Em 1999, ano de fundação do Bocada Forte, os sinais da mudança no hip hop começavam a ser percebidos. O acesso à tecnologia proporcionou o surgimento de diferentes artistas e a produção de conteúdo sobre a cultura de rua feita por quem estava dentro do movimento.
Novas formas foram desenvolvidas, novas abordagens, mas algumas coisas demoraram para mudar. O rap feito fora do eixo Rio/SP não tinha conquistado o destaque que tem hoje.
As minas faziam articulações para conquistar mais visibilidade na cena, mas não eram levadas a sério. Falar em participação LGBTQIA+ no hip hop era tabu. A sigla nem existia na época.
Em 2009, ou seja, dez anos após a fundação do BF, reportagem do DJ Cortecertu mostrava que o "rap gay" ainda não era uma realidade no Brasil.
Nesta edição da Revista Bocada Forte, apresentamos um rico material sobre diversidade, com artigos, entrevistas, colunas e reportagens feitas por um time de colaboradores que também representam o hip hop.