DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
56 – RTI – NOV 2023
Proteção contra surtos em rede de dados Sergio Roberto Santos, da Lambda Consultoria
A
Para que as atividades de uma empresa sejam seguras e confiáveis, é necessário proteger as suas instalações elétricas contra as sobretensões transitórias, provocadas por descargas atmosféricas e operações de chaveamento. Mas essa proteção não será eficaz caso não contenha Medidas de Proteção contra Surtos (MPS) específicas para as linhas de sinal, cujos princípios gerais são apresentados neste artigo.
Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA) [1] tem o objetivo de tornar toleráveis, dentro de critérios objetivos, os seguintes riscos [2]: • R1: Perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes); • R2: Perda de serviço ao público; • R3: Perda de patrimônio cultural; e • R4: Perda de valores econômicos. Para que esse objetivo seja alcançado, os projetistas da PDA devem especificar um SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas [3], para evitar danos à edificação, provocados pelo impacto direto das descargas atmosféricas, e MPS - Medidas de Proteção contra Surtos [4] para limitar a magnitude das sobretensões transitórias a valores suportáveis pelos componentes da instalação e desviar as correntes de surto das linhas elétricas de energia e de sinal.
Como os projetos de PDA são feitos, na sua maioria, por engenheiros eletricistas, neles são especificadas apenas as MPS para as linhas de energia e não para as linhas de sinal. Os Equipamentos de Tecnologia da Informação (ETI) possuem entradas de ambas as linhas e, por isso, devem ser protegidos também por DPS Dispositivos de Proteção contra Surtos para as entradas de sinal desses equipamentos.
Conceito de compatibilidade eletromagnética A compatibilidade eletromagnética (EMC, do inglês Electromagnetic Compatibility) corresponde à capacidade de um equipamento, instalação ou sistema, operar em um ambiente sem causar ou sofrer interferências
Fig. 1 - Cada entrada de cabo deve ser protegida individualmente