Jornal Escolar "O Bugio" Edição de julho de 2024

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Ano XXV Nº 78

Agrupamento de Escolas de Valongo

Destaques desta Edição

Editorial

“Abril,raízes de mudança" foi o tema integrador que levou crianças e jovens a perceberem as conquistas que trouxeram as grandes mudanças na sociedade e na vida de cada um/a.

Liberdade, igualdade de oportunidades, respeito pela diferença,... dar a voz a todos e todas, ... foram valores trazidos para a vida na escola.

Foi um ano particularmente rico em experiências e vivências.

História e cultura, arte, música(s) da época foram trazidas para os eventos realizados no agrupamento.

Festejando os 50 anos do 25 de abril, fomos uma escola em que cada um e cada uma é valorizado/a na sua individualidade e na sua especificidade...

Foi garantida uma visão holística de cada aluno e cada aluna.

Cada um/a construiu a sua aprendizagem.

Fomos uma escola onde todos e todas são felizes!

Paula Sinde

Edição de julho 2024

Correu veloz, este semestre, marcado que foi por muitas iniciativas e atividades.

O tema do Agrupamento “Abril raízes de mudança” envolveu todo o Agrupamento nas comemorações dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974. Foi neste âmbito que a Rede de Bibliotecas Escolares promoveu a iniciativa “Abril depois de Abril” com o intuito de divulgar as iniciativas das escolas e agrupamentos do país. O resultado foi um mapa de Portugal coberto de cravos vermelhos onde estão assinalados os 486 agrupamentos cujas bibliotecas escolares aderiram a este desafio. https://blogue.rbe.mec.pt/asbibliotecas-escolares-cobriram2851367

do Portal do Agrupamento, pelo separador lateral “Biblioteca” ou diretamente através da imagem da apresentação da mostra de atividades que decorreram no nosso Agrupamento.

paços de liberdade, de democracia e de memória, como muito bem é explanado no mesmo artigo da RBE supra citado e lembramo-lo várias vezes. Foi, portanto com agrado que vimos um

https:// view.genially.com/64be8f0ccd44 5000130b940e/learningexperience-didactic-unitrbe50anosabril-ae-valongo

Procuramos, no âmbito do desafio “Abril depois de Abril”, alojálas na aplicação proposta pela RBE para este efeito. Este recurso pode ser consultado a partir

A este repositório de atividades podem ser acrescentadas outras, caso ainda se pretenda. Temos consciência da importância das bibliotecas enquanto es-

grande envolvimento de todos nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. E é nesse sentido que divulgamos aqui algumas opiniões recolhidas nas avaliações das atividades.

- Foi interessante adquirir conhecimento de obras de Adélia Carvalho e ouvir histórias sobre o passado da escritora; fez-nos refletir sobre os tempos do 25 de Abril e perceber o quanto nós somos sortudos em ter liberdade; gostei da forma como a escritora falava sobre o 25 de Abril e sobre as suas obras. Falava com emoção. Foi uma das melhores atividades da semana aberta!! (sobre o encontro com a escritora Adélia Carvalho).

- Foi interessante ouvir a pers(Continua na página 3)

(Continuação da página 2)

petiva dos soldados e a sua história; foi interessante saber o que as pessoas sentiam quando

iam para a guerra; interessante falar com pessoas que viveram momentos difíceis; mostrar aos alunos como eram os tempos de guerra, que não eram fáceis e os problemas que as guerras trazem para as pessoas, tanto física como mentalmente; ativi-

dade muito interessante e educativa; mostrar como era difícil chegar a uma certa idade e ter que ir combater em situações desprezíveis, ter que "abandonar" a família sem saber se iriam retornar a casa (colóquio com Abel Fortuna).

-Bom espetáculo musical, grande qualidade das músicas; qualidade da voz do cantor; iniciativa importante para se ficar a conhecer mais aspetos da vida antes do 25 de Abril; atividade muito interessante e divertida; importante para aprender mais sobre as músicas de intervenção; aprender músicas que não era permitido cantar antes do 25

de Abril; tema muito pertinente (espetáculo musical “Censurados”).

- Gostei muito desta exposição, para muitos alunos é mais fácil compreender a matéria com imagens ou maquetes, foi muito interessante; educativo para as pessoas lembrarem-se do 25 de Abril; adorei poder ter ajudado e participado; a exposição estava perfeita assim como a qualidade dos trabalhos (exposição sobre o 25 de Abril).

