BOLETIM 12 CACES-UESC

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

Departamento de Economia – DCEC – Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC – Ilhéus /BA

APRESENTAÇÃO

ISSN 2525-5134 | Número 12 – Jan./Fev./Mar. de 2018

O Projeto de Extensão Centro de Análise de Conjuntura Econômica e Social (CACES), vinculado ao Departamento de Economia da Universidade Estadual de Santa Cruz, lança o 12º Boletim de Conjuntura Econômica e Social Regional, referente ao 1º trimestre (jan-fev-mar) de 2018.

EMPRESAS

No 10 trimestre de 2018, na Região Imediata Ilhéus-Itabuna, o saldo da movimentação de abertura e fechamento de empresas foi negativo, com uma redução de 60 estabelecimentos. O município com maior número de fechamentos de empresas foi Ilhéus. Em contrapartida, Itabuna foi o município com maior propensão à criação de novos estabelecimentos (página 3)

CONSUMO DE ENERGIA

Dos setores econômicos dos municípios Região Imediata Ilhéus-Itabuna, os de comércio e de serviços foram aqueles que mais demandaram energia elétrica. No 10 trimestre de 2018, em Ilhéus, ocorreu uma retração de 2,3% do consumo de energia, em relação ao mesmo trimestre de 2017, com retração de consumo dos setores econômicos da indústria (-2,2%), do comércio e de serviços (-3,6%). Em Itabuna, também ocorreu dedução da demanda (-3,8%), com retração de 3,2% na indústria e 4,6% para o comércio e serviços (página 5).

COMÉRCIO EXTERIOR

No primeiro trimestre de 2018 os municípios de Ilhéus e Itabuna apresentaram crescimento relevante nas importações. A importação total de Ilhéus ficou em aproximadamente US$ 98,3 milhões, e a de Itabuna, em US$ 10,88 milhões, respectivamente. Esse fato, aliado à queda nas exportações, proporcionou uma elevação significativa do déficit comercial dos dois municípios em relação ao verificado no quarto trimestre de 2017. Com relação à especialização comercial, a região continua voltada para comercialização do cacau e seus derivados, compondo mais de 95% de tudo que é exportado por Ilhéus e Itabuna. A pauta importadora da região continua diversificada (página X).

FINANÇAS PÚBLICAS

A receita gerada pelo recolhimento do ICMS, na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, teve um aumento real de 12,39% no primeiro trimestre de 2018 em relação a igual período de 2017. Porém a situação se reverte quando comparados o último trimestre de 2017 com o 1º trimestre de 2018 em que a arrecadação do ICMS caiu -17,27%. Comparativamente, no mesmo período, o Estado da Bahia, composto pelos 417 municípios, obteve um aumento, na arrecadação do ICMS, de 8,53%. Portanto, essa piora na arrecadação do ICMS permite inferir que a atividade econômica da Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, vinculada a esse imposto, arrefeceu no início de 2018. De outro lado, a participação da Receita de Transferência Corrente continua sendo a principal fonte de recursos monetários dos municípios das regiões aqui descritas. De fato, no 1º bimestre de 2018, em relação ao mesmo período de 2017, essa receita representou 86,68% do total da receita dos 51 municípios que compõem a Região Intermediária Ilhéus-Itabuna. A execução das Despesas Totais na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna teve um

aumento de 55,74%, quando comparadas o 1º bimestre de 2018 com igual período de 2017 (página 10).

EMPREGO E RENDA

O saldo de emprego no conjunto das Regiões Intermediárias da Bahia foi bastante favorável no 10 trimestre de 2018, quando comparado ao 1º trimestre de 2017. A Região Intermediária Ilhéus-Itabuna teve saldo negativo nos dois trimestres, sendo mais agravante no 1º trimestre de 2017. Quanto ao saldo do emprego nas Regiões Imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, o melhor comportamento para o 10 trimestre de 2018 foi Teixeira de Freitas. Ilhéus-Itabuna e Eunápolis-Porto Seguro tiveram os saldos mais agravantes no 1º trimestre de 2017 e 2018. Os municípios de Ilhéus e Itabuna apresentaram saldos negativos do emprego no 1º trimestre do ano, sendo mais grave em Itabuna. A atividade mais afetada, nos dois municípios, foi o comércio. As maiores perdas de massa salarial*, neste 1º trimestre foram de -1.357,92, em Itabuna, e -463,71, em Ilhéus (página 11).

PROGRAMAS SOCIAIS

A Região Intermediária Ilhéus-Itabuna (51 municípios) recebeu, no 1º trimestre de 2018, recursos do Programa Bolsa Família, no montante de R$ 330.840.000, beneficiando 1.850.000 famílias. A Região Imediata Ilhéus-Itabuna (22 municípios), por sua vez, recebeu, no mesmo trimestre, recursos da ordem de R$ 36.128.705,00, para um total de 226.396 famílias (página 14).

EDUCAÇÃO

Na educação percebeu-se uma queda significativa nos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para grande parte dos 51 municípios analisados, o que pode ter refletido sobre a forma de redução nos investimentos totais em ensino. Contudo, no comparativo entre o 1ª bimestre de 2017 com o 1º bimestre de 2018, foi observado um maior aporte nos recursos destinados à educação fundamental em detrimento da educação infantil, no mesmo período (página 15).

MOVIMENTO DE PASSAGEIROS E CARGAS EM ILHÉUS

O número de embarques e desembarques de passageiros no aeroporto de Ilhéus, no 1º trimestre de 2018, foi maior que no 1º e no 4º trimestres de 2017. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2018, os embarques foram maiores que os desembarques. No trimestre, os embarques também foram superiores aos desembarques (8.809), o que pode significar um mau sinal para a economia do município (página 16).

* A perda de massa salarial diz respeito à quantidade de salários mínimos médios que cada município perdeu de acordo com o saldo do emprego no período considerado.

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Nova Divisão Geográfica Regional - 2017

A partir deste boletim, No12, referente ao 1º trimestre de 2018, alteramos a abrangência geográfica dos dados e, consequentemente, do boletim, em decorrência da Nova Divisão Regional já anunciada pelo IBGE em junho de 2017. A Mesorregião Sul Baiano e a Microrregião Ilhéus-Itabuna, últimas denominações adotadas no início da década de 1990, passaram a ser denominadas de Região Intermediária Ilhéus-Itabuna e Região Imediata Ilhéus-Itabuna. Na nova divisão regional, o estado da Bahia foi dividido em 10 Regiões Intermediárias e 34 Regiões Imediatas. A Região Intermediária Ilhéus-Itabuna abrange 4 Regiões Imediatas (Ilhéus-Itabuna, Teixeira de Freitas, Eunápolis-Porto Seguro, Camacan), com 51 municípios. A Região Imediata Ilhéus-Itabuna abrange 22 municípios e área de 10.399.852,5 Km2 (IGBE, 2017). Tem por núcleo urbano de referência os municípios de Ilhéus e Itabuna. Cabe ressaltar que na nova divisão não houve apenas mudança de nomenclatura, mas, mais importante, houve

uma nova configuração regional dos municípios. Conforme o IBGE (2017, p. 19), a Região Imediata foi estruturada “a partir de centros urbanos próximos para a satisfação das necessidades imediatas das populações, tais como: compras de bens de consumo duráveis e não duráveis; busca de trabalho; procura por serviços de saúde e educação; e prestação de serviços públicos, como postos de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, do Ministério do Trabalho e de serviços judiciários, entre outros”.

A Região Intermediária, por sua vez, como o próprio nome diz, é uma região de transição entre o espaço geográfico do Estado e o espaço geográfico das regiões imediatas. Para o IBGE (idem, p. 19), as Regiões Intermediárias “organizam o território, articulando as Regiões Geográficas Imediatas por meio de um polo de hierarquia superior diferenciado a partir dos fluxos de gestão privado e público e da existência de funções urbanas de maior complexidade”. Segue abaixo a tabela com as respectivas regiões.

Tabela 1 – Municípios das Regiões Imediatas na Região Intermediária Ilhéus-Itabuna, Estado da Bahia Municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna Municípios da Região Imediata Eunápolis- Porto Seguro

Municípios da Região Imediata Teixeira de Freitas

Municípios

da Região Imediata Camacan

Almadina Belmonte Alcobaça Arataca Aurelino Leal Eunápolis Caravelas Camacan Barro Preto Guaratinga Ibirapuã Canavieiras Buerarema Itabela Itamaraju Jussari Coaraci Itagimirim Itanhém Mascote Firmino Alves Itapebi Jucuruçu Pau Brasil

Floresta Azul Porto Seguro Lajedão Santa Luzia Ibicaraí Santa Cruz Cabrália Medeiros Neto Uma Ibicuí Mucuri Ibirapitanga Nova Viçosa Ilhéus Prado Itabuna Teixeira de Freitas Itacaré Vereda Itaju do Colônia Itajuípe Itapé Itapitanga Maraú Santa Cruz da Vitória São José da Vitória Ubaitaba Uruçuca

Fonte: elaboração própria, a partir dos dados do IBGE, 2018; Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas Intermediárias e Regiões Geográficas Imediatas, IBGE, 2017.

