MAIS APPACDM LISBOA junho

45 ANOS DA PRIMEIRA CRECHE INCLUSIVA DO PAÍS

“91 ANOS SÃO MUITAS HORAS? E

18 ANOS?”

Caros Associados

Estou certo de que para a quase totalidade de vós este título é, no mínimo, insólito. Mas não para todos.

Acho útil lembrar que a primeira letra da sigla “APPACDM” é também a inicial da palavra “Associação”, que é o que somos, ou o que começámos por ser, e a qual, na vossa qualidade de beneficiários, escolheram para a prestação dos serviços de que necessitam para os vossos familiares.

Esta Associação emprega 250 trabalhadores, presta serviços direta ou indiretamente a cerca de 700 crianças, jovens, adultos e idosos, é uma IPSS, não visa o lucro, nem distribui dividendos e tem um modelo de governo definido por lei.

Como qualquer pessoa coletiva, tem que ter órgãos sociais, que são uma Assembleia Geral, deliberativa; uma Direção, executiva; e um Conselho Fiscal, para controlar os atos da gestão. E a lei prevê algumas regras para a constituição desses órgãos, entre outras, para a Direção conter uma maioria de não trabalhadores e o presidente do Conselho Fiscal não poder ser trabalhador.

Os seus titulares não são nomeados, mas eleitos, e, desde sempre têm cumprido, sem remuneração, os mandatos a que se propuseram. O facto é que não são necessários muitos voluntários, apenas dez: três para a Assembleia Geral, dois para o Conselho Fiscal – a obrigatoriedade legal de ter um Revisor Oficial de Contas dispensa um – e cinco para a Direção.

Desde 1996, parte significativa destes lugares tem vindo a ser ocupados voluntariamente por trabalhadores da Instituição.

Na mesma linha, verificamos que a presença nas Assembleias Gerais tem sido preenchida, quase totalmente, por trabalhadores e pelos próprios membros dos órgãos sociais. Vemos muito poucos familiares.

Noventa e um anos é a soma dos anos dos mandatos exercidos pelos titulares da direção ainda em exercício. Dezoito anos é a média dos anos de serviço por cada titular.

Como disse alguém em momento menos feliz, é altura de alguns associados familiares saírem da sua zona de conforto. E é urgente, porque a renovação será benéfica e o preenchimento desses lugares é absolutamente essencial para um futuro com autonomia, da nossa APPACDM. Este ano (em dezembro) termina o mandato dos atuais órgãos sociais.

Sabemos que nem todos têm condições de vida que permitam a disponibilidade exigida. Mas também sabemos que alguns as terão, obviamente, com um esforço adicional.

A Instituição - utentes e trabalhadores que dela dependem - precisa dessa vossa dádiva pessoal. Como sempre ficamos à vossa disposição para toda informação de que necessitarem.

Saudações associativas.

Presidente da Direção Mário Matos

APPACDM LISBOA DISTINGUIDA COM MARCA ENTIDADE EMPREGADORA INCLUSIVA

A APPACDM de Lisboa foi distinguida pela Marca Entidade Empregadora Inclusiva, que éatribuída pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional a entidades que contribuam paraa implementação de um mercado de trabalho inclusivo e que se distingam, por práticas dereferência, no recrutamento e progressão profissional, manu tenção e retoma do emprego,acessibilidades,

serviço e relação com a comunidade.O Júri, constituído por representantes das associações empresariais, sindicais, organizações daeconomia social, entidades que apoiam pessoas com deficiência, e da administração pública,deliberou atribuir a Marca Entidade Empregadora Inclusiva a 54 entidades dos setores privado,público e da economia social, depois de avaliadas as 165 candidaturas apresentadas.

VISITA DO PRESIDENTE DO INR

Opresidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, Eng. Rodrigo Ramos, visitou, no dia 22 de junho, o CACI Ajuda, e esteve nos diferentes espaços para conhecer as atividades desenvolvidas pelos utentes. Foi também entrevistado, na Rádio Acreditar, pelas utentes Carina e Inês.

Rodrigo Ramos explicou que, no seu cargo, tem de “salvaguardar o interesse das pessoas com deficiência no país”. Considera que a “sociedade ainda não está toda preparada, mas felizmente já temos muitas pessoas e muitas empresas preparadas para aceitar as pessoas com deficiência”. Defende que “é na educação que o Estado deve investir mais”, para fazer passar a mensagem da inclusão a partir dos mais novos.

ATUALIDADE

REUNIÃO DO CONSELHO MUNICIPAL PARA A INTEGRAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Areunião da CMIPD decorreu, no dia 15 de junho, nos Paços do Concelho de Lisboa, e a APPACDM de Lisboa esteve representada pelas técnicas Olivia Felicia e Carla Lopes, que integraram, respetivamente, a comissão executiva e o grupo de trabalho referente à Educação, Formação e Emprego.

DIA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

OParlamento aprovou o 10 de Maio como Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual, e no próximo ano já poderá ser celebrado! A decisão foi publicada em Diário da República, no dia 29 de maio.

A proposta de criação desta data foi apresentada pela Humanitas, Federação Portuguesa para a Deficiência Mental, de que a APPACDM Lisboa faz parte.

Apresentaram a proposta de ser considerada a área “saúde e envelhecimento”, que foi acolhida por unanimidade pelas instituições presentes. Referiram também a premência de se assegurar o direito a serviços de qualidade, em particular no que se refere à obsolescência/ degradação do edificado da Instituição.

MAIS SEGURANÇA NA AJUDA

No dia 30 de maio, foi colocada a lomba na via entre os dois edifícios da APPACDM Lisboa, garantindo mais segurança para todos! Tratou-se de um pedido da Associação, feito à Vereadora dos Direitos Humanos e Sociais da autarquia, Sofia Athayde, que teve o devido agradecimento público.

INSTITUIÇÕES EM DIFICULDADES

No dia 1 de junho, na Televisão SIC, a presidente da Humanitas, Helena Albuquerque, falou sobre as dificuldades que as instituições ligadas à deficiência estão a atravessar, por causa do aumento dos preços (alimentação e energia, por exemplo) e da subida do salário mínimo, sem que tenha acontecido atualização dos acordos de cooperação por parte do Estado.

45º ANIVERSÁRIO DA CRECHE

No dia 27 de Maio, a Creche “A Tartaruga e a Lebre” abriu as portas para festejar o 45ºaniversário. Foram convidadas as crianças que, atualmente, frequentam a Creche, e também todas as que já passaram por aquela estrutura, e que hoje são jovens e adultos que frequentam outros centros da Associação ou estão noutras instituições. O convite incluiu também as famílias e os atuais e ex-colaboradores.

