Boletim de Conjuntura Econômica e Social
Departamento de Economia – DCEC – Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC – Ilhéus /BA
ILHÉUS – ITABUNA caces.uesc.br
APRESENTAÇÃO
ISSN 2525-5134 | Número 10 – Jul./Ago./Set. de 2017
O Projeto de Extensão Centro de Análise de Conjuntura Econômica e Social (CACES), vinculado ao Departamento de Economia da Universidade Estadual de Santa Cruz, lança o 10º boletim de conjuntura econômica e social de Ilhéus e Itabuna, apresentando dados e informações referentes ao 3º trimestre de 2017, respectivamente, os meses de julho, agosto e setembro. O cenário da economia brasileira e da economia baiana, neste momento, parece acenar para uma perspectiva de recuperação diante de um cenário de recessão que se desdobrou nos dois últimos anos, com impactos negativos no PIB, no mercado de trabalho e nas finanças dos entes federados. O Brasil apresentou crescimento positivo do PIB no 2º trimestre (0,27%) e o estado da Bahia cresceu no 1º trimestre (0,3%) e no 2º trimestre (1,9%). Os resumos das seções apresentadas na 1ª página do boletim (que segue abaixo) demonstram um cenário desalentador para os dois municípios, com raras exceções. Isso significa que embora a economia local dos dois municípios tenha absorvido negativamente os efeitos da economia brasileira e da economia global, as peculiaridades locais têm impedido os mesmos de responderem satisfatoriamente aos impulsos da economia brasileira e baiana nestes dois últimos trimestres. Possivelmente, uma das razões é o baixo dinamismo e complexidade das duas economias municipais que, em particular, vem tentando recuperar e estruturar suas atividades depois da crise do cacau, embora esta atividade e seus derivados ainda seja preponderante na pauta de exportação dos dois municípios. Seguem-se as seções e a íntegra dos textos com mais detalhes.
EMPRESAS
De acordo com a movimentação de abertura e fechamento de empresas, em Ilhéus e Itabuna, no 3º trimestre de 2017, destaca-se que foi extinto um número maior de empresas na cidade de Itabuna do que em Ilhéus. No saldo geral, ou seja, a diferença entre empresas constituídas e extintas, constata-se o acréscimo de três novos estabelecimentos empresariais na cidade de Itabuna e o decréscimo de oito unidades em Ilhéus (página 2).
CONSUMO DE ENERGIA
O conjunto das atividades produtivas do município de Ilhéus fechou o 3º trimestre de 2017 com queda de 1% no consumo de energia elétrica. Em Itabuna, a eletricidade demandada por essas atividades apresentou pequena alta (+0,5%). A indústria de produção de borracha e de material plástico foi o segmento industrial de Ilhéus que apresentou maior aumento na demanda de eletricidade (+10,2%). Em Itabuna, a maior alta registrada pela indústria foi a do segmento de confecção de artigos do vestuário e acessórios (+14,1%) (página 3).
COMÉRCIO EXTERIOR
No terceiro trimestre de 2017, os municípios de Ilhéus e Itabuna apresentaram redução no valor importado para ambos os municípios em relação ao trimestre anterior, em aproximadamente 66%. O déficit comercial verificado no segundo trimestre foi revertido para um saldo comercial positivo na região: Ilhéus alcançou o superávit de US$ 19,49 milhões; e Itabuna, de US$ 6,06 milhões. As exportações da região concentraram-se, neste trimestre, em produtos do conjunto comercial Cacau e suas preparações, chegando ao patamar de 99,7% de todo o valor da exportação ilheense no período. Para Itabuna, essa marca foi um pouco menor: representou 98,58% do total. As importações regionais, notadamente de produtos industrializados reunidos em 28 categorias comerciais, concentraram-se em produtos para informática e tecnologia da informação e artigos relacionados à borracha (página 5).
FINANÇAS PÚBLICAS
Em Ilhéus, os investimentos em 2017 continuam em queda acentuada na comparação ao igual período de janeiro-agosto de 2016. Ainda em relação ao comportamento das Despesas Orçamentárias, a opção pelo pagamento da dívida continuou tendo preferência (31,93%), assim como de Juros e Encargos da Dívida (36,05%). As Receitas Totais de Ilhéus apresentaram uma leve queda (de -2,92%) no acumulado entre janeiro-agosto de 2017 em relação ao igual período de 2016. As Despesas Totais tiveram queda maior, de -27,69% em termos reais, revelando a opção por uma política econômica de austeridade no primeiro ano de governo. De fato, a execução das despesas em Ilhéus promo-
veu queda considerável em áreas sociais como Educação (-28%) e Assistência Social (-57,8%), assim como na área de Infraestrutura (Urbanismo, de -92,7%). Em Itabuna, apresentou-se um aumento real de 4,02% nas Receitas Totais, atingindo R$314 milhões, sendo maiores que as de Ilhéus (R$210 milhões). Os investimentos em Itabuna tiveram aumento de 140,63% no acumulado janeiro-agosto de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, que já tinham aumentado em 257,08%, em relação ao último ano do governo anterior. Outra despesa que indica a opção por uma política econômica diametralmente diferente ao governo da vizinha Ilhéus, e, portanto, menos austera, foi a redução no pagamento da Dívida de Itabuna em -34,03%, que o governo anterior já tinha reduzido em -42,28%, no seu último ano de governo (página 6).

