Catálogo - 13º Festival de Dança de Londrina (2015)

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13º FESTIVAL DE DANÇA DE LONDRINA De 2 a 11 de outubro de 2015 www.festivaldedancadelondrina.art.br PRESIDENTE DE HONRA Leonardo Ramos COORDENAÇÃO GERAL Danieli Pereira COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Renato Forin Jr. COORDENAÇÃO TÉCNICA Roberto Rosa EQUIPE DE PRODUÇÃO

Camila Sampaio Francine Galbier Roselene Leite José (Toko)

Í N D I C E ARTE EM TEMPOS DE INSTABILIDADE . 2 ESPETÁCULOS

EQUIPE DE ASSESSORIA DE IMPRENSA

Renato Forin Jr. Claudia Freitas FOTOGRAFIA

Fábio Alcover Mariana Hertel EQUIPE TÉCNICA

Romildo Ramos Erick Barbosa da Silva

NO SINGULAR . 6 LICENÇA PREU PASSAR . 7 OLHAR COM OLHOS VIRGENS . 8 ENTRE DOIS MUROS, MARCHEMOS . 9 BERNÚNCIA . 10 DANÇA LONDRINA . 11 CEGOS . 12 SEM EIRA NEM BEIRA E DEJÁ VÙ . 13 A ÚLTIMA ESTRADA . 14 VAGOR & BELLAVITA . 15 INSTHABILIDADE . 16

EQUIPE DE APOIO

NOSSO FLAMENCO . 17

Silvana Carvalho

ILHADA EM MIM - SYLVIA PLATH . 18 POSSO DANÇAR PRA VOCÊ? . 19

PROGRAMAÇÃO VISUAL

Visualitá Casa de Design VÍDEOS

Muvk WEB

Droopi

CARTA PARA NÃO MANDAR OU CANTIGA INTERROMPIDA . 20 EVOCANDO OS MORTOS – POÉTICAS DA EXPERIÊNCIA . 21 NO GIRO DAS SAIAS . 22 TARDE DOS CLÁSSICOS . 23 OFICINAS DANÇA CONTEMPORÂNEA, COM HARRISON GAVLAR . 24 INTERVENÇÃO URBANA E PERFORMANCE, COM MARCOS BULHÕES E PRISCILLA TOSCANO . 24

EXP ED I E NTE

BALÉ CLÁSSICO, COM VANDERLEY SILVA . 25

CATÁLOGO FESTIVAL DE DANÇA DE LONDRINA 2015

DANÇA E PERCUSSÃO AFRICANA, COM GABRIELLA DE SOUZA E EDUARDO BALDAN . 25

COORDENAÇÃO Renato Forin Jr.

CRIAÇÃO DO GESTO, COM SUELY MACHADO . 26

TEXTOS, EDIÇÃO E REVISÃO Claudia Freitas e Renato Forin Jr.

COMPOSIÇÕES URBANAS, COM CIA DOMÍNIO PÚBLICO . 26

FOTOS DOS ESPETÁCULOS E OFICINAS

Todas as fotos foram enviadas pelos grupos ou professores e cedidas para divulgação A RT E DO FE STI VAL 2015 IDEALIZAÇÃO: Renato Forin Jr. POEMA DE FUNDO: trechos de “Ultimatum”, de Fernando Pessoa

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(1917) Letreiro em giz / caligrafia: Elke Coelho Bailarinos: Alessandra Menegazzo e Marciano Boletti (Ballet de Londrina) Fotos: Fábio Alcover e Mariana Hertel Produção: Danieli Pereira Assistente: Marika Sawaguti

PONTO DE ENCONTRO . 27


Quando o poder contamina a liberdade Quando a força dilacera argumentos Quando já não há palavras possíveis A Dança. A Revolução da Arte.

De 2 a 11 de outubro de 2015 O poder revolucionário da dança Atravessando corpos, mentes, cotidianos. Nos teatros, nas ruas, nas praças Dentro da gente.

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ARTE EM TEMPOS DE INSTABILIDADE Festival de Dança de Londrina convida à reflexão sobre o papel da arte

Chris Birchal

no contexto da crise e da violência institucionalizada

“InstHabilidade”, do célebre Grupo 1º Ato. Companhia mineira participa pela primeira vez do Festival

Captar, com sentido apurado, o espírito do nosso tempo e sonhar outras realidades possíveis. Com este propósito, o Festival de Dança de Londrina chega a sua 13ª edição, com apresentações de 2 a 11 de outubro, em diferentes pontos da cidade. A crise institucional no Brasil, a demagogia política e o retorno dos discursos totalitários aparecem como questões urgentes em um ano pós-eleições e em um contexto de ameaças veladas ou escancaradas à cultura e à educação. O Festival 2015 discute estes aspectos não só nas referências do seu projeto gráfico, que estampa o embate violento entre a arte e o poder, mas também na curadoria, com espetáculos que registram, de diferentes modos, a fragilidade do nosso momento histórico. O Festival tem patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do PROMIC, e da Caixa Econômica Federal. Ao longo de dez dias, serão seis oficinas e dezenove espetáculos locais e nacionais, vindos das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Um panorama da produção da dança brasileira na sua multiplicidade de estilos e na sua interface com outras linguagens, como o teatro, a performance art, o circo e a literatura. Em mais uma edição, o Festival extravasa os palcos para ocupar também espaços públicos da cidade, com apresentações gratuitas, provocando reflexões por meio da arte do movimento. “Acreditamos muito neste poder mobilizador. O que acontece nos teatros, as intervenções artísticas nas ruas, tudo deve ter uma ressonância na nossa realidade para fazer sentido. Não poderíamos abordar outro tema em um ano em que presenciamos fatos incontornáveis como a agressão

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aos professores a mando do Estado, episódios de censura, a redução drástica do orçamento da cultura, uma ameaça de extinção do MinC. Propomos uma participação reflexiva e ativa das pessoas”, destaca Danieli Pereira, coordenadora geral do Festival. Programação Artística - Muitas das atrações da grade sugerem um diálogo inventivo com o público. Já no espetáculo de abertura, a renomada Quasar Cia de Dança (Goiânia-GO) convoca os espectadores a saírem de suas poltronas e subirem ao palco do Circo Funcart para fazerem, junto deles, o espetáculo “No Singular”. Um vídeo publicado nas redes sociais (no endereço http://youtu.be/HG44Jqi5caA), gravado pelo coreógrafo Henrique Rodovalho, ensina o passo-a-passo de um trecho coreográfico que será reproduzido pelo elenco e pelo público, juntos, durante a apresentação. “No Singular” aborda, de forma irônica e bem-humorada, as relações humanas no contexto veloz da comunicação virtual. As plataformas digitais são novas praças públicas onde a singularidade se afirma por meio da aparência e da opinião rápida. Outra performance que convida os espectadores à ação é a intervenção “Cegos”, do Desvio Coletivo (em parceria com o Laboratório de Práticas Performativas da USP). Vestidos como executivos e recobertos por quase 340 quilos de lama, 50 indivíduos petrificados, com vendas nos olhos, caminharão em coro pelas ruas, praças e espaços de poder de Londrina. A intervenção urbana é composta por integrantes do grupo paulistano e por participantes locais, que realizam oficina com os codiretores Marcos Bulhões e Priscilla Toscano dentro da programação didática.

