Jornal do Commercio edição aniversário de Manaus 352

WILLIAM ALEMÃO

JOANA DARC

DELEGADO PÉRICLES

ADJUTO AFONSO

ZECA NASCIMENTO

ANTONIO PEIXOTO

Presidente: Guilherme Aluízio de Oliveira Silva (in memoriam)

Fundado em 2 de janeiro de 1904

La­bor Om­nia Vin­cit Edição nº 43.403

Manaus, sábado a segunda-feira, 23 a 25 de outubro de 2021

MANAUS

SASSÁ DA CONSTRUÇÃO

O TAPIOCÃO

Temos trabalhado no desenvolvimento de novas matrizes e, sem dúvida, uma das mais promissoras é o mercado de petróleo e gás”

Tenho ciência de que pelo trabalho que estamos fazendo, vamos ser protagonistas nessa eleição e apoiar uma candidatura que vai vencer a eleição”

Wilson Lima, governador do Amazonas

David Almeida, prefeito de Manaus

SINÉSIO CAMPOS

RAIFF MATOS

e o futuro pós-pandemia

MAYARA PINHEIRO

R$ 5,00

PROF. SAMUEL

Mais um aniversário de Manaus e mais uma edição comemorativa do Jornal do Commercio para celebrar a data. Mas essa não é apenas mais uma edição. Esse trabalho foi realizado com muito carinho buscando ser referência sobre a história da cidade de Manaus, mas também um fórum para debates e reflexões sobre o futuro e o presente dessa cidade.

Uma novidade nesta edição é a presença de um índice na Página A2 para guiar o leitor em todo o conteúdo presente nesta edição.

Assim, ficará mais fácil localizar os temas e até as publicidades nos 17 cadernos desta edição. Outro fato marcante nesta edição, é base de pesquisa com a indicação das fontes de consultas e a bibliografia para os conteúdos históricos relatados nas páginas.

Assim, o leitor poderá aprofundar no conhecimento sobre a história com base e referência para essa informação. A história da cidade está espalhada em pequenos trechos indicados como “Se Liga na História” no cabeçalho

das páginas e também em dois cadernos que buscam apontar uma síntese histórica dos 63 bairros da capital amazonense.

Esperamos que você leitor possa se deleitar na leitura dessa edição que desejamos ser um marco para o conhecimento da capital amazonense.

TEREZINHA RUIZ

Nossos parceiros foram fundamentais para realizar esta edição

MANAUS

352

IVO NETO

TONY MEDEIROS

anos

DIEGO AFONSO

Prefeito David Almeida e governador Wilson Lima falam de eleições 2022 E-mail: SERVEX2021@Gmail.com Av. General Rodrigo Otávio, 80A - Bairro Crespo - CEP.69.073-000 -

Brasil

CENTRO HISTÓRICO

TECNOLOGIA

CIDADES

HISTÓRIA

Cheias, patrimônio abandonado, turismo e boemia viva

Inovação oferece oportunidades para geração de negócios

Moradores de Manaus buscam mais qualidade de vida

Leia um resumo histórico dos bairros de Manaus

CAD B/C

CAD E/F/G

CAD I/J/L/M/N/O

CAD P/Q

Moedas

PLÍNIO VALÉRIO

Cota d’ água

compra

DÓLAR R$ 5,6270 EURO R$ 6,5500

-8 cm

venda

DÓLAR R$ 5,6270

20,15m

Foi o movimento do rio Negro nas últimas 24 hs

21/10/2021

EURO R$ 6,552

20,07m

22/10/2021

ELAN ALENCAR

Amazonas

JOÃO CARLOS

-

CAP. CARPÊ

Manaus

SIDNEY LEITE

PAG A5/A7

SERVEX

LOGÍSTICA E ARMAZENAGEM

A2

ÍNDICE DA EDIÇÃO

MANAUS

352 anos

A C E g I L N P R CADERNO

CADERNO

CADERNO

CADERNO

CADERNO

CADERNO

CADERNO

CADERNO

CADERNO

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Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

b D f h J M O Q CADERNO

1 CAPA 2 ÍNDICE 3 FRENTE E PERFIL 4 PREFEITURA (ANÚNCIO) 5 ENTREVISTA DAVID ALMEIDA 6 GOVERNO (ANÚNCIO) 7 ENTREVISTA WILSON LIMA 8 ENTREVISTA AGUINALDO / TCE (ANÚNCIO)

CADERNO

1 ROTA TURÍSTICA RICA DO CENTRO 2 ATEM (ANÚNCIO) 3 DATA DO ANIVERSÁRIO/ TAPIOCÃO (ANÚNCIO) 4 CHIBATÃO (PERFIL EMPRESARIAL) 5 CHIBATÃO (PERFIL EMPRESARIAL) 6 CHEIAS HISTÓRICAS / VEREADOR CAP.CARPÊ (ANÚNCIO) 7 ENGECO (ANÚNCIO) 8 PATRIMÔNIO ABANDONADO / GRUPO SIMÕES (ANÚNCIO)

1 CENA GAMER 2 PALHOÇA (PERFIL EMPRESARIAL) 3 PODCAST EMPREENDEDORES / PLÍNIO VALÉRIO (ANÚNCIO) 4 MANAUARA SHOPPING (ANÚNCIO) 5 MANAUARA SHOPPING (ANÚNCIO) 6 MERCADO PET / MIRA FLORES (ANÚNCIO) 7 VEREADOR WILIAM ALEMÃO (PERFIL LEGISLATIVO) 8 CURSO GRATUITOS / ADJUTO AFONSO (ANÚNCIO)

1 DRONES 2 IVO NETO (PERFIL LEGISLATIVO) 3 TECNOLOGIA E NEGÓCIOS / VELAS RUBI (ANÚNCIO) / CONDE DO PÃO (ANÚNCIO) 4 ADS (ANÚNCIO) 5 ADS (ANÚNCIO) 6 LIVRO DA CRISTINA / SB IMÓVEIS (ANÚNCIO) 7 MONETIZA (ANÚNCIO) 8 PEDRINHO AGUIAR

CADERNO

CADERNO

CADERNO

1 ZONA SUL 2 ZONA SUL 3 CRM (ANÚNCIO) 4 ZONA SUL 5 ÁGUAS DE MANAUS (PERFIL EMPRESARIAL) 6 ZONA SUL / DIRECIONAL (ANÚNCIO) 7 APA MÓVEIS (ANÚNCIO) 8 ZONA SUL

CADERNO

1 OESTE 2 NOVA ERA (ANÚNCIO) 3 OESTE 4 INDT (ANÚNCIO) 5 OESTE 6 OESTE / SEBRAE (ANÚNCIO) 7 OESTE 8 ZECA NASCIMENTO (ANÚNCIO)

CADERNO

1 LESTE 2 DEPUTADO DELEGADO PÉRICLES (ANÚNCIO) 3 LESTE 4 EXPERTISE (ANÚNCIO) 5 LESTE 6 LESTE / PEIXE-BOI (ANÚNCIO) 7 FATIARE (ANÚNCIO) 8 LESTE

CADERNO

1 HISTÓRIA ZONA SUL 2 RODRIGO GUEDES (ANÚNCIO) 3 HISTÓRIA CENTRO-OESTE / ALEAM (ANÚNCIO) 4 PEDRO CORTEZ 5 PEDRO CORTEZ 6 ANTONIO PEIXOTO (ANÚNCIO) 7 HISTÓRIA ZONA LESTE 8 AMEC (PERFIL EMPRESARIAL)

?

1 SUNTUOSIDADE ENTRE TÚMULOS 2 A. DE MANAUS 3 AS SALAS DE CINEMA DO CENTRO/ RAIFF MATOS (ANÚNCIO) 4 TV ENCONTRO DAS ÁGUAS (ANÚNCIO) 5 TV ENCONTRO DAS ÁGUAS (ANÚNCIO) 6 HERÓIS DE MANAUS /OCA PUBLICIDADE (ANÚNCIO) 7 OCB (PERFIL EMPRESARIAL) 8 CENTRO BOÊMIO/DELÍCIAS DO NORTE (ANÚNCIO)

1 ARTE PULSANTE 2 CIEAM (ANÚNCIO) 3 VENEZUELANOS / HONDA (ANÚNCIO) / THEREZINHA RUIZ (ANÚNCIO) 4 GERA 5 GERA 6 LEGISLATIVO / SERVEX (ANÚNCIO) 7 RYMO (ANÚNCIO) 8 JUDICIÁRIO / VEREADOR SASSÁ (ANÚNCIO)

2 SAMEL (ANÚNCIO) 3 ARTIGOS 4 BEMOL (ANÚNCIO) 5 CONSELHO DE CONTABILIDADE (ANÚNCIO) 6 BOEMIA DE MANAUS EM LIVRO / CREA (ANÚNCIO) 7 C DAS CORREIAS (ANÚNCIO) 8 DIEGO AFONSO (ANÚNCIO)

JCOMMERCIO

JCOMMERCIO

JCOMMERCIO

Relatórios dos Presidentes dos Estados Brasileiros.

Amazonas, 1891-1930.

Jornal do Commercio, edições de 1904 a 2015.

Mensagens da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 1930-1959.

Diário Oficial do Estado do Amazonas, 1893-1900.

Jornal A Capital, edições de 1917 a 1918.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: ARANHA, Bento de Figueiredo Tenreiro. Um Olhar pelo Passado. Manaus: Prefeitura Municipal/GRAFIMA, 1990. (Original de 1897).

ANDRADE, Moacir. Manaus: ruas, fachadas e varandas. Manaus: Editora Umberto Calderaro, 1984.

1 POLO DIGITAL 2 RD ENGENHARIA (ANÚNCIO) 3 MULHERES NO TI / GLACIAL (ANÚNCIO) / CORPRINT (ANÚNCIO) 4 SIDNEY LEITE (ANÚNCIO) 5 OMAR AZIZ (ANÚNCIO) 6 EMPREENDEDORES DIGITAIS / ALFAIA (ANÚNCIO) 7 JOANA DARC (ANÚNCIO) 8 MAZÉ MOURÃO

BITTENCOURT, Agnello. Fundação de Manaus – Pródromos e Sequências.

Manaus: Editora Sérgio Cardoso, 1969.

BRAGA, Genesino. Chão e Graça de Manaus. 2° ed. Manaus: Imprensa Oficial do Estado, 1987.

CORRÊA, Luiz de Miranda. Roteiro Histórico e Sentimental da Cidade do Rio Negro. Manaus: Artenova, 1969.

DUARTE, Durango Martins. Manaus entre o passado e o presente.

Manaus: Ed. Mídia Ponto Comm, 2009.

FIGUEIREDO, Aguinaldo Nascimento. História do Amazonas. Manaus: Editora Valer, 2011.

1 ESCOLAS DIGITAIS 2 ELLAN ALENCAR (ANÚNCIO) 3 ESCOLAS IDIOMAS / FECOMÉRCIO (ANÚNCIO)

JOBIM, Anísio. O Amazonas, sua história: ensaio antropogeográfico e político. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1957.

LIMA, Bertino de Miranda. A cidade de Manaus: sua história e seus motins políticos. Manaus: Associação Comercial do Amazonas, 1984.

(Original de 1908).

4 AMAZONASTUR (PERFIL EMPRESARIAL) 5 AMAZONASTUR (PERFIL EMPRESARIAL) 6 HUMBERTO AMORIM / MAGISTRAL 7 AGUÁS DE MANAUS (PERFIL EMPRESARIAL) 8 VEREADOR JOÃO CARLOS (ANÚNCIO)

1 CENTRO-SUL 2 VAREJÃO GAÚCHOS 3 CENTRO-SUL 4 GBR (ANÚNCIO) 5 CENTRO-SUL 6 CENTRO-SUL / SINDUSCON (ANÚNCIO) 7 DEDÉ (ANÚNCIO)

LOUREIRO, Antonio José Souto. Dados Históricos da Evolução e Crescimento de Manaus. In: 332 anos de Manaus – História e Verdade.

Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Manaus: Editora Valer/ Governo do Estado, 2001, p. 79-102.

MENEZES, Aprígio Martins de. História da Província do Amazonas. In: Almanach Administrativo, Histórico, Estatístico e Mercantil da Província do Amazonas para o anno de 1884. Manáos: Imp. na Typ. do Amazonas de José Carneiro dos Santos, 1884, p. 87-115.

MELLO, Octaviano. Topônimos amazonenses: nomes das cidades amazonenses, sua origem e significação. Manaus: Edições do Governo do Estado do Amazonas, 1967.

MONTEIRO, Mário Ypiranga. Roteiro Histórico de Manaus. 2 Vol. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 1998. _________________________. Fundação de Manaus. 4° ed. Manaus: Editora Metro Cúbico, 1994.

MESQUITA, Otoni Moreira. Manaus: História e Arquitetura – 1852-1910. 3° ed. Manaus: Editora Valer, 2006.

8 CENTRO-SUL PÉRES, Jefferson. Evocação de Manaus: como eu a vi ou sonhei. 2° ed.

Manaus: Editora Valer, 2002.

1 CENTRO-OESTE 2 DEPUTADO ALBERTO NETO (ANÚNCIO) 3 CENTRO-OESTE 4 SINÉSIO CAMPOS (PERFIL LEGISLATIVO) 5 CENTRO-OESTE 6 CENTRO-OESTE 7 SINGULAR (ANÚNCIO) 8 CENTRO-OESTE

REIS, Arthur Cezar Ferreira. Manáos e outras villas. Manaus: Typographia Fênix, 1935. (Biblioteca Arthur Reis – CCPA). ______________________. Súmula de História do Amazonas. 3° ed.

Manaus: Editora Valer/Governo do Estado do Amazonas, 2001.

EXPEDIENTE DA EDIÇÃO CEO Sócrates Bomfim Neto COORDENAÇÃO COMERCIAL Adalberto A. dos Santos

1 NORTE 2 DB (ANÚNCIO) 3 NORTE 4 TV LAR (ANÚNCIO) 5 NORTE 6 NORTE / DEPUTADA MAYARA (ANÚNCIO) 7 SUMAÚMA (ANÚNCIO) 8 NORTE

1 HISTÓRIA ZONA NORTE 2 ÁGUAS DE MANAUS (PERFIL EMPRESARIAL) 3 HISTÓRIA CENTRO-SUL / SHOPPING P NEGRA 4 FIEAM (ANÚNCIO) 5 TONY MEDEIROS (PERFIL LEGISLATIVO) 6 HISTÓRIA OESTE 7 VEREADOR PROF SAMUEL (ANÚNCIO) 8 FOMENTO EM ALTA / BARATÃO DA CARNE (ANÚNCIO)

CURIOSIDADE

1 FLUTUANTES

FONTES CONSULTADAS:

As ruas e avenidas do bairro Cachoeirinha, na zona Sul da cidade, em sua maioria homenageiam municípios do interior do Estado: Rua Borba, Rua Maués, Avenida Manicoré, Avenida Tefé, Avenida Parintins, Avenida Codajás, Avenida Urucará, Avenida Itacoatiara, Avenida Silves, Avenida Ipixuna, Avenida Humaitá e Avenida Japurá.

COORDENAÇÃO EDITORIAL Fred Novaes PROJETO GRÁFICO Victor Rodrigues da Costa Mtb-AM 359 EDIÇÃO Fred Novaes Lílian D’Araújo Marcelo Peres Sintia Maciel PESQUISA HISTÓRICA Fábio Augusto Carvalho DIAGRAMAÇÃO Denis Ferreira Wagner Alves REVISÃO Bia Santos REPORTAGEM Marcelo Peres Evaldo Ferreira Leanderson Lima Sintia Maciel Bruno Tadeu Rita Ferreira Laissa Carvalho Sandro Abecassis *Todo conteúdo histórico exposto nesta edição teve como base o material presente na bibliografia e nas fontes consultadas. ** O conteúdo Perfil Empresarial e Perfil Legislativo nesta edição é pago pelas fontes para publicação.

Empresa Jornal do Comércio Ltda.

Av. Tefé, 3.025, Japiim CEP: 69078-000 – Manaus/AM – Brasil E-mail: redacao@jcam.com.br Telefone: (92) 2101-5500 CNPJ: 04.561.791/0001-80

jcommercio jcommercio

PRESIDENTE (in memoriam) Guilherme Aluí­zio de Oliveira Silva

CEO Só­crates Bomfim Neto

DIRETOR DE MERCADO Ubaldino Meirelles

A3

DIRETOR DE REDAÇÃO Fred Novaes

MANAUS SINEJA

@jcommercio

SUPERINTENDENTE Adalberto A. dos Santos

SIP - SOCIEDADE INTERAMERICANA DE IMPRENSA

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS

jcam.com.br

352

WAN

anos

EDITORIAL

ARTIGO

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

A nova regra “criada” pelo YouTube

ARISTÓTELES DRUMMOND É JORNALISTA, VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO ARISTOTELESDRUMMOND@MLS.COM.BR

Em boca fechada não entra mosca

Esta frase ganhou o mundo em 2007, quando o então rei de Espanha, Juan Carlos, se dirigiu ao ditador venezuelano que não parava de falar bobagens numa reunião ibero-americana, no Chile.

Falta no Brasil alguém com a autoridade do rei para pedir ao presidente Bolsonaro para se calar. Embora, desde muito, ele saiba que, quando abre a boca, se não é infeliz no que diz, é mal interpretado pela mídia. E que não é papel de presidente emitir conceitos sobre pessoas, instituições e muito menos autoridades de outros poderes. Não ganha nada, senão inimigos, desgastes desnecessários. Afinal, o brasileiro está mais para o “faça amor, não faça a guerra” do que “olho por olho, dente por dente”. E ele é o presidente da República , deve preservar sua autoridade e não se rebaixar para responder.

O que torna mais grave o desgaste do presidente é que ele, assim, compromete a revolução pelo voto da qual sua candidatura foi o instrumento disponível para 57 milhões de brasileiros. Destes, talvez, nem um quinto votaria nele, se houvesse outra mensagem nítida de repúdio ao que se viveu nos anos PT e, embora com mais compostura, se repetiu no governo Temer, que se perdeu pelas velhas companhias comprometedoras e impopulares.

O presidente está longe de ser o personagem pintado pela oposição ressentida, amparada em uma máquina de mídias cruel e desonesta. Existem comportamentos inadequados em seu entorno, que ele não quis enquadrar com a autoridade pessoal e oficial que possui. É da natureza humana e da tradição brasileira tentativas de golpes, sendo que, dessa vez, foram de pequena monta, para comprar uma casa aqui ou alugar outra ali. Nada perto do que se passou nos anos anteriores.

A gestão das estatais, nem a oposição, consegue manchar, especialmente BB, BNDES, Eletrobras, Petrobras. Nunca se abriu tanto para o investimento privado na infraestrutura que carecemos, como estradas, portos, aeroportos e fazendo renascer a ferrovia.

Não faz mais, pois as brigas com demais poderes e governadores impedem parcerias, despertam receios, geram insegurança. O governo trabalha e o presidente atrapalha.

Pelo isolamento, pelo temor que desperta em poucas salas de bom senso no Planalto, não percebeu a gravidade de ter como “ministro da casa” uma parlamentar pela via nupcial, casada com o ex-senador e governador de Brasília Arruda, que dispensa comentários. Sua omissão no que toca a pautar na Câmara a questão da segunda instância compromete todo o discurso de campanha. E os processos remetidos para Brasília da Lava-Jato estão em gavetas e não são cobrados. Protege o adversário, pois o escolheu como opositor ideal. No que Lula muito aprecia, pois, a essa altura, sonha mesmo em enfrentar Bolsonaro. Percebe-se que o Brasil passa a ser secundário neste jogo.

Na pandemia, que agora vai ter um relatório cheio de ódios contra ele, deve estar comprometido pelo que andou dizendo e a CPI deve ter juntado ao relatório. Não parou um dia sequer de minimizar a pandemia, de se omitir na compra de vacinas, depois em ironizar uma das vacinas que teve de comprar e aplicar na população, depois na crítica ao isolamento consagrado em todo mundo. E, neste crescer insano, combateu o uso de máscaras, hábito comum na Ásia há décadas. O governo faz campanha publicitária pela vacina e ele afirma que não vai tomar. E, no exterior, diz que não tomou quando nada lhe foi perguntado.

O governo se salva, tem gente competente, tem boa orientação, mas paga o desgaste político imenso em função do presidente não saber se cercar e se calar.

Por que não te calas, Bolsonaro?

A Lei brasileira de Direitos Autorais está sendo “revogada” pelo ambiente digital. Isso porque as suas disposições, que parecem ser tão defasadas para tratar das questões do mundo “real”, são, deliberadamente, afastadas no trato dos conflitos de interesses existentes no mundo virtual.

Um exemplo prático desse fenômeno é o YouTube, que, sob um discurso de liberdade, permite que os indivíduos, por si só, decidam os limites de uso das suas obras intelectuais nos vídeos postados na plataforma. Assim, respeitados os termos de uso e as diretrizes da comunidade, regras determinadas pela própria plataforma para todos aqueles que a utilizam, o indivíduo é “livre” para determinar os modos de uso de seu conteúdo autoral.

Ocorre que essa “liberdade” individual, na verdade, é exercida ignorando as disposições da legislação brasileira, além de favorecer os grandes detentores de conteúdo protegido por direito autoral.

O famoso Content ID, ferramenta tecnológica do YouTube que vasculha toda a plataforma em busca de “infrações a direitos autorais”, que significa qualquer uso em desacordo com o que o “dono da obra” determinou, somente pode ser utilizado por grandes usuários, já que exige destes toda uma equipe e infraestrutura adequadas para gerenciar a referida ferramenta (usuários com pouco conteúdo podem utilizar outras ferramentas de menor potencial, como os avisos de notificação e o Copyright Match Tool).

Na prática, funciona assim: o titular da obra intelectual, após ser aprovado pelo YouTube para usar o Content ID (a análise leva em consideração diversos critérios, entre eles a quantidade de conteúdo que o titular pretende gerenciar, que deve ser “complexa”, de acordo com a plataforma), irá compartilhar com a plataforma o seu banco de dados de conteúdo e, a partir daí, o robô irá, automaticamente, fazer uma varredura em toda a plataforma em busca de vídeos que estejam

FRENTE&PERFIL

utilizando as obras protegidas.

Caso dê match, ou seja, se o Content ID encontrar um conteúdo que seja similar ao que existe no banco de dados do titular, ele dá a este as seguintes opções: rastrear o vídeo, que simplesmente impede que o terceiro “infrator” monetize o vídeo, apenas coletando estatísticas de views para o titular; monetizar o vídeo, ou seja, o titular insere anúncios no vídeo do terceiro “infrator” e ganha com isso; ou bloquear o vídeo, o que impede sua visualização na plataforma.

Importante dizer que essa decisão é absolutamente unilateral. Apesar de o YouTube abrir a possibilidade de o usuário prejudicado questionar a decisão, o fato é que quem decide, no final das contas, o que ocorrerá com o vídeo postado é o titular da obra utilizada “indevidamente”.

Até quando o mundo virtual permanecerá alheio às regras legais? Até quando o interesse individual/corporativo triunfará em detrimento do direito de acesso ao conhecimento e à cultura?

MAIS MANAUS

O poder público é um facilitador de negócios e empreendimentos, enquanto o empresariado tem papel de viabilizador da economia. Foi com essa visão que a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas recebeu a diretoria do Instituto Municipal de Planejamento Urbano para conhecer os projetos desenvolvidos pela Prefeitura de Manaus para intervenções no Centro da capital. Os empresários conheceram os projetos anunciados pelo prefeito no programa “Mais Manaus”.

SUCESSO

O Circuito Cultural Manaus 352 anos recebeu mais de 15 mil pessoas em sete dias do evento na Avenida do Samba, numa alusão ao aniversário da cidade, realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, em parceria com a Prefeitura de Manaus. A iniciativa contou com a participação de 42 atrações e gerou renda para trabalhadores da cultura e economia criativa em diferentes segmentos.

UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA

Os serviços de laboratório, assistência hematológica e coleta de sangue da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas foram avaliados com 99% de aprovação pelo público de pacientes e doadores de sangue. Esse é o resultado geral da pesquisa de satisfação divulgada pela ouvidoria da instituição. A avaliação é referente ao segundo quadrimestre deste ano. O resultado aponta crescimento de um ponto em relação ao quadrimestre anterior, quando a instituição obteve 98% de satisfação. A Fundação Hemoam é o órgão do governo estadual responsável pelo abastecimento

de sangue da capital e interior, além de ser referência no diagnóstico e tratamento de todas as doenças malignas e benignas do sangue. De maio a agosto, a pesquisa ouviu centenas de usuários das áreas de assistência hospitalar e ambulatorial, doação de sangue e laboratório de análises clínicas. A avaliação considera 45 itens, dentre eles, atendimento da equipe multidisciplinar, conforto, limpeza, tempo de espera e qualidade do atendimento. As áreas mais bem avaliadas neste segundo quadrimestre foram a coleta de sangue, com 100% de satisfação geral do serviço, e o ambulatório com 99%.

PRESTANDO CONTAS

A Polícia Civil do Amazonas, por meio das Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Mulher, apresentou o trabalho desenvolvido pelo órgão de segurança do Estado no combate à violência doméstica ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, durante visita institucional de representantes da pasta do governo federal.

QUEM VEIO

Vieram até Manaus a delegada Ana Cristina Melo, secretária de Gestão e Ensino em Segurança Pública do MJSP; a delegada Grace Justa, diretora do Departamento de Política de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; e as coordenadoras do Curso Nacional de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica Familiar, Juliana Amorim e Viviane de Melo.

TRATAMENTO

A Unidade Gestora de Projetos Especiais, juntamente com a Concessionária Águas de Manaus, viabilizou o licenciamento ambiental para operação da Estação de Tratamento de Esgoto do Educandos, bem como do sistema de esgotamento sanitário da bacia do São Raimundo, construído pelo Prosamin+ (Programa Social e Ambiental de Manaus e do

Não pedi demissão” Paulo Guedes, ministro da Economia

Interior ) em bairros das zonas Sul e Oeste da capital. A primeira ETE construída pelo Prosamin+ foi inaugurada pelo governador Wilson Lima em agosto, e era um passivo antigo do programa.

OPERANTE

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas somou um total de 1.935.990 atos de atendimento entre 2018 e setembro de 2021. Os atos de atendimento são ações judiciais, petições, recursos e requerimentos que resultam dos atendimentos prestados aos cidadãos e refletem o alcance da instituição junto à população. A área de Direito de Família concentra o maior número, somando 883.287 atos de atendimento nesse período.

CERCO INTELIGENTE

Lançado pelo governador Wilson Lima, o Cerco Inteligente de Videomonitoramento inclui,

além de 500 câmeras, instaladas em pontos estratégicos de Manaus, reforço no patrulhamento por meio da entrega de 50 viaturas para a Polícia Militar do Amazonas. Os veículos possuem tecnologia de ponta que vai permitir a ampliação do patrulhamento ostensivo e preventivo nos bairros das zonas Norte e Leste de Manaus.

PARABÉNS

O aniversário de 352 anos de Manaus vai ser celebrado com uma intensa programação cultural neste domingo (24).

As atividades, oferecidas pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, vão acontecer no Teatro Amazonas, Largo de São Sebastião e Parque Rio Negro. Para iniciar as atividades, às 11h, o Balé Folclórico do Amazonas apresenta o espetáculo “Manaus, Mana, Maninha”, no Teatro Amazonas, numa homenagem à cidade.

SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

Estou cumprindo a promessa” David Almeida (Avante), prefeito de Manaus, ao anunciar a prorrogação do Auxílio Manauara por três meses

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MANAUS

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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352

anos

1910

Se Liga na História: O primeiro prefeito eleito de Manaus foi o médico e professor Jorge de Moraes (1872-1947), em 1910. Até então os administradores do município eram nomeados pelo Governador.

Moraes assumiu em 1911 e ficou no cargo até 1913. Enfrentando a crise econômica da borracha, fez uma boa administração, garantindo alguns melhoramentos urbanos para a cidade.

A5 MANAUS

352

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

David Almeida

prefeito de Manaus

‘Vou apoiar a candidatura que vai vencer a eleição’ MARCELO PERES @marcelo.peres

O

prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), diz que a cidade chega aos 352 anos de fundação com vários presentes. Está mais inclusiva, moderna, gera mais empregos e renda, apesar das duas ondas da pandemia que se abateu sobre a capital do Amazonas.

Segundo ele, a cidade vai melhorar a mobilidade urbana com a construção de cinco passagens de nível e cinco viadutos.

O prefeito avalia que a cidade avançou

Jornal do Commercio –

Prefeito, o sr. faz uma administração sem atacar ninguém, ao contrário de outros que estiveram à frente da prefeitura. É a sua marca....?

David Almeida –Cheguei para fazer diferente, visando prospectar um futuro melhor para a cidade. Assumi a prefeitura com menos R$ 2 bilhões no orçamento, bem menos que o meu antecessor.

Recebi uma prefeitura cheia de problemas, cheia de dívidas, mas não estou reclamando de nada. Ainda tenho que pagar uma dívida de R$ 500 milhões deixada pelo meu antecessor.

Mas mesmo assim, tudo o que fizemos de melhorias até agora é fruto de muito trabalho dentro de minhas limitações financeiras.

Quero discutir ações com trabalho e esquecer as questões políticas, coisas de uma era chamada caciques que tenho o dever de acabar. Só viso bons resultados para Manaus.

JC - Manaus chega aos

352 anos de fundação num momento de instabilidade política nacional, com impactos na pandemia e, ainda o que é mais preocupante, a reforma Tributária, considerada uma ameaça à Zona Franca. Como avalia o atual cenário? De que forma podemos defender a ZFM, gerando novas oportunidades de emprego e renda na região?

DA - É o momento mais difícil da história da Zona Franca.

Temos um ministro da Economia que não gosta da ZFM, não tem conhecimento sobre a importância do modelo para o Brasil e para o mundo.

Os desastres naturais acontecem em todos os países. Tudo isso resulta da intervenção do homem. A ZFM é o maior projeto de preservação ambiental do mundo. Somos a solução para o mundo.

Esse modelo representa para o Brasil 0,23% do PIB, mas doamos para o mundo e para o Brasil em compensações ambientais. O ministro Paulo Guedes precisa saber que Manaus é um dos sete Estados que mais arrecada impostos do que recebe do governo federal. Então, somos superavitários. Eles retiram mais do que mandam pra cá.

Uma escola que é construída lá em São Paulo é feita com recursos de Manaus, recursos da Zona Franca de Manaus porque ajudamos a encher os cofres da União que são distribuídos para

muito nos serviços em praticamente todas as áreas da rede municipal, mesmo com R$ 2 bilhões a menos no orçamento em relação à administração passada.

Perto de completar um ano de mandato, Almeida vislumbra boas perspectivas para Manaus no próximo ano, agregando novas oportunidades de negócios e mais benefícios à população manauara.

“Enfrentei a pior fase da crise sanitária mundial. Depois, veio a enchente.

Mesmo assim, administramos bem o orçamento, permitindo auxiliar a população nos momentos mais difíceis”, ressalta o prefeito.

David Almeida afirma que o orçamento da prefeitura deve saltar de R$ 5.6 bilhões para R$ 7,3 bilhões, o que dá para “prospectar” melhores ações em 2022. Ele diz, ainda, que paga uma dívida de R$ 500 milhões deixada pelo seu antecessor.

“Encontrei uma prefeitura cheia de problemas, cheia de dívidas, mas mesmo assim conseguimos planejar, reorganizar tudo, e dar continuidade a medidas que possibilitaram a manutenção dos serviços e também auxiliaram as pessoas na fase mais aguda da pandemia”, acrescenta.

Para o prefeito, é possível conciliar o desenvolvimento com a sustentabilidade, explorando os recursos naturais, desde que haja responsabilidade e cumprimento das regras ambientais. Aos que insistem em culpar o Amazonas pela desorganização do ecossistema mundial, o prefeito argumenta ser a Zona Franca de Manaus o maior modelo de preservação ambiental do mundo.

“Somos a solução para o Brasil e para o mundo com a manutenção harmoniosa de todo esse ecossistema. Temos 95% da floresta intocável”, destaca. Almeida ainda não escolheu

Foto: Dhyeizo Lemos / Semcom

outros Estados.

A ZFM é o equilíbrio do mundo e precisa ser preservada, remunerada. Somos os maiores preservadores mundiais. O ponto de equilíbrio desse ecossistema. vantagens comparativas, já que existe muito movimento contra a Zona Franca? Vem muito chumbo grosso por aí.

DA – Temos uma bancada federal muito pequena, mas que é muito ativa. Há muitos diálogos. Nossos representantes são expoentes em bases nacionais. Estão se debruçando sobre a manutenção das vantagens comparativas constitucionais.

Aqui nós somos o porto seguro dos investimentos. Porém, precisamos confirmar através das mudanças da reforma Tributária. Nós somos a solução para o mundo. Então, precisamos de apoio para manter esse modelo.

que dará à população nesse aniversário de Manaus?

DA– Damos como presente uma cidade com mais inclusão, modernizada. Estamos finalizando a contratação para recuperação de 10 mil ruas com recapeamento asfáltico, melhorando a infraestrutura.

Trabalhamos para mudar a realidade de Manaus na saúde, na educação, na assistência social. Queremos dar uma

preservação ambiental.

JC – Como está a parceria

JC – Investidores reclamam que há muita burocracia para viabilizar negócios. Há muito rigor nas legislações. Como avalia essa questão?

DA - Os governos devem ser facilitadores para atrair novos investimentos, gerando mais empregos e renda. Os governos precisam se modernizar Essa modernização está acontecendo na prefeitura com investimentos em novas tecnologias, acelerando processos no que se refere a licenças.

JC – Hoje, fala-se muito

JC - O sr. está perto de

JC – Qual o maior presente

que vai vencer a eleição. com o governo do Estado para realização de obras?

DA – Temos boas tratativas com o governo do Estado, com o governo federal, só que até o momento não finalizamos nenhum convênio e não recebemos nenhum recurso.

Mas o diálogo é muito bom, as tratativas estão acontecendo e espero receber nos próximos meses a contrapartida do governo do Estado e do governo federal para que possamos fazer investimentos em Manaus.

JC– E como manter as

completar o primeiro ano de mandato. Qual o balanço que faz de sua administração e sobre as metas dos próximos anos?

DA -- Assumi a Prefeitura de Manaus no pior momento da crise sanitária mundial. Após a pandemia, tive que lidar com a maior e mais severa enchente da nossa cidade. E mesmo assim, a prefeitura deu respostas rápidas. Pudemos sair das situações adversas transformando as dificuldades em oportunidades.

A prefeitura lançou auxílios para ajudar vários segmentos, empreendedores. Fizemos diversas ações mesmo com dificuldades no orçamento. Continuamos bancando o transporte coletivo com quase R$ 25 milhões por mês.

Hoje, Manaus é uma das cidades mais imunizadas do Brasil. Durante a enchente, não recebemos ajuda nem do governo estadual nem do governo federal. O orçamento da prefeitura é menor que o orçamento da Secretaria de Educação do Estado.

quem irá apoiar nas eleições do próximo ano. Mas afirma com muita segurança, convicção, que sairá vencedor o candidato que tiver o apoio da prefeitura.

O prefeito revela ter boas tratativas e diálogos com o governo do Estado e o governo federal, mas até o momento não recebeu nenhuma ajuda financeira. “Tudo o que fizemos até o momento foi com os próprios recursos da prefeitura”, salienta.

Ele falou com exclusividade ao Jornal do Commercio na edição especial alusiva aos 352 anos de Manaus.

Prefeito David Almeida disse que será protagonista na eleição de 2022

virada na questão também da mobilidade urbana, finalizando a construção de cinco passagens de nível e cinco viadutos que irão começar a operar nos próximos meses.

Queremos mudar a cara de Manaus com relação ao turismo.

Vamos recuperar parques, o entorno do Encontro das Águas, construir o mirante da Ponta Negra. Planejamos a construção de um aquário com peixes amazônicos.

Temos muitas perspectivas para melhorar Manaus e voltar a sonhar que Manaus é uma cidade melhor para se viver.

JC - Vemos que o sr. tem

se preocupado muito com a limpeza da cidade, na sustentabilidade, gerando mais empregos e renda...

DA – Temos que elevar a autoestima da população. É a mesma equipe que existia, não contratamos ninguém, só que estamos executando tudo isso com muito trabalho na limpeza que tem muita visibilidade nas ruas.

O secretário está sempre presente nas ruas. E isso faz com que percebam que estamos fazendo as coisas da melhor maneira possível

Estamos iluminando quase todo Manaus com led, a limpeza é uma realidade em toda a cidade. E estamos trabalhando para melhorar os serviços.

Já são dez meses de trabalho que foram muito desafiadores, mas as perspectivas são muito boas. Ano que vem vai ser muito bom. Com nosso planejamento, teremos muitas coisas boas para a cidade de Manaus. Eu saio de um orçamento de R$ 5.6 bilhões para R$ 7.2 bilhões. Então, dá pra prospectar uma situação melhor para a cidade.

JC - Já tem algum candidato

para a corrida eleitoral em 2022 ou deve apoiar a reeleição do governador Wilson Lima?

DA - Há três candidatos que saem como protagonistas.

A prefeitura ainda não tem candidato, mas vamos decidir por uma candidatura. Tenho ciência de que pelo trabalho que estamos fazendo, vamos ser protagonistas nessa eleição e apoiar uma candidatura que vai vencer a eleição.

A certeza que tenho é que o próximo governador vai precisar do apoio da Prefeitura de Manaus. E certamente a prefeitura vai apoiar uma candidatura

sobre o desenvolvimento a partir de uma nova matriz econômica com foco nas potencialidades dos recursos naturais, uma atividade que se somaria às indústrias da Zona Franca. Como avalia essas possibilidades de incremento, também é defensor desse novo viés?

DA – Temos que ter opções ao nosso modelo de sustentação.

Eu acrescento à questão do gás natural, da mineração, do turismo. Possuímos atrações turísticas fantásticas que precisamos construir estruturas para que o Brasil e o mundo possam conhecer a nossa biodiversidade.

O turismo ecológico, as nossas belezas naturais.

Faremos o Parque Niemeyer, o Parque Encontro das Águas que tem até o nome da minha mãe Rosa Almeida.

Também iremos fazer o mirante, o observatório da Ponta Negra visando o turismo nacional e internacional, possibilitando uma visão diferenciada em relação ao novo polo que é o polo turístico.

JC - É possível explorar os

recursos naturais sem agredir a biodiversidade?

DA – Sim, com certeza, é possível explorar com sustentabilidade. Temos regras ambientais que devem ser obedecidas.

Temos a maior reserva de potássio do mundo entre Autazes, Itacoatiara e Nova Olinda do Norte. Nós somos dependentes do Canadá.

E ainda o gás natural, os fármacos tirados da natureza.

Quem entende de preservação é o amazonense. Temos 98% de nossa floresta preservada. Tudo em função do nosso modelo de preservação ambiental que é a Zona Franca de Manaus. Que é o maior projeto de preservação mundial.

Temos como conciliar a exploração econômica com a SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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JC - Quais projetos deve apresentar ainda este ano à Câmara Municipal ou nos próximos anos? Os vereadores têm correspondido às mobilizações da prefeitura para tornar Manaus uma cidade mais humana e melhor para se viver, como disse ainda durante a corrida eleitoral?

DA – A prefeitura trabalha com a separação dos poderes.

Temos uma base de sustentação de 39 vereadores de um total de 41 parlamentares. Significando que tudo que a prefeitura tem feito é com o apoio da Câmara.

Não é apoiar o prefeito, mas sim apoiar Manaus.

JC - Quais os novos projetos para melhorar a mobilidade urbana em Manaus? E qual volume de investimentos devem consumir essas atividades?

DA – A partir de 2022, estaremos contratando cinco passagens de nível e cinco viadutos.

Haverá recuperação de mais dez mil ruas, construiremos mais 20 UBSs e vamos reformar mais de 60 UBSs. Serão recuperadas também 80 escolas, construiremos 25 feiras em Manaus.

Já recuperamos as ruas do Distrito Industrial de Manaus, com aspectos paisagísticos e também em toda a cidade. Manaus vai virar um canteiro de obras com o embelezamento de toda a cidade. Os investimentos serão em torno de R$ 1,5 bilhão.

Já no dia 24 vamos lançar o Natal de Manaus que marca o aniversário de 352 anos da cidade.

JC - E o próximo ano será melhor?

DA - Com certeza, recebi um orçamento menor, mas trabalhamos com muito planejamento em 2021.

Com mais orçamento e planejamento, o ano de 2022 será melhor ainda. Acredito nisso.

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MANAUS

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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352

anos

Se Liga na História: A primeira luta de jiu-jitsu que se tem notícia no Brasil foi realizada em Manaus no ano de 1906. Ela foi realizada em 18 de dezembro no circo Coliseu Metálico Brasileiro, instalado na Praça da Saudade, no Centro, pelos lutadores japoneses mestre Akishima Sadachi e seu assistente, Suiostos Ki.

1906

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352

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Wilson Lima

governador do Amazonas

‘É cedo para falar sobre eleição’ Prefeitura de Manaus dá mais opções para a construção de anéis viários, aumentando a mobilidade urbana na capital, um assunto tão controverso que sempre se apresentou como um grande desafio para as administrações públicas.

“Temos trabalhado muito para superar os desafios, que se multiplicaram com a pandemia, para que o Estado do

1 - Governador, Manaus chega aos 352 anos de fundação num momento de instabilidade política nacional, ainda sob impactos da pandemia, e também a reforma Tributária é vista como ameaça à Zona Franca.

Como o sr. avalia todo esse cenário e o que vislumbra para os próximos anos?

Nós temos trabalhado muito para superar os desafios, que se multiplicaram com a pandemia, para que o Estado do Amazonas avance cada vez mais, com crescimento econômico, distribuição de renda e melhor qualidade de vida para nossa população. E entendemos que manter a competitividade da Zona Franca é um dos caminhos para isso. Logo que assumi o governo criei o Comitê de Assuntos Tributários Estratégicos, que tem trabalhado, junto com a classe empresarial, para que a gente possa aprimorar nossa legislação no sentido de dar

mais competitividade. Estamos finalizando um projeto de lei para prorrogação dos incentivos fiscais, garantindo segurança aos investidores.

Por outro lado, temos trabalhado também na atração de novos investimentos. Um exemplo é o mercado de petróleo e gás. Definimos um novo marco regulatório, dando competitividade ao setor e já estamos colhendo os frutos disso, com investimentos no campo do Azulão, em Silves, gerando emprego e renda para o Estado.

Temos recebido investidores interessados em ampliar negócios aqui no Amazonas, como grandes redes do varejo e outras indústrias e também pensando no desenvolvimento sustentável. Recentemente fomos credenciados por uma organização internacional, a Coalizão Leaf, e estamos aptos a entrar no mercado de carbono, captando recursos em troca da preservação que fazemos da nossa

floresta. Tudo isso demonstra que estamos no caminho certo para trilhar uma trajetória de crescimento para o Amazonas.

O

2 - Como está a parceria do Estado com o prefeito de Manaus para alavancar a economia, gerando mais oportunidades de empregos e renda à população?

Trabalhar em parceria, principalmente com as prefeituras, é uma marca do meu governo porque eu sei que, juntos, podemos fazer muito mais e superar com mais facilidade os desafios.

Em Manaus minha relação com o prefeito tem sido de muita cordialidade e parceria.

Hoje o Estado tem vários investimentos em andamento na cidade, são obras que vão melhorar a infraestrutura não só para a população de Manaus mas também a logística das empresas do Distrito Industrial, como os complexos viários do Anel Sul e Anel Leste, que es-

Amazonas avance cada vez mais, com crescimento econômico, distribuição de renda e melhor qualidade de vida para nossa população”, diz o governador.

Lima reforça que a defesa da ZFM (Zona Franca de Manaus) está fortalecida com uma atuação efetiva do Comitê de Assuntos Tributários Estratégicos, criado em sua gestão

para o acompanhamento da reforma Tributária sob tramitação no Congresso –um mecanismo para combater qualquer ameaça contra as vantagens comparativas que alimentam as atividades econômicas do Amazonas e continuam ainda como a sua principal receita.

O governador Wilson Lima falou exclusivamente ao Jornal do Commercio na edição espe-

cial em comemoração aos 352 anos da fundação de Manaus.

E aborda ainda variados assuntos de interesses econômicos, políticos e sociais, além de outros que têm como principal foco o desenvolvimento regional com base nas potencialidades dos recursos naturais, uma nova matriz econômica tão defendida por lideranças empresariais e políticas.

Foto: Dhyeizo Lemos / Semcom

governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), vê com boas perspectivas a retomada do desenvolvimento econômico após a pandemia que se abateu sobre o Estado.

Mesmo sob o impacto na redução das atividades por conta

da crise sanitária, ele avalia que a economia ganha fôlego e começa a voltar à normalidade, alavancando empregos e renda à população.

Segundo o governador, só em obras de infraestrutura os investimentos somam pelo menos R$ 2,5 bilhões. Hoje, são mais de 270 obras em andamento no Estado. Ele ressalta também que a parceria com a

MARCELO PERES @marcelo.peres

Governador Wilson Lima destaca investimentos de R$ 2,5 bilhões em infraestrutura, desde 2019

tamos implantando.

Também temos obras com grande apelo social, como novos investimentos do Prosamim, que agora vai incluir bairros da zona Leste, além de melhorias de equipamentos urbanos tão necessários ao bem-estar da nossa população, incluindo revitalização de espaços de esporte e lazer, novas escolas como o Ceti que está sendo implantado no Monte Horebe, e o novo Cetam da zona Norte, que vamos inaugurar em breve.

3 - Qual o balanço de seu governo ao cumprir mais um ano de mandato? E que metas deverá empreender em 2022?

Se pudesse resumir brevemente numa resposta, digo que está sendo um governo de superação contínua e que, apesar das dificuldades, conseguimos avançar muito. Temos mais de 270 obras no Estado. São mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos em infraestrutura, desde 2019.

Além de avançarmos com obras que se arrastavam há anos, como a AM-070 que vamos entregar este ano duplicada, estamos realizando obras como a reforma da AM-010, novos complexos viários. Na saúde, mesmo com a pandemia, avançamos muito também e hoje o Delphina Aziz, que foi subutilizado desde que foi inaugurado em 2014, está funcionando com toda a sua capacidade, um dos maiores hospitais públicos do país.

Isso possibilitou ampliar os serviços de saúde para a população. Vamos entregar em breve o Hospital do Sangue em Manaus, outra obra que se arrastava há anos, e estamos implantando pela primeira vez UTIs no interior do Estado. Na educação, o programa Educa+Amazonas está levando formação aos educadores, valorizando nossos profissionais que voltarão a receber 14º e 15º salários, além de qualificar melhor nossos estudantes para o mercado de trabalho, com novas oportunidades de ensino.

Na segurança, estamos im-

plantando um sistema inédito de monitoramento, o cerco inteligente, usando tecnologia e reforçando nossa inteligência.

No setor primário, nunca se investiu tanto na agricultura familiar em tão pouco tempo, não só no fomento, mas também ajudando o produtor a escoar, vender sua produção e melhorar renda. Além disso, e por conta da pandemia, lançamos o maior programa de transferência de renda da história do Estado, que vai beneficiar 300 mil famílias em situação de pobreza, garantindo segurança alimentar principalmente àqueles que sofreram muito os impactos da pandemia da Covid-19. E vamos continuar avançando, esse é o meu compromisso e essa é a determinação para minha equipe.

4 - Provavelmente, o sr. deve disputar a reeleição no próximo ano. Já negocia com alguns partidos para a nova corrida eleitoral? E quais?

Considero toda eleição muito importante para o fortalecimento da nossa democracia, porque permite o debate, a discussão de temas importantes para nosso futuro. Mas ainda é cedo para falar sobre isso, principalmente porque os indicadores mostram que estamos saindo da pandemia e precisamos voltar a crescer.

Estou muito focado na busca de soluções, no desenvolvimento de políticas públicas que realmente melhorem a vida das pessoas, esse é um compromisso que assumi com a população, com aqueles que me elegeram.

5 - O sr. virou réu sob acusação de envolvimento no escândalo da compra de respiradores. O que tem a dizer sobre isso? Acha que será empecilho para disputar novamente o governo do Amazonas?

Já me manifestei sobre isso e aqui reforço que as acusações contra mim não têm fundamento e isso ficará provado no decorrer do processo. A acusação é frágil e não apresenta nenhuSIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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ma prova ou indício de que eu tenha praticado qualquer irregularidade.

Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador.

Tenho confiança na Justiça e a certeza de que minha inocência ficará provada ao final do processo.

6 - A Zona Franca continua sendo a principal receita do Estado. Também defende novas matrizes econômicas que venham fortalecer essas atividades industriais, espraiando o desenvolvimento econômico com foco nas potencialidades dos recursos naturais?

Sim, temos trabalhado no desenvolvimento de novas matrizes e, sem dúvida, uma das mais promissoras é o mercado de petróleo e gás. Com a mudança no nosso marco regulatório que tornou o mercado de gás mais competitivo no Amazonas, já começamos a receber investimentos, como o da Eneva na exploração do campo de Azulão, em Silves. É um setor que certamente contribui muito para o desenvolvimento, não só porque estamos falando de uma energia limpa, que vai possibilitar mais desenvolvimento em bases sustentáveis, mas porque vai representar mais emprego e renda para a população e arrecadação para o Estado investir em mais e melhores serviços para a população e na infraestrutura.

Também temos outros projetos estruturantes, como o complexo viário de Humaitá, uma intervenção logística importante para fomentar o polo de grãos na região. E, já pensando em mercados promissores de longo prazo, temos o mercado de carbono. Estamos regulamentando a nossa Lei de Serviços Ambientais que vai permitir uma recompensa financeira pelos resultados que o Estado alcança na redução de emissão dos gases de efeito estufa que vêm do desmatamento e da degradação da floresta.

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Se Liga na História: As ruas e avenidas do bairro Adrianópolis, antiga Vila Municipal, na zona Centro-Sul da cidade, em sua maioria homenageiam capitais e Estados da região Nordeste do país: Rua São Luís, Rua Natal, Rua Salvador, Rua Fortaleza, Rua Teresina, Rua Paraíba, Avenida Recife e Avenida Maceió.

MANAUS

352 anos

Vila

Municipal

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

AGUINALDO FIGUEIREDO, professor e historiador

‘Marcas de quase todos os povos’ EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

O

professor e historiador Aguinaldo Figueiredo acabou de lançar o livro ‘Nos caminhos da alegria – roteiro histórico e sentimental da boemia de Manaus’ e já prepara a publicação de ‘A indústria no Amazonas – memorial histórico’. Especialista em fatos históricos de Manaus, Aguinaldo falou sobre quem foram e são os estrangeiros que vêm para a cidade, desde seus primórdios e de que forma influenciaram o comércio e a economia local.

Jornal do Commercio: Os portugueses foram os primeiros comerciantes de Manaus. Qual era o seu ramo de negócios?

Aguinaldo Figueiredo: Desde os tempos coloniais eles se estabeleceram no vilarejo da Barra comercializando as chamadas ‘drogas do sertão’ (cacau selvagem, baunilha, salsaparrilha, ervas medicinais e condimentos, madeiras, pirarucu seco e banha de tartaruga), muito valorizados na Europa, e trocados por bugigangas e produtos que os navios traziam do reino a exemplo de vinhos, tecidos, queijos, espelhos, utensílios domésticos ferramentas e armas para uso dos colonos.

Durante toda a história de Manaus, os portugueses tiveram participação muito forte no comércio da cidade.

Vários deles se destacaram, dentre eles o mais famoso, considerado o maior de todos pela dimensão que

seus negócios alcançaram, Joaquim Gonçalves de Araújo, o comendador JG Araújo.

JC: Os judeus vieram em seguida, da Espanha e Portugal, e se tornaram regatões.

AF: Estes chegaram à época da exploração das heveas. Judeus, sírios e libaneses se estabeleceram na capital comercializando tecidos, armarinhos e jóias. Os regatões eram os comerciantes aquáticos que circulavam os rios da Amazônia vendendo produtos diversos (armarinhos, como tecidos, linhas, botões e agulhas de costura, bastidores e anzóis entre outros), mas não competiam com o seringalista, o dono do barracão do seringal que vendia o grosso das mercadorias utilizadas no seringal tais como alimentos, armas, ferramentas e produtos do consumo (principalmente carnes enlatadas, açúcar e sal) das famílias que viviam no local numa transação criminosa que servia de controle contra o trabalhador endividado impedido de deixar o local sem quitar uma dívida impagável. O alvo do regatão era o ribeirinho autônomo que vendia, clandestinamente, a borracha e outros produtos fora da pauta dos grandes comerciantes da cidade.

JC: No auge do comércio da borracha vieram ingleses, italianos, americanos e alemães.

AF: Os ingleses comercializavam produtos de eletricidade, de metalomecânica de apoio à navegação e os projetos que desenvolviam na

Aguinaldo Figueiredo destaca influência dos portugueses, no início, aos chineses de hoje capital, além de fornecerem produtos de metalurgia, de embelezamento urbanístico como chafarizes e peças ornamentais das praças e casas sofisticadas. Os franceses dominaram o mundo da moda, da perfumaria, do vestuário feminino e masculino, das jóias e bijuterias, das bebidas finas e da gastronomia. Os italianos se dedicaram ao ramo de rotisserias, padarias, hotelarias, restaurantes, calçados finos e bebidas finas. Os americanos se especializaram no fornecimento de armamentos, de máquinas de escrever, de produtos de iluminação (lampiões e candeeiros) e os alemães no fornecimento de máquinas em

geral e produtos fotográficos e de tipografia.

JC: Como surgiu a história dos turcos na rua Marechal Deodoro?

Quem eram eles?

AF: Nas décadas de 1970, com o advento da Zona Franca, as ruas do Centro e de alguns bairros como o Educandos, foram ocupadas por grande número de comerciantes do Oriente Médio, a maioria sírios, turcos e libaneses, explorando o ramo de tecidos e armarinhos. Logo ficaram conhecidos como ‘turcos’. Segundo a lenda urbana, esses negociantes, quando viam seus negócios falirem,

com a intenção de receber o seguro das lojas, ateavam fogo nas mesmas, na calada da noite, perdendo toda a mercadoria (ou não) alegando que a causa do sinistro teria sido um curto circuito. O manauara, sabedor das malandragens, logo denominou tais ocorrências de ‘turco circuito’.

JC: Japoneses surgem na década de 1950, na agricultura, e com mais força com a vinda da Zona Franca, a partir de 1970, na indústria.

AF: Até hoje os investimentos nipônicos no Polo Industrial de Manaus são, de longe, os mais expressivos, perfazendo um total de 45% de todo o montante. Mas eles também abriram grandes lojas de produtos orientais onde comercializavam eletroeletrônicos, motocicletas, automóveis, relógios, filmadoras, máquinas fotográficas, tecidos orientais, artigos de culinária, além de instalarem grandes supermercados e se tornarem hortifrutigranjeiros. Tinham representantes de seus produtos na cidade (joint ventures) como as lojas Credilar, revendedora dos produtos da Moto Honda; e as lojas TV Lar, de José Azevedo, representante da Yamaha.

JC: Qual desses povos deixou um maior legado, em Manaus, na cultura, na gastronomia, no comércio?

AF: Sem dúvida, os ingleses. Até os dias de hoje essa influência se vê nos prédios, nas pontes e no porto

Arte: Matheus Rodrigues - DICOM -TCE/AM

Manaus

TRIBUNAL DE CONTAS DO AMAZONAS SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

Foto: Divulgação

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da cidade. No Centro ainda funciona o sistema de esgoto construído por eles, que também fizeram o sistema elétrico e dos bondes que percorriam a cidade. Os franceses deixaram as casas de diversões baseadas nos grandes espetáculos do teatro e cinema, o mercado municipal e os prédios estilizados do Centro. A cultura sofreu influências francesas na educação e nos costumes, mas isso tudo desapareceu. Quase todos os povos que vieram para Manaus deixaram suas marcas em algum destaque na vida da cidade, seja na linguagem ou nos costumes, a exemplo dos nordestinos, que em um momento ímpar da história da cidade, tiveram influência decisiva na sua formação social. A maioria deles exerceu o ofício de comerciantes ambulantes, conhecidos como ‘marreteiros’, agora camelôs.

JC: Atualmente destacam-se no comércio, chineses, haitianos e venezuelanos.

AF: Os chineses de Taiwan e do continente estão tomando conta dos pequenos comércios do Centro. Vendem de tudo e ainda fornecem para os camelôs. Apesar da qualidade duvidosa de seus produtos, encantam o povo pelo preço muito abaixo dos concorrentes e assim ganham o mercado. Haitianos e venezuelanos estão ocupando alguns espaços na periferia e concorrendo com os ambulantes do Centro, vendendo quinquilharias, alimentos, água e até mesmo substâncias proibidas.

Se Liga na História

CURIOSIDADE

MANAUS

Caderno B

352

anos

Em 1960 o casal de filósofos e escritores franceses Jean Paul Sartre (19051980) e Simone de Beauvoir (1908-1986) visitaram Manaus, último destino de um roteiro turístico pelo Brasil. Chegaram na cidade no dia 3 de outubro, ficando até o dia 7 do mesmo mês. Diferente de outros visitantes ilustres, dispensaram tratamento especial e manifestações públicas de instituições acadêmicas. Visitaram o Teatro Amazonas, a Ponte da Bolívia, o Encontro das Águas e as instalações da Petrobras no Careiro. Ficaram hospedados no antigo Hotel Amazonas.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Suntuosidade entre os túmulos O historiador Fábio Augusto passeia entre os túmulos do São João Batista em busca de personagens de nossa história Fotos: Arquivo particular

FÁBIO AUGUSTO CARVALHO FACEBOOK @FABIO.AUGUSTO.1447

E

nquanto uns têm medo de mortos e cemitérios, o historiador Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa fez destes seus objetos de estudo e pesquisa. Desde 2018 ele escarafuncha túmulos no cemitério de São João Batista em busca da história perdida de personagens ali enterrados e seus túmulos, principalmente os que mais chamam a atenção.

“Pesquiso ali monumentos funerários de pessoas ilustres e anônimas. Os túmulos que me chamam a atenção, são os que pesquiso. Hoje visito regularmente o São João Batista, porque é o cemitério onde durante décadas foram enterradas as grandes personalidades da cidade, bem como as pessoas mais abastadas, da elite baré, mas penso estender esse trabalho para o cemitério de São Francisco, o ‘cemitério do Morro’, no Morro da Liberdade, contemporâneo do São João Batista, porém, onde só eram enterrados os moradores de suas proximidades, sem o mesmo status de quem morava no Centro”, disse.

Quem passa pelas imediações do São João Batista pode observar as verdadeiras obras de arte que são muitos dos seus túmulos. O cemitério é um verdadeiro museu a céu aberto.

“Entre o final do século 19 e início do 20, construir imensos e caros túmulos era uma forma não só de perpetuar a memória de quem ali estava enterrado, mas principalmente mostrar à sociedade o status social em que se encontrava determinada família. Havia uma elite muito rica que fazia questão de escancarar isso”,

falou.

Em alguns casos era escrito até no testamento como o futuro morto queria que fosse seu velório e enterro.

O túmulo de Joana Entre os milhares de túmulos, muitos suntuosos, existentes no São João Batista, Fábio Augusto conseguiu eleger um como o mais suntuoso entre todos. Trata-se do túmulo de Joana da Cruz Taveira, enterrada ali em 1911 e morta devido à sua idade avançada, 92 anos.

O pai de Joana era o pernambucano Alexandrino Magno Taveira Pau Brasil.

Por ter participado num movimento revolucionário naquela, então, província, Alexandrino foi degredado aqui para a Amazônia, em 1827, trazendo a esposa e Joana, então com oito anos.

Na incipiente Manaus do início do século 19, Alexandrino começou a trabalhar como comerciante, se tornou proprietário de terras e no final daquele século a família já era uma das mais ricas da cidade.

O túmulo de Joana é inteiramente construído com mármore de Carrara. As responsáveis pela obra foram suas duas filhas. Estátuas em tamanho natural de Joana e das duas senhoras, ornam o túmulo.

“Por mais de 50 anos essa suntuosidade dos túmulos deu o tom dos enterramentos no São João Batista. A partir da década de 1960, no entanto, eles se tornam mais simples, mesmo os pertencentes à high society. A simplicidade e o custo mais baixo ‘falaram’ mais alto, até porque há tantas formas de se demonstrar riqueza e poder sem ser em túmulos”, esclareceu.

Outra obra destacada por

Fábio transita livre por entre os túmulos do São João Batista

Fábio é a da família Cavalcante de Lemos com a mãe e três filhas crianças representadas em estátuas, em tamanho natural. Maria Leopoldina Cavalcante de Lemos também morreu em 1911, com apenas 29 anos, deixando órfãs as crianças.

As mãos postas “Agora, o mais curioso e criativo é, sem dúvida, o túmulo da família Nogueira da Silva. É aquele com as gigantescas mãos postas, em sinal de oração. Aquela obra de arte foi construída pelo escultor Geraldo Florêncio de Carvalho, o mesmo que fez as esculturas de bronze que durante anos estiveram num chafariz, na Praça da Saudade, hoje localizadas no Museu da Cidade (Paço Municipal).

As mãos foram feitas depois de 1962, ano em que morreu Alonso Nogueira da Silva, o primeiro a ser enterrado ali, a mando de seus filhos.

Alonso era regatão. Acredito que seja de cimento armado”, lembrou.

Fábio descobriu que o material mais nobre utilizado nos túmulos do São João Batista é o mármore de Carrara e há alguma coisa em bronze.

“Talvez porque Manaus tivesse duas marmorarias pertencentes a italianos: a Ítalo Amazonense (1899/1941) e A Reformadora (1913 e ainda existente com o nome de Conservadora União, mas não mais construindo túmulos).

Os trabalhos em mármore eram feitos aqui mesmo, já as esculturas mais detalhadas eram produzidas na Europa,

por artistas”, falou.

Fábio não vê nada de mais nesse seu trabalho de pesquisa no cemitério, que visa resgatar a história de personagens esquecidos de Manaus, bem como mostrar as obras de arte desconhecidas no campo santo. Ele também pesquisa fotos post mortem, aquelas com a pessoa dentro do caixão, de manauaras.

“Esse costume existe desde a popularização da fotografia.

Penso que as pessoas querem preservar a memória do morto e encarar o luto. Através da foto, pretendem que ele continue vivo”, explicou.

“Minha monografia e meu projeto de mestrado serão sobre cemitérios, seus mortos famosos, ou não, e seus túmulos suntuosos e curiosos”, finalizou.

QUEM PASSA PELAS IMEDIAÇÕES DO SÃO JOÃO BATISTA PODE OBSERVAR AS VERDADEIRAS OBRAS DE ARTE

FAMÍLIA NOGUEIRA SILVA

A jovem mãe e os pequenos filhos orfãos

A velha senhora, amparada e amada pelas duas filhas

Mãos postas, uma verdadeira obra de arte SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Se Liga na História Durante a Segunda Guerra Mundial, com a Assinatura dos Acordos de Washington (1942), entre os Governos brasileiro e norte-americano, o Teatro Amazonas serviu como depósito de borracha para os Aliados.

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352 anos

1942

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

PERFIL EMPRESARIAL

Água 24 horas para todos Concessionária Águas de Manaus investe R$ 105 milhões para ampliar serviços Fotos: Divulgação

Águas de Manaus implanta 265 quilômetros de novas redes de abastecimento na cidade

M

anaus não para de crescer. Nos últimos dez anos, a população aumentou em mais de 25,5%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E para acompanhar o ritmo acelerado de crescimento, a concessionária Águas de Manaus está investindo mais de R$ 105,6 milhões na ampliação e modernização do abastecimento com água tratada para vários bairros da capital, por meio do projeto ‘+ Águas’.

Moradores da Cidade Nova, Parque São Pedro, Monte das Oliveiras, Cidade de Deus e José Bonifácio, todos na zona Norte de Manaus, já sentem as melhorias.

Nos últimos dois meses, mais de 6 km de rede foram implantadas.

“Por vários anos sofremos com falta de água, mas graças a Deus, hoje temos água 24 horas e somos gratos por termos sido escutados pela concessionária”, disse Antelmo Cardoso, que há 20 anos mora no bairro José Bonifácio.

Até 2023, mais de 30 áreas da cidade, entre conjuntos e novos bairros, receberão as obras de criação de infraestrutura de água. E terão sido implantadas mais de 260 km de novas redes de água, melhorando a vida de mais de 236 mil manauaras. Iniciativas que garantem o controle de qualidade, gestão energética, redução de perdas e água abundante na casa das famílias.

Como avanços e investimentos contínuos para a melhoria do

saneamento na capital amazonense, o diretor-executivo da Águas de Manaus, Diego Dal Magro, ressalta que a atuação da empresa não se resume a infraestrutura, mas também em saúde e dignidade para a população.

“Manaus é referência no Brasil por suas iniciativas e no saneamento demos um passo importante, em como atender essas áreas vulneráveis, com soluções de infraestrutura e na relação direta com a sociedade. Com isso, estamos investindo na ampliação e modernização do abastecimento com água tratada. Mais de 100 quilômetros de novas redes foram construídos em comunidades com suas próprias dinâmicas e rotinas.

Mas ainda temos desafios, entre eles, nas zonas Leste e Norte que recebem obras de extensão e melhorias, e que vai causar impacto no desenvolvimento e principalmente em saúde preventiva e minimizar de forma expressiva, doenças hídricas”, pontuou.

Benefícios Os investimentos do Programa + Águas já podem ser percebidos pela população em algumas áreas da cidade. Em muitos dos casos, o benefício vai além da água tratada na torneira. A cozinha comunitária do Valparaíso, na zona Leste de Manaus, é um exemplo disso. Criada há quase dez anos, a cozinha distribui diariamente mais de 250 refeições gratuitas para pessoas em situação da vulnerabilidade social.

Mais dignidade Outra região que já recebe obras do Programa + Águas é a Comunidade Coliseu, que conta com mais de 18 mil moradores em suas três etapas. Localizada no bairro Jorge Teixeira, na zona Leste de Manaus, a comunidade Coliseu existe há cerca de oito anos. Como nasceu de ocupações, a atual estrutura de abastecimento do local não é regular.

Para transformar esta realidade, a concessionária está implantando 15 mil metros de tubulações de água tratada, além de toda infraestrutura necessária para que as mais de 3.500 famílias residentes nas três comunidades possam utilizar a SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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água produzida pela concessionária.

A previsão é que o sistema seja concluído até o fim do ano.

“Moro aqui há seis anos e já sofri muito para conseguir água para minhas atividades. Já tive que furar cacimba e carregar muito balde por essas ruas. Hoje, a estrutura está um pouco melhor, com os poços particulares, mas ainda não é o ideal.

Ainda há pessoas que armazenam água da chuva, para ter o mínimo possível em casa. Saber que em breve vou poder abrir uma torneira e ter água a hora que eu quiser em casa é a realização de um sonho”, contou a doméstica Duzângela Pinheiro, moradora da Coliseu.

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O DIRETOR-EXECUTIVO DA ÁGUAS DE MANAUS, DIEGO DAL MAGRO, RESSALTA QUE A ATUAÇÃO DA EMPRESA NÃO SE RESUME A INFRAESTRUTURA, MAS TAMBÉM EM SAÚDE E DIGNIDADE PARA A POPULAÇÃO. EM MUITOS DOS CASOS, O BENEFÍCIO VAI ALÉM DA ÁGUA TRATADA NA TORNEIRA, SEGUNDO ELE, UMA INICIATIVA PARA PROPORCIONAR MAIS BENEFÍCIOS À POPULAÇÃO MANAUARA

A parte mais alta da rua Paracanaxi, onde a cozinha está localizada, é uma área de ocupação recente e por isso, não contava com estrutura regular de abastecimento de água tratada. Assim, o estabelecimento utilizava um poço artesiano particular da região para obter água e produzir os alimentos. Há quatro meses, porém, o poço parou de funcionar e de fornecer água para a cozinha.

O problema deixou o local sem funcionar por quase uma semana, impactando diretamente a vida de quem depende do almoço fornecido gratuitamente. “Era algo desesperador ver as pessoas nos procurarem aqui e não termos comida para oferecer. Estamos em uma região muito carente da cidade, onde as pessoas muitas vezes têm apenas a refeição que fornecemos para se alimentar”,

contou Jéssica Girão, coordenadora da cozinha do Valparaíso.

Assim que a demanda chegou ao conhecimento da Águas de Manaus, carros-pipas passaram a ser enviados diariamente ao local para abastecer a caixa d´água da cozinha. A doação de alimentos para a comunidade retornou. Como uma das características da empresa é ter um olhar diferenciado para a população mais vulnerável, a concessionária também trabalhou, paralelamente, em uma solução definitiva para a questão.

Após mapear as ruas vizinhas da cozinha, a Águas de Manaus implantou mais de 1.200 metros de novas tubulações de água tratada na região, além de 80 ligações individuais. Com isso, além de garantir água tratada 24h por dia para a cozinha comunitária, o trabalho beneficiou mais de 400 moradores do Valparaíso.

A comunidade aprovou a ação. “Posso dizer, em nome de todos aqui, que estamos muito felizes e agradecidos por essa obra. Dependemos de água para todas as nossas atividades. O que começou como um problema há dois meses, acabou virando um benefício para todos graças a esse trabalho”, reforçou a coordenadora da cozinha, Jessica Girão.

Saber que em breve vou poder abrir uma torneira e ter água a hora que eu quiser em casa é a realização de um sonho” Duzângela Pinheiro, moradora da Coliseu

1925

B3 CURIOSIDADE

MANAUS

A primeira sinagoga de Manaus foi fundada em 1925. Trata-se da Sinagoga Beith Yaacov. Em 1937 surge a sinagoga Rabi Meyr. As duas foram fundidas, em 1962, em um só templo, conhecido como Sinagoga Beith Yaacov-Rabi Meyr, estando em funcionamento até hoje na av.

Leonardo Malcher, no Centro.

352

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

As salas de cinema do Centro O Centro de Manaus já foi um espaço rico em termos de salas de cinema. Por mais de 100 anos elas foram locais de diversão dos manauaras EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

1895

é o início oficial do cinema, quando os irmãos Louis e Auguste Lumière projetaram um filme pela primeira vez, em um café, em Paris. Pouco tempo depois a invenção chegava a Manaus, em 11 de abril de 1897, quando películas de poucos minutos foram exibidas no Teatro Amazonas.

O cinema, nos moldes que conhecemos hoje, começou em 1907, com a inauguração do Cassino Julieta, pelo engenheiro Lauro Bittencourt. O prédio foi projetado por ele mesmo na esquina das avenidas Getúlio Vargas com Sete de Setembro. Pelo nome, pode-se presumir que o empresário apostou na novidade, mas com os pés seguros num cassino, então, na moda. Em 1912 o Julieta mudou de nome para Theatro Alcazar, e continuou a exibir filmes. O nome que consagraria o prédio para a história surgiu em 6 de agosto de 1938 quando ele passou a se chamar Cine Theatro Guarany. O prédio foi demolido em 1984.

“Nunca a demolição de um prédio causou tanta comoção na população manauara quanto a do Guarany. Acho que porque aquelas pessoas que lamentavam o seu fim tinham vivenciado momentos

EM 1912 SURGIRAM AS GRANDES PRODUTORAS CINEMATOGRÁFICAS EM HOLLYWOOD E MANAUS SE PREPAROU PARA RECEBER SEUS FILMES de grande felicidade nas exibições acontecidas naquela sala por quase 80 anos”, explicou Ed Lincon Barros, pesquisador das histórias dos cinemas de Manaus.

A partir do Julieta, outros cinemas surgiram no Centro. Em 1912 foi a vez do Cine Theatro Polytheama, também na esquina das avenidas Getúlio Vargas com Sete de Setembro, de frente para a lateral do agora Theatro Alcazar. Fechado em 1973, o Polytheama mantém até hoje a fachada original dos tempos em que foi uma das maiores salas de cinema do Centro.

Salas na avenida Em 1912 surgiram as grandes produtoras cinematográficas em Hollywood e Manaus se preparou para receber seus filmes. Em 1913

Guarany, comoção popular pela demolição do prédio foi inaugurado o Cine Odeon, na esquina das avenidas Saldanha Marinho e Eduardo Ribeiro.

“Esta avenida, inaugurada há pouco mais de dez anos, se tornara o centro das atenções da cidade e o comércio para lá convergia. O primeiro prédio do Jornal do Commercio, inaugurado em 1904 e demolido em 1942, ficava a poucos metros do Cine Odeon. Um segundo prédio foi construído no ano seguinte e demolido em novembro de 1982”, lembrou Ed Lincon.

“Esta sala de cinema ficou conhecida como ‘a pérola da Avenida’, porque estava situada numa posição privilegiada e era um belo prédio.

Depois sofreu uma reforma e adquiriu um visual de gosto duvidoso.

O cinema deixou de funcionar em 1973. Hoje, no local, está o edifício Manaus Shopping Center, o primeiro shopping de Manaus, inaugurado

em 1976.

Por mais de 20 anos essas três salas de cinema foram os locais de diversão dos manauaras cinéfilos.

Nos anos de 1930 a indústria cinematográfica de Hollywood começou a produzir os grandes clássicos: ‘A dama das camélias’, ‘E o vento levou’, ‘O mágico de Oz’ e ‘O morro dos ventos uivantes’, entre vários outros. Em Manaus, em 1936, foi inaugurado o Cine Avenida, também na Eduardo Ribeiro.

“Existiram dois outros Cine Avenida, um de 1909 e outro de 1912, mas duraram pouco tempo. O que se perpetuou mesmo foi o de 1936, que se tornou o cine da elite baré.

O Avenida fechou suas portas, em 1973, mas nas suas telas foram exibidos sucessos mundiais do cinema.

Apesar de o Avenida ser considerado uma sala frequentada pela elite da cidade, como as demais, nada

Polytheama, até hoje mantém sua fachada original tinha de especial ou confortável, com cadeiras de madeira e ventiladores para refrescar o ambiente”, revelou.

Marinho e a segunda fase “Considero que, em 1984, com a demolição do Guarany, se encerrou o primeiro ciclo das salas de cinema do Centro de Manaus, combalidas e fechando uma a uma após o surgimento da televisão, em 1970. No início da década de 1980, porém, as pessoas já estavam acostumadas com o novo veículo de comunicação e se voltaram novamente para o cinema, até porque o empresário Joaquim Marinho, começou a inaugurar uma sala atrás da outra e lançando simultaneamente, em Manaus, grandes filmes lançados no Brasil”, contou.

Em 1977 foi inaugurado o Cinema Dois, na rua José Clemente e, dez anos depois, em 1987, o Cine Qua

Non, na avenida Joaquim Nabuco, ambos do empresário Jesus Woo Leong. Também, em 1977, no Manaus Shopping Center, foi inaugurado o Studio Center, sala que funcionou até 1989, mas foi com a inauguração do Cine Chaplin, em 1980, que surgiu, segundo Ed Lincon, a segunda fase das salas de cinema da cidade.

“Marinho chegou a ter dez salas de cinema, sempre homenageando artistas da sétima arte colocando seus nomes nas salas: Chaplin (ele solicitou autorização de Geraldine Chaplin, filha de Chaplin, para usar o nome de seu pai, no que ela autorizou), Grande Otelo (o ator veio a Manaus para a inauguração), Oscarito, Carmem Miranda, Cantinflas (o ator mexicano não veio a Manaus porque tinha medo de viajar de avião), e Renato Aragão (que veio a Manaus meses após a sala ser inaugurada)”, informou.

Que Deus abençoe, proteja e guarde as famílias de Manaus!

MANAUS PODE CONTAR COM UM DEFENSOR DAS FAMÍLIAS NA CÂMARA MUNICIPAL

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B4

MANAUS

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

MANAUS ANOS

Uma homenagem do sistema de comunicação pública

ENCONTRO DAS ÁGUAS

Fazemos parte dessa história!

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352

anos

B5

MANAUS

352 anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Anos

tv pública do amazonas A MEMÓRIA viva DE MANAUS!

50 anos in concert comemora meio século de história As páginas que contam Manaus se confundem com os capítulos que narram a trajetória da comunicação pública do Estado, pois essa está a serviço do registro e da reprodução dos fatos que compõem o ritmo, a estrutura e o caráter da cidade enquanto memória cole va.

Foi o ideal de educar e integrar as regiões mais distantes do Amazonas que fez germinar em Manaus, há 50 anos, o projeto de implantação do sistema de rádio e Tv públicas no Estado. Assim, em 12 de março de 1971, no bairro praça 14, entrava no ar a TV Educa va do Amazonas.

Os primeiros programas eram aulas transmi das para as chamadas telessalas. Daí em diante, várias fases marcariam os próximos 50 anos da comunicação pública do Amazonas.

Em 1981, a emissora deixou de ser TVE e passou de Superintendência para Fundação Televisão e Rádio Cultura do Amazonas. Ainda na década de 80, documentários inéditos ganharam visibilidade nacional. Programas como o ‘Noite de Seresta’, atual ‘Carrossel da Saudade’, transmissões do Fes val Amazonas de Ópera e coberturas jornalís cas renderam muita audiência.

A velocidade tecnológica sufocou a estrutura da Fundação no início da década de 90.

Em 1994, repaginada e sob a direção do jornalista e publicitário Oswaldo Lopes, na gestão do Governador Gilberto Mestrinho, a TV Cultura do Amazonas volta ao ar com infraestrutura de ponta, com transmissões de grandes eventos e o melhor telejornalismo da tv amazonense.

De acordo com o diretor presidente do Sistema Encontro das Águas, Oswaldo Lopes, profissionais capacitados e dedicados sempre contribuíram para o crescimento da Comunicação Pública do Estado. “Tudo que produzimos é feito com muita dedicação pelos nossos servidores públicos, gente daqui que entende o que os amazonenses querem ver e ouvir”, ressalta Lopes.

Segundo o diretor de tecnologia, Henri-

que Camargo, por anos, a história da TV pública é escrita com cria vidade, suor, dedicação e superação. “Desde sua criação, a Fundação aprendeu a transpor as barreiras tecnológicas para seguir registrando as memórias que compõem a história da nossa gente. É verdade que as tecnologias sem dedicação profissional não têm vida, no entanto os inves mentos em novos equipamentos são fundamentais para con nuarmos viabilizando e transmi ndo conteúdos com qualidade”, disse Henrique Camargo.

A falta de inves mentos colocou em xeque a Comunicação Púbica do Amazonas. O anúncio do desligamento do sinal analógico em Manaus, marcado para 2018, deu a largada da corrida pela digitalização da TV. Após três gestões, em setembro de 2019, o Sistema Público de TV e Rádio do Amazonas inaugurou sua nova fase – mais regional e moderna.

Com um novo nome, escolhido pela sociedade, o Sistema Encontro das Águas chega carregado de simbologia, dois rios, dois caminhos, lado a lado, presente e futuro, que não se tocam, mas procuram um só des no: mostrar que o Amazonas é Brasil.

Navegando de forma orientada, tendo o Ibope como bússola, a TV acertou o rumo de suas produções para atender os anseios da sociedade. “Associada à Empresa Brasil de Comunicação – EBC, a TV e a Rádio Encontro das Águas projetam o Amazonas para o Brasil.

Graças a comunicação pública nossa gente se vê, se reconhece e é vista”, destaca Oswaldo Lopes.

Para a Diretora de Produção e Programação, Deyse Marinho, a Tv Pública vive um momento único com as projeções de conteúdos locais para todo o país. “Diariamente, visitamos milhares de brasileiros com a nossa cultura e a nossa história. O reconhecimento público é a melhor recompensa profissional que podemos ter enquanto servidores”, conta Deyse.

De acordo com a Gerente de Jornalismo da emissora, Natália Freire, só em 2021, o Jornalismo do Sistema gerou mais de 130 reportagens em rede nacional. “É o Amazonas revelado a par r do olhar de quem vive e compreende a realidade de cada ser que faz desse Estado o gigante que é”, disse Natália.

Para Oswaldo Lopes, foi em meio a pandemia de covid-19, que o papel do rádio e da TV foi mais uma vez reconhecido e sabiamente empregado para educar mais de meio milhão de estudantes amazonenses de forma segura. “A mul plicidade de canais só foi possível graças a acertada decisão da nossa gestão, com o apoio irrestrito do Governador Wilson Lima, de associarmos a Tv Pública do Amazonas a Empresa Brasil de Comunicação – EBC”, frisou Lopes.

Além da projeção de Manaus e do Amazonas para o Brasil, associar-se a EBC representou naquele momento mais uma conquista para o Estado - a concessão de uma rádio FM. Inaugurada em fevereiro de 2020, operando em 97,7MHz, a Rádio Encontro das Águas já é sucesso de audiência.

Para o presidente do Sistema Encontro das Águas, os três úl mos anos são uma coletânea de conquistas que consolidam todo um trabalho realizado pela atual gestão. “Desde o primeiro dia, junto com o Governador Wilson Lima, Secretários de Estado, diretoria e colaboradores da Fundação, tenho trabalhado incansavelmente para que nosso sinal chegue ao interior do Amazonas. Em breve, o sistema Encontro das Águas estará em 20 municípios do Amazonas, encurtando distâncias, conectando ideias, levando polí cas públicas, educando e dizendo a cada habitante que cada vez mais somos mais Amazonas e mais Brasil!”, comemora Oswaldo Lopes.

Texto/arte: Welder Alves

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1910

B6 MANAUS

352 anos

Se Liga na História

Às 5:30h do dia 8 de outubro de 1910 Manaus foi bombardeada por navios da Flotilha da Marinha de Guerra vindos do Rio de Janeiro. Esse ataque foi motivado por disputas políticas entre o Senador Silvério Nery e o Governador do Estado do Amazonas, Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt. O vice de Bittencourt, Sá Peixoto, apoiava Nery. Os opositores de Bittencourt o acusavam de práticas ilícitas e péssima administração. Uma carta de renúncia foi forjada pelo Senador Silvério Nery, pelo vice-governador do Estado e outros membros do Congresso.

O Governador resistiu e não renunciou. Dessa forma, com a ajuda do Senador gaúcho Pinheiro Machado, apoiador dos Nery e opositor de Bittencourt, foi realizado o bombardeio com o objetivo de retirar o Governador do Amazonas do poder.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Heróis da história de Manaus Amazonenses que foram para as guerras, e médicos que para cá vieram tratar de amazonenses, são heróis de verdade Fotos: Divulgação

EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

H

eróis. Heróis são pessoas que se destacam por atos de coragem, valores e ações extraordinárias, principalmente durante guerras. Os heróis de verdade se tornam imortais através de seus atos, ações e lutas, deixando legados e lições importantes através da história.

Estudamos na escola que o guerreiro manaó Ajuricaba foi um herói porque, liderando vários outros povos, resistiu à colonização portuguesa da Amazônia.

Preso, o chefe indígena seria levado para Belém. Conta a lenda que se atirou no encontro das águas quando, numa embarcação, escoltado por soldados, preferiu a morte a perder a liberdade.

“Ajuricaba é um mito da nossa história. Eu o chamaria de anti-herói. Como líder, capturou

e vendeu outros índios, para os holandeses, que tentavam aqui se estabelecer. Agora como líder militar, arrisco a dizer que sim, foi um bom líder, coordenou ataques estratégicos às pequenas vilas e assentamentos portugueses, e o modo como barganhou com os holandeses já o faz um líder à altura de que tem direito. Em suma, é um anti-herói mitológico de nossa história, e deve continuar assim”, explicou o estudante de jornalismo Adriel França, criador do projeto ‘Guerreiros do Amazonas’.

Para Adriel, os amazonenses que foram para os três maiores embates guerreiros de nossa história (Guerra do Paraguai, Guerra de Canudos e Segunda Guerra) foram heróis inocentes que serviram ao establishment de suas épocas, todos depois esquecidos pelos seus atos de bravura de ter colocado as próprias vidas em risco.

“A Guerra do Paraguai foi

OS HERÓIS DE VERDADE SE TORNAM IMORTAIS ATRAVÉS DE SEUS ATOS, AÇÕES E LUTAS, DEIXANDO LEGADOS E LIÇÕES

UEA ‘acelerou’ formação de médicos para irem ajudar no combate à Covid-19

uma guerra que poderia ter sido evitada, mas o ar de grandeza dos líderes não permitiu. Há situações heróicas, e dignas de filmes hollywoodianos, porém há também episódios os quais não há nenhum heroísmo, mas sim, soberba dos poderosos que não titubearam em acabá-la, vendo o fim dos recursos humanos e materiais”, disse.

“A Guerra de Canudos foi um dos piores episódios da história do nosso país. Um horrendo massacre que o Exército não faz questão alguma de lembrar. Antigamente, Canudos era símbolo do

tal patriotismo, e a luta contra os inimigos da pátria, porém, atualmente, as várias obras produzidas sobre o assunto mostram o contrário”, falou.

“Na Segunda Guerra ficamos do lado certo, mas até mesmo este lado certo, fez coisas horrendas que hoje, aos poucos vêm à tona.

Os pracinhas foram para a guerra com um ar de dever a ser cumprido, cheios de honras, e com a esperança de voltar e melhorar de vida. Sim, foram verdadeiros heróis inocentes, vítimas do Estado, depois esquecidos, e só agora, tão tarde, sendo resgatados”,

informou.

Médicos em todos os tempos Agora, com a pandemia da Covid-19, o mundo conheceu vários heróis. Médicos, enfermeiros e funcionários de hospitais que colocaram a vida em risco, e muitos a perderam, para salvar pacientes.

Em seu livro ‘História da medicina e das doenças no Amazonas’, o historiador e médico Antonio Loureiro lembra de vários deles, desde os primórdios de Manaus. Ele cita os cirurgiões Antonio de Matos, André Panelli, Daniel Pancik e Domingos de Sou-

za como os primeiros médicos a chegarem ao território amazonense, em 1754, acompanhando o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém. Outro nome citado por Loureiro é o cirurgião Antonio Joseph D’Araújo Braga, que por anos atuou no Hospital de Barcelos, desde antes de 1780. Joseph pesquisou as doenças da região e concluiu que eram causadas pelas águas, o calor, o vento, a umidade, o frio e as emanações pútridas de animais e vegetais em decomposição. Seus tratamentos: sangria, vomitórios, purgantes e clisteres, a famosa lavagem.

Quando o cólera chegou a Manaus, em 1855, quem estava à frente da enfermaria de São Vicente, onde hoje está o 9º Distrito Naval, era o Dr. Moreira, atendendo também, praticamente só, a pacientes do interior do Estado.

“Em 1877 morreu, no Rio de Janeiro, o médico Antonio José Moreira que, por décadas, fora o único médico em toda a província do Amazonas”, revelou Loureiro.

Quando a Beneficente Portuguesa, existente até hoje, foi inaugurada em 1893, seus primeiros médicos foram Jônatas de Freitas Pedrosa, João Machado de Aguiar e Mello, Henrique Álvares Pereira, Marcelino da Silva Perdigão e Manoel Afonso da Silva.

Amazonenses participaram da tomada de Monte Castelo, na Segunda Guerra

Mais de 1.000 amazonenses foram para a Guerra do Paraguai

Um batalhão do Regimento Militar do Amazonas foi lutar em Canudos

“Cito ainda os médicos Gouvêa Filho, Clementino Ramos, Basílio Seixas e Alfredo da Matta que, com amplo trabalho de vacinação, controlaram a epidemia de varíola, em 1897. Em 1904, Alfredo da Matta conclui que as cólicas intestinais, frequentes nos manauaras, eram causadas pelos canos de chumbo usados na distribuição de água, ou pelas conservas acondicionadas em latas soldadas com chumbo. Em 1906, o Dr. Márcio Nery lutou SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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pelo saneamento da cidade, e conseguiu baixar o número de casos de malária”, listou.

“São tantos médicos, merecedores de terem seus nomes sempre lembrados, mas vou destacar alguns que se perpetuam em denominação de ruas, escolas e hospitais: Adriano Jorge, Antonio Comte Telles de Souza, Djalma Baptista, Francisco Donizetti Gondim, Franco de Sá, Hosanna da Silva, Moura Tapajós, Ramayana de Chevalier,

e Vivaldo Lima. Só o fato de terem se dedicado a salvar vidas, já os torna heróis”, finalizou.

“Os verdadeiros heróis da cidade de Manaus são os seus anti-heróis, aqueles esquecidos reiteradamente. Os silenciados.

Invisibilizados. Negados para que uma cidade mais rica, diversa, pujante e complexa possa surgir desse núcleo urbano ainda provinciano e carente de autoestima”, afirmou o professor Ygor Olinto Cavalcante.

