



nortear esse processo de descabonização veicular ou emissão zero no transporte de carga e de passageiros.
As minhas palavras para este Relatório Anual de Atividades 2022 são de otimismo e de agradecimentos a todos que se envolveram intensamente pela causa da Engenharia Automotiva brasileira. Depois de dois anos e meio do início da pandemia por Covid-19, finalmente este ano conseguimos realizar alguns eventos presenciais e participação em diversas reuniões de trabalho, na AEA, em Brasília, nas entidades correlatas ao setor automotivo.
Devo salientar que, nos sete eventos realizados por nossa entidade, este ano, focamos como tema central a descarbonização veicular, tão necessária quanto fundamental para salvar a humanidade. Orgulha-me ressaltar que, diante desses temas tão difíceis e, ao mesmo tempo, delicados, a engenharia automotiva nacional vem desenvolvendo papel preponderante.
Este ano, demos continuidade aos trabalhos da agenda MSBC – Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono, ao lado da Anfavea, SAE, Sindipeças e a Unica. Fomos protagonistas nos debates do Proconve L7 e L8, Euro VI/Proconve P8 e da segunda fase do Rota 2030.
E agora no final do ano, em coletiva de imprensa, a AEA lançou o Roadmap Tecnológico Automotivo Brasileiro, em sua 2ª versão, e a cartilha “Do Poço à Roda”, trabalhos que vão
No cotidiano, ao longo de 2022, estivemos em contato permanente com os ministérios do Governo Federal, envolvidos no setor automotivo, e também com as universidades, tão fundamentais na clarificação para onde a engenharia automotiva nacional deve seguir. Repito o que disse no ano passado: a atuação da AEA permanece vigorosa em temas como emissões veiculares, eficiência energética, segurança veicular, combustíveis, entre outros tantos, ao trazer demandas dos órgãos competentes, debatê-las e devolvê-las com análises e estudos técnicos.
Entendo que a AEA firmou posição técnica à altura do que a indústria precisa e o Governo Federal necessita para a formulação consistente de uma política industrial, ainda em construção, mas que será capaz de manter tanto o polo produtivo como o mercado interno expoentes no cenário internacional. E, obviamente, sem deixar de acompanhar muito de perto as transformações que ocorrem no mundo. Desejo a vocês um ótimo final de ano.
Besaliel Botelho PresidentePresidente
Antonio Carlos Botelho Megale
Vice-Presidente Renato Romio Individual Vicente Alves Pimenta
Ricardo Simões Abreu Henry Joseph Jr. Mantenedor
Antonio Carlos Botelho Megale
Antonio Sergio Martins Mello, FCA Group
Gilles Laurent Grimberg, ActiOil
Diretoria Presidente Besaliel Botelho, AEA
Vice-Presidente
Marcus Vinícius Aguiar, Renault
Anderson Suzuki, AEA
Antonio Calcagnotto, AUDI
Carlos Sakuramoto, GM Edson Orikassa, AEA
Everton Silva, Mahle
Maurício Lavoratti, BOSCH
Sandro Barreto, Petrobras
Stephan Heinz Blumrich, UMICORE
Órgãos Governamentais e Estatais
Daniel Mariz Tavares, DENATRAN
Margarete Gandini, MDIC
Paulo Henrique Demarchi, PRF
Pietro Mendes, EPL
Renato Linke
Valeria Pires Amoroso Lima, IBP
Universidades e Institutos de Pesquisa Alexandre Xavier Lourenço Martins, IQA
Anderson Borille, ITA Fernando Malvezzi, IMT
Francisco Emilio Baccaro Nigro, USP
Marko Ackerman, FEI Renato Romio, IMT
Flávio Sakai, Harman
Gustavo Noronha, Toyota
João Irineu, FCA
Luciana Giles, Cummins Marinna Silva, Ford
Marcello Depieri, Marelli
Marcelo Massarani, FDTE -POLI USP
Marcio Azuma, Honda
Paulo Jorge Santo Antonio, Mercedes-Benz
Raquel Mizoe, GM
Roberta Teixeira, ICONIC Rogério Gonçalves, Petrobras
Sidney Oliveira, Robert Bosch
Gerente Executivo Paulo Consonni, AEA
Assessoria de Imprensa: Koichiro Matsuo, Texto Final
Em 2022 foram realizados 11 cursos em formato online, com destaque aos cursos “AEA Homologação e Regulamentação Veicular” e o “AEA Veículos Híbridos Elétricos - Ênfase em Pesados – Normas Técnicas – Eletrificação e Conversão”, devido a grande procura, foi necessário realizar 2 turmas durante o ano, resultando em aproximando 200 profissionais e estudantes obtendo conhecimento.
Estudos para adoção de sistemas como o AEBS, de frenagem de emergência, e LDWS, de alerta de saída da faixa, já foram encaminhados à Senatran.
No Seminário de Segurança e Conectividade, promovido pela AEA no dia 19 de maio, executivos do setor automotivo, incluindo fornecedores, apresentaram as propostas em estudo para garantir os necessários avanços nos veículos brasileiros, assim como também reconheceram os desafios frente às dificuldades de repasse dos custos das inovações para o consumidor brasileiro.
Marcus Vinicius Aguiar, vice-presidente da AEA, abriu o evento às 9h destacando o tema principal deste ano – “A era do 5G e seus impactos na conectividade e segurança veicular”. Na sequência, o representante do Sindipeças, Jefferson Oliveira, falou sobre a regulamentação de itens de segurança na Resolução 717/2017 do Contran.
“Em seu Artigo 1º, essa resolução estabelece cronograma de estudos técnicos e proposta para a regulamentação dos itens de segurança veicular. De 38 itens propostos, alguns foram concluídos antes do final de 2018, quando os trabalhos foram interrompidos para priorizar os estudos do Rota 2030. A retomada dos trabalhos, prejudicada pela pandemia, só ocorreu no início de 2021em reuniões virtuais”. Importante, no entanto, é que já estão em
estágio avançado as propostas de adoção de Itens como AEBS, Advanced Emergency Braking System ou sistema avançado de frenagem de emergência, e LDWS, Lane Departure Warning System ou sistema de alerta de saída de faixa.
“No primeiro caso, os estudos sobre a incorporação do item em veículos leves e pesados já foram concluídos e encaminhados à Senatran. Em relação ao LDWS, já houve encaminhamento para os pesados e estamos concluindo a proposta relativa aos leves”. Também em análise pelo grupo de trabalho formado por Anfavea, Sindipeças, Abraciclo, AEA e outras entidades ligadas ao setor, a questão do ABS e CBS para motocicletas.
Carla Pachu, engenheira de regulamentação
da General Motors, fez a palestra sobre “Equipamentos obrigatórios para circular em vias públicas – atualização da regulamentação Contran”. Ela abordou o fato de nem todos os itens de segurança serem passíveis de fiscalização. “Dos novos 29 itens incorporados nos últimos anos, 19 podem ser fiscalizados, mas o restante só poderia ser verificado com o carro rodando”.
A engenheira da GM também mostrou, por segmento, os itens de segurança já existentes e os que estão sendo atualizados ou em fase de criação.
Conectividade e o 5G – Na segunda metade do seminário, o tema foi conectividade. André Pelisser, da ETAS, falou sobre “Cibersegurança automotiva: motivações, desafios e soluções”, destacando que esse tema só está ganhando mais espaço no Brasil agora.
“Um veículo pode ter mais de 100 computadores diferentes, que controlam absolutamente tudo”, lembrou Pelisser. “E a tendência é a de se ter uma arquitetura e metodologia de software embarcado cada vez mais flexível, com o automóvel se aproximando de um smartphone. Ou seja, teremos um carro definido mais pelo software que está rodando do que pelo hardware que foi desenvolvido no projeto inicial. É nesse contexto que entra a cibersegurança”.
O executivo explica que todo o ciclo do veículo tem de ser protegido, incluindo a fase de produção, a infraestrutura e o produto em si. “É preciso mitigar os riscos”.
Ainda no segundo bloco, Francisco Soares, da Qualcomm, e Antonio Azevedo, da LogiGo, dividiram a palestra Smart Transportation: C-V2X Technology. O representante da Qualcomm fez um pequeno relato sobre a história da companhia, revelando o registro acumulado de mais de 100 mil patentes.
“São 18 montadoras que atualmente utilizam nossa tecnologia Qualcomm Snapdragon Automotive Infoitainment Platform”, informou Soares, revelando, ainda, que são mais de 100 milhões de veículos atualmente rodando com processadores da empresa.
Entre outros pontos, o executivo destacou a importância de serem feitas atualizações constantes dos softwares, vislumbrando, a partir do que já existe atualmente, uma transformação total da mobilidade urbana: “O carro também vai poder falar com outro carro, assim como também estará conectado com o pedestre e com as redes de operadoras”.
Antonio Azevedo, da LogiGo, também abor-
dou a questão da conectividade com foco no carro autônomo. “Hoje há uma verdadeira sopa de letrinhas relativas aos itens de auxílio à direção visando maior segurança. O objetivo final, contudo, é o veículo 100% autônomo. As tecnologias já estão disponíveis, mas é preciso avanços em infraestrutura”.
Nesse contexto, Azevedo fez questão de enfatizar que o 5G é a cereja do bolo. “Não precisamos necessariamente do 5G para ter carro autônomo. Mas podemos contar com o 5G para termos sistemas com comunicação muito mais rápida e segura de veículo com veiculo e com qualquer outra coisa que faça sentido”.
Além disso, o executivo da LogiGo destacou como positivo o fato de o 5G também permitir que os veículos não tenham que processar tanta informação em seus computadores, “processando isso na nuvem e devolvendo as informações aos veículos em tempo curto”.
