Revista RTI | Novembro 2023

Page 1


Think, link. TP-Link.

Think,

link.

Amplie seu portfólio XPON e ofereça o melhor em fibra para seu assinante. Trabalhe com a marca número 1 no mundo em produtos Wi-Fi.

XX230v

XC220-G3v

XC220-G3

XZ000-G7

Terminal VoIP Wi-Fi 6 GPON

Terminal XPON VoIP Wireless AC1200

Terminal Wireless XPON AC1200

Terminal XPON Gigabit de 1 Porta

Wi-Fi 6 Dual Band AX1800;

Suporta chamadas VoIP;

Solução Aginet de Preset & Gestão Remota TR-069;

Solução Aginet de Preset & Gestão Remota TR-069;

Roseta para proteger o cabo de fibra;

Internet Gigabit com porta PON e LAN;

Roseta para proteger o cabo de fibra;

Compatível com GPON e EPON.

Solução Aginet de Preset & Gestão Remota TR-069;

Interface de Controle de Gerenciamento ONU;

Compatível com GPON e EPON.

Método inteligente de economia de energia.

Compatível com EasyMesh.

Deseja conhecer nosso portfólio completo de roteadores?

Acesse o site ou entre em contato com nosso time especialista pelo e-mail: corp.br@tp-link.com Escaneie o código para solicitar um orçamento.


DESTAQUES Ano 24 - Nº- 282 Novembro de 2023

Banda larga rural A reportagem apresenta algumas soluções que podem ajudar a levar o acesso e a conectividade para o campo, como satélite, rádio e redes celulares, além de novos modelos de negócio capazes de viabilizar o investimento.

ESPECIAL

22

Guia de racks para LANs, servidores e acessórios O guia detalha informações como materiais (aço ou alumínio), tipo de estrutura, aplicações e acessórios. Com o crescimento do mercado de data centers no Brasil, os produtos serão cada vez mais procurados para armazenar e proteger os equipamentos de rede e servidores.

SERVIÇO

34

A importância do monitoramento de fibra em redes 5G Nos últimos anos, fornecedores de serviços de redes móveis e banda larga têm anunciado investimentos em implantações de fibra óptica para apoiar os seus serviços 5G. O monitoramento de fibra ajuda a detectar, compreender e corrigir possíveis anomalias na rede.

REDES MÓVEIS

Capa: Helio Bettega

Foto: Deposit Photos

40

Metodologia de cálculo do preço de referência para compartilhamento de infraestrutura O artigo analisa a metodologia proposta pela Aneel para precificação dos pontos de fixação nos postes de distribuição de energia e como ela poderá contribuir para a redução dos custos da prestação dos serviços de telecomunicações.

POSTES

48

Proteção contra surtos em rede de dados Para que as atividades de uma empresa sejam seguras e confiáveis, é necessário proteger as instalações elétricas contra as sobretensões transitórias. Mas essa proteção não será eficaz caso não contenha Medidas de Proteção contra Surtos específicas para as linhas de sinal.

DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

56

Guia de DWDM O levantamento detalha os recursos dos equipamentos DWDM fornecidos no mercado brasileiro, como capacidades dos transponders, tamanho do chassis, alimentação e topologia. O guia também traz os contatos das empresas, facilitando a consulta e pesquisas de mercado.

SERVIÇO

60

SEÇÕES Editorial

6

Informações

8

Interface

62

Em Rede

66

Segurança

68

Produtos

70

Publicações

72

Índice de anunciantes

72

ISP em Foco

74

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.




EDITORIAL

ARANDA

EDITORA

TÉCNICA

CULTURAL

LTDA.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

Banda larga em áreas rurais e remotas Apenas 23% do espaço agrícola nacional possui algum nível

de cobertura por Internet e, mesmo assim, o país consolidou-se como potência mundial. O estudo “Cenários e Perspectivas da Conectividade para o Agro” divulgado em 2021 pela Esalq/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, em parceria com o MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostrou que o Brasil poderia ampliar o valor da produção em até R$ 100 bilhões com a expansão do sinal de Internet. O levantamento apresentou projeções de aumento do VBP - Valor Bruto da Produção em dois cenários até 2026. O impacto positivo corresponderia a R$ 47,56 bilhões, no caso de ampliação da cobertura do sinal móvel de Internet (2G, 3G e 4G) das áreas rurais de 23% para 48%, e a R$ 101,47 bilhões, num eventual aumento para 90%. Atualmente, o VPB está em R$ 1,057 trilhão. O primeiro cenário contempla a modernização das 4,4 mil torres de telefonia celular existentes no país. O segundo considera a instalação de 15.182 novas torres. O Brasil tem 5 milhões de produtores, mas apenas 1 milhão têm condições de contratar consultoria especializada e assimilar inovações. Os outros 4 milhões são pequenos e médios sem capacidade de investimento ou acesso à informação. Na região Sudeste, a mais rica do país, apenas 36,95% dos produtores estão conectados. Mesmo nessas condições, o Estado de São Paulo foi decisivo para que o Brasil pudesse produzir, na safra 2022/23, quase 550 milhões de toneladas de canade-açúcar, essencial para a produção de itens como açúcar, etanol, álcool, entre outros. “Imagine o potencial que não podemos alcançar a partir de tudo aquilo que a conectividade permite destravar no campo”, afirma Rodrigo Oliveira, CEO da Sol Internet para Todos, startup que oferece soluções tecnológicas, inteligência de dados e acesso rural. De acordo com ele, reduzir o gap de infraestrutura de telecomunicações e cobertura de Internet nas zonas remotas do Brasil é fundamental para que os produtores possam explorar ao máximo as tecnologias já disponíveis no campo, e a agricultura brasileira consiga dar um grande salto de produtividade. “Estamos falando de máquinas inteligentes, estações meteorológicas, sensores, computadores e dispositivos móveis de última geração. Mas, sem a conexão à Internet, consequentemente essas ferramentas não atingem seu potencial”, explica. Além da falta de conectividade na cadeia econômica que representa mais de 26% do PIB – Produto Interno Bruto e responsável por metade das exportações, há ainda a questão social: 13 milhões de brasileiros não têm cobertura de Internet fora das cidades. Conectar essa população permite que ela se envolva de maneira mais ativa no cenário social e econômico, quebre barreiras de isolamento, adquira acesso à educação, informações de saúde e tenha mais oportunidades de negócios. “A banda larga propicia um desenvolvimento mais inclusivo e justo, onde as disparidades são reduzidas, criando uma base mais sólida para o futuro dessas comunidades. Conectar áreas isoladas propicia aos moradores permanecerem no campo sem que para isso tenham que ficar distantes dos avanços socioeconômicos do mundo digital”, diz Humberto Grote, vice-presidente de marketing e vendas da Hughes do Brasil, empresa que fornece o serviço de Internet via satélite. Dada a importância do tema, esta edição traz uma reportagem especial que apresenta algumas soluções tecnológicas que estão ajudando a reduzir o abismo digital nos pontos mais afastados do país. Há um grande potencial de negócios para fabricantes de equipamentos, integradores, prestadores de serviços, operadoras e provedores de Internet.

Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

REDAÇÃO: Diretor Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau e Sabrina Emilly dos Anjos Costa PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial comercial: Élcio S. Cavalcanti Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 – guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, comunicação, éé uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.



INFORMAÇÕES

8 – RTI – NOV 2023

Delta desenvolve retificador híbrido: alimentação pela rede CA e energia solar

Para oferecer soluções de energias limpas e sustentáveis a seus clientes, com redução de custos operacionais, a Delta Electronics do Brasil desenvolveu um sistema retificador híbrido, ou seja, que pode ser alimentado pela rede CA convencional e também por energia solar fotovoltaica para conversão em corrente contínua (-48 VCC) nas centrais de telecomunicações. “Conseguimos trabalhar com as duas fontes e fazer um equilíbrio do ponto de vista ambiental e econômico”, diz Flávio Rodrigues, engenheiro da Delta. Segundo ele, o sistema destina-se tanto a sistemas on grid (conectado à rede da distribuidora de energia) como off grid (isolado, utilizando gerador de energia), opção mais comum entre as operadoras que contam com sites remotos espalhados pelo país. O desenvolvimento do projeto e montagem dos equipamentos são realizados pela Delta, que possui fábrica em São José dos Campos, SP, sob demanda para cada projeto. “O cliente vem com a necessidade e nós desenvolvemos a solução que ele precisa”, diz. Para uma mineradora, com sede no interior do Amazonas, a Delta instalou o sistema híbrido off grid, em parceria com a operadora Oi, para fornecer Internet aos colaboradores e à Funai. Foram instalados 30 painéis solares de 350 W cada e quatro módulos Delta de conversão -48 VCC, além de baterias para o backup. “O sistema fotovoltaico alimenta o consumidor e também recarrega a bateria durante o dia para que possa ser usada à noite”, diz o engenheiro. A controladora Orion da Delta é quem faz o gerenciamento das tensões de entrada e saída, junto com os módulos de conversão, capaz de monitorar os equipamentos e todo o site onde está instalado, como baterias, fontes e outros dispositivos conectados através de protocolos SNMP, Modbus e MQTT. Uma IHM – interface homem-máquina realiza a leitura e mostra as variáveis em tempo real. Os módulos que fazem a conversão da energia proveniente dos painéis solares são compactos, com entrada de 50 a 350 VCC e saída -48 VCC. “As saídas dos módulos

retificadores e conversores solares ficam conectadas no mesmo barramento do nosso sistema, facilitando o hot swap disponível nos nossos equipamentos”, diz Carlos Catrasta, gerente de contas da empresa. O sistema da Delta não precisa de inversores: o painel solar já gera em corrente contínua e segue direto para a fonte da Delta, que utiliza conversores de alta eficiência para entregar a tensão que o consumidor espera. “É um ponto de conexão a menos de falha e de custo”, diz. O sistema também opera on grid. A Delta realizou um projeto para a TIM no Rio de Janeiro que, além de equipamentos -48 VCC normais de telecom, também fornececorrentealternada(220 V) paracargas CA como tomadas, ar-condicionado, computadores e equipamentos de escritório, montados em um contêiner itinerante. Os painéis solares ficam em cima da estrutura. O módulo de conversão é retificador e inversor, recebendo energia

Sistema instalado em mineradora no Amazonas

da concessionária e entregando -48 VCC para as cargas de telecom, baterias e consumidores. Segundo Alan Buchner, gerente comercial de Telecom da Delta Electronics, o caminho contrário também é possível, recebendo energia das baterias ou do painel solar e entregando em 220 VCA para consumidores. Esse projeto é chamado de contêiner solar, de fácil transporte e montagem. Em cima do contêiner podem ser acomodados três strings de seis ou sete painéis solares. “Basta o cliente nos informar a autonomia desejada que nossos engenheiros realizarão os cálculos. O produto já existe, só precisamos desenvolver um projeto customizado e entregar o pacote pronto. Vendemos soluções e não somente o conversor ou retificador”, finaliza Buchner. Delta – Tel. (12) 3932-2300 Site: www.delta-electronics.com.br

Proeletronic lança ONT híbrida GPON e EPON A Proeletronic, fabricante nacional de produtos para recepção e distribuição de sinais de TV digital, telefonia e Internet, com planta fabril em Paraisópolis, MG, está lançando a ONT EasyMesh TeraPro para FTTH – fiber to the home. “Agora temos uma linha completa de produtos de fibra, do poste até a casa do assinante”, diz Gilberto Gandelman, CEO da Proeletronic. Segundo ele, a empresa oferece cabos drop, conectores, CTOs, caixas de emenda, splitters, cordões ópticos, mini DIO – distribuidores ópticos internos e ONUs, além de set top box SmartPro 4K HD, todos homologados pela Anatel. A nova ONT da Proeletronic é híbrida (GPON e EPON). Com função adaptativa, a ONT identifica o modo da OLT e faz a alteração automaticamente. Com quatro portas LAN de 1 Gbit/s, o produto atende aos padrões da ITU-T e IEEE. Integra Wi-Fi 802.11a/b/g/n/ac, transmitindo em banda dupla de 2,4/5,8 GHz com função mesh. Suporta modo de Internet DCHP, estático e PPoE. “Já tínhamos a ONU, mas com a ONT o provedor tem uma nova opção para atendimento ao assinante”, diz o CEO. Hoje, com a competição no mercado de banda larga, cada vez mais as operadoras procuram oferecer melhor serviço a seus clientes, com maiores velocidades de acesso e WiFi de alto desempenho e ampla cobertura nas residências. Assim como as smart boxes, que podem ter a caixa serigrafada com o logotipo da empresa, as ONTs e ONUs também podem ser personalizadas em fábrica para os provedores. Além de fortalecer a marca, a gravação da logomarca evita riscos de comercialização indevida do produto, dando maior segurança ao provedor. AProeletroniccontacomplantade6000m2 com linhas automáticas de fabricação em Paraisópolis e uma unidade em Jacareí, SP, com área administrativa, engenharia de desenvolvimento, laboratórios, comercial e centro de distribuição para o estado de São Paulo. A empresa conta com um portfólio de mais de 200 produtos.


9 – RTI – NOV 2023

profissional com mais de 25 anos de experiência no setor de tecnologia e no grupo desde 2003, o objetivo é atender de forma consultiva todos os aspectos de conectividade das corporações, com soluções inovadoras, seguras e de alta qualidade através dos centros de competência da operadora no mundo, aproveitando a capacidade de todo o grupo Deutsche Telekom. “Queremos estar mais próximos dos clientes e trazer soluções de escala global, desde a concepção, implementação até o gerenciamento de soluções personalizadas ONT EasyMesh TeraPro da Proeletronic seguras e serviços gerenciados”, resume. A empresa iniciou suas atividades em O portfólio inclui a conectividade 1991 para produção de antenas de TV e foi underlay, com soluções de MPLS um dos principais players do processo do Multiprotocol Label Switching, L2L desligamento do sinal de TV analógica, (LAN to LAN), Internet dedicada, assim propiciando sinal digital para como soluções de overlay com SD-WAN aproximadamente 12 milhões de famílias de de forma agnóstica, independente de baixa renda no período de 2015 a 2017, fornecedor. A operadora, que também é dentro do projeto Seja Digital. Com a uma MVNO móvel no país, oferece ainda estabilização do mercado de TV, a conectividade móvel aplicada à utilização Proeletronic decidiu, em 2018, apostar em IoT/M2M com uma plataforma global novos segmentos de negócios, como de para a gestão da conectividade. banda larga fixa e varejo. Além dos Um dos destaques é o Premium Internet provedores regionais, atende grandes Underlay, com baixíssimas latências e alta operadoras de telecomunicações do país, performance. “Em contraste com o acesso como grupo América Móvil, Sky, Vivo, Oi regular à Internet, essa nova solução fornece Telecom, entre outras. não apenas SLAs convencionais, mas SLAs de desempenho. Ao usar inteligência Proeletronic – Tel. (11) 4693-9301n artificial, podemos aumentar Site: https://proeletronic.com.br/ consideravelmente o desempenho da rede. O algoritmo de machine learning garante que os dados sempre sigam o caminho ideal por meio de nosso backbone multicloud híbrido dedicado”, diz o executivo. A Deutsche Telekom é a 11ª marca mais valiosa do mundo, com mais de 245 milhões de clientes móveis, 25 milhões de linhas A operadora alemã Deutsche Telekom, uma fixas e 21 milhões de banda larga. das principais empresas de telecomunicações Emprega quase 207 mil colaboradores em integradas do mundo, com mais de 50 países. faturamento de mais de A Deutsche Telekom 114 bilhões de euros em 2022, Global Business foi criada na está ampliando sua presença Alemanha em 2020 para ser a no mercado brasileiro. O unidade de negócios de grupo fornecerá serviços de serviços de comunicação e rede e conectividade, como conectividade do grupo LAN, MPLS, SD-WAN e Deutsche Telekom para SASE para o mercado empresas multinacionais e o corporativo (B2B) sob a marca setor público. Hoje já conta Deutsche Telekom Global com 28 escritórios localizados Pablo Guaita, da Business Solutions Brasil. em todo o mundo. Deutsche Telekom Segundo Pablo Guaita, O executivo explica que a Global Business no diretor geral no comando da criação da Deutsche Telekom Brasil: mais próximo operação no Brasil, Global Business permite que de clientes globais

Deutsche Telekom amplia operações no Brasil

o grupo forneça serviços especializados em diferentes áreas de negócios. A estratégia promove a inovação por meio da cooperação entre as diferentes subsidiárias especializadas do grupo Deutsche Telekom, dentre elas a T-Systems, que já atua no Brasil há 21 anos com a sua divisão de tecnologia, e desenvolve ferramentas para ajudar seus clientes a evoluir os negócios com soluções de nuvem, infraestrutura, segurança, SAP e serviços digitais. Deutsche Telekom – Site: www.telekom.com.br

Huawei lança WDM com tecnologia de label óptico digital O WDM Alps da Huawei traz uma nova

proposta para simplificar a construção de redes ópticas metropolitanas e de acesso, baseada em tecnologia de label óptico digital para implementar monitoramento remoto, visualização e gerenciamento de comprimentos de onda e permitir recursos de automação de rede. “Tudo isso é possível a partir do conceito de ROADM - Reconfigurable Optical Add-Drop Multiplexer, que é um componente diferencial na comunicação óptica de alta capacidade. Ele desempenha um papel crucial na criação de redes flexíveis e dinâmicas, permitindo a manipulação eficiente dos comprimentos de onda da luz em uma rede óptica. Ou seja, o Alps cria um ROADM de ponta a ponta simplificado e de fácil gerenciamento”, diz Thyago Monteiro, CTO da Connectoway, empresa de soluções em TI e telecom e distribuidora dos produtos Huawei. Segundo ele, o Alps-WDM facilita a implantação de redes ópticas de transporte em ambientes metropolitanos e de acesso, com foco especial em agilidade, evolução a longo prazo, agrupamento eficiente e simplificação. “O acrônimo ‘Alps’ encapsula suas principais características: agile (ágil); long-term-evolution (evolução a longo prazo), pooling (agrupado) e simplified (simplificado)”, explica. Além da tecnologia de label óptica digital, a solução utiliza uma variedade de recursos, incluindo compartilhamento de comprimentos de onda em anéis,


INFORMAÇÕES planejamento automático e diferentes direções da construção, reduzindo assim topologia de rede, o os requisitos de espaço e Alps-WDM permite o recursos. compartilhamento eficiente de “Em um mundo onde a recursos, simplificando a demanda por serviços continua configuração da camada a crescer exponencialmente, o óptica. Isso significa menos Alps-WDM apresenta complexidade na benefícios práticos para os implementação e uma maior usuários: reduz a dificuldade na utilização prática de recursos”, Thyago Monteiro, implantação, simplifica a gestão CTO da Connectoway: diz o CTO. de comprimentos de onda e De acordo com ele, com o label óptica digital melhora a eficiência operacional. permite o Alps-WDM da Huawei, monitoramento Isso significa conexões mais algumas operadoras no remoto e automação rápidas, melhor experiência do mundo já estão construindo de rede usuário e uma rede mais fácil redes metropolitanas com o de ser gerenciada e implementada”, afirma TCO ideal. A solução aumentou a taxa de Rafael Leandro, Gerente de Engenharia da comprimento de onda único de 10 para Connectoway. 100 Gbit/s no site de acesso integrado (rede Para superar desafios específicos, o móvel, rede XGPON) e criou um pool de Alps-WDM incorpora tecnologias recursos de banda larga compartilhado por avançadas, como o LCoS - Liquid Crystal on várias áreas para uso sob demanda. Silicon para reduzir custos de crosstalk, Também ajudou a criar um percentual de fazendo uso de uma tecnologia ROADM latência ultrabaixa com cobertura de 1 ms na simplificada para locais de dois graus e a cidade principal (anel core); 2,5 ms em toda a otimização de recursos de linha de canais cidade; e 3 ms nas localidades adjacentes coerentes (aquele que não necessita de (subanéis periféricos). módulos de correção de dispersão DCM) “A solução Alps-WDM não é apenas para cenários metropolitanos. uma resposta aos desafios das redes ópticas, “Ao introduzir novas placas de pooling mas também uma visão de um futuro na Matriz WSS (Wavelength Selective Switch), qual a conectividade é descomplicada, que nada mais é que um switch responsável eficiente e acessível”, afirma o CTO. A por selecionar o comprimento de onda para tecnologia está disponível nas novas linhas

10 – RTI – NOV 2023

de soluções ópticas da Huawei e a Connectoway está disponibilizando um time de engenheiros especialistas capazes de projetar ambientes compatíveis as novas demandas do mercado. Connectoway – Tel. 0800 731 8000 Site: www.connectoway.com.br

Zequenze traz para o Brasil plataforma para gerenciamento remoto de CPEs

Com a expansão dos serviços de banda larga, a tarefa de cadastrar, configurar e gerenciar os inúmeros dispositivos instalados nos clientes torna-se um desafio cada vez maior para os provedores de Internet. A Zequenze, empresa norteamericana especializada em soluções de automação para telecomunicações, está apresentando ao mercado brasileiro uma plataforma 100% em nuvem que permite às operadoras controlar os CPEs dos assinantes de forma totalmente remota, oferecer um atendimento mais ágil e reduzir custos com chamados e visitas de técnicos. “Os clientes têm uma melhor qualidade de experiência”, diz Freddy Turriaf, diretor de vendas da Zequenze. Com a ferramenta, o provedor ganha velocidade e segurança nas


LANÇAMENTO

Apresentamos o novo DM4270 24 Portas. O mercado solicitou, a Datacom respondeu! Agora com 6x portas de 100GbE, 16x portas dual 10GbE/25GbE e 8x portas 10GbE em um switch otimizado. Inovação ao seu alcance!