1925

B7 Se Liga na História

MANAUS

352

O primeiro supermercado de Manaus foi inaugurado em 26 de julho de 1963. Se chamava Supermercado da Sumesa (Supermercados da Amazônia S. A.). Funcionou em um prédio na esquina da avenida 7 de Setembro com a rua Marechal Deodoro, até 1967.

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

PERFIL EMPRESARIAL

Cooperativismo mostra a sua força Por meio de suas linhas de créditos e capacitação de produtores, o Sistema OCB/AM conta com mais de dois mil cooperados em 30 municípios do Amazonas

N

o dia 21 de outubro foi comemorado internacionalmente o Dia Mundial do Cooperativismo de Crédito, o DICC. Hoje, conforme dados do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), aproximadamente 11,9 milhões de brasileiros foram beneficiados por alguma modalidade de crédito por meio das instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central, como por exemplo, Sicredi e o Bancoop/Sicoop.

Dados do Banco Central mostram que as operações de crédito líquidas de provisão, ativo de maior relevância no SNCC (Serviço Nacional de Consultas Cadastrais), alcançaram R$ 213,2 bi. Com relação a captações também aumentou a taxas maiores que o SFN (Serviço Financeiro Nacional), totalizando R$ 290,1 bilhões (42,4% ao ano no SNCC e 25,7% no SFN). O SNCC se manteve como o segmento do SFN com maior expansão de crédito.

O presidente do Sistema OCB/ AM, José Merched Chaar, destaca o esforço da Cooperativa em levar modalidades de crédito para os cooperados. “Aqui no interior do Amazonas, nós fomos abençoados, inauguramos em Itacoatiara recursos para agricultura, para o pequeno empreendedor mais facilitado, também em Rio Preto da Eva, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Apuí e Humaitá. Em Guajará, inauguramos uma agência levando recursos, e aqui em Manaus foi pulverizando, que nós temos agências da zona Leste ao Centro”, destaca Merched, que ainda ressalta que no último ano, os bancos cooperados tiveram um crescimento acima de 20%, contra 12% das instituições financeiras tradicionais.

“Nós temos uma mão amiga nos bancos cooperados, por isso quando eu chego no interior os prefeitos pedem para levar os bancos para as cidades porque lá não tem às vezes nem agência de Correios para pagar uma conta”, observa.

Reflexos da pandemia Como todos os setores da sociedade, o cooperativismo também sentiu os efeitos da pandemia do novo coronavírus tanto no aspecto econômico, como social e de saúde principalmente. O fechamento dos comércios, e a necessidade do afastamento refletiu imediatamente nos resultados de alguns setores. “Foi um fator de prejuízo para todo o sistema de cooperação, quem mais sofreu com isso, foram o transporte, cooperativas de educação e de consumo também, não teve aula, as pessoas não estavam mais saindo. Artesanato, turismo então foi um fracasso”, comenta José Merched.

Para ajudar o sistema de transporte, principalmente do setor executivo de Manaus, o Sistema OCB/AM, promoveu no último

Fotos: Alberto César Araújo / Aleam

“NÓS TEMOS UMA MÃO AMIGA NOS BANCOS COOPERADOS, OS PREFEITOS PEDEM PARA LEVAR OS BANCOS PARA AS CIDADES PORQUE LÁ NÃO TEM ÀS VEZES NEM AGÊNCIA DE CORREIOS PARA PAGAR UMA CONTA”, JOSÉ MERCHED CHAAR, PRESIDENTE DO SISTEMA OCB/AM dia 20 de outubro um curso de capacitação de condutores em parceria com o Detran-AM (Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas), com intuito de valorizar e reciclar a classe.

“Nós investimento R$ 200 mil para reciclar 600 motoristas dos modais alternativo e executivo, com curso de educação e direção defensiva e também tivemos o cuidado de envolver a prefeitura e o IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana), e pedimos ao secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur, que nos orientasse nas situações. Como em caso de um assalto, qual deveria ser o comportamento do nosso motorista ou cobrador se tivesse em uma situação dessa”, comenta.

No entanto, o setor agrícola teve um crescimento considerável neste período de pandemia, como destaca o presidente do Sistema OCB/AM, “O sistema agropecuário prosperou e muito. Mesmo não havendo aula, o governo do Estado teve a sensibilidade de adquirir produtos agrícolas das cooperativas e levar para estas crianças terem uma alimentação reforçada. O governo federal combateu com as bolsas, com os auxílios, mas foi paliativo, o cooperativismo agropecuário que conseguiu superar”, pontua.

Atualmente, o governo do Amazonas tem feito investimentos na produção rural, com apoio de projetos para a produção de fertilizantes, calcário, além de maquinário.

José Merched destaca que o Amazonas tem vocação para a produção de alimentos, e o cooperado do interior do Estado deve ser incentivado.

“O cooperado que está lá no interior, a gente facilita pra ele vender para a merenda escolar, mas nós temos que mantê-lo no seu habitat, fazendo o que ele sabe fazer, gosta de fazer para viver com dignidade, é essa a finalidade do cooperativismo”, conclui.

De acordo com Merched, no último ano, os bancos cooperados tiveram um crescimento acima de 20%, contra 12% das instituições financeiras tradicionais

Setor agrícola, segundo o presidente do Sistema OCB/AM é o que mais cresce no Amazonas

Atuação O sistema OCB/AM atua para levar benefícios para as pessoas por meio do cooperativismo, buscando conquistas junto a diversos setores, entidades e aos poderes executivo, legislativo e judiciário. O objetivo é desenvolver práticas para o desenvolvimento social e econômico sobre o viés cooperativista. O

presidente do Sistema OCB/AM José Merched Chaar faz uma definição chave para entender todo este processo. “Investir na atividade fim, que é melhorar o conhecimento, a competitividade, facilitar a vida das cooperativas para que elas possam prestar melhor serviço, ou vender seus produtos. Essa é a nossa meta”.

Presidente da OCB/AM José Mercherr Charr e a superintendente Claúdia Sampaio Inácio SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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1925

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352 anos

Se Liga na História A primeira sinagoga de Manaus foi fundada em 1925. Trata-se da Sinagoga Beith Yaacov. Em 1937 surge a sinagoga Rabi Meyr. As duas foram fundidas, em 1962, em um só templo, conhecido como Sinagoga Beith Yaacov-Rabi Meyr, estando em funcionamento até hoje na av. Leonardo Malcher, no Centro.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Centro boêmio, velhos e novos bares O andarilho Leandro Abess caminha há 45 anos pelas ruas do Centro levando música onde o povo está Fotos: Divulgação

“Depois que os pais morrem, dificilmente os filhos têm o mesmo pique”, acrescentou.

negócio.

EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

S

e há alguém que conheça todos os bares do Centro de Manaus. Isso mesmo, todos. É Leandro Abess de Oliveira. Há 45 anos, diariamente, ele percorre as ruas do Centro, hoje vendendo CDs, mas inicialmente vendendo LPs (vinis).

Leandro começou a trabalhar, aos 19 anos, como vendedor nas lojas S. Monteiro. Um dia decidiu que não queria ter patrão nem maiores compromissos com regras e horários. Era o ano de 1976.

“Resolvi vender LPs no mercadão (Adolpho Lisboa) e logo passei para as embarcações, atracadas ali perto. Vi que o negócio era bom. Vendia muitos discos.

Comprava em duas lojas, Discolândia e Vitória Régia, que ficavam próximas ao Canto do Quintela (cruzamento das avenidas Joaquim Nabuco com Sete de Setembro).

Levava os discos dentro de duas caixas de papelão, da RCA Victor, uma em cada braço”, lembrou.

Até que Leandro observou que os bares estavam repletos de clientes em potencial, amantes dos mais variados estilos musicais, sambas, boleros e choros.

E passou a frequentá-los.

Leandro morava, e mora, na Cachoeirinha, de onde parte praticamente todos os dias, de domingo a domingo, rumo ao Centro, faça chuva ou faça Sol. Mesmo durante a pandemia, quando todos os bares fecharam, ele saía, na direção da Manaus Moderna, e conseguia vender alguns CDs. Nessas mais de quatro décadas de caminhadas, o andarilho conheceu bares, que já existiam, outros que abriram e tantos que fecharam as portas, principalmente porque o proprietário morria e seus descendentes não continuavam com o

Sucumbiram ao tempo Entre os bares que Leandro viu sucumbir ao tempo, ele recordou do Natália, que ficava próximo ao Colégio Militar e o Salão Grajaú, onde atualmente existem vários salões de cabeleireiros. Na mesma rua ficava o Central, pouco antes do Caldeira. O Caldeira é um dos mais tradicionais de Manaus e recebeu este nome após a explosão, em 1970, da caldeira da Santa Casa de Misericórdia. Antes, desde 1963, se chamava N. Sra. dos Milagres e já era reduto de políticos, empresários, funcionários públicos, poetas, músicos, escritores e trabalhadores do Centro.

“O Balalaika, na Epaminondas com a Leonardo Malcher, em frente ao edifício Mônaco, f i c a va n u m casarão estilo antigo, que foi derrubado e construíram no local aquela caixa onde hoje funciona a drogaria Balalaika”, disse.

Outros bares que Leandro lamenta terem fechado são o Cipriano, na Ferreira Pena com Airão que, após as mortes dos dois irmãos proprietários, agora só funciona na hora do almoço sob a direção do filho de um deles. O Alex Bar, na Saldanha Marinho com Getúlio Vargas que, devido não conseguir abrir durante a pandemia, foi fechado de vez pelos filhos do proprietário, que já morrera há alguns anos. No espaço, agora, funciona uma drogaria. A Chopperia São Marcos, na Quintino Bocaiúva com Floriano Peixoto, cujo filho do proprietário resolveu alugar o prédio, que virou o depósito de uma loja de produtos chineses. A Chopperia Lobo’s, na Dr. Machado. E o Galo Carijó, na Miranda Leão com Pedro Botelho, famoso pelos peixes fritos que servia. O filho do proprietário ainda continuou com o bar/restaurante por algum tempo, após a morte do pai, mas acabou por fechá-lo.

NESSAS MAIS DE QUATRO DÉCADAS DE CAMINHADAS, O ANDARILHO CONHECEU BARES, QUE JÁ EXISTIAM, OUTROS QUE ABRIRAM

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Há 45 anos Leandro começou vendendo LPs e agora garante que CDs ainda vendem bem

Vinil está voltando Alguns poucos bares, no entanto, os filhos continuaram com o legado dos pais: Armando, no Largo de São Sebastião; Carvalho, na Cachoeirinha; Calçada Alta, na Costa Azevedo, e Jangadeiro, na Marquês de Santa Cruz. Estes quatro estabelecimentos mais o Snoopy Bar, na Japurá; e a Peixaria Metal, na Lima Bacury com rua Isabel são frequentados diariamente por Leandro, pois já possui clientes cativos.

O vendedor de discos é uma daquelas figuras que ficará marcada na história de Manaus. Leandro não usa relógio e nunca teve celular. Por volta das 8h ele sai de casa e só volta quando se aproximam às 22h. Todos os dias. E não anda de ônibus. As dezenas de amigos que fez nos bares o chamam de ‘Interbairros’. Aos 70 anos, ele não sabe o que é adoecer.

Além do Centro ele tinha a Praça do Caranguejo, no Eldorado, na rota, mas como o movimento ficou fraco por lá, não vai mais para aquela direção, porém, o Educandos, permanece. O Bar da Carmosa, o mais tradicional da Cidade Alta, e o Pelegrino, próximo ao Amarelinho, recebem sua visita nos finais de semana.

Quando Leandro começou a vender LPs, em 1976, as vendas eram ótimas. Vendia de 20 a 30 unidades por dia. No início da década de 1990 estes deram lugar aos CDs, que agora também estão sumindo.

“Apesar de as vendas terem diminuído, ainda vendo bem.

Uns 30 por dia. E o vinil está voltando. Já tenho clientes solicitando LPs. A maioria dos meus clientes têm mais de 50 anos, mas têm jovens, que pedem discos de rock”, informou.

E assim o vendedor de discos segue a sua sina de levar a música onde o povo está e, às vezes, ele até canta um trecho, quando o cliente a desconhece.

Aparelhos de som também não tem em casa. O aparelho é ele.

“Enquanto puder andar e carregar a bolsa com os discos, continuo com o meu trabalho”, avisou.

Se Liga na História

CENTRO

MANAUS

Caderno C

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anos

Na avenida 7 de Setembro existem três pontes: a primeira, conhecida como Primeira Ponte Romana, oficialmente ponte Floriano Peixoto, foi construída sobre o igarapé de Manaus. A segunda, conhecida como Segunda Ponte Romana, oficialmente ponte Marechal Deodoro, foi construída sobre o Igarapé do Bittencourt. A última ponte, Benjamin Constant, liga o Centro ao bairro Cachoeirinha. Todas foram construídas no governo de Eduardo Gonçalves Ribeiro (1892-1896).

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

A rota turística rica do Centro A arquitetura do Centro Histórico de Manaus é um convite a um passeio que reúne informações sobre as origens da capital manauense Márcio James / Arquivo- Semcom

Márcio James / Arquivo- Semcom

EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

P

ara quem gosta de história, e ao mesmo tempo de turismo, um passeio pela área central de Manaus é rico em informações. Um roteiro básico que pode ser feito é caminhar pelas avenidas Eduardo Ribeiro e 7 de Setembro, as duas principais, e das mais antigas, do Centro.

Partindo do porto, o antigo “rodo” como a população cabocla chamava o roadway, projetado por ingleses e inaugurado em 1907, seguiremos pela Eduardo Ribeiro.

O porto tem um significado especial, pois o Forte de São José da Barra do Rio Negro, que deu origem a Manaus, foi construído naquela região em local exato desconhecido, em 1669.

O primeiro monumento que surge, no passeio, é o Relógio Municipal. Instalado em 1927, importado da Suíça, o Relógio nunca perdeu a sua beleza e significado para a cidade, integrando a praça XV de Novembro, conhecida como praça da Matriz, e a catedral de Nossa Senhora da Conceição, o primeiro templo religioso de Manaus, inaugurado em 1877, mas existente como capela desde 1695, numa posição de destaque; e o prédio da Alfândega, inaugurado em 1909, e também projetado por ingleses, infelizmente há alguns anos desocupado. A catedral tem em seu interior um museu com peças raríssimas, entre elas, o trono onde João Paulo II, primeiro e único papa a vir a Manaus, sentou quando rezou uma missa no local, em 1980. A própria catedral é um prédio bonito de ser contemplado com sua ar-

Catedral Metropolitana de Manaus, refúgio católico tradicional no Centro

Relógio Municipal. Instalado em 1927, importado da Suíça

quitetura imponente. Foi a primeira obra arquitetônica da cidade.

Continuando a caminhada pela Eduardo Ribeiro vamos “cortar” a 7 de Setembro. Concluída em 1902, a Eduardo Ribeiro leva esse nome porque foi idealizada pelo governador homônimo nos moldes das vias largas parisienses. Suas primeiras residências são do início do século passado. Várias já foram demolidas, outras resistem ao tempo. Sua par-

e à praça Antônio Bittencourt (popular praça do Congresso, inaugurada em 1908). No local aconteceu o 1º Congresso Eucarístico Diocesano, da Igreja Católica, em 1942. No lado esquerdo, o secular prédio da Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista; ao fundo, o IEA (Instituto de Educação do Amazonas) inaugurado em 1944, construído sobre os escombros dinamitados do que viria a ser a sede do Palácio do

te inicial, a partir do porto, até as imediações da 7 de Setembro, foi aterrada sobre o igarapé do Espírito Santo.

Até a inauguração do Amazonas Shopping, em 1991, a avenida foi o principal centro comercial de Manaus.

Quase no final da avenida se destacam o Centro Cultural Palácio da Justiça (1900) e os fundos do Teatro Amazonas (1896), ambos obras de Eduardo Ribeiro.

Mais adiante chegamos ao prédio do Ideal Clube (1903)

IDEALIZADA PELO GOVERNADOR EDUARDO RIBEIRO, A AVENIDA QUE FOI BATIZADA COM O SEU NOME, UMA DAS PRINCIPAIS DO CENTRO, FOI PROJETADA NOS MOLDES DAS VIAS LARGAS PARISIENSES

Márcio James / Arquivo- Semcom

PONTE BENJAMIM CONSTANT

COLÉGIO CENTENÁRIO

Colégio Amazonense D. Pedro II

Governo, também idealizado por Eduardo Ribeiro e projetado pelo italiano Domenico De Angelis. Na outra esquina, em frente ao Ideal, destaca-se o edifício Maximino Corrêa. No local do edifício, demolido em 1971, existiu o Palacete dos Miranda Corrêa, adquirido pelo empresário paraense Antonino Carlos de Miranda Corrêa, em 1910, com certeza o prédio residencial mais magnífico que existiu em toda a avenida.

Inaugurada em 1895 pelo governador Eduardo Ribeiro

Passeio pela Sete A avenida 7 de Setembro, assim como a Eduardo Ribeiro, começa no rio e logo surge um dos prédios mais antigos de Manaus, o Paço Municipal ou Paço da Liberdade. Sua pedra fundamental foi lançada em 1871. De 1874 a 1917 foi a sede do governo do Estado. A partir deste ano passou a ser a sede da prefeitura. Desde 2018 abriga o Museu Cidade de Manaus. À frente do Paço, a praça D. Pedro II onde eram realizados os grandes eventos e festas da Manaus do fim do século 19. Na rua Bernardo Ramos, paralela à 7 de Setembro, estão as duas residências mais antigas da cidade, de 1819, onde, desde 2019, funciona o Centro Cultural

Óscar Ramos. Na mesma praça está o antigo Hotel Cassina, de 1899, depois Cabaré Chinelo e agora Casarão da Inovação Cassina. E ainda tem o belo Palácio Rio Branco, inaugurado em 1938, primeiro como Tribunal de Contas do Estado, depois sede da Assembleia Legislativa do Estado, de 1972 até 2000.

Saindo dessa região, vamos continuar o nosso passeio. Mais adiante a 7 de Setembro “corta” a Eduardo Ribeiro.

Alguns metros e chegamos à praça Heliodoro Balbi (popular praça da Polícia) urbanizada pelo prefeito Adolpho Lisboa (1902/1907). Dois belos prédios podem ser

contemplados da praça: o Colégio Amazonense D. Pedro II -popularmente conhecido como “Estadual” -, cuja pedra fundamental foi lançada em 1881, e que serviu de hospedagem para o conde D’Eu, em 1889, quando de viagem à Amazônia; e o Palacete Provincial, de 1875, que já foi o quartel da polícia (por isso a praça é assim conhecida) e que desde 2004 abriga cinco museus (de Arqueologia, da Imagem e do Som, de Numismática, Tiradentes e a Pinacoteca do Estado).

Continuando o passeio pela 7 de Setembro, iremos encontrar mais duas belas obras dos tempos áureos da borracha, o Centro Cultural Palácio Rio Negro, que

foi o “Palacete Scholz”, residência do rico comerciante alemão Karl Waldemar Scholz, de 1903 a 1917. Falido após a crise do comércio da borracha, iniciada em 1911, o alemão teve sua casa hipotecada e posteriormente comprada pelo governo do Estado, em 1917, e denominado de Palácio Rio Negro, Centro Cultural desde 1997.

O último ponto turístico da avenida seria a ponte Benjamin Constant, conhecida como “ponte de ferro”, inaugurada em 1895 por Eduardo Ribeiro.

A 7 de Setembro também foi construída por esse governador para ligar o Centro à Cachoeirinha, primeiro bairro planejado de Manaus. Mas essa é outra história.

Símbolo da época áurea da borracha Cassarão Cassina desponta como espaço de inovação e tecnologia Márcio James / Arquivo- Semcom

Igreja de Nossa Senhora da Conceição guarda relíquias históricas, além de ser o primeiro templo religioso da cidade SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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ENTREVISTA

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Se Liga na História Na avenida 7 de Setembro existem três pontes: a primeira, conhecida como Primeira Ponte Romana, oficialmente ponte Floriano Peixoto, foi construída sobre o igarapé de Manaus. A segunda, conhecida como Segunda Ponte Romana, oficialmente ponte Marechal Deodoro, foi construída sobre o Igarapé do Bittencourt. A última ponte, Benjamin Constant, liga o Centro ao bairro Cachoeirinha. Todas foram construídas no governo de Eduardo Gonçalves Ribeiro (1892-1896).

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Manaus, 23 ae 25 de outubro de 2021

Fotos: Arquivo Pessoal

“Uma clara homenagem ao povo Manaó”

O secretário-geral do IGHA, Geraldo dos Anjos, conta sobre a escolha da data de comemoração do aniversário de Manaus, que até então era desconhecida RITA FERREIRA @RITAF20

D

esde quando é comemorado o aniversário de Manaus? Por que o 24 de outubro é a data desse aniversário? E por que a cidade está comemorando 352 anos? Essas são algumas perguntas que o secretário-geral do IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas), Geraldo dos Anjos, responde ao Jornal do Commercio. Há 33 anos, ele e outros historiadores amazonenses foram incumbidos de descobrir quando seria o aniversário da cidade, e não tiveram dificuldades para chegar a uma conclusão. Entre as várias datas históricas de Manaus, destacava-se o 24 de outubro de 1669.

Na entrevista, a seguir, dos Anjos conta como se deu todo o processo de escolha da data que, desde então, nunca mais deixou de ser celebrada, a cada ano, com mais entusiasmo pelos manauenses.

Jornal do Commercio: Quem foi a primeira pessoa a escolher uma data para o aniversário de Manaus e por que teve essa ideia?

Geraldo dos Anjos: Em 1969, a Prefeitura de Manaus, por meio do prefeito Paulo Pinto Nery (1965/1972) comemorou os 300 anos da instalação do Forte de São José da Barra do Rio Negro. Desta data em diante não houve mais nenhuma comemoração relacionada à fundação de Manaus. Em 1986 assumiu a prefeitura, Manoel Henriques Ribeiro (1986/1988) cuja secretária de Comunicação era a jornalista Celes Borges.

Um dia fui procurado por ela e sua equipe, no IGHA, onde eu exercia o cargo de diretor-administrativo. Celes queria saber a data do aniversário da cidade de Manaus. Disse a ela que a cidade não possuía uma data específica de comemoração e sim tinha a data histórica de 24 de outubro de

1848 quando, por meio da lei nº 147, da Assembleia Provincial do Pará, foi elevada da condição de vila para a de cidade, recebendo o nome de Cidade de São José da Barra do Rio Negro. Foram necessários oito anos para que o nome Manaus surgisse em documentos, em 4 de setembro de 1856, numa clara homenagem ao povo manaó, embora não saibamos quem decidiu por essa escolha.

JC: Nesse primeiro momento, após a secretária procurálo, ninguém lembrou do ano de 1669, quando o forte foi construído pelos portugueses?

GA: Não! Resolvemos unir a data de 24 de outubro, quando da mudança de status de vila para cidade, ainda com o imenso nome de Cidade de São José da Barra do Rio Negro, e o ano de 1856, quando o nome foi reduzido para Manaus.

O objetivo da escolha de uma data era para que a cidade pudesse ter seu aniversário comemorado, e assim, baseado no ano de 1856, ocorreu a primeira comemoração do aniversário de Manaus, em 1988, com a propaganda “Manaus 132 anos”.

JC: Quando e onde aconteceu essa sugestão?

GA: A sugestão foi apresentada ao prefeito Manoel Ribeiro, no Paço Municipal, na praça Dom Pedro II, onde funcionava a prefeitura, e foi acatada por ele.

JC: Houve consenso nessa data ou historiadores discordaram, e por que discordaram?

GA: Uma decisão assim nunca tem concordância unânime. Não houve consenso por parte dos historiadores e alguns jornalistas. A discordância maior partiu dos membros do próprio IGHA, que lembravam das comemorações dos 300 anos (em 1969) de fundação do Forte de São José da Barra do Rio Negro, em 1669,

o qual seria o núcleo inicial da cidade de Manaus.

JC: Foi então que entrou na história o ano de 1669?

GA: Sim! Esse ano de 1669 também é importante para a história de Manaus, pois foi quando houve, em dia e mês desconhecidos, a fundação do Forte de São José da Barra do Rio Negro, que deu início ao núcleo formador da cidade com as tribos dos manaós, barés e passés, que vieram viver em torno do forte e fizeram a cidade surgir.

JC: Onde aconteceu a reunião que definiu o 24 de outubro como sendo o aniversário de Manaus?

GA: Em reunião da diretoria do IGHA, na época presidida por Robério Braga e com a participação dos associados Mário Ypiranga Monteiro, Antônio Loureiro, Moacir Andrade, Albertina de Albuquerque e eu. Depois de muita discussão chegamos à conclusão que o melhor seria unir o 24 de outubro com o ano de 1669. Todos concordaram e o presidente Robério pediu aos participantes que escrevessem um artigo sobre a história de Manaus, publicado depois em formato de livro. Se eu não estou enganado o título foi “Manaus, 319 anos de fundação”.

Esta decisão foi encaminhada ao prefeito Manoel Ribeiro, por meio de ofício do presidente do IGHA, e acatada por ele.

Segundo Geraldo dos Anjos, o objetivo da escolha de uma data foi para que a cidade pudesse ter seu aniversário comemorado

JC: Escolhida a data, como foi o processo para o aniversário de Manaus passar a ser comemorado todos os anos?

GA: A partir de então, desde 1988, a data de 24 de outubro de 1669 passou a ser oficialmente comemorada como o aniversário de Manaus e teve continuidade por todos os prefeitos que vieram em seguida, até agora, quando a cidade chega aos 352 anos de existência.

“FORAM NECESSÁRIOS OITO ANOS PARA QUE O NOME MANAUS SURGISSE EM DOCUMENTOS, EM 4 DE SETEMBRO DE 1856, NUMA CLARA HOMENAGEM AO POVO MANAÓ, EMBORA NÃO SAIBAMOS QUEM DECIDIU POR ESSA ESCOLHA”, GERALDO DOS ANJOS, SECRETÁRIO-GERAL DO IGHA

A partir de então, desde 1988, a data de 24 de outubro de 1669 passou a ser oficialmente comemorada como o aniversário de Manaus SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Se Liga na História O shopping Cecomiz (Centro Comercial da Indústria da Zona Franca de Manaus), localizado na avenida General Rodrigo Otávio, no bairro Crespo, zona Sul, foi o primeiro shopping de Manaus. Foi idealizado pelo coronel Joaquim Pessoa Igrejas Lopes, superintendente da Zona Franca de Manaus (1983-1985), e inaugurado em 1984 pelo ministro Mário Andreazza.

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PERFIL EMPRESARIAL

Grupo Chibatão ma excelência nas ope

Com 3.500 funcionários, empresa é o principal referencial em logística portuária na Região Amazônica, mantendo liderança no segmento ao longo de três décadas Foto: Divulgação

Tudo o que não foi feito em 2021, por causa da pandemia, deve acontecer em 2022, possibilitando mais incremento em praticamente todos os setores da economia” Investimentos da empresa, em máquinas modernas e na qualificação da mão de obra melhoram a infraestrutura portuária do grupo Chibatão

MARCELO PERES FACEBOOK: MARCELO.PERES

C

om pelo menos 30 anos de atuação no mercado, o grupo Chibatão continua sendo o principal referencial de logística no Amazonas. Possui mão de obra qualificada e equipamentos tão sofisticados que superam (muitas vezes) empresas tradicionais do Sul, Nordeste e Sudeste do país, um cenário que não existia há oito anos na região.

São 3.500 funcionários envolvidos diretamente nas ope-

rações portuárias da empresa em Manaus, manipulando tecnologias de ponta que acompanham as maiores tendências mundiais no segmento logístico, um ramo essencial para o desenvolvimento econômico, alavancando mais empregos e renda à população.

Guindastes automatizados manipulam contêineres de mercadorias com mais celeridade e eficiência, diminuindo consideravelmente o tempo gasto para descarregar um navio, principalmente oriundos da China, hoje o maior fornecedor de insumos para o PIM (Polo

Industrial de Manaus).

Mais de 90% dos produtos que chegam e saem de Manaus passam pelo porto do grupo Chibatão, uma infraestrutura moderna, robusta e eficiente, cujo maior diferencial é a fluidez nas operações portuárias.

Os clientes recebem e descarregam mercadorias com maior rapidez, impactando menos nos custos operacionais logísticos.

Atualmente, o Chibatão está no topo da pirâmide quando se fala em logística moderna na Região Amazônica, tudo atribuído a um homem empreendedor, visionário, que tem como

marca a humildade e a relação amigável com os funcionários.

O império logístico construído por José Ferreira de Oliveira, o “Passarão”, natural do município de Eirunepé, foi lapidado aos poucos, chegando ao protagonismo e à importância conhecida hoje para o desenvolvimento do Amazonas.

“O grupo se sente feliz e muito orgulhoso tendo como patriarca um homem muito empreendedor que tem como objetivo desenvolver toda a área de logística na região. O senhor Passarão vem investindo pesadamente em infraestrutura

ao longo desses 30 anos para que o Estado tenha um diferencial comparado ao do Sul, Nordeste e Sudeste do país”, diz o diretor-executivo da empresa, Jhony Fidelis, que não esconde seu entusiasmo e admiração por José Ferreira. “Um desbravador que ajuda a cada dia desenvolver e dar mais fôlego à economia do Amazonas”, acrescenta ele.

Segundo Jhony Fidelis, atualmente o Norte do Brasil, especialmente Manaus, conta com equipamentos tecnológicos de última geração para operações portuárias até melhores que a

Equipamentos tecnológicos de última geração utilizados nas operações portuárias do grupo, segundo Jhony Fidelis são melhores que a de outros portos do país

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Jhony Fidelis, diretor-executivo do grupo Chibatão

de alguns portos do Sul, Nordeste e Sudeste, um cenário de inovação construído principalmente pelo grupo Chibatão que prima pela eficiência, excelência na qualidade e na rapidez dos serviços.

Moderno e eficiente, o Chibatão responde, atualmente, pela maioria dos produtos que entram e saem do Amazonas.

São produtos dos mais diversos nichos de mercado, desde insumos e matérias-primas, alimentos, embalagens, itens de beleza, estética, eletroeletrônicos, eletrodomésticos a manufaturados de primeira necessidade.

BAIRROS

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Se Liga na História O bairro de São Vicente era formado pelas ruas 5 de Setembro, Bernardo Ramos, Frei José dos Inocentes, Visconde de Mauá, Monteiro de Souza, Tamandaré, Itamaracá e Taqueirinha.

O bairro dos Remédios era formado pelas ruas Marquês de Santa Cruz, Leovegildo Coelho, dos Barés, Miranda Leão, dos Andradas, Barão de São Domingos, Rocha dos Santos e Joaquim Nabuco. O bairro do Espírito Santo era formado pelas ruas da Instalação, avenida Sete de Setembro (entre a rua da Instalação e a avenida Eduardo Ribeiro), Henrique Martins, Lobo d’ Almada, Joaquim Sarmento e Saldanha Marinho.

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PERFIL EMPRESARIAL

antém qualidade e erações portuárias “É muita responsabilidade atender a uma região com mais de 4 milhões de habitantes em termos de logística para cargas. Não medimos ousadia e esforços para prestar o melhor serviço aos clientes dos mais diversos segmentos econômicos”, ressalta Fidelis.

Pe l o p o r t o C h i b a t ã o são escoadas as produções do PIM (Polo Industrial de Manaus) destinadas para os grandes mercados consumidores. A empresa opera também os modais rodofluvial e de cabotagem em navios de longo curso.

Maioria das mercadorias que chegam ou saem de Manaus, passam pelo pátio do porto Chibatão

Mais infraestrutura Mesmo com a pandemia, a empresa manteve os níveis de investimentos para melhorar sua infraestrutura portuária. Só este ano, destinou aproximadamente R$ 150 milhões para compra de novos equipamentos e treinamento de pessoal “Toda a mão de obra especializada com que contamos hoje é treinada pelo próprio grupo. Não importamos pessoal qualificado de outros Estados. Aquele caboclinho que ganhava, às vezes, R$ 1.200, fatura hoje até três, quatro ou cinco vezes mais. Foi treinado e hoje opera equipamentos de última geração”, salienta Jhony Fidelis, que atua no Chibatão há dez anos.

A empresa não se intimidou pelas duas ondas da pandemia que se abateu sobre o Amazonas.

Manteve suas atividades, dobrou o número de investimentos, melhorando a qualidade e a eficiência dos serviços que são o seu

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grande diferencial.

De acordo com o diretor-executivo, as perspectivas de negócios são boas para 2022. Segundo ele, o Amazonas tem uma capacidade portuária ociosa de até 50%, algo que vislumbra novos contratos futuros. “Tudo o que não foi feito em 2021 por causa da pandemia deve acontecer em 2022, possibilitando mais incremento em praticamente todos os setores da economia”, prevê Fidelis.

Ele avalia que o PIB da região Norte deve turbinar no próximo ano com a retomada em 100% das atividades, impulsionado pela produção das fábricas instaladas em Manaus que destinam praticamente todos os seus produtos para exportação aos grandes centros consumidores do país e do exterior.

“O Norte movimentou muito mais recursos nesses últimos dois anos, superando, inclusive, o PIB do Sul e Sudeste. A região vem se destacando. Em Manaus, estão as principais fábricas que abastecem o Brasil”, destaca Johny Fidelis.

“A gente tem estrutura e logística suficientes para suportar o crescimento até 100% maior que nos últimos anos”, afirma.

Questionado sobre as n o va s m e t a s d o g r u p o Chibatão, o diretor-executivo foi enfático. “Priorizar cada vez mais novos investimentos para a compra de equipamentos e treinamento de pessoal, acompanhando as principais tendências mundiais de inovação no segmento”, afirma.

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SÉCULO

Se Liga na História Medição do nível do rio ocorre há 118 anos, mas bem antes disso as cheias do Negro já causavam espanto em publicações do século 19

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Medição do nível do rio Negro teve início em 1902

O rio nunca havia atingido a marca de 30 metros, como aconteceu em 2021, quando chegou aos 30,02 metros, em 16 de junho RuanSouza_Semcom

FÁBIO AUGUSTO CARVALHO FACEBOOK @FABIO.AUGUSTO.1447

F

enômenos da natureza sempre impressionaram os seres humanos, pela destruição que provocam e por mostrarem que, por mais que o homem a destrua se a natureza se voltar contra ele, o elimina da face da Terra em pouco tempo, e não há tecnologia que a detenha. No Amazonas não há vulcões, furacões, tsunamis, para citar alguns fenômenos naturais mais conhecidos. Às vezes a terra treme, mas nada de mais. O que chama a atenção mesmo são as enchentes. Muito antes desse fenômeno, quando as fortes chuvas nas cabeceiras dos grandes rios e do degelo dos Andes descem enchendo os rios que encontra pela frente, ser medido mês a mês, ano a ano, após 1903, a cheia dos rios da região já assustava.

Possivelmente os relatos mais antigos documentados sobre as cheias no Amazonas tenham sido feitos pelo cônego Francisco Bernardino de Souza, no seu livro “Lembranças e curiosidades do vale do Amazonas”, publicado

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em 1873. Escreveu o cônego.

“Esse imenso volume d’água que se observa e que sem embargo de correr perennemente para lançar-se no Atlântico, se eleva à altura descomunal de 35 palmos, submergindo terras que parece incrível passarem por essa transformação anual...”. E completou.

“O Amazonas, cumprindo as leis do Eterno, vai em sua marcha imperceptível subindo as altas ribanceiras e espraiando-se pelos prados, onde arrebata os animais destruindo as plantações”.

Nesses 118 anos de medição do nível do Negro, pelo porto de Manaus, são muitas as curiosidades e a primeira delas foi vista esse ano. O rio nunca havia atingido a marca de 30 metros, como aconteceu em 2021, quando chegou aos 30,02 metros, em 16 de junho. O evento natural só começou a chamar a atenção dos manauenses, em 1953, ao atingir 29,69 metros, em 9 de junho, e alagar a frente da cidade. A partir daí, sempre se esperava que aquele recorde fosse batido, o que aconteceu em 1º de julho de 2009 (29,77 metros) e 29 de maio de 2012 (29,97 metros).

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no dia 4 de maio. Nunca antes, nem depois, o rio chegou ao seu máximo tão antes do que era esperado, sempre a partir do dia 20 de maio. Também nunca foi além do dia 16 de julho, o que já ocorreu em duas oportunidades, em 1972 (28,70 metros) e 1986 (28,14 metros).

Intervalo entre os eventos de cheia extrema são cada vez menores

Curiosidades Protelar obras públicas no Brasil parece ser crônico, tanto que, em 1869, D. Pedro II autorizou, por meio de lei, aos presidentes das províncias (atuais governadores dos Estados) a construir e administrar docas e armazéns em todo o país. Somente 30 anos depois, em 1899, e porque o Amazonas vivia o auge do comércio da borracha, foi publicado o edital de concorrência para execução de obras de

melhoramentos do porto de Manaus, ganho, em 1900, pela firma paulista B. Rymkiewicz & Cº, que assinou o contrato naquele mesmo ano, porém, dois anos depois o transferiu para a empresa inglesa Manaos Harbour Limited. Por longos 17 anos as obras no porto se arrastaram até que, em 1919, foram consideradas concluídas.

O curioso é que, a régua, que mede a subida das águas do Negro, foi uma das primeiras obras pensadas pela Manaos Harbour

Limited, tanto que, no ano seguinte no início dos trabalhos, em 1902, surge a primeira marcação, 27,52 metros, da subida do rio, máxima atingida no dia 25 de junho de 1903. A partir daí, sempre entre junho e julho, o rio chega ao seu ponto mais alto. Raras vezes isso ocorreu em maio, como em 1915, 1936, 1941, 1958, 1968, 1992 e 2012. Aliás, a cheia de 2012 era a recordista, até este ano.

Outra curiosidade, em 1968 o Negro chegou a 27,13 metros,

Clima Os registros de quase 120 anos do nível da água no porto de Manaus mostram que, das dez maiores cheias, oito ocorreram nos últimos 45 anos, sendo seis delas a partir de 2009. Desde 1970, o CPRM (Serviço Geológico do Brasil) faz medições dos níveis.

“Fizemos um levantamento das maiores cheias de 1970 em diante e constatamos que elas coincidiam com grandes anomalias nas chuvas observadas na bacia do rio Negro. Nos últimos anos, temos visto um aumento de frequência desse processo como um todo”, informa o meteorologista Renato Senna, do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia).

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1895

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Se Liga na História Manaus foi a segunda cidade brasileira, depois de Campos (RJ), a ter energia elétrica. Em 1895, no governo de Eduardo Gonçalves Ribeiro, foi aberta concorrência para a iluminação pública por eletricidade, em substituição ao gasogênio. Saiu vencedor Heleodoro Jaramillo, da empresa General Electric. Jaramillo passou a concessão à empresa inglesa Manáos Electric Lighting Company, que inaugurou o serviço em 22 de outubro de 1896, com a iluminação em arco voltaico de seis ruas do Centro.

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Um patrimônio histórico abandonado Casas, casarões e palacetes seculares prestes a desabar, no Centro, são a triste imagem de um passado de riqueza e bonança Márcio James / Arquivo - Semcom

EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

U

m passeio pelo Centro Histórico de Manaus é um triste retrato do abandono e descaso com a história local, por meio das casas, casarões e palacetes seculares abandonados, alguns em vias de desabar.

Esses belos prédios foram construídos, principalmente entre 1890 e 1910, período da efervescência econômica do Amazonas, pelo intenso comércio da borracha e outros produtos extraídos da floresta.

Nele habitavam famílias ilustres de seringalistas, comerciantes, políticos e homens da lei, advogados, juízes e desembargadores.

Tanto esmero tinham os proprietários por esses imóveis que seus construtores, em muitos casos, vinham da Europa e tanto a matéria-prima, quanto objetos de decoração, também eram importados daquele continente.

Durante os 20 anos citados essas casas, casarões e palacetes foram surgindo e embelezando as ruas de Manaus, não só do Centro, mas de bairros antigos como Aparecida, Educandos e São Raimundo.

Em 1911 a Amazônia perdeu a hegemonia do comércio mundial da borracha e a economia de Manaus sucumbiu ano após ano. Muitas famílias abandonaram suas moradias e foram embora da cidade. Outras ainda ficaram mas, empobrecidas, não mais tiveram condições para manter a beleza de suas residências, o que continuou com os herdeiros, filhos e netos.

Na década de 1950, o novo padrão residencial estilo americano, adotado em Manaus, o bangalô, com traços lisos e retos, fez o estilo rococó ser coisa do passado, e muitas casas, ca-

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Tombamento de prédios históricos é uma das medidas para assegurar a preservação dos imóveis centenários

sarões e palacetes começaram a ser demolidos o que continuou pelas décadas de 1960 e 70. Os que conseguiram “sobreviver” àquela onda, podem desabar, agora, com o peso do tempo.

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o historiador Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa, um apaixonado pelos tempos da Belle Époque explica um pouco mais sobre o assunto.

Jornal do Commercio: Cada vez mais as casas, casarões e palacetes seculares do Centro estão se deteriorando. Como resolver isso?

Fábio Augusto: A preservação de prédios históricos demanda um trabalho em conjunto entre o poder público e a comunidade, como fica expresso em nossa Constituição. Essa proteção se dá por meio de registros,

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inventários, desapropriação e o famoso tombamento, que é a declaração da importância histórica de determinado patrimônio. O abandono se faz presente não só no centro histórico, mas também em outros bairros antigos como o Educandos, Aparecida e São Raimundo. Nosso papel, enquanto cidadãos, é fiscalizar e acionar os órgãos competentes sobre em que estado se encontram prédios, praças e outros logradouros. Mesmo que tombados, a manutenção desses espaços compete aos seus proprietários, e cabe a instituições como o Iphan a fiscalização.

JC: Se o imóvel histórico é particular, e não é cuidado, não tem como o poder público interferir para obrigar os proprietários a cuidar dele?

FA: O tombamento por

si só já é uma forma de intervenção do Estado para a proteção do patrimônio cultural. O poder público pode, em casos críticos, desapropriar prédios históricos particulares para preservá-los. Em 2017, por exemplo, o governo do Amazonas pensou em desapropriar a Santa Casa de Misericórdia, mas desistiu. O local acabou sendo leiloado. A intervenção está respaldada no bem comum, no patrimônio que pertence não apenas àquele particular, mas à sociedade como um todo.

JC: Prédios públicos estão cada vez mais entrando na lista dos abandonados, como Alfândega, SNPH, prédio do Iphan, agência Central dos Correios, sem citar os antigos como o complexo Booth Line.

Seria dinheiro ou seriedade que está faltando?

FA: Pode-se dizer que ambos. O tombamento de prédios

históricos, em um primeiro momento, garante o reconhecimento da importância destes.

Em um segundo momento fala-se do restauro, que sabemos não ser barato. Por último, para completar essa questão, temos a morosidade de algumas instituições, o que acaba prejudicando ainda mais.

JC: Você acha que deveriam ser elaborados projetos para que empresas possam bancar, por meio de isenção fiscal, restaurações de prédios históricos?

FA: Deveriam, p ois o restauro e conservação são onerosos. As isenções fiscais ajudariam no custo. Já existe a isenção no IPTU para proprietários de bens tombados, o que já ajuda bastante, mas não é o suficiente.

JC: Levantamento feito por você, pelas ruas do cen-

tro histórico constatou quase 100 casas, casarões e palacetes abandonados. O Centro, hoje, é um fantasma do passado?

FA: Fiz esse levantamento com o historiador Ed Lincon Barros, que desde a década de 1980 dedica-se ao estudo da cidade. Identificamos prédios históricos abandonados no Centro, em Educandos, Aparecida e São Raimundo. São 94 no total. O mais antigo é o prédio da Santa Casa de Misericórdia, que foi leiloado e que hoje aguarda o restauro prometido por seus novos proprietários.

Nos últimos anos temos visto o restauro de locais importantes como os antigos hotel Cassina e prédio da Câmara Municipal, este, transformado em Centro de Arqueologia. Pormeio do trabalho conjunto entre particulares e poder público talvez um dia possamos nos orgulhar do patrimônio histórico da cidade como um todo.

Se Liga na História ARTE PULSANTE

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anos

Onde hoje ficam as avenidas Floriano Peixoto e Getúlio Vargas existiu o igarapé dos Remédios, curso d’água que tinha nascente nas proximidades do antigo Hospital Dr. Fajardo e foz na região da praça Adalberto Valle. Ele começou a ser aterrado aos poucos, ainda no século 19, até desaparecer totalmente na década de 1930, quando foi inaugurada a avenida Getúlio Vargas (1938).

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Arte que não para de pulsar A pandemia não conseguiu parar a criatividade dos artistas da música, e eles lançaram, e ainda pretendem lançar, vários trabalhos em 2021 EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

N

ão teve pandemia que fizesse os cantores barés parar de produzir seus trabalhos musicais, singles, videoclipes, álbuns, lives. O isolamento os inspirou ainda mais a apresentar novos trabalhos para os fãs.

Comemorando 40 anos de carreira, Cileno lançou o álbum, “Cileno – 40 anos de estrada”.

O trabalho faz um passeio por vários sucessos compostos e gravados por ele ao longo da carreira, com músicas conhecidas do público amazonense como “Mimo de beija-flor”, “Www. I love you”, e “Lusis”. “É uma releitura de onze gravações antigas e uma música inédita de bônus. Foi uma forma de brindar o público que me acompanha ao longo da carreira e prestigia o meu trabalho”, disse.

As garotas sambistas do “Samba com as moças” lançaram a música “Na esquina”, de Alessandra Vieira, composta por ela no fim de 2020, durante o isolamento social. “Assim

que retornaram os trabalhos este ano, a banda apresentou a música nova ao público. É um samba que fala de empoderamento feminino, e apesar de estar sendo divulgada nos shows, ainda não foi para o estúdio e nem chegou às plataformas digitais. A previsão é que esteja produzida e disponível nas plataformas até dezembro”, avisou.

Cantora, compositora e produtora musical, Elisa Maia lançou o single “Todo poder curativo”, tendo como referência a cantora canadense Alanis Morissette. O single veio acompanhado de uma versão audiovisual com fotos e vídeos de Elisa.

“Em tempos de profundo luto coletivo, a letra ganha outras camadas de significados que não se conectam com uma ideia de ‘pacificação acrítica’, mas de autoconsciência e cuidados coletivos para as lutas que ainda virão”, disse.

Foto: Divulgação

Novidades em 2022 O cantor e compositor Matheus Santaella lançou o single “É só aceitar”, para completar seu EP. Aproveitando o isolamento social para compor e tra-

Músico Matheus Santaella aproveitou o isolamento social para produzir

balhar suas músicas, Santaella já havia disponibilizado nas plataformas o single “Horizonte”.

E ainda brindou o público com “Vinte minutos”. A música tem um refrão marcante, cheio de backing vocals, e muito balanço.

“Este ano já participei de um show audiovisual chamado Banzeiro Novo, gravado no Teatro Amazonas junto com outros cinco artistas. Para o ano que vem, minha pretensão é lançar músicas novas”, destacou.

Três anos após o lançamento do EP “Acontecer”, Karen Francis reapresentou o seu material de estreia com uma nova roupagem na pro-

Sambistas devem produzir e disponibilizar material até dezembro

dução audiovisual “Acontecer – ao vivo’’. Com uma câmera intimista e um cenário de folhas caídas que representam a renovação e o encerramento de um ciclo, “Acontecer – ao vivo” reúne as cinco faixas da obra original, sobre dramas amorosos, liberdade e desejos, desta vez com novos arranjos e uma atmosfera mais guiada pelo ritmo do R&B. “Como atualmente estou trabalhando na produção do meu próximo álbum, achei justo encerrar o ciclo dessa obra com um show lindo que fizemos e me despedir de um período tão nostálgico e importante para mim e para quem me acompanha”, lembrou.

O Cileno - 40 anos de estrada é uma forma de brindar o público que me acompanha ao longo da carreira e prestigia o meu trabalho” Cileno, cantor e compositor

deoclipes e assim fortaleçam uma cadeia de pessoas que vivem e se destacam por sua criatividade”, afirmou.

Depois de lançar o single “Your crime-UNNA”, a cantora Evelyn Félix também estreou um videoclipe com referências à cultura geek, pop e Sci-fi. Para completar, ainda fez uma live para seus fãs.

“Estava em casa pesquisando algumas perucas na internet, quando resolvi criar a personagem Unna. Daí me inspirei em escrever a música Your crime e pensar no clipe”, contou.

A história de um amor que nasceu no meio da quarentena.

Assim é “Linear”, single com piano e voz lançado pela cantora e compositora Duda Raposo.

Foto: Divulgação

Estilos variados se destacam com criatividade Comemorando os 13 anos da banda, a Alaídenegão lançou o álbum “Cantos da beira”, reunindo nomes como Márcia Novo e Marcelo Nakamura, entre outros.

“Queríamos muito poder gravar com o público. Conseguimos e fizemos do jeito que era possível”, revelou Davi Escobar, vocalista da banda.

O rapper Ian Lecter lançou a música “Desde cedo”, acompanhada de um videoclipe. Conhecido como “o mais escuro do Norte”, Lecter é um representante da periferia de Manaus, e se orgulha disso.

“O futuro que vislumbro é que cada vez mais os artistas da periferia consigam agregar outras linguagens em seus vi-

Um misto de música, sustentabilidade e poesia amazônica.

Assim é o novo DVD do rapper Jander Manauara, “Do rip-rap ao flutuante”, lançado por meio do seu canal no YouTube.

O mais novo trabalho de Manauara é uma releitura de seus três primeiros álbuns, “Num vale 1 real”, de 2009; o “Grelhante”, de 2013, e o “Manauara em extinção”, de 2015, e comemora os 20 anos de atividades musicais do artista.

“Eu tentei trazer para dentro desse DVD, a fala de pessoas que são próximas da temática sustentável, que trabalham com as questões ambientais, que possuem valores voltados para as questões sustentáveis”, ressaltou.

“Além da música ser uma maneira de expressão, tenho certeza que é uma forma de confortar o coração de quem escuta”, ensinou. Duda planeja lançar um álbum ainda este ano.

O compositor e violonista Magaiver Santos apresentou o álbum audiovisual “Vermelho”, um marco importante em sua carreira solo de cantor. Ele também integra as bandas Casa de Caba, Sindicato dos Artistas Carentes e Os Maninhos.

“O registro audiovisual resume uma década de experimentação rítmica e poética no mercado fonográfico amazonense, trazendo um repertório autêntico e contemporâneo”, explicou.

Evelyn Félix criou personagem Unna em meio a pesquisa na internet SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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é hora de renascer!

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Foto: Tadeu Jnr

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1872

Se Liga na História No primeiro Censo Demográfico realizado no Brasil, em 1872, a população da cidade de Manaus era de 29.334 habitantes, um pouco menos, nos dias de hoje, que a população do bairro Mauazinho, na zona Leste, com 27.852 habitantes.

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Venezuelanos buscam a sobrevivência em Manaus em diversas ocupações Eles estão praticamente em todos os segmentos das atividades e têm níveis de escolaridades diferentes, reunindo operários, mestres, doutores e até pós-doutores MARCELO PERES MARCELO.PERES

O

s venezuelanos vieram em massa para Manaus e encontraram na capital amazonense, uma solução de sobrevivência, fugindo do duro regime de Nicolás Maduro que levou a Venezuela a enfrentar uma das maiores (se não a maior) crise social e econômica dos últimos tempos.

Hoje, eles são pelo menos 30 mil vivendo só na capital do Amazonas. Mas estão espalhados por todos os Estados brasileiros, engrossando as fileiras de migrantes de outros países que buscam empregos no Brasil.

Além de auxílios governamentais e de países do exterior, os venezuelanos são de diversas classes sociais e com níveis de escolaridade também diferentes, mas que formam uma massa humana em busca de trabalho e de dias melhores. E não importa a origem econômica-social, quando o grande objetivo é continuar vivendo, ter um pouco mais de dignidade, algo que deixaram de ter há muito tempo com o regime ditatorial do atual presidente venezuelano.

Simples operários, engenheiros, mestres, doutores e pós-douto-

res correm atrás de uma ocupação para ganhar o pão de cada dia, dispostos a fazer qualquer atividade desde que consigam angariar alguns recursos.

Estão praticamente em todos os segmentos da vida econômica. Falando um ‘portunhol’ quase incompreensível, o engenheiro químico Guillermo Salas, 47 anos, chegou a Manaus há nove meses, trazendo a mulher e dois filhos, um adolescente e outro já adulto. É motorista de aplicativo, atividade que garante o sustento de cada dia, mesmo com o preço da gasolina nas alturas.

Ele conta a sua saga, exigindo grande atenção para entender, traduzir a sua história, devido à barreira idiomática, mesmo que o espanhol se assemelhe ao idioma português. Mas, a pronúncia gera muitas vezes confusão. E parece ininteligível.

Mesmo com formação superior, Salas disse que ganhava tão pouco que não dava nem para sustentar a família. “Fiz pós-graduação em eficiência energética, mas nem o nível superior com qualificação foi suficiente para sobreviver”, lamenta. “A situação está muito ruim na Venezuela. O que se ganha lá não dá nem para comer”.

Guillermo Salas está apren-

Foto: Divulgação

Venezuelanos tentam um novo recomeço em Manaus, fugindo do regime do ditador Nicolás Maduro

dendo o português para tentar um trabalho na sua área de atuação.

“Após dominar melhor o idioma, vou tentar outro trabalho, mas pelo menos consigo cobrir as despesas básicas como motorista de aplicativo”, acrescenta.

Com dois anos em Manaus, Eduardo Fuentes também ganha a vida como motorista de aplicativo, uma das atividades que mais absorvem a mão de obra de venezuelanos em Manaus. E possivelmente no resto do país.

Sem ajuda imediata, eles contam com o auxílio de entidades que os encaminham para tirar docu-

mentos básicos e, posteriormente, para algum emprego. “Com certeza, a vida aqui está melhor do que no meu país. Lá, está muito difícil viver. Hoje, temos mais perspectivas de vida no Brasil”, diz Fuentes.

A Hermanitos é uma das entidades que auxilia migrantes venezuelanos em Manaus. Tem pelo menos 5 mil pessoas registradas que podem representar até 10 mil pessoas, incluindo seus familiares.

“Damos apoio para retirar documentos básicos e, em seguida, encaminhamos para vaga de empregos”, conta Xiosmel Ramón, também migrante, que é um dos

coordenadores da entidade em Manaus. “Aqui eles encontram ajuda.

Não estão sozinhos. Procuramos fazer tudo para ajudá-los”, diz.

Níveis escolares A massa de imigrantes é formada por diversos níveis escolares –do básico, superior até a pós-graduação. São especialistas, mestres e doutores que também buscam alguma ocupação para sobreviver.

A ACNUR (Agência das Nações Unidas para os Refugiados) estima que, dos atuais 5,4 milhões de refugiados venezuelanos em todo o mundo, 260 mil vivem no Brasil, sendo pelo menos 20 mil em Manaus.

A capital do Amazonas abriga o maior grupo de imigrantes, antes dos haitianos, que totalizam aproximadamente 5 mil. E a cada dia vão chegando mais, já que a situação econômica e política da Venezuela piora de semana a semana.

Informalidade A maioria dos venezuelanos da capital amazonense “se vira” como Jesús e Rossmary, no setor informal, vendendo água, café, frutas e artesanato nas ruas. Ou coleta ferro velho, papelão e plástico. Em julho, quando parte do

centro da cidade foi inundada pelo rio Negro, e a feira da Manaus Moderna afetada pela enchente, Jesús trabalhou como catador. Algumas mulheres e homens se prostituem, “vendendo café e o corpo”, como se diz por aqui.

O constante fluxo migratório da Venezuela resultou na formação de pequenas comunidades em alguns terrenos baldios de Manaus, onde os imigrantes construíram moradias simples de madeira, tijolos e plástico. Já se pode prever como, daqui a alguns anos, elas terão se transformado em favelas.

Centenas de venezuelanos também se estabeleceram no decadente centro antigo de Manaus, e em algumas ruas se formou uma colônia que já leva o nome de “Pequena Venezuela”. Também Jesús e Rossmary vivem no Centro, numa velha casa deteriorada, pagando R$ 300 por mês por um quarto de 12 metros quadrados.

Há um banheiro em que não corre água, e eles têm que pegá-la com balde, na casa de uma vizinha também venezuelana. Como o dinheiro não dá para comprar gás de cozinha, o casal faz comida em duas pequenas placas elétricas.

Faz muito tempo que o quarto não é pintado, e a umidade sobe pelas paredes.

Feliz Aniversário, MANAUS!

Linha de produção da Honda

A Moto Honda tem orgulho de há 45 anos gerar emprego e renda, aliado à preservação do meio ambiente.

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Se liga na História Existiu entre 1959 e 1960, na antiga estrada de São Raimundo, uma “Plaza de Toros”, onde eram realizadas touradas. O lugar foi idealizado pelo empresário Antônio Bentes Pacheco, uma praça grande, com capacidade para 7.500 pessoas. Diferente do que ocorria nas arenas da Espanha, onde os animais eram sacrificados no fim dos espetáculos, o governador da época, Gilberto Mestrinho, determinou que em Manaus os touros não seriam mortos

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Plaza de Toros

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Legislativo aponta medidas que auxiliam no desenvolvimento socioeconômico de Manaus Assembleia Legislativa e Câmara Municipal citam suas contribuições na aprovação de projetos que possibilitaram mais benefícios à população da capital Foto: Divulgação

MARCELO PERES MARCELO.PERES

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om pelo menos 2,5 milhões de habitantes, Manaus já tem ares de metrópole ou megalópole. Não é mais aquela província que experimentou o seu primeiro apogeu com o ciclo da borracha. E o legado de todo esse fausto econômico está no patrimônio histórico dos prédios públicos com uma arquitetura arrojada que serve como grande atrativo para turistas de várias partes do mundo.

E por aqui transitam as maiores expertises da sociedade nos mais diversos segmentos econômicos –do empresariado, da política, do social, enfim, a capital converge, hoje, para a realização de eventos e iniciativas dos mais variados nichos em atividade na vida econômica.

Paralelamente à atuação das lideranças empresariais, o Poder Legislativo também é uma peça importante para atrair e consolidar projetos que alavanquem o desenvolvimento em todos os seus aspectos,

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Projeto Faixa Azul criou um corredor exclusivo para ônibus, agentes de socorro, taxistas e conduções escolares

principalmente gerando mais empregos e renda à população manauense e também do interior do Estado.

Esta é a Manaus que chega aos seus 352 anos de idade, de vida, ainda cheia de contrastes e desigualdades sociais. Nem toda a riqueza gerada pela ZFM (Zona Franca de Manaus) foi capaz de eliminar os bolsões de miséria em que vive grande parte dos amazonenses. É assim, não só aqui, como no resto do país.

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Cravada no meio da floresta amazônica, a capital é referencial de desenvolvimento tecnológico e econômico. E convive num ambiente tão sofisticado que lembra os grandes centros nacionais e mundiais das atividades econômicas.

A Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas) diz que cumpre o seu papel constitucional de contribuir para uma melhor qualidade de vida de todos. Como também reforça esses objetivos a CMM (Câmara

Municipal de Manaus).

São ações (argumentam os dois poderes) refletidas na execução de projetos que levam muitos benefícios à população de Manaus e dos municípios do interior do Estado, onde a presença do poder público é mais difícil devido às dimensões continentais da região.

Nem isso, porém, tem sido um empecilho quando existe vontade política para estender os raios de ação, salientam as duas esferas públicas do legislativo. E todas essas medidas resultam em melhorias nas áreas de saúde, na educação, na economia, principalmente durante a pandemia que obrigou as autoridades governamentais e sanitárias a suspenderem as atividades para frear o avanço da Covid-19.

“Manaus é uma cidade-estado, com problemas inerentes de qualquer metrópole, e onde está concentrada a maior parte da população. Então, o nosso olhar é especial e procuramos, dentro das nossas limitações legislativas, oferecer soluções”, ressalta o presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (PV).

Segundo ele, todos os projetos de lei que tramitam ou são aprovados pelos deputados estaduais têm como principal objetivo melhorar a qualidade de vida da população manauense. “A prioridade é o povo que nos confiou o voto para sermos os legítimos representantes da causa pública. Tudo isso nos move a buscar cada vez mais benefícios a todos”, acrescenta Cidade.

Com mais de 36 anos de atuação na Assembleia Legislativa, o procurador-geral Vander Góes reforça a importância do Legislativo como um dos principais atores em defesa da sociedade. “O poder está cumprindo o seu papel, tendo em vista os limites de competência da legislação. Acredito que sempre podemos melhorar e ter mais qualidade, mas dentro do nosso limite legislativo, visto que temos a Câmara Municipal para se dedicar exclusivamente a Manaus”, avalia ele. “Temos avançado e, sem nos eximir das questões relacionadas a Manaus, contribuindo para a solução dos problemas na medida do possível”, acrescenta.

Mobilização O presidente da CMM, vereador Davi Reis (Avante), diz que o Legislativo municipal também dá sua contribuição para a melhoria da capital. Além de outras ações, ele cita o projeto proibindo a utilização das sacolas plásticas que causou muita polêmica e entrará em vigor dentro de um ano.

Uma forma de diminuir os impactos do descarte irregular desse artefato em igarapés e nos leitos de rios que cortam a cidade.

Reis afirma que os vereadores têm auxiliado o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a desenvolver obras públicas e na captação de novos recursos para tornar Manaus uma cidade melhor para se viver, uma promessa largamente difundida pelo então candidato a chefe do Executivo municipal na última eleição.

“Hoje, a Câmara está mais próxima das ações da prefeitura. Existe toda uma sintonia com os projetos do prefeito que têm como principal prioridade viabilizar mais benefícios à população manauense”, avalia o vereador.

David Reis cita também como resultado dessa mobilização em parceria com a prefeitura o grande número de trabalhos executados na malha viária de Manaus. “A cidade se transformou num verdadeiro canteiro de obras. E tudo isso deve ser atribuído a uma ação entre a Câmara e o Executivo municipal”, afirma.

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Se liga na História

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No período mais grave da epidemia de gripe espanhola em Manaus, em 1918, foi necessária a abertura de uma grande vala comum de 40 metros de extensão, atrás da capela do cemitério São João Batista. Foi utilizada a mão de obra de 35 presos da Casa de Detenção de Paricatuba, trazidos para a cidade pelo comandante da Polícia Militar, Luís Marinho de Araújo

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1918

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Museu mostra trajetória do Judiciário para o fortalecimento de Manaus O MuJam preserva toda a memória do Poder Judiciário do Amazonas, com um vasto compêndio documental de consulta para elaboração de obras sobre as atividades da Justiça na região MARCELO PERES MARCELO.PERES

O

Poder Judiciário também tem a sua contribuição para o desenvolvimento de Manaus e do interior do Amazonas. São atuações marcantes enaltecendo a história da capital que chega aos seus 352 anos de existência.

Uma trajetória experimentando ciclos sucessivos das mais diversas atividades da vida financeira e econômica.

Foram muitas lutas para manter as receitas estaduais. E todo esse caminho que abriu novas expectativas de vida, notadamente após o fim do ciclo da borracha, também é atribuído ao empenho incansável de várias lideranças da magistratura que se dedicaram a tornar a capital como uma das mais desenvolvidas, hoje, no Brasil.

E a ZFM (Zona Franca de Manaus) só alcançou esse protagonismo graças à atuação de magistrados que engrossaram as fileiras locais para trazer e consolidar no Estado um dos modelos mais bem-sucedidos do país, segundo avaliam analistas e cientistas políticos.

“O judiciário também se empe-

nhou bastante para termos o que é hoje a Zona Franca, um modelo de sucesso, que emprega uma mão de obra de mais de 100 mil trabalhadores, mantendo a principal receita do Estado”, avalia o advogado Rolemberg Cuesta, já aposentado e que testemunhou de perto todo o movimento em torno de criação da Zona Franca de Manaus.

O advogado vê, porém, a necessidade de um novo viés de desenvolvimento. “Agora, é hora de encontrar uma nova matriz econômica que se associe a essas atividades da indústria no Parque de Manaus. O potencial da biodiversidade se apresenta como alternativa de incremento econômico”, acrescenta Cuesta.

Em 4 de julho deste ano, o TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) celebrou os seus 130 anos de fundação, ressaltando o seu apoio para a consolidação de projetos que promovam mais empregos e renda à população do Estado.

E veio uma iniciativa assertiva para ressaltar a atuação do judiciário. Transformou em museu as suas antigas instalações do Palácio da Justiça, no Centro da cidade, por onde transitaram grandes nomes

Foto: Mujam1_RaphaelAlves_TJAM

Instalações do Palácio da Justiça sediam o MuJam, no Centro

da política, ministros, desembargadores num passado que deixou muitas histórias para as gerações de hoje e do também do futuro.

Com grande acervo, o MuJam (Museu do Judiciário do Amazonas) preserva toda a memória do Poder Judiciário no Estado, um vasto compêndio documental de consulta, referencial, para elabora-

ção das mais diversas obras sobre contextos tendo como foco atividades da Justiça na região.

“Tenho orgulho de pertencer ao Poder Judiciário do Amazonas nestes tempos difíceis em que a pandemia de Covid-19 assolou a humanidade. O tribunal envidou todos os seus esforços e, graças a todos os investimentos realizados

em tecnologia nas últimas décadas, pôde continuar, mesmo com todo seu corpo técnico e de magistrados atuando de forma remota, manter a prestação jurisdicional e apoiar as instituições e a sociedade nessa época tão desafiadora”, disse o presidente do TJAM, o desembargador Domingos Chalub, ao inaugurar o MuJam que reúne toda a história da justiça amazonense.

Passagens ilustres Pelo judiciário do Amazonas passaram figuras ilustres que se projetaram nacionalmente, entre eles o amazonense Mauro Campbell Marques, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que esteve na solenidade de inauguração do MuJam. “Mais um belo equipamento cultural a estimular um justo resgate histórico do judiciário nacional e especialmente a atuação jurisdicional ímpar de valorosos juízes e serventuários pelo vasto território amazonense”, disse o ministro Mauro Campbell.

A desembargadora Maria das Graças Pessôa Figueiredo se reportou à relevância do espaço não apenas para a Justiça, mas principalmente para o povo do

Amazonas. “É um patrimônio histórico que está preservado, do final do século 19, e que nós todos nos orgulhamos muito, pois é uma preciosidade dos tempos áureos da borracha, sendo um deleite para quem visita e conhece um pouco do nosso trabalho, do nosso esforço”, disse ela. “É um ato que se reveste em preservação da nossa história. Aqui foi a casa da Justiça, que abrigou expoentes do nosso Judiciário e que continuará a mostrar toda essa história”, salientou a magistrada.

Para o secretário de Estado da Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, o Palácio da Justiça já era o guardião de momentos históricos da Poder Judiciário, até pela sua estrutura, arquitetura e acervo que ali se encontram e que, agora, com a criação do MuJam, veio se consolidar ainda mais.

“Com essa oficialização, nós certamente daremos mais luz a esse lugar, permitindo que a população tenha ampliado o seu acesso à história do Amazonas e à história do Poder Judiciário”, destacou. A instalação do MuJam é a consolidação da parceria entre os poderes Executivo e Judiciário, disse o secretário.

Alinhamento Segundo o TJAM, a implantação do MuJam está alinhada com a resolução nº 324/2020, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que instituiu as Diretrizes e Normas de Gestão de Memória e de Gestão Documental e dispôs sobre o Proname (Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário).

A resolução enfatiza que um dos princípios do Proname é o pleno acesso ao patrimônio arquivístico, bibliográfico, museográfico, histórico e cultural gerido e custodiado pelo Poder Judiciário, como forma de promoção da cidadania, De acordo com a presidência do TJAM, a criação do MuJam não altera o Termo de Cessão de Uso por meio do qual o Judiciário repassou à responsabilidade

da Secretaria de Cultura à gestão do Palácio Clóvis Bevilácqua para fins culturais e de atividades artísticas à coletividade.

A portaria do TJAM levou em consideração que os acervos documentais, mobiliários de estilo, obras de arte, tapetes, cortinas e outros artefatos do Poder Judiciário constituem patrimônio cultural e histórico, que devem ser preservados em conformidade com o artigo 216, parágrafo 1º, da Constituição Federal; e as instruções contidas na resolução nº 324/2020, que trazem diretrizes e normas de gestão de memória e gestão documental e que dispôs sobre o Proname.

A obra centenária do Palácio da Justiça –agora Museu do Poder Judiciário do Ama-

zonas -foi concluída no início do século 20 e sua inauguração ocorreu em 21 de abril de 1900.

A construção é um dos principais exemplares da arquitetura clássica do período áureo da economia da borracha e suas linhas estruturais seguem as tendências do estilo renascentista.

O prédio foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas em 1980. Os nomes dados às salas que o compõem homenageiam personalidades ligadas à sua implantação e ao Poder Judiciário. A mobília é centenária e destaca-se o relógio do tipo carrilhão, da década de 1920, com estrutura em jacarandá baiano e maquinário suíço, além do lustre original feito de bronze e cristais.

Foto: Mujam1_RaphaelAlves_TJAM

Prédio tombado como patrimônio histórico abriga objetos centenários

Mais um belo equipamento cultural a estimular um justo resgate histórico do judiciário nacional e especialmente a atuação jurisdicional ímpar de valorosos juízes e serventuários pelo vasto território amazonense” Mauro Campbell, ministro do STJ SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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CENA GAMER

MANAUS

Caderno E

352

anos

Existiu em Manaus, na segunda metade do século 19, um bairro chamado Costa d’ África, que estava localizado nas terras ao Norte do antigo Cemitério de São José (hoje Atlético Rio Negro Clube), entre as ruas Leonardo Malcher e Luiz Antony. Recebia esse nome por ser habitado por africanos livres.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Cena gamer avança de fase eSports é uma modalidade que cresce em Manaus mostrando profissionalismo e oferecendo oportunidades Fotos: Divulgação

LEANDERSON LIMA @LIMALEANDERSON

M

ais do que diversão, os jogos eletrônicos são vistos como uma oportunidade de carreira e sucesso. Gamers profissionais se dedicam, fisicamente e mentalmente, em busca de premiações –por vezes milionárias –em eventos do chamados eSports. Essa febre já chegou a Manaus e, hoje, a cidade já conta com grupos altamente estruturados e uma cena que, a cada dia, se torna cada vez mais forte. É comum em várias regiões do Brasil, principalmente no Sudeste, ter clubes de futebol com departamentos estruturados e altamente competitivos nos eSports.

Na capital amazonense, a situação não é diferente. O Manaus Futebol Clube, por exemplo, tem hoje uma equipe de alto padrão, o Manaus FC eSports.

Para se ter uma ideia do tamanho do negócio, o Manaus FC eSports conta com nada menos que 35 players, como são conhecidos os jogadores deste esporte. Vale lembrar que todos são daqui, de Manaus.

A estrutura multidisciplinar do time conta com psicólogo, fisioterapeuta, coach e manager, e é capaz de fazer inveja a muitos clubes do futebol profissional.

A equipe se faz presente em quatro modalidades: Free Fire, PUBGM, WR e FIFA. No Instagram da equipe (@manausfcesports, que conta com mais de 45 mil seguidores, é possível ter uma noção da

rotina dos envolvidos, desde os treinamentos, divulgação das marcas que apoiam o time, entrevistas concedidas e, claro, a participação em diferentes eventos. Além disso, a equipe faz seletivas (peneiras) para descobrir novos talentos e, assim, seguir qualificando o elenco.

Como não poderia deixar de ser, o trabalho para se administrar todo esse calendário envolvendo o time de esports é bem cansativo. O responsável pela agenda da equipe esmeraldina é Johnny Cavalcante, de 29 anos, que apesar de todo o desgaste que o processo envolve, se sente satisfeito pelo crescimento do projeto.

“Eu sou o cara que organiza tudo e eles jogam (risos). A rotina é um pouco puxada, de acordo quando vai chegando os torneios, mas sempre tem treino, de segunda a sexta.

Estamos em São Paulo para dar umas entrevistas, participar de eventos e amistosos de esports. Gratificante ver que estamos crescendo cada vez mais”, explica Johnny.

Quando perguntado sobre o interesse do público em acompanhar eventos de esports e o peso do Estado no cenário nacional, Johnny mostra a relevância que o Amazonas tem no meio, cada vez mais consolidado.

“Atualmente, o cenário de jogos eletrônicos do Amazonas é top 3 do Brasil. Existem muitas equipes dedicadas e com estrutura. Os eventos, onde é permitido público, já tiveram quase 5 mil pessoas antes da pandemia. Nos últimos dias, com a volta dos eventos presenciais, o públi-

Manaus FC eSports conta com nada menos que 35 players

GAMERS PROFISSIONAIS SE DEDICAM, FISICAMENTE E MENTALMENTE, EM BUSCA DE PREMIAÇÕES co chega ao limite (200 a 300 pessoas)”, destaca.

Citado por Cavalcante, o evento que reuniu quase 5 mil pessoas foi o Geek Experience, realizado em Manaus e que, este ano, está em sua 3ª edição. O evento começou no dia 8 e encerrou no dia 17

deste mês de outubro.

Profissão: gamer Com o interesse cada vez maior do público, empresas investem cada vez mais pesado para colocarem suas marcas em evidência no mercado. E como qualquer profissional em alta, o player surfa nessa onda, sendo cobiçado para fazer divulgação das mesmas ou ainda ser contratado para fazer parte de uma nova equipe.

“At u a l m e n t e e x i s t e m grandes empresas e equipes nos jogos eletrônicos como Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Kabum, Netshoes, Chape-

Experimentando o ambiente Geek organizar o campeonato pro player”, declara o organizador, falando sobre os players manauaras que são referência atualmente.

“O cenário gamer manauara tem uma história que muita gente não conhece, que é muito grande e vem crescendo cada vez mais. Para se ter ideia, temos jogadores que já jogaram o mundial de CS (Counter Strike), temos o Titan, que hoje joga fora de Manaus, disputando o mundial de LOL e temos a AmazonCripz disputando a primeira divisão nacional de Free Fire”.

Apesar de toda a valorização e crescimento da modalidade, ainda há quem olhe para tudo isso e veja apenas mais um

“simples” jogo de videogame.

“Tem gente que, primeiramente, não conhece o nome dos jogos. É ‘jogo de tirinho’, ‘jogo de bichinho’, como o pessoal fala. Mas, hoje já é considerado mundialmente um esporte e ele é muito bem remunerado, dependendo do nível que você chega. O que a gente resolveu fazer esse ano (no Geek Experience) foi justamente mostrar (os jogos)”, disse Gabriel, antes de prosseguir: “No ano passado, os jogos foram organizados mais para o público geral do que quem realmente joga, de uma forma que ficou cansativa e pouco didática.

Como um dos princípios

conta de conquistas, existem os players que vivem o sonho de muitos amantes de jogos eletrônicos: ser remunerado para, única e exclusivamente, se dedicar a jogar. E já existem manauaras que atingiram esse nível de sucesso, migrando para outras cidades para se tornarem integrantes de equipes de peso do país.

“LOUD e paiN Gaming são algumas das centenas (de equipes) que vivem muito bem de jogos eletrônicos.

Existem mais ou menos 7 atletas de Manaus que jogam em São Paulo e vivem de jogos eletrônicos, com salário de 4 a R$ 6 mil”.

Gamificando o futuro

GEEK EXPERIENCE ESTÁ NA TERCEIRA EDIÇÃO COM SUCESSO

Organizador do Geek Experience, que aconteceu entre os dias 8 e 17 de outubro no Amazonas Shopping, Gabriel Brocki, 33, falou sobre motivação em realizar o evento, que está em sua terceira edição e tem campeonatos com pro players de CounterStrike: Global Offensive, League of Legends e Free Fire.

“O que me motivou a organizar esse evento é a gente conseguir trazer esse cenário à vida uma vez mais, porque a gente teve a pandemia, mas mesmo antes dela, estava um pouco devagar. A MK junto com o Amazonas Shopping, decidiu voltar com o evento do Geek Experience e a MK a

coense, Remo, Santos e etc.

O retorno financeiro e de marketing é gigantesco. As transmissões dos jogos batem 100 mil pessoas simultaneamente”, diz Johnny, dando mais detalhes sobre a quantia que pode ser conquistada em torneios de diferentes níveis.

“Existem diversas competições, desde amador, semiprofissional e profissional, onde a premiação varia de R$ 3 mil, R$ 500 mil, até mais.

O calendário no mês é bem agitado e os jogadores realmente tem que ter tempo e dedicação para participar de tudo”.

Além da premiação por

da MK é ajudar as pessoas, crianças a se tornarem, quem sabe, pro player, criamos um processo de campeonato que nunca foi visto antes. Dividimos todos os jogos nos quatro dias do final de semana.

Pela manhã é um jogo que está acontecendo, pela tarde é outro jogo e pela noite é outro jogo. Então a gente está fazendo um campeonato de counter strike, outro de free fire e também está fazendo um de league of legends. Com todos os jogos no mesmo dia a gente está chamando a atenção do cenário em si”, explica Gabriel mostrando que assim, os jogadores terão muito mais conhecimentos sobre os outros jogos.

Na contramão dos outros segmentos, o cenário gamer cresceu com a pandemia. Com o tempo de ociosidade causado pela Covid-19, os jogos eletrônicos se tornaram o ‘refúgio’ de pais, filhos e até mesmo dos próprios players.

Gabriel explica que a pandemia veio e freou a parte presencial e meio que, por uma surpresa, houve um ‘boom’ online.

O mercado gamer foi o segundo mercado em crescimento no ano passado, pois as pessoas que não jogavam mais, ou que tinham outros compromissos, retornaram. “Para se ter ideia, players que estavam aposentados voltaram para jogar no Geek Experience”, revela Gabriel, que usou de sua paixão para realizar o melhor evento possível para os aficionados por jogos.

“Hoje temos patrocinadores muito fortes, pois não é um custo baixo. Todo mundo entrou de cabeça e fez com que fosse possível que esse evento acontecesse. Eu sou apaixonado pelo cenário gamer, então, quando o Amazonas Shopping me pediu ajuda, não pensei duas vezes em ajudar a organizar o evento e, o próprio campeonato, a gente não cobra coisa alguma. Reunimos pessoas do cenário gamer e conseguimos ajudar na viabilização do SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

Geek Experience, através de um campeonato praticamente grátis, claro, esperando que isso dê retorno para os próximos”.

Atualmente com 33 anos, Gabriel conta que os videogames fazem parte de sua vida desde os cinco anos e que a prática de jogos é capaz de fazer muito pela saúde mental do ser humano.

“Sempre foi uma prioridade para mim ter um videogame.

Estudei em colégios super difíceis e conciliei tudo, graças a muito direcionamento da minha mãe. Muita gente acredita que, quem joga, não tem muito futuro. Eu entendo o contrário. Acredito que o jogo, quando jogado de forma saudável, te ajuda na parte cognitiva, na sua estratégia de pensamento, aprendendo a se planejar. Existem cursos profissionalizantes, ambientes de business, CEOs e grandes corporações que estão aderindo à ‘gamificação’, que é transformar a sua didática em jogo, criando um ambiente competitivo”, finalizou.

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Avenida Sete de Setembro

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O bairro de São Vicente era formado pelas ruas 5 de Setembro, Bernardo Ramos, Frei José dos Inocentes, Visconde de Mauá, Monteiro de Souza, Tamandaré, Itamaracá e Taqueirinha. O bairro dos Remédios era formado pelas ruas Marquês de Santa Cruz, Leovegildo Coelho, dos Barés, Miranda Leão, dos Andradas, Barão de São Domingos, Rocha dos Santos e Joaquim Nabuco. O bairro do Espírito Santo era formado pelas ruas da Instalação, avenida Sete de Setembro (entre a rua da Instalação e a avenida Eduardo Ribeiro), Henrique Martins, Lobo d’ Almada, Joaquim Sarmento e Saldanha Marinho.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

PERFIL EMPRESARIAL

Palhoça: comida de qualidade para todos

Foto: Divulgação

Palhoça continua como grande referência para boa comida regada a muita música ao vivo MARCELO PERES @MARCELO.PERES

T

radicional em Manaus, o restaurante Palhoça foi sempre referência para uma comida de qualidade, de excelência no atendimento ao público, aliados a uma boa música tendo como palco um ambiente agradável, simples, mas com uma arquitetura muito arrojada, acolhedora e gratificante.

E, por isso, fez fama ao longo de sua trajetória de mais de 30 anos de atuação ininterrupta no Amazonas.

Fez história e continua fazendo para mostrar a essas novas gerações e às próximas um empreendimento que valoriza a mão de obra local, prima pela higiene e pelo profissionalismo para oferecer o melhor serviço à população, ressalta o empresário Jacob Benaion, filho do patriarca Moisés Benaion, um homem que deixou a sua marca no segmento de restaurantes no Estado.

“Nosso principal objetivo é a satisfação do cliente em todo os sentidos. Com uma administração inovadora, podemos oferecer um cardápio que é acessível a todas as classes sociais”, explica Jacob. “Não precisa ser rico para degustar nossos cardápios. Eles são acessíveis a todos”, acrescenta o empresário.

Moisés Benaion deixou aos filhos e netos todo o know how e o legado das atividades do restaurante Palhoça que por muitos anos foi o principal centro de convergência das classes A, B e C em Manaus. E até hoje é frequentado por um público dos mais diversos status sociais.

Quem se dirige para lá não tem em mente só degustar uma boa comida, uma boa bebida no restaurante, mas também é motivado para trocar ideias, atualizar as conversas, compartilhar encontros sociais em momentos de lazer ao ritmo de músicas animadas por um repertório diversificado.

O restaurante continua sendo um dos principais points da cidade. Por ele, ‘trafegam’ ainda ministros de Estados, deputados estaduais e federais, senadores, o governador do Estado e o prefeito de Manaus, além de outras lideranças de vários segmentos econômicos e sociais da região.

Por pelo menos três décadas, o Palhoça experimentou o auge da ZFM (Zona Franca de Manaus), recebendo turistas brasileiros e estrangeiros, prin-

cipalmente vindos da França e da Alemanha, atraídos pelas iguarias da comida regional à base de peixes, segundo Jacob. O famoso tambaqui na brasa, a matrinxã, o tucunaré, o pirarucu, os filés e ainda a caldeirada derivada dessas espécies sempre contagiaram os visitantes, alavancando os negócios. Um sabor típico regional cuja fama corre o mundo.

O restaurante já foi palco para a passagem de várias celebridades no Amazonas. Nos anos 1980, ainda sob a administração do patriarca Moisés Benaion e sua esposa Dionéa Benaion, recebeu Cauby Peixoto, Nelson Ned (o pequeno e grande gigante da voz), Alcione, a Marrom, Ângela Maria, só para citar alguns artistas famosos. E todos deixaram suas impressões positivas sobre um espaço que sempre reuniu as peculiaridades da cultura, do social e da culinária regional, conta Jacob Benaion.

A partir dos anos 1990, o Palhoça inovou. Decidiu ir além da meta de oferecer comidas típicas do Amazonas à base de peixes.

Contratou um grupo de músicos e passou a promover músicas ao vivo, uma pegada que caiu bem junto ao público, motivando apresentações de vários tipos musicais da região, lembra Jacob.

“O restaurante era típico, trabalhava com comidas regionais.

Cresceu, se desenvolveu e funcionou até os anos 2000, quando o meu pai, já com 85 anos, e a minha mãe, com 80, decidiram deixar as a atividades”, afirma Jacob.

Já com a vida definida, os três filhos do casal (Jacob, Luíza e Tocandira) não se interessaram, inicialmente, em tocar os negócios. Foram praticamente 17 anos parados. A partir de dezembro de 2017, Moisés Louzada Benaion, filho de Jacob Benaion, decidiu retomar as atividades do legado deixado pelo avô.

Jacob e sua esposa, Adriana, uniram-se à iniciativa de Moisés.

Formado em administração de empresas, com pós-graduação em controladoria e finanças, resolveu tocar adiante o restaurante Palhoça. Fez curso de gastronomia por hobby. E foi buscar as inovações em países da Europa, principalmente da França, famosa pela sua culinária muito arrojada, saborosa, tão diversificada.

“Meu filho trouxe um know how diferente. Reabrimos o restaurante já com uma nova pegada, reunindo a culinária regional e os cardápios internacionais, dos Foto: Divulgação

Casal de patriarcas Moisés e Dionéa Benaion SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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mais simples aos mais sofisticados, com uma decoração mais moderna e climatizada”, explica Jacob.

Segundo o empresário, o restaurante Palhoça continua ainda com o mesmo lema adotado pelo patriarca ‘Coma peixes e viva mais’. Os clientes que frequentavam o restaurante voltaram e pediram o retorno das músicas ao vivo.

“Resolvemos retomar as apresentações. Fomos buscar o antigo cantor que era o Armandinho Seixas, que cantava no restaurante na época do meu pai. Ele morreu há dois anos de Covid”, conta.

‘Nova pegada’ De acordo com o empresário, a nova gestão do restaurante trabalha outra estratégia no restaurante que mantém sua popularidade. “Música ao vivo aliada a uma boa gastronomia”, afirma. Hoje, os clientes podem desfrutar pratos à base de peixes com aquele toque especial da culinária regional, mas também têm oportunidades de degustar os mais arrojados cardápios internacionais.

Os top de linha da culinária do restaurante Palhoça são o pirarucu na crosta de castanha, com molho de camarão; o Sinfonia Amazônica, preparado com filé de pirarucu com uma camada de berinjela, molho de tucupi, cebolas caramelizadas e pegadas de camarão. “São os nossos pratos que mais saem”, diz ele.

A matrinxã é preparada de forma diferente, inovadora. É assada no vapor por um molho desenvolvido exclusivamente pelo chef Moisés Benaion que mantém a consistência do peixe, sem alterá-lo. Vem acompanhado de farofa de banana, farofa de camarão e legumes cozidos no vapor. “A matrinxã não fica seca, está sempre molhadinha”, explica o empresário.

Outro prato suculento é o Filé Wellington, uma homenagem ao general inglês Wellington, primeiro duque de Azure, famoso por degustar a iguaria que leva o seu nome. Difícil de fazer, é coberto por uma massa de folhados. “É um filé muito saboroso”, afirma.

O bacalhau (do tipo frescal) também é servido em pratos variados.

O insumo é fornecido pela Importadora Nossa Senhora de Fátima que traz o produto direto de Portugal, uma garantia de boa qualidade e segurança.

Também é disponibilizado ao Chef Moisés: restaurante mantém pratos de alto nível, a preços acessíveis e ambiente agradável

Filé a Palhoça

Nosso referencial é aliar uma boa música em que se possa dançar num ambiente familiar, voltado para todas as classes sociais com uma comida saborosa” Jacob Benaion, empresário restaurante por outros fornecedores.

“O principal prato é o Bacalhau à Muxito, criado pelo meu filho e chef Moisés em homenagem ao avô que tinha o apelido de Muxito.

Tem uma pegada diferente, acompanhado de arroz à grega e cebola caramelizada, com sabor mais apurado”, acrescenta Jacob.

Hoje, o restaurante Palho-

ça oferece todo tipo de pratos para atender aos gostos dos mais variados tipos de clientes.

E disponibiliza uma coleção de bebidas famosas originárias de vários países do mundo, além das marcas regionais e ainda sucos de frutas da região. Os mais consumidos são vinhos, whiskys e outros destilados.

O Palhoça funciona de segunda a sábado para almoço.

Na sexta-feira e sábado à noite, promove músicas ao vivo dançantes embaladas por artistas como César Pinheiro, Joubert e Natinho do Mureru, Fátima Silva, Goreth Almeida, Renatinho que cantava no Paulos Bar, além de toadas com apresentações dos bumbás de Parintins Caprichoso e Garantido.

Os levantadores Davi Assayag e Paulinho Viana já participaram de pelo menos quatro rodadas de toadas no restaurante, segundo

Jacob. Aos sábados tem feijoada que no final vem acompanhada de um pernil, permitindo que o cliente coma à vontade ao preço de R$ 44,90 por pessoa. “Trabalhamos na parte administrativa e gestão de custos, o que nos possibilita colocar um produto acessível para as classes A, B e C”, explica Jacob Benaion..

De segunda a segunda, o restaurante disponibiliza almoço executivo por R$ 29,90 com opções de carne, peixe ou frango. O cliente pode escolher até duas guarnições. “O consumidor monta e faz o prato dele”, afirma o empresário.

Nas noites de domingo e segunda-feira não há atividades.

São os dias que o restaurante reserva para serviços de limpeza e dedetização do estabelecimento.

O restaurante também expõe cocares que adornam o ambiente produzidos pelo famoso artista Marcoi, de Parintins, e que estão disponíveis para venda.