Agora é tempo para um merecido descanso. Boas férias para todos!

Manuela Antunes

Leituras em movimento na Semana da Leitura, levar a leitura para fora da escola.

Concurso de leitura expressiva dinamizado pelas docentes de Português do 2º ciclo.

“O soldado João” foi a história escolhida para a oficina de leitura criativa dinamizada pela Professora Cecília Silva para os alunos do Pré-Escolar e 1º ciclo no dia do encontro “Ventos de Mudança”.

Escola básica da balsa e de Fijós

Na Semana aberta - de 22 a 26 de abril - houve a exposição dos trabalhos desenvolvidos em atividades de articulação EPE e 1.º Ciclo sobre o antes e depois do 25 de Abril 1974. As atividades da Autonomia e Flexibilidade Curricular sobre o tema “50 anos de Abril – Raízes de Mudança”, estão evidenciadas no seguinte

link:

https://drive.google.com/file/ d/1CyMcXMOejMq34sIbuhx8_VUd QYSfQ2s6/view?usp=drive_link

O Dia da Família, foi comemorado com jogos tradicionais, com a participação das famílias de todas as crianças da escola da Balsa, como se pode ver no seguinte link :

Ao longo do ano, - Mudança, liberdade, democracia, desenvol-

vimento…, valores e cidadaniaforam temas trabalhados e opor-

https://drive.google.com/file/ d/1GokGQe_xafXrhMIcRHrXvV8LB N4RODDW/view?usp=sharing.

No Dia da Árvore

Todos ajudámos a decorar as árvores da EB da Balsa com tiras de tecidos coloridos, trazidas pelas famílias. Com estas atividades, demos mais visibilidade e importância à efeméride, como se evidencia no link abaixo :

https://drive.google.com/file/ d/1cwlim77qXoRiQV5qBjJVY1g0 tnqQ55Wb/view?usp=sharing

tunidades de aprendizagens para crianças e alunos/as. E assim, foram realizados trabalhos de expressão plástica, atividades de música, textos escritos…

EB1 Fijós

EB1 JI Balsa

Escola básica de Fijós

E os cravos floresceram em Fijós…

“Abril, raízes de mudança” foi o tema integrador do trabalho reali-

zado nas escolas.

Em Fijós, cravos vermelhos foram semeados… plantados… regados… cuidados…

Sempre com esperança de os ver florescer!

Afinal, cravos vermelhos representam a democracia e a mudança trazida pela Revolução de Abril.

E demorou, não os pudemos esquecer, tivemos de cuidar, de regar… e com o tempo foram crescendo e floresceram!

Ao longo do ano, - Mudança, liberdade, democracia, desenvolvimento…, valores e cidadania -

foram temas trabalhados e oportunidades de aprendizagens para crianças e alunos/as.

E assim, foram realizados trabalhos de expressão plástica, atividades de música, textos escritos…

EB1 Fijós

Escola básica de paço

No âmbito do Projeto EcoEscola, ao longo do ano letivo realizaram-se atividades diversificadas de sensibilização, motivação e proteção, para um planeta mais sustentável. Pelo terceiro ano consecutivo, a nossa horta continua a ser um meio de ensino-aprendizagem, ao nível de uma alimentação saudável

baseada no cultivo biológico, desde a compostagem, semen-

teiras, plantações, cuidados, colheita, confeção e degustação de sopas, saladas e entradas “gourmet”. Diariamente, há o envolvimento de todos os alunos do pré-escolar e 1.º ciclo. Nesta temática realçamos o “Dia Da Família” e o “Dia Eco-Escola”, a 15 de maio, com a presença de toda a Comunidade Educativa. Neste dia, pais e encarregados de educação participaram e di-

vertiram-se com os seus educandos em jogos, artes visuais de pintura e colagem, músicas e vídeos educativos de aprendizagem e incentivo para a reciclagem e preservação do ambiente. Numa perspetiva mais ampla desta visão ecológica foram realizadas Visitas de Estudo de observação direta e interativa da fauna e flora em diferentes habitats. Focou-se ,mais uma vez, a emergência de comportamentos ajustados e assertivos para a

diminuição da nossa pegada ecológica. Temos que continuar a reduzir, a reciclar, a reutilizar, a repensar e a recusar… contribuindo permanentemente para um planeta mais saudável para todos.