O DM4270 8XS+16VS+6CX faz parte de nossa linha completa de switches IP/MPLS DM4270, que também inclui os modelos DM4270 24XS+2CX e DM4270 48XS+6CX. Desenvolvidos para atender às crescentes demandas de tráfego IP em variados contextos, estes switches asseguram robustez e alta performance. São reconhecidos pelo suporte a aplicações MPLS L2VPN e L3VPN, garantindo encaminhamento de pacotes e aplicação de políticas de QoS em hardware, assegurando operação em máxima velocidade.

Mais informações do produto

Para mais informações, visite nosso site!

Acompanhe-nos nas redes sociais

Entre em contato com o gerente de contas da sua região pelo WhatsApp em www.datacom.com.br/pt/vendas


INFORMAÇÕES operações de integração de Segundo ele, o novos assinantes à base e na desenvolvimento é muito detecção de problemas na rápido e em uma ou duas rede e CPEs. A duração de semanas o provedor pode ligações ao call center é começar a rodar a ferramenta. reduzida pela metade. Além “O modelo de negócio disso, o diagnóstico mais é turnkey, ou seja, o cliente rápido e preciso de anomalias não precisa instalar nenhum prolonga a vida útil dos hardware na empresa ou dispositivos, reduzindo modificar seus sistemas Vagner Placido, da custos com a compra de existentes, pois a solução usa Zequenze Brasil: novos equipamentos. o navegador web e roda nas provedores estão A plataforma principais nuvens públicas”, entre o principal da Zequenze é fornecida em diz. Além disso, permite foco da empresa três módulos. A ferramenta integração com as principais de automação da gestão de dispositivos, CRMs e ERPs do mercado. “Com o apoio também chamada de ACS - Servidor de da plataforma, o provedor pode fazer uma Configuração Automática, inclui suporte aos atuação sem interferência no usuário final, padrões TR-069 e TR-369/USP e realiza aliviar o nível 1 do call center e ajudar o integração automática (provisionamento técnico a entender o que se passa na rede do zero touch), gerenciamento de configurações assinante”, afirma. Mesmo em um novo e testes de desempenho (baseados em TRcliente, ao instalar a ONU, o técnico tem 143) com relatórios e análises. A solução é acesso total a informações do dispositivo e multivendor, ou seja, permite gerenciar o da rede, possibilitando a realização do ambiente de diferentes fornecedores e tipos trabalho de forma muito mais rápida do de CPEs. Além de ONUs, suporta outros que no modo manual. A Zequenze está equipamentos, como roteadores WiFi e bastante confiante no Brasil e nas modems 4G. perspectivas de negócios. “A maioria dos A segunda plataforma realiza a automação provedores ainda não gerencia suas CPEs”, de gerenciamento de assinantes (GATE), finaliza Placido. uma solução aberta e baseada em padrões para os casos de uso mais críticos na área de Zequenze – Site: https://www.zequenze.com/ telecomunicações, como controle de acesso para implantações FTTH – fiber to the home, WiFi e offload de WiFi móvel. Global Gate cresce com E por fim, a ferramenta de automação de soluções completas de infraestrutura de rede (FLUX) permite, por meio de uma interface simples, automatizar cibersegurança a configuração de uma grande quantidade de A Global Gate DC, data center Tier III com serviços e dispositivos de forma segura, sede em Blumenau, SC, elegeu a escalável e sem erros. Independentemente cibersegurança como uma de suas principais do fornecedor ou dos protocolos estratégias de crescimento, com a oferta de suportados pelos dispositivos de rede (CLI, soluções de ponta a ponta para os clientes. A Yang e outros), a plataforma é capaz de vertical vem crescendo de forma significativa executar de forma automática e programática nos últimos dois anos, quando a empresa qualquer tarefa/fluxo de configuração, decidiu se unir com a Live Consult, de capacitando os provedores a implementar Vitória, ES, especializada em consultoria verificação de conformidade (auditoria), de tecnologia, para criação da SafePoint, nova configuração de implantações e uma spin off que agora deve ser consolidação de gerenciadores de elementos, internalizada na Global Gate para acelerar automação de configuração, telemetria e a sua expansão. monitoramento. “A cibersegurança sozinha deve dobrar o Segundo Vagner Placido, country manager tamanho da Global Gate nos próximos da Zequenze no Brasil, a empresa chegou ao dois, três anos”, diz Jean Jader Martins, mercado brasileiro há cerca de 10 meses. CEO da Global Gate. Ele lembra que o “Estamos fazendo prospecções e provas de Brasil é o quinto país do mundo mais conceito junto a potenciais clientes”, afirma.

12 – RTI – NOV 2023

afetado por ataques cibernéticos, mas ainda é desafiador para as companhias manterem a proteção de suas estruturas de tecnologia. “Para a maioria dos negócios, isso implica alto custo e nosso objetivo é oferecer, através de um único fornecedor, todas as pontas atreladas à cibersegurança”, diz. Para tanto, a empresa conta com o suporte de profissionais certificados, ISOs e templates mundiais de soluções completas em segurança cibernética que permitem identificar, analisar, responder e entregar informações vivas sobre as vulnerabilidades da segurança digital do negócio. “Ofertamos um conjunto de ferramentas para segurança cibernética que conecta soluções, processos e pessoas”, afirma Benicio Silva, representante comercial da Global Gate. Já estão homologadas na plataforma as soluções de parceiros globais como IBM, com

Sede da Global Gate em Blumenau: data center Tier III

a suite QRadar e Watson, Sentinel One, Trend Micro, Vmware, Fortinet, CyberArk e Tenable, entre outras. “Nosso cliente encontra um caminho personalizado para tratar suas questões de segurança digital, com uma consultoria completa, processos e apoio na gestão da segurança da informação e infraestrutura. Tudo isso em conformidade às leis de proteção de dados do Brasil e da Europa”, salienta Silva. Além da forte demanda no mercado brasileiro por esse tipo de serviço, a vertical de segurança é estratégica para a Global Gate porque traz para dentro de seu data center empresas com alto poder computacional. “A estrutura de segurança consome muito mais capacidade que qualquer IaaS – Infraestraestrutura como Serviço padrão”, diz o CEO.



INFORMAÇÕES Exatamente pelo alto nível de complexidade, o foco da Global Gate são clientes que precisam aumentar o nível de maturidade de segurança, trazendo o assunto para o dia a dia das suas operações. “São empresas que têm infraestrutura legada, distribuída, on premises, mas também um pouco de cloud e desafios para proteger todos os pontos de sua infraestrutura e respectivos usuários”, afirma Silva. Além de oferecer nuvem privada, a Global Gate também atua como vendor de nuvem pública, fazendo cross conect com a AWS e Azure da Microsoft (cloud connect broker) e atende os MSPs – prestadores de serviços gerenciados, que levam para o data center de Blumenau centenas de empresas de menor porte, ajudando na migração com uma infraestrutura de cloud híbrida. A Global Gate faz parte da Bludata, grupo nacional com sede em Blumenau, há mais de 35 anos no mercado. Fruto de um investimento de R$ 40 milhões, o data center foi o primeiro de Santa

14 – RTI – NOV 2023

Catarina a obter a certificação Tier III do Uptime Institute, em 2019. Sua estrutura conta com geração própria de energia, reaproveitamento de água e luz solar, entre outros diferenciais que conferem ao ambiente certificação Green Leed Platinum. Atualmente atende mais de 100 companhias dos segmentos de tecnologia, e-commerce, serviços, indústria e varejo. 41% dos serviços são oferecidos para fintechs e empresas de tecnologia. Global Gate - Tel. 0800 591 93 16 Site: https://globalgate.com.br/

Frata: multimedidores realizam monitoramento de energia em data centers e ERBs

Estudos demonstram que o consumo

energéticodedatacentersetorresde transmissão de sinais de rádio e celular já somam mais de 4% de toda a energia

consumida no planeta. A crescente demanda por serviços digitais e a revolução 5G devem aumentar ainda mais esse consumo. A Satec, fabricanteisraelensedesoluçõesparamedição e monitoramento de energia, representada no Brasil pela Frata, de São Paulo, oferece uma linha completa de instrumentos que permitem o monitoramento em tempo real do consumo de energia, identificando os picos de consumo e os equipamentos menos eficientes. “Com essas informações precisas, as empresas podem ter insights valiosos para otimizar a distribuição de energia e ajustar a operação dos sistemas. Por exemplo, os operadores podem identificar servidores ou equipamentos com consumo excessivo, permitindo que tomem medidas para otimizar ou desativar esses dispositivos quando não estiverem em uso”, diz Paulo Fernando Moraes, country manager da Satec. Isso não apenas reduz os custos operacionais, mas também contribui para a sustentabilidade ao diminuir a pegada de carbono da infraestrutura.


15 – RTI – NOV 2023

Medidor da Satec para aplicações avançadas de energia, incluindo gravação de formas de onda e medição de energia CA/CC

Segundo ele, a Satec conta ainda com um diferencial em seu portfólio de medidores, que são as soluções para medição em tensão e corrente CC. “Os multimedidores ajudam a garantir o monitoramento de todas as cargas em torres de radiobase e data centers e o correto monitoramento de cargas como baterias, equipamentos de TI e de telecomunicações, alimentados em níveis de tensão e corrente CC, além de

outros circuitos CA de grande importância para essas instalações, como HVAC, iluminação e geradores. Com o uso da plataforma Expert Power da Satec, o usuário pode gerar relatórios financeiros completos de consumo e demanda para uma análise financeira eficiente, garantido o melhor controle do consumo de energia e evitando problemas com multas por ultrapassagem de demanda. Um outro aspecto gerenciado pela plataforma diz respeito à qualidade de energia. “Devido à característica do chaveamento de equipamentos para a operação em data centers, torna-se muito importante também avaliar o nível de harmônicos gerados pelos equipamentos de TI, que podem comprometer o correto funcionamento de outras cargas nessas instalações, além de sobrecarregar transformadores e diminuir sua vida útil”, afirma o executivo. O monitoramento de qualidade de energia pode detectar possíveis problemas de forma preditiva para uma correta tomada

de ações, garantindo o pleno funcionamento e a disponibilidade das operações. “Dashboards de monitoramento voltados para transformadores permitem ter um diagnóstico completo do fator de potência e porcentagem de carga, entre outros parâmetros de energia relacionados ao equipamento, possibilitando identificar o momento ideal para ampliação ou retrofit nos sistemas de transformação de energia de data centers”, diz. De acordo com o country manager, a plataforma centraliza os dados coletados pelos multimedidores de energia em tempo real, permitindo que os operadores monitorem remotamente o desempenho de várias instalações a partir de um único painel de controle, seja através de um computador, tablet ou celular com acesso à Internet. “Isso possibilita a detecção precoce de problemas, como flutuações de energia, superaquecimento de equipamentos ou falhas de energia”, diz. A plataforma conta com recursos avançados para log de eventos e falhas, para um completo diagnóstico, com


INFORMAÇÕES a intenção de tomada de decisões rápidas para melhoria e resolução de problemas, evitando paradas inesperadas e garantindo plena disponibilidade dos sistemas de comunicação e de informação. Conta ainda com a parametrização de alarmes, enviando e-mails, SMS ou sinais para outros equipamentos de controle dos sistemas de forma preditiva, o que garante uma rápida atualização de possíveis problemas de energia na instalação elétrica. Satec/Frata – Tel. (11) 3619-3556 Sites: www.frata.com.br www.satec-global.com

Fujitsu e mais 13 empresas desenvolvem projeto conjunto de laboratório OpenRAN

A Fujitsu, desenvolvedora japonesa de tecnologias de informação e comunicação (TIC), anunciou que está trabalhando em um centro de soluções para telecomunicações OpenRAN localizado em Sorocaba, SP, em um consórcio com mais 13 empresas. Divulgado durante o Futurecom 2023, evento realizado entre os dias 3 e 5 de outubro em São Paulo, o projeto reúne empresas como Ciena, Dell, FIT, Fujitsu, IBM, Intel, Mavenir, Okemo, Ookla, Palo Alto Networks, Red Hat, SIAE Microelettronica, UP2Tech e VIAVI Solutions, sendo que cada uma das 14 companhias participa com componentes específicos de arquitetura e serviços. A Fujitsu cedeu o seu know-how em ORAN, rádios e tecnologias de vRAN, a Ciena o transporte, a IBM orquestração e integração, a Dell e a Intel servidores e aceleradores, e assim por diante. “É uma grande oportunidade trabalharmos para oferecer melhorias significativas de conectividade que irão

16 – RTI – NOV 2023

catalisar o desenvolvimento sustentável da sociedade. Esta flexibilidade tecnológica das redes abertas abrirá espaço para transformarmos toda a infraestrutura existente em hubs de multisserviços habilitados a fim de executar uma ampla variedade de cargas de trabalho”, celebra Jun Ueda, CEO da Fujitsu do Brasil. O processo de segmentar componentes de hardware e software permite executar todas as funções da RAN em containers, rodando em hardware agnóstico e em cenários que incluem nuvem privada, híbrida e pública. Os componentes que compõem esta RAN, nomeadamente a Unidade Central (O-CU),UnidadeDistribuída(O-DU)e a Unidade de Rádio (O-RU), operam sobre plataforma de hardware modular (servidores e switches) de uso geral. A abertura da RAN permite um ecossistema diversificado com fornecedores de software nativo em cloud, servidores COTS, rádios compatíveis com OpenRAN split 7.2, cloud (pública ou privada) e serviços em uma mesma rede móvel de um mesmo operador. A padronização visa economias de escala globais em cadeias de suprimentos de fornecedores em todo o mundo. Juntas, padronização e abertura prometem reduzir custos e acelerar a inovação para 5G. “Acreditamos que o modelo OpenRAN é o ideal para o mercado brasileiro de 5G, especialmente para redes privadas. É um movimento que busca democratizar as redes de telecomunicações contribuindo para a eliminação da dependência em equipamentos específicos, além de promover e incentivar a concorrência no mercado de conectividade”, afirma Alex Takaoka, head of customer engagement da Fujitsu na América do Sul. Uma das primeiras iniciativas do consórcio será a ativação de uma rede 5G privada de padrão aberto em uma escola

Jun Ueda (à esq.) e Alex Takaoka, da Fujitsu do Brasil: OpenRAN como tecnologia ideal para o mercado nacional de 5G

pública de Sorocaba. Nos próximos meses, serão oferecidas infraestruturas de conectividade sem fio de alto desempenho e com baixo consumo de energia que permita uma abordagem modernizada de educação dentro das salas de aula. O teste também contempla atividades de letramento digital aos professores sobre tecnologias digitais emergentes. A implementação do laboratório deve ocorrer até o final de janeiro de 2024. Já os resultados da experiência no colégio estão previstos para serem divulgados ainda em 2023. Fujitsu –Site: www.fujitsu.com/br

Anatel já autuou mais de 600 mil produtos de TI irregulares em 2023 Um total de 627.339 produtos de telecomunicação foram retirados do mercado do início do ano até o dia 17 de setembro por falta de conformidade com as normas e legislações, apontam dados disponibilizados pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicação, resultando em 88 sanções que contabilizaram R$ 766.342,80 em multas. Segundo o artigo 162, parágrafo segundo, da LGT - Lei Geral de Telecomunicações, todos os equipamentos emissores de radiofrequência devem ter sua certificação expedida ou aceita pela Anatel. Dessa forma, produtos fora de conformidade são irregulares e devem ser retirados do mercado. Conforme explica o vice-presidente de TelecomunicaçõesdaAbrac -Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade, Fabio Jacon, quando um produto é submetido à Anatel para avaliação, ele passa por diversos testes, realizados por laboratórios acreditados pela Cgcre Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia e habilitados pela própria Agência. “Quando um aparelho é testado, o consumidor pode ficar tranquilo, pois o objeto atende padrões de qualidade e segurança previstos nos regulamentos da Anatel, e não causará acidentes”, declarou Jacon.



INFORMAÇÕES O valor mínimo da multa pela não conformidade é de R$ 110,00 e o máximo de R$ 30 milhões. As sanções são calculadas conforme metodologia definida pela Resolução Interna 161, de 7 de novembro de 2022, que contém a tabela de valores mínimos e máximos conforme o porte econômico da empresa. Dentre os procedimentos realizados para certificar um dispositivo antes de sua comercialização, destacam-se os ensaios funcionais, que têm o objetivo de avaliar o desempenho e a qualidade do item. Isso inclui verificar a potência de radiofrequência permitida e o desvio máximo de frequência do transmissor. Outro tipo de ensaio é o de compatibilidade eletromagnética, que busca determinar se o equipamento excede os limites de emissão de perturbações eletromagnéticas, prejudicando o funcionamento adequado de outros dispositivos no ambiente, além de verificar se o equipamento é imune a tais perturbações. Além disso, há os ensaios de segurança elétrica, cujo propósito é assegurar que o equipamento não apresente riscos de choque elétrico ou queimaduras ao usuário. Isso envolve medições de corrente de fuga e avaliação do aquecimento excessivo do equipamento. Para que um produto esteja em conformidade e receba a certificação para ser comercializado no Brasil, o fabricante ou importador interessado em colocá-lo no mercado precisa seguir algumas etapas, segundo o vice-presidente de Telecomunicações da Abrac. “Inicialmente, é necessário contatar um OCD - Organismo de Certificação Designado, avaliado e designado pela Anatel, com autoridade oficial para certificar produtos de telecomunicações no país”, afirmou Jacon. O OCD, em seguida, analisa o Sistema de Gestão da Qualidade da linha de produção do fabricante e investiga a engenharia do produto. Com base nessas análises, são determinados os ensaios necessários para a homologação e o OCD entra em contato com os laboratórios acreditados pelo Inmetro ou avaliados pela Anatel. A comprovação de que o produto atende aos requisitos de qualidade e segurança é indicada por um selo ou outra forma de identificação contendo o nome ou logomarca da agência, seguido do número

18 – RTI

de homologação, composto por 10 ou 12 dígitos. Em caso de dúvidas, os cidadãos podem consultar o SCH - Sistema de Certificação e Homologação da autarquia. Abrac – Tel. (11) 3105-2749 Site: https://abrac-ac.org.br/

TIP Brasil lança serviços de segurança como SVA para provedores regionais A TIP Brasil, empresa brasileira com sede em Campinas, SP, anunciou o lançamento do TIP Segurança, um portfólio de SVA na modalidade white label que contempla monitoramento por câmeras, rastreamento veicular e apólice de seguros. “Com o TIP Segurança, identificamos uma oportunidade para os provedores de Internet oferecerem serviços de alto valor para se diferenciarem da concorrência, aumentando as suas receitas a partir da entrega de uma solução completa para proteger o patrimônio de seus clientes”, afirma Alexandre Alves, CEO da TIP Brasil. O portfólio é composto por três serviços: TIP Vision, TIP Track e TIP Seguros. O primeiro é um sistema de monitoramento por câmeras com armazenamento de imagem em nuvem e acompanhamento em tempo real do que acontece em residências ou empresas. A solução é instalada e gerenciada pelo próprio provedor de Internet e oferece integração com sistemas Alexandre Alves, ERP e CRM, da TIP Brasil: serviços de armazenamento segurança como de gravações por um diferencial até 30 dias e para provedores mosaico de câmeras. Já o segundo é um rastreador veicular em tempo real. O produto possibilita compartilhar veículos com os membros da família, além de monitorar e definir a velocidade máxima e o perímetro da chamada cerca virtual, capaz de definir


19 – RTI – NOV 2023

uma área geográfica específica para onde um veículo pode ou não ir. Se o automóvel sair do espaço delimitado, o usuário receberá um alerta. Ambos os produtos podem ser acessados via aplicativos web, Android e iOS. Por fim, o terceiro e último serviço é um plano de seguros para condomínios, residências e empresas. A proposta foi concebida em parceria com a Moninf e garantida pela Liberty Seguros. Com ampla cobertura, sem franquia, fidelidade ou carência, oferece assistência 24 horas (eletricista, chaveiro e encanador), com valores reduzidos em comparação com o mercado. TIP Brasil – Tel. (19) 3090-2255 Site: www.tipbrasil.com.br

Fibracem fecha parceria com o Grupo Prysmian A Fibracem, indústria 100% nacional

especializada no segmento de comunicação óptica, com parques fabris em Pinhais, PR, e Linhares, ES, anunciou diversas novidades durante o Futurecom 2023. Em sua primeira participação no evento, a empresa anunciou uma parceria com o Grupo Prysmian, fabricante italiana de cabos para energia e telecomunicações. No acordo, a Fibracem fica responsável por industrializar e comercializar os cabos metálicos do Grupo Prysmian. A primeira linha do portfólio Fibracem/Prysmian será o Cabo Metálico Cat. 5e, sendo que o corpo é produzido pela multinacional e o conector pela empresa brasileira. “Estamos em um momento crucial de entender os principais desafios das companhias que trabalham no segmento corporativo e de data centers. Por isso, temos firmado parcerias importantes com o intuito de levar a essas empresas soluções compostas pelo melhor do Brasil e do mundo”, afirma Eryck El-Jaick, COO da Fibracem. Inicialmente, a produção ficará concentrada na unidade paranaense da Fibracem. Com 15 mil m2 de área construída dividida entre parque fabril e centro de distribuição, o local recebeu um aporte de aproximadamente R$ 3 milhões que foram aplicados na ampliação do setor


