Rio Cooperativo n°2

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rio cooperativo

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Ano I - nº 2 - Dezembro de 2005

Nesta edição Capa

Saúde A responsabilidade social como foco na Unimed Teresópolis.

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As soluções do mercado para gerenciamento de centrais e singulares.

Papo Cooperativo Especial

Trabalho

Entrevista exclusiva com o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O exemplo de cooperativismo praticado pela Dominium Coop.

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E ainda

24 Seções

15 Cenário Estadual - Marco Antônio Lucidi traça o panorama do cooperativismo no estado do Rio de Janeiro.

5 AGENDA COOPERATIVISTA - Os eventos do mundo cooperativo.

16 Encontro no Trabalho - Febracoop realiza palestra no Hotel Guanabara.

7 SOCIAIS - Tudo sobre o lançamento da revista Rio Cooperativo no Clube Naval.

27 Debate Cooperativo - o cooperativismo em questão no primeiro de uma série de encontros mensais promovidos pela Montenegro Comunicação.

8 CIRCULANDO - Um giro pelas principais notícias cooperativistas do Rio de Janeiro e do Brasil. 17 MÃOS À OBRA - Milton Rangel.

31 Crédito - Mudanças são discutidas no Bacen.

18 PÉ NA ESTRADA - Nélio Botelho.

32 Crédito - Fenacred analisa nova resolução do Bacen.

23 ALICERCE - Iracy Caldas.

34 INFORME ESPECIAL - No caminho da modernização - A Credicerj aposta em novos produtos e mudança de visual para 2006.

26 NA PONTA DO LÁPIS - José Ribamar do Amaral Cypriano.

36 Serviço - As corretoras Cooperação e Patri Oliver apresentam o Sistema Inteligente de Bonificação.

30 DIRETO AO PONTO - Maria de Fátima Moraes Rodrigues

6 EDITORIAL - Cláudio Montenegro.

28 DATA VÊNIA - Adriana Amaral dos Santos.

33 LINHAS DO CRÉDITO - Wagner Guerra da Fonseca. 38 SALA DE ESTAR - Um momento de descontração no seu dia-a-dia.

ATUALIZE SEU CADASTRO! Envie os dados de sua cooperativa para receber a revista Rio Cooperativo. Nosso e-mail é riocooperativo@montenegrocc.com.br. 4

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Agenda Cooperativista Debate Cooperativo

FiCoop 2006 Feira Internacional de Cooperativas Data: 26 a 28 de abril Local: Centro de Congressos de Lisboa, Lisboa, Portugal Informações: (11) 6193-7740 Rio CoopShow 2006

Data: 26 de janeiro Local: Firjan - Av. Graça Aranha, 1, 13º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ Informações: (21) 2233-5547 e 2233-0712 debatecooperativo@montenegrocc.com.br

BioFach

Rio Cooperativo é notícia não só no meio cooperativista, mas também já circula entre as autoridades do estado, que, por compromissos já previamente assumidos, não puderam comparecer ao coquetel de lançamento da publicação, que aconteceu na noite de 3 de novembro, no restaurante Navegador, na sede do Clube Naval, centro do Rio. Muitos fizeram questão de registrar seus cumprimentos e votos de sucesso pela iniciativa. Confira abaixo. “Sinceros votos de sucesso para a revista Rio Cooperativo.” Rosinha Garotinho, gover nadora do Estado do Rio de Janeiro.

II Seminário de Cooperativas de Transporte Escolar do Espírito Santo Data: 27 de janeiro Local: Auditório do CNEC, Centro Domingos Martins - ES. Informações: www.ocebes.coop.br

Cartas

Data: 26 a 28 de julho Local: Firjan - Av. Graça Aranha, 1, 13º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ Informações: (21) 2233-5547 e 2233-0712 riocoopshow@montenegrocc.com.br Fenacoop 2006

“Agradecemos o honroso convite para o coquetel de lançamento da revista Rio Cooperativo. Desejamos êxito, na certeza de que o evento será um sucesso.” Marco Antônio Lucidi, secretário de estado de Trabalho e Renda. “Agradeço gentil convite, desejando sucesso para a publicação em pauta.” Sônia Mograbi, Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro”

Feira Internacional de Produtos Orgânicos Data: 16 a 19 de fevereiro Local: Nuremberg, Alemanha Informações: (21) 2563-4634 / 2563-4293 Show Rural Coopavel 2006 Data: 13 a 17 de fevereiro Local: Cascavel - PR. Informações: (45) 3325-6885 showrural@coopavel.com.br www.coopavel.com.br

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Feira Internacional das Cooperativas, Fornecedores e Serviços Data: 18 a 20 de outubro Local: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo - SP Informações: (11) 2193-7740, www.fenacoop.com.br

“Auguramos sucesso e pleno êxito no lançamento da revista Rio Cooperativo.” Paulo César Geraldes, Presidente do Cr emer j. “Parabenizamos o lançamento da revista Rio Cooperativo e desejamos grande sucesso.” Outair Bastazini, Presidente do CRO–RJ.

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Editorial

Cláudio Montenegro

Por novos jardins e mais borboletas “O segredo é não correr atrás das bor-

Chegamos à segunda edição e a reper-

boletas... É cuidar do jardim para que cussão de seu lançamento não poderia ter elas venham até você.” A frase é do sido melhor. Nem o mais otimista dos saudoso poeta Mário Quintana e traduz apostadores poderia prever o sucesso des-

Expediente

bem o espírito do trabalho que a Monte- ta publicação em tão pouco tempo. negro Comunicação vem realizando junto

Rio Cooperativo é uma publicação bimestral da Montenegro Comunicação Corporativa Rua da Conceição, 105, sala 1909, Centro CEP: 20051-011 - Rio de Janeiro - RJ Telefones: (21) 2233-5547 / 2233-0712 E-mail: montenegrocc@montenegrocc.com.br Site: www.montenegrocc.com.br Editor executivo e jornalista responsável Cláudio Montenegro (MTb 19.027) claudiomontenegro@montenegrocc.com.br

Empresas e entidades que não conheciam o cooperativismo estão maravilhadas

ao segmento cooperativista.

Mais que oferecer novas oportunidades com este “admirável mundo novo” e a oportunidade de geração

de intercâmbio de experiências e promover a verdadeira intercoo-

Queremos reativar o debate sadio, a troca

tando uma verdadeira

mos sugerir a todos

de opiniões e a

via de mão de dupla e o conseqüente desen-

esse tema apaixonan-

busca de soluções

volvimento das institui-

te e contagiante é um

para os problemas

ções cooperativistas. E qual é o segredo

Projeto gráfico e programação visual Fábio Louzada (fabiolouzada@montenegrocc.com.br)

novo olhar, um novo

Colaboraram nesta edição: Adriana Amaral, Iracy Caldas, José Ribamar do Amaral Cypriano, Maria de Fátima Moraes Rodrigues, Milton Rangel, Nélio Botelho e Wagner Guerra.

uma nova luz sobre o

afetam a todos,

dibilidade, pois o que

cooperativismo e moti-

indiscriminadamente.

fazemos e oferecemos

Publicidade/Contatos Tel.: (21) 2233-5547 - 2233-0712 E-mail: riocooperativo@montenegrocc.com.br Distribuição Lideranças cooperativistas, dirigentes, gerentes e funcionários de cooperativas de todos os segmentos (agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte e turismo), empresários, administradores, assessores jurídicos, auditores, contadores, profissionais de recursos humanos, associações, sindicatos, federações e entidades de classe de forma geral, órgãos e instituições governamentais, universidades, fornecedores de produtos e serviços para cooperativas e demais formadores de opinião.

Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores, não correspondendo necessariamente à opinião dos editores. Capa desta edição: Agência JB / Fernando Rabelo

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apresenta, possibili-

peração, o que quereque se interessam por

Redação Dardano Piranda (dardano@montenegrocc.com.br) Kenia Vida (keniavida@montenegrocc.com.br)

de negócios que se

foco. Queremos lançar

var novas reflexões.

do sistema que

desse sucesso? Cre-

é feito de coração,

O que nos interes-

sem objetivos parti-

sa, sem falsas pre-

dários ou financeiros.

tensões, é reativar o debate sadio, a troca E visão de mercado, porque soubemos de opiniões e a busca de soluções para os entender a necessidade do segmento cooproblemas do sistema que afetam a todos, perativista do Rio de Janeiro, que ansiava indiscriminadamente.

por um espaço próprio, em que pudesse

Com a revista Rio Cooperativo, demos ver refletidas suas opiniões e propostas. o primeiro passo, entrando em contato com

Tal como propôs Quintana, consegui-

todas as cooperativas fluminenses e entida- mos preparar um belo jardim e conquistar des co-irmãs de todo o Brasil. Em suas a atenção das borboletas. Que venha 2006 páginas, apresentamos o dia-a-dia de nos- e que possamos preparar novos jardins. sas instituições, suas histórias de sucesso, seus anseios, suas reivindicações.

Saudações cooperativistas a todos e um Feliz Ano Novo! rio cooperativo


Sociais

Rio Cooperativo é lançada em evento no Clube Naval Muita alegria marcou o lançamento da Revista Rio Coopera-

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tivo, no restaurante Navegador, no Clube Naval, no Centro do Rio de Janeiro, no dia 3 de novembro. O novo canal de notícias do cooperativismo fluminense foi apresentado a diretores e cooperativistas que elogiaram muito o

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trabalho e a realização de um grande canal para o setor. Durante o coquetel de lançamento, o diretor presidente da Montenegro Comunicação Corporativa, Cláudio Montenegro, apresentou um vídeo com os produtos lançados pela empresa para o fomento do cooperativismo no estado do Rio de Janeiro no ano de 2005, além dos futuros projetos, como o 1º Salão de Artes Plásticas do Cooperativismo, que promete sacudir o setor em 2006. A festa teve ainda a apresentação da dançarina Juliana Torres, com danças típicas árabes. Depois foi a vez dos convidados dançarem ao som de ritmos variados na pista.

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4 2 Legendas: (1) O presidente da Fenacred, Valdinar Gomes da Fonseca; (2 e 3) A dançarina Juliana Torres, que animou a festa com sua dança do ventre; (4 e 5) alguns dos convidados que conferiram o lançamento oficial da Rio Cooperativo.

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Circulando

As notícias que circulam no mundo cooperativista

Cooperforte elege delegados no Rio Novembro foi mês de eleições na Cooperativa dos funcionários dos bancos públicos federais, Cooperforte. A cooperativa de crédito elegeu seus delegados seccionais para os próximos quatro anos. Os representantes do PAC-RJ (fotos abaixo, a partir da esquerda) são Paulo Moraes de Oliveira, Lucineide Siqueira do Nascimento e Luiz Ricardo Maggi, que atuarão na capital, e Manoel Carlos Gomes que será delegado do interior.

OCB/RJ assina convênio com Sesi

Cooperativismo fluminense em luto No dia 11 de dezembro, o cooperativismo do Rio de Janeiro perdeu um de seus representantes mais importantes. O presidente da cooperativa de trabalho Coopgestão, Eduardo Granthon, foi morto após assalto em sua residência. Empreendedor, com uma visão à frente de seu tempo, Granthon vinha promovendo um trabalho de grande visibilidade de sua instituição no mercado, mostrando-se sempre presente nas principais iniciativas ligadas ao cooperativismo. Granthon também vinha sendo um grande parceiro da Montenegro Comunicação Corporativa em projetos de promoção do cooperativismo no estado do Rio de Janeiro, como a revista Rio Cooperativo e o Debate Cooperativo. Eduardo, 38 anos, deixa esposa e três filhos.

