Boletim nº58

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Conselho Regional Norte Câmara dos Solicitadores

Edição n.º 58 - SET/ DEZ - 2013

B oletim

nformativo

ALMOÇO DE NATAL DOS SOLICITADORES DO CRNORTE

Muita animação !

divertimento !


Sumário 3.

18.

Lançamento livro Seminário Cod. Proc. Civil

4.

Juramento

19.

6.

Agentes de Execução Magusto CRNorte

20.

Almoço de Natal

Palestra - O Solicitador no Proc. de Inventário

23.

Solicitadores

Marcha

24.

Exames de

24.

Estágio Formação Emp. Forenses

8. 9.

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Editorial

10.

Assembleia Regional Ordinária

11.

Jornadas de Saúde CPAS

12.

Eleições Órgãos Regionais4

14.

Episódios da vida dos Solicitadores

16.

BUS

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Solidários


Editorial "Sou fundamentalmente um optimista. Que isso venha da Natureza ou do ambiente, não sei dizer. Parte de ser optimista é manter a cabeça virada para o sol, os pés a andar para a frente." Nelson Mandela

Caros Colegas,

D

esejo que a luz da natureza que sempre nos iluminou, se mantenha no seu posto de orientação,

indicando a melhor direcção aos novos dirigentes! Optimista no progresso da profissão, estou certo que manteremos a cabeça voltada ao sol, firmes no trajecto da nossa já longa caminhada, continuando a andar em frente! Progredir é avançar, partindo do trajecto realizado!

Proponho o brinde,

“Aos Solicitadores!” Desejo um excelente Ano 2014 Um abraço com Amizade, Fernando Rodrigues

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JURAMENTO DE AGENTES DE EXECUÇÃO

N

a manhã de 28 de Outubro, nas instalações do Conselho Regional do Norte, cerca de 80 Agentes de Execução prestaram juramento. A cerimónia contou com a presença da Vice-Presidente Distrital do Porto da Ordem dos Advogados, Drª. Elisabete Grangeia e com o Presidente Regional do Norte, Dr. Fernando Rodrigues.

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1 ) Agentes de Execução que prestaram juramento; 2 ) Agente de Execução que assina o termo do juramento; 3 ) Agentes de Execução que prestaram juramento;; 4 ) O Termo do Juramento é autenticado pela aposição da assinatura dos representantes da Câmara dos Solicitadores e da Ordem dos Advogados.

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MAGUSTO CRNORTE 2013 - DIA DO SOLICITADOR

B

em cedo os Solicitadores chegaram ás instalações do CRN para participarem no magusto deste ano. Distribuindo-se por três autocarros, os Solicitadores iniciaram a visita à cidade do Porto a partir da sede do CRN.

Entretanto começaram a chegar os participantes inscritos apenas para o magusto.

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O

Presidente Regional recebeu os Colegas participantes no MAGUSTO.

O Conselho Regional fez ponto de honra, durante o actual mandato, devolver a dignidade à biblioteca do Conselho Regional do Norte. Infelizmente, a cessação prematura de funções do colega Timóteo de Matos em 16/01/2012, associada à sua competência e ao gosto pela escrita, motivou o CRNorte para adaptar a sala de reuniões, nas actuais instalações, à Biblioteca a que deram o nome Timóteo de Matos. O Colega Timóteo de Matos apresentou o seu livro " NADA A TEMER EXCEPTO AS PALAVRAS" , edição do CRNorte.

Aproveitaram os participantes para visitar a biblioteca e para autografar o livro oferecido. Boletim Informativo

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O Solicitador no Processo de Inventário

N

o dia 28 de Novembro de 2013 , na Universidade Portucalense para uma plateia de cerca de 150 Solicitadores, o Orador convidado e muito conhecido dos Solicitadores Dr. Luis Branco ( Ex. Colega) Ilustre Notário, transmitiu os seus conhecimentos.

