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Editorial

Nesta edição

Corrupção

voraz para tanto

pouca vida por Eduardo Gusmão, editor

“Lembrar que estarei morto ‘em breve’ é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar nas grandes escolhas da vida”, disse Steve Jobs, então um inventor, empresário, magnata americano no setor de informática e CEO da Apple, em discurso na Universidade de Stanford (Califórnia, EUA), em 2005, seis anos antes de sua morte. Ou ainda, segundo o filósofo Mário Sérgio Cortella, “a vida é muito curta para ser pequena.” Essas e milhares outras considerações sobre a efemeridade da vida não devem passar pelas mentes corruptas e corruptoras, que vêm assolando os cofres públicos e privados há algumas décadas, em nosso Brasil contemporâneo, sem falar ou fechar os olhos para a roubalheira que já se verificava em nossa então terra

brasilis colônia.

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PALÁCIO IGUAÇU

DEBATE

Em entrevista exclusiva, Cida Borghetti anuncia pré-candidatura, contando com apoio de Richa

‘UMA SENHORA IDOSA’, MAS ‘SUJA’ POR DEMAIS

Colocamos em discussão a eficiência das leis de preservação do patrimônio na cidade

Divino Pai Eterno, Nosso Senhor Jesus Cristo, ‘filho de Deus que morreu na cruz para nos salvar’, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, ‘rainha e padroeira do Brasil’, e todos os santos e santas da igreja católica, bem como todos os profetas e santidades de outras correntes religiosas (!)... Por favor e pela fé que ainda resiste em meio àqueles trabalhadores que lutam e sobrevivem, e também em honra de seus santos nomes, que nos protejam dessa avalanche extremamente maléfica da corrupção, que assombra brasileiros de norte a sul, leste a oeste, então revelada oficialmente como ‘uma senhora idosa’ pela própria ex-presidenta da República, Dilma Rousseff. Não há como negar a assertiva da ex-chefe ‘impedida’ (ou cassada) da nação, visto que a ‘roubalheira’ por esse país afora remete aos tempos ainda sob a nossa condição de colônia portuguesa. Por assim nos situar e admitir, só mesmo clamando aos céus e às forças divinas, confortando-nos por ora com as declarações do Papa Francisco “A corrupção é suja. E uma sociedade corrupta é uma porcaria. Aquele que permite a corrupção não é cristão e também cheira mal.” – e por promotores e juízes da nova geração como Sérgio Fernando Moro, paranaense de Maringá e responsável pela Ope-

ração Lava-Jato. PALAVRA QUE AÇOITA O COTIDIANO

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Outra droga que mata e destrói ainda mais a integridade da família brasileira,

CAPA

muito além do trânsito pelas cidades e estradas país afora, já extrapolou todos os limites da civilidade, enquanto nos sentimos partícipes das contas que temos que pa-

Sicredi Campos Gerais tem mais um ano com resultados recordes

gar em impostos e mais impostos, pelo simples fato dos gastos exacerbados de governantes que esvaziaram (e esvaziam) os cofres públicos pelas suas reeleições. Mais do que o óbvio da obviedade, falamos outra vez em corrupção, esta palavra que açoita o cotidiano do trabalhador brasileiro que se aposenta e encontra a previdência sempre em ‘maus lençóis’ ou em greve, enfim, que adoece e não tem atendimento humanizado e necessário, que paga sua moradia e tem suas casas e suas vidas invadidas pela bandidagem e, pasmem, que estuda e tem seu financiamento às vezes interrompido, em uma pátria que se diz educadora... Alô, alô!, alguém aí das pesquisas em ciências farmacêuticas: há alguma esperança de se pensar em se desenvolver uma vacina contra a droga da corrupção? Como apregoa a jornalista e ex-professora Marília Woiciechowski, “a boca repete o que queremos, e a consciência grita o que somos.”

“Olhe para as estrelas e não para os seus pés.” - Stephen Hawking

EXPEDIENTE Barbiero Comunicações Ltda. Editor: Eduardo Gusmão (mtb 019) Reportagem/Redação: Eduardo Godoy (mtb 10155) Direção de Arte, Diagramação e Capas: André Luíz Waiga Consultoria Jurídica: Luís Alberto Kubaski e Newton Maurício Franco Rodrigues Comercial e Marketing: João Barbiero - Eduardo Vaz - Eduardo Gusmão Contato Comercial: (42) 3028-0016 - (42) 99827-0009 - (42) 99855-7669 Assinaturas: (42) 3028-0016 | assinatura@revistadp.com.br e-mails: leitor@revistadp.com.br | comercial@revistadp.com.br Redação e Administração: Rua Balduíno Taques, 459 - Vila Estrela - Ponta Grossa

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D´PONTAPONTA

MAR 2018

ANO 30

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TRABALHO DE PARTO

Alexandre Mello mantém vivo o blues em Ponta Grossa com músicas autorais

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PESSOAS

Gaúcho de nascimento, Adriano Comassetto fala sobre sua vida como ponta-grossense



Entre Aspas

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Leia o que disseram alguns dos personagens que você vai encontrar ao longo desta edição da revista D’P

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““ Com os U$ 175 mil captados (R$ 600 mil), vamos adquirir as telas necessárias para a realização de mil cirurgias [de incontinência urinária], graças também à parceria com o HU-UEPG e a 3ª Regional de Saúde, que fará a triagem das pacientes

Delegada Cláudia Krüger, chefe da Delegacia da Mulher de Ponta Grossa pág. 27

“A questão da preservação é cultural: se o povo não pressionar para que se mantenha sua identidade cultural, com certeza não são os políticos que vão fazer e, muito menos, os empresários.” Helenton (Tito) Fonseca, sobre a preservação do patrimônio histórico de Ponta Grossa pág. 29

Iran Taques sobre a cantora Ivete Sangalo pág. 37

Pré-candidata ao Governo do Estado, Cida Borghetti pág. 25

“É preciso deixar bem claro que o assédio sexual é o constrangimento em que o agressor se utiliza dessa diferença hierárquica no ambiente de trabalho.”

José Eli Salamacha, coordenador do projeto Saúde da Mulher, do Rotary Clube Ponta Grossa – Lagoa Dourada pág. 12

Ela pede frango assado no camarim, aliás, dois frangos inteiros, assados, desses simples, recheados com farofa. E, por incrível que pareça, ela come aquele frango no camarim, ela come a coxa com a mão.”

A decisão do pedágio tem que ser tomada aqui no Paraná.”

Temos uma bancada evangélica que está sempre nos perseguindo. Há cinco anos, temos que bater de frente diariamente. Vou me sentir representada quando tiver alguém da nossa população lá dentro, e que entenda de políticas públicas (...).” Debora Lee, ativista do movimento LGBT, falando sobre a falta de representatividade na Câmara pág. 35

“O novo presidente e o novo Congresso vão precisar fazer reformas: política, fiscal, tributária e previdenciária (...). O Brasil é um país em potencial, mas, a médio e longo prazos, se não nos ajustarmos, teremos novamente uma crise.” Márcio Zwierewicz, economista e diretor executivo da Sicredi Campos Gerais pág. 43

As ações somadas fortalecem e mostram o potencial de uma cidade que está num processo contínuo de crescimento. Temos a certeza de que o próximo levantamento será ainda melhor, pois, nos últimos anos, nosso município recebeu mais de R$ 2 bilhões em investimentos públicos e privados.”

Prefeito de Guarapuava, César Silvestre Filho, sobre o crescimento do PIB de Guarapuava, que chegou a quase 90% em 2017 pág. 48



Cafezinho por Eduardo Gusmão editor@revistadp.com.br

‘Somos UEPG’, a primeira chapa inscrita à sucessão da Reitoria

Miguel Sanches Neto

Everson Augusto Krum

Até o fechamento desta edição, apenas uma chapa havia sido inscrita para a consulta destinada a eleger o Reitor e o Vice-Reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em 15 de maio (por meio do voto eletrônico nos campi avançados e polos de ensino a distância da instituição) e 17 de maio (campi Central e de Uvaranas em Ponta Grossa). Tal como foi anunciado na edição de fevereiro último (seção Entrevista), a primeira chapa está representada pelos professores Miguel Sanches Neto (Departamento de Estudos da Linguagem) e Everson Augusto Krum (Departamento de Análises Clínicas) como candidatos a reitor e

vice-reitor, respectivamente. A chapa se apresenta com o nome de Somos UEPG, afirmação da necessidade de colocar a instituição acima de interesses grupais, defendendo a sua condição de universidade pública, gratuita e de qualidade, patrimônio intelectual dos Campos Gerais, segundo apurou a reportagem D’Pontaponta. Essa composição retoma uma primeira tentativa feita no pleito passado, quando se tentou viabilizar a união desses dois nomes, o que não se efetivou naquela data. Miguel Sanches Neto e Everson Krum ganham destaque por terem trânsito político fora do município e por experiências administrativas – Sanches, além de ter exercido, por duas vezes, cargo como pró-reitor da instituição, foi diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado, enquanto Everson vem atuando como diretor geral do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. A composição de no mínimo outra chapa está sendo motivo de especulações - composta pelas professoras Fabiana Postiglione Mansani (Departamento de Medicina, que traz sua experiência como diretora do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde) e Marilisa do Rocio Oliveira (Departamento de Administração e pró-reitora de Extensão e Assuntos Culturais da atual gestão da UEPG), ainda não estaria acertado quem sai nessa chapa como candidata a reitora e quem será a candidata a vice-reitora. Se isso for fato, as professoras terão até dia 27 de março para definir as posições e fazer a inscrição.

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Opções em Poke e Ramen como novidades Sukiyaki

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A criatividade se apresenta como prato principal entre as novidades preparadas pelo chef de cozinha Juliano Komay, do Restaurante Sukiyaki Cozinha Oriental, a partir de março deste ano. Para aqueles habitués do rodízio da casa, sempre às terças e sextas-feiras, com início às 19h, e também pra quem ainda não conhece seu cardápio, Komay anuncia opções de Poke, às quartas, e de Ramen, nas quintas-feiras. O Poke, apesar de usar ingredientes típicos japoneses, provém da cozinha havaiana. Conforme Juliano, esse prato está fazendo muito sucesso em restaurantes especializados em comida japonesa. Seu preparo consiste em uma base feita com arroz japonês, peixes marinados e alguns outros elementos, como oleaginosas e saladas. Por sua vez, o Ramen já vem conquistando espaço em menus de restaurantes pelo Brasil afora, e mais recentemente no Paraná. “O Ramen é um prato muito consumido no Japão, e é um excelente exemplo de confort food. Trata-se de um prato que nos acolhe, nos sacia e, o mais importante, depois de provar, logo dá vontade de comer mais um!”, garante o chef Juliano Komay. Nas quartas-feiras, o Sukiyaki passa a oferecer quatro opções de Poke diferentes: Poke de salmão, Poke de atum, Poke de peixe branco e Poke do Chef. Às quintas, também serão quatro opções de Ramen: Missô Tori Ramen (macarrão com caldo de frango temperado com missô), Shoyu Tori Ramen (macarrão com caldo de frango temperado com shoyu), Missô Tonkotsu Ramen (macarrão com caldo de porco temperado com missô) e Shoyu Tonkotsu Ramen (macarrão com caldo de porco temperado com shoyu). “Tentamos trazer novidades para nossa cidade sempre que possível, e podem ter certeza de que esses pratos representam somente o começo!, pois teremos muitas novidades surgindo ao longo deste ano!”, ressalta Komay.

Poke do Chef

Shoyu Tori Ramen

Fotos: André Waiga


A experiência do anarquismo com ‘Simpósio’ em Palmeira Com palestras constantes de uma programação que devem atrair a presença e a participação de professores, historiadores, pesquisadores e estudantes interessados na experiência do anarquismo vivenciada no vizinho município de Palmeira, a quarta edição do Simpósio sobre a Colônia Cecília acontece em 14 de abril próximo, no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social, em meio a visitas a locais relacionados à Colônia Cecília, com almoço e jantar. O programa do evento terá início às 8h com a abertura e a palestra “Educação camponesa libertária: experiências da Colônia Cecília”, proferida por Robledo Marques, professor do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Na sequência, às 9h30, Jorge Henrique Jacob faz palestra sobre Os irmãos De Paolla e a Colônia Cecília. Logo após as palestras acontecem debates e o Almoço Ceciliano, ao meio-dia, fechando a programação da manhã. A programação do simpósio, no período da tarde, começa às 13h30, com visita ao memorial da Colônia Cecília, no Museu Sítio Minguinho. Em seguida, às 14h30, serão feitas visitas à região da Cecília e à Praça Memorial da Colônia Cecília, na localidade de Santa Bárbara de Baixo. Encerrando a quarta edição do Simpósio sobre a Colônia Cecília, haverá a confraternização dos participantes, às 18h, no restaurante Alecrim, onde será realizado o Jantar Anarquista, em processo colaborativo. No local, residiu o ceciliano Aldino Agottani, onde também funcionou, no início do século 20, a sapataria de Piero Colli, que serviu de local de reuniões da Liga Internacional Operária de Palmeira. O 4º Simpósio sobre a Colônia Cecília conta em sua organização com apoio do Museu Sítio Minguinho, Núcleo de Pesquisas Marques da Costa (RJ), Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira, Prefeitura de Palmeira e Academia de Letras dos Campos Gerais. Inscrições e informações sobre o evento podem ser obtidas pelos telefones (42) 39095001 e 99800-5772. A inscrição tem valor de R$ 50,00 por pessoa e a participação dá direito a certificado.

Literatura como

medicamento A médica Cristiane Schneckenberg (foto) gravou recentemente uma participação para o projeto em comemoração aos 20 anos de atuação na saúde feminina, do laboratório LIBBS (www. libbs.com.br). Foram selecionadas ações nacionais que têm o objetivo de fazer a diferença na vida das mulheres. Na ocasião, a médica ponta-grossense fez uma abordagem sobre o seu livro Um espelho para Vênus. O romance da ginecologista e agora escritora - trata da história da também médica ginecologista e sexóloga, Sara Mayer. Na obra, Sara vive, junto ao atendimento de suas pacientes, buscas que trazem à tona muitos dos dilemas da sexualidade feminina. Em breve, Cristiane deverá lançar oficialmente seu livro e colocá-lo à disposição dos interessados nas livrarias.


Expresso

Parceria entre

HU e Rotary

vai beneficiar mil

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mulheres na região

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O resgate da autoestima e da dignidade de mil mulheres dos municípios de abrangência da 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa traduz os objetivos do projeto Saúde da Mulher, lançado pelo Rotary Clube Ponta Grossa – Lagoa Dourada, em parceria com o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) e o Ministério Público Federal. Por meio da realização de mutirões, via SUS, o projeto vai possibilitar o atendimento à demanda regional por cirurgias com telas sling, recomendada a mulheres privadas do convívio profissional e social pela incontinência urinária. O diretor do HU, Everson Augusto Krum, ressalta a importância da realização de um mutirão dessa natureza para as mulheres que sofrem de incontinência urinária, por uma série de fatores de risco, como o número de gestações, menopausa e obesidade, entre outros. “Mulheres com este diagnóstico têm problemas de autoestima e isolamento social”, diz. A cirurgia consiste no implante de uma tela sling, objetivando aumentar a resistência uretral e reduzir a perda de urina da paciente, com melhoria da qualidade de vida e reinserção social da mulher. Conforme o coordenador do projeto, o rotariano José Eli Salamacha, o projeto Saúde da Mulher se coloca entre as três maiores iniciativas do gênero já realizadas pelo Rotary Club na América Latina. Ele estima o volume de recursos envolvidos em R$ 8 milhões, considerando que na rede particular uma cirurgia desse tipo custa em torno de R$ 8 mil. Pelo projeto Saúde da Mulher, o Rotary Club Lagoa Dourada vai doar as telas sling e o HU será responsável pela cirurgia, incluindo os procedimentos pré e pós-operatórios. Salamacha comenta que a ideia do projeto ganhou corpo a partir da doação de cerca de R$ 120 mil (U$ 35 mil) ao Rotary Lagoa Dourada pelo Ministério Público Federal, recurso esse resultan-

te de honorários de ações transitadas na Justiça Federal de Ponta Grosa. Em visita ao HU-UEPG, soube-se da demanda reprimida pelas cirurgias com tela sling, procedimento fora do alcance de pacientes do SUS, pelo seu alto custo. Decidiu-se então pela captação dos recursos necessários para zerar essa fila, que chega ao número de mil mulheres. Na captação do recurso, segundo Salamacha, o Rotary Lagoa Dourada conseguiu quintuplicar o valor inicial de 35 mil dólares, por meio da parceria internacional com o Rotary Cataratas Puerto Iguazu, da Argentina (U$ 35 mil); Rotary Distrito 4730, que abrange o sudeste paranaense (U$ 35 mil); e o Rotary Internacional (U$ 70 mil). “Com os U$ 175 mil captados (R$ 600 mil), vamos adquirir as telas necessárias para a realização de mil cirurgias, graças também à parceria com o HU-UEPG e a 3ª Regional de Saúde, que fará a triagem das pacientes”, afirma. Para o presidente do Rotary Lagoa Dourada, Jeferson de Souza, com esse projeto o movimento rotariano se encontra na sua orientação de prestação de serviços de caráter humanitário. “O Rotary só encontra sentido no outro”, diz. A governadora do Rotary Distrito 4730, Sueli de Fátima Karas Inckot, destaca que uma ação desse porte só se faz com parcerias. “É um grande projeto que vai mudar a vida de muitas mulheres aqui em Ponta Grossa”, enfatiza. O presidente do Rotary Cataratas Puerto Iguazu, Jose Belloni, afirma que esse projeto representa a comprovação de que se pode sonhar grande. “Essa é uma das razões que me motivaram a ingressar na família rotariana”, evidencia. O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, ressalta a importância das parcerias, estabelecendo um círculo virtuoso, no qual os recursos recolhidos por meio de impostos retornam à sociedade em forma de serviços. “Isso mostra uma sociedade participativa, empenhada em fazer a coisa certa, em buscar a justiça social”, disse.

Jeferson de Souza

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MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Fenômeno mundial tem alcançado cada vez mais adeptos no Brasil, atraídos pela economia de até 95% na conta de luz

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O Brasil caminha a passos largos para atingir seu grande potencial na geração e consumo de energia solar fotovoltaica. Em pouco mais de três anos, presenciamos um pulo de 356 para 22,7 mil unidades de geração de energia solar autônomas (entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2018), representando um crescimento de – pasmem - 6.275%. Hoje, a participação da energia solar na matriz energética do país ainda é de apenas 0,2%, porém, a meta do setor é atingir 10% em 2030. As previsões apontam que, em 2024, teremos aproximadamente 887 mil sistemas de energia solar instalados por todo território brasileiro. As explicações para esse fenômeno não são difíceis de compreender. Além de todo o benefício para o planeta, pois é um recurso inesgotável, sem emissão de poluentes e sem ruído (ou seja, impacto zero na natureza), a energia solar pode representar de 50% a 95% de economia na conta de energia. Com durabilidade de 25 anos, o investidor porderá ter, pelo menos, 18 anos de geração de energia gratuita – descontando o custo do investimento, que vem diminuindo drasticamente a cada ano. ‘Mas aqui no Paraná não é igual no Nordeste, que faz sol todo dia’, pode dizer o mais reticente. Ledo engano. Em entrevista ao site da EBC, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, fez uma declaração surpreendente: “o pior sol do Brasil, que está lá no Sul do país e tem uma irradiação de 1.500 KWh m2/ano, é superior ao melhor sol da Alemanha [o país com maior capacidade de geração fotovoltaica instalada do mundo]”. O fato se explica, pois o sistema funciona com a incidência de luz (foto) e não necessita de calor. Ainda tem dúvidas de que essa é a energia do futuro? Ou melhor, que já é a energia do presente? Em Ponta Grossa, o médico pneumologista e vereador Magno Zanellato é um dos que se renderam a essa revolução. Com painéis instalados pela Gena Energia Solar em sua casa, Magno sentiu a diferença

em sua conta de luz já no primeiro mês. “O início deste ano foi muito nublado e, mesmo assim, minha conta já diminuiu 55%, mais da metade do que eu pagava”, conta entusiasmado. A energia solar fotovoltaica funciona da mesma forma que a energia elétrica que recebemos tradicionalmente em nossas casas – geradas por usinas hidrelétricas e termelétricas. A diferença é que ela é gerada a partir da luz do sol, através de micro usinas instaladas nos telhados, conhecidas como Sistema de Energia Solar Fotovoltaico. ‘Mas, o que fazer à noite ou em dias nublados?’. Calma, você não vai ficar sem energia. O sistema é conectado à rede da concessionária (no nosso caso, a Copel) e toda energia gerada e não consumida imediatamente é convertida em créditos para serem usados nesses casos, de forma automática. A instalação é outro ponto que chama atenção. A equipe da Gena Energia Solar, que atende Ponta Grossa, Campos Gerais, Curitiba e Região Metropolitana, cuida de todas as questões, desde as burocráticas até às de execução. “Eles foram extremamente profissionais. Me deram prazo de 60 dias para fazer o projeto, aprovar com a Copel e importar as placas, cumprindo com todo o prazo. Trabalharam uma semana em casa e a gente nem percebia que eles estavam lá. Depois, eles mesmos foram até à Copel para solicitar a alteração do relógio e foi feita a troca. Para fechar de forma admirável, a equipe arrumou a parede e pintou da cor que era, sem a gente nem perceber. O trabalho da Gena é realmente muito profissional, já indiquei para alguns colegas e continuo indicando”, relata doutor Magno. “Agora em março, começo a instalar também no meu laboratório. Em apenas cinco anos, vou tirar todo o investimento que fiz, depois é só lucro, levando em consideração também que a tendência é que a energia elétrica fique cada vez mais cara. Com toda certeza, é um bom negócio. É uma energia de graça, que Deus nos dá e está sem uso”, afirma o médico.


