D'Pontaponta 260

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PROMOÇÕES IMPERDÍVEIS PARA VIAJAR O ANO TODO

VIAJE PELO MUNDO RIO DE JANEIRO

GRAMADO

Pacote de 4 dias inclui passagem aérea voando LATAM e 3 diárias de hospedagem com café da manhã no Hotel Atlântico Copacabana 3 estrelas

Pacote de 5 dias inclui passagem aérea voando GOL, transporte de ida e volta do aeroporto para o hotel e 4 diárias de hospedagem com café da manhã no Hotel Via Serena 3 estrelas

Por apenas R$ 575 ou 10x iguais de 57 reais

Por apenas R$ 1.113,93 ou 10x iguais de 111 reais

Preço por pessoa para saída de Curitiba em 26 de Setembro. Não inclui taxas de embarque.

PRAIA DO FORTE

Pacote de 5 inclui passagem aérea voando AVIANCA, transporte de ida e volta do aeroporto para o hotel e 4 diárias de hospedagem com sistema de tudo incluso no Iberostar Bahia Resort 4 estrelas

Por apenas R$ 2.965 ou 10x iguais de 296 reais

Preço por pessoa para saída de Curitiba em 26 de Setembro. Não inclui taxas de embarque.

Preço por pessoa para saída de Curitiba em 26 de Setembro. Não inclui taxas de embarque.

FORTALEZA

Pacote de 5 dias inclui passagem voando AVIANCA, transporte de ida e volta do aeroporto para o hotel e 4 diárias de hospedagem com café da manhã no Hotel Iracema Travel 2 estrelas

Por apenas R$ 1.247 ou 10x iguais de 124 reais

Preço por pessoa para saída de Curitiba em 26 de Setembro. Não inclui taxas de embarque.

PORTO SEGURO

Pacote de 5 dias inclui passagem aérea voando AZUL, transporte de ida e volta do aeroporto para o hotel e 4 diárias de hospedagem sem café da manhã no Araruama Hotel

Por apenas R$ 1.316 ou 10x iguais de 131 reais

Preço por pessoa para saída de Curitiba em 26 de Setembro. Não inclui taxas de embarque. CVC PONTA GROSSA SHOPPING PALLADIUM.............................................................................................................................................. (42) 3027 7727 Piso Térreo (em frente ao elevador) • De segunda a sábado das 10 às 22 horas e aos domingos das 14 às 20 horas. CVC SHOPPING TOTAL ............................................................................................................................................... (42) 3027 7774 AVENIDA DOUTOR FRANCISCO BÚRZIO, 863 .................................................................................................... (42) 3028 7796 Estacionamento Próprio • Espaço Kids • De segunda a sexta das 09:00 às 19:00 e aos sábados das 09:00 as 13:00. CVC CASTRO PRAÇA PEDRO KALED, 12 ...........................................................................................................................................(42) 3232 1874 De segunda a sexta das 09:00 às 19:00 e a os sábados das 09:00 as 13:00.


PAGUE EM ATÉ 10X IGUAIS COSTA DO SAUÍPE

CRUZEIRO PARA BÚZIOS

Pacote de 5 dias inclui passagem aérea voando AVIANCA, transporte de ida e volta do aeroporto para o hotel e 4 diárias de hospedagem com sistema tudo incluso no Sauípe Resorts 4 estrelas

Cruzeiro de 5 dias a bordo do Navio Soberano, visitando Rio de Janeiro, Búzios retornando para o porto de Santos. Transporte rodoviário gratuito de Ponta Grossa para o Porto de Santos

Por apenas R$ 2.255 ou 10x iguais de 225 reais

Por apenas R$ 2.757 ou 10x iguais de 275 reais

Preço por pessoa para saída de Curitiba em 26 de Setembro. Não inclui taxas de embarque.

PUNTA CANA

Preço por pessoa para saída do Porto de Santos em 21 de Janeiro de 2019. Não inclui taxas portuárias.

CANCUN

Pacote de 8 dias inclui passagem voando COPA, transporte de ida e volta do aeroporto para o hotel e 7 diárias de hospedagem com sistema de tudo incluso no Hotel Riu Naiboa 4 estrelas

Pacote de 8 dias inclui passagem aérea voando COPA, transporte de ida e volta do aeroporto para o hotel e 7 diárias de hospedagem sem café da manhã no Hotel Krystal Cancun 4 estrelas

Por apenas R$ 3.614 ou 10x iguais de 361 reais

Por apenas R$ 3.984 ou 10x iguais de 398 reais

Preço por pessoa para saída de São Paulo em 13 de Junho. Não inclui taxas de embarque.

Preço por pessoa para saída de São Paulo em 13 de Junho. Não inclui taxas de embarque.

MSC SEAVIEW

Cruzeiro de 5 dias a bordo do navio MSC Seaview, visitando Búzios, Ilha Grande e retornando para o porto de Santos.

Por apenas R$ 2.134 ou entrada R$ 213 + 10x sem juros 192 reais

Preço por pessoa para saída do Porto de Santos em 11 de Dezembro Não inclui taxas portuárias. Prezado cliente: preço por pessoa, em apartamento duplo, em voo classe econômica para pacotes que incluem passagem aérea. As condições ofertadas ficam sujeitas à disponibilidade de datas e horários de voo optados e vagas em hotéis. Ofertas válidas até um dia após a publicação deste anúncio. Taxas de embarque cobradas pelos aeroportos não estão incluídas nos preços e deverão ser pagas por todos os passageiros. Condições de pagamento: parcelamento 0+10 ou 1+11 vezes sem juros no cartão de crédito, 1+9 ou 0+8 vezes sem juros no boleto bancário ou 12 vezes iguais com juros. Ao optar pela condição de pagamento com parcelamento em 12 vezes iguais, os preços deverão ser recalculados para a inclusão da taxa de juros. Consulte taxa de juros no momento da compra. Sujeitos à aprovação de crédito. Preço calculado com câmbio do dia 19/03/2018, US$ 1,00 = R$ 3,09.




Editorial

Nesta edição

De boas falsas intenções,

o inferno já está satisfeito por Eduardo Gusmão, editor Nada mais assustador do que constatar a telinha em branco, ou mesmo a folha de uma nova agenda sem nenhuma linha, para quem escreve, diante de tantas impressões, leituras ou releituras do cotidiano, quando a gente percebe que ‘nada sei, nada somos’. Aqui nos encontramos novamente na condição de eternos aprendizes pelo mundão de informações que assaltam nossos olhares e mentes sobre e sob todas as influências que nos deixam cada vez mais atônitos a respeito da humanidade e seus contrastes pelos quatro cantos do planeta. Enquanto ainda assistimos a corrupção de toda espécie que se descobre e se avoluma, diuturnamente,

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ENFOQUE

ENTREVISTA

Aeronaves pertencentes à base Campos Gerais do BPMOA estão de prontidão para atender serviços de saúde e segurança à população

O juíz federal Fabrício Bittencourt da Cruz ganha mais projeção no âmbito do judiciário nacional, ao assumir a presidência da Apajufe

causando a indignação da sociedade em geral, também não podemos deixar de acreditar que deverá haver uma solução para tantos problemas enfrentados pelos governos dos estados – e máxime pelo planalto central -, no momento em que começamos a pensar em mudar tantos desgovernos com a única arma que dispomos, o voto em 7 de outubro vindouro. Com apostas na esperança de que nenhum lugar mais digno para se viver, em que impere a honestidade, decência e a vergonha na cara, está tão longe assim de se concretizar, lembramos aqui que não poderemos tropeçar, novamente, elegendo qualquer cidadão que venha a jogar nosso voto na lixeira, ou levando pelo ralo toda aquela nossa vontade em mudanças que nunca chegam ou são cumpridas pós-eleições. Mas agora não podemos titubear, de jeito nenhum, quando outubro chegar para a escolha de nosso próximo presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Isso tudo porque está em jogo, mais uma vez, aquele Brasil que você quer presenciar melhor para o futuro das próximas gerações, sem a insegurança vivida hoje pela população do Rio de Janeiro e outros estados, em meio à ‘guerrilha civil organizada’ pelo tráfico de drogas e milicianos. Afinal de contas, quem matou ou mandou matar a vereadora Marielle Franco? Sem entrar no mérito da questão, vamos deixar para as polícias e canais compe-

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tentes toda a investigação que vem sendo feita a respeito do assassinato da vereado-

CAPA

ra carioca. Mesmo assim, todos já devem saber, há de se levar em consideração que ela corria riscos, defendendo as comunidades pobres e mortos inocentes, embora alguns a vissem como defensora de bandidos e adversária de policiais. Em todo caso,

Referência em exclusividade na decoração, a Luxe Decorações inaugura sua nova loja no térreo do Edifício Ônix

ninguém está aqui para julgar ou estar na condição de professor de Deus, como dizem, mas apenas comentar e lembrar que tudo isso por que passam as cidades mais violentas do país, com certeza, encontra resposta na desigualdade social, a determinante causa da violência, que faz com que a bandidagem se agigante e busque seu lugar perdido em sociedade. Culpa de quem, hein? De governos em seus desgovernos que não conseguem enxergar além de seus próprios umbigos. Mas fazer o quê? Simplesmente, mandar seu voto valer e deletar de uma vez por todas as chances de eleição ou reeleição de políticos mal intencionados. Aliás, de boas intenções em campanha, o inferno já está saciado. Boa leitura, de ponta a ponta.

“O interesse dos governantes deve ser o mesmo que o dos governados.” - José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), político paulista

EXPEDIENTE Barbiero Comunicações Ltda. Editor: Eduardo Gusmão (mtb 019) Reportagem/Redação: Fernando Rogala (mtb 8926) - Eduardo Godoy (mtb 10155) Direção de Arte, Diagramação e Capas: André Luíz Waiga Consultoria Jurídica: Luís Alberto Kubaski e Newton Maurício Franco Rodrigues Comercial e Marketing: João Barbiero - Eduardo Vaz - Eduardo Gusmão Contato Comercial: (42) 3028-0016 - (42) 99827-0009 - (42) 99855-7669 Assinaturas: (42) 3028-0016 | assinatura@revistadp.com.br e-mails: leitor@revistadp.com.br | comercial@revistadp.com.br Redação e Administração: Rua Balduíno Taques, 459 - Vila Estrela - Ponta Grossa

260 D´PONTAPONTA

ABR 2018

ANO 30

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TRABALHO DE PARTO

Criador da plataforma Diálogos Culturais, Zek Ramos pretende estimular o olhar poético sobre a vida e construir relações mais humanas

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PESSOAS

Oscar Pereira Júnior comenta sobre sua trajetória de sucesso profissional, na condição de empresário número Um dos laboratórios



Entre Aspas

“Temos quase 90 mil alunos matriculados e quase cinco mil doutores em nossas universidades. Não existe isso em outro lugar no Brasil, com exceção de São Paulo.”

“Hoje, estamos com os olhos voltados para o futuro, porque sonho com uma cidade que possa se firmar e ser reconhecida como uma cidade produtora de ideias.”

“ ““ “ João Carlos Gomes, ex-secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, comentando a respeito do ensino superior no Paraná pág. 21

Cesar Silvestri Filho, prefeito de Guarapuava, quando questionado sobre a cidade que ele espera para o futuro pág. 29

Questão de segundos é a diferença entre a vida ou morte de uma pessoa, de uma criança.”

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

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Leia o que disseram alguns dos personagens que você vai encontrar ao longo desta edição da revista D’P

Eu realmente acredito e desejo que as futuras gerações, quando estudarem o que tem acontecido hoje, tenham o orgulho e a satisfação em dizer que ‘nós acertamos’.”

Fabrício Bittencourt da Cruz, juiz federal e presidente da Apajufe (Associação Paranaense dos Juízes Federais), apostando acerca do futuro do país pág. 40

Marcelo Rangel, prefeito de Ponta Grossa, justificando a instalação do serviço aeromédico regional em Ponta Grossa pág. 12

Na Luxe, nunca vamos comprar dois móveis ou dois sofás iguais. (...). Então, esse é o grande diferencial da Luxe, pois, o que você compra é exclusivo para você.” João Cleber Generoso, sócio-proprietário da Luxe Decorações, explicando sobre a exclusividade dos produtos ofertados pág. 43

A região recebeu R$ 5,2 bilhões em recursos estaduais em nosso governo.”

Beto Richa, ex-governador do Paraná, sobre os investimentos aplicados nos Campos Gerais pelo Estado, nos últimos anos pág. 47

Ponta Grossa é um lugar que eu vinha antes, como seminarista, no Mosteiro da Ressurreição. (...) Sempre foi um lugar, onde eu buscava a paz junto aos monges.”

“A vida nos ensina constantemente a respeitar a todos e a tudo, porque nós vamos colher o que estamos plantando.”

Reginaldo Manzotti, padre e escritor, revelando suas memórias relacionadas a Ponta Grossa pág. 58

Oscar Pereira Junior, fundador dos Laboratórios Oscar Pereira, falando sobre seus aprendizados de vida pág. 68


s n o b s o t n e m mo

VOCÊ FAZ DA SUA CASA

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AV. DR. VICENTE MACHADO, 429


Cafezinho por Eduardo Gusmão editor@revistadp.com.br

Linguagens Convergentes em ‘projeto de ocupação’ Quem não passou pela Biblioteca Pública Municipal Professor Bruno Enei, nas últimas semanas (11 a 20/4), pode ter perdido a oportunidade de apreciar uma nova proposta que une a literatura às artes visuais, inaugurando também uma nova fase de trabalho dessa unidade da Fundação Municipal de Cultura. Agora sob a coordenação do assistente e produtor cultural Alfredo Mourão, a Biblioteca Municipal busca linguagens ainda inexploradas a partir de iniciativas como a mostra Linguagens Convergentes: Um Beijo Longe dos Lábios, com obras visuais da artista plástica Luizana Pellizzari-Vittet, livremente inspiradas em 19 contos do livro de autoria do escritor Luiz Fernando Cheres (Um Beijo), publicado pela Editora UEPG em 2010. Confira ao lado alguns contos ilustrados por Luizana. Exposições inovadoras como essa de estreia pela leitura estética, que incluiu em sua programação workshops sobre Releituras de Linguagens Convergentes – do texto à criação visual, dirigidas a alunos do 9º Ano e Ensino Médio, fazem parte do novo projeto de ocupação da biblioteca, segundo adianta Alfredo Mourão. Em outras ocasiões, a proposta deverá ter continuidade, visando atrair e chamar a comunidade em geral para a sua biblioteca pública. De acordo com Mourão, Linguagens Convergentes:Um Beijo Longe dos Lábios, sob a curadoria da artista plástica Mariângela Digiovanni, poderá ter sua itinerância, brevemente, ocupando outros espaços culturais pela cidade. Outra iniciativa de Alfredo Mourão já começa a ganhar impulso na promoção do Festival Nacional de Contadores de Histórias, em sua quarta edição, com programação estipulada entre 11 e 14 de junho deste ano. Informações sobre esse evento e a biblioteca poderão ser obtidas pelos telefones (42) 3901-1846 / 99903-5200, ou ainda pelo e-mail biblibrunoeneiadm@gmail.com

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

CHERES & LUIZANA Protagonistas do primeiro momento de ocupação da Biblioteca Bruno Enei, conheça um pouco mais sobre Luiz Fernando Cheres e Luizana Pellizzari-Vittet. Natural de Ponta Grossa, Cheres se licenciou em Letras – Língua Portuguesa e Literatura da Língua Portuguesa, com especialização em Ensino da Língua Portuguesa e Literatura, ambos pela UEPG. Pela mesma instituição, ele também se graduou em Administração e Direito. Em suas lides artístico-literárias, já escreveu peças teatrais, críticas literárias, contos e poemas, além de diversas crônicas para a revista D’Pontaponta. Como atual presidente da Academia de Letras dos Campos Gerais, ele ocupa a cadeira Nº 11. Por sua vez, a artista visual Luizana Pelllizzari-Vittet, também ponta-grossense, formou-se em Letras/ Português-Inglês e em Especialização em Língua Inglesa pela UEPG, assim como em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Com diversas exposições em seu currículo – inclusive no exterior - e outras ações culturais pela cidade, a exemplo de sua participação como integrante do emblemático Grupo Sucateando e de sua atuação como professora na implantação do curso de Artes Visuais da UEPG (2003), Luizana Pellizzari-Vittet passou a residir na França, na cidade de Annecy, depois de uma visita àquele país, onde apaixonou-se por sua história, que possui um forte referencial nas Belas Artes, e que “valoriza mais a essência do que a aparência”, segundo ela.

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Fotos: Ângelo Eduardo Rocha

Divina flor

O poder do verbo

O poder da Aninha

Lavadeirinha


Porto Bureau

Tendências no cenário das marcas Antecipar o que vai acontecer nos próximos anos e perceber os olhares do mundo para o futuro das marcas. Foi com esse foco que a publicitária Flávia Moro Barros e o designer Rafael Zem (foto abaixo), da agência Porto Bureau, participaram recentemente do maior evento de criatividade do mundo. O South by Southwest, mais conhecido como SXSW, aconteceu em Austin, no estado americano do Texas, reunindo grandes marcas e milhares de participantes de todo o mundo. Flávia e Rafael marcaram presença em 50 palestras, aproximadamente, e sintetizaram os conteúdos abordados em dez temas. O resultado está compilado em um material gráfico que também foi apresentado para clientes e parceiros. “Muito mais que aprender, nossa intenção está em dividir todo o conteúdo que absorvemos nessa imersão que foi o SXSW”, explica Flávia. Os diretores da Porto Bureau apontam algumas nuances do cenário mundial em tópicos que abordam a experiência do consumidor; inteligência artificial; o apocalipse do varejo; biotecnologia; foco em problema; a representatividade e as marcas; a força da voz na comunicação com o cliente; a constante transformação no mercado e o propósito das marcas.

Fotos: Rodrigo Czekalski

PAPEL DA VOZ NA COMUNICAÇÃO Entre os destaques está o papel que a voz tem na comunicação com o consumidor. Rafael Zem conta que, segundo especialistas ouvidos no evento, 2018 marca o início do fim do smartphone como principal ferramenta de interação com a internet. “A partir de agora, os assistentes de voz passam a assumir esse papel, e com isso seremos muito mais seletivos ao que vemos”, revela o designer. No mundo das marcas, esse novo perfil de comportamento impactará em mudanças, uma vez que hoje a maioria dos investimentos de comunicação envolvem aspectos visuais. “Essa nova perspectiva fará com que passemos a refletir sobre o tom de voz da nossa marca e, principalmente, os novos conteúdos que deverão ser criados para atender a esse tipo de interação”, aponta Flávia. Para ela, toda a visão de mercado e de mundo, além da antecipação de ações e projetos, que é uma das características do SXSW, podem ser adequados ao mercado local e regional, observando a especificidade de cada negócio, produto ou serviço.

Flábia Barros e Rafael Zem recebem convidados no Pop 70’s


Expresso

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Apollyon inova no conceito de academias em Ponta Grossa

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Filho de um dos mais renomados profissionais de Ponta Grossa e integrante de uma família bastante tradicional no ramo da advocacia, Roberto Salamacha está à frente de uma das mais badaladas academias de Ponta Grossa. Inaugurada em outubro do ano passado, a Apollyon Saúde e Artes Marciais completa seis meses na segunda quinzena deste mês, ofertando oito modalidades esportivas diferentes. Bastante modesto, Salamacha não evidencia a sua academia como a mais bem estruturada da cidade e nem como a melhor, mas basta correr o olho pela fachada e passar pela porta de vidro espelhado para perceber, pela arquitetura moderna e ousada, que se trata de um projeto de fazer inveja aos melhores centros de treinamento do primeiro mundo. Afinal, são mais de 1,2 mil metros quadrados, divididos em quatro pisos, disponíveis para os alunos. Ser empresário na área não era um ideal de infância. Formado em direito, exerceu a atividade junto ao seu pai, José Eli Salamacha, no escritório da família. Passados quase dois anos, resolveu dar uma guinada radical em sua vida profissional, podendo realizar um sonho. “Sempre gostei muito de artes marciais e atividades físicas. Então, um grande objetivo da parte profissional é trabalhar com algo que gosta. Nem todos no Brasil têm essa oportunidade, e tendo essa oportunidade, tem que aproveitar”. Foi de uma conversa com seu mestre de Jiu Jitsu que surgiu um esboço inicial do centro de treinamento, aperfeiçoado durante três meses, até se tornar realidade.

Exercendo o que gosta, os resultados apareceram, segundo o empresário. Ele diz estar bastante satisfeito em relação ao público, não apenas pela quantidade de alunos matriculados, mas também pela assiduidade, em manterem-se treinando. “Você pode ter uma estrutura grande e moderna, mas se não gostar do lugar, o cliente não volta. O local privilegiado, entre o centro e o bairro, com estacionamento em baixo, e estar em uma rua calma, com estacionamento ao lado, é um facilitador”, resume. A busca da melhoria na qualidade é o que mais leva alunos até a academia, mas a atividade mais procurada pelos ponta-grossenses, entre as ofertadas, é o Crossfit. “Ele vem engolindo as academias de musculação. O Crossfit cresce de forma absurda, até pelo resultado rápido que proporciona ao aluno”, acrescenta. No ranking das atividades mais procuradas aparece, na segunda colocação, o judô kids, para crianças, e o Yoga. Depois aparecem as artes marciais, como Muay Thai e Jiu Jitsu. Na ‘lanterna’ está o Karatê, que foi a última inclusão do estabelecimento. “Quando montei a Apollyon, procurei colocar atividades que, além de serem físicas, serem levadas como um lifestyle. Ao evoluir no Yoga, a pessoa muda a alimentação, e no Crossfit, por exemplo, não é diferente”, alega. Na comparação com outras academias, Salamacha ressalta a grande estrutura e o comprometimento de entregar o melhor ambiente possível para os alunos, prezando pela limpeza e higienização em um ambiente amplo e arejado. E como um dos diferenciais, no âmbito das

artes marciais, foi um investimento feito em um tatame especial. “Ele é antibactericida e impermeável, e evita que o suor entre no tatame, então não pega mau cheiro. Isso dá uma diferença para quem pratica esse tipo de atividade”, lembrando que a Apollyon tem dois tatames, um de 75 m² no segundo piso e um de 140m² no terceiro piso – o térreo é destinado para o Crossfit. Instalada na Rua Ricardo Lustosa Ribas, 651, na Vila Estrela, e contando com acessibilidade para todos os ambientes, a academia abre das 6h30 às 22h nos dias de semana, e das 9h às 13h nos sábados. Isso proporciona flexibilidade de horários, em especial aos que cumprem uma alta carga horária no trabalho. “Ainda não temos aula em todos os horários. Na medida em que as turmas se formam, trabalhamos para ter o máximo de horários preenchidos. Mas a flexibilidade é grande, temos aulas pela manhã, tarde e noite, então, não é por falta de horário que a pessoa vai deixar de treinar”, conclui.

