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Editorial

Nesta edição

‘Lições de vida’ como exemplos a serem seguidos por Eduardo Gusmão, editor Quando tudo parece estar cada vez mais difícil enfrentar nosso cotidiano de atividades, diante das falsas promessas de governantes que não conseguem enxergar as mazelas de suas comunidades além de seu próprio umbigo, eis que surgem belíssimas lições de vida que nos colocam frente a frente de exemplos a serem seguidos, ou no mínimo como fatos da realidade vivenciada por todos nós, via telinha diária ou semanal (confira ‘Como Será?’ e ‘Painel RPC/Rede Globo) e especialmente pela internet, que nos levam à reflexão. A bandidagem, infelizmente – e todos sabem até mesmo pelas políticas públicas ineficazes -, sente-se à vontade em semáforos para assaltar e levar, não apenas valores em dinheiro ou um mísero celular, mas a própria vida de cidadãos que saíram ou voltaram de mais um dia de trabalho... Segurança, saúde, educação, habitação, assistência social e cultura, com certeza, constaram das plataformas de campanha de candidatos ao governo do estado ou de municípios em eleições ainda recentes (2014 e 2016), cuja maioria deles, lamentavelmente, não merece nosso voto e apoio às suas pretensões em seus tão próximos blá, blá, blá...

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EXPRESSO

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ENFOQUE

Ponta Grossa ganha uma nova proposta de escola musical, que busca ensinar a teoria musical de forma atraente e efetiva

A cultura das benzedeiras está presente na história e no dia a dia das comunidades, que tem registro agora em documentário

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Mas enfim, chega, chega mesmo!, de tanta demagogia em ouvir discursos e acreditar em acordos ou ‘conchavos’ até mesmo assinados por governantes, que não têm aquilo ‘roxo’ (...). Lembram-se

do

ex-presidente

Collor de Mello, o colorido ‘caçador de marajás’ ou ‘pai dos descamisados’? Aliás, outro corrupto – e tantos outros instalados em Brasília-, sem ainda nada julgado a seu respeito... Ou também em curso, alvos da Operação La-

va-Jato, e se tudo ocorrer como torcemos, condenados! Que a justiça divina, afinal, ilumine nossos justiceiros terrenos de plantão a colocarem na cadeia, com tornozeleiras (e que não faltem!), todos aqueles que roubaram da merenda escolar (e continuam!) ou desviaram verbas (e desviam) para a construção ou melhorias de escolas públicas estaduais ou municipais, além de outras tantas falcatruas ‘a perder de vista’. A corrupção por esses brasis afora ainda assusta qualquer brasileiro, via programas de televisão (Fantástico/Rede Globo / Cadê o dinheiro que tava aqui?, por exemplo), mas não apavora toda a marginalidade por aí, que se encontra prestes e viciada a cometer delitos em geral, até mesmo sem saber o porquê de seus atos insanos, que, muitas vezes, destroem famílias para sempre... Em contrapartida, caro leitor, procure navegar pela internet, nem que seja por uma hora em seu dia a dia, para constatar como ainda devemos acreditar que este nosso mundo tem jeito de melhorar com atitudes determinantes (consulte pelo google ‘fazer o bem sem olhar a quem’, ‘projetos apoiados pelo Criança Esperança da Rede Globo’, ‘projetos voluntários’ ou ‘lições de vida pelo Brasil’ e tantos outros). Boa leitura, de ponta a ponta.

“Agildo (Ribeiro), sabe aquele negócio de ‘não tenho palavras pra você’? Sempre em qualquer lugar: Bravo! Bravo! E obrigado!” - Jô Soares, apresentador e humorista, entre tantas outras manifestações pela partida do grande ator e comediante

EXPEDIENTE Barbiero Comunicações Ltda. Editor: Eduardo Gusmão (mtb 019) Reportagem/Redação: Fernando Rogala (mtb 8926) Direção de Arte, Diagramação e Capas: André Luíz Waiga Consultoria Jurídica: Luís Alberto Kubaski e Newton Maurício Franco Rodrigues Comercial e Marketing: João Barbiero - Eduardo Vaz - Eduardo Gusmão - Marilyn Schlosser Contato Comercial: (42) 3028-0016 Assinaturas: (42) 3028-0016 | assinatura@revistadp.com.br e-mails: leitor@revistadp.com.br | comercial@revistadp.com.br Redação e Administração: Rua Balduíno Taques, 459 - Vila Estrela - Ponta Grossa

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D´PONTAPONTA

MAI 2018

ANO 30

CENA LOCAL

Profissionais da contação de histórias, procedentes de 11 estados, participam do 4º Festival Nacional de Contadores de Histórias

TRABALHO DE PARTO

Rafael Pomim Lopes, historiador e mestrando em História, representa a juventude da Academia de Letras dos Campos Gerais



Entre Aspas

“Não é justo que aquele cidadão que está com suas contas todas em dia (...) sofra um aumento de carga tributária por conta daquele que está inadimplente.”

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Leia o que disseram alguns dos personagens que você vai encontrar ao longo desta edição da revista D’P

Marcus Freitas, procurador geral do município, a respeito do alto índice de inadimplência junto ao município pág. 20

Você tem convívio e faz amizades na Alemanha, na França, no Japão e essas pessoas entram em contato com você e você renova seus conhecimentos.”

Osires Nadal, repórter esportivo, sobre como é cobrir copas do mundo de futebol pág. 39

Hoje, a maior dificuldade do festival é tirar as pessoas de casa.”

Wilton Correia Paz, diretor de Assuntos Culturais da UEPG, a respeito do público em eventos culturais pág. 50

Este é o desafio do professor: saber como dosar a participação do aluno e da tecnologia em sua aula.”

Talita Moretto, gerente de Tecnologia Educacional do Colégio Sepam, sobre o uso de tecnologias em sala de aula pág. 33

“Minha mudança foi em cima de um caminhão de pau de arara, com meu colchão, uma cama, dois cachorros e um gato.” Jeroslau Pauliki, fundador da Lojas MM, quando veio de Arapoti para estudar e trabalhar em Ponta Grossa pág. 43

“O país está passando por uma revolução política. Desde 1964 eu não via isso. Antes era o comunismo contra o país. Agora é a corrupção.” Douglas Taques Fonseca, presidente da ACIPG reeleito, em relação ao atual cenário político do Brasil pág. 48

O empreendimento é um marco na economia e desenvolvimento da cidade e também da região.”

Superintendente do Palladium Shopping Center, João Luis Giostri, sobre a instalação do shopping, que completou 15 anos na cidade pág. 54

Era meu sonho. Fiquei feliz e até chorei.”

Giovanna Broch Barbiero, estudante de 8 anos e fã do SBT, que viajou a São Paulo para conhecer a emissora, em abril último pág. 59

Sempre fui desse perfil, de unir forças; trabalhar em equipe. Ganhar todo mundo e não ganhar um só.” Marilyn Schlosser, diretora comercial do Grupo Barbiero de Comunicações, sobre sua visão de mundo e trabalho pág. 70



Cafezinho por Eduardo Gusmão editor@revistadp.com.br

‘Luneta Experiências Culturais’

para disseminar ‘arte e cultura’

Foto: Marina Semensati

Com muito prazer, Ponta Grossa acaba de ganhar uma empresa criada pelos produtores culturais Elisângela Schmidt e Eduardo Godoy (foto), a Luneta Experiências Culturais, cujo foco principal se concentra em disseminar a arte e a cultura. “Unimos nossas experiências para apresentar caminhos e possibilidades a quem quer gerar transformações por meio da arte e da cultura. Vamos criar, inovar e compartilhar”, adianta Eduardo Godoy, jornalista e produtor. Para tanto, segundo ele, a Luneta vai trabalhar em três linhas: produção de festivais e eventos culturais dos mais variados segmentos, destacando artistas da nova geração; desenvolvimento de projetos com leis de incentivo, com destaque para ações inovadoras e foco em locais aonde o acesso às produções culturais ainda encontra dificuldades; e assessoria e agenciamento de artistas, empreendedores, grupos e bandas, oferecendo a experiência necessária para que todos possam decolar em suas carreiras. Com parcerias já confirmadas da ABC Projetos Culturais, Canal Desavesso e Arnica Cultural (Curitiba), a ‘Luneta Experiências Culturais’ se coloca à disposição de empreendedores como novos parceiros, cujos interessados poderão manter contatos pelos telefones (42) 98435-3117 / 999743138 e (43) 99986-3515, ou ainda pelo www.facebook.com/luneta.cultura e instagram:@luneta.cultura Nesta edição, confira a primeira iniciativa da ‘Luneta’ na seção Vaivém, com programa para 16 de junho próximo.

‘Manhã Animal’, uma nova

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

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“Leve, divertido e cheio de informação”. Com esta proposta, o médico veterinário Yury Nagêa está de volta à televisão, através do programa Manhã Animal (Rede Massa / TV Guará, domingos, às 10h), cuja estreia em pleno Dia das Mães (13/5) ainda repercute pela boa audiência conquistada em Ponta Grossa e região. Entusiasmado com a produção do programa em formato inovador e dinâmico, Yury se mostra à vontade em comandar a nova atração que se volta para toda a família, que costuma se reunir nas manhãs de domingo frente à telinha. De acordo com ele, mesmo tendo a experiência e conhecimento do segmento, depois da apresentação por cinco anos do programa Cia. Animal em uma tv a cabo local, trata-se de um novo desafio em levar para um grande público informações sobre o mundo animal: dos tradicionais pets, como cães e gatos, a cavalos, aves e até animais exóticos. Com duração de 30 minutos, o ‘Manhã Animal’ vai até a casa dos personagens e mostra a realidade de quem divide a vida com seu pet. Pra quem perdeu a primeira edição do programa, Yury Nagêa lembra que a atração dominical contém entrevistas com especialistas e profissionais qualificados, reportagens especiais e um conteúdo pensado e produzido com exclusividade para o entretenimento. Além de tudo isso, segundo Nagêa, há de se destacar que o foco principal do programa se concentra também em tirar dúvidas de assuntos de interesse do público telespectador, com informações e abordagens sobre curiosidades, assim como também compartilhar histórias incríveis entre animais e seres humanos. Nas manhãs de domingo em que predominam programas esportivos, enfim, o ‘Manhã Animal’ surge como uma alternativa pra quem curte seus bichinhos de estimação, com transmissão para 80 municípios paranaenses.

Foto: Divulgação

atração para toda a família


Agenda na palma das mãos

Toda a agenda cultural de Ponta Grossa na ‘palma das mãos’ de forma gratuita. Para facilitar o acesso da população à programação de eventos, a Fundação Municipal de Cultura aderiu ao aplicativo Cultura Paraná, criado pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC). A partir de agora, o cidadão pode ficar por dentro da agenda atualizada e ter informações sobre as unidades culturais, como horário de funcionamento, contatos e endereços. O aplicativo possui também um sistema de mapa e GPS integrado ao celular que indica rotas para chegar até os eventos e unidades, integrado aos aplicativos Uber e Google Maps. É possível ainda criar lembretes automaticamente no próprio celular para não perder as atividades, compartilhar por meio das redes sociais e saber mais informações nas páginas oficiais dos eventos. O aplicativo foi desenvolvido pela Celepar e o usuário pode visualizar informações dos 399 municípios do Paraná. Disponível para Android e IOS, não há nenhum custo para quem quiser baixá-lo pela PlayStore e App Store. Segundo o diretor de Cultura da Fundação Municipal de Cultura, Eduardo Godoy, o aplicativo é mais uma ferramenta para facilitar o acesso à informação. “É nossa prioridade fazer com que a população fique sabendo com antecedência da nossa programação cultural. Nossa equipe tem buscado diversos meios para que isso aconteça, com apoio dos veículos de comunicação e utilizando as ferramentas digitais”, explica. Outra novidade fica por conta do envio da agenda cultural por e-mail. Basta cadastrar o endereço eletrônico, em apenas um clique, no site da Prefeitura de Ponta Grossa (www.pontagrossa.pr.gov.br/ cultura), para começar a receber os boletins informativos com os principais eventos realizados pela Fundação Municipal de Cultura. Além do aplicativo e da newsletter, a programação de eventos da Fundação também está disponível na página do Facebook (www.facebook.com/ culturapg1) e perfil do Instagram (@cultura.pg).


Expresso

‘ Casa Cantante’, um novo espaço para ‘uma proposta inovadora’ | por Angelo Eduardo Rocha

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Foto: Angelo Rocha

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

ma nova proposta de escola musical em Ponta Grossa, que oferece aulas de musicalização para crianças a partir de seis meses, a Casa Cantante surgiu de uma ideia trabalhada por Juliani Carla Ribeiro e João Francisco R. A. Junior (foto abaixo), que busca ensinar a teoria musical de forma atraente e efetiva, alinhando a prática com teoria. Juliani explica que “a música, seja ela teórica ou prática, deve ser orientada de forma gostosa, prazerosa e tranquila, como se fosse uma brincadeira. É cantando e tocando de forma lúdica e sensorial que ensinamos as crianças até oito anos”. Porém, a escola não atende somente o público infantil, visto que alunos de qualquer idade podem ingressar na casa para aulas coletivas ou individuais, ficando a escolha a critério do aluno. Com experiência em sua trajetória profissional, João Francisco, 34, também conhecido como ‘João Zinho’, nasceu em Ponta Grossa, formou-se em Licenciatura em Música pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atua como músico e compositor há 20 anos, e inclui em seu currículo participações em festivais com músicas autorais. Juliani Carla, 43, também ponta-grossense, cursou Pedagogia pela UEPG, tem pós-graduação em Produção Musical, tornou-se musicista profissional e possui 17 anos de experiência com educação infantil e musical.


Fotos: Sergio Duze

QUATRO NÍVEIS DE ENSINO Além desse conceito diferenciado de escola de música, a ‘Casa Cantante’ também possui a presença de um fisioterapeuta responsável na avaliação inicial do aluno e, mensalmente o acompanhamento do profissional, para que o corpo do aluno esteja preparado para aprender. A escola também possui a inclusão musical, ou seja, “alunos portadores de necessidades especiais também podem iniciar na musicalização”, aponta Juliani. A ‘Casa Cantante’ oferece aulas de musicalidade infantil, violão popular, guitarra, contrabaixo, ukulele e técnica vocal. O ensino para as crianças é ministrado em quatro níveis de ensino: o primeiro nível é a musicalização baby para as crianças de seis meses a dois anos (junto com a presença dos pais ou responsáveis); musicalização I (de dois aos três anos); musicalização II (de quatro aos cinco anos); e musicalização III (de seis aos oito anos). Nesses níveis, os alunos vão trabalhar com repertório único, ou seja, o foco se concentra em fazer com que as crianças aprendam a música em si, passando por todos os instrumentos. Após os oito anos, concluindo a musicalização infantil, as crianças escolhem um instrumento musical para aprender. ‘João Zinho’ salienta que “para aprender música não existe idade e talento, não existe uma pessoa que não tem dom para tocar, ou então, dizer que não consegue, porque os seus dedos são curtos, não tem isso, pois 95% é treino”, afirma. Portanto, qualquer pessoa pode iniciar os estudos na ‘Casa Cantante’. E é assim que termina a aula: “tchau, tchau, tchau, nosso encontro terminou, tudo volta para o lugar, vou sair cantarolar, e o mundo mais feliz vai ficar.” DP SERVIÇO Casa Cantante Atendimento com hora marcada, no Jardim Carvalho. Contatos pelos telefones (42) 99999-8288 / (42) 99931-0315. Facebook.com/casacantante ESCOLA DE MÚSICA DIFERENTE A ‘Casa Cantante’ começou a ganhar ‘corpo e alma’ de uma primeira conversa, quando o casal se conheceu. Juliani revela que foi a concepção e o interesse de uma escola de música diferente que uniu o casal. E foi a partir dos interesses em comum que, agora, ‘João Zinho’ ensina aquilo que aprendeu tocando na noite, e Juliani aplica a sua experiência em sala de aula. Além de uma metodologia diferente, a escola fornece um espaço convidativo, amplo, colorido e com acesso aos diferentes instrumentos musicais. A construção do projeto da ‘Casa Cantante’ demorou um ano para ser concluído, pois todos os detalhes foram preparados para a escola começar as suas atividades em 2018. E com experiências distintas, os dois profissionais lecionam na casa. João aponta que um diferencial é unir tanto a experiência prática dele com a experiência de ensino que Juliani possui. “Se o aluno não entende por um caminho, existe ao seu lado mais um professor que pode mostrar um caminho diferente. A música é muito sensorial!”, esclarece ‘João Zinho’. E é resgatando as cantigas e brincadeiras de rodas, músicas do folclore, ou ensinando músicas em outros idiomas, como as africanas, que as crianças aprendem a música em um espaço através de uma metodologia adequada.


Casa DP

Incentivos permitem crescimento

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

da geração fotovoltaica

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O Brasil ainda é um país que está conhecendo os benefícios da geração de energia renovável através dos raios solares. Até o final de 2017, o país contava com 19,2 mil sistemas de geração de energia fotovoltaicas, segundo a Aneel, valor que corresponde a apenas 0,02% das unidades consumidoras do total nacional. Mas esse panorama está prestes a mudar. Além do conhecimento e conscientização da população quanto às características e vantagens de sua utilização, algumas alterações na legislação, em todas as esferas, seja nacional, estadual ou municipal, tornam esses produtos mais competitivos no mercado. Afinal, 89% dos brasileiros têm interesse em instalar uma solução de energia renovável em sua própria casa, conforme pesquisa do Ibope Inteligência, realizada no ano passado. Em nível nacional, a permissão para o faturamento de geradores fotovoltaicos, concedendo benefícios fiscais para a baixa em alíquotas, reduziu expressivamente os custos. Enquanto isso, em 18 de abril último, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou o Projeto de Lei 378/2015, que concede benefícios de ICMS para produtores de geração mini e microgeração distribuída. Em âmbito municipal, inúmeras prefeituras concedem incentivos fiscais, como descontos na taxa do IPTU. No final de 2017, inclusive, o Ministério das Cidades publicou uma portaria que incentiva a utilização de microusinas residenciais, através de sua aplicação no Programa Minha Casa, Minha Vida. Atualmente, os sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil totalizam uma potência de 160.933 quilo-watt pico (KWp). O Paraná, ao final do ano passado, tinha 1.410 instalações, somando uma potência de 10.629 KWp (ou seja, 6,6%). O estado líder nacional é Minas Gerais,

que contabilizava 4.161 microusinas instaladas no fim de 2017. E se para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) o Brasil está ’15 anos atrasado’ em relação a outros mercados nesse setor, um país da América Latina se fortalece como um dos pioneiros da difusão dessa tecnologia energética: o Chile, que vem liderando o consumo da tecnologia e absorvendo grande parte da capacidade de produção mundial de painéis fotovoltaicos. Hoje, a China é líder mundial em capacidade de geração de energia fotovoltaica. OPORTUNIDADE DE ECONOMIA Para o mercado chamado de ‘Classe B’, ou seja, com tensão menor, que inclui consumidores em residências, na área rural, em comércios e pequenas indústrias, na qual se paga uma tarifa fixa independente do horário de consumo, a utilização de microusinas fotovoltaicas passa a ter maior intensidade. Para esses sistemas com entradas de energia de até 200 amperes, há um tempo médio de retorno do investimento entre 4 e 5 anos, mostrando-se viável pelo sistema ter vida útil de, pelo menos, 25 anos – e lembrando sempre que a conta com a empresa que fornece energia é ‘eterna’. Estabelecimentos empresariais também passam a implantar sistemas de geração de energia através dos raios solares, como em estacionamentos, reduzindo a fatura com a companhia elétrica e oferecendo um conforto adicional aos clientes, com a sombra para os veículos. Clínicas médicas seguem a mesma tendência, colocando em seus planos de investimento de curto prazo a implantação de uma solução fotovoltaica. Entre as indústrias ocorre o mesmo, porém, seu pay back é um pouco mais logo, levando sete anos para retornar o investimento em forma de grande economia.

CONDIÇÕES DE PAGAMENTO Ao contrário do que ocorre com a inflação interna, regulada pela lei da oferta e procura, não é porque a procura no país ainda está baixa que o preço dos equipamentos vão baixar também – esse mercado tem grande influência internacional. Da mesma forma, diferente de outros produtos tecnológicos, em que o passar dos anos vai tornando o item mais barato, o preço das microusinas teve uma alta de 10,04% no segundo semestre de 2017, segundo pesquisa realizada pela Greener. Isso ocorreu pelo aumento no preço dos painéis fotovoltaicos, em função da alta demanda em outros países, como China, Estados Unidos, Japão, Índia, Reino Unido, Alemanha, Coreia e Chile. Dessa forma, para incentivar ainda mais a implantação de energia renovável, agentes financeiros oferecem opções de financiamento que exigem um pequeno ‘esforço’ de caixa diluído nos primeiros quatro anos, e depois entram em “autofinanciamento”, onde o valor da economia mensal é superior ao valor da parcela do empréstimo. COMO ESCOLHER UMA EMPRESA Para que se faça uma opção segura na instalação do projeto fotovoltaico, há algumas dicas para a escolha da empresa. A recomendação é que ela responda algumas questões, como qual experiência que possui especificamente com energia fotovoltaica, local da sede de engenharia da empresa, qual a instalação mais antiga, se tem alguma instalação na região, qual a regra de garantia do sistema, se haverá a necessidade de reforço estrutural do telhado, ou então deverá se preocupar com a reconstituição de alguma parte civil do imóvel.



Charges



Leitor/Artigo por Thaty Marcondes*

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A invasão dos Mestres Cucas

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A TV de hoje em dia, principalmente a cabo, transformou-se numa escola de “descozinheiros”. São 24 horas ininterruptas de receitas, dicas, preparos estrambólicos, nomes estranhos, novos (velhos) ingredientes, e outras estranhezas. As “estrelas” nacionais e internacionais espalham seu estranho idioma, pouca coisa que um leigo consiga entender ou traduzir. O endro (primo-irmão das delicadas folhinhas de nossa erva-doce) agora chama-se dill; antes batia-se ovos com um batedor de arame conhecido hoje por fouet; o coador de legumes, escorredor, ou o que a gente use pra coar caldos, chama-se “chinês” ou chinois e tem a forma de um chapéu de burro invertido; as velhas tigelas hoje em dia chamam-se bowl. As massas de gostosas tortas agora levam denominações como sablé, brisé e sucré - nada de massa podre, de bomba (ou choux: mais chique!); os recheios também mudaram: antigamente bastava misturar algumas gemas, maisena, leite e açúcar; levava-se ao fogo até dar ponto e os cremes e sobremesas eram deliciosas, mas atualmente deve-se fazer creme patisserie, anglais ou outros que tais. Na programação, há cozinheiro que frita o alho antes da cebola (a comida amarga), mas ele é bonitão, dá ibope; outro, superconvencido, preocupado com a vaidade, comanda não apenas um, mas dois ou três programas, parecendo um menininho mimado com complexo de Bob Flay (apresentador de cerca de 60% da programação de um canal televisivo a cabo internacional); tem a mocinha que faz biquinho, com linguajar infantil, irritantemente bonitinha; a jovem senhora americana que diz que o feijão utilizado na receita é vegetariano (como assim, existe feijão que come carne?!?); e o que dizer da brasileira com formação no exterior, que soltou em rede nacional que araruta é uma plantinha japonesa, furtando a tradição de nossos índios e matas? Por vezes, alguns dos chefes apresentadores portam-se de forma indelicada e ininteligível, chegando às raias da necessidade de legenda, quando externam sua opinião. Em contrapartida, Rita Lobo (merece ser citada!) dá receitas normais, ensina a fazer comidinha caseira, marmitas com reaproveitamento de sobras, entre outros. Ela usa muito o termo “desgourmetizar”, além de (pasmem!) usar nossa boa e prática panela de pressão! Nos canais abertos, a coisa também pega: o reality show internacional versão tupiniquim em sua última temporada para profissionais levou à final e posterior vitória um cozinheiro que queimou o

peru – no bom sentido, a ave mesmo. Na versão australiana do mesmo programa, há capítulos onde os apresentadores dão receitas completas, com passo a passo, coisa que não acontece por aqui. Já na versão espanhola, os amadores dão um banho na apresentação até dos profissionais brasileiros. Na verdade, a maioria desses programas tem como função vender ingredientes, panelas, utensílios e chamar o público a gastar seu rico dinheirinho em seus estabelecimentos. E não pensem que Ponta Grossa escapa! Cerca de dez anos atrás, um pretenso cozinheiro apresentava um programa onde deitava sua sabedoria. Chegou a dizer que a gente consegue fritar o óleo... Talvez seu cérebro tenha sido frito por engano. A manchete do dia seguinte deveria ser “médicos garantem que substituição de cérebro de apresentador por miolo de pão deverá ser bem sucedida”. Caos culinário instaurado, ninguém se preocupa em ter um programa ensinando valores nutricionais, aconselhando uso e aproveitamento de bons ingredientes, preparos mais saudáveis, como convém à moderna sociedade que, cada vez mais, perde sua saúde em fast-foods e receitas engordatícias. Lembro que, antigamente, as moças casadoiras colocavam em suas listas de presentes o outrora famoso Dona Benta – Comer Bem – o título remete a Monteiro Lobato, cuja editora publicou a primeira edição em 1940, contendo receitas desenvolvidas e testadas pelas mães e esposas dos editores. O livro tornou-se referência, ficando tão popular que deu nome a vários ingredientes, apesar da grande quituteira do Sítio do Pica-pau Amarelo ter sido dona Anastácia. Até então, os livros eram de culinária fina, importados ou traduzidos, contendo alguns ingredientes desconhecidos no Brasil. Fico imaginando minha avó, cuja comida era saborosa, feita em fogão à lenha, na banha fresca de porco, tentando fazer uma dessas receitas. Pensando bem, pra quê, se o bom mesmo é um bom arroz e feijão, bem feitos e perfumados!