MERCADO DE TRABALHO
O mercado de trabalho no município de Ilhéus apresentou, no 3º trimestre de 2017, uma situação mais favorável em relação ao 2º trimestre e ao 3º trimestre de 2016. Itabuna, por sua vez, teve um saldo negativo, piorando sua situação em relação ao 2º trimestre e, principalmente, em relação ao 3º trimestre de 2016, auge da crise. Há de considerar que o saldo positivo no 3º trimestre do ano passado deveu-se a instalação de uma empresa de serviço (Call Center). Como não poderia ser diferente, a taxa de variação do emprego foi positiva em Ilhéus e negativa em Itabuna. Em Ilhéus, as principais atividades tiveram saldo positivo, com destaque para a indústria de transformação e serviços e, em Itabuna, com destaque positivo, apenas serviços, e, negativo, construção civil e indústria de transformação. As faixas salariais médias com maiores perdas de janeiro a setembro foi entre 1 < 2 SM e em Itabuna, entre 2 < 3 SM, com saldo positivo na faixa até 1 SM para os dois municípios, com melhor saldo em Ilhéus (página 9).
TRANSFERÊNCIA DIRETA DE RENDA (PROGRAMAS SOCIAIS)
Dentre as modalidades de transferência direta de renda analisadas, as mesmas transferiram para os municípios de Ilhéus e Itabuna, no 3º trimestre do ano de 2017, um total de R$71.678.964,88. Esse montante indica um aumento de 0,45%, em relação ao 2º trimestre de 2017 (que apresentou uma redução ante o 1º trimestre do ano). Esse aumento se apresenta mesmo com a redução do número de benefícios concedidos pelo PBF em Itabuna. Assim, esse resultado originou-se da ampliação proveniente do BPC (0,69%) em conjunto com as reduções na participação, sobre o total transferido, do PBF (-0,15%) e a RMV (-5,03%). Na decomposição das transferências, o BPC foi o responsável, pelo maior volume de renda nominal transferida (78,95%), seguido do PBF (19,87%) e, com uma menor participação do benefício de RMV (1,18%). Constata-se que, como vem ocorrendo continuamente, Itabuna foi o município que mais recebeu renda proveniente dessas transferências (56,54% do total) (página 13).
EMPRESAS
Nesta seção apresentam-se informações acerca do movimento de abertura e fechamento de empresas, nos municípios de Ilhéus e Itabuna, no 3º trimestre de 2017.
Conforme é observado no Gráfico 1, foram constituídas 126 empresas no município de Itabuna, ao passo que, em Ilhéus, foram abertas 68 empresas, no trimestre em questão.
Tabela 1 – Atividade principal das empresas constituídas e extintas, em Ilhéus e Itabuna - 3º trimestre de 2017.
3º Trimestre 2017 Serviços Comércio Varejista Comércio Atacadista
Constituídas
Ilhéus 39 27 2 Itabuna 65 52 9
Extintas Ilhéus 41 28 7 Itabuna 46 66 11 Fonte: JUCEB, outubro de 2017.
Gráfico 1 – Empresas constituídas em Ilhéus e Itabuna, no 3º trimestre de 2017.


Fonte: JUCEB, outubro de 2017.
Verificando o montante de empresas fechadas, no mesmo período, constata-se que a cidade de Itabuna também registrou maior número de empresas extintas (123), em relação ao número registrado na cidade de Ilhéus (76) (Gráfico 2).
De acordo com o movimento de abertura e fechamento de empresas, ao longo do 3º trimestre de 2017, constata-se que apenas no mês de julho foram extintas mais empresas do que constituídas, em Ilhéus, resultando em um saldo negativo de empresas (-15). No entanto, os saldos positivos registrados nos meses de agosto (2) e setembro (5) não foram suficientes para impedir a retração no número de empresas do trimestre, que fechou com um saldo de 8 estabelecimentos a menos. Este saldo foi pior do que o apresentado no mesmo trimestre de 2016, que apresentou uma retração de 4 estabelecimentos empresariais no município (Gráfico 3).
Gráfico 2 – Empresas extintas em Ilhéus e Itabuna, no 3º trimestre de 2017.
Fonte: JUCEB, outubro de 2017.
Das empresas que foram constituídas, em Ilhéus, a maior parcela pertence ao ramo dos serviços (39). Da mesma forma, em Itabuna, as empresas voltadas à atividade de prestação de serviços foram as que mais registraram aberturas, no 3º trimestre de 2017, totalizando um número de 65 empresas (Tabela 1).
Considerando as empresas que encerraram suas atividades, pode-se verificar que o maior número de empresas fechadas, em Ilhéus, pertence também ao ramo de serviços (41). Porém, em Itabuna, o maior número de empresas extintas pertence ao comércio varejista (66).