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Leitor/Crônica

A melhor janela

| por Renata Regis Florisbelo*

Elisa acordou apressada, era hora de arrumar tudo e iniciar na nova escola. Seriam aulas de teatro com crianças completando a grade curricular adicional, puro encanto imaginal. Preparou, carinhosamente, uma bolsa com alguns adereços. Roupas coloridas, capas, chapéus engraçados, saias floridas e até paletó e gravata infantis. Tudo para compor os personagens que já poderiam ganhar forma no primeiro dia. Seria uma experiência diferente para os alunos, pela primeira vez tal tema ingressaria no rol das disciplinas. Tiveram o cuidado de avisá-la que as crianças eram boas, educadas e atenciosas, do tipo desejado pelos professores, já cansados de pirralhos cheios de vontades mal-educadas e maldades aguardando oportunidade. Na tarde anterior, debruçou-se sobre a máquina de lavar e o tanque e lavou lençóis e toalhas, compondo um varal quase poético, com peças em tons florais balançando feito ramos de árvore. Nos fundos da casa, as roupas de cama secavam na abundância do sol. Quando o tempo de exposição não era suficiente para arrebatar toda a umidade, no final do dia, Elisa as transferia para um varal na varanda ao lado da casa. E nela, a comentada janela. Foi num final de tarde que cheguei por lá, destravei a tranca, abri o portão, espiei as novas plantinhas na horta e encontrei Elisa sorridente, feliz e recém-chegada em casa. Esperava-me com o café fresco, passado havia poucos minutos, e os pães favoritos da panificadora na rua ao lado, prontos para serem consumidos com um fio de azeite de oliva e folhas frescas colhidas no quintal, algumas daquelas que eu acabara de espiar. Antes de sentar-se à mesa, lembrou-se das roupas ao relento. Levantou-

se, recolheu e pendurou no varal da varanda. Perguntei se queria ajuda; gentilmente respondeu que não, íntima das roupas lavadas e pendurando-as como quem alisa e faz carinho no pelo de um gato. Aliás, ela alisava mesmo cada peça estendida, num carinho explícito, talvez pensando no gosto por quem viesse a usar. Já estava acostumada ao tira e põe de peças. Mais um sorriso cordial atirado a mim e a fala explicando que, nas manhãs, ao acordar, se apressa em retirar as roupas da varanda e pendurar novamente na área externa, pois aquela era a melhor janela, a do quarto do filho mais novo, em frente à varanda. Sim, era a melhor janela, a que possuía a mais bela vista, com grandiosas e sobranceiras árvores, uma tristeza se amanhecesse encoberta. Fiquei, inevitavelmente, a refletir sobre a generosidade dos gestos e, com eles, o amor transmitido. Se eu fosse o filho da Elisa, jamais me cansaria de agradecer ao miraculoso presente da vida: a melhor janela, a que propiciava a mais bela vista, verdadeira porta para o amor. Jamais poderia escolher, para mim, presente mais caloroso. Herança alguma no mundo é capaz de se comparar. Penso nas crianças, nos alunos da Elisa, para as aulas de teatro, tais quais pássaros coloridos que pousam nas janelas, para, em seguida, saracotearem por outras bandas. A própria Elisa é como um pássaro livre, não tarda a buscar outras vistas em novas janelas. C

*Renata Regis Florisbelo, escritora, integrante da Academia de Letras dos Campos (Cadeira nº 6) e autora de 12 livros, entre eles A Melhor Janela, com lançamento previsto em maio próximo, no Garimpo 1926

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Política

/ Marcio Pauliki

Marcio Pauliki rumo a novos desafios

em busca de uma política responsável Da Redação O deputado estadual Marcio Pauliki confirma em definitivo a sua pré-candidatura a deputado federal nas Eleições 2018, em 7 de outubro, declarando apoio a seu aliado Osmar Dias como candidato ao Governo do Estado. Pauliki já está trabalhando, há alguns meses, em sua plataforma de atuação na Câmara Federal, com foco nas áreas em que exerce seu mandato na Assembleia Legislativa, como saúde, segurança, ação social e geração de emprego e renda. Com especial atenção à saúde, Marcio Pauliki idealizou e continua a buscar recursos para a implantação do Instituto do Câncer dos Campos Gerais (ICCG), que deverá funcionar no Hospital Regional Universitário de Ponta Grossa, beneficiando pacientes e familiares que precisam de atendimento especializado em Ponta Grossa e região. Além disso, Pauliki intermediou junto ao governo estadual mutirões de saúde para cirurgias de catarata, de órteses e próteses, e também para exames de mamografia. Como idealizador do programa Nota Paraná Solidária, que já beneficiou mais de mil entidades sem fins lucrativas no estado, Pauliki também tem atuado junto ao governo, visando investimentos para melhorar a segurança pública, a exemplo da luta pela construção da Casa de Custódia, conquista de viaturas policiais e de módulos móveis para Ponta Grossa. Com exclusividade, confira a seguir entrevista com o deputado Marcio Pauliki.

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Deputado, o senhor confirma sua pré-candidatura a deputado federal nas eleições deste ano? Como deputado estadual, conquistei para Ponta Grossa e região a implantação do Instituto do Câncer dos Campos Gerais (ICCG), que funcionará no Hospital Regional Universitário de Ponta Grossa e beneficiará todos os pacientes que precisam de atendimento especializado. Para dar continuidade ao ICCG, faz-se necessário estar em Brasília, articulando junto ao governo federal e Ministério da Saúde recursos para efetivar a instalação do ICCG, que deverá não somente atender pacientes e familiares dos Campos Gerais, mas também das regiões Centro Sul e Norte Pioneiro do estado. Por isso, sou pré-candidato a deputado federal, pois acredito na necessidade fundamental da região dos Campos Gerais ter maior representatividade em Brasília, para poder articular junto ao governo federal políticas públicas para as nossas cidades e pleitear recursos para beneficiar a população. Já estou, inclusive, preparando um plano de atuação focado nas áreas em que hoje trabalho na Assembleia Legislativa, como saúde, segurança, ação social e geração de emprego e renda. Continuarei fazendo uma política responsável, séria e do jeito certo em prol da nossa comunidade.

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Como deputado estadual, o senhor tem dedicado especial atenção na área da saúde, mais precisamente para a criação do Instituto do Câncer dos Campos Gerais (ICCG). Como está esse projeto? A saúde é um setor que sempre precisa de um olhar atento e dedicação máxima, para que os projetos possam sair do papel. O projeto do Instituto está caminhando muito bem, conforme planejado, pois pretendo deixar esse importante legado para toda a região. A implementação do ICCG beneficiará pacientes de todas as cidades dos Campos Gerais, do Norte Pioneiro e da região Centro Sul. A primeira fase do Instituto do Câncer foi apresentada em novembro de 2017, e nesse momento os recursos de R$ 2 milhões, que conquistei junto ao governo estadual, serão destinados à construção da Farmácia Oncológica e ao Centro de Tratamento de Leucemias e Linfomas (CTL). As famílias de pacientes também terão à sua disposição a Casa da Acolhida – um ambiente acolhedor, com sala de estar e cozinha comunitária. Entre 2018 e 2020 serão necessários mais R$ 8 milhões para a construção do novo Centro Cirúrgico, que terá seis salas de cirurgia e adaptação de 25 leitos de internamento, que deverá atender também pacientes da Oncologia. Como pré-candidato a deputado federal, buscarei mais recursos para a conclusão do ICCG.


Fotos: Divulgação

Em relação à saúde, o deputado também tem atuado em outras frentes de interesse imediato da população? Estou sempre em contato com a população, visitando bairros e vilas de Ponta Grossa e de diversas cidades, ouvindo o povo e entendendo suas carências mais prementes, entre as quais a área da saúde. Para resolver o problema das pessoas, busquei junto à Secretaria de Estado da Saúde a realização de mutirões de cirurgias eletivas, de catarata e de implantação de órteses e próteses. Às vezes, as pessoas esperam por anos tal atendimento. Os mutirões agilizam esse processo e mudam a vida de centenas de famílias. Um deputado tem que atuar dessa maneira. Observar as demandas da sociedade e procurar, sempre que possível, levar soluções para esses problemas. Essa deve ser a política feita por gestores e administradores focados no bem comum de toda a comunidade. Inclusive já temos confirmados mais três mutirões de catarata e, em parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer, deveremos fazer um grande mutirão de mamografia. Como está sua atuação em relação à segurança pública? Segurança e saúde geram a preocupação de todos nós brasileiros, de norte a sul. Buscamos, em parceria com o Governo do Paraná, o Serviço de Operações Especiais (SOE), grupo de elite do Departamento Penitenciário (Depen), que atua como primeiro interventor em situações de crise no sistema prisional. Seus 23 membros deverão evitar fugas e rebeliões, o que dará mais segurança a toda comunidade ao entorno de presídios e penitenciárias. Foram entregues, ainda recentemente, novos armamentos e quatro caminhonetes Amarok, assim como também intermediei junto ao governo estadual a entrega de dezenas de viaturas para a Polícia Militar e Polícia Civil de toda região. Além disso, sou idealizador e mantenedor do Ins-

tituto Mundo Melhor (IMM), que vem realizando, há mais de sete anos, ações visando a ressocialização dos detentos, oferecendo cursos on-line por meio de salas virtuais. Nesse sentido, faz-se necessário dar oportunidades e capacitar essas pessoas, para que tenhamos uma sociedade melhor. No tocante à segurança, ainda, o senhor também está empenhado na implantação de mais módulos móveis para a Guarda Municipal de Ponta Grossa? Com certeza, visto que conquistei recursos para a prefeitura implantar módulos móveis para a Guarda Municipal, visando atender a área central da cidade e os bairros de Uvaranas, Oficinas, Nova Rússia e Santa Paula. Neste aspecto, torna-se fundamental fortalecer a segurança em todo o município. Para tanto, serão quatro módulos que deverão atuar fortemente para inibir e combater ações criminosas na cidade. Além disso, entreguei através de emendas parlamentares viaturas policiais para serem utilizadas em patrulhas comerciais e rurais no município. No primeiro semestre de 2017, juntamente com o deputado Plauto Miró Guimarães, apresentei uma emenda conjunta no valor de R$ 300 mil para serem investidos nas melhorias do prédio do presídio Hildebrando de Souza. Quais as soluções que o deputado tem levado adiante em relação aos presídios? A curto prazo, deveremos garantir a construção imediata de um Centro de Triagem para 520 vagas. O contrato para a construção do Centro de Triagem será realizado em caráter de excepcionalidade e de urgência. As celas serão modulares e a construção poderá ser concluída quatro meses após a definição do terreno. A médio prazo, luto pela construção da Casa de Custódia de Ponta Grossa, que já se encontra em fase licitatória, possibilitando a abertura de mais 720 vagas para detentos.

O programa Nota Paraná Solidária também consta como uma proposta idealizada pelo senhor. Como está se desenvolvendo esse projeto? Trata-se de um projeto de que me orgulho muito, uma vez que foi acatado pelo Governo do Estado, visando beneficiar as entidades sem fins lucrativos que prestam um serviço fundamental em nossa sociedade. Os resultados do programa demonstram que a experiência administrativa ajuda a entender e resolver os problemas da população. São instituições que atuam nas áreas de assistência social, saúde, defesa e proteção animal, esporte e cultura. Até janeiro deste ano, foram repassados um total de R$ 55,7 milhões para 1.129 instituições, fazendo uma diferença enorme para as entidades sociais, segundo já pudemos constatar. Essa deve ser a boa política que todo cidadão espera de seus representantes, e que continuarei praticando com muito orgulho através de uma política que traga efetivamente resultados concretos para a comunidade em geral. Como correligionários e amigos, o senhor e Osmar Dias mantêm a parceria para o pleito deste ano? Com certeza absoluta, declaro meu apoio incondicional a Osmar Dias para ser o novo governador do estado do Paraná. Estamos, seguidamente, conversando e visitando os moradores de diferentes regiões do estado. Por onde temos caminhado, lado a lado, buscamos ouvir diversos setores da sociedade, objetivando estabelecer um plano de governo para fomentar ainda mais o desenvolvimento do Paraná. Osmar Dias tem mais de 30 anos de vida pública construídos com muita ética. Eu estou ao lado de Osmar, desde 2005, e sei o quanto ele é um homem honesto e transparente. Sei também da sua competência e lealdade e, principalmente, do quanto Osmar poderá ser capaz de ajudar a transformar o Paraná, contribuindo para que o estado cresça cada vez mais.


Mídia & Publicidade

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1 ALEGRA E MADERO JUNTOS:

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A parceria entre a Alegra Foods e o restaurante Madero resultou em uma ação que, além de fortalecer ainda mais as marcas, com a garantia de produtos de qualidade, ajudará uma entidade beneficente da região dos Campos Gerais. No mês de fevereiro, a campanha Falou em carne suína no Madero, falou Alegra começou a ser veiculada em diversos veículos de comunicação de todo o Brasil, além de publicidade out of home (OOH) e mídias sociais. “Entendemos que a Alegra atende todos os requisitos de sustentabilidade, qualidade e inovação, assim como o Madero, que tem as mesmas qualidades em seu DNA. São duas empresas que estão no mercado primando pela ética e pelo produto certificado. Por isso, optamos por deixar claro ao consumidor final a origem da carne suína oferecida pelo Madero, por meio desta campanha”, comenta o analista de marketing da Alegra Foods, Amauri Castro. A ideia da campanha é fortalecer a união das duas marcas e mostrar que o bacon usado no famoso sanduíche ‘Cheese Bacon Madero’ é fornecido pela Alegra, assim como a costela, o lombo e o pernil, também presentes no cardápio do restaurante. Uma outra ação dessa campanha ganha destaque pelo ato solidário promovido pelas empresas. O valor do cachê pelo uso da imagem do chef Junior Durski será totalmente revertido para uma instituição de caridade. “Estamos analisando a instituição e estudando a possibilidade de fazer a entrega em melhorias de infraestrutura, com uma visão de permanência e acompanhamento do benefício”, declara Castro.

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2 NO AR, D’PONTA WEB NEWS: Quer ficar bem informado com todas as notícias em um único lugar? Já está no ar a rádio online D’Ponta Web News, mais um produto do Grupo Barbiero Comunicações (que engloba ainda a TV Vila Velha e as revistas D’Pontaponta e D’Castro). “Essa é uma rádio diferente: tem 24 horas de notícias, com 70% delas de Ponta Grossa e da região dos Campos Gerais, que são atualizadas a todo momento. Nós compilamos todas as notícias de sites e blogs pra

facilitar a vida do ouvinte”, afirma João Barbiero, diretor do grupo. Para ouvir, basta acessar o site www.dpontawebnews.com.br ou então pelo aplicativo RadiosNet (que pode ser baixado gratuitamente no celular).

3 DESTINOS, POR RÔMULO CURY:

Desde 24 de fevereiro, o Jornal da Manhã conta com mais um projeto especial, desta vez, voltado ao turismo. A coluna Destinos, por Rômulo Cury uniu, além do colunista social, o premiado fotógrafo Laertes Soares e a Mapa Comunicação Integrada. A cada dois meses, Rômulo irá compartilhar com seu público dicas de badalados roteiros turísticos do país. “Faltava para Ponta Grossa um espaço midiático que contemplasse o mundo do turismo, com as melhores experiências que existem próximas ou distantes. Ninguém melhor que Rômulo Cury para transmitir e opinar sobre algo tão aspiracional para as pessoas”, comenta a diretora geral da Mapa, Maria Priscila Nabozni Alves. “Vamos juntos trazer muitas novidades para os leitores da coluna neste projeto, que está apenas iniciando”, comenta o fotógrafo Laertes Soares. Para o colunista Rômulo Cury, trazer um colunismo social diferenciado para o dia a dia de seus leitores é uma das suas linhas de trabalho. “O intuito desse espaço é deixa-lo atualizado no que existe de melhor no segmento. Uma verdadeira boutique de roteiros, gastronomia, lugares inusitados e beleza”, comenta. O primeiro destino foi a histórica cidade de Morretes.

4 DC AGORA NO INSTA: Ele é centenário, mas está sempre atualizado. O Diário dos Campos mostra, mais uma vez, sua vitalidade e percepção das novas tecnologias, chegando agora ao Instagram. O jornal está publicando diariamente um resumo de suas principais notícias, além de imagens produzidas nas reportagens, instigando o leitor a buscar mais informações no site do veículo. Boa sacada!



Palácio Iguaçu / Cida Borghetti

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Nesta edição, a revista D’Pontaponta segue apresentando ao nosso público (e)leitor entrevistas exclusivas com os principais nomes que se colocaram à disposição de seus partidos para a disputa do cargo de governador do Paraná. Em fevereiro último, a reportagem DP entrevistou o pré-candidato Osmar Dias (PDT). Agora, chegou a vez de Cida Borghetti (PP), atual vice-governadora do Paraná, que busca a continuidade do atual governo. Empresária, formada em Administração Pública com especialização em Políticas Públicas, Cida iniciou na política como militante do PDS Jovem. Foi deputada federal e deputada estadual por dois mandatos – nesse período foi autora de mais de 100 leis. Nos jantares de família, a política é assunto recorrente, já que seu marido, Ricardo Barros, é deputado federal e atual ministro da Saúde, e sua filha, Maria Victoria, ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa. Contando que terá o apoio de Beto Richa, Cida Borghetti, ao que tudo indica, deverá assumir o governo do Paraná no próximo mês de abril (período em que o atual governador terá que se afastar do cargo, caso queira ser candidato – conversas de bastidores em Curitiba garantem que ele concorrerá ao Senado). Saiba o que Cida espera do seu futuro na entrevista a seguir.

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A senhora confirma sua pretensão de ser candidata a governadora do Paraná em 2018? Se sim, qual será sua linha de propostas e trabalho na campanha eleitoral? Sim, sou pré-candidata ao Governo do Estado em qualquer cenário. Conto com o apoio das direções nacional e estadual da legenda e tenho a confiança de que podemos contribuir mais com o desenvolvimento do Paraná. Sou empresária, formada em administração pública com especialização em políticas públicas. Construí uma carreira defendendo a saúde preventiva das mulheres, a proteção às crianças, às famílias e o fortalecimento dos municípios. Sinto-me preparada. Defendo uma gestão participativa. Farei consultas a lideranças políticas, do setor produtivo, fede-

rações, associações e sindicatos. Todos terão voz e participação. Vou me concentrar na execução de obras de infraestrutura que reduzam o custo do transporte e deixem mais dinheiro no bolso do produtor. Aliás, pertenço a um grupo que tem como marca a eficiência na gestão. Buscarei essas boas práticas. Modelos de realizações, por exemplo, em Maringá, que saiu de um cenário difícil no início dos anos 2000, tornando-se uma das melhores cidades do Brasil para se viver. A base da atual gestão do Governo do Paraná apresenta alguns possíveis nomes para concorrer ao cargo: a senhora, Ratinho Junior, Marcelo Rangel, César Silvestre, entre outros. Como alinhar todos esses fortes aliados?

Daqui até o fim das convenções teremos um período de conversas e articulações. Tenho uma relação muito boa com todos eles e acredito que seja possível o alinhamento em prol do Paraná. Trabalhamos para manter e ampliar a coligação vencedora das eleições de 2010 e 2014. Caminhamos com o governador Beto Richa, desde a primeira eleição dele a prefeito de Curitiba em 2004. Aliás, nosso grupo não possui inimigos na política, temos concorrentes durante o período eleitoral. Após a eleição, nossa obrigação é trabalhar e honrar os votos recebidos. São bons nomes que têm todo o direito de apresentar os seus projetos. Confio num debate saudável e na troca construtiva de ideias. Quem ganha é o povo do Paraná.


Foto: Divulgação

Cida Borghetti “Sou pré-candidata ao Governo do Estado em qualquer cenário” Tendo o governador Beto Richa em seu palanque, a senhora acredita que poderá respingar em sua campanha as denúncias e investigações das operações Publicano, Lava Jato e Quadro Negro? Não, estou absolutamente tranquila em relação a isso, até porque não tenho relação alguma com as investigações. Vale lembrar que o governador Beto Richa afastou e demitiu funcionários e iniciou as investigações. Temos confiança de que a Justiça irá apurar os fatos e responsabilizar os culpados. Veremos a família toda no palanque este ano? Ou seja, seu marido, Ricardo Barros, e sua filha, Maria Victória, irão concorrer a cargos eletivos? Sim, os dois vão concorrer aos cargos que já ocupam [ele deputado federal e ela deputada estadual]. O Ricardo tem feito um trabalho excelente de gestão no Ministério da Saúde. Com medidas de eficiência, economizou R$ 4,8 bilhões, esse dinheiro que está sendo revertido em novas ações. E a Maria Victória dedica seu mandato à educação e à saúde, com destaque ao trabalho realizado pelas Doenças Raras e à ampliação da Triagem Neonatal. Também idealizou o Gibi Maria da Penha, publicação para conscientizar os alunos da rede pública que violência contra mulher é crime. Quais experiências o cargo de vice-governadora trouxe à senhora que a credencia para assumir o posto de governadora?