A formação foi aberta pelo Presidente Regional do Norte FERNANDO RODRIGUES, que destacou o facto do Orador ter sido Solicitador e os cargos que desempenhou na Câmara dos Solicitadores.

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MARCHA CRNORTE 20.OUT.2013 PORTO

A

prática de actividade física pode beneficiar todas as pessoas – de qualquer idade – além da oportunidade para diversão, estar com os amigos e manter-se saudável e em forma. Foi no Parque da Cidade do Porto, que o CRN lançou o desafio, ao qual corresponderam cerca de 120 Colegas e familiares.

A todos os participantes foi oferecida t-shirt CRNorte.

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Orçamento para 2014 Assembleia Regional Ordinária 25.Nov.2013 A proposta de Orçamento do Conselho Regional do Norte foi aprovada por maioria, em Assembleia Regional Ordinária.

Ficou também autorizada, por maioria, a transferência de verbas entre rubricas do Orçamento.

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Solicitadores de Castelo Branco Solidários A época do Natal é por si só uma época em que a solidariedade está mais presente e por isso mesmo, lançado o repto pela delegada de círculo, um grupo de Solicitadores de Castelo Branco uniu-se para fazer chegar cabazes de Natal a famílias carenciadas. A iniciativa contou com o apoio da Cáritas de Castelo Branco no sentido de seleccionar e identificar as famílias com carências económicas, tendo sido dada prioridade a famílias com crianças, já que esta é uma época do ano especial para elas. Uma vez que a época Natalícia é também sinonimo de presentes para as crianças, além dos bens alimentares típicos desta época, e não só, foram também entregues presentes para as crianças. Os cabazes foram entregues, no dia 19/12/2013, às famílias, por alguns Solicitadores, não estando os restantes presentes por impossibilidade de agenda.

FORMAÇÃO CRNORTE BNA

JORNADAS DE SAUDE CPAS 2013 rastreio de saúde A CPAS promoveu no mês de Outubro a acções de rastreio de saúde como forma de sensibilização e despiste de factores de risco dos seus Beneficiários.

No IPL - Instituto Politecnico de Leiria , no dia 16 de Novembro o CRN organizou mais uma formação, tendo como temas:

Neste contexto, a CPAS, em parceria com o Conselho Regional do Norte - que cedeu as suas instalações - e a Life Beat - Centro de Diagnóstico Avançado, S.A. realizou gratuitamente as JORNADAS DE SAÚDE 2013, com vista à defesa e promoção da saúde dos seus Beneficiários, tendo incluido os seguintes rastreios:

BALCÃO NACIONAL DE ARRENDAMENTO (BNA)

a) Avaliação do Risco Cardiovascular e Diabetes - Cálculo da probabilidade de vir a desenvolver uma doença cardiovascular a 10 anos, com o auxílio da tabela EuroSCORE, que cruza os diferentes factores (sexo, idade, tensão arterial sistólica, tabaco e colesterol);

e PROCESSO ESPECIAL DE DESPEJO.

Foi Oradora a Drª. Márcia Passos, Formadora do CRNorte e Advogada

b) Rastreio de Doenças Oculares - Rastreio de patologia ocular por retinografia digital englobando a retinopatia diabética e a degenerescência macular associada à idade. Este rastreio destina-se a identificar algumas patologias oculares de desenvolvimento assintomático e que podem conduzir à cegueira; c) Avaliação do Risco de AVC – Acidente Vascular Cerebral - Rastreio do risco de AVC através da medição da espessura da camada íntima da artéria carótida - Aterosclerose carotídea. Este exame é extremamente simples e fornece uma indicação quanto ao risco relativo desta patologia. A todos os Beneficiários foi entregue um relatório de avaliação. Boletim Informativo

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Eleições da Mesa da Assembleia Regional, do Presidente Regional, dos membros do Conselho Regional e da Secção Regional Deontológica, para o triénio 2014/2016

N

o passado dia seis de Dezembro, realizaram-se as eleições para os Órgãos Regionais do Norte. Mesa da Assembleia Eleitoral foi constituída pelos Colegas: Alcides Rocha – que presidiu, Virgílio Batista e Ana Lopes, como secretários . A Assembleia iniciou-se pelas 14h00 e esteve aberta até às 19 Horas para a votação presencial. Após passou-se ao escrutínio dos votos remetidos por correspondência, tendo-se apurado os resultados finais pelas seis horas e trinta minutos do dia 7.