* Thaty Marcondes / escritora e poeta; Prêmio ALCG 2008 (crônica, primeiro lugar); Prêmio Anita Philipowski (2009); Vestibular UEPG (2010); autora de Azul da Prússia (habilitado para os prêmios Brasil Telecom e Jabuti - 2013); Concurso Nacional de Contos Thaty Marcondes (2013); e leitora D’Pontaponta – Jundiaí (SP)



Política

/ Prefeitura de Ponta Grossa Fotos: Divulgação

Quando a solução

é fazer justiça Ações adotadas pela Prefeitura de Ponta Grossa evidenciam eficiência fiscal da gestão dentro do cenário nacional, em um país afetado pela crise econômica desde 2014

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Mariana Galvão Noronha

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Como tantos outros municípios brasileiros, Ponta Grossa vem enfrentando, desde 2015, as consequências e ainda reflexos da impactante crise econômica. Foi ela a responsável pelo desemprego de centenas de trabalhadores brasileiros e a estagnação em alguns setores da economia. Por outro lado, ela também teve um grande impacto no serviço público, como o cancelamento de obras, folha de pagamento e benefícios atrasados e precarização do serviço público. Mas se Ponta Grossa também está enfrentando a crise, onde estão essas manchetes catastróficas? O município continua com dois hospitais 24 horas funcionando normalmente, escolas em tempo integral, ampliando constantemente o número de vagas, e obras de infraestrutura ocorrendo em diferentes pontos da cidade. E tem mais: o pagamento dos salários dos servidores está rigorosamente em dia, sem qualquer atraso,

até mesmo no recolhimento do FGTS. Tudo isso só foi possível, porque a Prefeitura de Ponta Grossa deu andamento à única solução possível neste cenário: justiça. A estratégia, denominada Justiça Fiscal, é aquela em que, em vez de aumentar impostos ou criar novas formas de arrecadação para aumentar os valores que o município possui em caixa, busca formas mais eficientes para cobrar valores já devidos ao poder público, como o não pagamento de IPTU e ISSQN, além de outros débitos inscritos em Dívida Ativa – que hoje já ultrapassa a marca de R$ 240 milhões devidos à Prefeitura. “Desde o início de 2017, estamos buscando formas de garantir que o município tenha uma arrecadação maior, cobrando apenas aquilo que é justo do contribuinte que está inadimplente. Além disso, não é justo que aquele cidadão que está com suas contas todas em dia, que dá prioridade


Marcus Freitas e Cláudio Grokoviski

ao imposto municipal, que é investido integralmente na cidade, sofra um aumento de carga tributária por conta daquele que está inadimplente. A Prefeitura hoje está usando todos os recursos de que dispõe para recuperar esse recurso, com ações de execução fiscal e também o mecanismo do protesto”, explica Marcus Freitas, procurador geral do município. E já é possível conferir o resultado disso na prática: a Procuradoria Geral do Município (PGM) fechou o balanço de ações de execução fiscal realizadas em 2017, identificando um aumento de 150% na arrecadação em comparação com o ano de 2016. Em 2017, com a incorporação do setor de Dívida Ativa à PGM e o desenvolvimento de ações em busca da Justiça Fiscal, a Procuradoria conseguiu recuperar mais de R$ 10 milhões devidos ao município em ações ajuizadas, frente ao pouco mais de R$ 4 milhões recuperados em 2016. Atualmente, estão em andamento 38 mil processos de execução fiscal e oito mil deles devem ser ajuizados ainda neste primeiro semestre. QUANDO O DEVER CHAMA Além da manutenção da cidade, garantindo a oferta dos serviços públicos e o desenvolvimento de Ponta Grossa, o aumento do caixa da Prefeitura também é necessário para que o município consiga cumprir com obrigações acumuladas já ao longo de diversas gestões, como o pagamento de precatórios. Desde agosto do último ano, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa vem realizando mensalmente o depósito de valor correspondente a 1.5% da Receita Corrente Líquida (RCL) para o pagamento dos valores devidos em precatórios, conforme plano apresentado ao Tribunal de Justiça (TJ) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Desde então, já foram depositados mais de R$ 6.2 milhões. Em seguida ao depósito desses valores, a Prefeitura também trabalha com outras estratégias para quitar o total de precatórios, como a Lei da Compensação, que já teve o primeiro processo homologado pelo TRT. “Estamos depositando os valores rigorosamente todos os meses, conforme apresentamos ao TJ e ao TRT. O total referente a 1.5% da nossa RCL é o que está dentro das possibilidades orçamentárias da gestão nesse exercício financeiro. Qualquer valor acima disso só seria possível com a queda da inadimplência ou o aumento da nossa receita. As medidas de Justiça Fiscal, aplicadas desde 2017, são fundamentais para recuperar os valores devidos ao município, que tem muito mais a receber do que a pagar, mas estamos cumprindo com essa responsabilidade, de acordo com as possibilidades financeiras da prefeitura”, detalha Cláudio Grokoviski, secretário municipal da Fazenda. Atualmente, a Prefeitura acumula R$ 111 milhões em precatórios para serem quitados, frente a R$ 240 milhões a receber, já inscritos em Dívida Ativa.

O PESO DA INADIMPLÊNCIA Como a crise impacta na vida de todos, o resultado dela também está na alta inadimplência enfrentada pela administração pública. Em 2017, a inadimplência com IPTU e Taxa de Lixo ficou na casa dos 40%, somando cerca de R$ 60 milhões. “Qual empresa privada consegue manter as portas abertas nessas condições?”, questiona Grokoviski. A ideia da Justiça Fiscal é conseguir garantir que esse número seja menor em 2018, cujo exercício financeiro começou já com 54 mil contribuintes inadimplentes com a primeira parcela do IPTU. Em maio, a inadimplência registrada está na casa de 27%, já somando quase R$ 20 milhões devidos. Foi nessa linha que a PGM e a Secretaria da Fazenda desenvolveram, no último ano, o

Programa de Regularização Tributária (PRT), a derradeira oportunidade de negociação da dívida para aquele contribuinte inadimplente que tivesse interesse em sair da Dívida Ativa, com desconto em juros e multas do valor devido. Com condições especiais para cada valor de dívida e tempo de financiamento, o programa encerrou em dezembro com a negociação de R$ 54 milhões, dos quais R$ 10 milhões foram pagos à vista. O problema é que a inadimplência também chegou ao PRT. Levantamento do início de 2018 já indicava que, dos 15 mil contribuintes que haviam aderido ao programa em 2017, mais de três mil já estavam em débito apenas com a entrada parcelada dos valores negociados. O PRT previa entrada de apenas 10% do valor total, dividida em


Política

/ Prefeitura de Ponta Grossa

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

três meses, mas já havia se deixado de pagar cerca de R$ 654 mil, um recurso já contabilizado no orçamento municipal. Agora em maio, o número de inadimplentes do PRT já passava de sete mil. Mais uma vez, a Justiça Fiscal entrou em ação. A PGM deu início ao protesto dos contribuintes que aderiram ao ‘Programa de Regularização Tributária (PRT)’ em 2017, mas acumularam inadimplência pelo período de 90 dias consecutivos. Aproximadamente 40 contribuintes, totalizando cerca de R$ 200 mil devidos ao município, já serão protestados, além de perderem automaticamente os descontos de juros e multa dos valores devidos, bem como a possibilidade de parcelar a dívida em até 120 meses. “O PRT foi extremamente eficiente em um primeiro momento, com a negociação de R$ 54 milhões, mas ter uma inadimplência de 20% dos contribuintes que aderiram ao programa e não cumpriram com suas obrigações reforça nosso discurso de que uma grande parcela da população está sendo displicente com os impostos municipais. Esse número também reitera nossa decisão de não oferecer mais qualquer programa com facilidades para regularização de dívidas, como PRT, Refis ou Profis”, antecipa o procurador geral, Marcus Freitas. A ferramenta Devedômetro, que está no ar desde janeiro no site institucional do Poder Executivo, dentro do Portal da Transparência, divulga os números atualizados do percentual e valor correspondente ao não pagamento de IPTU e da Taxa de Lixo. A Prefeitura espera que a divulgação desses números, com atualização diária, contribua com a conscientização dos munícipes sobre a importância desse recurso para a gestão da cidade.

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PARA ONDE VAI SEU DINHEIRO Do valor recebido com o IPTU, único imposto exclusivamente disponibilizado à Ponta Grossa, ao menos 40% se destina para a Educação e Saúde, sendo o restante recurso livre, hoje revertido principalmente para a pavimentação. Já o valor arrecadado com a Taxa de Lixo é totalmente destinado ao pagamento do serviço à empresa contratada para a coleta na cidade. Com a inadimplência desses valores, a Prefeitura precisa buscar recursos em outras áreas para manter a coleta em dia. Os R$ 60 milhões não recebidos em 2017 poderiam ter sido aplicados em diversas necessidades do município, como a pavimentação de novos trechos, a execução de mais espaços de lazer nos bairros e um grande avanço no andamento das obras do Parque de Olarias, por exemplo. Mas a Prefeitura continua fazendo malabarismo para garantir que os serviços não parem e a cidade continue crescendo, mesmo diante de uma inadimplência tão alta dos contribuintes



Política

UEPG sedia seminário internacional sobre o autismo

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Diferente de uma série de enfermidades ou problemas psiquiátricos, o autismo pode ter difícil detecção. O distúrbio atinge duas a cada 100 crianças, o que chamou a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que o classificou como uma questão de saúde pública mundial. Esse assunto foi debatido em Ponta Grossa, que sediou o Seminário Internacional sobre Transtorno do Espectro do

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Autismo (TEA). Realizado no Auditório do Reitoria do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em 17 de abril, cerca de 500 pessoas compareceram para acompanhar os debates. Autor da Lei Estadual 17.555, de abril de 2013, que trata do autismo no Paraná, o deputado estadual Péricles de Holleben Mello coordenou o seminário. Ele falou sobre os avanços obtidos nos últimos

anos neste ramo. “Conseguimos formar uma Frente Parlamentar na Assembleia Legislativa com a assinatura de 52 deputados. Em abril, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou por unanimidade a realização de um cadastro estadual da pessoa com TEA e a expedição de carteira de identificação para autistas”, resumiu. Entre os palestrantes, estiveram a jornalista Fátima de Kwant, mãe de autista e escritora radicada na Holanda há 30 anos; Berenice Piana, autora da Lei Federal 12.764, que instituiu no Brasil a Política Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Autismo; e Kenya Diehl, blogueira, ativista, autista e mãe de autista. Fátima trouxe a experiência sobre políticas públicas do país europeu destinadas a famílias e portadores de TEA. “Se as políticas públicas na Holanda deram certo e ajudaram o meu filho, não posso deixar de acreditar que alguma coisa possa ser feita também aqui no Brasil.

É uma questão que pode atingir todas as pessoas, e elas merecem esse respeito”, disse. Já Berenice chamou a atenção para o crescente número de crianças com TEA. “Hoje, de cada 36 nascimentos, um é de autista. Há projeções de que, em 2025, a síndrome pode atingir metade dos nascimentos, sendo que um dos principais motivos é um herbicida presente nos alimentos que ingerimos. Muitas pessoas autistas vivem esquecidas, e isso atinge também a família e a sociedade. Os dados são alarmantes e precisamos mudar essa realidade”, afirma. O encerramento ficou a cargo de Kenya, que ressaltou que há muito preconceito em relação aos autistas, ao acrescentar que eles merecem respeito e atenção da sociedade e do poder público. “O autismo está em mim e em meu filho. É importante falar sobre esse tema, pois muitas famílias estão sofrendo sem saber como lidar com a síndrome”, concluiu.


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Saúde

Alopecia

Causas e combate

da queda de cabelo

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Muitas mulheres vivem o drama diário de ver uma grande quantidade de cabelo emaranhado na escova ao se pentear ou acumulado sobre o ralo do banheiro ao tomar banho. Afinal, essa cena vem acompanhada mentalmente do pesadelo de, dentro de um período de tempo, vir a se transformar numa calvície. Na medicina, esse ciclo de quedas é conhecido como alopecia. Embora possa parecer um valor bastante alto, o fato é que entre 40% e 50% das mulheres têm disposição genética para desenvolver, mais cedo ou mais tarde, nos mais variáveis níveis, a alopecia – valor que é ainda mais alto entre os homens, cerca de 60%. Cabe destacar, no entanto, que nem todas as pessoas que registram um grande volume de queda de cabelo têm, em seu DNA, o gene da calvície. Lucas Marcel Telles, dermatologista e especialista em restauração capilar há 5 anos, que atende em Ponta Grossa (Inpelle) e em Curitiba, esclarece que muitos fatores levam à queda capilar. Se for ligada à genética, é questão de tempo para aparecer. Porém, como nem todos os casos vêm do histórico familiar, ela pode estar ligada a uma série de doenças do cabelo como inflamação ou alterações do ciclo. E isso pode estar relacionado a uma série de fatores, desde condições psicológicas até a má alimentação. Neste último caso, a queda acelerada de cabelo por um período momentâneo, não genética, é chamado de Eflúvio Telógeno. Como cada caso requer um tratamento diferenciado, Telles explica que há a necessidade de um diagnóstico para a identificação das causas dessa alopecia.

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QUANDO A QUEDA NÃO É GENÉTICA O couro cabeludo de um humano tem, em média, 100 mil fios de cabelo, todos eles em diferentes fases de desenvolvimento. Para fazer a renovação desses fios, a queda é diária, e não há motivos para se preocupar com isso, se estiver dentro da média. “Todas as pessoas têm uma queda normal, em torno de 50 a 70 fios por dia”, informa o médico. A alopecia ocorre quando essa queda é aumentada. “Acontece que, durante o período de crescimento, cada fio tem seu ciclo, e, quando acontece alguma alteração do organismo, esses cabelos podem fazer uma troca mais acelerada”, completa. Nesse caso, do Eflúvio Telógeno, Telles explica que é uma troca acelerada, que os fios voltam a crescer, e que o tratamento deve ser direcionado para uma das causas. Por isso, há a necessidade do diagnóstico, para agir diretamente no ponto. Essas alterações estão relacionadas a alterações de hormônios da tireoide, estresse, alimentação, falta de vitaminas, doenças e até mesmo medicamentos. “Há algumas alterações de queda de cabelo em que o eflúvio começa a ficar crônico, em seis meses. Aí alguns medicamentos podem ser necessários também”, explica Telles. De toda forma, o melhor remédio é a prevenção do eflúvio, como os cuidados com a saúde e as dietas. Para quem já está com uma queda mais acentuada, o médico explica que receitas ‘caseiras’ não funcionam. “Os tratamentos à base de óleos, como óleo de coco, podem até melhorar o dano na haste, que é o fio, ressecado ou quebradiço, mas não evitam a queda”, acrescenta.

SE FOR GENÉTICA, O QUE FAZER? Para os homens, a alopecia genética começa a aparecer já na casa dos 20 anos, tendendo a se estabilizar nos 40. Já entre as mulheres começa a aparecer em torno dos 30 anos. “Mas tem um ciclo de piora após a menopausa”, reforça Telles. A evolução da medicina tem avançado no combate, e, segundo o médico, a prevenção consegue, em até 80% dos casos, estabilizar a alopecia. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo, com acompanhamento a longo prazo. “Mas esse tratamento tem que ser individualizado, pois a situação varia de paciente para paciente”, completa. Esse tratamento é baseado, na maior parte dos casos, em dois tipos de medicamentos diferentes, um de aplicar e outro de tomar. Para quem já está em fase mais avançada, com pouco cabelo, ainda assim há alternativas, desde tratamento a laser com baixa potência e Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP). Em casos ainda mais avançados, há a opção de microagulhamento e o transplante, alternativas que crescem ano a ano. Isso vale para a calvície ou mesmo para as ‘entradas’, em que há o reposicionamento dos fios de áreas em que não há a disposição de cair, colocando onde está faltando. “Cabe frisar que o transplante hoje é feito fio a fio, ele não deixa cicatrizes na parte de trás da cabeça. É um procedimento definitivo, e pode ser feito em diversas idades, acima dos 25, para recuperar desde uma entrada pequena até a calvície total. É uma técnica que se modernizou bastante”, conclui o profissional.


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As ‘Cidades Imperiais’ de Marrocos em sua próxima viagem começa aqui Após uma tarde numa praça em Marrakesh, a luz do sol contornando uma mesquita majestosa à beiramar, o reflexo cultural e artístico de uma cidade imperial, conclui-se que Marrocos vale a pena! Sem pensar 2 vezes, mas em 9 vezes para pagar 9 dias de viagem pelas magníficas cidades imperiais marroquinas, faça suas malas e conheça as belezas e riquezas de Casablanca, Rabat, Meknes, Fez e Marrakesh.

Marrocos – Cidades Imperiais - 9 dias (Inclui): - Bilhete aéreo São Paulo / Casablanca // Marrakech / Casablanca / São Paulo | 7 noites de hospedagem em regime de meia pensão | Excursão em ônibus privativo | Traslado aeroporto/ hotel / aeroporto | Entrada aos monumentos mencionados no itinerário | Gorjetas aos maleteiros nos hotéis | Guia acompanhante em português ou espanhol a partir do primeiro dia em Casablanca 1º dia - SÃO PAULO / CASABLANCA

Apresentação no aeroporto de São Paulo para embarque com destino a Casablanca. Pernoite no vôo. 2º dia - CASABLANCA

Chegada ao aeroporto Mohamed V. Assistência e traslado para o hotel. Jantar e hospedagem. 3º dia - CASABLANCA / RABAT -Distância entre as cidades 110 km

Após o café da manhã no hotel , encontro com o guia para a visita da cidade de Casablanca. Visita ao Mercado Central , Bairro de Habous, palácio Real , praça Mohamed V, zona residencial de Anfa e ao exterior da Mesquita de Hassan II. Tempo livre para almoço ( não incluído ). Partida para Rabat. Visita da capital administrativa do Marrocos, incluindo o Mausoléu de Mohamed V. Torre Hassan, Kasbah Oudayas. Ao final da tarde, regresso ao hotel . Jantar e hospedagem. 4º dia - RABAT / MEKNES / FEZ – Distância entre as cidades – 260 km

Café da manhã. Partida para Meknes, conhecida como a Versailles do Marrocos, fundada no final do século XVII por Moulay Ismail. A visita panorâmica da cidade inclui o Bab Mansour e o bairro Judeu.Tempo livre para o almoço (não incluído). Continuação para Fez , com parada nas ruínas romanas de Volubilis e na cidade Santa de Moulay Idriss. Chegada ao hotel.Jantar e hospedagem. 5º dia – FEZ

Café da manhã. Início da visita de Fez, a mais antiga cidade cultural espiritual de Marrocos. Visita ás Medersas (escolas santas), ao exterior da mesquita de Karaouine e à famosa

PREÇOS POR PESSOA parte aérea e terrestre Junho - 8 Junho - 22 Setembro - 7 ,28 Outubro – 12 , 27

CATEGORIA TURISTICA Apto solteiro / apto duplo USD 1.914 USD 1.650 USD 2.287 USD 2.023 USD 1.914 USD 1.650 USD 1.970 USD 1.688

CATEGORIA SUPERIOR Apto solteiro / apto duplo USD 2.283 USD 2.283 USD 2.656 USD 2.214 USD 2.283 USD 1.840 USD 2.358 USD 1.897

PGTO ENTRADA 20 % SALDO EM ATÉ 9 X SEM JUROS

fonte Nejjarine. Tempo livre para almoço não incluído).Pela tarde visita aos souks e Fez Jdid. Regresso ao hotel. Jantar e hospedagem.Regresso ao hotel. Jantar e hospedagem. 6º dia – FEZ / MARRAKECH - Distância entre as cidades 485 km

Após o café da manhã, partida para Marrakech, atravessando a montanha do Atlas e passando por Immouzer El Kander e Azrou, conhecida pelo seu artesanato em madeira. Tempo livre para almoço (não incluído). Breve parada em Beni – mellal , um dos centros agrícolas do Marrocos. Continuação para Marrakesch. Regresso ao hotel. Jantar e hospedagem. 7º dia – MARRAKECH

Café da manhã. Dia dedicado à visita de Marrakech , a segunda cidade imperial mais antiga do Marrocos apelidada de “Pérola do Sul”. Visita aos Túmulos de Saadian, a Koutoubia, um dos monumentos mais representativos da cidade de Marrakech, ao Palácio Bahia, aos Jardins de Menara e ao Museu Dar Si Said. Regresso ao hotel para almoço.De tarde, visita da Souks e bairros dos artesãos. Continuaçãoi para a Praça Djemaa El Fna, coração e principal ponto desta bela cidade. Regresso ao hotel . Hospedagem. Opcional: Jantar na casa de espetáculos Chez Alli (traslado para hotel incluído). 8º dia – MARRAKESCH

CAFÉ DA MANHÃ. Em horário determinado localmente traslado ao aeroporto de Marrakech para embarque vôos de retorno ao Brasil. 9º dia – BRASIL

Chegada no Brasil

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Enfoque

A tradição das benzedeiras

em Ponta Grossa Conheça histórias de mulheres que se dedicaram a vida inteira em curar as dores dos outros

| por Luana Caroline Nascimento

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Rosa Nogueira nasceu no município de Imbituva, em 18 de maio de 1930, e, durante sua trajetória de vida, teve cinco filhos, 42 bisnetos e oito tataranetos. Mas ela é conhecida mesmo por ser benzedeira no Jardim Paraíso, em Ponta Grossa. “Eu não sei ler nem escrever, não sei nada. Sei da vida, sim, Deus me deu esse poder e eu estou cumprindo”, conta dona Rosa. Ela descobriu o dom com o pai, que fazia curas, e hoje corta o quebrante e lombriga de crianças na porta, “porque é na porta que passa a inveja”, explica a senhora, que também é poetisa e cantora. Já no bairro da Ronda, dona Anna Denisiewicz reza pelo bem-estar dos outros. Ela benze há mais de 80 anos e aprendeu a arte com o avô. “Eu tinha esse dom acho que desde pequeninha, porque quando a mãe chorava que as crianças estavam doentes eu só ia num cantinho e ficava quieta olhando eles brincarem ou chorarem, eu chorava junto e rezava”, relembra a benzedeira.

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Regina Rogalski

Maria Santa Cenovicz

Anna Denisiewicz

Helena Ferreira


Fotos: Divulgação

“Às vezes as pessoas dizem: ‘pare, chega’ e eu digo: ‘não, enquanto eu estiver andando de pé e que eu possa cuidar das crianças eu estou cuidando, porque meu amor é cuidar das pessoas para elas ficarem boas’”, afirma Apolonia Mance, benzedeira da Vila Mariana que benze desde os oito anos de idade – sempre com muito amor. Ana conta que nas crianças corta bicha, tira lombriga e faz, também, queimadura do ar, além de muitas orações para quem quer que seja, estando perto ou longe. A fé destas mulheres é capaz de salvar e transformar. Apolonia ensina que o que cura os males é a fé das pessoas, capaz de mover montanhas. Para quem é benzedeira a fé é fundamental e a relação com a religiosidade caminha junto com o dia a dia e história de cada uma. Não tem dia e nem horário: sempre que alguém precisa elas estão prontas e à disposição para ajudar quem for. “O que eu mais adoro é fazer isso, porque eu vejo a criança sarar. Para mim, é a maior felicidade quando a criança sara e os pais vem me contar. Parece que eu me fortifico muito mais do que a pessoa que eu fiz as coisas”, diz dona Apolonia entre sorrisos. No artigo intitulado O ofício das rezadeiras como patrimônio cultural: religiosidade e saberes de cura em Cruzeta na região do Seridó Potiguar, o pesquisador Francimário Vito dos Santos explica que a prática da reza se caracteriza como um oficio, categoria difundida nas políticas culturais, pois envolve um processo de aprendizagem e manutenção de saberes. O pesquisador ressalta a abrangência simbólica das benzedeiras e as define como mulheres com vasto repertório material e simbólico que usam do catolicismo popular para estabelecer o equilíbrio espiritual, físico ou material de quem a pede ajuda.