Roberto Salamacha



Casa DP

Do hobby infantil ao

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Newborn

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Do hobby para a atual profissão, Rosangela Lopes tornou-se, em 2016, pioneira em fotografias de gestantes e no estilo Newborn em Ponta Grossa. Seu amor pela fotografia começou ainda na infância, foi desenvolvido com o passar do tempo e elevado em nível profissional, quando conheceu seu esposo, Fabio Banks, também fotógrafo. Hoje, após cinco anos, o casal possui o próprio estúdio, Rô Lopes Photography, instalado no bairro Nova Rússia. Para Rosangela, a fotografia simboliza a “única maneira capaz de guardar para sempre o instante e a emoção vivida em um momento especial”. Além da técnica, Rosangela possui uma veia artística na fotografia, um verdadeiro “feeling” para capturar, de forma natural, os retratos mais únicos de um momento especial. Como costuma falar para seus clientes, foi a fotografia que a escolheu. “Tudo aconteceu casualmente, pois tudo foi se encaixando perfeitamente, simplesmente era pra ser!”, exclama. Hoje, trabalhando em seu próprio estúdio, Rosangela se tornou conhecida por unir um estilo delicado ao olhar para as gestantes, mantendo a personalidade de mulher. Afinal, a profissional sempre busca uma pitada de sensualidade e criatividade para construir uma linguagem própria, buscando a união, ou melhor, um casamento perfeito entre a moda e a fotografia de gestante. Logo depois do nascimento, há as fotos Newborn, que se trata de um estilo de ensaio fotográfico, onde o bebê simula suas posições na barriga da mãe para ser fotografado. “Além de especial, as fotografias necessitam de muitos

preparativos antecipadamente”, assinala a fotógrafa. Com diversos workshops em várias regiões do Brasil, a fotógrafa aponta que o investimento se torna importante para aprimorar a técnica e garantir a qualidade nos registros. Como referência, Rosangela busca a criatividade de Annie Leibovitz. “Ela transformou a fotografia em arte de forma única. Ela é a melhor, mistura arte com moda e retrata pessoas como ninguém”, comenta. As técnicas da australiana Anne Geddes, fotógrafa que inventou o estilo Newborn, são semelhantes ao trabalho de Rosangela Lopes. As fotos de Meg Bitton, Eden Bao e Najka Photography também inspiram os clicks da fotógrafa. Além de trabalhar com o coração, para obter o sucesso na atividade de fotografar, Rosangela acredita que se diferenciar dos concorrentes é uma obrigação. Segundo ela, isso não significa somente tirar as melhores fotos e ter um preço condizente com seu trabalho. Para tanto, como diferencial, o estúdio trabalha com revistas e álbuns em realidade aumentada. “O mercado de fotografia em Ponta Grossa cresceu muito nos últimos anos e, por esse motivo, investir na qualidade de meus registros e, principalmente, aprimorar minhas técnicas são formas de conquistar meus clientes”, acrescenta. Além de toda a higienização dos materiais, Rosangela Lopes aponta que é necessário muito conhecimento sobre a maneira correta de posicionar o recém-nascido de forma segura. Aos interessados, o estúdio Rô Lopes Photography cuida de todos os detalhes, como cabelo, maquiagem, roupas, acessórios, entre outros.

ESTÚDIO APRESENTA NOVO PROJETO Recentemente, o estúdio lançou o projeto Mães de Verdade, que consiste em uma sessão para as mães e filhos, sejam eles bebês ou adultos. Ao final de cada sessão, são feitas fotografias somente delas, das mães. Rosangela recomenda o ensaio fotográfico como uma ótima opção de presente para o Dia das Mães. “Será muito especial para a verdadeira ‘mãe mulher’, por valorizar a beleza de ser mãe”, ressalta. E isso não é tudo. Para celebrar o momento especial, um coquetel será preparado especialmente para a entrega das fotografias do projeto “Mães de Verdade”. Durante a entrega, sorteios serão oferecidos por apoiadores, como Carmen Steffens, Duzani e Michelle Taques.

DP SERVIÇO Rô Lopes Photography Rua Bento Ribeiro, 1123, sala 6, Nova Rússia | Tel.: (42) 99822-9000 - 30253033 | www.estudiorolopes.com.br | email: estudiorolopes@gmail.com


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Promoção válida de 1º- a 31 de março de 2018 ou enquanto durarem os estoques. Óculos de grau completos (armação mais lentes esféricas, visão simples, incolores, orgânicas e sem tratamento) a partir de R$ 99,00 (noventa e nove) à vista ou em 10x de R$ 9,90 (nove e noventa). Óculos solares a partir de R$ 199,00 (cento e noventa e nove) à vista ou em 10x de R$ 19,90 (dezenove e noventa). Preços promocionais válidos exclusivamente para peças expostas em vitrine separada ou com identificação da promoção. Formas de pagamento: dinheiro ou cartão de débito / crédito. Para compras com cartão de crédito, consulte as bandeiras disponíveis antecipadamente. Algumas lojas Óticas Diniz, por razões burocráticas, podem não aceitar todas as bandeiras de cartão de crédito. Consulte as lojas participantes. Eventuais erros têm preservado o direito de retificação. Promoção não cumulativa com outras promoções da rede Óticas Diniz. Imagens meramente ilustrativas.


Charges


PARECE O FUTURO, MAS SÃO OS PROJETOS DA COPEL. A COPEL NÃO TRAZ APENAS LUZ PARA SUA CASA. TAMBÉM TRAZ PARA O PARANÁ OS PROJETOS MAIS INOVADORES QUANDO O ASSUNTO É ENERGIA. Uma das nossas iniciativas é o Projeto de Incentivo a Start ups. Lançamos uma chamada pública para atrair empresas inovadoras de tecnologia e, assim, desenvolver novas soluções para geração e economia de energia. A primeira eletrovia do país também é uma proposta da Copel. São vários eletropostos cruzando o Estado, de Paranaguá a Foz do Iguaçu, para abastecer de graça carros e bicicletas elétricas. O Projeto Smart Grid é uma ação para adotar medidores de energia inteligentes e conectados. Os paranaenses vão poder controlar seu consumo de energia em tempo real, e a Copel poderá detectar problemas remotamente e resolvê-los mais rápido. É o mesmo modelo usado em redes inteligentes internacionais, como nos Estados Unidos e no Japão. Outra novidade é o Projeto Microgrid, um conceito moderno de geração e uso de energia. O sistema é baseado na produção de energia com biodigestores de dejetos de suínos. O armazenamento e o consumo da eletricidade podem funcionar conectados à rede de distribuição, e o primeiro Microgrid já está sendo instalado em São Miguel do Iguaçu. E É ASSIM, COM PROJETOS MODERNOS E AÇÕES INOVADORAS, QUE A COPEL TRAZ O FUTURO COM MUITA ENERGIA.


Leitor/Artigo

A força mental

em favor do emagrecimento | por Adriana Cancelier

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

O processo de Coach de Emagrecimento é um método de desenvolvimento para que a pessoa que quer emagrecer (chamada de coachee) tenha maior percepção de si mesmo, para que pare, olhe-se e gerencie melhor a sua vida, para então gerenciar melhoras no seu peso. Grande parte das pessoas que desiste do processo de emagrecimento não desiste porque não sabe o que fazer em termos de dietas e exercícios. O que falta nessas pessoas é clareza de seus pontos fracos, dos seus pontos fortes, e do que precisa ser melhorado. O aprendizado, no coaching de emagrecimento, não é alimentar ou de exercícios físicos; o processo de aprendizagem é mental, de dentro para fora. A intenção é despertar na pessoa a vontade de fazer o que tem que ser feito, a vontade de se tornar magro para sempre, a vontade de ser saudável, sem que, para isso, a pessoa passe por uma dieta com dor. O que algumas pessoas pensam ou imaginam é que, para emagrecer, é necessário seguir uma dieta mega restritiva, ou ter que passar horas dentro de uma academia. O que os profissionais muitas vezes não percebem é que isso não faz parte do sonho do cliente: o que ele deseja é emagrecer e não ter que passar por algo sofrido. A dieta e os exercícios fazem parte da jornada, mas o foco, como profissional, deve ser levar a pessoa para o futuro e mostrar que essa pequena mudança pode trazer grandes benefícios. Quando se foca em mostrar o futuro do cliente e como será boa a vida dele depois de perder os quilos que ele deseja, ele passa a aceitar melhor uma reeducação alimentar e começa a integrar como parte da rotina diária fazer exercícios para estimular e fortalecer o corpo.

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FORÇA DE VONTADE Todos nós, seres humanos, somos movidos por emoções. E são nossas emoções que controlam nossas escolhas e nossos comportamentos. Pela neurociência, existe um sistema consciente, chamado Top-Down ou “racional”, e um sistema inconsciente, chamado de sistema Botton-Up ou “emocional”. O método se baseia em técnicas cientificamente testadas e comprovadas pela neurociência. O coach deve levar o coachee a entender quais são as causas emocionais, psicológicas e os sabotadores que estão fazendo com que ele não saia de onde está, na zona de conforto. Essas causas emocionais estão por trás do excesso de peso. O coachee desenvolve um mindset de emagrecimento, para que ele possa assumir o controle do seu pensamento e do seu corpo, para que esteja preparado para lidar com as dificuldades no meio do caminho e superá-las. Desde criança, todos temos dentro de nós uma

imagem pessoal formada, que funciona como um objetivo para o inconsciente, que acaba nos levando para uma determinada direção, querendo nós conscientemente ou não. Dessa maneira, uma imagem positiva acaba levando para um caminho favorável; e uma imagem negativa para o desfavorável. O que pode lhe impedir de atingir seu potencial, na sua melhor versão, são seus próprios pensamentos. TRAÇANDO METAS Todas as pessoas acima do peso têm um ideal: emagrecer. Porém, a maioria delas não faz disso uma meta. A meta exige uma decisão, de querer ser e fazer. Após a decisão, há a necessidade de traçar um objetivo e fazer um plano de ação com prazo determinado para a realização. Para percorrer o caminho entre a decisão, o projeto e a realização, é necessário entrar em ação. As metas devem ser estabelecidas da seguinte maneira:

1 – Em primeiro lugar, você deve querer ser magra (o). Você não deve querer emagrecer, você deve quer ser magra (o). E não apenas porque o esposo quer, a filha quer ou o namorado quer. 2 – Você tem que saber em que ponto está e onde pretende chegar, saber quanto precisa pesar, traçando todo o caminho passo-a-passo. Se você não sabe onde quer chegar, qualquer lugar serve. 3 – Planeje detalhadamente: escreva na sua meta o que você quer, em quanto tempo quer e quantos quilos quer emagrecer. Escreva com riqueza de detalhes o que terá de realizar e coloque principalmente os aspectos que considera mais difícil de alcançar. 4 – Nunca programe metas impossíveis de alcançar, pois trará frustração. Seja realista. 5 – Estabeleça em quanto tempo vai emagrecer e o que pretende. A meta deve ser planejada, e essa é a grande diferença entre o sonho e a meta. 6 – Não tenha pressa: a pressa só irá lhe atrapalhar. Vá devagar, sinta os sinais do seu organismo, respeite-o, não queira que ele faça coisas impossíveis para você. Faça o que tem que fazer e procure se sentir bem. DP SERVIÇO Adriana Cancelier, Coach de Emagrecimento Consciente Rua Coronel Brasilino Moura, 56 – Sala 8 – Bairro Ahú- Curitiba – PR - CEP – 82.120-300 – (41) 99647-5640



Política

/ João Carlos Gomes

Um doutor

secretário

pré-candidato

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ao Legislativo 20

João Carlos Gomes, ex-reitor da UEPG, deixou, no início de abril, o cargo de secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ele conversou com exclusividade com a revista D’Pontaponta, para fazer um balanço de seus mais de quatro anos e meio à frente da pasta | Por Fernando Rogala


T

rês vezes reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o professor doutor João Carlos Gomes recebeu, em agosto de 2013, um convite desafiador do governador do Paraná: assumor a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Com experiência de mais de trinta anos no âmbito acadêmico, o doutor em Dentística Restauradora não hesitou, encarou a proposta e geriu a pasta em um momento de retração econômica, até 6 de abril último, quando se desligou do cargo público, deixando a secretaria com um orçamento de R$ 3 bilhões para 2018. Agora, depois de toda essa experiência no executivo, João Carlos, paranaense de Santo Antônio da Platina, navega para alcançar mares distintos: a oportunidade de legislar no Estado, ao anunciar sua pré-candidatura como deputado. Ser escolhido como titular de uma das cinco secretarias de maior relevância, em termos de destinação de recursos, no contexto estadual, foi classificado por ele como ‘um grande privilégio’. Gomes assumiu a secretaria na segunda metade da primeira gestão do governador Beto Richa, e teve o desafio de administrar, em um momento de ajustes fiscais, um setor que é responsável pelo futuro não só de um estado, mas de uma nação. Afinal, o Paraná é o segundo maior do país em número de acadêmicos de universidades públicas, atrás apenas de São Paulo. E, segundo o ex-secretário, com apoio do governador, os resultados foram imensamente positivos, pois, mesmo com esse cenário desfavorável, não houveram cortes nos investimentos nas universidades em projetos de extensão e pesquisa. “Isso é a demonstração de que, no Paraná, o ensino superior é prioridade”, resume.

Fotos: André Waiga

LIDERANÇA DE CLASSE Modesto, João Carlos atribui o vasto currículo à sua idade. Acadêmico titular da Academia Brasileira de Odontologia, foi presidente da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) e, em âmbito internacional, presidente da Associacion Latinoamericana de Operatória Dental y Biomateriales (ALODYB). Em Ponta Grossa, foi secretário municipal de Educação e de Planejamento. Mas, para ele, nada mais importante do que o título de professor, visto que foi através do magistério que conquistou todos os outros, inclusive - considerado por ele - o honroso cargo de reitor. “Quando o governador me convidou para ocupar o cargo de secretário, eu era reitor e ocupava o cargo de presidente da Abruem. Ele me convidou para ir em seu gabinete e disse que entendia, pela minha experiência de estar na terceira gestão de reitor, e que eu tinha liderança entre os colegas reitores de universidades, e que isso seria importante para o governo”, conta. Um dos números que mais orgulha João Carlos Gomes foi a elevação, em mais de três vezes, do orçamento para as sete universidades estaduais (UEL, UEM, UEPG, Unioeste, Unicentro, Unespar e Uenp), nos últimos sete anos. O valor repassado, sem contar os hospitais universitários, de R$ 780 milhões, passou para R$ 2,5 bilhões. “Crescemos, nesse período, em 100% os cursos de doutorado, passamos de 41 para 84. Os mestrados passaram de 110 a 187. Em 2010, tínhamos 3,2 mil doutores nas universidade, e hoje temos 4.850”, relata. “No ensino superior, nós temos quase 90 mil alunos matriculados e quase cinco mil doutores em nossas universidades. O Paraná é o segundo estado da federação em número de alunos. Não existe isso em outro lugar no Brasil, com exceção de São Paulo”, completa.

Quanto aos investimentos, não há priorização por região: eles são proporcionais aos portes de cada instituição. Na UEPG, por exemplo, além dos valores para custeio e folha salarial, foram investidos R$ 31 milhões até março deste ano. Um dos principais resultados foi a nova biblioteca, cujo aporte superou R$ 8 milhões. QUASE IMUNE AO AJUSTE FISCAL Questionado sobre o momento da crise, e de que forma o ‘arroxo’ fiscal impactou na secretaria, Gomes foi enfático ao alegar que a Seti seguiu como prioritária. “Mesmo num momento de crise, a partir do final de 2014, nunca tivemos do governador alguma determinação que diminuísse o investimento nas universidades. Pelo contrário, aumentamos os projetos e programas da Fundação Araucária, assim como projetos de pesquisa e extensão da secretaria. Mas tivemos sim que priorizar alguma coisa”, destaca. Algumas obras foram postergadas, mas o resultado financeiro logo veio. “Em 2016, o governador voltou sua atenção às obras e, em 2018, serão R$ 8 bilhões em investimentos. Tudo isso em função do ajuste fiscal”, acrescenta. Em março último, o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, esteve em Ponta Grossa, juntamente com a governadora Cida Borghetti, João Carlos Gomes e Júlio Felix, presidente do Tecpar, para a consolidação do convênio que garantirá investimentos superiores a R$ 33 milhões no Campus de Uvaranas da UEPG. Esse montante será destinado em uma fábrica de medicamentos sintéticos, para o combate ao câncer, com produção em nível industrial, de 300 milhões de unidades por ano, para abastecer todo o Brasil. Em seu discurso, o deputado federal Sandro Alex relatou que este será o maior legado que João Carlos Gomes estaria deixando para Ponta Grossa. O ex-se-


Política

/ João Carlos Gomes cretário reconhece a importância da obra. “O deputado Sandro Alex acompanhou de perto que comecei esse processo como reitor. Quando foi selada a parceria entre a UEPG e o Tecpar, eu era reitor. Coincidiu que meses depois fui convidado para a secretaria e, com isso, assumi a presidência do Conselho de Administração do Tecpar. Não fiz sozinho, o professor Luciano Vargas, atual reitor da UEPG, deu continuidade, mas me sinto honrado fazer parte desse momento como ex-reitor e como ex-secretário”, alega. INOVAÇÃO É DESEJO Agora já fora da secretaria, João Carlos relata que seu maior desejo para a pasta, onde atuava, será ver um desenvolvimento maior na área de inovação. Ele reconhece que em seu momento no executivo, pela limitação econômica em decorrência da crise, talvez não foi possível avançar como gostaria, especialmente pela chegada da ‘revolução 4.0’. “Temos que criar condições para que essa juventude que está entrando no mercado chegue com qualidade e com competitividade, através de uma formação forte, porque vamos ser cada vez mais cobrados interna e externamente quanto a isso”, frisa.

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EDUCAÇÃO COMO BANDEIRA Toda a experiência obtida pelos mais diversos cargos exercidos, acredita João Carlos Gomes, convenceu-o a buscar uma cadeira de deputado estadual – cargo que já tentou na década de 1990, e que não obteve êxito apenas pela legenda, visto que fez uma votação expressiva. “Entendo que posso dar uma contribuição também na área do legislativo. Vou colocar meu nome à disposição, e se eleito for, pelo voto da comunidade, vou ter como bandeira a educação, mas também a ciência, inovação e desenvolvimento. Nós precisamos criar condições para que nossa juventude esteja preparada para o futuro do nosso país”, declara, acrescentando que acredita ser necessário reforçar a representatividade regional na Assembleia.

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VIDA ATRIBULADA Engraxate, vendedor de loteria esportiva e apagador de quadro negro. Três ocupações distintas que têm algo em comum: todas foram atribuições de João Carlos, ainda antes de atingir a maioridade. Filho mais novo de uma família com 12 irmãos, ele iniciou sua jornada profissional com pouco

mais de dez anos em sua cidade natal, Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro do Paraná. “Com menos de 12 anos, eu já tinha ‘caixinha’ na esquina. Mas era um processo natural. Talvez, na simplicidade dos meus pais, mais do que para ganhar dinheiro, era para ter obrigação. E isso formou nosso caráter”, acredita. Simultaneamente, mas com dedicação total, ele estudava. Nessa época, sua meta de vida era se formar em odontologia. “Quando jovem, tinha um amigo da família, formado em odontologia, e eu gostava muito dessa pessoa. Eu fazia tratamento no seu consultório como paciente, mas também ficava ali ajudando, e daí quis fazer odontologia”, recorda. Com irmãos mais velhos, disse sentir-se privilegiado por poder ir para Curitiba, estudar para realizar o sonho profissional, já que eles contribuiriam. Mas ao ver sua força de vontade, foi convidado por representantes do cursinho, o Dom Bosco, para ser apagador de quadro negro, que lhe daria o direito de uma bolsa de estudos. Sua primeira vinda a Ponta Grossa ocorreu no segundo semestre de 1975. “Foi para fazer a inscrição para o vestibular, porque naquela época era preciso fazer pessoalmente. Não tinha nada on-line”, lembra. O vestibular foi prestado em janeiro de 1976, e, com o resultado positivo, iniciou sua vida acadêmica na Universidade Estadual de Ponta Grossa, em março daquele ano. Ao terminar a graduação, começou sua história na docência, como professor voluntário. Foi aprovado em concurso em 1984, fez mestrado em 1986, foi coordenador de curso e diretor de setor. Nesse meio tempo, até escreveu um ‘best seller’ sobre próteses adesivas, assunto em voga naquele momento. “Foi um dos livros mais vendidos na época na área de odontologia. Foi um orgulho para mim, tanto que hoje já se passaram 30 anos e encontro colegas dizendo que ainda têm meu livro na prateleira”, relata. Como reitor, sua primeira gestão ocorreu entre 1991 e 1994. A segunda foi entre 2007 e 2010, enquanto a terceira seria de 2011 a 2014, porém, foi interrompida pelo convite do governador. “Desde acadêmico, eu sempre me envolvi com a questão de representação política e estudantil. Meu pai foi cinco vezes vereador e, talvez essa vivência com ele em casa, foi o que me motivou a participar dessas questões políticas e administrativas”, conclui.



