ESPECIAL
24 – RTI – NOV 2022
Edge data centers Sandra Mogami, da Redação da RTI
A O tema edge computing é abordado a seguir a partir de três perspectivas: a redução de latência e aumento de capacidade de processamento de dados com as soluções descentralizadas e definidas por software (SDN e NFV) nos edge data centers; o suporte da infraestrutura com o desenvolvimento de soluções pré-fabricadas e prontas para uso; e o exemplo real de uma nova empresa em Manaus que oferece backup e redundância a empresas que demandam ponto de presença no Norte do país.
crescente demanda por processamento e armazenamento de dados mantém o mercado aquecido. Em 2021, foram contabilizados mais de 600 data centers hyperscale no mundo e a tendência é de forte crescimento para os próximos anos, com a migração gradual das aplicações de TI on premises para a nuvem. Mas um movimento paralelo que também vem se intensificando é o de micro data centers (edge computing), onde a computação é realizada de forma local e descentralizada, mais próxima da borda da rede e de onde os dados são gerados e consumidos. Serviços emergentes como IoT – Internet das Coisas, realidade virtual e metaverso exigem latências extremamente baixas, requisito que somente o processamento local pode suprir, ao evitar que os dados sejam transportados por longas distâncias até a nuvem ou data center central. A estrutura de redes existente, por mais eficiente que seja, tem dificuldades de
atender. Algumas tecnologias, como o network slicing/segment routing, que estão surgindo em switches e roteadores de última geração, são capazes de endereçar parte do problema, mas não de resolver a questão devido ao enorme crescimento do volume de dados. “Com a aplicação de técnicas de engenharia de tráfego, a rede pode apresentar a performance adequada para diversas categorias de QoS. Mas se a rede tem gargalos, não há mágica que resolva a situação sem que alguma categoria de serviço não seja penalizada. E cada segmento vai agregando alguma latência aos dados”, afirma Ricardo Pianta, CEO da Venko Networks, empresa com sedes em Porto Alegre, RS, e Curitiba, RS, especializada em soluções disruptivas de conectividade, baseadas em padrões abertos e desagregação dos equipamentos e aplicações. Um bom exemplo de descentralização de tráfego está nas CDNs – Content