Filiadas decidem leilão de bens da Cecrerj O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-RJ) e a Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro (OCB-RJ) assinaram em novembro um convênio com o Serviço Social da Indústria (Sesi-RJ). O convênio permitirá que os cooperados, empregados e dependentes das filiadas à OCB-RJ, tenham descontos de 10% em serviços educacionais, consultas médicas e odontológicas e 30% nas mensalidades do Sesi na parte social. A cooperativa que aderir ao convênio poderá também oferecer aos seus cooperados almoços musicais, sorteios, campeonatos e outras atividades. Na foto, o presidente da OCBRJ, Francisco de Assis (ao centro), a superintendente do Sescoop-RJ, Jaqueline Calçado, e representante do Sesi.

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Em Assembléia Geral Extraordinária (AGE), realizada no dia 2 de dezembro, as cooperativas filiadas à Central de Crédito do Estado do Rio de Janeiro (Credicerj) acertaram a venda dos ativos móveis e imóveis da entidade através de leilão. A Cecrerj tem dois terrenos em Petrópolis, uma fazenda em Vassouras, um terreno em Levy Gasparian e nove salas no Rio de Janeiro, que, juntas, totalizam mais de R$ 2,5 milhões. Há, ainda 89% de um galpão de 960 m² em Resende, avaliado em R$ 450 mil. As cooperativas definiram também os critérios para renegociação. As cooperativas poderão negociar suas dívidas em até cinco anos, com juros de TR + mínimo de 0,5%. O prazo para execução dos inadimplentes será de dois meses em atraso.

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Circulando

Chave Real lança classificados on line Desde outubro, a cooperativa habitacional Chave Real vem oferecendo ao seu quadro social mais uma opção na escolha do seu imóvel. Trata-se do serviço de classificados on line, em que os associados podem anunciar seus imóveis no site www.chave-real.com.br. O assessor da Chave O procedimento é simples, basReal, Afonso de Souza (dir.), e um funcionário ta o associado enviar os dados e as fotos do imóvel para a sede da cooperativa (Rua da Lapa, 286, 3º andar, Centro) ou por e-mail (atendimento@chave-real.com.br). Outra novidade que vai facilitar a vida dos associados é a segunda via dos boletos bancários que também já pode ser obtida pelo site.

Alerj homenageia cooperativismo

Por iniciativa do presidente da Frente Parlamentar Cooperativista, deputado Samuel Malafaia (PMDB), foi realizada no dia 28 de novembro, em sessão solene na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), uma homenagem às cooperativas fluminenses. Estiveram presentes na solenidade o secretário estadual de Trabalho e Renda, Marco Antônio Lucidi, e o presidente da OCB/RJ, Francisco de Assis França, entre outros. Na ocasião, Malafaia (foto) frisou a importância do cooperativismo para o país, sendo responsável por 6% do PIB nacional e por gerar cerca de 170 mil empregos.

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Fim de uma novela... Após vários impasses, o projeto de lei 269/05 foi finalmente aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no dia 14 de dezembro. A lei, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (coordenador da Frente Cooperativista Paulista), prevê a inclusão de um representante das cooperativas na Junta Comercial, obrigatoriedade de registro na Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), estímulo ao cooperativismo no ensino público e a participação das cooperativas em licitações públicas, além de autorizar o Executivo a ceder em comodato imóveis públicos para uso de cooperativas. A lei ainda precisa ser sancionada pelo governador Geraldo Alckmin. Com a aprovação, São Paulo passa a ser o sexto estado a ter uma legislação cooperativista, junto com Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

...começo de outra No mesmo dia da aprovação da lei cooperativista paulista, a Comissão de Agricultura do Senado adiou a votação do projeto de lei 171/99, de autoria do senador Osmar Dias, que deverá ocorrer apenas na reabertura dos trabalhos legislativos no ano que vem. O projeto dá uma definição mais ampla do Ato Cooperativo, em relação à atual legislação (Lei 5.764/71). Os 18 capítulos, divididos em 111 artigos, reconhecem o fim da tutela do Estado sobre o sistema cooperativista, mas mantêm o princípio da unicidade de representação, garantida à OCB. As inovações são a permissão para a cooperativa abrir seu capital, tal como fazem as empresas, e a possibilidade de ingresso, na condição de associado, de pessoas jurídicas de qualquer espécie, desde que pratiquem as mesmas atividades de pessoas físicas e não se constituam em concorrentes da cooperativa. A votação foi adiada a pedido do Ministério da Casa Civil, que sugeriu a formação de uma comissão com representantes da OCB, Frente Cooperativista Nacional, Casa Civil e União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).

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Circulando

As notícias que circulam no mundo cooperativista

Nasce o Sindicato das Cooperativas de Transporte A sede da OCB/RJ foi o palco da estado não é mais alternativo, faltando fundação do Sindicato Patronal das Coapenas o reconhecimento das autorioperativas de Transporte Alternativo de dades. “Estamos suprindo uma lacuna Passageiros do Município do Rio de Jadeixada pelos empresários de ônibus neiro (Sindcooptransrio), em novembro. que só querem ter lucros demasiados Na ocasião, 17 cooperativas escoe submeter a população à humilhação.” lheram os membros da diretoria e o A Diretoria do Sindicato ficou asconselho fiscal, que terão o objetivo sim formada: como presidente, Dema (1º à esquerda), o presidente da OCB-RJ (centro) Ademar Matias de Silva (Dema); vicede colocar o cooperativismo de transe diretores do Sindicato porte fluminense nos trilhos. O presipresidente: Adamor Júnior Lopes Pordente do Sindicato, Ademar Matias de Silva, o Dema, mostrou-se tal; Secretário Geral: Hélio Ricardo Almeida de Souza; Diretor esperançoso com a entidade: “São três os princípios básicos que de Fretamento: João Cândido Brites Neto; Diretor Tesoureiro: temos que seguir para conquistar nosso lugar ao sol: a luta, a unida- Edson Pinto de Souza; Diretor de Mobilização: Natanael de de e a organização. Desejo que, com este Sindicato, possamos Moura; Diretor de Imprensa: Dalcemir Pereira Barbosa. O Contrilhar novos rumos num espaço muito maior do que temos hoje”, selho Fiscal tem Jaime dos Santos Filho, Henrique Alves Nasciexplicou o dirigente. mento e Luiz Roberto Pinho da Silva, como titulares, e Rosemary Presente à assembléia, o presidente da OCB-RJ, Francisco Furquin, Marcelo Teixeira da Cunha (Marcelinho) e Edson de de Assis França, disse que o cooperativismo de transporte do Almeida (Edinho) como suplentes.

A ferramenta que faltava no Rio Em julho de 2006, a Montenegro Comunicação Corporativa lançará o Guia de Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro, o mais completo catálogo das singulares em atividade no estado. No Guia, serão veiculadas informações como histórico da cooperativa, segmentos de atuação, diretoria, número de cooperados, telefone, endereço e e-mail e os principais fornecedores de produtos e serviços, traçando um verdadeiro raio-X do sistema no estado. A participação das cooperativas é fundamental para essa iniciativa. Atualize o cadastro de sua cooperativa para que ela faça parte desse guia. Contatos : (21) 2233-5547/22330712 ou pelo e-maill gcrio@montenegrocc.com.br.

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Revele o artista de sua cooperativa A Montenegro Comunicação Corporativa promoverá, em julho de 2006, o 1º Salão de Artes Plásticas do Cooperativismo, um concurso que irá revelar os novos talentos das cooperativas de todo o Brasil. Os artistas deverão ser obrigatoriamente filiados a uma entidade cooperativista e poderão expressar toda a sua criatividade na pintura ou fotografia. Um corpo de jurados de renome em cada expressão artística será reunido para selecionar os artistas que participarão da escolha final, que contará ainda com a participação de um júri popular. Na próxima edição de Rio Cooperativo, será divulgado o regulamento do Salão. Aguarde!

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Responsabilidade social como foco Rafael Palatinik em frente à sede da Unimed Teresólis

Em 1994, com 140 médicos, nascia a Unimed Teresópolis, oriunda de sua co-irmã Unimed Petrópolis. Com dificuldades e muita garra, a unidade foi crescendo, tornando-se sólida e pelo seu trabalho social recebeu, este ano, pelo terceiro ano consecutivo o Selo de Responsabilidade Social da Unimed. O selo é um certificado da Unimed para suas singulares que atuam com trabalhos assistenciais e filantrópicos. No último processo, os critérios foram mais rigorosos, com as cooperativas certificadas em quatro níveis diferentes, de acordo com a pontuação alcançada em diversos quesitos. O diretor presidente da Unimed Teresópolis, Rafael Palatinik, explicou que nenhuma singular recebeu o mais alto estágio (quatro), e que a unidade Teresópolis ficou a apenas um ponto de figurar entre as cooperativas de nível três: “Só não estamos entre as 15 maiores singulares da Unimed porque discordaram de algumas respostas nossas, uma questão de ponto de vista”, defende o médico. E de trabalhos sociais a Unimed Teresópolis entende, começando pelo patrocínio de cultura e esporte na região: “Nem sempre temos algum evento cultural em Teresópolis, mas quando aparece uma peça de teatro ou alguma banda fazemos questão de apoiar”, explica Palatinik. Duas vezes por ano, a cooperativa promove uma manhã toda voltada para atividades físicas para quem tem mais de 60 anos. No evento, a Unimed faz exames médicos e uma caminhada. Também em duas ocasiões anuais é realizado um projeto rio cooperativo

para as comunidades carentes, com exames, atividades físicas e apoio jurídico, em parceria com o Rotary Clube e a OAB. Mas o projeto que mais orgulha o dirigente tem como principal objetivo a alfabetização de adultos. O projeto oferece palestras com profissionais como médicos, advogados, psicólogos, jornalistas, entre outros. Ingressos ganhos em eventos apoiados pela Unimed Teresópolis são sorteados entre os alunos do curso: “É um momento único. Algumas dessas pessoas nunca foram ao teatro, ao cinema. Nós proporcionamos isso a eles”, conta o médico. Mas a emoção chega quando Palatinik cita um exemplo marcante: “Para se ter uma idéia, a prefeitura de Teresópolis está realizando um concurso em que quatro alunos se inscreveram. Quando eles chegaram, não sabiam sequer ler e hoje estão fazendo um concurso. É algo que me emociona de verdade.” Palatinik acredita que as dificuldades do setor serão superadas com uma maior educação cooperativista: “Algumas pessoas me falam que se associaram a uma cooperativa que nem carteira assinada tem. Algumas ‘coopergatas’ não explicam isso para o seu cooperado e denigrem a imagem do movimento. É uma questão de educação: o cooperativismo tem que entrar no currículo escolar. A administração de uma cooperativa, por exemplo, é muito específica, assim como a contabilidade. O direito cooperativista é único. Só aí, são três faculdades em que se poderia, se não criar uma disciplina, pelo menos falar em algumas aulas sobre o cooperativismo”, aponta o dirigente. 11


Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB

Cooperativismo em franco crescimento

Fotos: Arquivo OCB

Papo Cooperativo Especial

Este é o pensamento do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas, que conceceu entrevista exclusiva para Rio Cooperativo, enfocando o cooperativismo fluminense e as expectativas para o movimento.

