
17 minute read
Minhas impressões
O estúdio de artes de Elisa – onde ela fazia seus desenhos, suas colagens e aquarelas – ficava no térreo, em quartinho pelo qual se entrava pela lavanderia – casa oficial de Play. Zeca tinha passe livre pela casa, inclusive com direito a noites dividindo a cama com o casal, apesar de seus quase 60 kg e pelagem que dá a ele ares de um ‘urso simpático’.
Joca (in memoriam) passava o dia na gaiola, fazendo ‘comentários’ sobre fatos diversos; e Cecília Beatriz, medrosa, sempre que possível, no colo de Elisa. Margarida, no jardim.
Advertisement
Gostaria de começar este tópico – ainda que a ordem dos temas a seguir seja aleatória – com uma das marcas mais características de Shellard: seu bom humor. Ele o exercia de modo agradável e leve. E não perdia a chance de usá-lo para descontrair o ambiente – muitas vezes, rindo de si mesmo, o que, para mim, sempre foi sinal de inteligência.
Lá por volta dos 65 anos, quando a barriga começou a crescer (para frente) com mais ímpeto – de costas, ela não aparecia –, suas roupas passaram a ser doadas religiosamente para mim, por Elisa. Os botões das camisas já não fechavam, e as camisetas começaram a não cobrir o cinto da calça. Em certo momento, meu armário ficou tomado pela ‘grife Shellard’. Tínhamos praticamente a mesma altura.
Quando ele me via com uma de suas camisas, dizia: “Você tem bom gosto para se vestir”. Nas conversas informais com colegas, costumava dizer: “Acho que minha mulher está me engordando só para dar as roupas para o ‘Ricardão’ dela” – no caso, eu. Por sinal, várias vezes, ele me apresentava assim para colegas.
Ríamos muito frente ao constrangimento causado em interlocutores que não entendiam bem o contexto da piada. O adjetivo pegou, e Elisa engatou na brincadeira. Eu sempre acrescentava que a ‘função’ era exercida “com carteira assinada, férias, fundo de garantia e 13º salário, como exigia o sindicato da categoria”.
Uma das passagens mais engraçadas em relação a esse epíteto foi quando Elisa e eu terminamos uma corrida de 10 km no Rio, no aterro do Flamengo. Fizemos várias, e Shellard sempre nos levava de carro e esperava na chegada, tomando uma cerveja em alguma barriquinha. Elisa me apresentou a uma amiga como “Este é o meu Ricardão”. Resposta (séria) da interlocutora: “Poxa, Elisa, você tem marido e Ricardão, e eu não tenho nenhum dos dois. Não é justo”.
Voltamos para casa quase chorando de rir, depois de contar a passagem para nosso ‘motorista oficial’, que sempre prometeu se juntar a nós dois em tal prática esportiva. Ele só precisaria “emagrecer um pouquinho”. Nunca cumpriu a promessa de retomar a atividade física que ele praticou com assiduidade até a idade madura.
Shellard sempre trabalhou muito – o que, às vezes, lhe tirava convívio com a família. Costumava dormir cedo, acordar lá pelas 4h da manhã e trabalhar até as 6h. Depois, voltava para cama, para soneca de meia-hora.
Por volta das sete, já estava passeando pela Urca com os cachorros – principalmente, Zeca, seu companheiro mais próximo. Nós nos encontrávamos com frequência – eu com a minha querida Elvira-Lata, de poucos amigos humanos e caninos – e aproveitávamos para discutir trabalho, planos, comentar as notícias do dia ou só bater papo.
Lembro-me bem de um desses encontros. Foi na manhã seguinte ao assassinato da socióloga e vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco, em 14 de março de 2018. Estávamos ambos chocados, pois considerávamos o ato ataque à democracia e tentativa de calar críticas feitas às forças paramilitares que agem abertamente no estado fluminense.