A Eco-Escola EB de Paço apresenta fotos de alguns momentos na horta, do dia da família e dia eco-escola, das visitas de estudo ao Sealife e ao Parque Bioló-

Escola básica de paço

(Continuação da página 6)

gico de Gaia. Pode ainda consultar o site do Facebook:

EB Paço Eco-escola

https://drive.google.com/file/ d/1XdWIlrVU3ewxtvF5ZDks37LGz0x3EZF/view? usp=drive_link

As docentes da EB/JI Paço (Fernanda Pereira, Raquel Alves e Rosa Soares)

Escola Básica de sobrado

«Lianor vai pera a fonte...», de Camões, e saíram poemas engraçados, adaptados a raparigas e rapazes dos nossos dias! Vais gostar.

Descalça vai pera a fonte

Lianor pela verdura;

Vai fermosa e não segura.

Leva na cabeça o pote, O testo nas mãos de prata, Cinta de fina escarlata.

Sainho de chamalote;

Traz a vasquinha de cote.

Mais branca que a neve pura, Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,

Cabelos de oiro entrançado,

Fita de cor de encarnado,

Tão linda que o mundo espanta;

Chove nela graça tanta

Que dá graça a fermosura,

Vai fermosa e não segura.

Luís de Camões

Descalça vai para a praia

Joana pela estrada

Vai confiante e corada.

Na cabeça, um chapéu de praia

Nas mãos, leva um sorvete

Que derrete pelo belo corpete.

Na cintura, uma saia

De cor da papaia

Mais queimada que bronzeada

Vai confiante e corada.

Olhos de safira

Cabelo longo, avermelhado

Parecido com o feijão encarnado.

Tão linda como a mentira

Vai Joana encorpada,

Vai confiante e corada.

Ester Correia, 6º B

De carro vai para o treino Ronaldo, pela estrada, Vai calminho e não perturbado.

Leva na cabeça um chapéu, Um relógio em seu lindo braço

Tão duro como o aço, Ilumina o próprio céu…

Sei que ele não vai agitado,

Vai calminho e não perturbado.

Elegância nele tanta

Que as pessoas espanta.

Tão lindo como o mar,

E as pessoas ficam a olhar.

Sei que ele não vai agitado,

Vai calminho e não perturbado.

André Santos, 6º B

De saltos vai para o shopping

Leonor pela estrada

Vai bela e insegura.

Leva na cabeça um chapéu, O telemóvel nas mãos de prata, Saia vermelho vinho,

Camisola como a escuridão

E uma pulseira de ouro. Bronzeada pelo sol,

Vai bela e insegura.

Cabelo ao vento, a voar, Brilhante como uma estrela, Laço da cor do sangue

Tão linda que o mundo espanta. Com ela vai a elegância

Que lhe dá graça, tanta! Vai bela e insegura.

Rodrigo Rocha, 6º B

Ilustração da Beatriz, 7º BS

(Continua na página 9)

(Continuação da página 8)

Escola básica de sobrado

De chinelos vai para a ilha Maria, numa jangada, Vai sentada e não segura.

Leva na cabeça o boné, O GPS nas mãos morenas, Cinta larga, de escarlata.

Traz a mochilinha, de lua, Mais preta que a gema pura, Vai sentada e não segura.

Descobre a ilha no mar, Cabelos castanhos, em pé, GPS morre, entretanto, Ansiedade nela é encanto, Vai dormir, numa palmeira inclinada.

E no outro dia não sobra mais nada…

Vai sentada e não segura.

Ana Moreira, 6ºB

Tranquila vai para a praia Joana, pela areia, Sempre tão calma, ninguém a chateia.

Na cabeça leva o boné, E a mala, na sua mão, Num dia quente de verão.

Traz a garrafa de café

E a sandália no pé. Cabelo enriçado como uma teia,

Sempre tão calma, ninguém a chateia.

Passa perto da calçada

E de cabelo amarrado, Com uma fita da cor de encarnado.

Está sempre animada

E com a cara corada.

Uma menina que se acha feia. Sempre tão calma, ninguém a chateia.

Maria Miguel Costa, 6ºB

Ela vai de chinelos para a praia Leonor, à beira-mar, no passadiço de madeira.

Vai deslumbrante e confiante.