Os primeiros “bebés”, hoje adultos, foram homenageados, e receberam a distinção com muita alegria. Foi um encontro muito emotivo, com muita festa, convívio e memórias.

No seu discurso, o presidente da Direção, recordou “o pioneirismo que foi a criação em Portugal desta creche da APPACDM para integração de crianças com deficiência, há 45 anos quando ainda ninguém, ou quase, falava nesta realidade”, sublinhando que “só muito recentemente a sociedade está a tomar iniciativas de integração de crianças com deficiência. Aqui funcionou um pouco ao contrário. Nós tínhamos 30 por cento de crianças com deficiência e desde logo

foi percecionado a importância deste projeto, nesse convívio e nessa igualdade que incluía um conjunto de técnicas, terapias e capacitação de enorme qualidade que, infelizmente, se foi perdendo um pouco ao longo dos tempos por via da falta de apoio das políticas públicas. O Estado não soube cumprir a sua parte”. Mário Matos prestou também uma “homenagem às pessoas que, ao longo dos anos, foram o garante desta instituição, nomeadamente a primeira responsável desta casa, a enfermeira Dumont, que deixou de facto um legado importantíssimo nas pessoas que tiveram

oportunidade de conviver com ela e de a ter como chefe. Deixou raízes importantes às pessoas, algumas das quais, ainda aqui estão e que com ela contataram diretamente, e com as quais essa cultura de qualidade frutificou ao longo dos anos que se seguiram até aos dias de hoje.”

Durante a festa recolhemos também alguns testemunhos, que partilhamos aqui.

Pauline Lopes, mãe do Rafael Batista, diz que “esta creche foi a nossa salvação. Quando o Rafael nasceu eu só pensava o que iria fazer com ele. Na época, foi uma médica do hospital que me reencaminhou para a creche Tartaruga e Lebre e foi para aqui que veio com seis meses e daqui saiu com quatro anos. Aqui esteve rodeado por um autêntico exército de técnicos variados, terapeutas e educadoras.

Depois saiu daqui e foi para o Centro da Ajuda. Mais tarde, quando saiu daqui para a escola normal perdeu-se tudo”. Já o Rafael Batista (que, entretanto, encontrou a sua vocação e está a trabalhar na padaria do Pingo Doce) recusa aceitar que é muito difícil ou impossível, porque “com formação tudo se aprende”. E deixa uma mensagem de gratidão à Tartaruga e à Lebre “por o ajudar a voar”.

A família Bernardino afirma que “teve a sorte de fazer parte da história da Tartaruga e a Lebre. Somos imensamente gratos por cuidarem da Carolina e do Guilherme. Vocês são os melhores. Obrigado por tudo”.

A Francisca Horta Correia (filha de Maria Teresa Horta Correia) andou nesta creche até aos três anos e “tem poucas memórias, mas lembra que era um sítio de muitos risos e alegria”. Hoje traz o filho, Xavier Almeida, porque “é um lugar de muita confiança a quem se pode confiar os filhos”.

Manuel Gonçalves foi um dos “bebés” da creche. A mãe Constança considera que “a creche foi a rampa de lançamento que nos permitiu descansar logo desde os primeiros tempos. Foi aqui que aprendi que os pais destas crianças especiais podem descansar e devem, podem chorar e devem, podem rir e devem, podem andar para a frente e “asneirar”. O filho Manuel casou recentemente e tem uma perspetiva muito própria para a vida que quer ter. “Agora quero fazer os possíveis para ser feliz, namorar muito e viver todos os dias da minha vida. Quero deixar aqui o meu eterno obrigado por estes anos de amor e carinho e pelos momentos de muito riso. Vocês foram tudo, casa, pais, mães, educadores de infância, tudo”.

Manuel Gonçalves e a mãe

Partilhamos o texto escrito pelo Manuel Gonçalves (o “Manel”, que foi uma das crianças da creche, hoje com 29 anos) dirigido ao “corpo docente”.

As famílias marcaram presença na festa

Francisca Horta Correia

Rafael Batista e mãe

AS FAMÍLIAS TIVERAM, TÊM E TERÃO SEMPRE

Decorria o ano de 1978 e, pela mão da APPACDM de LISBOA com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian ao nível da construção e equipamento, nascia a 2 de maio, na freguesia de S. João de Brito a Creche “A TARTARUGA E A LEBRE”, sob a direção da Enfª. Odete Rose Dumont.

A Creche “A TARTARUGA E A LEBRE” era considerada como a primeira creche vocacionada para o atendimento de crianças dos 3 meses aos 4 anos, com deficiência e incapacidade, com especial enfoque na Trissomia 21, numa perspectiva de integração e de igualdade de oportunidades e direitos.

As crianças com deficiência e incapacidade e o seu processo de aprendizagem e desenvolvimento exigiu uma intervenção mais especializada, estruturada e permanente, o que justificou a necessidade de a Creche possuir uma equipa multidisciplinar.

Este tipo de intervenção, integrada e multidisciplinar, permitiu que todas as crianças que frequentaram a Creche “A TARTARUGA E A LEBRE” usufruíssem de idênticas competências no atendimento, sendo, para uns, uma necessidade objectiva e, para outros, uma oportunidade de partilha dos benefícios deste projecto inclusivo.

As Famílias tiveram, têm e terão sempre um papel determinante no processo educativo dos seus filhos. A Creche sempre acreditou e promoveu a participação activa das famílias no desenvolvimento de todas as actividades (sócio – pedagógicas ou terapêuticas).

Desde 1980, ano que integrei a equipa da creche ainda como estagiária, um longo caminho foi percorrido ao nível das políticas sociais e práticas educativas, quer pelas estruturas de ensino regular, quer pelas estruturas de educação especial. Também a “A TARTARUGA E

A LEBRE” foi percorrendo esse caminho, reformulando os seus princípios e práticas. Evidentemente que os conceitos e a abordagem que na altura eram praticados, já pouco têm a ver com o que hoje se preconiza.

A nossa intervenção passava, obrigatoriamente, por uma colaboração mais sistemática com a família, sendo essencial proporcionar aos pais apoio, suporte emocional, orientações e informação que lhes permitisse desenvolver competências parentais e educativas mais sólidas. Tal como hoje, é essencial que se sintam parte integrante e fundamental do processo educativo dos seus filhos.