Thomas Fessel

“Cegos”, da paulistana Desvio Coletivo, propõe habitar a cidade de forma reflexiva

Na mesma linha ideológica, o Festival de Dança traz a Londrina o palhaço Tico Bonito, de Cascavel (PR). Ele ficou conhecido nos últimos meses por ter sido preso de forma arbitrária por policiais do batalhão de Choque durante uma apresentação pública em que criticou os esquemas de segurança do Estado e o governador Beto Richa. Tico invade a Praça da Bandeira com “Licença Preu Passar”. Após o espetáculo, haverá um “Café Público” sobre as influências do poder na arte urbana com o MARL

(Movimento dos Artistas de Rua de Londrina). Tico fará um relato do caso e dos seus desdobramentos legais. Outras montagens abordam a temática do protesto e da fragilidade humana de modo íntimo e poético. É o caso do Grupo de Dança 1º Ato (Belo Horizonte - MG), destaque na programação. A companhia mineira dirigida por Suely Machado, uma das mais antigas do Brasil, apresenta “InstHabilidade”. A coreografia é inspirada no metafórico

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ato de “cair e levantar”, condição inerente ao ser humano. Já a montagem “Olhar com Olhos Virgens”, da Federação da Dança (Salvador-BA), aposta na busca de uma inocência perdida e em sua permanência ao longo da vida contra a insensibilidade reinante. O espetáculo baiano tem direção artística de Jorge Vermelho e trilha gravada por Luiz Melodia. A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, grupo conhecido pelo histórico de resistências, participa da programação com “Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência”. O trabalho é uma “desmontagem” das principais personagens da atriz Tânia Farias em busca de resposta para questões de gênero e da violência contra a mulher. Trata-se, segundo ela, de uma espécie de ritual de evocação de seus mortos para compreensão dos desafios de fazer arte nos dias de hoje. A irreverência e a alegria das danças brasileiras, ressignificadas por movimentos contemporâneos, encontram lugar em outras peças. A Cia SOMA, de São Paulo, formada por Marina Abib e Maria Eugênia Almeida, bailarinas próximas a Antônio Nóbrega, trazem a Londrina “A Última Estrada”, sobre um casal que trilha caminhos e não abandona nunca um destino: o desejo de conhecer o mar. Em “Sem Eira Nem Beira”, o Ballet de Londrina, companhia anfitriã do Festival, extrai a força da brasilidade a partir de um Nordeste mítico retratado pelo Movimento Armorial. Mas as danças tradicionais de outras nacionalidades também têm espaço. A potência da cultura espanhola aparece mesclada ao charme da música popular brasileira em “Nosso Flamenco”, do Núcleo Artístico Confraria dos Ventos e Cia Soniquete Arte Flamenca (Campinas-SP), espetáculo com banda ao vivo que ocupa a Concha Acústica. A Cia. Domínio Público, por sua vez, invade o Calçadão de Londrina e interage com passantes, descobrindo o movimento impregnado no cotidiano em “Posso Dançar Pra Você?”. Metade da programação do Festival é oferecida gratuitamente em espaços públicos como a Concha Acústica, o Zerão, a Praça Marechal Floriano Peixoto e o palco às margens do Lago Igapó I, próximo à Funcart, onde acontece o encerramento desta edição com uma “Tarde de Clássicos” – linguagem que não poderia faltar. A convidada de honra é a Cia Brasileira de Ballet, de Ourinhos, que chega à cidade com um elenco de 22 bailarinos e se apresenta junto de talentos da Escola Municipal de Dança de Londrina. No programa, trechos de “Paquita”, “Diana e Acteon”, “Dom Quixote” e “O Lago dos Cisnes”. Quanto aos espetáculos encenados em espaços fechados, em mais uma edição, o Festival mantém os valores de ingressos a preços populares – R$10 e R$ 5 (meia) - com o intuito de formar público e garantir o acesso ao maior número de apresentações. Programação Didática - A participação de grandes nomes da dança nacional nas oficinas pedagógicas é um atrativo à parte para estudantes e profissionais de Londrina, que têm a chance ímpar de interagir com os mestres do movimento no Brasil. A grade formativa também oferta cursos destinados ao público geral, possibilitando que o espectador comum possa, inclusive, participar de algumas performances, como no caso da oficina “Intervenção Urbana e Performance”, que capacita os inscritos para a apresentação no espetáculo “Cegos”. Pontes entre os artistas e os espectadores que reafirmam a dança como uma arte para todos.

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Um trabalho a muitas mãos em busca de um sentido para a instabilidade do nosso momento político, do nosso momento histórico. A arte do Festival 2015 registra o embate, flagrante neste ano, do poder instituído contra a cultura e a educação, áreas que fazem da reflexão sua matéria essencial. O que nos move? Cenas inadmissíveis como a agressão aos professores no 29 de abril, a censura a artistas, o retorno de discursos totalitários na política, a recusa ao diálogo, a cegueira ideológica, a corrupção endêmica, as verbas subtraídas da cultura em época de crise . Que tempos são esses que atualizam um poema de Fernando Pessoa escrito em 1917? A arte do Festival é uma idealização de Renato Forin Jr., coordenador de comunicação do Festival. O letreiro em giz traz trechos do texto “Ultimatum”, do heterônimo Álvaro de Campos, com caligrafia da artista plástica Elke Coelho e assistência de Marika Sawaguti. As fotos são de Fábio Alcover e Mariana Hertel. Técnica de Romildo Ramos. Em cena, os bailarinos Alessandra Menegazzo e Marciano Boletti, do Ballet de Londrina. Ao centro, Danieli Pereira, coordenadora geral do Festival.

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ABERTURA

NO SINGULAR Quasar Cia de Dança - (Goiânia / GO)

O Festival de Dança de Londrina dá início a sua 13ª edição convidando o público para subir ao palco e dançar junto de uma das mais importantes companhias brasileiras, a Quasar. A partir de um vídeo de YouTube gravado pelo coreógrafo Henrique Rodovalho e pelos bailarinos, qualquer um pode aprender os movimentos e se arriscar. A dinâmica inusitada integra a sequência de cenas rápidas de “No Singular”, espetáculo que aborda o excesso e a velocidade de informações no mundo contemporâneo. De modo irônico, bem-humorado e, por vezes, poético, a Quasar Cia de Dança reflete sobre as interações humanas em um contexto de comunicações virtuais e ausência físicas, ou de presenças efêmeras que precisam conceber modos muito particulares para serem notadas em meio ao turbilhão de conteúdos fugazes. Neste universo aparentemente massificante, o espetáculo busca o valor da singularidade. O figurino caleidoscópico, bem como a aceleração dos movimentos, das luzes e da trilha, conduz a Quasar para um lugar de reinvenção, sem prejuízos para sua identidade igualmente singular na dança brasileira.

Patrocinadora da Companhia

Dia: 2 de outubro (sexta-feira) Horário: 20h30 | Local: Circo Funcart Duração: 70 minutos Classificação indicativa: 10 anos

Ficha Técnica Criação e direção coreográfica: Henrique Rodovalho | Direção geral: Vera Bicalho | Direção de ensaio: Daniel Calvet | Bailarinos: Andrey Alves, Daniel Calvet, Harrison Gavlar, Jackeline Leal, João Paulo Gross, José Villaça, Martha Cano, Paula Machado e Tainara Carareto | Figurino: Cássio Brasil | Cenário: Shell Jr. e Henrique Rodovalho | Cenotécnico: Gleysson Moreira | Desenho de luz: Henrique Rodovalho | Operação de Luz: Sérgio Galvão | Trilha sonora: Yello, Eliza Dollite, Camille, Tricky, Gal Costa, Pogo, Sylvain Chauveau, Boozoo Bajou, Luciano Perrone, Kassin, Hendrik Lorenzen, Cassandra Wils, Coeur de Pirate, Matmos, Gal Costa, Céu, Bebel Roriz e Clarice Falcão | Operação de luz: Sergio Galvão | Cenotécnico: Gleysson Moreira | Coordenação de produção: Vera Bicalho | Produção: Thays Benício

Rubens Cerqueira

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LICENÇA PREU PASSAR Circo e Teatro Éramos Três - (Cascavel / PR) Silvana Deotti

Palhaços são seres improváveis. Nascem no reino das ruas, dançam no palco do impossível e tornam-se príncipes no coração das crianças. E com razão: eles estilhaçam o lugar-comum, satirizam o mundo, subvertem a rotina. Na carona da melhor tradição de circo e teatro popular, o grupo Éramos Três traz a Londrina um espetáculo que tem se destacado em festivais pela graça e pela habilidade acrobática do seu protagonista. Em “Licença Preu Passar”, Leonides Quadra abre parênteses poéticos e convida adultos e crianças a desfrutarem dois dos maiores legados do picadeiro - o encantamento e o riso. Mas vale lembrar que, na pele do palhaço Tico Bonito, Quadra também tem a missão de questionar. Em agosto, ele foi preso por policiais militares de Cascavel-PR, após comentar que “a policia só protege os burgueses que moram no centro e o Beto Richa. São seguranças particulares pagos pelo povo”. Tirado à força do espetáculo que encenava no Festival de Teatro da cidade, o artista enfrentou a violência institucionalizada e apresenta-se agora como convidado mais especial do Festival de Dança de Londrina. Tico Bonito é a prova viva de que os improváveis existem. E resistem.

