Acanto - número 6

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Revista de Poesia - número 6

Allison Adelle Hedge Coke Anabel Torres Arthur Sze Carla de Sousa Carlos Fernandes Carol Moldaw Emma Fondevila García Emilio Muñiz Castro Jéssica Iancoski João-Paulo Esteves da Silva João Pedro Mésseder João Rasteiro Jorge Manuel Leonor Hipólito Luz Helena Cordero Maria Celeste Alves Maria de los Ángeles Ludeña Martín María Gómez Lara Maria João Cantinho Nuno Júdice Ozias Filho Romeu Foz Sofia Sampaio Vicente Araguas Vijay Seshadri Yirama Castaño

Leiria, Dezembro de 2022

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Ficha técnica

Título: Acanto - Revista de Poesia X N.º da publicação periódica: 6 (Dezembro 2022) X

Director: Paulo José Costa X

Periodicidade: Semestral X

Autores: Allison Adelle Hedge Coke; Anabel Torres; Arthur Sze; Carlos Fernandes; Carol Moldaw; Emma Fondevila García; Emilio Muñiz Castro; Jéssica Iancoski; João-Paulo Esteves da Silva; João Pedro Mésseder; João Rasteiro; Leonor Hipólito; Luz Helena Cordero; Maria Celeste Alves; Maria de los Ángeles Ludeña Martín; María Gómez Lara; Maria João Cantinho; Nuno Júdice; Ozias Filho; Romeu Foz; Sofia Sampaio; Vicente Araguas; Vijay Seshadri; Yirama Castaño. X

Ilustradores/Fotografos: Carla de Sousa (fotos das páginas 72, 76 e 106); Jorge Manuel (fotos da página 6 - Ruina em espiral (São Miguel, Açores), página 56 A canto (Santa Maria, Açores), página 96 Morte na praia (São Tomé) e página 111 Estado do edifício (NYC); Leonor Hipólito (ilustrações páginas 52 e 54) X

Arranjo da capa e logótipo Acanto: Paulo Fuentez@macamecanica.com X © Autores X

Núcleo editorial: Paulo José Costa; Maria Celeste Alves; Luís Vieira da Mota; Carlos Fernandes; Paulo Fuentez. X www.acantorevista.pt - acantorevistadepoesia@gmail.com X X X

Edição e propriedade: Hora de Ler, Unipessoal Lda. Urbanização Vale da Cabrita - Rua Dr Arnaldo Cardoso e Cunha, 37 - r/c Esq. 2410-270 LEIRIA - PORTUGAL E-mail: horadelercf@gmail.com Tlm: 966739440 X

Revisão e coordenação editorial: Núcleo editorial Montagem, concepção gráfica e paginação: Paulo Fuentez@macamecanica.com Impressão: Artipol - www.artipol.net X

Edição: 1165/22 Depósito Legal: 480417/21 ISSN: 2184-9315

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor

Edição com o apoio de:

Rond

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eiria oetry estival
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Do Ecletismo e Diversidade na Poesia

No momento dos factos, incutidos do exercício editorial que avocámos, num diálogo consensual entre «o agir» e «o pensar», reunindo registos provenientes das distintas perspectivas que cada poeta enverga,é nosso encargo conferir-lhes a ordem e o modo. Eventualmente insistindo neles, vincando o seu valor de emergência no quotidiano da acção colectiva — instrução da memória futura e asseveração do presente. Por princípio, o exercício faz-se escasso (o rigor possível é ainda extenso),apenas a abertura ao ecletismo e à diversidade poéticas nos norteiam: a procura de uma medida viável na (re)construção do conhecimento, por condição, fragmentado e de distintas propriedades. Na vontade propositiva, o gesto de escrever Poesia associa-se ao acto de projectar: observa a realidade, delimita intuitos, provoca denições,(des)qualica a linguagem numa construção do ofício da liberdade — conjuga fragmentos para colher a possibilidade de metamorfosear o conhecimento. Conhecimento a partir do qual, energia e persistência conam a vontade de invenção de uma outra realidade. A linguagem, quando não é estagnação, revive no espírito criador. O que se pode exigir da Poesia é que instrua um método onde o antigo e o moderno adquiram relevo, à luz da mesma atitude crítica. Depois de abandonar os dogmas, não pode contentar-se em assistir passivamente ao ressurgimento de uma nova cultura, devendo, porém, exercer, socraticamente, uma manobra paciente, auxiliando no despertar de todas as consciências.O seu movimento verbaliza-se nas contingências do quotidiano, revelando-se permanente depositário de alguns vínculos culturais, de uma certa transmissibilidade, que permitem associar, generalizar e desconstruir momentos de pesquisa, de aprendizagem e de ofício. Transmissibilidade que elege a contradição como factor agitador da tensão criativa, nos caminhos da execução de um sistema de ideias,solidarizando o individual e o subjectivo ao campo colectivo do desejo e do sentido O uso de algum pragmatismo teórico,na orla da construção e do ressurgimento de uma nova cultura ou linguagem poéticas,acompanha os novos problemas, as novas ambições, referenciando-as a uma base racional comum,socializando-as.Princípios que,em simultâneo,condensam um projecto — ou movimento — que, por via da Poesia, procura estabelecer