A divulgação da nossa prática, através de criação de di-

ferentes parcerias, com a comunidade educativa, terapêutica e de saúde, e a criação da 1ª equipa de apoio à integração das crianças em jardim de infância do ensino regular, da qual fiz parte, surgiram também como promotoras para a melhor aceitação da inclusão, por parte da sociedade em geral.

A mudança ao nível das práticas só tem sido possível

porque tem havido uma mudança ao nível conceptual. Mudar atitudes, representações, crenças e (pre) conceitos requer tempo, necessidade de mudar por parte de todos os elementos envolvidos e a consciência dos benefícios que daí podem decorrer. É claro para todos nós que um processo de mudança pressupõe sempre alguma instabilidade. Estabelece-se um confronto entre o passado e o presente com práticas, senão inovadoras, pelo menos diferentes. Manter um equilíbrio entre o que devemos mudar e o que devemos manter, nem sempre foi fácil.

A qualidade e experiência da equipa da “A TARTARUGA E A LEBRE” tem contribuído para a capacidade e perseverança às diferentes mudanças verificadas ao longo destes 45 anos de prestação de serviço à 1ª infância.

O futuro nem sempre nos é sorridente!

É com forte preocupação que encaro o futuro, neste momento, relativamente à continuidade da resposta social Creche.

Recentemente, o Governo consagrou a gratuitidade das creches, medida positiva para as famílias, mas cujo financiamento do Estado é insuficiente, dadas as características físicas e organizacionais da nossa creche. Como também a tendência, cada vez maior, a distanciar-se da Missão e Visão da Instituição, no que concerne ao atendimento e efectiva resposta às necessidades das crianças com deficiência e incapacidade.

Mas como acredito que o futuro passa inequivocamente por um olhar diferente, compete-nos ser no presente, elementos activos na construção desse futuro, continuando a … “Crescer na Creche”, “Crescer na Relação”, “Cuidar para Crescer”, “Brincar para Crescer” … a trabalhar com todo o empenho, na promoção da qualidade de vida das crianças que nos são confiadas diariamente e das suas famílias, através da diferenciação pedagógica e atendimento individualizado.

Sinto orgulho de poder fazer parte da organização da Creche “A TARTARUGA E A LEBRE” da APPACDM de Lisboa e do meu contributo na sua história.

Maria Adelaide Melo Diretora Técnica da Creche

FOI AMOR À PRIMEIRA VISTA!

Em julho de 1977, com 23 anos, tinha terminado o curso de Educadora na “Maria Ulrich” e começado a exercer, o que era uma vocação em estágio final no Colégio S. Vicente de Paulo, quando a assistente social, então voluntária na APPACDM de Lisboa, me desafiou a conhecer a nova estrutura da futura Creche daquela Instituição.

Foi amor à primeira vista! De facto, as instalações, ainda hoje modernas eram à época espetaculares e muito aliciantes.

Foi assim que, em maio de 1978, realizei o que seria a concretização de um sonho enquanto primeira educadora contratada para a “Tartaruga e a Lebre”, a primeira “Creche Inclusiva de Intervenção Precoce”, na Europa.

Após cinco anos de trabalho direto, a Instituição proporcionou-me a estimulante e desejada especialização de três anos em “Educação Especial”.

Já nesse momento o meu sentimento de gratidão foi enorme pela oportunidade de aquisição de competências e pela possibilidade de as exercer junto das crianças que me viriam a preencher a vida profissional e também pessoal.

Ir trabalhar diáriamente com entusiasmo, dedicação e sentido de realização, foi um privilégio sempre alimentado pelo amor recebido das crianças e da ligação às famílias que também partilhavam a satisfação de sentirem os seus filhos numa casa jovem, dinâmica e qualificada pela estrutura técnica de que dispunha.

O ambiente vivido e a interação gerada com as famílias, naqueles anos tão perto da mudança profunda que o país tinha registado, muito contribuíram para a cultura de participação que ainda hoje se respira na “Tartaruga e a Lebre”.

1978

PEDRO E CARINA EM CONTEXTO DE TRABALHO

Dois utentes do CACI Ajuda estão, atualmente, em ASU - Atividades Socialmente Úteis, ou seja, estão integrados em locais de trabalho, com remuneração.

O Pedro Pina começou no dia 5 de abril, como ajudante de refeitório, nas instalações do BNP Paribas. Logo no primeiro dia, “chegou feliz pela nova responsabilidade e saiu radiante pela concretização do trabalho”.

É, porém, essencial lembrar que essa cultura se construiu a partir da competência técnica, profissionalismo e rigor da sua primeira diretora, a enfermeira Odette Dumont, que soube transmitir a todos as suas colaboradoras - as quais tem acompanhado e instituído - a evolução das melhores práticas educativas ao longo dos anos.

Com naturalidade, a reforma surgiu em agosto de 2020, ao fim de 42 anos de gratificante atividade, a maior parte dos quais como diretora técnica.

Passados estes anos, sinto ter sido um privilégio ter feito o que muito gostava, formando e sendo apoiada por equipas extraordinárias, pelo suporte recebido de todas as direções, pelo reconhecimento de muitas famílias e pelos adultos lindos, que foram as nossas crianças, e que hoje ali levam os seus filhos. Com gratidão

Teresa Morgado ex-Diretora Técnica da Creche

A Carina Almeida “cumpre o seu sonho de ter um emprego” e, desde 15 de junho, está no supermercado Supercor do Restelo, em Lisboa.

CONFERÊNCIA OPEN TO WORK

Capacitar. Empregar. Incluir. Foram estas as palavras de ordem da Conferência promovida, no dia 20 de abril, pela Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Lisboa. Um encontro que juntou diversas entidades a debater a empregabilidade das pessoas com deficiência, o que se faz e o que se pode fazer e melhorar.

Na sessão de abertura, a Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, lembrou que “as empresas tiveram 4 anos para se adaptarem” (lei das quotas de emprego para as pessoas com deficiência). E deixou a indicação de que estão a ser analisadas alterações às regras de contratação pública.

A Vereadora dos Direitos Humanos e Sociais CML, Sofia Athayde, elogiou o trabalho feito pela APPACDM Lisboa, enquanto a presidente da Humanitas (Federação Portuguesa para a Deficiência Mental), Helena Albuquerque,

enumerou dificuldades atuais das instituições e dos seus utentes, não só ao nível do emprego, mas também de apoios e de visibilidade social e mediática.