Ficha Técnica Direção Geral: Jose Basso | Direção Artística: Gilda Eliza Schimanski | Roteiros e Figurinos: Leonides Carlos Taborda Quadra | Sonoplastia e Operação de som: Jean Cezar Salustiano | Fotografia e assistência de palco: Silvana Deotti

Dia: 3 de outubro (sábado) Horário: 10h30 Local: Praça Marechal Floriano Peixoto Duração: 80 minutos Classificação indicativa: livre GRATUITO

CAFÉ PÚBLICO Logo após “Licença Preu Passar”, Tico Bonito se junta ao Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (MARL) para um Café Público, roda de conversas em que o palhaço fará um relato sobre a ação da PM em Cascavel. Este é também um momento de encontro para discussão sobre a arte nos espaços públicos. Pede-se que os interessados tragam itens para um desjejum coletivo, na Praça da Bandeira. A manhã também contará com uma intervenção artística do Ballezinho de Londrina.

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OLHAR COM OLHOS VIRGENS Federação da Dança - (Salvador / BA)

A julgar pelo título, “Olhar com Olhos Virgens” parece um espetáculo sobre os tempos inaugurais, acerca do ineditismo da experiência. Não é. No palco, o que se desenrola é uma reflexão sobre a passagem do tempo, esse correr cruel que tantas vezes dá vazão ao descarte, à substituição sumária do velho pelo novo, um lembrete de que a ampulheta da vida derrama sua areia inexoravelmente sobre todos nós. Mas a apresentação trata também da beleza do envelhecimento, mais que isso, da poesia de envelhecer dançando, do enrugar-se sob as luzes do palco, frente à grande vitrine chamada plateia. Viver, sentir o peso da idade e ainda assim deslumbrarse com o mundo como se fosse a primeira vez (daí os olhos virgens) é o estopim da montagem da Federação da Dança, único representante do Nordeste na edição 2015 do Festival de Dança de Londrina. Vencedor do Prêmio Funarte Klauss Vianna 2013, o espetáculo conta com a participação do cantor e compositor Luiz Melodia na trilha sonora original e tem a assinatura do renomado Jorge Vermelho na direção artística, cenografia e iluminação.

Diney Araújo

Dia: 3 de outubro (sábado) Horário: 20h Local: Usina Cultural Duração: 45 minutos Classificação indicativa: 12 anos

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Ficha Técnica Criação e direção coreográfica: Luiz Fernando Bongiovanni | Direção artística: Jorge Vermelho | Elenco: Adriana Bamberg, Mônica Nascimento e Solange Lucatelli | Trilha sonora: Luiz Melodia, Ricardo Augusto, Luisinho Assis e Luiz Fernando Bongiovanni | Figurinos: Rino Carvalho | Cenografia: Jorge Vermelho e Luiz Fernando Bongiovanni | Iluminação: Jorge Vermelho | Operação técnica e assistente de produção: Alex Gurunga | Cenotecnia: Adriano Passos | Costureira: Angélica Paixão | Produção executiva: Adriana Bamberg, Jorge Vermelho, Mônica Nascimento e Solange Lucatelli


ENTRE DOIS MUROS, MARCHEMOS Grupo Erastos – BND - (Maringá / PR)

Inspirado em poema psicografado por Chico Xavier e de autoria atribuída ao poeta abolicionista Castro Alves, “Entre Dois Muros, Marchemos” é dividido em seis cenas, cada uma retratando uma instância de conflito e superação. O público se depara com situações diversas, mas encadeadas, desde o peso de experiências pregressas mal sucedidas, até a luta contra a estagnação e o desfecho feliz, representado pelo potencial humano de perdão e progresso, por nossa tendência inata à perseverança, apesar de todas as vicissitudes. Intenso nos passos e no uso de objetos cênicos, com iluminação fortemente demarcada pelos tons vermelhos e ao som de Astor Piazzolla, o espetáculo estreou no final de 2014, em Maringá, iniciando em 2015 exibições em outras cidades brasileiras. Ao todo, sete bailarinos encenam o espetáculo, que tem coreografia de Nara Dutra.

Ficha Técnica Criação e execução cenográfica, direção e iluminação cênica, figurinos: Nara Dutra | Elenco: Anderson Assumpção, Beatriz Scabora, Bruna Vieira, Isadora Prado, Loraine Dutra, Natália Almeida, Tainara Bizoto. | Trilha Sonora: Astor Piazzolla | Costureiras: Olga Nadir Boeing e Thereza Forte

Marquinhos Oliveira

Dia: 4 de outubro (domingo Horário: 20h30 Local: Circo Funcart Duração: 40 minutos Classificação indicativa: 10 anos

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BERNÚNCIA Cia Boi Voador - (Londrina / PR)

Ficha Técnica Texto e direção: Luan Valero | Elenco: Leonardo Neves, Luan Valero, Nayara Freire e Vanessa Nnakadomari | Cenário: Cia Boi Voador | Figurino e pesquisa antropológica: Elena Andrei | Dança afro: Miriam Alves | Realização: Vila Cultural Flapt! / Cia Boi Voador

Dia: 4 de outubro (domingo) Horário: 16 horas Local: Zerão (arena ao lado do Anfiteatro) Duração: 55 minutos Classificação indicativa: livre GRATUITO

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Aditacuja Vídeo Produtrora

Existe um monstro, a estarrecedora “cobra do caos”, que em tempos de crise devora as crianças, literalmente engolindo a esperança e o futuro, para depois devolvê-las à vida mais preparadas, aptas a espalhar a paz sobre a terra. É assim, retomando a rica tradição antropofágica brasileira, que Cia Boi Voador traz à luz o primeiro trabalho profissional do grupo. “Bernúncia” tem a assinatura do dramaturgo Luan Valero, mesmo autor de Pereira da tia Miséria, e é embalada por canções executadas ao vivo, com direito a muitos instrumentos de percussão - atabaques, pandeiros e materiais de sucata. O espetáculo possui como fio condutor a cultura afro-brasileira, permitindo que a pungente mitologia dos Orixás e os folguedos de Boi sejam reverenciados por meio de máscaras expressivas, de caráter ritualístico. Em cena, o ambiente contemporâneo dialoga com as representações arquetípicas ancestrais, em uma mistura onírica de tempos. A atração é fruto de pesquisas e oficinais culturais realizadas na Vila Cultural Flapt!, no bairro Aquiles Stehnguel, periferia de Londrina.


DANÇA LONDRINA

Grupos e artistas de Londrina e região - (Londrina / PR)

Dia: 5 de outubro (segunda-feira) Horário: 20h30 Local: Circo Funcart Duração: 120 minutos, em média Classificação indicativa: livre

Priscila Souza

Quem são os profissionais e o que se apresenta na cidade? Para responder a essa questão, há 13 anos nascia o “Tardes de Dança”, mostra de grupos locais que deu origem ao Festival de Dança de Londrina. Incorporada de forma permanente ao evento, a atração foi rebatizada de “Dança Londrina” e reúne, em uma mesma noite, artistas independentes e companhias conhecidas em terras londrinenses, traçando um painel vívido da produção pé-vermelha. Na edição 2015, os espectadores vão se emocionar com apresentações como a do Projeto Arte e Gente, que leva a dança a crianças portadoras de necessidades especiais. Destaque também para os grupos Cookie Box, Centro de Danças Urbanas, PS Brasil Danças Urbanas e Studio de Dança Rossana Guariente, que apresentam um mix de wacking/street, jazz, hip hop e dancehall. O Studio de Dança Débora Cruciol exibe a performance “Dupla Perfeita” e a Escola de Ballet da Fundação Cultural de Ibiporã traz aos palcos uma série de números, dentre eles “Ciranda” e “Desafio Flamenco”. Cláudio de Souza e Viviane Terrenta, do Ballet de Londrina, estreiam o duo “Outramente” e a Entrepasso Cia de Dança NAFI/CEFE/UEL encena “Sensações”, de zouk. Já Rodrigo Burgarelli investe no estilo contemporâneo em “Asas do Âmago”.