Para encerrar o seminário, Ricardo Takahira coordenou um debate sobre todos os temas apresentados. Nessa ocasião, entrou em pauta a questão dos custos envolvidos na incorporação de novas tecnologias, que impactam no preço final do produto com risco de afugentar o consumidor.
Carla Pachu, da GM, disse ser necessário entender o mercado e agregar custo aonde for possível ter resultado palpável. “O consumidor brasileiro não tem o mesmo poder aquisitivo dos que moram nos Estados Unidos ou na Europa. Estamos evoluindo e temos um futuro promissor, mas temos de caminhar de acordo o mercado”, comentou a executiva, que foi apoiada em sua análise pelos demais palestrantes.
Azevedo, da LogiGo, lembrou que desde 2016 existe a possibilidade de a indústria automotiva brasileira entregar produto com conectividade, mas esse processo foi lento inicialmente e ainda há muito a evoluir: “No Brasil, as montadoras têm de focar produto em custo”.
“A era do 5G e
veicular”
A AEA anunciou no dia 9 de junho, ainda no formato online, os resultados do Prêmio AEA de Meio Ambiente, em sua 15ª edição, agora mais amplo, com a inclusão de temas de ESG – Environmental, Social and Corporate Governance, por entender que trata-se de processo de evolução, caracterizado nos dias atuais pelas exigências da sociedade e atendimento por parte dos agentes econômicos.
À 15ª edição do Prêmio AEA de Meio Ambiente, ou a 1ª na versão Prêmio AEA de Meio Ambiente – ESG, 46 trabalhos foram inscritos nas três categorias: Inovação Tecnológica e Ambiental, Responsabilidade Social e Governança Corporativa, e Jornalística. Os trabalhos foram analisados por uma banca de jurados, liderada por Mário Reis, coordenador do evento.
Na Categoria Jornalística, a grande vencedora foi a reportagem intitulada “Como a VW criará carros elétricos nacionais movidos a etanol”, de autoria de Leonardo Felix, editor da Mobiauto, quem levou também uma das menções honrosas com a reportagem “Afinal, carro elétrico polui mais que a combustão? Este estudo responde”. A outra menção honrosa ficou para Guilherme Justino, da Um só planeta (Globo), com a matéria “Rumo à transição verde, mundo tem o desafio de “massificar” transporte com emissão zero”.
O título de melhor trabalho da Categoria Inovação Tecnológica e Ambiental foi para o
Categorias: Inovação Tecnológica e Ambiental, Responsabilidade Social e Governança Corporativa, e Jornalística.
case “Excelência do uso de água na indústria automotiva”, de autoria de Acarton Alves de Sousa, Agnaldo Cavassan Pino Junior, Juliana Tiyoko Yoshioka Coelho, Luiz Fernando Padlas Strazzi e Paulo Henrique Gomes, da Toyota do Brasil.
As menções honrosas dessa categoria foram para os trabalhos “Uso de água residual da lavagem de caminhões betoneira para confecção de concreto”, de Adriana Teresinha
da Silva Dutra, Daiana Cristina Metz Arnold, Jeison Feltes e Vinícius de Kaiser Ortolan, da Universidade Feevale, e “Efficiency Concept Truck – Caminhão Conceito de Eficiência Energética”, Juliane Tosin Fernandes e Luiz Balcewicz, ambos da Volvo do Brasil, em parceria com Diego Slongo Andreis (da Randon) , Luciano Fidelis (Continental do Brasil) e Ben-Hur Boschetti, da Hyva do Brasil.
E, finalmente na Categoria Responsabilidade Social e Governança Corporativa, os vencedores foram Elis Helena C.P. Sinnecker e Thereza Cristina de Lacerda Paiva, da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o projeto “Tem Menina no Circuito”. Uma das menções honrosas ficou para “Programa Bem-Estar”, de Ana Paula Souza dos Santos, Bruna Fonseca Silva, Cinthia Viviane Babler Martins, José Carlos Broch e Marcio de Almeida Silva, da Scania Latin America. A outra menção honrosa foi entregue para
Graziela Araújo Pontes, da Renault do Brasil, por “Programa Geração Futuro”. Solenidade – A sessão de abertura do Prêmio AEA de Meio Ambiente – ESG contou com as participações de Besaliel Botelho (presidente da AEA), Divanildo Albuquerque (vice-presidente da Abeifa), Henry Joseph Junior (diretor da Anfavea), Cláudio Sahad (presidente do Sindipeças) e Valéria Lima (do IBP), que – em linhas gerais – enfatizaram o papel preponderante da engenharia nacional e do setor automotivo brasileiros no processo de descarbonização dos veículos automotores e das plantas industriais, enquanto o representante dos importadores enfatizou a contribuição setorial ao trazer tecnologias de zero emissão. Coube ao coordenador do Prêmio AEA de Meio Ambiente – ESG, Mário Reis, encerrar a solenidade, em nome do diretor de Meio Ambiente da entidade, Edson Orikassa.
Participantes avaliam que o país será protagonista em eficiência ambiental e do veículo no ciclo do poço à roda.
Os participantes do Simpósio de Eficiência Energética, Emissões e Combustíveis, promovido pela AEA no dia 23 de junho, foram unânimes na análise de que são vários os caminhos rumo à mobilidade sustentável no Brasil. O país, rico na produção de combustível de baixo carbono, tem tudo para ser protagonista em eficiência energética no ciclo do poço à roda.
Realizado das 9h às 12h ainda em ambiente online, o evento – que teve por tema “Como equilibrar o tripé da sustentabilidade e avançar na legislação automotiva” – foi aberto por Marcus Vinicius Aguiar, vice-presidente da AEA, que fez considerações sobre a importância do debate e da relevância dos seus participantes.
A primeira palestra, que abordou o “Conceito geral da eficiência energética ambiental”, foi conduzida por Margarete Gandini (Ministério da Economia e conselheira da AEA) e por Marlon Arraes (Ministério das Minas e Energia). Especialista no setor automotivo, Margarete fez um resumo dos avanços obtidos a partir do Inovar-Auto e do Rota 2030, adiantou medidas que estão para ser implementadas no país e informou, ainda, que o
Brasil utilizará o sistema do poço à roda em novo ciclo de medição de emissão dos veículos aqui fabricados a ser implementado de 2023 a 2027.
Segundo revelou, serão medidas as emissões de CO2 desde a obtenção do combustível em sua forma bruta, refino e transporte, até a combustão nos motores. “O Brasil será o primeiro país a utilizar tal sistema”.
Dentre as ações atualmente em análise, Margarete citou o aumento do porcentual do etanol na gasolina, o aumento da participação do etanol hidratado na distribuição dos combustíveis e um programa de conscientização do brasileiro sobre a melhor forma de abastecer seu veículo do ponto de vista do meio ambiente.
Sobre os corredores logísticos sustentáveis, conhecidos como corredores verdes, que vão garantir inicialmente o abastecimento com biometano e numa segunda fase a eletromobilidade, Margarete garantiu que já no segundo semestre haverá novidades nesse campo. Os primeiros serão implantados nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste.
Quanto ao Renovar, que a princípio abrange renovação da frota de veículos comerciais pesados, ela informou que o decreto que criará o programa está em análise no Executivo e deverá ser publicado em julho. “A partir do decreto, sua implementação só dependerá da aprovação da MP (medida provisória) que está no Congresso Nacional”.
olhar desde a produção do combustível até a sua distribuição e seu uso.
Segundo Seabra, a emissão de CO2 com o uso dos combustíveis fósseis é quase o dobro da que verificada com os biocombustíveis. Ele apresentou a ferramenta RenovaCalc, que pode ser encontrada no site da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e serve para calcular a intensidade do carbono no biocombustível – incluindo etanol de cana, etanol de milho e bioquerosene de aviação, dentre outros – considerando todo o ciclo do poço à roda.
A ferramenta contempla dados da produção agrícola e também industrial, levando em conta fertilizantes utilizados, se sintéticos ou orgânicos, tipo de combustíveis e eletricidade, além de área queimada e corretivos, dentre outros itens. “Quando o assunto é sustentabilidade, temos de considerar as questões ambientais e as socioeconômicas”, comentou Seabra, lembrando da importância da geração de emprego no ciclo total do processo.
A última palestra do Seminário ficou a cargo de Damian Moretti, membro da AEA e gerente geral de engenharia da Renault. Na sua avaliação, o país tem de considerar o aumento da participação do etanol, chegando a 50% no mix de oferta interna de combustível.
Marlon Arraes, do Ministério das Minas e Energia, aproveitou o Simpósio da AEA para mostrar as ações do governo na área energética, dentre as quais o RenovaBio e o Rota 2030, reunidas agora no programa Combustível do Futuro. Ele lembrou que a avaliação de eficiência veicular considera apenas do “tanque à roda”, desprezando as emissões de CO2 na geração de energia.
Nesse contexto, enfatizou a importância dos biocombustíveis: “É preciso a adoção de tecnologias automotivas que aproveitem essa vocação do país para a produção sustentável da bioenergia. Não podemos correr o risco de perder essa importante vantagem competitiva e, por isso, a importância de as montadoras receberem sinais claros do rumo que o Brasil tomará com relação mobilidade”.
Proferida por Joaquim Seabra, da Unicamp, a segunda palestra abordou o tema “Intensidade de carbono”. Assim como os demais participantes do simpósio da AEA, também ele insistiu que para uma análise melhor do desempenho total do transporte é preciso
Nesse cenário, Moretti, assim como os demais palestrantes, também destacou que o combustível de baixo carbono (etanol, HVO – Hydrotreated Vegetable Oil, na sigla em inglês – e H2) é uma força no Brasil, apresentando simulações demonstrando o grande potencial de descarbonização que os biocombustíveis representam para a mobilidade brasileira.