Rio Cooperativo - Como está o cooperativismo brasileiro? O que foi alcançado este ano? Quais as metas para 2006? Márcio Lopes de Freitas - O cooperativismo brasileiro vai muito bem, obrigado. Aliás, como mostram nossos indicadores, o cooperativismo brasileiro hoje é parte importante do PIB econômico do país, com a vantagem de não ser concentrador como o nosso modelo de desenvolvimento. Ao contrário, transfere os resultados para os cooperados. Fechamos 2004 com um faturamento de R$ 90 bilhões e exportações de US$ 2 bilhões. Resultado do trabalho dos 6,5 milhões de cooperados de 7,2 mil cooperativas, que ainda empregam 195 mil pessoas. Duas vezes mais que a indústria automobilística. E esses números estão crescendo, em alguns ramos em torno de 20% este ano. Para o próximo ano temos por meta aumentar ainda mais a capacidade de produção das nossas cooperativas, com o emprego cada vez mais difundido da gestão profissional. RC - Como o senhor vê a atuação das esferas governamentais no cooperativismo? Que ações podem ser tomadas pelos políticos para fomentar o cooperativismo? MLF - Muito tímida, para não dizer ausente. E olha que o governo, principalmente na esfera federal, que é a esfera que mais pode fazer e orientar estados e municípios, ao não priorizar o cooperativismo, na verdade perde uma grande oportunidade de gerar desenvolvimento com pouco investimento de capital e grande retorno social. Este governo, que prometeu fazer do Brasil uma nação cooperativista, chegou a criar um grupo de trabalho interministerial que propôs um conjunto de 26 projetos que, se implementados, dariam uma nova face não somente ao cooperativismo, mas ao próprio processo de desenvolvimento do país. Se considerarmos só o enfoque de que cada cooperado representa um posto de trabalho, o governo 12

deveria estar estimulando a criação de cooperativas para resolver um dos principais problemas do país, que é o desemprego. Além disso, o cooperativismo é uma atividade econômica que por sua natureza distribui renda. A cooperativa não cresce acumulando, como uma empresa mercantil, mas distribuindo entre seus cooperados os ganhos obtidos. Ou seja, ela fortalece o sistema econômico com fortalecimento das pessoas. RC - Poucas pessoas no Rio de Janeiro sabem ao certo o que é uma cooperativa. Por que há esse desconhecimento? Falta divulgação para o sistema? O que precisa ser feito para popularizar, sem que se banalize o cooperativismo? MLF - Lamentavelmente, esse desconhecimento não se circunscreve ao Rio de Janeiro. Uma pesquisa encomendada pela OCB, em nível nacional, mostra que esse desconhecimento é geral. Ou melhor, na verdade se faz uma confusão, e muita gente confunde cooperativismo com assistencialismo, com filantropia. Diante dos resultados dessa pesquisa, estamos desenvolvendo um grande trabalho de comunicação para reverter este quadro. RC - Como criar líderes cooperativistas verdadeiramente comprometidos com o sistema, sem vaidades pessoais ou políticas individualistas? MLF - Uma das principais preocupações da OCB é exatamente a formação de novas lideranças do cooperativismo comprometidas com o sistema. Estamos revolucionando o cooperativismo brasileiro com os programas de gestão profissional por meio dos cursos ministrados pelo Sescoop para treinar tanto cooperados quanto empregados das cooperativas para administrarem nosso negócio de forma cada vez mais profissional. É assim que formamos líderes cada vez mais comprometidos com o desenvolvimento do cooperativismo no país. rio cooperativo


RC - O ramo trabalho tem lutado pelo fim do Termo de Ajuste de Conduta, que proíbe as cooperativas de participarem de licitações públicas. Como a OCB tem participado dessa luta? MLF - Hoje temos mais de 2 milhões de cooperados que sofrem por não poderem trabalhar dignamente. Isso significa que precisamos reavaliar as leis vigentes do cooperativismo de trabalho e promover justiça social. A OCB elaborou os critérios para a identificação das Cooperativas de Trabalho e está analisando o anteprojeto de lei do Ministério do Trabalho e Emprego que trata da regulamentação do ramo. A OCB também participa do Grupo de Trabalho Interministerial que está discutindo a matéria. Recentemente, realizamos na Câmara dos Deputados um seminário, com a presença de parlamentares, dirigentes e cooperados, quando foi destacada a necessidade de aprovação, com urgência, de legislação regulamentando o cooperativismo de trabalho no país. Um país com índices de desemprego e de informalidade no mercado de trabalho tão elevados devia voltar-se para as cooperativas de trabalho, porque elas são a solução para esses problemas.

MLF - Na região onde se registrou foco de aftosa, em Mato Grosso, não existe nenhuma cooperativa agropecuária filiada à OCB. Isso, no entanto, não diminui a nossa preocupação com o ocorrido, já que afeta o mercado de carne como um todo exatamente num momento em que nossas iam muito bem neste setor. O que podemos fazer, e isso as cooperativas têm feito com muito critério, é orientar os produtores rurais para que não se descuidem da vacinação. RC - Em outubro, foi realizado o 1º Seminário Nacional das Cooperativas de Transporte de Cargas e Passageiros, cujo representante nacional é Nélio Botelho, do Rio de Janeiro. O que a OCB tem a dizer para este segmento que está em franca ascensão?

MLF - O cooperativismo de transporte acaba de ganhar um Conselho Especializado, abrindo caminho para sedimentar o seu futuro. No dia seguinte à instalação do Conselho, realizamos na Câmara o I Seminário Nacional das Cooperativas de Transporte – Cargas e Passageiros em RC - As cooperativas habitacionais do busca de apoio parlamentar, porque seu Rio de Janeiro se sentem desprestidesenvolvimento é fundamental para a giadas perante a OCB. Para elas, a economia do país. O Congresso pode entidade não se aprofunda nas ques“O governo deveria estar ajudar na definição dos marcos tões do ramo, mostrando-se mais regulatórios do cooperativismo, como a estimulando a criação de presente em outros segmentos. O que definição do ato cooperativo e o seu cooperativas para resolver o senhor acha dessa situação? adequado tratamento tributário. Essa regulação se faz necessária não para um dos principais MLF - Essa queixa não procede. O ramo que as cooperativas tenham isenção, problemas do país, habitacional tem recebido todo o apoio que a mas para que não paguem duas vezes OCB pode oferecer. Temos trabalhado com o mesmo tributo. O estabelecimento que é o esemprego.” afinco para aumentar, pela mão do cooperatidas normas também contribuirá para vismo, a oferta de unidades habitacionais no que os juízes tenham uma só diretriz e país. Até porque entendemos que as cooperativas podem dar uma evitem a subjetividade em seus julgamentos. grande contribuição para a redução do nosso elevado déficit habitacional. Pelo simples fato de que as cooperativas constroem a RC - Como a OCB pretende estimular a criação de preço de custo. A solução para aumentar a participação das cooperativas no seu mais novo ramo (Turismo)? Alguma cooperativas como instrumento para reduzir o déficit habitacional é o ação específica para o Rio de Janeiro, já que este é governo e os bancos criarem linhas de financiamentos específicos. considerado “a capital do turismo brasileiro”? Hoje, o crédito disponível se destina à pessoa física. As cooperativas, por serem pessoas jurídicas, não têm direito a financiamento bancário e nem podem utilizar os recursos do FGTS dos associados. Um dos motivos é porque as cooperativas estão dispensadas de promover a incorporação imobiliária exigida como garantia. Com isso os bancos se sentem inseguros para liberar crédito para as cooperativas habitacionais. Temos trabalhado para reverter essa situação. RC - A febre aftosa tem prejudicado várias cooperativas agrícolas. A OCB tem algum plano emergencial para amenizar as perdas dessas cooperativas? rio cooperativo

MLF - Sejamos claros: o ramo Turismo não existe no nosso cooperativismo. Ou pelo menos não existe da forma que deveria ser. O que existe no Brasil são cooperativas de trabalho que fazem turismo receptivo. Isso não é cooperativa de turismo, como existe na Europa, onde os cooperados se reúnem em torno de uma cooperativa para planejar e realizar suas viagens. Precisamos evoluir para esta situação, com a formação de cooperativas para atuarem em todos os estágios de uma viagem turística: a compra da passagem, a hospedagem, o city tour etc. 13


Cenário estadual

Um panorama do cooperativismo no estado do Rio de Janeiro Secretário de Trabalho e Renda do Estado do Rio de Janeiro relata o trabalho de sua pasta e aponta o cooperativismo como o caminho para o desemprego Lucidi: apostando no cooperativismo

As políticas públicas de emprego e renda estão desenvolvendo um papel estratégico no Governo do Estado do Rio de Janeiro e constituem um instrumento de intervenção para reduzir os patamares do desemprego. Assim define o papel de sua pasta o secretário de Trabalho e Renda do Estado do Rio de Janeiro, Marco Antonio Lucidi. A Setrab tem como missão promover a geração de emprego e renda, através do aperfeiçoamento das relações trabalhistas e

COOPERATIVAS POR RAMO

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dos mecanismos de colocação de mão-de-obra, incentivar o desenvolvimento local, o empreendedorismo, as microempresas e as diversas modalidades de economia solidária.

Instrumentos de ação A Secretaria conta com instrumentos próprios de ação, como os seus programas de qualificação profissional e microcrédito, complementados por projetos especiais prioritários, nos quais são previstas inúmeras parcerias, principalmente com outras Secretarias e órgãos vinculados. Dentro da Setrab, são realizados inúmeros programas e serviços, tais como: Intermediação de mão-de-obra - cadastrar a população, captar vagas no mercado, pré-selecionar e encaminhar os candidatos às empresas, preenchidos todos os seus direitos trabalhistas; Qualificação Profissional - formação e qualificação dos trabalhadores do estado para atender à demanda do mercado; Banco social/Microcrédito - concessão de empréstimos a microempreendedores para geração de renda e de emprego; Cooperativismo/associativismo - formação de cooperativas e associações como forma de geração de trabalho e renda. Lucidi ressalta que, dentro da Setrab, ainda existem serviços de apoio derivados dos principais programas, o que tem feito a diferença em sua Secretaria.

COOPERADOS POR REGIÃO

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COOPERATIVAS POR REGIÃO

Entre os programas e serviços qualificados estão o Estado Presente, que descentraliza as ações governamentais voltadas ao desenvolvimento social e cidadania da população, o Observatório de Emprego e Renda, que faz o acompanhamento e a análise do mercado de trabalho no estado e a Ouvidoria, que registra sugestões, queixas e críticas, além de receber denúncias relacionadas com o mundo do trabalho e também o pronto retorno.

Coopera Rio Um estudo da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) mostra que existem, atualmente, 800 milhões de cooperados em todo mundo, ou seja, 40% da população do planeta. No Brasil, o cooperativismo mantém 6 milhões de cooperados e gera cerca de 170 mil empregos, de acordo com números da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de cooperativas (1.201), seguido de São Paulo (1.000) e Minas Gerais (805). Roraima apresenta o menor número: 28. A participação da mulher no segmento cresce a cada ano: 12% participam da direção das cooperativas brasileiras e 25% são cooperadas, somando um total de 1.314.661 mulheres. Com foco neste setor, a Setrab lançou o Coopera Rio, um programa de economia solidária sustentada, através de formação, gestão e controle/avaliação de associações produtivas, principalmente sob a forma de cooperativas. O programa funciona em todos os municípios do estado, atingindo populações de jovens, adultos e terceira idade em todas as áreas de atividade, conhecimento e renda, utilizando

DIRIGENTES MULHERES POR REGIÃO

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EMPREGADOS POR REGIÃO

habilidades, competências e baixa tecnologia. A metodologia de divulgação do Coopera Rio envolve o recrutamento de trabalhadores que se encontram fora do mercado de trabalho, interessados na participação em cooperativas; e cadastramento dos trabalhadores interessados na formação de cooperativas. Além disso, oferece a formalização das cooperativas com toda a documentação necessária, legalização junto aos órgãos públicos e privados, treinamento específico e cursos de gestão para os cooperados e assistência contábil e operacional das cooperativas.

