AIRHEAD MAGAZINE- Março 2015

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airhead ยบ


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SUMARIO página 3

Gucci Ready To Wear F/W 2015....................

página 4

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~ Introducao.................................................................... por: Ana Strapazon

por: Ana Strapazon

Grande Hotel Budapeste....................................

página 6

California Dreaming ..............................................

página 8

Guia Lollapalooza ...................................................

página 16

por: Luiza Müller

fotos: Lara Emerich

por: Manoela Morel// foto: Manoela Morel

Resenhas musicais ...................................................

página 18

Playlist+ Lancamentos.............................................

página 20

por: Manoela Morel

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Introdução O que fazer quando se quer ler uma revista, mas não quer ver a cara da boyband do momento ou dicas de moda que ninguém consegue colocar no guarda-roupa? Em uma conversa um tanto revoltada em uma madrugada qualquer, nós criamos a Airhead, uma revista online voltada para o público alternativo. Algumas das matérias que você vai encontrar por aqui são resenhas de discos de muitos artistas independentes, filmes que ninguém menciona, lugares que você provavelmente nunca ouviu falar, além dos nossos editoriais que, a cada edição, virão com um conceito totalmente novo. A nossa equipe consiste na Manoela Morel, responsável pelas matérias musicais e pelo layout da revista em geral; da Ana Strapazon, responsável pela sessão de indicações dos lugares mais legais de São Paulo e de moda; na Luiza Müller, que é responsável pela parte cinematográfica e por último, mas não menos importante, na Lara Emerich, nossa fotógrafa. (Você pode conferir mais sobre nós em www.airheadmag.com.br/p/sobre-nos.html) A Airhead é uma revista feita por jovens, destinada à jovens. Se você é do tipo que mantêm fortes opiniões e gostos diferentes e exóticos apesar de se diferir da opinião das pessoas, em geral, sabemos exatamente como você se sente e fazemos questão de dedicar uma página em nossa primeira edição para dizer: parabéns. A Airhead chegou e foi feita para você.


Ready to wear fall/winter- 2015


A coleção de outono-inverno da Gucci realmente impressionou. A inspiração vem dos anos 70, seguindo até a paleta de cores tão notável. Tons terrosos roubaram a cena, vindo acompanhados de vermelhos e da clássica e monocromática combinação de preto e branco. Essa é a primeira nota a se tomar; essa paleta provavelmente vai invadir os guarda-roupas. Já em termos de modelos, a moda social foi a grande vencedora. Muita calça social, mas com uma cara um pouco mais casual, que veio com as cores. As camisas combinadas com ternos também tiveram seu lugar. É o tipo de roupa que é extremamente versátil, cabendo no escritório, pro café no fim da tarde e para a festa que vai rolar à noite. Os tecidos completam esse coquetel. Os tecidos foram muito variados, passando pelo veludo até a lã fria, que eu acredito ser o tecido dos ternos. A transparência também foi recorrente, que inclusive veio combinada com o veludo em um dos manequins escolhidos. As peles infelizmente não foram falsas, mas pro dia-adia podemos dar preferência para peles sintéticas. A moda foi bem unissex, então todas as observações servem para os homens também! Essa coleção me agradou em basicamente todos os modos possíveis (tirando as peles!). Já conseguimos encontrar alguns modelos mais 70’s nas lojas, talvez com essa coleção a variedade aumente.


