Ler Democracia e Liberdade
mos os olhos, imaginamos e damos o salto.
As praças dos bairros onde crescemos são lugares especiais, onde tudo pode acontecer. Na praça que estes amigos costumam frequentar depois da escola e onde praticam as suas acrobáticas manobras de skate, um banco de jardim torna-se o centro de uma disputa acalorada. A intervenção do presidente da junta de freguesia tem um desfecho inesperado, que ajuda estes amigos a compreender o que significa, afinal, viver em comunidade e participar no bemcomum.
“A política pode parecer coisa de adultos, mas está mais perto de ti do que imaginas. Na tua escola, por exemplo, e até na tua turma. E influencia o teu dia a dia, desde os teus professores, àquilo que comes na cantina, e até à matéria que aprendes nas aulas. Neste livro, vais aprender o que é a política, como se formam governos, a importância do voto e como a tua participação na sociedade pode influenciar o teu futuro. Inclui ainda atividades e desafios para praticares aquilo
que fores descobrindo com os teus amigos e família! Um livro para aprender que a política é essencial para a cidadania participativa!”
Fonte: Wook
Também para os mais velhos enriquecemos a nossa coleção com títulos essenciais para aprofundarmos estes tempos como “Levantado do chão” de José Saramago, “Os memoráveis” de Lídia Jorge e “Dinossauro excelentíssimo” de José Cardoso Pires, entre outros
Sugerimos, ainda, “História de uma flor” de Matilde Rosa Araújo e “ Vinte e cinco a sete vozes” de Alice Vieira, títulos imprescindível para estes tempos, “O Tesouro” de Manuel António Pina, que será apresentado brevemente na Escola de Sobrado num trabalho de adaptação ao
teatro, desenvolvido pela Prof. Helena Cerejo e com a colaboração de um vasto grupo de alunos, professores e assistentes operacionais.
Porque é importante o conhecimento dos factos, termos memória da nossa história coletiva, debatermos experiências e opiniões diversas, exigirmos informações fidedignas… Porque temos de ser cidadãos conscientes dos nossos direitos e deveres, dos direitos e deveres dos outros e que possam contribuir para a construção de um mundo melhor. E porque nunca podemos descurar o que foi conquistado… “Portugal Amordaçado” é uma grande obra da literatura política contemporânea. “Neste seu livro
dos livros, Mário Soares mostra uma agilidade literária, uma exigência moral, uma lucidez ideológica, uma vontade incessante e uma vitalidade política que o futuro viria a confirmar e engrandecer. Tal como acontece nos (Continua na página 13)
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bibliotecas
Escola básica de campelo
A turma C3B vem, através do jornal “O Bugio”, dar a conhecer algumas das atividades que realizou, ao longo deste semestre. Iniciámos o ano com o projeto
Recebemos o Pai Natal, que este ano se deslocou até à nossa escola numa charrete.
Acolhemos a professora bibliote-
cária do nosso Agrupamento que nos contou a história “O muro”.
Fizemos a corrida ao prémio no âmbito do projeto UBUNTU
Apresentámos trabalhos sobre a nossa localidade.
Concorremos ao concurso Bebras e ganhamos um certificado.
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Fomos ao cinema ver o filme
“Wish”.
Alunos da turma C3B.
Escola básica de campelo e Fijós
No dia 8 de janeiro, os alunos do quarto ano das turmas C4 e F4 das Escolas EB1 de Campelo e de Fijós realizaram uma visita de estudo a Guimarães, organizada no âmbito da disciplina de Estudo do Meio. Apesar do tempo cinzento, repleto de nuvens e alguns chuviscos, a saída da escola decorreu tranquilamente no horário previsto. Na parte da manhã, a visita teve início nas instalações do Paço dos Duques, onde as turmas assistiram a um teatro de marionetas sobre D. Afonso Henriques. Posteriormente, os alunos foram divididos em gru-
pos, sendo cada um deles acompanhado por um guia do museu, que transmitia informações e histórias sobre este belo edifício classificado como Património Nacional. No período da tarde, foi feita uma visita ao Castelo de Guimarães, contudo, não nos foi possível aceder ao seu interior, pois este encontrava-se em obras de requalificação. Ainda
No dia 21 de novembro de 2023, a turma F2 da escola básica de Fijós que integra o PEBI, realizou uma visita à Fábrica de Lousa e ao Museu da Lousa em Valongo. Os alunos viram a extra-
visitámos o centro Histórico da cidade, que serviu, também para confraternizar.
Foi um dia bem passado e, contribuiu bastante para consolidar aprendizagens. Os alunos demonstraram curiosidade, interesse e entusiasmo no decurso da visita.
Turma C4
ção da pedra de lousa e sua transformação em quadros de lousa. Depois visitaram o museu e ficaram a conhecer a história dos mineiros. Os alunos gostaram muito desta experiência. Fijós, F2
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Escola básica de Fijós
No final do mês de novembro, realizou-se na Escola Básica de Fijós a Feira de Santo André, com temática alusiva às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Os pais, familiares, encarregados de educação e toda a comunidade escolar, em estreita colaboração com as docentes da escola doaram e organizaram os produtos artesanais e agrícolas para venda.
A feira foi como todos os anos, um sucesso e teve muita adesão e visitas.
ploração da Lenda de S. Martinho, escrita de textos alusivos ao tema, palavras cruzadas, cartuxos de castanhas e cantaram-se canções. Comeram as castanhas assadas no forno da escola, dançaram e brincaram com muito animação. Também se trabalha-
ram os provérbios relacionados com este dia; ficam alguns exemplos:
No dia de S. Matinho, vai à adega e prova o teu vinho.
No dia de S. Martinho fura o teu pipinho. Mais vale um castanheiro do que um saco de dinheiro.
Pelo S. Martinho, semeia favas e vinho.
Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o cebolinho.
No dia 10 de novembro, na escola básica de Fijós realizou-se o tradicional magusto.
Para além da decoração da escola, realizaram-se pinturas, ex-
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Escola básica de fijós
Para comemorar o Dia Mundial do Animal, os dois grupos do jardim de infância de Fijós foram visitar uma pequena quinta que pertence ao avô da Gabriela. Tivemos oportunidade de ver alguns animais que lá vivem. Nos estábulos estavam vacas adultas e bebés, vimos também
galinhas, no galinheiro e um porquinho anão na pocilga. No espaço exterior estavam um cavalo e um gato branco que estava a apanhar sol. O avô explicou qual a alimentação de cada animal e os cuidados que devemos ter com os mesmos.
Antes de virmos embora, ainda nos foi proporcionado contactar de mais perto com o cavalo e
quem quis, sem medo, pôde montá-lo e andar um bocadinho, sempre com o apoio dos adultos. Esta experiência foi muito positiva e ficamos sensibilizados para a importância do respeito que devemos ter para com os animais. Os animais são companheiros, amigos e nunca deverão ser maltratados e abandonados.