INFORMAÇÕES

20 – RTI

de metalurgia para a nova linha de racks e em espaço e maquinários para cabos metálicos e qualificação de mão de obra, o que viabilizou o trabalho conjunto com a multinacional. “DesdeaparceriacomasuíçaHuber Suhner,fechadaem2022,temos investido no segmento corporativo de maneira vertical, aspecto que está noDNAda Eryck El-Jaick, da Fibracem.Ecomissovoltamosaolharpara Fibracem: osegmentode data center, algo que remete ampliação do às origens da empresa”, explica El-Jaick. portfólio via Outra novidade é o lançamento do parcerias rack outdoor FBC Robust, também conhecido como Shelter. Projetado para usuários que demandam uma solução outdoor que acomode tanto equipamentos de telecom como de energia. O gabinete apresenta paredes duplas, estrutura feita de alumínio, grau de proteção IP55 e IK10 e está disponível em modelos de 36 e 44U, com 800 ou 1000 mm de profundidade e alturas de 2030 ou 2400 mm, sendo todos com 750 mm de largura. Fibracem – Tel. (41) 3661-2550 Site: www.fibracem.com

Harald inaugura nova fábrica e contou com parceria da Furukawa e Advnet IT A Harald, produtora de chocolates com sede e fábrica em

Santana do Parnaíba, SP, inaugurou um novo parque fabril. O ponto, que fica próximo ao complexo industrial da matriz, apresenta mais de 14 mil m2 de área construída e teve um investimento de R$ 200 milhões. Para conceber o projeto de rede industrial, a Harald contou novamente com o auxílio técnico das empresas Advnet IT e Furukawa. Em 2021, ambas foram responsáveis pela atualização do cabeamento estruturado da matriz (RTI outubro de 2021, edição 257). Denominado Mundo, o novo empreendimento apresenta redes para TI e automação, 4 km de fibras interligando áreas de produção para anel redundante, bem como sistema de CFTV integrado. “Desde a sua concepção, a nova fábrica foi pensada para ser uma planta com excelência operacional e referência em gestão de custos. Um dos principais desafios foi sincronizar a execução do projeto, cujo cronograma era de 12 meses, com a chegada dos equipamentos, e isso só foi possível graças ao auxílio da Advnet IT e da Furukawa”, lembra Ricardo Santos, gerente industrial sênior da Harald. Para cumprir o prazo estipulado, a Advnet IT e a Furukawa tiveram que adaptar algumas soluções no canteiro de obras. Reuniões de alinhamento técnico, por exemplo, foram realizadas no local com auxílio de um contêiner com Internet Wi-Fi via rádio instalado pela integradora. O espaço também serviu como armazenagem de equipamentos e materiais de EPI. “Na obra de 2021, a fábrica estava em pleno funcionamento, com algumas dificuldades já previstas no cronograma, como janelas de trabalho no ambiente em produção, no qual


21 – RTI – NOV 2023

Nova fábrica da Harald no interior de São Paulo

dependíamos da liberação da infraestrutura instalada de encaminhamento de cabos para acesso da equipe às áreas da planta. Foram desafios bem distintos”, explica Tetsuo Tanaka, diretor técnico comercial da Advnet IT. O projeto demandou soluções compatíveis com ambientes industriais, mais precisamente o FI2S – Furukawa IoT for Industry System, para uso de conectividade em painéis elétricos, cordões ópticos conectorizados e cabos LSZH – Low Smoke Zero Halogen com cobertura de polietileno sustentável, pouca emissão de fumaça e sem gases tóxicos em casos de incêndio. “O polietileno verde utilizado nos cabos GigaLan Green da Furukawa é fabricado a partir do etanol de cana de açúcar, resultando em um processo de produção mais eficiente. Além disso, a crescente profissionalização da produção de etanol e a eficiência dos processos oferecem vantagens ambientais notáveis ao ciclo de vida da resina. Cada tonelada de material produzido é capaz de capturar e fixar até 2,5 toneladas de CO2 que estavam presentes na atmosfera, desempenhando um papel crucial na redução das emissões de gases de efeito estufa e no combate ao aquecimento global”, detalha Leonel Rodrigues, gerente de mercado da Furukawa. A Harald espera que a nova fábrica dobre a sua capacidade de produção nos próximos cinco anos. Em 2022, o faturamento foi de R$ 1,5 bilhão, alta de 22% em comparação ao ano anterior. Para 2023, a produtora de chocolates espera finalizar o ano com crescimento de 10%. Advnet IT – Tel. (11) 4152-4786 Site: www.advnetit.com.br Furukawa – Tel. 0800 041 2100 Site: www.furukawalatam.com

NOTAS Terceirização – A TBNet, operadora de telecomunicações da TecBan, disponibilizou o Outsourcing TBNet, um serviço de terceirização personalizado. O portfólio inclui diversas soluções para redes, como coodenação de serviços de campo, monitoramento, centro de gerência, engenharia, implantação e gestão financeira unificada de prestadores. Mais informações podem ser obtidas em: www.tbnet.com.br/outsourcing/.


ESPECIAL

22 – RTI – NOV 2023

Banda larga rural Sandra Mogami, da Redação da RTI

D

Com cerca de 30 milhões de pessoas vivendo em áreas rurais e o protagonismo do agronegócio na economia brasileira, levar o acesso e a conectividade para o campo representa um grande potencial de negócios para fabricantes, provedores e prestadores de serviços. A reportagem apresenta algumas soluções que podem ajudar nesse sentido, como satélite, rádio e redes celulares, além de novos modelos de negócio capazes de viabilizar o investimento.

e acordo com a PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 30 milhões de pessoas vivem em áreas rurais. Apesar de representar mais de 15% da população brasileira, a conectividade nessas localidades é menor do que nas cidades. Conforme dados do TIC de 2023, são mais de 32% de domicílios sem acesso à Internet, ao passo que nas zonas urbanas este índice fica abaixo de 18%. Mesmo no setor agropecuário, um dos segmentos econômicos de maior evolução e capacidade de gerar riquezas e reduzir as disparidades sociais, responsável por mais da metade das exportações e por cerca de 25% do PIB - Produto Interno Bruto brasileiro, o acesso à Internet é tímido. No CentroOeste, uma das maiores áreas agrícolas no mundo, apenas 28,96% dos produtores rurais contam com acesso à rede, de acordo com dados da Anatel. No Sudeste, a região mais rica do Brasil, apenas 36,95% dos produtores rurais estão conectados, enquanto no Norte e Nordeste, os números são de apenas 15,69% e 21,77%, respectivamente. O Sul é a região mais bem posicionada, com 43,89%, mas ainda assim menos da metade da população rural com acesso à Internet. Ou seja, ainda há muito espaço para expansão, crescimento e investimento no Brasil no campo.

A reportagem especial a seguir apresenta algumas tecnologias e soluções que podem ajudar a levar conectividade para as áreas remotas do país, como satélite, rádio e redes celulares, além de novos modelos de negócio capazes de viabilizar o investimento.

AVS Brasil A AVS Brasil, empresa especializada em projeto e implantação de sistemas sem fio por rádios micro-ondas, WiFi e LTE, com sede em São Bernardo do Campo, SP, está apresentando ao mercado brasileiro a tecnologia TVWS – TV White Space (VHF/ UHF) da norte-americana Aviat Networks, sua parceira comercial há cerca de 10 anos, como opção de conectividade em áreas remotas do Brasil. Em operação nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Colômbia, entre outros países, a TVWS faz a alocação dinâmica, em caráter secundário, de frequências ociosas nas faixas de VHF/UHF, primariamente destinadas às emissoras de radiodifusão, sem criar perturbações aos canais de televisão adjacentes. Em 5 de outubro de 2021, a Anatel publicou a Resolução 747 que destina quatro blocos de frequência para a tecnologia: de 54 a 72 MHz; 174 a 216 MHz; 470 a 608 MHz; 614 a 698 MHz.


23 – RTI – NOV 2023

Segundo Ivan Ianelli, diretor da AVS Brasil, o VHF/UHF oferece maior alcance do sinal, podendo chegar a 80, 90 km de distância. Além de otimizar o espectro de uma frequência ociosa, a solução é de fácil implantação e oferece uma relação custo/benefício mais competitiva que a fibra óptica e satélite. “É uma excelente opção para provedores de Internet e operadoras promoverem a interiorização das telecomunicações, levando acesso às comunidades rurais e agroindústrias”, diz. Atenta aos movimentos do mercado mundial, a Aviat começou a desenvolver a solução TVWS há cerca de uma década, impulsionada com a compra de fabricantes internacionais de sistemas sem fio, como Harris, NEC e

Rádio RDL da Aviat Networks com tecnologia TVWS

Redline. O resultado é um rádio inteligente, cognitivo, com capacidade de identificar a frequência sem uso e trabalhar naquela faixa. “Capazes de suportar espectro de 470 a 698 MHz, os rádios são definidos por software para implantações ponto a ponto e ponto-multiponto simplificadas, fornecendo altas velocidades de dados síncronos de até 440 Mbit/s de tráfego bidirecional”, explica. Uma outra vantagem é a facilidade de instalação, uma vez que a estação radiobase é bastante compacta (20 x 20 cm) e de alto desempenho, capaz de atender até 120 estações remotas (assinantes) com taxas de download de até 30 Mbit/s. Nos usuários, a linha compreende até 12 modelos de CPEs robustos e antenas de autoalinhamento nômades para fornecer uma rede sem fio de missão crítica.

“As soluções são projetadas para as condições ambientais mais difíceis, sobre água, montanhas e mato, até mesmo sem linha de visada, que tornariam a instalação de outras tecnologias impraticável”, diz Ianelli. Os equipamentos suportam temperaturas entre -40°C e +75°C. A Anatel tem fornecido as frequências para os serviços de forma pontual, para testes e pilotos, como o projeto realizado recentemente para o CIASC - Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina. O NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR está coordenando um estudo, em cooperação com a Embaixada do Reino Unido no Brasil, para analisar a viabilidade técnica e operacional do uso do TVWS para ampliar a inclusão digital no país. Desenvolvido em conjunto com o Inatel - Instituto Nacional de Telecomunicações e UFC Universidade Federal do Ceará, com o apoio da Anatel, o projeto busca analisar as condições técnicas e operacionais definidas pela regulamentação no Brasil e prover dados de suporte à Anatel referentes à coexistência de redes secundárias com o sistema de TVDA do padrão ISDB-TB, além de contribuir para futuros atos legais promovidos pela Anatel nesse contexto. “Há muito interesse de operadoras e provedores em desenvolver o projeto. Basta colocar a estação radiobase em uma fazenda ou comunidade interiorizada e rapidamente levar a Internet na região, em um raio de até 90 quilômetros. O Brasil é muito grande e ainda tem uma necessidade gigantesca de conectividade”, diz o executivo. A AVS Brasil, que também representa da Altai Technologies, fabricante chinesa de sistemas WiFi indoor e outdoor, tem implantado diversos projetos de rádio LTE e micro-ondas em faixas licenciadas e não licenciadas para empresas de telecomunicações, indústrias e concessionárias de energia, que contam com grande parque de usinas e subestações instalados em locais remotos. Site: www.avsbrasil.com.br

Neger Telecom Para usuários que estão fora das cidades, mas não tão remotos, uma opção rápida e econômica para ampliar sua conectividade é aproveitar a cobertura celular disponível nas estradas. “O conceito em si é antigo, vem desde o tempo da telefonia rural, em que as operadoras atendiam com celular fixo quem estava na franja da cobertura”, conta Eduardo Neger, diretor da Neger Telecom, de Campinas, SP, empresa especializada em desenvolvimento de tecnologias destinadas a áreas rurais e distantes dos centros urbanos. “A matemática de construir uma estação radiobase para atender um tráfego pequeno não fecha a conta. Então as tecnologias de repetidores de sinal ou reforçadores internos permitiam capturar esse sinal de maneira ‘acidental’ e atender à obrigação regulatória das operadoras”, diz. Seguindo esse mesmo conceito, a Neger Telecom desenvolveu o RuralMax, uma solução fácil de instalar e pronta para uso capaz de levar acesso à Internet em áreas rurais e remotas. O equipamento opera com oito bandas de frequência (700, RuralMax: antena 850, 900, 1800, diretiva, modem, roteador e Wi-Fi em 1900, 2100, um mesmo 2400 e 2600 equipamento MHz) e vem com antenas octaband que podem captar, de forma automática, o sinal das redes celulares com velocidades até 150 Mbit/s (LTE Release 9 Cat.4), mesmo em locais com sinal instável ou fraco sinal das redes celulares. Desbloqueado para qualquer operadora, o RuralMax não requer cabos e roteadores externos e vem com Wi-Fi IEEE 802.11 b/g/n integrado, permitindo conexão à Internet para variadas aplicações.


ESPECIAL O produto tem design compacto, leve e com baixo consumo de energia elétrica. “Oferece oito vezes mais alcance e 500 vezes mais sinal do que um modem comum”, diz. Um outro diferencial é a resistência às chuvas, tempestades, jatos d’água por todos os ângulos, descargas atmosféricas, variações elétricas e temperaturas extremas, evitando problemas de manutenção futuros e necessidade de visitas de técnicos. “Desenvolvemos o RuralMax com base em uma experiência prática no campo, onde uma das principais dificuldades é a questão da mão de obra”, afirma o diretor. Segundo ele, um equipamento convencional de rádio demanda o cabo coaxial, antena externa, conectores e roteadores, enfim, uma série de componentes que, se não forem devidamente instalados, podem comprometer a operação e o serviço. “O RuralMax resolve todas essas dificuldades ao colocar, em uma mesma caixa, a antena diretiva interna, o modem, o roteador e o Wi-Fi. O usuário só precisa ligar o cabo de energia e apontar o equipamento para o lado que tem um sinal maior. E daí ele vai converter o melhor sinal de celular com a rede Wi-Fi local”, explica. Até uma distância de 30 km da ERB é possível ter um funcionamento bem estável do sistema. O dispositivo funciona como modem com saída WiFi, faixa não licenciada, ou seja, não envolve nenhuma questão regulatória. “Também não requer projeto. É um dispositivo que o cliente põe no carrinho de supermercado e leva para casa”, afirma. A solução foi usada no projeto RuralMax Amazônia, que objetiva levar acessos de voz e Internet às regiões remotas da Amazônia. Um outro cliente é o Hospital do Amor de Barretos, SP, que tem uma unidade móvel de atendimento para os pacientes. A Neger é uma empresa de base tecnológica 100% brasileira fundada em 1987. Atua nas áreas de Engenharia de Telecomunicações, Acesso à Internet, Comunicações Móveis e Sistemas de Defesa e Segurança Pública. Possui equipe própria de pesquisa e desenvolvimento, responsável por projetos de destaque nacional e internacional. Conta com apoio da Finep e do CNPq, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Site: www.neger.com.br

24 – RTI – NOV 2023

Elsys A Elsys, empresa brasileira que atua há mais de 34 anos no mercado, desenvolveu a linha Amplimax. Projetados para oferecer conectividade constante e confiável em qualquer região do Brasil, os dispositivos da linha usam da rede celular para atingir esse objetivo. Por possuir antenas de alto ganho integradas, que oferecem um alcance de seis a oito vezes maior até a torre de operadora, quando comparados a modems comuns e celulares, os produtos são capazes de captar sinal mesmo a grandes distâncias da torre de celular mais próxima, atendendo às demandas de residências, empresas e fazendas. As aplicações do Amplimax vão além das áreas rurais ou remotas. Indústrias, prestadores de serviços, setores de segurança, educação, entre outros, também dependem de uma conexão estável e confiável com a Internet. Além disso, a solução pode ser adotada como backup de Internet

Amplimax Ultra 5G da Elsys

por usuários que dependem de uma conexão constante, sem interrupção do serviço. O Amplimax é usado por mais de 1 milhão de pessoas conectadas em 40 países. A linha conta com duas versões: Amplimax e Amplimax Ultra, este último com capacidade de trabalhar na rede 5G. A instalação plug-and-play faz com que o produto seja fácil de usar. “Basta inserir um chip com plano de dados ativo e começar a navegar. A praticidade permite o uso em diferentes regiões, assim como possibilita mobilidade, atendendo às necessidades dos mais diversos tipos de negócios, como food

trucks, franquias, produtoras de eventos, construtoras, centros comerciais, etc.”, informa a empresa. O hardware garante compatibilidade com todas as operadoras do país, independentemente da frequência utilizada. “Além disso, quando falamos de solução de redundância, o Amplimax também sai na frente, já que, enquanto a rede de fibra óptica está sujeita a impactos mecânicos diários, como quedas de árvores em dias chuvosos, os dispositivos da linha utilizam a rede celular e contam com antenas projetadas para instalação externa”, informa a Elsys. Site: https://elsys.com/

HughesNet A HughesNet, serviço de Internet via satélite da Hughes do Brasil, subsidiária da Hughes Network Systems LLC, provedora de Internet banda larga via satélite para localidades rurais e serviços gerenciados de telecomunicações, surgiu originalmente nos EUA e atualmente já atua no Brasil, Chile, Equador, Peru, Colômbia e México. Presente desde 2016, o serviço alcança mais de 170 mil assinantes. A Hughes do Brasil atua em mais de 5000 municípios e leva acesso de banda larga a pequenas empresas e moradores da área rural de pequenas cidades e locais afastados – especialmente em locais não atendidos por provedores baseados em terra ou em locais que não possuem sinal de celular. “Para aproximadamente 67% dos assinantes, a HughesNet representa o primeiro serviço de Internet local, expandindo a inclusão digital”, diz Humberto Grote, vice-presidente de marketing e vendas da Hughes do Brasil para o serviço HughesNet. Segundo ele, a demanda ainda é muito grande pois a Internet por fibra, principal meio de acesso atualmente, não consegue viabilizar uma operação em regiões menos adensadas. “O satélite se torna a melhor opção para quem está longe das áreas urbanas, pois a cobertura é muito maior e não exige cabeamentos físicos ou antenas terrestres para operar”, diz. “Por isso nossos investimentos estão todos



ESPECIAL

26 – RTI – NOV 2023

Starlink/SC CapRock

Humberto Grote, da Hughes do Brasil: presença em mais de 5000 municípios

voltados às áreas rurais, onde o homem do campo é o nosso principal foco de atenção”, diz. A Hughes atua com diversos satélites em todo o mundo. Hoje, são quatro satélites já lançados no Brasil: o Hughes 65 West (Eutelsat 65 West); Hughes 63 West (Telstar 19 Vantage); o Hughes 20 West (Al Yah 3). “Recentemente lançamos o Jupiter 3 (EchoStar XXIV), que já está posicionado em órbita na posição 95 West e em período de testes. Em breve vamos disponibilizar planos e serviços com maior capacidade de fornecimento de Internet tanto para os assinantes atuais quanto para os novos”, afirma. A Elsys e Vivensis são as parceiras para venda e instalação do serviço HughesNet no Brasil. “Ambas possuem uma extensa rede de distribuidores e instaladores para chegar aos clientes mais distantes em todo o território nacional. A parceria não se limita à realização de instalações. A rede atende todas as assistências técnicas, bem como realiza a logística reversa e reciclagem de equipamentos”, diz. A instalação já contempla equipamento com sinal Wi-Fi para conexão dos aparelhos sem fio. “O acesso ao campo é dificultado pela falta de densidade demográfica, tornando qualquer operação local muito onerosa e ineficiente. Em sentido contrário, quanto menos densa for a localidade, menor será também o poder aquisitivo dos domicílios dessa região. Portanto, ainda que os custos com instalações terrestres sofram grande redução, é muito improvável que a solução ideal passe por outra tecnologia que não seja a satelital”, afirma o executivo. Site: https://www.hughesnet.com.br/

A Starlink, uma constelação de satélites de baixa órbita terrestre (LEO), de propriedade da SpaceX, do Elon Musk, que fornece conectividade de banda larga de alta velocidade e baixa latência para locais remotos e rurais em todo o mundo, tem contrato global com a provedora de rede Speedcast, dos EUA, para a venda do serviço a clientes corporativos e marítimos. Ou seja, a abordagem é diferente da adotada para pessoa física, que pode realizar a contratação pelo próprio site da Starlink, de forma automática e sem intermediários. O acordo com a Speedcast foi anunciado há cerca de um ano e no Brasil o serviço é oferecido pela subsidiária SC CapRock, com sede em Macaé, RJ. “Começamos a apresentar a opção para a

operação brasileira uma unidade de negócio da Speedcast. Para atender os clientes onde a comunicação convencional não chega, em alto mar ou no interior do país, a empresa trabalha com vários tipos de comunicação, não apenas satélites, mas rádio e LTE privado. “Temos parcerias com múltiplos players e soluções agnósticas, tanto de tecnologia ou frequências”, diz o diretor. A própria Speedcast atua de forma integrada com outras constelações, como a da OneWeb, que também lançará satélite em órbita baixa, e diferentes posições orbitais, como a altitude média (MEO) e geoestacionária (GEO). “Temos um teleporto em Macaé, com um setup de comunicação montado para que os clientes possam realizar simulações com os satélites em tempo real”, afirma. Fundada em 2015, a Starlink conta com cerca de 5000 satélites em órbita, permitindo que ofereçam uma baixa

