RTI - Junho - 2022

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DESTAQUES Ano 23 - Nº- 265 Junho de 2022 5G: desafios e oportunidades para os provedores regionais Cinco meses depois de assinado o termo de concessão de frequências para implantação do 5G, três provedores que adquiriram os cobiçados lotes regionais de 3,5 GHz fizeram uma avaliação dos desafios atuais e oportunidades no Congresso RTI de Provedores de Internet.

ESPECIAL

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Guia de produtos para FTTx A base atendida pela tecnologia de fibra óptica teve um crescimento de 52,7% em 2021, atingindo 25,9 milhões de usuários. O acréscimo foi de 8,97 milhões de novas conexões. Veja no levantamento os fornecedores dos produtos necessários para implantação das redes FTTx.

SERVIÇO

24

Como empresas de colocation podem reduzir a dependência por energia com base no carbono Enquanto fatores como disponibilidade, segurança e escalabilidade permanecem essenciais para os data centers, esses objetivos devem ser agora atingidos de uma forma que promova a sustentabilidade.

DATA CENTERS

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Publicada a norma de equipotencialização da infraestrutura para telecomunicações e cabeamento O conjunto das normas brasileiras para cabeamento ganhou um reforço com a publicação da ABNT NBR 17040:2022 (equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas).

NORMALIZAÇÃO

Capa 38

Foto: Shutterstock

Guia de canaletas, dutos, eletrocalhas e perfilados As especificações para o projeto e instalação de caminhos e espaços para sistemas de cabeamento estruturado em edifícios estão detalhadas na norma ABNT NBR 16415:2021. Já os fornecedores de produtos podem ser encontrados no guia a seguir.

SERVIÇO

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Como garantir a segurança em um mundo de computação quântica A segurança convencional, baseada em criptografia “clássica”, como PKI, geração de números pseudoaleatórios e protocolos de mistura de dados, não é suficiente para lidar com as novas ameaças cibernéticas na computação quântica.

SEÇÕES Editorial

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Informações

6

Em Rede

68

Interface

70

O artigo apresenta os processos de implantação de postes multiuso considerando os modelos utilizados pelas sharings, empresas responsáveis pela construção de sites para as operadoras. Com esse tipo de conceito, o espaço físico exigido para a estrutura da antena é muito menor.

Segurança

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ISP em Foco

76

INFRAESTRUTURA

Produtos

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Janelas de transmissão ópticas

Publicações

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O contínuo aumento das taxas de transmissão nos sistemas de comunicação atuais se deve ao uso das fibras ópticas. A evolução da tecnologia fotônica e os estudos das janelas de transmissão permitem o desenvolvimento de novas aplicações com maior capacidade.

Índice de anunciantes

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Agenda

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ESTUDOS

48

Postes multiuso: características e implantação

FOTÔNICA

54

62

Guia de UPS, retificadores e inversores O levantamento traz a relação de fornecedores de sistemas de energia, com destaque para UPS, retificadores e inversores, com seus respectivos contatos para atendimento ao cliente. O guia inclui ainda as fontes, estabilizadores, filtros, bancos de carga e chaves de transferência.

SERVIÇO

66

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.


EDITORIAL

ARANDA

EDITORA

TÉCNICA

CULTURAL

LTDA.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

A importância da organização contábil nas M&As de provedores Esta edição traz algumas notícias do mercado de provedores que mostram que a consolidação dos grandes grupos continua avançando, inclusive com a compra de operações menores, de até 20 mil assinantes. E quem permanece no setor quer ampliar a base com crescimento inorgânico para tornar o negócio mais atrativo em uma futura entrada de investidores ou abertura de capital. Estima-se que hoje existam mais de 19 mil provedores no país e, apesar do cenário de M&As (fusões e aquisições), o número aumenta a cada dia. É notório o crescimento operacional e comercial das empresas. Porém, a falta de organização contábil ainda é um grande desafio para a maioria delas. “Poucos são os provedores que conseguem divulgar suas demonstrações financeiras, e menor ainda a margem de empresas auditadas por terceiros”, diz Rafael Tenório, diretor da Setup Capital e da RTL Consulting, especializada em M&A e gestão fiscal e tributária para pequenas e médias empresas. Para Gustavo Freitas, diretor da AtosMobile, com atuação em operações de fusões, aquisições, planejamento e captação de dívidas estruturadas para provedores, as auditorias independentes asseguram maior credibilidade das demonstrações contábeis produzidas pela administração. “Com isso, aumenta a confiança e reduz a percepção de risco perante os sócios e investidores. Ter as demonstrações contábeis em conformidade legal é imprescindível para que os agentes possam financiar os projetos de expansão em montantes adequados, com taxas competitivas e prazos e carências aderentes às necessidades do setor de telecomunicações/infraestrutura”, afirma o executivo. Segundo ele, o acesso a financiamento nunca foi tão importante como neste momento. “Os consumidores, que por muitos anos sonhavam apenas com a conectividade via fibra óptica, agora buscam melhoria e ampliação dos serviços agregados, como entretenimento por streaming, segurança perimetral, câmeras autônomas, controle de acesso digital, consumo inteligente de energia, sensores, IoMT - Internet das Coisas Médicas, entre outros, estabelecendo novos patamares de competição e de exigência. Os provedores precisam compreender a jornada do cliente e proporcionar uma experiência diferenciada”, diz Gustavo Freitas. Novas tecnologias de acesso de alta velocidade, como o 5G, tema da reportagem especial que começa na página 18, poderão levar a conectividade para locais cada vez mais remotos, onde a fibra não consegue chegar. Mesmo que não tenham adquirido as frequências do 5G da Anatel, os provedores poderão trabalhar em parceria com as operadoras que ganharam o leilão. As oportunidades de negócios são inúmeras. Para aproveitá-las com sucesso, é preciso organizar a casa desde já, formalizar os processos internos e melhorar as áreas de controladoria e contabilidade. Apesar dos desafios, os benefícios irão valer a pena. Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

REDAÇÃO: Diretor Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial comercial: Élcio S. Cavalcanti Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO

VISUAL

GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP

E

EDITORAÇÃO

SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.


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INFORMAÇÕES

6 – RTI – JUN 2022

Clube de descontos com comércio local melhora atuação de provedores Um dos principais diferenciais das

das empresas envolvidas. Se desejado, a Glaper também se encarrega de todo o relacionamento com os comerciantes locais (desde a apresentação inicial até a administração dos benefícios), que também podem se tornar pontos de venda de planos de Internet do provedor (afiliados), com integração da área de cobertura da operadora (KMZ). Um dos seus primeiros clientes é a Diginet, de Jandira, na Grande São Paulo. “Ao oferecer vantagens para o assinante e criar parcerias na região, estou fidelizando tanto meu cliente quanto os parceiros”, diz o diretor Felipe Lobo Possatto, que já estabeleceu acordos com mais de 100 comércios da cidade e adjacências, como Itapevi e Barueri. Com um tíquete médio por assinante de R$ 100, era comum no passado ter brigas de preços na concorrência.

operadoras regionais de Internet é a proximidade com seus clientes. Essa vantagem pode se tornar ainda maior com a distribuição de cupons aos assinantes, que podem trocá-los por descontos no comércio local, como farmácias, mercados, padarias e academias de ginástica da região. Para oferecer, organizar e administrar esses benefícios, a Delipe, agência de marketing especializada em provedores, com sede em Sumaré, SP, desenvolveu a Glaper, um clube de descontos voltado especificamente para esse segmento. A ideia surgiu em meados de 2020, por sugestão de um provedor parceiro do interior de São Paulo, que buscava formas de ajudar os lojistas da sua cidade prejudicados pelo lockdown durante a pandemia. “Com os descontos, a população poderia se motivar a O clube de compras possui um site para que os voltar a consumir, clientes naveguem e resgatem os cupons movimentar a economia local e reduzir as perdas no faturamento”, “Muitas vezes, por uma diferença de conta o CEO Danilo Delipe. R$ 10 no plano o assinante mudava de Segundo ele, a plataforma foi provedor”, conta. Hoje, com o benefício totalmente desenvolvida por sua equipe. do clube de descontos, a taxa de Por isso, é fácil de usar e intuitivo, com fidelidade aumentou. “O meu cliente, painel de gestão que pode ser acessado ao resgatar o cupom, sente que paga pelo provedor e pelo parceiro para menos na Internet”, diz. Em alguns cadastramento de cupons. O sistema é casos, o bônus pode cobrir inclusive a integrado aos principais CRMs em uso totalidade da mensalidade da Internet, na operadora. O clube possui um site se forem somados todos os descontos para que os clientes naveguem e usados no mês. “O clube de descontos resgatem os cupons. permite ao provedor criar um organismo O clube de cupons é oferecido como dentro da comunidade, fomentando SVA – serviço de valor agregado para negócios. E o provedor acaba gerando provedores de todo o país. Hoje mais credibilidade porque está em todo lugar e de 100 empresas utilizam o sistema e reúne as pessoas que querem se cerca de 3000 comércios locais concedem comunicar. O serviço oferecido, portanto, gera benefícios para os três lados: descontos para mais de meio milhão de provedor, comércio e cliente”, afirma. usuários. Os benefícios são Hoje a Diginet conta com mais de 100 amplamente divulgados na cidade e em comércios cadastrados, que geram de 50 a ações de marketing nos sites e redes 100 cupons consumidos diariamente. sociais, ajudando na fixação de marca

A plataforma da Glaper é cobrada por usuário, em planos que começam em R$ 197 por mês, para até 2000 clientes, fora instalação e taxa de treinamento para equipes do provedor. Glaper – Site: https://glaper.com.br/

Citrix lança solução de segurança Zero Trust na nuvem O crescimento do trabalho remoto e híbrido traz novos desafios tecnológicos e de segurança às empresas. As VPNs redes privadas virtuais têm sido o principal método de acesso aos dados e aplicações corporativas, mas elas não conseguem mais acompanhar a complexidade dos ambientes digitais, que envolvem o uso de múltiplos dispositivos, redes, usuários, nuvens, serviços e infraestruturas, todos demandando eficiência, boa experiência e principalmente segurança. De olho nesse cenário, a Citrix Systems está lançando a solução Citrix Secure Private Access, uma oferta de Zero Trust Network Access (ZTNA) na nuvem que protege o acesso a aplicações e dados de dispositivos gerenciados, não gerenciados e Bring-YourOwn (BYO). “Estamos ampliando cada vez mais nossas ofertas de segurança a fim de atender às necessidades de um mercado em evolução, que caminha rumo à consolidação do modelo flexível de trabalho. Ferramentas ainda muito usadas no Brasil, como a VPN, acabam impactando negativamente a produtividade e aumentando riscos. Com o acesso Zero Trust à rede nós conseguimos reduzir sensivelmente os riscos pela constante análise de comportamento do usuário, um dos inúmeros recursos que a solução oferece”, diz Luciana Pinheiro, presidente da Citrix Brasil. Segundo estudos do Gartner, no prazo de três anos cerca de 80% das empresas no mundo terão substituído suas VPNs por soluções Zero Trust. A VPN adota uma abordagem de segurança baseada em perímetro. Quando estão dentro do perímetro, os usuários podem ter acesso total aos dados da empresa, abrindo brechas para possíveis invasões. Como atualmente as redes corporativas



INFORMAÇÕES dando conta do crescimento da empresa e dos novos serviços oferecidos aos clientes corporativos. O moving dos equipamentos deve ocorrer nos próximos quatro meses. Uma nova sede comercial também está sendo construída em outro endereço para abrigar seus funcionários. De acordo com o diretor da CED, desde a concepção inicial do data center até a instalação dos equipamentos, tudo foi pensado com o objetivo de conquistar o Tier III em projeto e facilities. O processo para obtenção do selo já está em andamento junto ao Uptime Institute, entidade responsável pela criação e administração das rigorosas certificações Tier, com sede nos EUA e filial em São Paulo. A certificação é a garantia da disponibilidade e confiabilidade da infraestrutura das instalações. Exatamente por isso, é bastante desejada pelas empresas de hosting e colocation, que precisam atestar padrões de eficiência, qualidade e governança a seus clientes. Este será o quarto data center Tier III Novo data center fica em Santa em Araranguá, SC Catarina, ao lado da Unifique, Bludata e Armazém Data Centers. No segmento de serviços corporativos e governamental, a Contato Internet atende todo o litoral sul de Santa Catarina, de Paulo Lopes até Passo de Torres. No mercado residencial e empresarial, atua em Paulo Lopes, Imbituba, Morro da Fumaça, Tubarão, Içara, Criciúma, Urussanga, Orleans, Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Turvo, Jacinto Machado e Sombrio. A empresa está em processo de abertura de outras três municípios, com previsão ainda para 2022. CED Soluções – Tel. (48) 3348-0508 Site: https://cedsolucoes.net.br/

8 – RTI

Grupo Conexão adquire mais cinco provedores em Minas Gerais A Triple Play Brasil Participações (Grupo Conexão), companhia controlada pelo fundo de investimentos Grain Management, comprou cinco provedores de pequeno porte com atuação em 20 cidades do sul e sudoeste de Minas Gerais: Nowtech (Santa Rita de Caldas), IP3 (Areado), NetVGA (Varginha), Sapucaínet (Santa Rita do Sapucaí) e Resendenet (Nova Resende). As empresas têm juntas um total aproximado de 20 mil assinantes. A Nowtech é a mais antiga do grupo, com cerca de 22 anos de mercado. O processo de M&A das cinco incorporações mais recentes foi viabilizado pela Multiplique, empresa de consultoria que atua desde 2015 com foco em indicadores e comunicação. Seu CEO, Marcus Lemos, é o fundador da Academia do Provedor, empresa especializada em produtos de educação e treinamento para o provedor e para os assinantes em modelo SVA – serviço de valor agregado. “Com o sucesso da venda dos provedores, nosso objetivo é fortalecer o braço de M&A na Multiplique, atraindo Caio Menezes, novos gestor operacional negócios”, diz da Multiplique: objetivo é fortalecer o gestor o braço de M&A operacional Caio Menezes. Segundo ele, os primeiros contatos com os provedores vendidos para a Conexão tiveram início no final de 2021 e a transação foi concluída em abril. “O processo traz uma característica inédita no mercado, que é a venda de pequenas empresas, com menos de 10 mil assinantes, por exemplo, diretamente para um grande grupo consolidador”, afirma. Na proposta



INFORMAÇÕES da Multiplique, as cinco operações foram apresentadas como um grupo único para ganhar corpo, mas sem necessidade de fusão entre eles, como normalmente ocorre no setor. Com essa experiência no currículo, a Multiplique quer fomentar cases semelhantes com outros provedores em todo o país, mostrando que mesmo pequenas operações podem se tornar atrativas para os compradores. As aquisições dos cinco provedores mineiros se somam à área de cobertura do Grupo Conexão, que possui presença em mais de 100 municípios em seis estados no Nordeste (Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Bahia) e Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) e aproximadamente 492 mil assinantes através de expansão orgânica e 14 aquisições estratégicas nos últimos anos. O Grupo Conexão opera várias marcas, incluindo Cabo Telecom, Multiplay, Conexão, Outcenter, StarWeb, entre outras. Sua infraestrutura própria abrange mais de 14 mil quilômetros de redes de fibra óptica e HFC, alcançando abrangência de mais de 1,6 milhão de domicílios e negócios. Multiplique – Tel. (35) 99899-8402 Site: https://grupomultiplique.com/

10 – RTI – JUN 2022

ITTV busca parcerias com provedores A ITTV, plataforma de canais de TV pela Internet e que inclui programas, documentários, séries e filmes on demand, desejar firmar parcerias com provedores de Internet interessados em ampliar a oferta de conteúdo no streaming e fortalecer a opção de entretenimento para a sua base de clientes. A plataforma está disponível em 18 estados e oferece mais de 100 canais lineares de TV (abertos e pagos), programas adultos e infantis, documentários, noticiários, esportes, séries e 20 novos filmes todos os meses, incluindo marcas como Disney, Warner, Discovery, FX, Animal Planet, Space, Tooncast, TNT Séries, Discovery Kids, além de BandSports, TNT, ESPN e FOXSports 2, que transmitem os torneios Champions League, Premier League e Libertadores. Entre os canais jornalísticos estão BandNews, Record News, CNN Brasil, CNN Internacional, CNN Espanhol e Jovem Pan News. Os canais musicais são Music Box Brasil, Kiss TV, Top TV e K-Pop TV Play, dedicado à música pop coreana. A programação da ITTV pode ser vista em todas as plataformas a partir do app

Jamyson Machado, CEO do Grupo ITNet e proprietário da ITTV: provedores podem impulsionar a oferta de serviços

ITTV Plus nos dispositivos móveis iOS e Android e Android TV, Roku TV e Amazon FireTV. “Os provedores podem oferecer um serviço de TV por assinatura de qualidade custando menos que os planos da TV paga tradicionais, o que amplia o poder de fidelização da base de clientes”, diz Jamyson Machado, CEO do Grupo ITNet e proprietário da ITTV. Segundo ele, o projeto foi desenhado para permitir que os provedores impulsionem a oferta de serviços. Para isso, o programa de parcerias inclui desenvolvimento contínuo e melhoria tecnológica, atualização permanente do catálogo de


11 – RTI – JUN 2022

conteúdo, apoio técnico de marketing, além da capacitação comercial. A ITTV é oferecida através dos planos Smart Total (mais de 100 canais); Smart Plus (80 canais); e Smart Mini (50 canais). A empresa conta com headend e CDN de alto desempenho, equipamentos com segurança avançada de autenticação de assinantes, integração com plataforma de billing, além de suporte ao provedor e assinantes 24/7 em todo o território nacional.

Grupo aposta na expansão orgânica e inorgânica

ITTV – Site: www.ittv.com.br

Master quer comprar provedores para dobrar base de acessos A Master, provedor de Internet há mais de 30 anos no mercado, com sede em Divinópolis, MG, e atuação em cerca de 60 cidades entre Minas e São Paulo, divulgou planos de dobrar o número de assinantes,

hoje em 150 mil acessos, no prazo de dois a três anos, ampliando sua atuação em toda a região Sudeste e Centro-Oeste. Para atingir a meta, o grupo aposta na expansão inorgânica, com a aquisição de provedores de pequeno e médio portes, entre 10 mil e 15 mil assinantes, e também orgânica, com uso de rede FTTH neutra nas novas localidades. “Estamos nos preparando para crescer de forma responsável e sustentável, com um sólido processo de M&A e

possibilidade de, no futuro, atrair fundos de private equity ou mesmo abrir capital”, diz Diego Aquino, Diretor de Engenharia da Master, que conta com a consultoria da Vispe Capital, empresa especializada em assessorar empresas de tecnologia na estruturação dos negócios, captação de recursos financeiros e nas etapas de M&A. “O ano de 2021 foi importante para a Master com a implantação do modelo de gestão e governança, além da elaboração do valuation”, diz o executivo. Uma outra decisão estratégica foi a formalização da parceria com a V.tal para o uso de redes neutras, que irá acelerar o processo de expansão no atendimento de fibra óptica em novas áreas, bem como expandir as redes em regiões já atendidas pela marca. Com 17 mil km de fibra óptica, a Master quer chegar a 2 milhões de HP - Homes Passed até 2023. A empresa anunciou recentemente sua operação em Belo Horizonte fazendo uso da rede da V.tal e expansão para novos bairros em Divinópolis, Montes Claros, Pouso Alegre,


INFORMAÇÕES Poços de Caldas, Varginha, Betim, Contagem e Sete Lagoas, totalizando nove municípios no estado mineiro. Segundo Aquino, a Master se consolidou entre os 10 provedores mais rápidos do país de acordo com o site Minha Conexão e entre os 10 provedores mais bem avaliados pelo Reclame Aqui em 2021. “Nosso desafio é levar qualidade para todo o país e propor soluções que vão além da conexão via fibra óptica para os assinantes. É preciso expandir nossas redes e qualificar as equipes para atender o grande volume de assinantes que pretendemos atingir”, finaliza. Master – Site: www.soumaster.com.br

R&M lança solução óptica completa pré-conectorizada A R&M, empresa suíça com atuação nos mercados de LAN, data center e redes públicas, acaba de lançar a solução Precon. Desenvolvida pelas unidades do Brasil e EUA, a solução é baseada em conectividade MPO e permite ter uma rede totalmente “pré-conectorizada” desde a saída da porta da OLT até chegar à casa do cliente. Segundo a empresa, a Precon proporciona uma rede com maior confiabilidade e qualidade pois dispensa a necessidade de emendas ópticas em campo. Dessa forma, não estará sujeita a falha humana durante o trabalho de fusão, além de contar com teste 100% feito em fábrica, tanto das caixas quanto dos cabos préterminados. Outro destaque é a redução significativa de custos com mão de obra e equipamentos necessários para a fusão, com maior produtividade e menores equipes para ativação e de forma mais ágil. Desde a OLT até a ONU, são inúmeros os momentos em que existem emendas ópticas, desde o DGO na central, nas sangrias/emendas nas caixas de emendas ópticas, nos splitters ao longo da rede, na CTO - caixa terminal óptica e até muito recentemente nos pontos de terminação óptico instalados nas casas dos assinantes. Para facilitar essas instalações,

12 – RTI – JUN 2022

Caixa de distribuição óptica Precon

as redes Precon já são uma realidade. “Algumas operadoras e provedores de Internet já estão desenhando as suas redes para o futuro e o futuro passa por ter redes modulares e escaláveis, o que somente uma rede Precon permite de forma simples, fácil e rápida”, informa o comunicado da empresa. R&M – Tel. (11) 4118-296018-2960 Site: https://www.rdm.com/lp-precon-wp-brazil/

Folhas de alumínio para baterias íons-lítio serão produzidas no Brasil Uma parceria entre o Senai Paraná e a CBA - Companhia Brasileira de Alumínio deve trazer mudanças para o segmento de baterias de íons-lítio no Brasil. Um dos componentes das baterias, utilizadas em dispositivos eletrônicos de consumo como smartphones, notebooks e veículos elétricos, é a folha de alumínio - até então produzida apenas para embalagens e outras aplicações. A parceria deve mudar esse cenário e inserir o país em um mercado global, possibilitando o desenvolvimento do produto no Brasil. A folha de alumínio é um componente fundamental para o pleno desenvolvimento de baterias de íonslítio, é o que explica Marcos Berton, pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica. “Ela é utilizada como coletor de corrente no eletrodo positivo da bateria e influencia muito na capacidade e estabilidade a longo prazo. Com essa parceria, teremos o domínio da tecnologia por meio de um projeto inovador. Para que haja um bom funcionamento, a bateria deve ser

produzida de forma minuciosa e com materiais de alta qualidade, neste caso, o alumínio”, detalha. A solução tecnológica da utilização da folha de alumínio nacional como coletor de corrente é a inovação e o principal objeto de estudo do projeto, que já está em andamento. Esse é um importante passo para o desenvolvimento da cadeia de fornecimento local do segmento de baterias de íons-lítio. O mercado de baterias vem crescendo exponencialmente. “A inserção do Brasil na rota do comércio internacional de insumos torna o projeto ainda mais relevante. O mercado de baterias de íonslítio é global e, além de vender o alumínio como matéria-prima, a CBA poderá comercializar uma solução que atenda a proposta de valor e requisitos técnicos específicos deste mercado. Dessa forma, será possível diversificar a gama de produtos da empresa voltadas para o segmento”, explica Fernando Wongtschowski, gerente geral de marketing estratégico e inovação da CBA.