Os dois blocos de palestras foram seguidos por debates que tiveram a intermediação de Ricardo Abreu, da AEA, que resumiu a posição consensual no simpósio de que a pluralidade marcará o futuro da mobilidade brasileira. “Vamos por vários caminhos”, enfatizou, lembrando que o tripé da sustentabilidade tem de contemplar o ambiental, o social e o econômico, conforme posição manifestada por todos os participantes do simpósio.
O país, rico na produção de combustível de baixo carbono, tem tudo para ser protagonista em eficiência energética no ciclo do poço à roda.
Evento foi marcado pela defesa dos biocombustíveis brasileiros, com ênfase ao protagonismo do País no contexto da descarbonização.
A abertura do SIMEA – Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva 2022 foi marcada pela defesa dos biocombustíveis brasileiros, tanto por parte dos executivos de montadoras e autopeças como também do governo federal. O tema central deste ano, “A contribuição da cadeia automobilística na descarbonização”, atraiu mais de 750 profissionais ao Expo Center Norte – Centro de Convenções, em São Paulo.
Promovido pela nos dias 18 e 19 de agosto, o evento contou com painéis, palestras, debates e 39 sessões técnicas, sobre conectividade, motores, combustíveis e materiais, entre vários outros temas, além de uma mostra de tecnologia com participação das principais empresas do setor.
O presidente da AEA, Besaliel Botelho, aproveitou a abertura do simpósio para comemorar a volta do formato presencial: “Foram três anos difíceis, por causa da pandemia, e estou muito feliz de estar aqui com todos vocês. Conseguimos manter a chama acesa nesse período e criamos uma capacitação tecnológica de nossos engenheiros, fundamental nesse momento disruptivo do setor automotivo. Parabéns a todos pela resiliência”.
Botelho destacou, ainda, a importância do veí-
culo híbrido flex, com etanol, que ganha notoriedade não só local, mas também em outros países sem vocação elétrica. “O Brasil é um país privilegiado, com uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta”, enfatizou. Nessa mesma linha, o presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, disse entender que novas tecnologias vão coexistir no mundo todo a partir de rotas definidas pelos recursos naturais predominantes em cada região. “Das nossas associadas, 2/3 são pequenas e médias empresas. Nosso papel é difundir informações para que elas adotem estratégias que garantam a sobrevivência e o fortalecimento dos seus negócios”.
Já o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, comentou sobre a importância de ha -
ver políticas públicas que garantam ao Brasil o protagonismo industrial. “Não podemos perder o time. O mundo não vai migrar direto para o veículo elétrico e nós temos tecnologias fantásticas”, comentou, também citando o etanol e demais biocombustíveis brasileiros. Na sua avaliação, o Brasil poderia tornar-se um fabricante de baterias ao invés de importar lítio, por exemplo. Assim como o presidente do Sindipeças, também o coordenador do SIMEA, Renato Faria, avaliou em seu pronunciamento que o caminho rumo à descarbonização será ajustado de acordo com as peculiaridades de cada região: “O Brasil é um case de sucesso no que diz respetivo a combustíveis alternativos”.
A presidente de honra do SIMEA, Margarete Gandini, coordenadora geral de Fiscalização de Regimes Automotivos do Ministério da Economia, fez questão de ressaltar a impor-
tância da engenharia automotiva brasileira em prol de importantes avanços no setor. Citou as evoluções em eficiência energética e a aprovação do programa de renovação de frota, o Renovar, no Congresso Nacional. Mas admitiu que ainda há muito a fazer, como por exemplo a inspeção veicular. “Admito, inclusive, que temos muito mais pontos de interrogação do que respostas”, disse Margarete. “Mas é importante lembrar que o governo não faz carro. A política industrial tem de ser definida com os atores. A decisão vai ser de cada um de nós, não só do governo”.
O coordenador geral de ambientes inovadores e startups do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), José Antônio Silvério, encerrou a sessão de abertura falando dos investimentos do governo, com destaque à destinação de R$ 2,5 bilhões, a partir de 2020, ao setor acadêmico brasileiro.
Na sequência da sessão de abertura, um painel com três palestras, ainda na parte da manhã, centralizou os debates nas ações locais e mundiais em prol da descarbonização.
Thomas Fabian, diretor da ACEA, falou sobre “As tendências de redução de CO2 na pegada de carbono”, fornecendo dados sobre o mercado europeu, com foco principalmente nos veículos pesados.
Segundo ele, desde 2000 houve uma redução de 20% na emissão de CO2 no transporte rodoviário do continente europeu. “A eletricidade limpa, hidrogênio e combustíveis baixo ou zero carbono são cruciais para a transição estabelecida na região, que pre-
vê que até 2040 todos os novos veículos comerciais terão de ser livres de fósseis”, lembrou Fabian.
Marta Giannichi, representante do Ministério do Meio Ambiente, também participou deste primeiro painel, abordando o tema “Visão consolidada da política de redução de carbono no Brasil”. Ela lembrou que para envolver todos nesse processo, o governo publicou decreto em maio convidando os diferentes segmentos econômicos a apresentarem suas curvas de descarbonização.
Em sua avaliação, é necessário promover soluções que sejam lucrativas para todos, ou seja, para as empresas, para o País e para o meio ambiente. “É um momento de transição, durante o qual é fundamental
que o País não abra mão do que tem, como é o caso do etanol. O carro híbrido flex pode ser o caminho para o Brasil”, enfatizou Marta. A outra palestra, sobre “O mercado brasileiro na visão dos fabricantes de equipamento primário”, ficou a cargo de Henry Joseph Junior, diretor técnico da Anfavea. Ele apresentou estudo da entidade concluído em 2021 que apresenta três cenários: inercial, convergência global e protagonismo dos biocombustíveis.
Na tarde do primeiro dia do simpósio, houve três palestras sequenciais, seguidas de perguntas e respostas: “A contribuição do etanol para o futuro da mobilidade”, de autoria de Luciano Rodrigues, diretor da Unica; “Do fóssil ao renovável – sinergias para uma transição sustentável”, de Marcelo Gauto, da Petrobras, e “O impacto da redução de CO2 na visão dos sistemistas”, com Gábor Deák, do Sindipeças. O diretor da Unica informou que no segmento de veículos leves o etanol tem participação de 44% no Brasil, índice que no resto do mundo limita-se a 6%. Ele garantiu que o setor sucroalcooleiro tem capacidade de aumentar em 20% a produção do etanol usando apenas a área de cultivo atual, sem a criação de novas empresas. “A produção de etanol ocupa apenas 6,9% da área agriculturável no Brasil, sendo 5,7% a partir do açúcar e 1,2% do milho”, revelou.
Na sequência foi a vez de Gauto, da Petrobras, falar sobre a estratégia da empresa de investir em um petróleo cada vez mais competitivo. Citou, entre outros exemplos, o Diesel R-5, com 5% de conteúdo renovável: “Já concluímos todas as fase de laboratório e agora estamos fazendo teste de campo em Curitiba. Logo vamos começar os testes comerciais desse novo combustível em outras localidades”.
Já o representante do Sindipeças, Gábor Deák, aproveitou o SIMEA para mostrar pesquisa sobre ações de descarbonização em curso na cadeia de fornecedores. “Diante da pergunta sobre qual o período que a empresa trabalha para atingir a neutralidade, 50% dos participantes da pesquisa responderam não ter previsão nesse sentido”, lamentou o executivo.
Em contrapartida, informou que 6,52% já atingiram a neutralidade e 2,17% têm isso
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por meta até 2025. O período de 2016 a 2030 está na meta de 10,87%, mesmo índice que tem por prazo a faixa de 2031 a 2035. Também é de 10,87% o porcentual das empresas que querem atingir a neutralidade entre 2056 e 2050.
“O Brasil e as fontes de energia alternativas” foi o tema do Painel II, realizado na sexta-feira, 19 de agosto. Antonio Megale, do movimento MSBC – Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono e também conselheiro da AEA, falou sobre “Os potenciais para a mobilidade sustentável no Brasil”, lembrando que no Brasil o transporte rodoviário responde por apenas 13% da emissão total de CO2. “Temos uma relevante diversidade de rotas tecnológicas e programas de peso no âmbito da descarbonização, como o Proconve, Rota 2030 e RenovaBio, todos sob o guarda-chuva do Combustível do Futuro”, lembrou Megale. Ele informou, ainda, que o MSBC promove reuniões semanais com as principais entidades do setor, incluindo Afavea, Unica, Sindipeças, AEA e SAE, e representantes de
universidades brasileiras, para debater o tema da descarbonização.
Em seguida, André Ferri, da Ambev, abordou o tema “Fontes de energia alternativas aplicadas no transporte”. A partir de uma parceria com a VWCO, Volkswagen Caminhões e Ônibus, a empresa investiu em uma frota de elétricos, contando hoje com 253 veículos do gênero, que já percorreram mais de 500 mil quilômetros: “É possível aliar ganhos em sustentabilidade com redução de custos. Com a frota de caminhões elétricos tivemos uma redução de 20% em custo operacional”.
A terceira palestra do Painel II, que teve por tema “Célula de combustível etanol no carregamento de veículos elétricos”, ficou a cargo de Clayton Zabeu, pesquisador do Instituto Mauá de Tecnologia. “Não podemos ficar alijados do mundo”, comentou. “O importante é casarmos soluções locais com tendências mundiais”. Entre os trabalhos em curso do IMT, citou o sistema eletroeletrônico de acoplamento veículo-grid-fonte, já finalizado, e o sistema gerador baseado em SOFC (célula
de combustível de óxido sólido) até 2,5kw, já validado. Além disso, o instituto realiza estudos adicionais com versões diferentes de reformador catalítico em 5kW.
Ainda na parte da manhã do segundo dia, o SIMEA trouxe a palestra “Contribuição das PPPs na descarbonização”, ministrada por Ana Luisa Lage, da Fundep. Ela apresentou a contribuição do programa Rota 2030 no contexto da descarbonização e os projetos em fase de execução da linha V – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão. Aproveitou para convidar os presentes a participarem do Workshop InLab, no dia 1º de setembro, das 16h às 18h, ocasião em que será feito um mapeamento das demandas tecnológicas da linha V.
