de gravação ou reprodução de som, imagens e som em televisão (partes e acessórios)”, cujo patamar importador foi de US$ 59,26 mi ou 64,59% da pauta importadora ilheense.
Finanças Públicas
Em termos reais (retirado o efeito da inflação), a arrecadação do ICMS na região Intermediária Ilhéus-Itabuna teve queda de -6,73% e -3,49% na comparação do 1º bimestre 2022 com igual período de 2021 e com o 6º bimestre do mesmo ano respetivamente. O Estado da Bahia teve desempenho positivo em ambos períodos. As Receitas Totais apresentaram queda generalizada nas 4 regiões que acompanha o boletim. As Despesas Liquidadas dos municípios agrupados na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna tiveram elevação na comparação do 1º bimestre de 2022 com igual período de 2021, porém sofreram queda de -31,71% na comparação com o 6º bimestre de 2021.
Empresas
No primeiro trimestre de 2022 observou-se, na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, a continuação do movimento de retomada da dinâmica da atividade econômica observado no último trimestre de 2021, com elevação do número de abertura de novas empresas. Todas as Regiões Imediatas assumiram saldo positivo para o movimento de abertura e fechamento de unidades empresariais. Os segmentos com maior número de aberturas foram os ligados aos setores de alimentação (restaurantes e minimercados, mercearias e armazéns) e o da construção civil.
APRESENTAÇÃO
O Projeto de Extensão Centro de Análise de Conjuntura Econômica e Social (CACES), vinculado ao DCEC da UESC, lança o 28º Boletim de Conjuntura Econômica e Social da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna e dos municípios de Ilhéus e Itabuna, referente ao 1° trimestre de 2022. Neste boletim deixaremos de apresentar os dados e análises do Benefício de Prestação Continuada e do Consumo de energia, devido à não disponibilidade dos mesmos até o fechamento desta edição.
N. 28 – Jan./Fev./Mar. de 2022 Departamento de Economia – DCEC – Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC – Ilhéus /BA
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• Empresas........................... 02 • Comércio Exterior 04 • Finanças públicas .............. 06 • Mercado de trabalho 09 • Educação 11 • Programas Sociais .............. 13 • Consumo de água 14 • Movimentação de passageiros ........................ 16 • Encarte 16
Nesta edição
299 338 340 186 236 255 113 102 85 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Janeiro Fevereiro Março Cons�tuídas Ex�ntas Saldo
(51
Fluxo mensal do movimento de abertura e fechamento de empresas na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna
municípios), de janeiro a março de 2022.
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
EMPRESAS
Marcelo Inácio Ferreira Ferraz
No primeiro trimestre de 2022, 977 empresas foram constituídas na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna. A região imediata com maior número de novas empresas foi IlhéusItabuna (386) seguida de Eunápolis-Porto Seguro (342), Teixeira de Freitas (209) e Camacan (40). Porto Seguro foi o município que mais atraiu novos empreendimentos com a
abertura de 217 empresas, seguido de Itabuna (158), Teixeira de Freitas (113), Ilhéus (111) e Eunápolis (79). Juntos, esses municípios representam 69,4% do total de empreendimentos constituídos no primeiro trimestre. Das empresas constituídas na Região Intermediária, a maioria pertencia ao ramo de serviços (581), seguido do comércio varejista (297), Indústria (66) e comércio atacadista (33). O segmento de serviços, como nos trimestres anteriores, foi o que mais gerou novos empreendimentos. (Tabela 1).
Tabela 1 – Atividade principal das empresas constituídas na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna e em suas Regiões Imediatas, no 10 trimestre de 2022.
Comércio Atacadista Comércio Varejista Indústria Serviços Total
Ilhéus 4 29 6 72 111
Itabuna 1 51 7 99 158
Constituídas
R. Imediata Camacan 3 14 6 17 40
R. Imediata Eunápolis-Porto Seguro 10 98 24 210 342
R. Imediata Ilhéus-Itabuna 9 125 19 233 386
R. Imediata Teixeira de Freitas 11 60 17 121 209
R. Intermediária Ilhéus-Itabuna 33 297 66 581 977 Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2022.
Quanto ao encerramento de empresas, no quarto trimestre, 677 negócios foram extintos. O maior número de encerramentos ocorreu na Região Imediata Ilhéus-Itabuna com 265 empresas fechando suas portas, seguido das Regiões Imediatas de Eunápolis-Porto Seguro (221), Teixeira de Freitas (161) e Camacan (30). Porto Seguro Itabuna foi o município com maior número de encerramentos de
negócios com fechamento de 217 empresas, seguido de Itabuna (118), Teixeira de Freitas (86), Ilhéus (68) e Eunápolis (60). Juntos, esses municípios representam 67,5% do total de empreendimentos encerrados no primeiro trimestre. A maioria das empresas encerradas na Região Intermediária pertenciam ao ramo do comércio varejista (292) e de serviços (332). (Tabela 2)
Tabela 2 – Atividade principal das empresas extintas na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna e em suas Regiões Imediatas, no 1 0 trimestre de 2022.
Comércio Atacadista Comércio Varejista Indústria Serviços Total
Ilhéus - 33 1 34 68 Itabuna 6 48 3 61 118 R. Imediata Camacan 16 3 11 30 R. Imediata Eunápolis-Porto Seguro 4 87 13 117 221 R. Imediata Ilhéus-Itabuna 9 119 8 129 265 R. Imediata Teixeira de Freitas 7 70 9 75 161 R. Intermediária Ilhéus -Itabuna 20 292 33 332 677 Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2022.
Extintas
O saldo entre abertura e fechamento de empresas, na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, foi positivo em todas as regiões imediatas e em 64,7% dos municípios com um aumento geral de 300 unidades empresariais. A Região Imediata Eunápolis-Porto Seguro apresentou o maior saldo (165), sendo positivo em 75% dos municípios. A Região Imediata Eunápolis-Porto Seguro o saldo foi de
121, com resultados positivos em 38,5%% dos municípios, na Região Imediatas Ilhéus-Itabuna o saldo também foi de 121 estabelecimentos, sendo positivo em 59,1% dos municípios, na Região Imediata Teixeira de Freitas o saldo foi de 48 estabelecimentos, sendo positivo em 84,6% dos municípios e na Região Imediata Camacan o saldo foi de 10 e positivo em 62,5% dos municípios. (Tabela 3)
Tabela 3 – Saldo de constituição e extinção de empresas, segundo atividade principal na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna e em suas Regiões Imediatas, no 10 trimestre de 2022.
Comércio Atacadista Comércio Varejista Indústria Serviços Total
Ilhéus 4 -4 5 38 43 Itabuna -5 3 4 38 40
R. Imediata Camacan 3 -2 3 6 10
Saldo
R. Imediata Eunápolis-Porto Seguro 6 11 11 93 121
R. Imediata Ilhéus-Itabuna 0 6 11 104 121
R. Imediata Teixeira de Freitas 4 -10 8 46 48
R. Intermediária Ilhéus-Itabuna 13 5 33 249 300
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2022.
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Desagregando as empresas da Região Intermediária por segmentos observa-se saldo positivo em todos os setores. Os maiores saldos positivos, com ampliação de estabelecimentos ocorreram no segmento de serviços (249) seguidos do comércio varejista (5), da indústria (33) e do comércio atacadista (13).
Nos dois maiores municípios da região o saldo entre abertura e fechamento, no quarto trimestre, apresentaram resultados semelhante. Em Ilhéus, o saldo totalizou uma ampliação de apenas 43 unidades empresariais, com resultado negativo somente para comércio varejista. Já em Itabuna o saldo do trimestre foi positivo com 40 novas unidades, com resultados positivo em todos os segmentos.
Nos três primeiros meses de 2022 o saldo entre abertura e fechamento de empresas foi sempre positivo, tendo no mês de janeiro o maior saldo (1113 estabelecimentos). Já o maior número de abertura de estabelecimentos ocorreu no mês de março com 340 novos estabelecimentos empresariais, conforme Figura 1.
A análise da série histórica trimestral do movimento de abertura e fechamento de empresas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna revela tendência de saldo positivo desde o terceiro trimestre de 2020. Nos meses de janeiro a março o saldo positivo foi de 300 estabelecimentos, valor superior ao observado em igual período do ano anterior (248). No primeiro trimestre de 2022 o saldo foi positivo em todas as regiões imediatas. A Região Imediata Camacan que após acumular saldos negativos e nulo obteve saldo positivo nos dois últimos trimestres de 2021 e no primeiro de 2022.
Figura 1 – Fluxo mensal do movimento de abertura e fechamento de empresas na Região Intermediária IlhéusItabuna, no período de janeiro a março de 2022. 299 338 340 186 236 255 113 102 85 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Janeiro Fevereiro Março
Cons�tuídas Ex�ntas Saldo
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB,abril de 2022.
O número de constituição de novas empresas passou de 907 no primeiro trimestre de trimestre de 2022 para 977 no mesmo trimestre de 2021, ou seja, um aumento de 7,7%. Esse aumento no número de abertura de unidades empresariais somente não foi observado na Região Imediata Teixeira de Freitas. Nos dos maiores dois maiores municípios da região intermediária também, foram observados aumento no número de constituições, com crescimento de 63,2 em Ilhéus e 4,6% em Itabuna. (Tabela 4)
Tabela 4 – Empresas constituídas e extintas, trimestralmente, na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna e suas Regiões Imediatas, para os anos de 2021 e 2022. 2021 2022 1T 2T 3T 4T 1T
Ilhéus
Itabuna
Região Imediata Camacan
Região Imediata Eunápolis-Porto Seguro
Região Imediata Ilhéus-Itabuna
Região Imediata Teixeira de Freitas
Região Intermediária Ilhéus-Itabuna
Constituída 68 89 97 93 111 Extinta 78 87 84 76 68 Saldo -10 2 13 17 43
Constituída 151 178 195 134 158 Extinta 131 123 131 115 118 Saldo 20 55 64 19 40
Constituída 34 41 43 47 40 Extinta 34 41 37 37 30 Saldo 0 0 6 10 10
Constituída 297 298 387 354 342 Extinta 176 180 199 189 221 Saldo 121 118 188 165 211
Constituída 336 380 431 358 386 Extinta 289 283 312 275 265 Saldo 47 97 119 83 212
Constituída 240 206 255 225 209 Extinta 160 121 191 174 161 Saldo 80 97 64 51 48
Constituída 907 925 1116 984 977 Extinta 659 625 739 675 677 Saldo 248 300 377 309 300
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2022.
O quadro 1 apresenta um resumo do movimento de abertura e fechamento de empresas nas Regiões Imediatas comparando o quarto primeiro trimestres de 2022 com igual período do ano anterior. Nota-se saldo positivo em todas regiões imediatas com aumento acentuado no movimento de abertura de novos empreendimentos quando comparado aos trimestres anteriores. Os segmentos que apresentaram maior número de aberturas foram os ligados aos setores de alimentação (restaurantes e minimercados, mercearias e armazéns) e o da construção civil.