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editorial

uma dialéctica com a realidade,a arte e o mundo Transmissibilidade que faz do verso o suporte da continuidade Verso que se materializa à escala do tempo e do lugar. Lugar que proporciona o diálogo com o «não-dito». Processo que evolui das técnicas de modelação do signicado, da democraticidade das hipóteses de uma nova fruição da essência da leitura (o espaçotempo), na materialidade da história e do quotidiano. Embora nos caiba o ofício editorial,o espírito eclético,o direito de preferir uma orientação entre as muitas que nos são conadas,dirige-nos para uma integração dos conceitos universalistas, produto das modernas correntes e dos mais variados meios de expressão estética,possibilitando a conveniente fusão de gerações. Na escrita tranquila, a inquieta personalidade do poeta, abre-se ao diálogo constante com a natureza e com tudo o que nela outros homens sinalizam. Assim, “ o artista e o homem se aproximam de si mesmo, do seu mundo próprio,da sua realidade,que é também a realidade do mundo que se descobre”(António Ramos Rosa).Existe quem fale em simplismo,convencionalismo,ou em «mau gosto» até.Aqui,a “desigualdade”é a tradução,sem preconceitos do ecletismo, das certezas e das dúvidas que assaltam o percurso da criação O “diálogo com o universo” não se guarda; abrindo-se, expõe o método “É anal,e unicamente,o Homem que está em causa”. Paulo José Costa

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ACANTO - Acanthus mollis é uma espécie de planta com or pertencente à família Acanthaceae

Os seus nomes comuns são acanto, acanto-manso, branca-ursina, ervagigante, gigante ou pé-de-urso

A espécie foi descrita por Lineu e publicada em Species Plantarum 2: 639, as 939. 1753., no ano de 1753.

Planta herbácea perene, de caule simples e erecto, folhas longas, largas, denticuladas, lustrosas e verde-escuras, ores brancas dispostas em espiga.

Na Arquitectura, é ornato de capitel que representa uma folha estilizada desta planta, característico da ordem coríntia. O acanto é uma planta muito típica da nossa região, vegetando sobretudo em zonas frescas (nascente do Lis, por ex.).

O recorte ligranado das suas folhas tem sensibilizado os artistas ao longo dos séculos. Na nossa região, para além de decorar alguns capitéis, é visível nas talhas douradas de algumas igrejas.

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Podem ser submetidos para publicação na ACANTO – Revista de Poesia trabalhos de Poesia. Os textos devem ser inéditos e ter até 5 mil caracteres incluindo espaços para Poemas e no máximo 8 mil caracteres incluido espaços para Ensaio Os originais serão avaliados pelo núcleo editorial e apenas os autores que tiverem textos selecionados para publicação serão noticados.

Os autores interessados podem enviar seus trabalhos em word para o seguinte email: acantorevistadepoesia@gmail.com O núcleo editorial reserva-se o direito de seleccionar os materiais a publicar em cada edição.

Cada autor deverá enviar uma breve nota biográca contendo entre 450 a 500 caracteres máximo.

acantorevista.pt

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