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RESULTADOS DA ELEIÇÃO DOS ORGÃOS REGIONAIS DO NORTE TRIÉNIO 2014-2016

VOTOS POR CORRESPONDÊNCIA Brancos; 71; Nulos; 26; 2%

Lista B; 747; 50%

5%

Lista A; 643; 43%

VOTOS PRESENCIAIS Nulos; 0; 0%

Brancos; 3; 7%

Lista B; 23; 56%

Lista A; 15; 37%

TOTAIS Lista B; 770; 50%

Nulos; 26; 2%

Brancos; 74; 5%

Lista A; 658; 43%

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Episódios da Vida dos Solicitadores

O Discurso Texto de Timóteo de Matos

A maior parte dos nossos colegas solicitadores não

partido. Não por oportunismo, como dizem, mas por ter

tem, aparentemente, grande apetência por cargos políticos

finalmente percebido que era neste partido, e não no outro,

de repercussão pública. Aqui ou acolá, aparece, é certo, um

que estava a razão. Só tenho pena do tempo que perdi com

deputado. Ou, então, um candidato a presidente de Câmara,

gente tão mesquinha e sem qualidades.

quase sempre da oposição, quase sempre derrotado nas eleições.

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Ilustrações de Mónica Marques

A bem da verdade teremos de reconhecer que a Câmara presidida pelo abnegado Dr. Falcão não fez nem

Excepção à regra era o colega Leonardo Falcão.

pior nem melhor do que as anteriores: alcatroou três ou qua-

Concorrera pela primeira vez a uma modesta Câmara do

tro caminhos no meio dos pinhais, abriu mais uma avenida

interior, a sua, e a verdade é que ganhara, logo à primeira.

na vila – “uma espécie de ruazeca”, contestava a oposição”

Tanto durante a campanha, como após a vitória, o principal

– canalizou água para duas fontes, comprou um autocarro

partido da oposição não o poupara a críticas, acusando-o de

para passear velhos e crianças, cedeu carradas de “tout-

defender isto e o seu contrário, de prometer possíveis e

venant” para todas as freguesias e alindou quatro escolas

impossíveis por simples ânsia de ganhar votos, de falta de

que o Governo viria a fechar dois anos depois, por falta de

preparação para o cargo, de incompetência, em suma, de

alunos. De notável, nada mais, excepção feita à compra de

tudo aquilo de que, infelizmente nem sempre sem razão, são

um BMW, novinho e pujante de força, para as deslocações

acusados todos os nossos abnegados políticos, embora os

do Sr. Presidente, aquisição, diga-se em abono da verdade,

saibamos capazes de deixar tudo com o único fim de servi-

aplaudida por confrades e oposição, porque a penúria do

rem abnegadamente o povo que os elegeu.

povo via, naquele carro de luxo, a promoção do Município.

As críticas, porém, não tinham qualquer relevância

Tinha o Dr. Falcão, desde há anos, problemas de

para o colega Leonardo, aliás “Leonardo Falcão, Dr.”, como

audição que se foram agravando, medianamente debelados

passou a constar, entre parêntesis, após a sua assinatura, em

com um aparelho que, embora discreto, fugia de usar por

todos os documentos emitidos pelo município. “Invejas,

achá-lo inestético. – “Por simples forretice”, - contestava, à

simples invejas”, declarava. E acrescentava, peremptório:

boca pequena, trocista, a oposição. Ora, entretanto, fora

- Não se trata de falta de competência ou de impre-

promovido a vila um lugar do concelho, por proposta de um

paração. Todos sabem que não é isso. O que esta gentinha

deputado eleito pela oposição, antigo colega de partido do

não consegue é perdoar-me o facto de eu ter mudado de

Dr. Falcão. Fora nesta povoação, que por ironia do destino

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senhor presidente, e a sessão comemorativa da sua inespera-