O Palhoça tem um estacionamento com capacidade para 50 carros. Pode receber um público de até 200 pessoas, mas no momento o espaço está restrito a apenas 100 por causa das medidas de prevenção à Covid-19.

O restaurante também faz delivery para qualquer localidade de Manaus..

Serviço:

Restaurante Palhoça Endereço: Rua Solimões, 300 – bairro Santo Agostinho, Manaus - AM, 69036-710 Contato: (92) 98122-0875

Edifício Tartaruga

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CURIOSIDADE O Edifício Tartaruga, localizado entre a avenida Floriano Peixoto e as ruas Marquês de Santa Cruz e Miranda Leão, na Praça Adalberto Valle, e que já serviu como sede de diferentes estabelecimentos comerciais, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública e outros órgãos, tem esse nome em homenagem ao seu primeiro proprietário, o comerciante Hermano Amado Batista Tartaruga (1874-1945).

MANAUS

352

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021 Foto: Divulgação

Podcast para negócios Empreendedores espalham conhecimento, experiências e aprendizado nas plataformas de áudio LEANDERSON LIMA @LIMALEANDERSON

A

possibilidade de ouvir um conteúdo no dia, hora e lugar que você bem entender. Com essa receita -fruto do advento das novas tecnologias -, o podcast se tornou uma febre no Brasil e no mundo. Os assuntos são os mais variados e para todos os públicos. E o tema empreendedorismo, é claro, não poderia deixar de “surfar” nessa onda. E foi aqui, na capital amazonense, que surgiu o “Manaus Digital Podcast”, projeto que saiu da cabeça dos empreendedores Léo David Cunha e João Carlos, e que trata do tema.

“No final do ano de 2019, após uma viagem ao Porto Digital em Recife, estávamos aguardando o horário do voo no aeroporto quando eu e o João Carlos passamos a conversar sobre o ecossistema de inovação, startups e empreendedorismo de Manaus. Percebemos que não haviam muitos canais de mídias destacando e falando sobre

as iniciativas, empresas, empreendedores, inovações, entre outros assuntos voltados ao empreendedorismo na cidade. Então tivemos a ideia de criar o Portal Manaus Digital, juntamente com o Manaus Digital Podcast”, lembra.

Com Léo Cunha e João Carlos, os primeiros episódios do podcast começaram a ser gravados e publicados em fevereiro de 2020.

Com participações pontuais de convidados, a dupla acabou se transformando em trio no ano seguinte, com o “toque feminino”, da consultora empresarial Michelle Guimarães, agregando valor ao time.

“No início, convidamos alguns atores do ecossistema de startups e inovação da cidade. Em 2021, convidamos a nossa hostess Michelle Guimarães para fazer parte do projeto e explorar mais o mundo do empreendedorismo, mudança de carreira e convidar pessoas de diversas áreas, para baterem um papo sobre tudo o que está acontecendo na cidade em relação ao empreendedorismo”, detalha Léo,

que utilizou de sua experiência como consumidor do conteúdo em áudio digital para produzir seu podcast da melhor forma possível.

“Já ouço podcast há muito tempo assim como os outros hosts e já havia estudado um pouco sobre como funciona, quais os melhores formatos, equipamentos, edição, entre outros aspectos para fazer um bom podcast. O nosso objetivo principal é que o MDP seja um canal, um portavoz para todos que queiram debater, contar sua história de empreendedor(a), ensinar algo com sua experiência e, claro, divulgar o seu negócio para mais gente conhecer e consumir o produto ou serviço, incentivando assim a geração de mais negócios”.

Pioneirismo Ainda que o podcast estivesse vivendo seu ‘boom’ a nível nacional, Manaus ainda não conta-

Michelle Guimarães deu o toque feminino que faltava ao podcast

va com um voltado ao setor de empreendedorismo, tornando o Manaus Digital Podcast um projeto pioneiro. “Lei da Oferta e Demanda” em estado puro.

“Em 2019, percebemos que o podcast estava em grande ascensão aqui no Brasil e, em Manaus, não haviam podcasts voltados para este segmento, pelo menos dentro das nossas pesquisas não encontramos. Então decidimos nos tornar o 1º Podcast de Empreendedorismo, Inovação e Startups da região Norte. O podcast é um formato interessante pois você consegue alcançar um bom público que está sempre na correria do dia a dia, no carro, no trânsito, no ônibus, voltando da faculdade ou com um tempo extra para consumir algum tipo de conteúdo.

O áudio é o melhor formato para conseguir ser ouvido em qualquer lugar, literalmente, sem precisar estar olhando para uma tela assis-

tindo algo, pontua Léo, que estuda a possibilidade de, futuramente, disponibilizar seu conteúdo em vídeo”, explica. “A princípio, escolhemos iniciar somente com áudio, disponibilizando em todas as plataformas de streaming e podcast do Brasil e do mundo, mas estamos analisando uma forma de gravar também o conteúdo com áudio e vídeo, como a maioria dos grandes podcasts a nível nacional”, finaliza Um toque feminino Sobre o Manaus Digital Podcast, que conta com média de aproximadamente 3 mil audições por episódio e é publicado semanalmente em aplicativos de streaming de áudio -como Deezer e Spotify -, Michelle Guimarães explica sobre a qualidade do conteúdo produzido, onde de acordo com ela, o empreendedorismo pode se fazer presente em todo lugar.

“Estamos com trinta episódios no ar e isso apenas esse ano, publicando nosso conteúdo de forma semanal. A gente consegue mostrar que, em todo lugar e de

várias formas, tem lições empreendedoras para você enriquecer seu repertório e seu conhecimento”, explica Michelle.

A integrante feminina do trio relembra sobre quando surgiu o convite para se juntar a Leo e João na empreitada. Após a chegada de Michelle e com ambos somando seus conhecimentos em áreas diferentes, o Manaus Digital Podcast tornou-se mais rico em informação e, consequentemente, despertando o interesse de mais pessoas da área e conquistando mais público.

“Eu trabalho com consultoria em geral, enquanto eles são do mundo de startups. De 2020 para 2021, eles sentiram que podiam ampliar mais o impacto com o público e me convidaram para participar, reformulando o podcast para falar do empreendedorismo de forma geral, trazendo histórias de empreendedores por algum diferencial que eles implementaram nas suas empresas, de profissionais do mercado para falar de temas que interessam aos empreendedores”.

IMPOSSÍVEL NÃO ADMIRÁ-LA!

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HOJE É DIA DE

A CIDADE QUE NOS INS

Manaus, 352 anos. Não faltam m

Cidade com riquezas naturais, culturais e arquitetônicas únicas, que nos insp que o Manauara Shopping, há mais de 12 anos, tem orgulho de ajudar a

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E PARABENIZAR

SPIRA TODOS OS DIAS.

motivos para os nossos parabéns.

pira a fazer sempre o melhor. É assim, valorizando datas especiais como essa, escrever novos capítulos da história de nossa capital. Parabéns, Manaus.

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Se liga na história

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Onde fica a Escola Estadual Marquês de Santa Cruz, criada em 1964 e inaugurada em 1965 no bairro de São Raimundo, existiu o Cemitério de São Raimundo, em atividade entre 1888 e 1891. Era um cemitério público dividido em duas partes: uma recebia os enterros dos vitimados pela varíola. A outra, os demais enterros.

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Meu pet, minha vida Mais próximo dos animais na pandemia, manauaras aquecem mercado de produtos para animais Foto: Divulgação

MARCELO PERES @MARCELO.PERES

O

s pets estão cada vez mais presentes em casa.

Ficaram tão humanizados que passaram a ser membros das famílias. Só em Manaus existem, hoje, pelo menos 1.735 empresas que exploram um mercado de aproximadamente US$ 40 bilhões ao ano (algo em torno de R$ 240 bilhões pela cotação atual da moeda norte-americana) em todo o mundo.

Os números são do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas). O Estado já conta com 1.798 veterinários das mais diversas especialidades médicas para atender a um segmento que se expande a cada dia, movimentando toda uma cadeia produtiva. E já ocupa um lugar expressivo no ranking nacional de segmentos especializados no setor.

Mas estimativas extraoficiais apontam que o setor local já movimenta pelo menos R$ 20 milhões ao ano. E as expectativas são de maior crescimento nos próximos anos.

Lojas e serviços vêm se expandindo tanto em Manaus e nos municípios do interior que o número de estabelecimentos e de profissionais em atuação deve duplicar em menos de um ano, segundo estimativas do CRMV. E os negócios serão tão competitivos quanto os dos mercados de grandes regiões como no

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Na pandemia, muita gente resolveu adotar um cão ou um gato para companhia

Sul-Sudeste e Centro-Sul do Brasil.

Maior responsabilidade no trato com os animais e a importância de se investir mais na proteção à saúde dos bichinhos turbinam os negócios no segmento, motivando novos investimentos e gerando mais empregos e renda.

Os últimos números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que existem, atualmente, 548 mil residências no Amazonas com pelo menos um cachorro. E outras 243 mil têm, em média, um gato.

A rede de formação profissional também cresce. Já são mais de quatro faculdades privadas que oferecem cursos veterinários e uma pública, com opções para médicos generalistas em pequenos e grandes animais, além de cursos

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de pós-graduação em várias especialidades.

Outras entidades preparam auxiliares veterinários, hoje muito requisitados por clínicos e consultórios veterinários em Manaus e nos municípios do interior do Estado.

Segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Animais para Animais de Estimação), o Brasil é o terceiro maior no mundo em número de população de pets, alavancando o faturamento das empresas do setor.

Qual o tutor que não quer ver o seu melhor amigo saudável, livre de doenças, todo serelepe, saltitante, encantando a todos em casa e até os amigos e vizinhos? Uma tendência que engorda o faturamento das empresas especializadas na área,

fomentando novos investimentos.

O segmento disponibiliza desde tratamentos médicos, clínicas, creches, alimentos a produtos de beleza e estética, incluindo ainda adestramento com profissionais de primeira linha, para todos os gostos e exigências dos proprietários. É a nova realidade que passa a experimentar a população de Manaus e também das cidades ribeirinhas. Ter um cão ou um gato passou a ser uma necessidade, principalmente durante a pandemia. Troca de afetos, compartilhamento de emoções, conviver nos mesmos espaços, contribuíram para uma maior proximidade entre as pessoas e os animais domésticos.

Clínicas, lojas pets, consultórios, hotéis e creches alavancam seus faturamentos a níveis jamais vistos no Estado. “Hoje, as pessoas estão mais conscientes sobre a importância de cuidar dos animais.

Há mais responsabilidades entre os tutores, o que melhora a qualidade de vida dos bichinhos”, diz a médica veterinária generalista Vera Lúcia Araújo, com dez anos de atuação no mercado. “Tudo isso contribui para uma melhor atenção aos pets que precisam também de cuidados como os dispensados às crianças”, acrescenta ela.

Auxiliar de veterinário, o estudante Yuri Matheus Santos, 20 anos, diz que é apaixonado pelos animais desde criança. E que começou desde cedo a atuar em

consultórios e clínicas para pôr em prática as aulas teóricas do curso de medicina veterinária, uma oportunidade para aprimorar seus conhecimentos.

Segundo Yuri Santos, as aulas práticas na faculdade não são tão atrativas como as exercidas no mercado. “Nas clínicas o aprendizado é melhor porque lidamos com situações de emergência e vemos como é a correria para salvar os animais.

Todos empenhados para exercer uma função que é salvar vidas. É mais compensador e gratificante.

Acho que é um complemento do que aprendo nas salas de aula”, acrescenta. “A relação com os animais no dia a dia ajuda muito na parte profissional”, afirma.

Reforço na defesa E também crescem as entidades de defesa dos animais no Amazonas, principalmente em Manaus.

As leis estão mais aprimoradas.

Situações de maus-tratos e abandono acabam, muitas vezes, em prisões e multas. É expressivo o número de ONGs que recolhem cães e gatos de ruas e encaminham para adoção.

O Brasil é o segundo do ranking mundial na comercialização de produtos para animais dos mais diferentes tipos e gostos, além de serviços veterinários, creches, estética e beleza. Só perde para os Estados Unidos. Em seguida, vêm a China e o Reino Unido.

Na esteira de maior atenção dedicada aos pets, também ganham fôlego hotéis e creches para abrigar animais de estimação. Tutores que entram em férias ou que não têm tempo de cuidar melhor

dos bichinhos recorrem sempre aos novos serviços disponibilizado no mercado.

Localizada no bairro Flores, zona Centro-Sul de Manaus, a Petzenda registrou ultimamente um incremento nos negócios.

“Com a flexibilização das restrições por conta da pandemia, voltamos a funcionar em 100%, recebendo novos clientes interessados em hospedar os seus animais de estimação”, conta Miriam Picanço, proprietário do hotel.

O espaço também oferece atendimentos veterinários e de embelezamento e estética.

Possui uma equipe bem treinada para atuar e m q u a lquer emergência, segundo a direção. Outros estabelecimentos do segmento aumentam o raio de ação oferecendo novos serviços, dos clientes mais simples aos mais exigentes, adotando uma variedade de preços para cada tipo de contrato.

Casais que não têm filhos (ou até os que são pais) não titubeiam em pagar altas somas para ter o seu bichinho bem protegido, arrumado e com saúde, mantendo as vacinas em dia e a ida ao veterinário regularmente.

Existe toda uma gama de serviços para deixar os pets bonitos ao gosto dos tutores. Uma tendência que motiva o crescimento de mais investimentos num mercado tão promissor que levou o Brasil a ser um dos protagonistas no ranking de faturamento no mercado pet mundial. E o Amazonas também aproveita essa expansão para turbinar os seus negócios no setor.

1854

Se Liga na História: Atrás da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, entre as ruas Leovegildo Coelho e dos Andradas, existiu um primitivo cemitério.

Ele foi cercado em 1854 e passou a ser conhecido como Cemitério dos Remédios. Com a epidemia de febre amarela e a abertura do Cemitério de São José, em 1856, foi fechado. A rua Leovegildo Coelho, onde ficava seu cruzeiro de madeira, era naquele tempo conhecida como rua da Cruz.

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anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

PERFIL LEGISLATIVO

Produtividade para Manaus Diferente dos agentes públicos, William Alemão está no topo dos políticos que mais produzem para a cidade

ISAAC JÚNIOR

FACEBOOK/ISAAC.JUNIOR.3990

C

om 1.043 proposituras, entre requerimentos, indicações, moções, projetos de lei e de resolução, o vereador de primeiro mandato William Alemão (Cidadania), tem sido um dos políticos mais atuantes e que mais produzem na capital amazonense, entre os 41 parlamentares que integram a 18ª Legislatura da CMM (Câmara Municipal de Manaus). Os dados correspondem ao período de fevereiro ao último dia 18 de outubro, e foram contabilizados com base nos números do portal da transparência, da casa legislativa, por meio do SAPL (Sistema de Apoio ao Processo Legislativo).

Somente nos seis primeiros meses deste ano, William Alemão –que foi empresário do setor de entretenimento por muitos anos e se apresenta como um homem público diferente e sempre disposto ao diálogo, em todos os níveis –já havia socializado mais de 700 proposituras.

Dentre as matérias mais relevantes estão os projetos de resolução que criam a Frente Parlamentar de Enfrentamento às enchentes do ano de 2021, e a Frente Parlamentar em Defesa da Zona Franca de Manaus, ambas apresentadas em

maio pelo vereador.

Em relação aos projetos de lei, destaque para o que institui o “Programa Bairro Empreendedor”, e o que dispõe sobre a obrigatoriedade das escolas da rede pública municipal e da rede privada, de ministrar treinamento adequado ao corpo docente, funcionários e alunos, para simulações de evacuação em casos de incêndio, desastres naturais e estruturais.

Neste último, a iniciativa foi fundamentada numa possível reincidência ao episódio ocorrido próximo a um prédio público na avenida Torquato Tapajós, zona Centro-Sul, quando uma enxurrada destruiu o centro para imigrantes venezuelanos e deixou cinco pessoas feridas no local.

Além de defensor ferrenho do turismo ecológico nas áreas urbana, rural e ribeirinha, como fonte de renda para muita gente, William Alemão tem sido reconhecido pelo trabalho incansável junto às comunidades, por intermediar junto ao

executivo, respostas imediatas para demandas como: recapeamento asfáltico, tapa-buracos, limpeza e recuperação de áreas degradadas, reformas de quadra e campo de futebol, drenagem e contenção de igarapés, restruturação de terrenos que cederam, reforma de redes de esgoto, retirada de lixeiras viciadas, reparos em ponte e serviços em vazamentos de água e drenagem, inclusive com troca de tubulações, entre outras.

“Esse é o trabalho do vereador: ir aonde o povo está e correr atrás das soluções, sem delongas. A cidade ainda se ressente de muita coisa. Manaus tem sofrido muito nos últimos meses, por conta principalmente dos resquícios deixados pela pandemia e a grande enchente, por isso é importante que estejamos nas ruas, que discutamos melhorias e que busquemos efetivá-las com rapidez, porque as pessoas esperam por isso, todos os dias”, ressalta William Alemão, que também tem prestado assistência para

SÃO MAIS DE MIL PROPOSITURAS, EM APENAS OITO MESES DE ATUAÇÃO, COM TRABALHO QUE ABRANGE, DE FORMA DIRETA, TODAS AS ÁREAS DE MANAUS

soluções nas áreas da educação, com pedidos de reforma em escolas e construção de creches; saúde, na revitalização de UBSs (Unidades Básicas de Saúdes) e reativação de casinhas de saúde; e esporte, com incentivo à prática esportiva e revitalização dos locais onde os mesmos são praticados.

Em relação ao transporte coletivo, a resposta abrange às demandas sobre aumento na fiscalização, maior oferta de veículos em linhas de ônibus como a 430, melhorias nos terminais e remanejamento de horários nas linhas.

Pandemia Durante o pico da pandemia de Covid-19 em Manaus, William Alemão acompanhou o trabalho exaustivo dos técnicos de saúde nas UBSs, presenciou o caos no sistema pela situação dos hospitais lotados, a falta de equipamentos, medicações e oxigênio. No período, o vereador sugeriu que os idealizadores de festas clandestinas fossem punidos com o pagamento de cestas básicas, cujos valores seriam repassados pela ManausCult, a profissionais que atuam no meio artístico.

Alemão, com apoio de parceiros, em Manaus. O trabalho reúne vários profissionais, inclusive da área de saúde, que atuam de forma voluntária na prestação de serviços como avaliação bucal, aplicação de flúor, extração dentária, restauração provisória e outros.

Até o momento foram assistidas a Paróquia Cristo Libertador, na Compensa 1, zona Oeste; o bairro São Geraldo, na zona

Ações solidárias Aproximadamente mil pessoas foram atendidas durante as ações sociais organizadas por William

Centro-Sul; e a comunidade rural Água Branca, na AM-010.

Na ação também são realizadas palestras, serviços oftalmológicos (olhos); exame preventivo; vacinação contra gripe e testagem rápida para Sífilis, HIV e Hepatite B, além de corte de cabelo, pintura e brincadeiras para toda a criançada.

Vereador William Alemão propôs a criação da Frente Parlamentar em Defesa da ZFM

Fotos: Assessoria de Comunicação do vereador

Gabinete Móvel auxilia nas ações

ATENDIMENTO ITINERANTE

Em funcionamento desde fevereiro com a meta de chegar a 63 bairros, o Gabinete Móvel de William Alemão –que funciona dentro de uma van totalmente caracterizada –tem auxiliado o trabalho do vereador e equipe nas comunidades, com serviços relacionadas a vazamentos, reparos, falta d’água, recomposição asfáltica, troca de hidrômetros, obras não finalizadas, dúvidas na fatura, entre outros.

O objetivo é aproximar o parlamento da população, com atendimento itinerante por meio da prestação de serviços públicos e ouvidoria.

Além da Águas de Manaus, órgãos como as secretarias municipais de Comércio Informal (Semacc), de Limpeza (Semulsp) e de Infraestrutura (Seminf) foram outros que aderiram, de forma presente com os próprios secretários ou vices, à iniciativa do projeto.

COMPROMETIMENTO

Memorial Encontro das Águas é uma das prioridades Enquanto presidente da 10ª Comissão de Turismo, Indústria, Comércio, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (COMTICDETRE), William Alemão tem levantado a bandeira pela execução do projeto de Oscar Niemeyer intitulado “Memorial Encontro das Águas”.

Localizado no antigo Mirante da Embratel, zona Leste, e idealizado para a Copa do Mundo de 2014, o projeto ainda não saiu do papel. Alemão tem ido ao local rotineiramente e tem insistido no assunto, por acreditar que a obra arquitetônica representa um marco para a história da cidade e trará oportunidades de renda, tanto para empresários quanto para trabalhadores.

Outras metas A principal atribuição da COMTICDETRE é apreciar, discutir, propor e votar

matérias de interesse para o desenvolvimento, turismo, indústria e comércio em Manaus, assim como, acompanhar as ações de entidades e organismos vinculados aos referidos setores, com fiscalização no âmbito municipal.

Dentre as outras metas da comissão estão a ampliação dos incentivos da Zona Franca de Manaus e o estreitamento de parcerias para promover projetos no setor.

Centro Histórico William Alemão tem cobrado mais investimentos por parte do poder público, no que se refere ao resgate do Centro Histórico da cidade e à retomada de atividades voltadas aos ramos do negócio e eventos. Uma das propostas tratadas diretamente por SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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ele junto à ManausCult, é a viabilidade da construção de um novo porto, que possa transformar a região em um complexo turístico, com ênfase no empreendedorismo, na segurança patrimonial e, principalmente, na humana.

Pesca Esportiva No último dia 15 de outubro, William Alemão saiu em defesa da legalização da pesca esportiva em Manaus e em todo o Estado do Amazonas, durante uma Audiência Pública realizada para discutir o assunto, na Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas).

De acordo com o parlamentar, a atividade tem crescido bastante nos últimos anos e gera emprego e renda para a população local, além de ser um atrativo a mais na área do turismo.

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Se Liga na História: A livraria mais antiga da cidade em funcionamento é a Livraria Nacional, localizada na rua 24 de Maio, no Centro, em atividade desde 1975 e com um acervo de mais de 60 mil livros, divididos em Amazônia, Meio Ambiente, Arquitetura e Engenharia. Seus proprietários são os irmãos José Maria Monteiro Mendes, João Batista e Paulo Roberto.

MANAUS

352 anos

1975

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Preparando para o mercado Cursos gratuitos são oportunidades para mais capacitação profissional aos trabalhadores MARCELO PERES @MARCELO.PERES

M

anaus abre oportunidades para vários cursos de capacitação profissional, tanto na rede pública quanto na rede privada. Com a flexibilização das restrições sanitárias por conta da pandemia, o mercado começa a ficar aquecido, aumentando a demanda por pessoal mais qualificado.

A FPF Tech (Fundação Paulo Feitoza) criou o Programa Rocket para formação gratuita em diversas áreas de TI (Tecnologia de Informação), uma área que promete altos salários na capital, mas que ainda carece de mão de obra.

Segundo expertises do setor, os cursos são ofertados para treinamento de pessoas que querem aperfeiçoar os conhecimentos na indústria 4.0, hardware, software e métodos ágeis, avançados, na

área.

“A iniciativa está alinhada à missão da instituição de contribuir com o desenvolvimento da região Norte e das pessoas”, diz Luiz Braga, diretor-executivo da FPF Tech. Para ele, o principal objetivo é oportunizar a trabalhadores expandir a sua qualificação profissional na região.

“Dessa forma, novos talentos têm oportunidades para aprimorar o seu know how, possibilitando entrar no time dos profissionais mais bem pagos e qualificados”, acrescenta o diretor da instituição.

Segundo analistas, hoje o mercado de TI está em franca expansão no Amazonas. Cada vez mais, as empresas instaladas no Parque Industrial de Manaus reclamam mais gente qualificada, chegando a importar pessoal de outros Estados por falta de pessoal com perfil para se enquadrar nos novos serviços.

COM MAIS FLEXIBILIZAÇÃO DAS RESTRIÇÕES, EMPRESAS ABREM VAGAS PARA PESSOAL MAIS QUALIFICADO EM MANAUS

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Foto: Divulgação

Prefeitura de Manaus também oferece capacitação gratuita

A prefeitura de Manaus também investe na capacitação profissional gratuita. A Semtepi (Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação) oferta novos cursos que serão aplicados pelo Iemac (Instituto de Educação Professor Marchelli de Almeida Crispim).

A medida é realizada em parceria com ManausCult (Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos) e o Concultura (Conselho Municipal de Cultu-

ra). E faz parte do projeto ‘Qualifica Artista Manauara: o sucesso depende de você 4.0’.

Arte Segundo a prefeitura, o objetivo é ofertar capacitação e qualificação profissional para artistas residentes em Manaus, que tenham a partir de 16 anos, com ensino fundamental completo e atuantes nos diversos segmentos da arte.

“A Semtepi e a ManausCult

se uniram para agregar na formação e no conhecimento dos artistas locais. Já é o quarto edital direcionado a esse público e esperamos continuar contribuindo e disseminando a arte manauara, que é tão rica e diversa”, ressaltou o secretário da Semtepi, Radyr Júnior.

O diretor-presidente da ManausCult, Alonso Oliveira, também comentou a importância do projeto. “É importante que promovamos o melhor da cultura

da nossa cidade em diferentes vertentes. Disponibilizamos oficinas, cursos e palestras com foco nessa nova geração denominada de 4.0 para facilitar que mais pessoas ingressem no mundo das artes, além de desenvolvermos o empreendedorismo cultural em Manaus”.

Os cursos são realizados presencialmente no anexo do Escritório do Empreendedor, localizado na rua Miranda Leão, 82, Centro, até o dia 26 de outubro.

O governo do Amazonas também abriu 180 vagas para cursos gratuitos de qualificação profissional, principalmente para aqueles que ainda não entraram no mercado de trabalho local. O projeto é realizado em parceria com a Semtepi em parceria com o Iabesp (Instituto Amazonense do Bem-Estar Social e Profissional).

Segundo a secretária executiva do Trabalho e Empreendedorismo, Neila Azrak, os cursos são essenciais para a capacitação, motivando a população a entrar no mercado de trabalho. “Estamos sempre trabalhando para oferecer as melhores oportunidades aos cidadãos amazonenses, fortalecida através de uma parceria com o Iabesp”, afirma ela.

Se Liga na História:

POLO DIGITAL

MANAUS

Caderno F

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anos

O bairro de Aparecida, localizado na zona Sul da cidade, foi um dos que mais mudou de nome ao longo de sua História. Já foi conhecido como Saco do Alferes, bairro Cornetas, Cajazeiras e dos Tocos. Com a chegada dos padres Redentoristas norte-americanos, na década de 1940, foi renomeado bairro de Aparecida, como é conhecido até os dias de hoje.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Inovando o que já existe Casarão Cassina dá visibilidade ao Polo Digital de Manaus e favorece o ambiente de inovação na capital Fotos: Leanderson Lima

LEANDERSON LIMA @LIMALEANDERSON

“I

novação não é só criar algo novo, mas incrementar o que já existe”. A fala é de Fábio Araújo, chefe da Divisão de Apoio ao Empreendedor do Casarão da Inovação Cassina. Localizado na rua Bernardo Ramos -Centro Antigo de Manaus -, o prédio foi construído em 1899 sendo originalmente um hotel, que entrou em decadência com o declínio do chamado ‘Ciclo da Borracha’ e virou um cabaré. Porém, após processo de restauração entre 2019 e 2020, o Casarão foi reinaugurado em 18 de novembro de 2020, tornando-se um marco na criação do Polo Digital de Manaus. Mais do que tudo, o Casarão tornou-se uma metáfora daquilo que pode ser Manaus daqui para frente: uma mistura de Belle Époque carregada com altas doses de modernidade.

“O Casarão Cassina é um ambiente de inovação gerenciado pela Prefeitura de Manaus através da Semtepi (Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação). É aberto ao público e, quem quiser utilizá-lo, basta fazer o agendamento. Temos aqui um espaço de coworking, salas de reunião, auditório, toda uma estrutura para atender empreendedores e startups que estão iniciando agora e não possuem uma sede”, explica Fábio, falando sobre os benefícios que são visados com o empreendimento, que cede espaços de forma gratuita.

Para entender essa dinâmica que mistura passado com o presente, e que dialoga com o futuro, basta conhecer de perto a estrutura do lugar que, de prédio decadente abandonado, se transformou num símbolo daqui-

Capacitação Em parceria com a Semtepi, cursos de capacitação também acontecem no Casarão, mostrando a versatilidade do local ao receber distintas atividades.

“Na Semtepi temos um de-

Fábio Araújo explica que o espaço está aberto ao público e funciona por agendamento

partamento exclusivo para qualificação, gerenciado pela diretora Rayana Pinho, que vem fazendo um excelente trabalho. Em parceria com ela, vez ou outra aqui no Casarão, realizamos algumas capacitações. Aqui é um ambiente bem misto, completo eu diria, pois temos de tudo: eventos, espaço para as pessoas trabalharem e cursos para se qualificarem”, afirma Fábio.

Cara nova Perguntado a respeito do conceito por trás da reforma de um prédio histórico, dando um ar de modernidade ao mesmo, Fábio acredita que este é um ‘casamento perfeito’, onde a Prefeitura de Manaus valoriza o patrimônio existente na cidade.

“Temos um exemplo muito interessante e positivo que é Recife, no qual foi reconstruído o

Dando vida ao ecossistema de inovação recebeu cerca de 12 mil visitantes.

Este foi o início de um trabalho unificado entre os atores do ecossistema”, pontua.

De acordo com Vânia, no ano seguinte foi realizada a 2ª edição da Feira do Polo Digital com o tema: Manaus Inteligente, recebendo mais de 20 mil visitantes, solidificando a unidade e integração do ecossistema e lançando a Associação do Polo Digital para implantar governança ao ecossistema.

A Associação do Polo Digital de Manaus foi formalizada no dia 2 de março de 2020. “Hoje, a associação conta com mais de 50 associados entre empresas, institutos e startups”, explica.

Cenário de Manaus no mundo digital Apesar do ambiente ser relativamente novo em comparação aos ecossistemas mais desenvolvidos do Brasil, que surgiram ainda nos anos 80, como o de Santa Catarina e Pernambuco, Vânia explica que a cidade de Manaus já começa a despontar no cenário nacional. “Hoje, existem mais de 90 startups, mais de 40 institutos de tecnologia e uma das maiores verbas do Brasil em investimento em PD&I”, lembra.

A gestora lembra ainda que

o Amazonas já é o 8º Estado no índice FIEC (Federação das Indústrias do Estado do Ceará) de Inovação dos Estados 2021, sendo o melhor colocado do Norte do país.

Vânia Thaumaturgo é presidente da Associação Polo Digital de Manaus

Inovação e tecnologia Atento a toda a movimentação que ocorre no Casarão, o gestor do prédio enxerga com muito otimismo o interesse de crescimento dos empreendedores e startups, destacando o desejo que todos possuem em evoluir com seus projetos.

“Esse nicho de inovação é algo bem ‘vivo’, nunca para. A gente tem acompanhado muitos eventos e encontramos muita gente boa, qualificada, com muitas ideias surgindo a todo momento. A grande vantagem desse ecossistema de inovação de Manaus é que ele é muito produtivo, as pessoas estão sempre buscando novas soluções, produtos, algo novo. Claro, algumas acabam sem sucesso, não avançando, mas isso é normal, como em qualquer outra empresa”, revela Fábio, que prossegue: “2021 é um momento delica-

Como agendar Por conta da pandemia ainda em curso da Covid-19, os agendamentos no Casarão da Inovação Cassina são feitos de forma reduzida e não estão abertos à visitação, evitando aglomerações.

Para os interessados em utilizar as salas de reunião ou o coworking, basta acessarem o link que consta na ‘bio’ do Instagram do Casarão (@ casaraodainovacaocassina).

“Hoje temos cinco salas disponíveis para reuniões, nove baias no espaço de coworking (algumas delas ocupadas). O coworking é ‘full agendamento’ e para este mês de outubro a procura foi bem grande, então é provável que não consigam agendar. Estamos funcionando a todo vapor. Para quem quiser e tendo disponibilidade, os agendamentos estão aí”, finaliza Fábio.

Tecnologia para manter a floresta em pé Não é novidade, que o modelo do Polo Industrial de Manaus vive sob constante ataque e, a cada ano, perde vantagens competitivas. Para a presidente do Polo Digital de Manaus, os investimentos no ramo tecnológico poderiam colaborar com avanços que ajudariam a manter a floresta de pé. “As indústrias de tecnologia podem ajudar muito na preservação e sustentabilidade da Amazônia. Seja com uma indústria limpa, voltada para o ramo de novas tecnologias, com novas ideias, a pesquisa científica poderia potencializar a biotecnologia e ajudar a criar produtos de alto valor agregado para a vida das pessoas, usando produtos naturais daqui, de maneira sustentável”, diz.

O caminho é longo, mas hoje, a entidade, apesar de nova, já colhe frutos importantes e também projeta metas. “Entre nossas

conquistas estão a Revisão da Resolução 10.521, a criação de um projeto de lei para ser aprovado no Congresso Nacional, garantindo maior segurança fiscal, a reformulação do Manual de Análise de Resultado Demonstrativo da Suframa, em que são apresentados os investimentos em PD&I, eventos que realizamos em parceria com o ecossistema como Amazônia Innovation Week, Network do Polo Digital de Manaus e o reconhecimento como entidade representativa deste setor”, pontua.

Mas a ideia é ressaltar ainda mais os objetivos principais da entidade.“Sem dúvida, é atingir nossa visão de se tornar uma das principais matrizes econômicas até 2025. E para isso, precisamos de mais profissionais para o mercado de trabalho, que possui mais de 1.500 vagas em aberto”, conclui.

Metas do Polo Digital

Foto: Divulgação

Manaus encontra-se cada vez mais preparada para se modernizar e inovar. E um dos braços auxiliares para este novo momento é o Polo Digital de Manaus, como explica a presidente da associação, Vânia Thaumaturgo.

“A Associação Polo Digital de Manaus ou Polo Digital de Manaus trata-se da entidade representativa do ecossistema de inovação da capital amazonense. É formado por empresas, institutos públicos e privados, fundações, startups, incubadoras, aceleradoras, coworkings, hubs, distritos e parques tecnológicos. Nós buscamos unificar todos estes atores buscando representatividade, crescimento, visibilidade, unidade, transformação, desenvolvimento para o ecossistema de inovação”, explica.

Conforme Vânia, a meta é tornar o Polo Digital de Manaus referência nacional e uma das principais matrizes econômicas da Cidade até 2025.

“O ecossistema de TIC começou a ser implantado com os investimentos da Lei de Informática ao longo dos anos, institutos, startups, incubadoras, aceleradoras, hubs de tecnologia foram surgindo, mas trabalhando de forma isolada. Em 2018 surgiu a ideia de integrar o ecossistema através da 1ª Feira do Polo Digital de Manaus com o tema: Manaus Tem Digital, que

do, muita gente faleceu durante o pico da pandemia de Covid-19, mas vejo uma força de vontade muito grande das pessoas, ralando todo dia e, quando não dá certo, rapidamente pensam em outra solução. Algumas startups estão bem estabelecidas e outras ainda estão em busca do seu primeiro contrato. Tentamos o máximo possível dar visibilidade às startups, dar estrutura para que elas consigam desenvolver seus projetos, ouvi-los e tentar apoiá-los no que for preciso”.

CASSINA CONTA COM UM ESPAÇO DE COWORKING, SALAS DE REUNIÃO, AUDITÓRIO E ESTRUTURA PARA ATENDER EMPREENDEDORES

Local tornou-se um marco na criação do Polo Digital de Manaus

lo que pode ser feito em toda a cidade: modernizar, sem perder a essência.

“A ideia é que o Centro Histórico de Manaus se torne o distrito de inovação da cidade e o Casarão é o pontapé inicial para isso.

Queremos trazer os parceiros para perto, institutos de tecnologia, startups, empresas convencionais que estão começando agora a ter inovação dentro do seu escopo.

A gente tem feito muitos eventos de inovação, trazendo muita gente pra cá”, detalha o gestor, informando que no final deste mês, será realizado um Hackathon -maratona de hackers -de 48 horas, focado em mobilidade urbana.

centro histórico deles, fazendo essa mescla de prédios antigos com modernidade e deu certo.

Afinal de contas, os prédios já estavam ali, não precisando construir qualquer coisa nova, apenas fazer uma reforma. Acho que a gente tem a possibilidade de fazer a mesma coisa, pois existem muitos prédios históricos no Centro que podem ser reformados e se transformarem em um ambiente igual ao Casarão, dando um tom lúdico e boêmio, remetendo à Belle Époque”.

1. Contribuir para o aumento do faturamento anual do Polo Digital; 2. Apoiar melhoria da Infraestrutura de TI na região; 3. Apoiar projetos para aumentar a disponibilidade de profissionais de TIC capacitados para as necessidades do Polo Digital; 4. Apoiar o desenvolvimento do empreendedorismo, fortalecimento das Startups existentes e criação de novas Startups; 5. Ser o interlocutor entre o ecossistema de TIC e os sistemas públicos e privados; 6. Mensurar indicadores para posicionar o Polo Digital de Manaus nacionalmente e internacionalmente.

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HOSPITAL COLÔNIA

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Se Liga na História Antes de ser transformada em bairro, a Colônia Antônio Aleixo, localizada na zona Leste da cidade, funcionou como HospitalColônia para os portadores de hanseníase da capital e do interior, que ao serem enviados para o local ficavam isolados do restante da população, sofrendo por várias décadas com a segregação e o estigma da sociedade. Esteve em atividade de 1942 a 1979, quando foi desativada pelo Estado.

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Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021 Foto: Divulgação

Mulheres, sim, no TI Profissionais do sexo feminino avançam conquistando espaço na Tecnologia da Informação LEANDERSON LIMA @LLEANDERSON1980

U

m terreno que antes era praticamente dominado por homens, vai, aos poucos, ganhando um certo toque feminino. Aos poucos, as mulheres vão conquistando cada vez mais espaço no mercado da TI (Tecnologia da Informação), que aliás, teve seu dia comemorado no último dia 19 de outubro. A edição especial do Jornal do Commercio conta hoje a história de duas mulheres que romperam paradigmas e conquistaram uma carreira sólida neste seguimento.

Pós-graduada em Desenvolvimento de Software, Jakelane Araújo Ribeiro revela que, desde os 16 anos, tem interesse em computadores e programas. Jake também conta um pouco a respeito das dificuldades que precisou superar, mesmo antes de começar a trabalhar na área.

“Apesar de ter me formado no ensino médio com 15 anos, em 1994, comecei a fazer faculdade

muito tarde, porque eu morava em Manacapuru e, naquela época, não tinha recursos para me manter em Manaus. Vim para Manaus em meados de 2001, trabalhei em comércio no Centro da cidade, fiz prova da Ufam e passei para Engenharia de Pesca, mas não era a engenharia que eu queria. Então comecei a guardar dinheiro para fazer a faculdade particular e, somente em 2004, iniciei a graduação, me graduando no ano de 2008 em Desenvolvimento de Software”, detalha Jake, antes de prosseguir com mais detalhes sobre seu desenvolvimento profissional.

“Quando eu ainda estava finalizando a graduação, passei para pós-graduação através de processo seletivo, também em Desenvolvimento de Software, pela Fucapi, com uma bolsa de estudos do CNPq. A pós-graduação me deu a oportunidade de estudar e aprender 8h por dia de forma remunerada. Cumpri 6 meses de estágio supervisionado dentro da fábrica de software da Fucapi. Foi uma oportunidade única, pois fomos

colocados diretamente nos projetos, atuando como profissionais da área por um semestre”, conta.

Após a finalização da pós-graduação, Jake conta que foi contratada pela Fucapi e atuou na área de Gerência de Configuração de Software por mais de três anos.

“Saí da Fucapi, passei dois meses em casa descansando das telas dos computadores e voltei a ativa para trabalhar no Sidia (Instituto de Ciência e Tecnologia), onde estou até hoje trabalhando como Gerente de Configuração de Software Sênior”, conta.

Com 10 anos de experiência na área e foco em Integração Contínua -ao qual considera ser um universo para ela -, Jake ama o que faz e diz que, todos os dias, tem a oportunidade de aprender sobre novas tecnologias e métodos, melhorando a qualidade no desenvolvimento das aplicações que ela utiliza no local de trabalho. Uma conquista pessoal e tanto, especialmente para quem precisou passar por tantos perrengues durante a trajetória.

Jakelane Ribeiro disse que sempre teve interesse em tecnologia

Gravidez “Aconteceram muitas coisas no meu caminhar. Eu engravidei quando estava no penúltimo período da faculdade e minha família ficou descontente comigo. Em maio de 2008, ano que eu estava me formando, minha irmã caçula faleceu em um acidente de barco.

Muitas vezes eu não tinha com quem deixar minha filha, então levava ela para a aula da pós, mas todos os percalços, tanto na vida pessoal quanto estudantil, serviram para me fortalecer e fazer de mim a profissional que sou hoje.

Sou muito grata a Deus, a minha família e amigos por tudo”, diz Jake.

Jake sempre teve interesse pelo ramo de TI, interesse que ela afirma não ver com tanta frequência em outras mulheres. Minoria no seguimento, ela conta que chegou

a ser alvo de machismo. “Eram pouquíssimas mulheres na minha turma da graduação. Eu tinha uma dificuldade muito grande em Lógica de Programação e sempre achei que um dos meus professores lidava melhor com os homens. Já fui alvo de machismo no ambiente de trabalho, mas a empresa lidou de forma coerente com a situação. É difícil falar sobre o tema machismo no ambiente de trabalho, né? Eu penso que machismo dá uma conotação masculina, mas às vezes, sofremos machismo por parte de mulheres também.

Mas o fato é que é muito importante a maneira como a empresa trata essa questão, no seu ambiente e cotidiano”, explana Jakelane.

Satisfação com a carreira Uma prof issional realizada em sua carreira, e que não cansa de aprender nunca, Jake conta que espera ver mais mulheres no mercado de trabalho.

“Eu amo demais o que faço e gostaria de ter mais tempo para estudar e aplicar os novos conhecimentos. De 0 a 10, me sinto realizada ‘9’ com minha profissão.

Eu tenho várias vantagens, ganho de acordo com o que trabalho, tenho horário flexível e foi possível home office nesta pandemia. Trabalho com pessoas hiper inteligentes, profissionais, sou muito feliz”, orgulha-se.

Jake fez questão, ainda, de deixar um recado para todas as mulheres que sonham fazer carreira no ramo de Tecnologia da Informação: “Sigam em frente sem medo, não desistam por causa dos percalços, dos estresses, ou por causa de uma opinião que não é a sua.

Vá com garra e seja feliz”, finaliza.

Sem preconceito

DA AMAZÔNIA

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Se Liga na História: As casas mais antigas da cidade estão localizadas na rua Bernardo Ramos, números 69 e 77, no antigo bairro de São Vicente.

São duas construções térreas em estilo colonial, feitas de barro e pau-a-pique. A de número 77 foi construída em 1819. Ambas foram recuperadas pela prefeitura e transformadas no Centro Cultural Oscar Ramos.

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Instagram vende

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Novos empreendedores digitais usam a rede social que são as novas ‘páginas amarelas’ LEANDERSON LIMA @LIMALEANDERSON

Q

uem nasceu na segunda metade da década de 1990, ou no início dos anos 2000, certamente nunca teve que procurar o telefone de uma empresa no famoso catálogo das “páginas amarelas”. Explicando o que foi essa espécie de “dinossauro”.

Trata-se de um catálogo enorme –com páginas amarelas, evidentemente –contendo telefones de empresas de inúmeros segmentos. E podem acreditar, funcionava. Mas o tempo passou, a internet evoluiu, se popularizou e as páginas amarelas viraram coisa do passado.

Aliás, no que diz respeito à comunicação empresa/consumidor, é possível dizer que o mundo virou do avesso nas últimas duas décadas. Paradigmas foram quebrados, conceitos modificados, abrindo espaço para o novo.

E a pandemia causada pelo novo coronavírus, por sua vez, acabou por impulsionar a vida de muita gente que, mesmo sem querer, acabou tendo que se tornar um empreendedor digital.

Fora da Caixa Consultora empresarial há 15 anos, Michelle Guimarães, da empresa “Fora da Caixa”, diz que a pandemia, neste sentido, ajudou a separar “o joio do trigo”, em relação aos empre-

endimentos aptos a fazer essa transição para o mundo digital.

“No geral é o mercado (digital) que teve um crescimento exponencial. Separou o joio do trigo. Quem conseguiu se adaptar, mesmo tendo um produto offline, quem conseguiu se adaptar ao mercado digital, sobreviveu.

Quem não soube lidar com isso, lógico, não foi só esse fator né?

Mas quem não soube lidar com certeza foi um grande peso para ir à falência”, explica.

Instagram Para Michelle, o Instagram hoje é um dos grandes aliados dos empreendedores. “Eu sempre falo nos meus treinamentos que, o Instagram, para a gente que é mais velho, são as novas páginas amarelas, que os jovens não sabem nem o que é isso. Se a empresa não posta regularmente, não informa sobre o que ela está fazendo, os seus produtos, serviços, o que está acontecendo... Eu por exemplo, se vejo uma pessoa que não postou há duas semanas, eu penso que a empresa faliu. Porque não está informando. É a nova forma que a gente tem para manter relacionamentos”, pontua.

Mas a presença digital por si só, não é suficiente. É preciso estabelecer um relacionamento.

“A empresa tem que entender que, apesar da empresa ser um CNPJ, pessoas fazem negócios com pessoas”, completa.

MUNDO VIROU DO AVESSO NAS ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS EM RAZÃO DO AVASSALADOR AVANÇO TECNOLÓGICO Márcia Vilella avalia que o avanço para o mundo digital é um processo natural

Muito mais Ser eficiente no mundo digital requer trabalho. É preciso dissecar e aprender sobre as ferramentas como posicionamento de SEO, que são os indicadores do Google, avalia a consultora. “Quem tem um bom posicionamento de SEO, quando a gente digita no buscador, por exemplo, semijoias, quais são as empresas que vão aparecer ali nas primeiras pesquisas? Então tudo isso tem que ser bem feito para que você atenda uma necessidade que surgiu do consumidor”, orienta Michelle.

Digital para além das redes Engana-se quem pensa

que, digitalizar um empreendimento, seja apenas criar e gerir redes sociais, ou mesmo fazer vendas online, ou até os famosos posts patrocinados. A digitalização do mercado passa também por pequenas coisas como ter uma maquineta de cartão de débito ou crédito para ofertar aos clientes, ou mesmo, ter os dispositivos necessários para fazer qualquer pagamento com a “onda” do momento, o Pix. “Tudo tem que ser muito bem feito para que você atenda uma necessidade do consumidor, que é a comodidade”, assina Michelle, que cita como si própria como uma cliente que compra frutas do mesmo

Muito além do que se posta Para qualquer negócio, marcar presença no mundo digital vai além de fazer apenas um bom uso das redes sociais. Essas ferramentas são importantes, mas é apenas uma parte de todo um do processo. É preciso ter um bom relacionamento com os clientes e ir um pouco além disso também.

Aos 26 anos, Taiany Carvalho, tem um emprego como analista administrativa, mas já mostra disposição para empreender, por isso, decidiu apostar no ramo gastronômico e abriu uma hamburgueria.

Ela conta que passou pelo

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treinamento de Michelle sobre o mundo digital e, com isso, ampliou seu leque de possibilidades. “Eu sempre estive no mundo digital há muitos anos, especialmente neste ano tive uma virada de chave com a mentoria da Michelle. Ela me abriu os olhos sobre a grande importância de uma boa apresentação estratégica, tanto do meu pessoal, minha imagem, como quero que as pessoas me vejam, quanto do meu negócio”, explica.

De acordo com ela, a mentoria foi 100% online e serviu para “melhorar seu posicionamento

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no digital, como forma de criar uma rede de relacionamentos estratégicos, marca pessoal e exposição estratégica também”, diz.

Comunicação Relações públicas e sócia-fundadora da empresa Target Assessoria de Comunicação, Márcia Vilella, de 53 anos, já tem 29 anos de estrada, e fala sobre a entrada no mundo digital como uma consequência natural da evolução, para a melhoria de processos e serviços. Ela também passou pela mentoria. “O digital está 100% presente na minha rotina e no meu negócio”, assinala

a empresária, que também que tem na produção de conteúdos digitais, uma das armas fortes de seu portfólio empresarial.

E para aqueles que acham que já passou da idade e que não há mais nada para aprender em relação a este universo relativamente novo, e em constantes transformações, Vilella deixa um recado: “O fato de você ter um negócio há tantos anos, e ser uma pessoa já não tão jovem, só prova que a gente tem que estar sempre aberta para aprender, porque a gente nunca sabe tudo, e que sempre há espaço para aprender mais e mais”, finaliza.

vendedor, há tempos, porque ele aderiu ao uso das máquinas de cartão de crédito.

“A gente tem que parar de achar que digitalização é só rede social. Não é! É muito mais do que isso. É você dar todas as ferramentas para o cliente se sentir na comodidade. Quantos vendedores ambulantes perderam venda porque eles simples-

mente poderiam só imprimir o QR Code do Pix deles, porque pensa, 10 segundos numa venda vendendo um pano de prato e o cara não tem dinheiro? Se tem o Pix, ele aponta para o QR Code, pagou, já era. O cara está perdendo venda, claro, que tem toda a questão do conhecimento, mas está perdendo por falta da digitalização”, analisa.

Melhorando os relacionamentos Saber se relacionar com a clientela e, principalmente, oferecer comodidade, são alguns dos pontos fundamentais que a consultora aponta. Um exemplo de comodidade, foi o de uma cliente empresária que perdia muito tempo para conseguir informar às suas clientes sobre roupas que ela vendia. Foi quando Michelle sugeriu que ela fizesse um catálogo digital.

“Também atendi clientes que não sabiam como estreitar os laços, a vivência com o cliente, de informar, “olha tem novidade, estamos trabalhando desta forma”. Fazer o storytelling da evolução da empresa. O cliente quer pelo menos saber. Ele pode não comprar o tempo todo, mas ele quer saber o que está acontecendo com aquela empresa que ele já se relacionava. Então, hoje, a dificuldade das empresas

é manter esse relacionamento”, explica a consultora.

E como estreitar mais este relacionamento? Michelle não esconde o jogo: “Você pode manter esse relacionamento, rede social, por um informativo no WhatsApp, por um post patrocinado. Tem várias formas”, indica.

E se existe aquele ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”, ele não se aplica à Michelle quando o assunto é o aumento dos rendimentos durante o período de pandemia. Se ela ajudou a melhorar a vida dos clientes, dando orientações sobre a digitalização, a própria digitalização fez com que as consultorias da empresária amazonense ultrapassassem de vez as fronteiras do Estado, e agora ela já conta com várias clientes de sua mentoria, espalhados pelo Brasil.

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A BELEZA QUE CELEBRA MANAUS Celebrado por modelos, blogueiras e socialites, o fotógrafo Gabriel Gardini!

Adriana Cidade e Ju Delmiro foram conferir a nova coleção by Zink

Ela deu show!

Para mostrar a coleção nova 2022, a maravilhosa Janaína Jamilla recebeu amigos, clientes, jornalistas e formadores de opinião na sua By Zink! Perfeito!

Suani Mendonça, manauara, com 1m85 e muita atitude! É a maravilhosa que ilumina a coluna sendo fotografada pelo expert Gabriel Gardini! Feliz Manaus! Nós merecemos!

MISSÃO DIPLOMÁTICA PORTUGUESA

COLAR DE CONTAS DO TCE-AM

Humberto Matos Figueiredo, cônsul honorário de Portugal em Manaus, recebeu a comitiva portuguesa, capitaneada por Berta Nunes, secretária de Estado das Comunidades Portuguesas. A missão teve encontro com autoridades e empresários.

Resultado proveitoso!

O Colar do Mérito de Contas do TCE-AM, a mais alta condecoração concedida pela Corte de Contas é concedido a membros públicos e da sociedade civil com notoriedade no serviço à sociedade amazonense.

Na solenidade presidida pelo conselheiro-presidente Mario de Mello com o deputado estadual Roberto Cidade (PV), desembargadora Maria do Carmo Cardoso e o Wagner do Rosário, ministro do CGU

#PÓDIOMZM2021 Maria do Céu Athayde, amazonense de coração, deu aula-show, com o sommelier carioca Alexsander Oliveira, na Feira Internacional de Gastronomia Amazônica. Foi dos deuses!

Olavo e Patrícia Amed Miranda, ela recebeu o Colar de Contas, com Milton Amed

• O Amazonas recebeu, no dia 19 de outubro, mais de 90 mil doses de vacinas contra a Covid-19. O carregamento é do tipo Pfizer/ BioNTech.

• Travessuras ‘Hocus Pocus’ é a festa de Halloween organizada por SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Ivan Bonilha, Yara Lins e Fábio Nogueira

Fernando Salignac que acontecerá no dia 31 de outubro, a partir das 15 horas, no Salão Novotel Manaus. Vai ser tudo!

• Natura e Rock In Rio se unem para celebrar o Amazonas. Eles pretendem mobilizar os 100 mil visitantes diário

da Cidade do Rock a se encantarem com a abundância da Amazônia e se engajarem pelo futuro do planeta. O Rock In Rio acontece entre os dias 2 e 11 de setembro de 2022, na Cidade do Rock – Parque Olímpico, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Se Liga na História: DRONES

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Entre 1920 e 1967 existiu na orla do rio Negro uma grande favela fluvial denominada Cidade Flutuante.

Ela surgiu no período de crise econômica do Estado, quando um grande número de pessoas saiu do interior em busca de melhores condições de vida na capital. O nome era sem exageros, pois ela chegou a ter cerca de 12.000 habitantes.

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Mercado decolando Oportunidades são crescentes para o trabalho com drones nas mais diversas atividades em Manaus

Foto: Divulgação

manda, existe um equipamento e um preço de serviço diferente.

“Tem gente até fazendo contagem de cabeça de gado em fazendas. Aquele cachorrinho que foi treinado, foi aposentado pelo drone”, conta Christopher, que já planeja expandir os negócios para Boa Vista, em Roraima.

LEANDERSON LIMA @LIMALEANDERSON

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m mercado que não conhece crise e que está em franca expansão em Manaus. Os drones vieram para ficar, seja como opção de lazer, ou como um meio de ganhar dinheiro. Aliás, a segunda alternativa, pode render uma remuneração mensal média de R$ 5,6 mil/mês, com carteira assinada, em uma profissão -piloto profissional de aeronaves remotamente pilotadas –que até um tempo atrás sequer existia.

O casal de empresários Christopher Genu, 36, e Thalia Genu, 24, resolveu apostar no ramo, e há dois anos fundaram a Pro Drones, pioneira no segmento na região Norte.

“A gente viu a necessidade desse mercado, que é um mercado que está em expansão, de tecnologia aeronáutica, e nós decidimos criar uma empresa voltada a esse componente aeronáutico. Porque aqui no Norte, ainda não tinha uma empresa que se voltasse totalmente para serviços e também principalmente para uma academia de drones. Então a gente se tornou a primeira academia de drones não só do Estado do Amazonas, mas também da região Norte”, explica a diretora-geral e piloto UAS (sigla em inglês para Sistema de Aeronave sem Tripulação), Thalia Genu, que além de piloto, cuida da parte burocrática do negócio.

Diretor-geral e Instrutor Piloto UAS, da Pro Drones, Christopher Genu, que cuida do time de instrutores na empresa, conta que depois de oferecer o curso de pilotagem profissional, a empresa já se prepara para o próximo salto no mercado. “Começamos

Mudança na pandemia O casal Genu conta que, antes da pandemia, já fazia planos para avançar no campo do ensino remoto, mas, o surto global do sars cov 2, acabou impulsionando o novo modelo de negócio mais rápido do que eles poderiam imaginar. “Passamos seis meses montando o curso, gravando, editando, na plataforma, desenvolvendo tudo do zero”, lembra Thalia.

Drones vieram para ficar, seja para lazer ou para ganhar dinheiro

a academia com cursos básicos de pilotagem profissional, agora, estaremos lançando especializações voltadas para filmagem profissional com drones, inspeção, mapeamento... tem muita gente que procura essas especializações”, revela.

Não é brinquedo, não Tirar um drone do solo, mesmo que de forma recreativa, exige uma série de cuidados, inclusive para evitar acidentes, já que este componente aeronáutico pode atingir grandes alturas, e invadir o espaço aéreo de aeronaves.

Neste sentido, a empresa do casal Genu faz todo um trabalho educacional. Parte deste trabalho, no sentido de ofertar mais informações sobre o uso do equipamento, é feito inclusive nas redes sociais da empresa. “Através das mídias sociais, a gente lança informa-

ções, orientações para os nossos clientes, para que eles possam conhecer este equipamento como um componente aeronáutico, não como um brinquedo”, ressalta Thalia, que conta que lançou uma série nas redes sociais da empresa chamada “Drone não é brinquedo, não”, que ajuda a esclarecer os cuidados necessários para este tipo de equipamento, que para realizar alguns voos específicos, precisam até de autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), além de toda uma legislação específica que está em constante atualização.

Meninos e meninas Quando o assunto é gênero, Thalia explica que o mercado ainda é dominado pelos homens, que fazem parte dos 80% dos interessados que procuram formação para piloto profissional.

Para ela, é necessário uma quebra de paradigmas para que mais mulheres possam ingressar no mercado. “A presença feminina ainda está engatinhando. É necessário uma quebra de paradigmas.

Muitas devem pensar: - Será que é só homem que pode pilotar? Não sei se vou ser bem vista como piloto... Esse tipo de coisa.

Tanto o homem quanto uma mulher, podem ser piloto, tem total capacidade. Eu sou uma piloto profissional. Sou eu quem faço os serviços de filmagem, inclusive de acompanhamento de obras”, ressalta.

Vertentes Drones que operam pulverização para agricultura, equipamentos voltados a inspeções elétricas em subestações, filmagens profissionais. Para cada de-

no alia Genu investiram Christopher Genu e Th l potencia negócio apostando no

DRONES CONQUISTAM CADA VEZ MAIS ESPAÇO PARA SERVIÇOS DIVERSIFICADOS

Drones conquistam cada vez mais espaço para serviços diversificados

Drone, um amor à primeira vista O videomaker Adriel Aleme, 26 anos, conta que teve o contato com um drone, pela primeira vez, no ano de 2019, quando foi produzir o vídeo clip de uma banda. “O cenário do clip era um local abandonado, numa pista de skate próxima à ponte sobre o rio Negro. Eu queria valorizar aquele cenário ali, queria mostrar como é que era”, conta. À época, Aleme decidiu contratar um piloto de drone, uma vez que ele não tinha noção de como o aparelho funcionava, muito mesmo entendia a burocracia necessária.

E ele conta que, quando viu o equipamento, foi “amor à primeira vista”. “Quando eu vi um drone pela primeira vez eu falei: cara... É isso que eu quero! Vi o cara pilotando, fazendo uma manobra de 360° na banda, um mês depois comprei meu primeiro drone”,

lembra.

Os treinos com o equipamento novo, Adriel fez em áreas abertas como a praia da Ponta Negra, e em galpões, para aprender a voar em ambientes fechados. “Na primeira vez que voei, minha mão tremia. Eu não me senti nenhum pouco seguro. Para mim aquilo ia despencar a qualquer momento”, lembra.

As técnicas de filmagem, Aleme conta que desenvolveu observando takes feitos de helicópteros em produções hollywoodianas.

“Eram aqueles takes de filmes, de quando as pessoas estão chegando na cidade, sempre começa o filme assim... Por exemplo, em Nova Iorque mostra aquele take com câmera para cima mostrando o horizonte. Sempre fui treinando aqueles movimentos que via nos filmes. Um 360 que valoriza

bastante o local. A visão de águia que a gente chama, dá uma sensação de isolamento no local e eu fui treinando todos esses movimentos para colocar nos meus trabalhos para deixar um negócio bem cinemático”, explica.

Redução de custos Para o videomaker, uma das grandes vantagens de um drone é a redução nos custos de produção, já que antigamente, filmagens aéreas dependiam do uso de helicópteros. “É um equipamento que veio para substituir aquele gasto que tinha antes, que era contratar um piloto de helicóptero, um cameraman para operar o equipamento, ou seja, um gasto absurdo que tinha. Hoje em dia está bem simples, basta contratar um piloto de drone ou comprar um drone”, conclui.

Mudança de patamar profissional O primeiro contato com o drone foi um “amor à primeira vista”, mas o que veio depois disso foi um impulsionamento total à carreira do videomaker. Aleme conta que depois que comprou seu primeiro equipamento, seu negócio decolou de vez. “Hoje é algo imprescindível no meu trabalho. As pessoas ligam pelo drone, perguntam pelo drone.

Então agrega muito, mas tem que saber dominar a coisa”, lembra.

Com o novo equipamento, a agenda de serviços da Aleme Visual, a empresa de Adriel ficou cheia. “As coisas começaram a alavancar nos meus negócios.

Comecei a mostrar um diferencial para o meu público”, conta o profissional que já atua no mercado há quatro anos.

Faz tudo Outra vantagem é que, agora, o videomaker conseguiu dar conta

de todas as etapas de produção: filmagens terrestres, takes aéreos e edição de vídeo. “Em vez de uma empresa contratar várias pessoas, eles contratam agora uma pessoa só, que sou eu, que cuida de todas as etapas do processo. Isso melhora inclusive na comunicação direta com o cliente, você já vai direto naquilo que o cliente quer”, aponta.

Atualização Independente do ramo, manterse atualizado é uma estratégia/ exigência para a sobrevivência no mercado. Pensando nisso, Aleme conta que sempre está se atualizando a respeito de novos modelos de drones que chegam ao mercado, bem como aprimorando suas técnicas de filmagem. “Eu sempre estou pesquisando os drones na SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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internet, no YouTube, o que vai ser lançado, o estilo de voo, porque cada drone tem suas especificidades. Tem drones de cinema que precisam de duas pessoas para operar. Uma para fazer o voo e outra para operar a câmera. Tem os comuns que usamos, e tem os drones FPV, drones para gravar corridas, mas tem que ter uma habilidade enorme para manusear esse tipo de equipamento”, atesta.

Para o profissional, os drones FPV serão a nova tendência do mercado. “As pessoas estão vendo o diferencial desse tipo de drone. No mercado imobiliário, as pessoas contratam os pilotos para fazerem um tour da casa. É um voo direto, que coloca o cliente dentro do imóvel, passeando por todos os cômodos”, finaliza Adriel.

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Se Liga na História: A referência mais antiga sobre a prática fotográfica em Manaus data de novembro de 1858.

Naquele ano o fotógrafo francês Hipolito Mainette começou a oferecer seus serviços fotográficos em um sobrado localizado na antiga Praça da Imperatriz.

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PERFIL LEGISLATIVO

Mandato a serviço da comunidade

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Vereador Ivo Neto segue atuando nas ruas como fazia antes mesmo da eleição

ncontrar o vereador Ivo Neto (Patriota), junto à sua equipe, nas ruas de Manaus passou a ser uma cena até bem comum para comunitários de bairros, especialmente os da zona Sul. Seja para limpar praças, calçadas, revitalizar escadas, realizar ações sociais ou acompanhar ações solicitadas à Prefeitura de Manaus. O vereador do Patriota e sua equipe estão lá.

“Há quem diga que é minha obrigação e há quem diga que não é, mas independente disso, para mim, o que importa é a realização. Eu sempre estive e sempre estarei junto às comunidades, estando vereador ou não”, garantiu Ivo. Para Jean Carlos Alves, que faz parte da equipe, este é um trabalho cansativo, mas compensador. “É muito bom fazer parte dessa equipe que trabalha pelo povo, e poder ver os resultados acontecendo e beneficiando os moradores”, afirmou ele.

De janeiro até hoje, foram dezenas de mutirões de limpeza

nos bairros, além de acompanhamento de ações da prefeitura. A mais recente foi a revitalização da escada do beco da Igreja, no Educandos, zona Sul. A obra foi entregue no Dia das Crianças, com uma sessão de cinema para a garotada.

Pelas redes sociais, muitos comunitários parabenizaram os esforços do parlamentar, que também apoiou outras ações sociais, como o Meu Primeiro Burger. Em um comentário, Fábio Deangelis escreveu: “O trabalho faz a diferença entre os que estão na labuta e os que estão nos gabinetes”. A arquiteta Aline Sousa postou: “Pequenas intervenções, mas que fazem uma grande diferença”.

Ao que o vereador respondeu: “O mandato só me trouxe mais condições e meios para ajudar quem precisa. E isso não vai mudar”.

Lei da Transparência na lista de creches municipais Dentre os PLs, vale destacar o PL 69/21, que dispõe sobre a

obrigatoriedade da divulgação de lista de espera por vagas em creches e CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) de Manaus. Visando, dessa forma, dar mais transparência ao processo.

“O Projeto de Lei evita que as vagas das creches e CMEIs destinem vagas e desrespeitem as listas de espera. Seguindo o princípio da publicidade, a Administração Pública os atos devem ser públicos para que se respeite a transparência e conceda ao cidadão o direito de questioná-los”, justificou o vereador Ivo Neto.

O projeto foi aprovado pela Câmara e a Lei agora aguarda a sanção do prefeito David Almeida (Avante).

Indicações e solicitações Foram feitas 7 indicações à Prefeitura de Manaus, entre elas, o pedido de Revitalização da Orla do Amarelinho, a criação e estruturação de mais dois Conselhos Tutelares e a criação de uma Casa de Acolhimento para idosos.

O gabinete do vereador enviou mais de 400 ofícios. Desse total, 120 se tornaram requerimentos, baseados nos ofícios, eles variam entre serviços de infraestrutura, limpeza pública, reforma de quadras, construção de pontes, implantação de faixa de pedestre e outros.

Ivo Neto realizou ainda uma Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Orgulho Autista e uma Audiência Pública no Dia Internacional do Idoso, para debater as principais dificuldades enfrentadas na execução da política do idoso na capital amazonense.

Em prol das crianças e adolescentes Presidente da Comdcai/ CMM (Comissão dos Direitos da Criança e do adolescente), Ivo Neto tem se destacado em ações e proposições em prol da criança e do adolescente. Com a Campanha “Não dê esmola, dê cidadania”, a Comdcai destaca a importância das pessoas evitarem dar esmola a crianças nos sinais da cidade e denunciar maus tratos.

VEREADOR IVO NETO CONSIDERA OS IDOSOS PRIORITÁRIOS EM SEU MANDATO

“Proteger o idoso é cuidar da nossa história” Ivo Neto também vem se debruçando sobre a causa do idoso, em Manaus. No Dia Internacional do Idoso, Ivo realizou uma Audiência Pública para debater os principais entraves e dificuldades enfrentados pelos idosos e por aqueles que executam as políticas voltadas a essa parcela da população tão necessitada de cuidados.

Ampliação do prédio, criação da Casa de Passagem, psiquiatra para fortalecer a rede de apoio, penas mais graves aos crimes contra o idoso e até uma vara especializada no Tribunal de Justiça do Amazonas. Foram alguns dos pleitos feitos na Audiência Pública.

Na ocasião, a delegada da Pessoa Idosa, Andrea Nascimento, parabenizou o vereador Ivo Neto por abraçar a causa. “Ivo é extremamente sensível e humano. Foi o primeiro vereador a nos visitar na delegacia e senti no olhar dele o comprometimento e, a partir daí o vejo sempre falando sobre a causa. Estou na delegacia desde 2019, é a primeira audiência que participo. Homenagens são importantes, mas em audiência é quando temos voz”, destacou a delegada.

“Fiz a indicação de uma Casa de Passagem ao prefeito de Manaus, David Almeida, e tenho certeza de que, em breve, teremos esta casa”, finalizou Ivo Neto.

O mundo azul com respeito e dignidade “A causa autista é do meu coração”, afirmou em Sessão Solene, o vereador. Ivo, tem projeto social que desenvolve na zona Sul há mais de 20 anos, teve alguns alunos com TEA (Transtorno do espectro Autista), o que o fez enxergar a realidade do autismo com mais humanidade, carinho e amor. “Aqueles garotos foram mais meus professores que eu deles e, de alguma forma, Deus me preparava para estar aqui no parlamento”, declarou Ivo. Por isso, Ivo deu entrada em projetos como o PL Nº 529/2021, que destina 5% das vagas em editais de cultura do município a PcDs e autistas. O projeto deve dar origem à Lei Rafael Alma, uma homenagem ao cantor amazonense portador de TEA, e prevê a destinação de no mínimo 5% das vagas em editais de cultura lançados pelo município, para contemplação de projetos artísticos idealizados ou que participem pessoas com deficiência e autistas. O PL recebeu parecer favorável da Procuradoria Legislativa e aguarda tramitação.

O parlamentar lamentou ainda a agressão de uma terapeuta em Manaus a um menino autista de 8 anos, em clínica particular de Manaus, em julho deste ano. “É uma atitude que nos deixa tristes e revoltados. Imagine os pais que mandam a criança para terapia, a fim de ter uma melhora no quadro de saúde, e a criança sofre maustratos? Além de causar transtornos psicológicos à criança, mexe com toda a família. Que possamos lutar nesta Casa para que cenas como estas não aconteçam”, ressaltou Ivo Neto.

Leis e outras ações parlamentares Seja nas ruas ou dentro da Câmara Municipal, Ivo e sua equipe não param. O primeiro mandato de Ivo Neto começou em janeiro, e nesses 10 meses ele já realizou diversas ações de rua, assim como ações dentro do parlamento.

O parlamentar teve 100% de presença nas atividades parlamentares, confirmada por dados do portal da transparência da CMM. Nesse tempo, Ivo deu entrada a 10 PLs (Projetos de Lei), subscreveu outros 4 PLs, dentre eles, o que cria diretrizes para garantir direitos

a Pessoas com Transtorno Autista (TEA) e o que altera a Lei das Sacolas.

Confira no quadro abaixo os Projetos de Lei: PL Nº 308/2021 (Declaração dos CTs) PL Nº 315 (Campanha Maio Laranja) PL Nº 69 (Divulgação da lista de espera nas creches) PL Nº 209 (Campanha contra importunação sexual) PL N 359 (Agente Socioeducativo) PL Nº 429 (Divulgação das especialidades médicas e exames nas

UBS) PL Nº 441/21 (Atendimento médico nas creches e CMEIS) PL Nº 529/2021 (Destinação de 5% das vagas em editais de cultura a pcds e autistas) PL Nº 521/2021 (Mecanismo p/ acompanhar o trajeto dos carros de coleta de lixo em tempo real) PL Nº 485/2021 (Dispositivo sonoro nos transportes coletivos municipais p/ embarque e desembarque de deficientes visuais)

Primeiro Disk Denúncia da CMM Em fevereiro ele, juntamente com outros vereadores membros da Comissão, lançou o Disk denúncias (92 98545-8978) para crimes contra criançass, adolescentes e idosos. Iniciativa inédita da Câmara Municipal de Manaus.

Pela primeira vez, a Comissão buscou apoiar as ações

dos Conselhos Tutelares. Em abril, Ivo Neto se reuniu com os conselheiros tutelares, com objetivo de organizar uma parceria da Comdcai com os conselhos tutelares, onde os participantes discutiram o plano de ação conjunta para combater a exposição de crianças à prática da mendicância.

“A cada dia vem crescendo o uso de crianças para mendicância na cidade. Agora estão loteando locais e, inclusive, existem agenciadores que estão expondo crianças para ficarem pedindo nas ruas da cidade. Nosso objetivo é unir a Câmara Municipal, Ministério Público e Conselhos Tutelares para fazer este trabalho”, destacou ele.

Foto: Divulgação

Um dos objetivos do vereador é valorizar a infância SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Se Liga na História: A primeira greve de trabalhadores em Manaus ocorreu em 1884. Naquele ano os catraieiros, que faziam o transporte de pessoas e mercadorias pelos rios e igarapés em suas catraias, paralisaram suas atividades em apoio à causa abolicionista, se recusando a transportar escravos em suas embarcações.

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Se joga no digital Tecnologia impulsiona o empreendedorismo e novos negócios com boom na pandemia Foto: Divulgação

LEANDERSON LIMA @LIMALEANDERSON

“D

ecifra-me ou te devoro”.

Quem nunca ouviu a famosa frase-desafio da Esfinge de Tebas, no Egito? A esfinge, eliminava sem dó nem piedade aqueles que não se mostrassem capazes de dar a resposta correta a um enigma.

Para alguns, a tecnologia é como um enigma, algo difícil de assimilar, principalmente quando a idade é mais avançada. Não é uma regra, é claro, já que existem muitos na terceira idade que não têm nenhum tipo de dificuldade com o mundo digital. Mas para aqueles que esbarram na dificuldade de entender este novo mundo, o risco de ser “devorado”, não por uma esfinge, mas pelo mercado de trabalho, torna-se enorme.

Na contramão disso, existem aqueles que decifram os enigmas e vencem a esfinge, sem maiores dificuldades. E esses empreendedores acabam transformando o domínio da tecnologia em um forte aliado no mercado de trabalho.

Tecnólogo em eletrônica industrial, Gianini Masulo sempre gostou de tecnologia e a afinidade pelo tema o levou para outro ramo, o do audiovisual. Pode ser uma diferença enorme entre um segmento e outro, mas para ser bom no novo ramo escolhido, Masulo tinha que dominar outras “máquinas”: câmeras de alta qualidade, estabilizadores eletrônicos,

Muitos negócios ligados à tecnologia ganharam impulso na pandemia

equipamentos de transmissão, enfim, uma infinidade de outros apetrechos utilizados no dia a dia do audiovisual.

Momento difícil Durante a fase mais crítica da pandemia causada pelo SARS-CoV-2, muitos empreendimentos foram forçados a fechar as portas e, por conta disso, acabaram indo à falência. Mas teve gente que, mesmo num período tão complicado, decidiu empreender e se deu bem. Foi o caso de Masulo. “Eu não queria ir

para o Distrito, então, com o lockdown, vi a oportunidade de me dedicar ao meu sonho, que era trabalhar em alguma área correlata à arte”, conta Masulo, que passava também por um complicado problema de saúde.

Agora é claro que aquele friozinho na barriga na hora de empreender, também aconteceu com Masulo. Mesmo assim ele foi em frente, mesmo fazendo um movimento completamente diferente do que indicava o mercado naquele momento.

GIANINI MASULO APROVEITOU O TEMPO DISPONÍVEL PARA EMPREENDER

no fundo do poço, se olhar para cima verá a luz, ao olhar aquele momento de pandemia, incapacitado do trabalho, busquei as alternativas, foi quando formalizei a empresa e me dediquei integralmente ao audiovisual”, conta.

Com o fechamento de cidades, as determinações de ficar em casa, sobrou um tempo para que Masulo nunca teve. “Uma coisa que ganhei na pandemia foi tempo, que há muito não tinha. Sei que a humanidade sofreu e continua sofrendo com as consequências da pandemia, mas vivemos tantas coisas atrozes ao longo da nossa

do “spoiler” para a próxima temporada.

Na nova bem sucedida empreitada, Gianini conta como as novas tecnologias ajudam no seu dia a dia. “As tecnologias surgem para facilitar a vida, automatizar processos extenuantes e oferecer novas possibilidades. Na Trilha1 Audiovisual utilizamos toda a tecnologia que pode nos auxiliar a obter o melhor resultado. Por exemplo: em um vídeo institucional produzido para o Nacional Futebol Clube, utilizamos o Gimbal,

Tirando o melhor Nos dias de hoje, a tecnologia oferta equipamentos da melhor qualidade para se obter os melhores resultados.

Mas para conseguir os melhores resultados, é preciso dominar a máquina. Sobre tirar o melhor dos equipamentos, Masulo ensina o caminho.

“Você precisa sentar e estudar a respeito da tecnologia, ler os manuais. Pode parecer desgastante, mas fazendo isso, asseguro dizer que estarás à frente de 95% das pessoas, e o mercado de trabalho não perdoa. Asseguro que você não desejará ficar atrás de 5% só por não dar essa atenção à sua profissão.

Não é mesmo?”, ensina o empresário, que hoje já começa a gerar ocupação financeira para outras pessoas. “Quando fecho, por exemplo, a transmissão de um evento maior, contrato profissionais para poder realizar toda a parte de transmissão”, explica.

EDUARDO SOUZA APROVEITOU A PAIXÃO POR TECNOLOGIA PARA INVESTIR

Empreendendo com automação

Barra foi pesada Antes de montar o próprio negócio, Gianini conta que se recuperava de um acidente com um forno de micro-ondas, que causou nele uma incapacidade provisória na mão direita.

“Eu estava completamente desmotivado com as coisas, pois era guitarrista há tanto tempo e os médicos diziam que apenas um milagre faria recuperar os movimentos da minha mão direita. Apesar de ser um cara muito positivo (meus amigos me chamam de só alegria), aquele peso jamais havia suportado. Eu estava me sentindo no fundo do poço, mas quando você está

“De início, fiquei receoso, era uma área nova. Temos que ter respeito e ter cautela ao desbravar novos terrenos, mas fazia música como hobby há 11 anos, e o caminho da gravação de música para os videoclipes foi algo natural. Assim nasceu a Trilha1 Audiovisual, integramos arte e tecnologia, inclusive estamos montando uma aplicação voltada ao ensino de audiovisual para sistemas Android para o ano de 2022, para desenvolver o segmento que se encontra em expansão”, diz Gianini dan-

que é um sistema que permite estabilizar imagens em movimento. Na prática, ele corrige as trepidações através de eixos controlados eletronicamente, a mesma tecnologia utilizada nos drones. Não é necessário ter todo este conhecimento técnico para colocar em prática, contudo, há um certo encanto em transcender a execução e entender os porquês, e acredite ou não, as pessoas conseguem sentir isso e sentem-se mais seguras em fechar negócio a partir do domínio técnico”, explica o jovem empresário amazonense.

história, ao menos o homem não era o vilão, não havia guerra e podíamos nos unir e esperar por um futuro melhor”.

Hoje, ao olhar para o passado, Gianini sabe que a escolha de empreender foi arriscada, mas ele fala sobre o assunto e também deixa uma mensagem para quem deseja empreender.

“Foi uma escolha arriscada, dependendo da leitura, até inconsequente. Mas deu certo.

Só posso agradecer a Deus. É pesado lembrar, mas no fundo é só gratidão. Busque os motivos para não fazer, se não justificarem a sua inércia... comece!”, diz.

Desde muito novo, Eduardo Souza sempre foi um apaixonado por tecnologia. Quando chegou a hora de decidir por um curso superior, formou-se em Engenharia Mecatrônica – área que hoje é conhecida como engenharia de controle de automação.

Ele é mais um caso de pessoas que usaram a tecnologia para empreender.

E ele conta que o interesse por montar um negócio próprio surgiu quando ele começou a lecionar sobre matérias que versavam sobre o tema empreendedorismo. “Eu tive que ler disciplinas, matérias, foi desde o tempo em que comecei a lecionar.

Eu era gestor na Honda e aí eu tive uma oportunidade de lecionar na área de controle de automação. Aí veio a paixão (...) uma disciplina que chamou atenção foi o empreendedorismo. Eu me achei no sentido de motivar os

alunos a terem seu próprio negócio”, conta.

Apesar da “chama” interna para empreender, Eduardo lembra que foi bastante cauteloso na hora de pôr os planos em prática. “Foi com um tempo. Para montar um negócio você precisa avaliar o que tu vais fazer e, conforme tu vais aprendendo, eu poderia ter ido para outra área qualquer da engenharia, mas eu me dediquei mais à parte de automação e NR12, onde eu me especializei por uma empresa”, conta.

Em 11 de junho de 2019, nascia a AUTS Automações e Soluções de Engenharia. E no segundo semestre, já próximo ao fim do ano, em dezembro, surgia um dos maiores desafios da história da humanidade, a pandemia causada pelo novo coronavírus.

“Praticamente como eu já tinha alguns clientes, e aí é aquela questão SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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da fidelidade de serviço, fez com que eu começasse os serviços... Agora é só agradecer a Deus porque ele vem abrindo portas”, comemora.

Eduardo é um empresário novo no ramo, mas de cara já descobriu um dos segredos do empreendedorismo.

“Não deixe de visitar. Eu tenho que sempre ficar visitando, fazendo uma rotina de visitas toda semana, não só na busca de rentabilidade, mas na busca por sanar as dificuldades que os clientes têm”, ensina, e vai além. “A questão do lado pessoal, na pandemia, foi um fator diferencial, porque antigamente nós não perguntávamos dos clientes como eles estavam pessoalmente, como está a família, saúde, e isso fez com a gente pudesse ter uma abertura muito maior em relação à parte pessoal, com o respeito ao profissional, então eu ligava muito para os clientes”, revela.

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Se Liga na História: Manauense e Manauara são os dois gentílicos de quem nasceu ou vive na capital do Amazonas. O primeiro é de herança portuguesa, com o sufixo ‘ense’, enquanto o segundo possui raízes indígenas com o sufixo ‘ara’. Apesar do nome da cidade ser uma homenagem aos indígenas da tribo Manau, o gentílico manauara só aparece na imprensa e em documentos oficiais tardiamente, enquanto o gentílico manauense foi largamente utilizado entre a segunda metade do século 19 e as primeiras décadas do século 20.

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século

XX

Empreendendo na nova economia

Foto: Divulgação

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Livro elenca cases e histórias de personagens que desafiaram empreender na região

Jornalista inicia pré-venda do seu livro “A Amazônia sustentável e o ecossistema empreendedor”

E

m tempos de desmatamento cada vez mais desenfreado e do desrespeito à população nativa ser prática trivial e aceitável, é imprescindível, sim, falar sobre a Amazônia. Finalmente, parece estar se alinhando um movimento que busca alternativas de desenvolvimento para a região alinhadas à nova economia: mais solidária e inclusiva.

Mas, não é de agora que a Amazônia recebe as atenções de todo o planeta independentemente da finalidade ou interesse, a diferença agora – talvez – esteja relacionada às tragédias que a pandemia do novo Coronavírus ocasionou à humanidade, provocando profundas reflexões em relação ao real sentido da vida e, naturalmente, o meio ambiente passa a ter um novo significado nesses novos tempos. E é nesse contexto que a obra da jornalista Cristina Monte se torna tão atual e necessária.

Empreendedorismo e gargalos A proposta central do livro “Amazônia sustentável e o ecos-

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sistema empreendedor” é mostrar não somente as potencialidades de uma região riquíssima em biodiversidade, mas elencar cases e histórias de personagens que atuam e contribuem de várias formas para a sustentabilidade social, ambiental e econômica da Amazônia brasileira: a história contada por quem a faz.

Entretanto, o livro apresenta as problemáticas relacionadas à localidade sem maquiagens ou remendos, mostrando ao máximo o real e atual cenário da região, tornando-se, nesse sentido, um instrumento reflexivo e crítico, capaz de apontar possíveis caminhos para uma transformação: A Amazônia sustentável!

Projeto e trajetória A jornalista iniciou o projeto em abril de 2020, em plena pandemia e com todas as dificuldades daquele momento. O propósito era divulgar cerca de 25 ou 30 cases relacionados ao fortalecimento do ecossistema empreendedor de Manaus, no entanto, o trabalho ganhou amplitude e Cristina mergulhou profundamente no

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tema, aumentando o escopo. “A Amazônia abriga projetos incríveis de pessoas que se esforçam e desenvolvem ações de extrema importância para as comunidades locais e para a preservação do bioma amazônico. Isso precisa ser registrado e divulgado para o público. Essa região ainda é muito mal compreendida pelo restante do país”, comenta a jornalista.

O trabalho envolveu mais de 100 participantes de diversos segmentos, dentre eles, alguns enviaram suas contribuições. Empresas como a Natura e Greenpeace estão na obra, além de figuras como Philip Fearnside, um dos cientistas mais influentes do mundo e Carlos Nobre, meteorologista e profundo conhecedor da região.

No entanto, caboclos, indígenas, representantes de institutos de pesquisa, da esfera pública ou de grandes empresas, pequenos empresários ganham voz e espaço na publicação.

E para espraiar a divulgação, a autora traduziu a obra para o inglês, de modo que a comunidade internacional tenha acesso à Amazônia por meio dessa leitura.

Atores: apoio no propósito Para compor a obra, Cristina contou com o apoio e patrocínio de instituições de peso, que são o INDT (Instituto de Desenvolvimento Tecnológico), FPF Tech (Fundação Paulo Feitoza), Fundação Muraki, Centro de Ensino Literatus, Instituto CESAR, CITS (Centro Internacional de Tecnologia de Software), Grupo Dunorte (Atack Atacarejo), Rymo da Amazônia, TOTVS da Amazônia, Grupo Bemol, Idesam (Instituto de Desenvolvimento da Amazônia) e Sistema Hapvida. “Essas parcerias reforçam o sentimento coletivo e representam o esforço do ecossistema empreendedor local em contribuir para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, Cristina comenta. É importante ressaltar a presença de elementos que contextualizam a mensagem central do livro: o trabalho em rede e em parceria. “Quis trazer as pessoas e suas singularidades para o livro, afinal são as pessoas que movem

o planeta. Atuar em rede é uma necessidade do século 21. A própria Covid-19 nos levou a refletir sobre a importância do agir e se ajudar mutuamente mesmo na quarentena, com o distanciamento social”, reflete a jornalista.

Poucos exemplares disponíveis Devido à alta qualidade do material, projeto gráfico (colorido) e editorial, e por ser na versão bilíngue (português e inglês), a primeira edição é considerada “premium”, com a tiragem de apenas 500 exemplares, que estão disponíveis para a pré-venda pelo e-mail (contato@amazoniaempreendedora.com.br), ao valor promocional de R$ 95.

O lançamento será em dezembro e a jornalista promete algumas surpresas para esse evento.

Em breve, estará disponível outra edição física, apenas em língua portuguesa. As edições serão disponibilizadas em formato de e-book, nas próximas semanas.

A OBRA

São 400 páginas, em edição bilíngue, nas quais se acomodam 17 capítulos, que abrangem áreas como indústria, educação, empreendedorismo, turismo, biotecnologia, dentre outros temas atuais e que representam a singularidade amazônica, como no Capítulo Cultura, em que a jornalista traz um pouco de arquitetura, história e folclore.

Além de Manaus e outros municípios do Estado do Amazonas, Cristina alcançou os municípios de Belém e Santarém (PA), Alta Floresta (MT) e São Luís (MA). Para remeter o leitor ao ambiente amazônico, a autora acrescentou imagens pitorescas e que simbolizam a região, promovendo uma conexão que transpassa a leitura.

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Pedrinho Aguiar

(92) 98110-4843 pac.aguiar@hotmail.com

Pedrinho Aguiar

Manaus, meu amor, minha paixão!

A

inda convalescendo de uma gripe indigesta, sem apetite e sem vontade de nada fazer. Eis-me, aqui. Cara a cara com o computador. O tic tac do relógio me alerta que tenho que entregar minha coluna. Minha cabeça e corpo doem muito. Falta-me o devido insigth para escrever “Manaus/minha cidade/ meu jardim de tantas flores/ tudo o que quero falar para ti, amada onde a felicidade é feliz com Manaus, no dia do teu aniversário. tantas cores/Manaus de Aí, me remeto para o ano de outras cantigas/e das casas de 1969, quando nós, manauenses, celebramos teus 300 anos redondinhos. azulejo/lembra canções bem antigas/e as valsas dolentes Houve um concurso para escolher de um realejo. Manaus que uma música para te homenagear merecidamente, Manaus amada. Venceu saudade da beleza dos teus lampiões. Manaus que saudade a música “Manaus Saudade’, com na tormenta das recordações/ letra do professor Alfredo Fernandes, Manaus vive agora/nas belezas música do maestro Dirson Costa e de outro clarão/fazendo defendida pela cantora Kátia Maria. trezentos anos/mas é bem Passados 52 anos a música continua atual. A outrora “Paris das criança no meu coração”.

Selvas” cresceu, tornou-se uma jovem senhora de 352 anos e, de forma desafiadora, transformou-se na pujante Capital da Amazônia Ocidental, que tem contribuído, e muito, para o progresso do nosso amado e sofrido Brasil com o trabalho e suor dos teus aguerridos filhos.

FELIZ ANIVERSÁRIO, MINHA AMADA MANAUS!

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Se Liga na História: ESCOLAS DIGITAIS

O primeiro caso de Aids do Amazonas surgiu em Manaus no ano de 1986. A vítima foi uma jovem de 24 anos portadora de hemofilia (condição rara em mulheres) que realizou uma transfusão de sangue no Rio de Janeiro, vindo a falecer em Manaus.

