












Encontro do Grupo Yramoe Djawe da Aldeia Tekoá Tapirema com músicos e artesãos caiçaras em Peruíbe. Pág 7
Alexandre Lima, presidente da Ong Vida Caiçara comemora sucesso do 1º Festival da Cultura Caiçara em Ilha Diana. Pág 8
Peixe recheado aberto pelas costas é caiçara ou europeu? Pág 5
Comemoração após ato que nomeia a Travessa Anísio José da Costa em Santos. Pág 5
Bruno Lima, autor do livro Luiz Gama contra o Império, e Augusta França no lançamento da segunda edição de sua obra. Pág 6
Angélica Souza comanda oficina de
A pesca e os pescadores dão adeus a Jorge Machado, que dedicou sua vida aos trabalhadores do mar. Pág 6
Uma serpente peçonhenta, jararaca (Bothrops jararaca), foi resgatada dia 2 de maio numa residência no bairro de Voturuá, em São Vicente. A equipe da Inspetoria Ambiental da Guarda Civil Municipal de São Vicente (GCM-SV), fez o resgate após receber um chamado do Centro de Controle Operacional (CCO). A serpente foi encontrada no fundo do quintal, escondida sob alguns sacos e materiais. O imóvel está localizado próximo a uma área de vegetação, o que pode explicar a presença do animal, pois esses répteis costumam buscar alimentos como ratos e outros pequenos animais e, durante a caçada, acabam se afastando do habitat natural O resgate foi efetuado com os devidos equipamentos de segurança (pinça, luvas e caixa de contenção adequada).
A soltura do animal foi realizada em área de mata fechada na Serra do Mar, uma cadeia montanhosa e longa que se estende por cerca de 1000 km de comprimento, desde o norte do Rio de Janeiro até o estado de Santa Catarina, acompanhando a faixa litorânea do sudeste e do sul brasileiro.
Espécie - Bothrops é um gênero de serpentes da família Viperidae. Popularmente, as espécies são conhecidas como jararacas, cotiaras e urutus. São serpentes peçonhentas (venenosas), encontradas nas Américas Central e do Sul. As diferentes espécies apresentam grande variabilidade, principalmente nos padrões de coloração e tamanho, ação da peçonha, dentre outras características.
Resgate - Caso o munícipe encontre animais em situação de vulnerabilidade, deve acionar a GCM Ambiental pelo telefone 153.
Prefeitura de São Vicente abre vagas de estágio para
Inscrições podem ser feitas no site oficial; bolsa-auxílio é de até R$900
Visando promover o desenvolvimento artístico e cultural, a Secretaria de Cultura de (Secult), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), disponibiliza vagas para diversas oficinas artísticas gratuitas do CRIAR (Cursos de Realização e Inspiração Artística).
As aulas acontecem na unidade de Oficinas Culturais Professor Oswaldo Névola Filho (Rua Tenente Durval Amaral, nº 72 - Catiapoã). As inscrições devem ser feitas no próprio local das oficinas, mediante apresentação de documento com foto e comprovante de residência.
Confira as vagas disponíveis:
Ballet (7 a 14 anos)
Aulas: Segunda e quarta-feira, das 09h30 às 10h30, de 10h30 à 11h30 e das 15h às 16h; Desenho (a partir dos 12 anos) Aulas: Sexta-feira das 09h30 às 11h30 e das 14h00 às 16h; Jazz (7 a 14 anos)
Aulas: Quarta e Sexta-feira das 09h30 às 10h30, de 10h30 à 11h30 e das 14h00 às 15h; Ritmos (a partir dos 15 anos) Aulas: Quarta e Sexta-feira das 15h00 às 16h00
Violão (a partir dos 12 anos)
Aulas: Terça e Quarta-feira das 16h às 18h e das 18h às 20h Informações: (13)3468.8636
EXPEDIENTE
Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992 www.jornalmartimpescador.com.br
Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo
Abrindo portas para que o público possa ingressar no mercado profissional, a Prefeitura de São Vicente está com inscrições abertas para o processo seletivo de estágio destinado a estudantes dos ensinos técnico e superior. Os interessados têm até 22 de junho para realizar as inscrições, que devem ser feitas no site no link: https://estagio.saovicente. sp.gov.br/.