A parceria entre o Senai Paraná e a CBA deve trazer mudanças para o segmento de baterias de íons-lítio no Brasil

A iniciativa também contempla os indicadores de objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), como a promoção da industrialização sustentável por meio de inovação e do crescimento econômico. Ele está sendo desenvolvido na categoria de Aliança Industrial da Plataforma Inovação para a Indústria do Senai nacional. Nessa categoria os custos do projeto de inovação são compartilhados entre as empresas e o programa da Plataforma Inovação. O aporte do projeto é de mais de R$ 1,2 milhão. Senai Paraná – Site: www.sistemafiep.org.br


Motores |

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Critical Power Excelência é desenvolver soluções de alta performance e adequadas às necessidades de cada aplicação. Os produtos da linha Critical Power são assim. Eles visam facilitar o seu dia a dia, oferecendo o melhor custo-benefíc custo-benefício í io e diferenciais íc que garantem segurança e comodidade. Com produção nacional e de fácil instalação, a linha de UPS e Retificadores da WEG apresenta recursos exclusivos, protegendo definitivamente sua carga. Mais do que isso, as soluções são de rápida operação e adequadas ao desempenho de atividades essenciais e que necessitam de energia de alta confiança e disponibilidade, como em hospitais, serviços de telecomunicações, controle de processos industriais e data centers. Tudo feito sob medida para a sua necessidade.

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INFORMAÇÕES RR64: segurança em roteamento para provedores

14 – RTI

provedores, a RR64 atua 24 horas por dia dividida em quatro equipes. Sobre os serviços oferecidos, o portfólio tem como destaque o RRSelect. Nele, a RR64 planeja, configura e entrega a topologia A pandemia fez com que os provedores da rede do provedor por meio de um padrão de Internet mudassem completamente a de endereçamento simples e escalável, desde sua rotina. Enquanto alguns foram em a borda até o acesso. A consultoria visa busca de maiores capacidades de banda otimizar o backbone, reestruturar a larga, outros focaram no aumento no topologia e oferecer alta disponibilidade. O número de clientes. Como em toda produto também envolve a utilização de operação, ampliações exigem ainda mais mais três ferramentas: GoDNS, que reduz o cuidados para que o serviço entregue ao tempo de resolução de sites; SafeBGP, que usuário final seja satisfatório. blinda a rede contra investidas A RR64, com sede em de IPs maliciosos; e o RRBkp, Indaiatuba, SP, é especialista em solução que possibilita o estruturação e reestruturação de gerenciamento de backups de redes em conformidade com as roteadores Huawei, Juniper, orientações dos comitês Cisco, Mikrotik, A10, switches, internacionais. Fundada em 2013 OLTs, entre outros. em Cuiabá, MT, a companhia Segundo Midiann, uma das nasceu após um de seus sócios principais dificuldades dos observar a necessidade que o provedores é a configuração mercado de provedores tinha por Midiann Paola de equipamentos. “A margem Indio, da RR64: serviços de assessoria técnica. de erro da operadora é muito segurança de “Um dos fundadores curta. Desenhamos a rede do rede e consultoria trabalhava em uma contratante para que todos para provedores operadora, e ele sempre teve os dispositivos estejam muitas dificuldades em conseguir uma documentados e o crescimento das consultoria mais técnica em operações seja facilitado”, ressalta. roteamento, principalmente em Layer Com 25 funcionários, a RR64 atende cerca 3. Depois de dois anos, mudamos de 140 clientes. Para o segundo semestre, o para Indaiatuba para ficarmos mais objetivo é aumentar a divulgação do novo próximos ao aeroporto de Viracopos serviço COR de rede cuja abrangência em Campinas e de São Paulo, cidades envolve Layers 2 e 3, além de uma que concentram grandes polos de consultoria para provedores regionais tecnologia”, conta Midiann Paola adquiridos por grandes operadoras. Indio, diretora comercial da RR64. O fato de estar próxima a empresas RR64 – Tel. (19) 3825-7060 renomadas como IBM e Microsoft fez com Site: www.rr64.net que a RR64 desenvolvesse um programa específico de benefícios e cursos internos para atrair e reter colaboradores. Uma das Iron Mountain fornece iniciativas foi a parceria com a Fatec – serviços de armazenamento Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba. “Nosso trabalho na área de redes é bem e organização de dados específico, e a vivência que um profissional Com o mercado de trabalho cada vez mais adquire dentro de um provedor muitas vezes dinâmico, o acesso à informação, antes muitas é algo difícil de ser passado em um vezes restrito a um escritório físico, passou treinamento. Um dos pontos fortes da a demandar uma estrutura capaz de funcionar RR64 é ter uma equipe especializada, cujo praticamente de qualquer lugar. suporte para o cliente é ininterrupto”, A Iron Mountain, companhia explica a diretora. norte-americana com unidade brasileira em Atualmente, a empresa atua com o São Paulo, atua com soluções de modelo híbrido de trabalho, avaliando a armazenamento, infraestrutura de data produtividade por meio de métricas center, gerenciamento do ciclo de vida de específicas. Para oferecer total suporte aos



INFORMAÇÕES ativos e serviços de organização crédito foi mencionada, bem de informações. Presente no como catalogar documentos mercado nacional desde 2001, a por diversos parâmetros empresa está otimista com o distintos. Já a outra ferramenta mercado brasileiro. é o cloud storage, que permite “ No Brasil, 70% das armazenar mais de 50 companhias ainda guardam formatos de arquivo com seus documentos no formato busca segura, ágil e centralizada. físico dentro do próprio A empresa conta com um data escritório. A Iron Mountain center próprio em São Paulo. Orlando Souza, da ajuda a digitalizar as “A transformação digital do Iron Mountain: digitalização segura informações com segurança, novo escritório foi acelerada de documentos além de avaliar o que pode ou com a pandemia. Temos feito não ser descartado pela companhia”, explica projetos onde um funcionário da Iron Mountain fica alocado no contratante com Orlando Souza, presidente da Iron um scanner e um computador auxiliando no Mountain Brasil. O portfólio abrange serviços como processo de digitalização e orientando, via digitalização de documentos e transformação auditoria, sobre o que deve ou não ser digital; gestão de política e retenção de guardado”, diz o presidente. privacidade; relatório e gerenciamento de Com 2 mil funcionários no Brasil, a Iron inventário; automação de processos; Mountain atende 5 mil clientes no país de destruição segura; armazenamento de segmentos como varejo, governo e registros vitais; guarda de documentos e financeiro. Além da unidade em São Paulo, a transporte de fitas protegidas. empresa tem escritórios em Entre todas as soluções oferecidas, duas aproximadamente 25 cidades espalhadas por acabam se destacando. Uma delas é o Iron Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mountain InSight, plataforma que atua Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Distrito Federal. No exterior, está presente com o Google Cloud para auxiliar em mais de 60 países com uma rede de 25 empresas a descobrir o valor oculto de seu mil colaboradores. conteúdo por meio de aplicativos que utilizam IA – Inteligência Artificial e machine learning. Com ela é possível, por Iron Mountain – Tel. 0800 7770 090 exemplo, buscar gravações onde a palavra Site: www.ironmountain.com/br

16 – RTI – JUN 2022

Revali aposta na fabricação própria de equipamentos A Revali, desenvolvedora de conectores, cordões ópticos e distribuidores gerais ópticos (DGOs), planeja transformar a sua sede em Campinas, SP, em uma fábrica para a produção de seus equipamentos até o final de 2022. Com 450 m 2, o local conta com um estoque de aproximadamente 200 m2. Hoje, a empresa terceiriza a fabricação, desenvolvendo internamente apenas os projetos dos equipamentos. “O mercado está muito competitivo. Ao terceirizar um determinado processo, o fabricante arca com mais custos e precisa se adequar aos prazos de entrega estipulados pelo fornecedor”, explica Marco César de Lima, diretor operacional da Revali. A nova empreitada é apenas mais um capítulo na história de reinvenções pela qual a Revali passou até aqui. Fundada oficialmente em 1995 com o nome de Revali Optoeletrônica, a empresa iniciou as suas atividades como representante de uma multinacional suíça do segmento de conectorização. Com o passar do tempo, a


17 – RTI – JUN 2022

CTOI-120 e STOH-3310

companhia percebeu que a evolução das tecnologias utilizadas nas telecomunicações era uma oportunidade para o desenvolvimento de dispositivos nacionais. “Na época, os fornecedores de conectores eram quase todos estrangeiros. Isso fez com que desenvolvêssemos o primeiro DGO genuinamente nacional, com 36 fibras”, lembra o diretor. Em 2010, a empresa passou a atender também o mercado de FTTH. Para isso, viajou à Coreia do Sul em busca de fornecedores para os conectores, único componente dos equipamentos que é importado. Atualmente, a peça é adquirida de um fabricante chinês. Os principais destaques do portfólio Revali são a CTOI-120 e a STOH-3310. A primeira, uma caixa de terminação óptica interna, é voltada para a utilização de um PLC splitter 1:16 e apresenta características como fechamento por pressão, proteção contra corrosão, suporte de fixação por encaixe e saídas conectorizadas. Já a segunda, um sistema de terminação óptica horizontal, pode ser aplicada para emenda e distribuição de até 144 fibras em 3U e oferece painéis de distribuição internos, entradas de cabos traseiras e instalação em gabinetes de 19, 21 ou 23”. Todos os equipamentos fabricados pela Revali são homologados pela Anatel e contam com assistência técnica e garantia. A empresa atende todo o Brasil por meio de sua sede. Revali – Tel. (19) 3203-1555 Site: https://revali.com.br/

NOTA Educação – A Intelbras renovou acordos com oito unidades do Senai localizadas em cinco estados: Amazonas, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal, além de outros dez institutos técnicos brasileiros e um uruguaio. Com as chamadas Parcerias de Treinamento Intelbras, os estudantes adquirem conhecimento técnico utilizando os equipamentos da própria empresa. O objetivo é fortalecer a experiência da marca e formar mão de obra especializada. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em: https://bit.ly/3PPPkSX.


ESPECIAL

18 – RTI – JUN 2022

5G: desafios e oportunidades para os provedores regionais Sandra Mogami, da Redação da RTI

A

Cinco meses depois de assinado o termo de concessão de frequências para implantação do 5G, em dezembro de 2021, três provedores que adquiriram os cobiçados lotes regionais de 3,5 GHz fizeram uma avaliação dos desafios atuais e oportunidades em um painel sobre o tema no Congresso RTI de Provedores de Internet, realizado no final de abril em Fortaleza, CE. Veja os principais pontos abordados.

móvel, mas uma rede móvel 5G”, Brisanet, operadora cearense que afirmou. Exatamente por se tratar de arrematou as licenças de uma novidade, a operadora adotará a frequência de 2,3 GHz (para largura arquitetura tradicional de rede, mas o de banda de 50 MHz) e 3,5 GHz OpenRAN será testado (80 MHz) no Nordeste e Centroparalelamente. “Não dá para arriscar Oeste, implantará um projeto piloto nesta fase inicial. Temos um em Fortaleza, CE, com início investimento muito elevado e por previsto para outubro. O teste enquanto nenhum cliente 5G”, disse também será conduzido em um o CEO. No Nordeste, a Brisanet aglomerado de quatro ou cinco deverá cobrir com o 5G, até 2029, cidades próximas à sede da empresa 1423 cidades com menos de 30 mil em Pereiro, no interior do estado. As habitantes e outras 1148 localidades primeiras estações foram compradas em 2030. Já no Centro-Oeste, a da fabricante chinesa Huawei. operadora terá de cobrir 383 cidades “É um piloto para adquirirmos com 5G, além de ofertar conexão em know-how. A construção maior da mais 57 localidades em 2030. rede será em 2023”, disse José Roberto Nogueira, CEO da Brisanet, no Congresso RTI de Provedores de Internet, realizado em Fortaleza, CE, nos dias 27 e 28 de abril. “Temos uma expertise muito grande na banda larga fixa e estamos agora trazendo O painel de 5G no Congresso RTI em Fortaleza foi mediado por Katia Pedroso, da TELConsultoria. Na ingredientes mesa, da esquerda para a direita, Jair Francisco, da novos, não Unifique, Anderson Ferreira, da Cloud2You, e José apenas uma rede Roberto Nogueira, da Brisanet


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Fig. 1 – Resumo do leilão de 5G

O piloto da Brisanet será realizado com a frequência de 2,3 GHz, em 4G e 5G. “Neste momento os equipamentos habilitados para 5G correspondem a menos de 2% do total no país, mas o de celulares 4G é próximo de 100%. Então quem não tem o celular 5G poderá ter a experiência 4G em uma rede nova, com hardware de 5G. E conforme os usuários vão trocando seus dispositivos, eles poderão ter uma experiência com qualidade de transmissão muito superior”, disse Nogueira. A Unifique, operadora catarinense com 500 mil assinantes de banda larga fixa em 150 municípios e que comprou a frequência de 3,5 GHz em parceria com a Ligga Telecom (antiga Copel Telecom), também deve iniciar em breve os pilotos 5G. A empresa tem a obrigatoriedade de atender 670 cidades de até 30 mil habitantes em Santa Catarina e Rio Grande do Sul até 2030. O acordo entre as empresas prevê que a Unifique levará o 5G para os dois estados, enquanto a

Ligga focará o Paraná. “Estamos em conversa com os fornecedores de soluções, hardware e software de core 5G para início dos testes”, disse Jair Francisco, diretor de mercado da Unifique. Segundo ele, esse setor tradicionalmente atende grandes operadoras e por isso as negociações envolvem cifras de milhões de dólares. “Mas estamos conseguindo alterar modelos de compra e venda de equipamentos para facilitar o acesso”, disse. Além dos elevados valores, um outro desafio é o aprendizado de uma nova tecnologia dentro da empresa. “Temos equipes estudando o assunto e desenvolvendo software internamente. Precisamos ter tecnologia própria para trabalhar integrações, buscar performance e eficiência para cumprir com nossas obrigações”, disse o diretor da Unifique. O executivo também ressaltou a importância de se estabelecer um ambiente colaborativo com as grandes empresas. “A história mostrou que os

provedores regionais conseguiram levar a banda larga fixa para os pequenos municípios e hoje detêm mais de 40% do mercado no Brasil. Podemos contribuir e ajudar as operadoras a cumprir suas obrigações nas maiores cidades. Essa troca vai dar velocidade à realização do 5G. Teremos muitas oportunidades de negócios, tanto com nossas redes de fibra óptica no interior, como com nossos equipamentos que podem ser usados de forma compartilhada”, afirmou. A Greatek, vencedora do bloco regional de 3,5 GHz no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, por meio da Cloud2U, com compromisso de atender mais de 700 municípios até 2030, pretende utilizar a licença do 5G para fortalecer os negócios com os provedores regionais de Internet. Com sede em São José dos Campos, SP, e plantas em Ilhéus, BA, e Extrema, MG, a empresa é fabricante e distribuidora de produtos de telecomunicações há mais de 30 anos. “Como a maioria dos provedores não conseguiu participar do leilão, vamos fortalecer os negócios para eles, que são nossos parceiros e clientes há mais de 10 anos”, disse Anderson Ferreira, gerente de novos negócios da Cloud2U. Segundo ele, a empresa está avançando no plano de negócios. “Há muitas opções para cada parte da rede, mas os fornecedores estão acostumados a lidar com grandes operadoras, com pacotes iniciais de produtos para milhões de assinantes. Mas eles estão revendo alguns modelos comerciais que possibilitarão aos entrantes um acesso financeiro mais imediato”, disse.

Tab. I – Valores atuais de roaming a serem revisados pela Anatel – Modelo de custos

Operadora

Anatel Valores de referência (2018) Valor GB 20 10 20

ORPA (sem compromisso financeiro) Valor GB 40 20 40

ORPA – Oferta Pública das Operadoras ORPA (com compromisso financeiro)

Valor GB Compromisso mensal 20 R$ 100 mil 10,02 30 R$ 750 mil 22 R$ 1 milhão Oi 30 39,1 Levantamento realizado em Jan/22. Valores de referência publicados pela Anatel em MB (megabyte). Ato n° 9157/2018. Vivo TIM Claro

Compromisso anual R$ 6,75 milhões -


ESPECIAL Para Katia Pedroso, diretora da TELConsultoria, mediadora do painel do Congresso RTI em Fortaleza e uma das responsáveis pelo suporte jurídico à Brisanet na modelagem do edital do 5G que permitiu a participação das regionais na faixa de 3,5 GHz, a entrada dos provedores no mercado de telefonia celular é um sonho que foi realizado, depois de três anos de trabalho intenso junto à Anatel. “Não foi só a Brisanet que chegou lá. Temos outras empresas com trajetórias

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A Brisanet encerrou o primeiro trimestre de 2022 com cerca de 23.500 km de backbone de fibra e mais de 50 mil km de FTTH implantados. São 139 cidades atendidas, 5,1 milhões de casas passadas com fibra e 909 mil casas conectadas nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. “Nossa rede óptica passa na frente de 20 milhões de habitantes, então não faz sentido ter o FWA nessas áreas”, afirmou.

Fig. 2 – Resultados do 3,5 GHz regional

também vitoriosas, que deram esse passo de buscar um espectro valiosíssimo”, disse. O momento é especialmente importante com a saída da Oi Móvel do mercado e migração de mais de 40 milhões de assinantes para a Vivo, Claro e TIM. “É uma grande responsabilidade porque só temos hoje essas três operadoras de celular no país”, afirmou Katia.

FWA ou rede móvel Por terem uma boa cobertura de fibra, tanto a Brisanet como a Unifique enxergam a rede móvel 5G como o melhor caminho para expandir os serviços. Mas o FWA – fixed wireless access (acesso fixo sem fio) será uma opção em localidades com maior dificuldade de chegar com a rede óptica.

Mas em uma cidade pequena com 5 mil a 10 mil habitantes em que o franqueado (por meio da Agility Telecom, sua operação de franquias) ou parceiro não tenha infraestrutura de fibra, a ideia é oferecer o serviço de banda larga diretamente com FWA 5G. “Sempre teremos as duas tecnologias, tanto a fixa como a móvel. A questão é reduzir o custo da CPE, hoje de mais de R$ 1000. Mas para quem já tem a rede de fibra na rua, a conexão óptica tem um custo mais atrativo”, afirmou Nogueira. Já na Cloud2You o modelo de negócio é baseado na oferta de rede neutra 5G. “Vamos buscar parcerias com os provedores para que cheguem rapidamente até seus assinantes. Por isso, apostamos inicialmente no FWA para que possam expandir a rede sem necessidade de passar fibra”, disse Anderson Ferreira.

Roaming Os valores de roaming nacional e de MVNO - Operadora Móvel Virtual para as novas entrantes 5G estão em revisão por conta da venda da Oi Móvel. A Anatel definirá os valores no atacado para garantir que as empresas possam oferecer cobertura nacional a seus clientes. A tabela I apresenta os valores atuais que entraram em vigor em 2018. A tabela II são os de MVNO, liberados em abril último. Para as empresas, a contratação de roaming local é uma peça fundamental na estratégia do 5G móvel das regionais por se tratar de uma rede 100% nova. No momento, elas aguardam a divulgação pela Anatel de uma oferta de referência negociada com as operadoras nacionais. “A expectativa é que venha um valor bem reduzido”, disse Nogueira, da Brisanet. Para ele, o valor justo é de no máximo R$ 2 o GB. “É imperativo que o roaming aconteça e tenha um custo que se viabilize, pois do contrário vai asfixiar as operações. Não é uma questão que depende apenas do nosso desempenho. Depende da Anatel para que o ambiente colaborativo entre grandes operadoras e novas entrantes se torne uma realidade. Precisamos chegar a números que nos favoreçam, precisamos ter um custo que viabilize a continuidade à expansão do negócio, mas sempre pensando de uma forma complementar. Ninguém quer pagar sozinho por uma estrutura que pode ser compartilhada por duas ou três operadoras. Então esse é um desafio que determina o sucesso da nossa empreitada”, disse Jair Francisco, da Unifique. O gerente da Cloud2you concordou. “O leilão foi uma disruptura ao possibilitar a entrada de quatro novas operadoras. Mas queremos ser competitivos. Quando o assinante sair de nossa área de cobertura, ele precisa ter acesso à mobilidade com custo que não traga prejuízo para as empresas. Nossos compromissos como regionais são imensos em termos de cidades cobertas.



ESPECIAL

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Tab. II – MVNO – ORPA pós Oi Móvel (em 19 de abril de 2022) Operadora Taxa de instalação (R$) Compromisso financeiro (R$) Preço por GB (R$) (Não considera M2M)

TIM 2 milhões 4,5 a 53,1 milhões (24 meses) 2,53 a 5,30

Muitas delas mal têm cobertura de 3G ou 4G. Então é preciso olhar a questão do roaming com bom senso. A rede que vamos construir como regional também poderá servir para as grandes operadoras utilizarem. É essencial a colaboração entre todos, para que o país e a população tenham ganhos”, disse Ferreira. Um outro ponto é que o preço do roaming é baseado nos valores de 2018, mas houve muitas mudanças nesse período. O plano de Internet das grandes operadoras em 2018 era de 30 Mbit/s, hoje é de 500 Mbit/s pelo mesmo preço. Da mesma forma, o pré-pago em 2018 era 10 vezes mais caro do que o pré-pago. “A capacidade de tráfego será cada vez maior. Então esse preço atual tende a ficar cada vez mais pesado para nós. É preciso pensar no cenário futuro da tecnologia e no custo de insumo do GB para reduzir os preços do roaming”, disse Nogueira.