O Grande Hotel Budapeste


Wes Anderson traz um filme em que qualuqer cena poderia ser recortada e emoldurada em um quadro. O filme se trata das aventuras de Monsieur Gustave (Ralph Fiennes), gerentedo Grande Hotel Budapeste e seu ajudante, Zero (Tony Revolori). Após uma das amigas íntimas de Gustave falece e o deixa como herança um quadro valioso, Gustave e Zero começam uma jornada para manter a pintura longe das mãos do filho da falecida amiga, Dmitri (Adrien Brody). Assim como os outros filmes do diretor, a paleta de cores é bem definida e, na minha opinião, dá uma sensação de leveza até nas cenas mais dramáticas. A fotografia me causa uma genuína alegria, já que os enquadramentos de cena dos filmes de Wes Anderson não poderiam ser melhores. Assistir O Grande Hotel Budapeste é, se não uma aventura, um doce passeio por uma história divertida e com roteiro bem escrito, deixando o filme marcante e intrigante. Os detalhes do filme, como as lindas caixas da loja de doces Mendel’s, por exemplo, fazem toda a diferença, sendo mostrados quase como um gesto de carinho do diretor à sua obra. A parte de figurino e maquiagem, ambos ganhadores de Oscar, já poderiam ser bons motivos para assistir ao filme. As roupas de Agatha (Saroise Ronan), namorada de Zero, são lindas e delicadas, acompanhadas por um cabelo trançado e uma corrente de chaves em volta de seu pescoço. Zero, por sua vez, usa um macacão roxo e chapéu escrito “Lobby Boy”, além de seu bigode feito de canetinha.Fora isso, a atriz Tilda Swinton ficou irreconhecível em sua personagem Madame D., mostrando um trabalho de maquiagem muito bem feito. O filme ainda conta com grandes nomes como Owen Wilson, Bill Murray, Jude Law, Willem Dafoe, Jason Schwartzman, F. Murray Abraham e Léa Seydoux. A atuação de todo o elenco é cómica e os personagens são bem escritos e muito interessantes. Um filme incrível, sendo marcante por seu estilo diferenciado. É também um dos trabalhos mais ilustres de Wes Anderson. Sinto que esse filme agradaria a quem focasse os olhos na tela, desde crianças mais novas até os mais velhos. Não há quem escape da obra de arte que é O Grande Hotel Budapeste.


California Dreaming









: LOLLAPALOOZA ^ TUDO QUE VOCE PRECISA SABER

Desde o ano passado o Lollapalooza acontece no Autódromo de Interlagos. Os palcos do Lollapalooza (são 5 no total!) ficam de 10 a 15 minutos de distância, caminhando, um do outro, então fique ligado nos horários dos shows que quer assistir para não perder nada! Mapas com a localização dos palcos são entregues na entrada. Quanto a chegar e sair do Autódromo, você pode utilizar a linha 9Esmeralda da CPTM, ou pegar um dos diversos ônibus que passam por lá. Caso queira ir de carro, a Tickets for Fun, responsável pelas vendas dos ingressos, possibilita também um serviço de estacionamento. Esse geralmente esgota rápido, então confira no site da empresa se ainda disponível. Ir de taxi também vale!

Minha maior dúvida quanto ao meu primeiro Lollapalooza foi o que vestir em um festival. Costumamos ver na internet fotos de celebridades em festivais gringos usando saias longas, penas, chapéis e muitos acessórios. Mas lembrem-se que festivais significam passar o dia inteiro andando no sol e dançando no meio de multidões. Dispense tudo que possa enrolar, rasgar, ou te incomodar, no geral. Sempre tome cuidado com seus pertences para que não sejam roubados no meio de uma multidão. Para as meninas, o melhor é levar uma bolsa pequena, para não ter que ficar se preocupando muito. Levar uma mochila é prático e caberá tudo que você precisar levar. Se conseguir colocar todos seus pertences nos bolsos, ótimo. A melhor pedida é usar roupas frescas e levar um casaco na mochila caso esfrie no fim do dia. Nos pés, aposte em tênis ou outros sapatos que você julgue confortáveis para andar bastante.


Só leve o essencial ao festival. Chapéus ou bonés e óculos de sol são importantes para se proteger do sol, assim como proteor solar. Não é permitido a entrada com câmeras profissionais, então o jeito é fotografar com o celular ou câmeras digitais portáteis. Levar uma canga também é uma boa pedida, para poder sentar no gramado sem se preocupar. Caso a previsão do tempo indique possibilidade de chuva, é interessante levar uma capa de chuva. E, claro, não esqueça dinheiro e documentos (lembrando que, ao comprar ingresso de meia-entrada será obrigatório apresentar a carteirinha de estudante na entrada ao Autódromo).Como é comum nesse tipo de evento, não é permitida a entrada com alimentos que não estejam lacrados. Revistas e jornais, fogos de artifício, bandeiras com mastro assim como latas ou qualquer material de vidro ou metal pontiagudos ou cortantes também serão barrados na entrada ao festival. Para a lista completa, acesse o site oficial do Lollapalooza.