Tabela 2 – Regiões Intermediárias do Estado da Bahia – 2015

Regiões Intermediárias –Bahia Número de municípios

Barreiras 24

Feira de Santana 83 Guanambi 31 Ilhéus-Itabuna 51

Regiões Intermediárias –Bahia Número de municípios

Irecê 29 Juazeiro 18 Paulo Afonso 30 Salvador 33

Regiões Intermediárias –Bahia Número de municípios Santo Antonio de jesus 41 Vitória da Conquista 77

TOTAL 417

Fonte: elaboração própria, a partir dos dados do IBGE, 2018; Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas Intermediárias e Regiões Geográficas Imediatas, IBGE, 2017.

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)

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EMPRESAS

Nessa seção, apresentam-se informações sobre o movimento de abertura e fechamento de empresas nos municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, tendo como foco os cinco municípios de maior PIB. São eles: Buerarema, Ilhéus, Itabuna, Itacaré e Itajuípe. Será dado um destaque maior para Ilhéus e Itabuna.

No quarto trimestre de 2018, 246 empresas foram constituídas, sendo 106 em Itabuna, 63 em Ilhéus, 16 em Itacaré, 6 em Buerarema, 3 em Itajuípe e 52 nos demais municípios da região. Das empresas constituídas na região, a maior parcela pertence ao ramo dos serviços (140), seguido do comércio varejista (89), comércio atacadista (9), indústrias/fábricas (6) e agricultura (2). Na maioria dos municípios acompanhados, as constituições de empresas se concentraram no ramo de serviços (Tabela 3).

Em Itabuna, os maiores destaques na criação de novas empresas foram os setores de serviços (62) e do comércio varejista (33), tendo ainda a ocorrência da abertura de 8 comércios atacadistas e 3 fábricas. Das aberturas de empresas em Ilhéus, destaca-se o setor de serviços (39) e do comércio varejista (24). O setor de serviços foi destaque em Itacaré, com 12 novos empreendimentos. Nesse município, 3 novos comércios atacadistas foram constituídos. Em Buerarema, das 6 novas empresas 3 são do setor de comércio varejista, 2 de serviços e uma fábrica. Já em Itajuípe, 3 comércios varejistas e uma fábrica foram criados.

Considerando as empresas que encerraram suas atividades (306), pode-se verificar a maior ocorrência em Ilhéus (141), seguido de Itabuna (101), Itacaré (7), Buerarema (5) e Itajuípe (2).

Das empresas encerradas na Região Imediata IlhéusItabuna, a maioria pertencia ao ramo de comércio varejista (151), sendo 62 em Ilhéus, 48 em Itabuna, 4 em Itacaré, 3 em Buerarema, 2 em Itajuípe e 32 nos demais municípios da região.

No setor de serviços encerraram atividades 131 empresas das quais, 66 estão localizadas em Ilhéus, 44 em Itabuna, 3 em Itacaré, 2 em Buerarema e 16 nos demais municípios da região.

Com isso, o saldo geral entre abertura e fechamento de empresas, na região, foi negativo, acarretando uma redução de 60 unidades empresariais. Os municípios da região com maiores saldos negativos foram respectivamente: Ilhéus (-78),

Coaraci (-8) e Aurelino Leal (-2). Os maiores saldos positivos foram: Itacaré (9), Maraú (9) e Itabuna (5).

Os setores com saldos negativos foram o do comércio varejista (-62), fábricas/indústrias (-5) e agrícola (-4). O saldo positivo ocorreu para o comércio atacadista (2) e para os serviços (9).

Conforme Gráfico 1, constata-se que o número de empresas abertas em Itabuna (106), ao longo do primeiro trimestre do ano de 2018, superou as constituídas em Ilhéus (63). Por outro lado, o número de empresas extintas, no mesmo período em Itabuna (101), foi menor do que os fechamentos em Ilhéus (141).

Em Ilhéus, nos três primeiros meses de 2018, o saldo entre abertura e fechamento foi sempre negativo, tendo no mês de fevereiro a maior redução (-39). No trimestre, esse saldo totalizou uma diminuição de 78 unidades empresariais.

Em Itabuna, o saldo foi positivo nos meses de fevereiro (1), março (4) e nulo em janeiro, acarretando uma ampliação no número de empreendimentos empresariais de 5 unidades.

Considerando as empresas que encerraram suas atividades, pode-se verificar que o maior número de empresas fechadas, em Ilhéus, foi registrado no Centro da cidade (9), no bairro da Conquista (9) e nos bairros do Nelson Costa (5), Malhado (4) e Pontal (4). Em relação às empresas fechadas, essas se concentraram no Centro da cidade (23), seguido dos bairros do Malhado (13) e São Francisco (5).

Em Itabuna, o maior número de estabelecimentos constituídos concentrou-se no Centro (21), nos bairros Nossa Senhora da Conceição (10) e São Caetano (9). As maiores concentrações de empresas encerradas foram registradas no Centro (31) e no bairro de Fátima (7).

No primeiro trimestre de 2018, no contexto geral, observou-se um menor índice de constituição de novas empresas e, por outro lado, um número de fechamento maior do que o observado nos anos de 2016 e 2017, tanto em Ilhéus como em Itabuna.

Em Ilhéus, o número de aberturas de empresas superou o apresentado nos primeiros trimestres 2016 e 2017. Porém, o número de fechamento (141), em 2018, é maior que a soma (100) dos encerramentos nos primeiros trimestres de 2016 e 2017. O movimento de abertura e fechamento, no primeiro trimestre, portanto, se encerrou com um saldo negativo de 78 empresas contra um saldo positivo de 11 empresas em 2017. Já em 2016, o saldo foi negativo: 5 empresas (Gráfico 2).

Tabela 3 – Atividade principal das empresas constituídas em Ilhéus, Itabuna e nos demais municípios da Região Imediata IlhéusItabuna, no 10 trimestre de 2018.

Constituídas

Buerarema 0 0 3 1 2 6 Ilhéus 0 0 24 0 39 63 Itabuna 0 8 33 3 62 106 Itacaré 1 0 3 0 12 16 Itajuípe 0 0 2 1 0 3 Outros da Região 1 1 24 1 25 52 Total Região Imediata 2 9 89 6 140 246

Extintas

Buerarema 0 0 3 0 2 5 Ilhéus 0 5 62 8 66 141 Itabuna 0 7 48 2 44 101 Itacaré 0 0 4 0 3 7 Itajuípe 0 0 2 0 0 2 Outros da Região 0 1 32 1 16 50 Total Região Imediata 0 13 151 11 131 306

Saldo Região Imediata 2 -4 -62 -5 9 -60

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2018.

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Agricultura Comercio atacadista Comercio varejista Industria/ Fábrica Serviços Total

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Em Itabuna, o número de empresas constituídas, no primeiro trimestre do ano de 2018, foi inferior ao registrado em 2017 e idêntico ao ano de 2016. Por outro lado, o número de fechamento de empresas (101) foi superior ao apresentado nos anos anteriores (87 em 2017 e 74 em 2016). O movimento de abertura e fechamento de empresas, no primeiro trimestre, se encerrou com um saldo de 5 novas unidades

empresariais; ao passo que, no ano de 2017, o saldo foi de 31 empresas e, em 2016, 32. (Gráfico 3).

No primeiro trimestre de 2018, os efeitos da instabilidade econômica do país ainda continuaram dificultando a sobrevivência das empresas na região, acarretando, desse modo, resultados bem inferiores ao observados nos anos de 2016 e 2017, principalmente no município de Ilhéus.

Gráfico 1 – Empresas constituídas e extintas em Ilhéus e Itabuna e nos demais municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, no 10 trimestre de 2018.

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2018.

Gráfico 2 – Empresas constituídas, extintas e saldo em Ilhéus, no 10 trimestre dos anos de 2016, 2017 e 2018.

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2018.

Gráfico 3 – Empresas constituídas, extintas e saldo em Itabuna, no 10 trimestre dos anos de 2016, 2017 e 2018.

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da JUCEB, abril de 2018.

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CONSUMO DE ENERGIA

A demanda por energia das atividades econômicas dos municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, no primeiro trimestre de 2018, é apresentada na Tabela 4. Os setores de comércio e de serviços (55%) responderam pela maior demanda, seguido da indústria (26,5%) e pela agricultura (18,5%). Nos municípios de maiores PIB, também predominou a atividade de comércio e de serviços. Contudo, a maior participação do setor ocorreu em Itacaré (89,8%), seguido de Itajuípe (62%), Buerarema (52,6%) e Itabuna (49,6%). Já em Ilhéus a prevalência foi a do setor industrial (54,5%).

O consumo de energia elétrica das atividades econômicas registrou, no 10 trimestre de 2018, retração de 2,3% em Ilhéus e 3,8% em Itabuna, quando comparada com o 10 trimestre de 2017. Em Ilhéus, a maior retração na demanda por energia foi registrada no setor de comércio e de serviços (-3,6%), seguida pela indústria (-2,2%). Apenas no setor industrial ocorreu aumento de demanda por energia (10,3%). Em Itabuna, também foram registrados redução nos setores de comércio e de serviços (-4,6%) e também industrial (-3,2%), com aumento no setor no consumo agrícola (6,5%), conforme Tabela 5.

