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Oito discursos para serem lidos no Senado

(Roteiro e edição de Ronald Cintra Shellard) IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, quero falar sobre a importância, para o Brasil, das cerca de 20 Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

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Ciência já foi classificada como a cultura mais importante do século passado. E, pelos mesmos motivos, esse papel segue ainda mais relevante nas últimas duas décadas: entre outros benefícios, ciência traz riqueza e bem-estar para as nações, pavimentando o caminho rumo ao desenvolvimento sustentável.

Uma nova geopolítica surgiu depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Em termos simples, podemos defini-la assim: conhecimento é poder. Poder político, econômico e militar.

Os Estados Unidos se tornaram a grande nação que são hoje porque levaram a sério essa geopolítica. O Brasil foi dos poucos países do então chamado Terceiro Mundo a pô-la em prática, por meio da fundação de centros de pesquisa e de órgãos de infraestrutura político-administrativa da ciência, como CNPq e Capes. Naquele momento – único em nossa história – ciência era parte de um projeto de nação.

Poderíamos citar aqui um sem-número de exemplos de produtos e serviços que nasceram de resultados científicos. Mas vamos nos deter àqueles mais destacados pela literatura: transistor, o laser e as páginas www da internet. É impossível imaginar o mundo hoje sem esses artefatos.

O Produto Interno Bruto das nações desenvolvidas está diretamente relacionado à pesquisa científica. Por exemplo, Alemanha e Holanda exportam o mesmo valor, em dólares, em alimentos que o Brasil, cujo território é muito maior que os daqueles dois países somados. Isso tem explicação: é resultado dos valores investidos em ciência naquelas nações.

Estima-se que cerca de um terço do PIB norte-americano seja resultado de tecnologias ligadas à mecânica quântica, teoria que lida com os fenômenos do diminuto mundo atômico e subatômico. Os já citados laser e transistor são dois exemplos nesse sentido e, vale enfatizar, nasceram da pesquisa dita desinteressada, ou seja, sem finalidade prática, o que ressalta a importância crucial de investimentos também em ciência básica.

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, ciência, em seu sentido mais amplo e de qualidade, é o que fazem as unidades de pesquisa e as organizações sociais vinculadas ao MCTI. Ao longo da história de nosso país, as contribuições dessas instituições científicas têm sido inestimáveis tanto para a riqueza material quanto cultural de nossa nação.

IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, quero falar mais uma vez da importância, para o Brasil, das cerca de 20 Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o MCTI.

Nestas sete décadas que nos separam do fim da Segunda Guerra, acumulamos mais conhecimento do que nos 2,5 mil anos anteriores. Esse vertiginoso acúmulo fez da ciência cultura das mais complexas, essencialmente interdisciplinar.

Ciência tornou-se um uno multidimensional que reúne, de forma indissociável, as áreas de exatas, biológicas e humanas, bem como tecnologia e inovações.

Daí, a importância de o Brasil cultivar, de modo equânime, esses três campos do saber. Por quê? Porque a solução de questões de amplitude nacional – como transportes, urbanização, violência, saneamento básico, poluição, meio ambiente – demandam bem mais do que política. Exigem, sim, soluções científicas e tecnológicas de tal envergadura que se tornou impossível para uma só disciplina ou mesmo área atacar, de forma isolada, esses problemas.

Ciência estanque é passado. A ciência de hoje é múlti e interdisciplinar.

Há quem ainda pense em ciência como atividade desvinculada do cotidiano, sem ramificações com a sociedade, a economia e mesmo a política. Equívoco dos mais profundos.

A complexa estrutura de conhecimento formada pelas três grandes áreas da ciência – exatas, biológicas e humanas – tem conexões profundas com a sociedade em que está inserida. Hoje, não há tema em que a ciência, em seu sentido mais amplo, não esteja envolvida.

Alguns exemplos nesse sentido. Informação, tecnologia, quadros especializados, território, biodiversidade, água, espaço, minérios são questões de segurança nacional. Inovações, novas matérias-primas, controle de qualidade, exportações são também essencialmente científicos e tópicos relativos à indústria. Colaborações científicas internacionais dizem respeito à diplomacia e geopolítica.

O mundo contemporâneo é baseado na informação. Não há como negar isso. Informação é conhecimento, e conhecimento é poder. E a ciência, em sua forma interdisciplinar, é a fonte primordial de conhecimento. Portanto, dela emana poder político, econômico e militar para uma nação.

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, no Brasil, são as unidades de pesquisa e as organizações sociais vinculadas ao MCTI que formam essa riquíssima malha interdisciplinar de geração de conhecimento. Essa ampla e sofisticada rede de pesquisa científica, de renome internacional, é o instrumento do estado brasileiro para a resolução de grandes problemas nacionais. É, portanto, orgulho para povo do Brasil. Obrigado.