O único alimento cuja entrada é permitida no festival são barras de cereais, portanto você vai ter que comprar comidas e bebidas nas opções de alimentação dentro do Autódromo. O Chef Stage foi criado no Lollapalooza do ano passado e tem grande variedade de comidas, desde o básico cheeseburguer até risoto, nhoque e yakisoba. Os preços não costumam ser baratos, então vá preparado. Os preços dos produtos esse ano ainda não foram divulgados mas, para vocês terem uma idéia de quanto dinheiro levar, posso adiantar que ano passado os pratos mais elaborados (o yakisoba, por exemplo) custava R$15. Uma cerveja, em 2014, custava R$6.


HAPPY PEOPLE, by PEACE Columbia Records

Para quem já conhece a banda de indie rock Peace, sabe que os ingleses fazem real jus ao nome: irradiam vibrações positivas à cada faixa. Até agora. Em comparação ao debut de 2013, “In Love”, o lançamento, além de ser melhor estruturado e mais imediato, tem como principal diferença ser um disco um tanto triste. Não deixe que “Happy People” te engane pelo título. Em faixas como “Perfect Skin”, Harisson Koiser (vocal, guitarra) faz você se sentir seu melhor amigo, ouvindo sem firulas o que é, sem sombra de dúvidas, um desabafo. O mais intrigante é que, por mais pessoais que sejam as letras, elas parecem também se associar com o próprio ouvinte, que certamente já teve um episódio de baixa auto-estima e desejou ter características físicas diferentes, tais como uma pele perfeita, um corpo mais magro ou mais alto, como cita a própria canção. Em “Happy People”, Koiser se adereça às pessoas felizes para tentar entender o segredo à uma vida mais feliz. E para quebrar a melancolia, uma melodia característica do Peace, que poderia muito bem ter saído de uma sobra de estúdio do Vampire Weekend. O disco também conta com faixas um tanto ativistas, com críticas sociais ao capitalismo (“Money”), à sociedade atual (“Gen Strange”) e, em uma das músicas mais marcantes do disco, que muda as influências dançantes para o britpop, ao machismo (“I’m A Girl”). Em “O You”, a letra deixa claro: “I’m just trying to change the world that you’re living” (em tradução livre, “Estou só tentando mudar o mundo no qual você vive”). Não podemos esquecer de “World Pleasure”, certamente a canção mais elaborada do Peace até agora que, com um quê de Primal Scream, dissimina a paz mundial enquanto troca o holofote da guitarra de Douglas Castle para o incrível baixo de Sam Koiser. Em meio a mesmíce entre incontáveis segundos albums na música indie, Peace fez seu sucessor soar fresco e, surpreendentemente, simples.


SCATTER by crushed beaks

Moshi Moshi Records

O trio de indie-pop londrino Crushed Beaks demorou três anos para lançar seu primeiro disco, mas valeu a pena a espera. “Scatter” é um disco pop, melódico e satisfatóriamente fácil de ser ouvido. Cheio de influências oitentistas, é formado por melodias simples, cativantes e despretenciosas que conseguem, ao mesmo tempo, serem um tanto barulhentas. O disco começa com “April”, faixa que poderia soar tão boa na voz de Damon Albarn nos anos 90 e segue com o single “Overgrown”, nova música favorita de qualquer fã do Best Coast, do The Aquadolls e do próprio Swim Deep.

SLURRUP by LIAM HAYES

Fat Possum Records

Liam Hayes, antigamente conhecido por seu nome artístico Plush, já estabeleceu uma reputação entre os críticos internacionais de música alternativa devido à sua ambição e perfeccionismo. Se influênciando com o rock clássico, “Slurrup” alterna entre um rock espontâneo e interludes com conversas no estúdio e até mesmo alguns barulhos estranhos. Com faixas curtas, que dificilmente ultrapassam 3 minutos, o disco deixa a sensação de “Nossa, já acabou?”. “Keys to Heaven” é a minha favorita, que me lembra inúmeros músicos dos anos 1970.

mourn by mourn

Captured

Tracks

Se tem um adjetivo que podemos usar para descrever o duo espanhol Mourn, ele seria “feroz”. Com simples faixas de garage rock raivoso adolescente, a banda se destaca por ter letras brutalmente simples. “Your Brain Is Made Of Candy” abre o disco com influências de PJ Harvey, e é seguida pela minha favorita, “Dark Issues”. Mourn faz músicas ao mesmo estilo de The Kills e do próprio The Libertines, com um vocal feminino que me lembrou Alanis Morissette. E, bem, o que mais podemos esperar de uma banda cuja primeira composição foi batizada de “Boys Are Cunts”?


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