A última palestra do segundo dia do simpósio da AEA – “Como medir e alavancar as inovações sustentáveis no setor automotivo a partir dos recursos financeiros disponíveis” – foi proferida por Marina Loures, da ABGI Brasil.
O SIMEA 2022 foi encerrado com uma mesa redonda com o tema “O futuro e desafios do portfólio de veículos elétricos no Brasil”, mediada pelo editor-chefe do site Use Elétrico, Marcos Rozen, com participações do piloto de testes Cesar Urnhani, do Programa Auto Esporte; Marcus Vinicius Aguiar, da Renault
e vice-presidente da AEA; Luiz Gustavo Moraes, da General Motors; Luiz Carlos Moraes, da Mercedes-Benz; Argel Franceschini, da VWCO, e Alexandre Parker, da Volvo.
O representante da GM revelou que pesquisa feita com clientes do Bolt constatou que 80% fazem recarga em casa e 90% consideram comprar um elétrico de novo. ´”E um produto fantástico, silencioso e com uma aceleração incrível”, lembrou o executivo. Aguiar, da Renault, comentou que apesar de
ainda representarem um nicho, os elétricos têm hoje demanda crescente.
Além do Kangoo elétrico, utilizado em frotas, a marca francesa comercializa também o Zoe e está trazendo para o Brasil o Kwid elétrico: “Serão 350 unidades, metade para pessoas físicas e metade para clientes corporativos. Os elétricos em geral têm sido bastante utilizados no e-delivery”.
Moraes, da Mercedes-Benz, lembrou que a disseminação dos elétricos depende de infraestrutura, estimando-se ser necessário aporte de R$ 14 bilhões em pontos de recarga e R$ 5 bilhões em geração de energia. “Nós não vislumbramos caminhões elétricos para longa distância, mas para entregas urbanas, com abastecimento a noite, são veículos apropriados”.
Franceschini, da VWCO, citou os três pilares envolvidos na comercialização dos caminhões elétricos: produto, infraestrutura e pós-venda. A empresa produz no Brasil o e-Delivery, que faz parte de frotas como a da Ambev, por exemplo: “O projeto do e-Delivery, desenvolvido 100% no Brasil, começou em 2017. Tivemos de formar mão de obra e hoje temos expertise para fabricar elétricos aqui”.
Parker, da Volvo, comentou que não vai ter uma virada de chave do veículo à combustão para o elétrico: “Esse tema requer uma decisão colegiada, envolvendo sociedade,
poder público e iniciativa privada”. Aguiar, da Renault, lembrou que já há no Brasil empresas de reciclagem de baterias e também interessadas em produzi-las localmente.
Ficou a cargo de Cesar Urnhani falar da experiência de dirigir e testar carros elétricos no Brasil. Ele destacou vários problemas, incluindo a dificuldade de abastecimento em alguns locais. Deixou claro não haver infraestrutura hoje para o brasileiro ter um carro elétrico e aproveitou para defender a disseminação do uso do etanol para contribuir com a descarbonização no País.
O piloto de testes perguntou à plateia quem tinha carro flex, o que levou a maioria a levantar a mão. No questionamento seguinte, sobre o tipo de combustível utilizado, a maioria admitiu abastecer o veículo com gasolina. Ponderou, com isso, que não basta ter o veículo flex se não existe uma conscientização sobre as vantagens adicionais do combustível alternativo.
No embalo do produtivo debate gerado na mesa redonda dos elétricos, o presidente da AEA, Besaliel Botelho, encerrou o SIMEA 2022 lembrando que, por causa do etanol, muitos países têm inveja do Brasil. “Temos um futuro rico em desafios e uma engenharia brasileira preparada para enfrentá-los”.
Em sua 7ª edição, o Seminário de Manufatura, que ocorreu no dia 22 de setembro, em evento online, destacou a importância da economia circular descarbonizada, por meio do macrotema “Indústria 4.0 e COP 26: integrando a sustentabilidade”.
Logo após a abertura oficial de Marcus Vinicius Aguiar, vice-presidente da AEA, o Seminário de Manufatura reuniu sete palestrantes, a começar pela apresentação de Sergio Teixeira de Castro, da Cemig, que fez uma ampla explanação sobre o panorama mundial de mudança climática, as demandas do COP26, a 4ª Revolução Industrial e a realidade brasileira do processo de descarbonização. “A situação ao Brasil é uma das mais privilegiadas do mundo. O uso de energias renováveis – hidráulica, biomassa, eólica e solar – representa cerca de 80%”, pontuou Castro.
A segunda palestra do dia foi de Edmilson de Sant’Anna (Honda Energy) sobre o Parque Eólico Honda do Brasil, localizado em Xangri-lá, responsável por “abastecer” as plantas industriais da montadora em Sumáre, Itirapina e o head-office no Morumbi, em São Paulo.
Juliana Picoli, da FGV EAESP Centro de Estudos em Sustentabilidade, por sua vez, apresentou o projeto “Do berço ao portão: pegada de carbono de veículos leves fabricados no Brasil”. Vale destacar que cada vez mais ganham força os protocolos de ESG no setor automotivo. É preciso olhar para dentro das fábricas. Daí
a importância da palestra de Picoli, que descreveu detalhadamente o projeto de descarbonização das plantas industriais. E não mais somente do produto automóvel. Diante da tendência mundial por eletrificação veicular, o consultor de Sustentabilidade da UNICA, Ricardo Abreu, desenvolveu o tema “O papel da bioenergia na mobilidade e na produção sustentáveis”. “No caso brasileiro, é imprescindível observar o tripé social,
A situação ao Brasil é uma das mais privilegiadas do mundo. O uso de energias renováveis –hidráulica, biomassa, eólica e solar – representa cerca de 80%.
ambiental e econômico-financeiro da cadeia produtiva nacional”, argumentou Abreu. “Hub latino-americano de descomissionamento automotivo” foi o tema da palestra do Thiago Gomes, da Firjan. Em sua avaliação, “durante o processo de criação de um produto veicular, já é preciso se prever o seu descarte e a reutilização de peças e de componentes, lembrando que, somente no Brasil, de 1,65 milhão a 3,1 milhões, por ano, de veículos chegam ao seu final de vida. E somente de 4% a 6% da frota circulante é recuperada”. Na sequência, David Noronha, da Energy Source, mostrou a realidade da “Reciclagem de baterias de lítio” no Brasil e no mundo. E, por fim, William Pazos, da Air Carbon Exchange, palestrou sobre “Créditos de car -
bono e mercado de ativos ambientais”, por meio do qual destacou o futuro do negócio de carbono. O Seminário de Manufatura foi encerrado com sessão de debate entre todos os palestrantes, mediada por Carolina Assumpção, da DENSO.
As evoluções já estão em curso e são grandes os desafios do setor de lubrificantes, aditivos e fluidos na transição energética da indústria automotiva mundial e brasileira. Com foco na descarbonização, os investimentos na área buscam produtos que contribuam para maior eficiência energética dos veículos e prazo cada vez mais alongado para a troca dos lubrificantes.
Com o macrotema “O impacto da transição energética na lubrificação automotiva”, a AEA, promoveu no dia 27 de outubro o XV Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos, ainda em forma online. A abertura do evento ficou por conta do vice-presidente da AEA, Marcos Vinicius Aguiar, que destacou a importância dos atuais aportes no desenvolvimento de novas tecnologias.
A coordenadora do simpósio, Simone Hashizume, ex-diretora da AEA e hoje na Vopak, por sua vez, lembrou que as soluções de descarbonização vão variar nas diferentes regiões, destacando que o Brasil tem uma matriz energética que permite navegar de forma menos pressionada nesta transição.
Na primeira parte do evento, Ângela Oliveira da Costa, da EPE – Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao Ministério das Minas e Energia, abordou o tema “Transição energética”. Também lembrou que o Brasil é rico em recursos energéticos, citando vários programas do governo nesse sentido, dentre os quais os
relativos ao biogás e bioenergia.
A previsão da representante da EPE é a de que os veículos eletrificados vão representar apenas 6% do total de 4,6 milhões de licenciamentos previstos para 2031. Disse que a eletromobilidade ainda tem muitos desafios, destacando que o tema transição energética tem de, necessariamente, contemplar o tripé social, econômico e ambiental.
Na sequência, falou Marco Garcia, da Scania, que abordou as soluções de mobilidade no segmento de veículos pesados, lembrando ser o óleo um componente de papel vital no impacto ambiental, no desempenho e na economia do motor. Por isso, explicou, é fundamental que o usuário utilize lubrificantes que atendam as especificações do fabricante,
que variam de acordo com os modelos.
O mais recente desenvolvimento da Scania é a nova geração de óleo LDF-4, que eleva o desempenho do motor a um novo nível, reduzindo significativamente o consumo de combustível. De acordo com Garcia, a Scania trabalha direto com as academias para evoluir nessa área, sabendo que no caso dos veículos pesados o importante é evitar paradas desnecessárias do veículo. “O objetivo é sempre reduzir consumo e aumentar a extensão do período de troca de óleo”.
Ao final das duas primeiras apresentações, Everton Gonçalles, ESG Consultoria, coordenou um debate com a participação dos representantes da EPE e da Scania, que responderam a uma série de perguntas encaminhadas pelos participantes virtuais do simpósio.
Elétricos, diesel e motos – A segunda parte do simpósio contou com seis palestras, sendo a primeira de Leandro Laurentino, da Iconic, sobre “Fluidos de arrefecimento para veículos elétricos”. Ele comentou que os elétricos contribuirão cada vez mais para a descarbonização do planeta, frisando que as linhas futuras de fluidos de arrefecimento devem atender aos conceitos de maior segurança, ampla eficiência na troca de calor e menor condutividade elétrica.