Como nos trimestres anteriores na região perpetuou-se a predominância das atividades do setor terciário da economia, relativas ao comércio e prestação de serviços. Somente as atividades relativas à prestação de serviços representaram 59,5% das empresas abertas no primeiro trimestre. Nesse sentido, os resultados positivos do setor terciário, veem colaborando para a retomada das atividades econômicas na região. Contudo, as fortes chuvas do final do ano de 2021 e janeiro de 2022, contribuíram para reduzir o ritmo de retomadas das atividades econômicas da região.
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Quadro 1 – Síntese do movimento de constituição e extinção de empresas nas Regiões Imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna no primeiro trimestre de 2022.
Regiões Imediatas Camacan
Evolução do Saldo
Abertura de empresas no 1o trimestre de 2021 e 2022
Fechamento empresas no 1o trimestre de 2021 e 2022
Mês com maiores ocorrências no 1o trimestre de 2022
Regiões Imediatas Eunápolis-Porto Seguro Regiões Imediatas Ilhéus-Itabuna
Saldo positivo nos três últimos trimestres Positivo desde o terceiro trimestre de 2020 Positivo desde o terceiro trimestre de 2020
Passa de 34 para 40. Aumento de 17,6%
Passa de 34 para 30. Redução de 11,8%
Abertura: janeiro (17) Fechamento: fevereiro (13)
Passa de 297 para 342. Aumento de 15,2%
Passa de 336 para 386. Aumento de 14,9%
Passa de 176 para 221. Redução de 25,6% Passa de 289 para 265. Redução de 8,35%
Abertura: março (119) Fechamento: março (79)
Maiores ocorrências de extinções por segmento no 1o trimestre de 2022
Comércio varejistas: 4 minimercados, mercearias e armazéns; 4 de móveis
Comércio varejistas: 22 de artigos de vestuário e acessórios; 11 minimercados, mercearias e armazéns; Serviços: 15 hotéis; 10 restaurantes e similares.
Abertura: fevereiro (140) Fechamento: março (104)
Comércio varejistas: 18 de artigos de vestuário e acessórios; 23 minimercados mercearias e armazéns.
Serviços: 13 restaurantes similares; 9 lanchonetes, Indústria: 2 construções de edifícios
Maiores ocorrências de aberturas por segmento no 4o trimestre de 2021
Comércio varejistas: 4 minimercados e armazéns; 4 de móveis. Serviços: 3 restaurantes e similares. Indústria: 4 construção de edifícios
Comércio varejistas: 15 minimercados e armazéns; 10 artigos de vestuário e acessórios.
Serviços: 22 restaurantes e similares; 12 hotéis; 12 lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares. Indústria: 15 construção de edifícios.
Comércio varejistas: 18 minimercados e armazéns; 18 materiais de construção em geral; 13 artigos de vestuário e acessórios.
Serviços: 13 serviços de engenharia; 13 atividade odontológica; 13 restaurantes e similares; 15 incorporação de empreendimento res imobiliários.
Indústria: 12 construção de edifícios. Comércio atacadista: 5 comércio de cacau
Regiões Imediatas Teixeira de Freitas
Positivo desde o terceiro trimestre de 2020
Passa de 240 para 209. Redução de 12,92%
Passa de 160 para 161. Aumento de 0,6%
Abertura: março (82) Fechamento: março (65)
Comércio varejistas: 10 de artigos de vestuário e acessórios; 10 minimercados mercearias e armazéns.
Serviços: 8 restaurantes similares; Indústria: 3 construções de edifícios
Comércio varejistas: 8 materiais de construção em geral; 6 produtos farmacêuticos. Serviços: 8 atividades médica ambulatorial; 8 restaurantes e similares
Indústria: 7 construções de edifícios.
Municípios com saldo positivo 62,5% 38,5% 59,1% 84,6%
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2022.
COMÉRCIO EXTERIOR
Neste boletim, referente ao primeiro trimestre de 2022, a exportação ilheense e itabunense apresentaram comportamento distinto em relação ao mesmo período de 2021, enquanto a importação apresentou comportamento semelhante.
Comparando-se os dois trimestres, a exportação ilheense cresceu aproximadamente 7%, chegando a US$ 50,53 mi no primeiro trimestre de 2022. A exportação itabunense,
no entanto, recrudesceu aproximadamente 21,3%, alcançando US$ 8,86 mi neste trimestre, contra US$ 11,26 mi no mesmo período de 2021.
A importação reduziu-se em 5% e 54,8% para Ilhéus e Itabuna, respectivamente. Portando a maior taxa de variação, o município de Itabuna saiu de um valor importado de US$ 19,65 mi no primeiro trimestre de 2021 para US$ 8,87 mi no primeiro trimestre de 2022.
Essas e outras informações encontram-se organizadas na Tabela 5.
Tabela 5 – Comparação do comércio exterior para Ilhéus e Itabuna, primeiro trimestre de 2022 e primeiro trimestre 2021, em US$ FOB
Município
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stata.
A corrente de comércio para Ilhéus no primeiro trimestre de 2022 foi da ordem de US$ 142.279.576 mi. No mesmo período de 2021 o valor da variável foi de US$ 143.756.638 mi. Assim, o município apresentou uma queda de 1,04% na corrente de comércio no comparativo intertrimestral.
Para Itabuna, a corrente de comércio alcançou US$ 17.736.617 mi no primeiro trimestre deste ano, enquanto que para
o primeiro trimestre de 2021 foi da ordem de US$ 30.910.470 mi, perfazendo uma queda de aproximadamente 42,62%.
Os movimentos monetários das contas externas municipais, exportação e importação, determinam o comportamento do saldo comercial regional. Antes de contemplá-lo no gráfico para o primeiro trimestre de 2022, o mesmo encontra-se desagregado por município na Tabela 6.
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Marcelo dos Santos da Silva
Variação (%) Importação total Variação(%)
Exportação total
2022 2021 2022 2021 Ilhéus 50.525.177 47.200.305 7,04 91.754.399 96.556.333 -4,97 Itabuna 8.861.707 11.258.361 -21,29 8.874.910 19.652.109 -54,84
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Tabela 6 – Comparação do saldo comercial para Ilhéus e Itabuna, primeiro trimestre de 2022 e primeiro trimestre 2021, em US$ FOB
Município Saldo comercial Variação (%) 2022 2021
Ilhéus (41.229.222) (49.356.028) 16,47
Itabuna (13.203) (8.393.748) 99,84
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.
A taxa de variação positiva para exportação e negativa para a importação ilheense favoreceram uma redução no déficit comercial do município da ordem de 16,47%. O saldo comercial ilheense foi negativo em US$ 41,23 mi no primeiro trimestre de 2022, aproximadamente.
Em Itabuna, o movimento do saldo comercial foi na mesma direção: tornou-se menos deficitário em 99,84%, chegando a US$ 13,2 mil no primeiro trimestre de 2022. Portanto, aproximando-se mais de um possível superávit no setor externo itabunense nos próximos trimestres.
Para ilustrar os dados das tabelas 5 e 6, a Figura 2 reúne as informações acerca da evolução das contas externas em Ilhéus e Itabuna no primeiro trimestre de 2022.
Figura 2 – Exportação, importação e saldo comercial para os municípios de Ilhéus e Itabuna, primeiro trimestre de 2022, em US$ FOB.
O grande destaque trimestral na importação ficou com “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (e partes), aparelhos de gravação ou reprodução de som, imagens e som em televisão (partes e acessórios)”, cujo patamar importador foi de US$ 59,26 mi ou 64,59% da pauta importadora ilheense. Em seguida está “Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes)”, com US$ 18,19 mi ou 19,82% na importação de Ilhéus, e “Borracha e suas obras”, com US$ 1,78 milhão importado ou o percentual relativo de 1,94% da pauta importadora. Todas as rubricas mencionadas possuem importação acima de US$ 1 milhão.
A exportação itabunense é dominada por “Cacau e suas preparações”, com um valor de cerca de US$ 8,66 mi, o que representa 97,77% da pauta exportadora do município.
A importação, por sua vez, também está amparada em “Cacau e suas preparações”, com o percentual de 90,9% da pauta. O valor importado de cacau e seus derivados alcançou US$ 8,06 mi ou 90,77% da pauta importadora no primeiro trimestre de 2022.
No que concerne aos destinos da exportação e da importação dos municípios, Ilhéus exportou mercadorias para os seguintes países em destaque: Argentina (US$ 21,73 mi), Estados Unidos (US$ 16,05 mi), Chile (US$ 4,33 mi), Países Baixos (US$ 3,7 mi) e Canadá (US$ 2,01 mi). Todas essas nações importaram produtos da rubrica “Cacau e suas preparações”.
Com relação à importação, o município adquiriu seu maior valor monetário de produtos dos seguintes países: China (US$ 49,59 mi), Taiwan (US$ 19,82 mi), Costa do Marfim (US$ 9,18 mi), Malásia (US$ 1,52 mi) e Vietnã (US$ 923,27 mil). Da China, Taiwan, Malásia e Vietnã foram adquiridos itens de “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (e partes), aparelhos de gravação ou reprodução de som, imagens e som em televisão (partes e acessórios)”. China e Taiwan também exportaram produtos da rubrica “Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes)” para Ilhéus. A Costa do Marfim, por sua vez, comercializou “Cacau e suas preparações” com o município.
Exportação Importação Saldo
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.
Observa-se que em cada um dos meses do trimestre houve saldo comercial negativo na região. Isso ocorreu porque a exportação foi menor, em termos monetários, do que a importação nesses meses.
O mês mais representativo com relação ao saldo comercial deficitário foi março, onde o saldo alcançou um pouco menos do que US$ 20 mi, sendo na realidade um déficit de aproximadamente US$ 19,12 mi.
Por outro lado, os dados desagregados das pautas exportadora e importadora auxiliam na melhor compreensão do movimento das contas externas na economia regional.
A Tabela 7 reúne as informações desagregadas de economia externa dos municípios acerca da especialização produtiva regional (exportação) e de sua pauta importadora no primeiro trimestre de 2022.
Conforme se pode constatar em outros boletins, a exportação ilheense continua sendo capitaneada pela rubrica “Cacau e suas preparações”, com a quase totalidade percentual da exportação comparada às outras quatro commodities exportadas no trimestre. A predominância daquela rubrica na pauta exportadora no primeiro trimestre de 2022 alcançou 99,72%.
Um fato distinto ocorreu, neste trimestre, na pauta importadora de Ilhéus. A representação de “Cacau e suas preparações” nessa pauta foi de apenas 11,22%, enquanto que em outros boletins recentes esse percentual passava de 70%.