Anna Kometz

Delair Veoldolin

Rosa Nogueira


Enfoque

Vilma Rozera

Apolonia Mance

Roseli Salete Gruvald

Odete Krauze

HISTÓRIAS ETERNIZADAS Conhecimento, orações, cantigas, fé e muita história. Uma vida inteira de mulheres que se dedicaram a curar os males de outras pessoas. A cultura das benzedeiras está presente na história e no dia-a-dia das comunidades e, agora, registrada em um documentário produzido pela Prefeitura de Ponta Grossa, por meio da Fundação Municipal de Cultura. A produção em audiovisual conta a história de vida de 11 benzedeiras da cidade. A coordenadora do projeto, Maria Czekalski, relata que o projeto resgata a história e o valor das benzedeiras para a comunidade onde cada uma vive. Maria conviveu desde a infância com benzedeiras e sempre teve o anseio de registrar o trabalho delas. “As benzedeiras reproduzem e transmitem seus conhecimentos através de gerações por meio de interações da sociedade e da natureza, por meio das plantas medicinais e através da cultura. Elas são referências na comunidade, por isso a importância de registrar as memórias de cada uma”, completa Maria. Dona Vilma Rozera é uma das benzedeiras que aparece no documentário e conta que nunca era reconhecida com seriedade como uma benzedeira. “O projeto é maravilhoso e muito importante. Eu pude resgatar a minha história e o tempo que convivi com minha mãe e minha avó. Elas me ensinaram o que sei e pude relembrar minhas memórias com ela”, finaliza. De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fernando Durante, as benzedeiras são mulheres alegres, com sorriso no rosto e olhares tranquilos, que agora terão suas histórias eternizadas. “Com muito orgulho apresentamos esse documentário que registra um pouco da participação significativa dessas senhoras na nossa cidade”, afirma. Fernando também aponta que a Fundação de Cultura desenvolveu esse projeto preocupada com o resgate da história e tradição cultural de Ponta Grossa. O projeto teve início em fevereiro de 2016. Constituiu, inicialmente, na realização de entrevistas com pessoas que têm na prática do benzimento sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida da comunidade em que se insere. A iniciativa busca conhecer e resgatar a história de vida dessas personagens, por meio de registros fotográficos, em áudio e vídeo, com o intuito de divulgar a prática como elemento do patrimônio imaterial da cidade. DP SERVIÇO Os 11 episódios podem ser vistos durante a programação da TV Vila Velha (canal 16 na NET) e da TV Educativa (canal 58.1 aberto e canal 7 na NET), ou então pelo www.youtube.com/culturapg1.



Debate

Os desafios da educação

na era digital

Popularização da tecnologia e utilização de smartphone mudaram parte dos hábitos dos seres humanos. Profissionais da educação explicam o que mudou nas salas de aula e como os dispositivos e a internet são administrados no ensino

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Todos estamos tão conectados com a tecnologia que os smartphones são, praticamente, uma extensão de nossos corpos. Independentemente da idade, de crianças nos primeiros anos de vida aos idosos, a maior parte da população já está habituada a utilizar os benefícios da internet na palma das mãos. A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que traz dados relacionados a esse ramo, a PNAD Contínua – TIC, mostra que, em 2016, eram 138 milhões de pessoas com telefone móvel; e que 64,7% da população com 10 anos ou mais acessava a internet, dos quais, quase 95% pelos smartphones. Toda essa revolução digital ocorreu na velocidade da fibra óptica. Até o final da década de 1990, o celular era especialmente utilizado como um instrumento de trabalho. Os aparelhos começaram a se popularizar no início dos anos 2000, quando passaram a ser comercializados por preços mais baixos, o que levou a um crescimento exponencial nas vendas, e rapidamente foram ganhando adeptos inclusive entre os mais jovens, que tinham jogos à disposição e poderiam trocar mensagens via SMS com amigos. Há exatos 15 anos, em 2003, o número de linhas de telefonia celular, pela primeira vez, superava a de telefones fixos. Desde então, os aparelhos incorporaram novas funcionalidades e sua difusão foi se multiplicando. Com isso, a educação, considerada a base da sociedade, é impactada. Afinal, com os alunos ligados a seus celulares, há a necessidade de administrar a utilização da tecnologia nas salas de aula e incorporá-la às atividades. Mas não é apenas isso: a facilidade em ter tudo ilustrado ao alcance de rápidos toques em uma tela mudou a percepção e a forma de raciocinar dos estudantes. Diante da curiosidade desse desafio da ‘revolução digital’, a revista D’Pontaponta entrou em contato com representantes de escolas e agentes atuantes da área de ensino municipal e estadual para perguntar: o que mudou nas salas de aula, nos últimos 15 anos, com a popularização dessa tecnologia?

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Carmen Lucia de Souza Pinto - Chefe do Núcleo Regional de Educação - Ponta Grossa

Esméria Saveli - Secretária de Educação de Ponta Grossa

O uso das tecnologias é uma forma de contribuir didaticamente para atingirmos um objetivo maior de uma educação emancipadora, inovadora e criativa para o melhor desenvolvimento da sociedade. A Secretaria de Estado da Educação está elaborando o planejamento em tecnologias educacionais para as escolas da rede estadual de ensino. Os profissionais participam de oficinas de Estúdio Criativo (aprendizagem criativa), robótica livre descomplicando a programação e modelagem e impressão 3D. Isso promove a reflexão das políticas de tecnologia educacionais da Secretaria da Educação relacionadas às tecnologias nas escolas, além de acompanhar as tendências internacionais e elaborar maneiras que possam promover inovação nas escolas e proporcionar aos alunos um ambiente mais propício para a aprendizagem.

Durante todos esses anos, a escola pública no Brasil, como um todo, se parece muito próxima do que era, não há 15, mas há muitos anos mais. Em relação ao uso dos celulares pelas crianças, não é ainda uma realidade que gere conflitos nas escolas municipais. Entretanto, a Educação em Ponta Grossa está passando por um ponto de virada, com a consolidação da escola em tempo integral. Uma vez que estamos ampliando a infraestrutura das escolas e também a formação dos professores, estamos realizando em paralelo o projeto que dá início a uma importante mudança na didática, no que diz respeito à alfabetização digital. Estão em licitação os primeiros tablets para uso em sala de aula, utilizando todo o potencial que possuem em benefício de seu aprendizado. Nosso objetivo é ter alunos não apenas consumidores, mas efetivos atores no mundo da cibercultura.


Lúcia Cândido - Coordenadora pedagógica do Ensino Médio no Colégio Neo Master

Talita Moretto - Gerente de Tecnologia Educacional do Colégio Sepam Ponta Grossa

Hoje, desde que nascem, as crianças são expostas à influência da tecnologia e, quando chegam à escola, convivem naturalmente com essa forma de comunicação, desafiando paradigmas tradicionais de ensino-aprendizagem para que sua formação se cumpra de maneira integral. Nesse quadro, destacamos a necessidade de utilizar a tecnologia como colaboradora de um ensino inovador e que tenha significado para o estudante, sem que seja vista como a solução e sim como instrumento para a sua formação. Assim, é importante que a escola e os professores se apropriem desse mundo. O uso dos celulares, smartphones e outras tecnologias nas práticas curriculares têm facilitado a ruptura dos modelos tradicionais e unidirecionais do ensino, provocando a reabordagem da estrutura organizacional da atividade educativa.

Os alunos é que mudaram, e não a sala de aula. O acesso fácil à Internet impulsionou o uso de dispositivos móveis. Com preços mais acessíveis, tornou-se fácil presentear crianças e adolescentes com smartphones. Esse “incentivo” transformou a maneira como os alunos aprendem. Diante de uma dúvida, de uma curiosidade, basta pegar o celular e buscar o que precisa; isto acontece fora da escola. Portanto, quando entra em sala de aula, portando ou não o celular, o conhecimento sobre onde pesquisar já faz parte do repertório desse aluno que não entende o porquê de apenas ouvir o professor e ler o livro/apostila, quando ele poderia participar mais ativamente daquele processo de aprendizagem. Esse é o desafio do professor: saber como dosar a participação do aluno e da tecnologia em sua aula.

Irmã Edites Bet - Diretora do Colégio Sagrada Família

Lucio Mauro Braga Machado - Professor na área de tecnologia no Colégio Sant’Ana

Com uso do celular em sala de aula temos a possibilidade de trazer, para dentro da escola, o mundo aberto, com todas as suas descobertas no dia a dia. Então, conforme a disciplina que o professor trabalha, ele pode trazer, para o conhecimento que está trabalhando, fatos atuais. O primeiro desafio que enfrentamos quanto à revolução digital é criar uma cultura que faça com que os professores reconquistem seu lugar como mestres na orientação dos alunos, trabalhando de forma digital. Até agora, temos a era digital, mas não uma cultura estabelecida para as pessoas conviverem sadiamente nos dispositivos multiformes. Temos tantos desafios, mas o principal que sinto é criar essa cultura, ter esse encaminhamento digital, usar dispositivos, mas tendo pessoas com interação interpessoal.

Atualmente, a prática pedagógica do professor também deve estar voltada ao uso da tecnologia como estratégia de ensino. As tarefas tradicionais desenvolvidas em sala ou fora dela podem ser complementadas por desafios como postagens em redes sociais relacionadas aos seus conteúdos ou estimular a discussão de temas relevantes online. Textos no quadro de giz e cópias no caderno, como quando éramos alunos, não são suficientes. Para eles, basta o smartphone e num clique o conteúdo está na galeria de imagens do aparelho. Eles interagem, acessam conteúdos, fazem postagens e assistem vídeos simultaneamente de maneira multitarefa. Se os alunos são multiconectados, nós, professores, também devemos sê-lo ou nos tornaremos obsoletos.


‘MercadoMóveis’ celebra 40 anos e destaca ações do Mundo Melhor A Rede de Lojas MercadoMóveis comemora neste ano 40 anos de muita história pra contar (confira matéria de capa nesta edição), entre elas a criação e atuação do Instituto Mundo Melhor (IMM), que foi fundado em 1º de dezembro de 2009, na sede da empresa, em Ponta Grossa. Desde então, 89.637 mil pessoas já foram beneficiadas pelas ações desenvolvidas pelo Instituto. Hoje, o IMM vem sendo mantido pelo Grupo MM e outros 110 parceiros, marcando presença em 42 cidades. “É extremamente gratificante saber que conseguimos atuar por meio do nosso Instituto em tantos lugares, contribuindo para ofertar possibilidades de capacitação profissional a diversas pessoas. Isso traz um reflexo positivo para toda sociedade”, afirma Marcio Pauliki, um dos idealizadores do IMM. O IMM realiza cursos presenciais e on-line de capacitação profissional, oficinas, estágios e cursos educativos que são promovidos e proporcionados juntamente com instituições sociais. Para tanto, o Instituto ainda atua junto ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), desde 2012. As ações são realizadas em 15 unidades penitenciárias situadas em quatro estados brasileiros (Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Alagoas). Com atuação por meio de salas virtuais, o IMM oferece cursos profissionalizantes aos presos, com o intuito de contribuir para a ressocialização dessas pessoas. Os cursos on-line realizados pelo IMM já resultaram em mais de 90 mil horas de remição de pena para os detentos.

‘Jovem Mãe’ orienta mulheres de PG O programa Jovem Mãe, desenvolvido pelo Instituto Mundo Melhor (IMM), ofereceu uma oficina para as gestantes e jovens mães na Unidade Básica de Saúde José Bueno, localizada no Jardim Jacarandá, em Ponta Grossa. Do encontro participaram cerca de 18 mulheres que desenvolveram trabalhos sobre o tema Mitos da Maternidade. A oficina teve como objetivo quebrar preconceitos e tirar dúvidas sobre algumas ideias de senso comum que se espalham pela população, como “colocar moeda no umbigo ajuda na cicatrização?”, “se a mulher lavar o cabelo no pós-parto fica louca?”, “se a criança tiver icterícia pode dar banho de picão?”, entre outros. Em parceria com o Complexo Pequeno Príncipe e as secretarias de Saúde e de Assistência Social de Ponta Grossa, o ‘Jovem Mãe’ atendeu 510 mulheres em 2017. O programa visa orientar e encaminhar para atendimentos as adolescentes grávidas e jovens mães, além de proporcionar cursos de qualificação profissional dirigidos a esse público.

IMM no Esquadrão da Vida O Instituto Mundo Melhor (IMM) está implantando uma Sala Virtual Mundo Melhor na Comunidade Terapêutica Esquadrão da Vida, em Ponta Grossa. Para o início das atividades, já foram entregues seis computadores que serão utilizados para a realização dos cursos on-line disponibilizados na plataforma de aprendizagem do IMM, assim como também outros conteúdos viabilizados pela própria entidade. Os cursos virtuais contribuirão para a capacitação profissional dos frequentadores do ‘Esquadrão da Vida’, permitindo novas formações e colaborando para a reinserção social e também ampliando a qualificação profissional das pessoas.

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‘Escola Restaurativa’ para estudantes do Colégio Nossa Senhora das Graças

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Discutir o universo feminino, as angústias, as dificuldades e as perspectivas futuras. Esse foi o tema do Círculo Restaurativo realizado recentemente no Colégio Estadual Nossa Senhora da Glória, em Ponta Grossa, pelo Instituto Mundo Melhor (IMM). O colégio ingressou no projeto Escola Restaurativa neste ano. Durante a atividade, que acontece por meio da prática circular, e que contou com a presença de estudantes entre 12 e 14 anos, foram discutidos assuntos que tratam da vida da menina, da moça e da mulher na sociedade. A partir dessa atividade, as alunas sugeriram que sejam debatidos outros temas, como depressão juvenil e família.



Sobrerodas por Fernando Rogala rogalafernando@gmail.com

Memminger faz releitura do Fusca com o Roadster Idealizado na década de 1930, o Fusca foi o projeto de veículo popular encomendado por Adolf Hitler a Ferdinand Porsche. Por sua longevidade, de mais de 60 anos em produção sem profundas alterações (ele foi fabricado até 2003 no México), trata-se de um dos carros mais admirados ao redor do mundo, e, por um tempo, também foi o mais vendido. Mesmo com versões das novas gerações, produzidas pela própria Volkswagen, como o ‘New Beetle’ e o ‘Fusca’, o “Besouro” sempre mexe com o imaginário dos fãs mais aficionados. E foi pensando nesses alucinados pelo querido popular que uma empresa alemã, a Memminger Feine-Cabrios, fez uma verdadeira releitura. Com base no visual do modelo 1992, criou um Roadster, de dois lugares, que inegavelmente lembra o modelo clássico, pois mantém todas as linhas principais do carro – inclusive seu capô e seus para-lamas. Alguns itens são do próprio antigo, como os para-choques e a lanterna traseira. E não é só no visual que mantém as origens: o pequeno esportivo também ganhou um motor boxer, de quatro cilindros, com refrigeração a ar, porém maior e mais moderno, com 2,7l e mais de 210 cavalos. O motor foi ‘adiantado’, posicionado para a frente do eixo traseiro, para melhor dinâmica. Com essa força toda, mais ‘grip’ mecânico foi adicionado, com a utilização de pneus 255 na traseira, em rodas aro 18. Ofertado apenas na Alemanha, serão produzidas apenas 20 unidades, com preços ainda não revelados.

Montadora croata lança hiperesportivo ‘C Two’ Vários carros extravagantes já foram tratados na coluna Sobre Rodas. O último deles foi o árabe ‘Devel Sixteen’, com inacreditáveis 5 mil cavalos. Recentemente, a fabricante croata Rimac divulgou um modelo para entrar nesse rol de modelos com quatro dígitos de potência, o C_Two. Para quem acha ‘Bugatti Chiron’ ou ‘Koenigsegg Regera’ fortes, ainda precisa incluir a potência de praticamente um Stock Car para chegar na monstruosidade do mais novo hiperesportivo. São abismais 1.940 cavalos de potência e 234,5 kgfm de torque. Combinação que faz o bólido partir da inércia e atingir 100 km/h em um numeral singular, 1,85 segundo. Esse valor é alcançado pela combinação de quatro motores elétricos, um para cada roda. Com baterias de íons de lítio de 120 kWh, nem mesmo toda a estrutura do carro em fibra de carbono, inclusive as rodas, foi suficiente para reduzir o peso, de quase duas toneladas (1.950 kg). E como não poderia deixar de ser, as portas abrem para cima, ao melhor estilo do charmoso ‘McLaren F1’. Outra característica do modelo é que ele tem sistema autônomo nível quatro, em que o motorista pode deixar o comando dessa cavalaria toda à tecnologia – o que, convenhamos, é algo dispensável para algo como esse carro, não? A produção, das únicas 150 unidades, começa no segundo semestre deste ano. Já o seu preço não foi revelado, mas não se espera algo abaixo de US$ 1,5 milhão.

Veículo ‘inteligente’ da DS Automobiles

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deve desembarcar no Brasil ainda neste ano

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Cada dia mais presente no nosso dia a dia, a tecnologia ganha evoluções diárias e mais funcionalidades passam a ser incorporadas nos meios de transporte. Em abril, o Grupo PSA, dono das marcas ‘Peugeot’ e ‘Citroën’, revelou seu primeiro veículo ‘multiconectado’. A plataforma IoT, denominada Connected Vehicle Modular Platform (CVMP), foi desenvolvida pela empresa Huawei e aplicado no modelo DS 7 Crossback. Com apresentação em abril na China, esse utilitário da marca de luxo do grupo (DS) permite acesso a uma variedade de serviços designados a facilitar o dia a dia – é uma solução para desenvolver carros conectados às smart homes (casas inteligentes) e smart cities (cidades inteligentes). O CVMP disponibiliza serviços como a navegação conectada, reconhecimento de voz e um portal de serviços conectados por meio da tela do painel do veículo, com mapas de navegação, assistente pessoal e funções de diagnóstico remoto. Pelo smartphone, por exemplo, o condutor poderá acessar o status de manutenção do veículo, o histórico das viagens e estilos de direção, entre outros serviços. Sobre o carro em si, recebeu, recentemente, o prêmio de “o mais belo interior” em um festival realizado em Paris. A perspectiva é de que ele chegue ao Brasil no segundo semestre, com motor 1.6 THP e 225 cavalos. O preço não foi divulgado, mas espera-se algo em torno dos R$ 200 mil.


NOVO

DE NOVO CITROËN


Entrevista

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/ Osires Batista Nadal

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Foto: André Waiga


O homem de (quase) todas as Copas do Mundo Ponta-grossense, o radialista é um dos repórteres mais respeitados no país em Copas do Mundo. Com as passagens já compradas para a Rússia, ele contou algumas histórias de copas passadas e revelou suas perspectivas para a competição deste ano | por Fernando Rogala

Talvez dê para contar nos dedos o número de repórteres ativos com a experiência que tem um ponta-grossense, quando o assunto é Copa do Mundo. Osires Batista Nadal, nascido em 1945 no bairro de Uvaranas, filho de Arthur e Olívia Nadal, carrega em suas memórias as vívidas lembranças de onze campeonatos mundiais de futebol acompanhados ‘in loco’, dez deles fazendo cobertura jornalística, do Brasil ao Japão. Desde 1970, apenas não viajou para a Alemanha Ocidental, para acompanhar o certame de 1974. Dentro de algumas semanas, a contagem chega a uma dúzia: de passagens já compradas para a Rússia, o respeitado jornalista esportivo já vislumbra acompanhar sete jogos da Seleção Brasileira. Ou seja: se você fazer as contas, perceberá que ele acredita, no mínimo, em um vice-campeonato do time pentacampeão mundial. Em sua sala da Rádio Clube Pontagrossense, para onde retornou e estreou no dia 8 de janeiro deste ano, o ‘Ziroca’, como é carinhosamente chamado, recebeu a reportagem com sua credencial vitalícia da Associação dos Cronistas Esportivos do Paraná (ACEP), da qual ele foi presidente. Ali, revelou que não teve uma vida 100% dedicada ao rádio: além de jornalista, é advogado e passou por diversos cargos na Justiça do Trabalho, onde começou como servente. Foi oficial de justiça, auxiliar de judiciário, diretor e depois assumiu a assessoria de comunicação do TRT da 9ª regional. No futebol, foi diretor do Operário por duas oportunidades. Nos microfones, trabalhou para as emissoras Clube e Sant’Ana (Ponta Grossa); B2 e CBN (Curitiba); e Pampa (Porto Alegre). Ao revelar a presença também em uma final da Copa Intercontinental de Clubes (1981), e ser reconhecido, no meio jornalístico, pelo bordão ‘o Paraná te abraça’ nas entrevistas coletivas, sente orgulho de ter vivido todas essas aventuras futebolísticas. “Hoje, sem falsa modéstia, sou um dos repórteres esportistas mais conceituados em termos de Brasil”, reconhece.

De quais Copas do Mundo FIFA Osires Nadal participou? A primeira aventura foi em 1970, na Copa do México, depois a segunda grande aventura foi no Japão, em 81, transmitindo Flamengo e Liverpool, decisão da copa que seria hoje o Mundial Interclubes. E aí, desde 70, eu já não fiz a copa de 74 e a de 78, porque eu casei em 70 e daí veio o primeiro filho, que é o Junior, veio a Ana Paula, a Luciana, o Fábio, e daí você vai acumulando compromissos, condição econômica, inclusive, para sustentação da família. Em 78, eu só fui ver a parte final, porque achava que o Brasil iria para a final; eu fui porque era em Buenos Aires, era pertinho, mas não fiz jornalismo. Daí depois fui em 82 na Espanha, 86 no México, 90 na Itália, 94 nos Estados Unidos, 98 na França, Coreia e Japão em 2002, 2006 na Alemanha, 2010 na África e 2014 no Brasil. Antes de tudo isso, como começou sua carreira na rádio? Eu entrei na rádio, quando tinha 13 anos, eu morava aqui do lado, no Edifico Santana, e como eu morava perto da rádio, havia um programa de auditório, e aí tinha um cara chamado João Gualberto Gaspar, que era o que fazia os programas esportivos da rádio, o programa esportivo das 18h30, que era Esporte Antártica. Eu estava na porta e perguntei: “o senhor não quer que eu vá lhe ajudar?”. Daí ele me trouxe

para ser rádio escuta, eu tinha 13 anos. De rádio escuta, eu fui para plantão, de plantão, eu fui para apresentador e redator de programa. Depois, eu fiquei repórter, narrador e daí a vida continua. Qual é o sentimento da aproximação de uma copa? Como é o convívio com outras pessoas e repórteres? Há um encantamento sobre a Copa do Mundo, porque é uma coisa diferente, milhões de pessoas dos mais diferentes países, e você tem convívio e faz amizades na Alemanha, na França, no Japão, e essas pessoas entram em contato com você, renovando seus conhecimentos, atualiza as coisas da vida. Eu, por exemplo, sou padrinho de uma criança na Alemanha. Essa criança, hoje com nove anos, vai fazer dez, e foi contratada pelo Bayern de Munich. É um talento! Desfruto de amizades com Mauro Naves, Tino Marcos. E o Fernando Fernandes, da Bandeirantes, que é um cara precioso, muito bom, e vários com quem mantenho contatos. Tem um cara belga, chamado Samindra. Esse cara passa todo dia buscando notícia do Brasil e me liga, passa e-mail, facebook, a gente tem contato com ele. Como surgiu a primeira oportunidade de ir cobrir uma copa? Foi através de uma rádio em específico?

Sempre fui um cara virador, sempre trabalhei muito. Na época, sempre eu queria ir. Apareceu uma empresa gaúcha de turismo, veio um cara a Ponta Grossa chamado José, vendendo passagem para a Copa do Mundo, e veio à minha procura aqui na rádio. “Eu queria que você vendesse passagem, preciso de um lugar para vender passagem aqui”. Eu disse: “vender, eu até posso tentar vender, mas eu quero saber o que eu vou ganhar disso”. Daí ele disse: “se você vender dez, você ganha a passagem e sua hospedagem”. Ai eu disse, bom, já mudou a figura. Acho que vendi 16 e fui para a copa. Naquele tempo, não tinha essa frescura de credenciamento de imprensa, eu ficava do lado do Pelé e falava “me dá uma entrevista aqui”, e me dava. Hoje, você precisa pedir autorização, na verdade, é uma frescura muito grande. E as copas seguintes, como fez para ir? Depois da copa de 1970, eu me federei e comecei a vender publicidade. Quando eu estava na Rádio Clube, para a qual voltei, nós vendíamos publicidade, vendia boletins. Daí fizemos uma rede, por exemplo, a Rede Pampa. O Paulo Sergio, diretor, disse: a direção fica com você. Eu passei a ser funcionário, porque na época a FIFA exigia carteira assinada, como se fosse um passaporte. E nós tivemos 134 rádios. Esse trabalho foi crescendo, acabei sendo coordenador da Copa do Mundo da Alemanha e do Japão


Entrevista

/ Osires Batista Nadal

pela Rede Pampa de Porto Alegre. Hoje em dia, eu faço boletim para a televisão CATVE, para a Rádio Porto Alegre, Rádio Curitiba; em Ponta Grossa, vou fazer boletim para a Mundi, para a Clube. É uma forma de você comercializar toda essa produção, pois você tem uma despesa. As emissoras hoje, infelizmente, não administram o esporte, elas arrendam. Hoje está muito difícil, porque é muito caro. Nós vamos fazer só os treinamentos. “Ah, mas não vai ver os jogos?”, eu vou ver os jogos, mas eu comprei os ingressos, é muito mais barato. Mas quanto sai para transmitir uma Copa do Mundo? Custa US$ 230 mil o valor dos direitos de transmissão da copa. Para entrar no IBC, que é o Internacional Broadcasting Center, você tem que pagar cadeira, TV, tudo o que for usar tem que pagar. E tem que pagar a posição de comentarista: para ir, mesmo credenciado e tendo direitos, tem que pagar US$ 1,5 mil por pessoa. Se for fazer sete jogos, vai pagar US$ 10,5 mil. É abusivo, mas é regra. Eu não vou transmitir, mas vou credenciado para fazer boletins para a Rádio Clube e outras rádios. Mas não posso comprar direitos de transmissão. Se fazer todos os jogos, entre direitos e pagamentos extras, sai mais de R$ 1 milhão. Como vai passar esse valor para o patrocinador? Quando vai embarcar para a Copa da Rússia? Até quando fica lá? Eu talvez mude a data de embarque, porque o Brasil marcou dois amistosos, um dia 3 em Liverpool, e dia 10, em Viena contra a Áustria. Minha passagem de embarque é para o dia 8, mas de Curitiba a Moscou. Então, estou tentando puxar esse embarque para, por exemplo, dia 30 de maio e 1º de junho, para tentar ir para esses dois amistosos. Volto dia 17 de julho, porque acho que o Brasil vai para a final.