Leva ao ombro uma mala

A toalha nas suas mãos, Na cabeça, um chapéu de praia,

No rosto os óculos escuros de sol,

Traz uns brincos usuais, E bastante bronzeada

Vai deslumbrante e confiante.

Aplicou o protetor na pele,

Cabelo moreno ondulado

E colocou todo amarrado

Tão radiante que a praia encanta.

Brilha nela tanta beleza

Que leva alegria, por onde passa.

Vai deslumbrante e confiante.

Lilia Virsta, 6ºB

Bem-vestida,

Vai para o shopping a Maria. Sozinha ia a Maria.

Na mochila, Traz as socas

E as notas.

Na mala, Que deixou na sala, Leva dinheiro para as botas.

Vai com pressa, Atarefada, Estafada,

Por andar depressa.

Tudo leva na cabeça…

A lista rabiscada

Que antes de sair, foi amachucada.

Otávio, 6ºB

Domínio Senhorial Ilustração da Helena, 7º BS

25 de Abril – A revolução

Escola básica de sobrado

Aquela bem-dita frase:

“O povo é quem mais ordena”

Na alvorada, uma música soou

Foi assim que tudo começou

Civis e soldados só à espera

Para que se inicie uma nova era

Portugal despertara para a realidade,

Com vozes a gritar por liberdade.

Caiu a Ditadura e levantou a Democracia

A liberdade surgiu tal como uma flor florescia

Para uma nova fase começar

Com liberdade no coração É feita uma nova constituição

Não têm o mesmo significado que antes,

Principalmente para o povo.

Como pode um cravo vermelho

Ter tanto significado?

Para o povo, o dia em que

Se escolheu não lutar

As grades que prendiam a nação

Foram quebradas com determinação

Tornando-se numa celebração

Que todos guardamos no coração

Assim aconteceu o 25 de Abril

Um dia que marcou as nossas vidas

Onde o único vermelho foi o das flores distribuídas

Beatriz Silva , 9ºBS

25 de Abril

Após anos de proibição

Num dia belo de Abril

Ocorreu a libertação

O lápis azul parte-se O verdadeiro jornal abre-se

Por todos os rádios a passar

“Abril águas mil” diz o ditado “Abril sonhos mil” diz o povo

Agostinho Seabra, 9ºBS

A Liberdade do 25 de Abril

Liberdade, liberdade

Uma palavra tão simples

mas com grande significado. Liberdade de expressão, Liberdade de escolha, Liberdade pela liberdade, Liberdade após o 25 de abril

Mas sim colocar um cravo vermelho

Onde supostamente teria de sair balas.

Foi a melhor “escolha” que o povo fez

Este é o maior exemplo

Que temos de liberdade

Liberdade de não lutar, Liberdade de dizer “não”, Liberdade de acabar antes sequer

de ter começado

Por vezes a melhor Liberdade É mesmo essa “não lutar”

Leonor Santos, 9ºBS

Em Abril de 1974

Todos em fraternidade

Unidos para a democracia

E para trazer de volta a liberdade

Do escuro veio a luz

Da repressão a liberdade

25 de Abril

Sempre vai ter o seu especial perfil

Depois nas armas

Ergue-se os cravos

Uma flor tão bela

(Continua na página 11)

Abril, raízes de mudança

(Continuação da página 10)

Que é impossível não gostar dela

David Duarte Santos, 9ºBS

Liberdade e Democracia

Na Primavera dos tempos, em Abril floresceu

Cinquenta anos de história que o vento nos deu.

Abril, o mês da liberdade da renovação

Onde os sonhos se ergueram com força e paixão

Há meio século, erguemos as nossas vozes

Contra amarras que sufocavam as nossas escolhas.

Lutamos pela democracia, pela igualdade.

Em Abril, rompemos as correntes da adversidade

No pulsar das das ruas, a esperança escoava,

Nas palavras de poetas, a liberdade se exaltava.

Cada gesto, cada passo, cada olhar,

Eram símbolos de um novo tempo a brilhar

Cinquenta anos de Abril, de memória e gratidão,

Por cada herói, anónimo e sua devoção

Pelas conquistas alcançadas, pelas lutas travadas

Abril nos lembra que a liberdade é sempre conquistada

Que jamais esqueçamos a lição de Abril

(Continua na página 12)

Escola básica de sobrado

(Continuação da página 11)

Que a democracia é frágil mas resistirá mil.