Destaca-se que a maior concentração de empresas constituídas, em Ilhéus, foi registrada no Centro da cidade (18), seguida dos bairros Teotônio Vilela (7) e Nossa Senhora da Vitória (7). Em relação às empresas fechadas, estas se concentraram no Centro (19) e no Pontal (8).
Em Itabuna, o maior número de estabelecimentos constituídos concentrou-se no Centro (38) e no bairro São Caetano (21). Já as maiores concentrações de empresas fechadas foram registradas no Centro (35) e nos bairros São Caetano (10) e Nossa Senhora de Fátima (10).
Gráfico 3 – Saldo das empresas (constituídas menos extintas) em Ilhéus, no 3º trimestre (2017 e 2016).

Fonte: JUCEB, outubro de 2017.
No 3º trimestre de 2017, tanto em julho quanto em setembro, foram abertas mais empresas do que fechadas, em Itabuna. Esse movimento foi semelhante ao observado no 3º trimestre de 2016, que também apresentou saldo positivo nos mesmos meses.
Porém, avaliando o saldo geral do trimestre, constata-se que, no trimestre do ano corrente, registrou-se em Itabuna um acréscimo de apenas 3 unidades empresariais, ao passo que, no ano de 2016, houve no mesmo trimestre um acréscimo de 22 novos estabelecimentos (Gráfico 4).
A instabilidade econômica do país tem dificultado a sobrevivência de muitas empresas, o que justifica o aumento no número de empreendimentos fechados, nos dois municípios, no 3º trimestre de 2017, quando comparado com o mesmo
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trimestre de 2016. Mesmo com o aumento no número de extinções, o saldo de empresas em Itabuna foi positivo (3), porém pequeno. Em Ilhéus, já é possível observar a queda desse saldo, no presente trimestre.
3º trimestre de 2017, teve a participação de 2,2% de todo o consumo da indústria.
Tabela 2 – Evolução do Consumo de Energia, em KWh, no 3º trimestre – 2017 e 2016.
Ilhéus
3º trim. 2017 3º trim. 2016 Variação (%)
Indústria 19.957.867 19.973.031 -0,1 Comércio e Serviços 12.771.894 13.160.933 -3,0 Agricultura 1.408.084 1.334.241 5,5
TOTAL 34.137.845 34.468.206 -1,0
Itabuna
3º trim. 2017 3º trim. 2016 Variação (%)
Indústria 19.447.000 19.005.972 2,3 Comércio e Serviços 16.733.479 17.071.230 -2,0 Agricultura 650.964 588.055 10,7 TOTAL 36.831.443 36.665.258 0,5 Fonte: COELBA, outubro de 2017.
Gráfico 4 – Saldo das empresas (constituídas menos extintas) em Itabuna, no 3º trimestre (2017 e 2016).

Fonte: JUCEB, outubro de 2017.
CONSUMO DE ENERGIA
O comportamento das atividades econômicas dos municípios de Ilhéus e Itabuna, no 3º trimestre de 2017, será apresentado, nesta seção, por meio do acompanhamento do consumo de eletricidade (proxy) desses municípios.
Analisando o consumo de eletricidade, no 3º trimestre de 2017, conforme apresentado na Tabela 2, em Ilhéus, houve redução de 1% no consumo total de energia elétrica demandada pelo conjunto das atividades econômicas da cidade, quando comparado o período com o mesmo trimestre do ano de 2016.
Apenas o setor agrícola registrou aumento de consumo (+5,5%). Os setores de comércio e serviços registraram as maiores quedas (-3,0%).
Em Itabuna, além do setor agrícola, que registrou aumento de 10,7%, verificou-se a elevação de 2,3% na demanda de eletricidade da indústria.
A atividade produtiva que mais demandou eletricidade, nos dois municípios, foi a indústria: cerca de 59%, em Ilhéus, e 53%, em Itabuna. Em Ilhéus, esse setor registrou queda de 0,1%, no presente trimestre, e teve o segmento industrial de produtos alimentícios como o maior demandante de energia elétrica, com 88,8% de todo o consumo do setor ( Tabela 3).
O segmento que apresentou o maior aumento na demanda de eletricidade, em Ilhéus, foi o da produção de borracha e de material plástico (+10,2%), destacando-se como a segunda atividade industrial que mais demandou eletricidade no 3º trimestre de 2017.
A indústria de equipamentos de informática apresentou a maior queda na demanda por eletricidade (-22,5%) e, no
Tabela 3 – Variação (%) do consumo de energia elétrica e participação de cada atividade industrial na demanda de eletricidade, em Ilhéus.
Δ% 3° trimestre de 2017 ante o 3° trimestre de 2016 Participação (%)
Crescimento ↑
3º Trim. 2017 3º Trim. 2016
Tratamento de Resíduos; Recuperação de Materiais 9,3% 2,0% 1,9% Prod. de Borracha e de Material Plástico 10,2% 4,9% 4,4% Produtos Alimentícios 0,2% 88,8% 86,6% Queda -↓ Equip. Informática, Prod. Eletrônicos e Ópticos -22,5% 2,2% 2,8% Fab. Prod. de Minerais NãoMetálico -0,2% 0,6% 0,6% Máq., Aparelhos e Materiais Elétricos -20,0% 0,5% 0,7% Outros -7,8% 1,0% 1,1% Fonte: COELBA, outubro de 2017.
