D'Pontaponta ed. 265

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RESPONSÁVEL TÉCNICO: CRISTIANE TRENTIN DA SILVA CRMV-PR 15109








Editorial

Nesta edição

Lutas vividas de ponta a ponta por Eduardo Gusmão, editor Falar em mídia alternativa impressa em quaisquer comunidades espalhadas por esses brasis afora, a propósito de livro publicado pela Editora UEPG (Recortes da Mídia

Alternativa: Histórias e Memórias da Comunicação no Brasil, sob a organização da professora Karina Janz), remete não somente a tratar ou a se enveredar por caminhos de pessoas ou entidades interessadas a apresentarem ou fazerem circular, no mínimo, algum periódico diferencial em relação a jornais diários ou outros veículos da chamada grande imprensa. Foi assim que surgiu Ponta a Ponta, hoje revista D’Ponta-

ponta, enfrentando, muitas vezes, com certo desdém ou algo de menor importância, pessoas, grupos ou correntes de algum cunho ideológico, político ou partidário, sem se dar conta das lutas para registrar histórias de vidas de personalidades, empresas, entidades ou instituições tão presentes em nosso cotidiano. A presença D’Pontaponta, ao longo de sua trajetória que se fez e se faz ainda alternativa em informação e cultura, em seus 30 anos de circulação - entre altos e baixos

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ENFOQUE

Com exclusividade, Miguel Sanches Neto presenteia a cidade, assim como a revista D’Pontaponta, com a cessão de fragmentos do seu novo livro No tempo do trem, que deverá ser lançado em fins de 2019

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ENTREVISTA

Um gaúcho que fez história em Ponta Grossa: Gersinho Gusmão abre o jogo e revela detalhes sobre o sucesso no Operário

como na vida de qualquer cidadão, empresa ou instituição em atividades pelos mais diversos segmentos da sociedade civil organizada -, já abriu portas a muitos talentos das mais diversas manifestações artístico-culturais. Da mesma forma, D’Pontapon-

ta também provocou e projetou inclusive vocações pelas mais variadas vertentes das políticas públicas, indicando e, até mesmo, revelando novas lideranças que hoje se espalham por alguns setores da chamada comunidade de ‘gente que faz e acontece’ pelo bem estar da cidade, através da qual aprendemos a conhecer e a lutar por dias cada vez ainda melhores em sociedade. *** Lá dos cafundós da Rússia, também nos inspiramos, há longa data, por um pensamento do imortal escritor Leon Tolstoi (Guerra e Paz), que deixou para a posteridade a máxima Cante a sua aldeia e serás

universal, palavras que norteiam nossa conduta editorial, desde quando nos sentimos partícipes em nos apresentar como mídia alternativa em meio às lides jornalísticas da imprensa ponta-grossense. Pelas fontes ou canais que nos fazem presentes em eventos, lutas, posições, campanhas ou até eleições em prol da nação brasileira, durante três décadas, haveremos sempre de combater, com todas nossas forças (até sobre-humanas), qualquer

NÓS TAMBÉM APOIAMOS!

ameaça à nossa ainda jovem democracia, mesmo às voltas com aqueles males desnecessários que atemorizam toda e qualquer comunidade mais séria, cantando nossa particular aldeia que amamos tanto (Ponta Grossa, Paraná, Brasil), distantes ‘anos-luz’ de propostas eleitoreiras que não devem ser levadas em consideração. Muito pelo contrário, haveremos sim de levantar a bandeira da vontade de uma nação promissora em seus mais diversos segmentos (vote consciente, vote dez medidas contra a corrupção e #seuvotoseuespelho), que deverá decidir nas urnas, em 7 de outubro, seu futuro de grandeza no cenário sócioeconômico mundo afora. Boa leitura, d’pontaponta (!).

“Creio na vitória final e inexorável do Brasil, como Nação.” - Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex-presidente do Brasil (1902-1976)

EXPEDIENTE Barbiero Comunicações Ltda. Editor: Eduardo Gusmão (mtb 019) Reportagem/Redação: Fernando Rogala (mtb 8926) Direção de Arte, Diagramação e Capas: André Luíz Waiga Consultoria Jurídica: Luís Alberto Kubaski e Newton Maurício Franco Rodrigues Comercial e Marketing: João Barbiero - Eduardo Vaz - Eduardo Gusmão - Marilyn Schlosser Foto da Capa: André Waiga - Contato Comercial: (42) 3028-0016 Assinaturas: (42) 3028-0016 | assinatura@revistadp.com.br e-mails: leitor@revistadp.com.br | comercial@revistadp.com.br Redação e Administração: Rua Balduíno Taques, 459 - Vila Estrela - Ponta Grossa

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D´PONTAPONTA

SET 2018

ANO 30

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ESPECIAL

Uma das mais tradicionais faculdades da cidade, a Secal completa 20 anos com crescimento anual superior a 20%

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ESPECIAL

Município celebra 195 anos com investimentos superiores a R$ 90 milhões em saúde, educação, habitação e infraestrutura


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Entre Aspas

Leia o que disseram alguns dos personagens que você vai encontrar ao longo desta edição da revista D’P

Todas as notícias publicadas e reportagens especiais produzidas fazem parte da história do nosso município e têm um valor histórico, social e cultural inestimável.” Marcelo Rangel, prefeito de Ponta Grossa, a respeito dos 30 anos da revista D’Pontaponta pág. 58

A faculdade é fruto do nosso comprometimento e dedicação. Com a missão de transformar pessoas, a Secal foi e é um sonho construído e cada vez mais consolidado.

Rubia Andrade Aguiar, a respeito dos 20 anos da Faculdade Secal pág. 47

“Nosso objetivo, com o auxílio às entidades assistenciais, é fazer a diferença na vida das pessoas.”

“Chegaram as novas indústrias, e isso foi mudando o estilo e a cultura do ponta-grossense”

Osmar Carlos Bonfinger, coordenador da Expo&Flor e membro do Rotary Club Ponta Grossa Alagados pág. 16

Douglas Costa, sócio-proprietário da Churrascaria Lugano, sobre a evolução do perfil da cidade desde 1998 pág. 65

Nos momentos de transição, o aparente caos significa mudança. Segundo os espíritos superiores, tudo está sob controle, sob as rédeas seguras e amorosas do Criador.”

Silvia Sgarbi, fundadora e atual presidente da Sociedade Espírita Francisco Cândido Xavier, participante na seção Debate a respeito da questão Para onde caminha a humanidade? pág. 35

A Efapi deste ano teve como finalidade a união de vários setores para abranger todos os tipos de público.

Edilson Gorte, presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais, sobre o sucesso da 40ª Efapi pág. 9 (D’PontaAgro)

“É uma conquista que não conseguimos mensurar a dimensão dela, só propriamente em 2019 que vamos ter ideia da grandeza que foi.”

Gerson Luiz Gusmão, técnico do Operário Ferroviário Esporte Clube, explicando a importância do clube disputar a Série B do Campeonato Brasileiro pág. 44

“No coração, tinha aquele sonho interno de um dia receber esse troféu também. Não via a mínima possibilidade pelo tamanho da empresa. Então, foi uma emoção muito forte.”

Jordão Bahls de Almeida Neto, fundador da J. Imave, após reconhecimento pelo troféu do Mérito Empresarial pág. 73 “Fico esperando [a D’Pontaponta] todo mês, porque tenho a certeza de que cada edição trará algo que vai acrescentar na minha vida, e essa é a perspectiva de todos os leitores.”

João Barbiero, diretor licenciado da revista D’Pontaponta e atual secretário de Estado do Esporte e do Turismo pág. 59



Cafezinho por Eduardo Gusmão editor@revistadp.com.br

‘Bandeiras de casa’ em cartões postais Com inspiração em conjuntos habitacionais das décadas de 60, 70 e 80, o escritor e professor aposentado da UEPG, Róbison Benedito Chagas lançou a série de cartões postais bandeiras de casa (Editora Estúdio Texto, Garimpo 1926, em 15/9), com bate-papo e venda do kit da obra. Os três primeiros exemplares contemplam as bandeiras de Ponta Grossa, do Paraná e do Brasil, com a utilização da técnica de tinta nanquim sobre papel comum. Para Róbison Chagas, o destaque dos cartões está na originalidade e simplicidade do trabalho, uma vez que não se declara desenhista, tanto que ele ‘mandou ver’ à época, com certa dificuldade. As três ilustrações que deram origem aos cartões foram idealizadas pelo autor em abril de 1990. “Desenho desde criança, e como sempre gostei muito de bandeiras, um dia rascunhei uma do Brasil incluindo uma casinha, lembrando dos conjuntos habitacionais das décadas de

60, 70 e 80, pois morei no Núcleo Coronel Luiz Gonzaga Pereira da Cunha, na Vila Estrela, e então coloquei em prática a ideia, sem muitas pretensões”, relata. Nos traços do autor, cada pessoa faz sua própria leitura e Róbison, naturalmente, declara a dele. “Há crítica de minha parte, até porque sempre morei numa casa dessas ‘chamadas de BNH’. Nos desenhos, existem detalhes que mostram isso. Gosto muito de bandeiras, coleciono álbuns de bandeiras de todo o mundo, e que fique claro que, em nenhum momento, quis denegrir a imagem das bandeiras Nacional, do Estado e do Município. A intenção é fazer ‘arte de casa’ nas bandeiras ‘de casa’ a partir da ingenuidade do meu traço poético”, afirma. Róbison trabalha atualmente com colagens de papel desenhados sobre bandeiras com animais típicos de cada país - três do Japão e quatro de Madagascar, mas outras bandeiras vêm por aí.

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Omakase Sukiyaki

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Referência na gastronomia japonesa em solo brasileiro, o chef carioca Eduardo Nakahara marcou presença em Ponta Grossa (6/9), especialmente para comandar, ao lado de Juliano Komay, proprietário e chef de cozinha do restaurante Sukiyaki Cozinha Oriental, um jantar a quatro mãos, com cardápio em estilo Omakase. Pra quem nunca ouviu falar do tipo de menu em questão, Juliano explica que omakase significa “deixo aos seus cuidados”, onde os convidados têm a oportunidade de provar uma sequência de oito pratos exclusivos, criados por eles. Habitués do Sukiyaki aprovaram a passagem de Nakahara pela cidade, que já trabalhou em diversas casas renomadas como o famoso Madame Butterfly, um dos pioneiros da cozinha japonesa no Rio de Janeiro, Restaurante Azumi e, atualmente, na chefia da cozinha do Restaurante Mitsuba, aclamado pela crítica, lar de personalidades e restauranteurs. “Conheci Eduardo Nakahara em 2016, quando competimos na Copa Brasil Best Sushiman, em que ele se consagrou campeão brasileiro, e daí nasceu uma grande amizade. Sempre conversávamos sobre a possibilidade de ele vir à nossa cidade mostrar aos nossos clientes um pouco do que ele faz lá no Rio de Janeiro, além de passar um pouco do seu amor pela gastronomia japonesa, que está explícito em cada um de seus preparos”, declara Juliano Komay.


Autoridades municipais e familiares da pedagoga Dinailce Cândido Cordeiro

Novo CMEI

Homenagem à

Dinailce Cândido Cordeiro A Prefeitura de Ponta Grossa, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), inaugurou mais um CMEI- Centro Municipal de Educação Infantil (4/9), que homenageia em seu nome a professora Dinailce Cândido Cordeiro, para atendimento da comunidade do Jardim Conceição e proximidades, no Bairro Neves. O CMEI já está em pleno funcionamento, atendendo 185 crianças de 03 a 05 anos. Mais de 500 pessoas prestigiaram o evento. O CMEI recém inaugurado se apresenta totalmente novo, tendo recebido investimento de R$ 2.568.438,95 – na construção de nove salas de aula, biblioteca, refeitório, cozinha, salas administrativas, parque infantil e outros espaços. A unidade de ensino, uma das 60 de Educação Infantil do município, dispõe de 25 profissionais, sendo 16 professores, além de diretora, serventes escolares, pedagoga e assistentes de educação. Nesse CMEI são atendidas famílias moradoras dos jardins Conceição, Costa Rica e Gianna, núcleos Pitangui, Conceição e Rio Verde, e Vila Margarida. A secretária de Educação, Esméria Saveli, comentou sobre o projeto de educação que está sendo desenvolvido em Ponta Grossa, com destaque para o trabalho na Educação Infantil. “Uma pessoa que, desde muito cedo participa de interações sociais de qualidade, ricas, entre colegas e na relação entre professor e aluno, terá um desenvolvimento extraordinário. Em nossa cidade, não existe escola feita para pobres, existe uma escola rica para todos”, assinalou a secretária. “Jamais conseguiríamos avançar, construir esse trabalho se não tivéssemos uma equipe forte, gestores compromissados em cada escola”, observou. O prefeito Marcelo Rangel destacou os avanços da educação no município, começando pela crescente melhoria no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), divulgado em 3 de setembro último. Ele também ressaltou os investimentos realizados para construir a escola em tempo integral. “Não teríamos conseguido implantar esse sistema em tempo integral, em nossas escolas e CMEIs, sem o apoio dos nossos professores. Para isso, precisamos de investimentos, novas escolas, refeições de qualidade. Mas, principalmente, da parceria dos nossos professores. E hoje temos mais de 80% das nossas escolas já em tempo integral”, registrou o prefeito.

Esmeria Saveli, secretária municipal de Educação


Expresso

Expo&Flor 2018

Sucesso de

público e

vendas

Feira realizada em Ponta Grossa reuniu mais de 35 mil pessoas em dez dias. Todo o lucro da venda das plantas será revertido para entidades de Ponta Grossa, capaz de contribuir com mais de 15 projetos assistenciais

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Fernando Rogala

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Comprar para ajudar entidades assistenciais de Ponta Grossa. Foi essa máxima que movimentou a Expo&Flor 2018, evento realizado entre 31 de agosto e 9 de setembro, em Ponta Grossa. Durante os dez dias, a organização estima que mais de 35 mil pessoas passaram pelas tendas, instaladas no Complexo Ambiental Governador Manoel Ribas, no centro da cidade. Esse público foi conferir os estandes e apreciar as cores, formatos e odores das mais de 300 espécies de flores, árvores frutíferas e plantas ornamentais, boa parte delas vindas de Holambra (SP), a Capital Internacional das Flores. Todo o lucro da venda dessas flores será revertido para os projetos de diversas entidades,

inscritos previamente. O evento acontece por iniciativa do Rotary Club Ponta Grossa Alagados. Superando todas as expectativas de público, inicialmente, a organização da Expo&Flor considera que o evento foi um sucesso. Afinal, com toda a movimentação financeira registrada, a perspectiva é de que mais de 15 projetos sejam atendidos (o número exato não foi confirmado, porque o balanço final não tinha sido divulgado até o fechamento desta edição). “Pelo movimento das vendas, podemos dizer que foi um sucesso, e que vamos atender os 15 projetos que já estavam previamente selecionados. O grupo está muito feliz, não tenho palavras para agradecer”, exclamou Osmar Carlos Bon-

finger, coordenador do evento e membro do Rotary Alagados. Por isso, ele destaca a relevância da participação de toda a sociedade para contribuir com as pessoas que serão beneficiadas futuramente. “O nosso objetivo, com o auxílio às entidades assistenciais, é fazer a diferença na vida das pessoas”, completa. PRESTAÇÃO DE CONTAS Nessa edição, as entidades e associações do município inscreveram 87 projetos nas mais diversas áreas, como educação, saúde e segurança, com potencialidades de gerar desenvolvimento para toda a comunidade. Uma comemoração festiva de ‘Prestação de Contas’ está marcada para dia 26

deste mês, quando será apresentado o resultado da Expo&Flor e quais foram as entidades assistenciais beneficiadas. O valor necessário para cobrir as demandas dos 15 primeiros projetos se aproxima de R$ 50 mil. Como já explicou Bonfinger, a ordem dos projetos foi selecionada de forma a contemplar aqueles que têm o melhor custo/benefício, com o potencial de contribuir com o maior número possível de pessoas, com o preço mais baixo, além de avaliar outros diversos itens em um planilhamento. Todos os projetos são colocados em uma fila de prioridades, repassando recursos ao melhor ranqueado, depois ao segundo melhor e assim sucessivamente, até aca-


Fotos: Divulgação bar o dinheiro provindo do lucro. Cabe destacar que os recursos não são repassados diretamente para as instituições, mas sim os produtos e equipamentos listados, que são adquiridos e entregues às entidades. O trâmite de aquisição e entrega dos produtos e equipamentos levará cerca de 60 dias, antecipa o presidente do Rotary Club Alagados, Antonio Renato Galvão. “Agora, estamos encaminhando o orçamento dos produtos e equipamentos que serão comprados para atender aos projetos. Então, são cerca de 15 dias do término do evento para receber os orçamentos, porque cada entidade quer ver onde vai comprar e todas as especificações dos produtos. E depois efetuar o pagamento para atender aos projetos”, relata. “Vamos atender aos 15 projetos, e a partir daí atendemos as classificações seguintes, ou seja, 16º, 17º, 18º, até onde houver orçamento”, completa Galvão. A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é uma das empresas que apoiou a realização da Expo&Flor. Nascido na região dos Campos Gerais, o diretor presidente da Copel, Jonel Nazareno Iurk, comenta sobre os objetivos do evento. “Trata-se de uma satisfação para a Copel patrocinar mais uma vez a Expo&Flor, que tem como principais fundamentos servir a população, proporcionar oportunidades de trabalho e lazer. Parabenizo a iniciativa do Rotary Club por mais um ano de sucesso no evento”, ressaltou. PROGRAMAÇÃO COMPLETA Mais do que simplesmente uma exposição e venda de produtos, a oitava edição da Expo&Flor contou com uma extensa programação. O encerramento da feira (9/9), por exemplo, ficou a cargo da 2ª Corrida Rústica. “A proposta era movimentar a cidade e envolver grande parte da população na atividade”, afirma Antonio Galvão. Toda a renda arrecadada com as inscrições da corrida foi destinada para a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi). A primeira das edições ligadas à Expo&Flor ocorreu ainda em agosto. Representantes do Rotary Club Alagados, em parceria com outros clubes de Rotary da cidade, se dirigiram até o Residencial Costa Rica, onde realizaram uma ação de plantio de 400 árvores frutíferas. Foi uma ação semelhante à realizada no ano passado, onde mudas de árvores frutíferas foram plantadas no Residencial Buenos Aires. E a ação não se resume ao plantio. “Seis meses após o plantio, voltamos até o local para verificar quais plantas se desenvol-

veram. Esse cuidado cria um espírito ambiental, principalmente, nas crianças”, explica Galvão. Um Concurso de Redação também fez parte da programação. A competição, destinada aos estudantes das escolas públicas municipais, teve o objetivo de incentivar discussões e reflexões práticas em torno da educação ambiental e proteção aos animais. Segundo a diretora do Departamento de Cidadania, Marielli Montes, as redações serão corrigidas pela Secretaria Municipal de Educação e classificadas para a premiação. A Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública participou como parceira do evento, levando palestras até as crianças. Outras iniciativas que movimentaram a Expo&Flor foram um passeio ciclístico e um Concurso de Fotografias, com o tema Flores e Plantas, com premiações em dinheiro. As fotos foram enviadas até o último dia de realização da feira. Na corrida de encerramento, com trajetos de 5 e 10 quilômetros, aliás, houve uma história de superação. O cadeirante Jorge Marcos de Arruda, premiado com honra ao mérito, revelou que este foi o segundo ano consecutivo que participou da corrida. Ele entrou para o mundo dos esportes através do halterofilismo, e após lesionar o ombro, passou para o atletismo, praticando arremesso de peso, lançamento de dardo e disco. Atualmente, com 60 anos de idade, além de participar das provas de corrida, Arruda compete em um time de basquete da cidade. “Eu passei a jogar pelo ‘MM Tubarões’ em 2005 e, no ano seguinte, comecei a fazer corridas de rua. Eu acompanho o calendário de competições em um grupo na internet e busco participar com frequência das corridas que acontecem na cidade”, conta. Uma das atrações dessa edição da feira foi um Jardim Sensorial, com o objetivo de estimular e aguçar os cinco sentidos (tato, paladar, audição, olfato e visão) por meio das plantas. Nos estandes, mais de 30 no total, foram expostos uma variedade de itens, como artesanatos, acessórios para jardim, vestuários, comidas caseiras, entre outros. A Expo&Flor também ofereceu uma ampla gama de serviços sociais. Entre as utilidades prestadas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) ofereceu cortes de cabelo e maquiagens, e acadêmicos de Farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) mediram a pressão arterial dos visitantes. A agência do INSS esteve presente para prestar orientações ao público durante todos os dias da feira.


Casa DP

Fotos: André Waiga

Gravina, uma referência em joias

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Ana Luisa Vaghetti de Souza

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História, compromisso e tradição. As Joalherias Gravina completam 112 anos de atuação na vida dos ponta-grossenses em família. Em Ponta Grossa, a marca representa uma herança que já vem de avô para filho, neto e bisneto. As lojas contam com a revenda exclusiva de relógios suíços como Tissot e Bulova, além de uma variedade de peças com diamantes, pedras preciosas e naturais. Sinônimo de joalheria na cidade, a marca oferece uma gama de produtos como anéis, brincos, colares, pulseiras, gargantilhas, pingentes e pedantifes. Considerada também ‘a loja da família’, a Gravina já se tornou partícipe de momentos familiares importantes como nascimentos, batizados, casamentos, aniversários e formaturas, desde 1906. “Tenho orgulho do nome que a gente construiu, orgulho de servir Ponta Grossa, principalmente por ser uma marca honrada na cidade, que participa das experiências mais especiais da vida da população”, relata Carlos César Gravina, ourives e atual proprietário das lojas ‘XV de Novembro’ e ‘Avenida Vicente Machado’. Referência em joias na cidade e região, a Gravina fez seu nome e incorporou sua própria credibilidade através de sua presença no comércio, há exatos 112 anos. As lojas

trabalham com produção própria e terceirizada de indústrias renomadas do setor, além de realizar consertos e avaliação de joias. A arte de fundir, laminar, soldar e moldar metais preciosos faz parte da história de fabricação das joias Gravina, peças que perduram anos e anos e são passadas de geração a geração. Sob a administração de Carlos Gravina, as Joalherias Gravina contam com duas lojas em Ponta Grossa: Gravina da XV de Novembro, a mais antiga da cidade; e Gravina da Avenida Vicente Machado. Neste mês de aniversário, as lojas

Gravina da XV de Novembro e da Vicente Machado trabalham com promoções de até 50% de desconto, lançamentos de peças inéditas e um grande sorteio. NEGÓCIOS EM FAMÍLIA Tudo começou quando Nicolau Gravina (in memoriam), aos 16 anos, mudou-se para Ponta Grossa e abriu a primeira Gravina, localizada atrás da antiga Adriática. Nicolau aprendeu as técnicas para fabricação de joias com um tio, que era ourives na Itália. Logo em seguida, a loja Gravina foi montada Rua XV de Novembro. Pouco tempo depois, Nicolau casou-se com Anita Serafini Gravina, que passou a ajudá-lo em seus negócios. Gildo Gravina (in memoriam), filho de Nicolau, depois de formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), voltou a Ponta Grossa para ajudar seu pai com os negócios em família. Desde pequeno, Gildo conviveu com a produção de joias, mas foi em 1956 que ele assumiu de fato a direção da Gravina, aliás, o único filho de Nicolau que optou pelo ramo, visto que outros irmãos de Gildo seguiram profissões distintas. Em 1975, Gildo montou uma filial da Gravina na Avenida Vicente Machado. Depois de um período, foi aberta uma loja de presentes finos na rua XV de

Novembro, nomeada como Gravina Presentes. Em meados de 1998, a Gravina abriu loja no Shopping Total, que migrou depois para o Shopping Palladium, há 15 anos. Desde 1976, Carlos Gravina (filho de Gildo) ajudou seu pai com os negócios, tornando-se proprietário das lojas XV de Novembro e Avenida Vicente Machado. “Com o tempo, eu fui percebendo que isso faz parte da minha vida. Eu nasci e cresci aqui. Com oito anos, lembro-me de fazer tarefas atrás dos balcões da loja, ao lado do relógio de chão”, reitera Carlos. Atualmente, os filhos de Carlos auxiliam na direção da marca. Carlos André Gravina assumiu a loja da Vicente Machado, enquanto a filha Anita Gravina e a avó Stella Maris Gravina contribuem com as tendências e dicas de moda em joias. Da possibilidade em abrir franquia ou novas lojas em Ponta Grossa e região, Carlos Gravina comenta que o ramo das joias se torna muito difícil de terceirizar devido ao controle de qualidade dos produtos. “Mas eu acredito que a tendência da Gravina é crescer junto com a cidade, e talvez, quem sabe, para fora daqui”, completa. As lojas Gravina contam com 22 funcionários e têm investido principalmente no o e-commerce e nas mídias digitais.



Charges


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Claudia Leitte

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Leitor/Artigo por Newton M. F. Rodrigues*

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Reflexões sobre 30 anos D’Pontaponta

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Verdade seja dita. Sempre foram duas as pontas que, ao final, se entrelaçam num arremesso projetado no tempo, sem que todavia se fechem num imaginável círculo hermético não tangenciável. Ao contrário. Jamais se romperam por mais finitas e frágeis que pudessem parecer ser, mas sim se lançarmos o olhar, saberemos que se alongaram, longitudinais, na busca do avançar num mergulho pelo espaço quase sideral da informação & cultura, pois foi assim que Ponta a Ponta pontificou, se disse ser e se fez fazer, e assim se apresentou nas origens, quando surgiu desse modo peculiar, ou seja, de ponta a ponta, ou como se escreve hoje: D’Pontaponta. Não era jornal, não era panfleto, não era cordel. Até aqui indefinida, mas, não sem caráter, foi se apresentando ao seu público leitor, até assumir seu atual formato de revista. Mas sempre foi ponta a ponta, deixando-se ver pelo interior de suas páginas por onde se desvendam crônicas, poemas, reportagens, críticas, cartuns e informações gerais. A voz D’Pontaponta se fez ecoar por toda a cidade de Ponta Grossa- veja que quase coincidência-, espalhando-se pelos Campos Gerais, porque afinal a voz de que se fala é a voz de todos, é a voz de uma multidão. Absolutamente, não! Não atingiu a maioridade. Muito menos beira a senilidade, pois frascos de nascituros e ímpetos de adolescentes tonificaram suas raízes, circulando fortemente em suas veias, preservando suas origens, unindo-se às experiências dos maduros por determinação de seus editores. Foram e são centenas, milhares de registros que regurgitam nas lembranças dos que conheceram a publicação, desde sua primeira timidez, daqueles tempos que pareciam novos - para nós que também éramos jovens -, logo substituída pela ousadia que continua pelos tempos do agora, que também parecem novos, pois, na verdade, navegamos nessa pós modernidade. Enfim, vivemos a era do tempo

fugaz, tempo em que tudo é substituível, que escapa pelos dedos, que é objeto de troca, de escambo. Mas nem tudo se troca ou se substitui, visto que existem coisas que devem ser respeitadas, conservadas, relembradas: exemplo da revista que permanece. Por ele então jornal e hoje revista, passaram e continuam passando num frenesi nomes que deixaram seus registros em folhas esparsas, naquelas ansiadas edições que todos ensandecidos buscavam nos pontos de entrega ou de distribuição. ‘Pois é’, como dizem. O tempo passou e agora estamos nós dois aqui, nos olhando com um olhar que olha trinta anos atrás, rememorando naquelas páginas, folhas evanescidas, coloridas de um preto e branco descolorido, mas acalentado, pois vejo seus exemplares no meu arquivo pessoal e posso folheá-los, e posso ler de novo o que já havia lido com o mesmo respeito, e ainda com o mesmo prazer que senti naqueles anos. Hoje, ela (a revista) sorri envaidecida, quase espiritualizada, apresentando-se numa capa de papel brilhante, de textura espessa, mas delicada, de páginas macias que deslizam, perpassando entre os dedos do leitor, e até se nota, se percebe um certo sabor olfativo, algo que o papel exala, um cheiro hermético e gostoso. Em suas páginas internas, encontramos um celeiro de informações, entre diversas matérias, e literatura para sorver, mensalmente. Finalmente, essas reflexões são sobre todas as pontas e d’pontas que conheci permeadas pelo tempo, e que afinal de contas se resume em só uma, única. As pontas de ponta a ponta nunca deixaram de se provocar, balançando nos quadrantes equidistantes do espaço etéreo, do oficio a que se propôs: fazer-se D’Pontaponta a revista por quem todos nos apaixonamos! Ao amigo Eduardo Gusmão, a quem se deve a existência D’ Pontaponta. *Newton Maurício Franco Rodrigues, advogado, escritor, leitor e consultor jurídico D’Pontaponta



Mídia & Publicidade

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SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Ana Luisa Vaghetti de Souza

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1 #SEUVOTOSEUESPELHO:

Conscientizando a população sobre a importância do voto. A nova campanha da Olé Propaganda, #seuvotoseuespelho, em parceria com a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), traz uma reflexão sobre as Eleições de 2018. Com o objetivo de colocar o cidadão como único responsável pelas suas escolhas, a campanha foi lançada em 22 de agosto. A proposta começou a ser pensada em julho e ganha espaço agora em defesa da necessidade do eleitor se informar sobre os candidatos. O intuito visa ainda debater sobre o voto branco e nulo, ressaltando que o protesto somente tem validade, quando o cidadão vota em alguém. O voto é uma representação do indivíduo, a escolha na urna é um espelho de cada cidadão. A campanha traz frases de incentivo como Pior que a corrupção, é a omissão; Quem vende o próprio voto, vende os seus direitos; e Não se ausente, vote consciente.

versidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no início de setembro. Nomeado pelo reitor Miguel Sanches Neto e vice Everson Augusto Krum, Afonso afirma que a ideia principal da Coordenadoria é modernizar e digitalizar em grande medida o trabalho realizado pela Comunicação da UEPG. Para a nova gestão, o objetivo é potencializar a variedade dos formatos da produção jornalística e inserir a Universidade nas mídias sociais, como forma de aproximar a instituição de alunos, professores e vestibulandos. Com graduação e mestrado em Jornalismo pela UEPG, Verner já trabalhou no Portal aRede e Jornal da Manhã, teve experiências de coberturas políticas de três eleições (2012, 2014 e 2016) e de casos importantes no setor criminal. Além disso, o jornalista possui uma pequena empresa que presta consultoria em comunicação. Afonso Verner atua também como professor do curso de Publicidade e Propaganda na UniCesumar.

2 RPC DE CARA NOVA: Em 20 de agosto último, o Paraná TV ganhou

4 AS CRIANÇAS NA TVE: O programa E as crianças, como vão? foi lança-

um novo nome e identidade visual. O Meio-Dia Paraná substituiu o Paraná TV 1ª edição, transmitido no horário do almoço, e o Boa Noite Paraná entrou no lugar do Paraná TV 2ª edição, que vai ao ar no início da noite. O formato, horário e apresentadores foram mantidos. A mudança na parte visual do programa trouxe características mais modernas e alinhadas com o projeto gráfico da Rede Globo. Houve alterações nas vinhetas, nas cores institucionais e paletas, na tipografia e opções gráficas do telejornal. Luciana Marangoni, diretora de jornalismo da RPC, explica que o objetivo principal das mudanças é estar ainda mais próximo dos paranaenses. “As alterações nos nomes representam a maneira como nosso público já chama os nossos telejornais. Um jeito mais simples, mais moderno e mais direto para a nossa conversa diária”, destaca a diretora.

