Boletim de Conjuntura Econômica e Social
Departamento de Economia – DCEC – Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC – Ilhéus /BA
REGIÃO IMEDIATA ILHÉUS-ITABUNA
caces.uesc.br
APRESENTAÇÃO
EMPRESAS
No segundo trimestre de 2018, na Região Imediata Ilhéus-Itabuna, a movimentação de abertura e fechamento de empresas foi positivo, com uma ampliação de 23 estabelecimentos. Itabuna foi o município com maior propensão à criação de novos estabelecimentos (130), que equivale a 40,4% do total das empresas criadas na região. O movimento de fechamento de estabelecimentos foi maior nos municípios de Ilhéus e Itabuna (189), que equivale a 73,5% das empresas com atividade encerradas na região (página 2).
CONSUMO DE ENERGIA
Dos setores econômicos dos municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, o industrial foi aquele que mais demandou energia elétrica. No 2º trimestre de 2018, em Ilhéus, ocorreu uma retração de 4,5% do consumo de energia, em relação ao mesmo trimestre de 2017, Em Itabuna, também ocorreu redução da demanda (-4,3%). A agricultura foi o único setor com elevação de consumo, tanto em Ilhéus como em Itabuna, porém, teve peso pequeno no consumo total (página 4).
COMÉRCIO EXTERIOR
Os municípios de Ilhéus e Itabuna apresentaram, na comparação entre o 2º e o 1º trimestres de 2018, redução do montante exportado, de 6% e 29,4%, respectivamente. Entretanto, para a importação, o desempenho não foi unânime: enquanto houve diminuição de 27,9% nas importações ilheenses, as compras externas de Itabuna se elevaram, subindo 17,2%, aproximadamente. O saldo comercial trimestral continuou deficitário para ambos os municípios. No tocante à especialização comercial da região, verificou-se, novamente, que a pauta exportadora alicerça-se em commodities, especialmente aquelas vinculadas aos produtos de Cacau e suas preparações, e é menos diversificada do que a de importações, que reúne a demanda por produtos industrializados, como, por exemplo, máquinas e equipamentos (página 7).
FINANÇAS PÚBLICAS
A arrecadação de ICMS na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna (51 municípios) cresceu 13% em termos nominais, na comparação do 2º trimestre de 2018 com igual período de 2017. O desempenho dessa região foi bem acima ao do Estado da Bahia. Ilhéus teve participação decisiva no aumento dessa arrecadação. Itabuna teve queda de 4% nesse mesmo período. As receitas mais relevantes continuam sendo as Transferências Correntes (governos Federal e Estadual), representando 84% do total. Os recursos vinculados aos tributos de competência municipal (como IPTU e ISS) só representaram 16% das receitas totais. Os dados do 2º bimestre de 2018 indicaram uma participação de apenas 1% dos Investimentos de Ilhéus e Itabuna no total de suas Despesas Empenhadas e Liquidadas (página 9).
1. Programa Bolsa Família.
2. Benefício de prestação continuada para idosos e deficientes.
3. Renda mensal vitalícia.
ISSN 2525-5134 | Número 13 – Abr./Maio/Jun. de 2018
EMPREGO E RENDA
Entre as Regiões Intermediárias do estado da Bahia, para o 2º trimestre de 2018, Ilhéus-Itabuna teve o maior saldo positivo de empregos. O cenário apontou para o fortalecimento da economia nas Regiões Intermediárias do interior. As Regiões Imediatas de Teixeira de Freitas e Eunápolis-Porto Seguro são as regiões mais dinâmicas do Sul da Bahia atualmente em termos de emprego. Nos dois trimestres deste ano, os desligamentos em Itabuna foram bem superiores aos de Ilhéus. Neste trimestre, assim como em todos eles, os setores que mais perderam empregos foram comércio e serviços. Para os dois municípios os maiores desligamentos (79%) se concentraram nas faixas de renda entre 0.5 e 1.5 salários-mínimos. Ou seja, o desemprego, historicamente, vem afetando as classes de renda mais baixa dos dois municípios (página 11).
PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA E ASSISTÊNCIA SOCIAL (PBF¹, BPC² ,RMV³ )
Em relação aos programas sociais, o Estado da Bahia beneficiou 1.826.048 famílias com o Programa Bolsa Família; contudo, 11.200 famílias deixaram de receber o recurso, neste trimestre, quando comparado ao número de beneficiários do 1º trimestre do ano. Também houve redução no número de beneficiários no programa de Renda Mensal Vitalícia. Neste 2º trimestre, a renda dos programas sociais (PBF, BPC e RMV) foi bem superior às receitas tributárias próprias da Região Imediata, de Ilhéus e de Itabuna (página 14).
EDUCAÇÃO
Na educação, percebeu-se uma melhora nos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), para a maior parte dos 51 municípios agrupados por regiões. Por sua vez, os recursos totais destinados ao Ensino, do qual fazem parte os repasses do FUNDEB e as receitas municipais, tendem a refletir a médio e longo prazo um pequeno incremento nas Receitas Totais em Ensino. Contudo, os municípios ainda mantêm, em sua política, maiores despesas com o Ensino Fundamental, por força do mandato constitucional, em detrimento da Educação Infantil que também é considerada prioridade para os municípios (página 14).
MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS NO AEROPORTO JORGE AMADO, ILHÉUS
O número de movimentações de passageiros no aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, no 1º trimestre deste ano foi de 191.729 passageiros, entre embarques e desembarques, superior ao mesmo período de 2017 em 31.272 movimentações. Com relação ao 2º trimestre deste ano, o número de movimentações foi menor em, aproximadamente, 10.000, comparado ao mesmo período de 2017. O número de embarques e desembarques de janeiro a junho de 2018 foi de 314.654 passageiros e, em 2017, para o mesmo período, de 293.004 passageiros (página 16).
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O Projeto de Extensão Centro de Análise de Conjuntura Econômica e Social (CACES), vinculado ao Departamento de Economia da Universidade Estadual de Santa Cruz, lança o 13º Boletim de Conjuntura Econômica e Social Regional, referente ao 2º trimestre (abr-maio-jun) de 2018.
EMPRESAS
Marcelo Inácio Ferreira Ferraz
Nessa seção, apresentam-se informações sobre o movimento de abertura e fechamento de empresas nos municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, tendo como foco os cinco municípios de maior PIB. São eles: Buerarema, Ilhéus, Itabuna, Itacaré e Itajuípe. Será dado um destaque maior para Ilhéus e Itabuna. No segundo trimestre de 2018, 280 empresas foram constituídas, sendo 130 em Itabuna, 59 em Ilhéus, 16 em Itacaré, 6 em Buerarema, 3 em Itajuípe e 68 nos demais municípios da região. Das empresas constituídas na região, a maior parcela pertence ao ramo dos serviços (163), seguido do comércio varejista (99), comércio atacadista (11), e indústrias/
fábricas (7). Na maioria dos municípios acompanhados, as constituições de empresas se concentraram no ramo de serviços e no comércio varejista (Tabela 1).
Em Itabuna, os maiores destaques na criação de novas empresas foram os setores de serviços (89) e do comércio varejista (34), tendo ainda a ocorrência da abertura de 5 comércios atacadistas e 2 fábricas. Das aberturas de empresas em Ilhéus, destaca-se o setor de serviços (38) e do comércio varejista (18). O setor de comércio varejista foi destaque em Itacaré, com 9 novos empreendimentos. Nesse município, 6 novas empresas do setor de serviços foram constituídas. Em Buerarema, das 4 novas empresas, 3 são do setor de comércio varejista e uma de serviços. Já em Itajuípe, foram constituídas 3 novas empresas, uma de serviços, um comércio varejista e um comércio atacadista
Tabela 1 – Atividade principal das empresas constituídas em Ilhéus, Itabuna e nos demais municípios da Região Imediata IlhéusItabuna, no 20 trimestre de 2018
Comércio atacadista Comércio varejista Indústria Serviços Total
Constituídas
Buerarema 0 3 1 0 4 Ilhéus 2 18 1 38 59 Itabuna 5 34 2 89 130 Itacaré 1 9 0 6 16 Itajuípe 1 1 0 1 3 Outros da Região 2 34 3 29 68
Total Região Imediata 11 99 7 163 280
Extintas
Buerarema 0 1 0 1 2 Ilhéus 1 39 5 50 95 Itabuna 7 47 3 37 94 Itacaré 0 3 0 9 12 Itajuípe 2 1 0 2 5 Outros da Região 2 29 3 15 49
Total Região Imediata 12 120 11 114 257 Saldo -1 -21 -4 49 23 Fonte: Elaboração própria a partir de dados da JUCEB, julho de 2018.
Considerando as empresas que encerraram suas atividades (257), pode-se verificar a maior ocorrência em Ilhéus (95), seguido de Itabuna (94), Itacaré (12), Itajuípe (5) e Buerarema (2).
Das empresas encerradas na Região Imediata IlhéusItabuna, a maioria pertencia ao ramo de comércio varejista (120), sendo 47 em Itabuna, 39 em Ilhéus, 3 em Itacaré, 1 em Buerarema, 1 em Itajuípe e 29 nos demais municípios da região.