No trimestre, Itabuna mais exportou para os seguintes países: Argentina (US$ 3,95 mi), Chile (US$ 2,33 mi), França (US$ 1,38 mi), Suíça (US$ 917,6 mil) e Paraguai (US$ 114,7 mil). Para os quatro primeiros países, a exportação se concentrou em “Cacau e suas preparações”. Para o Paraguai, exportaram-se produtos relacionados à “Vestuário e seus acessórios (malha)”.
A importação municipal concentrou-se nos seguintes países: Indonésia (US$ 7,24 mi), Gana (US$ 815,21 mil), China (US$ 675,89 mil), Itália (US$ 44,36 mil) e Coreia do Sul (US$ 13,03 mil). As rubricas foram variadas. De Indonésia e Gana, importaram-se itens de “Cacau e suas preparações”. Da China, foram importados artigos das seguintes rubricas: “Filamentos sintéticos ou artificiais”, “Vestuário e seus acessórios (exceto de malha)”, “Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes”, “Pastas, feltros e tecidos falsos; fios especiais, cordéis; cordas e cabos”, “Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas” e “Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou esporte”.
A Itália exportou produtos de “Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes”, enquanto a Coreia do Sul exportou artigos relacionados à “Plásticos e suas obras”.
Por meio da determinação dos países de destino das exportações e das nações de origem das importações, confirmou-se, neste trimestre, que o setor externo regional estava alicerçado em exportação de produtos de poucas rubricas, enquanto a pauta importadora era diversificada, com a aquisição de rubricas variadas pelos municípios de Ilhéus e Itabuna.
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janeiro
-30000000 -20000000 -10000000 0 10000000 20000000 30000000 40000000 50000000
fevereiro março
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Tabela 7 – Exportação e importação em US$ FOB, por classe de produto selecionado, de acordo com o Sistema Harmonizado (SH), a dois dígitos, para Ilhéus e Itabuna no primeiro trimestre de 2022 Classe Ilhéus Itabuna Rubrica Exportação Importação Exportação Importação Cacau e suas preparações
50.382.906 10.291.639 8.664.230 8.055.721
Sementes, e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e folhagens 1.500 - -Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, entre outros - - - 5.849 Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes), aparelhos de gravação ou reprodução de som, imagens e som em televisão (partes e acessórios)
Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes)
43.128 59.262.483 - 2.450
56.851 18.187.904 - 148.898
Matérias para entrançar e outros produtos de origem vegetal, não especificados em outros capítulos 40.792 - -Plástico e suas obras - 958.973 - 19.329 Vestuário e seus acessórios (malha) - 516.966 174.344Vestuário e seus acessórios (exceto malha) - - 23.133 89.090 Borracha e suas obras - 1.781.868 - 999
Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, medida, controle e médicos - 155.709 - 5.044
Filamentos sintéticos ou artificiais - 404.259 Produtos químicos orgânicos - 7.818 -Produtos diversos das indústrias químicas - 9.529 -Sabões, agentes orgânicos de superfície, preparações para lavagem, preparações lubrificantes, ceras artificiais, ceras preparadas, produtos de conservação e limpeza, velas e artigos semelhantes - - -Obras de ferro fundido, ferro ou aço - 162.194 - 1.607 Vidro e suas obras - 49.381 -Alumínio e suas obras - 57.683 -Produtos cerâmicos - 10.894 -Fibras sintéticas ou artificiais; descontínuas - - - 43.515 Obras de couro; artigos de correeiro ou de seleiro; artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes - 2.712 -Brinquedos, jogos e artigos para divertimento ou esporte - - - 22.236 Obras diversas - -Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, e suas partes - 12.879 - 2.843 Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou similares - - -Papel e cartão e obras de celulose 39.124Obras diversas de metais comuns - 84.851 -Cobre e suas obras - 4.992 -Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados; artigos para usos técnicos de matérias têxteis - 37.456 -Tecidos especiais e tufados; rendas; tapeçarias; bordados - 1.000 -Móveis; mobiliário médico-cirúrgico, colchões, almofadas e semelhantes; aparelhos de iluminação; anúncios, cartazes ou tabuletas e placas indicadoras luminosas, e artigos semelhantes - 73.315 - 2.351 Outros artefatos têxteis; sortidos; artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus; trapos - 3.132 -Livros, jornais, gravuras e outros produtos das indústrias gráficas - 17.488 -Pastas, feltros e tecidos falsos; fios especiais; cordéis; cordas e cabos - 19.001 - 70.719 Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias corantes; tintas e vernizes - 4.055 -Madeira, carvão vegetal e obras de madeira - 1.353 - -
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.
Nota: Total de capítulos SH2 para os municípios: exportação – 7; importação – 31.
O Sistema Harmonizado (SH) é um sistema internacional para classificação padronizada de mercadorias exportadas ou importadas.
FINANÇAS PÚBLICAS
Sócrates Jacobo Moquete Guzmán
Apresenta-se a seguir os dados referentes às receitas e despesas dos municípios de nossa região. No caso do ICMS que é um imposto estadual cuja arrecadação é feita nos
municípios, mas que é gerido pelo governo do Estado, mostramos o seu desempenho trimestral. No caso dos Impostos e Despesas municipais são apresentados por bimestre que é como são disponibilizados pelas diferentes prefeituras e pelo Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI) administrado pelo Tesouro Nacional.
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1- QUADRO GERAL DO DESEMPENHO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS E DAS RECEITAS PRÓPRIAS
E DE TRANSFERENCIAS
1.1 - COMPORTAMENTO DO ICMS
Os dados da Tabela 8 e do Gráfico 1 referem-se à arrecadação do ICMS para o Estado da Bahia e as regiões que esse boletim acompanha. A arrecadação do ICMS é considerada um bom indicador do comportamento da atividade econômica e constitui o principal imposto dos Estados. Uma porção desse valor vai para os municípios por mandato
constitucional. Na Tabela 8 e no Gráfico 1 são apresentados, deflacionados, os dados do 1º trimestre de 2022 em comparação com igual período de 2021 e com o 6º bimestre de 2021. A arrecadação do ICMS do Estado da Bahia cresceu em ambos períodos de comparação (4,35% e 5,97%). Já no caso da Região Intermediária Ilhéus Itabuna o resultado foi negativo para ambos períodos (-6,73% e -3,49%) indicando redução da atividade econômica vinculada à ampla variedade de mercadorias e serviços que pagam ICMS. A queda da arrecadação nessa região não foi maior porque foi ajudada pelo desempenho positivo da arrecadação na Região Imediata Ilhéus-Itabuna (2,51% e 1,42% respectivamente).
Tabela 8 – Arrecadação do ICMS por Estado, municípios e regiões da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna (valores reais, R$1,00)
Locais 2021 2022 Variações percentuais 1° TRIMESTRE 4° TRIMESTRE 1° TRIMESTRE 1° tri 2021 - 1° tri 2022 4° tri 2021 - 1° tri 2022 Bahia 8.390.572.590,67 8.262.690.529,69 8.755.732.775,45 4,35 5,97
Ilhéus 59.050.942,17 59.726.537,71 53.456.233,48 -9,47 -10,50 Itabuna 58.069.820,86 57.396.794,97 65.957.113,49 13,58 14,91
RI Camacan 4.492.194,03 4.611.377,21 4.341.268,00 -3,36 -5,86
RI Eunápolis-Porto Seguro 79.864.481,95 80.136.866,78 72.940.054,44 -8,67 -8,98
RI Ilhéus-Itabuna 125.604.158,88 126.949.302,09 128.751.468,08 2,51 1,42
RI Teixeira de Freitas 76.967.119,73 65.587.285,09 61.584.720,61 -19,99 -6,10
R Int. Ilhéus-Itabuna 286.927.954,58 277.284.831,16 267.617.511,14 -6,73 -3,49
Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, https://www.sefaz.ba.gov.br/administracao/contas/arrecadacao/menu_arrecadacao.htm Deflator IGP-DI, Dezembro de 2021.
Gráfico 1 – Variação trimestral da arrecadação do ICMS por Estado, Regiões Imediatas, Intermediária e municípios selecionados
1o tri 2021 - 1o tri 2022
4o tri 2021 - 1o tri 2022 Fonte: Tabela 8
1.2 - COMPORTAMENTO DAS RECEITAS TOTAIS DOS MUNICÍPIOS AGRUPADOS NA REGIÃO INTERMEDIÁRIA ILHÉUS-ITABUNA
As Receitas Totais municipais são todos os recursos monetários recebidos por uma municipalidade sejam receitas
Correntes em forma de transferências constitucionais dos governos estadual e federal ou gerados pelo município em forma de impostos, contribuições, além das receitas de Capital. A Tabela 9 apresenta o desempenho das mesmas, em termos reais, na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna incluindo os seus dois maiores municípios: Ilhéus e Itabuna.
Tabela 9 – Comportamento das Receitas Totais das Regiões e Municípios Selecionados na Região Intermediária de IlhéusItabuna, 1º e 6º bimestres 2021 e 1º bimestre 2022 (valores reais, R$1,00)
Regiões e Municípios
Ilhéus 91.512.123,39 82.082.826,92 97.239.444,35 6,26 18,47 Itabuna 60.644.234,97 146.487.294,92 104.032.838,89 71,55 -28,98
RI Camacan 72.859.453,20 92.503.020,77 85.484.314,39 17,33 -7,59
RI Eunápolis-Porto Seguro 238.185.909,38 278.721.332,61 251.649.064,38 5,65 -9,71
RI Ilhéus-Itabuna 307.735.352,97 427.336.679,01 386.597.286,38 25,63 -9,53
RI Teixeira de Freitas 254.685.204,62 328.153.171,46 279.977.585,20 9,93 -14,68
R. Int. Ilhéus-Itabuna 873.465.920,16 1.126.714.203,86 1.003.708.250,34 14,91 -10,92
Fonte: Elaboração própria com base nos RREO dos municípios e no SICONFI. Deflator IGP-DI, dezembro de 2021.
7 Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES
(caces.uesc.br)
-25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
Receitas Totais
1º bi
(C) Var C/A Var C/B
1º bi 2021 (A) 6o bi 2021 (B)
2022
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Para o período do 1o bimestre de 2022 comparado com igual período de 2021 verifica-se que houve crescimento real de 14,91% nas Receitas Totais da Região Intermediária IlhéusItabuna, que agrupa as quatro regiões Imediatas. O município de Itabuna teve uma contribuição importante nesse resultado com crescimento de 71,55%. O crescimento da Região Imediata Ilhéus-Itabuna (25,63%) foi determinante no bom desempenho da região Intermediária. Já, na comparação do 1º bimestre de
2022 com o 6º bimestre de 2021 houve uma queda generalizada nas receitas totais das quatro regiões imediatas levando a uma redução de -10,92 % na Região Intermediária. Apenas o município de Ilhéus (18,47%) apresentou resultado positivo.
O Gráfico 2 é a representação da Tabela 9 permitindo visualizar o bom desempenho das receitas totais no 6º bimestre de 2021 e o retrocesso na arrecadação dessas receitas no 1º bimestre de 2022.