3 COMUNICAÇÃO DA UEPG: O jornalista Afonso Verner, 25, passou a integrar a Coordenadoria de Comunicação Social (CCOM), da Uni-

do em 12 de setembro último, na TV Educativa (Canal 58.1 / NET Canal 8), por iniciativa da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), através da Comissão de Proteção à Criança e Adolescência (CPCA). A ideia da Comissão surgiu de uma palestra realizada na ACIPG, que reuniu profissionais de diversas áreas de atuação, preocupados com os vários tipos de violência à criança e ao adolescente. O programa apresentado pela psicóloga doutora Deuza Avelar busca debater assuntos como pedofilia, agressão física, psicológica e moral, bullying, suicídio, dependência digital e saúde. Transmitido todas as quartas-feiras, às 20h45, o programa tem como público alvo as famílias. A proposta objetiva trazer como entrevistados profissionais de renome nacional. O lançamento do programa contou com a presença do doutor Guilherme Shelb, procurador regional da República em Brasília e ativista na prevenção da violência e criminalidade infanto-juvenil. O espaço na TV Educativa foi cedido pela Prefeitura de Ponta Grossa, através da Câmara Municipal.



Saúde

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Vinho, um santo remédio!

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Responda rápido: beber vinho todo dia faz bem para a saúde ou é um mito? Há polêmica envolvendo o assunto, especialmente por ser uma bebida alcoólica, mas quem respondeu, afirmativamente, está correto. A milenar bebida, retratada na Bíblia, inclusive na época de Jesus, traz muitos reflexos positivos, sim, para o corpo humano. Entre eles, redução nos índices de problemas cardíacos, pressão arterial, previne o envelhecimento e até mesmo resulta em menor prevalência de depressão, entre outros. Mas sempre é bom ressaltar que isso tudo ocorre com o consumo consciente, até porque o excesso pode trazer uma série de efeitos negativos e prejudiciais à saúde. “Vários estudos revelam que indivíduos com o hábito de consumo moderado diário de vinho desfrutam de reduções significativas em mortalidade, por todas as causas, e particularmente cardiovasculares, quando comparados com indivíduos que se abstêm ou que bebem álcool em excesso”, resume Fernando Torres, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Europeia de Cardiologia. Conforme ele explica, o principal agente neste caso é o resveratrol, que tem efeitos cardioprotetores, que pode proteger contra alguns tipos de câncer e prevenir alguns tipos de perda de visão. “Pesquisas científicas demonstraram que as moléculas presentes nas uvas e no vinho alteram beneficamente o metabolismo celular”, completa. Soraya Câmara de Luca, sommelier desde 2012, apaixonada pelo vinho e estudiosa

da bebida, esclarece sobre algumas características dos diferentes tipos de vinhos. “O resveratrol, um antioxidante, é um polifenol especialmente encontrado nas sementes e ‘cascas’ de uvas escuras - quanto mais intensa a cor do vinho maior a concentração. Um exemplo de uva com casca escura é a Tannat, uva típica do Uruguai. Outra uva, mais conhecida, é a Cabernet Sauvignon”, explica ela, que fez curso em Portugal e agora espera a resposta do Curso WSTE 1, que é uma certificação internacional. De outro lado, Fernando Torres relata que as uvas e as bagas são uma fonte melhor de resveratrol do que o vinho tinto. “Por isso, é mais provável que a ingestão dessas seja mais saudável do que beber vinho”, informa. Contudo, a ingestão de álcool de forma moderada também tem seus benefícios, tornando o vinho uma combinação completa. “Um pouco de bebida alcoólica, e especialmente vinho tinto, parece aumentar os níveis de ácidos graxos ômega-3 no plasma. Eles apresentam um papel coadjuvante na proteção contra doenças cardíacas”, completa. Neste caso do álcool, beber de forma moderada o etanol, em qualquer tipo de bebida (e aqui podemos incluir cerveja), melhora o metabolismo das lipoproteínas. Outros estudos observacionais sugerem que o consumo moderado e regular de álcool está associado ao menor risco de eventos cardiovasculares, incluindo infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca incidente, e são seguros em hipertensão tratada e após

infarto do miocárdio. “Um estudo chamado GISSI-HF demonstrou a segurança e melhorou a qualidade de vida associada ao uso moderado de vinho em pacientes de alto risco cardiológico com insuficiência cardíaca bem tratada”, informa o cardiologista. E a lista de benefícios não termina aqui, relata Soraya, que ainda lista a proteção contra arteriosclerose, hipertensão, diabetes tipo 2 e diminuição do colesterol ruim. DOSE CORRETA Sobre a dose recomendada, os homens devem ser limitados a duas, e as mulheres não devem beber mais do que uma dose padrão por dia. No vinho, essa dose corresponde a cerca de 150 ml’s (uma taça). Quem exceder, informa Torres, está sujeito a hipertensão arterial, cardiomiopatia alcoólica, esofagite, gastrite, cirrose hepática, disfunções neurológicas diversas, entre outras. “Alerta-se também para os danos sociais do consumo exagerado de álcool, como causa de acidentes automobilísticos, acidentes de trabalho e perda de produtividade - isso tudo sem considerar a relação estrita entre consumo excessivo de bebida alcoólica e violência”. Para jovens e adolescentes, porém, esse consumo pode trazer impactos negativos no desenvolvimento físico e emocional. Para encerrar, Fernando Torres deixa outro grande alerta: pessoas com problemas de alcoolismo não podem consumir bebida alcoólica, nem mesmo o vinho na dose recomendada.



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SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Luxo e tecnologia para celebrar em alto mar

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O Caribe é o destino do Celebrity Edge, um dos mais modernos cruzeiros do planeta. Pronto para zarpar em dezembro deste ano, o navio da Celebrity Cruises alia a mais alta tecnologia ao conforto, tudo para proporcionar uma experiência inesquecível ao viajante. Essa será a primeira viagem do cruzeiro, que foi construído com foco em inovar o conceito de design. Quando em operação, o Celebrity Edge será um dos maiores navios em atividade nos oceanos. Seu comprimento de 306 metros é equivalente a 80 carros populares enfileirados, maior que o ‘RMS Titanic’, que tinha 269 metros. Sua largura é de 39 metros, e em altura são mais de dez andares flutuantes. Todas essas características e com todos seus equipamentos serão quase 130 mil toneladas flutuantes, movimentadas a 21,8 nós (ou seja, algo perto de 40 km/h). Ele é capaz de transportar 2.908 pessoas, mas com uma tripulação que pode passar de mil pessoas, o Celebrity Edge comporta mais do que quatro mil humanos. As dimensões, contudo, são valores de menor importância nessa embarcação, porque acima da quantidade de pessoas a palavra mais levada em conta é qualidade. O luxo se faz presente nos mínimos detalhes, e o entretenimento é a palavra-chave, para o qual uma série de espaços foram dedicados. Os hóspedes que adquirirem uma suíte, por exemplo, têm acesso a um local que oferece uma área exclusiva, denominada The Retrat, com piscina privativa, serviço de mordomo, música ao vivo, restaurante e lounge 24 horas. Um dos conceitos mais levados a sério no projeto foi a versatilidade, como a utilizada no Rooftop Garden. Aliás, como o próprio nome sugere, trata-se de um jardim na parte superior do navio, que traz um ambiente com sofás, bar e restaurantes de todos os tipos, propício para relaxar, ouvir música ao vivo durante o dia e a noite. No período noturno, também é possível assistir a um filme em um telão. O Magic Carpet, ou tapete mágico, em português, é uma das maiores exclusividades: trata-se de uma moderna plataforma elevatória do tamanho de uma quadra de tênis, que pode mudar de função e localização, devidamente equipada com bar, sofás, mesas e palco para música ao vivo. No deck mais alto do navio, por exemplo, o Magic Carpet se transforma em um restaurante com uma magnífica paisagem. Ao se movimentar verticalmente entre os andares, assume diferentes funções em cada deck. Em um deles, por exemplo, se transforma em um bar, que se estende pela área principal da piscina. Em outro deck, funciona como o restaurante perfeito para jantares românticos, sob a luz do luar. Noutra posição, também pode formar uma extensão da área de desembarque para as excursões em terra.

CABINES EXCLUSIVAS A maior e mais luxuosa cabine da frota Celebrity é a nova Suíte Iconic, com 176 metros quadrados. Posicionada no ponto mais alto do navio, abaixo da ponte de comando, ela permite que os seus hóspedes desfrutem da mesma vista deslumbrante do capitão. Por sua vez, as suítes Penthouse oferecem banheira de hidromassagem e serviço de mordomo, além de sala de estar e o acesso ao The Retrat. Já as cabines Edge possuem varanda infinita e, com o toque de um botão, é possível integrar cabine e varanda em um único ambiente, ou então transformá-la em um espaço a céu aberto. Todas as cabines possuem tela touchscreen para serviço de quarto, através de comandos que também permitem mudar a temperatura, personalizar a iluminação e os serviços. DETALHES E RESERVAS Mais informações sobre os itinerários e os preços das cabines poderão ser conferidos junto à J. Degraf Viagens e Turismo, agência ponta-grossense que oferece os pacotes ao Celebrity Edge. Outros detalhes podem ser obtidos através dos telefones (42) 3220-7307 e (42) 98833-8270, ou então pelo e-mail marcia@jdegraf.com.br. A agência está instalada na Rua Coronel Dulcídio, 1086 – Centro – Ponta Grossa-PR.

*Marcia Degraf Rua Cel Dulcidio 1086 | Centro - Ponta Grossa Fones: (42) 3220-7307 / (42) 98833-8270 e-mail: marcia@jdegraf.com.br msn: marciajdegraf@hotmail.com skype: marcia.degraf WhatsApp: (42) 98833-8270


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Enfoque

“No tempo do trem” SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Eduardo Gusmão

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D

esde seu desembarque em Ponta Grossa, mais precisamente há 25 anos, ele sempre fez questão de dizer que paga seu imposto predial e territorial urbano em dia. Isso ganhou visibilidade e se tornou notório, porque ele assinava suas crônicas como escritor, cronista ou professor da UEPG, no então jornal e hoje revista D’Pontaponta, acrescentando Paga IPTU em Ponta Grossa, desde 1993. No entanto, “Miguel Sanches Neto ganhou notoriedade (mesmo!) como romancista e crítico literário, escrevendo para algumas das principais publicações nacionais”, segundo entrevista concedida ao jornal Cândido, da Biblioteca Pública do Paraná. Na oportunidade da entrevista feita por Guilherme Sobota e Yasmin Taketani, há alguns anos, Sanches Neto revelou ‘por que, apesar de tantos obstáculos, o ser humano ainda persegue a escrita: “Porque há algo que nos coloca um osso na garganta. Escrever é tirar este osso. Então escrevo porque tenho muita facilidade para me engasgar com ossos”. Autor de obras consagradas em versos e prosa, a exemplo de Chove sobre minha infância, Hóspede secreto, Um amor anarquista, A primeira mulher, Chá das cinco com o vampiro, A segunda pátria, A bíblia do Che e A Bicicleta de Carga e Outros Contos, Miguel Sanches Neto, hoje reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, presenteia a cidade em seu mês de aniversário, assim como o leitor D’Pontaponta, pela passagem dos 30 anos de circulação deste periódico, cedendo-nos, com exclusividade, fragmentos do livro No tempo do trem, sobre a Estação Saudade, que o SESC-PR vai publicar em fins de 2019, quando da entrega prevista da obra restaurada do prédio da estação. Confira a seguir.


Miguel Sanches Neto

O NASCIMENTO DA CIDADE FERROVIÁRIA TEMPOS VELOZES Em sua famosa visita à Província do Paraná, em 1880, o Imperador D. Pedro II se internou pelo Estado, saindo da capital a caminho de Castro, então o grande município do interior. O itinerário, feito em carruagens e a cavalo, passava por Campo Largo, Palmeira e Ponta Grossa para alcançar o fim da linha. Da capital a Ponta Grossa, gastaram-se três dias em deslocamentos de até 15 léguas entre uma localidade e outra. Menos de duas décadas depois, já sob a égide progressista da República, o trajeto de Curitiba a Ponta Grossa podia ser feito confortavelmente em pouco mais de meio dia. O trem da Estrada de Ferro Paraná vencia os quase 200 quilômetros em uma velocidade para a época espantosa – 35 quilômetros por hora. Uma composição que saía às 5h50 de Curitiba chegava à recém-inaugurada Estação Paraná às 13h35. Com isso, houve uma diminuição da distância entre a capital e o interior. E o Estado como um todo começou a sofrer a grande modificação de seu perfil social, econômico e cultural. A partir da inauguração dessa via, Ponta Grossa assume uma nova importância no mapa do Brasil, confundindo-se com a própria ideia de modernização do interior, acelerando o projeto de urbanização e industrialização. O PROJETO DA LINHA-TRONCO A grande ferrovia colonizadora, que iria abrir os sertões do Sul, criando cidades, e dando uma importância antes inimaginável para Ponta Grossa, nasce de uma iniciativa política e empresarial do engenheiro mineiro João Teixeira Soares, no apagar da monarquia brasileira, embora esta linha vá ficar identificada à República. Apesar de alterado no novo governo, o decreto n. 10.432, de 9 de novembro de 1889, assinado pelo Imperador a poucos dias da proclamação da República, é um dos documentos mais importantes do Sul do Brasil, tanto para o bem (o desenvolvimento das regiões sertanejas ou simplesmente selváticas) quanto para o mal (destruição industrial de florestas e os conflitos populares em torno da posse da terra). O Sul moderno começa com essa concessão de crédito e terras devolutas.

A partir desse privilégio régio, renovado pela República, Teixeira Soares traçou uma linha entre os dois pontos – a Vila de São Pedro de Itararé, em São Paulo, na divisa com o Paraná, e a Vila de Santa Maria da Boca do Monte, na região da hoje cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. No Paraná, destacavam-se como polos os municípios de Castro e Ponta Grossa e a Freguesia de Nossa Senhora da Vitória, no Rio Iguaçu. Para o projeto da ferrovia, ele fez o levantamento topográfico se valendo da orientação de fazendeiros, agricultores e tropeiros que conheciam a região, já cortada pelo caminho de muares. Depois da transferência da concessão, picotando os trajetos, e com dinheiro europeu para o empreendimento, a estrada de ferro começou a ser feita, ao mesmo tempo em que reinventava as regiões por onde passava. A futura Estrada de Ferro São Paulo / Rio Grande nos colocou no mapa, tornando a cidade um destino habitual, ponto de passagem e de estabelecimento de grandes figuras da economia, da arte e da ciência, sem deixar também de atrair os aventureiros. CIDADE-CONVERGÊNCIA A grande mudança que o Estado sofreria, e com ele Ponta Grossa, ocorre principalmente pelas iniciativas daquele que talvez tenha sido o inventor do Paraná moderno. Quatro vezes governador (1892-1893; 18941896; 1900-1904; 1908-1912), senador por seis legislaturas, Francisco Xavier da Silva (Castro, 1838 – Rio, 1922) fez importantes inovações administrativas, o que permitiu a mudança completa de uma região que D. Pedro II achou pouco desenvolvida. Entre suas ações de planejamento, o Presidente da Província, em seu primeiro mandato, criou, em 27 de abril de 1892, através da Lei n. 1, a Secretaria de Estado de Obras Públicas e Colonização, em consonância com a política de estradas colonizadoras. A particularidade desse novo órgão era pensar o investimento do governo em infraestrutura com um objetivo muito específico: o apoio para a vinda de colonos, preferencialmente, estrangeiros. Esta nossa vocação de solo e de clima para receber os colonos justificaria o investimento da Pro-

víncia nas estradas de ferro. Em seu relatório de 4 de outubro de 1892, ele defende o investimento em estradas para atrair o imigrante que quer se estabelecer em áreas novas, que proporcionem meios de escoamento da produção. Se não fossem criadas estas condições, o povoamento produtivo do Estado estaria condenado ao insucesso. Lembra o gestor que “o serviço de imigração liga-se intimamente ao de viação pública”. E defende as melhorias das vias já existentes e a integração delas aos ramais da linha férrea de Sorocaba, que ainda não havia alcançado o Paraná, e à malha paranaense que fazia a ligação entre Curitiba e Paranaguá. Acreditava que o gasto público com estradas teria retorno em termos de prosperidade para todo o Paraná, cuja riqueza estava na grande quantidade de terras devolutas, que poderiam ser usadas para a colonização. No relatório de 20 de outubro de 1894, já na sua segunda administração, o Dr. Xavier da Silva volta ao mesmo tema: “Uma das necessidades é cortar de estradas o vasto e riquíssimo território do Estado, e melhorar as existentes”, comunicando as nossas principais regiões entre si e com a capital. A primeira grande ação neste sentido foi a ampliação dos caminhos de ferro até Ponta Grossa. Começados os trabalhos em 1891, os trilhos chegam à cidade em 1894. “A estrada de ferro Paranaguá a Curitiba, ora prolongada até a cidade de Ponta Grossa, e brevemente///o será até a Vila do Rio Negro, é a grande artéria para a qual devem convergir, e efetivamente convergem, as principais estradas do Estado”. Está se consolidando como projeto político um fortalecimento da vocação integradora de Ponta Grossa, uma compreensão vinda do tempo dos tropeiros. O castrense Francisco Xavier da Silva resume o seu plano geral de viação pública do Paraná, com uma frase que nos situa na modernidade: “Melhorar essas estradas, [...] convergindo todas para a cidade de Ponta Grossa”. A PRIMEIRA GARE A maquinização da viagem transfere a velocidade aos núcleos urbanos a que chega. Há várias maneiras de se observar isso. Uma delas é pelo surgimento de novos prédios,


Enfoque

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

que precisam ser construídos em ritmo de urgência. Enquanto se fazia a ligação dos trilhos entre a capital e os Campos Gerais, era erguida a estação, em dois pisos, com feições coloniais, lembrando os casarões da região. Assim surge a Estação Paraná, inaugurada no dia 2 de março de 1894. O prédio atendia ao fluxo de passageiros/// e cargas de e para Curitiba e Paranaguá. Ponta Grossa tinha então a sua gare e começava a fazer mais deslocamentos, a receber visitantes, encorpando o seu comércio. O edifício poderia ser considerado como definitivo se não estivesse em curso outra obra de grande vulto. A Estação Paraná já surgia fadada a se tornar insuficiente. Dominará o transporte na cidade por breves seis anos, pois o vetor capital-interior era apenas parte do projeto de cortar o Estado com ferrovias. Alastrava-se em nossa direção a linha que uniria São Paulo ao Rio Grande do Sul. Um traçado que tinha o objetivo de acoplar os três estados sulinos ao eixo do desenvolvimento econômico e da força política do Brasil: São Paulo / Rio de Janeiro.

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A NOVA ESTAÇÃO A inauguração da Estação Ponta Grossa aconteceu com uma viagem em meados de dezembro de 1899. Período significativo. Nos últimos dias de um século, o que recobria as atividades da linha de um simbolismo progressista. O século XX irrompia com promessas de desenvolvimento para a cidade e para o Estado. A abertura do tráfego estava prevista para julho de 1899, mas as chuvas que caíram insistentemente ao longo do ano atrasaram as obras da construção das estradas. Assim, o prédio da estação foi concluído com antecedência, ficando pronto antes dos trilhos. O que resultou em uma bela metáfora. Como se a majestosa estação esperasse, sonhadoramente, toda pintada de branco, pela chegada dos caminhos vindos das duas direções no primeiro trecho então posto em uso: Piraí do Sul / Rebouças. Diferentemente da Estação Paraná, cuja principal marca era a solidez, esta nascia carregada de preocupações artísticas, o que lhe dava leveza de linhas. Com um projeto eclético, arquitetura neoclássica e art nouveau, precisava causar impressão nos futuros viajantes de outros estados e de outros países. Tal investimento artístico comunicava a importância da própria cidade nesse novo momento. Atenderia aos requisitos de uma estação de primeira classe, com confortos, serviços e materiais que são ícones do Paraná. Vitrine da região, ela demonstraria o progresso do lugar e o que ele podia oferecer.

Nesse sentido, podemos dizer que a nova estação cumpriria uma função publicitária, apresentando Ponta Grossa e o Paraná às pessoas que passassem por ela. VIAGEM INAUGURAL A viagem das autoridades federais para a inauguração do novo trecho de 229 quilômetros começou no Rio, e foi feita por mar até Paranaguá, uma vez que a integração por terra ainda não havia acontecido. Uma comitiva de figuras ilustres toma o paquete Santos, da Companhia Loyd Brasileiro, em estado de euforia cívica – o Brasil começava a rasgar os sertões do Sul. O presidente da Estrada de Ferro, Dr. Antônio Augusto Fernandes Pinheiro, é a figura principal, o grande anfitrião. Há muitos engenheiros, representando a empresa ou entidades de classes. E jornalistas dos principais órgãos da imprensa, para registrar a conclusão da primeira etapa da obra-maior da engenharia da época. Para dar a dimensão simbólica dessa viagem, que os jornalistas chamavam de excursão, os convidados seriam alimentados pela famosa confeitaria Colombo, a mais imponente do Rio, e para tanto seguiam juntos o seu proprietário e 19 empregados, contratados para preparar as refeições em todos os trajetos, tanto nos marítimos como nos terrestres. Essa trupe foi aumentada pelas lideranças e pelos jornalistas locais, quando da chegada à capital do Paraná, depois de subirem a Serra do Mar deslumbrados com os feitos da engenharia moderna. Entre os novos excursionistas estava o secretário de Viação do Paraná, Cândido de Abreu, representando o governo. Saem em comitiva da estação de Curitiba, às 23 horas do dia 15 de dezembro, viajando a noite toda no trem especial da Estrada de Ferro do Paraná. Chovia, mas isso não atrapalhou em nada a viagem aos Campos Gerais, pois o trem levou o tempo normal de sete horas, para vencer os 199 quilômetros de trilhos. Eram 6 horas da manhã, quando pararam na Estação Ponta Grossa, em pleno alvorecer. A comitiva foi recebida em grande estilo. Não eram as pessoas apenas que estavam sendo esperadas, mas também o trem da Estrada de Ferro do Paraná, que fazia a primeira conexão com o novo prédio e a nova linha, extremamente moderna, tornando o outro sistema subitamente superado. A inauguração, no entanto, não aconteceu na plataforma nem no interior da estação, visto que começou com uma atitude diplomática do presidente da Câmara de Ponta Grossa (cargo equivalente ao de prefeito), Ernesto Vilela, que conduz os convidados para um arco levantado na artéria urbana criada

para dar acesso à estação. O arco foi construído com pequenos arbustos e coberto de folhas e flores. Havia ali uma surpresa para o dirigente maior da empresa de engenharia. A via que colocaria a estrada de ferro e a cidade em contato ganhou o seu nome – Avenida Fernandes Pinheiro. Era um agradecimento ao homem que ajudou a reinventar Ponta Grossa a partir do traçado ferroviário. Homenagem justa, com novos desdobramentos ainda nessa ocasião. A solenidade aconteceu ao som triunfal da banda Aurora Ponta-grossense, sob a direção de Manoel Cirilo Ferreira, que anunciava aos visitantes os talentos da terra. Depois do discurso de Ernesto Vilela e do vigário (João Baptista de Oliveira) benzer a estação, às 8h30, todos tomaram o trem e foram conhecer as “máquinas locomóveis” nas oficinas, na Colônia do Pelado, área que depois seria conhecida como Bairro de Oficinas. Depois do vigário benzer os edifícios, onde pendiam os grandes nomes de personalidades da ciência, todos entraram nos vagões puxados pela máquina Itararé, enfeitada com ramos, flores e bandeiras, e fizeram a viagem inaugural do trecho Ponta Grossa / Piraí do Sul. A banda tocou no trajeto, enquanto a comitiva, engordada pelas autoridades locais, contemplava os campos à margem. Às 12h30, chegavam à estação de Castro, onde 108 pessoas almoçaram nos armazéns adjacentes, em um banquete preparado pelos profissionais da Confeitaria Colombo. Um pedaço do Rio de Janeiro aristocrático transportado até nossa região. Às 15h30, estacionavam em Piraí do Sul para novos festejos, mais discursos e mais um banquete, até escurecer e começar o retorno, em clima de euforia ainda, pois era noite de eclipse lunar. A dimensão acanhada daquela Ponta Grossa se faz então evidente. Não havia quarto de hotel para todas as pessoas da comitiva. Alguns conseguiram lugar para dormir em casas particulares e muitos passaram a noite nos confortáveis carros de passageiros da empresa. O que facilitou a vida desses, pois, às 6h30, o trem partia para Rebouças no mesmo ritmo triunfal, com a Banda Aurora Ponta-grossense a bordo, para ir inaugurando as estações do caminho, com paradas para saudações, discursos e vivas. Entre as gares, estava a de Fernandes Pinheiro, mais uma homenagem ao presidente da Companhia. Voltam a Ponta Grossa no começo da noite e tomam os trens mais rústicos da Estrada de Ferro do Paraná para chegar em Curitiba na madrugada seguinte. As distâncias começavam assim a encurtar.



Debate

Para onde caminha a

humanidade?

Diante do cenário atual e das incertezas para o futuro, reportagem ouve especialistas de diversas áreas, que respondem a uma pergunta bastante ampla e ‘aberta’, expondo sua visão sobre o que esperam do ‘desconhecido’

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Fernando Rogala e Ana Luisa Vaghetti de Souza

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Duas questões, com apenas seis palavras, linguisticamente facílimas de serem escritas, formam os maiores mistérios da humanidade. De onde viemos? Para onde vamos? O passado mais longínquo e futuro mais longínquo. Os animais são curiosos, e o homo sapiens em si, como aquele com maior capacidade cerebral, sempre busca ter uma resposta para tudo, envolvendo coisas materiais e imateriais. Para o passado, há justificativas, mas ainda assim bastante abstratas, sobre a origem do universo e da vida, mesmo para os cristãos e darwinistas. No tocante ao futuro... Bem, esse se apresenta como um completo desconhecido em todos os sentidos. O que se tem de concreto gira em torno das próximas décadas, e são fatos nada animadoras, como a escassez de recursos naturais, de água a alimento, seja pela poluição ou crescimento da população – afinal, se aumenta o número de habitantes, cada vez mais se reduz o espaço para a produção alimentícia. Há debates sobre guerras, sistemas econômicos, a precocidade dos humanos e a própria globalização, além de temas polêmicos, como legalização de drogas, união de iguais, aborto, etc. A tecnologia já revoluciona a humanidade e, nas próximas décadas, isso também gera muitos questionamentos. E isso vai além do fato do temor do desemprego, mas de uma geração quase híbrida: a utilização da tecnologia para potencializar as capacidades humanas com microchips será real? Quando? Em uma discussão mais ampla se podem incluir questões além das humanas, como as relacionadas com a vida além da terra, com extraterrestres. E como não pensar sobre doenças ou pandemias que estão por vir? Ou então a cura para o que é mortal hoje em dia? Mas a principal questão, talvez a mais temida pela maioria, fica por conta da morte. Há reencarnação, vida após a morte, céu e inferno? Ou seria realmente o fim de tudo? O que o motiva a viver e o que o conduz? Se o ditado diz que “o que move o mundo são as questões”, justamente para ouvir um pouco sobre o que pessoas, dos mais diversos setores da sociedade, pensam sobre isso, a reportagem da revista D’Pontaponta deixou uma pergunta bastante aberta: “Para onde caminha a humanidade?”. Confira o que cada um tem a dizer a respeito.


ADRIANO KRZYUY

MARCELO EMILIO

presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação - Assespro-Paraná

pós-doutor em Astronomia, professor adjunto e pesquisador do Observatório Astronômico da UEPG

“O futuro que nós estamos construindo vai ser um resultado de tudo que planejamos e hesitamos tecnologicamente em torno de nós. É natural que, com o passar dos tempos e toda a nossa história, o homem crie e implemente uma série de invenções e inovações tecnológicas muito importantes. Podemos fazer referência da escrita à matemática, até chegar aos tempos atuais dos computadores, smartphones, aplicativos que hoje impactam diretamente o que nós realizamos. Tudo isso vai se somando e se cristaliza nas culturas como um todo, o que vai garantindo nossa sobrevivência e permanência aqui na Terra. Nesses últimos anos, a gente vê uma aceleração no processo tecnológico, culminando em uma grande quantidade de informações, que acaba sendo gerada simultaneamente, sensibilizando todo o futuro da humanidade. Isso acarreta um empoderamento muito forte do ser humano e um acesso à informação que impacta toda a humanidade e seu futuro.”

CARLOS WILLIANS JAQUES MORAIS doutor em Filosofia da Educação, professor adjunto da UEPG e pesquisador da área de Ética, Comunicação e Filosofia Política

“O atual cenário em que se encontra a sociedade global é desalentador. Não se deve pensar que a saída para tal cenário requer simplesmente educação. Tal pensamento seria salvacionista e ingênuo, e recairia nas estratégias filosófico-educacionais que são severamente criticadas por visões histórico-críticas. Ou seja, faz-se necessário tratar o cenário social em que nos situamos sem exclusivismos nem ufanismos, mas de modo racional e prospectivo, nos limites do mundo da vida. O respeito às diferentes expressões culturais é necessário em vista da convivência pacífica entre os indivíduos, desde que as mesmas não representem uma ameaça à vida humana. A intolerância representa um dos maiores empecilhos para a criação de uma ordem política e jurídica mundial: as pessoas não estão sensibilizadas e formadas para, se necessário, abrir mão de suas práticas culturais locais. O fundamentalismo moral e cultural dificulta uma visão mais ampla das relações entre as pessoas enquanto um valor. É muito difícil exercer a tolerância mediante o reconhecimento do direito à diferença, sobretudo das minorias étnico-raciais.”

“A astronomia possibilita preencher algumas das necessidades básicas do homem: a necessidade de conhecer, a necessidade de explorar e a necessidade de aprender. Considerada como uma das mais antigas ciências, a sua contribuição ao atual estado de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias é inegável. Fazem parte do nosso dia a dia tecnologias que foram desenvolvidas estudando e explorando o espaço sideral. Há poucas décadas, descobrimos o primeiro planeta que orbita um daqueles pontos brilhantes que observamos à noite. Até então, conhecíamos planetas que giravam ao redor de nosso próprio Sol. Hoje, estamos construindo instrumentos que serão capazes de explorar a atmosfera desses planetas e verificar a possibilidade de abrigarem vidas. O telescópio Gigante de Magalhães (GMT), o telescópio Europeu Extremamente Grande (EELT), o telescópio de Trinta Metros (TMT), o telescópio espacial James Webb, entre outros, permitiram explorar o cosmos como jamais fizemos. Novas e empolgantes descobertas nos aguardam.”

SILVIA SGARBI fundadora e atual presidente da Sociedade Espírita Francisco Cândido Xavier e apresentadora do programa televisivo Presença Espírita (TV Vila Velha / Net 16) há 11 anos

“O mundo vive uma aparente desconstrução das bases que formaram a história da civilização e aquilo que ontem tinha valor, hoje vai se esmaecendo e apagando sem que se possa se agarrar em pilares seguros e robustos semelhantes àqueles construídos no passado. Nos momentos de transição, o aparente caos significa mudança. E segundo os espíritos superiores, tudo está sob controle, sob as rédeas seguras e amorosas do Criador. O progresso tem seu preço, e esse custo está sob as costas dos homens que no momento habitam o planeta, que têm o compromisso de melhorar a casa onde vivem, sustentados por espíritos compromissados com o orbe terreno. Apoiados pelo amor de Deus, cada habitante do planeta deve dar o seu quinhão de serviço para a construção da felicidade, para que a humanidade prossiga sua história em busca da plenitude espiritual. Por mais desanimadora pareça a época em que vivemos, tudo se encaminha para o equilíbrio, como acontece após a tempestade, onde o sol volta a brilhar e a limpeza da atmosfera faz o ar se tornar puro e refrescante. Creiamos no futuro, mas façamos a nossa parte, pois somos seres integrantes das leis universais, e o comportamento de cada um reflete no conjunto.”