Vivo 2 a 3 milhões A ser definido (anual/5 anos) 6,37 a 8

Compartilhamento de poste No dia 18 de abril foi concluída a etapa da consulta pública para revisão do modelo de compartilhamento de postes da Resolução Conjunta Anatel - Aneel. Somente o sistema da Anatel recebeu cerca de 1000 contribuições. Essas sugestões estão atualmente em análise pelas agências. Estima-se que o novo regulamento dos postes seja publicado em 2023. No Ceará, o assunto está ainda mais polêmico por conta da tentativa de cobrança das CTOs – caixas de terminação óptica pela distribuidora Enel, em fevereiro, além do aluguel dos

Claro 5 a 8,2 milhões 1,2 (1 ano) a 8,4 milhões (5° ano) 4,8 (1500 TB/mês) a 9,6 (1 TB/mês)

postes. Depois de muitos protestos, a Enel suspendeu a cobrança, mas isso não significa que ela não possa voltar. Atualmente as empresas cearenses pagam um valor médio mensal por poste de R$ 11. Sob as novas regras, o valor passaria de três a seis vezes o custo do ponto de fixação, superando os R$ 70 por poste. “A companhia elétrica não pode enxergar o poste como um negócio”, disse Nogueira. A Brisanet gasta cerca de R$ 30 milhões ao ano com aluguel de postes. Entre as possíveis soluções para uma convivência pacífica, o executivo é a favor da criação de uma entidade administradora de

Tab. III – Valores de referência de atacado de roaming nacional – Dados para grupos detentores de PMS nas áreas de registro. Valor por MB em R$, líquido de contribuições sociais Produto Roaming nacional

Modalidade Dados

Prestadora Oi Móvel

Telefônica Brasil

Claro

TIM Participações

R$ 0,03

R$ 0,02

R$ 0,02

R$ 0,01


23 – RTI – JUN 2022

poste, uma das sugestões na consulta pública, que ficará responsável pela faixa dos 50 cm do poste destinada à ocupação pelas operadoras de telecomunicações. Também caberá à gestora a elaboração da lista das operadoras e provedores com contrato já firmado e remoção de cabos não identificados e ociosos de postes prioritários, que descumpram distâncias mínimas e de empresas clandestinas. “É preciso ter um entendimento. Se as empresas continuarem sem um acordo, há o risco de vir uma prefeitura, um deputado com um projeto de lei, determinando que daqui a 10 anos tudo que será ser enterrado. Instalar rede de fibra subterrânea custa 50 vezes mais e para a distribuidora de energia também não é viável economicamente”, alertou o CEO da Brisanet. No Sul, embora a situação esteja controlada com relação aos preços das elétricas, um problema é a falta de

espaço nos postes. “Muitas vezes não há mais espaço disponível para colocarmos nossos cabos, mas o ocupante não está regularizado. Então é preciso que as distribuidoras organizem suas redes e entreguem um serviço de qualidade para quem está pagando, inclusive promovendo o compartilhamento de infraestrutura e pontos de fixação”, disse Jair Francisco.

Novas oportunidades para provedores Além dos investimentos que estão acontecendo para implantar a rede 5G, trazendo inúmeras oportunidades de negócios, uma outra área promissora para os provedores regionais é levar a banda larga para o campo. O Governo Federal aprovou em março um decreto que regulamenta o uso dos recursos do Fust - Fundo de

Universalização dos Serviços de Telecomunicações para expandir e democratizar o acesso à banda larga no país. Com os recursos será possível ampliar o acesso à conectividade, por exemplo, em áreas rurais e em escolas públicas. São mais de R$ 1 bilhão por ano em recursos. “A nossa sugestão é que sejam destinados para subsidiar a rede de telecomunicações, não importa a tecnologia, em prazos de 12 anos com juros de 3% a 4% ao ano”, afirmou Nogueira. Segundo ele, a Brisanet tem DNA rural e por isso a empresa quer levar essa bandeira para os provedores. Ainda tem alguns passos que precisam ser concluídos, como a constituição do Conselho Gestor e a definição e aprovação dos projetos, mas estima-se que logo os recursos poderão ajudar a universalizar o acesso à banda larga no campo, onde vivem 35 milhões de brasileiros.


SERVIÇO

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Guia de produtos para FTTx A base atendida pela tecnologia de fibra óptica teve um crescimento de 52,7% em 2021, atingindo 25,9 milhões de usuários. O acréscimo foi de 8,97 milhões de novas conexões. Veja no levantamento os fornecedores dos produtos necessários para implantação das redes FTTx, como cabos ópticos, soluções GPON e instrumentos de teste.

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Transmissão e recepção óptica

Distribuição óptica

Aéreos Subterrâneos em duto Diretamente enterrados Drop Internos Microcabos Cordões e extensões Cabos conectorizados Adaptadores/conectores ópticos Emenda mecânica Conectores de campo GPON XGPON XGSPON Splitters OLT – optical line terminal ONU – optical network unit Transceiver Roteador óptico Atenuador óptico Conversor de mídia CTO Caixa de emenda Duto Microduto Caixa de distribuição interna Rack óptico DGO DIO Roseta óptica

Cabos ópticos

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SERVIÇO

26 – RTI – JUN 2022

Empresa

Telefone para atendimento ao cliente

E-mail

Nazda

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Next Cable

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O-Tech

(11) 4420-2084 n

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Open Labs

(11) 96778-2987 n

comercial.brasil@openlabs.com.br

Parks

(51) 3205-2181

provedores@parks.com.br

Pematel

(19) 3236-1639

pemateltelefonia@terra.com.br

PLP

(11) 4448-8000

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Premium

(41) 98843-8300 n

edimar.laurindo@outlook.com

Presley

(11) 94780-9784 n

gilbertosales@presley.com.br

Revali

(19) 3203-1555

revali@revali.com.br

R&M

(11) 4118-2960

bra@rdm.com

(12) 3221-8500 n

vendas@rosenbergerdomex.com.br

Rosenberger Seccon

(11) 5583-5583

contato@seccon.com.br

SEI Brasil

(11) 95652-8313 n

vendas@seibrazil.com.br

Setex

(11) 99531-1358 n

vendas@setexcabos.com.br

Seven

(11) 5977-3331 n

comercial@seven-tel.net.br

Steel Loop

(19) 3861-6166 n

contato@steelloop.com.br

Sterlite Conduspar

(41) 2109-6000

vendas@sterliteconduspar.com.br

Supri Nordeste

(85) 3021-3235 n

contato@suprinordeste.com.br

Tecfiber

(11) 98526-2450 n

vendas@tecfiber.com.br

Tecnexus

(31) 99328-7793 n

marco@tecnexus.com.br

Tellycom

(85) 4042-1245 n

comercial@tellycom.com.br

Think Technology

(35) 3473-2021 n

comercial@tkth.com.br

TP-Link

(11) 945145-7271 n

corp.br@tp-link.com

União Eletrometais

(35) 98834-7452 n

vendas@uniaoeletrometais.com.br

Venko

(11) 5199-8990 n

venko@venkonetworks.com

WDC

(11) 3035-3777 n

contato@wdcnet.com.br

ZTT Cable

(12) 99653-1780 n

contato@zttcable.com.br

(11) 3078-2345

isp@zyxel.com.br

Zyxel

Conexão óptica

Redes PON Transmissão e recepção óptica

Distribuição óptica

Aéreos Subterrâneos em duto Diretamente enterrados Drop Internos Microcabos Cordões e extensões Cabos conectorizados Adaptadores/conectores ópticos Emenda mecânica Conectores de campo GPON XGPON XGSPON Splitters OLT – optical line terminal ONU – optical network unit Transceiver Roteador óptico Atenuador óptico Conversor de mídia CTO Caixa de emenda Duto Microduto Caixa de distribuição interna Rack óptico DGO DIO Roseta óptica

Cabos ópticos

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SERVIÇO

28 – RTI – JUN 2022

Empresa

2 Flex

Telefone para atendimento ao cliente

E-mail

(21) 3507-0052 n

comercial@2flex.com.br

AGC Lightwave ARJ Company

(11) 97481-5530 n (11) 99465-6420 n

vendas@agc.com.br andre@arjcompany.com

Arsitec ATN Telecom

(11) 98733-0004 n (51) 3470-0000

arsitec@arsitec.com.br comercial@atn.com.br

(35) 3471-9000 (11) 4332-3280

vendas@axglobal.com.br contato@baumier.com.br

Belver CG3 Telecom

(19) 98722-1180 n (11) 5555-4051

info@belver.com.br bruna.carlis@cg3telecom.com.br

CommScope Datacom

(11) 99105-5840 n (51) 3933-3000

carlos.barreto@commscope.com isp@datacom.br

Delta Cable Digistar

(41) 3021-1728 n (51) 3579-2200

ana.luiza@dca.com.br sac@digistar.com.br

DPR ETK

(11) 94107-2000 n (35) 3100-1000

dpr@dpr.com.br etk@etk.ind.br

Fiberhome Fibersul

(11) 94650-0017 n (41) 3275-4301

support.brazil@fiberhome.com julio@fstelecom.com.br

FiberX Fiberwan

(49) 3388-4000 n (11) 4227-1380

comercial@fiberx.com.br contato@fiberwan.com.br

Fibracem Fibratech

(41) 3661-2550 (47) 2125-1876

comercial2@fibracem.com comercial@fibratechtelecom.com

Flexmedia FonNet

(11) 97777-1685 n (85) 98977-5885 n

vendas@flexmedia.com.br comercial@fonnet.com.br

Furukawa Electric Gamma K

0800 041 21 00 (11) 99905-4183 n

furukawa@furukawalatam.com lhenrique@gammak.com.br

GeoGrid Geosite

(48) 3622-0702 n (31) 99990-0808 n

comercial@geogridmaps.com.br marketing@digicade.com.br

Giltec Global Technology

(11) 94115-7071 n (11) 94192-5871 n

vendas@giltecbrasil.com.br vendas02@globaltechno.com.br

Greatek Infortel

(12) 99100-6131 n (51) 3076-3800

comercial@greatek.com.br comercial@inforteltelecom.com.br

LBX Microtelefonia

(27) 99986-7974 n (51) 98231-1232 n

vendas3@lbrx.com.br vendas@microtelefonia.com.br

MPT Multilaser

(19) 94610-022 n (11) 3616-8600

contato@mptcable.com.br contato@multilaserpro.com.br

Nazda Netcon

(44) 98821-0556 n (21) 99451-7244 n

consultor01@nazda.com.br netcon.br@netconamericas.com

Next Cable O-Tech

(43) 3032-5500 n (11) 4420-2084 n

comercial@nextcable.com.br comercialotech@terzian.com.br

Open Labs Parks

(11) 96778-2987 n (51) 3205-2181

comercial.brasil@openlabs.com.br provedores@parks.com.br

PCR Pematel

(21) 98881-9433 n (19) 3236-1639

comercial@pcrplasticos.com.br pemateltelefonia@terra.com.br

Premium Presley

(41) 98843-8300 n (11) 94780-9784 n

edimar.laurindo@outlook.com gilbertosales@presley.com.br

R&M Rosenberger

(11) 4118-2960 (12) 3221-8500 n

bra@rdm.com vendas@rosenbergerdomex.com.br

Seccon SEI Brasil

(11) 5583-5583 (11) 95652-8313 n

contato@seccon.com.br vendas@seibrazil.com.br

Setex Seven

(11) 99531-1358 n (11) 5977-3331 n

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Supri Nordeste

(85) 3021-3235 n

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axGlobal Baumier

Outros produtos

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Medidor de potência Localizador de falhas Certificador de fibra Localizador de perdas Fonte de luz Analisador de espectro Monitoração de fibra Inspeção de fibra Microscópio óptico Mini-OTDR OTDR Guia de fibra Fios de espinar e cordoalhas Máquinas de emenda por fusão Máquina de sopramento de microcabo Clivador Limpeza de fibra óptica Ferramentas de limpeza e corte de fibra Plaqueta de identificação de fibra Componentes ópticos (1) DWDM/CWDM Documentação de rede Monitoramento de equipamentos Alertas automáticos

Equipamentos de testes

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Empresa

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Software para FTTH

Medidor de potência Localizador de falhas Certificador de fibra Localizador de perdas Fonte de luz Analisador de espectro Equipamento de monitoração de fibra Equip. de inspeção de fibra Microscópio óptico Mini-OTDR OTDR Guia de fibra Fios de espinar e cordoalhas Máquinas de emenda por fusão Máquina de sopramento de microcabo Clivador Limpeza de fibra óptica Ferramentas de limpeza e corte de fibra Plaqueta de identificação de fibra Componentes ópticos (1) DWDM/CWDM Documentação de rede Monitoramento de equipamentos Alertas automáticos

Equipamentos de testes

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Nota: (1) Matriz de comutação, filtros, equalizadores Mux/Demux, amplificadores, combinadores, LEDs e laser Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 333 empresas pesquisadas. elecom e Instalações Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, junho de 2022. Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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DATA CENTERS

30 – RTI – JUN 2022

Como empresas de colocation podem reduzir a dependência por energia com base no carbono Vertiv

E

Diversas organizações atendidas por fornecedores de colocation estabeleceram metas agressivas para reduzir ou eliminar as emissões de carbono. Enquanto fatores como disponibilidade, segurança e escalabilidade permanecem essenciais para os data centers, esses objetivos devem ser agora atingidos de uma forma que promova a sustentabilidade.

mbora a eficiência da infraestrutura crítica de energia tenha melhorado constantemente nos últimos 30 anos, as metas de sustentabilidade estão levando a uma onda de inovação que está possibilitando aos operadores terem ganhos significativos no uso e na eficiência da infraestrutura crítica de energia. Através destas inovações, os atuais sistemas de alimentação de energia podem alcançar taxas de utilização ao redor de 100% e eficiências de até 99%, maximizando a capacidade disponível enquanto minimizam as perdas de energia que contribuem para a pegada de carbono do data center. O passo seguinte dessa evolução, gerado localmente por energias renováveis, exigirá avanços nas tecnologias de célula a combustível (fuel cell) e na geração de hidrogênio. Conforme o progresso contínuo for seguindo em ambas as frentes, a indústria se moverá em direção a um futuro onde a energia renovável gerada localmente alimentará hidrolisadores no site, que possibilitarão as células a combustível entregar alimentação confiável e contínua, do edge ao core. Para que isso aconteça, será necessária a colaboração entre a cadeia de valor.

A oportunidade em sustentabilidade No último ano, alguns dos maiores operadores de data centers do mundo renovaram ou aceleraram seu compromisso com operações livres de carbono ou carbono-negativas. O Google, por exemplo, estabeleceu a meta de usar apenas fontes de energia sem carbono até 2030. A Microsoft deu um passo além, anunciando planos para ser carbono negativa e água positiva até 2030. Até 2050, a empresa planeja retirar do ambiente mais carbono do que ela emitiu desde a sua fundação. Já o Facebook e a Apple têm como meta o ano de 2030 para alcançar zero emissões totais para toda a sua cadeia de valor. Esses provedores hyperscale assumiram um papel de liderança no movimento de operações livres de carbono, mas a tendência não é limitada somente a esse setor. BP, FedEx, Ford, General Motors, Ikea, Starbucks, Unilever e Walmart são apenas algumas das empresas que anunciaram metas para serem carbono neutras dentro dos próximos 30 anos, e suas operações de data center precisarão estar incluídas nessas iniciativas. Com o movimento para aumentar a divulgação de assuntos relacionados ao clima nos relatórios



DATA CENTERS submetidos por empresas de capital aberto ganhando ímpeto, é provável que mais companhias sigam esse padrão. Isso representa uma oportunidade para que as empresas de colocation possam auxiliar essas organizações a atingir seus objetivos. Operadores de hyperscale escolherão parceiros com base em sua capacidade de dar apoio aos seus objetivos. Algumas corporações acreditam que a opção pelo colocation será a forma mais fácil e econômica de eliminar as emissões relacionadas aos data centers se as companhias de colocation puderem oferecer ambientes de carbono neutro.

32 – RTI

Na corrida pelo uso de energia limpa, a Europa está na frente dos Estados Unidos. O continente utiliza 38% oriunda de energias renováveis e 37% gerada por combustíveis fósseis. A China adicionou capacidade renovável a um passo mais rápido do que os EUA e a Europa, mas também está vendo um crescimento maior do consumo de energia do que outras áreas, e carvão é ainda a forma de energia predominante no país. Companhias de hyperscales e colocation estão aproveitando a sua escala para elaborar projetos piloto para alimentar data

Fig. 1 – Esquema de alimentação e armazenamento de energia

Entretanto, há desafios que precisam ser ultrapassados para que as fornecedoras de colocation alcancem operações livres de carbono sem comprometer o desempenho e a disponibilidade, como veremos a seguir.

Igualar o uso de energia com o de fontes renováveis A quantidade de energias renováveis disponível na rede elétrica aumentou nos últimos anos. Entretanto, na maioria das regiões do mundo, a rede elétrica não está acompanhando as demandas dos data centers por energias renováveis. Nos Estados Unidos, 40% da energia gerada em 2020 foi de gás natural e 19% de carvão. Apenas 20% foi de fontes renováveis. Mesmo a proposta mais otimista sugere 2050 como sendo o mais cedo que o país poderia chegar a 100% de energias renováveis.

centers a partir de energias renováveis geradas localmente. Em alguns casos, sites individuais estão operando com 100% de energia renovável, mas em diversas áreas, não há capacidade suficiente de energias renováveis. A grande maioria dos data centers continua a depender de fontes de combustível com base no carbono para a alimentação primária e de backup. Diversas organizações são capazes de atingir a meta de igualar 100% do seu uso de energia com energias renováveis através da compra de certificados e contratos de compra de energia. Essas são estratégias importantes no avanço das iniciativas em sustentabilidade, entretanto, a meta de atingir operações realmente livres de carbono irão em última instância demandar a menor dependência da concessionária e maior adoção de energia limpa gerada localmente.



DATA CENTERS Reduzindo o consumo de energia Conforme os operadores buscam otimizar a capacidade e a sustentabilidade simultaneamente, foram identificadas oportunidades dentro do sistema de energia para aumentar a utilização e reduzir o desperdício. Para as fornecedoras de colocation, essas oportunidades precisam ser aproveitadas sem comprometer a capacidade de entregar atendendo aos acordos de nível de serviço (SLAs), exigindo a seleção cuidadosa e a estreita colaboração com os fornecedores de equipamentos para data center. Aqui estão algumas das medidas nas quais os fornecedores de infraestrutura estão trabalhando junto aos seus clientes para aumentar a utilização do sistema e pavimentar a estrada para um futuro carbono neutro. Aumentar a alimentação entregue pelo UPS Em diversos data centers, há capacidade de alimentação de energia estagnada entre a fonte e a carga, resultado da excessiva perda de potência dos componentes do sistema de energia e do dimensionamento

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para acomodar condições fora das normas. Alguns fabricantes reduzem artificialmente a potência dos sistemas UPS para permitir variações no processo de fabricação, uma medida que não pode mais ser tolerada se a capacidade e a utilização do UPS devem ser maximizadas. Opte por fornecedores que permitam que o equipamento opere com 100% de sua capacidade nominal. Além disso, sistemas UPS são muitas vezes dimensionados com base em condições fora das normas. Essa prática deixa de aproveitar a capacidade de sobrecarga, cuja engenharia é feita para permitir que o UPS lide seguramente com condições fora das normas por períodos curtos. Aumentar a utilização de N+1 Arquiteturas de reserva foram um passo importante na capacidade de utilização dos UPS. Enquanto as arquiteturas 2N tinham taxas máximas de utilização de 50%, que raramente se concretizavam, as de reserva podem alcançar até 66% para que três façam duas, 75% para que quatro façam três e assim por diante. Agora, os operadores estão buscando aumentar a aplicação para perto

de 100% sem sacrificar a redundância. Isso está sendo alcançado pela segmentação das cargas em aquelas que requerem o maior nível de disponibilidade e aquelas que podem tolerar níveis mais baixos de disponibilidade. Quando um UPS na arquitetura de reserva é tirado de funcionamento, os módulos restantes operam acima de sua capacidade nominal enquanto o operador simultaneamente reduz ou elimina cargas de TI que possam tolerar menor disponibilidade. Trocar para baterias de íon-litio Baterias de íon-lítio amadureceram a ponto em que seus custos iniciais são agora comparáveis aos das baterias de chumbo-ácido reguladas por válvula (VRLA) e seus diversos benefícios possibilitam um custo total de propriedade 50% menor do que o das baterias VRLA. Como resultado, elas estão rapidamente substituindo as baterias VRLA em data centers de colocation. Embora essa mudança seja motivada pela sustentabilidade, baterias de íon-lítio serão mais eficazes do que as VRLA para dar suporte a um futuro de alimentar os data centers localmente a partir de fontes renováveis.


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Utilizar engenharia de valor no sistema de energia crítica A engenharia de valor está sendo cada vez mais utilizada para eliminar as redundâncias no nível dos componentes em sistemas críticos de energia, possibilitando custos menores e maior eficiência. Capacidade adicional também pode ser liberada pelo alinhamento do UPS com os disjuntores. A refrigeração excessiva do UPS pode ser eliminada permitindo que as temperaturas de operação do equipamento aumentem para níveis toleráveis. Ampliar a eficiência operacional do UPS A maioria dos fabricantes de UPS introduziu um modo “ECO” para reduzir as perdas associadas com a conversão CA-CC-CA que ocorre nos sistemas de dupla conversão. O modo

ECO permite ao UPS operar no modo bypass quando a rede elétrica está entregando qualidade aceitável de energia e volta para o modo de dupla conversão quando a qualidade da energia piora. Entretanto, a maioria das fornecedoras de colocation fica relutante em usar o modo ECO devido ao potencial para que variações de tensão alcancem os equipamentos protegidos durante o milissegundo de retransferência para o modo de operação normal e ao efeito negativo que a transferência pode ter sobre as harmônicas. O modo on-line dinâmico entrega os benefícios do ECO enquanto elimina os riscos. Ele mantém o inversor de saída ativo, mas sem entregar alimentação, possibilitando uma transição quase contínua do modo de alta eficiência para o modo de dupla conversão que minimiza as harmônicas de saída.

Reduzir o sobredimensionamento do gerador Eventualmente, os data centers precisarão se afastar dos geradores a diesel ou a gás natural para apoiar operações livres de carbono. Nesse ínterim, o dimensionamento mais preciso do gerador pode reduzir o impacto ambiental desse equipamento. Isso é possibilitado pelo uso de controles walk-in com base em frequências no UPS para compensar a queda de frequência do gerador quando chaveando para a alimentação do gerador ou ao contrário. O controle ajusta automaticamente o walk-in para a maior taxa possível. Isso limita a queda que pode levar à instabilidade ou à parada do gerador, eliminando qualquer justificativa para o sobredimensionamento. O efeito cumulativo de adotar uma abordagem holística em relação à otimização do sistema de energia, que inclua tantas dessas etapas quanto


DATA CENTERS possível, pode ser significativo e ajudar a pavimentar o caminho para a geração de energia no site. Por exemplo, aumentar a utilização do UPS de 66% para 95% em um sistema de 2 MW pode liberar uma capacidade adicional de 58 kW no data center. Aumentar a eficiência através do modo on-line dinâmico pode reduzir as perdas de energia no UPS em 47%.

