Gazeta da História nº 2

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Gazeta da História

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº1 DE GONDOMAR, JULHO DE 2023

QUEM FOI ?

CAROLINA BEATRIZ ÂNGELO

Médica de reconhecido valor, Carolina Be- atriz Ângelo dedicou a sua curta vida à luta incessante pelos ideais em que acreditava. Aproveitando uma falha na Lei Eleitoral republicana, exigiu votar, recorrendo, para isso, aos tribunais. Foi a primeira mulher da Europa do Sul a fazê-lo, o que, só por si, lhe garante um lugar destacado na história do sufragismo.

Carolina Beatriz Ângelo nasceu na Guarda a 16 de abril de 1878 e licenciou-se em medicina em 1902. Na sua carreira profissional destaca-se a sua dissertação inaugural "Prolapsos Genitaes" (apontamentos), começando assim a sua prática de cirurgiã, feito incrível devido a ser a primeira mulher cirurgiã, tornou-se assim, na primeira mulher portuguesa a operar no hospital de São José.

A3 de Dezembro de 1902, aos 24 anos, casou-se em Lisboa com Januário Gonçalves Barreto Duarte que faleceu em 1910, ficando assim viúva e com uma filha.

Só os cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de

família, poderiam votar, Beatriz Ângelo, viúva e com uma filha a seu cargo exigia o seu direito de votar, no entanto, a pretensão foi indeferida e desse modo, apresentou um recurso em tribunal argumentando que a lei não excluía expressamente as mulheres.

A28 de Abril de 1911 o juiz, João Baptista de Castro, aceitou os seus argumentos e por esse motivo a 28 de maio do mesmo ano nas eleições para a Assembleia Constituinte, Carolina Beatriz tornou-se a primeira mulher portuguesa a votar. Convém acrescentar que logo em 1913, uma alteração à lei declara eleitores apenas os "cidadãos de sexo masculino".

Em Portugal, as muheres só voltariam a votar em 1961.

A primeira mulher a votar em Portugal (1911)

RÁDIO AEG1

Segunda Edição

MITOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

AFINAL A HISTÓRIA NÃO FOI BEM ASSIM

O que foi a escola de Sagres?

HolocAusTo

Esquecer os mortos é o mesmo que matá-los pela segunda vez. Elie Wiesel, Noite

Nos anos 30, a depressão económica conduziu à crise das democracias liberais e ao aparecimento de regimes autoritários e ditatoriais, também designados de fascistas, de que o nazismo alemão é um exemplo. Com as promessas de pão e de trabalho para os cerca de 6 milhões de desempregados, Hitler chegou ao poder na Alemanha em janeiro de 1933. Este homem rodeou-se de um aparato repressivo e de violação dos mais elementares direitos humanos à liberdade e à segurança.

A Violência Racista

Oregime nazi negou os direitos e as liberdades dos indivíduos a que se sobrepunham o interesse na nação e da raça. O racismo nazi defendeu a superioridade da raça ariana, para legitimar o direito de dominar e acabar com todos os povos considerados inferiores e que podiam contaminar os que eram superiores. p. 2

ENTREVISTA HISTÓRICA A MARQUÊS DE POMBAL p. 6

OS TÁVORAS CONSPIRARAM CONTRA D. JOSÉ? VEREDICTO - OS TÁVORAS SÃO CULPADOS p. 7

Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), oriundo da pequena nobreza, lembrado como Marquês de Pombal. Membro da Academia Real de História, prestou serviço a D. João V em Inglaterra e em Viena. p. 3

PATRIMÓNIO, MUSEOLOGIA E O ENSINO DA HISTÓRIA AFINAL QUEM FOI BARTOLOMEU DIAS

MITOS DA HISTÓRIA - ESCOLA DE SAGRES RÁDIO AEG1 p. 4

DAMIÃO DE GÓIS - TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO HISTÓRIA AFRICANA - RAINHA NZINGA p. 5

fAzemos AlArde vivA à

dA HisTóriA!

O alarde era na idade média a revista anual às trOpas. nessa sOlene altura, peões e cavaleirOs exibiam, O melhOr que lhes era pOssível, Os seus apetrechOs de guerra. Faziam dissO alarde e daí que hOje a palavra signiFique exibir, Ostentar cOm vaidade. sim, sOmOs respeitOsamente vaidOsOs pelO trabalhO dOs nOssOs

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PELAS TURMAS DE HISTÓRIA COM AUTORIZAÇÃO RÉGIA
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p.
Cabeçalho do Artigo do jornal A Vanguarda de 31 de maio, que noticia o feito de Carolina Beatriz Ângelo.