Debate

ALEXANDRE ARACEMA

ÉRICO RIBAS MACHADO

103 anos de idade, professor aposentado de Odontologia da UEPG, ex-vereador (1963 /1983) e ex-presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa (1965/66 e de 1977/79)

doutor em Educação, professor adjunto da UEPG e coordenador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Pedagogia, Pedagogia Social e Educação Social (NUPEPES)

“É uma questão muito difícil de responder. Acredito que não existe uma resposta certa para isso. Eu acho que o meu comportamento de vida é algo que hoje não se usa mais. Politicamente, as coisas mudaram para pior, daí os exemplos que vemos nos meios de comunicação de políticos sendo presos e tendo atitudes que já esperávamos. Hoje, eu não me candidataria mais a cargos na política, porque a população já associa político com roubo e corrupção. É muito difícil viver nesse meio. Hoje, a política está muito mal, com comportamentos e posicionamentos ruins. Eu diria que o segredo da vida, para obter sucesso, é ter bons comportamentos e seguir algumas regras básicas como ‘não fumar, não beber, não mentir, não roubar e não matar’. Esses atos devem ser condicionados ao ser humano.”

“Paulo Freire e Vygotsky afirmam que o ser humano está em constante busca, um ser incompleto. É uma característica da humanidade a eterna caminhada, ou seja, é inerente a essa espécie sua vontade de ir além, seguir uma direção à procura de algo. Existem argumentos filosóficos que confirmam essa vocação de caminhar em busca da felicidade, que parece sempre inalcançável. Pode-se afirmar que a humanidade está em eterna jornada a caminho do destino, mas qual o endereço? Atualmente aparece uma bifurcação no trajeto, de um lado o caminho seguirá, no outro o precipício. A humanidade parece estar em dúvida.”

#SEU VOTO SEU ESPE LHO NÃO SE AUSENTE DE UMA RESPONSABILIDADE QUE REPRESENTA QUEM VOCÊ É



Servidores da Justiça Federal têm cursos do Expresso Mundo Melhor O Instituto Mundo Melhor (IMM) iniciou a realização de cursos para os servidores terceirizados da Justiça Federal de Ponta Grossa a partir do Expresso Mundo Melhor. Equipado com infraestrutura para oferecer cursos e palestras, o ônibus já levou atividades através do uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para a oferta de cursos de capacitação on-line. A parceria da Justiça Federal com o IMM foi firmada após reunião entre a presidente do Instituto, Cirlei Pauliki, e o juiz federal de Ponta Grossa, Antônio César Bochenek. Esses cursos ofertados pelo IMM são ferramentas que permitem a realização de capacitação profissional aos trabalhadores terceirizados. Os cursos são disponibilizados também para familiares dos funcionários e menores aprendizes lotados no Fórum da Justiça Federal. Segundo Bochenek, trata-se de uma ótima oportunidade para aperfeiçoar e qualificar o pessoal que trabalha no Fórum, oferecendo possibilidades para os trabalhadores melhorarem de vida.

IMM projeta novas parcerias para ampliar ações junto à sociedade

Instituto MM assina convênio com ‘Liga Desportiva de Ponta Grossa’ Com o objetivo de expandir suas ações, o Instituto Mundo Melhor (IMM) assinou convênio com a Liga Desportiva de Ponta Grossa e o Memorial de Basquete da cidade. A parceria foi celebrada com o presidente da Liga, Oscar Pereira Júnior, e a presidente do IMM, Cirlei Pauliki. A partir do convênio, o IMM deverá atuar em parceria com as entidades a fim de disseminar a prática esportiva como ferramenta de educação e de saúde. O público alvo envolve adolescentes da rede pública de ensino. Para tanto, o IMM e a Liga Desportiva já estudam também a criação de um curso online com a história do basquete em Ponta Grossa.

O Instituto Mundo Melhor (IMM) projeta novas parcerias para ampliar a rede de ações realizadas junto à sociedade. Nas últimas semanas, a presidente do IMM, Cirlei Pauliki, se reuniu com membros da Associação Paranaense de Empresas de Tecnologia de Informação, do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Ponta Grossa (Siemaco/PG) e do Escritório Bittencourt/Saraiva Advogados Associados. Na reunião com titulares do escritório de advocacia, Cirlei Pauliki e Fernando Saraiva trataram sobre a produção de material online de cidadania e controle social para os colégios estaduais de Ponta Grossa e região. “Eu gostaria de preparar voluntários que propagariam entre crianças e adolescentes uma noção de cidadania e Estado numa linguagem bem acessível e compreensível”, ressaltou Saraiva. No encontro, também participou a sócia da banca de advocacia, Heloísa Fortes Bittencourt. Com a Associação Paranaense de Empresas de Tecnologia de Informação, a ideia visa estreitar os laços para fomentar a produção de novos módulos de ensino de informática para os jovens atendidos pelo IMM. Por sua vez, o encontro com integrantes do Siemaco/PG abordou a possibilidade do IMM implantar na sede do sindicato uma sala virtual para ofertar cursos on-line para os membros associados à entidade voltados à qualificação profissional.

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

‘MP de Minas Gerais’ conhece ações desenvolvidas pelo IMM

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Uma equipe do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) esteve visitando in loco as atividades desenvolvidas pelo Instituto Mundo Melhor (IMM). A presidente do IMM, Cirlei Pauliki, e a promotora da Vara da Infância e Juventude, Vanessa Harmuch Perez Erlich, recepcionaram a equipe do MP-MG, que pode conhecer as ações dos projetos Jovem Mãe, Escola Restaurativa e Expresso Mundo Melhor. As atividades realizadas pelo IMM poderão servir de exemplo para ações a serem praticadas em Minas Gerais. Na oportunidade, ainda, também foi debatida a possibilidade de uma parceria entre o Ministério Público de Minas Gerais e o Instituto Mundo Melhor.



Sobrerodas por Fernando Rogala rogalafernando@gmail.com

Aventador SVJ quebra recorde em Nürburgring O traçado Nordschleife, de Nürburgring, na Alemanha, já se tornou a meca para os testes automotivos, há algum tempo. Se uma montadora produz um supercarro, é para lá que ele é conduzido, para expor seu potencial ao mundo. Quem fez isso, no final de julho, foi a Lamborghini. Com a Porsche engasgada na garganta, após ver o 911 GT2 RS cravar 6:47 no final do ano passado, tirando o antigo recorde da Huracán, a montadora italiana levou ao circuito a versão mais extrema do Aventador, a SVJ. E não fez feio: reduziu esse recorde para 6:44,9, baixando em 2,3 segundos o antigo recorde. Depois da divulgação desse recorde, a Lamborghini deixou os entusiastas sedentos por mais informações durante algumas semanas,

até quando finalmente foi lançado, nos últimos dias de agosto, revelou todos os detalhes. Sua incrível relação peso/potência, de 1,98 kg/cv, foi obtida com a potência de 770 cavalos junto a um carro com 1.525 quilos. Valor bastante baixo para um Aventador, que conta com um enorme motor de 12 cilindros em V e tração integral. Além disso, um dos diferenciais para o recorde foi o eixo traseiro esterçante. Comparado com os outros ‘Aventadores’, o SVJ exibe uma grande asa traseira, uma dianteira refeita e recortes com ângulos mais agressivos, inclusive na tampa traseira. O recorde foi alcançado com pneus Pirelli P Zero, especiais para esse modelo. Para ter um dos 900 produzidos, o interessado deverá desembolsar € 350 mil.

Volkswagen prepara o ‘substituto’ do Gol

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Novo sedã de entrada para a Mercedes-Benz

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Fabricante de carros de luxo, a alemã Mercedes-Benz está ampliando sua gama de modelos, para expandir mercado. Em uma coluna recente aqui na revista D’Pontaponta, a picape média Classe X foi destaque, e agora um novo modelo foi confirmado para o Brasil, servindo como porta de entrada para a marca. Trata-se do Classe A sedã. Baseado na versão hatch, ele vem para encarar o Audi A3, bastante querido entre os sedãs premium no país. Com visual bastante agressivo da linha 2019, exibindo muitos vincos, chama mais a atenção do que o conservador rival da marca das quatro argolas. A princípio, ele vem com duas opções de motorização. O modelo de entrada será a 1.3l turbo, com 163 cavalos – ou seja, mais forte que o propulsor do rival. Já a mais completa será equipada com um 2.0l, também turbinado, que atinge 190 cavalos. Em ambas as opções, destaque para o torque, de 25,5 kgfm e 30,4 kgfm, respectivamente, que garantem muita força mesmo em baixas rotações. Os propulsores serão acoplados ao mesmo câmbio automático com sete marchas. O painel terá design bastante futurista e não haverá os instrumentos analógicos: velocímetro, conta-giros, indicador de combustível, entre outros, estarão ilustrados em uma tela digital. Previsto para chegar em 2019, os valores de comercialização ainda não foram confirmados.

Por exatos 27 anos, o Volkswagen Gol reinou absoluto no mercado brasileiro como o carro mais vendido. O posto foi perdido para o Fiat Palio em 2014, e depois para o Chevrolet Onix, que assumiu a liderança. Acontece que, em seguida, a Volkswagen apostou no Up!, um modelo que tinha de tudo para ocupar esse posto deixado pelo veterano: projeto moderno, leve, com plataforma nova, motor de três cilindros, considerado um dos mais econômicos do segmento e um modelo bastante compacto, perfeito para o trânsito urbano – e isso sem falar que é um dos mais seguros entre todos os carros fabricados no Brasil. Inexplicavelmente, ele nunca ‘decolou’ em vendas. Para tentar preencher a lacuna de alguns anos fora do topo, a Volkswagen decidiu que será com o Gol que deve retomar essa colocação. Mas será um projeto 100% novo, a ponto de a montadora ficar em dúvida se continua empregando esse nome ou se adota uma nova nomenclatura. Ele deve chegar ao mercado dentro de pelo menos dois anos. Como ainda resta um tempinho razoável e não há mais informações a respeito do projeto, resta se contentar com a versão do Gol 2019, que ganhou um tapa no visual, adotando a grade e os faróis maiores – como os que já eram usados no Gol Track e na Saveiro. Na mecânica, também há alterações: a versão top de linha ganhou uma nova calibração no motor MSI, que passa a render 120 cavalos, e é acoplado a uma transmissão automática, de seis velocidades. Tudo isso por R$ 54,5 mil.





Entrevista

/ Gersinho Gusmão

O comandante

Assista em vídeo

dos títulos alvinegros ‘Gersinho’ Gusmão comandou o Operário na conquista de três taças e segue à frente do clube em um feito histórico: disputar a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol | por Fernando Rogala

Há exatamente dois anos e meio, uma decisão mudaria a vida de Gerson Luiz Gusmão. Em março de 2016, o gaúcho, nascido em Novo Hamburgo, aceitara o convite de treinar o Operário Ferroviário Esporte Clube, sequer imaginando o que o destino lhe reservava. Afinal, assumiu quando o clube tinha acabado de ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Paranaense. Embora um novato como técnico, visto que o Operário foi o segundo clube que assumiu profissionalmente, três meses após debutar com o time de sua terra natal, o ‘Fantasma’ não era um clube desconhecido: no ano anterior, ‘Gersinho’ foi o auxiliar técnico de Itamar Schülle na campanha campeã de 2015. Agora, aos 44 anos, em seu currículo constam três títulos (incluindo a Série B do Paranaense e a Série D do Brasileirão) e o fato de elevar o alvinegro à Série B do Campeonato Brasileiro. Paixão desde criança, o futebol passou a fazer parte de sua vida quando ingressou na ‘escolinha’ de base do Novo Hamburgo. Ele passou por todas as categorias do time até estrear como profissional. Como jogador, atuando como meio campo ou lateral esquerdo, também passou por clubes como Criciúma (SC) e Brasil de Pelotas (RS), entre outros, inclusive disputando a segunda divisão na Alemanha, no SSV Ulm. Pendurou as chuteiras em 2007, para cursar Educação Física, no ano seguinte, e iniciar os trabalhos na área técnica, no Novo Hamburgo. Nascido em uma família de colorados, não esconde que torcia pelo Internacional na infância. “Mas quando comecei a enfrentar, comecei a perder o amor pelo Inter”, resume. Confira a entrevista a seguir. Primeiramente, o que representa ser o técnico de um time de tanta história, centenário como o Operário, especialmente nesse momento tão importante? É um motivo de satisfação poder dirigir uma equipe do tamanho do Operário. Fico feliz de estar à frente de um time dessa grandeza, que está crescendo. Mas sempre ciente da responsabilidade que isso representa, por ter uma torcida muito grande e apaixonada. Então, é uma mistura de felicidade com responsabilidade.

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

De fato, o Operário mantém uma campanha invejável quando joga no Germano Krüger. O quão importante é o papel dos torcedores para o bom desempenho nesses jogos em casa? A torcida do Operário é especial e foi fundamental para o crescimento, para as conquistas. Ficamos muito fortes dentro de casa, justamente por isso, por ter o apoio sempre. É uma torcida que joga junto com a equipe a partida inteira, apoia, canta, então, é um dos pontos fortes que a nossa equipe tem.

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Quando assumiu o Operário, quais eram suas metas? Imaginava que passaria os próximos anos aqui e com tanto êxito? Vim para um projeto, a convite do Álvaro (Góes), de buscar uma competição nacional para o clube participar em 2017, tendo visto que tinha caído para a segunda divisão [do Paranaense]. A ideia era proporcionar um calendário que o clube não tinha. Então, foi um desa-

fio muito grande, porque tivemos que montar um elenco de jogadores totalmente novo para jogar essa competição, que era Sub 23. E fomos campeões invictos, que deu direito a disputar a Série D do ano seguinte. Foi ali que começou essa ascensão do Operário, a sequência de bons resultados e títulos. Qual é o sentimento em comandar o Operário na ascensão para a Série B? O sentimento é de dever cumprido. É uma conquista que não conseguimos mensurar a sua dimensão, só mesmo propriamente em 2019 poderemos ter uma ideia da grandeza que foi. É sentimento de ter feito o melhor para ter contribuído para o Operário ter chegado a essa competição. Agora, o Operário disputará a segunda divisão do Brasileiro. Acha que tem potencial para subir para a Série A? Qual seria o lugar ideal para o OFEC? Acho que o clube vem crescendo e se estruturando. Quando vem obtendo resultados, é que a gestão que é feita no clube, desde a diretoria, passando pela comissão técnica, principalmente pelo lado do futebol, está bem organizada. Vamos para a Série B, que é um patamar muito acima do que vínhamos disputando em termos de investimentos, com clubes maduros, que já jogaram a Série A. O futebol hoje, sempre falo, é um esporte muito nivelado, então, falar que o Operário não tem condição de chegar a uma Série A é algo que não podemos dizer. As coisas vão ser definidas

dentro de campo e acredito que temos condições de fazer uma grande temporada. Sabemos que vai ser uma competição muito dura e precisamos estar preparados para passar por todas as dificuldades que vamos encontrar. No decorrer desses anos, quais foram os diferenciais para que o Operário mantivesse essa campanha sólida, forte, com títulos e subindo no ranking da CBF? É um conjunto de situações. Primeiro uma gestão feita pela diretoria, muito competente, que nos dá tudo o que a gente precisa em termos de suporte, melhorias, condições, estrutura física, manutenção da comissão; um planejamento muito bem feito. E principalmente a base de grupo de atletas, que é essencial para conseguir os resultados: conhecer aquilo que o atleta pode render, e você conhece isso somente quando tem tempo de acompanhar todo o crescimento e evolução do seu grupo. Gersinho, cada treinador tem seu jeito de trabalhar. Qual é a sua característica? Preza mais pelo individual, pelo coletivo, por jogadas ensaiadas? Como você ‘trabalha’ os jogadores? A primeira coisa de que não abro mão é disciplina, em termos de comprometimento e responsabilidade. Sou técnico que exige muito no dia a dia, não vejo equipe vencedora, se não tiver muito trabalho durante a semana; acho que o resultado de jogo começa a ser conquistado durante toda a semana, e não apenas nos 90 minutos de jogo. Hoje, no futebol existem


treinos mais curtos e muito intensos. Então, essa minha maneira de trabalhar, disciplinador, com muita intensidade, exige o máximo que o atleta pode render dentro de suas características. Entendo que o coletivo hoje é fundamental em relação à parte individual. Trabalhei com vários treinadores, procurei tirar aquilo que entendia melhor de cada um, para montar um próprio. E temos um grupo que tem ambição de buscar resultados, e isso contagia todo mundo que está perto. Há algum técnico que você coloca como uma referência para seu trabalho? Afinal, qual é sua inspiração? Minha maior inspiração é o trabalho do meu grupo, é aquilo que eu vejo durante a semana. O que me motiva a melhorar é ver a resposta daquilo que a gente propõe, ser aceito e ser executado em campo. Essa é a minha maior inspiração. O que a cidade de Ponta Grossa significa em sua vida, Gersinho? Eu fui muito bem recebido aqui, e minha família está completamente adaptada à cidade. Então, é uma cidade que nos acolheu muito bem, e só pensamos em retribuir da melhor forma possível, com trabalho, com esforço e resultados dentro de campo. É uma cidade que vem crescendo também, e estamos muito felizes em poder ser morador dessa cidade, poder estar participando de todo esse processo de crescimento, e vendo a alegria que Ponta Grossa vive hoje. E o que vai significar para a cidade ter um time na segunda divisão do Brasileirão? A cidade merece, acima de tudo, pelo tamanho, pela paixão do seu torcedor. O futebol é o esporte do país, e conseguir colocar o Operário na Série B foi um feito muito grande. São poucas equipes que conseguem esse feito, especialmente em se tratando de cidades do interior; as capitais mais populosas têm número maior de torcedores e as coisas são mais fáceis. Gersinho, hoje você é o técnico com mais tempo à frente de um clube entre as divisões do Campeonato Brasileiro. Já recebeu muitas propostas para comandar outros clubes? Pretende continuar aqui? Realmente, no futebol brasileiro, não é algo comum ficar dois anos e meio à frente da mesma equipe. Isso é algo que eu valorizo bastante, então, tenho muita gratidão com o Álvaro. É claro que quando você tem resultados expressivos, sempre aparecem propostas. Apareceram algumas desde a Série D, e agora após o acesso. Mas recusei todas, porque ainda tenho meu foco na Série C, tenho contrato com o clube até o final do ano, e o Álvaro tem minha palavra que, até o fim do ano, eu ficaria por aqui. A minha ideia é permanecer, e acredito que a tendência é que isso aconteça, então, só se acontecer uma coisa muito diferente, que seja muito boa para mim, para não continuar. Dizem que em time que está ganhando não se mexe. Então, como estão as negociações a respeito do time? A maioria dos jogadores deve continuar? Temos vários atletas com contrato mais longo, alguns até 2020. Outros não têm compromisso, mas o clube tem interesse, então, a tendência é que grande parte do elenco permaneça. É claro que um ou outro que acabar se destacando e receber uma proposta muito boa, pode ser que o Operário não consiga segurar. Mas vão ser poucos e o torcedor pode ficar sossegado. E dentro do planejamento, novas contratações virão para reforçar. Em equipe que se está ganhando não se mexe, mas se melhora!

Foto: André Waiga


Especial

/ Faculdade Secal Os campi da Faculdade oferecem um melhor conforto para os acadêmicos

Faculdade Secal

Fotos: Divulgação

Exemplo de empresa familiar de sucesso Instituição de ensino chega aos 20 anos em Ponta Grossa e mostra que

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

mantém qualidade e dedicação a toda região dos Campos Gerais

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Da Redação

Faculdade Secal completa, neste ano de 2018, a marca de 20 anos em Ponta Grossa. Por suas salas de aula já passaram milhares de profissionais que hoje atendem a cidade e a região. Outros estão em vários cantos do país, colocando em prática o que aprenderam com os professores dos cursos da instituição. Atualmente, são mais de 1,6 mil alunos, instruídos por docentes que, em sua maioria (61,3%), são mestres e doutores, gerando 200 empregos diretos e aproximadamente 600 indiretos. Desde 2012, a Secal apresenta um crescimento médio de 21% ao ano. Antes do ensino superior, a família Aguiar, fundadora da faculdade, tinha um escritório de contabilidade em Mandaguari, no Norte do Paraná. O sonho de ensinar teve início com o avô das atuais diretoras proprietárias, José Barros de Andrade. Assim, Weider Barreto Aguiar e Eunice Campos de Andrade Aguiar juntaram as economias que possuíam e com a filha Rúbia, que tinha três anos de idade, se mudaram para Ponta Grossa, em 1978. “Sabíamos que Ponta Grossa se destacaria no Paraná, por isso, quisemos investir aqui”, explica Weider. “E não nos arrependemos”, confirma Eunice.


Assista em vídeo Eunice e Weider Aguiar, fundadores da Secal

PRIMEIRO, UMA ESCOLA O casal montou um colégio, o São Vicente Pallotti, que era uma escola para ensino supletivo de primeiro e segundo graus. O colégio atingiu o número de 1,4 mil alunos já no ano da inauguração. A iniciativa cresceu tanto, que tiveram que aumentar e ter uma sede própria para a escola. Para ter essa sede, um carro recém-comprado entrou no negócio, as economias que o casal tinha juntado por anos, além de pagamentos parcelados. O resultado foi o prédio central da Faculdade Santa Amélia (Secal). A instituição recebeu esse nome em homenagem à avó das diretoras proprietárias, Amélia Augusta Campos de Andrade. As filhas Katya e Isaura nasceram e cresceram pontagrossenses. Estudaram em escolas da cidade, se formaram, fizeram pós-graduação e quando os pais decidiram que era hora de se aposentar, foram elas que assumiram a direção. Hoje, Rúbia, Katya e Isaura Andrade Aguiar são três administradoras que buscam manter a essência do ensino com qualidade, um legado que, segundo elas, não vem somente dos pais, mas também dos avós, que, mesmo com poucos estudos, fizeram o que puderam para educar os filhos, boa parte deles professores formados. “Montávamos escola no bairro e juntávamos os colegas para brincar que éramos professoras”, lembra Katya. “Mas, era escola séria desde criança, pois os alunos, que eram meninos e meninas da vizinhança, tinham que aprender”, completa Isaura, a filha mais nova. “Foi influência dos nossos pais. Nós os víamos trabalhando, fazendo planos de aula em papel isopor e queríamos fazer igual”, explica Rúbia, a irmã mais velha. Porém, a administração da escolinha do bairro virou algo bem maior, a brincadeira ficou séria, elas cresceram em idade, profissionalmente e atualmente gerenciam uma Faculdade com nota quatro de conceito e com cursos 100% reconhecidos pelo Ministério da Educação. Poucas instituições de ensino no país têm essa qualidade.

Isaura, Katya e Rúbia Andrade Aguiar, diretoras da Secal “A faculdade é fruto do nosso comprometimento e dedicação. Com a missão de transformar pessoas, a Secal foi e é um sonho construído e cada vez mais consolidado”, exalta Rúbia. “O impacto que a instituição tem hoje é gigantesco. Quando você vê os alunos se formando, é um sentimento de missão cumprida”, explica Katya. “Nós não fomos forçadas pelos nossos pais. Pegamos para nós um sonho que era deles. Essa união de forças não soma, multiplica. Nós queremos que as pessoas sonhem com a gente também”, afirma Isaura. SECAL COM NOTA 4 NO MEC Com 20 anos de qualidade e tradição no ensino, a Faculdade Secal tem nota 4 no Ministério da Educação (o MEC avalia em uma escala de 1 a 5), o que comprova a excelência da Instituição de Ensino Superior (IES). Devido a sua competência edu-

cacional, neste ano de 2018, a faculdade passou a oferecer a Educação a Distância (EaD), também com nota 4. Atualmente, a Faculdade Secal conta com oito graduações presenciais (Administração, Ciências Contábeis, Direito, Jornalismo, Gestão de Produção Industrial, Gestão de Recursos Humanos, Letras e Pedagogia); e duas graduações a distância (Gestão Pública e Gestão de Recursos Humanos). A maioria dos professores são mestres e doutores, promovendo um ensino de propriedade para todos. Além de graduações com alto índice de qualidade, a Secal conta com duas pós-graduações (Gestão de Negócios e Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria) e duas Segundas Licenciaturas (Letras e Pedagogia), que oportunizam aos licenciados em qualquer área o crescimento profissional e novas possibilidades de atuação, em no máximo 15 meses.


Especial

/ Faculdade Secal

A Secal conta com laboratórios para auxiliar os alunos

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Por conta disso, a partir deste ano de 2018, a instituição passou a oferecer a Secal Idiomas. Com o material didático da maior empresa de educação do mundo, a Pearson, a Secal disponibiliza à comunidade o ensino da língua inglesa. São três tipos diferentes de curso com o objetivo de promover o melhor aprendizado aos estudantes, e assim destacá-los em suas profissões.

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OPORTUNIDADE PARA TODOS A Faculdade Secal oferece inúmeras possibilidades para que toda a comunidade possa se graduar no ensino superior. A instituição tem vários convênios com diversas empresas da cidade e da região dos Campos Gerais, inclusive com a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. As parcerias oferecem descontos para os colaboradores de até 30% nos cursos, para que esses tenham uma melhor formação profissional e contribuam para o desenvolvimento do município e região. A Secal também possibilita aos alunos de escola pública descontos especiais nas graduações, que chegam a 40%, o que reforça a

preocupação da faculdade com a educação da sociedade como um todo. Além disso, ao final do ano, a instituição tem o Vestibular Social, o qual oferece bolsas de estudo de 50% até 100%, dependendo da nota final do candidato. ESCOLA DE IDIOMAS Com a intenção de transformar a vida das pessoas, a Faculdade Secal já oferecia em todas as graduações o ensino da língua inglesa. Esse aprendizado ao longo do curso traz aos alunos e alunas da Secal um diferencial no mercado de trabalho, afinal, a instituição sempre buscou a excelência e visou oportunizar aos alunos a melhor educação.

RESPONSABILIDADE SOCIAL Nesses 20 anos, a Secal sempre se mostrou preocupada com temas além da educação. A faculdade foi a instituição pioneira na região a realizar um trote solidário, em 2005. De lá para cá, inúmeras ações sociais foram elaboradas pela Secal: Semana do Meio Ambiente, Declare Certo, Oficinas em Comunicação, Semana da Afro-Consciência, Livres para Ler, Falando em Família, entre outros. Todo esse trabalho foi reconhecido com o Selo de Responsabilidade Social pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). A instituição também é uma das entidades destaque no informativo semestral do PRME Chapter Brazil da ONU. As empresas que compõem o PRME (Princípios para Educação Executiva Responsável) são aquelas que compartilham de lideranças responsáveis, as quais estão preparadas para atuar com sustentabilidade e responsabilidade social. O PRME é uma plataforma global das Nações Unidas (ONU) de engajamento voluntário para as escolas de negócios e outras instituições de ensino superior. Menos de 30 instituições em todo o Brasil estão no quadro de parceiras da iniciativa e a Secal é uma delas.


Biblioteca da Secal conta com aproximadamente 20 mil volumes

APROVAÇÃO E RECOMENDAÇÃO Mais do que os números positivos, os alunos recomendam. “É incrível a capacitação do corpo docente. Professores sempre muito presentes e preocupados em transmitir da melhor maneira possível o conhecimento. Sem dúvida alguma, ter escolhido a Secal para realizar minha formação acadêmica é algo de que me orgulho muito”, afirma Matheus Duvoisin, acadêmico de Direito. Tatiane Cançado, também acadêmica de Direito, que se transferiu de outra faculdade para a Secal, confirma a qualidade do ensino. “Estou amando as disciplinas, professores, colegas e, principalmente, as oportunidades de participação em projetos de extensão”, enaltece. Além dos acadêmicos, os egressos da faculdade confirmam a qualidade da Secal e como ela transformou suas vidas. Juliano Schein, formado em Administração em 2014, afirma que a graduação o fez crescer pessoalmente e profissionalmente. “Acredito que a Secal me ajudou muito. Foram quatro anos de crescimento e, nesses anos, aprendi muito como valorizar pessoas e ter uma visão geral de empresas e negócios. Esses pontos agregaram valores ao meu modo de pensar e, com certeza, abriram novos horizontes para minha carreira profissional”, exalta Schein. Outro exemplo parte do egresso Maxwell Correia de Oliveira, graduado em Ciências Contábeis em 2017. Sócio proprietário de um escritório, ele explica que a graduação foi um diferencial. “O curso teve uma excelente contribuição para que obtivesse êxito no exame do CRC-PR e tirasse minha Carteira de Identidade Profissional. Sou muito grato

a todos da Secal e, principalmente, aos mestres professores”, afirma Maxwell. ESTRUTURA DE PRIMEIRA Criada em 1998, a Sociedade Educativa e Cultural Amélia - Secal tem a missão de transformar pessoas e ser referência no ensino superior dos Campos Gerais. A instituição conta com três unidades, todas localizadas no centro de Ponta Grossa (Unidade I – Barão do Cerro Azul, 827, Centro; Unidade II – Largo Professor Colares, Centro, 35; Unidade III – Rua Júlio de Castilho, 642, Centro), e tem uma ótima infraestrutura com acessibilidade a pessoas com deficiência, o que oportuniza o ensino para todos. Para Gabriel Fonseca, acadêmico do curso de Jornalismo e deficiente visual, a Faculdade Secal disponibiliza a melhor estrutura possível. “A faculdade tem uma ótima acessibilidade. Os professores sempre adaptaram as aulas e os materiais para que eu pudesse

ter o melhor ensino. Desde o início eu fui muito bem recebido por todos os profissionais”, elogia Fonseca. As Unidades contam com espaços para estudos, laboratórios e salas de aula que oferecem as melhores condições aos acadêmicos. Além disso, a Secal conta com a Biblioteca Eunice Campos de Andrade Aguiar, que tem aproximadamente 20 mil volumes: livros, monografias, mapas, revistas eletrônicas, VHS, CDs, DVDs e periódicos. Os alunos têm acesso à biblioteca tanto no espaço físico como on-line. A Faculdade Secal é a instituição de ensino superior Privado com maior tradição na cidade de Ponta Grossa e tem transformado inúmeras vidas. Para outras informações referentes a toda estrutura, que somente a Secal oferece à comunidade, basta acessar o site (www.secal.edu.br), mandar mensagem no WhatsApp pelo (42)9 9107-6446 ou por meio da Central de Atendimento (42) 3220-6700.


Especial

/ Jaguariaíva

‘Jaguariaíva’ celebra 195 anos

com investimentos para o futuro

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Cidade celebra aniversário com inaugurações e o desenvolvimento de obras orçadas em mais de R$ 95 milhões, que foram aplicados nos últimos meses para deixar o município pronto a encarar o crescimento nas próximas décadas

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Uma das 15 cidades mais antigas do Paraná, Jaguariaíva completa, em 15 de setembro, 195 anos. Nascida a partir do desenvolvimento da economia nacional, através do tropeirismo, que movimentava o comércio de carne do Rio Grande do Sul (Viamão) para São Paulo (Sorocaba), o município alicerçou-se no campo para se desenvolver e hoje tem na indústria sua principal base de riquezas. Como um dos mais importantes municípios da região dos Campos Gerais, com uma população estimada em 34,6 mil habitantes, a prefeitura realiza grandes investimentos para manter o município em posição de destaque estadual em diversos aspectos. Somente no ano passado e ao longo deste ano, por exemplo, os valores aplicados em saúde, educação, infraestrutura e habitação já somam R$ 95 milhões. Presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), José Sloboda, ou simplesmente ‘Juca’, não nega a satisfação em ocupar a cadeira de prefeito nesse momento histórico, em que Jaguariaíva comemora 195 anos. O que mais o motiva, segundo ele, é poder deixar sua contribuição para o futuro. Até porque a

modernização da cidade quase bicentenária é um dos pontos principais da gestão, especialmente no quesito mobilidade urbana, para suportar o crescimento vindouro. “Demos início ao processo com a instalação de semáforos em alguns pontos estratégicos da cidade; à revitalização da Praça Getúlio Vargas; da Avenida Antônio Cunha, que recebeu recape asfáltico, passeios, sinalização viária e arborização; implantação de ‘mão inglesa’ na rua lateral da praça, e também na travessa Guérios Mansur Lopes, instalação de rampas de acessibilidade nos passeios e piso podotátil”, destacou. A origem dos recursos de quase R$ 100 milhões aplicados desde 2017 tem procedência mista. Além dos investimentos próprios, há recursos dos governos estadual e federal. “Jaguariaíva vem passando por grandes transformações, numa importante e constante revolução em setores primordiais como a saúde, educação, infraestrutura, habitação e no desenvolvimento social, que envolvem obras, ações e realizações em todos os cantos da cidade, zona urbana e rural, atendendo as necessidades e reivindicações da população”, justifica Sloboda.