Gráfico 2 – Comportamento das Receitas Totais das Regiões e Municípios Selecionados na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, 1º e 6º bimestres 2021 e 1º bimestre 2022 (valores reais, R$1,00)
R. Int. Ilhéus-Itabuna
RI Teixeira de Freitas
RI Ilhéus-Itabuna
RI Eunápolis-Porto Seguro
RI Camacan
Itabuna
Ilhéus
Fonte: Tabela 9.
0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00
1º bi 2022 (C) 6o bi 2021 (B) 1º bi 2021 (A)
Os gráficos 3 e 4 apresentam a variação percentual bimestral das Receitas Totais, Tributárias e de Transferências Correntes tomando o 1º bimestre de 2022 como base de comparação com o 1º e 6º bimestres de 2021 respetivamente. Na comparação do 1º bimestre de 2022 com igual período de 2021, houve um elevado crescimento das Receitas de Transferências Correntes da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, como resultado do bom desempenho das regiões Imediatas de EunápolisPorto Seguro e de Ilhéus-Itabuna assim como dos municípios de Itabuna e Ilhéus. As receitas Tributárias também
se elevaram mesmo com o resultado negativo na Região Imediata Ilhéus-Itabuna que é a de maior tamanho econômico da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna.
O gráfico 4 mostra, como mencionamos acima, uma queda generalizada nas receitas das regiões e dos municípios principais para o período de comparação 1º bimestre de 2022 com o 6º bimestre de 2021. Como pode ser visto, apenas a Região Imediata de Camacan apresentou aumento das receitas Tributárias acompanhado do município de Ilhéus que teve aumento das Receitas Totais derivado do aumento das receitas de Transferência Corrente.
R. Int. Ilhéus-Itabuna
RI Teixeira de Freitas
RI Ilhéus-Itabuna
RI Eunápolis-Porto Seguro
RI Camacan
Itabuna
Ilhéus
Gráfico 3 – Variação percentual, em termos reais, por tipo de receitas municipais, 1o bi 2022/1o bi 2021 -50,00 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00
Transferências Correntes Tributárias Totais
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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Gráfico 4 – Variação percentual, em termos reais, por tipo de receitas municipais, 1o bi 2022/6o bi 2021 -60,00 -40,00 -20,00 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00
Totais Tributárias Transferências Correntes
2- DESEMPENHO DAS DESPESAS NA REGIÃO INTERMEDIÁRIA DE ILHÉUS E ITABUNA
A Tabela 10 mostra o desempenho das Despesas Totais Liquidadas para os municípios agrupados na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna. Na comparação do 1º bimestre de 2022 com igual período de 2021, as Despesas liquidadas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna tiveram
crescimento de 84,29%, sendo esse aumento maior na região Imediata Ilhéus-Itabuna (59,52%). O município de Itabuna teve forte aumento em suas Despesas Liquidadas (610,45%) porque no 1º bimestre de 2021 a maior parte das Despesas Empenhadas não foram liquidadas como é o normal. Na comparação do 1º bimestre de 2022 com o 6º bimestre de 2021 a mesma queda generalizada das receitas aconteceu nas Despesas Liquidadas.
Tabela 10 – Comportamento das Despesas Totais Liquidadas, Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, 1º e 6º bimestres 2021 e 1º bimestre 2022 (valores reais, R$1,00)
Municípios e regiões 1o bi 2021 (A) 6o bi 2021 (B) 1o bi 2022 (C) Variação C/A Variação C/B
Ilhéus 55.458.725,98 40.767.282,74 54.142.952,99 -2,37 32,81 Itabuna 14.921.716,95 111.189.580,42 106.012.051,26 610,45 -4,66
RI Camacan 49.749.317,78 78.297.425,53 50.717.676,68 1,95 -35,22
RI Eunápolis-Porto Seguro 160.608.373,94 315.907.652,83 180.262.841,40 12,24 -42,94
RI Ilhéus-Itabuna 181.492.643,07 350200917,2 289.508.328,17 59,52 -17,33
RI Teixeira de Freitas 189.215.029,48 324.184.692,77 209.263.859,36 10,60 -35,45
R. Int. Ilhéus-Itabuna 581.065.364,27 1.068.590.688,34 729.752.705,61 84,29 -31,71
Fonte: Elaboração própria com base nos RREO dos municípios e do SICONFI. Deflator IGP-DI, dezembro de 2021.
MERCADO DE TRABALHO
Sérgio Ricardo Ribeiro Lima
Os dados do emprego a partir de janeiro de 2020 foram incorporados a uma nova metodologia e numa nova plataforma (Novo CAGED) e série histórica nova, o que impede de fazer comparações com a plataforma anterior dos dados, pois a atual incorpora a movimentação e saldo de trabalhadores temporários. Ainda mais, os dados do Novo CAGED passam por atualizações contínuas, estando sujeitos a alterações futuras. Por fim, a divulgação desses dados a partir de janeiro de 2020 passou a ser responsabilidade da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério do Trabalho e Previdência. O Novo CAGED possui informações compatibilizadas do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social).
O ano de 2022, particularmente em relação à pandemia, poderá ser de expectativa favorável para a economia regional e local, nos municípios de Ilhéus e Itabuna. Se a expectativa de retomada da economia (em termos da evolução das empresas e finanças públicas) se mostrarem favoráveis, basta observar como se comportará a evolução do mercado de trabalho neste 1º trimestre de 2022. Parece que as expectativas sombrias da variante ômicron se dissiparam. Portanto, vamos aos números.
Nesse novo cenário (de controle da pandemia), a comparação do 1º trimestre de 2022 com o 1º trimestre de
2021 apresentou uma situação desfavorável para este trimestre na evolução do emprego para o conjunto das 10 Regiões Intermediárias do Estado da Bahia, com perda de 11.352 empregos (Tabela 11). Porém, observando os dados para 2022, embora não tenha apresentado saldos negativos (admissões menos desligamentos) em nenhuma das regiões, porém, bem abaixo dos resultados alcançados no mesmo período de 2021. Para surpresa, a maior perda de empregos ocorreu na RI Vitória da Conquista (-2.924) superior a RI Salvador (a mais dinâmica), com -2.587. Seguindo a trajetória de queda, vamos ter as regiões de Feira de Santana (-1.886) e Ilhéus-Itabuna (-1.486).
Para as quatro regiões imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, os resultados do saldo do emprego no 1º trimestre de 2022, na Tabela 12, foram melhores para as regiões intermediárias de Teixeira de Freitas (1.132) e Ilhéus-Itabuna (911). Na comparação com o 1º trimestre de 2021, a Região Imediata Camacan foi a única com saldo positivo maior neste trimestre, com as demais obtendo melhores saldos no 1º trimestre de 2021. No conjunto das quatro regiões, na comparação entre os trimestres, no 2º trimestre houve perda de 1.500 empregos quando comparado ao 1º trimestre de 2021. O destaque foi para a Região Imediata Teixeira de Freitas que vem obtendo os maiores saldos por trimestre em relação às demais regiões. Porém, quando comparado ao 1º trimestre de 2021, a região perdeu 1.020 empregos neste trimestre.
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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Tabela 11 – Saldo do emprego (admissões menos desligamentos) nas Regiões Intermediárias do estado da Bahia, 1º trimestre –2021/2022
Região Intermediária
1º trimestre 2021 (a)
1º trimestre 2022 (b) (b-a)
Barreiras 3.599 4.540 -941
Feira de Santana 6.254 4.368 -1.886
Guanambi 994 316 -678 Ilhéus-Itabuna 4.241 2.745 -1.496
Irecê 754 385 -369
Juazeiro 2.699 1.542 -1.157 Paulo Afonso 252 155 -97
Salvador 15.699 13.112 -2.587
Santo Antônio de Jesus 2.305 1.206 -1.099
Vitória da Conquista 5.619 2.695 -2.924
Total 42.416 31.064 -11.352
Fonte: elaboração própria a partir dos dados do Novo CAGED/MTE, maio, 2022
Tabela 12 – Saldo do emprego (admissões menos desligamentos) nas Regiões Imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna do estado da Bahia, 1º trimestre 2021/2022
Regiões Imediatas
Camacan 128 306
Eunápolis - Porto Seguro 912 392 Ilhéus – Itabuna 1.049 911
Teixeira de Freitas 2.152 1.132 Total 4.241 2.741
Fonte: elaboração própria a partir dos dados do Novo CAGED/MTE, maio, 2022
Para os municípios de Ilhéus e Itabuna (Tabela 13), o 1º trimestre de 2022 apresentou saldo positivo de 711 empregos frente a 680 no 1º trimestre de 2021, situação atípica frente à Região Imediata e Região Intermediária IlhéusItabuna. Porém, Ilhéus apresentou maior saldo no 1º trimestre de 2021, enquanto Itabuna, no 1º trimestre de 2022.
Considerando os saldos trimestrais, desde o 1º trimestre de 2021 até o 1º trimestre de 2022, Ilhéus acumulou 2.375 novos empregos e Itabuna, 2.827. O trimestre com menor saldo, para os dois municípios, foi o 1º trimestre de 2022, enquanto o trimestre com maior saldo foi o 3º trimestre de 2021.
Tabela 13: – Saldo do emprego (admissões menos desligamentos) nos municípios de Ilhéus e Itabuna, 1º trimestre 2021/2022
Municípios 1º Trimestre 2021 1º Trimestre 2022
Ilhéus 366 128
Itabuna 314 583
Total 680 711
Fonte: elaboração própria a partir dos dados do Novo CAGED/MTE, maio, 2022
Quanto aos grandes setores da economia dos municípios (Tabela 14), o que melhor respondeu neste trimestre no saldo de emprego foi, para Ilhéus, construção civil (98) e indústria de transformação (90). Os demais setores tiveram saldo negativo. Itabuna acompanhou Ilhéus, com os melhores resultados para construção civil e indústria de transformação e, por último, serviços, com 126 novos empregos. Na comparação dos dois trimestres (2022 e 2021), os dois municípios tiveram maior destaque em construção civil e indústria de transformação no 1º trimestre de 2022 e serviços e comércio no 1º trimestre de 2021.
Perdeu empregos no comércio e construção civil, e ganhou em indústria e serviços. Para Itabuna, as perdas comparativas entre o 4º trimestre de 2021 com 2020 foram comércio e serviços, com maior perda neste último. O melhor resultado em 2021 foi na indústria de transformação. Este trimestre teve uma peculiaridade, visto que os dois setores com maiores saldos são aqueles dinamizadores da cadeia econômica (construção civil e indústria de transformação), visto que são fortes demandadores dos demais setores, podendo gerar maior emprego em cadeia. Este comportamento, de certa forma, segue a lógica da teoria do multiplicador do investimento de Keynes, que embora não sendo em bens de capital, são fortes setores encadeadores do emprego e da renda.