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Futuro digital nas salas de aula

Escolas buscam despertar jovens para o mundo do trabalho digital LEANDERSON LIMA @LIMALEANDERSON

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or décadas ouvimos clichês do tipo “crianças são o futuro”, ou coisas do tipo “o futuro começa agora”, no que tange ao trato com a educação. É clichê? Sim! Mas não deixa de ser a mais pura verdade. Se o Brasil quiser pavimentar um futuro promissor, isso deve começar dentro da sala de aula. E a quantas andam o contato dos alunos de Manaus com este novo mundo repleto de tecnologia e inovação? Dois projetos selecionados pela reportagem do Jornal do Commercio, mostram que o amanhã, de alguma forma, já chegou e é mais do que promissor.

Com a prática da chamada multialfabetização, o letramento digital e as competências e habilidades dos alunos, relacionadas ao pensamento computacional, estudantes da rede pública municipal já estão sendo apresentados a um ensino híbrido, com conceitos como linguagem de programação, robótica educacional, criação de produtos, entre outros.

“No ensino atual, o estudante deve ter a oportunidade de ter o contato com metodologias, estraté-

gias virtuais, que ocorrem não só no Brasil, mas em todo o mundo.

A ele também deve ser mostrado o uso mais consciente do mundo digital, não só a internet e os recursos tecnológicos, mas também o ensino dessas tecnologias. Afinal, para ele é tudo muito simples, por fazer parte de seu cotidiano”, comenta o coordenador do Clube de Programação e Robótica - ProCurumim, da rede municipal de ensino de Manaus, Régis Caria.

Conforme Régis, o projeto tem currículo próprio dividido em duas partes. No primeiro ano, os alunos aprendem noções de programação em bloco, para que eles percebam o raciocínio lógico, trabalhem o pensamento computacional. Já no segundo ano do projeto, os participantes trabalham com a robótica.

“O projeto não tem a pretensão de formar cientistas da computação, engenheiros computacionais, desenvolvedores de softwares, mas sim viabilizar que o estudante tenha uma percepção de mundo, que ele consiga se inserir no mundo, isso porque a gente privilegia o aspecto pedagógico utilizando o recurso tecnológico como meio e não como fim”, destaca.

Além de Régis, outras seis pes-

Fone: (92)

Foto: Divulgação

Linguagem mais digital já vem sendo explorada nas escolas

soas integram a equipe do projeto, que trabalha com um grupo de professores, que recebem formação e replicam o conteúdo aprendido, nas salas de aulas. As oficinas ministradas aos educadores às vezes também contam com a presença de alunos.

O material apresentado ao grupo conta com orientações sobre programas e aplicativos como: Rectec, Jamboard, Python, Portugol,

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rubiindustriadevelasdaamazonialtda

Storytelling, Google Drive, Google Sala de Aula, Google Docs, Google Meet, Google Acadêmico, Google Sites, Google Analytics, Power BI, Gmail, Zoom, Streamyard, Criando histórias e vídeos com powerpoint, Canva, Tinkercad, Mentimeter e Scratch.

Impacto O ProCurumim atualmente vem sendo desenvolvido em 70

escolas da rede municipal, com a proposta de desenvolver o pensamento computacional de crianças e adolescentes. A estimativa é a de que aproximadamente 13 mil estudantes, da educação infantil e do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, estavam sendo impactados, direta ou indiretamente pelo projeto até 2019. Porém, com a pandemia do novo coronavírus, houve uma baixa considerável no número de participantes.

“Com a pandemia as atividades tiveram que ser online, e isso impactou as nossas ações, em virtude da dificuldade de alguns alunos, em não disporem de internet ou algum dispositivo para acessa-la”, observa Régis.

Com a retomada das atividades presenciais em sala de aula pela rede municipal de ensino, o projeto conta atualmente com 604 estudantes participando diretamente. Para 2022, segundo Caria, a estimativa é a de alcançar pelo menos 20 mil estudantes, direta ou indiretamente.

Feira Em 2019, o ProCurumim realizou a primeira edição da Expocreati (Exposição de Ciências, Robótica, Educação Ambiental,

www.velasrubi.com.br

Tecnologia e Inovação), que no período de 20 a 22 de outubro deste ano, realizou de forma online e totalmente gratuita a sua terceira edição. O evento foi transmitido ao vivo, mas ainda pode ser conferido pelo Canal Educacional Manaus no YoutTube. A Expocreati é a união de dois grandes eventos da Semed (Secretaria Municipal de Educação): a Feira de Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental que neste ano está em sua nona edição e o concurso de Letramento em Programação e Robótica ProCurumim, que em 2021 realiza a sua sexta edição.

A primeira edição da Expocreati, realizada presencialmente, contou com a participação de mais de mil alunos e a apresentação de 89 projetos. Já em 2020, com a pandemia da Covid-19, a feira ocorreu totalmente no formato online. O evento inovou, sendo transmitido ao vivo pelo Canal Educacional Manaus, no YouTube com a apresentação de 21 projetos da Feira de Ciências, Tecnologia e Educação Ambiental e quatro projetos do ProCurumim, além de outros sete de robótica, desenvolvidos por estudantes, em conjunto com seus familiares.

Rua Violeta Areosa, nº 453 - Alvorada II Manaus/AM

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Se Liga na História Entre 1920 e 1967 existiu na orla do rio Negro uma grande favela fluvial denominada Cidade Flutuante. Ela surgiu no período de crise econômica do Estado, quando um grande número de pessoas saiu do interior em busca de melhores condições de vida na capital. O nome era sem exageros, pois ela chegou a ter cerca de 12.000 habitantes.

CIDADE FLUTUANTE

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Educação mais forte em várias línguas Falar mais de um idioma faz diferença num mercado de trabalho tão competitivo MARCELO PERES @MARCELO.PERES

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alar mais de um idioma, principalmente o inglês, já é um grande diferencial para conseguir uma vaga de trabalho num mercado tão competitivo como o de hoje.

E assim é em Manaus, capital que reúne pelo menos 100 mil empregos diretos em seu parque industrial com mais de 500 empresas instaladas.

Mas a maior parte das ofertas de vagas são encontradas no comércio. São aproximadamente 300 mil postos dos mais diversos nichos do setor comercial, principalmente em lojas de departamentos, shoppings, restaurantes e turismo.

Os cursos de línguas mantêm a demanda que a cada dia ganha mais fôlego, tanto na rede pública quanto no sistema governamental, uma grande oportunidade para quem corre atrás de um bom emprego com melhor remuneração.

Dominar mais de um idioma abre as portas praticamente

em todos os segmentos das atividades econômicas, segundo professores e expertises do setor.

Realizado pelo governo do Amazonas, o projeto ‘Na Ponta da Língua’ oferece curso gratuito de espanhol para estudantes do 8º e 9º anos do ensino fundamental e para os que cursam a 1ª e 2ª séries do ensino médio.

A iniciativa integra o programa Educa+Amazonas com o objetivo de capacitar os alunos dos ensinos fundamental e médio para o aprendizado de uma língua estrangeira. “É uma oportunidade única e que transformará a vida de muitos jovens, tenho certeza. Nos dias atuais, dominar um segundo idioma deixou de ser um diferencial para se tornar pré-requisito na hora de procurar por emprego. Muitas portas vão se abrir a esses estudantes, dentro e fora do Brasil”, afirmou a secretária de Educação, Kuka Chaves.

Segundo ela, inicialmente o ‘Na Ponta da Língua’ atenderá somente alunos de Manaus e será ofertado aos sábados, de maneira gratuita, em dois polos:

Foto: Divulgação

Manaus tem ao menos 100 mil empregos diretos em seu parque industrial

Escola Estadual de Tempo Integral (EETI) Elisa Bessa Freire, na zona Leste de Manaus; e Escola Estadual Sólon de Lucena, na zona Centro-Sul. O projeto contará com avaliação da assiduidade, desempenho e comprometimento.

A primeira etapa do projeto ofertou mil vagas para estudantes do 8º ano do ensino funda-

mental à 2ª série do ensino médio, da rede estadual. Foram oferecidas 40 turmas, sendo 24 para o curso de inglês e 16 para o de espanhol, com o número máximo de 25 estudantes por turma, respeitando as faixas etárias. As inscrições terminaram, porém, no último mês de setembro. Um novo edital deverá ser lançado no próximo ano.

Os dez melhores estudantes nos cursos de inglês e de espanhol serão premiados com uma experiência internacional para os países falantes destes idiomas, segundo a Seduc (Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino no Amazonas).

A rede municipal de ensino também oferta ursos de idiomas gratuitos para estudantes estrangeiros, onde eles têm também oportunidade para aprender um segundo idioma, principalmente o português.

Mais opções De acordo com a Seduc, só este ano foram matriculados 3.833 estudantes de outros países na rede estadual de ensino. E a maioria é da Venezuela –3.371 venezuelanos, 212 haitianos, 110 peruanos, 92 colombianos e 23 bolivianos. Outros são de Japão, Cuba, Líbia, Espanha, entre outros.

“São oportunidades que nos motivam a conseguir uma melhor ocupação no mercado. Só o conhecimento em inglês já é uma grande diferencial na hora de

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escolher alguém que vai ocupar a vaga de emprego”, diz o estudante Romer Lenier, que cursa economia numa universidade particular em Manaus. Ele conta que está investindo em aprender mais de uma língua e talvez até quatro, o que o tornaria um poliglota.

“Estou focado agora nessas metas. Quero aprender outros idiomas ao mesmo tempo que curso a faculdade. Penso que a qualificação é um grande diferencial no mercado”, acrescenta ele.

A rede privada de ensino de idiomas oferece um grande número de vagas, mas poucos podem pagar pelos cursos, geralmente caros e extensos – com até quatro ou cinco anos para uma boa formação.

E outros recorrem à internet onde várias instituições oferecem cursos gratuitos. Mas o aluno deve buscar a melhor opção porque nem todos desenvolvem programas que realmente possibilitam os estudantes aprender uma língua com metodologias adequadas, segundo alertam especialistas do setor.

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Se Liga na História Onde fica o Habib’s do bairro Cachoeirinha, entre as avenidas Urucará e Silves, existiu o Velódromo Álvaro Maia. O velódromo foi construído em 1944, sendo propriedade de Deodoro Freire. Funcionou até 1950.

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PERFIL EMPRESARIAL

Estratégias para a Amazonastur planeja ações para os próximos dez anos que dão maior incentivo turismo de negócios é um dos segmentos que a Amazonastur está apostando no ano de 2022”, diz o presidente da empresa, Sérgio Litaiff Filho.

Dentre as novas estratégias, está a participação em feiras do segmento de Mice e também agendas com entidades como Convention Bureau com o objetivo de viabilizar parcerias e captar eventos para o Estado, ressalta ele.

“Destacamos que o Amazonas possui um Centro de Convenções com área para congressos e também exposições”, acrescenta o gestor. O Festival Folclórico de Parintins continua ainda como um dos maiores trunfos para trazer mais turistas ao Amazonas.

A festa dos bumbás faz fama em todo o mundo e é um dos principais cartões postais do Estado.

MARCELO PERES

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turismo é uma das apostas do Amazonas para a criação de um novo polo que se somaria às atividades da ZFM (Zona Franca de Manaus), possibilitando a geração de mais empregos e renda à população da região.

A Amazonastur (Empresa Estadual de Turismo do Amazonas) tem como meta investir mais na divulgação da rica biodiversidade para atrair novos investimentos. Cada vez mais, empresas nacionais e estrangeiras manifestam interesse em explorar os recursos naturais da região.

A ideia é montar uma sólida infraestrutura para receber os turistas, uma concepção que começa a ganhar mais interesse no cenário econômico nacional e internacional, agregando mais empreendimentos.

Além disso, a diversificada culinária, que tem como base uma variedade enorme de peixes regionais, é outro diferencial para alavancar um segmento com grandes potencialidades econômicas. É para a capital que convergem, hoje, os maiores negócios, reunindo empreendedores dos mais diversos segmentos da economia. Agora, as atividades turísticas se apresentam como grandes oportunidades para alavancar o desenvolvimento econômico em Manaus e também nas cidades ribeirinhas do interior do Estado. Até nas localidades mais distantes, onde as ricas paisagens são tão abundantes, encantam os visitantes de todas as procedências.

“Manaus é o portão de entrada da Região Amazônica, com um polo industrial e uma riqueza histórica e cultural que atrai turistas de várias partes do Brasil e do mundo. Neste contexto, o

Sérgio Litaiff Filho diz que vai investir mais na divulgação das potencialidades

Sérgio Litaiff Filho diz que, hoje, a empresa conta com o Portal d e I n ve s t i m e n t o s d o Ministério do Turismo para impulsionar financiamentos públicos e privados no Amazonas, alavancando as atividades no setor.

“Estamos constantemente divulgando e apresentando esse recurso que possibilita a divulgação de oportunidades de negócios para atração de investimentos, inclusive internacionais para o Brasil no setor de turismo”, afirma. E acrescenta.

“Buscamos atuar junto às secretarias de turismo dos municípios para que elas cadastrem novos projetos, sem contar os contatos que chegam até nós por meio de feiras e exposições”.

A Amazonastur investe também na qualificação da mão de obra para receber os turistas com padrão internacional. Hoje, a

É PARA A CAPITAL QUE CONVERGEM, HOJE, OS MAIORES NEGÓCIOS, REUNINDO EMPREENDEDORES DOS MAIS DIVERSOS SEGMENTOS DA ECONOMIA. AGORA, AS ATIVIDADES TURÍSTICAS SE APRESENTAM COMO GRANDES OPORTUNIDADES PARA ALAVANCAR O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO EM MANAUS E TAMBÉM NAS CIDADES RIBEIRINHAS DO INTERIOR DO ESTADO. ATÉ NAS LOCALIDADES MAIS DISTANTES, ONDE AS RICAS PAISAGENS SÃO TÃO ABUNDANTES, ENCANTAM OS VISITANTES DE TODAS AS PROCEDÊNCIAS CACHOEIRAS DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE FIGUEIREDO SÃO GRANDE ATRAÇÃO NO AMAZONAS SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Festival Para Sérgio Litaiff Filho, o festival é, sem dúvida, um produto turístico e cultural que atrai turistas brasileiros e estrangeiros.

“Em todas as suas ações de promoções, a Amazonastur destaca o Festival Folclórico de Parintins como sendo um dos produtos principais da nossa terra”, afirma.

“Como estratégia, estamos com planejamento de divulgação em veículos de comunicação tradicional e digital, além de estimular a vinda de grupos de jornalistas, agentes e operadores do mercado nacional e internacional para conhecer Manaus e Parintins”, destaca.

De acordo com a Amazonastur, a flexibilização das restrições nas atividades econômicas deu mais fôlego ao segmento.

As pessoas buscaram destinos mais próximos para visitar, aquecendo o turismo regional após um longo recesso por conta das duas ondas da pandemia que se abateram sobre Manaus e em todo o Amazonas.

empresa oferta mais de 6 mil vagas em cursos de aperfeiçoamento em parceria com o Cetam (Centro de Educação Te cno ló g ica d o A m azonas).

O projeto é voltado às pessoas que já trabalham no segmento nos 24 municípios que funcionam como polos turísticos no interior. A Amazonastur também está elaborando o Plano Estadual de Turismo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) para os próximos dez anos.

“Essa iniciativa acontece paralelamente ao planejamento estratégico para 2022 que engloba várias frentes. E ainda trabalhamos a estruturação dos municípios, a formatação e promoção dos destinos”, salienta Paulo Litaiff. “O setor investe cada vez mais na profissionalização e na criação de uma grande infraestrutura para receber bem os turistas”, afirma.

MANÁOS

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Se Liga na História O nome de Manaus já foi escrito como Manáos, Manaos e Manáus. A primeira forma foi a mais predominante, apesar das demais coexistirem e serem encontradas em um mesmo documento ou jornal. Pelo Decreto n° 117, publicado no Diário Oficial do Estado do Amazonas, n° 12.589, de 1937, ficou estabelecida a grafia Manaus, utilizada até os dias de hoje. Vale lembrar que o próprio Diário Oficial só corrigiu o cabeçalho de suas publicações dois anos depois, na edição n° 13.192 de 1939, e que essa grafia já era utilizada em documentos e periódicos do século 19.

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alavancar turismo

PREPARADO COM TUCUMÃ, O ‘X-CABOQUINHO’ JÁ SE POPULARIZOU NA REGIÃO

ENCONTRO DAS ÁGUAS, NA REGIÃO DE MANAUS, FASCINA OS TURISTAS

ÎNDIOS CONVIDAM VISITANTES PARA DANÇAR SEUS RITUAIS TÍPICOS

FAMA DO FESTIVAL FOLCLÓRICO DE PARINTINS CORRE O MUNDO

TAMBAQUI É UMA DAS IGUARIAS MAIS CONSUMIDAS PELA CULINÁRIA REGIONAL

MUITO APRECIADO NA REGIÃO, O AÇAÍ TEM MÚLTIPLAS UTILIDADES

O TACACÁ É OUTRA IGUARIA DEGUSTADA PELOS VISITANTES SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Notáveis manauaras mensageiros dos vinhos finos Tenho a impressão que esta deve ser a primeira lista a ser publicada com os nomes de alguns notáveis da capital manauara que se destacam no mundo da mais histórica e famosa bebida fermentada do mundo: O Suco da Bíblia. A ocasião, marcada pelas comemorações dos 352 anos da nossa Manaus, exige, pois ainda não está distante a época na qual era impossível para grande maioria dos habitantes da Verdecap, degustar vinhos de qualidade com frequência regular. Graças a atuação desses notáveis, tomamos rápido conhecimento através de informações que facilitam e permitem o acesso às novidades que chegam ao mercado. Por essas e outras razões, considero o momento atual muito oportuno para levar ao conhecimento público, a formidável atuação de alguns, dentre vários outros, que sem medir esforços, empenho, e desempenho, têm contribuído sobejamente para implementação, fortalecimento, e aprimoramento da cultura de consumo dos vinhos finos que ainda tem para percorrer diante de si, o longo e prazeroso caminho, que levará à conquista de milhares de novos enófilos. Importantíssimo considerar sempre, em relação a elaboração e consumo de vinhos no Brasil, o que sabiamente dizem os franceses: “FAZER BONS VINHOS NÃO É DIFICIL, O DIFICIL MESMO É ATRAVESSAR OS PRIMEIROS 200 ANOS”. O bom de tudo isso é que a paixão pelos vinhos

pode nascer como um piscar de olhos apenas. Foi assim comigo. Aqui em Manaus, passos importantes estão sendo dados, seja através da divulgação de fatos históricos, conhecimentos, benefícios, ou de muitos outros fatores fascinantes e curiosos que compõem desde o cultivo das uvas, elaboração, divulgação, até a comercialização dos nobres fermentados.

COMANDANTE ARTHUR NOGUEIRA – Empresário fundador em parceria com sua digníssima esposa D. Marisa da Panificadora N.S. de Fátima, empreendimento de sucesso, que há 45 anos faz parte da história comercial do Amazonas. “Seo” Arthur é um dos pioneiros da importação e comercialização de vinhos portugueses de todos os naipes, autêntico bacalhau norueguês e muitas outras iguarias da Terrinha para a Barelândia. O famoso pernil de leitão preparado com esmero e o talento culinário da D. Marisa, marcou uma época. Atualmente, as novidades tem a ver com as adaptações no formato do ambiente onde os “fregueses” são recebidos com toda fidalguia lusitana, e, ao respeitável portfólio de rótulos ao qual foram agregados novos rótulos de renomadas regiões produtoras do Planeta Vinho, sem deixar de lado o reconhecido padrão de hospitalidade que caracteriza o garboso e querido casal.

PEDRO STENIO GOMES – Enófilo que exerce, desde o princípio da implementação da cultura dos vinhos finos na metrópole amazônica, papel

importante na evolução do movimento em prol do consumo do nobre fermentado, atuando como ator importante desde a fundação da primeira confraria manauara no início da década de 2.000, na seccional da SBAV-AM (Sociedade Brasileira dos Amigos dos Vinho). Stenio, além de enófilo apreciador de vinhos de alta qualidade, hoje em dia, na condição de Diretor Secretário Ad Aeternum (para todo sempre) da Confraria Cambada de Edwine Lovers Manaus, situa-se como um dos principais protagonistas na promoção dos excelentes vinhos finos brasileiros.

Como deve ser!

NICOLLE LOUREIRO e MÁRCIA TAKEDA – Competência, charme, beleza, e simpatia marcam as atuações dessas duas enófilas que se firmaram como responsáveis pelas primeiras ações envolvendo eventos de lançamentos de produtos inéditos como espumantes e vinhos tintos servidos em máquinas, como também o lançamento dos vinhos em latas, muito popular na Europa, e que agora começa a virar moda entre os jovens consumidores. Inesquecível a atuação das duas promovendo na distribuição de vinho em taças durante a realização de vários eventos na cidade. Aplausos para elas!!!!

LUCIANA FELICORI – Prima Donna del Vino, empresária restauranteur, e enófila, Luciana fundou há 29 anos o Restaurante Sabor a Mi, marco inquestionável da boa mesa manauara,

também considerado “point’’ de encontro e principal sala de estar fora de casa, para inúmeros amigos e clientes. O local é a personificação do jeito Luluzinha de ser, elegante, simpático e aconchegante. Surfando na onda do desenvolvimento gastronômico, a casa oferece espaço intimista para enodegustações de confrarias, e, para todos que formam a clientela apreciadora de bons vinhos finos. Realce faz-se necessário para algumas ampolas italianíssimas que repousam na adega particular da elegante anfitriã, reservadas para o exclusivo prazer dos frequentadores do local.

LUIZA FERNANDES, RODRIGO BLANCO, MOZART DA COSTA PIMENTEL– A realização do Curso de Sommelier Internacional que teve a chancela da renomada ISG, revelou e abriu para alguns privilegiados enófilos uma janela de muitas oportunidades profissionais que enseja neste momento, a grandiosa caminhada em direção a especialização. Considero o Curso da ISG, divisor de águas símbolo para o continuar do desenvolvimento da implementação da cultura dos vinhos finos em Manaus, tendo em vista o aprimoramento da formação enológica dos graduados apreciadores do precioso néctar, que agora irão contribuir através dos conhecimentos adquiridos, para o surgimento de enófilos de uma nova “safra”. Aplausos para todos os novéis diplomados!

ELAINE CRISTINA, DAYANE CASAL, FERNANDA CHAMI – Três profissionais

O Aniversário é de Manaus e a Mágistral parabeniza a festa!

Parabéns pelos 352 anos.

Manaus 352

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(92) 2123-0505

que se dedicam com reconhecido profissionalismo à distribuição de vinhos de alta qualidade na cidade de Manaus.

Elaine prima pelo ineditismo, revelando e entregando vinhos brasileiros, portugueses, uruguaios, argentinos e chilenos através da Amazonvino que aos pouco vem se firmando como competente empresa distribuidora de rótulos com elevado peso de qualidade, que faz questão de chamar a atenção da exigente clientela, para o inegável custo benefício que permeiam os produtos das entregas.

Dayane por sua vez, desde a fundação da Bacozon, revela para clientes e apreciadores, vinhos exclusivos das principais regiões produtoras em Portugal, e, ultimamente, surpreende os enófilos com rótulos e cepas do Leste Europeu que encantam. Mantém uma coluna radiofônica sobre vinhos através da qual compartilha com os ouvintes, informações importantes.

Fernanda, além da reconhecida expertise, revela e distribui centenas de rótulos exclusivos da franquia que representa através da descolada Adega Grand Cru Manaus, agora em dois endereços, conta com o apoio relevante de uma equipe bem treinada para servir, falando hospitalidade com competência e fluência. A Grand Cru Manaus, para completar o quadro de prazer ao alcance dos clientes, promove tradicionais sessões de Happy Hour nos fins de semana, embaladas pelo som da banda My Manhattan Jazz.

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JOACHIM SCHNORR – Sommelier Internacional, profundo conhecedor de várias regiões de onde se originam os grandes vinhos e padrões de qualidade, principalmente dos vinhos europeus, foi o responsável direto pela escolha e chegada do primeiro lote de vinhos finos em Manaus em meados da década de 90. Joachim exerce vários papéis de importância no gerenciamento das lojas da Top Internacional, empresa que deu início, através da importação pioneira de vinhos finos da Europa, a incontrolável revolução causada pela invasão de bons vinhos que hoje em dia evolui na cidade de Manaus.

EDMAR COSTA (in memoriam). Enófilo fundador das Confrarias SBAV-AM e Cambada de Wine Lovers Manaus, Edmar se destacou contribuindo com ensinamentos que escoltavam as suas revelações nas inesquecíveis degustações, às cegas, apresentando, sempre, vinhos elaborados com cepas desconhecidas, exóticas e extraordinárias.

Poucos são os enófilos que podem se vangloriar por terem “acertado” com certa frequência as uvas dos vinhos do Edmar. Figura querida de personalidade brilhante nos ambientes que frequentava, agora, é o ilustre habitante dos corações daqueles que tiveram o privilégio de desfrutar do seu convívio. Em sua homenagem o nome da confraria foi mudado para Confraria de Edwine Lovers Manaus.

Grande Edmar Corujão, Deus te tenha!!

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Se liga na História O primeiro contato dos colonizadores portugueses com a região que viria a ser Manaus não se deu na área do Centro Histórico, mas sim onde hoje fica o bairro Tarumã, na zona Oeste. Por volta de 1657 uma tropa de resgate comandada por Pedro da Costa Favela, que capturava índios, fincou no local uma cruz, batizando a área como Missão do Tarumã. Uma segunda tropa de resgate batizou a missão como Arraial do Tarumã.

1657

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Livros revelam histórias de superação Projeto “Biografias Colaborativas” quer inspirar novas mulheres a partir de histórias de vida de cinco moradoras da capital amazonense

C

cuja história a das cinco mulheres um é ite Le e ell ch Mi Chef tivas to Biografias Colabora será contada pelo proje

ontar cinco diferentes histórias de vida e mostrar a superação de mulheres que persistem na luta diária para vencer por meio do empreendedorismo. Esses são alguns dos objetivos do projeto “Biografias Colaborativas”, desenvolvido em Manaus desde o mês de abril e que está na fase final. Em novembro, os livros biográficos que contam as histórias de Chay Santos, Maíse Ribeiro, Michelle Leite, Rute Lima e Vanda Ortega devem ser lançados. O conteúdo é inspirador e traz uma mistura de sonhos, coragem, garra e talento.

Nos últimos meses, as biografadas participaram de treinamentos e consultorias de empreendedorismo, com o foco nos negócios que cada uma cuida. O quinteto também concluiu as conversas para a construção das biografias.

Entre os momentos já vivenciados, também estão os ensaios fotográficos para as capas dos livros e a produção do vídeo que contará o cotidiano e a transformação que o projeto vem impactando na vida de cada uma delas.

Os livros detalham também uma série de percalços que as biografadas enfrentaram, entre as situações, a fome e violência, mas sobretudo, a luta individual de cada uma delas para superar esses episódios, e isso é um outro ponto interessante de cada obra.

Motivação Cada relato foi cuidadosamente captado. Como em uma linha do tempo, memórias, fotos, objetos e lugares foram revisitados e deram espaço à criatividade das biografadas em contar conflitos, dilemas, obstáculos, desafios, aprendizados e conquistas.

A chef de cozinha Michelle Leite, de 34 anos, lembra algumas das tantas reviravoltas que contará no livro. “Perdi minha mãe para o câncer e não foi fácil.

E é na cozinha que empreendo e busco a superação. Assim como a de muitas, minha história é de luta e é isso que me motiva a participar do projeto e espero inspirar outras mulheres”, disse.

Capacitação O projeto Biografias Colaborativas, por meio de consultoria especializada, capacitou as biografadas com a expertise de profissionais renomados do empreendedorismo de Manaus, para que, além dos livros, a história de sucesso de cada uma possa ter continuidade, em seus negócios.

A publicitária e produtora de moda Chay Santos, de 31 anos, é uma das biografadas e ressalta que o investimento em sua carreira tem sido o grande diferencial desse projeto. “O Biografias está sendo a realização de um sonho na minha carreira de empreende-

Coreógrafa Maíse Ribeiro encont rou na dança do ventre um meio para superar traumas e dissabores da vida

dora e superou minhas expectativas pela grandiosidade. Melhorei gestão, postura e outras coisas que eu precisava pensar como empreendedora. Eu estou muito feliz em fazer parte disso tudo”.

Identidade Em Manaus, parte da cultura de formação da população transpassa a identidade indígena.

No Parque das Tribos, o primeiro bairro indígena da capital, vivem mais de 700 famílias de 35 diferentes etnias, entre elas, os witoto, que lutam para manter sua cultura viva. Liderança de seu povo, a técnica de enfermagem e costureira Vanda Ortega, de 33 anos, também terá sua história contada em livro.

“Aqui só sou uma voz falando, por trás de mim existem outras mulheres. E isso para nós, mulheres witoto, representa o fortalecimento do nosso trabalho e da nossa cultura. E com o livro, certamente, vamos mostrar um pouco das nossas lutas e, inspirar outras

mulheres, jovens, certamente nos enche de muita alegria”.

Superação Com olhar marcante, desenvoltura, adereços e movimentos vibrantes dos quadris ao som de música árabe, a dança do ventre tem espaço na cena manauense. A coreógrafa, bailarina e professora Maíse Ribeiro, de 53 anos, resgatará, em sua biografia, a violência e os abusos sofridos na infância e, contará sobre como conseguiu vencer por meio da dança.

“Eu me sinto revigorada em ver e rever a minha história. A minha biografia envolve pedofilia, negligência emocional, pressão psicológica, abuso infantil.

E eu vejo como um norte para mulheres, pois se eu sobrevivi, ao que eu passei durante minha infância e estou viva hoje, construindo outras mulheres, transformando outras mulheres por meio da dança, quero inspirá-las a vencer, como eu venci”.

“EU ME SINTO REVIGORADA EM VER E REVER A MINHA HISTÓRIA. A MINHA BIOGRAFIA ENVOLVE PEDOFILIA, NEGLIGÊNCIA EMOCIONAL, PRESSÃO PSICOLÓGICA, ABUSO INFANTIL”

Mulheres O projeto Biografias Colaborativas, destaca ainda a importância do papel da mulher na sociedade. A advogada e consultora ambiental Rute Lima, de 41 anos, revela que sua história vai inspirar outras mulheres, pois todas se entrelaçam de alguma forma.

“O projeto significa oportunidade de contarmos nossas histórias de vida e superação.

Vou contar do meu acidente para que outras mulheres se reconheçam nessas histórias e vejam que elas não estão sozinhas. Não só elas, mas as mulheres trans e as LGBT vão se sentir representadas. Porque quando a gente fala de mulher, tem um universo muito grande feminino e eu sou parte desse universo, sou mulher negra, deficiente e LGBT”.

Livros As biografias de cada uma das cinco mulheres foram contadas por biógrafas exclusivas. O lançamento das obras está previsto para o mês de novembro e serão disponibilizados para venda em livrarias da cidade e site. Os valores referentes aos direitos autorais da venda dos livros serão repassados para as biografadas.

Em convergência de mídias, o último capítulo será em bran-

co, pois a renda das vendas será direcionada ao negócio de cada empreendedora. Assim, essas histórias inspiradoras continuarão sendo escritas a muitas mãos.

Desta vez, com a participação do leitor que incentivar o projeto.

Os capítulos finais dos livros serão disponibilizados no site do projeto -um mês após o lançamento - para que haja interação com os leitores que adquirirem os exemplares.

O projeto Biografias Colaborativas é apresentado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, patrocinado pela Águas de Manaus, idealizado pela NBS SoMa, com realização da Sagre Consultoria, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.

Para o diretor-presidente da concessionária Águas de Manaus, Thiago Terada, incentivar projetos como o Biografias reforça os laços da empresa com a população da capital. “O projeto Biografias Colaborativas mostra que a concessionária está imersa na realidade local e vive o dia a dia da cidade. Temos cinco grandes mulheres, que sonham e lutam para manter vivo seus negócios e sonhos. Estamos atuando para transformar a vida delas e dar visibilidade para que elas possam inspirar outras mulheres, por toda Manaus”, ressalta.

O projeto Biografias Colaborativas mostra que a concessionária Águas de Manaus está imersa na realidade local e vive o dia a dia da cidade. Temos cinco grandes mulheres, que sonham e lutam para manter vivo seus negócios e sonhos” Thiago Terada, diretor-presidente da concessionária Águas de Manaus SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Curiosidade

ZONA SUL

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A primeira transmissão de rádio no Amazonas ocorreu em Manaus em abril de 1927, no prédio da empresa telegráfica The Amazon Telegraph Company Ltda. Era um rádio do tipo Marconi que fazia a comunicação da capital com o interior no que diz respeito ao informe de atividades comerciais, portuárias etc. Esse foi o ponto de partida, anos depois, para o início da rádio no Amazonas.

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Entre a história e a modernidade Mais de 286 mil pessoas vivem na zona Sul de Manaus, que é a terceira zona mais populosa Fotos: Rita Ferreira

RITA FERREIRA @RITAF20

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ais de 286 mil pessoas vivem na zona Sul de Manaus. A terceira zona mais populosa soma 18 bairros de características heterogêneas. O aspecto histórico supera as adversidades do tempo e continua sendo um dos atrativos culturais e turísticos mais importantes da vida social nesta parte da cidade.

A zona Sul de Manaus compreende os bairros Petrópolis, São Francisco, Cachoeirinha, Raiz, Japiim, Distrito Industrial, Betânia, Santa Luzia, Morro da Liberdade, Colônia Oliveira Machado, Crespo, São Lázaro, Vila Buriti, Praça 14 de Janeiro, Centro, Nossa Senhora Aparecida e Presidente Vargas.

De acordo com o Censo 2010, do IBGE, o bairro mais populoso desta zona é o Japiim, com mais de 53 mil habitantes, seguido do Petrópolis, com mais de 41 mil, e do Centro, com mais de 33 mil moradores. Quando se fala em território, o Distrito Industrial passa à frente com uma área de 1168.59 hectares, logo atrás vem o Japim com 547.63. O menor é o bairro de Santa Luzia com apenas 27.39 hectares.

O Centro Histórico de Manaus de destaca preservando a tradição de espaços da Belle Époque, como o Teatro Amazonas, que reabriu para visitação após um longo período fechado devido a pandemia de Covid-19, e com o Largo de São Sebastião, que é um dos passeios favoritos de crianças e adultos.

O Educandos, primeiro bairro manauara, prova o lado ribeirinho e tradicional dos amazonenses com a Feira da Panair e a Orla do Amarelinho. As compras de peixe na beira do rio é o ponto alto

A QUALIDADE DE VIDA ENGLOBA DIVERSOS ASPECTOS, COMO ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE PREVENTIVA E DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PÚBLICA para muitas famílias que garantem o almoço mais barato e fresquinho.

No entanto, se por um lado, a zona Sul carrega a missão de guardar as memórias amazonenses, por outro respira a modernidade da indústria. O Polo Industrial de Manaus, situado no Distrito Industrial, proporciona o sustento a milhares de famílias e é uma das principais matrizes econômicas do Amazonas, que ainda cambaleia em outros setores.

Qualidade de Vida A qualidade de vida engloba diversos aspectos, como acesso à serviços de saúde preventiva e de urgência e emergência, espaços para prática esportiva e de lazer, educação e cultura, segurança pública e transporte público. A população da Zona Sul enfrenta desafios em alguns aspectos e se destaca em outros.

A autônoma Nirna Alves Bruço de Lima, 32 anos, moradora do Educandos, participa de um projeto de treino funcional no bairro Santa Luzia há três anos. Ela buscava um espaço onde pudesse praticar atividade física com objetivo de emagrecer. Para ela, a área da zona Sul tem opções de lazer para todos os gostos.

“No bairro Educandos eu não encontrei um espaço como eu queria, mas aqui no Santa Luzia e Morro da Liberdade

ESPORTES

No quesito esportes, o Jiu Jitsu domina o Educandos

Jiu-Jitsu domina a zona Sul

Um projeto social de Jiu-Jitsu desenvolvido há mais de 14 anos na zona Sul de Manaus proporciona prática esportiva aliada ao atendimento psicológico a crianças e adolescentes. A iniciativa também oferece aulas de funcional para adultos e assistência social às famílias.

A estudante Beatriz Yanne, de 13 anos, e a mãe dela, a aposentada Rosilene Abreu, 44, participam das aulas há um ano e relatam os resultados positivos. “Minha filha ficou traumatizada com a minha separação do pai dela, não falava muito e não tinha amigos. Mas ela sempre se interessou por lutas, foi quando eu conheci o projeto e trouxe ela. Hoje, vejo uma Beatriz que conversa, que tem amigos e que não falta uma aula sequer”, disse.

O Projeto Social Ivo Neto funciona em sede própria na rua Leopoldo Neves, bairro Santa Luzia, de segunda a sexta-feira, em vários horários. A coordenadora Ediane Leão, 25, explica que toda segunda-feira entram alunos novos para fazer aulas experimentais. A mensalidade é 4kg de alimentos não perecíveis, que são doados para famílias pobres da comunidade.

“Temos mais duas filiais nos bairros Educandos e Morro da Liberdade

tem, e, todos os moradores dessa área conseguem encontrar projetos como este. Cheguei a pesar quase 80kg e precisava de algo para praticar um esporte, aqui eu consigo”, disse.

Saúde na pandemia No ano de pandemia, causado pela Covid-19, a falta de unidades de saúde suficientes para atender a demanda da população causou pânico em quem buscava atendimento médico e internação para familiares e amigos doentes. Na zona Sul não foi diferente.

A zona Sul conta com duas unidades de pronto atendimento: SPA (Serviço de Pronto Atendimento) da Zona Sul, na Colônia Oliveira Machado; e Hospital e Pronto Socorro da Criança zona Sul, na Cachoeirinha; A Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) administra 15 unidades de saúde que oferecem à população o atendimento básico e preventivo.

A UBS do Morro da Liberdade, localizada na rua São Benedito, possui horário ampliado, com atendimento preferencial para casos de suspeita de Covid-19, dando aos moradores de toda zona Sul uma opção de consulta médica sem a necessidade de buscar por hospitais quase sempre lotados e com risco de contaminação.

A aposentada Lúcia Silva, moradora do bairro Japiim 1, buscou tratamento da Covid-19 na unidade, em fevereiro deste ano, onde teve acompanhamento médico após o resultado positivo para coronavírus. “Tive um bom atendimento nas duas vezes em que busquei a unidade logo após testar positivo. Lá eu recebi o atendimento com rapidez e não precisei ser internada em hospital, consegui me recuperar da doença com o tratamento receitado na UBS”, ressaltou.

Nina Alves é moradora do Educandos e participa de funcional no bairro

Beatriz Yanne, de 13 anos, e a mãe dela, a aposentada Rosilene Abreu, 44

EDUCAÇÃO

Educação para adultos é um projeto fundamental para o bairro

Alfabetização de Adultos e Idosos eleva qualidade de vida na zona Sul A qualidade de vida também passa pela alfabetização. Entretanto, esse processo que, normalmente, acontece na infância não foi possível para muitas pessoas, que cresceram sem saber ler e escrever. Alguns deles, já na fase adulta e outros na terceira idade, buscam vencer mais este desafio.

A professora Simoni Medeiros trabalha no Cemeapi (Centro Municipal de Escolarização de Adultos e da Pessoa Idosa), lecionando para uma turma de 21 estudantes, sendo adultos e idosos, de nacionalidade brasileira e venezuelana, que funciona no Clube de Mães do bairro Aparecida.

Ela conta que já trabalhou em todos os segmentos da educação básica, mas este desperta nela o sentimento de plena realização profissional.

“Nessa turma, eles já estão lendo, produzindo texto, interpretando, fazendo cálculos. É um trabalho muito gratificante e muito prazeroso, você poder contribuir com a aprendizagem de pessoas que têm histórias de vida muito difíceis. trabalhava.

Maria ficou com sequelas da Covid-19 e passa por reabilitação

SAÚDE

Policlínica Codajás, onde funciona o Projeto Respirar

Pacientes pós-Covid recebem tratamento na Policlínica Codajás A Covid-19 comprometeu a qualidade de vida de inúmeros manauaras, deixando sequelas físicas e emocionais nos sobreviventes. Pacientes que conseguiram vencer a doença ficaram com problemas pulmonares, dificuldades nos movimentos dos membros e traumas psicológicos. É o caso de Maria Gracilene Nascimento da Silva, de 56 anos. Ela é uma entre os mil pacientes que estão sendo acompanhados pelo Projeto Respirar, uma iniciativa pioneira em todo Brasil, que está sendo desenvolvida em Manaus, focado na reabilitação de pacientes pós-Covid.

A dona de casa pegou a doença através dos netos que contraíram o coronavírus na escola. A família inteira ficou doente, exceto o marido dela. Mesmo tendo tomado as duas doses da vacina, ela precisou ficar 12 dias internada no Hospital de Referência Delphina Aziz, na zona Norte, sendo quatro dias na UTI para tratar o pulmão, que chegou a ficar 75% comprometido.

Ao receber alta do hospital, Maria iniciou imediatamente o tratamento das sequelas deixadas pela doença nos membros superiores e inferiores. Moradora do bairro Betânia, na zona Sul, ela foi encaminhada para a Policlínica Codajás, situada na Cachoeirinha, onde funciona uma das bases do Projeto Respirar.

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Curiosidade O Porto Flutuante de Manaus, Roadway, obra monumental de origem inglesa inaugurada em 1907, é o maior do mundo, comportando navios de grandes dimensões e acompanhando os níveis das águas do Rio Negro nas cheias e nas vazantes.

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Roadway

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Entre praças, parques e monumentos Zona Sul de Manaus é entrecortada por famosas áreas de convivência que são muito queridas pela população da cidade Rita Ferreira / Divulgação

RITA FERREIRA @RITAF20

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a zona Sul de Manaus, a população conta com diversos espaços públicos, entre praças, parques, campos e quadras.

Alguns são bastante populares e atraem muitas pessoas para passeios com a família e para práticas esportivas, principalmente, nos finais de semana.

Entre as mais procuradas para o lazer estão as praças tradicionais localizadas no Centro de Manaus: Parque Jefferson Péres, na avenida Lourenço Braga; Praça 5 de Setembro (Saudade); Praça Heliodoro Balbi (Polícia); e o mais popular, o Largo de São Sebastião.

O Teatro Amazonas e a Casa das Artes, ambos situados no Largo de São Sebastião, reabriram para visitação do público, dando aos amazonenses e aos turistas uma bela oportunidade de conhecer um pouco da cultura e da história da região Amazônica.

A Casa das Artes está ainda mais especial. O espaço ganhou um mural em homenagem a Zezinho Corrêa, ícone da música amazonense, falecido vítima de Covid-19 no início deste ano. O público pode visitar o local de terça a domingo, das 15h às 20h.

“Temos desde uma do fotógrafo Michael Dantas, sobre as apresentações dos Corpos Artísticos do Estado em apresentações no Teatro Amazonas, até o grafiteiro ‘Tial’ apresentando um personagem que está nos muros de Manaus, mantendo, como sempre, linguagens diversas para o público

O TEATRO AMAZONAS E A CASA DAS ARTES, AMBOS SITUADOS NO LARGO DE SÃO SEBASTIÃO, REABRIRAM PARA VISITAÇÃO DO PÚBLICO Mural Zezinho Corrêa na Casa das Artes, localizada no Largo de São Sebastião visitar no espaço”, revelou o secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo.

Lazer nos Bairros Fora do Centro Histórico de Manaus, a população também pode usufruir de espaços dedicados ao esporte e ao lazer de forma gratuita. A prefeitura mantém praças e parques abertos aos comunitários. Muitos desses espaços são administrados e preservados por iniciativas da própria comunidade.

No bairro Petrópolis, a Praça Raimundo Vinhote, situada no cruzamento das ruas Náutico e Anderson de Menezes, faz a alegria das crianças da comunidade e de seus pais, que conseguem distrair os pequenos em brinquedos infláveis a preços populares.

Os empreendimentos mantidos

Teatro, no Largo de São Sebastião, reabriu para visitação do público

no local são dos próprios moradores que utilizam o espaço para ter uma renda.

A praça também é o lugar certo para quem gosta de praticar zumba e caminhada. Um grupo de moradores conduz os ‘aulões’ de aeróbica e ritmos, que são praticados pelo menos quatro vezes na semana. As aulas atraem um público fiel que busca qualidade de vida.

Já os moradores do bairro Santa Luzia destacaram que a localidade é bem servida de espaços de lazer e esporte, que também recebem frequentadores das áreas adjacentes como bairros Educandos, Morro da Liberdade, Educandos, Colônia Oliveira Machado e Betânia.

Apesar da quantidade de ambientes destinados ao lazer da população manauara, uma reclama-

ção frequente entre os moradores é o abandono. A falta de projetos sociais e esportivos para atrair a população e ocupar os espaços com atividades saudáveis acaba permitindo que esses lugares sejam tomados por grupos de pessoas mal-intencionadas.

Caso semelhante é da quadra do CDC de Santa Luzia. Sem uso dos moradores e do Poder Público, o espaço virou abrigo de usuários de drogas. A situação de abandono só mudou quando um projeto de funcional ocupou o espaço. O esporte deu uma nova cara para a quadra e hoje proporciona qualidade de vida para muitas pessoas.

A falta de atividades coordenadas pelo poder público dentro dos bairros é uma reclamação frequente em toda zona Sul. Coordenador de um projeto social em Petrópo-

Maria Lira Ribeiro, 56, moradora do bairro Ouro Verde, na zona Leste

lis, Sámeq Protetor, 26, reforça a ideia de que a prefeitura precisa dar assistência aos comunitários que têm ou que desejam realizar projetos sociais.

“Precisamos de mais projetos sociais, pois o nosso bairro está esquecido pelo poder público.

Temos a praça de Petrópolis, um espaço muito bom para planejarmos diversas atividades, porém é um espaço esquecido. Também temos alguns campos de futebol que precisam de mais práticas esportivas. Precisamos dos nossos jovens no esporte”, ressaltou.

Quando não se tem atividades dentro da própria comunidade, os moradores precisam buscar qualidade de vida fora de seus bairros. É o caso da Maria Lira Ribeiro, 56, moradora do bairro Ouro Verde, na zona Leste, que frequenta o

Centro de Convivência do Idoso da Aparecida. O Ceci Aparecida é aberto para toda população de Manaus.

Ela relata que o período de pandemia foi muito difícil para ela, que é acostumada a ter uma vida bastante ativa, e agradece por ter um Centro dedicado a melhor idade. Ela frequenta o espaço há 6 anos.

“Aqui é nossa segunda casa.

Eu já fiz várias atividades, hoje só podemos escolher duas por causa da crise que estamos vivendo, mas eu fiz violão, dança de salão, hidroginástica e hoje estou no artesanato e dança livre, pela Funati, e faço pilates pela Seas.

Eu me sinto muito bem, acordo cedo, faço minha marmita, trago meu cafezinho, um biscoitinho e venho com maior prazer”, disse.

Bem-estar é no CDC de Santa Luzia

DESTAQUES

Bem-estar é no CDC de Santa Luzia Há cinco anos, os moradores da zona Sul de Manaus contam com um espaço dedicado a promover saúde e qualidade de vida. No CDC de Santa Luzia, situado na rua Guanabara, funciona o projeto Bem-Estar Fitness Runner’s, liderado pelo estudante de Educação Física Jadson Lima, de 34 anos.

Lima explica que o Bem-Estar começou com um grupo de cinco amigos que visavam melhorar o condicionamento físico para o futebol praticado por eles no fim de semana. “O crescimento foi muito natural e nós nem tínhamos essa pretensão no início.

Em três meses, nosso grupo chegou a 100 pessoas. Hoje, são 500 alunos. Quando me dei conta já atendia moradores de todos os bairros adjacentes”, disse.

Além da parte física, o público também recebe atendimento psicológico e aconselhamento espiritual, como relata o motorista Evandro Moura da Silva, 39, que participa das aulas de funcional há três SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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anos. “Já chegaram pessoas que queriam o suicídio, mas foram conquistando o desejo de viver através dos exercícios e do apoio encontrado aqui”, ressaltou.

O coordenador ressalta que a estrutura do local é boa, mas precisa de melhorias nos vestiários para dar mais comodidade aos praticantes que vão para a quadra direto do trabalho. A manutenção do espaço é custeada por líderes do projeto, que fazem até vaquinhas para pagar por equipamentos e pequenos reparos da estrutura.

Em outubro, o grupo comemora aniversário e inaugura uma turma diária de funcional para crianças e adolescentes.

Para ele, a iniciativa tem valor social. “Mães que chegam e contam que os filhos estavam nas drogas, mas hoje estão conosco treinando e vivendo uma vida saudável longe da criminalidade. É isso que me dá forças todos os dias. Meu sonho agora é tornar o projeto em um instituto”, concluiu.

Futebol resgata crianças e adolescentes no Petrópolis O campo de areia do Conjunto Jardim

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Petrópolis, no bairro Petrópolis, impulsiona a qualidade de vida de dezenas de crianças e adolescentes da comunidade. O espaço é sede do Projeto Social Amigos do Protetor, que proporciona prática esportiva gratuita todos os sábados.

O coordenador do grupo, Sámeq Protetor, 26, conta que o projeto nasceu do desejo de ajudar crianças e jovens da comunidade que viviam em situação de vulnerabilidade ou de ociosidade, visto que muitos pais passam o dia trabalhando e não tem tempo nem recursos para proporcionar atividades extracurriculares aos filhos.

“Esse projeto vem sendo planejado há muito tempo, e com casos de violência subindo cada vez mais em nossa comunidade, se faz tão importante a implantação de alternativas para as crianças e jovens, para que escolham o caminho do bem e fujam das opções ruins como drogas e a criminalidade’’, disse.

As aulas de futebol são realizadas todos os sábados, das 7h30 às 9h30. Em algumas ocasiões, os alunos também uti-

lizam a Quadra da Escola Renascer, no bairro Petrópolis. Participam das aulas moradores de Petrópolis e adjacências, com idade de 6 a 15 anos.

Thayler Gabriel da Silva, de 15 anos, é um dos beneficiados pela iniciativa. “Eu conheci o projeto através da minha tia que é professora da escola e comecei a ir, de cara gostei de participar. Muitas vezes eu fico ansioso para chegar logo sábado para ir brincar com o pessoal, é um ambiente de muito respeito, onde todo mundo se trata bem”, contou.

Centro de Convivência dedicado à melhor idade Com sede no bairro de Nossa Senhora Aparecida, o Ceci (Centro Estadual de Convivência do Idoso) é referência no acolhimento e atendimento de pessoas da melhor idade. O espaço é dedicado a promover a qualidade de vida dos idosos oferecendo atividades físicas e artísticas e acompanhamento psicossocial.

A pandemia de Covid-19 deixou o Centro fechado por vários meses, mas, com

a vacinação do público e o compromisso de respeitar as recomendações de saúde, o Ceci reabriu as portas em setembro. Um alento para os idosos que aguardavam pela reabertura do espaço após tantos desafios vividos no último ano.

Atualmente, apenas pilates, academia, hidroginástica, artesanato, espanhol e a fisioterapia do Projeto Respirar estão sendo realizados. A supervisora do Centro, a assistente social, Edcléa Vital, reforça que as demais atividades retornarão quando estiverem autorizadas pela FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), que monitora a pandemia no Estado. “O público do Ceci corresponde a mais de três mil usuários, dentre estes: idosos e envelhecentes”.

As alunas não escondem a alegria de estar de volta ao Centro e destacam a qualidade de vida proporcionada por uma vida ativa. Francisca Assis Freitas de Oliveira, 71, moradora do bairro Japiim 1, é uma das beneficiadas com as atividades há 7 anos.

A professora aposentada pratica pilates, aprende artesanato e está aguardando o início da hidroginástica.

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MANAUS

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AÇÕES DO PODER PÚBLICO

I4 MANAUS

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anos

Apesar de comemorar 352 anos, não existe um consenso sobre a data de fundação de Manaus, pois diferente de outras cidades, como Belém, ela não possui um ato (documento) de criação. Não existem fontes oriundas da segunda metade do século 17, apenas trabalhos posteriores, a partir do século 19, que citam a data de 1669, mas sem indicar referências.

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Feiras e mercados revitalizados Projeto Mais Manaus, uma iniciativa que pretende reformar feiras e mercados da cidade nos próximos três anos Foto: Divulgação

David Almeida: “serviços visam trazer mais segurança e qualidade de vida” RITA FERREIRA

@RITAF20

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Prefeitura de Manaus anunciou a criação do Projeto Mais Manaus, uma iniciativa que pretende reformar feiras e mercados da cidade nos próximos três anos com orçamento de R$ 35 milhões. A Feira Municipal do Japiim, localizada na av. Rodrigo Otávio com rua do Comércio, é a primeira a ser contemplada.

A feira possui cerca de 50 anos e pela primeira vez vai passar por uma reestruturação completa, proporcionando mais dignidade e conforto aos permissionários e clientes. Todo o telhado da feira será trocado e o espaço também ganhará uma praça de alimentação moderna.

O projeto de reforma já está em processo de licitação.

Além da Feira do Japiim, os moradores da zona Sul de Manaus também serão beneficiados com a reforma da Feira Municipal da Panair, no bairro Educandos, da Feira Municipal da Raiz e do Mercado Municipal Carneiro da Mota, no Morro da Liberdade. Todas as obras seguem em processo de licitação.

“Todos eles estão em trâmite de licitação e essas obras devem ser iniciadas tão logo sejam finalizados os certames e a gente consiga prosseguir com os planos de ação referentes ao início das obras. É importante ressaltar que o prefeito David Almeida (Avante), no primeiro

semestre deste ano, anunciou um aporte de R$ 35 milhões para a reforma de feiras e mercados da cidade de Manaus”, informou o secretário em exercício da Semacc, Wanderson Costa.

A Feira da Manaus Moderna, no Centro, passou por uma ampla revitalização no espaço de carnes e peixes, que tem aproximadamente mil metros quadrados, devido aos prejuízos causados pelas águas do rio Negro durante a cheia histórica ocorrida em 2021.

Neste período, os permissionários foram realocados em boxes da primeira Feira Flutuante do Brasil, montada em uma balsa. O espaço se tornou um ponto turístico atraindo turistas e curiosos. Após a descida do rio, a feira flutuante foi desativada e os permissionários retornaram para Manaus Moderna.

Igarapé do 40 Com a chegada do verão amazônico, o Governo do Estado, por meio da UGPE (Unidade Gestora de Projetos Especiais), avança com as intervenções do Prosamin+ (Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior), no leito do igarapé do 40, na zona Sul da capital. As obras do Prosamin+ vão construir uma via interligando o Distrito Industrial à área central da capital.

Uma nova solução A obra do Prosamin+ no local contempla a construção de uma via que vai interligar o

Distrito Industrial à área central, através da ligação da avenida Silves à Manaus Moderna. A requalificação urbanística vai dotar a área com obras de macro e microdrenagem, redes de coleta de esgoto, construção de novas áreas para prática esportiva e convívio social, como também, as reformas dos campos Betanhão e Noroeste.

Reassentamentos – As obras no local vão reassentar mais de 5 mil pessoas desse trecho do leito do igarapé. A intervenção do Prosamin+ no igarapé do 40 vai proporcionar infraestrutura adequada para o lazer e mobilidade, uma nova alternativa para o trânsito e trazer mais qualidade de vida para os manauaras.

O subcoordenador da engenharia da UGPE, engenheiro civil João Benaion, afirma que com a descida do nível das águas do igarapé do 40, é possível dar mais celeridade e executar de forma simultânea vários serviços.

“Hoje estamos atuando na troca de solo e na terraplanagem, como também no desvio do curso da água para que possamos executar o revestimento das margens do igarapé, através da construção dos colchões de reno, que são estruturas formadas por armações de grades preenchidas com pedras” afirmou o Benaion.

Teleférico urbano Um modal com uma vis-

Fotos: Rita Ferreira / Divulgação

Teleférico urbano terá função de modal de transporte e de atração turística

ta para o rio Negro durante o trajeto que não contamina, não congestiona e que é acessível.

Esse é o meio de transporte que o prefeito David Almeida tem anunciado para integrar o projeto “Nosso Centro”, com a instalação de um teleférico de 1,2 quilômetro, ligando o Centro até a orla do São Raimundo, na zona Sul. O teleférico em estudo pela Prefeitura de Manaus será um projeto transformador de intervenção urbana e de alto impacto turístico, se juntando a uma série de intervenções propostas para a revitalização do centro histórico, influenciando positivamente o entorno, economia, sustentabilidade, transporte e a comunidade onde estará inserido.

“Estamos trabalhando na concepção do projeto, que é um show, visando ao financiamento com a iniciativa privada. Ele terá uma estação partindo do prédio Miranda da Ilha. Grandes cidades do mundo têm seus centros urbanos transformados com áreas de convivência digna e precisamos recuperar o Centro de Manaus. Queremos trazer grandes projetos e financiadores internacionais para a cidade”, anunciou o prefeito David Almeida.

O teleférico servirá como modal de transporte, com uma estação nas proximidades do Parque Rio Negro, no São Raimundo, e outra no Mirante da Ilha, fazendo a travessia de 1,2 quilômetro por cima do rio.

Foto: Divulgação

Governo do Estado, via UGPE, avança com as intervenções do Prosamin+, no leito do igarapé do 40

A FEIRA MUNICIPAL DO JAPIIM, LOCALIZADA NA AV. RODRIGO OTÁVIO COM RUA DO COMÉRCIO, É A PRIMEIRA A SER CONTEMPLADA

Recapeamento na zona Sul A Prefeitura de Manaus está realizando, através de empresas terceirizadas, serviços de requalificação asfáltica realizados pela Prefeitura de Manaus, em bairros da zona Sul. A previsão é de entregar 10 mil vias totalmente recuperadas até o final deste ano.

De acordo com o prefeito David Almeida, os serviços visam trazer mais segurança e SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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qualidade de vida para a população da cidade de Manaus.

“Estamos dando um passo muito importante com essa recuperação asfáltica das vias da cidade de Manaus, levando dignidade e segurança para os condutores, garantindo ruas transitáveis e agilidade na locomoção.

A população merece esse carinho e esse cuidado que a prefeitura está promovendo.

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Vamos continuar trabalhando para a cada dia garantir o bem-estar dos manauaras”, enfatizou Almeida.

Mirante da Ilha A primeira grande área vertical de contemplação do rio Negro, entretenimento, lazer e negócios, é o futuro edifício Mirante da Ilha, uma obra da Prefeitura de Manaus.

A edificação fica na avenida Sete de Setembro, Centro, na Ilha de São Vicente, e será completamente revitalizada e terá reconversão de uso pelo poder municipal.

O imóvel fará parte do parque Mirante da Ilha, um dos projetos do amplo programa “Nosso Centro”, que está dentro do plano de crescimento econômico e social “Mais Manaus”, lançado pelo prefeito David Almeida

SAÚDE: GOVERNO ENTREGA RAIO-X DIGITAL

O raio-X digital substituiu o antigo aparelho de radiologia A SES-AM (Secretaria de Estado de Saúde) entregou um novo aparelho de raio-X digital para o HPSC (Hospital e Pronto-Socorro da Criança) da Zona Sul. A iniciativa faz parte do Programa Saúde Amazonas, por meio do projeto de renovação e revitalização do parque de imagens das unidades da rede estadual de saúde.

De acordo com o gerente de Urgência e Emergência da SES-AM, João Paulo Lima, o raio-X digital substituiu o antigo aparelho de radiologia e representa a modernização do sistema público de saúde do Estado.

“Foi entregue o equipamento com a modernização da sala, adequação e humanização para que as crianças se sintam à vontade na hora de realizar o procedimento. A equipe da unidade está de parabéns por ter conseguido realizar um trabalho fantástico e se colocar à disposição da população”, afirmou o gerente.

O aparelho vai possibilitar atendimentos mais ágeis à população e otimizar o processo de avaliação médica, conforme a diretora do hospital, Alessandra dos Santos.

“Esse equipamento vem em boa hora.

Vai colaborar conosco, nos ajudar na agilidade para liberar o paciente na hora. Ele entra, fica na observação, o resultado do raio-X já é liberado com mais agilidade. Agradeço ao secretário de saúde, Dr. Anoar e aos demais secretários. A unidade toda está feliz com essa entrega e hoje a gente já começa a utilizar o equipamento”, disse a enfermeira.

Atendimento – O HPSC Zona Sul tem 80 leitos, sendo 65 de enfermaria e 15 de UTI, além de uma enfermaria de observação com capacidade para atender 27 crianças/adolescentes e quatro leitos de sala vermelha.

Renovação – Com investimento na ordem de R$ 9,8 milhões, o Governo do Amazonas adquiriu 39 novos equipamentos de raio-X e também investiu na aquisição de outros aparelhos para renovação do parque de imagem das unidades de saúde.

Entre os itens estão equipamentos de ultrassom,

e com projeto arquitetônico do Implurb.

O edifício Mirante da Ilha vai ocupar o antigo prédio da Ceam (Companhia Energética do Amazonas), incluindo uma marina, varandas, praça de alimentação coberta, decks e uma bela cobertura sinuosa que remete a um banzeiro. Será uma das reconversões de uso projetadas para o “Nosso Centro”.

“O prédio ficará o mais vazado possível,

ecocardiograma, digitalizadores de imagens de alta resolução, tomógrafos, eletrocardiógrafos, eletroencefalógrafos, distribuídos na capital e nos municípios do interior do Estado.

Apoio à Mulher “Conheço a instituição há três anos e desde aí tudo mudou”, disse Luana Lima, 34, que recebeu o certificado do Curso de Balões, durante comemoração de 13 anos do Cream (Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher), gerido pela Sejusc (Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania). A unidade funciona na avenida Presidente Kennedy, bairro Educandos, zona Sul de Manaus.

O Cream dispõe de uma estrutura essencial do programa de enfrentamento à violência contra a mulher e faz parte do compromisso assumido pelo governador Wilson Lima, de promover a ruptura da situação da violência, como afirma a titular da Sejusc, Mirtes Salles. “É fundamental nós capacitarmos as mulheres, pois, muitas delas acabam ouvindo que não são capazes, que não podem trabalhar, ter uma profissão ou renda. Nosso trabalho é fazer com que elas saibam que são capazes, precisam procurar ajuda, para que possam ter a independência. Nesse governo, as mulheres têm espaço”, disse a secretária.

A secretária executiva de Políticas para Mulheres da Sejusc, Maricília Costa, disse que o Cream atua cada vez mais na capacitação das assistidas, no intuito de oferecer a independência financeira dessas mulheres.

“Esses certificados podem mudar a vida dessas mulheres. Basta acreditar, dar o melhor de si e correr atrás dos objetivos. O Centro está aqui para apoiá-las”, afirmou.

“Minha casa pegou fogo há três anos e minha amiga me indicou para o Centro.

Fui atendida por uma psicóloga e aproveitei para participar dos serviços que oferecem aqui. Hoje recebi o certificado do Curso de Balões, tenho uma pequena empresa e vou viajar em breve para Portugal, aplicando o que aprendi nos cursos”, completou Luana.

vamos retirar toda a alvenaria e deixar os grandes blocos, um para acomodar os banheiros públicos, e outro para fazer a circulação vertical com escadas rolantes e elevador. Neles teremos os painéis de graffiti para promover a arte urbana e divulgar o trabalho de artistas”, explicou o diretor de Planejamento do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.

1896

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Antes do Teatro Amazonas, inaugurado em 1896, o primeiro teatro de Manaus foi o Thalia, construído na década de 1850, conhecido pejorativamente como “porco-espinho”, por ser coberto de palha, que nos dias quentes, ficava retorcida, lembrando esse roedor. Ficava no antigo bairro dos Remédios, entre as ruas Marquês de Santa Cruz e Miranda Leão

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PERFIL SOCIAL

Tarifa Social Manauara quer transformar Manaus

Expectativa da Águas de Manaus é a de tornar a cidade na capital brasileira com a maior parcela de população beneficiada com este tipo de auxílio FOTO: LAÍSSA CARVALHO

LAÍSSA CARVALHO E RITA FERREIRA @laissaacarvalhoo @ritaf20

Minha rotina é acordar cedo, fazer meus trabalhos domésticos e aos fins de semana, preparar e vender comida, com isso necessito de muita água. Depois que a Águas de Manaus veio para cá, beneficiou muita gente, nós não tínhamos água encanada e para tomar banho era uma dificuldade”

A

s famílias manauenses que vivem em situação de vulnerabilidade social podem obter um desconto de 50% no valor da sua conta de água e esgoto. Esse é o papel da tarifa social, um benefício assegurado por lei a famílias de renda menor, que estejam inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) ou em algum programa social do governo federal, como o Bolsa Família, por exemplo.

No mês de setembro, a concessionária Águas de Manaus lançou uma versão mais flexível do programa, a “Tarifa Social Manauara”, para facilitar o acesso ao benefício. Com a Tarifa Manauara, a meta é proteger 100 mil famílias, o equivalente a 400 mil pessoas até o primeiro trimestre de 2022, que representará aproximadamente 20% da população com o benefício. Isso transformará Manaus na capital brasileira com a maior parcela de população beneficiada permanentemente com tarifa social.

Desde que passou a atuar na cidade, a Águas de Manaus já promovia a ampliação do acesso à tarifa social. Em três anos, o número de famílias inseridas no programa saiu da casa dos 20 mil para as atuais 75 mil famílias. Uma das pessoas já beneficiadas com a tarifa é Lilaise Magalhães, que mora no Alvorada 3. Moradora há 15 anos do local, ela diz que ter água tratada por um valor acessível só lhe trouxe benefícios. “Minha rotina é acordar cedo, fazer meus trabalhos domésticos e aos fins de semana, preparar e vender comida, com isso necessito de muita água.

Depois que a Águas de Manaus veio para cá, beneficiou muita gente, nós não tínhamos água encanada e para tomar banho era uma dificuldade”, relata.

Ainda segundo a morado-

Moradora do Alvorada 3, segundo Lilaíse a tarifa social só lhe trouxe benefícios

“A ÁGUA TRATADA É UM DIREITO DE TODOS E A TARIFA SOCIAL MANAUARA CHEGA PARA PROMOVER JUSTIÇA SOCIAL. DESDE QUE PASSAMOS A ATUAR NA CIDADE, DESENVOLVEMOS UM TRABALHO VOLTADO PARA AS PESSOAS QUE MORAM EM ÁREAS VULNERÁVEIS E QUEREMOS TRANSFORMAR MANAUS EM REFERÊNCIA NESSE QUESITO”, THIAGO TERADA, DIRETOR-PRESIDENTE DA ÁGUAS DE MANAUS ra, além da água, o benefício da tarifa social tem ajudado na economia doméstica e tem dado mais dignidade. “Além da água tratada, ainda tenho uma economia no meu bolso, que é benefício que eu ganho, da tarifa social, e isso me ajuda muito, inclusive agora tenho o comprovante de residência de água, que é uma coisa que a gente precisa muito, principalmente em bancos e lojas”, completa.

Outra beneficiária da Tarifa

Lilaíse Magalhães, moradora beneficiária da tarifa social

Também pago uma taxa que cabe no bolso, que é a tarifa social. Esse trabalho foi uma bênção”, disse.

Para o diretor-presidente da Águas de Manaus, Thiago Terada, a Tarifa Social Manauara é uma forma de proteger a população mais vulnerável da cidade. “A água tratada é um direito de todos e a Tarifa Social Manauara chega para promover justiça social. Desde que passamos a atuar na cidade, desenvolvemos um trabalho voltado para as pessoas que moram em áreas vulneráveis.

Agora, queremos transformar Manaus em referência nesse quesito. Seremos, em breve, a capital com o maior número de beneficiados com a Tarifa Social do país”, destaca.

Social Manauara é a doméstica Marlene Santos, moradora do bairro Jorge Teixeira, na zona Leste de Manaus. “Moro há 22 anos no beco Vitória, no Jorge Teixeira 2 e já cheguei até a utilizar cacimba para conseguir um pouco de água. Desde que a Águas de Manaus fez um trabalho aqui e instalou um ‘relógio’ (hidrômetro) na minha casa, não tive mais problemas. Consigo até tomar banho de chuveiro de tão forte que a água ficou.

FOTO: DIVULGAÇÃO

BENEFÍCIO Quem deseja solicitar a Tarifa Social Manauara deve procurar os canais of iciais de atendimento da Águas de Manaus, que funcionam 24 horas por dia. O cliente pode entrar em contato pelo WhatsApp 98264-0464, SAC 0800-092-0195, serviços on-line www.aguasdemanaus.com.br ou aplicativo Águas APP, gratuito para qualquer smartphone.

O interessado precisa apenas estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único), do governo federal, ou em programas sociais como o Bolsa Família. Após a solicitação, as equipes da empresa realizam análise dos dados para a liberação do benefício. A família passará a ter o desconto de 50% no valor da fatura, desde que não ultrapasse o consumo de 15 mil litros de água por mês, o equivalente a 30 caixas de 500 litros de água.

Além da água tratada, ainda tenho uma economia no meu bolso, que é benefício que eu ganho, da tarifa social, e isso me ajuda muito, inclusive agora tenho o comprovante de residência de água, que é uma coisa que a gente precisa muito, principalmente em bancos e lojas” Marlene Santos, moradora do bairro Jorge Teixeira beneficiária da tarifa social

Requisitos Os requisitos para obter o benefício são: ser cliente da classe residencial; ser titular da ligação de água, proprietário, possuidor legítimo ou inquilino; estar inscrito no Programa Bolsa Família do governo federal ou ter CadÚnico; possuir ligação de água hidrometrada, sem violação, adulteração ou fraude.

E para quem não tem ligação

de água e quer aderir ao programa, é garantida a isenção do valor do serviço da primeira ligação domiciliar, sendo permitida apenas uma ligação por usuário.

Os documentos necessários para o cadastro são o Número de Inscrição (NIS) no Programa Bolsa Família; documentos que comprovem a titularidade da ligação de água; RG e CPF.

Doméstica Marlene Santos deixou de usar a cacimba, com o benefício da tarifa que cabe no seu bolso SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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1969

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As dúvidas eram tantas que em 1969 comemorou-se o tricentenário da cidade, enquanto em 1998 comemorou-se seu sesquicentenário. Para constituir uma data comemorativa fixa, as autoridades fizeram a junção do provável ano de fundação da cidade, 1669, e o dia e mês de outro acontecimento: a elevação da Vila de Manáos à categoria de Cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro, ocorrida em 24 de outubro de 1848.

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Especializados em ajudar Crianças com deficiências físicas e seus familiares são assistidas por uma ONG no bairro Japiim, na zona Sul Fotos: Rita Ferreira / Divulgação

RITA FERREIRA @RITAF20

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rianças PcDs (com deficiências físicas) e seus familiares são assistidas por uma ONG (Organização Não Governamental), localizada no bairro Japiim, na zona Sul de Manaus, que oferece a elas atendimento médico especializado, além de muito amor e carinho.

O Lar de Vitórias existe há mais de seis anos, onde atende de forma gratuita, crianças com autismo, síndrome de down, microcefalia, hidrocefalia e outras comorbidades. A equipe é formada por 15 profissionais entre psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e pedagogos.

Cada uma das 185 crianças acolhidas no Lar passou por uma triagem com assistente social, na qual foram apresentados o laudo médico e o perfil socioeconômico.

Com as necessidades médicas identificadas é iniciado o tratamento que ocorre de uma a três vezes por semana.

A fila de espera por atendimento é grande, 89 crianças ainda não puderam ser inseridas devido à capacidade limitada dos profissionais e do espaço, que é alugado. A sede possui salas nas quais os pacientes fazem o acompanhamento médico,

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Uma das psicólogas que atende no espaço é a Sarah Viana, de 27 anos

também tem refeitório e uma área administrativa.

O diretor de marketing voluntário, Leonardo Valle, relata que grande parte das famílias acompanhadas pelo Lar de Vitórias são formadas por mães solteiras e sem condições de trabalhar fora, por causa dos filhos que necessitam de cuidados em tempo integral.

As famílias, na maioria de baixa renda, também são acompanhadas por assistentes sociais e recebem uma cesta básica por mês, além de medicamentos, kits de higiene pessoal e fraldas. Durante o período de atendimento médico, que ocorre

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pelo menos uma vez por semana, as crianças e os acompanhantes também recebem alimentação.

“Como atendemos crianças de toda a Manaus, temos algumas que vêm de longe e chegam aqui com fome. E a mãe só com o dinheiro da passagem. Vendo essa necessidade, começamos a distribuir o café da manhã, depois passamos para o almoço e hoje servimos o lanche da tarde também. Por dia são cerca de 50 refeições”, relata.

Família A pequena Ana Cristina Marques da Silva Carneiro, de

4 anos, é uma das 185 crianças atendidas no Lar de Vitórias. Ela tem Pé Torto Congênito (PTC), uma alteração que pode atingir ligamentos, músculos, tendões e ossos durante a gestação. A incidência é de 1 caso para cada 1 mil nascidos vivos. Em 50% deles, como de Ana, a deformidade atinge os dois pés.

A mãe da menina, Melka Camila Marques de Souza, 39, explica que a filha passou por três procedimentos cirúrgicos que não corrigiram totalmente o problema. A filha ainda deve passar por mais uma cirurgia quando completar 12 anos.

Enquanto esse momento não chega, a criança precisa continuar o tratamento com gesso e sessões de fisioterapia, a fim evitar que ambos os pés voltem a entortar.

Ana é muito ativa, consegue andar e brincar, mas sem o acompanhamento sua qualidade de vida estaria comprometida.

“Conheci o projeto quando estive na Sejusc (Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos), lá eu contei que precisava de um local onde oferecesse fisioterapia de graça e fosse próximo da minha casa. O Lar de Vitórias eu consigo vir de transporte por aplicativo, que é baratinho e mais confortável para ela”, contou.

História

Outra criança atendida na ONG é Castiel, de 5 anos, filho de Sandreane

O Lar de Vitórias iniciou os trabalhos há oitos anos, mas somente há seis foi criado oficialmente por Jaqueline Kin. Leonardo Valle conta que a instituição nasceu do desejo da fundadora em ajudar pessoas. O início foi com doação de cestas básicas para famílias pobres da comunidade.

“A Jaqueline saiu do banco onde trabalhava e recebeu um valor de indenização.

Ela e o esposo discutiram o que fariam com esse valor. Ele queria abrir um empreendimento para gerar renda para a família. Ela falou

que iria conversar com Deus.

Um tempo depois ela disse ao marido que Deus gostaria que ela ajudasse as pessoas. Ela começou distribuindo cestas básicas”, disse.

Com o atendimento social, a fundadora percebeu a demanda de mulheres que não tinham condições de oferecer um tratamento especializado aos filhos com deficiências e síndromes. No local onde funciona o Lar, havia uma oficina de artesanato que tinha a finalidade de ajudar as mulheres a conseguirem gerar renda para sustentar os filhos.

Curiosidade

ZONA CENTRO SUL

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Caderno J

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A zona Centro-Sul é a mais nobre das zonas da cidade. Nela estão localizados bairros de classe média e classe alta como Adrianópolis e Nossa Senhora das Graças, bem como o mais luxuoso conjunto da cidade, o Conjunto Isaías Vieiralves, criado na década de 1970. É formada por 7 bairros.

Suas principais avenidas, a Humberto Calderaro, a André Araújo e a Ephigênio Salles, são amplas e bem asfaltadas. Outra característica da região é que ela é a mais verticalizada, contando com diversos edifícios comerciais e residenciais. Apresenta os melhores indicadores sociais, possuindo um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) bastante elevado. Abriga o Amazonas Shopping, o Manaus Plaza Shopping, o Millennium Shopping e o Manauara Shopping.

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As sete faces de uma zona eclética A zona Centro-Sul de Manaus é considerada a região mais nobre e organizada da capital Fotos: Divulgação

SINTIA MACIEL

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onsiderada a região mais nobre e organizada da capital, a zona Centro-Sul de Manaus ocupa uma área de 3.556,97 hectares, dividida em sete bairros, que juntos abrigam 180.577 habitantes, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A região também é considerada a mais verticalizada da cidade, com os seus imponentes condomínios residenciais e comerciais, além de abrigar um forte comércio em todos os setores de atuação, os principais parques da cidade –Mindu, Bilhares, Cidade da Criança e do Idoso -, hospitais públicos, shopping centers, instituições bancárias, de pesquisa e de ensino superior, e alguns dos principais eixos-viários da cidade: as avenidas Djalma Batista, Constantino Nery, André Araújo e Governador José Lindoso (avenida das Torres).

A presença de OSCs (Organizações da Sociedade Civil) e associações culturais, também são verificadas na área -algumas das quais são referência no setor em que atuam –assim como espaços públicos, utilizados tanto para atividades esportivas, culturais, quanto econômicas movimentando a geração de renda e consumo do lugar.

Particularidades Entretanto, ao contrário de outras zonas geográficas de Manaus, a zona Centro-Sul, tem uma peculiaridade urbanística que se destaca entre as demais: o marco limítrofe entre os bairros e a notoriedade de espaços habitacionais, que se sobrepõem ao bairro em que estão inseridos.

Exemplos é o que não faltam. No bairro de Nossa Senhora das Graças –o mais antigo dos sete que integram a zona

NO ADRIANÓPOLIS ESTÁ A NIPPAKU -MAIS DE 80% DOS ALUNOS DA ASSOCIAÇÃO NÃO SÃO DESCENDENTES DE JAPONESES Centro-Sul -, é comum classificar o conjunto Vieiralves como bairro. Confusão semelhante também ocorre em Flores, onde o conjunto Parque das Laranjeiras, para alguns, é bairro.

No Aleixo, alguns moradores reclamam da dificuldade em identificar trechos do bairro na área fronteiriça entre a parte que é Adrianópolis e Parque 10 de Novembro. E por falar em Parque 10 de Novembro, a comunidade União, para alguns é bairro.

Porém, conforme a lei municipal nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010 –até o momento, a última legislação municipal, que dispõe sobre a criação e divisão dos bairros de Manaus, estabelecendo limites e reconhecendo outros sete bairros da cidade –não cita a União como bairro.

Relevância Dos imóveis históricos de Manaus tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), apenas dois não se encontram na área central da cidade: o cemitério São João Batista e o reservatório do Mocó, ambos localizados no bairro Nossa Senhora das Graças, localizados lado a lado.

Não muito distante dos dois

ESPORTES

patrimônios tombados, está o Parque Amazonense, que em idos tempos deu lugar a um hipódromo –durante o período áureo da borracha –e posteriormente, se transformou em estádio de futebol. Dos áureos tempos só restam os portões de ferro e o busto de um cavalo na fachada, que remete às antigas corridas de turfe.

Em Adrianópolis, apesar do crescimento do bairro, ainda é possível encontrar algumas poucas propriedades, com as características dos imóveis da época em que o bairro surgiu: chácaras. Há imóveis que apesar das intervenções necessárias, ainda mantêm traços da arquitetura original.

Movimentação Os bairros de São Geraldo e Chapada tem em comum, além da localização geográfica, o fato de serem atravessados por dois dos principais eixos viários da cidade, as avenidas Constantino Nery e Djalma Batista, por onde circulam diariamente uma média de 20 mil veículos –nas duas vias -considerando todos os horários.

Em operação há pouco mais de um ano, a implantação do complexo viário Ministro Roberto Campos, na avenida Constantino Nery, reduziu boa parte dos semáforos da via, além de interligar a rua João Valério, no sentido Leste-Oeste, com a avenida São Jorge. Uma passagem subterrânea leva o tráfego de veículos, tanto no sentido bairro São Jorge quanto para a avenida Constantino Nery, sentido Centro. Outra passagem sob a Constantino Nery interliga a avenida São Jorge e a rua Pará, pela rua Arthur Bernardes. Uma via paralela também permite que o motorista que trafega pela avenida São Jorge possa converter à direita, de forma livre, para acessar a avenida Constantino Nery.

EDUCAÇÃO

A região também é considerada a mais verticalizada da cidade SAÚDE

Região possui alguns dos principais eixos-viários da cidade, as grandes avenidas

O campo de terra batida do conjunto Yael, localizado no bairro de Flores, abriga há dez anos o projeto social “Unidos em Cristo”

Integração O campo de terra batida do conjunto Yael, localizado no bairro de Flores, abriga há dez anos o projeto social “Unidos em Cristo”, atendendo um grupo de cem jovens boleiros, entre meninos e meninas, com idade de 9 a 17 anos.

Com alguns títulos conquistados, o projeto de integração social pelo futebol, é desenvolvido pelo ex-jogador profissional Alisson Braga, que salienta que mais que retirar crianças e adolescentes do meio das drogas, também tem por objetivo evitar o isolamento, causado pelo uso excessivo de celulares e redes sociais.

“Quando criança participei de um projeto semelhante, e isto me inspirou a desenvolver um projeto assim. O Unidos em Cristo teve os seus idealizadores, e eu sou a quarta pessoa a tocá-lo para frente”, informa.

Para participar, o interessado precisa apresentar boas notas na escola, ter um bom comportamento em casa, além de pagar uma taxa mensal de R$ 10, que auxilia nas ações sociais do grupo. A última delas ocorreu no Dia das Crianças.

Os treinos ocorrem às segundas e quartas-feiras, sempre a partir das 19h.

O grupo já participa de disputas profissionais como o “Peladinho”, Campeonato Amazonense de Futebol de 7, Campeonato Amazonense de Campo, Iranduba Cup, Rio Preto Cup, IberLeague, entre outros.

Bansai!*

Referência

Na discreta rua Teresina, em Adrianópolis, uma placa chama a atenção de quem passa pelo nº 95”: “Aprenda Japonês”. O endereço é o da Associação Nipo-Brasileira da Amazônia Ocidental, a Nippaku, que principalmente aos sábados, seja manhã ou tarde é tomada por crianças e adolescentes, em sua maioria, fãs de anime e mangá, entre outros elementos da cultura japonesa.

Fundada em maio de 1980, a entidade representativa da comunidade japonesa de Manaus, promove atividades e eventos culturais, esportivos e educacionais, no âmbito da Amazônia Ocidental. Em 2020, a programação realizada anualmente foi suspensa por conta da pandemia do novo coronavírus. Em 2021, parte das atividades presenciais foram retomadas, atendendo os protocolos sanitários contra a Covid-19.

De acordo com o presidente da Nippaku, Ken Nishikido, o idioma pode ser aprendido por qualquer pessoa que tenha interesse em aprender a língua nipônica num ambiente cultural japonês. Levantamento feito pela associação com dados relativos a 2019 para 2021, dá conta de que mais de 80% dos alunos da associação não são descendentes de japoneses. “Mesmo considerando pessoas da quinta geração como descendentes, estes não chegam a 20% do total de alunos matriculados. Ou seja, o curso é sustentado praticamente pelos brasileiros simpatizantes e não descendentes. Isto muito nos orgulha pelo prestígio e credibilidade que nos confiam”, celebra.

A popularização de animes e mangás, segundo Ken, também contribuem para a busca do aprendizado do idioma japonês. “Dos que se matriculam mais de 80% são estudantes do ensino fundamental, médio e superior, e grande parte destes são atraídos pelos mangás e cultura J-POP. Porém, há aqueles que também são atraídos pela cultura tradicional japonesa, tais como arte marcial, taiko, karaokê, entre outros”, observa.

Informações sobre o curso de japonês podem ser obtidas pelo telefone 3234-7185, pelo e-mail nippakumanaus@gmail.com, ou ainda pelo @ nippakuam (Instagram). *Viva em japonês.

Localizado em um terreno de 1.200 metros quadrados, na avenida Constantino Nery, Chapada, a FHemoam (Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas), é um dos hemocentros de referência da região Norte, atendendo inclusive pacientes de Estados vizinhos, que buscam atendimento no Amazonas. Além da parte clínica, a instituição também atua na área de ensino e pesquisa, por meio de convênio com universidades estaduais e federais, oferecendo o Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Hematologia.

Com a crescente demanda de serviços, e por meio de emendas parlamentares estaduais e federais, a instituição iniciou em 2014, a construção de um hospital, que deverá aumentar em até seis vezes a capacidade de atendimento do Hemoam. A unidade conta atualmente com 26 leitos para internação, atendendo uma média de mais de 900 pacientes por ano. O novo hospital contará com 157 leitos, central de imagens, UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) adulto e infantil, central de transplante de medula. O novo hospital irá fazer com que os 900 atendimentos anuais realizados pelo hemocentro, saltem para até 5 mil atendimentos por ano.

Ainda na zona Centro-Sul, também está localizado uma das maiores unidades de urgência e emergência do Amazonas, o HPS (Hospital e Pronto-Socorro) 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis; o CER II (Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual), voltado à recuperação de pacientes pós-Covid-19, no Nossa Senhora das Graças; além de Caps (Centros de Atenção Psicossocial); e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), além de um laboratório municipal de citopatologia.

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1938

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O bairro Parque 10 de Novembro surgiu através do balneário de mesmo nome. Ele teve suas obras iniciadas em 10 de novembro de 1938, durante o aniversário de um ano do Estado Novo, na administração municipal de Antônio Botelho Maia (1937-1940). As obras foram continuadas nas administrações de Paulo de La Cruce Grana Marinho (1940-1942) e Antóvila Mourão Vieira (1942-1944), este último o inaugurando em 19 de abril de 1943, no aniversário do presidente Getúlio Vargas.

Ocupando uma área de 50 hectares ao norte da antiga Vila Municipal (Adrianópolis), era recortado pelas águas do Igarapé do Mindu. Tornou-se um dos bairros mais aprazíveis da cidade, com grande concentração de renda, com residências, prédios e conjuntos habitacionais de alto padrão, restaurantes, bares, cafés, agências bancárias e outros serviços. É um dos mais populosos da zona Centro-Sul, com cerca de 48.771 habitantes.

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Esporte e lazer para todo lado Parques e áreas ao ar livre reúnem opções de lazer e atividades físicas Fotos: Divulgação

Parque do Mindu é próprio para prática de esporte e lazer, destaque para o grupo Yoga Manaus Mindu SÍNTIA MACIEL

O

s principais parques de Manaus estão localizados na zona Centro-Sul da capital amazonense. Entretanto, por conta da pandemia do novo coronavírus, o acesso a esses equipamentos urbanos ficou comprometido, pois além de fechados pelo poder público, alguns estavam mal conservados, podendo causar danos aos populares. Com a retomada das atividades cotidianas, e por extensão a abertura dos parques –que além da reforma atendem os protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19 -o manauense vai retomando os passeios e a realização de atividades físicas ao ar livre, garantindo o seu lazer e bem-estar.

Além dos parques, algumas comunidades situadas na região dispõem de academias ao ar livre, com equipamentos de uso coletivo, como máquinas de esqui triplo, bíceps, tríceps e de puxada alta, torre de bicicleta, barra alta, simulador de caminhada e roda de ombro. Alguns contam com quadra de areia, pista de caminhada, anfiteatro, além de playground para as crianças.

Conexão Distribuído em uma área de 40 hectares, o Parque Municipal do Mindu, no Parque 10 de Novembro, se sobressai não só pela sua grandiosidade, mas pela diversidade de atividades oferecidas aos visitantes. Além de parque urbano, o espaço também é uma UC

(Unidade de Conservação), que abriga inúmeras espécies da flora e fauna amazônica -com destaque para o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), que contribuiu para a criação do espaço no início dos anos 90, em virtude da ameaça de extinção.

Após passar um ano fechado, o local reabriu as portas ao público, na primeira quinzena de maio. Aberto de terça-feira a domingo, das 6h às 17h, a movimentação pelas trilhas, academia ao ar livre e demais áreas do parque, é mais intensa nos fins de semana, quando ocorre uma vasta programação, que integra lazer, conscientização ambiental e bem-estar, com destaque para o grupo Yoga Manaus Mindu.

“Alguém comentou comigo que havia um grupo de yoga aos sábados aqui no Mindu. Vim, experimentei e gostei. Aqui é o momento que deixo de lado as preocupações diárias e consigo desacelerar, saindo mais relaxada, pronta para as minhas atividades.

Além disso, o lugar, a natureza nos ajudam a fazer esse caminho”, declara a farmacêutica Cláudia Fernandes, 46, que desde 2019, frequenta as sessões de yoga ministrada pelo fisioterapeuta Igor Simões.

Deitados sob coloridas cangas de praia ou tapetes emborrachados apropriados para a milenar prática indiana, os participantes integram um grupo de aproximadamente 60 pessoas, que todos os sábados, das 8h às 9h, ocupam a praça da Paz, do Mindu. “Às vezes temos muito mais

Distribuído em uma área de 40 hectares, o Parque Municipal do Mindu, no Parque 10 é grandioso

gente, e o espaço fica pequeno.