De forma geral, a indústria de alimentos do município de Ilhéus pouco variou o consumo de energia elétrica (+0,2%) no 3º trimestre de 2017, quando comparado com o mesmo trimestre de 2016. O segmento industrial de fabricação de produtos derivados do cacau foi o principal consumidor de eletricidade da indústria de alimentos, consumindo quase a totalidade da energia demandada pela referida indústria. Esse importante segmento registrou aumento de 0,4% no consumo de eletricidade, enquanto o conjunto dos demais segmentos da indústria de alimentos registrou queda de 3,8% (Tabela 4).
Os segmentos industriais de Itabuna que mais demandaram energia elétrica, no 3º trimestre de 2017, foram os de confecção de artigos do vestuário (53,3%) e de produtos alimentícios (36,7%). O primeiro segmento apresentou alta de 14,1% na demanda de eletricidade enquanto o segundo registrou queda de 11,4% (Tabela 5).
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Vale ressaltar que o terceiro segmento que mais demandou energia elétrica, em Itabuna, foi o ramo de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados, apresentando uma participação de 5,8% do total demandado pela indústria. Esse segmento aumentou em 8% o consumo de eletricidade no 3º trimestre de 2017.
Tabela 4 – Participação (kWh) do segmento alimentício de Ilhéus no consumo de energia elétrica (em Kwh), no 3º trimestre de 2017 e 2016.
Produtos Alimentícios 3º Trim. 2017 3º Trim. 2016 Variação (%)
Fab. de produtos derivados do cacau e de chocolates 16.848.758 16.784.584 0,4
Outros 868.638 903.336 -3,8
Total 17.717.396 17.687.920 0,2
Fonte: COELBA, outubro de 2017.
Dessa forma, o aumento de 2,3% no consumo de energia elétrica, registrado pelo setor industrial de Itabuna, foi impulsionado, principalmente, pela expansão da demanda eletricidade das atividades industriais “confecção de artigos do vestuário e acessórios”, bem como “artefatos de couro, artigos de viagem e calçados”.
Tabela 5 – Variação (%) do consumo de energia elétrica e participação de cada atividade industrial na demanda de eletricidade, em Itabuna.
Δ% 3° trimestre de 2017 ante o 3° trimestre de 2016
Participação %
Crescimento ↑ 3º Trim. 2017 3º Trim. 2016
Artefatos de Couro, Artigos de Viagem e Calçados 8,0% 5,8% 5,5% Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis 5,8% 1,1% 1,1% Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 14,1% 53,3% 47,8% Extração de Minerais Não-Metálicos 2,3% 1,0% 1,0%
Queda ↓
Produtos Alimentícios -11,4% 36,7% 42,4% Outros -5,0% 2,0% 2,2% Fonte: COELBA, outubro de 2017.
Analisando a atividade industrial de confecção de artigos do vestuário e acessórios, no município de Itabuna, observa-se que a indústria de fabricação de meias aumentou o consumo de eletricidade em 1.282.438 kWh. Como esta indústria foi responsável por, aproximadamente, 99,8% de todo o consumo de energia elétrica da referida atividade industrial, constata-se que o aumento total de 14,1% foi explicado pela expansão da demanda da indústria de fabricação de meias (Tabela 6).
Em relação ao segmento alimentício de Itabuna, é possível constatar que a atividade industrial de fabricação de produtos derivados do cacau foi responsável por mais de 60% de toda a eletricidade consumida pela indústria de alimentos. Essa atividade apresentou queda de consumo de 6,7% e, juntamente com a atividade de fabricação de laticínios, que registrou queda de 19,7%, foram as principais responsáveis pela queda
de 11,4% da demanda de energia elétrica verificada na indústria de alimentos.
Tabela 6 – Participação (kWh) do segmento de confecções de artigos do vestuário e acessórios no consumo de energia elétrica de Itabuna, no 3º trimestre de 2017 e 2016.
Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 3º Trim. 2017 3º Trim. 2016 Variação (%)
Fabricação de meias 10.351.379 9.068.941 14,1 Outros 18.122 19.784 -8,4 Total 10.369.501 9.088.725 14,1 Fonte: COELBA, outubro de 2017.
Tabela 7 – Participação (kWh) do segmento alimentício no consumo de energia elétrica de Itabuna, no 3º trimestre de 2017 e 2016.
Produtos Alimentícios 3º Trim. 2017 3º Trim. 2016 Variação (%)
Fab. de produtos derivados do cacau e de chocolates 4.320.067 4.629.321 -6,7 Fabricação de laticínios 2.192.222 2.728.614 -19,7 Outros 628.620 702.680 -10,5 Total 7.140.909 8.060.615 -11,4 Fonte: COELBA, outubro de 2017.