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Quais as melhores copas de que você participou? A de 1970, pela conquista do título e porque era uma escola de futebol, futebol clássico, futebol jogado - hoje é mais um futebol de força, mais pesado. E a Copa da Alemanha por ter uma organização impecável. A do Japão e Coreia valeu por conhecer cada cidade... Seul é espetacular, Tóquio é do caramba. Já a dos Estados Unidos foi esculhambação; eles não tinham nem estádios.

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Quais foram os momentos que mais marcaram? Foram tantas as emoções... A Copa de 1970, pela facilidade de conversar com jogadores, e a Copa do Japão. Porque no jogo final com a Alemanha, que nós ganhamos de 2x0, eu e o André Henning, que está no Esporte Interativo, fomos

para o hotel em que estava a seleção, para comemorar com jogadores. Foi uma festa. O Mauro Naves e o Tino Marcos, somos parceiros, sempre vivendo isso, eles têm mais facilidades, claro, porque a Globo é detentora dos direitos, mas eu, naquele momento, pensava: ‘eu estou no meio desses caras, sou um b*** de Ponta Grossa’. Isso marca muito. Em mais de uma dezena de copas, deve ter passado por algum momento peculiar. Cite um! Na Copa de 1982, andávamos eu, Pelé, a Xuxa e minha mulher. O Pelé andava com um boné branco, sujo, arregaçado assim. Nós entramos em uma loja lá de moda, como se fosse uma C&A nossa, uma loja de departamentos, e eu sem querer falei “Pelé”; ele disse “não fale Pelé”. E eu sabia que não era para falar. De repente, tinham 20 pessoas em torno dele. Alguém descobriu que era ele, mesmo de boné e de óculos. Quais as melhores seleções que viu jogar? O Brasil de 1970 e o de 1982, do Zagalo e do Telê, são inesquecíveis. O de 82, com Falcão, Sócrates, Junior, Toninho Cerezo, não ganhou por uma mera falta de sorte, foi uma injustiça. O Zagalo ganhou com pé nas costas, tinha um meio campo imbatível, pega o ataque com Rivelino, Tostão e Pelé, Jairzinho, era um doce de jogar. Então, esses dois times foram fantásticos. De seleções diferenciadas, da Copa de 1990, a Alemanha, que ganhou na final da Argentina por 1X0, gol de pênalti do Matthäus. E a Argentina, que ganhou de nós de 1X0, gol do Caniggia, decidiu com a Alemanha em um jogo fantástico. E há um jogo inesquecível, aquele da Alemanha em que o Beckenbauer jogou, 4x3, se não estou enganado. O jogo ficou para a história, porque ele jogou com a clavícula deslocada, foi Alemanha e Itália, que a Itália foi para a final. Todo mundo achava que a Alemanha tirava de letra, mas os italianos foram para cima. Quais são as seleções favoritas para chegarem à semifinal dessa copa? Qual sua aposta? Eu acho que o Brasil vai chegar. A Alemanha é das grandes, a Espanha tem condições. E há perspectiva, se fala, da França, mas não dá para descuidar da Inglaterra, que tem histórico com a Copa do Mundo, foi quem inventou futebol. Então, a expectativa de ir até a final existe, mas tem que ter cuidado, porque esses caras vão chegar mais ou menos gastos - e não só o Brasil. Vale enfatizar a liderança do Tite, que exerce uma liderança espiritual, de união do grupo. O Brasil vai à final pela qualidade de seus jogadores e pela liderança do Tite.



Capa

/ Grupo MM

assista em vídeo

Quatro décadas de consolidação mercadológica Grupo genuinamente ponta-grossense, a Lojas MM completou 40 anos em março. Uma história de crescimento sustentável, com solidez, e que agora vislumbra novos rumos para se destacar entre as dez maiores redes varejistas do país

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| por Fernando Rogala

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De uma pequena loja em um bairro de Ponta Grossa a uma das maiores redes do comércio varejista do Brasil. A trajetória de sucesso da Lojas MM completou, em março último, quatro décadas de muita história, estruturada junto àqueles que são valorizados pelo comprometimento com o grupo, seus colaboradores, e adotada pelos mais de 4 milhões de clientes em todo país. Um comércio criado sem pretensão nenhuma de se tornar uma grande rede, como diz seu fundador, Jeroslau Pauliki, mas para contribuir com a realização do sonho das famílias de menor poder aquisitivo, e que hoje já comercializa mais de um milhão de produtos por ano, de um grupo que fechou 2017 com um faturamento superior a R$ 700 milhões. Presente em quatro estados, com 190 lojas e mais de 2,7 mil trabalhadores diretos e indiretos, atualmente a MM é considerada a maior do seu ramo de atuação no Paraná, quarta maior do Sul, e com posição de destaque em âmbito nacional. Números estes que, mesmo com os avanços estritamente técnicos na área de gestão, não tiraram a essência familiar do negócio, presente em todos os elos da empresa.

“Esse ‘jeitão’ do MM, de ser o que é, sem perder as raízes; de avançar fronteiras e trabalhar com tecnologia, mas com pessoas simples, fez com que o Grupo MM pudesse se tornar uma das 15 maiores empresas do país, com orgulho de ser ponta-grossense, acima de tudo”, resume Marcio Pauliki, 45, vice-presidente do grupo. Sempre mantendo as raízes, mas com olhos no futuro, a preocupação se mostra constante para o momento pós-crise, especialmente pelo cenário de transformação tecnológica. Estruturados no Projeto Engrenagem, não faltam percepções aos diretores de como serão as lojas do futuro e o hábito do consumidor da nova geração. Assim, para atingir a meta de faturamento de R$ 1 bilhão nos próximos anos, já há o mapeamento de 90 cidades, como explica a superintendente Juliana Pauliki Michalowski. Estuda-se, inclusive, o modelo de ‘franquias’, assim como o ingresso em um quinto estado, o Mato Grosso. Mas, boa parte desse crescimento deverá ser sustentado no e-commerce, setor que deverá superar as vendas das lojas físicas do grupo, dentro de três ou quatro anos.


UM VISIONÁRIO INTERIORANO Jeroslau Pauliki confirma a afirmação de que ‘nunca é tarde para se iniciar algo’. Aos 34 anos, junto com um sócio, João Neotti, resolveu empreender ao construir a pequena loja de móveis, que, 40 anos depois, viria a se transformar em uma das mais sólidas empresas do varejo do país. “Há 50 anos, eu nunca imaginava que seria comerciante, pois tinha até dificuldade de comunicação”, recorda o empresário, nascido em Arapoti, na região dos Campos Gerais. Pessoa de fala forte e simpático, o empresário, em minutos de diálogo, demonstra intimidade de anos de amizade, e não perde a oportunidade de fazer uma piadinha. “Sou uma pessoa simples, filho de operário; nasci e me criei na fábrica de papel de Arapoti; com 18 anos, vim a Ponta Grossa para estudar. Minha mudança foi em cima de um caminhão de pau de arara, com meu colchão, uma cama, dois cachorros e um gato”, lembra. A vinda para Ponta Grossa foi a realização de um sonho, possível depois de trabalhar, em Arapoti, como carpinteiro, marceneiro, cobrador de ônibus e garçom. “Tinha o sonho, ao vir para Ponta Grossa, de ser auxiliar de escritório, datilógrafo e casar com uma professora”, relembra. Persistente, conquistou a almejada vaga e alguns anos depois viera a se casar com a professora Cirlei Simão Pauliki. Trabalhou na Madeireira Nacional por sete anos, e a seguir em outras duas empresas, entre elas a Cifal. Foi a sua efetivação como gerente que despertou o espírito de líder empreendedor. Em 4 de março de 1978, Jeroslau e João abriram as portas do Mercado de Móveis Ponta Grossa, na Avenida Visconde de Taunay, esquina da rodoviária de Ponta Grossa. Na época, ele recorda que a cidade tinha grandes redes como Hermes Macedo e João Vargas de Oliveira, mas o objetivo era focar em outro público. “Montamos uma loja popular para atender segmentos das classes C, D e E”, lembra. Na região, hoje repleta de pequenas lojas de móveis novos e usados, foi a primeira loja, motivo pelo qual os empresários foram alvo de questionamentos, pois o local era até mal falado. “Mas nós tivemos sucesso desde o começo. No dinheiro de hoje, digamos assim, o que era para vender no mês, R$ 50 ou R$ 60 mil, estávamos vendendo R$ 100, R$ 150 mil”, afirma. Dentro de algumas semanas, vendeu seu automóvel, uma Brasília, para a aquisição, junto com o sócio, de um caminhão para fazer as entregas. Com quatro anos de funcionamento, a primeira filial foi aberta, no município de Ivaí. “Começamos um desenvolvimento maior depois de seis ou sete anos. Mas o maior foi com 15 anos, quando tínhamos sete lojas. Daí vieram os planos econômicos e melhoraram muito as vendas”, conta o fundador. Foi por volta dessa época, em 1994, que o sócio João Neotti resolveu vender sua parte. Ao admirar o trabalho do pai, lembrando que a intenção ao abrir o grupo era justamente dar crédito para as pessoas que não tinham crédito na praça, Marcio Pauliki traçou um paralelo com o economista indiano Muhammad Yunus, que ficou conhecido como ‘o banqueiro dos pobres’, que ganhou o prêmio Nobel da Paz por ceder crédito às pessoas que não tinham. “Seguimos até hoje: oferecer crédito para pessoas que outras empresas não dariam, como os jovens do 1º emprego, e assim conquistar sua fidelidade por toda a vida”.

Jeroslau Pauliki CRESCIMENTO EXPONENCIAL Em meio a um feriado prolongado, na segunda-feira, dia 30 de abril, um dia antes do Dia do Trabalhador, nada de folga: a Família Pauliki recebeu a reportagem D’Pontaponta na Central de Distribuição e Administração MercadoMóveis (CDAM). Na antessala, sentado ao lado de Juliana, Marcio conversava sobre assuntos a serem abordados na reunião do conselho, que seria realizada dentro de alguns dias. Na sala da presidência, um grande ambiente que mais parece um aquário flutuante sobre o centro do depósito, de onde é possível avistar, através dos vidros nas laterais, milhares de caixas empilhadas e movimentadas pelas empilhadeiras, que guardam milhões de reais, Marcio contou um pouco sobre a história de evolução da empresa. Afinal, seu próprio pai reconheceu que ele foi importante figura na expansão da rede. Diversos foram os cargos ocupados pelo filho mais velho de Jeroslau. “Comecei como auxiliar de crediário, depois como montador de móveis, mas meu sonho era ser motorista de caminhão”, reconhece. Ao completar 18 anos, com a Carteira ‘C’ em mãos, ele trabalhou por cerca de um ano na boleia, profissão que foi interrompida quando entrou para o Exército. Formou-se em Administração pela UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) e, por dois anos, preparou-se no exterior, em Londres (Inglaterra) e Berkeley, na Califórnia (EUA). “Pude me capacitar, fazendo cursos de marketing e ADM, para poder voltar à empresa e colocar em prática o primeiro planejamento estratégico na empresa em 2000”, acrescenta. Foi quando nasceu o primeiro ‘Projeto Engrenagem’. “Definimos a missão, visão e os valores da empresa, que até hoje nós seguimos”, completa. Se entre 1994 e 1998, a então nova moeda nacional, o real, com mais estabilidade e maior poder aquisitivo, contribuiu para as vendas, a partir de 2000 algo a mais também colaborou para somar-se ao feeling de Jeroslau. “Naquele momento, nós tínhamos 20 lojas; a gente sempre lembra que, na época de 99 a 2000, teve uma grande crise de inadimplência. Usamos uma estratégia, que é o BSC (Balanced Scorecard), que diz assim: o que, quando, como, por que e todos os indicadores. E, com esse ‘Projeto Engrenagem’, começamos a fazer o trabalho forte de meritocracia, com atingimento de metas; as pessoas aqui tinham seus bônus semestrais, anuais e até mensais”, relata. Dois anos depois, ele assumiu a superintendência, cargo que ocupou por dez anos. “De 20 lojas, nós chegamos a 200. Nós multiplicamos por 10 o faturamento e por 10 o número de lojas. E veio esse planejamento, para fazer com que a empresa pudesse passar por tantas crises aí, sem se abalar”, alega.


Capa

/ Grupo MM

Integrantes do Conselho Diretor da Rede de Lojas MM

CRISE SUPERADA SEM PREJUÍZOS O triênio 2014-2016 acumulou o maior período de crise econômica das últimas décadas no Brasil. Potencializada pela crise política, houve uma queda acumulada de 7% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que refletiu em 2,89 milhões de desempregados em todo o país entre 2015 e 2017. O impacto foi direto na rede, pois é justamente o comércio de móveis e eletrodomésticos um dos setores mais afetados em um momento como esse, visto que as pessoas deixam de comprar bens com valores agregados maiores. “Tivemos que nos adaptar, porque o faturamento não cresceu nesses quatro anos, mas nossas despesas também não cresceram, porque informatizamos muito”, adiantou Jeroslau. “A gente viu muitas redes regionais sucumbirem à crise. Isso gera preocupação não só social, porque tira muito emprego, mas até porque enfraquece o comércio regional”, completou Pauliki, alertando para a alta na inadimplência. Coube a Juliana Pauliki Michalowski assumir a superintendência,

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CAPITAL HUMANO É PRIORIDADE

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A qualidade de vida no trabalho é sempre prioridade no Grupo MM. Palestras e cursos são ministrados algumas vezes por ano aos colaboradores, valorizando e investindo no capital humano (foto ao lado). “Trazemos todo o pessoal para fazer treinamento; capacitamos o primeiro emprego”, assegura Jeroslau. Esse assunto é levado tão a sério internamente que os diretores tratam os trabalhadores como ‘colaboradores’, e não ‘funcionários’. Não à toa que, desde o início desta década, foram mais de 20 prêmios recebidos, destacando o grupo como uma das melhores empresas para se trabalhar no Estado e no Brasil (Great Place do Work, Você S/A, Época, entre outros). Com olhar para o futuro, uma das qualificações recentes foi ligada à tecnologia. “Vivemos um momento mundial de automatização de processos, reduzindo drasticamente a necessidade de mão de obra operacional. Preocupados com essa situação, a Lojas MM iniciou um movimento de alfabetização de dados, onde já capacitamos duas turmas que estão aptas para uma das novas profissões e necessidades que o mercado exige”, explica Rogério Klass, diretor Administrativo e de Gestão.

justamente naquele momento, em 2014, após dois anos de intensa preparação, para encarar de cabeça erguida o cenário preocupante. Ela reconhece, contudo, que foi a força em equipe que possibilitou a superação, difundindo o lema ‘sozinhos somos fortes, mas juntos somos imbatíveis’. “Como um time, acionistas, diretoria, gerências, tivemos que fazer uma forte readequação de custos, com muitos momentos difíceis, pois cortar da própria carne é doloroso, porém, necessário. Trabalhamos na otimização de processos internos, de venda e de recebimento nas filiais, focando na qualidade e rentabilidade. Reduzimos algumas lojas, substituímos outras. Centralizamos e automatizamos o crédito, melhorando a experiência de compra dos clientes”, resume. Na avaliação de Marcio Pauliki, que elogia a atuação de sua irmã Juliana, os rumos tomados nesse período foram assertivos. “Ela, com a visão financeira que tem, foi a melhor coisa que aconteceu, porque, justamente mais do

que pensar em expandir e vender mais, era hora de olhar a empresa para dentro, de ver os custos. Ela, com a ajuda do Emílio, do Marcos, do Rogério e do José Luiz, os diretores, enfim, conseguiram fazer uma revolução silenciosa, entre 2014 a 2017, que faz com que colhamos os frutos agora em 2018”, afirma. Tecnologias com ferramentas de gestão e ERP foram primordiais para o período. Outro diferencial no momento foi o foco nas pequenas cidades: 70% das lojas e clientes estão no interior, onde há agricultura forte, o que representa melhor resistência à crise. Além disso, Ponta Grossa é evidenciada com destaque no market share do grupo. “Hoje, nós temos dez lojas em Ponta Grossa, e elas representam 10% das nossas vendas, então é bastante; somos a empresa que mais vende no varejo em Ponta Grossa”, revelou, antecipando a possibilidade da abertura de duas novas lojas: uma na região do Jardim Carvalho e outra nas proximidades do Núcleo 31 de Março.


Um dos projetos mais elogiados pelos colaboradores e gerentes vem sendo comandado pelo supervisor de endomarketing, também acionista do grupo, Jorge Pauliki. A partir do ‘humorômetro’, dependendo da resposta do colaborador, Jorge entra em contato para contribuir da melhor forma. “Ocupar o cargo de endomarketing é trazer o colaborador junto da empresa e difundir nosso negócio, missão, visão e princípios; é ser o porta-voz do que acontece internamente em nossa empresa. É o que digo sempre: minha meta é trabalhar com o Índice da Felicidade Interna MM”, reconhece. Foi dessa ferramenta, aliás, que nasceu o Instituto Mundo Melhor, que, ao descobrir que a maior parte da irritação e preocupação dos colaboradores vinham de problemas familiares, o grupo passou a cuidar da família deles. Exemplos clássicos de investimento no capital humano são dos diretores. Emilio Glinski, 52, hoje ocupa o cargo de diretor executivo, considerado o ‘CEO’ do grupo. Posição sequer imaginada por Glinski, procedente de Irati (PR). “Não imaginava ser diretor, o primeiro cargo que almejei foi ser motorista”, admite. Ele iniciou sua trajetória profissional no grupo como auxiliar de escritório, evoluindo para montador. Depois passou por uma série de cargos, das vendas até a gerência geral; da direção de compras até o cargo atual. “O Grupo MM sempre nos preparou para esses desafios e como os acionistas estão muito próximos, sempre acredito que nos dá segurança e motivação”, frisa. Marcos Camargo, 40, viveu algo parecido. Ele entrou no grupo em 1996, no cargo de estoquista, passou pelas lojas como vendedor, se tornou coordenador de estoque na Central de Distribuição, foi incumbido de outros cargos e, atualmente, ocupa funções como diretor comercial e de gestão de pessoas. “Nosso ambiente de trabalho estimula o aprendizado contínuo, a simplicidade na aparência, mas não na essência. Respiramos o ar da valorização das pessoas, sejam nossos colaboradores ou nossos clientes. Este é o diferencial do MM: pessoas encantadas encantam clientes”, declara ele, que considera fazer parte da ‘Gigante do Sul do Brasil’ como sinônimo de orgulho e realização pessoal e profissional.

eles virem entusiastas da marca, como ocorre com a Apple, segundo Marcio. Será um ambiente onde haverá mais interação do que um espaço de compra e venda. “Não vai ser uma loja, vai ser um ponto de convivência da comunidade, onde os produtos ficam expostos, mas na verdade as pessoas vão para olhar e acabam comprando depois pelo sistema online”, acredita. Ao vislumbrar esse futuro, a empresa avalia entrar em um novo modelo de negócios. “O Paraná hoje tem cerca de 50 cidades em que podemos abrir lojas, que estão onde a logística e marketing já atingem. Só que a maioria dessas cidades tem menos de 20 mil habitantes, então, estamos pensando no modelo diferenciado, inclusive pensando no modelo de franquias. Estamos fazendo estudos para ser, quem sabe, a primeira empresa de varejo do seu ramo a poder franquear suas lojas”, justifica. Outra meta, conforme Marcio Pauliki, é alcançar um quinto estado, o Mato Grosso. Até 2020, com o faturamento previsto de R$ 1 bilhão, a empresa pode entrar no top 10 do varejo nacional. Outra preocupação interna com relação ao futuro /// diz respeito à sucessão. O conselho de família já existe e os quatro filhos de Jeroslau participam ativamente da empresa. O objetivo é focar nos netos com suas aptidões específicas. “A gente acredita que para que alguém da família possa assumir funções estratégicas da empresa, eles têm que estar preparados. O ser filho ou neto do fundador não traz vantagem alguma. Tem que mostrar, primeiro, aptidão para o negócio, estudar fora e, se possível, ter um trabalho fora antes daqui, porque eles têm que ser vistos como acionistas e não herdeiros”, conclui Marcio.

UM FUTURO DIGITAL E DESCOLADO Questionada sobre o futuro e expansão, Juliana respondeu que a empresa está atenta a todas as oportunidades que o mercado oferece, e que o grupo já tem mais de 90 cidades mapeadas. “Mas os focos principais serão o aumento da produtividade por unidades existentes, concentrando no aumento do ticket médio de produto, nota fiscal e buscando maior share nas cidades em que atua. Por enquanto, o mercado internacional ainda não está nos nossos planos. Vamos fortalecer os estados em que atuamos hoje”, disse a superintendente. Ela assegura que o grupo trabalha para melhorar a experiência de compra do consumidor, porém, sem nunca perder as raízes, mantendo a mesma força regional. “Toda modernidade não adianta nada, se não mantivermos a simplicidade e simpatia no momento do atendimento”, reforça. O investimento na tecnologia é grande para financiar o crescimento. A empresa está implantando o atendimento por multicanalidade, ou omnichannel, onde clientes podem comprar pelo site ou aplicativo, recebendo em casa ou retirando na loja. “Para garantir a qualidade e maior velocidade, contratamos uma Startup para o desenvolvimento do App. Entendemos que a multicanalidade vai muito além do processo de venda. Trata-se de uma mudança cultural em toda a empresa. Em breve, iremos disponibilizar processos de ouvidoria, entrega, montagem, assistência técnica, concessão de crédito, pagamento de parcelas e renegociação de dívidas, entre outros serviços em nosso site e App”, explica Rogério Klass. Ele relembra, ainda, que no ano passado foi criado o MM Labs, um laboratório que tem por objetivo produzir experiências e inovações que trabalha nos moldes de uma Startup. Marcio Pauliki acredita que, até 2022, 70% das vendas do grupo vão ser online - hoje correspondem a 15%, mas a perspectiva é de crescimento de 10% ao ano. Na avaliação de Pauliki, o varejo tradicional não está defasado, mas será um complemento do momento digital, uma vez que as lojas servirão como pontos de retirada dos produtos comprados pela internet, transformando-se em ‘pequenos centros de distribuição’. Para conquistar a nova geração, os atuais adolescentes, a empresa precisa fazer com que

Membros da Família Pauliki reunidos em comemoração aos 40 anos do Grupo MM UM GRUPO EMPRESARIAL E SOCIAL Mais do que uma rede de lojas do comércio varejista, a Lojas MM integra o Grupo MM, que também atua em outros setores. Fazem parte do grupo, através da holding Incorpore, o site lojasmm.com, a transportadora Ponta Service Transportes Rodoviários e uma loja de atacado em Ponta Grossa. Há outros negócios também nas áreas da construção civil, ramo financeiro, entre outros. O Instituto Mundo Melhor (IMM), que desenvolve projetos sociais nas áreas da educação, saúde e qualificação profissional, também foi criado pelo Grupo MM. No último dia 4 de maio, aliás, houve uma mudança na presidência do IMM. Cirlei Pauliki assumiu o posto que era ocupado pelo seu marido, Jeroslau. “O Instituto Mundo Melhor nasceu com a vocação de atuar no sentido de contribuir para a melhoria da nossa sociedade. Certamente, deveremos ampliar as ações que temos realizado, contribuindo para a qualificação profissional, cultural, educacional e social de todos os contemplados pelas ações do IMM”, ressalta. Ainda dentro da Lojas MM há a Super MM Design, loja diferenciada da rede, com mais de três mil metros quadrados, encravada na principal avenida de Ponta Grossa, a Vicente Machado. “A Super MM Design foi projetada dentro de um conceito e layout diferenciados, que permitem aos clientes uma experiência única, com os novos lançamentos em tecnologia e eletrodomésticos de última geração. Ela ainda conta com o Espaço Design - Planejados, setor especializado em móveis, decorações e planejados de alto padrão”, detalha a acionista do grupo, Rubiane Pauliki.


Capa

/ Grupo MM A VOZ DOS GERENTES

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1. Gustavo Aguiar Diniz – gerente da filial 53 - Cascavel “Há 12 anos, eu tenho orgulho em trabalhar nessa rede de lojas. Era uma empresa que gerava crescimento, e era isso que eu procurava, vindo a se concretizar ao longo dos anos: comecei como vendedor e hoje sou gerente de loja. Quem faz parte desse grupo campeão, que há mais de cinco anos se tornou a melhor empresa para trabalhar, é quem ama mesmo o MM. A Lojas MM tem um trabalho forte e claro com a missão de desenvolvimento de seus funcionários, pois ela entende que o maior patrimônio da empresa são as pessoas, que se tornam um grande time.”

2. Maria Cristina Moreira – gerente da filial 63 - Arapoti “A gente é uma família. Sou de Arapoti, da mesma terra do ‘seu Pauliki’, então, todo mundo conhece todo mundo. É muito bom ser gigante, é muito bom ter tudo para vender: além de vender produtos, realizamos sonhos - as pessoas entram e sempre encontram o produto que desejam. Eu sempre quis ser gigante, assim como a empresa, eu lutei muito para alcançar o cargo que tenho hoje. O MM cuida muito do ser humano: a gente não trabalha em excesso e o grupo sempre ajuda os funcionários que estão passando por dificuldades pessoais.”