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Thomas Fessel

CEGOS Desvio Coletivo - (São Paulo / SP)

Ficha Técnica Realização: Desvio Coletivo e Laboratório de Práticas Performativas da Universidade de São Paulo | Concepção: Marcelo Denny e Marcos Bulhões | Direção: Marcos Bulhões e Priscilla Toscano | Coordenação da Oficina de Intervenção Urbana: Marcos Bulhões e Priscilla Toscano | Direção de Produção: Marie Auip e Leandro Brasilio | Assistência de produção: Rodrigo Severo | Coordenação de Montagem: Tiago Salis | Coordenação de Comunicação: Chai Rodrigues | Atuação: Marcos Bulhões, Marie Auip, Rodrigo Severo e Tiago Salis

Dia: 5 de outubro (segunda-feira) | Horário: 11h45 | Local: Vários espaços públicos de Londrina (ver no site do evento o trajeto planejado) | Duração: 180 minutos | Classificação indicativa: livre GRATUITO

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Em meio ao cinza das ruas centrais, no coração do mercado financeiro e do núcleo político, ninguém estranha a multidão de executivos engravatados e de mulheres em trajes austeros. A não ser que eles estejam cobertos de argila da cabeça aos pés, vendados, cegos. Ao mascarar rostos e corpos, a intervenção artística do Desvio Coletivo revela o empobrecimento da experiência humana e propõe uma reflexão que interliga espaço urbano, corpo e automatização. São dezenas de pessoas em sintonia, desafiando a cidade e impondo o estranhamento, numa mobilização que lembra que o espaço público pode e deve ser palco para a arte. E o mais instigante: o próprio público pode integrar o espetáculo. Para tanto, basta que o interessado participe da oficina de “Intervenção Urbana e Performance”, ofertada durante o Festival de Dança de Londrina. Mais de setecentas pessoas já aderiram à ideia ao longo dos últimos três anos. A primeira edição de “Cegos” ocorreu em 2012, na avenida Paulista, e depois já percorreu ruas de outras 25 cidades brasileiras, além das intervenções realizadas no exterior, como em Barcelona, Amsterdã, Paris, Nova Iorque e Praga.


SEM EIRA NEM BEIRA e DEJÁ VÙ Ballet de Londrina - (Londrina / PR)

Ballezinho de Londrina - (Londrina / PR)

Historicamente, o Nordeste se equilibra na linha estreita entre a penúria da terra árida e a fartura da cultura popular, no limite quixotesco do sonho, às margens da fé sem limites. É nesse território de realidade rachada de sol que germina a mística da região, a embalar a fantasia de quem nasceu e partiu dali. Exatamente o que aconteceu com o diretor Leonardo Ramos, pernambucano que mergulhou nas lembranças da infância e juventude para desenhar os passos de “Sem Eira Nem Beira”, espetáculo que relê os movimentos dos brincantes nordestinos à luz da linguagem contemporânea, sob a ótica da poesia do corpo. Manifestações como o frevo, maracatu, caboclinho, cavalo marinho, pastorinhos, bumba-meu-boi e cirandas são recriadas ao som das rabecas do Quinteto Armorial e a trajetória artística de Ariano Suassuna é citada como uma das fontes de inspiração para o trabalho, em especial pela fusão entre o clássico e o popular. “Sem Eira Nem Beira” estreou no final de 2014 e tem cocriação de Marciano Boletti, bailarino veterano do Ballet de Londrina. Na sequência de “Sem Eira Nem Beira”, é a vez dos jovens talentos do Ballezinho de Londrina adentrarem a cena do Circo Funcart para mostrarem as experimentações contemporâneas de “Dejá Vù”. A montagem dirigida por Wagner Rosa sustentase na busca de uma identidade em meio às sensações da passagem do tempo.

Mariana Hertel

Dia: 6 de outubro (terça-feira) | Horário: 20h30 | Local: Circo Funcart | Duração: 80 minutos | Classificação indicativa: livre

Ficha Técnica (SEM EIRA NEM BEIRA) Direção e criação: Leonardo Ramos | Coreografia e ensaios: Leonardo Ramos e Marciano Boletti | Elenco: Alessandra Menegazzo, Ariela Pauli, Bruno Calisto, José Maria, Marciano Boletti, Nayara Stanganelli, Viviane Terrenta, Matheus Nemoto, Lucas Manfré, Thaisa Morais, Higor Vargas e Hugo Zati. | Trainée: Ione Queiróz | Músicas: Quinteto Armorial: Fernando Torres Barbosa, Egildo Vieira do Nascimento, Antônio Nóbrega, Antônio José Madureira, Edison Eulálio Cabral | Direção de produção: Danieli Pereira | Textos: Renato Forin Jr. | Fotos: Fábio Alcover e Mariana Hertel | Designer Gráfico: João Damiano | Web: Cláudio de Souza | Imagem de Nossa Senhora da Conceição: Edson Massuci | Figurinos: Raphael Magalhães | Fisioterapia: Marcelo Sayun | Técnicos de Palco: Roberto Rosa e Romildo Ramalho Ramos Ficha Técnica (DEJÁ VÙ) Direção: Wagner Rosa | Elenco: Ana Carolina de Oliveira Gonçalves, Ana Beatriz Dona, Bianca Castro, Camila Lima, Eduarda Rangel, Gabrielle Araújo dos Santos, Giovanna Tomassetti Del Conti, Glória Silveira, Ione Queiróz, Laís Xavier, Lohaine Moreira, Lorena Hruschka, Lygia Santos, Manoele Reis Oliveira, Maria Beatriz Aleixo Aldigueri, Maria Eduarda Oliveira, Maria Eduarda de Lima Oliveira, Maria Gabriela, Melissa Faria, Nicole Sambatti, Rafael Oliveira, Rafaela Rodrigues e Sofia Katsue Favoreto Shimohiro | Coreografia: Wagner Rosa e elenco | Figurino: Rhafael Magalhães

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A ÚLTIMA ESTRADA Cia SOMA - (São Paulo / SP)

Era uma vez um casal que queria conhecer o infinito do mar. Até chegar às franjas das ondas, a dupla percorre um caminho feito de gestos e saltos, corpos e sons. No espetáculo “A Última Estrada”, a Cia SOMA encena uma jornada de gentilezas, em que o passado assopra e o futuro acena. O passado encarnado na fonte de inspiração das intérpretes – as danças populares brasileiras – coloridas, vivazes, lúdicas, já visitadas por Maria Eugenia Almeida e Marina Abib em trabalhos consagrados com o multi-instrumentista e dançarino Antonio Nóbrega. O futuro traduzido nas novas leituras e narrativas da dupla, o horizonte aberto do oceano sonhado. Em Londrina, as estradas em que se passam o espetáculo serão construídas no palco do Circo Funcart, o que deixará o público no próprio cenário da dança, pertinho das dançarinas, a dois passos da magia, em pleno caminho para as águas da arte.

Ficha Técnica Direção: Cristiano Meirelles | Intérpretes Criadoras: Maria Eugenia Almeida e Marina Abib | Luz/Cenário: Goma Oficina | Figurinos: Eder Lopes | Trilha Sonora: Cristiano Meirelles | Design: Marcelo Barros

Dia: 7 de outubro (quarta-feira) Horário: 20h30 Local: Circo Funcart Duração: 50 minutos Classificação indicativa: 8 anos

Silvia machado

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VAGOR &

BELLAVITA

Dromocósmicas - (Curitiba / PR)

O primeiro é um andarilho do qual nada se sabe, nem para onde vai, nem de onde vem, cujo errar incessante está até no nome: Vagor. A outra tem residência fixa debaixo de uma ponte e passa o dia a sonhar com as histórias e melodias do rádio: Bellavita. Entre eles, um encontro numa noite mágica, a necessidade de dividir o pão escasso e a esperança inevitável dos miseráveis. Envolto em uma atmosfera de riso e melancolia, o espetáculo mistura dança, teatro, circo e mímica, compondo uma homenagem ao cinema mudo e seus maiores personagens, os vagabundos. Entre a precariedade e a fantasia, a dupla tece uma narrativa de amizade e resistência, uma fábula de delicadezas em tempos de escassez. De linguagem e temática universal, “Vagor & Bellavita” estreou em março deste ano na cidade de Salónica, na Grécia, sendo uma realização da companhia itinerante Dromocósmicas, surgida em 2008 a partir da parceria entre Camila Bombardini (Itália) e Byron Skouris (Brasil).