As oportunidades são para atuação nas secretarias e órgãos da Administração Municipal, em contrato de dois anos. A bolsa-auxílio é de R$450 para alunos do ensino técnico - carga horária de 20 horas - e R$ 900 para estudantes de nível superior -
carga de 30 horas. Os estagiários também são contemplados com auxílio-transporte. Os critérios para seleção serão as médias aritméticas correspondentes ao 2º semestre de 2024. A média mínima é 5,0.
Cursos com vagas disponíveis: Informática Superior/Jornalismo/Letras/Matemática/ Medicina Veterinária/Nutrição/ Pedagogia/Processos Gerenciais/ Psicologia/Publicidade/Propaganda e Marketing/Relações Públicas/Serviço Social/Turismo/Administração/Arquitetura/ Artes Visuais/Biologia Ciências/ Contábeis Ciências/Econômicas Cinema/Rádio e TV – Audiovi-
sual/Direito/Educação Especial/ Educação Física (Bacharelado)/ Educação Física (Licenciatura)/ Engenharia Ambiental/Engenharia Civil/Farmácia/Gestão Comercial/Gestão Empresarial/ Gestão Financeira Gestão de Políticas Públicas (Administração/Gestão Pública)/ Gestão de Recursos Humanos/ História/Técnico de Administração/Técnico Informática/ Técnico de Nutrição/Técnico de Segurança do Trabalho/Técnico em Eventos/Técnico em Turismo Mais informações podem ser conferidas no edital: https:// www.saovicente.sp.gov.br/institucional/concursos/estagio/processo-seletivo-de-estagio-2025
Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobureau.com.br
Projeto gráfico: Isabela Carrari - icarrari@gmail.com - Impressão: Diário do Litoral: Fone.: (013) 3307-2601Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia
A ciência já comprovou que animais de estimação fazem bem a saúde. Pesquisadores suecos num estudo de 12 anos mostraram que, para pessoas que vivem sozinhas, a presença de cães diminui em 33% as chances de morte e em 36% o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A possibilidade de infarto cai 11%. O amor incondicional que os animais de estimação têm por seus tutores e vice-versa é essencial para o combate de diversas doenças, principalmente os males emocionais. A pet terapia ou Terapia Assistida por Animais, uso de bichos domésticos para fins terapêuticos, já é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Em alguns estados brasileiros, como Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul, leis permitem a presença de animais de estimação em hospitais públicos e privados, como forma de auxílio
terapêutico, em especial de doenças como depressão e ansiedade. Pesquisas mostram que a visita dos animais para crianças doentes descontrai o ambiente, propicia maior interação do paciente com os profissionais e demais crianças, criando maior cooperação nos procedimentos hospitalares. Algumas famílias preferem não ter animais pois acreditam que os filhos possam desenvolver alergias. Porém, a chance de a criança ter este tipo de problema são 40% menores tendo um animal de estimação, pois a convivência com eles desenvolve um sistema imunológico mais forte, embora este efeito não aconteça entre os adultos que já sofrem de alergias. Segundo cientistas australianos, animais de estimação podem fazer bem para a saúde das crianças. Uma pesquisa com cerca de 8.500 adultos, mostrou que crianças expostas a animais até os cinco anos tiveram menores taxas de alergia nasal na adolescência.
Ação de Páscoa, dia 20 de abril, foi realizada pela E.D.M. Baixada e Associação dos Moradores do Sítio Cachoeira-AMAC que distribuíram chocolate às crianças que vivem às margens do Canal de Bertioga na região do Rabo do Dragão.
Criar um bicho em casa ajuda a reduzir a pressão sanguínea, colesterol e o triglicérides. Essa convivência com animais reduz a sensação de solidão, a ansiedade e a depressão e faz os seres humanos produzirem mais hormônios como a ocitocina, prolactina e a serotonina que melhoram o humor.