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

3. Antonio Tomás Leck – gerente da filial 37 – Guarapuava II

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“Trabalhar no grupo é muito mais que um sentimento; o MM faz parte da minha vida! Após 11 anos trabalhando na empresa, eu não troco aqui por nada, o grupo é maravilhoso e a família é muito humana. Em todas as empresas em que já trabalhei, eu era visto como um número, e no MM não. O acompanhamento emocional é bacana, porque, quando estamos trabalhando, jamais esperamos que, entre 10 ou 15 minutos, o Jorge Pauliki vai ligar para interagir, saber o que está acontecendo, e ver o que a empresa pode estar fazendo para melhorar o nosso dia a dia.”

4. Irene Palczuk – gerente da filial 116 – Telêmaco II “Fazer parte da MM é uma honra, pois me sinto muito feliz e agradecida, como se fosse dentro da minha casa. A Família Pauliki é uma

5 benção pra nós. Mesmo a empresa tendo esse crescimento gigante, disponibiliza meios de fazer com que exista uma relação saudável e positiva. Existe o quadro de humor, onde todos os dias o sistema pede como você se encontra naquele dia, se feliz, triste, muito triste, ruim ou muito ruim. E, dependendo da sua resposta, o Jorge Pauliki entra em contato, para nos ajudar emocionalmente ou da forma que precisar.”

5. Sérgio Luiz Machinski – gerente da filial 13 – Ponta Grossa Centro “Aqui na MM, trabalhamos com vários “P”: Propaganda, Ponto, Preço, Prazo e Pessoas. No que diz respeito ao ‘P’ de ‘Pessoas’, ele realmente é valorizado da forma que nos sentimos acolhidos como uma grande família. A empresa proporciona plano de saúde, odontológico, bônus nupcial, cartão farmácia, etc. Sabemos da nossa importância para os resultados e permanência no mercado; por outro lado, somos reconhecidos sempre que possível. Desta forma, todos olhamos para o mesmo objetivo e caminhamos juntos em direção ao crescimento pessoal e profissional.”


A VISÃO DOS FORNECEDORES 1. Vanessa Janoni – Key Account Manager da Samsung “O MM é um parceiro que acredita, que aceita novas ideias e propostas. Eles não ficam estagnados, sempre buscam novas alternativas e propostas para atender e encantar o cliente. A MM é muito importante para realizar a logística dos produtos da Samsung no Brasil. Quando pensamos a questão estrutural do agronegócio, o grupo MM é destaque, pois está em várias cidades do interior do Paraná. E ela não ficou só aqui, ela está em Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso. Com isso, o MM é uma empresa que nos dá uma visibilidade de expansão e crescimento.”

2. Elio Pavanato - diretor na Linea Brasil Indústria e Comércio de Móveis Ltda.

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“A MM é uma empresa séria, correta na condução dos negócios com seus parceiros; uma empresa sólida que vem crescendo a passos largos. Acredito que a parceria entre as duas empresas se dá pelo entendimento de ambas que cada cliente é único e deve ser atendido com a sua devida atenção. Sem dúvidas, o Grupo MM tem papel importante na logística de nossos produtos dentro do mercado interno. A parceria com o MM sempre foi fundamental para o crescimento da nossa empresa. E estamos tentando acompanhar esse forte crescimento que o MM vem tendo nos últimos anos.”

3. Daniel Trevisan – diretor de Vendas da Brinquedos Bandeirante, um dos primeiros fornecedores do Grupo MM “Desde o surgimento dessa notável empresa do mercado paranaense e brasileiro, a Brinquedos Bandeirante se aproximou comercialmente e iniciou as operações com muito sucesso e um crescente ano a ano, dignificando o nosso relacionamento. A MM é uma excelente parceira que compartilha da mesma filosofia da Brinquedos Bandeirante. Hoje, a MercadoMóveis está se consolidando pelo site, porque o consumidor está ///apto por produtos de qualidade e busca comprar de empresas confiáveis e de crédito consolidado, ou seja, de nossas empresas.”

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4. Diego Munhoz - diretor Comercial da Caemmun Movelaria “A palavra credibilidade é muito forte e enraizada na MM. A transparência e a humildade que eles sempre levaram no negócio faz a nossa empresa acreditar cada vez mais e, junto com eles, alcançar nossos objetivos. A indústria e varejo devem caminhar juntos; quando produzimos algum produto na fábrica, pensamos como vai estar no lar de nossos clientes, e sem essa experiência varejista proporcionada pelo MM, nós não conseguiríamos atender essa expectativa. O carinho que o MM tem com o mostruário, com as pessoas, deixa nossa empresa tranquila.”

5. Antonio de Jesus Rorato – fundador da A. J. Rorato

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“Nossa empresa faz parte da história dos 40 anos do Grupo MM. Como um dos primeiros fornecedores, a confiança é extremamente existente entre nós. O ‘seu Pauliki’ é, antes de mais nada, o meu amigo, conhecido da minha família. Comemorar 40 anos é para poucas empresas; ‘seu Pauliki’ é guerreiro e uma estrela que brilha junto com sua família. Como empresa brasileira, enfrentamos bastante dificuldade tributária, de logística e sistemas burocráticos. Para fornecer produtos para o Brasil, essas dificuldades custam dinheiro, e enfrentar isso é um ato de bravura.”

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Cena Local

Um mandato de construção física e do futuro

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Reeleito presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca tem dois principais objetivos neste novo mandato: a consolidação da nova sede e a participação ativa nas eleições de 2018

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Por mais dois anos, o empresário e produtor rural Douglas Fanchin Taques Fonseca seguirá à frente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, a ACIPG. Por aclamação, já que não houveram chapas concorrentes, ele foi mantido como presidente da entidade empresarial mais representativa dos Campos Gerais, que hoje possui cerca de dois mil associados. A assembleia com a aclamação ocorreu no início de abril, e a posse está marcada para 28 de maio. Homem de personalidade forte, Taques Fonseca reconhece que o que o motivou a seguir comandando a ACIPG foi, especialmente, uma promessa não cumprida do seu mandato anterior, assumido em 2016. “Na verdade, tudo o que prometemos no mandato anterior, foi cumprido. Com exceção da construção da nova sede”, resume o empresário. A construção em questão se refere à nova sede social da entidade, em um terreno localizado na Avenida Visconde de Taunay, no Bairro da Ronda. A alegação fica por conta das atuais instalações, que já são pequenas pelas proporções que tomou a instituição, não apenas de espaço físico construído, mas também pela necessidade de estacionamento. Os projetos já foram concluídos e o próximo passo agora será a concorrência pública, para a escolha da construtora que irá edificar o novo prédio com o menor custo. Outro fator que estimulou Douglas Fonseca a manter-se foi o cenário político. Ele afirmou que há a intenção de que a ACIPG participe de forma intensa nas eleições vindouras, para a escolha do presidente da República,

governador, dos deputados e senadores. “O país está passando por uma revolução política. Desde 1964 eu não via isso. Antes era o comunismo contra o país. Agora é a corrupção”, recorda o presidente. Ele acrescenta que, como a ACIPG é uma das forças da sociedade regional, ela deve ser ‘viva’, atuante nesse ambiente que define o futuro da comunidade do país. “Sempre com decisões apartidárias, mas participando ativamente”, acrescenta. MANDATO DE CONQUISTAS O mandato 2016/2018 foi mais curto, devido à conturbada eleição de 2016, em que a primeira foi cancelada após o trâmite da ação judicial de uma chapa, e uma outra eleição foi feita, havendo a posse apenas em agosto. Porém, nesse período de um ano e oito meses, Douglas Fonseca aponta uma série de avanços, com destaque para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), parceria firmada para oferecer diversos cursos para o aperfeiçoamento profissional na cidade, através do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE). Fonseca lembra que a entidade interviu em dois debates: passagem de ônibus e contrato do município com a Sanepar. “Na passagem, foi dado o reajuste que o conselho quis; a empresa que não, mas foi dado. E com a Sanepar, evitamos que fosse assinado um contrato ‘leonino’”, revelou, se referindo a um acordo que seria de 30 anos. Douglas também afirmou que as câmaras setoriais prometidas foram concretizadas, falou sobre avanços com as pavimentações no Distrito Industrial e lembrou a dimensão que tomou o Projeto Antares, que seleciona os alunos

Foto: Divulgação mais dedicados das escolas públicas para dar reforço nos estudos. “A meta é descobrir as ‘mentes brilhantes’. E com esse projeto, entramos em uma premiação com projetos do Brasil inteiro e ganhamos em primeiro lugar”, afirmou. Dois conselhos foram fortificados: o CEME, que agora se transformou em ACIPG Mulher. “Agora, elas também têm um assento na diretoria. Tanto elas quanto o Conjove, para o qual abrimos mais um assento. A intenção, com isso, foi dar mais força e representatividade”, concluiu. INVESTIMENTO NA SEDE O projeto detalhado da nova sede será apresentado no dia da cerimônia de posse, em 28 de

maio. Neste mesmo mês, será lançado o edital de concorrência, para a escolha da empresa que fará a construção, o que deve ocorrer no período de um mês. E, com isso, a perspectiva é de que as obras se iniciem em meados deste ano no terreno já pertencente à ACIPG, na Avenida Visconde de Taunay, no Bairro Ronda. A primeira fase terá um investimento de aproximadamente R$ 7 milhões. “Inicialmente, vamos construir somente a nova sede. Mas depois devemos erguer o centro de convenções. Temos espaço para construir também um edifício com escritórios para executivos ou residencial; o que vai mandar será a nossa demanda da época”, esclareceu.


Nova loja Princesa dos Campos na Galeria Pajé no Brás em São Paulo

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FUC se adapta para crescer Festival Universitário da Canção ocorre entre 28 e 30 de junho em Ponta Grossa

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Fernando Rogala e Angelo Eduardo Rocha

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Entre 28 e 30 de junho, Ponta Grossa será foco das atenções do cenário musical nacional. Neste período, ocorre a 31ª edição do Festival Universitário da Canção (FUC), promovido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio da Diretoria de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais. Subdividido nas etapas regional e nacional, serão distribuídos mais de R$ 25 mil em prêmios. Neste ano, a competição passa por alterações, inclusive nas regras, para buscar atrair ainda mais participantes da região dos Campos Gerais, o que também acaba sendo um inven-

tivo para o público. Como principal atração, será a vez de Arnaldo Brandão presentear os espectadores com um show no dia 30. O festival ocorre no Cine-Teatro Ópera. Contribuir para a valorização do potencial técnico e artístico dos participantes; incentivar a criatividade musical e promover o intercâmbio cultural e o incentivo da instituição ao movimento musical regional estão entre os principais objetivos do FUC, como reforça o diretor de Assuntos Culturais, Wilton Correia Paz. Ao analisar os acontecimentos sazonais, reconhece que, neste ano, será um desafio manter as tradições do festi-

val. “Estamos em um ano de Copa do Mundo e eleições presidenciais. Esses dois eventos fazem com que os investimentos na cultura fiquem novamente de lado”, lamenta. Desde quando foi criado o festival, em 1980, houve uma grande alteração no modo de vida das pessoas, motivo pelo qual o Wilton Paz faz uma análise para entender o que se faz necessário para essa adaptação ao agir contemporâneo. “Hoje, a maior dificuldade do festival é tirar as pessoas de casa, você tem várias coisas, pagando apenas uma taxa mínima, como por exemplo o Netflix, Google Play e etc. Atualmente, a sociedade busca


a segurança da própria casa. Já os eventos culturais normalmente acontecem em locais públicos, à noite, e os riscos ao sair de casa devem ser considerados”, acrescenta. Uma das principais alterações será a modificação no modelo de premiação. Antes, eram recompensados aqueles que ficavam no primeiro, segundo e terceiro lugares das etapas regional e nacional. Agora, todos os finalistas serão premiados, com R$ 2 mil cada, além da gravação profissional das suas canções. “Percebemos que, historicamente, eram os mesmos músicos que concorriam ano a ano, e, para mudarmos essa realidade, a etapa regional não terá mais premiação em dinheiro, mas os três primeiros lugares vão para a etapa final. Dos 18 músicos da etapa nacional, nove serão selecionados para a etapa final. Com isso, o valor total será dividido entre os 12 que vão para a etapa final”, explica. Além do dinheiro, os três primeiros colocados receberão troféus. Também serão premiados o melhor intérprete e a melhor letra em âmbito regional (R$750 e mais um troféu para cada um) e nacional (R$ 1 mil e troféu para cada um). A melhor música, escolhida pelo Júri Popular, também será condecorada com troféu.

Fotos: Divulgação

AJUDA DE CUSTOS DE ATÉ R$ 1,2 MIL Participam da etapa regional compositores, músicos e intérpretes residentes em uma das cidades que integram a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), enquanto que os moradores dos demais municípios participam da etapa nacional. Um dos diferenciais para os participantes da etapa nacional é que o festival concede uma ajuda de custo, que varia de R$ 400 a R$ 1,2 mil, dependendo da distância do município de origem em relação a Ponta Grossa. As inscrições se encerraram em 11 de maio último. Entre todas as canções inscritas, 30 serão selecionadas para a etapa classificatória, das quais 12 pela regional e outras 18 pela etapa nacional. As 12 primeiras serão apresentadas na quinta-feira, dia 28, enquanto que as 18 nacionais no dia 29, sexta-feira. Na grande final, no dia 30 de junho, participam as três primeiras da etapa regional e outras nove da nacional. O corpo de jurados será composto por até quatro integrantes de reconhecida capacidade lítero-musical, e a melhor canção será escolhida através dos quesitos música, letra e interpretação. MAIS DE 100 CANÇÕES INSCRITAS No ano passado, na 30ª edição, foram mais de 100 trabalhos inscritos, dos quais 23 composições para a fase regional e outras 79 para a nacional. Para este ano, com as alterações, a organização esperava cerca de 30 inscrições regionais, ou seja um incremento. Porém, para a nacional, a perspectiva era de uma redução, justamente pelo cachê menor. “Eu sei que vai mudar o perfil, pois músicos consagrados em festivais que têm como fonte de renda os festivais podem não se interessar mais em concorrer no FUC, podem achar que não vale a pena competir por R$2 mil. Mas para aquele que não ganhava nada no festival pode ser interessante e muito bom. O interesse da UEPG não é premiar, o interesse é a composição musical”, conclui Paz.


Cena Local

Foto: Divulgação

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Sepam fecha parceria com Operário para escolinha de futsal

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Nos treinos da escolinha de futsal do Colégio Sepam, o uniforme carrega as cores preto e branco do Operário Ferroviário Esporte Clube (OFEC). Não é um amistoso do time com a instituição de ensino, mas sim os próprios alunos do colégio com a camiseta alvinegra. O projeto, uma parceria selada entre o Sepam e o clube de futebol, tem o objetivo de estimular a prática esportiva, além de fazer com que os pequenos esportistas também criem uma ‘identidade’ e fiquem mais próximos do time ponta-grossense. O anúncio ocorreu abril último. A parceria entre o colégio e o clube já é antiga e remonta aos tempos do professor Altair Mongruel. O Sepam patrocina o Operário desde 2015, ano em que o “Fantasma” se tornou Campeão Paranaense da primeira divisão. “São duas marcas tradicionais, e que traduzem a grandeza de Ponta Grossa, uma com quase 80 e outra com 106 anos juntas na mesma camisa”, comemorou Osni Mon-

gruel Junior, diretor do Sepam. Inicialmente, a escolinha será exclusiva para alunos do Colégio Sepam, com idade entre 5 e 10 anos. Os alunos do projeto recebem o kit de uniforme do Operário e também a carteirinha nominal de Sócio Torcedor Kids. “Além disso, as crianças poderão entrar em campo com os atletas e terão acesso ao vestiário em dias de jogos. Os jogadores do time também deverão fazer visitas ao colégio”, explicou um dos treinadores da escolinha, Luiz Marcelo Lara. Para o presidente do Grupo Gestor do Operário, José Álvaro Góes Filho, a expectativa da parceria é positiva, especialmente pelo trabalho realizado pelo colégio junto ao esporte local. “O futuro de uma nação é a educação de suas crianças e jovens. O Sepam faz isso muito bem, por isso, o Operário se une nessa parceria com o Colégio, visando formar jovens atletas para o nosso futuro e o bem da cidade de Ponta Grossa”, destacou Osni Junior.


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Há 15 anos, o maior centro

de compras da região

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Em 2 de maio último, o Shopping Palladium completou 15 anos em Ponta Grossa. Com mais de 70 mil m² de área locável e 200 operações, o local recebe cerca de 5 milhões de visitantes por ano

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Há exatos quinze anos, em maio de 2003, era inaugurado o maior centro comercial dos Campos Gerais. Encravado na região central de Ponta Grossa, ao lado da principal avenida da cidade, foi apenas questão de tempo para o Grupo Tacla perceber a potência que se tornaria o Palladium Shopping Center de Ponta Grossa. Hoje, já com área total construída maior do que a época de aberto, o estabelecimento recebe mais de 430 mil visitantes por mês, o que representa um fluxo anual superior a 5 milhões de clientes. No total, são 200 operações, entre lojas, quiosques, entre outros, movimentando mais de 1,8 mil empregos de forma direta. Diante de todos esses números, o superintendente do Palladium Ponta Grossa, João Luis Giostri, reconhece o impacto que o estabelecimento trouxe por todos esses anos à economia regional. “O empreendimento é um marco na economia e desenvolvimento da cidade e também da região. É o primeiro e único shopping dentro dos padrões de shopping center dos Campos Gerais. A inau-

guração e a consolidação do Palladium colaboraram para o crescimento do Bairro de Olarias, onde está instalado, e da região ao seu redor, bem como da valorização imobiliária local”, destacou. O grande investimento para a expansão do shopping, concluída e inaugurada em 2011, foi apontado como o momento mais marcante nesses 15 anos de história pelo superintendente do empreendimento. “Inaugurado em 2003, a primeira expansão do Palladium estava prevista para dez anos após a abertura, mas acabou acontecendo antes. Com a mudança, o shopping aumentou sua estrutura para 27 mil m² de Área Bruta Locável (ABL) - atualmente são 77 mil m² de área construída”, esclarece. Conforme completou Giostri, essa expansão proporcionou a vinda de mais operações para o shopping, especialmente lojas que continuam como exclusivas na cidade e região. “Hoje são 200 operações, sendo 12 lojas âncoras, além de ampla Praça de Alimentação e quatro salas de cinema”, completa o executivo.


Foto: Divulgação

VALORIZAÇÃO DOS CLIENTES E LOJISTAS Mais do que um espaço completo para realizar quaisquer tipos de compras, em um ambiente seguro e confortável, o Palladium também é reconhecido como um ponto de encontro para as famílias, praticamente, uma atração turística na cidade. Esse fato, para a gerente de Marketing do Palladium, Maura Müller, ocorre pela consolidação do local. “A atração e manutenção desses clientes não acontece de uma hora para outra. Hoje, o shopping já não é mais destino apenas de compras, tem uma função social, de reunir pessoas, amigos, famílias, que vêm até aqui para se encontrar, almoçar, jantar, ir ao cinema, passear, se divertir, utilizar algum serviço, como ir ao banco e também para fazer compras. Temos orgulho em não reunir apenas clientes de Ponta Grossa, mas de toda a região dos Campos Gerais”, aponta. O fato de já ser uma referência não basta, e por isso o Shopping procura manter o seu público fiel, através de ações voltadas aos consumidores. “No Palladium, trabalhamos com campanhas atrativas e que atendam às expectativas dos consumidores o ano todo, com sorteio de prêmios de alto valor, como carros, e entregas de brindes exclusivos. Estamos atentos em sempre trazer eventos inéditos, sociais e culturais que atraiam as pessoas para o mall. Ações como essas tornam o Palladium palco dos principais even-

tos do calendário da região”, informa a gerente de marketing. Investimentos foram feitos nos últimos anos na presença digital do shopping. “Temos avançado no uso de redes sociais e incentivando que lojistas façam o mesmo, o cliente físico também pode ser impactado digitalmente”, completa. Da mesma forma que há um cuidado todo especial com quem compra, há também com quem vende, com os lojistas, através da qualificação levada a eles. Todas essas ações combinadas mantêm o centro de compras em posição privilegiada no comércio regional, mesmo em relação às compras pela internet, que crescem anualmente. “Por mais que o crescimento do e-commerce seja expressivo, as pessoas ainda gostam do bom atendimento, de provar uma peça com tempo e de pegar o produto que vão comprar na mão. Preocupados com esse cuidado, há dez anos, o shopping realiza o Arena Business, programa de capacitação e treinamento de equipe de vendas que acontece nas principais datas do varejo anualmente”, ressalta Maura. PARCERIA DESDE O INÍCIO Junto com a inauguração do centro de compras, em 2 de maio de 2003, entrava em operação a loja Gravina Shopping. No começo do Século XXI, a tradicional joalheria de Ponta Grossa vislumbrou a oportunidade de fazer esse investimento, tendo em vista a expansão dos shoppings nas capitais, decisão que foi acertada, segundo Daniel Gravina, proprietário da Gravina Shopping. “Meu avô Gildo Gravina, que já faleceu, ficou muito entusiasmado na época, porque era um período em que havia uma vazão muito grande dos clientes para Curitiba, com o objetivo de fazer compras. Então, o Palladium veio oferecer qualidade nesse sentido e não só reteve o público de Ponta Grossa como acabou atraindo as pessoas de toda a região dos Campos Gerais”, relata o empresário. A Gravina também atua com duas lojas de rua (XV de Novembro e Avenida Vicente Machado), um e-commerce e o quiosque da My Way, que traz a linha de colecionáveis. Mas o estabelecimento no shopping é apontado como privilegiado em relação aos demais. “A principal diferença em ter uma loja no shopping é o conforto que você consegue oferecer ao cliente. As exigências do público

também mudam, por conta de um número grande de jovens, buscando joias com design inovador”, esclarece Daniel. CAMPANHA ESPECIAL Para celebrar o aniversário na cidade, o shopping lançou a campanha Palladium 15 anos completos para você, a qual premiou 15 clientes com vales-compra, que totalizaram R$ 50 mil em prêmios. Destes, 14 receberam prêmios de R$ 2.500 cada, e um de R$ 15 mil. O maior prêmio, de R$ 15 mil, foi para Sandro Roberto Zarpellon, morador de Imbituva, região dos Campos Gerais. Entre os outros sorteados, oito dos ganhadores eram de Ponta Grossa e os outros seis de municípios da região. Afinal, como explicou João Luis Giostri, mais que um estabelecimento comercial de Ponta Grossa, o Shopping é um centro regional, já que 38% dos clientes vivem na região dos Campos Gerais. Se essa promoção acabou, outra está em andamento: a do Dia das Mães. Através dela, a cada R$ 200 em compras, o cliente tem direito a um cupom para participar do sorteio de um automóvel zero quilometro, um Citroën C4 Lounge da nova geração, uma novidade no mercado, que acabou de chegar ao Brasil. A promoção vai até 20 de junho e o sorteio será realizado no dia 21 do próximo mês. As 200 lojas do Palladium participam dessa promoção Compre e Concorra, cujo posto de trocas fica localizado no 1º piso, ao lado das Lojas Americanas. TRADIÇÃO DE 70 ANOS Com mais de 70 anos de tradição e experiência no varejo, o Grupo Tacla Shopping, especializado em construção, administração, incorporação e comercialização de shopping centers, é um dos principais grupos empresariais da região Sul do país. Atualmente, sete empreendimentos integram o portfólio do grupo nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo: Shopping Palladium Curitiba e Shopping Total (PR), Palladium Shopping Center Ponta Grossa (PR), Catuaí Palladium Foz (PR), Itajaí Shopping (SC), Porto Belo Outlet Premium (SC) e Shopping Cidade Sorocaba (SP). Juntos, somam 191 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL), onde estão inseridas mais de duas mil operações de lojas âncoras e satélites.


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Médica lança romance sobre o universo feminino Ginecologista e obstetra Cristiane Schneckenberg estreia como escritora na publicação ‘Um Espelho para Vênus’

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Retratar o universo feminino, as dúvidas e anseios das mulheres, além das suas queixas sexuais. Eis aí a finalidade do romance Um Espelho para Vênus, da ginecologista e obstetra Cristiane Schneckenberg, que estreia como escritora. A obra de ficção acompanha a trajetória da vida da jovem médica, Sara Mayer. No romance, a protagonista busca formas de atender aos questionamentos sobre sexualidade de suas pacientes, ao mesmo tempo em que ela própria constrói a sua história e relação amorosa com o também médico, Miguel. Apaixonada por literatura e amante da boa escrita, Cristiane conta que foram cerca de três anos e meio de trabalho, leituras, revisões e opiniões até que o livro se materializasse. “Sempre tive a intenção de escrever uma obra literária, mas houve um momento em que a intenção se transformou em propósito”, revela. Para ela, a sensação de mergulhar na escrita foi tão intensa que por momentos o sentimento era de que as coisas saiam sozinhas. “Foi um desafio, uma vez que o processo de concepção está em fazer com que ideias, conhecimentos e reflexões ganhem forma de palavras, texto, enfim uma história”, descreve. É justamente nessa história envolvente que a autora espera a identificação das leitoras. Ela garante que todo o trabalho foi pensado em oferecer uma obra de qualidade. “Trabalhei e estudei para produzir um texto de qualidade e cativante à leitura”, conta. O trabalho minucioso e detalhista contou com a revisão do renomado escritor Miguel Sanches Neto. Já o design e editoração da obra ficou sob a responsabilidade da agência Porto Bureau. No entanto, a médica comenta outros aspectos que foram fundamentais para a concretização da obra, além do estudo, pesquisa e dedicação. “O apoio da família foi essencial durante todo o processo”, enfatiza. Para Cristiane, foram as pessoas mais próximas que acompanharam as noites diante do computador, as leituras prévias, e a ansiedade que permanece em seu coração: a opinião das leitoras. “Somente a partir do momento em que o livro é lido, tudo passa a ter sentido. A literatura é uma forma intensa de comunicação, e eu espero que gostem da história e do que tentei transmitir através dela”, finaliza.