O saldo de emprego por grau de instrução, conforme Tabela 15, trouxe, neste trimestre uma novidade: a superioridade do saldo do emprego no nível superior para o município de Ilhéus, com o nível médio completo em 2º lugar e bem abaixo do nível superior. Em Itabuna, continuou prevalecendo o nível médio completo e incompleto, porém com saldo positivo importante no nível superior, embora bem
abaixo do nível médio. Pela primeira vez desde que publicamos este boletim, o saldo do emprego no nível superior superou o nível médio. Dentro do nível superior, o maior saldo de emprego ficou com “profissionais do ensino” (professores) e “profissionais das ciências sociais e humanas”, respectivamente com 43 e 20 empregos. Dentro deste saldo, foram 62 mulheres e 24 homens.
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1º Trimestre 2021 1º Trimestre 2022 Saldo
Tabela 14 – Saldo do emprego (admissões menos desligamentos) por grandes setores da economia em Ilhéus e Itabuna, 1º trimestre 2021-2022 Períodos 1º trimestre 2021 1º trimestre 2022 Setores da Economia Ilhéus (1) Itabuna (2) Total (1+2) Ilhéus (3) Itabuna (4) Total (3+4) Indústria de Transformação 43 113 156 90 208 298
Civil -9 -15 -24
Construção
98 278 376 Comércio 158 144 302 -51 -47 -98 Serviços 214 141 355 -10 126 116 Agropecuária 3 -35 -32 1 18 19 Total 409 348 757 128 583 711 Fonte: elaboração própria a partir dos dados do Novo CAGED/MTE, abril de 2022
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Tabela 15 – Saldo do emprego (admissões menos desligamentos) por grau de instrução em Ilhéus e Itabuna, 1º trimestre de 2022
Grau de instrução Admissões Desligamentos Saldo
Ilhéus Itabuna Ilhéus Itabuna Ilhéus Itabuna
Analfabeto 30 11 13 16 17 -5
Fundamental Incompleto 207 161 233 158 -26 3
Fundamental Completo 121 123 153 105 -32 18
Médio Incompleto 218 343 211 201 7 142
Médio Completo 1.657 2.397 1.580 1.993 77 404
Superior Incompleto 89 113 111 172 -22 -59
Superior Completo 369 340 262 260 107 80
Total 2.691 3.488 2.563 2.905 128 583
Fonte: elaboração própria a partir dos dados do Novo CAGED/MTE, maio, 2022
EDUCAÇÃO
Adriano Alves de Rezende
Partindo da análise dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREOs) das 51 prefeituras que compõem as quatro regiões imediatas (Camacan, Ilhéus-Itabuna, Teixeira de Freitas e Eunápolis-Porto Seguro) realizou-se uma análise sobre os aportes em Educação realizados nestas localidades. Para tal foram utilizadas algumas relações e estimativas dos indicadores usualmente utilizados para mensurar a aplicação dos recursos destinados a manutenção de desenvolvimento do ensino nestas regiões imediatas.
As regiões imediatas Ilhéus-Itabuna e Teixeira de Freitas apresentaram variação negativa em relação as receitas advindas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) na variação das primeiras observações de 2021 e 2022, com quedas de 83,70%, 25,37%, respectivamente. Já as regiões de Eunápolis-Porto Seguro e Camacan tiveram crescimento de 34,16% e 17,02% respectivamente no comparativo entre os períodos.
Mesmo com a implementação do Novo FUNDEB e com o aumento da parcela de contribuição do Governo Federal que era 12% para o ano de 2021 e passou para 15% em 2022 ainda não se percebe, percentualmente, uma melhora na captação desta receita por parte dos municípios analisados no primeiro período de 2022. Deve-se ressaltar que os efeitos do aumento da contrapartida a União, apresentaram diversos problemas discutidos nos relatórios anteriores, tal como a restrição para pagamento apenas por bancos oficiais como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Nesse mesmo período tem-se observado uma alta do nível geral de preços (inflação) que pode mitigar os efeitos esperados dos recursos recebidos pelo novo FUNDEB.
Na variação das Receitas Totais destinados a Ensino 1 coincidentemente todas as regiões apresentaram reduções de 10,15% no comparativo entre os anos de 2021 e 2022, mas destaca-se que os valores absolutos são distintos entre si. No entanto, o que pode explicar este fenômeno está na falta dos valores destinados ao FUNDEB por parte dos municípios, ou seja, sua parcela de contribuição do fundo que não foi apresentada nos RREO’s utilizados como base desta análise.
Quanto a razão entre as receitas recebidas do FUNDEB e receitas totais destinadas ao Ensino foi possível identificar
em todas as regiões imediatas um incremento positivo em seus indicadores sendo novamente a região de EunápolisPorto Seguro a que obteve o maior valor entre as regiões observadas (73,75%), seguida pela Região de Camacan (72,62%), Teixeira de Freitas (32,40%), e Ilhéus-Itabuna (6,81%). Contudo, quando se observa a variação entre as primeiras observações de 2021 e 2022 percebe-se uma queda neste indicador em duas regiões. As regiões de IlhéusItabuna e Teixeira de Freitas tiveram variações negativas no mesmo período de 81,85% e 16,94%, respectivamente. Por outro lado, as outras duas regiões apresentaram crescimento significativo, Eunápolis-Porto Seguro com 49,32% e Camacan com 30,24% entre os períodos observados.
Os percentuais das Receitas Totais de Ensino aplicadas ao Educação Infantil tiveram incremento em todas as regiões. Destaque para a região de Teixeira de Freitas com um aporte de 19,26%, seguida de Camacan com 8,37%, IlhéusItabuna com 2,09% e finalizando com Eunápolis-Porto Seguro com 0,8%. Isso demonstra uma atenção maior, ao menos das regiões de Teixeira de Freitas e Camacan, com esta faixa de ensino, mantendo o comportamento visto nestas regiões em 2021. Destaca-se que os valores absolutos apresentados nos RREO’s são distintos entre os anos de 2021 e 2022, mas em termos percentuais eles são os mesmos.
Dada a obrigação legal dos municípios, o percentual das Receitas Totais em Ensino aportados no Ensino Fundamental teve incremento em todas as regiões estudadas. Os aportes da região de Camacan, Ilhéus-Itabuna, Teixeira de Freitas e Eunápolis-Porto Seguro foram de 33,01%; 17,02%; 74,02%; 90,16% respectivamente.
O percentual de outras despesas de Ensino sobre as Receitas Totais em Ensino não teve qualquer movimentação no primeiro período de 2022 em qualquer uma das quatro regiões observadas, tal como visto no ano anterior.
Com o avanço das atividades presenciais de ensino, a retomada da atividade econômica nacional e regional de forma e fim das restrições de deslocamento em quase todos os municípios espera-se ter deixado para trás a fase mais aguda da pandemia de Covid-19. Mas os 51 municípios mais dependentes de recursos Federais para manter suas atividades de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (MDE) continuam a sofrer, em maior ou menor grau, os efeitos diretos e indiretos da pandemia, não apenas no setor de Educação, mas em toda sua dinâmica socioeconômica.
1 Compõem as Receitas Totais Destinadas ao Ensino as Receitas Resultantes de Impostos com dotação vinculada ao Ensino conforme caput do art. 212 da Constituição Federal de 1988, as Receitas Adicionais para o Financiamento do Ensino e as Receitas do FUNDEB).
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Quadro 2 – Variações das Receitas e das Despesas relativas ao FUNDEB e ao total de Receita em Ensino nas Regiões Imediatas da Bahia, anos de 2017 a 2022 (1ª observações).
Variáveis de Análise
Variação % FUNDEB
Variação % da Receitas Totais em Ensino
Período
Regiões Imediatas Camacan Ilhéus-Itabuna Teixeira de Freitas Eunápolís-Porto Seguro
1ª Observação 2021/2022 17,02% -83,70% -25,37% 34,16%
1ª Observação 2021/2022 -10,15% -10,15% -10,15% -10,15%
1ª Observação 2017 49,89% 34,32% 34,67% 50,29%
1ª Observação 2018 22,01% 42,84% 115,03% 13,79%
1ª Observação 2019 33,88% 23,66% 27,48% 25,04%
Razão FUNDEB/ Receitas Totais em Ensino
1ª Observação 2020 44,15% 41,96% 48,76% 38,55%
1ª Observação 2021 61,17% 37,22% 48,27% 38,55%
1ª Observação 2022 72,62% 6,81% 32,40% 73,75%
1ª Observação 2021/2022 30,24% -81,85% -16,94% 49,32%
1ª Observação 2017 4,78% 1,99% 0,09% 6,86%
1ª Observação 2018 11,85% 5,12% 15,15% 3,61%
1ª Observação 2019 4,68% 1,95% 3,95% 4,26%
1ª Observação 2020 6,35% 2,26% 4,03% 2,97%
1ª Observação 2021 8,37% 2,09% 19,26% 0,80%
1ª Observação 2022 8,37% 2,09% 19,26% 0,80%
1ª Observação 2017 47,41% 37,00% 49,20% 54,65%
1ª Observação 2018 64,07% 54,11% 140,18% 25,12%
1ª Observação 2019 49,66% 37,27% 39,36% 46,76%
1ª Observação 2020 51,45% 32,92% 37,96% 15,35%
1ª Observação 2021 54,55% 17,02% 74,02% 13,25%
1ª Observação 2022 33,01% 17,02% 74,02% 90,16%
1ª Observação 2017 0,35% 5,24% 0,11% 6,54%
1ª Observação 2018 0,08% 0,54% 0,01% 2,43%
%
1ª Observação 2019 0,00% 0,59% 0,01% 1,95%
1ª Observação 2020 0,00% 2,41% 0,03% 1,71%
1ª Observação 2021 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
1ª Observação 2022 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Fonte: Elaboração própria com base nos dados dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREOs) dos 51 municípios que compõem as 4 Regiões imediatas ao longo de seus períodos de observação de 2017 a 2022.
OBS: Este relatório compreende a análise dos dados contidos no 1º RREO (1º bimestre) de 2022 dos 51 municípios observados e refere-se aos valores acumulados expressos para o ano de 2021. Alguns valores podem não corresponder aos apresentados nos relatórios anteriores. Isso se deve a ajustes posteriores feitos e lançados nos RREOs atuais.
Desempenho dos municípios de Ilhéus e Itabuna
Na primeira observação de 2022 os RREO’s dos municípios não trouxeram os valores pertinentes as receitas recebidas pelo FUNDEB. No entanto, foram apresentadas as Receitas Totais em Ensino que tiveram queda de 10,15% em ambos os municípios.
A participação dos aportes feitos no Ensino Fundamental representou 13,25% das Relação as Receitas Totais em Ensino no município de Ilhéus no primeiro período de 2022.
A variação entre as primeiras observações entre 2021 e 2022 apresentou uma queda de 10,15%.
Os gastos efetuados pelos municípios encontravam-se zerados nos RREO’s o que impossibilita ter um entendimento de como ocorreram os gastos destes municípios no período.