No setor de serviços encerraram atividades 114 empresas das quais, 50 em Ilhéus, 37 em Itabuna, 9 em Itacaré, 2 em Itajuípe, 1 em Buerarema e 15 nos demais municípios da região. A maior incidência de encerramento no setor de comércio atacadista ocorreu em Itabuna (7). No setor industrial, o maior número ocorreu em Ilhéus (5).
Com isso, o saldo geral entre abertura e fechamento de empresas, na região, foi positivo, acarretando um acréscimo de 23 unidades empresariais. Os municípios da região com maiores saldos positivos foram: Itabuna (78) e Itabela (11). Os maiores saldos negativos foram: Ilhéus (-36) e Ubaitaba (-6).
O setor de serviços, o único que apresentou saldo positivo (49) no trimestre, foi o responsável pelo saldo positivo da região, tendo em vista o resultado negativo dos demais setores com redução de 21 empresas no setor de comércio, 4 no industrial e um comércio atacadista.
Conforme Gráfico 1, constata-se que o número de empresas abertas em Itabuna (130), ao longo dos meses de abril, maio e junho de 2018, superou as constituídas em Ilhéus (59). Por outro lado, o número de empresas extintas, no mesmo período em Itabuna (94), foi menor do que os fechamentos em Ilhéus (95).
Em Ilhéus, nos meses de abril, maio e junho de 2018, o saldo entre abertura e fechamento foi negativo, tendo no mês de junho a maior redução (-18). No trimestre, esse saldo totalizou uma diminuição de 36 unidades empresariais. Em Itabuna, ao contrário do ocorrido em Ilhéus, o saldo foi positivo, acarretando uma ampliação no número de empreendimentos empresariais de 36 unidades.
Considerando as empresas que encerraram suas atividades, pode-se considerar que o maior número, em Ilhéus, foi registrado no Centro da cidade (20), no bairro do Malhado (10) e nos bairros do Pontal (8), Teotônio Vileta (6) e Nelson Costa (5) e Esperança (5). Em relação às empresas constituídas, essas se concentraram no Centro da cidade (11), seguido dos bairros do Pontal (8) e Malhado (6).
Em Itabuna, o maior número de estabelecimentos constituídos concentrou-se no Centro (41), nos bairros Jardim Vitória (12), São Caetano (12), Pontalzinho (8) e Santo Antônio (8). As maiores concentrações de empresas encerradas foram registradas no Centro (29) seguido dos bairros do São Caetano (10), e nos bairros de Fátima (7) e Santo Antônio (6).
No segundo trimestre de 2018, no município de Ilhéus, observou-se um menor índice de constituição de novas empresas e, por outro lado, um número de fechamento maior do que o observado no mesmo trimestre de 2017. Em Itabuna, a comparação com o mesmo trimestre do ano anterior revela um aumento do número de novas empresas e o mesmo número de fechamentos.
Boletim
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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Em Ilhéus, no segundo trimestre, o número de aberturas de empresas (59) foi inferior ao apresentado no segundo trimestre de 2017 (64). Porém, o número de fechamento (95), em 2018, superou o observado em 2017 (59). O movimento de abertura e fechamento, no segundo trimestre, portanto, se encerrou com um saldo negativo de 36 empresas contra um saldo positivo de 5 empresas em 2017 (Gráfico 2).
Em Itabuna, o número de empresas constituídas (130), no segundo trimestre do ano de 2018, foi superior ao registrado no mesmo trimestre de 2017 (105). Por outro lado, o número de fechamento de empresas (94) foi idêntico ao registrado no segundo trimestre de 2017. O segundo movimento de abertura
e fechamento de empresas, no primeiro trimestre, se encerrou com um saldo de 36 novas unidades (Gráfico 3).
A análise da série histórica do movimento de abertura e fechamento de empresas, dos dois maiores municípios da região, revela comportamentos distintos (Gráficos 2 e 3). Ilhéus acumula saldo negativo desde o terceiro trimestre de 2017 sendo respectivamente, -8, -30, -78 e -36. Já Itabuna, desde o primeiro trimestre de 2017 os saldos são sempre positivos (31, 11, 3, 15 e 36). Esse resultado sugere que os efeitos da instabilidade econômica do país ainda continuam dificultando sobrevivência das empresas da região e com maior intensidade no município de Ilhéus.
Gráfico 1 – Empresas constituídas e extintas em Ilhéus e Itabuna e nos demais municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, no 20 trimestre de 2018.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da JUCEB, julho de 2018.
Gráfico 2 – Empresas constituídas, extintas e saldo em Ilhéus, no 20 trimestre dos anos de 2017 e 2018.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da JUCEB, julho de 2018.
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Gráfico 3 – Empresas constituídas, extintas e saldo em Itabuna, no 20 trimestre dos anos de 2017 e 2018.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da JUCEB, julho de 2018.
CONSUMO DE ENERGIA
Marcelo Inácio Ferreira Ferraz
A demanda por energia das atividades econômicas dos municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, no primeiro trimestre de 2018, é apresentada na Tabela 2. O setor industrial (50%) respondeu pela maior demanda, seguido do comércio e serviços (45,6%) e pela agricultura (4,40%). Nos municípios de maiores PIBs, a maior demanda do setor industrial foi observada em Ilhéus (55,9%) e em Itabuna (49,4%). Os setores de comércio e serviços predominaram nos municípios de Itacaré (87,1%), seguido de Itajuípe (62,2%) e Buerarema (49,9%).
O consumo de energia elétrica das atividades econômicas registrou, no 2o trimestre de 2018, retração de 4,5% em Ilhéus e 4,3% em Itabuna, quando comparada com o 2o trimestre de 2017. Em Ilhéus, a maior retração na demanda por energia foi registrada no setor de comércio e de serviços (-6,1%), seguida pela indústria (-4,2%). Apenas no setor agrícola ocorreu aumento de demanda por energia (8,0%). Em Itabuna, também foram registrados redução nos setores de comércio e de serviços (-8,3%) e industrial (-0,3%). Como ocorrido em Ilhéus, em Itabuna o setor agrícola apresentou aumento (3,3%).
A retração do consumo de eletricidade, apresentada pela indústria de Ilhéus (-4,2%), foi motivada pela redução de demanda de quatro segmentos industriais (produtos alimentícios, produção de borracha e material plástico, tratamento de resíduo e recuperação de materiais e outros). Ressalta-se, no entanto, a importância da indústria alimentícia, que embora tenha apresentado uma redução de 4,3%, em termos de variação percentual no consumo industrial, esse setor resultou em uma retração de mais de 798 mil KWh. Isso porque esse segmento representa cerca de 90% de toda a eletricidade consumida pela indústria do município. Os demais segmentos com redução de consumo juntos acumularam uma retração de 71 mil KWh em relação ao segundo trimestre de 2017 (Tabela 3).
O aumento da demanda por energia no setor industrial de Ilhéus foi observado apenas nos segmentos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,5%), fabricação de produtos de mineração não metálicos (3,2%) e equipamentos de informática e produtos eletrônicos e ópticos (2,4%). Esses setores somados acumularam um aumento de cerca de 30 mil KWh. Porém, representam apenas 4% da demanda do setor industrial. Esse índice não foi suficiente para reverter a retração no consumo do setor industrial, no montante de 870 mil KWh (-4,2%), em relação ao segundo trimestre de 2017 (Tabela 4).
No segmento industrial de maior demanda por energia em Ilhéus (Produtos Alimentícios), a retração na demanda (-4,3%) é justificada, principalmente, pela redução de 3,7% na atividade industrial de fabricação de derivados do cacau. Essa redução representa um decréscimo de 648.378 kWh na demanda de eletricidade do segmento. As demais atividades produtivas do segmento alimentício também registraram redução de 150.494 KWh (-15,5%) no consumo, totalizando, no trimestre, uma redução de 800.888 KWh (-4,3%) no segmento, em relação ao segundo trimestre de 2017 (Tabela 5).
De acordo com a Tabela 6, os segmentos industriais de Itabuna que mais demandaram energia elétrica, no segundo trimestre de 2018, foram os de confecção de artigos do vestuário e acessórios (55,9%) e o de produtos alimentícios (40%). Esses segmentos, quando comparados com o mesmo trimestre do ano de 2017, revelam uma retração de 1,3% para o segmento de confecções e uma elevação na demanda por energia de 17,9%, das indústrias de produtos alimentícios, conforme Tabela 6.
As indústrias de artefatos de couro e artigos de viagem e calçados foram os segmentos que apresentaram a maior retração, em relação ao mesmo período do ano anterior (-97,92%). Tal retração fez com que o setor passasse de terceiro, em participação no consumo de energia industrial em 2017, para a sexta posição em 2018.
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Tabela 2 – Evolução do Consumo de Energia em KWh, em Ilhéus, em Itabuna e nos demais municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, no 20 trimestre de 2018.
