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Seminário AEA de Inovação em Powertrain

Matriz energética e powertrain buscam soluções múltiplas e regionais

“O Brasil não tem problema de disponibilidade energética. Mas precisa administrar esses recursos, em paralelo às soluções tecnológicas de powertrain veicular, com o objetivo de reduzir a pegada ambiental e ajudar o planeta a minimizar o aquecimento global”.

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Com essas palavras, Heloisa Borges Esteves, da EPE – Empresa de Pesquisas Energéticas, iniciou sua palestra na oitava edição do Seminário de Inovação em Powertrain, no dia 10 de novembro em plataforma online, que contou ainda com outras quatro palestras. Em sua apresentação – Visão Disponibilidade Energética @2050 -, Heloisa Borges fez ampla e detalhada descrição sobre os cenários mundial e brasileiro dos recursos energéticos daqui a três décadas. “O Brasil, em marcante contraste, possui 50% de sua matriz energética renovável, enquanto o mundo apenas 14%. O futuro da descarbonização não é um futuro sem hidrocarbonetos. Além disso, o mundo sempre vai precisar de mais energia. Por isso, é fundamental que o processo de emissão zero tenha início com a própria mudança de comportamento do consumo”, alertou. Na sequência, Raquel Mizoe, diretora de Emissões de Veículos Leves da AEA e também da General Motors, falou sobre eficiência energética de veículos de passeio, a médio e a longo prazos, mas resgatou em especial os resultados do Inovar-Auto e do Rota 2030, fase 1, além de tecer comentários sobre o Rota 2030, fase 2, que se estende até 2032. Nesse sentido, o conceito “Do poço à roda” no setor automobilístico ganhou destaque em sua apresentação, reforçando a contribuição dessa indústria ao meio ambiente. Raphael Lomonaco, da Cummins, complementou a apresentação de Raquel Mizoe, ao expor temas agudos sobre os caminhos para a descarbonização de grandes centros urbanos. Antes do último bloco de palestras, a AEA fez a entrega dos prêmios aos melhores trabalhos técnicos apresentados no SIMEA 2022, ocorrido em agosto. “Visão sobre ECO Design – Como desenvolver soluções com foco no ESG” foi o tema da palestra de Hervelly Ferreira, da Robert Bosch, que abordou as iniciativas da companhia alemã no desenvolvimento de seus produtos a partir do design, ou seja, já projetados com os protocolos do ESG, mas também com base na economia circular. A última palestra foi ministrada por Janay-

na Bhering, da FUNDEP com o tema “Desenvolvimento de P&D e formação no país com foco para pavimentar o futuro”, por meio da qual mostrou os principais investimentos aplicados no Rota 2030, nas Linhas IV, V e VI para a geração de conhecimento e tecnologia nacional. Os cinco palestrantes, na parte final do seminário, voltaram para a sessão de debates, mediada por Antonio Megale, conselheiro da AEA. A abertura do evento foi conduzida por Besaliel Botelho, presidente da AEA, e coube ao Christian Wahnfried, coordenador ao lado e de Everton Silva, diretor de Tendências Tecnológicas da entidade, a sessão de encerramento.

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