Pelo caminho fomos demonstrando curiosidade e também algum conhecimento pelo meio local. Foi uma manhã muito divertida!
J.I.Fijós
O amor pode ser visível em momentos e atitudes simples. Pequenas coisas podem tornarse grandiosas. Com pequenos gestos podemos ser felizes... Tudo isso é amor.
Escola Básica de Paço
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Escola Básica de sobrado
No dia 17 de novembro de 2023, pelas 11h00, os alunos da turma 8.ºA_S na aula de Ciências Naturais com a professora Laurinda Costa, assistiram a um debate, na biblioteca da escola, sobre a utilização das redes sociais entre os jovens (PNA. Mochila Cultural Digital - Filme Debate #LINGO) em direto no YouTube. Foi transmitido através do canal “DGEstE Ministério da Educação”. O debate contou com a presença da jornalista Helena Teixeira da Silva, da professora universitária e psicóloga Diana Alves, do professor universitário e jornalista Daniel Catalão, do professor universitário José Alberto Rodrigues, Daniel Roque, o criador da curtametragem visualizada no início do debate, e ainda dois jovens alunos: Carlos e Carina. No início, os alunos tiveram a oportunidade de assistir a uma curta-metragem #LINGO, com a autoria de Daniel Roque desenvolvido no âmbito do mestrado em Ilustração e Animação do IPCA, Portugal, 2015.
pouco tempo, a sua realidade transformou-se numa obsessão pelo mundo digital, ao ponto de se esquecer do seu gato, a sua verdadeira companhia. Contudo, ele vai perceber que amigos online, gostos e selfies não trazem
felicidade para sempre.
Lingo vive apenas com o seu gato, tendo então uma vida solitária. Tem várias dificuldades em se relacionar com aqueles à sua volta, e a solidão levou-o a criar perfis nas redes sociais. Em
Esta curta representa os problemas que os jovens de hoje em dia podem passar, se não tiverem os devidos cuidados com as redes sociais. Se os jovens ficarem viciados neste mundo virtual, podem acabar por se perder nesta falsa realidade, de tal modo que não conseguem mais escapar, esquecendo-se dos seus deveres e obrigações como ser humano, originando uma dependência pelas redes sociais. Neste debate, os participantes falaram sobre os benefícios das redes sociais e como estas desenvolveram a nova geração. No entanto, falaram também sobre os seus malefícios e como podem prejudicar a vida dos jovens. Um dos benefícios foi co-
mo as redes sociais possibilitam o conhecimento de novos artistas, e fazem com que estes consigam partilhar os seus trabalhos mais facilmente para o mundo. Também melhorou as fontes de pesquisa, já que, através das redes sociais, os jovens podem pesquisar e adquirir conhecimento sobre diversos assuntos, podendo até levar a novos hobbies e interesses. Além de todos estes benefícios, as redes sociais são um sítio onde não só os jovens, mas qualquer pessoa, pode partilhar as suas experiências e opiniões (com o devido respeito), além de conseguirem conhecer novas pessoas e influenciadores, que podem servir de inspiração.
Por outro lado as tecnologias têm malefícios, por exemplo, a utilização dos telemóveis à mesa, o que pode vir a afetar o seio familiar. Outro assunto discutido foi a idade em que uma criança deve ser exposta à internet, seja pelo telemóvel dos pais ou pelo seu próprio dispositivo. Além disso, as redes sociais podem ainda interferir na saúde mental dos seus utilizadores, originando intriga sobre as suas vidas, causada por comparações desnecessárias com criadores de conteú-
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Escola básica de sobrado
do, por exemplo. Por vezes, estas ações destroem a autoestima das pessoas e causam ansiedade e outros sentimentos de inadequação e insuficiência. No final do debate, ainda foi permitido aos alunos presentes, expressassem as suas próprias dúvidas e opiniões sobre o assunto, mostrando não só o ponto de vista dos adultos mas também dos jovens, que fazem parte da geração mais conectada às redes sociais.
Isabel Moreira n.º8 e Matias Pacheco n.º13, 8ºA_S.
diferentes materiais e objetos, novas substâncias, etc.
Adoramos ir ao laboratório para conhecermos melhor todos os materiais que precisamos para a realização das nossas experiências.
Olá, caros amigos!
Todas as segundas-feiras somos uns verdadeiros cientistas. Estamos a trabalhar no Clube das Ciências, com a professora Susana Sobral, as mais variadas experiências.
Com elas aprendemos novas palavras, algumas bem complicadas de soletrar, conhecemos
Filipa Vicente 8ºDS (Continuação
tas.
Querem conhecê-las e serem cientistas como nós?
Encontrar-nos-emos no dia da ciência, na nossa escola, para vos dar a conhecer algumas que fazem parte deste nosso projeto.
Agora andamos a descobrir experiências que iremos apresentar aos nossos amigos. Estamos a ficar uns verdadeiros cientis-
Até Breve! Cientistas em Ação!
Guilherme Meireles 7ºBS
Francisco Dinis 7ºBS
Marta Faria 8ºDS
Daniel Rocha 8ºDS
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da página
Escola básica de sobrado
Este ano, o nosso projeto chama-se “O Nosso Tesouro.”
No CAA estamos a organizar um teatro. Para fazermos esse teatro nós usamos a obra “Tesouro” de Manuel António Pina. Adaptamos a história e começamos a criar os adereços que vamos usar.
No Clube das Artes e dos Ofícios, com os professores Adelino Amaral, Marina Pereira e Marta Cabral, iniciamos os cenários. Vão ser quatro cenários!
Também já construímos armas.
As nossas armas ficaram ´parecidas às que se usaram na Revolução de 25 de abril de
Adereços para o nosso teatro-
Como fazer uma arma
No clube das Artes e dos Ofícios, os alunos do CAA fizeram armas que vão ser utilizadas no teatro “Abril, raízes de MudançaO Nosso Tesouro”.
A professora Conceição Leite arranjou-nos um modelo de uma arma.
Arranjamos placas de espuma e, com a ajuda do molde, traçamos o contorno da arma.
1974. A seguir vamos fazer um tanque de guerra.
No Clube da História e da Atualidade já aprendemos muito sobre como se vivia no Estado Novo e sobre a Revolução 25 de Abril. Vimos como é importante ter liberdade. A professora Con-
De seguida fomos para a bancada onde cortamos a placa de espuma com um x-ato. Nas curvas utilizamos um x-ato bisturi. Com a espuma que tínhamos conseguimos fazer cinco armas.
ceição Leite mostrou-nos um aerograma verdadeiro e vai ensinar-nos a fazer cravos em papel.
Em Musicoterapia preparamos as músicas para a nossa banda apresentar no teatro.
No CAA costuramos, transformamos materiais, mas não dizemos mais. O resto ficará na vossa imaginação!
Quem adivinha qual é o Nosso Tesouro?
Até à próxima.