Política

Foto: Diário dos Campos

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Marcio Pauliki e Caputo Neto anunciam recursos de R$ 5 milhões para a saúde

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O deputado estadual Marcio Pauliki (SD) protagonizou, junto ao Governo do Paraná e do então secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, a entrega de recursos em investimento na ordem de R$ 5 milhões (5/4), para serem aplicados na saúde pública em 20 municípios dos Campos Gerais. Essa foi a maior liberação de verbas em repasse individual conquistados por um parlamentar na região, na área da saúde, nos últimos anos. A cerimônia de oficialização do repasse aconteceu na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), onde o ex-secretário Caputo Neto aproveitou a oportunidade para fazer um balanço de suas ações frente à saúde pelo estado, um dia antes de deixar a sua pasta (6/4). “Pauliki entrou na política pela saúde e, especialmente pela oncologia, que temos a honra de trazer para o Hospital Regional, região que precisa melhorar o atendimento na saúde pública”, apontou Michele Caputo Neto. Do montante de recursos liberados, o repasse inclui R$ 2 milhões para o Instituto do Câncer dos Campos Gerais (ICCG) e R$ 3 milhões que foram destinados para outras 19 cidades, visando a aquisição de insumos no setor de saúde, como veículos para transporte e equipamentos para as unidades de saúde. “Trata-se de um repasse

fundamental, que estou tendo a satisfação de anunciar para a nossa região, e que trará um benefício ímpar para toda a comunidade regional. Um deputado precisar estar atento às demandas da população”, comentou Marcio Pauliki. Em Ponta Grossa, o ICCG contará com a construção da Farmácia Oncológica e do Centro de Tratamento de Leucemias e Linfomas (CTL). As cidades de Arapoti, Imbituva, Inácio Martins e Paiçandu receberão equipamentos para postos de saúde. Carambeí, Castro, General Carneiro, Ipiranga, Mandaguari, Palmeira, Piraí do Sul, Santo Antônio da Platina, Tibagi, Umuarama e São Jerônimo da Serra poderão contar também com reformas e ampliações de postos de saúde. Teixeira Soares receberá kit para fisioterapia, enquanto a cidade de Reserva terá a construção de um posto de saúde na área rural e veículo para a saúde. Rio Azul vai receber ônibus para transportar pacientes e a cidade de Santana do Itararé terá reforma e ampliação de posto de saúde e transporte dos pacientes. Ainda na ocasião, o prefeito de Inácio Martins, Júnior Benato, fez um breve discurso como representante das demais cidades beneficiadas com a liberação de verbas. “Com recursos próprios, dificilmente, teríamos condições de investir tanto na área da saúde.

Por isso, esses recursos estão sendo investidos com olhar especial para os municípios. A saúde é um dos setores que nossos munícipios mais precisam”, ressaltou Benato. INSTITUTO DO CÂNCER O Instituto do Câncer deverá funcionar junto ao Hospital Regional Universitário dos Campos Gerais, no Campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Além da Casa da Acolhida – um ambiente acolhedor, com sala de estar e cozinha comunitária, onde as famílias poderão pernoitar e aguardar o tratamento –, o hospital contará com o Centro de Tratamento de Leucemias e Linfomas (CTL) e a Farmácia Oncológica. A vice-presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) de Ponta Grossa, Sueli Schmitt, comentou que “é uma bênção essa conquista para a nossa cidade. É uma luta de 30 anos, que está sendo concretizada”. Para este ano ainda, Marcio Pauliki pleiteia emendas na ordem de R$ 8 milhões para a segunda fase do ICCG, verba já inserida no orçamento governamental, para a construção do novo Centro Cirúrgico, com espaço de seis salas de cirurgia e adaptação de 25 leitos para internamento. Entre 2019 e 2022, serão necessários mais R$ 20 milhões para a consolidação da oncologia pediátrica no Insti-

tuto do Câncer. “É preciso uma estrutura adequada e próxima da população. Por isso, estou lutando pela implantação do ICCG, para atender toda região dos Campos Gerais, bem como receber pacientes do Centro Sul e Norte Pioneiro”, afirmou Pauliki. Para a vice-reitora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Gisele Alves de Sá Quimelli, é uma honra a implantação do ICCG no Hospital Universitário. “Fico sem palavras pela confiança que nos deu para a implantação do ICCG, para trazer comodidade e qualidade no atendimento médico nos Campos Gerais”, justificou. A diretora técnica do Hospital Regional Universitário dos Campos Gerais, Tatiana Cordeiro, acredita que a consolidação do ICCG irá trazer benefícios em pelo menos três frentes. “Uma será o conforto do paciente que não precisará se deslocar para outras cidades para buscar atendimento. A segunda é fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão no Hospital Universitário, e a terceira visa conseguirmos utilizar plenamente os 180 leitos do nosso hospital, que é 100% público e gratuito”, esclarece Tatiana. A expectativa para que o Hospital Regional possa receber os primeiros pacientes para atendimento de hematologia oncológica, como linfomas ou leucemias, gira em torno de seis meses.



Atenção, senhores passageiros! O lançamento de uma nova emoção acontece na Costa Cruzeiros, com o novíssimo navio Costa Venezia, que fará seu cruzeiro inaugural, em março de 2019, saindo de Trieste, na Itália, com destino a Yokohama, no Japão. E você pode reservar cada trecho dessa viagem inaugural, separadamente, em meio a novidades, inovação e o calor da hospitalidade italiana, para que você veja o mundo de um ponto de vista diferente: o do mar. Confira!

Uma trilha de emoções

COSTA VENEZIA

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Com 135.500 toneladas, o Costa Venezia oferecerá 2.116 cabines para um total de 5.260 passageiros. Seu design é inspirado da cidade de Veneza. Após a viagem inaugural, o Costa Venezia terá como destino Changai, na China, seguindo a famosa jornada de Marco Polo. Os tripulantes desfrutarão de uma experiência única, imersos em uma viagem virtual e multisensorial pela gastronomia, arte, música e entretenimento da icônica cidade flutuante.

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Do Mar Adriático ao Golfo Pérsico

De Dubai a Singapura

De Singapura a Yokohama

SAÍDA 08/03/2019

SAÍDA 27/03/2019

SAÍDA 13/04/2019

19 noites

17 noites

16 noites

Embarque em Trieste visitando Dubrovnik, Bari, Heraklion, Canal de Suez, Aqaba, Eilat, Salalah, Muscat, Abu Dhabi e desembarque em Dubai

Embarque em Dubai visitando Abu Dhabi, Khor Fakkan, Marmugao, Cochin, Colombo, Langkawi, Port Kelang e desembarque em Singapura

Embarque em Singapura visitando Laem Chabang, Phu My, Da-Nang, Shenzen, Hong Kong, Keelung e desembarque em Yokohama

Rua Cel Dulcidio 1086, Centro telefones: (42) 3220-7307 (42) 98833-8270 e-mail: marcia@jdegraf.com.br msn: marciajdegraf@hotmail.com skype: marcia.degraf WhatsApp: (42) 98833-8270



Especial

/ Guarapuava

Guarapuava: cidade sinônimo de crescimento

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Somando cerca de R$ 2 bilhões em investimentos públicos e privados, município registra crescimento do PIB e de outros indicadores acima da média estadual, impulsionando o desenvolvimento social

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Encravada em posição estratégica na região central do Paraná, Guarapuava é uma das dez maiores cidades do Estado. Com uma população de 180 mil habitantes e uma ampla extensão territorial, com 3,1 mil km², é também uma das mais antigas, com quase 200 anos de história. Mas não basta apenas ocupar a nona colocação no ranking estadual de população e ser a primeira em área para mostrar sua relevância no contexto federal – em termos econômicos, o município também ocupa uma posição de destaque. A geração de riquezas (PIB), por exemplo, atingiu R$ 4,76 bilhões no período de um ano, segundo o último levantamento divulgado pelo IBGE. É justamente esse último indicador que revela a dinamicidade da economia da cidade em um período recente, como mostrou a edição passada da revista D’Pontaponta, de uma evolução de 89,8% no Produto Interno Bruto, nos

últimos cinco anos, conforme informações do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, o Ipardes. Índice esse, aliás, acima da média estadual (67,4%), que foi refletido diretamente pelos recentes investimentos aplicados na cidade, seja pela iniciativa privada ou pública, que superam R$ 2 bilhões e impactaram no desenvolvimento em diversas áreas. “Para atingir esse aporte bilionário, muito trabalho foi feito”, explica Cesar Silvestri Filho, 37, prefeito de Guarapuava. Ele informa que a prefeitura desenvolveu e executou projetos para captação de recursos públicos junto aos governos estadual e federal; firmou grandes parcerias; mobilizou lideranças e talentos; e reordenou as finanças e planejou, com muito critério e responsabilidade, os novos rumos da cidade. “Com uma gestão moderna, planejada e comprometida com o desenvolvimento da cidade, conseguimos atrair investimentos que

fizeram com que Guarapuava voltasse a ocupar a posição de cidade polo na região. Com muito esforço, trabalho e dedicação, administramos a equipe e juntos trabalhamos na construção de uma nova Guarapuava”, destacou. Os investimentos em infraestrutura possibilitaram os investimentos particulares, que fomentaram a economia. Para Silvestri, foram esses aportes que facilitaram a instalação de novas empresas, também próximas às rodovias duplicadas e ao aeroporto que está sendo ampliado e do primeiro Shopping Center da região, que será inaugurado no final de abril. Tudo isso serviu como incentivo à formalização de 4,6 mil novas pequenas e micro empresas desde 2014. Combinando com o investimento de R$ 150 milhões da Araupel, são quase R$ 350 milhões aplicados pela iniciativa privada, gerando mais de 1,8 mil vagas de emprego diretas.


INDICADORES SOCIAIS GANHAM DESTAQUE Em termos sociais, a prefeitura reduziu o déficit habitacional em 30%. Mais de 800 moradias já foram concluídas e há novos projetos habitacionais em execução, totalizando 1,5 mil unidades. “Em três anos, foram entregues mais casas que nos últimos 12 anos em Guarapuava. Conseguimos beneficiar realmente as pessoas que mais precisam, pois reordenamos o cadastro habitacional, criando novos critérios para escolha dos beneficiários da casa própria”, reforça o líder do executivo da cidade. Ainda nesse aspecto, contribui o percentual de 83% da população atendida com rede de esgoto. Reconhecendo a educação como a base do futuro, mais de R$ 4 milhões foram aplicados em reformas ou ampliações de CMEI’s (Centros Municipais de Educação Infantil) e outros R$ 2 milhões em quadras esportivas nas escolas. Em cinco anos, mais de 1,5 mil vagas foram ofertadas nos CMEI’s, e com isso Silvestri Filho atesta que o sistema educacional municipal se firmou como referência de qualidade, especialmente lembrando que, depois de 20 anos, Guarapuava pode oferecer novas vagas para as crianças de zero a três anos. Há a oferta, inclusive, de aulas de robótica para os alunos. A redução da mortalidade infantil, em 50%, entre 2012 e 2017, foi apontada pelo gestor municipal como um dos maiores resultados obtidos nos últimos anos, através do ‘Programa Mamãe Guará’, que garante toda atenção às gestantes e acompanha o bebê até completar um ano. O projeto garantiu prêmios como o ‘Gestor Público’ e o ‘Selo ODM’. Outras melhorias (como a reforma e ampliação de 16 Unidades Básicas de Saúde) e algumas medidas renderam o reconhecimento da revista IstoÉ, colocando a cidade no 1º Lugar como ‘Melhor Sistema de Saúde’ entre as cidades de médio porte do Paraná e em 17º lugar no ranking nacional. RIQUEZAS NO CAMPO E NO COMÉRCIO Ter a maior extensão territorial entre os municípios do estado é um fator a favor do agronegócio. Mas nem por isso é uma área esquecida pela administração pública – com incentivos aos pequenos produtores, mais de 30% da merenda escolar servida provém deles, que podem ampliar a renda. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) atingiu R$ 1 bilhão em 2016, um dos maiores do Paraná, montante que é quase o dobro do registrado em 2012 (R$ 530 milhões). “Anualmente, temos produtores na região batendo recordes na produção de grãos e com a demanda interna e externa em crescimento. Acredito que o aumento da produtividade no campo se deve muito à capacidade de modernização e atualização tecnológica do agronegócio em Guarapuava”, assegurou Cesar Silvestri, lembrando dos investimentos da Cooperativa Agrária, que se consolidou como a maior maltaria da América Latina, responsável pela produção de 25% do malte nacional. Ainda no âmbito econômico, o comércio também exibe grande pujança. Estudo ‘IPC Maps’, realizado pela IPC Marketing Editora, mostra que o potencial de consumo foi estimado em R$ 3,76 bilhões em 2017, valor que coloca o município no top 10 estadual em movimentação comercial. Em relação a 2013 (R$ 2,6 bi), foi uma alta de 41,3% em quatro anos. Para Silvestri, o indicador é interessante porque todos os investimentos na cidade são confirmados pelo aumento do potencial de consumo no município. “O aumento do VBP do agronegócio e do PIB, além dos investimentos públicos e privados, resultaram na distribuição de renda para a população, pois as novas oportunidades de emprego geradas nesses últimos anos foram fundamentais para movimentar a economia da cidade, ampliando o poder de consumo da população e fortalecendo o comércio local”, justifica.

COM OLHOS NO FUTURO Mesmo diante de toda evolução retratada, sempre há espaço para mais. Cesar Silvestri Filho aponta que deseja, para o futuro, empregos com maiores remunerações, mais indústrias e ofertas de vagas qualificadas. “Guarapuava é uma cidade que reconhece sua vocação para o agronegócio, mas consegue aliar isso à inovação e ao empreendedorismo. Por isso, hoje estamos com os olhos voltados para o futuro, porque sonho com uma cidade que possa se firmar e ser reconhecida como uma cidade produtora de ideias e inovação, e que, acima de tudo, se apresente como uma cidade segura e com alta qualidade de vida para a população, com capacidade de prestar serviços de excelência”, conclui.


Enfoque

Base Campos Gerais do BPMOA

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Serviços aéreos de saúde em 57 municípios

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Dois helicópteros estão de prontidão para realizar serviços aéreos de saúde e de segurança em Ponta Grossa e outros 56 municípios dos Campos Gerais e região Centro-Sul do Paraná. Atividades não só de salvamento médico, transporte de pacientes e atendimento de acidentes, mas também de operações policiais em geral, resgate em locais de difícil acesso e apoio à Defesa Civil em emergências estão entre as atribuições de atendimento pelas aeronaves. Elas pertencem à Base Campos Gerais do Batalhão da Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), inaugurada em 19 de março último, no Aeroporto Comandante Antônio Amilton Beraldo, o Sant’Ana, em Ponta Grossa. Embora os dois helicópteros prestem serviços para toda a região, um deles não fica exatamente fixo no hangar denominado Comandante Luiz Carlos Basson Dell’Aglio. Enquanto a aeronave do tipo Esquilo B2, locada pela Secretaria de Estado de Saúde para o ser-

viço aeromédico, fica baseada 100% do tempo na cidade, a aeronave policial fica a maior parte do tempo na cidade. “A aeronave é a reserva nossa que ficava em Curitiba. Então, ao invés de ficar lá, agora estará aqui. E quando uma outra, de Londrina ou Maringá tiver uma baixa, ela vai para lá. Mas fica em prontidão para vir para a região se acontecer algo aqui”, aponta Júlio César Pucci, comandante do BPMOA. Para tornar viável o serviço aeromédico, que se trata de uma operação distinta do aeromilitar por ser vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (SESA), há uma parceria tripla. “A Secretaria de Saúde locou a aeronave, quem opera o helicóptero são os pilotos do Batalhão de operações aéreas da Polícia Militar, e quem tripula são os médicos e enfermeiros da Prefeitura de Ponta Grossa, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)”, relata Pucci. Na questão da infraestrutura, a prefeitura entrou com o hangar. “Vamos trabalhar ligados com a

Polícia Militar e a Guarda Municipal”, completa o prefeito da cidade, Marcelo Rangel. Por beneficiar não apenas Ponta Grossa, mas toda uma região, Rangel classificou a conquista do serviço como histórico. “Esta base tem um caráter regional, visto que a sua importância está no fato de que a população passa a ter um atendimento qualificado, rápido e muito eficiente para o serviço de emergência, e isso faz diferença entre a vida e a morte de pessoas”, destaca Rangel. Na sua avaliação, uma vida não tem preço. Portanto, qualquer investimento feito na saúde ou em segurança comprova sua validade. “Sem dúvida, o atendimento de emergência é o investimento mais crucial dentro da saúde pública, porque em questão de segundos é a diferença entre a vida ou morte de uma pessoa, de uma criança. Até mesmo de um agricultor, que está em uma área mais distante”, exemplifica o chefe do Executivo.


HELICÓPTEROS DISTINTOS No serviço médico, o helicóptero do tipo Esquilo é amplamente utilizado para atendimentos de emergência em todo o mundo, com capacidade para o piloto, um médico, um enfermeiro e o paciente. Já os aeromilitares são operados com quatro aeronaves no Estado, sendo três distintas, que poderão ficar na cidade: dois EC130 B4, um Jet Ranger ou um Robinson R44. Um deles, aliás, esteve na região, quando houve a tentativa de assalto aos carros-fortes na BR-376, próximo ao pedágio da Colônia Witmarsum, sendo o primeiro veículo militar a chegar no local. A aeronave funcionará 12 horas por dia. “Não há homologação para voo noturno, mas esse período de 12 horas por dia é suficiente para atender uma demanda média de 30 pacientes por mês”, esclarece Vinicius Augusto Filipak, diretor de Política de Urgência da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

AMPLO LEQUE DE AÇÕES Municípios do entorno de Ponta Grossa, como Irati, Telêmaco Borba, União da Vitória e Guarapuava, perfazendo um raio de 250 quilômetros do Aeroporto Sant’Ana, são os abrangidos pelo serviço. Na área médica, trata-se de um serviço de urgência e emergência com a estrutura de uma ‘UTI Móvel’, com a possibilidade de resgate de acidentados, pacientes infartados, nascimentos prematuros e transferências de pacientes de toda a região, além de estrutura para o transporte de órgãos para transplante. Já na área militar, ficam destinadas especificamente as atividades policiais de patrulhamento e busca de criminosos em operações da Polícia Militar, além de apoio ao Corpo de Bombeiros, em situações de resgate em áreas rurais de difícil acesso, e da Defesa Civil, em casos de calamidade pública e enchentes.

QUESTÃO DE TEMPO No primeiro fim de semana de operação dos serviços na região, o Helicóptero Esquilo B2 decolou por duas vezes. No sábado (24/3), foi acionado para fazer o atendimento a um infarto, em Telêmaco Borba, enquanto que no domingo (25) pousou na rodovia BR-277, no município de São Luís do Purunã, para o resgate de um motorista de caminhão que caiu em uma ribanceira após tombar. “O serviço começa de forma lenta, porque os serviços não acham que a aeronave está à disposição. Mas a cultura vai se enraizando e criando credibilidade, em questão de tempo”, completa Pucci, relatando que o batalhão, nesse primeiro momento, diariamente ligava para o Samu, Siate e concessionárias, para informar que os serviços estavam de prontidão.

DEZ MIL ATENDIMENTOS Durante a cerimônia de inauguração da base em Ponta Grossa, o governador Beto Richa, acompanhado do então secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, revelou que as quatro bases já existentes de serviço aeromédico atingiram a marca de dez mil atendimentos realizados no Paraná. “Assim como os demais helicópteros que já atuam no estado, este é dotado de equipamentos de UTI para dar suporte à vida, além de equipe médica”, explicou o governador. Ele lembrou que, com esse serviço, todas as regiões do estado ficam assistidas. “Milhares de vidas salvas, nenhum óbito registrado durante o transporte, devido à agilidade do atendimento, aos equipamentos de última geração e à equipe médica qualificada”, completou o governador.


Debate

Medicina em foco

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A fitoterapia encara os medicamentos sintéticos?

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Centenas de bilhões de reais são investidos, anualmente, pelas indústrias farmacêuticas nas pesquisas para o desenvolvimento de novos produtos. Valor que se torna ainda maior se somar o que cada país, através de suas universidades, aplica do seu orçamento para buscar soluções para os mais variados males. Por outro lado, quem nunca utilizou uma planta ou algum ‘produto natural’ para tratar alguma dor ou determinada doença, por recomendação não só médica e farmacêutica, mas também de amigos, parentes ou dicas em páginas de internet? Neste último caso, a Fitoterapia é muito relacionada em costumes locais de povos e suas tradições. Porém, nas últimas décadas, houveram avanços nesse tipo de tratamento, com estudos e comprovações, surgindo como opção de quem quer fugir das fórmulas quimicamente manipuladas. Em 2006, o Ministério da Saúde emitiu uma resolução que permitiu a fitoterapia como uma medicina complementar ou integrativa. E, há pouco mais de três anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou regulamentações para tratamentos a partir de plantas, criando o registro de notificação de Produtos Tradicionais

Fitoterápicos. Em 2016, inclusive, a própria Anvisa divulgou a publicação Memento Fitoterápico, documento com mais de 100 páginas que traz informações e indicações sobre o uso e a eficácia de 28 espécies do Formulário de Fitoterápicos, com o objetivo de orientar a prescrição de plantas medicinais. Agora, em março, governo federal anunciou que vai investir milhões no propósito de tornar a medicina complementar - como a fitoterapia, acupuntura, florais, entre outras - mais popular no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas será que a fitoterapia tem tanto poder medicinal quanto os químicos? Esse assunto foi levado pela revista D’Pontaponta para especialistas, que revelaram informações surpreendentes. Entre elas a colocação da fitoterapia não como alternativa, mas sim em posição de igualdade; o relato da utilização de plantas para a fabricação de remédios conhecidos, com substâncias que ainda não foram sintetizadas; e a visão de que, para algumas áreas, a fitoterapia ainda não apresenta resultados satisfatórios, havendo a necessidade da utilização dos ‘artificiais’. Confira a posição de cada especialista a seguir.


Sinvaldo Baglie Professor doutor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UEPG “Quando se estabelece o uso das ciências de forma correta, como a farmacologia e toxicologia, para os medicamentos de origem de plantas medicinais ou sintéticos, ambos podem ser benéficos a saúde. Embora tenham fontes diferentes, se aplicar os devidos testes farmacológicos e toxicológicos e ensaios clínicos, poderá se ter resposta terapêutica favorável de ambos (sintéticos e fitoterápicos). A aplicação terapêutica de plantas medicinais devidamente embasada nesses princípios pode ser muito bem-vinda. Então, na busca de novos fármacos, esses podem ter origem na natureza, e, com testes adequados, fica muito claro que podem ser benéficos à recuperação da saúde, assim como os medicamentos sintéticos. A aprovação da utilização de fitoterápicos no SUS traz um grande benefício para a população por esses estarem disponíveis nas farmácias comunitárias, junto com outros medicamentos. Assim, médicos e farmacêuticos podem adicionar ao seu arsenal terapêutico como opção inicial ou somada a outros medicamentos. Isso é diferente das práticas de outras medicinas complementares, que podem até se utilizar de plantas medicinais, mas não com os mesmos critérios.”

Juliana Ribeiro Farmacêutica especialista em manipulação, saúde quântica e homeopatia “Tudo o que existe no planeta para o tratamento e profilaxia de doenças tem a sua devida utilidade. Mas, na minha conduta como profissional da área da saúde, como farmacêutica, sempre oriento meus clientes, além de descobrirem a causa, ou seja, a origem da sua doença, se necessitam algo, indico os fitoterápicos. Ele são melhores, menos agressivos para o organismo e mais seguros pela faixa de dose terapêutica ser maior em relação a um medicamento sintético. Muitos fitoterápicos são de venda livre, e é possível até cultivá-los em casa. Um dado importante é que a medicina chinesa, retratada há mais de cinco mil anos, que nos traz muita sabedoria, parte da fitoterapia como tratamento antes dos medicamentos sintéticos. Muitos outros povos também adotam a fitoterapia, assim como pajés, xamãs. Independente da crença ou do cunho religioso, a fitoterapia, como um tratamento, está inteiramente presente, inclusive em relação aos nossos ancestrais - afinal, quem nunca se rendeu ao ‘chazinho’ da vovó?”