Abril Maio Junho Trimestre Kwh % Kwh % Kwh % Kwh %
Região Imediata
Buerarema
Comércio e Serviços 12.557.484 46,8 11.616.505 45,7 11.099.834 44,2 35.273.823 45,6 Industrial 13.096.978 48,9 12.690.466 49,9 12.921.384 51,4 38.708.828 50,0 Agricultura 1.153.781 4,3 1.134.456 4,5 1.104.466 4,4 3.392.703 4,4
Total 26.808.243 25.441.428 25.125.684 77.375.355
Comércio e Serviços 14.4234 50,4 145.799 49,3 127.945 50,1 417.978 49,9 Industrial 55.327 19,3 64.281 21,7 47.416 18,6 167.024 19,9 Agricultura 86.610 30,3 85.749 29,0 80.241 31,4 252.601 30,2
Total 286.172 295.829 255.602 837.603
Ilhéus
Itabuna
Comércio e Serviços 5.086.637 41,3 4.628.141 39,2 4.392.739 38,0 14.107.517 39,6 Industrial 6.669.903 54,2 6.624.487 56,2 6.657.284 57,6 19.951.674 55,9 Agricultura 554.293 4,5 538.886 4,6 513.707 4,4 1.606.886 4,5 Total 12.310.833 11.791.515 11.563.729 35.666.076
Comércio e Serviços 6.389.038 49,1 6.019.228 49,1 5.819.248 47,4 18.227.514 48,6 Industrial 6.355.196 48,9 5.986.598 48,8 6.203.578 50,5 18.545.371 49,4 Agricultura 257.323 2,0 255.046 2,1 252.398 2,1 764.767 2,0 Total 13.001.556 12.260.872 12.275.224 37.537.652
Itacaré
Itajuípe
Comércio e Serviços 608.796 88,1 501.420 86,8 456.674 86,0 1.566.891 87,1 Industrial 2.830 0,4 2.672 0,5 2.504 0,5 8.006 0,4 Agricultura 79.736 11,5 73.424 12,7 71.700 13,5 224.859 12,5 Total 691.362 577.516 530.878 1.799.756
Comércio e Serviços 328.778 63,4 321.918 62,4 303.228 60,6 953.923 62,2 Industrial 13.723 2,6 12.428 2,4 10.602 2,1 36.753 2,4 Agricultura 175.820 33,9 181.351 35,2 186.420 37,3 543.591 35,4 Total 518.320 515.696 500.250 1.534.267
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
Tabela 3 – Evolução do Consumo de Energia, KWh, nos municípios de Ilhéus e Itabuna, no 2º trimestre – 2017 e 2018. Ilhéus 2º Trim. 2017 2º Trim. 2018 Variação (%) Indústria 20.822.406 19.951.674 -4,2 Comércio e Serviços 15.022.881 14.107.517 -6,1 Agricultura 1.488.039 1.606.886 8,0 Total 37.333.326 35.666.076 -4,5 Itabuna 2º Trim. 2017 2º Trim. 2018 Variação (%)
Indústria 18603264 18545371 -0,3 Comércio e Serviços 19880876 18227514 -8,3 Agricultura 740225 764767 3,3 Total 39224365 37537652 -4,3
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
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Tabela 4 – Participação e variação percentual do consumo de energia e participação de cada atividade industrial na demanda de energia elétrica, em Ilhéus no 2o trimestre 2017 e 2o trimestre 2018.
2o Trim. 2017
2o Trim. 2018 Variação
KWh % KWh % 2018/2017
Equip. Informática, Prod. Eletrônicos e Ópticos 537.671 2,6 550.402 2,8 2,4
Fab. Prod. de Mineração Não-Metálicos 127.926 0,6 132.054 0,7 3,2
Máq. Aparelhos e Materiais Elétricos 109.793 0,5 123.550 0,6 12,5
Prod. de Borracha e de Material Plástico 985.709 4,7 944.263 4,7 -4,2
Produtos Alimentícios 18.417.505 88,5 17.618.634 88,3 -4,3
Tratamento de Resíduo; Recuperação de Materiais 409.777 2,0 393.550 2,0 -4,0 Outros 234.024 1,1 189.222 0,9 -19,1
Total geral 20.822.405 100,0 19.951.675 100,0 -4,2
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
Tabela 5 – Participação do segmento alimentício no consumo de energia elétrica, em Ilhéus, no 2o trimestre 2017 e 2o trimestre 2018.
2o Trim. 2017
2o Trim. 2018 Variação
KWh % KWh % 2018/2017
Fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates 17.444.004 94,7 16.795.626 95,3 -3,7 Outros 973.501 5,3 823.007 4,7 -15,5 Total 18.419.522 100,0 17.618.634 100,0 -4,3 Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
Tabela 6 – Participação e variação percentual do consumo de energia e participação de cada atividade industrial na demanda de energia elétrica, em Itabuna, no 2o trimestre 2017 e 2o trimestre 2018.
2o Trim. 2017 2o Trim. 2018 Variação KWh % KWh % 2018/2017
Artefato de Couro, Artigos de Viagem e Calçados 978.514 5,3 20.700 0,1 -97,9 Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 10.504.162 56,5 10.366.785 55,9 -1,3 Extração de Minerais Não-Metálicos 188.556 1,0 157.481 0,8 -16,5
Produtos Alimentícios 6.296.971 33,8 7.424.579 40,0 17,9 Produtos derivados do Petróleo e Biomassas 211.705 1,1 215.109 1,2 1,6 Outros 423.357 2,3 360.717 1,9 -14,8
Total 18.603.265 100,0 18.545.371 100,0 -0,3
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
O segmento industrial de maior demanda de energia elétrica, em Itabuna, (Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios) registrou retração de 1,3%, representando uma queda de aproximadamente, 137mil KWh, em relação ao segundo trimestre do ano anterior. Tal segmento tem como principal demandante de energia elétrica, a atividade industrial de fabricação de meias, que consumiu praticamente a totalidade (99,8%) da energia elétrica do segmento em questão (Tabela 7).
Em relação à indústria de alimentos, verifica-se que o segmento de fabricação de produtos de cacau foi o maior demandante de energia elétrica, apresentando uma redução de 7,0% no 2º trimestre de 2018, no comparativo com o 2º trimestre de 2017. No entanto, o segmento de fabricação de laticínios, segundo maior demandante de eletricidade da indústria de produtos alimentícios, registrou, no mesmo período, uma elevação expressiva no consumo de energia elétrica
(147,5%), correspondendo a um acréscimo em torno de 1,45 milhões de kWh (Tabela 8).
A demanda de energia das atividades produtivas dos municípios de Ilhéus e Itabuna, no primeiro trimestre de 2018, quando comparado com igual período do ano anterior revela um consumo menor. Os segmentos da indústria, comércio e serviços, principais consumidores, apresentaram redução de demanda em relação aos trimestres anteriores. As atividades produtivas relacionadas com o segmento agrícola apresentaram elevação de consumo em relação ao ano anterior. Porém, o setor tem peso pequeno no consumo total (Gráfico 4).
Considerando o consumo de energia elétrica dos municípios de Ilhéus e Itabuna como proxy das atividades produtivas da região, é possível inferir que a economia regional ainda não se recuperou dos efeitos adversos do cenário econômico nacional, apresentando atividade econômica inferior ao registrado no ano anterior.
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Tabela 7 – Participação do segmento de confecção de artigos, de vestuário e de acessórios, no consumo de energia elétrica, em Itabuna, no 2o trimestre 2017 e 2o trimestre 2018.
1o Trim. 2017
1o Trim. 2018 Variação KWh % KWh % 2018/2017
Fábrica de meias 10.477.896 99,7 10.342.468 99,8 -1,3
Outros 26.266 0,3 24.317 0,2 -7,4
Total 10.504.162 100,0 10.366.785 100,0 -1,3
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
Tabela 8 – Participação do segmento alimentício de Itabuna no consumo de energia elétrica, em Itabuna, no 2o trimestre 2017 e 2o trimestre 2018.
2o Trim. 2017
2o Trim. 2018 Variação KWh % KWh % 2018/2017
Fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates 4.610.511 73,2 4.285.519 57,7 -7,0
Fabricação de laticínios 988.687 15,7 2.447.417 33,0 147,5 Outros 697.772 11,1 691.643 9,3 -0,9
Total 6.296.970 100,0 7.424.579 100,0 17,9
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
Gráfico 4 – Variação percentual do consumo de cada segmento produtivo na demanda de energia elétrica, em Ilhéus e Itabuna, nos 1o e 2o trimestres de 2018, em relação ao mesmo período do ano de 2017.
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, julho de 2018.
COMÉRCIO EXTERIOR
Marcelo dos Santos Silva
Para análise dos dados de comércio exterior, para a Região Imediata Ilhéus-Itabuna, apenas dados desses dois municípios estavam completos e disponíveis. Outros municípios, como Coaraci e Itajuípe, ora apresentavam apenas dados para exportação, ora para importação. Para uma análise consistente do panorama trimestral, não serão reportados dados de outras unidades territoriais da região.