Decidimos que o CBPF deveria fazer uma carta aberta, para ser amplamente divulgada. Fomos cedo para o trabalho e a redigimos. Para Shellard, era dever da comunidade científica se manifestar em horas assim.
Arrisco dizer que Shellard sempre se deu conta de que não seria bom teórico. Creio que um dos motivos foi o fato de essa atividade ser feita, geralmente, de modo mais isolado ou em pequenos grupos. Ele adorava interagir. As colaborações internacionais deram, a meu ver, essa chance a ele. Certa vez, desculpou-se com um de seus orientados por ter sido o “desorientador” dele. Com outro, com o qual havia tido desentendimentos décadas antes, retomou amizade, que perdurou até sua morte.
Como era de se esperar, suas duas gestões como diretor do CBPF lhe roubaram tempo considerável dos projetos em que estava envolvido. “Sua sala parece um confessionário. É preciso ter paciência de Jó”, eu dizia. Mas ele adorava ser gestor. Ele adorava o que fazia.
No CBPF, ele administrava bem os problemas – ou, pelo menos, boa parte deles. Nunca o vi ser deselegante com ninguém – quanto mais humilde, maior o respeito. Não era de falar palavrões para se referir a outras pessoas – mas ouvi vários em relação a ele, de críticos. Nunca o vi nervoso, com raiva.
O maior atrito que presenciei no CBPF em sua gestão foi em relação às verbas da Rede Nacional de Física de Altas Energias (Renafae). O CBPF e a Renafae haviam conseguido verbas em Brasília de, se não me engano, emendas parlamentares. Em certo momento, surgiu dúvida sobre o quanto deveria ir para cada um. Como jornalista, devo dizer que os argumentos eram procedentes dos dois lados. Depois de algum enfrentamento (por vezes, duro) entre as partes, a maior monta ficou com o CBPF. Mas isso lhe causou inimizades.
Shellard sempre manteve relação cordial com os ministros de Ciência, Tecnologia e Inovações que passaram por suas duas gestões. Mais com uns do que outros. Alguns o chamavam para pedir aconselhamento sobre temas gerais da ciência brasileira – cheguei a presenciar algumas dessas chamadas.
Em 2013, Shellard se viu diante de dificuldades para a liberação de verbas estatais para a realização do ICRC. Diante desses entraves, tomou medida extrema: foi ao banco e pediu empréstimo de monta, que pagou ao longo de anos. Chegou a me dizer: “É um absurdo o que fiz, mas sem isso não se consegue fazer ciência decentemente neste país”.
Sua cultura ia bem além da física. Por exemplo, no casamento da filha Alexia, leu parte do poema Wasteland, de T. S. Eliot. Entre outras revistas e periódicos, assinava a The Economist – que tem seção de ciência de alta qualidade – e o The New York Review of Books, que, para mim, é uma das melhores publicações sobre cultura da atualidade.
Eu herdava os exemplares antigos das duas publicações, que lia com o maior prazer. Ele também gostava de comprar, aos montes, livros em papel. Nos últimos anos, aderiu às versões eletrônicas – talvez, pela falta de espaço em sua biblioteca.
Descuidou-se da saúde nos últimos anos. Engordou muito e passou a ter dificuldade para caminhar – ciático, acredito. Contratou treinadora pessoal, para, principalmente, alongar a musculatura. Não durou muito, segundo Elisa. Certa vez, me explicou que havia iniciado programa próprio de dieta: perderia cerca de 150 gramas por semana. Também não funcionou. Seu ‘treinamento’, dizia, era caminhar com o Zeca todas as manhãs.