“Em alguns anos, o fluido já deverá estar em contato direto, para operação do veículo, com as novas fontes de energia, como as baterias. Precisaremos ter uma formulação mais robusta do produto para atendermos um nível quase zero de emissões de CO2 e um desempenho seguro e eficiente de carros, motos e caminhões”, comentou Laurentino.
Após a palestra do representante da Iconic, foi a vez de Brent Brennam, da Afton Chemical, falar sobre “Fluidos de transmissão para veículos elétricos”. Esse tipo de veículo, na sua avaliação, vai ser predominante no mercado já em 2040, o que vem exigindo investimentos crescentes dos OEMs. Segundo explicou os fluidos de transmissão elétrica são projetados para atender aos desafios de desempenho da eTransmission, considerando-se compatibilidade de materiais, propriedades térmicas e elétricas e proteção mecânica superior.
Ficou a cargo de Jorge Manes, da Infineum, falar sobre “Lubrificantes de baixa viscosidade para motores a diesel”. Ele comentou sobre a chegada do Euro VI no Brasil em janeiro próximo, salientando que todas as montadoras estão caminhando no sentido de maior economia de combustível e menor emissão de poluentes. É nesse contexto que os óleos de menor viscosidade ganham cada vez mais importância.
Jeffrey Harmening, da API – American Petroleum Institute, foi o responsável pelo tema “Como o óleo de motor API atual e futuro apoiarão o cenários em mudança”. Informou que a API testa os óleos disponíveis no mercado há mais de 35 anos.
No momento, segundo ele, as empresas buscam a Ilsac GF-7, certificação concedida pelo Comitê Internacional de Padronização e Aprovação de Lubrificação que substitui a atual GF-6. Há uma busca por óleos de ultra baixa viscosidade, frisou Harmening em sua palestra. Dentre as atuais ações da API, comentou sobre a avaliação do impacto do eta-
nol em todos os testes GF-6.
Com relação aos motores do futuro, disse que todos os híbridos plug-in terão de utilizar óleos, enquanto no caso dos elétricos os investimentos serão em novos fluidos. Segundo ele, há um grupo trabalhando nessa área para definir normas e padrões. Lembrou, por fim, que a API tem parceria no Brasil com o IQA, Instituto de Qualidade Automotiva, promovendo cursos sobre lubrificantes.
Brittany Folino e Kasi David, da Lubrizol, abordaram o tema “Óleo do motor híbrido: impulsionando os carros de hoje e a tecnologia do amanhã”. Folino concordou com outros palestrantes de que cada região do mundo vai seguir sua vocação e que na América do Sul, principalmente Brasil, os híbridos vão predominar no caminho para a eletrificação. Informou que a Lubrizol vem realizando pesquisas na região para ver o que o consumidor do carro híbrido quer em termos de óleos lubrificantes, fluidos etc. Segundo a executiva, os híbridos demandam lubrificantes mais robustos, tipo o ACEA-C.
A última palestra do Simpósio da AEA foi proferida por Rafael Ribeiro, da Oronite, abordando o tema “Motocicletas”. O executivo
procurou deixar claro que os óleos utilizados em motos não podem ser os mesmos dos automóveis, informando que também neste segmento o óleo de menor viscosidade vem ganhando cada vez mais espaço.
O evento foi encerrado com um debate com todos os participantes da segunda etapa do simpósio, mediada por Rodolfo Ferreira, da Afton Chemical.
O encerramento foi feito por Roberta Teixeira, diretora de Lubrificante da associação, que destacou ser o Brasil um país privilegiado no contexto de fontes renováveis de energia. Sobre o macrotema do simpósio, finalizou dizendo que a busca por lubrificantes que garantam maior eficiência energética e, ao mesmo tempo, aumento do prazo para a troca ainda encontra oportunidades de novos desenvolvimentos. Destacou a importância estarmos atentos aos novos biocombustíveis e tecnologias de powertrain que trazem um desafio adicional aos formuladores.
“Em alguns anos, o fluido já deverá estar em contato direto, para operação do veículo, com as novas fontes de energia, como as baterias. Precisaremos ter uma formulação mais robusta do produto para atendermos um nível quase zero de emissões de CO2 e um desempenho seguro e eficiente de carros, motos e caminhões”
“O Brasil não tem problema de disponibilidade energética. Mas precisa administrar esses recursos, em paralelo às soluções tecnológicas de powertrain veicular, com o objetivo de reduzir a pegada ambiental e ajudar o planeta a minimizar o aquecimento global”.
Com essas palavras, Heloisa Borges Esteves, da EPE – Empresa de Pesquisas Energéticas, iniciou sua palestra na oitava edição do Seminário de Inovação em Powertrain, no dia 10 de novembro em plataforma online, que contou ainda com outras quatro palestras.
Em sua apresentação – Visão Disponibilidade Energética @2050 -, Heloisa Borges fez ampla e detalhada descrição sobre os cenários mundial e brasileiro dos recursos energéticos daqui a três décadas. “O Brasil, em marcante contraste, possui 50% de sua matriz energética renovável, enquanto o mundo apenas 14%. O futuro da descarbonização não é um futuro sem hidrocarbonetos. Além disso, o mundo sempre vai precisar de mais energia. Por isso, é fundamental que o processo de emissão zero tenha início com a própria mudança de comportamento do consumo”, alertou.
Na sequência, Raquel Mizoe, diretora de Emissões de Veículos Leves da AEA e também da General Motors, falou sobre eficiência energética de veículos de passeio, a médio e a longo prazos, mas resgatou em especial os resultados do Inovar-Auto e do Rota 2030,
fase 1, além de tecer comentários sobre o Rota 2030, fase 2, que se estende até 2032. Nesse sentido, o conceito “Do poço à roda” no setor automobilístico ganhou destaque em sua apresentação, reforçando a contribuição dessa indústria ao meio ambiente.
Raphael Lomonaco, da Cummins, complementou a apresentação de Raquel Mizoe, ao expor temas agudos sobre os caminhos para a descarbonização de grandes centros urbanos.
Antes do último bloco de palestras, a AEA fez a entrega dos prêmios aos melhores trabalhos técnicos apresentados no SIMEA 2022, ocorrido em agosto.
“Visão sobre ECO Design – Como desenvolver soluções com foco no ESG” foi o tema da palestra de Hervelly Ferreira, da Robert Bosch, que abordou as iniciativas da companhia alemã no desenvolvimento de seus produtos a partir do design, ou seja, já projetados com os protocolos do ESG, mas também com base na economia circular.
A última palestra foi ministrada por Janay -
na Bhering, da FUNDEP com o tema “Desenvolvimento de P&D e formação no país com foco para pavimentar o futuro”, por meio da qual mostrou os principais investimentos aplicados no Rota 2030, nas Linhas IV, V e VI para a geração de conhecimento e tecnologia nacional.
Os cinco palestrantes, na parte final do seminário, voltaram para a sessão de debates, mediada por Antonio Megale, conselheiro
da AEA. A abertura do evento foi conduzida por Besaliel Botelho, presidente da AEA, e coube ao Christian Wahnfried, coordenador ao lado e de Everton Silva, diretor de Tendências Tecnológicas da entidade, a sessão de encerramento.
Área Técnica de Emissões e Consumo de Veículos Leves
Comissão Técnica de Eficiência Energética (GT Poço à Roda)
Coordenador: Marcos Palasio, Robert Bosch
Vice Coordenador: Rafael Rossini, GM
Visando suportar a futura discussão sobre a próxima etapa do programa Rota 2030, a CT discutiu com entidades chaves os caminhos para viabilizar a contabilização das emissões de CO2 no conceito do poço-à-roda.
O grupo finalizou as discussões e entregou o texto final “Metodologia de contabilização dos GEE do poço à roda” ao ME em meados de 2021.
Área Técnica de Emissões e Consumo de Motos
Comissão Técnica Emissões e Consumo Motos
Coordenador: Eduardo Sambuichi, Yamaha
A comissão encontrasse em stand-by aguardando a conclusão dos trabalhos dos GTs Durabilidade 2R e Emissões 2R.
Atividades desenvolvidas através dos Grupos de trabalho (GTs):
• GT Durabilidade 2R elaborou o projeto de norma para determinação dos fatores de deterioração das emissões dos veículos da categoria L. O trabalho foi migrado para a CE (Comissão de Estudos) da ABNT, em 08/07/2020, para finalização da norma.
• GT Emissões 2R elaborou o projeto de Instrução Normativa para o sistema OBD-M1 dos veículos da categoria L, assim como o procedimento de homologação para o PROMOT M5. Em 11 de outubro 2022, o grupo finalizou o texto da IN OBD-M2, o qual foi compartilhado com o IBAMA junto com a carta com as justificativas feitas pela comissão.
Comissão
Coordenador: Tadeu Cordeiro, Petrobras
Vice- Coordenador: Marcos Y. Tabuti, VWCO
Atividades suportadas pela CT Emissões de Pesados durante 2022:
a) PROCONVE P8: Continuar monitoramento da implantação, com as dúvidas que surgirem pelos membros do grupo;
b) Procedimento alternativo do ISC – proposta da Volvo c) Estudar o P8 e o uso de combustíveis alternativos e tecnologia híbrida.
d) Legislação da cidade de SP – COMFROTA. Estudar legislação e ver andamento. Num segundo passo seria ver se é pertinente a AEA ajudar nas discussões.
e) Suportar as comissões de diretorias correlatas da AEA (Biodiesel, Calibração, Tendências Tecnológicas, Poço ao Tanque, Vecto).
f) Estudar legislações/harmonização de emissões na América Latina.
g) Revisão da norma NBR ISO1585 (1996) – Atualizar pela revisão da ISO de 2020 que abrange novas tecnologias.