Guilherme Meireles 7ºBS
Francisco Dinis 7ºBS
Marta Faria 8ºDS
Daniel Rocha 8ºDS
Filipa Vicente 8ºDS
Tínhamos na sala pedaços de tubos de eletricidade. Na ponta da arma colocamos um tubo. Todos quiseram passear com as armas.
Agora só falta pintar.
Guilherme Meireles e Francisco Dinis Barbosa, 7ºBS
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Escola básica de sobrado
Na disciplina de História, com a professora Maria do Céu Moura, estamos a falar sobre a Grécia Clássica.
Os gregos faziam teatro para agradarem aos deuses. Criaram máscaras para representar a tragédia e a comédia.
Na comédia as personagens usaram máscaras para provocar o riso da plateia, enquanto que
na tragédia as máscaras procuravam transmitir a desgraça, a tristeza, o medo…
Às quartas- feiras, a Dra. Susana Padilha do SPO encontra-se
A professora Maria do Céu Moura sugeriu que fizéssemos um trabalho relacionado com as máscaras gregas.
No Clube da História e da Atualidade, com a ajuda da professora Conceição Leite, fizemos duas máscaras de cartão, uma
connosco para nos ajuda a saber lidar com todas as nossas emoções. De facto o projeto Eu, Nós e as Emoções visa vivenciar e controlar as nossas emoções de uma forma mais saudável.
Ao longo da vida podemos sentir várias emoções ou sentimentos como a tristeza, a alegria, a magoa, a fúria, a paixão, o amor, etc. Por isso, devemos saber lidar com todos esses momentos.
Nestas sessões, realizámos um
que representa a tragédia e outra a comédia. A nossa colega Marta ajudounos a pintar.
Nós estamos a adorar a disciplina de História!
Guilherme Meireles 7ºBS
Francisco Dinis 7ºBS
termómetro das emoções e participámos em jogos relacionados com o tema “Eu, Nós e as Emo-
ções”.
Neste projeto, a Dr.ª Susana ensina-nos a saber controlar os nossos conflitos, a descobrimo-
(Continua na página 12)
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Escola Básica de SOBRADO
nos a nós e aos outros e a forma mais correta de comunicar com todos, mas ensina-nos sobretudo a sermos mais felizes.
Brevemente vamos experienciar uma aula de relaxamento. Estamos ansiosos por experimentar!
Somos curiosos e queremos saber como é.
Até breve!
Sejam Felizes!
Guilherme Meireles 7.ºBS
Francisco Dinis 7.ºBS
Marta Faria 8.ºDS
Daniel Rocha 8.ºDS
Filipa Vicente 8.ºDS
Luísa Aguilar é uma escritora espanhola que vive no México há dez anos. Escreveu a obra “Orelhas de Borboleta” que fala sobre uma menina que é vítima de Bullying.
No ano letivo anterior, os alunos do CAA, juntamente com algumas alunas do 6ºBS e 6ºCS, representaram uma peça de teatro inspirada neste livro. Quando começamos a organizar o nosso teatro, a escritora Luísa Aguilar foi contactada por nós e acompanhou-nos durante a preparação do mesmo. Recebeu imagens de como ensaiamos as músicas da nossa banda, como fizemos as nossas máscaras, o cenário, os bonecos de pano, as borboletas…
Nas vésperas da apresentação do teatro, a escritora enviou-nos um vídeo onde dizia que estava muito contente com o nosso trabalho e que nos vinha visitar.
Apresentamos a peça de teatro “Orelhas de Borboleta” no mês de maio, na nossa escola , e em junho no Auditório António Macedo, em Valongo.
No dia seis de dezembro a escritora Luísa Aguilar visitou a Escola Básica de Sobrado.
Preparamos a Biblioteca para a receber. Lá expusemos todos os objetos que produzimos para o teatro. Conversamos com Luísa Aguilar. Mostramos o que fizemos. A escritora autografou livros. A escola ofereceu um lanche muito bom!
Oferecemos-lhe a nossa boneca Mara, livros sobre o nosso concelho, um ramo de flores, biscoitos produzidos por alunos deste Agrupamento e uma garrafa de vinho do Porto.
Luísa Aguilar ficou muito emocionada e alguns de nós também.
(Continua na página 13)
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Escola básica de sobrado
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Foi um momento mágico, muito feliz.
Luísa Aguilar prometeu voltar à nossa escola.
Guilherme Meireles 7ºBS
Francisco Dinis Barbosa 7ºBS
Marta Faria 8ºDS
Daniel Rocha 8ºDS
Filipa Vicente 8ºDS
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retratos de Júlio Pomar, o rosto de Mário Soares emerge do Portugal Amordaçado e mostra a coragem, a convicção, a clarividência e a cultura que fizeram dele, nacional e internacionalmente, a mais reconhecida, prestigiada e determinante figura política do Portugal Contemporâneo.
Fonte: Imprensa Nacional Casa da Moeda
Manuela Antunes
A arte grega marcou a arte ocidental até aos nossos dias. Ao longo dos tempos, muitos artistas produziram cópias ou criações artísticas nela inspiradas. Nestas são evidentes a harmonia, a proporção e o equilíbrio. Os nossos alunos de 7º ano também reproduziram obras clássicas de grande beleza estética.
O grupo/equipa de Boccia do Desporto Escolar do AE Valongo, participou em mais uma jornada da série A do campeonato da CLDE do Porto. Foi uma jornada que permitiu um excelente convívio entre todos os participantes de várias escolas.
Paulo Mesquita
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Helena, 7º BS
Escola Básica de Sobrado
Reflexões a propósito da passagem de mais um dia da Restauração da Independência.
“E se a revolta do dia 1 de dezembro de 1640 não tivesse sido bem sucedida…
E se hoje fizéssemos parte de Espanha, haveria diferenças… Ser português é algo de que me orgulho e, não gostaria de ser espanhol, caso Portugal não tivesse conseguido a sua independência. Isto remete-nos para o primeiro motivo deste orgulho: Portugal tem uma História muito bonita, extraordinária mesmo. Por exemplo, na época dos Descobrimentos, o nosso país marcou a história mundial, devido ao seu pioneirismo. Fomos os primeiros a enfrentar os perigos do desconhecido, do Mar Tenebroso.
Também adoro a nossa comida que é muito saborosa. Mesmo que não goste muito de comer, fico orgulhoso em saber que a gastronomia portuguesa conquista pessoas ao redor do mundo, com comidas típicas como pastéis de nata, o bacalhau e o caldo verde.
Outra coisa que amo em Portugal é a monumentalidade de algumas construções e as belezas naturais. Amo apreciar os edifícios modernos ou históricos, em cidades como o Porto ou Lisboa,
e, na questão da natureza, encanto-me com as paisagens do Algarve, do Douro e das Regiões Autónomas.
Além destes motivos, sinto-me orgulhoso em ser português pela nossa língua, que é das mais faladas no mundo, seja, ou não, em países com o português como língua oficial, como o Brasil ou Moçambique.