FORMAÇÃO E TREINAMENTO DE PESSOAL

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, quero, novamente, falar sobre a inestimável importância, para nosso país, das cerca de 20 Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o MCTI.

A sociedade contemporânea tem nos mostrado, de forma veemente, que ciência é sinônimo de riqueza e bem-estar para as nações. Mas, não raramente, nos esquecemos de que essa cultura é, por assim ser, atividade essencialmente humana. O repositório do conhecimento são pessoas.

Portanto, formar, treinar e aperfeiçoar pessoal altamente qualificado estão entre as tarefas mais nobres e valorosas de uma nação. Países desenvolvidos assim o são porque entenderam – e há mais de um século têm posto em prática – essa lição.

Por décadas, essa tem sido tarefa exercida, com maestria, por essas instituições de pesquisa ligadas ao MCTI. Esse trabalho, ainda que silencioso, tem dado, ao Brasil, uma de suas maiores riquezas: quadros altamente treinados, capacitados para não só fazer pesquisa de ponta, mas também para entender, analisar, criticar e, se necessário, adaptar novas tecnologias.

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, o valor dessa contribuição para a sociedade brasileira é inestimável.

Essas pessoas com alta qualificação – em sua maioria, com doutorado ou mestrado – vão para universidades, empresas estatais e setor privado. Ou se tornam empreendedoras e empreendedores.

Talvez, seja apropriado aqui diferenciar o papel desses institutos daquele da universidade. Além da formação de quadros altamente qualificados, as Unidades de Pesquisa e as Orga-

nizações Sociais vinculadas ao MCTI servem como infraestrutura para a pesquisa feita por instituições congêneres de todo o território nacional – para isso, muitas delas são dotadas de laboratórios de ponta abertos à comunidade científica.

A rede complexa e sofisticada de geração de conhecimento formada por essas instituições são poderoso instrumento do Estado brasileiro para enfrentar – pela perspectiva das três grandes áreas, exatas, biológicas e humanas – problemas de envergadura nacional, como transportes, poluição, violência, urbanização, desflorestamento, entre outros.

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, vale enfatizar: as cerca de 20 Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do MCTI têm gerado para o Brasil o que talvez seja o mais precioso dos bens nesta sociedade altamente científica e tecnológica em que vivemos: cidadãs e cidadãos capacitados para trabalhar nas fronteiras do conhecimento. Obrigado.

REPOSIÇÃO DE QUADROS

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, volto a esta tribuna para falar sobre a inestimável importância, para o Brasil, das cerca de 20 Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais vinculadas ao MCTI, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Em meu pronunciamento anterior, ressaltei que essas renomadas instituições de pesquisa científica estão provendo a nação brasileira com um de seus mais preciosos bens: pessoas capazes de produzir conhecimento de fronteira. Essa tarefa, de extremo valor, tem ajudado o Brasil a se inserir de forma mais contundente no mundo atual, que, como sabemos, é essencialmente tecnológico.

No entanto, Senhoras Senadoras e Senhores Senadores, essas renomadas instituições de ciência vivem uma situação paradoxal cujas consequências anunciadas só podem ser qualificadas como drásticas.

Ao mesmo tempo que têm cumprido, de forma exemplar, o honorável dever de formar e treinar pesquisadores, tecnologistas e técnicos altamente gabaritados, essas cerca de 20 instituições de pesquisa estão enfrentando situação paradoxal: sofrem severamente com a falta e a perda de quadros igualmente capacitados.

As Unidades de Pesquisa e as Organizações Sociais do MCTI precisam urgentemente repor quadros, para que possam não só seguir prestando grande serviço ao Brasil, mas também ir além, crescer e gerar mais conhecimento de ponta. Esse problema tem números que, no mínimo, podem ser classificados como muito preocupantes: nessas instituições, em média, 30% de servidoras e servidores já são aposentáveis. E isso em um cenário deficitário de quadros.

Para o Brasil, essa é uma tragédia – infelizmente, até agora, silenciosa. E ela tem que ser enfrentada e revertida, pois estamos minando, como já dissemos aqui, o que talvez seja a maior riqueza de uma nação: cidadãs e cidadãos com altíssimo grau de educação e capazes de, com seu trabalho, enfrentar, pelo viés da ciência, grandes problemas nacionais e desafios de um mundo essencialmente científico e tecnológico.