Divulgação

Ficha Técnica Direção: Camilla Bombardini e Byron Skouris | Dramaturgia: Camilla Bombardini e Byron Skouris | Atores: Camilla Bombardini e Byron Skouris | Figurinos: Camilla Bombardini | Cenário e adereços: Camilla Bombardini e Byron Skouris | Seleção musical: Camilla Bombardini | Orientação e adaptação musical: Angelos Bournás | Projeto de luz: Oso Loustaunau | Produção: Dromocósmicas

Dia: 7 de outubro (quarta-feira) Horário: 19h Local: Teatro Zaqueu de Melo Duração: 45 minutos Classificação indicativa: livre

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INSTHABILIDADE Grupo de Dança 1º Ato - (Belo Horizonte / MG)

Dia: 8 de outubro (quinta-feira) Horário: 20h30 Local: Circo Funcart Duração: 55 minutos Classificação indicativa: Livre

O Festival de Dança tem o prazer de receber pela primeira vez um espetáculo desta que é uma das companhias mais importantes da cena brasileira. Em “InstHabilidade”, o Grupo 1º Ato aborda uma questão central neste edição do evento: a condição – tão humana – de resistir entre quedas. O espetáculo é inspirado no ato de “cair e levantar”, movimentos naturais da vida. A habilidade de lidar com a instabilidade e a instabilidade presente em nossas habilidades. A ação, afinal, sempre nasce de um desequilíbrio. Essa metáfora amplia-se quando pensamos no processo de inserção do homem no mundo, não só no seu ciclo de amadurecimento e envelhecimento, mas também em suas jornadas oníricas, entre a inspiração, a fantasia e as quedas na realidade. Se todo ato de verticalização, após um tombo, é um gesto de resistência à ação da gravidade, todo movimento de equilíbrio, seja no cotidiano, seja na dança, é também um jogo de forças opostas que exige atitude e liderança para se manter no controle. Desde a gênese, vivemos em processo de expulsão, que provoca e instiga uma ação própria.

Ficha Técnica Concepção e direção coreográfica: Alex Dias e Suely Machado | Pesquisa de movimento: Alex Dias | Encenação: Suely Machado. | Figurino: Pablo Ramon | Bailarinos: Alex Dias, Ana Virgínia Guimarães, Danny Maia, Lucas Resende, Marcela Rosa, Pablo Ramon, Vanessa Liga e Marcella Gozzi | Assistente de direção: Marcela Rosa | Maitre de ballet: Betina Bellomo | Produção: Regina Moura | Concepção de luz: Nadja Naira | Técnico de luz: Ricardo da Mata | Técnico de som: Fabrício Galvani

Chris Birchal

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NOSSO FLAMENCO Núcleo Artístico Confraria dos Ventos e

Cia Soniquete Arte Flamenca - (Campinas / SP)

Vitor Damiani

João Cabral de Mello Neto diz, em um dos seus poemas, que o flamenco é arte cujo “fazer se faz boca a boca”. Referência à paixão impregnada em cada movimento, em cada olhar, e à popularidade desta cultura que atravessa as tabernas de Andaluzia. Apaixonante e popular não são adjetiveis estranhos à música brasileira. Pois estas companhias de Campinas uniram a dança da Espanha e a canção do Brasil num espetáculo empolgante. Bailaoras mesclam movimentos contemporâneos e flamenco ao som de grandes nomes da nossa música, como Cartola, Vinícius de Moraes, Baden Powell, Tom Jobim e Sivuca. O projeto é uma parceria entre o Núcleo Artístico Confraria dos Ventos e a Companhia Soniquete Arte Flamenca. Com direção geral de Guga Costa, Hellen Audrey e Mariana Abreu, a apresentação propõe a interdisciplinaridade no campo das artes por meio de criações colaborativas. Em Londrina, “Nosso Flamenco” terá como palco o coração do centro da cidade, a Concha Acústica, ao entardecer, dentro da programação gratuita do Festival.

Dia: 8 de outubro (quinta-feira) Horário: 18h30 Local: Concha Acústica Duração: 60 minutos Classificação indicativa: Livre GRATUITO

Ficha Técnica Idealização: Guga Costa, Hellen Audrey e Mariana Abreu | Direção geral: Guga Costa, Hellen Audrey e Mariana Abreu | Direção coreográfica: Carlinhos Rowlands, Hellen Audrey e Mariana Abreu | Direção musical: Guga Costa e Fernando de Marília | Músicos: Alessandro Reiner, Edu Guimarães, Fernando de Marília e Guga Costa | Bailarinos: Carlinhos Rowlands, Carol Robatini, Jonas Ruedas, Hellen Audrey e Mariana Abreu | Técnico responsável: Mário Porto | Contra-regragem/fotografia: Vitor Damiani | Produção executiva: Confraria dos Ventos - Guga Costa

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ILHADA EM MIM SYLVIA PLATH Cia Lusco-Fusco - (São Paulo / SP)

Internacionalmente reconhecida pela escrita brilhante, compulsiva e passional, a escritora norte-americana Sylvia Plath construiu uma obra incomum. Nela, está retratada sua inquietude com o papel social reservado à mulher e o amor febril que nutria pelo poeta inglês Ted Hughes. No espetáculo “Ilhada em Mim – Sylvia Plath”, protagonizado por Djin Sganzerla e André Guerreiro Lopes (que também dirige a montagem), momentos da vida e escritos da autora são recriados em uma apresentação bela e perturbadora – sucesso de público e critica. A montagem privilegia um registro antirrealista da trajetória da escritora. Mais do que narrar cronologicamente a vida de Plath, a Lusco-Fusco buscou uma simbologia visual que recriasse os estados mentais da artista, em um ambiente de imersão sensorial. A ação se passa dentro um espelho d´água que ocupa todo o palco, consumindo o que está em volta. Os figurinos do estilista Fause Haten também vão se desintegrando conforme as forças destrutivas que regem Sylvia ganham força. O espetáculo explora a interseção de linguagens artísticas entre o teatro, a dança, o cinema e as artes plásticas em um emaranhado tão rico e complexo como a própria obra da autora homenageada. A dramaturgia - outro ponto alto da montagem - é de Gabriela Mellão.

Ficha Técnica Dramaturgia: Gabriela Mellão, a partir dos escritos pessoais de Sylvia Plath | Direção e cenografia: André Guerreiro Lopes | Elenco: Djin Sganzerla e André Guerreiro Lopes. | Figurinos: Fause Haten. | Iluminação: Marcelo Lazzaratto. | Concepção sonora: Gregory Slivar. | Assistente de direção e direção de palco: Rafael Bicudo. | Produção executiva: Patrícia Torres. | Direção de produção: Djin Sganzerla , Mercúrio Produções | Contra-regras: Jair Nascimento e Leo Braz | Operação de luz: Juarez Adriano. | Operação de som e vídeo: Renato Garcia

Dia: 9 de outubro (sexta-feira) Horário: 20h30 Local: Circo Funcart Duração: 60 minutos Classificação indicativa: 14 anos

Wilson Melo

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Coronel Mostarda

POSSO DANÇAR PRA VOCÊ? Cia Domínio Público - (Campinas / SP)

“Posso Dançar Pra Você?” é uma intervenção da Cia. Domínio Público idealizada para espaços urbanos com grande fluxo de pessoas. Na fronteira entre a dança contemporânea, o teatro e a performance, a apresentação busca compreender os limites sutis entre o cotidiano automatizado e o poético. Iniciado em 2010, o processo de criação do espetáculo é resultado da interação entre o elenco e as pessoas que transitavam pelas ruas e praças escolhidas para acolher a apresentação. Não se tratou apenas de deslocar o trabalho da sala de ensaio para a rua, mas de incorporar a rua como transformadora real do trabalho, no exato momento em que ele acontece. Mas tudo com cuidado e sutileza, uma suavidade refletida na pergunta que os dançarinos fazem ao público: “posso dançar pra você?”. De 2012, data de estreia do espetáculo, até agora, já foram mais de cem apresentações Brasil afora, sempre com reformulações obrigatórias devido às peculiaridades de cada espaço-tempo, da arquitetura de cada cidade e da reação do público, às vezes caloroso, às vezes desconfiado, mas nunca indiferente.