Quando os tempos estavam tensos na administração no CBPF, optava por chegar em casa e “tomar uma talagada de uísque”, seu ansiolítico para momentos difíceis. Quando soube de sua doença, contou apenas para quatro pessoas – eu, honrado em dizer, fui uma delas. Fiquei triste e preocupado, mas, no momento, não imaginei o desfecho.
Ele criticava, ainda que à boca miúda, colegas que punham a ideologia política à frente
tanto do CBPF quanto da ciência, bem como aqueles que se achavam mais importantes do que eram cientificamente. Ele sabia que ciência era empreitada coletiva.
Para ele, o Brasil, para fazer ciência de fronteira (pelo menos, a experimental), tinha que participar de grandes projetos internacionais. Em nossas conversas no fim de tarde, lamentávamos a pífia ‘geopolítica científica’ do Brasil, ou seja, a representação do país em organismos mundiais ligados à ciência. Para nós, o país seguia provinciano nesse respeito.
Shellard tinha consciência disso e, sempre que possível, tentava fazer com que o Brasil – entenda-se, ele ou colegas – ocupasse cargos de liderança em colaborações internacionais. Foi o caso dele no Auger, por exemplo, na Rede de Telescópios Cherenkov (CTA) e, mais recentemente, no Observatório Austral de Campo Amplo para Raios Gama (SWGO).
Diferentemente de colegas, Shellard gostava de ver continuidade entre os trabalhos de Lattes na década de 1940, a Colaboração Brasil Japão, no início da década de 1960, e o Auger, que deu os primeiros passos em 1995.
Shellard, às vezes, era muito direto em suas críticas – e isso era visto como sinal de certa empáfia. Foi o caso de seu tempo como editor de exatas na CH. Fazia análises incisivas às edições da revista, e estas, por vezes, eram entendidas como pessoais.
Shellard não era consenso. Foi muito criticado – como alerta, fica o dito popular “Desconfie de pessoas sem inimigos”. Mas, até onde sei, nunca levou as críticas para o lado pessoal. Certa vez, escutei de um ex-diretor do CBPF algo nessa linha – reproduzo mais a ideia do que as palavras exatas: “Pode criticá-lo o quanto você quiser que ele não guardará rancores”. Acredito que isso seja boa percepção de como Shellard era.
Gostava de viajar – e era muito prático para isso. Mala pequena e mochila, com notebook e apetrechos – parte deles, canetinhas coloridas que ele adorava colecionar. Ele as mantinha em um copo de cerâmica feito por Elisa, que ele afastava de mim quando eu me sentava à mesa dele, porque dizia que eu as queria ‘furtar’.
Eu costumava brincar com a secretária dele no CBPF, Cláudia Vanise, dizendo: “Esconde aí esse PTA [passagem aérea] dele; caso contrário, ele embarca, até mesmo se for para Muzambinho” – com todo o respeito pelos habitantes da cidade mineira.
Era vaidoso. Penso que gostaria de ser lembrado só pelas boas coisas que fez. Mas não se sentia importante. Conhecia a lição ensinada pela física experimental de altas energias: cada um põe um tijolo. Penso que sabia que os tempos em que um só cientista construía ‘catedrais’ haviam ficado no passado, como fez Einstein com sua teoria da relatividade geral, em 1915.
Não fazia drama, mas também não gostava de lidar com eles – nem os profissionais, nem os familiares. Talvez, fugisse deles. No período de sua doença, Elisa, depois de muito insistir, criou grupo de WhatsApp para atualizar a família sobre o desenvolvimento do quadro. Shellard, segundo ela, também membro, sempre minimizava os problemas, a ponto de ser convidado para se retirar do grupo. Fez isso com mensagem assinada “Shellard Poliana”.