Quando chove, passamos a aula para o dia seguinte”, comenta Igor.

As sessões de yoga ministradas por ele ocorrem desde 2017 –o parque conta com dois grupos de yoga, o outro se reúne às sextas-feiras pela manhã -,entretanto com a pandemia da Covid-19, no ano passado, as aulas precisaram ser suspensas, sendo retomadas pouco após a abertura do parque, já que as atividades no local estão retornando gradualmente.

Modelo O CSU (Centro Social Urbano) do Parque 10 é o espaço de referência na cidade para atividades de lazer, culturais, esportivas, gastronômicas, feiras, bazares, entre outras. O local dispõe de quadras de areia, de basquete, de futebol de salão, pista de caminhada, aparelhos de uso coletivo, um anfiteatro, praça de alimentação, além de duas piscinas adulto e infantil.

O espaço abre diariamente, das 5h às 22h, e além de caminhadas, o público pode participar de algumas atividades que vêm sendo desenvolvidas no local, como hidroginástica, zumba, dança de salão, muay thai, entre outras.

“O CSU também abriga as salas dos conselhos municipais e um CMEI (Centro Municipal de Ensino Infantil). Por ser um espaço bem amplo e de boa localização, o Centro Social é bastante procurado, para a realização de todo tipo de evento”, informa o gestor do centro social, Adriano Brito.

Segundo ele, a implantação de um projeto voltado a crianças PcDs (Pessoas com Deficiência), está sendo avaliado, já que das duas piscinas do local, apenas a de adultos é utilizada para a prática de hidroginástica.

“Estamos estudando a implantação desse projeto, que contemplaria não só a inclusão, mas seria também uma terapia para as crianças PcDs, da comunidade e do entorno do bairro”, observa Adriano.

Apesar de ser um espaço de referência, frequentadores do Centro Social, cobram do Executivo municipal, mais cuidados com a infraestrutura do CSU. É o caso do aposentado Jessé Frota, 70, que diariamente caminha pelo local. “Precisamos de segurança aqui, pois nem os banheiros os marginais deixam passar, pois roubam tudo. Uma manutenção no playground e alguns outros reparos também são necessários”, pontua.

Reforma Ainda no Parque 10 de Novembro, não muito distante do parque municipal do Mindu e do CSU, os moradores do bairro também podem aproveitar o Passeio do Mindu, cujo espaço foi totalmente recuperado. Toda a infraestrutura do local recebeu melhorias, no primeiro semestre do ano, que incluíram os quiosques, bancos e gradis, pista de caminhada, parquinhos, quadras esportivas, academia ao ar livre, além dos pontos de iluminação, pontes, ciclovia e a pista de skate.

TOUR ZONA SUL

QUADRA DA VILA AMAZONAS

Enquanto o Parque 10 de Novembro tem várias opções de lazer, que também podem ser utilizadas para o desenvolvimento de inúmeros projetos com a comunidade, outros bairros da zona Centro-Sul, não contam com tantas alternativas.

Há pelo menos 20 anos a quadra de esportes que atende a comunidade Vila Amazonas, na rua Amazonas, bairro Nossa Senhora das Graças, não passa por uma reforma total, recebendo apenas um ou outro reparo pontual, realizado pelos próprios moradores.

Apesar da deterioração do espaço –toda a estrutura do equipamento público precisa ser recuperada, os banheiros estão destruídos, as grades precisam de pintura, a cobertura e sua estrutura precisam de conserto, entre outras melhorias –o local ainda sedia eventos realizados tanto pela Amavam (Associação dos Moradores da Vila Amazonas) quanto pela paróquia de Santo Antônio, além de acolher a pelada dos jovens da área, que não dispõem de outro espaço de lazer.

“A liga esportiva aqui da comunidade conseguiu uma doação de tintas para pintar a quadra, por meio de um mutirão, mas reforma mesmo ela não recebe há uns 20 anos”, declara o presidente da Amavam, Luciano de Souza.

Campo do Vicentão

Foto: Divulgação

OS PRINCIPAIS PARQUES DE MANAUS ESTÃO LOCALIZADOS NA ZONA CENTROSUL DA CAPITAL AMAZONENSE

Um dos poucos espaços, do Aleixo, o campo do “Vicentão”, localizado no beco São Domingos, é o “point” dos peladeiros do bairro. Aos domingos, principalmente durante o verão, a área

fica tomada por pipeiros de todas as idades. Alguns, oriundos de outros pontos da cidade, como é o caso do estudante Max Gomes, 17, morador do São Francisco, zona Centro-Sul. “Meus avós moram aqui no Aleixo e desde pequeno frequento o Vicentão seja para jogar bola ou soltar papagaio”, relata. Segundo ele, o espaço poderia ser melhor aproveitado, com a realização de projetos esportivos na área e melhor estruturação do campo.

“Com uma quadra coberta aqui, muitas modalidades esportivas poderiam ser incentivadas”, comentou.

Jacarés urbanos Apesar do apelo ambiental, Manaus não dispõe de um lugar próprio para a observação de animais selvagens, que transitam pelo ambiente urbano.

Entretanto, quem passa pela avenida Mário Ypiranga Monteiro (antiga Recife), no sentido bairro/Centro, no trecho próximo ao semáforo do cruzamento com a rotatória do Eldorado, no Parque 10 de Novembro, em dias de sol poderá observar jacarés em plena área urbana.

Na área em que o igarapé do Mindu, corta o terreno por detrás do conjunto Eldorado, pode ser avistado com facilidade a formação de bancos de areia, que atraem os crocodilianos para um banho de sol.

Com um pouco de sorte em meio a paisagem de fragmento de floresta –ameaçado pelo lixo irregularmente descartado -, também é possível avistar garças.

Um dos poucos espaços, do Aleixo, o campo do “Vicentão”

Parque Juventude é outra ótima opção para lazer na região

Parque da Juventude de Flores Localizado em uma área de 1.675 metros, o Parque da Juventude do conjunto dos Subtenentes e Sargentos, no bairro Flores, zona Centro-Sul, foi inaugurado

em setembro de 2019, em uma área verde degradada do local. O espaço conta com pistas de caminhada, academia ao ar livre, playground, bancos, espaço de convivência

e iluminação a LED. A organização do lugar é um dos pontos positivos, apontados pelos frequentadores, que utilizam o espaço para caminhar ou brincar com os filhos.

Parque do Mindu é ainda uma Unidade de Conservação da natureza urbana SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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CAMPINA

O bairro Campina começava onde está a Praça e o Colégio Dom Bosco, passando pela sede do Atlético Rio Negro Clube, em frente à Praça da Saudade, e se estendia até os reservatórios da Castelhana e do Mocó. O bairro República era formado pela avenida Sete de Setembro (entre a avenida Eduardo Ribeiro e a avenida Floriano Peixoto), e as ruas Marechal Deodoro, Guilherme Moreira, Quintino Bocaiúva, Theodoreto Souto, Marcílio Dias, Dr. Moreira, José Paranaguá e Rui Barbosa. O bairro de Nazaré é onde hoje fica a Praça Santos Dumont, nos altos da rua Silva Ramos.

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Intervenção pública avança Poder público se esforça para atender com estrutura necessária Fotos: Divulgação

SÍNTIA MACIEL

A

infraestrutura de um espaço urbano é fundamental para que inúmeras atividades cotidianas da população, que nela interagem, possam ocorrer. É por meio dela que é possível a instalação dos demais equipamentos urbanos como viadutos, escolas, hospitais, parques, praças, estabelecimentos comerciais e residenciais, entre outros, necessários em um bairro, além de servir de ponto de partida para demais melhorias caso seja preciso.

Porém, nem sempre as áreas são dotadas de infraestrutura necessária, fazendo com que os moradores convivam por um longo tempo sem serviços essenciais. O Executivo municipal vem realizando uma série de obras de infraestrutura básica -necessárias para evitar os eventuais rompimentos de tubulações antigas, comprometidas pela ação do tempo -de recuperação e pavimentação asfáltica, ou mesmo de implantação de infraestrutura total, em vias que nunca foram urbanizadas em alguns bairros da zona Centro-Sul. A rua 9, do conjunto Jardim Primavera, um dos conjuntos mais antigos do Parque 10 de Novembro, na primeira quinzena de outubro passou pelos serviços de terraplanagem, para em seguida receber pela primeira vez, a pavimentação asfáltica, deixando de ser uma estrada de barro. No mesmo período e não muito distante dali um trecho do conjunto Parque das Laranjeiras, em Flores –também um dos conjuntos mais antigos do bairro –recebeu as obras de drenagem profunda, terraplanagem, e pavimentação asfáltica pela primeira vez.

Parques Além de abrigar os principais eixos-viários de Manaus, na zona Centro-Sul, também se encontram os principais parques municipais da cidade –Mindu, Bilhares, Cidade da Criança e do Idoso. Após passarem mais de um ano fechados, por conta da pandemia do novo coronavírus, esses espaços de lazer e atividades físicas retomam aos poucos as suas atividades presenciais, atendendo os protocolos de segurança sanitária,

para receber o público.

Espaço temático voltado às crianças, o parque municipal Cidade da Criança, no Aleixo, inaugurado em dezembro de 2011, já faz parte do roteiro de passeio das famílias manauenses. Reaberto na primeira quinzena de outubro, o espaço passou por uma revitalização, que incluiu novas atrações ao público: a construção de um portal, um orquidário, um aquário com peixes regionais, entre outras.

O horário de visitação, nos sábados e domingos, ocorre das 9h às 18h, com intervalo para o almoço, de 12h às 14h. De terça a sexta-feira, o espaço recebe alunos das escolas municipais, sob agendamento, das 9h às 17h, também com o mesmo intervalo de almoço.

Localizado no bairro Nossa Senhora das Graças, o PMI (Parque Municipal do Idoso), na segunda quinzena de setembro, também iniciou a retomada de suas atividades presenciais, para o público da terceira idade, a princípio para quem já frequentava o espaço.

Para participar das atividades, os interessados devem fazer a inscrição online, por meio do site da FDT (Fundação Dr. Thomas), no endereço doutorthomas.manaus.am.gov.br. Caso o idoso tenha dificuldade de acesso ou no preenchimento das informações, a inscrição pode ser feita pelos telefones (92) 98842-1289 ou (92) 98844-5699 com o auxílio de uma equipe.

Distribuído em uma área de aproximadamente 60 mil metros quadrados, atravessando as avenidas Djalma Batista e Constantino Nery, na Chapada, o Parque dos Bilhares está previsto para reabrir ao público na segunda quinzena de outubro.

O espaço passa por uma reforma em toda a sua estrutura, que abriga praças, biblioteca, ciclovia, quadras diversas, praça de alimentação, pistas de patinação e de caminhada, playground, lagos artificiais, decks, um skate park, entre outras atrações.

Na primeira quinzena de maio o Parque Municipal do Mindu, localizado no Parque 10 de Novembro, reabriu ao público, que de terça-feira a domingo, das 6h às 17h, pode frequentar as trilhas, a academia ao ar livre, biblioteca, anfiteatro, restaurante e demais dependências. Os fins de semana

A zona Centro-Sul abriga os principais eixos-viários da cidade: as avenidas Djalma Batista, Constantino Nery, André Araújo e Governador José Lindoso

contam com uma programação variada, que integra palestras, lazer, conscientização ambiental e bem-estar, além da prática de yoga, promovida por dois grupos distintos.

Quem passa pela avenida Mário Ypiranga, em direção à avenida Djalma Batista, no sentido bairro/Centro, ou então pela avenida Constantino Nery, no sentido Centro/bairro, já deve ter notado uma área arborizada, com bancos, iluminação a LED, lixeiras, além de sinalização viário. Inaugurado no fim de 2020, o parque de convivência Arlindo Júnior, que a princípio seria um espaço público para receber food trucks, mas em razão das medidas de controle da pandemia do novo coronavírus, não está ativado em seu projeto. Construído com recursos do Tesouro Municipal, o parque faz uma homenagem ao artista “Pop da Selva”.

Saúde A rede assistencial de saúde do Estado na zona Centro-Sul, conta com uma maternidade (Instituto da Mulher Dona Lindú, em Adrianópolis); um hospital psiquiátrico (Hospital Eduardo Ribeiro, na Chapada); um centro de atenção integral voltado a crianças e adolescentes de 0 a 13 anos (Caic Dr. Afrânio Soares, no Parque 10 de Novembro), um hemocentro (Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas – FHemoam, na Chapada), além de uma das maiores unidades de urgência e emergência do

Amazonas, o HPS (Hospital e Pronto-Socorro) 28 de Agosto, em Adrianópolis.

O governo do Estado vem realizando ações de infraestrutura, em algumas dessas unidades de saúde. Entre as ações estão a construção de 24 leitos de UTI no HPS 28 de Agosto, cuja obra está em andamento; a construção do Novo CPNI (Centro de Parto Normal Intra-hospitalar) no Instituto da Mulher Dona Lindú, obra concluída; além da construção do Hospital do Sangue da FHemoam, cujos os trabalhos estão em andamento. Outra reforma também está prevista para o Caic Afrânio Soares.

Já a rede municipal de saúde, conta com nove unidades de atendimento, sendo um laboratório de citopatologia; uma policlínica; quatro USFs (Unidades de Saúde da Família); dois Caps (Centros de Atenção Psicossocial para adultos); e um Capsi (Centro de Atenção Psicossocial Infantil).

Entre as quatro USFs, a Dr. José Rayol dos Santos, na Chapada, além de atender com horário estendido –de segunda à sexta-feira, das 7h às 21h; sábado, das 7h às 12h; e domingo, das 8h às 12h –é referência de atendimento para casos suspeitos de Covid-19. As demais –USFs (Luiz Montenegro, Nossa Senhora das Graças; Theomário Pinto da Costa, comunidade União, no Parque 10 de Novembro; e Nilton Lins, Flores), atendem de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

Integrando a Atenção Primária de saúde, os Caps, trabalham no atendimento de pessoas com sofrimento psíquico grave, persistente ou oriundo do consumo de álcool e drogas diversas. As unidades contam com equipes formadas por médicos clínicos, pediatras, psiquiatras, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, profissionais de educação física, nutricionista, enfermeiros, e demais profissionais.

Atendimento semelhante também pode ser buscado na Policlínica Castelo Branco, no Parque 10 de Novembro. Na primeira quinzena de abril, a unidade retomou o atendimento psicológico presencial na unidade, que antes era feito de forma online, por meio de um aplicativo de mensagens. A policlínica também oferece outras especialidades, como oftalmologista, clínico geral, pediatra, ginecologista, entre outros. No site da Semsa, no endereço https:// www.manaus.am.gov.br/secretarias/saude-semsa/, é possível encontrar os locais e horários de atendimento dos Caps e da Policlínica Castelo Branco.

Segurança No quesito segurança, a zona Centro-Sul apresenta uma peculiaridade. Os bairros da região são atendidos por quatro Distritos Integrados de Polícia (DIPs – 12º, 16º, 22º e 23º) e quatro Companhias Interativas Comunitárias (Cicons – 12ª, 13ª, 22ª e 23ª). Porém, parte deste policiamento é dividido –ainda que

parcialmente –com três bairros que não integram a região.

O 12º DIP, localizado em Flores, além de atender 90% das ocorrências do próprio bairro e do Parque 10 de Novembro, também é responsável por um trecho do Novo Aleixo e da Cidade Nova, ambos na zona Norte. Já o 22º DIP, no Nossa Senhora das Graças, abrange em 100% o atendimento das ocorrências locais, além da Chapada, São Geraldo, áreas do Adrianópolis e Parque 10 de Novembro, e um trecho do Dom Pedro I, situado na zona Centro-Oeste.

Apenas o 16º, em Adrianópolis –responsável pelos casos da área e de parte do Aleixo -e o 23º DIP, no Parque 10 de Novembro –com atendimento local e no bairro Flores -, atuam em suas respectivas áreas. Um trecho do bairro Aleixo também é atendido pelo 11º DIP, no Coroado, zona Leste.

A mesma distribuição de atuação se aplica às quatro Cicons, cujos telefones de contato com a comunidade, são: 12ª Cicom – 98842-1622; 16ª Cicom – 98842-1705; 22ª Cicom – 988421784; e 23ª Cicom – 98842-2298.

A zona Centro-Sul também abriga a primeira DECCM (Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher), no bairro Parque 10 de Novembro, e a primeira sede do Comando de Policiamento Ambiental (CPAmb) e do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPamb), inaugurada no final da segunda quinzena de julho deste ano, no bairro São Geraldo, em uma área de 295 metros quadrados.

O comando é responsável pelas operações de combate aos crimes contra a fauna e a flora no Amazonas e desde a sua criação, em 2008, não dispunha de uma sede própria. Com salas equipadas, para o desenvolvimento de planejamentos estratégicos e operacionais, o complexo que abriga o CPAmb e o BPAmb, teve um investimento de R$ 924 mil -considerando equipamentos e mobiliário.

Ainda na zona Centro-sul, a Sejusc (Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania) reinaugurou a sede da Seadpi (Secretaria Executiva Adjunta de Direitos da Pessoa Idosa), na rua do Comércio, no Parque 10 de Novembro. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h.

Mobilidade urbana A zona Centro-Sul abriga os principais eixos-viários da cidade: as avenidas Djalma Batista, Constantino Nery, André Araújo e Governador José Lindoso (avenida das Torres). Nestes locais algumas intervenções viárias contribuíram para agilizar o trânsito e o transporte da capital, além de modificar a arquitetura da região, tornando-a mais dinâmica. É o caso, por exemplo, do novo Terminal de Integração (T1), da avenida Constantino Nery, que integrado ao complexo viário Ministro Roberto Campos, no São Geraldo, e a Estação de Transferência Arena (E2), no bairro de Flores, dinamizou os serviços de transporte coletivo da área. O complexo viário, inaugurado em junho de 2020, trouxe melhorias para

quem circula pela região, em decorrência da desativação de sete semáforos, reduzindo o tempo das viagens do transporte coletivo.

Em agosto deste ano, o Executivo municipal anunciou a construção de um viaduto nas proximidades da Arena da Amazônia, no cruzamento da avenida Pedro Teixeira com a avenida Constantino Nery.

A implantação de uma nova estrutura de mobilidade urbana na zona Centro-Sul, deverá dar mais fluidez ao trânsito, criando uma espécie de eixo viário sem semáforo.

Além do novo viaduto, a prefeitura também avalia a possibilidade de transferir o terminal rodoviário Engenheiro Huascar Angelim, a rodoviária de Manaus, no bairro Flores,

para o T6, no bairro Lago Azul, zona Norte. A mudança, caso ocorra, também irá refletir no fluxo de veículos que circulam pela região. O Departamento de Projetos e Obras do IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana), elaborou uma proposta de projeto de um terminal rodoviário no T6, que foi encaminhada à Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus).

Entretanto, as tratativas para que o T6 possa se tornar a futura rodoviária de Manaus, segundo a Prefeitura de Manaus, ainda estão muito no começo e só poderão efetivamente se concretizar a partir de 2022, quando então poderá ser feita uma licitação para o início das obras.

Ainda na área de mobilidade urbana, a prefeitura também pretende realizar o alargamento de um trecho da avenida Ephigênio Salles, no Aleixo, além da implantação de uma passarela, na via, para auxiliar na travessia dos pedestres.

Conforme os projetos elaborados pelo IMMU, o alargamento deverá ocorrer no trecho entre o viaduto Miguel Arraes e a rua Via Láctea, no sentido da avenida Mário Ypiranga para o bairro Coroado. Os projetos foram aprovados pelo IMMU e devolvidos ao Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), para a contratação de empresa especializada para a realização do serviço. O projeto da passarela será construído em parceria com o TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado).

CMEE André Vidal de Araújo está localizado na comunidade Vila Amazonas

Escolas

Aproximadamente 40 unidades de ensino do município e do Estado –que abrange escolas normais, EJA (Educação de Jovens e Adultos), ETIs (Escolas de Tempo Integral), CMEIs (Centros Municipais de Ensino Infantil), educação especial e um colégio militar –atendem os sete bairros da zona Centro-Sul. Destas, o destaque fica para o atendimento às PcDs (Pessoas com Deficiência), TEA (Transtorno do Espectro Autista) e altas habilidades/superdotação, promovido pelo CMEE (Complexo Municipal de Educação Especial) André Vidal de Araújo, localizado na comunidade Vila Amazonas, Nossa Senhora das Graças, uma referência na educação especial, oferecendo avaliações, programas específicos e terapias.

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O CMEE conta com uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos e odontólogos. Trabalhando com uma média de 1.500 alunos especiais, no final de setembro, a unidade de ensino entrou em reforma total para a implantação de melhorias em toda a sua estrutura.

Entretanto, a metodologia utilizada pelo CMEE André Vidal de Araújo, será replicada nos Cime (Centros Integrados Municipais de Educação), espalhados pela cidade, transformando os mesmos em anexos do complexo André Vidal de Araújo. Ao menos 6 mil alunos, com algum tipo de deficiência são atendidos pela rede municipal de ensino.

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Curiosidade A ponte que liga o bairro de São Raimundo aos bairros de Aparecida e Centro levou mais de 80 anos para ser construída. Começou a ser idealizada ainda no início do século 20, por volta de 1903, ocorrendo tentativas entre 1913 e 1914, que esbarraram na enchente do Igarapé da Cachoeira Grande. Em 1934 chegou-se a lançar a pedra fundamental de uma nova ponte, mas a obra acabou sendo interrompida. A atual ponte, batizada como Fábio Lucena, foi construída entre 1986 e 1987. Ao lado dela podem ser vistos os alicerces da ponte não concluída em 1934.

MANAUS

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Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

XX século

Local Casa de Praia será refeito Prefeitura de Manaus anunciou a reconversão do antigo Local Casa de Praia, na zona Oeste de Manaus Foto: Divulgação

LAÍSSA CARVALHO @LAISSAACARVALHOO

GOVERNO INAUGURA SALA DE FISIOTERAPIA

C

om a pandemia, as pessoas necessitaram passar mais tempo dentro de suas casas por conta do isolamento social, após o início da flexibilização do decreto governamental e volta gradual das atividades, muitos passaram a conquistar mais experiências ao ar livre. Pensando nisso, a Prefeitura Municipal de Manaus trabalha em um projeto de reconversão de um espaço abandonado na cidade, garantindo mais um espaço de lazer ao ar livre para a população.

O espaço que vai receber a reconversão é uma área na capital que está abandonada há décadas e localizado às margens do rio Negro, na zona Oeste da cidade. Ele era conhecido antigamente como Local Casa de Praia e funcionava como uma casa de shows no início dos anos 90 e 2.000.

Segundo a Prefeitura Municipal de Manaus, as equipes do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) estão desenvolvendo o projeto, que recentemente ganhou imagens renderizadas atualizadas da intervenção em 1.650 metros quadrados.

Na época em que o espaço funcionava, o acesso ao local era possível somente por meio das diversas escadas que existem até hoje.

Por conta disso, uma das maiores

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Novo Local Casa de Praia no complexo turístico da Ponta Negra

preocupações do Implurb é substituir as escadas por rampas de acessibilidade, de forma que todos possam usufruir do espaço. Como o terreno é desnivelado, seguindo a estrutura do lote, rampas e passarelas serão implantadas, ganhando ainda um elevador.

O projeto de reconversão faz parte do programa de crescimento econômico e social “Mais Manaus”, lançado pelo prefeito David Almeida (Avante), na segunda quinzena de junho.

Para o diretor de Planejamento do Implurb e também arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro, o Local Casa de Praia será um espaço pensado para o lazer e planejado para atender todos os públicos.

“Teremos uma central de artesanato, área de duty free, praça de

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alimentação, espaço para shows e playground. Ele é um exemplo da biofilia, algo cognitivo para o ser humano”, relata Pedro.

A tradicional feirinha de artesanato e os shows culturais, que haviam no complexo turístico da Ponta Negra, voltarão a ser atrações semanais.

O antigo Local Casa de Praia terá gestão futura da Semtepi (Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação), e conforme o secretário Radyr Júnior, o objetivo será dotar a unidade de atividades que produzam renda e distribuam desenvolvimento social, econômico e cultural. “Ali vamos fortalecer o empreendedorismo e, sobretudo a economia solidária e criativa, com o networking”, informa o secretário.

CAIMI Ada Rodrigues Viana ganha nova sala O Governo do Estado do Amazonas, por meio da SES-AM (Secretaria de Estado de Saúde) e em parceria com a Anoreg-AM (Associação e o Sindicato dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas e Sinoreg/AM) entregaram em julho deste ano uma sala de fisioterapia totalmente equipada ao CAIMI Ada Rodrigues Viana, que fica localizado no bairro Compensa, na zona Oeste de Manaus.

O espaço é totalmente destinado à reabilitação de idosos, que precisam de atendimento médico e acompanhamento para tratamentos pós-Covid e demais necessidades. A sala foi equipada com 130 novos aparelhos de fisioterapia, que foram doados para a unidade de saúde.

A secretária de Assistência Especializada da SES, Márcia Murad, destacou a doação como forma de ampliar a atenção ao idoso nos serviços de reabilitação. “Vai ser de grande importância todo esse material que eles estão nos doando para manter a atenção e ampliar o

tratamento às pessoas idosas, tanto para o tratamento no pós-Covid quanto para as outras necessidades”, ressaltou a secretária.

O espaço foi montado com bicicletas ergométricas, cadeiras de rodas, macas, escadas, exercitadores respiratórios, aparelhos de pressão, faixas elásticas, halteres e outros itens adquiridos por meio da campanha “Cartórios Solidários”, que acontece desde o ano passado, e que envolve associações e cartórios de todo o país.

Em agosto deste ano, mais um incentivo à saúde foi levado ao CAIMI Ada Rodrigues Viana. O Governo do Estado do Amazonas anunciou a ampliação do Projeto Respirar, que passou a atender também os idosos da unidade que precisam de reabilitação por conta das sequelas da Covid-19.

Com a ampliação do projeto, as pessoas que ficaram com sequelas por conta da doença podem ter acesso à reabilitação

cardiopulmonar e física, por meio de sessões de fisioterapia e prática orientada de exercícios físicos.

Para que o tratamento seja iniciado, o paciente precisará de um encaminhamento feito por um profissional de uma unidade da rede pública de saúde, indicando a necessidade do mesmo. Após isso, os pacientes avaliados pelos profissionais do Projeto Respirar terão encaminhamentos específicos, segundo sua avaliação, podendo ter um grupo de dez sessões de fisioterapia, prorrogáveis a depender da evolução do paciente.

As sessões serão orientadas por profissionais das áreas de saúde e educação física, que executam o tratamento com atividades voltadas para reexpansão pulmonar e fortalecimento muscular dos pacientes. Os atendimentos de fisioterapia na unidade de saúde acontecem das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

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1940

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Curiosidades O bairro do Aleixo começou a ser ocupado na década de 1940, quando foi aberta a Estrada do Aleixo (atual avenida André Araújo). Sua urbanização, no entanto, é recente. O início do asfaltamento das ruas se deu apenas na década de 1980. A partir desse processo tornou-se atrativo para a construção de conjuntos, como o Jardim Paulista, Belo Horizonte, Mora do Sol, Petro e Tiradentes. Alguns dos principais órgãos públicos do Estado se encontram nesse bairro, como a Sefaz, o Tribunal de Justiça, o Tribunal Regional Eleitoral, a Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e a Semosb (Secretaria Municipal de Obras). Nele estão localizadas as principais emissoras de telecomunicação do Estado: Rede Amazônica de Rádio e Televisão, TV e Jornal A Crítica e Band Amazonas. Sua população é de 24.417 habitantes.

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Nobre, mas à espera de melhoria Bairros buscam melhorias estruturais e equipamentos urbanos para atender moradores Fotos: Divulgação

Cinthia: Aleixo, apesar da boa localização, é carente de saúde, creche, linhas de ônibus, segurança e limpeza SÍNTIA MACIEL

A

zona Centro-Sul apresenta uma peculiaridade, em relação às demais regiões geográficas de Manaus. Em alguns bairros da área, é nítida a infraestrutura completa com escolas, unidades de saúde, delegacias e Cicons (Companhias Interativas Comunitárias), qua-

dras esportivas, praças, rotas completas e várias opções de transporte coletivo, que atendem apenas uma determinada parte do lugar, deixando a desejar a um trecho da mesma região.

Iluminação, opções de lazer, segurança, creches, limpeza pública, infraestrutura, são alguns dos principais itens que precisam ser providenciados

tanto no bairro Aleixo, quanto na comunidade Vila Amazonas, no Nossa Senhora das Graças, de acordo com os moradores dessas áreas.

Uma melhor infraestrutura viária, mais opções de linhas de ônibus, manutenção de áreas verdes são pontos que também precisam ser melhorados nos bairros Flores e Parque 10 de Novembro, na opinião de quem

aí mora.

Os bairros São Geraldo e Chapada, ao contrário dos demais que integram a zona Centro-Sul, não enfrentam, por exemplo, problemas com transporte e lazer. Um dos principais eixos viários da cidade, a Constantino Nery, além passar pelos dois bairros, abriga um dos cinco terminais de integração da cidade, o T1, proporcionando

aos moradores das duas áreas, uma oferta considerável de linhas de ônibus, viabilizando o deslocamento para qualquer parte da capital.

O lazer e a prática de atividades físicas também não são problemas para os moradores dos dois bairros, que contam com o Parque Municipal dos Bilhares –cuja reabertura está prevista para a segunda quin-

A ZONA CENTRO-SUL É PECULIAR NAS DESIGUALDADES. ENQUANTO HÁ INFRAESTRUTURA COMPLETA EM ALGUNS BAIRROS, EM OUTROS, FALTA QUASE TUDO

“A Vila Amazonas está abandonada. Precisamos que o Posto de Saúde retorne para cá, temos uma quadra que está sem reforma há uns 20 anos, apenas uma linha de ônibus atende a comunidade. Essa é a nossa realidade” Luciano de Souza (foto), presidente da Amavam (Associação dos Moradores da Vila Amazonas)

Aleixo “Aqui no Aleixo nós temos uma estrutura bem bagunçada. Primeiro que não se sabe os limites do bairro: o que é Adrianópolis, Coroado ou Parque 10. Segundo que as ações da prefeitura e do governo se concentram na André Araújo ou próximo ao campo do Vicentão, Jardim Paulista, por exemplo, e quem mora mais distante dessas áreas, fica sem atendimento”, comenta a secretária Cinthia Raquel Ferreira da Costa, 32, dos quais 25 vividos no bairro do Aleixo.

Conforme Cinthia, o bairro apesar de ter uma boa localização, é carente de uma unidade de saúde, creche, opções de linhas de ônibus, segurança e limpeza.

“Em algumas ruas há lixeiras a céu aberto, que atraem ratos e demais bichos. Há também ruas que precisam de manutenção e estão próximas à secretaria de Infraestrutura, que deveria ter um pouco mais de cuidado com as vias de seu entorno. Após às 19h, é um perigo andar pela Severiano Nunes ou a Gabriel Gonçalves, as principais ruas do bairro, depois da André Araújo, devido à falta de SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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policiamento”, pontua.

Segundo ela, alguns problemas pontuais do bairro, como uma creche ou unidade de saúde poderiam ser resolvidos facilmente.

“Há terrenos abandonados aqui no bairro que poderiam ser utilizados para atender a comunidade, basta o poder público querer”, opina.

“O Aleixo tem uma ótima localização, mas dependendo da área em que se mora, o deslocamento fica comprometido. Temos apenas duas linhas atendendo o bairro, e depois de um determinado horário, é perigoso ficar nos pontos de ônibus”, Cinthia Raquel da Costa.

Flores “Sempre morei no bairro de Flores, por achar uma área mais tranquila, de fácil acesso, e bem estruturada, evitando com que a gente tenha que se deslocar para o Centro, para resolver o que quer que seja”, declara a autônoma Dulcimar Sabino, 56.

Há seis anos morando em um condomínio de prédios, localizado na fronteira com a Cidade Nova, Dulcimar conta que nos últimos três anos, o trânsito no local vem JCOMMERCIO

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zena de outubro –uma área para a prática desportiva na praça de alimentação do conjunto Tocantins, recém-reformada, além da quadra de esportes da Chapada, famosa por sediar campeonatos de futsal, além da Super Liga Gay de Vôlei. Entretanto, a falta de uma delegacia ou Cicom para atender a região, evidencia a falta de segurança nestes bairros.

ficando caótico, e comenta a necessidade de uma infraestrutura viária, mais organizada para a área.

“Antes havia uma facilidade para sair do condomínio, mas há pelo menos três anos, o fluxo de veículos nessa área aumentou, refletindo na dificuldade de entrar ou sair do condomínio ou mesmo, circular por aqui, durante determinados horários.

Muitas pessoas usam o caminho como rota alternativa, mas acaba congestionando a via”, observa.

A falta de cuidados com uma área verde em frente ao residencial, também é outro ponto destacado por ela. “O poder público deveria ser mais zeloso com a área verde, telando ou implantando algum parque, como fez em alguns bairros, o que seria uma opção de segurança, para quem precisa passar perto dele à noite”, comenta.

“Há uma área verde na frente do condomínio que poderia ser melhor cuidada ou mesmo receber um parque, como os que já foram implantados em outros bairros. Além de oferecer segurança aos pedestres, seria mais uma

opção de lazer para os moradores do bairro”, Dulcimar Sabino.

Parque 10 de Novembro Há 18 anos morando com a família no conjunto Jardim Oriente, no Parque 10 de Novembro, a assistente social Edilene Pinheiro, 52, avalia a estrutura do bairro como positiva, deixando a desejar apenas a questão do transporte público.

“Aqui estamos bem servidos de escolas, supermercados, academias, restaurantes, mas quanto ao transporte público, deixa a desejar”, avalia.

Segundo ela, quem não dispõe de veículo próprio, precisa contar com as linhas 457, 458 e 460. Entretanto, as mesmas não tem uma quantidade significativa de carros, fazendo com que a espera por uma dessas linhas seja demorada. “É bem verdade que antes da avenida das Torres, a situação era ainda mais complicada, mas é necessário que haja mais opções de linhas aqui para o conjunto, pois nem todo mundo tem veículo próprio ou pode gastar com aplicativo de transporte”, observa.

Nossa Senhora das Graças “Há pouco mais de dois anos assumi a associação e desde então estamos nos mobilizando para melhorar a Vila Amazonas. Já conseguimos algumas conquistas como a implantação de iluminação à LED, mas ainda há muito a ser feito”, declara o presidente da Amavam (Associação dos Moradores da Vila Amazonas), Luciano de Souza.

De acordo com ele, a criação da entidade, nos anos 2000, foi necessária, para que a comunidade

conseguisse reivindicar melhorias para a área, mas nem sempre os pleitos foram atendidos. Por meio da Amavam, a comunidade conseguiu uma escola municipal – antes as crianças precisavam se deslocar até o conjunto Eldorado, no Parque 10 de Novembro.

“Há um terreno aqui que pode abrigar uma escola ou uma área de lazer, ou mesmo o posto de saúde que foi retirado daqui e transferido para outro local”, informa

O Parque 10 de Novembro é um lugar bom para morar” Edilene Pinheiro, moradora

Curiosidade ZONA OESTE

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A segunda torre da Igreja de São Sebastião, na praça de mesmo nome, não deixou de ser construída pela falta de verba ou pelo suposto afundamento da mesma em uma viagem marítima, como por muito tempo se pensou e divulgou, mas sim pela falta de estabilidade que o solo em que o templo foi erguido oferecia caso a obra recebesse novo acréscimo.

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De frente para o grande rio Zona Oeste: seu bairro mais populoso é a Compensa, com mais de 75 mil habitantes, seguido pelo bairro Tarumã e São Jorge Fotos: Laíssa Carvalho

LAÍSSA CARVALHO @LAISSAACARVALHOO

A

zona Oeste de Manaus é repleta de encantos, aos olhos de quem vê a cidade pela primeira vez, é facilmente reconhecida como cenário de vários cartões postais. É uma das seis zonas da cidade, sendo a segunda maior em tamanho, possui mais de 12 mil hectares que são divididos em 12 bairros: Compensa, Glória, Lírio do Vale, Nova Esperança, Ponta Negra, Santo Agostinho, Santo Antônio, São Jorge, São Raimundo, Tarumã, Tarumã-Açu e Vila da Prata.

Seu bairro mais populoso é a Compensa, com mais de 75 mil habitantes, seguido pelo bairro Tarumã e São Jorge. O bairro da Compensa também é considerado o quarto bairro com maior número de habitantes na cidade.

Já quando se fala em tamanho, o bairro do Tarumã-Açu ocupa a primeira posição da zona Oeste com mais de 4.800 hectares, seguido pelo bairro Tarumã e Compensa, em terceiro lugar.

A zona Oeste também é responsável por abrigar a Sede do Governo do Estado do Amazonas, Prefeitura Municipal de Manaus e a Câmara Municipal de Manaus. Nela também podemos encontrar vários DIPs (Distritos Integrados de Polícia) e Cicoms (Companhias Interativas Comunitárias).

Nela também estão localizados vários hospitais de referência, como a Maternidade Doutor Moura Tapajóz, SPA do São Raimundo, SPA Joventina Dias e também o Hospital e Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste.

A Ponta Negra é um bairro que pode ser considerado como classe alta na cidade, também é famoso por seus pontos turísti-

É UMA DAS SEIS ZONAS DA CIDADE, SENDO A SEGUNDA MAIOR EM TAMANHO, POSSUI MAIS DE 12 MIL HECTARES QUE SÃO DIVIDIDOS EM 12 BAIRROS cos, especialmente pela Praia e Orla da Ponta Negra, que sem dúvida, é um dos visuais mais bonitos da zona Oeste.

Já o Tarumã e Tarumã-Açu, são conhecidos por abrigarem flutuantes, marinas, sítios e chácaras, que garantem o lazer dos manauaras nos fins de semana.

São Jorge e Vila da Prata são dois bairros conhecidos por conta da área militar, neles podemos encontrar várias vilas exclusivas para a moradia militar, além do Zoológico do CIGS e 1° BIS (Batalhão de Infantaria de Selva).

O bairro da Compensa é dividido em 3 partes, é popularmente conhecido por ser a área de maior movimentação comercial da zona Oeste. Inicialmente o bairro era chamado de “Vila de Sapé”, por conta da palha que cobria as casas de madeira.

O Santo Agostinho faz fronteira com o bairro da Compensa e no meio dos dois bairros, podemos ter acesso a Ponte Jornalista Phelippe Daou, que liga a capital a outros municípios do Estado.

Santo Antônio, Glória e São Raimundo, são os bairros com menor número de habitantes da zona Oeste. Neles podemos

Rua Oscar Borel, Compensa -quarto bairro com maior número de habitantes na cidade

encontrar o Centro Estadual de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, além do famoso estádio Ismael Benigno, popularmente conhecido como Estádio da Colina.

Nova Esperança e Lírio do Vale são bairros que possuem uma boa extensão de área verde. Lá podemos encontrar também pelo menos 3 empresas de transporte coletivo, trazendo facilidade para quem depende do serviço.

A zona Oeste uma das zonas da cidade que possui maior variedade comercial, o que de certa forma, acaba trazendo comodidade para o consumidor, que consegue comprar o que deseja sem sair do bairro ou sem precisar se deslocar até outra zona da cidade. Dentro da zona Oeste, existe apenas 1 mercado municipal, que fica localizado no Bairro da Glória, há também 7 feiras municipais que estão distribuídas nos bair-

ros do São Jorge, Compensa II, Glória e Santo Antônio.

Falta de vontade para viver e vender, não se encontra pela zona Oeste. Mesmo com a pandemia, o comércio local não fechou as portas por completo, em contrapartida, procurou alternativas para continuar vendendo seus produtos e garantindo o sustento de várias famílias.

Com a reabertura do comércio após os picos da pandemia, os comerciantes que dependem da venda dos produtos para sobreviver, começaram a se sentir mais aliviados. Apesar do retorno no funcionamento, a situação ainda não voltou ao que era antes, especialmente para Sebastião Anselmo, de 62 anos, que há 29 anos vende pipoca na Orla da Ponta Negra.

“O que mais me marcou nesses anos em que vendo pipoca aqui na Orla, sem dúvidas foi a pandemia. A situação melhorou bastante com a reabertura,

Sebastião Anselmo vende pipoca na Orla da Ponta Negra há 29 anos

mas as pessoas ainda estão com medo de sair de casa, ainda não é como antes. Tenho fé que a situação vai melhorar e tudo vai voltar a ser como era”.

Com a reabertura gradual das atividades, os moradores

da zona Oeste da cidade relatam que se sentem mais seguros com a volta da normalidade, em especial espaços públicos como a praia e orla da Ponta Negra, academias ao ar livre e centro de convivências.

Foto: Wanda Ortega

EDUCAÇÃO

ESPORTES

SAÚDE

Projeto de alfabetização para Jovens e Adultos tem mudado a vida dos moradores da Compensa

Futsal da Glória foi criado no ano de 1999 pelos jogadores do time de futebol do bairro

Moradores da Comunidade Parque das Tribos criaram unidade para atender indígenas com suspeitas de Covid-19

Alfabetização para jovens e adultos

Aulas de futsal para crianças e adolescentes

Criado em 2007, um projeto de alfabetização para Jovens e Adultos tem mudado a vida dos moradores da Compensa. O projeto nasceu dentro da Associação de Moradores do bairro, que já existe há mais de 50 anos.

Professor há 4 anos na associação, Carlos César, de 43 anos, relata que o projeto foi criado para incentivar as pessoas que não tiveram oportunidade de estudar quando mais novas, mas que hoje buscam recuperar o tempo perdido. “O que mais me chama a atenção e me motiva, é a vontade deles de estudar. Costumo dizer que existe uma troca durante as aulas, eles trazem experiência e eu a didática”, relata.

Mãe de 5 filhos e dona de casa, Meiry Monteiro, de 41 anos, diz que por conta da falta de oportunidades durante a infância, precisou deixar os estudos de lado. Ela fez questão de colocar os filhos na escola para que pudessem aprender a ler e a escrever, mas somente aos 30 anos, decidiu se alfabetizar.

“Eu cheguei há 10 anos na associação sem saber nada, tudo o que sei hoje, aprendi com professores que dão aula aqui. Posso dizer que cheguei aonde queria estar, consegui me alfabetizar e me formar no ensino médio”.

As aulas são gratuitas e acontecem de segunda a sexta-feira, sempre de 19h às 21h na sede da Associação dos Moradores do bairro da Compensa.

Tenda da Saúde no Parque das Tribos

Bolas e futebol são atrativos para qualquer pessoa, não seria diferente com as crianças e adolescentes que moram no bairro da Glória. Por lá, há 22 anos existe uma escolinha de futebol, que leva diversão e responsabilidade para os que sonham participar de campeonatos.

Mãe de dois filhos, Jaqueline Lima, de 28 anos, relata que o projeto influencia diretamente na vida dos pequenos, que nem pensam em deixar de ir aos treinos. “Depois que começaram a participar, o comportamento deles melhorou em casa e até na escola, eles sabem que se não estudarem, não podem vir treinar. Então o único retorno que eu espero deles, é nos estudos”.

O projeto de futsal da Glória foi criado no ano de 1999 pelos jogadores do time de futebol do bairro, que já existia há 2 anos. Naquela época a procura não era tão grande, hoje a quantidade de alunos se aproxima de 150 crianças e adolescentes, com idades entre 4 e 18 anos de idade. O projeto é totalmente gratuito e acontece às terças, quartas e sábados na quadra coberta do bairro.

Para um dos coordenadores do projeto, Gel Sousa, de 41 anos, a finalidade da escolinha é apenas uma: poder levar o esporte para crianças e jovens de todos os bairros da zona Oeste. “Aqui no bairro não existem outros projetos assim, é gratificante ver que os alunos gostam de participar, muitos acabam vindo de outros bairros para treinar aqui”, relata.

Para tentar driblar a falta de leitos nas unidades de saúde durante a segunda onda de Covid-19 em Manaus, os moradores da Comunidade Parque das Tribos, que fica na zona Oeste da cidade, criaram uma tenda para atender indígenas com suspeitas da doença.

Para a enfermeira e coordenadora da unidade, Vanda Ortega Witoto, de 33 anos, a pandemia trouxe consigo diversos desafios, mas o principal deles foi a busca por um atendimento de qualidade para os indígenas que vivem no Parque das Tribos. Na comunidade vivem cerca de 3 mil moradores, de pelo menos 35 etnias diferentes.

“Nos mobilizamos para criar uma tenda dentro da comunidade. Um lugar que pudesse atender nossos parentes para que não precisassem ir até os hospitais da cidade, que estavam lotados. De todos os que receberam atendimento médico aqui, apenas um precisou ser internado em um hospital da cidade, mas acabou não resistindo”.

Por conta do trabalho que faz como enfermeira, atuando na linha de frente durante a pandemia, Vanda foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Estado do Amazonas. Para ela, apesar do reconhecimento profissional, a busca por uma saúde de qualidade não vai cessar. “Estamos em diálogo com a Secretária Municipal de Saúde para a construção da primeira UBS do Parque das Tribos, para que os indígenas que vivem aqui possam receber um serviço de saúde com qualidade”.

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anos

Curiosidade O bairro Crespo, na zona Sul, cujas origens remontam às décadas de 1940 e 1950, tem esse nome em homenagem ao comerciante português Antônio Crespo, antigo proprietário das terras em que o bairro está construído.

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Por trás da paisagem Nem tudo são cartões-postais na zona Oeste.

Segurança, transporte, saúde e educação precisam melhorar Foto: Divulgação

LAÍSSA CARVALHO @LAISSAACARVALHOO

S

egurança, transporte, saúde e educação. Serviços públicos que diariamente fazem parte da vida de todos os cidadãos, mas que nem sempre, são oferecidos com a melhor qualidade.

Todos os dias, 35 linhas de ônibus circulam por toda zona Oeste de Manaus. Para os moradores dos bairros, a quantidade de veículos não é suficiente para a alta demanda, e a espera para quem necessita desse serviço é angustiante. A falta de acessibilidade, a falta de opções de linhas que passam dentro dos bairros e a demora pelo serviço, são as principais reclamações.

No bairro Vila da Prata, que é um dos 12 bairros da zona Oeste da cidade, apenas as linhas de ônibus 102 e 118 atendem os moradores do local.

Para a dona de casa e moradora da Vila da Prata, Terezinha de Jesus, de 56 anos, a falta de opções de linhas de ônibus que atendem o bairro é um fator prejudicial para quem precisa sair de casa. Segundo ela, a espera por um ônibus demora mais que o trajeto até o destino final. “A linha 102 passa a cada uma hora e meia, é difícil ser dependente desse ônibus, mas como não tem outra alternativa, precisamos esperar por ele”, finaliza.

Outro fator importante e prejudicial é a falta de segurança nos coletivos. Segundo os usuários, mesmo com câmeras instaladas nos veículos, a criminalidade aumenta a cada dia que passa.

Estudante e usuária do trans-

Célia Araújo: há 5 linhas de ônibus para o Lírio do Vale, mas a espera é grande

porte público, Marlene Dantas, de 17 anos, relata que o serviço público está cada vez pior, principalmente em relação à segurança nos coletivos da cidade. “Eu já fui assaltada uma vez dentro do ônibus, agora em relação a assédio, já perdi as contas. É uma situação bem complicada, um dia estava voltando da escola quando passaram a mão na minha perna, falta segurança e fiscalização”, relata.

Hoje, a zona Oeste da cidade Foto: Divulgação

Edi Oliveira pega 4 ônibus todos os dias para chegar ao seu trabalho SEGURANÇA

conta com 5 Cicoms (Companhias Interativas Comunitárias), 5 DIPs (Distritos Integrados de Polícia) e 2 delegacias especializadas, sendo elas destinadas a Crimes Contra Turistas e Capturas e Polinter. É o que relata o aposentado Eduardo Palmeira, de 77 anos, que costuma caminhar todos os dias no bairro São Jorge. Para ele, a área em que costuma frequentar próximo a sua casa, é segura apenas por ser localizada nas proximidades de um quartel militar.

“Aqui nessa praça eu não me preocupo, sempre estão fazendo ronda. Mas se eu entrar um pouco mais no bairro, já posso dizer que estou em uma área vermelha”.

A educação também é um dos aspectos que mais precisa de melhorias. Hoje a zona Oeste conta com 36 escolas na rede municipal de ensino, 13 Centros Municipais de Educação Infantil e 1 creche. Já na rede estadual, a zona possui um total de 33 escolas.

Para Eliane Rocha, de 26 anos, a educação não está como deveria. Ela e a família vieram há 5 meses do município de Itamarati

e desde então, os filhos que tiravam notas boas no interior do Estado, conseguem tirar notas ainda melhores na capital.

“Lá o ensino não era tão bom e mesmo com a troca de escolas, eles não estão tendo nenhuma dificuldade. Eu fiquei surpresa, imaginei que a educação aqui fosse ser mais difícil”.

A zona Oeste possui 13 unidades de atendimento básico de saúde na rede municipal, já na rede estadual, existem 2 SPA, um Hospital e Pronto Socorro da Criança, 1 Caimi e 1 Caic.

ZONA OESTE POSSUI 35 LINHAS DE ÔNIBUS CIRCULANDO TODO DIA. PARA OS MORADORES DOS BAIRROS, A QUANTIDADE NÃO É SUFICIENTE

EDUCAÇÃO

TRANSPORTE PÚBLICO

Sílvio Sena é cobrador de ônibus há 16 anos Para quem depende do transporte público todos os dias, é necessário ter persistência. As principais dificuldades para quem depende de uma das 35 linhas de ônibus que atendem a zona Oeste da cidade é a falta de segurança e a demora na espera pelo ônibus.

Edi Oliveira, de 26 anos, é morador da zona Norte, mas todos os dias precisa pegar pelo menos 4 ônibus para chegar ao seu trabalho, que fica no bairro Compensa. Para ele, os maiores problemas no transporte público estão na zona Oeste.

“Só nesse ano, já fui assaltado 2 vezes na mesma linha. O valor que pagamos na passagem não é correspondente a qualidade do serviço”.

Já para a moradora do bairro Lírio do Vale, Célia Araújo, de 59 anos, lá existem 5 linhas de ônibus, mas a espera por qualquer um deles, é sempre grande.

“A espera pelos ônibus é sempre muito cansativa, preciso esperar em pé até uma das linhas passarem, aos fins de semana a situação piora ainda mais. Já aconteceu de eu desistir de sair de casa por conta da demora e espera sem fim”.

SAÚDE

Dereck Bentes: praça do bairro da Glória não recebe muita patrulha policial

Rose Araújo: seu filho precisa de educação especial

Josiel Lisboa: “sistema é lento”

A falta de segurança pública está presente em todos os bairros e aspectos da zona Oeste de Manaus. Para quem precisa sair de casa, o medo de ser assaltado é cada vez mais frequente.

Cobrador de ônibus há 16 anos, Silvio Sena, de 46 anos, relata que a falta de segurança não está só nas ruas da cidade, ela está presente também no transporte público. Para ele, o medo está inserido em sua rotina, principalmente durante o período da noite. “Eu já fui assaltado 30 vezes só durante o expediente de trabalho. Em uma das vezes colocaram uma arma na minha boca e me fizeram refém. Infelizmente as câmeras de segurança não adiantam de nada, nem inibem a criminalidade”.

Para Dereck Bentes, de 33 anos, a praça de lazer do bairro da Glória é um ponto da cidade que não recebe muita patrulha policial. “Eu trabalho aqui desde 1996, posso dizer que falta mais policiamento nessa parte do bairro. Se houvesse mais, talvez ajudasse a reduzir a quantidade de assaltos que acontecem por aqui”.

Somente na zona Oeste de Manaus, existem hoje 33 escolas da rede estadual e 36 escolas da rede municipal de ensino. Para os pais que dependem do serviço para garantir a educação dos filhos, ainda existem muitos pontos a serem corrigidos.

Glauciene Couto, de 31 anos, relata que há 3 meses precisou trocar o filho de 11 anos de escola, pensando em um rendimento melhor. “Troquei meu filho de escola por conta da falta de supervisão e acompanhamento dos professores e pela falta de segurança no prédio. Precisei trazê-lo para o bairro São Raimundo para me sentir mais segura”.

Já para a autônoma Rose Araújo, de 48 anos de idade, a situação é um pouco mais complicada. O filho de 14 anos tem autismo e dislexia, mas até hoje, nunca conseguiu um mediador escolar. Para ela, a educação é essencial, mas por conta da falta de apoio, sofre com as dificuldades enfrentadas pelo filho. “Eu comecei a pagar uma escola particular, mas por conta do alto custo, ele precisou voltar para a rede pública”.

Para os moradores da zona Oeste que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde), não há quem não reclame. As reclamações se repetem em todos os bairros da zona, deixando sempre em evidência a demora no atendimento.

Josiel Lisboa, de 55 anos, relata que há 4 anos a esposa faz tratamento pelo SUS por conta de um problema nas cordas vocais. Mesmo fazendo exames para acelerar o tratamento, o dia da cirurgia nunca chega. “O sistema é tão lento que os exames vencem antes de chegar o dia da nova consulta com o médico. Minha esposa perdeu boa parte da fala por conta da demora, hoje ela precisa de uma cirurgia para tentar reverter os danos”.

Já para a aposentada de 61 anos, Maria do Rosário. A demora no atendimento público a fez procurar por clínicas particulares para tratar a osteoporose. Para ela, a falta de comprometimento dos profissionais de saúde, interfere diretamente no tratamento de quem necessita de ajuda.

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ANOS ANOS

O INDT - Instituto de Desenvolvimento Tecnológico

se orgulha em fazer parte desta história promovendo há 20 anos INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

no Brasil e no Mundo!

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anos

Curiosidade Onde hoje fica a sede do Atlético Rio Negro Clube, na avenida Epaminondas, em frente à Praça da Saudade, existiu o Cemitério de São José, em atividade de 1856 a 1891. Entre 1926 e 1931 ocorreu a transferência dos restos mortais e monumentos funerários para o Cemitério de São João Batista. Os restos mortais não reclamados de 48 pessoas foram depositados em um ossuário construído em 1932. Os últimos vestígios do cemitério desapareceram em 1938, quando o terreno foi doado pela prefeitura para a construção do prédio do clube de futebol.

ATLÉTICO RIO NEGRO

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Bem-estar e esportes ganham valor Áreas de convivência, esporte e lazer atraíram mais moradores depois da reabertura pós-quarentena Foto: Divulgação

A ORLA DA PONTA NEGRA É UM DOS LOCAIS MAIS PROCURADOS PELOS MANAUARAS QUE QUEREM PASSEAR E SE DIVERTIR NA CAPITAL

LAÍSSA CARVALHO @LAISSAACARVALHOO

A

lém de dar uma aquecida no comércio local, a reabertura dos espaços públicos comunitários e de lazer trouxe consigo uma satisfação emocional para quem costuma usar esses espaços com frequência. Para os moradores da zona Oeste da cidade, não foi diferente, os espaços nunca foram tão procurados quanto agora.

A Orla da Ponta Negra é um dos locais mais procurados pelos manauaras que querem passear e se divertir na capital.

Por se tratar de um ambiente aberto, com espaço para atividades ao ar livre e com uma grande variedade de lazer e comércio, é frequentemente a primeira opção dos moradores da cidade.

Para a aposentada e moradora do bairro Nova Esperança, Romilda Chagas, de 83 anos, a Orla da Ponta Negra é um atrativo para moradores de toda a cidade, que acabam indo de outras zonas para curtir o espaço. “É bom principalmente para as famílias que possuem uma renda mais baixa, essas pessoas podem vir até aqui, passear pela orla, aproveitar a praia e se divertir”.

Outro espaço de lazer e diversão é a Mini Vila Olímpica, que fica localizada no bairro Santo Antônio. O local é bastante frequentado pelos moradores da zona Oeste de Manaus, principalmente pelas crianças que moram nos arredores. A Mini Vila do Esporte atualmente está sendo revitalizada pela Semuls, que está atuando no local com serviços de pintura, capinação e podagem de árvores. Por lá, os apaixonados por esporte podem encontrar aulas de jiu-jitsu, futsal, funcional e até aulas de zumba.

Hoje, a zona Oeste de Manaus conta também com dois CEL (Centros de Esportes e Lazer), que trazem aulas gratuitas para a comunidade. O CEL Ninimberg dos Santos Guerra é popularmente conhecido como “Bergão” e fica localizado no

bairro São Jorge, já o CEL Dom Jackson fica localizado na Compensa, em uma das principais avenidas do bairro. Nos dois centros, os moradores podem encontrar treinos esportivos, treinos de musculação e aeróbicos, danças e até mesmo aulas destinadas para a terceira idade.

O CDC (Centro Desportivo da Compensa), também é um atrativo para os moradores da zona Oeste. O local é sempre movimentado, principalmente pelos moradores do bairro, que usam o espaço para partidas de futebol durante a semana e também para aulas de danças coletivas. O centro também costuma receber campeonatos de futebol da zona Oeste, que garantem uma disputa e torcida apaixonada pelos times dos bairros.

No final de 2020, mais um espaço ganhou destaque na zona Oeste, o Velódromo Professora Alzira Campos. O espaço foi inaugurado pela Prefeitura de Manaus após mais de cem anos da construção do primeiro velódromo da cidade.

Lá, os amantes de esporte podem contar com uma pista de caminhada e quadras de tênis e skate. Segundo a prefeitura, o velódromo foi criado para reacender a paixão pelo ciclismo, que necessitava de um espaço destinado ao esporte.

Atualmente, Manaus tem diversas praças ao ar livre, muitas delas estão revitalizadas e agradam a população manauara. É o que garante Terezinha de Jesus, de 56 anos, a praça pública que costuma frequentar no bairro São Jorge, para ela é um local de escape. Pelo menos 3 vezes durante a semana, a moradora da Vila da Prata vai caminhando até a praça do bairro vizinho e para rever os vizinhos e ler um livro, segundo ela, só pelo fato de sair de casa, sua mente já fica mais relaxada. “Nós já passamos tanto tempo trancados em casa, agora precisamos respirar um pouco de ar fresco. Eu acho essencial, todos os bairros deveriam ter espaços como esse”, finaliza.

PRAÇA CORONEL JORGE TEIXEIRA

Localizada na avenida São Jorge, a Praça Coronel Jorge Teixeira é um atrativo para os moradores do bairro e para quem vai até o Zoológico do Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva).

Popularmente conhecida como “Praça do CIGS”, por ser localizada em frente do zoológico da cidade, ela foi revitalizada no ano de 2014 em homenagem ao primeiro comandante do Centro de Instrução. Naquele ano, a praça ganhou uma academia ao ar livre, a reforma na estrutura do espaço, na quadra de esportes e nas ruas que cercam o local.

Para os moradores que utilizam o espaço, a praça é bem localizada e uma ótima área de lazer para os moradores da zona Oeste. É o que diz o professor de música Ramon Carneiro, de 29 anos, ele anda cerca de 1 km por pelo menos 3 vezes na semana desde o ano de 2019 para utilizar o espaço, principalmente a academia ao ar livre.

“Eu não malho em outro lugar, somente aqui. Pra mim isso é o suficiente. O espaço é ótimo e se não existisse, ficaria bem triste. Falta apenas uma manutenção nos equipamentos que vão estragando por conta da chuva, fora isso é tudo perfeito”, Relata Ramon.

Os dias mais movimentados são durante a semana a partir das 16h. Os moradores das proximidades costumam se reunir no final da tarde para conversar, jogar uma partida de futebol, levar as crianças para brincar, se exercitar e até dançar zumba.

CENTRO DE CONVIVÊNCIA DA FAMÍLIA MAGDALENA ARCE DAOU

Uma das áreas comunitárias e de lazer mais procuradas da zona Oeste é o Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, ele foi inaugurado em dezembro de 2011 pelo Governo do Estado do Amazonas. O Centro fica localizado na avenida Brasil, que é uma das principais avenidas da cidade e atende vários bairros.

O complexo tem mais de 29 mil metros quadrados e nele podemos encontrar piscinas, quadras, academia, salas de dança, música, teatro e muito mais. Para Walter Vital, que é coordenador do centro há um ano, o espaço é totalmente destinado ás famílias, que lá podem encontrar atividades voltadas para a área da saúde, sociais, esportivas, educacionais, de lazer e até cursos profissionalizantes.

Para a aposentada Lena Bentes, de 68 anos, o centro é fundamental para o desenvolvimento do neto Vinícius, de apenas 10 anos de idade. “Ele tem hiperatividade, mas desde que começou a fazer teatro aqui, há 3 anos, o comportamento dele mudou em todos os aspectos, principalmente em casa e na escola. Agora eu posso dizer que ele é uma criança mais sociável e comunicativa”, Relata a avó.

Por conta da pandemia, as atividades presenciais precisaram reduzir a capacidade para 30%. Mas com o retorno gradual, novas pessoas vão surgindo a cada dia. Para aqueles que buscam lazer em família, o centro está aberto de segunda a sexta-feira, de 8h às 21h.

PISTA DE SKATE DA PONTA NEGRA

O Skatepark da Ponta Negra foi reinaugurado no final de 2013 após uma reforma na Orla da Ponta Negra. De lá pra cá, a quantidade de apaixonados pelo espaço e pelo esporte só aumenta. É o que garante o estudante Gabriel dos Santos, de 17 anos. Ele anda de skate há poucos meses, mas sempre que pode, vai até o local. “Eu moro no bairro Alvorada, mas como não tem outras pistas perto da minha casa, venho pra cá.

Quando não consigo vir de ônibus, venho de skate mesmo, mas não deixo de vir” .

Por ser a única pista de skate da zona Oeste de Manaus, o Skatepark nunca está vazio. Até mesmo para quem mora em bairros mais distantes, o espaço acaba sendo a única opção.

Desde quando aprendeu a andar de patins, o estudante Thiago Portela, de 16 anos, nunca deixou de frequentar o espaço e faz questão de ir até lá pelo menos 3 vezes por semana. “Eu ando de patins há 8 anos, aprendi aqui mesmo na Ponta Negra. Meus pais sempre me trazem quando podem, eles também adoram esse espaço”, relata.

Para ele, que é morador da zona Sul, a falta de áreas como essa o fazem gastar mais de uma hora de deslocamento até o skatepark, mas por conta da qualidade, não vê nenhum problema.

COMPLEXO ESPORTIVO DA VILA DA PRATA

Construído há mais de 30 anos, o Complexo Esportivo da Vila da Prata é um verdadeiro sucesso entre os moradores. Por lá, várias atividades acontecem durante a semana e todas com os mesmos objetivos, aproximar os moradores e inserir o esporte na vida de cada um.

Raphael Brelaz, de 27 anos, conta que nasceu e foi criado no bairro e que frequenta o espaço desde que era criança. Segundo ele, as aulas coletivas de zumba, treino funcional e peladas de futebol para todas as faixas etárias aproximam os moradores e incentivam novas pessoas a cada dia.

“Os moradores daqui estão buscando por mais qualidade de vida, antes da reforma da quadra as pessoas buscavam por isso em outros bairros. É prazeroso ver como as pessoas estão empolgadas com esse espaço”, relata.

O espaço foi reformado em 2016 pela Prefeitura Municipal de Manaus, mas após 5 anos, o complexo necessita de reparos na pintura da quadra e nos holofotes.

Já para Cristina Oliveira, de 41 anos, o espaço é necessário para que todos possam relaxar o corpo e a mente. Ela começou a frequentar o complexo por conta dos filhos que jogavam futebol, mas há 6 anos criou o time de futebol feminino e virou capitã. “Aqui eu posso fazer de tudo, participo dos treinos de futebol, funcional e zumba. Fora o time de futebol composto por mães, é gratificante fazer parte”, finaliza.

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Curiosidade O bairro de Santa Etelvina, na zona Norte, tem esse nome em homenagem à jovem Etelvina d’ Alencar, barbaramente assassinada na antiga Colônia Campos Salles, hoje bairro de Santa Etelvina. Seu corpo foi encontrado na densa mata da colônia em 17 de março de 1901. Após o acontecimento passou a ser venerada como santa popular, lhe sendo atribuídas diferentes graças alcançadas.

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Remando contra a poluição dos rios

Foto: Divulgação

Há 5 anos projeto Remada Ambiental reúne voluntários aos últimos sábado de cada mês e a cada dia conquista mais manauaras LAÍSSA CARVALHO @LAISSAACARVALHOO

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á 5 anos um projeto social vem conquistando cada vez mais a admiração dos manauaras.

O projeto reúne voluntários aos últimos sábado de cada mês, sempre para contribuírem com o mesmo objetivo: recolher o lixo do rio.

O projeto Remada Ambiental foi criado em maio de 2016 por conta da grande quantidade de lixo que existe no rio Tarumã-Açu. Hoje, ele conta com mais de 5 mil voluntários, que estão sempre dispostos a contribuir com a limpeza dos rios.

A Remada Ambiental teve início no ano de 2016, 4 anos após a compra de um flutuante, que fica localizado no bairro Tarumã-Açú, na zona Oeste de Manaus.

Segundo o empreendedor social, dono do espaço e criador do projeto, Jadson Maciel, de 41 anos, a compra do local foi uma das melhores decisões de sua vida. Hoje, ele relata que ao olhar para trás e ver a vida que tinha, consegue agradecer pela oportunidade e pelos frutos que conquistou.

“Chegou uma época que eu estava cansado do mundo corporativo e queria paz. Pedi a demissão da empresa onde trabalhava e comprei um flutuante no final do ano de 2012. Lá comecei uma nova jornada em minha vida”, relata.

A partir desse ano, o espaço começou a funcionar como área de lazer para aqueles que queriam sair da cidade e procuravam um ambiente para relaxar. No flutuante sempre havia aulas de Stand Up Paddle (SUP) e com cada vez mais frequência, os alunos acabavam se deparando com muito lixo, que era sempre descartado no rio de forma irregular.

Consequentemente, os alunos que iam até o local começaram a se surpreender com a quantidade de lixo descartado no rio e nos igarapés que cortam a zona Oeste.

Diante disso, as pranchas que antes serviam para aulas de SUP na região do Tarumã-Açú, passaram a ganhar uma importância ainda maior, elas começaram a servir para a coleta de resíduos sólidos do rio.

A retirada de lixo é sempre feita em pranchas de SUP. Os voluntários que participam das

ações vão remando pela extensão do rio, que passa aos arredores de alguns flutuantes e recolhem o máximo possível de lixo doméstico que estiver pelo caminho.

O projeto atua há 5 anos nos arredores da Marina do Davi, da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Acamdaf) e na foz do Igarapé do Gigante.

Atualmente a Remada Ambiental conta com mais de 5 mil voluntários que já passaram pelo projeto, mas que sempre saem satisfeitos de cada uma das ações.

Por consequência da pandemia, o número de voluntários que participam das ações precisou ser limitado. Hoje, cerca de 50 pessoas participam pelo menos uma vez ao mês.

Até hoje, 52 remadas já foram realizadas e acontecem sempre nos últimos sábados de cada mês.

Em seu total, mais de 46 toneladas de lixo doméstico já foram retiradas do rio.

Para Jadson, todas as ações precisam ser planejadas e acontecem sempre em 3 fases. A primeira delas é a coleta de resíduos na Marina do Davi, a segunda é

Remada Ambiental está há 5 anos atuando para diminuir a pressão do lixo sobre as bacias hidrográficas

na Acamdaf para conversar com os usuários das comunidades próximas, praias e flutuantes, e por último a terceira fase, que é a coleta de resíduos na Foz do Gigante com pranchas de SUP, pranchas de caiaque e botes.

“O projeto cresceu muito nos últimos anos. Graças a luta e insistência de todos os mais de 5 mil voluntários que já passaram pelo Remada. Hoje conseguimos mostrar a todos os manauaras o tamanho do problema que temos que enfrentar por conta da destinação incorreta dos resíduos sólidos”, relata o idealizador do projeto.

Por conta do alcance e visibilidade das ações, a Remada Ambiental conta hoje com o apoio da Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Pública), Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) e com o CBHTA (Comitê

de Bacias Hidrográficas do rio Tarumã-Açú), que sempre estão presentes para prestar auxílio durante as ações.

Todos os dias, a Prefeitura Municipal de Manaus recolhe mais de 27 toneladas de lixos dos rios e igarapés da cidade, e assim como nas coletas da Remada, o maior vilão encontrado é a garrafa pet.

Remada ambiental Há 5 anos um projeto social vem conquistando cada vez mais a admiração dos manauaras. O projeto reúne voluntários aos últimos sábado de cada mês, sempre para contribuírem com o mesmo objetivo: recolher o lixo do rio.

O projeto Remada Ambiental foi criado em maio de 2016 por conta da grande quantidade de lixo que existe no rio Tarumã-Açu.

Hoje, ele conta com mais de 5

mil voluntários, que estão sempre dispostos a contribuir com a limpeza dos rios.

A Remada Ambiental teve início no ano de 2016, 4 anos após a compra de um flutuante, que fica localizado no bairro Tarumã-Açú, na zona Oeste de Manaus.

Segundo o empreendedor social, dono do espaço e criador do projeto, Jadson Maciel, de 41 anos, a compra do local foi uma das melhores decisões de sua vida.

Hoje, ele relata que ao olhar para trás e ver a vida que tinha, consegue agradecer pela oportunidade e pelos frutos que conquistou.

“Chegou uma época que eu estava cansado do mundo corporativo e queria paz. Pedi a demissão da empresa onde trabalhava e comprei um flutuante no final do ano de 2012. Lá comecei uma nova jornada em minha vida”, relata.

Manaus: terra de empreendedores e empreendedoras. 352 anos de história movida por uma gente que sonha, transforma e inova. Nós, do Sebrae no Amazonas, temos orgulho em fazer parte dessa história.

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Curiosidade Surgido de uma invasão de operários em 1974, o bairro da Redenção, na zona Centro-Oeste, quando ainda era uma simples comunidade, era conhecido como Planeta dos Macacos. Existem duas versões para a origem desse nome. Para alguns, o nome é uma referência à presença de diferentes espécies de macacos na região, que tinha bastante área verde quando foi criada. Outra, talvez mais coerente, diz que o nome foi uma homenagem ao universo da franquia de filmes “Planeta dos Macacos”, criada no final dos anos 60 e que passou a fazer enorme sucesso nos anos 70.

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Atenção redobrada às mulheres

Ações de incentivo e apoio às mães que amamentam seus filhos e à saúde da mulher têm ganhado mais importância LAÍSSA CARVALHO @LAISSAACARVALHOO

C

om a chegada do mês de agosto, a Prefeitura Municipal de Manaus deu início a diversas ações voltadas para o “Agosto Dourado”, que simboliza a luta pelo incentivo a amamentação materna.

A Maternidade Moura Tapajós iniciou o mês com ações voltadas ao esclarecimento e à sensibilização sobre a importância da amamentação. A primeira parte da campanha foi feita por meio de vídeos educativos que tiveram como tema a amamentação e teve como foco os profissionais de saúde e a população em geral.

Os vídeos fizeram parte de uma iniciativa do Setor de Educação Continuada e Permanente da Maternidade e foram divulgados em todas as terças-feiras durante o mês de agosto.

Para quem ainda deseja ter acesso ao conteúdo, é necessário entrar na página da Maternidade (https://semsa.manaus. am.gov.br/maternidade-moura-tapajoz) e clicar no vídeo

que deseja assistir.

Ainda durante as ações realizadas no mês de agosto, os servidores da Maternidade Moura Tapajós participaram de um curso voltado para o aleitamento materno.

O treinamento teve como

PREFEITURA CRIOU AÇÕES VOLTADAS PARA O “AGOSTO DOURADO” QUE SIMBOLIZA LUTA PELO INCENTIVO A AMAMENTAÇÃO MATERNA objetivo reforçar as boas práticas no parto e nascimento, além de estabelecer ações que garantam a prática da amamentação e reduzam as taxas de mortalidade infantil.

Para a enfermeira obstetra Núbia Cruz, diretora da uni-

dade, o curso foi fundamental para os servidores e colaboradores recém-chegados. “Além disso, a periodicidade também é importante para todos que já fizemos e estamos habilitados, pois é necessário estarmos nos atualizando constantemente, relembrando nossa própria prática e trocando experiências”, ressaltou a diretora.

Outro serviço oferecido pela Prefeitura Municipal de Manaus na maternidade é a coleta de leite materno em domicílio. O serviço é gerenciado pela maternidade Dr. Moura Tapajóz, localizada no bairro da Compensa, zona Oeste, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Para os que desejam fazer doações direto na unidade, é necessário ir até o posto de coleta conhecido como “Cantinho da Amamentação”, que fica aberto 24 horas por dia, dando assistência as mães que precisam de auxílio.

Já para as que desejam a coleta em domicílio, podem agendar pelo número de WhatsApp 99240-8080, que funciona exclusivamente para atender a essa demanda.

Aleitamento materno é fundamental para a saúde das crianças

Serviços de prevenção ao câncer de mama e colo de útero Por conta da chegada do mês de outubro, a Prefeitura Municipal de Manaus deu início a uma série de programações em alusão ao “Outubro Rosa”, que é o mês de alerta e prevenção dos cânceres de mama e colo de útero.

A Semsa (Secretaria Municipal de Saúde), por meio dos Disas (Distritos de Saúde), estão realizando durante todo o mês de outubro atividades de reforço aos serviços que já são oferecidos regularmente.

Um dos primeiros locais a receber a intensificação foi à policlínica Dr. Djalma Batista, que fica localizada na Compensa, zona Oeste de Manaus. Lá os serviços foram variados, mas com foco na conscientização da importância do diagnóstico precoce dessas doenças.

A secretária de Saúde do município, Shádia Fraxe, acompanhou os atendimentos na policlínica e destacou que SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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os cuidados rotineiros são necessários para o diagnóstico precoce. “No ‘Outubro Rosa’ fazemos essa intensificação com as mulheres, para que façam os seus exames de rotina, que podem identificar alguma doença em seu início, principalmente o câncer de mama e o do colo do útero”.

Já a diretora da policlínica, Doris Vicente, explicou que durante todo o mês as mulheres terão atenção especial na unidade, principalmente com a oferta de mamografias. “Esse é um exame que precisa ser agendado pelo Sistema de Regulação, o SisReg, o que pode gerar um tempo maior de espera até a sua realização. Aqui nós incluiremos as mulheres da área de abrangência da policlínica, que não conseguiram, ainda, a autorização, como demanda espontânea e, dessa forma, fazer a mamografia”, informou.

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Foto: Divulgação

Programa Leite do Meu Filho já faz parte do cotidiano de mães em toda a cidade

“Outubro Rosa” é o mês de alerta e prevenção dos cânceres de mama e colo de útero

Revitalização no Pac da Compensa Após 21 anos da inauguração, o PAC do bairro Compensa vai receber reformas estruturais pela primeira vez. A reforma será feita pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio da Sejusc (Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania).

A reforma do Pronto Atendimento ao Cidadão faz parte de um processo de modernização dos PACs. O PAC Compensa, é uma das unidades que apresenta um dos maiores fluxos de atendimento e funcionava em um prédio que nunca havia passado por melhorias estruturais desde a fundação. É o primeiro Pronto Atendimento a receber os serviços, que também serão executados nas outras unidades, de acordo com a secretaria.

Antes de ter as atividades suspensas por conta do início da reforma, o PAC Compensa atendia diaria-

mente cerca de 1.700 pessoas somente para os serviços de emissão de RG. Além das reformas nos espaços já existentes, está a construção de um auditório que poderá atender as demandas internas dos contribuintes e também dos moradores da zona Oeste, que utilizam o serviço.

Para a secretária da Sejusc, Mirtes Salles, a reforma vai trazer benefícios para a população, que necessita dos serviços com frequência. “Vai ser o único PAC que vai ter um auditório com capacidade para 200 pessoas, para que possamos realizar os eventos da Sejusc como um todo, fazer treinamento e atender a população”.

“Enquanto o PAC Compensa está em reforma, nós transferimos todos os serviços para o PAC Alvorada.

Hoje, no PAC Alvorada, nós temos dois funcionando, o Alvorada e o Compensa.

Temos lá uma capacidade dobrada. Em seguida o PAC Alvorada vai entrar em reforma e os serviços vão se mudar para o PAC Compensa, e assim sucessivamente”, detalhou a secretária.

Ela destacou, ainda, que a obra deve ser entregue no final de outubro, quando a modernização do PAC Compensa entrará em uma nova fase.

Já para a secretária executiva de Cidadania da Sejusc, France Mendes, a modernização do PAC será feita em parceria com outros órgãos. “A secretaria vai entrar com a parte de estruturação de equipamentos, nós vamos equipar o PAC. Os parceiros também entrarão aqui para fazer essa estruturação dos equipamentos, colocar todo o processo de maquinário para que possamos inaugurar e para que a população possa se beneficiar com esse

PAC, com esses serviços”.

Depois da unidade da Compensa, o cronograma prevê melhorias nos PACs Alvorada e Educandos. Durante o período de execução dos trabalhos, os serviços são deslocados para outras unidades, sem que a população fique desassistida.

PAC Digital - O aplicativo lançado no início do mês de outubro, pelo Governo do Amazonas, por meio da Sejusc, já entrou em funcionamento para agendamentos de serviços.

O PAC Digital vai otimizar os agendamentos online na emissão de 1ª e 2ª vias de RG (Registro Geral) e RCN (Registro Civil de Nascimento). Essa medida faz parte de um plano de ação criado pelo Governo do Amazonas, que inclui também a realização de ações de cidadania, tanto na capital quanto no interior, e a modernização das unidades do PAC na capital.

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CURIOSIDADE

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A rua Marechal Deodoro, no Centro da cidade, era antigamente a rua do Imperador, em homenagem ao Imperador Dom Pedro II (1825-1892). Nela ficavam os principais estabelecimentos comerciais, como restaurantes, casas importadoras e exportadoras, consultórios médicos, farmácias e armarinhos. No auge da Zona Franca passou a ser conhecida como Rua do Bate Palma em referência à atividade dos vendedores e a forma como estes chamam a atenção dos clientes.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Bairros onde todos se conhecem Pequena zona é composta por apenas cinco bairros: Alvorada, Da Paz, Dom Pedro, Planalto e Redenção Foto: Laís Pompeu

LAÍSSA CARVALHO E RITA FERREIRA @LAISSAACARVALHOO @RITAF20

M

esmo sendo considerada a menor zona da cidade, a zona Centro-Oeste possui seus encantos. Para quem mora nessa zona, não há outra igual e sempre há alegria para dar e vender.

A zona Centro-Oeste é a menor das seis zonas da cidade de Manaus quando se fala em tamanho, possuindo apenas 1.800 hectares. Ela é composta por apenas cinco bairros: Alvorada, Da Paz, Dom Pedro, Planalto e Redenção.

Seu bairro com maior extensão territorial é o Alvorada, que lidera a disputa com 553 hectares, seguido pelo bairro do Planalto, Redenção, Dom Pedro e Bairro da Paz. Já quando se fala em número de habitantes, a zona Centro-Oeste também está na última posição em relação às outras zonas da cidade. Possui cerca de 150 mil habitantes.

Seu bairro mais populoso é o Alvorada, que possui cerca de 65 mil habitantes, seguido da Redenção, Dom Pedro, Planalto e Bairro da Paz, com um pouco mais de 15 mil habitantes. É impossível não falar de Carnaval sem falar da zona Centro-Oeste, que segundo os moradores da região, é lá que a magia acontece.

Para Naia Fernandes, de 52 anos, o bairro Alvorada é repleto de histórias e alegrias, principalmente em época de Carnaval.

Segundo ela, por conta da escola de Samba Unidos do Alvorada, que é uma das principais atrações do bairro, a família acaba se envolvendo na brincadeira durante todo o ano.

“Pra mim, o Carnaval é a melhor festa. Aqui no Alvorada nós esperamos por isso o ano inteiro e sempre com muita alegria.

Agora estamos começando os ensaios e a família toda sempre vai acompanhar”, relata.

Durante a época de Carnaval, a avenida do Samba fica recheada de alegria e diversão, deixando o Carnaval da cidade ainda mais colorido. Para os apaixonados pela folia, o Sambódromo e a avenida são os pontos da cidade com maior número de brincantes durante o mês de fevereiro.

A zona Centro-Oeste também é conhecida por abrigar

alguns dos maiores hospitais de referência da cidade como a FMT (Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado) e a FCecon (Fundação Centro de Oncologia do Estado do Amazonas), além de dois CAICs e um SPA. Podemos encontrar também na zona Centro-Oeste a Delegacia Geral do Estado do Amazonas, a base da Rocam (Ronda Ostensiva Cândido Mariano), a sede da Polícia Federal, DIPa (Distritos Integrados e Polícia), Cicoms (Companhias Interativas de Polícia) e até Delegacias Especializadas.

Para os moradores antigos, a zona Centro-Oeste é repleta de encanto e magia. Lindalva Fernandes, de 80 anos, mora na zona há pelo menos 40 anos, ela se mudou com o esposo na década de 80 para morar mais próximo dos pais, que na época também moravam no local. Hoje ela conta com orgulho que os 7 filhos nasceram e foram criados na zona Centro-Oeste.

“Eu sempre gostei de morar aqui e nunca pensei em sair. Depois que me mudei para cá, abri meu comércio e criei todos os meus filhos. Somos os moradores mais antigos dessa área e todos nos conhecem. Até meus irmãos se mudaram para cá e hoje todos moramos no mesmo bairro”.

O bairro do Dom Pedro é famoso pela variedade de restaurantes, que atendem boa parte da população manauara, além de praças públicas e opções de lazer. Nele podemos encontrar também diversos condomínios residenciais e conjuntos habitacionais como Dom Pedro I E II, Kíssia I e II, Débora e outros.

Planalto é um dos bairros que faz fronteira com a zona Oeste de Manaus, é considerado também um dos bairros classe média e classe média alta na cidade.

Lá podemos encontrar diversos condomínios fechados e também uma das principais ruas de ligação entre os bairros, a Avenida Desembargador João Machado.

Já o bairro Da Paz, surgiu como uma invasão que foi deslocada de outra zona da cidade, conforme os anos se passaram, a invasão que antes era conhecida por uma grande extensão

SAMBA UNE MORADORES, COM A AVENIDA DO SAMBA, SAMBÓDROMO E COM A ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DO ALVORADA

Esse ano, a Fcecon comemora a marca de 12,3 mil consultas e cirurgias para o tratamento do câncer de mama

de área verde nas proximidades do aeroporto, passou a receber serviços do poder público.

E por último, a Redenção. É um bairro que possui grande área comercial, deixando os moradores ainda mais satisfeitos, sem que haja a necessidade de saírem para outras zonas da cidade. É conhecido também por abrigar uma comunidade indígena saterê mawé desde a década de 90.

Destaque para Educação Criada há 24 anos por um grupo de amigos, a Escolinha do Unidos do Alvorada vem trazendo alegria e incentivo para as crianças e jovens do bairro.

Para os criadores do projeto, a maior gratificação é poder ver o futuro brilhante que cada um tem pela frente.

Para um dos fundadores do projeto, Joacy Castelo, mais conhecido no bairro como ‘Jacaré’, de 60 anos, o incentivo tem trazido alegria para a vida das crianças do Alvorada, que segundo ele, costumavam brincar nas ruas, sem ter um espaço destinado a elas.

Após a criação da escolinha, as crianças que antes tinham ver-

gonha em dizer que moravam no bairro por conta da criminalidade, hoje conseguem falar com orgulho que fazem parte de um bairro que incentiva a educação e as atividades infantis.

“Após 22 anos da criação da escolinha vimos que eles estavam tendo dificuldades na escola. Foi então que surgiram as aulas de reforço e o cantinho da leitura. Antes tínhamos 100 crianças matriculadas, hoje esse número se aproxima de 300”.

Por conta da falta de professores voluntários, as aulas de reforço e cantinho da leitura que deveriam acontecer 3 vezes na semana, estão acontecendo apenas aos sábados e reúnem cerca de 150 crianças.

Destaque para Saúde Durante a segunda onda da Covid-19 em Manaus, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas, precisou suspender totalmente as cirurgias para o tratamento de câncer de mama na cidade.

Para que as pacientes não fossem prejudicadas por conta da

suspensão, 22 delas conseguiram com a apoio da FCecon a transferência para outros Estados e realizaram a cirurgia sem nenhum transtorno.

Esse ano, a Fcecon comemora a marca de 12,3 mil consultas e cirurgias para o tratamento do câncer de mama.

Hilka Espírito Santo, de 56 anos, é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional Amazonas e gerente do serviço de mastologia da FCecon.

Para ela, quanto mais cedo for o diagnóstico do câncer de mama, mais chances de cura terá essa mulher e menos invasivo será o tratamento.

“Essas altas significam primeiramente a possibilidade e liberação de novas vagas de atendimento. Em segundo lugar que essas pacientes foram atendidas da forma correta e já conseguem levar suas vidas normalmente. E por último, que essas mulheres não precisam mais do atendi-

mento médico da Fundação. Isso nada mais é do que a coroação de uma vitória”.

Para a ex-paciente oncológica da FCecon, Rosenira Pinheiro, a cura é o resultado da persistência. Ela descobriu o câncer de mama no ano de 2016 e naquele mesmo ano, precisou fazer uma cirurgia para a retirada dos seios. Após 5 anos de tratamento, recebeu a tão sonhada notícia de que estava curada.

“Sempre que eu ia para as minhas consultas na FCecon, eu via o sino da cura e dizia para mim mesma que um dia iria tocá-lo. No dia 26 de agosto deste ano eu descobri que estava curada, pude tocar e mostrar para todos que estava curada do câncer”, relata.

Foto: Laíssa Carvalho

AVENIDA DO SAMBA Durante a época de Carnaval, a avenida do Samba fica recheada de alegria e diversão SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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MANAUS

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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352

anos

1819

M3 Se Liga na História

MANAUS

352

As casas mais antigas da cidade estão localizadas na rua Bernardo Ramos, números 69 e 77, no antigo bairro de São Vicente. São duas construções térreas em estilo colonial, feitas de barro e pau-a-pique.

A de número 77 foi construída em 1819. Ambas foram recuperadas pela prefeitura e transformadas no Centro Cultural Oscar Ramos.

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Gastronomia, lazer e convivência

Espaços para prática de esportes, lazer e gastronomia são pontos altos dos bairros FOTO: LAÍSSA CARVALHO

LAÍSSA CARVALHO E RITA FERREIRA @laissaacarvalhoo @ritaf20

A

Praça Desembargador Mário Verçosa, mais conhecida como Praça de Alimentação do Dom Pedro, é uma das principais opções de lazer para os moradores da zona Centro-Oeste de Manaus, que procuram sempre por variedade e diversão.

O espaço fica localizado na esquina da avenida Dom Pedro com a avenida Pedro Teixeira.

Lá, as pessoas costumam se reunir com frequência para assistir partidas de futebol, para comer algo diferente e também para fazer passeios em família.

Para o mototaxista Humberto Aguiar, de 33 anos, a praça fica há 20 minutos de distância de sua casa e sempre vai até lá com a esposa e os 3 filhos. Por se tratar de um espaço agradável e com opções de lazer para as crianças, é sempre a primeira opção quando pensam em sair de casa. “Gostamos de vir até aqui por conta dos restaurantes, podemos sempre experimentar algo diferente. Já meus filhos gostam tanto que sempre nos chamam para vir pra cá durante a semana”.

Já para quem trabalha no local, a praça é bem localizada e por conta da variedade e amplo estacionamento, acaba atraindo ainda mais os moradores da zona Centro-Oeste. É o que relata Ocidemar Barreto, de 52 anos, ele trabalha com aluguel de brinquedos infantis há 26 anos e para ele, está em boas condições, precisando apenas de manutenções anuais para garantir a qualidade do espaço.

“A pandemia chegou e trouxe muitas dificuldades. Hoje, com a reabertura deste espaço, estou conseguindo me reerguer.

Espero que daqui uns meses a situação volte ao que era para que as pessoas se sintam mais seguras em sair de casa”, relata.

Praça da avenida do Samba Popularmente conhecida como Praça da avenida do Samba, a praça Belmiro Vianez foi totalmente revitalizada e entregue

Praça do Dom Pedro é constantemente frequentada para lanches e lazer

para a população em agosto deste ano. Por ser localizada em um ponto estratégico, acaba sempre atraindo novas pessoas.

A praça fica localizada na avenida do Samba, que é uma das principais avenidas da zona Centro-Oeste. Por conta da movimentação nos galpões das escolas de samba e da faixa liberada durante dois dias na semana, a praça se torna ainda mais procurada.

Para o militar Bruno Richelle, de 30 anos, o local é sempre a sua primeira opção quando se fala em exercícios físicos. “Eu venho correndo até aqui todos os dias para usar a academia ao ar livre.