Primeiro, agradecer a confiança do governador Beto Richa e da população paranaense. Uma honra ter a oportunidade de trabalhar pelo nosso povo. Minha trajetória começa ainda na juventude, quando tive a minha ficha de filiação abonada pelo governador Ney Braga. Fui presidente voluntária do Provopar Maringá, chefe do escritório do Paraná em Brasília, deputada estadual por dois mandatos, deputada federal e agora vice-governadora. Uma carreira defendendo a saúde preventiva das mulheres, a proteção às crianças e às famílias e o fortalecimento dos municípios. Sou a responsável pelo relacionamento do Paraná em Brasília. Com o apoio da nossa bancada, conseguimos recursos que geram empregos e renda, reduzem o custo do transporte para o setor produtivo e mudam, para melhor, a vida de muita gente. Avançamos com a revitalização do Rio Iguaçu. E ampliamos o alcance das campanhas de alerta contra a violência doméstica e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Recentemente, entregamos novos mamógrafos digitais para as regiões de Curitiba e Cascavel e anunciamos a ampliação da maternidade do HU da UEPG. Caso venha a ser candidata, seu plano de governo seria focado em quais propostas e setores? O Paraná hoje é um estado diferenciado da nação. O governador Beto Richa promoveu o ajuste fiscal no momento certo. Com o apoio da bancada, aprovamos as medidas

necessárias. Hoje, há um reconhecimento nacional. Retomamos a capacidade de investimentos, estamos com as contas em dia e temos a segunda melhor situação fiscal do país. Vamos continuar os avanços dessas políticas, com a parceria das prefeituras e o foco em uma gestão eficiente. Ampliar o apoio aos empreendedores com justiça tributária; acelerar obras de infraestrutura para reduzir os custos de transporte do setor produtivo e do agronegócio; consolidar o condomínio portuário de Pontal do Paraná e iniciar a preparação para licitação do pedágio. A decisão do pedágio tem que ser tomada aqui no Paraná. Defendo tarifas mais baixas e novas obras. Tudo isso com debates envolvendo a população e todo o setor produtivo. Para Ponta Grossa e os Campos Gerais, defendemos a melhoria e ampliação do aeroporto, a duplicação integral da Rodovia do Café, o Arco Norte de Ponta Grossa, o Centro de Referência em Oncologia, o fortalecimento da UEPG, o estímulo ao agronegócio e à agricultura familiar. Tenho também as bandeiras que carrego comigo ao longo de toda a minha trajetória: a saúde preventiva e a defesa da mulher, da criança, do adolescente e dos idosos. O grande desafio é preparar uma nova geração para o futuro, e isso passa pelo investimento maciço na primeira infância. Uma política integrada unindo educação, saúde, nutrição, cultura, segurança e direitos humanos. Dar a oportunidade para que as nossas crianças possam ser cidadãos mais preparados.


Afinal, o que é

assédio? MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Eduardo Godoy

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Enfoque

“Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”. O artigo 216-A do Código Penal é claro ao definir o crime de assédio sexual. Entretanto, o termo tem sido cada vez mais utilizado para caracterizar diversos outros crimes contra a mulher. “É preciso deixar bem claro que o assédio sexual é o constrangimento em que o agressor se utiliza dessa diferença hierárquica no ambiente de trabalho”, explica a delegada Cláudia Krüger (foto), chefe da Delegacia da Mulher de Ponta Grossa. Em 2017, a Delegacia da Mulher de Ponta Grossa analisou cinco casos caracterizados como assédio. Neste ano, o órgão já possui dois casos em análise, sendo que em um deles o delito fica mais evidente. “Ainda estamos estudando esses boletins para poder encaminhar a denúncia”, conta. A pena prevista para esse crime no Código Penal é a detenção de um a dois anos, podendo ser aumentada em até um terço, se a vítima for menor de 18 anos. Segundo a delegada, em outras situações, como na rua ou no transporte público, “a tipificação do delito vai depender muito da forma e do agente”. Os crimes e contravenções mais comuns podem ser caracterizados como perturbação da tranquilidade (um assovio ou uma ‘cantada’ constrangedora, por exemplo), importunação ofensiva ao pudor (com práticas de atos obscenos, como nos casos recentes em que homens estavam se masturbando em metrôs, trens e ônibus de São Paulo e Rio de Janeiro) e estupro (caso haja abordagem física, toques em partes íntimas sem permissão ou sexo forçado). “Tudo depende do contexto”, pondera a delegada. MUDANÇAS NA LEI TRAMITAM NO CONGRESSO Para endurecer a pena contra crimes que não são caracterizados como assédio, um projeto de lei tramita em Brasília para incluir o crime de molestamento sexual no Código Penal. Essa foi a resposta sugerida pela senadora Marta Suplicy, depois que uma punição leve foi aplicada pela Justiça a um homem que ejaculou sobre uma mulher dentro de um ônibus em São Paulo. A criminalização desse tipo de prática, que já foi aprovada pelo Senado, está sendo analisada agora pela Câmara Federal. A proposta define como crime de molestamento sexual “a conduta de constranger ou molestar alguém à prática de ato libidinoso diverso do estupro”. Se o ato for cometido mediante violência ou grave ameaça, a pena recomendada é de três a seis anos de reclusão. Caso não haja violência ou grave ameaça, independentemente de contato físico, a pena cai para dois a quatro anos de reclusão. O projeto de lei (de número 312/2017 no Senado e 8834/2017 na Câmara) estabelece ainda novas hipóteses de internação provisória dentro do Código de Processo Penal. Além de prever a medida também nos crimes contra a liberdade sexual, determina a frequência

obrigatória do acusado a tratamento ambulatorial, em prazos e condições estipuladas pelo juiz. “É inadmissível que atos violentamente ofensivos e com possíveis graves repercussões para a saúde mental e a autoestima da vítima sejam enquadrados como mera contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor, cuja pena prevista é de multa”, contestou Marta Suplicy, na justificativa do projeto, que tramita em regime de urgência, mas ainda não tem prazo para ser votado. NÚMEROS DE VIOLAÇÃO SÃO ALTOS Uma pesquisa nacional divulgada em novembro de 2017 pelo Instituto Datafolha mostrou que 42% das mulheres (ou seja, quatro em cada dez entrevistadas) relatam já ter sofrido assédio sexual – ou, como fica claro nas demais perguntas da pesquisa, algum tipo de violação de sua tranquilidade e intimidade. Foram ouvidas 1.427 mulheres, com margem de erro de dois pontos percentuais. As violações, segundo mostra o estudo, são mais sentidas na rua, no transporte público e no trabalho, por mulheres mais novas, mais escolarizadas e com maior renda familiar. Além disso, o problema é mais perceptível por orientais, pretas e pardas e em cidades maiores. Os números mostrados nessa pesquisa, porém, não surpreendem quem vive isso na pele diariamente, afirmaram mulheres ouvidas pela reportagem D’Pontaponta – segundo elas, a quantidade real de vítimas deve ser ainda maior, mas existe o receio de contar e também falta de percepção de que está sendo violada. Isso pode ser visto em outros estudos, como um realizado em 2016 pela organização ActionAid, que mostrou que 86% das 503 brasileiras entrevistadas já haviam sofrido assédio em público. A delegada Cláudia Krüger constata que é perceptível uma mudança na ação das mulheres, que têm se mostrado cada vez mais corajosas ao procurar a Delegacia da Mulher. “É importante destacar que a mulher pode nos procurar sempre que se sentir violada de alguma forma, para que possamos ajudá-la”, salienta, lembrando da necessidade de pegar o contato de testemunhas, sempre que possível, na hora em que ocorrer o fato.


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Debate

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Patrimônio histórico: nossas leis são eficientes?

mpossível andar pelo centro de Ponta Grossa sem se encantar com a beleza dos imóveis que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. São construções – às vezes centenárias - que ajudam a contar um pouco sobre a história e a cultura da ‘Princesa dos Campos’, destacando personagens importantes para o município, famílias pioneiras, pontos de comércio marcantes, aspectos da indústria, sedes de instituições, entre outros. Atualmente, são 57 imóveis tombados pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac), além da Locomotiva 250 (o único bem móvel registrado, instalada em frente à Casa da Memória). Integram a lista também outros seis imóveis de importância estadual e o Parque de Vila Velha/Furnas/Lagoa Dourada, que possuem tombamento pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná (CEPHA). A principal norma que trata desse assunto, em Ponta Grossa, está na lei nº 6183, de 1999 (sancionada na gestão do prefeito Jocelito Canto), que define as regras de tombamento e cria o Compac e o Protec (Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural). Entre os artigos, há a garantia de desconto de 70% do IPTU para os proprietários de imóveis tombados que os mantêm em bom estado de preservação – uma das críticas é que esse seria o único bônus para os proprietários, que precisam arcar com todos os demais ônus recorrentes de possuir um imóvel tombado, como a impossibilidade de realizar qualquer alteração no prédio, sem consulta e autorização do Compac. Desde a aprovação da lei, há quase 19 anos, o texto sofreu poucas alterações, mas é alvo de constantes debates nas reuniões do conselho e nas conversas sobre patrimônio histórico do município, em busca de melhores definições sobre o que é passível de tombamento ou não (recentemente, foram incluídos no Inventário Cultural – registro que antecede o tombamento irreversível – imóveis que representam a arquitetura modernista na cidade, por exemplo). Aliás, não são raras as vezes em que fotos postadas nas redes sociais suscitam a discussão do porquê tal imóvel não foi preservado e hoje está apenas nos registros fotográficos e nas memórias. Outro ponto levantado é a lacuna no que se refere ao registro de bens imateriais, como os saberes, as celebrações, as formas de expressão, a gastronomia, entre outras possibilidades que ainda não são contempladas. Convidamos algumas pessoas ligadas diretamente a essas questões para opinar: as atuais leis de preservação do patrimônio histórico e cultural de Ponta Grossa são eficientes? Confira e tire suas conclusões.


Carlos Ribas Tavarnaro Diretor da Tavarnaro Consultoria Imobiliária “Considero que as leis, em todos as esferas - municipal, estadual e federal - são adequadas. A maior dificuldade que o mercado imobiliário encontra está na interpretação e aplicação das mesmas pelos órgãos fiscalizadores. É comum encontrarmos entendimentos diferentes sobre o valor histórico de bens com o mesmo significado ou, em muitos casos, com nenhum significado cultural ou histórico. Como exemplo, posso citar um caso recente, da autuação inédita que um shopping em construção recebeu de uma entidade federal, tendo as mesmas licenças que outros 20 empreendimentos anteriores com características semelhantes apresentaram, sem nenhum apontamento. Essa insegurança jurídica é que traz o maior prejuízo ao mercado.”

Helenton (Tito) Fanchin Taques Fonseca Advogado, artista plástico e um dos principais defensores do patrimônio histórico em Ponta Grossa e no Paraná “Na minha opinião, as leis de preservação do patrimônio histórico de Ponta Grossa são muito ineficientes. Originalmente, elas foram muito bem-feitas, bem pensadas e bem estudadas, mas sofreram profundas alterações na Câmara Municipal que as deixaram inócuas. Por exemplo, hoje para se tombar um bem há a necessidade de ter um quórum de dois terços do Conselho [Compac] para instalar a reunião e dois terços do conselho para aprovar o tombamento. Ou seja, basta que um conselheiro seja contra que o bem não é tombado. Isso foi fruto da pressão do setor imobiliário, da especulação imobiliária de Ponta Grossa, em cima dos vereadores. A questão da preservação é cultural: se o povo não pressionar para que se mantenha sua identidade cultural, com certeza, não são os políticos que vão fazer e, muito menos, os empresários. Preservar é uma questão de cultura, de consciência cultural. Se isso não estiver presente, com certeza, não vai existir nunca a preservação.”

Jovercindo Pereira Proprietário do Botequim da Original, sócio do Garimpo 1926, colecionador e entusiasta do patrimônio histórico “Sou inquilino de dois imóveis tombados em Ponta Grossa, mas me ponho no lugar dos proprietários. A burocracia para obter o desconto no IPTU é ridícula. O imóvel está lá preservado, a Prefeitura sabe disso e todo ano tenho que requerer o desconto novamente, que só vem no segundo semestre. Aí tenho que pagar tudo à vista. Essa morosidade e burocracia desanimam, resultando que os donos de imóveis não fazem muita questão de preservar. Deveria haver mais benefícios e vantagens para servir de estímulo para as pessoas preservarem. Além disso, tem a fiscalização do Compac: são inflexíveis para quem está disposto a preservar e fecham os olhos para as pessoas que sentam a marreta e aí vemos muitos prédios ‘tombando’, literalmente. Isso sem contar que a lei do tombamento é muito morosa.”

Bianca Camargo Martins Arquiteta e urbanista, mestranda em Planejamento e Governança Pública pela UTFPR e integrante fundadora da APPAC (Associação de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural) “Acredito que nossa legislação está desatualizada, dificultando a preservação. Precisamos incluir novas categorias que não fazem parte do escopo das leis atuais, como o patrimônio imaterial e a preservação da paisagem. É urgente a necessidade de qualificar e desmitificar a discussão sobre a preservação. Assim, acredito que o Compac possa abrir espaço para novos agentes e instituições interessadas no tema. Também creio que devemos sanar a falta de incentivos dados aos proprietários dos bens tombados. Sou defensora de uma aproximação entre a política urbana e as políticas de preservação. Penso que isso pode significar o desabrochar de novos caminhos e oportunidades através dos quais poderemos reorganizar o espaço urbano, valorizando o patrimônio, a cultura e, a partir disso, a cidadania.”


Instituto Mundo Melhor atendeu mais de 18 mil pessoas em 2017 Com um aporte financeiro que resultou em um investimento de R$ 3,2 milhões, o Instituto Mundo Melhor (IMM) beneficiou 18.484 pessoas no ano passado. Desse total, 6.180 foram atendimentos presenciais e 12.304 por meio dos cursos on-line que o IMM disponibiliza para a sociedade. Atuando em quatro estados – Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas e Ceará – e mais em Moçambique, na África, o IMM esteve presente em 41 municípios, com um total de 65 unidades de salas virtuais. O Instituto realizou cursos que objetivam a ressocialização social em 15 unidades penitenciárias, atendendo 6.460 pessoas. Com atuação por meio de salas virtuais, o IMM oferece cursos profissionalizantes aos detentos com o intuito de contribuir para a ressocialização dessas pessoas. Responsável pela oferta dos cursos na plataforma digital, o Instituto Mundo Melhor (IMM) possui parceria com o Depen (Departamento Penitenciário), desde 2012.

CAPACITAÇÃO EDUCACIONAL Com a oferta de cursos voltados à capacitação educacional e profissional de adolescentes e jovens, o programa Jovem Mundo Melhor atendeu 4.180 pessoas. Neste sentido, um dos eventos mais significativos foi a II Feira de Profissões, realizada em parceria com a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG). Durante todo o evento, representantes das entidades de ensino de Ponta Grossa puderam falar aos alunos as vantagens e características de seus cursos, mostrando como os profissionais de cada área podem atuar em suas carreiras. Mais de 440 alunos passaram pela feira. “Esses números refletem o quanto estamos valorizando as ações sociais que são imprescindíveis para toda a nossa sociedade”, ressalta Jeroslau Pauliki, presidente do IMM. Para o mantenedor e idealizador do IMM, Marcio Pauliki, os dados servem de ânimo para que os trabalhos se intensifiquem ao longo deste ano. “O Instituto possui uma importância social muito grande. Vamos continuar atuando para que mais pessoas possam ser beneficiadas com as nossas ações”, destaca.

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PROGRAMA JOVEM MÃE Outro projeto que se destacou foi o Jovem Mãe, realizado em parceria com o Complexo Pequeno Príncipe e as secretarias de Saúde e de Assistência Social de Ponta Grossa, que atendeu 510 jovens no ano passado. Segundo Tatiana Forte, do Hospital Pequeno Príncipe, o ‘Jovem Mãe’, em 2017, trabalhou com servidores da Saúde, Unidades de Saúde e Hospital Regional. “As unidades de saúde identificaram a necessidade de uma capacitação sobre o desenvolvimento infantil e o hospital apontou a necessidade de escrever o protocolo de humanização da obstetrícia. Os dois grupos foram sensibilizados a partir dos princípios da primeiríssima infância, conteúdo trabalhado como foco principal do ‘Jovem Mãe’”, explica Tatiana.

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JUSTIÇA RESTAURATIVA Já a Escola Restaurativa realizou a capacitação de 526 pessoas em 2017. O IMM atua como parceiro do Tribunal de Justiça do Paraná no âmbito da ‘Justiça Restaurativa’. Em Ponta Grossa, o IMM fica responsável, por exemplo, pela impressão do material didático e também por organizar os cursos que abordam o tema em todo o estado. A ‘Justiça Restaurativa’, promovida pelo Tribunal de Justiça, é considerada um método consensual baseada no diálogo, que tem atuado em diversas frentes em todo o país. As práticas dessa ferramenta concentram esforços na responsabilização de quem cometeu atos infracionais, buscando também dar voz e valor às vítimas desses casos. “No ano passado, foi muito importante essa parceria com o IMM, visto que o objetivo do TJ-PR é difundir as práticas restaurativas, e nesse ponto o IMM vem dando vazão a esse objetivo, quando capacita tantas pessoas que vão replicar essas práticas. Para este ano, a ideia é focar a atuação em escolas, em parceria com a Guarda Mirim de Ponta Grossa”, afirma a juíza Laryssa Angélica Copack Muniz, coordenadora adjunta da Comissão de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Paraná (CJR) em Ponta Grossa.

EXPRESSO MUNDO MELHOR Somente no ano passado, o programa Expresso Mundo Melhor atendeu 4,4 mil pessoas. O projeto iniciou suas atividades em outubro de 2011, tendo como objetivo levar a inclusão digital e qualificação profissional, de forma itinerante, para diversas comunidades. Esse programa vem atuando em instituições assistenciais do município de Ponta Grossa, assim como em escolas municipais participantes da Maratona Intelectual, unidades prisionais em regime semiaberto, feiras de serviço e mutirões da cidadania, com realização em diversos municípios, especialmente em instituições voltadas às crianças e adolescentes em sistema de contraturno e, principalmente, em programas para adolescentes em conflito com a lei.


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Sobrerodas por Fernando Rogala rogalafernando@gmail.com

Porsche e seu novo GT3 RS, o mais potente 911 da história Uma das marcas mais idolatradas do mundo automotivo, a Porsche revelou ao mundo, em fevereiro, a mais nova versão extrema de seu tradicional modelo de rua, o 911 GT3 RS. Um dos modelos mais queridos dos fãs de automobilismo, inclusive de pilotos de Fórmula Um, trata-se de um legítimo carro para as pistas que pode ser utilizado nas ruas, com quase nada de isolamento acústico e interior com direito a Santo Antônio. Nesta nova linhagem, ele ganhou um para-choque redesenhado, e um toque especial na enorme asa traseira, fazendo com que o carro gere, a 200 km/h, o dobro de downforce que o modelo GT3 (o ‘não RS’). A tradição ainda foi mantida e a montadora optou por não utilizar o turbocompressor no motor ‘flat’ de seis cilindros e quatro litros (talvez o último sem sobrealimentação).

Com alguns aprimoramentos, o propulsor agora rende 520 cavalos, 20 a mais que o anterior, e gera quase 48 quilos de torque. O mais potente propulsor naturalmente aspirado já construído pela Porsche nessa litragem, que atinge 9.000 rpm, faz o carro acelerar de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos, chegando a atingir a máxima de 312 km/h. Os impressionantes pneus 325, de aro 21, na traseira, recebem a transferência do câmbio PDK, de sete marchas, com dupla embreagem. Rodas traseiras, aliás, que são esterçáveis e têm ‘blocante variável’, para dar maior capacidade de curva. O carro já pode ser encomendado na Alemanha por € 195.137. No Brasil, ele chega no segundo semestre, com preço ainda indefinido – mas estima-se algo em torno de R$ 1,5 milhão.

McLaren “revive” Senna em insano superesportivo

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Ayrton Senna foi um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial. Na Fórmula Um, o brasileiro levou a McLaren a conquistar três títulos: 1988, 1990 e 1991. Para homenageá-lo, passados 30 anos da primeira conquista, a montadora apresentou, recentemente, o McLaren Senna, um dos mais insanos modelos de rua da marca britânica. A exemplo dos carros daquela época, as linhas são mais angulares que curvas, os auxílios eletrônicos são mínimos e a potência compatível da época, na casa dos 800 cavalos, geradas por um motor turbinado. O saudosismo vai até ao volante, que, como naquela época, não possui comandos, servindo apenas para sua função fundamental, divergindo dos carros mais modernos. Com isso, o hipercarro possui inacreditáveis 1.198 quilos! A combinação faz esse carro acelerar de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e passar dos 320 km/h. A nova criação, com base no modelo 720S, com melhorias na suspensão e aerodinâmica, terá apenas 500 unidades comercializadas, ao preço de £ 750.000. Mas para os que ainda não ficarem contentes com outras centenas de pessoas terem um carro igual na garagem, a McLaren disponibilizará a versão Carbon, com a fibra de carbono exposta e detalhes em verde ou amarelo, que lembram o seu capacete - e a bandeira do Brasil. No pacote são 67 componentes diferenciados, que inclui logos do Senna da carroceria e rodas com novo desenho e com cubo rápido, 10% mais leves que as originais do carro. Com o pacote, porém, o orçamento passa de £ 1 milhão.

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Nova geração do Honda Si chega em versão cupê e com motor turbo O Honda Civic Si, um dos mais desejados esportivos do mercado brasileiro desde a década de 90, será mais uma vez comercializado no país. O retorno do mito está previsto para o início do segundo semestre de 2018, e será disponibilizado mais forte do que nunca, rendendo 208 cavalos, ante os 206 de antes. Mais do que esses dois cavalos, a principal diferença está na configuração do motor: ao invés do antigo 2,4l aspirado, o esportivo conta com o 1,5l turbo, que disponibiliza alto torque em baixa rotação – ao contrário do aspirado, que ganhava vida em rotações mais altas. Assim como foi na geração imediatamente anterior, a carroceria também é diferente dos Civic’s ‘convencionais’, adotando o cupê com duas portas ao invés do sedã, com quatro. Ainda no visual, novos parachoques, grades esportivas, aerofólio e um escapamento central. Por dentro, os bancos são diferentes, do tipo concha, de tecido e os logos do ‘Si’ bordados em vermelho. No painel eletrônico, há até um sensor de força G. Já na mecânica há molas com maior pressão e amortecedores adaptativos. Os pneus são maiores, com 235 mm em rodas de aro 18, que ‘cobrem’ as pinças de freio maiores. O principal alvo será o Volkswagen Golf GTi, mais potente, que rende 220 cavalos. Os preços não foram confirmados, mas estima-se em pouco mais de R$ 150 mil.


