E n f e b r e i r o, ler o a m o r Bi b l i o t e c a d o IES Ri b e i r a d o L o u r o
Querida Anna: Es t u v o m a l q u e t e ri e r as. L o q u e p a s a es q u e n o s o y t a n b u e n f u t b o l is t a c o m o Je ns. El, e n c a m b i o, n o sa b e n a d a r y y o n a d o m u y b i e n. Ta m b i é n t e h a b r í as r eí d o si Je ns s e h u b i e r a a h o g a d o. N o m e g u s t ó n a d a q u e t e ri e r as. Te r u e g o q u e n o v u e l v as a h a c e r l o. P o r l o d e m á s m e g u s t as. A s í q u e d i m e si q u i e r es q u e sal g a m o s j u n t o s. Ben Carta de Edgar Allan Poe a Annie L. Richmond J o r d f i a m, 1 6 d e n o v i e m b r e d e 1 8 4 8 O h, A n n i e, A n n i e! ¡ M i A n n i e! Q u é c r u e l es p e n s a m i e n t o s s o b r e t u E d d y d e b e n d e h a b e r es t a d o t o r t u r a n d o t u c o r az ó n d u r a n t e las d o s ú l t i m a s t e r r i b l es se m a n as, e n las q u e n o h a s t e n i d o n i n g u n a n o t i c i a d e m í, n i si q u i e r a u n a p a l a b r a q u e d i j e r a q u e t o d a v í a v i v í a y t e a m a b a. P er o, A n n i e, y o sé q u e t ú s e n t í as p r o f u n d a m e n t e la n a t u r a l e z a d e m i a m o r p o r t i, t a n t o c o m o p a r a n o p o n e r l o e n d u d a, n i si q u i e r a p o r u n m o m e n t o, y es t e p e n s a m i e n t o m e h a c o n f o r t a d o e n m i a m a r g a t r is t e z a; p u e d o es t a r s e g u r o d e q u e t ú i m a g i n a r í as c u a l q u i e r o t r a d e s g r a c i a e x c e p t o es t a: q u e m i a l m a h a b í a si d o d e s l e al c o n la t u y a. P o r q u é n o e s t a r é a h o r a c o n t i g o, q u e r i d a, d e m a n e r a q u e p u d i e r a se n t a r m e a t u la d o, a p r e t a r t u q u e r i d a m a n o e n la m í a y m i r a r a las p r o f u n d i d a d e s d e l c i el o c l ar o d e t u s o j o s; d e m a n e r a q u e l as p a l a b r as q u e a h o r a s ol o p u e d o es c ri b i r s e g r a b a r a n e n t u c o r az ó n y t e h i c i e r a n e n t e n d e r l o q u e q u i e r o d e c i r -y, A n n i e, t o d o l o q u e d e s e o d e c ir, t o d o l o q u e m i al m a s us p i r a p o r e x p r es a r e n es t e i n s t a n t e e s t á i n c l u i d o e n la p a l a b r a a m o r-. P o r es t a r c o n t i g o a h o r a, d e f o r m a q u e p u d i e r a s us u r r a r t e a l o í d o las d i v i n as e m o c i o n e s q u e m e a g i t a n, d e b u e n a g a n a -¡ O H, ll e n o d e al e g r í a!a b a n d o n a r í a e s t e m u n d o y t o d as m i s es p e r a n z as d e o t r o: p e r o t ú l o c r e es, A n n i e, t ú l o c r e es y si e m p r e l o c r e e r ás. M i e n t r as p i e n s e q u e sa b es q u e t e a m o c o m o n i n g ú n h o m b r e a m ó j a m á s a n i n g u n a m u j e r, m i e n t r as p i e n s e q u e e n t i e n d e s e n al g u n a m e d i d a e l f e r v o r c o n e l q u e t e a d o r o, n i n g ú n p r o b l e m a m u n d a n o p o d r á j a m á s h a c e r m e t o t a l m e n t e d e s d i c h a d o. O h, c a ri ñ o m í o, m i A n n i e, m i d u l c e h e r m a n a A n n i e, m i á n g e l b e ll o y p u r o, es p o s a d e m i al m a... P o r si e m p r e t u y o E d d y
De Marie Curie a Pierre Curie (1897) M i q u e r i d o es p o s o, h a c e b u e n t i e m p o, e l s o l b r ill a, h a c e c al or. Es t o y m u y t r is t e si n t i; v e n p r o n t o, t e e s p e r o d e l a m a ñ a n a a la n o c h e y n o t e v e o ll e g ar. Y o es t o y b i e n, t r a b a j o t o d o l o q u e p u e d o, p e r o e l li b r o d e P o i n c a r é es m á s d i fí c il d e l o q u e c r eí a. D e b o c o m e n t a rl o c o n t i g o y q u e v e a m o s j u n t o s l o q u e t a n t o m e h a c os t a d o (…) De Pierre Curie a Marie Curie (1897) M i q u e r i d a y d u l c e n i ñ i t a, a la q u e q u i e r o t a n t o, h e r e c i b i d o h o y t u c a r t a y s o y f eli císi m o. A q u í n o h a y n a d a e n p a r t i c u l ar, si n o es q u e t e e c h o m u c h o d e m e n o s: m i al m a s e h a i d o c o n t i g o.