A retração do consumo de eletricidade, apresentada pela indústria de Ilhéus, foi motivada pela redução de demanda de quatro segmentos industriais (produtos alimentícios,

informática/eletrônicos, fabricação de produtos minerais não metálicos e outros). Ressalta-se, no entanto, a importância da indústria alimentícia, que embora tenha apresentado a menor redução (-1,8%), em termos de variação percentual no consumo industrial, esse setor resultou em uma redução de mais de 330 mil KWh. Isso porque esse segmento representa cerca de 90% de toda a eletricidade consumida pela indústria do município. As indústrias de equipamentos de informática, de produtos eletrônicos e ópticos foram os segmentos que obtiveram o segundo maior valor de retração. Constatou-se uma diminuição de cerca de 107 mil KWh (-13,9%). O segmento de fabricação de produtos de mineração não metálicos reduziu o consumo em 13.569 KWh (-10,9%), sendo que para os outros segmentos, a retração em relação ao primeiro semestre de 2017, foi de 18,8% com uma diminuição de consumo de 42.889 KWh (Tabela 6).

O aumento da demanda por energia no setor industrial foi observado nos segmentos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (19,2%), produtos de borracha e de material plástico (0,2%) e tratamento de resíduo (3,93%). Esses setores somados acumularam um aumento de cerca de 29 mil KWh. Porém, representam apenas 6,2% da demanda do setor industrial. Esse índice não foi suficiente para reverter a retração no consumo do setor industrial, o qual totalizou 451 mil KWh (-2,2%), em relação ao primeiro trimestre de 2017.

Tabela 4 – Evolução do Consumo de Energia em KWh, em Ilhéus, em Itabuna e nos demais municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, no 10 trimestre de 2018.

Janeiro Fevereiro Março Trimestre Kwh % Kwh % Kwh % Kwh %

Buerarema

Ilhéus

Itabuna

Comércio e Serviços 143.103 57,2 142.681 49,7 141.796 51,6 427.580 52,6 Industrial 27.557 11,0 59.256 20,6 53.090 19,3 139.903 17,2 Agricultura 79.519 31,8 85.248 29,7 79.903 29,1 244.671 30,1 Total 250.179 287.185 274789 812.153

Comércio e Serviços 5.113.832 40,5 5.279.426 42,9 4.999.108 40,4 15.392.366 41,2 Industrial 6.982.227 55,2 6.490.114 52,7 6.867.821 55,5 20.340.163 54,5 Agricultura 545.296 4,3 549.656 4,5 518.347 4,2 1.613.300 4,3 Total 12.641.356 12.319.196 12.385.277 37.345.829

Comércio e Serviços 6.114.802 50,2 6.290.669 50,9 6.425.782 47,9 18.831.253 49,6 Industrial 5.813.393 47,7 5.811.840 47,0 6.746.511 50,2 18.371.744 48,4 Agricultura 252.021 2,1 267.612 2,2 255.617 1,9 775.249 2,0 Total 12180216 12370121 13.427.910 37.978.246

Itacaré

Itajuípe

Outros da Região

Total da Região

Comércio e Serviços 778.034 90,2 718.119 89,9 649.628 89,3 2.145.781 89,8 Industrial 2.877 0,3 2.985 0,4 2.940 0,4 8.802 0,4 Agricultura 82.113 9,5 77.716 9,7 74.986 10,3 234.815 9,8 Total 86.3023 798.820 727.554 2.389.398

Comércio e Serviços 15.6340 61,2 158.577 62,4 161.025 62,4 475.941 62,0 Industrial 8450 3,3 6.160 2,4 8.410 3,3 23.020 3,0 Agricultura 9.0644 35,5 89.446 35,2 88.550 34,3 268.640 35,0 Total 25.5434 25.4183 257.984 76.7601

Comércio e Serviços 25.480.273 61,9 25.063.830 61,0 23.427.880 57,5 73.971.982 60,1 Industrial 4.837.454 11,7 5.023.572 12,2 4.923.214 12,1 14.784.240 12,0 Agricultura 10.857.367 26,4 10.981.755 26,7 12.425.219 30,5 34.264.341 27,9

Total Geral 41.175.095 41.069.157 40.776.312 123.020.563

Comércio e Serviços 37.786.384 56,1 37.653.301 56,1 35.805.218 52,8 111.244.904 55,0 Industrial 17.671.958 26,2 17.393.928 25,9 18.601.985 27,4 53.667.871 26,5 Agricultura 11.906.960 17,7 12.051.433 18,0 13.442.622 19,8 37.401.015 18,5

Total Geral 67.365.303 67.098.662 67.849.826 202.313.790

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, abril de 2018.

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Econômica
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Tabela 5 – Evolução do Consumo de Energia, KWh, nos municípios de Ilhéus e Itabuna, no 1º trimestre – 2017 e 2018. Ilhéus

1 Trim. 2017 1 Trim. 2018 Variação (%)

Indústria 20.791.946 20.340.163 -2,2

Comércio e Serviços 15.965.285 15.392366 -3,6

Agricultura 1.463.262 1.613300 10,3

Total 38.220.494 37.345.829 -2,3

Itabuna

1 Trim. 2017 1 Trim. 2018 Variação (%)

Indústria 18.988.862 18.371.744 -3,2

Comércio e Serviços 19.745.182 18.831.253 -4,6

Agricultura 727.660 775.249 6,5

Total 39.461.704 37.978.246 -3,8

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, abril de 2018.

No segmento industrial de maior demanda por energia em Ilhéus (Produtos Alimentícios), a retração na demanda (-1,8%) é justificada, principalmente, pela redução de 0,47% na atividade industrial de fabricação de derivados do cacau. Essa redução representa um decréscimo de 82.320 kWh na demanda de eletricidade do segmento. As demais atividades produtivas do segmento alimentício

também registraram redução de 68.375 KWh (-7,02%) no consumo, totalizando, no trimestre, um incremento de 149.695 KWh (-0,81) no segmento, em relação ao primeiro trimestre de 2017 (Tabela 7).

De acordo com a Tabela 8, os segmentos industriais de Itabuna que mais demandaram energia elétrica, no primeiro semestre de 2018, foram os de confecção de artigos do vestuário e acessórios (51,1%) e os de produtos alimentícios (44,6%). Esses segmentos, quando comparados com o mesmo trimestre do ano de 2017, registram elevação de consumo para o segmento de confecções (5.9%) e retração da indústria de produtos alimentícios (-1,8%), conforme Tabela 8.

As indústrias de artefatos de couro e artigos de viagem e calçados foram os segmentos que apresentaram a maior retração, em relação ao mesmo período do ano anterior (-98, 2%).Tal retração fez com que o setor passasse de terceiro, em participação no consumo de energia industrial em 2017, para a sexta posição em 2018.

O segmento industrial de maior demanda de energia elétrica, em Itabuna, (Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios), registrou retração de 1,8%, representando uma queda de, aproximadamente, 149 KWh mil, em relação ao primeiro semestre do ano anterior. Essa queda ocorreu nas duas maiores consumidoras do segmento: a indústria de fabricação de derivados de cacau e chocolate (-2,5%) e nas indústrias de fabricação de laticínio (-1,4%), conforme Tabela 9.

Tabela 6 – Participação e variação percentual do consumo de energia e participação de cada atividade industrial na demanda de energia elétrica, em Ilhéus no 10 trimestre 2017 e 2018.

1o Trim. 2017

1o Trim. 2018 Variação KWh % KWh % 2018/2017

Equip. Informática, Prod. Eletrônicos e Ópticos 602.966 2,9 519.157 2,6 -13,9 Fab. Prod. de Mineração Não-Metálicos 124.752 0,6 111.183 0,5 -10,9 Máq. Aparelhos e Materiais Elétricos 83.168 0,4 99.142 0,5 19,2 Prod. de Borracha e de Material Plástico 790.094 3,8 792.051 3,9 0,2 Produtos Alimentícios 1.8602.691 89,5 1.8267.810 89,8 -1,8 Tratamento de Resíduo; Recuperação de Materiais 353.463 1,7 364.997 1,8 3,3 Outros 228.711 1,1 185.823 0,9 -18,8 Total geral 2.0791.946 100,0 2.0340.163 100,0 -2,2

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, janeiro de 2018.

Tabela 7 – Participação do segmento alimentício de Ilhéus no consumo de energia elétrica, em Ilhéus, no 4 trimestre 2017 e 2018. 1o Trim. 2017 1o Trim. 2016 Variação KWh % KWh % 2017/2016 Fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates 1.7444.004 94,7 17.362.684 95,1 -0,47 Outros 973.501 5,3 905.126 4,9 -7,02 Total 18.417.505 18.267.810 -0,81

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, abril de 2018.

Tabela 8 – Participação e variação percentual do consumo de energia e participação de cada atividade industrial na demanda de energia elétrica, em Itabuna, no 10 trimestre 2017 e 2018.

1o Trim. 2017

1o Trim. 2018 Variação KWh % KWh % 2018/2017

Artefato de Couro, Artigos de Viagem e Calçados 987.421 5,2 17.438 0,1 -98,2

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 8.862.990 46,7 9.384.237 51,1 5,9 Extração de Minerais Não-Metálicos 170.900 0,9 171.338 0,9 0,3

Produtos Alimentícios 8.351.322 44,0 8.202.698 44,6 -1,8

Produtos derivados do Petróleo e Biomassas 208.877 1,1 206.320 1,1 -1,2 Outros 407.352 2,1 389.713 2,1 -4,3

Total 18.988.862 100 18.371.744 100,0 -3,2

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, abril de 2018.

Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br) 6

Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)

Os segmentos de confecção de artigos de vestuário e de acessórios de Itabuna, com incremento de 5,9%, têm como principal demandante de energia elétrica, a atividade industrial de fabricação de meias, conforme Tabela 10. Tal atividade consumiu praticamente a totalidade (99,7%) da energia elétrica do segmento em questão.

A demanda de energia das atividades produtivas dos municípios de Ilhéus e Itabuna, no primeiro trimestre de 2018, quando comparado com igual período dos anos anteriores, revela um consumo menor. Os segmentos da indústria e comércio e de serviços, principais consumidores,

apresentaram redução de demanda, em relação aos trimestres anteriores. As atividades produtivas relacionadas com o segmento agrícola apresentaram elevação de consumo, em relação aos anos anteriores. Porém, o setor tem peso pequeno no consumo total (Gráfico 4).

Considerando o consumo de energia elétrica dos municípios de Ilhéus e Itabuna como proxy das atividades produtivas da região, é possível inferir que a economia regional, ainda não se recuperou dos efeitos adversos do cenário econômico nacional, apresentando atividade econômica inferior ao registrado em anos anteriores.

Tabela 9 – Participação do segmento alimentício no consumo de energia elétrica, em Itabuna, 10 trimestre 2017 e 2018.

1o Trim. 2017

1o Trim. 2016 Variação KWh % KWh % 2017/2018

Fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates 5.016.433 60,1 4.891.243 59,6 -2,5

Fabricação de laticínios 2.661.771 31,9 2.624.856 32,0 -1,4 Outros 673.118 8,1 686.598 8,4 2,0

Total 8.351.322 100 8.202.698 -1,8

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, abril de 2018.

Tabela 10 – Participação do segmento de confecção de artigos, de vestuário e de acessórios, no consumo de energia elétrica, em Itabuna, no 1 trimestre 2017 e 2018.

1o Trim. 2017

1o Trim. 2018 Variação KWh % KWh % 2017/2018

Fábrica de meias 8.834.131 99,7 9.357.228 99,7 5,9 Outros 28.859 0,3 27.009 0,3 -6,4

Total 8.862.990 9.384.237 5,9

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, abril de 2018.

Gráfico 4 – Variação percentual do consumo de cada segmento produtivo na demanda de energia elétrica, em Ilhéus e Itabuna, no 1º trimestre de 2018, em relação aos trimestres de 2015, 2016 e 2017.

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da COELBA, abril de 2018.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Diante da impossibilidade de levantamento de dados de movimentação externa concernentes a todos os municípios da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, as transações externas serão analisadas apenas para três municípios da referida região: Ilhéus, Itabuna e Itajuípe.

No primeiro trimestre de 2018, o destaque nas contas externas da região foi o crescimento significativo das importações nos três municípios, com destaque para Itajuípe, que passou de modestos US$ 197 mil para aproximadamente US$ 975 mil no primeiro trimestre de 2018, um crescimento de mais de 395% em relação ao último trimestre de 2017. Ilhéus aumentou suas importações em mais de 50%, e Itabuna aproximadamente duplicou seu montante importado, passando de pouco mais de US$ 5,26 milhões entre outubro e dezembro de 2017 para US$ 10,88 milhões entre janeiro e março de 2018.

No que se refere à exportação, há uma queda pouco significativa para Itabuna, e de aproximadamente 13,5% para o município de Ilhéus. Não há dados para comparação de exportação em relação ao município de Itajuípe.

A partir dos dados expostos na Tabela 11, pode-se concluir que, devido ao crescimento significativo da importação na região e arrefecimento da exportação, o saldo comercial das três cidades é negativo. Isso é demonstrado por meio dos dados da Tabela 12.

A Tabela 12 permite observar que o saldo comercial deficitário de Ilhéus e Itabuna aumentou em uma magnitude importante. Para Ilhéus, o saldo comercial líquido negativo passou para US$ 48,53 milhões no primeiro trimestre deste ano, enquanto para Itabuna o saldo comercial, que no último trimestre de 2017 era pequeno, mas positivo, arrefeceu 381,7%, passando para um déficit de aproximadamente US$ 4,19 milhões no trimestre seguinte.

Em relação ao município de Itajuípe, o saldo também foi negativo, pois as importações superaram em muito o pequeno esforço exportador.

Esse resultado indica que a atividade econômica interna está em recuperação, após as crises nacionais de 2015-16 e da lavoura cacaueira, entre 2016 e 2017, esta devido ao regime bastante irregular de chuvas na região no período. O aumento relativo no valor monetário importado por Ilhéus e Itabuna entre o fim de 2017 e início de 2018 demonstra elevação da demanda por produtos produzidos fora da região, seja para reprocessamento interno ou simplesmente para revenda a outros municípios e localidades.

O Gráfico 5 mostra os dados da Tabela 13 para o primeiro trimestre de 2018. O município de Itajuípe não foi incluído devido à impossibilidade de coleta dos dados de exportação para o mês de janeiro.

Observa-se que o saldo comercial negativo aprofunda-se ao longo do trimestre, exceto em fevereiro, quando a exportação praticamente equipara-se à importação para as cidades de Ilhéus e Itabuna.

Para os próximos trimestres, espera-se uma manutenção de saldos comerciais negativos na região, ou seja, importações superiores às exportações, mas com recuperação ou aumento gradativo destas.

A Tabela 13 agrega dados interessantes acerca da especialização da balança comercial da região. Entender essa especialização é interessante, pois franqueia a compreensão de quais produtos são produzidos e adquiridos pelos municípios e a composição da pauta comercial.

O destaque principal da região, como pode ser observado desde o primeiro número do boletim, aponta para a compra e venda de produtos da rubrica Cacau e suas preparações. Note-se que, para os maiores municípios da região, a demanda externa por derivados do cacau superou as vendas. Apesar de fazer parte da mesma região produtora de cacau, o município de Itajuípe não apresentou comercialização do produto no período.

Os dados para o primeiro trimestre de 2018 permitem a mesma conclusão de análises relativas a boletins anteriores: a pauta exportadora regional é concentrada em apenas oito categorias de produtos e derivados, sendo o cacau e seus derivados a categoria de maior peso.

No tocante a produtos manufaturados, os valores exportados pelas empresas da região imediata são relativamente baixos em comparação com o esforço importador dos mesmos artigos. A categoria de maior relevância para Ilhéus após aquela oriunda do cacau é Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes); aparelhos de gravação ou reprodução de som; imagens e som em televisão (partes e acessórios) , com montante comercializado de US$ 235,23 mil, e, para Itabuna e Itajuípe, Vestuário e seus acessórios (malha) , com US$ 162,25 mil e US$ 19,5 mil exportados, respectivamente.

Com relação à importação, comprova-se que a pauta regional é bastante diversificada, com 33 categorias de produtos. A Tabela 13 permite destacar algumas delas.

Além de Cacau e suas preparações, Ilhéus apresenta valores importantes na importação de Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes); aparelhos de gravação ou reprodução de som; imagens e som em televisão (partes e acessórios) e Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes), assim como Borracha e suas obras. O grande destaque para Itabuna é a rubrica Cacau e suas preparações, respondendo por praticamente 96% de toda a importação do município.

Na importação itajuipense merece destaque a aquisição de Brinquedos, jogos e artigos para divertimento ou esporte, com US$ 395,3 mil, superando a importação homônima de Itabuna, a qual tem aparecido com certa frequência nos últimos boletins. Além disso, os demais destaques são Vestuário e seus acessórios (malha), Vestuário e seus acessórios (exceto malha) e Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes). Ademais, é importante notar a demanda do empresariado local por instrumentos musicais e seus componentes.

Tabela 11 – Evolução do comércio exterior para Ilhéus, Itabuna e Itajuípe, no primeiro trimestre de 2018 e quarto trimestre de 2017, em US$ FOB

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat. 1 Referente a fevereiro e março de 2018.

Boletim de
Econômica
8
Conjuntura
e Social – CACES (caces.uesc.br)
Município Exportação total Variação (%) Importação total Variação(%) 1º trim. 4º trim. 1º trim. 4º trim.
-13,53
Ilhéus 49.772.964 57.558.198
98.298.164 64.020.745 53,54 Itabuna 6.695.951 6.748.940 -0,79 10.882.896 5.262.658 106,79 Itajuípe 21.2961 - - 975.153 196.997 395,00

Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)

Tabela 12 – Saldo da balança comercial para Ilhéus, Itabuna e Itajuípe, no primeiro trimestre de 2018 e no quarto trimestre de 2017, em US$ FOB

Município

Saldo comercial

Variação (%) 1º trim. 4º trim.

Ilhéus (48.525.200) (6.462.547) -650,87

Itabuna (4.186.945) 1.486.282 -381,70

Itajuípe (860.261)1 - -

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.

1 Referente a fevereiro e março de 2018.

Exportação Importação Saldo

Gráfico 5 – Exportação, importação e saldo comercial para os municípios de Ilhéus e Itabuna, janeiro a março de 2018, em US$ FOB.

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do COMEX Stat.