Passear com cachorro é uma boa maneira de perder peso, e estas caminhadas são mais frequentes na companhia de um animal de estimação. Ter animal de estimação é efetiva medida preventiva para a saúde física e mental dos seres humanos.
Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário, professor da Universidade Santa Cecília, mestre em Saúde Pública e pós-graduado em clínica de felinos, e especialista em clínica médica e cirurgia de pequenos animais
O espaço Peixe de Varal, em São Sebastião, recebe a oficina culinária Sabores e Saberes, conduzida pela mestra Angélica Souza, com participação de mulheres da pesca, marisqueiras e artesãs de Caraguatatuba e São Sebastião. A atividade conta com o apoio do projeto Redes e promove o fortalecimento da economia criativa e da cultura tradicional caiçara. A primeira reunião foi realizada no dia 12 de abril, marcando o início do ciclo com a apresentação das participantes e o
agendamento das próximas datas. Serão ao todo quatro oficinas, com foco nas técnicas tradicionais de salga do pescado, camarão e mexilhões, além do processamento de seus derivados. A proposta é preservar os saberes ancestrais, fomentar a autonomia das mulheres e valorizar os modos de vida ligados ao mar e à terra. A ação é aberta à comunidade e integra uma série de atividades voltadas à valorização dos territórios pesqueiros e das práticas culinárias que atravessam gerações.
Alinhada à sua estratégia global de sustentabilidade, a DP World tem ampliado sua atuação em políticas e atividades voltadas à comunidade, com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. No último dia 21 de maio, a Companhia participou do evento Porto Diverso, promovido por uma rede de profissionais de empresas do setor portuário, com apoio da Autoridade Portuária de Santos.
Além de ser uma das empresas aliadas à iniciativa, nesta edição, a DP World se tornou signatária da Carta de Compromisso com a Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento (DIEP). A assinatura foi realizada por Eduardo Ribeiro, Gerente de Pessoas da divisão de Portos & Terminais. O documento estabelece compromissos voltados à promoção da igualdade de oportunidades, à prevenção de discriminação e assédio e à valorização da diversidade e da cultura organizacional.
A equidade de gênero é uma das três áreas de foco da estratégia global da DP World, “Nosso Mundo, Nosso Futuro” e está diretamente ligada ao ODS 5. Desde o início das operações no Porto de Santos, em 2013, o número de mulheres na companhia cresceu mais de 300%. Esse avanço se reflete também em outras divisões do Grupo: a DP World Logistics já conta com 50% de presença feminina, enquanto o segmento de Contract Logistics registra 47% de mulheres entre seus integrantes.
Ainda no mês de maio, o terminal de Santos recebeu representantes do 6º Grupamento de Bombeiros do Litoral para a entrega de um gerador de energia, que foi totalmente reformado pela equipe de Manutenção da DP World.
O equipamento teve seu motor e sistema de arrefecimento recuperados, além de receber atualização do sistema de alimentação, limpeza das conexões elétricas e substituição do tanque e mangueiras de combustível. Com a reforma, ele será utilizado pelo Corpo de Bombeiros no atendimento a emergências em toda a Baixada Santista (SP). Em agradecimento ao serviço prestado, representantes do 6º Grupamento homenagearam os envolvidos com a entrega de medalhas de honra ao mérito.
A cerimônia de entrega contou ainda com a participação de representantes do corpo diretivo da DP World, que fizeram a entrega oficial ao Major e Comandante Interino do 6º Grupamento, Wilson Vaccaro.
O Ibama concedeu à DP World o aceite do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) para a construção do Projeto SEEDs - terminal dedicado à operação de grãos e fertilizantes. O novo terminal é previsto para ser instalado dentro da infraestrutura já operada pela DP World, em Santos. Entre os dias 10 e 11 de junho, representantes estarão nas comunidades da Ilha Diana e Monte Cabrão para apresentar aos moradores as etapas de licenciamento do projeto.