Antonio Machado a Guiomar L u n e s, e n “n u e s t r o ri n c ó n”. A q u í, e n n u e s t r o ri n c ó n, v i d a m í a, e m p i e z o m i c a r t a c u a n d o t ú n o h a b r ás ll e g a d o t o d a v í a a t u c as a. A s í c o m b a t o y o la a m a r g u r a d e es t e m o m e n t o t e r ri b l e d e la s e p a r a c i ó n, es e p r i n c i p i o d e t u a u s e n c i a, t a n v i o l e n t o, q u e es t a n t o c o m o u n d e s g a r r ó n e n las e n t r a ñ as. P o r q u e así p i e n s o y o q u e e s t as p a l a b r as m í as t e ll e g a n al o í d o y t e a c o m p a ñ a n e n e l c a m i n o. A d i ós, m i d i o s a, m i v i d a, m i g l o r i a! A q u í se q u e d a t u p o e t a c o n la il usi ó n … c o n la c o n c i e n c i a d e q u e es u n a il usi ó n e l t e n e r t e t o d a v í a a s u la d o. A y, a h o r a c u á n t o s u f r o! Q u é s o l e d a d t a n g r a n d e! P er o, t a m b i é n, q u é m o m e n t o s d e s u p r e m a al e g r í a a c a b o d e v i v ir. Y c u a n d o p a s e n es t o s m o m e n t o s d e l t r á n si t o d e t u p r e s e n c i a a t u r e c u e r d o, q u e s o n l os v e r d a d e r a m e n t e t r á g i c os, v o l v e r é a s er f eliz c o n t u i m a g e n r e m e m o r a n d o y r e c o r d a n d o u n a p o r u n a t u s p a l a b r as y t u s la b i o s y t u s o j o s! C u á n t a v i d a h a s v e n i d o a d a r a t u p o e t a! Y c u á n t as c o s as n o t e h e p o d i d o d e c ir, p o r q u e la e m o c i ó n n o m e p e r m i t e c o o r d i n a r m i s i d e as c u a n d o es t ás a m i la d o. El a m o r t i e n e m á s g e s t o s q u e p a l a b r as, y c u a n d o s e c o m p l i c a c o n la n e c esi d a d d e l fr e n o … A y! T ú n o sa b es b i e n l o q u e es t e n e r t a n c e r c a a l a m u j e r q u e se h a es p e r a d o t o d a u n a v i d a, al s u e ñ o h e c h o c a r n e, a la d i o s a … A h o r a q u e es t o y s o l o, q u i e r o ll o r a r u n p o c o, d e a m o r, d e g r a t i t u d, si n o s e m e r o m p e r í a e l c o r a z ó n. S o n l as d i e z y m e d i a. C o m i e n z a n a v e n i r g e n t e s al e g r es. Es d í a d e m o d a -m e h a d i c h o e l m o z oe n es t a c as a. Y o m e v o y a la m í a”.
Virginia Woolf a Leonard Woolf E n s u c a r t a d e d e s p e d i d a a L e o n a r d, es c ri b e: “Q u e r i d o: Q u i e r o d e c i r t e q u e m e h a s p r o c u r a d o u n a f elic i d a d t o t al. N a d i e p o d r í a h a b e r h e c h o m á s d e l o q u e t ú h a s h e c h o. P o r fa v o r, c r é el o. P er o s é q u e n u n c a s u p e r a r é es t o y es t o y d e s t r o z a n d o t u v i d a. N a d a n i n a d i e p o d r á d is u a d i r m e. P o d r ás t r a b a j a r y es t a r ás m u c h o m e j o r si n m í. Ya v es q u e n i si q u i e r a p u e d e es c ri b i r es t o, l o c u a l m e d e m u e s t r a q u e es t o y e n l o c i e r t o. To d o l o q u e s é d e c i r t e es q u e h a s t a e l m o m e n t o e n q u e m e s o b r e v i n o es t a e n f e r m e d a d, é r a m o s c o m p l e t a m e n t e f elic es. F u e g r a c i as a t i. N a d i e p o d r í a h a b e r si d o t a n b u e n o c o m o t ú l o h a s si d o c o n m i g o d e s d e e l p r i m e r d í a h a s t a h o y. To d o e l m u n d o l o sa b e. Vir g i n i a.”