Incubadora de cooperativas Dentro do Coopera Rio, há ainda a incubadora de cooperativas, criada para dar a estruturação de uma cooperativa central e fornecer serviços especializados às singulares que forem se formando ao longo do tempo. “A importância de uma cooperativa central é que ela minimiza os investimentos por equipamentos caros e que realizam pequenas operações”, destaca Lucidi, “bem como a contratação de profissionais especializados que apresentariam custos inviáveis se fossem contratados para atender a uma única unidade produtora.” Inicialmente, é feito levantamento do diagnóstico sócioeconômico de cada município, para que se desenvolvam alternativas de geração de trabalho e renda para o trabalhador, com a (re)colocação funcional e a valorização profissional trabalhador, através da qualificação da mão-de-obra. Com base nessas informações, são identificadas as atividades econômicas propícias a serem desenvolvidas e direcionadas ações de qualificação da mão-de-obra. A partir daí, os profissionais são direcionados à unidade de incubação para iniciarem seu trabalho de forma cooperada até que atinjam a maturação necessária para saírem da incubadora e formarem sua própria unidade de produção. Segundo Lucidi, o setor de cooperativismo foi implantado na Setrab com o objetivo de levar à população excluída uma forma de geração de renda por meio de cooperativas e associações. “Com isso, fazemos com que as famílias necessitadas deixem de viver exclusivamente da ajuda do Estado, por meio de cestas básicas, passando a gerir seu próprio negócio”, enfatiza o secretário. 15


Trabalho

Cooperativistas e autoridades se reunem em encontro A par tir da direita: André Correa, Marco Antônio Lucidi, Antônio Carlos Procópio, Siro Darlan e Milton Rangel

A Federação das Cooperativas de Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (Febracoop) realizou em 28 de setembro, no hotel Guanabara, centro do Rio, um encontro entre as cooperativas de trabalho e diversas autoridades, como o secretário estadual de Trabalho e Renda, Marco Antonio Lucidi, o deputado estadual André Corrêa e o desembargador Siro Darlan, entre outros. Na ocasião, foi apresentada a palestra “Cooperativismo de Trabalho como Instrumento de Inclusão Social”, em que as autoridades mostraram seus trabalhos e esforços no segmento. Na abertura do encontro, o presidente da Febracoop, Antônio Carlos Procópio, agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância dos convidados por seu trabalho no estado do Rio de Janeiro. Em seguida, o deputado André Corrêa destacou que o cooperativismo de trabalho representa uma grande saída para o trabalhador retornar ao mercado de trabalho e se colocou à disposição para defender as lideranças do cooperativismo e seus interesses. Já o secretário Marco Antonio Lucidi apresentou as principais ações da Secretaria Estadual de Trabalho e Renda (Setrab), que tem como principais programas a intermediação da mão-de-obra, a qualificação profissional, o banco social e

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o microcrédito, além do cooperativismo e o associativismo. O secretário ressaltou que a única maneira de fazer o cidadão progredir é partir para a educação e a qualificação profissional, o que, segundo ele, vem sendo feito nas 55 agências estaduais de trabalho e renda. Nome de destaque no processo de inclusão social, o desembargador Siro Darlan descreveu o tema cooperativismo de trabalho como solução para o primeiro emprego e enfatizou a democratização no trabalho para crianças e adolescentes. Darlan afirmou que no Brasil há uma legislação contraditória, pois há um exército de desempregados que continuam a gerar crianças e adolescentes que padecem da falta de respeito pelos seus direitos porque os pais não têm acesso ao trabalho. “Nossa lei é perversa, já que os adolescentes são proibidos de trabalhar com 16 anos, mas aos 7 eles já estão servindo a traficantes, a legislação precisa ser mudada”, disse, categórico. Após a palestra os convidados foram convidados para um almoço em comemoração ao lançamento do segundo número da revista da Febracoop, Coopera Trabalho, que traz uma entrevista com o desembargador Siro Darlan e uma matéria sobre o mercado formal de trabalho.

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Mãos à obra

Milton Rangel

Regulamentação urgente

É nosso dever pagar para ver a aprovação de uma regulamentação que não dê margem a interpretações que chegam a desconhecer até direitos consagrados pela Constituição.

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Se não basta o disposto na Lei 5764/ 71, se não basta a Constituição de 1988 que acolheu essa legislação, se não

uma república cooperativista, contemplando com a sua aprovação o projeto de lei de regulamentação do nosso ramo

basta a própria CLT admitir o funcionamento do cooperativismo de trabalho, urge que se aprove sem mais delongas a regulamentação em âmbito nacional e em caráter definitivo desse segmento cooperativista, de tal modo

cooperativista. A nossa expectativa é de que o Congresso Nacional também atenda a nossos anseios, proporcionando novo alento aos milhões de associados das numerosas cooperativas de trabalho espalhadas pelo país, assim contribuindo

que faça cessar a discriminação que lhe vem sendo imposta pelo Ministério Público do Trabalho. Por mais otimistas que sejam as expectativas a respeito, paira ainda a dúvida quanto à possibilidade de continuar sendo

decisivamente para a aprovação da nova regulamentação. Espera-se igualmente que a aprovação da nova lei permita que os cooperativistas de trabalho possam continuar participando com o seu trabalho do desenvolvimento do país, livres então

desrespeitada a legislação em vigor, nova regulamentação incluída, considerando-se que os critérios legais já existentes, infelizmente não devidamente acatados, são suficientes o bastante para garantir o pleno e legítimo funcionamento das cooperativas de trabalho. No quadro atual, ninguém

de discriminações impertinentes e ilegais. O que se pretende também é que a nova regulamentação possibilite reparar as injustiças cometidas contra o sistema, posto que milhares de pais de famílias estão relegados ao desemprego, sem renda, em virtude de suas cooperativas de trabalho

pode antecipadamente ter a certeza de que, estabelecidos, aprovados e consagrados, os novos critérios venham a funcionar efetivamente como antídoto da discriminação hoje imposta ao cooperativismo de trabalho. Mas é nosso dever pagar

terem sido consideradas “fraudes”, sem qualquer processo legal que justificasse a medida. Essa violência é maior ainda por atingir principalmente as pequenas cooperativas, que não dispõem de condições financeiras capazes de arcar com a con-

para ver, contribuindo todos, cooperativistas e amigos do cooperativismo, para a aprovação de uma regulamentação que não propicie margem a interpretações que atualmente chegam a desconhecer até direitos consagrados pela Constituição.

tratação a custos elevados de advogados competentes, com qualificação profissional que possibilite derrubar na Justiça as ações discriminatórias do MPT. É importante destacar, a propósito, que o sistema cooperativista tem sua

O que se espera da nova regulamentação é que ela apresente um resultado real e incontestável, já que as últimas tentativas nesse sentido não chegaram a bom termo. Ao aproximar-se do último ano do atual

licitude garantida pela Constituição. É o direito inalienável ao trabalho digno. É esse direito que cooperativistas de trabalho e cooperados esperam conquistar definitivamente com a nova regulamentação.

governo, o que o cooperativismo de trabalho espera do Presidente Lula é que ele confirme sua meta de fazer do Brasil

Milton Rangel é diretor presidente da Ser vice Coop 17


Pé na estrada

Nélio Botelho

Norma orgânica do ramo Transporte

O Conselho Especializado do Ramo Transporte é órgão consultivo e de assessoramento da OCB.

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Companheiro transportador, é com orgulho que trago até vocês um resumo da Norma Orgânica do Ramo Transporte, aprovada em encontro realizado em outubro em Brasília. Cabe ao Conselho Especializado do Ramo Transporte, que é órgão consultivo e de assessoramento da OCB, atuar de maneira firme e objetiva, na parceria às ações da mesma, em quaisquer questões que digam respeito aos interesses do ramo transporte; uniformizar as ações relativas e pleitear e adotar as medidas de utilidade aos interesses de todos os assuntos relacionados ao ramo constituindo-se defensor e cooperador ativo e constante de tudo quanto possa ocorrer para o seu desenvolvimento; representar o Ramo Transporte perante os demais e junto aos órgãos estatutários da OCB e contribuir para a efetiva integração do Cooperativismo de Transporte; estabelecer ações dimensionadas ao fortalecimento e ampliação das cooperativas de transporte; amparar e defender os interesses gerais do ramo transporte perante os Poderes Públicos Federais, Estaduais e Municipais, colaborando com os mesmos no estudo e solução de todos os assuntos que direta ou indiretamente possam, de qualquer forma, interessar e garantir ao ramo transporte todas as vantagens asseguradas pela legislação em vigor. O Conselho será integrado por um representante titular e um suplente de cada unidade da Federação, credenciados por cada OCE. As cooperativas de transporte sediadas em cada estado indicarão os candidatos à respectiva representação estadual. Nos impedimentos de qualquer conselheiro titular, este será representado por seu suplente, indicado pela respectiva OCE. As cooperativas inadimplentes com o Sistema OCB não poderão ter representantes no Conselho Especializado Nacional.

São atribuições do Conselho examinar permanentemente os problemas, as reivindicações e as soluções propostas referentes ao ramo assim como recomendar as ações que objetivem o desenvolvimento do cooperativismo por meio do equacionamento de situações relativas à qualidade e à normalidade das atribuições inerentes ao ramo. Cabe também proceder estudos e pesquisas com o objetivo de incrementar, aperfeiçoar e elaborar o Plano Anual de Trabalho. O funcionamento das reuniões será, ordinariamente, uma vez por trimestre e, extraordinariamente, sempre que necessário, com a maioria de seus membros, mediante convocação prévia do coordenador, acompanhada da pauta de assuntos para deliberações. A pauta, as datas e os horários das reuniões serão definidos pelos membros do Conselho, em reuniões do mesmo, ou pela coordenação. As reuniões são abertas a outros cooperativistas interessados, limitando o direito de voto unicamente aos componentes efetivos. As deliberações serão validadas com a aprovação da maioria dos votos dos membros presentes e os membros do Conselho que não comparecerem a duas reuniões consecutivas e regularmente convocadas, sem justificativa, serão excluídos. Finalizando, a OCB encaminhará às unidades estaduais relatório dos trabalhos do Conselho Especializado até o quinto dia útil do mês seguinte à realização das reuniões, para conhecimento, apreciação e divulgação entre as unidades cooperativas do ramo nos respectivos Estados. Recebam meu abraço e até o próximo encontro. Nélio Botelho é representante nacional do ramo Transporte junto à OCB. rio cooperativo


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Tecnologia a serviço das cooperativas

Com a percepção da demanda por soluções compactadas e eficientes em Tecnologia da Informação, internet e a agilidade na transmissão de dados, as cooperativas vêm se aperfeiçoando e buscando, a cada dia, uma maior capacitação para abranger as mais diversas necessidades e funções de seu cotidiano. Atualmente, as cooperativas dispõem de sistemas cada vez mais avançados que objetivam promover seu desenvolvimento e suprir as necessidades de segmentação de suas atividades. A Tecnologia da Informação constitui-se numa 20

ferramenta para o rompimento de barreiras entre pessoas e dados de seu interesse. A pesquisa e o desenvolvimento de novos mecanismos de produção de software são diferenciais que vêm sendo cultivados por algumas empresas especializadas em tecnologia para as cooperativas. Elas oferecem desde serviços tradicionais de informática, auxílio para proteção de equipamentos e dados, além de consultoria, desenvolvimento de sistemas, projetos e instalações de redes além de gerenciamento de banco de dados, backup, entre outros serviços. rio cooperativo