Dionezine de Fátima Navarro Doutora em Química de Produtos Naturais “A Etnofarmacologia vem a ser o uso empírico dos medicamentos naturais pelas diversas etnias. Nós, que pesquisamos, temos respeito muito grande pelo saber popular. Quando pesquisamos plantas medicinais, primeiro vamos até a população para saber como elas vem sendo usadas, para que tenhamos um direcionamento, se podemos comprovar o não cientificamente essas plantas. O medicamento fitoterápico passa por todos os testes, como os sintéticos, para que possa ser comprovado e ser colocado no mercado. E isso também demanda gasto bastante oneroso. Mas efeitos colaterais são menores. Porém, alguns medicamentos são feitos a partir de plantas. A morfina, por exemplo, é considerada o maior hipnoanalgésico, que tira a dor de processos tumorais. Ela é extraída de uma planta, a papoula (Papaver somniferum). A papoula fornece outro composto bioativo, chamada codeína, que é usada como antiespasmódico. Então, os laboratórios não conseguiram sintetizar essa molécula da morfina. Outra é a Digoxina, extraída da planta Digitalis lanata, que é o único medicamento usado para problemas cardíacos. A natureza, na sua biodiversidade, pode nos responder aos nossos questionamentos de cura.”

Marco Antônio Bessa Médico doutor em psiquiatria e ex-presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria “Acredito que uma das vantagens dos medicamentos sintéticos, feitos pelos laboratórios, é que existe uma amplitude maior de oferta, ou seja, em todas as áreas de especialidades médicas existem os sintéticos. Esses medicamentos são relativamente mais seguros, porque são controlados pelas agências, passam por várias formas de controle médico, técnico e científico, e isso tende a dar mais segurança para o paciente, e mesmo ao médico que vai receitar. Há a tendência agora de se valorizar a maconha como um agente medicinal, e ela vem sendo usada sem nenhum controle científico, sem nenhum estudo onde se faz comparação de grupos, o que chamamos de ‘grupo controle’, onde as pessoas não sabem se estão usando a substância ou usando uma substância inerte, para que possa ser comparada e ter maior segurança e confiança no resultado. As indicações dependem de cada especialidade. No caso da minha área, na psiquiatria, existem alguns estudos com medicamentos fitoterápicos, como a chamada ‘Erva de São João’, que, teoricamente, poderia ser utilizada para quadros de depressão leve, mas os resultados não são muito animadores.”


IMM atende mais de seis mil pessoas no sistema penal em quatro estados Parceiro do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) desde 2012, o Instituto Mundo Melhor (IMM) atendeu 6.460 pessoas somente no ano passado. As ações foram realizadas em 15 unidades penitenciárias situadas em quatro estados brasileiros (Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Alagoas). Com atuação por meio de salas virtuais, o IMM oferece cursos profissionalizantes aos apenados, com o intuito de contribuir para a ressocialização dessas pessoas. Os cursos on-line realizados pelo IMM já resultaram em mais de 75 mil horas de remição de pena para os detentos. Ainda recentemente, foi entregue uma sala com computadores e impressoras para a realização de cursos on-line aos servidores públicos que atuam no Depen em Ponta Grossa.

Projeto do Rotary tem parceria do IMM A Cartilha da Água, projeto do Rotary Club Ponta Grossa Lagoa Dourada, foi lançada com a finalidade de conscientizar alunos de Ponta Grossa, especialmente, sobre a preservação do meio ambiente, ressaltando também a importância do uso correto da água. Com a distribuição de 30 mil cartilhas, aproximadamente, aos alunos do quinto ano do ensino fundamental de Ponta Grossa, assim como das regiões dos Campos Gerais e Metropolitana de Curitiba e Litoral, a iniciativa do Rotary Lagoa Dourada, em parceria com a CCR RodoNorte, Instituto Mundo Melhor e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, visa estimular atividades didáticas e lúdicas junto aos alunos. “Um dos objetivos mundiais do Rotary se concentra em desenvolver diversas atividades voltadas à preservação do meio ambiente. A Cartilha da Água vem ao encontro desse objetivo, procurando conscientizar nossos jovens de que se faz necessário preservar nossos mananciais, para que nunca falte água potável no mundo”, afirma José Eli Salamacha, advogado e um dos responsáveis pelo projeto.

Ações do IMM chegam a Pernambuco Com a oferta de cursos on-line, o Instituto Mundo Melhor (IMM) estende suas ações até a Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ), em Itamaracá, no estado de Pernambuco. Em parceria com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e o judiciário estadual, a PAISJ será o primeiro estabelecimento prisional em Pernambuco a receber o projeto, com duração mínima de quatro anos, que consiste na oferta de cursos à distância em várias áreas aos reeducandos. Ainda recentemente, o secretário-executivo de Ressocialização, Cícero Rodrigues, recebeu representantes da Ajufe. A visita teve o intuito de conhecer a área física proposta pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), vinculada à Justiça e Direitos Humanos, para colocar em prática o projeto Ajufe por um Mundo Melhor. Com a parceria do Instituto Mundo Melhor, o projeto na penitenciária será na modalidade ensino à distância (EAD).

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Pacote de cursos em Irati

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O Instituto Mundo Melhor (IMM) deverá implantar um pacote de cursos voltado às Práticas Restaurativas, juntamente com a Secretaria de Assistência Social de Irati. Além disso, o IMM irá atuar com salas virtuais para ofertar cursos de capacitação aos jovens atendidos pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) daquela cidade. O acordo para a implantação dessas atividades foi firmado neste mês. Inicialmente, os cursos de ‘Práticas Restaurativas’ serão dirigidos aos servidores da Secretaria.


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Audi inicia vendas do mais apimentado TT da história Quem procura um esportivo leve, compacto e ágil, pode encontrar no novo Audi TT RS uma das opções mais interessantes do mercado. Equipado com o mesmo motor do RS3, um cinco cilindros de 2,5 litros, turbinado, que rende 400 cavalos, ele acelera de 0 a 100 km/h em míseros 3,7 segundos. Contribui para isso o sistema de tração integral da Audi, o Quattro, com vetorização de torque, que também propicia melhor controle do ‘rocket pocket’ em curvas. O bloco de motor é de alumínio e a pressão do turbo é de 20 psi, ou seja, o equivalente 1,4 quilo, gerando uma força linear de 480 Nm de torque entre 1.700 e 5.850 rpm. O visual mais agressivo que o do TT S, com grandes entradas de ar na

dianteira e aerofólio protuberante atrás, é potencializado pelas enormes rodas de aro 19, com pneus esportivos Bridgestone Potenza. Elas abrigam enormes discos de freio de aço ventilados e perfurados, ‘mordidos’ por pinças com oito pistões, para fazer o compacto esportivo parar com tanta força quanto acelera. Por dentro, o luxo se faz presente com acabamento interno em fibra de carbono, câmera de ré, sistema de som Bang & Olufsen, entre outros. Já disponível nas concessionárias Audi no Brasil, o TT RS é comercializado por R$ 424,9 mil. Seu principal concorrente é o também alemão Porsche Cayman GTS, que é mais caro (R$ 447 mil), menos potente (365 cavalos) e mais lento na aceleração (0 a 100 km/h em 4,3 segundos).

Maybach redefine o significado de Luxo

Rolls Royce e Bentley são referência quando o assunto é luxo. Mas mesmo um ‘Phantom’ parece pouco na comparação com o mais novo Maybach, divisão de luxo da Mercedes-Benz. Primeiramente porque mais que um carro, o S650 Pullman 2019 é uma ‘mini limusine’. Somente a distância entre-eixos dele é maior que mais de 50% dos carros vendidos no Brasil (4,41 metros), e seu comprimento total atinge 6.499 mm. Para movimentar o sedã, que pesa inacreditáveis 4,5 toneladas, o motor escolhido foi o maior da Mercedes: um V12, com dois turbos, que rende 630 cavalos de potência. O interior, como não poderia deixar de ser, esbanja luxo. Três cores (cinza Magma Grey, marrom Mahogany Brown e a combinação de bege Silk Beige com azul Deep Sea Blue) podem ser escolhidas para o revestimento, que vai das poltronas, às portas, chão e teto. O acabamento é em nogueira. Os bancos são executivos, com extensor para as pernas, fazendo do carro um ‘leito’. Aliás, são apenas dois, separados por um console central com um frigobar e porta-taças especial, que permite sua utilização com o carro em movimento. Ar condicionado individual, diversas telas e sistema de som de alta definição com sistema surround são itens ‘básicos’ de série. Os vidros e o teto solar vêm com persianas. Tudo isso por uma bagatela de aproximadamente 500 mil euros.

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BMW traz ao Brasil edição limitada de esportivo

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Para quem gosta do BMW M4, a montadora bávara trouxe uma surpresa para o Brasil. Seis unidades de uma versão ainda mais esportiva do ícone, a M4 CS, foram disponibilizadas para a venda. As melhorias estão em todos os aspectos. A começar pelo motor, o seis cilindros em linha, de 3 litros, com dois turbos, entrega 460 cavalos, ou seja, 29 cavalos a mais que a ‘original’, fazendo dela a mais potente Série 4 homologada para rodar nas ruas. A aceleração da imobilidade aos 100 km/h é feita em menos de 4 segundos e a velocidade máxima é de 280 km/h, limitada eletronicamente. O câmbio é automático, de dupla embreagem, com opção de troca pelas borboletas atrás do volante. No exterior, há detalhes em fibra de carbono, como nos spoilers frontais e traseiros. As rodas pretas, de liga leve, são aro 19 na frente e 20 atrás, revestidas com os grudentos pneus

Michelin Pilot Sport Cup 2, considerados ‘semi-slicks’, para proporcionar a melhor aderência nas arrancadas, freadas e curvas. No interior os assentos esportivos são revestidos com alcântara e couro, mas o detalhe especial é o puxador da porta, com alças em lona. Para levar para casa, além da sorte de ainda conseguir encontrar um disponível, o comprador precisará desembolsar exatos R$ 663.950.



Entrevista

/ Fabrício Bittencourt da Cruz

Apajufe sob o comando ponta-grossense Juiz federal Fabrício Bittencourt da Cruz, que já foi secretário-geral e juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de magistrado instrutor no Supremo Tribunal Federal (STF), assume a presidência da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) | por Eduardo Gusmão e Fernando Rogala

Fabrício Bittencourt da Cruz, 39, vem ganhando destaque, nos últimos anos, como um dos ponta-grossenses mais notáveis no âmbito do Judiciário nacional. Filho de José Leocádio da Cruz e de Iracema Bittencourt da Cruz, graduou-se em Direito pela UEPG, tornou-se mestre em Direito Socioeconômico pela PUC-PR e doutor em Direito do Estado pela USP. Por mais de uma década, prestou concursos públicos, passou por diversas esferas relacionadas à sua área de formação, até chegar a ser nomeado como juiz federal, em Guarapuava, atualmente. Em Brasília, já foi magistrado instrutor no Supremo Tribunal Federal (STF) e ocupou o cargo de secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em fevereiro último, assumiu a presidência da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe). Além desse breve currículo, ele ainda atua como professor. Em seu cotidiano fora da corrida vida profissional, repleta de viagens, Fabrício se revela uma pessoa que valoriza muito a família. Casado com Fernanda há mais de dez anos, assegura viver uma vida “sem os exageros do capitalismo”, tentando passar ao Lucca, seu filho de cinco anos, apontado como “sua maior alegria”, o contato com a natureza. Ao conversar e colocar as palavras com a naturalidade que um escritor escreve, basta pouco tempo de contato com ele para perceber um amplo conhecimento, a sensatez em seus pensamentos e a imparcialidade em diversos assuntos - algo fundamental para o cargo que ocupa. No bate-papo informal antes da entrevista, classificou que vivemos em um momento ‘nebuloso’ com relação ao futuro próximo. Conheça um pouco mais de sua trajetória profissional e seus pensamentos sobre assuntos contemporâneos a seguir.

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Sua escolha pelo Direito teve alguma influência direta pela atuação reconhecida de seu pai José Leocádio da Cruz? Na verdade, sempre existe influência familiar. Tanto pró ou contra uma profissão. Mas a minha relação com meus pais sempre foi muito livre e tranquila com relação a isso. Sempre tive plena liberdade em relação à escolha do meu futuro. Meu pai à época atuava como auditor fiscal da Receita Federal e professor do curso de Direito da UEPG, enquanto minha mãe seguia carreira como professora de educação artística. Ambos são professores atualmente. Então, o que mais carrego de influência dos meus pais é o entusiasmo pelo ensino. Além de magistrado, sou professor e um grande apaixonado pela docência, pela dinâmica de convívio com alunos de todas as idades e ideologias e pela incrível oportunidade de transmitir e receber lições de qualidade em sala de aula. Um professor aprende muito mais do que ensina.

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Por quais motivos optou em seguir carreira como juiz federal? Para começar minha independência como indivíduo, financeira e pessoal, eu pretendia passar cedo em concurso público. Prestei vários concursos, em cenários extremamente competitivos. Enorme desafio para um jovem com dezoito anos de idade, especialmente pelo fato de ter de lidar com reprovações e mais re-

provações. Por sorte ou ironia do destino, meu primeiro cargo público foi como técnico na Justiça Federal em Ponta Grossa. Eu ainda era aluno no curso de Direito na UEPG e pude continuar residindo em nossa cidade. Esse início profissional foi muito importante para mim, porque vi nos bastidores o bom funcionamento do modelo de justiça que era o federal na época. E aquilo me chamou muito a atenção. Depois fiz concurso de analista da Justiça Federal e também obtive aprovação para atuar em Ponta Grossa. Posteriormente, tornei-me promotor de justiça do Estado do Paraná, honroso cargo onde aprendi muito tanto pelo convívio com colegas, quanto pelas experiências do dia a dia profissional. Mas o foco nos concursos continuava especialmente pela anterior relação com a Justiça Federal. Por isso, busquei a magistratura federal. Como foi sua trajetória até chegar ao Conselho Nacional de Justiça, ocupando funções como secretário-geral e juiz auxiliar da presidência do CNJ? O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário em nossa nação. Os ministros do STF podem convocar juízes para a instrução de certos tipos de processos que tramitam naquela Corte. São onze vagas. Cada Gabinete no STF conta com uma vaga de magistrado instrutor, que deve ser

ocupada por juiz de carreira convocado para atuação por até dois anos. Foi um período de considerável aprendizado. Na sequência, fui nomeado pelo ministro Lewandowski, então presidente do STF e do CNJ, para o cargo de secretário-geral do CNJ. O Conselho Nacional de Justiça é o órgão da cúpula administrativa do Poder Judiciário, constituindo peça fundamental para a chamada “Reforma do Poder Judiciário”. Sua principal missão institucional é a formulação de políticas e estratégias nacionais para tornar o sistema judiciário mais eficiente e menos oneroso. Como se deu sua eleição e qual foi a plataforma defendida para alcançar a presidência da Apajufe? A Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) é uma instituição que já completou 20 anos. Nós, integrantes, conhecemos muito bem os objetivos institucionais da Apajufe e nutrimos grande respeito por esses objetivos. Surgimos como uma entidade voltada a agregar os juízes federais no Estado do Paraná. Com o passar do tempo, a Apajufe passou a apoiar movimentos importantíssimos e apartidários no Estado do Paraná, a exemplo da criação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, com sede em Curitiba, do Movimento O Paraná que Queremos e do Movimento pela Transparência.


Fotos: AndrĂŠ Waiga


Entrevista

/ Fabricio Bittencourt da Cruz

Quais foram os momentos de maior relevância como profissional das ciências jurídicas que marcaram sua carreira até agora? Muitas pessoas imaginam que a atuação do juiz é mais ou menos intensa a depender do tipo de caso que está para ser decidido. Normalmente se fala das grandes causas, sejam elas ambientais, sejam elas ações populares, entre outras. Mas no meu modo de ver as coisas, de sentir a atuação da magistratura, todos os casos merecem uma atenção especial. Todo caso envolve pessoas, fatos, anseios e expectativas. O Poder Judiciário exerce missões importantíssimas em nossa sociedade, especialmente o resguardo e a garantia de segurança jurídica em qualquer processo. Então, eu não ousaria escolher esse ou aquele caso. Afinal, todos merecem a devida atenção.

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A Operação Lava-Jato se projeta como a principal ação da Polícia Federal na história recente do país, com cerca de 50 fases e perspectiva de recuperação de R$ 12 bilhões. E outro juiz federal, o paranaense Sérgio Moro, ganhou notoriedade. Qual sua opinião sobre a Operação em si e sua repercussão? Um magistrado normalmente não se manifesta sobre a atuação técnica de outro magistrado. Trata-se de uma questão de autonomia e independência, inerentes e essenciais ao Poder Judiciário. Eu particularmente defendo, inclusive em âmbito acadêmico, que independência da magistratura é algo que jamais podemos abrir mão. Magistrados independentes representam a garantia de um Estado Democrático de Direito. Falando agora a partir das cotidianas informações de imprensa, mídia e internet, notamos certa polarização de opiniões sobre a operação.

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Vivemos um momento distinto em nossa ainda jovem democracia, com uma intervenção federal no Rio de Janeiro. O que isso representa para a Justiça brasileira em todas as suas instâncias, e qual sua visão sobre a adoção dessa medida? Para termos uma noção contextual dos dias atuais no país, basta lembrarmos que a Constituição Federal proíbe a votação de qualquer emenda constitucional em três momentos muito importantes e específicos: Intervenção Federal, Estado de Sítio e Estado de Defesa. Até pouco tempo, não tínhamos sequer um exemplo histórico de intervenção federal da forma como está ocorrendo hoje no Estado do Rio de Janeiro. É tão interessante, em termos até acadêmicos, que livro algum previu intervenção setorial no campo da segurança pública como

está acontecendo. Vivemos um momento de séria instabilidade institucional, em que sequer emendas à Constituição podem ser deliberadas no Congresso Nacional. Há alguns anos, a palavra ‘reforma’ é uma das mais polêmicas no Congresso. Ainda recentemente, já foram aprovadas a reforma trabalhista e a minirreforma política, e está para ser votada a reforma da Previdência. Elas são necessárias? Até que ponto? O agir político na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, na Presidência da República tem uma leitura própria da necessidade e da oportunidade dessas reformas. Em termos de Direito Constitucional, uma das disciplinas que ministro na UEPG, cabem algumas observações sobre a Reforma da Previdência, por exemplo. O que se fala é que os números indicam a necessidade de sérias alterações nos sistemas de previdência. Mas não é de hoje que convivemos com a chamada DRU, a Desvinculação de Receitas da União, em que o governo retira até 30% das verbas da Seguridade Social para aplicar em outros campos. Sabemos que essas verbas destinam-se à Assistência, à Saúde e à Previdência. Enquanto houver DRU, no meu modo de ver a situação, não há necessidade de Reforma da Previdência. Em se tratando de juizado federal, além de sua atuação e de Sérgio Moro, Ponta Grossa teve Antônio César Bochenek como presidente da Ajufe. No âmbito da advocacia, Roberto Busato foi presidente do Conselho Federal da OAB. A que atribui esse destaque nacional de

profissionais da área que tem ligação com a cidade? É motivo de orgulho? Quando o Busato foi presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), isso orgulhou a todos nós, que operávamos na área do Direito. E tenho a certeza de que enobreceu a todos os ponta-grossenses, mostrou que um ponta-grossense poderia não só fazer a diferença, mas fazer muito bem o seu trabalho em âmbito nacional. O Bochenek tem grandes ideais cidadãos. É uma pessoa que luta por aquilo que acredita. Nós, juízes federais paranaenses, tivemos o Bochenek como presidente em duas oportunidades, tanto na Apajufe, quanto na Associação dos Juízes Federais do Brasil, a Ajufe, com sede em Brasília. Sou testemunho da intensidade e da eficiência de seu belo trabalho à frente de ambas as instituições. Em clima de campanha, agora global, que Brasil Fabrício Bittencourt da Cruz como cidadão e juiz federal espera para hoje e amanhã? Cada contexto envolve responsabilidades peculiares. Atualmente, percebemos que várias gerações se unem em prol de algo melhor, em prol de algo diferente. Talvez nem todos concordem com os significados desse melhor ou desse diferente, mas é inegável que algo está acontecendo em nossa ambiência social. Espero e desejo que as futuras gerações, quando analisarem os fatos desse nosso conturbado cotidiano, tenham o orgulho e a satisfação em dizer que nós acertamos, que seguimos o rumo correto, que atuamos conjuntamente em prol de uma nação cada vez melhor.



Capa

/ Luxe Decorações

assista em vídeo

Luxe Decorações

Todos os ambientes

de sua casa, com

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

‘luxo único e

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exclusividade’ Da Redação


Fotos: Laertes Soares

Vender exclusividade. Nada mais justo do que esse propósito para uma empresa que tem o ‘luxo’ em sua denominação. Fundada há cerca de um ano e meio, em Ponta Grossa, a Luxe Decorações ganhou mercado no município, e isso foi o impulso para que a empresa expandisse as suas atividades, da região do Jardim Carvalho, onde estava previamente instalada, para a nova loja na região central. Em 12 de abril, aconteceu a inauguração de suas novas estruturas, na Rua Doutor Paula Xavier, 1.287, no Edifício Onix. Trabalhando com as melhores peças de decoração e mobiliário de fabricantes nacionais e de diversas partes do planeta, não há limites nesse segmento, quando o assunto se trata de beleza, estilo e classe. A única limitação está na oferta de produtos, que são únicos, ou seja, o cliente não vai encontrar duas camas ou mesas iguais, por exemplo. “Na Luxe, nunca vamos comprar dois móveis ou dois de sofás iguais. Uma das reclamações que as pessoas têm é comprar uma coisa, mas aí vai na casa de um amigo, e ele tem o mesmo sofá. Então, esse é o grande diferencial da Luxe, pois, o que você compra é exclusivo para você”, esclarece o empresário João Cleber Generoso, nascido em São Paulo, mas que mora em Ponta Grossa há seis anos, onde vive com sua esposa, a ponta-grossense Suellen Hilgemberg Generoso. Com foco no público de maior poder aquisitivo de toda a região, o novo espaço é mais moderno e amplo, com cerca de 500 metros quadrados. E não são apenas alguns produtos pontuais de decoração que podem ser encontrados na loja, como explica Generoso. “O cliente terá a capacidade de montar todos ambientes de uma casa”, completa. Confira a seguir flashes da inauguração da nova Luxe Decorações.