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Entrevista / Debora Lee

“Eu não me sinto representada pela Câmara Municipal” Principal ativista dos direitos LGBT em Ponta Grossa, Debora Lee diz que a “bancada evangélica está sempre nos perseguindo. Há cinco anos, temos que bater de frente diariamente”

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Eduardo Godoy

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Cunhada há pouco tempo como “a cidade da Reaçolândia” pela importante revista Piauí (Editora Abril), Ponta Grossa possui entre seus cidadãos muitos que bradam aos quatro ventos o orgulho em serem conservadores. Mas o conservadorismo caminha em uma linha tênue com a liberdade individual e, não poucas vezes, passa dos limites. Em pleno século XXI, seria difícil imaginar que do alto da tribuna da ‘Casa do Povo’, certo representante ameaçaria prender uma artista drag queen, caso ela saísse às ruas da “cidade família” em que vive o pastor e ex-policial militar – venerado por milhares e dono de 3.830 votos na última eleição. O absurdo continua: em junho de 2017, uma bandeira em seis cores estendida na frente do Campus Central da UEPG, em referência ao Dia do Orgulho Gay, foi alvo de críticas ferrenhas nas redes sociais por “apologia”. Em julho, o ápice: um massoterapeuta foi espancado e morto, em uma rua a poucos metros da universidade, devido sua orientação sexual. Aliás, segundo informações da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil é a nação que mais mata sua população LGBT nas Américas: foram 340 mortes com motivação homofóbica em 2016, ou seja, uma morte a cada 25 horas. Já segundo o último levantamento do Grupo Gay da Bahia, 2017 foi o ano com o maior número de assassinatos da população LGBT, desde quando a pesquisa passou a ser feita pelo movimento. De 130 homicídios em 2000, saltou para 260 em 2010 e

para 343 em 2016. E os dados continuaram a subir. Em 2017, 445 pessoas foram assassinadas no Brasil devido à discriminação por gênero e orientação sexual, o que significa um aumento de 30% em relação ao ano anterior e – pasmem - 342% em 17 anos (os números podem ser ainda maiores, já que são obtidos a partir de notícias e não de dados oficiais, que, aliás, nem existem). Ponta Grossa contabilizou uma travesti assassinada e outras duas esfaqueadas em 2017. Para que a população LGBT da cidade tivesse um lugar para recorrer em casos de preconceito, violência e falta de oportunidades, entre outras questões, foi criado o Grupo Renascer de Apoio aos Homossexuais, em 20 de setembro de 2000. “Foi uma época aqui em Ponta Grossa com muitos assassinatos e falecimentos por causa do vírus da AIDS, e não tinha nenhuma instituição direcionada à nossa população”, recorda sua fundadora, a respeitada ativista e agente social Debora Lee. Hoje, o Grupo Renascer presta auxílio também no processo jurídico para alteração de nome e uso do nome social, realiza testes de HIV, sífilis e hepatites virais, e presta assistência psicológica e social, entre outras ações. Segundo a ONG, a cidade tem atualmente cerca de 60 travestis. Confira mais sobre o movimento LGBT em Ponta Grossa na entrevista a seguir com Debora Lee, que sobreviveu por 34 anos no mundo da prostituição, e hoje atua como representante na Comissão Nacional de Articulação com Movimentos Sociais (CAMS) em Brasília.


Grossa. Aonde está o início desse problema? O início desse problema em Ponta Grossa de agressões e preconceito - já vem de décadas atrás. Eu e mais duas amigas somos as travestis mais velhas de Ponta Grossa, então, já passamos por muitas dificuldades aqui, por ser uma cidade do interior, religiosa e conservadora. E agora, com a ‘bancada evangélica’, isso só faz aumentar a nossa falta de oportunidades em todos os segmentos. Qual sua opinião acerca da retirada de itens sobre educação de gênero e sexualidade do Plano Municipal de Educação de Ponta Grossa? Penso que a retirada da discussão de gênero na escola é um retrocesso para a educação e para os nossos educadores, porque foram muito mal interpretadas as nossas leis Estadual e Municipal, através do Plano Municipal e Estadual de Educação. De forma alguma, a população LGBT tinha o intuito de orientar ou estimular alguém a ter uma identidade de gênero definida ou uma orientação sexual diferente das outras, pois isso é uma construção. O que defendíamos era falar que existem pessoas que fazem parte da sigla LGBT que estão dentro do sistema educacional e muitas que não estão, como as travestis e transexuais, porque não tiveram oportunidade, até mesmo porque passam por preconceito e homofobia dentro das escolas, partindo, inclusive, dos professores.

Como você define a atuação do movimento LGBT atualmente em Ponta Grossa? Eu sempre falo que a nossa população tem que ser mais unida, e é isso que está se mostrando aqui em Ponta Grossa. O movimento está cada vez mais se fortalecendo, através das nossas demandas de políticas públicas direcionadas à população LGBT, porque a nossa comunidade está ‘caindo na real’ de que, se nós não nos unirmos, vamos perder as poucas conquistas que tivemos. Então, eu acho que a união da nossa população, aqui em Ponta Grossa, está sendo forte, em nossos conselhos municipais, no Conselho Municipal LGBT, na Comissão da Diversidade Sexual da OAB Ponta Grossa, no GUDI [Grupo Universitário de Diversidade Sexual e Identidades de Gênero], dentro da UEPG, e no Grupo Renascer, que é a única instituição voltada à população LGBT nos Campos Gerais, e que já se tornou referência no estado do Paraná.

O número de homofobia, transfobia e lesbofobia, com certeza - com a conjuntura política -, está aumentando muito em nosso país, nesses últimos tempos. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais, com requintes de crueldade. A nossa população LGBT é muito fragilizada no Brasil por conta do preconceito, discriminação e homofobia.

Na sua visão, a LGBTfobia tem aumentado ou diminuído nos últimos anos?

Temos visto, de forma perplexa, diversos casos de violência contra LGBTs em Ponta

Que consequências podem trazer as declarações preconceituosos em relação às pessoas LGBTs? Eu acho que quem faz o papel de multiplicador da violência e do preconceito pode ajudar a causar a falta de oportunidade de emprego, de estudo, de assistência e fazer aumentar cada vez mais o índice de assassinato. Isso só vem a contribuir para o crescimento do preconceito, jogando nossa população à margem da sociedade, sem direito algum.

Você se sente representada pela atual composição da Câmara Municipal? Eu não me sinto nem um pouco representada pela Câmara Municipal de Ponta Grossa por diversos fatores. Claro que tem suas exceções lá dentro, mas temos uma bancada evangélica que está sempre nos perseguindo. Há cinco anos, temos que bater de frente diariamente. Vou me sentir representada, quando tiver alguém da nossa população lá dentro, e que entenda de políticas públicas, para poder discutir e bater de frente com a bancada evangélica e os demais preconceituosos que se dizem representantes do povo, mas que usam a palavra de Deus para poderem se beneficiar, e o nome da nossa população para terem visibilidade através de votos. Eu não me sinto contemplada por ninguém que esteja lá dentro. Quais formas de preconceito mais doem? Eu acho que toda forma de preconceito dói. Uma delas é o preconceito velado, aquele que não escutamos a voz da pessoa, mas sentimos que ela tem preconceito contra a nossa população. Qualquer tipo de preconceito é muito duro, independente de raça, cor, etnia, orientação sexual ou identidade de gênero. Porém, a nossa população é a mais perseguida. Com a atual conjuntura política estão aumentando os números de agressões, assassinatos, falta de oportunidades e homofobia. Já sai do preconceito velado e vai para o preconceito explícito. Tudo isso porque não temos políticas públicas específicas para condenar esses ‘meliantes’ que cometem atos terríveis contra a população LGBT.


Especial

/ Iran Taques

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Quero aplicar

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dinheiro na China | por Eduardo Godoy

assista em vídeo


Fotos: André Waiga

I

ran Taques dispensa apresentações. Segundo maior influenciador digital de Ponta Grossa, com quase 60 mil seguidores (atrás apenas do repórter Sassá, que possui 140 mil), o empresário é uma daquelas figuras que possuem milhares de adoradores proporcionais aos milhares de haters. Mas, se a cidade entrou para a rota de grandes shows nacionais, com destaque para o sertanejo universitário, isso se deve à ousadia de Iran. Com sua Versuz Produções, ele já trouxe à Ponta Grossa grandes nomes das paradas de sucesso (inclusive internacionais, como Scorpions e Nazareth), seja em shows exclusivos ou na produção artística da Münchenfest e da Efapi. O ápice de sua carreira aconteceu em 15 de dezembro de 2017, quando o ‘Rei’ Roberto Carlos subiu ao palco do Centro de Eventos para um show histórico produzido localmente por Iran Taques. Além disso, ele é conhecido também por inovar em casas noturnas – afinal, quem não se lembra do sucesso da Play? Pai do fotogênico Lucca, de 1 ano, o empresário agora trabalha com entusiasmo em um novo projeto: colocar no ar seu e-commerce de importação de roupas infantis da China. Na entrevista a seguir, que teve mais de uma hora de duração, Iran revela curiosidades sobre alguns artistas, seu contato com Luan Santana, a emoção de produzir Roberto Carlos, sua opinião sobre o futuro da Münchenfest, seu filho e, é claro, suas novas aspirações. Você pode também assistir a trechos da conversa baixando o app Realidade Aumentada Brasil em seu celular e apontando a câmera para esta página.

Como você se sente olhando o Iran lá de trás até chegar no patamar em que está hoje? Eu acho que todo mundo que decide seguir uma carreira tem um traço e um objetivo. Estou nesse ramo há 16 anos, e, passado um tempo, eu vi que era possível trazer grandes shows. Eu sempre fui meio louco, então fui atrás de Scorpions e trouxe pra Ponta Grossa - o único show do Sul do Brasil, e trouxe também Nazareth, na turnê de 40 anos deles. Então, eu sempre fui atrás de coisas grandes. E num determinado momento, eu pensei assim: poxa, o que tem de maior pra se fazer no Brasil é o Roberto Carlos. E eu sempre fiquei cutucando, cutucando, cutucando, mas sempre inviável, muito caro o custo e tal. De repente, foram surgindo oportunidades, foram casando encontros, até que chegou nesse ponto de vir o show. Então, eu considero como uma missão cumprida. Eu hoje poderia encerrar minha carreira como produtor de shows. Mas eu não paro porque tenho um know-how muito grande no meio artístico, então, o pessoal sempre liga, “oh, tô passando com o show e tal”, e aí a gente acaba fazendo. E como foi pra você o contato com o ‘Rei’? Foi uma satisfação enorme fazer esse show, conhecer a equipe, o pessoal, o jeito que ele trabalha. Pude entender porque ele realmente é ‘o cara’, porque todo mundo ama ele, porque ele é o ‘Rei’. Não é só porque as músicas dele marcaram gerações, é a figura dele. Ele é um cara fantástico!

Quais foram as exigências dele? O cara é tão simples, mas tão simples, que ele não pediu absolutamente nada. Aliás, pediu água, café pra equipe enquanto estivessem montando, algumas frutas e uns pãezinhos, só. O resto, a equipe trouxe tudo, eles montaram o camarim dele. Eles vêm com uma estrutura de octa enorme - daquelas de stand de feiras -, montam, fazem o banheiro dele, as coisas dele, tudo, tudo. O fato curioso é que ele não recebe as pessoas, então ele não tira fotos, não atende ninguém, mas eu acho que é um pouco de TOC que ele tem. Pra você ter uma ideia, no hotel eles selaram todas as torneiras com papel filme pra ele não encostar, o caminho da cama até o banheiro é forrado com toalha, então, assim, é uma série de coisas que eu acho que é o TOC que a pessoa tem. E a Anitta? Cara, Anitta é uma babaca. Ela é uma estrela sem tamanho, entendeu? Ela se acha a última bolacha do pacote, ela não atende ninguém bem, sabe, fazendo por obrigação? Eu vi o show [na Münchenfest] de cima do palco, e não só eu, mas o público na frente também percebeu que ela estava fazendo o show de má vontade. Então, a Anitta é uma artista que eu jamais faria de novo, sem chance disso acontecer. Ivete Sangalo? Sensacional, uma pessoa incrível. Ela pede frango assado no camarim, aliás, dois frangos inteiros, assados,

desses simples, recheados com farofa. E por incrível que pareça, ela come aquele frango no camarim, ela come a coxa com a mão. O primeiro show que eu fiz dela foi em 2005, logo que ela saiu em carreira solo. Foi incrível, mais de 23 mil pessoas no Centro de Eventos. Foi muito bacana o show e ela atendeu a galera no camarim, de lingerie e roupão. Ela terminou o show, era uma e pouco da manhã, e saiu do Centro de Eventos era 4h30, porque ela quis atender todo mundo que estava lá. Quando ela retornou, agora na München, ela fez tudo igual: atendeu todo mundo no camarim; no hotel, ela pediu pra ir na cozinha, pra dar oi para as camareiras; na hora de ir embora, ela reuniu a equipe do hotel pra tirar foto, enfim, é uma pessoa incrível, fantástica, humilde. Não é à toa que ela é tão amada. Ivete Sangalo, Daniel e Michel Teló são iguais nessa essência. E Luan Santana? Você acompanhou o início da carreira dele, como foi? Fiz 66 shows dele durante um ano, no Brasil inteiro. Nós tínhamos uma empresa juntos chamada Sinais Produções Artísticas. E o Luan é um cara muito bacana, mas conheceu o sucesso muito cedo, então, ele é um jovem que não tem vida. Ele não pode sentar aqui bater um papo com a gente, porque vai virar escândalo na rua, gritaria da meninada. Então, a fama tem um custo, um preço muito alto, que é a falta de privacidade. Chegava nos hotéis e tinha que ficar inventando coisas, porque tem algumas fãs que


Especial

/ Iran Taques

são realmente loucas. Elas pulam com a unha, abraçam, querem arrancar um pedaço - o Luan vivia machucado, arranhado. Certa vez, chegou ao ponto da gente chegar no hotel, em Formiga, Minas Gerais, isso lá em 2009, logo que estourou com o DVD Sinais, e uma menina escalar o hotel e chegar no quarto dele, no 3º andar! Olha o perigo, se essa menina me cai lá de cima. E daí a gente começa a ter que mentir. Por exemplo, no home list do hotel o nome Luan Santana não existe, tem que estar sempre mudando de quarto, tem que exigir que esteja livre o andar, e não é porque o cara é chato e não quer ninguém perto, mas sim porque as fãs são realmente complicadas. Se alguém chegasse e te falasse ‘amanhã é o último show da tua vida’. Qual show você gostaria de sentar na plateia e assistir? Olha, de todos os shows que eu fiz, não deve ter tido um que eu sentei e assisti. Não consigo, porque eu estou sempre ali na correria. Mas eu acho que eu gostaria muito de ver o Cabaré [com Leonardo e Eduardo Costa], mas só pra ver aquele balé. Porém, infelizmente, esse show acabou, eles não seguiram com o projeto.

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Qual foi o show mais caro que você já trouxe pra Ponta Grossa? Scorpions. Foi pago na época 285 mil euros. “Cara, como é que você fez isso?”. Não sei, não me pergunte [risos]. De show nacional, tirando Roberto Carlos, já cheguei a pagar R$ 500 mil no show do Jorge & Mateus.

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Münchenfest: o que você pensa sobre o futuro da festa? A München se tornou uma festa público-privada, e aí eu vejo que todo mundo torce contra a festa. Eu, particularmente, tô fora. Agora, se a festa vai continuar, não sei. Se a Prefeitura vai abrir uma nova licitação, não sei. Se vão terceirizar o Centro de Eventos com a München, não sei. A única coisa que eu tenho certeza é que ela chegou num ponto que ficou doente e faleceu, porque, na minha opinião, todo mundo jogou contra. Então, eu acho que tem que existir outro evento ou alguma outra

coisa. Eu mesmo chego a pensar em fazer outro tipo de evento, mas a München eu acho que foi o fim dela.

ça, mas é uma coisa que está só na nossa conversa, não está no papel ainda, não tem projeto nem nada.

Agora, vamos seguir um pouco pra outro ramo da sua outra vida. Você possui o Barbaridade e a Black Bull, mas já teve também outros bares, como a histórica Play, o Diretoria e a Mooki. Como está sua vida de empresário hoje? Estou muito satisfeito. Hoje, nós temos a Black Bull, que é uma casa consagrada em Ponta Grossa, e já tem dois anos e meio. Ela funciona como um reloginho, graças aos meus sócios Salomão, Alexandre e Fabiana -, que cuidam daquilo lá com tanto carinho e tanta responsabilidade, que a coisa funciona muito bem. E tem o Barbaridade, que começou como uma hamburgueria, chamada Black Burguer. Ficamos seis meses com a hamburgueria aberta, e eu vi que o negócio não era vender hambúrguer. Fizemos uma reunião dos sócios - eu, o Felipe, o Carlos Júnior e o Rogério –, e decidimos que precisava mudar. Aí foi colocado primeiro a pinga e depois a comida, ou seja, primeiro o bar e depois a cozinha. Então, a coisa explodiu, porque o público quer a diversão, e pra se divertir tem que tomar uma, tem que azarar, enfim, é um lugar de descontração. Já a Mooki é uma casa que ia completar dois anos, agora em abril, mas eu optei por fechá-la, porque eu entendo que a gente tem que gastar energia com coisas que dão resultados. A Mooki sempre vinha empatando, dava lucro, mas um lucro pequeno, modesto, e pelo investimento que foi feito, eu vi que eu ia ter que ficar ali dezenas de anos pra recuperar. Agora, a gente está vendo pra montar outro negócio, não mais balada. Vamos partir pra um segmento de outro bar, um restaurante, alguma coisa nesse sentido.

Agora, você está entrando num ramo diferente, que é o e-commerce, certo? Eu, recentemente, estive em Miami (EUA), fazendo compras para o meu filho, o Lucca, e fiquei abismado com o preço das roupas infantis. Aí eu pensei: ‘preciso trazer roupas de Miami pra revender, roupa de bebê’. Porém, comecei a perceber que todas as roupas, inclusive as que eu comprei agora em Nova York, seja Calvin Klein, Armani, Tommy, enfim, é tudo fabricação da China, inclusive as roupas do meu filho, da Carter e Osh Kosh, que são marcas infantis conceituadas. Daí comecei a pesquisar sobre importação, fornecedores e tal, e descobri que, na China, as roupas são três vezes mais baratas do que nos Estados Unidos. Eu vi nesse mercado uma tremenda oportunidade para fazer o meu e-commerce, com tudo para o bebê, de zero a dois anos. Eu tenho um trade que está me auxiliando, montando meu projeto de viabilidade, já dei entrada na minha importadora pra conseguir o cadastro que autoriza a importar. Quero aplicar dinheiro na China, puxar container de roupa infantil, montar o meu e-commerce e botar pra vender no www. meubebe.com.br. Agora, o meu entusiasmo, a minha luta, chama-se meubebe.com.br. Se eu tiver que colocar nesse negócio tudo o que eu conquistei até hoje, eu vou colocar.

Tem alguma coisa já em vista? Por enquanto não, mas a gente sempre fica pensando. Quando estive nos Estados Unidos, um dos sócios aqui do bar, o Felipe, foi junto comigo e a gente olhou os modelos de bares lá –, porque o que a gente fez lá foi ir em bar! A gente até pensou em montar um bar americano aqui, ainda estamos com essa ideia na cabe-

Isso está ligado ao nascimento do Lucca? Sem dúvida nenhuma. A maior alegria da minha vida é o Lucca. Ele é demais, não dá nem pra falar dele, que eu já me emociono. O que ele representa em sua vida? Ele representa tudo. Meu pai morreu, quando eu tinha 17 dias, então, eu fico um pouco emocionado por falar disso. Minha mãe criou minha irmã e eu sozinha, sempre com muita luta. E criou muito bem, a gente se vira desde que a gente se entende por gente. Até onde você vai pelo Lucca? Eu daria a vida por ele, sem pestanejar.