Mudando como os data centers são alimentados Para que os data centers se tornem livres de carbono, o método atual de depender da rede elétrica para a alimentação primária, com o UPS e os geradores proporcionando energia de backup de emergência, precisará evoluir. Não apenas a rede elétrica é limitada em sua capacidade de entregar energias renováveis, os geradores a diesel ou a gás natural representam uma fonte de emissões de carbono que precisa ser encerrada. O contínuo avanço da tecnologia de células a combustível tornará isso possível. No curto prazo, as células a combustível criarão a oportunidade de substituir os geradores com combustível com base em carbono como uma fonte de energia de backup. Células combustíveis com membrana trocadora de prótons (PEM) têm uma excelente densidade de potência e podem partir rapidamente mesmo em baixas temperaturas, tornando-as ideais para aplicações móveis e de energia de backup. Os maiores obstáculos restringindo o uso de células combustíveis PEM como fonte de energia de backup hoje são o custo do hidrogênio, que baixará conforme aumentar a adoção das células combustíveis pelas várias indústrias, e o desafio de armazenar as quantidades de hidrogênio necessárias para garantir 24 a 48 horas de energia de backup. Por fim, esse segundo obstáculo será endereçado pela implementação de hidrolisação no site que, quando alimentada por fontes renováveis, cria hidrogênio verde suficiente para possibilitar que as células combustíveis sirvam não apenas como a fonte de energia de backup, mas como alimentação primária de energia do data center.

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A energia solar ou eólica gerada no site alimentará hidrolisadores de energia e carregará as baterias de íon-lítio. As baterias de íon-lítio armazenam energia para energia de backup de curto prazo, enquanto o hidrogênio gerado pelos hidrolisadores é utilizado pelas células a combustível que fornecem alimentação primária para o data center. Quando as baterias se aproximam do seu limite de autonomia, o UPS transfere o site para a rede elétrica para manter a operação contínua. Com base no estado atual da tecnologia, células a combustível de óxido sólido (SOFCs) são mais promissoras para aplicações de carga básica do que as células a combustível PEM, uma vez que elas têm uma maior vida útil e as velocidades menores de partida não são um problema em aplicações de alimentação de energia contínua. A maioria das SOFCs em uso atualmente são à base de gás natural com reformadores embutidos, mas elas provaram ser capazes de funcionar com hidrogênio verde. Nesse cenário, o UPS proporciona importantes recursos de gerenciamento de energia, além de suas funções de backup e condicionamento. Por exemplo, operadores que fazem investimentos em energias renováveis e células a combustível podem querer a capacidade de guardar a energia excedente para uso posterior ou dentro de seu campus para compensar as cargas básicas existentes. O UPS pode orquestrar isso. Gerações futuras das plataformas de UPS precisarão incluir recursos inteligentes de gerenciamento de energia. Essa transformação representa uma das mudanças mais importantes na operação de data centers neste século. Há alguns desafios a serem superados, entretanto, essa abordagem está sendo perseguida ativamente pelos grandes operadores hoje e representam, em última instância, o caminho mais rápido e viável para operações verdadeiramente livres de carbono, o que é vital para a manutenção do crescimento e do sucesso da indústria. Ela apenas se tornará mais viável conforme os avanços contínuos em energias renováveis, células a combustível e hidrolisadores

melhorarem o desempenho e reduzirem o custo dessas tecnologias (figura 1).

Além da sustentabilidade Embora as mudanças ocorrendo nos sistemas de energia dos data centers estejam sendo amplamente motivadas pela sustentabilidade, elas oferecem benefícios adicionais para as empresas de colocation que devem ser ponderados no processo de tomada de decisão: • Capacidade expandida – Operadores que podem aumentar a utilização de seus sistemas de energia crítica expandem a capacidade de potência disponível nesses sites, contrabalançando a demanda por nova capacidade. • Menores custos – Podem ser tomadas medidas hoje para reduzir os custos operacionais de implementações existentes através da otimização do sistema de energia. Conforme o custo da energia gerada localmente é reduzido, os operadores poderão otimizar com base no custo da energia, além do espaço, eficiência e pegada de carbono. • Maior flexibilidade de local – Algumas cidades e concessionárias já estão limitando a energia que será fornecida para os data centers e essa tendência pode aumentar no futuro e restringir a possibilidade dos fornecedores de se localizarem onde houver demanda. Ao se tornarem independentes em termos de energia, as empresas de colocation terão a flexibilidade de se localizar nos principais mercados primários e secundários, com uma dependência limitada das concessionárias locais.

Conclusão Reduzir a dependência de combustíveis com base no carbono representa uma vantagem competitiva no curto prazo e uma necessidade no longo prazo. Trabalhar com um parceiro inovador e que pensa no futuro colocará a empresa na posição de seguir em frente com tecnologias comprovadas que permitam ir em direção a um futuro livre de carbono.


SOLUÇÕES PARA EVOLUIR INFRAESTRUTURA DWDM PARA REDES MULTISSERVIÇOS Por Rafael Terranova* Existe uma nova demanda - e um novo perfil de tráfego nas redes de comunicação decorrente do aumento do uso de aplicações e serviços que demandam capacidade de transmissão cada vez maior. A tecnologia DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing) permite essa evolução da infraestrutura, de modo a atender à demanda das redes multisserviços aproveitando os recursos já existentes. Essa tem sido a opção de operadoras e provedores de serviços, ao investir em canais ópticos DWDM de novas gerações, com capacidades mais altas, de 400 Gb/s, 800 Gb/s e - no futuro - até 1,2 Tb/s por canal (lambda, ou comprimento de onda). Hoje em dia, o mercado oferece diversos recursos para as redes 400 Gb/s, como os padrões ZR, OpenZR+ e OpenROADM – recomendados por organizações do setor de telecomunicações – para os módulos QSFPDD e CFP2-DCO, que podem ser integrados aos transponders para aumentar as taxas de transmissão de dados das redes DWDM. Cada um deles ocupa um espaço no mercado de soluções ópticas, uma vez que, do ponto de vista técnico, não é qualquer tipo de rede que aceita canais com diferentes larguras de banda. Os módulos padrão ZR (como o QSFP-DD) são mais simples e apresentam boa relação custobenefício, porém não são robustos o suficiente

para utilização em distâncias mais longas – seu uso é indicado para distâncias curtas. Para redes metropolitanas, é recomendável o uso de módulos padrão OpenZR+ (disponível em versão do QSFP-DD e do CFP2-DCO). Já para redes de longa distância, a recomendação é o uso dos módulos de padrão OpenROADM (também disponível em modelo do CFP2DCO), que apresentam performance óptica melhor, uma vez que incor poram mais funcionalidades como as que supor tam pequenos mecanismos de adaptação da taxa de transmissão. Os módulos MSA, por sua vez, são soluções indicadas para redes terrestres de ultralonga distância (ULH) mais desafiadoras, ou para redes submarinas, por exemplo. São módulos mais completos, que suportam uma infinidade de configurações de largura espectral e permitem fazer ajustes finos para adaptação às características da rede - tolerando limitações como pior relação sinal-ruído ou dispersão cromática acumulada. Quando se fala na evolução das redes para 400 Gb/s, existem diferentes maneiras de fazer isso, dependendo do tipo de rede e de aplicação. Esses módulos estão ganhando novas gerações, de maior largura espectral e maior taxa de transmissão, o que permite capacitar as redes DWDM para transportar taxas mais elevadas, aumentando sua capacidade sem mexer na infraestrutura

padtec.com

existente - em termos de amplificadores, multiplexadores e demultiplexadores etc. Assim como os módulos ZR para curta distância, está nascendo também uma nova geração de módulos plugáveis CFP2-DCO para 400G. Essa nova geração vai trabalhar em 100G e 200G, como os módulos atuais, mas permitirá chegar a 400G onde antes transmitia a 200G. Todos esses módulos inseridos no transponder têm como finalidade aumentar a taxa de transmissão de dados. Sua função é converter o sinal do roteador ou switch para rede DWDM e transmitir a uma taxa mais elevada, agrupando vários sinais de 10, de 100 ou de 400 Gb/s em um único comprimento de onda. Outra forma de evoluir as redes já instaladas está nos módulos ROADM, sigla que significa Reconfigurable Optical Add-drop Multiplexer. Esses módulos trabalham com uma matriz seletora de comprimento de ondas, chamada WSS (Wavelength Selective Switch), que permite escolher o canal e, caso ocorra uma degradação do sinal, por exemplo, fazer a reconfiguração, para que a luz percorra um caminho diferente e a rede volte a operar de forma mais rápida. Tudo isso via gerência. É um componente a mais, uma parte mais inteligente da rede. *Rafael Terranova é Especialista de Marketing de Produto na Padtec


NORMALIZAÇÃO

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Publicada a norma de equipotencialização da infraestrutura para telecomunicações e cabeamento Paulo S. Marin, Doutor em EMI/EMC aplicada à infraestrutura de TI Coordenador da CE 003:046.005 ABNT/Cobei

A

O conjunto das normas brasileiras para cabeamento estruturado, que conta com sete normas robustas, ganhou um reforço com a publicação em maio deste ano da ABNT NBR 17040:2022 (equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas). O artigo a seguir analisa os principais pontos cobertos no documento.

ntes de entrar em detalhes sobre a NBR 17040, convido o leitor a ler a discussão na seção Interface, iniciada nesta edição (página 70) sobre o conjunto de normas brasileiras de cabeamento estruturado. Também recomendo uma breve revisão do funcionamento do sistema de normalização no vídeo disponível em meu canal no YouTube (https:// youtu.be/bMVS32AGNQY). A NBR 17040:2022 teve como motivação suprir a falta de uma norma de equipotencialização específica para sistemas de cabeamento. Ela especifica requisitos e recomendações para o projeto e instalação de um sistema de equipotencialização entre vários elementos eletricamente condutivos em edifícios e outras estruturas durante as etapas de construção ou reforma, nas quais equipamentos ativos de TI e telecomunicações serão instalados. Entre seus objetivos estão minimizar o risco de danos elétricos à operação adequada de equipamentos ativos e ao sistema de cabeamento estruturado e de telecomunicações e assegurar a instalação de sistemas de telecomunicações com um plano de referência de sinal confiável

para melhorar a imunidade quanto à interferência eletromagnética. Podemos resumir o objeto dessa norma em dois pontos principais quanto ao sistema de equipotencialização: controle de impedância e de resistência em corrente contínua. Um sistema de equipotencialização de telecomunicações eficiente deve garantir um plano de referência de terra (0 V, idealmente) comum aos componentes desse sistema. No entanto, as resistências e impedâncias entre pontos de conexão do sistema tornam inviável, na prática, a obtenção de um plano de referência com diferença de potencial nula entre esses pontos. Nesse contexto, aterramento e equipotencialização estão diretamente associados e, portanto, têm como principal objetivo reduzir as quedas de tensão ao longo do caminho (a um plano de referência de terra). Assim, a NBR 17040 especifica o sistema de equipotencialização de telecomunicações e traz recomendações sobre a seleção do esquema e/ou técnica mais adequada a um determinado propósito. Ela está organizada em 12 seções e três anexos, com a seguinte cobertura:


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• Visão geral dos sistemas de especificações para equipotencialização de equipotencialização de telecomunicações sistemas não cobertos por ela, • Seleção do sistema de inclusive em sua Parte 4. equipotencialização de telecomunicações Topologia do • Sistema de sistema de equipotencialização de equipotencialização telecomunicações dedicado • Sistemas de equipotencialização A NBR 17040 especifica um de telecomunicações local backbone de associados a sistemas de equipotencialização de equipotencialização de proteção telecomunicações em edifícios, • Sistemas de que pode ter orientação vertical equipotencialização de ou horizontal, para a conexão telecomunicações local dos espaços de • Sistemas de telecomunicações (NBR 16415) equipotencialização em malha projetados para conter • Equipotencialização ou equipamentos ativos de TI e aterramento de blindagem de telecomunicações. A figura 1 cabos de telecomunicações em mostra um exemplo de sistemas de cabeamento backbone de estruturado equipotencialização de • Anexo A: manutenção do telecomunicações em orientação desempenho do sistema de vertical em um edifício. equipotencialização de Como podemos observar na telecomunicações figura 1, o sistema de Fig. 1 – Exemplo de edifício com sistema de • Anexo B: área da seção equipotencialização de equipotencialização de telecomunicações com backbone transversal do condutor de telecomunicações definido na em orientação vertical [1] equipotencialização NBR 17040 é composto pelos • Anexo C: guia de aplicação de seguintes componentes principais: alguma medida, com a série de normas • BELT: barramento de equipotencialização ABNT NBR 5419 (proteção contra blindagens de cabos local de telecomunicações descargas atmosféricas), que é dividida Os requisitos da norma se aplicam a • BEPT: barramento de equipotencialização em quatro partes: edifícios e outras estruturas dentro de principal de telecomunicações • Parte 1: princípios gerais edifícios cobertos pelas normas NBR • BEP: barramento de equipotencialização • Parte 2: gerenciamento de riscos 14565 (edifícios comerciais), NBR 16264 principal (conforme definido na ABNT • Parte 3: danos físicos a estruturas e (residências), NBR 16415 (caminhos e NBR 5410) perigos à vida espaços), NBR 16521 (indústrias) e NBR A norma também especifica o 16665 (data centers), porém a informação • Parte 4: sistemas elétricos e eletrônicos esquema de distribuição do sistema de oferecida na NBR 17040 pode ser útil a internos na estrutura equipotencialização de outros tipos de edifícios e estruturas. A resposta é não. Ao contrário, de certa telecomunicações com backbone em O leitor pode estar se perguntando se a forma, a NBR 17040 complementa a série orientação horizontal. NBR 17040 não seria conflitante, em de normas NBR 5419, pois traz

Fig. 2 – Exemplo de BELT [1]

Fig. 3 – Exemplo de BEPT [1]


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Portanto, cada espaço de telecomunicações (de acordo com a ABNT NBR 16415) do edifício deve ter um BELT para a equipotencialização de toda a infraestrutura de telecomunicações do espaço. Na prática, o BELT é um barramento metálico com furos para as conexões de equipotencialização (figura 2). A NBR 17040 traz as Fig. 4 – Sistema de equipotencialização de especificações detalhadas sobre o telecomunicações em edifícios de pequeno material que deve ser utilizado no porte [1] BELT, resistência de contato, dimensões, etc. Para o projeto adequado do sistema de Ainda conforme a norma, cada BELT equipotencialização, é muito importante deve ser conectado ao BEPT por meio do que o projetista tenha um bom backbone de equipotencialização de entendimento sobre o tipo de cabeamento telecomunicações do edifício. Portanto, e sua sensibilidade em relação ao sistema de deve haver um BELT em cada espaço de equipotencialização. Como exemplo, o cabeamento não balanceado é mais sensível telecomunicações e um BEPT no edifício. que o cabeamento balanceado. Da mesma forma que o BELT, o BEPT é um barramento metálico com furos para as Tipos de sistemas de conexões de equipotencialização (figura 3). equipotencialização Da mesma forma que para o BELT, a NBR 17040 traz as especificações A NBR 17040 define alguns tipos de detalhadas sobre o material que deve ser sistemas de equipotencialização: utilizado no BEPT, resistência de contato, • Sistema de equipotencialização de dimensões, etc. O BEPT, por sua vez, telecomunicações: deve oferecer uma deve ser conectado ao BEP do edifício.

infraestrutura para a conexão dos elementos dos sistemas de cabeamento de telecomunicações e do cabeamento estruturado. Quando o edifício ou estrutura tiver proteção contra descargas atmosféricas, o sistema de equipotencialização de telecomunicações em malha deve ser utilizado em conjunto com esse sistema de proteção. • Sistema de equipotencialização de proteção local: deve atender aos requisitos de segurança e proporcionar um ambiente seguro para os instaladores e equipamentos ativos. Entre outras especificações, a norma estabelece o valor da resistência em corrente contínua máxima para conexões entre barramentos. • Sistema de equipotencialização de telecomunicações dedicado: deve ser utilizado quando o sistema de equipotencialização de proteção falhar. A NBR 17040 especifica o valor da resistência em corrente contínua máxima para quaisquer pontos de conexão do sistema de equipotencialização e entre barramentos. A norma especifica requisitos para a medição da resistência em corrente contínua, assim como equipamentos de


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testes, com base na IEC, e determina que a precisão do valor medido seja incluída na documentação da instalação. A NBR 17040 determina a realização de

inspeção visual no sistema de equipotencialização e ensaio de tensão elétrica. Os detalhes e instruções para essas tarefas são também especificados.

Fig. 5 – Uso de condutor adicional de equipotencialização para redução dos efeitos dos loops de terra [1]

Entre os componentes do sistema de equipotencialização de telecomunicações, a NBR 17040 especifica o condutor do sistema de equipotencialização, incluindo materiais e procedimentos de instalação. Gabinetes, racks, quadros e outros compartimentos que contenham equipamentos ativos ou cabos metálicos de telecomunicações devem ser interconectados. Os métodos de equipotencialização desses elementos, assim como um condutor de equipotencialização de rack (RBC) para controle de resistência em corrente contínua e controle de impedância, são definidos. Os critérios para dimensionamento do RBC para controle de resistência em corrente contínua constam em um anexo da norma. O dimensionamento para controle de impedância é detalhado no próprio corpo da norma, que especifica as conexões internas, ou seja, entre


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equipamentos ativos e o Os sistemas de sistema de equipotencialização equipotencialização em malha de telecomunicações, inclusive são especificados na NBR 17040 com o objetivo de minimizar e oferecem uma resposta os efeitos de interferência melhorada aos efeitos de eletromagnética. As interferência eletromagnética características físicas e elétricas quando comparados a outras dos conectores de topologias. Esses sistemas equipotencialização, cordoalhas devem ser projetados e metálicas, condutores em implementados para garantir malhas, condutores circulares, valores bem específicos de etc. são também especificadas resistência em corrente contínua Fig. 6 – Topologia de equipotencialização de proteção na norma. e indutância entre pontos tipo anel e condutores individuais de A NBR 17040 é uma norma adjacentes da malha, conforme equipotencialização [1] bastante completa e traz uma especificados na norma. Os cobertura ampla do sistema de podem comprometer o desempenho do sistemas de equipotencialização em malha equipotencialização de telecomunicações em devem ser conectados ao sistema de sistema de equipotencialização. Para lidar edifícios de pequeno e grande portes. Os de equipotencialização de proteção do edifício. com isso, a NBR 17040 especifica grande porte devem ser providos de esquemas de conexão para minimizar a A NBR 17040 remete à recomendação diversos componentes, como BELT, BEPT, ITU-T K.27 para os espaços de extensão dos loops de terra e um BEP, backbone de equipotencialização de telecomunicações que contêm condutor adicional de equipotencialização telecomunicações (TBB), condutor de distribuidores e as seguintes topologias (figura 5). backbone de telecomunicações (BBC), são especificadas: Na topologia tipo anel (figura 6), backbone suplementar de telecomunicações, condutores individuais e adicionais de • MESH-BN: é a topologia mais comum condutor do backbone de em espaços de telecomunicações e equipotencialização entre equipamentos equipotencialização para controle de aumenta a proteção do sistema de ativos e entre equipamentos ativos e o resistência em corrente contínua e condutor anel de equipotencialização devem ser equipotencialização, limitando a área de suplementar do backbone de loop de captura de radiofrequência. utilizados para estabilizar o sistema. O equipotencialização para controle de dimensionamento desses condutores Garante a confiabilidade do aterramento impedância. Em edifícios de pequeno porte, também é objeto da norma. do equipamento ativo em casos de nem todos os componentes do sistema de Além do exemplo mostrado na figura 6, a alguma falha ou desconexão do condutor equipotencialização de telecomunicações NBR 17040 traz várias topologias de de aterramento. precisam estar presentes (figura 4). equipotencialização com o uso de • MESH-IBN: oferece alta robustez à No que diz respeito aos sistemas de condutores adicionais de equipotencialização instalação para correntes de falha e equipotencialização de telecomunicações tanto para controle da resistência em corrente descargas atmosféricas, especialmente local associados a sistemas de contínua quanto para controle de para transientes que ocorrem no sistema equipotencialização de proteção, a NBR impedância. Os requisitos relacionados à de equipotencialização de proteção. 17040 especifica as topologias (estrela e topologia e ao dimensionamento dos Uma topologia IBN tipo estrela, ou anel) e esquemas de conexão condutores utilizados são especificados na seja, um sistema IBN empregado em correspondentes. norma. topologia estrela em vez de malha, é Na topologia tipo estrela, os também especificada. equipamentos ativos são A norma traz especificações conectados ao ponto de para um sistema de equipotencialização primário por equipotencialização em malha meio de condutores próprios. local, MESH-IBN com ponto Quando esses condutores forem de conexão único, MESH-BN muito longos ou os com gabinetes, racks e quadros. equipamentos ativos estiverem Especifica um condutor de muito distantes entre si, equipotencialização em malha, problemas de loop de terra as conexões desse condutor ao extensos e vulnerabilidade a sistema de equipotencialização ruídos de em alta frequência em malha, e define a malha de Fig. 7 – Piso elevado e configuração da SGR [1]



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equipotencialização e aterramento suplementar (SBG) e o plano de referência de sinal (SGR). Aqui eu gostaria de destacar a malha de equipotencialização e aterramento suplementar (SBG), que é uma técnica recomendada para aumentar a cobertura de um sistema de equipotencialização e aterramento em malha. A NBR 17040 especifica as dimensões do SBG e determina que seja conectado diretamente ao BEPT ou BELT. Da mesma forma, o plano de referência de sinal (SGR), cujos objetivos são a manutenção do caminho de retorno à terra para correntes de falha, a garantia do retorno dessas correntes através do menor loop de terra possível e lidar com possível acoplamento de impedância no plano de terra é de especial importância em instalações com piso elevado. O efeito de blindagem oferecido pelo piso elevado depende do projeto da estrutura de malha de equipotencialização abaixo dele em termos de materiais utilizados e métodos de interconexão adotados. A NBR 17040 estabelece que uma estrutura condutiva seja implementada (figura 7). As especificações das dimensões das malhas, seção transversal do condutor,

cabeamento horizontal blindado deve ser aterrado somente no espaço de telecomunicações. Os patch cords utilizados nessa localidade e na área de trabalho não são blindados e o cabeamento deve estar em conformidade com as especificações da ABNT NBR 14565. Uma das suas principais características é a eficiência em presença de campos elétricos em uma ampla gama de frequências, de acordo com o tipo de blindagem do cabo.

resistência em corrente contínua entre a superfície e a malha de equipotencialização abaixo do piso, entre outros detalhes de projeto e instalação, são detalhadas na norma. Como o leitor deve ter notado até aqui, a NBR 17040 é uma norma bastante abrangente e inédita, pois é a primeira (e única) em nosso conjunto de normas para cabeamento estruturado que cobre com grande riqueza de detalhes os diversos sistemas de equipotencialização de telecomunicações em edifícios. Entretanto, ainda mais inédita é a Seção 12 (equipotencialização ou aterramento de blindagem de cabos de telecomunicações em sistemas de cabeamento estruturado), que discute a interferência eletromagnética e o “terra de sinal”, para uma operação livre de ruído. Para auxiliar o projetista a tratar sistemas de cabeamento com cabos blindados da forma mais adequada, a NBR 17040 recomenda três métodos de aterramento da blindagem de cabos de telecomunicações.