Naquele um ano da doença, o escutei reclamar apenas uma vez, dizendo estar se sentido meio baqueado com uma das sessões de quimioterapia. Só isso. No restante, a resposta era padrão: “Está tudo bem”. Elisa o obrigava a ir para a casa da família em Petrópolis, para afastá-lo do trabalho. Não adiantava. Às vezes, ele me ligava e ficávamos por horas conversando, madrugada adentro.
Tinha muito jeito com crianças, a ponto de ser denominado por uma das filhas “líder estudantil da garotada”. Adorava reunir grupo de pimpolhos e comandá-los, em aventuras a pé ou motorizadas. Certa vez, alugou Kombi, para caber a meninada e familiares.
Numa das incursões florestais, bancou o ‘pai herói’, ao salvar a boneca da filha Alexia que havia caído nas águas algo tormentosas de um rio. Imagem semelhante ficou em Carlos,
para quem o pai juntava o mundo “das ideias e ações”, à la Indiana Jones, ou seja, intelectual e aventureiro – o gosto de história do filho veio dos ‘questionários’ (tipo “o que foi a guerra do Peloponeso?”) que Shellard preparava para distrair o garoto de menos de 10 anos nas viagens longas de carro.
Muitos os chamavam Ronnie; outros, Ronald; para mim, sempre foi Shellard – e seguirá sendo. Em momentos da redação deste capítulo, eu, várias vezes, inconscientemente, pensei em enviar este texto para ele, para checar as informações...
Sua presença ainda se faz marcante para mim.
A esta altura, vale esclarecer questão sobre a qual muitos se perguntarão. Por que este livro sobre ele? A resposta pode ser: Shellard sempre quis um Brasil com ciência; um país em que ciência fosse política de Estado; uma nação em que a pesquisa científica estivesse involucrada intimamente com a resolução de grandes problemas nacionais, como violência, saneamento básico, urbanização irregular, transportes, fome, desigualdade etc.
Muitos pensam assim. Mas poucos, como ele, agiram nesse sentido. E isso requer política, que ele praticou.
Ele sempre repetiu que a herança da escravidão era fortíssima no Rio de Janeiro, cidade que, para ele, ainda se dividia em ‘Casa Grande’ e ‘Senzala’. Dizia que grande parte dos problemas do Brasil decorria da mentalidade escravagista, nunca superada.
Mas, para mim, a resposta extrapola o âmbito do cientista. Por isso, termino estas impressões com as palavras que escrevi em um portal, poucos dias depois de sua morte:
"Podia dizer muitas coisas boas sobre esse amigo de longa data. Apaixonado pela física experimental; batalhador incansável pela ciência no Brasil; ótimo chefe; paciente; educado; fiel; engraçado; justo; culto; protetor dos mais humildes; amante dos animais (principalmente, dos cachorros); ótimo pai; ótimo marido; ótimo avô...
Mas a maior homenagem que posso fazer a ele neste momento é dizer que ele foi uma das pessoas mais generosas que conheci na vida. Generosidade é matéria raríssima. Mas ele a tinha a qualquer momento, sempre em excesso. Ele me ajudou muito, e eu nunca vou me esquecer disso.
Para mim, ele foi o que mais alto podemos almejar na vida: ser uma boa pessoa. O restante são detalhes.
Vou sentir sua falta, amigo.”
Já nos estádios finais da doença, disse a Elisa: “Tive uma vida ótima; sempre fiz o que quis; tive filhos ótimos; e uma mulher ótima; fui feliz”.
Neste mundo tresloucado, ele foi tudo isso. E muito generoso. Certamente, não é pouco.
AGRADECIMENTOS_Maria Elisa Shellard, Dora Shellard Corrêa, Sofia Nicoletti Shellard, Carlos Andreas de Araújo Shellard, Alexia Helena de Araújo Shellard, P. Q. Hung (Universidade da Virgínia, EUA), José Roberto Bonilha (AT&T), João dos Anjos (CBPF), Bianca Encarnação (Instituto Ciência Hoje), Ulisses Barres (CBPF), Adriano Natale (IFT/Unesp), Cláudia Vanise (CBPF), Carla Lustoza (CBPF), Márcia Cristina Ferreira Aguiar (CBPF).