Confira os horários e locais:
Dia 10/06, a partir das 18h30 – Centro Comunitário da Ilha Diana
Dia 11/06, a partir das 18h30 – Unidade Municipal Escolar (UME) de Monte Cabrão
Um homem de muito valor recebe justa homenagem ao ter seu nome colocado na placa de Travessa localizada no bairro do Valongo em Santos. A cerimônia aconteceu num domingo, 13 de abril, com muita emoção expressa pelos presentes durante o Ato de Celebração pela Reparação Histórica com a colocação da placa na Travessa Anísio José da Costa, que fica atrás do Museu Pelé. O homenageado era angolano, quilombola e trabalhador portuário, falecido aos 110 anos em 1940. Segundo Augusta França, especialista em Afroturismo e coordenadora do Mochilando Afroculturas, o momento da nomeação da placa foi carregado de fortes emoções e significados.
A presença da Dona Helena da Costa, de 100 anos, filha do homenageado, foi muito aguardada por todos, frente a esse acontecimento histórico. Além dela, cinco gerações da família de seu Anísio estiveram presentes, abrilhantando ainda mais a celebração. Um momento especial para dona Helena que pode apreciar ainda em vida a homenagem a seu pai, pois viria a falecer dez dias após o evento. A ação contou também com a participação de representantes do movimento negro, autoridades, integrantes da Mochilando Afroculturas, Projeto Quilombagem Escola e Projeto Saravá da UNIFESP, Comitê Chaguinhas, Coordenadoria da Igualdade Racial e Conselho da Comunidade Negra de Santos. Houve leitura de poemas em homenagem a Dona Helena e apresentação da Velha Guarda da Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba X-9, a Pioneira, Campeã do Carnaval de Santos de 2025.
Augusta França explica que essa justa reparação histórica a Seu Anísio José da Costa e família teve início na Caminhada dos Quilombos Históricos de Santos, em setembro de 2023. Nessa data, dona Helena e sua família aceitaram o convite da equipe da Mochilando Afroculturas para participar da Caminhada, onde a Vereadora Débora Camilo também estava presente. No roteiro foram apresentadas narrativas sobre a história de Seu Anísio e dona Helena. “No final, quando passamos pela antiga travessa Comendador Neto, como sempre, fizemos a observação sobre o fato do escravocrata ter sido homenageado, tendo uma rua com seu nome”, lembra Augusta. Naquele momento, a vereadora Débora Camilo teve a ideia de fazer uma reparação histórica a Seu Anísio, propondo, entre seus pares na Câmara Municipal, a troca do nome da travessa. “A Travessa Anísio José da Costa marca o início de muitas outras transformações que precisarão ser feitas na cidade de Santos”, afirma Augusta França. “Ficamos muito agradecidos à vereadora Débora Camilo @deborapsol pela sensibilidade e prontidão ao propor o projeto de lei que resultou na alteração do nome da travessa”, acrescenta. Augusta explica que a Mochilando Afroculturas tem como propósito contribuir, por meio de seus roteiros de Afroturismo, com essas transformações. “Vamos continuar a passar a limpo a história do país, desconstruindo erros históricos, dando visibilidade a fatos que contemplem a identidade e diversidade da população brasileira”, afirma Augusta. Para deixar sempre viva a lembrança de dona Helena em Santos, o vereador Francisco Nogueira fez a proposta para a criação do Sarau Helena Monteiro toda segunda quinzena de novembro lembrando o Dia da Consciência Negra.
Vereadora Debora Camilo e Augusta França
Ana Nascimento, sobrinha de dona Helena
Quem frequenta a mesa caiçara já experimentou um peixe assado recheado pelas costas. Este era um hábito comum entre pescadores. Podia ser tainha, pescada, namorado, robalo, anchova, todos ficavam muito gostosos e tirando a espinha principal das costas, dando a sensação que havia mais carne para saborear. O interessante foi encontrar num antigo livro italiano de receitas esse hábito. Isso pode mostrar que esse consagrado caiçara de limpar o peixe pode vir de tradição europeia.