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ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA


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“A Especial

/ Beto Richa

Hoje o

Paraná merece destaque

nacional

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

| por Fernando Rogala

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pós sete anos, três meses e seis dias, Carlos Alberto Richa deixa o principal posto político do Estado. Eleito governador por duas vezes, em 2010 e 2014, Beto Richa renunciou ao cargo para buscar representar o Paraná em Brasília, apresentando-se como pré-candidato a senador. Nesses mais de 2,6 mil dias comandando um dos cinco maiores estados brasileiros, o londrinense evidenciou grandes avanços em todas as áreas, com um salto nos indicadores não só sociais, mas também econômicos, mesmo com o momento de retração econômica nacional desde 2014. Mais de uma dezena de projetos e programas foram iniciados, inclusive o Paraná Competitivo, que, com seus benefícios fiscais, serviu de vitrine para atrair mais de R$ 40 bilhões em aportes industriais, ampliando o número de empregos e a arrecadação, refletindo em avanços na saúde, educação e segurança. E a região dos Campos Gerais foi uma das mais beneficiadas, aponta o ex-governador, recebendo R$ 5,2 bilhões em investimentos do Estado, sendo a maior parte em infraestrutura. Para a revista D’Pontaponta, Richa fez um balanço de seu mandato.


Fotos: Divulgação

Governador, essa sua segunda gestão completou três anos e três meses em março último. Qual a avaliação desse segundo mandato, quais as principais conquistas para o Paraná e os Campos Gerais? Hoje, em todos os setores, o Paraná merece destaque nacional. Realizamos muito desde 2011. Contas públicas em dia, houve redução da dívida, valorização do servidor, investimentos e obras acontecendo em todas as regiões, crescimento econômico acima da média nacional, taxa de desemprego entre as menores do Brasil. Investimos muito em infraestrutura. Nos

municípios dos Campos Gerais estão exemplos claros do crescimento do Paraná nos últimos anos. A região recebeu R$ 5,2 bilhões em recursos estaduais no nosso governo. Cerca de R$ 1 bilhão só na área da saúde. Foram R$ 370 milhões para projetos habitacionais, R$ 230 milhões nas estradas, R$ 150 milhões na rede estadual de educação e R$ 125 milhões para obras urbanas. Na expansão da rede de gás natural, foram mais R$ 113 milhões. Trouxemos grandes empreendimentos industriais, como da Klabin, que realizou o maior investimento privado da história do nosso Estado em Ortigueira.

Vossa Excelência deixou o cargo de governador em 6 de abril. Quais seriam as promessas, ainda não cumpridas, deixadas para Cida Borghetti, que ficou à frente do governo? A Cida é uma grande parceira e já declarou que fará um governo de continuidade. Se não conseguimos realizar todos os compromissos de campanha, não foi por falta de vontade, nem de empenho e dedicação. Tenho muito orgulho do que fizemos, e não foi pouca coisa. O Paraná de hoje é melhor que o de ontem e pode avançar ainda mais, agora que tem as contas equilibradas.


Especial

/ Beto Richa

Sobre o ajuste fiscal, Governador. Se não fosse esse ajuste, o que seria do Paraná hoje? Até onde esse ajuste representa o eixo do governo em relação a outros estados? Tristemente, ainda vemos nos noticiários as dificuldades pelas quais passam vários estados brasileiros. Quando atrasa salário é porque as outras despesas já deixaram de ser pagas há muito tempo. Três das cinco maiores economias do país passam por problemas de caixa: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Paraná, fizemos a lição de casa para enfrentar a fase aguda da crise econômica. Temos o caixa equilibrado, os salários e os fornecedores estão em dia, e há recursos para investimentos. O momento é de trabalhar com austeridade e responsabilidade. Com o ajuste, reduzimos as despesas em 7,5% e as receitas cresceram 2,5%.

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

O Paraná Competitivo atraiu mais de R$ 40 bilhões em investimentos para o Paraná, sendo cerca de um quarto para os Campos Gerais. Como avalia todo esse montante para apenas uma região do interior? Fico muito satisfeito e orgulhoso do resultado do Paraná Competitivo. A soma dos investimentos que trouxemos para o Estado representam 400 mil novas oportunidades de emprego. Nossa estratégia foi reconhecida internacionalmente. O grupo britânico The Inteligence, ligado à revista The Economist, apontou o Paraná como o segundo estado mais competitivo do país, atrás apenas de São Paulo. Os Campos Gerais, pela estrutura e mão de obra, absorveu grande parte dos novos empreendimentos industriais. Esta é uma conquista que se deve tanto ao esforço do governo estadual quanto dos gestores públicos da região, que tem potencial para atrair muito mais investimentos.

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Como coloca a região dos Campos Gerais em termos de investimentos em Infraestrutura nesses últimos anos? Quem anda pela região observa que as obras de infraestrutura estão acontecendo, e isso é fundamental para o desenvolvimento dos municípios. A Rodovia do Café tem várias frentes de duplicação. Conseguimos fazer a concessionária antecipar a obra, que recebe investimentos de R$ 1 bilhão. Temos que lembrar os investimentos no setor de energia, principalmente em oferecer gás natural para as indústrias da

região, e de saneamento, que melhoram a condição de vida das pessoas. Dos mais de R$ 5,2 bilhões que investimos na região, mais da metade foi para obras de infraestrutura. Recentemente, houve uma estagnação, em termos reais, no salário do funcionalismo público. Isso também é reflexo do ajuste fiscal? Acredita que os reajustes prévios suprem uma possibilidade de aumento? Quando assumi o governo, a folha de pagamentos do Estado era de cerca de R$ 800 milhões por mês. Em sete anos, o valor subiu para R$ 1,7 bilhão mensais. Esta é a prova inconteste da valorização dos servidores que promovemos na nossa gestão. No mesmo período, a inflação foi de aproximadamente 53%. Ou seja, houve ganhos reais de remuneração no funcionalismo. Em 2016, o reajuste foi de 10,67%. No último ano, zeramos as promoções e progressões de carreira. Nesse período, não foi possível conceder a reposição salarial, que aumentaria a despesa com pessoal em mais de R$ 2 bilhões. Um valor que poderia comprometer as contas públicas e, inclusive, nos colocar na mesma situação dos demais estados que atrasaram salários. Sobre o pedágio, em breve vencem os contratos. Qual sua opinião sobre a realização de novas licitações e adoção de novos modelos de concessão? No nosso governo, tratamos a questão das concessões de forma técnica e não política. Não saímos por aí gritando baixa ou acaba, pois está provado que isso não passa de bravata. Em todas as tentativas de judicializar a questão, o Estado e os usuários saíram perdendo. Agora, não há dúvida de que esse modelo gerou uma tarifa muito elevada, e isso tem que ser revisto. Essa é uma tarefa para o próximo governador e também para a União, já que a maior parte do Anel de Integração é de rodovias federais. Recentemente, foram anunciados mais investimentos nos portos. E há o projeto da ferrovia entre Maracaju e Paranaguá, estimada em R$ 10 bi, cujos estudos foram autorizados em março. O quanto essas obras são importantes para o agronegócio estadual? A nova ferrovia é uma obra estruturante, que vai ajudar não apenas o desenvolvimento

do Paraná, mas do Brasil. Tenho certeza de que haverá muitos grupos interessados na construção e operação desse ramal, e me orgulha ter iniciado esse processo. Quanto ao Porto de Paranaguá, basta ver a evolução da movimentação de cargas, para perceber o quanto nosso governo se preocupou em modernizar o terminal. Em 2010, foram 36 milhões de toneladas movimentadas. No ano passado, 51,5 milhões de toneladas. Isso representa um ganho de 40%. O Programa Paraná Seguro é referência nacional. Mas o Estado também teve fortes investimentos nas áreas da saúde e educação. Como considera a evolução dos indicadores do Estado do Paraná nesse ‘tripé’ nos últimos anos? Reduzimos a miséria em 57%, a mortalidade materna em 47%, a mortalidade infantil em 15% e reduzimos o índice de homicídios em 33%, a menor taxa em uma década. Hoje, 36% das receitas de impostos vão para o sistema de ensino. Na saúde, podemos destacar a implantação do serviço aeromédico em todo o Estado, além da reestruturação dos serviços de urgência e emergência e a implantação da Rede Mãe Paranaense. Hoje, o governo apoia, financeiramente, 273 hospitais públicos e filantrópicos. Na segurança, fizemos a maior contratação da história do Paraná, com 11 mil novos policiais e três mil viaturas. Na educação, os investimentos permitiram a reforma de mil escolas e, recentemente, liberei mais R$ 283 milhões para modernização da estrutura de informática e de internet de toda a rede. Sobre o investimento do Tecpar, de R$ 33 milhões na UEPG, anunciado em março, o quão importante será para Ponta Grossa e o Estado? Qual o legado que ele deixará? O Tecpar é um ativo do Paraná que deve orgulhar a todos. No nosso governo, reforçamos a estrutura e o corpo profissional e os resultados disso estão aí. Hoje, o instituto é uma referência para o país e vai produzir medicamentos para o SUS, que até então o Brasil importava. São remédios para doenças raras e também para o tratamento do câncer. O Governo do Paraná está investindo e buscando parcerias em inovação e tecnologia para ser referência nacional, e esta ação em conjunto com a UEPG e o Ministério da Saúde demonstra o resultado disso.



Cena Local

Duas chapas em campanha pela Reitoria da UEPG Marcelo Bronosky e Miguel Sanches Neto encabeçam as duas chapas que concorrem às Eleições pela Reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em maio próximo | por Eduardo Gusmão e Fernando Rogala Com posse em setembro deste ano, a Reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estará sob nova direção. Duas chapas se inscreveram e foram homologadas para concorrer ao comando de uma das maiores universidades públicas do Estado do Paraná. Elas apresentam dois nomes ainda inéditos para o cargo, atualmente ocupado por Carlos Luciano Sant´Ana Vargas. Enquanto uma tem como candidato principal o professor e doutor em Letras, Miguel Sanches Neto, 52, a outra está encabeçada pelo professor doutor na área da comunicação, Marcelo Engel Bronosky, 48. Ambos seguem carreiras na Universidade há mais de 20 anos. Sanches Neto, escritor nacionalmente reconhecido, ingressou como servidor em 1993, um ano antes de Bronosky concluir sua graduação em Jornalismo na instituição, onde passou a fazer parte do corpo docente em 1996. UEPG: Transformar é preciso é o nome da chapa representada por Marcelo Bronosky, que tem como vice o doutor em geografia Almir Nabozny. Já Everson Augusto Krum, doutor em Hematologia e diretor geral do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, compõe a chapa Somos UEPG, com Miguel Sanches Neto. O processo eleitoral terá início em 15 de maio próximo, com a consulta por meio eletrônico à comunidade universitária nos campi avançados e polos à distância. Nos campi de Ponta Grossa (Central e de Uvaranas), a eleição ocorre em 17/5, mesma data em que acontece a apuração. A chapa eleita toma posse em 1º de setembro, em um mandato de quatro anos, até 31 de agosto de 2022. A revista D’Pontaponta ouviu as duas chapas. Confira a posição de cada uma e conheça suas principais propostas em seguida.

No vaivém de governos, as universidades sempre enfrentam problemas com a falta de investimentos em pessoal e pesquisa, principalmente, sem se esquecer do ensino e extensão. Há alguma explicação ou solução para essa problemática? As universidades crescem, basicamente, pelo trabalho e dedicação dos docentes e técnicos-administrativos, e este esforço não tem compensação, quanto aos governos – como o atual que, além de quebrar, financiou uma operação policial milionária para agredir mais de 300 pessoas em 29 de abril de 2015. A verba de custeio prevista para a UEPG, no orçamento de 2017, era de R$ 16,4 milhões, mas nem todo foi de fato executado, e a de 2018 foi reduzida para R$ 10 milhões. Onde estão os deputados que foram eleitos pela região para exigir, como fazem os demais, respeito para a UEPG? A solução é uma reitoria comprometida com os problemas da Universidade. A UEPG precisa de alguém que cobre deputados e o próprio governo, mobilizando a sociedade em defesa da universidade pública, do SUS, do SAS, da educação básica.

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Chapa “UEPG: Transformar é preciso” Marcelo Engel Bronosky (reitor) e Almir Nabozny (vice)

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Como o senhor classifica e define a UEPG de hoje em relação às suas coirmãs espalhadas pelo estado? Apesar de reconhecermos que a UEPG cresceu bastante nas últimas duas décadas, em virtude da dedicação dos docentes e técnico-administrativos, a inércia de seus gestores em defesa da universidade perante aos sucessivos governos do estado, principalmente, nos últimos quatro anos, tem permitido uma maior precarização das condições de trabalho na UEPG em relação às coirmãs UEM, UEL e Unicentro. Mesmo a Unioeste, criada em 1987, ultrapassou a UEPG em indicadores de crescimento e avaliação. Enquanto isso, a UEPG segue cada vez mais frágil, apagada ou sem reação, e os parlamentares eleitos pelos Campos Gerais, que deveriam assumir essa luta, ficam “lambendo” as migalhas de uma troca de favor. Agora, em maio de 2018, a UEPG tem uma oportunidade de transformar o rumo da história e acabar com a submissão.

Que propostas sua plataforma de campanha tem como prioritárias para uma universidade comprometida com o futuro do estado e do país? Em termos mais abrangentes, a chapa tem como plataforma prioritária a garantia da natureza pública e gratuita das universidades, de maneira que essas continuem a serem lugares de excelência para a formação de indivíduos no campo científico, tecnológico, filosófico e artístico-cultural. Em termos mais específicos, a plataforma da chapa é a valorização do trabalho do docente e técnico-administrativo da UEPG (formação continuada, melhoria da carreira, condições de trabalho, entre outros), de maneira a garantir ensino, pesquisa e extensão de qualidade à população em geral. Qual é o papel fundamental que a universidade deve exercer junto à comunidade em que se encontra inserida? A universidade pública é paga com dinheiro de impostos da população. Dar as costas para a comunidade e acreditar que cargos comissionados e pessoas com interesse eleitoral administrem a UEPG é manter


o modelo viciado, que já provou ineficiência e esgotamento. O ‘Movimento Transformar’ começa pelo mais simples: ouvir o que as pessoas esperam e querem que a UEPG faça (participação popular) e, partir daí, administrar com transparência, autonomia de gestão (sair de baixo das botas de governos privatistas e irresponsáveis) e com garantia democrática (conselhos formados pela reitoria não têm capacidade crítica). Em que a universidade pública e gratuita difere da instituição particular paga? Dados de entidades da área (Capes, CNPq, e inclusive do ANDES/ SN) confirmam que, mesmo com 25% dos estudantes matriculados, as universidades públicas realizam mais de 90% de toda pesquisa científica registrada no país. A universidade privada, principalmente em cursos noturnos, atende prioritariamente os filhos dos trabalhadores, que não conseguem chegar nas públicas e pagam caro pela formação universitária. Os números revelam que a “elitização do ensino particular” está mais no difícil acesso à universidade, por um lado, pela limitada oferta de vaga nas públicas e, por outro lado, porque empresas privadas tratam a educação como lucro.

blemas com a falta de investimentos em pessoal e pesquisa, principalmente, sem se esquecer do ensino e extensão. Há alguma explicação ou solução para essa problemática? Os governos tendem a ver o sistema estadual de ensino superior como uma mera despesa, quando ele na verdade representa um fator de desenvolvimento humano, econômico, industrial e cultural de regiões do interior. O papel de uma reitoria ativa é demarcar junto ao governo e à comunidade essa vocação das universidades públicas, que devolvem ao estado muito mais do que elas custam. Que propostas sua plataforma de campanha tem como prioritárias para uma universidade comprometida com o futuro do estado e do país? A busca de uma gestão inovadora, socialmente referenciada, que forme cidadãos sensíveis aos problemas do país, empreendedores e com autonomia intelectual. Algumas das linhas mestras de nossa proposta são ‘investir para tornar os campi ambientes seguros para as pessoas que estudam, trabalham e visitam a UEPG’; ‘atuar em conjunto com as outras universidades estaduais do Paraná em defesa das pautas de luta estabelecidas por professores e agentes no tocante às questões salariais, de carreira e de condições de trabalho’; ‘revitalizar as instâncias colegiadas da instituição fomentando a ampla participação e garantindo um fluxo aberto de informação e comunicação com a reitoria’; e ‘buscar uma efetiva integração da universidade com a comunidade, para que ela impacte positivamente no desenvolvimento regional’. Qual é o papel fundamental que a universidade deve exercer junto à comunidade em que se encontra inserida? O papel de dinamizadora de ações que modifiquem o perfil cultural, econômico e social de sua região. Para isso, ela não pode estar a serviço de grupos nem de partidos, devendo ser uma força em que todas as representações políticas se reconheçam. A Universidade deve focar em projetos de ensino e extensão voltados para as pessoas que mais precisam, com trocas de experiências numa relação de pareceria com elas, mas tem também que estreitar as relações com o setor produtivo, que precisa ver nela uma força inovadora.

Chapa “Somos UEPG” Miguel Sanches Neto (reitor) e Everson Augusto Krum (vice) Como o senhor classifica e define a UEPG de hoje em relação às suas coirmãs espalhadas pelo estado? A UEPG é uma universidade que tem competência instalada em todos os setores, e nisso não perde em nada para outras IES do sistema estadual, mas, como ela manteve um modelo de gestão que não avançou nas últimas décadas, há uma defasagem administrativa que precisa ser vencida. A chapa ‘Somos UEPG’, composta por mim e pelo professor Everson Krum (que vem de uma experiência de sucesso na gestão do Hospital Universitário, instituição que é um orgulho para Ponta Grossa), pretende atualizar o modelo gerencial, para que os grandes profissionais que temos possam trabalhar em melhores condições. Para isso, vamos abrir espaço a novas lideranças e a perfis técnicos na composição da equipe. No vaivém de governos, as universidades sempre enfrentam pro-

Em que a universidade pública e gratuita difere da instituição particular paga? A universidade pública garante um espaço de inovação, de independência de experimentação, de foco desinteressado nos grandes problemas da comunidade e de formação de quadros altamente especializados que nenhuma outra consegue. Ela forma profissionais altamente especializados, que se fixam na região, fazendo da cidade um campo de atuação e modificando o perfil de toda a comunidade. Por investir em pesquisa de ponta, em pós-graduação e na formação de profissionais pesquisadores, a universidade pública vai muito além da mera transferência de informação. Ela cria uma perspectiva transformadora para os vários setores da sociedade. Além disso, a universidade pública, por contar com laboratórios de alta complexidade, por ser gratuita, por oferecer bolsas, por ter uma política de inclusão social e racial, está aberta para as classes que tradicionalmente não têm acesso à formação superior de qualidade. Defender a UEPG como pública, gratuita e de qualidade é defender os Campos Gerais como merecedores de um investimento determinante na educação. Se tirarem o orçamento público da UEPG, que garante os seus diferenciais de formação, a cidade empobrecerá, não só do ponto de vista econômico como também intelectual.


Fotos: Divulgação

Cena Local

Lacre Solidário

Mais de 100 cadeiras de rodas doadas

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Campanha da CCR RodoNorte beneficiou mais 11 instituições de sete cidades diferentes no estado

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Neste mês de abril, a concessionária CCR RodoNorte alcançou uma marca expressiva com a campanha Lacre Solidário, que junta lacres e anéis das latinhas de bebidas para a aquisição de cadeiras de rodas. Com o apoio de diversos parceiros, o Lacre Solidário ultrapassou o número de 100 cadeiras de rodas doadas em pouco mais de três anos de campanha: em evento realizado na sede da CCR RodoNorte, no início do mês, foram entregues as doações que estabeleceram a marca centenária da Corrente do Bem. Durante a cerimônia de entrega, 11 cadeiras de rodas foram destinadas para instituições de seis cidades diferentes do Paraná. Com essas doações, o Lacre Solidário chega à marca de 108 cadeiras entregues e mais de 37 milhões de lacres arrecadados. “Chegar e ultrapassar a marca de 100 cadeiras simboliza a força que a solidariedade possui em nossas comunidades. Em todos os lugares onde a campanha é iniciada, a população se mobiliza e se envolve de uma forma muito especial. É extremamente gratificante”, conta Simone Suzzin, gestora de Relações Institucionais

da CCR RodoNorte. Uma das entidades que recebeu doações no evento foi a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Ponta Grossa (RFCC), que atende centenas de pessoas que estão em tratamento da doença. “Ficamos honrados em ser um dos primeiros parceiros da campanha e ver o quanto essa mobilização já fez a diferença na vida de muita gente. Além disso, é muito bom saber que, além do trabalho que a gente realiza, outras instituições que também precisam tanto quanto a gente são beneficiadas”, destaca Lucia Werner, presidente da instituição. Além da RFCC, também foram beneficiadas nesta entrega promovida pela CCR RodoNorte as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) de Piraí do Sul e Jaguariaíva, as Associações dos Deficientes Físicos de Ponta Grossa (ADFPG) e Campo Largo, além da Escola Santa Maria Goretti, Capela Boa Semente e Casa Lar São José (ambos de Ponta Grossa), juntamente com o Lar Mariliana Barbosa (Castro), Lar São Vicente de Paulo (Marilândia do Sul) e Lar de Idosos de Quatiguá.

ENTREGA DE LACRES Qualquer doação de lacres para a campanha Lacre Solidário será bem-vinda, para que a Corrente do Bem chegue cada vez mais longe. Para realizar a sua doação, você pode fazer a entrega em qualquer local de trabalho da CCR RodoNorte (Sede, Praças, Bases Operacionais e Balanças), além dos mais de 50 parceiros da campanha em 20 cidades do Paraná. Maiores informações, acesse www.rodonorte.com.br.


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Cena Especial

Wilson Picler

Uma vida de paixão pelo ensino Fundador do Grupo Uninter foi homenageado com o título ‘Cidadania ACP’, da Associação Comercial do Paraná, por se destacar pelo respeito à ética e à transparência

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Da Redação

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Empresário de sucesso no Paraná, reconhecido por ser o fundador de diversas empresas ligadas ao setor da educação, que formam o Grupo Uninter, o paranaense Wilson Picler recebeu o título Cidadania ACP da Associação Comercial do Paraná. Com o reconhecimento, Picler, que já passou também pela vida pública como deputado federal, há quase uma década, agora faz parte de um seleto grupo de homenageados, ao lado de personalidades como os empresários Carlos Wizard Martins e João Dória; ministro do STF Joaquim Barbosa; diretor-presidente da Renault Brasil, Oliver Murguet; senador Álvaro Dias, entre outros. Esse título vem sendo concedido àquelas personalidades que se destacam na esfera pública ou empresarial, pelo respeito à ética e à transparência.