Esse espaço é bom tanto para quem vem se exercitar, quanto para quem vem passear com a família”.

Já quando se fala em lazer com a família, a praça também possui seus atrativos. Após a reforma, o espaço ganhou um playground, que é a diversão da criançada.

Dayanne Pereira, de 21 anos, conta que todos os dias leva o filho de 2 anos ao espaço para se divertir. “É um ótimo lugar, mas ainda precisa de algumas manutenções. Por ser ao lado de um igarapé, é preciso instalar algumas cercas para ninguém correr risco de cair, além de mais segurança, a noite é sempre perigoso”, relata.

Vila Olímpica Criada no ano de 1990 pelo Governo do Estado do Amazonas, a Vila Olímpica de Manaus sempre foi uma das maiores atrações para todos os que buscam por esporte e lazer na cidade de Manaus. A Vila fica localizada no bairro Dom Pedro, em uma das principais avenidas na zona Centro-Oeste.

Atualmente a Vila Olímpica costuma atender cerca de 5 mil usuários por mês, além das competições realizadas pela

FAAR (Fundação Amazonas de Alto Rendimento), que hoje é a administradora do complexo esportivo.

Sandro Teixeira, de 59 anos, relata que quando se fala em segurança, a Vila Olímpica é uma referência. O funcionário público e a esposa frequentam o espaço há mais de 15 anos e vão até lá para correr sempre duas vezes na semana. Para ele, os espaços destinados a corridas e caminhadas precisam de manutenções constantes.

“Eu frequento a Vila há mais de 15 anos. Sempre vim por me sentir bem e seguro. Seria maravilhoso se o poder público desse toda a atenção que esse espaço merece, sem dúvidas seria o melhor da cidade”.

Já para Regiane Nascimento, de 42 anos, a filha começou a fazer ginástica há 2 meses na Vila Olímpica e mesmo com o pouco tempo, o comportamento

Eu frequento a Vila há mais de 15 anos. Sempre vim por me sentir bem e seguro. Seria maravilhoso se o poder público desse toda a atenção que esse espaço merece, sem dúvidas seria o melhor da cidade” Sandro Teixeira, de 59 anos, morador que frequenta a Vila Olímpica há 15 anos

da filha mudou bastante. “Está ajudando na concentração e na disciplina, tanto em casa quanto na escola. Posso dizer que o esporte ajuda muito nisso, é muito bom ter um espaço assim próximo de casa”.

Após a volta gradual das atividades, a Vila Olímpica reabriu as portas de segunda a sábado, das 6h às 20h para receber a população em geral que deseja praticar atividades ao ar livre.

FOTO: DIVULGAÇÃO

SESC O Sesc Balneário é um grande atrativo para os dias de sol. Localizado no bairro Planalto, na zona Centro-Oeste, o espaço possui uma ampla área de lazer. Antes da pandemia, a médica veterinária Ermila Rojas, 22, levava a família inteira para curtir a folga, pelo menos um domingo por mês. Ela já faz planos para a reabertura do clube.

“Gostamos de ir lá porque é perto de casa e o preço é bem acessível.

Facilita porque os balneários costumam ficar na estrada, mas este é bem localizado, dentro da cidade, e é melhor para família ir lá. Tem restaurante para a gente almoçar, a comida é uma delícia e é tudo bem limpinho e organizado”, disse.

O Parque Aquático 1 possui piscina semiolímpica, vestiários masculinos e femininos completos com salas de serviço médico, lanchonete, caramanchão para atividades culturais, como dança, e outros eventos musicais, estacionamento, restaurante e churrasqueiras com suporte técnico de atendimento ao restaurante.

Já o Parque Aquático 2 é equipado com toboáguas moderno

CRIADA NO ANO DE 1990, A VILA OLÍMPICA DE MANAUS SEMPRE FOI UMA DAS MAIORES ATRAÇÕES DE MANAUS

construído em fibra de vidro com quatro escorregadores, lubrificados permanentemente por água, piscina com construção e desenho artístico totalmente azulejada com lâmina d’água de 2.800.000 litros, com decoração estilizada, lanchonete, pátio de lazer, estacionamento, vestiário masculino e feminino com salas de serviço médico e piscina infantil com toboágua e escorregadores.

O clube vai reabrir as portas no dia 31 de outubro, com funcionamento das 9h às 16h30. Neste momento pós-pandemia funcionará apenas aos domingos, futuramente voltará a funcionar nos fins de semana e feriados, com capacidade para 700 pessoas, atendendo as normas de segurança.

O acesso ao balneário pode ser adquirido por meio das centrais de relacionamento localizadas nas unidades Sesc do Centro, Cidade Nova e no próprio balneário. Comerciário e dependentes, a partir de 11 anos, pagam R$ 5,00 e dependentes de 4 a 10 anos R$ 3,00.

Para o público geral o valor custa R$ 15,00 (a partir de 11 anos) e R$

5,00 (até 10 anos).

Sesc Balneário é um grande atrativo para os dias de sol SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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1960

M4 MANAUS

352 anos

Se Liga na História

Manaus possui a maior colônia paraense do Brasil. De acordo com o IBGE, residem na cidade aproximadamente 215 mil pessoas oriundas de diferentes cidades do Estado vizinho.

Esse processo migratório se intensificou entre o final da década de 1960 e a década de 1970, com a implantação e desenvolvimento da Zona Franca de Manaus.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

PERFIL LEGISLATIVO

Sinésio destaca atuação parlamentar Quebra do monopólio do gás natural é uma das suas principais medidas, permitindo um preço mais competitivo. Agora, ele vai presidir a CPI da Amazonas Energia Fotos: Danilo Mello / Aleam

MARCELO PERES FACEBOOK: MARCELO.PERES

L

íder do PT na Aleam (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), o deputado estadual Sinésio Campos faz um balanço de sua atuação parlamentar, principalmente sobre economia, agricultura, energia, saúde e mineração, viabilizando benefícios para a população de Manaus e do interior do Estado.

Com sete mandatos, Sinésio diz que trata as demandas públicas com a mesma metodologia das salas de aula, com muito diálogo, ouvindo e encaminhando soluções para os problemas. Ele é professor de carreira.

“Ninguém deve entrar na política para se dar bem na vida e só aparecer nos dias de eleição. O verdadeiro representante é aquele que está sempre disponível para ouvir a população e defender os seus interesses. O povo deve estar em primeiro lugar”, diz o deputado. “Quem não tem essa vocação, é melhor buscar fazer outra coisa”, acrescenta.

O parlamentar tem uma trajetória muito atuante. Foi dele a iniciativa que derrubou o monopólio do gás natural, permitindo preços mais competitivos num mercado em ascensão no Estado, logo agora com a disparada dos preços da gasolina que acompanham a oscilação do dólar.

Ele prevê que o Amazonas vai ter a maior abertura do mercado de gás natural para os segmentos que utilizam o hidrocarboneto como fonte de energia, além de trazer benefícios às indústrias do PIM (Polo Industrial de Manaus).

O deputado também é defensor da mineração, que vê como alternativa para uma nova matriz econômica, somando-se às atividades das empresas da ZFM (Zona Franca de Manaus), e espraiando o desenvolvimento econômico para as cidades do interior do Amazonas.

“Temos a maior reserva de potássio do mundo, mas ainda continuamos importando o insumo de outros países. A mineração é a alternativa para uma nova matriz econômica que possa estender o incremento econômico para os municípios ribeirinhos”, defende o deputado estadual. “Muitas localidades continuam isoladas, praticamente sem a presença do Estado. Temos que mudar essa realidade”, afirma.

Sinésio também tem como bandeira de luta o auxílio a sequelados da Covid-19 que hoje precisam de fisioterapia e outros tratamentos de reabilitação, mas que não recebem a contrapartida do sistema público de saúde.

“Muitas pessoas continuam sem poder trabalhar porque ainda sentem os impactos de uma doença que matou milhares no Amazonas e no Brasil. São mais de 600 mil mortes em todo o país.

Muitos têm sequelas físicas e psicológicas”, diz.

Por meio também de sua atuação, foram destinados R$ 2,670 milhões em emendas parlamentares para ajudar municípios atingidos pela Covid-19. Os recursos vieram ainda do Fundo Estadual de Saúde.

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Ninguém deve entrar na política para se dar bem na vida e só aparecer nos dias de eleição.

O verdadeiro representante é aquele que está sempre disponível para ouvir a população e defender os seus interesses. O povo deve estar em primeiro lugar” Sinésio Campos, deputado estadual

Segundo o deputado, o Amazonas é o terceiro pior Estado em saneamento básico. Os dados são da CNI (Confederação Nacional da Indústria). “Isso confirma o quanto é vergonhoso ver nossas crianças doentes, devido às péssimas condições que se encontra o setor no Estado”, lamenta.

Potencialidades Sinésio Campos também aposta na cultura do babaçu. Segundo ele, o Amazonas tem hoje pelo menos 10 milhões de árvores de babaçu prontas para serem beneficiadas. E que poderiam agregar grandes negócios, a exemplo do que acontece no Maranhão, atualmente o principal referencial no beneficiamento do produto.

O deputado estadual diz que o babaçu tem grande utilidade, permitindo, inclusive, a produção de biodiesel, carvão vegetal, além dos mais de 65 subprodutos que se originam dessa palmeira nativa da região.

“O babaçu tem tudo para dar certo, ao contrário do dendê que trouxeram para a região com o objetivo de produzir biodiesel, uma ação muito equivocada que só gerou prejuízos”, acrescenta o deputado.

Também fruto de sua mobilização, o deputado se prepara

“TEMOS A MAIOR RESERVA DE POTÁSSIO DO MUNDO. A MINERAÇÃO É A ALTERNATIVA PARA UMA NOVA MATRIZ ECONÔMICA QUE POSSA ESTENDER O INCREMENTO ECONÔMICO PARA OS MUNICÍPIOS RIBEIRINHOS”, SINÉSIO CAMPOS, DEPUTADO ESTADUAL JCOMMERCIO

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Com uma trajetória atuante, Sinésio Campos foi o autor da lei que derrubou o monopólio do gás natural, permitindo preços mais competitivos no mercado agora para comandar as investigações da Amazonas Energia.

A concessionária é acusada de cometer várias irregularidades, cobrar preços abusivos nas tarifas e também de não cumprir as regras da privatização.

Ele disse que os trabalhos serão realizados de forma invertida para fortalecer as investigações, afastando qualquer possibilidade de influências políticas e ideológicas nas atividades do colegiado que acontecerão sempre nas tardes de terças, quartas e quintas-feiras por, no máximo, 90 dias.

Sinésio anuncia que primeiro serão reunidas provas junto aos órgãos de defesa do consumidor sobre os serviços prestados pela empresa de energia. Além disso, a CPI quer investir no profissionalismo, ao contrário do ritmo de outras comissões parlamentares. Vai solicitar a expertise de engenheiros, procuradores, tributaristas, entre outros especialistas.

Uma forma de dar credibilidade, seriedade e isenção na apuração das denúncias contra a empresa, ressalta Sinésio Campos.

O parlamentar afirma, ainda, que a comissão está preparada para anular qualquer manobra da Amazonas Energia com o objetivo de inviabilizar a investigação, como aconteceu na CMM (Câmara Municipal de Manaus), levando os vereadores a desistirem dos trabalhos. E mais recentemente com a liminar que suspendeu a instalação da CPI na Aleam.

“A CPI não vai deixar barato. É hora de radicalizar. A Amazonas Energia tem que fazer o seu dever de casa”, promete o deputado.

Segundo ele, serão convocados representantes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para esclarecer se a concessionária cumpre regularmente as normas de privatização.

Conforme Sinésio, nem a concessão pública nos serviços de energia elétrica foi suficiente para resolver um problema tão recorrente no Amazonas –os apagões constantes na capital e nos municípios do interior do Estado. “É hora de acabar com isso”, defende.

2011

M5 Se Liga na História

MANAUS

352

A Ponte Rio Negro, oficialmente conhecida como Ponte Jornalista Phelippe Daou, inaugurada em 24 de outubro de 2011 e que liga Manaus a Iranduba, é a maior ponte estaiada do Brasil e a segunda ponte fluvial mais extensa, com 3,6 quilômetros, atrás apenas da Ponte Ayrton Senna, no Paraná, que conta com 3,67 quilômetros.

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Segurança e melhorias na saúde

Governo e prefeitura avançam nas melhorias nos sitemas de segurança pública e saúde para melhor atender a população FOTOS: Laís Pompeu/FCecon e Lucas Silva/Secom

LAÍSSA CARVALHO E RITA FERREIRA @laissaacarvalhoo @ritaf20

EM MANAUS, A REDE DE VIZINHOS PROTEGIDOS FOI INICIADA PELA 17ª CICOM COM FOCO NO BAIRRO PLANALTO

O

policiamento comunitário é o cerne do programa Rede de Vizinhos Protegidos, da PMAM(Polícia Militar do Amazonas). Por meio de visitas regulares a moradores e de um canal de comunicação direto por mensagem de celular, equipes policiais de três Cicoms (Companhias Interativas Comunitárias) realizam patrulhamento e outras ações preventivas para inibir a criminalidade. Atualmente, a ação ocorre nos bairros Planalto, Dom Pedro, na zona Centro-Oeste, e Novo Aleixo, na zona Norte.

Em Manaus, a Rede de Vizinhos Protegidos foi iniciada pela 17ª Cicom com foco no bairro Planalto, na zona Centro-Oeste.

Desenvolvido por policiais militares de Minas Gerais, o modelo também é adotado pelas equipes da 27ª Cicom, no Núcleo 15, da Cidade Nova, zona Norte; e, neste ano, foi implantado no bairro Dom Pedro, na zona Centro-Oeste, pela 10ª Cicom.

“A política de proximidade entre a Polícia e o cidadão favorece quando aumenta os laços de confiança. Dessa forma, nós conseguimos obter mais informações vindas diretamente da população e podemos direcionar nosso policiamento de forma mais precisa”, destacou o major Santos Correia, subcomandante do CPA Centro-Oeste.

De acordo com a PM, a principal demanda dos moradores em relação à segurança envolve roubos e perturbação do sossego.

Os casos precisam ser registrados por meio de BO (Boletim de Ocorrência), mesmo com a atuação da Rede de Vizinhos Protegidos.

Com o programa, os policiais militares executam uma série de ações de caráter preventivo, seja orientando cuidados por parte dos moradores, seja realizando monitoramento mais aproximado em áreas sensíveis. Policial mais antigo do programa, o sargento Ney Silveira disse que conhecer a rotina dos moradores ajuda no trabalho da polícia e facilita a identificação de qualquer atitude suspeita.

implantação do Serviço de Navegação da Mastologia, em maio de 2019, e às mudanças no fluxo de atendimento do serviço de Mastologia. Estamos em contínuas melhorias e visando também a ambulatorização, que é realizar a biópsia da mulher sem a necessidade de internação”, disse o mastologista Gerson Mourão, diretor-presidente da FCecon.

“Já tivemos inúmeros veículos recuperados, roubo impedido, receptação de furto e até estupro de vulnerável. O morador, hoje em dia, não guarda a informação para si. Quando vê um elemento, um veículo suspeito, de pronto aciona a Polícia Militar através dos grupos de WhatsApp. Temos a possibilidade de dar uma resposta rápida.

Em poucos minutos procedemos a uma abordagem e verificamos a intenção do elemento na comunidade”, explicou.

Moradora há 34 anos do conjunto Novo Edge, na Redenção, zona Centro-Oeste de Manaus, a dona de casa Elaine Lins disse que antes da chegada da Rede de Vizinhos Protegidos havia pensado até em se mudar.

“Eu não aguentava mais termos as casas invadidas, inclusive minha casa foi assaltada em pleno domingo pela manhã. O meliante pulou o muro da casa dos fundos. Esse projeto é excelente. Aprendemos muito sobre segurança e não cuidamos só da nossa casa, mas dos nossos vizinhos também. Quando vemos alguma atitude suspeita, já colocamos nos grupos do WhatsApp”, disse.

Serviço de Apoio Emergencial à Mulher é reforçado Para reforçar os serviços direcionados às mulheres vítimas de violência, a Sejusc (Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania) inaugurou, na manhã desta sexta-feira, uma nova unidade do Sapem (Serviço de Apoio Emergencial à Mulher), o Sapem Centro-Oeste. O local funciona das 8h às 17h, anexo ao 17° DIP (Distrito Integrado de Polícia), na rua Acopiara, 134, bairro Redenção.

Coordenada pela SEPM (Secretaria Executiva de Políti-

Governo avança das consultas e cirurgias

cas para Mulheres) da Sejusc, já existem outras cinco unidades na capital: Sapem Oeste, na Compensa; Sapem Centro-Sul, no Parque Dez; Sapem Norte, no Cidade de Deus; Sapem Leste, no São José Operário; e o Sapem Sul, na Colônia Oliveira Machado.

De acordo com a secretária Mirtes Salles, titular da Sejusc, este atendimento é fundamental, pois somente por meio de denúncias e da coragem das mulheres é possível enfrentar os casos de violência.

“Com o Sapem, podemos ter a possibilidade de ajudar essas mulheres, e essa é uma responsabilidade muito grande. A palavra salva, e quando você ouve uma palavra de esperança, isso é capaz de curar as aflições. As pessoas que vão entrar aqui têm muitas dores, e cabe a nós curar essas dores e prepará-las para o recomeço”, afirma a gestora.

Os Sapems exercem um papel fundamental no atendimento para mulheres em situação de violência, com atendimento psicossocial, psicológico e orientação jurídica, bem como encaminhamento para o Cream (Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher) e outros órgãos competentes. Já as mulheres em situação de risco iminente são

encaminhadas para a Casa Abrigo Antônia Nascimento Priante, com endereço sigiloso.

A secretária executiva de Políticas para Mulheres da Sejusc, Maricília Costa, afirmou que os serviços oferecidos pelos Sapems garantem uma assistência humanizada à mulher em situação de violência. “É nosso dever proteger as mulheres, por isso estar ampliando os atendimentos do Sapem para a zona Centro-Oeste é uma conquista. É a garantia de que a mulher terá a assistência necessária quando ela precisar, aqui ela terá apoio que precisa”, disse.

Acolhimento A psicóloga do Sapem Centro-Oeste, Vanessa Duarte, reforçou a importância deste atendimento para as mulheres, principalmente no que se refere ao cenário vivido por elas depois da agressão.

“A mulher chega na unidade fragilizada, então ela precisa de um acolhimento que explique quais são os direitos que possui. Muitas vezes ela chega com o pensamento desorganizado, desestruturada, devido à violência, então temos o trabalho de estruturar essa mulher deixando claro que ela não está sozinha.

Essa é a importância do Sapem, de fortalecer a mulher e que ela possa sair do ciclo de violência”, declarou.

Em três anos, FCecon realizou 12,3 mil consultas e cirurgias O Governo do Amazonas, por meio da FCecon (Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas), unidade vinculada à SES-AM (Secretaria de Estado de Saúde), ofertou 11.352 consultas de primeira vez e retorno e 1.024 cirurgias para o tratamento do câncer de mama, entre os anos de 2019, 2020 e primeiro semestre de 2021.

Somente no primeiro semestre deste ano, foram realizadas 222 cirurgias, 394 consultas de primeira vez e 2.796 consultas de retorno/seguimento, além de 33 altas oncológicas.

Desde que a atual gestão assumiu a administração da Fundação Cecon, foram conquistados muitos progressos e melhorias para o tratamento do câncer de mama no Amazonas.

Dentre as melhorias, estão a redução do tempo de espera para a realização de cirurgias oncológicas nas mamas, que antes era de 90 dias e que, nos últimos três anos, vem sendo de 30 a 40 dias.

“Isso foi possível graças à

Acolhimento e discussão de casos Outra medida da atual gestão da FCecon, juntamente com o serviço de Mastologia, foi implantar duas importantes reuniões.

Uma delas é voltada para o acolhimento de pacientes dias antes da cirurgia. Às sextas-feiras, em reunião com os profissionais da Mastologia, Fisioterapia, Psicologia, Serviço Social e da Navegação, pacientes e seus familiares e acompanhantes recebem as orientações sobre as cirurgias e o tratamento como um todo, sendo realizado ainda um checklist dos exames pré-operatórios.

Em função da pandemia de Covid-19, foi preciso suspender essas reuniões, aguardando-se o restabelecimento total da segurança epidemiológica em relação ao novo coronavírus.

Já as mesas-redondas da Mastologia, também criadas em 2019, já retornaram. No encontro, os médicos especialistas e residentes se reúnem para discutir a melhor conduta cirúrgica para cada caso de câncer de mama. A reunião ocorre toda terça-feira.

Pandemia Durante os dois picos da pandemia de Covid-19, o serviço de Mastologia realizou ações para não prejudicar o tratamento das pacientes com câncer de mama.

Parque Ecológico No Parque Mosaico, bairro que faz divisa com os bairros Planalto, Lírio do Vale, Jardim de Versailles, Ponta Negra e Tarumã, está sendo implantado o Parque do Cidadão, um grande parque ecológico com aproximadamente 720 mil m² de área verde. O espaço destinado à fauna e flora é quase o dobro da área do Parque Municipal do Mindu, que possui 408 mil m².

Prefeito de Manaus faz lançamento de Unidade Básica de Saúde em bairro planejado As Zonas Oeste e Centro-Oeste de Manaus contarão com uma UBS (Unidade Básica de Saúde) tipo 4, no Parque do Cidadão da Amazônia, no bairro Parque Mosaico, primeiro bairro planejado da capital.

O prefeito David Almeida (Avante) anunciou, nesta quinta-feira (7), como primeiro equipamento deste grande conceito inovador, a obra que tem tempo estimado de construção de oito meses e custo aproximado de R$ 4,5 milhões.

O projeto arquitetônico desenvolvido pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano contempla a construção de UBS com 1.168 m² metros quadrados de área e capacidade para atuação de até quatro equipes de Estratégia Saúde da Família. O equipamento comunitário completo é composto por consultórios de enfermagem, médico e odontológico, salas de curativo, de vacina, de coleta de sangue, entre outros serviços gra-

tuitos.

A UBS será implantada no núcleo institucional do Parque do Cidadão, que faz parte do maior projeto habitacional democrático do Brasil, conforme explicou o presidente da Mixcon Incorporadora, Nelson Zogbi, ao lado de Camila Cabral, da DPC Empreendimentos.

A UBS atenderá tanto os moradores do Bairro Parque Mosaico, quanto os residentes nos bairros adjacentes como Ponta Negra, Lírio do Vale, Santo Agostinho, Planalto e outros. A área onde estará situada a UBS, é área densamente ocupada, onde moram mais de 300 mil pessoas. O prefeito David Almeida agradeceu aos empresários pela doação do terreno que permitirá a implantação de diversos equipamentos públicos.

“Eu quero ser o parceiro das empresas para que possamos difundir isto para o Brasil. Aqui será a nova Manaus, a Manaus planejada,

a Manaus que todos nós queremos. Nós temos recursos e capacidade para fazermos 20 UBS porte 4. Qual a nossa dificuldade?

Conseguir área. Quando o José Henrique foi lá comigo, eu disse: você está falando música para os meus ouvidos. A equipe da Mixcon esteve comigo na quinta-feira; na sexta-feira, a minha equipe da saúde já veio aqui, já aprovou o terreno; a equipe da educação já veio aqui, aprovou o terreno. Por isso eu vim aqui lançar a pedra fundamental, hoje, para a construção de uma UBS tipo 4, que é a nova forma de fazermos saúde básica na cidade de Manaus. Vamos trazer escola integrada com uma creche, guarda municipal. Existe a possibilidade de instalarmos aqui a Secretaria do Meio Ambiente, do Instituto do Planejamento Urbano.

Vamos trazer estruturas da prefeitura para um bairro organizado”, afirmou David Almeida.

Fotos: Marcely Gomes / Semcom

Mais uma Unidade Básica de Saúde SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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2010

M6 MANAUS

352 anos

Se Liga na História Em 2010, através da lei n° 1.401, de 14 de janeiro daquele ano, surgiram sete novos bairros em Manaus: Nova Cidade, desmembrado do bairro Cidade Nova; Cidade de Deus, desmembrado do bairro Cidade Nova; Novo Aleixo, desmembrado do bairro Cidade Nova; Gilberto Mestrinho, desmembrado do bairro São José Operário; Lago Azul; Tarumã-Açu, desmembrado do bairro Tarumã; e Distrito Industrial II, desmembrado do bairro Distrito Industrial I.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Em busca da cura Grupo de Apoio à Criança com Câncer, que tem sede na zona Centro-Oeste, renova as esperanças a centenas de crianças Foto: Rita Ferreira

LAÍSSA CARVALHO E RITA FERREIRA @LAISSAACARVALHOO @RITAF20

N

a zona Centro-Oeste de Manaus, a sede do GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer) se torna é residência de crianças, até 18 anos de idade, que deixam suas casas no interior do Amazonas para fazer tratamento médico na capital. Além das 13 amazonenses, duas crianças paraenses e uma venezuelana também estão entre as queridas hóspedes do lugar.

Hoje, a avenida Domingos Jorge Velho, número 14, bairro Dom Pedro, é o endereço da pequena Andrya Ednara Leite do Nascimento, de apenas nove anos, e da mãe dela, Edlaine Bruce Leite, de 44 anos, que precisaram deixar os familiares no município de Fonte Boa e virem sozinhas para Manaus, onde a menina trata leucemia.

Mãe e filha viajaram 678 quilômetros para travar juntas uma guerra contra o câncer, enfermidade descoberta em janeiro deste ano. Desde março, elas estão hospedadas no GACC, de onde só saem para fazer consultas médicas e procedimentos no Hemoam (Fundação Hospitalar

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O PROJETO “CLASSE DOMICILIAR” ATENDE OUTRAS SEIS CRIANÇAS QUE MORAM NA INSTITUIÇÃO de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas).

“Claro que tem seus altos e baixos, mas como a médica diz ela está correspondendo bem ao tratamento. Tem dificuldade para comer, mas é normal, se a gente quando tem um problema de saúde fica assim, avalie ela que faz quimioterapia, toma uma pílula toda noite. Aquela fase difícil que a gente passava no início, às vezes internava para passar 7 dias e acabava passando 14, porque a imunidade dela baixava muito e ela precisava tomar antibiótico fortíssimo, passou. A última internação dela foi um mês inteiro, foi muito difícil, mas Deus é maior”, disse a mãe.

A viagem da capital até Fonte Boa é bastante longa: são cinco dias. Para retornar a Manaus é

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Andrya Ednara veio com a mãe a Manaus para tratamento

preciso mais três dias e meio de barco. A distância impede que as duas viajarem para visitar os familiares. Apenas o pai e o irmão mais velho de Andrya consegue visita-la na capital. A mãe conta que só volta para o município quando médico dela disser que pode ir sem medo.

“Tenho medo de ela chegar lá e passar mal, a viagem até aqui é muito longa para trazê-la de volta às pressas. Só volto quando o médico autorizar. Até lá nós ficamos aqui. O pai dela sempre vem nos ver. A grande saudade da minha filha é ver o avô, que não consegue

viajar até aqui. Um conhecido lá do município que viaja de avião nos prometeu que quando puder ir e voltar no mesmo dia, ele vai levar ela para matar a saudade do avô”, revelou.

Atividades No GACC, mãe e filha participam de diversas atividades para passar o tempo e se manterem ocupadas. A dona de casa conta que não gosta muito de assistir televisão, então prefere passar suas horas livres aprendendo a fazer artesanato junto com outras mães hospedadas no abrigo.

As aulas de artesanato e os materiais para confecção dos produtos são oferecidos gratuitamente às mães. O objetivo não é apenas proporcionar a elas um entretenimento, mas, principalmente, ofertar uma oportunidade de ganhar dinheiro e aprender uma atividade que possa render frutos ao retornarem para seus municípios.

Edlaine costura objetos de decoração de temática natalina enquanto a filha vai à escola lá mesmo dentro da instituição. Em parceira com a Seduc (Secretaria Estadual de Educação), o GACC

tem uma professora que leciona matérias de ensino fundamental –até a 9ª série –para as crianças, que devem estar devidamente matriculadas no ensino regular.

O projeto “Classe Domiciliar” atende outras seis crianças que moram na instituição. Como na escola comum, elas assistem aulas todos os dias no período da tarde, fazem atividades e avaliações, que são registradas no sistema da Secretaria, como é feito nas unidades de ensino.

Além de assistir as aulas da 4ª série, a atividade favorita da Andrya é cozinhar cupcakes nas aulas de culinária. Quando crescer a menina sonha em se tornar uma chef. “Eu estou bem e responde bem ao tratamento, sinto saudades de casa, mas estou bem aqui”, disse.

GACC O GAAC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer) atua há mais de 20 anos em Manaus. Nesse período, mais de mil crianças, de 0 a 18 anos, foram beneficiadas com o acolhimento. Na sede própria, localizada no bairro Dom Pedro, o grupo oferta atendimento a dois grupos: um é voltado para residentes em Manaus e o outro para famílias vindas do interior do Estado ou de outras localidades, que precisam de hospedagem gratuita.

M7

MANAUS

352 anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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1968

M8 MANAUS

352 anos

Se Liga na História O Conjunto Manôa, localizado na zona Norte da cidade, é um bairro não oficial que pertence ao bairro Cidade Nova. Foi construído inicialmente pelo Ipasea (Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado do Amazonas) e posteriormente pela SuHhab (Superintendência Estadual de Habitação) no Governo de Gilberto Mestrinho.

Destinava-se a funcionários públicos. Em 1985 foram entregues 900 residências.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Pequena extensão, grandes problemas A zona Centro-Oeste de Manaus é a menor zona da cidade em tamanho e em quantidade de habitantes Fotos: Laíssa Carvalho

LAÍSSA CARVALHO E RITA FERREIRA @LAISSAACARVALHOO @RITAF20

A

zona Centro-Oeste de Manaus é a menor zona da cidade em tamanho e em quantidade de habitantes, mesmo com essas características, os moradores da região relatam precariedade nos serviços de educação, saúde, transporte e segurança.

Quando se fala em policiamento, facilmente conseguimos identificar a presença de várias delegacias na zona Centro-Oeste de Manaus. A zona conta com 2 DIPs (Distritos Integrados de Polícia) e 2 Cicoms (Companhias Interativas Comunitárias), que ficam localizadas nos bairros Alvorada e Redenção.

Na zona também podemos encontrar a base da Rocam (Ronda Ostensiva Cândido Mariano), Polícia Federal do Estado do Amazonas, Delegacia Geral do Estado, além de 8 Delegacias Especializadas em diversos tipos de crimes para atender toda a população manauara.

Para a comerciante Cléria Batista, de 46 anos, a segurança na zona precisa de melhorias, principalmente para quem trabalha diariamente no local.

Segundo ela, as pessoas que possuem comércios na região são assaltadas com frequência e por não haver um policiamento adequado, precisam contratar seguranças particulares para preservar os funcionários e clientes.

“Constantemente tem assaltos nessa rua e geralmente são a mão armada. As pessoas não estão seguras e sempre saem de casa com medo de serem roubadas. É necessário que haja um patrulhamento mais frequente, de forma que diminua a quantidade de crimes que acontecem por aqui”.

Para outros moradores do bairro, o aumento na criminalidade acontece em grande parte por conta do desemprego, que aumentou ainda mais com a pandemia e a crise econômica.

Terezinha de Jesus, de 61 anos, conta que trabalha há mais de 20 anos na feira do bairro Alvorada e para ela, as vendas caíram drasticamente por conta da pandemia, que deixou muitas pessoas desempregadas e sem dinheiro.

“O desemprego afetou em tudo por aqui. Por conta da falta de dinheiro, os assaltos são mais frequentes tanto na rua quanto dentro dos ônibus.

Tenho esperança que a situação melhore nos próximos meses”.

Para os usuários do transporte público, a situação atual também é desagradável. Para eles, a quantidade de linhas que atendem o bairro, é suficiente e servem bem os moradores dos 5 bairros da zona Centro-Oeste.

Entre as inúmeras linhas que atendem a população, estão os ônibus do transporte público, em sua maioria sucateados e com problemas na estrutura, o que de certa forma acaba deixando o usuário insatisfeito.

Para eles os problemas nos veículos afetam diretamente no trajeto ao destino final, que frequentemente apresentam falha e deixam a população sem alSIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Cléria Batista: a segurança na zona precisa de melhorias

ternativas ou sendo necessária a procura por serviços de corridas por aplicativo.

Já para os que dependem da saúde pública na zona Centro-Oeste, a situação é um pouco melhor. A zona conta hoje com 1 Centro de Especialidades Odontológicas, 4 Unidades Básicas de Saúde, 2 CAIC’s e 1 SPA, que fica localizado no bairro Alvorada.

Os moradores que fazem a utilização do serviço com frequência costumam relatar que sempre que precisam de um pronto socorro, possuem apenas o SPA do Alvorada, que é o único da zona para atender toda a população. Para eles, se houvessem outros Serviços de Pronto Atendimento, não haveria tanta demora e a qualidade no atendimento seria melhor.

Hoje, a zona Centro-Oeste de Manaus possui na rede pública municipal 18 escolas, 16 Centros Municipais de Educação Infantil, 1 Pré-Escola e 1 Escola Comunitária. Já na Rede Estadual de Ensino, a zona conta com 20 escolas.

Por conta da pandemia, as aulas presenciais ficaram prejudicadas e em grande parte do tempo, totalmente suspensas.

Pais de alunos e estudantes da rede pública da zona Centro-Oeste, reclamam com frequência que os bairros deveriam ter mais incentivo a educação básica e até mesmo a cursos técnicos e profissionalizantes.

Saúde Para aqueles que dependem da saúde pública na zona Centro-Oeste de Manaus, a situação não é das melhores. A falta de opções para quem necessita usar o serviço é a principal dificuldade.

Para o morador do bairro Alvorada, Amadeu Fernandes, de 77 anos, os serviços voltados para a área da saúde pública poderiam ser melhores. Segundo ele, os moradores do bairro possuem apenas uma opção, que por conta da pandemia, sempre está lotado.

“Posso dizer que hoje a saúde pública está na UTI. Aqui no bairro só temos uma opção, que é o SPA do bairro Alvorada. Já aconteceu de chegar lá, estar lotado e com muita demora no atendimento, mas por ser o mais JCOMMERCIO

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Terezinha de Jesus trabalha há mais de 20 anos na feira do bairro Alvorada

Amadeu Fernandes: serviços de saúde pública poderiam ser melhores

Euzimar Fernandes “tenho dois sobrinhos que estudam em escola pública”

Vinícius César: falta de segurança prejudica comércio local

Maikon Medina é morador da zona Centro-Oeste há 1 ano

perto de casa, tivemos que ficar lá”, relata.

Quando se fala de saúde pública, as opiniões se repetem, principalmente em relação à demora no atendimento e superlotação nas unidades de saúde. Para os moradores da zona Centro-Oeste, a situação está complicada em toda a cidade por conta da pandemia, mas se houvessem mais opções, com certeza haveria mais facilidade em conseguir atendimento médico.

Transporte Atualmente diversas linhas de ônibus atendem a zona Centro-Oeste de Manaus. Para os moradores dos bairros, a quantidade de linhas é suficiente e atendem a demanda do bairro.

Mas quando se fala em tempo de espera e qualidade dos veículos, não há quem não reclame.

Maikon Medina, de 25 anos, é morador da zona Centro-Oeste há 1 ano e relata que todos os dias depende do transporte público para ir trabalhar. Para ele, os veículos estão quase em uma situação de abandono e precisam de manutenções constantes.

“Eu costumo esperar diariamente de 30 a 40 minutos todos os dias na parada de ônibus.

Aqui no bairro nós precisamos de mais suporte tanto nos veículos quanto nas paradas”, finaliza.

Para outros moradores da zona Centro-Oeste a situação é semelhante, as reclamações sobre o transporte público estão sempre relacionadas a falta de manutenção nos coletivos e nas paradas de ônibus, que muitas das vezes não possuem nenhum tipo de cobertura.

Segurança Segurança é sempre uma das principais preocupações para todos que precisam sair de casa. Por conta da criminalidade, a cada dia que passa os moradores da zona Centro-Oeste de Manaus se sentem mais inseguros.

Para o comerciante Vinícius César, de 50 anos, o grande número de assaltos que acontecem todos os dias na zona é apenas um reflexo da falta de policiamento constante nos bairros da região. Segundo ele, a lanchonete que possui no bair-

MORADORES DA REGIÃO RELATAM PRECARIEDADE NOS SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO, SAÚDE, TRANSPORTE E SEGURANÇA ro Alvorada foi assaltada há poucos meses,e a falta de segurança prejudica diretamente o comércio local.

“Poderiam ter mais viaturas nas ruas, principalmente durante o período da noite. Os crimes aumentaram bastante com a pandemia, seria necessário reforçar o patrulhamento para combater isso.”

Para os moradores da zona, um dos bairros que possui maior número de assaltos é o bairro Alvorada, que por conta da grande quantidade de comércios que existem no local, acaba sendo um atrativo para os assaltantes.

Educação A educação é um dos serviços públicos mais essenciais para viver em sociedade. Para os moradores da zona Centro-Oeste de Manaus, a qualidade do ensino na zona está surpreendendo, mesmo que em períodos de pandemia.

Euzimar Fernandes, de 43 anos, relata que boa parte das crianças e jovens da família estudam em escolas da rede pública e felizmente, podem ser comparadas com o ensino da rede particular. Para ela, é necessário apenas um acompanhamento maior da escola, para que o aluno consiga ter um rendimento ainda melhor.

“Tenho dois sobrinhos que estudam em escola pública e eu posso dizer que somente a escola não basta, os pais precisam ficar sempre monitorando e acompanhando de perto”.

Assim como para Euzimar, para outros moradores a educação pública pode melhorar em vários aspectos, principalmente quando tudo voltar a sua normalidade.

Se Liga na História ZONA LESTE

MANAUS

Caderno N

352

anos

O bairro Alvorada, na zona Centro-Oeste, era conhecido no passado como Cidade das Palhas. No início dos anos 1960, o Dr. Cezar Najar Fernandez, engenheiro agrônomo peruano, indignado com a situação dos moradores da Cidade Flutuante, grande favela fluvial existente desde a década de 1920, decidiu, junto de alguns amigos, criar um bairro em terras próximas do Estádio Vivaldo Lima, o qual ajudou a construir.

Foram abertos caminhos, foi feita a topografia, o arruamento e a divisão dos lotes. Essas famílias que saíram da Cidade Flutuante começaram a construir casas de madeira e palha nesse local, que ficou conhecido como Cidade das Palhas, posteriormente renomeado Alvorada.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Zona Leste desponta como protagonista Onze bairros que ocupam a zona Leste da cidade. Eles convivem com problemas sociais, mas com muita natureza e potencial Foto: Divulgação

BRUNO TADEU @BRUNOTADEU

A

i daqueles que ficam com os rótulos e desprezam a energia que emana das pessoas e da natureza. Eles jamais seriam capazes de ler a periferia além da página dois, atolados no estigma da violência e do abandono. Felizes daqueles que abrem janelas e aproveitam a vista mais privilegiada da cidade ao espetáculo do encontro dos rios Negro e Solimões. Renovados os que testemunham a esmola e o isolamento transformarem-se em autoestima e acolhimento. Impressionados ficam os observadores da força comunitária no esporte e na busca por mais qualidade de vida. Isso sem mencionar a gratidão de encontrar no intenso comércio novos conceitos de produtos antes pouco cogitados neste local. Seja bem-vindo. Essa é a zona Leste de Manaus.

Da mesma forma que não há mais espaço para rótulos, não há margem para ilusão.

Os moradores dos onze bairros que ocupam o lado mais à direita de Manaus no mapa enfrentam problemas, sim. Muitos deles históricos, relacionados à pobreza, falta ou baixa qualidade dos serviços públicos como segurança -principalmente -, transporte, saúde e educação. Em alguns locais mais, outros menos. Em níveis semelhantes ou incomparáveis às outras zonas. Uma complexidade brasileira, nortista, mas essencialmente manauara.

A diferença, hoje, talvez esteja na forma de lidar com os desafios. Como nascentes

Os problemas são históricos, relacionados à pobreza, falta ou baixa qualidade dos serviços públicos

O NOVO SENTIDO APONTA PARA O PROTAGONISMO NO DESENVOLVIMENTO DOS SEUS LUGARES E DESTINOS preservadas de rios poluídos, os cidadãos da zona Leste estão cada vez mais cientes dos seus direitos. E mais importante: estão corrigindo uma rota histórica de desassistência e desesperança. O novo sentido apon-

ta para o protagonismo no desenvolvimento dos seus lugares e destinos. Purificar um rio não é fácil, mas o processo está em curso.

Quem estiver cético que explique as duas medalhas de bronze nas Paralimpíadas do Rio e de Tóquio de Laiana Rodrigues, paratleta do vôlei que despertou a paixão pelo esporte na Praça do Armando Mendes. Ou o status de embaixadora da empresa Kamaleão Color no Amazonas, conquistada por Carolina Dias, 28, do Tancredo Neves, que começou apostando na revenda de uma caixa de produtos de pigmentação para cabelo, adquirida por cartão de

crédito, até se tornar referência no Estado em vendas da marca. No São José, um bloco de rua virou escola de samba seis vezes campeã: a Grande Família.

Maduros e obstinados, todos que ficaram se tornaram sobreviventes após o terrível impacto da segunda onda de casos da Covid-19, em janeiro e fevereiro de 2021, onde quadras ficaram vazias, trabalhos foram interrompidos e o samba, silenciado. No extremo leste, moradores do Mauazinho, Colônia Antônio Aleixo e Puraquequara acumularam prejuízos com a cheia recorde do rio Negro, em junho.

Perdas, sequelas, traumas

e prejuízos incalculáveis a quem já buscava melhor qualidade de vida. Às vésperas do aniversário de 352 anos, porém, a cidade assiste à redução de casos do novo coronavírus e a gradativa retomada da rotina pré-pandemia, que anunciam um horizonte de esperança. Velhos inimigos como a inflação e a redução no poder de compra são os desafios da vez para os quase 600 mil habitantes da região, segundo o IBGE. O que não impediu o surgimento de novos empreendimentos.

Na luta cotidiana, a zona Leste tem história. Ou melhor, histórias. Centenas de milhares delas.

A turma do professor Jorginho Professor de educação física, Jorge Silva recebeu um pedido de ajuda em 2016. A missão era ministrar uma rotina de atividades físicas para um amigo com sérios problemas de obesidade. A partir de então, todas as manhãs eram de caminhadas no acessível terreno da casa do profissional, no Jorge Teixeira. A rotina chamou a atenção de vizinhos interessados na prática, que aos poucos se juntaram aos dois. Atualmente, são 198 pessoas beneficiadas pela atividade funcional, oferecida gratuitamente pelo agora mais conhecido como Professor Jorginho.

Antes de reunir pessoas em busca por melhor qualidade de vida, o terreno onde Jorge atua já foi espaço de consumo de drogas.

O local pertence a um amigo, que ofereceu a moradia com a condição da manutenção. A mudança não poderia ser melhor.

“De manhã, oferecia a atividade a idosos e à tarde tinha futebol com jovens que ficavam ociosos por ali.

De um espaço de brincadeira, ficou voltado para a saúde”, destacou.

Após a segunda onda da pandemia em Manaus, Jorginho viu aumentar a procura pelo funcional, mas viveu um dilema e acabou optando por limitar o espaço. “Não posso praticar saúde colocando a saúde das pessoas em risco. Temos uma fila de espera de aproximadamente 80 pessoas, que toda semana mandam mensagem para saber se abriu vaga”.

Jorginho destaca que a alta procura faz com que o projeto não careça de divulgação na mídia ou em redes sociais. Ele sobrevive com pequenas doações de integrantes e políticos. “Foi crescendo pela divulgação dos próprios alunos”, ressalta.

PRODÍGIO DA LUTA OLÍMPICA, MAIK É CAMPEÃO BRASILEIRO

Celina Pinagé é representante do Amazonas na COP 26, que ocorrerá na cidade de Glasgow, na Escócia, entre 1º e 12 de novembro

Manaus tem a sua ativista

O campeão brasileiro Quais as chances de um menino de 13 anos, morador do Jorge Teixeira, filho de um pedreiro e uma manicure, se tornar campeão brasileiro da sua categoria e garantir vaga no campeonato sulamericano com sede em outro país?

A façanha pode surpreender muitos, mas não quem conhece Maik Souza, o esforço dos pais em manter o atleta competitivo e o suporte comunitário oferecido por escola, projeto social, amigos e admiradores do jovem.

Prodígio da luta olímpica, Maik é tetracampeão amazonense de jiu-jitsu.

Estuda de manhã, treina pela tarde e pela noite, de segunda a sexta. Está em franca preparação para o Panamericano

de Wrestling Sub-15, no México, onde tem a chance de alcançar índice para pleitear a maior meta: o bolsa atleta do governo federal. Mas o diferencial não está apenas no empenho do lutador. “Eu faço tudo por ele. Damos todo o suporte.

Nossa casa é simples. Não tem reforma para isso”, revela o pai Antônio dos Santos.

“Eu trabalho de pedreiro. Mas é assim. É pouco o que a gente ganha. A mãe dele também se vira, faz manicure. A gente faz bingo, rifa para fazer o possível para ele ir mais longe. E graças a Deus eu fui teimoso”, celebra Antônio, que não está sozinho na rede de apoio. No projeto Jesus no Tatame, Maik, a mãe e o irmão

mais novo treinam juntos com colegas do bairro, em iniciativa viabilizada por parceiros comerciantes e membros da Igreja Evangélica Geração Eleita, no Jorge Teixeira.

Na escola, um desconto de R$ 500 na mensalidade só foi possível graças aos resultados no Wrestling. Uma forma de reconhecer e valorizar o atleta e incentivar os estudos, mesmo conciliando com a intensa rotina de treinos. “É com muito sufoco. Às vezes, a gente não tem o dinheiro da passagem pro treino, mas pede emprestado, faz o possível, faz o sacrifício. Mas ele é estudioso e estamos na batalha até hoje.

Ele é um moleque muito esforçado”.

A curiosidade e a indignação da estudante de ciências biológicas, Celina Pinagé, 22, transformaramna em uma das mais importantes vozes do Brasil pela defesa do meio ambiente e, consequentemente, no debate sobre as mudanças climáticas.

Quando viu do bairro onde mora e estuda, o Coroado, a cidade de Manaus tomada por fumaça em agosto de 2019, descobriu que algo estava muito errado.

Ao identificar que aquele fenômeno era consequência do período recorde de focos de queimadas na Amazônia, ela estudou o tema profundamente, indignou-se e promoveu uma

manifestação pelo meio ambiente, no centro da cidade. Aquele foi o primeiro passo para Celina ser reconhecida como ativista ambiental de escala global, o que lhe credenciou uma vaga como representante do Amazonas na COP-26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que ocorrerá na cidade de Glasgow, na Escócia, entre 1º e 12 de novembro.

Uma conquista que não aconteceu por acaso. A estudante tem uma profunda compreensão da questão ambiental, sensivelmente atrelada com demandas sociais. “A pauta ambiental, sozinha, não é nada. Sozinha, ela nem vale a pena ser tocada. Ela caminha SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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junto com a pauta social. Pra gente conseguir preservar o meio ambiente, a gente precisa de educação. Precisa que as crianças tenham saneamento básico. Como vou preservar uma árvore se não tenho comida em casa?”, ponderou.

Acadêmica do oitavo período na Ufam, ela valoriza o contato com a natureza proporcionado pelo bairro. “A gente tem muitas crianças crescendo em zonas periféricas e é importante ensinar o que é o desenvolvimento ambiental. Sinto falta desse incentivo à questão ambiental no Amazonas. É importante levar esses conhecimentos acadêmicos, mas também ancestrais”.

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N2

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MANAUS

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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352

anos

1911

Se Liga na História A iluminação do bairro de Adrianópolis, antiga Vila Municipal, foi inaugurada às 17:30h do dia 14 de outubro de 1911, na administração municipal de Jorge de Moraes.

O evento, que contou com a presença de autoridades públicas e grande número de populares, ocorreu na Praça Chile, em frente ao Cemitério de São João Batista.

N3 MANAUS

352

anos

Bem-estar se alastra nos bairros Manaus, Manaus, 23 23 aa 25 25 de de outubro outubro de de 2021 2021

Futebol, danças, funcional e muitas ligas que atraem centenas de torcedores, transformam os bairros em áreas de lazer

Foto: Divulgação

BRUNO TADEU @BRUNOTADEU

R

efletores ligados, areia e suor na testa do lado de dentro.

Olhares fixos, tensão e gritaria de fora. Para entender o que está acontecendo, só conquistando um espaço no concorrido gradil, cercado de espectadores concentrados. A tranquilidade fica por conta de algumas mulheres e crianças sentadas nas pequenas arquibancadas. Mas todas as atenções estão voltadas ao campo de terra. A competição?

Futebol, das mais variadas categorias. Do juvenil ao master.

O local? Depende. Essa atmosfera pode ser encontrada no Campo do Soldado, da Liga do São José 1, do Bahia, do Florestão, do Teixeirão e muitos outros campos da zona Leste de Manaus, onde as noites de jogos lembram o clima de Copa do Mundo.

Cada campo tem sua liga, com times do bairro ou de fora, sempre bem-vindos. Do sub17, passando pela categoria principal até o campeonato dos cinquentões, torneios premiam de troféus a valores em dinheiro de R$ 20.000. A verba depende sempre do número de inscritos e apoio de padrinhos, de empresários a políticos. Nas camisas dos times, vereadores e deputados ganham publicidade, como patrocinadores.

Não é por acaso. Dia sim, dia não, uma parte influente e considerável da comunidade se reúne para torcer nos campos.

Mas há também aqueles que usam esses espaços para aliviar a tensão. Em paralelo ou em horários alternados, um

Projeto Dança para Todos atrai público noturno na Bola do Produtor

público com maior predomínio feminino busca manter a forma física, perder peso e aliviar o stress através da zumba. É assim nos campos, mas também em praças e na Bola do Produtor. Isso mesmo. A rotatória da antiga Grande Circular que marca os limites entre os bairros Jorge Teixeira, Novo Aleixo e Cidade de Deus recebe um público fiel e volumoso de segunda a sexta-feira.

Em dezembro de 2021, o Dança para Todos, criado pelo professor de educação física Márcio Prata, completará nove

LIGA DO CAMPO DO SOLDADO ATRAI MUITOS TORCEDORES FIÉIS

Campinho, torcida e lazer Mineiro de Betim, João Batista Alves, 55, tem história para contar.

Partiu para o México em 2004 para tentar entrar nos Estados Unidos de forma clandestina. Conseguiu. Trabalhou como pedreiro na Flórida, onde sentiu o impacto da queda do mercado imobiliário, em 2008. O jeito era voltar ao Brasil. Manaus foi escolhida como destino, mais precisamente o bairro Coroado, Conjunto Ouro Verde, onde se tornou presidente da liga do Campo do Soldado.

Em noites de jogos decisivos, a rua Luís Corrente acumula carros estacionados. Atletas e torcedores de toda Manaus estão envolvidos nos campeonatos, de categorias principal a máster. No meio, é comum identificar jogadores profissionais reconhecidos do Campeonato Amazonense. “Sempre quando eles não estão jogando, representam os times aqui do campeonato amador”, revela João, que no bairro é conhecido mesmo como Mineiro.

O espaço na localidade vai além do campo, mas se resume apenas ao terreno, onde eventualmente acontecem shows e, três vezes por semana, aulas de Zumba que atraem grande parte dos comunitários. Em noites de jogo, a praça esportiva se torna o grande ponto de encontro do conjunto, com espectadores, alunos da dança rítmica e atletas.

Na gerência das competições, Mineiro tem a satisfação pessoal de envolver a comunidade e a pessoal de desenvolver o que admite ter como deficiência: a leitura. “Foi nos campeonatos que comecei a trabalhar a minha leitura. Meu grau é bem baixo. Nesse envolvimento de súmulas das partidas, eu me desenvolvi muito. Foi uma aula, um aprendizado”, avalia.

anos como a atração mais conhecida -e no local mais inusitado -das noites da zona Leste.

“Comecei com quatro alunos.

No segundo mês, foram mais de 40. Nosso público, em média, por aula, é de 600 pessoas”, estima Márcio, que mantém o projeto através de pequenas colaborações dos participantes.

E a ocupação da Bola do Produtor não parou por aí.

Além daqueles que buscam se exercitar através da dança, passaram a se reunir ali ciclistas, skatistas, religiosos, capoeiristas, funkeiros e jovens das

mais diferentes tribos de rock, como o universitário Ausberto Silva, 21. “Antes o pessoal se reunia no Largo (São Sebastião, no Centro). Agora, vem para cá gente do Cidade de Deus, do Armando Mendes. Aqui é muito acessível”, explicou.

Essa reunião das mais diferentes vertentes atribui à localização o principal fator de ocupação da bola, a despeito do trânsito intenso da avenida Autaz Mirim. “É meio complicado, mas já criou-se uma cultura de quando as pessoas vão passar, o pessoal para. Nunca

SILVA JÚNIOR, NARRADOR DO CAMPO DO BAHIA

tivemos acidente, nada disso”, garantiu Márcio.

Depois de um dia intenso de trabalho, o espaço público, destinado ao esporte ou não, é destino certo de quem dá rosto, voz e personalidade à zona Leste. Seja o famoso rolê entre estudantes -que antes era na zona Sul -, seja na competitividade de um torneio em campo de areia até o público mais variado dos passos aeróbicos da dança rítmica, a população busca nas ruas o lazer como equilíbrio aos desafios pela sobrevivência no cotidiano.

CADA CAMPO TEM SUA LIGA, COM TIMES DO BAIRRO OU DE FORA. DO SUB-17, PASSANDO PELA CATEGORIA PRINCIPAL ATÉ MASTER

JOGADORES RESERVAS SE AGLOMERAM PARA ASSISTIR A PARTIDA DECISIVA NO CAMPO DO BAHIA

O Narrador oficial da comunidade

Jogos da comunidade fazem sucesso

Uma boca de ferro, dois auto-falantes, um amplificador ligado a uma bateria emprestada do carro do pai de um amigo -sem ele saber -e um telefone improvisado como microfone. Conectando tudo numa verdadeira gambiarra, Francisco Santos da Silva narrou uma pelada em campo improvisado atrás do Hospital João Lúcio, no bairro São José Operário, em 1999. Ali, nascia Silva Júnior, ou Borracha, como é conhecido o narrador das comunidades.

Hoje, aos 48 anos, Silva Júnior é comerciante e motorista de aplicativo nos dias de semana. De sexta a domingo, ele pausa as vendas, interrompe as viagens para dar protagonismo ao que mais ama: transmitir emoção por meio da voz. Por jogo, ele fatura entre R$ 200 e R$ 300, geralmente em partidas decisivas, como semifinais e finais. “Fazia até cinco jogos por final de semana. Saía de um (campo) para o outro, numa correria constante”, detalhou.

Morador do São José, tem como principal local de trabalho o Campo do Bahia, espaço que conta com quadra, academia ao ar livre, ponto comercial, Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e o campo de areia. Como diferencial, o espaço conta com uma cabine própria para as transmissões, onde Borracha pode trabalhar com uma estrutura incomparável àquela da primeira experiência, há 22 anos.

“Sempre fui apaixonado pelo rádio. Ficava fascinado com as transmissões.

Até hoje assisto os jogos pela TV, mas não abandonei o radinho de pilha”, admitiu. A magia que encantou Silva Júnior é repassada aos apaixonados pelo futebol no São José, onde a pequena arquibancada e o gradil são disputados pelo público. Dentro de campo, um gol narrado para toda comunidade ouvir tem valor especial, o que faz dos finais dos campeonatos da Liga Esportiva do São José 3 eventos imperdíveis.

Uma boca de ferro, dois auto-falantes, um amplificador ligado a uma bateria emprestada do carro do pai de um amigo -sem ele saber -e um telefone improvisado como microfone. Conectando tudo numa verdadeira gambiarra, Francisco Santos da Silva narrou uma pelada em campo improvisado atrás do Hospital João Lúcio, no bairro São José Operário, em 1999. Ali, nascia Silva Júnior, ou Borracha, como é conhecido o narrador das comunidades.

Hoje, aos 48 anos, Silva Júnior é comerciante e motorista de aplicativo nos dias de semana. De sexta a domingo, ele pausa as vendas, interrompe as viagens para dar protagonismo ao que mais ama: transmitir emoção por meio da voz. Por jogo, ele fatura entre R$ 200 e R$ 300, geralmente em partidas decisivas, como semifinais e finais. “Fazia até cinco jogos por final de semana. Saía de um (campo) para o outro, numa correria constante”, detalhou.

Morador do São José, tem como principal local de trabalho o Campo do Bahia, espaço que conta com quadra, academia ao ar livre, ponto comercial, Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e o campo de areia. Como diferencial, o espaço conta com uma cabine própria para as transmissões, onde Borracha pode trabalhar com uma estrutura incomparável àquela da primeira experiência, há 22 anos.

“Sempre fui apaixonado pelo rádio. Ficava fascinado com as transmissões.

Até hoje assisto os jogos pela TV, mas não abandonei o radinho de pilha”, admitiu. A magia que encantou Silva Júnior é repassada aos apaixonados pelo futebol no São José, onde a pequena arquibancada e o gradil são disputados pelo público. Dentro de campo, um gol narrado para toda comunidade ouvir tem valor especial, o que faz dos finais dos campeonatos da Liga Esportiva do São José 3 eventos imperdíveis.

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MANAUS

352

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

anos

352 PA R A B É N S M A N A U S !

ANOS

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1897

Se Liga na História A primeira exibição cinematográfica em Manaus ocorreu em 11 de abril de 1897, no Teatro Amazonas. O aparelho não funcionou perfeitamente e nem despertou, inicialmente, grande interesse no seleto grupo de espectadores. No entanto, em pouco tempo, começaram a ser realizadas exibições em espaços públicos e casas particulares.

N5 MANAUS

352

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Manaus, Manaus, 23 23 aa 25 25 de de outubro outubro de de 2021 2021

Zona Leste atrai novas ações do poder público De olho em uma zona eleitoral importante, Governo do Amazonas abre frentes de trabalho em bairros da zona Leste da cidade, que reúne mais de 300 mil eleitores BRUNO TADEU @BRUNOTADEU

Foto: Osmar Neto

E

m 2021 a natureza deu sua cara e marcou um dos períodos mais atípicos da história de Manaus. Pandemia, cheia histórica e impacto direto na renda das pessoas desafiaram o Poder Público, atento às demandas -e aos eleitores -da segunda maior região eleitoral da cidade, com mais de 300 mil aptos ao voto.

Com prefeitura sob nova direção e Governo do Estado sob pressão por maior assistência de saúde e segurança, a zona Leste assistiu a inúmeras intervenções na infraestrutura e ações variadas de assistência social.

Com a meta de reformar 10 mil ruas em quatro anos, a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura) informou que, em dez meses, atendeu a aproximadamente 1.500 vias, mais de 294.929 m² de área com obras de recuperação asfáltica. Além do piso, o que estava embaixo também recebeu intervenção.

Foram mais de dois quilômetros de drenagens profundas e drenagens superficiais com meio-fio e sarjetas, implantação de caixas coletoras, desobstrução de rede de drenagens.

No fim de setembro, a implantação de 2,8 quilômetros de calçada da avenida Cosme Ferreira, no Colônia Antônio Aleixo, melhorou as condições para as práticas esportivas da população. O bairro foi o primeiro ponto de um mutirão de infraestrutura e limpeza realizado sob comando do prefeito David Almeida (Avante). A região recebeu asfalto de boa qualidade nas principais vias.

No Mauazinho, a cheia e as erosões demandaram serviços de construção de pontes de madeira e ajuste do solo na rua Manoel Urbano. Ramais como o do Castanheiras e o do 9, no Puraquequara, além do Sub-10 e Santa Inês, ambos com acesso pelo ramal do Brasileirinho, no Jorge Teixeira, receberam serviços de terraplanagem e asfaltamento.

No Armando Mendes, as famílias da comunidade da

Calçadão Cosme Ferreira, Colônia Antonio Aleixo

Sharp serão contempladas com o Parque Residencial do Prosamin+ (Programa Social e Ambiental de Manaus e do Interior ). O local terá unidades habitacionais amplas, com 648 apartamentos divididos em 81 blocos de quatro andares.

Já a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus), avança na construção do Anel Viário Leste, que tem início no trevo da avenida dos Oitis e terminará na avenida Margarita. O complexo contempla 18,3 quilômetros de extensão. Com investimento no valor de R$ 203 milhões, a obra apresenta o percentual de 18% de execução e tem previsão de conclusão para dezembro de 2022.

Essa obra deve beneficiar principalmente o Polo Industrial de Manaus com a facilidade no trajeto dos veículos que saem do Distrito Industrial com destino ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e às rodovias AM-010 e BR-174.

Auxílios As ações de entrega dos

cartões do Auxílio Estadual Enchente do Governo em Manaus beneficiaram pessoas vítimas da cheia recorde por meio de cartões com crédito de R$ 300, em parcela única.

Em junho, os bairros Puraquequara e Colônia Antônio Aleixo receberam o mutirão. Ao todo, foram entregues 231 cartões nos dois pontos de atendimento. Em setembro, a Prefeitura de Manaus liberou o pagamento do quinto lote do “Auxílio Operação Cheia 2021”, no valor de R$ 200.

Também da prefeitura, o programa Auxílio Manauara beneficiou 40 mil famílias com

transferência de renda no valor de R$ 200. O benefício é destinado a dois públicos: famílias beneficiárias do programa Bolsa Família, com crianças até 36 meses de idade e se for família unipessoal, idoso acima de 60 anos; e trabalhador informal, a partir dos 18 anos, com crianças até 36 meses de idade ou família unipessoal.

Em ambos os casos, a família deve ter renda mensal de até R$ 178 por pessoa.

Por conta dos custos da realização de aulas online, cerca de dez mil professores da rede municipal passaram a receber o ‘Auxílio Conectividade’. No valor de R$ 700, ele

EM JUNHO, OS BAIRROS PURAQUEQUARA E COLÔNIA ANTÔNIO ALEIXO RECEBERAM O MUTIRÃO. AO TODO, FORAM ENTREGUES 231 CARTÕES NOS DOIS PONTOS DE ATENDIMENTO

é pago diretamente no contracheque, em 10 parcelas mensais de R$ 70, compreendendo os meses de março a dezembro de 2021.

Escolas Para um retorno seguro às aulas 100% presenciais, iniciadas em 10 de agosto após o início do processo de vacinação dos professores, escolas das redes estadual e municipais receberam adaptações e adoção de protocolos para evitar a disseminação da Covid-19.

Além disso, algumas unidades de ensino da zona Leste foram revitalizadas, enquanto outras passaram por reformas mais profundas.

Esporte Entre as praças esportivas, a Mini Vila Olímpica do Coroado foi entregue reformada em setembro, com melhorias como reforma das quadras e campo de areia, pinturas interna e externa, reforma dos banheiros e vestiários, manutenção das piscinas, iluminação a LED, reforma das salas administrativas e a criação de uma pista de cor-

rida e caminhada. A prefeitura ainda realiza um levantamento para recuperação de outras três mini vilas olímpicas, nos bairros Santo Antônio, Santa Etelvina e Armando Mendes.

No Jorge Teixeira, o Campo do Teixeirão está de cara nova.

Além do campo de futebol, o espaço conta com área de lazer, academia ao ar livre, quadra de areia e corredores para caminhada.

Turismo e Lazer Assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Parque Encontro das Águas, localizado na Ponta das Lajes, no bairro Colônia Antônio Aleixo, vai receber um realinhamento por parte da Prefeitura de Manaus, que anunciou a busca de recursos para a execução da reforma.

Um dos últimos trabalhos realizados por Niemeyer, o projeto é de 2005. A obra tem como objetivo fomentar o turismo e custou R$ 600 mil aos cofres públicos na época.

Na obra, Oscar Niemeyer imaginou um memorial para abrigar um salão de exposições e um aquário de peixes da região, além de área para praça e restaurante, que explica o projeto e a forma arquitetônica adotada, “que sugere aos que chegam esse milagre da natureza”, conforme o arquiteto descreveu, à época da criação.

Transporte Duas novas linhas de ônibus passaram a atender os usuários da zona Leste a partir de abril: a 097-Jorge Teixeira/ Grande Vitória/Grande Circular e a 098-Jorge Teixeira/ Grande Circular/ Grande Vitória. As linhas passaram a fazer integração no Terminal 5. Equipes de agentes de trânsito e fiscais do transporte do IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana) estiveram no local para fiscalizar o cumprimento da determinação, assim como verificar a situação dos veículos que atendem as referidas linhas. Ganharam reforço as linhas 678, 676, 600, 560, 449, 448, 034, 013 e 010, que também tiveram aumento no número de viagens realizadas.

Foto: Mário Oliveira

Projeto Parque Encontro das Águas

Foto: Diego Peres

Governo avança na construção do Anel Viário Leste SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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N6

Se Liga na História A primeira visita de um presidente da República a Manaus ocorreu em 1906. Afonso Augusto Moreira Pena visitou a cidade para o lançamento da pedra fundamental do Edifício da Alfândega, que seria inaugurado em 27 de março de 1909. Ficou hospedado no Palacete da família Nery, entre a avenida Joaquim Nabuco e a rua dos Andradas.

MANAUS

352 anos

1906

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Rede de apoio reergue moradores Diversas são as ações de solidariedade, apoio e recuperação de pessoas que existem na zonaLeste BRUNO TADEU @BRUNOTADEU

Q

uanto custa acreditar?

Na teoria, nenhum centavo. Na prática, ter o destino nas próprias mãos depende, principalmente, de dignidade, autoestima e caráter.

Numa região ainda tão marcada pela carência de oportunidades e mazelas sociais, pequenas, porém rígidas pontes levam esse tripé construtor de sonhos onde eles valem mais que qualquer fortuna. São projetos sociais na zona Leste de Manaus que nasceram do olhar às demandas locais, das crianças que deixam a Colônia Antônio Aleixo para pedir esmola nos semáforos de toda Manaus, passando pelas meninas do São José Operário desamparadas e ameaçadas em casa pela ausência dos pais, até os comunitários do Mauzinho que sofrem com a fome e a falta de aparelhos públicos do Estado.

Outro obstáculo comum entre a realidade e a esperança de jovens naquela região são os crimes relacionados ao abuso sexual, percalços nas vidas dos estudantes Jhoseph Duarte, 19, e Marciele Sena, 18. Com ele, aconteceu mais

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especificamente aos 15 anos. Com ela, aos 12. Ambos em situação de crise familiar, alvos de disputa judicial entre os pais pela guarda, no caso de Jhoseph, e trabalho infantil para ajudar o pai desempregado e a mãe com depressão, necessidade da Marciele. Unidos pela dor, eles se (re)encontraram no PGG (Projeto Gente Grande), que oferece cursos voltados à empregabilidade e desenvolvimento pessoal de adolescentes, no bairro Colônia Antônio Aleixo.

Jhoseph mora lá, e chegou ao projeto por interesse próprio, depois de notar a circulação de jovens com o uniforme e a pasta característicos da iniciativa. Começou os ciclos de desenvolvimento do projeto como um estudante de Ensino Médio traumatizado e extremamente tímido. Oito meses depois, encerrou o curso como aprendiz de produção em uma empresa do Distrito Industrial e passou a ser reconhecido em concursos de debate entre universidades e escolas, sob avaliação de juízes e advogados.

Hoje, ele está focado em passar no vestibular para o curso de direito da Ufam, onde sonha em estudar para se tornar juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região.

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Foto: Bruno Tadeu

Jacqueline Margarida, 37, primeira pessoa nascida na casa, à direita, e Marcela Moraes, 35, mãe das crianças gêmeas

“Eu vi que podia mais. Eu tinha mais do que as pessoas do bairro tinham falado que eu ia fazer. Aqui, dizem que as meninas crescem para ser donas de casa e os meninos para ser mototaxista. Eu não sonhava nem em fazer faculdade. Hoje, é o que eu quero”, revelou Jhoseph.

Nessas atuações o Gente Grande exerce o complexo propósito de combater o trabalho infantil.

E não é por acaso que ele tem sede na Colônia Antônia Aleixo.

Uma pesquisa feita em 2016 pela Associação O Pequeno Nazareno, origem do PGG, constatou que aproximadamente 60% das crianças que pedem esmolas, vendem e fazem malabarismos nos semáforos da cidade moram no bairro do extremo leste. Com o objetivo de acolher esses adolescentes en-

OUTRO OBSTÁCULO COMUM ENTRE A REALIDADE E A ESPERANÇA DE JOVENS NAQUELA REGIÃO SÃO OS CRIMES RELACIONADOS AO ABUSO SEXUAL

Com os pais nas ruas em busca de renda e os filhos meninos como suporte, resta às meninas a reclusão em casa com as tarefas do lar, condição propícia às mais diversas formas de violência. Há décadas esse cenário não é incomum no bairro São José Operário, onde a ONG da Rede Salesiana Casa Mamãe Margarida foi fundada em 2 de abril de 1986 justamente com o objetivo de acolher crianças e adolescentes vítimas da violência sexual, maus tratos ou vulnerabilidade social.

Foi assim que Marcela Moraes, hoje com 35 anos, chegou à casa aos 7. Após a mãe sair de casa e o pai passar muito tempo fora, uma vizinha indicou o local, onde ela foi acolhida, manteve-se na escola, praticou esportes e ganhou uma bolsa, aos 15, para estudar no Ensino Médio pelo Centro Educacional Santa Teresinha. Em seguida, cursou dança na UEA e depois se formou como fisioterapeuta. A transformação proporcionada pelo projeto fez das colegas e funcionárias uma família, e Marcela passou de aluna para colaboradora.

Nessa família, a diretora Irmã Liliana Maria Lindoso é chamada de mãe. E não só por Marcela. O trabalho de Liliana no bairro transcende o propósito de acolhimento de crianças e adolescentes. “Nós sempre fomos uma fonte de grande ajuda pro bairro. No início, não tinha água e só nós perfuramos o poço.

Toda a comunidade vinha pegar água aqui, por muitos anos. Quando teve os alagamentos, que as pontes estouraram, abri a casa para ficarem aqui a noite toda. Eles sempre sabem que podem contar com a gente”, disse.

Marcela também sabe. Tanto que, hoje, casada e com três filhas, escolheu a Casa Mamãe Margarida como local de resguardo após o nascimento das últimas duas, gêmeas. “Aqui é mais a minha casa do que a minha casa”, explica. “Quem me criou foram as educadoras, que sempre se fizeram presentes. A gente sempre teve a sensação de que o pátio da casa é transformador. É lá que a gente brinca, conversa, tem a nossa experiência com as meninas”.

tre 14 e 18 anos, o Gente Grande deu início às atividades em 2017.

Até hoje, quase 700 jovens foram atendidos pelo curso.

Um deles foi Marciele, que entre 12 e 15 anos ia às ruas vender pipoca e banana com leite condensado em comércios e praças da zona Leste para ajudar na renda da família. Aos 15, passou a ser

chamada de “mãe” pelas duas filhas da irmã mais velha, de quem passou a cuidar em casa. “Com 13 anos eu já estava com uma responsabilidade que não era pra mim”.

Numa última venda na rua, em frente ao Shopping Grande Circular, foi convidada por uma agente de abordagem social a conhecer o PGG.

N7

MANAUS

352 anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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N8

Se Liga na História O primeiro jornal do Amazonas circulou em Manaus em 3 de maio de 1851. Era o ‘Cinco de Setembro’, fundado um ano depois da Elevação da Comarca do Alto Amazonas à Categoria de Província e um ano antes da Instalação da Província em 1852. Seu proprietário foi o tipógrafo Manoel da Silva Ramos.

Após a Instalação da Província passou a se chamar ‘Estrela do Amazonas’.

MANAUS

352 anos

1851

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Moradores amam, mas reclamam Divididos sempre entre o amor pelos seus bairros e as queixas, moradores apontam o que precisa melhorar na ZL Foto: Divulgação

BRUNO TADEU @BRUNOTADEU

EDUCAÇÃO

A

zona Leste tem um capítulo especial no histórico de ocupação desordenada de Manaus, principalmente a partir da Zona Franca. Mas, de lá para cá, é inegável o avanço da urbanização e a chegada dos serviços públicos, ainda que de forma gradual e lenta.

Isso fez com que o asfalto e a melhor distribuição dos modais de transporte perdessem espaço no topo das demandas, mesmo com pendências persistentes. O direito mais reivindicado pelos moradores da região é a segurança, dado o medo de assaltos e os testemunhos de criminosos armados em determinadas regiões.

De acordo com o levantamento mais recente do IBGE, em 2019, a população da ZL foi estimada em 542.593 habitantes, a segunda zona mais povoada da cidade. E para atender essa demanda são oito DIPs (Distritos Integrados de Polícia); 36 unidades de saúde, de UBSs a hospitais; 178 escolas públicas, de creches a EJA (Educação de Jovens e Adultos); e duas empresas do transporte coletivo, com frotas operantes de 439 ônibus. As informações constam nos sites das secretarias das respectivas pastas. Ainda tem os 258 amarelinhos, como são conhecidos os tradicionais micro-ônibus alternativos, além de uma parcela con-

Lucas Castro, 23, barbeiro que atua na av. Cosme Ferreira. Morador do Zumbi, ele relata insegurança no bairro

siderável dos 3.300 mototáxis regulares na cidade.

Se por um lado o transporte ganhou dinamismo com os serviços de aplicativo, por outro a sensação de insegurança se mantém como alvo histórico de críticas da população. Geralmente, esse temor envolve pontos e terminais de ônibus. Em áreas tidas como mais críticas, motoristas rejeitam chamados pelos apps. Atividades e deslocamentos são cancelados diante de burburinhos nas redes

sociais com ameaças em ruas específicas e a rua é evitada na ausência de companhia.

Andar sozinho, em determinadas circunstâncias, requer coragem.

Alternativa de mudança de cenário em longo prazo, a educação se faz presente de um modo geral, mas a carência por mais escolas de tempo integral segue desafiando mães solteiras, que interrompem o desenvolvimento profissional e pessoal para cuidar dos filhos em casa. Quando as

vagas das unidades de ensino mais próximas são encerradas, o custo do transporte é um empecilho a mais para a frequência regular de alunos que moram distantes.

Entre as ações do poder público e os trabalhos complementares do terceiro setor, há uma margem considerável de cidadãos desassistidos. Talvez menos que em tempos anteriores, porém com as pessoas cada vez mais cientes e atentas aos seus direitos.

POPULAÇÃO DA ZL FOI ESTIMADA EM 542.593 HABITANTES, A SEGUNDA ZONA MAIS POVOADA DA CIDADE

A zona Leste é uma área bastante deficiente para receber a gente que é deficiente”

As vacinas estão sendo distribuídas, muitas pessoas já tomaram”

Se ficar só duas pessoas, os ladrões vêm e assaltam”

Antoniel Cavalcante

Tatiane Freitas

Washington Cardenis

SEGURANÇA

TRANSPORTE

A avenida Cosme Ferreira divide os bairros São José Operário e Zumbi dos Palmares, onde mora o barbeiro Lucas Castro, 23. Todos os dias ele se desloca de um local ao outro para trabalhar numa barbearia a pouquíssimos metros do 9º DIP. Ali, ele se sente mais seguro. O problema fica na hora de se locomover pelo Zumbi. “Lá, os aplicativos encerram as chamadas quando a gente pede”, informou. “É muito perigoso”.

Quem percorre uma distância maior para chegar ao trabalho é Washington Cardenis, 60. Funcionário de produção de cerveja, ele sai do mesmo Zumbi rumo à empresa, na avenida Constantino Nery, zona Centro-Sul. Para ele, o problema está no trajeto. “Tem assalto dentro dos ônibus e nos terminais. Principalmente aqui no T4, porque nesse horário (por volta de 19h) é perigoso”, alertou Cardenis, que há dois meses teve o celular furtado no Terminal 5, no São José.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado) não disponibiliza dados por zona, mas os 27.704 roubos registrados em Manaus entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com dados do Departamento de Inteligência da pasta, refletem um aumento de 6% em relação ao mesmo período em 2020. Já os 23.506 furtos contabilizados nos nove primeiros meses deste ano apontam queda de 4% na mesma comparação.

Em junho, um episódio de ataques a patrimônios públicos atribuídos à facção criminosa Comando Vermelho assustou moradores de pelo menos 11 bairros, três deles da zona Leste (São José, Jorge Teixeira, Armando Mendes), com queima de veículos e anúncio de toque de recolher. Na época, a Polícia Militar deflagrou a operação “Pacificador” em seis bairros da região, com o objetivo de inibir os ataques criminosos.

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Um episódio marcante ocorrido no São José, em meados de 1988, definiu o sentimento dos moradores da zona Leste em relação ao transporte público na época. Revoltados com a precariedade dos veículos e a baixa qualidade do serviço, uma multidão se reuniu para tomar sete ônibus, atirá-los numa ribanceira e incendiá-los. Com certeza dá para dizer que as coisas melhoraram. No bairro Coroado, tem até quem esteja totalmente satisfeito.

“O transporte aqui é 100%, para mim”. A avaliação é do autônomo Cristóvão Duarte, 60, morador do Conjunto Ouro Verde. “Todo tempo tem ônibus. Em outros bairros não é assim, que o cara fica uma hora, meia hora esperando.

Aí o cara passa e leva teu celular”, explicou. Onde mora Cristóvão é atendido pelas linhas 517, 540, 541 e 542. Ele diz que a oferta dá condições de se locomover sem stress por quase toda a cidade.

Já o auxiliar de estoque João Garcia, 31, tem até uma frase para definir o modal mais popular da região, os amarelinhos. “Ruim com eles, pior sem eles”, observou. A frase de João se explica pelo fato desses ônibus alternativos ganharem fama de imprudência no trânsito. Por outro lado, é uma opção muito procurada pelos moradores e complementar às linhas convencionais.

Até mesmo o vendedor de trufas Antoniel Cavalcante, 35, que é deficiente físico e se locomove de cadeira de rodas, vê uma rede mais inclusiva, ainda que a estrutura não esteja em todos os lugares. “Na cidade as plataformas são uma bênção, mas na periferia tem que subir e não funcionam os elevadores”, contou Antoniel, que se desloca da Cidade de Deus para a área de influência do Terminal 5, onde trabalha.

Aulas online, modelo híbrido…

Termos novos, adotados em consequência das medidas preventivas à Covid-19. O retorno do ensino 100% presencial foi anunciado em agosto, mas são os velhos problemas que afetam diretamente a educação na zona Leste. A dificuldade em conseguir matrícula em escolas próximas de casa é o que mais afeta a população mais pobre. Desestimulados e sem dinheiro para locomoção, alguns alunos evadem. E só 40% dos contatados na região pelo programa Busca Ativa retornam à sala de aula, de acordo com a Coordenadoria Distrital de Educação 5.

Um exemplo emblemático está no Colônia Antônio Aleixo, observado pela assistente social Sheila Dantas, 43. “Como a gente está num bairro muito distante dos outros, acaba que os jovens em situação de vulnerabilidade, quando não conseguem vaga, precisam ir para fora, e muitos deles não vão. Desistem de estudar porque não têm como pagar o transporte”, disse.

Além dos estudos, o alimento.

A ativista Florismar Ferreira, 58, moradora do Gilberto Mestrinho, ressaltou o papel da escola enquanto oportunidade para driblar a fome. “É uma forma das crianças se alimentarem.

Isso levando em conta que muitas vezes o lanche é um biscoito com suco”, criticou.

Na região, seis creches, 24 escolas de educação infantil, 111 de ensino fundamental e uma EJA estão distribuídas pela rede municipal. Pelo Estado, são 34 escolas, entre elas três de tempo integral.

SAÚDE Quando uma campanha de vacinação envolve toda a população acima de 12 anos, fica mais fácil reconhecer a importância do SUS (Sistema Único de Saúde). A imunização contra a Covid-19 aproximou a rede pública de toda a população, que aos poucos retoma antigas demandas por um atendimento mais abrangente e universal.

Esse feito fez com que a autônoma Tatiane Freitas, 31, moradora do São José 3, só tivesse elogios a um dos direitos mais elementares da população. “Em termos de saúde, está sendo bom. As vacinas estão sendo distribuídas, muitas pessoas já tomaram, muitas pessoas estão tomando.

Estamos bem protegidos e bem atendidos”, considerou.

Em ano de perdas e esperança em meio a pandemia, a zona Leste contou com quatro hospitais, 17 Unidades de Saúde da Família, três UBSs, três CAICs (Centros de Atenção Integrada à Criança), duas policlínicas, um Capsi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil), um Pronto-Socorro, uma Maternidade e um SPA (Serviço de Pronto Atendimento).

Com estrutura e políticas públicas, o maior passo se torna a cobrança pelo pleno funcionamento do sistema de saúde. Coordenadora do Movimento de Reintegração de Pessoas Afligidas pela Hanseníase, no bairro Colônia Antônio Aleixo, Kátia Regina usa o exemplo da hanseníase no que vale para todas as comorbidades. “Não basta ter um profissional, mas a prática. Uma rede. Falta um programa que vise as escolas. Os programas acabam e a doença permanece”, defendeu.

Curiosidade

ZONA NORTE

MANAUS

Caderno O

352

anos

Somente em 1856 a então Cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro passaria a ser conhecida definitivamente como Manaus (na época Manáos), como ficou estabelecido pela Lei N° 68, de 04 de setembro de 1856, de autoria do Deputado Provincial João Ignácio Rodrigues do Carmo.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Para onde Manaus cresceu Com a segunda densidade populacional de Manaus, zona Norte é composta por dez bairros

Fotos: Divulgação

SANDRO ABECASSIS @SANDROABECASSIS

O

caminho em direção a zona Norte possui vários cenários, comércios de grande e médio porte, as novas vias, o trânsito intenso, casas reformadas e ainda as que mantêm o estilo original de 40 anos atrás, raras mas existentes.

Com a segunda densidade populacional da cidade de Manaus, onde segundo o IBGE (2019), a estimativa é de 606.924 mil habitantes, a zona Norte é composta por dez bairros, que nasceram a partir da necessidade em atender o crescimento populacional não só originário da capital, como do interior do Estado, bem como de outras regiões do Brasil, e também de outros países, como recentemente, venezuelanos e haitianos.

Ao longo dos anos, a zona Norte foi deixando de ser apenas um bairro domiciliar, com o comércio de grandes, pequenos e médio porte, além de serviços diversos, como clínicas e escolas.

O morador Rodrigo Ferraz, 32, eletricista do Distrito Industrial, morador do conjunto Manôa, conta que sai pouco do bairro, não por comodismo, mas pelo lugar ter todos os tipos de serviços que necessita.

“Se eu quero pagar uma conta, tem loterias, bancos, se preciso comprar uma roupa ou ir a um shopping, escolho o qual quero ir aqui na zona Norte mesmo, é mais fácil, mais em conta. Saio para ir para o trabalho, e claro, me divertir também em outros lugares, mas com relação a serviço a região é muito bem servida”, afirma Obras A Cidade Nova, por exemplo, recebeu infraestrutura de

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E OCUPAÇÕES IRREGULARES AINDA É UM FATOR QUE PREOCUPA vias ao longo dos anos, como no último ano, com a inauguração do polêmico Complexo Viário Professora Isabel Victoria, popularmente conhecido como viaduto do Manôa. A obra, inaugurada ainda em 2020, apresentou diversas falhas, que foram corrigidas pela atual administração do prefeito David Almeida (Avante). A obra era uma reivindicação antiga da população. “Apesar de ainda não estar 100% a obra ajudou sim, agora os motoristas também têm que ter consciência de dirigir pensando em todos”, afirma Odete Carvalho, 27 anos, que vive um vai e vem diário na região fazendo condução escolar.

Floresta e modernidade Em meio ainda a uma vegetação de Floresta nativa, como a Reserva Adolpho Ducke na Cidade de Deus, o Parque Sumaúma na Cidade Nova, na zona Norte faz “fronteira” com a rodovia AM-010, região que a pouco menos de 30 anos ainda abrigava igarapés limpos que serviam de balneários para a população de Manaus.

No entanto, a questão da degradação ambiental e ocupações irregulares ainda é um fator que preocupa, como alerta o professor Jorge Ricardo Palmeira Garcia.

“Um impacto está sempre ligado a outro, como se fosse uma sequência de eventos su-

ESPORTES

Campo da baixada Fluminense da zona Norte

Baixada Fluminense, na Cidade Nova, se destaca por torneio de futebol Há dez anos a Cidade Nova sedia o Campeonato Society da Baixada Fluminense, evento de futebol amador que recebe inscrições de times de toda Manaus.

Atualmente são mais de 40 inscritos, contra apenas 6 do começo. “Quando abrimos as inscrições em uma semana a gente consegue completar”, afirma o organizador Paulo Harper Rodrigues.

Além do mais, o evento amador é o que mais premia no Estado. “Hoje a gente tem uma premiação de R$ 30 mil para o campeão e R$ 8 mil para o vice, fora brindes como sorteio de televisores para a torcida, melhor goleiro, artilheiro e outras premiações pontuais como atleta revelação e dirigentes”, conta Paulo.

No entanto, ele destaca que o sucesso se deve também pela organização dos comunitários, “O torneio possui um software exclusivo chamado E-baixada, que controla toda a competição. E a gente faz o cadastro biométrico de todos os atletas, temos mais de 2 mil cadastrados dentro da competição”. E completa, “Por exemplo, a gente adquiriu um placar eletrônico,que controla faltas, cronômetro que fica lá na mesa”, diz.

O campeonato atrai patrocínios dos comerciantes locais, gerando emprego e renda para o bairro. No entanto, tem dificuldade para conseguir apoio em nível de governo municipal e estadual, “A gente espera que em algum ano o Estado ou a prefeitura coloque no seu calendário o campeonato da baixada”, finaliza Paulo.

Para 2022 a organização quer lançar seu próprio site e aplicativo.

cessivos, na maioria das vezes estas áreas são de preservação permanentes, nascentes de rios que sofrem com contaminação e a degradação do solo, que fica mais desnudo e consequentemente sujeito a erosões”. O pesquisador afirma que estas são as consequências diretas em áreas ocupadas de maneira irregular, e ainda ressalta, “A fauna também é atingida, de ínicio elas migram, mas elas podem morrer por estes impactos, ou sofrer extinção local, um exemplo disto é o sauim de Manaus que hoje se resume a região da Ufam até próximo a Presidente Figueiredo”.

No entanto, por outro lado Jorge ressalta a preocupação do setor imobiliário na preservação ambiental quando lançam novos empreendimentos, “Hoje elas atendem a questão ambiental, preservando estas áreas, nascentes de rios, e procuram manter como um cinturão florestal remanescentes de matas primárias e secundárias, para manter a vegetação e fauna local presente”, finaliza.

A zona Norte ganhou novas intervenções viárias, como o complexo viário conhecido como Viaduto do Manôa

Complexo viário do Santa Etelvina também foi concluído EDUCAÇÃO

Curso de brigadistas no Parque Sumaúma

Parque Sumaúma é fundamental para ecossistema da zona Norte No meio da zona Norte, está o Parque Estadual Sumaúma, criado em 2003 a unidade de conservação, tem histórico não só da proteção da fauna e flora local, como também abriga um campo de estudo vasto para os pesquisadores desenvolverem trabalhos, como o projeto sauim-de-coleira, da Universidade Federal do Amazonas.

Neste ano de 2021, a Unidade de Conservação promoveu o Curso de Formação de Brigadista Florestal, oferecido em parceria com o Bifma (Batalhão de Incêndio Florestal e Meio Ambiente), que possui sua base no Parque Sumaúma.

O curso foi realizado no período de uma semana no mês de setembro, na qual os inscritos participaram de atividades teóricas e práticas nas dependências do Parque, incluindo a retirada de resíduos sólidos de uma das trilhas existentes na unidade. Além do mais, o Parque Sumaúma recebe constantemente alunos de escolas municipais e estaduais, onde acontecem orientações de educação ambiental e sobre os cuidados com a fauna e flora local.

O Parque Sumaúma é administrado pela Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente), está aberto de segunda à sexta, de 8h as 17h, a unidade tem o apoio e colaboração dos moradores que são determinantes para as tomadas de decisão da região.

SAÚDE

Elias Matos durante a palestra no SPA Danilo Corrêa

Palestra e cuidados com a saúde mental A saúde mental da população se agravou no último ano, dados do IBGE mostram que 34% dos brasileiros receberam diagnóstico de depressão. A pandemia do novo coronavírus colaborou para este quadro, o risco de morte ou da perda do emprego, isolamento, e falta de perspectiva de futuro agravaram problemas como ansiedade e depressão. No entanto, em contrapartida, unidades de saúde começaram a atender a demanda destes pacientes, como é o caso do SPA e policlínica Danilo Correa na Cidade Nova que é uma das unidades de saúde do Estado com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais que podem, atender, identificar e tratar e encaminhar pacientes com problemas de ordem mental.