Riu o povo e bateu palmas porque aplaudir faz par-

da promoção a vila haveria de ficar célebre pela imponência

te da natureza das multidões. Sorriu o presidente e, embora

dos festejos, pelo lauto almoço servido aos convidados e

sem ouvir, dado o tom benevolente da abertura, aplaudiu,

saboreado em imaginação, cá fora, pelos lapuzes que con-

sem estrépito, mas denotando convicção. Ao seu lado, o

templavam, deslumbrados, a chegada de tantos e tão impor-

adjunto, depois de curta pausa, aplaudiu também. E, por

tantes convivas e, sobretudo, pelos discursos a meio da soa-

longa meia hora, o deputado deitou cá para fora, num dis-

lheira tarde num palanque improvisado no Rossio

curso venenoso, tudo o que tinha a dizer de mal sobre o seu

Num gesto de simpatia, o presidente cedeu ao

antigo colega de Partido. Sem ouvir, mas cheio de confian-

deputado o direito de usar da palavra em último lugar e foi

ça, aplaudia o presidente, aplaudia, cada vez mais entusias-

eloquentíssimo, num aplaudido “improviso” que vinha pre-

mado o seu adjunto, aplaudia, ditoso e alegre, o povo que

parando há semanas e onde, benévolo, teceu os melhores

enchia o largo.

elogios a adversário e oposição. Seguiu-se o discurso do

Só depois da festa, à noite, substituídas as pilhas do

deputado que, numa troca de galhardetes e em poucas pala-

aparelho, o desditoso Dr. Falcão se apercebeu do que se

vras, agradeceu a presença do “ilustre cidadão e presidente

passara. Indignado, perdida a cabeça e a compostura, inda-

da Câmara, Sr. Dr. Leonardo Falcão”, para quem pediu uma

gou, aos berros:

especial salva de palmas, pedido a que se não fez rogada a populaça presente.

- Porque raio é que o senhor não me avisou, porra? Linda figura, a que me deixou fazer”.

Exactamente após esta estrondosa ovação, as pilhas

O adjunto, embezerrado, embatucou. Mas, perante

do aparelho do senhor presidente, que já o vinham avisando

a insistência e os brados do presidente, proferiu então estas

há algum tempo com intermitências de funcionamento, che-

calmas e lapidares palavras:

garam ao fim e o desalentado presidente já não pode ouvir

- E eu podia adivinhar que o senhor não estava a

as palavras seguintes em que o deputado, sorriso nos lábios,

ouvir!? Ao vê-lo aplaudir, o que acreditei foi que o senhor

fazia o primeiro trocadilho sobre a coincidência entre o

se estava a preparar para mudar outra vez de Partido, mais

nome da vila e a dificuldade de audição do “excelentíssimo

nada!...

senhor presidente da Câmara, cuja presença tanto nos honra”.

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Voz dos Solicitadores BUS BALCÃO ÚNICO DO SOLICITADOR

Hélène Silva

O presente artigo resulta dos trabalhos de investigação efetuados no âmbito da dissertação de Mestrado em Solicitadoria de Empresa, ministrado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, subordinada ao tema “ Génese, figuras afins e enquadramento jurídico do Balcão Único do Solicitador” e discutida, em provas públicas prestadas a 4 de outubro de 2013, perante o júri composto pela Doutora Ana Isabel Lambelho Costa (IPLeiria/ESTG), pela Doutora Marisa Catarina da Conceição Dinis (IPLeiria/ESTG) e pela Doutora Irene Maria Portela (IPCA/ESG).