Sede e teleporto da SC Cap Rock em Macaé

nossa base de clientes. Praticamente todos compraram, interessados em conhecer e testar a tecnologia”, diz André Gustavo Sant´Anna, diretor da SC CapRock, que atende companhias de petróleo on shore e offshore, utilities, mineradoras e empresas do agronegócio localizadas em áreas remotas e difícil acesso. “A marca é uma referência no segmento de óleo e gás”, afirma. A CapRock Communications foi vendida para a Harris em 2010, ambas norte-americanas, e depois para Speedcast, em 2016. Com isso, tornou-se global e a

latência, da ordem de 40 ms (no satélite geoestacionário a latência chega a 800 ms) e elevado throughput, com taxas nominais de até 350 Mbit/s. O índice de disponibilidade do serviço é de 99%. Além do teleporto, a SC Cap Rock possui em sua sede em Macaé um NOC 24 x 7 e uma plataforma desenvolvida internamente que conecta satélites de banda KU, banda L e banda C e solução de LTE privada para buscar rotas alternativas (multipath) em caso de problema em qualquer um dos acessos, com base em uma parametrização de



ESPECIAL QoS – qualidade de serviço. “Dessa forma, estaremos sempre com o conteúdo do cliente disponível”, diz o diretor. Segundo ele, a empresa quer aumentar a multiplicidade de caminhos. “Em três a quatro anos, teremos uma infinidade de novas opções, conforme as empresas forem lançando seus satélites, como OneWeb, Amazon e Telesat, e que também farão parte do portfólio da SC CapRock. O objetivo é alavancar oportunidades de negócios e redução de custos que a digitalização pode proporcionar. Ao levar a Internet de alta qualidade para aplicações de missão crítica em locais pouco acessíveis, como uma plataforma de petróleo off shore a 200 quilômetros da costa, os colaboradores não precisarão mais ficar embarcados 100% do tempo. Suas atividades poderão ser executadas remotamente, num escritório ou numa sala de comando no continente. Com o apoio da SC CapRock, os clientes corporativos da Starlink têm

28 – RTI – NOV 2023

suporte técnico em português, emissão de fatura e nota fiscal e geração de relatórios. “Se ocorrer uma falha de comunicação, entramos em contato com a operadora e a informação é disponibilizada diretamente para o cliente ou através do portal ou NOC”, diz. Embora não tenha ascendência sobre o operador do satélite, a SC CapRock pode chegar a níveis de acesso na Starlink que nenhum usuário residencial teria, segundo o executivo. Além do suporte, a SC CapRock disponibiliza um portal chamado Compass que gerencia o pacote de dados contratado pela empresa. “Os custos de acesso via satélite são mais altos do que as formas convencionais, então é preciso fazer o controle do uso e da franquia de dados para não ter surpresas na hora de acertar a conta. Imagine um cliente com centenas de navios e tripulantes. É inviável gerenciar tudo manualmente. A ferramenta permite automatizar a operação”, finaliza Sant´Anna. Site: www.speedcast.com

Embratel A Embratel anunciou a ampliação do IPSat, serviço de banda larga a partir dos satélites Star One D2 e D1, os maiores já lançados pela companhia. A oferta é disponibilizada em banda Ka em diversas localidades em todo o Brasil. Entre as velocidades comercializadas estão 20 Mbit/s (download) com 4 Mbit/s (upload) ou 25 Mbit/s (download) com 4 Mbit/s (upload). Também é possível contratar um IP fixo, permitindo configurações de acesso reverso à rede do cliente. “A nova solução ajuda as companhias a atingirem a maturidade digital com Internet segura e de qualidade, a base para a digitalização dos negócios”, afirma Gustavo Silbert, Diretor Executivo da Embratel. Segundo o executivo, a oferta levará a transformação digital às empresas, incluindo as de menor porte localizadas em regiões distantes dos grandes centros.


29 – RTI – NOV 2023

Gustavo Silbert, da Embratel: a nova solução ajuda as companhias a atingirem a maturidade digital com Internet segura e de qualidade

“Estamos tornando o uso de Internet banda larga via satélite mais acessível aos diferentes tipos de empreendimentos. As velocidades disponibilizadas são capazes de atender a diversos perfis de negócios, inclusive aqueles com maior demanda de tráfego”, explica Silbert, lembrando que as empresas podem contratar a solução em banda Ku para áreas eventualmente não cobertas pela banda Ka.

Os satélites da Embratel cobrem todo o território nacional, além de importante parte da América Latina e Estados Unidos. Na área rural, a empresa atende de duas formas: conectividade para as estações radiobase, principalmente associada a soluções de NB-IoT e CAT-M; e conectividade voltada para o agricultor individual. “Nesse caso, levamos a conectividade que permite que ele consiga se inserir de forma online e digital no ativo mercado do agronegócio”, diz. “Temos notado uma grande demanda para IoT e extensão da rede móvel. Clientes de diversos portes possuem essas demandas, como grandes fazendas com necessidade de diversas estações radiobase para sua cobertura e pequenas propriedades com o uso do IPSat”, diz. A Embratel possui hoje uma frota com cinco satélites em órbita, que trabalham em diversas bandas de frequência (C, Ku e Ka): Star One C2

(posição orbital de 65°W), Star One C3 (posição orbital de 75°W), Star One C4 (posição orbital de 70°W), Star One D1 (posição orbital de 84°W) e Star One D2 (posição orbital de 70°W). A operadora fornece o serviço completo, que inclui o fornecimento de equipamentos, instalação e manutenção 24/7 durante o período contratual. A Embratel tem um serviço voltado para os provedores de Internet, no qual vende um volume de Mbit/s ou throughput para que possam configurar seus serviços ao cliente final. “É uma solução que permite que o investimento se resuma à estação remota que será instalada no cliente”, afirma Silbert. Na sua opinião, tecnologias como 4G LTE e FWA podem ser propulsoras do uso do satélite para a conexão das torres até o backbone móvel ou de Internet. “Hoje, a Embratel já tem projetos de IoT para o agronegócio, levando 4G para as fazendas através de backhaul satelital”, diz. Site: www.embratel.com.br


ESPECIAL SES Networks

30 – RTI – NOV 2023

Brasil e na região Amazônica. “Há muitos anos, trabalhamos com operadoras de rede móvel e provedores de serviço locais para oferecer conectividade equivalente à fibra por meio da constelação O3b MEO, possibilitando serviços de backhaul 3G e 4G/LTE”, diz o executivo. A operadora também atua com parceiros para implantar conectividade à Internet em comunidades da região Sudeste do Brasil, para fornecer conectividade a 110 escolas que estavam sem atendimento em tempo recorde durante a pandemia. Agora são 1000 escolas conectadas.

O novo sistema O3b mPOWER, operado pela SES Networks, é composto por uma constelação inicial de 11 satélites de alta capacidade que operarão a 8000 km da superfície da Terra (órbita média), além de uma extensa infraestrutura terrestre. “No entanto, a constelação só precisa de seis satélites para fornecer serviços globais. Com quatro satélites já lançados e mais dois a serem lançados, os serviços O3b mPOWER oferecerão a melhor conectividade do setor aos clientes de mobilidade, telecomunicações, governo e empresas, possibilitando suas operações mais críticas com alta taxa de transferência, baixa latência previsível e alta disponibilidade, tudo respaldado por robustos acordos de nível de serviço”, diz Omar Trujillo, head de vendas para as Américas na SES Networks. Segundo ele, o sistema O3b mPOWER é baseado no sucesso do O3b MEO, a primeira constelação não geoestacionária do mundo. Em operação desde 2013, o O3b Satélite da SES sobre a América Latina MEO é inicialmente composto por 20 satélites posicionados em Além disso, em 2022, a empresa órbita terrestre média e atualmente assinou um acordo de renovação de atende clientes de diferentes setores, capacidade de vários anos com uma incluindo as áreas de operadora de telecomunicações telecomunicações, MNO (operadoras brasileira, que atualmente utiliza de redes móveis), marítima, aviação, 4 Gbit/s sobre o O3b e satélites governo e defesa. “Sua altitude mais geoestacionários para backhaul baixa reduz a latência, diminui os móvel na região do Amazonas. tempos de resposta, melhora a “Quando o O3b mPOWER estiver qualidade de voz e vídeo e permite operacional, até o final deste ano, a uma variedade de serviços em operadora brasileira de telecomunicações poderá suportar a nuvem”, afirma. demanda de alta taxa de transferência Após o lançamento dos quatro das redes 5G graças ao serviço primeiros satélites O3b mPOWER, Mobile Backhaul mPOWERED, que entre dezembro de 2022 e maio de é escalonável para vários Gbit/s por 2023, foram realizados testes para os terminal terrestre”, diz. componentes de solo e espaço. O Os provedores de Internet também terceiro lote de lançamento com início podem ser parceiros da SES. “Como dos serviços está previsto para o vendemos para empresas, primeiro trimestre de 2024. dependemos de acordos com A SES fornece serviços de provedores locais para fornecer conectividade habilitados por satélite, soluções aos usuários finais, bem incluindo backhaul móvel, banda larga como para instalar equipamentos e e serviços de distribuição de vídeo no

ajudar na oferta de serviços gerenciados para grandes clientes que contratam diretamente da SES”, afirma Trujillo. Além do O3b mPOWER, o Brasil é hoje atendido pelos satélites GEO HTS, como o SES-17 e o SES-14, com cobertura de spot beam (especialmente concentrado em potência e voltado para cobrir uma área geográfica específica) sobre 100% do território brasileiro, além da constelação O3b existente. “O O3b MEO é capaz de fornecer 10 feixes de usuário por satélite, mas com o início do serviço O3b mPOWER, seremos capazes de fornecer milhares de feixes de usuário por satélite. Para nossos clientes, isso trará muito mais flexibilidade em termos dos gateways e feixes de usuário que podem usar”, diz Saba Wehbe, vice-presidente de desenvolvimento de antenas e plataformas da SES. Também estamos trazendo flexibilidade ao fluxo de dados: com o sistema O3b MEO atual, e certamente com o O3b mPOWER daqui para frente, podemos garantir que a proporção de avanço para retorno seja flexível para corresponder às necessidades de nossos clientes. A infraestrutura terrestre O3b mPOWER é amplamente baseada em software, permitindo orquestrar de forma inteligente os serviços de conectividade na rede global. Um outro destaque são os novos terminais de usuário O3b mPOWER, que foram redesenhados com foco na redução da complexidade do hardware e melhoria no MTBF (tempo médio entre falhas). “A solução é fácil de instalar e permite a implantação de links capazes de suportar várias centenas de Mbit/s em algumas horas com pouca manutenção ao longo da vida útil do sistema”, diz Wehbe. Além disso, solução pode agora ser instalada e gerenciada por times locais, sem a necessidade de instaladores especializados. O novo portfólio de terminais de usuário O3b mPOWER vem em vários



ESPECIAL

32 – RTI

instalação de torres e estações, pois a cobrança é feita por mensalidade, em contrato de no mínimo cinco anos. A Sol cuida da prospecção de áreas onde haja uma quantidade mínima de produtores que viabilize economicamente o projeto e se encarrega da construção das torres. A Claro, por sua vez, instala as antenas. A solução é baseada em redes de 4G de 700 MHz da Claro. Uma torre na fazenda pode cobrir entre 20 mil e 30 mil hectares (7 e 10 km de raio), podendo atender não apenas o proprietário, mas vários produtores rurais e moradores nessa mesma área. “Ao contrário do modelo de Capex, em que todo o investimento recai sobre o proprietário, no modelo de Opex os valores podem ser divididos por todos os produtores que estão na área, diluindo os custos”, diz Oliveira. Segundo ele, a solução é oferecida não apenas aos grandes grupos, mas também os de menor porte, com objetivo de democratizar o acesso e promover a digitalização total das aplicações. “A Sol trouxe eficiência ao modelo, pois hoje cerca de 70% a 80% dos produtores rurais não são empresas constituídas, e nós os atendemos da mesma forma”, afirma. Sem CNPJ, um contrato direto de contratação de serviço com a operadora não seria possível. “Há muitas soluções sendo desenvolvidas e chegando ao campo, Sol Internet of People mas em geral elas atendem somente a sede das fazendas ou alguns pontos A startup Sol Internet of People, fixos”, diz. Com velocidades em torno criada em 2020 com o de 10 Mbit/s, a propósito de melhorar a conectividade nas áreas produtividade no campo rurais possibilita o acesso e a vida das pessoas por das pessoas à rede mundial meio de tecnologia, e o uso de novas estruturou um modelo tecnologias de IoT. “O comercial que viabiliza a agricultor já tem acesso a conectividade nas áreas máquinas inteligentes, rurais. Em parceria com a estações meteorológicas, operadora Claro e a sensores, computadores, fabricante de máquinas dispositivos móveis de John Deere, a empresa última geração. Mas sem oferece o modelo Opex, a conectividade, essas Rodrigo Oliveira, ou seja, os clientes não tecnologias não se CEO da Sol: precisam realizar nenhum integram nem atingem seu instalação de torre investimento para potencial”, diz. em modelo Opex

tamanhos e configurações. A oferta varia desde sistemas de antena de baixo custo e pequena área, inferior a 1 metro, até sistemas de 2,4 metros, capazes de fornecer conectividade de Gbit/s em configurações fixas, transportáveis e marítimas. Todas as ofertas de terminais são integradas aos modems O3b mPOWER, que estão disponíveis para montagem em rack, uso externo e em formato de placas para máxima flexibilidade e integração com a solução terminal. O sistema de satélites O3b mPOWER é conhecido pela sua baixa latência, que pode chegar a 150 milissegundos. “Como o tráfego chega aos satélites em um único salto confiável, a latência pode ser previsível”, afirma Wehbe. Os terminais de ponta podem atingir velocidades superiores a 1 Gbit/s por site. Com sede em Luxemburgo, a SES Networks está presente no Brasil desde 1999 com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, e frota de satélites multiórbita que atende a América Latina disponível e autorizada a operar no país. Em 2018, a SES implantou seu primeiro teleporto em Hortolândia, SP, que atende clientes corporativos, de nuvem e de mídia. “Além disso, a rede terrestre global está interconectada e pode ser usada por clientes no Brasil tanto para suas necessidades domésticas quanto para expansão internacional”, finaliza Trujillo. Site: www.ses.com


33 – RTI – NOV 2023

Com mais de 100 clientes atendidos em sete estados do Brasil, a empresa possui 8 milhões de hectares em processo de implantação de projetos com cobertura de rede 3G/4G, o que representa mais de 10% da área cultivada de grãos no país. A expectativa da Sol é de chegar a 9 milhões de hectares nos próximos meses, totalizando mais de 300 torres instaladas nas fazendas. “Isso é parte do que já temos em carteira em 2023. E nós enxergamos esse número ainda crescendo razoavelmente durante 2024”, afirma. O maior projeto de cobertura até o momento foi lançado no final de março, durante a Parecis Super Agro, feira de tecnologia agropecuária de Campo Novo do Parecis, MT. Na ocasião, a Sol e a concessionária Áster Máquinas anunciaram o serviço ConectÁster, que engloba cerca de 3 milhões de hectares conectados no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. Segundo levantamento das empresas, mais de 700 mil famílias serão beneficiadas, impactando positivamente a vida de mais de 2,8 milhões de pessoas nos dois Estados. A Sol também firmou parceria com a Usina Açucareira Guaíra, uma das maiores empresas do setor sucroenergético do Centro Sul do Brasil, para a implantação de um novo projeto de conectividade no campo que irá instalar cinco torres de transmissão, cobrindo cerca de 90% dos 412 km2 da propriedade e nos arredores da cidade de Guaíra, SP. No caso da Usina Guaíra, isso significa destravar um sistema de produção que já processa aproximadamente 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar anualmente. Para se ter uma ideia, 100% da frota da operação agrícola agora estará plenamente integrada e conectada, permitindo um grande salto na gestão operacional e ambiental por meio da inteligência de dados para tomada de decisão. “Por ser uma região com uma carência muito grande de conectividade, não tínhamos condições de operar em tempo real. O monitoramento das operações agrícolas, da produção à colheita da cana, por exemplo, chegava sempre com atraso, impossibilitando um gerenciamento eficaz, e que promovesse uma maior integração e interdependência entre si e com os processos industriais”, diz José Augusto Prado Veiga, CEO da Usina Guaíra. Para a instalação de uma torre no campo, o valor gira em torno R$ 5 por hectare por ano, em média, liberando assim uma rede aberta, pública e disponível para que toda a população sob a área de cobertura tenha condições de desfrutar da conectividade. Oliveira comenta que, a partir disso, são enormes os benefícios sociais que a conexão habilita no campo. “De telemedicina à educação a distância, passando por segurança pública e serviços bancários”, diz. O CEO também comenta que os serviços da Sol vão além da entrega de conectividade. “Só entregar sinal não é o suficiente. Entregamos ao cliente a mais inteligente leitura de análise de dados, para que o produtor tome as decisões corretas nos momentos corretos, tornando a sua produção mais eficiente e mais lucrativa. E isso gera uma parceria de confiança, que gera resultados concretos”, completa. Site: https://sol-iop.com.br/


SERVIÇO

34 – RTI – NOV 2023

Guia de racks para LANs, servidores e acessórios Conheça a oferta de racks no Brasil no guia a seguir, que detalha informações como materiais (aço ou alumínio), tipo de estrutura, aplicações e acessórios. Com o crescimento do mercado de data centers no Brasil, os produtos serão cada vez mais procurados para armazenar e proteger os equipamentos de rede e servidores.

• • • •

• • •

Realiza projeto personalizado?

Guia de controle raio de curvatura

Base antitombamento Marcação de U

• • •

Fecho e porca-gaiola

Regras de tomadas

Capacidade (kg)

•• • • •

≤ 1000 ≥ 1000 Com monitoramento Passivas

Entrada de cabos

Pintura

• • • • •• • •

Líquida Pelo teto Pelo piso

Eletrostática

Vidro de segurança Bi ou quadripartidas

Estrutura

Inteiras fechadas Perfuradas Laterais removíveis

Mini-rack Aço

Fechado Piso Parede

• • • • • • • • •

Confinamento de corredores Em circuito fechado Refrigeração Alto desempenho Fogo Proteção contra Água

(54) 3196-8666 n

Acessórios e/ou itens opcionais Portas

Sistema de monitoramento Sistema de aterramento Espaço para inclusão de ventilação Dutos para controle de fluxo de ar

ALGcom

Servidores (Data center) Cabeamento (LAN) Industrial Aberto

Empresa, telefone e e-mail

Tipo

Alumínio Perfis soldados Perfis aparafusados

Aplicação

Material

Racks

vendas@algcom.com.br Azlink Telecom

(11) 95629-2796 n

• • •

• •

info@azlink.com.br Black Box

(11) 4134-4000

• • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • •• • • • • • • • •

• • •

brazil.vendasoperacao@blackbox.com Caesa

(41) 99186-8741 n

• • •

• •

• •

(19) 99790-1157 n

• • • • • • • • •

• • • • •• • •

• • •

• • • • • • • • •

racks@caesa.ind.br Carthom's

• • • • •

• •

• • • • • •

comercial@carthoms.com.br Ctrltech

(11) 98516-0755 n

• • •

• •

• • • • • ••

• • • •

• •

• • • •

valter.souza@ctrltech.com.br D2W/Womer

(11) 991116-0637 n

• •

• •

• • • • •

• •

• • • •

• • •

vendas@d2w.ind.br Ellan

(15) 99731-9363 n

• • •• • •

• •

• • •

• • • • •

• • • • • •

anna.sonego@ellan.com.br Eurocab

(11) 99497-8927 n

• • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • •• • • • • • • • • • • • • •

comercial@eurocab.com.br Furukawa Electric

(41) 3341-4000 n

• •

• • • •

• •

• • •

• •

• • • •

marketing@furukawalatam.com

• • • • • • • • • • • • • • • • vendas@fstelecom.com.br • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • •• • Faritel Solutions (54) 3321-0955 n • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • Fibersul

(41) 3275-4301

• • • • • • •

• • • • • • • •

• • •

• • •

contato@faritel.com.br Fibracem

(41) 3661-2557 n

• •

• •

• •

• •

• •

• •

• •

• •

• •

vendas@fibracem.com GP Cabling

(11) 2065-0800 n

contato@gpcabling.com.br

• • •

• • • •



SERVIÇO

36 – RTI – NOV 2023

••

• • •

• •

• •

• • •

• • • •

Realiza projeto personalizado?

Guia de controle raio de curvatura

Sistema de monitoramento Sistema de aterramento Espaço para inclusão de ventilação Dutos para controle de fluxo de ar

Regras de tomadas

Capacidade (kg)

≤ 1000 ≥ 1000 Com monitoramento Passivas

Entrada de cabos

Pintura

Líquida Pelo teto Pelo piso

Eletrostática

Base antitombamento Marcação de U

• • •

Vidro de segurança Bi ou quadripartidas

Inteiras fechadas Perfuradas Laterais removíveis

Estrutura

Alumínio Perfis soldados Perfis aparafusados

Mini-rack Aço

• • • • •

Portas

Fecho e porca-gaiola

• •

(11) 99118-7170 n

Acessórios e/ou itens opcionais Confinamento de corredores Em circuito fechado Refrigeração Alto desempenho Fogo Proteção contra Água

GP Racks

Fechado Piso Parede

Empresa, telefone e e-mail

Tipo

Servidores (Data center) Cabeamento (LAN) Industrial Aberto

Aplicação

Material

Racks

contato@gpracks.com.br Hoyer

• • • • • •

(11) 3488-3000

• •

• • • • • •

• • • •• • •

• • •

(11) 4103-4292

• • • • • • • • •

• • • • •• • •

• • • •

• • •

(11) 98438-1937 n

• • • • •

contato@hoyerbrasil.com.br Ideal Mecânica

• •

• • •

• •

vendas@ideal.ind.br Inrack contato@inrack.com.br IP Metal

(41) 99599-5235 n

• •

• •

• •

• •

contato@ipmetal.com Legrand

0800 011 8008

• • • • • • • •• • •

• •

• • •• • • • • • • •

• • • • •

• • • • • • • •• • • • • • •• • • • • • • • • •• • • • • • • •• • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

adiel.goncalves@legrand.com Multiway Infra

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • (51) 98338-1122 n • • • • • (11) 95786-3091 n

contato@multiwayinfra.com.br

Rackbras

• • •• • • • • • • • •• • • • • • •• • • • • • • • •• • • • • • • • • • • • • •• • • • •

contato@rackbras.com.br Rittal

(11) 3622-2375

renato.blasco@rittal.com.br

• • • • • • • • • • •

• • •• • •

• • • • • •• • • • • • • • • • • • • •


37 – RTI – NOV 2023

Seicom

(15) 3033-7410

• • • • • • • • •

• • • • •• • •

• • • •

• •

• • • •

• •

• • • • • •

• •

Realiza projeto personalizado?