Coordenador: Carlo Gibran, Robert Bosch
Vice-Coordenador: Rodrigo Laurito, Volkswagen
• GT’s do SENATRAN:
Em 2022 a comissão continuou dando suporte aos GTs do SENATARN. Durante o ano, tiveram ao todo 8 grupos, que são: GT Transporte de Mercadoria/Produtos Perigosos, GT 14.98 – Equipamentos Obrigatórios, GT Limitador de Velocidade, GT Roadmap Duas Rodas, GT Tanque de combustível e GT Flamabilidade. Destes, somente o GT Acessibilidade e o GT Duplo Piso ainda não finalizaram os trabalhos.
• Estudo AEB para Veículos Leves:
A comissão também finalizou o texto de LDWS para Veículos Leves, onde foi apresentado na reunião de Diretoria AEA e aprovado. O texto seguiu para encaminhamento ao GT LDW como posicionamento final AEA.
• Temas CTVAT
O grupo também ficou responsável pela elaboração de 3 relatos para a CTVAT:
I. Transmitância Luminosa;
II. Atualização da Contran de Impacto frontal com adição da extensão de escopo (categorias) para impacto frontal/traseiro;
III. Sensor na 5ª roda para veículos com Controle de Estabilidade (ESC/ESP).
Coordenador: A definir;
Vice Coordenador: A definir.
O Comitê de Segurança para Testes de Impacto durante o ano de 2022 debateu a importância de uma conference call com o Sr. Furas pada discutir o RoadMap 2025+ do Protocolo Latin NCAP. Atualmente, o grupo trabalha em uma carta a ser enviada ao Sr. Furas visando o entendimento de mudanças que possam afetar o planejamento e desenvolvimento de novos projetos das montadoras.
Coordenador: Ricardo Grotto, Honda
Vice Coordenador: Raphael Sedano, Yamaha
Durante 2022, o grupo realizou o acompanhamento dos ensaios do EP de Emissões de Motociclos – 8ª Rodada, o qual vem utilizando veículo fornecido pela YAMAHA. Para o EP previsto para 2023, foi manifestado o interesse por parte da Kawasaki em fornecer o item de ensaio. O INMETRO irá disponibilizar uma planilha para preenchimento dos valores dos ensaios de estabilização do item. Quando finalizado, a KAWASAKI deverá encaminhar os resultados ao INMETRO, o qual será responsável por tratar os dados recebidos e apresentar na comissão para verificação de integridade e utilização do veículo. A comissão ainda estuda qual combustível utilizar para os ensaios do EP-2023.
A comissão finalizou em 2022 a 13ª Rodada da Correlação AEA-INMETRO para motores Ciclo OTTO. O INMETRO apresentou em novembro deste ano o relatório preliminar do EP aos participantes.
Durante o ano, os laboratórios informaram que estão com dificuldade na aquisição de Acetonitrila, e quando encontram, o mesmo apresentava contaminações. A comissão realizou reuniões com fornecedores do produto, visando uma melhora na qualidade e cumprimento do fornecimento.
O grupo também vem realizando reuniões com fornecedores de combustível padrão, onde grande parte dos laboratórios vem enfrentando problemas para adquirir o combustível A0 e A22. A comissão vem mantendo diálogo com fornecedores para resolução do problema.
Outras pautas da CT: Guia de Cálculo de Incertezas, Item de Ensaio para os Próximos EPs AEA-INMETRO e Escassez de Gás de Serviço H2/He.
Coordenador: Jefferson Andrade, Mahle
Vice-Coordenador: José Willian Vieira, Marelli
Para o EP 2022, a STELLANTIS realizou 30 curvas para avaliação e aprovação do item de ensaio. Os dados foram compartilhados com o INMETRO, onde foram tratados e posteriormente apresentados para os membros da CT. A comissão concordou que o motor apresentou boa estabilidade e repetitividade para o segmento do EP. Foram realizadas as últimas alterações no protocolo e no cronograma de ensaios antes do início da correlação.
Coordenadores: Anderson Oliveira, MWM
Vice-Coordenador: Clovis Matsumoto, AVL
Em 2022, a CT realizou os últimos ajustes na instrução de montagem dos motores fornecidos pela Mercedes e FTP Industrial para a realização do EP. Atualmente, os ensaios encontram-se em andamento com previsão de término previsto para Junho/23.
Coordenador: Christian Wahnfried, Robert Bosch
Vice Coordenador: Eduardo R. Oliveira, Cummins
Em 2022 o grupo acompanhou os testes e relatórios do combustível B10 e B15 junto ao MME, para avaliação do aumento da mistura de biodiesel, além do trabalho contínuo de acompanhamento de problemas e ocorrências de campo com o diesel brasileiro.
Ações da CT em parceria com Órgãos Governamentais:
• Suporte ao GT MME de testes com biodiesel (B10-15-20) e consolidação dos testes Anfavea/ Sindipeças;
• Revisão das especificações de qualidade do diesel comercial e do biodiesel, RANP50/2013 e RANP45/2014 respectivamente.
• Diesel de referência com biodiesel (B7) para homologação de aplicações Proconve L7, L8 e P8; Esta CT planeja, através dos trabalhos desenvolvidos preparar e disponibilizar vídeos de curta duração sobre boas práticas do diesel. Aguarda-se a publicação das novas legislações com as especificações do biodiesel e do diesel para então definir os roteiros e seguir com o planejamento.
Coordenador: Franck Turkovics, Individual
Vice-Coordenador: Mauricio C. Carmona, Individual
No ano de 2022 a comissão abordou os seguintes temas:
• Teor de enxofre da gasolina para fases futuras do PROCONVE;
• Risco de corrosão com etanol importado e/ou de milho;
• Dificuldades para Aquisição da Gasolina de Homologação;
• Depósitos de PVA em bombas de combustível;
• Revisão da Resolução 19/2015 do Etanol Combustível pela ANP.
Coordenador: Marco Antonio Garcia, Scania
Vice-Coordenador: Eduardo R. Oliveira, Cummins
A Comissão Técnica vem discutindo diversos temas em relação ao gás natural, entre eles:
• A expansão da participação do gás na matriz de combustíveis a utomotivos;
• O potencial de substituição de diesel por gás natural veicular (GNV) em veículos comerciais para transporte de cargas e passageiros;
• A qualidade do GNV e seu efeito sobre os veículos;
• Os dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) que relatam que o setor de transporte corresponde a 32,7% do consumo final de energia, sendo 93,3% pelo modal rodoviário e 45,2% destes utilizando diesel;
• Follow-up das cartas enviadas para a ANP.
Recentemente a comissão encaminhou à ANP uma carta com considerações da CT sobre a Resolução ANP 864 (23-Dez-21).
Coordenador: Mario Reis Pinto, Mercedes-Benz
Vice-Coordenador: Carlos Vinicius Costa da Massa, Petrobras
As Pautas desta CT para o ano de 2022 foram:
• Tecnologias/Aplicações/Especificações do hidrogênio para uso v eicular;
• Especificação do hidrogênio (por ex. requisitos mínimos para cada tecnologia veicular);
• Produção/Infraestrutura (por ex. rotas de produção na transição para a energia limpa, intensidade de carbono, eventuais diferenças por rota de produção, infraestrutura de distribuição e seus gargalos etc.);
• Regulamentação (por ex. legislações internacionais, políticas de incentivo, impactos em programas de governo já existentes etc.).
Coordenador: Arley Barbosa da Silva, Promax
Vice-Coordenador: Alan Fábio Machado da Silva, Fuchs
Em 2022 a comissão continuou acompanhando o andamento do trabalho “Projeto Norma Troca de Óleo” da ABNT. Para construção de norma técnica, houve reativação do comitê ABNT/CB-005/CE 005 107 001 “Serviços de Inspeção, Reparação e Manutenção de Motores Ciclo Otto” – Projeto troca de óleo.
A comissão também concluiu a Cartilha e Vídeo que trata da importância do sistema e do líquido de arrefecimento do veículo. O material foi apresentado no “XV Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluídos”, evento AEA que ocorreu no dia 27 de Outubro. Outros assuntos abordados durante o ano:
• Autorregulamentação do mercado;
• OBD Brasil;
• Momento do especialista – Palestra técnica;
• Diluição de biodiesel no lubrificante e seus impactos;
• Fluídos Para Veículos Elétricos.
Comissão Técnica de Eletroeletrônica
Coordenador: Leimar Mafort, Robert Bosch
Vice-Coordenadora: Alyne Justi, Renault
Esta comissão abordou os seguintes temas em 2022:
• Acompanhamento das consultas públicas ANATEL;
• Análise do capítulo 1, 2, 3, 4 e 5 do white paper sobre Cyber Security;
• Estudos sobre riscos relativos à segurança cibernética:
a) OBD dongle; b) Rastreadores sem criptografia; c) Outros pontos relevantes;
• Estudo de tendências para arquitetura EE no mercado brasileiro.
Coordenador: Jairo de Lima Souza, Individual
Vice-Coorenador: Fabio Kazuki Uema, Yamaha
Para otimização dos trabalhos foram criados 4 clusters de prioridades sugeridas pelos membros da CT: 1. Infraestrutura, 2. Armazenamento de Energia, 3. Tecnologia de Powertrain e Eletrificação, 4. Mobilidade Elétrica Veicular Sustentável. Estes grupos trabalharão em paralelo esta comissão.
Em 2022, a comissão técnica abordou os seguintes temas:
• Aprimorar a Cooperação com ANEEL e PNME;
• Apoiar a discussão relacionada à Energia Elétrica: Métodos de geração, emissão de CO2 na produção, distribuição e Hidrogênio como transportador de energia;
• Estudo Powertrain Hidrogênio e Eletromobilidade;
• Investigar tecnologias de armazenamento de energia (baterias, hidrogênio, etc), trem de força elétrico e segurança funcional.