Por fim, adoro saber que temos grandes nomes na literatura e ciência, tais como Fernando Pessoa, como escritor, e António Damásio que deixa a sua pegada como um cientista que contribuiu para o conhecimento do cérebro humano.
Posso concluir que me orgulho de ser português, por uma série de características do nosso país, que nos individualizam numa época de globalização. Se não nos tivéssemos tornado um país independente, provavelmente, não teríamos estas características, que tanto aprecio.
Matias, 8ºAS
Fazer parte do povo português pode ser motivo de orgulho, já que este ultrapassou diversas dificuldades e períodos difíceis. Podemos mesmo dizer que por detrás de Portugal existem muitas histórias e na maioria delas reflete-se o carácter do povo português, que pode ser consi-
derado determinado e aventureiro. É um povo sonhador e ao mesmo tempo povo de ação. Eu considero que Portugal tem uma ótima cultura, desde a literatura à gastronomia, arquitetura, escultura e muitos outros, e tudo isso reflete o trabalho e esforço que os portugueses tiveram.
Eu gosto de ser portuguesa, mas no entanto se Portugal não tivesse conseguido a sua independência estaria habituada aos costumes espanhóis, mas haveria sempre a questão: e Se... e talvez viesse a sentir que o povo português tinha falhado e não o descreveria da mesma forma que agora o faço.
Matilde, 8ºAS
Ser português para mim é carregar a herança de uma rica História, marcada por descobrimentos, tradições e resistência. É sentir a diversidade das paisagens mais bonitas que já vi, desde simples praias ou campos até às antigas e novas construções. É viver entre a modernidade e a nostalgia, valorizando a comunidade, a cultura e a simplicidade que tornam Portugal um lar incrível para mim.
Embora eu ame Portugal, reconheço que ser espanhola ofere(Continua na página 15)
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ceria uma experiência única. Ser parte de uma nação, com a sua rica cultura, e outras coisas, como a paixão pelo flamenco, culinária saborosa e festivais animados.
No entanto, cada um tem a sua opinião, e ser português ou espanhol traria diferentes perspetivas e enriqueceria a minha visão do mundo.
Viviana, 8ºAS
A vida dos vossos antepassados era muito mais complicada do que a vida atual, mas como seria? É o que vamos ver agora...
Na época do Paleolítico, que foi o período de tempo onde os vossos antepassados surgiram, o mundo era diferente, não havia casas, supermercados, fábricas…tínhamos de fazer tudo por nós...
Suponho que querem é passar à parte onde mostro o dia-a-dia dos vossos antepassados, então lá vamos nós:
O dia começou, estou dentro da minha caverna, com a minha família e o sol está a enviar grandes fontes de calor, ouço ao lon-
ge um mamute e alguns pássaros e, depois de me organizar com a minha tribo, vamos caçar. Ainda não temos armas muito desenvolvidas, mas a técnica já é apurada! Estou a usar uma lança cuja ponta é uma pedra, tão bem trabalhada, que é tão eficaz como as facas das cozinhas modernas. O meu companheiro usa um raspador e lâminas para tirar a pele do mamute que vai ser usada para fazer a nossa roupa. Trouxe também um propulsor para dar mais potência á minha lança.
Após uma cansativa caçada, conseguimos carne para a nossa tribo, que é das mais unidas que conheço, damo-nos todos bem e conseguimos desenvolver laços de grande afetividade. Recordo que não podemos ficar muito tempo, há predadores em todo o lado e, na natureza, também podemos ser caçados.
Regressamos ao acampamento, depois de termos passado por incontáveis perigos...Penso que não vos falei da nossa casa, vivemos dentro de uma gruta, no sopé de uma montanha, à frente da entrada estende-se uma grande planície e há, também, um lago, que nos fornece peixe fresco.
As mulheres da tribo, depois de acesa a fogueira, assam a nossa carne que será acompanhada de frutos e vegetais que recolheram nos campos vizinhos: alimentamo-nos apenas daquilo que a natureza fornece: o que no séc. XXI é valorizado como a Dieta do Paleolítico.
Temos uma boa vida, em comunhão com a natureza. Claro que no séc. XXI a vida é mais fácil, mas há comportamentos que terão que ser repensados porque não há um Planeta B.
Duarte, 7º AS
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Escola
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ESCOLA secundária de valongo
Título: Alunos do Curso Técnico em Eletrónica, Automação e Computadores realizam enriquecedora visita de estudo à LIPOR e Corticeira Amorim.
Subtítulo: "Reparar para Prevenir" - Uma experiência prática que ampliou horizontes e conhecimentos.
Data: 11/01/2024
Os alunos do Curso Técnico em Eletrónica, Automação e Computadores da nossa escola tiveram a oportunidade única de participar de uma visita de estudo às instalações da LIPOR, empresa dedicada à gestão de resíduos urbanos, e à renomada Corticeira Amorim, referência mundial na produção de produtos derivados da cortiça.
Sob o tema "Reparar para Prevenir", a visita teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma experiência prática e aprofundada sobre as práticas de gestão sustentável de resíduos e a inovação na indústria.
Na LIPOR, os alunos foram recebidos por especialistas que compartilharam informações cruciais sobre a coleta seletiva, reciclagem e o impacto das tecnologias na redução do impacto ambiental. Os estudantes puderam observar de perto o funcionamento
de equipamentos modernos e compreender o papel fundamental da tecnologia na preservação do meio ambiente.
A segunda parte da visita foi à Corticeira Amorim, uma empresa líder global na produção de produtos de cortiça. Os alunos foram guiados por um tour pelas instalações, desde a colheita sustentável da cortiça até a fabricação de produtos finais. Durante a visita, os estudantes tiveram a oportunidade de explorar as
inovações tecnológicas aplicadas no processo produtivo, destacando a importância da tecnologia na preservação de recursos naturais.
O professor responsável pela organização da visita, Emanuel Esteves, destacou a importância dessas experiências práticas para a formação dos alunos.
"Estas visitas proporcionam uma oportunidade única para os estudantes aplicarem na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Além disso, permitem que eles compreendam o papel da tecnologia nas soluções sustentáveis, preparando-os para os desafios futuros".
Os alunos, por sua vez, expressaram entusiasmo pela oportunidade de aprender com profissionais experientes e aplicar con-
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Escola secundária de valongo
ceitos teóricos num ambiente real. A visita proporcionou uma visão mais ampla do setor industrial e incentivou o pensamento crítico sobre a interação entre tecnologia, sustentabilidade e inovação.
Essa experiência enriquecedora reforça o compromisso da nossa escola em proporcionar uma educação de qualidade, conectando teoria e prática para preparar os alunos para os desafios do mundo contemporâneo.