Tabela 13 – Exportação e importação em US$ FOB, por classe de produto selecionado, de acordo com o Sistema Harmonizado (SH), a dois dígitos, para Ilhéus, Itabuna e Itajuípe no primeiro trimestre de 2018

Classe Ilhéus

Itabuna Itajuípe Rubrica Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Cacau e suas preparações 49.493.010 67.318.851 6.514.628 10.444.608 -Leite e laticínios; ovos de aves; mel natural; e produtos comestíveis de origem animal - - - 166.231 -Máq., aparelhos e mat. elétricos (e partes); aparelhos de gravação ou reprodução de som; imagens e som em televisão (partes e acessórios) 235.228 24.311.077 - 425 - -

Matérias para entrançar e outros produtos de origem vegetal 17.737 - - - -Reatores nucleares, caldeiras, máq., aparelhos e instrumentos mecânicos (e suas partes) 25.738 4.008.244 - 12.634 - 128.172

Plásticos e suas obras 931 85.213 222 162.251 -Vestuário e seus acessórios (malha) - 625.260 168.264 - 19.5001 300.541 Vestuário e seus acessórios (exceto malha) - - 12.837 - - 132.067 Borracha e suas obras - 1.219.199 - -Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia, medida, controle e médicos - 212.126 - - - 5.045

Produtos químicos orgânicos - 70.000 - - -Obras de ferro fundido - 38.855 - 5.270 -Brinquedos, jogos e artigos para divertimento ou esporte - - - 57.820 1.7961 395.299

Instrumentos musicais; suas partes e acessórios 4.767

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados do Comex Stat.

1 Referente a fevereiro e março de 2018.

Nota: Total de capítulos SH2 para os municípios: exportação – 9; importação – 33.

O Sistema Harmonizado (SH) é um sistema internacional para classificação padronizada de mercadorias exportadas ou importadas.

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FINANÇAS PÚBLICAS

Sócrates Jacobo Moquete Guzmán

Apresenta-se o desempenho de quatro indicadores de finanças públicas da região, com ênfase em Ilhéus e Itabuna: arrecadação trimestral do ICMS, Receitas Tributarias e de Transferência Corrente, e Despesas totais liquidadas, no primeiro bimestre de 2018 em relação ao 1º bimestre de 2017. No caso do ICMS também é apresentada a comparação entre o primeiro trimestre de 2018 e último trimestre de 2017. Os valores do ICMS foram corrigidos pelo Índice Geral de Preços, Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculados pela Fundação Getúlio Vargas, com referência a março de 2018.

1- QUADRO GERAL DO DESEMPENHO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS E DAS RECEITAS

1.1 - Comportamento do ICMS

A receita gerada pelo recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, teve um aumento real de 12,39% no primeiro trimestre de 2018 em relação a igual período de 2017 (Tabela 14). Na Região Imediata de Ilhéus-Itabuna o aumento foi bem menor (1,04%). No mesmo período, o Estado da Bahia, composto por 417 municípios,

teve um aumento de 8,18%. Já, na comparação do 1º trimestre de 2018 e 4º trimestre de 2017 o ICMS apresentou uma queda acentuada de 17,27% na Região Intermediária IlhéusItabuna. Contribuiu para esse resultado a forte queda de 34,13% na arrecadação da Região Imediata Ilhéus-Itabuna, no mesmo período. Em contraste com a arrecadação negativa de ambas regiões, a Bahia apresentou aumento real de 8,53% no ICMS. Isolando o desempenho dos municípios de Ilhéus e Itabuna, o primeiro teve uma expansão real de 4,66%, na comparação do 1º trimestre de 2018 com igual período 2017; Itabuna, pelo contrário teve uma queda de 5,20%. Comparados o 1º trimestre de 2018 e o último de 2017, Ilhéus experimentou aumento real de 13,80% e Itabuna registrou redução acentuada, de 57,16%. Ilhéus apresentou a maior participação (22,14%) em arrecadação total de ICMS da Região Intermediária; Itabuna ficou em segundo lugar, com 19,90%. Juntos, ambos municípios representaram 42,04% do total arrecado do ICMS na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, formada por 51 municípios e 92,76% da Região Imediata, formada por 22 municípios, concentrando, portanto, a maior parte da atividade econômica, tendo como proxy a arrecadação de ICMS. Em geral, os dados da última coluna da Tabela 14 comprovam que, ao compararmos o último trimestre de 2017 com o 1º trimestre de 2018 houve uma piora na arrecadação do ICMS, o que permite inferir que a atividade econômica da Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna arrefeceu.

Tabela 14 – Arrecadação ICMS – Bahia e regiões intermediaria e imediata de Ilheus-Itabuna, 2017-2018 (valores reais) Território 1º trimestre 2017 (a) 4º trimestre 2017 (b) 1º Trimestre 2018 (c) c/a Variação (%) c/b Variação (%)

Bahia 4.925.785.854,55 4.909.851.933,23 5.328.731.754,02 8,18 8,53 Ilhéus 40.610.262,38 37.348.648,28 42.503.586,64 4,66 13,80 Itabuna 40.289.699,19 89.157.447,98 38.193.634,60 -5,20 -57,16

Região Intermediaria de Ilhéus-Itabuna 170.745.193,04 231.972.468,80 191.905.427,02 12,39 -17,27

Região Imediata de Camacan 2.365.545,90 2.534.965,16 2.413.413,49 2,02 -4,80

Região Imediata de Eunápolis-Porto Seguro 38.753.549,56 43.850.987,35 50.057.170,75 29,17 14,15

Região Imediata de Ilhéus-Itabuna 86.097.204,96 132.080.663,56 86.990.321,51 1,04 -34,14

Região Imediata Teixeira de Freitas 42.627.119,95 49.535.353,11 51.484.919,75 20,78 3,94

Fonte: Elaboração própria, com base em dados da SEFAZ-Ba.

1.2 - Comportamento das receitas totais, tributarias e de transferências correntes

Como mostra a Tabela 15, a arrecadação de Receitas selecionadas da Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, integrada por 51 municípios, apresentou um desempenho positivo com incrementos bem acima da inflação na comparação entre o 1º bimestre de 2018 e o 1º bimestre de 2017. Entre as Receitas selecionadas, as Transferências Correntes, repassadas pelos governos Federal e Estadual, tiveram maior crescimento (29,93%) do que as Receitas Tributárias (22,26%) que correspondem aos impostos e taxas cobradas pelos municípios. A Região Imediata (RI) de Eunápolis-Porto Seguro teve o melhor desempenho no crescimento das Receitas Totais (71,37%), seguida da RI de Teixeira de Freitas (13,44%). Em relação aos municípios destacados na Tabela 15, Itabuna (122,18%) apresentou maior crescimento do que Ilhéus (10,22%). Isso por conta da queda brusca na arrecadação de receitas próprias (Tributária) de Ilhéus (-46,89%). Mesmo assim, Ilhéus continua superando a Itabuna na arrecadação própria de tributos por causa da reforma tributária que promoveu em 2014, que aumentou o IPTU. A participação

da Receita de Transferência Corrente continua sendo a principal fonte de recursos monetários dos municípios das regiões aqui descritas. De fato, no 1º bimestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017, essa receita representou 86,68% do total da receita dos 51 municípios que compõem a Região Intermediária Ilhéus-Itabuna. Apenas houve uma redução dessas transferências constitucionais na RI de Camacan, de 91,49% para 85,05% devido a uma queda expressiva que teve o município de Jussari; esses dados estarão disponibilizados, proximamente, na página de internet do projeto CACES. Em conclusão, exceto a queda no ICMS, a crise econômica que vive o país está reduzindo o seu impacto negativo na arrecadação de recursos da região. Isso pode ser constatado a partir dos dados apresentados no boletim anterior, onde foi mostrado que no ano de 2017 houve redução significativa da arrecadação de receitas em relação a 2016, assim como na comparação entre o 6º bimestre de 2017 com o de 2016. Portanto, mesmo com a queda de 17,27% da arrecadação do ICMS, na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, mencionada anteriormente, pode ser que a arrecadação da Receita Tributária assim como dos repasses do governo federal principalmente, conseguiram contrabalançar a situação.

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)

Tabela 15 – Comparação do Desempenho das Receitas selecionadas de Ilhéus, Itabuna e das regiões Imediatas (RI) da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna – Posição no 1o bimestre de 2017 e 1º bimestre de 2018

NOME

Receitas Totais (*) Receitas Tributárias Realizadas Receitas de Transferências Correntes

2017 (R$) 2018 (R$) Var. (%) 2017 (R$) 2018 (R$) Var. (%) 2017 (R$) 2018 (R$) Var. (%)

Ilhéus 66.407.287,90 73.196.582,47 10,22 21.024.470,37 11.165.090,68 -46,89 42.577.472,95 63.644.212,55 49,48 Itabuna 31.818.718,68 70.694.250,29 122,18 7.433.078,83 8.527.284,50 14,72 22.144.407,74 65.497.329,78 195,77 RI Camacan 45.577.798,64 47.911.117,79 5,12 3.095.695,67 3.852.956,74 24,46 41.700.579,77 40.747.560,75 -2,29

RI EunápolisPorto Seguro 90.830.606,31 155.653.080,36 71,37 15.901.357,20 29.432.191,95 85,09 59.536.751,20 123.325.532,69 107,14

RI IlhéusItabuna 216.128.089,31 235.409.555,05 8,92 32.445.067,20 25.333.163,35 -21,92 171.678.849,74 215.296.484,46 25,41

RI Teixeira de Freitas 151.099.842 171.411.706 13,44 10.680.481,73 17.335.680,35 62,31 134.284.262,4 149.716.406,7 11,49

R. Int. IlhéusItabuna 503.636.336,21 610.385.459,20 21,20 62.122.601,80 75.953.992,39 22,26 407.200.443,11 529.085.984,64 29,93

Fonte: Elaboração dos autores com base nos RREO dos municípios. (*) As Receitas Totais diferem do resultado da soma das Receitas Tributarias e Receitas de Transferências Correntes em todos os níveis apresentados devido a que algumas receitas como de Serviços, Patrimonial, etc. ficaram de fora.