Para garantir a pureza da raça ariana, o nazismo serviu-se de meios e práticas repressivas: eliminação dos alemães impuros; casamentos e natalidade entre arianos; adoção da prática da eugenia para aperfeiçoamento físico e mental da raça ariana (altos e robustos, louros e de olhos azuis); perseguição, marginalização e extermínio dos considerados fracos (deficientes e idosos) e degenerados (homossexuais), ciganos e eslavos; e os indesejáveis por motivos políticos (socialistas, comunistas e liberais). Contra os judeus, o racismo nazi foi muito violento. O antissemitismo espalhou-se por toda a Alemanha. Estas ideias, que não têm fundamento científico, encontram-se na sua obra “Mein Kampf” (1925-1926), redigida enquanto esteve na prisão.

H itler considerava os judeus destruidores de cultura, porque viviam no seio do povo alemão arruinando as suas virtudes rácicas e eram considerados culpados da derrota da Alemanha na 1ª Guerra Mundial e das crises económicas que se lhe seguiram. Estes sofreram na pele uma das maiores humilhações e torturas de que há memória na História da Humanidade.

As medidas repressivas e a marginalização dos judeus foram consagradas, a partir de 1933, através de leis que os obrigaram a abandonar os cargos que desempenhavam no Estado, nas universidades ou outro domínio público.

E m 1935, as Leis de Nuremberga legitimaram a perseguição aos judeus e proibiram a ligação entre judeus e alemães.

Em 1938, realizou-se a liquidação das empresas judaicas e o confisco dos seus bens. Nesse ano ficou tristemente célebre a “Noite de Cristal” (9-11 de novembro), em que foram destruídas sinagogas e lojas dos judeus. Muitos judeus foram mortos e cerca de 30 000 foram enviados para campos de concentração.

Iniciou-se a separação e o isolamento dos judeus através de várias medidas de segregação racial: 1º foram encerrados em guetos (o de Varsóvia, na Polónia, é o mais conhecido pois nele viviam cerca de 400 000 judeus em condições desumanas) e obrigados a usar a estrela amarela de 5 pontas, para identificação; a partir de 1942, foi adotada a “solução final para o problema judaico”.

Os judeus foram deportados para os campos de extermínio, de trabalhos forçados ou de morte. As carências alimentares e de higiene, as doenças, a brutalidade dos trabalhos forçados, as execuções sumárias e os massacres nas câmaras de gás fizeram parte dos seus dias. Estes campos eram administrados pelas S.S. (Secções de segurança) e pela Gestapo. Nestes campos ocorreu o genocídio de 11 milhões de pessoas. Seis milhões eram judeus. Este extermínio em massa ficou conhecido como holocausto

A libertação deste campo de concentração foi feita pelas tropoas soviéticas a 27 de janeiro de 1945. O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é celebrado anualmente a 27 de janeiro

OHolocausto foi uma tragédia europeia, que devemos recordar para nunca mais repetir. Esta é uma lição da história para defendermos valores como a humanidade, a democracia e o respeito direitos fundamentais.

Neste sentido, e no âmbito da História A, no dia 01 de fevereiro, juntamente com as turmas 8, 10 e 11, visitamos lugares com História, o Museu do Holocausto e a Sinagoga no Porto.

Portugueses nos campos de concentração de extermínio nazis

Fontes:

https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto-2020

https://www.ushmm.org/outreach/ptbr/a2z.php

https://notapositiva.com/campos-de-exterminio/# https://www.dw.com/pt-br/1938-o-pogrom-da-noite-dos-cristais/a-672173

Museu Auschwitz-Birkenau | Memorial (theauschwitztours. com)

História A, 12º 9 e 10, Curso de Línguas e Humanidades

Gazeta da História —AEG1—№ 0002 JUNHO 2023 2
A noite de cristal foi um assalto generalizado a lojas e casas de judeus que ocorreu por toda a Alemanha e Áustria.

PATRIMÓNIO, MUSEOLOGIA E O ENSINO DA HISTÓRIA

DEFENDER O PATRIMÓNIO , em termos de futuro, passa, antes de mais, pela educação, pela sensibilização das jovens gerações para a preservação dos bens patrimoniais que

estas palavras percebemos que a ESCOLA desempenha na sociedade um papel demasiado importante na formação cultural e cívica de cada um não só porque através do ensino são transmitidos conhecimentos, mas também porque esses conhecimentos fazem a diferença na vida individual e coletiva. Ao considerarmos o Património como bem e fonte de informação que o ser humano acumulou e vai transmitindo às gerações percebemos que o Património funciona como Memória e suporte da Identidade Coletiva. Após a II Guerra Mundial tomou-se consciência da importância que a Memória de um Povo tem enquanto elemento de coesão e enquanto elemento a preservar e valorizar como legado.

Aescola tornou-se o espaço privilegiado e fundamental neste cuidado e sensibilização. Tornou-se evidente a dependência salutar entre o que o Património pode dar à Escola e entre o que a Escola pode dar ao Património pela concretização do melhor e mais profundo objetivo do ensino que é criar cidadãos livres, conscientes e intervenientes no espaço que os acolhe.

