Álbum 25 anos da Regionalização

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UCS

25 ANOS DE REGIONALIZAÇÃO 1993 -2018


UCS: 25 ANOS DE REGIONALIZAÇÃO –­­ 1993-2018

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Organização: Gelson Leonardo Rech e Ariel Rossi Griffante Design gráfico: Ariel Rossi Griffante e Carmem Meira Theodoro/ Criar - Comunicação e Design Gráfico Revisão: EDUCS e Cristina Beatriz Boff Fotos: Claudia Velho/UCS; Berenice da Silva, Daniela Schiavo, Jonas Ramos, Pedro Giles, Paula Laurentis, Gilmar Gomes, Júlio

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

Soares/Objetiva, Aldo Toniazzo, Cleber Rezzadori, Maria da Graça

Presidente do Conselho Diretor Ambrósio Luiz Bonalume

Soares de Oliveira, Adroaldo de Souza Pinto, Everton de Oliveira

Vice-Presidente José Quadros dos Santos

Bruno Zulian, Natália Silvestri dos Santos, João Mendes Neto,

Stahl, Monique Vignoli Faé (acervo/UCS e IMHC-UCS); Daiane Nardino, Arthur Alexandre Muniz de Oliveira, Rafaela Rosseti, Alex Rizzon (especial/UCS). Documentação: Instituto Memória Histórica e Cultural - IMHC e Assessoria de Comunicação UCS Impressão: Editora São Miguel Lançamento: Novembro de 2018 Site: www.ucs.br

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

Facebook: facebook.com/ucsoficial Instagram: instagram.com/ucs_oficial

Reitor

Twitter: @ucs_oficial

Evaldo Antonio Kuiava

Telefone: (54) 3218.2100

Vice-Reitor

Foto pgs 2 e 3: Prédio do Bloco A do campus-sede da Universidade de Caxias do Sul, local das instalações da presidência do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) e a Reitoria da UCS.

Odacir Deonisio Graciolli Chefe de Gabinete Gelson Leonardo Rech

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Universidade de Caxias do Sul UCS - BICE - Processamento Técnico

Pró-Reitora Acadêmica Nilda Stecanela U58

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Juliano Rodrigues Gimenez Diretor Administrativo e Financeiro Candido Luis Teles da Roza Coordenador de Planejamento e Orçamento

UCS : 25 anos de regionalização 1993-2018 / org. Gelson Leonardo Rech, Ariel Rossi Griffante. – Caxias do Sul, RS : Educs, 2018. 108 p. : il. ; 23 x 30 cm Apresenta bibliografia. ISBN 978-85-7061-938-9 1. Universidade de Caxias do Sul - História. 2. Universidade de Caxias do Sul - 1993-2018. 3. Universidades e faculdades comunitárias. I. Rech, Gelson Leonardo. II. Griffante, Ariel Rossi. CDU 2. ed.: 378.4(816.5)UCS(091)

Roberto Vitório Boniatti Índice para o catálogo sistemático: 1. Universidade de Caxias do Sul - História 378.4(816.5)UCS(091) 2. Universidade de Caxias do Sul - 1993-2018 378.4(816.5)UCS”1993/2018” 3. Universidades e faculdades comunitárias 378.4 Catalogação na fonte elaborada pela bibliotecária Ana Guimarães Pereira – CRB 10/1460


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UCS

25 ANOS DE REGIONALIZAÇÃO 1993 - 2018

ORGANIZADORES

Gelson Leonardo Rech Ariel Rossi Griffante


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SUMÁRIO UCS: 25 ANOS DE REGIONALIZAÇÃO – 1993-2018 9

O Jubileu de Prata da Regionalização

12 I - PÉS NA REGIÃO, OLHOS NO MUNDO 14 A Descentralização do Conhecimento 26 A Expansão do Desenvolvimento Regional 28 Aos Olhos da Comunidade 36 II - A IMPLANTAÇÃO DOS CAMPI E NÚCLEOS 38 Campus Universitário da Região dos Vinhedos – CARVI 48 Campus Universitário de Vacaria – CAMVA 56 Campus Universitário da Região das Hortênsias – CAHOR 64 Campus Universitário de Farroupilha – CFAR 68 Campus Universitário de Guaporé – CGUA 72 Campus Universitário de Nova Prata – CPRA 76 Núcleo Universitário de Veranópolis – NUVER 78 Campus Universitário Vale do Caí – CVALE 82 Escola de Gastronomia – Flores da Cunha 84 Instituto de Materiais Cerâmicos – Bom Princípio 85 Unidade de Formação Continuada – São Marcos 87 III - CRONOLOGIA DA REGIONALIZAÇÃO 88 Primórdios: Comunitária e Regional 90 Retomada: União e Planejamento 92 Implementação: Pés na Região, Olhos no Mundo 94 Crescimento: Qualificação e Diversificação 96 Consolidação: Um Patrimônio da Região 97 IV - INSERÇÃO REGIONAL 98 Concertos de Integração 100 IAM-ADRE – A Serviço da Região 104 Gestão 2018-2022 – Fortalecimento do Propósito Regional 106 Depoimentos – ex-presidentes da FUCS e ex-reitores 107 GALERIAS FUCS E UCS


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O JUBILEU DE PRATA DA REGIONALIZAÇÃO

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Universidade de Caxias do Sul (UCS) originou-se da associação de escolas e faculdades criadas no fim da década de 1950 e início da década de 1960, as quais eram mantidas pelo poder público municipal e por entidades privadas – a Igreja Católica, a Sociedade Hospitalar Nossa Senhora de Fátima e a Congregação das Irmãs de São José. Em seu primeiro Estatuto, no artigo 5, verifica-se que a Instituição se constituiu pela união da Faculdade de Filosofia de Caxias do Sul; da Faculdade de Ciências Econômicas de Caxias do Sul; da Faculdade de Direito de Caxias do Sul; da Escola de Enfermagem Madre Justina Inês; e da Escola de Belas Artes de Caxias do Sul. Sua constituição e autorização para funcionamento como universidade ocorreu a partir do Decreto nº 60.200, de 10 de fevereiro de 1967, assinado pelo então presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco; enquanto a festividade em comemoração a sua instalação realizou-se no dia 15 de fevereiro de 1967, no Cine Ópera. O livro Origens da Universidade de Caxias do Sul: as Escolas e as Faculdades Isoladas (2018) narra a história das instituições que, unidas, deram origem à UCS. A Universidade nasceu por meio do esforço coletivo, constituindo-se como uma instituição comunitária, democrática e pública de direito privado. Seus fundadores foram o bispo diocesano, Dom Benedito Zorzi; o prefeito de Caxias do Sul, Hermes João Webber; e o doutor Virvi Ramos, líderes que souberam interpretar os sinais de seu tempo e promoveram a construção de uma trajetória que já celebra 51 anos, com milhares de histórias de pessoas que formaram-se, qualificaram-se e construíram seus projetos de vida estudando na UICS. A beleza e a grandiosidade da Instituição foram retratadas no álbum UCS: 50 Anos de Uma Universidade Comunitária, uma narrativa constituída a muitas mãos, como foi, e ainda é, a própria Universidade. Neste ano de 2018, outro importante momento

é celebrado: o Jubileu de Prata da regionalização da UCS. Como bem observa um dos idealizadores do Projeto da Regionalização, o professor José Clemente Pozenato, “desde a sua criação a Universidade buscou colocar-se a serviço de toda comunidade regional”. Essa intencionalidade institucional foi efetivada logo no início, quando foram criadas as extensões (unidades com atividades acadêmicas) em Bento Gonçalves, Vacaria e Lajeado, no final da década de 1960. Contudo, na década de 1990, em um novo contexto, foi estruturado um amplo projeto que previa a integração, à Universidade, das instituições de Ensino Superior existentes em Bento Gonçalves e em Vacaria – que haviam se tornado autônomas – e a criação de uma rede de núcleos universitários. Nesse sentido, a proposta desta obra é rememorar e registrar os momentos mais significativos do processo de regionalização que, em 1º de agosto de 2018, completou 25 anos, abordando-se a sua concepção, implantação e os desdobramentos da inserção da UCS na região Nordeste do Rio Grande do Sul, área de destacada pujança, que abrange cerca de 1,5 milhão de habitantes. Em vista disso, não é demasiado afirmar que a história desta região se mescla, em boa medida, com a história da UCS, uma vez que mais de 100 mil pessoas formaram-se na Instituição, hoje constituída por seu campus-sede, outros sete campi e mais três unidades. Agradecemos a colaboração dos diretores e funcionários de cada campi pelo envio de contribuições; o importante trabalho do Instituto Memória Histórica e Cultural (IMHC-UCS), pela criteriosa verificação das fontes e disponibilização do acervo; à Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul, pela coleta de depoimentos e informações; à EDUCS, pelo esmerado zelo e sugestões; e aos colegas que compartilharam textos aqui apresentados. Enfim, agradecemos à Instituição, que tem clareza da necessidade de honrar sua tradição e preservar sua história, por solicitar-nos a honrosa tarefa de escrever sobre o jubileu.

Gelson Leonardo Rech Ariel Rossi Griffante


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COMPROMISSO COM A COMUNIDADE AMBRÓSIO LUIZ BONALUME Presidente do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Caxias do Sul

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Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), mantenedora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), congratula-se com o Jubileu de Prata da regionalização da UCS, uma de suas características basilares, presente desde sua criação, em 1967, quando, pelo empenho da comunidade e de lideranças locais, houve a integração das instituições de Ensino Superior que funcionavam de forma isolada na cidade. Nesse sentido, já em seus primeiros anos de existência, a Universidade, observando a necessidade de ampliar o acesso ao Ensino Superior, dedicou-se à expansão para os municípios de Bento Gonçalves, Vacaria e Lajeado, cujo anseio pela educação resultou na instalação de núcleos de ensino da UCS nesses três municípios. Mais tarde, após uma alteração na legislação do MEC, foi necessário modificar essa estruturação, desvinculando essas unidades da UCS, atribuindo-lhes mantenedoras próprias. Mesmo com esse desmembramento, a Universidade deu continuidade ao seu compromisso com a região, buscando reverter, por meio de suas ações, o conhecimento produzido em melhorias para a comunidade local. Para tanto, firmou convênios com as instituições dos municípios, a fim de ofertar cursos de graduação e pós-graduação, e realizou atividades de extensão por toda a região, oportunizando avanços na cidadania e promovendo o desenvolvimento social, econômico e tecnológico.

Em 1993 se concretiza o anseio de criar uma estrutura multicampi para atender à comunidade do Nordeste do Rio Grande do Sul com o Projeto de Regionalização da Universidade, aprovado pelo parecer do Conselho Federal de Educação nº 689/92 e homologado pela Portaria nº 211, de 19 de fevereiro de 1993, do Ministério da Educação. Com esse reconhecimento legal, a UCS estreitou ainda mais a sua relação com a população regional. O caráter comunitário da UCS conduziu, necessariamente, à regionalização da Universidade e ao estreitamento das relações com Caxias do Sul e região, tendo, portanto, sua sustentação em um conceito não meramente de ordem geográfica, mas de ordem relacional, atuando com base em critérios especialmente de natureza social. Essa característica constituiu-se como uma identidade diferenciada, impressa em todos os programas de ensino, pesquisa, extensão e inovação desenvolvidos pela UCS. Com o passar dos anos, graças à dedicação de todos que participaram e participam da história da Universidade, a regionalização consolidou-se. Hoje surgem novas necessidades, e a UCS, tendo em vista o seu compromisso com a comunidade na qual está inserida, mantém-se em sintonia com o seu tempo, aperfeiçoando-se continuamente para responder às demandas da contemporaneidade. Em nome do Conselho Diretor, nosso agradecimento a todos que construíram e constroem essa trajetória.


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UMA REGIÃO EM MOVIMENTO EVALDO ANTONIO KUIAVA Reitor da Universidade de Caxias do Sul

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ossa próspera Caxias do Sul e os municípios da região Nordeste do Estado, quando comemoraram os 75 anos da colonização italiana no Rio Grande do Sul, ainda não possuíam instituições de Educação Superior. Este nível de ensino se iniciou, na região, no final da década de 1950 e começo da década de 1960. Antes disso, os alunos que quisessem ingressar na vida acadêmica precisavam deslocar-se para grandes centros, como Porto Alegre, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), o que poucos faziam. De tal forma, não é demasiado afirmar que, com o surgimento da Universidade de Caxias do Sul, em 1967, a partir da aglutinação das escolas e faculdades isoladas então existentes no município, impulsionou-se o desenvolvimento da região, marcando-a indelevelmente. Pode-se ainda considerar que a Universidade estabeleceu-se como um marco divisor para a região, configurandose em uma das mais importantes iniciativas da comunidade regional, da qual até hoje colhemos os frutos. No ano passado comemoramos, com alegria, o cinquentenário desta Instituição, constituída a muitas mãos, por pessoas que se empenharam na concretização do sonho coletivo de ter uma universidade, o que nos orgulha profundamente. Entre essas pessoas, nas comemorações dos 50 anos, ao longo de 2017, pontuamos diversas vezes que os fundadores

– Dom Benedito Zorzi, prefeito Hermes João Webber e doutor Virvi Ramos –, souberam ler a realidade social na qual estavam inseridos e deram um passo marcante em direção ao progresso, conforme afirmou o próprio Virvi Ramos em seu discurso de posse como primeiro reitor, na ocasião da instalação da UCS, em 15 de fevereiro de 1967: “Funda-se uma universidade. Marco de desenvolvimento de uma comunidade”. Neste ano, cabe-nos, ainda, festejar um dos desdobramentos da história da UCS: a sua regionalização. Já em 1968, um ano após sua criação, a Instituição expandiu-se, a fim de cumprir seu objetivo de desenvolver a região, firmando seu caráter comunitário desde sua origem com a perspectiva regional que inaugurou. Nos anos de 1990, os gestores que me antecederam elaboraram um plano de expansão regional, o qual, em 2018, completa 25 anos de implementação, razão de honra e orgulho, cabendo-nos um profundo agradecimento. Ressalto que a UCS expandiuse sem o intuito de conquistar. Expandiu-se para contribuir e para ampliar as possibilidades de formação de qualidade na região, numa releitura de sua missão fundacional. Em vista disso, agradeço a todas as comunidades que acolheram e acolhem a UCS; aos funcionários e parceiros da Instituição; e aos professores que percorreram e percorrem a região, levando consigo o conhecimento, responsável por iluminar e movimentar as pessoas na direção do futuro.


Pés na Região, Olhos no Mundo


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13 undamentada na vocação comunitária e regional, a história cinquentenária da Universidade de Caxias do Sul registra, em metade deste período, a materialização desses princípios presencialmente além dos limites da cidade que lhe confere nome e origem.

Há 25 anos, o Projeto de Regionalização da UCS – cujas articulações haviam se iniciado com o reitor João Luiz de Morais (gestão 1987-1990), a sistematização coube ao pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, José Clemente Pozenato (em 1992 e 1993), e a execução e gestão ao reitor Ruy Pauletti (1990-2002) – firmava os pés da UCS em pontos estratégicos da região, de modo a, com sua base fortalecida e ampliada, alcançar mais longe o olhar que, àquela época, na vanguarda da globalização socioeconômica, tecnológica e cultural que adviria nas décadas seguintes, já mirava o mundo. A representação desse movimento resultaria, à ocasião, no slogan até hoje mais emblemático da Instituição: Pés na Região, Olhos no Mundo. O desenvolvimento regional, princípio criador da Universidade, tinha, a partir dali, execução embasada em uma política planejada e estruturada de descentralização.

Dessa forma, além de caracterizar com grandiosidade e precisão o período em que a UCS empreendia uma caminhada que se mostraria sem limites, divisas ou fronteiras, a frase cristalizou-se como a síntese de uma filosofia institucional que inspira o espírito desbravador da Universidade até a atualidade. Sustentadas por esse princípio, as perspectivas neste final de segunda década do século XXI são outras, globais – especialmente com os projetos de ampliação da Educação a Distância (EaD) e do UCS Internacional (reunindo as ações de internacionalização em ensino, pesquisa, mobilidade acadêmica e línguas estrangeiras). A inserção acadêmica, regional há 25 anos, tornou-se diretriz de visão e aplicação nacional e internacional. Os olhos da UCS levaram-na ao mundo – com mais de 200 acordos internacionais de cooperação, a Universidade tem trânsito em instituições parceiras de 30 países, nos cinco continentes –, qualificando o cumprimento da missão institucional de produção, sistematização e socialização do conhecimento, de forma que a constância da excelência como meta permeie o desenvolvimento das pessoas e da região em que estão firmados seus pés.

Reunião do grupo de trabalho instituído pelo reitor Ruy Pauletti mediante a Portaria 294, de 7 de novembro de 1991, designada a analisar as condições e propor formas de integração para a extensão das atividades acadêmicas aos municípios da região. Compuseram o grupo os professores José Clemente Pozenato, Liane Beatriz Moretto Ribeiro, Luiz Antonio Rizzon, Agostinho Oli Koppe Pereira, Eliana Maria do Sacramento Soares e Lino Casagrande.


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A DESCENTRALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO No documento A Regionalização da Universidade: Conceitos e Perspectivas, publicado em 1992 pela editora da Universidade de Caxias do Sul, o professor José Clemente Pozenato, que coordenou o Projeto de Regionalização como pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional na primeira gestão do reitor Ruy Pauletii (1990-1994), propõe uma reflexão em torno do conceito de Universidade Regional. O autor evidencia que, se os objetivos da Universidade são os

de produzir e de tornar acessível o conhecimento, descentralizar a Instituição significaria descentralizar não apenas a difusão do conhecimento, como também sua produção. A seguir, o artigo do professor Pozenato, publicado originalmente no álbum UCS: 50 Anos de Uma Universidade Comunitária, em 2017, apresenta o histórico de desenvolvimento, implementação e primeiros reflexos do Projeto de Regionalização da UCS.