Área Técnica de Manufatura
Comissão Técnica de Manufatura Avançada
Coordenador: Anderson Borille - ITA e Carlos Sakuramoto - GM
No ano de 2022, o grupo discutiu sobre as atualizações do ROTA 2030 e as propostas para legislação de Incentivos.
Outros temas abordados durante o ano:
1- Coordenação do GT1 do MiBI (Peças Metálicas) e Estruturação de Projetos; 2- Programas Prioritários do Rota2030 (Alavancagem, Projetos Estruturantes, Novas Demandas Tecnológicas..)
3- Estruturação dos Projetos de Descarbonização: Berço ao Portã o; 4- Estruturação dos Projetos de Descomissionamento;
5- Estruturação dos Projetos Estruturantes outros GTs do MIBI: Baterias Elétricas de Propulsão veicular; Imãs de Terras Raras, Rotomoldagem, Vulcanização de pneus, Moldes de Injeção de Plástico de Baixo Volume...);
6- Estruturação de Projetos para novo modelo de negócio das Ferramentarias Brasileiras- Linha IV Rota2030;
7- Seminário de Manufatura – Conexão e Integração com Tópicos da COP26
8- White Paper de Tendencias Tecnológicas da Industria 4.0 (Vários AEA Talks com referências de vários setores);
9- Coordenação dos ENACOOPS (Encontro Nacional dos Coordenadores dos Programas Prioritários);
10- Desafio AEA-IGM de Manufatura Avançada para estudantes de escolas públicas; 11- Discussão dos conceitos de elegibilidade de P&D para o cicl o II dor ROTA2030
Subgrupo: GT MiBI
GT de peças integradas do MiBI - Made in Brasil Integrado
Coordenador: Carlos Sakuramoto, GM
Objetivo deste grupo:
• Identificar gargalos do setor para poder propor soluções;
• O que fazer para tornar as ferramentarias brasileiras mais competitivas;
• Arquitetar projetos estruturantes que possam prover dores do setor (peças metálicas, Aço, alumínio, etc.);
• Os problemas identificados serão levados ao governo para propo r soluções.
Área Técnica – Tendências Tecnológicas
Comissão Técnica Tendências Tecnológicas
Coordenador: Damian Moretti, Renault
Plano de atividades desenvolvidas com as demais CTs em 2022:
• CT Combustíveis: coerência do estudo com roamap combustíveis
- Aumento na taxa de utilização de etanol (~85% em 2050);
- Produção e utilização em larga escala de HVO;
- Produção e utilização de larga escala de H2 verde.
• CT Emissões: coerência com regulamentações de emissões pl8, pl9
- Visão cálculo NMOG e impactos; - Evoluções RDE;
- Impacto da roadmap indicada nas emissões globais.
• CT Eletromobilidade: coerência com grupo de eletromobilidade
- Roadmap sistemas potenciais; - Roadmap infraestrutura.
• GT TBD: introdução das discussões sobre renovação de frota e reciclagem veicular ao ev.
• CT Segurança veicular: introdução de uma visão médio e longo prazo em termos de segurança e conectividade.
Comissão
Coordenador: Eduardo Santos, Individual
Em 2022 a CT debateu os seguintes tópicos:
• Revisão da cartilha de reciclagem automotiva;
• Proposta da cartilha reciclagem de veículos elétricos e baterias.
A comissão também pretende trazer especialistas do segmento de pesados para inclusão de um capítulo sobre reciclagem de Veículos Pesados na nova revisão da cartilha.
Coordenador: Luiz Gustavo de Moraes, GM
Temas discutidos em 2022:
• Prazo para uso e expiração de créditos;
- Troca de créditos entre categorias e entre os anos do programa;
• Prazo máximo para carregar débitos;
- Ofício AEA 14/2021.
• Possibilidade de homologação para além de um nível acima;
- Ofício AEA 44/2021
• Regras para comercialização de créditos entre corporações (nã o fará parte da IN).
Coordenador: Francisco Nigro, POLI/USP
Vice-coordenador: Gabriel M. Branco, Individual
Em 2022, a comissão realizou discussões e contribuições para a proposta de procedimento de ensaios de especiação, discutiu os critérios de agrupamento para determinação do fator de MIR e fizeram avaliações e comentários sobre a proposta de IN. Os ensaios de NMOG estão retornando gradativamente devido ao fechamento dos laboratórios por motivos de prevenção contra a COVID 19.
Coordenador: Renata Kakuiti, Toyota
Vice-coordenador: Fabrício Dias Pereira, Volkswagen
Em 2022 foi encaminhado via coordenação do GT uma carta ao IBAMA com o objetivo de oficializar a norma de teste para ensaio em tráfego real, norma essa que foi publicada em março de 2022 sob o número ABNT NBR 17011. Desta forma, o GT solicitou a publicação de uma Instrução Normativa a fim de oficializar a referida norma como procedimento a ser realizado para os ensaios de homologação de veículos leves.
Coordenador: José Ponte, GM
O GT aborda os dados de consumo/autonomia que constam na Portaria Conjunta IBAMA/ INMETRO nº 11 de 2014, os quais estão listados abaixo, sendo determinados conforme ABNT NBR 7024.:
• Autonomia de combustível urbano (km/l);
• Autonomia de combustível estrada (km/l);
• Autonomia de combustível combinada (km/l);
• Consumo Energético combinado (MJ/km).
Coordenador: Wesney Barbosa, Harley-Davidson
Vice-coordenador: Raphael Sedano, Yamaha
Em 2022 o GT abordou os seguintes temas:
• Análise da DR 134/2014: Procedimento de teste ambiental do OBD;
• Análise da DR 44/2014;
• Análise e consolidação da instrução normativa sobre homologaç ão e OBD-M2.
Em 11 de outubro 2022 o grupo finalizou o texto da IN OBD-M2, o qual foi compartilhado com o IBAMA junto com a carta com as justificativas preparadas pelo grupo.
Coordenador: José Antônio de Souza Junior, Umicore
Em 2022 o GT abordou os seguintes assuntos:
• Aceitação do cumprimento de prazo do certificado de calibração do equipamento a partir de sua instalação (descontando-se o tempo de transporte);
• Desenvolvimento de um método de comparação com dois APCs (um calibrado anualmente) e a possibilidade de extensão do prazo de calibração para aquele equipamento que está sendo comparado.
O grupo também criou uma carta para envio aos ACTs com o posicionamento do GT sobre o Controle metrológico e rastreabilidade de calibração de contadores de partículas, com objetivo de validação dos ATCs para uso da proposta de controle metrológico sugerido pelo grupo da AEA.
Foi acordado que para validação do método de comparação dos Contadores de Partículas, pelo menos um ou dois laboratórios deveriam fazer esse ensaio assistido por um ATC. A MAHLE colocou seu banco de provas a disposição e realizou os ensaios comparativos em setembro/22.
Coordenador: Angela Oliveira da Costa, EPE
Em 2022 O GT elaborou uma Nota Técnica - Descarbonização do Setor de Transporte Rodoviário Intensidade de carbono das fontes de energia. Esta ND configura-se como documento base elaborado pela EPE, o qual foram inseridas as contribuições dos demais participantes deste GT. Com a finalização da nota técnica, o GT encerrou suas atividades.
Coordenador: Avelino Souza, Robert Bosch
Atividades desenvolvidas pela comissão em 2022:
• Status dos trabalhos da Pesquisa Functional Safety. Pesquisa concluída;
• Capacitação para o trabalho seguro com alta tensão em XEVs;
• Novas temáticas no GT3 (Fuel cel,etc.) baseado na pesquisa.
Coordenador : Evilym Machado, Renault
Vice-coordenador: Marco Antonio Barreto, FEI
Ações desenvolvidas pela comissão em 2022:
• Mapeamento dos Stakeholders da CT – todos os GTs estão levantando os seus respectivos Stakeholders para que consolidar este mapeamento;
• Conversas com o INMETRO para trazer conhecimento ao grupo;
• Posicionamento AEA (Q&A) a respeito da eletromobilidade.
Coordenador: Alexandre Sakai, Siemens
Vice-Coordenador: Eduardo Nogueira Dias, Basf
O GT estuda os sistemas de armazenamento de energia e suas tecnologias visando a pro -
posição de soluções para segurança e escalabilidade de produção local através do uso de matérias primas locais. O transbordamento das tecnologias de armazenamento e ciclo de vida para diversas aplicações na sociedade também são os objetivos de estudo para que a comissão possa construir um roadmap. Os processos de reciclagem e tratamento de resíduos também estarão comtemplados.
Coordenador: Robson Cruz, Individual Atividades desenvolvidas pela comissão em 2022:
• Protocolo de Comunicação (Parte 1) foi concluída e apresentar relatório;
• Sumário de apresentação das experiências na implementação de corredores elétricos.
Coordenador: Alessandro Borges de Sousa Oliveira, UNB
O foco do GTs será desenvolver estudo normativo sobre Superestrutura. Tema da Resolução CONTRAN nº 717/2017 que se encontra na Agenda Regulatória do Departamento Nacional de Trânsito para o biênio 2021-2022, divulgada pela Portaria 2.663/2020 do Ministério da Infraestrutura. O grupo terá até dezembro para concluir os trabalhos.
O DENATRAN será responsável pela implementação, execução e acompanhamento da Agenda Regulatória e a AEA irá fornecer apoio técnico para desenvolver os temas prioritários deste ano, inclusive na revisão do Plano Nacional de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS).
Coordenador: Paulo Jorge I. Santo Antonio, Mercedes-Benz
O GT teve como foco o estudo e o desenvolvimento de normativo sobre Transporte de Mercadoria/Produtos Perigosos – Características Especificas de Construção, Resolução CONTRAN nº 717/2017 que se encontra na Agenda Regulatória da Secretaria Nacional de Trânsito para o biênio 2021-2022, divulgada pela Portaria 2.663/2020 do Ministério da Infraestrutura.