OEnsino, e em especial o ENSINO DA HISTÓRIA , tem um papel demasiado importante para não ser levado em conta quando se formam jovens e adultos responsáveis. O ensino da História em particular fará a ponte entre o passado e o presente e deixará em aberto o futuro. Mostrará aos alunos como os legados patrimoniais permitiram ruturas e mudanças e novas perspetivas históricas. Levará os alunos a uma maior consciência do valor do bem patrimonial e o quanto ele interferiu no rumo que a História tomou. Incutirá nos alunos a sensibilidade necessária para a defesa de bens patrimoniais porque sem eles a História perde-se, desagrega-se deixa- nos órfãos de referências que nos individualizam. E é, precisamente hoje, quando a globalização nos move a um ritmo alucinante, que este enfoque nas referências torna importante a política e a educação na sociedade, de forma a não permitir esquecer o que nos identifica, o que nos une e o que devemos defender.

Noâmbito do MESTRADO EM ENSINO DE H ISTÓRIA no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário os alunos do 12.º e 8.º anos foram efetuadas aulas onde não foram descuidadas as abordagens ao Património, mas também duas visitas, uma ao Museu do Holocausto e outra a Lisboa, à Assembleia da República e à Rota de Saramago.

Estas visitas permitiram o contacto DIRETO C OM AS MEMÓRIAS e as heranças que nos definem e permitiram também aferir que o uso de estruturas culturais que acolhem património são um manancial de conhecimento histórico e artístico e permitem a consolidação de matérias lecionadas de forma interativa, emcontacto direto com a fonte e, muito importante, num ambiente onde se estimula e trabalha o espírito de grupo.

Tanto nas aulas COMO NAS VISITAS ESCOLARES , verificou-se que na defesa do Património o professor possui um papel fundamental. Fundamental para a transmissão de conhecimento, fundamental para a tomada de consciência da importância da História de um povo, fundamental para estabelecer, compreender e articular o passado e o presente e perspetivar o futuro, fundamental para o enriquecimento individual e coletivo, fundamental para motivar osjovens à conservação e preservação do património, fundamental para sermos nós,portugueses, gondomarenses, europeus e fundamental para proporcionar a muitos alunosexperiências únicas e talvez decisivas nos rumos das suas vidas.

Opatrimónio, os museus e o ensino, em especial o da HISTÓRIA , são elementos preciosos quenão devem ser descurados ou encarados como estanques na aprendizagem dos alunos e o professor é o elo de ligação que os articula, usa e valoriza.

AFINAL QUEM FOI

BARTOLOMEU DIAS

foi um navegador português que ficou célebre por ter sido o primeiro europeu a navegar para além do extremo sul da África, contornando o Cabo da Boa Esperança e chegando ao Oceano Índico a partir do Atlântico, abrindo o caminho marítimo para a Índia. Bartolomeu Dias foi também o principal navegador da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em 1500.

cHAmo-me BArTolomeu diAs e recebi a tarefa de alcançar o Supremo Sul de África. Esta não foi uma tarefa fácil pois tive que passar pelo temido cabo das Tormentas onde já perdemos muitos homens, dizem alguns, devido a monstros marinhos que lá habitam.

Mas o meu astrolábio deu-me confiança para esta aventura, permitindo-me saber se o barco navegava na direção certa. Nunca acreditei nas lendas que descrevem o Adamastor, como um monstro do mar, e provei a todos que tal não existia e que é possível dobrar o Cabo das Tormentas com a ajuda de instrumentos de navegação.

Tudo correu como esperado, este cabo um dia terá um nome diferente, menos assustador e mais positivo. Um dia conseguiremos concretizar o desejo de encontrar uma rota para as Índias e estabelecer relações pacíficas com o rei Preste João. Em breve, voltarei para casa com a minha missão cumpri-

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Tomando
SUSANA PEREIRA ESTAGIÁRIA DE HISTÓRIA Estátua de Bartolomeu Dias na Cidade do Cabo, África do Sul. Fotos do interior da visita à Assembleia da República

O QUE FOI A ESCOLA DE SAGRES?

MITOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL - AFINAL A HISTÓRIA NÃO FOI BEM ASSIM

A escola de Sagres teria sido um local de estudo e de investigação utilizado para promover a expansão marítima criada pelo Infante D. Henrique. Esse local de trabalho seria utilizado por cosmógrafos, geógrafos, cartógrafos, matemáticos, marinheiros e outros profissionais ligados às artes de navegar. A escola de Sagres só tinha um problema, nunca ter existido! Mas como surgiu o mito? O mito da escola de sagres surgiu no século XVI e foi criado por Samuel Purchas, que foi um clérigo e cronista inglês, que afirmou que o Infante D. Henrique teria contratado um cartógrafo para dirigir uma escola náutica.