Multicampi – A Inserção na Região PROF. JOSÉ CLEMENTE POZENATO

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esde sua criação, a Universidade de Caxias do Sul buscou colocar-se a serviço de toda a comunidade regional. E mesmo antes de sua criação, relatos dão conta de que Dom Benedito Zorzi, um dos seus fundadores, propôs que ela se denominasse Universidade da Serra, para caracterizar seu campo de atividade acadêmica. O fato é que, logo depois de obtida a autorização de funcionamento, a UCS criou três extensões, como se denominavam na época as unidades fora da sede da instituição: uma em Bento Gonçalves, uma em Vacaria e uma terceira em Lajeado. Em cada uma delas foram oferecidos cursos de graduação, dos já mantidos em Caxias do Sul, e ministrados pelo mesmo corpo docente. Com a reforma universitária de 1971, as universidades foram impedidas de desenvolver atividades acadêmicas fora da sede da instituição. Por isso, as três extensões transformaram-se em instituições autônomas, mas com prerrogativas acadêmicas limitadas por lei. A vocação regional permaneceu, no entanto, no horizonte da UCS. No início da década de 1970, quando a pesquisa começou a ser institucionalizada, o princípio da regionalidade foi adotado como diretriz. Com esse enfoque surgiram os primeiros projetos de pesquisa, em áreas como a Arqueologia, a História, a Etnografia, a

Linguística, a Biotecnologia e a Economia. Vinte anos depois, no começo da década de 1990, a ideia de uma estrutura regional para a Universidade de Caxias do Sul foi reativada. De início, foi criado o Projeto Municípios, em que eram previstas atividades de extensão e de pesquisa aplicada, sem oferta de cursos de graduação. A seguir, inspirado no modelo da Universidade de Québec, do Canadá, de ‘universidade multicampi a serviço do desenvolvimento regional’, foi formulado o projeto de regionalização institucional da UCS. Cristalizadas em suas possibilidades de ampliar seu campo de atividade, as entidades autônomas de Bento Gonçalves e de Vacaria decidiram associar-se novamente à UCS para reconstituir o projeto anterior de uma universidade regional. Somaram-se a elas outras organizações, públicas e privadas, da região. Esse processo acabou sendo formalmente autorizado pelo parecer 689/92 do Conselho Federal de Educação, por revestir-se “de coerência, legalidade, oportunidade e exequibilidade”. A região apresentava, na época, o número de 9,7 estudantes do Ensino Superior por mil habitantes, enquanto a média do Rio Grande do Sul era de 15 estudantes de nível superior por mil habitantes. Essa diferença, interpretada como resultado das dificuldades de acesso aos cursos superiores, foi um dos elementos motivadores que levaram à aprovação do projeto de regionalização.


Convite para o ato de instalação, realizada em 11 de março de 1968, do curso da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Bento Gonçalves. Este foi o primeiro movimento de regionalização da UCS, apenas um ano após a Universidade ter sido criada.

Portaria assinada pelo então reitor Virvi Ramos, em 17 de janeiro de 1969, que instituiu uma extensão do curso de Letras na cidade de Lajeado. A graduação também foi implementada, na mesma época, em Bento Gonçalves e em Vacaria.

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O Projeto de Regionalização O projeto previu, do ponto de vista da estrutura institucional, duas estratégias fundamentais: primeiro, a integração à Universidade das Instituições de Ensino Superior existentes em Bento Gonçalves e em Vacaria, transformando-as em campus universitário; segundo, a criação de uma rede de núcleos universitários, inicialmente nas cidades de Guaporé, Farroupilha, Nova Prata e Canela.

dada ênfase à educação tecnológica, mediante cursos de tecnologia de nível superior voltados para necessidades concretas do setor produtivo. Exemplos desse tipo de cursos foram os de Automação Industrial, de Moda e Estilo, de Produção Moveleira, de Fruticultura de Clima Temperado e outros, orientados para atenderem a nichos locais da estrutura produtiva.

Do ponto de vista da programação, o projeto estabeleceu uma distinção entre campus e núcleos universitários: aqueles teriam programas regulares e permanentes de ensino, pesquisa e extensão; estes teriam cursos de graduação oferecidos em caráter temporário, com rotatividade de oferta, em função das necessidades e dos interesses locais, mas também programas de extensão e programas de pesquisa ‘sobre problemas locais, com ênfase na investigação social, econômica, histórica e cultural’. No entanto, por uma bizarria da burocracia legislativa, o princípio de rotatividade foi aprovado e, ao mesmo tempo, foi estabelecido que os cursos de graduação oferecidos nos núcleos só poderiam ser substituídos mediante aprovação prévia do Conselho Federal de Educação (CFE). Isso, na prática, significou barrar a flexibilidade prevista, reduzir as possibilidades de acesso e, por fim, interferir na autonomia da Universidade.

A estrutura interna da Universidade teve também adequações. Os órgãos deliberativos da Instituição passaram a ter representatividade regional. Para os campi foi prevista a implantação de sub-reitorias, cabendo a elas efetuar a articulação acadêmica e administrativa com os núcleos geograficamente mais próximos. Os núcleos, por sua vez, não teriam departamentos, mas somente coordenações de programas, devendo alocar os docentes desses programas nos departamentos dos campi.

Ainda com relação à programação, foi

Foi fixado também um conjunto de diretrizes para a gestão universitária, com ênfase na qualificação do corpo docente, na articulação dos diferentes órgãos da Universidade em âmbito regional, na articulação da Universidade com as instituições públicas e privadas da região e, por fim, no intercâmbio permanente e intensivo com outras universidades do país e do exterior, sempre em benefício do desenvolvimento regional.

Capa da publicação ‘A Regionalização da Universidade: Conceitos e Perspectivas’, de 1992, na qual é apresentado o conceito de Universidade Regional a partir da proposta de descentralização não apenas da difusão, mas também da produção do conhecimento.

A administração do processo A implantação efetiva da regionalização da UCS teve início no segundo semestre de 1993, com a incorporação das faculdades isoladas de Bento Gonçalves e de Vacaria e com a abertura de cursos de graduação em todos os núcleos universitários previstos no projeto. Numa primeira fase, que ocorreu ainda durante a elaboração do projeto, foi instituída uma Comissão de Regionalização, incumbida de negociar alianças com municípios e outras entidades, buscando localizar os interesses dos diferentes atores e sua composição com as políticas da Universidade. A comissão circulou pelos municípios da região, ouvindo a administração pública e instâncias das comunidades. Desse trabalho resultou a configuração das sedes regionais e a definição dos cursos a serem oferecidos num primeiro momento, tais como constam em parecer do CFE que autorizou seu funcionamento.

Na fase de implantação do agora Programa de Regionalização, a coordenação passou a ser exercida pela Pró-Reitoria de Graduação. Essa decisão torna manifesto que o ensino de graduação esteve no centro dos interesses, e que foi em função dele que foram implementadas as medidas de organização dos novos campi e núcleos. Ficou ainda estabelecido que os demais programas – de pesquisa, de extensão e de administração dos meios – seriam geridos diretamente pelas respectivas pró-reitorias, sem um organismo central de coordenação.

a regionalização como um programa à parte e não como um compromisso do conjunto da Universidade, em todas as suas relações acadêmicas e administrativas.

Percebeu-se de imediato a dificuldade de articulação dos campi e núcleos com os diferentes órgãos da Universidade. Em vista disso, foi examinada a alternativa de ser criada uma pró-reitoria especial para a administração do processo de regionalização. A medida não foi adotada, entre outras razões, por caracterizar

Em resumo, a Comissão de Planejamento Regional desempenhou diversas funções: a de avaliar o andamento do processo, a de propôr estratégias de ação, a de articular níveis administrativos, a de negociar situações de conflito, a de propor medidas administrativas, entre outras.

Optou-se, por fim, pela constituição de uma instância articuladora, designada de Comissão de Planejamento Regional, integradaa pelos administradores das unidades geográficas (campi e núcleos) e pelos diretores de centros e pró-reitores. Os relatórios dessa comissão ilustram bem os passos e os percalços do processo de regionalização.


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Primeira página da resolução, assinada pelo reitor Ruy Pauletti em 15 de agosto de 1990, que estabeleceu a “descentralização efetiva, deslocando-se para os municípios programas de extensão e pesquisa, serviços e cursos de graduação e especialização”, primeiro passo daquela gestão visando à expansão regional da Universidade de Caxias do Sul.


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As oportunidades criadas Em termos numéricos, foram abertos na região, nos dois anos iniciais do programa, 16 novos cursos de graduação nos campi e núcleos, com um total de 860 vagas. Um dado significativo é o do número de adultos que se inscreveram para o vestibular nas sedes mais distantes da Universidade. A Tabela 1 mostra essa característica com relação à média da Instituição, nos três primeiros vestibulares após a regionalização.

Tabela 1 – Candidatos ao vestibular com idade superior a 25 anos Local

1993

1994

1995

Na universidade 19,09% 19,27% 17,25% Nos núcleos

37,82% 24,65% 22,74%

Os dados revelam a real existência de uma demanda reprimida, por falta de acesso a cursos de nível superior. Por outro lado, confirmava-se também a forte demanda por cursos voltados para necessidades específicas de formação profissional de nível superior, conhecidos como cursos de formação de tecnólogos. A Tabela 2 mostra a relação candidato/vaga nesses cursos, em confronto com a dos candidatos/vaga nos cursos de bacharelado e de licenciatura no mesmo período.

Tabela 2 – Candidatos/ vaga em cursos da UCS Cursos

1993

1994

1995

Bacharelado/ Licenciatura Tecnólogos

2,19

1,91

2,06

2,47

3,09

2,69

A partir de então, a presença regional da UCS tem se consolidado e ampliado de forma exemplar. Em 27 de junho de 2000, um novo núcleo universitário foi criado no Vale do Caí (Nuval), por solicitação da comunidade local e dos municípios vizinhos. Novos cursos e novos programas de pesquisa e de extensão foram implantados e consolidados nas diferentes unidades geográficas. O acesso de estudantes cresceu de forma significativa. Basta um exemplo para dar um marco numérico dessa expansão: o Campus da Região dos Vinhedos tinha, em 1993, quando do início da regionalização, 736 alunos. No ano de 2010, chegou-se a mais de 5 mil alunos, provindos de todos os municípios próximos. A Universidade dá um importante passo no ano de 2008 instalando o Polo de Educação a Distância (EaD) em parceria com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Posteriormente, no ano de 2010, ampliando a oferta de cursos, entrou em atividade o Polo EaD UCS, localizado nas dependências do DC Navegantes, em Porto Alegre (RS). Assim como surgem demandas feitas pelos municípios, outras são realizadas e atingem seus objetivos. Nesse espírito, em dezembro de 2015, o Núcleo de Veranópolis (Nuver) foi desativado. Ainda no ano de 2015, todos os núcleos passaram ao estatuto de campus, com suas denominações alteradas. Também no campo da pesquisa é significativa a produção desenvolvida nos diversos campus, ultrapassando o padrão inicial de apenas ofertar ensino de graduação. As atividades de extensão, por sua vez, ampliaram-se, também, como resultado do ensino e da pesquisa. O sonho inicial de uma universidade inserida na região parece ser finalmente uma realidade, e com muitos caminhos abertos à frente.


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Reunião da Comissão de Regionalização com gestores de área da Universidade, realizada em 1992. As ações de planejamento se estenderam ao longo de todo aquele ano, envolvendo as instâncias diretivas, executivas e administrativas das atividades acadêmicas da Instituição.


20 A iniciativa de regionalização da UCS foi retomada pelo reitor João Luiz de Moraes em seu primeiro ano de gestão, em 1987, e sempre se caracterizou por forte apoio comunitário, manifestado por prefeituras e entidades da região. Em 27 de agosto do mesmo ano a UCS reuniu diretores da Fundação Educacional da Região dos Vinhedos (FERVI), de Bento Gonçalves; da Associação Pró-Ensino Superior dos Campos de Cima da Serra (APESCCS), de Vacaria; e prefeitos de 11 municípios da região, para apresentar o plano de transformação das três instituições em uma Universidade Pública e Regional. Do encontro (foto), realizado na sede da FERVI, resultou a assinatura de um protocolo de cooperação (1ª pg ao lado) estabelecendo a atuação conjunta para a concretização da proposta – que seria barrada pelo Ministério da Educação, uma vez que o órgão federal rejeitou a manutenção com recursos públicos.


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Em 14 de abril de 1988, representantes da UCS, FERVI e APESCCS assinaram termo de acordo (1ª pg. ao lado) estabelecendo procedimentos para a agregação das faculdades mantidas em Bento Gonçalves e Vacaria à Universidade de Caxias do Sul, bem como a cooperação mútua para o incremento do Ensino Superior por meio da expansão regional da UCS. No ano seguinte, foi realizado o primeiro concurso vestibular unificado das três instituições. Abaixo, na foto da ocasião da assinatura (da esq. p/ dir.): o próreitor Administrativo da UCS, João Luiz Borsói; o presidente da APESCCS, Lino Antônio Jacques; o reitor João Luiz de Morais; o presidente da FERVI, Loreno José Dal Sasso; e a pró-reitora de Graduação e Pós-Graduação, Ivonne Cortelletti.


Ao ser retomada na gestão do reitor Ruy Pauletti, a partir de 1990, a intenção de regionalização da UCS recebeu apoio maciço da comunidade regional. Prefeituras, Câmaras de Vereadores, entidades de classe e outras organizações incorporaram-se à proposta, antevendo a importância da expansão da Universidade para o desenvolvimento regional. Mais de uma centena delas oficializou o engajamento e o suporte ao Projeto de Regionalização apresentado em 1992. Acima, o ofício da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), de Caxias do Sul.

O poder público dos municípios da região também se engajou efetivamente pela regionalização da UCS, primeiramente apoiando institucionalmente e, depois, no transcurso para a implementação, com ações como a viabilização de convênios e a colaboração para providência de imóveis para a instalação ou construção de sedes pela Universidade. Ao lado, ofício da Prefeitura Municipal de Canela, uma das mais de 40 que enviaram manifestações de apoio à UCS em virtude do Projeto de Regionalização.


Segunda maior cidade da região, Bento Gonçalves, sede da Fundação Educacional da Região dos Vinhedos (FERVI), incorporada à UCS no processo de regionalização, teve papel decisivo na integração das instituições. Ao lado, ofício do Centro de Indústria e Comércio (CIC) do município, em apoio ao projeto da Universidade.



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Ao lado, material de divulgação das inscrições para o Vestibular Unificado de 1993, que demarcou a formalização da união da UCS, da FERVI e da APESCCS (esta por meio da Faculdade de Letras e Educação de Vacaria - FALEV). Acima, registro fotográfico do concurso, realizado nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 1993.


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A EXPANSÃO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

E

m termos históricos, a regionalização da UCS teve uma primeira etapa com a instalação de extensões em Bento Gonçalves, Vacaria e Lajeado, entre 1968 e 1970. Entretanto, com a Reforma Universitária (Lei 5.540/68, aprovada em 1969 e implantada de 1970 a 1972), o Ministério da Educação tornou obrigatório que as instituições mantenedoras fossem da mesma cidade onde os cursos superiores eram oferecidos. Assim, em 1972 a UCS repassou a gestão dos cursos para entidades locais: a Fundação Educacional da Região dos Vinhedos - FERVI (criada para esta finalidade em Bento Gonçalves), e as já existentes associações pró-ensino superior dos Campos de Cima da Serra (Vacaria) e do Vale do Taquari (Lajeado). Nesta última, as faculdades remanescentes dariam origem, em 1997, à Univates. RETOMADA NOS ANOS 1980 Os primeiros movimentos para a regionalização da UCS efetivada em 1993 surgiram durante a gestão do reitor João Luiz de Morais (1987-1990), quando a Universidade, a FERVI e a APESCCS reaproximaram-se com o intuito de constituir uma Universidade Pública Regional. A proposta de federalização da UCS, contudo, esbarrou no Ministério da Educação, que não aprovou a manutenção por recursos públicos. Isso fez com que as três instituições redirecionassem o processo de unificação, começando pela realização conjunta do concurso vestibular a partir de 1989. EFETIVAÇÃO NOS ANOS 1990 Tendo, entre suas proposições, a regionalização da UCS, o reitor Ruy Pauletti assumiu, em 1990, o primeiro de seus três períodos consecutivos de gestão. Coube ao professor José Clemente Pozenato, enquanto pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, sistematizar e coordenar a implantação do projeto.

Reitor Ruy Pauletti exibe o documento oficial do Projeto de Regionalização da UCS, aprovado pelo Ministério da Educação em 19 de fevereiro de 1993.

Em 3 de dezembro de 1992, o Conselho Federal de Educação emitiu parecer favorável ao Projeto de Regionalização da UCS, e, em 19 de fevereiro de 1993, o Ministério da Educação aprovou o programa, que abrangia a criação do Campus Universitário da Região dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, com a incorporação de cursos e patrimônio da FERVI; do Campus Universitário de Vacaria, igualmente pela transferência de cursos e patrimônio mantido pela APESCCS; e dos núcleos universitários de Canela, Farroupilha, Guaporé e Nova Prata.

Esta publicação reproduz, na página ao lado, o discurso do reitor Ruy Pauletti, na solenidade de instalação do Campus Universitário da Região dos Vinhedos, em 16 de agosto de 1993, de modo a ilustrar a visão da UCS à época da regionalização, estendida a todas as unidades que a Universidade implantou na região.