A falta de dados nos RREO’s não permitiu que fossem feitas maiores análises dos dados de Ilhéus, tampouco calcular qualquer indicador sobre Itabuna. Qualquer inferência sem respaldo nos valores informados pelos entes municipais seria mera especulação.
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Variação % da Razão FUNDEB/ Receita Total destinada a Ensino
% Despesa Ensino Infantil sobre a Receitas Totais em Ensino
% Despesa Ensino Fundamental sobre as Receitas Totais em Ensino
Outras Despesas de Ensino sobre a Receitas Totais em Ensino
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FUNDEB
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Receitas Recebidas do FUNDEB
Receitas destinadas ao FUNDEB Receitas Ensino (Valores Absolutos)
Despesas Típicas do MDE Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino profissional Outras despesas
Até o período Até o período Até o período Até o período Até o período Até o período Até o período
Itabuna 2021 11.110.995,64 7.817.527,83 58.954.787,82 - - -2022 - - 52.969.261,29 - - - -
Variação 21/22 -100,00% -100,00% -10,15% Var % Part.
FUNDEB Rec. Ensino 2021 18,85% % Participação FUNDEB Rec. Ensino
Participação % sobre Receita 2021 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
-100,00% 2022 0,00% 2022 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Var % Educ. Infantil 2021/2022Var % Ensino Fundamental 2021/2022Var % Ensino Profissional 2021/2022Var % Outras Despesas 2021/2022Ilhéus 2021 16.438.910,40 4.013.887,11 51.863.503,85 - 6.873.914,46 -2022 - - 46.597.936,97 - 6.176.023,77 - -
Variação 21/22 -100,00% -100,00% -10,15% Var % Part.
FUNDEB Rec. Ensino 2021 31,70% % Participação FUNDEB Rec. Ensino
Participação % sobre Receita 2021 0,00% 13,25% 0,00% 0,00%
-100,00% 2022 0,00% 2022 0,00% 13,25% 0,00% 0,00%
Var % Educ. Infantil 2021/2022 -
Var % Ensino Fundamental 2021/2022 -10,15 Var % Ensino Profissional 2021/2022Var % Outras Despesas 2021/2022 -
PROGRAMAS SOCIAIS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA – AUXÍLIO BRASIL 2
Sérgio Ricardo Ribeiro Lima
Em novembro de 2021, o Programa Bolsa Família (PBF) foi substituído pelo Programa Auxílio Brasil, acompanhado pelo aumento do valor dos repasses, do valor médio de R$192 para R$400,00, abrangendo todas as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.
O surgimento dos programas sociais de transferência de renda veio no embalo das políticas neoliberais, particularmente no Brasil, na década de 1990, no Governo de FHC. Ainda no 2º governo dele surgia a primeira iniciativa nesse sentido. Entre os principais programas sociais no governo FHC, o que destacamos aqui é o Programa de Garantia de Renda Mínima, instituído pela Lei 9.533/1997. O governo Lula ampliou o horizonte desta política através de dois grandes programas: o Programa Fome Zero e Programa Bolsa Família, com maior destaque para este último, iniciado em 2003 e vigente até a atualidade.
O cenário da crise econômica mundial em 2007-2008 exigiu um maior fortalecimento de políticas de proteção social, especialmente o PBF, para atenuar o impacto social da crise. Em 2020, a pandemia também causou impacto desastroso no quadro de pobreza e extrema pobreza de grande contingente da população brasileira.
Os dados na Tabela 16 acerca do número de famílias atendidas e o volume de repasses através do Auxílio Brasil mostram seu cunho social importante para este contingente da sociedade brasileira marginalizado. Os dados comparativos para os dois períodos envolvem o PBF e o Auxílio Brasil, que, conforme falamos, substituiu o PBF.
Na comparação entre os dois períodos, no 1º trimestre deste ano foram mais de 10 milhões a mais de famílias contempladas com o programa no Brasil, quando comparado ao mesmo período de 2021. O volume de repasse de recursos foi muito maior, passando de 8 para 21,7 bilhões de reais. Esse aumento deveu-se, como já salientamos, ao aumento do número de famílias contempladas e ao aumento do valor repassado para cada família, que era, em média, de R$192,00 e passou, a partir de novembro de 2021, para 400 reais.
Foram 21,2 milhões de famílias contempladas na Região Nordeste no 1º trimestre de 2021 e 25,3 milhões de famílias no 1º trimestre de 2022, com aumento de 4,1 milhões de famílias, que representam, porcentualmente, 47,2% do total das famílias beneficiadas no Brasil. Quanto ao volume de repasses, a região absorveu, também, o maior montante, com 10,2 bilhões de reais de um total de 21,7 bilhões do Auxílio Brasil, o que representa, 47,1% do total dos repasses em todo Brasil.
O estado da Bahia teve crescimento no número de 1,1 mil famílias beneficiadas (passou de 5.508 mil para 6.620 mil famílias contempladas e repasses mais que dobraram (de 1 bilhão para 2,7 bilhões de reais). Quanto à participação do Estado no Nordeste em famílias e repasses, a Bahia mantém a participação de 26% do total dos nove estados, cujo porcentual é significativo, apesar de ser a maior economia do Nordeste.
A Região Intermediária Ilhéus-Itabuna – composta por 51 municípios – teve aumento do número de famílias de 175.787 e dos repasses de R$ 190 milhões a mais de dinheiro em relação ao 1º trimestre de 2021. A Região participou com 7,7% do total das famílias dentre as 10 regiões intermediárias do estado e com 10,8% do total dos repasses.
2 O Programa Auxílio Brasil substituiu o Programa Bolsa Família a partir de dezembro de 2021. Portanto, a partir de janeiro de 2022, os dados oficiais serão lançados com esta nova nomenclatura.
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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
A Região Imediata Ilhéus-Itabuna, formada por 22 municípios, entre eles, Ilhéus e Itabuna, teve uma participação na Região Intermediária de 42,8% no total das famílias e 42,8% no total dos repasses no 1º trimestre de 2022. Dentre as 4 regiões imediatas, a de Ilhéus-Itabuna absorveu mais de 40% dos repasses e contemplou mais de 40% das famílias, devido ao maior número de municípios desta região em relação às demais.
Por último, os municípios de Ilhéus e Itabuna, juntos, representaram 140.902 famílias (49%) do total da Região
Imediata e 56,4 milhões do total de 123,6 milhões, ou seja, 45,6% do total dos repasses. Na Região Intermediária, os dois municípios tiveram participação de 19,7% do total das famílias e 42,8% do total dos repasses entre os 51 municípios. Embora sejam economicamente os maiores municípios da região, também são os maiores em pobreza e extrema pobreza.
O aumento do número de famílias entre os dois períodos para Ilhéus e Itabuna foi de 30.115 e dos repasses de R$42 milhões de reais, com a maior participação de Itabuna nos repasses e no número de famílias, embora com pequena diferença.
Tabela 16 – Número de famílias beneficiadas e valores repassados do Programa Auxílio Brasil e do Benefício Extra no 1º trimestre de 2022 em comparação com os dados do PBF referentes aos dados do 1º trimestre de 2021
Trimestre
Divisão Regional
1º trimestre 2021 - PBF
1º trimestre 2022 – Auxílio Brasil3
Famíl Benef Valor Repas Famíl Benef Valor Repas
Brasil 43.021.819 R$ 8.086.081.270,00 53.605.441 R$ 21.733.353.404,00 Nordeste 21.225.901 R$ 4.078.863.388,00 25.319.358 R$ 10.255.772.402,00 Bahia 5.508.067 R$ 1.028.519.030,00 6.620.623 R$ 2.680.937.888,00
Região Interm. Ilhéus - Itabuna 538.233 R$ 98.086.395,00 714.020 R$ 288.784.166,00
Região Imed. Ilhéus - Itabuna 250.265 R$ 42.158.469,00 305.837 R$ 123.611.751,00 Ilhéus 58.397 R$ 7.766.185,00 69.688 R$ 27.743.515,00
Itabuna 52.390 R$ 6.734.620,00 71.214 R$ 28.679.637,00
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Ministério da Cidadania, maio, 2022.
CONSUMO DE ÁGUA
Adriano Alves de Rezende
Os 46 municípios que integram a Região Intermediária Ilhéus-Itabuna atendidos pela Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa4) tem seu consumo de água estratificado
para os primeiros trimestres de 2021 e 2022 na Tabela 17. Nela são apresentados o consumo total e a média em m³ de água para os 3 estratos (Doméstico, Industrial e Comercial) também para a Região Imediata e para o município de Ilhéus além de estabelecer um comparativo entre ambos os trimestres observados.
Tabela 17 – Comparativo do consumo de água (m³) na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, Região Imediata Ilhéus-Itabuna e em Ilhéus-BA, entre o 1º trimestre de 2021 e 2022.
Demandantes Estratos
Região Intermediária
Região Imediata
Ilhéus
1º Trimestre 2021
1º Trimestre 2022 Variação % da participação do estrato m³ % m³ %
Doméstico 10.329.751 94,26% 10.150.764 94,04% -1,73% Industrial 26.910 0,25% 20.734 0,19% -22,95% Comercial 601.644 5,49% 623.157 5,77% 3,58%
Total 10.958.305 100,00% 10.794.655 100,00% -1,49%
Doméstico 3.279.886 93,03% 3.185.315 92,67% -2,88% Industrial 23.972 0,68% 18.246 0,53% -23,89% Comercial 221.686 6,29% 233.632 6,80% 5,39%
Total 3.525.544 100,00% 3.437.193 100,00% -2,51%
Doméstico 1.662.379 92,01% 1.597.378 91,67% -3,91% Industrial 23.293 1,29% 17.482 1,00% -24,95% Comercial 121.141 6,70% 127.631 7,32% 5,36%
Total 1.806.813 100,00% 1.742.491 100,00% -3,56%
Fonte: Elaborada a partir de dados da Embasa, 2022.
3 Desde novembro de 2021 o Programa Auxílio Brasil passou a substituir o Programa Bolsa Família.
4 OBS.: As análises apresentadas referem-se apenas aos municípios abastecidos pela Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa). Assim, a demanda dos municípios Barro Preto, Ibicaraí, Itajuípe, Itabuna, e Jussari não foram inseridas nestas análises por serem atendidas pela Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa).
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Os dados da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna apontam que o consumo doméstico de água apresentou uma pequena redução de 1,73% na participação do estrato no comparativo entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022. O estrato comercial também apresentou queda de 22,95%. Todavia, o estrato comercial demonstrou um crescimento de 3,58% no consumo de água no mesmo período.
Na Região Imediata Ilhéus-Itabuna observa-se uma repetição, mas em uma magnitude maior, do comportamento observado na Região Intermediária. Os estratos doméstico e industrial tiveram reduções no consumo de água da ordem de 2,88% e 23,89% respectivamente. Já o estrato comercial cresceu 5,39% no comparativo entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022.