Em cada dia, em cada escolha que fazemos,

Abril nos ensina que somos nós que escrevemos

Que esta poesia celebre os cinquenta anos de Abril,

Liberdade e Democracia eternamente a florescer,

Neste Abril que nos ensina sempre a viver

Iara Moreira, 9ºBS

Luana Monteiro, 9ºBS

No dia vinte e cinco de Abril, Portugal despertou,

Um vento de mudança, um grito de liberdade ecoou.

Nas ruas de Lisboa, a esperança voltou,

Com cravos vermelhos e esperança, um novo rumo apareceu.

Cansados de silêncio, de opressão e dor,

Soldados e civis, juntos, o futuro mudaram,

Com cravos nas mãos e um futuro sonhador,

Assim derrubaram um regime intimidador.

Com ideais de justiça e igualdade a guiar,

Portugal renasceu naquele dia irregular.

Das cinzas do passado, nasceu a democracia, Numa revolução de alma e de alegria.

E hoje, ao recordar esse momento singular,

Cinquenta anos vamos celebrar, Relembramos a coragem e a bravura sem igual,

Que fez a nossa nação imortal.

Élson Gonçalves, 9ºBS

Decorreu no passado dia 27 de abril, no pavilhão de Veiros a 3ª fase de apuramento regional da Taça Neves de Carvalho - Speedy.

A CLDE PORTO esteve representada com 26 patinadores, dos quais apuraram-se 10 para a fase Final Nacional, que irá realizar-se nos dias 25 e 26 de maio na cidade de Lagos.

Foram 5 os atletas do Agrupamento de Escolas de Valongo apurados.

Sara Gomes

Escola Básica de Sobrado

A questão inicial que desencadeou a escolha deste ano foi os alunos precisarem de selecionar um livro, para ser apresentado à turma, na disciplina de Português bem como a vontade que todos os alunos demonstraram, em dinamizar, novamente, um projeto de teatro. Todos tinham gostado muito das experiências anteriores.

Como o tema aglutinador do Agrupamento, para este ano, era “Abril, raízes de mudança” (integrado nas comemorações dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril), a escolha incidiu n´”O Tesouro” de Manuel António Pina.

Metemos mãos à obra logo no

mês de setembro. Foi lida e analisada a obra; explorou-se o contexto histórico (o antes e o depois de Abril, o Estado Novo e a falta de Liberdade, a Democracia e os significados de viver em Liberdade); trabalhou-se na adaptação do texto de modo a incluir momentos musicais, dança, novas personagens e diálogos.

Imaginaram-se recriações de momentos de tristeza e de dramatismo e de momentos de alegria e satisfação. Em contexto de aulas e de C.A.A., os alunos foram realizando adereços para o teatro (cenários, armas, roupa de militares, muro que separava meninos e meninas na Escola do Estado Novo, bonecas de pano… naquilo que constituiu experiências em desenho, pintura, costura em máquina e bordado, ao mesmo tempo que eram abordados conteúdos de Português, de História, de Geografia e de Cidadania. Em trabalho de pesquisa descobriram-se músicas e cantores de intervenção e ensaiaram-se músicas alusivas ao tema (como “Grândola, vila morena” e “Somos livres.”) elementos iconográficos do antes e do depois da Revolução (as espingardas, o aerograma, o cravo vermelho…) assim como muito vocabulário específico (censura, denunciante, polícia política, guerra colonial, exílio…).

Ao mesmo tempo que momentos musicais a exprimir sofrimento,

tristeza, alegria e esperança eram experimentados nas aulas de Musicoterapia, o texto era gravado a vozes diferentes (narrador e diferentes personagens). Foi dada uma especial atenção às características de cada aluno envolvido. Procurouse que todos participassem mas dando espaço a que se envolvessem naquilo que mais gostavam e que mais os motivava. Assim, ou na banda musical, que atuou ao vivo, ou desempenhan(Continua na página 14)

Escola Básica de Sobrado

do uma personagem, ou através de uma expressão artística como a dança, ou na conceção dos cenários e dos adereços, não só todos participaram como ainda houve oportunidade de alargar o projeto a uma turma do 6º ano. Durante todo o processo foram elaborados registos das diferentes etapas da elaboração do projeto (vídeos, apresentações, banda desenhada…).