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“TODA A REGIÃO SERÁ IRRIGADA COM SABER CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO” Discurso do reitor Ruy Pauletti na solenidade de instalação do Campus Universitário da Região dos Vinhedos (CARVI), em 16 de agosto de 1993: “Este é um daqueles momentos que costumamos chamar de históricos. Este é realmente um momento histórico, seja pela riqueza do seu significado, seja pelos desdobramentos que ele terá. A partir de agora, nem a Universidade nem a região serão as mesmas. A Universidade de Caxias do Sul tem consciência de que está assumindo um papel que lhe compete, enquanto universidade: o papel de ser um elemento de agregação. Neste final de século, talvez nenhuma outra entidade tenha a força e as condições de agregação que tem a universidade. Os partidos políticos separam, as entidades de classe lutam por interesses particulares, governos são também governos partidários, as próprias religiões perderam em grande parte seu poder de aglutinação. A universidade, ao contrário, situa-se acima de qualquer interesse particular, seja ele político, social, ideológico, cultural ou religioso. A busca do conhecimento e do domínio tecnológico é feita, na universidade, sem qualquer tipo de discriminação, dando espaço para todos. A universidade congrega dentro dela todas as correntes de pensamento. Homens e mulheres de todos os partidos, de todas as crenças, de todas as raças, de todas as classes sociais encontram-se dentro dela voltados para um objetivo comum: o de produzir sempre novos conhecimentos e de tornar esses conhecimentos acessíveis à comunidade. Por ter essas características é que a Universidade tem a força moral para ser, também, um elemento de agregação da sociedade. Consciente desse papel, a Universidade de Caxias do Sul partiu

para congregar toda a região. Congregar as instituições de Ensino Superior, congregar o poder público dos municípios, congregar as lideranças e as entidades da comunidade, congregar, enfim, toda a população. Como temos afirmado mais de uma vez, a Universidade de Caxias do Sul deixa de ser uma universidade de oito mil alunos para ser a universidade de um milhão de habitantes. Como resultado dessa ação da Universidade, também a região não será mais a mesma. Em primeiro lugar, porque se tornarão mais estreitos os laços entre as diferentes comunidades e os diferentes municípios: de fato, as regiões não existem, elas são construídas. Estamos construindo essa região. A Universidade estabeleceu os canais para fazer circular o conhecimento. Por esses canais, toda a região será irrigada com aquele saber científico e tecnológico necessário para seu desenvolvimento. O desenvolvimento é, cada vez mais, dependente do conhecimento e da educação. Se não investimos nisso, a região seguramente vai parar de crescer. Mas é evidente que este esforço da Universidade não teria sucesso se ela não encontrasse, nas lideranças e nas entidades da região, a mesma vontade e a mesma determinação de juntar as forças. Todos sabemos quanto de desprendimento e de renúncia são necessários para se trabalhar num projeto comum. É preciso, muitas vezes, abandonar projetos particulares, legítimos, para somar forças num projeto comum. É natural que, num primeiro momento, se tenha com isso um sentimento de perda. E é somente com grandeza de espírito que se supera esse sentimento, na certeza de que, mais adiante, todos serão beneficiados.

Nesse sentido, a comunidade de Bento Gonçalves, suas lideranças e, particularmente, a Fundação Educacional da Região dos Vinhedos são dignas do nosso aplauso. Não foi uma decisão fácil e, talvez, não seja ainda uma decisão perfeitamente compreendida por toda a comunidade, a de renunciar ao projeto legítimo de ter sua própria universidade para juntar-se ao projeto de regionalização da Universidade de Caxias do Sul. Mas o futuro dirá que esta foi uma decisão acertada, que já começou a dar frutos. Temos já aqui três novos cursos: Administração de Empresas, Pedagogia e Direito. E, com a colaboração de todos, novos cursos serão aqui implantados. Bento Gonçalves é sede de uma região com características próprias. A Universidade, aqui, deverá atender a essas características. Temos certeza de que este Campus da Região dos Vinhedos será, em breve, um centro de excelência nacional em tecnologia moveleira, como também em alguns segmentos da agroindústria. Aqui vai se produzir conhecimento através da pesquisa. Daqui vai se irradiar aos municípios vizinhos e, em especial, aos núcleos universitários de Guaporé e de Nova Prata, o Ensino Superior. Aqui, toda uma região encontrará apoio para o seu desenvolvimento. Tenham todos essa certeza: Bento Gonçalves sentirá também um novo impulso de desenvolvimento a partir da presença da Universidade. É certo que estamos apenas no início da caminhada. É certo que teremos ainda dificuldades pela frente. Mas, com a mesma grandeza de espírito com que foi dado o primeiro passo, caminharemos juntos daqui para a frente. Desenhamos um novo futuro. Agora vamos conquistá-lo.”


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AOS OLHOS DA COMUNIDADE

O

processo de regionalização da Universidade de Caxias do Sul recebeu ampla cobertura da imprensa estadual e regional. Centenas de matérias foram reportadas pelos principais veículos de comunicação com penetração nos diversos municípios abrangidos, desde a retomada da iniciativa, em 1987; durante as fases de planejamento e implementação, em 1992 e 1993; e, finalmente, na expansão ocorrida entre 1995 e 2011.

Nesta seção (páginas 28 a 35), uma seleção dos conteúdos produzidos por jornais do Estado e da região apresenta uma síntese cronológica do acompanhamento, pela mídia, das etapas iniciais da regionalização até sua consolidação, em 1993. No capítulo seguinte (páginas 36 a 86), seguem-se registros de periódicos regionais e municipais que ajudaram a demarcar, na história, a instalação dos campi e núcleos da UCS nas cidades-polo da área de abrangência da Universidade.

Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul: edição de 20 de junho de 1987.

Jornal do Comércio, de Porto Alegre: (edição de Caxias do Sul), de 4 de setembro de 1987.


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Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul: edição de 7 de outubro de 1987.

Correio Riograndense, de Caxias do Sul: edição de 13 de janeiro de 1988.


30

Correiro Riograndense, de Caxias do Sul: edição de 8 de abril de 1992.


31

Correio do Povo, de Porto Alegre: edição de 13 de outubro de 1992.

Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul: edição de 30 de outubro de 1992.


32

Correio Riograndense, de Caxias do Sul: edição de 9 de dezembro de 1992.


33

Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul: edição de 8 de abril de 1993.


Correio Riograndense, de Caxias do Sul: edição de 26 de junho de 1993.

Correio Riograndense, de Caxias do Sul: edição de 30 de junho de 1993.


35

Folha de Hoje, de Caxias do Sul: edição de 17 de julho de 1993.

Jornal do Comércio, de Porto Alegre: (edição de Caxias do Sul), de 29 de julho de 1993.


A implantação dos campi e núcleos


C

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om o Projeto de Regionalização, a Universidade de Caxias do Sul desencadeou, no ano de 1993, a abertura de cursos de graduação em Bento Gonçalves, Vacaria, Farroupilha, Canela, Nova Prata e Guaporé.

os cursos da Área do Conhecimento de Artes e Arquitetura), em Caxias do Sul, e os sete campi da região, a UCS oferece a mais completa infraestrutura em ensino, pesquisa e extensão das regiões da Serra, das Hortênsias e do Vale do Caí, abrangendo 70 municípios que reúnem 1,5 milhão de habitantes.

Posteriormente, a expansão chegaria a Veranópolis (em núcleo universitário que funcionou até 2015) e ao Vale do Caí, com a instalação de campus em São Sebastião do Caí, no ano 2000.

OUTRAS UNIDADES

Assim, contabilizando-se o campus-sede e o Campus 8 (que abriga

Além dos campi, a UCS mantém unidades em mais três cidades da região. Em Flores da Cunha funciona, desde 2004, a Escola de Gastronomia, voltada à formação e qualificação de profissionais em gastronomia e sommellerie.

Ainda em 2004, no mesmo município, assim como em São Marcos (e em Antônio Prado, este sem sede própria), foram instalados polos de Educação a Distância, nos quais, em 2006 e 2007, passaram a ser ofertadas disciplinas de graduação (de formação geral e de formação básica) e atividades de formação continuada (cursos de extensão e de pós-graduação lato sensu). Por fim, também desde 2011, está instalado, no município de Bom Princípio, o Instituto de Materiais Cerâmicos (IMC-UCS), ambiente de pesquisa e inovação vinculado ao Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação - TecnoUCS.

Registro da solenidade inaugural do Campus Universitário da Região dos Vinhedos - CARVI, em Bento Gonçalves, uma das cinco ocorridas em 1993 demarcando a instalação das novas unidades da UCS.


Convênio entre UCS e FERVI, assinado em 17 de julho de 1992, estabeleceu a transferência de cursos e patrimônio para a Universidade, que efetuou a transformação da unidade em campus próprio. Na foto, o registro da cerimônia de inauguração como CARVI, ocorrida em 16 de agosto de 1993.

BENTO GONÇALVES

Campus Universitário da Região dos Vinhedos – CARVI

A

Universidade de Caxias do Sul nasceu com a vocação de ser comunitária e regional. Tanto que, apenas um ano após sua criação, a Instituição fez o primeiro movimento de expansão. E ele ocorreu na direção de Bento Gonçalves, com a instalação, em 11 de março de 1968, de uma extensão do curso de Ciências Econômicas, nas dependências da Escola Federal de Viticultura e Enologia. Em 1970, a UCS abriu, no município, outras duas extensões: os cursos de Letras (Licenciatura Plena e Literatura em Língua Portuguesa e em Língua Inglesa) e de Ciências (Licenciatura Curta). Em 1971, contudo, o Ministério da Educação fez a exigência de haver uma mantenedora na mesma cidade de funcionamento dos cursos como condição

para conferir-lhes reconhecimento. Assim, no ano seguinte foi criada a Fundação Educacional da Região dos Vinhedos (FERVI), para a qual a UCS transferiu a administração dos cursos existentes em Bento Gonçalves. Foi a FERVI que, posteriormente, tomou posse de área de 64 hectares onde funciona o atual campus, obtida parte por doação dos proprietários e parte com recursos federais, no final daquela década. Quinze anos depois os interesses das duas instituições voltariam a convergir, com os estudos, a partir de 1987, de criação de uma universidade regional pública. A FERVI convivia com limitações legais para expandir as ofertas de cursos, enquanto a UCS amadurecia o projeto de regionalização. As tratativas redirecionaram-se para a aprovação, em 19 de fevereiro de 1993, pelo Ministério

da Educação, do Programa de Regionalização da Universidade de Caxias do Sul, incluindo a criação do Campus Universitário da Região dos Vinhedos - CARVI, em Bento Gonçalves, com a cessão, por comodato, pela FERVI à UCS, de seus quatro cursos superiores e de seu patrimônio. A solenidade de instalação ocorreu em 16 de agosto de 1993, tendo a unidade, como primeiro diretor, o professor José Carlos Köche. Ele permaneceu no posto até setembro de 1998, sendo sucedido por Pedro Ernesto Gasperin. Em 2006, Köche reassumiria a gestão do campus, agora no condição de sub -reitor, cargo criado naquele ano. A ele seguiram-se Miguel Ângelo Santin (2010-2018) e o atual, Odacir Deonísio Graciolli, desde maio de 2018. De 736 alunos da FERVI em 1992,


o CARVI chega a 3,2 mil atualmente, distribuídos em mais de 20 cursos de graduação nas modalidades presencial e a distância. Consolidado como o maior campus da UCS depois da sede, em Caxias do Sul, abrange diretamente os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Coronel Pilar, Boa Vista do Sul, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e arredores. Desde sua implementação, 8,5 mil profissionais formaram-se estudando na unidade. No primeiro semestre de 2016 foi iniciado, no Campus da Região dos Vinhedos, o Programa de Pós-Graduação – Mestrado Profissional em Engenharia de Produção. Em mais um pioneirismo da unidade, trata-se do primeiro curso stricto sensu da UCS a funcionar fora de Caxias do Sul.


Comunicado sobre a criação da Fundação Educacional da Região dos Vinhedos - FERVI como substituta da UCS enquanto mantenedora dos cursos superiores instalados desde 1968, pela Universidade, em Bento Gonçalves.


Jornal Gazeta, de Bento Gonçalves: edição de 24 de julho de 1992.

Capa do jornal Gazeta, de Bento Gonçalves: edição de 20 de agosto de 1993.


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CARVI - SUB-REITORES E DIRETORES “A instalação do Campus Universitário da Região dos Vinhedos, em parceria com a FERVI, trouxe para a população de Bento Gonçalves e municípios vizinhos a ampliação das oportunidades de usufruir plenamente os benefícios de uma grande Universidade. Houve o aumento significativo e selecionado de cursos de graduação, com a consequente ampliação das vagas de acesso ao Ensino Superior, o ensino qualificado com docentes e pesquisadores mestres e doutores, a ampliação significativa e especializada das instalações físicas para o ensino e o início do desenvolvimento da pesquisa científica voltada às necessidades do desenvolvimento regional. Nesses 25 anos, essa parceria proporcionou sustentação mais sólida aos programas públicos e privados voltados à inovação, ao desenvolvimento regional e a anseios e demandas de sua população.” José Carlos Köche, diretor (1993-1998) e sub-reitor (2006-2010)

“Fiel à sua missão de produzir e difundir o conhecimento, há 25 anos a UCS ousou ampliar sua atuação através da regionalização. Firmando parcerias com instituições já existentes e criando novas unidades, proporcionou Ensino Superior de qualidade a milhares de jovens que antes não tinham acesso à universidade. Deu-lhes condições de passar de espectadores a promotores do desenvolvimento. Beneficiou-se, assim, toda a nossa região, gerando crescimento e bem-estar social. Parabéns, UCS, pela ousadia e pelo caminho exitoso até aqui.” Pedro Ernesto Gasperin, diretor 1998-2006

“Nos últimos 25 anos ocorreu um incremento significativo no desenvolvimento de toda região de Bento Gonçalves, seja na área social, humana ou tecnológica, e grande parcela desse desenvolvimento só foi possível com a regionalização da UCS, investindo em cursos de graduação, extensão, pós-graduação e com um estreito relacionamento com a sociedade.”

“A regionalização de uma universidade comunitária como a UCS permite potencializar sua atuação em ensino, pesquisa e extensão em prol do desenvolvimento econômico e social sustentável. Para as regiões atendidas pelas atividades da Universidade Regional UCS, é possível acessar um portfólio maior de cursos para a formação de profissionais qualificados. Além disso, a produção e sistematização de conhecimento desenvolvidas na Universidade transborda suas fronteiras, permitindo o acesso à comunidade e, através da inovação, gerando maior competitividade sustentável nas empresas e maior eficiência nos setores públicos.”

Miguel Angelo Santin, sub-reitor 2010-2018

Odacir Deonisio Graciolli, vice-reitor da UCS (desde 2014) e sub-reitor do CARVI (desde 2018)

Entrada do prédio original da FERVI, fotografada no ano 2000, no atual Campus Universitário da Região dos Vinhedos


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BENTO GONÇALVES - COMUNIDADE “Há mais de 50 anos uma ideia saiu do papel e formou-se a primeira universidade do Nordeste gaúcho. A trajetória da UCS é comprometida com o desenvolvimento social de sua comunidade, priorizando a formação técnica, científica e humana. Bento Gonçalves cresceu, cresce e crescerá a partir da construção acadêmica, da formação de mentes e, obviamente, de corações. Aqui, a UCS mudou a vida de muitas pessoas. Em seus diversos campi na região é oferecido um ensino de alta qualidade, representado por grandes profissionais que estão no mercado de trabalho na nossa cidade, no nosso Estado, país e até exterior.” Guilherme Pasin, prefeito

“Entendo que é de extrema importância que todas as principais cidades tenham boas faculdades, capazes de oferecer formação de qualidade e, assim, preparar profissionais gabaritados para atenderem às necessidades de um mercado cada vez mais exigente e dinâmico. O mundo acadêmico é propulsor do desenvolvimento de toda uma região e é ele que pode dar os rumos para o crescimento através do ensino, facilitando o contato com o saber e com as novas tecnologias. Por esse valioso repertório de contribuições com Bento Gonçalves, cumprimentamos e desejamos que a UCS cresça cada vez mais, trazendo desenvolvimento e progresso para a nossa região. Temos um vasto caminho a trilhar em busca de avanços tecnológicos, da indústria 4.0, e é nesse caminho que ansiamos que a UCS direcione seus esforços. Dessa forma, poderemos ter jovens muito bem qualificados para atenderem a demanda por bons profissionais.” Elton Paulo Gialdi, presidente do CIC-BG e vice-presidente da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra)

“Há 25 anos, iniciava-se o processo de regionalização do Ensino Superior por meio da assinatura do comodato entre a Fundação Educacional da Região dos Vinhedos (FERVI) e a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS). Surgiu, assim, o CARVI - Campus Universitário da Região dos Vinhedos -, que integrou as duas instituições e ampliou a oferta de cursos e especializações em diferentes áreas, comprometendo-se com um novo projeto de sociedade. Hoje, pode-se avaliar o mérito dessa relação. Queremos, neste momento, parabenizar a todas as pessoas envolvidas nesse processo de integração, por promoverem a expansão deste campus comprometido com o desenvolvimento humano e regional.” Paulo César Ranzi, presidente da FERVI

“Vivemos a era do conhecimento, um tempo em que a transformação tecnológica viabiliza o acesso à informação a todas as camadas da sociedade. Um novo modelo de comportamento humano que torna imperativa a capacidade de aprender, de se reinventar. Nesse contexto, a Universidade, que é o celeiro do conhecimento científico e da capacitação de novos talentos no Brasil, tem papel fundamental. Nos últimos 25 anos, a UCS de Bento Gonçalves atuou na formação de centenas de cidadãos, colocando no mercado de trabalho jovens preparados para transformarem a sociedade. Contribuiu significativamente com o crescimento da Tramontina – de seus 8.400 funcionários, muitos são graduados e graduandos da Instituição e exercem com maestria suas funções na nossa empresa. Para os próximos anos, temos certeza de que a UCS seguirá contribuindo com a qualificação das pessoas, agora mais conectadas e globais, prontas para fortalecer, com trabalho de excelência, a economia brasileira, e tornar o país um lugar melhor. Em nome da Tramontina, que cresce com a qualificação de sua equipe, nosso entusiasmo e cumprimento pelos 25 anos.” Clóvis Tramontina, empresário


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O CAMPUS HOJE Atualmente contando com 3,2 mil alunos, CARVI já formou 8,5 mil profissionais em seus 25 anos de atuação.

Com mais de 20 cursos presenciais e a distância, campus oferece formações em diversas áreas do conhecimento.

Campus tem destacada atividade em desenvolvimento de protótipos por alunos de cursos da Área de Ciências Exatas e Engenharias.


Equipe de gestores e funcionários (parcial, outubro de 2018).

Com infraestrutura de excelência e consolidado como o maior campus da UCS depois da sede, em Caxias do Sul, CARVI atende diretamente às populações dos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Coronel Pilar, Boa Vista do Sul, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e arredores.



Campus Universitário da Região dos Vinhedos (CARVI) está distribuído em área de 64 hectares.