dos e solicitadores, sendo tipificado o crime de procuradoria ilícita. Foram definidos o sentido e o alcance dos atos próprios dos solicitadores (já consagrados no ECS mas reforçados nesta Lei), nos âmbitos da consulta jurídica, do exercício do mandato forense, da elaboração de contratos e da prática de atos preparatórios tendentes à constituição, da alteração ou extinção de negócios jurídicos, da cobrança de créditos, da reclamação e impugnação de atos administrativos ou tributário, entre outros. Em 2006, no âmbito do programa Simplex, segue-se a reforma do Registo Comercial, com o Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de março, e são paralelamente atribuídas novas competências aos solicitadores, concretamente no seu artigo 38.º, tais como as da certificação de fotocópias, de documentos e de traduções, do reconhecimento de assinaturas, da autenticação de documentos não sujeitos a registo

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A escolha do tema surgiu ainda na parte curricular do

predial, entre outras. Ficou, pois, desta forma alargado o

supracitado mestrado aquando do estudo da matéria alu-

âmbito das competências da classe. Foi no seguimento

siva aos contratos de distribuição comercial. De facto,

das mencionadas competências, que surge o Decreto-Lei

nessa altura,

n.º 116/2008,de 4 de julho, génese legal do BUS. Neste

Colocou-se a questão de saber se não teriam sido estes os

contexto, parece que podemos afirmar que as competên-

contratos que estiveram na origem do Balcão Único do

cias atribuídas por este Decreto-Lei aos solicitadores (e

Solicitador (BUS). A dúvida agudizou-se quando percecio-

não só), consagraram os solicitadores numa longa manus

námos que, na verdade, não são abundantes os escritos

da administração pública visto que, desta forma, o Estado

sobre a génese e o enquadramento jurídico do BUS.

delegou competências, anteriormente da sua inteira

De entre outras conclusões, e correndo o risco de avan-

exclusividade, em terceiras pessoas, não obstante zelar

çarmos demasiado ainda neste momento inicial, percebe-

pelo controle e pela fiscalização da atividade.

mos que o património jurídico do BUS beberica efetiva-

O projeto, abraçado pela Câmara dos Solicitadores (CS),

mente em alguns dos contratos de distribuição comercial.

foi inovador e, no que à classe respeita, pretendia divulgar

Esta evidência é ainda mais relevante no que toca ao con-

de forma mais assertiva as novas competências dos Solici-

trato de franquia sobretudo por ocasião da sua forte com-

tadores e veicular uma prestação de serviços com qualida-

ponente publicitária e da importância que, nesta sede, a

de de excelência.

marca reveste de forma inequívoca.

Neste sentido, a Câmara dos Solicitadores regista a marca

Os estudos efetuados, sobretudo os empíricos, serviram

BUS no ano de 2010. Trata-se de uma marca coletiva de

igualmente para questionar qual seria a razão subjacente

associação que foi registada, além do mais, com o intuito

à evidente falta de êxito do BUS.

de ser posteriormente licenciada aos seus membros, no

O caminho para a consagração legal do BUS foi longo, mas

exercício (fim) da profissão, mediante a observância de

a

requisitos pré-estipulados.

atribuição

de

competências

foi

atribuída

em

“avalanche”. Vejamos. Em 2004, com a Lei n.º 49/2004, de

A marca BUS encontra-se regulada nos artigos 29.º e

24 de agosto, são definidos os atos próprios dos advoga-

seguintes do Regulamento de Publicidade e Imagem dos

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Voz dos Solicitadores Solicitadores e Agentes de Execução. Com a criação da ima-

indeferir o pedido, fazer caducar ou revogar o direito ao uso

gem associada ao BUS, a Câmara dos Solicitadores teve

da marca.

como principais objetivos (através da marca) criar uma rede

Toca ainda, a proposta, no ponto de formação obrigatória

homogénea de balcões, dotada, como se referiu, de elevada

(cujo plano anualmente elaborado pelo Conselho Geral da

qualidade aferida e mantida através da observância dos

Câmara dos Solicitadores nunca foi divulgado) contínua

requisitos impostos para a utilização da marca e através do

deverá garantir a atualização do solicitador e a sua prepa-

controlo e fiscalização exercidos por parte da Câmara dos

ração para todos os atos que pode praticar em BUS e pelos

Solicitadores sobre os utilizadores, criar uma colaboração

quais a imagem lhe reconhece qualidade (e acautelar o

mais estreita com os Solicitadores constituídos em BUS,

mesmo relativamente aos futuros).