Saúde

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Sexo na terceira idade: redescobrindo o prazer

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No mundo contemporâneo, envelhecer tornou-se sinônimo de aproveitar a vida, ter novas descobertas e experiências. E o sexo está cada vez mais presente também nessa fase da vida. Afinal de contas, não existe idade limite para gozar (a vida), não é mesmo? Foi o que mostrou uma recente pesquisa do Datafolha, que ouviu 2.732 pessoas em todo o país. Segundo o estudo, mais da metade dos idosos relata que costuma ter relações sexuais (53%). O resultado mostra que o declínio da prática sexual é gradativo. Na faixa de 55 a 59 anos, 75% dizem que costumam fazer sexo. Entre os 60 e 70 anos, o índice cai a 58% e, depois, a 43% na faixa de 71 a 80 anos. Após essa idade, 31% afirmam ainda manter relações. A gerontóloga ponta-grossense Celia Schell (foto ao lado) explica, porém, que os idosos não precisam do sexo em si, eles precisam do contato. “Por que tantos idosos vão a bailes para dançar? Porque é uma questão de afetividade: a mulher precisa encostar os seios e os homens o estômago. Para a maioria basta este contato. Porém, o sexo na terceira idade tem aumentado a cada ano, porque as pessoas estão chegando nesta idade muito cedo. Afinal de contas, ter 60 anos hoje é ser novo”, evidencia Celia, que possui experiência também como ex-diretora da Fundação Municipal de Proteção ao Idoso (Fapi). Segundo ela, ter um companheiro ou companheira muda a vida da pessoa de mais idade. “Quando estão namorando, eles mantêm-se vivos ao pensar que ‘eu ainda estou produzindo, não estou morto, ainda consigo me relacionar com alguém’ ou ‘eu não chego às vias de fato, mas eu tenho alguém’. A companhia e o carinho são o mais importante para

eles”, conta. Entretanto, há fatores que geram dificuldades para que se mantenha uma vida sexual ativa. “Eles relatam algumas doenças, principalmente, aquelas que os impedem de sair. Além disso, tem o preconceito dos mais jovens, principalmente dos filhos”, diz Celia, citando o preconceito vindo da família, quando o idoso fica viúvo ou acabou de se separar. As diferenças biológicas e sociais referentes a gênero mostram que existe uma discrepância sobre esse tema entre homens e mulheres. De acordo com a pesquisa do Datafolha, 83% dos homens com 60 anos ou mais responderam que costumam ter relações sexuais, ante 29% das mulheres entrevistadas. Além do gênero, o nível de atividade sexual varia também de acordo com a escolaridade e renda, em todas as faixas etárias. Entre os idosos, são ativos 75% dos que ganham mais de cinco salários mínimos, contra 46% entre os que têm renda de até dois salários. A explicação pode estar no maior acesso a serviços de saúde, já que uma boa condição física, no geral, é pressuposto para uma vida sexual saudável. A gerontóloga sugere que “para se ter uma terceira idade legal, é fundamental ter uma alimentação saudável, atividade física regular, contato com Deus e uma preocupação com o próximo, praticando algum voluntariado, por exemplo”. Soluções não faltam para contribuir na hora da relação sexual. Para elas, cremes vaginais para a hidratação, de preferência à base de estrogênio (mas não necessariamente); lubrificante para o momento da relação; e, a depender de avaliação médica, reposição hormonal. Já os homens contam também com medicamentos contra a disfunção erétil, como

o Viagra. Para ambos, a alimentação balanceada e exercícios físicos auxiliam para garantir uma boa circulação sanguínea e manter o tônus muscular. É preciso lembrar, porém, que o uso da camisinha (masculina ou feminina) é indispensável em qualquer idade. Celia conta que a AIDS ainda é uma preocupação grande por parte dos gerontólogos. “Como o idoso não tem mais a preocupação de engravidar, ele não se cuida e não usa camisinha. Isso não pode acontecer”, alerta. Se amar e se cuidar, portanto, é uma ótima forma de se manter vivo, seja na idade que for.



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/ Sicredi

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A cooperativa da transparência

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Eduardo Godoy

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Recuperação da crise? Olhando os números apresentados pelo Sicredi Campos Gerais no comparativo de 2016 e 2017, parece que a cooperativa nem ouviu falar em crise econômica. A poupança teve evolução de 49% e a carteira de crédito cresceu 46%. Reflexo disso, aliado ao aumento de 13% no número de cooperados, que chegou a 55 mil, a instituição teve um crescimento recorde nas sobras, atingindo um total de R$ 40,7 milhões. Deste montante, foi aprovado, durante as assembleias realizadas em todas as cidades de atuação no início deste ano, que R$ 12,1 milhões serão distribuídos aos associados, parte como pagamento de juros ao capital e o restante na distribuição de sobras. “Ano passado foi um ano fantástico, que vai ficar na história. A cooperativa cresceu muito, registrando uma média de 30%”, comemora o diretor executivo do Sicredi Campos Gerais, Márcio Zwierewicz. A instituição, que possui 23 agências em 14 municípios do Paraná e São Paulo, fechou o ano com R$ 1,6 bilhão de ativos, R$ 190 milhões em patrimônio líquido, R$ 208 milhões em poupança e R$ 846 milhões em crédito. “Estamos tendo anos seguidos com recordes no Sicredi. Isso é notável, pois estamos tomando mercado. Pessoas e empresas têm saído da rede bancária convencional e optado pelo Sicredi, por ser cooperativa e pelos nossos diferenciais”, justifica o executivo, que completa informando que os investimentos têm sido realizados para ampliar o atendimento tecnológico e as estruturas físicas, colocando-o em igualdade de condições da rede bancária convencional. Somente em 2017, sete agências foram ampliadas ou inauguradas, além da Sede Regional em Ponta Grossa. A meta para 2018 é inaugurar mais três novas unidades em Curitiba, totalizando seis na capital paranaense. Há cerca de 20 anos, o Sistema Sicredi (composto por 116 cooperativas de crédito) tem crescido, em média, 20% ao ano. Já a Sicredi Campos Gerais tem se superado acima dessa média, batendo na casa dos 30%. “Mesmo já sendo uma das dez maiores cooperativas do Sistema Sicredi e uma das 20 maiores cooperativas de crédito do país, queremos seguir com esse ‘crescimento chinês’ por alguns anos ainda. Temos muito mercado a ser buscado, principalmente, nos grandes centros. O desafio é preparar pessoas para atender bem nossos associados”, prospecta o diretor. Essa preparação envolve treinamentos constantes, reuniões semestrais de atualização e valorização, chances de carreira, benefícios e divisão dos resultados com os colaboradores. Tudo isso colocou o Sicredi, pelo sétimo ano consecutivo, na lista das 150 Melhores Empresas Para

Trabalhar, no ranking elaborado pela revista Você S/A em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA). O guia avalia o ambiente de trabalho e as melhores práticas de gestão de pessoas em empresas divididas em 24 setores da economia. “Na vida, o segredo do sucesso está nas coisas mais simples: a educação, a honestidade, o trabalho e o respeito para com as pessoas. A pessoa feliz e satisfeita vai atender bem a razão de ser da cooperativa, que é o associado. E aí o resultado fica visível”, salienta Márcio, afirmando que a honestidade – “ou seja, fazer as coisas conforme o combinado” – é tópico recorrente nas conversas entre a diretoria e os 401 colaboradores da equipe. ASSEMBLEIAS LEVAM TRANSPARÊNCIA AOS ASSOCIADOS Seguindo o lema de que “felicidade dá lucro” (título de um best seller do autor Márcio Fernandes), Márcio Zwierewicz acredita que o Sicredi é um instrumento que contribui para a construção de um mundo melhor. E esse instrumento é compartilhado com todos os associados da instituição por meio das Assembleias Gerais, que acontecem desde o mês de fevereiro, reunindo os cooperados de cada agência, para que eles possam conhecer os números do ano anterior, votar em assuntos importantes e opinar sobre o futuro da cooperativa. “O que a gente percebe nas assembleias é uma alegria das pessoas, por vários aspectos. Além das sobras, em que os associados participam dos resultados, temos o networking dos participantes e o exercício da transparência, com o presidente do Conselho prestando contas e aberto a qualquer pergunta. É o momento em que mostramos nosso diferencial e tudo o que o Sicredi faz, que vai muito além de prestar serviços bancários, como os patrocínios e a responsabilidade social e ambiental”, explica Márcio. Para se ter uma ideia, estão sendo doados R$ 2 mil por agência para entidades filantrópicas, apontadas pelas próprias lideranças. Segundo o diretor, o cooperativismo é uma união de pessoas com um propósito em comum. “Isso tudo gera muito compromisso, pois todos são sócios. A credibilidade, a transparência e a honestidade são obrigações, e a gente pratica com muito rigor, até porque todas as 116 cooperativas que formam o Sistema Sicredi são solidárias entre si. Queremos contribuir para o crescimento dos Campos Gerais, pois todo nosso esforço se concentra no desenvolvimento econômico e social da região aonde atuamos, e isso é característico do modelo cooperativo”, defende.


Foto: André Waiga

O FUTURO DA ECONOMIA BRASILEIRA A reportagem D’Pontaponta aproveitou toda a experiência e conhecimento de Márcio Zwierewicz, para pedir a ele que fizesse uma projeção de como serão os anos de 2018 e 2019 para a economia brasileira. Confira a seguir. “2018 vai ser um ano muito bom para a economia do país, e 2019 também. Algumas boas razões: temos a inflação sob controle, pelo menos a curto prazo; temos juros baixos e temos um otimismo, até porque o mercado funciona muito em cima da especulação, apesar do governo continuar não fazendo sua parte. Mas, como as reformas não foram feitas, é um movimento, a princípio, de curto prazo. Será também um movimento calcado em recuperação de prejuízos. Mesmo com o crescimento do PIB em 2017 e a previsão de crescimento para 2018, nos últimos anos, o Brasil perdeu cerca de 16% de sua produção. Quem passou pela crise e sobreviveu, agora sai mais forte. Mas o novo presidente e o novo Congresso vão precisar fazer reformas: política, fiscal, tributária e previdenciária. Muitos dos problemas que nós temos é o custo-país, que está no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Eles têm que dar o exemplo. O governo tem uma arrecadação de impostos brutal, mas gasta mais do que arrecada - e não vemos esse benefício. O Brasil é um país em potencial, mas, a médio e longo prazos, se não nos ajustarmos teremos novamente a crise. Podemos tranquilamente manter um ritmo de crescimento de 3% a 4% ao ano, como vimos na década de 1970.”

CONHEÇA MÁRCIO ZWIEREWICZ Da pequena Matelândia, no oeste do Paraná, para o principal cargo da Sicredi Campos Gerais, Márcio Zwierewicz orgulha-se de olhar sua história e continuar mantendo laços com a cidade natal. “Tenho uma relação muito próxima com Matelândia. Meus avós maternos e paternos foram pioneiros da cidade e minha mãe ainda reside lá. É muito gostoso voltar para lá e rever amigos de infância, as pessoas que viram a gente crescer. Esse vínculo não termina”, destaca. Ele iniciou sua carreira no Sicredi em 1997 como assistente administrativo, em Medianeira. Ainda em 1997, com 22 anos de idade, foi nomeado como gerente da unidade de atendimento em Céu Azul. Já em 2002, transferiu-se para Foz do Iguaçu para comandar a gerência daquela unidade e, em 2006, assumiu nova função de chefia em Ponta Grossa. A trajetória profissional de 21 anos dentro da cooperativa faz com que o diretor executivo seja reconhecido pela firmeza e qualidade da gestão, que segue à risca o planejamento estratégico criado e colocado em prática por ele e sua equipe. Know how é o que não falta para ele, que cursou Economia na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste – Campus de Cascavel), pós-graduação em Desenvolvimento Gerencial (Unioeste – Campus de Toledo), MBA em Administração pela Unicenp (Curitiba) e em Varejo Bancário pela EBS Business School, além de especializações internacionais na Kellog, em Chicago (Estados Unidos) e Cambridge (Inglaterra), e visitas técnicas aos sistemas de cooperativa de crédito da Holanda (Rabobank), Alemanha (Volksbank), França (Credit Agricole), Canadá (Dejardans) e Estados Unidos (Credit Union). Desde que chegou em Ponta Grossa, ele começou um caso de amor com o Operário Ferroviário Esporte Clube. “Nós assistimos muito futebol e, frequentemente, vamos ao [Estádio] Germano Krüger. É uma alegria muito grande poder ter vivido isso aqui, estar torcendo, quando o Operário completou 100 anos, e depois comemorar o título do Campeonato Paranaense, e mais adiante o título da Série D do Campeonato Brasileiro”, relembra. E ele não esconde sua paixão. “É uma torcida apaixonada, todo mundo se une em volta do time. Eu sou um pouco mais contido, mas, na hora da emoção, vamos juntos. É muito bacana extravasar essa emoção em prol do time”, argumenta. Outro hobby que ele cultiva é viajar com a família para o litoral. Junto com sua esposa Rossana Zwierewicz, Márcio transfere a seus dois filhos (Heitor Gabriel, de 12 anos; e Henrique Arthur, de nove) valores que podem construir um mundo melhor. “Procuro passar a eles que é muito importante primeiro ganhar o dinheiro pra só depois consumir. Desde pequenininhos, eles têm uma poupança no Sicredi e parte da mesada eles trazem aqui na agência e depositam, acompanhando o saldo”, revela. A importância é clara: hoje, cerca de 30% dos brasileiros possuem problemas de restrição de crédito por falta de educação financeira. Márcio acredita que isso deve ser ensinado desde criança. “Aprendi com meu pai que educação não se dá com palavras, mas sim com exemplos. As crianças observam muito mais o que você faz do que o que você diz. Aliás, a gestão de pessoas e a gestão de filhos é muito semelhante”, argumenta. Ainda falando em filhos, ele reconhece que espera criar bons seres humanos. “Se eles vão ser ricos ou pobres financeiramente, isso é um detalhe. O que a gente quer é que as pessoas sejam boas. Eu só acredito que o profissional vai ser bom, se ele primeiro for uma boa pessoa de espírito e de coração”, finaliza.


Cena Local

Campanha da Fraternidade

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Fotos: Divulgação

discute a superação da violência

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A Quaresma é um tempo litúrgico da comunidade católica dedicado a lembrar os 40 dias em que Jesus Cristo passou no deserto, representando, para os fiéis, um momento de mudança de vida. No Brasil, esse tempo de conversão tem um foco específico por intermédio da Campanha da Fraternidade, realizada anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Neste ano, o tema da campanha é Fraternidade e superação da violência, tendo como lema Em Cristo, somos todos irmãos (Mt 23,8). A campanha tem como objetivo promover a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, como caminho de superação da violência, a partir do método conhecido como ‘ver, julgar e agir’ para analisar a situação da violência no país. O texto-base da campanha cita os tipos de violência sofridos pelas vítimas no Brasil contemporâneo. E a lista é longa: violência racial, doméstica, religiosa, no trânsito, contra jovens e mulheres, violência sexual e tráfico humano, violência e narcotráfico, violência policial, violência contra os trabalhadores rurais e contra os povos tradicionais, entre outras. Entre as ações objetivas está a análise das múltiplas formas de violência, a identificação do alcance da violência, a proposição de caminhos de superação, a valorização da família e da escola como espaços de convivência fraterna, a reivindicação de políticas públicas para a superação da desigualdade social e o apoio a centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência. Convidamos algumas pessoas ligadas a esse assunto para falar sobre a importância dessa discussão pela sociedade. Leia a seguir.


“Eu acho que a sociedade tem que se aproximar cada vez mais desse assunto, até porque os direitos sociais evoluíram bastante no Brasil. O que nós percebemos é que muitas vezes a legislação privilegia o criminoso, fazendo com que a polícia trabalhe de forma acuada. A sociedade tem que repensar e trazer mais apoio à polícia, não só para repressão, mas também para a prevenção.”

José Roberto Peres, delegado da Polícia Federal em Ponta Grossa

“A cada ano, a CNBB escolhe um tema de acordo com a realidade em que estamos vivendo. A campanha deste ano está trabalhando não só o nível de violência física, mas também a relação pessoal, para que dentro das famílias não haja desavenças, para que as pessoas possam viver em harmonia. Estamos focando o racismo, a discriminação pelo sexo, o abuso de crianças, a violência contra os idosos, enfim, o tema é bastante amplo e facilita para nós discuti-lo em nível local. Eu creio que veio em boa hora, até porque os problemas financeiros aguçaram as desavenças nas famílias.”

Padre Edvino Sicuro, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário

“A violência é o tema central da sociedade brasileira atualmente. São 160 mil assassinatos por ano, no trânsito, de mulheres, de negros, de motivação homofóbica, motivação religiosa, entre outros. Falta diálogo, o que causa uma violência simbólica, de preconceito. O mais importante é que a CNBB fez um documento muito importante, pois questiona a forma como se tenta resolver o problema da violência. Atualmente, a segurança pública atua apenas no efeito e não na causa. A repressão gera mais violência. A carta está orientada na cultura do encontro, que, pra mim, é sinônimo de Cultura da Paz, que é o mesmo conceito da Justiça Restaurativa - ou seja, as partes se encontram para resolver o conflito, gerando uma transformação de forma pacífica.”

Péricles de Holleben Melo, deputado estadual e autor da lei que criou o Conselho Parlamentar pela Cultura da Paz (Conpaz) no Paraná

“Não é apenas um caminho individualista, mas sim um caminho de conversão nas três dimensões: um caminho pessoal, um caminho comunitário, um caminho de toda a sociedade brasileira, num empenho de tornar visível a salvação que vem de Deus, concretamente. O Brasil vive uma verdadeira guerra: apesar de ter menos de 3% da população mundial, nosso país responde por quase 13% dos assassinatos do planeta. Em 2014, chegamos ao topo desse triste ranking, com 59.627 mortes violentas num ano. E mais da metade dessas mortes por arma de fogo, 58%, são de jovens.”

Dom Sérgio Arthur Braschi, bispo diocesano


Cena Especial

Carnaval de Tibagi

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

tem resultados positivos

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O sucesso do Carnaval 2018 de Tibagi foi além da folia e trouxe números expressivos para a cidade. Com o tema Optchá! Tibagi tem alma cigana, roda baiana e samba no pé, os cinco dias de folia reuniram um público estimado de 60 mil pessoas (três vezes a população local). O faturamento da economia teve acréscimo de cerca de 50%, com a participação de 12 barracas administradas por moradores e uma praça de alimentação com mais de 30 comerciantes. Hotéis e pousadas de Tibagi receberam 730 hóspedes durante a festa e 26 casas foram alugadas. No total, foram gerados 242 empregos diretos e indiretos na cidade. Segundo o prefeito Rildo Leonardi, a folia teve resultados acima das expectativas. “Adotamos algumas medidas de economia, conseguimos patrocínios significativos, que geraram resultado positivo no saldo final das nossas despesas e, ainda assim, conseguimos fazer uma das melhores festas dos últimos tempos da nossa cidade, senão, a melhor dos últimos anos”, destacou. Ao todo, a equipe disponibilizada pela Prefeitura de Tibagi contou com 121 pessoas para dar o suporte necessário à festa dentro do planejado. Um dos destaques apontados pelos foliões foi o esquema de segurança montado para a festa, com a participação de 40 policiais militares, 65 seguranças e dez socorristas. A agenda iniciou com o pré-carnaval, que elegeu Marili Pereira como Rainha do Carnaval 2018, Marielly Nogueira como 1ª Princesa, Vitória Maria como 2ª Princesa e Nicholy Galdino como Miss Simpatia. Além disso, foram consagradas as melhores marchinhas deste ano: Marcha do Político, de autoria de José Reale Filho (1º lugar), É o melhor, é o Carnaval de Tibagi, de Wellington Mainardes de Oliveira e Wagner Almeida (2º lugar) e Sou Folião, de Nery Assunção (3º lugar). Mais uma vez, o ponto alto da festa foi o Desfile das Escolas de Samba, que contou com a participação de quatro agremiações com trabalhos de alta qualidade. A Escola de Samba Vila São José levantou o Troféu Peter Allan, destacando-se nos quesitos evolução, harmonia, organização, fantasia, tempo, mestre-sala e porta-bandeira, madrinha de bateria e uniforme. A comissão de frente foi formada por 11 casais da Casa das Artes do Tibagi, que interpretaram dança flamenca, com

coreografia de Guilherme Tupik. Em seguida, veio o carro abre-alas, com as majestades do carnaval. A bateria chegou com a batida característica e fez uma parada diferente, em alusão ao hit deste Carnaval, Que tiro foi esse, de Jojo Todynho. A madrinha da bateria foi Brenda Raline, que foi acompanhada ainda do mestre-sala Paulo Borges e da porta-bandeira Rosana Castro. O desfile apresentou também 17 integrantes na ala das baianas e blocos trazendo a influência indiana nas vestimentas, negócios e costumes do povo cigano. Outros destaques do Carnaval de Tibagi foram a matinê para a Terceira Idade, que contou com a presença de 420 idosos da região, e o Desfile do Corso, que sagrou o grupo Monstros do Barro como campeões pelo oitavo ano consecutivo – o bloco trouxe 17 carros, 80 integrantes e até um boi estilizado, lembrando as festas ciganas. “Provamos que é possível trazer entretenimento e diversão para a população com um orçamento enxuto. Agora é começar a planejar o Carnaval 2019”, adiantou o prefeito Rildo Leonardi.



Cena Especial

PIB de Guarapuava Desenvolvimento

cresce quase 90% em cinco anos, aponta MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

IPARDES

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Além de buscar investidores, a administração municipal está fomentando novos empreendimentos e incentivando empreendedores locais

Um número representativo para a economia de Guarapuava, que reflete o resultado de diversos investimentos públicos e privados. Nos últimos anos, o Produto Interno Bruto (PIB) do município cresceu 89,8%, avanço acima da média estadual, que foi de 67,4% entre 2010 e 2015. Guarapuava superou outras cidades importantes do estado, como Maringá, Paranaguá, Londrina e Curitiba, por exemplo. “A administração municipal tem trabalhado muito para que Guarapuava alcance um novo patamar de desenvolvimento. Somos um dos municípios que mais cresce no Sul do Brasil, reflexo de parcerias e diversos investimentos públicos e privados em áreas essenciais para o desenvolvimento do município, além da prioridade que estabelecemos para a saúde, educação e qualidade de vida”, avalia o prefeito Cesar Silvestri Filho (foto). O levantamento foi realizado pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social), com base em dados do IBGE. Além de buscar grandes investidores, a exemplo da Araupel, a atual administração fomentou os empreendimentos e incentivou os empreendedores locais, com a instalação da Agência do Empreendedor, que, nos últimos cinco anos, formalizou e apoiou mais de 2.000 MEIs (Micro Empreendedores Individuais) e micro e pequenas empresas. “As ações somadas fortalecem e mostram o potencial de uma cidade que está num processo contínuo de crescimento. Temos a certeza de que o próximo levantamento será ainda melhor, pois, nos últimos anos, nosso município recebeu mais de R$ 2 bilhões em investimentos públicos e privados. Entre os principais, podemos citar a obra do projeto Cidade dos Lagos, que terá shopping, edifícios residenciais e comerciais, instituições de ensino e o Hospital Regional, o maior investimento do Governo do Estado, que vai atender mais de 500 mil pessoas de cerca dos 20 municípios da região. Há ainda outros empreendimentos imobiliários por diversos bairros, a duplicação das rodovias que cortam a cidade (BR 277 e PR 466), o novo aeroporto, entre outros. Estamos crescendo e isso é realidade”, comemora o prefeito de Guarapuava.