VACARIA

Campus Universitário de Vacaria – CAMVA

A

s atividades da Universidade de Caxias do Sul em Vacaria se iniciaram com a instalação de uma extensão, em 1º de dezembro de 1969, do curso de Letras – Habilitação em Língua e Literaturas da Língua Portuguesa, por meio de convênio entre a Universidade e a Associação Pró-Ensino Superior dos Campos de Cima da Serra - APESCCS (à época ainda com a sigla APESC). Como sede, a UCS locou espaços da Escola Normal São José. Com a reforma educacional de 1971, que impedia as universidades de desenvolverem atividades acadêmicas fora da cidade-sede, a UCS transferiu a gestão do curso à entidade local no ano seguinte, quando o curso passou a ser oferecido em prédio próprio da APESCCS, no bairro Vitória. Em

1975, o Conselho Federal de Educação aprovou a criação da Faculdade de Letras e Educação de Vacaria (FALEV).

foram Homero Francisco Peixoto Camargo, Marina Brito Boschi e o atual, Paulo Gilberto dos Santos Silva.

Em 1987, UCS, APESCCS e FERVI iniciaram estudos para a constituição de uma universidade regional integrada. Em vez disso, as tratativas avançaram até a aprovação, pelo Conselho Federal de Educação, da proposta de regionalização da Universidade de Caxias do Sul, formalizada pelo Ministério da Educação em 19 de fevereiro de 1993, o que estabeleceu a transferência da FALEV, que então mantinha os cursos de Letras e de Pedagogia, e do patrimônio da APESCCS para a UCS.

As atividades do CAMVA continuaram tendo como sede o antigo campus da FALEV (posteriormente renomeado Campus 1). Em 8 de abril de 1996, foi doada à UCS uma área de 20 hectares onde a Universidade construiu o Campus 2, inaugurado em 25 de junho de 1999. Em 7 de dezembro de 2000 houve solenidade de entrega da ampliação das instalações.

Em 1º de agosto do mesmo ano foi oficializada a incorporação, instituindo-se o Campus Universitário de Vacaria - CAMVA, tendo como primeiro diretor o professor Nelson Francisco Benvenutti. Os demais

Com abrangência nos municípios de Vacaria, Muitos Capões, Lagoa Vermelha, Esmeralda, Pinhal da Serra, Antônio Prado, Ipê, Campestre da Serra, Monte Alegre dos Campos, Bom Jesus, São José dos Ausentes e aproximados, o Campus Universitário de Vacaria já formou cerca de 3 mil alunos ao longo de sua atuação.


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Novo Campus Universitário de Vacaria, construído em terreno de 20 hectares, foi inaugurado em 25 de junho de 1999 (foto). Em 7 de dezembro de 2000 houve solenidade de entrega da ampliação das instalações.

Destaque em Agronomia Com infraestrutura de campo, formada por lavouras de grãos, hortaliças e pomares na fazenda experimental localizada junto ao Campus 2, são desenvolvidos no Campus Universitário de Vacaria (CAMVA) projetos de pesquisa que tornam a unidade referência na área da agronomia no Ensino Superior do Estado. Os trabalhos são apoiados também por uma rede de laboratórios que atendem às diversas áreas da agronomia: de Física, Microbiologia, Fisiologia Vegetal, Biotecnologia, Propagação Vegetal, Química, Bioquímica, Microscopia, Entomologia, Sementes, Georreferenciamento, Topografia, Herbário, Alimentos, Desenho, Máquinas e Motores, Fertilidade do Solo, Águas, Museu de Solos, Rochas e Minerais e Estufas Agrícolas.

Prédio da antiga Faculdade de Letras de Vacaria (FALEV), no bairro Vitória.

Têm importância destacada também os serviços de análises prestados a produtores da região pelo Laboratório de Fitopatologia e Sementes (que funciona no Campus 1), certificado pela Rede Metrológica e registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para realizar análises de qualidade e sanidade em sementes.


Primeiro convênio entre UCS e APESCCS data de 3 de dezembro de 1969 e firmou a instalação da extensão do curso de Letras no município, na primeira etapa de expansão da UCS. Entre 1993 e 1999 o Campus de Vacaria teve como sede os blocos da antiga sede da FALEV, posteriormente renomeado Campus 1.


51 Jornal Pioneiro de 6 de dezembro de 1969 ofereceu relato detalhado sobre a introdução do Ensino Superior em Vacaria pela UCS.


Vinte e dois anos depois do primeiro convênio, celebrado em 1969, UCS e APESCCS assinam novo acordo, em 13 de dezembro de 1991. Dentro do processo de regionalização, a associação repassou à Universidade o patrimônio e os cursos mantidos pela Faculdades de Letras e Educação (FALEV) de Vacaria.

Abrangência regional do curso superior de Tecnologia em Fruticultura de Clima Temperado, instalado no novo Campus de Vacaria, foi destacado pelo jornal Correio de Farroupilha na edição de 28 de maio de 1993.


CAMVA - DIRETORES

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“A regionalização foi a culminância de um processo que a região dos Campos de Cima da Serra aspirava. Lideranças da região, estudantes e comunidades entenderam ser a presença da UCS uma importante força para o seu desenvolvimento. A regionalização significou, de um lado, a oferta de amplas oportunidades de conhecimento, de qualificação superior, de pesquisa, de intercâmbio acadêmico, profissional e cultural aos vários setores das comunidades, especialmente aos jovens; e, de outro, a Universidade à disposição dos municípios da região. Os frutos de 25 anos da integração UCS-APESCCS retratam a importância da regionalização da UCS.”

“O primeiro passo para a regionalização da UCS foi a implantação do curso de Direito em Vacaria, a partir de março de 1991. Este foi o primeiro curso a funcionar fora da sede. Foi firmado um convênio entre a UCS e a APESCCS (Associação PróEnsino Superior dos Campos de Cima da Serra). Os professores eram todos da UCS.”

“Vacaria tem dois perfis, um antes da regionalização da UCS e outro após. A UCS fez com que região crescesse, formando muitos estudantes que hoje são grandes profissionais. Contribuiu para o progresso educacional, para a indústria e o comércio. A UCS fez e faz a diferença para a região dos Campos de Cima da Serra.”

“A regionalização teve um importante papel para o Campus Universitário de Vacaria, desenvolvendo a educação e aprimorando a população dos Campos de Cima da Serra. Sua importância se traduz nos números de alunos formados pela Instituição neste período de 25 anos – ao todo são 3 mil egressos que puderam transformar suas vidas e a de seus familiares – demonstrando, no sentido claro e manifesto, a inclusão social do cidadão em suas comunidade como mentor intelectual do desenvolvimento social e econômico. Esses benefícios foram possíveis graças à atuação firme e dedicada do sr. Lino Antônio Jacques, presidente da Associação Pró-Ensino Superior dos Campos de Cima da Serra em 1992, e do professor Nelson Francisco Benvenutti, primeiro diretor do Campus Universitário da UCS em Vacaria. A Universidade de Caxias do Sul pode se orgulhar do seu passado, das consequências no presente e de todo o desenvolvimento que ela trouxe e trará para os Campos de Cima da Serra.”

Homero Peixoto Camargo, diretor 2005-2013

Marina Brito Boschi, diretora 2013-2015

Paulo Gilberto dos Santos Silva, diretor desde 2015

Nelson Franscisco Benvenutti, diretor 1993-2005

VACARIA - COMUNIDADE “A Associação Pró-Ensino Superior dos Campos de Cima da Serra, fundada em 31/10/1969, entidade sem fins lucrativos, é composta pelos municípios de Vacaria, Bom Jesus, Antônio Prado, Esmeralda e, ainda, por dezenas de sócios que trabalham sem pró-labore e por puro idealismo. Seu objetivo sempre foi o de fomentar o ensino de nível superior na região dos Campos de Cima da Serra. Desde sua criação, buscou a implantação e oferta de cursos para atender a região. Há alguns anos havia muitos entraves burocráticos para a abertura de novos cursos superiores, e a autorização pelo MEC era extremamente difícil e demorada. A forma mais rápida era buscar parcerias de universidades que já contassem com cursos autorizados. A Universidade de Caxias do Sul, instituição sólida, com muitos cursos autorizados e geograficamente próxima, quando procurada pela

diretoria da APESCCS e autoridades da região, compreendeu as necessidades e anseios e propôs-se à expansão. Encaminhada a documentação ao Ministério da Educação e com a devida autorização, o município de Vacaria, pode ofertar novos cursos de graduação e pósgraduação, comprovando, na prática e no decorrer destes 25 anos, o argumento constante no parecer do relator do Conselho Federal de Educação, José Francisco Sanchotene Felice: ‘O tempo ensinou que o somatório de forças é a melhor opção, agora em forma de Universidade Regional’. Assim, muito há que se comemorar pelo transcorrer destes 25 anos. O desejo da associação e de seus membros é que esta parceria possa perdurar por muitos anos, sempre com a permanente seriedade e o comprometimento que vêm se mantendo até os dias atuais”.

Lino Jacques, diretor da Associação Pró-Ensino Superior dos Campos de Cima da Serra (APESCCS)

“Parabenizamos a UCS - Campus de Vacaria por, ao longo destes 25 anos, formar profissionais que colaboram com o desenvolvimento e crescimento de nossa cidade.” Amadeu de Almeida Boeira, prefeito de Vacaria “Esta importante instituição de ensino deu oportunidade para muitos estudantes da região de Vacaria graduarem-se no curso de Agronomia e poderem continuar auxiliando suas famílias nas suas propriedades rurais.” Teófilo T. de Lemos Neto, tesoureiro da Associação e Sindicato Rural de Vacaria “Tive a honra de integrar o corpo docente do curso de Direito, entre os anos de 1991 e 1997, e pude testemunhar os esforços do reitor Ruy Pauletti, do diretor do curso de Direito, professor Homero Francisco Peixoto Camargo, do presidente da APESCCS, Lino Antonio Jaques, e do diretor da Falev, professor Nelson Benvenutti, para a criação do campus universitário. A regionalização da UCS trouxe vida universitária, com o brilho dos atos de formatura de tantos jovens que. hoje, realizados profissionalmente, impulsionam o desenvolvimento de suas cidades.” Clóvis Garbin, advogado, professor do curso de Direito à época da instalação do CAMVA


O CAMPUS HOJE

Aula de informática do Programa UCS Sênior.

Eventos Portal das Profissões e Cidadão do Século XXI, edição de 2002.


Auditório com monitores é utilizado para os mais importantes eventos acadêmicos e técnicos da região, especialmente aqueles relacionados à atividades de produção primária.

Com uma das mais bem equipadas bibliotecas da região dos Campos de Cima da Serra, acervo físico do CAMVA conta com 83 mil exemplares.

CAMVA já formou cerca de 3 mil profissionais ao longo de seus 25 anos de existência.

Equipe de gestores e funcionários (parcial, outubro de 2018).


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CANELA

Campus Universitário da Região das Hortênsias – CAHOR

A

vocação turística da Região das Hortênsias levou a Universidade de Caxias do Sul a instalarse em Canela no ano de 1986, com a transferência, para a cidade, do curso de Hotelaria que desde 1978 funcionava no balneário Atlântida, então município de Osório. As aulas teóricas passaram a ser ministradas no prédio do antigo Colégio Marista local, cedido pela Prefeitura, na área central. Para as aulas práticas a UCS, o governo do Estado e empresários do setor turístico adquiriram a área e imóveis do antigo Hotel Charrua, rebatizado Vila Verde. Com ampla infraestrutura, como cabanas e apartamentos, piscina externa, sala de jogos, quadras de esportes, parque infantil e espaço para caminhadas, o local proporciona aos estudantes o exercício completo da prática profissional.

A Escola Superior de Hotelaria da UCS no município foi a primeira iniciativa da Instituição no segmento, e dela se origina um dos mais reconhecidos programas de pósgraduação da UCS – o de Turismo e Hospitalidade, cujos cursos de mestrado e doutorado tornaram-se referência nacional. Foram diretores da escola os professores Geraldo Castelli, André Poltronieri, Cyro Sander, Otto Klein e Gilberto Bonatto. Em 15 de março de 1993 foi inaugurado o prédo próprio para aulas teóricas da escola, na área do hotel Vila Verde, com 850 m², cinco salas de aula, cozinha experimental e biblioteca. Este ato demarcaria a abertura do Núcleo Universitário de Canela pela UCS, que seria formalizada no segundo semestre do mesmo ano, com o início das aulas de novos cursos de graduação e atividades de extensão. A unidade teve como primeiro diretor o professor Gilberto Bonatto. A ele seguiram-se Liane Beatriz Moretto Ribeiro

(falecida em 2017), Armando Antonio Sachet, Sérgio Faoro Tieppo, Eduardo Faraco, Ana Lídia Weber Bisol e a atual, Margarete Fatima Lucca. O crescimento da unidade resultou na ampliação de instalações, inaugurada em 22 de março de 2000. Já em 21 de novembro de 2012, passou a denominar-se Campus Universitário da Região das Hortênsias (CAHOR). A nova condição permitiu mudanças na gestão, com maior autonomia e estrutura, e das ofertas de cursos e serviços. O campus atende à região das Hortênsias, contando com acadêmicos de Canela, Gramado, São Francisco de Paula, da microrregião do Vale do Paranhana e de municípios próximos. Em mais de 30 anos de atividades, a unidade da UCS em Canela formou 2.753 profissionais até o final de 2017.

Reitor Ruy Pauletti inaugurou, em 15 de março de 1993, o prédio para aulas teóricas da Escola de Hotelaria, na área do Hotel Vila Verde. Este ato demarcou a abertura do Núcleo Universitário de Canela pela UCS, formalizada no segundo semestre do mesmo ano, com novos cursos de graduação.


Antes da sede própria da UCS, aulas teóricas da Escola de Hotelaria ocorriam em antigo prédio do Colégio Marista, no centro de Canela, cedido pela prefeitura.

Aula prática de recepção e eventos ministrada na Escola de Hotelaria em 1992.

Para a instalação da Escola de Hotelaria em Canela, em 1986, UCS, governo do Estado e empresários do setor turístico adquiriram a área e imóveis do antigo Hotel Charrua, rebatizado Vila Verde. Com ampla infraestrutura, como cabanas e apartamentos, piscina externa, sala de jogos, quadras de esportes, parque infantil e espaço para caminhadas, o local proporciona aos estudantes o exercício completo da prática profissional.


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Edição de 19 de março de 1993 do jornal Nova Época, de Canela, ofereceu cobertura especial da inaguração da sede própria para aulas teóricas da Escola de Hotelaria, que deu origem ao Campus da Região das Hortênsias. No rodapé das páginas reproduzidas ao lado, anúncios da Câmara de Vereadores e da Associação Comercial e Industrial locais, e dos hotéis Continental e Laje de Pedra, parabenizam a UCS pela iniciativa de incremento ao turismo regional.


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Ampla repercussão da inauguração da sede própria para aulas teóricas da Escola de Hotelaria foi acompanhada pelo jornal Folha de Canela na edição de 19 de março de 1993.


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CAHOR - DIRETORES “Na época da implantação, a UCS em Canela contava apenas com a Escola de Hotelaria e meia centena de alunos. Decorridos 10 anos de regionalização, a unidade se transformou em núcleo, sendo oferecidos nove cursos de graduação para 1.147 acadêmicos. Foi nesse período que os cursos de Hotelaria, Turismo e Direito sofreram uma significativa transformação, com investimentos na cozinha modelo, para o primeiro; escritório de turismo e Associação de Secretarias Municipais de Turismo, para o segundo; e o SAJU para o terceiro, que ensejaram grande investimento para as atividades docentes, tanto na graduação como na extensão. Numa retrospectiva histórica, vemos que a regionalização se constituiu no grande passo de integração da Universidade com a comunidade, estendendo e socializando o conhecimento e oportunizando o desenvolvimento regional, especialmente na Região das Hortênsias.” Armando Antonio Sachet, diretor 2002-2005 “A UCS, através da regionalização, presta uma inestimável contribuição para as comunidades onde se insere com seus programas de extensão, cursos de graduação e pós-graduação, projetos de pesquisa e atividades comunitárias, respeitando as características socioeconômicas destas regiões e oferecendo cursos e atividades para as populações, que se capacitam de maneira diferenciada para o mercado de trabalho e o empreendedorismo.” Eduardo Zaccaro Faraco Filho, diretor 2005-2008

“A implantação do Núcleo Universitário em Canela deu ao município um status diferenciado, uma vez que ali são ofertados cursos superiores, qualificando, com isso, toda a região”. Sérgio Faoro Tieppo, diretor 2008-2010

“A educação em todos os seus níveis, é propulsora do desenvolvimento. Uma universidade tem como atribuição ser protagonista na atenção às necessidades, anseios e problemas da comunidade onde está inserida. Assim, entendemos que, entre a UCS e os centros de decisão de uma região (empresas, entidades e poder público), devem existir relações de troca visando ao crescimento, desenvolvimento e fortalecimento de todos os atores das comunidades, em um esforço conjunto de vanguarda em prol do desenvolvimento permanente da região. Sendo a UCS uma Universidade Comunitária, onde todos os resultados são reinvestidos na própria Instituição, o princípio dos interesses coincidentes entre comunidade e Universidade é a essência da nossa existência. Tendo isso como premissa de gestão, entendemos que precisamos estar cada vez mais próximos da comunidade onde vivemos e convivemos. Desta forma, todo o trabalho desenvolvido até hoje é base para o próximo ano ou para os próximos 5, 10 ou 50 anos. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), somente 15% dos brasileiros concluem o Ensino Superior. Esta realidade não é diferente aqui, demonstrando a importância e a necessidade de uma Instituição de Ensino Superior inserida nas comunidades que constituem a Região das Hortênsias. Como bem diz o nosso slogan – Universidade de Caxias do Sul: Pessoas em Movimento – nosso posicionamento é no sentido de enaltecer o valor da educação e apontar o caminho para sua busca ao longo da vida, oferecendo à comunidade regional uma Educação Superior de excelência.” Margarete Fatima Lucca, diretora desde 2014

CANELA - COMUNIDADE “A Universidade de Caxias do Sul ultrapassou os limites da educação, sendo também condutora do desenvolvimento econômico e social dos municípios que abrange. Para Canela, a UCS – Campus Região das Hortênsias, é um dos fortes pilares da construção desta cidade, pois seu trabalho é fundamental para o desenvolvimento humano, que, em síntese, se faz de pessoas. Se crescemos como município também foi pela atuação da Universidade, desenvolvendo e disseminando o conhecimento.” Constantino Orsolin, prefeito de Canela

“A palavra ‘importante’ já foi um dia referência para o que representa a Universidade de Caxias do Sul para o nosso município e nossa região. Hoje, a palavra ‘essencial’ é a que melhor a representa. Vivemos em um mundo em que a informação está nas nossas mãos por todos os lados, mas muitas vezes não sabemos o que fazer com ela. Então, preparar pessoas para este mundo e para este turbilhão de informação é o que diferencia instituições de ensino. E é aí

que a UCS se diferencia, estando presente, interagindo com toda a comunidade que a cerca. É um privilégio para nós dizer o quão necessária, importante e essencial se tornou a presença da UCS na nossa comunidade. Que venham mais 25 anos de conquistas, e que a UCS esteja sempre presente, atuando da forma como sempre atuou: envolvida no crescimento da nossa cidade e da nossa região e trazendo valor a todos aqueles que frequentam seus espaços.”