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DP SERVIÇO O livro encontra-se disponível na CSClin - Saúde e Estética da Mulher (Rua Tiradentes, 955 - Centro, Ponta Grossa) e também, a partir de 24 de maio, em toda a rede das Livrarias Curitiba. Mais informações: (42) 3224-0224; Whats: (42) 98811-8637; e pelo email:atendimento@cs clin.com.br



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A magia da TV sob o

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

olhar de uma criança

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A ponta-grossense Giovanna Broch Barbiero, 8, viveu três dias de fantasias no mês de abril último, ao visitar o SBT, sua emissora favorita. Em maio, ela retorna à emissora, para cantar no Programa Raul Gil e realizar o maior sonho de todos: conhecer o apresentador Silvio Santos


“Era meu sonho. Fiquei feliz e até chorei”. A emotiva frase é da pequena Giovanna Broch Barbiero, de oito anos, que teve o privilégio de passar, junto de sua família, três dias nos bastidores de uma das principais emissoras televisivas do país, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Ao recordar os felizes momentos de descoberta entre corredores, estúdios e cenários, onde pôde conversar com apresentadores e artistas, a palavra ‘legal’ foi repetida por inúmeras vezes. Da mesma forma que o sorriso em seu rosto, que em momento nenhum desapareceu durante a entrevista, este foi ampliado, quando mencionou que, neste mês de maio, retornaria para cantar no Programa Raul Gil e conhecer o seu maior ídolo, Silvio Santos. A gravação ocorrerá no dia 28 e o programa será exibido no dia 2 de junho para todo o Brasil e outros países. Infinitos foram os apontamentos sobre as coisas que mais chamaram sua atenção entre 16 e 18 de abril. Mas duas delas foram evidenciadas com mais fervor: as dimensões das estruturas e a atenção dada por todos os famosos da casa. “É um lugar gi-gan-tes-co! Tem até um museu do Silvio Santos, tem o boneco de cera, é muito legal. Eu adorei todos; conheci a Eliana, o Ratinho, o Celso [Portiolli], o Raul [Gil], a Helen Ganzarolli, a Flor, o Marquito”, recordou, rindo após pronunciar esse último nome. “Ele é bizarro”, acrescentou a pequena, elogiando a todos por serem muito atenciosos. Depois, ainda incluiu os nomes de Danilo Gentili, Roque (do qual ela disse se impressionar com a sala dele) e João Guilherme, que encontrou na praça de alimentação. João Barbiero, empresário da comunicação e pai de Giovanna, que a acompanhou na jornada junto com sua esposa, Cinara Broch Barbiero, e da filha caçula, Graciela (4), não deixa de concordar com a filha. Os gestos de humanidade e atenção, de todas aquelas figuras conhecidas, o cativaram. “Algumas coisas marcaram nossa visita. O respeito, a presteza, a atenção e a alegria de todos, desde a zeladora. Quanto aos artistas? São reflexo da energia que vivem ali no SBT; todos muito atenciosos e gentis. Pelo que ouvi nos corredores, todos são assim, porque o Silvio é assim. Os produtores também foram atenciosos; um deles, o Ricardo, do programa The Noite, batizou a Giovanna de ‘sbtista’”, resumiu. “E é verdade: a Giovanna é uma sbtista”, completa Barbiero. Entre os programas que Giovanna viu sendo gravados, ela destacou o Domingo Legal, do Celso Portiolli. “Quando ele estava fazendo os merchands, antes de gravar, até falou comigo: ‘quem é aquela menina bonita?’, disse”, lembra. O Programa da Eliana, ela não conseguiu assistir, mas a apresentadora a recebeu em seu camarim. Do Ratinho, programa que ela acompanhou pelos bastidores também traz boas lembranças. “As pessoas não eram como a gente via na TV. A Valentina parecia meio louquinha na TV, mas ela é muito simpática. A Pavorô também”, reforçou.

Graciela, Giovanna, Ratinho, Cinara e João Barbiero

Família Barbiero com o apresentador Raul Gil APRESENTAÇÃO NO RAUL GIL

Giovanna e Danilo Gentili FANÁTICA PELO SBT E FÃ DO SILVIO SANTOS A fama de admiradora do SBT é grande entre os mais próximos. “Na escola, falam que eu sou atacada pelo SBT”, assegura. Por esse fato, é inevitável a curiosidade: Por que Giovanna é tão fã da emissora? “Eu adoro o Silvio Santos. E daí eu vejo porque... Ah, eu adoro a TV, não tem como explicar”, exclama. Mas não demora muito para ela pontuar os motivos: as pessoas e a programação, especialmente o Mundo Disney e a novela Carinha de Anjo, que será substituída por Poliana – a qual ela já aguarda ansiosamente. “Eu gosto de Chiquititas, mas eu já sei das coisas que vão acontecer, porque está reprisando”, observa. Em relação ao seu ídolo maior, o fundador do SBT, Senor Abravanel (nome de nascimento de Silvio Santos), ela afirma admirá-lo, há alguns anos. Ter a oportunidade de conhecer o ícone da TV brasileira desperta uma expectativa sem tamanho nela. “Nossa, é a maior [expectativa] do mundo, porque ele é o melhor apresentador, vejo a experiência de vida dele... Ele é muito legal”, relata.

Através de dois produtores, que viram o talento da pequena cantar, ela foi convidada para participar do Programa Raul Gil, do quadro Eu e as Crianças. Assim, o sonho continua: ela retorna ao SBT, no final de maio, para fazer sua estreia nos palcos, no dia 28 de maio. Para a pequena, será um privilégio enorme voltar a ver Raul Gil, a quem ela comparou com um ‘vovô querido’, muito atencioso, e que dá a oportunidade para que as pessoas possam realizar seus sonhos e desenvolver seus talentos. “Adorei conhecer o Raul Gil, foi uma experiência muito boa”, resumiu. Para isso, pela primeira vez, Giovanna participou de uma aula de canto, em abril. “Acho que vai ser uma experiência muito legal, porque eu sempre canto e eu finjo essas coisas, mas eu nunca imaginei que ia chegar a esse ponto. Eu amo cantar e amo o SBT, então...”, relata a menina, que reconhece ter um talento natural para o canto, mas que sonha um dia ser atriz. Para quem quiser acompanhar o sorriso cativante de Giovanna na TV, a emissora levará o programa ao ar em 2 de junho próximo. Ao final da conversa, um gesto de humanidade, como o que ela vivenciou naquelas preciosas horas em território paulista: como presente, agradece a entrevista com um símbolo de sua viagem, um chaveiro do SBT, que ganhou na emissora – exatamente igual ao que ela carrega em sua mochila.


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Fotos: Divulgação

Indústria em retomada

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Ao vir para Ponta Grossa participar das comemorações da Semana da Indústria, o presidente da FIEP, Edson Campagnolo, deu seu parecer a respeito do cenário industrial paranaense

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Como parte das comemorações do Dia Nacional da Indústria, celebrado em 25 de maio, Ponta Grossa abriu a programação da Semana da Indústria 2018, no início deste mês. Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que realiza esse evento anualmente, esteve na cidade para participar das cerimônias que marcaram a data no município: da entrega das novas instalações do Instituto Senai de Tecnologia (IST) - Construção Civil e da solenidade, com um jantar, quando foram prestadas homenagens a uma empresa e um empresário do município. Antes, porém, Campagnolo esteve na redação do Grupo Barbiero Comunicações, onde bateu um papo e concedeu uma entrevista. Ao falar sobre o cenário econômico estadual, Campagnolo avaliou que os resultados das indústrias, desde o segundo semestre de 2017, são animadores. “Felizmente, conseguimos recuperar um pouco do tempo, do terreno perdido, porque 2014 e 2015 foram

anos muito complicados. Vamos dizer que o Estado está em um ritmo que seria ideal para retomada do emprego”, acrescentou. Ainda assim, ele acredita que o ritmo de crescimento não está normal, em função de ser um ano de eleições. “De 2014 para cá, a gente teve um aumento absurdo nas alíquotas de ICMS, e não tem sido diferente de algumas contribuições no campo federal. Quer dizer, existe uma dependência do estado para manter a sua máquina andando, mas o que faz essa máquina andar é justamente a economia em sacrifício dos trabalhadores e dos empreendedores”, diz. Em relação às celebrações, o primeiro evento alusivo à Semana da Indústria no Paraná, foi a inauguração do IST em Construção Civil. No local, ao lado das instalações do Senai em Ponta Grossa, foram aplicados R$ 2,3 milhões em estrutura e laboratórios e equipamentos de última geração. Os serviços serão ofertados por meio de consultorias tecnológicas, serviços metrológicos e projetos de inovação em

pesquisa aplicada. Uma parceria foi selada, inclusive, com a aeronáutica, que irá se utilizar da metodologia BIM, disponibilizada pelo IST, para planejar e monitorar a manutenção de todas as edificações de tráfego aéreo. “Nossos laboratórios foram ampliados justamente para atender não só uma demanda de Ponta Grossa, mas nacionalmente”,

disse Campagnolo. Já pela noite, aconteceu a cerimônia em que se homenageou a indústria DAF Caminhões, que recebeu a medalha do Mérito Industrial, e também Conrado Alberto Schiffer, da Metalúrgica Schiffer, falecido em setembro do ano passado, que teve sua trajetória empresarial reconhecida com o título de Benemérito da Indústria.


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D’Ponta Web News

A rádio onde a

notícia nunca para

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Novo produto de comunicação do Grupo Barbiero prioriza a notícia, com foco às informações locais e regionais. Além de quadros próprios com entrevistas, há a transmissão simultânea de alguns programas da TV Vila Velha

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Está no ar, desde 20 de fevereiro, a D’Ponta Web News, rádio transmitida pela internet com prioridade para a informação. Trata-se de um projeto inovador do Grupo Barbiero Comunicações, que traz a notícia 24 horas por dia, com foco no que acontece em Ponta Grossa e região, para o ouvinte ficar informado onde quer que esteja, seja em casa, seja no carro, no trabalho ou até mesmo fora do país. A seleção dos fatos ocorre em formato de ‘pirâmide invertida’, com 80% das notícias de âmbito local e regional, e o restante dividido entre estadual, nacional e internacional, nessa ordem de preferência. Como explica Eduardo Vaz, coordenador de produção do Grupo, a criação da rádio surgiu a partir de uma demanda observada de um veículo desse formato, com jornalismo 24 horas por dia, com prioridade para o que ocorre em Ponta Grossa e os municípios integrantes dos Campos Gerais. Quando os principais sites e blogs de Ponta Grossa e região inserem a notícia, de imediato é divulgado na D’Ponta Web News. “Ela foi criada para suprir as informações locais através de uma web rádio, juntando informações dos principais sites e blogs, para as pessoas que não têm a possibilidade de acessar as informações a todo momento. Se surgiu uma notícia, ela entra, nem que seja a cada 30 segundos. A cada 10 minutos entra um compilado de notícias principais”, explica Vaz. Esse formato, conta ele, de alta prioridade para a informação local, é pioneiro em Ponta

Foto: André Waiga

Grossa, mesmo em relação às rádios FM’s. E agora, a D’Ponta Web News passa a ganhar diferenciais ainda maiores, com a criação de programas próprios. “Já teve início o programa Conversa da Tarde, com Telma Saad. Ela aborda diversos assuntos, recebendo convidados da área da saúde, educação, cultura, entre outros. Recentemente, começou A Hora da Cris, com Cristina Mota, que aborda o lado da responsabilidade social, com entrevistas com instituições de caridade e eventos beneficentes. E, em breve, estreiam o Programa Leo Pasetti e também um programa de esportes, que vem com um formato inovador”, afirma, lembrando que o programa de Telma vai ao ar nas terças e quintas; e o da Cristina nas segundas, das 14h30 às 15h30. “Mas, mesmo dentro dos programas, se acontecer algo, há uma ‘pausa’ na entrevista e entra a notícia. Ela é prioridade”, completa. Diferencia-se, também, o fato de a D’Ponta Web News não seguir o padrão das rádios ‘comuns’, quebrando os paradigmas da programação. “Ela não tem blocos comerciais como as outras rádios. Por exemplo, entra um comercial, uma notícia, outra notícia, depois um comercial, aí uma vinheta, um programete e uma nova notícia. Nosso modelo desmistificou o que as rádios tradicionais fazem; eliminamos a necessidade do bloco comercial, ao incluir o comercial dentro da programação, para o ouvinte não se cansar”, justifica Vaz. O público-alvo da web rádio é variado, en-

globando pessoas de todas as idades e classes sociais. “Muita gente pensa que uma web radio é voltada para o público jovem, porém, a facilidade no acesso, seja no aplicativo, no site ou nas redes sociais, faz com que todos os públicos sejam alcançados” informa o coordenador. Sobre os primeiros resultados, ele revela surpresa. “É gratificante ver um projeto tão novo com picos de audiência, algumas vezes, superiores às rádios FMs, uma vez que podemos ter esses dados em tempo real”, afirma.

PROGRAMAÇÃO INTEGRADA Por integrar o Grupo Barbiero de Comunicações, a rádio também se diferencia ao haver uma interligação com os outros veículos da empresa, como a TV Vila Velha, a revista D’Pontaponta e a revista D’Castro. Há os programas simultâneos, que são transmitidos na TV Vila Velha e retransmitidos na rádio, como o COP, o JB Urgente e o Em Cima da Hora. Há ainda o programa do jornalista Ney Hermann, o Opinião, que é veiculado, em horários alternativos”, acrescenta o coordenador de produção. “Mas também tem matérias da revista D’Pontaponta, que vão para a TV e a rádio. E há o caminho inverso, com programas e entrevistas gravadas para a rádio, que, depois, entram em horários alternativos na TV Vila Velha”, esclarece. Entre os programas simultâneos na TV e na rádio, o ‘COP’, com apresentação do repórter policial Cascavel, é transmitido de segun-


COMO ACESSAR: Site: dpontawebnews.com.br Facebook: @DPontaWebNews App no Android: “D’Ponta Web News” App RadiosNet (Android e IoS)

Telma Saad, Eduardo Vaz e Matheus Fanchin da a sexta-feira, das 18h às 20h. O programa Em Cima da Hora, com Dom Sebastian, é transmitido na segunda, quarta e sexta-feira, das 16h30 às 17h30. Já o JB Urgente, comandando por João Barbiero, entra ao ar nas quintas-feiras, a partir das 11h. Exclusivamente da rádio, há a gravação de boletins como do COP; da Ana Claudia Gambassi, com o Poder Legislativo, onde há leitura sobre o que as sessões da Câmara Municipal irão debater na segunda e na quarta-feira; do Ben Hur Chiconato, com o boletim Cia do Esporte; e o boletim Momento Pet, semanal, com três a quatro dicas sobre animais domésticos pela veterinária Renata Penteado. À noite, de 0h às 8h, a rádio transmite programas de cunho cultural, que falam sobre a história e política, da rede local e nacional.

INFORMAÇÕES COM CONTEÚDO No microfone, a rádio é comandada por Matheus Fanchin, jornalista entusiasta das rádios. Com a experiência de trabalhar no plantão esportivo e reportagem de campo em duas rádios, a Difusora e a CBN entre 2015 e 2016, além de fazer estágio no Portal aRede e trabalhar na assessoria de imprensa do Operário Ferroviário, ele se diz entusiasmado com o projeto, desde a sua criação. “Como jornalista já graduado, fico muito feliz e gratificado por ser escolhido para esse projeto,

onde mais me divirto do que qualquer outra coisa. Sempre quis fazer rádio, então fico muito honrado”, garante. Diversas personalidades já foram entrevistadas pessoalmente na rádio, como o ex-secretário de Estado João Carlos Gomes; deputado federal Aliel Machado; deputados estaduais Marcio Pauliki, Hussein Bakri e Péricles Mello; gerente de Construção Civil da Caixa Délcio Beviláqua; diretor comercial do Caramuru Vôlei, Odilon Zimmermann; presidente da Fiep, Edson Campagnolo, entre outros. “Também houve entrevista para as eleições da UEPG, um dia com o professor Marcelo Bronosky e outro com o professor Miguel Sanches Neto. Eles colocaram suas ideias e foi bacana por esclarecer e servir como um serviço à comunidade, não só aos que vão votar e são da UEPG, mas para toda a comunidade”, relata Fanchin. Todos os dias é escolhido um tema, de assuntos diversos, para debater ao vivo, e se não é possível trazer o convidado até o estúdio, a entrevista é feita por telefone. Há as inserções ao vivo e as gravações de notícias e entrevistas que vão sendo passadas durante o dia, inclusive do ‘giro’ pelos portais e jornais da cidade, com a leitura rápida do que aconteceu na cidade e região. “Os vídeos com as entrevistas abrangem não só o rádio, mas também a TV,

o Facebook (ao vivo), então é um meio multiplataformas”, conclui o jornalista.

PROGRAMA PARA A RÁDIO Todas as terças e quintas-feiras, das 14h30 às 15h30, Telma Saad está à frente do programa Conversa da Tarde. Iniciado em abril, foi o primeiro programa exclusivo da rádio D’Ponta Web News. Telma, professora de língua portuguesa, chega à rádio com um histórico de oito anos nos meios de comunicação, na TVM. Além de fazer entrevistas, teve programas na emissora, como o TVM Educação, um programa de culinária e um programa social. “É da filantropia que gosto muito e faço coberturas de acontecimentos da sociedade que a envolvem”, resume. Para todos os programas na D’Ponta Web News, ela traz um entrevistado para falar sobre assuntos diversos, como saúde, educação e cultura. Telma afirma que está gostando muito do desafio. “Eu nunca tinha entrado numa rádio. Tinha essa vontade em fazer, mas não sabia se ia me sair bem, mas a experiência foi fantástica. Também a tecnologia usada, que é um aplicativo, é fantástica, porque a evolução é por aí mesmo e a rádio nunca vai acabar”, afirma ela, que também é diretora no Clube Ponta Lagoa, na área da comunicação, e atua na diretoria do SOS.


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Ponta Grossa em evidência

na ‘Contação de Histórias’ Contadores e profissionais de diversas partes do país confirmam participação na quarta edição do Festival Nacional de Contadores de Histórias, entre 11 e 14 de junho próximo

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Fernando Rogala e Angelo Eduardo Rocha

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Profissionais da contação de histórias de onze estados do país têm encontro marcado, em Ponta Grossa, entre 11 e 14 de junho próximo. Além de cinco ponta-grossenses selecionados, outros 30 classificados, provenientes do Rio Grande do Sul ao Ceará, participarão do 4º Festival Nacional de Contadores de Histórias, cujo tema escolhido para essa edição traz uma reflexão sobre o próprio ato de contar histórias, contextualizado ao momento atual: Contador de Histórias X Contemporaneidade: Protagonismo nas relações de cultura, educação e arte. O evento ocorre simultaneamente com o Festival Literário dos Campos Gerais (Flicampos), que chega à sua sétima edição. Na programação, há maratona de contos, falas interativas, interferências artísticas, oficinas e rodas de histórias. Alfredo Mourão, curador e coordenador do festival, realizado pela Fundação de Cultura de Ponta Grossa, informa que o evento mantém o mesmo perfil desde 2014. “Um diferencial do festival de Ponta Grossa fica por conta de que se trata de um festival nacional, através de editais nacionais. É bom ressaltar também que

esse evento é o único no Brasil que atende a terceira idade, e aí está mais um diferencial”, destaca. Subdividido em 25 vagas nacionais, cinco para a região dos Campos Gerais e cinco para Ponta Grossa, os contadores selecionados deverão ganhar prêmios em dinheiro. Como atrações, Ponta Grossa receberá quatro contadores profissionais, de reconhecimento nacional, um deles referência na ‘arte’. Entre eles, a educadora e artista Gilza Santos, de Londrina; o doutor em educação, pós-graduado em literatura infantil e contação de histórias, o paulista Giuliano Tierno; e Vanessa Meriqui, também de São Paulo, contadora de história especializada na área artística, que vem através da parceria com o SESC, para desenvolver cinco ações de formação de contação de história. “E vamos ter também a presença do maior ícone da área dos contadores de história no Brasil, Francisco Gregório Filho, um senhor contador de histórias e escritor, que vem participar dos dois momentos, pois teremos em paralelo a realização do Festival Literário dos Campos Gerais, o 7º Flicampos”, completa Mourão.

Alfredo Mourão


PROGRAMAÇÃO EXTENSA O Centro de Estudos Cênicos Integrado (CECI), parceiro do evento, será utilizado para a acolhida aos contadores na segunda-feira, dia 11, informa Alfredo Mourão. O primeiro dia é marcado pelo momento Quem conta se encanta. “Juntamente com os contadores locais, vamos fazer um trabalho conjunto, falando sobre a Cultura paranaense. Nesse dia, os contadores terão esse encontro, as apresentações; à tarde, eles terão uma oficina com esses quatro convidados e depois um debate. À noite, eles participam da abertura do 7º Flicampos, no Cine-Teatro Ópera, com o momento Contos e Lendas do Brasil, porque esses contadores que virão, que estão participando, vão trazer temas das suas regiões; o foco é regional”, explica Alfredo. No dia seguinte, 12 de junho, entra em cartaz Recontar é Preciso, momento em que os profissionais convidados estarão pontuando na comunidade, em faculdades e espaços de formação de educadores, juntos aos educadores já formados, em alguns projetos sociais. “Alguns contadores também estarão desenvolvendo oficinas com falas interativas, trabalhando o ato de contar, a arte e simbologia de contar, enfim, trata-se de um momento didático. À noite, novamente no teatro, nova rodada de lendas e contos do Brasil, sempre abrindo as sessões do Flicampos”, assinala Mourão. A maratona de contos, Quem Ouve

Se Transforma, marca a continuidade do evento, nos dias 13 e 14. “É o momento principal do festival, o ponto alto, onde todos esses contadores deverão participar de um cronograma enorme, na manhã e tarde, em escolas, bibliotecas, projetos sociais e hospitais, juntamente com uma equipe de fora especializada nessa ação. Enfim, trata-se daquele momento em que a gente se espalha pela comunidade”, esclarece Alfredo. Da mesma forma que nos dias anteriores, pela noite ocorre, no Cine-Teatro Ópera, nova rodada de contos e lendas, voltada ao público em geral. O Momento Idoso ocorre entre os dias 12 e 14, em cinco centros de convivência da terceira idade. UM ATO MÁGICO “Ler história é uma coisa, contar histórias é outra”. A afirmação parte de Alfredo Mourão, quando questionado sobre a atividade de contar histórias como profissão. “Tem muita gente do teatro que está colocando o pé na contação de histórias. O termo contação é neologismo, porque na realidade o termo correto seria narração”, justifica. Como relata, o ato tem suas peculiaridades, mudando de linguagem conforme o público alvo. “Ela tem um outro feeling, ela tem aquela coisa do olho no olho, é um momento muito mágico (...). Não existe idade jamais, precisamos estar preparados para contar história do pequenininho ao ancião”, conclui.


Vaivém

Cristóvão Tezza & outros Dois eventos marcam a agenda da Fundação Municipal de Cultura em junho próximo, com a quarta edição do Festival Nacional de Contadores de Histórias (confira matéria em Cena Local desta edição) e a promoção do VII Festival Literário de Ponta Grossa (Flicampos), que acontecem simultaneamente de 11 a 14 de junho, com falas interativas, oficinas, intervenções literárias e maratona de contos. Entre os escritores confirmados estão Cristóvão Tezza (Prêmio Jabuti 2008 e 2º lugar no Prêmio Jabuti 2017, ambos na categoria Romance), Luci Collin (2º lugar do Prêmio Jabuti 2017, na categoria Poesia) e Henrique Schneider (vencedor do Prêmio Paraná de Literatura 2017, na categoria Romance). Todos os convidados são paranaenses, dentro da proposta do projeto Ano da Cultura Paranaense em Ponta Grossa. O Flicampos conta com a parceria da Biblioteca Pública do Paraná.

‘Luneta’ na ‘Hora Certa’ Com a proposta de criar, inovar e compartilhar, a Luneta Experiências Culturais surge como uma nova opção na produção de eventos culturais em Ponta Grossa. Em 16 de junho próximo, na área externa da Petiscaria & Boteco Hora Certa (Rua Dr. Penteado de Almeida, 455, próximo à UEPG), a produtora promove a realização do 1º Luneta Festival, reunindo as bandas curitibanas Trombone de Frutas, Mulamba e Tuyo, e as ponta-grossenses Lamalaika e A Vera, além de intervenções artísticas. Os ingressos custam R$ 30 (antecipado). Informes pelo www.facebook.com/luneta.cultura / instagram: @luneta.cultura, ou ainda pelos telefones (42) 98435-3117 / (42) 99974-3138 / e (43) 99986-3515.