Peixe italiano
Ingredientes:
1 vermelho cioba de cerca de 2 kg limpo pelas costas/Raspas da casca de dois limões/4 dentes de alho picados/meia cebola picada/ Azeite de oliva/½ copo de vinho branco
Preparo:
Para o recheio: 4 miolos de pão francês/1 xícara (chá) de leite/meio maço de salsinha bem picada/sal/1 dente de alho e meia cebola picadinhos/1 ovo. Para
o preparo, deixar os miolos de pão de molho no leite por meia hora. Depois espremer bem a massa com as mãos ou num pano de prato bem limpo. Reservar. Misturar ao pão os temperos: salsinha picada, 1 dente de alho e meia cebola picadinhos, casca de um limão ralada e sal. Misturar ao recheio um ovo para dar liga. Reservar.
Temperar o peixe por dentro e por fora com azeite de oliva, sal, e dois alhos picados. Colocar o recheio com uma colher, apertando bem para preencher a parte mais funda do peixe. Prender as bordas com palitos em sentido vertical, ou amarrar o peixe com linha de costura. Ajeitar numa assadeira.
Jogar bastante azeite, e completar o tempero com 1 alho picadinho e uma casca de limão ralado. Cobrir com uma folha de alumínio (lado brilhante para dentro) e levar ao forno em fogo alto por 20 minutos.
Retirar a folha de alumínio, derramar meio copo de vinho branco em cima do peixe, e deixar por mais 20 minutos.
Peixe caiçara
Ingredientes:
1 vermelho cioba de cerca de 2 kg limpo pelas costas/Cerca de 4 xícaras (chá) de farinha de mandioca/8 dentes de alho picados/meia cebola picada/Azeite de oliva/2 tomates picados sem pele/6 camarões cinza sem casca (para o recheio)/6 camarões cinza com casca para enfeitar/ Sal a gosto
Preparo: Temperar os camarões com casca no alho, azeite e sal. Temperar os camarões sem casca no mesmo tempero. Reservar. Temperar o peixe com o mesmo tempero. Espalhar por dentro e por fora. Reservar.
Preparar o recheio refogando
3 dentes de alho e meia cebola. Acrescentar os camarões sem casca e depois que estiverem dourados, colocar os tomates picados. Colocar a farinha de mandioca até ficar tudo bem misturado. Salgar. Com uso de uma colher ajeitar o recheio dentro do peixe. Fechar com palitos ou enrolar uma linha de costura em torno do peixe. Colocar numa assadeira e cobrir com papel alumínio. Deixar assando por 20 minutos em fogo alto. Retirar a folha de alumínio, jogar meio copo de água por cima do peixe e deixar assar por mais 20 minutos em fogo baixo. Enquanto o peixe termina de assar grelhar os camarões com casca no azeite e use para enfeitar a forma.
Na hora de escolher o camarão optar pelo rosa, branco ou cinza graúdos
Uma jornada histórica para conhecer os locais onde Luiz Gama atuou em defesa dos escravizados, contribuindo para a transformação social no Brasil, é o novo roteiro da Mochilando Afroculturas. O roteiro revela a profunda conexão de Gama com a cidade de Santos, destacando episódios marcantes de sua luta pela liberdade e justiça. Segundo Augusta França, guia de turismo e CEO da Mochilando, o projeto foi inspirado e construído durante uma produtiva conversa com o advogado e historiador do direito Bruno Rodrigues de Lima. O lançamento da caminhada aconteceu dia 17 de maio, no mesmo dia em que Lima fez o lançamento da segunda edição de seu livro “Luiz Gama contra o Império” na Realejo Livros em Santos, uma obra potente sobre um dos maiores nomes da luta antiescravista no Brasil. Na ocasião, Bruno realizou um bate-papo com leitores, aprofundando ainda mais o legado deste grande abolicionista e falando sobre a luta pelo direito no Brasil da escravização. Diante do sucesso da apresentação do livro na Realejo, o autor fez uma nova palestra no Cineclube Lanterna Mágica, da Unisanta, em Santos no dia 22/05.