Manuel Esteves
No Dia Mundial da Filosofia, a Escola Secundária de Valongo brilhou ao promover uma exposição de trabalhos feitos pelos alunos, proporcionando assim um bom ambiente para reflexões e debates filosóficos. Esta iniciativa não apenas celebrou a Filoso-
No dia 13 de setembro os alunos dos cursos técnicos profissionais de Eletrónica, Automação e Computadores tiveram a oportunidade de explorar inovações no mundo dos veículos híbridos e elétricos durante a sua visita ao Salão Automóvel Híbrido e Elétrico de 2023, realizado na cida-
de do Porto. Este evento permitiu que os estudantes se familiarizassem com as últimas tendências em eletrónica automóvel e automação, preparando-os para carreiras especializadas na indústria em constante evolução.
Manuel Esteves
fia, mas também incentivou os alunos a explorar os trabalhos realizados por colegas e expandir a curiosidade sobre a disciplina. Na minha opinião, este tipo de atividade é importante para fortalecer o interesse dos alunos e cativar a aprendizagem e, da forma como foi executada, alcançou as expectativas. Espero que a escola continue a apostar em atividades como esta porque,
sem dúvida, dinamizam a aprendizagem.
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Diogo Rafael Caetano, nº7,11º LH1
Escola
No dia 16 de novembro, na escola secundária de Valongo realizou-se uma atividade com o objetivo de comemorar o dia Mundial da Filosofia, onde se debateram temas como o 25 de Abril, a liberdade, as diferentes realidades em diversos países e onde também houve local para partilha de experiências e vivências.
Para comemorar este dia os alunos realizaram diversos trabalhos como maquetes, cartolinas, cartas e até mesmo uma música cantada e tocada ao vivo. Este momento foi bastante interessante e importante para compreendermos melhor as diferentes realidades vividas por cada um de nós. Foi também muito abordado o tema do 25 de Abril, onde houve local para a partilha de informações sobre cada país que os alunos já tinham vivido, para além de Portugal. Tivemos o exemplo da Venezuela e do Brasil, onde conseguimos perceber que de facto a segurança e a
liberdade do nosso país são preciosas e devem ser valorizadas. Além do mais, falamos também sobre o poder de compra dos diferentes países e a situação decadente que alguns deles se encontram. Realçamos o facto de que como já nascemos com liberdade não sabemos dar-lhe a importância necessária e, assim tivemos a oportunidade de perceber melhor como funcionava tudo antes do 25 de Abril, relembrando este célebre dia. Falamos inclusive, do facto de talvez ser necessário outra revolução para mudar mentalidades, o que também concordo porque estamos a ficar de novo demasiado restritos ou excessivos relativamente à liberdade que nos permitimos ter. Do meu ponto de vista, esta atividade foi bem planeada e realizada, além disso foi um momento bastante enriquecedor e permitiu-nos interagir com pessoas de outras turmas, o que normalmente não fazemos.
Assim sendo, penso que este dia foi essencial e contribuiu para a construção de sociedades mais reflexivas, tolerantes e resilientes. Aliás, ajudou também, na compreensão mais profunda e significativa do mundo que nos rodeia.
Joana Gomes
Pretende-se, desta forma, recordar o dia que ficou marcado por um levantamento militar, lembrar a sua história, a resistência de um povo, em que num só dia, derrubou sem sangue o regime ditatorial. Esse dia, é conhecido como a Revolução dos Cravos, revolução que ocorreu devido ao descontentamento da população, à luta contra a repressão, contra a exploração e contra a guerra colonial.
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Vejamos o que nos diz uma testemunha deste evento histórico, um ex-militar da Guerra Colonial: - “Antes do 25 de Abril, sentiame um aprisionado, um homem que vivia num país de que gostava, mas no qual não tinha liberdade nem podia ter grandes aspirações. A sociedade de então era de uma dezena de famílias e achavam-se donas disto tudo.”
O 25 de Abril teve um enorme impacto a nível mundial, mas essencialmente para o povo português, passou a haver a possibilidade de “deixar de ser o povo do pé descalço e o povo da fome” pelo qual era conhecido, o povo das mulheres sempre todas vestidas de negro, as “viúvas de homens vivos”. Passou a haver a possibilidade de todos terem os mesmos direitos e as mesmas oportunidades independentemente da sua condição social. A grande obra do 25 de Abril, era trazer essa igualdade a todos os portugueses e tentar viver também em igualdade com o mundo.
Passados 50 anos, mais importante do que fazer a habitual pergunta “Onde estavas no 25 de Abril de 1974?” é, sem dúvida, perguntar “Onde estarias se não fosse o 25 de Abril?”
Matilde Rodrigues, 12º LH2
No passado dia 3 de outubro, o Professor Doutor Carlos Marinho aceitou o desafio de vir ao nosso agrupamento falar sobre a “magia da Matemática” para todos os atores da comunidade escolar do agrupamento. Em duas sessões, o Professor Marinho, de uma forma bastante divertida, interativa e descontraída, brindou-nos com a sua boa disposição e arte de transmitir a importância e a utilidade da Matemática no nosso dia-a-dia. Os docentes e os discentes envolve-
ram-se com entusiasmo e ficaram surpreendidos com o “poder” e a “magia” da Matemática, tomando assim, maior consciência da sua importância e utilidade.
Participaram no evento:
EBS – 114 discentes e 16 docentes; ESV – 224 discentes e 20 docentes.
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José Peres
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Escola secundária de valongo
Sucesso na Primeira Caminhada "Põe-te a Andar" à Serra de Santa Justa.
No passado dia 23 de dezembro de 2023, a Serra de Santa Justa foi palco da primeira edição da caminhada "Põe-te a Andar", uma iniciativa que reuniu alunos e docentes entusiastas do desporto e da natureza. O evento contou com a valiosa colaboração dos alunos do 2º ano do CTESP de Desporto e Turismo de Natureza, José Paulo Oliveira, Filipe Mateus, Gonçalo Costa e Kauã Oliveira, promovido pela Escola Secundária de Valongo.
A caminhada, que contou ainda com o apoio da Divisão da Saúde da Câmara Municipal de Valongo, foi um verdadeiro sucesso, reunindo participantes de diferentes faixas etárias e níveis de experiência. A ação visava promover a atividade física, a consciência ambiental e o espírito de comunidade, reunindo esforços para explorar as belezas naturais da Serra de Santa Justa.
sem, recebiam um prémio. A colaboração da Confraria da Santa Justa e Santa Rufina adicionou um toque especial à jornada, proporcionando aos participantes uma experiência enriquecedora e cultural. A presença e cooperação de vários clubes e
veu a saúde física, mas também estimulou o convívio social, fortalecendo os laços entre os participantes.
O evento destacou-se não apenas como uma oportunidade para a prática de exercício físico, mas também como um exemplo notável de cooperação entre entidades locais. A união de esforços entre a Câmara Municipal de Valongo, instituições educacionais e organizações comunitárias reflete o compromisso conjunto com a promoção da saúde, bem-estar e preservação ambiental.
projetos da Escola Secundária de Valongo demonstraram o envolvimento ativo da comunidade escolar na promoção de estilos de vida saudáveis.