INVESTIMENTOS E DESENVOLVIMENTO Para mostrar um pouco da evolução da cidade, o prefeito Juca menciona algumas das diversas obras realizadas nos últimos 20 meses, começando pela educação, assunto pelo qual ele tem uma consideração especial. “Além de reformas e revitalizações em todas as escolas municipais, rurais e urbanas, houve a construção de novos Cemeis e escolas, como por exemplo, a nova Escola do Jardim Samambaia, Professora Rosa Collete, que teve um investimento de mais de R$ 3 milhões”, lembra. Diversas quadras de esporte foram construídas, proporcionando oportunidades de esporte e lazer para jovens, adultos e crianças, como no Jardim São Roque, e nas escolas Maria de Lourdes Oliveira Taques e Prefeito Aristides Soares, bem como o campo sintético de futebol society, na Vila Kennedy, entre outros investimentos. “A entrega anual de uniformes e material escolar em toda rede municipal de ensino, merenda de qualidade, a aquisição de tablets e lousas digitais para alunos das quintas séries também são ações que visam o melhor para nossas crianças”, completa. Na zona rural, houve reforma, ampliação e revitalização de escolas e unidades de saúde, instalação de academia ao ar livre no Morro Azul, além da manutenção e recuperação constante de pontes e estradas rurais, mais a ampliação do sistema de abastecimento de água em diversos bairros. São ofertados, para todos os moradores, programas como Jaguariaíva

Sorriso Infantil, Olhar Jaguariaíva, Jaguariaíva Sorridente, Implantes Dentários, palestras educativas, atendimentos especializados e serviços de convivência. De acordo com dados da prefeitura, cerca de 88,94% da população tem a aprovação da saúde, entre outros motivos, segundo Sloboda, pelo atendimento humanizado, transporte diário de pacientes para consultas e tratamento de média e alta complexidade a outros municípios, e aquisição e distribuição de medicamentos, através das farmácias municipais. Na saúde, houve grandes investimentos para reformas e readequações no Hospital Carolina Lupion, que teve seu telhado totalmente substituído e recuperado, com readequações internas, e o início do funcionamento do Laboratório Municipal de Análises Clínicas. A reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde Adélia Kojo e a revitalização das demais Unidades de Saúde estão em andamento. “Não podemos esquecer da construção da Capela Mortuária no Primavera, os sanitários públicos ao lado da Estação Cidadã, a revitalização e ampliação do CAPS Vovó Tonica e as sedes dos CRAS Primavera e Pedrinha, a instalação de 12 academias ao ar livre na zona urbana, entre outras”. Há também cuidados com o desenvolvimento social, com dois novos CRAS, um Creas atuante, dois serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, além da Casa Lar, que abriga menores em situação de risco pessoal e social. Uma parte considerável dos recursos foi aplicado para melhorar a infraestrutura urbana: mais de 50 mil metros quadrados de área foram pavimentadas, em obras concluídas no último ano. Nesse ano, obras estão em andamento e há algumas em projeto, valorizando a pavimentação, para levar melhor qualidade de vida à população. “Nossa administração pavimentou ruas nos mais diferentes pontos da cidade”, afirma o prefeito, lembrando de outras obras em andamento e confirmando projetos para pavimentação em ruas da Cidade Alta, Vila Nova, Remonta, Primavera, Vila André e Nossa Senhora de Fátima. Na região central, ele destaca também o alargamento da ponte de concreto sobre o Rio Capivari, para desafogar o trânsito. Já na habitação, Jaguariaíva vive um momento histórico, com a construção de um dos maiores projetos que a cidade já teve, com aportes milionários. Depois da entrega de 51

casas no loteamento Professor Antônio Machado Filho, no Jardim Matarazzo, e de 50 unidades no Portal do Cerrado, se encontram em fase adiantada de construção mais 200 unidades habitacionais pelo FAR, no Portal do Sertão, e mais 29 casas construídas pelo PNHR, na zona rural. Em seguida, serão construídas mais 358 unidades, pelo FGTS, além da construção do Condomínio do Idoso, com 40 casas destinadas à terceira idade, dentro de um projeto que tem Jaguariaíva como município pioneiro no setor. “Em andamento, também, há de se destacar o projeto de Regularização Fundiária, que beneficiará mais de 900 famílias”, acrescenta Juca Sloboda. Outro segmento com atenção especial envolve o turismo, através do qual a prefeitura trabalha forte para empreender cada vez mais. “Trata-se de um setor que tem grande potencial na geração de emprego e de renda, devido às muitas atrações e belezas naturais que temos no município”, diz Juca. Entre as ações recentes estão a sinalização dos pontos turísticos e implantação de capacitações e treinamentos voltados para se trabalhar no turismo, para que as pessoas possam receber melhor os turistas. INDÚSTRIA, ECONOMIA E EMPREGO O processo de industrialização ganhou grande força no município na década de 1920, através de um dos mais influentes empresários do país na época, o imigrante italiano Conde Francesco Matarazzo. Ao viajar para o Sul do país para escolher um município para sediar um frigorífico, enquanto percorria a estrada de ferro, conta a história que ele se encantou com a paisagem, após avistar uma cachoeira na região. E com esse chamariz natural, o município foi o selecionado para sediar o grande investimento, que até nos dias de hoje sua imponente estrutura ainda desperta a atenção de visitantes: o complexo industrial, na região central, atualmente transformado (pelo menos parte dele) no Cine Teatro Municipal Valeria Luercy. Dados seus reflexos na economia local na época, hotéis, restaurantes, agências bancárias e até uma nova igreja foram construídas nas proximidades da fábrica, inclusive o terminal ferroviário. Nesse contexto, o município também vivia o ciclo da madeira, setor que se desenvolveu, atraiu indústrias e ainda hoje tem a maior participação no cenário industrial em


Especial

/ Jaguariaíva

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Jaguariaíva, com alta participação no Valor Bruto da Produção no Agronegócio. Com essa história da manufatura enraizada na história, o setor industrial é o que mais gera riquezas no município. No seu Produto Interno Bruto, por exemplo, de acordo com o último levantamento do IBGE (2015), a indústria gerou mais de R$ 500 milhões em dividendos. Jaguariaíva é uma das únicas três cidades dos Campos Gerais em que a indústria é o setor de maior relevância, superando o agronegócio e os serviços. Nesse levantamento, também tinha o terceiro maior Valor Adicionado da Indústria entre os municípios com seus R$ 505,9 milhões, atrás apenas de Telêmaco Borba (R$ 1,63 bilhão) e Ponta Grossa (R$ 3,46 bilhões). Aliás, em 2018, no quesito emprego, o município tem um dos melhores resultados da região dos Campos Gerais, ocupando a 16ª posição entre as 60 maiores cidades do Paraná. Entre os meses de janeiro e julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelados pelo Ministério do Trabalho, o saldo foi positivo, com a criação de 415 novas vagas, resultantes dos 2.189 desligamentos e 2.604 admissões. A indústria foi o setor que mais contratou no ano, criando 167 novos postos, seguida pela construção civil, com 100 novas oportunidades. Dos seis setores revelados pela pesquisa, nenhum teve saldo negativo; todos contrataram mais do que demitiram. José Sloboda reconhece parte da participação do município nesse saldo, com as obras da construção civil, na infraestrutura, mas cita a industrialização que está crescendo. “O setor privado também está investindo bastante, empresas se modernizando em virtude das exportações que estão em momento favorável, no setor madeireiro e de papel”, relata. Ele menciona a abertura do distrito comercial Moisés Lupion, onde 90 terrenos já foram vendidos; a instalação de empresas e ampliação do distrito industrial Ari Fanchin e Geci Krubniki, onde estão se instalando mais empresas. “Isso vem de encontro ao nosso plano de governo, através dos distritos, que estão atraindo empresas e a geração de empregos”. Outro programa de sucesso é o Jovem Aprendiz, que tem oportunizado a experiência do primeiro emprego a centenas de jovens, com destaque para a prefeitura que mais tem dado a oportunidade do primeiro emprego a esse público.

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‘RIO DA ONÇA BRAVA’ Localizada na região dos Campos Gerais, o nome do município foi adotado como uma referência ao Rio Jaguariaíva, que corta o município. A origem do seu significado está na língua tupi-guarani, que significa algo como ‘rio da onça brava’. Um dos fatos antigos mais concretos que se tem da história é a aquisição, por parte do coronel Luciano Carneiro Lobo, da então Fazenda Jaguariaíva, em 1795, que deu origem quase 30 anos depois ao município. A fazenda pertencia à Vila de Castro e foi elevada à categoria de Freguesia por meio do Alvará Imperial, assinado pelo Imperador

Dom Pedro I. E é justamente para esse fato que o jovem historiador Rafael Pomim, um dos maiores expoentes do município atualmente, membro da Academia de Letras dos Campos Gerais (ALCG), faz uma observação quanto à data desse fato, o 15 de setembro de 1823, exatamente a mesma data do aniversário de Ponta Grossa. Como ele explica, conforme o trabalho da professora Guísela Chamma, no livro Campos Gerais: uma outra história, isso se deu ao prestígio do Coronel Luciano Carneiro Lobo, que, conseguindo o Alvará para sua fazenda, também o fez para Ponta Grossa. “Ele era conhecido pela austeridade de sua personalidade e pela influência política, tinha fácil acesso à sede do governo imperial no Rio de Janeiro, conseguindo entre outras benesses os alvarás imperiais que elevaram as freguesias do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria (atual município de Jaguariaíva) e Sant’Ana (atual município de Ponta Grossa)”, explicou Pomim. UM MÊS DE CELEBRAÇÕES Para festejar seus 195 anos, Jaguariaíva contará com muitas festas, em um mix de cultura, esporte e gastronomia, atraindo grandes nomes do cenário musical nacional.

As atividades iniciam no dia 1º de setembro, com o baile para escolha da Miss Jaguariaíva e a Rainha da Festa do Peão, no Clube Recreativo Municipal. Para a primeira quinzena, em celebração à data, a prefeitura programou a entrega oficial de várias obras, nos mais diferentes pontos da cidade. Somente nesse período, foram entregues 12 grandes obras, em investimentos de mais de R$ 9 milhões. Fernando & Sorocaba, Leonardo, Munhoz & Mariano e Bruno & Barreto são as principais atrações do V Festival Cultural Tropeirismo, Ferrovia, Indústrias Matarazzo e Ciclo Industrial – Partes da Nossa História e 1ª Festa do Peão de Jaguariaíva, que devem atrair milhares de pessoas a partir do dia 13. Nos quatro dias, haverá culinária tropeira, parque de diversões, voos panorâmicos, praça de alimentação e bebidas, além de estandes histórico-culturais. Em 15 de setembro, aniversário do município, o cronograma é mais amplo. As atividades começam às 7h, com a alvorada tropeira. Às 8h, ato cívico com a execução de hinos, seguido de missa em ação de graças na Praça Getúlio Vargas. Encerrando todas as atividades comemorativas, nos dias 22 e 23 de setembro, acontece a V Etapa do Downhill Jaguariaíva.


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Questões candentes entre a fé e a ciência

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Na ponta do lápis a cultura em Ponta Grossa é de ponta a ponta

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Róbison Benedito Chagas

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Três décadas d’escrevendo a história de Ponta Grossa Publicação que nasceu em setembro de 1988 como um boletim alternativo cultural se transformou no decorrer do tempo e completa dez anos no formato revista, em outubro próximo Da Redação

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Volte exatos 30 anos no tempo. Em setembro de 1988, o Brasil recém tinha saído de uma ditadura militar e no esporte brilhava um piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna. Aqui, o imortal tricampeão automobilista não foi citado por acaso: foi dele, de suas vitórias de ponta a ponta (do início ao fim), que surgiu a inspiração para nomear um veículo alternativo cultural que estava por surgir em Ponta Grossa. Em formato de um boletim, o Ponta a Ponta foi criado por três acadêmicos da terceira turma do curso de Jornalismo da UEPG, Edson Ezair Pontes, Eduardo Comasseto e Geraldo José Wietzikoski, que sentiam falta de cadernos de cultura nos jornais locais e resolveram criar o próprio. Na primeira edição, datada de 12 de setembro, destaque para Sylvester Stallone na capa como Rambo III, filme que estreava nos cinemas de Ponta Grossa, e um detalhe curioso: o anúncio, na seção eventos, da primeira vinda da banda ‘Capital Inicial’ ao Paraná. Mesmo não sendo um dos três criadores, o jornalista Eduardo Gusmão teve sua participação na primeira edição. Como atuava na chefia de Gabinete da presidência da Câmara Municipal de Ponta Grossa, recebeu os três acadêmicos que apresentaram o projeto do novo veículo. Interessado, Gusmão falou com o presidente, José Ruiter Cordeiro, e um espaço foi reservado para anúncio, através do qual o Legislativo parabenizava a nova publicação. Por problemas comerciais, da falta da venda de anúncios, a segunda edição perigou não sair. Foi quando Geraldo José propôs a Eduardo Gusmão fazer uma ‘sociedade’ para tocar em frente o projeto. Anunciantes foram prospectados na região central, uma jornalista foi incorporada ao time, Marilia Woiciechowski, e com o novo logotipo de Marcos Vinícius Bastos Vieira, a edição 2 saiu em dezembro de 1988. Cinco mil exemplares que infestaram a UEPG e a região central. A partir daí a publicação se tornou mensal e foi crescendo, inclusive com a contratação do também jornalista Neomil Macedo, que já atuava desde a segunda edição. Tudo que veio depois virou história: os profissionais selecionados a dedo, o cuidadoso projeto gráfico, as reportagens trabalhadas, que contribuíram para contar e registrar a história da cidade. “No auge, o jornal chegou a ser quinzenal. Ganhamos o prêmio de melhor publicação alternativa cultural da Semana da Cultura Bruno e Maria Enei, na época do prefeito Paulo Cunha Nascimento”, recorda Eduardo Gusmão. Como a vida, de altos e baixos, contudo, a Ponta a Ponta também teve um momento de depressão. Há exatos 20 anos (1998), a publicação deixou de circular, voltando com força total em setembro de 2002, com seu nome renovado, o atual D’Pontaponta. Seis anos depois, a publicação virou revista (2008), com novos sócios, exatamente em outubro, com a edição 161. E há dois anos, outra grande mudança, porém estrutural: o Grupo Barbiero Comunicações Ltda tornou-se o acionista principal, mantendo o jornalista Eduardo Gusmão como editor-chefe. “A revista D’Pontaponta é uma prova cabal do nome construído ao longo de três décadas pelo bom gosto em conteúdo e pela programação visual. Uma publicação que sempre foi se reinventando através do tempo, chegando ao formato atual”, completa o jornalista. Para celebrar a data, a reportagem ouviu pessoas que passaram pela revista, seja nas reportagens, nos bastidores ou como entrevistadas, e deixaram sua colaboração para tornar o que a revista é hoje em dia, assim como lideranças, inclusive dos três poderes. Veja o que cada uma tem a dizer em seus depoimentos a seguir.


Especial

/ DP 30 anos

Sem perder a leveza

Jubileu de Pérola

Juliano Komay, chef de cozinha do Restaurante Oriental Sukiyaki, professor do Atelier Du Chef (Ponta Grossa) e do Espaço Gourmet Escola de Gastronomia (Curitiba) e colunista da seção Conversas Culinárias desta revista

“Tenho orgulho de ter feito parte do processo de transformação do formato jornal para o que conhecemos hoje como revista D´Pontaponta. Desenvolver todo o projeto gráfico, identidade, conceitos visuais, ilustrações e capas - quase sempre conceituais - foi uma experiência profissional desafiadora e ao mesmo tempo enriquecedora, que guardo com muito carinho. Este período foi marcado por uma mudança não só no veículo, como no meio impresso da cidade, por ser um formato inovador para a época em Ponta Grossa, e que repercutiu muito positivamente, elevando o periódico ao patamar de referência editorial no segmento social, político e, principalmente, cultural da região. Lembro dessa época com muita saudade, pois tive a oportunidade de trabalhar com pessoas incríveis, como Pedro Ruta Jr., Rafael Guedes, Daniel Couto, Filipe e Fernanda Sanches de Gusmão e Paola Antunes. Não deixando de fora, agradeço aos amigos Eduardo e Bete Gusmão por terem me confiado tal responsabilidade e os parabenizo pela forma com a qual tem dedicado suas vidas para este produto que, a cada dia, tem se mostrado mais profissional e relevante. Sucesso, D’P!”

Marcos Tonin, designer gráfico, diretor de Arte (2008-2010) e ex-sócio da revista D’Pontaponta Israel Kaé

“Lá se vão 30 anos de muita informação e conteúdo, o que nos dá a certeza de que um trabalho feito com comprometimento, dedicação, honestidade e seriedade sempre gera bons frutos! Eu já era um leitor assíduo da revista, desde muito antes de começar a escrever para a D’Pontaponta, e sigo da mesma forma até hoje! Ainda lembro do dia em que recebi o convite para assumir a coluna Conversas Culinárias, há mais de três anos, logo após o saudoso Xiko Ferreira nos deixar, e, confesso que, até hoje me sinto um tanto intimidado com essa responsabilidade. Tenho muito orgulho, e é um imenso prazer fazer parte dessa história! Vida longa à D’Pontaponta, e que o futuro comece agora e reserve ainda mais sucesso e satisfação a todos aqueles que aqui depositam o seu carinho!”

Experiência profissional desafiadora e enriquecedora

Israel Kaé

Vida longa à D’Pontaponta

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Política com o jeito

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“Setembro marca a data de surgimento do periódico Ponta a Ponta, hoje revista D’Pontaponta, que comemora 30 anos de circulação em Ponta Grossa e região dos Campos Gerais. Nossos cumprimentos ao seu editor Eduardo Gusmão, que, com competência, dinamismo e credibilidade, fez do pequeno jornal de bolso esta grande revista, que leva o entretenimento para seus leitores. Parabéns a todos que fazem da revista um grande sucesso!”

Joselde Tuma, leitora desde as primeiras edições e colunista social da revista

“No começo, o Ponta a Ponta era um informativo de cultura, com uma folha apenas, dobrada, em papel jornal. Mas repleto de notícias, arte, vida!... Por isso, cada centímetro era cuidadosamente vasculhado pelo leitor, para que nada se perdesse. Com os anos, cresceu em número de páginas, virou revista, mudou de papel, ganhou colorido. Mas sem perder a qualidade; ao contrário, investiu também em outros assuntos, de forma mais ampla e aguda. Hoje, a revista D’Pontaponta é patrimônio cultural da região. Logo no início, fui convidado para escrever no veículo, que era ainda apenas uma promessa em nossa imprensa. Meu primeiro artigo foi sobre um evento literário que acontecia na cidade. Em seguida, comentei livros por uns quatro anos, além de publicar contos e textos diversos. Hoje, sou o culpado pela página de crônicas na revista. Faço parte desse percurso. Porém, mesmo que nunca tivesse escrito uma única linha por aqui, ainda assim eu diria que a história da revista se cruza com minha biografia, como leitor. Acho que nunca perdi uma edição e, mesmo assim, cada edição me surpreende. A revista vem sempre profunda, sem perder a leveza. Crítica, mas não amarga. Gostosa de se ler.”

Luiz Fernando Cheres, advogado, cronista, escritorepresidentedaAcademiadeLetrasdosCampos


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O sonho de ser cartunista “O Ponta a Ponta foi muito importante para um garoto de 15 ou 16 anos, que trabalhava em uma videolocadora - naquele tempo existia isso! - e sonhava em ser um cartunista como Quino. Aquele garoto era eu. O Eduardo Gusmão, editor do jornal, parava o que estava fazendo na redação para ler as tirinhas amadoras daquele jovem idealista, que mal sabia desenhar mãos. A redação do Ponta a Ponta era uma coisa sensacional, montes de livros e papéis espalhados por todos os lados, máquinas de escrever, telefones tocando, copos de café pelas mesas. O ideal de redação de todo jornal alternativo. Lembro que uma das primeiras tiras que publiquei eram duas crianças falando sobre como era possível descobrir a personalidade de uma pessoa pela caligrafia. A criança menor fica triste e responde que não tem personalidade, por não saber escrever. Por incrível que pareça, eu ainda gosto dessa tira. Acho que esse humor ainda está no cerne do meu trabalho. Bem, lá se vão 30 anos do surgimento do jornal [hoje revista D’Pontaponta]. Isso tudo, todas essas lembranças me deixam muito feliz, exceto que ainda não me tornei um Quino e muito menos aprendi a desenhar mãos.”

Sinônimo de apoio às causas sociais

“Quando cheguei à cidade de Ponta Grossa, em março de 1993, sem nunca antes ter pisado o sagrado solo dos Campos Gerais, tive três recepções: na Universidade, a recepção de Norberto Jacob Ceccato (Chefe do Departamento de Letras), de Lauro Fanchin (Diretor do Setor de Ciências Humanas, Letras e Arte) e do então jornal Ponta a Ponta, na figura de Eduardo Gusmão. Se fiquei na cidade, foi pelas amizades que aqui fiz, e boa parte das amizades nasceu de minhas polêmicas contribuições no Ponta a Ponta / D’Pontaponta, que agora faz 30 anos, 25 dos quais com minhas insubordinadas colaborações. O projeto da agora revista dirigida pelo Eduardo é um demonstrativo de que só a persistência pode construir história, pode contar e recontar a vida de uma comunidade. Obrigado, Eduardo, por essas décadas de amizade. Ponta Grossa merece você.”

Alberto Benett, ponta-grossense, jornalista, cartunista e chargista da Folha de S.Paulo, publicou suas primeiras tirinhas quadrinhos, cartuns e charges no jornal Ponta a Ponta

Miguel Sanches Neto, escritor, professor e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

A re-invenção de um jornal “Leio a revista D´Pontaponta desde as suas primeiras edições, ou melhor, antes, desde o informativo Ponta a Ponta, Eça Pessoa, Singular & Plural... décadas de informação cultural (foco de minhas leituras). Feliz iniciativa: a re-invenção de um jornal. D´Pontaponta coroa as comemorações de seu trigésimo aniversário turbinado por audaciosas inovações gráficas e tecnológicas, com outros mecanismos de acesso ao público. O jornal-revista do Gusmão e de seus leitores tem muito a comemorar. Acompanhei a sua evolução e as suas revoluções... promovidas por uma equipe de profissionais cujo norte sempre foi muita garra e competência. Em tempos de comemoração – justíssima, destaco a sua postura ética, o seu compromisso com a verdade e com a comunidade, o seu arrojo, aliados com urgência e versatilidade, exigências do século XXI. Informação e cultura! A consequência mais imediata: credibilidade. Mais uma vez, parabéns a todo quadro funcional da revista, particularmente ao pessoal da redação. De ponta a ponta, nota mil!”

Luísa Cristina dos Santos Fontes, professora, escritora, pesquisadora e leitora de Ponta a Ponta desde as suas primeiras edições Israel Kaé

Noeli Salete Tavares Reback, juíza diretora do Fórum da Comarca de Ponta Grossa

Polêmicas contribuições

Israel Kaé

“A revista D’Pontaponta, sem dúvida, é sinônimo de informações dos assuntos mais diversos de interesse da sociedade princesina. Além de abordar temas com contextos social, socioeconômico e político, comumente presta apoio inegável às causas sociais, abordando matérias que revertem na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos. Registro aqui, em especial, agradecimento pelas inúmeras matérias dedicadas tanto às atividades do Poder Judiciário, quanto a projetos com alcance na população infanto-juvenil. Todo o trabalho jornalístico, digno de aplausos, faz da revista uma referência em destaque na imprensa, respeitada pelos mais diversos segmentos. Meus cumprimentos pelo aniversário de 30 anos e deixo os votos de continuidade do sucesso até aqui alcançado.”

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ANO 20 - Nº 154 FEVEREIRO 2008

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Política com o jeito

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Especial

O Fenata por um triz

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Inigualável e insubstituível

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“CENA UM 12/9/1988 – ano 1 – n° 1 Nascemos hoje... Nosso objetivo é levar informação cultural a todos os lados da cidade, como o próprio nome sugere – DE PONTA A PONTA. Viemos para ficar e, por isso, esperamos atingir nosso objetivo – uma nova opção. A partir de hoje não saia sozinho.

CENA DOIS Setembro 2018 – ano 30 – n° 265 Continuamos vivos... Nosso objetivo sempre será levar informação cultural a todas as pontas da cidade e região, como o próprio nome sugere – revista D’Pontaponta. Viemos para ficar e atingimos nosso objetivo. Hoje, o ponta-grossense tem opção e, jamais sai sozinho.

CENA TRÊS Trinta anos se passaram – A transformação O folhetim impresso em folha A4, com dobradura em sanfona, passou por várias mutações. Virou jornal; se transformou em revista, com impressão de alta qualidade. Sobreviveu a governos e crises. Reinventou-se e ganhou as mídias eletrônicas e sociais.

SINGULAR / PLURAL Uma ideia singular; um objetivo plural Assim se resume a trajetória do Ponta a Ponta, hoje D’Pontaponta. Um folhetim, um jornal, uma revista, cuja linha editorial sempre se pautou por um jornalismo inovador, responsável e de qualidade; pela promoção da cultura como meio de transformação social, de preservação de identidades e de respeito às diferenças e à diversidade. Lazer, cultura, informação, pra ninguém ficar sozinho.”

Neomil Macedo, jornalista, diagramador e colaborador do Ponta a Ponta / D’Pontaponta, em seus trinta anos de história

Valor histórico inestimável “A revista D’Pontaponta é um dos veículos de comunicação mais antigos e tradicionais de nossa cidade, pois tem acompanhado o desenvolvimento ponta-grossense nos últimos trinta anos. Todas as histórias contadas, notícias publicadas e reportagens especiais produzidas fazem parte da história do nosso município e têm um valor histórico, social e cultural inestimável, visto que documentam os principais acontecimentos pelos quais a nossa cidade passou para chegar ao nível em que está hoje: uma das maiores do Paraná, com destaque no setor industrial, na geração de empregos, na inovação, no crescimento imobiliário, na gestão responsável, no turismo, entre outras tantas áreas que honram o nosso apelido de Princesa dos Campos. Como prefeito e cidadão, agradeço a ética, o respeito e todo o trabalho que todas as pessoas que trabalham e já trabalharam na equipe da revista têm por Ponta Grossa, que também festeja o seu aniversário de 195 anos com muitas conquistas e orgulho da sua terra.”

Marcelo Rangel, prefeito de Ponta Grossa

Israel Kaé

P 18 e 19

Israel Kaé

s 25 anos

ANO 19 - Nº 153 DEZ 07 /JAN 2008

ANO 20 - Nº 154 FEVEREIRO 2008

Série Prefeituráveis

Política com o jeito

Wosgrau P 14, 15 e 16

Selma Schons

Série Prefeituráveis

Marcelo Rangel

um ano depois P 14, 15 e 16

“Desde que nasceu, pequenino, tímido, sentia-se algo inusitado nele. Foi diferente em tudo, durante seu crescimento. Falava pouco na infância, meio magrinho, porém, com uma vontade louca de crescer e se tornar belo, abrangente, eclético, e assim foi se desenvolvendo. Após alguns anos, sempre fazendo amigos e se tornando querido por todos na cidade, resolveu trocar de sexo: agora não mais ele, e sim ela. Depois de se transformar em ela, fez algumas pequenas plásticas, transformando-se em uma linda mulher, e de muito sucesso. Essa é a história resumida da revista D’Pontaponta, única, bem sucedida, gerando filhos e irmãos que se agregam ao seu redor, mostrando a cultura, a sociedade, a educação, o comércio, os negócios, a agricultura, bem como demais áreas de interesse na cidade de Ponta Grossa (sua irmãzinha mais nova, da cidade de Castro, também já faz sucesso!). Exalta os valores, incentiva, valoriza e tem memória histórica e afetiva. Sua longa trajetória comprova seu talento, sempre informando e disseminando conhecimento e informação. Inigualável e insubstituível comemora seu aniversário nesta edição. Em homenagem a esta bela balzaquiana, esta linda mulher de trinta, venho (de longe) aqui deixar meus agradecimentos e dar um beijo na boca dessa ‘louca veia’ que acompanho desde que tomei conhecimento de sua existência. Parabéns D’Pontaponta e a toda sua família (onde modestamente me incluo, sem nenhuma falsa modéstia). Que mais trinta anos brindem vocês!”

Thaty Marcondes, escritora e poeta; Prêmio ALCG 2008 (crônica, primeiro lugar); Prêmio Anita Philipowski (2009); Vestibular UEPG (2010); autora de Azul da Prússia (habilitado para os prêmios Brasil Telecom e Jabuti - 2013); Concurso Nacional de Contos Thaty Marcondes (2013); e leitora D’Pontaponta – Jundiaí (SP)


Ontem e hoje, uma escola

Revista com melhor conteúdo

“Trabalhei por mais de dez anos como repórter e redator da revista D’Pontaponta. Com ela, aprendi muitas coisas sobre a cidade de Ponta Grossa, sobre a minha profissão e sobre a minha própria pessoa. Muito do que sei a respeito da alma ponta-grossense, eu devo às inúmeras vezes que, na condição de repórter, sentei diante de pessoas do mais alto nível profissional e humano para registrar as suas histórias e opiniões. Ao contrário de muitas revistas, a D’Pontaponta não é um simples eco da imprensa diária municipal, estadual ou nacional. Ela não se limita a repetir e aprofundar a pauta corriqueira, mas vai além e revela, em cada edição, uma nova faceta de Ponta Grossa e arredores. A D’Pontaponta olha para onde ninguém olhou e, desse modo, consegue mostrar o que ninguém mostrou. Quem quiser contar a história política, cultural, comercial e social dos Campos Gerais, terá que necessariamente consultar as páginas desta revista.”

Rafael Guedes, estudante de Jornalismo colaborador da fase jornal, jornalista repórter e redator da revista D’Pontaponta, durante dez anos

Israel Kaé

João Barbiero, diretor licenciado da revista D’PontapontaeatualsecretáriodeEstadodoEsporteedoTurismo

Para onde ninguém olhou, mostra o que niguém mostrou

Israel Kaé

“A revista D’Pontaponta faz parte da história da nossa cidade. Talvez sejamos uma das únicas revistas do Brasil, que há 30 anos, todo mês, está presente na vida das pessoas. Estamos à frente da revista há dois anos, o que significa uma alegria pra mim. Mantivemos esse padrão de qualidade, em se tratando de sua linha editorial, e avançamos com ela, aumentando sua tiragem e seu número de páginas, enfim, sem perder o conteúdo jornalístico, a maior referência dessa publicação. Trata-se de uma revista apartidária, comprometida com a sociedade, com as pessoas, então, eis aí a nossa grande preocupação. A revista mantém a característica de distribuição gratuita, de estar próximo à comunidade, respeitar a notícia e fazer matérias construtivas. No último Publishers, evento com as maiores revistas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fomos eleitos como ‘a revista com melhor conteúdo’. São 30 anos de história, e eu já fui capa da revista D’Pontaponta, e também leitor da publicação, há muito tempo. Fico esperando todo mês, porque tenho a certeza de que cada edição vai trazer algo que vai acrescentar na minha vida, e essa é a perspectiva de todos os leitores.”