Este projeto envolveu alunos do C.A.A., alunos do 7º BS, 6º AS, 5º AS e 7º DS, docentes das tur-

mas envolvidas, docentes de Educação Especial da EBS, docentes do C.A.A. que dinamizaram o Clube da História e da

Atualidade e o Clube das Artes e dos Ofícios, S.P.O., Assistentes Operacionais e Biblioteca Escolar.

No final, fizemos uma avaliação de todo o projeto. Tivemos opiniões muito positivas. Destacamos o bom ambiente entre todos durante a concretização do projeto; a promoção de comportamentos corretos em grupo e socialmente; a abordagem informal dos currículo; a possibilidade dos alunos contactarem e desenvol-

verem técnicas de planeamento de atividades, de trabalho de pesquisa, de conhecerem e experimentarem técnicas variadas (colagem, pintura, costura, conhecimento de materiais); a promoção de trabalho colaborativo, do envolvimento de toda a comunidade (alunos, docentes, assistentes operacionais, psicólogos); a educação do gosto, do sentido estético e o promoção da criatividade; o desenvolvimento de múltiplas literacias: enriquecimento do vocabulário, da leitura e da oralidade; a valorização da autoestima; a promoção da inte-

gração e inclusão; a valorização e promoção do espírito de equipa, entre outras.

Os docentes referiram a grande qualidade do texto (muito percetível, som muito claro, com boa dicção); apresentação muito variada; qualidade e rigor na recriação da época: elucidativo, muito rigor na escolha do vestuário, formato em quadros ou cenas usado no teatro resultou muito bem, muito boa seleção de músicas da época; envolvimento e interação do público nas dinâmicas (o público foi naturalmente arrastado para a peça), em alguns momentos com alguma emoção, cenários fantásticos e muito adequados.

Os alunos gostaram muito. De registar que os cerca de cem alunos de outras turmas que assistiram tiveram, durante toda a representação, um comportamento muito bom, perfeitamente ajustado à situação e demonstrando muito interesse, numa atitude de respeito pelo trabalho dos colegas.

Escola

Quanto aos Pais/Encarregados de Educação presentes gostaram muito, tendo valorizado o conhecimento adquirido pelos filhos e demonstrado muita emoção ao ver a prestação dos seus educandos. Pediram para repetir e consideram esta iniciativa um incentivo para se deslocarem à escola e conhecer as atividades aí desenvolvidas.

Os alunos que participaram mostraram estar muito felizes e emocionados. Gostaram muito da oportunidade de realizar trabalhos manuais: cortar, colar, usar

da personagem do agricultor (desempenhada pelo Guilherme); adereços realizados pelos alunos e docentes da equipa do C.A.A.; articulação entre todos, partilha de ideias e de soluções

a máquina de costura, aprender a coser botões, a bordar, de pintar a pastel, das pesquisas sobre os acontecimentos e os costumes da época, de participar numa banda e de surpreender a família com o que foram capazes de fazer. “Foi bom poder ajudar e participar”.

Alguns aspetos destacados como excelentes foram: desempenho dos alunos do C.A.A. quer na banda quer na interpretação

e o bom ambiente que o projeto proporcionou; potencial de inclusão que o projeto promoveu; a mensagem da obra, “da importância da liberdade, da liberdade estar associada à felicidade” (opinião da D. Rosa) foi transmitida de uma forma eficaz, o que foi visível na atenção e no envolvimento de todo o público. Todos pediram para repetir. Quem sabe?

Pode aceder a uma pequena

apresentação de “O nosso tesouro” a partir da seguinte ligação:

https://drive.google.com/file/ d/1_JcVYkJsDoroXmC0giwxf5HLJx xqTYcj/view?usp=drive_link

Helena Cerejo e Manuela Antunes

A vida já me ensinou que não devo reclamar só porque sim e que devo louvar porque o merecem.

Esta foi a 6ª escola que lecionei, nunca tendo repetido qualquer escola, por onde passei sempre deixei amigos, com quem falo amiúde.

Estou disponível e com vontade de "repetir" este local no próximo ano (não sei se será possível). Como o mais provável é não lecionar aqui em 2024/25,quero

(Continua na página 16)

(Continuação da página 14)

deixar um pequeno testemunho. Realço o espírito de camaradagem do corpo docente, o bom relacionamento com a direção, assim como a colaboração e simpatia do corpo não docente. Quanto aos discentes, uma palavra de apreço enorme, com momentos baixos (muito poucos), mas essencialmente com o compromisso que foi possível estabelecer ao longo do ano de empatia e colaboração no intuito de melhorar as suas capacidades de aprendizagem.