2- DESEMPENHO DAS DESPESAS NA REGIÃO INTERMEDIÁRIA

ILHÉUS-ITABUNA

A execução das Despesas Totais na Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna, Tabela 16, teve um aumento de 55,74%, quando comparados o 1º bimestre de 2018 com igual período de 2017. Essas Despesas incluem as Despesas Correntes (de Pessoal e encargos sociais, pagamento de juros e encargos da dívida e Outras Despesas correntes) e as Despesas de Capital (Investimentos e Amortização da Dívida). No anterior número desse boletim de análise da conjuntura econômica e social, constatou-se um leve aumento das Despesas Totais de 4,86% na comparação entre os anos 2016 e 2017, na microrregião Ilhéus-Itabuna que estava constituída por 41 municípios. Embora não sendo os mesmos ordenamentos territoriais, praticamente todos os municípios da mencionada microrregião passaram a constituir a denominada Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna junto com outros que não estavam. Portanto,

se pode afirmar que o crescimento das Despesas Totais pode contribuir na recuperação dessa região e seus municípios em relação ao período anterior. Porém quando aproximamos mais a lente pode ser constatado que, pelo menos, no caso de Ilhéus e Itabuna as Despesas com Investimentos são praticamente inexistentes, tendo representado 0,26% do total de Despesas executadas em Ilhéus no primeiro bimestre de 2018. No caso de Itabuna não foram lançados valores para Investimento nesse mesmo período. As Despesas de ambos municípios se concentraram na rubrica de Pessoal e Encargos Sociais, sendo de 69,68% para Ilhéus e 68,92% para Itabuna. Em relação a Itabuna, o grande crescimento que teve nas Despesas Totais (408,4%) foi causado porque no 1º bimestre de 2017 o total de Despesas liquidadas (R$ 11.789.118,11) foi bem menor do que em 2018 (R$59.893.136,82) apesar do montante empenhado. Isso determinou também, que a Região Imediata Ilhéus-Itabuna tivesse alcançado o maior acréscimo (80,52%) nas Despesas Totais.

Tabela 16 – Comparação do desempenho das Despesas Totais da Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna e das suas regiões Imediatas - Posição no 1o bimestre de 2017 e 1º bimestre de 2018

NOME

Despesas Totais Líquidas 2017 (R$) 2018 (R$) Variação (%)

Ilhéus 40.207.440,54 65.973.821,81 64,08 Itabuna 11.789.118,11 59.893.136,82 408,04

Reg. Imed. Camacan 29.988.093,02 47.113.803,78 57,11

Reg. Imed. Eunápolis-Porto Seguro 67.839.981,84 117.052.012,69 72,54

Reg. Imed. Ilhéus-Itabuna 114.871.816,81 207.367.660,75 80,52

Reg. Imed. Teixeira de Freitas 132.955.716,7 166.792.930,9 25,45

Reg. Interm. Ilhéus-Itabuna 345.655.608,36 538.326.408,12 55,74

Fonte: Elaboração dos autores com base nos RREO dos municípios.

EMPREGO E RENDA

Emprego e RendaAcompanhando a nova divisão regional do Brasil realizada pelo IBGE, exposta na Tabela 1, a tabela 17 apresenta o saldo do emprego nas regiões intermediárias da Bahia. O saldo do emprego para o conjunto das regiões intermediárias da Bahia apresentou, para o 1º trimestre de 2017, não apenas uma recuperação das perdas ocorridas no 1º trimestre de 2017, mas gerou ainda 4.893 novos empregos. Como

este é apenas um indicador da economia, afirmamos que, do ponto de vista do emprego, o estado da Bahia, com base em suas regiões intermediárias – que congrega o conjunto de municípios do Estado – pode estar retomando o crescimento econômico, depois de dois anos de recessão da economia brasileira. No comparativo dos dois trimestres, apesar da crise, as regiões de Barreiras e Juazeiro têm sido as mais dinâmicas em termos de emprego, com, respectivamente, 5.135 e 1.926 novos empregos; em 3º e 4º lugares aparecem Vitória da Conquista e Feira de Santana, com, 1.748 e 1.332 novos empregos.

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Tabela 17 – Saldo do emprego nas Regiões Intermediárias do Estado da Bahia no 1o trimestre de 2018/2017.

Regiões Intermediárias

1º trim. 2017 Adm. Desl. Saldo Adm. Desl. Saldo

1º trim. 2018

Barreiras 9.410 -7.038 2.372 9.884 -7.121 2.763

Feira de Santana 16.645 -14.578 2.067 13.722 -14.457 -735

Guanambi 2.107 -1.954 153 2.081 -1.924 157

Ilhéus-Itabuna 15.770 -15.912 -142 15.128 -16.971 -1.843

Irecê 1.343 -1.581 -238 1.407 -1.213 194

Juazeiro 6.279 -5.339 940 6.372 -5.386 986

Paulo Afonso 1.658 -1.561 97 1.645 -1.767 -122

Salvador 71.804 -69.028 2.776 70.855 -77.254 -6.399

Santo Antônio de Jesus 5.617 -5.209 408 5.016 -5.305 -289

Vitória da Conquista 11.476 -10.247 1.229 11.496 -10.977 519

Total 142.109 -132.447 9.662 137.606 -14.2375 -4.769

Fonte: elaborado pelo autor, a partir dos dados do MTE/CAGED, 2018.

As regiões intermediárias que mais perderam emprego, nos dois trimestres foram: primeiro, Salvador (-3.623), e depois, Ilhéus-Itabuna (-1.985). Porém, em termos absolutos, apesar da maior perda em Salvador, o impacto negativo foi, proporcionalmente, maior em Ilhéus-Itabuna, devido à sua dinâmica econômica frágil, se comparada a Salvador. Irecê e Ilhéus-Itabuna foram as únicas regiões que tiveram saldos negativos no 1º trimestre de 2018.

O Gráfico 6 apresenta a distribuição das rendas salariais por Região Intermediária no estado da Bahia. Claramente, observa-se que há uma grande concentração das rendas do trabalho na faixa entre 0.5 e 2 SM2, com exceção da Região Intermediária de Salvador, que, ao concentrar uma maior diversidade dos setores de produção (complexidade econômica) em relação às demais regiões intermediárias, termina por concentrar, também, os empregos com maior rendimento. Constata-se que as rendas na Região Intermediária de Salvador se estendem até a faixa entre 7 e 10 SM, embora em número significativamente menor. Vale salientar que o município de Salvador é detentor, da mesma forma, do maior fluxo de produção do conhecimento científico e tecnológico, que implica, por sua vez, em uma maior relação salário/produtividade. Com exceção da Região Intermediária de Salvador, as regiões intermediárias de Feira de Santana e Ilhéus-Itabuna concentram as maiores rendas do trabalho na faixa entre 0.5 e 2 SM.

Considerando agora as regiões imediatas da região intermediária Ilhéus-Itabuna, na tabela 18, o melhor saldo do emprego, para os dois trimestres, foi em Teixeira de Freitas (+761), seguido de Camacan, com +116 empregos. Os piores saldos negativos, nos dois trimestres, foram registrados nas regiões de Eunápolis-Porto Seguro e Ilhéus-Itabuna, com, respectivamente, 1.452 e 1.410 empregos. O maior número de admissões, para o 1º trimestre de 2018, foi em Eunápolis-Porto

Seguro, seguido de Teixeira de Freitas. Por outro lado, o maior número de desligamentos foi, também, em Eunápolis-Porto Seguro, seguido de Ilhéus-Itabuna. Os dados do emprego mostram que, conjuntamente, a crise econômica e a crise da lavoura cacaueira têm afetado fortemente a região IlhéusItabuna. Isso mostra que o impasse para o crescimento econômico não passa apenas pela superação da crise econômica, que é nacional, mas, principalmente, pelo fato da região –depois da crise do cacau – ainda não ter trilhado uma nova estrutura econômica que garanta uma base sustentável de desenvolvimento, em termos de emprego e, também, renda.

Gráfico 6 – Distribuição dos rendimentos salariais por faixa nas Regiões Intermediárias do Estado da Bahia no 1º trimestre de 2017. Fonte: Elaborado pelo autor, a partir dos dados do MTE/CAGED, 2018.

Tabela 18 – Saldo do emprego nas Regiões Imediatas da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna do Estado da Bahia, 1o trimestre de 2018/2017.

Regiões Imediatas

Camacan 445 -348 97 389 -370 19

Eunápolis-Porto Seguro 5.637 -6.090 -453 5.616 -6.615 -999 Ilhéus-Itabuna 4.298 -4.965 -667 4.533 -5.276 -743

Teixeira de Freitas 5.390 -4.509 881 4.590 -4.710 -120

Região Intermediária Ilhéus-Itabuna 15.770 -15.912 -142 15.128 -16.971 -1.843

Fonte: Elaborado pelo autor, a partir dos dados do MTE/CAGED, 2018.

Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br) 12
2 SM=
Salário Mínimo
1º trim. 2018 1º trim. 2017 Adm. Desl. Saldo Adm. Desl. Saldo

Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)

A Tabela 19 mostra, no cruzamento da última linha com a última coluna, que os dois maiores municípios da região apresentaram saldos negativos no emprego nos dois trimestres. Esses resultados vêm se repetindo de trimestre a trimestre, desde 2015, embora um pouco menor no 1º trimestre de 2018, quando comparado a 2017. O pior impacto aconteceu em Ilhéus (3ª coluna) em 2017, sendo pior em

Itabuna em 2018 (6ª coluna). As maiores perdas, em 2018, foram em comércio e serviços, enquanto em 2017, além de comércio e serviços, construção civil e indústria de transformação. Do total do saldo dos dois trimestres, os setores de comércio e serviços, para os dois municípios, responderam por 62,7% dos desligamentos, ou seja, 986 desligamentos.

Tabela 19 – Saldo de movimentação do emprego por atividade econômica em Ilhéus e Itabuna no 1º trimestre, 2018-2017.

2018

Ilhéus Itabuna Total Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total

Indústria 154 -209 -55 327 -311 16 481 -520 -39

Construção Civil 172 -182 -10 211 -274 -63 383 -456 -73 Comércio 349 -456 -107 581 -833 -252 930 -1.289 -359 Serviços 641 -715 -74 855 -1.027 -172 1.496 -1.742 -246 Agropecuária, extr. vegetal, caça e pesca 74 -101 -27 60 -75 -15 134 -176 -42 Total 1.390 -1.663 -273 2.034 -2.520 -486 3.424 -4.183 -759

2017 Ilhéus Itabuna Total Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total

Indústria 216 -229 -13 166 -329 -163 382 -558 -176

Construção Civil 134 -256 -122 157 -203 -46 291 -459 -168 Comércio 392 -516 -124 687 -783 -96 1.079 -1.299 -220 Serviços 644 -803 -159 1.038 -1.040 -2 1.682 -1.843 -161 Agropecuária, extr. vegetal, caça e pesca 100 -174 -74 86 -101 -15 186 -275 -89

Total 1.486 -1.978 -492 2.134 -2.456 -322 3.620 -4.434 -814

Fonte: elaborado pelo autor, a partir dos dados do MTE/CAGED, maio de 2018.

A tabela 20 mostra o fluxo de salários mínimos. O fluxo total de salários mínimos médios perdidos pelos dois municípios nos dois trimestres foi de 3.484,06, sendo maior no 1º trimestre de 2018. As maiores perdas, nos dois

trimestres, ocorreram em comércio e serviços, sendo maior, também, em 2018. Por essas serem as atividades mais dinâmicas da economia dos dois municípios, elas são, também, as que sofrem os maiores impactos em momentos de crise.

Tabela 20 – Fluxo de salários mínimos por admissões e desligamentos em Ilhéus e Itabuna, no emprego no 1º trimestre, 2018-2017. 2018 Ilhéus Itabuna Total Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total Indústria 212,72 339,74 -127,02 388,82 443,59 -54,77 601,54 783,33 -181,79 Construção Civil 241,31 306,94 -65,63 300,61 361,95 -61,34 541,92 668,89 -126,97 Comércio 391,16 530,16 -139 662,86 1.038,51 -375,65 1.054,02 1.568,67 -514,65 Serviços 798,81 904,14 -105,33 1.048,47 1.898,86 -850,39 1.847,28 2803 -955,72 Agropecuária, extr. vegetal, caça e pesca 75,62 102,35 -26,73 65,8 81,57 -15,77 141,42 183,92 -42,5 Total 1.719,62 2.183,33 -463,71 2.466,56 3.824,48 -1.357,92 4.186,18 6.007,81 -1.821,63 2017

Indústria 314,97 338,49 -23,52 272,58 544,76 -272,18 587,55 883,25 -295,7

Construção Civil 215,51 397,65 -182,14 221,79 292,04 -70,25 437,3 689,69 -252,39 Comércio 448,61 639,95 -191,34 790,88 1.007,02 -216,14 1.239,49 1.646,97 -407,48 Serviços 814,38 1.217,13 -402,75 1.296,76 1.496,5 -199,74 2.111,14 2.713,63 -602,49

Agropecuária, extr. vegetal, caça e pesca 109,72 190,93 -81,21 92,48 115,64 -23,16 202,2 306,57 -104,37 Total 1.903,19 2.784,15 -880,96 2.674,49 3.455,96 -781,47 4.577,68 6.240,11 -1.662,43 Fonte: elaborado pelo autor, a partir dos dados do MTE/CAGED, maio de 2018.

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Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total Adm. Desl. Total
Ilhéus Itabuna Total

PROGRAMAS

DE

TRANSFERÊNCIA DE RENDA (BOLSA FAMÍLIA, PBF3) E ASSISTÊNCIA SOCIAL (BPC4,RMV5)

Os dados disponíveis no site do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), para o primeiro trimestre de 2018, apontam que a Bahia, beneficia, aproximadamente, um milhão e oitocentos e cinquenta mil (1.850.000,00) famílias com o Programa Bolsa Família, sendo distribuído um montante de trezentos e trinta milhões e oitocentos

e quarenta mil (R$330.840). Desse montante, a Região Intermediária Ilhéus-Itabuna (51 municípios) recebe um repasse de 29,47%, o equivalente a noventa e sete milhões, quinhentos e oito mil reais (R$97.508.000,00), que beneficia quinhentos e oitenta e oito mil (588.000) famílias. A Região Imediata Ilhéus-Itabuna, por sua vez, que abrange 22 municípios, contempla duzentos e vinte e seis mil e trezentos e noventa e seis famílias (226.396), o equivalente a 10% do total recebido pelo estado, ou seja, um montante de trinta e seis milhões, cento e vinte e oito mil e setecentos e cinco reais (36.128.705,00) (Tabela 21).

Tabela 21 – Famílias beneficiárias e valor transferido do Programa Bolsa Família, 2018 Programa Bolsa Família

Famílias Beneficiárias Valor Total Repassado Valor %

Bahia 1.850.846 330.840.098,00

Região Intermediária 588.070 97.508.102,00 29,47

Região Imediata 226.396 36.128.705,00 10,92

Fonte: MDS,2018

Em relação ao Benefício de Prestação continuada, o Estado da Bahia distribui o benefício para um milhão trezentos e vinte três mil, novecentos e vinte e três pessoas (1.323.923). Do montante repassado (R$ 1.260.755.736,23), 19,8% beneficia

duzentos e sessenta e dois mil cento e trinta e quatro pessoas idosas e com deficiência física em situação de vulnerabilidade social. A Região Imediata de Ilhéus-Itabuna recebe desse montante 8,5%, o equivalente a R$ 108.119.968,64 Reais (Tabela 22).

Tabela 22 – Beneficiários e valor transferido do Benefício de Prestação Continuada, 2018 BPC

Beneficiários Valor Total Repassado Valor %

Bahia 1.323.923 1.260.755.736,23

Região Intermediária* 262.134 249.663.660,27 19,8

Região Imediata** 113.517 108.119.968,64 8,5

Fonte: MDS, 2018

Por sua vez, o repasse realizado da Renda Mensal Vitalícia no estado da Bahia (Tabela 23) é de R$ 21.443.924,73 beneficiando vinte duas mil quinhentos e quarenta e quatro pessoas. Desse montante 10,91% é repassado para a Região Intermediária, e 6,05% para a Região Imediata beneficiando cerca de 2.465 e 1.369 pessoas respectivamente. Observou-se (Tabela24) que houve

uma redução de 0,020% (150 famílias) no número de beneficiários para o Estado da Bahia, seguido de uma redução de 0,024% (11 famílias) para a Região Intermediária e 0,015 (12 famílias) Região Imediata de Ilhéus-Itabuna. O valor total repassado acompanhou praticamente a mesma tendência de redução haja visto que, este é um benefício já extinto, não havendo, assim, entrada de novos beneficiários.