Na relação entre o segundo e o primeiro trimestres de 2018, é possível observar, por meio da Tabela 9, dois movimentos distintos na exportação e importação de Ilhéus e Itabuna: primeiro, em relação à exportação, ambos os municípios apresentaram queda no montante exportado,
destacando-se Itabuna, com 29,4% de recrudescimento entre os trimestres; segundo, houve um descolamento regional entre as duas cidades, pois se verifica redução para as importações ilheenses da ordem de 27,9%, enquanto que a demanda itabunense por bens externos aumentou 17,2%, aproximadamente.
Aguarda-se, para os próximos trimestres, uma recuperação modesta do saldo comercial da região imediata.
A partir dos dados expostos na Tabela 10, conclui-se que houve redução, mas não reversão, do saldo comercial negativo de Ilhéus e, com o aumento da importação e diminuição da exportação, a economia externa itabunense apresentou crescimento expressivo de seu déficit comercial, passando de US$ 4,17 milhões no primeiro trimestre de 2018 para US$ 8,03 milhões, no segundo.
Tabela 9 – Evolução do comércio exterior para Ilhéus e Itabuna, no segundo e primeiro trimestres de 2018, em US$ FOB Município
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.
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Variação
Importação
2º
2º
Exportação total
(%)
total Variação(%)
Trim. 1º Trim.
Trim. 1º Trim. Ilhéus 46.733.845 49.772.964 -6,00 70.848.614 98.298.164 -27,92 Itabuna 4.725.697 6.695.951 -29,42 12.753.660 10.882.896 17,19
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Tabela 10 – Saldo da balança comercial para Ilhéus e Itabuna, no segundo e primeiro trimestres de 2018, em US$ FOB
Município
Saldo comercial Variação (%) 2º Trim. 1º Trim.
Ilhéus (24.114.769) (48.525.200) 50,30
Itabuna (8.027.963) (4.186.945) -91,74
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.
Assim, o aprofundamento negativo no saldo comercial itabunense foi de 91,7%, aproximadamente, enquanto a recuperação (redução do déficit) na economia externa ilheense foi de 50,3%.
O Gráfico 5 reúne a evolução das contas externas de ambos os municípios para o primeiro semestre do ano. Observa-se que, exceto nos meses de fevereiro, abril e junho, houve déficits mensais consideráveis, superiores a US$ 10 milhões.
Para os próximos trimestres, espera-se, como mencionado acima, recuperação modesta dos saldos comerciais da região, ou seja, exportações superiores às importações.
A Tabela 11 contém dados desagregados das exportações e importações da Região Imediata, mostrando dados interessantes acerca da especialização regional da balança comercial.
Seguindo tendência de outros boletins, a exportação da região continua altamente dependente dos produtos advindos do cacau: cerca de 77,47% do total exportado por Ilhéus e 92,27% por Itabuna dependem da rubrica Cacau e suas preparações. A exportação continua concentrada em poucos produtos e seus derivados. Outros destaques são as vendas de Sementes e frutos oleaginosos, sementes e frutos diversos, plantas, etc., com mais de US$ 10,37 milhões comercializados, para Ilhéus, e Vestuário e seus acessórios (malha), com US$ 331,54 mil, para Itabuna.
A importação em ambas as cidades também está representada, em sua maior proporção, pela rubrica Cacau e suas preparações , com 48,4% e 97,15% para Ilhéus e Itabuna, respectivamente.
Apresentando uma pauta importadora mais diversificada, com 26 rubricas no total regional para o segundo trimestre de 2018, alguns destaques para Ilhéus são: Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes), aparelhos de gravação ou reprodução de som, imagens e som em televisão (partes e acessórios), com US$ 29,39 milhões; Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes), com US$ 4,79 milhões; e Borracha e suas obras, com US$ 1,59 milhão.
Gráfico 5 – Exportação, importação e saldo comercial para os municípios de Ilhéus e Itabuna, janeiro a junho de 2018, em US$ FOB.
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.
Referente a Itabuna, destacam-se a importação de: Leite e laticínios, ovos de aves, mel natural, e produtos comestíveis de origem animal, com montante de US$ 152 mil; Plásticos e suas obras, com US$ 88,21 mil; Brinquedos, jogos e artigos para divertimento ou esporte, com US$ 32,66 mil importados. Esta última rubrica está presente na pauta importadora itabunense desde o ano passado, indicando que o município pode ter se tornado um centro regional de revenda e distribuição de artigos para entretenimento.
Tabela 11 – Exportação e importação em US$ FOB, por classe de produto selecionado, de acordo com o Sistema Harmonizado (SH), a dois dígitos, para Ilhéus e Itabuna, no segundo trimestre de 2018 Classe
Ilhéus Itabuna Rubrica Exportação Importação Exportação Importação Cacau e suas preparações 36.206.674 34.289.098 4.360.400 12.389.938 Sementes e frutos oleaginosos, sementes e frutos diversos, plantas, etc. 10.371.373 - -Leite e laticínios, ovos de aves, mel natural, e produtos comestíveis de origem animal - - - 152.041 Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes), aparelhos de gravação ou reprodução de som, imagens e som em televisão (partes e acessórios) 147.674 29.385.048 - 626 Filamentos sintéticos ou artificiais 8.123 - -Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes) - 4.785.888 - 53.386 Plásticos e suas obras 1 144.625 88.209
Vestuário e seus acessórios (malha) - 196.195 331.535Vestuário e seus acessórios (exceto malha) - - 33.762Borracha e suas obras - 1.585.302 - 3.813
Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, medida, controle e médicos - 123.432 -Produtos químicos orgânicos - 13.197 -Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados, artigos de matérias têxteis - - - 24.027 Obras de ferro fundido, ferro ou aço - 30.027 - 3.460 Brinquedos, jogos e artigos para divertimento ou esporte - - - 32.662 Papel e cartão, obras de celulose, papel ou cartão - 88.175 -Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.
Nota: Total de capítulos SH2 para os municípios: exportação – 8; importação – 26. O Sistema Harmonizado (SH) é um sistema internacional para classificação padronizada de mercadorias exportadas ou importadas.
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FINANÇAS PÚBLICAS
Sócrates Jacobo Moquete Guzmán
Esse número do boletim continua com a mesma sistemática do anterior, no sentido de apresentar o desempenho de quatro indicadores de finanças públicas da região, com ênfase em Ilhéus e Itabuna: arrecadação trimestral do ICMS, Receitas Tributárias, de Transferência Corrente e de Despesas totais liquidadas, no 2º bimestre de 2018, em relação ao 2º bimestre de 2017. Também, no caso do ICMS, apresenta-se a comparação entre o 2º trimestre de 2018 e o 1º trimestre do mesmo ano. Todos os valores registrados são nominais, quer dizer, não descontam a inflação do período.
1 - QUADRO GERAL DO DESEMPENHO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS E DAS RECEITAS
1.1 – Comportamento do ICMS
A receita gerada pelo recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna teve um aumento de 13,0%, no 2o trimestre de 2018, em relação ao igual período de 2017 (Tabela 12). O conjunto dos 22 municípios que formam a Região Imediata Ilhéus-Itabuna teve aumento de 10% no mesmo período. Comparando esses dois resultados com os 4% de crescimento do ICMS no conjunto dos 417 municípios do Estado da Bahia, infere-se que nossa região está tendo uma maior recuperação da crise econômica que o país vem vivenciando nos últimos quatro anos. Embora se faça necessário observar outros indicadores apresentados nesse boletim, para poder analisar com mais amplitude se existe essa retomada de atividades. Na comparação do 2º trimestre com o 1º de 2018, o ICMS não teve variação na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna. Dado o grande peso relativo de Ilhéus e Itabuna e da região Imediata a que pertencem, pode-se inferir que o crescimento moderado de 2% dessa
Região e a queda de 7% na arrecadação de ICMS da região Imediata Eunápolis-Porto Seguro causaram essa estagnação na arrecadação de ICMS, em toda a região Intermediária Ilhéus-Itabuna.
Significativo dizer que a Bahia também apresentou estabilidade 2º trimestre de 2018 comparado com o 1º trimestre de 2018, crescendo apenas 1%. Nesse mesmo período de comparação, o município de Ilhéus (4%) impediu um resultado negativo para a região Intermediária e para a sua região Imediata, dado que a arrecadação de ICMS não cresceu em Itabuna. As regiões de Camacan (22%) e de Teixeira de Freitas (11%) também contribuíram para que no período do 2º trimestre de 2018, comparado com o 1º trimestre do mesmo ano, a arrecadação de ICMS da região Intermediária se mantivesse positiva.
Outro ponto importante a ressaltar aqui é a participação relativa dos municípios no total arrecadado no segundo trimestre de 2018. Assim, Ilhéus continua obtendo a maior participação (23%) em arrecadação total de ICMS da Região Intermediária; Itabuna fica novamente em segundo lugar, com 20%. Ambos os municípios mantiveram praticamente intacta essa participação. Juntos, os dois municípios representaram 43% do total arrecadado do ICMS na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, formada por 51 municípios e 93% da Região Imediata, formada por 22 municípios, concentrando, portanto, a maior parte da atividade econômica, tendo como proxy a arrecadação de ICMS. Em geral, os dados da última coluna da Tabela 12 comprovam que, ao compararmos a arrecadação do ICMS, no 1º trimestre de 2018 com o 2º trimestre de 2018, percebe-se uma melhora na arrecadação do ICMS nas regiões que compõem a Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, em relação ao Estado da Bahia, exceção feita no tocante à Região Imediata Eunápolis-Porto Seguro, que teve queda de 7%. Isso permite inferir que, se tomada como referência a arrecadação do ICMS no 2º trimestre de 2018, a atividade econômica da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, e suas regiões Imediatas, houve melhora quando se compara tanto com o período do 2º trimestre 2017 como com relação ao 1º trimestre de 2018.