Capa Fácil solução No mercado desde 1995, a mineira Fácil Informática atua com sistemas voltados para cooperativas de crédito e planos de saúde, com um total de 200 clientes no ramo crédito, sendo 10 no Rio de Janeiro. Com presença em 14 estados brasileiros, a Fácil oferece soluções para cooperativas de crédito urbano e rural. Seu principal produto é o sistema operacional FacMútuo. Além disso, a empresa oferece um sistema de gerenciamento estratégico, o FacGer, e um sistema de informações gerenciais para centrais de cooperativas de crédito, o SIG. Para o gerente de tecnologia da Fácil, André Resek, é importante ter o controle total das operações, tanto na parte dos negócios como no operacional. “O sistema Fácil é totalmente integrado e permite que a Direção da cooperativa conheça melhor seus associados. A grande importância é tornar as cooperativas mais competitivas no mercado”, afirma o técnico. A Fácil trabalha com módulos de sistemas desenvolvidos em Oracle e sistema em internet, que permitem ao associado da cooperativa realizar transações sem sair de casa. O diretor comercial de marketing da Fácil, Joney Resek, acredita que a maior dificuldade na criação de um sistema é realizar treinamentos para que as cooperativas usem convenientemente o sistema. E que o maior problema é cultural: “A cooperativa tem que ser agressiva porque ela tem

Joney Resek (esq.), o presidente da Fenacred, Valdinar Gomes, a gerente da Coopestado, Cláudia Bechara, o diretor da Cooafprev, José Carlos, e o gerente da Fácil, André Resek

o banco como concorrente. Ou ela se torna eficiente usando toda a ferramenta que possa ou morre no mercado”, explica. No Rio de Janeiro, a Federação Nacional das Cooperativas de Crédito (Fenacred) e algumas de suas filiadas são as principais clientes da Fácil Informática. Como bom mineiro, Joney afirma que sua empresa vem conquistando credibilidade em nível nacional e crescendo aos poucos. “Só não estamos atendendo ainda do Oiapoque ao Chuí porque não chegamos ao Norte. Mas vamos trabalhando quietinhos, como os mineiros sabem fazer”, provoca o empresário.

Fácil solução A Easy System Informática fornece soluções em tecnologia para cooperativas de trabalho e produção de todos os setores e portes, assim como centrais e organizações estaduais. O software desenvolvido para centrais e OCEs é responsável hoje pelo controle de gestão de duas unidades estaduais (RJ e DF), sendo considerado por estas uma excelente ferramenta de trabalho, por controlar todos os cálculos de valores, contas a receber e demais funcionalidades do departamento financeiro, integrando com a contabilidade, bancos e a OCB.

A diretora comercial da Easy System, Sandra Pugno, e o diretor da Citacoop, Sias Rangel rio cooperativo

Por tal da Easy System: informações úteis para cooperativas de todos os segmentos, atualizadas diariamente

A ferramenta desenvolvida para as cooperativas de trabalho, o pacote de aplicativos EasyCoop, provê recursos para a gestão total dos processos da cooperativa, desde a pretensão do profissional a ser cooperado até o desligamento deste, passando pelo controle de produção, emissão do faturamento, contas a receber, pagamento aos cooperados, controle do fluxo de caixa e contabilidade. A empresa também oferece gratuitamente, através de seu portal na internet (www.easysystem.com.br ), um serviço de informações sobre cooperativismo, notícias diárias, modelos de atas, contratos, estatutos, declarações, manual do cooperado e outros documentos pertinentes ao ramo cooperativista. 21


Capa Otimização de processos A DN4 Tecnologia é uma especializada no segmento de cooperativas de trabalho, com atuação em todo território nacional, que oferece serviços de desenvolvimento de aplicações específicas, implantação e migração de sistemas, suporte e manutenção de aplicações e capacitação de usuários. A DN4 tem parceria com a Microsoft, Cláudio Duar te,diretor da DN4 tendo sido uma das primeiras empresas brasileiras a desenvolver aplicações na plataforma Dot.Net, que permite oferecer o que há de mais atual em recursos tecnológicos. Com larga experiência de mercado, a DN4 garante resultados bastante satisfatórios na relação custo/benefício nos processos de implementação de soluções. Seu diferencial fica por conta do trabalho de transferência de conhecimento aos profissionais de seus clientes, promovendo mudanças no ambiente organizacional, otimizando e integrando os processos nas cooperativas.

Opções múltiplas Para a Langsoft, empresa administradora de softwares para cooperativas de trabalho, administrar uma cooperativa é um assunto muito mais complexo do que parece. Desta forma, a empresa trabalha com a multiplicidade de alternativas de remuneração aos cooperados, formas de pagamentos e cobranças, controle ou transferências de verbas e benefícios, tudo isso multiplicado por uma razoável quantidade de tomadores de serviços, com características e periodicidades diferentes uns dos outros. Segundo o gerente comercial da Langsoft, Claudio Guimarães, a perspectiva da empresa não é de que uma cooperativa de trabalho necessite de alguns bons sistemas gerenciais, pois isso ainda seria insuficiente. “Esse potencial só poderá ser maximizado se ela contar com um sistema completo e flexível, que integre todos os aspectos de sua gestão operacional. Do cadastro do cooperado à emissão da nota fiscal, dos relatórios gerenciais à geração da Sefip, todos os processos devem estar integrados e disponíveis à toda a administração da cooperativa”, informa Guimarães.

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Cooperativas em site de relacionamentos No mundo virtual se encontra de tudo atualmente: vendas, bate-papos, procura, etc. Mas uma febre tomou conta da rede nos últimos anos, o site de relacionamentos Orkut, onde milhares de pessoas pelo mundo se encontram e debatem temas dos mais variados assuntos. E como não podia ser diferente, as cooperativas também estão lá presentes. O site de relacionamentos possuía, até o fechamento desta edição, mais de 200 comunidades cooperativas com as mais variadas formas. Elas divulgam o sistema e as cooperativas. É o caso da comunidade da “CTPT - Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área de Transportes” e da “Cooperativa de Crédito”, que foi criada para divulgar ainda mais as cooperativas de crédito existentes principalmente em Goiás”. Muitas dessas comunidades têm poucos membros participantes, mas outras são sucesso total. O Sicoob tem 17 comunidades, sendo que uma delas tem 298 membros, entre colaboradores, associados e interessados em discutir fatos e fatores relevantes ao Sistema das Cooperativas de Crédito do Brasil. Já o Sicredi tem 15 comunidades. A maior delas com 970 sicredianos que debatem desde a mudança para o prédio novo até questões sobre a mudança do banco de horas. O endereço eletrônico desta grande rede de relacionamentos é www.orkut.com.

Comunidade do Sicredi no Orkut

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Alicerce

Agropecuário

Iracy Caldas

Finalmente, sai o Banco Social

O Banco Social do Brasil está chegando para ser o banco do resgate da dignidade cidadã

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Enfim uma boa notícia para as cooperativas habitacionais. Finalmente está sendo implantado o Banco Social do Brasil (BSB), voltado exclusivamente para o Terceiro Setor. Esta é uma iniciativa da Confederação das Cooperativas Habitacionais do Brasil (Confhab), que há muitos anos vem lutando para ver atendidas suas reivindicações de igualdade de tratamento financeiro, no tocante a recebíveis, subvenções, empréstimos e todas as operações financeiras de empresas, quer sejam elas lucrativas ou não. O modelo é o mesmo que já vem sendo aplicado em Portugal e numa parte da Europa e da África, através do Banco Português de Gestão (BPG), que está sendo o consultor na implantação do BSB. Estamos abertos a acionistas para se transformarem em fundadores do Banco. Entidades sem fins lucrativos, ONGs, sindicatos, entidades

mutualistas e toda e qualquer entidade não governamental, desde que faça parte do Terceiro Setor, poderá se associar ao BSB. O BSB está vindo para ser o “banco do resgate da dignidade cidadã”, quer seja empresa ou pessoa física. A proposta do projeto do banco foi entregue ao Banco Central, em Brasília, que disponibilizou equipe técnica para auxiliar na elaboração do projeto. Acreditamos que, logo no início de 2006, estejamos recebendo o Registro Provisório do Banco e teremos no máximo 60 dias para a integralização do nosso capital inicial. Realmente, um avanço para o segmento cooperativo de habitação, que deveremos acompanhar com muita atenção. Iracy Caldas é presidente da Federação das Cooperativas Habitacionais do Estado do Rio de Janeiro

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Exemplo

Um novo conceito em cooperativismo A Dominium Coop mostra porque a união faz a força

Paulo Henrique: tornando real o sonho do mestre

A DominiumCoop - Cooperativa de Trabalho dos Profissionais das Áreas de Serviços surgiu em fevereiro de 1992, idealizada por um mestre em educação, o professor Darci Pereira, que sentia falta de um suporte técnico para as cooperativas, no tocante à capacitação de dirigentes e cooperados. “Por sua experiência em cooperativismo, o professor Darci sentia na própria pele essa falta de recursos e via como as cooperativas ficavam perdidas no dia-a-dia”, conta o diretor de Economia e Finanças, Paulo Henrique dos Santos Marinho. Com o passar dos anos, a DominiumCoop ampliou o foco de suas atividades, voltando-se para a área educacional, desde a alfabetização à pós-graduação. Com um total de 2.018 cooperados, 90% do quadro social é composto de professores e o restante se divide em consultores, auditores e contadores. Com sede no centro do Rio de Janeiro e atuação em todo o estado, a cooperativa, que tem como diretor- presidente Marcos Aurélio Aquiles Alves, é mantida por diversos profissionais que prestam serviços a instituições, empresas e cooperativas dos mais diversos segmentos, sendo distribuídos de acordo com sua especialização profissional.

Parcerias de qualidade Um importante diferencial da cooperativa no combate ao analfabetismo são as parcerias com empresas e instituições de renome, tais como Sesi, Sest, Senat, Senai, FGV, Museu Villa Lobos, Instituto Moreira Sales, entre outros. Da parceria com o Sesi, destaque para dois programas: o “Transformar” e “Por um Brasil Alfabetizado”, este último do Governo Federal. O programa tem como objetivo principal a alfabetização de jovens e já formou cerca de 40 mil alunos, que passaram pelas mãos dos professores cooperados da DominiumCoop. “Uma das coisas mais gratificantes dessas parcerias é ver como é importante para um 24

analfabeto aprender a ler e escrever. Cada formatura é uma emoção diferente, o que nos motiva a melhorar cada vez, incentivando nossos cooperados a continuar na luta por um Brasil mais digno. Pois não há forma de exclusão maior do que o analfabetismo”, avalia Paulo. Um dos projetos da DominimCoop para o próximo ano é criar sua própria infra-estrutura de cursos. Para isso, a cooperativa adquiriu um prédio de dois andares no centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que está sendo totalmente remodelado para abrigar cooperados que queiram ministrar suas aulas. A previsão é que o local esteja liberado para uso em abril de 2006.

Revisão de direitos Para Paulo Henrique, é preocupante a situação do cooperativismo no Rio, já que a Justiça insiste em afirmar que o cooperado é um profissional autônomo. “Um erro histórico do cooperativismo foi levantar a bandeira de que o cooperado é um autônomo. A autonomia absoluta é relativa, já que, ao entrar para uma cooperativa, o associado estabelece uma relação de trabalho com o tomador de serviços. Por isso, a hierarquia tem que existir, para que não vire uma

O presidente Marcos Aurélio Aquiles e a diretora administrativa Dalicea dos Santos rio cooperativo


eterna bagunça dentro das instituições”, explica Paulo. Um segundo ponto analisado pelo diretor são os direitos biopsicossociais do cooperado, já que este exerce um trabalho contínuo. “O Ministério da Previdência estabeleceu esses direitos, que ainda não prevalecem em muitas cooperativas, o que acaba fazendo com que sejam estereotipadas como fraudulentas. É preciso fazer uma revisão desses direitos”, diz Paulo Henrique, que também defende o repouso remunerado e a licença-maternidade para os associados de cooperativas.