Ainda assim, o consumo doméstico de água representou mais de 90% de toda água demanda nos três tipos de demandantes durante os primeiros trimestres de 2021 e 2022. Isso reforça o entendimento que durante o período de festas de final de ano e férias escolares impacta positivamente sobre o consumo de água na região.
O município de Ilhéus também manteve o comportamento das Regiões Intermediária e Imediata. Os estratos doméstico (-3,91%) e industrial (-23,89) diminuíram seu
consumo de água sendo que o comércio teve crescimento de 5,36% no comparativo dos trimestres.
Ao comparar os dados constantes na Tabela 17 como os da Tabela 18 pode-se verificar que a situação vislumbrada principalmente nos estratos doméstico e comercial podem a ser justificados pela sazonalidade no período, dado que houve uma variação mínima. Já o estrato industrial efetivamente teve uma queda significativa o que tende a indicar uma diminuição da atividade industrial em todos os níveis de demandantes. O estrato industrial historicamente representa o menor consumo de água nos três demandantes e essa redução reforça a percepção de que o setor industrial das Regiões Intermediária e Imediata e também de Ilhéus sofreram muito com o período mais agudo da pandemia de Covid-19 que levou a paralização das atividades produtivas e comerciais. Isso certamente impactou negativamente na capacidade destas indústrias se manterem em plena operação.
Quando se observa o comparativo entre o 4º trimestre de 2021 e o 1º trimestre de 2022 pode-se ter um entendimento mais amplo do que pode estar ocorrendo com o consumo de água nestas regiões e em Ilhéus. A partir da observação Tabela 18 percebeu-se um comportamento similar.
Tabela 18 – Comparativo do consumo de água (m³) na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, Região Imediata Ilhéus-Itabuna e em Ilhéus-BA, entre o 4º trimestre de 2021 e o 1º trimestre 2022.
Região Intermediária
Doméstico 10.058.708 34,98% 10.150.764 94,04% 0,92% Industrial 33.371 64,81% 20.734 0,19% -37,87% Comercial 607.516 0,21% 623.157 5,77% 2,57%
Total 10.699.595 100,00% 10.794.655 100%
Região Imediata
Doméstico 3.178.369 63,53% 3.185.315 92,67% 0,22% Industrial 31.116 31,83% 18.246 0,53% -41,36% Comercial 226.275 4,64% 233.632 6,80% 3,25%
Total 3.435.760 100,00% 3.437.193 100%
Ilhéus
Doméstico 1.545.121 62,81% 1.597.378 91,67% 3,38% Industrial 30.258 31,74% 17.482 1,00% -42,22% Comercial 124.599 5,45% 127.631 7,32% 2,43%
Total 1.699.978 100,00% 1.742.491 100,00%
Fonte: Elaborada a partir de dados da Embasa, 2022.
Todos os demandantes de água, nos três estratos tiveram comportamento similar. Houve uma redução significativa no consumo de água pela indústria do 4º trimestre de 2021 para o 1º trimestre de 2022 nos três estratos. Com exceção de Ilhéus que teve um aumento de 3,38% no estrato doméstico entre os dois trimestres, as Regiões Intermediária e Imediata tiveram um pequeno incremento de 0,92% e 0,22%, respectivamente.
O estrato industrial teve significativa queda nos três demandantes o que reforça a percepção de que a o setor
industrial na região apresenta sinais de declínio. Sabe-se que o consumo de água e de energia serve como um indicador da atividade industrial dado seu uso intensivo nesse estrato. Logo, acredita-se que a queda abrupta observada nesse período seja um reflexo dos impactos negativos ocasionados pelas restrições decorrentes da pandemia de Covid-19. No entanto, que dada a relevância da região para o estado, ocorra a retomada da atividade industrial o quanto antes, seja por movimento dos próprios empresários regionais, seja por meio de política públicas.
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Demandantes Estratos 4º Trimestre 2021 1º Trimestre 2022 Variação % m³ % m³ %
MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS NO AEROPORTO
JORGE AMADO – ILHÉUS
Sérgio Ricardo Ribeiro Lima
Os dados de movimentação de passageiros no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, apresentou no 1º trimestre de 2022, maior número de movimentações quando comparado ao mesmo período de 2021. Foram, ao total, 31.034 movimentações a mais neste trimestre, entre embarques e desembarques, ambos superiores ao 1º trimestre de 2021.
Como era de se esperar, o mês de janeiro é de maior movimentação, seguido do mês de fevereiro e março. Porém, neste trimestre, o mês de março superou as movimentações em relação à fevereiro.
Os embarques neste trimestre foram superiores ao trimestre de 2021 em 16.595, enquanto os desembarques foram superiores neste trimestre em 14.439. Portanto, os embarques superaram os desembarques em 2.156 movimentações. Repetidamente, a cada trimestre, os embarques têm sido superiores aos desembarques, o que denota que no período de veraneiro, mais pessoas têm saído da região que chegado.
Tabela 19 – Movimentações (embarques e desembarques) no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, 1º trimestre de 2021/2022 1º trimestre 2021 1º trimestre 2022 Var. 2021/2022 Jan Fev Mar Total Jan Fev Mar Total
Embarque 46.286 23.251 16.383 85.920 47.241 26.503 28.771 102.515 16,19% Desembarque 40.545 20.691 14.182 75.418 37.751 25.903 26.203 89.857 16,07% Total 86.831 43.942 30.565 161.338 84.992 52.406 54.974 192.372 16,13%
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da SOCICAM, maio de 2022
ENCARTE ESPECIAL
Produto Interno Bruto e Valor Agregado Bruto por setores econômicos da Microrregião Ilhéus-Itabuna, Ilhéus e Itabuna, 1999-2019
Os dados do PIB (Produto Interno Bruto) e VAB (Valor Agregado Bruto) dos municípios brasileiros são lançados com uma defasagem de dois anos pelo IBGE.
Na oportunidade, estamos a disponibilizar a série histórica do PIB (2002-2019) e do VAB (1999-2019) do Brasil, Bahia, Microrregião Ilhéus-Itabuna, Ilhéus e Itabuna.
Essa série traz a importância, em particular para a região e os municípios, de apresentar a evolução dos setores da economia e, em geral, a evolução da economia da microrregião e dos municípios de Ilhéus e Itabuna, abrangendo duas décadas de conjunturas econômicas mundiais de crise econômica (2007-2008) e, particular, no Brasil, de crise política (Golpe de 2016) com o afastamento da Presidenta Dilma Roussef, governo transitório e início do governo atual.
Portanto, os dados da Tabela 1 e do Gráfico 1 trazem recortes que permearam os governos Lula, Dilma, o governo transitório de Temer e o início do governo atual.
A última coluna da Tabela 1 mostra que no primeiro período (2002-2009), em todos os níveis territoriais, o PIB teve crescimento significativo, acima de 100%, com exceção apenas do município de Ilhéus. Esse período abrange os dois governos de Lula, cuja conjuntura nacional e internacional (crescimento vigoroso da China) repercutiu no salto econômico da economia brasileira em geral.
O período 2010-2014, primeiro governo de Dilma, apesar dos bons resultados do PIB, ficou bem abaixo do primeiro período. A crise econômico-financeira mundial que se instaurou em 2007-2008 veio a atingir a economia brasileira no início da década de 2010, apesar dos esforços de política econômica do governo Dilma para amenizar seus impactos no Brasil. Observa-se na tabela que os resultados do PIB do 2º período representaram, aproximadamente, a metade dos resultados do 1º período. Ou seja, apesar das importantes iniciativas tomadas pelo governo de Dilma, a avalanche mundial da crise abateu-se sobre a economia brasileira, também devido ao forte impacto da queda do PIB chinês.
O terceiro período foi marcado por forte instabilidade política que se refletiu sobre uma economia já em queda.
O Golpe orquestrado contra a Presidenta Dilma, seu afastamento e a instauração do governo pro visório e, depois, do presidente eleito, acarretaram em forte queda do PIB em todos os níveis.
O PIB neste 3º período ficou menos da metade do PIB do 2º período, como reflexo da profunda retração econômica que atingiu fortemente o emprego. A microrregião e o município de Ilhéus tiveram as maiores quedas. Instalou-se nesse período uma forte crise econômica arrastada pelo furacão da crise de 2007-2008 e aprofundada pela crise política a partir de 2015.
Tabela 20 – Evolução do PIB, Brasil, Bahia, Microrregião Ilhéus-Itabuna, Ilhéus e Itabuna, 2002/2019 2002 2009 Var. %, 2002-2009 Brasil 1.488.787.276 3.333.039.339 123,87 Bahia 58.842.976 137.942.481 134,42
Microrregião Ilhéus-Itabuna 3.778.413 7.748.604 105,07 Ilhéus 1.112.279 2.067.456 85,87 Itabuna 972.881 2.107.633 116,63 2010 2014 Var. %, 2010-2014 Brasil 3.885.847.000 5.778.952.780 48,71 Bahia 154.419.547 223.929.966 45,01 Microrregião Ilhéus-Itabuna 9.297.069 12.942.116 39,20 Ilhéus 2.567.197 3.512.481 36,82 Itabuna 2.444.702 3.665.696 49,94 2015 2019 Var. %, 2015-2019 Brasil 5.995.787.000 7.389.131.000 23,20 Bahia 245.043.690 293.240.504 19,66 Microrregião Ilhéus-Itabuna 13.942.633 15.582.019 11,75
Ilhéus 3.641.506 4.667.858 28,18 Itabuna 3.832.794 4.183.238 9,14
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA
O Gráfico abaixo apresenta o comportamento dos diversos setores da economia, da administração pública e dos setores sociais em termos de Valor Agregado Bruto (VAB).
Segundo o IBGE, o VAB é “o valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo.
Boletim de Conjuntura Econômica e Social –
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CACES (caces.uesc.br)
É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor bruto de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades” (IBGE). Em síntese, é o valor novo criado em cada processo produtivo de cada setor da economia, descontado o valor do consumo intermediário que já é repassado para o processo produtivo em questão.
O Gráfico destaca a maior participação do setor de serviços no conjunto dos demais setores, com maior destaque no período 2002-2009 e para o município de Itabuna, seguido por Ilhéus.
Em seguida vem o setor industrial com maior destaque para Ilhéus, seguido por Itabuna, com maior ênfase em 2010, ladeado por queda entre 2002 e 2009 e queda depois de 2010. Em terceira colocação estão os serviços públicos, com maior destaque para a microrregião, visto que são municípios carentes que, de certa forma, têm forte dependência do setor público. Em último lugar, a agropecuária, que bem reflete a crise cacaueira e sua fraca participação no VAB, com maior destaque para a microrregião, com maior dependência dessa atividade econômica, pela maior abundância dos recursos de terra e força de trabalho.