Após algumas reuniões, o GT finalizou a nota técnica em setembro/22 e encaminhou ao SENATRAN, finalizando os trabalhos.
Coordenador: Darlan Sousa, Renault
Com a deliberação do SENATRAN para a AEA, o GT foi criado em Abril/22 e ficou responsável pelo Estudo e Desenvolvimento de Normativo sobre Acessibilidade (quanto à homologação do veículo).
Atualmente, o GT vem abordando os seguintes assuntos:
• Discussões sobre o regulamento UNR 107;
• Discussões e informações sobre as regulamentações aplicáveis para modificação de veículos automóveis para acessibilidade;
• Overview das transformações realizadas em veículos leves e apresentação sobre a regulamentação nacional e internacional.
Coordenador: Carla Pachu, GM
Iniciado em maio/2021, o foco do GTs será desenvolver estudo e normativo sobre a resolução CONTRAN 14.98, tema da Resolução CONTRAN nº 717/2017 que se encontra na Agenda Regulatória do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para o biênio 2021-2022, divulgada pela Portaria 2.663/2020 do Ministério da Infraestrutura. O grupo terá até dezembro para concluir os trabalhos. Foi estabelecido um grupo de trabalho para elaborar proposta de revisão da CONTRAN 14_98, abrangendo a todas as categorias de veículos nela listado, como Veículos automotores, ônibus elétricos, reboques e semirreboques, ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos; quadriciclos, tratores de rodas e mistos; tratores de esteiras. O GT concluiu os trabalhos em setembro e enviou a proposta de Minuta de Resolução, e seus anexos, da nova CONTRAN de Equipamentos Obrigatórios em outubro de 2022. Novas reuniões serão agendadas caso haja a necessidade de alguma alteração no material.
► Auxílio na coordenação de discussões técnicas referentes a Agenda Regulatória para 2022. A discussões se iniciaram com 6 grupos de trabalho para tratar dos temas:
P8 e M5: - OBDBr; - NMOG; - RDE; - GT Fator de Regeneração p/ Consumo - GT Emissões Corporativas - CT Emissões e Consumo de Veiculos Pesados -EMISSÕES 2R;
As propostas de instruções normativas foram enviadas ao IBAMA durante 2022 e os trabalhos continuarão em 2023. Governo Federal Rota 2030 AEA trabalhou em parceria com a EPE durante o ano de 2022 no GT Intensidade de Carbono em um estudo sobre a intensidade de carbono das fontes de energia para a matriz de transportes rodoviária visando estimar os possíveis ganhos de eficiência veicular e de redução da intensidade de carbono dos combustíveis no horizonte do Rota 2030.
O estudo técnico foi encaminhado a entidades como ANP, MME, ME, INMETRO e IBAMA.
Neste ano, a AEA e o Ministério da Infraestrutura firmaram o “Acordo de Cooperação Técnica” com a presença dos Srs. Besaliel Botelho, Presidente AEA, Frederico de Moura Carneiro, Secretário Nacional de Trânsito, Daniel Tavares Diretor do Departamento de Segurança no Trânsito, Márcio Leite, Presidente ANFAVEA e Paulo Consonni, Gerente
Executivo da AEA. Este acordo tem como objetivo estabelecer as bases técnicas, operacionais e administrativas para promover o desenvolvimento de estudos e ações conjuntas na área de segurança veicular, com vistas a contribuir para implementação do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito.
Daniel Carvalho de Ramos
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Gabriel Arruda de Oliveira Centro Universitário FEI
Gustavo Lopes Oliveira POLI-USP
Pedro Cesar Erbetto Sacca Universidade Estadual de Campinas
Pedro Henrique Longo Parsekian Universidade Federal de São Carlos
Raphael Bellissimo Gaitano Instituto Mauá de Tecnologia
3º Desafio de Manufatura Avançada AEA –IGM 2022
A ação entrou em sua reta final em dezembro contando com a participação de nove equipes inscritas. No início de 2023 os vencedores serão divulgados no site da AEA!
- LIVE AEA: Lançamento da Fase II dos Workshops AEA – Rota 2030
- Evento ENACOOP 2030 – Encontro Nacional Das Coordenadoras do Programa Rota 2030
- Evento FUNDEP: “Rota Tech 2030” – Foco nas Linhas do Rota 2030, IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas; V – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão; e VI – Conectividade Veicular.
- Evento FENATRAN - Painel AEA: “Desafios no Desenvolvimento da Engenharia Brasileira para o PROCONVE P8 - Desenvolvimento para o Brasil: Desafios/Lessons Learned”
- Cartilha e Vídeo – “Sistema de Arrefecimento” – Comissão Técnica de Lubrificantes, Aditivos e Fluídos AEA
- Cartilha “ Do Poço à Roda – Veículos Leves – Comissão Técnica de Emissões e Veículos Leves AEA
- “Roadmap de Tendências Tecnológicas 2.0” – Comissão Técnica de Tendências Tecnológicas AEA
ABGI brasil.abgi-group.com
ACTIOIL actioil.com AGCO fendt.com/br
APROBIO aprobio.com.br AVL avl.com BMW bmw.com.br
CASTROL castrol.com
CHEVRON ORONITE brazil.chevron.com
COSAN cosan.com.br
DAF dafcaminhoes.com.br
ABIOVE abiove.org.br
AFTON CHEMICAL aftonchemical.com ALTAIR altair.com AUDI audi.com.br BASF basf.com BORGWARNER borgwarner.com CBA cba.com.br CORNING corning.com CUMMINS cummins.com
DENSO denso.com
ENEOS eneos.com.br
F8 FUELS f8fuels.com FORD ford.com.br
FUMAGALLI iochpe.com.br
GARRET garrettmotion.com HARLEY-DAVIDSON harley-davidson.com HONDA honda.com.br HPE mitsubishimotors.com.br suzukiveiculos.com.br
HYDRO EXTRUSION hydro.com
ICONIC iconiclubrificantes.com.br
IDIADA applus.com.br
ESG POWER esgpower.com.br FEV fev.com FUCHS fuchs.com FUSCO MOTOSEGURA fuscomotosegura.com.br
GENERAL MOTORS chevrolet.com.br HARMAN harmanaudio.com.br HORIBA horiba.com
HYBRID E CONTROLS TECNOLOGIA hecontrols.com.br HYUNDAI hecontrols.com.br
IDEMITSU idemitsu.com.br
INFINEUM infineum.com
INNOSPEC innospec.com KIA kia.com.br LUBRIZOL lubrizol.com
MAHLE mahle.com
MERCEDES-BENZ mercedes-benz.com MULTITTECH multittech.com.br NAPRO napro.com.br NISSAN nissan.com.br
NOVELIS novelis.com.com.br OXITENO oxiteno.com
PETROBRAS petrobras.com.br
JOHNSON MATTHEY matthey.com LEAR lear.com LWART lwart.com.br MARELLI marelli.com MITSUBISHI mitsubishimotors.com.br MWM mwm.com.br
NGK automotivo.ngkntk.com.br
NOVA PETRENE novapetrene.com.br
ON-HIGHWAY ivecogroup.com PEAK peak.com.br
PEUGEOT CITROËN site.groupe-psa.com
PROMAX promax-bardahl.negocio.site RENAULT renault.com.br SCANIA scania.com SIEMENS siemens.com TECCOM teccom10.com.br UMICORE umicore.com.br UNIPAC grupojacto.com.br VIBRA ENERGIA vibraenergia.com.br VOLVO volvogroup.com.br
RAIZEN raizen.com.br BOSCH bosch.com.br
SEG AUTOMOTIVE seg-automotive.com.br STELLANTIS stellantis.com.br TOYOTA toyota.com.br UNICA unica.com.br VCA vehicle-certification-agency.gov.uk
VOLKSWAGEN vw.com.br
YAMAHA yamaha-motor.com.br
A transição energética para o baixo carbono no setor automotivo brasileiro e mundial sempre esteve na pauta cotidiana da indústria. Caracteriza-se como um dos processos mais desafiadores. Em 2022, o tema descarbonização “estourou”.
Por conta disso, os trabalhos desenvolvidos ao longo do ano nas comissões técnicas, nas reuniões de diretoria e nas relações com as universidades e Governo Federal foram norteados também pela pegada de baixo carbono. Nesse sentido, esta Vice-Presidência, desde o início de sua gestão, procurou apoiar o presidente da entidade, Besaliel Botelho, e coordenar a transversalidade operacional do mecanismo funcional da estrutura corporativa. Devo destacar que, por sua credibilidade técnica nos debates sobre tendências tecnológicas em favor da descarbonização veicular em diferentes fóruns, a AEA foi convocada a coordenar este ano diversos estudos, base para futuras legislações setoriais.
Trata-se de uma responsabilidade e tanto. O
apoio transversal, a que me referi anteriormente, refere-se ao suporte oferecido aos diretores responsáveis por desenvolver trabalhos de emissões veiculares, de leves e de pesados, de segurança, combustível do futuro, entre outros, além de acompanhar – muito de perto – os debates promovidos pelas comissões técnicas e as frequentes reuniões com representantes do Governo Federal, responsáveis por formulações de marcos regulatórios setoriais.
É sempre gratificante chegar ao final do ano e constatar que, embora desafiadoras, as demandas foram atendidas com louvor. Por isso, neste Relatório de Atividades AEA 2022, é tempo também de agradecer a todos que se dedicaram ao objetivo maior de buscar sempre o bem-estar da sociedade.
Ao encerrar minha mensagem a este Relatório de Atividades AEA 2022, gostaria de desejar a vocês um Feliz Natal e um 2023 de esperança e de realizações.