com o intuito novamente de garantir o prestígio e a qualida-

Enquadrando, agora, o BUS, podemos referir que se trata

de dos atos a serem prestados em BUS e, paralelamente,

de um contrato atípico através do qual o solicitador ingres-

iniciar uma política de publicidade institucional do BUS.

sa numa rede que o prestigia, enquanto profissional, e lhe

Assim, repetimos, o objetivo principal residia na possibilida-

dá acesso a uma publicidade que de outra forma lhe é veda-

de de aproveitar as competências adquiridas e de criar uma

da, mas também o submete ao controlo e à fiscalização

imagem facilmente reconhecida e associada à qualidade

constante da Câmara dos Solicitadores, e ao preenchimen-

dos serviços prestados pela classe. No entanto, dos estudos

to/verificação de requisitos iniciais, assim como compromis-

efetuados, verificámos que os objetivos traçados não foram

sos e obrigações futuras, tal como aderir a um plano de

integralmente cumpridos, pois o funcionamento do BUS

formação. Na verdade, o BUS tem a mesma finalidade que

apresenta muitas fragilidades decorrentes, sobretudo, de

todos os contratos de distribuição, isto é, a comercialização,

uma regulamentação manifestamente insuficiente. Com

neste caso de serviços, feita por agentes especializados e

efeito, foram regulamentados os requisitos de adesão, os

conhecedores do mercado em concreto. É sobejamente

procedimentos e a utilização da marca, sem no entanto se

sabido que o único contrato legalmente consagrado é o de

concretizar a criação de uma imagem homogénea e facil-

Agência, cujo regime jurídico é tendencialmente aplicado

mente identificável.

analogicamente, e na medida em que tal se adeque, aos

Após cuidadosamente analisado o regulamento, concluímos

restantes contratos de distribuição. Dos contratos aborda-

que o BUS exige regulamentação autónoma. Foram identifi-

dos no estudo desenvolvido, para além do fim comum a

cados vários pontos fracos do Regulamento que conduzem

todos eles, o BUS assemelha-se apenas ao contrato de fran-

à utilização da marca de forma contrária àquela que inicial-

chising que, como se sabe, veio revolucionar os contratos

mente se pretendia. Por outro lado, é manifesta a lacuna a

de distribuição comercial, sendo um contrato mais atento à

respeito dos procedimentos consagrados, respetivos prazos

componente publicitária, imagem, e também através de

concretos, da falta de mecanismos de reação por parte do

uma nova forma de atuação no mercado. Porém o BUS não

utilizador e respetivos prazos, da omissão de procedimen-

é, claramente, um contrato de franchising, pois se há carac-

tos relativos à cessação de uso da marca, da falta de tutela

terísticas que os aproximam, outras diferenças os distin-

do utilizador (parte mais fraca deste tipo de contratos).

guem. Assim, o BUS é de facto um contrato de distribuição

Detetadas tais lacunas no Regulamento, avançamos para o

comercial, em que o canal de distribuição é o profissional

desenvolvimento de uma proposta de Regulamento da mar-

Solicitador que distribui os serviços a serem prestados em

ca BUS que se pretende que venha a clarificar alguns proce-

forma de balcão único que, tal como o de franchising, tem

dimentos a adotar na utilização da marca, como sejam, rela-

como elemento essencial a marca.

tivos à definição clara dos termos em que a imagem deve

A natureza absolutamente atípica do BUS reclama uma

ser utilizada. A este propósito, entendemos que a marca

regulamentação sustentada, clara e definida sobre a respe-

BUS deve ter obrigatoriamente uma única forma de apre-

tiva utilização. Foi, precisamente, este contributo que pre-

sentação. A par do referido, a proposta define igualmente

tendemos dar aquando da elaboração da falada proposta

os prazos para o processo de registo e consagra mecanis-

de Regulamento.