Andrë Gorz. Carta a D. Historia de un amor Ca r t a a D: "Ac a b as d e c u m p l i r 8 2 a ñ o s. H as e n c o g i d o s eis c e n t i m e t r os, s ol o p e s as 45 k il os y si g u e s si e n d o t a n b e ll a, g r a c i os a y d e s e a b l e c o m o c u a n d o t e c o n o c í. H a c e 5 8 a ñ o s q u e v i v i m o s j u n t o s y t e a m o m a s q u e n u n c a. H a c e d i as t e d i j e q u e h a b í a v u e l t o a e n a m o r a r m e d e t í. Y t u v i d a d e s b o r d a n t e m e h a c e f eliz, a b r a z a n d o t u c u e r p o c o n t r a e l m í o"
A derradeira carta de Alexandre Bóveda á súa muller Es t a é a c a r t a q u e A l e x a n d r e B ó v e d a es c ri b i u á s ú a m u l l e r n a m a d r u g a d a d o 1 7 d e a g o s t o, m i n u t o s a n t e s d o s e u f us il a m e n t o. M a dr u ga da d o 1 7 d e a g ost o d e 1 936 C h o l i ñ as, M i ñ a P e q u e, Vi d i ñ a: Q u i x e r a es c ri b i r c h e m o i t o. M a is x a sa b es c a n t o p u i d e r a d e c i r c h e. P e r d o a m e t o d o, q u e o s p e q u e s m e l e m b r e n s e m p r e; q u e c u m p l as t o d o l´ os m e u s e n c a r g o s. E u, a l m i ñ a e s t a r ei s e m p r e c o n v ó s c o m o c h e p r o m e t í n. Fal t a n u n s m i n u t o s e t e ñ o v a l or, p o r v ós, p o l a Ter r a, p o r t o d o s. V o u t r a n q u í o. A d e u s, Vi d i ñ a: Vi v e p a r a o s p e q u e s e o s v e ll os, a b r á z a os, c o n f ó r t a os. S é Ti, m i ñ a P e q u e n i ñ a a d e m i r a b l e, a m á is v a l e n t e d e t o d o s. A l á se n t i r ei l e d i c i a e sa tisf ac ci ó n d e Ti e d e t o d o s. L e m b r a r e i v o s s e m p r e, v e l a r ei se m p r e p o r v ó s. A d e u. C o n t i g o, c os p e q u e s, c o s v e ll os t o d o s, es t a r á se m p r e n a l e m b r a n z a, n a m á is g r a n d e, m á i s f o n d a, m á i s i n f i n d a d a s a p e r t as, o v o s o, X a n d r o. P.S: Re c e i c o n t i g o.
Cartas que lle escribe Sara a Moncho en Noite de voraces sombras, de Agustín Fernández Paz.
(...) ¡ Q u e l o n g o s se m e f a n o s d í as s e n t i! C ó n t o o s u n p o r u n, t á c h o o s n o c al e n d a r i o e c a n d o es p e r t o p o l as m a ñ á s o p r i m e i r o q u e f a g o é r es t a r u n, c o n v e n c e r m e d e q u e x a q u e d a m e n o s p a r a q u e v e ñ a s a t a a q u í. Cl ar o q u e m á is l o n g a s se m e f a n as n o i t es, p o is, aí n d a q u e a t r as o c a n t o p o d o a h o r a d e d e i t a r m e, o s o n o t a r d a h o r as e n v i r; n e s es m o m e n t o s, m e n t r es es t o u n a c a m a, r e p as o u n h a e o u t r a v e z as p a l a b r as q u e m e d i x e c h es a v és p e r a d e m a r c h ar, a c o c h a d o s n a s r o c h as d o O r z á n. Elas s o n as q u e ali m e n t a n o l u m e d o m e u a m o r e m e a x u d a n a s o p o r t a r a t ú a a u s e n c i a. ¿C o m o v o u e s q u e c e r a c o n f esi ó n d e q u e t o d o s o s a n o s d a t ú a v i d a f o r a n s ó u n h a p r e p a r a c i ó n p a r a o d í a e n q u e n o s c o ñ e c e m o s, a q u e l d o c e d e m a i o q u e e u t a m é n l e m b r o c o n e m o c i ó n es p e c i a l? A í n d a q u e as p a l a b r as q u e r e p i t o u n d í a e m a is o u t r o s o n as q u e m e d i x e c h e s d e s p o is d a p