A caminhada "Põe-te a Andar" à Serra de Santa Justa marcou o início de uma "tradição" que se espera que cresça e envolva cada vez mais membros da comunidade.
Os Clubes e projetos envolvidos agradecem a todos os participantes e parceiros, por tornarem possível esta experiência tão enriquecedora.
A médica de Saúde pública falou da forma de prevenir o AVC e seguidamente fez um jogo em que, se os alunos(as) acertas-
O percurso da caminhada permitiu aos participantes desfrutar das paisagens deslumbrantes da Serra de Santa Justa, enquanto se envolviam em conversas animadas e experiências educativas. A atividade não só promo-
A expetativa é que as futuras edições continuem a incentivar um estilo de vida ativo e o respeito pela natureza, promovendo o bem-estar e a integração na comunidade de Valongo.
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Ana Nobre, Psicóloga do AEV
Início do estudo da Probabilidade - Resolução estruturada de problemas com elaboração de uma composição – uma partilha que envolveu os docentes José Peres e Lurdes Ferreira do grupo 500 e as turmas 12º CT2 e CT3
JORGE BUESCU, Professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
jsbuescu@fc.ul.pt
De certeza que já tomaste meia de leite muitas vezes mas talvez nunca tenhas pensado se será indiferente deitar primeiro o café e depois o leite ou ao contrário. Se em vez de café tiveres chá com leite aí está a estória que é considerada como o prelúdio da estatística moderna que podes ler no anexo.
“Era uma cálida tarde de Primavera na Inglaterra dos anos 1920. Um grupo de professores e investigadores e suas mulheres aproveitavam o bom tempo para tomar o seu chá ao ar livre. Quando lhe foi passada a sua chávena de chá por um dos presentes, uma das senhoras recusou-a, afirmando que preferia que primeiro fosse vertido o leite
na chávena e só depois o chá, e não primeiro o chá, como lhe estava a ser oferecido, para depois verter o leite. Estabelece-se um silêncio embaraçado na mesa. A certa altura, alguém comenta: “Mas deitar primeiro chá no leite ou leite no chá não faz qualquer diferença. A química é a mesma, as quantidades são as mesmas, é tudo igual. Que diferença poderia existir?”. “Mas é claro que faz diferença. O sabor é completamente diferente”, afirma a senhora, com um ar um pouco incomodado na sua dignidade. Gera-se na mesa uma discussão sobre a magna importância da ordem do chá e do leite no gosto da bebida, até que se ouve a voz tranquila de um jovem a dizer: “Vamos testá-la”. Quando se viram para si alguns
olhares interrogativos, reafirma: “É uma hipótese muito interessante. Vamos testá-la”. Uma voz entusiasmada por trás dele afir-
ma: “Sim, vamos testá-la. E é já!”.
(in Ingenium nº 170, outubro de 2020).
Mas vamos voltar à nossa meia de leite e estabelecer alguns pontos para que possas, tu mesmo, realizar a experiência. Para tal vamos partir do cálculo combinatório para chegar à probabilidade que vai ser o conteúdo que vamos começar a explorar.
Primeiro vamos estabelecer um valor abaixo do qual estatisticamente eu posso validar a afirmação de que consigo detetar se primeiro foi colocado o café e depois o leite ou ao contrário e seja 5% esse valor (nível de significância valor – p, este teste, ainda hoje é utilizado em muitos estudos que culminam em teses de doutoramento e não só, por exemplo, como pode ser visionado no vídeo disponível na ligação: https:// youtu.bedmvU8N_EmCwsi=1dLn99kSa fYx9aBq
Fábio Machuqueiro - Jogos de Tabuleiro e o Desenvolvimento do Pensamento Computacional, a partir do minuto 36:02). Se a percentagem dos meus acertos for inferior a 5% então valido a minha afirmação.
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Depois tenho que considerar o número total de repetições da experiência pois se forem demais a meia de leite pode arrefecer e influenciar a minha escolha e não podem ser de menos pois a minha percentagem pode ser igual ao valor limite, por exemplo, se fossem 6 as repetições em que três das chávenas seriam preparadas como eu disse e outras três ao contrário e para validar a minha afirmação teria que acertar nessas três a minha percentagem de acerto seria precisamente de 5% (como cheguei
estabelecido já seria validado. A forma como escolho as chávenas deve ela própria ser aleatória para garantir o acaso, por exemplo, posso utilizar uma roleta com seis ou oito quadrantes iguais (podes utilizar os teus conhecimentos de trigonometria para os construíres) ou um dado normal ou octaédrico para garantires o acaso.
Na vida real é com base nesta experiência que muitas vezes nos colocam várias bebidas em recipientes opacos para vermos a nossa preferida.
rias e métodos de contagem adequados às diferentes situações, importando efetuar uma consolidação desses conceitos. A tarefa/atividade implementada permitiu que a proposta educacional fosse atrativa para os discentes mas não deixa de ter uma vertente que promove o recurso a tempos e destrezas que enquadram o processo de pesquisa, conjetura, provas e refutações, pelo que podem ser tratados cientificamente e neste caso estatisticamente em proveito do desenvolvimento do sucesso e
a este valor? Com os teus conhecimentos de cálculo combinatório podes chegar ao valor) o que levaria a um problema pois não conseguiria convencer estatisticamente outrem.
Se em vez de seis o número de repetições fosse de 8 em que metade das chávenas fossem preparadas como eu disse e a outra metade ao contrário e eu acertasse precisamente nas quatro preparadas como eu disse o valor da percentagem de acertos seria de 1,73% (como cheguei a este valor?) o que pelo critério
No cálculo da minha percentagem de acertos dividi o meu número de sucesso pelo total de possibilidades e este é o princípio geral da probabilidade que vamos começar a explorar.
Na análise das dificuldades evidenciadas no trabalho que realizaram encontram-se as relacionadas com o cálculo de probabilidade que resultam de situações de interessa ou não a ordem, manipulação de conjuntos enquanto concretização de acontecimentos de experiências aleató-
da sua qualidade.
A abordagem e interação entre os docentes, em contexto de sala de aula, enriqueceu a atividade e promoveu a partilha de experiências. Sendo a formação dos dois professores muito diferente, estas partilhas aproximam e enriquecem as suas práticas letivas.
José Peres
O Binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo, não existe é muita gente para o perceber…!!!
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O que é que o Triângulo de Pascal tem que ver com as pizzas e o Binómio de Newton tem que ver com a Ode Marítima ou com O Vento lá Fora?
Trabalho de projeto do primeiro semestre para os discentes do 12° CT 2, 2023/2024, Agrupamento de Escolas de Valongo?
Preparação para o trabalho de projeto
O problema da pizza
Uma pizzaria pediu-nos que ajudássemos na organização do seu cardápio de pizzas.
A pizza clara padrão contém queijo com molho de tomate.