Respeito ao cooperativismo O diretor da DominiumCoop acredita que, para que o cooperativismo em si mude e seja respeitado, é preciso rever o modelo do sistema, adequar as cooperativas e interceptar a vontade do Ministério Público de querer acabar com elas. “Em termos de cooperativismo, nosso país caminha muito devagar e isso se deve, infelizmente, à má educação cooperativista. Sabe-se pouco sobre a história do cooperativismo, o que é, de onde veio e para onde caminhamos. É isso que temos que exterminar para sermos acreditados novamente”, afirma o diretor. Em se tratando de Governo Federal, Paulo Henrique também crê que cooperativas e cooperados não têm muito o que comemorar. Desde a posse do presidente Lula que todas as cooperativas esperam o tão prometido apoio. “Mas este só foi dado para as de crédito e agricultura, por possuírem mais verbas”, critica o diretor.

rio cooperativo

Equipe da Dominium Coop

Segundo Paulo Henrique, está nas mãos dos próprios interessados, cooperativas e cooperados, mudar de vez esse quadro. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) elaborou um projeto de lei com critérios e procedimentos para o funcionamento das cooperativas de trabalho que já foi encaminhado ao Congresso Nacional e está à disposição de todos. O sucesso desse documento depende da adesão e prática de todas as cooperativas, com as organizações estaduais atuando como fiscais. “Esperamos que esse projeto traga de volta a credibilidade do setor cooperativista, principalmente para as cooperativas de trabalho”, defende Paulo Henrique.

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Na ponta do lápis

José Ribamar do Amaral Cypriano

O Capital Social

No cooperativismo, o voto é singular, independente de quantas cotas cada cooperado possui em relação a outro, privilegiando assim a pessoa em detrimento do capital.

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Será o Capital o fator mais importante para se montar uma cooperativa? Esta pergunta pode ser respondida por diversas correntes de pensamentos, porém, como o tema é contábil vamos enfocá-lo por esse caminho. Toda empresa, por menor que seja, necessita, para iniciar suas atividades, de um capital, geralmente integralizado em dinheiro. No cooperativismo, já visualizamos a primeira diferença na nomenclatura da conta, que se chama Capital Social, enquanto que, em uma empresa com fins lucrativos, sua denominação é simplesmente Capital. Isso nos faz refletir sobre a importância do capital no cooperativismo, pois, sem hipocrisia, sabemos que sem a força do capital e do trabalho juntos dificilmente algo sobrevive. Porém é notório que no cooperativismo se valoriza mais o trabalho em detrimento do capital, a começar pela própria nomenclatura da conta Capital Social. Em seguida, se observarmos o que preconiza o artigo 4º da lei 5.764/71, quando diz que “as cooperativas são sociedades de pessoas”, fica claro que, no cooperativismo, não é o capital o mais importante, e sim a união de bens e serviços das pessoas para que, em proveito comum, possam suprir suas necessidades através da geração de uma atividade econômica. Ainda no artigo 4º, a lei cita outras particularidades sobre o capital social, porém reputo o inciso V como um dos que mais confirmam a importância das pessoas em relação ao capital, pois, quando a lei fala sobre a singularidade do voto, ela simplesmente desmonta a prática de quanto mais capital se possuir mais se pode mandar na empresa e, conseqüentemente, exercer o controle acionário. No cooperativismo, o voto é singular, ou seja pessoal, independe de quantas cotas cada cooperado possui em relação a outro, mais uma vez privilegiando a pessoa em detrimento do capital. Este ponto é de vital compreensão, pois é o que difere a cooperativa das outras sociedades que conhecemos.

Alguns cooperativistas ainda hoje pensam que podem adquirir mais cotas em suas cooperativas para ter um poder de decisão maior do que outros com menos cotas. Ledo engano. A lei 5.764/71, no Capitulo VI, trata basicamente sobre o Capital Social, principalmente em seus artigos 24º a 27º. Dentre eles, destaco como pontos mais importantes os seguintes itens: 1) O capital social necessariamente terá que ser subdividido em quotas partes, sendo estas nunca superiores ao maior salário mínimo em vigência no país; 2) Regra geral, nenhum cooperado poderá subscrever mais de um terço do total de cotas da cooperativa; 3) Após o cooperado integralizar totalmente seu capital social, a cooperativa pode continuar descontando capital social pelo seu movimento econômico, desde que exista previsão em seu estatuto social; 4) O único tipo de benefício ou privilégio que a cooperativa poderá fornecer ao capital social são pagamentos de juros que variam de 0% a 12% ao ano. Pode parecer óbvio, mas tal remuneração só deverá ser feita em caso da cooperativa apurar sobras suficientes. 5) O cooperado poderá integralizar seu capital social em bens previamente avaliados pela cooperativa ou mediante retenção de determinada porcentagem do valor do movimento financeiro de cada associado. Toda essa movimentação deverá estar registrada no seu Balanço Patrimonial Comparado, no grupo do Patrimônio Líquido, com suas respectivas contas retificadoras de capital a integralizar, podendo se controlar em registros auxiliares a movimentação de cada cooperado quando este número for elevado, porém deve-se sempre ter bastante atenção para que todo o movimento de entrada e saída de cooperado esteja devidamente contabilizado na época em que se deu o fato e não somente ao final do exercício ou no fechamento do balanço. José Ribamar do Amaral Cypriano é contador especializado em cooperativas e entidades classistas. rio cooperativo


Encontro é sucesso em sua primeira edição

Orliane Rangel, Núbia Bittencour t e Adriana Amaral: a força feminina debate o cooperativismo

Mais de 80 cooperativistas participaram da primeira edição do Debate Cooperativo, evento promovido pela Montenegro Comunicação Corporativa, no dia 29 de novembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no centro do Rio de Janeiro. Dividido em duas etapas, o debate teve como primeiro tema a “Tributação Cooperativista e Aspectos Jurídicos”, com a participação das advogadas Adriana Amaral e Núbia Bittencourt, do escritório Amaral, Bittencourt & Advogados Associados, o diretor financeiro da Federação das Cooperativas de Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (Febracoop), Sidnei Augusto de Oliveira. Adriana Amaral destacou a importância do cumprimento da lei e os cuidados para evitar a bitributação de alguns cooperados, e apontou as armas das cooperativas para evitar tributações exorbitantes.

O público par ticipou ativamente do Debate rio cooperativo

Já Sidnei Augusto explicou os direitos e deveres das cooperativas, do ponto de vista fiscal, e o passo a passo do INSS. A segunda parte do encontro tratou da Sidnei Augusto “A Força-Tarefa do Ministério Público”. As advogadas debateram o polêmico tema com a presidente da Cosertep e vice da Febracoop, Orliane Rangel, a inconstitucionalidade do Termo de Ajuste de Conduta. As debatedoras apontaram caminhos para lutar contra o termo do MP e como cooperativas de outros estados têm enfrentado o problema. O tema teve grande participação do público, que expôs seus próprios casos. Segundo o organizador do evento, o jornalista Cláudio Montenegro, “o Debate Cooperativo tem o objetivo de oferecer ao cooperativismo fluminense mais um espaço para discutir os caminhos para o crescimento do setor”. A partir de 2006, os encontros serão mensais, sempre com entrada franca. As cooperativas podem ajudar a escolher os próximos temas. Basta enviar as sugestões para o endereço eletrônico debatecooperativo@montenegrocc.com.br. 27


Data Vênia

Adriana Amaral dos Santos

A necessária individualização do ato cooperativo

A exclusão da base de cálculo do PIS/Cofins que a MP do Bem permitiu às cooperativas de crédito e transporte de cargas deve ser extensiva a todos os ramos, uma vez que todos praticam ato cooperativo de maneira idêntica.

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A cada dia, me convenço da necessidade de individualizarmos o ato cooperativo, ou seja, de tratarmos a cooperativa como uma aglutinação de pessoas que não perdem a sua individualidade, mas, ao contrário, desfrutam-na com maior intensidade por meio desta aglutinação. Tal fato parece-me claro na medida em que a Lei n° 5.764/71 dispõe em algumas passagens sobre esta individualização, como por exemplo: a) retorno das sobras líquidas do exercício proporcionalmente às operações realizadas pelo associado; b) rateio dos prejuízos entre os associados, na razão direta dos serviços usufruídos por cada um. É exatamente este o diferencial das cooperativas em relação às demais sociedades civis ou empresariais e até mesmo associações. É isto que as faz ser “sui generis”. A partir do momento em que passamos a individualizar o ato cooperativo e, por via de conseqüência, passamos a demonstrá-lo, a operacionalização fica mais fácil de ser compreendida. Assim, nas cooperativas de trabalho, por exemplo, o ato cooperativo se configura no valor da produção repassado a cada cooperado. É sobre o valor da produção de cada cooperado que identificamos a base de cálculo para a incidência de ISS, cujo fato gerador é a prestação de serviços. Ora, se a prestação de serviços para um tomador é realizada diretamente pelo cooperado é sobre este que deve recair o ISS. Aqueles que acham absurdo devem refletir que esse raciocínio exclui a incidência de PIS e da Cofins posto que recaem sobre pessoa jurídica e não pessoa física. Além do mais, aquelas atividades que são isentas de ISS poderão continuar com o benefício da isenção, como ocorre com os taxistas. O fato de estarem aglutinados em cooperativa não altera a natureza jurídica do ato pelos mesmos praticados.

A corrida de táxi é prestada de maneira idêntica para o usuário, seja o motorista cooperativado ou não. A cognominada “MP do Bem”, já convertida na Lei n° 11.196, de 21 de novembro de 2005, alterou o art. 30 da Lei n° 11.051, de 29 de dezembro de 2004, excluindo da base de cálculo os ingressos decorrentes do ato cooperativo das cooperativas de crédito e transporte rodoviário de cargas, quando da apuração dos valores devidos a título de Cofins e PIS-faturamento. Essa alteração é mais um singelo reconhecimento da nãoincidência de tributação sobre o ato cooperativo, como ocorre na legislação de imposto sobre a renda. Essa exclusão, no entanto, deve ser extensiva a todos os ramos do cooperativismo, uma vez que todos praticam ato cooperativo de maneira idêntica. Assim, competirá aos profissionais do direito a alegação da necessária aplicação do princípio da isonomia tributária contido na Constituição Federal no art. 150, II que dispõe sobre a vedação de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibindo qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. Esta conduta possibilita separar as ações da cooperativa daquelas que são inerentes aos cooperados “de per si” e viabiliza defesas nas esferas administrativa e judicial. Para que isto seja possível, no entanto, torna-se necessário que o cooperado assuma seu papel de contribuinte, permanecendo em dia com suas obrigações tributárias. Adriana Amaral dos Santos é advogada especializada em Direito Cooperativo e sócia da Amaral, Bittencourt & Advogados Associados. rio cooperativo


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Direto ao ponto

Maria de Fátima Moraes Rodrigues

A alta competitividade do mercado

Para sermos eficientes e apresentarmos resultados, precisamos planejar de forma global, sem perder o foco local. Isto significa um conjunto de ações que formarão o todo da qualidade de atendimento e dos demais objetivos da empresa cooperativa.