A escola de sagres acabou por ficar famosa ao ponto de se criar uma historiografia "romântica” que defendia a existência da escola de sagres. No tempo, a aprendizagem náutica fazia-se sobretudo de forma empírica, a bordo das caravelas. A existência de uma escola de sagres é mito DA HISTÓRIA DE PORTUGAL. Gonça-

GAZETA Nome feminino

1. Jornal, periódico, folha.

2. [Figurado]Pessoa que dá notícias frescas, que está ao corrente do que há de novo.

Nuno Gonçalves - Do Politríptico de São Vicente no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.

3. [Informal]Falta às aulas, ao emprego ou a obrigação. Gazeio.

RÁDIO AEG1 - Produzido por alunos para alunos DESTAQUE

No âmbito da disciplina de + Cidadão no Tempo e no Espaço, foi elaborado um PODCAST que participou no Desafio lançado pela Rádio Miúdos que consistia na criação de um podcast subordinado ao tema Da Minha língua Vê-se o Mundo. Assim, foi criado o podcast que pode ser ouvido aqui https://bit.ly/daMinha. O objetivo era fazer uma reportagem com alunos que viessem de outros países de língua oficial portuguesa, comemorando o dia Mundial da Língua Oficial Portuguesa.

Ainda como parte do projeto Rádio AEG1 concluiu-se o segundo episódio, que foi fruto do trabalho de muitos alunos e professores. Incluí a participação de seis turmas, quatro disciplinas e uma dúzia de alunos e outros tantos professores. O epísódio pode ser ouvido aqui https://bit.ly/aeg2ep2.

Este SEGUNDO EPISÓDIO incluí a participação quatro disciplinas, de seis turmas (8º3, 11º1, 11º3, 12º2, 12º6 e 12º8), uma dúzia de alunos e outros tantos professores. Os temas deste segundo episódio são diversos, a saber:

• Vamos Filosofar - entrevista ao grande filósofo John Stuart Mill 0:25

• A importância da Educação Física 7:46 -14:24

• Entrevista Histórica ao Marquês de Pombal 9.50

• Afinal quem foi 16:14 - 17:51

• Let`s Speak English 19:48 - 20:47 - 21:42

• Oráculo das Férias - 5 dicas para as férias de estudantes dedicados ao estudo 22:42

Podemos afirmar que o resultado dos dois projetos é simplesmente brilhante, tendo em conta que os protagonistas do episódio Da minha Língua Vê-se o Mundo e do 2º episódio da Rádio AEG1 nunca tinham participado num projeto semelhante. Desafiamos todos a ouvir.

CURIOSIDADE!

No dia 30 de Outubro de 1938, muitos americanos telefonaram para as autoridades policiais, julgando que a América estava a ser invadida por marcianos? A adaptação radiofónica do romance "Guerra dos Mundos", de H.G. Wells, foi tão credível e convincente que os ouvintes acreditaram tratar-se de uma reportagem em direto. Em meados da década de 50, Matos Maia, recriou a peça em Portugal, na Rádio Renascença. A "brincadeira" do produtor e realizador terminou com um longo interrogatório na sede da PIDE .

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Gazeta da História —AEG1—№ 0002 JUNHO 2023 4
Assinatura do Infante D. Henrique

Damião de Góis foi um dos maiores vultos da cultura portuguesa do século XVI. Foi historiador e humanista influente do renascimento, músico, epistológrafo, diplomata, tradutor e cronista. Um amante de boa comida e bons livros. Acolhido pela corte de D. Manuel I após a morte do pai, viajou por toda a Europa onde contactou com muitas das maiores personalidades da cultura e política da época, por exemplo Lutero e Erasmo de Roterdão. Algumas das suas obras e amizades valeram-lhe a perseguição por alguns setores do clero e dois processos do tribunal do Santo Ofício que acabam arquivados.

Escreve a pedido do Cardeal D. Henrique a crónica oficial do rei D. Manuel I, que desagradou a algumas famílias nobres. Preso em 1751, é sujeito a processo e transferido para o Mosteiro da Batalha. Três anos depois, a 30 de janeiro de 1574, surge morto, na sua casa de Alenquer, em circunstâncias nunca explicadas.

Oseu processo inquisitorial, revela que só após três denúncias Damião de Góis é preso e quando já passavam vinte e seis anos após a primeira denúncia. As razões deste processo longo propositado ou não, poderão ser encontradas em motivos mais ou menos cruéis. Inveja familiar, pois um genro é testemunha acusatória, Luís de Castro, tesoureiro do Cardeal D. Henrique. Confiscados todos os seus bens vê-se preso e completamente isolado sem novidades sequer da família.