Um cliente pode, então, selecionar as seguintes coberturas para acrescentar à pizza clara inteira: pimentões, chourição, cogumelos e mortadela.
Quantas escolhas diferentes para pizza um cliente tem?
Liste todas as possíveis seleções.
Elabora uma pequena composição onde explicitem o vosso raciocínio.
O texto será avaliado recorrendo à seguinte rubrica de avaliação: Trabalho de exploração da tarefa disponível em:
https://drive.google.com/file/ d/13RifIaQQbTbNBCc4xJ1n_w0fPt Wh_9aS/view
Resposta do grupo de trabalho da Ana Pinto, da Ana Rita, do Dinis Gonçalves, da Leonor Coe-
lho, da Luana Pinto e da Renata Faria:
O cliente que vá à pizzaria poderá escolher entre 1,2,3,4 ou nenhum condimento à pizza clara padrão. As possíveis seleções serão determinadas por combinações e não arranjos, visto que não interessa a ordem de escolha das coberturas. Por exemplo, escolher primeiro pimentão e depois chourição é igual a escolher primeiro chourição e depois pimentão. Além disso, se houvesse repetição de algum ingrediente, a pizza não seria diferente (ter uma pizza com 1 dose de cogumelos é igual a ter uma pizza com 2,3,4,… doses de cogumelos, pelo que não faz sentido contabilizar essas seleções para o cálculo do número máximo possível delas). Num outro contexto, por exemplo numa gelataria seria lógico escolher três bolas do mesmo sabor, tendo todas o mesmo tamanho, contudo numa pizzaria não é lógico colocar três vezes o mesmo topping já que implica prejuízo tanto para o cliente como para o próprio estabelecimento. Portanto, se observarmos, percebemos que há então 5 tipos de seleção de ingredientes, ou seja há 5 elementos, no contexto do triângulo de Pascal, pelo que nos referimos à 5.ª linha do mesmo. Ora se n+1=5, então n=4. Para sabermos todas as possíveis seleções iremos
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somar cada elemento da linha, ou seja, 2^n= 2^4= 16; ou podemos fazer de forma mais extensa 4C0+4C1+4C2+4C3+4C4= 1+4+6+4+1= 16. Assim, concluímos que há então 16 possíveis seleções de ingredientes, sendo possível a venda de 16 pizas
distintas.
Trabalho de projeto:
Grava um vídeo de (máximo 5 minutos) e envia para o Classroom com a resposta à proposta.
Proposta:
Um conjunto tem ao todo 2^11 subconjuntos. Quantos desses subconjuntos têm exatamente cinco elementos?
No teu vídeo terás que explicitar com justificações a resposta apresentada e abordar as seguintes questões:
1) Reescrever a linha seguinte do triângulo de Pascal, mas usando combinações.
2) Referir as propriedades do triângulo de Pascal, que são necessárias para responder ao problema apresentado.
3) Apresentar uma demonstração matemática formal para uma das propriedades apresentadas. Proposta oportunidade de apro-
fundamento (a enviar até ao dia 11 de janeiro de 2024)
4) Atendendo às propriedades do triângulo de Pascal resumidas no link a seguir:
https://medium.com/i-math/top-10secrets-of-pascals-triangle6012ba9c5e23
comparar com a obra Ode Marítima, por exemplo, disponível em:
https://youtu.be/nieXMs2cW1M nomeadamente, ao estabelecer de um paralelismo entre a onomatopeia do vento, que se expande, tal como o Binómio de Newton com o aumento do valor do expoente.
Primeira fase do trabalho do grupo da Beatriz Serra, da Inês Mendanha, da Mariana Coelho, da Leonor Moreira, das Lia Silva e da Sara Passeira disponível em:
https://drive.google.com/file/ d/1tDTXnWQoe7NnY4elez0Y46H86hxQdop/view Segunda fase do trabalho do grupo da Beatriz Serra, da Inês Mendanha, da Mariana Coelho, da Leonor Moreira, das Lia Silva e da Sara Passeira disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1kx9yTv2qMFVtG_O5wrm7U1GMfZSg_A w/view
Os trabalhos foram avaliados e classificados recorrendo a uma rubrica analítica para avaliação do produto final:
Possíveis extensões do trabalho: Como exemplos poderiam ter efetuado a recensão da obra "A mandíbula de Caim" um fenómeno no digital:
https://www.publico.pt/2024/01/16/p3/ noticia/assim-rafael-castanhas-terminou -puzzle-mandibula-caim-dez-dias2076900
onde se faz referência erradamente a milhões de combinações e na realidade matemática se tratam de permutações:
https://lifestyle.sapo.pt/vida-e-carreira/ noticias-vida-e-carreira/artigos/ portugues-de-23-anos-resolveu-enigmaliterario-com-90-anos-ha-milhoes-decombinacoes-possiveis
Ou, ainda, nos empilhamentos de laranjas/tangerinas/ mandarinas (levei 30 exemplares para a aula para demonstrar a situação e no final cada aluno teve direito a um exemplar) formando tetraedros e contando o número de elementos se obtém os números tetraédricos e cada grau de empilhamento se obtêm os números triangulares, sendo que as combinações e uma das propriedades "escondidas" no triângulo de Pascal resolvem o problema:
https://elpais.com/ciencia/el-juego-de-laciencia/2024-01-12/2024-y-los-numeros -tetraedricos.html
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A equipa coordenadora do projeto MILAGE APRENDER + disponibilizou os certificados de cumprimento da primeira etapa na iniciativa de promoção dos embaixadores nas escolas e agrupamentos, que distinguiu alguns membros da nossa comunidade escolar.