r i m e i r a v e z q u e n o s b i c a m o s: «Cal q u e r a h o m e af o g a rí a n o az u l d o s t e u s o l l os», é o m á i s b o n i t o q u e n i n g u é n m e d i x o n u n c a. L é m b r o m e d a s t ú as p a l a b r as, p e r o aí n d a m e l e m b r o m á is d o s t e u s b i c o s. G u s t a rí a m e q u e es t i v e s es a g o r a a q u í, a c a r ó n m i ñ a, e p u i d e s es a p e r t a r m e e n t r e o s t e u s b r a z os, p a r a b i c a r n o s así a t a p e r d e r a r es p i r a c i ó n. D í x e n c h o m o i t as v e c es, p e r o n u n c a m e c a n s ar ei d e r e p e t i r c h o: q u e r o a m a r t e s e m p r e, d e s d e p o l a m a ñ á a t a p o l a n o i t e, t o d o s o s d í as d a m i ñ a v i d a. Esc rí b e m e a x i ñ a, p o is d e s e x o sa b e r t o d o o q u e c h e p a s a c a d a d í a; s é r v e m e p a r a i m a x i n a r q u e es t o u c o n t i g o, q u e c a m i ñ o a t o d a s h o r as c a n d a t i. B e n s ei q u e t i t a m é n m e l e m b r as, p e r o g ú s t a m e q u e m o d i g as, p o r q u e c a n d o se q u e r e c o m o e u t e q u e r o a t i, h a i f r as es q u e o c o r a z ó n n o n s e c a n s a d e es c o i t ar. O u d e l er, c o m o m e p a s a a m i n c o as t ú as c a r t as. ¿C o m o n o n v o u s e r f e li z? ¿ A c as o h o u b o al g u n h a v e z u n h a m u l l e r q u e p o s u ís e u n a m o r t a n g r a n d e c o m a o t e u?
(...) Pr e g ú n t a s m e se li n x a o s li b r o s q u e m e r e g a l a c h e s p o l o N a d a l. S e t e t i v es e a o m e u c a r ó n, a x i ñ a c o m p r o b a r í as c o m o n o n s ó o s li n, s e n ó n q u e m e s m o p o d e r í a r e c i t a r c h o s e n t e i r o s e n v o z al t a. A r o s a d e c e n f o ll as p a r e c e u m e e x t r a o r d i n a r i o, c r e o q u e s o n o s p o e m a s d e a m o r m á is f e r m o s o s q u e n u n c a li n e n g a l e g o. X a v es q u e c h e m a n d o c o p i a d o o m e u p r e f e r i d o, «I n d a n o s m e u s b e i z o s a r d e», p a r a q u e o p o i d as l e v a r c o n t i g o n a c a r t e i r a. A í n d a q u e f os e C a b a n illas q u e n o es c ri b i u, a g o r a x a m e p e r t e n c e t a m é n a m i n. P o r is o c h o e n v í o, p a r a q u e as s ú as p a l a b r as c a m i ñ e n s e m p r e p r ó x i m a s a o t e u c o r az ó n. Se n e m b a r g o, o li b r o q u e n o n s o n c a p a z d e d e i x a r é V ei n t e p o e m a s d e a m o r y u n a c a n c i ó n d e s es p e r a d a, d e Pa b l o N e r u d a, es e p o e t a n o v o q u e e u n o n c o ñ e c í a. N o n l e r a n a d a d e l, p e r o p a r é c e m e e x t r a o r d i n a ri o, e m á is c a n d o p e n s o q u e aí n d a n i n v i n t e a n o s t i ñ a c a n d o o es c ri b i u. ¡ Q u e d i f e r e n c i a c o n t a n t o s v e rs os se n v i d a q u e o u t r o s p u b l i c a n, i n fl a d o s e b a l e ir o s c o m o p o m p a s d e x a b ó n! O s d e s t e h o m e, n o n; es t es t e ñ e n a f o r z a e a b e l e z a d u n h a f e r v e n z a. Á s v e c es v o u r e c i t a n d o e n v o z b a i x a p o l a r ú a al g ú n s d o s s e us p o e m a s, p o r q u e q u i x e r a p o d e r c o n t a x i a r m e d a p a i x ó n e d a s g a n a s d e v i v i r q u e d e b e r o n f a c e r a g r o m a r u n s v e rs os así.