1. Shellard (à esquerda) com irmãos
2. Shellard (à direita) com pais e irmãos
3. Shellard provavelmente na década de 1960
4. Foto da tela da reunião virtual em que ficou decidida a elaboração deste livro em homenagem a Shellard
5. Primeiro 'Bar do Shellard' presencial, em homenagem ao ex-diretor do CBPF; o evento, que, até então, ocorria virtualmente, com os diretores das unidades de pesquisa degustando suas bebidas favoritas, se deu na casa de Shellard e Elisa, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro (RJ)



2 3

1. Elisa e Shellard
2. Shellard (à frente) com familiares em casa de campo
3. Shellard 'dialogando' com o pastor bernese Zeca
4. Shellard e um de seus cães, Tim
5. Shellard e Joca

6.Shellard (atrás) com irmãos e cunhados de Elisa (roupa escura)
7. Shellard (à esquerda.) com irmãos
8.Filhos de Shellard; Alexia e seu filho Tito (à esquerda), Sofia e Carlos
9. Shellard com a sogra Margarida, o neto Davi e o pastor bernese Zeca




4 2

5

8


1. Shellard no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares em 2010
2. Shellard (quinto, da esquerda para direita) em visita ao experimento Lhaaso (China)
3. Shellard (segundo da direita para a esquerda na mesa) em evento sobre física de partículas no Vietnã
4. Shellard (à direita) em visita ao experimento Lhaaso, na China
5. Shellard (à esquerda) e o físico experimental português Mário Pimenta
6. Diploma de reconhecimento pelos serviços prestados à ciência no Brasil
7. Shellard em palestra na Itália
8. Shellard tomando posse como membro da Academia Brasileira de Ciências
2

6



3 2



4
7
1. Shellard, assinando a posse como diretor do CBPF

2. Shellard (ao centro, com gravata escura) formando mesa com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, ex-diretores do CBPF e autoridades

3. Shellard (à esquerda) com Celso Pansera, então ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações.

4. Termo de posse de Shellard como diretor do CBPF
5. Shellard (à esquerda) com diretores de unidades de pesquisa do MCTI, colegas pessquisadore e servidores do CBPF


1. Shellard (ao centro, de óculos) no evento comemorativo dos 70 anos do CBPF; ao microfone, o físico experimental Ricardo Galvão, ex-diretor do CBPF

2. Shellard (centro) com o engenheiro e investidor Guy Perelmuter (à esquerda) e Armand Perelmuter
3. Shellard (à direita) e Amós Troper, ex-diretor do CBPF

4. Shellard (à esquerda) cumprimentando o pesquisador do CBPF Ivan dos Santos Oliveira Júnior
5. Shellard (quarto, da esquerda para a direita) e colegas diretores das unidades de pesquisa do MCTI

6. Shellard (à direita) com o fisico Antônio César Olinto de Oliveira, ex-diretor do CBPF
7. Presente dado aos homenageados no evento de 70 anos do CBPF

8. Shellard (à direita) e o matemático Lindolpho de Carvalho Dias
9. Shellard (à direita), a servidora do CBPF Zélia Quadros e o pesquisador emérito do CBPF Alfredo Marques
10. Shellard (à direita), com o tecnologista Márcio Portes de Albuquerque, atual diretor do CBPF, e Cláudia Vanise, secretária e assessora de Shellard
7

2


5


9

1. Shellard (centro) na inauguração do mural Grafite da Ciência; da esquerda para a direita, o repórter da TV Globo Álvaro Pereira Júnior, o engenheiro e investidor Guy Perelmuter, a química Joana D'Arc Félix de Sousa e a professora de física Elika Takimoto
2. Shellard 'conversando' com a estátua de Einstein em Sobral (CE)
3. Mosaico do mural Grafite da Ciência, que ocupa a totalidade de um dos muros externos do CBPF; considerada a maior manifestação artística do mundo dedicada integralmente à ciência e tecnologia, o mural foi idealizado pelo tecnologista Márcio Portes de Albuquerque, atual diretor do CBPF




1 2