Guia de controle raio de curvatura

Base antitombamento Marcação de U

Fecho e porca-gaiola

Confinamento de corredores Em circuito fechado Refrigeração Alto desempenho Fogo Proteção contra Água

Sistema de monitoramento Sistema de aterramento Espaço para inclusão de ventilação Dutos para controle de fluxo de ar

Regras de tomadas

Capacidade (kg)

≤ 1000 ≥ 1000 Com monitoramento Passivas

Entrada de cabos

Líquida Pelo teto Pelo piso

Eletrostática

Vidro de segurança Bi ou quadripartidas

Pintura

Acessórios e/ou itens opcionais Portas

Inteiras fechadas Perfuradas Laterais removíveis

Estrutura

Alumínio Perfis soldados Perfis aparafusados

Mini-rack Aço

Fechado Piso Parede

Empresa, telefone e e-mail

Tipo

Servidores (Data center) Cabeamento (LAN) Industrial Aberto

Aplicação

Material

Racks

• •

• • •

• •

comercial@seicom-materiais.com.br Seitec

(19) 99802-7861 n

• • •

• •

vendas@seitec.ind.br Tecfiber

(11) 98526-2450 n

• • • • •• • •

• • • • • •

• •

vendas@tecfiber.com.br Trisul

(11) 98452-6239 n

Vertiv

(11) 3618-6600

• • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • •• • • • • •

marketing.brasil@vertiv.com

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 113 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, novembro de 2023. elecom e Instalações Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

• • • • • • • • •




REDES MÓVEIS

40 – RTI – NOV 2023

A importância do monitoramento de fibra em redes 5G Denis Fluet, diretor de monitoramento de fibra da EXFO e Eduardo Ken, diretor da Precision Solutions

E

Nos últimos anos, fornecedores de serviços de redes móveis e banda larga têm anunciado investimentos de milhões de dólares em implantações de fibra óptica para apoiar os seus serviços 5G. À medida que a cobertura e o uso do 5G aumentam, o monitoramento de fibra ajuda a detectar, compreender e corrigir possíveis anomalias na rede de forma mais efetiva e rápida.

m um mercado onde a velocidade e a confiabilidade são cruciais para a experiência e fidelização do cliente, não é de se admirar que somas tão grandes são investidas em redes de fibra óptica. Tal fato também evidencia o papel da fibra óptica em estratégias de longo prazo. Algumas operadoras a consideram como uma das quatro tecnologias críticas para a habilitação do 5G (figura 1). Mas por que agora? A resposta está intrinsecamente ligada à implementação do 5G autônomo (SA - Standalone). Para apoiar a promessa de banda larga móvel aprimorada (eMBB), comunicações ultraconfiáveis e de baixa latência (URLLC) e comunicações massivas do tipo máquina (mMTC), a rede 5G SA precisa de uma rede distribuída massivamente escalável, de alta qualidade e baixa latência, o que demanda uma infraestrutura que possa enfrentar os desafios desses serviços. É necessário, por exemplo, muito mais fibra para suportar o aumento do número de pequenas células que o 5G SA necessitará para superar os desafios de linha de visão colocados por obstáculos em áreas urbanas, como edifícios, e alcançar as velocidades de Gbit/s prometidas. Há também um caso de negócios a ser comprovado. Vastas somas foram

gastas em licenças e infraestrutura 5G e, para que as operadoras obtenham o retorno do seu investimento, elas devem oferecer uma experiência superlativa ao cliente desde o primeiro dia. Não há dúvida de que as redes 5G SA bem-sucedidas necessitarão de uma infraestrutura de fibra robusta e escalável. A procura por serviços escaláveis, confiáveis e de alta velocidade é cada vez maior e um backbone de fibra para suportar serviços 5G é a única forma de responder a esta busca. Não importa se o 5G será usado por jogadores ávidos em casa, planejadores de cidades inteligentes que usam tecnologias IoT - Internet das Coisas, médicos que aproveitam a telemedicina para fornecer serviços em locais remotos ou portos internacionais que desejam redes privadas confiáveis. Não só é essencial implementar a infraestrutura certa, que possa dar resposta à procura futura, como também é vital garantir a continuidade. Como muitas facetas da sociedade dependerão do 5G, a menor degradação do serviço poderá ter um impacto dramático na experiência do cliente e, portanto, na rentabilidade. A cadeia de abastecimento 5G deve ser estável. Durante uma palestra no Fórum Global de Banda Larga Móvel da


41 – RTI – NOV 2023

Elemento desagregado de rede RAN

Fig. 1 - Quatro tecnologias 5G críticas. Fonte: Srini Kalapala, vice-presidente de tecnologia da Verizon

Huawei em 2019, Enrique Blanco, CTO da Telefônica, resumiu a futura dependência da sociedade no 5G. “Se hoje tivermos um apagão no 4G, estaríamos sofrendo junto com nossos clientes. Se no futuro interrompermos uma rede 5G, estaremos parando hospitais, carros e a indústria, ou seja, paralisando a sociedade, algo ainda maior do que um grande número de clientes”, disse. Como os prestadores de serviços podem proteger os seus investimentos e cumprir os termos rigorosos que os clientes esperam ver e exigirão nos SLAs - acordos de nível de serviço?

Monitorar cada atributo da rede A experiência recente dos clientes com um importante fornecedor europeu de FTTH indicou que pelo menos 30% das novas fibras instaladas terão problemas com impacto no serviço e que metade dos empecilhos (15%) serão devidos à construção de má qualidade. Adicione isso aos problemas que a infraestrutura de fibra existente já enfrenta, como o fato de que pode não ter sido planejada para suportar o aumento previsto nas taxas de dados e na contagem de comprimentos de onda, e é fácil ver que os provedores de serviços podem enfrentar riscos financeiros e de reputação consideráveis. É notável que no contexto acima menos 5% da fibra seja monitorada ativamente.

Alguns poderão argumentar que essa estatística é um reflexo da forma como as redes têm sido tradicionalmente concebidas e construídas e da noção de que quanto mais se automatiza, menos monitoramento é necessário. No entanto, o oposto é verdadeiro. A agenda da diretoria para reduzir o Opex, melhorar a visibilidade e o gerenciamento da experiência do cliente e aderir a SLAs mais rigorosos nunca será alcançada sem a compreensão do que realmente está acontecendo na camada óptica. Só porque você não consegue ver algo, não significa que as coisas estão indo bem simplesmente porque foi automatizado. Mas como é possível obter visibilidade em toda a topologia? A resposta está na criação de um programa de monitoramento que reflita cada componente, incluindo RAN desagregada, comunicações ultraconfiáveis e de baixa latência (URLLC), nuvem distribuída e divisão de rede, bem como os serviços de missão crítica que eles suportam.

Fig. 2 – Desagregação RAN

Nos últimos anos, a funcionalidade da rede de acesso por rádio (RAN) evoluiu de um modelo “monolítico”, em que os fabricantes forneciam o rádio e a unidade de banda base (BBU) como um único elemento de rede, para um modelo de “desagregação” da unidade de rádio (RU) e componentes BBU. Como resultado, surgiu uma nova fórmula para a economia de RAN que, graças a uma abordagem mais eficiente para implementar cada elemento, também melhorou o desempenho da rede. No 5G SA, a RAN é ainda mais desagregada, compreendendo a RU e as unidades distribuída (DU) e centralizada (CU). Isto proporciona uma nova abordagem ao custo total de propriedade para RAN e a possibilidade adicional de incluir novos modelos de implementação, dentro da rede virtualizada, numa base “por serviço”. À medida que as iniciativas do setor, como o Open-RAN (O-RAN), continuam a amadurecer e evoluir, a expectativa é que a desagregação e os modelos de implantação funcional específicos de serviços continuem a ganhar força. É uma distinção importante a fazer, pois em um modelo monolítico a fibra simplesmente fornece a conectividade entre o rádio e a rede principal. No novo modelo desagregado, a fibra desempenha um papel mais intrínseco na RAN, tornando-se o plano posterior do elemento funcional desagregado.


REDES MÓVEIS

42 – RTI – NOV 2023

Tab. I - CriC ou comunicações críticas e veículo aprimorado ou “eV2X”. Fonte: Estudo 3GPP Smarter versão 14 Taxa de dados Latência

Confiabilidade Eficiência de comunicação

Grupo eMBB Grupo CriC Taxa de dados muito alta (por exemplo, taxa de pico 10 Gbit/s) Latência muito baixa, baixa Baixa latência em tempo real latência para conectividade confiável (por exemplo, 1 ms de ponta a ponta) e baixa latência de alta velocidade entre objetos aéreos Ultra-alta, alta disponibilidade -

Densidade de tráfego

Alta densidade de tráfego

Densidade de conexão

Alta densidade para UE (por exemplo, 2500/km2, 50 UEs ativos simultaneamente) 500 km/h

Mobilidade Precisão de posição

-

Conforme mostrado na figura 2, a RAN agora é composta por três funções (RU, DU e CU), que são conectadas via fibra por meio de dois novos modelos de conectividade chamados fronthaul (RU para DU) e midhaul (DU para CU). No nível funcional, o sistema RAN é agora a soma das funções desagregadas e da rede de fibra (fronthaul, midhaul e backhaul) e impulsiona a necessidade da equipe de operações RAN considerar a fibra como parte de seu domínio operacional. Se a fibra não for saudável, a RAN também não será, o que significa que a camada de serviço seria afetada. É por isso que é fundamental ter recursos avançados de monitoramento para atender e cumprir os principais indicadores de desempenho ou KPIs de rede e serviço. Quando um provedor de serviços sem fio nível 1 sofreu um incidente relacionado à fibra, a taxa de link da CPRI - Common Public Radio Interface diminuiu de CPRI-8 (~10 Gbit/s) para CPRI-1 (622 Mbit/s). Como era de se esperar, o desempenho do sistema sem

Grupo mIoT -

Distribuição de alta densidade (por exemplo, 10.000 sensores/10 km2) -

Melhoria da cobertura, recursos eficientes e sinalização para suportar baixa potência, suporte a dispositivos com requisitos e capacidades de comunicação limitados Conexões massivas de alta densidade (por exemplo, 1 milhão de conexões/km2) Baixa mobilidade

-

-

Posição precisa dentro de 10 cm em áreas densamente povoadas

Alta precisão de posicionamento em cenários internos e externos (por exemplo, 0,5 m)

fio sofreu degradação e a experiência do cliente foi significativamente impactada. Após uma longa investigação, o evento foi diagnosticado como sendo gerado por micro dobras (micro-bending). Com um monitoramento adequado, essa falha poderia ter sido detectada muito mais cedo. Os sistemas de gerenciamento de fibra podem detectar quaisquer alterações no desempenho óptico e ajudar a identificar a causa raiz, possivelmente antes mesmo que os clientes percebam, e com muito menos impacto nos negócios.

Comunicações ultraconfiáveis e de baixa latência O 5G introduz uma nova categoria de serviço chamada comunicações ultra confiáveis e de baixa latência (URLLC). Muitos dos novos serviços e aplicações altamente esperadas que o 5G facilita, como o carro conectado e as redes privadas, utilizam da baixa latência e confiabilidade que o 5G URLLC oferece.

Grupo eV2X Taxa média (10 Mbit/s por dispositivo) Baixa latência (por exemplo, 1 ms de latência de ponta a ponta) Alta (quase 100%) -

Densidade de tráfego média

Densidade média de conexão

Alta mobilidade (por exemplo, até 500 km/h) Alta precisão de posicionamento (por exemplo, 0,1 m)

De acordo com um estudo 3GPP (tabela I), entre as aplicações URLLC mais exigentes estão aquelas que se enquadram nas categorias de “comunicação crítica” e “comunicação melhorada veículo-rede”. Elas exigem um conjunto muito rigoroso de parâmetros de confiabilidade, uma vez que a segurança pública vai depender destes serviços. Em muitas redes fronthaul e midhaul, a conectividade de fibra está desprotegida, o que significa que a disponibilidade da rede depende tanto da disponibilidade da fibra como da resiliência da camada sem fio. Num mundo onde uma interrupção do 5G pode não só parar a sociedade, mas também colocar a segurança em risco, é fácil perceber por que é tão importante ter monitoramento de fibra de forma eficiente. Tornou-se um componente essencial na adoção de um paradigma operacional preditivo, onde o gerenciamento fornece detecção precoce de problemas que levariam a oscilações de desempenho e interrupções de serviço com risco de vida se não fossem resolvidos.


"Descubra a revolução óptica com a Optictimes: produtos inovadores que vão transformar a sua experiência visual. Conheça a qualidade, tecnologia e estilo que só a Optictimes pode oferecer. Prepare-se para enxergar o mundo de uma forma totalmente nova!"

ONU - ZX8101L

ROTEADOR MESH RWM-5103

ONT - RX8414

ONT - RX8212

Cabo Drop 1FO Cabo ASU 6 e 12 FO

Você deseja oferecer aos seus clientes produtos de qualidade e inovação? Solicite em sua distribuidora os produtos Optictimes. Baixe nosso Catálogo

Mais informações acesse www.optictimes.com.br

Contato: Tel: 11 9.8834-8786 Tel: 12 9.9683-2271

@optictimesdobrasil /Optictimesbrasil


REDES MÓVEIS

44 – RTI – NOV 2023

Fig. 3 - Nuvem distribuída. Fonte: Ericsson Edge Computing e 5G, maio de 2020

Nuvem distribuída O próximo modelo de arquitetura 5G que examinaremos é o data center distribuído. É aqui que as aplicações e funções de rede podem residir em sua localização ideal de acordo com os requisitos de serviço e/ou economia da rede (figura 3). Em um modelo de data center distribuído, um aplicativo como a realidade aumentada (AR) é entregue com funções em diferentes locais, ou seja, na borda, local/regional ou nacional, determinadas de acordo com as necessidades da função, como latência e largura de banda (figura 4). No caso do modelo de desagregação RAN, a fibra que conecta os diferentes

data centers passa a ser o backplane da aplicação. Como tal, uma rede de fibra não robusta ou de má qualidade teria impacto na qualidade do serviço dos usuários. Uma falha não detectada pode impactar o desempenho da aplicação e, se ela for crítica para a sociedade, também poderá ser fatal. O monitoramento de fibra traz mais eficiência operacional e torna os profissionais de campo mais eficazes e produtivos, pois pode reparar problemas mais rapidamente, e os SLAs para o tempo de atividade e desempenho geral da rede ficam protegidos.

Fatiamento de rede O fatiamento da rede 5G divide os recursos em redes lógicas ou virtuais,

Fig. 4 - Caso de uso de AR. Fonte: Ericsson Edge Computing e 5G, maio de 2020

conhecidas como “fatias”, para gerenciar de forma mais eficaz diferentes casos de uso, características distintas e SLAs. Em uma grande organização baseada num campus, como um porto marítimo ou um hospital, é provável que o 5G seja utilizado para criar uma rede privada dedicada aos equipamentos e pessoas que trabalham no local, porque pode melhorar o desempenho, a segurança e a confiabilidade. Neste cenário, a operadora móvel fornece uma “fatia” da rede ao cliente para uso exclusivo. Essa fatia oferece o serviço personalizado exigido, mas também pode vir com SLAs robustos, especialmente se a empresa tiver operações de missão crítica. Nesse contexto, gerenciar a degradação e evitar interrupções tornamse extremamente importantes não apenas para o usuário, mas também para a operadora (figura 5), mas os benefícios e a eficiência da rede que o fatiamento traz não podem ser alcançados sem uma infraestrutura física/virtual/nuvem e física subjacente estável. Problemas de rede de fibra ou cobertura de rádio abaixo do ideal afetariam diretamente uma ou mais fatias 5G. Um serviço proativo de monitoramento de fibra minimizaria esse impacto no


CONHEÇA TODA NOSSA NOVA LI NHA DEEQUI PAMENTOS! Onu, Ont ’ s, Rot eador escom Mesh+Wi f i6e, écl ar o, anossa especi al i dade, osCabosdeFi br aÓpt i ca! Acesseosi t e, nossi ganasr edessoci ai sesai bamai s!

www.sumectel co.com.br


REDES MÓVEIS

46 – RTI – NOV 2023

Fig. 5 - Infraestrutura comum; recursos virtuais dedicados

serviço por meio da detecção precoce, melhoraria o MTTR – tempo médio de reparo por meio de um paradigma de “consertar” em vez de “encontrar” e melhoraria a produtividade do pessoal de campo porque os técnicos de reparo saberiam para onde estão indo e por quê.

elemento ou EMS) e Unidades de Teste Remoto (RTUs) em locais específicos da rede. Isso inclui instrumentos conhecidos como reflectômetros ópticos no domínio do tempo (OTDRs), que enviam pulsos de luz pela fibra para medir a perda óptica e detectar problemas; um switch óptico de alta densidade para permitir que a RTU teste múltiplas fibras de maneira sequencial e continua. Utilizar uma solução como essa otimiza a eficiência e minimiza o tempo de inatividade, combinando uma abordagem de “consertar em vez de encontrar” e “prever em vez de reagir” para garantia da qualidade da rede de fibra óptica. Corrigir em vez gastar tempo e recursos localizando a falha: implementar o monitoramento da rede em torno de um sistema centralizado com foco em “consertar em vez de localizar” gera melhorias significativas no MTTR e economia de Opex porque automatiza a detecção e o isolamento da causa raiz do problema ou falha. Isso, por sua vez, gera insights valiosos, como tipo de evento e dados de localização geográfica, que podem ser usados rapidamente. Preditivo em vez de reativo: um atributo exclusivo do sistema de

O que é monitoramento de fibra e como funciona?

pessoal do NOC e os técnicos de serviço de campo cientes de quaisquer problemas ou degradações relacionadas à fibra, 24 horas por dia, 7 dias por semana. O sistema consiste de um Sistema Centralizado responsável por gerenciar todos os testes, analisar todos os eventos e centralizar todos os alarmes e KPIs gerados (referido na figura 6 como um sistema de gerenciamento de

As estatísticas mais recentes mostram que os centros de operações de rede (NOCs) normalmente detectam apenas cerca de 3% dos problemas que impactam o serviço, o que significa que as operadoras estão cegas para 97% das anormalidades que ocorrem em suas redes. Isso é insustentável à medida que a cobertura e o uso do 5G aumentam. O monitoramento de fibra ajuda a resolver essa parte desta lacuna pois permite detectar, compreender e corrigir anomalias de rede, permitindo economia de tempo e dinheiro, melhoria no desempenho do cliente e protege a reputação e a receita. Um sistema de monitoramento de qualidade de fibra remoto mantém o

Fig. 6 - Sistema de monitoramento remoto de fibra FTS


47 – RTI – NOV 2023

monitoramento remoto de fibra é sua capacidade de detectar degradação precoce, o que poderia levar a uma interrupção significativa se não for supervisionado.

Despacho eficaz e ganho de produtividade da equipe de campo À medida que as tecnologias de monitoramento e deteção evoluem, os prestadores de serviços percebem que há enormes ganhos a obter. Essas tecnologias reduzem a ineficiência de enviar técnicos/engenheiros para o campo para solucionar problemas de interrupções sem uma compreensão clara do problema e da causa raiz e, como resultado, economizam tempo e dinheiro. A pandemia também forçou muitos prestadores de serviços a rever políticas relacionadas com a concessão de acesso a

locais e a gestão da segurança individual. Isso levou a ciclos MTTR significativamente mais longos, impactando a produtividade da equipe de campo e aumentando o Opex do provedor de serviços. A adoção de um sistema de fibra remoto centralizado aborda essas restrições de frente e os provedores de serviços que adotam um paradigma operacional de “consertar” em vez de “encontrar” desfrutam de maior eficiência operacional do que seus pares.

Conclusão Os próximos anos serão críticos para as operadoras. Elas precisam recuperar o investimento em 5G e provar o valor da rede móvel para clientes e acionistas. Isso só pode ser feito atendendo às expectativas do usuário. É vital, então, que elas estabeleçam

maneiras não apenas de construir os aplicativos críticos e de valor agregado que as empresas e os consumidores desejam, mas também garantir experiências consistentes de alta qualidade. Não há dúvida de que a fibra deve e irá constituir a espinha dorsal desta estratégia, mas será em vão se a infraestrutura não for estável e segura. É por isso que o monitoramento de fibra é tão crítico. Ele fornece a visibilidade e agilidade que as operadoras precisam para se manterem competitivas, liberar o potencial do 5G e entregar o tão necessário retorno sobre o investimento.