Tabela 12 – Arrecadação de ICMS – Bahia e Regiões Intermediárias e Imediatas Ilhéus-Itabuna, 2017-2018 (R$1,00; valores nominais)
Território 2º trimestre 2017 (a) 1º trimestre 2018 (b) 2º trimestre 2018 (c) Variação c/a (%) Variação c/b (%) Bahia 5.338.775.796,13 5.305.080.386,45 5.148.702.821,77 -4% -3% Ilhéus 34.996.018,57 42.327.043,13 43.852.887,09 25% 4% Itabuna 39.631.505,03 38.020.237,85 38.121.936,39 -4% 0%
Região Intermediária Ilhéus-Itabuna 168.712.666,58 191.093.063,78 190.477.398,11 13% 0%
Região Imediata Camacan 2.591.289,04 2.423.931,37 2.951.151,04 14% 22%
Região Imediata Eunápolis-Porto Seguro 36.848.247,42 50.292.213,07 46.707.864,19 27% -7%
Região Imediata IlhéusItabuna 80.012.226,52 86.659.324,56 88.177.246,55 10% 2%
Região Imediata Teixeira de Freitas 30.262.807,69 29.450.054,95 32.561.845,31 8% 11%
Fonte: Elaboração própria, com base em dados da SEFAZ-Ba.
1.2 – Comportamento das Receitas Totais, Tributárias e de Transferências Correntes
Como mostra a Tabela 13, a arrecadação de Receitas teve aumento em todas as regiões, assim como nos dois municípios de maior peso econômico, Ilhéus e Itabuna. Esse resultado indica que a crise econômica não vem mais atingindo a
capacidade dos governos municipais para absorver uma parte da renda gerada pela sociedade. De fato, o boletim anterior (1º trimestre 2018) também registrou um aumento generalizado das receitas municipais. Entretanto, o município de Ilhéus assim como a Região Imediata Ilhéus-Itabuna tiveram expressivas quedas nas arrecadações de receitas próprias, o que foi revertido no 2º trimestre 2018. Assim, também, ocorrera com
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a Região Imediata Camacan que tivera queda na receita de Transferências governamentais no 1º trimestre 2018, revertida no segundo.
Os dados da Tabela 13 permitem verificar que, na comparação entre o 2º bimestre de 2018 com o 2º bimestre de 2017, as receitas totais assim como as Tributárias e as de Transferências dos governos federal e estadual para os municípios, houve aumento na entrada de recursos para todas as regiões, assim como para Ilhéus e Itabuna. Das Receitas selecionadas, as Receitas Tributárias (formadas por impostos como IPTU, ISS entre outros) foram aquelas que mais aumentaram (21%) na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, constituída pelos 51 municípios acompanhados pelo boletim. As Transferências Correntes, repassadas pelos governos Federal e Estadual, tiveram igual taxa de crescimento (7%) com relação às Receitas Totais, das quais essas Transferências formam o montante maior (com uma participação de 84% do total das Receitas).
A Região Imediata (RI) Camacan teve o melhor desempenho no crescimento das Receitas Totais (14%), seguida da RI Ilhéus-Itabuna (10%). Sendo que, dado o peso da Região Imediata Ilhéus-Itabuna no total das receitas, um ponto percentual de queda ou aumento é muito significativo. Em relação aos municípios destacados na Tabela 13, Ilhéus (7%) apresentou maior crescimento do que Itabuna (2%) nas Receitas Totais, revertendo o quadro do período anterior (1º bimestre de 2018). Isso pode ser atribuído à participação de outras receitas que não foram apresentadas aqui. Outro fator importante é que Itabuna retomou o primeiro lugar em relação a Ilhéus no valor absoluto arrecadado; ambos os municípios vêm se revezando, nesse aspecto, nos três últimos anos. Itabuna, tradicionalmente, tinha maior montante na receita. Todavia, esse aspecto foi se revertendo na última década, principalmente por conta da reforma tributária implementada em 2014 pelo município ilheense, que elevou o IPTU.
Tabela 13 – Comparação do Desempenho das Receitas selecionadas de Ilhéus, Itabuna, das regiões Imediatas (RI) e da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna – Posição no 2º bimestre de 2018 e no 2º bimestre de 2017 (R$1,00; valores nominais).
NOME Receitas Totais (*) Receitas Tributárias Realizadas Receitas de Transferências Correntes 2017 2018 Var. (%) 2017 2018 Var. (%) 2017 2018 Var. (%)
Ilhéus 53.577.353,22 57.465.520,64 7 14.137.600,68 16.179.801,20 14 42.106.948,21 43.547.796,30 3
Itabuna 70.609.830,06 72.094.363,34 2 11.519.443,07 13.948.543,72 21 55.058.147,90 60.400.300,83 10
RI Camacan 39.898.843,64 45.596.308,66 14 2.827.415,69 4.311.587,28 52 36.251.619,03 40.731.653,30 12
RI Eunápolis-Porto Seguro 139.845.936,23 148.767.089,52 6 30.181.851,56 36.342.988,64 20 102.395.038,24 111.520.231,98 9
RI Ilhéus-Itabuna 215.746.429,24 236.743.246,11 10 29.486.777,90 36.777.230,67 25 192.946.427,39 208.515.488,01 8
RI Teixeira de Freitas 152.511.478,39 157.900.041,18 4 14.167.559,51 15.435.025,26 9 132.483.547,49 134.923.263,68 2
R. Int. Ilhéus-Itabuna 548.002.687,50 589.006.685,47 7 76.663.604,66 92.866.831,85 21 464.076.632,15 495.690.636,97 7
Fonte: Elaboração dos autores, com base nos RREO dos municípios. (*) As Receitas Totais diferem do resultado da soma das Receitas Tributárias e Receitas de Transferências Correntes em todos os níveis apresentados devido a algumas receitas, como de Serviços, patrimonial, etc, as quais não foram incluídas por falta de espaço.
2 - DESEMPENHO DAS DESPESAS NA REGIÃO INTERMEDIÁRIA ILHÉUS-ITABUNA E REGIÕES
IMEDIATAS QUE A COMPÕEM
A execução das Despesas Totais na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, Tabela 14, teve aumento de 7%, quando comparados o 2º bimestre de 2018 com igual período de 2017. Esse desempenho foi bem menor que o período de comparação anterior (1º bi 2017 com 1º bi 2018), quando o aumento superou os 55%. Portanto, isso indica uma redução significativa no crescimento das Despesas e dos Investimentos do conjunto de municípios que formam as quatro Regiões Imediatas da região. Mesmo com as receitas aumentando, os recursos parecem não terem sido direcionados para os investimentos necessários: aqueles destinados às melhorias das despesas finalísticas dos municípios, como Saúde, Educação, Infraestrutura entre outras. Cabe destacar que essas Despesas incluem as Despesas Correntes (de Pessoal e encargos sociais, pagamento de juros e encargos da dívida e Outras Despesas correntes) e as Despesas de Capital (Investimentos e Amortização da Dívida). Quando se faz uma observação mais detalhada dos dados, pode ser constatado que, pelo menos, no caso de Ilhéus e Itabuna, as Despesas com Investimentos são praticamente inexistentes, tendo representado apenas 1% e, às vezes, menos do total de Despesas executadas em Ilhéus,
no segundo bimestre de 2018. No que tange ao município de Itabuna, está acontecendo a mesma situação, sendo muito preocupante porque esses municípios têm um peso econômico muito grande na região. Embora os dados não sejam mostrados aqui, é bom destacar que as Despesas de ambos os municípios se concentraram na rubrica de Pessoal e Encargos Sociais.
Tabela 14 – Comparação do desempenho das Despesas Totais da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna e das suas regiões Imediatas - Posição no 2º bimestre de 2017 e no 2º bimestre de 2018 (R$1,00; valores nominais).
NOME
Ilhéus
Despesas Totais Líquidas
2017 2018 Variação (%)
53.613.845,68 60.322.084,63 13,0
Itabuna 74.222.576,31 64.474.016,76 -13,0
RI Camacan 43.714.072,20 52.347.244,24 20,0
RI Eunápolis-Porto Seguro 140.906.742,10 126.163.079,11 10,0
RI Ilhéus-Itabuna 216.615.451,92 238.765.926,88 10,0
RI Teixeira de Freitas 157.726.117,37 180.791.621,91 15,0
RI Ilhéus-Itabuna 558.962.383,59 598.067.872,14 7,0
Fonte: Elaboração dos autores, com base nos RREO dos municípios.