Gráfico 5 – Participação dos principais setores da economia, administração pública e serviços sociais no VAB, 1999/2019
VAB Agropecuária VAB Indústria VAB Serviços VAB Adm, defesa, educação, saúde e segur social Microrregião Ilhéus-Itabuna Ilhéus (BA) Itabuna (BA)
Equipe de trabalho
Dr. Sérgio Ricardo Ribeiro Lima (Coordenador) - DCEC
Msc. Adriano Alves de Rezende – DCHEL/UESB
Dr. Marcelo Inácio Ferreira Ferraz – DCET
Msc. Marcelo dos Santos Silva – DCEC
Dr. Sócrates Jacobo Moquete Guzmán – DCEC
Discentes Voluntários e Bolsistas
André Miranda Silva - Economia
Bruna Yasminie Gomes de Souza - Economia
Igor Leonardo Teixeira dos Santos Júnior - Economia
José Vítor Coelho de Jesus - Economia
Thaís Dos Reis Costa - Economia
Wellington Carvalho dos Santos - Economia
Entidades Apoiadoras
COELBA (Companhia de Eletricidade da Bahia)
JUCEB (Junta Comercial do Estado da Bahia)
SOCICAM Aeroportos (Ilhéus)
PROEX (Pró-Reitoria de Extensão)
EMBASA (Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A)
Diagramação
Gustavo Nunes | Tikinet
Centro de Análise de Conjuntura Econômica e Social (CACES)
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) Departamento de Economia (DCEC)
Rodovia Jorge Amado, km 16 – Salobrinho - Ilhéus/BA caces.uesc.br (73) 3680-5215
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0 10 20 30 40 50 60 70 1999 2002 2009 2010 2014 2019 1999 2002 2009 2010 2014 2019 1999 2002 2009 2010 2014 2019 1999
2002 2009 2010 2014 2019
ANEXO A – RECEITAS NOMINAIS DAS REGIÕES IMEDIATAS
Comportamento das Receitas Totais e Tributárias da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, por bimestres selecionados (valores nominais, R$1,00)
Receitas Totais
Municípios
Receitas Tributárias Realizadas
1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022 1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022
Almadina 3.344.420,01 4.990.771,10 4.841.342,98 75.415,69 486.966,18 861.379,05
Aurelino Leal 7.327.518,09 11.218.541,15 10.338.963,38 93.819,99 240.237,31 206.010,47
Barro Preto 4.187.155,83 5.404.875,94 6.228.196,02 96.717,49 240.182,77 270.740,20
Buerarema 7.731.179,56 9.695.543,33 4.849.419,18 570.573,84 244.664,11 134.607,07
Coaraci 8.591.549,22 12.529.088,67 11.162.292,28 254.408,90 2.198.960,61 315.097,55
Firmino Alves 1.465.558,77 4.595.291,74 3.837.775,60 7.819,32 24.146,41 19.507,60
Floresta Azul 4.386.112,35 6.401.548,68 7.011.595,84 77.932,58 182.498,71 143.709,95
Ibicaraí 8.326.561,99 12.182.127,08 13.515.746,68 234.222,59 642.118,51 199.655,36
Ibicuí 8.369.029,84 11.121.432,65 9.438.538,81 132.247,17 908.489,55 137.001,03
Ibirapitanga 11.725.243,10 16.002.342,32 15.866.879,42 494.444,01 961.337,18 423.694,41
Ilhéus 81.066.777,94 81.576.142,80 99.937.911,86 16.561.300,28 27.147.404,89 17.981.831,69
Itabuna 53.722.201,47 145.583.052,36 106.919.828,19 15.977.534,97 15.663.358,91 12.121.061,63
Itacaré 15.169.500,04 19.352.994,74 21.982.099,34 3.769.103,78 3.729.337,52 6.291.403,17
Itaju do Colônia 3.955.162,81 5.589.916,35 5.157.034,69 99.489,93 142.388,39 32.519,57
Itajuípe 8.584.333,14 13.827.247,99 12.006.188,88 192.476,58 291.952,13 168.016,07
Itapé 4.381.628,50 6.291.855,62 8.000.486,18 55.049,06 169.815,52 99.746,82
Itapitanga 4.506.566,85 7.477.846,19 7.224.503,55 35.018,37 126.920,04 55.221,03
Maraú 12.199.351,01 16.324.159,01 15.306.684,28 1.948.174,15 3.405.926,61 2.740.208,89
Santa Cruz da Vitória 1.645.021,69 4.610.614,03 4.547.983,93 43.177,04 66.871,61 51.687,09
São José da Vitória 3.279.611,64 4.708.747,98 4.003.667,77 15.265,36 50.264,30 31.314,69
Ubaitaba 8.887.210,53 12.409.907,69 12.717.494,79 283.009,17 627.131,05 452.198,54 Uruçuca 9.758.235,32 12.804.750,86 12.431.017,37 511.413,43 1.430.431,09 508.495,94
TOTAL 272.609.929,70 424.698.798,28 397.325.651,02 41.528.613,70 58.981.403,40 43.245.107,82
Fonte: Elaboração própria com base nos RREO dos municípios e no SICONFI. Deflator IGP-DI, dezembro de 2021. Comportamento das Receitas Totais e Tributárias da Região Imediata de Eunápolis-Porto Seguro, por bimestres selecionados (valores nominais, R$1,00)
Belmonte 11.647.465,64 17.572.682,68 15.615.941,19 698.027,50 3.608.658,07 1.031.805,06 Eunápolis 74.859.804,29 72.761.218,34 61.236.467,33 6.448.684,81 10.980.192,29 7.341.540,17
Guaratinga 4.454.751,29 12.802.071,96 8.599.463,42 92.608,35 818.293,84 92.608,35 Itabela 14.908.999,32 23.657.280,21 19.268.616,94 760.652,57 -868.704,18 583.413,14
Itagimirim 4.381.808,93 8.310.995,63 8.404.583,94 185.666,19 424.115,49 254.632,28
Itapebi 7.432.093,09 10.219.211,93 7.757.083,40 131.416,93 182.214,96 230.350,38
Porto Seguro 78.076.502,12 109.115.016,78 111.607.591,26 17.182.411,96 29.894.925,78 24.043.061,87
Santa Cruz Cabrália 15.237.550,20 22.562.353,03 26.142.767,17 1.660.093,07 3.179.669,88 6.035.179,79
TOTAL 210.998.974,88 277.000.830,56 258.632.514,65 27.159.561,38 48.219.366,13 39.612.591,04
Fonte: Elaboração própria com base nos RREO dos municípios e no SICONFI. Deflator IGP-DI, dezembro de 2021.
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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Municípios Receitas Totais Receitas Tributárias Realizadas 1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022 1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Comportamento das Receitas Totais e Tributárias da Região Imediata Teixeira de Freitas, por bimestres selecionados (valores nominais, R$1,00)
Municípios
Receitas Totais Receitas Tributárias Realizadas 1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022 1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022
Alcobaça 13.402.784,19 19.222.837,26 18.617.077,23 1.369.902,06 1.375.476,89 1.821.596,63
Caravelas 13.151.737,10 20.476.421,87 16.770.991,36 1.122.707,91 914.925,90 1.270.009,88
Ibirapuã 11.725.243,10 8.513.806,93 7.637.212,01 494.444,01 504.398,36 478.234,65
Itamaraju 25.071.437,46 42.138.504,89 32.973.714,25 1.108.608,79 2.247.324,49 1.232.081,40
Itanhém 8.812.278,05 9.350.709,23 11.634.480,01 181.618,74 542.518,49 313.349,47
Jucuruçu 4.420.857,45 7.403.139,79 5.999.160,11 34.174,58 206.382,10 91.406,24
Lajedão 3.292.775,79 3.732.606,17 4.522.009,74 33.921,61 61.283,40 89.285,14
Medeiros Neto 10.336.988,48 15.032.679,81 12.239.940,21 374.154,36 862.039,77 391.305,41
Mucuri 29.786.134,27 41.318.785,72 34.071.282,62 2.860.886,12 3.141.638,10 3.866.340,81
Nova Viçosa 18.275.381,65 24.834.377,34 27.390.718,38 1.162.689,11 1.686.797,09 2.319.140,41
Prado 15.888.121,80 25.594.866,00 20.038.186,00 2.022.935,27 2.113.256,00 1.837.723,93
Teixeira de Freitas 67.508.948,34 102.408.598,85 84.754.268,48 7.203.771,83 12.902.972,03 9.987.426,26
Vereda 3.942.325,53 6.100.200,74 11.098.132,77 89.105,86 52.343,85 286.201,33
TOTAL 225.615.013,21 326.127.534,60 287.747.173,17 18.058.920,25 26.611.356,47 23.984.101,56
Fonte: Elaboração própria com base nos RREO dos municípios e no SICONFI. Deflator IGP-DI, dezembro de 2021.
Comportamento das Receitas Totais e Tributárias da Região Imediata Camacan, por bimestres selecionados (valores nominais, R$1,00)
Municípios
Receitas Totais Receitas Tributárias realizadas 1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022 1o bi 2021 6o bi 2021 1o bi 2022
Arataca 4.873.880,66 8.713.258,26 6.408.662,65 48.244,77 73.670,77 10.384,65 Camacan 11.945.576,54 16.408.606,51 15.455.238,00 783.350,27 1.117.665,37 908.242,04
Canavieiras 13.354.558,35 19.240.747,99 18.621.548,80 721.774,56 951.474,56 871.731,52 Jussari 4.042.824,65 6.254.293,09 5.940.657,75 55.900,46 279.937,13 176.482,59
Mascote 8.068.963,91 11.140.288,33 6.986.216,68 351.036,53 340.238,00 318.510,92
Pau Brasil 4.973.450,65 7.091.395,37 6.440.146,46 71.238,52 40.135,10 51.025,24
Santa Luzia 5.926.790,67 7.707.191,89 7.119.867,11 81.983,93 21.678,48 267.997,68
Una 11.357.109,01 15.376.233,03 20.884.230,78 1.695.845,43 1.961.272,67 8.825.049,94
TOTAL 64.543.154,44 91.932.014,47 87.856.568,23 3.809.374,47 4.786.072,08 11.429.424,58
19
ANEXO B
Empregos gerados na Construção Civil em geral e em Obras Públicas (estas últimas envolvem as obras do Porto Sul que se iniciaram em outubro de 2021)
Outubro de 2021
Admitidos Desligados Saldo Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas 72 23 49 Novembro de 2021
Subgrupo
Subgrupo Admitidos Desligados Saldo Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas 44 32 12 Dezembro de 2021
Subgrupo Admitidos Desligados Saldo Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas 31 50 -19 Janeiro de 2022
Subgrupo Admitidos Desligados Saldo Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas 43 26 17 Fevereiro de 2022
Subgrupo Admitidos Desligados Saldo Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas 47 46 1 Março de 2022
Subgrupo Admitidos Desligados Saldo Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas 67 38 29
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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)