Tabela 23 – Beneficiários e valor transferido da Renda Mensal Vitalícia, para o primeiro trimestre de 2018 Renda Mensal Vitalícia

Beneficiários Valor Total Repassado Valor %

Bahia 22.544 21.443.924,73

Região Intermediária* 2465 2.341.091,22 10,91

Região Imediata** 1369 1.299.308,76 6,05

Fonte: MDS,2018

* fevereiro em relação a janeiro ** março em relação a fevereiro

3 Programa Bolsa Família.

4 Benefício de prestação continuada para idosos e deficientes.

5 Renda Mensal Vitalícia.

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Tabela 24 – Variação percentual do número de Beneficiários e valor transferido da Renda Mensal Vitalícia, para o primeiro trimestre de 2018

Renda Mensal Vitalícia

Bahia

Mês Beneficiários Variação% Valor Total Repassado Variação%

Jan 7.588 -0,009* 7.217.301,76

Fev 7.518 -0,011** 7.151.410,15 -0,91 Mar 7.438 -0,020*** 7.075.212,82 -1,07

Região Intermediária

Jan 828 -0,008* 786402,74

Fev 821 -0,006** 779724,74 -0,008 Mar 816 -0,024*** 774963,74 -0,006

Região Imediata

Jan 462 -0,013* 438508,92 Fev 456 -0,011** 432784,92 -0,013 Mar 451 -0,015*** 428014,92 -0,011

Fonte: MDS,2018

* fevereiro em relação a janeiro

** março em relação a fevereiro

*** março em relação a janeiro

EDUCAÇÃO

De acordo à Tabela 25, os recursos destinados ao financiamento da educação nos municípios da Região Intermediária de Ilhéus-Itabuna reduziram, em valores percentuais se comparados o primeiro bimestre de 2017 com o mesmo período de 2018. No mesmo período a região de Eunápolis-Porto Seguro foi a única que apresentou incremento em seu investimento total em educação, na ordem de 13,42%. A Região Imediata de Itabuna-Ilhéus apresentou uma redução de 29,95% dos recursos neste período e suas receitas recebidas do FUNDEB, se analisadas pontualmente, sofreram uma queda de 31,72%. De forma geral todas as regiões Imediatas sofreram queda significativa nos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) no primeiro bimestre de 2018 sendo que deve se dar destaque a região de Eunápolis-Porto Seguro que teve uma redução de 67,43%, seguida pela Região Imediata de Camacan

que apresentou uma queda de 61,35%. A região Imediata de Teixeira de Freitas, por sua vez, foi a que menos sofreu perdas, dentro do universo analisado, 27,47%. Quando observada a razão entre os recursos recebidos do FUNDEB em relação ao total investido em educação dos 51 municípios analisados, observando-se as regiões imediatas é possível perceber uma redução na dependência destes recursos para financiamento da educação, ao menos neste período. Exclui-se apenas a região de Teixeira de Freitas que ampliou a participação dos recursos do fundo sobre o financiamento da educação. Os gastos efetuados na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) por todos os municípios observados concentram-se no ensino fundamental. Se forem comparados os valores investidos no ensino fundamental em relação ao total de receitas destinadas para este fim, apenas a região de Eunápolis-Porto Seguro apresentou uma redução, passando de 35,33% no primeiro bimestre de 2017 para 25,12% no primeiro bimestre de 2018. Isso pode ser, em parte justificado pela redução do percentual do FUNDEB recebido em 2018.

2018 22,01% 42,84% 115,03% 13,79% Variação % FUNDEB entre 2017/2018 -61,35% -31,72% -27,47% -67,43%

Variação % da Razão FUNDEB/ Recursos Ensino 2017/2018 -54,66% -2,53% 26,27% -71,29%

Variação % das Receitas Totais destinadas a Ensino (2017/2018) -14,77% -29,95% -42,56% 13,42

% Despesa Ensino Infantil sobre a Receita Total para Ensino

% Despesa Ensino Fundamental sobre a Receita Total para Ensino

% Outras Despesas de Ensino sobre a Receita Total para Ensino

1º bim. 2017 1,36% 1,03% 0,52% 3,83%

1º bim. 2018 11,85% 5,12% 15,15% 3,61%

1º bim. 2017 17,97% 23,08% 56,00% 35,33%

1º bim. 2018 64,07% 54,11% 140,18% 25,12%

1º bim. 2017 2,89% 12,84% 0,07% 4,96%

1º bim. 2018 0,08% 0,54% 0,01% 2,43%

Fonte: Elaborado com base nos dados dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária dos 51 municípios que compõem as 4 Regiões imediatas nos períodos dos primeiros bimestres de 2017 e de 2018.

15 Boletim de Conjuntura Econômica e Social – CACES (caces.uesc.br)
Adriano Alves de Rezende
Tabela 25 – Variações das Receitas e Despesas com Ensino nas Regiões Imediatas de Camacan, Ilhéus-Itabuna, Teixeira de Freitas e Eunápolis-Porto Seguro (1º Bim. 2017 e 1ª Bim. 2018) Região Imediata Camacan Região Imediata Ilhéus-Itabuna Região Imediata Teixeira de Freitas Região Imediata EunápolisPorto Seguro
Ensino 1º bim. 2017 48,54% 43,96% 91,10% 48,01% 1º bim.
Razão FUNDEB/Recursos

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MOVIMENTO DE PASSAGEIROS E CARGAS EM ILHÉUS

O movimento de passageiros no aeroporto de Ilhéus, no 1º trimestre de 2018, foi maior que no mesmo período de 2017 e no 4º trimestre de 2017. Possivelmente, a melhora de sinais na economia tenha favorecido a este resultado. Porém, com exceção de dezembro de 2017, os números de embarques foram maiores que os desembarques em todos os períodos. Isso pode significar duas situações: que houve mais saídas de residentes em Ilhéus do que entrada de turistas, o que é ruim para a economia do turismo; ou que, provavelmente, o maior número de embarques significa que o número de desembarques possa ter sido de turistas em curto

período de férias, por exemplo, nos meses de janeiro e fevereiro, o que é um bom sinal. Porém, como a classificação da INFRAERO é de vôos nacionais e não regionais (para embarques e desembarques), supomos que os embarques foram de turistas de outros estados que vieram para Ilhéus, o que significa aumento de fluxo de renda na economia do município. Conforme mostram os dados da tabela 27, o saldo da balança comercial de Ilhéus foi mais favorável em 2017. Em 2018, houve um déficit significativo com o aumento de mais da metade de importados de 2017 (última coluna). Porém, se os bens importados foram, em sua maioria, matérias-primas e/ou meios de produção, para a indústria local, é importante para a cadeia econômica; se, ao contrário, são bens de consumo final, implica em saída de renda do município.

Tabela 26 – Movimento de passageiros no aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, 1º trimestre de 2018/2017 e 4º trimestre de 2017. 1o trim. 20181 1o trim. 2017 4o trim. 2017 (out-nov-dez)

Mês Embarque Desemb. Total Embarque Desemb. Total Embarque Desemb. Total Trim.

Janeiro 38.567 34.243 72.810 38.560 34.243 72.803 24.110 23.841 47.951 Fevereiro 38.567 34.243 72.810 22.962 21.890 44.852 23.068 22.762 45.830 Março 23.135 22.974 46.109 21.990 20.812 42.802 28.583 33.425 62.008 TOTAL 100.269 91.460 191.729 83.512 76.945 160.457 75.761 80.028 155.789 Fonte: INFRAERO, 2018.

Tabela 27 – Movimentação de cargas no porto de Ilhéus, 1º trimestre 2018-2017

2017 carga geral granel sólido

Total exp. Total imp. Exp Imp Exp Imp Janeiro 0 15.255 11.911 0 11.911 15.255 Fevereiro 0 0 5.800 0 5.800 0 Março 0 0 0 0 0 0

Total trim. 0 15.255 17.711 0 17.711 15.255

2018

carga geral granel sólido

Total exp. Total imp. Exp Imp Exp Imp

janeiro 0 15.292 8.479 0 8.479 15.292 fevereiro 0 0 4.099 0 4.099 0 março 5.796 18.829 3.055 0 8.851 18.829 Total trim. 5.796 34.121 15.633 0 21.429 34.121

Fonte: CODEBA, 2018.

Equipe de trabalho

Dr. Sócrates Jacobo Moquete Guzmán (Coordenador) - DCEC

Msc. Adriano Alves de Rezende - DCEC

Dr. Flávio Lourenço Peixoto Lima - DLA - Revisão Linguística e da Redação

Msc. Geovânia Silva de Sousa - DCEC

Dr. Marcelo Inácio Ferreira Ferraz – DCET

Msc. Marcelo dos Santos Silva - DCEC

Dr. Sérgio Ricardo Ribeiro Lima - DCEC

Discentes Voluntários e Bolsistas

Bárbara Gabriele Rodrigues - Economia

Cleide Santos Sousa – Economia

Kaio Rhuan Mendes Sena – Economia

Leide Costa Pereira – Economia

Tomás Braga e Braga – Economia

Entidades Apoiadoras

COELBA (Companhia de Eletricidade da Bahia)

Sr. Marcelo Vasconcelos Machado – Itabuna

Sra. Rejane Azevedo Deiró da Silva – Salvador

Sr. Rafael Cézar Sardeiro – Salvador

JUCEB (Junta Comercial do Estado da Bahia)

Sr. Antônio Carlos Marcial Tramm - Presidente

Sr. João Carlos de Oliveira – Vice Presidente

Sra. Juliana da Silva Heeger

SUDIC (Superintendência do Desenvolvimento da Indústria e doComércio) – Ilhéus

Sra. Railda Conceição Alves Simões de Carvalho UESC/Gráfica

Luiz Farias

Diagramação

Maurício Marcelo | Tikinet

6 Chamamos a atenção para a apresentação de números iguais de embarques e desembarques em janeiro e fevereiro de 2018. Entendemos

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nesses meses. Portanto,
que
Centro de Análise de Conjuntura Econômica e Social (CACES) Universidade Estadual
ser muita coincidência os mesmos números de passageiros em embarques e desembarques
partimos da suposição
houve lançamento errado. Enviamos mensagem para a empresa, mas, até o momento do fechamento do boletim, não obtivemos resposta.
de Santa Cruz (UESC) Departamento de Economia (DCEC) Rodovia Jorge Amado, km 16 – Salobrinho - Ilhéus/BA caces.uesc.br (73) 3680-5215

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