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, as cerca de 20 Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do MCTI estão amargando uma perda sem precedentes de seus quadros em todos os níveis e, assim, são obrigados a trabalhar no limite de suas capacidades. E isso não é só gravíssimo para essa rede geradora de conhecimento, que, certamente, é um orgulho para o Brasil. É, além de tudo, um desastre anunciado com consequências que, sem dúvida, serão extremamente deletérias para a nação brasileira. Obrigado.

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, em meus últimos discursos, nesta tribuna, tenho me referido, de forma genérica, às cerca de 20 Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais vinculadas ao MCTI, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e à importância, para o Brasil, dessa rede de conhecimento e infraestrutura de pesquisa.

Hoje, quero ser mais específico. Vou me deter às Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do MCTI que atuam na área de ciências exatas, no sentido mais amplo desse termo.

Como já mencionamos aqui, a sociedade contemporânea está fortemente calcada na tecnologia. Deste microfone, com o qual me dirijo às senhoras e aos senhores, aos celulares, computadores, eletrodomésticos, carros, aviões, equipamentos médicos, satélites, e-mail, internet... Paro aqui, pois essa lista é interminável. Basta que olhemos ao nosso redor, para nos deparar com um utensílio do gênero.

Todos esses equipamentos e serviços são frutos diretos ou indiretos de pesquisas – a maioria delas, desinteressada – das ciências exatas, com forte aporte das engenharias e processo de inovação. A área de exatas é, portanto, responsável por fatia substancial da riqueza material das nações.

Parte da rede formada pelas Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do MCTI se dedica à pesquisa científica e tecnológica no campo das exatas e áreas afins. Repito aqui o que já enfatizei em discursos anteriores: o papel desempenhado por essas instituições para o progresso do Brasil e bem-estar de nossa população tem sido inestimável.

Essas instituições científicas têm nome. E nada mais justo do que citá-los: Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Observatório Nacional, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres, Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, Centro de Tecnologia Mineral, Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Instituto Nacional de Tecnologia, Laboratório Nacional de Astrofísica, Laboratório Nacional de Computação Científica, Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais e Comissão Nacional de Energia Nuclear.

Listar – ainda que só as principais contribuições para o Brasil de cada uma dessas instituições, bem como de suas congêneres das áreas de biológicas e humanas – seria, pela extensão, tarefa impossível para estes poucos minutos de tribuna.

Mas, Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, estejam certos de que essas instituições de ciência têm contribuído enormemente para o progresso do Brasil, para a cultura material e imaterial de nossa nação. E, vale enfatizar, para gerar uma das maiores riquezas que um país pode ter: gente altamente capacitada. Obrigado.

UPS/OSS: BIOLÓGICAS

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, hoje, gostaria de ressaltar outra parte igualmente essencial da vasta e complexa rede geradora de conhecimento científico formada pelas Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o MCTI.

Neste pronunciamento, gostaria de destacar o papel mais do que evidente das ciências biológicas e áreas afins. Desses campos do conhecimento brotam vacinas, medicamentos, exames de diagnóstico, técnicas de tratamento – e, muitas vezes de cura – de doenças como câncer, Alzheimer, Parkinson, Chagas. A saúde de cada um de nós depende dos avanços científicos nessas áreas.

A lista de benfeitorias das instituições da área de biológicas do MCTI é certamente longa. E inclui também – o que é igualmente crucial para a nação brasileira – o conhecimento e estudo de nossa fauna e flora, bem como da biodiversidade de nossos biomas, como florestas, cerrado, semiárido, entre outros. Desses estudos nascem substâncias isoladas de espécies autóctones e tecnologias inovadoras para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

Como em minha fala anterior, vou aqui fazer jus a essas instituições e citá-las nominalmente. Por favor, colegas parlamentares, atentem para esses nomes: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Instituto Nacional da Mata Atlântica, Instituto Nacional do Semiárido, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Museu Goeldi.

As contribuições para o Brasil de cada uma dessas instituições são, mais uma vez, muito longas para que possamos relacioná-las na breve permanência desta tribuna. O papel dessas Unidades e Organizações na área de biológicas ficou ainda mais evidente com a contribuição que têm dado ao país em tempos de epidemias e pandemias.

É nosso dever, como parlamentares, defender esse magnífico trabalho e, mais ainda, apoiá-lo com os meios e a constância que necessitam, para que essas instituições possam alargar a contribuição que têm dado ao Brasil. Ou seja, crescer com o país. Porque o trabalho de cada uma delas tem feito avançar o progresso de nossa nação. E tem dado ao Brasil algo que não tem preço: conhecimento e profissionais altamente treinados. Obrigado.

UPS/OSS: HUMANAS

Senhoras Senadoras, Senhores Senadores, nesta oportunidade, volto a ressaltar a importância, para nosso país, das Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o MCTI. Desta vez, detenho-me às instituições que atuam na grande área das humanidades.

