Akadémicos 15

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TAK A Unidade de Ensino à Distância (UED) é uma novidade no IPL e está em funcionamento desde Agosto de 2006. Tem como objectivos a conquista de novos públicos e a exploração de uma nova forma de ensino, o e-learning. A grande ambição é a criação de cursos de graduação numa modalidade à distância.

PEDRO SANTOS

Está a dar

Tomografia Axial Komputorizada

Película de vida PEDRO SANTOS

IPL ensina à distância

MÍRIAM GIL

A funcionar nas antigas instalações da Escola Superior de Enfermagem, a UED assume-se como uma unidade orgânica do IPL, que tem por objectivo coordenar todas as actividades ligadas ao ensinoon-line. Segundo Rogério Costa, director da UED, são duas as grandes finalidades: "complementar o ensino presencial e criar cursos exclusivamente à distância". Enquanto apoio aos cursos a decorrer nas escolas do instituto, a UED responsabiliza-se pela "disponibilização na Internet dos conteúdos das cadeiras", afirma o director. Além disso, no próximo ano espera oferecer, numa perspectiva à distância, algumas disciplinas presentes nos planos curriculares dos cursos presenciais do IPL. Assim, o aluno pode optar entre "frequentar uma cadeira no ensino tradicional ou numa outra modalidade disponível através da Internet", explica Rogério Costa. Mas a grande novidade é a aposta numa vertente que consiste em desenvolver cursos só à distância. Desde Agosto de 2006 que o núcleo de suporte da

unidade, constituído por sete pessoas, está a trabalhar na preparação dos cursos que devem arrancar ainda este ano: Empreendedorismo e Língua Portuguesa para Estrangeiros. Segundo o director, "esta é uma fase experimental em que a UED tenta encontrar o seu modelo, por isso, alunos finalistas e antigos alunos são os grandes destinatários". No entanto, num prazo de três anos a unidade espera oferecer cursos de graduação: "o objectivo é criar cursos de licenciatura ou de pós-graduação numa perspectiva à distância. Essa é a nossa grande meta. Se forem bem formatadas e bem divulgadas, essas graduações poderão chegar a outros países, outros povos. Com o e-learning as barreiras do espaço e do tempo ficam diluídas e ultrapassadas". De modo a facilitar a sua própria aprendizagem, a UED criou protocolos com duas universidade estrangeiras: a Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), no Brasil, e a Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), em Espanha. "A UNISUL dis-

ponibiliza uma pessoa que está aqui connosco e que nos apoia na formatação dos conteúdos e dos próprios cursos. Já com a UNED vamos trabalhar numa perspectiva à distância e o apoio vai ser ao nível da formação de tutores", salienta o director. Apesar de contar com um núcleo que se responsabiliza pela "preparação dos materiais numa perspectiva didáctico-pedagógica, a unidade não funciona sem os docentes das várias escolas do IPL". Eles vão ser os tutores que vão acompanhar os futuros alunos. No entanto, "um tutor à distância tem de ser primeiro aluno à distância e é nesse aspecto que a UNED nos vai auxiliar", assegura Rogério Costa. A unidade espera que o curso de Empreendedorismo esteja preparado para arrancar em Maio. Os custos de inscrição serão conhecidos em Abril, mês em que começará a ser disponibilizada informação sobre este primeiro curso na página Internet do IPL.

Antigamente, era uma vinha. Hoje é o renovado teatro, que homenageia o comendador que o financiou e que lhe dá nome – José Lúcio da Silva. É no "novo" espaço cultural da cidade que Eduardo Silva é projeccionista. E quem melhor do que alguém que aí trabalhou toda a vida para destacar neste TAK? Desde os 17 anos que os seus dias são passados entre as películas e os milhares de filmes que projectou. E, até hoje, mesmo depois de reformado, "dá uma perninha" no Teatro José Lúcio da Silva. A sua principal função é trabalhar com as máquinas e projectar os filmes, mas não se pense que é tarefa fácil. Houve vezes em que a luz falhou ou as máquinas avariaram e as sessões foram interrompidas, pelo que as pessoas tiveram que sair da sala. Hoje, as capacidades tecnológicas são outras. As películas já não partem e, como diz Eduardo Silva, o cine-teatro tem “todos os formatos de som que existem". Começou como ajudante de projeccionista no antigo Teatro Dona Maria Pia, que se situava no espaço que hoje tão bem conhecemos: a Fonte Luminosa. Mais tarde, e como se projectava um novo cinema para Leiria, foi transferido para a Praça Paulo VI, e funcionava em instalações provisórias conhecidas como "Barracão". Até à construção do novo teatro, Eduardo Silva foi progredindo e tornou-se projeccionista. “A inauguração foi uma festa para o povo de Leiria, ainda para mais porque esteve cá o Presidente da República, que, na altura, era o Almirante Américo Tomás. No princípio passávamos quase um filme por dia, ao longo do ano chegavam a ser quase 200 filmes", recorda. Hoje, já na nova e mais pequena cabina de projecção, Eduardo Silva fala com orgulho das novas obras. "Faziam muita falta. Havia aí muito espaço mal aproveitado e agora está muito mais funcional." Apesar da sétima arte fazer parte da sua vida, não gosta de ver cinema na televisão. "O ecrã é muito pequeno, justifica".

Akadémicos« JORNAL DE LEIRIA 22.02.2007

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