Encontre sua Viagem por Morgana Galvão Rosa*

New York, uma surpresa a cada viagem Quem nunca sonhou em estar na cidade que já serviu de cenário para grandes clássicos do cinema e continua a ser palco de novas produções cinematográficas, seriados televisivos e espetáculos teatrais consagrados pela Broadway, não é mesmo? Considerada a capital cultural do mundo, New York, New York (lembram-se da música cantada por Frank Sinatra, Liza Minnelli e até mesmo Lady Gaga?) se revela como a cidade de inúmeras experiências em vários segmentos da comunidade mundial, pois há de tudo um pouco das culturas de outros países que se espalha pelas artes, gastronomia, bairros cheios de estilo, museus, arquitetura, enfim, em eventos que apresentam sempre novas tendências que inspiram a moda e a tecnologia em descobertas planeta afora. Andar pela 5th Avenue (Quinta Avenida) de Manhattan, curtir o visual do Top of the Rock ou fazer um picnic no Central Park são passeios imperdíveis pela metrópole, porém, a cidade tem muito mais a oferecer aos turistas. O glamuroso bairro Upper East Side lhe convida para um tour de arquitetura sofisticada e um delicioso brunch. Já seguindo em

direção ao Harlem pode-se apreciar um mix vibrante de instituições culturais e religiosas, onde nos domingos você poderá assistir a um culto/coral em uma das igrejas mais clássicas do bairro. Mas, sem dúvida, a região que mais cresce culturalmente na cidade é o Brooklyn. Muitas opções de gastronomia, lazer e belos cenários formam esse distrito: Dumbo, por exemplo, representa hoje um dos bairros mais charmosos e cool deste lado. Já Bushwick, como um bairro de transição, ocupado por artistas locais em busca do novo, passou a ser considerado, de uns anos pra cá, como a nova meca do street art nova-iorquino. O lugar tem uma interessante fusão de mundos, que dá origem a um celeiro de novos movimentos e criatividade, com galerias a céu aberto, bares e restaurantes locais, lojinhas, adegas e galerias particulares. Trata-se de um lugar fascinante para quem procura as tendências mais vibrantes da cidade. Sem dúvida, New York é uma surpresa a ser descoberta a cada viagem! *Morgana Galvão Rosa, agente de viagem Encontre sua Viagem


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2 MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

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1 1. OSPG

Para abrir a temporada de 2018, a Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa recebeu (em 4 de março, no Cine-Teatro Ópera) o músico solista Pedro Álvares Szulak, que executou o Concerto para Violoncelo, última obra de impacto composta por Sir Edward Elgar. Szulak foi o vencedor da etapa regional do III Concurso Waslau Borkowski para Solista Instrumental, realizado pela Fundação Municipal de Cultura, em 2016. Com regência do maestro Rafael Rauski, o concerto reuniu mais de 400 pessoas na plateia, com transmissão ao vivo pela página da Prefeitura de Ponta Grossa no Facebook.

2. Centelha Divina A Editora Estúdio Texto apresenta, neste mês de março, o livro espírita Centelha Divina, do cardiologista Mário Augusto Cray da Costa. A obra reúne 50 textos de orientação emocional e espiritual baseados no trabalho do autor no Centro de Estudos e Assistência Social André Luiz, em Ponta Grossa. O autor explica que as mensagens não são um trabalho de psicofonia ou psicografia, mas de mediunidade intuitiva, inspiradas pelos protetores espirituais do ‘Diálogo Fraterno’. “As mensagens desta obra foram gravadas durante as palestras e, posteriormente, adequadas e transformadas em textos que originaram o livro”, explica Mário Augusto. Dois momentos marcaram o lançamento da publicação. O primeiro aconteceu em 12 de março, no Instituto Educacional Duque de Caxias – Guarda Mirim, e o segundo, em 13 do corrente, no Auditório da Unimed.

3. Divaldo Pereira Franco O médium e orador Divaldo Pereira Franco marcou presença em Ponta Grossa, em 14 de março último, durante a XX Conferência Estadual Espírita, realizada pela Federação Espírita do Paraná. Mais uma vez, o público ponta-grossense superlotou as dependências do salão principal do Clube Princesa dos Campos (Verde).

4. Maior Show do Sul do Mundo Três dos maiores comediantes do Paraná se uniram para um show inesquecível. Dividindo o palco do Teatro Marista estiveram reunidos o Pastor da T, Juca Bala e o Carmo, com participação especial de Shimon. O Maior Show do Sul do Mundo aconteceu em 18 de março, com aplausos da plateia ao talento dos humoristas paranaenses.


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6 5. O Golpe de 2016

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No dia 22 de março, às 19h, a UEPG recebe o cientista político e professor Luis Felipe Miguel, da Universidade de Brasília (UnB), para discutir a conjuntura política no país. Com o título O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil , o evento abre espaço para uma análise crítica do processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff e suas consequências sociais e políticas para a população. Com foco na questão democrática, a palestra pretende tratar dos principais conflitos e impasses que atravessam o sistema político brasileiro e apontar perspectivas para o futuro. No mesmo evento, o professor lançará o livro Dominação e Resistência: desafios para uma política emancipatória (Boitempo, 2018). A atividade acontece no Grande Auditório do Campus Central da UEPG, com entrada gratuita a toda comunidade. O Mestrado em Jornalismo da UEPG, com apoio da Agência de Jornalismo, responde pela organização.

6. Bate Cabeça A Cavan77 será palco, no dia 30 de março, da primeira edição do Festival Bate-Cabeça, que unirá música, arte, cultura e entretenimento de respeito. Entre as atrações já confirmadas estão as bandas Red Mess (Londrina) e Cadillac Dinossauros (Ponta Grossa). Ingressos na OneSix Skateshop, na Copiadora Manarim ou pelo www.appticket.com.br. Mais infos pelo www. facebook.com/batecabecafestival.

7. Encontro Cervejeiro A Associação das Microcervejarias dos Campos Gerais realiza, entre 6 e 8 de abril, a quarta edição do Encontro de Mestres Cervejeiros . O evento promete ficar ainda melhor que nos anos anteriores, principalmente, devido à mudança de local. Agora, o encontro será realizado no CTG União Vila Velha (atrás do palco do Centro de Eventos), com área coberta e fechada para o público, estacionamento free e localização de fácil acesso. Uma das atrações será a banda Blindagem. Acompanhe mais informações pela página da Associação no Facebook.

8. Corujão Unimed – Edição Pirate Run Até 20 de março, ainda é possível se inscrever para o Corujão Unimed 2018, a mais tradicional corrida noturna de Ponta Grossa. O evento, que este ano tem o tema Pirate Run, acontece em 7 de abril, no estacionamento do Complexo Cultural Jovanni Pedro Masini (Conservatório/Biblioteca) e garante também muita música, animação e gastronomia. Inscrições e informações pelo www. unimedpg.com.br/corujao.


Mundopop por Murilo Cardoso

Netflix confirma nova temporada de ‘Black Mirror’

murilomurilocardoso@hotmail.com

Sim, teremos mais Black Mirror pela frente. Apesar da quinta temporada ainda não ter data de estreia, os fãs já estão ansiosos para a nova leva de episódios. Para quem ainda não se atualizou, a quarta temporada chegou à plataforma Netflix no final do ano passado. Queremos mais confusões na nossa cabeça logo!

Juliana Paes ganha Troféu Imprensa Depois de reclamar para quem quisesse ouvir que ficou chateada de não ganhar o Troféu Domingão – Melhores do Ano (Rede Globo), agora Juliana Paes pode comemorar. Na 60ª edição do Troféu Imprensa, exibida no último dia 4 (mesmo dia do Oscar 2018, aliás), ela ganhou na categoria melhor atriz de 2017 por unanimidade. Além do Troféu Imprensa, a eterna Bibi Perigosa, de A Força do Querer, levou também o Troféu Internet, escolhido pelo público de casa. Vale lembrar que, na premiação de Fausto Silva, ela perdeu na mesma categoria para Paolla Oliveira, que interpretou Jeiza na mesma novela. Juliana fez um post em sua conta no Instagram, desabafando que estava esperançosa pelo prêmio e que merecia. Depois ficou um climão entre as duas.

Oscar 2018: ‘A Forma da Água’

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

foi o destaque da noite

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Em 4 de março, foi realizada mais uma tradicional cerimônia do Oscar. A edição 2018 comemorou 90 anos da maior premiação do cinema mundial. Com quatro estatuetas, o longa A Forma da Água foi o grande vencedor da noite. Rolou até uma piadinha em relação à confusão do ano passado, quando Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram errado o ganhador do melhor filme, trocando o vencedor Moonlight por La La Land. A dupla novamente apresentou a categoria mais importante da noite e, quando o diretor Guilhermo del Toro (foto), subiu para receber o prêmio, deu uma olhadinha dentro do envelope para conferir se tinha mesmo ganhado e ainda mostrou para o público, comemorando. Confira a lista completa dos ganhadores do Oscar 2018, em box ao lado.

Melhor filme: A Forma da Água Melhor direção: Guillermo del Toro – A Forma da Água Melhor ator: Gary Oldman – O Destino de Uma Nação Melhor atriz: Frances McDormand – Três Anúncios Para um Crime Melhor ator coadjuvante: Sam Rockell – Três Anúncios Para um Crime Melhor atriz coadjuvante: Allison Janney – Eu, Tonya Melhor filme estrangeiro: Uma Mulher Fantástica (Chile) Melhor animação: Viva – A Vida é Uma Festa Melhor roteiro adaptado: Me Chame Pelo Seu Nome Melhor roteiro original: Corra! Melhor trilha sonora: A Forma da Água Melhor canção original: Remember Me – Viva - A Vida é Uma Festa Melhor direção de arte: A Forma da Água Melhor montagem: Dunkirk Melhor fotografia: Blade Runner 2049 Melhor figurino: Trama Fantasma Melhor curta-metragem: The Silent Child Melhor maquiagem e cabelo: O Destino de uma Nação Melhor edição de som: Dunkirk Melhor mixagem de som: Dunkirk Melhores efeitos visuais: Blade Runner 2049 Melhor curta-metragem de animação: Dear Basketball Melhor documentário em longa-metragem: Ícaro Melhor documentário em curta-metragem: Heaven is a Traffic Jam on 405



Trabalho de Parto

O blues vive!

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Foto: André Waiga

O

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renomado pesquisador britânico Paul Oliver, autoridade no assunto, assim identificou o blues: “é o lamento dos oprimidos, o grito de independência, a paixão dos lascivos, a raiva dos frustrados e a gargalhada do fatalista. É a agonia da indecisão, o desespero dos desempregados, a angústia dos destituídos e o humor seco do cínico. O blues é a emoção pessoal do indivíduo que encontra na música um veículo para se expressar” (‘The story of the Blues’, 1978). Emoção. Expressão. As duas palavras se encaixam perfeitamente para descrever o ponta-grossense Alexandre Mello, que há 15 anos tem a música como companheira. “Acredito cegamente que a música nos molda e desperta em nós sensações indescritíveis. Trato isso com muito respeito e cultivo minhas raízes seguindo esses conceitos. Encontrei no blues uma maneira sincera de me expressar, pois possui uma sonoridade simples, mas visceral. Tudo é feito com muito sentimento, e não há melhor maneira de fazer música. Eu diria que fui salvo por ele”, descreve o músico. Com apresentações em bares, eventos e festivais, Alexandre usa seu trabalho para expressar ideias e aspirações. “Acredito que a música precede o ser, e que estamos aqui para cumprir uma missão, a qual só enxergamos quando a hora chega”, avalia. Ele aponta que se inserir no mercado, no início, não foi fácil, trazendo-lhe diversos questionamentos. Porém, segundo ele, “Ponta Grossa é uma cidade que tem se mostrado muito cultural e criativa, e isso facilita um pouco as coisas”. Hoje, Alexandre consegue focar em composições e ações que vão além de ‘sobreviver’ da música. “Para mim, o sucesso se dá pela realização pessoal. Se estou feliz e satisfeito com o que faço, as coisas se tornam mais leves para prosseguir. A maioria das pessoas mede o sucesso com dinheiro. Eu meço o sucesso através das ondas sonoras, da grandeza do universo e da beleza da vida. A liberdade que eu tenho paga todo dinheiro que falta, equivale a toda desvalorização que sofro. Eu não vivo um calvário por ser músico, pelo contrário. Só quem vive isso pode dizer o quão maravilhoso é”, revela o artista. As batalhas da vida são o tema do segundo single de Alexandre Mello, lançado em 15 de março último, nas plataformas digitais. Caminhando para a definição de sua identidade musical, Desabafo De Um Ser Andante não se trata de um blues convencional. “Trago elementos do estilo, mas já não se encaixa. A letra traz força de vontade e a ideia de não desistirmos tão fácil dos nossos objetivos. É um desabafo meu para o público, mas acredito que ela trata de questões universais. Afinal, todos temos um desabafo a fazer, não é mesmo?”, indaga. O ano de 2018 deve trazer ainda outras novidades. “Estou direcionando meus esforços para a criação e produção de novos trabalhos. Tenho algumas ideias e, se o plano sair do papel, em breve pretendo lançar algo físico - mas posso adiantar que será totalmente diferente do que tenho lançado. Encontrar uma linguagem pessoal e uma identidade tem sido um dos meus objetivos ultimamente”, explica. E se o rei do blues, B.B. King, disse que “a beleza do aprendizado é que ninguém pode roubá-lo de você”, Alexandre Mello segue empenhado em crescer profissionalmente, ser conhecido através de suas canções, sentir a reação das pessoas quanto à sua música, conquistar mais espaço, estabelecer novas parcerias, protagonizar shows maiores, sair do país... “Metas que todo artista almeja, eu acredito. Mantenho sempre os pés no chão, mas minha mente está flutuando por aí”, completa.

DP SERVIÇO Confira o trabalho e a agenda de Alexandre Mello pelo facebook.com/alexblues13 e @alex_blues_13 no Instagram


Madero Steak House Shopping Palladium


Pessoas

/ Adriano Comassetto

O empresário da

elegância, tchê! | Por Eduardo Godoy

N

ascido no Rio Grande do Sul, na cidade de Cachoeira do Sul, em 1973, Adriano Comassetto é filho de pai pedreiro e mãe professora. Começou a trabalhar muito cedo, como ajudante de pedreiro e, em seguida, como atendente em uma locadora de VHS. Sua carreira como empreendedor começou a ser moldada em uma loja de departamentos. Iniciou como vendedor no setor de roupas masculinas, foi promovido a gerente e, posteriormente, chegou ao posto de gerente regional. Em 1994, mudou-se para o Paraná e, em 1997, chegou em Ponta Grossa, para gerenciar a loja de moda masculina Sollouomo Menswear. E foi no ano de 2000 que começou a realizar seu sonho, inaugurando a primeira unidade da Comassetto Moda Homem, loja reconhecida por oferecer roupas com elegância, estilo e qualidade. Casado e pai de três filhos, Adriano considera que sua família é “a base de tudo”. Além disso, o empresário é entusiasta das causas sociais. Desde 2 de janeiro de 2017, preside a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ponta Grossa, eleito por aclamação e com o desafio de recuperar a saúde financeira da instituição. Para isso, tem realizado diversas ações junto à comunidade ponta-grossense para arrecadar fundos para a entidade. Mesmo morando há 20 anos em Ponta Grossa, como todo bom gaúcho, Comassetto nutre sua paixão pelas raízes, mantendo as tradições do extremo Sul do Brasil. Conheça mais sobre a vida desse empresário de sucesso a seguir. Por que escolheu Ponta Grossa para viver? Vim para Ponta Grossa em 1997, quando aceitei o desafio de gerenciar uma loja de confecção masculina na cidade. Porém, sempre tive o sonho de possuir meu próprio negócio e, em 2000, inaugurei a primeira das quatro lojas Comassetto. Hoje, tenho o maior orgulho em sentir-me um cidadão ponta-grossense. O que a família representa na sua vida? Considero a família a base de tudo! Quais são seus sonhos? Sonho com um país mais justo, enfim, com pessoas mais honestas, principalmente, em meio à classe política. Quando não está trabalhando, quais são seus hobbies? Por ser gaúcho, gosto de cultivar as nossas tradições, gosto de cantar – não aprendi ainda – e curtir minha família e meus amigos. O que mais aprendeu da vida? Aprendi que na vida, independente da condição financeira ou posição social, somos todos iguais. Por isso, considero que devemos nos respeitar mutuamente sempre.

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Você é um empresário de sucesso. O que teria a dizer para quem está começando? Para quem quer começar algo, aconselho que se aprofunde, pesquise, procure fazer algo no qual você já tem know how, pois só assim obterá o sucesso.

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Um escritor Um livro Uma frase Um cantor Uma música Um diretor Um filme Um restaurante Um prato Um alimento que lembra a infância

Og Mandino O maior vendedor do mundo, de Og Mandino “Nunca desista de seus sonhos” Roberto Carlos Eu quero apenas (letra de Erasmo Carlos e Roberto Carlos) Gabriele Muccino À Procura da Felicidade (dirigido por Gabriele Muccino, 2007) Coco Bambu camarão mediterrâneo churrasco


Foto: AndrĂŠ Waiga


Social Club por Joselde Tuma joselde@joseldetuma.com.br

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

EM NOME DE TODAS AS MULHERES DE PG E como mulher, neste mês especialmente dedicado às mulheres, minha homenagem – em nome de todas - vai para Neuza Helena Postiglione Mansani, que consegue ser completa, sob meu ponto de vista. Ela é real, tem todos os adjetivos, predicados e pronomes que fazem dela uma mulher a ser referenciada, homenageada, enaltecida, copiada! Neuza Helena é iluminada, tem o dom do conhecimento, da sabedoria, da inteligência, de agregar, de ser e estar solidária, de somar sem diminuir, de multiplicar e dividir, de errar, refletir e aprender com seus defeitos... Bela na alma, brinca com seu visual, sem medo algum. Ela é exemplo de que envelhecer não faz de você uma mulher que precisa estar em casa tricotando, esperando visitas da família ou de amigos para preencher seu cotidiano... Sonha! E sonha alto e vai à luta para realizá-los... Tem trânsito livre na vida universitária, entre os membros da Academia de Letras dos Campos Gerais, nas instituições beneficentes, entre seus pares de diretoria do Clube Ponta-Lagoa, na sociedade, em família, no aconchego do “eu”. Neuza Helena, amiga de sempre e para sempre! Que nós mulheres possamos nos espelhar em seu reflexo! Viva a nós mulheres que encantamos pelo simples fato de existirmos!

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‘MAJOR DONORS’ AO CASAL ELIZABETH E LOURIVAL SCHMIDT Companheiros dos clubes de Rotary Ponta Grossa Sabará e de Uvaranas, juntamente com rotarianos de outros 11 clubes de Ponta Grossa, Castro, Ipiranga, Curitiba e Araucária, realizaram evento dos mais prestigiados, ainda recentemente, no Restaurante Famiglia Zaparolli, para celebrar a posse de um novo rotariano e a entrega de seis reconhecimentos rotários, dois deles outorgados, pela primeira vez, na região dos Campos Gerais. A homenagem especial da noite ficou por conta da entrega do título Major Donors ao casal rotariano Elizabeth

e Lourival Schmidt, que atingiram a marca de US$ 10 mil de contribuição à Fundação Rotária, do Rotary Internacional. De acordo com Patrícia Ávila, coordenadora da Captação de Recursos da Fundação Rotária, como doadores extraordinários, o casal passa a fazer parte de um dedicado grupo de humanistas que se comprometem a ajudar aqueles que mais precisam. Os homenageados tornaram-se o 11º casal no Distrito 4.730 a receber a distinção, destacando-se como os primeiros rotarianos dos Campos Gerais do Paraná a alcançarem esse símbolo de reverência rotária.


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Social Club

CELEBRANDO A VIDA Vanessa Casaro reuniu suas melhores amigas, em fevereiro último, na choperia ‘Estrela do Chopp’, para celebrar e comemorar a troca de nova idade. No flash, Eliane Hauagge Ceccato, Dani Marchiori, Vanessa, Adriane Cavagnari, Sonia Roth e Caire Vaz. NAS ÁGUAS DE MARÇO Pra marcar a ‘largada’ da nova temporada outono/inverno 2018, Ana Lucia Hyczy e suas filhas Tatiana e Larissa agendaram para 21 de março, em tarde com muita finesse regada a fino coquetel em Curitiba, a data de lançamento da aguardada coleção em desfile da grife Compagnia Internazionale. Não dá pra deixar de prestigiar gente daqui, fazendo moda pela capital.

CHÁ DAS CINCO ‘MÍSTICO’ ‘Místico’ será o tema para as madrinhas decorarem suas mesas para a sétima edição do Chá das Cinco Entre Amigas, que acontece no dia 5 de maio, às 17h, no ‘Centro de Convenções Silvana Kuhn’. A renda do evento deverá ser revertida em prol da Organização Espírita Irmã Scheilla. Na coordenação do evento, Vanessa Casaro.

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

CAFÉ DA NOITE Anfitriã de quilate, carismática e elegante, Maria Isabel Wosgrau dará início aos jantares das amigas que integram o tradicional Café da Noite. O primeiro encontro está marcado para 6 de abril, em sua bela residência.

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ENCONTRO MARCADO As domadoras do Lions Clube Centro voltaram a se reunir, durante lanche oferecido pelas anfitriãs Juliane Kossemba e Terezinha Nasseh. Constante do calendário leonístico, o encontro marcado aconteceu na bela e aconchegante residência de Juliane e Moacir Kossemba (1º/3).