Conforme apresentado na presente análise, o conjunto das principais atividades produtivas, dos municípios de Ilhéus e Itabuna, praticamente, não expandiu o consumo de eletricidade no 3º trimestre de 2017, quando comparado com o 3º trimestre de 2016. Enquanto, em Ilhéus, houve uma queda de 1% desse consumo, em Itabuna, registrou-se um aumento muito pequeno (+0,5%).
Evolutivamente, constata-se a retração na demanda de energia elétrica desse conjunto de atividades, ou seja, enquanto no trimestre passado os setores produtivos da cidade de Ilhéus demandaram, cerca de 37 milhões de kWh, no presente trimestre, esse consumo foi de, aproximadamente, 34 milhões de kWh. Em Itabuna, a redução no consumo de eletricidade foi, em torno de, 2 milhões de kWh, quando comparado com o 2º trimestre de 2017.
NOTA DE CORREÇÃO
É importante registrar que a Coelba encaminhou, aos responsáveis por esse boletim, uma correção realizada no registro do consumo de energia elétrica efetuado pela atividade industrial de fabricação de laticínios, do município de Itabuna, no 2º trimestre de 2017. De acordo a alteração, a quantidade de eletricidade consumida pela referida atividade foi de 2.731.561 kWh e não 988.687 kWh, conforme apresentado no boletim passado. Dessa forma, essa indústria apresentou queda de apenas 4% na demanda de energia elétrica, diferentemente do valor informado (-65,2%).
Assim, a indústria de alimentos apresentou uma demanda total de 8.039.845 kWh, representando um aumento de 2,3% do consumo de energia elétrica, ao passo que o informado foi uma queda de 19,9%. Essa alteração modifica o total demandado pela indústria de Itabuna para 20.346.138 e
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
corresponde a uma elevação de 10,2% no consumo de eletricidade, quando comparado com o mesmo trimestre de 2016, enquanto o informado foi um aumento de apenas 0,8%.
COMÉRCIO EXTERIOR
O fato marcante do comércio exterior dos municípios de Ilhéus e Itabuna no terceiro trimestre de 2017 foi a redução da importação total para ambas as cidades, da ordem de 66%, aproximadamente, em relação ao segundo trimestre do ano. A evolução do comércio exterior para as duas cidades está reunida na Tabela 8
Apesar do recrudescimento das importações, houve um crescimento na exportação itabunense, passando de pouco mais de US$ 6,60 bilhões no segundo trimestre de 2017 para aproximadamente US$ 9,09 bilhões no trimestre subsequente. Ilhéus, ao contrário, apresentou redução no valor total exportado: a queda, não muito significativa, ficou em 4,09%.
A redução na importação ilheense proporcionou a reversão do saldo comercial do município no período: passou de um déficit de US$ 51,93 bilhões para um superávit de aproximadamente US$ 19,49 bilhões, perfazendo recuperação de 137,53%. No caso de Itabuna, a recuperação do saldo comercial foi ainda maior: alcançou a variação de 343% na comparação entre o terceiro e o segundo semestres de 2017.
Tabela 8 – Evolução do comércio exterior para Ilhéus e Itabuna, no terceiro e segundo trimestres de 2017, em US$ FOB
Município Exportação total Variação (%)
Importação total Variação(%) 3º trim. 2º trim. 3º trim. 2º trim.
Ilhéus 56.035.749 58.425.182 -4,09 36.549.816 110.350.394 -66,88
Itabuna 9.088.425 6.607.809 37,54 3.029.723 9.100.941 -66,71
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados de Aliceweb 2.0.
Na Tabela 9 pode-se observar o comportamento do saldo comercial de ambos os municípios.
Tabela 9 – Saldo da balança comercial para Ilhéus e Itabuna, no terceiro e no segundo trimestres de 2017, em US$ FOB Município Saldo comercial Variação (%) 3º trim. 2º trim.
Ilhéus 19.485.933 (51.925.212) 137,53
Itabuna 6.058.702 (2.493.132) 343,02
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados de Aliceweb 2.0.
O Gráfico 5 permite identificar que, no primeiro semestre do ano, ou seja, nos meses de janeiro a junho de 2017, a região importou mais do que exportou em todos os meses, exceto fevereiro, mês que apresentou superávit comercial. O mês de maio destaca-se como o mês onde a demanda interna de produtos do exterior foi mais intensa, com déficit comercial da ordem de US$ 60 bilhões.
No terceiro trimestre de 2017, conforme apreciação inicial na Tabela 10, observou-se que todos os meses apresentaram saldo positivo nas transações externas, com destaque para o mês de agosto, quando foi registrado o maior superávit do trimestre, de US$ 13,69 bilhões, aproximadamente. Para o quarto trimestre, espera-se que o saldo comercial positivo acumulado no terceiro trimestre se reduza, haja vista as compras de artigos para presente que são efetuadas visando o período natalino e as festas da passagem de ano.
No que se refere ao comércio exterior desagregado, a Tabela 10 reúne informações importantes acerca da especialização da balança comercial dos dois municípios.