mos e prazos para a sanação de vícios que possam fazer

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“Nada a Temer Excepto as Palavras” O Conselho Regional do Norte teve a honra de participar no lançamento do livro de Timóteo de Matos “Nada a Temer Excepto as Palavras”. Tal evento teve lugar no Parlatório Rui Rasquilho do Parque dos Monges, sito em Alcobaça – no passado dia 2 de Novembro. Marco Chagas e Rui Rasquilho apresentaram o Homem e a obra. Cada convidado obteve gratuitamente um exemplar da obra,mediante a “troca” por um livro destinado ao acervo da Biblioteca “ Timóteo de Matos” do CRNorte.

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SEMINÁRIO ENCERRAMENTO DA FORMAÇÃO DE VERÃO SOBRE "O NOVO PROCESSO CIVIL - 5.Set.2013

O

Conselho Regional do Norte da Câmara dos Solicitadores, assumiu a responsabilidade e levou a cabo a formação inicial em Processo Civil (versão: Lei 41/2013) realizada entre 15 de Julho e 31 de Agosto, permitindo que agentes de execução e solicitadores se preparassem em tempo oportuno para a entrada em vigor anunciada para 01 de Setembro. À formação gratuíta, organizada pelo C. R. Norte, corresponderam os colegas inscrevendo-se e participando nos seminários de 22 e 29 de Junho e no módulo de 15 horas ministrado no supra referido período (Universidade Portucalense - Porto), distribuídos por 37

turmas, cerca de 1.000 Agentes de Execução/ Solicitadores. Cientes que toda a regulamentação referida no Novo Código de Processo Civil seria publicada no decurso do plano de formação, foi prevista a organização de uma sessão de encerramento, para o efeito foi convidado o Dr. Paulo Pimenta (membro da Comissão de reforma do Código de Processo Civil), a Drª Márcia Passos (Advogada e Formadora de Processo Civil) e a Dra. Susana Rocha (Agente de Execução, Docente e Formadora), para o Seminário de encerramento do plano de formação em Processo Civil do C. R. Norte.

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ALMOÇO DE NATAL DOS SOLICITADORES DO CRNORTE 2013

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D

ando primazia ao convívio entre Colegas e familiares, este foi o primeiro ano em que se adoptou o Almoço em vez do Jantar de Natal do CRN.

Parece que resultou num agradável convívio e pura animação! entre os cerca de 280 participantes e no qual o Presidente Regional do Norte apelou à união dos Colegas .

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SOLICITADORES SOLIDÁRIOS O CRNorte - representado pelo Vice-Presidente - procedeu no passado dia 18 à entrega dos bens doados pelos participantes no almoço de Natal dos Solicitadores.

Assim foram entregues na Junta de Freguesia de S. Nicolau, entidade que conjuntamente com "Amigos da Rua - Instituição de Solidariedade" procederá depois à distribuição dos bens pelas pessoas carenciadas da região do Porto. Mais tarde foram entregues os bens restantes à Instituição "Mãe d` Agua" - este Centro de Acolhimento é uma valência muito importante da Santa Casa da Misericórdia de Valongo (SCMV), sendo frequentada por três dezenas de crianças em risco, com idades compreendidas entre as poucas semanas e os 14 anos.

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EXAMES DE ÉPOCA ESPECIAL Estágio para Solicitadores Decorreram nos dias 09 e 16 de Novembro, os exames de época especial. Cerca de 355 Estagiários realizaram as provas de Estatuto, Dt. E Proc. Civil, Reg./Notariado e Fiscal.

FORMAÇÃO DE EMPREGADOS FORENSES NO ÂMBITO DO NOVO CPC No Porto foram três as turmas constituídas na Universidade Portucalense para receber formação . Uma turma em Coimbra e outra em Leiria.


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