Bastante emocionado ao receber o reconhecimento, no início de abril em Curitiba (sede da ACP), Wilson Picler retratou um pouco de sua história como empresário, em meio a todas dificuldades enfrentadas em sua caminhada até transformar o Grupo Uninter em uma das melhores e maiores instituições de ensino superior do Brasil. Atualmente, a Uninter se faz presente em mais de 600 polos de ‘Educação a Distância’ espalhados por mais de 500 cidades do país, formando, qualificando e profissionalizando. Hoje, o grupo conta com 210 mil alunos ativos e já formou mais de 500 mil em diversas regiões brasileiras. “Orgulho-me de fazer parte desse brilhante time de cidadãos, por isso, vou continuar inovando para melhorar o acesso à educação em todo o território nacional, missão que venho desenvolvendo há mais de 20 anos”, declarou, despertando risos e lágrimas emocionadas durante o seu discurso improvisado. Participaram do evento dezenas de convidados, entre diretores da ACP e do Grupo Uninter, além de diversas autoridades. Anfitrião do encontro, Gláucio José Geara, presidente da Associação Comercial do Paraná, elogiou as contribuições de Picler para o desenvolvimento humano e o fomento da economia, justamente por atuar no setor da educação. “A postura ética, ilibada, do professor Picler, com efetiva contribuição ao desenvolvimento econômico, social e cultural, estrito compromisso pessoal de enal-

tecimento do significado filosófico do título propriamente dito, e da entidade que o concede, são algumas das qualidades morais exigidas pelos critérios de escolha dos cidadãos destacados pela honraria”, esclareceu. Odone Fortes Martins, segundo vice-presidente da ACP, também exaltou a trajetória do empresário paranaense. “Um homem que vive e luta pelos seus ideais todos os dias, Picler colocou sua vida à disposição de um objetivo, a evolução do conhecimento, para ajudar a tornar o mundo um pouco melhor”, exclamou Martins.

UM INOVADOR EDUCACIONAL Nascido no município de Guaíra, Noroeste paranaense, Wilson Picler graduou-se em Física pela Universidade Federal do Paraná, fez pós-graduação na Unicamp (Campinas-SP), e iniciou sua trajetória como empresário no ramo da educação, em 1996, com o Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX), ofertando cursos de pós-graduação presencial para professores do ensino básico em Curitiba. Quatro anos depois, foi criada a Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter), com a oferta de cursos de graduação. Em 2002, entrou em operação a Faculdade de Tecnologia de Curitiba (FATEC), que, em 2008, seriam unidas e transformadas no atual Centro Universitário Internacional Uninter. Hoje, ele leva o título de chanceler do Centro Universitário Internacional Uninter, exerce a presidência da Uninter Educacional S.A. e se integra como membro do conselho superior da entidade.


Cena Local

Homenagens aos Embaixadores do Turismo dos Campos Gerais

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Reconhecer e homenagear aquelas pessoas que atuam pelo crescimento da atividade turística na região. Esse foi o principal objetivo da primeira edição do projeto Embaixadores do Turismo dos Campos Gerais do Paraná, cuja premiação foi realizada na última semana de março. Na cerimônia, que ocorreu no Auditório da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), foram entregues 33 títulos aos diversos profissionais ligados ao turismo, empresas do setor, pesquisadores e empresários que levam o nome da região em suas jornadas intermunicipais, interestaduais e internacionais. Quatro categorias foram listadas nesta primeira edição da premiação: personalidade, eventos, case de sucesso e investimento turístico. Todos os nomeados receberam troféus, certificados, pendrive com o guia do planejador de eventos do Convention e materiais promocionais da região. A iniciativa foi do Ponta Grossa Campos Gerais Convention

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CATEGORIA EVENTOS Adib Nastas - Motoferas; Castrolanda Cooperativa Agroindustrial Agroleite; Douglas Taques Fonseca - Encontro Sul-Brasileiro de Carros Antigos; Edilson Gorte - 30ª Feira Nacional Rotativa de Ovinos (Fenovinos); Eros de Freitas - Encontro Sul-Brasileiro de Carros Antigos e Easy Road; Iran Taques - Show dos Scorpions em 2008; João Luiz Kovaleski - VI Congresso Brasileiro de Produção; José Fernando de Paula - 22ª Feira Nacional Rotativa de Ovinos (Fenovinos); Marcos Antônio Kastl - XXIV Jogos dos Contabilistas do Paraná; Marilisa do Rocio Oliveira recebendo em memória de Sérgio Escorsim - Congresso Internacional de Administração; Osmar Rickli - 1º Festival de Tortas de Carambeí; Rosemari Monteiro Castilho Foggiatto Silveira - V Simpósio nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia (Sinect); Ricardo Ayub - Congresso Brasileiro de Processamento Mínimo e Pós Colheita de Frutas, Flores e Hortaliças; Rildo Leonardi - Carnaval de Tibagi.

& Visitors Bureau (PGCGC &VB), ACIPG, Agência de Desenvolvimento do Turismo dos Campos Gerais (AdeTur), Sebrae Regional Centro e Fundação Municipal de Turismo de Ponta Grossa (FumTur). Os patrocínios foram do Sicredi Campos Gerais e Brauerei Schultz. Mesmo a região tendo os atrativos naturais, que por si só já atraem muitas pessoas, Wagnilda Minasi, presidente do Convention, acredita que o turismo de negócios e eventos na região precisa ser potencializado. Afinal, é um setor que movimenta, pelo menos R$ 55 milhões anuais na economia regional. “Nós precisamos continuar estimulando nossos embaixadores a captar e realizar eventos, investir e inovar em suas empresas”, destaca. Na subdivisão dos títulos entregues, 14 eram da categoria eventos, 12 personalidades incentivadoras do turismo, seis por investidores do turismo e um case de sucesso. Conheça os homenageados em seguida.

CATEGORIA PERSONALIDADE Aldo Carvalho; Darci Piana; Douglas Costa; Eldo Ramos Bortolini; Joel Franzim Junior; Júnior Durski; Luciano Salamacha; Marcelo Rangel; Jasmine Cardozo Moreira; Márcia Dropa; Sandro Alex; Wilson de Oliveira. CASE DE SUCESSO Heinz Ewvert pela Colônia Witmarsum. INVESTIMENTO TURÍSTICO Álvaro Luiz Scheffer (Grupo Águia) pelo Buraco do Padre; Castrolanda Cooperativa Agroindustrial pelo Centro Cultural Castrolanda; Dick Carlos de Geus pelo Parque Histórico de Carambeí; Frederica Boot Dykstra pelo Frederica’s Koffiehuis; Gert Dewulf e Aneelen Dewulf pela Adega Porto Brazos; Lúcia Arnt Ramos pelo Itaytyba Ecoturismo.



Cena Local

Padre Reginaldo

Manzotti lança novo livro para

manter status de

autor best seller

Se te perguntarem qual foi o livro mais vendido no Brasil em 2017, você saberia responder? Se não, a primeira dica é “sacerdote” e a segunda “paranaense”. Sim, o Padre Reginaldo Manzotti liderou o ranking no ano passado, comercializando mais exemplares do que qualquer título internacional. Levantamento da Publishnews mostra que mais de 138 mil unidades do livro Batalha Espiritual, lançado no início do ano passado, foram adquiridas por fiéis nos quatro cantos do país. Em 24 de março último, Padre Reginaldo, nascido em Paraíso do Norte, esteve em Ponta Grossa, para lançar um outro título, que também promete vender muito: o livro Combate Espiritual no Dia a Dia. Reconhecido nacionalmente pelos seus shows e seu programa de rádio (Evangelizar é Preciso), retransmitido por emissoras de vários estados, onde dá conselhos aos fiéis, ganhou a alcunha de “o padre das multidões”. Sua vinda ao município não foi diferente quanto ao público: o salão do Clube Verde lotou, recebendo mais de 1,2 mil pessoas para acompanharem o momento de espiritualidade com pregação, intercessão, cura e libertação. O ingresso era o ‘bônus’ da aquisição de um exemplar da sua publicação em uma livraria da cidade. Livro o qual trata da batalha contra o mal em diversos aspectos, relacionadas ao casamento, educação dos filhos, ambiente de trabalho, momentos de crise financeira e profissional, crise na mente e na fé. A publicação responde questões sobre como fazer com que o bem prevaleça nas mais diferentes situações da vida, como afastar o medo, a angústia e a insegurança em momentos difíceis. Surfando na onda do livro sucesso em 2017, Manzotti confessou que se baseou em seu best seller para escrever o recém-lançado. Questões dos leitores, vindas da Batalha Espiritual, foram as peças-chave para a nova publicação. “O livro suscitou tantas perguntas que eu criei um hotsite, onde as pessoas me faziam perguntas, a partir do livro Batalha Espiritual. E algumas perguntas foram muito recorrentes”, explica. Ao escutar os fiéis, ele reuniu as principais dúvidas e esclareceu os tópicos. “Por exemplo, o combate espiritual em uma mente suicida. Um combate em uma mente invejosa. O combate espiritual em um casamento desfeito, numa separação, numa perda. O combate espiritual pelas perdas - e não apenas pela morte. A perda da morte é dolorosa; mas e a perda de um emprego? A perda de um lugar que você viveu sempre? A perda dos seus portos seguros”, resumiu. O livro, da Editora Petra, tem 208 páginas. Seu preço sugerido de comercialização importa em R$ 21,65.

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

SEM TEMPO E PASSÍVEL DE INCOMPREENSÕES Fora do altar, das igrejas ou dos palcos, e dos programas de rádio e TV, Manzotti afirmou que sobra pouco tempo para descanso, e que até pretende priorizar momentos assim. Na época da Quaresma, pouco tempo restou para ele. Porém, quando consegue um período para si, pratica exercícios físicos e lê. “Mas meu horário de leitura é atípico; leio a partir das 11h. Se o livro é muito bom é um problema; leio até 1h”, exclama. Em março, ele estava lendo um livro sobre espiritualidade e outro sobre coach, por considerar importante ficar atualizado. Parodiando com o título do livro, questionado sobre qual o seu maior combate pessoal, ele respondeu o discernimento em relação ao que ele faria no sacerdócio. Manzotti assegurou que o fato de se expor o torna vulnerável, passível de críticas e incompreensões. Ele lembrou um episódio no passado. “A primeira vez que vi uma pessoa na minha frente com uma camiseta com o meu rosto estampado, eu tive um choque muito grande, e a vontade de pedir ‘tire, não use mais’. Isso me fez muito mal. Foi quando, conversando com meu diretor espiritual, e ele disse que a pessoa estaria usando a camiseta para chegar a Jesus Cristo, e que eu estaria sendo mais orgulhoso não aceitando do que aceitando”.

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PONTA GROSSA, UM LUGAR PARA BUSCAR A PAZ A presença de Reginaldo Manzotti em Ponta Grossa, agora em março, não foi a primeira. Como padre, ele já esteve na cidade em outras oportunidades para lançar livros e fazer apresentações com show e missa. “Eu me sinto muito próximo, não só geograficamente de Ponta Grossa, mas pelos lares, que visito pelos veículos de comunicação, pelo rádio. Então, nós somos muito próximos naquilo que buscamos, Jesus Cristo”, resume o pároco do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba. Antes mesmo de seu sacerdócio, contudo, Manzotti confessou que já conhecia Ponta Grossa. Ao recordar de seu passado e sua relação com a cidade, não escondeu o grande apreço pelo município. “Ponta Grossa é um lugar que eu vinha antes, como seminarista, no Mosteiro da Ressurreição. Sempre foi uma cidade agradável de vir e tenho uma memória muito afetiva ao pegar o ônibus de Curitiba e vir para Ponta Grossa, que sempre foi um lugar onde eu vinha para buscar a paz junto aos monges”, lembrou. E, para encerrar, ainda fez uma revelação surpreendente: foi folião em uma das primeiras edições da Münchenfest.



Cena Local

Geração Distribuída e a Energia Fotovoltaica Sistema é um investimento que pode ‘libertar’ o consumidor do contrato ‘eterno’ com as concessionárias de energia

ABRIL 2018 | D´PONTAPONTA

Fonte de energia mais abundante do universo, o Sol oferece a oportunidade da geração de energia de forma gratuita e sustentável. Esse potencial, porém, é pouco explorado - enquanto o sol brilha no céu todo dia, cruzando nossas casas de Leste a Oeste, um grande potencial é desperdiçado. Nesse contexto, surge a oportunidade da energia fotovoltaica, cuja eletricidade é gerada a partir da conversão direta da luz, através de ‘paineis’. Embora tenha se popularizado nos últimos 20 anos, a utilização da estrela central de nosso Sistema Solar como fonte para gerar energia é bastante antiga. Da mesma forma que a energia recebida em casa ou nos escritórios pelas concessionárias, a exemplo do caso da Copel na grande maioria das cidades paranaenses, o Sistema de Energia Solar Fotovoltaico gera energia através de micro usinas geradoras instaladas nos telhados. Ele

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é conectado com a rede da concessionária e produz energia elétrica tal qual é utilizada no dia a dia, porém, em tensões menores e em menor quantidade. Essa é a chamada Geração Distribuída, o conceito pelo qual a energia é gerada no próprio local onde é consumida, e na quantidade em que é consumida. A ‘Geração Distribuída’ permite que cada pessoa gere a sua própria energia, neste caso da fotovoltaica, a partir de uma fonte renovável, com a instalação de microgeradores na residência ou comércio, utilizando o espaço ocioso dos telhados. Ela difere, portanto, da “Geração Centralizada”, onde a energia é gerada em grandes quantidades, em locais distantes dos centros urbanos e despachada através de linhas de transmissão, subestações e redes de distribuição urbanas até os locais de consumo, normalmente por usinas hidrelétricas ou termelétricas.

Um dos grandes diferenciais da implantação de um sistema ‘próprio’ de geração de energia é que, caso o montante produzido no dia não seja consumido integralmente, não haverá perdas ou ‘prejuízo’: como ele é interligado ao sistema elétrico, o valor excedente pode ser “injetado” e “armazenado” na rede da concessionária. Assim, gera créditos para serem utilizados no momento em que for necessário,

como nos períodos noturnos, onde não há geração de energia solar e o consumo residencial é mais acentuado. Por suas características e vantagens, esse sistema apresenta um grande diferencial, segundo o professor Jair Urbanetz, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). “O melhor meio de geração de energia distribuída para os centros urbanos é a geração fotovoltaica”, classifica.

VIABILIDADE FINANCEIRA Embora a geração de energia fotovoltaica demande de um investimento inicial, cabe fazer uma avaliação a médio e longo prazo, para verificar a sua viabilidade econômica. Em virtude dos frequentes e inevitáveis aumentos na tarifa de energia elétrica, a economia gerada pelo sistema solar fotovoltaico, ao longo do tempo, se mostra superior, inclusive, ao retorno obtido em um investimento financeiro de mercado. Aliás, você já parou para pensar que o contrato com a concessionária de energia é por tempo indeterminado? Todo mês o consumidor paga uma quantia média pelo serviço prestado. Contudo, ao instalar um sistema com microgeradores, é possível ter a independência financeira, trocando um gasto mensal ‘eterno’ por um investimento com prazo definido.


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Vaivém

1 2 1. Festival Teatro e Circo em Festa

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A cultura paranaense esteve nos palcos de Ponta Grossa em mais uma edição do Festival Teatro e Circo em Festa, realizado pela Fundação Municipal de Cultura e SESC, com patrocínio do Botequim da Original e Garimpo 1926. Entre 4 e 13 de abril, foram dez espetáculos (no Cine-Teatro Ópera, Parque Ambiental e Calçadão), com grupos de Ponta Grossa, Curitiba e Londrina, além de três oficinas para atores. O festival recebeu ainda a presença dos debatedores José Plínio Taques e Danilo Avelleda, dois grandes nomes do teatro paranaense. Viva o teatro e o circo!

2. Hillbilly Rawhide

O grande nome do country rock alternativo está pela primeira vez no palco do Phono Pub. A banda curitibana Hillbilly Rawhide se apresenta no dia 19 de abril, na tradicional quinta-feira de chopp Phono Lager Brauerei Schultz em dobro até meia-noite. Vale a pena conferir!

3. Mi Nombre es Tango Quer conhecer a história do tango no Paraná? O resultado de uma pesquisa de mais de cinco anos, desenvolvida por Manuel Ortiz, ex-bailarino do Forever Tango, consagrado musical na Broadway, juntamente com Marcos Traple, descendente do percursor do tango no Paraná, será mostrada no palco do Cine-Teatro Ópera no dia 21 de abril, às 20h, através do espetáculo Mi Nombre es Tango. Ponta Grossa abre a temporada do espetáculo, que seguirá para Curitiba e depois para Minas Gerais. Ingressos à venda na loja Cartuchos XV (em frente ao teatro), nas modalidades balcão (R$ 70 inteira e R$ 35 meia-entrada) e plateia (R$ 90 inteira e R$ 35 meia-entrada).

4. Victor & Leo A dupla Victor & Leo desembarca em Ponta Grossa, no dia 19 de maio, para um show especial no Clube Ponta-Lagoa (Salão Majestoso da Sede Centro). Os ingressos estão disponíveis nas modalidades mesa, bistrô e camarote. Adquira seu ingresso na secretaria do clube, ponto de venda exclusivo. Mais informações pelos telefones (42) 32239917 ou 3028-6008.


5 5. Afonso Padilha

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Um dos maiores comediantes da atualidade, Afonso Padilha estará em Ponta Grossa no dia 19 de abril, às 20h, no Cine-Teatro Ópera, para apresentar seu show solo Espalhando a Palavra. O humorista integra o grupo 4 Amigos (maior grupo de stand up da atualidade), já escreveu peças para o canal Porta dos Fundos e possui dois especiais de comédia gravados, disponíveis na Netflix e Spotify. Os ingressos podem ser comprados na Copiadora Manarim e na Sorveteria Polar, ou então pelo www.ingressonacional.com.br a R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). A classificação indicativa é de 16 anos.

6. Carmina Burana O grandioso espetáculo Carmina Burana será reapresentado em Ponta Grossa no dia 22 de abril, às 20h, na Concha Acústica da Praça Barão do Rio Branco. O musical ao ar livre reúne mais de 200 músicos no palco, integrantes da Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa, Coro Cidade, Coro em Cores e Meninas Cantoras de Ponta Grossa, além de solistas convidados. É imperdível!

7. Tudo Bacana As youtubers Gabie Fernandes e a Thalita Meneghim, do canal Depois das Onze (mais de 2,8 milhões de inscritos), estarão em Ponta Grossa, apresentando-se com a peça Tudo Bacana. O show acontecerá no Teatro Marista, no dia 28 de abril, às 18h. As duas vão dividir com o público, de uma maneira bem divertida, como é trabalhar com a melhor amiga, os sonhos, as brigas, as viagens e os micos que pagam por aí, tudo com muito bom humor, histórias e música. Os ingressos podem ser adquiridos pelo www. diskingressos.com.br a R$ 85 (inteira) e R$ 45 (meia-entrada). Classificação indicativa: 10 anos.

8. Biquíni Cavadão Em 18 de maio, a lendária banda Biquíni Cavadão se apresenta durante a Rock Fest, na Associação Recreativa Homens do Trabalho (ARHT). O grupo fez sucessos como Quanto eu te encontrar, Vento Ventania e Janaína. A festa terá ainda shows com Camargo e os Bacanas e Sérgio Waldmann + Cacha. Ingressos a R$ 80 (inteira), R$ 65 (camarote), R$ 45 (solidário) e R$ 40 (meiaentrada), disponíveis na ARHT, Optiluz (Shopping Palladium), Baviera e Belenus Irish Pub, ou pelo www.uningressos.com.br.


Mundopop

Karol Conka e o novo disco

por Murilo Cardoso murilomurilocardoso@hotmail.com

Após cinco anos, Karol Conka lança Ambulante, e a primeira música de trabalho a ser lançada será o hit Cabeça de Nego, que tem produção de seu parceiro Boss in Drama. A capa mostra Karol prestando uma homenagem ao rapper Sabotagem, que faleceu em 2003, apostando num visual parecido com o do cantor.

Globo transfere Mari Palma para o esporte Em ano de Copa do Mundo, a Globo tem estudado várias estratégias para suas transmissões, que sempre são muito elogiadas pelo público. Um dos destaques foi a transferência da simpática Mari Palma, até então apresentadora do G1 em 1 Minuto das edições matinais, para o jornalismo esportivo. Mari, que faz bastante sucesso com seu estilo mais descolado de se comunicar, chegou a ter, no ano passado, uma série de reportagens no Fantástico. Um mega reforço para a cobertura do mundial!

Anitta Indecente

Com quase duas horas de atraso, Anitta lançou, no último dia 26/3, o clipe de seu novo single, Indecente, novamente em espanhol. O que todo mundo esperava era ver a tão divulgada transmissão ao vivo, mas não deu tão certo. A cantora contou no Twitter que o link demorou um pouco para subir as imagens com uma qualidade boa, e que não estava interessada com números de visualizações, porque apenas queria se divertir. Resumindo: foi gravado. Tirando o fato de que parecíamos ter voltado aos anos 90, esperando um clipe de Michael Jackson estrear na MTV, ela arrasou mais uma vez!

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Tribalistas sairão em turnê 64

Formado por Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, o grupo Tribalistas anunciou que fará turnê pelo Brasil a partir de julho. Entre as capitais escolhidas estão Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. O encontro é uma super oportunidade para os fãs verem os três cantores se apresentando juntos. Aos que não sabem, existem raros registros desses encontros.