Acrónica que escreveu a Crónica de D. Manuel I não terá agradado a muitos e poderosos homens da pátria, e mais ao lerem logo no prólogo que “no escrever das crónicas se requer com verdade, dar a cada um o louvor ou repreensão que merece ”. À nobreza da Casa de Bragança não deve ter agradado tanta sinceridade e sentido de isenção. Perdido o apoio do Cardeal D. Henrique, já regente do reino, a desgraça bate à porta de Damião de Góis, que sem ser levado a auto de fé público é considerado reconciliado e condenado a cárcere penitencial perpétuo. Quando lhe permitem o regresso a casa velho e muito doente, pouco lhe resta, é encontrado morto meio calcinado junto de uma lareira. A sua morte pouco esclarecida levanta até hoje a hipótese de ter sido assassinado. Encontra-se sepultado hoje na Igreja de São Pedro, em Alenquer, aí se pode ver um epitáfio tumular, escrito pelo próprio em 1560, cerca de quinze anos antes da morte, com o texto em latim:

”Ao maior e óptimo Deus. Damião de Goes, cavaleiro lusitano fui em tempos; corri toda a Europa em negócios públicos; sofri vários trabalhos de Marte; as musas, os príncipes e os varões doutos amaram-me com razão; descanso neste túmulo em Alenquer, aonde nasci, até que aquele dia acorde estas cinzas ”

Armando Oliveira Professor de História

HISTÓRIA AFRICANA

Obviamente não temos registo visual do momento da morte de Damião de Góis. Esta imagem foi gerada com recurso ao criador de imagem do motor de pesquisa Bing. A inteligência artificial ANDA POR AÍ. Devemos ser responsáveis na sua utilização e sempre que a utilizarmos devemos deixar referência. A inteligência artificial não deve fazer esquecer a a inteligência principal, A NATURAL.

No cárcere: os interrogatórios sem fim! Apesar de idoso e doente, os inquisidores tentaram, de forma muito persuasiva, convencer Damião de Góis a confessar. Os inquisidores temiam que se o condenassem à fogueira ele se tornasse um mártir pela causa protestante. Damião de Góis tinha sido embaixador de Portugal e, nessa função, manteve cargos de grande importância, era por isso uma pessoa conhecida. Para acabar rapidamente com todo o sofrimento, teria de assumir as culpas, ainda que inocente. Foi o que aconteceu na 18ª sessão de interrogatório, a 18 de agosto de 1572, após mais de um ano preso e maltratado. O Acórdão foi assinado a 16 de outubro e nele os inquisidores assumem que o recebiam à reconciliação com a Igreja, com pena de cárcere perpétuo, em lugar a determinar. A 6 de dezembro, Góis renunciou a todos os seus ideais e, dez dias depois, entrou no Mosteiro da Batalha para cumprir a pena de prisão. Acabou por falecer a 30 de janeiro de 1574, na sua casa, em Alenquer, longe de tudo e esquecido por todos.

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NZINGA , uma das figuras femininas mais importantes da História de África, terá nascido no ano de 1582, no reino do Ndongo, filha do líder do Ndongo.

O seu primeiro encontro com os portugueses deixou-os completamente admirados e foi a sua primeira demonstração de poder. Contudo, após a morte do pai e do irmão, Fernão de Sousa, governador de Angola, não lhe reconhece a legitimidade ao trono e, com isto, começa uma longa luta entre os portugueses e Nzinga.

EXPULSA da sua terra, ruma a Matamba, um reino habituado a uma liderança feminina e que lhe permitiu obter mais poder.

Nas palavras de quem conviveu junto de Nzinga, esta era considerada uma valente guerreira e grande estratega, nunca desistindo de recuperar o que considerava ser seu por direito. Para a acompanhar nas suas guerrilhas, Nzinga associa-se aos Imbangala, um povo nómada e guerreiro, criando assim um exército forte para se proteger e atacar, quando necessário – desta forma, a rainha torna-se numa poderosa líder africana.

EM 1663 , após anos de luta contra os portugueses e das respetivas tréguas finais, Nzinga falece em paz. A sua história prevaleceu, ao longo dos séculos, e ainda hoje é visível a admiração que existe pela sua figura – em Luanda, podemos visitar uma estátua erguida em sua homenagem.

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Damião de Góis aparece morto, com suspeitas de assassinato, na sua casa de Alenquer.
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ENTREVISTA HISTÓRICA

Leal ao rei, culto, e eficiente nas suas ações, Sebastião José de Carvalho e Melo, foi nomeado Secretário de Estado, após a subida ao trono de D. José em 1750, concedendo-lhe o título de Conde de Oeiras, e mais tarde, o de Marquês de Pombal. Foi temido e respeitado, acabando por cair em desgraça por D. Maria, acusado de abuso de poder, morreu nas terras da sua propriedade em Pombal, condenado ao desterro.