Já ressaltamos aqui o fato de a ciência ser atividade essencialmente humana. Daí, a importância das humanidades, cujo foco de estudo são as relações sociais, políticas, culturais e econômicas dos seres humanos.

O objeto de estudo das humanidades é imensamente intricado. Afinal – e aqui lanço mão de uma analogia –, diferentemente das ciências ditas exatas, os ‘átomos’ sociais – as pessoas – têm vontade própria. Portanto, entender e analisar os fenômenos sociais estão entre as tarefas científicas mais complexas e, assim, trabalhosas.

Os resultados das pesquisas em humanidades são, assim como os das outras duas grandes áreas da ciência, essenciais para uma nação – principalmente, para um país como o Brasil, que busca lugar entre as nações desenvolvidas.

Informação, filosofia, sociologia, linguística, antropologia, museologia, arquivologia, comunicação, direito, história, história da ciência... Colegas desta Casa, eu afirmo, com toda a certeza, que o valor desses campos do conhecimento para um país não pode ser classificado com um adjetivo menos enfático do que indispensável. A razão é simples: isso nos define como povo, como nação.

Vou além: os resultados e produtos que brotam das pesquisas nessas áreas são ferramenta poderosa de geopolítica e diplomacia, pois dão ao Brasil identidade no cenário mundial.

Três Unidades de Pesquisa do MCTI atuam em humanidades. Mais uma vez, faço jus e cito-as nominalmente, pois é nosso dever parlamentar conhecê-las: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Museu de Astronomia e Ciências Afins e, volto a repetir aqui, o Museu Goeldi.

Arrisco dizer que a maioria das senadoras e dos senadores desta Casa tem um título em humanidades. Portanto, para essas pessoas, o caminho até aqui foi pavimentado pelo cabedal de conhecimento adquirido nessa área. E é com a ajuda dele que estamos aqui, tentando tornar este país mais rico e justo.

Das instituições citadas hoje aqui, têm saído profissionais altamente gabaritados e conhecimento que, tão importante como fazer progredir o Brasil, nos ajuda a entender mais profundamente nossa cultura e nossa nação – e nós, como seres humanos. O valor disso é, simplesmente, inestimável. Obrigado.

UPS/OSS: ENCERRAMENTO

Caras Senadoras, Caros Senadores, tive a chance de apresentar aqui, nesta tribuna, ao longo de uma série de pronunciamentos, o valor da ciência para qualquer nação que busca bem-estar e riqueza para seu povo. Também ressaltei a importância de um país fomentar as três grandes áreas – exatas, biológicas e humanas –, pois o conhecimento, hoje, é essencialmente interdisciplinar.

Enfatizei a grande contribuição que as Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o MCTI, têm dado para o desenvolvimento sustentável, geopolítica, riqueza e imagem do Brasil, bem como para o bem-estar de nossa população.

A cultura material e imaterial que essas instituições têm gerado para nosso país é inestimável, certamente. E é igualmente importante o fato de elas formarem recursos humanos altamente qualificados para a academia, o governo e o setor privado deste país.

Repito: essas contribuições estão entre os mais altos valores que uma nação pode aspirar.

No entanto, nos preocupa profundamente pensar que, neste momento, elas enfrentam dificuldades sérias que as põem em situação crítica, por causa dos cortes orçamentários e da necessidade urgente de reposição de pessoal.

Não é possível, colegas parlamentares, construir, hoje, um projeto de nação sem que nele esteja incluída, de forma incisiva, a mais importante cultura dos últimos 100 anos, a ciência.

Nos últimos 80 anos, desde o fim da Segunda Guerra, não foi o desenvolvimento que permitiu às nações fazer ciência de fronteira; foi, sim, a ciência de fronteira que as tornou desenvolvidas. Os beneficiários? As populações de cada um desses países.

Então, devemos nos perguntar: queremos, para o povo brasileiro, bem-estar e riqueza, como as que tem a população das nações desenvolvidas? Se a resposta for sim – e acho que devemos optar aqui por um fervoroso sim –, o caminho rumo a esses propósitos é claro: fazer ciência de qualidade.

Justamente o que as Unidades de Pesquisa e as Organizações Sociais do MCTI vêm fazendo. Mas elas podem – e devem – ir além.

Portanto, é nosso dever cívico, como parlamentares, não só atentar para as extremas dificuldades que essas valorosas instituições enfrentam neste momento, mas também tentar, com nosso trabalho, aqui no Senado, saná-las com a maior brevidade possível. Obrigado mais uma vez.

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