Por seu lado, o presidente da direção da APPACDM Lisboa, Mário Matos sublinhou, no seu discurso, que “não se aceita o que não se conhece. E não se contrata sem saber o que é capaz de fazer. Mas quantos empresários ou diretores de recursos humanos conhecem ou contactam com a realidade da Deficiência Intelectual para saberem quem podem enquadrar, em que funções, horário, exigências…? “. E juntou mais questões: “pensemos nos postos de trabalho de empresas, lojas ou outros estabelecimentos que frequentemos. Quantas pessoas com deficiência encontram a trabalhar? E de entre essas, quantas pessoas com deficiência intelectual?”.

Mário Matos alertou também para a necessidade das entidades empregadoras fazerem “uma rigorosa identifi-

OPEN TO WORK

cação do posto de trabalho ou de atividades socialmente úteis, a que se deve seguir um adequado processo de recrutamento, seleção e acolhimento, para o qual, o apoio de recursos técnicos próprios especializados e/ou das instituições, como a que aqui represento, serão certamente um fator chave de sucesso”.

TEMAS EM DEBATE

A empregabilidade e inclusão das pessoas com deficiência intelectual foi o mote da Conferência, que apresentou um programa com quatro painéis e diferentes oradores.

“Economia Amiga das pessoas com Deficiência” juntou a vice-presidente da CCP (Confederação de Comércio e Serviços de Portugal), o presidente da Associação Fórum Turismo, António Marto, e o presidente da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, Pedro Ramos.

O segundo painel abordou o “Enquadramento Legal” com o presidente do INR (Instituto Nacional para a Reabilitação, Rodrigo Ramos, e o representante do IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional), Alexandre Oliveira. No terceiro painel, ao início da tarde, falou-se de “Boas Práticas”, através do projeto Peer2Peer (Nova SBE), Pro-

jeto Talentos + (Comissão para a Pessoa com Deficiência de Cascais) e do Centro Qualifica e Centro de Recursos da Casa Pia de Lisboa. No quarto painel, “Fazer Acontecer”, participaram Ana Gama Marques, diretora de Recursos Humanos da Altice-Meo; Paula Lobinho (El Corte Inglés) e João Antunes (Inditex), duas empresas que trabalham com a Rede Emprega CML; Inês de Castro, head of people, da Worten; e Susana Bravo, do Metrostudio.

A fechar, o painel sobre “Liberdade para Viver”, contou com a participação de Ana Estelita, diretora da Fundação Altice, e Odete Fiuza, atleta paralímpica, responsável pelo Prémio Desporto + Acessível.

O Desporto esteve também em destaque no testemunho do campeão de atletismo Mamudo Baldé, que frequenta um curso profissional da Casa Pia, e que partilhou a sua experiência e deixou palavras de esperança e da força de acreditar nos sonhos.

A Conferência contou também com as intervenções de Ruben Rua e de Pedro Granger, que falaram sobre a forma como olham para a Diferença.

Durante o evento, foram também ouvidos testemunhos

de formandos da APPACDM Lisboa integrados em local de trabalho, nomeadamente na Primark.

Graças à colaboração da Agência Elite Lisbon, foram transmitidos vídeos com testemunhos de figuras públicas que aceitaram o desafio: Vanessa Oliveira, Inês Castel-Branco e os atores João Mota e Luis Garcia.

PROTOCOLO COM APG - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE GESTÃO DAS PESSOAS

A Conferência ficou marcada pela assinatura do protocolo entre a APPACDM Lisboa e a APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, representadas por Mário Matos e Pedro Ramos, respetivamente.

O protocolo prevê a “realização de eventos conjuntos, com o objetivo de informar, sensibilizar e motivar as empresas para as questões do emprego e inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual”, a “realização de iniciativas que promovam a criação de oportunidades para a empregabilidade e inclusão de jovens e adultos ativos com Deficiência Intelectual”, e a organização “de estudos, seminários, debates sobre a temática de empregabilidade e inclusão das pessoas com Deficiência Intelectual”.

A APPACDM Lisboa compromete-se também a promover o “acompanhamento e esclarecimento às empresas que manifestem interesse em contratar ou incluir (estágio) pessoas com Deficiência Intelectual”.

O momento da assinatura do Protocolo foi acompanhado por vários jovens utentes da APPACDM Lisboa, que subiram ao palco e tiraram foto com os representantes das duas Associações.

CAMPANHA OPEN TO WORK NAS RUAS DE LISBOA

Entre os dias 12 e 18 de abril, ou seja, a anteceder a realização da Conferência, esteve espalhada nas ruas da capital uma Campanha de Mupis, cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa.

A criatividade da Campanha foi do Estúdio O Alfredo é Fixe, a fotografia de Marisa Cardoso, make-up de Teresa Barros e a produção do Metrostudio.

A Campanha apresenta fotos de 11 utentes da APPACDM Lisboa, com o slogan “OPEN TO WORK”, que simboliza que estão disponíveis para aceitar uma proposta de emprego.

ATIVIDADES

VISITA À FÁBRICA DAS “LAS CHOLAS”

Um grupo de utentes do CACI Júlia Moreira foi conhecer a fábrica das “Las Cholas”, situada na Amora. Com a excelente colaboração do Chef Luís Miranda e da sua equipa, meteram a mão na massa e aprenderam como se fazem as deliciosas empanadas peruanas.

A visita, realizada no dia 6 de junho, teve também direito a almoço e, antes do regresso ao Centro, o grupo foi beber o infalível cafezinho no Parque do Alvito.

TARDE ANIMADA COM MÚSICA

Um grupo de amigos animou a tarde de 21 de junho, nas Casas de Alapraia, com música ao vivo.

Colaboradores e utentes vibraram ao som do rock e não faltou o churrasco que tão bem sabe nesta altura do ano!

SURF NA CAPARICA

Durante o mês de junho, os utentes e formandos da Quinta dos Inglesinhos tiveram a oportunidade de realizar aulas de Surf.

Numa iniciativa solidária, através do nosso amigo Hugo Rezende, 30 dos nossos jovens tiveram a oportunidade de experimentar este desporto de mar, durante três dias.

A reação foi, de tal forma positiva, que mais iniciativas deste género estão a ser projetadas, sendo a próxima já no mês de julho.

Fica o nosso forte agradecimento a todo o pessoal da Caparica Surf School, que tão bem souberam receber os nossos jovens.