Neste método, aplicável apenas ao subsistema de cabeamento horizontal, o cabeamento horizontal deve ser aterrado somente no espaço de telecomunicações. Os patch cords utilizados nessa localidade e na área de trabalho são blindados e o cabeamento balanceado blindado deve estar em conformidade com as especificações da ABNT NBR 14565. Uma das principais características é a eficiência em presença de campos magnéticos.

Método 1

Método 3

Neste método, aplicável apenas ao subsistema de cabeamento horizontal, o

Este método se aplica ao subsistema de backbone de sistemas de cabeamento

Método 2


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estruturado ou ao cabeamento de telecomunicações que conecta dois espaços de telecomunicações distintos em um mesmo edifício ou campus com cabos balanceados blindados. O cabo balanceado blindado deve estar em conformidade com as especificações da ABNT NBR 14565. Uma das principais características é que, para campos elétricos, as correntes que se propagam pelo cabo por meio do acoplamento capacitivo são desviadas para o aterramento em cada extremidade e o acoplamento de transiente no cabo é minimizado. A norma apresenta esquemas de conexão para cada método e discute, em detalhes, as características. Traz também um guia prático de aplicação dos cabos blindados com orientações acerca dos tipos de blindagens de cabos de telecomunicações, bem como suas características. A blindagem pode ser geral (quando envolve todos os pares de um cabo) ou individual (quando envolve os pares separadamente). Os cabos podem ser construídos com blindagem geral, individual ou ambas. Os tipos de blindagens e os materiais empregados são apresentados, assim como suas respostas em frequência.

Conclusão A NBR 17040 traz especificações para a manutenção do desempenho do sistema de equipotencialização de telecomunicações. Define uma atividade periódica de manutenção com a elaboração de um cronograma para o regime de inspeção das conexões e medição da resistência em corrente contínua. A periodicidade dos procedimentos de inspeção e medição deve refletir a periodicidade de outras inspeções elétricas e considerar, também, as condições ambientais, climáticas, físicas e a quantidade de equipamentos elétricos contidos no edifício ou estrutura. A norma estabelece inspeções visuais dos sistemas de equipotencialização de proteção e dedicado, especifica critérios para a avaliação de resultados, discute as causas de deterioração do desempenho das conexões devido à corrosão galvânica e especifica medidas preventivas adequadas que devem ser empregadas. Para finalizar, a ABNT NBR 17040:2022 é uma norma bastante completa, com 56 páginas, em fase com a normalização internacional do setor, com teor técnico sofisticado e inédito. É uma norma de aplicação prática. Enfim, espero que essa breve apresentação da norma e de alguns poucos exemplos de sua ampla cobertura sejam úteis ao profissional do setor.

REFERÊNCIAS [1] ABNT NBR 17040:2022 - Equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas.


SERVIÇO

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Guia de canaletas, dutos, eletrocalhas e perfilados

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Metálicos

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Empresa, telefone e e-mail

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Eletrodutos e acessórios

Conexões (1)

As especificações para o projeto e instalação de caminhos e espaços para sistemas de cabeamento estruturado em edifícios estão detalhadas na norma ABNT NBR 16415:2021. Já os fornecedores de produtos, como canaletas, caixas, dutos, eletrocalhas e acessórios, podem ser encontrados no guia a seguir.

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Notas: (1) Luvas, curvas, buchas, arruelas, etc.; (2) Elementos para fixação de eletrodutos sobre paredes, tetos, em estruturas metálicas, etc. (abraçadeiras, grampos, clipes fixadores e espaçadores, suportes para montagem de eletrodutos em paralelo, etc.); (3) Também chamados de dutos abertos ou de calhas abertas para piso; (4) Soluções usando outros suportes que não perfilados, eletrocalhas ou leitos. Por exemplo, anéis, roldanas, redes, etc. Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 67 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, junho de 2022. elecom e Instalações Este e outros 27 Guias RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


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ESTUDOS

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Como garantir a segurança em um mundo de computação quântica Diana R. Carl, da Diana R Carl LLC (EUA) Roberto Menna Barreto, da QEMC (Portugal/Brasil)

U

Computadores quânticos em breve serão capazes de quebrar dados criptografados hoje. A segurança convencional, baseada em criptografia “clássica”, como PKI, geração de números pseudoaleatórios e protocolos de mistura de dados, não é suficiente para lidar com essas novas ameaças cibernéticas. Este artigo identifica a extensão dos riscos e apresenta soluções de criptografia verdadeiramente resistentes a eles.

m estado físico clássico pode ser perfeitamente reproduzido (copiado) quantas vezes desejarmos. Dessa forma, temos cópias de livros, de dados, etc. Por exemplo, um ‘zero’ ou um ‘um’ são perfeitamente copiáveis e identificáveis. Classicamente, um ‘zero’ será sempre um ‘zero’, o ‘um’ será sempre ‘um’. Podemos então fazer cálculos sem ambiguidade. Nesse contexto, nossos computadores fazem extensos cálculos de forma serial. Diferentemente, no mundo quântico, um estado pode, por exemplo, ser ‘um’ ou ‘zero’ - ao mesmo tempo. Os computadores quânticos fazem cálculos paralelamente, e podem explorar simultaneamente todas as possibilidades. Seu input são estados quânticos (qubits) e a evolução desses estados se faz através de gates (que representarão etapas na evolução dos estados). No output estará a resposta desejada. A correção de erros é importante nas etapas de cálculos; ela é necessária devido à influência das interações exteriores sobre os estados quânticos em evolução. Os processadores quânticos poderão decifrar quase todos os ciframentos clássicos de hoje.

Por que uma infraestrutura quantumresistente é necessária? Em 1980 estudávamos o que iria acontecer no mundo com a invenção da Internet. Em 2020 descobrimos que dependemos da segurança cibernética para a nossa própria sobrevivência. Proteção contra ‘bombas cibernéticas’ já é realidade para a autonomia de um país e a sobrevivência de sua população, mas não são apenas os órgãos de defesa e a infraestrutura que estão ameaçadas. Instituições financeiras e de saúde igualmente exigem proteção de dados confidenciais, bem como o comércio conectado. As redes IoT – Internet das Coisas, IIoT (industrial) e IoT veicular também requerem elevado grau de proteção. No setor de energia, por exemplo, as trocas de dados para detecção e ativação de uma tarefa de IoT devem ocorrer em milissegundos


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para evitar danos graves. O mesmo pode ser dito para dispositivos de saúde conectados e implementações de IoT veicular emergentes. Todas essas aplicações, necessárias e em expansão no mundo atual, exigem cada vez mais o uso de uma criptografia segura, flexível e rápida em vários modos de comunicação. Numa breve perspectiva da situação em que nos encontramos, estima-se que os ataques cibernéticos irão resultar em perdas anuais globais de US$ 10,5 trilhões até 2025, imensamente maiores do que os danos causados por desastres naturais. Também, conforme relatado por pesquisadores do CSIS – Center for Strategic and International Studies, dos EUA, o custo médio em 2019 derivado do maior período em que organizações tiveram os seus sistemas interrompidos foi de US$ 762.231. As perdas globais de crimes cibernéticos dispararam para quase US$ 1 trilhão em 2020. Em 2023, o número total de ataques DDoS - distributed denial of service (negação de serviço) em todo o mundo será de 15,4 milhões. Os Estados Unidos têm os maiores custos pela violação de dados, com US$ 8,64 milhões em média, seguidos pelo Oriente Médio, com US$ 6,52 milhões. Os crimes online em 2018 representaram US$ 2,7 bilhões de prejuízo para vítimas privadas. Esse cenário baseia-se apenas nos incidentes relatados. A necessidade de segurança de dados continuará crescendo à medida que, por um lado, o uso de transações baseadas na Internet e equipamentos IIoT continue a aumentar e, por outro lado, à medida que os computadores quânticos comecem a se tornar comuns. Atualmente, a segurança é fornecida por tecnologias de criptografia “clássicas”, incluindo PKI, geração de números pseudoaleatórios e protocolos de mistura de dados. Entretanto, tudo isso pode ser quebrado por computadores quânticos. As tecnologias clássicas usam algoritmos ou abordagens sistemáticas, inadequados para lidar com ameaças cibernéticas representadas por tecnologias quânticas. A computação quântica está amadurecendo e em breve se tornará uma

mercadoria comercializável. A IBM, Nasa e Google estão preparando produtos de computação quântica para lançamento no mercado até 2025. Qualquer versão de criptografia atual, incluindo PKI, tem quase 100% de chance de ser quebrada por um computador quântico. Se você acha que os dados criados hoje continuarão seguros amanhã, pense novamente. Há sinais de que a abordagem “colha agora, decodifique depois” já está sendo empregada e estará em pleno vigor quando os computadores quânticos tiverem o poder de computação necessário. Os profissionais de segurança cibernética precisam estar munidos de conhecimentos que os ajudem a avaliar, selecionar e gerenciar soluções resistentes aos computadores quânticos. Soluções devem ser aplicadas hoje!

Nem toda solução dita quantum-resistente o é de fato Avaliar soluções quantum-resistentes não é trivial. Aqueles que oferecem soluções seguras e quantum-resistentes nem sempre indicam que alguns dos recursos não se mostraram resistentes na realidade, ou que apresentam falhas, as quais podem resultar em danos a pessoas e objetos. Por exemplo, algumas soluções apresentadas como quantum-resistentes usam números pseudoaleatórios que podem ser hackeados por um computador quântico. Além disso, alguma prova matemática de segurança tem sido apresentada sobre as soluções ditas quantum-resistentes atuais? Uma solução para ser quantum-resistente deve utilizar números verdadeiramente

aleatórios. Existem duas fontes primárias de números puramente aleatórios que podem ser exploradas para criptografia quantum-resistente neste momento: radiação e feixes de laser. O quadro atual é o seguinte: Fontes radioativas (radiação nuclear) geram números verdadeiramente aleatórios que, por não terem regra de formação, são quantum-resistentes. Entretanto, há um aspecto a considerar: por um lado, o uso de fonte de radiação com menor intensidade irá fornecer aos usuários uma quantidade limitada de números aleatórios por unidade de tempo, o que limitará a velocidade de comunicação – para a transmissão de uma quantidade significativa de dados, é necessária uma quantidade significativa de números aleatórios; por outro lado, a geração de uma quantidade maior de números aleatórios requer uma fonte radioativa de maior intensidade, o que representa perigo para os seres humanos, a menos que esteja devidamente protegida. Em resumo, as fontes radioativas de randomização são quantum-resistentes, mas têm algumas desvantagens: como a taxa de geração de números aleatórios é limitada pela quantidade de radioatividade que pode ser empregada com segurança, a velocidade de transmissão é limitada, bem como o volume de dados que pode ser transmitido. Os lasers são outra fonte de números aleatórios. Para qualquer pessoa que queira considerar tecnologias de criptografia baseadas em laser, é importante entender e avaliar como funciona cada implementação. Em linhas gerais, os lasers criam fótons com uma única fase por um determinado período (tempo de coerência), que pode ser usado para criar os números aleatórios necessários para uma criptografia quantum-resistente. Entretanto, a configuração dos detectores difere de fabricante para fabricante e nem todas as implementações de laser resultam em números aleatórios genuínos. Essa configuração afeta a aleatoriedade real da saída, a velocidade da geração de números aleatórios, o custo de aquisição e, em alguns casos, o custo operacional.


ESTUDOS A seguir são apresentadas as três soluções com os tipos de configurações de laser disponíveis, juntamente com os pontos fortes e fracos de cada uma. Uma primeira solução emprega um laser de baixa intensidade, usando divisor de feixe com média de um fóton, que é enviado para um entre dois detectores, colocados a cada lado do divisor de feixes. Nesse processo, as saídas aleatórias registradas são instâncias de um processo quântico natural e, portanto, são verdadeiramente aleatórias. No entanto, a configuração é complexa e o número de fótons processados é muito baixo. Há também a possibilidade de dois ou mais fótons ocorrerem no mesmo tempo de amostragem, incidindo em ambos os detetores, atrapalhando a geração de números puramente aleatórios. Para sequências longas, os erros começam a aparecer. Em outra solução, um divisor separa o feixe de laser em dois de mesma intensidade média. Na detecção, esses feixes são transformados em correntes elétricas. As duas correntes são enviadas para um circuito eletrônico que calcula (subtrai) a diferença nos detectores. O sinal óptico subtraído é puro ruído quântico que pode ser usado para extrair os bits a serem usados na criptografia. Essa tecnologia pode gerar grandes volumes de números aleatórios em alta velocidade, mas é cara. O custo de aquisição é elevado e, como há a necessidade constante de manter o sistema opticamente equilibrado, os custos operacionais são altos. Uma terceira solução a laser emprega um único laser e um detector. Ela se baseia no uso de um processo físico rápido e aleatório, baseado em flutuações quânticas de um campo de luz. De acordo com o Princípio da Incerteza de Heisenberg, o sistema é projetado para que as flutuações do número de fótons sejam altas, para que possam ser medidas e registradas. Para fazer isso, o detector, único e rápido, faz a amostragem da intensidade dos sinais com tempos de amostragem muito curtos (dentro do tempo de coerência). Essas amostragens são então amplificadas, digitalizadas e classificadas como acima ou abaixo da intensidade média. As flutuações de intensidade acima e abaixo da média,

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verdadeiramente aleatórias, tornam-se as chaves criptográficas. A taxa de geração é elevada e pode ser superior a 2 Gbit/s. A simplicidade do sistema torna-o menos dispendioso para a aquisição inicial e para operar e manter. Diodos emissores de luz (LEDs) surgiram como uma fonte de criptografia quantum-resistente. Foram identificados como uma fonte utilizável em pequenos dispositivos, como telefones celulares. Um chip contém um LED e sensores de luz. Devido ao ruído quântico, o LED emite um número aleatório de fótons, que são capturados e contados pelos pixels do sensor de luz, produzindo uma série de números aleatórios brutos. Entretanto, a maneira pela qual a amostragem de fótons ocorre é inconsistente com o que é necessário para se obter chaves de criptografia verdadeiramente quânticas. Amostragens tiradas em períodos de varredura do LED muito mais longos do que o tempo de coerência das fontes fazem com que os efeitos quânticos sejam atenuados pelo processo usado de média sobre as fases quânticas. As estatísticas e aleatoriedade resultantes são clássicas, e não as características de uma fonte quântica. O LED não produzirá o número aleatório de uma fonte quântica.

O que esperar de uma solução quantumresistente Queiramos ou não, precisamos sobreviver num mundo cada vez mais quântico, ao mesmo tempo em que permanecemos rodeados das mesmas barbaridades desde milênios atrás. As decisões que resultarão na sobrevivência de uma empresa estarão pautadas no conhecimento de procedimentos e tecnologias de cybersegurança, onde soluções quantumresistentes passam a ser imprescindíveis. E, neste contexto, as seguintes considerações completam este quadro inicial para a solução quantum-resistente a ser implantada: • Velocidade: A criptografia não deve atrasar/impedir comunicações e ações urgentes. O processo de codificação/ decodificação deve ser tão rápido quanto permitido pelos canais de comunicação.



ESTUDOS • Suporte à comunicação em hiperescala: A facilidade de dimensionamento, rápido e flexível, é importante. Qualquer usuário certamente irá criptografar comunicações com um número crescente de pessoas. Ciframento de comandos e controle de dispositivos IoT/IIoT crescerão exponencialmente. • Robustez suficiente para lidar com grandes volumes de dados: Não deve haver atrasos de transmissão associados à criptografia. É previsto que, cada vez mais, os usuários precisarão trocar grandes volumes de dados, incluindo vídeos de alta definição, mapas tridimensionais e rotativos, além de outros dados necessários, com sucesso e rapidez. • Acessibilidade: Quanto mais uma tecnologia puder ser compartilhada, menores serão os custos de aquisição e operação. O custo será sempre um fator na seleção de tecnologias de criptografia associadas às comunicações. • Consumo de energia: O consumo no dispositivo do usuário é uma consideração importante no processo de seleção. Muitos dispositivos são remotos e sem fio, com bateria cuja duração da carga determina sua disponibilidade. • Reconfiguração rápida de parceiros de comunicação: A capacidade de reconfigurar rapidamente as chaves de

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criptografia será essencial para operações oportunas e seguras. Uma empresa terá diferentes grupos que serão reconfigurados de acordo com os requisitos de tempo e tarefa e, portanto, será necessária a utilização de conjuntos de chaves discretos para cada grupo. Em outras palavras, alguns usuários trocarão dados criptografados por motivos específicos com determinados outros usuários, enquanto mantêm os dados seguros dos demais outros grupos e usuários na empresa. • Seguro para uso humano: Há considerações quanto à radioatividade e vazamento de bateria. Em níveis baixos, as fontes radioativas para criptografia não representam ameaça para os seres humanos e a criptografia pode ser usada para um pequeno número de bit/s. Se a radiação for usada para produzir criptografia em taxas maiores, será necessário um nível mais alto de radiação, resultando em ameaças à saúde humana, a menos que seja feito um investimento em blindagem adequada. Outra preocupação de segurança é que alguns métodos criptográficos podem sobrecarregar as baterias do celular, ocasionar superaquecimento e resultar em eventuais vazamentos com perigo para pessoas e dispositivos.

• Garantia de qualidade (QA) válida/ confiável: Os provedores devem ser obrigados a fornecer resultados iniciais e contínuos de testes que demonstrem que a solução é realmente aleatória e continuará a resistir a ataques com eficácia. Para fontes quânticas, os testes de aleatoriedade do NIST podem não fornecer evidências completas da geração de números aleatórios quânticos. Testes usuais podem carecer de elementos estatísticos que possam identificar diferenças entre aleatoriedade verdadeira e pseudoaleatoriedade. Testes especiais ainda não foram desenvolvidos.

Conclusão As soluções comerciais de criptografia quantum-resistente já estão se tornando disponíveis, mas nem todas são resistentes de fato. Não se podem avaliar as soluções sem conhecer as tecnologias, como funcionam e os mecanismos usados para criar uma criptografia verdadeiramente resistente aos computadores quânticos. Para as soluções anunciadas com números ‘verdadeiramente aleatórios’, é importante fazer perguntas sobre como os números são gerados. Algumas soluções são pseudoaleatórias; outras têm


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capacidade de geração de números verdadeiramente aleatórios, mas são volumosos, demorados, lentos e/ou não são independentes de canal. Se uma solução usa números aleatórios, é importante avaliar o grau em que a definição operacional de “aleatório” significa que a saída consiste realmente de números verdadeiramente aleatórios. Geradores de números pseudoaleatórios não protegerão dados da computação quântica. Especialistas e gerentes de TI atendem bem suas organizações hoje, definindo critérios para a aquisição e obtendo informações, e como números aleatórios são usados na solução. Entretanto, necessidades muito maiores de soluções quantum-resistentes são aguardadas, as quais precisam ser aplicadas a um mundo móvel e orientado à IIoT, que cresce exponencialmente. Os profissionais devem buscar e testar soluções para satisfazer os requisitos de segurança e velocidade. Os testes de aleatoriedade do NIST podem ajudar, mas devem ser expandidos com medidas que demonstrem que é realmente quantum-resistente. Seja cético, defina critérios (como os listados aqui) e teste as soluções para que os recursos utilizados atendam não só aos critérios de agora, como também sejam rentáveis ao longo dos anos. Como na compra de um carro, olhe sob o capô antes de comprar e saiba no que você está se metendo.

REFERÊNCIAS [1] https://cybersecurityventures.com/cybercrime-damages-6trillion-by-2021/. [2] The Cybersecurity 202: Global losses from cybercrime skyrocketed to nearly $1 trillion in 2020, new report finds - The Washington Post. [3] 134 Cybersecurity Statistics and Trends for 2021 | Varonis. [5] Cost of a Data Breach Report 2021 | IBM. [6] 35 Outrageous Hacking Statistics & Predictions [2020 Update] (review42.com). [7] www.allthingssupplychain.com/how-quantum-computingmight-transform-future-supply-chains/. [8] www.newscientist.com/article/2305646-quantumCOMPUTERS-are-a-million-times-too-small-to-hack-bitcoin/. [9] https://cqwbkpro.s3.eu-west-2.amazonaws.com/wpcontent/uploads/2021/12/03234830/ CQ_ORIGIN_BROCHURE.pdf. [10] J. van de Graaf. private communication. Fev./2022. [11] M. Herrero-Collantes, J.C. Garcia-Escartin. Quantum Random Number Generators. 2016.https://arxiv.org/pdf/ 1604.03304.pdf. [12] A. Kunkel, K. Paidi, D. Guster, R. Sultanov, E. Rice: Data Encryption Device Using Radioactive Decay and a Hybrid Quantum Encryption Algorithm. Int J Electron Device Phys vol. 1:002. 2017. [13] X. Li, A. Cohen, T. Murphy e R. Roy. Scalable parallel physical random number generator based on a superluminescent LED. Optics Letters Vol. 36, Issue 6, 2011. https://doi.org/ 10.1364/OL.36.001020.


INFRAESTRUTURA

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Postes multiuso: características e implantação Leandro Carvalho, da Telefonica – Vivo

E

O artigo apresenta os processos de implantação de postes multiuso considerando os modelos utilizados pelas sharings, empresas responsáveis pela construção de sites para as operadoras. Com esse tipo de conceito, o espaço físico exigido para a estrutura da antena é muito menor e a estrutura camufla as antenas da operadora, melhorando a cobertura sem afetar a paisagem urbana da cidade.

m busca de soluções otimizadas e de baixo impacto estrutural, as operadoras começaram a utilizar os postes multiuso para instalação de suas ERBs – estações radiobase. Trata-se de um modelo sustentável de sistemas de telecomunicações que, além de ampliar a cobertura de rede, pode substituir o poste convencional. Biosite, bisite, cell poste ou poste mutifuncional são as várias denominações dadas pelas operadoras para designar os postes multiuso. A ideia é reduzir o impacto visual, ao mesmo tempo em que se melhora a qualidade no serviço de dados, uma vez que os postes multiuso são livres de qualquer fio e capazes ainda de convergir com câmeras de segurança, iluminação pública, Wi-Fi e transmissão de dados. O espaço físico exigido para a

Fig. 1 - Poste multiuso

estrutura é muito menor e a estrutura camufla as antenas da operadora, melhorando a cobertura sem afetar a paisagem urbana da cidade.