O maior destaque da exportação para a região continua sendo os produtos presentes na rubrica Cacau e suas preparações. Em Ilhéus, 99,7% do valor total exportado relaciona-se ao cacau e seus derivados. No que se refere ao município de Itabuna, esse percentual alcança 98,58% de todo o valor exportado no terceiro trimestre de 2017. Neste período, a exportação da região contou apenas com sete rubricas. As mais importantes, após Cacau e suas preparações, são os produtos reunidos em Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes); aparelhos de gravação ou reprodução de som; imagens e som em televisão (partes e acessórios), com US$ 101,88 mil em vendas por Ilhéus, e aqueles de Vestuário e seus acessórios (malha), com US$ 104,58 mil, exportados por Itabuna.
Gráfico 5 – Exportação, importação e saldo comercial para os municípios de Ilhéus e Itabuna, para os primeiros nove meses de 2017, em US$ FOB

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados de Aliceweb 2.0.
A pauta importadora, em todos os boletins, ainda é a mais diversificada, com 28 rubricas de importação, reunindo os mais diversos produtos. No trimestre, o destaque importador remete a Ilhéus, com US$ 25,29 milhões na rubrica Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes); aparelhos de gravação ou reprodução de som; imagens e som em televisão (partes e acessórios), o que correspondeu a 69,19% do total importado pelo município. Outro destaque se refere à rubrica Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes), com US$ 3,82 milhões em produtos adquiridos do exterior. A importação ilheense acompanha a demanda de seu parque industrial, composto tanto por indústrias que beneficiam cacau quanto àquelas
relacionadas à produção de artigos de informática e tecnologia da informação.
O maior valor importado por Itabuna, com patamar de 88,63%, refere-se aos produtos relacionados à Cacau e suas preparações. Outros destaques ficam por conta de Plástico e
suas obras, com importação de US$ 144,27 mil, e Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para esporte, com US$ 114,19 mil em importações. Essa rubrica costuma aparecer a partir do segundo semestre, devido à preparação do comércio da cidade para as comemorações de fim de ano.
Tabela 10 – Exportação e importação em US$ FOB, por classe de produto selecionada, de acordo com o Sistema Harmonizado (SH), a dois dígitos, para Ilhéus e Itabuna no terceiro trimestre de 2017
Classe
Rubrica
Ilhéus Itabuna
Exportação Importação Exportação Importação
Cacau e suas preparações 55.869.005 4.202.158 8.959.363 2.685.349 Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes); aparelhos de gravação ou reprodução de som; imagens e som em televisão (partes e acessórios) 101.880 25.289.483 - -
Vestuário e seus acessórios (malha) - 643.393 104.577Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes) 13.260 3.824.251 -Vestuário e seus acessórios (exceto malha) - - 24.486Mat. para entrançar e outros produtos de origem vegetal 51.244 6.972 -Filamentos sintéticos ou artificiais 360 - -Borracha e suas obras - 2.065.391 - 887
Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, cinematografia, controle ou precisão - 60.389 - 334 Plástico e suas obras - 121.011 - 144.265
Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para esporte - - - 114.187 Fonte: Elaboração própria, a partir de dados de Aliceweb 2.0.
Nota: Total de capítulos SH2 para os municípios: exportação – 7; importação – 28.
FINANÇAS PÚBLICAS
O acompanhamento das finanças públicas de Ilhéus e Itabuna é baseado em uma seleção de indicadores que são considerados centrais na medição da dinâmica dessa área econômica. O critério de seleção está baseado na contribuição à análise da conjuntura econômica e social dos dois principais municípios da Microrregião Ilhéus-Itabuna da Bahia e visa contribuir ao entendimento do impacto da crise econômica nacional nesses municípios. Nesse sentido, esta edição do boletim continua com a indagação feita nas edições anteriores: os indicadores das contas públicas refletem a crise ou estão se descolando da mesma em Ilhéus e Itabuna? Para tanto, apresenta-se o desempenho de ambos os municípios em termos do comportamento das receitas, das despesas e da execução orçamentária municipal, comparando o período acumulado janeiro-agosto de 2017 com o mesmo período de 2016. Dados trimestrais são apresentados para os impostos estaduais do ICMS e do IPVA. Todos os valores foram corrigidos pelo Índice Geral de Preços, Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculados pela Fundação Getúlio Vargas, com referência a setembro de 2017.
1- QUADRO GERAL DO DESEMPENHO DAS RECEITAS E DESPESAS, ILHÉUS-ITABUNA
Em Ilhéus, o total das receitas realizadas de janeiro a agosto de 2017, compreendidas as Receitas Correntes e de Capital, foi de R$208,7 milhões, em termos reais, gerando um decrescimento real de -2,92% em relação ao igual período de 2016, conforme a Tabela 11. A queda nas transferências dos governos federal e estadual (-55,51%) e das Receitas de Capital (-77,69%) prejudicaram as receitas totais. Já as Receitas
Tributárias, 12,77%, (arrecadadas pelo município) impediram uma queda maior no volume total. Isso indica que a crise econômica está impactando mais as arrecadações dos governos federal e estadual enquanto o município de Ilhéus demonstra uma melhora nas atividades econômicas das quais depende a sua arrecadação.