ARRAIAL SOLIDÁRIO NO CACI AJUDA

Afesta de São João, no dia 24 de junho, teve muita animação e bom convívio entre famílias, utentes, colaboradores e amigos. Foi um arraial solidário “desde o início”, pois contou com o contributo em géneros (ali-

mentos) e equipamentos por parte de parceiros, amigos e famílias. A receita da festa reverte para a aquisição de equipamento necessário ao conforto e desenvolvimento das atividades no Centro.

…NA QUINTA DOS INGLESINHOS

Não faltou a sardinha, a alegria e a inspiração para escrever esta quadra: E para cumprir a tradição na Quinta dos Inglesinhos Celebramos o S. João Com sardinha, arroz doce E muita animação.

...NO LAR PENHA DE FRANÇA

No dia 30 de junho, o Lar da Penha de França recebeu famílias e amigos e todos juntos desfrutaram de momentos de muita alegria. O CORO e MEIO brindou com muita música e boa energia!

ATIVIDADES

ATIVIDADE NA CASA DAS ARTES

Um grupo de utentes das Casas de Alapraia foi, no dia 28 de junho, à Casa das Artes na Ibn Muncana, em Alcabideche.

Fizeram Serigrafia em sacos de pano, que irão ser vendidas na edição da Fiartil, Feira de Artesanato do Estoril, que está a decorrer até 26 de agosto. Workshop de Cerâmica

ATELIER DE ARTE NO CACI AJUDA

Os amigos Virgílio do Rosário e Odete tem estado a dinamizar aulas para os utentes do CACI Ajuda, com aprendizagem de novas técnicas.

Os trabalhos têm sido muito criativos e a felicidade no final com a obra concluída é muito notória!

WORKSHOP DE CERÂMICA

Acriatividade dos utentes das Casas de Alapraia foi posta à prova num workshop de cerâmica.

TEMOS O “PAPA”

receber o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude… e os jovens artistas do CACI Ajuda já produziram a figura do Papa, no Atelier dos Tecidos.

Há também o “Santo António” e a “Nossa Senhora de Fátima”. Aceitam-se encomendas!

À QUINTA DO PISÃO

Os utentes das Casas de Alapraia passaram uma manhã muito divertida na Quinta do Pisão, em Cascais.

AO PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA

No dia 25 de maio, na visita orientada ao Palácio Nacional da Ajuda, os utentes do CACI Ajuda ficaram a

AOS BOMBEIROS

Foi uma manhã muito agradável para os utentes das Casas da Alapraia, que puderam experimentar vários equipamentos dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche. A visita foi feita a pedido do utente Jorge Faustino.

VISITAS

À EXPOSIÇÃO IMERSIVA

No dia 15 de junho, os utentes das Casas de Alapraia foram ver a Exposição Immersivus Gallery - Impressive Monet & Brilliant Klimt,

AO ESTÁDIO DA LUZ

No dia 14 de abril, os utentes da Júlia Moreira foram às bancadas, ao estádio, passaram pelo relvado onde conheceram as águias Vitória, Glória e Luz, e também visita-

no Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, em Lisboa.

Foi uma autêntica viagem pelas pinturas românticas e fascinantes de dois artistas que vão dar mais inspiração ao nosso trabalho!

À EXPOSIÇÃO DE DINOSSAUROS

No Dia Nacional dos Cientistas16 de maio - um grupo de utentes do CACI Ajuda foi visitar a exposi-

saber mais sobre a palavra museu, sobre algumas pinturas do palácio e até se falou de Tritão, pai da pequena sereia!

ram o Museu do Benfica com toda a sua história e troféus.

O nosso agradecimento aos guias e colaboradores que foram muito simpáticos e atenciosos com o grupo.

ção “Dinossauros: O regresso dos Gigantes”, no Centro Ciência Viva - Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações.

ATIVIDADES

MÊS DAS FAMÍLIAS

DIA DA ATIVIDADE FÍSICA

A data - 6 de abril - foi assinalada com uma aula no exterior, para os utentes e colaboradores do CACI Ajuda.

As iniciativas do Programa dedicado às famílias, no CACI Júlia Moreira, começaram, a 10 de maio, com a realização do rastreio auditivo a 40 pessoas, entre utentes, colaboradores e familiares. No mesmo dia, a Dra.Fátima Frazão falou de saúde e bem-estar e alimentação saudável. Decorreu também uma atividade de Ioga para todos, orientada pela professora, especialista e mãe de um utente, Isabel Mesquita.

No dia 24 de maio, algumas famílias participaram no Atelier dos Aromas.

A colaboradora Susana Garrido ensinou a fazer sabonetes de cores, formas e cheiros diferentes.

DIA DO BEIJO

Podem ser todos os dias, mas a 13 de abril é assinalado o Dia do Beijo.

O Centro Júlia Moreira não deixou passar a data!

DIA 1 DE MAIO

No Dia do Trabalhador, falou-se de Profissões no CACI Ajuda.

No dia 26 de maio, o Gabinete de Serviço Social do CACI Júlia Moreira realizou uma sessão de (in)formação para as famílias dos seus utentes e de outros Centros da APPACDM de Lisboa. Esclarecemos dúvidas sobre apoios sociais, falámos sobre o regime de maior acompanhado e terminámos com as inscrições e listas de espera para os Lares Residenciais da Instituição, reforçando a importância do planeamento do envelhecimento.

Agradecemos às famílias a participação e disponibilidade!

Entre 30 de maio e 1 de junho, decorreu a colónia “Descanso do Cuidador”, abrangendo os cuidadores do CACI Júlia Moreira que maiores neces-

sidades apresentaram. A estadia foi no Caparica Sim Center, onde puderam usufruíram da piscina. O programa contou ainda com passeios por miradouros, paredões, almoço no restaurante e jantares na nossa residência da Quinta dos Inglesinhos, na Costa da Caparica.

Os utentes adoraram e as suas famílias conseguiram descansar.

BRIGADA DA FAMÍLIA NAS PEDRALVAS

No sábado, 6 de maio, realizou-se mais uma Brigada da Família no Lar das Pedralvas! Foi um dia em que as famílias estiveram unidas a preparar a decoração para a festa do verão, mas, mais que tudo, um dia de confraternização, e boa disposição!

MAIS PINTURAS NA JÚLIA MOREIRA

Os voluntários mobilizados pela Just a Change voltaram ao Centro Júlia Moreira, para realizarem melhorias nas instalações, enquadrados em ações de responsabilidade social.

No dia 22 de abril, recebemos um grupo de 60 voluntários da Moongy, que pintaram o espaço de refeições e do café.

No dia 5 de Maio, foi a vez de 40 colaboradores da Icapital, que pintaram o piso 0, tornando o espaço mais acolhedor a quem nos visita. A música e a boa disposição estão sempre presentes!