Gazeta da História: Bom dia, senhor Marquês de Pombal, é uma honra poder entrevistar alguém tão emblemático na nossa história.

Marquês de Pombal: Obrigado.

GH: Gostaríamos de saber mais como alcançou esse título. Qual a sua ligação às terras de Pombal, e como chegou a Marquês?

MP: A minha ligação com Pombal começou em 1724, quando vim para a propriedade do meu tio, a Quinta da Gramela, que herdei em 1737. Já, em 1750, fui nomeado Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, e em 1755, Secretário dos Negócios do Reino.

Como reconhecimento às minhas obras, foi-me atribuído o título de Conde de Oeiras, em 1759, e passado uma década, tornei-me em Marquês de Pombal, tudo graças aos meus excelentes serviços prestados à sua Excelência rei D. José I.

GH: Como ministro e déspota iluminado, reorganizou o Estado, reformando várias áreas.

MP: Sim, na administração, finanças, economia, indústria, comércio, agricultura, ensino e defesa. Criei vários organismos em algumas dessas áreas.

GH: Poderia mencioná-los e explicar as suas funções?

MP: Farei o favor e cumprirei o seu desejo. Durante a década de 1760, criou-se o Erário Régio, que geria as contas públicas, a Intendência-Geral da Polícia, que coordenava o sistema judicial, a Real Mesa Censória, que avaliava as obras publicadas, o Real Colégio dos Nobres, para os jovens nobres prepararem-se para cargos no Estado, e a Junta de Providência Literária, para reformar a universidade. No comércio, surgiu a Companhia do Grão-Pará e Maranhão e a Junta do Comércio, em 1755, para proteger os comerciantes e burgueses, que aprendiam tal arte na Aula do Comércio. Entre inúmeras outras instituições.

GH: São certamente inúmeras instituições criadas durante os seus 27 anos de governação. No entanto, algumas das suas ações importantes para o Reino, que o imortalizaram, foram mal vistas pela sociedade portuguesa.

MP: Sendo um ministro respeitado, retirei privilégios à nobreza e ao clero, centralizei poderes na coroa, castiguei motins populares. Como quando os Távoras tentaram assassinar o nosso rei, em 1758, sendo condenados a uma execução pública.

GH: Certamente horrorizou o país e até a Europa, mas também oprimiu o clero…

Os Távoras conspiraram mesmo contra D. José?

Em 1759, na Praça do Cais em Belém, os Távoras foram brutalmente executados. O Marquês de Távora, chefe de família, D. Francisco de Assis foi o último a morrer, tendo testemunhado a morte dos seus filhos, genro e criados. A sua morte junto da sua esposa, diante da corte e do rei, terminou com a incineração dos corpos. O nome da família foi proibido, a sua história apagada e a sua riqueza confiscada. A causa dessa punição teria sido a participação no atentado contra D. José em 3 de setembro de 1758. Apesar de severidade do julgamento, a culpa dos Távoras é duvidosa, visto que as confissões foram obtidas sobre tortura. O JULGAMENTO foi rápido, conforme o desejo do futuro Marquês de Pombal, Carvalho e Melo; 22 anos mais tarde, após a demissão do Marquês, a sentença foi revista e os Távoras inocentados. Apenas o DUQUE DE AVEIRO foi considerado culpado, tendo ainda sido acusado de conspirar com os jesuítas. Estes também foram punidos, alguns foram presos e outros expulsos para Roma.

Em 1761, Portugal e a igreja romana romperam relações e o padre jesuíta, Gabriel Malagrida, foi garrotado e queimado. Carvalho e Melo havia recebido o título de conde de Oeiras e em 1769 assumiu a posição de Marquês, algo inédito entre os secretários de estado da história portuguesa.

MP: A eles controlei-lhes o Tribunal de Santo Ofício e, expulsei do Reino os padres jesuítas. Tanto a aristocracia como a Igreja, após tal, não se rebelaram mais.

GH: Você claramente detinha o poder do Estado.

MP: Errado, o poder pertencia a El-rei D. José, a quem mandei que lhe fosse erigida uma estátua na Praça do Comércio.

GH: Sim, podemos lhe agradecer, no seu empenho na reconstrução de Lisboa, após o terramoto de 1755. A capital ficou com as ruas geométricas e os edifícios bem protegidos com o sistema de gaiola. Como se sentiu quando o terramoto aconteceu?

MP: Para citar o General Pedro D’Almeida, Marquês de Alorna, senti que “Agora há que enterrar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”. Esta frase é dele, mas muitos pensam que é minha. Na verdade, senti que era hora de ajudar Lisboa a ultrapassar a catástrofe.

GH: Como alguém empenhado! Muito obrigado por nos conceder esta entrevista.

MP: O prazer foi meu.