Em relação às Despesas Totais (-27,69%), os Investimentos (-84,51%) continuam em queda acentuada na relação ao igual período de janeiro-agosto de 2016. Cabe destacar que o comportamento das despesas orçamentárias demonstra que a opção pelo pagamento da Amortização da Dívida continuou tendo preferência (31,93%), assim como a de Juros e Encargos da Dívida (36,05%). As despesas com pessoal e encargos sociais continuaram aumentando (9,95%), embora em ritmo menor do que no primeiro semestre 2017, indicando que, em julho e agosto, houve uma queda importante nessa rubrica. Portanto, o novo governo municipal de Ilhéus continua sendo cauteloso nos gastos, diante das incertezas da crise econômica nacional que impactam a arrecadação, apesar do oitavo mês de mandato.
Itabuna apresentou aumento real de 4,02% nas Receitas Totais (Tabela 12), no período janeiro-agosto de 2017, beneficiado pelo desempenho de julho e agosto, o que vem permitindo reverter a queda de Receitas Totais, de 1,66%, no primeiro semestre de 2017. As Receitas Tributárias (14,87%) e as Transferências Correntes (4,31%) contribuíram com essa recuperação, mas principalmente a rubrica Outras Receitas Correntes (-11,27%) reduziu a sua queda em julho e agosto na relação com o primeiro semestre de 2017, quando atingiu -38,12%. Portanto, Itabuna continua demonstrando uma recuperação na sua atividade econômica se considerada a relação com o resultado das receitas arrecadadas no período aqui descrito (janeiro a agosto 2017).
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Tabela 11 – Comportamento das principais Receitas e Despesas liquidadas, Ilhéus (jan-ago, 2016 e 2017) R$1,00 Detalhamento 2016 (a) 2016 (b) Valor real 2017 (c) 2017 (d) Valor real Variação real (d/b) (%)
1 - RECEITAS CORRENTES 211.133.376,53 212.439.874,54 207.866.926,92 209.153.212,06 -1,55
1.1 - Receitas Tributárias 44.501.493,34 44.776.869,57 50.185.928,93 50.496.480,57 12,77
1.2 - Transferências Correntes 156.426.344,16 157.394.313,84 75.843.936,54 76.313.260,50 -51,51
1.3 - Outras Receitas Correntes 6.916.937,63 6.959.739,79 7.180.396,37 7.224.828,82 3,81
2 - RECEITAS DE CAPITAL 3.883.671,47 3.907.703,71 866409,53 871.770,89 -77,69
3 - TOTAL DAS RECEITAS 215.017.048,00 216.347.578,25 208.733.336,45 210.024.982,95 -2,92
4 - DESPESAS CORRENTES 196.013.696,20 197.226.633,29 143.841.184,50 144.731.276,93 -26,62
4.1 - Pessoal e Encargos Sociais 130.216.361,80 131.022.143,53 143.178.194,15 144.064.183,98 9,95
4.2 - Juros e Encargos da Dívida 43.459,89 43.728,82 59.127,20 59.493,08 36,05
5 - DESPESAS DE CAPITAL 19.286.703,28 19.406.049,83 11.847.541,45 11.920.854,30 -38,57
5.1 - Investimentos 11.677.472,25 11.749.732,71 1.808.376,39 1.819.566,66 -84,51
5.2 - Amortização da Dívida 7.609.231,03 7.656.317,12 10.039.165,06 10.101.287,64 31,93
6 - TOTAL DAS DESPESAS 215.300.399,48 216.632.683,12 155.688.725,95 156.652.131,23 -27,69
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do SICONFI (https://siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/index.jsf) e Portal Transparência Ilhéus (http://transparencia. ilheus.ba.gov.br)
Nota: Alguns dados podem ter diferenças com os disponibilizados no Diário Oficial de Ilhéus, que foram publicados com problemas de visualização gráfica.
Tabela 12 – Comportamento das principais Receitas e Despesas liquidadas, Itabuna (jan-ago, 2016 e 2017) R$1,00
Detalhamento 2016 (a) 2016 (Valor real) (b) 2017 (c) 2017 Valor real (d) Variação real (d/b) (%)
1 - RECEITAS CORRENTES 288.886.693,88 290674331,1 278.569.176,73 280.292.968,96 -3,57
1.1 - Receita Tributária 29.698.918,35 29882695,91 34.114.141,04 34.325.240,10 14,87
1.2 - Transferências Correntes 221.267.902,27 222637112,9 230.808.831,61 232.237.081,77 4,31
1.3 - Outras Receitas Correntes 7.020.911,35 7064356,905 6.229.447,82 6.267.995,78 -11,27
2 - RECEITAS DE CAPITAL 7.892.364,91 7941203,039 5.499.751,41 5.533.783,99 -30,32
3 - TOTAL DAS RECEITAS 300.002.458,79 301858880,6 312.074.009,20 314.005.130,07 4,02
4 - DESPESAS CORRENTES 248.637.409,74 250175983,5 274.857.655,72 276.558.480,98 10,55
4.1 - Pessoal e Encargos Sociais 139.042.298,16 139902695 156.252.836,07 157.219.732,08 12,38
4.2 - Outras Despesas Correntes 109.595.111,58 110273288,6 118.604.819,65 119.338.748,90 8,22
5 - DESPESAS DE CAPITAL 7.355.884,38 7401402,755 9.041.814,14 9.097.765,09 22,92
5.1 - Investimentos 2.398.418,40 2413259,866 5.771.395,50 5.807.109,02 140,63
5.2 - Amortização da Dívida/ Refinanciamento 4.957.465,90 4988142,809 3.270.418,64 3.290.656,06 -34,03
6 - TOTAL DAS DESPESAS 256.208.289,12 257793711,7 308.435.551,56 310.344.157,58 20,38 Fonte: Elaboração própria com base nos dados das edições do Diário oficial de Itabuna: 29-09-2016 e 28-09-17. Nota: A categoria “Juros e encargos da dívida” não apresentou valores.