Deixem-me partilhar convosco a medalha que recebi e levo desta escola. (Sabem que as meda-

lhas não são só de ouro, prata ou bronze... há outras bem mais importantes).

"O papel do professor vai muito além de uma sala de aula, e reconhecemos o impacto positivo que teve nas nossas vidas... conseguiu conquistar a nossa atenção, o que não é fácil. Sentimos que independentemente do tempo que passou connosco o carinho e o compromisso foram constantes. Transformou a Geografia, uma disciplina numa aventura, e por isso, seremos eternamente gratos. Obrigado por cada explicação repetida e cada sorriso compartilhado."

aprendi que devemos educar com o coração. Será assim que podemos captar a atenção dos alunos. Partilho também , porque acho que estamos "fartos" de só sermos metralhados com as más notícias e as desgraças alheias. Sejamos positivos e dessa forma melhoramos o Ensino em Portugal.

PS. Quero partilhar a minha grande alegria por ter participado no NOSSO teatro "O nosso tesouro", foi um momento lindo de inclusão de toda a comunidade escolar.

Esta citação é parte de mensagem recebida duma turma que lecionei neste ano letivo. Não a faço porque me é agradável, mas sim porque realça aquilo que acho ser o professor.

Desde muito cedo que

Um bem haja a TODOS, TODOS...e quem sabe , até um dia…

Testemunho de um professor contratado "quase caloiro" mas sénior de idade (e experiência de vida)

José Fernando Ferreira, Geografia

A turma 2 TE do realizou uma visita de estudo enriquecedora à Madeira, explorando o Museu da Casa da Luz e a Central Eléctrica. Esta atividade foi organizada com o objetivo de proporcionar aos alunos uma experiência prática e contextualizada sobre a evolução e a importância da eletricidade na região.

A primeira paragem foi no Museu da Casa da Luz, onde os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a história da eletrificação na Madeira. O museu, situado no centro do Funchal, oferece uma exposição detalhada sobre os primeiros passos da eletrificação na ilha, apresentando uma coleção de equipamentos antigos e documentos históricos. Os alunos puderam compreender como a introdução da eletricidade transformou a vida quotidiana e o desenvolvimento económico da região. A visita guiada foi particularmente elucidativa, com explicações sobre o funcionamento dos equipamentos expostos e a

evolução das tecnologias elétricas ao longo dos anos.

Em seguida, a turma visitou a Central Eléctrica, onde puderam observar de perto o funcionamento de uma instalação moderna de geração de eletricidade. Os alunos foram recebidos por um engenheiro responsável pela manutenção da central, que explicou os processos de produção de energia, desde a captação das fontes primárias até à distribuição para as residências e empresas. A visita incluiu uma palestra informativa sobre as diferentes fontes de energia utilizadas na central, como a hídrica,

eólica e solar, e os desafios enfrentados para garantir um fornecimento de energia eficiente e sustentável.

A experiência proporcionou aos alunos uma visão prática e integrada dos conceitos estudados nas aulas teóricas. Além disso, puderam compreender a relevância das centrais elétricas na infraestrutura energética da ilha e a importância das energias renováveis na redução do impacto ambiental.

A visita de estudo à Madeira, com as paragens no Museu da Casa da Luz e na Central Eléctrica, foi uma oportunidade valiosa para os alunos da turma 2 TE aprofundarem os seus conhecimentos e desenvolverem uma apreciação mais abrangente sobre a importância da eletricidade na sociedade contemporânea. Emanuel Esteves

Diverte-te com estes passatempos!

https://pt.pinterest.com/search/pins/?q=passatempos&rs=typed

A todos aqueles que colaboraram e permitiram a edição de mais um número de “O Bugio”, o nosso muito obrigada. A toda a Comunidade Educativa desejamos

Boas férias!

Ficha técnica

Propriedade: Agrupamento de Escolas de Valongo Equipa de coordenação: Maria Manuela Antunes e Maria do Céu Moura

Colaboração: professores, alunos e encarregados de educação.

Morada: Rua de Fijós 4440334 Sobrado

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