“A palavra cultura traduz a trajetória da revista D’Pontaponta que, vencendo as dificuldades impostas pelos dias que completam os anos, segue viva para a satisfação dos leitores que acompanham em suas páginas os momentos que movimentam as diferentes marcas de Ponta Grossa e região. Para identificar a força da revista que nasceu quase um folheto, a partir de uma vontade nas salas de aula da terceira turma de Jornalismo da UEPG, basta registrar um nome: jornalista Eduardo Gusmão dos Anjos Sobrinho. Aqui, nesta dinâmica, o então tímido Ponta a Ponta venceu o tempo e chega, em 2018, esbanjando talento e festejando, com mérito, seus trinta anos de história. Todas as mensagens que registram a caminhada da revista impulsionada pela garra, do então estudante de jornalismo da UEPG, Eduardo Gusmão, celebram as oportunidades abertas para nomes que, hoje, atuam em diferentes espaços da comunicação. Ontem e hoje, a revista foi e é uma escola. A minha chegada no jornalismo foi construída nas páginas generosas do Ponta a Ponta, passando também por espaços da revista. É realmente um privilégio ter feito parte dessa história. Ser jornalista hoje é difícil! O ritmo acelerado do agora tirou do jornalista o papel de protagonista. Hoje, todos podem ser os primeiros na divulgação dos fatos que fazem o cotidiano das sociedades. Mas, vale nessa direção fazer do texto uma resposta de respeito com o público leitor. O exemplo da história da revista tem referência no fato de que a perseverança traz satisfações. Hoje, a equipe da revista D’Pontaponta é uma referência de que o jornalismo que faz conteúdo de qualidade sobrevive aos abalos econômicos e às tecnologias que sempre anunciam o fim dos textos no papel.”

Marília Woiciechowski, jornalista desde as primeiras edições do periódico e até hoje colaboradora da revista D’Pontaponta, professora de Jornalismo e integrante da Assessoria de Comunicação da UEPG ANO 19 - Nº 153 DEZ 07 /JAN 2008

ANO 20 - Nº 154 FEVEREIRO 2008

Série Prefeituráveis

Política com o jeito

Wosgrau P 14, 15 e 16

Selma Schons

Série Prefeituráveis

Marcelo Rangel

um ano depois P 14, 15 e 16


Especial

/ DP 30 anos

Parte (ainda) da família PAP

Sebastião Mainardes Junior, vereador, presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa

Dilvan Cândido da Silva, professor de Educação Física e ex-sócio do jornal Ponta a Ponta, em seus primeiros dez anos de circulação

“Uma única sala, meio escura, num prédio baixo na Rua Coronel Dulcídio, esquina com a Avenida Vicente Machado. E lá estavam eu, Osni Gomes e Eduardo Gusmão, que nos aguardava. O Osni (por ser meu amigo achava que eu era chargista) me falou que Gusmão estava editando um tabloide alternativo, diferente dos austeros e tradicionais Diário dos Campos e Jornal da Manhã, e que precisávamos colaborar com ele. Obviamente que, sem remuneração. E lá fomos nós. Pequeno no tamanho, grande no conteúdo, monocromático, poucos “anúncios”, o Ponta a Ponta foi crescendo, como também foram crescendo Gusmão e Osni: dois amigos, dois dos maiores jornalistas que conheci. Enfim, o Ponta a Ponta, hoje D’Pontaponta, com credibilidade, virou revista impressa em papel de qualidade, coloridão, cheio de propagandas [anúncios] e muitas matérias interessantes e diversificadas, como já era seu propósito há trinta anos.”

Roque Sponholz, arquiteto, urbanista, professor aposentado da UEPG, cartunista e chargista de outros veículos e desta revista em especial, há muitos anos

Israel Kaé

“Já ocupando o quarto mandato como vereador e o terceiro de presidência da Câmara Municipal, e mesmo antes de estar em um cargo eleito pelo povo, sempre acompanhei o trabalho da hoje revista. E lá se vão 30 anos da publicação D’Pontaponta, um marco especial a ser comemorado na história de uma publicação que se tornou referência da imprensa do município de Ponta Grossa e dos Campos Gerais. Fruto de uma iniciativa pioneira e arrojada do jornalista Eduardo Gusmão, a revista passou por reformulações visuais e acrescentou conteúdos, alcançando atualmente um novo patamar. Hoje está sob nova direção, contando com a presença do empresário João Barbiero, diretor da D’Pontaponta, ao qual estendo cumprimentos pela reformulação da revista. É importante destacar que a D’Pontaponta tem cumprido essa trajetória sem nunca perder seu compromisso, com credibilidade, ética e a imparcialidade, que caracterizam o bom jornalismo. Parabéns à revista D’Pontaponta pelos 30 anos de existência!”

Raízes alternativas com grandeza em conteúdo

Israel Kaé

Compromisso com o bom jornalismo

“Trinta anos anos se passaram e, de lá pra cá, posso dizer como foi gostoso poder ter feito parte da família PAP (era esta a abreviatura que usávamos à época para Ponta a Ponta). Foram dez anos de muito aprendizado, após aceitar convite do meu amigo e compadre Gusmão, para integrar a equipe do então jornal alternativo cultural, em seus primeiros momentos. Conheci Neomil (Macedo), nosso mestre na diagramação; Marília (Woiciechowski) e (Luiz Fernando) Cheres, com seus textos primorosos. Vivemos uma época de muitas “aventuras”, pois era uma luta pra fechar a parte publicitária, e também a editorial, diante das dificuldades (ou agruras) dos nossos redatores para fechamento do nosso “informativo cultural”, visto que todos tinham outras ocupações profissionais. Valeu muito a pena viver dez anos de ponta a ponta, pois, nesse período, conhecemos e fizemos muitas amizades por conta dos contatos feitos diariamente com os nossos anunciantes, muitos deles ainda presentes em nosso círculo de amizades. Infelizmente, apesar de ser naquele tempo considerado o melhor meio de informação e cultura da cidade, o retorno financeiro deixava muito a desejar, e por isso nos fez repensar vários conceitos. Formado em Educação Física, resolvi abraçar o magistério, meu porto seguro. Hoje, vejo que aquele até então pequeno jornal, dobrado em partes, virou essa magnífica revista, embora ainda me sinto parte, pois, a pedido do Gusmão para sugestões de nomes, quando o Ponta a Ponta entrava em nova fase, sugeri que continuasse com o mesmo nome, que já era muito conhecido, e que não valeria a pena a mudança brusca do nome. Daí sugeri que fosse apenas acrescentado a letra D e apóstrofo, ficando com o atual nome. Parabéns à família PAP, felicidades e muito sucesso em sua nova idade.”

ANO 19 - Nº 153 DEZ 07 /JAN 2008

ANO 20 - Nº 154 FEVEREIRO 2008

Série Prefeituráveis

Política com o jeito

Wosgrau P 14, 15 e 16

Selma Schons

Série Prefeituráveis

Marcelo Rangel

um ano depois P 14, 15 e 16



Cena Local

Trinta anos da

Constituição Federal

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Evento internacional do Cescage, em Ponta Grossa, reuniu juristas de renome no Brasil e na Europa, inclusive o ex-ministro do STF, Carlos Ayres Britto

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Ponta Grossa recebeu, ainda recentemente, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, autor de diversas obras jurídicas e um dos conferencista¬s mais requisitados da área jurídica na atualidade. Britto esteve na cidade para participar do Congresso Internacional de Direito 30 anos da Constituição Federal Cidadã. Com realização do Cescage (Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais), contando com apoios da Escola Judicial da América Latina e do Instituto Paranaense de Direito Processual (IPDP), com patrocínios da Itaipu, Sanepar e Copel, o congresso foi realizado entre 10 e 14 de setembro, no Auditório da OAB (Oficinas). Renomado jurista brasileiro, ex-presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2012, Ayres Britto proferiu um discurso analítico, dando ênfase ao fato do desrespeito constante da lei suprema. “Se temos andado de costas para a Constituição Federal, a proposta que tenho feito vai além da indignação. É preciso saltar para um estado de otimismo. Estamos na fase que precisamos de propósito, caminhar adiante. Há uma porta de saída para crise. Essa porta é a nossa ‘constituição cidadã’, que se equipara a uma mesa redonda,

todos são iguais e podem propor propostas para sair da crise”, disse Britto, em seu discurso na abertura do evento. Fundador do Cescage e desembargador do TJ-PR, José Sebastião Fagundes Cunha, em seu discurso de boas-vindas no primeiro dia, classificou a vinda do ministro como um grande presente à comunidade ponta-grossense. “No sábado (15/9), Ponta Grossa comemora aniversário e mais uma vez presenteamos a cidade com um grande evento. Quero agradecer especialmente ao meu amigo pessoal, doutor Ayres Britto, um dos maiores juristas do mundo, pela presença neste evento. É um orgulho contar com sua visita”, declarou. O Auditório da OAB-Ponta Grossa ficou superlotado ao longo dos cinco dias de realização do Congresso de Direito, com um público formado por acadêmicos de direito de diversas instituições de ensino da região, privadas e públicas, e profissionais que atuam na área jurídica. Entre os palestrantes estiveram juristas conceituados em nível nacional e internacional, como Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, juiz de Direito do Rio de Janeiro; e Fernando de Paula Gomes Ferreira, conselheiro federal da OAB, entre outros doutores na área.



Foto: André Waiga

Cena Local

Churrasco com tradição

Uma das mais tradicionais churrascarias ponta-grossenses, a Lugano completa 20 anos neste mês de setembro, mantendo seu histórico de uma empresa familiar

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Fernando Rogala

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Toda ação traz uma reação, como convenciona a terceira Lei de Newton, e cada mínima escolha no passado constitui o que representa o presente hoje. Neste mês de setembro, a Churrascaria Lugano completa 20 anos em Ponta Grossa. Com nome que já remete à tradição em ‘bom churrasco’ no município, a Lugano está localizada no bairro de Oficinas, na Avenida Visconde de Mauá. Uma escolha em passado ainda recente, contudo, poderia ter mudado a história do município, visto que o Shopping Palladium, por exemplo, não poderia ter sido construído onde está hoje. O motivo é que essa área, no Centro da cidade, era uma das opções de Douglas Costa, sócio-proprietário da churrascaria, lá pelos idos de 1996, para receber o empreendimento. Essa é apenas uma das curiosidades citadas pelo empresário ao relatar um pouco da história de duas décadas da empresa, completadas em

1º de setembro último. Embora já empreendedor antes de entrar no ramo de churrascarias, o ingresso para esse segmento de mercado ocorreu praticamente por uma obra do destino. Ao saber de uma oportunidade junto à Churrascaria Rickli, em Carambeí, o ponta-grossense, então com 20 anos, resolveu arrenda-la, lá pelos idos de 1992. Para quem não se lembra, era justamente no imóvel onde está a instalada a Lugano 2 – e aqui está outra grande curiosidade, uma vez que foi onde tudo começou e leva a identificação como se fosse a ‘filial’. Isso ocorre por questão de nomenclatura apenas. Dois anos depois de arrendar, surgiu a opção de compra da churrascaria em Carambeí, em 1994, quando foi transformada em Churrascaria Casaril. De fato, a primeira Lugano foi em Ponta Grossa, e aquela de Carambeí, que já pertencia à família, adotou o nome atual,

posteriormente, na década passada. Quando alugou a churrascaria em Carambeí, não era marinheiro de primeira viagem. Junto com sua esposa Maristela Costa, ele tinha uma pastelaria em Prudentópolis, inaugurada em 1990. Outro fato é que suas famílias já eram ligadas aos negócios, fato que permanece até hoje. “São 15 irmãos por parte do meu sogro (Adelino Raul Casaril) e em 17 irmãos por parte da minha sogra, e todos eles praticamente trabalham com restaurantes. Nos Campos Gerais, há umas 12 churrascarias da família”, resume Douglas. Em todo Brasil, a família possui cerca de 100 estabelecimentos ligados ao ramo alimentício em seis estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. O pai de Douglas, Hamilton Pinto da Costa, aliás, também atuava nesse ramo de alimentação no passado, trabalhando com lanchonetes na região.


UM POUCO DE HISTÓRIA A criação da primeira Lugano ocorreu com planejamento estabelecido em novo projeto. Douglas tinha como sócios, além de sua esposa, seus dois cunhados. Depois de prosperar em Carambeí com a Casaril, eles decidiram, em 1996, que era hora de abrir um novo empreendimento, criar do zero, comprando um terreno para construir um projeto como eles queriam – e não adaptando um imóvel já pronto, como era e ainda acontece. Foi então o início da saga da escolha por uma cidade. E foram longe: viajaram milhares de quilômetros para pesquisar mercado, passando por Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, São Paulo, entre outras. Mas foi mais perto que a oportunidade foi encontrada. “Observamos que Ponta Grossa tinha poucas churrascarias, como a Pampeana, Papai Cogo e La Gôndola, e vimos que era nossa oportunidade de fazer uma churrascaria diferente, mais moderna”, resume. Decidida a cidade sede, agora o foco mudava: terreno. Douglas gastou uma manhã para percorrer por todas as diversas imobiliárias instaladas na Rua XV à época, da Irajá Vargas à Phoenix. Depois retornou para agendar as visitações nos terrenos que mais lhe atraiu. Com Maurício Saad, hoje empresário, mas na época funcionário da Irajá Vargas, fechou visitas a cinco áreas. “Vimos terreno onde está hoje o Shopping Palladium, e quase construímos ali. Vimos áreas onde hoje se situam a Black Bull, Hotel Barbur e o Cemitério Parque Campos Gerais. E também um terreno na rodovia, na frente da Metalúrgica Thor. Nosso objetivo era fazer por lá algo mais amplo, com um posto de combustível, mas tinha um projeto da prefeitura de dividir a área ao meio, e então desistimos”. Há 20 anos passados, o terreno onde hoje está construída a churrascaria não estava à venda. Mas por uma sugestão de Maurício Saad, Douglas e ele foram ver por acreditar que o então proprietário pudesse fazer negócio. Essa pessoa era Zito Sallum, um dos sócios da Maxitango. Como a família estava tocando um outro projeto fora da cidade, houve negociação. O valor pedido? US$ 100 mil à vista, que, convertidos em reais, custou R$ 118 mil. Com a aquisição do terreno, todo o planejamento de construção da churrascaria foi iniciado, demorando um ano pra ser construída. Para fugir de nomenclaturas comuns envolvendo ‘espeto’, a escolha do nome Lugano veio de Rogério de Moraes, amigo do engenheiro da construção da churrascaria, Arno Schirmer. Após viajar para a Suíça, sugeriu esse nome, que era de uma cidade localizada na divisa com a Itália. De lá vieram também outras inspirações. “Um nome pequeno, de três sílabas, que significa lago grande. Até nosso logotipo tem as montanhas dos alpes suíços, com seus cedrinhos. E puxando as características disso, representamos tudo isso no layout do estabelecimento, que puxa o lado suíço, na arquitetura”, conta Douglas.

VINTE ANOS DE EVOLUÇÃO Em 1º de setembro de 1998, todo aquele planejamento havia se concretizado e o sonho transformou-se em realidade: a Churrascaria Lugano abria as portas ao público. Com área total de 1.250 metros quadrados e capacidade de suportar até 300 pessoas, a abertura da Lugano foi um marco no setor de restaurantes na cidade. “As pessoas elogiaram bastante pelo seu tipo de construção, afinal, uma churrascaria em Ponta Grossa com cara de estabelecimentos de Curitiba e São Paulo, coisa diferenciada”, recorda Douglas. Para o primeiro dia, ele confessa que ficou surpreso com as 20 refeições servidas, mas, a partir do terceiro dia, foi uma loucura, segundo ele. Com o passar de todo esse tempo, o empresário relata ter observado uma grande mudança no perfil dos ponta-grossenses. Ele relembra o aspecto ‘bairrista’ que então havia, de as pessoas consumirem em seus bairros e dificilmente se deslocar até um estabelecimento para comer churrasco. “Chegaram as novas indústrias e isso foi mudando o estilo e a cultura do ponta-grossense. E conforme foram vindo as novas empresas, trazendo novas pessoas, foi mudando; as pessoas começaram a sair mais para fazer suas refeições, vinham durante a semana, e não mais só fazer churrasco em casa. O ramo alimentício cresceu totalmente e hoje faltam dedos na mão para contar os restaurantes”, relata Costa. DIFERENCIAIS EM MUDANÇAS A Lugano não se diferenciou da constante transformação da cidade, e assim passou por inúmeras mudanças, como layout interno, disposição interna, banheiros, o buffet em si, além de outras exigências da Vigilância Sanitária. Cursos de manipulação de alimentos, de gestão empresarial e atendimento são realizados pelos gestores e oferecidos aos funcionários. “Cuidamos da parte ecologicamente correta, como reutilização de água da chuva, utilizamos carvão de uma empresa idônea, com nota fiscal, e cuidamos das obrigações com os clientes, como dedetização e limpeza constante da caixa da água, coisas que a gente faz e o cliente não vê. Somos uma empresa correta, que não tem nome sujo com

ninguém”, garante Douglas, acrescentando que todos os funcionários são registrados. O investimento em gestão também é um diferencial para a empresa crescer e manter-se entre as principais do seu ramo. Nos últimos anos, a Lugano participou do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE Brasil), do Sebrae, e foi finalista da etapa estadual. “Os consultores vêm até a churrascaria e apresentamos toda a documentação da churrascaria. E isso é premiado, temos os certificados”. A intenção, explica Douglas, é estar sempre inovando e evoluindo para não ficar pra trás das churrascarias das grandes capitais. Afinal, como ele lembra, era mais fácil manter o empreendimento no início, quando novidade, do que agora, com dezenas de opções. “Quando viemos para cá, os restaurantes começaram a ter um parâmetro de estabelecimento na cidade. A Lugano veio para dar uma modernidade e conforto para o atendimento do ramo alimentício em Ponta Grossa”. PASSADO E FUTURO Entre os momentos mais marcantes dos 20 anos, Douglas Costa lista os familiares. “O mais marcante da churrascaria é conseguir participar da vida das pessoas. Em 1998, nós tivemos um primeiro casamento na churrascaria. Aí passa um ano, dois anos, a pessoa volta e diz ‘olha, estou grávida’. Depois traz a filha, e isso é coisa que marca”, alega. E é justamente nesse aspecto familiar que a gestão da empresa está alicerçada para os próximos anos. “A família agora está na terceira geração de trabalho na área de restaurantes. Começou com meu sogro, vieram os filhos dele e agora os netos que também estão assumindo. Minha filha (Ingrid) e meu filho (Guilherme) também estão ajudando”, conclui. DP SERVIÇO Para celebrar os 20 anos da Churrascaria Lugano (Avenida Visconde de Mauá, 1180 – Oficinas – (42) 3229-4455 – Ponta Grossa-PR), a direção da empresa, em parceria com o Frigorífico Argus, lançou uma promoção especial, como um presente aos clientes neste mês de setembro: almoços de segunda a sábado por R$ 20,90, no dinheiro (no cartão, segue a R$ 29,90).


Cena Local

Contribuintes adimplentes

concorrem a um carro

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Prefeitura de Ponta Grossa premiará contribuintes que pagarem em dia IPTU com um carro e 20 prêmios de R$ 1 mil. Meta visa reduzir a inadimplência de 24% no pagamento do imposto

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Que tal ganhar um carro simplesmente porque você paga uma conta em dia? Pois é justamente isso que a Prefeitura de Ponta Grossa vai fazer, a partir deste ano de 2018. Como uma forma de ‘bonificar’ aqueles contribuintes que estão em dia com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e especialmente incentivar a regularização, a prefeitura fará o sorteio de prêmios. Conforme a Lei nº 13.256, que regulamenta o projeto IPTU Premiado, como já vem sendo chamado, o valor dos prêmios sorteados pode chegar até R$ 300 mil. A criação dessa ação surgiu na Câmara Municipal, através de uma proposta do vereador Geraldo Stocco. Sua sugestão ocorreu ainda em 2017, logo no início do seu mandato na casa de leis. “Essa foi uma maneira que imaginamos para incentivar que o munícipe se mantenha em dia com o imposto e seja recompensado por isso”, explicou Stocco. Ele acrescentou que o município precisava ampliar as receitas com esse imposto, mas que não via como algo justo aumentar o valor da alíquota. “Acredito que temos que valorizar o bom pagador e não puni-lo”, acrescentou. Com a prefeitura apoiando a iniciativa, o projeto foi criado, aprovado pela Câmara, e a sua respectiva lei sancionada pelo prefeito Marcelo Rangel, publicada em Diário Oficial, em 3 de setembro

último. O secretário municipal da Fazenda, Claudio Grokoviski, reconheceu o projeto como uma forma de valorização daqueles que contribuem pontualmente com o município. Mas não esconde um efeito direto: o interesse da regularização e pagamento correto do imposto para que os contribuintes possam concorrer. Afinal, a inadimplência, uma das mais altas entre as principais cidades do Paraná, está na casa dos 24% - em outros números, a cada quatro moradores, um está com pendência junto ao município. “Esses 24% representam cerca de R$ 34,5 milhões que não entraram nos cofres da prefeitura de janeiro a agosto deste ano”, afirma Grokoviski. Para esse ano, o município vai investir R$ 60 mil nas premiações, mas o retorno pode ser milionário, exemplifica o secretário. “Se conseguir reduzir essa inadimplência em 15%, baixaríamos o número de inadimplentes para 20%, e assim teríamos R$ 5 milhões de recursos novos até o fim do ano”, esclarece. Atualmente, mais de 54 mil cadastros não estariam aptos a participar, por já estarem em atraso com o IPTU deste ano. Com isso, menos de 100 mil cadastros poderiam concorrer aos prêmios. A premiação para esse ano, além de um carro de R$ 40 mil, inclui mais 20 prêmios de R$ 1 mil cada. Na comparação com outras loterias, estatisticamente,

será cerca de 500 vezes mais fácil ganhar esse automóvel do que acertar os seis números com uma aposta simples da Mega-Sena, por exemplo. E para o ano que vem, os prêmios serão melhorados. “Vão ser 20 prêmios de 2 mil, um carro 0 km e uma moto. Dependendo de como caminhar o projeto, vamos ampliando a premiação até chegar a R$ 300 mil”, resume. O sorteio deverá ser feito com o número dos cadastros imobiliários que estiverem adimplentes. Os recursos, segundo informa Claudio Grokoviski, virão do município, por meio de impostos como o próprio IPTU, ISS e ITBI. “Existe rubrica orçamentária específica de premiações. Já existe essa rubrica, agora ela será suplementada, e com essa suplementação, vamos conseguir, orçamentariamente, fazer a compra

do veículo, que é um dos bens”. O próximo passo será compor a comissão, com funcionários de carreira da prefeitura, que deverão ficar incumbidos de organizar o sorteio para o final deste ano. PARCELAMENTOS DE DÉBITOS Por passar a utilizar o ‘IPTU Premiado’ como uma forma de incentivo à arrecadação, o secretário Claudio Grokoviski confirmou que a prefeitura não irá adotar mais, até o final do atual mandato, qualquer outro programa de parcelamento de dívidas, como ocorreu no passado, seja PRT, Refis ou qualquer modelo diferente. “Para o contribuinte que deve para o município e quer colocar em dia os débitos, há a opção do parcelamento convencional, em 48 vezes. É a adesão que o contribuinte deve fazer”, conclui.



Cena Especial

‘Paraguai’ como opção de compras para o fim de ano

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Pela proximidade, país vizinho se torna opção para a aquisição de presentes, fazer uma viagem turística e ainda economizar uma boa quantia. Até dezembro, período permite planejamento para um tour pela fronteira em lojas que vendem produtos originais e com garantia

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As festas de fim do ano estão chegando. Mas que tal planejar desde já as compras para o Natal e Ano Novo? O fato de organizar-se pode render centenas de reais a mais no bolso, e ainda a oportunidade de fazer uma viagem turística. Até porque ao fazer compras no Paraguai, além de pagar muito menos, inclusive metade dos valores, em alguns casos, na comparação com os valores cobrados no Brasil, o dinheiro poupado já paga a viagem e ainda sobra para fazer um tour pelas belezas naturais e artificiais da região da tríplice fronteira - e sem falar a possibilidade de conhecer, conviver e aprender com uma nova cultura. Para os paranaenses, em especial, torna-se uma opção economicamente bastante interessante, pela proximidade com o país vizinho. Até o final do ano, ainda existem três feriados prolongados para organizar uma viagem até Foz do Iguaçu e aos países da fronteira. Mas como se trata de uma viagem não tão longa, é possível visitar em um fim de semana - tirando um dia para compras no sábado à tarde atrações como as Cataratas do Iguaçu, Parque das Aves, Usina Hidrelétrica de Itaipu, Parque Nacional do Iguaçu, entre outros, ou vice-versa. E ainda reservar um tempo para ir fazer refeição na Argentina. Essa ‘tríade’ é muito comum naquela região. “O charme da região é a possibilidade de estar em três países em apenas em dia, sendo comum ouvir a frase: visitar os pontos turísticos de Foz, fazer compras no Paraguai e jantar na Argentina”, relata Dorothy Lee, gerente de publicidade

da Cellshop, uma das principais lojas do Paraguai. O fato de fazer o passeio turístico em um fim de semana entre o final de setembro e o início de outubro pode ser benéfico, inclusive, para incluir outro tipo de compra: de presentes para o Dia das Crianças. “No feriado de 12 de outubro, as famílias podem economizar até 40% nos brinquedos mais populares em relação aos preços no Brasil. Além disso, na Cellshop, os brasileiros ainda têm a possibilidade de fazer o parcelamento em até 12 vezes no cartão de crédito nacional através de um aplicativo”, resume Dorothy. Se por um lado a viagem pode ser utilizada para aproveitar um momento diferente em família, por outro é possível curtir a viagem entre amigos, repartindo os custos da viagem. Como explica a gerente de publicidade, geralmente, as famílias fazem esse planejamento para ir à tríplice fronteira, de modo que o principal motivo das viagens é, de fato, o turismo para o consumo, ou seja, para fazer as compras. Um levantamento mostrou que 85% do fluxo de clientes na loja são turistas brasileiros ou argentinos. “Durante as datas comemorativas e, principalmente, nos feriados prolongados, há um aumento exorbitante no fluxo de clientes provenientes das mais variadas regiões do Brasil. O planejamento para essas viagens começa a ser feito com pelo menos três meses de antecedência, sinal de que o turista já está se preparando para poupar com as passagens, o que também se reflete nas suas compras”, completa.


Fotos: Divulgação

PRODUTOS DE QUALIDADE Nos últimos anos, o perfil do comércio paraguaio mudou bastante. Saíram de cena a predominância das lojas que vendiam produtos chineses ou remanufaturados, para ganhar força as grandes lojas de departamentos, como se fossem grandes shoppings, que vendem produtos 100% originais, de marcas famosas, com certificação de qualidade pela garantia de fábrica. Mais do que isso, ou melhor, são empresas que investem no desenvolvimento regional, inclusive em segurança, para fomentar o turismo e também em sua estrutura, proporcionando a melhor experiência possível ao turista. A Cellshop faz parte do rol dessas lojas, uma das maiores da região. Instalada na Avenida Carlos Antonio López, em Ciudad del Este, a 700 metros da aduana, a loja conta com mais de 6 mil m² de área construída e possui dezenas de setores, repartidos em cinco andares e oito departamentos: bebidas e alimentos, casa e decoração, linha infantil, moda casual e esportiva, perfumaria e cosméticos, pesca e aventura, e tecnologia. “A Cellshop é referência por ter o respeito ao cliente como principal pilar da loja, o que permeia a filosofia de todos os nossos setores. Atualmente, nosso quadro conta com mais de 600 colaboradores trabalhando diariamente, pesquisando e desenvolvendo projetos especialmente para nossos clientes, que são os propulsores que tornam possível a contínua expansão da loja de departamentos”, informa Dorothy. Segundo explica a gerente, enquanto muitas lojas do comércio local focam apenas na venda, a Cellshop trabalha com base na experiência e na construção de uma relação com o cliente, oferecendo vantagens exclusivas e personalizadas como formas facilitadas de pagamento. “A Cellshop brinda os clientes com uma experiência cada vez mais incrível,

seguindo o padrão de atendimento e qualidade de grandes lojas internacionais. Por isso, principalmente em feriados, preparamos descontos especiais para os turistas que viajam de vários lugares do mundo para fazer compras na Cellshop, além de eventos na loja, como degustações de vinhos e demonstrações de produtos de beleza”, justifica. Outro diferencial que chancela a qualidade da Cellshop fica por conta de que a tradicional empresa, fundada em 2003, conta com assistência técnica própria e possui a única assistência técnica autorizada da Apple em toda a região. E isso sem falar nas pessoas qualificadas que integram o quadro de colaboradores. “A equipe é composta por pessoas que verdadeiramente vestem a camisa da Cellshop e têm o orgulho de fazer parte deste grande time vanguardista. Essa re-

alidade é corroborada pelo respeito que a empresa tem com os seus colaboradores, investindo continuamente em capacitação profissional”, completa. COMPRAS LEGALIZADAS Ao contrário do que algumas pessoas possam imaginar, fazer compras no Paraguai não é algo ilegal e nem vai ferir a legislação nacional. Há uma cota de US$ 300, livres de tributação. Ou seja, é possível gastar pouco mais de R$ 1,2 mil em produtos por pessoa, sem haver restrições ou riscos. Agora, se passar dessa cota, também não significa que estará irregular. Neste caso, o comprador deve passar pela alfândega da Receita Federal, para pagar um imposto de 50% sobre o valor que excede a cota. A partir daí, a pessoa pode transitar tranquilamente pelo país, sem o receio de qualquer restrição posterior.


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Miguel Sanches e Everson Krum assumem Reitoria da UEPG

Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, Miguel Sanches Neto, Everson Augusto Krum e Gisele Alves de Sá Quimelli

Dimensão 11x15,5 cm / Valor pago pelo anúncio R$ 2.000,00 Coligação PARANÁ: Educação e Emprego - Solidariedade - CNPJ: 31.253.168/0001-32

RENOVAÇÃO

CORAGEM E TRABALHO

MARCIO PAULIKI

F E D E R A L

www.marciopauliki.com.br

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estará sob a administração do reitor Miguel Sanches Neto e do vice-reitor Everson Augusto Krum, ao longo dos próximos quatro anos. Em substituição a Carlos Luciano Sant’Ana Vargas e Gisele Alves de Sá Quimelli, Miguel e Everson assumiram seus cargos em sessão solene pública do Conselho Universitário da UEPG, no Cine-Teatro Pax UEPG (31/8). “Neste ato, quero assumir publicamente o compromisso de administrar com inovação e responsabilidade a nossa UEPG, colocando a instituição a serviço das causas mais nobres da cidadania, conduzindo-a nos próximos quatro anos com um forte sentimento ético, para muito mais do que manter o que já existe, possamos ocupar o espaço que nos cabe”, discursou Miguel Sanches. A solenidade de posse foi aberta por Décio Sperandio, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Registrou-se a presença de ex-reitores, autoridades universitárias, civis e militares do município e do estado, políticos, professores, estudantes, agentes universitários e familiares. O vice-reitor Everson Augusto Krum, em seu discurso, fez uma viagem pela sua trajetória acadêmica, pontuando, em cada fase superada, as pessoas que contribuíram para o seu crescimento profissional e pessoal. Em meio a obstáculos e dificuldades enfrentadas, ele se emocionou ao se lembrar dos pais, que, mesmo sem estudos, lutaram para ver o filho numa universidade. Sobre o novo desafio que terá pela frente, Everson disse que vai trabalhar e agir para ter uma UEPG ainda melhor. “Fazer tão bem feito que outros virão para saber como conseguimos fazer”, completou. Graduado em farmácia e doutor em hematologia, Everson Krum é professor associado da UEPG e ex-diretor geral do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais Durante a cerimônia, Luciano Vargas despediu-se da comunidade universitária, agradecendo a

todos pela dedicação, empenho e comprometimento demonstrados em seus quatro anos de gestão. “Foi com a colaboração de todos que conseguimos com que a UEPG experimentasse, nesses últimos anos, um crescimento significativo em todos os setores”, agradeceu. O ex-reitor citou a evolução na pós-graduação, na pesquisa e na extensão como um avanço para a Universidade. “Ampliamos nossos espaços de atuação na comunidade e nos inserimos, pela primeira vez, entre as melhores universidades da América Latina, entre as 200 melhores universidades com menos de 50 anos e entre as mil melhores no mundo todo”, completou. Em seu discurso de posse, ainda, Miguel Sanches destacou que a universidade pública nunca foi tão questionada como agora. “Os que a negam fazem isso sem considerar seu impacto social, cultural, científico e econômico. Tirem a UEPG dos Campos Gerais e toda a região sofrerá uma perda econômica irreparável”, disse. Doutor em Letras e professor associado da UEPG, Sanches Neto já foi diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado do Paraná, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação e pró-reitor de Extensão e Assuntos culturais da UEPG. Miguel defende que a universidade é um fator de fixação na região, não apenas de pessoas, mas de renda, de empresas e de indústrias. A nova gestão deseja uma UEPG maior, acima de interesses imediatistas. “Uma UEPG que se reinvente para ser sempre uma instituição sólida, respeitada e necessária socialmente”, reitera Miguel Sanches. O novo reitor e vice-reitor elegeram-se com uma plataforma que defende a universidade pública, gratuita e de qualidade. Entre as propostas de gestão, os professores se comprometem a manter uma atuação política incansável para defender a autonomia plena da UEPG, lutando em conjunto com as demais universidades estaduais em defesa das pautas da comunidade universitária.