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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
EMPREGO E RENDA
Sérgio Ricardo Ribeiro Lima
Iniciaremos a apresentação dos dados sobre o emprego no 2º trimestre com as Regiões Intermediárias do estado da Bahia e, em seguida, apresentaremos as Regiões Imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna.
Pelos dados apresentados na Tabela 15, a Região Intermediária Ilhéus-Itabuna apresentou o maior saldo de empregos no 2º trimestre de 2018, em relação às demais regiões intermediárias, com 68,38% dos empregos totais; logo abaixo se encontra Juazeiro, com 56,62%, seguida de Barreiras, com 24%. Salvador, por sua vez, apresentou um forte saldo negativo no trimestre. Em relação ao 1º trimestre deste ano, o destaque, novamente, ficou por conta de Ilhéus-Itabuna, com uma recuperação significativa, embora um pouco abaixo do saldo do 2º trimestre de 2017. Salvador apresentou uma forte queda em relação ao 1º trimestre, anulando o saldo positivo neste trimestre e bem maior ainda que o saldo negativo do 2º trimestre de 2017. Juazeiro apresentou o melhor resultado no conjunto dos três trimestres, com saldos positivos elevados. Porém, no resultado geral dos trimestres, o melhor resultado ficou para o 1º trimestre, bem superior ao 2º trimestre de 2018. O comportamento do emprego nos três trimestres apresentados sinaliza o fortalecimento do emprego nas regiões intermediárias interioranas, quando comparado à região metropolitana de Salvador. Economicamente, o eixo concentrado de atividades já consolidadas na Região Intermediária de Salvador, sem a introdução de novas atividades econômicas dinâmicas para a região, pode estar sinalizando a saturação do emprego nesta região, à parte da crise econômica que vem afetando o país como um todo.
negativo (destaque na última coluna). O grande destaque foi o alto saldo positivo da Região Ilhéus-Itabuna, ficando um pouco atrás da Região de Juazeiro.
Analisando agora as Regiões Imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, na Tabela 17, para o 2º trimestre de 2018, abril e maio apresentaram altos saldos positivos, enquanto em junho foi negativo. Porém, o saldo total do trimestre para todas as regiões foi bastante positivo, com 4.789 empregos, um pouco acima do 2º trimestre de 2017 e com grande recuperação, em relação ao 1º trimestre de 2018. O melhor resultado nos três trimestres ficou por conta da Região Imediata Teixeira de Freitas, seguida da Região Eunápolis-Porto Seguro. Por outro lado, o pior resultado ocorreu na Região Imediata Ilhéus-Itabuna. Salienta-se que o melhor desempenho da Região Intermediária IlhéusItabuna se deveu aos bons resultados, no 2º trimestre de 2018 e 2017, nas Regiões Imediatas de Teixeira de Freitas e Eunápolis-Porto Seguro, Tabela 15 – Saldo de movimentações (admissões menos desligamentos) do emprego nas Regiões Intermediárias da Bahia.
Regiões 2o trim. 2018 1o trim. 2018 2o trim. 2017 Barreiras 1.476 2.372 1.379 Feira de Santana 508 2.067 963 Guanambi 438 153 -254 Ilhéus-Itabuna 4.204 -142 5.212 Irecê -185 -238 328 Juazeiro 3.481 940 3.148 Paulo Afonso -296 97 -462 Salvador -4.860 2.776 -1.563 Santo. A. de Jesus 914 408 773 Vitória da Conquista 468 1.229 -656 Total 6.148 9.662 8.868 Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do CAGED/MTE, julho de 2018. Tabela 16 – Saldo do emprego em relação à faixa salarial mensal (salário minínimo) nas Regiões Intermediárias da Bahia no 2º trimestre de 2018 Faixa Sal Mensal Barreiras F. de Santana Ilhéus-Itabuna Irecê Juazeiro P. Afonso Salvador S. A. Jesus V. da Conq Total Até 0.50 -46 109 5,58 14 72 20 629 89 -43 856 0.51 a 1.0 462 972 2.945 259 704 119 2.543 762 890 10.054 1.01 a 1.5 1.078 -114 696,84 -276 2.434 -386 -3.151 -79 -384 -230 1.51 a 2.0 99 -318 14,15 -83 238 -2 -1.595 118 15 -1.515 2.01 a 3.0 -58 -128 -50,83 -60 6 -31 -1.877 26 27 -2.068 3.01 a 4.0 -50 -32 -43,89 -26 -9 -12 -624 25 -11 -779 4.01 a 5.0 33 -1 -27,43 -5 4 -2 -323 5 -15 -334 5.01 a 7.0 -21 -4 -23,3 -2 2 0 -225 0 -16 -284 7.01 a 10.0 -18 -31 -112,69 -3 10 -8 -165 -8 -8 -350 10.01 a 15.0 -5 0 15,3 -2 -7 1 -176 -2 -2 -180 15.01 a 20.0 0 -2 -15,71 0 -2 -1 -89 -1 -2 -113 Mais de 20.0 -1 -2 -120,77 0 1 -1 -54 -6 -4 -187 Total 1.476 449 3.282 -184 3.453 -303 -5.107 914 468 4.886
A Tabela 16 mostra as Regiões Intermediárias de Juazeiro, Ilhéus-Itabuna e Barreiras com os maiores saldos totais positivos do emprego em relação à faixa salarial mensal. Por outro lado, a Região Intermediária de Salvador teve uma grande perda no emprego, afetando fortemente aqueles trabalhadores com faixa de renda entre 1 e 3 SM. Em contrapartida, o maior saldo total do emprego foi na faixa de renda entre 0.5 e 1 SM, seguida da faixa até 0.5 SM. Nas demais faixas de renda, para o 2º trimestre, o saldo foi
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do CAGED/MTE, agosto 2018.
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Tabela 17 – Saldo de movimentações do emprego (admissões menos desligamentos) nas Regiões Imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna4
2º trim. 2018
Ilhéus-Itabuna Eunápolis-P. Seguro
Camacan Teix. de Freitas Total
Abr 122 -1 -7 2.804 2.918 Maio -93 2.839 5 1.225 3.976 Jun -468 -507 3 -1.133 -2.105
Total -439 2.331 1 2.896 4.789
1º trim. 2018
Camacan Teix. de Freitas Total Jan -15 302 101 231 619 Fev -303 -495 15 165 -618 Mar -349 -260 -19 485 -143
Ilhéus-Itabuna Eunápolis-P. Seguro
Total -667 -453 97 881 -142
2º trim. 2017
Ilhéus-Itabuna Eunápolis-P. Seguro
Camacan Teix. de Freitas Total
Abr 378 1.299 81 2.136 3.894 Maio -208 1.641 -62 1.351 2.722 Jun 15 -830 2 -1.176 -1.989
Total 185 2.110 21 2.311 4.627
Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do CAGED/MTE, julho de 2018.
ILHÉUS E ITABUNA
O saldo de emprego (admissões menos desligamentos) em Ilhéus e Itabuna (Tabela 18), no 2º trimestre de 2018, foi negativo em 280 postos de trabalho, resultado não tão ruim quando comparado ao 1º trimestre, com -759. Contudo, desfavorável em relação ao 2º trimestre de 2017, quando teve saldo positivo de 243 empregos. As maiores perdas ocorreram, em Itabuna, no 1º e 2º trimestres.
A Tabela 19 mostra que os setores mais afetados, no 2º trimestre de 2018, foram serviços, em Ilhéus, com -79, e comércio, em Itabuna, com -116; no 1º trimestre de 2018, as maiores perdas para os dois municípios, ocorreram no comércio, com -359.
As maiores admissões ocorreram, primeiro, nos serviços (1.296) e comércio (1068); os maiores desligamentos
também ocorreram nos serviços e comércio, com -1.414 e -1.184. Comparado ao 1º trimestre, houve o mesmo número de admissões, porém, sendo maiores neste trimestre na indústria, construção civil e comércio, e menor nos serviços; quanto aos desligamentos, foram maiores no 1º trimestre, com exceção da indústria.
Em relação ao 2º trimestre de 2017, o total de admissões foi maior neste, enquanto os desligamentos foram maiores no 2º trimestre de 2018. Isso demonstra que os resultados para o 2º trimestre foram melhores em 2017. Comércio e serviços apresentaram maiores admissões em 2017; os desligamentos foram menores nos serviços para 2017, mas houve menos desligamentos no comércio no 2º trimestre de 2018, quando comparado ao 2º trimestre de 2017.
de 2018. 2o trim. 2018 1o trim. 2018 2o trim. 2017 Setores de atividades Adm. Desl. Adm. Desl. Adm. Desl. Indústria 536 -576 481 -520 440 -369 Construção Civil 392 -381 383 -456 319 -390 Comércio 1.068 -1.184 930 -1.289 1.243 -1.211 Serviços 1.296 -1.414 1.496 -1.742 1.511 -1.313 Agropecuária, extr. vegetal, caça e pesca 132 -149 134 -176 156 -143 Total 3.424 -3.704 3.424 -4.183 3.669 -3.426
Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do CAGED/MTE, 2018.
4. Para maior esclarecimento, as quatro regiões abaixo destacadas fazem parte da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna.