Gazeta da História —AEG1—№ 0002 JUNHO 2023 6
Retrato do Marquês de Pombal, Museu Nacional de Soares dos Reis. Execução do Duque de Aveiro e do Marquês de Tavora, Ilustração de 1759/1760 ( Bilblioteca Nacional de Lisboa)
Duarte Ferreira e Yulia Ovechkina 12º8

12 DE JANEIRO DE 1759 VEREDICTO OS TÁVORAS SÃO CULPADOS

É proferido o veredicto: os acusados da Casa dos Távora são considerados culpados. Precisamente um ano depois do atentado ao rei D. José, o Secretário de Estado do rei Marquês de Pombal, manda expulsar os Jesuítas de Portugal. Depois de subjugada a nobreza com o processo dos Távoras em que grande parte da nobreza influente no país foi perseguida e massacrada em praça pública, o clero, na figura dos Jesuítas seriam o próximo alvo.

..os sobreditos regulares [os Jesuítas] (…) rebeldes, traidores, adversários e agressores que estão contra a minha real pessoa e Estados, contra a paz pública dos meus reinos e domínios, e contra o bem comum dos meus fiéis vassalos (…) mandando que efetivamente sejam expulsos de todos os meus reinos e domínios. Decreto de expulsão dos Jesuítas, 1759

O argumento foi o suposto conluio dos jesuítas com a nobreza no atentado contra o rei D. José I. O Duque de Aveiro e Conde de Atouguia, bem como alguns jesuítas, são acusados de cumplicidade ao atentado ao rei. Depois de já terem visto serem extintas as missões no Brasil e perderem as suas propriedades para o estado, os jesuítas são expulsos da corte em 1757. Sebastião José de Carvalho e Melo teme a influência que os religiosos têm sobre a família real.

Os colégios jesuítas são cercados por tropas e os religiosos obrigados a deixar o país.

MARCELLO José das Neves Alves Caetano, nascido em 17 de Agosto de 1906, foi o último presidente do conselho do Estado Novo, assumindo este cargo em 27 de Setembro de 1968, após a renúncia de Salazar devido à sua doença súbita. Marcello Caetano licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, onde foi o primeiro a doutorar-se em Ciências Político-Económicas. O início da sua ascensão na hierarquia do estado começou em 1940 ao ser nomeado para o cargo de comissário nacional da Mocidade Portuguesa e depois, mais tarde, ministro das Colónias entre 1944 e 1947, presidente da Câmara Corporativa até 1958 e ministro da Presidência.

dos Távoras, estampa da época (1759-60).

Declara Pombal "desnaturalizados, proscritos e exterminados" os jesuítas de todos os territórios portugueses. Esta perseguição aos jesuítas foi também prosseguida em Espanha, França e Itália. O Papa Clemente XIV, em 21 de Julho de 1773 suprime a companhia na Europa.

Claro, os bens da Companhia são todos confiscados pelo estado.

Nesse mesmo ano em 28 de Junho o rei manda afastar do ensino inteira e absolutamente os religiosos Jesuítas, em todos os seus Reinos e Domínios. Fechadas as escolas dos jesuítas abremse escolas menores, mas faltam professores para o ensino da gramática latina e da retórica e da ortografia segundo Luís António Verney. O ensino passa a ser em Português não em latim.

Pretendia o rei uma reforma que reduzisse o ensino “aos termos símplices e claros e de maior facilidade que atualmente se pratica pelas nações mais polidas da Europa”. Mais de mil jesuítas foram desembarcados nos Estados Pontifícios. Uma centena morreu nas prisões ou durante as viagens a que foram obrigados.

Quando Pombal caiu em desgraça cerca de 45 jesuítas que se encontravam ainda encarcerados em S. Julião da Barra foram então libertados.

VER UM FILME

GUERRA FRIA é um filme de drama romântico e ficção histórica realizado por Pawel Pawlikowski, com data de lançamento em 2018. Vencedor do Óscar de Melhor Filme Internacional em 2019, retrata a agitada paixão entre o pianista Wiktor e a cantora Zula, durante os anos 50, em várias cidades europeias. Wiktor e Zula conhecem-se numa audição para uma companhia musical. Os dois acabam por se envolver, ainda que o clima de conflito ideológico entre a URSS e os EUA desgaste o relacionamento. Assim que a companhia passa a usar o folclore como meio de propagandear a política estalinista e de glorificar o regime, Wiktor decide exilar-se no Ocidente. Já Zula encontra-se dividida entre os seus sentimentos amorosos e a lealdade à pátria.

O filme ilustra claramente os efeitos psicológicos das convulsões políticas e sociais da época. O par resulta da guerra, do medo, da perseguição e da censura. Por esse facto, a união entre os personagens principais pareça condenada desde o princípio.