Mais informações sobre o roteiro em 13 97805-7000 ou @ mochilandoafroculturas
O livro “Luiz Gama contra o Império” mostra a luta pelo direito no Brasil da escravização
“Minha missão única, missão
que orgulho-me, não é provar força com assassinos, que desprezo; é prestar auxílio e proteção a pessoas livres, que sofrem cativeiro ilegal; é arrancar as vítimas das mãos dos possuidores de má fé, vencer a força estúpida e sórdida da civilização, perante os tribunais, pelo direito, e com razão”, afirmou o abolicionista Luiz Gama (1830-1882). Com uma vida de luta dedicada à causa abolicionista, faleceu antes da promulgação da Lei Áurea que determinava
Bruno Rodrigues de Lima apresenta o livro no Cineclube Lanterna Mágica da Unisanta
a abolição da escravatura. No livro “Luiz Gama contra o Império”, o advogado e historiador Bruno Rodrigues de Lima, organizador das Obras Completas de Luiz Gama, em mais de 600 páginas discorre com ricos detalhes a vida e obra do abolicionista. Uma história incomum do menino que nasceu livre e foi escravizado aos 10 anos de idade, vendido pelo próprio pai, homem branco de ascendência portuguesa e reduzido à pobreza decorrente a
dívidas de jogatina. Nessa época, o menino já estava apartado de sua mãe, Luiza Mahin, mulher negra africana-livre, desaparecida após seu envolvimento com insurreições políticas na Bahia. A trajetória do menino Luiz passa por oito anos de escravização até voltar à liberdade, quando se alfabetizou e seguiu em sua luta contra o tráfico e o sequestro de africanos trazidos à força para o país. Segundo o autor, não se conhece na história do Brasil quem tenha escrito mais sobre direito e liberdade dos finais da década 1860 até o início da década de 1880 do que Luiz Gama. O repensar de nossa história traz reflexos em nosso presente. A ideia da reparação histórica com o movimento da mudança de nomes de rua, que tem acontecido por todo o Brasil, já está em andamento em Santos. Segundo Augusta França, além de o livro ter inspirado a criação do roteiro, revelando a conexão de Gama na cidade, tomou força também com a mudança de nomes de rua que venham homenagear pessoas escravistas por personalidades negras que fizeram história na cidade. No dia 13 de abril último a rua atrás do Museu Pelé foi renomeada para Travessa Anísio José da Costa, angolano, quilombola e trabalhador portuário, falecido aos 110 anos em 1940 em Santos. Assim, iluminar o passado é um modo de repensar o presente e construir um melhor futuro, pelo conhecimento e tomada de consciência humana.
Jorge Machado, uma figura sempre muito ativa na defesa da pesca e dos pescadores partiu aos 68 anos dia 31 de maio vítima de uma parada cardíaca. Nascido em São Bernardo do Campo em 14/07/56, passou a maior parte de sua vida em Guarujá. Foi presidente do Sinpescatraesp (Sindicato dos Pescadores e Trabalhadores Assemelhados do Estado de São Paulo) de 2012 a 2024. Como presidente se destacou com iniciativas como o seminário Amar para Todos em 5 de abril de 2012, que teve como tema os pescadores profissionais paulistas. O evento aconteceu no Terminal Pesqueiro Público de Santos, abordando a formação profissional dos pescadores, legalização e condições de trabalho. Jorge parte e deixa como legado sua incansável luta pelos pescadores.
A esponja de lavar louças é um objeto indispensável na cozinha, porém se não for bem cuidada ela oferece riscos à saúde, pois agrega muitas bactérias. Dentre os objetos da cozinha, a esponja é aquela que mais facilmente pode carregar bactérias para os alimentos. Dessa forma deve ser higienizada com água fervente, álcool ou água sanitária, após ser lavada com água e sabão neu tro. Como se trata de um objeto poroso, os resíduos de alimentos podem ficar retidos, o que facilita a proliferação bacteriana. Essa condição é responsável pela contaminação de utensílios como louças e talheres. Mesmo que a esponja apresente aspecto de nova, ela deve sofrer higienização. A esponja de louças não deve ser usada para limpar pia, ralos, fogões e bancadas. Ela deve ser trocada com frequência e quando usada de forma intensa a troca é diária.