ATIVIDADES

VISITA DE ESCUTEIROS

OLar Residencial Penha de França recebeu, no dia 29 de abril, a visita dos escuteiros de agrupamento 1157 de Aradas - Aveiro. Foi uma manhã de partilha e muita alegria. Fizemos amizades e ficamos de coração cheio. Aos jovens escutas e seus chefes, desejamos grandes aventuras e aprendizagens.

CONVÍVIO NO CENTRO DA QUINTA DOS INGLESINHOS

Nos dias 1, 3 e 4 de abril recebemos grupos de jovens do Colégio de São Tomás.

Os jovens ficaram a conhecer a realidade do Centro e dinamizaram algumas atividades com os nossos utentes, que adoraram a visita!

No dia 26 de maio, quatro utentes do CACI da Júlia Moreira participaram num encontro sobre rodas no Passeio Marítimo de Alhandra - Vila Franca de Xira, organizado pela CerciPóvoa. Com a ajuda de dois utentes autónomos, foi possível a nossa participação!

PIQUENIQUE NA SERAFINA

O sábado, 3 de junho, foi dia de passeio em Monsanto, com utentes e famílias, reunidos num belo piquenique onde os sorrisos e a descontração foram as palavras de ordem. Obrigado às famílias dos utentes da Residência da Penha de França que se juntaram a nós!

INTERCENTROS CAMINHADA EM CADEIRA DE RODAS

EUROPEAN MEETING ROWING FOR ALL

Nos dias 14 e 15 de abril, decorreu, em Lisboa, o Encontro European Meeting Rowing for All, que contou, na sessão de abertura, com diversos representantes do Comité Olímpico Portugal, da Federação Portuguesa de Remo e da Associação Naval de Lisboa. Durante o evento, foram apresentados os benefícios do Remo Adaptado pelas Associações que fazem parte do projeto Erasmus+, entre elas a APPACDM LISBOACentro Júlia Moreira.

O técnico Pedro Jorge e os utentes Sandra Vanessa, Miguel Silva e Vera Leandro deram os seus testemunhos. Alguns jovens atletas tiveram também a oportunidade de demonstrar as suas competências, com a prática no rio Tejo.

ATIVIDADES

LIMPEZA DO PARQUE FLORESTAL DE MONSANTO

Aconvite dos “Empresários pela Inclusão”, um grupo de utentes dos CACI’s Júlia Moreira e Santa Clara participou no Encontro de Voluntários de Empresas 2023 - Limpeza do Parque Florestal de Monsanto, no dia 31 de maio.

Foi um dia muito divertido e especial, pois contribuímos para a preservação das espécies animais e vegetais de uma das zonas do pulmão da cidade de Lisboa. Sermos amigos da natureza é fundamental para TODOS!

MOSTRA SABER COM SABORES

Os utentes do Lar da Quinta dos Inglesinhos estiveram, no dia 17 de junho, na Mostra Saber Com Sabores em Almada, organizada pela Câmara Municipal, para dar a conhecer o trabalho das instituições do concelho em prol do bem-estar e estilo de vida saudável junto da comunidade sénior.

Showcookings, música, dança, desfile de moda e atividades lúdicas e desportivas aconteceram durante todo o dia!

ENCONTRO SPECIAL LUDUS 2023

Os formandos e utentes da Quinta dos Inglesinhos participaram, no dia 1 de junho, no Encontro Special Ludus 2023, organizado pelo Departamento de Desporto e Juventude da Câmara Municipal de Almada, e que teve lugar na Pista Municipal de Atletismo da Sobreda.

Estiveram 42 atletas a representar a Instituição,

participando nas modalidades de Atletismo, Futebol, Judo, Boccia e Fitness.

Foi um Dia Mundial da Criança especial, com os formandos e utentes a espalharam qualidades, empenhamento e.... alegria!

LUDOPOLIS - FESTIVAL DOS JOGOS E DA DIVERSÃO

AAPPACDM Lisboa participou com duas técnicas - Marina Pousão e Natália Breia - na demonstração e animação com recurso a novas tecnologias, nomeadamente Realidade Virtual. A 9ª edição do evento apresentou também Jogos Populares, Jogos Pedagógicos, Construções, a Aldeia das Crianças e muita animação para todos os gostos e idades! O Festival decorreu no fim de semana de 3 e 4 de junho, na vila de Cabrela, em Montemor-o-Novo.

REALIDADE VIRTUAL

Avançamos mais uma etapa na Realidade Virtual, com a formação realizada, no dia 5 de abril, no CACI Ajuda. Aprendemos a cuidar e a utilizar o equipamento. Estivemos com professores e bolseiros da Universidade Lusófona e também pós-graduados do Porto. Discutimos os atuais projetos e já planeámos mais alguns. Sem dúvida, uma parceria inédita virada para o futuro!

CACI AJUDA RECEBE CRIANÇAS DO COLÉGIO PILOTO DIESE

No dia 10 de maio, alguns utentes do CACI Ajuda foram visitar o Colégio Piloto Diese, onde estiveram a fazer algumas atividades com as crianças. O Colégio retribuiu a visita, no dia 31 de maio, antecipando o Dia da Criança.

Em parceria com os utentes do Centro, realizaram diversas atividades, como pintura, ginástica, artesanato e também estiveram na “rádio Acreditar”. As crianças ofereceram ao CACI Ajuda um quadro realizado por elas.

ATIVIDADES

Adiretora técnica da Quinta dos Inglesinhos, Ana Silvestre, participou, no dia 24 de maio, na Mesa Redonda “How to create value in social economy “, da Sustainable Value Creation Summit. O evento decorreu entre os dias 23 e 26 de maio, na Nova SBE, em Carcavelos.

Agradecemos ao André Leite o convite para poder participar nesta mesa redonda, onde se discutiu como é que as organizações sociais podem criar valor contribuindo para os três pilares da sustentabilidade: o social, o económico e o ambiental.

COMO CRIAR VALOR NA ECONOMIA SOCIAL WORKSHOP A SUSTENTABILIDADE NA ALIMENTAÇÃO

Os formandos e utentes do Centro da Quinta dos Inglesinhos participaram, a 22 de maio, numa acção de sensibilização sobre a sustentabilidade e combate ao desperdício alimentar, aplicando a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de recursos.