TARDE MAIS DOCE Sucesso na acepção da palavra a promoção das Tortas com Bingo realizada pela CEMEG (Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Ponta Grossa), no espaço ‘Recanto Festas’, em 24 de fevereiro último. As tortas deixaram a tarde mais doce e as “sortudas” do bingo levaram muitos brindes para casa... Em suma, os objetivos foram plenamente alcançados: reunir mulheres com espírito empreendedor e ajudar a realizálos. Parabéns! Clique de Marcos Bastos (www.eventospg.com.br).



Social Club CM EM NOVO ENDEREÇO Desde os primeiros dias de março, a CM Presentes e Decoração, da empresária de sucesso Carla Mendes, está recebendo futuras e clientes fidelizadas em novo endereço: agora, na Rua XV de novembro, 512, em loja mais ampla, com mais opções de produtos, estacionamento conveniado e atendimento com excelência.

NOVIDADES DA TEMPORADA Marcando a agenda social, a Carmen Steffens realizou evento badaladíssimo, ainda recentemente, reunindo convidadas e imprensa para o lançamento da nova coleção. Na passarela da moda, as clientes lovers desfilaram as novidades da temporada. Glauber Rodham, consultor de imagem e relacionamento da marca CS, deu valiosas dicas sobre as tendências que regem a coleção outono/inverno 2018. Show de noite!

DELÍCIAS DE PÁSCOA Em 22 de março, no espaço do ‘Restaurante Elite’ (Jardim América), às 15h30, Leda Weigärtner e as voluntárias da APMIF/João e Maria convidam a comunidade pontagrossense a participar e colaborar com a realização de uma nova tarde de confraternização, Bingo das Delícias de Páscoa, em prol da entidade. Ingressos já estão circulando!


EM NOME DO PAI, DO FILHO... A bonequinha Daniela Kowalski Voigt, filha de Liara Kowalski e Fernando Voigt, recebeu as bênçãos do batismo na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, tendo como padrinhos os casais André Luiz Almeida e Larissa Kowalski Almeida; Flávio Tellier Motti e Ana Cristina Mayer Motti. Após a cerimônia, os convidados se confraternizaram na ‘Churrasqueira do Lago’ (sede campestre do Clube Ponta-Lagoa), com delicioso churrasco gourmet. A madrinha Larissa assinou a delicada e bela decoração.

YOUTUBERS EM SAMPA As jornalistas e youtubers Nicoly França e Maria Fernanda Teixeira participaram, no primeiro fim de semana de março, da festa de 5 milhões da youtuber Kim Rosa Cuca, em São Paulo. O evento reuniu youtubers, blogueiros e celebridades no espaço ‘Vila Valentim’.

PAIS E FILHOS EM MATINÊ Na tarde do feriadão de Carnaval 2018 (13/2), o salão da sede campestre do Clube Ponta-Lagoa, que recebeu decoração das mais criativas (Gappe Produções & Eventos), foi palco da animada Matinê Infantil de Carnaval, que levou pais e crianças em suas fantasias a caírem na folia e se divertirem pra valer, marcando mais um sucesso da gestão Família Ponta-Lagoa. A tarde contou com a animação da Escola de Samba Globo Show e suas passistas, desfile das fantasias, na categoria luxo, “Planeta Água” (Ana Haile) e “Gralha Azul” (Suzy Godoy), e do carnavalesco Uly Massinhan, mestre de cerimônias, criador das fantasias em desfile e da coreografia apresentada, com aplausos. Deram um show!


Cheia de Graça por Flaiane Knoll*

Color Block: o retorno triunfal! A mistura de tons vibrantes já não é tão nova assim em nossos closets – em meados de 2010, vimos a tendência dominar os desfiles gringos; entretanto, há oito anos, quando presenciamos essa mistura diferenciada, muitas não tiveram coragem de aderir. Com a ideia mais difundida, nesse ano não vejo erros: color blocking será sucesso! Entre tantas possíveis combinações, a que vejo caindo no gosto das fashionistas sempre envolvem o pink. Assumindo essa nova vertente, o color block vem em roupas mais minimalistas e formais, com recortes geométricos em cores que também criam um contraste apurado e novo. No mais, sempre vai ter um tom de rosa, roxo ou vermelho para o seu tom de pele. A questão é experimentar e questionar-se: vocês gostam de misturar que cor com o que? Bons looks, mix and match!

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

* Flaiane Knoll é jornalista, empresária e consultora de imagem; proprietária da ‘Cheia de Graça Vestidos’ em Ponta Grossa, desde 2014, dedica-se à consultoria de estilo e negócios ligados ao campo de moda festa. Rua Augusto Ribas, 478 - Centro - (42) 3225-0010 | contato@cheiadegracavestidos.com

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PINK + VERMELHO: o rosa por si só é fortíssimo, ele é poderosíssimo! Daí junte o rosa com outras cores fortes e pronto, o colorblocking voltou oficial!

FUCHSIA + AZUL: Fugindo um pouco do rosa vivo, o fuchsia entra na paleta mais fechada, chegando até os tons de açaí. A cor azul é um clássico, e reunir essas cores é sinal do sucesso. Pode ser numa rosa mais “alilasado” ou um roxo mais uva, é uma dupla de sucesso, seja literal ou eventual, acho que vai vir fortíssimo nesse ano!

PINK + LARANJA: Guardada suas devidas tonalidades, o laranja é uma versão mais viva ainda do vermelho. Seja um tom mais aberto ou fechado, a dupla tem um selo de aprovação! Bolsas e acessórios também seguem na bold color.

ROSA + TERROSOS: Colorblocking no inverno? Com a ajuda de tons terrosos, sim! O desfile do Delpozo, na semana londrina, veio cheio de peças nessa combinação, mas o streetstyle já tem alguns bons exemplos de como misturar rosa com marrom, bege, creme ou o que for!



Gastronomia Adega

‘Guia Descorchados 2018’,

referência no mundo dos vinhos Ao completar 20 anos como referência no mundo dos vinhos, o Guia Descorchados, considerado o maior guia mundial de vinhos da Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, chega à sua edição 2018, apresentando mais de três mil vinhos degustados, procedentes de 155 vinícolas argentinas, 190 chilenas, 30 vinícolas uruguaias e 16 vinícolas brasileiras. Com mais de mil páginas com as notas dadas por Patricio Tapia, idealizador e organizador do guia, a edição deste ano conta com a colaboração de Eduardo Milan, editor de vinhos da Revista Adega. A publicação traz também detalhes sobre as principais uvas, harmonizações e recomendações, tornando-o referência para o setor. Com lançamento da versão 2018 a ser realizado em conjunto com uma grande feira de vinhos, o evento já tem confirmados cerca de 100 produtores dos quatro países. Os visitantes poderão conhecer os principais destaques, além de conversar com produtores, enólogos e importadores. Em São Paulo, o Guia Descorchados será lançado no Villaggio JK, na Vila Olímpia. O espaço contará ainda com palestras e mesas especiais para as “conversas com vinho”, onde especialistas estarão disponíveis para falar sobre determinados rótulos de forma mais descontraída, para grupos menores. No Rio de Janeiro, o evento terá uma versão pocket, com 20 produtores, e acontecerá no Village Mall, na Barra da Tijuca. A organização do evento fica por conta da INNER Eventos, empresa do Grupo INNER, parceira do

Guia Descorchados. Segundo Christian Burgos, diretor da empresa, “o Rio de Janeiro tem muitos apreciadores de vinho e, há algum tempo, queríamos fazer também um evento na cidade. Finalmente, conseguimos e temos certeza de que será repetido no próximo ano”. O Guia Descorchados, em seus 20 anos de existência, iniciou sua história no Chile em 1998, com avaliações somente de vinhos daquele país. Segundo Patricio Tapia, “o Guia Descorchados tem um grande mercado no Brasil, e já se torna impressionante ver a vontade dos brasileiros em conhecer novidades, o que me motiva cada vez mais em estar mais próximo dos brasileiros”. O Guia Descorchados 2018 pode ser adquirido no e-commerce da Loja Sabor.club, bem como os ingressos para os eventos de São Paulo e Rio de Janeiro. A compra do ingresso dá direito a um exemplar do guia no valor de R$ 150. (Da Redação, com suporte de matéria da revista Adega – revistaadega.uol.com.br). DP SERVIÇO Informações São Paulo: Villagio JK – Rua Funchal, 500 – São Paulo –SP | Data: 10/04 | Horário: Trade e Imprensa – 14:30h às 17:30h | Público final – 18:30h às 21:30h | Ingressos: loja.sabor. club/lancamento-descorchados-2018-p199/ Rio de Janeiro: Village Mall - terraço | Data: 12/04 | Horário: 18h às 21:30h | Ingressos: loja.sabor.club/ lancamento-descorchados-2018-rj-p204/



Conversas Culinárias por Juliano Komay*

Foto: André Waiga

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

Shoyu Tori Ramen, um prato que vem conquistando o paladar do brasileiro

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Não faz muito tempo, ou ainda recentemente, fui convidado para ajudar a montar um restaurante em Curitiba, especializado em Ramen... Confesso que não conhecia tão a fundo sobre o assunto, somente consumia em algumas ocasiões em restaurantes que visitava. Quando fui estudar mais sobre a questão, quase fiquei louco, tamanha a história e cuidados no preparo desse prato tão comum no mundo todo, que somente agora está ganhando mercado no Brasil. Cada item, que compõe um bowl de Ramen, é preparado com antecedência, podendo chegar até a dois dias de cocção, cuidadosamente marinado, milimetricamente cortado, fazendo com que cada colherada desse maravilhoso prato seja única. Existem cinco elementos indispensáveis em uma tigela de Ramen, que são óleos aromáticos, toppings, caldo, molho e macarrão. O macarrão que usamos para esse prato é diferente, ou seja, ele é feito com água mais alcalina, o que dá à massa uma elasticidade única, cozinhando em exatamente 50 segundos para ficar no ponto ideal. A receita que vem a seguir é um tanto extensa, mas vale muito a pena reproduzir por ser um prato muito diferente, que vem conquistando muito o paladar do brasileiro. * Juliano Komay é chef de cozinha do Restaurante Sukiyaki Cozinha Oriental | Rua Ricardo Lustosa Ribas, 737 - Vila Estrela | (42) 3224-5849 | 99925-1777 | e-mail: jukomay@yahoo.com.br | www.sukiyakicozinhaoriental.com.br

SHOYU TORI RAMEN / INGREDIENTES 4 ovos cozidos por 7 minutos 4 pacotes de macarrão para ramen congelado 100g de broto de bambu 100g de moyashi (broto de feijão) 4 tiras de alga nori 100g de cebolinha picada finamente 500g de barriga de porco 8 fatias de massa de peixe MODO DE PREPARO Descasque os ovos e deixe-os imersos no molho por 30 min. Doure a barriga de porco até atingir o ponto, coloque no molho de um dia para o outro e fatie finamente. CALDO / INGREDIENTES 2kg de ossos de frango, pés, asas 6 dentes de alho descascados e amassados 60gr de gengibre em fatias 40g de talos de cebolinha picada 2 cenouras picadas 2 cebolas médias 4L de água MODO DE PREPARO Aqueça 4L de água e coloque o frango para cozinhar em fogo alto. Com uma escumadeira, retire a espuma que se forma na superfície. Depois de uma hora fervendo, doure os legumes aro-

máticos em uma frigideira com um fio de óleo e os leve à panela fervente. Abaixe o fogo e deixe cozinhando em fogo brando por mais 3 horas em panela semitampada. Desligue o fogo e coe descartando os sólidos. MOLHO / INGREDIENTES 75ml de saquê 75ml de saquê mirin 150ml de shoyu claro 2 dentes de alho descascados e esmagados 1/4 de maço de cebolinha picado finamente 15g de gengibre em fatias 1 pedaço pequeno de alga kombu MODO DE PREPARO Ferva o saquê e o mirin para evaporar o álcool e acrescente o restante dos ingredientes, menos a alga. Desligue o fogo e acrescente o kombu, deixe esfriar e coe, descartando os sólidos. MONTAGEM DO RAMEN Cozinhe o macarrão em água fervente até o ponto. Coloque 75ml do molho em cada tigela e cerca de 300ml do caldo. Coloque o macarrão cozido, as fatias de porco já aquecidas, o broto de bambu, o moyashi e a cebolinha. Corte os ovos ao meio e coloque nas tigelas. Finalize com uma tira de nori.



Crônica

Lu para os íntimos -

MARÇO 2018 | D´PONTAPONTA

| por Luiz Fernando Cheres*

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O velhote acabara de entrar no carro, no estacionamento do mercado, quando ouviu o som típico de uma batida. Sem sair, esticou o pescoço para fora, e viu a mocinha que, tentando movimentar sua motocicleta, batera na lateral traseira do seu carro. - Calma, eu pago! A jovem parecia muito irritada. Diante disso, ele preocupou-se com o possível dano e saiu do carro. - Me vem com ameaça! Não disse que pago? Só então o homem notou um amassado mínimo no veículo. - Tanto nervosismo por nada, se falei que pago! Não é porque o senhor tem um carrão desses que pode ser tão grosso assim comigo! Até então ele nem tinha aberto o bico. Num instante, avaliou a situação: seu carro era mesmo de dar inveja, mas já estava com uns risquinhos e pequenos amassados. Faz diferença um amassadinho a mais? - Nem precisa pagar. - Ei! Duvida de mim? Jeitão de ricaço, o senhor me humilha por eu ser pobre, andar de moto! - Não disse isso, senhora. - Me chamando de velha! Mais respeito, velho gagá é você, eu sou senhorita! - Perdão, somente quis dizer: não precisa pagar. - Sou correta! Pobre, mas não velhaca! Aliás, o errado aqui é o senhor! - Eu? - Vocês, velhos, não respeitam os mais novos! Não respeitam motociclistas! - Mas onde eu errei? - Não tem lugar pra idoso estacionar aqui? Tem! Mas o bonito não parou no lugar de idoso. Se ficasse no lugar certo, eu não batia nesse carrão, nem tinha o prejuízo do conserto dessa m...! - Sim, eu podia usar a vaga de idoso. Mas me sinto jovem, não quis atrapalhar quem realmente precisa. - E daí veio me ferrar pra eu bater nesse carrão! Pois fique sabendo, a culpa é sua, unicamente sua! Deixou o carro onde não devia! Um velho solitário precisa de um carro tão caro? Necessita mercado todo santo dia? - E como a mocinha sabe... - Mais respeito, não te dei liberdade pra me chamar de “mocinha”! - Perdão. E como a senhorita sabe se venho todo dia ao mercado? - Sempre o vejo aqui. Parece me perseguindo. Ei, então é isso! Um velho rico e tarado me perseguindo! Olha, isso dá cadeia! - Quando cheguei aqui, sua moto não estava estacionada. Portanto, se alguém está perseguindo alguém... - O senhor está insinuando alguma coisa? Por eu ser pobre, acha que corro atrás de homem? - Muito embora a senhorita more sozinha, jamais pensaria assim. - Anda investigando minha vida? Como sabe se eu moro ou não moro sozinha? - Pelas suas compras. Toda tarde a vejo sozinha no mercado, com-

prando um pão, por vezes uma maçã, um bifinho, um iogurte. Tudo em pequenas quantidades. Portanto, mora sozinha. - Minha vida lhe interessa? É imoral uma moça morar sozinha? - Não, nenhuma imoralidade, aliás, é comum estudantes morarem sós. - O tarado descobriu que sou estudante! - Essa sua pasta do curso de Direito. Como é muito jovem para ser professora... - E o senhor, por ser advogado se sente superior! - Como sabe que sou advogado? - Todo dia de terno e gravata, com um Vade Mecum no carro. Como é muito velho para ser estudante... - Mas eu poderia ser juiz ou promotor. - Seu carro importado, já vi que tem outros, eles valem uma fortuna. E usa ternos, sapatos e gravatas caríssimos. Tem vários relógios de ouro, cada dia um diferente! Como se não bastasse, compra uísque importado, cerveja importada, queijos e vinhos importados. E o anel na mão direita? Vale uma nota preta! Juiz e promotor, pra viverem assim, só com corrupção! Como o senhor não faz o tipo corrupto, o senhor é um advogado! E de sucesso! - Muito bem, a senhorita será uma excelente advogada investigativa. - Obrigada. Sei também que o senhor ficou viúvo recentemente e mora sozinho. - Quem te disse? - Ninguém. Mas notei uma coisa: o senhor compra tudo em pequenas quantidades. Igualzinho a mim. - E como sabe que fiquei viúvo? - Desde que o vi a primeira vez, há dois anos, o senhor sempre vestia roupas, digamos assim, mais coloridas, embora fossem discretas e elegantes. De um tempo para cá, pouco tempo, passou a usar apenas cor preta, passou a comprar menos. - Não precisa me chamar de senhor. Chame de você. - E o seu dedo da mão esquerda. Tem ainda a marca da aliança que o senhor... perdão, que “você” deixou de usar. - Quando a Maria morreu, senhorita, eu morri também. A solidão das noites, até pensei em suicídio. - Ai pecado mais lindo! Não faça isso, moço. Olha, me dá seu telefone. A gente pode sair uma noite dessas, só pra conversar. Ele estendeu a mão com um cartão em papel caríssimo. - A senhorita me liga? - Nada de senhorita! Me chame de você, de Lucrécia, Lu para os íntimos.

* Luiz Fernando Cheres é escritor, autor de Um Beijo Longe dos Lábios e Amar não é Preciso. Ocupa a Cadeira nº 11 na Academia de Letras dos Campos Gerais.



DP AGRO

Gerais

Sucesso do Show Tecnológico de Verão

garante evento para 2019 A Fundação ABC já anunciou as datas em que vai realizar a 22ª edição do Show Tecnológico de Verão: será nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2019, no Campo Demonstrativo e Experimental de Ponta Grossa, onde já vem sendo realizado há alguns anos. O anúncio foi realizado em meio às comemorações do resultado obtido nesta edição, que bateu recorde de público, com 3.215 pessoas, sendo 30% formado por agropecuaristas, 19% por agrônomos, zootecnistas e técnicos em agropecuária, 15% por empresas e expositores, 12% por estudantes de agronomia e técnico em agropecuária e ainda 22% por funcionários de cooperativas, da Fundação ABC e outros. Na avaliação feita com 200 visitantes, as apresentações feitas pelos coordenadores de pesquisa da fundação foram muito elogiadas e, na média final, receberam nota 9.56, numa escala

de 5 a 10. A organização do evento também recebeu destaque, com nota média final de 9,18. Numa avaliação geral, os pesquisados deram nota média final de 9,37 para o evento. A novidade do Show Tecnológico de Verão 2018 foi o Circuito do Leite, uma programação especial para os pecuaristas de leite. Este foi o ponto mais destacado como positivo na avaliação, com pedidos de continuidade da ação. O Show Tecnológico Verão se firma pela difusão das tecnologias agropecuárias disponíveis e em desenvolvimento, por um dos principais institutos de pesquisa agropecuária do país, a Fundação ABC, e demais empresas atuantes no Brasil e no mundo, em torno da produção de grãos e forragens, além do apoio das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal.



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Gerais

Caixa lança crédito para pré-custeio da safra 2018/2019 Produtores inscritos no Pronamp vão poder acessar recursos com a redução nas taxas de 7,5% para 6,7% ao ano A Caixa deu início à campanha de antecipação do crédito de custeio agrícola para financiamento da safra 2018/2019. Com a medida, os produtores rurais e cooperativas podem acessar, com taxas reduzidas, os recursos necessários para o financiamento do custeio das culturas de soja, milho, arroz e algodão, que, juntas, representam historicamente a maior fatia de recursos do crédito rural para o custeio da safra. Os produtores do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) poderão contar com a redução nas taxas do custeio de 7,5% para 6,7% ao ano. Agroindústrias e cooperativas terão taxas promocionais a partir de 7,5% ao ano e para demais

produtores pessoas físicas as taxas serão de 7,7% ao ano. Segundo o diretor de Produtos de Varejo da Caixa, Humberto Magalhães, a intenção do banco é apoiar o agronegócio brasileiro, oferecendo a possibilidade de financiar antecipadamente a aquisição de insumos, com taxas de juros abaixo das praticadas pelo mercado. “Para um custeio com prazo de 12 meses, por exemplo, o médio produtor que contratar uma operação no valor de R$ 1,5 milhão economizará cerca de R$ 12 mil”, explica. Ao antecipar os recursos da próxima safra, o produtor pode negociar, ainda no primeiro semestre, a aquisição de insumos para o plantio. “O custeio antecipado pro-

porciona condições para que o crédito rural chegue ao produtor de forma rápida e no melhor momento, permitindo que ele possa se programar, reduzir custos e aumentar a sua rentabilidade”, esclarece Humberto Magalhães. Além do custeio antecipado da Safra Verão 2018/2019, as taxas reduzidas também podem ser aplicadas para operações de estocagem da safra vigente e o custeio pecuário para todos os produtores pessoas físicas, as linhas de adiantamento a cooperados e industrialização para cooperativas de produção, bem como o custeio de integração para agroindústrias que atuam na suinocultura e avicultura. As taxas promocionais serão ofertadas até o final de março.


SAÚDE QUE CUIDA DA MATERNIDADE À TERCEIRA IDADE.

Programa Mãe Paranaense 70 mil cirurgias gratuitas 716 novos leitos de UTI 12 novos Centros de Especialidades

GOVERNO DO PARANÁ. SEMPRE A FAVOR DOS PARANAENSES.