Ficha Técnica Criação: Cia. Domínio Público | Direção: Holly Cavrell | Intérpretes Criadores: Gustavo Valezi, Leandro Rivieri, Sara Mazon e Talita Florêncio | Produção executiva: Margarida Sequeira Duarte e Tato Brasil Dia: 9 de outubro (sexta-feira) Horário: 16h Local: Calçadão (em frente ao Banco do Brasil) Duração: 30 min Classificação indicativa: livre

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CARTA PARA NÃO MANDAR OU CANTIGA INTERROMPIDA Confraria da Dança - (Campinas / SP)

Espetáculo agraciado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2009, “Carta para Não Mandar ou Cantiga Interrompida” aproxima dança e teatro com a intenção de retratar a inquietude e os aspectos fragmentários e lacunares do viver. No espetáculo, a ação transcorre sem se completar, como os ruídos que sobem da rua – passos, fiapos de conversas, gente passando e crianças brincando. Um diálogo íntimo e sigiloso, que compartilha o momento do encontro de si mesmo com o público, desfruta as sensações do encontro único e fugaz: o instante. “Carta para Não Mandar ou Cantiga Interrompida” estreou em maio de 2005 e, desde então, percorre o Brasil, inclusive na programação da Caravana Funarte Petrobrás de Circulação Nacional. A criação e interpretação é de Diane Ichimaru, que, desde 1996, atua com Marcelo Rodrigues na Confraria da Dança, em Campinas-SP. A companhia é destinada à pesquisa de linguagem, criação e manutenção de espetáculos de dança autorais. A dupla promove parcerias com artistas das áreas da dança, teatro, música e artes plásticas.

Ficha Técnica Criação e interpretação: Diane Ichimaru | Plano de iluminação, operação de luz e som: Marcelo Rodrigues | Texto, criação e confecção de figurino: Diane Ichimaru | Trilha musical: Mormorio - A. Carlos Gomes e variação para Gnossienne n°3 - Erik Satie com arranjo e execução para piano realizados especialmente para o espetáculo por Rafael dos Santos. Improviso para piano - Rafael dos Santos | Gravação e edição da trilha sonora: Dimas Studio | Técnico de som: Alexandre Maiorino | Produção e realização: Confraria da Dança

Dia: 9 de outubro (sexta-feira) Horário: 19h Local: Sesc Cadeião Cultural Duração: 45 minutos Classificação indicativa: livre Itamar Mattos

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Claudio Etges

EVOCANDO OS MORTOS – POÉTICAS DA EXPERIÊNCIA Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz - (Porto Alegre-RS)

Grupo gaúcho conhecido pelo engajamento e pela longevidade na cena brasileira, o Ói Nóis Aqui Traveiz marca presença no Festival de Dança com esta desmontagem da atuadora Tânia Farias. O trabalho refaz o caminho do ator na criação de personagens da dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões de Gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes. A desmontagem de Tânia propõe um mergulho num fazer teatral onde o trabalho autoral do ator condensa um ato real com um ato simbólico, provocando experiências que dissolvam os limites entre arte e vida. Tal ideário segue a linha do teatro ritual artaudiano e da performance. Desvelando os processos de criação de diferentes personagens, Tânia deixa ver o quanto suas vivências pessoais e do coletivo gaúcho atravessam seus mecanismos de criação. A atriz faz surgir e desaparecer as personagens, realizando uma espécie de ritual de evocação de seus mortos para compreensão dos desafios de fazer teatro nos dias de hoje.

Ficha Técnica Criação da Atuadora Tânia Farias a partir de quatro personagens de espetáculos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. | Concepção e atuação: Tânia Farias | Produção: Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz

Dia: 10 de outubro (sábado) Horário: 20h30 Local: Circo Funcart Duração: 70 minutos Classificação indicativa: 16 anos

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NO GIRO DAS SAIAS

Ficha Técnica Voz, dança e percussão: Dodô Bertone, Camila Rios, Carol Sanches, Giovana Fogaça, Nana Souza, Julia Marques, Satiko Tiko, Thais Hammer e Vanessa Gardim.

Dia: 10 de outubro (sábado) Horário: 11h30 Local: Calçadão (na altura da Rua João Cândido) Duração: 50 minutos Classificação indicativa: livre GRATUITO

Pisada da Jurema - (Londrina / PR)

Tem algo de muito feminino na Pisada da Jurema, nos corpos sinuosos, nas silhuetas curvilíneas. Tem um quê definitivamente matriarcal nesse grupo composto por nove integrantes, todas mulheres, que mandam no que tocam e só tocam o que acreditam. Tem alguma coisa nativa demais nos passos de coco, nos ritmos do cacuriá, na gingada do jongo e na batida do afoxé. De saias rodadas e turbantes de chita, a Pisada da Jurema diz a que veio: revelar as veias abertas do Brasil profundo, por meio da dança de pés no chão e da música de raiz. Formado em Londrina em 2013, o grupo estuda e recria tradições rítmicas orais em apresentações que remetem ao coração do Nordeste, aos interiores perdidos no mapa do Centro-Oeste e a uma região imprecisa, que ocupa um território do tamanho do que a imaginação abarca: o da brasilidade. No espetáculo “No giro das saias”, o público terá a chance de interagir com as artistas a céu aberto, em pleno Calçadão de Londrina, no ritmo das batidas da palma da mão e dos pés da Jurema.

Divulgação

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ENCERRAMENTO

TARDE DOS CLÁSSICOS PAQUITA GRAND PAS CLASSIQUE + DIANA E ACTEON (TRECHOS) Cia Brasileira de Ballet - (Ourinhos / SP) PAS DE DEUX E SOLOS DE REPERTÓRIO Escola Municipal de Dança / Funcart - (Londrina / PR)

Na “Tarde dos Clássicos” – momento de encerramento do Festival de Dança de Londrina com o pôr-dosol às margens do Lago Igapó –, o evento traz como elenco especialmente convidado a Cia Brasileira de Ballet, de Ourinhos-SP, uma das mais relevantes do cenário do balé clássico no país, com direção, remontagem e adaptação dos números por Jorge Texeira. No palco, 22 bailarinos vão apresentar o “Paquita Grand Pas Classique”, número formado pelo pas de trois do 1º ato, a parte final do 2º ato e a cena do casamento do célebre “Paquita”. Da companhia paulista, o público londrinense confere ainda o pas de deux “Diana e Acteon”, lenda grega adaptada à dança. Os talentos da Escola Municipal de Dança de Londrina completam o programa da “Tarde dos Clássicos” com apresentações de solos masculinos ou femininos das peças de repertório “Spartacus”, “Paquita”, “A Filha do Faraó”, “Esmeralda”, “O Lago dos Cisnes”, “O Corsário” e “Giselle”, além do grand pas de deux de “Harlequinade”.