Além disso, a unidade de saúde convida sempre um profissional para palestrar sobre o assunto de forma gratuita para a comunidade. Como em alusão ao Setembro Amarelo, onde o tema prevenção do suícidio fez parte da programação da Unidade.

O psicanalista, teólogo e logoterapeuta Elias Moura foi o convidado. “Há dois anos fui convidado pelo Senac para palestrar sobre o combate ao suicídio em setembro.

Surgiu então o projeto dessas palestras. Daí o convite para locais específicos para profissionais da área da saúde, igrejas, colégios”, conta. Os temas abordados foram, ansiedade, depressão e sentido da vida.

Neste mês de outubro a palestra de Elias Moura foi sobre, Mulheres com dependência emocional, com tema também voltado para aspectos psicológicos do público feminino.

Para a melhoria da saúde mental, Elias Moura dá algumas dicas importantes, “Praticar exercícios físicos, evitar o uso excessivo da internet, dormir bem, pensar positivo ajuda a espantar a escuridão que se aproxima, e não podemos descartar a religiosidade, ajuda muito”, diz o psicanalista, que ainda lembra, “Sempre procurar ajuda profissional, a ansiedade não é para lhe deixar confuso, mas para gerar recursos em tomada de decisão”, finaliza.

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Manaus não foi a primeira capital do Amazonas, mas sim Barcelos. Quando foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, em 1755 (instalada apenas em 1758), a capital foi instalada na aldeia de Mariuá, criada pelos Carmelistas em 1728 e elevada à categoria de Vila em 06 de maio de 1758. No Governo de Manuel da Gama Lobo d’ Almada a sede da Capitania foi transferida para o Lugar da Barra (Manaus) em 1791, aí ficando até 1799, quando ela retorna para Barcelos. Apenas em 1808, após nova mudança, o Lugar da Barra se torna definitivamente a capital.

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População da Cidade Nova se encontra aqui Padre Vignola, religioso e missionário, tem seu nome hoje no maior Centro de Convivência da Família de Manaus Foto: Divulgação

SANDRO ABECASSIS @SANDROABECASSIS

CENTROS DE CONVIVÊNCIA SÃO ÁREAS NOBRES NOS BAIRROS, QUE MANTÊM A POPULAÇÃO DA REGIÃO MOBILIZADA E ENGAJADA

N

o alto da rotatória do Núcleo 8, na Cidade Nova, está o Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, o homenageado foi um religioso que colaborou para o nascimento do bairro no começo dos anos 80. Nascido na Itália, veio para o Amazonas em 1956, atuando em Parintins, sendo que em 1988, já atuando em Manaus, inaugurou a Igreja São Bento, primeira da Cidade Nova, onde exerceu extensa representatividade dentro da comunidade.

Falecido em 18 de julho de 2006, em Lecco, na Itália, Padre Vignola ganhou homenagem póstuma com seu nome batizando o Centro de Convivência da Família no ano de 2007.

A unidade é um espaço que recebe diversas ações de cunho social, cultural e de saúde durante todo o ano. Um exemplo é que o local tem sido utilizado para aplicação da vacina contra a Covid-19 na zona Norte, que inclusive já se prepara para a terceira dose.

Com a liberação de algumas atividades por parte do Governo do Estado do Amazonas, algumas ações já voltaram a ser realizadas, como afirma William Fernandes, diretor da unidade, “Nós estamos com o projeto respirar para os usuá-

Atividades do Centro de Convivência da Família Pedro Padre Vignola

rios do centro de convivência, atendemos o psicossocial com o Cetam, que possuem psicólogas e assistentes sociais que atendem as pessoas que precisam. Após uma pandemia, idosos que estão tendo alguma dificuldade familiar, nos procuram para ter este atendimento”, conta.

Quadras de esporte, piscinas, pista de caminhada, salão de dança, fisioterapia, aulas de balé para crianças e adolescentes fazem parte das ações e estruturas oferecidas para os comunitários.

Joseline, 54 anos, moradora do núcleo 23, frequenta o Centro desde a inauguração. “A minha neta faz balé clássico, eu faço dan-

ça de salão e ainda fazia atividade física na musculação”. Joseline ainda ressalta a importância da unidade para a comunidade, “É uma socialização entre as famílias, muitos estão ociosos em casa e a volta, a retomada do atendimento no Centro de Convivência da Família é muito importante”.

Após a aplicação das duas doses da vacina contra a Covid-19, o Centro de Convivência da Família Pedro Padre Vignola já está quase voltando à sua normalidade, “Nós já estamos conseguindo destinar os frequentadores para atividades específicas, como hidroginástica, fisioterapia, funcional, que são acompanhados por

um profissional”, afirma William Fernandes, enfatizando que o centro é aberto para a população em geral, “Todas as pessoas que precisam de atendimento estamos aqui para ampará-los”.

Uma outra característica do Centro de Convivência é ceder espaço para empreendedores da área de artesanato comercializarem seus produtos.

“Essas pessoas hoje procuram uma renda diferente, então nós cedemos o espaço para quem tem algum projeto pessoal para mostrar, a exemplo dos artesãos”. Nada é cobrado para que os artesãos tenham suas “banquinhas” no centro, além

do mais, por receber diariamente um grande público devido a aplicação da vacina, os comerciantes tem tido retorno na venda de seus produtos.

O Centro de Convivência da Família Pedro Padre Vignola, funciona das 8h às 17h, de segunda à sexta-feira com as atividades, contudo, para caminhada a unidade abre das 5h da manhã até às 21h.

William Fernandes , diretor

do Centro de Convivência da Família Pedro Padre Vignola

Praça Iluminada Irmã Helena Local de encontro dos moradores da Colônia Terra Nova na zona Norte, a Praça Irmã Helena recebeu recentemente iluminação de led por parte da Prefeitura de Manaus e da UGPM energia. Os comunitários deixavam de frequentar o espaço por conta da falta de segurança, e a nova iluminação traz a sensação de um lugar mais seguro.

No local, existem lanches, brinquedos para as crianças e a zumba, atividade que os comunitários praticam orientados por um educador físico do bairro.

Foto: Valter Calheiros

Praça Irmã Helena na Colônia Terra Nova

O desafio de manter o ecossistema urbano preservado.

Localizado dentro da reserva Adolpho Ducke, no bairro Cidade de Deus, o Musa (Museu da Amazônia), abriga espécies da fauna e flora Amazônica, que podem ser visitadas por turistas e moradores.

São cobras, borboletas, pacas e diversos tipos de plantas e árvores centenárias em plena área urbana de Manaus. Além de uma torre de observação, onde é possível admirar toda a floresta.

Durante o mês de outubro o espaço fez uma programação especial para as crianças, com atividades educativas sobre a vida e o ecossistema Amazônia, além de oficinas direcionadas para temática ambiental.

No entanto, o espaço é alvo de preocupação por parte de ambientalistas, tendo em vista as constantes invasões no seu entorno. “A falta de política de educação ambiental no município, não orienta, não educa as pessoas para elas compreenderem as infrações que elas cometem. Então muitas vezes não podemos culpar essas pessoas, muitas vezes desconhecem que estão cometendo um crime, uma prática cultural aqui é de atear fogo nos resíduos florestais, então as pessoas não sabem disso, infelizmente”, lembra o engenheiro florestal Jorge Palmeira.

Musa - Torre de observação SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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AÇÕES DO PODER PÚBLICO

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Em maio de 1927 Manaus recebeu a visita da Família Imperial Brasileira. D. Pedro de Alcântara de Órleans e Bragança (1875-1940), neto de Dom Pedro II, sua esposa Princesa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz (1875-1951) e sua filha Princesa Isabel de Órleans e Bragança (1911-2003) ficaram na cidade de 23 a 30 de maio daquele ano, hospedados no antigo Palacete da família Mello Rezende, na rua Coronel Sérgio Pessoa, na Praça dos Remédios. Visitaram diferentes lugares da cidade, como a Cervejaria Miranda Corrêa, a Manáos Harbour, o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), a Academia Amazonense de Letras, o Colégio Amazonense Dom Pedro II e outras instituições.

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Revitalização de espaços valorizam bairros Revitalizar campos para promover o bem-estar e qualidade de vida através do esporte Foto: Divulgação

Espaço revitalizado para prática esportiva SANDRO ABECASSIS @SANDROABECASSIS

O

s espaços para a prática esportiva na zona Norte, ganhar am reforço, tanto que no dia 15 de setembro o governador Wilson Lima anunciou a revitalização da Arena Passarinho, que fica na avenida Tenente Roxana Bonessi, bairro da Colônia Terra Nova 3, zona Norte de Manaus.

Esta é a quarta área de esporte e lazer que começa a ser recuperada pelo Governo do Amazonas, um deles –o Campo do Teixeirão – já foi completamente revitalizado e entregue à população.

Conforme o planejamento, o Estado tem como objetivo promover a recuperação de novos campos, com o intuito promover o bem-estar social e a melhoria da qualidade de vida da população ao facilitar a prática esportiva.

“Esse é um espaço muito importante para a comunidade, mas também é um espaço para ser tocados projetos sociais. Isso é importante porque não é apenas a questão do esporte. Há projetos que são tocados aqui e a reunião desses jovens e dessas crianças impede, ou diminui a exposição delas à violência”,

disse o governador.

Segundo a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus), haverá pintura geral; recuperação de gradil, alambrados, muretas e portões; nova areia nos campos; reparo nas instalações elétricas e iluminação, revitalização da pracinha e reparos em calçadas, mureta, proteção e arquibancada.

“Há 18 anos se encontra sem nenhuma reforma, nenhum movimento por parte do poder público aqui na comunidade, exclusivamente nesse complexo esportivo. Mas acredito que com essa revitalização, vai ser muito bem aceito pela comunidade de um modo geral, vai ficar bom de caminhar, praticar esportes. A gente costuma dizer que aqui é o nosso cartão postal da comunidade”, disse o presidente da Associação dos Moradores do Terra Nova, Eraldo Araújo.

O projeto, no valor total R$ 7.303.039,72, inclui 13 campos e quadras. As equipes técnicas da Seinfra e da Faar (Fundação Amazonas de Alto Rendimento) trabalham no levantamento dos espaços.

HPS Delphina Aziz agora 100% Por meio dos programas

Foto: Divulgação

Revitalização de campinhos agrada a população dos bairros

Examina+, Consulta+ e Opera+, lançados pelo Governo do Estado, unidade de saúde volta a realizar atendimentos ambulatoriais, exames e cirurgias eletivas Com o lançamento dos programas Examina+ e Consulta+, no começo do mês de outubro o Governo do Amazonas utilizará, pela primeira vez na história, 100% da estrutura do HPS (Hospital e Pronto-Socorro) Delphina Aziz. A unidade, que durante a pandemia serviu como hospital de referência para o tratamento da Covid-19 atuando para a realização de atendimentos ambulatoriais, exames laboratoriais e de imagem, e realização de cirurgias eletivas.“O nosso objetivo maior é atender àquelas pessoas que têm uma prioridade maior e também atender a fila de regulação, atender essa demanda que está reprimida em razão da suspensão das cirurgias eletivas por conta da pandemia”, disse o governador.

Somente na primeira fase do programa, a previsão é de que sejam oferecidos cerca de 54 mil exames mensalmente, por meio do Examina+. Com o Opera+, serão cerca de 12 mil consultas especializadas por mês. Já, graças ao Opera+, a previsão é de realizar 1.295 cirurgias todo

o mês na unidade de saúde.

A ampliação dos serviços e o uso da estrutura completa do hospital animou a administradora Juliana Carvalho, que teve seu atendimento no setor de fisioterapia realizado graças ao Consulta+. Para ela, a iniciativa, junto a qualidade do atendimento, é uma demonstração do Governo do Estado de transparência com o investimento público e cuidado com a população.

“Eu acredito que a população tem só a se beneficiar porque é um recurso do Governo, os nossos impostos que a gente está vendo com os equipamentos, estrutura, a tecnologia, o atendimento. Então hoje eu posso ver que, diferente de outros atendimentos, a gente tem aqui no hospital uma estrutura boa, ou seja, pessoas capacitadas, profissionais que possam atender o paciente da melhor forma”, diz.

Já a dona de casa Ângela Maria, conta que teve um procedimento na vesícula adiado por conta do início da pandemia. Com a retomada das cirurgias eletivas no HPS Delphina Aziz, ela se diz surpresa com a agilidade para o atendimento, realização de exames e o agendamento da cirurgia, que foi realizada no dia 7/10.

Foto: Divulgação

‘OUTUBRO ROSA’ NO TERMINAL 3

Ação da prefeitura no T3 em alusão ao Outubro Rosa atingir o maior número de pessoas possível, para a prevenção de doenças. Na ação no T3, foi realizada distribuição de material educativo, exposição de banner, com utilização de material lúdico como forma de chamar a atenção do público sobre a prevenção ao câncer de mama e ao câncer do colo do útero”, explicou Paula Schmidt.

Para o rastreio do câncer do colo do útero, a busca ativa é para faixa etária de 25 a 64 anos com a oferta de atendimento na coleta de material para exame preventivo, disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

No caso do câncer de mama, a faixa etária para rastreio na realização da mamografia é de 50 até 69 anos de idade, disponível em unidades de saúde de referência. Mas, dependendo de outros fatores, como histórico familiar de câncer, os exames devem ser realizados de acordo com a indicação médica para cada paciente.

Como parte da programação do “Outubro Rosa”, campanha de conscientização sobre a prevenção ao câncer de mama e câncer do colo do útero, a Prefeitura de Manaus promoveu no mês de outubro uma ação de Educação em Saúde no Terminal de Integração 3 (T3), no bairro Cidade Nova, zona Norte. A atividade foi executada pela Semsa (Secretaria Municipal de Saúde), por meio do Disa (Distrito de Saúde) Norte, com distribuição de folders informativos e orientações para a população Segundo a responsável pelo setor de Educação em Saúde no Disa Norte, enfermeira Paula Schmidt, a ação integrou a programação do “Outubro Rosa” que se estende por todo o mês, abrangendo locais com grande circulação de pessoas, como os terminais de integração, empresas e unidades de saúde.

“O trabalho de Educação em Saúde é um trabalho de campo, buscando

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

GOVERNO DO AMAZONAS APOSTA NA RECUPERAÇÃO DE CAMPOS, QUADRAS E PARQUES NOS BAIRROS, PARA MELHORAR QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO Não basta apenas inaugurar, tem que participar.

Governador entrou em campo na inauguração

Ação de educação em Saúde no Novo Aleixo na zona Norte com participação da secretária Municipal Shádia Fraxe Oeste e Rural, buscando promover mudança de comportamento da população, por meio do diálogo, com ações expositivas e lúdicas, como forma de estimular a adoção de hábitos saudáveis que possam melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças.

De acordo com a chefe do setor de Educação em Saúde e Mobilização Social da Semsa, enfermeira Lilian Zacarias, as ações de Educação em Saúde ocorrem durante todo o ano, executadas pelas equipes nos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Sul, Leste,

Agentes comunitários Como parte das atividades de apresentação e aproximação da gestão da rede municipal de saúde, da Prefeitura de Manaus, a titular da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde), Shádia Fraxe e o subsecretário Djalma Coelho tiveram um encontro no último dia 6/10, com mais de 200 ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) que atuam no Disa (Distrito de Saúde)

Leste. O encontro foi realizado no Centro Cultural Aníbal Beça, no bairro Novo Aleixo, na zona Norte.

Durante a reunião, foram discutidos assuntos de interesse dos ACSs, incluindo esclarecimentos sobre o concurso público para a área da saúde, com previsão de realização em fevereiro de 2022, aposentadoria, licença-prêmio,

remuneração, composição de equipes e o modelo de financiamento das ações do SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do programa Previne Brasil. “É uma diretriz da atual gestão encurtar as distâncias entre os profissionais que estão na administração e aqueles que estão na ponta da assistência, e esse foi apenas o primeiro encontro dos que

planejamos realizar em todos os distritos de saúde e com as diferentes categorias profissionais”, explicou Shádia Fraxe.

A secretária agradeceu o empenho dos 432 ACSs do Disa Leste, destacando o papel da ESF (Estratégia Saúde da Família) no enfrentamento à pandemia e no apoio à vacinação contra a Covid-19. Shádia também enfatizou o reconhecimento

do prefeito David Almeida ao trabalho dos agentes e o interesse da gestão em discutir propostas voltadas para a melhoria das condições de atuação dos agentes em seus territórios e para melhores resultados nos indicadores da saúde municipal.

Ele informou que o edital do concurso com 2.021 vagas, para reposição de pessoal, deve sair no fim do mês de SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

outubro e, além disso, confirmou que a prefeitura irá construir dez novas unidades de saúde porte IV para ampliar a rede de saúde do município. A secretária aproveitou a oportunidade para pedir que os ACSs atuem fortemente no incentivo à vacinação e que ajudem a reduzir o número de usuários em atraso com a segunda dose.

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A rua Visconde de Mauá, no Centro, antigamente conhecida como Demétrio Ribeiro, era conhecida no período Colonial e em parte do século XIX como Travessa dos Inocentes, pois nela eram enterradas as crianças que faleciam sem receber o batismo.

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Santa Etelvina e seus coletivos O Coletivo Soul do Monte leva educação e saúde para o bairro Monte das Oliveiras na zona Norte Fotos: Divulgação

bro o Coletivo Soul do Monte apresentou para a instituição Global Shapers como anda a construção da sala de aula que será usada pelos alunos. A organização comunitária Global Shapers é uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial com objetivo de que os membros que participam desenvolvam ações positivas dentro de comunidades.

Outra atividade, que ocorre através de parcerias, está na área de saúde, com a ação chamada -Soulriso Saudável -que oferece orientações sobre saúde bucal.

SANDRO ABECASSIS @SANDROABECASSIS

O

Coletivo Social Soul do Monte, localizado no bairro Monte das Oliveiras na zona Norte de Manaus, surgiu em 2019, através de um grupo de comunitários que se reuniu para a revitalização do centro social do bairro que estava abandonado. A ação aconteceu durante as atividades da Virada Sustentável Manaus daquele ano, que além de promover ações de educação ambiental traz para pauta questões sociais relevantes dentro das comunidades.

Uma das principais ações do Soul do Monte é acolher as crianças e jovens, e também familiares de pessoas que perderam filhos para violência decorrente do tráfico de drogas na região, que ainda é uma das maiores preocupações de quem mora no local.

O atendimento além de atividades lúdicas e culturais, faz a distribuição de cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social. O coordenador do Coletivo, prof. Rojefferson Moraes, conta como está hoje este atendimento. “O bairro Monte das Oliveiras é o território de atuação do projeto, no entanto durante as ações de doação de cestas básicas o projeto atendeu famílias de outros bairros da zona Norte como Terra Nova, Rio Piorini, Campos Sales, Monte Pascoal, Vale do Sinai, Mutirão, e Campo Dourado”.

Neste último ano, por conta da pandemia da Covid-19, o Coletivo Soul do Monte, atuou junto a órgãos e fundações, como a FAS (Fundação Amazônia Sustentável) para levar suporte às

Recolhimento de resíduos pela Ascarman

famílias necessitadas.

“Durante a fase mais crítica da pandemia, o projeto fez parte da Aliança de Combate à Covid-19, que reuniu mais de 50 organizações, e atendeu 400 famílias do bairro Monte das Oliveiras com a doação de cestas básicas, máscaras de proteção e kits de higiene”, relata Rojefferson Moraes.

Cultura como transformação No entanto, a atuação do Coletivo vai além, leva cultura para dentro da comunidade, que não

poderia ser diferente, afinal o trocadilho, Soul do monte, remete tanto ao pertencimento da população em relação a região em que vivem, como também ao ritmo musical conhecido como Soul.

“O projeto também desenvolve atividades educativas e culturais por meio de oficinas de cinema, teatro e fotografia; oferece ainda aulas de educação patrimonial, capoeira para crianças e adolescentes, e aulas de dança para mães”, destaca Rojefferson.

No começo do mês de outu-

Santa Etelvina abriga a primeira Associação de Manaus para o recolhimento de resíduos eletroeletrônicos e eletrodomésticos

Atividades lúdicas do Coletivo Soul do Monte

De onde surgem as demandas?

Dentro do bairro as demandas chegam para o Coletivo através de sugestão dos próprios moradores, onde as necessidades são sugeridas e a coordenação busca alinhar com parceiros e analisar a viabilidade para o desenvolvimento. “As ações desenvolvidas na comunidade são sugeridas pelos próprios comunitários que nos trazem as demandas, a partir daí acionamos nossa rede de parceiros, e buscamos as condições necessárias para que possamos realizá-las”.

Para os projetos acontecerem e terem continuidade, o Coletivo Soul do Monte realiza parcerias, tanto para atividades educacionais, como também para a captação de recursos. “A parceria com a FAS (Fundação Amazônia Sustentável) possibilitou que acessássemos um recurso vindo da embaixada francesa para estruturação do equipamento social Galpão do Bem, onde são realizadas nossas atividades e o Global Shapers está construindo a sala de aula do projeto”, ressalta o coordenador Rojefferson Moraes.

Doações ajudam o coletivo

Ação de distribuição de cestas básica no Coletivo Soul do Monte

Galpão da ASCRAMAN no bairro Santa Etelvina

A Ascarman (Associação de Catadores de Recicláveis do Amazonas), no bairro Santa Etelvina, na zona Norte de Manaus, recebeu no mês de setembro a missão de ser a primeira base para a destinação de resíduos eletrônicos da capital.

A ação é um termo de cooperação entre a Prefeitura de Manaus, Ministério do Meio Ambiente e da Abree (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos).

Com a iniciativa a população SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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tem hoje um local para destinar objetos em desuso, como geladeiras, fogões, computadores, televisores, dentre outros. Isto impede que este tipo de material seja descartado em áreas verdes, além de igarapés, o que é muito comum na capital.

Este tipo de atividade é chamada de logística reversa, que tem como objetivo fazer o fluxo de produtos desde sua origem, a chegada ao consumidor, e posteriormente o recolhimento quando chega o fim da vida útil de eletroeletrônicos e JCOMMERCIO

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eletrodomésticos.

“A inauguração dessa nova Central de Logística Reversa é um marco para a cidade na questão de limpeza, conscientização, economia e sustentabilidade, afinal, o ponto de recebimento oficial e a coleta agendados possibilita a eficiência da logística reversa”, enfatizou Sabá Reis, titular da Semulsp.

Para conhecer mais sobre as ações da Ascarman (Associação de Catadores de Recicláveis do Amazonas), acesse a página nas redes sociais como facebook e instagram.

Em fevereiro deste ano, a banda Amargo Malte de São Paulo, fez uma Live direto da capital paulista, arrecadando valores para beneficiar projetos do Coletivo Soul do Monte. O grupo se sensibilizou ao ver a situação em que as pessoas em vulnerabilidade social se encontravam por conta da pandemia do novo coronavírus.

A ação contou com o apoio de bandas como, Let me sing, Decifrada, Reauldio, com

apresentação de Cadu Previero e ainda com o apoio do Estúdio Pisco, Baquetas Toke, Pad Gorilla, Clopes instrumentos, Quem sabe faz autoral, Web Rádio, A marca do rock, Stay rock Brasil, Associação Cultura Rock, Cultura Leste, RT Guitars.

O coletivo realiza feijoadas e outras ações para arrecadar fundos para o desenvolvimento dos projetos dentro da comunidade, além do mais conta com o auxílio de

comerciantes locais e da população em geral, que sensibilizada por conta da necessidade de pessoas em vulnerabilidade social colaboram sejam, com cestas básicas ou valor em espécie.

O coordenador Rojefferson Moraes lembra: “para ajudar o coletivo é só entrar em contato através do e-mail, souldomonte. projeto.social@gmail.com, bem como pela página do Soul do Monte no facebook”.

SOUL DO MONTE ACOLHE AS CRIANÇAS E JOVENS, E TAMBÉM FAMILIARES DE PESSOAS QUE PERDERAM FILHOS PARA VIOLÊNCIA

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Colônia Oliveira Machado

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Curiosidade Antigamente a área que compreende o Centro Histórico da capital era dividida em bairros: São Vicente, Remédios, Espírito Santo, República, Campina e Nazaré.

Com o passar dos anos esses nomes e divisões desapareceram, sendo essa parte da cidade transformada em um único bairro. Os bairros suburbanos eram Educandos (Constantinópolis), São Raimundo, Tocos (Aparecida), Cachoeirinha, Praça 14, Caxangá, Colônia Oliveira Machado, Mocó (Vila Municipal, Adrianópolis), bairro Preguiça, Costa d’ África e Flores.

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Com a palavra, os moradores

Moradores em busca de melhoria de manutenção e melhorias nos serviços básicos SANDRO ABECASSIS @SANDROABECASSIS

E

ducação, saúde, transporte e segurança são os temas primordiais para a vida da população, na zona Norte não é diferente. Ouvir o que a população tem a dizer é chancelar para o poder público a necessidade de dar mais atenção, seja na melhoria, manutenção, ou até mesmo começar do zero serviços e projetos.

Saúde Renan, fisioterapeuta do CAIMI André Araújo no Francisca Mendes na zona Norte fala sobre o crescimento da unidade, que atende idosos em diversas ações de saúde e bem-estar.

“Profissionais a gente tem, os recursos estão vindo, tanto que na unidade, antes o fluxo era só de manhã, agora o fluxo é também a tarde. Eu me vejo nisso, porque é legal você ter uma unidade para desfrutar tudo isso e eu vejo vários colegas que já são aposentados, que trabalharam no CAIMI e que estão aqui para sua rotina, não só de consultas, mas para as atividades que são elaboradas”, conta.

“A gente sente o prazer das pessoas atenderem bem, a gente sabe que é uma obrigação, mas a gente sente a espontaneidade deles querem fazer sempre o melhor.

Existe o estímulo e desestímulo, se não tem médico as pessoas vão se afastando, mas aqui cada dia tá crescendo mais porque o pessoal tá acreditando no trabalho, remédio que a gente precisa hoje tem”, diz João Péricles, morador do Amazonino Mendes, que todas as semanas frequenta como paciente o CAIMI André Araújo.

Transporte Uma grande parcela da população da zona Norte, utiliza transporte público, por mais que os serviços de mobilidade tenham se modernizado nos últimos anos, com a chegada de aplicativos, a população ainda se sente mais segura dentro dos transportes coletivos, como afirma Marcos André, morador do Nova Cidade, 45 anos, comerciante “Eu não ando muito de transporte público, porque faço tudo aqui perto, mas a minha esposa e meus filhos reclamam muito porque as linhas foram mudadas, outras diminuídas e além de ficar muito lotado as linhas demoram e o transporte via aplicativo a gente fica com medo porque não sabe quem é quem. Onde a gente pode se escorar que é o transporte público a gente espera mais de uma hora esperando um ônibus”, conta.

Em contrapartida, a reclamação sobre congestionamentos e falta de mobilidade continuam, mesmo

após a inauguração do complexo viário do Manôa, na zona Norte.

“O trânsito está do mesmo jeito, mas porque o pessoal também não tem consciência, eles ficam encostando os carros em local proibido, eles não obedecem a lei. Mas o viaduto não resolveu nada, embaixo ou em cima, no horário de pico, e tem gente que ainda não sabe a mão certa das vias, porque algumas ruas eles colocaram placa, em outras não”, diz Wilson, mototaxista, morador da Terra Nova.

Educação A pandemia da Covid-19, afetou também a educação, por mais que escolas particulares e públicas tenham organizado aulas virtuais, e com o retorno ao modo presencial a falta de atualização de matérias tem prejudicado alunos.

“Com a pandemia ficou muito difícil de estudar, eles não estão passando os conteúdos, como por exemplo, deveriam falar sobre matemática, eles não passam por causa do tempo, e quando foi para estudar via internet eu pensei que fosse reprovar o ano porque não conseguia acompanhar as aulas”, conta Carlos André, 18 anos, estudante do 2º ano do ensino médio de escola pública.

Segurança Segurança é um tema que reflete na qualidade de vida dos

Jornal do Commercio SAIU A CAMPO PARA OUVIR O QUE OS MORADORES DE DIVERSAS ÁREAS DA ZONA NORTE TÊM A DIZER SOBRE SEU BAIRRO

moradores da zona Norte, seja no ambiente residencial, ou comercial. A efetividade do policiamento não só com a presença da polícia, mas com um trabalho de estar junto da comunidade é uma cobrança diária de comunitários.

Uda Caroline, 26, atendente de loja, moradora da Cidade Nova, trabalha em um pet shop no bairro e relata. “De vez em quando passa policiamento, mas não é frequente, a área aqui é movimentada, mas eu não tenho segurança, a nossa segurança é em Deus, porque se acontecer alguma coisa aqui na loja o policial vai passar e não vai nem saber”.

Um serviço simples, como iluminação de LED, que é mais econômica e potente, já traria para os moradores uma sensação de segurança, para a família, como o exemplo da Praça Irmã Helena, na colônia Terra Nova, que recebeu o serviço recentemente.

“Ficou muito boa a iluminação aqui, porque estava muito escuro, com certeza o movimento da Praça vai aumentar por conta da iluminação que traz uma sensação melhor de segurança pra gente que trabalha, mora no bairro e frequenta essa área com a família”.

Jonatan, 45 anos, que tem um comércio na praça,

Carlos André, 18 anos

Wilson, Mototaxista morador da Terra Nova

Renan, fisioterapeuta do CAIMI

Jonatan, 45 anos, que tem um comércio na praça

Uda Caroline, 26, atendente de loja, moradora da Cidade Nova

Marcos André, 45 anos comerciante

João Péricles, morador do bairro Amazonino Mendes

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Se Liga na História ZONA SUL

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As instituições científico culturais mais antigas do Amazonas encontram-se em Manaus. São elas: a Universidade Federal do Amazonas, fundada em 17 de janeiro de 1909; o IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas), fundado em 25 de março de 1917; e a Academia Amazonense de Letras, fundada em 1º de janeiro de 1918.

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Manaus nasceu aqui A zona Sul é a região de nascimento de Manaus. É onde hoje está localizado o Centro pulsante da cidade

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

FÁBIO AUGUSTO @FABIO.AUGUSTO.1447

A

zona Sul é a região de nascimento de Manaus. Aqui com e ç o u a a ve n t u r a portuguesa nessa parte da região Amazônica. Ao redor do forte construído na margem esquerda do rio Negro por volta de 1669 surgiu o que viria a ser uma rica metrópole.

Nela ficam os bairros mais antigos da cidade, com séculos de existência, como o Centro, a Praça 14 de Janeiro, a Aparecida, a Cachoeirinha e Educandos. Seu bair-

ro mais populoso é o Japiim, com cerca de 63.092 habitantes. Ao todo possui 338.875 habitantes. Além do Centro Histórico, que abriga o Teatro Amazonas, a Igreja de São Sebastião, o Palácio da Justiça e outros monumentos, possui numerosos parques, praças e museus, dois shopping centers, o Cecomiz, no bairro Crespo, e o Studio 5 Festival Mall, no Japiim; duas unidades da UEA (Universidade do Estado do Amazonas); e o HUGV (Hospital Universitário Getúlio Vargas). Possui 18 bairros.

A zona Sul é a região mais repleta de monumentos na cidade de Manaus. O Teatro Amazonas é o maior deles

CACHOEIRINHA O bairro Cachoeirinha foi um dos primeiros a ser planejado, tendo surgido na administração do Governador Eduardo Gonçalves Ribeiro (1892-1896). A construção da Ponte de Ferro Benjamin Constant garantiu sua ligação ao Centro. Nele está localizado o Terminal de Integração 2 (T2), a Capela de Santo Antônio do Pobre Diabo e duas unidades da UEA (Universidade do Estado do Amazonas). Uma de suas principais características são os nomes de suas ruas, que homenageiam cidades do interior amazonense, como Manicoré, Borba, Tefé e Parintins. Sua população é de 20.035 habitantes.

EDUCANDOS O bairro de Educandos tem suas origens ligadas ao Estabelecimento dos Educandos Artífices, estabelecimento de ensino criado em 21 de agosto de 1856. Nele eram ensinados os ofícios de tipografia, sapataria, carpintaria, alfaiataria etc. No passado foi conhecido como Constantinópolis em homenagem ao Governador Antônio Constantino Nery (1904-1908). Entre as décadas de 1930 e 1940 recebeu uma grande leva de nordestinos, que passaram a residir em suas principais avenidas, a Leopoldo Péres e a Presidente Kennedy. Possui três pontes: a Ponte Ephigênio Salles, a Ponte Juscelino Kubitschek e a Ponte Pe. Antônio Plácido de Souza. Possui 15.857 habitantes.

APARECIDA O bairro de Aparecida já foi conhecido como bairro das Cajazeiras, Cornetas e Tócos. O primeiro nome lembrava as árvores do local, o segundo o som das cornetas do contingente do exército localizado no bairro de São Vicente e o terceiro os tocos das árvores cortadas.

Em 1943, com a chegada dos padres Redentoristas norte-americanos, passou a ser conhecido com o nome atual. Nele estão localizadas a tradicional Igreja de Nossa Senhora Aparecida, a sede da Escola de Samba Mocidade Independente de Aparecida, o Fórum dos Juizados Especiais – Desembargador Mário Verçosa e o icônico castelo da antiga Cervejaria de Miranda Corrêa & Cia. Sua população é estimada em 10.465 habitantes.

PRAÇA 14 DE JANEIRO O bairro Praça 14 de Janeiro foi fundado em 1892. No início era conhecido como Praça da Conciliação. Posteriormente foi batizado como Praça Fernandes Pimenta e, logo depois, Praça 14 de Janeiro. Em homenagem à colônia portuguesa residente em Manaus, seu nome foi novamente alterado, dessa vez para Praça Portugal. O nome não se fez popular, sendo preferível o de Praça 14 de Janeiro. Nele surgiu a primeira escola de samba de Manaus, a Escola Mixta da Praça 14 de Janeiro (1946-1962). O bairro possui construções e lugares marcantes como o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, construído entre 1942 e 1975; o Santuário Paróquia de São José Operário, construído entre 1949 e 1967; a Escola Estadual Plácido Serrano, a Comunidade do Quilombo do Barranco de São Benedito, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Vitória Régia, fundado em 1975.

COLÔNIA OLIVEIRA MACHADO A Colônia Oliveira Machado surgiu em 8 de junho de 1854 como a colônia agrícola Santa Maria, criada pela Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas. Nela residiam colonos espanhóis e portugueses. A partir de 1888 passou a ser habitada por nordestinos que fugiam da seca. Em 1889 ela foi batizada com o nome do Presidente da Província, Joaquim de Oliveira Machado. O bairro começa a se desenvolver na década de 1930, quando a Estrada do Paredão foi expandida para facilitar o acesso à região da “Ponta Pelada”, principal atracadouro das aeronaves da empresa Panair do Brasil. Nela está localizada uma das mais tradicionais feiras da cidade, a Feira da Panair. Sua população é de mais de 8.506 habitantes.

SÃO FRANCISCO O bairro de São Francisco começou a ser ocupado na década de 1950. O coronel Alexandre Montoril, deputado estadual, buscando dar assistência às famílias de nordestinos e pessoas do interior do Estado que passaram a vir para a cidade, decide criar o bairro em terras ao norte da Cachoeirinha. As primeiras ruas começaram a ser abertas por volta de 1950, sendo os trabalhos concluídos em 1954. Sua localização é privilegiada, estando próximo de empresas e órgãos públicos. Sua população é de 19.889 habitantes.

CENTRO O Centro é o bairro mais antigo da zona Sul. No passado era dividido em bairros: São Vicente, Remédios, Espírito Santo, Campina, República e Alto de Nazaré. Possui cerca de 39.228 habitantes. Nele estão localizados os principais monumentos da cidade, como o Teatro Amazonas, a Igreja de São Sebastião, o Palácio da Justiça, a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, a Alfândega e o Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Suas principais avenidas são a Eduardo Ribeiro, a Sete de Setembro, a Joaquim Nabuco e a avenida Lourenço da Silva Braga, conhecida como avenida Manaus Moderna.

Praça 14 possui construções e lugares marcantes como o Santuário de Nossa Senhora de Fátima MORRO DA LIBERDADE

A região do Morro da Liberdade começou a ser habitada desde fins do século 19 por maranhenses e pessoas vindas do interior do Estado em busca de fixar residência na capital.

Desmembrado da Colônia Oliveira Machado, começou a se desenvolver entre as décadas de 1950 e 1960, quando foram abertas suas principais ruas. Sua escola de samba, a Reino Unido da Liberdade, é uma das mais famosas da cidade. Sua população é de 14.078 habitantes.

SÃO LÁZARO O bairro São Lázaro surgiu na década de 1950. Seu fundador foi Carlos Viana, um jovem de 14 anos que sonhava em ser padre. Ele organizou a comunidade em 1958.

Por conta do terreno onde foi instalado, era conhecido como “Barro Vermelho”. Os primeiros moradores, que viviam em casas de madeira e taipa, eram pessoas vindas de seringais no interior do Estado e nordestinos, que viviam da venda de capim para fazer enchimento de colchões, coleta de frutas e produção de farinha e beiju.

Diferente dos vizinhos Morro da Liberdade e Betânia, possui um comércio modesto, sendo mais residencial que comercial. Suas principais vias são a antiga rua São Vicente, hoje Maria Andrade, a rua 9 de Maio e a rua das Águias, antiga rua Nova.

Possui cerca de 14.108 moradores.

BETÂNIA O bairro Betânia tem sua origem em 30 de outubro de 1964, quando começou a ser loteado. Na época era conhecido como loteamento Nova Betânia, dividido em quatro lotes comprados do Governo do Estado na administração de Gilberto Mestrinho: São Jerônimo, Bom Futuro, Santa Rita e Quinôr. Muitas propriedades foram compradas, mas boa parte do bairro se desenvolveu através de ocupações irregulares. Seus primeiros moradores vinham da antiga Cidade Flutuante, localizada na orla do rio Negro, de outros Estados e principalmente do interior do Amazonas, que ainda sofria com os efeitos da grande cheia de 1953. Possui um forte comércio, que se concentra principalmente na avenida Adalberto Valle. Possui 12.940 habitantes.

JAPIIM O Japiim é o bairro mais populoso da zona Sul, com cerca de 63.092 habitantes. Inicialmente uma grande área de mata, surgiu ao redor do Conjunto Habitacional 31 de Março, construído pela Cohab-AM (Companhia Habitacional do Amazonas) no Governo de Danilo Duarte de Mattos Areosa em 1970. Foi dividido em duas áreas, o Japiim I e o Japiim II. O nome do bairro é uma homenagem ao pássaro da espécie Cacicus Cela, conhecido popularmente como Xexéu e Japiim. Nele estão localizadas as sedes do Jornal do Commercio e da Seduc-AM (Secretaria de Estado de Educação do Amazonas).

PRESIDENTE VARGAS O bairro Presidente Vargas, popularmente conhecido como Matinha, foi no passado o Morro do Tucumã, pois essa árvore frutífera era abundante na região. Ele começou a ser habitado por pessoas vindas dos seringais do interior e também por operários que trabalhavam em olarias, serrarias e carvoarias. Foi um dos grandes núcleos operários da cidade, tendo recebido, na década de 1940, graças a ação do padre Armindo Machado, com a ajuda do Interventor Federal Álvaro Botelho Maia, os primeiros melhoramentos nas ruas, construções e condições mínimas de higiene. Sua população é de pouco mais de 7.944 habitantes.

PETRÓPOLIS O bairro Petrópolis foi criado pelo coronel Alexandre Montoril na década de 1950. Em 1952 o senhor Oscar Menezes foi indenizado em 50.000 cruzeiros por um terreno que foi aproveitado para a sua construção. Montoril batizou o local com o nome Petrópolis pois achou sua geografia igual à da cidade serrana do Rio de Janeiro. Em 1965 foi fundado o 1° Batalhão da Polícia Militar, hoje Comando Geral da PM. Além da PM, abriga a sede do Corpo de Bombeiros da cidade. Possui 48.717 habitantes, sendo um dos bairros mais populosos da zona Sul.

SANTA LUZIA

O bairro de Santa Luzia, antigamente conhecido como Boca do Emboca, começou a ser ocupado na década de 1920 por pessoas vindas dos seringais localizados no interior do Estado. Sua criação oficial se dá somente na década de 1950 com a Lei Municipal n° 320, de 16 de março de 1951, sancionada pelo prefeito Edson Epaminondas Melo. Sua urbanização se deu na década de 1970, com a abertura de novas ruas e aumento populacional. Sua população é estimada em cerca de 7.688 habitantes.

CRESPO

O bairro Crespo começou a ser habitado entre as décadas de 1940 e 1950. As terras onde o bairro surgiu pertenciam ao comerciante português Antônio Crespo de Castro, cujo sobrenome batizou o local. Em 1º de abril de 1950, na administração municipal do prefeito Raymundo Chaves Ribeiro, o local foi elevado à categoria de bairro. Sua população é de 15.541 habitantes.

RAIZ

O bairro Raiz remonta à década de 1950, mas começou a se expandir na década seguinte, quando o Governo do Estado, visando pôr fim à Cidade Flutuante, constrói o Conjunto Habitacional Costa e Silva -localizado em avenida homônima –em 1968, para abrigar os antigos moradores daquela favela fluvial. Possui boa atividade comercial, sendo também bastante visado pela localização estratégica, a poucos minutos do Centro da cidade. Sua população é de 16.694 habitantes.

DISTRITO INDUSTRIAL

O Distrito Industrial de Manaus teve a sua pedra fundamental lançada no dia 30 de setembro de 1968. Foi planejado pelos arquitetos Luís Carlos Antony e Fernando Pereira da Cunha, da ‘Antony & Pereira da Cunha – Arquitetos Associados Ltda’. Junto ao marco foi fixada uma faixa com a frase ‘Distrito Industrial: marco da redenção da Amazônia Ocidental”. Ao redor das indústrias foram construídas residências, conjuntos habitacionais e condomínios.

Possui pouco mais de 2.708 habitantes.

VILA BURITI

Na década de 1970 surgiram vários assentamentos militares na região Amazônica. Em março de 1978 o governo federal concedeu à Marinha do Brasil um terreno para a construção da Vila Buriti, vila residencial para militares. As residências começaram a ser construídas na década de 1980, sendo erguidas unidades para Suboficiais, Sargentos, Cabos e Marinheiros. É o menor bairro da zona Sul, com cerca de 1.827 habitantes.

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MANAUS

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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352

anos

IDADE MÉDIA

Se Liga na História O vendedor de cascalho é um trabalhador que atua em Manaus, de acordo com registros documentais, há pelo menos mais de um século.

O doce chegou na cidade através dos imigrantes vindos do Ceará, onde ele é conhecido como chegadinho, chegadinha e chegadim, sendo uma adaptação do doce ibérico barquillo, criado na Idade Média e popular na Espanha e em Portugal.

P3 MANAUS

352

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

As terras do meio se impõem Zona Centro-Oeste concentra importantes entidades, como Delegacia Geral de Polícia, Sambódromo, Arena da Amazônia e Fundação de Medicina Tropical FÁBIO AUGUSTO @FABIO.AUGUSTO.1447

A

zona Centro-Oeste confunde-se com a zona Oeste. Menor que esta última, é formada por cinco bairros. O mais populoso é o Alvorada, com 76.000 habitantes. Nela estão localizados o Samb´dromo (Centro de Convenções de Manaus), a FMT (Fundação de Medicina Tropical), o FCecon, a sede da Polícia Federal do Amazonas, a Vila Olímpica Danilo Duarte de Mattos Areosa, a Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas, o Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas e a Secretaria de Estado da Juventude e Lazer.

ALVORADA O bairro Alvorada, o maior da zona Centro-Oeste, com cerca de 76.392 habitantes, surgiu na década de 1960. Nesse período o Dr. Cezar Najar Fernandez, engenheiro agrônomo peruano, indignado com a situação dos moradores da Cidade Flutuante, grande favela fluvial existente desde a década de 1920, decidiu, junto de alguns amigos, criar um bairro em terras próximas do Estádio Vivaldo Lima, o qual ajudou a construir. Foram abertos caminhos, foi feita a topografia, o arruamento e a divisão dos lotes. Essas famílias que saíram da Cidade Flutuante começaram a construir casas de madeira e palha nesse local, que ficou conhecido como Cidade das Palhas. Hoje Alvorada conta com um comércio intenso, sendo marcante também a presença da escola de samba Unidos do Alvorada.

DA PAZ

O bairro da Paz surgiu através uma invasão de terras que pertenciam originalmente ao bairro de Flores. Aos poucos, nas décadas seguintes, foi sendo urbanizado, recebendo os serviços de energia, telefone, água encanada, construção de escolas, unidades básicas de saúde, esgoto e pavimentação das ruas. Possui 17.961 habitantes.

DOM PEDRO

REDENÇÃO

O bairro Dom Pedro é um dos raros exemplos dos que surgiram através de planejamento. As terras, que no início pertenciam a José Gabriel Rolim, foram adquiridas pelo empresário Isaac Benzecry, que posteriormente a vendeu para a Cooperativa Habitacional dos Trabalhadores de Manaus, que iniciou em 1972 a construção do Conjunto Habitacional Dom Pedro I, nome dado em referência à comemoração dos 150 anos da Independência do Brasil, comemorada naquele ano. A inauguração ocorreu em 20 de março de 1974. Posteriormente foi construído o Conjunto Dom Pedro II. Considerado um dos bairros nobres da cidade, é formado pelos conjuntos Dom Pedro I e II, Kyssia I e II, Déborah e pelos loteamentos Parque Jerusalém e Tropical.

Nele estão localizadas a sede da Polícia Federal do Amazonas, a FCecon (Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas), a FMT (Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado), a Vila Olímpica, o Sambódromo (Centro de Convenções), a Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas, o Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas e a Secretaria de Estado da Juventude e Lazer. Residem no Dom Pedro 20.179 habitantes.

PLANALTO O bairro Planalto surgiu no final da década de 1970, sendo formado por diferentes conjuntos habitacionais, como Jardim Campos Elíseos I, II e III, Jardim Belvedere I e II, Jardim Bela Vista, Flamanal e o loteamento Jardim Versalles. Hoje o Planalto é um bairro de classe média, com diferentes estabelecimentos comerciais e bastante visado para quem procura moradia em um bairro tranquilo da cidade. Possui 19.249 habitantes.

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Surgido de uma invasão de operários do Conjunto Ajuricaba em 1974, o bairro da Redenção, quando ainda era uma simples comunidade, era conhecido como Planeta dos Macacos. Existem duas versões para a origem desse nome. Para alguns, o nome é uma referência à presença de diferentes espécies de macacos na região, que tinha bastante área verde quando foi criada.

Outra, talvez mais coerente, diz que o nome foi uma homenagem ao universo da franquia de filmes “Planeta dos Macacos”, criada no final dos anos 60 e que passou a fazer enorme sucesso nos anos 70. Hoje é um bairro amplo, vivendo entre o residencial e o comercial. Possui uma comunidade Sateré-Mawé.

Sua população é de 41.572 habitantes.

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P4 MANAUS

352 anos

cortes_pedro@homail.com Manaus, 23 e 25 de outubro de 2021

Manaus é terra de orgulho e de superação! A capital da Amazônia, que em 2021 superou o pior momento da pandemia e enfrentou a maior cheia da história do rio Negro, chega com vigor aos seus 352 anos.

Neste 24 de outubro, o melhor presente que a prefeitura pode entregar é a dedicação e o trabalho incansável de cada secretaria, além de investimentos e obras que tornam nossa cidade um lugar melhor para se viver.

Feliz 352 anos, Manaus!”

Manaus é a cidade do rio Negro, do teatro, do samba nos bares, do pôr do sol na Ponta Negra. Manaus é a cidade que está em mim” Flávio Pascarelli, desembargador

Domingos Chalub, desembargador presidente do TJAM

David Almeida, prefeito de Manaus

Caudalosas são as águas de Manaus, fluindo a novos horizontes. És a capital do futuro: uma metrópole sustentável no meio da Amazônia. Parabéns, Manaus de todos os amazonenses!”

Manaus é a cidade que me acolheu quando vim de Tefé para estudar e que muito contribuiu para minha formação. Hoje, como deputado estadual, retribuo todo o meu carinho com trabalho, para garantir um futuro próspero e uma cidade melhor para todos os manauaras.

Nessa data especial, reitero meu compromisso e desejo muita paz e progresso a essa cidade linda e acolhedora” Carlinhos Bessa, deputado estadual

Na condição de procurador-geral de Justiça do Amazonas, não poderia deixar de expressar meu orgulho e satisfação pela passagem de mais um aniversário da cidade de Manaus, capital do Estado que me concedeu a oportunidade de desempenhar cargo de tamanha importância. Associando-me a todos os que amam essa cidade, reitero meu compromisso de dedicar todos os esforços, à frente do Ministério Público do Amazonas, para contribuir com o seu desenvolvimento e fazer de Manaus uma cidade mais aprazível, organizada e segura, consoante os anseios de bem-estar de todos os que aqui residem.

Parabéns, Manaus! Os membros do Ministério Público do Amazonas te saúdam!

Alberto Nascimento Júnior, procurador-geral de Justiça do Amazonas

Yara Lins, conselheira do TCE-AM

Manaus é o coração da Amazônia. Temos uma biodiversidade apaixonante, cultura riquíssima, gastronomia única e paisagens de tirar o fôlego. Manaus é apaixonante!”

Sérgio Litaiff Filho, presidente da Amazonastur

Manaus é uma cidade linda, acolhedora e cheia de vida. É o lugar que escolhi para criar meus filhos e para desenvolver minha carreira. Primeiro como oficial da Polícia Militar e, hoje, como deputado federal. Tive a honra de ser o deputado mais votado na capital.

Em 2020, quando encarei o desafio de ser candidato a prefeito, tive o prazer de sentir o carinho do povo e a esperança de uma cidade melhor. O manauara é um povo muito batalhador, muito corajoso e muito guerreiro.

Manaus é o meu lugar no mundo. Parabéns, minha Manaus!”

Capitão Alberto Neto, deputado federal SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

No aniversário de 352 anos de Manaus, não posso deixar de destacar que a Justiça Federal atuou e continua atuando no limite máximo da lei para salvaguardar todos os direitos dos seus cidadãos, sobretudo o direito constitucional à saúde e à vida digna, responsabilizando aqueles que comprovadamente desviam ou desviaram verbas federais; de modo a devolver à população o que lhe é de direito. É certo que as famílias que perderam seus entes para a Covid por atos ilícitos podem confiar no trabalho dos magistrados e servidores em prol da concretização de justiça.

Porto de Lenha, Paris dos Trópicos, Mãe dos Deuses, Metrópole da Amazônia, Cidade dos nobres Barés - Manaus - eu desejo um novo ano de muita saúde e sobretudo Justiça aos seus habitantes que tanto sofreram com a Covid-19 e agora começam a respirar esperançosos por dias melhores.

Saibam que trabalhamos 24h por vocês e suas famílias, na certeza de estarmos cumprindo nosso dever” Jaiza Fraxe, juíza federal

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Minhas amigas e amigos, somos manauenses ou porque aqui nascemos, ou porque aqui vivemos. E neste mês comemoramos 352 anos da existência dessa jovem palpitante que se erigiu no seio da floresta tropical Amazônia. As margens do majestoso rio Negro. Portentosa no século 19, com luz elétrica e bonde, chegou a ser apelidada de Paris dos trópicos e, no dealbar do Século 20, foi agraciada com o imponente Teatro Amazonas e o importante Prédio do Palácio da Justiça, verdadeira obra clássica com traços europeus de arquitetura. E assim, continuamos a te admirar e te amar”

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Tenho 66 anos vividos com muita alegria no coração da Amazônia. Tudo que sou e que tenho, foi construído nesta Manaus, que agora faz 352 anos. O que falar desta cidade querida? Só agradecer e desejar que ela seja querida e respeitada por todos. Meu sonho é ver o povo unido em prol do desenvolvimento, para construir uma cidade acolhedora de todas as classes, gêneros e raças, com a consciência geral que só alcançaremos este ideal se cada um fizer sua parte. A Manaus que recebemos não pode ser a mesma que deixamos para futuras gerações: tem que ser melhor!

Parabéns, Manaus! Que o povo te abrace, efetivamente!”

Zeca Nascimento, empresário

Com a implantação da Zona Franca de Manaus, na década de 1960, a capital do Estado do Amazonas se destaca por ser o principal centro financeiro e econômico da região Norte, sendo a sexta Cidade mais rica do país e a segunda capital com maior concentração de renda per capita do Brasil. E no dia do seu aniversário, estamos orgulhosos de termos o maior paisagismo natural do mundo.

Parabéns Manaus!”

Yomara Lins, vereadora de Manaus

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352

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anos

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Manaus, 23 e 25 de outubro de 2021

Ainda em meio à pandemia da Covid-19, a capital do Amazonas completa 352 anos em 24 de outubro, feriado municipal, desde a elevação à categoria de cidade. Destaque nacional e internacional como “metrópole da Amazônia”, a “Mãe dos Deuses”, como se chama em referência aos índios manaós, pode comemorar avanços e ao mesmo tempo manter sua história e cultura vivas entre a população. A cidade de Manaus é o principal centro econômico, político e demográfico do Norte do Brasil. Está localizada em plena Floresta Amazônica, bioma de grande biodiversidade.

Dentre tantas belezas que a capital amazonense possui, destaca-se o Centro Histórico de Manaus por ter um simbolismo muito grande, já que é o local onde a cidade começou e remete à sua origem. Além de valorizar sua história, a revitalização do Centro ao longo dos anos veio para resgatar parte da cultura e da sua própria essência”

Manaus, minha morena, como o vento em minha vida, leva-me em teus braços no banzeiro do nosso Rio-Mar. Tua imensidão me fascina e a amplidão cheia de sol, prende a minha alma na inquietude de um voo a um Porto Seguro! Desejo ao teu povo, o nosso povo, saúde e paz. Parabéns!”

Mario de Mello, presidente do TCE-AM

Jussara Pordeus, procuradora de Justiça

Manaus, desde a época da borracha e agora, com o Polo Industrial, demonstra que superou há muito sua condição de Vila para ser protagonista na economia do país. Seu papel de importante centro de manufatura de produtos de tecnologia de ponta não pode ser ignorado, e se fazem dignas a inteligência e a força de trabalho do manauara para que, ao longo dos anos, nossa indústria tenha se mantido, pois o conjunto dos cidadãos trabalhadores com personalidades importantes no âmbito político nacional, fizeram nosso parque industrial se manter de pé. Por isso, mesmo antes de falar das belezas naturais e arquitetônicas de nossa cidade, falo da qualidade do manauara, mulher trabalhadora e homem trabalhador, que, incansáveis, movem a mola do progresso em nossa linda cidade. Digo que nossos maiores patrimônios são nossos cidadãos, mulheres e homens valorosos e cordiais, que fazem de Manaus um local onde o calor humano chega a superar o calor de nosso clima tropical úmido. Por fim, falo de nossas belezas naturais, que nada mais são que parte do ecossistema mais conhecido do planeta: a Amazônia. Quem aqui vem pode aproveitar de tamanha beleza, que vai desde a floresta exuberante até o encontro entre os rios Negro e Solimões, um dos mais belos fenômenos que a natureza proporciona.

Não tenho pretensão de aqui esgotar a descrição das belezas de minha terra ou da admiração que tenho por esse povo, mas deixo como mensagem a quem ler para que tenham olhos de ver para tanta coisa bonita que nossa Manaus nos proporciona.

Desembargador Wellington Araújo, residente do TRE-AM”

Manaus terra amada, das minhas recordações, dos amores e paixões, foste e serás eterna em meu coração.

Parabéns pelos 352 anos construindo história em nosso Amazonas” Jorge Lins, desembargador

Parabéns a Manaus, capital que mais cresce no cenário nacional! Vamos todos juntos avançar, mas preservando nossas riquezas naturais!”

Fausto Júnior, deputado estadual

Wellington Araúgo, desembargador presidente do TRE-AM

Manaus é uma cidade forte, de instituições fortes. Sua história tricentenária está repleta de bens culturais, patrimoniais e ambientais de relevante importância e valor para o seu desenvolvimento. A cidade, nos últimos 50 anos, se desenvolveu com apoio da Zona Franca de Manaus, essencial para preservação da Floresta Amazônica e a harmonia entre a conservação ambiental e a economia.

Manaós, que na língua nativa significa “mãe dos Deuses’, não poderia ter um significado mais profundo, que nos conecta a mãe Terra. Neste solo vive uma rica mistura de origens, um povo que se aperfeiçoa a cada geração. A capital verde da Amazônia, diante da modernidade, labuta em busca de um futuro e porque não dizer o “nosso futuro comum na terra!”

Parabéns Manaus!”

Júlio Pinheiro, conselheiro do TCE-AM

Manaus é uma cidade que com sua esplêndida beleza, acolhe e dá oportunidade para todos aqueles que escolhem aqui viver. Foi assim comigo e com minha família, quando deixamos Fonte Boa. E por isso, desejo que a “capital da Amazônia” avance, resplandeça, e seja um berço de realizações para todos os seus cidadãos. Feliz 352 anos!”

Maria de Jesus Lins, presidente da Jucea

Manaus, 352 anos de história, de lendas e de amor. Além de identificada por sua beleza tropical que encanta, canta e exulta a sua natureza acolhedora e hospitaleira é retratada por seu povo, bravos e guerreiros manaós.

Parabéns!”

Michelle Bessa, presidente da ADS SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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MANAUS

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Vila de Barcelos

352

anos

Lugar da Barra Uma homenagem aos 352 anos da nossa casa.

Cidade da Barra de São José do Rio Negro

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Se Liga na História Manaus possui quatro santos populares, isto é, santos venerados pela população mas não reconhecidos pela Igreja Católica. Se encontram sepultados no Cemitério de São João Batista. São eles: Santa Etelvina d’ Alencar (1884-1901), Teresa Cristina (1964-1971), Delmo Campelo Pereira (1933-1952) e Shalom Emanuel Muyal (? – 1910).

SANTOS

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anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Uma zona de expansão intensa Chamada de macro-zona, a zona Leste de Manaus é a segunda mais populosa da cidade

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O bairro Coroado é um dos mais importantes desta região, com mais de 50 mil habitantes FÁBIO AUGUSTO @FABIO.AUGUSTO.1447

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zona Leste, junto da zona Norte, forma a macro-zona denominada zona de expansão, sendo a segunda mais populosa da cidade, com 542.593 habitantes.

Possui bairros bastante populosos como Zumbi, Jorge Teixeira e São José Operário. Grande parte dos trabalhadores das regiões centrais de Manaus residem na zona Leste, o que a torna um local vital para o funcionamento cidade. Seu comércio é intenso. Nela estão localizados

os terminais de integração T4 e T5, o Instituto Federal do Amazonas – Campus Zona Leste, o Teatro Luiz Cabral, o Shopping T4, a Mini Vila Olímpica do Coroado, o Estádio Carlos Zamith, o Estádio Roberto Simonsen, o Clube do Trabalhador, a Feira do Produtor, Feira do Coroado, o Centro Cultural Thiago de Mello, o Campus da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), o UAI Shopping São José, o Shopping Grande Circular, o Shopping Cidade Leste, o Pronto Socorro João Lúcio Pereira Machado, o Pronto Socorro Platão Araújo e a Maternidade Ana Braga.

ARMANDO MENDES O bairro Armando Mendes foi fundado no dia 25 de agosto de 1987.

Recebeu esse nome em homenagem ao genitor do idealizador do local, o Governador Amazonino Mendes. A proposta do Governo era criar um local planejado para abrigar pessoas que residiam às margens dos igarapés e as que vieram do interior em busca de trabalho. No entanto, como viria a ocorrer em vários pontos da cidade, o lugar passou a ser invadido e cresceu de forma desordenada. Hoje é um bairro movimentado, com comércios, escolas, igrejas, praças, quadras de esporte e uma feira municipal. Possui cerca de 28.288 habitantes.

COLÔNIA ANTÔNIO ALEIXO

O bairro Colônia Antônio Aleixo foi, no passado, região isolada da cidade. Na década de 1940 o local foi escolhido para abrigar uma colônia de portadores de hanseníase, doença sobre a qual existia um enorme preconceito na época, fazendo com que as pessoas fossem isoladas do convívio social. Iniciou suas atividades em 1942, tendo funcionado até a década de 1970, quando já contava com 2.000 pacientes. O Governo do Estado loteou o lugar para abrigar, além dos antigos pacientes, seus familiares, tendo ocorrido invasões ao longo do tempo. O bairro cresceu significativamente, contando com empresas do ramo de autopeças, confecções, restaurantes, unidades básicas de saúde e escola. Sua população é de 19.626 habitantes.

PURAQUEQUARA O bairro Puraquequara, cujo nome significada “morada do poraquê”, é formada pela junção de 23 comunidades ribeiras estabelecidas desde princípios do século 20, das quais destacam-se Bela Vista, Giró, Boa Vista, Mainã, Ipiranga, Progresso, Monte Horebe, Jatuarana, Igarapé do Inferno, Santo Expedito, Nossa Senhora de Nazaré, Ierê, Igarapé da Castanheira, Agrícola João Paulo, Santa Luzia, São Francisco, Ramal do Rufino, Ramal 14, Ramal Caixa d’ água, Tabocal e São Joaquim. Na década de 1990 elas foram unidas para dar origem ao bairro, que hoje conta com 6.923 habitantes.

O bairro Coroado é um dos mais importantes desta região, com mais de 50 mil habitantes TANCREDO NEVES

O bairro Tancredo Neves surge na década de 1980 através de invasões na estrada que fazia a ligação entre os bairros São José Operário e Cidade Nova. A urbanização se deu na administração municipal de Manoel Ribeiro. Nos anos 2002 parte dele foi dividido nas comunidades Nova Floresta, São Lucas, Nova Conquista, Novo Reino e Comunidade de Deus. Com comércio agitado, que se concentra principalmente na avenida Grande Circular, possui 57.728 habitantes.

ZUMBI DOS PALMARES O bairro Zumbi dos Palmares surgiu em 1986 através de invasões de pessoas vindas de outros bairros da cidade, como o São José Operário e Aleixo. As sucessivas ondas de ocupação fizeram o lugar ser dividido em Zumbi II e Zumbi III. Sua população é 41.563 habitantes. A urbanização chega na década de 1990, estando ainda nos dias de hoje em processo de expansão.

SÃO JOSÉ OPERÁRIO O bairro de São José Operário começou a ser ocupado através de invasões entre o final da década de 1970 e o início dos anos 1980. Seus primeiros moradores eram ribeirinhos que vieram do interior em busca de melhores condições de vida na capital, que acabara de inaugurar seu Distrito Industrial, com milhares de vagas disponíveis. O comércio concentra-se na avenida Autaz Mirim. Possui 78.222 habitantes.

DISTRITO INDUSTRIAL II

O Distrito Industrial II é um bairro recente, formado a partir de desmembramento do Distrito Industrial I, sendo oficialmente criado através da lei n° 1.401/10 de 14 de janeiro de 2010. Além de ser área de expansão das indústrias do Distrito Industrial, sofre com constantes invasões. Possui cerca de 3.899 habitantes.

MAUAZINHO

O bairro Mauazinho começou a ser ocupado no período de construção do Distrito Industrial, entre 1967 e 1968. A construção do Porto da Ceasa, em 1969, atraiu ainda mais pessoas para a região, que só recebeu urbanização por parte da prefeitura entre as décadas de 1980 e 1990.

Além do Porto da Ceasa, que movimenta toneladas de produtos, abriga indústrias e refinarias. Possui pouco mais de 23.560 habitantes.

GILBERTO MESTRINHO

A área que futuramente viria a ser conhecida como bairro Gilberto Mestrinho, originalmente pertencente ao bairro São José Operário, começou a ser ocupada através de invasões na década de 1990. O bairro é de urbanização recente, tendo recebido água encanada e outros melhoramentos apenas em 2008. Ainda assim, carece de muitos serviços essenciais, como segurança e saúde. O reconhecimento como bairro se deu apenas em 2010. É bastante populoso, com cerca de 65.429 habitantes.

COROADO

O bairro Coroado surge em 1968 através de invasões feitas nas terras que pertenciam à Universidade do Amazonas, posteriormente Ufam (Universidade Federal do Amazonas). Essas pessoas vinham de diferentes lugares da cidade, principalmente da antiga Cidade Flutuante, desativada no ano anterior. Em 1971 o Governador João Walter de Andrade doou alguns lotes de terras para essas pessoas. O local começou a ser urbanizado no Governo de José Bernardino Lindoso (1979-1982). A partir daí, o bairro cresceu, ganhando escolas, unidades básicas de saúde, postos policiais e empresas. Possui um pujante comércio, localizado principalmente na avenida Cosme Ferreira. Possui pouco mais de 51.354 habitantes.

JORGE TEIXEIRA

O bairro Jorge Teixeira surgiu a partir de invasões, sendo criado oficialmente em 14 de março de 1989 pelo então prefeito Arthur Virgílio Neto, que doou terras para pessoas carentes que se instalaram no local. É o segundo mais populoso da cidade, com 128 mil habitantes. Os principais estabelecimentos comerciais, que movimentam a vida do bairro, encontram-se na avenida Brigadeiro Hilário Gurjão, conhecida popularmente como Rua do Fuxico. Nele está localizado o Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo.

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P8

Se Liga na História O Distrito Industrial, localizado entre as zonas Sul e Leste da cidade, teve a sua pedra fundamental lançada no dia 30 de setembro de 1968. Foi planejado pelos arquitetos Luís Carlos Antony e Fernando Pereira da Cunha, da Antony & Pereira da Cunha – Arquitetos Associados Ltda.

MANAUS

352 anos

1968

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

PERFIL EMPRESARIAL

Usina transforma lixo em carvão

Alternativa inovadora e pioneira do grupo Amec, trabalha na transformação de resíduos sólidos em energia, como o carvão natural

U

m problema das grandes cidades são os resíduos descartados irregularmente na natureza. Em Manaus, também se tornou uma questão que entra na pauta tanto do poder público, quanto de empresas privadas, entidades e organizações.

No entanto, os resíduos, ou lixo como popularmente é chamado, se transformou em uma oportunidade com a inauguração em agosto de 2021 da primeira usina de carbonização do Estado do Amazonas do grupo Amec (Amazonas Eco Company).

A empresa recebe resíduos sólidos do PIM (Polo Industrial de Manaus), condomínios, shoppings centers, setor privado, transformando o que normalmente iria para os lixões da cidade, em energia, por meio de um processo que reaproveita 100% dos componentes.

As etapas consistem em produção de energia gerada a partir da incineração destes resíduos, com uma temperatura média de 900° Celsius, transformando em carvão natural para ser usado em termelétricas e nas indústrias, sem a liberação de fumaça, ou gases na atmosfera, ruídos ou descarte no lençol freático, como conta o diretor-presidente do grupo Amec, Michel Ribeiro.

“Essa usina é pioneira em nível nacional, este é um mé-

Foto: Divulgação

Carvão natural gerado pela usina é fornecido para olarias e termelétricas

todo que já existe em países de primeiro mundo, a gente considera um processo muito limpo porque o diferencial é que você não precisa dos aterros, no caso da nossa usina, nós pegamos o resíduo, carbonizamos, desidratamos e transformamos em um produto reaproveitável nas indústrias ou na geração de energia, que é o carvão natural”, explica.

Douglas Batista, diretor industrial da Amec, relata que

para chegar ao nível que a usina se encontra hoje foram necessários 3 anos de estudo e benchmark, inclusive com visitas a outros países como Japão, Estados Unidos e também ao continente europeu, onde o principal objetivo é o foco na sustentabilidade.

“Quando pensamos em desenvolver este projeto, nós tínhamos dois principais objetivos, primeiro a questão do desenvolvimento sustentável,

somos soldados da natureza, brigamos muito por isso. Segundo, foi de fato trazer uma segurança maior para os nossos clientes, em saber que os resíduos que eles produzem estão vindo para um local que tem responsabilidade e eles têm essa segurança”, pontua.

A inovação da usina de processamento de energia e resíduos do Amazonas gera uma cadeia que traz benefícios a curto, médio e longo prazo

para o ecossistema. A curto prazo, minimiza o lixo que normalmente iria para lixões, ou até mesmo ser descartado incorretamente em áreas verdes, igarapés ou ruas. E a médio e longo prazo protege o meio ambiente e ecossistema amazônico, como exemplifica Douglas.

“Hoje, a gente tem um processo de termodegradação que é a carbonização de resíduos, onde gera este carvão,

que antes era um resíduo, e hoje ele é um produto. Este carvão a gente fornece para algumas olarias, termelétricas.

A principal matéria-prima de combustão destas empresas é a madeira, e a madeira vem da floresta. A partir do momento que passamos a fornecer o carvão para estas empresas, substituímos a madeira, então nós avançamos, porque não utilizando a madeira não há desmatamento”, conclui Douglas.

O modelo de negócio da usina da Amec traz uma solução que há muito é discutida pelo poder público e setores ligados ao impacto ambiental -os famosos “lixões” e aterros sanitários -este último o modelo utilizado por Manaus -, onde por mais que o trabalho seja feito com práticas corretas, a vida útil destes espaços, no caso dos aterros, tem seu limite. “Nós, trabalhando com resíduos, buscamos uma saída para este problema e estamos conseguindo, por meio dos nossos clientes, trazendo tranquilidade e tecnologia de lixo zero. A usina elimina estes aterros”, ressalta Michel.

O grupo Amec faz um trabalho forte na origem junto aos clientes, com a triagem máxima dos resíduos tanto no setor privado, como público, na tentativa de reciclar o máximo, e o que não é mais possível é usado para a carbonização.

Foto: Divulgação

Trabalhando com resíduos, buscamos uma saída para o problema dos lixões e aterros, e estamos conseguindo, oferecendo tecnologia de lixo zero”

Usina de carbonização, segundo Michel Ribeiro, além de produzir energia, dá a destinação correta aos resíduos sólidos

Michel Ribeiro, diretor-presidente do grupo Amecdummy text of SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Reciclagem

Inovação

Michel incentiva a reciclagem de produtos, sejam em empresas que produzem camisas, por meio da coleta de garrafas PETs, ou até mesmo artesanato ou outros produtos.

“Nós estamos aqui para dar destinação ao que não dá para reciclar, aquilo que está contaminado, que não se pode aproveitar.

A reciclagem ainda é um dos caminhos”, comenta.

Outro aspecto destacado pelo presidente do grupo Amec é o incentivo à educação ambiental, principalmente para crianças.

“Nós também estamos muito focados nisso, quando lançamos a carbonização com um projeto da campanha da árvore junto com a Prefeitura de Manaus, fizemos palestras dentro das escolas municipais e estaduais de conscientização para estas crianças”, observa.

O processo na usina é automatizado, sem o manuseio dos resíduos, por meio de uma automação completa. Toda instalação possui vedação, segurança, retaguarda, e backups para qualquer eventualidade. A inovação tecnológica permite a eliminação de odores e fumaça.

Além do mais, o processo não inclui a queima de oxigênio, conforme a empresa, o produto gasoso proveniente da incineração tem destino, sendo que o resultado deste processo é reaproveitado, usado na indústria e agricultura, do mesmo modo que reabastece a própria usina, podendo até ser distribuída para o entorno da empresa.

Se Liga na História

ZONA NORTE

MANAUS

Caderno Q

352

anos

O antigo Consulado da Alemanha ficava na avenida Joaquim Nabuco, perto da avenida Sete de Setembro. Durante a Segunda Guerra Mundial a bandeira nazista era hasteada em sua janela. Em 1943 ele foi depredado e saqueado pela população em represália contra as investidas alemãs no conflito.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Melhorando enquanto cresce A zona Norte é a mais populosa da cidade, tendo a Cidade Nova como sua principal âncora Foto: Marcely Gomes/DIVULGAÇÃO

Na Cidade de Deus, o Jardim Botânico Adolpho Ducke, de onde podemos ver a cidade FÁBIO AUGUSTO CARVALHO FACEBOOK @FABIO.AUGUSTO.1447

A

zona Norte é a mais populosa de Manaus, tendo uma população de 606.924 habitantes, sendo a Cidade Nova o mais habitado, com 146 mil moradores. Forma, com a zona Leste, a macro-zona de expansão. Assim como as outras regiões, teve sua expansão gestada através de invasões de terras, que mais tarde receberam do governo e da prefeitura melhorias, transformando-se em bairros habitáveis. Igual dimensão tem sua vida urbana e comercial, ricamente agitada e atrativa. Nele ficam locais e instituições importantes como o Terminal de Integração 3, o Instituto Médico Legal, o Hospital Universitário Francisca Mendes, o Sumaúma Park Shopping, o Centro de Convivência Padre Pedro Vignola, o Parque Estadual Sumaúma, o Jardim Botânico Adolpho Ducke, o Musa (Museu da Amazônia), o Centro de Treinamento do Detran Amazonas, o Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz

e o Shopping Manaus ViaNorte. A zona Norte convive entre o crescimento e a constante luta por melhorias nas condições de vida de seus moradores.

Cidade de Deus O bairro Cidade de Deus surgiu no início da década de 1990 através de invasões de famílias vindas do interior e de outros Estados, que buscavam na capital amazonense oportunidades de emprego e moradia, de terras da Cidade Nova.

Em 2010 foi oficialmente reconhecido como bairro, desmembrado da Cidade Nova. Sua comunidade é considerada uma das que mais têm potencial econômico no Brasil, conforme registrado em estudo da empresa Outdoor Social.

Seu comércio é bastante rico, com micro, pequenas, médias e grandes empresas dos mais diferentes ramos, como mercados, lojas de roupas, restaurantes, agências bancárias etc. Nele está localizado o aprazível Jardim Botânico Adolpho Ducke, contando com uma área de 10.000 hectares e inaugurado no ano 2000 pela prefeitura.

Possui cerca de 89.919 habitantes.

Colônia Santo Antônio O bairro Colônia Santo Antônio surgiu no final da década de 1980, através de invasões de terras. Funcionava no local uma colônia agrícola, que foi batizada com o nome de Santo Antônio após a construção da paróquia dedicada ao santo.

O bairro é dividido entre os loteamentos Bom Pastor, Recreio Canaã e Santo Antônio.

Possui pouco mais de 17.638 habitantes.

Colônia Terra Nova Bairro surgiu no final da década de 1980 através de invasões de terras feitas por moradores do bairro Novo Israel. Foi criado oficialmente em 14 de agosto de 1988, após loteamento do local. É dividido em Terra Nova I, II e III, contando com o Conjunto Viver Melhor 4 e os loteamentos América do Sul, Vale da Felicidade, Rio Piorini I, II, III e IV e Recreio Canaã.

Bastante populoso, com cerca de 53.287 habitantes, carece de melhor estrutura urbana.

Lago Azul O bairro Lago Azul é um

A ZONA NORTE CONVIVE ENTRE O CRESCIMENTO E A CONSTANTE LUTA POR MELHORIAS NAS CONDIÇÕES DE VIDA DE SEUS MORADORES

dos mais novos da cidade, criado oficialmente em 2010 como resultado da “redenominação e redefinição da área de expansão referente às Unidades de Estruturação Urbana – UES Santa Etelvina e UES da Bolívia”. Estando localizado próximo à barreira de Manaus, é formado pelos conjuntos Viver Melhor I e II e os loteamentos Jardim Fortaleza II, Comunidade Rei Davi I e II, Paraíso Verde, Acará e Lago Azul. Possui 9.022 habitantes.

Monte das Oliveiras O bairro Monte das Oliveiras teve início através de invasões de terras na década de 1980 lideradas pela missionária Helena Wal-

cott. Os títulos definitivos de terra para os moradores mais antigos foram entregues em 1993 pelo Governador Gilberto Mestrinho, responsável pelo início da urbanização do local. Seu primeiro nome foi Colônia das Oliveiras, posteriormente alterado para Monte das Oliveiras em referência ao local em que Jesus Cristo começou seu martírio. Sua população é de 47.478 habitantes.

Nova Cidade O bairro Nova Cidade surgiu em 1996 no Governo de Gilberto Mestrinho como um conjunto habitacional destinado a abrigar migrantes de diferentes regiões do país. Sua população de 70.428 habitantes está dividida entre os conjuntos Comunidade Monte Cristo, Conjunto Habitacional Cidadão V, Conjunto Habitacional Cidadão VI, Conjunto Habitacional Cidadão VII, Conjunto Galileia II, Conjunto Habitacional Parque dos Buritis, Conjunto Habitacional João Paulo II, Conjunto Habitacional Carlos Braga e Conjunto Habitacional Vila da Barra. Contando com um comércio ativo, ainda carece

de melhoramentos em sua estrutura, principalmente no que diz respeito à segurança.

Novo Israel O bairro Novo Israel foi construído sobre um antigo lixão a céu aberto na década de 1980. Famílias evangélicas passaram a adquirir terras no local, o que explica o seu nome em alusão à Terra Santa. Sua população é de pouco mais de 16.823 habitantes. Apesar de pequeno, possui um comércio razoável, carecendo de melhorias nas áreas de serviços, cultura e esportes.

Santa Etelvina O bairro Santa Etelvina surgiu no final da década de 1970, primeiramente através de loteamentos e posteriormente crescendo por meio de invasões. O lugar era a antiga Colônia Agrícola Campos Salles, onde residia a jovem Etelvina D’ Alencar, brutalmente assassinada em 1901 e que tornou-se uma santa popular, cujo nome batizou o bairro. É dividido em áreas residenciais e comerciais, contando com condomínios e conjuntos habitacionais. Sua população é de 31.043 habitantes.

NOVO ALEIXO

PASSAGEM DE NÍVEL

O bairro Novo Aleixo fazia parte do bairro Cidade Nova. Em 1994 a Vieiralves Imobiliária, proprietária das terras em que ele surgiu, deu início ao loteamento Novo Aleixo. Foi oficializado e desmembrado da Cidade Nova apenas em 2010.

Possui restaurantes, açougues, padarias, supermercados e feiras bastante movimentadas. Conta com uma população de 114.209 habitantes, o que o torna o terceiro maior da cidade.

Foto: Marcely Gomes

Cidade Nova é a gigante da zona Norte e segue recebendo obras

CIDADE NOVA O bairro Cidade Nova é um gigante da zona Norte e o mais populoso da cidade, com 146 mil habitantes. Surgiu através de planejamento habitacional feito no Governo de José Bernardino Lindoso em 1979. Ele foi criado para abrigar migrantes do interior e de outros Estados que vieram

para Manaus trabalhar no Polo Industrial. Foi inaugurado oficialmente em 23 de abril de 1980. O nome Cidade Nova foi dado pois acreditava-se que o mesmo seria desmembrado da capital, tornando-se uma nova cidade que faria parte da Região Metropolitana de Manaus.

Isso não ocorreu. O bairro é

dividido em 24 núcleos e cinco subdivisões: Cidade Nova 1, Cidade Nova 2, Cidade Nova 3, Cidade Nova IV e Cidade Nova V. Nele estão localizados o Terminal de Integração 3, o Instituto Médico Legal, o Sumaúma Park Shopping, o Parque Estadual Sumaúma e o Hospital Francisca Mendes.

Novo Aleixo ganhou força com a ligação direta via avenida das Torres SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Q2

Se Liga na História: O kikão (cachorro quente, hot-dog) é um sanduíche famoso na cidade, tendo se popularizado também no interior do Estado.

Qual sua origem? Surgiu na década de 1970. Nesse período, o gaúcho Alceu Thomaz Pereira inaugurou no Centro, na Praça da Polícia, em 1974, o ‘carro-bar Kikão’, onde vendia o lanche. Em pouco tempo surgiram em vários cantos da cidade trailers e carrinhos especializados na venda da iguaria.

MANAUS

352 anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

1970

PERFIL EMPRESARIAL

Enfim, água nas comunidades Mais de 10 mil moradores de becos e palafitas já têm acesso ao serviço Foto: Divulgação

N

Equipes instalam rede de abastecimento em áreas onde a água não chegava, beneficiando as comunidades periféricas de Manaus

os onze anos em que reside no Beco Traíra, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste, a comerciante Maria de Lira, 61, perdeu as contas de quantas vezes enfrentou transtornos para usufruir de um direito essencial para todo ser humano: ter água tratada em casa.

Até o início do mês, a realidade de dona Maria e dos mais de mil moradores da localidade era dedicar parte do dia para buscar água em cacimbas poluídas à beira de um trecho do igarapé do Mindu, ou depender de tubulações irregulares. “Nem sempre eu conseguia comprar um garrafão de água. Aí, o jeito era sair pedindo dos vizinhos um pouco de água para beber. Passei muitos anos nesse sofrimento”, contou Maria.

Histórias como a de dona Maria ainda são encontradas nas regiões mais vulneráveis de uma metrópole como Ma-

naus. Como a cidade ainda cresce em um ritmo muito acelerado, inúmeras áreas de ocupação se formaram sem a infraestrutura adequada.

A concessionária Águas de Manaus desenvolve um trabalho voltado para levar água tratada até essas regiões, implantando toda infraestrutura para o abastecer em locais que nunca contaram com o serviço regular. Nesta semana, a ação da empresa chegou à marca de 100 mil metros de redes de abastecimento instaladas em comunidades.

Mais de 110 mil moradores já foram beneficiados com a chegada da água tratada em suas residências. Somente em 2021, bairros nas zonas Norte, Sul, Oeste e Leste receberam as equipes da empresa.

O local onde o centésimo quilômetro de tubulação foi implantado é justamente o beco Traíra, onde dona Maria e a vizinhança estão desfrutando de uma nova realidade.

“Mudou tudo para melhor.

A água é muito boa e chega bem forte na torneira. Deixar de andar sofrendo atrás de uma garrafa de água para beber é uma vitória”, conta a comerciante.

Tarifa Social Além da água tratada, a concessionária também garante a Tarifa Social Manauara para todos os moradores contemplados com as novas redes de água. O benefício garante 50% de desconto nas faturas. Para a doméstica Laura Elisário, moradora do Jorge Teixeira, a tarifa é acessível e traz tranquilidade.

“Eu gastava mais de R$ 20 por semana só pra ter um pouco de água limpa. Com a tarifa social, pago um valor justo e tenho água para todas as minhas atividades na hora que eu preciso”, conta.

Em boa parte das regiões em que a Águas de Manaus atuou nos últimos três anos,

a fatura de água também se transformou no primeiro comprovante de residência.

“Toda vez que me pediam um comprovante, tinha que emprestar de um comércio lá na rua principal. Hoje, esse sufoco acabou. Foi um benefício que chegou junto com a água na minha torneira. Para muitos, pode ser apenas um papel. Mas, sei o valor que isso tem”, destaca Carol Andrade, da comunidade Santa Inês.

Para o diretor-presidente da Águas de Manaus, Thiago Terada, o trabalho em regiões vulneráveis tem um valor que vai além da chegada do serviço. “Estamos levando saúde, dignidade e garantindo um direito básico para a população. Encontramos famílias que estavam há quatro décadas nestas áreas, sem o serviço de água. Hoje, elas são gratas por coisas simples, como poder tomar um banho de chuveiro. Isso é imensurável”, afirmou.

A Tarifa Social garante até 50% de desconto na mensalidade, permitindo que muitos moradores tenham acesso ao serviço

EM TRÊS ANOS DE TRABALHO NA CIDADE, A ÁGUAS DE MANAUS TEM INVESTIDO EM MELHORIAS PARA LEVAR ÁGUA A LOCAIS QUE NÃO CONTAM COM ABASTECIMENTO REGULAR. NESTE ANO, DOIS SISTEMAS HIDRÁULICOS DE ABASTECIMENTO FORAM INAUGURADOS NA REGIÃO DO TARUMÃ, BENEFICIANDO MAIS DE 23 MIL MORADORES DAS COMUNIDADES PARQUE DAS TRIBOS, CRISTO REI, PARQUE RIACHUELO I, II, PORTAL TARUMÃ E PARQUE SOLIMÕES MORADORES SÃO BENEFICIADOS

Diariamente, donas de casa enfrentavam uma maratona para buscar água em cacimbas. Agora, a realidade começa a mudar na periferia SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Em três anos de trabalho na cidade, a Águas de Manaus tem investido em melhorias para levar água a locais que não contam com abastecimento regular. Neste ano, dois sistemas hidráulicos de abastecimento foram inaugurados na região do Tarumã, beneficiando mais de 23 mil moradores das comunidades Parque das Tribos, Cristo Rei, Parque Riachuelo I, II, Portal Tarumã e Parque Solimões. Foram construídos quatro poços tubulares profundos de 200 metros para captação, 35 mil metros de redes de distribuição e um reservatório de 2,5 milhões de litros. “A Cristo Rei já tem 32 anos e não tínhamos esse benefício, e agora temos água tratada e de qualidade disponibilizada para a população. Agradecemos ao trabalho feito pela Águas de Manaus, tanto pelo serviço quanto pela orientação que está sendo oferecida para todos os moradores”, ressalta o líder comunitário e pastor Mário Antônio Gomes.

ZONA CENTRO SUL

Q3

Se Liga na História As três primeiras ruas do antigo Lugar da Barra, hoje Manaus, chamavam-se Deus Padre, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Elas correspondem atualmente, respectivamente, às ruas Governador Vitório, Monteiro de Souza/Taqueirinha e Tamandaré.

MANAUS

352

anos

A área das nobres casas e avenidas

Fotos: Divulgação

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Considerada a região mais nobre da cidade, a zona CentroSul concentra bairros de classe média e classe alta

FÁBIO AUGUSTO CARVALHO FACEBOOK @FABIO.AUGUSTO.1447

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zona Centro-Sul é a mais nobre das zonas da cidade. Nela estão localizados bairros de classe média e classe alta como Adrianópolis e Nossa Senhora das Graças, bem como o mais luxuoso conjunto da cidade, o Conjunto Isaías Vieiralves, criado na década de 1970. É formada por 7 bairros. Suas principais avenidas, a Humberto Calderaro, a André Araújo e a Ephigênio Salles, são amplas e bem asfaltadas.

Outra característica da região é que ela é a mais verticalizada, contando com diversos edifícios comerciais e residenciais. Apresenta os melhores indicadores sociais, possuindo um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) bastante elevado. Abriga o Amazonas Shopping, o Manaus Plaza Shopping, o Millennium Shopping e o Manauara Shopping. Por suas características é bastante visado comercialmente, abrigando empreendimentos como bares, cafés, salões, restaurantes e lanchonetes. No bairro de Adrianópolis está loca-

lizado um dos principais hospitais do Amazonas, o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto.

Adrianópolis O bairro de Adrianópolis surgiu no início do século 20 como a Vila Municipal, à época considerada distante da área urbana. Era um local aprazível onde as pessoas mais abastadas construíram suas chácaras e vilas para residir ou passar os fins de semana. O nome Adrianópolis veio mais tarde em homenagem ao médico e intelectual Adriano Augusto de Araújo Jorge (1879-1948), que residia no local. É um dos bairros nobres da cidade, possuindo edifícios residenciais e comerciais de luxo. Nele estão localizados o Manauara Shopping, o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, o Instituto Batista Ida Nelson, o Castelinho, o Reservatório do Mocó e o Cemitério de São João Batista. Possui 10.459 habitantes.

Aleixo O bairro começou a ser ocupado na década de 1940, quando foi aberta a Estrada do Aleixo (atual avenida André Araújo). Sua urbanização,

no entanto, é recente. O início do asfaltamento das ruas se deu apenas na década de 1980. A partir desse processo tornou-se atrativo para a construção de conjuntos, como o Jardim Paulista, Belo Horizonte, Morada do Sol, Petro e Tiradentes. Alguns dos principais órgãos públicos do Estado se encontram nesse bairro, como a Sefaz, o Tribunal de Justiça, o Tribunal Regional Eleitoral, a Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e a Semosb (Secretaria Municipal de Obras). Nele estão localizadas as principais emissoras de telecomunicação do Estado: Rede Amazônica de Rádio e Televisão, TV e Jornal A Crítica e Band Amazonas. Sua população é de 24.417 habitantes.

Chapada O bairro Chapada surgiu no primeiro Governo de Plínio Ramos Coelho (1955-1959). Seus primeiros moradores foram imigrantes nordestinos que vieram trabalhar nos seringais após a reativação de alguns deles no pós- Guerra. Eles foram instalados em uma hospedaria, conhecida como Hospedaria Pensador, em homenagem ao Governador Eduardo Gonçalves Ribeiro, que tinha uma chácara no local. A pequena comunidade começou a se expandir nas

décadas seguintes, sendo urbanizada somente na administração municipal do prefeito Jorge Teixeira (1974-1979).