Esta acção decorreu no âmbito do Ciclo de Workshops Temáticos da Fundação Luís Figo, com apoio de uma equipa de Nutricionista da Auchan. Foram ainda doados pela Auchan dois jogos de tabuleiro sobre Alimentação Saudável.

DEMONSTRAÇÃO COM CÃES

No dia 18 de maio, os treinadores António e Filipe, da KNINE SERVICE Family, fizeram com os seus cães uma demonstração de obediência e habilidades. Foram também entrevistados na Rádio Acreditar, do CACI Ajuda, onde responderam às perguntas que os utentes tinham preparado.

FORMAÇÃO NO CACI AJUDA

No dia 2 de junho, decorreu uma ação de formação no âmbito da Higiene e Segurança Alimentar para o Grupo AVDI, com a Eng. Patrícia da ANTICIMEX.

WORKSHOP SOBRE O VALOR DA ÁGUA

No CACI Júlia Moreira, realizou-se no dia 11 de maio, envolvendo um grupo de colaboradores que (re)aprenderam como poupar água, um bem essencial para TODOS! O encontro decorreu também no CACI Ajuda, no dia 17 de maio, com utentes e colaboradores muito atentos à formação dinamizada pela EPAL.

ATIVIDADE DE CAPOEIRA

No dia 12 de maio, o CACI Júlia Moreira recebeu o Prof. Wagner, mestre de Capoeira.

No jardim, utentes e colaboradores juntaram-se para experimentar a arte que, ao som da música, reúne movimentos de arte marcial, desporto, cultura popular e dança. Uma manhã muito bem passada e que todos querem repetir!!.

FADO NO JARDIM

Que bela tarde de fados se assistiu, no dia 18 de maio, no CACI Júlia Moreira, com familiares, amigos, colaboradores e utentes a aplaudirem os fadistas e guitarristas. Um muito obrigado e um imenso abraço à Beatriz e Ana Janes, ao Tiago Correia, Manel Zé, Nuno Esteves e Miguel Conchinha. No final, realizou-se o convívio com um lanche partilhado.

CLIENTES NO SALÃO MÁGICO

Os utentes do CACI Ajuda, que são formandos do curso de cabeleireiro, continuam a praticar no Salão Mágico. A utente Manuela Barros, a terapeuta Natália Breia e a monitora Inácia Teixeira foram atendidas e ficaram muito satisfeitas! Aceitam-se marcações!

PARCERIAS

QUEREMOS LEVAR

OS NOSSOS JOVENS A VOAR

AAPPACDM Lisboa foi a entidade escolhida para a Campanha Especial TAP Donate Miles. Foram apresentados diversos projetos de viagens que serão concretizados com as milhas angariadas. O objetivo é permitir a alguns utentes a possibilidade de viajar de avião, conhecer um novo país e nova cultura, e, se for possível, realizar um projeto solidário.

MODELOS TODOS OS DIAS, MANEQUINS POR UM DIA

Odesfile inclusivo organizado pelo El Corte Inglés, no dia 6 de junho, contou com vários jovens com deficiência, entre eles utentes da APPACDM Lisboa.

Os modelos foram preparados, da roupa, à maquilhagem e aos cabelos, e mostraram muito empenho e alegria no desfile.

APPACDM LISBOA APRESENTA ESTOJO INFANTIL

AEPAL lançou o desafio e no dia 1 de Junho – Dia

Mundial da Criança – foi apresentado o Estojo realizado pelos utentes dos Centros de Atividades de Capacitação para a Inclusão da Quinta dos Inglesinhos e Júlia Moreira, com utilização de sobras de tecidos.

A peça está enquadrada na linha de merchandising sustentável da EPAL e resultou da parceria de responsabilidade ambiental celebrada com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Lisboa.

EXPOSIÇÃO “IGUAIS NA DIFERENÇA”

NO PANTEÃO NACIONAL

Até 11 de setembro, pode visitar a exposição com fotos de sete utentes da APPACDM Lisboa, desenvolvida no âmbito do programa de responsabilidade social do Metropolitano de Lisboa.

A exposição esteve patente em diversas estações do Metro.

PROJETO EQUAL

Um grupo de utentes de CACI do Centro da Quinta dos Inglesinhos participou no Projeto Equal- Igualdade perante a lei e o direito à autodeterminação das pessoas com deficiência intelectual e psicossocial em Portugal: estudo exploratório.

Foram realizadas 2 sessões, nos dias 17 e 24 de maio, com duração de 3 horas cada.

Trata-se de um projeto do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos (ODDH/ISCSP- Universidade de Lisboa que pretende avaliar “Que barreiras impedem as pessoas com deficiência intelectual e psicossocial de decidir por si mesmas.”

O estudo é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em parceria com a FENACERCI, a HUMANITAS, a Provedoria de Justiça, o Ministério Público, o Conselho Superior da Magistratura e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Lisboa.

MUSICAL “DREAM ON”

OGrupo de Bailarinos da Alapraia e o Grupo Pé de Dança (CACI Ajuda) actuaram, no dia 8 de junho, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.

A coordenação dos dois grupos é do professor de dança Telmo Santos. O espetáculo foi organizado pela Associação Palco da Tua Arte.

FORMANDOS FAZEM ESTÁGIOS

Está quase a terminar a 2ª edição do projeto Beleza em todas as sua formas! Nesta altura, alguns jovens utentes da APPACDM Lisboa estão a realizar os estágios em contexto de trabalho. É o caso do Pedro Simões, da Carina Fumega, do Filipe Correia e da Paula Mexia. No curso, além das matérias ligadas ao trabalho num cabeleireiro, os formandos tiveram também uma aula sobre maquilhagem.

MEDIA BONS EXEMPLOS

Estes “recortes” mostram que a Deficiência Intelectual pode ser notícia pelas boas razões.

A marca norte-americana Mattel lançou, em Abril, uma boneca com síndrome de Down.

Manuel Gonçalves, que frequentou a creche da APPACDM Lisboa, foi notícia no Jornal Público.

A modelo britânica Ellie Goldstein disse que um dos seus objetivos era ser capa da Vogue. Conseguiu! Foi a capa da revista – versão Reino Unido –no mês de Maio.

O projeto de formação “Beleza em todas as suas Formas” foi motivo de uma reportagem da jornalista Susana Venceslau, da Agência Lusa (texto em caixa). A notícia publicada no dia 2 de julho foi também divulgada pelo Expresso e Correio da Manhã.

Um grupo de jovens com deficiência intelectual está a ter formação profissional como assistente de cabeleireiro e seis deles vão já começar a estagiar no verão, um projeto inédito em Portugal na luta pela inclusão no mercado de trabalho.