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

‘Índigo’ finalista no ‘Festival RCV’

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A banda de rock ponta-grossense Índigo foi pré- selecionada, juntamente com outras nove bandas, para a segunda fase do Concurso Rock com Vina (RCV), de Curitiba. O vencedor do certame terá vaga garantida no Festival RCV, que acontece em julho deste ano, com a participação de bandas de renome nacional do circuito do rock. Representante de Ponta Grossa, a Índigo concorre agora por uma vaga na final do concurso a partir da votação popular. Para votar, basta acessar a página da banda no facebook.com/bandaindigooficial e conferir a enquete do Concurso RCV. Cada pessoa tem direito a um voto. Participante do FUC e do Festival de Música de Ponta Grossa nas

edições de 2017, a Índigo já representou Ponta Grossa em Monte Sião (MG), quando se classificou no Festival Expressão Livre. Agora, a banda tem a oportunidade de levar o nome da cidade para um circuito ainda maior, com a chance de se apresentar ao lado de bandas reconhecidas nacionalmente. A banda passa neste momento por uma nova fase, com uma nova formação e lançamento de EP nos próximos meses. Com dois EPs já lançados – Índigo e Mais Índigo -, a Índigo se consolida no cenário do rock com músicas autorais, que buscam a reflexão e a evolução do ser humano. Contatos com a banda através dos e-mails: assessoria@indigoficial.com.br / contato@ indigoficial.com.br / e indigoficial@gmail.com


Kleber Bordinhão em

‘Carta aos Cortes’ Sumido por aí, ele não estava não! Muito pelo contrário, Kleber Bordinhão, autor de três livros já consagrados pela crítica e seu público leitor, estava dividindo seu tempo de escrita também com a prosa (crônicas, contos, romance), segundo ele, e daí a demora para um novo livro de poesia. Carta aos Cortes (Editora Penalux), que terá lançamento em 8 de junho próximo (SESC-Ponta Grossa, às 19h30), chega agora como seu primeiro livro em quatro anos, desde a publicação de Fictícias (Editora Estúdio Texto, 2014). A obra possui em sua grande maioria poemas inéditos, que têm como tema perdas, saudades, tempo, insatisfação e reflexões sobre o cotidiano contemporâneo, além de releituras de poemas populares como o Poema em linha reta, de Fernando Pessoa, e Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade. “Meus textos mantêm-se como nos três livros anteriores, curtos e em versos livres”, adianta Kleber. Carta aos Cortes traz também alguns poemas que, em parceria com a banda A Coisa, foram musicados e participaram do FUC (Festival Universitário da Canção), como Nau Frágil e Ode ao Ade, este último vencedor da etapa local e terceiro lugar no âmbito nacional da vigésima sexta edição do festival. Outra novidade, conforme Bordinhão, fica por conta da publicação pela editora paulista Penalux, que tem em seu catálogo autores vencedores de prêmios importantes de alcance nacional, como o Jabuti. O novo livro de Kleber possui prefácio escrito pela poeta mineira Adriane Garcia e texto de orelha do escritor paranaense Alvaro Posselt.

Fotos: Nicolas Pedrozo Salazar


Trabalho de Parto

A voz da juventude regional

da Academia de Letras | por Fernando Rogala

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

le sequer tem 30 anos. Mas já ocupa uma posição de destaque no cenário literário da região. Nascido em Jaguariaíva, Rafael Gustavo Pomim Lopes se apresenta como o mais novo membro da Academia de Letras dos Campos Gerais (ALCG), eleito em 30 de outubro de 2017. Desde 20 de março, quando aconteceu a cerimônia de posse, a quarta cadeira da instituição passou a carregar o nome do bacharel em História graduado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde atualmente

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cursa mestrado em ‘História, Cultura e Identidades’. Precoce, aos 29 anos, ele entra para a história da Academia como um dos integrantes mais jovens já eleitos, quando ainda contava 28. Grande admirador da poesia, Rafael Pomim ingressou na literatura em 2010, ao participar como colaborador do livro Jaguariaíva e seus 172 causos, de George Abrão. “Na ocasião, estava pesquisando sobre o processo da cultura gastronômica do município de Jaguariaíva, quando conhecendo meu trabalho na área da história, solicitou meu auxílio para compilar dados referentes ao comércio de

outrora e também relatos de cozinheiras da localidade e suas famosas receitas, quando deste árduo trabalho de pesquisa editou-se, em 2011, a obra Sabores de Jaguariaíva: resgate gastronômico-cultural”, recorda. Desde então, escreveu ou colaborou com outras publicações, sempre com sua marca de levantamentos históricos. Com vocação identificada já na infância, por gostar de escrever, o historiador cresceu viajando nos cenários das histórias de Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grimm. Identificou-se com o Realismo de Machado de Assis e Aluísio Azevedo, e hoje assume

que mantém admiração por autores nacionais e internacionais como Drummond, Castro Alves, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Olavo Bilac, Vinícius de Moraes, Cervantes, Fernando Pessoa, Gabriel García Márquez, Orwell, Stephen King, Victor Hugo, entre outros. Também trazendo a dedicação dos últimos seis anos trabalhados na área cultural de Jaguariaíva, como Chefe de Divisão de Estudos Historiográficos do Museu Histórico Municipal Conde Francisco Matarazzo e diretor do Departamento de Cultura, Pomim evidencia seu desejo de expor a sua terra natal na ALCG. “Há tempos almejava tal conquista, buscando compartilhar com os demais membros desta notável Academia elementos da valiosa cultura literária do meu munícipio e região, pois Jaguariaíva guarda uma parcela significativa de produções, além de uma história com elementos riquíssimos para serem abordados na literatura. Trago comigo o sentimento de conquista de toda uma comunidade, que hoje se orgulha de ter um membro perpétuo na ALCG”, conclui, já antecipando seu próximo trabalho: uma biografia do ex-prefeito e ex-vereador de Jaguariaíva, Silas Gerson Ayres. Confira nesta página conto de autoria de Rafael Pomim, extraído do livro 300 causos de Jaguariaíva (Gráfica Maranata, 2013).

O MENINO TRAVESSO Embora os cemitérios sejam locais de fé e saudade, há também sempre um mistério em torno dos mesmos no que diz respeito aos espíritos. Existem pessoas que acreditam neles, outros não, mesmo não desmerecendo a fé do próximo. Um fato ao menos estranho ocorreu há alguns anos no Cemitério Cristo Rei em Jaguariaíva. O senhor Nestor Brizola de Miranda, coveiro e responsável administrativo pelo campo santo, estava andando pelas ruelas do cemitério, quando avistou um pequeno menino que deveria ter entre cinco e seis anos de idade, correndo entre os túmulos, subindo nos mesmos, derrubando vasos de flores e fazendo outras estripulias. Seu Nestor, sempre que o avistava ficava incomodado e se questionava: “quem é a mãe ou o pai desse garoto que deixa o filho aí sozinho fazendo bagunça no cemitério? Isso é uma tremenda falta de respeito!”. A partir dessa data, de vez em quando, seu Nestor avistava o menino que continuava a fazer suas travessuras. Um dia, não hesitou e seguiu o garoto por entre os túmulos. O menino nada falava, somente continuava a correr e rir e de repente parou defronte a um túmulo e avistando o coveiro que se aproximava, apontou para o mesmo. Seu Nestor parou e cauteloso, pé ante pé, aproximou-se do menino. Quando estava chegando perto, este correu para trás do túmulo, onde desapareceu. Seu Nestor procurou-o sem lograr êxito, o menino havia desaparecido o que o levou a indagar: - Aonde ele foi? Então, olhando para o túmulo, viu na lápide do mesmo a foto do garoto, que já havia falecido há alguns anos. Seu Nestor, temente a Deus, dirigiu-se até o escritório do cemitério, onde pegou uma vela e voltando, acendeu junto ao túmulo do garoto e em seguida orou pela alma do mesmo. Após este dia, nunca mais viu o espírito do menino.



Pessoas

/ Marilyn Schlosser

Um símbolo de

profissionalismo | por Fernando Rogala

F

igura bastante conhecida no mundo da Comunicação Social regional, não em frente das telinhas, mas por detrás das câmeras, a ponta-grossense Marilyn Schlosser possui uma trajetória notável e de grande sucesso no ramo comercial. DNA, aliás, que herdou de sua mãe, representante de cosméticos. Começou a trabalhar ainda bastante jovem, já nessa área comercial. Vestuário e telefonia foram as primeiras áreas em que atuou. Em meados da década de 1990, resolveu buscar novos desafios: ingressou na Rádio Jovem Pan, com o objetivo de atuar no comercial, cargo alcançado na sequência. Nessa época, a radio promovia festas com shows na região. Certo tempo depois, quando a Jovem Pan encerrava as atividades em Ponta Grossa, para honrar os compromissos dos contratos assinados, ela assumiu a responsabilidade e, por si, cumpriu os contratos - foi quando também se transformou em ‘promoter’. Simultaneamente, ela começou a trabalhar com Leo Pasetti, na área comercial para o Programa Momentos, que era exibido na TV Bandeirantes. Logo depois, surgiu outra oportunidade: a de ‘levantar’, em conjunto com uma grande equipe, o Canal 2, que depois viria a se transformar na TVM. Foi nesse momento que ela teve que mostrar todo seu talento, cujo trabalho foi coroado de maneira exitosa. “Sempre fui desse perfil, de unir forças; trabalhar em equipe. Ganhar todo mundo e não ganhar um só”, ressalta. Dona de uma simpatia ímpar, isso conquistou os clientes, dos quais, de maneira natural, se aproximou a tal ponto de tornar-se amiga de diversas famílias. Agora, em nova casa, assume outro desafio como diretora comercial do Grupo Barbiero Comunicações. “Não importa tudo o que você passou na vida, todos os novos desafios são maravilhosos”, acrescenta, assegurando orgulhar-se de todos seus anos de trabalho, levados sempre na maior honestidade. A que atribui seu sucesso pessoal nesse ramo comercial da Comunicação Social? Eu penso que o sucesso só pode ser obtido através de dois caminhos: o primeiro deles sendo o aprendizado diário. O segundo é a perseverança diante dos desafios. O que a família representa na sua vida? Representa a minha força, minha alegria, a razão da insistência em tudo que faço. Minha família representa tudo para mim. Adoro estar com eles, meu filho Matheus e meu amado Giuseppe Quais seus sonhos? Como tenho uma rotina intensa, são raros os momentos que tenho para aproveitar com minha família. Um dos meus sonhos é poder viajar mais com eles. Quando não está trabalhando, quais são seus hobbies? Gosto de estar em sintonia com a natureza, e quando posso, frequentar a academia. O que mais aprendeu com a vida? Conhecer melhor as pessoas, para depois tirar conclusões. Nunca sabemos o quanto podemos aprender com elas.

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Como uma profissional de sucesso por onde passou, o que teria a dizer para quem está começando nessa área de atuação? Hoje temos no mercado muitas pessoas com formação, mas nem sempre elas estão seguras para desempenhar seu papel. O que posso dizer aos jovens que estão iniciando sua carreira é tentar desenvolver ao máximo a sua capacidade de relacionamento interpessoal, pois isto abre muitas portas em qualquer área do mercado de trabalho, sem esquecer do estudo e sua aplicação prática, os quais são fundamentais para um bom profissional.

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Um escritor Um livro Uma frase Um cantor Uma música Um diretor Um filme Um restaurante Um prato Um alimento que lembra a infância

Og Mandino O maior vendedor do mundo “Persistir é vencer” Ivan Lins Começar de novo Cirillo Barbisan/Flávio Fanuchi – Ambos “pratas de nossa casa” Coração Valente La Locandiera, San Gregorio di Catania - Itália Conchiglione de ricota e figo pinhão


Foto: AndrĂŠ Waiga


Social Club por Joselde Tuma joselde@joseldetuma.com.br

Mês das mães

Pausar a vida

pelos filhos | de autor desconhecido

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

Cria-se o filho pro mundo, todo mundo diz. As asas, as benditas asas. Eu sei, você sabe. Não pausar a vida. Ideia curiosa essa, já que ser mãe é viver eternamente de pausas. Por 9 meses, pausa o vinho. Por aproximadamente 40 dias se pausa a vida sexual. Por muitas e muitas noites pausa o sono, pausam a reunião de trabalho, a ligação importante, a oportunidade profissional. Pausa a poupança, porque juntar dinheiro fica difícil. A gente pausa as refeições e os banhos. Pausa os planos de viagens, as saídas com as amigas, as idas ao cabeleireiro. A gente pausa o coração na preocupação e pausa a própria vida pra respirar a deles. Criar para o mundo. O que isso seria? Suponho que minha mãe me criou “para o mundo”, sempre me dando asas. Fui conquistar esse mundão para o qual a minha mãe me criou. Mas a verdade é que eu nunca deixei de ser dela. Um pedaço dela. Um produto dela. Então eu penso, enquanto tomo meu chá com lágrimas e amargo as saudades que sinto da minha mãe, que filhos não são do mundo. Nossos filhos são nossos! Eles vieram da gente e voltam pra gente de novo e de novo. Mesmo estando longe, eles são nossos. Nossos pedaços. Nossos produtos. Os produtos de todas as nossas pausas. Porque é na pausa que fortalecemos o vínculo, é na pausa que construímos as memórias. É no pausar da vida, nesse incessante viver pelo outro, em meio às dores e sacrifícios que, como mulheres, muitas vezes nos vemos plenas; e mais do que isso, nos vemos mães.

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DISNEY EM FAMÍLIA O casal Guilherme e Analira “Serenato” Bührer, em companhia dos filhos Vitor e Pedro, curte férias sonhadas e inesquecíveis na Disney, que, com certeza, deverão entrar para o álbum da família.

‘BORA, PRESTIGIAR!’ A presidente de honra do Serviço de Obras Sociais (SOS), Simone Kaminski de Oliveira, agendou para 20 de junho, a partir das 14h, no Salão Majestoso do Clube Ponta-Lagoa, a sexta edição da Tarde Solidária. Não dá pra deixar de prestigiar mais essa iniciativa em prol das ações desenvolvidas pelo SOS.


MÃES DE VERDADE O estúdio Rô Lopes Photography promoveu sessões de fotos para mães e filhos, ainda recentemente, dentro do projeto Mães de Verdade. Ao final de cada sessão, foram feitas fotografias somente das mães, cujos ensaios fotográficos foram recomendados pela fotógrafa Rosangela Lopes como opção de presente para o Dia das Mães. Para comemorar essa iniciativa de sucesso do estúdio, Rosangela recepcionou mães e convidadas em coquetel (1º/5) para a entrega das fotos em álbuns, com sorteio de brindes oferecidos por apoiadores como Carmen Steffens, Duzani e Michelle Taques. O eventos contou com a colaboração de Jaqueline Degraf (decoração), Marcos Lupion (personal chef) e Marcos Bastos (fotografia). Rô Lopes anuncia promoção especial de ensaios fotográficos para grávidas, com sessão de make, escova, acessórios e roupas (tudo incluso). Segundo ela, sua única preocupação vai ser apenas aproveitar o seu momento de gestante. Maiores informações, disque (42) 3025-3033 /-99822-9000, ou acesse www.estudiorolopes.com.br /e-mail: estudiorolopes@gmail.com


Social Club

FLOR DA IDADE Maria Eduarda Ribas, um dos nomes de destaque do young-people pontagrossense, comemorou seus 15 anos de maneira memorável em 21 de abril último, no Guarani Esporte Clube. Na flor da idade, a bela filha de Mariana Secco Ribas e Felipe Bissani chamou as atenções dos muitos amigos e familiares que pontificaram em sua linda festa para brindar a data especial. Emocionadíssimos estavam os avós maternos Ciro e Josienne “Secco” Ribas.

NA DOCE ESPERA Daniel e Bruna “Bittencourt” Gravina estão radiantes com a doce notícia de que aguardam para novembro a chegada da princesa Glória. Felicidades!

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

BRASIL E SUAS RIQUEZAS Madrinhas e convidadas marcaram presença em mais uma edição do Chá das Cinco – Entre Amigas, que já ganha tradição no calendário social. O evento beneficente aconteceu no Centro de Convenções Silvana Kuhn (5/5), onde as madrinhas, com extremo bom gosto e originalidade, decoraram suas mesas inspiradas sobre o tema Místico. Com responsabilidade social, Vanessa Casaro, idealizadora do evento, fez a doação de parte da renda para a Organização Espírita Cristã Irmã Scheilla, entidade escolhida neste ano. Em 2019, o tema será Brasil e suas riquezas.

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Social Club

QUANDO SETEMBRO VIER Giovana Mendes Stadler e Marco Aurélio Uliana escolheram a data de 15 de setembro para o Dia D se unirem para sempre. A cerimônia e recepção acontecem no belo salão da Sede Campestre do Clube Ponta-Lagoa.Emocionadíssimos estavam os avós maternos Ciro e Josienne “Secco” Ribas.

ÉRICA & JOSÉ SEBASTIÃO Na agenda de outono, primeiro sábado de maio, em dia ensolarado e em clima campestre, nos salões da Adega Porto Brazos, a data escolhida, enfim, foi perfeita para Érica Zanoni e José Sebastião Fagundes Cunha unirem-se em matrimônio, em espaço ao ar livre, muito bem decorado por Leony Decoração, em cerimônia oficializada pelo desembargador José Joaquim Guimarães da Costa. Com delicioso almoço que levou a grife de Maria Regina Ruzão (Oficina da Gastronomia), o enlace de Érica e José Sebastião marcou a temporada social em PG e região.


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Social Club COM DESTINO A PARIS Indianara Prestes Mattar Milléo, presidente do Clube Ponta Lagoa, está preparando para 22 de setembro, com pompa e circunstância, mais um tradicional Baile das Debutantes, no Salão Majestoso. Entre as jovens debutantes de 2018, a novidade e expectativa ficam por conta do sorteio de uma passagem e estadia de uma semana em Paris, na noite do baile, às vésperas da estação das flores.

NOVA IDADE EM CASA O colunista social e party designer Romulo Cury (Jornal da Manhã e Soul Eventos) abriu as portas de sua bela residência, em 5 de maio último, para um jantar ‘elaboradíssimo’ em torno de familiares, por dois bons motivos: comemorar seu aniversário e inaugurar a nova casa. Felicidades! e sucesso sempre em seus eventos.

SEMPRE EM EBULIÇÃO Recentemente, Juliana Ribeiro participou da In Cosmetics Global, em Amsterdã (Holanda). Exemplo de profissionalismo e competência na área farmacêutica, a empresária está sempre em busca de inovação e conhecimento para aprimorar a rede de Farmácias Eficácia. No flash, Juliana, de passagem por Londres.


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Cheia de Graça por Flaiane Knoll*

Broche, o protagonista da estação Em tempos de sucesso da alfaiataria feminina usada até mesmo no streetwear, nada mais justo do que o retorno de acessórios clássicos como os broches. Na temporada passada, o uso de patchs, em muitas peças de vestuário, foi o must have. O outono/ inverno 2018 promete sofisticar qualquer look com os pins! Toda e qualquer indagação a respeito da peça – se é cafona ou não - ficarão para trás, porque esse adorno vem como um dos protagonistas das tendências para este ano. Embora a gente veja frequentemente o broche nas vestimentas da família real da Inglaterra, eles podem ser usados em looks do dia a dia também, e você não precisa ter medo de errar. A releitura da peça é o que o fez trazer modernidade e luxo aos looks. A maior vantagem de usar broche é que ele lhe traz possibilidades sobre qualquer outfit do seu closet! Ou seja, se você tem aquela roupa que gosta, mas não tem segurança em usar, saiba que tem solução. Esse acessório é o upgrade ideal e na medida certa para trazer glamour e também relevância. Veja a seguir formas interessantes de incorporar os broches às suas roupas. Descubra a mobilidade maravilhosa que esse acessório tem!

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

O lúdico traz charme a qualquer produção

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Look de passarela clássico com ar vitoriano? Sim na sua blusa!

Para adornar o vestido minimal de festa, em toucas ou bolsas, use e abuse...

CURIOSIDADES SOBRE O BROCHE Enfim, uma grande história por trás de um acessório... - O item está presente no mundo da moda desde a Idade Média, vindo da evolução das fivelas que eram usadas para fixar roupas. Após deixar de ter seu caráter funcional, o broche tornou-se um adorno de luxo; - Outro fato interessante é que, no período da Depressão de 1930, as mulheres usavam as peças em seus vestidos, para que os seus decotes tomassem a forma de coração ou diamantes; - Atualmente, o broche também é usado em forma de protesto a determinadas situações, como o usado por inúmeras atrizes, após a denúncia de abusos no mundo do entretenimento

* Flaiane Knoll é jornalista, empresária e consultora de imagem; proprietária da ‘Cheia de Graça Vestidos’ em Ponta Grossa, desde 2014, dedica-se à consultoria de estilo e negócios ligados ao campo de moda festa. Rua Augusto Ribas, 478 - Centro - (42) 3225-0010 | contato@cheiadegracavestidos.com



Gastronomia Adega

As principais diferenças entre diversos tipos de ‘espumantes Ninguém pode negar que o espumante já se tornou uma bebida clássica ‘festejada’ pelos mais diversos eventos. Mas você sabe como definir as principais diferenças entre os seus mais diversos e conhecidos tipos? De acordo com Lana Ruff, sommelière da Evino (www.evino.com.br/vinhos), antes de tudo, é preciso entender os dois métodos principais de vinificação de espumantes, pois eles são responsáveis por orientar o estilo e o preço da bebida a ser produzida. Método tradicional (conhecido como Champenoise em Champagne) - o líquido passa normalmente pela primeira fermentação (a alcoólica - aquela que transforma suco em vinho), e depois é engarrafado para ser submetido a uma segunda fermentação, onde surgirão as borbulhas. Neste caso, uma superfície maior da bebida permanece em contato com as leveduras responsáveis por esses processos fermentativos, o que dá ao vinho notas aromáticas de pão e brioche, além de uma textura cremosa. Método Charmat - após a fermentação alcoólica, o vinho é mantido em cubas para passar pela segunda fermentação. Só depois disso, ele é engarrafado. O contato com as leveduras é pouco, mas as características varietais (aquelas próprias da uva) são mantidas, o que confere ao vinho notas aromáticas frutadas e florais. O famoso Champagne, por exemplo, é o espumante elaborado somente e exclusivamente na região de Champagne, no Norte da França. O método utilizado deve ser o tradicional e somente três uvas são permitidas: Chardonnay, Pinot Noir

e Pinot Meunier. “Devido ao método Champenoise, em que o vinho passa por uma segunda fermentação já dentro da garrafa, é comum sentir aromas que lembram pão, torrada, brioche e manteiga”, explica Lana Ruff. Já o Prosecco é o espumante elaborado somente na região do Vêneto, no Nordeste da Itália. O método de vinificação utilizado é o Charmat - em que o vinho sofre a segunda fermentação em grandes cubas e, portanto, retém suas características primárias, de frutas e flores. “A única uva usada também leva o nome de Prosecco, embora recentemente tenha sido reapelidada de Glera. Em geral, os espumantes Proseccos tendem a ser refrescantes e oferecem abundância de borbulhas”. Não podemos esquecer o Cava. Pouco conhecido pela grande maioria, ele é considerado o espumante favorito dos espanhóis e saem majoritariamente da região da Catalunha, no Nordeste da Espanha. De acordo com a sommelière, eles são produzidos segundo o método tradicional, tipicamente com as uvas Macabeo, Parellada e Xarel-Lo. As uvas Chardonnay e Pinot Noir também podem ser utilizadas e, para os rosés, estão permitidas Garnacha, Monastrell e até Cabernet Sauvignon. “O Cava é caracterizado pela excelente relação de custo x benefício e por funcionar como uma espécie de meio termo entre Champagne e Prosecco. Isso porque ele herda características das leveduras, mas, como normalmente passa menos tempo em contato com elas na garrafa, retém aromas frescos de frutas e flores”, pontua Lana.



Conversas Culinárias por Juliano Komay*

Foto: André Waiga

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

‘Tagliatelle’ ao molho de limão siciliano com lascas de salmão

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Essa receita já tem aproximadamente 12 anos, e é muito especial para mim, uma vez que o intuito era o de conquistar minha então namorada - e ela fez muito sucesso, pois há quase dez anos somos casados. No entanto, a ocasião em que fiz esse preparo foi a primeira vez que a recebi para um jantar em minha casa, quando eu ainda morava em Curitiba. Quando servi, ela ficou espantada com “todo o trabalho” que eu havia tido preparando a massa, recheando-a... Mal sabia ela que eu havia contado com uma “ajudinha”... Eu preparei o recheio e levei a uma loja que fazia massas caseiras para rechear... Fiquei com os créditos por todos esses anos... Até que recentemente, acabei “dando com a língua nos dentes” ao contar a um amigo sobre esse prato. Desta vez resolvi fazer uma adaptação daquela receita, pois na original eu “fiz” raviólis recheados com salmão, queijo parmesão e manjericão, cobrindo tudo com o molho de limão. E, para esta edição, optei pelo tagliatelle. De nível de dificuldade 1, visto que o molho é extremamente simples para se fazer, o preparo só exige que você compre ingredientes de qualidade (só poderia ser assim, não é mesmo?), como o creme de leite, o manjericão e o salmão, todos frescos, e um bom parmesão para finalizar. Como fiz na época, novamente vou apelar para a casa de massas caseiras... Ainda recentemente, inaugurou em nossa cidade a Belluno Massas Frescas (Avenida Visconde de Mauá, 330 – Oficinas – Ponta Grossa – PR – (42) 3028-6065), cujos produtos são espetaculares! Tão bons que eu não faço mais massas em casa, ultimamente, só tenho comprado com eles!!! Recomendo muito a visita! Pra mim, essa receita funcionou perfeitamente, ganhei a esposa pelo estômago! Portanto, fica a dica para os apaixonados que querem conquistar sua cara-metade no Dia dos Namorados, já no mês que vem. Para harmonizar, sugiro um bom vinho sauvignon blanc, pois, por contraste, trabalhamos a acidez do vinho com a gordura do salmão e do creme de leite; e por aproximação, os aromas cítricos do vinho com nosso delicioso molho de limão! * Juliano Komay é chef de cozinha do Restaurante Sukiyaki Cozinha Oriental | Rua Ricardo Lustosa Ribas, 737 - Vila Estrela | (42) 3224-5849 | 99925-1777 | e-mail: jukomay@yahoo. com.br | www.sukiyakicozinhaoriental.com.br

INGREDIENTES 500g de Tagliatelle Raspas de 1 limão siciliano Suco de 1 limão siciliano 30g de manteiga sem sal 400g de creme de leite fresco 1 punhado de folhas de manjericão fresco 30g de queijo parmesão 200g de salmão fresco q.b. de azeite q.b. de sal e pimenta MODO DE PREPARO Em uma frigideira, aqueça a manteiga e adicione as raspas de limão, deixe aromatizar por um minuto e entre com o creme de leite fresco e leve à fervura. Numa outra frigideira, aqueça um fio de azeite e doure todas as faces do seu filé de salmão já temperado com sal e pimenta. Depois de pronto, pressione para formar lascas bem grandes com o peixe e reserve. Ferva bastante água, acrescente sal e cozinhe seu tagliatelle até ficar al dente. Acrescente a massa à frigideira com o molho de limão, e deixe a massa absorver bem o molho. Coloque em um prato a massa, o salmão em lascas e finalize com as folhas de manjericão e uma boa quantidade de parmesão ralado. Um bom apetite!