Alexandre Dapper, presidente da Associação Comercial e Industrial de Canela (ACIC)


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O CAMPUS HOJE Campus Universitário da Região das Hortênsias conta com acadêmicos de Canela, Gramado, São Francisco de Paula, do Vale do Paranhana e de municípios próximos. Em mais de 30 anos de atividades, formou 2.753 profissionais.

Curso de Hotelaria ainda é destaque no CAHOR, com infraestrutura de ponta para as aulas de gastronomia e eventos.

Aula do programa UCS Sênior. Equipe de gestores e funcionários (parcial, outubro de 2018).


Em forma de anfiteatro, auditório do campus é um dos mais bem estruturados da região, com capacidade para mais de 200 pessoas.

Campus Universitário da Região das Hortênsias desenvolveu-se junto à área do antigo Hotel Vila Verde, pertencente à Escola de Hotelaria da UCS.


A solenidade inaugural do então Núcleo Universitário de Farroupilha foi realizada defronte às primeiras instalações locais, em 11 de agosto de 1993.

FARROUPILHA

Campus Universitário de Farroupilha – CFAR

A

instalação da Universidade de Caxias do Sul em Farroupilha é um exemplo fiel da implementação estratégica do projeto de regionalização e sua gradativa expansão, visando à qualificação do atendimento da comunidade regional. As atividades se iniciaram no segundo semestre de 1993, com o curso de Administração - habilitação em Comércio Exterior, cuja aula inaugural ocorreu no dia 11 de agosto. O então Núcleo Universitário de Farroupilha (NUFAR) começou a funcionar em um prédio particular, alugado pela UCS, na Rua 13 de Maio, ao lado da sede da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CICS), no centro da cidade. Em 13 de março de 1997, a unidade foi transferida para sede própria – um prédio na Rodovia dos Romeiros, que tinha sido sede de uma indústria calçadista – adquirida integralmente pela UCS e onde funciona até hoje. A mudança viabilizou a oferta de no-

vos cursos ao longo dos anos, e a ampliação das atividades de pós-graduação, de pesquisa e de extensão. Em 21 de outubro de 2015, ocorreu a solenidade de transformação do núcleo em Campus Universitário de Farroupilha (CFAR). Adaptado para melhor promover as atividades acadêmicas, o imóvel conta com 5.876,15 m² de área construída, inserida em um terreno de 12.662,15 m². Com 19 salas de aula, possui uma biblioteca setorial, ligada ao Sistema Integrado de Bibliotecas da UCS, com aproximadamente 35,5 mil volumes, laboratórios de informática e um auditório de 400 lugares, entre outras estruturas. Desde o início de suas atividades até o final de 2017, o CFAR formou 1.350 profissionais em graduação. Foram seus diretores os professores Raul Bampi, Celso Ferrarini e a atual, Fernanda Maria Francischini Schmitz. A abrangência do campus inclui os municípios de Farroupilha, Garibaldi, Carlos Barbosa, Feliz, Alto Feliz, Salvador do Sul e os próximos.

Até 1996 a sede da UCS funcionou em prédio locado, na Rua 13 de Maio, ao lado da CICS.


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Jornal Folha de Hoje, de Caxias do Sul: edição de 19 de junho de 1993.

Jornal Folha de Hoje, de Caxias do Sul: edição de 23 de julho de 1993.

Jornal Correio do Povo, de Porto Alegre: edição de 19 de agosto de 1993.


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CFAR - DIRETORES “A Universidade de Caxias do Sul procura fomentar a cultura da inovação científica e tecnológica e do empreendedorismo, articulando ações entre a academia e a sociedade, contribuindo assim para o avanço social, científico, tecnológico e cultural do município em que está inserida. Desde a instalação em Farroupilha, no ano de 1993, a UCS – com a formação de seus egressos de graduação e pós-graduação, bem como os beneficiários de seus projetos de extensão – tem contribuído de forma positiva na qualificação acadêmica e profissional da comunidade farroupilhense.”

“A presença da UCS em Farroupilha facilitou o acesso ao conhecimento, na busca da qualificação pessoal e profissional de nossos munícipes.” Raul Bampi, diretor 1993-2010 “O Campus Universitário de Farroupilha é mais uma prova do caráter regional e comunitário da nossa Universidade e de sua preocupação com o desenvolvimento da nossa região. A Universidade de Caxias do Sul e a comunidade Farroupilhense fizeram do CFAR o ambiente adequado para a formação das novas gerações e para discussões de pautas relevantes ao progresso de nossa cidade. Sinto muito orgulho por fazer parte dessa história e desse momento.”

Fernanda Maria Francischini Schmitz, diretora desde 2016

Celso Ferrarini, diretor 2011-2016

FARROUPILHA - COMUNIDADE “A Universidade de Caxias do Sul tem servido para mudar a história – por meio do trabalho, da ciência, da tecnologia e da inovação – da Serra gaúcha, do Rio Grande e do Brasil, sempre com olhar amplo para o mundo, mas com história calcada aqui. É uma instituição construída a partir da sociedade para que os jovens pudessem ter sua formação qualificada, seja no agronegócio, na indústria, no comércio, nas ciências exatas ou nas humanas. Para Farroupilha não é diferente. Aqui, a UCS tem ajudado a mudar e a transformar a história da cidade, por meio da qualificação daqueles que estão dispostos ao saber, à ciência e ao crescimento. Para a administração pública, é a ferramenta necessária para o incremento da inovação e da tecnologia no hoje, que será a história de amanhã.” Claiton Gonçalves - prefeito de Farroupilha

“Falar sobre a regionalização da Universidade de Caxias do Sul é falar sobre o crescimento e o desenvolvimento da nossa região e do nosso Estado. Ter um campus universitário na cidade de Farroupilha significou um grande avanço para a comunidade. O impacto da regionalização vai muito além da graduação, envolvendo uma inserção comunitária e social extremamente importante.” Daniel Bampi, presidente Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CICS) de Farroupilha

Desde 1997 a unidade funciona em prédio adquirido pela UCS, na Rodovia dos Romeiros. O imóvel conta com 5.876,15 m² de área construída, inserida em um terreno de 12.662,15 m².


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O CAMPUS HOJE Equipe de gestores e funcionários (setembro de 2018).

Evento Cidadão do Século XXI, edição de 2003.

Tendo como área de abrangência os municípios de Farroupilha, Garibaldi, Carlos Barbosa, Feliz, Alto Feliz, Salvador do Sul e aproximados, o CFAR formou 1.350 profissionais desde sua instalação até o final de 2017.


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GUAPORÉ

Campus Universitário de Guaporé – CGUA

A

presença da Universidade de Caxias do Sul em Guaporé se deu dois anos antes da efetivação do projeto institucional de regionalização. Em 18 de outubro de 1991 a Universidade deu início, na cidade, ao curso de pós-graduação Especialização em Metodologia e Pesquisa no Ensino Superior. A iniciativa resultou de mobilização de lideranças da microrregião, iniciada no ano anterior, com o intuito de formalizar a implantação de uma unidade universitária no município. O núcleo da UCS, hoje Campus Universitário de Guaporé (CGUA), foi instalado em 6 de agosto 1993, conforme pretendido no plano de regionalização, tendo como primeiro diretor o professor Rui Bresolin. As atividades se iniciaram nas dependências do Colégio Marista Conceição, do Complexo Marcelino

Champagnat, pertencente à Mitra Diocesana de Passo Fundo, com o curso de bacharelado em Ciências Contábeis. Desde sua instalação, o Campus de Guaporé ofereceu diversos cursos de graduação, especialização e atividades de extensão, com destaque para o curso de Tecnologia em Produção Joalheira, único na América Latina, atendendo à demanda do ramo do município, Polo da Indústria Joalheira. Antes, em 1996, havia sido implantado o Centro de Estudos Técnicos (Cetec), com oferta, pela UCS, de Ensino Médio com curso técnico em Informática. A unidade também foi pioneira na região na disponibilização do curso de Licenciatura em Pedagogia na modalidade EaD. No ano 2000, foram construídos dois novos blocos na área ainda pertencente à Mitra, viabilizando a ampliação da biblio-

teca, a instalação de mais um laboratório de informática, de um auditório com capacidade para 240 pessoas e aumentando o número de salas de aula. Em agosto de 2004, o então Núcleo Universitário de Guaporé estabeleceu-se em sede própria, construída no distrito de Colombo, sendo mantidos serviços e cursos de especialização e de extensão no prédio central. Em 1º de agosto de 2015, a unidade passou à categoria de campus. A pedido da comunidade, as atividades de ensino e administrativas retornaram à Unidade I, no centro da cidade, em janeiro de 2016. O CGUA teve como diretores Rui Bresolin, José Reovaldo Oltramari, Mirian Rotta, Aida dos Santos Ferry (interina), Alexandre Cortez Fernandes, Maristela Pedrini e o atual, Francisco Salvagni. Desde sua criação até o final de 2017, formaram-se no campus cerca de 750 profissionais.

A história do CGUA se iniciou no dia 6 de agosto de 1993, com a cerimônia de instalação do então núcleo universitário nas dependências do Colégio Marista Conceição, do Complexo Marcelino Champagnat, pertencente à Mitra Diocesana de Passo Fundo.


Na edição de 29 de julho de 1993 o jornal Tribuna da Serra, de Guaporé, apresentou matéria especial com cronologia, iniciada em 1990, que resultou na criação da unidade da UCS no município.


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CGUA - DIRETORES “A regionalização da UCS, como universidade comunitária, resgatou a identificação cultural de Guaporé e municípios próximos com a região de Caxias do Sul; capacitou as comunidades, potencializou talentos locais e proporcionou empreendedorismo, cumprindo a missão de atuar como protagonista de transformação e avanço consciente das comunidades da região.” Rui Bresolin, diretor 1993-1999 “O estabelecimento da Universidade de Caxias do Sul em Guaporé foi um marco, pois contribuiu para impulsionar o desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade e da região de abrangência, tendo como foco a formação de profissionais com uma inserção qualificada e inovadora no mercado de trabalho. Ingressei como docente na UCS no ano de 1996 e tenho muito orgulho de fazer parte de uma história que constrói vidas, realiza sonhos e desenvolve pessoas, abrindo portas para o crescimento pessoal e profissional. Atuando como diretora do Campus Universitário de Guaporé por uma década, pude testemunhar que, nesses 25 anos, a UCS tem cumprido sua missão de ‘Produzir, sistematizar e socializar o conhecimento com qualidade e relevância para o desenvolvimento sustentável’, sempre em movimento, inovando e colocando-se a serviço da comunidade em que está inserida.” Maristela Pedrini, diretora 2008-2018

“A regionalização foi importante para a comunidade de Guaporé e região, não só por aquilo que o (na época) Núcleo Universitário de Guaporé representou como uma modalidade de acesso ao Ensino Superior regular, mas também pela possibilidade de cursos de extensão e de atendimento de demandas pontuais da comunidade. Não tenho dúvida de que muito do desenvolvimento da região passa, e passou, pelo núcleo. Uma comunidade que se fortalece no Ensino Superior – seja graduação ou na pós-graduação –, oferece demanda à pesquisa e busca a extensão universitária, é uma comunidade forte.” Alexandre Cortes Fernandes, diretor 2005-2008

“A regionalização permitiu que a Universidade de Caxias do Sul contribuísse de forma efetiva para o desenvolvimento do município de Guaporé. Muitos egressos se destacam não só no seu ramo de atividade, mas também como atores em projetos e atividades nas áreas pública e privada na comunidade local.” Francisco Lúcio Salvagni, diretor desde 2018

GUAPORÉ - COMUNIDADE “A regionalização da Universidade de Caxias do Sul contribuiu com a regionalização de Guaporé como polo de educação superior. Da UCS saíram administradores que hoje são empreendedores, saíram advogados e cidadãos atuantes na construção da sociedade, saíram técnicos preparados para atuar na pujante indústria da joia e tantos outros profissionais qualificados. A UCS emana o conhecimento que alimenta o futuro. São 25 anos de vidas transformadas. O poder público de Guaporé deseja que muitos outros 25 anos sejam celebrados, com uma parceria que se renova e estreita a cada dia. Porque está tão enraizada na comunidade que a UCS também é nossa!”

“A UCS teve, para Guaporé, valor relevante para o crescimento e a evolução do ensino, trazendo para a cidade e região a facilidade de os estudantes frequentarem cursos superiores sem percorrer grandes distâncias como até então faziam, e para a indústria e o comércio o melhoramento e a capacitação de funcionários. Parabéns, UCS, pelos 25 anos de Guaporé.”

Valdir Carlos Fabris - prefeito de Guaporé

Leo Clovis Fabris, presidente da CIC Guaporé

Desde 2016, atividades voltaram a ser concentradas na Unidade I do campus, no centro da cidade.


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O CAMPUS HOJE

Equipe de gestão e funcionários (parcial, outubro de 2018).

Desde sua criação até o final de 2017 o CGUA já formou 750 profissionais. De 2004 a 2015 o então núcleo funcionou na Unidade II, construída pela UCS no distrito de Colombo, às margens da ERS-129.


Fachada lateral do prédio do Colégio Nossa Senhora Aparecida, adquirido pela UCS para a instalação do núcleo universitário. A unidade funciona no local desde o 1º semestre de 1994.

NOVA PRATA

Campus Universitário de Nova Prata – CPRA

A

história do Campus Universitário de Nova Prata (CPRA) também se insere na consolidação do Projeto de Regionalização da UCS, no segundo semestre de 1993. O então núcleo foi instalado em 4 de agosto daquele ano, na Casa da Cultura do município, tendo como primeiro diretor o professor José Reovaldo Oltramari. Ele foi sucedido em 2008 por Mario Coser, que permanece no cargo. Com o crescimento da demanda de interessados em ingressar na universidade, logo surgiu a necessidade de um espaço físico ampliado para acolher as novas turmas de alunos. Com isso, já no primeiro semestre de 1994 a unidade foi transferida para salas alugadas no prédio do Colégio Nossa Senhora Aparecida, situado na Avenida Clemente Tarasconi, 71, no centro de Nova Prata.

Em seguida, a UCS adquiriu a integralidade do imóvel, onde está instalada até hoje. Em 24 de novembro de 2015, ocorreu a solenidade de elevação da unidade à categoria de campus. Com cursos de graduação, especialização/MBA e extensão e atividades como a empresa--escola UCS Empresa Júnior e o Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), o Campus Universitário de Nova Prata encontra-se inserido em um Polo Universitário Regional que compreende os municípios de Nova Prata, Veranópolis, Fagundes Varela, Cotiporã, Vila Flores, Nova Bassano, Nova Araçá, Paraí, Guabiju, São Jorge, Vista Alegre do Prata, Protásio Alves e André da Rocha. Até o final de 2017 colaram grau no Campus Universitário de Nova Prata 1.217 alunos.

Reitor Ruy Pauletti e pró-reitora de Graduação Liane Beatriz Moretto Ribeiro (ambos ao centro), em reunião com o Conselho Consultivo do Núcleo de Nova Prata no dia 4 de agosto de 1993, data de inauguração da unidade.


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Jornal O Popular, de Nova Prata, edição de 10 de junho de 1993.


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CPRA - DIRETORES “À época, a UCS decidiu dar forma e corpo à essência de sua finalidade. Ser efetivamente uma Universidade Comunitária e Regional promotora do desenvolvimento e da integração da região. Nas palavras do então reitor Ruy Pauletti, ficava clara a proposta: ‘Está na hora de estancar o êxodo de cérebros e futuras lideranças das comunidades do interior para permitir que elas fiquem em suas cidades e regiões e contribuam para o seu desenvolvimento’. Foi isto que fizemos em Nova Prata e Veranópolis, valorizando os professores

e com diálogo permanente com lideranças e entidades para traçar o caminho – pois, como diz o poeta Álvaro Carvalho, ‘o caminho se faz ao caminhar’ –, aí estão os cursos, executando a proposta de regionalização, além de todas as outras ações da Universidade. Isto tudo foi possível pelo engajamento das lideranças locais, regionais, de professores e comunidades. Por isso, hoje, aos 25 anos, todos merecem nosso reconhecimento e gratidão. E que essa energia crie novas oportunidades, porque novos desafios estão apontando.”