Empoderados com este desígnio peço-vos que me ajudem a passar a palavra aos restantes membros da comunidade escolar e educativa sobre a significância da utilização deste recurso na promoção da aprendizagem. Neste ano letivo foi novamente atribuído ao nosso agrupamento o selo escola MILAGE em cerimónia nos paços do concelho, onde também foi distinguido o
melhor aluno do agrupamento no ano letivo transato o Rodrigo Roque do então 11º CT3 e
que contou com a presença do respetivo encarregado de educação, Eng. Paulo Roque, da Senhora Diretora do Agrupamento, Dr.ª Paula Sinde, do Senhor Vereador da CMV com o pelouro da Educação, Dr. Orlando Rodrigues e com o Coordenador Nacional do Projeto Professor Doutor Mauro Figueiredo:
O selo foi afixado provisoriamente em local simbólico, dada a intervenção que está a decorrer na escola sede do agrupamento:
A professora Maria Celestina Henriques foi convidada para participar e apresentar o trabalho desenvolvido com a app na primeira sessão de partilha desta ano letivo da comunidade MILAGE e fez-se acompanhar por algumas alunas que com ela trabalharam: Como metas para este terceiro ano da implementação do protocolo tripartido entre o nosso agrupamento, a autarquia e a universidade proponho a "normalização" deste recurso tecnológico, nas palavras do Professor Dr. Nuno Doroteia, disponíveis em
https:www.youtube.com@centrodef ormacaoordemdesan8976featured e secundadas pelas afirmações do Senhor Diretor da DGE, Dr. Pedro Cunha: "Após a implementação do PTD que
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chegou a mais de cento e oito mil docentes e envolveu perto de mil formadores é tempo de agirmos e nos questionarmos como pode a tecnologia ajudar a reverter os resultados obtidos pelos alunos portugueses nos estudos internacionais, no desvanecer de enormes, gritantes e injustas diferenças entre os nossos alunos e na diminuição da enorme carga de trabalho a que os docentes estão sujeitos todos os dias?, ou seja, nesta fase devemos tornar a tecnologia invisível, não porque não a utilizamos, mas porque ela já faz parte do nosso dia a dia" e também disponíveis no link anterior. Desta forma e a par da utilização da app, agora que vai ter um novo e mais assertivo interface, a realização de um estudo de caso - um processo de formação e desenvolvimento profissional de professores de cunho colaborativo e centrado na prática letivaque coloque a tónica de como pode a app relacionar-se com a promoção do pensamento computacional, com outras app's e com a IA (neste último ponto chamo à atenção para uma sessão de partilha no próximo dia 28 de fevereiro do corrente ano em que serão apresentados alguns projetos que interligam a app com a IA).
Sugiro a consulta dos documentos e recursos disponíveis em:
http://www.ie.ulisboa.pt/projetos/ estudos-de-aula-como-processode-desenvolvimento-profissional e em:
https://www.apm.pt/files/files/ SIEM/2014/ataspdf/
_P19_534363b07463a.pdf para melhor aquilatar das potencialidades de estudos de aula. No decurso da semana que agora termina realizaram-se duas reuniões de trabalho da equipa MILAGE com os embaixadores e com os coordenadores dos embaixadores das escolas e agrupamentos integrados no PIPSE de que nós somos um exemplo e partilho o link de uma breve apresentação do trabalho realizado e a realizar e que nesses fóruns partilhei:
https://
view.genial.ly/65a51bb6e522a8001 4d72072/presentation-pipsecoordenadores-milage Como agenda de trabalho surgiram três ideias fortes: Realização na primeira semana de fevereiro de reuniões de coordenação a nível local dos envolvidos, propondo o dia 7 desse mês pelas 17:00 horas, para nos reunirmos presencialmente, dando conta centralmente da nossa proposta de trabalho; Aproveitar o dia internacional da Matemática - 3/14 lido em inglês
- para tentar estabelecer um novo recorde mundial de resolução de exercícios disponíveis na app nas várias disciplinas e anos de escolaridade, contribuindo para uma cadeia nacional com este propósito;
Realizar num sábado a determinar por nós para uma maratona de criação de novas fichas de trabalho para app pelos nossos alunos, sendo que uma equipa central do projeto se deslocaria até nós para nos ajudar com os aspetos técnicos do evento. A terminar recordo que quem pretende realizar as formações disponibilizadas de "consumidores com a implementação de três cenários - gamificação, pedagogias específicas e autores" e/ou "autores", o pode fazer até ao final do dia de hoje e no nosso caso como estamos abrangidos pelo protocolo com a autarquia e a universidade do algarve a presença não envolve quaisquer custos, além de que releva para a área específica, pois no âmbito da legislação em vigor a universidade anexa uma declaração ao certificado e o centro de formação fornece essa indicação às escolas.
José Peres
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No passado dia 20 de outubro, o Professor Vladimiro Machado aceitou o desafio de proferir a sua “Última aula”, por motivo de aposentação e falar sobre o seu percurso notável no ensino e na educação a todos os destinatários acima identificados.
A receção deu-se por volta das 16:00 e foi um momento revivalista com o homenageado a ter por perto aqueles e aquelas que se foram cruzando ao longo da sua singular carreira dedicado ao ensino, à educação e à formação.
Pelas 17:00 os seus convidados (Professores Domingos Fernandes – Presidente do conselho
Nacional da Educação, Jaime Carvalho e Silva – coordenador nacional dos programas de matemática do ensino secundário e Joaquim Pinto – Presidente da Associação de Professores de matemática) e as suas convidadas (Professora Paula Sinde –Diretora do Agrupamento de Escolas de Valongo e Professora Rosa Ferreira – coordenadora dos mestrados em ensino da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) prestaram o respetivo testemunho sobre o percurso do Professor Vladimiro Machado que se podem sintetizar nas palavras do Professor
Domingos Fernandes: Um grande professor de matemática e um grande pedagogo que é um inestimável exemplo dos profissionais que muito têm contribuído para construir, para erguer, o sistema democrático de ensino no nosso país.
A seguir o Professor Vladimiro Machado proferiu a sua Última aula: Sinto que me faltam as palavras, ainda não sei bem para o quê!, na qual discorreu sobre os seus mentores, as pessoas com quem mais de perto trabalhou e os agradecimentos à sua família e a todos com quem se cruzou ao longo da sua carreira. A cerimónia teve a apresentação e condução da Professora Carmen Figueira que o fez de uma forma extremamente agradável e comovente para com o homenageado, os seus convidados e os presentes. Na assistência técnica estiveram os Professores Manuel Viegas (já reformado e a quem agradeço imensamente), Renato Oliveira e o aluno Tiago.
A reportagem esteve a cargo do Professor Fernando Leitão. O evento contou, ainda, com a presença do Dr. Orlando Rodrigues, vereador com o pelouro da
educação na Câmara Municipal de Valongo, em representação do poder local, faceta muito cara ao homenageado. A finalizar o evento foi servido um Verde de honra a cargo de discentes dos cursos financiados pelo POCH e dos respetivos formadores, onde destaco a colaboração da Professora Emília Neto, também já reformada.
Toda esta iniciativa não seria possível sem a ajuda da direção do agrupamento, a quem agradeço na pessoa da sua diretora, Dr.ª Paula Sinde e todos os funcionários da escola que foram inexcedíveis no levantar desta iniciativa.
Ao todo estiveram envolvidos mais de cem pessoas, entre o homenageado, os seus convidados, docentes e discentes do agrupamento, amigos e colegas de outros agrupamentos, estagiários que se cruzaram com o homenageado ao longo de cerca de 25 anos de formação inicial de docentes e funcionários do agrupamento.
José Peres
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Pinta a mandala a teu gosto e completa a abelhinha.
A todos aqueles que colaboraram e permitiram a edição de mais um número de “O Bugio”, o nosso muito obrigada. A toda a Comunidade Educativa desejamos
Feliz Páscoa!
Ficha técnica
Propriedade: Agrupamento de Escolas de Valongo Equipa de coordenação: Maria Manuela Antunes e Maria do Céu Moura
Colaboração: professores, alunos e encarregados de educação.
Morada: Rua de Fijós 4440334 Sobrado
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