Seis pessoas com deficiência em formação de cabeleireiro. “Este cabeleireiro é o meu maior sonho porque ao pé da Susana eu estou bem. Este curso é beleza em todas as suas formas”

A formação começou em 2022 com uma turma de oito jovens da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Lisboa, que, durante oito meses, numa manhã por semana, foram aprender o que é ser e o que faz um assistente de cabeleireiro. Nessa altura, tudo estava em fase de teste e percebeu-se que só aqueles oito meses não seriam suficientes, pelo que a opção foi pela continuação do curso por mais oito meses em 2023. Dos oito alunos do ano passado, continuaram seis, aos quais se juntaram mais quatro jovens da APPACDM de Lisboa e oito da CERCI (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados) de Lisboa, num total de 18 pessoas.

No dia em que a Lusa foi conhecer o projeto, os alunos estavam a aprender a receber o cliente, perguntar o que

deseja, ouvir o pedido e encaminhá-lo para a respetiva cadeira, mas também a relembrar técnicas para dobrar toalhas a preceito, limpar e secar os utensílios ou saber manusear alguns equipamentos de trabalho.

“A ideia é torná-los uns bons ajudantes de cabeleireiro, fazendo todas as funções que um bom ajudante de cabeleireiro faz, desde a receção ao cliente, servir café, tratar da higienização das mesas ajudantes, limpar o salão, cortar pratas, dobrar toalhas”, explicou Ricardo Silva, representante da marca (Alfaparf) que financia e garante a formação e os estágios.

Desde há dois anos que a rotina semanal passa por todas as quintas-feiras de manhã estar presente no decorrer desta formação — habitualmente acompanhado por mais três formadores – e, até hoje, Ricardo Silva ainda não falhou nenhuma. Tem uma relação de grande cumplicidade com aqueles alunos, que, admite, “foram uma agradável surpresa”.

“Com mais ou menos dificuldades, tiveram uma evolução fantástica para quem não percebia nada de cabelos”, apontou, defendendo que “eles têm tudo para conseguir fazer desde que estejam focados” e têm um grande entusiasmo em aprender.

Na opinião de Ricardo Silva, a formação tem que ser fei-

ta “na base da repetição”, mas salientou que estes jovens “têm muitas capacidades de aprendizagem”.

“Eu estou a aprender todos os dias com eles. Eles dão lições de vida diárias”, disse, emocionado.

A formação deste ano está quase a chegar ao fim e para os seis jovens que arrancaram com o projeto no ano passado a fase agora é de estágio, que será remunerado, havendo já cabeleireiros para todos, onde vão trabalhar durante o mês de agosto.

Sara Branco, 29 anos, estica o cabelo e faz tranças numa cabeça académica enquanto explica o quanto gostava de trabalhar num cabeleireiro: “Gosto de lavar cabelos, gosto de tudo”.

“Aprendi a pintar o cabelo e a fazer lavagens. Gosto muito de secar”, diz, por seu lado, Filipa Serrano, também 29 anos, admitindo que o mais difícil foi encarreirar com a dobragem das toalhas e dos penteadores.

Já André David, 21 anos, disse que adora limpar o chão e lavar, enquanto Paula Mexia, 48 anos, explicou com pormenor a forma correta de colocar o penteador, de modo a garantir que o cliente não fica molhado na altura de lavar o cabelo, e rematou: “O meu sonho é trabalhar num cabeleireiro”.

O Filipe Correia, 40 anos, está em sintonia com o restante grupo e elege como atividades preferidas lavar cabelo, dobrar toalhas ou pentear.

Deste grupo faz ainda parte Catarina Valente, 30 anos, a única que, da formação inicial, já está a trabalhar num salão, o Metrostudio, parceiro nesta formação e da responsabilidade de Susana Bravo.

“Gosto muito de aqui estar porque isto faz parte da minha vida”, disse à Lusa, sublinhando que, dessa forma, pretende “ajudar os pais”, uma vez que “o pai está muito doente”. Explica que as suas funções passam por pôr a lavar ou estender toalhas, mas também dobrá-las para estarem prontas a usar, além de varrer o salão, lavar as taças de pintar os cabelos ou limpar e secar os utensílios que Susana Bravo tem no carrinho.

“Este cabeleireiro é o meu maior sonho porque ao pé da Susana eu estou bem. Este curso é beleza em todas as suas formas”, sublinha, fazendo alusão ao mote da formação.

Para Susana Bravo, a terceira parte no trio que arranca com esta formação, além da APPACDM e da Alfaparf, a Catarina destacou-se logo no início e entendeu que “era a pessoa certa” para ter ao seu lado a trabalhar.

Gostava de ver mais cabeleireiros aderirem, não só na formação, mas também a disponibilizar estágios, mas admite que haja ainda muitos receios da parte de quem emprega.

“As pessoas têm receio de chamar a atenção porque acham que o facto de eles terem uma deficiência pode prejudicar, mas se vemos alguma coisa a correr mal, temos de corrigir, temos de explicar”, apontou, sublinhando que o mesmo se passa com qualquer outro funcionário e acrescentando que são “jovens que às vezes podem não estar nos seus melhores dias e é preciso perceber”.

A responsável da APPACDM pelo projeto apontou que a instituição pretende “fazer tudo para promover a inclusão, a autonomia e as capacidades” destas pessoas, destacando que o caminho feito até agora tem sido de descoberta e defendendo que “tudo aquilo que possa dar visibilidade às capacidades das pessoas com deficiência intelectual vai impulsionar a empregabilidade no futuro”.

“Nós não queremos mostrar a deficiência. Eles são realmente capazes desde que as coisas sejam adequadas a cada um e as empresas depois de terem experiências com estas pessoas gostam e repetem. É uma questão de abrir portas e todos saem a ganhar”, defendeu Filomena Abraços, sublinhando que é muitas vezes o desconhecimento e o receio que impedem mais empresas de empregar pessoas com deficiência.

Na opinião da responsável, “a deficiência intelectual é uma franja da sociedade muito esquecida” e denunciou o reduzido número de empresas que eventualmente têm alguém assim nos seus quadros.

“Há muita coisa a fazer porque estas pessoas são tão válidas como qualquer uma das outras”, defendeu.

O sucesso do curso, que não tem qualquer tipo de apoios estatais, levou já a que fosse criada uma turma no Porto, estando garantido que no próximo ano continuará a formação dos 12 que começaram este ano, além de estar prevista uma formação para novos alunos.

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