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O mercado está cada vez mais competitivo, e isso afeta a todos os atores desse processo, empresas e colaboradores. Essa competitividade exige, acentuadamente, participação em programas de treinamento, que merecem nossa plena e especial atenção, principalmente nas cooperativas de crédito, instituições hoje com grande visibilidade e, portanto, alvo de exigências e, até mesmo, de críticas. Junto com os programas de treinamento, são indispensáveis as normas de conduta e a ética, que devem ocupar um espaço fundamental nesses programas e permear nossas ações. A percepção que temos desse processo é que os investimentos maciços feitos na capacitação permanente dos colaboradores e no Corpo Diretivo das cooperativas, aliados aos investimentos em tecnologia, na pesquisa (ferramenta indispensável, para quem quer efetivamente conhecer as expectativas e opiniões dos seus cooperativados), nas instalações físicas e no marketing, ainda não são o “tudo”. A questão mesmo assim é: como preencher melhor as necessidades dos associados? O nosso diferencial? Taxas menores, atendimento personalizado, a proximidade com o dia-a-dia da cooperativa, a participação ativa nas decisões, os produtos e serviços bem mais adequados à realidade dos nossos sócios? Não existe fator de sucesso isolado, já fomos ensinados que, para sermos eficientes e apresentarmos resultados, precisamos planejar, e planejar muito, de forma global, porém, sem perder o foco local. Isto significa um conjunto de ações que formarão o todo da qualidade de atendimento e dos demais objetivos da empresa cooperativa. Das cooperativas de crédito, exige-se atender muito bem cada cooperativado cliente, o que significa que estaremos atendendo muito bem a todos os demais. Precisamos pensar grande, pensar na magnitude da missão e do objetivo do Coope-

rativismo, apesar da magnitude do mercado, porém, individualizar totalmente o atendimento a cada cooperativado é essencial. Esta é uma qualidade intrínseca do Cooperativismo que nos garante pontos e pontos de vantagem. E isto, só conseguimos quando a equipe que inclui colaboradores e a Direção da cooperativa busca o aperfeiçoamento também da conduta pessoal na sua relação com o cooperativado, a qualidade dos serviços e a plena adequação a legislação vigente e aos normativos do Banco Central do Brasil e dos Órgãos de Representação do Sistema. Um único deslize, a ausência de um planejamento e o descumprimento de uma regra prudencial, compromete toda a estrutura implementada, todos os grandes investimentos feitos na capacitação, na estrutura física e tecnológica. Portanto, o fator de sucesso está sustentado em um conjunto de habilidades que hoje temos que desenvolver dia após dia, já que o mercado é ágil, altamente tecnificado e feroz competidor. A nosso favor, temos o grande diferencial da responsabilidade social, que, mesmo antes do termo se tornar moda e de ser praticado, as cooperativas já o praticavam pelo fato de ser algo inerente aos nossos princípios cooperativistas. E, princípios, são as proposições básicas fundamentais que condicionam todas as estruturações subseqüentes. Hoje, o mercado em geral e o nosso próprio mercado exigem o diário aperfeiçoamento do desempenho e além das habilidades técnicas, a boa formação, a postura correta e o foco correto. Conduta (postura, ética) e desempenho (capacitação, gestão, resultados), agregados a todos os pontos citados, são fatores que definirão os avanços no Cooperativismo de Crédito. Maria de Fátima Moraes Rodrigues é consultora especializada em Cooperativismo rio cooperativo


Crédito

Mudanças são discutidas em encontro do Bacen

Encontro reuniu mais de 150 representantes de cooperativas de crédito

O Banco Central realizou, em novembro, em sua sede no Rio de Janeiro, um encontro com as cooperativas de crédito para apresentar as mudanças promovidas pela Resolução 3.321/05 e dar dicas sobre relatórios das Assembléias Gerais Ordinárias, visando esclarecer pontos importantes e sanar problemas das instituições. O Bacen também apresentou as novas regras em vigência e alertou para a obrigação da auditoria, já que algumas cooperativas não mais terão o serviço prestado pela Central das Cooperativas de Crédito do Rio de Janeiro (Cecrerj). Para o presidente da Credicerj, Wagner Guerra, algumas cooperativas terão dificuldades: “Temos até março para contratar uma auditoria particular, que não é barata e há algumas cooperativas com recursos presos na Central. Muitas fecharão o ano com prejuízo e ainda terão que arcar com uma auditoria externa.” Mas Guerra crê que o Bacen será tolerante: “O Banco está ciente e vai entender a situação.” Já o gerente da Federação Nacional das Cooperativas de Crédito Urbano, Paulo Muniz, não crê em problemas com auditoria: “Existem empresas especializadas, na Fenacred mesmo Hélio Luiz temos uma auditoria rio cooperativo

contratada, que presta serviço para mais de 30 filiadas. O próprio Bancoob e Centrais de outros estados estão oferecendo este serviço”, aponta Muniz. Sem medo da punição O gerente técnico regional do Banco Central, Hélio Luiz, faz coro com o Muniz: “Sabemos que a quebra vai gerar dificuldades, mas as cooperativas saberão encontrar o caminho para a sua sobrevivência e saberão cumprir o que desejamos.” Hélio diz que não há a intenção de punir cooperativas que não consigam se adaptar. “A punição vem após vários contatos para quem não cumprir as determinações, o que será estudado caso a caso.” Paulo Muniz também acredita que as mudanças serão boas para a profissionalização do cooperativismo de crédito fluminense. “Isso representou um avanço. O Bacen deu a possibilidade para as cooperativas já existentes de abrirem o estatuto e se abrigarem em grupos que poderiam constituir outras cooperativas”, destaca o gerente da Fenacred. As mudanças do Bacen vêm causando tensão em algumas cooperativas, mas a maioria dos dirigentes concorda que serão boas, como afirma a diretora da CECM da Viação Nossa Senhora do Amparo, Cláudia Rangel: “Toda mudança gera dúvidas, mas acho que as adequações serão boas para todas as cooperativas”, afirma a dirigente. 31


Crédito

Fenacred analisa nova Resolução do Bacen Através da Resolução 3.321/05, o das cooperativas em questão, bem como dos grupos Banco Central do Brasil consolidou e envolvidos, nos casos de admissão. introduziu novas normas, que tratam Auditoria obrigatória sobre a constituição, autorização para A auditoria externa é obrigatória, sendo da funcionamento, alterações estatutárias alçada das Centrais em suas filiadas, e por e o cancelamento de autorização de auditor independente, com registro na CVM para cooperativas de crédito, bem como a as não filiadas. realização de auditoria externa em “Achamos difícil uma central fazer auditoria cooperativas singulares de crédito. em não filiadas, por não haver um interesse A Federação Nacional das Cooperamaior, ou por ter de apresentar um custo tivas de Crédito Urbano (Fenacred) divuldiferenciado”, comenta o gerente da Fenacred. gou circular entre suas cooperativas filiaSegundo Muniz, a Fenacred mantém contrato das, em que analisa a nova Resolução Para Paulo Muniz, as cooperativas devem ficar atentas ao maior rigor do Bacen coletivo para auditoria independente com a do Bacen, que engloba 38 artigos. O empresa Mandarino & Associados Auditores documento divulgado pela Fenacred Independentes S/C, em que as filiadas, de acordo com o seu enfatiza as normas que dizem respeito ao funcionamento, porte (pequena, média ou grande), pagam a auditoria em 12 devendo ser observadas pelas cooperativas em atividade. O gerente administrativo da Fenacred, Paulo Muniz, informa parcelas iguais e sem reajuste, em valores acessíveis e abaixo que foram revogados os normativos anteriores, passando o dos preços de mercado. A auditoria será realizada uma vez por ano, ao término do novo texto a sistematizar os procedimentos referentes às exercício social, em 31 de dezembro de cada ano. cooperativas de crédito. Alteração estatutária

Depósitos distribuídos

De acordo com o artigo 3º da Resolução, todo e qualquer pedido de alteração estatutária deverá ser objeto de projeto prévio, a ser submetido ao Bacen e, somente após sua aprovação, é que deverá ser feita a reforma do estatuto. O Bacen também passará a exigir que nos relatórios semestrais dos três anos seguintes, sejam relatados os resultados alcançados, e previstos no projeto de alteração estatutária pedido. Outra exigência refere-se à opinião do auditor independente sobre os resultados alcançados, decorrentes da alteração estatutária. Além disso, caso os objetivos propostos no projeto não sejam alcançados, o Bacen poderá exigir justificativas e dar prazos para ajustes. Já o artigo 9o regula os tipos de cooperativas de crédito que podem ser constituídas. Nesse item, o Bacen admite a possibilidade da cooperativa associar grupos diferentes daquele que a originou, desde que possam se enquadrar como grupos que possam originar uma nova cooperativa, tais como empregados de uma empresa ou grupo empresarial, servidores de autarquias, profissionais de uma ou mais categoria afins ou correlatos, etc., desde que existentes na mesma área de ação da instituição. As fusões e incorporações, por sua vez, passam a ser estimuladas, desde que sejam preservados os direitos dos associados

As cooperativas só poderão manter depósitos à vista e/ou aplicações em um mesmo banco, no equivalente a 25% do seu PR (Patrimônio Líquido + Receitas – Despesas), devendo diversificar o excedente para outros estabelecimentos. Além disso, o Bacen reajustou de 5% para 10% do PR o limite de concessão de empréstimos ou prestação de garantias a somente um associado, pelas cooperativas não filiadas a uma central. O excedente é considerado falta grave pela fiscalização do Banco, sendo a diretoria da cooperativa passível de processo administrativo. Segundo Muniz, o Bacen dispõe desses motivos para uma liquidação acelerada, onde através de uma divulgação com o prazo de 30 dias, comunica a intenção de cancelar a autorização de funcionamento, dando baixa de ofício da autorização. O Banco Central determina ainda que a cooperativa tenha quadro informativo, comunicando os direitos e deveres dos associados, além das taxas de juros, políticas de empréstimos e telefone do Bacen para reclamações. “A nova Resolução é muito clara quanto às exigências do Banco, devendo os dirigentes ficar atentos quanto às suas responsabilidades, bem como cobrar de seus subordinados a mesma atenção”, enfatiza Paulo Muniz.

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Linhas do Crédito

Wagner Guerra da Fonseca

Os riscos do crédito consignado

As cooperativas de crédito têm a preocupação de que o seu associado solicite o que realmente precisa para sua emergência, ou para compra de um bem, sem que o mesmo fique com seus compromissos do dia-a-dia abalados.

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Vamos começar com uma pergunta

associado e ele sabe que as sobras se

a todos os leitores: alguém lhe ensinou a controlar seu dinheiro? Com certeza, a maioria dirá que não. Por mais letrados que sejamos, pouquíssimas vezes fomos orientados sobre como se administra dinheiro. Quando nossos jovens entram numa universida-

reverterão para seu próprio benefício. Vemos, hoje, a abertura de diversas entidades financeiras com a finalidade de emprestar dinheiro aos aposentados, tendo a garantia do desconto na folha de pagamento, que até pouco tempo era uma operação das coope-

de, logo recebem um cartão de crédito, com o qual ficam felizes, sentem-se importantes, já estão no meio financeiro. Mas como não aprenderam a administrar o seu parco dinheirinho, logo serão participantes da ciranda financeira que tanto

rativas de crédito. Muitas financeiras, ninguém jamais ouviu falar. Vemos, até com certa tristeza, artistas, bem-sucedidos e bem pagos, indicando essa ou aquela financeira e apregoando taxas que, na verdade, são acima das apre-

lucro tem dado aos bancos. As cooperativas de crédito, além do financiamento, têm a função social de orientar seus associados sobre as linhas de crédito que necessitam. As cooperativas de crédito têm a preocupação de

sentadas, tudo para endividar ainda mais nossos pobres aposentados, que, depois de fisgados, passarão a ser somente um número. Não devemos nos iludir, pois, por trás destas financeiras, o que existe é um

que o seu associado solicite o que realmente precisa para sua emergência, ou para compra de um bem, sem que o mesmo fique com seus compromissos do dia-a-dia abalados. As cooperativas apresentam uma melhor taxa, melhor

conglomerado de bancos que crescem a cada dia, com lucros jamais vistos, em qualquer país do mundo civilizado. É preciso refletir seriamente sobre as conseqüências desses atos, sob pena de estarmos condenando aqueles mais

prazo, dialogamos com o associado o que é melhor para ele, sem comprometer a saúde financeira da instituição. Juntos, sempre encontram uma solução que atenda aos dois, pois esta é a função social da Cooperativa, que pertence ao

necessitados a passar, por mais privações em seu dia-a-dia. Wagner Guerra da Fonseca é presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados da Ampla, vice-presidente da OCB/RJ e representante do Sindicoopcred junto à OCB/RJ.