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O mérito do empreendedorismo

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Fotos: Divulgação

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Quatro empresas, de diferentes setores, foram reconhecidas por sua grande relevância de atuação no mercado de Ponta Grossa. Sementes Joná, Cooperativa Frísia, Servipa e J. Imave foram as homenageadas da décima quarta edição com troféus do Mérito Empresarial, a principal honraria de reconhecimento empresarial na cidade. A entrega dos prêmios aconteceu na sede social do Clube Ponta-Lagoa, em noite de gala (30/8), numa realização conjunta pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa (Sindilojas PG) e Sociedade Rural dos Campos Gerais. A escolha das empresas acontece com base em quatro categorias: agronegócio, indústria, serviços e comércio. “O Mérito Empresarial não serve apenas para motivar as empresas ganhadoras, mas também servir de estímulo para outras empresas serem dignas de receber essa honraria”, destacou Douglas Fanchin Taques Fonseca, presidente da ACIPG. A solenidade de homenagens às empresas reconhecidas com a outorga de méritos este ano reuniu grande número de associados, convidados e autoridades, a exemplo do prefeito Marcelo Rangel, da vice-prefeita Elizabeth Schimdt e do secretário de Estado do Esporte e do Turismo, João Barbiero. O prefeito Marcelo Rangel exaltou a iniciativa do Mérito Empresarial ao acrescentar que prêmios como esse fazem a diferença para o município, por servir como um impulso de fomento à economia. “As empresas que recebem a honraria fazem a diferença. Precisamos da confiança acima de tudo. As pessoas precisam ter confiança em si. Estamos fazendo nossa parte por Ponta Grossa”, disse Rangel. Como representante da governadora Cida Borghetti, o secretário João Barbiero lembrou que mérito é sinônimo de merecimento, qualidade e dignidade. O reconhecimento desses predicados, acrescentou, motiva a

continuidade do empreendedorismo. “Ser empreendedor é um ato de coragem atualmente. Enquanto responsável pela pasta do Turismo do Estado, ressalto que o setor necessita ser olhado de frente, justamente por ser um segmento que pode gerar muito emprego, com pouco investimento e fazer a diferença na vida das pessoas da região”, comentou. Para aqueles que receberam o prêmio, o sentimento era o mesmo: utilizá-lo como um incentivo para manter o padrão de qualidade e fazer jus ao reconhecimento recebido, aumentando as responsabilidades de satisfazer cada vez mais os parceiros comerciais, bem como a sociedade. A opinião foi compartilhada pelo empresário João Carlos Glapinski, que esteve representando a Servipa recuperadora de crédito, vencedora na categoria prestação de serviços. “Prêmios como este são incentivadores para o nosso crescimento pessoal e nossas organizações. O reconhecimento do nosso trabalho é muito gratificante”, salientou Glapinski. Uma das curiosidades da entrega do Mérito Empresarial 2018 envolve justamente um dos empresários contemplados, ou melhor, o “pai” do Mérito Empresarial. Trata-se de Jordão Bahls de Almeida, que, na ocasião, há 14 anos, era o presidente da ACIPG. Ele recorda que eram realizadas premiações distintas, e que ele propôs, com seu caráter agregador, fazer uma ação conjunta em um grande evento de celebração. “Era uma festa que o Sindilojas fazia, uma que a FIEP fazia, e o CDL fazia outra. E eu, quando presidente da Associação Comercial, chamei os outros presidentes e perguntei: por que não fazemos uma única festa que atinja todos os segmentos?” Por esse fato, não escondeu a emoção com o prêmio, e os olhos marejaram ao falar que aguardou anos por esse dia. Nascido em Ponta Grossa, Bahls é o proprietário da J. Imave, e esse reconhecimento vem um ano depois de receber outro importante prêmio, em âmbito estadual: o Troféu Guerreiro do Comércio.


AGRONEGÓCIO Sérgio Nascimento Sócio-proprietário da Sementes Joná “O prêmio que recebemos, na categoria agronegócio, nos enche de alegria, orgulho e entusiasmo. Com certeza, será um forte nutriente para germinar em nós o desafio de continuar semeando um trabalho sério e de qualidade, acreditando sempre no potencial do agronegócio brasileiro, no futuro político-econômico do país e gerando o fruto que nossa terra e nossa gente merece. Agradeço a Deus pelo dom da vida; e a meus pais, Ismenia Guimaraes da Cunha Nascimento e João Maria Nascimento, que fundaram a então Sementes Joná, minha eterna gratidão, marco eternizado na linha do tempo de nossa empresa. Afinal, há quase 50 anos, com uma sólida administração familiar, que reúne tradição, experiência e capacidade técnica, fazemos história no agronegócio dos Campos Gerais, do Paraná, Brasil e do mundo. Parabenizo os sócios, gestores e colaboradores que, diariamente, atuam com ética e responsabilidade na busca pela excelência na produção de sementes e garantia de alta produtividade no mercado agrícola paranaense. O esforço de todo nosso trabalho foi reconhecido com esse prêmio.”

COMÉRCIO Jordão Bahls de Almeida Neto Fundador da J. Imave “Lutei e luto a vida toda pelo bem-estar do comércio da cidade. Agora, eu questionei a diretoria que me escolheu e a minha pessoa: como eu, no momento [econômico] de tanta dificuldade, fui escolhido? Na banca que escolheu, tinham ex-alunos meus da universidade, José Loureiro (presidente do Sindilojas) e outras pessoas que viram minha luta, não só pelo comércio, mas principalmente indústria, no meu trabalho feito frente à Associação Comercial. Então, o que talvez fez com que tudo isso acontecesse foi esse trabalho de unir. Fui o criador dessa festa nesse formato e, durante quatro anos, entreguei os troféus aos homenageados. Vimos pessoas que receberam a honraria chegarem ao choro. E no coração, tinha aquele sonho interno de um dia receber esse troféu também. Não via a mínima possibilidade pelo tamanho da empresa. Então, foi uma emoção muito forte, não só pra mim, mas também para a minha família, para meus colaboradores, que fizeram com que chegássemos aqui. É indescritível a emoção de receber essa homenagem.”

INDÚSTRIA Renato Greidanus Diretor-presidente da Frísia Cooperativa Agroindustrial “É uma grande honra receber esse reconhecimento da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, porque se olhar a história da cooperativa, que começou lá em 1925, a industrialização está no nosso DNA, com os produtos lácteos, e receber um prêmio, 93 anos depois, é motivo de muito orgulho. Homenagens como essa nos dá mais certeza de que o modelo cooperativista é um exemplo a ser seguido, ele é democrático e valoriza o trabalho das famílias, faz com que consigamos distribuir cada vez mais renda, como também gera o compartilhamento de nossas expertises. Fico muito feliz ainda em poder dizer que a Frísia, juntamente com a Castrolanda e a Capal se unem para produzir algo grande, que amplie nossas atuações. A Unium, marca do sistema de intercooperação, é uma forma de alcançarmos mercados que sozinhas não conseguiríamos. Ela mostra que onde existe confiança, transparência e disposição para fazer um bom trabalho, não há espaço para o difícil ou o inviável.”

SERVIÇOS Milton Goetten de Lima Diretor da Servipa Administradora de Crédito “Na verdade, fomos surpreendidos e, ao mesmo tempo, lisonjeados. Nós estamos há oito anos aqui em Ponta Grossa, trabalhando com diversas lojas parceiras aqui na região. Temos em torno de 180 lojas do segmento de confecção, calçados, preparados para lojas de qualquer porte. E acredito que alguns princípios que a empresa tenha, que fazemos questão de manter ao longo do tempo, podem ter contribuído para receber esse prêmio. Uma delas é que trabalhamos com dinheiro, que é uma coisa sensível e que preocupa. Mas com a transparência que temos, buscamos saber se estamos ajudando eles, quando fazemos uma parceria. Então, o que a gente faz é ajudar o lojista a vender, a perder esse medo, a organizar o crediário dele, saber pra quem ele pode vender, e oferecer ferramentas para ele chamar esse cliente de volta. Ficamos extremamente felizes com a distinção e com essa premiação, mas com a responsabilidade de estarmos oferecendo algo mais, cada vez mais, aos nossos parceiros lojistas, porque o que nós queremos é que o nosso lojista venda mais e melhor.”


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Descontos nos carros podem se aproximar dos 30% às PCD’s

Acessibilidade e mobilidade. Duas das palavras mais buscadas por aqueles que têm alguma dificuldade, especialmente por quem apresenta algum tipo de deficiência. Se as condições físicas im-

põem algum tipo de restrição para a locomoção, o governo federal, como forma de facilitar de alguma maneira o transporte, disponibiliza descontos às Pessoas com Deficiência (PCD’s) ao adquirir

um automóvel novo. O benefício, concedido não apenas em âmbito federal, com a isenção de impostos como IOF e IPI, acontece também de maneira estadual, como para o ICMS e o IPVA – esse último depois da aquisição. Somados, os descontos se aproximam de 30% do valor venal do veículo. Embora o mercado tenha crescido nos últimos anos, ainda há muita desinformação, visto que uma pequena parcela da população utiliza o benefício, que possui um leque amplo de possibilidades. Números do IBGE mostram que quase 25% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência. Dessa conta, portanto, milhões de pessoas em todo o país têm direito à aquisição de um automóvel com descontos, aos quais se somam uma lista de inúmeras doenças que também dão esse direito. Sobre as deficiências, sejam físicas, visuais ou mentais, podem ser aquelas natas (de nascença) ou adquiridas após algum acidente ou doença. Benefícios são concedidos não apenas para a pessoa em si, habilitada ou não, mas também para um representante legal (como no caso de crianças, por exemplo). Cabe destacar que o desconto é válido apenas para carros novos e que o veículo deve ficar com o comprador por, pelo menos, quatro anos. No caso do desconto do ICMS, o valor do carro não pode ser superior a R$ 70 mil. Para solicitar os benefícios, a pessoa deve fazer o agendamento do exame na junta médica do Detran, e depois apresentar o laudo à Receita Federal, junto com um requerimento de pedido de isenção. Já para o ICMS e IPVA, o formulário está no site da Secretaria da Fazenda. O laudo médico também deve ser apresentado à Receita Estadual. Com exceção do IPVA, todos esses processos devem ser realizados antes da compra do carro. Os descontos são concedidos aos condutores com deficiência; para não condutores, a isenção oferecida corresponde apenas ao IPI. Mirian Andrade, diretora comercial da concessionária Citroën Provence, esclarece que os carros vendidos com descontos são os convencionais, sem nenhuma

modificação. “As montadoras vendem os carros que estão em linha e as adaptações são feitas de acordo com a necessidade de cada pessoa. Na maioria do casos, os carros não sofrem qualquer tipo de alteração, somente em casos de paralisia ou perda de membros, por exemplo”, justifica. Ela lembra que os processos estão digitalizados, mais ágeis, embora o exame médico leve mais tempo. “Todo o processo leva em torno de 120 dias”, adianta. Dentro da linha Citroën, o C3, o Aircross e o C4 Cactus (lançamento que chega em outubro) têm desconto integral. Já o C4 Lounge, por custar acima dos R$ 70 mil, tem o desconto apenas do IPI. No caso de um deles, o desconto se aproxima de R$ 20 mil. “O Aircross para PCD, automático, custa R$ 69 mil na tabela. Com isenção de impostos sai por R$ 51 mil”, explica Mirian. PATOLOGIAS ISENTAS Confira a seguir a lista de patologias que dão direito à isenção: Amputações; Artrite reumatoide; Artrodese; Artrose; Autismo; Ausência de membros; AVC; Acidente Vascular Encefálico; Câncer (que limitem locomoção); Cardiopatia; Condromalácia Patelar; Doenças Degenerativas; Deficiência Mental; Doenças Neurológicas; Deficiência Visual; Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho; Deficientes Visuais; Encurtamento de membros e más formações; Esclerose Múltipla; Escoliose Acentuada; Falta de força em membros; Falta de sensibilidade; Formigamento; Hemiparesia; Hemiplegia; Hérnia de Disco; LER (Lesão por Esforço Repetitivo); Linfomas; Lesões com sequelas físicas; Má formação; Manguito rotador; Mastectomia (retirada da mama); Membros com deformidades congênitas ou adquiridas; Monoparesia; Monplegia; Nanismo (baixa estatura); Neuropatias diabéticas; Ostomia; Paralisia Cerebral; Paraplegia; Paresia; Parestesia; Parkinson; Poliomielite; Problemas graves de coluna; Próteses internas e externas; Quadrantectomia; Renal Crônico (com uso de fístula); Síndrome de Deficiência Imunológica (HIV); Talidomia; Tendinite Crônica; Teraparesia; Tetraplegia; e Triplegia.



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Tihany, Espetacular! Passa por Ponta Grossa, ao longo deste mês, um dos maiores circos do mundo. São duas horas de um show inesquecível, com muita magia e muitas surpresas

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Fernando Rogala

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Encantar a ponto de hipnotizar. De emocionar pela percepção do quão fantástico é o ser humano, do que ele é capaz. Eis aí um pouco do sentimento externado do coração, após acompanhar ao Espetáculo Abrakdabra, apresentado em Ponta Grossa pelo Circo Tihany Spetacular, que fez sua estreia no início de setembro. Um verdadeiro espetáculo internacional, completo, impecável dentro e fora dos palcos, com uma apresentação elevada a outro patamar ao combinar, no decorrer de 18 atos, as raízes do humor, do palhaço dos picadeiros, à alta tecnologia, em uma estrutura gigantesca. É a grata certeza de que a cultura circense não está morrendo, mas segue vivíssima e continuará a maravilhar e seduzir as próximas gerações. Diz o ditado popular que “a primeira impressão é a que fica”. Esta máxima é 100% aplicável ao Tihany, afinal, mesmo quem sequer teve acesso a alguma informação sobre ele, apenas ao ver a ‘lona’ do circo, tem a certeza de que se trata de algo grandioso. Inclusive pela infraestrutura ao redor: são dezenas de carretas e caminhões, 46 no total, que se so-

mam aos 33 trailers de moraria do staff. A área necessária para abrigar toda a estrutura, por exemplo, alcança 14 mil m². Quando o assunto é capital humano, aliás, o Circo Tihany é uma verdadeira Torre de Babel de talento. São mais de 125 profissionais que viajam com a caravana, vindos de 25 países diferentes, formando uma cidade ambulante, uma tribo cultural própria. Não à toa, ele é considerado o maior circo da América Latina e o terceiro maior do mundo – sua estrutura principal tem 27 metros de altura e 55 metros de diâmetro. TOUR PELAS AMÉRICAS Se pelo lado de fora o que impressiona é o tamanho, por dentro, é o luxo. Já ao entrar, há lustres e muita iluminação. É uma espécie de segundo circo, menor, montado como um hall de entrada, onde estão a praça de alimentação e lojas que vendem souvenirs do Tihany. Já sob a lona principal, onde ocorre o espetáculo, chamada de ‘castelo’ pelos organizadores, estão quase dois mil assentos, em um ambiente que conta, inclusive, com ar condicionado e poltronas estofadas em velu-

do vermelho, conforme a seção escolhida para a compra do ingresso. No palco, são 700 m² disponíveis para as apresentações, em nove cenários temáticos, com figurinos que carregam um milhão de lantejoulas, 30 mil pedras de strass e 14 mil plumas. Ponta Grossa tem o privilégio de ser uma das primeiras cidades do país a receber o Abrakadabra. No primeiro semestre, o circo estava em uma turnê internacional na América do Sul, e em julho estreou em Curitiba, primeira capital do país a receber essa nova peça. Depois de Ponta Grossa, percorrerá outros 12 estados brasileiros. O circo fica cerca de um mês em cada município que visita, movimentando a economia da cidade. “O Tihany se diferencia dos outros circos, porque roda o continente americano, as três américas, através de tour que começa no Sul dos Estados Unidos, passa pelo México, América Central e todos os países da América do Sul. São 127 profissionais, então, levamos 127 turistas, em potencial, que visitam bons restaurantes, museus, pontos turísticos”, resume Marco Strapazzon, gerente de mídia e ilusionista do circo.


HORAS INESQUECÍVEIS Quando se pensa em uma apresentação de circo, especialmente os itinerantes, bate uma certa desconfiança se aquilo não é apenas uma repetição do que já foi visto em outros. Se alguém tem algum receio quanto a isso, não deve levar em conta esse temor com o Tihany, pois ele é diferente de tudo já visto. Ou você já viu um helicóptero (!) surgir dentro do palco de um circo itinerante? Uma das principais características do espetáculo é abordar uma série de atos distintos, totalizando mais de duas horas de apresentações. São pouco mais de 1h10 de apresentação em uma primeira parte, há uma pausa para o intervalo, de 20 minutos, e mais cerca de 40 minutos até o fim. A apresentação tem início com uma invasão de palhaços, passando por trapezistas que são projetados a mais de 10 metros de altura, equilibristas que combinam movimentos quase inacreditáveis, a grande interação do palhaço com o público e com as crianças, e apresentações musicais com luxuosos figurinos, dignos da Broadway ou dos shows de cassinos de Las Vegas. Essa última cidade, aliás, foi a inspiração para o espetáculo produzido por lá e em cartaz no momento. No final do ‘primeiro bloco’, acontece a parte do espetáculo mais esperada por muitos: o show do ilusionismo e das mágicas. Sob o comando do argentino Richard Massone, que também é diretor, o impossível se torna possível. Pessoas parecem se transformar, parecem sumir. Em um dado momento, uma moto Harley Davidson, que ele está pilotando, parece se teletransportar. Mas nada impressiona mais do que surgir um helicóptero de verdade, tripulado, dentro de uma caixa que, há alguns segundos atrás, estava vazia. Também chama a atenção – e encanta os fãs de veículos clássicos – um luxuosíssimo veículo Rolls Royce Phantom, primoroso, da década de 1950, que sobe ao palco. Raríssimo exemplar no mundo, custa milhões de reais, e é um dos principais astros do Tihany, há décadas. “É um modelo de 1952, impecável, que foi utilizado pelo primeiro-ministro Winston Churchill. Estima-se que existam apenas seis iguais a esse no mundo”, explica Strapazzon. Na segunda parte, apresentação com águas dançantes, as incríveis contorcionistas, que fazem manobras que parecem humanamente impossíveis, capazes de quase encostar as nádegas na cabeça. Há também manobras arriscadas de trapezistas no alto, em cenas que aguçam os sentidos, e a constatação de que Elvis não morreu! Um detalhe importante: o circo Tihany não trabalha com animais.

Para executar todas essas cenas, o Tihany conta com 50 artistas, premiados e reconhecidos, em diversos cantos do mundo. Profissionais que arrancam suspiros e provocam as mais diversas reações nas pessoas da plateia. Especialmente de incredulidade, acompanhados de um “como ele fez isso”, seja por crianças ou adultos. Ao final, o sentimento que fica é do quão mágico foi e é tudo aquilo. Na despedida dos artistas, a vontade é de ir parabenizar e agradecer a cada um dos integrantes, pelo talento fora de série e por proporcionar aquele momento especial - inclusive voltar mentalmente no tempo para reviver momentos da infância. Fica ainda mais a vontade de querer assistir novamente, e lá no fundinho o desejo de querer largar tudo e passar a fazer parte do mundo do circo, como nos sonhos de muitas crianças.

atos impressionantes de mágica, dignos dos melhores cassinos de Las Vegas.

LEGADO NA ARTE O Circo Tihany surgiu como fruto do talento de Franz Czeisler. Nascido em 1916 na Hungria, Franz já se destacava ainda jovem por suas atribuições circenses, e daí montou seu próprio espetáculo. Ao visitar a cidade de Tihany em seu país, para se apresentar, passou a adotar esse nome artístico. De origem judaica, migrou para o Brasil com a família nos anos 50, fugindo da perseguição nazista, e em 1954 fundou o circo, na cidade de Jacareí, em São Paulo. Em março de 2016, o fundador faleceu, aos 99 anos, na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, deixando seu legado na arte circense: a de manter um espetáculo diferente, moderno e inesquecível aos olhos do respeitável público! Na atualidade, o Tihany apresenta um dos poucos espetáculos que une técnicas circenses, music hall e

ROTINA CIRCENSE Embora o circo não seja uma empresa propriamente familiar, já que há profissionais em diferentes áreas, e as contratações dos profissionais acontecem em festivais circenses pelo mundo, o Tihany conta com algumas famílias. O próprio diretor Marco Strapazzon é casado com uma produtora, e moram em um trailer. Eles têm um filho de dez anos, que estuda. Mesmo o circo sendo itinerante, o estudo é presencial. “Há uma lei que ampara crianças e adolescentes, filhos de artistas circenses. Eles são matriculados normalmente, mas cada escola, ao final da temporada, faz uma avaliação. Optamos por escolas particulares que mantêm o mesmo estilo de ensino. Mas como os currículos diferem, às vezes, precisamos contratar um professor particular”, explica Marco.

DP SERVIÇO O Circo Tihany está instalado na Avenida Visconde de Taunay, na altura da rotatória da Ronda (encontro com a Rua Londrina). Os espetáculos ocorrem de terça a quinta, às 20h. Nas sextas e sábados, sessões às 14h30 e 20h; e aos domingos às 15h e 18h30. Os preços variam entre R$ 40 e R$ 140 (com possibilidade de meia-entrada). Há ainda a disponibilidade de camarotes VIP. Os ingressos podem ser adquiridos no local do evento: a bilheteria fica aberta das 10h às 21h. O circo confirmou que deverá ficar até o final do mês, mas há possibilidade de estender sua permanência por mais alguns dias. A classificação é livre.


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Representantes do Brasil e Bolívia no Congresso ADM 2018

UEPG realiza ‘ADM 2018’ em Sucre salve os

195 anos ede e

ponta grossa E PARABÉNS AOS 30 ANOS DA REVISTA D´PONTAPONTA

PT- PARTIDO DOS TRABALHADORES | CNPJ Contratante: 31.235.181/0001-69 | Valor pago pela publicidade: R$ 2.000,00 reais | Dimensão: 11cm x15,5cm

A cidade de Sucre na Bolívia foi o local escolhido para sediar a edição de 2018 do ADM - Congresso Internacional de Administração. Considerado um dos maiores eventos de educação da América Latina, o congresso surgiu por meio de iniciativa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), através do Departamento de Administração, abrangendo os pilares do ensino, pesquisa e extensão. Ao longo de mais de três décadas de existência, o evento já recebeu milhares de pessoas de várias partes do Brasil e do mundo, envolvendo acadêmicos, pesquisadores e profissionais que buscam expandir o conhecimento e expertise para aprimorar suas habilidades no campo da educação e também em suas áreas de atuação. Após anos de planejamento, o comitê gestor do congresso uniu forças e não mediu esforços para idealizar o sonho de atravessar as fronteiras do Brasil e alavancar ainda mais o potencial acadêmico-empresarial do evento, além de promover o nome de Ponta Grossa para fora do país. O resultado foi a participação de mais de 1,2 mil pessoas, após a parceria inédita entre a UEPG e a USFX - Universidad Mayor, Real y Pontificia de San Francisco Xavier de Chuquisaca para a realização do

evento, que aconteceu há algumas semanas (13 a 17/8). “Escrevemos mais um capítulo na história do ADM. Sem dúvidas ficamos impressionados com o número de participantes. Somente do Brasil, mais de 150 pessoas se deslocaram até Sucre para apresentar seus trabalhos, participar das discussões, avaliar possibilidades de parcerias para pesquisas e mobilidade docente e discente, além de que puderam explorar a oportunidade de intercâmbio para desenvolvimento de projetos de extensão, sem contar com a troca de experiências culturais”, conta Marilisa do Rocio Oliveira, presidente do comitê gestor do ADM 2018. Para Marilisa, o sucesso do congresso, ao longo dos últimos 30 anos, está ligado à capacidade que o evento tem de estabelecer conexões entre pessoas de diferentes nacionalidades, o que resulta na troca de experiências entre profissionais e acadêmicos, além de oferecer vários tipos de mecanismos de comunicação para promoção do conhecimento e desenvolvimento. No próximo ano, Ponta Grossa volta a ser a cidade sede do ADM. O retorno faz parte de um plano estratégico do comitê gestor para promover o município e suas potencialidades.



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SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

‘Lojas MM’ transforma lojas em minicentros de distribuição

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Diante da desenfreada evolução tecnológica, a rede ponta-grossense Lojas MM, um dos mais tradicionais grupos varejistas do Sul do Brasil, adapta-se para se manter entre as maiores empresas do seu setor no país. Com a ciência de que o comércio virtual cresce ano a ano, a MM faz uma reestruturação no seu modo de trabalhar: está investindo em tecnologia interna, lançou um aplicativo de vendas e faz alteração de perfil de suas lojas físicas, que, além do showroom dos produtos, passam a servir agora com a integração, estrategicamente, como minicentros de distribuição. O investimento faz parte de um novo posicionamento do grupo, que prevê mais de R$ 25 milhões nesse projeto. Embora pareça simples, não é algo tão fácil aliar, para as vendas pela internet ou aplicativo, controles de estoque e produtos vendidos que estão nas quase 200 lojas do

grupo em quatro estados brasileiros. Tal integração, no conceito omnichannel, foi desenvolvida pela startup Neomode, contando com o apoio do laboratório de inovação do grupo, o MMLabs. Em suma, o aplicativo permite que o cliente escolha o produto, pague pelo celular e o retire nas lojas físicas totalmente integradas, eliminando os custos com fretes. Também se torna possível fazer o inverso, o acesso à chamada prateleira infinita, quando o cliente está dentro da loja física e não encontra o produto desejado, adquirindo-o via e-commerce. “Utilizando de serviços de geolocalização e visibilidade em tempo real do estoque na loja mais próxima, é possível que o cliente efetue a compra e retire o produto na loja desejada em até duas horas, diminuindo o tempo de espera pelo produto e gastos com fretes”, reforça Fabíola Paes, especialista em

varejo e uma das sócias da Neomode. Facilidade essa que deverá impulsionar as vendas das Lojas MM no quesito on-line nas regiões onde tem atuação. “Este é o primeiro aplicativo no segmento de eletromóveis que disponibiliza a retirada do produto em um período tão curto e mostra a vontade do Grupo MM em oferecer sempre o melhor e o mais moderno aos seus clientes. Com o investimento em inovação, a empresa pretende alavancar seus negócios em 25% nos próximos 12 meses”, Marcos Ribeiro Camargo, diretor comercial das Lojas MM. Por enquanto, as lojas físicas não passam por alterações estruturais. Caso o cliente queira fazer a retirada em loja e o produto não esteja disponível na cidade, a modalidade fica inacessível, cabendo a ele optar normalmente pelo frete, como ocorre com as compras convencionais pela internet.



Cena Especial

‘Super-herói’ marca a volta da Coleta Seletiva em Tibagi

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Considerada modelo para muitos municípios, Tibagi retoma Coleta Seletiva que estava desativada há cinco anos

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Super Recicla representa o nome do novo mascote lançado pela Prefeitura Municipal de Tibagi, para divulgar a retomada da Coleta Seletiva no município, que promete sensibilizar ainda mais a população em relação à separação de resíduos sólidos. Depois de um hiato de cinco anos, o município volta a ter coleta seletiva do lixo, aliada a um projeto de conscientização ambiental da comunidade. A ‘Coleta Seletiva’ será iniciada pela Prefeitura de Tibagi nos bairros da cidade a partir de setembro, com ampliação prevista aos distritos de Alto do Amparo e Caetano Mendes, em outubro próximo. Pelas características do município, o prefeito Rildo Leonardi avalia que a volta da ‘Coleta Seletiva’ era uma obrigação da municipalidade. “Somos referência no tratamento de resíduos sólidos para todo o Brasil. Diversos municípios vêm nos visitar para conhecer o nosso projeto. Com a chegada do ‘Super Recicla’, conseguiremos dar a notoriedade que esse projeto tanto merece. Tibagi sempre foi e deverá continuar sendo exemplo positivo para todos”, afirma Rildo. O personagem do projeto surgiu como fruto da criatividade da aluna Yasmin de Almeida da Silva, de sete anos, da Escola Municipal São Bento. Ela ganhou o concurso que escolheu o mascote da ‘Coleta Seletiva’, lançado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) e Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Tibagi (Acamarti). Batizado de ‘Super Recicla’, a garrafa pet, que simboliza a ação, tem superpoderes, contando com um cinto de utilidades com os símbolos dos materiais recicláveis, além de um uniforme com as cores padrão da reciclagem – amarelo (metais), verde (vidro), vermelho (plástico) e azul (metal) –, que pretende ser um ícone para a população.

A COLETA VEM AÍ De acordo com a gerente da Secretaria de Meio Ambiente, Leri Ribeiro, o mascote pode facilitar a comunicação e a introdução de novos hábitos ambientais nesse processo de conscientização. Ela relata que o município realiza a educação ambiental nas escolas, desde o início dos seus trabalhos na secretaria, visto que a meta sempre foi restabelecer a coleta seletiva em Tibagi. “A ideia do mascote surgiu justamente para legitimar esse trabalho, enfim, para darmos chance das crianças expressarem o que entenderam sobre coleta seletiva, e isso ficou evidente no desenho da Yasmin. Foi incrível como ela conseguiu nos passar sua visão em cada detalhe. Ficamos encantados com o nascimento do ‘Super Recicla’, que, com certeza, será fundamental para o sucesso do nosso projeto”, considera Leri. Na ocasião da escolha do mascote, em junho deste ano, também aconteceu a seleção do jingle, que será divulgado nos dias de coleta. Alunos do quarto ano da Escola Municipal São Bento foram os vencedores da categoria com a música A coleta vem aí, paródia da marchinha A bruxa vem aí. PROJETO PILOTO Em abril desse ano, realizou-se um projeto piloto em algumas ruas da região central do município, para testar a aceitação da coleta seletiva. A Escola Municipal Professor Aroldo serviu de ponto de partida para os trabalhos, que começaram nos arredores da instituição. Foi constatado pela Sema que, de todo o lixo reciclável recolhido nas ruas inclusas nessa primeira fase, 80% pode ser aproveitado e somente 20% considerado rejeito. A expectativa da secretaria visa atingir esse índice em todo o município, logo que a coleta seja implantada nos demais bairros da cidade. Sem a coleta seletiva, apenas 30% do lixo recolhido era reciclável.