José Reovaldo Oltramari, diretor em Nova Prata (1993-2002), Veranópolis (1996-2008) e Guaporé (1999-2000) “O professor José Reovaldo Oltramari, diretor de 01/08/1993 até 05/12/2008, que muito contribuiu para o desenvolvimento do Campus Universitário de Nova Prata, nos 15 anos de existência da unidade colocou: ‘Prometemos continuar empenhados no desenvolvimento desta região’. E é isso que continuadamente vem sendo realizado, que temos por objetivo, como propósito, como meta. Não medimos esforços para alcançarmos o desenvolvimento sustentável desta região de forma correta, organizada e com muita ética em todos os aspectos. A luta pela formação de indivíduos atuantes na sociedade e formadores de opinião é uma constante na Universidade de Caxias do Sul. Enfatizamos o apoio que temos recebido da comunidade de Nova Prata e de toda região de abrangência nestes 25 anos de atividades. Acreditamos que a Universidade vem cumprindo sua missão: ‘Produzir, sistematizar e socializar o conhecimento com qualidade e relevância para o desenvolvimento sustentável’,

e assim torcemos que o Campus Universitário de Nova Prata continue forte a atuante, muito mais do que foi até o presente momento. A regionalização trouxe inúmeros benefícios para a comunidade, podendo-se perceber a contribuição da Universidade para o crescimento do município e da região. Muitas pessoas continuaram sua qualificação acadêmica, porque a UCS encontrou-se próxima a elas, e, mais significativamente, permaneceram nos seus municípios desenvolvendo suas atividades e negócios, contribuindo para o desenvolvimento da sua comunidade. Mais do que números construídos ao longo desses 25 anos, os benefícios são representados pelas pessoas que passaram pela Instituição, pela geração de conhecimentos, pela formação profissional e pelas muitas pessoas aptas a desenvolverem as suas habilidades no mercado de trabalho. Sentimo-nos muito gratos por estarmos fazendo parte dessa história tão importante.” Mario Coser, diretor desde 2008

NOVA PRATA - COMUNIDADE “Sem dúvida nenhuma, a instalação da Universidade de Caxias do Sul em Nova Prata marcou o início de uma série de serviços importantes, afirmando nossa cidade como centro geográfico da microrregião e atendendo às demandas relativas ao Ensino Superior de nossos jovens, disponibilizando educação com qualidade, diversidade e o principal: sendo uma instituição comunitária da Serra, sempre integrada com parcerias, atendendo a toda comunidade e região com serviços, eventos e cultura.”

“O Campus da Universidade de Caxias do Sul de Nova Prata se transformou em um marco do progresso no próprio município e na região. Além de proporcionar conhecimento a muitos de seus alunos, tanto da graduação como da pósgraduação, contemplou também o mercado de trabalho, com a possibilidade de contar com profissionais preparados intelectualmente e tecnicamente, refletindo-se isto em mais qualidade na prestação de serviços e na produção industrial, no desenvolvimento do comércio e, mais recentemente, também na agricultura.”

Volnei Minozzo, prefeito de Nova Prata

João Carlos Schmitt, prefeito à época da instalação da unidade


Até o final de 2017 colaram grau tendo estudado no Campus Universitário de Nova Prata 1.217 alunos.

Equipe de gestão e funcionários (parcial, outubro de 2018).

O CAMPUS HOJE Com cursos de graduação, especialização/MBA e extensão, o Campus Universitário de Nova Prata constitui-se em um Polo Universitário Regional que compreende os municípios de Nova Prata, Veranópolis, Fagundes Varela, Cotiporã, Vila Flores, Nova Bassano, Nova Araçá, Paraí, Guabiju, São Jorge, Vista Alegre do Prata, Protásio Alves e André da Rocha.


Vice-reitor Luiz Antonio Rizzon discursa na aula inaugural do curso de Tecnologia em Horticultura, com a presença do vice-governador Vicente Bogo (à direita de Rizzon), em 30 de maio de 1996. A unidade funcionou até dezembro de 2015, em espaços locados do Seminário Seráfico São José (foto abaixo), no centro da cidade.

VERANÓPOLIS

Núcleo Universitário de Veranópolis – NUVER

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história da Universidade de Caxias do Sul no município de Veranópolis teve início em 1990, quando foi ofertada a especialização em Metodologia da Pesquisa e do Ensino, voltada à formação de professores, iniciativa repetida no ano seguinte.

O criação do núcleo universitário foi oficializada em 9 de novembro de 1995, data da assinatura do convênio firmado entre a UCS, a Prefeitura local e o governo do Estado (através da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - Fepagro), que instituiu o curso superior de Tecnologia em Horticultura. Também aderiram ao acordo as prefeituras de Cotiporã, Fagundes Varela e Nova Roma do Sul. “O complemento das bodas de prata da Regionalização da Universidade de Caxias do Sul é um momento de se olhar para muitas conquistas e também uma plataforma para avanços. A expansão regional já existente é base para a integração de pesquisas e processos tecnológicos em conjunto com municípios e empresas. Além da implantação dos campi, a UCS oportunizou aos ‘de cá da ponte’ (do rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Veranópolis) participarem ativamente dos processos regionais por meio do Corede-Serra e da expansão do Ensino Superior local, com a instalação do Instituto Federal para Veranópolis e região”. Nicanor Matiello, diretor 2008-2015

As atividades acadêmicas começaram em março de 1996, nas dependências da Escola Estadual Regina Coeli. No mesmo ano, a sede foi transferida para espaços locados do Seminário Seráfico São José, no centro da cidade, onde ocorreu a aula inaugural, em 30 de maio. A unidade funcionou até dezembro de 2015 e teve como diretores os professores José Reovaldo Oltramari e Nicanor Matiello. Ao longo da atuação, o NUVER disponibilizou também os cursos de Tecnólogo em Processamento de Dados; Licenciaturas (História, Matemática, Letras) e Enfermagem; seis cursos de Educação a Distância; e quatro cursos de pós-graduação.


Jornal Estafeta, de Veranópolis: edição de 4 de outubro de 1995.

77

Jornal Estafeta, de Veranópolis: edição de 13 de março de 1996.

Jornal Popular, de Nova Prata: edição de 22 de novembro de 1995.


Vice-presidente da República, Marco Maciel, descerra placa inaugural do Núcleo Universitário Vale do Caí, em cerimônia realizada no dia 23 de agosto de 2001.

SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ

Campus Universitário Vale do Caí – CVALE

A

regionalização da Universidade de Caxias do Sul viria a se completar no ano 2000, graças a um movimento da comunidade, representada pela Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (AMVARC). Poderes públicos e entidades da região recorreram à UCS interessados na instalação de uma instituição de Ensino Superior, de caráter comunitário, próxima dos então cerca de 170 mil habitantes do vale, visando à promoção do desenvolvimento socioeconômico da região, com base nas atividades de cerâmica e da fruticultura. O protocolo de intenções para a instalação da unidade foi assinado em 27 de junho daquele ano, e as aulas se iniciaram já no segundo semestre de 2000, nas dependências do Parque Centenário, em São Sebastião do Caí. O núcleo universitário receberia

seu prédio próprio em 23 agosto de 2001, em terreno de 40 hectares às margens da ERS-122, repassado pela Prefeitura. O local passou a abrigar as atividades de graduação presencial e de Educação a Distância, pós-graduação e extensão. A solenidade de inauguração contou com a participação do então vice-presidente da República, Marco Maciel. Em 22 de junho de 2012, o núcleo passou à condição de campus universitário. Com abrangência em 21 municípios, a unidade formou, desde o início de suas atividades até o final de 2017, um total de 1.104 profissionais. Foram diretores os professores Clóvis José Assmann, Carmen Cecília Schmitz e a atual, Janete Bonfanti. Desde a implementação, a presença da UCS no Vale do Caí visa dar sustentabilidade ao desenvolvimento da economia da

região, fortalecendo a produção industrial e agrícola. Para tanto, entre as ações realizadas destacam-se dois importantes projetos de pesquisa: a Caracterização de Matérias -Primas para a Indústria da Cerâmica Vermelha e Ações para a Melhoria Tecnológica da Fruticultura e Floricultura do Vale do Caí. O primeiro foi alcançado com a criação, em setembro de 2011, do Instituto de Materiais Cerâmicos (IMC-UCS), em Bom Princípio. Operando como uma das unidades do Parque de Ciência Tecnologia e Inovação - TecnoUCS, o IMC atua em projetos de pesquisa e desenvolvimento para empresas da construção civil, automotivas e metalmecânicas, de petróleo e gás, entre outros. Já em fruticultura, uma das principais atividades agrícolas da região, a UCS realiza pesquisas em parceria com a Câmara Setorial da Citricultura do Vale do Caí.


Na edição de 23 de agosto de 2001, Jornal NH, de Novo Hamburgo, publicou sumplmento especial referente à inauguração do novo núcleo da UCS no Vale do Caí

Material destacou atuação conjunta da Univesidade com o poder público local e repercussão positiva junto aos estudantes da região.


80

CVALE - DIRETORES “Em um dos primeiros compromissos como presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí, em 1997, fui a Caxias do Sul, respaldado pelo apoio dos 20 prefeitos e dos secretários municipais da região, para dar início aos movimentos em busca de um sonho que logo se transformaria em realidade: um campus da Universidade de Caxias do Sul no Vale do Caí. À época, contamos com o valioso apoio, junto ao reitor Ruy Pauletti, de vários integrantes do quadro de profissionais dessa Universidade, como os professores Rizzon, Zorzi, José Oltramari, Armando Sachet e Mario Vanin, que me fizeram entender o fulcro, o propósito e a importância do Projeto de Regionalização da Universidade. Fui honrado, por essa mesma Reitoria, com o convite para liderar a implantação da unidade do Vale do Caí, como seu primeiro diretor, a partir de 2001. Trata-se de uma das conquistas de maior impacto social e econômico para o Vale do Caí. Sua instalação permitiu o ingresso de centenas jovens numa universidade sem que fossem obrigados a se deslocar para grandes centros. A inserção da UCS permitiu que todo esse capital intelectual e cultural permanecesse entre nós! A Universidade de Caxias do Sul contribuiu com mudanças significativas no perfil de nossa região. Frente a dezenas de estabelecimentos industriais, comerciais, públicos e de serviços estão novos líderes, egressos de suas salas de aula. Ainda hoje, quando me perguntam qual foi minha melhor contribuição ao desenvolvimento regional como homem público e cidadão, respondo convicto e com emoção: ‘Contribuí com a implantação de uma universidade perto de todos nós! Um empreendimento que reconfigurou o potencial das nossas cidades!’ Obrigado à Universidade de Caxias do Sul, a seus gestores, mestres e funcionários! Que possa continuar, por muito tempo, a produzir e semear conhecimento entre nós!”

“A UCS passou a pertencer também ao Vale do Caí há 18 anos. Esta conquista foi resultado da visão estratégica de pessoas que se envolveram no Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Caí e dos prefeitos que integravam e integram a associação dos municípios da nossa região. Centenas de profissionais já se formaram no Vale do Caí, entre bacharéis em Administração, Ciências Contábeis e Direito; licenciados em Matemática, Letras, Pedagogia e gestores públicos. Assim o CVALE tem contribuído significativamente no desenvolvimento da região, disponibilizando ensino, pesquisa e extensão e, ao mercado de trabalho, profissionais qualificados, com formação profissional, ética e humana. Portanto, só podemos festejar os 25 anos de regionalização da UCS, que se voltou para os interesses da comunidade regional concentrando esforços na formação de profissionais capacitados, trazendo desenvolvimento.”

Clóvis José Assmann, diretor 2001-2008

Janete Maria Bonfanti, diretora desde 2016

Carmen Cecília Schmitz, diretora 2008-2016

“Atendendo à primeira das diretrizes institucionais, que é ‘Excelência acadêmica, desenvolvimento das pessoas e da região’, a presença da UCS no Vale do Caí visa dar sustentabilidade ao desenvolvimento da economia da região, fortalecendo a produção industrial e agrícola e também social. Há dois anos na direção do Campus do Vale do Caí, posso confirmar o quanto a presença da UCS tem sido determinante para o desenvolvimento da região em diversos aspectos. Nesses 17 anos desde a instalação em São Sebastião do Caí, a UCS já formou 1.144 alunos, o que significa dizer que são mais de mil profissionais qualificados atuando com ética e seriedade, tanto no setor público quanto no setor privado, contribuindo com o desenvolvimento da região. E não somente isso evidencia a importância da presença da UCS no município, mas também o fato de que são mais de mil pessoas que, com a contribuição da Universidade de Caxias do Sul, puderam realizar seus projetos de vida e alcançar seus sonhos de realização profissional e pessoal. Além dos cursos de graduação, nas modalidades presencial e a distância, e pós-graduação, o campus desenvolve dois importantes projetos de pesquisa: o projeto de citricultura, através do qual a UCS contribui com ações para a melhoria tecnológica da fruticultura e floricultura do Vale do Caí, e o projeto de Caracterização de Matérias-Primas para a Indústria da Cerâmica Vermelha, que desenvolve pesquisas de ponta, estimulando a inovação e a tecnologia nesse segmento.

SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ - COMUNIDADE “Sou suspeito para falar da Universidade de Caxias do Sul. Fui jogador profissional de futebol do Caxias na década de 1970 e estudei na UCS. Por isso, fiquei muito satisfeito quando a Universidade trouxe um de seus campi para nosso município. Costumo afirmar que temos São Sebastião do Caí antes e depois da vinda da UCS. Hoje, temos o campus da UCS Vale do Caí como uma referência regional em educação e capacitação de qualidade. Por isso, a Prefeitura é e sempre será parceira da Universidade em todas as áreas possíveis. Daremos todo apoio para que novos cursos e capacitações sejam implementados. Nossa população precisa de educação de qualidade e próxima de casa.” Clóvis Alberto Pires Duarte, prefeito de São Sebastião do Caí

“Tive o privilégio de, como presidente da Câmara de Vereadores, acolher solicitação da desapropriação do terreno que seria repassado à UCS e, depois de nove anos, dessa vez como prefeito, efetuar o pagamento dos precatórios referentes à desapropriação. A vinda da Universidade ao nosso município foi de suma importância para os estudantes de nossa região. Tendo em vista o nível de aprovação elevado entre os alunos e as avaliações positivas do MEC, a UCS tornou-se fundamental para o desenvolvimento da educação regional. Com tranquilidade afirmo que nossa cidade tem muito a agradecer a esta instituição.” Darci José Lauermann, presidente da Câmara de Vereadores à época da instalação do então Núcleo do Vale do Caí e ex-prefeito de São Sebastião do Caí


81

O CAMPUS HOJE Um total de 1.104 profissionais formaram-se estudando no Campus Universitário Vale do Caí desde a sua instituição.

Equipe de gestão e funcionários (parcial, outubro de 2018). Campus foi construído pela UCS em área de 40 hectares repassada pela Prefeitura, às margens da ERS-122.


82

FLORES DA CUNHA

Escola de Gastronomia

C

om a missão institucional de difundir a cultura gastronômica italiana na América Latina e voltada à formação e qualificação de profissionais de excelência em gastronomia e sommellerie, a Escola de Gastronomia da UCS foi inaugurada em 10 de agosto de 2004, no município de Flores da Cunha. A unidade está instalada em uma área de 1.500 m², no Parque da Vindima Elóy Kunz, em um pavilhão adaptado aos padrões de qualidade europeus para este tipo de empreendimento, com espaços de aprendizagem, apoio ao ensino e convivência. Desde sua implementação a escola se tornou referência nacional no ensino da enogastronomia. Atualmente, oferece cursos de graduação e pós-graduação (em nível de especialização), de capacitação, aperfeiçoamento, workshops, oficinas e temáticos, além de dedicar-se à formação técnica de alunos do CETEC (escola de Ensino Médio mantida pela Fundação Universidade de Caxias do Sul).

A Escola teve sua atuação ampliada entre 2013 e 2014, com a oferta da graduação tecnológica em Gastronomia e, no segmento de extensão, do curso de Gastronomia Funcional, introduzido em módulos de panificação e confeitaria, workshops temáticos e grupos in company. A novidade mais recente é a pós-graduação em Confeitaria e Panificação. Parceiro na época da fundação, o Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF) colabora até hoje na formação avançada de profissionais com interesse na gastronomia italiana. Em virtude da tradição vitivinícola da região, a Escola também se dedica à formação de profissionais na área da enologia. Para isso, conta com parceria da Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori (FISAR) na realização de atividades de Educação Continuada em Sommellerie. Até outubro de 2018, a Escola de Gastronomia da UCS já formou aproximadamente 1,2 mil pessoas no curso de Sommelier Internacional UCS/FISAR e mais de 700 no curso de Chef de Cozinha Internacional UCS/ICIF.

Ristorante Dolce Italia Inaugurado em abril de 2017, o Ristorante Dolce Italia é um espaço didático-pedagógico da Escola de Gastronomia da UCS, no qual os alunos realizam simulações de trabalho na cozinha e na sala, praticando técnicas num ambiente real. A partir de uma reforma realizada em parceria entre a UCS, a Prefeitura de Flores da Cunha, o Centro Empresarial do município e a Móveis Florense, a capacidade do restaurante foi ampliada para 150 pessoas. Também foram instalados novos espaços administrativos e de convivência, reconfigurada a área de recepção, aumentados os vestiários e reorganizado o estacionamento.

Com aulas ministradas por profissionais de renome mundial, a escola já formou 700 profissionais no curso de Chef de Cozinha Internacional.


Curso de Sommelier Internacional é oferecido em parceria com a Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori (FISAR).

Especializado em enogastronomia italiana, o Ristoriante Dolce Italia tem capacidade para 150 pessoas e funciona para formação de alunos, atendimento ao público e eventos.


84

Com 1.000 m² e 11 laboratórios, a unidade é um dos mais importantes ambientes de pesquisa e inovação do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação - TecnoUCS.

BOM PRINCÍPIO

Instituto de Materiais Cerâmicos – IMC

C

oncebido por professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais, o Instituto de Materiais Cerâmicos (IMC-UCS) foi criado em resposta a uma demanda regional, resultante de consulta popular encaminhada pelo Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Caí, pautada em ações para a inovação e o desenvolvimento da área de materiais cerâmicos. A implantação da unidade, inaugurada em 9 de setembro de 2011, foi viabilizada por uma ação conjunta da Universidade de Caxias do Sul, da Prefeitura de Bom Princípio e da Secretaria Estadual da Ciência,

Inovação e Desenvolvimento Tecnológico. Hoje, o instituto se constitui em um dos mais importantes ambientes de pesquisa e inovação do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da UCS, o TecnoUCS. Por meio da melhoria e diversificação de seus produtos e serviços, com base na pesquisa em materiais cerâmicos e compósitos, o IMC auxilia o setor produtivo a aumentar sua competitividade, estando capacitado a desenvolver projetos de pesquisa e inovação em empresas de todos os portes de diversos segmentos industriais, como da construção civil, automotivo, metal-mecânico, de petróleo e gás, entre outros, atendendo aos parâmetros internacionais de desempenho, redução de

custos e sustentabilidade. Entre as principais competências do IMC estão processos de análise térmica, caracterização de matérias-primas, caracterização de materiais, desenvolvimento de peças cerâmicas de geometria complexa e simulação computacional de materiais e física de altas pressões. O IMC ocupa um prédio de 1.000 m² e conta com 11 laboratórios para pesquisa avançada, que servem tanto para a prestação de serviços ao mercado como para a realização de pesquisas por professores e estudantes de mestrado e de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais.