HAPPY HOUR EM DOBRO SEGUNDA A SEXTA - DAS 18H ÀS 20H

Bebidas alcoólicas apenas para maiores de 18 anos. Lei nº 8.069/90 - Art. 81. Se beber, não dirija. Imagem meramente ilustrativa. Consulte regulamento nos restaurantes.

Shopping Palladium


Crônica

Mulher bonita, marido em apuros

MAIO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Luiz Fernando Cheres*

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Inverno de doer a alma, aquela ventania maldita, o céu desabando uma chuvarada de inundar a cidade, era tarde de sábado, eles tinham um casamento para ir, e a cabeleireira da madame simplesmente botou um aviso na porta do salão: “Fechado por motivo de luto”. - Onde se viu luto no sábado! E agora? - E o morto consulta o calendário para morrer? - Podia ao menos avisar antes. - O morto avisar que ia morrer? - Gracinha! A cabeleireira podia ao menos ligar avisando! - Avisando que alguém ia morrer? A senhora olhou com desdém para o marido, e começaram o giro por todos os salões conhecidos, na esperança de um horário vago para cabelo, maquiagem e unhas. Uma tortura para o pobrezinho. Pela décima tentativa, veio a ideia: com o celular, ela pesquisou na internet e, enfim, achou um disponível. Ao ver o endereço, o prudente esposo desaconselhou: - Já passei pela frente, é um muquifo. Melhor procurar outro! - Que nada, vai esse mesmo! Não teve jeito de convencer a esposa. Em frente à espelunca, ele ainda esperneou, brigou, insistiu para que ela entrasse sozinha. - E o bonito vai me abandonar! De jeito nenhum, ou o senhor entra por bem, ou entra por mal. Lá foi ele, sobretudo de couro tapando até o rosto, chapéu na cabeça, uma chuva de lascar. Entrou de cara amarrada, encharcado, e sentou num canto escuro, escondido, de costas para todas. Como havia uma única cliente, a madame foi logo atendida e já começou de ti-ti-ti com a mulherada. O bom homem enfiou a cabeça atrás de uma revista. - E o teu gostosão? – alguém perguntou à cabeleireira. - Cada dia mais gostosão! - Essa aí tem um amor secreto, o gostosão! No seu canto escuro, o coitado, tremendo decerto de frio, enterrou ainda mais o chapéu na cabeça. - Além de tudo, é rico! Médico! - Nem todo médico é rico – disse a madame, muito modesta – meu marido também é médico, mas não somos ricos! - Então, deve conhecer meu gato! - Pode ser. No entanto, jamais ia admitir. - Pergunte pra ele! - Não adianta! É extremamente discreto – aí abaixou a voz – e está emburrado hoje. No canto, não se via nem sinal da respiração do infeliz. - Ele odeia salão – completou a esposa do médico. Todas olharam para o tipo esquisito, de óculos escuros, que lia uma revista num canto mal iluminado. - O senhor quer que acenda a luz aí do canto? Como o triste apoiava a mão direita na parte mais visível do rosto, encobrindo-a, foi com um aceno da mão esquerda, a mão da aliança,

que fez sinal de não, sem virar a fuça para as mulheres. Todas se convenceram, inclusive a cara-metade: o sujeito era realmente um grosso. Talvez na esperança de que o mal-humorado conhecesse seu gostosão, a moça debulhou o milho, passando a ficha completa do boyfriend: rico, bonitão, gentil, carro do ano, chatice verdadeira só as noites e fins de semana com plantão, as emergências. - Nossa! Médico é tudinho igual – concordou a madame, vendo o maridão todo encolhido no sofá, parecia sumir, devia estar cochilando. E sentiu pena do seu companheiro, um doce, fiel, foram muitos os plantões e emergências nos últimos tempos. Sim, o coitadinho tinha lá suas razões para tanta irritação. A cabeleireira ia contando as vantagens íntimas do namorado... Foi quando a pedicure se saiu com essa: - Pois é, um gato desses, médico, sol-tei-ro, e ela fica traindo o cidadão! No seu canto, o Doutor buscou, com o canto dos olhos, um espelho de onde pudesse ver a conversa. - Ai, é só um tiquinho. - E, além de tudo, com um miserável, desempregado! - Já disse, é só um tiquinho! - E três noites toda semana é só um tiquinho? Nesse momento, entraram no salão algumas mulheres conversando animadas. - Ih... morreu o assunto! Fofoqueiras por perto! Passaram a falar sobre as vantagens de um novo batom, como se continuassem um assunto antigo. Uma das recém-chegadas, muito tagarela, foi sentar justo ao lado do infeliz. Mesmo assim, no burburinho, ele ouviu a pedicure cochichar para sua esposa: - A loira sentada perto do teu marido, ela é a chifruda, casada com o desempregado! O sofredor, ainda que visivelmente desconfortável, ali ficou, mudo e imóvel, por mais duas horas, ouvindo um incrível trinado feminino, todas falavam ao mesmo tempo, cada uma tentando, pelo volume da voz, superar as adversárias na batalha do blá-blá-blá. Até que chegou a hora de pagar a conta, e deveria ser diretamente para a dona do estabelecimento, a cabeleireira namorada do médico... O bom homem levantou-se, tirou chapéu e óculos, dirigiu-se ao caixa e, voz firme, falou com a proprietária: - Ficou linda a minha amada, tão bem como quando nos casamos, há dez anos. Foi bom conhecê-la, mocinha! – tirou da carteira várias notas graúdas - Pode ficar com o troco. Estamos quites? E, diante de uma cabeleireira confusa, saiu abraçado a sua mulher, como fazem apenas os honestos.

* Luiz Fernando Cheres é escritor, autor de Um Beijo Longe dos Lábios e Amar não é Preciso. Ocupa a Cadeira nº 11 na Academia de Letras dos Campos Gerais.



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Gerais

Alta nos preços compensam

rendimento mais baixo

MAIO 2018 | D´PONTAAGRO

O rendimento por hectare dessa safra 2017/2018 pode até não ter sido tão grande quanto o registrado no ano anterior, quando houve o recorde de produtividade. Mas alguns fatores permitiram que o maior retorno financeiro aos produtores compensasse essa redução na quantia de grãos retirados por hectare nos Campos Gerais e em outras regiões paranaenses, fazendo com que eles obtenham rentabilidade equivalente à da safra anterior, segundo informações do Departamento de Economia Rural (Deral). A safra de soja atual na região abrangida pelo núcleo regional do Deral em Ponta Grossa fechou com colheita recorde, de 2,21 milhões de toneladas, em função do aumento na área plantada. Mesmo inferior à safra passada, o montante retirado por hectare na região foi o segundo maior da história, atingindo 3,8 mil quilos por hectare, maior rendimento entre todos os 20 núcleos regionais do Deral no Paraná. O que possibilitou a retirada recorde de soja foi a maior área com esse cultivo, 583,8 mil hectares, ou seja, 8% a mais do que os 538,4 mil hectares preenchidos no ano anterior. Essa ampliação se deve a uma redução no plantio do milho, que caiu quase pela metade, de 99,2 mil hectares para 57,2 mil hectares nos Campos Gerais. Para o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni, não fosse o fator climático com muita chuva registrada em janeiro e fevereiro deste ano, no pico do verão, as safras de milho e soja teriam resultados semelhantes aos da safra 2016/17, considerada excepcional. Esse foi o fator que puxou para baixo as produtividades em torno de 10% para o milho e 7% para a soja. No total, o Paraná encerrou a colheita da safra de grãos de verão 2017/18 com uma produção de 22,3 milhões de toneladas, 12% menor que a obtida em 2016/17. Em contrapartida, se os produtores não conseguiram obter a produtividade esperada inicialmente, agora estão sendo compensados pelos bons preços, afirmou Simioni. Segundo ele, a comercialização está passando por um bom momento. A soja está proporcionando um ganho médio de até R$ 18 por saca e no mesmo ritmo segue o complexo

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(farelo e óleo), quando comparado com o mesmo período em 2017. Para o milho, estima-se um ganho médio de R$ 10 em cada saca vendida. O milho está sendo comercializado pelo produtor por cerca de R$ 31,00 a saca, 48% de aumento em relação a abril do ano passado, quando foi vendido, em média, por R$ 21 a saca. Essa valorização do grão está ocorrendo pela queda na oferta do produto. A safra de milho está menor no Paraná, assim como em outros estados brasileiros. Já o preço médio da soja comercializada no Paraná, em abril último, foi de R$ 74 a saca, um aumento de 32% sobre a comercialização em abril do ano passado, quando a soja era vendida em torno de R$ 56 a saca. Na região de Ponta Grossa, a comercialização fechou, em abril, na casa dos R$ 78 na soja e R$ 32 no milho. “O aquecimento nos preços está sendo atribuído a uma safra menor no mundo todo, refletindo a quebra de safra na Argentina por causa da seca, na casa dos 30%. E também ao conflito comercial entre Estados Unidos e China, que fez disparar a demanda pela soja brasileira. Desde março, a escalada do dólar frente ao real valorizou a soja, tornando-a ainda mais atraente para quem está comprando lá fora”, disse Marcelo Garrido, economista do Deral. PLANTIO DE INVERNO DEVE CRESCER Principal cultura de inverno no estado, o plantio do trigo está atrasado em decorrência da colheita da safra de verão que também atrasou por problemas climáticos, além do clima seco. A perspectiva é de que o trigo ocupe uma área de 1,04 milhão de hectares, 7% acima da plantada no ano passado, que atingiu 972.722 hectares. Com clima normal, a produção está estimada em 3,3 milhões de toneladas, um aumento de quase 50% em relação a 2017, quando a produção obtida foi de 2,2 milhões de toneladas. Esse resultado está sendo estimado de acordo com uma projeção de aumento de 37% na produtividade. Para a região dos Campos Gerais, também é esperada uma alta no rendimento total de aproximadamente 7%, podendo atingir 420 mil toneladas.



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Capa

/ ExpoFrísia

ExpoFrísia

A vitrine da avançada genética do gado leiteiro Realizada na última semana de abril em Carambeí, feira passou a integrar o Circuito Nacional de exposições do gado holandês, fortalecendo-se como um dos principais eventos do setor no Brasil

MAIO 2018 | D´PONTAAGRO

| por Fernando Rogala

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Durante três dias, milhares de produtores ligados ao agronegócio puderam acompanhar a avançada genética do gado leiteiro da região e as principais novidades ligadas a esse setor e ao agronegócio. Entre 26 e 28 de abril, foi realizada a edição 2018 da ExpoFrisia, um dos principais eventos ligados ao agronegócio na região dos Campos Gerais. Realizado no Pavilhão de Exposições Frísia, em espaço anexo ao Parque Histórico de Carambeí, neste ano, a feira passou a ser credenciada no Circuito Nacional de exposições do gado holandês. A organização foi da Frísia Cooperativa Agroindustrial. Participaram, neste ano, mais de 200 animais, de mais de 30 expositores, que vieram não só da região dos Campos Gerais, mas também de outros municípios paranaenses. A feira contou com quatro julgamentos, de gado jovem e gado adulto, das raças Holandesa Preto e Branco e Vermelho e Branco. “Valorizamos a pecuária leiteira,

essa importante atividade que deu início à história da cooperativa – hoje representada por nossos cooperados e parceiros. A Frísia tem investido muito na atividade, nos últimos anos, pois sabemos que temos um dos melhores leites do Brasil”, revelou Renato Greidanus, diretor-presidente da Frísia Cooperativa Agroindustrial, dizendo estar honrado pela realização de mais uma feira. O fato da feira integrar o Circuito Nacional torna a ExpoFrísia referência no setor, visto que passa a constar de um seleto grupo de eventos, cujos animais julgados ganham visibilidade no ranking nacional. Como explicou Hans Jan Groenwold, presidente da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, não existe mais uma exposição nacional, onde o gado de todo o país era levado. Agora, são avaliações padrões regionalizadas, em algumas feiras, e o melhor animal avaliado entre todas as feiras

poderá ser considerado o melhor do país naquele ano. Isso possibilita, por exemplo, que os animais da região expostos fiquem na primeira posição no ranqueamento brasileiro. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, esteve presente e reconheceu a importância do trabalho da Frísia na região, e do agronegócio para a economia brasileira. “A feira já tem tradição e é um modelo em todo o país”, disse. Da mesma forma, o diretor-geral da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Otamir César Martins, que representou a governadora Cida Borghetti, também ressaltou o valor da pecuária leiteira na região, considerada a Capital Nacional do Leite. “O Estado do Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, mas é o primeiro em qualidade”, destacou. Tal qualidade se deve à genética aprimorada de geração em geração animal, desenvolvida ao logo de décadas.


INVESTIMENTOS EM ESTRUTURA Para a edição 2018 da ExpoFrísia, a cooperativa realizou investimentos em infraestrutura que chegaram à casa de R$ 2 milhões. Foi construída a Casa do Criador, melhorada a infraestrutura dos lavadores onde os animais ficam e edificada uma nova estrutura, um pavilhão, construído especialmente para eventos, com acústica privilegiada, para receber palestras e eventos do gênero. Durante a ExpoFrísia, ela foi inaugurada, recebendo, durante todo o segundo dia, especialistas em pecuária de leite e suinocultura. As palestras abordaram especificidades da região dos Campos Gerais, cuidados com o bem-estar e a saúde dos animais. Agrônoma do IAP e chefe do Departamento de Licenciamento de Atividades Poluidoras, a engenheira Rossana Baldanzi trouxe mais informações sobre o licenciamento ambiental da atividade de bovinocultura no Paraná, explicando questões legais e históricas do processo. Ainda na temática, o veterinário Paulo Borges falou sobre os desafios e as oportunidades de melhora na produção leiteira. Na temática suinícola, o coordenador técnico comercial e mestre em reprodução animal, Nilo Chaves de Sá, apresentou ao público quais os investimentos e adequações necessários para criar granjas voltadas ao bem-estar animal, e o gerente técnico e especialista em sanidade de suínos, Cesar Feronato, palestrou sobre estratégias de controle de doenças em suínos. O evento recebeu também o consultor e professor Marcos Fava Neves, autor e organizador de mais de 50 livros publicados em diversos países, que abordou cenários e tendências do agronegócio, além de revelar perspectivas para o setor. RESULTADOS DOS JULGAMENTOS No Campeonato Fêmea Jovem, da raça vermelha e branca, a campeã foi Bur Jr. Lau-

Fotos: Raul Voorsluys

ra Avalanche 3209, dos criadores Hendrik de Boer e Reinaldo de Boer. Entre os machos de gado jovem, também da raça vermelha e branca, o grande campeão foi RCH Ortigara 2701 Moses, do criador Raphael Cornelis Hoogerheide. A grande campeã vermelha e branca foi Borg Red Rose Cinz Destry 1714, criada por Ubel Borg e Rogério E. Borg. Dentro da raça preta e branca, no Campeonato Fêmea Jovem, a campeã foi Fini Doorman Martha 7216, do criador Hans Jan Groenwold. O grande campeão da noite, da mesma variedade, foi C.H. Salomons Octane 562, criado pela Agropecuária Salomons. A grande campeã preta e branca foi Halley Sigilosa Windbrook 322 TE, criada por Pedro Elgersma. Dentro dessa variedade, Elgersma foi eleito melhor criador e melhor expositor. Já na raça holandesa vermelha e branca, Adriaan Frederik Kok foi escolhido como melhor criador e expositor. CONSOLIDAÇÃO DO EVENTO Ao final dos três dias de evento, a avaliação foi positiva por parte da organização. Como revelou Greidanus, o evento já se consagrou como polo difusor de conhecimento e troca de experiências dentro do setor, porque dá foco às demandas dos produtores. “Como diretoria e cooperativa, estamos muito satisfeitos com a feira. A ExpoFrísia tem brilhado cada vez mais pelo comprometimento da nossa equipe, dos produtores da região e dos nossos parceiros”, salientou. Mauro Sérgio Souza, gerente de Negócios da Pecuária da Frísia, recordou que mais do que uma feira de negócios, como ocorre com a maior parte delas, a ExpoFrísia é um evento de troca de experiência e conhecimento, com a valorização dos animais. “Não estamos falando de uma grande feira de negócios, a ExpoFrísia não tem esse propósito. É uma feira diferenciada, tanto por

estrutura e suporte, quanto pelo seu objetivo, de valorizar quem atua e integra a cadeia produtora. Esse é o resultado de um trabalho intenso desenvolvido ao longo de todo o ano. Já estamos nos preparando para 2019”, acrescentou. EXPOSITORES APROVAM EDIÇÃO Tanto na parte externa quando na interna do pavilhão, mais de 40 estandes de empresas parceiras traziam a oferta de serviços e produtos. Haviam desde os estritamente específicos ao gado leiteiro, como empresas de genética, medicamento e rações, até automóveis e tratores, levados por concessionárias, passando por empresas financeiras, produtos relacionados ao campo, souvenires, cooperativas, máquinas destinadas à pecuária leiteira, entre outros. Para o supervisor técnico comercial da Tortuga DSM, Reginaldo Fernandes, a feira está cada vez melhor. “Este ano superou muito as expectativas e tivemos um contato direto com os produtores, que tiraram dúvidas e queriam saber das nossas tecnologias”, afirma. O RPV da empresa Bayer, Roberson Amaral, reconhece os diferenciais do evento. “É sempre importante participar da feira pelo seu estilo diferenciado, desde sua estrutura até a forma como entramos em contato com os produtores”, conclui. DIGITAL AGRO Agora, a Cooperativa Frísia se prepara para a Digital Agro, feira voltada à promoção de inovação e tecnologia no setor agropecuário, programada para o novo pavilhão construído no local. Marcada para 13 e 14 de junho, a edição 2018 da Digital Agro terá quatro temas: Emerging Mega-Trends, Agropecuária Digital 4.0, Sustentabilidade 4.0, Inovações e Tecnologias Futuras para o Agronegócio.


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Artigo por Fernando Saraiva*

MAIO 2018 | D´PONTAAGRO

Auditor-Fiscal, a desmistificação do monstro

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A administração pública conta, para o exercício de seu mister, com alguns poderes, pois sua atuação, muitas vezes, conflita com interesses privados. Para a imposição de determinadas medidas, necessita desse empoderamento. O princípio da supremacia do interesse público, inerente ao Direito Administrativo, é consubstanciado com o exercício desses poderes, dos quais destacamos o poder discricionário e o vinculado. No discricionário, encontramos uma determinada margem (mérito do ato administrativo), desenhada por lei, na qual o servidor encontrará espaço para proceder ao julgamento de conveniência e oportunidade de seu ato. Quando o servidor extrapola esse limite legal, age com excesso de poder, e se atua em interesse próprio e de seus mais próximos – mesmo respeitando esse espaço legal -, age com desvio de finalidade. Esse desvio de poder e o excesso de poder compõem o grupo dos atos

denominados atos com abuso de poder, que devem ser rechaçados do mundo jurídico por meio de anulação administrativa ou judicial, pois são ilegais. No tocante ao exercício do poder vinculado, o servidor não encontra espaço para optar pelo caminho mais conveniente e oportuno, como ocorre com o discricionário, pois todos os elementos de seu ato devem estar prescritos em lei. Esse tipo de ato deve ser respeitado pelo auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, quando atua na formalização de crédito tributário concernente a tributos. Ou seja, mesmo que esteja fiscalizando a sua mãe, não poderá abrandar o rigor da lei, pois lhe faltará competência para amenizar a autuação contra sua pobre mãezinha. Da mesma forma, também não poderá agravar a imposição, caso esteja fiscalizando sua ‘sogra’, pois, como já foi dito, a este servidor não resta o menor espaço para atenuar ou agravar a tributação, pois se

depara com um ato vinculado. O Código Tributário Nacional, em seu art. 3º, traz essa previsão: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” Portanto, se mostra injusta a visão que muitos têm do auditor-fiscal, como a de um ser prepotente e poderoso, justamente porque sua atuação é reflexo direto e imediato da lei. Assim, no exercício de seu ofício, ele é apenas um instrumento de vontade da lei e “suas malvadezas” não advêm de seu desejo, mas sim da natureza da regra tributária, que, justamente porque histórica e mundialmente ninguém gosta de pagar tributo, deve ser forte o suficiente para se impor a essa rejeição social. *Fernando Saraiva, advogado tributarista e administrativista




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Eventos

Foto: André Waiga

Resultado da safra de verão oportuniza grandes negócios Alta no preço das commodities traz otimismo para concessionárias do ramo agrícola. A DHL Valtra, por exemplo, projeta alta de até 60% nas vendas no “Portas Mais Abertas”

Maio já está consolidado, na região dos Campos Gerais, como o mês dos grandes negócios para a aquisição de máquinas e implementos agrícolas. O período é escolhido justamente pelo término de colheita da primeira safra de verão, concluída até o início de maio. Com os produtores rurais cientes da sua produção e com a noção da rentabilidade obtida, é o momento que as concessionárias realizam eventos com grandes promoções. Mais do que um simples ato de compra e venda, é a oportunidade para os produtores rurais conferirem as últimas novidades do setor, já que nas concessionárias, mais do que os diversos funcionários dispostos para esclarecer dúvidas, estarão presentes representantes das próprias montadoras, prestando uma espécie de assessoria aos clientes. A conjuntura internacional, com a valorização do preço da soja, principal cultivo nos Campos Gerais, que ocupou quase 590 mil hectares plantados, está trazendo bastante otimismo para os revendedores. Na DHL Valtra Ponta Grossa, por exemplo, uma das empresas que integra esse grupo de concessionárias que realizam eventos diferenciados nesta época, através do Portas Mais Abertas, há uma perspectiva de incremento nos negócios de até 60% em relação ao evento do ano anterior.

“Estamos esperando esse percentual em virtude da excelente safra e em função dos preços mais valorizados das commodities. O preço na Bolsa de Chicago está em um patamar bom”, reconhece Carlos Alves, presidente do Grupo DHL. Para Alves, será a oportunidade dos clientes conhecerem novas máquinas e aproveitarem as condições de preços diferenciadas para o dia. “Esse ano já estamos com a entrega imediata do trator da linha T CVT, com transmissão totalmente CVT, de 195 até 250 CV. Temos também tratores da linha média a partir de 114 CV, 124 CV, 134 CV, e o lançamento do pulverizador de 2,5 mil litros”, esclarece. “Os preços vão ser muito atrativos, assim como haverá valores especiais para pacotes de peças e serviços”, completa. Além das linhas de crédito do Banco DLL e outros, com condições atrativas de crédito, haverá a participação do Consórcio Nacional Valtra (CNV). Outro grande diferencial aos clientes será a presença de representantes da própria montadora, a Valtra. Eles estarão à disposição para tirar dúvidas mais técnicas e explicar detalhes dos clientes. “Vamos ter a participação da indústria, com técnicos, com o comercial e a diretoria. Vamos ter auxílio dos técnicos da Valtra, para que eles estejam acompanhando

nossa equipe de vendas junto aos clientes. Será uma participação completa”, analisa. Como explicou Alisson Alves, diretor de Pós-venda da concessionária DHL Valtra em Ponta Grossa, os resultados da edição anterior já foram muito satisfatórios. Mas diante de todas as atrações, e também da conjuntura da safra, a perspectiva é de que o fluxo de pessoas seja bastante intenso. “Esperamos cerca de 2,5 mil clientes. Eles virão de toda a região dos Campos Gerais, em uma área que compreende também a Região Metropolitana de Curitiba e o Norte Pioneiro”, esclareceu o empresário. Assim, ele espera participantes desde Araucária e da Lapa, passando por Palmeira, Irati e Ivaí, até o Norte Pioneiro, como Wenceslau Braz. Diante dos resultados positivos na primeira edição do evento, no ano passado, a DHL Valtra fez um evento especial semelhante em Araucária, e nesse ano também pretende ampliar o evento para Londrina, que deverá ser marcado para uma data posterior à realizada em Ponta Grossa. No município, o ‘Portas Mais Abertas’ ocorrerá das 8h às 18h. A concessionária está instalada na Avenida Senador Flávio Carvalho Guimarães (trecho urbano da PRC373), número 1.333, no Bairro Boa Vista.



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