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Gerais

Frísia quer expandir seu

mercado de sementes Com 30 mil toneladas ao ano, a terceira maior produção de sementes do Paraná é da Frísia Cooperativa Agroindustrial. As sementes de soja, trigo e aveia são comercializadas com a marca Sementes Batavo. São mais de 700 mil sacas que atendem cooperados e o mercado dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para 2018, a Frísia quer mais: investir na marca e expandir seu alcance aos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás. Mesmo antes de chegar à cooperativa, a qualidade das Sementes Batavo recebe avaliação. “As sementes começam a ser apreciadas ainda na lavoura. Nossos técnicos acompanham todo o processo – do momento em que o nosso cooperado retira o insumo para realizar o plantio até a colheita e a entrega”, explica Mário Dykstra, gerente agrícola da Frísia. A rastreabilidade da produção faz parte do controle rigoroso que garante insumos de melhor performance. Em atividade há mais de 40 anos, o setor de sementes da Frísia trabalha atualmente com uma média de 30 variedades ao ano. Dos 836 cooperados, pelo menos 110 têm suas atividades voltadas à produção de sementes. Para tanto, o produtor precisa atender a uma série de critérios: além do maquinário adequado exige-se uma área mínima de plantio, que precisa estar localizada em regiões de clima ameno. “É preciso que o produtor tenha grãos em seu histórico com a cooperativa. Também é importante que ele esteja em uma boa região, de temperaturas menos severas e com altitudes entre 800 e 1.000 metros”, salienta Dykstra. Diretamente ligada ao potencial da produtividade agrícola, a qualidade das sementes é o foco da cooperativa. “A lei permite que se ven-

da sementes com até 80% do potencial de geminação, a nossa régua de corte é mais alta, pois entregamos com no mínimo 85%, sempre visando a qualidade”, afirma Antônio Alberto Gomes da Silva, coordenador comercial de Sementes. A localização da Frísia é estratégica, com temperaturas mais baixas, colaborando para a conservação do poder germinativo e do vigor das sementes durante o armazenamento – período pelo qual passam por constantes análises.

Foto: Diário dos Campos



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/ Grupo Pitangueiras

Tecnologia

para produzir cada vez mais Grupo Pitangueiras aposta na tecnologia para maximizar produção do campo. Mais de 250 produtores participaram do Centro de Treinamento de Verão da empresa

MARÇO 2018 | D´PONTAAGRO

| por Afonso Verner

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O atual paradigma da agricultura está em conseguir o máximo de produção com a mesma área de manejo, minimizando perdas e ampliando a produtividade – esse é um desafio que se impõe diante do crescimento da população mundial e do consequente aumento da demanda por alimento. Na última década, a produtividade do campo cresceu consideravelmente, e isso é resultado, sobretudo, da ampliação do uso da tecnologia pelo homem do campo. Com o intuito de contribuir com esse cenário de modernização do campo e maximização da produção, o Grupo Pitangueiras promoveu a realização do Centro de Treinamento de Verão (CTP) para produtores e técnicos. Entre 19 e 23 de fevereiro último, o CTP foi realizado em Arapoti; de 5 a 9 de março, foi a vez dos produtores de Ponta Grossa; e entre 19 e 23 de março, o evento acontecerá em Guarapuava. Marcelo Scutti, gerente de Marketing do Grupo Pitangueiras, lembra que o treinamento tem caráter prático, e se torna de fundamental importância para o produtor. “O CTP foi formatado, desde a sua concepção, para apresentar tecnologia aliada à maximização da produção, mostrando ao produtor aonde estão as perdas e onde a tecnologia reduz essa perda. Melhores resultados significam mais dinheiro na mão do produtor”, explica Scutti.

Além de apresentar opções para que o pequeno, médio e grande agricultor amplie a produção no campo, o evento também investe em conhecimento técnico e científico apresentado aos produtores e técnicos. “Investimos pesado para trazer pessoas e empresas com capacidade de contribuir de forma real para os produtores da nossa região. Informação de qualidade é poder”, ressalta Marcelo Scutti. Irapuã Garcia Taques Fonseca veio de Tibagi para participar do aperfeiçoamento em Ponta Grossa. Oriundo de uma família de agricultores que conduz lavouras há mais de 45 anos, Garcia lembra que atualmente a aplicação de tecnologia é a chave para manutenção do lucro. “Somos parceiros do Grupo Pitangueiras, pois a empresa sempre nos trouxe as novidades para nós, homens do campo, ampliarmos a produção”, conta Taques. O produtor destacou ainda o fato de que treinamentos como esse, apresentado pelo Grupo Pitangueiras, são fundamentais para que o agricultor “se prepare para o futuro”. “Uma atividade como essa é muito enriquecedora, visto que aqui temos informações sobre o que virá no futuro, para que possamos ampliar a produtividade da nossa lavoura”, relatou Irapuã. Ele salientou ainda que a tecnologia é fundamental, para que a produção se torne mais competitiva, com menos custos e maior produtividade.


Fotos: Filipe Gusmão / Divulgação INTERMÉDIO ENTRE PRODUTOR E AVANÇOS DA TECNOLOGIA A engenheira agrônoma Marli Scheifer Camargo, que produz soja em Ipiranga, município dos Campos Gerais, desde 2003, enfatizou a importância do evento do Grupo Pitangueiras, para que o produtor conheça a tecnologia disponível. “Hoje, o mais importante na agricultura é a tecnologia, e a melhor forma de conhecê-la é participando de eventos como esse”, argumenta Marli. A engenheira frisou ainda que, atualmente, o próprio lucro do produtor vem da aplicação de ferramentas tecnológicas. “A TECNOLOGIA REPRESENTA A NOSSA SOBREVIVÊNCIA” Valter Hilgember planta mais de 400 hectares de soja em Ponta Grossa, e está no ramo da agricultura há mais de 30 anos. Na visão do produtor, a tecnologia “representa a sobrevivência” para o homem do campo. “Desde que comecei na agricultura até hoje, eu diria que a prática mudou quase que 100%. As alterações acontecem muito rápido, de uma safra para outra muda muito, se o agricultor não se atualizar, ele não consegue produzir e nem sobreviver”, diz Hilgember.

MAIS PRODUÇÃO NA MESMA ÁREA DE PLANTIO André Leandro Saveressig está no ramo há 16 anos e planta mais de 800 hectares em Ipiranga, município da região. Leandro cresceu na lavoura e acentuou a importância da união do trabalho do agricultor com a tecnologia empregada no campo. “Observo que temos conseguido ampliar a produção com a mesma área de plantio, e isso ajuda muito para que o agricultor consiga dar conta dos custos da lavoura e ainda manter sua margem de lucro”, manifesta Saveressig. TREINAMENTO COM AS PRINCIPAIS CULTURAS As principais culturas de verão foram contempladas no Centro de Treinamento Pitangueiras: soja, milho e feijão. Para cada uma delas, o CTP ofertou um alto nível de informação, desde a escolha de cultivares, passando pelo tratamento de sementes e acompanhamento de todo o desenvolvimento da lavoura, até a hora de colher. “Contemplamos o processo completo, analisamos fase por fase. Se existe um ponto onde o produtor pode fazer melhor para ter melhores resultados, nós identificamos e compartilhamos a informação. Com o cuidado e o conhecimento certos, é possível evitar perdas em todas as fases da produção e aumentar a produtividade final”, defende Marcelo Scutti. PARCERIAS DE CAMPO Sob a organização do Grupo Pitangueiras, o treinamento de campo contou com as parcerias da Bayer, Timac Agro, Sementes Loman, Caltim Fertilizantes, MIM Fertilizantes, HO Sementes, Dekalb e Veritas. O evento ofereceu aos agricultores e técnicos capacitação e atualização real sobre os desafios e acertos, quando o assunto se trata de produzir mais e melhor. Os trabalhos foram conduzidos pelo engenheiro agrônomo, pesquisador e consultor Aroldo Marochi, acompanhado pelo também agrônomo e pesquisador José Luiz Buss.

Irapuã Garcia Taques Fonseca

Valter Hilgember

Marli Scheifer Camargo

André Leandro Saveressig

SOBRE A EMPRESA O Grupo Pitangueiras iniciou suas atividades em Curitiba, em 1990, como redistribuidor autorizado da Agro Bayer na região. A parceria com a companhia alemã persiste até hoje – inovação, qualidade, tecnologia estão entre os valores essenciais da empresa. Ao longo dos anos, com a abertura das lojas e das unidades de armazenamento, produtos de outros fornecedores foram incorporados ao portfólio, sempre com a preocupação de manter o alto nível de qualidade levado às lavouras. Além da busca para oferecer sempre o que existe de mais moderno no mundo em produtos e serviços para a agricultura, a empresa investe em capacitação para a equipe e clientes. Palestras, cursos e dias de campo são realizados ao longo do ano, com a proposta de democratizar o conhecimento e elevar os níveis de produtividade na área em que a empresa está inserida. Pesquisadores de diferentes áreas, e que são referência nacional, visitam a região a convite da empresa, para elevar o nível de conhecimento e informação de técnicos e produtores.

DP SERVIÇO Onde estamos Sede: Curitiba Lojas: Guarapuava, Ponta Grossa, Arapoti, Palmeira, Ibaiti, Irati, Candói, Wenceslau Braz. Silos: Arapoti e Wenceslau Braz. Visite nosso site: www.grupopitangueiras.com.br


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Entrevista

/ Roger Milléo

“ MARÇO 2018 | D´PONTAAGRO

A Fazenda Modelo é um dos principais centros de pesquisa em bovinocultura do Brasil”

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Ponta Grossa pode se orgulhar de contar com um centro de pesquisa centenário e responsável por desenvolver a raça de gado genuinamente paranaense, o Purunã. Criada em 1912 pelo então Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, a Fazenda Modelo hoje pertence ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e desenvolve pesquisas que têm transformado a agropecuária de todo o estado ao longo dos anos. É uma das 19 Estações Experimentais do instituto, que conta ainda com uma sede, em Londrina, cinco Polos Regionais (Ponta Grossa, Curitiba, Paranavaí, Pato Branco e Santa Tereza), quatro Unidades de Beneficiamento de Sementes (Cambará, Palotina, Ponta Grossa e Londrina), uma Unidade de Beneficiamento de Café (Londrina), 23 estações agrometeorológicas e 25 laboratórios de diferentes áreas de especialidade. Somente o Polo de Ponta Grossa possui mais de 3 mil hectares de área de pesquisa (2 mil na Fazenda Modelo, 438 na Estação Experimental de Ponta Grossa e 554 na Estação Experimental Florestal de Irati). Além dessa estrutura própria, o Iapar integra a Rede Paranaense de Agro Pesquisa e Formação Aplicada, com a proposta de integração entre universidades, o setor produtivo e institutos de pesquisa na busca de soluções para o desenvolvimento da atividade agropecuária paranaense. Para conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido em Ponta Grossa e sobre a raça Purunã, conversamos com o coordenador geral do Polo de Ponta Grossa, o analista de ciência e tecnologia e gestor público Roger Daniel de Souza Milléo. Confira a seguir.


agrícola, com ênfase em irrigação e drenagem, em agricultura familiar, agroecologia, agroenergia, socioeconomia, herbologia, plantio direto, produção de sementes básicas, sistemas agroflorestais tradicionais com erva mate. Além dessas atividades, mantemos um Banco de Germoplasma com mais de 400 cultivares de frutíferas, como pêssego, ameixa e pera, assegurando material genético para o futuro. Ainda mantemos aqui em Ponta Grossa mais de seis mil metros quadrados em casas de vegetação para produção de borbulhas de citrus, com vistas a fornecer para viveiristas material isento de doenças, principalmente o Greening, para manutenção da citricultura do Paraná.

Foto: André Waiga Recentemente, a Fazenda Modelo do IAPAR em Ponta Grossa completou 105 anos. O que representa este fato para o desenvolvimento da produção agropecuária da região? Podemos dizer que, ao longo de todo esse tempo, a agricultura e a pecuária do Paraná passaram por uma enorme transformação, da qual devemos nos orgulhar de fazer parte desse processo. Temos atividades focadas principalmente em estudos comparativos de bovinos por seleção e o cruzamento e forrageiras, desde sua criação, e, mais recentemente, desenvolvemos estudos sobre Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, sistema de produção que permite conciliar a proteção do ambiente com a alta produtividade e a diversificação de renda da propriedade, já que nos possibilita obter grãos, madeira e carne ou leite na mesma área e sempre pensando em praticarmos agricultura de baixo carbono. Tudo isso nos leva a crer que a Fazenda Modelo se configura como um dos principais centros de pesquisa em bovinocultura do Brasil. Mas a grande contribuição para a agropecuária da região, do Paraná e podemos dizer - do Brasil, pela tradição e todo conhecimento acumulado que deu suporte ao ousado projeto conduzido pelos pesquisadores Daniel Perotto, Antônio Carlos Cubas [falecido] e José Luiz Moletta, com apoio dos servidores da Fazenda Modelo e do Programa de Produção Animal do IAPAR, foi o desenvolvimento de uma raça composta com característica e desempenho superior, o Purunã, genuinamente paranaense e criada aqui em Ponta Grossa, adaptada para qualquer tipo de criador, não só da região, como do Brasil. E quais as vantagens e diferenciais desta raça? Como o produtor pode iniciar um rebanho de Purunã? Segundo os pesquisadores que desenvolveram a raça, tinha-se a ideia de fazer cruzamentos sucessivos e controlados entre Caracu, Canchim, Aberden Angus e Charolês, com a proposta de entregar aos pecuaristas uma raça pronta, capaz de reunir grande parte das qua-

lidades de mestiços dessas raças – carcaças de elevado padrão, com baixo custo e que ficassem prontos para abate em pouco tempo. O resultado, obtido após mais de 30 anos de pesquisas, está aí! Eles conseguiram, o IAPAR conseguiu, o Paraná conseguiu. Foi possível agregar no Purunã boa parte das características economicamente relevantes de cada grupo formador: rusticidade, tolerância ao calor e resistência aos carrapatos e outros parasitas do Caracu e do Canchim; alta velocidade de ganho de peso, carcaças que propiciam grande rendimento de carne e elevada porcentagem de carnes nobres do Charolês; e, ainda, precocidade, o tamanho adulto moderado, o temperamento dócil e o marmoreio e a maciez da carne do Angus. Nós acreditamos que o Purunã tem um potencial muito grande para tornar-se uma das principais raças do estado, justamente por atender ao mercado, quando se fala em padronização de carcaça. Os criadores que desejarem entrar com a criação de Purunã hoje serão detentores de material genético, com possibilidade de venda amanhã, sendo esta uma boa opção para aumentar a rentabilidade da atividade. As informações necessárias para começar com a criação podem ser obtidas na Fazenda Modelo ou entrando em contato com a Associação de Criadores de Purunã [ACP]. Quais são as principais pesquisas estão em andamento atualmente no IAPAR em Ponta Grossa? Na Fazenda Modelo, contamos com trabalhos relativos a manejo, nutrição e melhoramento de bovinos, coleta de sêmen, coleta e transferência de embriões em parceria com o Cescage Genética, laboratório de parasitologia animal, laboratório de carne e ainda produção de aveia, milho e soja. Já nas Estações Experimentais de Ponta Grossa e Florestal de Irati dedicamos a experimentação com feijão, milho, cereais de inverno, frutíferas, oleaginosas, batata-inglesa, batata-doce, fertilidade de solos, rotação de culturas, e temos também realizado trabalhos no ramo de engenharia

Como o produtor rural tem acesso às tecnologias desenvolvidas pelo IAPAR? O Iapar possui uma Área de Transferência de Tecnologia, a ATT, que desenvolve estudos metodológicos e coordena as ações de divulgação e transferência ao setor produtivo das informações científicas e tecnológicas geradas pelo instituto. As atividades de comunicação social do Instituto também são de sua responsabilidade. Esta mesma área auxilia na tarefa de levar os resultados gerados pela instituição aos agentes do agronegócio e, ao mesmo tempo, auxilia em trazer para o IAPAR as demandas dos referidos agentes. Eventos técnicos em vitrines tecnológicas, dias de campo, unidades de visitação, palestras, cursos, seminários e congressos são fontes de acesso às nossas tecnologias. Toda a programação de eventos pode ser obtida visitando a página do IAPAR [www.iapar.br]. Nesta homepage, também é possível consultar muitas publicações, como boletins e circulares técnicos, com possibilidade de se fazer o download gratuitamente em PDF. Além disso, em cada Polo Regional dispomos de profissionais analistas de ciência e tecnologias da ATT, que estão preparados para atender e recepcionar o público num primeiro momento para resposta imediata ou direcioná-los a pesquisadores especialistas, em casos mais específicos, se for o caso. No Polo de Ponta Grossa, o contato pode ser feito pelo telefone (42) 3219-9700. O verão deste ano está sendo marcado por muitas chuvas no Paraná. O IAPAR tem desenvolvido pesquisas que possam trazer novas tecnologias ao produtor rural para contornar as mudanças climáticas? Para lidar com situações complexas como as que emergem num contexto de mudança climática, torna-se importante buscar metodologias adequadas de monitoramento. Para tanto, o IAPAR, juntamente com a Copel e a UFPR, mantém um sistema meteorológico com a finalidade de prover a sociedade com dados, previsões, produtos e serviços de natureza meteorológica, hidrológicas e ambiental, para auxiliar na tomada de decisão e ajudar a diminuir os riscos, principalmente, nas atividades agrícolas, disponibilizando as informações de forma gratuita em suas páginas na internet.


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Artigo por Fernando Saraiva*

Encontro

com o leão Já se tornou tradição para as pessoas físicas residentes no Brasil que a abertura dos programas correspondentes à prestação de contas com a Receita Federal do Brasil e todo o itinerário perdurem durante os meses de março e abril. Louvável a Receita Federal neste aspecto, pois, ao não estabelecer prorrogação de prazos, transformou em cultura esses atos. Dificilmente, ouvimos questionamentos da imprensa ou de qualquer cidadão a respeito se vai ou não haver prorrogação no prazo para a entrega da Declaração de Imposto de Renda, porque o respeito a uma norma está intimamente ligado à sua perenidade. À guisa de ilustração de como no Brasil os prazos legais são constantemente modificados, gerando uma insegurança jurídica nem um pouco saudável para o bom ambiente de negócios, temos que o vencimento da carteira de habilitação se dá em determinado dia, mas sua regularização pode ocorrer até trinta dias dessa data legal, denota que o próprio legislador, ciente dessa inconstância, já dá “uma colher de chá” para o “atrasadinho”, conduta essa que somente incentiva o desrespeito ao prazo legal. Voltando ao tema que nos motivou a escrever esta coluna, observamos que, já no começo de março, temos uma enxurrada de informações, que advém dos mais variados meios de comunicação. As mais frequentes informações são as que abordam as situações que obrigam as pessoas a declarar em 2018, lembrando que todos esses requisitos se referem às transformações ou aquisições patrimoniais que se deram em 2017 a seguir: I. Pessoas físicas que perceberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70; II. Contribuintes que receberam rendimentos isentos, nãotributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado; III. Quem obteve, em qualquer mês de 2017, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; IV. Quem teve, em 2017, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural; V. Quem tinha, até 31 de dezembro de 2017, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil; VI. Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado, e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2017.

MARÇO 2018 | D´PONTAAGRO

Das aquisições financeiras, na apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, as pessoas podem deduzir:

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a) R$ 3.561,50 por dependente e consigo próprio com despesas com ensino técnico, fundamental, médio, superior, pósgraduação, mestrado e doutorado; b) R$ 1.171,84 de despesa com empregado doméstico; c) R$ 2.275,08 com dependentes; d) Despesas médicas sem limite;

e) 6% do imposto de renda devido para as doações incentivadas só podem ser feitas aos fundos municipais, estaduais, distrital e nacional da criança e do adolescente, que se enquadram no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); fundos municipais, estaduais, distrital e nacional que se enquadram no Estatuto do Idoso; projetos aprovados pelo Ministério da Cultura e enquadrados na Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet); projetos aprovados pelo Ministério da Cultura ou pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e enquadrados na Lei de Incentivo à Atividade Audiovisual; projetos aprovados pelo Ministério do Esporte e enquadrados na Lei de Incentivo ao Esporte; f ) Contribuição para a Previdência Oficial, ilimitada; g) Contribuição para a Previdência Privada na modalidade Plano Gestor de Benefício Livre (PGBL), limitada a 12% dos rendimentos tributáveis; h) Pensão judicial, ilimitada. DICA: Para aqueles contribuintes que não têm muitas despesas a serem deduzidas, recomenda-se que optem pela Declaração Simplificada, que admite uma dedução presumida de 20% sobre os rendimentos tributáveis, limitada a R$ 16.754,34. As novidades para este ano é que será obrigado declarar o CPF dos dependentes com oito anos ou mais, e, de forma facultativa este ano e obrigatória para os anos subsequentes, informações mais específicas a respeito dos bens que possuam, como matrícula do IPTU, endereço dos imóveis, data da compra e número do Renavam dos veículos. Essa exigência deve ser vista com bons olhos por todos aqueles que detêm um patrimônio legítimo, pois ficam livres de qualquer suspeita ao venderem esses bens a pessoas que não possuam origem legal de recursos (corrupção, sonegação, tráfico de entorpecentes, financiamento ao terrorismo). DICA: Como não cair na Malha: I. Informe todos os rendimentos obtidos, pois a fonte pagadora já declarou à Receita Federal, e, por um simples cotejamento eletrônico, sua declaração será retida; II. Tenha todas as despesas médicas devidamente comprovadas, pois os profissionais e as instituições ligadas a essa área são obrigadas a prestar informações à Receita Federal; III. Não declare uma variação patrimonial que não possa ser coberta pelos recursos declarados. Exemplo, em 2016, você declarou um patrimônio de R$ 100.000,00 e em 2017 um patrimônio de 180.000,00. No entanto, você declarou que obteve de rendimentos líquidos (após as deduções) R$ 60.000,00. Há uma variação de R$ 80.000,00, para uma receita líquida de R$ 60.000,00. Ou houve erro de preenchimento, ou sonegação de R$ 20.000,00. Encaminhem suas dúvidas para saraiva@bittencourtsaraiva. com.br, que estaremos respondendo na edição de abril. *Fernando Saraiva, advogado tributarista e administrativista






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