Conceitos e características Poste multiuso é uma solução para acomodar equipamentos de telecomunicação e energia na mesma estrutura metálica. Pode ser circular ou multifacetado em dodecagonal ou hexadecagonal. É projetado para atender às necessidades dos novos modelos de negócio do mercado de telecom, como melhorar a cobertura do sinal sem precisar afetar a paisagem, otimizar o espaço físico na instalação do site e aumentar a velocidade na execução e ativação dos serviços.

Fig. 2- Antena setorizada


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Fig. 3 - Sistema irradiante e antena de microondas

Fig. 4 - Poste com espaço para equipamentos

A seguir são apresentadas as características geométricas da estrutura vertical: • Altura do poste: 10 a 30 metros • Diâmetro base: 600 a 1300 mm • Diâmetro topo: ~240 mm • Peso do poste: ~1500 kg A estrutura vertical pode ser constituída de 3 a 6 módulos. Possui

Fig. 5 - Poste e equipamentos

sistema de ventilação interno controlado por circuitos eletrônicos. Após a fixação da estrutura, para a execução da verticalidade de uma estrutura vertical (poste), deverão ser seguidas as etapas: • Posicionar o teodolito a uma distância mínima de visualização adequada da estrutura. • Utilizar no mínimo dois pontos diferentes (perpendiculares entre si) para a verificação da verticalidade.


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A estrutura vertical é fixada no piso através de um conjunto de chumbadores dimensionados para a aplicação. Chumbadores são elementos metálicos inseridos no concreto com a finalidade de garantir ancoragem eficaz ou constituir elemento genérico de fixação. O tipo de fundação para o chumbador é estudado em específico para cada site onde o poste será instalado.

Exemplo de poste multiuso

Fig. 6 - Base do poste

O aterramento do poste é realizado na base em três pontos equidistantes entre eles, com terminais a compressão duplo 50 mm2, ligados à malha de aterramento do site, que deve ser inferior a 10 Ohms.

• Tecnologia: WCDMA/LTE • Quantidade de RRU – Remote Radio Unit: 12 ou 18 dependendo do modelo • Capacidade por RRU: 100 ~ 300 Mbit/s por RRU (LTE) • Quantidade de setores: 3 setores com antenas de 120° • Número de usuários: >1000 • Potência máxima de transmissão: 20~100 W • Raio de cobertura: >2 km • Altura máxima de instalação: 12 a 50 m

Fig. 7 - Sondagem SPT

• Largura de canal: 5~20 MHz • Backhaul: micro-ondas e fibra

Fig. 8 - Caixa, chumbador e armação


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Fig. 9 - Tubulão

Fig. 12 - Base pronta

Implantação

sharing apresenta seus candidatos. O PN é definido pela operadora através do TSSR – Technical Site Survey Report. A operadora recebe o relatório SAR - Site Acquisition Report da sharing.

Atualmente as operadoras trabalham com sharings, empresas parceiras que fazem desde o processo de aquisição de um site até o licenciamento. Geralmente elas já são detentoras de vários sites, ou seja, têm contrato de locação com fornecedores e quando aquele site é requisitado pela operadora, ele se torna ativo.

Qualificação O ponto é apresentado para a operadora, que realiza uma análise criteriosa para ver se atende a todos os quesitos quanto à RF - radiofrequência, infraestrutura e TX. Nesta etapa a sharing recebe o RCU – Requerimento de Cessão de Uso, com informações como tipo de rádio, tipo de antena e azimute. Se o ponto for qualificado, a sharing apresenta o projeto executivo.

Licenciamento Fig. 10 - Preparação para concretagem

Cada operadora usa uma série de processos para ativar um poste multiuso. As etapas básicas são as seguintes: site acquisition, qualificação, licenciamento, projeto executivo, validação de projeto executivo, obra e RFI.

Site acquisition A operadora apresenta o PN – ponto nominal, uma área em torno do qual a

Fig. 11 - Concretagem

É dividido em Pré-Comar e Comar (Decea). O Pré-Comar deve ser executado como primeira etapa, para depois solicitar o documento Comar Definitivo. Esse documento é necessário para construção de qualquer OPEA (Objeto Projetado no Espaço Aéreo), como torres para telecomunicações. Para construir ou projetar algum objeto no espaço aéreo brasileiro, seja ele um heliponto, um edifício ou uma torre, por exemplo, é preciso seguir normas técnicas

Fig. 13 – Área construída

Fig. 14 – Içamento do poste

definidas pelo Ministério da Aeronáutica, e estar de acordo com órgãos regulamentadores como a ANAC, o Comar, a Decea e o ICA, que são responsáveis por aprovar o projeto e abrir o espaço de tráfego aéreo no Brasil.

Projeto executivo Após uma vistoria no candidato qualificado, a empresa de sharing apresenta para a operadora o projeto detalhado de como será construída a infraestrutura para receber o poste. Nesta etapa a operadora valida ou não o projeto.

Construção da infraestrutura – obra Estando tudo aprovado, a sharing inicia a obra. Geralmente a construção não é complexa, mas exige cuidados. Antes de começar a obra, é realizada a sondagem. Sondagem STP - Standard Penetration Test, também conhecida como sondagem à percussão ou sondagem de simples reconhecimento, é um processo de exploração



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Fig. 15 - QDF – Quadro de Distribuição e Força

e reconhecimento do solo, usado normalmente para solos granulares e coesivos e rochas brandas largamente. A avaliação é utilizada na engenharia civil para se obter subsídios que irão definir o tipo e o dimensionamento das fundações que servirão de base para uma edificação. Tipos de fundação Sapata Elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo

Fig. 16 - Antes e depois da instalação do poste multiuso

que as tensões de tração nele produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da armadura. Pode possuir espessura constante ou variável, com base em planta normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal (NBR 6122 -3.2). Indicado para solos coesivos ou não (desde que escavado com talude respeitando o ângulo de atrito do solo), sem nível d’água superficial e com SPT mínimo 4 na base da fundação.

Tubulão Elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, de aço ou de concreto. No caso de revestimento de aço (camisa metálica), este poderá ser perdido ou recuperado (NBR 6122 -3.10 – Projeto e Execução de Fundações).


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Indicado para solos coesivos, sem nível d’água superficial e com SPT mínimo 6 na profundidade 2 m. Estaca raiz Tipo de fundação profunda executada através de injeção sob pressão de produto aglutinante, normalmente calda de cimento ou argamassa de cimento e areia, onde se procura garantir a integridade do fuste ou aumentar a resistência de atrito lateral, de ponta ou ambas (NBR 6122 -3.14 - Projeto e Execução de Fundações). A injeção é utilizada para moldar o fuste. Imediatamente após a moldagem do fuste, é aplicada pressão no topo, com ar comprimido, uma ou mais vezes durante a retirada do tubo de revestimento (NBR 6122 –7.8.10.1 - Projeto e Execução de Fundações). Indicado para solos de baixa resistência ou nível d’água superficial. Após conclusão da obra, a operadora faz a montagem e conexões do poste para que ele possa ser içado e entrar em operação.

RFI – Ready for Installation Executada a obra, a empresa de sharing envia para a operadora o RFI, informando que está tudo pronto para a instalação do poste. Nesta etapa já tem a energia definitiva e o licenciamento para poder operar. Características elétricas do QDF – quadro de distribuição e força • Ligação monofásica ou bifásica: 127/220 V • Carga: 5 ~ 8 kVA • Disjuntor de entrada: 40 A • Equipamentos de telefonia celular

Considerações finais Os postes multiuso otimizam o impacto estrutural e ambiental, além de ser um modelo sustentável. Não agridem a paisagem e reduzem o impacto visual, melhorando a qualidade do serviço prestado pelas operadoras. Com os postes multiuso, é possível reunir todas as aplicações em um único poste e criar cidades mais inteligentes e ecológicas otimizando as infraestruturas e a energia.

REFERÊNCIAS [1] [2] [3] [4] [5] [6]

Flight Consultoria. Site: www.flightconsultoria.com.br Bimetal. Site: www.bimetal.ind.br Metal Alfa. Site: www.metalalfa.com.br Ericsson. Site: www.ericsson.com Huawei. Site: www.huawei.com Minha Operadora. https://www.minhaoperadora.com.br


FOTÔNICA

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Janelas de transmissão ópticas José Maurício dos Santos Pinheiro, da Ratio Consultoria e Treinamento

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O contínuo aumento das taxas de transmissão nos sistemas de comunicação atuais se deve principalmente ao uso das fibras ópticas como meio de comunicação. A evolução da tecnologia fotônica e os estudos das janelas de transmissão permitem o desenvolvimento de novas aplicações da fibra com maior capacidade e menor atraso do sinal.

este século percebemos um aumento acentuado na demanda por meios de comunicação em altíssimas velocidades e com grande capacidade para a transmissão de sinais em diversos formatos (voz, dados, imagens, etc.). Entre os principais motivos estão as expansões dos sistemas de telefonia, aplicações em tempo real como telemedicina e teleconferência, o crescimento das redes de computadores e, principalmente, a Internet. Mesmo com a chegada do 5G serão necessárias redes de telecomunicações de alta capacidade no backhaul. As fibras ópticas deverão apresentar características como baixa sensibilidade à curvatura, elevada densidade, reduzidas perdas de potência, resiliência às variações de temperaturas e facilidade de instalação. A largura de banda é o ponto principal para redes 5G e o uso de fibra óptica permite transmitir altas taxas de dados. Além disso, a qualidade da rede de fibra óptica é importante para atender aos níveis de confiabilidade e banda larga exigidos por essa tecnologia.

Com a evolução da tecnologia fotônica, que explora a luz como meio de armazenamento e envio de informações, os meios ópticos tornaram-se a opção mais viável para a transmissão desses grandes volumes de informações de forma rápida e confiável, atingindo velocidades que chegam a dezenas de Gigabits por segundo nos sistemas comerciais. É interessante lembrar que a primeira geração de fibras ópticas era um pouco mais do que luz dentro de tubos e vidro usados como dispositivos indicadores, por exemplo, monitores de lâmpadas automotivas e equipamentos de monitoramento de inspeção. Com a pesquisa e o desenvolvimento, verificou-se que se a fibra fosse revestida com vidro de índice de refração mais baixo, a reflexão


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interna total ocorreria. Assim, a energia luminosa que entra na fibra ficaria no núcleo e viajaria para a outra extremidade da fibra. Com a invenção da fibra com baixas perdas na década de 1970, os sistemas de transmissão ópticos se tornaram viáveis, permitindo enviar sinais a grandes distâncias, algo da ordem de várias dezenas de quilômetros. Modernamente, a transmissão de informação através de fibras ópticas se realiza mediante modulação, ou seja, variação de um feixe de luz invisível, que no espectro de cores da luz se encontra abaixo da faixa do infravermelho.

na fabricação da fibra e o tipo e grau de impurezas infundido nele. Na figura é possível observar que existem três “vales” na curva de atenuação: 0,85 µm (850 nm), 1,3 µm (1300 nm) e 1,55 µm (1550 nm). Elas são chamadas de “janelas operacionais”. Nessas regiões é possível a transmissão de sinais através da fibra óptica, de forma confiável, em distâncias relativamente longas devido à baixa atenuação. • Primeira janela (850 nm): foi a primeira a ser usada para comunicações de fibra óptica porque as fontes de transmissão e os detectores de recepção eram fáceis de fabricar e muito eficientes. Regiões espectrais Ainda é o comprimento de onda de operação preferido Fig. 1 – Espectro óptico. MM (fibra multimodo) e SM (fibra A fibra óptica não para sistemas operando em monomodo) transmite todos os curtas distâncias porque comprimentos de onda da luz com a Janelas ópticas usam equipamentos de transmissão e mesma eficiência. A atenuação dos sinais recepção relativamente baratos. Uma faixa ópticos é muito maior para a faixa da luz A transmissão de luz nas fibras ópticas típica de valores de atenuação para uma visível (comprimentos de onda de 400 a é geralmente na faixa de frequência do fibra óptica nesse comprimento de onda 700 nm) nas proximidades da região do infravermelho próximo, onde há a menor é de 2 a 3,2 dB/km. infravermelho (700 a 1600 nm). atenuação do sinal. A figura 2 mostra as • Segunda janela (1300 nm): para a Compostas principalmente por sílica características típicas de atenuação da sílica maioria dos sistemas comerciais usando (vidro) e dopantes semicondutores, as usada na fabricação da fibra óptica. A curva fibra óptica, é a preferida porque as fibras ópticas caracterizam-se pela do gráfico varia dependendo do material perdas totais são muito menores do que existência de regiões espectrais onde a atenuação é mínima: são as faixas espectrais de comprimentos de onda denominadas de “Janelas de Transmissão Óptica”. O espectro de luz, com suas cores associadas, ocupa uma porção extremamente pequena do espectro de frequência. A figura 1 representa o espectro óptico, começando na região do infravermelho distante (~100 mm), passando pelo espectro visível (390 a 770 nm) e terminando no ultravioleta (400 nm). As janelas ópticas oferecem várias possibilidades quanto à capacidade de transmissão dos sistemas. Fig. 2 - Respostas de atenuação típicas para uma fibra óptica


FOTÔNICA a primeira janela. A atenuação para uma fibra óptica nesse comprimento de onda é de 0,3 a 0,9 dB/km. Esse comprimento de onda é usado geralmente para a transmissão de dados de alta velocidade e aplicações de telecomunicações em redes de acesso e de longa distância. • Terceira janela (1550 nm): apresenta menor perda que a segunda. Uma faixa típica de valores de atenuação é de 0,15 Fig. 3 - Fibras monomodo e multimodo a 0,6 dB/km. Tem sido cada vez mais usada em sistemas de o Gigabit Ethernet na segunda janela. A telecomunicações, notadamente redes de maior parte dos projetos de redes ópticas acesso, em conjunto com a segunda janela. atuais prevê essa possibilidade. As fibras monomodo são semelhantes Fibras versus janelas ópticas às fibras multimodo na aparência física e na composição, mas apresentam características de performance bastante As fibras ópticas multimodo diferentes. Normalmente são otimizadas encontradas comercialmente operam de para funcionamento em uma janela modo dual, ou seja, são especificadas específica (1310 ou 1550 nm) e utilizadas para os comprimentos de onda de 850 e por provedores de serviços de 1300 nm. A fibra multimodo dual é telecomunicações para interconexão de recomendada para a instalação de redes equipamentos de transmissão até visando atender aplicações na primeira aproximadamente 10 Gbit/s em links janela (Fast Ethernet, por exemplo) e com comprimentos em torno de 2000 m. também pode suportar aplicações como

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A figura 3 exemplifica o caminho da luz no interior das fibras monomodo e multimodo. As janelas de transmissão mais usadas em redes locais de computadores são 850, 1310 e 1550 nm. Nessa região existem materiais semicondutores adequados à fabricação de emissores de luz, fotodetectores e fibras ópticas com baixa atenuação. Por exemplo, a operação na região dos 850 nm, onde as fibras atuais oferecem atenuações típicas da ordem de 3 a 5 dB/km para aplicações em sistemas a curta distância, justifica-se pela simplicidade e custos da tecnologia disponível de fontes e detectores luminosos. A janela de transmissão em 1300 nm está associada à característica de dispersão nula. Dessa forma, apesar de não corresponder mais a um mínimo de atenuação, essa janela é ainda bastante atrativa para operação de sistemas de alta capacidade de transmissão. Na janela existem fibras comerciais com atenuações da ordem de 0,7 a 1,5 dB/km e um valor mínimo da 0,47 dB/km para fibra dopada com fósforo.


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A janela de transmissão em 1550 nm corresponde efetivamente a uma região de atenuação espectral mínima das fibras de sílica. Nessa janela já se fabricam fibras monomodo com atenuação da ordem de 0,2 dB/km, muito próxima do limite teórico Fig. 4 - Sistema WDM de perdas para esse comprimento de onda. Para operação no comprimento de através de única fibra óptica. Os sistemas onda de 1570 nm já se obtêm perdas WDM baseiam-se na capacidade da fibra inferiores a 0,16 dB/km, ainda mais óptica transportar diferentes comprimentos próxima do limite teórico. de onda de luz simultaneamente e sem É importante observar que essas interferência mútua. Cada comprimento fronteiras não são estáticas, mas um de onda representa um canal óptico resultado de contínuos avanços dentro da fibra. tecnológicos. O constante aperfeiçoamento nas técnicas de Conclusões fabricação não permite caracterizar com tanta clareza as três regiões de atenuação O contínuo aumento das taxas de mínima em fibras de sílica. No entanto, transmissão nos sistemas de as janelas de transmissão continuam a comunicação atuais se deve servir como referência da tecnologia de principalmente ao uso das fibras ópticas como meio de comunicação. Somente sistemas que utilizam as fibras ópticas. com a utilização das comunicações Por exemplo, a tecnologia WDM - Dense ópticas foi possível atingir as taxas de Wavelength Division Multiplexing ou transmissão com velocidades de centenas Multiplexação por Divisão de de Gigabits por segundo. Comprimento de Onda, exemplificada na As aplicações das redes ópticas têm-se figura 4, permite que múltiplos ampliado bastante nos diversos campos do comprimentos de onda sejam transmitidos

conhecimento humano e, além das tradicionais aplicações em sistemas de telecomunicações, também encontramos dispositivos ópticos empregados na medicina, na indústria automobilística, nas redes locais de computadores, em empresas e escritórios e até mesmo em aplicações residenciais.

REFERÊNCIAS [1] Bailey, David; Wright, Edwin. Practical Fiber Optics. Burlington: Elsevier, 2003. [2] DeCusatis, Casimer. Handbook of ?ber optic data communication: a practical guide to optical networking. 3ª ed. San Diego: Elsevier, 2008. [3] Exfo, Electro-Optical Engineering Inc. Guide to WDM Technology and Testing. 3ª Ed. Quebec: EXFO. 2008. [4] Pinheiro, José MS. Cabeamento Óptico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. [5] Pinheiro, José MS. Redes Ópticas de Acesso em Telecomunicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. [6] Ramaswami, Rajiv; Sivarajan, Kumar N.; Sasaki, Galen H. Optical Networks: a practical persperctive. 3ª Ed. Burlington: Elsevier, 2010.


SERVIÇO

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Guia de UPS, retificadores e inversores Chaves de transferência (BT) Estática (STS)

Filtros ativos

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Banco de carga Automática (ATS)

PDU – power distribution unit

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IP Bus – Isolated Paralell

Monofásicos

CA-CC com bateria interna Ferrorressonante

Tipo

Chaveadas CC

Com bateria Partida redundante do motor Até 400 kVA Potências Acima de 400 kVA Operação em média tensão Reguladas CC

Com flywheel

Com chave estática

Com motor diesel integrado

Modular

> 20 kVA Monobloco (3)

Até 5 kVA

De 5 a 20 kVA

Monofásicos

Tri–mono (2) Trifásicos

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Estabilizadores

Monofásicos Trifásicos

(11) 4343-1200 n

Fontes

Correção em degraus Correção linear

ACV Sistemas

Interativo Off-line

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Empresa, telefone e e-mail

Centralizada Descentralizada

Versões

Potência

UPS dinâmicos (rotativos)

Estabilizadas CA

UPS estáticos (BT)

Retificadores, carregadores de bateria Trifásicos Monofásicos Inversores Trifásicos

O levantamento traz a relação atualizada de fornecedores de sistemas de energia, com destaque para UPS, retificadores e inversores, com seus respectivos contatos para atendimento ao cliente. O guia inclui ainda as fontes, estabilizadores, filtros, bancos de carga e chaves de transferência.

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acv@acvsistemas.com.br Adelco

(11) 4199-7500

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condenergia@adelco.com.br ALGcom

(54) 99139-8546 n

vendas@algcom.com.br Amplimag

(11) 2842-9000

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(11) 98287-4320 n

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vendas@hectec.com.br CM Comandos

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(11) 94116-9822 n

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comercial@cmcomandos.com.br (71) 98554-7660 n

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comercial@enetel.com.br Engetron

(31) 3359-5890 n

contato@engetron.com.br Frandor

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comercial@frandor.com.br Guardian

(21) 97337-8501 n

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telecom1@jfaeletronicos.com 08000 11 8008

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sac@legrand.com.br PhD Online

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vendas@phdonline.com.br Powerbras

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(21) 3545-1010

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vendas@powereng.com.br Proteco

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(11) 99602-6452 n

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comercial@ragtech.com.br

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RTA rta@rta.com.br

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Sempre Sistemas (11) 2730-2723 roberto.santos@sempremanutencao.ind.br

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Tease Eletrônica (11) 99376-3138 n vendas@tease.com.br TG Energia (11) 94490-6406 n gilberto@tgenergia.com.br TS Shara (11) 94846-0085 n atendimento@tsshara.com.br Union Sistemas (11) 99357-2392 n sayar@unionsistemas.com.br Vertiv (11) 3618-6600 leticia.correa@vertivco.com Volt Tecnologia vendas3@volt.ind.br

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WEG automacao@weg.net

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Correção em degraus Correção linear

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Com flywheel

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Com motor diesel integrado

Centralizada Descentralizada

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> 20 kVA Monobloco (3)

Até 5 kVA

Monofásicos

De 5 a 20 kVA

Tri–mono (2) Trifásicos

Interativo Off-line

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Empresa, telefone e e-mail para atendimento ao cliente

Com chave estática

UPS dinâmicos (rotativos) Versões

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Retificadores, carregadores de bateria Trifásicos Monofásicos Inversores Trifásicos

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Notas: (1) Dupla conversão; (2) Entrada trifásica e saída monofásica; (3) Em gabinete autoportante. Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 109 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, junho de 2022. elecom e Instalações Este e outros 27 Guias RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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EM REDE

Por Artur Araujo, CPO da Pinpoint

Adotar SD-WAN é uma

escolha inteligente e de menor custo para os negócios O avanço da transformação digital nas operações das empresas nos últimos dois anos impulsionou o mercado a oferecer soluções que proporcionem cada vez mais estabilidade de conexão, com uma camada de segurança. Em adição a isso e a adoção de sistemas híbridos de trabalho e arquiteturas de rede nativas da nuvem, tornou-se vital um acesso rápido, flexível e, principalmente, sem interferir no orçamento geral de TI. Nesse cenário, a infraestrutura de rede SD-WAN - Software-Defined Wide Area Network tornou-se uma tecnologia importante por oferecer alta performance, disponibilidade e segurança. Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

O mercado mundial de SD-WAN já ultrapassou US$ 1 bilhão em 2019 e deve crescer 60% ao ano até 2026, segundo a pesquisa da Global Marketing Insights [1], chegando a uma projeção de valor de mercado superior a US$ 30 bilhões. Devido à sua alta capacidade e escala, esse modelo de rede tornou-se uma opção mais vantajosa para suprir as necessidades atuais das empresas, que passaram a utilizar também outras soluções como IoT - Internet das Coisas e big data. Um estudo da IDC - Internet Data Corporation [2] identificou que aproximadamente 43% das empresas pretendem levar algum de seus sistemas de gestão para a nuvem nos próximos dois anos. Para 31%, substituir uma aplicação atual por uma baseada em SaaS – Software as a Service é a abordagem preferida para a modernização das operações. Em se tratando de conectividade, para mais de 70% das companhias, os modelos operacionais serão ativados digitalmente, com mais automação, colaboração e compartilhamento de conteúdo. Outra pesquisa da IDC prevê uma diminuição no mundo da aquisição dos links dedicados fora da nuvem, de 46,4% em 2020, para 33% em 2025 [3]. Em contrapartida, aumentará a implementação de links dedicados com cloud, de 16,2% em 2020, para 19,5% até 2025.