Ficha Técnica Companhia Brasileira de Ballet de Ourinhos Direção geral e artística: Jorge Texeira | Assistente de direção: Saulo Finelon | Ballet master e ensaiador: Tadheo de Carvalho | Coreógrafo residente: Henrique Talmah | Presidente projeto social: Eliane Montenegro | Coordenação de web : Murilo Oliveira | Produção: Marlon Silva | Assessoria de imprensa: Lidiane Queiroz | Assessoria jurídica: Dr. Jorge Gomes da Silva | Fisioterapeuta: Dr. Douglas Fiori Resende | Contador: Waldir Pereira Rodrigues | Desenvolvimento de projetos: Dell’ Arte- Soluções Culturais | Representante internacional: Lucia Beviá /Iberarte | Suporte (sapatilhas): Capézio | Bailarinos: | Guest: Gustavo Carvalho | Primeiros solistas: Yasmin Lomondo, Alyson Rocha, Breno Lucena | Segundos solistas: Alicia Saul, Ana Flávia Alvim, Raffael Lima, Ramon Andrade, Thales Gea | Corpo de balé: Alícia Pitangueiras, Cecília Valadares, Diovane Cabral, Emanoel Marques, Gabrielly Juvêncio, Felipe Cardoso, Ghabriel Gomes, Isa Mattos, Jhonata Felipe, Mariana Gonçalves, Michelle Augusto, Paula Borcosky, Renata Barcellos. | Estagiários: Amanda Pereira, Ellen Bandeira, Isabela Barbosa, Michael Willian, Rebeca Romano, Pablo Ramon, Timóteo Cortez. | Aprendizes: Guilherme Teixeira, Luana Rayssa, Victor Almeida, Willamis Hermeson. | Amigos da CBBO: Sra. Eliane Montenegro, Sr. Harlan Blake, Sra. Olinda Saul, Sra. Cris Gomes

Dia: 11 de outubro (domingo) Horário: 17h Local: Palco às margens do Lago Igapó I (acesso pela Funcart) Duração: 60 minutos Classificação indicativa: livre | GRATUITO

Escola Municipal de Dança / Funcart Coordenação de Dança: Sonia Secco | Adaptação coreográfica: Marciano Boletti | Elenco: Ione Queiroz, Hugo Zatti, Raquel Zoega, Eduarda Nishikawa, Higor Vargas, Ana Luiza Serpeloni, Vitor Rodrigues e Renata Dói

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DANÇA CONTEMPORÂNEA, COM HARRISON GAVLAR Quasar Cia de Dança (Goiânia / GO) Harrison Gavlar, atual integrante da Quasar Cia de Dança, já passou por outros grupos de peso da cena brasileira como Cisne Negro e Deborah Colker. Ele conduz um workshop sobre técnica contemporânea, explorando o estudo do movimento como instrumento de comunicação e expressão, por meio da consciência corporal e da dança. O objetivo é despertar o potencial expressivo e estudar os princípios básicos para a realização do movimento – o corpo, o tempo, o espaço, as ações, a dinâmica, o relacionamento. Entre os conteúdos, estão exercícios que exploram a força, o domínio articular, as transições de planos, a fluidez, dentre outros.

OFICINAS

Sandro Felipin

Público-alvo: bailarinos, atores e profissionais do corpo em geral, com conhecimento e experiência prévia na área. Capacidade: 25 vagas Dias: 2 de outubro(sexta-feira) Horário: das 10 horas ao meio-dia Local: Escola Municipal de Dança (Rua Senador Souza Naves, 2380) Carga horária: 2 horas Valor: R$ 10

INTERVENÇÃO URBANA E PERFORMANCE, COM MARCOS BULHÕES E PRISCILLA TOSCANO Desvio Coletivo em parceria com o Laboratório de Práticas Performativas da USP (São Paulo-SP) Apresentada em mais de 30 cidades de todo o mundo, a intervenção urbana “Cegos” chega a Londrina a convite do Festival de Dança, convocando artistas locais para um mergulho teórico e prático no universo da performance. O professor da USP Marcos Bulhões e a performer Priscilla Toscano, codiretores do ousado grupo Desvio Coletivo, ministram a oficina preparatória para a apresentação. O curso coloca em debate trabalhos artísticos brasileiros e internacionais que fizeram história ao interferir no fluxo da cidade. Traz ainda uma série de jogos performativos com o objetivo de levantar possibilidades simbólicas e de conceber uma coralidade durante a realização de “Cegos” em Londrina.

Eduardo Bernardino

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Público-alvo: atores, bailarinos, artistas plásticos, performers, estudantes e público em geral (maiores de 16 anos) interessado em aprender sobre intervenções urbanas e vivenciá-las Capacidade: 50 vagas Dias: 3 e 4 de outubro (sábado e domingo) | Performance: dia 5 de outubro (segunda-feira) Horário: das 14 às 18 horas | Performance: 11h45 às 15 horas Local: No dia 3 (sábado): SESC Cadeião (Rua Sergipe, 52) – No dia 4 (domingo): Escola Municipal de Dança (Rua Senador Souza Naves, 2380) | A performance acontece em vários espaços públicos de Londrina Carga horária: 8 horas Valor: R$ 10


Vanderley Silva traz ao Festival de Dança a sua experiência como bailarino e coreógrafo internacionalmente conhecido. O professor preparou um programa especial voltado para o desenvolvimento pleno da inteligência postural, aliado às capacidades musical, psicomotora e de cinestesia. O curso inclui exercícios de barra à terre, para o trabalho de alongamento e correção postural, além de atividades específicas para o en dehors. A oficina inclui trabalhos de barra e centro, com ênfase na força dos relevés, exercícios para o domínio das piruetas e busca da qualidade das baterias e dos pequenos, médios e grandes saltos.

BALÉ CLÁSSICO, COM VANDERLEY SILVA Escola Municipal de Bailado de Ourinhos (Ourinhos-SP)

Público-alvo: Bailarinos e estudantes de balé clássico em nível intermediário ou avançado (com experiência em ponta) Capacidade: 30 vagas Dias: de 3 a 6 de outubro (sábado a terça-feira) Horário: das 14 às 16 horas Local: Escola Municipal de Dança (Rua Senador Souza Naves, 2380) Carga horária: 8 horas Valor: R$ 50

OFICINAS

Divulgação

DANÇA E PERCUSSÃO AFRICANA, COM GABRIELLA DE SOUZA E EDUARDO BALDAN Grupo Abayomi (Florianópolis - SC) Divulgação

Após viagens à África em sucessivas experiências de imersão, os artistas Gabriella de Souza e Eduardo Baldan especializaram-se nos ritmos do oeste africano. Na oficina, o estudo da percussão e das danças dessa região da África é o mote para um mergulho na cultura local, uma vez que o movimento corporal e a música estão intimamente relacionados às atividades diárias e ritualísticas. Os professores buscam, assim, desenvolver exercícios e técnicas que facilitam a compreensão rítmica, bem como a expressão corporal, associando este aprendizado a traços culturais daqueles povos. Os workshops de dança e percussão acontecem em horários distintos e podem ser realizados por pessoas sem experiência prévia.

Público-alvo: Percussionistas, músicos, bailarinos, atores e pessoas de qualquer faixa etária interessadas em ampliar seus conhecimentos sobre a cultura africana Capacidade: 30 vagas para dança e 30 vagas para percussão Dias: 3 e 4 de outubro (sábado e domingo) Horário: Percussão - sábado (3), das 9h30 às 12h30 e das 18 às 20 horas | domingo (4), das 9h30 às 11 horas | Dança - sábado (3), das 15 às 17 horas e das 20h30 às 22h30 | domingo (4), das 11h30 às 13h30 Local: Escola Municipal de Dança (Rua Senador Souza Naves, 2380) Carga horária: Percussão - 6 horas | Dança – 6 horas e meia Valor: Percussão - R$ 30 | Dança – R$30 | Dança e Percussão - R$50

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CRIAÇÃO DO GESTO, COM SUELY MACHADO Grupo de Dança 1º Ato (Belo Horizonte – MG)

Fabio Alcover

Suely Machado, diretora de um dos mais antigos grupos de dança do Brasil, o 1º Ato, compartilha sua filosofia artística e sua técnica de composição, que envolve arte e psicologia. A intenção do workshop é investigar o sentido para o “gesto”, ampliando sua significação e expressão com base em uma técnica de conscientização corporal e de improvisação. O trabalho exercita a preparação cênica por meio de estímulos do ritmo, do olhar, da atenção e da interpretação. A abordagem respeita as individualidades e as potencialidades de cada participante. O resultado é um movimento orgânico, centrado no prazer de dançar.