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Informe Especial: Credicerj

No caminho da modernização Credicerj aposta em mudança de visual e novos produtos para conquistar mais espaços em 2006

A nova entrada da Credicer j: bom gosto e praticidade

Em um momento que o cooperativismo de crédito do estado do Rio passa por dificuldades, a Cooperativa de Crédito dos Empregados da Ampla, a Credicerj, se moderniza e busca novas maneiras para crescer em meio à crise. A primeira mudança é visual. A Credicerj contratou os serviços de uma designer para dar uma nova cara à sede em Niterói. Quem entra na cooperativa encontra um ambiente mais aconchegante e confortável, oferecendo um atendimento mais pessoal e discreto. As mudanças atendem às necessidades pedidas pelos cooperados. Mas essa é uma pequena mudança diante dos planos da diretoria, que tem como presidente Wagner Guerra da Fonseca e se prepara para enfrentar os obstáculos do próximo ano. “O cooperativismo de crédito está passando por dificuldades e temos vários concorrentes fortes, que são os bancos e financeiras, que estão por aí crescendo de forma assustadora e desordenada. Para fazer frente a isso é que estamos planejando nosso crescimento com a modernização de nossos serviços”, aponta Guerra, que quer dar um novo lema para a Credicerj neste ano: “O nosso pensamento tem que ser: comece pequeno, pense grande e cresça rápido”. Entre as metas para 2006, está a apresentação da coope-

O ambiente de trabalho ficou mais discreto e pessoal 34

rativa para 2 mil aposentados da Ampla que ainda não são sócios. Guerra acredita que até o final do ano que vem o quadro social aumente em, pelo menos, 500 cooperados. Outro plano da cooperativa é a ampliação dos serviços. A Credicerj está em conversações com o Bancoob para a aquisição de um cartão de afinidades e talão de cheques próprio. “Queremos trabalhar para melhorar a nossa relação com o cooperado, que é o dono e usuário da Credicerj”, explica Guerra, informando que os novos serviços devem estar disponíveis para os cooperados até abril. Mas em um momento de dificuldades não parece estranho realizar investimentos? Guerra usa um pensamento chinês para responder a essa questão: “Nas crises é que aparecem oportunidades. As cooperativas que não se modernizarem vão ter problemas.” O presidente da Credicerj diz que tem aprendido muito nos congressos e seminários e com outras cooperativas: “Sempre que há algum encontro, se não puder estar presente, envio alguém da cooperativa para acompanhar. As cooperativas têm que ter a visão voltada para a evolução, sem medo de pedir ajuda se precisar. Sempre que vir uma cooperativa mais evoluída, vou pedir auxílio, até porque tenho muito que aprender”, complementa Guerra.

Os cooperados agora têm maior confor to enquanto esperam o atendimento

Os diretores Antônio Ribeiro, Wagner Guerra e Adilson Guimarães: prontos para os novos desafios rio cooperativo


“Para se modernizar, uma cooperativa tem que mudar as bases”

A designer Fernanda Almeida, que mudou o visual da Credicerj, conta que uma empresa com pensamento antiquado não pode se atualizar. Uma imagem moderna e renovada. Esta é a visão dos cooperados que chegam para ser atendidos na sede da Credicerj, em Niterói. A responsável pela mudança visual da cooperativa é a designer Fernanda Almeida, que criou um ambiente mais claro, moderno e acolhedor, representando a competência, a eficiência e a receptividade da instituição. A designer acredita que o antigo ambiente dava uma falsa idéia do que realmente é a Credicerj: “A imagem da cooperativa era rústica, escura e remetia a interiores da década de 80. A primeira impressão que passava ao cliente era a de uma empresa morosa, burocrática e pouco acessível, a começar pelo labirinto que se tinha que atravessar para chegar às salas de atendimento e diretoria”, explica. Para mudar o layout da cooperativa, Fernanda usou um atendimento mais humanizado adotado em algumas instituições financeiras e bancárias, com mesas baixas no lugar de balcões, acessos livres, informação e comunicação direta através do uso de cartazes. Para realizar a mudança, Fernanda pesquisou conhecer o cotidiano da Credicerj e junto com a diretoria definiu as metas da cooperativa: “Só é possível modernizar

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uma empresa se as mudanças ocorrerem também em suas bases, em sua estrutura, no modo de pensar e agir de todos, dos funcionários aos diretores. Quando fui chamada para fazer o projeto da Credicerj, esta idéia já estava plantada. O que fiz foi melhorar os fluxos de trabalho, acabando com os labirintos, projetar móveis com linhas limpas e fortes, clarear os ambientes com o uso de cores e iluminação adequados, e usar materiais nobres como o vidro e a madeira para conferir requinte ao ambiente”, conta Fernanda. A mudança não está só no que o associado pode enxergar. A parte elétrica foi trabalhada para ser mais prática ao dia-a-dia da cooperativa. Foi criada, ainda, uma nova sala para a diretoria, tudo para que o local seja mais agradável para os que ali trabalham. O ambiente ideal para as conquistas estabelecidas para 2006: “A Credicerj melhorou sua imagem, o que é fundamental para conquistar novos associados”, profetiza Fernanda. E para quem estiver interessado em projetos para sua cooperativa, os contatos de Fernanda Almeida são: f_m_almeida@ig.com.br e os telefones (21) 3714-4626 e 8116-8819.

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Serviço

Sistema Inteligente de Bonificação O produto que promete revolucionar o mercado de capitalização Foi prevendo as dificuldades advindas com a aposentadoria e apostando numa possível falência do sistema de previdência que surgiu o Sistema Inteligente de Bonificação, um produto que promete para aqueles que aderirem a ele um rendimento mensal de até R$ 6 mil. E tudo o que se deve fazer para conquistar essa renda mensal é indicar um novo associado ao sistema. E como acontece esse “milagre dos peixes”? Segundo seu criador, o consultor de seguros Wilson Cardoso, o Sistema Inteligente de Bonificação funciona em forma de network marketing (que, na tradução literal, seria venda por indicação), que vem a ser o mesmo que um sistema de alcance de bonificação. Através dele, o cliente adquire um título de capitalização, o MultiCap 84 da Sul América Capitalização, e investe um capital de R$ 100 mensais. A cada indicação de novos clientes que fizer, recebe um bônus por cada cliente e assim sucessivamente. “Se em tantos outros países é um sucesso, porque também não pode ser no Brasil? Só nos EUA, cerca de 25% do PIB americano gira em torno desse sistema”, aponta o consultor, que estudou o sistema durante quatro anos e montou sua própria corretora, a Patrioliver, para comercializar o produto. “Sem querer ser pretensioso, é possível que este seja o início de uma intensa distribuição de renda no Brasil. O que adianta ter muito dinheiro e mantê-lo trancado?”, avalia Cardoso.

Já o diretor executivo da corretora Cooperação, Vitor Lopes, acredita que o produto é ideal para cooperados, pois oferece a chance de ter algumas vantagens a mais que em suas instituições cooperativas. “Em 1999, prometi um sistema com essas características para as cooperativas. Quando o Wilson Cardoso me mosVítor Lopes e Wilson Cardoso, trou, vi que era exataidealizadores do Sistema mente o que buscava. É um programa sério, fiscalizado pela Superintendência de Seguros e Previdência (Susep), chancelado por uma seguradora de tradição, a Sul América. Portanto, não há como falhar ou quebrar, como se fosse um banco”, explica Lopes. Os interessados no Sistema Inteligente podem entrar em contato com a Cooperação pelo telefone (21) 2263-1370 ou pelo e-mail seguroscooperacao@terra.com.br.

Analise, compare e tire sua própria conclusão Produto Poupança Produtos previdenciários (PGBL / VGBL) Fundo de renda fixa

Aplicação de R$ 100 ao longo de 12 meses + rentabilidade financeira R$ 1.300,00 R$ 1.350,00 (3% de taxa de administração) R$ 1.400,00

Título de capitalização Multicap 84 + afiliação ao Sistema Inteligente de Bonificação Produto

Aplicação de R$ 100 ao longo de 12 meses + rentabilidade financeira

Fundo de capitalização Multicap 84 Bônus advindos da rede clientes aderentes ao Sistema Inteligente de Bonificação* Ganho total ao final de 12 meses

R$ 1.200,00 R$ 5.220,00 R$ 6.420,00

*Admissão de 155 afiliados ao Sistema no 1º mês. 36

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Sala de Estar

Um bom espumante par estas paraa as ffestas

Divulgação

O Espumante Moscatel Aurora foi elaborado com uvas Moscato Bianco e Malvasia Bianca. Apresenta agradável frescor, perfume delicado, baixa graduação alcoólica e perlage persistente devido ao processo de fermentação natural (tipo Asti). O Espumante Moscatel é elaborado pelo processo Asti, que, na Itália, tem sua origem na Região de Piemonte e dá o nome à bebida naquele país. Este vinho obteve prêmios no ano de 2003, como a medalha de ouro no concurso Effervescents du Monde, na França, a medalha de prata no 4º Concurso Internacional Panamá, no Panamá. Acompanhamento perfeito para seu happy hour, pode ser servido como aperitivo e com sobremesas. É uma boa opção para as festas de final de ano. Sirva gelado. É oferecido em caixas com seis garrafas de 750ml. Para contatos, o SAC Aurora é 0800-701-4555. O endereço da Filial Rio é Rua Paulo e Silva, 30, São Cristóvão, Rio de Janeiro-RJ.

Entre umas e outras ABC do vinho Amargo: Sensação que aparece quando são excitadas as papilas situadas na base da língua. Aromático: Odores frescos e agradáveis, derivados da uva e transformadas no vinho. Áspero: Vinho de elevado teor alcoólico e acidez, causa sensação de dureza e secura, própria de tintos aptos para envelhecimento. Aveludado: Apresenta um conjunto de sensações gustativas muito harmônicas e de finíssima suavidade, com acidez imperceptível. Bouquet: Conjunto de aromas de um vinho, adquirido durante sua conservação e no período de envelhecimento. Brilhante: Vinho perfeitamente límpido que reflete a luz com brilho. Capitoso: Vinho com cheiro desagradável ranço, lembra à manteiga ácida e rançosa. Rico em álcool e bouquet. Chato: Vinho alcoólico e tânico e de acidez muito baixa. Corpo: Vinho que apresenta uma constituição robusta, rica de cor, acidez, extrato, álcool e tanino, porém perfeitamente equilibrada. Cozido: Vinho com sensação de gosto de cozido, pesado, lembrando frutas caramelizadas. Fonte: Vinícola Aurora (www.vinicolaaurora.com.br)

Navegar é preciso

Um site de fácil navegação O site do Instituto Brasileiro de Qualificação Cooperativa (IBQC) é bem simples, de fácil acesso e bastante útil para as cooperativas. Com agenda, notícias atualizadas, notas da imprensa, área para a inclusão de currículos e apresentação de vagas disponíveis para empregos. As empresas também podem solicitar profissionais através do site. Um site onde se pode realmente achar o que se procura. Vale a pena dar uma olhada: www.ibqcoop.com.br.

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