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Vantagens da SD-WAN Uma característica ao se optar pela migração para uma rede SD-WAN é que ela permite unir soluções de software e hardware para virtualizar as conexões WAN em um só ambiente. Diferente do modelo tradicional, com uma gerência pontual e individual de cada equipamento, ela trabalha com múltiplos links IP de diversos provedores e passa a ser centralizada em uma única plataforma, com um modelo de gestão mais assertivo e inteligente. Isso facilita o dia a dia do time de TI na hora de atualizar equipamentos, ajustar a largura de banda ou disponibilizar recursos aos usuários. A implantação de uma nova rede com SD-WAN é rápida quando comparada às formas tradicionais usando roteadores, gateways e links MPLS fim a fim. A infraestrutura pode ser monitorada e configurada de forma unificada, otimizando o tempo de resposta a qualquer mudança no ambiente e ganhando performance na operação. Isso simplifica os processos de governança e dá maior visibilidade às aplicações. Também reduz falhas operacionais e divergências entre redes diferentes. É importante entender como a solução de SD-WAN irá conversar com a rede interna atual de cada um dos pontos existentes. Isso fará com que o ambiente


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se torne extremamente padronizado e de fácil gestão. Esse é um dos grandes apelos da tecnologia: a facilidade de definir e aplicar configurações, políticas de segurança e roteamento de forma centralizada em um console. As configurações são automaticamente distribuídas para todos os equipamentos das redes remotas. Além da economia de tempo de administração, os riscos de falhas operacionais e divergências entre as unidades são menores. Um ponto muito atrativo para adoção de uma SD-WAN é o custo. Estima-se ser possível alcançar cerca de 25% de economia nos orçamentos de TI quando é feita a troca de links MPLS/ponto a ponto de alto valor, por múltiplos links Internet de diversos provedores. Esse percentual aumenta quanto maior for a quantidade de localidades que a organização opera. Vale ressaltar que hoje há no mercado ofertas de SD-WAN de altíssima performance, flexibilidade e segurança, sem exigir investimentos elevados para a sua adoção. Outra questão que preocupa os gestores é com relação à segurança das informações trocadas. O SD-WAN permite a criação de um ambiente diversificado sem comprometer a integridade das informações. As redes mais modernas já oferecem a criptografia dos dados, reduzindo as chances de serem interceptados e acessados por terceiros.

Além disso, tecnologias SD-WAN podem ser embarcadas em appliances de firewall que contam com os últimos recursos de segurança, como IDS/IPS, firewall de camada 7, filtros de conteúdo, entre outros recursos, trazendo maior segurança intrínseca para as redes. A gestão centralizada ajuda a eliminar eventuais vulnerabilidades, permite avaliar o comportamento dos usuários, rastrear problemas e garantir um alto nível de segurança.

No Brasil Segundo a Global Marketing Insights, o modelo de implantação de nuvem está prestes a se expandir em mais de 60% ao ano até 2026 no Brasil. Isso se deve aos benefícios oferecidos pela tecnologia de cloud, como modelagem de tráfego em tempo real e balanceamento de carga, além de maior confiabilidade e desempenho da implantação da nuvem no mercado online. Uma questão a ser considerada em localidades com grandes distâncias e pontos com baixa oferta de provedores, como no caso de áreas extremas e interior do Brasil, é que a empresa realize uma pesquisa criteriosa com relação à quantidade e a qualidade de provedores regionais antes de efetivamente migrar ou adotar uma rede SD-WAN. A

disponibilidade de links de Internet será crucial para que a empresa possa contar com um ambiente estável. Além disso, a escolha dos provedores deve ser criteriosa porque existem muitas operadoras clandestinas que não oferecem a mesma disponibilidade e segurança dos regulamentados, o que pode colocar os projetos em risco. Para ter o máximo aproveitamento das redes SD-WAN, as empresas precisam adotar estratégias muito bem definidas e elaborar infraestruturas de TI adequadas para suportar a nova tecnologia. Dessa forma, entregará aos usuários uma conexão flexível, ágil e segura, melhorando sua performance operacional. Além disso, é necessário que os profissionais que atuarão na gestão dessas redes mudem sua mentalidade para uma nova forma de gerenciamento.

REFERÊNCIAS [1]https://www.gminsights.com/ industry-analysis/software-definedwide-area-network-sdwan-market. [2]www.idc.com/ getdoc.jsp?containerId=US47272921. [3]www.idc.com/ getdoc.jsp?containerId=prUS48998722


INTERFACE

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Paulo Marin

Como está o desenvolvimento das normas brasileiras para cabeamento estruturado? Elas são atualizadas e seguem padrões internacionais? Quais são as normas que compõem o conjunto de normas brasileiras para cabeamento estruturado? Esta é uma questão recorrente e bastante pertinente. Vou iniciar a abordagem do tema nesta edição de Interface e concluí-la ao longo das quatro próximas edições (RTI julho, agosto, setembro e outubro). No que diz respeito ao cabeamento estruturado, temos um conjunto bastante consistente de normas, desenvolvidas pela comissão de estudo CE 003:046.005, que coordeno, composto pelos seguintes documentos:

• NBR 14565:2019 – Cabeamento estruturado para edifícios comerciais. • NBR 16415:2021 – Caminhos e espaços para cabeamento estruturado. • NBR 16665: 2019 – Cabeamento estruturado para data centers. • NBR 16264:2016 – Cabeamento estruturado residencial. • NBR 16521:2016 – Cabeamento estruturado industrial. • NBR 16869-1:2020 – Cabeamento estruturado parte 1: requisitos para planejamento. • NBR 16869-2: 2021 – Cabeamento estruturado parte 2: ensaios do cabeamento óptico. Ainda com relação às normas desenvolvidas pela comissão de estudo mencionada anteriormente, há um projeto de norma recentemente aprovado em Consulta Nacional, publicado como a norma brasileira ABNT NBR 17040:2022 – Equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas. Farei uma breve apresentação do objeto e algumas das principais características de cada norma mencionada aqui.

porém é muito importante que o profissional brasileiro do setor, especialmente o projetista, tenha uma boa compreensão desse sistema.

O sistema brasileiro de normalização A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas é o foro nacional de normalização, ou seja, uma norma brasileira deve, necessariamente, ser homologada e publicada pela ABNT para receber o status de norma brasileira. Os conteúdos de normas brasileiras são de responsabilidade dos comitês brasileiros (ABNT/CB) e são elaboradas normalmente por CE Comissões de Estudo, formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Eu publiquei um vídeo em meu canal no YouTube explicando como funciona o processo. (https://bit.ly/3LSNCO5). A CE 003:046.005 é uma comissão de estudo que pertence ao CB-3 da ABNT, que é o Cobei - Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações. As normas brasileiras de cabeamento

Fig.1 – Topologia de distribuição de cabeamento conforme a NBR 14565:2019

Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Antes disso, começarei por uma breve revisão do sistema de normalização brasileiro. Àqueles familiarizados com o tema, sugiro pular essa parte. Entendo que insisto muito nisso em meus artigos que tratam de normalização,

estruturado são desenvolvidas por esta CE. Ainda sobre o tema normalização no Brasil, é importante explicar como nasce uma norma ABNT NBR. Há basicamente dois caminhos para


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o desenvolvimento de uma norma brasileira. Ela pode ser elaborada a partir de uma necessidade local e sem relação com outras normas internacionais (ISO, IEC, ISO/IEC) ou uma norma internacional similar publicada. Quando uma norma brasileira é baseada em uma internacional, ela ainda pode ser uma tradução exata e integral da norma ISO - International Organization for Standardization, IEC ou ISO/IEC utilizada como referência, gerando uma norma ABNT NBR ISO, ABNT NBR IEC ou ABNT NBR ISO/IEC, mantendo o código da norma original; ou utilizar partes traduzidas e/ou adaptadas da norma internacional utilizada como referência juntamente com conteúdo novo gerado dentro de uma comissão de estudo, dando origem a uma norma nova ABNT NBR, com um código novo designado pela ABNT. É importante observar que a maioria das normas brasileiras é baseada em normas ISO/IEC com adaptações e inclusões de conteúdos locais. Devido ao fato de a ABNT ser membro fundador da ISO, apenas normas ISO, IEC ou ISO/IEC podem ser utilizadas como referência para a geração de normas ABNT NBR. Normas desenvolvidas por outras associações locais ou regionais de outros países (TIA, BICSI, CSA, CENELEC, etc.) não podem ser utilizadas como referência para a geração de normas brasileiras ABNT NBR. NBR 14565 – Cabeamento estruturado para edifícios comerciais. A base de todas as normas brasileiras para cabeamento estruturado A NBR 14565, em sua terceira revisão, portanto a quarta edição desde

a publicação inicial (no ano 2000), especifica um sistema de cabeamento estruturado dentro de um edifício e entre prédios em um mesmo campus, aplicável, portanto a redes locais (LAN) e de campus (CAN) cujo propósito é suportar uma ampla gama de serviços como voz, dados, imagem e automação. Entre suas especificações estão a estrutura e a configuração mínima do cabeamento estruturado, as interfaces para as tomadas de telecomunicações, os requisitos de desempenho para os modelos de testes de enlace permanente e canal e para os cabeamentos óptico e metálico, a infraestrutura do cabeamento para configurar áreas de cobertura para uma rede sem fio e considerações para aplicações PoE – Power Over Ethernet, etc. A figura 1 mostra a topologia de distribuição de cabeamento estruturado em edifícios comerciais com base nessa norma. No caso de haver mais de um prédio na mesma rede física (CAN), o principal será aquele no qual o distribuidor de campus (CD) estará presente. Quando a distribuição acontecer dentro de um único edifício, esta será iniciada no distribuidor (BD), não havendo, portanto, um CD. O ponto de consolidação (CP) mostrado é um elemento opcional no subsistema de cabeamento horizontal. A norma também traz especificações da escala de temperatura de operação de cabos e componentes para a implementação de um sistema de cabeamento estruturado em edifícios comerciais, práticas de instalação (complementadas pela NBR 16415), marcação e codificação por cores, polaridade do cabeamento óptico, práticas de blindagem e aterramento, gerenciamento do cabeamento instalado, entre outros temas.


INTERFACE A NBR 14565 contempla cinco anexos entre normativos e informativos, que cobrem procedimentos de ensaios com testes em campo do cabeamento instalado (A), características eletromagnéticas (B), nomenclatura para cabos balanceados (C), aplicações suportadas no cabeamento (D) e em uma rede sem fio (E). Gostaria de chamar a atenção para os anexos que tratam de aplicações suportadas. Eles trazem tabelas de

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melhor relação custo/benefício possível. No caso do subsistema de backbone, especialmente quando implementado com cabos ópticos (cenário mais comum na prática), as características do enlace devem atender às especificações do projeto para a aplicação a ser suportada. De forma diferente à utilizada para o dimensionamento do subsistema de cabeamento horizontal em cobre, cujo comprimento de canal é limitado por norma, o backbone óptico é muito

Fig. 2 – Elementos básicos de caminhos e espaços em edifícios conforme a NBR 16415

aplicação prática que são recursos indispensáveis ao projetista para o dimensionamento de um sistema de cabeamento estruturado em cobre e fibras ópticas. É importante lembrar que o subsistema de cabeamento horizontal deve ser dimensionado levando-se em consideração as aplicações atuais e futuras ao longo de um ciclo de vida na etapa de projeto. Portanto, é fundamental que o projetista conheça as aplicações suportadas por uma dada categoria de desempenho do cabeamento balanceado para chegar à

dependente das especificações da aplicação a ser suportada para a determinação do comprimento máximo do canal. Por exemplo, a aplicação 10GBase-SR (10 GbE) que opera em 850 nm pode suportar um canal com 300 m de comprimento quando implementada com fibras de categoria OM3 e 400 m com fibras OM4. Trata-se de um dimensionamento crítico que requer um bom conhecimento das especificações da aplicação a ser utilizada. O anexo que cobre as aplicações em redes sem fio

também traz a mesma riqueza de informações para o projetista. NBR 16415 – Caminhos e espaços para cabeamento estruturado A NBR 16415 é um excelente recurso para que o projetista do edifício esteja preparado para atender aos requisitos dos sistemas de telecomunicações que serão distribuídos aos seus usuários. Seu escopo é a especificação da estrutura e requisitos para caminhos e espaços, dentro e entre prédios, para troca de informações e cabeamento estruturado. Como acontece com todas as normas que compõem o conjunto de nossas normas para cabeamento estruturado (desenvolvidas no âmbito da CE 003:046.005), a NBR 16415 utiliza a NBR 14565 como base e, portanto, considera os subsistemas de cabeamento especificados nela, assim como meios físicos, configurações de distribuição, ensaios, etc. A NBR 16415 está organizada em seis seções e cobre requisitos gerais, espaços e caminhos para cabeamento estruturado. Ela traz quatro anexos entre normativos e informativos que cobrem infraestrutura comum em edifícios multiusuários (A), ocupação de eletrodutos, eletrocalhas, canaletas e pisos monolíticos (B), dimensionamento de prumadas (C) e sistema corta-fogo (D). As seções compõem o texto-base da norma, ou seja, o núcleo do documento com todas as especificações e recomendações que se aplicam ao seu objeto. Os anexos são complementares ao texto-base e divididos em dois tipos: informativo, para conhecimento e com a função de recomendação; e normativo, cujo papel é especificar uma prática, técnica ou metodologia. Em outras palavras, uma vez adotada a norma, os anexos, assim como outras informações normativas, devem ser observados.


73 – RTI – JUN 2022

Os espaços são classificados em dois tipos: espaços de telecomunicações (áreas utilizadas para a distribuição de telecomunicações) e locais de telecomunicações que contêm os distribuidores do cabeamento estruturado; exemplos destes são as salas de equipamentos e telecomunicações. Os seguintes espaços são definidos e especificados pela NBR 16415, entre outros: • Sala de entrada - Recebe os cabos de backbone de campus, edifício e das operadoras. • Sala de equipamentos - Abriga dispositivos ativos, terminações de cabos e distribuidores. • Sala de telecomunicações - Responsável pela distribuição do subsistema de cabeamento horizontal. • Área de trabalho - Espaço no qual os usuários da rede interagem com os serviços distribuídos por meio do cabeamento estruturado no edifício. • Área de cobertura - Local no qual

dispositivos do sistema de automação do edifício, entre outros, são conectados ao cabeamento estruturado. • Espaço da operadora - Recebe os circuitos e serviços provenientes das operadoras de telecomunicações para distribuição ao longo do edifício. • Espaços alternativos - Podem ser utilizados como alternativa aos espaços de telecomunicações definidos na norma, quando estes não são viáveis. A figura 2 mostra os elementos de caminhos e espaços para cabeamento estruturado em um edifício. A NBR 16415 estabelece que os caminhos sejam projetados e instalados para oferecer proteção adequada ao cabeamento para assegurar seu desempenho de transmissão esperado durante seu ciclo de vida. Devem ser projetados conforme os requisitos do cabeamento a ser instalado em conformidade com as normas NBR 14565 - Cabeamento estruturado para edifícios comerciais, NBR 16264 - Cabeamento estruturado

residencial, NBR 16521 - Cabeamento estruturado industrial e NBR 16665 Cabeamento estruturado para data centers de acordo com o ambiente de instalação. O planejamento dos caminhos e a seleção da estrutura mais adequada devem ser feitos com base nos subsistemas do cabeamento que estarão presentes no projeto. Na próxima edição de Interface continuarei a discussão sobre as normas brasileiras que compõem o conjunto de nossas normas para cabeamento estruturado.

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.


SEGURANÇA

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Marcelo Bezerra

Ataques à Costa Rica No cinema são comuns os filmes em que um grupo de mercenários invade um país e consegue vencer seu exército. São obras como Os Selvagens Cães de Guerra, de 1978, e a franquia Mercenários, de 2010, com três filmes. São inverossímeis, mas divertem quem gosta do estilo. Mas o mundo digitalizado tornou-se de certa forma possível, e um grupo de mercenários ou criminosos consegue derrotar um país inteiro, ou ao menos parte dele. É o que está ocorrendo na Ucrânia desde 2014, e o que está acontecendo agora mais perto de nós, na Costa Rica. A analogia com as produções de Hollywood, em que governos são derrubados, não é exagero nesse caso. Os hackers da Costa Rica declararam: “Estamos determinados a derrubar o governo por meio de um ataque cibernético. Já mostramos a vocês toda a força e poder”. O ataque de ransomware começou em 12 de abril de 2022, no último mês de governo do então Presidente Carlos Alvarado, em uma ação contra o Ministério das Finanças, e um pedido de resgate estipulado em US$ 10 milhões. Os autores são do grupo UNC1756, parte da organização ou associados ao Conti, serviço de RaaS Ransomware as a Service, que está por detrás, de acordo o com FBI, de mais de 400 ataques contra organizações e empresas diversas, a maior parte em solo americano. A polícia federal americana estipulou uma recompensa de US$ 10 milhões para quem passar informações que levem aos membros do grupo. Inicialmente, o governo da Esta seção aborda aspectos tecnológicos da área de segurança da informação. Os leitores podem enviar suas dúvidas para a Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Costa Rica não admitiu que estava sendo vítima de um ataque cibernético, mas a posição em 8 de maio, após a posse do novo presidente Rodrigo Chaves, que declarou emergência nacional e disse estar em guerra contra o Conti, mudou o cenário. Chaves também culpou o governo anterior pela situação, por não ter investido em segurança cibernética. Àquela altura, o ataque já havia atingido 27 instituições do governo, e o resgate foi reajustado para US$ 20 milhões. Os impactos foram diversos e incluem atrasos no pagamento de funcionários públicos, interrupção na coleta de impostos e impactos no comércio exterior e aduana. Não há informações dos vetores de ataque utilizados, e autoridades costariquenhas chegaram a dizer que a invasão só foi possível porque houve participação de cidadãos do país. Nas discussões em fóruns na Internet, essa possibilidade é descartada, porém, uma vez com o acesso, é uma questão de tempo para os hackers propagarem o ataque. Além de criptografar os computadores e servidores, o grupo baixou entre 700 e 1000 GB de dados do governo. Desses, 600 GB foram publicados na Internet. Estima-se que dados mais valiosos devam ser vendidos. Não foi o primeiro ataque do Conti a países. Eles participaram ou participam dos ataques à Ucrânia, e a eles é também creditado o ataque aos sistemas de saúde da Irlanda, também por US$ 20 milhões, e lá também houve ameaças ao governo de que os dados roubados seriam publicados. Mas a negação do governo em pagar o resgate deu início a ameaças e a uma virulência nunca antes vista em agressões do tipo. Os hackers declararam: “Você está nos forçando a usar métodos terríveis”. Esses métodos terríveis podem ser a ameaça de derrubar o governo costa-riquenho, ao convocar a população para ir às ruas contra o presidente. Por fim, estipularam o dia 23 de maio como data-limite para o pagamento:

“Falta menos de uma semana para destruirmos suas chaves. Também estamos trabalhando para obter acesso a seus outros sistemas, você não tem outra opção a não ser nos pagar”. Especula-se também sobre os motivos que levariam o Conti a empregar seu ransomware no ataque a países. É quase consenso que os motivos são puramente financeiros. Aparentemente, no cálculo do grupo hacker, os países teriam mais facilidade para pagar altos montantes que empresas. Por outro lado, um ataque dessa magnitude contra nações dá também a percepção de que o grupo se sente inatingível, o que pode ser um fato caso seja verdade de que são usados pelo governo da Rússia em seus ataques digitais, contando dessa forma com alguma proteção. Essa proteção pelo governo russo é uma acusação comum das autoridades dos Estados Unidos. As lições não diferem de tantos outros ataques a que estamos, infelizmente, nos acostumando a ver. Os prejuízos, pagando ou não o resgate, superam em muitas vezes os investimentos prévios em segurança da informação. Como sabemos, é impossível garantir que um malware não entre na rede, já que os hackers precisam ser bem-sucedidos apenas uma vez, enquanto empresas e organizações precisam sê-lo em todas. Mas é perfeitamente possível detectar o ataque a tempo de contê-lo no sistema ou rede em que iniciou, além de usar medidas que bloqueiem o malware de se comunicar com seus controladores. Tanto um como o outro atrapalham e impedem que a invasão tenha sucesso integral. Os vetores tradicionais de ataque são o e-mail e os downloads involuntários de sites infectados. Para ambos, há tecnologia disponível para todos os tamanhos de empresa e orçamentos. Mas mesmo que tenha havido participação interna, com um funcionário do governo injetando o malware, tecnologias de EDR – Endpoint Detection and Response e


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análise de rede detectariam o malware ou a anormalidade do tráfego. Além disso, os sistemas de ransomware, como serviço ou não, dependem da comunicação de comando e controle. Outro ponto notável do ataque ao país foi a inexistência de um sistema confiável de backup, como admitido pelas autoridades. O backup não irá bloquear o ataque, e nem impedir que os dados roubados sejam vendidos ou publicados, mas é essencial na recuperação de sistemas e bancos de dados. É uma certeza de que o grau de confiança dos grupos hacker aumenta na mesma proporção em que percebem a ausência de rotinas de backup, ou se conseguem também acesso a esses sistemas. Por fim, a monitoração, ou o SOC – Security Operation Center e seus playbooks. Por mais que a instituição tenha investido em segurança, é necessário monitoramento constante para uma reação rápida. Nem estou citando ainda as ações proativas como o threat-hunting, reservado para empresas mais avançadas e maduras nas práticas de segurança. Qualquer companhia possui em seus edifícios alarmes de incêndio que, se acionados, alertam o grupo de combate a fogo. O conceito é o mesmo. O tal sensor de calor não impede o fogo, e nem os sprinklers são capazes de fazê-lo em determinadas situações, apesar de dar o combate inicial enquanto os bombeiros não chegam. Tem que haver um alerta, e as equipes têm que saber o que fazer ao recebê-lo.