Reitor Isidoro Zorzi na solenidade de inauguração, em 9 de setembro de 2011: incremento econômico por meio da pesquisa avançada, qualificando a base produtiva da microrregião.

SÃO MARCOS

Unidade de formação continuada

A

lém dos campi, da Escola de Gastronomia e do Instituto de Materiais Cerâmicos, a UCS instalou unidades de apoio aos alunos nos municípios de São Marcos, Antônio Prado e Flores da Cunha. As sedes funcionaram como polos de Educação a Distância no período de 2004 a 2011 para o curso de Pedagogia, em parceria com as secretarias de Educação dos municípios. Desde 2006, em Antônio Prado, e 2007, nos casos de Flores da Cunha e São Marcos, as instalações começaram a ser utilizadas para ofertas de disciplinas de graduação. A unidade florense funcionou até 2013, nas dependências da Escola de Gastronomia. Em São Marcos a proposta foi ampliada, sendo atualmente oferecidas pela UCS oportunidades de formação continuada, com cursos de Extensão e de Pós-Graduação Lato Sensu (especializações e MBAs), disciplinas de formação geral (de todos os cursos de graduação) e de formação básica (de cursos da Área de Ciências Sociais), além de atividades do programa UCS Sênior.

Na sede de São Marcos são oferecidas disciplinas de graduação, cursos de extensão e especializações.


86

O MAPA DA REGIONALIZAÇÃO

VACARIA

NOVA PRATA GUAPORÉ VERANÓPOLIS BENTO GONÇALVES

SÃO MARCOS

FLORES DA CUNHA CAXIAS DO SUL

FARROUPILHA

CANELA

BOM PRINCÍPIO SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ

Rio Grande do Sul


Cronologia da Regionalização


88

PRIMÓRDIOS: COMUNITÁRIA E REGIONAL

Reitor Virvi Ramos pronuncia-se na instalação dos cursos de Ciências Contábeis e de Ciências Econômicas em Lajeado, autorizados pela portaria 95, de 1º de dezembro de 1969.

1967

1968

1969

1970

Instalados quatro novos cursos, com aulas iniciadas em março: Medicina, Administração de Empresas, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (este com uma extensão em Bento Gonçalves, constituindo-se o primeiro movimento de regionalização da UCS).

l

A portaria 94 da Reitoria, de 1º de dezembro de 1969, autoriza o funcionamento de uma extensão do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UCS no Campus Universitário de Vacaria, em convênio entre a Universidade e a Associação PróEnsino Superior dos Campos de Cima da Serra (APESCCS).

l

l

Fundação (oficializada no dia 10 de fevereiro) e instalação (15 de fevereiro) da Universidade de Caxias do Sul. l

As atividades se iniciam com a reunião dos cursos superiores (de Belas Artes e de Enfermagem) e das faculdades (de Direito; de Ciências Econômicas; e de Filosofia, Ciências e Letras) originados das instituições que agregaram-se para formar a UCS. l

l Também de 1º de dezembro

de 1969, a portaria 95 autoriza o funcionamento de extensões dos cursos de Ciências Contábeis e de Ciências Econômicas em Lajeado, integrando cursos existentes na cidade aos oferecidos pela UCS, em convênio com a Associação Pró-Ensino Universitário do Alto Taquari. l Ainda na data de 1º de dezembro

de 1969, foi assinada a portaria 96, autorizando o funcionamento do Campus Universitário de Bento Gonçalves.

Abertas, em Bento Gonçalves, outras duas extensões de cursos existentes em Caxias do Sul: Letras (Licenciatura Plena e Literatura em Língua Portuguesa e em Língua Inglesa) e Ciências Licenciatura Curta.


Instalações da Escola Superior de Hotelaria da UCS, em Balneário Atlântida, então município de Osório, no Litoral Norte gaúcho.

1971

1972

1978

l Com a reforma educacional

l Criada a Fundação Educacional da Região

l Em 25 de novembro é inaugurada a Escola Superior de Hotelaria da UCS, em Balneário Atlântida, então município de Osório, no Litoral Norte do RS, constituída em parceria com a Secretaria de Turismo do Estado e com a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). A unidade foi transferida para o município de Canela em 1986.

do Regime Militar (universitária, em 1968, e do 1º e 2º graus, em 1971), o Ministério da Educação impõe que cursos de graduação só possam funcionar na mesma cidades-sede de suas instituições mantenedoras. Com isso, a UCS viu-se obrigada a transferir a administração dos cursos em Bento Gonçalves, Vacaria e Lajeado para entidades locais.

dos Vinhedos (FERVI), que assume os cursos da UCS até então existentes em Bento Gonçalves. l As associações dos Campos de Cima

da Serra (Vacaria) e do Vale do Taquari (Lajeado) assumem os cursos nos respectivos municípios. As faculdades remanescentes em Lajeado dariam origem, em 1997, à Univates.

Material de apresentação da Escola Superior de Hotelaria da UCS em Balneário Atlântida.


90

RETOMADA: UNIÃO E PLANEJAMENTO

Reunião de instalação da Escola de Hotelaria em Canela, realizada na gestão do reitor Abrelino Vasata (2º da dir. p/ esq.).

Em 27 de agosto de 1987, UCS, FERVI, APESCCS e municípios da região assinaram protocolo de cooperação visando à transformação da UCS em Universidade Pública Regional.

1986

1987

1988

l Transferência da Escola de Hotelaria,

l Sob a gestão do reitor João Luiz de Morais, a UCS,

l Em 14 de abril, gestores da

que funcionava no Balneário Atlântida, em Osório, para Canela. As aulas teóricas passaram a ser ministradas em um prédio cedido pela Prefeitura, na área central, enquanto que, para aulas as práticas, a UCS, o governo do Estado e empresários do setor adquiriram a área e os imóveis do antigo Hotel Charrua, rebatizado Vila Verde. Sete anos depois, a escola daria origem ao Núcleo Universitário local.

em parceria com a Associação Pró-Ensino Superior dos Campos de Cima da Serra (APESCCS), de Vacaria, e a Fundação Educacional da Região dos Vinhedos (FERVI), de Bento Gonçalves, e 11 prefeituras da região (conforme protocolo de cooperação assinado em 27 de agosto) dá início a tratativas para a transformação da UCS em uma universidade regional integrada. A ideia de manutenção por recursos públicos não prosperaria no Ministério da Educação, o que levou as instituições, a partir de 1991, a redirecionarem a iniciativa de unificação.

UCS, FERVI e APESCCS assinam termo estabelecendo acordo e procedimentos para a agregação das faculdades mantidas em Bento Gonçalves e Vacaria à UCS, bem como a cooperação mútua para o incremento do Ensino Superior por meio da expansão regional da Universidade. No ano seguinte, é realizado o primeiro concurso vestibular unificado entre UCS, APESCCS e FERVI.

Em busca de apoio político à proposta, comitiva composta por gestores da UCS, da FERVI e da APESCCS apresentou ao governador Pedro Simon (D), em 6 de outubro de 1987, o plano de regionalização da Universidade.


“Constata-se que o Projeto de Regionalização da Universidade de Caxias do Sul reveste-se de coerência, legalidade, oportunidade, seriedade e exequibilidade. Propõe-se a integrar instituições e incorporar cursos superiores já consolidados, prevendo expansão compatível com as necessidades e aspirações de uma vasta e próspera região riograndense, onde a tradição e a modernidade mesclam-se num processo peculiar, que envolve todos os campos da cultura, da vida social e da economia.”

Instituído em 7 de novembro de 1991, grupo de trabalho coordenada pelo professor José Clemente Pozenato (2º a esq.) elaborou o planejamento da descentralização da UCS ao longo de todo o ano de 1992.

Trecho de abertura do parecer favorável ao Projeto de Regionalização da UCS, relatado pelo conselheiro Sanchotene Felice e emitido pelo Conselho Federal de Educação em 3 de dezembro de 1992.

1990

1991

1992

l Resolução assinada em 15 de

l Lançado o ‘Projeto Municípios’, pelo qual a UCS apresentou

l Em 31 de março, o Conselho Diretor da

l Iniciado, em 18 de outubro de 1991, o curso de pós-graduação

l Em 17 de julho é assinado, em Bento Gonçalves, convênio que firmou o repasse, por comodato, dos cursos e do patrimônio da FERVI à UCS.

agosto pelo reitor Ruy Pauletti define que a participação da Universidade no desenvolvimento regional seria feita pela descentralização efetiva, deslocando-se, para os municípios, cursos de graduação e especialização, programas de extensão e pesquisa e serviços. l Ofertada a especialização em

Metodologia da Pesquisa e do Ensino, voltada à formação de professores, em Veranópolis.

a proposta de instalação de unidades na região às prefeituras interessadas em aderir em parceria, com a oferta de cursos de graduação e de pós-graduação. em Metodologia da Pesquisa do Ensino no município de Guaporé. l Em 7 de novembro é publicada a portaria que designa os

professores José Clemente Pozenato (coordenador), Liane Beatriz Moretto Ribeiro, Luiz Antonio Rizzon, Agostinho Oli Koppe Pereira, Eliana Maria do Sacramento Soares e Lino Casagrande para comporem o grupo de trabalho encarregado de elaborar o processo de regionalização. l Em 13 de dezembro é assinado, em Vacaria convênio que

firmou o repasse, por comodato, do curso da FALEV e do patrimônio da APESCCS à UCS.

Em 17 de julho de 1992 é assinado, pelo reitor Ruy Pauletti (E) e pelo presidente da FERVI, Ildoíno Pauletto, convênio que firmou o repasse dos cursos e do patrimônio da instituição bento-gonçalvense à UCS.

FUCS aprova o Projeto de Regionalização.

l Em 3 de dezembro, pelo parecer

689/92, o Conselho Federal de Educação aprova a proposta de regionalização da Universidade de Caxias do Sul, por meio da implantação de unidades de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase na valorização do potencial específico de cada município.


92

IMPLEMENTAÇÃO: PÉS NA REGIÃO, OLHOS NO MUNDO

Reitor Ruy Pauletti apresenta o cartaz de divulgação do Vestibular Unificado de 1993, que regionalizou o concurso, conforme convênio assinado com a FERVI e a APESCCS na mesma ocasião, em 29 de outubro de 1992.

A instalação do Núcleo Universitário de Canela foi simbolizada pela inauguração, em 15 de março de 1993, de prédio próprio (para aulas teóricas) da Escola de Hotelaria, na área do Hotel Vila Verde, onde já ocorriam as aulas práticas.

1993 l A Portaria Ministerial 211, de 19 de

fevereiro de 1993, aprova o Programa de Regionalização da Universidade de Caxias do Sul, abrangendo a criação do Campus Universitário da Região dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, com a incorporação de cursos e patrimônio da FERVI; do Campus Universitário de Vacaria, igualmente pela transferência de cursos e patrimônio mantido pela APESCCS; e dos núcleos universitários de Canela, Farroupilha, Guaporé e Nova Prata.

l Em 15 de março, foi inaugurado o prédio

próprio (para aulas teóricas) da Escola de Hotelaria de Canela, na área do Hotel Vila Verde, onde já ocorriam as aulas práticas do curso. O ato demarcaria a abertura do Núcleo Universitário de Canela pela UCS. l Em março são ministradas edições do

curso de especialização em Metodologia da Pesquisa e do Ensino em Canela e em Nova Prata, preparando os docentes que atuariam nos núcleos universitários.

l O dia 1º de agosto demarca a formalização do

Projeto de Regionalização da UCS, com a integração oficial da FERVI e da APESCCS e com a nomeação dos diretores dos campi e núcleos. A nova configuração da UCS decorre do interesse regional em buscar o desenvolvimento sustentado no conhecimento científico ordenado, valorizando a formação profissional de seus habitantes. l Solenidades de instalação das novas unidades

ocorrem, na ordem, em Nova Prata (04/08), Guaporé (06/08), Farroupilha (11/08) e Bento Gonçalves (16/08).

Em reunião realizada no início de julho de 1993, gestores da UCS, FERVI e APESCCS definiram 1º de agosto como o dia da formalização da integração das três instituições. A data passou, portanto, a demarcar a formalização do Projeto de Regionalização da Universidade.


Secretária estadual da Educação, Neusa Canabarro (D), ministrou aula inaugural na instalação do Núcleo Universitário de Nova Prata, em 4 de agosto.

Posse do diretor Raul Bampi (D) na instalação do Núcleo Universitário de Farroupilha, em 11 de agosto.

Reitor Ruy Pauletti assina nomeação do diretor José Carlos Köche (E) na solenidade de instalação do Campus Universitário da Região dos Vinhedos, de Bento Gonçalves, em 16 de agosto.

Pró-Reitora de Graduação, Liane Beatriz Moretto Ribeiro, cumprimenta o primeiro diretor do Núcleo Universitário de Guaporé, Rui Bresolin, empossado na data de instalação da unidade, em 6 de agosto.


94

CRESCIMENTO: QUALIFICAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO

Vice-reitor Luiz Antonio Rizzon assina, em 9 de novembro de 1995, convênio que instituiu o Núcleo Universitário de Veranópolis.

Criação do Instituto de Administração Municipal (atual Assessoria de Desenvolvimento Regional) e posse do diretor, Mario David Vanin (assinando), em 8 de agosto de 1997.

1995

1997

l Em 9 de novembro é

l Em 13 de março, é

assinado convênio que criou o Núcleo Universitário de Veranópolis, cujas aulas se iniciaram no primeiro semestre de 1996. A unidade funcionou até dezembro de 2015.

1999

inaugurada a sede própria do então Núcleo Universitário de Farroupilha. O terreno e o prédio, antes pertencentes a uma empresa, foram adquiridos pela UCS e até hoje abrigam o atual campus.

Fachada frontal do Seminário Seráfico São José, onde funcionou o Núcleo de Veranópolis.

l É criado, em 8 de agosto,

o Instituto de Administração Municipal (IAM), pelo qual a UCS estabelece a inserção regional também por meio da assessoria direta aos municípios. Em 2016, o órgão passa a ser a Assessoria de Desenvolvimento Regional (ADRE).

Inauguração do prédio próprio do Núcleo Universitário de Farroupilha, em 13 de março de 1997.

l Em 25 de junho é

inaugurado o novo Campus Universitário de Vacaria, em área de 20 hectares e prédio próprio construído pela Universidade.


95

Inauguração do novo prédio do Campus Universitário de Vacaria, em 25 de junho de 1999.

Reitor Luiz Antonio Rizzon pronuncia-se na inauguração da Escola de Gastronomia, em Flores da Cunha, em 10 de agosto de 2004.

2000

2004

2011

l Expansão do Projeto de Regionalização com o início

l Inauguração da Escola de Gastronomia,

l Instalado o Instituto

das atividades, no segundo semestre, do Núcleo Universitário Vale do Caí, no município de São Sebastião do Caí. Em 23 de agosto de 2001 ocorreria a inauguração do prédio próprio, com a presença do vice-presidente da República, Marco Maciel.

Vice-presidente da República, Marco Maciel, inaugurou a sede própria do Núcleo Universitário Vale do Caí em 23 de agosto de 2001.

em Flores da Cunha, em 10 de agosto, implementada em parceria com o Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF).

de Materiais Cerâmicos (IMC-UCS), em Bom Princípio, no dia 9 de setembro.

Reitor Isidoro Zorzi (E) oficializou a instalação do Instituto de Materiais Cerâmicos, em Bom Princípio, inaugurado em 9 de setembro de 2011.


96

CONSOLIDAÇÃO: UM PATRIMÔNIO DA REGIÃO

Reitor Isidoro Zorzi (2º da esq p/ dir) na solenidade de elevação do Núcleo do Vale do Caí a campus, em 22 de junho de 2012.

Redesignação do Núcleo de Canela como campus universitário, em 21 de novembro de 2012.

2012

2015

2018

l Elevação à categoria de campus

l Elevação à categoria de campus universitário

l 25 Anos de Regionalização da UCS

universitário dos núcleos Vale do Caí (22/06) e Canela (21/11)

dos núcleos de Guaporé (01/10), Farroupilha (21/10) e Nova Prata (24/11)

Reitor Evaldo Kuiava (C) na solenidade de elevação do Núcleo de Farroupilha a campus, em 21 de outubro de 2015.

Elevação do Núcleo de Nova Prata a campus universitário, em 24 de novembro de 2015.


Inserção Regional


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CONCERTOS DE INTEGRAÇÃO

A

atuação da Universidade de Caxias do Sul, por meio da educação, se estende a diferentes áreas da formação humana, englobando os segmentos econômico, social e cultural. Assim, uma das mais importantes ações de relacionamento da Universidade com a região são os Concertos de Integração da Orquestra Sinfônica da UCS. Desde a criação da orquestra, em 2001, as apresentações nas cidades da região têm se constituído em um elo da regionalização da Universidade por meio da cultura. De tal forma, a comemoração dos 25 anos de regionalização da UCS envolveu a realização de Concertos de Integração nos municípios onde a Universidade mantém unidades (à exceção de Bom Princípio, contemplado junto com São Sebastião do Caí, na atividade de abertura da série, em 3 de maio. A programação dos demais concertos teve como cronograma: Flores da Cunha (13/08), Nova Prata (16/08), Farroupilha (20/08), Vacaria (22/10), Guaporé (25/10), Canela (17/12) e Bento Gonçalves (20/12).

Apresentação comemorativa aos 25 anos da UCS em Nova Prata ocorreu na Igreja Matriz São João Batista, em 16 de agosto de 2018.



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UMA UNIVERSIDADE A SERVIÇO DA REGIÃO MARIA DO CARMO PADILHA QUISSINI Assessoria de Desenvolvimento Regional - ADRE

O

Instituto de Administração Municipal (IAM) foi criado pela portaria 210, de 8 de agosto de 1997, fundamentado na missão da Universidade de Caxias do Sul de atender o seu compromisso com o desenvolvimento local e regional.

O evento de criação do IAM foi realizado no auditório do Bloco A, em 8 de agosto de 1997, com a presença de prefeitos e lideranças dos municípios da área de abrangência da UCS; do então presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Otomar Vivian; e do então ministro da Previdência Social, Reinhold Stephanes, que proferiu palestra.