Esta é uma versão traduzida do artigo original, disponível no site www.exfo.com. O trabalho foi revisado e adaptado por Eduardo Ken, diretor da Precision Solutions, distribuidor das soluções EXFO no Brasil.


POSTES

48 – RTI – NOV 2023

Metodologia de cálculo do preço de referência para compartilhamento de infraestrutura Marcos De Lucca Fonseca, Advogado, Perito Digital, Pós-Graduado em Direito Digital pela UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Especialista em Regulação do Setor de Telecomunicações, sócio da MMIGLIO Advogados

O

No dia 14 de setembro de 2023 a Aneel publicou a Nota Técnica 106/2023, com uma proposta de metodologia para precificação dos pontos de fixação nos postes de distribuição de energia, no âmbito do processo de revisão da Resolução Conjunta 04/2014. O artigo analisa a metodologia e como ela poderá contribuir para a redução dos custos da prestação dos serviços de telecomunicações.

setor de telecomunicações aguarda, ansiosamente, pelo regulamento que irá promover a revisão da Resolução Conjunta 04/14, de 16 de dezembro de 2014, da Anatel e Aneel, que aprovou o preço de referência para o compartilhamento de postes entre distribuidoras de energia elétrica e prestadoras de serviços de telecomunicações, a ser utilizado nos processos de resolução de conflitos, além de estabelecer regras para uso e ocupação dos pontos de fixação. Como dispõe o art. 1º da Resolução Conjunta, R$ 3,19 é o preço de referência do ponto de fixação, referenciado à data de publicação. Aplicada a correção pelo IGP-M (FGV), o valor atual fica em torno de R$ 6,32 [1]. Ou seja, bem inferior ao valor praticado atualmente pela livre pactuação de preço entre as distribuidoras e operadoras, em seus respectivos contratos de compartilhamento de infraestrutura. De acordo com informações do mercado, as distribuidoras do Sul e Sudeste têm cobrado R$ 12 por ponto de fixação.

O art. 21 do anexo à Resolução Conjunta Aneel/Anatel/ANP nº 01/99 garante que os preços a serem cobrados, e demais condições comerciais entre as distribuidoras de energia e as prestadoras dos serviços de telecomunicações, devem ser pactuados livremente entre as partes, devendo assegurar a remuneração do custo alocado à infraestrutura compartilhada. Além disso, as distribuidoras de energia, devido ao fato de a regulamentação atual permitir a retenção de, apenas, 40% das receitas obtidas pelos contratos de compartilhamento (os 60% restantes obrigatoriamente devem ser destinados para a modicidade tarifária objeto de seu respectivo contrato de concessão do serviço público de energia), não conseguem utilizar os valores cobrados para o gerenciamento do contrato. Com


PRODUTOS DE FIBRA ÓPTICA

Conectores

ONU AC 2.4g/5g Splitters

Produtos para a sua rede de fibra óptica com os melhores preços, qualidade e serviço de suporte técnico nacional. CTO e ONU

Vendas diretas

Somos fabricante com pronta entrega para todo o Brasil. Fale com a nossa equipe de vendas diretas!

/hfobrasiloficial

@hfobrasiloficial

(11) 94920-8700 Whatsapp: escaneie o QRCode ao lado

www. h fo b ra s i l .co m . b r

Produtos homologados pela Anatel


POSTES

50 – RTI – NOV 2023

Fig. 1 – Fluxograma do custo administrativo e operacional para o compartilhamento de infraestrutura. Fonte: Nota Técnica 106/2023 - STR/Aneel, de 14/09/2023

isso, alegam que a Resolução Conjunta nº 04 determina tão somente um preço de referência para os contratos de compartilhamento de infraestrutura, e aplicam valores superiores. A infraestrutura de rede, por ser um recurso essencial e escasso para a prestação dos serviços de telecomunicações, é conceituado pela doutrina de essential facilities como um insumo em que é necessário que o Estado regulamente as relações intra e entre partes, por meio de uma “Metodologia para o Cálculo dos Valores Mínimos e Máximos de Referência para o Aluguel do Compartilhamento”.

Evidente que o conceito da essential facilities doctrine é bastante complexo, e o objetivo deste artigo não é esgotar o debate de sua fundamentação. No entanto, como profundamente analisado pelo estudo da EAESP-FGV, no contexto dos mercados brasileiros tal doutrina recebe um destaque fundamental, uma vez que a maior parte da estrutura econômica do país deriva da influência do poder econômico nos mercados, seja por meio do Estado ou dos grandes grupos privados [2]. O mercado de compartilhamento de infraestrutura, devido às suas características

de monopólio natural, justifica a necessidade de aplicação da teoria da essential facilities doctrine. O direito ao compartilhamento de infraestrutura de rede para as prestadoras de serviços de telecomunicações está previsto no art. 73, da Lei Federal nº 9472/ 1997 (Lei Geral de Telecomunicações): Art. 73. As prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo terão direito à utilização de postes, dutos, condutos e servidões pertencentes ou controlados por prestadora de serviços de telecomunicações ou de outros serviços de interesse público, de forma não discriminatória e a preços e condições justos e razoáveis. Parágrafo único. Caberá ao órgão regulador do cessionário dos meios a serem utilizados definir as condições para adequado atendimento do disposto no caput. Além disso, o compartilhamento de infraestrutura é definido como cessão, a título oneroso, da sua capacidade excedente. Ou seja, é um dever imposto ao detentor da infraestrutura, e o seu acesso só deve ser negado se justificado o motivo, nos termos do art. 3º, inciso II, da Lei Federal nº 13.116/ 2015, que estabelece normas gerais para implantação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações (Lei Geral de Infraestrutura de Telecomunicações).



POSTES

52 – RTI – NOV 2023

Tab. I – Custos relacionados à fiscalização, censo e inadimplência no compartilhamento de infraestrutura entre distribuidoras de energia e prestadoras de telecomunicações. Fonte: Nota Técnica Nº 106/2023/ STR/ANEEL, de 14/09/2023 [6] Fiscalização Dados obtidos diretamente junto às distribuidoras de energia Censo Dados obtidos diretamente junto às distribuidoras de energia/Processo de revisão Inadimplência Dados obtidos diretamente junto às distribuidoras de energia

Inclusive, analisando a natureza jurídica do tema, ao discorrer sobre a concessão de serviço público associada à reversibilidade dos bens afetados ao serviço de concessão de energia, Alexandre Rosa Lopes, que assessorou a Comissão de Resolução de Conflitos das Agências Reguladoras de 2015 a 2019, em sua obra Compartilhamento dos Postes. Fundamentos Teóricos e Soluções Práticas [3], discorre que “A concessão do serviço de distribuição de energia elétrica habilita as distribuidoras a prestarem o serviço público e a explorarem a infraestrutura afetada ao serviço, como os postes de energia elétrica. Logo, a infraestrutura necessária à exploração do serviço não é de propriedade exclusiva da distribuidora, que somente detém a posse dos postes a título provisório, em razão do serviço público explorado”. Como visto acima, o acesso ao compartilhamento de infraestrutura de rede, além de ser essencial à prestação dos serviços de telecomunicações, tem na variável preço por ponto de fixação vs. acesso aos postes um dos principais desafios para garantir a prestação dos serviços de telecomunicações a preço equilibrado, e com a devida segurança jurídica, seja para as operadoras ou para as distribuidoras de energia. Pressionadas pelos seus respectivos setores regulados, tanto a Anatel quanto a Aneel desde 2018 vêm debatendo propostas para a reformulação da Resolução Conjunta 04/14. Tais alterações, dentre outros temas (como a possibilidade de criação de um operador neutro de rede), resultariam em uma nova definição do preço dos pontos de fixação e um gestor para comercializar e fiscalizar a utilização dos postes. Está em pauta a possibilidade de um terceiro ser o responsável por realizar a gestão e fiscalização dos postes, podendo, ou não, ser remunerado para tanto.

R$ 0,38 R$ 0,30 R$ 0,34

Durante o ano de 2022, a Anatel, por meio da Consulta Pública nº 178 [4], obteve da sociedade e demais interessados as contribuições para o que seria o Regulamento de Compartilhamento de Postes entre Distribuidoras de Energia Elétrica e Prestadoras de Serviços de Telecomunicações. A Aneel, em 1º de dezembro de 2021, também abriu a Consulta Pública nº 73/2021, com objetivo de obter subsídios para a AIR Avaliação de Impacto Regulatório da proposta de aprimoramentos da regulamentação relativa ao compartilhamento de infraestrutura entre os setores de distribuição de energia elétrica e de telecomunicações. O assunto sempre esteve na ordem do dia para o setor de telecomunicações, com inúmeras manifestações, tanto das agências reguladoras, quanto de seus respectivos órgãos ministeriais, de que uma nova proposta de regulamentação estava “prestes a ser publicada”. No entanto, de acordo com as recentes tramitações da proposta de revisão da regulamentação nas duas agências, o tema indica que poderá, finalmente, ser concluído. O processo de nova regulamentação foi sorteado para a relatoria do conselheiro Alexandre Freire, e a expectativa é que o processo seja votado rapidamente, uma vez que o conselheiro Moisés Moreira (que relatou a Consulta Pública nº 17/22) estará no Conselho Diretor da Anatel até o dia 26 de outubro [6].

Nota Técnica da Aneel sobre metodologia para a precificação Acompanhando a retomada do tema na agenda dos setores de energia e telecomunicações, em 14 de setembro de 2023 a Aneel publicou a Nota Técnica 106/2023 – STR/Aneel, com uma proposta de metodologia para Precificação dos Pontos de Fixação nos postes de distribuição de energia elétrica no âmbito do processo de revisão da Resolução Conjunta 04/2014 [6].

Capex O Capex referente aos postes de distribuição de energia compreende os investimentos necessários para adquirir e instalar um poste novo, que podem variar de acordo com fatores como o tipo de poste utilizado (madeira, concreto, aço), a altura, a capacidade de carga e os requisitos regulatórios aplicáveis. Os outros custos estão relacionados à instalação, como a mão de obra, frete, montagem e equipamentos menores e materiais necessários. De acordo com a Nota Técnica da Aneel, cada ativo (poste) é valorado, a preços atuais, por todos os gastos necessários para sua substituição por idêntico, similar ou equivalente que efetue os mesmos serviços e tenha a mesma capacidade do ativo existente. Sendo assim, o custo médio seria de R$ 2,07 por ponto de fixação. Segundo a fundamentação da Aneel, esse valor de Capex está compatível com o preço do poste disponibilizado pela distribuidora, considerando inclusive o nível de depreciação do ativo e se ele foi recebido em doação ou investido por meio de subsídio. Adicionalmente, essa forma de valoração considera níveis de eficiência em relação aos custos de instalação do poste e dos componentes

Tab. II – Preço simulado. Fonte: Nota Técnica Nº 106/2023/STR/Aneel, de 14/09/2023 [6] Componente Capex Opex Fiscalização Censo Inadimplência Total

Critério 2) VNR depreciado + Obrigação especial a) Dados contábeis, ajustados pelas eficiências, como proporção dos ativos Dados obtidos diretamente junto às distribuidoras de energia Dados obtidos diretamente junto às distribuidoras de energia/Processo de revisão Dados obtidos diretamente junto às distribuidoras de energia

Valor médio R$ 2,07 R$ 1,34 R$ 0,38 R$ 0,30 R$ 0,34 R$ 4,43



POSTES menores que o compõem. Por fim, respeita as características de custo dos ativos de cada área de concessão. No entanto, não está evidente se a Aneel considerou, na composição desse cálculo, que as operadoras de telecomunicações, quando do processo de aprovação dos projetos de ocupação, geralmente arcam com os custos de substituições dos postes, principalmente quando necessita de troca devido à sobrecarga de rede, ou à sua qualidade e segurança na utilização.

Opex No caso deste artigo, refere-se aos custos necessários à gestão e à manutenção das infraestruturas de postes compartilhados com as prestadoras de telecomunicações. A figura 1 exemplifica tais custos e foi obtida pela Nota Técnica da Aneel em questão. Como consta na própria Nota Técnica, para o cálculo do Opex são coletados os dados contábeis do ano anterior dos custos operacionais das distribuidoras, aplicando os scores de eficiência obtidos pelo método de análise envoltória de dados (DEA, do inglês Data Envelopment Analysis), divididos pela eficiência de referência, parâmetros definidos pelo Submódulo 2.2 e 2.2 A do Proret (custos operacionais). Aplicando tais conceitos, a média do Opex é de R$ 1,34 por ponto de fixação.

54 – RTI – NOV 2023

Matriz legal • Lei nº 8987, de 13 de fevereiro de 1995 • Lei nº 9074, de 7 de julho de 1995 • Lei nº 9427, de 26 de dezembro de 1996 • Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004 • Lei nº 13.116/15, de 20 de abril de 2015 • Resolução Conjunta Aneel/Anatel/ ANP nº 001, de 24 de dezembro de 1999 • Resolução Conjunta nº 4, de 16 de dezembro de 2014 (Aneel e Anatel) • Resolução Normativa Aneel nº 1000, de 7 de dezembro de 2021 • Nota Técnica Nº 106/2023/STR/ Aneel, de 14 de setembro de 2023

Atividades de censo e fiscalização da base de postes As atividades de censo e fiscalização desempenham um papel fundamental na garantia do correto uso e compartilhamento dos postes entre as empresas de telecomunicações e distribuidoras de energia elétrica. Essas ações visam obter uma visão abrangente da ocupação, identificar e corrigir irregularidades e assegurar a segurança e a

eficiência do sistema como um todo. Os valores informados pela Aneel estão descritos na tabela I. Por fim, a Nota Técnica 106/2023 STR/Aneel, de 14/09/2023, apresenta como simulação os parâmetros abaixo: • Capex e Opex: englobaram informações de 8 e 13 distribuidoras de energia elétrica, respectivamente, além das informações recebidas por meio do Ofício Circular 1/ 2023 - STD/STR/SMA/Aneel. • Custos de fiscalização: obtidos das médias dos custos informados pelas distribuidoras de energia elétrica no ofício. • Censo: obtido a partir da informação trazida pela distribuidora Copel na correspondência SRF-C/048/2023 de 23 de maio, dividido pelo número de pontos contratados. • Inadimplência: calculada considerando uma estimativa de 10% de inadimplência (média nos três anos anteriores à data de definição do preço e um percentual de reconhecimento de 50% por parte das distribuidoras). A tabela II apresenta o resumo do resultado das alternativas em termos de custos médios, máximos e mínimos para os componentes do preço do apoio, sendo considerados apenas os preços médios para fiscalização, censo e inadimplência, e de forma exemplificativa o fator de utilização de 37,73%.


55 – RTI – NOV 2023

Considerações finais Embora possa haver críticas consideráveis pelo fato de a Metodologia do Cálculo de Preço de Referência para o Compartilhamento de Infraestrutura incluir na sua composição parâmetros como custos de troca de poste (uma vez que as operadoras muitas vezes arcam com esse custo quando da aprovação de novos projetos de ocupação), bem como a perda de receitas das distribuidoras (por inadimplência ou redes não legalizadas/ aprovadas), o valor por ponto de fixação de R$ 4,43 poderá contribuir substancialmente para a redução dos custos da prestação dos serviços de telecomunicações. Um possível cenário de prática de preços equilibrados e não abusivos poderá resultar no aumento da segurança dos serviços de telecomunicações, com consequente regularização junto às distribuidoras de energia. Evidente que tal situação só ocorrerá se tais preços forem seguidos pelas distribuidoras.

Outra variável é a possibilidade de permanecer a diferença considerável entre o preço pago pelas empresas com contratos antigos, na maioria das vezes operadoras com Poder de Mercado Significativo (PMS), em comparação com

os valores pagos pelas demais prestadoras de telecomunicações. Assim, a infraestrutura de rede ainda permanecerá como um diferencial competitivo importante na composição de preços praticados no mercado.

REFERÊNCIAS [1] www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/corrigirPorIndice.do? method=corrigirPorIndice. Acesso em 23 de setembro de 2023. [2] Araújo, Maria Izabel Gomes Sant’Anna. Breve análise sobre a essential facilities doctrine. Disponível em https://dej.fgv.br/sites/default/files/arquivos/reflexoes_sobre_ direito_e_economia_cap_11.pdf [3] Lopes, Alexandre Rosa. Compartilhamento dos Postes. Fundamentos Teóricos e Soluções Práticas. Editora Juruá. 2022. [4] https://sistemas.anatel.gov.br/SACP/contribuicoes/TextoConsulta.asp? CodProcesso=C2577&Tipo= 1&Opcao=1 [5] https://teletime.com.br/22/09/2023/regulamento-de-postes-tera-relatoria-dealexandre-freire-deve-ser- votado-ate-o-final-de-outubro/ [6] https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/noticias/2023/aneel-e-anatel-avancamno-aprimoramento-das- regras-de-compartilhamento-de-postes [7] Filho, Calixto Salomão. Regulação da atividade econômica. Princípios e fundamentos jurídicos. 3ª edição. Ed. Quartier Latin. 2021.


DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

56 – RTI – NOV 2023

Proteção contra surtos em rede de dados Sergio Roberto Santos, da Lambda Consultoria

A

Para que as atividades de uma empresa sejam seguras e confiáveis, é necessário proteger as suas instalações elétricas contra as sobretensões transitórias, provocadas por descargas atmosféricas e operações de chaveamento. Mas essa proteção não será eficaz caso não contenha Medidas de Proteção contra Surtos (MPS) específicas para as linhas de sinal, cujos princípios gerais são apresentados neste artigo.

Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA) [1] tem o objetivo de tornar toleráveis, dentro de critérios objetivos, os seguintes riscos [2]: • R1: Perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes); • R2: Perda de serviço ao público; • R3: Perda de patrimônio cultural; e • R4: Perda de valores econômicos. Para que esse objetivo seja alcançado, os projetistas da PDA devem especificar um SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas [3], para evitar danos à edificação, provocados pelo impacto direto das descargas atmosféricas, e MPS - Medidas de Proteção contra Surtos [4] para limitar a magnitude das sobretensões transitórias a valores suportáveis pelos componentes da instalação e desviar as correntes de surto das linhas elétricas de energia e de sinal.

Como os projetos de PDA são feitos, na sua maioria, por engenheiros eletricistas, neles são especificadas apenas as MPS para as linhas de energia e não para as linhas de sinal. Os Equipamentos de Tecnologia da Informação (ETI) possuem entradas de ambas as linhas e, por isso, devem ser protegidos também por DPS Dispositivos de Proteção contra Surtos para as entradas de sinal desses equipamentos.

Conceito de compatibilidade eletromagnética A compatibilidade eletromagnética (EMC, do inglês Electromagnetic Compatibility) corresponde à capacidade de um equipamento, instalação ou sistema, operar em um ambiente sem causar ou sofrer interferências

Fig. 1 - Cada entrada de cabo deve ser protegida individualmente


Confira nossas Soluções para Provedores SIA - Secure Internet Access Ofereça acesso protegido e seguro a seus assinantes Prolexic

Edge DNS

Líder do setor em proteção contra DDoS

DNS altamente seguro, fornecido pela líder de mercado

CONTRATOS DE SUPORTE TÉCNICO ESPECIALIZADO PARA SOLUÇÕES CGNAT E ADC A10 Mantenha seus equipamentos sempre em funcionamento, evitando interrupções de serviços, contando com nossa equipe de especialistas.