Marcelo Bezerra é gerente técnico de segurança para América Latina da Cisco. Com formação nas áreas de administração e marketing, Bezerra atua há mais de 15 anos em redes e segurança de sistemas. E-mail: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.


ISP EM FOCO

Cristiane Sanches, conselheira da Abrint

As mudanças regulatórias nos postes

A nova proposta de Resolução Conjunta de compartilhamento de uso de postes, apresentada pelas Consultas Públicas n° 73/2021 da Aneel e 17/2022 da Anatel, representa uma oportunidade de debate amplo e necessário de um dilema antigo. A pergunta que fica é: conseguiremos resolver os problemas? Três coisas são certas: primeiro, os reguladores precisam inovar; segundo, os envolvidos devem saber conversar; e, por fim, tudo isso demanda tempo. Sem vontade regulatória e articulação institucional, não se chegará a lugar algum. Por enquanto, a versão original da minuta da Resolução Conjunta está caracterizada por um completo esvaziamento do papel do mercado de telecomunicações e do seu ente regulador na dinâmica de compartilhamento dos postes. Atenta, nesse sentido, ao artigo 73 da LGT – Lei Geral de Telecomunicações e parece esquecer que os postes são bens afetos ao serviço público, gravados pela reversibilidade. Dito isso, a Abrint sugere uma primeira questão de ordem: a regulação do compartilhamento de uso de postes deve observar a conduta dos regulados, de modo a coibir a adoção de práticas que possam caracterizar, potencialmente, infração da ordem econômica, desrespeitando-se o dever legal de compartilhar a preços e condições não discriminatórias e justas. Sim, o Cade e a regulação concorrencial serão chamados à mesa de discussões, se assim for necessário. Os postes são e sempre foram insumos essenciais à oferta do serviço de telecomunicações e integram infraestrutura não duplicável. Nesse sentido, seu uso não pode estar sujeito a uma simples cessão para

uma empresa exploradora qualquer, a critério exclusivo da distribuidora elétrica. Aqui se pontua a segunda questão de ordem: a cessão do direito de exploração comercial dos espaços nos postes é mecanismo crítico na persecução de uma nova dinâmica de relacionamento entre os setores e a regulação deve ir além, assegurando a cessão mandatária para uma entidade única, com atuação nacional, neutra e sem fins lucrativos, competente para gerir e cobrar contratos de compartilhamento, executar o reordenamento e fiscalizar o uso dos postes. Sugere-se que essa Gestora Nacional seja monitorada e coordenada por um GCGI - Grupo de Coordenação da Gestão de Infraestrutura composto pela Aneel, Anatel, Ministérios da Comunicação e de Minas e Energia e pelas associações representativas de ambos os setores, responsável pela homologação de preços, prazos, ofertas de referência e demais regras que devem ser observadas pela Gestora Nacional. E chegamos à questão do preço. A minuta original da Resolução Conjunta, embora traga o valor de referência, faz mais do mesmo e não resolve os problemas atuais. A Abrint sugere que o preço deve ser estabelecido por Ato Específico definido pelo GCGI, bem como que seu repasse às distribuidoras elétricas seja orientado aos custos incrementais decorrentes da atividade de compartilhamento, sem qualquer relação com a modicidade tarifária. O valor de referência passa a ser um preço teto, necessário para a transição de todo o quadro regulatório sugerido e garantia de manutenção das redes, vedando-se qualquer cobrança de equipamentos ou imposição de garantias. Durante um tempo de transição, o provedor pagaria um valor teto, próximo a R$ 4,77, pelo espaço no poste (respeitados os casos de provedores que ainda pagam um valor inferior a esse, seja por conta de ordem judicial, decisão da comissão de

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resolução conjunta ou negociação); uma parte (correspondente ao custo incremental) seria repassada à distribuidora elétrica pela Gestora Nacional; já o valor remanescente seria utilizado pela Gestora na reorganização das redes. Passado esse período de transição, o GCGI já terá fixado novos preços, inferiores ao valor teto, assegurando uma dinâmica exitosa no uso compartilhado dos postes. Quanto ao reordenamento das redes, tarefa incumbida à Gestora Nacional, a Abrint sugere as seguintes etapas: 1) identificação dos cabos e cadastro unificado de todas as empresas com contrato assinado ou sob discussão; 2) remoção dos cabos não identificados e das ocupações clandestinas; 3) levantamento feito em campo e identificação dos postes prioritários, conforme regras estabelecidas pelo GCGI. A partir dessas etapas, as regularizações das ocupações à revelia ganham maior ou menor rigor de tratamento, no que tange ao prazo de regularização, caso estejam em postes prioritários já tratados. Já as ocupações clandestinas seguem com tolerância zero, restando admitida a sua remoção. Todas as fases foram sugeridas de modo a garantir, às ocupantes, notificação prévia e maior grau de segurança, observando-se prazos e regras que serão fixados, oportunamente, pelo GCGI. As sugestões foram construídas de forma conjunta por diversas associações e entidades ligadas ao setor de telecomunicações. Que consigamos extrapolar esse alinhamento institucional e mobilizar reguladores e setor elétrico das possibilidades e ganhos pela frente com equilíbrio e razoabilidade.

Cristiane Sanches é conselheira da Abrint, tem vasta experiência profissional em política regulatória de telecomunicações e tributação. Também é membro do conselho da LAC - Federação das Associações Latino-Americana e do Caribe de ISPs.



PRODUTOS

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Câmeras As câmeras TandemVu PTZ, da Hikvision, integram versões bullet e PTZ, que aumentam os recursos de segurança com base em IA - Inteligência Artificial, dissuasão proativa de intrusos e boa visão noturna.

Projetados com a tecnologia Hikvision AcuSense, os alarmes falsos são bastante minimizados, capazes de distinguir e classificar alvos em humanos, veículos e outros objetos. Site: www.hikvision.com.

Cibersecurity O SIEM – Security Information and Event Management é uma solução de resposta rápida destinada a governos e a grandes empresas que centraliza o monitoramento dos sistemas de cibersegurança em uma única plataforma. Entre as principais funcionalidades estão o monitoramento global de ocorrências e dispositivos de segurança, a identificação de ataques e infrações em andamento, correlacionamento dos eventos obtidos de múltiplos equipamentos e aplicações, a visualização de relatórios detalhados globais e análises de ameaças e vulnerabilidades, com suporte de especialistas. A ferramenta é desenvolvida e comercializada pela Algar Telecom. Site: www.algartelecom.com.br.

Caixa de emenda óptica

alto desempenho e rendimento e beamforming para melhoria da recepção do sinal, reduzindo a interferência. Site: www.tkth.com.br.

A CEO – Caixa de Emenda Óptica Optimal SVM, da Fibracem, foi desenvolvida para proteger a fusão, distribuição e concentração

de fibras ópticas em redes aéreas e subterrâneas. O produto conta com capacidade de 144 fibras, 36 fusões e dois splitters. Site: www.fibracem.com.

Controle de acesso Fabricado pela Nice, o leitor RFID LN-104C v2 pode ser utilizado em ambientes internos e externos, casas, condomínios e áreas em comum. Possui alertas sonoros e visuais e capacidade para cadastrar até

eletrônicos e eletrodomésticos em geral. Disponível nas potências de 300 e 500 VA, o produto traz os recursos AP – Autodiagnóstico de Partida, que faz a análise prévia da rede elétrica antes de liberar a saída, a fim de evitar a queima dos aparelhos domésticos quando a energia é restabelecida, e o PCZ Partida com Cruzamento Zero, que permite ao estabilizador ser energizado apenas quando a tensão instantânea estiver igual a zero, impedindo ligações no pico de tensão. Além disso, o dispositivo ainda apresenta filtro de linha integrado, quatro tomadas com tensão de entrada 115/ 220 V e saída de 115 V e garantia de quatro anos. Site: https://tsshara.com.br/.

Roteador

1000 dispositivos, entre eles cartões, chaveiros e pulseiras. A solução conta com saída para acionamento de portas e leitura RFID multiformato, ou seja, traballha no padrão EM 125 kHz e MF 13,56 MHz. Site: www.nice.com.br.

UPS A linha de UPS PowerEst, da TS Shara, é voltada para a proteção de equipamentos

O Wave 1200, da Think Technology, é um roteador AC 1200 com desempenho de até 1200 Mbit/s e banda dupla simultânea de 2,4 e 5 GHz. Apresenta tecnologias MU-MIMO para

Destruição, recuperação e armazenamento de dados A CBL Tech oferece soluções em proteção, segurança e recuperação de dados. O trabalho é feito em um laboratório próprio de 200 m2 em Curitiba, PR. Segundo a empresa, a taxa de recuperação de dados das mídias chega a 90%. Além da

recuperação e destruição de informações, a companhia tem investido no armazenamento, compartilhamento e backup em nuvem. Os dados são salvos em um data center próprio, também em Curitiba, com dois racks e capacidade de armazenamento de 1 PB. Site: www.cbltech.com.br.

Serviços A ASAP Telecom atua com diversos serviços para o mercado, tais como link dedicado, colocation, transporte, consultoria e link dedicado via fibra óptica. Com sede em São Paulo, a empresa conta com um data center próprio com capacidade total de UPS de 750 kW e 150 racks. Site: www.asaptelecom.com.br.


Telco Transformation Latam

17 - 18 de agosto | 2022 • Hotel Windsor Barra Rio de janeiro

Business Assurance, Fraud & Security

Digital Transformation, AI, Big Data & Analytics

5G & Network Transformation

5G COMEÇA A SER REALIDADE NA AMÉRICA LATINA O evento abordará os seguintes temas:

• Monetização, o ecossistema e casos de uso de 5G?

• Expansão do IoT

• NPS e a qualidade da rede

• Próxima onda de transformação digital

• Implementação de serviços no B2B

que transformará o físico, além das crescentes

• Gerenciamento de múltiplas plataformas de serviço

ameaças cibernéticas na qual as áreas de fraude,

• Redes Privadas

business assurance e segurança lidam diariamente.

• Redes neutras

Albervan Luz

Head/Director of eCare and Digital Transformation CLARO

Flavio Lang

Small Medium Business (SMB) CVP CABLE & WIRELESS COMMUNICATIONS

Marco Bego

Chief Innovation Officer INOVAHC

Alguns dos palestrantes confirmados:

Andrés Felipe López Bermúdez Innovation Manager ANGLOGOLD ASHANTI COLOMBIA

Guilherme Rela

Ari Lopes

Artur Coimbra

Horacio Marcelo

Janilson Bezerra Junior

Senior Manager, Service Provider Americas Markets OMDIA

Diretor de Unidade de Arricobene Negócios e Transformação Principal Network ALGAR TELECOM Architect SDN/NFV/SD-WAN TELEFONICA HISPAM

Mauro Fukuda

Diretor de Estratégia, Tecnologia e Arquitetura de Rede V.TAL

Miguel Zapata

Revenue Assurance Chief TELEFÓNICA ARGENTINA

Conselheiro ANATEL

Claudio Creo CISO TIM BRASIL

Diego Lanzaro

Telco Cloud Project Leader ANTEL URUGUAY

Juan Lalanda

Laerte Magalhães

Director of New Business AMERICAN TOWER

Manager de Revenue Risk Management MERCADO LIBRE ARGENTINA

Rodrigo Tavares

Rudinei Gerhart

Suzzy Cipriano

Senior Vice President of Customer Journey RECARGAPAY

Para mais informações acessar:

Diretor Executivo ISPS DO BRASIL

www.conecta-latam.com/telcotransformation Te esperamos presencialmente no Rio de Janeiro.

Head Of Innovation NUH! DIGITAL

Diretora Customer Experience TELEFONICA BRASIL

Diego Lara

Head of Business Assurance and Operations VIVO

Lucas Aliberti

Diretor de Novos Negocios LIGGA TELECOM

Wellington Paes

Founde & CEO CONEXÃO CUSTOMER

Organização:

CONECTA LATAM


PUBLICAÇÕES

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Nuvem A Accenture divulgou o estudo The Great Cloud Mainframe Migration: What Banks Need To Know. O documento tem como base um levantamento global realizado com 150 executivos de bancos cujas instituições estão planejando ou já começaram a migrar seus mainframes

para a nuvem. A análise mostra que 82% dos entrevistados pensam em migrar mais da metade de suas cargas de trabalho de mainframe para a nuvem, incluindo 22% que têm como meta transferir mais de três quartos, e a maior parte deve alcançar seus objetivos nos próximos dois a cinco anos. O estudo destaca que os principais motivadores para a migração de mainframe são velocidade e agilidade (43%), segurança (41%) e a capacidade de adicionar novos recursos (37%). Ao todo, 68% dos executivos esperam uma taxa interna de retorno sobre seus investimentos superior a 10%, enquanto 77% esperam recuperar seu investimento na transferência de mainframe em 18 meses. A análise completa, em inglês, pode ser acessada pelo link: https://accntu.re/3vWuLuM.

Negação de serviço Em Ataques de Negação de Serviço DoS e DDoS, o autor Bruno Augusto

Lobo Soares faz um estudo sobre ataques de negação de serviço, mais conhecidos como DoS – Denial of Service e DDoS – Distributed Denial of Service. A obra apresenta um histórico de formas de ataques a sistemas de comunicação antes mesmo de a Internet existir, mensurando os tipos de agressões DoS que servem como base para a compreensão do uso do DDoS. Ao final, são apresentadas algumas propostas de simulação de ataques a máquinas virtuais. Editora Ciência Moderna (https://bit.ly/3kDQBxI), 90 páginas.

História O livro Connecting a Nation: The Story of Telecommunications in Ireland conta a história do boom das telecomunicações na Irlanda, um relato formado não apenas por cabos e cartões SIM, mas também pelo papel fundamental que o setor tem desempenhado no desenvolvimento do país nos últimos dois séculos. Escrito por Deryck Fay, profissional de longa data da indústria de telecomunicações, o livro traz diversas histórias curiosas

como o primeiro dia de trabalho para uma operadora na nova central telefônica de Dublin em 1881, o árduo processo de instalar um telefone na década de 1970 e como um site de companhia aérea criado por dois estudantes deu início à revolução digital na Irlanda. Editora University College Dublin Press (https://bit.ly/3KLm5fY), 350 páginas.

5G A Viavi Solutions divulgou os dados do levantamento The State of 5G. Segundo a análise, o número de cidades atualmente com redes 5G é de 1947 globalmente. Apesar da pandemia, quase duas cidades por dia passaram a contar com 5G em 2021, totalizando 635 no ano. O estudo também destaca o crescente ecossistema Open RAN pelo mundo, combinando operadoras móveis e fornecedores de software e infraestrutura que buscam desenvolver uma RAN - Rede de Acesso de Rádio aberta e virtualizada com controle de IA - Inteligência Artificial incorporado. Em março de 2022, 64 operadoras anunciaram publicamente sua participação no desenvolvimento de redes Open RAN. Isso se divide em 23 implantações, 34 na fase de teste e outras sete operadoras que anunciaram publicamente que estão na fase de préteste. O infográfico está disponível, em inglês, pelo link: https://bit.ly/3sef4Op.

Índice de anunciantes Americanet ................... 15 ASAP Telecom ............. 11 Cariap ............................ 64 Climapress ................... 47 Dattas Telecom ........... 53 DCM Tecnologia .......... 71 Dura-Line ..................... 17 Dutotec ........................ 44 DZS ............................... 68 Embrastec ................... 50 Fiber Connect LATAM . 59

FiberHome ..................... 5 Fibracem ...................... 61 Forte Telecom ................ 9 Futurecom ................... 81 GammaK ....................... 67 HT Cabos ...................... 23 Infinite Consulting ...... 21 Internet Sul ................. 77 IXCSoft ......................... 41 K2 Telecom .................. 65 Klint ............................... 45

Megatron ...................... 29 MerkantTI ..................... 60 Nano Fiber .................... 51 Netcon ......................... 35 Newco .......................... 56 Nexusguard ................. 16 NIC.br ........................... 55 Padtec .......................... 37 PCR ............................... 40 ProEletronic ................. 73 R&M .............................. 25

Revali .............................. 8 Rosenberger Domex .. 31 SATtv ............................ 52 S e i t e c .......................... 69 SMH Sistemas ..... 4ª- capa Sumec .......................... 43 TecFiber ....................... 26 Telco Transformation .. 79 Telic Technologies ...... 33 Telium ................... 3ª- capa Tellycom ....................... 14

Terzian .......................... 57 Think Technologies .... 32 TP-Link ................. 2ª- capa UPIX Networks ............. 34 UPX ............................... 22 Viavi Solutions ............. 10 WDC Networks ............. 27 WEG .............................. 13



AGENDA

82 – RTI – JUN 2022

Cursos Mikrotik – A Voz e Dados Academy ministará, entre os dias 24 e 26 de julho, o treinamento Certificação Oficial Mikrotik – MTCRE. O curso acontece no formato telepresencial. Site: www.vozedados.com.br. Cursos – A MD Brasil, de Bebedouro, SP, oferece uma série de cursos de radiofrequência, roteamento e Mikrotik RouterOS, além de certificações da Mikrotik. Site: https:// bit.ly/3PsfAlV. Sistemas autônomos – O NIC.br realiza, entre os dias 25 e 29 de julho, o curso Boas Práticas Operacionais para Sistemas Autônomos. As aulas presenciais acontecem em Caruaru, PE. Site: https://bit.ly/3FPCxes. Data centers – Entre os dias 10 e 12 de agosto a TCSolutions vai realizar o curso CDCP – Certified Data Center Professional no formato online. O objetivo é orientar sobre os principais aspectos de um data center. Site: https://bit.ly/3PUaRK2. Cursos – A FiberSchool oferece diversos treinamentos online para provedores. Entre os cursos oferecidos estão Atendimento Encantador, Técnico de Fibra IoT 2.0, Técnico de Fusão & Certificação de Fibra Óptica, Wi-Fi Premium para Técnicos, entre outros. Site: www.fiberschool.com.br. FTTx – A VLSM, de Londrina, PR, ministra cursos de operação e manutenção de redes de acesso FTTx com xPON. Site: www.vlsm.com.br.

Eventos Link ISP – A edição 2022 do Link ISP está programada para os dias 11 e 12 de agosto em Gramado, RS. Organizado pela InternetSul, o evento pretende reunir mais de 1500 pessoas. Site: https://bit.ly/3sDD0Ly. Radiodifusão – De 22 a 25 de agosto vai acontecer no Expo Center Norte, em São Paulo, a Conferência e Feira de Produtos e Serviços SET Expo. O evento vai apresentar e discutir as inovações técnicas, regulações e novos produtos do mercado audiovisual/ radiodifusão, cobrindo toda a cadeia de produção, desde a criação à distribuição. Site: www.set.org.br. IX Fórum – A 45ª edição do IX Fórum Regional Sudeste está marcada para o dia 26 de agosto em Belo Horizonte, MG. Promovido pelo NIC.br, o evento oferece uma oportunidade para que os visitantes troquem experiências sobre os Internet Exchanges e a infraestrutura de Internet na região. Site: https://bit.ly/3EMqgH7. Satélite – O Congresso Latino Americano de Satélites acontece nos dias 1º e 2 de setembro no Rio de Janeiro, RJ. Site: https://bit.ly/3rM8IFF. ISC Brasil – A ISC Brasil – Feira Internacional de Soluções em Segurança Integrada acontece entre os dias 21 e 23 de setembro no Expo Center Norte, São Paulo. O evento reúne empresas e especialistas em segurança eletrônica, pública, privada e patrimonial. Site: https://bit.ly/3wAWfq2. Processamento de sinais – Entre os dias 25 e 28 de setembro será realizado o XL Simpósio Brasileiro

de Telecomunicações e Processamento de Sinais (SBrT 2022) em Santa Rita do Sapucaí, MG. O tema da edição será Universal human-driven connectivity for a sustainable modern society. Site: https://bit.ly/34HtHRT. Cidades inteligentes – A 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, no formato presencial, acontece entre os dias 4 e 5 de outubro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e o digital no período de 4 a 6 de outubro. Site: https://bit.ly/3lvNMj7. Futurecom – A próxima edição do Futurecom será realizada entre os dias 18 e 20 de outubro no São Paulo Expo, em formato híbrido. Site: https://bit.ly/3EnENHQ. FISP – A 23ª edição da FISP – Feira Internacional de Segurança e Proteção será realizada de 18 a 20 de outubro no São Paulo Expo. O evento contará com cerca de 700 marcas expositoras. Site: https://bit.ly/38ooH6g. Expo ISP São Paulo – A edição São Paulo do Expo ISP está marcada para os dias 3, 4 e 5 de novembro no Pro Magno Centro de Eventos. Com feira e congresso, o evento tambén contará com um campeonato de fibra óptica, bem como workshops. Site: https://bit.ly/3FXfJK0. Semicondutores – De 14 a 16 de dezembro acontece em Tóquio, Japão, o Semicon Japan 2022. O evento reúne a cadeia de fabricantes de semicondutores e desenvolvedores de soluções de segmentos que utilizam a tecnologia, como automotivo e IoT – Internet das Coisas. Site: https://bit.ly/3G1nLRV.



PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Soluções Completas para Ambientes de Missão Crítica Crít í ica ít

Data Centers, Provedores de Serviços de Internet - ISP, Telecomunicações, Salas Elétricas e UPS, Painéis, Máquinas e Equipamentos

PROJETO | FORNECIMENTO | INSTALAÇÃO INSTA T LAÇÃ TA Ç O | RECARGA ÇÃ RECA C RGA DE GASES CA MANUTENÇÃO M NUTENÇÃ MA Ç O | ASSISTÊNCIA ÇÃ I TÉCNICA IA C CA Análise de risco e elaboração de projetos executivos detalhados. Sistemas de detecção e alarme de incêndio pontual analógico / endereçável e a laser por aspiração (HSSD / VESDA).

Sistemas fixos de supressão de incêndio com aplicação de agentes limpos / gases: quimicos (HFC227ea, FM-200, HFC-125, FE-25, Fluido 3M® Novec 1230®, FK-5-1-12) e inertes (Inergen, IG-541 e CO2). Recarga de gases: agentes químicos e inertes.

Sistema individual automático para detecção e extinção de incêndio por agentes limpos para racks, painéis elétricos e de controle, máquinas e geradores. Realização de testes de estanqueidade (Door Fan Test) em ambientes protegidos.

ELEITOS COMO MARCA DE EXCELÊNCIA EM SISTEMAS PARA PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO PARA DATA CENTERS

29 anos de Experiência em Engenharia de Incêndio Atuamos em Todo o Território Nacional com Mão de Obra Própria Utilização de Equipamentos Certificados UL e FM

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