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Tabela 18 – Saldo de movimentação do emprego em Ilhéus e Itabuna. 2o trimestre 2018 1o trimestre 2018 2o trimestre 2017 Município jun maio abr saldo mar fev jan saldo jun maio abr saldo Ilhéus -33 -23 -9 -65 -155 -44
Itabuna
Total
Fonte: elaboração própria
partir dos dados do CAGED/MTE,
2018. Tabela
– Saldo de movimentação
setores
atividade
2º trimestre
-74 -273 56 -106 103 53
-317 10 92 -215 -226 -193 -67 -486 -55 0 245 190
-350 -13 83 -280 -381 -237 -141 -759 1 -106 348 243
a
julho de
19
do emprego por
de
econômica em Ilhéus e Itabuna no
Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Os dados sobre a relação entre emprego e renda, na Tabela 19, demonstraram que o maior número de admissões e desligamentos ocorreu entre as faixas de renda de 0,5 a 1.5 SM 5, representando 78,9% do total de admissões e 75,6% do total de desligamentos. Em relação ao 1º trimestre de 2018, com 80,46% das contratações e 77,7% dos desligamentos, este trimestre foi menos desfavorável quanto aos desligamentos e mais desfavorável quanto às admissões. Ou seja, embora no 2º trimestre tenha sido menor o número de desligamentos, em relação ao 1º trimestre, o número de admissões foi, também, menor. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve mais admissões em 2017 e o mesmo percentual de desligamentos nos dois períodos. Para o acumulado do ano, nos dois trimestres, os dois municípios tiveram saldo negativo de 1.025 empregos na faixa de renda entre 0.5 e 1.5.SM.
absorvem os impactos, seja positivo, seja negativo, conforme mostra a Tabela 19.
A taxa de variação do emprego para 2018 (Tabela 21), em Ilhéus e Itabuna, apresentou maior resultado negativo no 1º trimestre, com uma taxa negativa anual de 1,61%. Comparando os dois municípios, as taxas mais negativas ocorreram em Itabuna, tanto nos dois trimestres como no resultado anual, comparativamente ao estoque de empregos em 1º de janeiro de 2018. Dois fatores explicam este comportamento: o município de Itabuna tem um estoque de empregos bem superior a Ilhéus, assim como uma maior concentração dos empregos em comércio e serviços. Pois, são os dois setores mais dinâmicos do município, de maneira que, seja em crescimento ou em crise, são eles que mais
Tabela 20 – Comparativo do saldo de movimentação do emprego por faixa de renda em Ilhéus e Itabuna no 2º e 1º trimestre de 2018 e 2º trimestre de 2017. 2º trim. 2018 1º trim. 2018 2º trim. 2017
Faixa Sal. Mensal (SM) adm. desl. adm. desl. adm. desl. Até 0.50 138 -118 63 -79 153 -118 0.51 a 1.0 1.098 -768 1.109 -936 1.511 -952 1.01 a 1.5 1.602 -2.031 1.646 -2.307 1.462 -1.615 1.51 a 2.0 381 -464 344 -490 369 -399 2.01 a 3.0 99 -187 147 -187 104 -185 3.01 a 4.0 29 -55 27 -47 19 -70 4.01 a 5.0 18 -22 20 -28 20 -20 5.01 a 7.0 15 -16 8 -17 7 -15 7.01 a 10.0 2 -11 6 -8 0 -6 10.01 a 15.0 4 -4 3 -11 0 -13 15.01 a 20.0 0 0 0 -5 0 -3 Mais de 20.0 36 -25 51 -55 23 -27 Total 3.422 -3.701 3.424 -4.170 3.668 -3.423
Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do CAGED/MTE, 2018.
Em síntese, as tabelas 19 e 20 mostram um elemento perverso para a economia e a sociedade dos municípios de Ilhéus e Itabuna. O saldo do emprego nos dois municípios, assim como o maior número de desligamentos ocorrem justamente naquelas faixas salariais de mais baixa renda, ou seja, conforme apresentado na Tabela 20, nas faixas entre 0.5 SM (metade do salário-mínimo) e 1.5 SM (um salário-mínimo e meio). Representa, mais ainda, parte das sociedades ilheense e itabunense empregadas em maior situação de risco decorrente das crises, pois, ao primeiro sinal desta, são essas faixas de renda as mais afetadas. Se cada pessoa desempregada, nessa faixa de renda, representa o provedor da família, esse conjunto de pessoas potencialmente desempregadas passa a constituir o exército industrial de reserva (E.I.R.), cujo contexto as submetem a uma situação de risco social, do ponto de vista do suprimento de uma de suas necessidades mais elementares: nesse caso, o item alimentação. A distância entre a situação de desemprego dessas famílias e a condição de pobreza e extrema pobreza é praticamente inexistente. É um problema conjuntural que, a depender da extensão da crise, associada a outros fatores, pode se tornar estrutural. Daí a importância dos programas sociais de distribuição de renda para amenizar a situação de risco potencial que enfrentam essas famílias numa situação de perda do emprego. Os números de desempregados, no Brasil, têm aumentado nestes últimos dois anos. Tabela 21
5. Salário Mínimo
6. Informações para o Sistema Público de Emprego e Renda.
13
Taxa
trim.
Taxa
– Taxa de variação do emprego em Ilhéus e Itabuna no 1o e 2º trimestre e no ano de 2018. Municípios Estoque de empregos - 1o jan 2018
de var. 1o
(%)
de var. 2o trim. (%) Taxa de var. anual (%) Ilhéus 24.453 -1,11 -0,26 -1,38 Itabuna 40.064 -1,21 -0,53 -1,75 Total 64.517 -1,17 -0,43 -1,61 Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do ISPER6/CAGED/MTE, 2018.
PROGRAMAS
DE
RENDA E ASSISTÊNCIA SOCIAL (PBF7, BPC8,RMV9)
Conforme os dados, disponibilizados pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) para o segundo trimestre de 2018, o Estado da Bahia beneficiou 1.826.048,00 famílias com o Programa Bolsa Família, sendo repassado um montante de R$ 975.034.585,00. Constatou-se que, em relação ao primeiro trimestre do ano, 11.200 famílias deixaram de receber o benefício. Do montante repassado pelo Estado, a Região Intermediária, composta por 51 municípios, recebeu 9,84%, o que equivale R$ 96.006.507,00 para beneficiar, em média, 191.923 famílias. A Região Imediata Ilhéus-Itabuna, por sua vez, composta por 22 municípios, abarca cerca de 4% do montante distribuído, o que corresponde a R$ 39.027.899,00 sendo esse repasse feito para 80.522 famílias. O Programa Bolsa Família beneficiou, neste trimestre, na cidade de Itabuna, 16.598 famílias e, em Ilhéus, foram, aproximadamente, 528 famílias beneficiadas a mais que a cidade de Itabuna, ou seja, cerca de 17.126 famílias. Para tanto, as cidades tiveram uma participação percentual de 0,71 e 0,74%, respectivamente no 2º trimestre (Tabela 22).
Em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), o estado da Bahia distribui o benefício para 1.335.943 pessoas. Do montante repassado (R$ 1.272.227.592,00), 19,80% beneficiou, em média, 88.177 pessoas residentes nos municípios que compõem a Região Intermediária. O repasse para a Região Imediata foi de 8,64% do montante, cerca de R$ 109.947.265,30 para transferir para 38.478 pessoas aptas para o recebimento do benefício. Na cidade de Itabuna esse repasse foi feito para 11.835 pessoas, cujo montante repassado chegou a R$ 33.810.218,62. Em Ilhéus, o montante foi de R$ 24.674.396,74, a beneficiar 8.636 pessoas idosas e com deficiência física em situação de vulnerabilidade social (Tabela 23).