Quer saber mais? Entre em contato com nosso time de especialistas

(45) 99135-3555

www.l8group.net contato@l8group.net


DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

58 – RTI – NOV 2023

No caso das redes de dados, eletromagnéticas além de limites essa interferência está associada preestabelecidos, que à sua frequência de trabalho, comprometam a eficiência da sua operação. No caso de uma rede definida através da categoria da de dados, para que ela opere rede. Por isso, os DPS para esta como desejável, é necessário aplicação seguem a mesma considerar a EMC no estágio classificação (Categoria 5, 5e ou inicial do seu projeto, não apenas 6, por exemplo) [5]. Caso o para os seus cabos e DPS instalado seja de uma equipamentos, mas inclusive para categoria inferior à da rede, ela Fig. 2 - Eletrocalha lisa e fechada para blindagem toda a instalação elétrica de uma não terá o desempenho eletromagnética de cabos. Fonte: Autor edificação ou conjunto delas. esperado e o dispositivo inviáveis, sendo necessário investir Em relação às descargas atmosféricas, elas deverá ser substituído. são uma fonte de energia cuja transferência muitos recursos na aquisição de DPS. Por isso, como os DPS são para os circuitos elétricos da instalação, de Na proteção contra surtos não basta dispositivos que não devem interferir energia ou de sinal, ocorre através de proteger um equipamento. É preciso com a instalação em situações normais acoplamento galvânico, indutivo ou (99% do tempo), entrando em operação, proteger os cabos da instalação, porque capacitivo (menos comum). Se a descarga na presença de um surto de tensão ou são eles que recebem e conduzem as atingir a edificação, uma parcela da sua corrente, e voltando ao seu estado inicial correntes de surto. Nas redes de dados o corrente será conduzida através dos cabos em milésimos de segundos com o final mesmo cabo que conduz a informação que entrem ou saiam dela. Caso o ponto do surto, a sua especificação para uma conduz também as correntes de surto. As de impacto da descarga atmosférica seja em rede de dados pode ser dividida em dois MPS têm como objetivo evitar que outro local, tensões e correntes induzidas conjuntos de parâmetros: ocorram induções nos cabos, geralmente podem alcançar até 2 quilômetros de • Parâmetros relativos ao desempenho do não blindados (UTP), substituindo-os distância de seu ponto de impacto, através DPS como um protetor contra surtos. por fibra óptica, blindando-os (figura 2) do Impulso Eletromagnético da Descarga Classe ou tipo do DPS (I, II ou III), ou reduzindo o acoplamento com os Atmosférica (LEMP - Lightning corrente de surto (IIMP ou IN), nível de cabos de energia. Caso isto não aconteça, Electromagnetic Impulse). proteção (UP) e tensão máxima de devem atuar as interfaces isolantes, operação contínua (UC) [6]. Esses impedindo a corrente de surto de se MPS para rede de dados parâmetros devem ser especificados pelo propagar, e os DPS desviando essas projetista da PDA baseado no seu correntes para o sistema de aterramento. Como todos os condutores metálicos conhecimento sobre as MPS, sendo eles podem conduzir correntes elétricas de Dispositivos de proteção utilizados em DPS de energia ou sinal. várias naturezas, as linhas de sinal são contra surtos • Parâmetros relativos à operação da rede. vulneráveis às tensões e correntes de Velocidade de transmissão (Gbit/s), surto devido aos seguintes fatores: Para que as correntes de surto sejam número de portas, tipos de conectores • Trajeto das linhas, percorrendo grandes desviadas, limitando as sobretensões (RJ-45 fêmea). Esses parâmetros também distâncias e formando laços de indução. transitórias a valores suportáveis pelos devem ser especificados pelo projetista da • Baixa suportabilidade das entradas de sinal. ETI, devem ser instalados DPS PDA, mas obrigatoriamente com o apoio • Maior número de entradas de sinal, específicos para as suas entradas de sinal, do responsável pela rede, que é o quando comparado à normalmente uma que simultaneamente protejam os detentor deste conhecimento. única entrada de energia (figura 1). equipamentos mas não interfiram, além Além dos parâmetros anteriormente Pelos motivos apresentados, para a do aceitável, com o sinal sendo apresentados, como os DPS devem ser proteção de rede de dados em instalações transmitido. Correntes elétricas que posicionados em um ponto bem específico, intensivas no processamento de transportam informação têm frequências caso contrário não serão eficazes, seu informações, como data centers, por que variam de Hertz até Gigahertz, e desenho deve ser compatível com os exemplo, o projeto como um todo deve nesse caso a impedância do DPS pode equipamentos a serem protegidos, ser pensado para favorecer a proteção atenuar o sinal transmitido, tornando incluindo os seus conectores (figura 3). contra surtos, incluindo o inconveniente a sua utilização. DPS com dimensões e conexões encaminhamento dos cabos, o inadequadas acabam sendo posicionamento das salas-cofre e a instalados afastados dos ETI e utilização de estruturas metálicas necessitam da utilização de como blindagem. Caso o projeto da adaptadores para a conexão com as PDA seja contratado posteriormente, entradas de sinal, o que aumenta ainda durante a obra ou após a as interferências e falhas de instalação já estar em operação, comunicação, comprometendo o Fig. 3 - Rack para proteção de rede de dados, muitas dessas medidas serão desempenho do sistema. para cabos UTP. Fonte: Embrastec


59 – RTI – NOV 2023

Atribuições profissionais A proteção das redes de dados é uma responsabilidade compartilhada pelo projetista da PDA e o administrador da rede, profissional de TI - Tecnologia da Informação. Através do Gerenciamento de Risco (GR) devem ser avaliadas as consequências da perda de serviços ao público (R2) e de valor econômico (R4), e caso seja necessário proteger a rede contra surtos de tensão e corrente, o responsável pela TI deverá fornecer todas as informações necessárias para que o projetista da PDA especifique o DPS adequado para essa proteção. Embora a proteção contra descargas atmosféricas esteja muito associada ao projeto do SPDA, o conhecido para-raios, atualmente o correto é projetar a PDA, que inclui as MPS e nelas a instalação de DPS de energia e sinal. Mais do que um conjunto de siglas, temos aqui um conceito de proteção abrangente, protegendo estruturas e instalações, em última análise processos, que deve ser aplicado por um profissional ou uma equipe, com um sólido conhecimento da norma NBR 5419:2015 [1-4].

Conclusão A interrupção de uma rede de dados pode causar grandes prejuízos para uma organização, com valores muito superiores ao custo de protegê-las corretamente. Mas, infelizmente, apesar de todo o conhecimento disponível, a proteção contra surtos em redes de dados acaba se tornando “zona de ninguém”, o que é corrigido apenas após a rede ser danificada pela ocorrência de uma descarga atmosférica no local onde ela se encontra.

REFERÊNCIAS [1] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Norma técnica ABNT NBR 5419-1:2015 Proteção contra Descargas Atmosféricas Parte 1: Princípios gerais. [2] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Norma técnica ABNT NBR 5419-2:2015 Versão Corrigida 2018. Proteção contra Descargas Atmosféricas Parte 2: Gerenciamento de risco. [3] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Norma técnica ABNT NBR 5419-3:2015 Versão Corrigida 2018. Proteção contra Descargas Atmosféricas Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida. [4] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Norma técnica ABNT NBR 5419-4:2015 Versão Corrigida 2018. Proteção contra Descargas Atmosféricas Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura. [5] Catálogo DPS Rack Embrastec. Disponível em https://www.embrastec.com.br/c%C3%B3pia-linha-inox [6] Santos, S.R.: Tecnologias de dispositivos de proteção contra surtos. Revista Eletricidade Moderna 568, novembro-dezembro de 2022. Pág. 24. Disponível em https://issuu.com/ aranda_editora/docs/em_novembro_ 2022?fr=sZDcyNzUxMjcxNzM.


SERVIÇO

60 – RTI – NOV 2023

Guia de DWDM

Empresa

Agora Telecom

Telefone

E-mail

(11) 4058-9600

fale.conosco@agoratelecom.com.br

Modelo

DC908 E9600 E6600

Arsitec

(11) 98733-0004 n

arsitec@arsitec.com.br

8600-I

Ciena

(11) 4765-2333

fcapella@ciena.com

Waveserver Ai Waveserver 5 6.500

Connectoway

0800 731 8000

inside@connectoway.com.br

Huawei DC90 8 Huawei E660 0 Series Huawei E960 0 Series

Datacom

(51) 3933-3000

comercial@datacom.com.br

DM4770 16CX DM936 8CH33 DM936 16CH19 DM936 32CH19

DPR

(11) 94107-2000 n

comercia@dpr.com.br

Família PSS16/32

FiberHome

(11) 3046-9333

support.brazil@fiberhome.com

FONST 1.000U

FiberX

(48) 3205-2275 n

comercial@fiberx.com.br

Huawei Optixtrans DC908

Nokia

(11) 95257-9203 n

andre.gondin@nokia.com

PSI-M

Padtec

(19) 2104-9700

vendas_brasil@padtec.com.br

Muxponder Dual 400 Gb/s

Parks

(51) 3205-2181 n

provedores@parks.com.br

PK200

Raisecom

(11) 5531-2884

info@raisecombr.com.br

iTN8600-I-TQ5D

Siae

(11) 99510-2036 n

joao.redondo@siaemic.com

SM-Optics LM-1

Tellycom

(85) 4042-1245 n

comercial@tellycom.com.br

MDx4800 MILJET

WDC Networks

(11) 3035-3777

contato@wdcnet.com.br

iTN8200

PSI-M PSS-1830

Topologia

Recursos

• • •• • • • •• • • •• • • •• •• • •• • • •• • ••• • •• • • • •• • •• •• • • •• • • • •• •• • • •• • • • •• ••• •• • •• • • • •• • •• •• • • • • • • • • •• • •• • • • ••• •• •• • • • • • • •• • •• • •• • • •• •• • • •• • • • • •• • •• • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • •• • • • • • • •• • •• • •• • • •• •• • • •• • • • •• •• • • •• • • • •• • •• • • •• • •• •• • • • •• • •• • •• • • • • •• •• • • • • • • •• • •• • •• • • • ••• • • •• • • • •• • • • • • (*) (**) • • •• • • • •• • •• • • •• ••• • • • • • • • • •• • •• • •• • • ••• •• • • •• • • ••• • •• • • • • • • • •• • •• • •• • • ••• • ••••• • • • • • • •• • •• • •• • •

Notas: (*) Transponder de 800G em desenvolvimento; (**) MUX até 96 canais. Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 52 empresas pesquisadas. elecom e Instalações Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, novembro de 2023. Este e muitos outros Guias RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Alimentação

Gerenciamento

Tamanho do chassis

100 200 400 600 800 1.000 1.200 Acima de 1.200 4 canais 8 canais 16 canais 1U 2 a 4U 5 a 8U 9 a 11U > 12U SNMP Web Cliente Telnet 90 a 240 VCA 48 VCC Anel Barramanto Estrela Módulos OLP Cartões de MUX e DEMUX Com EDFA OTN SDN/NFV ROADM/Flex grid Sistema aberto Programável por software

Capacidade máxima por transponder (Gbit/s)

Multiplexadores

O levantamento detalha os recursos dos equipamentos DWDM fornecidos no mercado brasileiro, como capacidades dos transponders, tamanho do chassis, alimentação e topologia. O guia também traz os contatos das empresas, facilitando a consulta e pesquisas de mercado.



INTERFACE

62 – RTI – NOV 2023

Paulo Marin

Quais são as características e aplicações do padrão NG-PON2? Na seção Interface de setembro, apresentei o histórico e o desenvolvimento da tecnologia PON (ITU-T G.983.1), com foco no padrão GPON (ITU-T G.984.1). Já em outubro tratei das características do padrão XG-PON (ITU-T G.987.1). Nesta edição, vou apresentar as principais características do padrão NG-PON2 (ITU-T G.989.1). A Recomendação ITU-T G.989.1 especifica os requisitos do padrão NG-PON2, capaz de operar a 40 Gbit/s no downstream para aplicações residenciais, comerciais, infraestrutura para redes móveis, entre outras, além de considerar cenários de migração para sistemas PON legados. De qualquer forma, a migração de sistemas PON legados para a tecnologia NG-PON2, como o GPON (ITU-T G.984), o XG-PON (ITU-T G.987) e o 1G-EPON (IEEE 802.3), normalizados e empregados amplamente é considerada na Recomendação ITU-T G.989. Com o aumento da demanda de velocidades mais altas e, consequentemente, bandas de transmissão mais largas, o requisito

Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

mais geral para um sistema NG-PON2 é assegurar a disponibilidade de largura de banda para esses sistemas legados. Portanto, a coexistência com esses sistemas é obtida por meio de um planejamento de alocação de comprimentos de onda que também garante uma capacidade ótima para a transmissão de vídeo (TV) em um comprimento de onda exclusivo. A estrutura em camadas do NG-PON2 pode ser representada

ODN, conforme a Recomendação ITU-T 989.1. Na figura 1, o elemento coexistente é um dispositivo que combina os serviços GPON FTTH com outros serviços de tecnologias PON das próximas gerações, como XGS-PON, NG-PON2, etc. Comprimentos de onda adicionais são suportados no dispositivo coexistente para vídeo RF (RF-video overlay, ITU-T J.185 ou ITU-T J.186), PtP, entre outras

Fig. 1 - Cenário de coexistência na ODN, conforme a Recomendação ITU-T 989.1 (Fonte: ITU-T G.989.1)

por um esquema no qual o data plane, o gerenciamento auxiliar e o control plane são implementados sobre um meio físico comum na ODN. O sistema NG-PON2 oferece flexibilidade espectral para permitir a ampliação de sua capacidade de forma progressiva ou modular conforme a demanda, que se aplica a ambas as técnicas: TWDM - Time and Wavelength Division Multiplexing (multiplexação por divisão de comprimento de onda e tempo) e PtP WDM (point-to-point WDM). Além disso, deve assegurar uma escala de coexistência de cenários para evitar interferências com sistemas legados e, como consequência, permitir novas bandas com diferentes comprimentos de onda quando os sistemas legados forem descontinuados. A figura 1 mostra o cenário de coexistência na

tecnologias. Passemos, então, às características do NG-PON2. A tecnologia NG-PON2 (ITU-T G.989.1) O padrão NG-PON2 tem como objetivo atender às necessidades de uma ampla gama de serviços de redes em diversos mercados e aplicações, mantendo as características de sistemas PON legados, como ITU-T G.982, ITU-T G.983, ITU-T G.984 e ITU-T G.987 para compatibilidade retroativa, buscando a reutilização de capacidades técnicas preestabelecidas o máximo possível, conforme mencionado anteriormente. A tecnologia suporta canais TWDM em diversos comprimentos de onda, sendo 1596 a 1603 nm no downstream e 1524 a 1544 nm no upstream.


A WDC E A PANDUIT OFERECEM A PRECISÃO QUE O SEU PROJETO PRECISA! A WDC Networks possui um amplo portfólio de soluções de infraestrutura Panduit para data centers, ideais para: Transmissão de dados eficiente e confiável, em ambientes exigentes Soluções pré-conectorizadas HD Flex MPO - Chega de fusão, facilite a instalação e reduza o tempo de implementação PDUs de Alta Performance - Gerenciáveis e monitoráveis, garantindo a alta eficiência Soluções Fiber Runner e Wyr-Grid - Infraestrutura projetada especificamente para seu Data Center

Soluções indicadas para comércio, pequenas, médias e grandes empresas, bancos, hospitais, data centers e mercado ISP.

Esses e outros produtos você encontra no exclusivo modelo de negócio As a Service - TaaS da WDC. Escaneie o QR Code ao lado e conheça muito mais! Entre em contato com o time da WDC e descubra a melhor solução em data centers Huawei para o seu projeto.

Apoio

(11) 3035.3777

contato@wdcnet.com.br

wdcnet.com.br


INTERFACE A arquitetura desse padrão opera com multiplexação TWDM nos sentidos upstream e downstream. No entanto, no downstream, o padrão opera com multiplexação WDM, combinando a luz de diferentes fontes laser em um multiplexador WDM. Cada comprimento de onda upstream/downstream é capaz de operar sistemas simétricos de até 10 Gbit/s para cada assinante se o canal não for multiplexado por divisão de tempo entre diversas ONU/ONT. Com multiplexação por divisão de comprimento de onda em quatro, o NG-PON2 pode operar com uma taxa de transferência de até 40 Gbit/s na ODN. Comprimentos de onda operacionais Os comprimentos de onda operacionais do padrão NG-PON2 são os seguintes: 1) Para upstream: entre 1528 e 1540 nm (TWDM e DWM); 2) Para downstream: 1596 e 1603 nm (WDM). Taxas de transmissão (velocidades) O padrão NG-PON2 é composto por 4 a 8 pares de canais, sendo que cada par opera em um comprimento de onda para downstream e um para upstream. Esses pares de canais são configuráveis e nem todos precisam estar ativos simultaneamente. As taxas nominais de linha por canal para downstream e upstream são as seguintes: 1) Downstream: 10 Gbit/s, upstream: 10 Gbit/s. 2) Downstream: 10 Gbit/s, upstream: 2,5 Gbit/s. 3) Downstream: 2,5 Gbit/s, upstream: 2,5 Gbit/s.

64 – RTI – NOV 2023

Alcance lógico do padrão Trata-se da distância máxima entre uma ONU/ONT e o OLT, exceto pela limitação da camada física. Para o padrão NG-PON2, o alcance lógico máximo especificado é de 60 km. Alcance físico do padrão É a distância máxima entre uma ONU/ONT e o OLT. No caso do NG-PON2, o alcance de fibra óptica deve ser de 20 km. Distânciadefibraópticadiferencial Retrata a diferença entre as distâncias mais próxima e mais afastada entre uma ONU/ONT e o OLT. Para o padrão NG-PON2, a distância de fibra diferencial máxima deve ser de 40 km, com uma distância de fibra diferencial configurável de até 20 km. Razão de divisão do splitter Representa quanto uma única fibra na ODN pode ser “derivada” em vários enlaces ópticos adicionais a partir de um e/ou mais splitters nessa estrutura. A razão de divisão especificada pelo padrão NG-PON2, com base nas especificações anteriores, é de 1:256. Informações adicionais Os sistemas NG-PON2 necessitam de flexibilidade para equilibrar as relações entre velocidade, alcance (distância) e razões de divisão para várias aplicações. Esse conjunto de parâmetros combinados, que são suportados pelo sistema, devem contemplar: • uma capacidade de 40 Gbit/s no sentido downstream e 20 km de alcance, com uma razão de divisão de pelo menos 1:64; • uma capacidade de 10 Gbit/s no

sentido upstream e 20 km de alcance, com uma razão de divisão de pelo menos 1:64; • acesso a taxas de transmissão de pico de 10/2,5 Gbit/s nos sentidos downstream e upstream. • a possibilidade de distâncias mais longas com razões de divisão menores. Os sistemas NG-PON2 também podem suportar: • uma capacidade de 40 Gbit/s no downstream e com 10 Gbit/s por canal no sentido upstream e alcance de 20 km com uma razão de divisão de pelo menos 1:64; • uma capacidade de 2,5 Gbit/s no downstream por canal e 2,5 Gbit/s no sentido upstream por canal, com alcance de 40 km e uma razão de divisão de 1:32; • uma capacidade de 10 Gbit/s no sentido downstream por canal e 10 Gbit/s no sentido upstream por canal, com alcance de 40 km e uma razão de divisão de 1:32; • acesso a taxas de transmissão de 10/10 Gbit/s nos sentidos downstream/upstream; • WDM ponto a ponto ajustável com a capacidade de coexistir com outros sistemas PON. Conforme discutido aqui, o padrão NG-PON2, embora trazendo complexidade adicional às tecnologias PON, estende a taxa de transmissão das redes PON até 40 Gbit/s no downstream para aplicações diversas, além de considerar cenários de migração para sistemas PON legados.

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.



EM REDE

Alex Sasaki, diretor de aplicações de tecnologia e gestão de vendas da Vertiv América Latina A revolução da refrigeração líquida

O impacto da IA no

aumento da densidade computacional em racks de data centers Cargas de trabalho cada vez mais orientadas para dados, incluindo a IA - Inteligência Artificial e outras formas de computação de alta performance, estão levando à maior densidade de capacidade de processamento e armazenamento nos racks dos data centers. De acordo com a pesquisa Global Data Center Survey 2022, do Uptime Institute (https:// tinyurl.com/yt9rj79t), mais de um terço dos operadores de sites no mundo reportaram um aumento rápido na densidade dos racks nos últimos três anos. O mesmo relatório acrescenta que aproximadamente a metade dessas instalações com capacidade de 10 MW ou mais relatam densidades de racks acima de 20 kW, com 20% alegando ter racks excedendo 40 kW. À medida que as densidades dos racks aumentam, os desafios referentes à refrigeração e ao consumo de energia também crescem. Novos designs de refrigeração são necessários para manter a ótima performance e evitar problemas relacionados ao calor gerado pelos servidores. Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Embora a refrigeração líquida não seja um conceito novo, o rápido aumento da computação de alta densidade está impulsionando a sua adoção, já que soluções refrigeradas a líquido proporcionam um método de climatização mais eficiente do que sistemas tradicionais a ar. De acordo com estudos da Vertiv (https://tinyurl.com/5n7ak3ca), a refrigeração líquida aproveita as propriedades superiores de transferência térmica da água e de outros fluidos para proporcionar refrigeração eficiente e com ótimo custo/benefício para racks de alta densidade. Foi constatado que ela pode ser até 3 mil vezes mais eficaz do que os métodos tradicionais de climatização a ar. O Data Center Dynamics (https:/ /tinyurl.com/57uu9py7) descreve a refrigeração líquida como “um roadmap para o sucesso contínuo” na refrigeração de racks de alta densidade e a solução mais viável sendo levar a refrigeração líquida para o rack, pois ela aproveita as propriedades de transferência térmica mais altas dos refrigerantes ou outros fluidos para dar suporte à climatização eficiente. O futuro da refrigeração nos data centers No contexto da América Latina, onde o custo e a disponibilidade da energia podem representar um desafio, encontrar soluções eficientes e com bom custo/benefício torna-se ainda mais crítico. Nesse caso, a refrigeração líquida se apresenta como uma opção atraente, uma vez que pode entregar mais desempenho da

66 – RTI – NOV 2023

refrigeração usando menos energia, em comparação com sistemas refrigerados a ar. Além disso, ela aproveita as propriedades de transferência mais altas da água e de outros fluidos para apoiar a refrigeração eficiente e com bom custo/benefício dos racks de alta densidade. Entre os tipos de refrigeração líquida encontramos: • Direta ao chip: permite um maior contato com as partes geradoras de calor do servidor e, portanto, melhor gerenciamento da temperatura. Placas frias diretas ao chip ficam localizadas em cima dos componentes geradores de calor dos equipamentos de TI para extrair calor através de placas frias de uma fase ou unidades evaporativas de duas fases. • Por imersão: é uma técnica que banha os servidores e outros componentes em um tanque de líquido dielétrico ou fluido dielétrico condutor térmico. O líquido dissipa eficientemente o calor produzido pelos componentes eletrônicos. Através do uso de unidades de distribuição de refrigerantes, o calor é transferido para o exterior de forma a facilitar sua rejeição. • Trocadores de calor de porta traseira ativos ou passivos: são sistemas que substituem a porta traseira do rack de equipamentos de TI por um trocador de calor de líquido. Eles podem trabalhar em conjunto com a refrigeração a ar, já que reduzem a temperatura do ar de retorno saindo da parte posterior do rack e melhoram a capacidade de refrigeração em ambientes com densidades de racks mistas.