Trabalho de Parto

Apaixonado pelo diálogo | por Eduardo Godoy

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ek Ramos é daqueles que curtem um agradável bate-papo, regado à café e boa música. Para ele, o diálogo pode transformar o mundo. “Acredito que há uma grande necessidade de estimular o olhar poético sobre a vida e construir relações mais humanas para um diálogo legítimo e uma sociedade mais tolerante e bondosa”, pensa Zek. E foi com isso em mente que ele criou a plataforma Diálogos Culturais, um espaço digital para divulgação da arte e da cultura. “Após o jornalismo, direcionei meus estudos à Arte e Cultura e percebi que alguns artistas não sabiam como comunicar seus trabalhos. Decidi ser um aliado para intermediar as relações entre eles, a imprensa e o público e me percebi um empreendedor. Empreendedor é o indivíduo que tem consciência, assume autonomia e constrói iniciativas. Todos têm ideias, mas a diferença está na execução. Com pesquisa de quatro anos em gestão cultural e direção, desenvolvi a plataforma”, explica ele, lembrando que o pensamento da modernidade líquida e a poesia da vida, dos sociólogos Bauman e Edgar Morin, estão bastante presentes na construção da plataforma. Sistematicamente são lançados vídeos com a psicóloga Jade Rocha, explorando os dilemas humanos sob a perspectiva da arte, o Boca de Cena - uma iniciativa do professor Phellip Willian, onde são reunidos diversos professores para a leitura de trechos literários. Há ainda a parceria com a

Fotos: Rogério Jr. e Fayson Merege Editora Estúdio Texto para insights de escritores ponta-grossenses e espaço para divulgar o trabalho de artistas plásticos, músicos e personalidades artísticas, além da agenda cultural. “Estabelecer relacionamentos e parcerias pode aumentar a produtividade, podendo inclusive aperfeiçoar serviços e dar maior visibilidade. Na plataforma, isso se dá na execução de projetos, reunindo pessoas com o propósito comum de valorizar o trabalho artístico local”, defende. Zek Ramos atua desde 2005 como produtor cultural no Studio de Dança Fabíola Capri, além de experiências também como diretor teatral do espetáculo Natal em Família (do Parque Histórico de Carambeí), produtor cultural da Excellent Global, do Coro Cidade de Ponta Grossa e da Day Care, personal branding do projeto Mulheres que inspiram Campos Gerais, auxiliar de produção do Studio Marconi Araújo de Produções e responsável pela comunicação e marketing da Rujô e do Colégio Marista Pio XII. A decisão de focar o trabalho nas redes sociais, segundo Zek, veio por perceber que as mídias sociais são o termômetro que determina o sucesso ou o fracasso de qualquer assunto que se promova. “Atualmente, elas são a primeira fonte de busca para informação, transformando as formas de empreender. As empresas tradicionais têm revisto seus formatos e processos, inspiradas por essa revolução digital, percebendo nas redes um cenário fértil para crescer”, afirma.

DP SERVIÇO Acompanhe os vídeos e agenda cultural pela plataforma Diálogos Culturais: Instagram: @dialogosculturais Facebook: Zek Diálogos Culturais



Pessoas

/ Oscar Pereira Júnior

Um dos laboratórios

O número

| Por Fernando Rogala

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expressão “um grande empresário” se encaixa perfeitamente para Oscar Pereira Júnior. Quem encontra esse pontagrossense de 66 anos e quase 1,90 metro nas ruas, até pode relacioná-lo a um ex-jogador profissional de basquete – e não estará de todo errado, já que ele participou da equipe de Ponta Grossa e das seleções do Paraná do colegial ao máster. Porém, foi a partir do seu nome, encravado em mais de dez laboratórios de análises clínicas na cidade e região, que ele exibe sua trajetória de sucesso profissional. Filho de Oscar Pereira e Cecília Stelle Pereira, ambos comerciantes, o ‘Oscarzinho’ cresceu em Ponta Grossa, passando por diversos grupos escolares, como Colégio Sagrada Família, Grupo Escolar Julio Teodorico (atual Colégio Estadual), Colégio Comercial Pontagrossense (atual Sepam) e Colégio Estadual Regente Feijó. Sua história no mundo relacionado à medicina começou há quase 50 anos, quando ingressou na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde se formou em Farmácia e Bioquímica. Um ano depois de formado, em 1974, iniciou sua carreira profissional no Laboratório Frischmann Aisengar, em Curitiba, cidade onde estagiou em alguns laboratórios na época de acadêmico. Dois anos depois, retornou a Ponta Grossa, para atuar na área de análises clínicas, setor em que adquiriu muita experiência devido à convivência com profissionais renomados na capital paranaense. No lado pessoal, casou-se com Marian Simon Pereira, também farmacêutica-bioquímica, com quem teve dois filhos: Suzane Simon Pereira e Alexandre Augusto Simon Pereira. Na Rua Francisco Ribas, no imóvel de número 650, foi instalado o primeiro Laboratório Oscar Pereira, em 1999. Empresa familiar, fundada em conjunto com sua esposa, teve o incremento de um sócio em 2005, o seu filho Alexandre Augusto Simon Pereira, também farmacêutico-bioquímico. Hoje são 14 unidades, sendo 12 em inúmeros bairros da cidade, além de uma em Castro e outra em Irati. Sempre norteado pela qualidade e ética profissional, Oscar Júnior diz ter como prioridade a completa segurança dos pacientes. Confira a entrevista a seguir. A que atribui seu sucesso pessoal, com a expansão dos Laboratórios Oscar Pereira? O sucesso pessoal se inicia com a educação ensinada pelos pais, que, corretamente aplicada com os estudos profissionais, ao longo da vida, serve de motivação para sempre atuar acertadamente e expandir em todos os setores da vida. O que a família representa em sua vida? A família é o suporte mais poderoso para a nossa existência e crescimento. Quais são seus sonhos? Sonho com o crescimento moral, ético e espiritual como um todo em nosso planeta, para que a vida seja um exemplo de dignidade de todos para todos. Quando não está trabalhando, quais são seus hobbies? Desenvolvo atividades no Rotary Club desde 1988, estou como diretor de clube social e, atualmente, sou presidente da Liga Desportiva de Ponta Grossa. Como atleta ainda pratico o basquetebol, modalidade que iniciei em 1962, além da prática da natação e voleibol. O que mais aprendeu com a vida? A vida nos ensina constantemente a respeitar a todos e a tudo, porque nós vamos colher o que estamos plantando.

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Você é um empresário de sucesso. O que teria a dizer para quem está começando? Sempre proceder com muito respeito e aprender tudo em relação ao trabalho, com muita dedicação e humildade.

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Um escritor Um livro Um cantor Uma música Um diretor Um filme Um restaurante Um prato Um alimento que lembra a infância

Mark L. Prophet Os ensinamentos ocultos de Jesus Nat King Cole Chão de estrelas Cecil B. DeMille Os Dez Mandamentos Oceano Comida de Boteco pinhão na grimpa


Foto: AndrĂŠ Waiga


Social Club por Joselde Tuma joselde@joseldetuma.com.br

‘MANDALAS’ POR GABRIELA Linda de viver, Gabriela Maraí Kincheski Marques, filha de Fernando e Nadja “Kincheski” Marques, comemorou seus 15 anos, em 7 de abril, no Espaço By Night (Clube Ponta-Lagoa), com produção de Rômulo Cury (Soul Eventos). A aniversariante foi quem criou e desenhou as “mandalas” que foram usadas na decoração. Um must!

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‘UM LUXO SÓ’ NA CAPITAL Com boas vindas à nova estação (21/3) , o endereço da Maison Compagnia Internazionale (Curitiba) foi movimentado pelas convidadas elegantes da capital e ponta-grossenses, que marcaram presença no lançamento da coleção inverno da grife e pelos belos adereços de Rosa Leal. As empresárias Ana Lucia, Tatiana e Larissa Hyczy, com requinte e esbanjando finesse, receberam com perfeição sua clientela cativa O desfile de bom gosto, como sempre, arrancou suspiros das convidadas - muitas delas saíram com as tendências apresentadas nas sacolas personalizadas da ‘Compagnia Internazionale’. A atriz global Mônica Carvalho marcou presença entre as manequins e convidadas.

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‘ERA O QUE TINHA A DIZER’ Ex-ministro Borges da Silveira e a esposa Maria Inês Borges da Silveira receberam, ainda recentemente, para o lançamento do livro Era o que tinha a dizer…, uma coletânea de discursos e artigos de Borges da Silveira, durante sua trajetória na vida pública como deputado federal e ministro da Saúde. A obra, editada pelo Instituto Borges da Silveira – IBS, foi lançada no Solar Do Rosário (leia-se Regina Casillo), em Curitiba, no fim da tarde de 21 de março, reunindo familiares, amigos e personalidades da cena política paranaense. Aplausos! pelo lançamento dos mais prestigiados na temporada social da capital.

NOVO POINT ‘DU CENTRE’ Camila Andrade Amadeu, jovem empresária de visão, acaba de presentear ponta-grossenses de bom gosto, com a inauguração da franquia do Café du Centre (22/3), muito bem localizado, na Rua Emílio de Menezes, 1377. A produção do novo point de encontros da cidade foi rubricada pela Soul Eventos (Rômulo Cury), que somou nomes de relevância em sua estreia, com ambientação musical francesa nos acordes do violino e no repertório do Dj Mauricio Cury. Com cardápio assinado pela Oficina de Gastronomia (Maria Regina Ruzão), que rendeu elogios, em meio a comentários dos convidados formadores de opinião, a nova casa chegou para agradar e lacrar sucesso. A novidade em opção remete aos famosos cafés parisiense, com sofisticação e charme na medida certa!


Social Club

NA DOCE ESPERA O casal Maytê Mattar Milléo e Thiago Bertuol de Oliveira aguarda a chegada de Isis, em outubro vindouro. A princesa vem para alegrar a vida do irmão Cesar Neto. Vale registrar que a família, acompanhada da vovó Indianara Mattar Milléo, curte férias na Europa.

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‘ESTELA’ VEM AÍ! Giovanna “Zanetti” e André Giostri encontram-se também em ritmo da ‘doce espera’, com a chegada da bonequinha Estela em agosto deste ano, que vem fazer companhia e a alegria dos irmãos Henrique e Eduardo.

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COM SABOR DE ‘QUERO MAIS’ Leda Weingärtner, presidente da APMIF/João e Maria, e suas voluntárias já contabilizaram e comemoram o sucesso do bingo beneficente Delícias de Páscoa, promovido ainda recentemente, no Café Colonial do Restaurante Elite, Jardim América. Tarde das mais prestigiadas, com sabor de quero mais!



Social Club

DIA DE CELEBRAR Com correção, bom gosto e amabilidade, traços de quem bem recebe, Gilberto e Ana Lucia “Maia” Hyczy proporcionaram o melhor para a filha Tatiana Maia Hyczy, que, em 10 de março passado, tornou-se a senhora Daniel Signori. A celebração, com benção aos noivos, foi realizada pelo Padre Rivael, no salão de festas Royal Plaza (Curitiba). Tatiana, deslumbrante, usou modelo assinado por ela. Os recémcasados seguiram em lua-de-mel para a Itália.

LIONS EM ASSEMBLEIA FESTIVA Evento recente marcou a realização da assembleia festiva em comemoração ao Dia da Mulher e do aniversário da Carta Constitutiva do Lions Clube Ponta Grossa Centro, no restaurante Estrela de Prata. No flash, membros do Lions Centro e do Leo Clube.



Cheia de Graça por Flaiane Knoll*

Espremendo

o passado em busca do novo Todos sabem que a moda é feita da mistura de novidades e releituras, e a coleção de outono 2018 é uma das que mais trouxeram do passado peças controversas e de gosto duvidoso. O frio ainda está chegando devagar, mas as polêmicas das ‘peças chave’ da estação estão calientes! Pra exemplificar, sapatos vermelhos e brancos. Em toda estação, vemos a Pantone trazendo uma cartela de cores para usarmos e abusarmos nas vestimentas e acessórios, e este ano, claro, não foi diferente. Entretanto, o que chamou a atenção é que os calçados e bolsas vieram com as duas cores mais desafiadoras: vermelho e branco. Ok, há quem ame e quem nunca irá usar, mas com dinamismo e criatividade é possível montar um look lindo, sem parecer a “dama de vermelho” ou uma paquita da Xuxa. E atenção, o visual ‘todo vermelho’ é a verdadeira paixão dos dias frios… POCHETE! Esta é mais uma “microtendência” que venho notando há tempos. Pochete cruzada! Sim, a outrora famigerada – hoje adorada – pochete, agora vem com twist! Bom, a pochete é a mesma, mas estilizada de uma forma diferente, ao invés de na cintura, cruzada no tronco. Ideia de quem: Alexander Wang e Balenciaga, as duas marcas descoladas apresentaram recentemente em seus desfiles a forma diferente de usar, logo, o truque de styling viralizou e começou a fazer parte do look do dia das fashionistas elegantes que vêm ditando a moda recentemente.

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CALÇA CARGO + CINTO INDUSTRIAL Na realidade, sejamos justas, é apenas mais uma calça. É um modelo utilitário, superprático, que tem até uma pegada casual esportiva e provavelmente segue firme em araras de algumas fast fashions. Agora, ela vem forte mesmo com esse cheirinho de fashion, aliás, foi desfilada na semana de alta costura com Vauthier, Rihanna já abençoou com um look Balmain e, na vida real, fashionistas a adaptaram às combinações mais improváveis. Se gosto? Não, acho a peça mais difícil de usar, pois seu formato pode gerar volume demais. Ou seja, cuidado, algumas silhuetas simplesmente não vestem cargo! Já o cinto extra longo é a modinha mais útil na minha singela opinião! Lá fora industrial belt e aqui cinto industrial. Ele foi um tipo de cinto muito usado na década de 90, seja de nylon ou algodão. Ele também era visto em alça de bolsas, aquelas faixas de isolamento, itens de fábrica, enfim, daí o nome industrial. A releitura veio no comprimento – extra longo – e na logomania trazida do verão. Acessório é sempre o item queridinho de quem quer “entrar na moda” e não arriscar muito.

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Há questão de uns dois anos, temos visto várias modas de carismáticas décadas que todas nós vivenciamos de alguma forma – sendo pré-teen ou auge da adolescência. Do minimalismo vida real à calça da cintura baixa impraticável, tome nota para as tendências vigentes e utilize da maneira que não fuja ao seu estilo pessoal… Está aí o segredo da boa vestimenta!

* Flaiane Knoll é jornalista, empresária e consultora de imagem; proprietária da ‘Cheia de Graça Vestidos’ em Ponta Grossa, desde 2014, dedica-se à consultoria de estilo e negócios ligados ao campo de moda festa. Rua Augusto Ribas, 478 - Centro - (42) 3225-0010 | contato@cheiadegracavestidos.com



Gastronomia Adega

‘Vinhos do Alentejo’ para um inverno mais prazeroso Pra quem já adquiriu aquele hábito prazeroso em degustar bons vinhos, analisando suas qualidades através da visão, olfato e paladar, a Vinhos do Alentejo (Portugal), por intermédio de seu embaixador no Brasil, Frederico Benjamin, da Millesime Wine Consultancy, elaborou uma breve seleção de vinhos dos mais admirados, para serem apreciados no próximo inverno que vem por aí. Confira a seguir quatro opções que poderão tornar a estação mais fria do ano em momentos mais aconchegantes e deliciosos. Outras informações, acesse www.vinhosdoalentejo.pt REGUENGOS GARRAFEIRA DOS SÓCIOS – CARMIM Originário da Sub-Região de Reguengos, onde o clima é marcado por verões quentes e secos, além de invernos frios, que permitem um excelente amadurecimento das uvas em solos rochosos, este vinho é elaborado com as castas Alicante Bouschet (50%), Trincadeira (30%) e Aragonez (20%). Com aromas primários de frutas vermelhas maduras, e secundários de chocolate e caramelo, o vinho estagia cerca de 12 meses em pipas de Carvalho Francês. Em boca, esse vinho tem bom corpo e boa persistência. Harmoniza muito bem com costela assada, abóbora e cebolas grelhadas. DON RAFAEL - MOCHÃO Procedente da Sub-Região de Portalegre, onde os picos podem chegar a mais de mil metros de altitude, o clima da localidade proporciona vinhos mais frescos e elegantes. Elaborado com as castas Alicante Bouschet, Trincadeira e Aragonez, este vinho estagia em tonéis de carvalho português e em barricas de carvalho francês por no mínimo 12 meses. De

cor profunda, com aromas frutais e florais, em boca, esse vinho tem um excelente equilíbrio e persistência. Harmoniza muito bem com lombo de porco ao forno com purê de batata doce. CORTES DE CIMA SYRAH Proveniente da Sub-Região da Vidigueira, única no Alentejo que possui influência marítima, os vinhos desta localidade são frescos. A influência pode ser percebida por meio de brisas que entram no continente e auxiliam no arrefecimento da temperatura. Esse fator, em conjunto com a falha da Vidigueira, uma cadeia montanhosa de orientação Leste-Oeste, permitem que a região possua o clima mais fresco do Alentejo. Elaborado com a casta Syrah, em boca, esse vinho é muito equilibrado e profundo. Com notas de especiarias e madeira muito bem integradas, os vinhos dessa região apresentam também aroma de frutas vermelhas e negras. Harmoniza muito bem com cordeiro braseado com ervas finas e purê de batatas com amêndoas tostadas. MARQUÊS DE BORBA – JOÃO PORTUGAL RAMOS Provindo da Sub-Região de Borba, conhecidas também pelo solo argilocalcário (com presença de xisto), os vinhos desta localidade têm excelente concentração aromática. Elaborado com as castas Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e Touriga Nacional, em boca, esse vinho tem bom equilíbrio e acidez. De característica intensa e taninos suaves, esse vinho possui aroma frutado de amoras, cassis e compotas. Harmoniza muito bem com filet de frango à parmegiana.



Conversas Culinárias por Juliano Komay*

Dos pescadores do Havaí, um prato ganha o mundo

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Foto: André Waiga

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O Poke surgiu no Havaí (EUA), nos anos 60, criado por pescadores, sendo preparado inicialmente somente como um prato rústico à base de peixes temperados e marinados, servido em uma tigela com arroz japonês acompanhado por frutas. Não existe uma receita certa, visto que cada lugar utiliza os ingredientes que estão à disposição. Trata-se de um prato extremamente nutritivo, que sacia rapidamente, graças à quantidade de proteínas e carboidratos presentes na preparação. Atualmente, a maioria dos ingredientes utilizados são muito comuns na culinária japonesa, tais como as algas, o arroz, o shoyu e o gergelim, e

foi com a adição desses ingredientes que elevaram a categoria do poke para um prato conhecido mundialmente. Para nossa receita, eu utilizo alguns ingredientes importados, mas todos podem ser substituídos facilmente por outros tipos de saladas ou frutas. O que vale nesse preparo fica por conta da criatividade de quem vai fazer um poke. Agora, minha sugestão para degustar um prato de poke: sempre procure louças coloridas, de cores vibrantes, para destacar o tropicalismo da receita, abusar das frutas frescas e buscar um excelente pescado na feira livre ou na sua peixaria de confiança (!).

* Juliano Komay é chef de cozinha do Restaurante Sukiyaki Cozinha Oriental | Rua Ricardo Lustosa Ribas, 737 - Vila Estrela | (42) 3224-5849 | 99925-1777 | e-mail: jukomay@ yahoo.com.br | www.sukiyakicozinhaoriental.com.br

INGREDIENTES 200gr de salmão em cubos médios; 150gr de edamame (soja verde cozida); 150gr de alga wakame (vendida em empórios orientais); 100gr de ovas de capellin (pode ser substituída por qualquer tipo de ovas); 400gr de arroz japonês cozido; 1 avocado cortado ao meio e depois cortado em fatias finas; 50ml de shoyu; 10ml de pimenta sriracha (encontrada em empórios orientais); Algumas gotas de óleo de gergelim; Gergelim a gosto. MODO DE PREPARO Em um bowl, misture os cubos de salmão, o shoyu, a pimenta e o óleo de gergelim e deixe marinando por aproximadamente uma hora na geladeira. Utilizando um aro, modele o arroz sobre o prato, envolva com as fatias de abacate, formando assim um “copo” que abrigará os ingredientes do recheio. Divida esse copo em quatro (4) partes e cada parte recheie com um dos ingredientes de sua preferência. Um prato muito leve, que combina tanto com uma beira de piscina como também com uma varanda com vista para o campo... Espero que gostem!



Crônica

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| por Luiz Fernando Cheres*

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Quatro anos antes de nascer, eu já colecionava figurinhas. No caso, era o álbum da Copa de Mundo de 1958, com direito a Pelé, Didi, Nilton Santos e o Garrincha, aquele cara torto, dos dribles humilhantes, o sujeito errava um passe a cada seis meses e jogava mais que o Rei. Ainda hoje tenho comigo esse álbum, que completei quatro anos antes de ter nascido. Na infância, lá pelos anos 60 e 70, acabei tentando preencher outros álbuns, mas todos se perderam. Lembro de um, dos Ídolos da TV, onde brilhavam Nara Leão, Claudia Cardinale, Costinha e Roberto Carlos. Eu era pequeno, então, minha mãe colava aquelas preciosidades para mim. Por volta da mesma época, esperneei tanto, a ponto de me comprarem o “álbum para cromos” da série Perdidos no Espaço. Nada mais sei do álbum, mas até agora me martela na cabeça o inesquecível robô: “Aviso! Aviso! Perigo! Perigo! Perigo!” Pouco tempo depois, lambuzaria de cola os meus dedos em álbuns de desenhos animados, como os da Hanna-Barbera e o “livro ilustrado” da Disney.

Eles deixavam a molecada doida! E, podem ter certeza, ainda coleciono na memória diversas figurinhas que já nem sei a que coleção pertenciam: Ted Boy Marino (quem lembra dele?), Éder Jofre, Índia Potira e o Tarcísio Meira no papel de João Coragem... Eu era um menino pobre, e nunca vivi a fartura de ver o pai trazendo maços e maços de figurinhas. Mesmo sendo jovem demais para fumar Vila Rica, eu tinha o jeitinho brasileiro e procurava levar vantagem em tudo. Trazia de casa o meu lanche, bem mais saboroso que o vendido na cantina da escola, e que partia diretamente das mãos maternas para a boca dos colegas de famílias abastadas, em troca de figurinhas. Quando ganhava alguma moedinha de alguém, guardava para comprar o objeto do desejo: esperto, não ia à banca, preferia comprar diretamente dos colegas, pois escolhia os cromos faltantes. E, suprassumo da pilantragem: trabalhos datilografados, era eu quem fazia para os colegas; nas provas, teve muito moleque passando por média graças à cola que dei. E meu álbum ia ficando lindo.