INICIATIVA APROVADA As escolas também participaram da distribuição das sacolas de ráfia, que serão utilizadas para a separação do lixo reciclável. Foram realizadas reuniões com pais de alunos para a apresentação dos detalhes do projeto. Posteriormente, os quartos e quintos anos das escolas municipais saíram, de casa em casa, explicando o funcionamento da coleta seletiva. Os pais aprovaram a iniciativa da prefeitura, a exemplo de Cassia de Oliveira, mãe da aluna Amalia Gabriela, da Escola Aquarela. “Eu achei muito bom. Sou sanitarista e gosto muito desses projetos. É importante saber que o município está se mobilizando”, opina. Recentemente, Tibagi foi selecionada pelo Ministério Público do Trabalho para o Prêmio Pró- Catador, devido às ações de inclusão e educação ambiental do programa Recicla Tibagi.


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Esportes

NBPG

Na disputa da vaga

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

para a elite do basquete

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Sob os olhares atentos de cerca de quatro mil torcedores, o Novo Basquete Ponta Grossa/ CCR RodoNorte (NBPG) conquistou um feito inédito no último mês de agosto. Ao disputar a Supercopa Brasil, obteve o êxito e tornou-se o primeiro time paranaense na história a vencer o torneio nacional. Tal feito garante ao time o direito de pleitear, na temporada 2019, uma vaga na Liga Ouro, divisão de acesso ao Novo Basquete Brasil (NBB) – este último, o principal campeonato profissional do basquete nacional. A fase nacional da Supercopa, com quatro times, foi disputada no Ginásio Borell du Vernay, em Ponta Grossa. Na decisão do torneio, o NBPG/CCR RodoNorte venceu a ADRM Maringá Basquete por 75 a 46, consagrando uma trajetória invicta no certame. A classificação para esse quadrangular final veio em maio, quando a equipe tornou-se tetracampeã da Fase Sul da Copa Brasil, com três vitórias em três jogos. “É uma felicidade imensa parti-

cipar de um grupo tão comprometido com seus objetivos, e a maior prova veio com esse título da Supercopa. Todos estão de parabéns”, frisa o ala/pivô Cícero, capitão da equipe campeã. Estar na disputa pela Liga Ouro, que pode garantir o acesso do time à ‘primeira divisão’ do basquete nacional (NBB), é motivo de muito orgulho para o técnico da equipe, Milos Alexander. “Batalhamos muito para chegar neste patamar, através de um trabalho que vem desde o início deste projeto. Sabemos do quanto a história do basquete em nossa cidade é rica e recheada de conquistas, e para nós é um orgulho ajudar a escrever mais um capítulo dessa vitoriosa trajetória”, ressalta o ex-atleta do time. Em cinco dias de competição, o Ginásio Borell du Vernay recebeu grande apoio do público: ao todo, cerca de quatro mil torcedores passaram pelo ‘Templo do Basquete’. “Ponta Grossa está de parabéns pela organização, pelo empenho para receber bem a to-

dos. O espetáculo foi muito bem feito, e o mais importante é que o público participou disso e deu um brilho especial para o torneio”, avalia Joaquins Feitosa Neto, representante da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) na Supercopa. Além da taça de cam-

peão, a equipe do NBPG/CCR RodoNorte faturou dois prêmios individuais ao final da Supercopa: o armador Wilsinho foi eleito o melhor jogador da competição e também faturou o título do torneio de arremesso da linha dos três pontos.


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1. Solana Dub

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Com o novo EP Celebrai, a banda Solana Dub traz quatro novos sucessos: Pé de Pano, Zé Pilin, Asterisco e 8 luas. Marcado pelo dub, vertente musical do reggae, de origem jamaicana, o grupo apresenta um estilo aliado à música popular brasileira e todos seus laços. Desde o início de setembro, o EP da banda está disponível em plataformas digitais como Youtube, Spotify, Deezer e Google Play. Em 8 de agosto, a banda lançou o clipe de 8 luas, que teve como cenário a ‘Cachoeira da Mariquinha’, patrimônio natural dos Campos Gerais. E será que vem novidade por aí? O grupo ainda pretende fazer clipes dos singles Pé de Pano e Zé Pilin, com uma poesia e uma animação para o som instrumental de Asterisco, envolvendo a arte de capa do EP, feita por César Andrade. A proposta do grupo Solana Dub sempre foi fazer um som diferenciado e alternativo. A banda surgiu em novembro de 2017, e se deu pela junção de dois projetos musicais da cidade, Jahscow e Apanhadores dos Sonhos. Solana Dub se apresentou com Zé Pilin no 31º FUC (28 a 30/6). O single garantiu três premiações para o grupo: 1º lugar do júri nas etapas regional e nacional e 1º lugar do júri artístico na etapa regional. A banda está composta por Rômulo Rosa (vocal), Daniel NaPaz (guitarra base), Murilo Zammar (guitarra solo/voz), Giovanni Negrello (contra-baixo), Danilo Gabriel (bateria), Tom Faya (percussão) e Swolom Dub (MPC/percussão).

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

2. Clube de Leitura

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| por Ana Luisa Vaghetti de Souza

Em seu trigésimo encontro, o Clube de Leitura Companhia das Letras traz uma discussão do romance policial O silêncio da chuva. A obra do autor Luiz Alfredo Garcia-Roza foi vencedora do Prêmio Jabuti 1997 de ‘melhor romance’ e do Prêmio Nestlé de Literatura 1997. A trama do livro começa no centro do Rio de Janeiro, quando um executivo é encontrado morto com um tiro, sentado ao volante de seu carro. Um crime que ninguém viu e nem ouviu nada. De um lado, um morto surgido num edifício-garagem; de outro, a incessante multiplicação de protagonistas do drama. Tudo se complica, quando ocorre outro assassinato e pessoas começam a sumir. A discussão da obra acontece em 29 de setembro (10h), na Verbo Livraria (Avenida Vicente Machado, 779). A proposta do Clube de Leitura visa promover encontros com pessoas para a discussão, o debate e compartilhamento de conhecimentos e reflexões acerca dos livros selecionados. Esses encontros são mediados pelo professor da UEPG e jornalista Ben-Hur Demeneck, que também faz uma curadoria regular para definir os temas e autores a serem explorados. O evento costuma reunir uma média de dez pessoas e sempre rende um excelente bate-papo. A atividade é gratuita e não precisa de inscrições prévias.


3 3. D-Edge Tour em PG Os amantes de música eletrônica vão enlouquecer. Considerada referência nacional e internacional, a D-Edge é um dos principais clubes de São Paulo. A casa noturna é capitaneada pelo dj, empresário e produtor Renato Ratier, que lidera a revolução da dance music na América Latina, e é também proprietário do Warung Beach Club, em Santa Catarina. Partindo de um sound system poderoso e de alta qualidade, essa edição do D-Edge Tour celebra 18 anos da criação do clube. O evento acontece em 11 de outubro próximo, na sede campestre do Clube Ponta-Lagoa, a partir das 23h. Famosa por uma iluminação futurista e grandes paredes de LED, a festa conta com a participação internacional do DJ e produtor alemão Phonique, com os estilos de house, deep e tech. Os ingressos variam de 50 reais (pista) e 110 reais (backstage) e se encontram à venda no Clube Ponta-Lagoa (sede social).

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4. Rock com Quirera

A banda ponta-grossense Cadillac Dinossauros tem reunido música com o sabor de uma boa refeição. O projeto Rock com Quirera, aprovado pelo Edital para Circulação de Espetáculos Musicais em Ponta Grossa, tem como público pessoas em situação de rua, que poderão se aquecer ouvindo rock e comendo um caprichado prato de quirera com carne suína. A primeira apresentação aconteceu em 4 de setembro, na Concha Acústica, ao lado da Estação Saudade. Além da refeição, preparada pelo chef Ivo Diego Schoemberg, foi disponibilizado um espaço para doação de roupas, destinadas à campanha do agasalho. Ao todo 30 apresentações devem acontecer até o final de outubro, todas gratuitamente e em locais de públicos como vilas periféricas, associações comunitárias, assistenciais, culturais e ou educacionais, ONGs, projetos sociais, terminais de ônibus e escolas. O projeto é financiado com recursos do Fundo Municipal de Cultura, depositado pela Prefeitura de Ponta Grossa, e gerenciado pela Fundação Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Política Cultural.

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5. Piano & Essência de Vida Com um caráter interativo que mistura apresentação das composições, breves falas sobre o pano de fundo delas e um discurso sobre a história de Edmundo Schwab, este concerto abarca um estilo que pode ser definido como romântico e neoclássico, com influências que vão de compositores consagrados como Chopin ou Beethoven até atuais como Ludovico Einaudi e Yann Tiersen. O concerto Piano & Essência de Vida, do músico pianista Newton Schner Jr, trata-se de um projeto aprovado recentemente num concurso para circulação de espetáculos musicais na cidade, promovido pela Fundação Municipal de Cultura. Newton Schner Jr conta que a expectativa do projeto é proporcionar qualquer comunicação com o íntimo do público, evocando memórias e sonhos. “E, além do mais, fazer com que essa espécie de silêncio musical também sirva de pano de fundo para recordar a figura do amigo poeta Edmundo Schwab em seus 90 anos”, completa. Com entrada franca, as apresentações acontecem em 28 de setembro (Centro de Música, às 20h) e também em 19 de outubro (Proex da UEPG, às 20h).

6. Samba do trilho O grupo Samba do Trilho retornou às atividades para uma curta temporada de apresentações, que se iniciou em 10 de setembro. Até o final de outubro devem acontecer dez encontros em espaços mais afastados da cidade. Samba do trilho é um projeto que venceu o edital de Cultura Periférica promovido pela Fundação Municipal de Cultura. O objetivo é circular em comunidades de escolas de samba, associações de moradores e espaços públicos em geral. O grupo busca incentivar a produção de música autoral na cidade. A dinâmica é bem simples: antes de começar as apresentações, acende-se uma vela e, enquanto ela não se apaga, o samba é cantado. Uma atividade gratuita que busca trazer a música para o bairro, incentivando a interação dos artistas com a população. Para mais informações, acompanhe a página do Facebook do Samba do Trilho.

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Trabalho de Parto

/ Grupo Paral’elos’

Os elos do teatro misturado | por Ana Luisa Vaghetti de Souza

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Foto: Marina Semensati / Fundação Municipal de Cultura

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A arte do teatro misturada com experiências de contação de histórias, poesia e dança. Eis aí parte do trabalho da trajetória do Grupo Paral’elos’, que já foi marcada por apresentações de peças como Mágico de Oz e Relembranças, assim como por declamação de poesias em ônibus da cidade. O grupo sempre se pautou diretamente através de projetos e editais da Fundação Municipal de Cultura. A atuação teatral dos integrantes começou a ganhar ‘corpo e alma’ em 2013, com encontros que aconteciam na antiga Casa da Dança, onde hoje funciona a Fundação de Turismo. “Eu fiz um projeto com a proposta de aulas de teatro gratuitas para a comunidade, e então mandei para a Fundação. Com a proposta aceita, nós começamos uma oficina permanente que acontecia duas vezes por semana”, relata Graciana Moreira Justo, idealizadora da proposta. Inicialmente, as oficinas contavam com apenas três integrantes, mas de lá pra cá chegou a ter uma média de 12 artistas participantes. O nome Paral’elos’ surgiu em 2015, quando o grupo começou definitivamente a montar peças de teatro. “Antes da formação do grupo, não tínhamos obrigação nenhuma de montar uma peça. Só queríamos estudar, discutir sobre teatro e dança. Era mais um momento de estudo, debate e oficina”, comenta João Agner, ator integrante do grupo. Formado hoje por cinco integrantes (Ana Cláudia, João, Graciana, Virgínia e Eric), o grupo Paral’elos’ passou por um processo muito natural em que o os artistas atingiram certa maturidade e começaram a produzir peças teatrais. MÁGICO DE OZ Com um estilo mais alternativo e uma adaptação de figurino bem diferente, o Mágico de Oz teve um cenário muito colorido e cheio de tecidos que buscou trazer uma caracterização aproximada do ser humano. “O espantalho você via que era um homem vestido de espantalho, a Dorothy usava tênis all star, os personagens traziam termos como ‘Ade’ em suas falas”, conta a atriz e integrante do grupo, Ana Cláudia Oliveira. Uma peça de 50 minutos que conseguiu atingir uma gama de públicos – desde crianças de colo até os adultos. No final de 2015, o grupo inscreveu a peça para um edital da Fundação de Cultura. Depois de aceita, foram mais de 30 apresentações do Mágico de Oz, ao longo de 2016. “Foi muito bacana, porque a gente conseguiu fazer todas as apresen-

tações que eram determinadas pelo edital e outras pessoas começaram a chamar a gente para apresentar”, afirma Graciana. A peça percorreu espaços como escolas, Festival de Teatro e Circo, asilo e livraria. Os integrantes do Paral’elos’ contam que o Mágico de Oz fez com que eles percebessem a carência de trabalho infantil que há na cidade. SEM TEMPO, NEM ESPAÇO A mais recente montagem apresentada pelo grupo, Relembranças, é voltada para o público adulto. Uma história que se passa em estações de trem, apresentando quatro momentos de relembranças de cada um dos quatro personagens. Cada ator se explica no seu texto, não há interação e nem diálogos entre eles. A peça não tem um tempo e espaço definidos, só se sabe que eles estão em dia 31 de dezembro. Com um formato muito específico, a peça depende de palco e material de projeção. O intuito de Relembranças é levar o público a uma reflexão. “Os textos têm a personalidade de cada um dos atores. O público acaba se identificando mais com um personagem específico. Em alguns causa inquietação e em outros uma certa tranquilidade de identificação. Tudo depende do momento pelo qual o espectador está passando”, adianta Ana Cláudia. A peça já foi apresentada duas vezes e faz parte da programação da Semana Literária do SESC, que acontece em 22 de setembro. TODOS OS PÚBLICOS O grupo Paral’elos’ fez recentemente um trabalho de declamação de poesias em ônibus da cidade. Também houve uma parceria com o Grupo Contadores de História, que rendeu uma apresentação no lançamento do VI Congresso da Educação. A maioria das apresentações do Paral’elos’ é viabilizada através de contratos e editais realizados pela Fundação de Cultura. Para 2019, a proposta do grupo é montar uma peça que alcance todos os públicos. Lá vem um pouco spoiler. Uma peça atemporal, sem época e lugar definido que traz a história de uma vendedora ‘trambiqueira’. A personagem assemelha-se à figura de uma sofista que quer enganar os moradores de um vilarejo ao tentar vender um líquido, conhecido como placebo. O grupo Paral’elos promete novidades por aí, com a encenação de uma uma peça que deve percorrer diversos ambientes em espaços culturais já conhecidos e outros alternativos em Ponta Grossa e região.



Pessoas

/ Rafael Pires

O cirurgião da autoestima | por Fernando Rogala

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uando se fala em cirurgia plástica, geralmente, o primeiro nome que vem à cabeça remete a Ivo Pitanguy. O mineiro, falecido em 2016, era referência mundial na cirurgia estética. Neste mesmo setor, um paranaense, nascido em Curitiba, e que atua em Ponta Grossa, ganha destaque: Rafael de Castro e Souza Pires. Pudera: por três anos, ele atuou no ‘templo’ e foi discípulo do mestre, fazendo especialização no renomado Instituto Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro. O curitibano, aliás, integrou a última turma para a qual o mago lecionou. Graduado em medicina pela Universidade Positivo, Doutor Pires, como é mais conhecido, começou a atuar como médico em 2011, porém, nunca deixou de aprimorar-se: antes de fazer sua especialização em cirurgia plástica, fez residência médica no Hospital de Clínicas (Curitiba). Hoje, ele faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Associação dos Ex-alunos do Professor Ivo Pitanguy, assim como membro do serviço de cirurgia plástica do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais e coordenador da clínica médica do Pronto Socorro Municipal, além de realizar atendimentos em Curitiba e em Ponta Grossa (Inpelle / Shopping Palladium). Entre tantas atribuições, o tempo se torna algo bastante escasso para Rafael Pires, em dias preenchidos com cirurgias e viagens, até porque sempre busca estar presente em congressos nacionais e internacionais para aprimorar seu conhecimento. Tal posição surge como resultado de um sonho, vislumbrado ainda na sua adolescência, vivida na capital paranaense. Uma escolha por ideologia, acima de tudo, após acompanhar o trabalho de seu tio, também cirurgião plástico. “Pude ver que pequenas mudanças podem trazer grandes resultados e benefícios para o próximo, tanto na estética como na reparadora”, alega. A frase revela o forte caráter humano que preserva, de alguém que busca elevar a autoestima dos outros. Um exímio profissional, mas, acima de tudo, uma pessoa com enorme coração. Afinal, como um bom brasileiro que gosta de futebol e preserva a família, ele afirma que todas suas conquistas profissionais estão além do que ele poderia imaginar. Por toda sua experiência, deixa a sua recomendação aos que pretendem fazer algum procedimento estético: escolher um profissional membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Alguém que saiba o que está fazendo, para não deixar sequelas. Afinal, como ele alerta, “seu corpo é o seu maior patrimônio!” A que atribui seu sucesso pessoal neste âmbito da medicina? Primeiramente ao estudo, à dedicação, experiência, resiliência e, claro, a Deus, que nos proporciona tudo isso. O sucesso e o reconhecimento são sempre as últimas coisas a acontecerem. O que a família representa na sua vida? A família é meu porto seguro. É onde posso conter meus desejos, revelo meus medos e encontro forças para seguir adiante. Ela é imprescindível para uma formação ética e humanitária. Quais seus sonhos? Graças a Deus, no âmbito profissional, já conquistei mais do que tinha sonhado. Mas sempre sigo em busca de fazer o melhor e trazer o bem-estar ao paciente. E claro, construir uma família com a base que meus pais e meus avós me deram. Quanto não está trabalhando, quais são seus hobbies? Gosto de ir aos jogos de futebol do Atlético Paranaense e, quando possível, nos finais de semana, jogo golfe com meu irmão. Se pudesse, viajaria todo final de semana para conhecer novos lugares! O que mais aprendeu com a vida? Que tudo depende de muita garra, trabalho e estudo. Aprendi a ser paciente e ousado quando necessário. E que sempre, sempre o mundo dá voltas. Então, tente ser o mais humano e ético possível, em tudo que for fazer!

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Com base em sua experiência, o que teria a dizer para quem está começando e pretende atuar na área da medicina e em alguma especialidade? Minha dica é nunca desistir dos seus sonhos. Estudar sempre, adquirir o máximo de conhecimento de seus professores e ter fé em Deus. Trate todos com muito carinho e respeito: você vai ver que, com a medicina, você pode ajudar milhares de pessoas!

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Um escritor Um livro Uma frase Um cantor Uma música Um diretor Um filme Um restaurante Um prato Um alimento que lembra a infância

Gustavo Cerbasi Viver vale a pena (Ivo Pitanguy) “Tente fazer tudo valer a pena!” Michael Bublé Grandes Coisas (Fernandinho) Quentin Tarantino Crash - No Limite Ristorante Tullio (Roma) Cordeiro assado com linguine Macarrão com farofa


Foto: AndrĂŠ Waiga


SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

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A Presidente Indianara Prestes Mattar Milléo e sua diretoria inauguraram um novo espaço, “Varanda Gourmet”, na sede campestre do Clube Ponta-Lagoa! Com 442 m², vidros com controle solar, conforto visual e segurança, o espaço proporciona vista privilegiada para o lago e bosque, além de ampla e belíssima varanda! Novos Investimentos em energia padrão Copel, com transformador e ramal subterrâneo, e completa estrutura para eventos (copa-cozinha, bar, toaletes, lounge, fossa ecológica, mobiliário, utensílios e estacionamento).



Social Club por Joselde Tuma BOAS-VINDAS À TANIA MARA Com votos de boas-vindas de amigas e sua equipe, a dinâmica Tania Mara Kaminski Borato assumiu a presidência da Associação de Proteção à Maternidade, Infância e Família (APMIF) João e Maria (biênio 2018/2020). A solenidade de posse da nova diretoria aconteceu na sede da entidade, em 4 de setembro último.

joselde@joseldetuma.com.br

‘NATURA’ EM PONTO OFICIAL Ponta Grossa acaba de ser contemplada com uma unidade oficial da Natura, inaugurada em 31 de agosto. Com grande visão de mercado, especialmente pelos avanços da marca entre as mais consumidas pelas brasileiras, Niceli Fernandes presenteou a cidade com a nova loja, sinônimo de beleza e aconchego, além de moderna e completa. A jornalista Nadja Marques, com muita bagagem em relações empresariais em seu currículo, foi a consultora de comunicação do evento, que reuniu durante a tarde um expressivo número de convidados.

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

‘NOS CAMPOS DA PROVENCE’ Em 1º de setembro, na sede campestre da Caixa Econômica Federal, a diretoria do Cisco de Deus realizou e comemorou mais uma edição do Chá da Primavera, com prestígio e sucesso, em seu décimo primeiro ano. As madrinhas decoraram suas mesas com o tema Uma Tarde nos Campos da Provence e esbanjaram criatividade e bom gosto. Uma tarde que reuniu expressivos nomes da sociedade em prol de uma grande causa!

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IRMÃS APOSTAM EM ‘DEDO DE MOÇA’ Com uma linha de joias e semijoias contemporâneas da marca Dedo de Moça, as irmãs Fernanda, Janaína e Vanessa Gomes aproveitaram a proximidade da chegada da nova temporada primavera/verão 2018/19, para apostar e inaugurar a loja dessa grife (Rua Bonifácio Vilela, 343 – Loja 3, em 1º/9), que vem ganhando cada vez mais a credibilidade de novas clientes pela qualidade de seus produtos. Inúmeros convidados marcaram presença em seu coquetel de lançamento, oportunidade em que puderam conferir também diversas opções em marcas de bolsas, relógios e óculos, para ambos os sexos. Outros detalhes, acesse dedodemocajoias.com.br


JUVENTUDE EM NOITE DE GALA Lindas de viver em sua plena juventude, Barbara de Rezende Attab, Beatriz Moreira Salles Juliatto, Julia Gonçalves Moreira, Julia Portela Lorencet, Nicole Maria Pereira Fleming e Solene Gobel Costa serão apresentadas à sociedade do Clube Ponta-Lagoa, em 22 de setembro, no baile de gala organizado pela diretoria da gestão Família Ponta-Lagoa, especialmente para elas. As debutantes foram recebidas na ‘Attuale’ pelos seus diretores João e Miriam “Barbur” Carneiro e João Vicente e Ligia “Bley” Carneiro para fino coquetel na abertura da Galeria de Fotos. O salão ‘D’Vitta’ (Isabela Alessi) as presenteou com o Dia da Beleza. E no aconchegante restaurante ‘Trattoria Fiorentini’, as jovens foram recebidas para uma aula de automaquiagem com Marcela da Mary Key. As consultoras de estilo Rogele Luzz e Lorena Kossar, a convite de Luciane Pianoski (Chick, Você), deram um show na palestra de autoestima. Luciane Mansani encerrou a noite com fino jantar para elas, seus pais e diretoras do clube. Debutantes 2018 devidamente reverenciadas!

DOCE E FELIZ ESPERA O casal Fabrício Bittencourt da Cruz e Fernanda Grande da Cruz, em companhia do primogênito Luca, aguarda a chegada de Helena, com alegria e satisfação, para janeiro de 2019. Feliz espera! MOVIMENTO DAS DOMADORAS As domadoras do Lions Clube Ponta Grossa Centro estiveram reunidas para seu lanche mensal, no Café Colonial do Hotel Planalto. Simone Bittencourt e Gloria Malluceli foram anfitriãs na arte de bem receber e aproveitar bons momentos entre amigas imbuídas pelos ideais leonísticos.

JANTAR DO ‘CAFÉ DA NOITE’ Traquejo de berço, background familiar são trunfos que colocam sempre na linha de frente anfitriãs como Sada Raquel Cury de Macedo e sua filha Emilisa Cury de Macedo. Recentemente, elas receberam com um jantar árabe suas amigas do Café da Noite. Vale o registro que as deliciosas iguarias elaboradas por Emilisa foram receitas inéditas e muito apreciadas. Estiveram presentes Elba Lozza de Moraes, Isabel Bittencourt, Rosemary Bittencourt Silva, Railda Schiffer, Suely Nascimento, Aracy Zadorosny, Elizabeth Bacila de Sousa, Paula Campagnoli, Stella Maris Gravina e Maria Regina Ruzão. Elizabeth Bacila de Sousa recebe o grupo para o encontro de outubro.

VERÃO INTERNAZIONALE Com correção, bom gosto e amabilidade, traços de quem bem recebe, o trio de belas, Ana Lucia, Tatiana e Larissa Hyczy, proporcionou o melhor para suas clientes/amigas, em 22 de agosto, quando abriram a maison com as mais belas tendências para o verão 2018. Durante o concorrido e badalado coquetel, as modelos desfilaram trajes de bando (Lenny), prêt à porter e criações exclusivas da linha festa. Rosa Leal pontuou alto com sua nova coleção de acessórios. O casal João Luiz e Caroline “Andrusko” Hyczy lançou com estilo as tendências para decoração. Tarde elegante para as elegantes!


Super por Telma Saad super@revistadp.com.br

Homenagem à J. Imave

Homenagem à Frísia

‘Méritos’ à Frísia, J. Imave e Sementes Joná A entrega anual do Mérito Empresarial, realizada pela ACIPG, sob a gestão do presidente Douglas Fanchin Taques Fonseca e sua diretoria, em parceria com o Sindilojas e a Sociedade Rural dos Campos Gerais, aconteceu em sua décima quarta edição em uma noite especial das mais prestigiadas (20/8), com cerimônia seguida de jantar no salão majestoso do Clube Ponta-Lagoa. Em quatro categorias, receberam o reconhecimento as empresas Sementes Joná (agronegócio), J.Imave (comércio), Frísia (indústria) e Servipa (prestação de serviços). Confira flashes a seguir por Edison Luiz Foto e Vídeo.

Servipa homenageada

Sementes Joná homenageada


Registrando Registro especial da médica doutora Michella Przybycien, da primeira turma do curso de Medicina da UEPG. Michella, uma das lutadoras em defesa da implantação do curso em Ponta Grossa, atua em hospitais da cidade, Litoral paranaense e também como plantonista do serviço aeromédico.

Denise Della Vecchia, esbanjando simpatia pela 5ª Avenida, em Nova York

Sofisticação ... E aqui no Brasil, no Restaurante e Confeitaria Balduíno, ela esbanja simpatia junto à sua equipe, com saborosos pratos e as mais tentadoras tortas. Afinal, trata-se de uma tradição de quase 70 anos em Ponta Grossa e região. Vale a pena experimentar.

Destaque especial Para a fofura do pequeno Douglas Djavan Taques da Fonseca, os calorosos abraços da vovó Cátia Fonseca. Registramos.


Super

Entrevista especial Milton Goetten de Lima (Servipa / prestadora de serviços), em entrevista no estúdio da D’Ponta Web News. Flash registro com os apresentadores Matheus Fanchin e Dom Sebastian.

Indianara Milléo (foto - Edison Luiz)

Em cena

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

Patricia e Edilson Gorte, sempre prestigiando eventos pela cidade. Edilson, presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais, não mediu esforços para a realização da 40ª Efapi (Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Ponta Grossa). Sucesso hoje e novidades à vista em 2019 (!).

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Varanda Gourmet Em 2 de setembro, a presidente do Clube Ponta-Lagoa, Indianara Prestes Mattar Milléo, em companhia de membros de sua diretoria, realizou a inauguração do mais novo espaço do clube: Varanda Gourmet. Agora, a Família Ponta-Lagoa pode desfrutar de mais um belíssimo espaço na sede campestre, que conta com uma área de 442 m², estrutura completa para eventos e um deslumbrante visual com vista para o lago e bosque. Aplausos.


Componentes da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Ponta Grossa. (foto- Adriane Silva)

Noite das Sopas As dedicadas mulheres que respondem pela Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Ponta Grossa, e que tem Luciene Salto como presidente da atual gestão, realizaram a Noite das Sopas (30/8) com bingo beneficente. O evento aconteceu no salão do Asilo São Vicente de Paulo e a arrecadação foi para a própria instituição. Aplausos meninas!

Homenagem especial Em comemoração ao Dia do Veterinário, em 9 de setembro, a homenagem desta seção aos profissionais da área, aqui representados pela médica Cristiane Trentin (Cliniponta) e seu pequeno Skeep.


Gastronomia Adega

Celebrando as

vindimas no Alentejo | Por Ana Luisa Vaghetti de Souza

Da colheita para o mundo. Quem visita a região do Alentejo, em Portugal, se enlouquece com as deslumbrantes paisagens de vinhas. Com o fim do verão no Hemisfério Norte, nesta época do ano, conhecida como vindimas, chega a hora de colher as uvas e começar a produção dos excelentes vinhos locais. Geralmente, em setembro, o destino fica cheio de programações exclusivas, que vão desde a colheita até a pisa das uvas. Para aqueles que cuidaram das vinhas ao longo do ano, eles vivem um período de festas. O momento é perfeito para turistas visitarem as vinícolas, o que inclui não somente degustação de diferentes exemplares como também um contato direto com a produção dos vinhos. E que tal aproveitar essa fase para provar alguns dos rótulos alentejanos? Segue uma lista com as principais marcas. ‘MALHADINHA’ FAMOSO Trata-se do mais famoso rótulo do hotel Herdade da Malhadinha Nova, que nasceu com o sonho de produzir o melhor vinho do mundo. O Malhadinha tinto é feito a partir de diversas castas, que apresenta um aroma complexo de paladar cheio.

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

TORRE DE PALMA Em Monforte, o Torre de Palma, considerado um hotel de primeira linha, oferece muita qualidade e conforto aos seus hóspedes, mas também é o orgulhoso produtor de vinhos inesquecíveis, sejam eles tintos ou brancos.

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‘INVISÍVEL’ ORIGINAL O Invisível é um dos projetos originais da Ervideira. Consiste em um vinho branco feito com uvas tintas. Isso é possível, pois utilizam apenas a “lágrima” da uva, que são gotas de suco tiradas da mesma, sem esmagá-la nem usar a casca. MONTE DOS AMIGOS Fáceis de beber, os vinhos Monte dos Amigos foram desenvolvidos pela Casa Relvas para celebrar a amizade. Tinto, branco ou rosé são perfeitos para acompanhar uma roda de conversa com companhias agradáveis. MONSARAZ MILLENNIUM Este rótulo da Carmim conta com diversas variações de tinto. O Monsaraz Millennium tem taninos firmes e final de prova prolongado. O Reserva é amplo e profundo, enquanto o Cabernet Sauvignon é potente e fresco. ‘ARCHÉ’ VÍNICA Não se trata de um vinho, mas sim de uma aguardente vínica, produzida pela Herdade do Sobroso. Feita com destilação lenta e harmoniosa e envelhecida durante mais de dez anos em barricas de carvalho francês, tem alto teor alcoólico, aroma de vinho e notas de especiarias.

‘TORRE’ MEMORÁVEL O Esporão está entre os mais conhecidos produtores de vinho da região alentejana. Torre é um de seus rótulos tintos, memorável e muito original. Feito com uvas colhidas manualmente e envelhecidas em barricas de madeira francesa, possui um sabor único.

HERDADE DOS GROUS MOON HARVESTED Esta edição nasce da aplicação de conhecimentos ancestrais, que dizem que os ciclos da lua interagem com o desenvolvimento das plantas. Por isso, suas uvas foram colhidas manualmente na fase lunar mais adequada, resultando em uma bebida de cor rubi profunda com um sabor rico.

‘EQUINÓCIO’ ENCANTADOR Um branco de personalidade, o Equinócio é uma bebida que encanta ainda mais, quando se conhece onde e como ele foi criado: o Cabeças do Reguengo, uma propriedade fascinante, empenhada em fazer slow wines.