Em 1968, foi escolhido para ser sucessor de Salazar, tornando-se o novo presidente do conselho de ministros. Enfrentou uma crescente oposição que lutava pelo fim do Estado Novo e pela autodeterminação das colônias portuguesas. Em 1974, um golpe militar derrubou o Estado Novo e Caetano foi deposto e exilado. Partiu para o Funchal e depois para o Brasil, onde foi professor numa universidade privada e escreveu várias obras até à sua morte. Ficou para a história como um dos raros membros do Governo de Salazar a favor de uma maior liberdade de expressão e introdução de ligeiras mudanças no regime, no período que passaria à história como a PRIMAVERA MARCELISTA

Mafalda Castro, 12º8

CONVERSAS EM FAMÍLIA

Conversa em Família foi um programa de comentário político apresentado por Marcelo Caetano, então Presidente do Conselho de Ministros de Portugal. O Estado Novo, regime que começou a liderar a 27 de Setembro de 1968 (data em que substitui António de Oliveira Salazar), já se encontra fragilizado, decidindo assim Caetano, comunicar com o povo através da televisão, apresentando o seu ponto de vista e defesa do regime. Foi o primeiro programa da televisão portuguesa a usar um TELEPONTO

Gazeta da História —AEG1—№ 0001 7
BIOGRAFIA
Execução

O QUE É A GAZETA DE HISTÓRIA

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A pedido de Thomas Smith.

GAZETA DA HISTÓRIA

é um espaço livre de mostra de trabalhos de História que vão sendo realizados ao longo de um ano pelos alunos. Não pretende ser uma compilação de exibição de trabalhos realizados por outros e compilados por terceiros. São os alunos que escolhem os temas a abordar e os que querem ver colocados na Gazeta. Os alunos dizem: "PROFESSOR, ISTO PODE IR PARA A GAZETA! " , e dizem bem, pois o conhecimento deve ser construído por eles. Por isso, a grande maioria da GAZETA é trabalho assinado por eles.

A

OS ALUNOS QUISERAM BATIZAR A SALA

Os alunos de 12º8 quiseram BATIZAR a sua sala, 214. Assim, realizou-se entre os alunos uma votação que culminou no nome vencedor para a sala 214 que passou a designar-se Sala Marquês de Pombal. A turma quis oficializar este batismo com a colocação de uma placa do Marquês de Pombal e um pequeno texto:

A turma 12º8, batizou no final deste ano letivo 2023, esta sala com o nome Marquês de Pombal. Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de Pombal e Conde de Oeiras (1699 - 1782) foi um nobre, diplomata e estadista português. Marquês de Pombal, foi secretário de Estado de D. José I, e é considerado, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa. Representante do despotismo esclarecido em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo. Iniciou com esse intuito inúmeras reformas que abriram o país à modernidade.

AQUI JAZ JAN SMITH, MULHER DE THOMAS SMITH, CORTADOR DE MÁRMORES. ESTE MONUMENTO FOI ERIGIDO PELO MARIDO COMO TRIBUTO À SUA MEMÓRIA E AMOSTRA DO SEU TRABALHO MONUMENTOS NESTE MESMO ESTILO A $250

A turma 8º3 quis também batizar a sua sala -116, e escolheu para isso a personalidade Vasco da Gama. Esta atividade acabou por dar a ideia de se batizarem as salas de aula da escola com nomes de portugueses que se tenham destacado em diversas àreas como a história, ciência, literatura, etc.

Esta IDEIA vai ser apresentada aos orgãos da escola por sugestão dos alunos.

"Nenhum avião voará de nova Yorque para Paris. Parece-me impossível." WILBUR WRIGHT (CO-INVENTOR DO AVIÃO) 1909

"A bomba nunca rebentará. Falo enquanto perito de explosivos". ALMIRANTE WILIIAM LEAHY, PROJETO AMERICANODA

"...É uma grande falha de etiqueta quando os dedos estão sujos e gordurosos, colocá-los na boca para os lamber ou limpá-los na roupa. Será mais decente usar a toalha."

ERASMO - TRATADO DE BOAS MANERIAS, 1530

"Eu acho que deve existir mercado mundial apenas para cinco computadores." THOMAS J. WATSON, PRESIDENTE DA IBM, 1963

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Chegou à nossa redação uma missiva que apesar de anónima, por nela vir escrita uma tão crua verdade, não resistimos a partilhar. Diz a missiva: Se está a planear para um ano, plante arroz. Se está a planear para décadas plante árvores. Se está a planear para uma vida, eduque pessoas.

(In fine) No fim ... os professores de História Armando Oliveira e Teresa Rodrigues HONRAM os magnificos colaboradores deste segundo número da Gazeta da História, que contra todas as probabilidades fizeram parte de um gigantesco esforço de criar o segundo número. Fica aqui o digno registo de agradecimento a todos eles. OBRIGADO

Gazeta da História —AEG1—№ 0002 JUNHO 2023 8

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