2- DESEMPENHO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
As Receitas Tributárias (RT) totais de Ilhéus (Tabela 13) cresceram 8% no período janeiro-agosto de 2017, em termos reais, em relação ao mesmo período de 2016. Isso pode ser atribuído aos aumentos expressivos da arrecadação do IRRF (148%) e do ITBI (20%), que continuaram com excelentes arrecadações, já verificadas, também, tanto no 2o trimestre de 2017 quanto no 1º semestre de 2017. Porém, a arrecadação das RT perdeu fôlego no período janeiro-agosto 2017 em relação ao desempenho no 1º semestre 2017, quando teve um aumento de 12,6%. O que pode ser atribuído a um ritmo me-
nor no aumento do ISS, IRRF e IPTU e à queda maior de arrecadação na rubrica Outras Receitas Tributárias. No caso de Itabuna (Tabela 14), na comparação entre os períodos janeiro-agosto 2016-2017, as Receitas Tributárias Totais (RT) apresentaram aumento real de 13%, não tendo havido queda na arrecadação dos tributos que compõem a RT. Se considerado o primeiro semestre de 2017, a arrecadação da RT continuou aumentando, de 9,27% para 13% entre janeiro e agosto do mesmo ano. Isto indica que, em relação à receita própria, Itabuna está se recuperando dos reflexos da crise econômica nacional.
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Tabela 13 – Receitas Tributárias Ilhéus, janeiro-agosto, 2017 (R$1,00. Valores reais)
Tributo 2016 (a) 2017 (b) Var (%) b/a
IPTU 11.516.808,77 12.337.787,57 7%
ISS 17.707.666,51 17.896.391,32 1%
ITBI 3.960.798,57 4.739.276,82 20%
IRRF 1.920.838,21 4.761.418,40 148%
Outras Receitas Tributárias 10.916.751,96 9.990.543,65 -8%
Total 46.022.864,02 49.725.417,76 8%
Fonte: Elaboração própria com base em dados do SICONFI (https://siconfi. tesouro.gov.br/siconfi/index.jsf).
Tabela 14 – Receitas Tributárias Itabuna, janeiro-agosto, 2017 (R$1,00. Valores reais)
Tributo 2016 (a) 2017 (b) Var (%) b/a
IPTU 7.092.311,00 7.812.715,16 10%
ISS 16.223.767,00 18.230.328,17 12%
ITBI 1.892.264,00 2.263.815,58 20%
IRFF 1.590.902,00 1.750.055,22 10%
Outras Receitas
Tributárias 3.176.003,00 3.763.994,74 19%
Total 29.975.247,00 33.820.908,87 13%
Fonte: Elaboração própria com base em dados da Prefeitura de Itabuna. Diário Oficial, edições de 28-9-17 e 29-9-16 (RREO, Anexo 3, LRF).
indicando que o setor automotivo pode estar revertendo os maus desempenhos que teve desde 2015, embora um melhor indicador é o emplacamento de veículos novos.
Tabela 15 – Arrecadação de ICMS e IPVA, 2° trimestre de 2017 e 3° trimestre de 2017, Ilhéus e Itabuna (valores reais)
ICMS
2° trimestre 3° trimestre % variação Ilhéus 34.901.842,72 33.929.201,71 -2,79 Itabuna 39.527.352,63 37.883.200,29 -4,16
IPVA
2° trimestre 3° trimestre % variação
Ilhéus 3.825.615,91 4.294.528,67 12,26 Itabuna 6.579.155,21 7.362.617,68 11,91 Fonte: Elaboração própria com base em dados da Secretaria da Fazenda-Ba (http://www.sefaz.ba.gov.br/).
Tabela 16 – Repasses de ICMS e IPVA, 3° trimestre de 2016 e 3° trimestre de 2017, Ilhéus e Itabuna (valores reais)
ICMS
2016 2017 % variação
Ilhéus 13.595.093,24 14.704.151,35 8,16% Itabuna 15.672.607,23 16.741.981,38 6,82%
IPVA
2016 2017 % variação