OFICINAS

Público-alvo: Bailarinos, coreógrafos, atores e estudantes de dança e artes cênicas Capacidade: 25 vagas Dias: 8 de outubro (quinta-feira) Horário: das 10 às 12h30 Local: Escola Municipal de Dança (Rua Senador Souza Naves, 2380) Carga horária: 2 horas Valor: R$ 10

COMPOSIÇÕES URBANAS, COM CIA DOMÍNIO PÚBLICO (Campinas-SP)

Público-alvo: Atores, bailarinos, performers, estudantes das áreas artísticas e público em geral (acima de 15 anos) interessado em dança, teatro, expressão e movimento. Capacidade: 20 vagas Dias: 10 de outubro (sábado) Horário: das 9 horas ao meio-dia Local: Escola Municipal de Dança (Rua Senador Souza Naves, 2380) Carga horária: 3 horas Valor: Gratuito

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Coronel Mostarda

O workshop da Cia Domínio Público visa à investigação do espaço urbano como lugar possível à dança, desenvolvendo possibilidades de composição e intervenção em ambientes como praças e calçadões. Os integrantes da companhia propõem exercícios relacionados a três pontos de sua pesquisa: a “escuta do espaço” (desde a arquitetura até a ocupação cotidiana das pessoas); a “apropriação” (em busca da fusão corporal com ambientes urbanos, tentando habitá-lo sem que haja rompimento da normalidade) e, por fim, a “intervenção” (por meio de uma ação que proponha um deslocamento do cotidiano desse espaço).


PONTO DE ENCONTRO SHOWS NO BAR VALENTINO Em 2015, o público do Festival de Dança de Londrina tem um ponto de encontro marcado após os espetáculos - o Bar Valentino. Em nove dos dez dias do evento (exceto na segunda, dia 5), o local apresenta atrações de música ao vivo ou de dança. Confira a lista de quem vai animar as noites do Festival:

LUKE DE HELD & THE LUCKY BAND + DJ LEANDRO RAMOS dia 2 (sexta-feira), às 22 h. BEATLES FOR SALE + DJ DIEGO SANTOS dia 3 (sábado), às 22h. DANSALÃO, COM A ESCOLA DE DANÇA MARQUINHOS FLAP dia 4 (domingo), às 21h30. BANDA MOUR dia 6 (terça-feira), às 21h30. MEIRE RODRIGUES E TONHO COSTA dia 7 (quarta-feira), às 21 h. MAMA QUILLA dia 8 (quinta-feira), às 22h. BANDA FREAKNAITES + DJ DIEGO SANTOS dia 9 (sexta-feira), às 22h. PRIMOS DA CIDA + DJ SUZUKI dia 10 (sábado), às 22h. THE HITZ + DJ JOÃO DURVAL dia 11 (domingo), às 22h.

Para as apresentações que acontecem no Bar Valentino, não haverá ingressos antecipados. O couvert ouvert destas atrações é pago no próprio bar. Os valores são diferenciados: Luke de Held & The Lucky Band + DJ Leandro Ramos (R$15) | Beatles For Sale + DJ Diego Santos | Dansalão (Escola de Dança Marquinhos Flap) (R$10)|Banda Mour (R$7) | Meire Rodrigues e Tonho Costa (R$10) | Mama Quilla (R$15) | Banda Freaknaites + DJ Diego Santos (R$15) | Primos da Cida + DJ Suzuki (R$15) | The Hitz + DJ João Durval (R$15)

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ESPAÇOS DE ESPETÁCULOS E OFICINAS Circo Funcart Rua Senador Souza Naves, 2380 Fone: (43) 3342-2362 SESC Cadeião Cultural Rua Sergipe, 52 Fone: (43) 3572-7700 BILHETERIA Preços dos ingressos para espetáculos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada) Será concedido o benefício da meia-entrada para estudantes, aposentados, professores, alunos da Escola Municipal de Dança e Teatro (Funcart), doadores de sangue e funcionários ou clientes com Cartão da Caixa Econômica Federal. É obrigatória a apresentação de documento oficial e original, com foto, comprovando o enquadramento em uma destas categorias no momento da compra dos ingressos e na entrada dos espetáculos.

PONTOS DE VENDAS Secretaria da Funcart Rua Senador Souza Naves, 2380 | Fone: (43) 33422362 | Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 8 às 20 horas, e aos sábados, das 13 às 17 horas. Loja Kinise Boulevard Londrina Shopping – Loja 256 / 2º Piso | Av. Theodoro Victorelli, 150 | Fone: (43) 3017-4169 | Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20 horas. Loja Shop Ballet Rua Pio XII, 64 - loja 3 | Fone: (43) 3323-4717 | Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9 às 18 horas, e aos sábados, das 9 horas ao meio-dia. Nos locais das apresentações: Se houver ingressos restantes, eles serão vendidos uma hora antes do espetáculo em bilheteria instalada no local da apresentação.

Usina Cultural Av. Duque de Caxias, 4159 Fone: (43) 3324-7531 Praça Marechal Floriano Peixoto (Praça da Bandeira) Calçadão, ao lado da Catedral, entre a Av. São Paulo e a Av. Rio de Janeiro Zerão (Anfiteatro, arena e outros espaços ao ar livre) Área de Lazer Luigi Borguesi Rua Gomes Carneiro (Próximo ao Ginásio Moringão) Teatro Zaqueu de Melo Av. Rio de Janeiro, 413 Fone: (43) 3321-6600 - ramal 229 Concha Acústica Praça 1º de Maio Confluência das ruas Piauí e Senador Souza Naves Calçadão de Londrina Av. Paraná. As apresentações acontecem em dois pontos: nas proximidades da agência do Banco do Brasil, nº 347, e na altura da Rua João Cândido Palco às margens do Lago Igapó No Lago Igapó I, acesso pela Rua da Canoagem. A entrada pode ser feita próxima ao portão da Funcart Bar Valentino (Ponto de Encontro do Festival de Dança) Av. Faria Lima, 486 Fone: (43) 3348-0791 Escola Municipal de Dança de Londrina Rua Senador Souza Naves, 2380 Fone: (43) 3342-2362

AVISOS A bilheteria será aberta no dia 30 de setembro (quarta-feira). | Os pontos de venda não aceitam cartões de crédito, de débito ou cheque. O pagamento deverá ser em dinheiro. | A bilheteria não fará trocas, devoluções ou reservas de ingressos. | Não será permitido entrar com alimentos ou bebidas nos espaços de apresentação. | Não será permitida a entrada depois do início do espetáculo. | Para as oficinas da Programação Didática, é necessário fazer inscrição presencial na Funcart. Informações como conteúdos e currículos dos professores podem ser acessadas no site oficial do Festival. Valores: Dança Contemporânea (R$10) | Balé Clássico (R$50) | Intervenção Urbana e Performance (R$10) | Dança e Percussão Africana (R$30 Dança, R$30 Percussão e R$50 os dois) |Criação do Gesto (R$10) | Composições Urbanas (gratuito). | Para as apresentações que acontecem no Bar Valentino, Ponto de Encontro do Festival de Dança, não haverá ingressos antecipados. O couvert destas atrações é pago no próprio bar. Os valores são diferenciados: Luke de Held & The Lucky Band + DJ Leandro Ramos (R$15) | Beatles For Sale + DJ Diego Santos (R$15) | Dansalão (Escola de Dança Marquinhos Flap) + DJ Carlos Bolacha (RJ) + Wagner Freitas (R$10) | Banda Mour (R$7) | Meire Rodrigues e Tonho Costa (R$10) | Mama Quilla (R$15) | Banda Freaknaites + DJ Diego Santos (R$15) | Primos da Cida + DJ Suzuki (R$15) | The Hitz + DJ João Durval (R$15).

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FESTIVAL DE DANÇA DE LONDRINA

(sede, produção e assessoria de imprensa) Rua Senador Souza Naves, 2380 - Jd. Petrópolis CEP 86015-430 / Londrina-PR Fone: (43) 3342-2362 www.festivaldedancadelondrina.art.br Facebook: Festival de Dança de Londrina #dancalondrina

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