No entanto, tinha também o lado humilhante, a chuva de figurinhas ou aleluia. Provavelmente chamavam de aleluia devido aos insetos com esse nome, que voavam aos bandos. No caso da aleluia de figurinhas, os piás ricos, de bolsos repletos, empoleiravam-se num lugar alto, normalmente sobre um muro, e jogavam maços de figurinhas repetidas para os pobretões. Lá em baixo, nós, os pobres-diabos, nos esfolávamos, e decidíamos aos socos, tapas e mordidas quem levaria para casa as já amassadas figurinhas fáceis. Enquanto isso, os meninos de cima do muro cuspiam e mijavam na gente. Em geral, era quase impossível completar os álbuns. Tenho quase certeza, muitas vezes, as editoras nem imprimiam determinados cromos. E assim passou o tempo da juventude, até que me vi colecionando os jogadores da Copa do Mundo de 2014. E completei, bem bonitinho! Hoje, olho minhas crianças empolgadas diante das estampas do Neymar, Messi, CR7 e outros menos famosos. Velho como estou, decepcionado pelo 7

a 1, já não tenho mais paciência para algumas coisas, compro os pacotinhos e eles se viram com a ajuda da mãe, sempre disposta a participar das longas sessões de trocas. Mas aí sinto remorso, pois lembro do álbum da Copa de 58, aquele que completei quatro anos antes de ter nascido... - Você parece criança! – teria dito a moça que um dia seria minha mãe, para seu noivo, o homem que um dia seria meu pai. Imagino o homem, com uns 30 e poucos anos, colando o Zagalo, o Belini, e chego a ver sua alegria ao concluir a coleção! A mãe sempre me repetia a história, e a resposta recebida do noivo: - Nem sou eu, Antônia. Este que você tá vendo aqui, este é o filho que a gente vai ter, e ele vai guardar o álbum, e depois vai passar para seus filhos, nossos netos.

* Luiz Fernando Cheres é escritor, autor de Um Beijo Longe dos Lábios e Amar não é Preciso. Ocupa a Cadeira nº 11 na Academia de Letras dos Campos Gerais.



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Cooperativas atingem faturamento de R$ 70,6 bilhões

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Alguns fatores nos cenários nacional e internacional não foram favoráveis ao agronegócio. Mesmo assim, as cooperativas paranaenses registraram um crescimento nominal no faturamento em 2017. Números revelados na Assembleia Geral da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (AGO / Sistema Ocepar) mostram um incremento de R$ 1,6 bilhão em relação aos números de 2016, atingindo a movimentação de R$ 70,6 bilhões – o que representa uma evolução de 1,87% no período. Embora a safra 2016/2017 seja marcada pela produção agrícola recorde, com a extração de mais de 41 milhões de toneladas dos campos paranaenses, os preços de comercialização foram desfavoráveis, especialmente no mercado exterior. E produtos da pecuária (carne, leite) também foram influenciados no mercado interno. Tudo isso impediu que as cooperativas ligadas ao agronegócio, que representam a maior fatia do faturamento do setor no Paraná, mantivessem uma evolução na casa dos dois dígitos, como foi nos anos anteriores. “Mesmo em um cenário nacional desfavorável para a economia, em 2017, o faturamento das 220 cooperativas do Paraná cresceu R$ 1,3 bilhão, passando para R$ 70,6 bilhões, com 89 mil empregos e milhares de oportunidades de negócios diretos e indiretos no campo e na cidade, gerando mais de R$ 2 bilhões em impostos”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. Como ele explicou, as cooperativas têm uma grande importância na economia estadual, já que elas são os principais empreendimentos em pelo menos 100 dos 399 municípios paranaenses. O ano passado também foi marcado por um grande incremento no número de cooperados, de 84 mil pessoas, a maioria junto às cooperativas do setor de crédito, 76 mil no total, além de outras sete mil nas agropecuárias. Segundo anunciado no encontro, as cooperativas paranaenses já possuem mais de R$ 37,6 bilhões em ativos. “Isso mostra que as cooperativas continuam confiantes e investindo em novas atividades, gerando oportunidades de emprego e renda, desenvolvendo produtores e empreendedores nas diferentes

atividades, acreditando no Brasil. As cooperativas se preparam para um novo ciclo de desenvolvimento e investem na construção de mais indústrias, na geração de energia, na construção de hospitais e centros especializados em saúde, em novas unidades de atendimento das cooperativas de crédito, enfim, em uma série de ações para atender cada vez melhor seus cooperados e as comunidades onde atuam”, discursou José Roberto Ricken. ATÉ 2021, R$ 100 BILHÕES Em 2015, o Sistema Ocepar lançou o Programa PRC 100, com o propósito de desenvolver ações para atingir, dentro de alguns anos, o faturamento de R$ 100 bilhões. No decorrer de 2017, foram desenvolvidos 13 projetos, em diversas áreas, para viabilizar que essa meta seja alcançada. “O PRC 100 foi lançado em 2015, e está em pleno andamento. Queremos seguir até 2020/2021, pavimentando o caminho para chegarmos firmes e fortes ao nosso propósito de atingir R$ 100 bilhões de faturamento”, ressaltou o superintendente da organização, Robson Mafioletti, que também falou, durante a AGO, sobre o plano de ação da Ocepar para 2018. DESENVOLVIMENTO DO ESTADO Cida Borghetti, governadora do Paraná, exaltou que as cooperativas são de extrema relevância para a economia do Paraná, em especial por contribuírem diretamente com o desenvolvimento das cidades, principalmente as pequenas. Ela ainda citou a grande cadeia de negócios, que movimenta um número milionário de pessoas envolvidas. “As cooperativas são essenciais para a economia do Paraná, e são modelos para o país pela eficiência nas gestões. Temos orgulho desse setor que, ao longo dos anos, ajudou no desenvolvimento do Estado, em especial, do interior”, disse. Para efeitos comparativos, o Produto Interno Bruto do Estado (PIB) atingiu a marca de R$ 415 bilhões em 2017, o que mostra uma expressiva participação das cooperativas nesse montante.



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/ Sicredi

Fotos: Divulgação

Nova agência de Tibagi

Sicredi Campos Gerais

expande atuação com ABRIL 2018 | D´PONTAAGRO

nova agência em Tibagi

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esde a segunda quinzena de março, moradores do município de Tibagi, na região dos Campos Gerais, contam com uma moderna agência da Cooperativa Sicredi Campos Gerais. A inauguração da nova agência ocorreu em 16 de março último, colocando à disposição dos associados um novo local, com mais de 520 metros quadrados construídos, para fazer suas operações monetárias. A agência está instalada na Rua Machadinho, 111, no centro da cidade. Como um presente à comunidade tibagiana, a inauguração aconteceu no fim de semana em que Tibagi completou 146 anos, e no ano em que a Sicredi completa dez anos de operações na cidade.


Gerente da agência de Tibagi, Kelly Rebolho, ao lado do Prefeito Rildo Leonardi, o Presidente da Sicredi Campos Gerais, sr. Fredy, e o Diretor Executivo, Márcio Zwierewicz

Equipe da agencia de Tibagi

Prefeito Rildo Emanoel Leonardi

O investimento faz parte do plano de renovação da Sicredi Campos Gerais. O aporte da cooperativa foi de aproximadamente R$ 1 milhão para equipar a agência – o prédio foi edificado por um parceiro, que fez o investimento estrutural. Com essa agência, a Sicredi encerra o ciclo de horizontalização, em que investiu cerca de R$ 50 milhões, nos últimos anos, na renovação de todas as agências já existentes, seja na ampliação ou realocação – o que inclui também a sede regional com a agência Nova Rússia, inaugurada em 2017, onde foram aplicados R$ 36 milhões. No ano passado, o desembolso da cooperativa foi na casa de R$ 27 milhões. Agora, a agência em Tibagi, com a nova identidade visual da Sicredi, passa a incluir espaço para atendimento de pessoa física e jurídica, além de um estacionamento privativo para associados, com o qual a área total atinge 700 m². O espaço foi projetado para atender, com segurança e conforto, mais de 1,8 mil associados na cidade, com capacidade para atender mais que o dobro disso, já que a meta é dobrar de tamanho em cinco anos. A necessidade de ampliar ocorreu pelo crescimento da cooperativa na cidade. Com um número de associados próximo a dois mil, a estrutura física já existente, de aproximadamente 220 metros quadrados, estava pequena. “Diante disso, a diretoria executiva e o Conselho Administrativo preferiram fazer essa ampliação. Como não tinha como fazer no local, buscamos um novo investidor, que construiu uma ampla estrutura, moderna e com visual clean. É uma agência muito bonita e a comunidade abraçou a causa”, destaca Tilene Farina, diretora de operações da cooperativa.

Prefeito Rildo, com Diretor Márcio Zwierewicz, Diretora Tilene, Presidente Fredy, Diretora Leila e Gerente Kelly

NOVA AGÊNCIA EM PONTA GROSSA Agora, para 2018, há a previsão de novas agências, entre duas e três na região metropolitana de Curitiba e uma em Ponta Grossa, no bairro de Uvaranas. Na cidade sede da Sicredi Campos Gerais, a nova agência será instalada entre o Tozetto e o Chafariz. O acesso poderá ser feito tanto pela Avenida Carlos Cavalcanti quanto pela Dom Geraldo Pellanda. “Em Ponta Grossa, já temos 11 mil associados. Como Uvaranas tem em torno de 60 mil habitantes, com muitos atrativos em termos de expansão, e temos mil associados naquela região, o local se mostrou viável”, informa. A agência terá cerca de 700 metros quadrados de edificação, ou seja, com porte semelhante à unidade de Oficinas. INAUGURAÇÃO PRESTIGIADA Além de dezenas de cooperados, a inauguração da Sicredi Tibagi foi marcada pela presença de diversas personalidades representativas da região, assim como por diretores da Cooperativa Sicredi. Além da anfitriã, a gerente da agência de Tibagi, Kelly Rebolho, e do prefeito Rildo Leonardi, estiveram presentes Andreas Los, presidente da Fundação ABC; Luiz Henrique de Geus, diretor da Frísia Cooperativa Agroindustrial; Adauto Carneiro Prestes, presidente do Sindicato Rural, entre outros. De parte da Sicredi ainda, marcaram presença Popke Ferdinand Van der Vinne, presidente da Sicredi Campos Gerais; Márcio Zwierewicz, diretor executivo; Tilene Farina, diretora de Operações; Leila Grik, diretora de Negócios; e Gilberto Zardo, vice-presidente.


Foto: Rodrigo Covolan DP AGRO

Gerais

Cooperativa Frísia registra crescimento em 2017 Uma das três maiores cooperativas agroindustriais da região dos Campos Gerais, a Frísia, sediada em Carambeí, registrou um crescimento no seu faturamento em 2017. Apesar de ser o ano da ‘supersafra’, em que foram registrados recordes de produção agrícola em todo o país, alguns fatores atrelados ao mercado externo fizeram com que o resultado de algumas cooperativas caísse em relação a 2016. Não foi o caso da Frísia, que fechou o ano com um faturamento de R$ 2,41 bilhões em 2017, valor 2,7% superior aos R$ 2,34 bilhões movimentados no ano anterior. A ampliação em R$ 64,2 milhões dos va-

lores contabilizados foi reflexo, segundo a cooperativa, de um trabalho intenso para superar os desafios em um cenário nacional ainda delicado, atribuindo a melhoria nos mais diversos indicadores à confiança dos associados, seriedade e comprometimento dos colaboradores e credibilidade junto aos parceiros de trabalho. O patrimônio da Frísia superou os R$ 800 milhões, e os ativos passaram de R$ 2 bilhões, contabilizando mais de R$ 80 milhões em sobras. Houve um crescimento na produtividade nos mais variados ramos de atuação, seja na agricultura ou na pecuária. A produção de

leite e de milho foi ampliada, e foi registrado um incremento na produção das unidades industriais da intercooperação (operadas em conjunto com a Capal e a Castrolanda), como do moinho Herança Holandesa e da Alegra Foods. O leite, aliás, foi o produto com maior percentual de representatividade no faturamento, correspondendo a 26,5% do total, ou seja, pouco mais de R$ 600 milhões. Com a ampliação em diversas atividades, inclusive com a expansão em outros estados, como no Tocantins, o número de colaboradores cresceu em mais de 100, passando de 983, em 2016, para 1.089 no ano passado.

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Região deverá registrar maior produção de soja da história

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A região dos Campos Gerais avança para colher a maior safra de soja da história neste ano. Mesmo com um rendimento por hectare inferior ao da safra de verão de 2017, o aumento na área plantada desse grão deverá fazer com que os valores do ano passado sejam superados. Com 50% da área de 583,8 mil hectares colhida ao final de março, a produtividade atingiu 3.850 quilos por hectare. Se essa média for mantida, como o que tudo indica, serão retirados 2,24 milhões de toneladas de soja nos 18 municípios do Núcleo Regional do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB). No ano passado, as condições climáticas favoráveis permitiram um rendimento recorde de 3.964 quilos por hectare nos Campos Gerais. Isso, em uma área de 538,4 mil hectares, gerou a colheita de 2,13 milhões de toneladas. Para a safra atual, houve uma maior opção dos produtores pela soja. O crescimento em mais de 40 mil hectares plantados de soja veio do milho, cuja área reduziu quase pela metade, de 99,2 mil hectares para 57,2 mil hectares. Com uma conta de crescimento de área de 8,4%, e uma redução de apenas 2,8% na produtividade, a produção total crescerá 5,3%. Entre os motivos para a opção da soja é a sua liquidez e maior resistência a adversidades. Como as condições não foram favoráveis no início da janela do plantio, entre setembro e outubro, os produtores deixaram para plantar entre novembro e dezembro. As condições não foram tão favoráveis quanto as de 2017, como explica o economista do Deral em Ponta Grossa, Luiz Alberto Vantroba. “Com muita chuva e pouca

insolação entre dezembro e janeiro, mas alguns fatores possibilitaram que o rendimento possa ser o segundo maior da história nos Campos Gerais. Entre eles a tecnologia, tanto na agricultura de precisão, com o plantio e os cuidados, quanto a aplicada nas variedades de sementes plantadas”.



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Capa

/ Dia de Campo Cescage

Fotos: Divulgação

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Dia de Campo Cescage difunde novas tecnologias no agronegócio

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Assim como em todos os ramos da economia, o avanço da tecnologia traz ganhos de produtividade e otimização dos custos para o agronegócio. Embora os investimentos possam ser altos em algumas áreas, os resultados tornam a rentabilidade do negócio ainda maior. Justamente para mostrar as novidades mais avançadas na agropecuária, o Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage) realizou, em 17 de março, a 14ª edição do seu Dia de Campo. A presença de mais de 600 visitantes, entre produtores rurais, acadêmicos e profissionais do campo, em uma manhã de sábado, confirmou o desejo pela busca de informações dos participantes nos mais de 90 hectares da Fazenda Escola Cescage, no Distrito Industrial de Ponta Grossa. Os presentes puderam conferir os destaques de mais de dez empresas parceiras. No ramo agrícola, haviam as ligadas aos segmentos de sementes, agroquímicos, fertilizantes e máquinas agrícolas. Novos cultivares de milho, soja e feijão foram apresentados. Já no pecuário, além de expositores atrelados ao setor de genética e veterinária, o próprio curso de Medicina Veterinária da instituição apresentou animais selecionados de alto padrão genético, em parceria com o Centro de Biotecnologia e Reprodução Animal – há três anos consecutivos, o evento vem sendo realizado com a parceria dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária. Como representante do ex-governador Beto Richa, o então secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, conferiu as atividades e exaltou a iniciativa do Cescage, pelo

desenvolvimento e difusão da tecnologia aos interessados. “Hoje, notamos o compromisso permanente do Cescage com o ensino e a inovação. Essa é a demonstração da qualidade no ensino, fazendo a instituição ser um orgulho para a região dos Campos Gerais, e também para o Paraná e o Brasil”, destacou, lembrando que já fez parte do corpo docente da instituição de ensino como professor, no início do curso de Odontologia. Ivonei Afonso Vieira, secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ressalta que um evento como esse, além de ser importante para produtores rurais e profissionais do campo e do agronegócio, tem extrema relevância para os acadêmicos, que levam a vantagem de ter um conhecimento mais amplo e ‘extraclasse’. “Esses alunos já saem com uma base perfeita para trabalhar com a pecuária e agricultura moderna. Tudo aquilo que eles estudam, nos bancos escolares, conseguem aplicar na prática, que, aliada à ciência e a tecnologia, são os maiores resultados que vemos aqui no Cescage”, avaliou. Presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais, Edilson Gorte marcou presença e visitou os stands das empresas expositoras. Ao buscar informações e conversar com os representantes, acompanhou egressos do curso de Agronomia que estavam demonstrando novidades. “O Cescage é exemplo de comprometimento com seus próprios alunos, que estão trabalhando neste campo demonstrativo. Notei ex-alunos da instituição que se formaram e hoje estavam com as multinacionais, apresentando aos seus futuros colegas de profissão o trabalho que realizam depois de formados”, destacou.


ESTRUTURA É GRANDE DIFERENCIAL DO CESCAGE Anfitrião do evento, o fundador do Cescage e desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, José Sebastião Fagundes Cunha, destacou que a faculdade sempre está investindo para fornecer o melhor em termos de estrutura aos acadêmicos, para que todos possam concluir o curso ainda mais preparados possíveis. “O Cescage se esforça constantemente para que todos tenham o melhor do ensino. Todos têm à disposição um Hospital Veterinário; nas baias, as melhores raças de animais; laboratórios equipados para proporcionar várias linhas de pesquisa, além do Campo Demonstrativo e Experimental, que possibilita uma formação magnífica”, disse Cunha. Ao se pronunciar no final do evento, Fagundes Cunha ressaltou o papel dos estudantes para o futuro. “Continuem pesquisando e estudando, pelo prazer da descoberta. O milagre do dia é ter uma nova descoberta, é um tempo de formação contínua. Vocês são a esperança para a sociedade”, finalizou. GRANDE PARTICIPAÇÃO Estudantes do Cescage também participaram em peso das atividades realizadas na Fazenda Escola, ampliado os seus conhecimentos práticos ou se inteirando mais sobre o mundo do agronegócio. Um deles, Roger de Rossi, recém-ingresso de Agronomia da faculdade, afirmou que “conheci várias empresas que mostraram seus experimentos com muitas novidades. Achei muito interessante todo o trabalho, uma oportunidade de ver na prática o que estudamos em sala de aula”, disse Rossi. PARCEIROS E PRESENÇAS Para tornar possível a realização do Dia de Campo Cescage 2018, a instituição de ensino contou com o apoio de diversas empresas parceiras. Além do apoio da Citroën Provence, Cirurgica Vitae e DHL – Valtra, participaram a Yara, Heringer, Bayer CropSciencie, TMG – Tropical Melhoramento & Genética, FT Sementes, Tratornew New Holland, Dow AgroSciences e Du Pont, Biolchim Concimi Speciali. PERSONALIDADES PRESENTES Crescendo ano a ano, a 14ª edição do evento foi prestigiada por diversas autoridades regionais. Entre elas, estiveram presentes José Sebastião Fagundes Cunha; José Sebastião Fagundes Cunha Filho, diretor geral; prefeito Marcelo Rangel; João Carlos Gomes, ex-secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; deputado estadual Marcio Pauliki; Ivonei Afonso Vieira, secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Edilson Gorte,presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais; Alessandro Lozza de Moraes, chefe de gabinete da Prefeitura de Ponta Grossa; vereadores Walter de Souza (Valtão) e George de Oliveira; e os ex-vereadores Valfredo Laco Dzazio (Laco) e Delmar Pimentel.


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Artigo por Fernando Saraiva*

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Assuntos tributários em voga

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Muitos temas tributários têm sido abordados atualmente, causando certa aflição aos mais diversos contribuintes, sejam eles pessoas físicas ou empresas. Retratamos nesta edição alguns que consideramos de interesse de maior abrangência. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o conceito de insumos para fins de crédito de PIS/COFINS deve ser aferido com base nos critérios de essencialidade e relevância, considerando-se a imprescindibilidade ou importância de determinado produto, bem ou serviço para o desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pela empresa. Há anos, essa mesma discussão vinha sendo travada na esfera administrativa. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) decidiu, em voto exarado no decorrer de 2017, que “considerase como insumo, para fins de registro de créditos básicos, aquele que tem relação direta e imediata com o bem em produção ou o serviço em prestação, na medida em que a lei exige que o bem ou serviço seja aplicado e consumido diretamente no processo produtivo do bem destinado à venda ou no serviço prestado, dependendo, para sua identificação, das especificidades de cada processo produtivo”. Outro tema muito destacado foi a decisão do STJ que extinguiu a execução contra empresa sucedida por incorporação, tendo em vista que os fatos geradores e os lançamentos ocorreram após incorporação da empresa executada pela pessoa jurídica incorporadora. Uma decisão administrativa que merece relevo foi a que analisou o caso de uma sociedade que fez um planejamento tributário, reestruturando a sua operação de modo a gerar créditos de PIS e COFINS não-cumulativos. No caso, uma empresa contribuinte que realizava todo o processo produtivo dos seus produtos, em um determinado momento decidiu desmembrar a operação de maneira que o acondicionamento dos seus produtos foi delegado a uma empresa terceirizada. Com

isto, a empresa contribuinte passou a se creditar de PIS e COFINS decorrente da contratação de mão de obra terceirizada para processo de industrialização. A empresa contribuinte jamais negou que reestruturou suas atividades com a finalidade de reduzir custos, contratando empresa terceirizada cuja sócia era sua ex-funcionária e que efetivamente lhe prestava serviços. Também não negou que, como era a principal cliente da empresa contratada interferia nas atividades dessa empresa. A fiscalização, ao analisar a operação, decidiu glosar os valores decorrentes dos créditos desses serviços. Segundo a fiscalização, a empresa que prestava tais serviços era na realidade, estabelecimento da própria interessada dissimulado como outra pessoa jurídica, o que inviabilizaria a tomada de créditos de COFINS na sistemática nãocumulativa. Ou seja, a fiscalização desconsiderou a personalidade jurídica da empresa contratada, glosando os referidos créditos. Ao julgar o processo, o CARF deu ganho de causa ao contribuinte. Segundo o julgado, esta situação por si só não dá ensejo à fiscalização para desqualificar o negócio jurídico, e tampouco de glosar as despesas incorridas pela Recorrente que originaram os créditos de COFINS e PIS. Para que isto ocorresse a fiscalização deveria provar que a relação entre as duas empresas era de natureza formal e sem substância econômica. Outro assunto de suma importância foi que a Lei Complementar nº 160/2017 no art. 9º incluiu os parágrafos 4º e 5º ao art. 30 da Lei no 12.973, de 13 de maio de 2014, determinando que não há incidência do IRPJ/CSLL/PIS e Cofins sobre os créditos presumidos de ICMS, sendo esta lei aplicável aos processos não julgados. Caro leitor, nas edições seguintes, abordaremos mais situações apreciadas tanto no âmbito administrativo como no âmbito judicial. *Fernando Saraiva, advogado tributarista e administrativista






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