A Chapada tornou-se um dos bairros mais bem localizados da cidade, contando com residências de alto padrão e empresas de diferentes ramos. Sua população é de 13.219 habitantes.

Flores O bairro de Flores é habitado desde fins do século 19, sendo utilizado para a plantação de frutas e hortaliças que eram vendidas na cidade. Nele ficava a linha de bondes de Flores, que ia do Centro da cidade até a Colônia Campos Salles (atual bairro de Santa Etelvina). Um de seus primeiros moradores foi Francisco Flores, proprietário de terras onde eram cultivados diferentes gêneros de árvores frutíferas e animais. Seu sobrenome acabou batizando o local.

Com a expansão da cidade em direção ao Norte, cresceu rapidamente, sendo marcante a construção de conjuntos no local: Duque de Caxias, Parque das Laranjeiras, Flores, Rio Javari, Senador

João Bosco, Anavilhanas, Santa Cruz, Beija Flor I e II, Rio Maracanã, Parque das Nações, Sargentos e Subtenentes da PM, São Judas Tadeu, Parque Eucalipto e Parque São Miguel.

Sua população é de 48.098 habitantes.

Nele está localizada a Arena da Amazônia.

Nossa Senhora das Graças O bairro de Nossa Senhora das Graças surgiu na década de 1940 através de uma ocupação de trabalhadores nordestinos de terras localizadas no Parque Amazonense. Esses trabalhadores se instalam em um beco em 1947, que ficou conhecido como Beco do Macedo, em homenagem a um dos primeiros moradores do local, Alfredo Macedo. Desde a década de 1970 passou a se tornar referência para as classes média e alta da cidade, que nele fez construir luxuosos conjuntos habitacionais, sendo o primeiro e mais popular o Isaías Vieiralves, inaugurado em 1970. Ele formado por cinco conjuntos: Conjunto Manauense,

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Conjunto Vila Amazonas, Conjunto Ica Maceió, Conjunto Haideia III e Conjunto Isaías Vieiralves.

Parque 10 de Novembro O bairro Parque 10 de Novembro surgiu através do balneário de mesmo nome. Ele teve suas obras iniciadas em 10 de novembro de 1938, durante o aniversário de um ano do Estado Novo, na administração municipal de Antônio Botelho Maia (1937-1940). As obras foram continuadas nas administrações de Paulo de La Cruce Grana Marinho (1940-1942) e Antóvila Mourão Vieira (1942-1944), este último o inaugurando em 19 de abril de 1943, no aniversário do presidente Getúlio Vargas. Ocupando uma área de 50 hectares ao norte da antiga Vila Municipal (Adrianópolis), era recortado pelas águas do Igarapé do Mindu.

Tornou-se um dos bairros mais aprazíveis da cidade, com grande concentração de renda, com residências, prédios e conjuntos habitacionais de alto padrão, restaurantes, bares, cafés, agências bancárias e outros serviços. É um dos mais populosos da zona Centro-Sul, com cerca de 48.771 habitantes.

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anos

Se Liga na História Manaus foi ocupada pelos cabanos paraenses em 6 de março de 1836, quando uma tropa de 800 homens, comandados por Francisco Bernardo Sena, tomou a cidade sem enfrentar resistência. Manaus ficou em poder dos cabanos até 31 de agosto, quando o controle foi retomado pelas autoridades locais. Nova tentativa de invasão é realizada em 13 de novembro, mas sem sucesso.

1836

Q5 MANAUS

352

anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

PERFIL LEGISLATIVO

Interior deve receber Universidade Rural Trezentas mil pessoas poderão fazer curso superior em comunidades rurais do Amazonas, a partir de 2022

M

ais de 3.500 comunidades deverão se beneficiar com a instalação da Universidade Rural do Amazonas já no início de 2022. A informação é do deputado estadual Tony Medeiros (PSD) que articula a implantação do projeto junto ao Governo do Estado.

“Espalhadas por essas comunidades rurais existem cerca de 330 mil pessoas que já terminaram o ensino médio e que poderão, por meio da Universidade Rural, fazer um curso superior. Sabemos que é o sonho de qualquer pai ou mãe ver o seu filho formado.

Só assim ele terá mais oportunidades na vida”, destaca o deputado.

De acordo com Tony, já estão definidos pelo Ce-

tam (Centro Tecnológico de Educação do Amazonas), os cursos que serão oferecidos pela Universidade Rural.

Falta apenas a aprovação do Conselho de Educação. Inicialmente, serão oferecidos os cursos de Gestão Ambiental, Agroindústria, Agroecologia, Agronegócio e Aquicultura.

“Todos esses cursos estão intimamente ligados com a realidade do nosso homem do interior”, completa.

O parlamentar também faz questão de ressaltar que não será criada uma nova instituição de ensino. De acordo com ele, a Universidade Rural irá funcionar na estrutura tecnológica, que atualmente é usada pela Seduc (Secretaria de Estado de Educação e Desporto) para as aulas do ensino médio e que deverá ser utili-

Foto: Divulgação

Deputado Tony Medeiros se mobiliza para levar formação superior às comunidades rurais do Amazonas

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zada pela UEA (Universidade do Estado do Amazonas) ou pelo Cetam para oferecer cursos de nível superior.

“Vamos aproveitar o aparato tecnológico que envolve até satélite para oferecer a todas as comunidades que tiverem uma antena parabólica, mesmo nos lugares mais distantes a oportunidade desses cursos”, ressalta o parlamentar.

A Universidade Rural do Amazonas é uma das principais bandeiras do mandato do deputado Tony Medeiros. “É um sonho que estamos conseguindo transformar em realidade. Vamos oferecer a oportunidade ao jovem que vive nos roçados, aquele que os pais não têm como mandar para a cidade, se formar num curso superior”, conclui Tony.

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1899

Q6 MANAUS

352 anos

Se Liga na História O Leite de Colônia, tradicional loção desodorante utilizada na limpeza de pele, foi criado em Manaus pelo empresário e farmacêutico cearense com ascendência inglesa Carlos Guilherme Gordon Studart (1862-1965).

Chegado a Manaus em 1899, estabeleceu uma farmácia na avenida Eduardo Ribeiro, esquina com a Sete de Setembro, onde criou o produto.

Mais tarde, com a decadência da economia local, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, em 1948, a fórmula foi patenteada e vendida por seu filho, o também farmacêutico Arthur Pereira Studart.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Entre o lazer e o poder Zona Oeste da cidade é onde se concentram os poderes Executivo estadual, municipal e a casa legislativa de Manaus Fotos:Divulgação

merciários, Jardim dos Barés; e as vilas militares Bafurubu II, General Euclides Figueiredo I, II, III e IV, Guararapes e Plácido de Castro. A principal figura do São Jorge, até hoje lembrada, é a mãe de santo Joana Galante Possui 25.585 habitantes.

FÁBIO AUGUSTO CARVALHO FACEBOOK @FABIO.AUGUSTO.1447

A

zona Oeste é a segunda mais extensa da cidade, possuindo 128,29 km². Uma de suas principais características é o tamanho dos bairros, indo de pequenos, como o São Raimundo, a imensos, como o Tarumã-Açu.

São 12 no total. Abriga as sedes da Prefeitura de Manaus, do Governo do Estado do Amazonas, a Câmara Municipal de Manaus, o Estádio Ismael Benigno, o Zoológico do CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva) e o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Faz parte dela um dos bairros mais populosos da cidade, a Compensa, com 89.645 habitantes, bem como um dos mais nobres e valorizados, a Ponta Negra, onde estão localizados o Shopping Ponta Negra e o antigo Tropical Hotel.

São Raimundo São Raimundo é um dos bairros mais tradicionais de Manaus, com origens que remontam ao ano de 1849, quando o Governo da Província do Amazonas doou ao Seminário de São José um terreno do outro lado da cidade.

Uma parte do terreno foi loteada para pessoas de baixa renda, que aos poucos pagariam por suas propriedades. As primeiras famílias a se instalar no local eram de origem nordestina. Ao longo do século 20 ele passou a ser habitado por operários da região central, do bairro dos Tócos (hoje Aparecida) e do Matadouro Municipal. Somente em 1987 o bairro é ligado ao Centro através da Ponte Senador Fábio Lucena.

Nele está localizado o Estádio Ismael Benigno e o Cemitério de Santa Helena. Possui 18.199 habitantes.

Glória Como o seu vizinho, o São Raimundo, o bairro da Glória começou a se desenvolver no início do século 20, sendo extremamente importante nesse processo a instalação, no local, do Matadouro Municipal, posteriormente conhecido como Matadouro da Glória. Sua expansão se dá a partir da década de 1950, quando famílias vindas do interior, fugindo dos efeitos da grande cheia de 1953, se instalam no local, construindo residências e abrindo estabelecimentos comerciais. Centenas de títulos

O Governo do Amazonas possui sua sede no bairro da Compensa

de terra foram concedidos pelo Governo nesse período. No lugar do antigo matadouro foi construída a sede da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Sua população é de 10.617 habitantes.

Santo Antônio O bairro de Santo Antônio era no passado conhecido como Morro do Bode. O nome é de origem popular. Um morador de nome Sabino criava bodes e cabras em um morro perto da atual rua Presidente Dutra, que liga o bairro de Santo Antônio ao bairro da Glória. O nome não agradou nem um pouco os moradores do bairro nascente que, em reunião com o padre da região, decidiram mudar o nome do local para Santo Antônio, exatamente no dia do santo em que a reunião foi realizada. Nele fica a sede da Câmara Municipal de Manaus.

Possui 23.356 habitantes.

Santo Agostinho O bairro de Santo Agostinho surgiu na década de 1970.

No início eram uma região de mata fechada onde abundavam árvores frutíferas de diferentes espécies. Seus moradores, assim como os de outros bairros da cidade, vieram do interior do Amazonas de outros Estados da região Nordeste. Outra grande contribuição populacional veio da antiga Cidade Flutuante, destruída em 1967. As primeiras ruas foram asfaltadas no Governo de José Lindoso (1979-1982).

A atividade comercial do bairro continua em pleno desenvolvimento, tendo sido abertas nos últimos anos empresas de mate-

riais de construção, panificação e serviços. Possui cerca de 16.593 habitantes.

Nova Esperança O bairro Nova Esperança surgiu em 1980. Nesse período era conhecido como Rumo Certo, em referência ao slogan utilizado por Gilberto Mestrinho nas épocas de campanha. De acordo com os moradores mais antigos, o local foi loteado pela Fundação Amazônia, mas aos poucos foi ocupado por diferentes ondas de invasões, que acabaram por dividir o bairro em Nova Esperança I e Nova Esperança II. A urbanização chega na década de 1990, com o asfaltamento das ruas, encanamento e instalação da rede de esgoto. Sua população é de cerca de 20.919 habitantes.

Lírio do Vale O bairro Lírio do Vale foi fruto de invasões que ocorreram após a instalação da Zona Franca de Manaus. Muitos trabalhadores buscavam um lugar para morar na cidade, tendo escolhido essas terras da zona Oeste. As primeiras melhorias surgem na década de 1980, no Governo de Gilberto Mestrinho. Ruas foram asfaltadas, a água foi encanada, instalou-se a rede de esgoto e a iluminação pública. O bairro é formado pelo loteamento Lírio do Vale e pelos conjuntos Augusto Montenegro I e II.

Tarumã A região do bairro Tarumã tem origens que remontam ao século 17. Nela viviam índios aruaque e alófila. Uma tropa de resgate fincou uma cruz Jesuíta no local em 1657, criando a Missão do Tarumã. O local era visado pelos moradores da área urbana por seus atrativos naturais, a mata e os igarapés, que serviam de refúgio aos fins de semana. Com as maiores áreas verdes da cidade, é bastante valorizado pelo mercado imobiliário, contando com moderna infraestrutura, abrigando o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.

Possui 33.168 habitantes.

Tarumã-Açú O bairro Tarumã-Açú possui uma história recente, tendo surgido em 2010 através de um desmembramento do bairro Tarumã. É formado pelos loteamentos Jardim Tarumãzinho, União da Vitória, Portal do Tarumã, Bancrévea e Parque Lusitano. Sua população é de 12.053 habitantes.

Vila da Prata O bairro Vila da Prata surge através da

ocupação de terras ao norte do bairro de São Jorge na década de 1970. O nome Vila da Prata é uma homenagem à cidade fictícia de Vila da Prata, da novela Cavalo de Aço, exibida em 1973. O bairro começou a ser urbanizado ainda nesse período.

Ruas foram abertas e asfaltadas, a iluminação pública foi inaugurada e, aos poucos, o local foi crescendo, abrigando diferentes estabelecimentos comerciais. Sua população é de 13.052 habitantes.

São Jorge O bairro São Jorge surgiu através de invasões na década de 1950. Os primeiros moradores residiam em casas simples feitas de madeira e palha. No Governo de Plínio Ramos Coelho teve início a abertura de ruas e estradas e o abastecimento de água.

Grande contingente de antigos moradores da Cidade Flutuante passou a residir no local. Na década de 1970 foi construída Vila Militar, o 1° BIS e o CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva). O bairro é formado por alguns conjuntos, como o João Goulart, Bancários, Co-

Compensa O bairro Compensa é o mais populoso da zona Oeste e o quarto da cidade, com 89.645 habitantes. Sua história começa na década de 1960, quando a família Borel comprou as terras onde está localizado o bairro, que aos poucos passou a ser invadido e dividido em Compensa I, II e III. Além da família Borel, muitos de seus moradores eram ribeirinhos, nordestinos e antigos habitantes da Cidade Flutuante. No início ficou conhecido como Vila de Sapé em referência à palha que cobria as casas de madeira.

Hoje é um bairro em constante crescimento, com um comércio bastante ativo, além de abrigar as sedes do Governo do Estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus.

Ponta Negra Com mais de 5.000 habitantes, a Ponta Negra é um dos bairros mais nobres da cidade, abrigando edifícios residenciais e comerciais de alto padrão. No passado foi uma área de mata fechada habitada por diferentes tribos indígenas. No início do século 20 a região abastecia a cidade com matéria-prima para construções, sendo a principal a pedra-jacaré, que pode ser vista em alguns dos principais monumentos históricos do Centro, como o Teatro Amazonas e o Palácio da Justiça. É um dos nossos principais cartões postais desde a década de 1960, quando sua praia passou a ser amplamente utilizada pela população aos finais de semana. Com a construção da Estrada da Ponta Negra, tornou-se um local atrativo para residências, tornando-se um dos bairros mais confortáveis de Manaus. Algumas das principais instituições militares se encontram no local, como o Comando Militar da Amazônia, a Polícia do Exército, o Centro de Embarcações e a 12ª Região Militar.

Com mais de 5.000 habitantes, a Ponta Negra é um dos bairros mais nobres da cidade

AEROPORTO INTERNACIONAL DE MANAUS, MARINAS DO TARUMÃ E O COMPLEXO TURÍSTICO DA PONTA NEGRA MOVIMENTAM A POPULAÇÃO DE MANAUS

O Tarumã, além de sua área verde enorme, abriga centenas de flutuantes SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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Q7

MANAUS

352 anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Neste 24 de outubro de 2021, a nossa cidade completa 352 anos, e hoje, nada mais justo que parabenizar o povo manauara, gente de bem, guerreira, honesta e batalhadora que, com seu trabalho diário, supera, luta e constrói o desenvolvimento do município dentro das suas possibilidades, unidos estamos em busca de dias melhores para nossa cidade. É com orgulho que sou manaua manauara pois aqui tenho minha vida e família , deixo minha mensagem de esperança e agradecimento a toda essa gente que trabalha para que seus filhos possam sonhar com um futuro melhor. Tenho muito respeito e carinho por cada um de vocês. Parabéns Manaus!

Cultural: Tombamento do Rio Negro Club como patrimônio histórico, cultural e imaterial da cidade de Manaus, através da lei nº 1795 sancionada no Centenário do Clube;

Saúde: Destinado 309 mil em emendas impositivas para o enfrentamento a pandemia da covid-19 em Manaus;

Luta: Comemoramos 1 ano da lei nº 4.567 que inclui, no Calendário Oficial da Cidade de Manaus, o mês Setembro Dourado, dedicado a ações preventivas e diagnósticas precoces do câncer infantojuvenil com ações na Câmara Municipal;

Infraestrutura: Aproximadamente 300 ofícios para ações de recapeamento, iluminação e limpeza pública em vários bairros de Manaus.

GABINETE 37 RUA PA D R E AG O S T I N H O C A B A L L E RO M A RT I N , 8 5 0 S ÃO R A I M U N D O, M A N AU S -A M

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1904

Q8 MANAUS

352 anos

Se Liga na História O Jornal do Commercio de Manaus é um dos mais antigos periódicos do Brasil e o mais antigo da região Norte em atividade. Foi fundado em 2 de janeiro de 1904 pelo Major Joaquim Rocha dos Santos (1851-1905), português radicado no Brasil desde 1862.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Mais crédito para o AM Liberação de novas linhas de crédito fomenta atividades após flexibilização de medidas Fotos: Divulgação

MARCELO PERES @MARCELO.PERES

O

Amazonas aumenta as linhas de crédito para vários segmentos das atividades econômicas na região. São novos recursos para fomentar microempreendedores, pequenas e médias empresas e agricultores familiares.

O objetivo é a retomada do crescimento após a flexibilização das restrições por causa da pandemia. O aumento da cobertura vacinal contra a Covid-19 abre novas perspectivas de negócios na região, ressalta o governador do Estado, Wilson Lima (PSC). Ele demonstra otimismo, mais entusiasmo, com as medidas de enfrentamento à crise sanitária que permitiram a volta dos trabalhos.

“A economia não pode parar.

Por isso, é importante todos terem mais consciência que a vacina é primordial para nos dar mais tranquilidade para trabalhar, mantendo a oferta de novos empregos e renda à população”, afirma o governador.

São pelo menos R$ 2 bilhões em novas linhas de financiamento que serão liberadas ainda este ano e ao longo de 2022 aos empreendedores. O crédito agrícola fomenta as atividades dos agricultores em municípios próximos a Manaus e nas cidades ribeirinhas mais distantes no interior do Estado.

Para fomentar a atividade, o governo estadual pagou a subvenção da juta e malva aos juticultores, entregou suplementos alimentares para o rebanho de 52 pecuaristas, peixe para a população em situação de vulnerabilidade, e cheques para associações ligadas ao setor primário.

Em Parintins, segundo a ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável), 11 juticultores, juntos, receberam um valor superior a R$ 95,6 mil. Eles também receberam 200 quilos de sementes da Companhia Textil de Castanhal.

“Fiquei muito satisfeita porque estávamos tendo gastos, comprando sal, comprando farelo, essas coisas todas, para dar para o gado, para o gado poder resistir.

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Crédito agrícola fomenta atividades dos agricultores em municípios próximos a Manaus e nas cidades ribeirinhas

Ainda tivemos perda de gado, chegando na várzea tivemos perdas.

Com essa ajuda, já fortalece muito para nós, graças a Deus”, disse Maria Izaura Ribeiro, da comunidade Santa Terezinha do Aninga, de Parintins, que faz parte dos 52 pecuaristas que receberam suplementos do governo.

Pescadores A pesca artesanal e extrativa e a piscicultura também recebem incentivos. Em parceria com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o Estado deu início ao cadastramento de novos e recadastramento de pescadores artesanais em Parintins, o que deve alcançar 3,5 mil pessoas. O processo garante direitos como seguro-defeso e aposentadoria, além de acesso a linhas de crédito.

Até setembro do próximo ano, devem ser inscritos no RGP (Re-

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gistro Geral de Pesca) pelo menos 130 mil pescadores profissionais no Amazonas, mas nem todos têm perfil para se enquadrar nas exigências do novo sistema, segundo o chefe da Divisão de Pesca e Aquicultura do Mapa, Vinícius Lopes Picanço.

“Existem muitas pessoas inscritas que não exercem essas atividades para usufruir dos benefícios concedidos à categoria”, diz ele, acrescentando que o novo sistema deve excluir pelo menos 35% dos atuais cadastrados com a atualização dos dados. “O objetivo é rastrear os que realmente vivem desse trabalho. E estamos preparados para identificar as distorções. Agora, a lei será mais severa”, alerta ele.

Desde 2019, o Estado já aplicou mais de R$ 18 milhões em crédito em 2.859 operações. Em renegociação, obteve mais de R$

R$ 2 bilhões em novas linhas de financiamento serão liberadas

1 milhão em adimplência em 311 operações desde 2019. E concedeu anistia em 49 operações com R$ 289 mil em dívidas a clientes afetados pela enchente neste ano, segundo o governador Wilson Lima.

A Prefeitura de Manaus também reforça o crédito para empre-

endedores, principalmente após a flexibilização das medidas restritivas. O prefeito David Almeida (Avante) disse que o objetivo é dar mais oportunidades de negócios aos segmentos que foram obrigados a suspender as atividades no período mais agudo da pandemia.

“Existe hoje uma assistência maior aos produtores tanto com novos recursos quanto na prestação de assistência técnica para aprimorar a produção na capital e na zona rural de Manaus, onde a agricultura familiar é bem produtiva”, afirma ele.

Curiosidade

FLUTUANTES

MANAUS

Caderno R

352

anos

Manaus foi uma das cidades do Império Brasileiro pioneiras na abolição da escravidão. Em 24 de Maio de 1884 ela foi abolida na cidade. A rua da Constituição foi renomeada como 24 de Maio em 23 de fevereiro de 1887, por proposta dos vereadores Silvério José Nery, José Carneiro dos Santos e Manuel Ramos, ambos abolicionistas, em referência a esse acontecimento. Em 10 de julho do mesmo ano a escravidão teve fim em toda a Província.

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Flutuantes que nunca saem de moda Primeiro residências humildes, depois restaurantes sofisticados e agora espaços de lazer e diversão de feriados e fins de semana EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

F

lutuantes são moradias do homem amazônico há séculos. Construídos com madeiras, antes cobertos com palhas, depois com telhas de barro ou zinco, assentados sob troncos de assacu, são uma das características do ribeirinho.

Manaus chegou a ter uma cidade formada somente com flutuantes, se não a única, mas possivelmente a maior da Amazônia. O primeiro flutuante da futura cidade parece ter sido erguido ainda em 1920, em frente ao bairro de Constantinópolis, atual Educandos, pelo paraibano João Aprígio, talvez um ex-seringueiro que veio para Manaus com mulher e filhos e, sem poder comprar um pedaço de terra foi morar sobre as águas.

Um a um, os flutuantes foram se espalhando pela frente de Manaus e, 30 anos depois, já eram mais de dois mil, com mais de onze mil pessoas vivendo sobre as águas, de acordo com levantamento feito em 1966.

Em 1967 o modelo Zona Franca foi instalado na capital amazonense e as modernidades trazidas com ele não permitiam que Manaus comportasse, logo na sua entrada, uma cidade construída com casas paupérrimas. Sob as ordens do governador Artur César Ferreira Reis (1964/1967) a cidade flutuante foi colocada abaixo tendo seus moradores ganha-

Famílias e amigos fazem crescer movimento nos flutuantes de aluguel

MANAUS CHEGOU A TER UMA CIDADE FORMADA SOMENTE COM FLUTUANTES, SE NÃO A ÚNICA, MAS POSSIVELMENTE A MAIOR DA AMAZÔNIA

do terras em futuros bairros como Alvorada, Coroado, Santo Antônio e Conjunto Costa e Silva.

Mas quem disse que os flutuantes acabaram? Lentamente voltaram a surgir, principalmente no rio Tarumã. Não mais formaram uma cidade, mas estão lá, concentrados a partir da Marina do Davi servindo de moradias, comércios e até igrejas.

Paz, na convivência com a natureza, é o que buscam os hóspedes

A era dos restaurantes flutuantes

Peixe Boi já se tornou patrimônio do Amazonas

Na década de 1980 uma nova modalidade de flutuantes surgiu no Tarumã, os flutuantes restaurantes. O mais antigo seria o da Tia, existente até hoje sob a administração de Iolene Barreto desde 1999.

“Eu o comprei em 1999, e ele já tinha este nome. Por isso mantive. Documentos mostram que em 1986 o flutuante já existia, e possivelmente bem antes disso”, contou.

A paulista Ana Scognamiglio, proprietária do Peixe Boi, de férias em Manaus, viu uma casinha flutuante, se apaixonou pela moradia, a comprou para vir passar as próximas férias, mas depois de tantas pessoas que passavam em lanchas, nas

proximidades, perguntarem se ela vendia peixe frito, acabou transformando a casinha no Peixe Boi (1987) num restaurante flutuante, hoje um patrimônio cultural do Amazonas pela longevidade de existência com a mesma proprietária.

Depois vieram o Vitória Régia, da Doró (1992), e nas décadas seguintes foram sendo erguidos outros, cada vez mais sofisticados, Abaré (2014), Sun Paradise, Sedutor, Salomé, Maloca Amazônia, citando alguns.

“Quando inauguramos o Abaré trouxemos a proposta de ser um diferencial dos flutuantes que já existiam com um cardápio gourmetizado, exploração sustentável da natureza à nossa volta, e

atividades recreativas, como o caiaque e o SUP, que era uma febre naquele momento”, recordou Diogo Vasconcelos, proprietário do Abaré.

Mais uma vez, num espaço de cerca de 20 anos, os flutuantes voltaram a se alastrar numa área que vai da Marina do Davi até a praia Dourada, agora com uma nova tendência: aluguel do espaço para feriados e finais de semana. Até fábrica de flutuantes surgiu no Tarumã e, segundo levantamento recente, eles ultrapassam as 200 unidades, o que levou a, no mês de agosto, o juiz Diógenes Vidal Pessoa Neto, da Vara Especializada em Meio Ambiente, determinar a retirada de todos eles das águas num prazo de 30 dias.

Tendência ainda vai crescer “Felizmente isso não ocorreu. O que ficou acordado é que a Marinha não mais irá liberar o ‘Nada a opor’, para novos flutuantes; e quem não se adequar às novas regras determinadas pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) como ter caixa de dejetos, hidrômetro e

estudo periódico das águas de seu entorno, poderá ser fechado. Até as fábricas que estavam fabricando um flutuante atrás do outro, pararam a produção”, falou Demerson Silva, proprietário dos flutuantes de aluguel Califórnia, Hollywood e Lótus, no Tarumã.

Demerson explicou que

o aumento exponencial de flutuantes no Tarumã iria acabar com o segmento em pouco tempo. Agora, com as novas regras, e outras que poderão vir, os espaços são um atrativo a mais para o turismo de Manaus.

“Já estou com meus flutuantes alugados para o Réveillon. Um, vai receber uma

família do Rio de Janeiro; e outro, uma família que vem do Uruguai. 33 flutuantes aqui das proximidades contrataram uma empresa de segurança que circula na área 24h”, adiantou.

Kasbiner da Silva tem dois flutuantes, Kas e Rock Star, na praia Dourada, e comemora o aumento da

procura pelos seus flutuantes, e os demais da área, Le Moana, Sunshine, Canoas, entre outros.

“Está maior até do que antes da pandemia. As pessoas querem aproveitar a vida junto à natureza. Cansaram do isolamento social.

Estamos com agenda em aberto só para novembro.

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Num flutuante de aluguel o hóspede tem praticamente todas as facilidades que tem em casa, e ainda oferecemos estacionamento monitorado para o carro que fica na praia e vigia circulando pelos flutuantes. A tendência dos flutuantes de aluguel ainda vai crescer bastante”, previu.

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Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

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352

anos

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MANAUS

352 anos

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

ARTIGO

Augusto Cecílio* Sou fã de Manaus, não por acaso. Aqui vivo desde o fim de 1976, quando, vindo de Parintins, encontrei uma já grande cidade que a todos recebia de braços abertos. Era a esperança para entrar numa Universidade em busca de formação e de um futuro melhor.

Isso aconteceu com milhares de pessoas. Ainda hoje a nossa cosmopolita capital abriga pessoas de todo o Brasil e de muitos países, sem discriminação, independente da condição financeira. Aqui todos são bem-vindos e dependendo do grau de esforço pessoal, é possível vencer na vida.

Como em qualquer cidade, temos pontos positivos e negativos, mas é fundamental que cada um faça o seu melhor para que prevaleçam as lembranças maravilhosas que giram o mundo.

Belos exemplos não faltam. O Teatro Amazonas, majestoso e mundialmente conhecido, o complexo conhecido como Largo São Sebastião, que ouso chamar de “o lugar mais bonito de

ARTIGO

Manaus, 352 anos Manaus”, com a Igreja de São Sebastião, os casarios e o Palácio da Justiça, lugares para passear com a família com muita tranquilidade.

Ninguém se esqueceria de um passeio pela Ponta Negra, pelo Zoológico do Cigs, passando pelo Parque do Mindu, pelo Palácio Rio Negro, Parque Senador Jefferson Péres, Igreja da Matriz e a eternamente conhecida Praça da Polícia.

O Encontro das Águas, também, é para jamais esquecer Manaus. Pessoas que visitam Manaus enfrentam o imenso calor só pra ver de pertinho tantas coisas bonitas num só lugar.

Mas precisamos melhorar. Governantes e governados têm um papel fundamental nos novos rumos, e devem encarar qualquer observação como oportunidade para reflexão, não como crítica. Estamos no mesmo barco e todos têm responsabilidades pela cidade.

Não dá pra bater palmas para pessoas que furtam tampas de bueiros em plena avenida Djalma

Batista. Nas passagens de nível (viadutos) é possível ver que um bueiro aberto pode representar facilmente um acidente, prejuízos e mortes. Não é possível que o problema persista com tantos recursos para dar flagrante.

Também temos recursos para mapear, filmar e punir pessoas que fazem da pichação uma prática lamentável. Não dá pra ficar passando pano para esses vândalos, independente da idade. O Brasil alivia muito para menores infratores.

Também é visível a falta de policiamento nas praças, e isso afasta as famílias. Na praça da antiga prefeitura, com lindas seringueiras, e hoje calçada, vi apenas um homem no banco. Na Praça Heliodoro Balbi, quando meu carro parou ao lado da calçada, vi pessoas assustadas, com medo. Por lá vi uma viatura, mas as pessoas não estão confiantes.

Na Praça próxima ao Rio Negro, muita pichação e muito deserta. Somente com guardas as pessoas voltariam. Mas é funda-

Lisandro Mamud*

mental que as autoridades passeiem como cidadãos comuns, dirigindo os seus próprios carros, para ver o quanto é ruim percorrer as pistas estreitas da Estrada da Ponta Negra, principalmente após o aperto das três faixas pra fazer média para os ciclistas.

Também não sei por que Manaus, tão quente, não possui chafarizes espalhados pelas praças. O da Heliodoro Balbi faz tempo que não funciona. Talvez seja para criar dengue.

Em vários lugares citados os cidadãos sentem falta de estacionamento.

Quando as vagas não são para os taxistas, é proibido estacionar. Como fazer pra passear?

Por fim, vale olhar com mais firmeza para as obstruções de calçadas e as obras irregulares. Muitos comércios ocupam um lado todo da pista como estacionamento, sobrando para os motoristas discussões e conflitos. Calçadas praticamente deixam de existir. O pedestre que se dane. Lamentável!

*é auditor fiscal e professor. E-mail:augustosefaz@hotmail.com

ARTIGO

Luiz Castro* Com 352 anos de fundação, Manaus nasceu no seio da floresta equatorial e se tornou uma grande metrópole amazônica, com mais de 2 milhões de habitantes.

E o aniversário de Manaus nos instiga a descortinar, além de suas belezas naturais e arquitetônicas, as suas mazelas. No caso, a busca de soluções para os principais problemas, a fim de gerar um processo de desenvolvimento sustentável a partir da socio biodiversidade que se espraia nas terras manauaras. Neste breve artigo buscarei apresentar uma síntese destes desafios e perspectivas.

Entendo que é fundamental conhecer a realidade em que vivemos na nossa cidade, o que implica na estima pelo local onde residimos, bem como na compreensão de outros níveis de interação econômica, política, cultural e ambiental. Trata-se de adquirir uma visão de mundo que transcenda nossa cidade, mas não a substitua, não a desvalorize. Nesse sentido, Manaus é uma cidade emblemática e poderosa, por sua originalidade e diversidade. Manaus é capaz de atrair e irradiar processos de convivência social e de produção econômica de grande impacto na região amazônica, uma das mais estratégicas do planeta. Assim, Manaus é muito importante para os que nela habitam, mas também para os amazonenses, os brasileiros e os habitantes de outros países.

Essa importância de Manaus se associa à de Belém, outra metrópole regional que, no passado, concentrou poder econômico maior do que a nossa capital, mas que atualmente não detém mais a liderança.

Assim, me atrevo a afirmar que Manaus é neste momento a cidade de maior

Manaus 352 anos: Desafios influência na Amazônia Brasileira e até mesmo na Amazônia Internacional.

Isso lhe dá um patamar estratégico excepcional.

Apresentadas essas considerações, penso que é fundamental não “enfeitar” a realidade manauara, tentando esconder para “debaixo do tapete” suas mazelas, que precisam ser encaradas de frente, tanto pela sociedade quanto pelo poder público, a fim de que se trabalhe soluções de curto, médio e longo prazo. Para que Manaus se torne uma metrópole da sustentabilidade, é necessário conjugar esforços de atores, governamentais e não governamentais. Apresentarei a seguir algumas perspectivas.

Primeiramente é preciso diversificar a economia de Manaus e do Amazonas.

Esta dependência excessiva do que se convencionou chamar de “Zona Franca” é perigosa e as vulnerabilidades do modelo estão cada vez mais evidentes e já se fazem perceber pelos altos índices de desemprego, desagregação social, violência e outras mazelas. É essencial ampliar as matrizes da economia manauara, de modo conectado com as potencialidades locais e microrregionais, sem descuidar do Polo Industrial Incentivado. Muito se falou e até se escreveu sobre isso, mas o fato é que sucessivos governos e gestões municipais se preocuparam mais com seus respectivos espaços de poder do que com um verdadeiro projeto de desenvolvimento econômico e social para nossa capital. Para mudar esse quadro, destaco o impulsionamento dos empreendimentos tecnológicos, da bioeconomia e do turismo por serem atividades geradoras de ótimas oportunidades, principalmente para nossos jovens talentos. No

caso, trata-se de promover a cooperação entre governo do Estado, prefeituras, universidades, institutos de pesquisa, indústrias, o setor de serviços, os empreendedores e a própria sociedade civil...Uma política pública de desenvolvimento econômico, que também priorize a reciclagem de resíduos, o artesanato e o setor primário.

No campo social, Manaus é uma das capitais mais desiguais do Brasil, ao lado de São Paulo, em que a diferença de renda dos mais ricos é maior em relação aos mais pobres. É também uma das recordistas de criminalidade e de violência contra as mulheres, as crianças e os idosos.

Detém um enorme número de desempregados e de trabalhadores informais.

Possui muitas famílias arrimadas por uma mulher, como na zona Leste, em que quase 50% das famílias são sustentadas pelo exclusivo trabalho feminino. Ainda em Manaus, registra-se um grande deficit habitacional e a população conta com transporte coletivo deficiente e de baixa qualidade. No campo ambiental as bacias hidrográficas estão submetidas a alto nível de degradação, inclusive a do Tarumã, que sofre impacto cada vez maior da poluição causada por dejetos. São muitas as mazelas de nossa sofrida cidade, mas penso que isso não deve afetar nossa vontade de reagir e enfrentá-las.

Quero registrar que, apesar de tantas dificuldades, dentre elas a de melhorar e democratizar o sistema municipal de saneamento, Manaus possui um alto potencial de desenvolvimento sustentável. A Prefeitura Municipal tem demonstrado um esforço organizador de espaços públicos valiosos como o da Manaus Moderna e de-

monstra interesse em avançar no resgate do Centro Histórico. No entanto, há o desafio adicional de imprimir uma mudança mais abrangente na paisagem urbana da cidade, revertendo, por exemplo, na zona Leste e na zona Norte, o deficit de áreas verdes adequadas para a prática de esportes e o lazer das famílias. Também a Marina do Davi necessita uma reestruturação urgente, em benefício das comunidades ribeirinhas e do desenvolvimento turístico. Da mesma maneira, a região do Encontro das Águas. Já no campo ambiental, é fundamental ampliar as áreas de proteção e despoluir o Igarapé do Gigante, além de concluir o saneamento do Mindu. Trata-se, enfim, de resgatar a limpeza e a beleza de nossos igarapés, que poderiam novamente servir para o desfrute dos moradores dos bairros, a pesca e o transporte fluvial complementar.

Neste texto apresento apenas alguns dos aspectos a serem priorizados para Manaus se tornar uma cidade mais bonita e sustentável. Nesse contexto se registra a importância das políticas públicas de saúde, educação, assistência social, cidadania, meio ambiente, cultura, esportes, empreendedorismo, urbanização, saneamento e limpeza pública, com perspectivas de avanço na atual gestão. Ressalto que para uma verdadeira transformação é fundamental a participação e a colaboração da própria população.

Manaus, 352 anos.

Com significativo legado sociocultural, paisagens ecossistêmicas e patrimônio histórico de destaque, nossa capital precisa ser devidamente valorizada para estar à altura de sua enorme importância para o Brasil e o mundo.

Manaus: a metrópole da superação Em seus 352 anos de história (comemorado em 24 de outubro de 2021) Manaus é uma cidade que nunca deixou de se reafirmar, se reinventar e se superar. Capital do maior Estado em extensão territorial do Brasil (Amazonas), o município nasceu a partir da então ‘Fortaleza de São José do Rio Negro’, sendo elevado à categoria de cidade no ano de 1883, já com o nome Manaus. Muito próxima à confluência de dois dos principais rios amazônicos: o rio Negro e o rio Solimões (que formam o rio Amazonas) e dona de um bioma de grande biodiversidade, Manaus é o principal centro econômico, político e demográfico do Norte do Brasil.

Desde a chegada dos navegadores europeus portugueses à terra brasileira, a região amazônica sempre foi considerada estratégica, tanto para evitar que uma área tão grande fosse ocupada por outras Nações, quanto pelas riquezas existentes em seu solo e espaço. Estes fatores foram determinantes para que o país lusitano procurasse estabelecer limites e guarnecer o território amazônida nas áreas administrativa, política e militar.

E este entendimento permaneceu mesmo quando o Brasil já havia se tornado um país independente. Por exemplo, no governo de Getúlio Vargas (19301945), este defendeu a “Marcha para o Oeste” (em direção à Amazônia), sendo ele considerado, por alguns historiadores, como o primeiro presidente a enxergar a importância estratégica da localidade. No Regime Militar também, a partir de 1964, houve a defesa de uma unificação nacional, com a proteção da Floresta como fator importante para a não ‘internacionalização’ da Amazônia. Tanto que o lema “Integrar para não Entregar” surgiu neste período também.

Uma das grandes superações que Manaus e o Amazonas enfrentam até hoje é o preconceito/ desconhecimento de outras partes do Brasil, que não sabem (ou não procuram saber) o valor, a potencialidade e as belezas que a capital amazonense possui.

Na questão econômica, Manaus também passou por muitos “altos e baixos”. Com o surgimento da Revolução Industrial na Europa, o Amazonas foi um dos locais da região Norte que experimentaram um período de franca expansão, crescimento e prosperidade, época esta conhecida também como “Belle Époque” (de 1890 a 1920), resultante do Ciclo da Borracha, a partir do ano 1879. Em virtude disso, ela passou a ter benefícios como eletricidade, sistema de água encanada, esgotos, museus e cinemas, por exemplo, que foram construídos com base no padrão europeu, a ponto desta capital ficar conhecida como a “Paris dos Trópicos”, em virtude de todo o requinte de sua arquitetura. Um dos mais simbólicos monumentos desta época é o Teatro Amazonas.

Contudo, depois que as sementes da seringueira amazônica foram levadas para a Ásia e passaram a ser plantadas e produzidas na Malásia, esta região brasileira começou a encarar uma grave crise, uma vez que já não havia uma economia pujante para comportar o número de pessoas que haviam se deslocado para Manaus e nem políticas públicas suficientes para atender satisfatoriamente à população existente. Poste-

*é advogado, professor e consultor

riormente, em 1967, uma nova oportunidade se apresenta: a implantação da Zona Franca de Manaus, que é um modelo de desenvolvimento econômico que nasceu com o intuito de viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, preservando/conservando a Floresta, além de promover uma melhor integração produtiva e social dessa região com o restante do país.

Todavia, a abertura comercial do Brasil na década de 1990 (que foi necessária) também trouxe abalos ao Polo de Manaus; além das recorrentes ameaças que o parque fabril amazonense sofre por meio de iniciativas (especialmente de parlamentares e empresários de outros Estados) que visam retirar as condições de vantagem garantidas pela Constituição Federal Brasileira de 1988 a este projeto exitoso. É importante frisar que o Modelo Zona Franca beneficia o Brasil como um todo.

Mesmo diante destes e de outros entraves que a cidade de Manaus ainda precisou superar, podemos dizer que nada se compara à magnitude do período pandêmico gerado pela Covid19, a partir do ano de 2020. Na chamada “1ª onda” da doença, com o pico entre abril e maio do mesmo ano, o número de óbitos no município aumentou significativamente e as imagens chocantes que percorreram o país e o mundo mostraram os registros de covas coletivas abertas nos cemitérios para receber uma grande quantidade de mortos; os contêineres armazenando corpos de vítimas na parte externa de estabelecimentos de saúde; os hospitais lotados, dentre outros cenários aterrorizantes.

Depois, entre o fim de 2020 e o início de 2021 Manaus enfrentou um novo pico (ou 2ª onda) que resultou em muitos doentes e outros tantos mortos por causa do novo Coronavírus e suas variantes. Foram momentos de horror, em que muitas famílias perderam seus entes queridos. Porém, tenho certeza de que nossa Metrópole vai dar a volta por cima, mais uma vez, superando esta fase tenebrosa e “renascendo” ainda mais forte, sem, contudo, jamais esquecer as vidas que foram perdidas e as lições que tiramos de tantos acontecimentos adversos. É fato que ainda são muitos os obstáculos a serem superados pela Metrópole da Amazônia, seja nas áreas econômica, social e de infraestrutura. Mas o nosso povo tem uma riqueza incomensurável, não só no que tange aos recursos naturais, mas especificamente ao bem mais precioso que possuímos: o nosso povo -caloroso, gentil, fraterno, hospitaleiro e batalhador. Manaus precisa dar um salto de qualidade que esteja à altura de todo o potencial que possui, buscando novas matrizes econômicas (além da Zona Franca de Manaus), com a valorização plena dos seus cidadãos, serviços de qualidade oferecidos a todos e uma batalha de grande significância que precisa ser vencida o mais urgente possível no que tange à Logística: a ligação do Estado do Amazonas ao resto do país por via terrestre.

Manaus é uma cidade grande, em todos os sentidos; mas que ainda tem muito a alcançar para estar no patamar de destaque que merece!

Parabéns, minha amada Manaus! Viva os seus 352 anos e tudo o que ainda está por vir, com DEUS à frente e na direção!

*é administrador formado pela Universidade Federal do Amazonas SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

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1904

Se Liga na História: O primeiro automóvel chegou a Manaus em 1904.

Era um Darracq de dois cilindros propriedade do empresário francês Louis Bourgeois, que possuía uma oficina, a ‘Manáos Garage’, na rua Joaquim Sarmento n° 08.

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Com literatura e Zezinho Pela manhã o sebo ‘O Alienista’ agita a Feira da Eduardo Ribeiro, e já estará no ar o videoclipe de Luso Neto com Zezinho Corrêa

EVALDO FERREIRA @EVALDO.AM

O

livreiro e agitador cultural Celestino Neto vai comemorar em grande estilo o aniversário de Manaus. No domingo (24), data maior da capital amazonense, Celestino irá promover uma manhã agitada em seu sebo ‘O Alienista’, localizado na Feira de Artesanatos da Eduardo Ribeiro com uma manhã de autógrafos, recital de poesias e música, além da apresentação oficial da Kombi do ‘Alienista’. No veículo, o livreiro pretende ir aonde houver eventos literários, carregando milhares de títulos para venda e muitos para distribuição gratuita.

“A Feira se tornou um ponto de encontro para quem quer tomar um delicioso café da manhã regional logo nas primeiras horas do dia, já que ela começa às 6h30, adquirir artesanatos e itens de vestuário e decoração, e ficar em dia com a literatura através dos livros vendidos nos sebos lá presentes”, destacou. Às 10h acontece o lançamento do dia, o livro ‘Nos caminhos da alegria – rotei-

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ro histórico e sentimental da boemia de Manaus’, do professor e historiador Aguinaldo Figueiredo.

Para descobrir como foi, e tem sido, a boemia em Manaus, há uns quatro anos Aguinaldo Figueiredo vem pesquisando o assunto.

“Resolvi escrever esse livro porque eu próprio sou um boêmio, desde a adolescência, quando comecei a frequentar bares e bordéis, como o Big Bar e o Bar do Orlando, na Boca do Emboca, em Santa Luzia, bairro onde nasci e me criei. Depois o Jupati, na Colônia Oliveira Machado. Também conheci o Verônica, um dos bordéis mais icônicos de Manaus, que ficava localizado nos Bilhares, onde hoje está o Millennium; e o Saramandaia, na Torquato Tapajós, onde agora está a Tumpex”, explicou.

Apresentação da Kombi Em seguida ao lançamento de ‘Nos caminhos da alegria’, acontecerá o recital com a participação de vários autores e poetas que vêm realizando o lançamento de seus livros desde a reabertura da Feira, após a redução da pandemia, em julho

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Foto: Evaldo Ferreira

Professor e historiador Aguinaldo Figueiredo lança o livro no sebo ‘O Alienista’, no domingo

passado, no evento ‘Autógrafos do Alienista’.

“O ‘Autógrafos do Alienista’ é uma forma de popularizar o lançamento de livros, aqui na Feira, na calçada próximo à banca do ‘O Alienista’. Muitas pessoas têm vergonha de ir a lançamentos de livros por achar que é um ambiente para intelectuais. Com as manhãs de autógrafos que realizamos aqui, ao menos uma vez por mês, mostramos que qualquer um pode chegar, manusear o livro, conversar com o autor e adquirir seu trabalho”, falou.

Em seguida ao recital, será a vez do violonista Djedah, de apenas 15 anos, mostrar habilidade com o instrumento acompanhando a cantora Sam Rio. Já a Kombi será apresentada pela primeira vez ao público leitor começando a desempenhar o seu mister de levar a literatura onde o leitor estiver.

O veículo foi comprado por Celestino no ano passado, literalmente em final de carreira. Depois de passar por uma completa restauração desde o início deste ano, finalmente ficou pronta.

“A Kombi acabou transformada numa obra de arte, pois foi totalmente pintada pelo artista plástico Marius Bell. Na pintura, Marius destacou os produtos que vendemos no ‘O Alienista’, vinis, CDs e, lógico, livros. Uma Kombi nova tinha a capacidade de transportar uma tonelada de peso. Essa aqui, não sei, mas levará uns mil a dois mil livros em cada viagem.

Ela será mais do que um sebo ambulante, será também uma biblioteca. Pretendo chegar a todos os municípios da Região Metropolitana de Manaus, com ela. Aguardem”, concluiu.

Penúltimo show Também no domingo o cantor Luso Neto lança o CD e DVD ‘Luso 20 anos’, disponibilizando um videoclipe no seu canal no YouTube. No videoclipe, Luso canta ‘Fica comigo’, com a participação especial de Zezinho Corrêa, no estilo rock, apresentação que aconteceu no Teatro Manauara, em dezembro do ano passado.

“Com certeza, nesses meus 20 anos de estrada, cantar ao lado de uma das maiores referências musicais e pessoais dessa minha história, foi um dos

meus maiores feitos”, revelou.

Na ocasião, Zezinho declarou, “para mim foi muito importante estar no palco com Luso Neto e interpretar a música que eu cantei muitas e muitas vezes pelo mundo, ‘Fica comigo’, a canção que gravei com o Carrapicho de uma outra forma, um outro gênero”.

‘Fica comigo’ tornou-se um dos maiores hits da banda Carrapicho, com diversas regravações por vários artistas da região, sendo apresentada pela primeira vez, por Luso Neto, em uma versão rock’n roll. A canção, principalmente para os amazonenses, é como se fosse um hino à bandeira. Todo mundo sabe cantar do início ao fim, ou ao menos uma parte.

“Zezinho, durante sua carreira, apresentou-se com vários ritmos, mas eu nunca o tinha visto cantar em uma pegada rock’n’roll, e ele cantou como um verdadeiro rock star”, lembrou.

O show de Zezinho com Luso foi a penúltima apresentação do cantor, que morreu em fevereiro, de Covid. O lançamento do single e do videoclipe ocorrerá a partir da meia-noite do dia 23 para 24, quando entrarão no ar.

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Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021 Edição nº 43.403

Publicações Legais

ESTADO DO AMAZONAS PREFEITURA MUNICIPAL DE MAUÉS GABINETE DO PREFEITO DESPACHO DE HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO O PREFEITO MUNICIPAL DE MAUÉS em Exercício, no uso de suas atribuições legais, e CONSIDERANDO, os documentos acostados no Processo Administrativo nº 6741/2021-PMM, referente à Licitação Tomada de Preços n° 004/2021 - CPL, o qual teve por finalidade CONTRATAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA PARA CONSTRUÇÃO DE ADEQUAÇÃO DE VICINAIS NO MUNICÍPIO DE MAUÉS/AM, ORIUNDO DO CONVÊNIO FEDERAL Nº 893470/2019MDR. CONSIDERANDO, que o referido procedimento licitatório transcorreu de forma regular, em obediência a legislação vigente, não sendo verificado nenhum vício que pudesse macular a regularidade do certame, tendo sido cumpridos todos os prazos regulamentares estabelecidos no referido processo; CONSIDERANDO a inexistência de recursos administrativos pendentes ao referido procedimento licitatório; CONSIDERANDO, ainda, que os documentos que se encontram acostados aos autos demonstram que foram respeitados todos os ritos legais exigidos pela Lei Federal nº. 8.666/9 e demais legislação correlatas; CONSIDERANDO, por fim, o Parecer Conclusivo emitido pela Assessoria Jurídica Interna desta Prefeitura; RESOLVE I - HOMOLOGAR a deliberação da douta Comissão Permanente de Licitação constante em seu Relatório que considerou vencedora do objeto desta Licitação a empresa A L GESTÃO EMPRESARIAL LTDA, inscrita no CNPJ Sob o nº. 07.347.715/0001-64, estabelecida na Avenida Codajás, nº 51A, Bairro Petrópolis, CEP nº 69.063-390, Cidade Manaus, Estado Amazonas.

II - ADJUDICAR o objeto da licitação em pauta a empresa declarada vencedora no valor global de R$ 1.884.992,55 (um milhão, oitocentos e oitenta e quatro mil e novecentos e noventa e dois reais e cinquenta e cinco centavos).

III- PUBLIQUE-SE o presente despacho na forma da Lei, para fins de eficácia.

Maués/AM, 15 de outubro de 2021.

SÉRGIO MAZZINI LEITE FILHO Prefeito Municipal de Maués em Exercício

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ESTADO DO AMAZONAS MUNICÍPIO DE MAUÉS PODER EXECUTIVO EXTRATO DO TERMO CONTRATO N° 085/2021 Modalidade: Tomada de Preço nº 004/2021-CPL Vigência do Contrato: 12 (doze) meses; Execução do Serviço: 180 (cento e oitenta) dias; Partes: Prefeitura Municipal de Maués – CNPJ nº 04.282.868/0001-27 e a A. L. Gestão Empresarial LTDA – CNPJ nº 07.347.715/0001-64.

Objeto: Contratação de Pessoa Jurídica para Construção de Adequação de Vicinais no Município de Maués/AM, oriundo do Convênio Federal nº 893470/2019 – MDR. Valor Global: R$ 1.884.992,55 (um milhão, oitocentos e oitenta e quatro mil e novecentos e noventa e dois reais e cinquenta e cinco centavos) Dotação Orçamentária: Órgão: 02 – Poder Executivo; Unidade: 06 – Secretaria Municipal de Obras, Transporte e Limpeza Pública – SEMOSP; Funcional: 15.452.0091.1.039 – Construção, Adequação e Recuperação de Estradas e Vicinais; Elemento de Despesa: 4.4.90.51 – Obras e Instalações; Fonte de Recurso: 0100 – RO (R$ 10.000,00); Fonte de Recurso: 0106 – Transferência da União (R$ 1.874.992,55).

Maués/AM, 15 de outubro de 2021.

SÉRGIO MAZZINI LEITE FILHO Prefeito Municipal de Maués em Exercício/AM

COMUNICADO

SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE – SEST SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE – SENAT UNIDADE DN Nº 135 ATO AVISO DE HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO ATO CONCORRÊNCIA Nº 004/2021 O Serviço Social do Transporte – SEST e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT tornam público a homologação e adjudicação da concorrência nº 004/202 1, cujo objeto é a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de roçagem e jardinagem, visando atender sob demanda as necessidades do SEST SENAT Unidade DN 135, conforme Edital e seus Anexos, em favor da RDS ENGENHARIA DE OBRAS E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS (CNPJ: 07.903.764/0001-36) no valor de R$ 27.600,00 (vinte e sete mil e seiscentos reais).

Rosana Rocha Rebouças Presidente da Comissão Permanente de Licitação Sindicato dos delegados de polícia civil do estado do amazonas SINDEPO/AM - Edital de convocação assembléia geral extraordinária - O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas – SINDEPO/AM, por seu representante subscritor Dr. Jeff David Mac Donald da Silveira Carneiro, inscrito no CPF sob o nº 698.598.922-53, nos termos da Portaria: 17.593/2020, CONVOCA todos os Delegados de Polícia do Estado do Amazonas, para participarem da Assembleia Geral Extraordinária de ratificação, a ser realizada na Avenida Mario Ypiranga, 315, sala 402, Ed. The Office Manaus, CEP:69057-000, no dia 16 de novembro de 2021, às 12:00hs em primeira convocação às 12:30hs em segunda e última convocação com qualquer número de participantes, para discussão e deliberação da seguinte ordem do dia: 1) Ratificação da fundação do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas – SINDEPO/AM; 2) Ratificação das alterações do Estatuto Social; 3) Ratificação da Eleição, Apuração e Posse da Diretoria e Conselho Fiscal; 4) Aprovação da Alteração da Denominação do SINDEPO-AM; 5) Outros assuntos. Manaus, 22 de outubro de 2021 - Jeff David Mac Donald da Silveira Carneiro - Presidente.

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COMUNICADO

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AVISO DE EDITAL

AVISO DE LICITAÇÃO

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA Nº 002/2021-SEMSA/MANAUS

PREGÃO PRESENCIAL Nº 003/2021-CML/PM (Processo nº 2021/17428/17528/00030- SEMINF) REGISTRO DE PREÇOS

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), torna pública a divulgação no dia 22 de outubro de 2021, no Diário Oficial do Município, disponibilizado no site: http://dom.manaus.am.gov. br e http://www.semsa.manaus.am.gov.br, do Edital de Processo Seletivo Simplificado n° 002/2021-SEMSA/MANAUS para Contratação Temporária de 250 (duzentos e cinquenta) vacinadores/registradores para atuarem na Campanha de Vacinação Antirrábica Animal 2021, de acordo com as normas contidas no supracitado Edital.

Objeto: Registro de Preços para eventual prestação de serviços contínuos de usinagem de concreto betuminoso à quente (CBUQ), incluindo o fornecimento de materiais.

Data e Horário: 11/11/2021 às, 9h (horário local).

O Edital estará disponível aos interessados a partir do dia 26/10/2021 no site sistemas.manaus.am.gov.br ou na COMISSÃO MUNICIPAL DE LICITAÇÃO, na Avenida Constantino Nery nº 4080 – Chapada, no horário das 8h às 14h, de segunda-feira a sexta-feira, telefone (92) 3215-6375 / 6376.

Manaus, 22 de outubro de 2021.

SHÁDIA HUSSAMI HAUACHE FRAXE Secretária Municipal de Saúde

Manaus, 22 de outubro de 2021.

MARIA HOZANIRA MACHADO DE SOUZA GALVÃO Presidente da Subcomissão de Infraestrutura da Comissão Municipal de Licitação - CML Dias 20 e 25/10/2021

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Publicações Legais

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Edição nº 43.403

ERRATA DE PUBLICAÇÃO AVISO DE LICITAÇÃO TOMADA DE PREÇOS nº 007/2021 AVISO DE LICITAÇÃO A Comissão de Licitação da Defensoria Pública do Estado do Amazonas – DPE/ AM torna público, para conhecimento dos interessados, o seguinte procedimento licitatório: PREGÃO ELETRÔNICO N.º 37/2021-CL/DPE/AM OBJETO: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de engenharia para construção do edifício-sede do Polo de Atendimento de Coari.

Data e horário de início de recebimento das propostas: a partir do dia 26/10/2021 às 09:00 horas (horário de Brasília).

Data e horário da abertura da sessão do Pregão Eletrônico: 11/11/2021 às 10:00 horas (horário de Brasília).

O Edital estará à disposição dos interessados no endereço eletrônico: https://www.gov.br/compras/pt-br, a partir do dia 26/10/2021.

No Jornal do Commercio, Edição nº 43.400, publicada no dia 20/10/2021, no caderno de Publicações Legais, página B3.

ONDE SE LÊ: “(...) torna público a abertura do Tomada de Preços nº 007/2021, no dia 08 de novembro de 2021 às 09h00min (...)”

“O Edital e seus Anexos encontram-se disponíveis na sala da Comissão Permanente de Licitação, a partir do dia 21/10/2021 a 05/11/2021 (...)”

LEIA-SE: “(...) torna público a abertura da Tomada de Preços nº 007/2021, no dia 12 de novembro de 2021 às 09h00min (...)”

“O Edital e seus Anexos encontram-se disponíveis na sala da Comissão Permanente de Licitação, a partir do dia 26/10/2021 a 11/11/2021 (...)”

SANTA ISABEL DO RIO NEGRO/AM, 25 de outubro de 2021.

CAMILA CORDEIRO BATISTA Presidente da Comissão Permanente de Licitação

O Pregão Eletrônico será realizado em sessão pública online pela INTERNET, através do portal de Compras Governamentais – Comprasnet-SIASG, com endereço eletrônico “https://www.gov.br/compras/pt-br”.

Estado do Amazonas Prefeitura Municipal de Silves

Manaus, 25 de outubro de 2021.

AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO N. 029/2021

Cynthia Dantas de Brito Rebelo Presidente da Comissão de Licitação da Defensoria Pública do Estado do Amazonas

EXTRATO TERMO DE CONTRATO Nº. 016/2021 TOMADA DE PREÇOS N°. 002/2021 ESPÉCIE: TERMO DE CONTRATO Nº. 016/2021.

MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº. 002/2021-CPL PARTES: PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO ARIPUANÃ e SCM SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES - EPP (CNPJ Nº. 10.741.182/0001-05).

OBJETO: Contratação de Pessoa Jurídica para realização de Serviços de Implantação de Iluminação no Estádio Municipal, empreitada por preço global, tipo menor preço, no município de Novo Aripuanã/AM, (Convênio nº. 898394/2020-Ministério da Defesa / Departamento do Programa Calha Norte-DPCN), conforme Projeto Básico, Planilhas Orçamentárias, Especificações e Cronogramas.

VALOR GLOBAL: R$ 493.392,83 (Quatrocentos e noventa e três mil, trezentos e noventa e dois reais e oitenta e três centavos).

PRAZO DE EXECUÇÃO: 90 (noventa) dias, a contar da assinatura da Ordem de Serviços.

PRAZO DE VIGÊNCIA: 180 (Cento e oitenta) dias a contar da assinatura do Termo de Contrato.

DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA: As despesas decorrentes do presente termo de contrato correrão à conta da seguinte dotação orçamentária abaixo: Unidade Executora: 02.12.01 - Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Desporto Projeto Atividade: 13.812.0175.2041 - Construção, Ampliação e/ou Reforma do Estádio Municipal.

Elemento de Despesa: 44.90.51 – Obras e Instalações Fonte: 010 - Recursos Próprios - R$ 15.000,00 Fonte: 026 - Convênio Ministério da Defesa/Calha Norte - R$ 478.392,83 Novo Aripuanã/AM, 24 de setembro de 2021.

JOCIONE DOS SANTOS SOUZA Prefeito Municipal PUBLICAÇÃO O presente Termo foi publicado no Quadro de Avisos Gerais da Prefeitura de Novo Aripuanã, para fins de eficácia e amplo conhecimento público, nos termos da Lei Orgânica Municipal.

Em 24 de setembro de 2021.

JULIANA VAZ DE CARVALHO Assessora de Gestão

PREFEITURA DE SÃO SEBASTIÃO DO UATUMÃ AVISO DE NOVA DATA DE ABERTURA A Prefeitura do Município de São Sebastião do Uatumã, através da Comissão Permanente de Licitação, torna público para conhecimentos dos interessados a nova data de abertura referente a licitação: 01) PREGÃO PRESENCIAL Nº. 041/2021 - OBJETO : Formação de registro de preços visando eventual e futuro fornecimento de Gêneros Alimentícios, para atender aos Órgãos da Administração Municipal. DATA E HORÁRIO: 09 de novembro de 2021, às 08:30hs O edital e seus anexos estão à disposição dos interessados, nesta Comissão, que funciona no prédio da Prefeitura Municipal de São Sebastião do Uatumã localizada na sede à Rua Justino de Melo, 175 -Centro - CEP: 69.135-000, nos dias úteis, das 08:00 às 12:00 horas.

São Sebastião do Uatumã/Am, 22 de ooutubro de 2021.

IRIO LUIS MONTEIRO BARRETO Presidente da CPL

AVISO DE LICITAÇÃO A COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÃO-CGL da Prefeitura Municipal de Autazes/AM torna público aos interessados que realizará os seguintes procedimentos licitatórios: PREGÃO PRESENCIAL Nº 60/2021-CGL OBJETO: Registro de Preço para Eventual Aquisição de Medicamentos para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde.

ABERTURA: 09/11/2021 às 09h.

PREGÃO PRESENCIAL Nº 61/2021-CGL OBJETO: Registro de Preço para Eventual Aquisição de Químicos Cirúrgicos para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde.

ABERTURA: 09/11/2021 às 14h.

PREGÃO PRESENCIAL Nº 62/2021-CGL OBJETO: Registro de Preço para Eventual Aquisição de Material Permanente Hospitalar para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde.

ABERTURA: 10/11/2021 às 09h.

PREGÃO PRESENCIAL Nº 63/2021-CGL OBJETO: Registro de Preço para Eventual Aquisição de Material Permanente (Jogos de Mesas Plásticas, Balanças Digitais, Mesas de Escritório e outros) para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Produção Rural e Abastecimento.

ABERTURA: 10/11/2021 às 11h.

Os Editais encontram-se a disposição dos interessados na CGL, a partir do dia 25.10.2021 mediante depósito bancário identificado no Banco Bradesco S/A, Agência n. 0437-5, C/C n.

1.024-3 – Prefeitura Municipal de Autazes, no valor de R$ 40,00 (quarenta reais) referente à custa de reprografia do instrumento convocatório. Devendo o interessado retirar o edital na Comissão Geral de Licitação - CGL, no horário das 08:00 às 12:00h. com a apresentação do comprovante do depósito.

Autazes/AM, 22 de outubro de 2021.

ARIANNY VANESSA SOUZA DA ENCARNAÇÃO Presidente da Comissão Geral de Licitação do Município de Autazes www.jcam.com.br

O Município de Silves, por intermédio da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura Municipal, torna público que fará realizar sessão do PREGÃO ELETRÔNICO. 029/2021. Objeto: aquisição de veículos administrativos - triciclos. Tipo: Menor preço por item. Data da abertura: 12 de novembro de 2021. Hora: 10:00h (Horário de Brasília). Local da abertura: Portal de Compras do Governo Federal – www.comprasgovernamentais. gov.br.

Informações: Os Editais destas licitações poderão ser consultados no Portal da Transparência da Prefeitura de Silves (https:// transparenciamunicipalaam.org.br/p/silves). Outras informações pelo fone (92) 99966-4942 ou e-mail: licitacao@silves.am.gov.br.

Silves, 22 de outubro de 2021.

Wendell da Gama Feitosa Presidente da Comissão Permanente de Licitação

ESTADO DO AMAZONAS PREFEITURA MUNICIPAL DE MANACAPURU COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO – CPL AVISO DE LICITAÇÃO TOMADA DE PREÇOS 023/2021-CPL A Comissão Permanente de Licitação/CPL da Prefeitura Municipal de Manacapuru-AM, torna público aos interessados que realizará o seguinte procedimento licitatório: Tomada de Preços Nº 023/2021-CPL. OBJETO: Contratação de empresa especializada em obras e serviços de engenharia, para construção de Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com 01 (uma) sala de aula (Projeto FNDE), localizada na Comunidade Cajuzeiro, Rio Manacapuru, Zona Rural do município de Manacapuru/AM, para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Educação – SEMED, conforme Termo de Compromisso de Emenda N° 202103693-1”.

ABERTURA: 18/11/2021, às 09:00hrs.

LOCAL: Auditório da Comissão Permanente de Licitação CPL, situado na travessa Maria Walcacer Nogueira, 567, Terra Preta - Manacapuru-AM. O Edital encontra-se à disposição dos interessados, na CPL-PMM, a partir do dia 03/11/2021, situada na travessa Maria Walcacer Nogueira, 567, Terra Preta. ManacapuruAM, mediante o pagamento do DAM, no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), no Setor de Tributação da Prefeitura Municipal de Manacapuru-AM, no horário das 9h às 12h.

Manacapuru-AM, 22 de outubro de 2021.

MAYCITA NAYANA DE MENEZES PINHEIRO PRESIDENTE DA CPL

ESTADO DO AMAZONAS MUNICÍPIO DE ITACOATIARA – PODER EXECUTIVO COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA-CGLMI AVISO DE ALTERAÇÃO DE DATA DE LICITAÇÃO A COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA/CGLMI, torna público aos interessados que o PREGÃO PRESENCIAL Nº 062/2021-CGL cujo objeto é “Registro de Preço para eventual aquisição de maquinário, visando atender as necessidades da Secretaria Municipal de Infraestrutura”, que ocorreria no dia 08/11/2021 às 09h00 terá sua data alterada para o dia 16/11/2021 as 09h00.

Itacoatiara - AM, em 22 de outubro de 2021.

AFONSO ARAÚJO COSTA NETO Presidente da CGLMI

AVISO DE LICITAÇÃO A COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÃO-CGL da Prefeitura Municipal de Autazes/AM torna público aos interessados que realizará os seguintes procedimentos licitatórios: PREGÃO PRESENCIAL Nº 64/2021-CGL OBJETO: Registro de Preço para Eventual Aquisição de Caminhão Frigorifico e Pistola de Insensibilização para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Produção Rural e Abastecimento e demais segmentos como Matadouro Municipal.

ABERTURA: 11/11/2021 às 09h.

PREGÃO PRESENCIAL Nº 65/2021-CGL OBJETO: Registro de Preço para Eventual Aquisição de Conjunto de Combate a Incêndio para Pick Up e Tanque Flexível para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

ABERTURA: 11/11/2021 às 11h.

Os Editais encontram-se a disposição dos interessados na CGL, a partir do dia 25.10.2021 mediante depósito bancário identificado no Banco Bradesco S/A, Agência n. 0437-5, C/C n. 1.024-3 – Prefeitura Municipal de Autazes, no valor de R$ 40,00 (quarenta reais) referente à custa de reprografia do instrumento convocatório. Devendo o interessado retirar o edital na Comissão Geral de Licitação - CGL, no horário das 08:00 às 12:00h. com a apresentação do comprovante do depósito.

Autazes/AM, 22 de outubro de 2021.

ARIANNY VANESSA SOUZA DA ENCARNAÇÃO Presidente da Comissão Geral de Licitação do Município de Autazes

DESPACHO DE ADJUDICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO O PREFEITO MUNICIPAL DE NOVO ARIPUANÃ, no uso de suas atribuições legais e, CONSIDERANDO o que consta no Processo Administrativo, oriundo da Comissão Permanente de Licitação, referente à licitação modalidade TOMADA DE PREÇOS Nº. 002/2021 - CPL para Contratação de Pessoa Jurídica para realização de Serviços de Implantação de Iluminação no Estádio Municipal, empreitada por preço global, tipo menor preço, no município de Novo Aripuanã/AM, (Convênio nº. 898394/2020-Ministério da Defesa / Departamento do Programa Calha Norte-DPCN), conforme Projeto Básico, Planilhas Orçamentárias, Especificações e Cronogramas; CONSIDERANDO que o referido procedimento licitatório transcorreu de forma regular, em obediência à legislação vigente, onde foram cumpridos todos os prazos regulamentares estabelecidos no referido processo; CONSIDERANDO a inexistência de recursos administrativos pendentes ao referido procedimento licitatório.

RESOLVE: I - ADJUDICAR a decisão adotada pela Comissão Permanente de Licitação constante do processo mencionado onde foi considerada a empresa SCM SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES - EPP (CNPJ Nº. 10.741.182/0001-05), como vencedora do referido certame, através de TOMADA DE PREÇOS Nº. 002/2021 – CPL. II - HOMOLOGAR à empresa SCM SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES - EPP (CNPJ Nº. 10.741.182/0001-05), a execução dos serviços de Obras de Engenharia, compreendendo a CONTRATAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA PARA REALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE IMPLANTAÇÃO DE ILUMINAÇÃO NO ESTÁDIO MUNICIPAL, EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL, TIPO MENOR PREÇO, NO MUNICÍPIO DE NOVO ARIPUANÃ/AM, (CONVÊNIO Nº. 898394/2020-MINISTÉRIO DA DEFESA / DEPARTAMENTO DO PROGRAMA CALHA NORTE-DPCN), objeto constante da Tomada de Preços de nº. 002/2021 – CPL, no valor global de R$ 493.392,83 (Quatrocentos e noventa e três mil, trezentos e noventa e dois reais e oitenta e três centavos).

III - Publique-se o presente despacho na forma da Lei, para fins de eficácia.

Gabinete do Prefeito Municipal de Novo Aripuanã (AM), em 24 de setembro de 2021.

JOCIONE DOS SANTOS SOUZA Prefeito Municipal PUBLICAÇÃO O presente despacho foi publicado no Quadro de Avisos Gerais da Prefeitura de Novo Aripuanã, para fins de eficácia e amplo conhecimento público, nos termos da Lei Orgânica Municipal.

Em 24 de setembro de 2021.

JULIANA VAZ DE CARVALHO Assessora de Gestão

ESTADO DO AMAZONAS PREFEITURA MUNICIPAL DE MANACAPURU COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO – CPL AVISO DE LICITAÇÃO A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO-CPL da Prefeitura Municipal de Manacapuru/AM torna público aos interessados que realizará o seguinte procedimento licitatório: CONCORRÊNCIA Nº. 005/2021-CPL OBJETO: Contratação de empresa de obras e serviços de engenharia, para construção de pavimento rígido, com meio-fio e sarjeta, nas vicinais que dão acesso as comunidades: Ramal do Japonês, Ramal Vai Quem Quer, Ramal do Santana, Ramal do Cemitério e Comunidade do Vila Verde, na Zona Rural do município de Manacapuru/AM, oriundo ao Termo de Convênio n° 906911/2020 – Ministério do Desenvolvimento Regional.

ABERTURA: 30/11/2021 às 09:00hs.

LOCAL: Sala da Comissão Permanente de Licitação, situada à Travessa Maria Valcacer Nogueira, nº.567, Terra Preta – Manacapuru/AM. O Edital encontra-se a disposição dos interessados na CPL, a partir do dia 28/10/2021, situada a Travessa Maria Valcacer Nogueira, nº. 567, Terra Preta – Manacapuru/AM, mediante o pagamento de DAM no valor de R$ 150,00 (Cento Cinquenta Reais), no Setor de Tributação da Prefeitura Municipal de Manacapuru, no horário das 9h às 12h.

Manacapuru-AM, 22 de outubro de 2021.

Maycita Nayana de Menezes Pinheiro Presidente da Comissão Permanente de Licitação

ESTADO DO AMAZONAS MUNICÍPIO DE ITACOATIARA – PODER EXECUTIVO COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA-CGLMI AVISO DE LICITAÇÃO A COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA/ CGLMI, torna público aos interessados que realizará o seguinte procedimento licitatório: CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 002/2021-CGL OBJETO: Contratação de empresa especializada em engenharia, para Recuperação e Pavimentação de Ramais nos Projetos de Assentamento PA Engenho, PDS Novo Remanso e PDS Amatari no Município de Itacoatiara/AM. ABERTURA: 29/11/2021 às 09h00m (horário local).

O Edital está disponível na Comissão Geral de Licitação, localizado na Rua Cassiano Secundo, nº 295, Centro, Itacoatiara/AM, podendo ser retirado mediante o pagamento do DAM, no Setor de Tributação da Prefeitura Municipal de Itacoatiara, referente às custas das cópias reprográficas do conteúdo da Licitação ou gratuitamente se solicitado em mídia, neste caso necessário apresentação de PEN DRIVE. Itacoatiara - AM, em 22 de outubro de 2021.

AFONSO ARAÚJO COSTA NETO Presidente da CGLMI

MUNICÍPIO DE ITACOATIARA Poder Executivo Municipal - Prefeitura de Itacoatiara GABINETE DO PREFEITO - GP AVISO DE REABERTURA DA SESSÃO A Comissão Geral de Licitação do Município de Itacoatiara torna público que REABRIRÁ A SESSÃO da CONCONRRÊNCIA PÚBLICA 001/2021, cujo o objeto é a “Contratação de empresa especializada em engenharia para construção de pavimentação no município de Itacoatiara/AM” no dia 26/10/2021 às 09h00m.

Itacoatiara/AM, 22 de outubro de 2021.

AFONSO ARAÚJO COSTA NETO Presidente da Comissão Geral de Licitação do Município de Itacoatiara

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO EXTRATO DO PRIMEIRO ADITIVO DO TERMO DE CONTRATO Nº. 01/2021 ESPECIE: PRIMEIRO TERMO ADITIVO DO TERMO DE CONTRATO Nº.

01/2021.

DATA DA ASSINATURA: 26/04/2021.

PARTES: Prefeitura Municipal de Beruri e a Empresa J.B Comercio E Serviço Ltda.

OBJETO: Empresa Especializada em Obras Construção do Estádio de Futebol no Município de Beruri 2 etapas (IMPLANTAÇÃO DE CERCA E ARQUIBANCADA), termo este que se regerá pelas normas da Lei nº.

8.666/93 VALOR GLOBAL: R$ 495.776,28(Quatrocentos e noventa e cinco mil, setecentos e setenta s seis reais e vinte e oito centavos).

VIGÊNCIA: 90(noventa) dias DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA: Dotação Orçamentária: 020901.27.812.0173.1017 – 4.4.90.51, Fonte de Recurso 026-Calha Norte do Orçamento Municipal, vigente para o corrente exercício de 2021 Beruri, em 23 de julho de 2021.

Maria Lucir Santos de Oliveira Prefeitura Municipal de Beruri

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Edição nº 43.403

Publicações Legais

S3

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Estado do Amazonas - Comarca de Manaus

do Registro Civil das Pessoas Naturais 2º Cartório

Rua Comendador Alexandre Amorim, n.º 528, Aparecida Fone: (92) 3232-8818 / 3233-3806 Bel. Maria da Graça de Miranda Sales - Oficial Efertiva

EDITAL DE PROCLAMAS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Estado do Amazonas - Comarca de Manaus

2º

Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais

Rua Comendador Alexandre Amorim, n.º 528, Aparecida Fone: (92) 3232-8818 / 3233-3806 Bel. Maria da Graça de Miranda Sales - Oficial Efertiva

EDITAL DE PROCLAMAS

Faço saber que pretendem casar-se e apresentaram os documentos exigidos pelo Artigo 1.525 e incisos, do Código Civil Brasileiro, as pessoas de: 01. RAIMUNDO ALVARO LEITE CAVALCANTE e ROSSILENE LESSA NASCIMENTO, sendo o pretendente, solteiro, policial militar, nascido em 11-03-1971, natural de Manicoré, Estado do Amazonas residente em Rua Kyushu, Parque 10 de Novembro, Manaus, filho de Oscar Marques Cavalcante e de Terezinha Leite Cavalcante, e a pretendente, solteira, servidora pública municipal, nascida em 17-03-1971, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Kyushu, Parque 10 de Novembro, Manaus, filha de Romão Miguel do Nascimento e de Rutelene Lessa Nascimento; (Conversão de União Estável em Casamento) 02. FRANCIMAR DE ARAÚJO MAMED e ELINE DE CASTRO SOUZA, sendo o pretendente, divorciado, engenheiro, nascido em 27-01-1957, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Simão Bolívar, Centro, Manaus, filho de Omar Mamed e de Francisca Araújo Mamed, e a pretendente, solteira, assessora parlamentar, nascida em 10-11-1983, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Simão Bolívar, Centro, Manaus, filha de Erivan Carlos de Souza e de Maria do Carmo de Castro Souza; (Conversão de União Estável em Casamento) MANAUS-AM, 22 de outubro de 2021.

Maria da Graça de Miranda Sales.

Oficial.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Estado do Amazonas - Comarca de Manaus

9º

Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais

Av. Noel Nutels, 41, Cidade Nova I, Manaus/AM - CEP: 69.095-000 - Fone: (92) 3645-7793 Oficial titular: Nathalie Rocha Pinheiro Lemos Sobral

EDITAL DE PROCLAMAS

Faço saber que pretendem se casar e apresentaram os documentos exigidos pelo Artº 1525 do Código Civil Brasileiro: 1-AUDERCLEI DE LUZ PEIXOTO e MARENI ALMEIDA ALCIOLE, sendo o pretendente, solteiro, técnico em cozinha, nascido em 12-02-1986, natural de Benjamin Constant, Estado do Amazonas residente em Avenida Liberdade, filho de Francisco Matos Peixoto e de Francisca de Luz Peixoto, e a pretendente, 2-ALEXANDRE RAMOS DE TOLEDO e WANDA AMORIM DA SILVA, sendo o pretendente, divorciado, cirurgião dentista, nascido em 30-10-1973, natural de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais residente em Rua 092, filho de Euclesio Gonçalves de Toledo e de Maria Felicissima Ramos de Toledo, e a pretendente, 3-LUCAS GABRIEL PINTO DA SILVA e VITORIA SABRINA SANTOS DE LIMA, sendo o pretendente, solteiro, analista de CCO, nascido em 31-07-1998, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Santo Estevão, filho de Renato Torres da Silva e de Ilca Maria Pinto da Silva, e a pretendente, 4-ALEX JÚNIO DAMASCENA SILVA e JANIELY PERGENTINO DOS SANTOS, sendo o primeiro pretendente, solteiro, divulgador, nascido em 08-022003, natural de Santarém, Estado do Pará residente em Rua Estados Unidos, filho de Gilberto Maia Silva e de Lucineide dos Santos Damascena, e o segundo pretendente, 5-SANDOVAL FERNANDO CARDOSO DE FREITAS JUNIOR e SARA REGINA MOURA RIBEIRO, sendo o pretendente, divorciado, advogado, nascido em 0501-1990, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua 10, filho de Sandoval Fernando Cardoso Freitas e de Jacirene da Costa Freitas, e a pretendente, Manaus/AM, 22 de outubro de 2021 Oficiala de Registro Civil - 9º Ofício

Faço saber que pretendem casar-se e apresentaram os documentos exigidos pelo Artigo 1.525 e incisos, do Código Civil Brasileiro, as pessoas de: 01. ROSEMBERG PEREIRA DA COSTA e BIANCA DE WAGNER MONTEIRO, sendo o pretendente, solteiro, enfermeiro, nascido em 04-11-1991, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Cond. Turim Premium, Ponta Negra, Manaus, filho de Manuel Silva da Costa e de Balbina Pereira da Costa, e a pretendente, solteira, nutricionista, nascida em 19-03-1992, natural de Goiânia, Estado de Goiás residente em Rua Violeta Areosa, Alvorada, Manaus, filha de Wagner Martins dos Santos e de Bárbara Cecília da Costa Monteiro; 02. ADHERBAL ANDRADE DE MENEZES NETTO e DANIELLE MORAES CRISPIM, sendo o pretendente, solteiro, empresário, nascido em 28-02-1979, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Av. Ephigênio Salles, Aleixo, Manaus, filho de José Rosas Maciel Júnior e de Julieta Delfina de Menezes Maciel, e a pretendente, divorciada, enfermeira, nascida em 20-081977, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Av. Ephigênio Salles, Aleixo, Manaus, filha de Hélio Roberto Mitouso Crispim e de Ana Alcidia Moraes Crispim; 03. ANDREWS NASCIMENTO DE ABREU e ELLEN PESSOA ROCHA, sendo o pretendente, solteiro, advogado, nascido em 26-09-1975, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em R. V Jequitinhonha, Parque das Laranjeiras, Manaus, filho de Antonio Joaquim Galúcio de Abreu e de Maria Analia Nascimento de Abreu, e a pretendente, divorciada, enfermeira, nascida em 25-03-1980, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em R. V Jequitinhonha, Parque das Laranjeiras, Manaus, filha de Vidal da Silva Rocha e de Maria de Fatima Pessoa Rocha; 04. IAGO PORTO LUZ e ADRIA PAMYLLA DA SILVA E SILVA, sendo o pretendente, solteiro, vendedor, nascido em 11-11-1997, natural de Brumado, Estado da Bahia residente em Rua das Amarilis, Jorge Teixeira, Manaus, filho de Carlos Alberto Porto Luz e de Ana Lima Porto, e a pretendente, solteira, estagiária, nascida em 28-02-2000, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua das Amarilis, Jorge Teixeira, Manaus, filha de Sebastião Sergio Brandão da Silva e de Christiane Greyce Moraes da Silva; 05. FRANCISCO ROCHA BELARMINO e ROBERTA DÁCIO GONÇALVES, sendo o pretendente, solteiro, ourives, nascido em 20-10-1982, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Abguar Bastos, Novo Aleixo, Manaus, filho de Minervino Belarmino da Cunha e de Valcirene Pereira da Rocha, e a pretendente, solteira, autônoma, nascida em 23-02-1983, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Abguar Bastos, Novo Aleixo, Manaus, filha de Raimundo Gonçalves e de Alideia Dacio Gonçalves; 06. JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS e CINTIA FERREIRA LIMA, sendo o pretendente, solteiro, comerciante, nascido em 03-01-1964, natural de Cruzeiro do Oeste, Estado do Paraná residente em Rua 16 de Maio, Colônia Antônio Aleixo, Manaus, filho de João Francisco dos Santos e de Noemia Pires dos Santos, e a pretendente, solteira, comerciante, nascida em 29-121986, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua 16 de Maio, Colônia Antônio Aleixo, Manaus, filha de Jalbem Oliveira Lima e de Socorro Alves Ferreira; 07. RONALDO DE SOUZA AZÊDO e RAIMUNDA ELIANA MONTEIRO MELO, sendo o pretendente, divorciado, industriário, nascido em 01-11-1961, natural de Parintins, Estado do Amazonas residente em Beco Brasileia, 24-A, Compensa, Manaus, filho de Raimundo Nonato Azêdo e de Odilia de Souza Azêdo, e a pretendente, solteira, Servidora Pública, nascida em 29-01-1964, natural de Parintins, Estado do Amazonas residente em Beco Brasileia, 24-A, Compensa, Manaus, filha de Pedro Marques Melo e de Raimunda Monteiro Melo; 08. GUILHERME BOMFIM PINHEIRO e MANOELLA CORRÊA CARVALHO DE OLIVEIRA, sendo o pretendente, solteiro, engenheiro civil, nascido em 01-11-1989, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Mário Assayag, Compensa, Manaus, filho de José Leudimario Pinheiro e de Betty Anubia Azevedo Bomfim, e a pretendente, divorciada, fisioterapeuta, nascida em 24-12-1986, natural de Manaus, Estado do Amazonas residente em Rua Mário Assayag, Compensa, Manaus, filha de Célio de Oliveira Carvalho e de Adélia Marinho Corrêa; MANAUS-AM, 22 de outubro de 2021.

Maria da Graça de Miranda Sales.

Oficial.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Estado do Amazonas - Comarca de Manaus

3º

Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais

Av. 7 de Setembro, 1251, S/07 - Centro - Fone (92) 3232-2180 Franz Lear Silva Oliveira - Registrador Interino

EDITAL DE PROCLAMAS 148 À 152

FAÇO SABER, que pretendem casar-se e, para tanto apresentaram todos os documentos exigidos por Lei, os nubentes: 01- ADRIANO LIMA GARCIA e ALESSANDRA ÉDULA BEZERRA TRINDADE, ELE, solteiro, policial militar, natural de Manaus, Estado do Amazonas, nascido a 6 de janeiro de 1984, residente Rua Guilhermina Guerreiro, 1, Conj. Jardim Versalles, quadra 05, Apto. 03, Planalto Manaus AM, filho de Adrelino da Costa Garcia e de Maria Aparecida Lima Garcia. ELA, divorciada, policial militar, natural de Iranduba, Estado do Amazonas, nascida a 24 de fevereiro de 1985, residente Rua Conde de Itaguá, 190, Quadra 05, Parque das Laranjeiras - Manaus AM, filha de Raimunda Edula Bezerra Trindade. 02- ROMÁRIO DUARTE LIMA e ELANA DE OLIVEIRA SEABRA ,ELE, solteiro, técnico em eletrotécnico, natural de Manaus, Estado do Amazonas, nascido a 31 de janeiro de 1990, residente Rua Rio Anacora, 106, São José Operário Manaus AM, filho de Raimundo Nonato dos Santos Lima e de Rosimeire Duarte Lima. ELA, solteira, técnica de emfermagem, natural de Manaus, Estado do Amazonas, nascida a 6 de fevereiro de 1996, residente Rua Rio Anacora, 106, São José Operário - Manaus AM, filha de Francisco Rabelo Seabra e de Raimunda de Oliveira Seabra. 03- JOSÉ GERALDO OLIVEIRA DE CARVALHO FILHO e SAMIA SOUZA DA COSTA, ELE, divorciado, técnico em telecomunicações, natural de Salvador, Estado da Bahia, nascido a 3 de julho de 1970, residente Rua: Mutum do Norte nº35, Torre 15, Aptº104, Tarumã Açú Manaus AM, filho de José Geraldo Oliveira de Carvalho e de Regina Andrade. ELA, solteira, designer gráfico, natural de Sobral, Estado do Ceará, nascida a 1 de junho de 2001, residente Rua: Mutum do Norte nº35, Torre 15, Aptº104, Tarumã Açú - Manaus AM, filha de João Pereira da Costa Filho e de Valdelicia de Souza Maia. 04- TIAGO BARROS DE AZEVEDO e VANESSA FERREIRA GARONE, ELE, solteiro, autônomo, natural de Ananindeua, Estado do Pará, nascido a 20 de outubro de 1997, residente Avenida do Turismo, 12063, Tarumã - Manaus AM, filho de Jair Carvalho de Azevedo e de Soraya Rozário Barros.

ELA, solteira, frentista, natural de Itacoatiara, Estado do Amazonas, nascida a 23 de junho de 1995, residente Rua Santa Marta, 35, Colônia Santo Antônio - Manaus AM, filha de Francisco Garone Bastos e de Vera Núbia Ferreira Garone: 05- JAIME DA CONCEIÇÃO JACINTO e REBECA FERRAZ DE LIMA,ELE, divorciado, técnico em eletroeletrônico, natural de Vitorino Freire, Estado do Maranhão, nascido a 1 de abril de 1972, residente Avenida Solimões, 2, Distrito Industrial I - Manaus AM, filho de Antonio Jacinto Filho e de Maria das Graças da Conceição.

ELA, solteira, autônoma, natural de Manaus, Estado do Amazonas, nascida a 9 de abril de 1999, residente Avenida Solimões, 2, Distrito Industrial I - Manaus AM, filha de Ronagrin Silva de Lima e de Linete do Nascimento Ferraz.

Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Manaus/AM, 22 de outubro de 2021.

Emir Ferreira Chacur- Oficial Titular www.jcam.com.br

S4

Acervo Digital

Edição nº 43.403

Fazendo História A edição impressa do JC resgata diariamente os acontecimentos ocorridos em mais de cem anos de história do desenvolvimento amazonense.

www.jcam.com.br

Manaus, 23 a 25 de outubro de 2021

Esta é apenas uma mostra do maior acervo jornalístico da região que já está disponível no site www.jcam.com.br