Na aldeia Tapirema, terra indígena Piaçaguera em Peruíbe, a arte une caiçaras e indígenas em evento dia 24 de maio. A abertura do evento ficou por conta do grupo da tekoa, Yramoi Djawe (Povo da Beira do Mar), que apresentou cantos Tupi-Guarani e encerrou com o repertório Balanço da Floresta, com canções em português e em línguas indígenas. O grupo Fandango Manema levou sua música caiçara com alegria que entusiasmou os presentes. O fandango é uma expressão musical que está presente nas comunidades caiçaras no litoral de São Paulo e do Paraná. Envolve música, tocada com violas, rabecas, adufos; dança em pares e em roda, com sonoro sapateado feito com tamancos; e ainda improviso de versos. A iniciativa de apresentar o fandango às comunidades da aldeia Tapirema conectou as comunidades do território e proporcionou um momento de festejo, alegria, reencontro e encontro de gerações fandangueiras e tupi. “Foi muito legal, aprendi músicas novas e danças legais. Nós aprendemos um pouco da cultura deles e eles aprenderam um pouco da nossa”, afirmou a jovem Nimbotsaa (10), que tocou com o grupo Yramoe Djawe. Para anciã, a Txai Catarina Nimbopýrua (74), também foi um momento de reunir as comunidades da Terra Indígena Piaçaguera, já que havia participantes de quase
todas as aldeias na atividade. O pai de Catarina, João Samuel dos Santos tocava viola na Festa do Divino Espirito Santo, naquele território. Para a jovem Titxa (17), que conheceu o fandango na Festa Junina do Guarau, cada vivência é diferente. “Esta vivência foi eu estar dançando com meu povo e com o povo caiçara. Foi como se nossas raízes se entrelaçassem ainda mais forte, e este encontro de culturas, respeitando, trocando saberes e afetos para mim foi uma celebração da ancestralidade mesmo”, afirmou. Para Adriana Alves, caiçara do Rio Verde, o encontro poderia se repetir muitas vezes. “Me senti em casa na aldeia, isso poderia existir mais entre a gente, essas trocas, somos um povo só, vivemos praticamente da mesma forma e ver nossos filhos participando e tocando é muita alegria”. Completando o evento houve exposição de artesanato e foram servidos pratos típicos. O projeto foi realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cul tura (Minc), operacionalizado pela Prefeitura Municipal de Peruíbe, por meio da Secretaria Municipal de Cultura de Peruíbe (Secult) A Produção foi de : Oquá Cultural (@catharinaapolinario ), o material de assessoria de imprensa contou com entrevistas de Koendju e fotos de Kaynara pamalomi e Catharina Apolinário. Proponente: Mauricio Alves.
Segundo Alexandre Lima, criador do 1º Festival da Cultura Caiçara de Ilha Diana, realizado dia 10 de maio, o evento visa fortalecer o desenvolvimento do empreendedorismo na comunidade local. Ilha Diana é um bairro situado na Área Continental de Santos, abrigando cerca de 250 moradores que mantém suas tradições caiçaras de pesca, culinária e artesanato. Segundo Lima, presidente da ONG Vida Caiçara, várias barracas de alimentos montadas no evento mostraram como os moradores já estão habilitados a tocar seus negócios sozinhos.
Ele destaca que a culinária caiçara está bem representada na festividade, com as moradoras oferecendo suas especialidades favoritas no gênero. O evento contou também com oficinas, rodas de conversa, e apresentações musicais. Aconteceram ainda intervenções cênicas com Dr. Onu, Cia. SSMArte. As apresentações musicais contaram com a participação da banda Nine, Coletivo Percutindo Mundos, Novos Praianos, Diego Alencikas. Na ocasião foi lançado o livro Raiana-A raia voadora, de Miriam Lopes com ilustrações de Beatriz Campolim.
Lima afirma que a criação do festival traz a oportunidade de criar projetos incentivados que estimulem mais turismo à ilha. O evento é uma realização da ONG Vida Caiçara, com produção cultural da Nunes Projetos Incentivados e patrocínio da DP World, via PROMICULT, além do apoio da Prefeitura de Santos, Movimento ODS, Biz Propaganda e Santos Press Comunicação. O 1º Festival da Cultura Caiçara está inserido na programação da 13ª Semana da Cultura Caiçara (9 a 14/5), organizada por Márcio Barreto.