SEGURANÇA

Marcelo Bezerra

Uma mudança bem-vinda Muito se fala sobre a responsabilidade dos grandes provedores com a segurança geral dos negócios digitais. No início de outubro, o Google e o Yahoo deram um grande passo ao anunciar que vão exigir autenticação para os e-mails de negócios a partir de fevereiro de 2024. Mas antes de analisar os anúncios, vale a pena dar uma revisada sobre o que se trata. Toda a tecnologia que criou a Internet, desde o TCP IP até os protocolos dos serviços como o e-mail, foi baseada em sistemas frágeis e vulneráveis. Eram outros tempos, e a segurança não era uma das prioridades, na verdade nem era um problema. Ao longo das décadas, vários remendos foram sendo criados para aumentar a segurança, e até mesmo novos protocolos foram introduzidos, como foi o caso do IPv6. Mas entra ano, sai ano, as melhorias vão ficando de lado, seja por desconhecimento, desinteresse ou pelo fato de não serem exigidos por ninguém e sempre ficam na fila de novos projetos, dando lugar a outros considerados mais prioritários. O crime cibernético, que continua a lucrar e a crescer, agradece. O problema é que a nova geração dos negócios, cada vez mais digitalizados, está estruturada sobre essas mesmas bases frágeis. O e-mail se tornou uma plataforma de mercado global, e, no Brasil, até o WhatsApp é um case de sucesso no universo corporativo. A questão, porém, é que fechar acordos via correio eletrônico hoje é como negociar por telefone sem confirmar que a pessoa do outro lado é

mesmo quem diz ser. O protocolo SMTP permite que alguém envie mensagens a qualquer pessoa se dizendo ser quem quiser. De novo, a culpa não é dos criadores do protocolo, que estavam focados em criar um mecanismo simples e universal para troca de e-mails, tanto que sempre é bom recordar que o “S” de SMTP significa “simple”, ou simples. Dessa forma, não é à toa que todos os anos o e-mail ocupa a liderança dos vetores de ataque, as portas de entrada para os criminosos e invasores. O pior é que ao longo dos anos os grupos criminosos foram explorando e criando mais formas de realizar os ataques, chegando ao ponto observado pelo FBI em seu último relatório de crime digital, com impressionantes perdas de US$ 2,7 bilhões em 2022 apenas por fraudes via e-mail, conhecido pela sigla BEC - Business Email Compromise. Para melhorar o SMTP e reduzir spam, phishing e fraudes, foi introduzido a partir de 2004, e formalizado em 2014 pelo IETF – Internet Engineering Task Force, organização responsável pelos padrões na Internet, através da RFC 7208, o protocolo SPF - Sender Policy Framework. O conceito é simples: garantir que um servidor de e-mail tenha autorização para enviar mensagens em nome de um determinado domínio, e fazer com que o servidor destinatário apenas aceite e-mails dos servidores autorizados. Em outras palavras, apenas servidores autorizados pelo “Banco X” podem enviar e-mails em seu nome. A implementação precisa ser aplicada pelos dois lados, remetente e destinatário. O remetente publica quais servidores podem enviar e-mails em seu nome, e o sistema do destinatário verifica se um e-mail foi enviado por um servidor

68 – RTI – NOV 2023

autorizado. É uma implementação simples, mas, apesar da facilidade, a adoção é até hoje lenta. Praticamente ao mesmo tempo em que era definido o SPF, foi criado outro protocolo de autenticação para e-mails, o DKIM - DomainKeys Identified Mail, publicado em 2011 na RFC 6376. O protocolo é mais complexo para implementar, porém resolve uma lacuna deixada pelo SPF, que permite que o hacker adultere o cabeçalho da mensagem e ainda consiga efetuar o ataque. O DKIM age através de uma assinatura digital baseada em chave assimétrica para o destinatário validar não só a autorização do remetente em enviar aquela mensagem como também para verificar a sua integridade. Assim como o SPF, precisa ser implementado em ambas as partes. O remetente assina a mensagem e publica a chave pública, e o destinatário valida a assinatura e verifica a integridade da mensagem. Como vemos, ambos os protocolos têm aparentemente a mesma função, mas o mercado decidiu, sabiamente, usar os dois ao invés de escolher um, e assim surgiu em 2021 o DMARC Domain-based Message Authentication, Reporting & Conformance. Através do DMARC as empresas ganharam a opção de publicar políticas em torno do SPF e DKIM, e das ações que devem fazer em caso de que um, ou ambos os protocolos falhem. Adicionalmente, e dependendo da solução adotada, as empresas podem constar com uma série de relatórios sobre a segurança no envio de seus e-mails de negócios. O que o Google e o Yahoo anunciaram é que irão a partir do primeiro trimestre de 2024 apenas aceitar e-mails de negócio


69 – RTI – NOV 2023

autenticados por seus remetentes, os chamados bulk senders. O Google forneceu a data de 1o de fevereiro (https:// tinyurl.com/4pnbvdu2), enquanto o Yahoo fala em primeiro trimestre (https:// tinyurl.com/2s4rvnfy). O Google ainda estabeleceu medidas adicionais para quem envia mais de 5000 mensagens por dia (parece muito, mas não é). Para aqueles com menor quantidade de mensagens, será exigido o SPF ou o DKIM, mas, para quem envia mais de 5000 mensagens, será exigido conformidade total com o DMARC, ou seja, ambos os protocolos. Além da autenticação, irá exigir a ativação da opção para que o usuário cancele o recebimento de mensagens subscritas. O impacto é grande para todos os que enviam mensagens a clientes como faturas, confirmações e notificações, entre outros. Se a empresa não estiver aderente, seus clientes com conta no Gmail ou Yahoo simplesmente deixarão de receber as mensagens. As medidas serão com certeza alvo de muita reclamação, mas é uma ação consistente que certamente será seguida por outros grandes provedores de correio eletrônico. A segurança da Internet agradece.

Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.


PRODUTOS

70 – RTI – NOV 2023

Gravador de vídeo

Resfriamento

tempo real nos equipamentos. O primeiro oferece equipamentos nas potências 3, 6, 8, 10 e 12 kVA em 220 V e 3 kVA em 127 V, com diversas possibilidades de configuração. A linha possui fator de potência 1 (para os UPS de 3, 6 e 10 kVA) e 0,9 (para dispositivos de 8 e 12 kVA) em 2U. Já a segunda apresenta soluções de 10 e 20 kVA em modelos de 220 e 380 V, que podem ser instalados em aplicações de até 160 kVA. Site: www.engetron.com.br.

montada externamente. Apresenta fluxo de ar direito/esquerdo ou esquerdo/direito e capacidade de lidar com cargas de 12 kW a mais de 240 kW. Site: www.air-sys.com.br.

licenças do software de gerenciamento de vídeo AXIS Camera Station e um software pré-configurado para minimizar o tempo de instalação, o equipamento está disponível como uma estação de trabalho autônoma com 8 canais de vídeo e capacidade de armazenamento de 4 TB. Site: www.axis.com.

Roteador

Cabo drop circular

O Twibi Force AX incorpora a tecnologia Wi-Fi 6, que garante maior eficiência, velocidade e

O cabo drop circular modelo 12 FO, da Setex Cabos, é voltado para redes FTTH. Disponível em tamanhos de

UPS modulares

menos interferência de redes vizinhas. Além disso, permite um maior número de dispositivos conectados simultaneamente sem perda da qualidade do sinal. A solução suporta até 128 dispositivos conectados ao mesmo tempo, sendo indicada para planos de até 600 Mbit/s. O módulo Wi-Fi (1 unidade) é capaz de cobrir áreas de até 140 m2, enquanto o conjunto (duas unidades) cobre até 280 m2, contanto que estejam posicionados em locais abertos e livres de barreiras. Fabricado e comercializado pela Intelbras. Site: www.intelbras.com/pt-br/.

A AXIS Camera Station

S2208, da Axis Communications, é um gravador “tudo em um” com switch PoE integrado desenvolvido para oferecer vigilância em alta definição. Fornecido pré-carregado com oito

A Engetron disponibilizou a sua nova linha de UPS monofásicos e trifásicos modulares DWMMA4 (foto) e

DWTTA5, integrados com IoT – Internet das Coisas, que permite acompanhamento, diagnóstico e intervenções de forma remota e em

O UniCool-Edge, da

Airsys, é uma solução de cooling CRAC horizontal

Armazenamento para data centers O Cisco Hyperflex é baseado

nos equipamentos de 1U e 2U da família UCS da Cisco, e atende a uma gama de

necessidades bem diversa, com modelos utilizando discos híbridos (flash + rotacionais), all-flash e all-NMVe, que podem começar a partir de 2 nós e chegar a 96 nós, atingindo capacidades líquidas de até 5 Pb. Site: www.cisco.com.

UPS senoidal Os UPS senoidais da NHS

passaram por um upgrade de desempenho com o lançamento de uma linha com fator de potência 0,9. A

até 5 mm, configuração de 2 a 12 fibras e capa NR ou LSZH. Site: www.setexcabos.com.br.

Transponder O TMD400G-SD, da Padtec, é um transponder dual standalone com capacidade de transmissão de dados de até 400 Gbit/s por canal

óptico ou 800 Gbit/s no total, em curtas e médias distâncias. Apresenta interface rede 400G OpenZR+ com alta potência de saída em uma mecânica de 1U de altura. Site: www.padtec.com.br

mudança abrange seis diferentes potências, disponíveis em produtos nos formatos torre e rack. Um dos destaques é o modelo rack de 2,2 kVA, que oferece uma potência adicional. Já o UPS de 3,2 kVA apresenta mais autonomia. Todos os equipamentos da linha utilizam transformadores feitos 100% de cobre, garantindo maior eficiência e durabilidade. Site: www.nhs.com.br.


Quer debater a operação e o funcionamento da Internet com os principais especialistas no assunto?

Venha para a

13 Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil a

Principal evento do país sobre a infraestrutura da Internet vai dialogar sobre os Pontos de Troca de Tráfego Internet, engenharia, segurança de redes, adoção do IPv6 e muito mais!

4 a 8 de dezembro

0

1

Centro de Convenções Rebouças

1

0

Inscrições gratuitas: https://nic.br/semanainfrabr/

A INTERNET EM PLENA EVOLUÇÃO!


PUBLICAÇÕES

72 – RTI – NOV 2023

IA Em Inteligência Artificial – Visões

Interdisciplinares e Internacionais, o leitor encontrará ensaios que ajudam a compreender o impacto e abrangência da IA – Inteligência Artificial nos diversos âmbitos da sociedade. Coordenada por Silmara Chinellato, professora Titular do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP, a obra traz reflexões sobre como as máquinas estão transformando a realidade humana em diferentes frentes e de que maneiras o direito encara tais mudanças. Além de oferecer uma análise aprofundada dos desafios e questões legais relacionados à IA no Brasil, o título conta ainda com perspectivas internacionais sobre o tema. Essa troca permite compreender como outros países lidam com a questão, considerando a realidade socioeconômica de cada nação. Editora Almedina Brasil (https://tinyurl.com/5n7upnt8), 476 páginas.

Indústria 4.0 A obra Transformação Digital e Indústria 4.0 -

Produção e Sociedade, de Márcia Terra da Silva, Rodrigo Franco Gonçalves, Sílvia Helena Bonilla e José Benedito Sacomano, mostra que para entender as novas formas de produção, é necessário reunir diferentes visões e especialistas, cada qual esclarecendo sua área de atuação. É o que propõe este livro, que, por meio de um diálogo entre

especialistas, pode ajudar empresas, profissionais ou estudantes a identificar os limites e as possibilidades do novo conceito de produção. O título é dividido em quatro partes: fundamentos da indústria 4.0, tecnologias disruptivas, produção 4.0: transformação digital e indústria, além de educação e sociedade. Editora Blucher (https:// tinyurl.com/v6eft6wx), 284 páginas.

Produtividade No livro Produtividade Pós-Inteligência

Artificial, o autor Ricardo Mansur aponta que a evolução da produtividade pós-IA - Inteligência Artificial só ocorre quando ela responde duas perguntas: como um sistema inteligente pode ser capaz de identificar e implementar novas ideias? Como os robôs ou chatbots ou SCP - Smart Connected Products ou PIC - Produtos Inteligentes Conectados respondem por conta própria às mudanças ocorridas no ambiente? A simplicidade ou complexidade das respostas depende do ponto de vista de cada um dos agentes da economia. Estudos revelaram que a produtividade dos serviços de atendimento ao consumidor cresceu em média 14% com as soluções

inteligentes. Diversas pesquisas afirmam que a IA generativa pode aumentar o PIB global em aproximadamente 7% ao ano nos próximos dez anos. Editora Ciência Moderna (https://tinyurl.com/ysczdrys), 142 páginas.

Circuitos Em Análise Básica de Circuitos para Engenharia, os autores J. David Irwin e R.Mark Nelms trazem uma obra voltada para profissionais e estudantes de cursos como Engenharia Elétrica, Eletrômica e da Computação que demandam uma proficiência no conhecimento e desenvolvimento de circuitos. A cada nova edição os autores aprimoram a pedagogia e a didática usadas no texto, cujo foco está na apresentação dos conceitos-chave e na prática de resolução de problemas para ajudar na fixação e assimilação dos temas. O grau de complexidade é variado, o que facilita a progressão nos estudos e a preparação para exames de avaliação do aprendizado. Além disso, há centenas de aplicações cotidianas que preparam o estudante para atuação em casos reais. Há, ainda, materiais suplementares que podem ser acessados on-line, mediante cadastro, no site do GEN - Grupo Editorial Nacional. Entre eles, estão 2400 problemas, sendo 800 deles inéditos nesta 12ª edição. Editora LTC (https://tinyurl.com/58a4j3m5), 504 páginas.

Índice de anunciantes Americanet ................... 27

Expo ISP ...................... 73

Klint ............................... 21

Polierg .......................... 32

AVS Brasil .................... 33

FiberX ........................... 47

L8 Group ...................... 57

Rosenberger Domex .. 19

Vigo ............................... 28

Cabletech ............. 3ª- capa

Fibracem ...................... 37

Megatron ...................... 55

S e i t e c .......................... 65

Watch TV ...................... 14

D2W .............................. 35

Forte Telecom .............. 51

Merkant TI ...................... 7

Setex Cabos ................ 18

Witera ........................... 28

Datacom ....................... 11

FW Distribuição ........... 53

Nexusguard ................. 50

Slim Pack ...................... 36

WZTECH Networks ...... 61

Delta Electronics ........ 20

HFO Brasil .................... 49

NIC.br ........................... 71

SMH Sistemas ..... 4ª- capa Specto ......................... 17

DJR Consultoria .......... 10

HT Cabos ...................... 29

Optictimes ................... 43

EKTech Equipamentos .. 54

IXCSoft ......................... 31

Padtec .......................... 59

Sumec Navigator ......... 45

Elsys ............................. 15

K2 Telecom .................. 25

Panduit ......................... 63

TP-Link ................. 2ª- capa

Veolink ......................... 13



ISP EM FOCO

Mauricélio Oliveira, diretor-presidente da Abrint

Wi-Fi 6E no Brasil:

perspectivas e importância da atribuição dos 1200 MHz da faixa de 6 GHz

A evolução da tecnologia sem fio desempenha um papel crucial nas telecomunicações, sendo a chegada do Wi-Fi 6E um importante exemplo das mais recentes inovações. No Brasil, o foco principal recai sobre a alocação da faixa de 6 GHz para o Wi-Fi 6E em ambientes externos, tema que gera debates e grandes expectativas. A confiança na Anatel em relação à alocação de 1200 MHz dessa faixa para o Wi-Fi 6E em espaços ao ar livre é notável. O setor de telecomunicações brasileiro acredita que a Anatel seguirá adiante com a alocação completa dessa faixa para o Wi-Fi 6E em ambientes externos, apoiada por argumentos técnicos sólidos, preferências dos usuários e perspectivas de mercado positivas. O futuro do Wi-Fi 6E no Brasil parece promissor, trazendo benefícios substanciais para a conectividade em espaços abertos e áreas públicas. O Wi-Fi 6E, operando na faixa de frequência de 6 GHz, promete elevar a conectividade sem fio a um novo patamar, proporcionando maior largura de banda, menor interferência e melhor desempenho em ambientes densamente povoados, como parques, áreas públicas e ambientes industriais. As telecomunicações estão em constante evolução, e a alocação da faixa de 6 GHz tem sido o epicentro de um debate regulatório fundamental no Brasil, conforme afirmou Cristiane Sanches, líder do conselho da Abrint durante o Futurecom 2023. A faixa de 6 GHz, designada para uso não licenciado, tem sido objeto de intensas disputas entre as grandes operadoras de banda larga móvel e empresas interessadas em explorar esse espectro, como os provedores regionais de Internet. Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI.

Uma reviravolta recente neste debate é a possível liberação do uso externo em toda a faixa, graças à introdução do AFC - Automated Frequency Coordination, um sistema que inclui um banco de dados padronizado para o Wi-Fi 6E, fornecendo informações sobre a presença ou ausência de interferência no sinal. A coexistência harmoniosa com outros serviços externos, sem interferência, é uma prioridade fundamental para liberar integralmente a faixa de 6 GHz. Durante o Futurecom 2023, representantes do setor demonstraram confiança na Anatel em relação à alocação da faixa de 6 GHz para o Wi-Fi 6E em ambientes externos, enfatizando que “não haverá retrocesso” no processo, apesar das pressões vindas do setor de telefonia móvel, que também busca uma parte dessa faixa para fortalecer o alcance do sinal 5G. Diversas entidades, incluindo a Abrint, a Abranet Associação Brasileira de Internet e a FBA - Fiber Broadband Association, compartilham a crença de que a introdução do AFC possibilitará a aprovação do uso externo do Wi-Fi 6E em toda a faixa de 6 GHz, ou seja, os 1200 MHz de largura de banda disponíveis nessa frequência. “Não haverá retrocesso. A Anatel entende a importância da faixa de 1200 MHz para uso não licenciado e já compreendeu sua importância no uso indoor. O fato de o Brasil aguardar os resultados da Conferência Mundial de Radiocomunicação, a WRC-23, que acontece em novembro, não significa retrocesso. Pelo contrário, mostra uma postura adequada da agência nesse trabalho e uma preocupação em conciliar outras agendas”, afirmou Cristiane Sanches, conselheira da Abrint. Um dos principais argumentos em destaque é a capacidade técnica do Wi-Fi 6E para operar na faixa de 6 GHz, que já está pronta para uso, enquanto a implementação de tecnologia móvel nessa faixa exigiria uma complexa limpeza do espectro. Além disso, a confiabilidade e eficiência do Wi-Fi 6E, em termos energéticos e de processamento, são destacadas como vantagens em relação ao 5G.

74 – RTI – NOV 2023

Em ambientes onde tanto o 5G quanto o Wi-Fi 6 ou 6E estão disponíveis, os usuários demonstram uma preferência pela tecnologia fixa. Isso sugere que o Wi-Fi 6E em ambientes externos pode atender a uma demanda substancial, especialmente em áreas urbanas e espaços públicos. A expectativa é que a adoção do Wi-Fi 6E em ambientes externos cresça, desde que os fornecedores de dispositivos compatíveis com a faixa de 6 GHz tornem seus produtos acessíveis ao público. É relevante observar que a decisão final sobre a alocação da faixa de 6 GHz para o Wi-Fi 6E em ambientes externos será tomada após a WRC-2023, organizada pela UIT - União Internacional de Telecomunicações. O Brasil tem participado ativamente das discussões internacionais, e a postura da Anatel de aguardar os resultados dessa conferência é vista como uma abordagem sensata e alinhada com os interesses do país. A expectativa é que a utilização da faixa de 6 GHz por redes Wi-Fi democratize o acesso ao uso externo e estimule a concorrência nos serviços de conectividade no Brasil. Além disso, são destacados diversos benefícios, como maiores taxas de transmissão, melhor experiência de múltiplo acesso, economia de energia e adaptação fácil dos dispositivos sem grandes modificações, entre outros. Em um mundo cada vez mais dependente da conectividade, a alocação da faixa de 6 GHz para o Wi-Fi 6E representa um passo importante para garantir um futuro com comunicações mais eficientes e acessíveis para todos os brasileiros. O debate em curso certamente moldará o cenário das telecomunicações no país, e os desdobramentos desse processo são aguardados com grande expectativa.

Mauricélio Oliveira é membro fundador e atual diretor-presidente da Abrint. Graduado em engenharia elétrica e administração de empresas, tem vasta experiência no setor de telecomunicações. Desde 1997 atua como diretor da Interpira, provedor de Internet em Pirapora, MG.


CONFIE EM QUEM TEM TRADIÇÃO TECNOLOGIA E QUALIDADE CABO ÓPTICO MULTIVIAS

Masterline Compacto/Trunk Masterline Clássico/Trunk Smartline/ Breakout

CABOS AS E ASU

Cabo AS 24 até 144 Fo Cabo ASU 80/120 até 12 Fo

SOLUÇÕES PARA DATACENTER

Módulos e bandejas Cabos e Conectores com MTP/MPO Soluções para alta densidade IANOS PRÉ CONECTORIZADOS

Drop Flat/Compacto Drop Circular

CORDÕES ÓPTICOS

Simplex Duplex Multimodo Monomodo

CABOS DROP

Interno Convencional Atrito Reduzido Circular 1 Fo



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.