MARQUÊS DE BORBA BRANCO Para preservar o frescor, as uvas são colhidas de manhã cedo e vão direto para pequenas caixas, começando assim a produção de um vinho branco de acidez bem marcada e casada, desenvolvido pela adega João Portugal Pramos.



Conversas Culinárias por Juliano Komay*

Brownie de chocolate com Cheesecake de Matcha Em comemoração ao surgimento do periódico Ponta a Ponta, hoje revista D’Pontaponta, que completa 30 anos de circulação em 12 de setembro, resolvi compartilhar uma deliciosa receita de uma sobremesa preparada ainda recentemente em um jantar aqui no Restaurante Oriental Sukiyaki (Rua Ricardo Lustosa Ribas, 737 – (42) 3224 -5849 – Vila Estrela – Ponta Grossa), contando com a presença do chef carioca Eduardo Nakahara. Isso porque para comemorar aniversário tem que ter sobremesa, não é? Então, escolhi Brownie de chocolate com

Cheesecake de Matcha. Para essa receita ficar bem completa, eu ainda acrescentei um sorvete de cupuaçu e o crumble de amêndoas que todos nós já conhecemos e fizemos na edição de janeiro deste ano! Um dos ingredientes mais ousados dessa receita fica por conta do matcha, o famoso chá verde japonês, que traz para essa receita um delicioso contraste reconfortante ao amargor do chocolate. Agora, anote aí uma dica: o matcha é encontrado com facilidade em lojas de produtos japoneses ou em casas de produtos naturais.

Foto: André Waiga

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

INGREDIENTES Para o Brownie 85g de manteiga picada 160g de chocolate meio amargo picado 120g de açúcar 2 ovos à temperatura ambiente 1 colher de sopa de essência de baunilha 70g de farinha de trigo 1 colher de sopa de cacau em pó 1 pitada de sal

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Para o Cheesecake de Matcha 225g de cream cheese à temperatura ambiente 75g de açúcar 12g de matcha de boa qualidade 115g de chocolate branco derretido 1 ovo à temperatura ambiente

MODO DE PREPARO Pré aqueça o forno a 150ºC e unte uma forma de 20cm x 20cm. Para o Brownie: Em uma panela média, derreta a manteiga em fogo baixo. Acrescente o chocolate e misture até derreter. Retire do fogo e acrescente os demais ingredientes misturando bem, até a mistura ficar bem homogênea. Coloque na assadeira e prepare o cheesecake. Para o Cheesecake: Na batedeira, bata o cheesecake e o açúcar em velocidade média até ficar macio, lembrando de sempre raspar as laterais da tigela para misturar bem. Acrescente o matcha, o chocolate branco derretido e o ovo e continue batendo até a mistura ficar bem leve e homogênea. Coloque sobre o brownie de chocolate e leve ao forno por aproximadamente 30 minutos. Retire e deixe esfriar na própria assadeira antes de desenformar. * Juliano Komay é chef de cozinha do Restaurante Sukiyaki Cozinha Oriental | Rua Ricardo Lustosa Ribas, 737 - Vila Estrela | (42) 3224-5849 | 99925-1777 | e-mail: jukomay@yahoo.com.br | www.sukiyakicozinhaoriental.com.br



Crônica

Este meu coração duro, ele andou fraquejando

pratinho, a família, e volta triste para seu canto. Ou vai ao quintal, onde come salsinha, cebolinha, alface e até as suculentas. *** Ensinei Capitu a falar. É que ela também adora pão, deveríamos evitar o pão, pão engorda, porém como resistir ao olhar pidonho? — O que você quer, Capitu? Chega aos pés da gente, o latido sai explosivo, nasalizado, não é um simples “au”. — Pão!

| por Luiz Fernando Cheres*

*** Aprendeu a escovar os dentes sozinha. Tem a sua escova, Capitu não é delicada na higiene pessoal, a escova dura pouco, vive mordida. Mas seu hálito é como a brisa, a mesma brisa que num dia longínquo soprou no Éden.

A chegada da Capitu mexeu na rotina aqui em casa. Já não somos os mesmos, os olhares que trocamos, o andar das conversas, tudo mudou, a cada passo a fofinha vem e me toca de leve nas pernas, sorrateira, depois brinca com as crianças, oferece um agrado para a Yonara. *** Minha mulher, de cara, passou a ser tratada pela mocinha como se fosse sua avó. E a nova neta deita no colo da Yonara, amorosa, flor colhida do jardim. Ela, que nunca foi de grandes intimidades, agora vivenuma lambeção com a menina. *** A jovem nasceu em Palmeira, e foi, de minha parte, paixão à primeira vista. Um homem feito, mais que feito, homem acabado, cinquenta e tantos dias de finados sobre os ombros, quem disse que esse homem não se apaixona, principalmente por um rostinho redondo e lindo? Na verdade, minha esposa quis trazê-la para cá. Ninguém imaginava o rumo que a história ia tomar... *** Para nossa filha, esse docinho é da família. Uma vive preocupada com a outra, sempre agarradas, devem ter trocado suas confidências.

SETEMBRO 2018 | D´PONTAPONTA

*** Por que Capitu? Capitu é só o apelido, eu tive a ideia, o nome era diferente, não faz mais sentido, nem ela lembra daquele nome.

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*** — Você já reparou nos olhos dela? — São assim de cigana oblíqua e dissimulada. — Pois, apesar deles, poderia passar, se não fosse a vaidade e a adulação. *** Eu, em geral, acordo bem cedo e levo as crianças à escola. Daí, volto para dormir

mais um pouco. Nesse tempo, a Yonara já levantou e foi resolver seus atrapalhos do dia a dia. No lugar da Yonara, a cama ainda está quente, Capitu deita ao meu lado, olhinhos de ressaca, foi dormir vestida e acordou pelada a bagunceira. *** — Viu como a Capitu está gorda, barrigudinha? – me falou a Yonara. Eu olhei Capitu e meu pensamento se perdeu. — Corpinho de Kombi, Cheres! *** Como Capitu gosta de música clássica, agora todos ouvimos Chopin, Mozart, Beethoven. Mas, sem dúvida, Johann Sebastian Bach é o preferido de todos. *** Ontem, o filho nos revelou: — A vida melhorou demais graças à Capitu. Os pequenos chegam da aula com saudades da moça. E ela os espera ansiosa, a mesa está posta para o almoço, sentamos, Capitu transborda de felicidade, quer beijar os dois, prevê os abraços. Eu e a mãe das crianças trocamos olhares. Um não sabe o que passa na cabeça do outro, mas imagina. *** Antes, era raro comermos frango. Agora, em quase todas as refeições, temos frango. É o prato preferido da menina, ela se recusa a comer apenas ração, por isso desfiamos o frango e misturamos; do contrário, olha o

*** Não é questão de humanizar a cadelinha. Se nossa pug descobriu alguma coisa com a gente, nós nos instruímos muito com ela. É uma troca. *** Agora, as crianças entenderam: nós vivemos na pequena bolinha azul, perdida num cantinho insignificante do universo. Esta é nossa casa, a casa do próximo, do distante, a minha e a tua casa. E também da Capitu. É preciso manter a casa limpa, bem cuidada. É preciso respeitar os moradores, sem exceção; mesmo nas inúmeras diferenças, nós, os moradores, somos todos praticamente iguais. Como nós, os outros sentem alegria, fome, dor. E podem ter sentimentos. Lições de Capitu, mais eficazes que mil discursos dos melhores professores. *** Com a Capitu, minha mulher teve seus ganhos. Hoje, ela sabe como é macia a língua da mocinha, como é gostoso aquele focinho achatado. *** Os amigos perceberam mudanças em mim, dizem que ando meio estranho, pensativo, monossilábico. Deve ser por causa de uns latidos incomuns que aprendi. E, ainda, é este coração duro, ele andou fraquejando, voltou acreditar em paixão desmedida. E conheceu novos significados para a palavra amor.

* Luiz Fernando Cheres, escritor e autor de Um Beijo Longe dos Lábios e Amar não é Preciso. Ocupa a Cadeira nº 11 na Academia de Letras dos Campos Gerais.



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Gerais

Área plantada de soja será recorde na região

SETEMBRO 2018 | D´PONTAAGRO

Projeção do Departamento de Economia Rural para a safra 2018/2019 mostra que produtores dos Campos Gerais reduzirão a área plantada de feijão para optar pela soja e pelo milho

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A soja, mais uma vez, será a grande prioridade dos produtores rurais da região dos Campos Gerais. Pelo segundo ano consecutivo, os agricultores dos 18 municípios abrangidos pelo núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral) deverão bater o recorde em área plantada nesse cultivo. Se no ano passado 573,4 mil hectares foram ocupados com o cultivar, para essa safra 2018/2019 deverão ser 576,7 mil hectares, alta de 3,3 mil, o que representa 0,57%. A segunda principal cultura de verão será o milho, com 66 mil hectares, ou seja alta de cerca de 16% na comparação com os 57,2 mil registrados na safra anterior. E se esses dois cresceram, o penalizado vai ser o feijão: redução de 30%, de 49,1 mil hectares para 34,5 mil hectares. A primeira estimativa para a safra 2018/2019 foi revelada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. Carlos Alberto Salvador, engenheiro agrônomo do Deral, adianta que o produtor está reduzindo o plantio de feijão por dois motivos: um deles é a queda nos preços e o outro são os riscos climáticos maiores, quando comparados com as outras duas

culturas (soja e milho). “O produtor pode se decidir entre plantar milho ou soja e correr o risco com o feijão”, resume o analista. A baixa não é apenas regional, mas estadual. O Deral estima um recuo de 13% na área ocupada, que cai de 194,1 mil hectares ocupados no ano passado para 169,3 mil hectares neste ano. Com 25 mil hectares a menos de feijão, esta é a menor área cultivada nos últimos 12 anos no Paraná, segundo informou Salvador. Além disso, os preços estão estagnados e não reagem no mercado, desestimulando o produtor. O preço do feijão de cor caiu 21% em um ano, passando de R$ 112,00 a saca na safra passada para R$ 88,00 a saca este ano. O feijão preto teve queda menor, de 8%. No ano passado, era vendido, em média, por R$ 121,00 a saca, e este ano por R$ 111,00 a saca. Salvador disse que, por enquanto, o clima está favorável ao plantio de feijão, e espera-se que permaneça no decorrer do desenvolvimento da safra. “Sem reação no consumo, que se apresenta cada vez menor, o produtor de feijão está deixando de ganhar”, afirmou. Para a soja, o Deral estima um volume de 19,6 milhões de

toneladas para a safra 2018/19 no Paraná, um aumento de 3% em relação à anterior, encerrada com 19,1 milhões de toneladas. A preferência pela soja é reflexo dos bons preços do grão que vem compensando os produtores que sofreram com eventos climáticos sobre a soja na temporada passada. Os produtores estão animados com os preços compensadores, que já evoluíram 18% do ano passado para cá. Em 2017, a soja foi vendida, em média, por R$ 60,00 a saca, e neste ano está sendo vendida, em média, por R$ 71,00 a saca. O analista do Deral, Edmar Gervásio, explica que, neste ano, o produtor prefere plantar o milho em detrimento do feijão, devido aos preços compensadores do grão. Além disso, o risco de plantar o milho é menor em comparação com o feijão, mais sensível aos riscos climáticos. Apesar de a soja estar com preços elevados, o produtor, que se tornou especializado em plantar o milho, consegue maior retorno se plantasse a soja. Isso porque ele obtém uma produtividade alta, acima de 12 mil quilos por hectare em algumas regiões, que lhe garante ganhos acima

da soja. “Por isso tem muitos produtores fiéis ao plantio do milho na primeira safra, porque eles têm alta produtividade e geralmente entregam a produção para mercados previamente definidos, escoando a produção com facilidade. Eles têm a compra garantida por cooperativas ou grandes empresas integradoras que precisam de garantia no fornecimento de milho”, disse. ALTA NA PRODUTIVIDADE Com a redução da área plantada do feijão, que tem o menor rendimento por hectare entre os três cultivares, haverá um aumento na produção de grãos, na comparação com a safra passada, na região dos Campos Gerais. Somente na primeira safra dos cultivares, deverão ser extraídos 2,9 milhões de toneladas de grãos, 5,8% acima dos 2,74 milhões de toneladas extraídos na safra passada. A produção total de soja deverá somar 2,16 milhões de toneladas, enquanto que a de milho deverá passar de 529 mil quilos para 666 mil quilos, em alta de 25,9%. Já o feijão deverá render 75,9 mil toneladas, queda de 2% em relação à safra 2017/18.


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Gerais

Agroleite 2018

Recorde em público e em negócios

SETEMBRO 2018 | D´PONTAAGRO

Visitação maior elevou em 18% a movimentação financeira no evento realizado em Castro, consolidando este como o maior Agroleite da história. Edição 2019 já está marcada para ser realizada entre 13 e 17 de agosto

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Principal evento do agronegócio da região dos Campos Gerais, o Agroleite superou todas as expectativas de público e de negócios nesta edição 2018. Realizada com o tema Capital Nacional do Leite, em homenagem ao município de Castro, sede do evento, mais de 73 mil pessoas passaram pela Cidade do Leite entre 14 e 18 de agosto, com um crescimento de público em torno de 18% na comparação com 2017. Com mais visitantes, a movimentação financeira também aumentou, na casa dos 18%, ao passar de R$ 55 milhões para R$ 65 milhões. Recordes também foram registrados em animais, com mais de 700 participantes, e com a adesão de 205 empresas. Frans Borg, presidente da Castrolanda Cooperativa Agroindustrial, realizadora do evento, avalia que todos os objetivos foram alcançados. “O Agroleite 2018 foi um sucesso. Para nós, o que vale não é ser o maior, mas ser focado na cadeia leiteira. Com o Agroleite, promovemos conhecimento e negócios, e a cada ano os parceiros desse segmento, que aqui participam, de uma forma ou

de outra, têm uma plataforma de lançamentos e promoção da tecnologia numa bacia leiteira muito importante no país”, afirma, destacando que o clima contribuiu para esses resultados. Devido à importância da feira, uma das principais do setor na América Latina, as empresas participantes exaltam suas presenças, especialmente pelo fato de se fortificar e crescer a cada ano. Sergio Bernardes, gerente de contas da Nutron Nutrição Animal, assegura que já se torna relevante vincular a marca ao Agroleite. “Aqui, fizemos promoção de produtos, parcerias e muitos contatos. Fechamos um volume expressivo de negócios durante os dias do evento”, anunciou. Fabio Rodrigues, gerente da DSM - Tortuga Paraná, afirma que os objetivos planejados para a feira foram plenamente atingidos. “Percebemos que, cada vez mais, o Agroleite tem se consolidado como o maior evento da cadeia leiteira do Brasil, e até da América Latina”, enfatiza. Paulo Godoi, coordenador do Território Pecuarista da Biogénesis Bagó,

lembra que foi uma feira marcante pela conquista do Troféu Agroleite e pela grande visitação. “Mais de 400 pessoas entre produtores, veterinários, técnicos e pessoas que trabalham em cooperativas passaram pelo nosso estande. Recebemos público de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia, além do Paraná”, alegou. Vários expositores, aliás, aproveitaram o público do Agroleite para mostrar novos produtos, como uma vitrine. “Fizemos lançamento nacional da VMS Robótica, nossa ordenhadeira ro-

botizada. Os produtores ficaram muito satisfeitos com essa tecnologia e muitos já fizeram negócios conosco”, contou Adir de Sá Neto, gerente regional da DeLaval. O estreitamento com clientes foi um dos pontos mais citados pelos expositores. “Confraternizamos com clientes e fechamos alguns negócios. O estande esteve bem movimentado. Com certeza, estaremos no Agroleite 2019, pois o evento já é uma tradição para nossa empresa”, disse Jamilly Wesgueber, consultora de pecuária da MSD Saúde Animal.


Fotos: Divulgação RESULTADO DOS JULGAMENTOS

Vaca do Futuro Vicky Premier Tenefen Expositor: Sandro Aurelio Hey Criador: Jose Tenfen

Campeã Suprema Adrimar Rietje Braxton 530 TE Expositor: Hendrik e Reinaldo De Boer, Hender Wrobel e Cláudio Pires Criador: Adriaan Frederik Kok

Melhor criador e melhor expositor do Agroleite 2018

ASSUNTOS DO AGRONEGÓCIO Assim como nos anos anteriores, o Agroleite teve uma programação completa, com muita qualificação e informação para aqueles que buscam aprimorar seus conhecimentos. Além das dinâmicas com máquinas, houveram painéis e fóruns que abordaram o agronegócio, como o Painel da Ovinocultura, Painel Mulher Cooperativista, Fórum da Agricultura, Fórum da Suinocultura, Seminário Internacional, entre outros. Um dos eventos mais badalados foi o Painel Agro, Cenários: ontem, hoje e amanhã – perspectivas globais de produção, promovido pela Calpar Calcário Agrícola. O tema foi abordado pelos ex-ministros Roberto Rodrigues, Francisco Turra e Alysson Paulinelli, com mediação da jornalista Kellen Severo. Os especialistas no assunto abordaram os desafios que o agronegócio enfrenta, como confiança da população no setor, carga tributária e interferências governamentais, dificuldades com o crédito rural e, especialmente, a produção e segurança alimentar. Apesar das dificuldades listadas, todos acreditam no potencial do agronegócio do país. Paulinelli citou a força brasileira nas exportações. “Exportamos para 170 países, e isso representa mais do que os Estados Unidos. Somos uma potência, não podemos deixar que ninguém nos atrapalhe”, asseverou. Momento dos mais esperados dentro da programação fica por conta da entrega do Troféu Agroleite, que acontece desde 2002. Considerado o Oscar do Leite, a premiação contou com 18 categorias, em um grande evento no Memorial da Imigração Holandesa (Castrolanda). Com a presença de autoridades, personalidades do agronegócio brasileiro, presidentes, diretores e profissionais das empresas nacionais e multinacionais participantes do Agroleite, a premiação tem como objetivo homenagear as empresas e profissionais ligados à cadeia produtiva do leite, que tiveram destaque no último ano. Quando o assunto é o animal, duas competições dividem atenção dos criadores: o torneio leiteiro e os julgamentos. Nos julgamentos dos animais, os melhores exemplares das raças holandesa e jersey foram avaliados. Com a divisão entre animais jovens e adultos, os juízes analisaram a úbere, pernas, abertura de peito, linha dorsal, característica e força leiteira, feminilidade e até os cascos, também levados em conta. A Campeã Suprema acaba sendo apontada como o melhor animal do evento. Já na avaliação da produção, os produtores de leite participantes são premiados por volume ou aproximação. Cada animal e seus produtores foram avaliados com base na qualidade do leite, manejo, alimentação, conforto e cuidado. “É muito gratificante o trabalho de toda uma equipe ser premiado. Trabalhamos muito para que isso ocorresse”, disse o criador Lucas Rabbers, que teve animais vencedores na categoria Vaca Jovem e Vaca Adulta no torneio por volume. PLANEJAMENTO A edição 2018 do evento acabou, mas as atividades relacionadas ao evento não param. Os trabalhos para a próxima exposição já foram iniciados, com programação a ser desenvolvida entre 13 e 17 de agosto de 2019. Todo esse planejamento foi exaltado pelo presidente do Sistema Ocepar, na cerimônia de abertura do evento, justificando essa determinação ao grande potencial leiteiro dos Campos Gerais. “Temos a melhor tecnologia, produtividade e o melhor leite do país, e isso é fruto da competência, profissionalismo e cooperação”, afirmou José Roberto Ricken.

Adrimar Rietje Braxton 530 TE Expositor: Hendrik e Reinaldo De Boer, Hender Wrobel e Cláudio Pires Criador: Adriaan Frederik Kok RESULTADO DO TORNEIO LEITEIRO

Maior Produção Vaca Jovem 1ª colocada: Harm Barbie Gabor 4175 TE– 69,870 quilos por dia 2ª colocada: Harm Matty Delta 4080 TE – 65, 140 quilos por dia

Maior Produção Vaca Adulta 1ª colocada: Harm Rika Deann 2875 – 81,110 quilos por dia 2ª colocada: Djani Gillespy Martha 411 – 81,770 quilos por dia

Categoria por Aproximação – 160 quilos 1ª colocada: 1027 De Vo Ita Lilian Jasper – 159,880 quilos 2ª colocada: 1036 De Vo Ita Laureana Modeland – 159, 660 quilos VENCEDORES DO TROFÉU AGROLEITE

Categorias Genética: Alta Nutrição: Nutron Medicamentos: Biogénesis Bagó Forragens: Nobre Nutrição Animal Sementes: DuPont Pioneer Ordenhadeiras e Refrigeração: GEA Equipamentos para Ensilagem: Nogueira Equipamentos para Fenação: Krone Tratores Agrícolas: New Holland Prestador Serviços Agrícolas: Cia da Silagem Técnico do Ano: Sérgio Soriano Agente Financeiro: Sicredi Associação de Produtor: Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa Produtor de Leite do Ano: Sekita Agronegócios Laticínios: Italac Embalagens: Tetra Pak Mídia Impressa: Revista Leite Integral Mídia Digital: Milk Point


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SETEMBRO 2018 | D´PONTAAGRO

/ 40ª Efapi

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Há alguns anos, a Efapi vem reforçando seu caráter técnico, não apenas com a realização de palestras voltadas especificamente para o homem do campo, seja na agricultura ou na pecuária, mas também para os acadêmicos, aqueles que estudam para se formarem profissionais, visando atender a produção primária. Neste último caso, eles podem participar do Congresso Agropecuário, Industrial e Tecnológico do Paraná (Conaitec), que concedeu R$ 10 mil em premiações aos trabalhos destaques em diferentes segmentos, como forma de incentivo aos estudos para encontrar soluções benéficas nesse ramo de atuação. Entre 137 trabalhos concorrentes, na realização do Conaitec 2018, 21 participantes se destacaram e receberam prêmios em dinheiro nas áreas de Agronomia, Tecnologia no Agronegócio, Engenharia e Tecnologia de Alimentos, Veterinária e Zootecnia, e também em Multidisciplinaridade - além de alunos do ensino médio, colégios agrícolas e entidades assistenciais. Neste ano, o prêmio recebeu o nome do professor Carlos Luciano Sant´Ana Vargas, em homenagem ao ex-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A programação foi bastante extensa no quesito qualificação. Profissionais de diversas cidades levaram seus conhecimentos aos produtores e as últimas informações disponíveis nas mais variadas áreas. Entre os temas das palestras abordadas no Centro de Treinamento e Capacitação Rural constaram a agroindústria familiar, queijo artesanal, legislação para produtos de origem animal, certificação de livre de tuberculose e brucelose, central de abastecimento, apicultura, reprodução equina, equoterapia, uso de agrotóxicos, agricultura orgânica, manejo e abate na piscicultura, compostagem, rastreabilidade agrícola, tecnologias no agronegócio, entre outros.


A ESCOLHA DA RAINHA A escolha do símbolo da Efapi, assim como a principal ‘promotora’ do evento pelo período de um ano, ocorreu uma semana antes do início da exposição feira. Em uma noite de muito brilho, no Clube Ponta-Lagoa, a ponta-grossense Aline Machado recebeu a faixa de Rainha da Efapi, enquanto Ana Caroline Afani foi eleita como 1ª Princesa e Jessica dos Santos Ornieski como a 2ª Princesa. Os jurados Roger Santmor, Pricca Rizzo e Renan Henrique, procedentes de Curitiba, avaliaram cada candidata através dos quesitos beleza, apresentação, elegância e simpatia. Durante o processo de apuração, dois auditores acompanharam a soma das notas de cada uma das candidatas.

No quesito pecuário, o cronograma, da mesma forma, foi amplo. Além da exposição – e aqui se inclui a mostra oficial de exemplares da raça Purunã, desenvolvida em Ponta Grossa e que foi oficializada e reconhecida -, houve o Campeonato de Ranch Sorting, Prova de Marcha Campolina, Copa de Tambores Quarto de Milha, entre outras atividades. Os julgamentos e o leilão também compuseram a programação. “Em 2018, realizamos a Efapi como ela sempre foi, uma exposição diversificada que atende os gostos de toda população”, reforça Ivonei Vieira.

SHOWS MUSICAIS Três atrações musicais abrilhantaram a edição 2018 da Efapi. Com realização em parceria com a Brotherhood, os shows aconteceram no Centro de Eventos, na sexta-feira (14) véspera do feriado e no sábado (15), aniversário de Ponta Grossa. A maior atração foi Gustavo Mioto, um dos cantores sertanejos mais badalados da atualidade. Ele se apresentou na sexta-feira, na mesma data de outra atração jovem: MC Kekel. Já no sábado, o palco foi tomado por um grupo musical também com características bastante brasileiras: Turma do Pagode.

AINDA MELHOR EM 2019 Diante da não realização da Efapi em 2017, e também pelo atraso na organização dos preparativos para 2018, quando foi celebrada a assinatura do contrato com a Sociedade Rural dos Campos Gerais, houve um prolongamento e a garantia da realização da feira nos dois próximos anos, 2019 e 2020. Com isso, Edilson Gorte assegura que já está havendo um trabalho de forma mais organizada para as edições 41 e 42 da Efapi, para que sejam marcadas como as maiores e melhores da história do evento. “Agora, a 41ª edição da Efapi que nos aguarde, pois já estamos trabalhando no projeto e nas adequações da feira do ano que vem. Novidades vêm aí, aguardem!”, garante Gorte.


DP AGRO

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/ 40ª Efapi

SETEMBRO 2018 | D´PONTAAGRO

‘Programação diversificada’ garante sucesso da 40ª Efapi

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Tradicional exposição feira agropecuária atraiu mais de 150 mil visitantes em cinco dias de programação, com atrações para todos os gostos, desde as famílias aos produtores rurais tecnificados | Da Redação


Fotos: Sociedade Rural dos Campos Gerais

Fotos: Jornal da Manhã

Dezenas de milhares de pessoas, dos mais diferentes perfis, fizeram parte da história da 40ª Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Ponta Grossa (Efapi). Entre 12 e 16 de setembro, o evento reuniu mais de 150 mil visitantes no Centro Agropecuário Municipal Ayrton Berger e Centro de Eventos de Ponta Grossa, gerando negócios e trazendo informações à população. Quem esteve presente pode acompanhar de perto as últimas novidades no ramo agropecuário, através dos expositores de máquinas agrícolas, ouvir palestras de qualificação e ver de perto cerca de 500 animais, entre bovinos, equinos, ovinos e muares. Um evento completo tanto para famílias da cidade quanto para homens do campo. “O evento superou as mi-

nhas expectativas, mesmo ainda sem o fechamento final de toda a contabilidade de negócios da feira. Porém, temos um prévio levantamento, através do qual podemos perceber que a 40ª Efapi foi um sucesso”, resume Edilson Gorte, presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais. O êxito foi obtido mesmo em um ano de incertezas quanto à feira. Licitações foram realizadas pela prefeitura para contratar uma empresa interessada em fazer a festa, mas todas as tentativas resultaram desertas. Diante da falta de interessados, a Prefeitura de Ponta Grossa fechou às pressas o contrato com a Sociedade Rural dos Campos Gerais, que assumiu a execução da festa, faltando apenas 45 dias para a data previamente estipulada, a semana do aniversário de Pon-

ta Grossa, como tradicionalmente acontece. Nesse curto espaço de tempo, com bastante trabalho na organização, foi possível fazer um evento bastante abrangente, completo no âmbito das atrações aos visitantes. “A Efapi deste ano teve como finalidade a união de vários setores para abranger todos os tipos de público, seja no setor da agricultura, da pecuária, do comércio ou da indústria, além da área social, cultural e técnica, tudo para que a feira agregasse ao máximo toda a população”, informou Gorte, sempre destacando a característica principal da Efapi, que nunca foi perdida no decorrer desses anos: manter as raízes de uma festa para a família curtir junto. Ivonei Afonso Vieira, secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também se mostrou muito orgulhoso com a realização do evento, principalmente, por em tão pouco tempo de preparação resgatar antigos parceiros, especialmente na área agrícola, que já fizeram parte da exposição no passado, e que agora voltaram a acreditar na exposição. Afinal, como ele explicou, a Efapi torna-se uma grande vitrine aos produtores rurais, que vêm de diversas partes do Paraná, para

acompanhar a última grande feira agropecuária do Estado. Somente no último dia, a estimativa era de um fluxo de 50 mil pessoas. “Isso mostra o sucesso e prestígio da feira em nossa cidade”, reforça Edilson Gorte. “Para todos os expositores, patrocinadores e apoiadores, enfim, todos os envolvidos, direta ou indiretamente, aqui fica nosso muito obrigado. Sem sombra de dúvidas, cada um de vocês foram essenciais para que o evento fosse um sucesso”, finaliza. ATRAÇÕES DIVERSIFICADAS No âmbito comercial, mais de 30 expositores locaram estantes no Centro Agropecuário Municipal para mostrar seus produtos, especialmente na área de máquinas e implementos agrícolas, concessionárias, empresas de jardinagem e de serviços. O espaço também contou com uma ampla praça de alimentação, com destaque para a Feira de Sabores, que reuniu os produtores da agroindústria caseira, assim como para a Feira Sindilojas, com empresários do comércio varejista de diversas áreas de Ponta Grossa e região. Para as crianças e adolescentes, as atenções se voltaram para o parque de diversões.


DP AGRO

Artigo por Fernando Saraiva*

Temor

empresarial

sem razão

de ser As margens de lucro estão tão estreitas que obrigam, cada vez mais, os empresários e os produtores rurais a buscarem o que, por ilegalidades, o Governo lhes tirou. Essas ilegalidades se refletem em cobranças indevidas de tributo, ora por desrespeito aos princípios constitucionais, ora por violação à lei e ora, simplesmente, por exações não previstas em atos normativos. Não se pode negar que ainda reside no espírito de grande parte dos contribuintes o temor de que, da propositura de uma ação judicial, possam advir perseguições do Fisco. Mas tal receio não reflete a realidade da fiscalização atual, pois a busca de um direito passa longe da mira do fisco. Hoje, o corpo fiscal é composto por servidores altamente qualificados, que têm em seu preparo a arte de perquirir focos de sonegação. A sonegação se traduz em práticas de esconder da fiscalização a ocorrência de fatos econômicos alcançáveis pela lei tributária por meio de simulação ou do não cumprimento de obrigações acessórias, como a emissão de notas fiscais, entrega de declarações, etc. O combate a essa prática criminosa é o verdadeiro objeto e objetivo primordial da fiscalização e não o exercício justo da busca da tutela jurisdicional, pelos contribuintes, atrás de restituições ou reduções da carga tributária, quando emanadas de atos ilegais da própria Fazenda Pública.

Existem grandes possibilidades de recuperação desses valores, com a assessoria de um especialista nessa área. No entanto, o contribuinte deve também estar atento com falsas promessas que pululam, dia a dia, nas mais diferentes formas em visitas de oportunistas às empresas e às associações representativas dos empresários e dos produtores rurais. Hoje, há possibilidade de ações judiciais que visem a redução de Pis, Cofins, Contribuição Previdenciária Patronal sobre a Receita Bruta, Imposto de Renda apurado pelo regime do Lucro Presumido, tributação sob o regime monofásico, entre outras. Nos dias atuais, torna-se essencial, para uma efetiva sobrevivência num mercado tão concorrencial, a contratação de assessoria contábil e tributária, não pontualmente, mas integrada à estrutura da empresa, para prevenção e atuação contra atos fiscais que, por revestidos de tanta complexidade e aparente legalidade, passam despercebidos por todos aqueles que não têm a formação adequada para vislumbrar seus vícios ocultos. O medo de autuações fiscais, que, porventura, fossem deflagradas em face de contribuinte que buscam o exercício de seus direitos no bojo de processos judiciais e administrativos, deve ser abolido em nome da própria subsistência empresarial. *Fernando Saraiva, advogado tributarista e administrativista








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