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Empresas francesas comprometidas com o desenvolvimento de Moçambique
Em termos de comércio bilateral, a França exporta para Moçambique bens intermediários enquanto importa essencialmente produtos primários da indústria extractiva.
O valor do comércio externo entre os dois Países tem um forte potencial de crescimento: em 2022, este valor fixou-se em 137 milhões USD (-21% comparativamente a 2021), com as exportações francesas representando 46 milhões USD (contra 109 milhões USD em 2021).
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A França exportou essencialmente material elétrico (31%), máquinas e equipamentos de uso geral (12%); materiais de construção e produtos minerais (8%), artigos de vestuário (6%), instrumentos médicos (5%), equipamentos electro-médicos de diagnóstico e tratamento (3%) e equipamentos de comunicação (2,6%). No mesmo período, as importações representaram 91 milhões de USD, (65 milhões de USD em 2021). As importações francesas originárias de Moçambique estão concentradas em duas categorias de produtos, nomeadamente artigos de joalharia e instrumentos musicais (48%) e metais ferrosos (39%).
Para além do comércio bilateral, tem crescido também a presença de empresas e marcas francesas em Moçambique.
A entrada em 2019 da petrolífera TotalEnergies na liderança do Projecto Mozambique LNG demonstra o interesse da França pelo desenvolvimento de Moçambique.
Também no sector de hidrocarbonetos, a empresa Technip Energies fornece serviços de engenharia para o projecto de exploração de gás natural Coral
Economia
Sul, enquanto a Schlumberger tem prestado consultoria geológica. Mais recentemente a TotalEnergies expandiu a sua rede de venda de combustíveis e lubrificantes a retalho, passando a cobrir todo o País com 82 estações de serviço, enquanto a sua subsidiária Samcol entrou no negócio armazenamento de combustíveis em Moçambique.
De grande impacto são também os investimentos na electrificação de Moçambique e na edificação de novas fontes de energias limpas, como o projecto fotovoltaico que está a ser implementado pela empre- sa Neoen em Metoro. Ainda neste sector, a Vinci Energies, tem realizado vários projectos de instalação de redes eléctricas de grande envergadura, como foi o do Banco de Moçambique.
Em Maio último um consórcio liderado pela Eletricidade de França e que integra a TotalEnergies foi o escolhido para liderar o projeto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, que será a segunda maior hidroelétrica de Moçambique, e irá reforçar o posicionamento de Moçambique como polo energético da África Austral.