Tabela 22 – Famílias Beneficiárias e valor transferido do Programa Bolsa Família, 2018
Por sua vez, o valor total da Renda Mensal Vitalícia (RMV), distribuído em todo estado da Bahia foi de R$ 20.739.637, 27, sendo este montante, em média, repassado para 7.266 pessoas. Cerca de 10,96% desse montante é transferido para a Região Intermediária, beneficiando, em média, 797 famílias; a Região Imediata abarca 6,26% do valor total, sendo distribuídos para 445 pessoas. Em relação ao último trimestre, observou-se que houve uma redução no número de beneficiários: em todo o estado da Bahia, a redução foi de 248 famílias; dessas, 25 famílias residiam na Região Intermediária e 11 famílias compunham a Região Imediata Ilhéus–Itabuna Em Itabuna, no 2º trimestre, o repasse chega a 0,23% do total do estado, favorecendo 168 famílias. Em Ilhéus, por sua vez, o percentual foi de 0,14% e beneficiou 106 famílias. Tendo em vista que este é um benefício já extinto, o valor total repassado acompanhará sempre a mesma tendência de redução, uma vez que não haverá entrada de novos beneficiários. Tabela 24 – Beneficiários e valor transferido da Renda Mensal Vitalícia, para o primeiro trimestre de 2018
Renda Mensal Vitalícia
Beneficiários Valor Total Repassado Valor %
Bahia 7266 20.739.637,27 Região Intermediária 797 2.273.317,00 10,96 Região Imediata 445 1.267.730,76 6,26 Itabuna 168 47.651,00 0,23 Ilhéus 106 30.432,60 0,14
Fonte: MDS,2018
EDUCAÇÃO
Adriano Alves de Rezende
Programa Bolsa Família Famílias Beneficiárias Valor Total Repassado Valor %
Bahia 1.826.048 975.034.585,00
Região Intermediária 191.923 96.006.507,00 9,84
Região Imediata 80.522 39.027.899,00 4
Itabuna 16.598 6.925.567,00 0,71 Ilhéus 17.126 7.245.458,00 0,74
Fonte: MDS, 2018
Tabela 23 – Beneficiários e valor transferido do Benefício de Prestação Continuada, 2018 BPC
Beneficiários Valor Total Repassado Valor %
Bahia 1.335.943 1.272.227.592,00
Região Intermediária 88.177 251.955.815,00 19,80
Região Imediata 38.478 109.947.265,30 8,64
Itabuna 11.835 33.810.218,62 2,65
Ilhéus 8.636 24.674.396,74 1,93
Fonte: MDS, 2018
Os recursos totais destinados ao financiamento do Ensino nos municípios da Região Intermediária IlhéusItabuna, comparando-se o segundo bimestre de 2018 com o mesmo período de 2017, apresentaram uma elevação de 15,55%. Observa-se, na Tabela 25, que, no mesmo período, a Região Imediata Eunápolis-Porto Seguro foi a única que apresentou queda em seu recurso total em educação, mesmo que pequena (0,54%). Contudo, ao estabelecer um comparativo entre os dois primeiros bimestres de 2018, é perceptível, nas quatro regiões imediatas analisadas, um crescimento em suas receitas totais. Nesse ponto, deve-se destacar o incremento obtido pela região Imediata Teixeira de Freitas, que elevou sua Receita Total de Ensino em 1.308,75, do primeiro para o segundo bimestre de 2018. Ao contrário do observado no primeiro bimestre de 2018, com exceção da região Imediata Eunápolis-Porto Seguro que apresentou queda de 16%, nos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). As demais regiões tiveram aumento nesses valores, quando comparados aos índices dos segundos bimestres de 2017 e 2018. Nesse mesmo período de comparação, destaca-se a Região Imediata Teixeira de Freitas com uma elevação de 127,48%. Entretanto, estabelecendo-se um comparativo entre o segundo e o primeiro bimestre de 2018, com exceção da Região Imediata IlhéusItabuna, que teve uma elevação nos repasses de 158,78%, 7. Programa Bolsa Família. 8. Benefício de prestação continuada para idosos e deficientes. 9. Renda mensal vitalícia.
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todas as regiões tiveram incrementos superiores a 350%. Quando observada a participação dos recursos recebidos do FUNDEB sobre o total de receitas em Ensino nas quatro regiões Imediatas é possível perceber que as regiões Itabuna-Ilhéus e Teixeira de Freitas apresentaram queda, seja na comparação com os dois bimestres de 2018, seja na relação entre o segundo bimestre dos anos de 2017 e 2018. Todavia, ao se associar essa informação aos dados das receitas totais destinadas ao Ensino, fica nítido que, mesmo com a redução nas receitas advindas do FUNDEB, todas as regiões Imediatas elevaram seu aporte financeiro ao Ensino, onde aquelas que mais receberam recursos foram, justamente, as que mais sofreram perdas com o FUNDEB. Vale registrar que a maior parcela dos gastos efetuados na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) pelos municípios das
regiões imediatas observadas concentrou-se no Ensino Fundamental. Se forem comparadas as despesas com o Ensino Fundamental, em relação ao total de receitas destinadas para o Ensino, apenas a região Teixeira de Freitas apresentou uma redução de 27,88%, no comparativo dos dois primeiros bimestres de 2018, passando de uma redução de 140,18%, no primeiro bimestre, para 101,09% no segundo bimestre de 2018.
Inicialmente, poderia se pensar que a redução dos repasses do FUNDEB tivesse levado todas as regiões Imediatas a cobrirem as despesas com recursos próprios. Entretanto, tem-se que considerar que o aumento percentual das receitas próprias em Ensino sempre ultrapassa as reduções do FUNDEB. Logo, qualquer conclusão a respeito só pode ser feita após um acompanhamento mais longo desses eventos.
Tabela 25 – Variações das Receitas e Despesas com Ensino nas Regiões Imediatas de Camacan, Ilhéus-Itabuna, Teixeira de Freitas e Eunápolis-Porto Seguro (1º e 2º Bim. de 2017 e 2018)
Variáveis de Análise Período
Regiões Imediatas (%)
Camacan Ilhéus-Itabuna Teixeira de Freitas Eunápolís-Porto Seguro
Variação % FUNDEB
2º bimestre, 2017/2018 1,48 15,55 140,37 -0,54 1º e 2º bimestres, 2018 159,56 255,42 1.308,75 78,95
2º bimestre, 2017/2018 3,33 14,61 127,48 -16,00 1º e 2º bimestres, 2018 367,91 158,78 350,40 361,39 Variação % das Receitas Totais em Ensino
1º bim. 2017 48,54 43,96 91,10 48,01
Razão FUNDEB/ Receitas Totais em Ensino
2º bimestre, 2017/2018 1,82 -0,81 -5,36 -15,54 1º e 2º bimestres, 2018 80,27 -27,19 -68,03 157,84
1º bim. 2018 22,01 42,84 115,03 13,79 2º bim. 2017 38,97 31,45 38,86 42,09 2º bim. 2018 39,68 31,19 36,78 35,55 Variação % da Razão FUNDEB/ Receita Total destinada a Ensino
% Despesa Ensino Infantil sobre as Receitas Totais em Ensino
% Despesa Ensino Fundamental sobre as Receitas Totais em Ensino
% Outras Despesas de Ensino sobre as Receitas Totais em Ensino
1º bim. 2017 1,36 1,03 0,52 3,83 1º bim. 2018 11,85 5,12 15,15 3,61
2º bim. 2017 4,36 3,23 1,45 6,55
2º bim. 2018 15,29 4,12 1,67 2,90
1º bim. 2017 17,97 23,08 56,00 35,33
1º bim. 2018 64,07 54,11 140,18 25,12
2º bim. 2017 45,79 45,79 66,85 51,75 2º bim. 2018 81,50 82,00 101,09 27,62
1º bim. 2017 2,89 12,84 0,07 4,96
1º bim. 2018 0,08 0,54 0,01 2,43
2º bim. 2017 10,97 36,17 0,24 5,60
2º bim. 2018 0,00 2,27 0,25 2,74
Fonte: Elaborado com base nos dados dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária dos 51 municípios que compõem as 4 Regiões imediatas nos dois primeiros bimestres de 2017 e de 2018.
Desempenho dos municípios de Ilhéus e Itabuna por separado
Ao se analisar especificamente o município de Ilhéus, percebe-se que seu comportamento encontra-se, de certa maneira, em consonância com o da sua região Imediata. Os valores do FUNDEB recebidos, por Ilhéus, sofreram queda de 3,06% no comparativo dos segundos bimestres de 2017 e 2018. Mas, se comparados o primeiro com o segundo bimestre de 2018, os repasses do fundo se elevaram em 69,17%. A participação do FUNDEB, no total de receitas destinadas ao Ensino, também caiu 8,20% no comparativo entre os anos de 2017 e 2018. Contudo, a receita municipal para custeio da educação, no mesmo período, subiu 5,60% comparada com o primeiro e o segundo bimestres de 2018. Esse aumento foi 358,83%. Tal aumento chamou a atenção nas despesas com o Ensino, no segundo bimestre de 2017. 87,93% dos valores aparecem como Outras Despesas em Ensino. Já para o mesmo período de 2018, cerca de 98,90% foram destinadas ao Ensino Fundamental.
O município de Itabuna apresentou uma diminuição nos valores recebidos do FUNDEB de 3,59%, para o mesmo período. Comparando-se os dois primeiros bimestres de 2018, totaliza-se um aumento de 69,08% entre os bimestres, tal como observado em Ilhéus. A participação do FUNDEB nas Receitas Totais em Ensino, comparando-se o segundo bimestre de 2017 com o mesmo período de 2018, caiu 22,39%. Contudo, no mesmo bimestre houve uma elevação da Receita Total de Ensino de 24,23%. O mesmo fenômeno é notado ao se comparar os dois primeiros bimestres de 2018. Nesse período, a participação do FUNDEB sobre as Receitas Totais em Ensino reduziu-se em 28,57%. Mas, o volume total de receita aumentou em 136,96%. No que diz respeito à alocação dos recursos, segundo o nível de Ensino, observou-se que, no segundo bimestre de 2017, Itabuna manteve 74,23% dos Recursos Totais em Ensino destinados à educação Fundamental e 14,12% em outras despesas. No segundo bimestre de 2018 foram destinados 79,57% destes valores ao Ensino Fundamental e 6,4% ao Ensino Infantil.
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