O órgão foi considerado instrumento para o atendimento de uma das diretrizes institucionais de então: ‘Inserção Regional que visa ao fortalecimento da identidade comunitária da Universidade de Caxias do Sul, ampliando e aperfeiçoando as relações com os atores regionais e identificando as demandas regionais para maior integração e articulação da Universidade com a comunidade’.

Nessa oportunidade, o professor Mario David Vanin foi nomeado diretor, e a então funcionária Maria do Carmo Padilha Quissini, secretária-executiva do órgão. O IAM, desde sua criação, esteve vinculado institucionalmente à Reitoria, atuando como um órgão de assessoramento especial.

Solenidade de criação do Instituto de Administração Municipal, em 8 de agosto de 1997, no Salão de Atos do Bloco A do campus-sede. Em 22 de fevereiro de 2016, o órgão foi transformado em Assessoria de Desenvolvimento Regional.


Reunião entre prefeitos de Feliz e São Sebastião do Caí, gestores da Reitoria, do IAM e lideranças regionais em 10 de março de 2000.

OBJETIVOS E FINALIDADES Quando da criação do IAM, seus objetivos e finalidades, expressos na portaria, foram: 1. Estimular o trabalho de pesquisa e investigação científica sobre assuntos de interesse das administrações municipais; 2. Oferecer programas e cursos de formação e de educação continuada, visando ao desenvolvimento dos municípios e ao aperfeiçoamento da administração municipal, em articulação com os demais órgãos da Universidade; 3. Prestar serviços de assessoria, consultoria e outros, aos municípios, numa relação de reciprocidade; 4. Prestar serviços de assessoramento técnico na elaboração de projetos; 5. Estabelecer intercâmbios com os municípios e outras entidades, visando à aglutinação de esforços para o desenvolvimento da administração municipal; 6. Assessorar a Reitoria nas ações relacionadas com os municípios da região.

Função político-institucional A atuação da Universidade envolve uma área territorial de 25.845,10 km² e uma população aproximada de 1,5 milhão de habitantes. Avaliando-se a trajetória desenvolvida pelo IAM ao longo dos seus 18 anos de existência, tem-se clareza que uma das grandes funções exercidas foi a de articulação político-institucional, sendo o elo entre a Universidade, os poderes públicos municipais e as entidades regionais com atuação na área de abrangência da Instituição. Estas organizações são: a) 70 prefeituras municipais; b) Quatro associações de municípios: AMVARC - Associação dos Municípios do Vale do Caí (20 municípios); AMESNE Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (35 municípios); AMSERRA - Associação dos Municípios de Turismo da Serra (7 municípios); e AMUCSER - Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra (11 municípios); c) Quatro conselhos regionais de desenvolvimento: COREDE Serra (32 municípios); COREDE Hortênsias (7 municípios); COREDE Vale do Caí (19 municípios); e COREDE Campos de Cima da Serra (10 municípios); d) Aglomeração Urbana do Nordeste AUNe (10 municípios atualmente. Quando funcionar como Região Metropolitana da Serra Gaúcha, terá 13 municípios);

e) Consórcio Intermunicipal da Serra Gaúcha – CISGA , com 17 municípios integrantes; f) Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, com 120 municípios integrantes. Destes, 51 estão na área de abrangência da UCS; g) Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Caí, integra 42 municípios. Destes, 27 estão na área de abrangência da UCS. ARTICULAÇÃO REGIONAL A Universidade de Caxias do Sul manteve, ao longo do tempo, relações e parcerias em caráter permanente com estas entidades regionais, articuladas pelo IAM, e, a partir de fevereiro de 2016, pela ADRE - Assessoria de Desenvolvimento Regional objetivando: a) Articular a presença da Universidade na comunidade regional, especialmente nas prefeituras municipais e associações de municípios; b) Articular as demandas da comunidade regional com os diversos setores da Universidade; c) Articular as atividades de integração da Universidade com as entidades de caráter regional - COREDES, Aglomeração Urbana do Nordeste, comitês de bacias hidrográficas e CISGA.


Atual ADRE, instituto contribuiu com a regionalização da UCS articulando ações com municípios, oferecendo assessoramento, coordenando projetos regionais, organizando conselhos consultivos, realizando eventos, criando cursos de graduação e capacitação e promovendo missões técnicas ao exterior.

Atuação pelo desenvolvimento regional Nesse período, foram muitas as demandas dirigidas à Universidade, envolvendo as diversas áreas de atuação dos municípios e das entidades regionais. Merecem destaque os temas relacionados ao planejamento urbano, ao planejamento regional, ao meio ambiente, ao saneamento, à qualificação da gestão pública, dentre muitos outros, que foram concretizados por meio da prestação de consultorias e assessorias técnicas e/ou cursos de capacitação, realização de seminários, fóruns, trabalhos de pesquisa e muitos outros, com a celebração de contratos de prestação de serviços ou de convênios de cooperação técnica. Durante sua existência, o IAM contribuiu para a consolidação do processo de regionalização da UCS, com a participação nas reuniões das associações de municípios que estão em sua área de abrangência, oferecendo assessoria permanente à Aglomeração Urbana do Nordeste – AUNe desde sua criação, em 1994; coordenando, de forma permanente, o COREDE Serra desde a sua criação, em 1991; participando de forma efetiva na presidência, vice-presidência ou secretaria-executiva do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas desde sua criação, em 1998;

assessorando, de forma permanente, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Caí desde sua criação, em 1998; realizando seminários com temas de interesse da comunidade regional, destacando-se eventos sobre legislação ambiental, agricultura sustentável, queimada de campo, Mercosul e biomassa, planejamento territorial urbano e rural e jornadas de integração do turismo na Serra Gaúcha; e organizando os conselhos consultivos nos campi e núcleos universitários. GRADUAÇÃO E CAPACITAÇÃO O Instituto também atuou na organização e articulação da oferta de cursos de graduação e de capacitação, tais como: Curso Superior de Formação Específica em Gestão Pública, na modalidade sequencial, com ofertas nos anos de 2002 a 2008, no qual foram diplomados 300 alunos; cursos de capacitação para técnicos das várias áreas dos municípios e nos vários temas, destacando-se o curso de capacitação para os técnicos de 33 municípios para elaboração dos planos diretores em 2006, com duração de 11 meses; e, atualmente, a assessoria técnica especializada para revisão dos planos diretores para os técnicos de 15 municípios, com duração de 13 meses.

O IAM, hoje ADRE, também organizou e coordenou diversas missões técnicas dos prefeitos da AMESNE e de agricultores da região a países da Europa, ao Chile e a Israel e, neste ano de 2018, para os Estados Unidos. Nesta área, também foram promovidas e apoiadas pesquisas, em especial sobre a queima de campo, nos municípios dos Campos de Cima da Serra e sobre saneamento rural nos municípios do COREDE Serra. Além disso, o Instituto atuou, nesse período, na prospecção e captação de recursos para diversos projetos de interesse regional, coordenados por pesquisadores da UCS, em agências e programas governamentais. Somente no período de 2006 a 2015 foi captado um valor aproximado de R$ 15 milhões. Conclui-se, nesse momento de celebração dos 25 anos de regionalização da UCS, que o IAM (atual ADRE) colaborou de forma muito significativa para a consolidação da Universidade como instituição regional que produz e socializa o conhecimento, colocando-o a serviço da sociedade, tendo como objetivo contribuir para o desenvolvimento das comunidades onde está inserida.


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EQUIPE DO IAM Ao longo do tempo, com vinculação direta à Reitoria da UCS, o IAM contou com a colaboração de uma equipe que não mediu esforços no cumprimento de suas finalidades. Passaram pelo Instituto os seguintes colegas: Prof. Mario David Vanin, diretor de 1997 à 2010; profª. Maria do Carmo Padilha Quissini, diretora de dezembro de 2014 a fevereiro de 2016; prof. José Reovaldo Oltramari; prof. Isidoro Zorzi; José Antônio Voltan Adamoli; Edianeide Schunk Miguel Bresolin; José Rampanelli; Celita Kuser Gonçalves; Jaqueline Ludwig; Patricia Alberti; Rafael Gasparin Boff. TRANSFORMAÇÃO EM ASSESSORIA - ADRE Pela portaria 16, de 22 de fevereiro de 2016, o IAM – Instituto de Administração Municipal foi transformado em Assessoria de Desenvolvimento Regional, mantendo a finalidade de articulação regional.

Visita técnica de prefeitos de 25 municípios membros da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste gaúcho (Amesne) à UCS em 11 de setembro de 2018. Na ocasião, o reitor Evaldo Kuiava (1º a esq.) apresentou, na sede administrativa do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação - TecnoUCS, as iniciativas de incentivo ao empreendedorismo inovador promovidas pelo complexo científico-tecnológico da Instituição. O encontro também serviu como referência à celebração dos 25 anos de regionalização da UCS com os chefes de Executivo municipais.


Composição da equipe da Reitoria empossada em 2 de maio de 2018 (da esq. p/ dir): pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Juliano Rodrigues Gimenez; diretor Administrativo e Financeiro, Candido Luis Teles da Roza; pró-reitora Acadêmica, Nilda Stecanela; vice-reitor Odacir Deonisio Graciolli; reitor Evaldo Antonio Kuiava; assessor de Planejamento e Orçamento, Roberto Vitório Boniatti; chefe de Gabinete, Gelson Leonardo Rech.

GESTÃO 2018 - 2022

FORTALECIMENTO DO PROPÓSITO REGIONAL

R

econduzido ao cargo no dia 2 de maio de 2018 para sua segunda gestão à frente da UCS, o reitor Evaldo Antonio Kuiava enfatizou, em seu pronunciamento de posse, o compromisso da Universidade de Caxias do Sul com o desenvolvimento regional – agora adaptado aos desafios da contemporaneidade, que colocam a geração de inovação por meio do conhecimento acadêmico como o mais importante ativo das instituições de Ensino Superior em todo o mundo. O trecho do discurso do reitor na ocasião, reproduzido a seguir, apresenta a essência desse posicionamento: “Desde sua origem, a Universidade de Caxias do Sul é uma universidade comunitária que tem como missão desenvolver Caxias do Sul e a região em que está inserida. Considero estes elementos fundacionais – o comunitário e o desen-

volvimento regional – decisivos para focarmos as estratégias e as ações de uma gestão acadêmica. A tarefa de dirigir uma instituição como a nossa passa pela justa compreensão desses marcos. Iniciamos este novo período com o propósito de continuar a construir uma Universidade fortemente comprometida com a comunidade regional, articulada com os setores produtivos e as demandas da sociedade, academicamente competente e pedagogicamente criativa e inovadora. Nosso Plano de Gestão 2018-2022 está pautado pelo compromisso de continuar a construir uma universidade comunitária e inovadora, capaz de liderar as mudanças de paradigmas no ensino, na pesquisa e na extensão, fomentando a investigação científica de qualidade, buscando a excelência na relação com o setor produtivo, o setor público e a sociedade em geral. Esta é a obra, este é o trabalho de todos!”

Iniciamos este novo período com o propósito de continuar a construir uma Universidade fortemente comprometida com a comunidade regional, articulada com os setores produtivos e as demandas da sociedade, academicamente competente e pedagogicamente criativa e inovadora.

Evaldo Antonio Kuiava, reitor 2014 -


A Regionalização da Universidade: Mais que uma diretriz, uma estratégia de crescimento e desenvolvimento

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ROBERTO VITÓRIO BONIATTI

Assessor de Planejamento e Orçamento da UCS

O

desenvolvimento das regiões, de maneira integrada e sustentável, não pode prescindir da atuação articulada dos diversos agentes que influenciam esse desenvolvimento. Cada vez mais, em todo o mundo, o debate sobre o desenvolvimento regional enfatiza a presença e atuação decisiva de universidades consolidadas nas próprias regiões. A UCS assumiu este papel de indutor de desenvolvimento desde a sua fundação. A história da Universidade de Caxias do Sul demonstra que a regionalização sempre foi uma meta a ser alcançada, não apenas como uma diretriz ou parte da prática de uma Instituição de Ensino Superior, mas também como estrutura institucional, respondendo assim aos anseios da sociedade e agindo como um elo integrador desses anseios. A atuação da Universidade como indutora de desenvolvimento se dá não somente pelo acesso ao Ensino Superior, talvez uma das principais razões para o movimento inicial de regionalização da UCS, mas também pela promoção do desenvolvimento baseado no conhecimento. Deste ponto de vista, a Universidade contribui para conectar a sociedade regional com sua própria vocação ou mesmo com novas áreas de atuação ligadas à economia global. Para isso, apoia a gestão pública na definição de políticas de desenvolvimento, assume um papel agregador para o desenvolvimento da educação em todos os níveis e para a consolidação da cultura regional e das relações sociais. Hoje buscamos também desenvolver o papel da Universidade como uma instituição empreendedora, que atua como âncora para as empresas locais, atraindo talentos, apoiando o surgimento de novas empresas e desenvolvendo a pesquisa, que se traduz em produtos e serviços com maior valor agregado. Nestes anos que seguiram-se ao processo de regionalização, a consciência de agir de forma integrada contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da região e colocou a Univer-

sidade como participante ativa do processo de transformação social. Isso exigiu da instituição um processo de descentralização, para desenvolver, nos diversos municípios, iniciativas conectadas com o conhecimento científico e tecnológico. A Universidade, portanto, nasce e vive do esforço da comunidade transformando-se em um elo integrador de crescimento e desenvolvimento regional, atendendo aos anseios da sociedade e tornando-se definitivamente uma instituição com característica comunitária e regional. A Universidade não poderia, e não pode ainda, se abster de responder ao forte anseio da sociedade, pois, agindo assim, poderia até mesmo induzir um sentimento de rejeição na própria sociedade em que atua. A sociedade regional pode saber o que quer, mas a Universidade possui a obrigação de saber como chegar aos objetivos propostos pela sociedade. A regionalização representa um acréscimo de status e poder, e não só de saber. Quanto mais amplo o grupo de abrangência, mais cresce o poder político da Universidade, e é, sem dúvida, da força política e do envolvimento com a comunidade regional que advém os benefícios para o crescimento da instituição, para a excelência da Universidade. A região não é apenas um espaço geográfico, mas um espaço onde se desenvolvem as relações da UCS com a comunidade e no qual surgem os resultados práticos da ação difusora de conhecimento e de tecnologia, em benefício da melhoria da vida da população. A ação da Universidade permitiu e permite que a região olhe para o mundo, não se fechando em si mesma, através do avanço científico, tecnológico, cultural e social. Finalmente, não há dúvida de que o desenvolvimento regional se deu pela qualificação de mais de 100 mil profissionais que passaram pela Universidade e que, direta ou indiretamente, reforçam a marca da Instituição.


DEPOIMENTOS “O período 1990-2002 (da Universidade de Caxias do Sul) possui como características: a intensificação da relação com a região; as exigências dos objetivos e das metas de qualificação introduzidos pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e a ampliação da cooperação acadêmica, levando a UCS a se modificar, alterando relações e a própria organização. Essas mudanças foram, sobretudo, de deslocamento de papéis, em vista à regionalização da Universidade, empreendida em 1993. No final dessa fase, em 2002, a UCS contava com nove campi e núcleos regionais. As sucessivas e recorrentes mudanças organizacionais pelas quais passou a Universidade de Caxias Sul resultaram de seu esforço de estruturar-se como universidade e de funcionar plenamente como tal. Pode-se afirmar que esta instituição foi uma conquista da comunidade. Certamente, precisou ser sempre muito ágil e dinâmica para conservar sua condição de universidade, e, especialmente, de universidade comunitária regional.

As demandas sempre crescentes dessa comunidade, o decorrente incremento e a diversificação de atividades, as novas exigências legais, a pressão pela qualificação de suas ações e de seus quadros, as prioridades de cada etapa de sua trajetória exigiram que a Universidade crescesse, se organizasse e se reorganizasse continuamente, sempre de forma correspondente a cada momento histórico. Em decorrência desse contínuo e intenso esforço de interagir com a sua realidade histórica concreta, o processo da instituição se confunde com a própria história de emancipação política e intelectual da região e com seu amadurecimento como comunidade. A Universidade de Caxias do Sul representa, pois, a utopia, o sonho dessa comunidade de ter sua própria universidade, tornado possível graças ao trabalho e à audácia de muitos que a pensaram e que nela atuaram, e graças à capacidade que teve de viver cada fase e de sinalizar sempre os novos tempos, apontando rumos para o futuro.”

Luiz Antonio Rizzon, reitor 2002-2006 Excerto do artigo ‘Caminho para a consolidação da identidade regional’, redigido em conjunto com a profª. Gelça Regina Lusa Prestes e originalmente publicado no álbum ‘UCS: 50 Anos de Uma Universidade Comunitária’ (EDUCS: 2017).

“Desde sua natureza e origens sociais e históricas, a Universidade de Caxias do Sul caracteriza-se por ser uma universidade comunitária. A este caráter pode-se acrescentar o qualificativo de regional, sem prejudicar o fato de ser, antes de tudo, universidade. Na realidade, seu caráter comunitário e regional pode ser demonstrado de diversos modos. Além dos aspectos formais, outros elementos ou condições históricas sublinham tal trajetória.

Farroupilha, Canela e São Sebastião do Caí, e ainda instala, em Flores da Cunha, a Escola de Gastronomia.

Em 1968, são criadas extensões da UCS, numa experiência pioneira no Brasil, com a instalação de cursos superiores em Bento Gonçalves, Lajeado e Vacaria. A UCS, efetivamente, inaugura um modelo novo de universidade, isto é, a possibilidade de ir além de sua sede, de manter campi em diversas localidades de sua abrangência.

Embora o modelo de universidade comunitária só tenha sido formalmente posto na década de 1980, o caráter comunitário da Universidade de Caxias do Sul provém de suas origens culturais e regionais. Ela é o resultado do espírito de uma região, de uma comunidade, que sempre lutou para educar seus jovens.

A partir de 1993, a Universidade de Caxias do Sul, além de comunitária, assume formalmente o caráter regional. É composta de campi e núcleos abrangendo os municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Vacaria, Nova Prata, Veranópolis, Guaporé,

De fato, as universidades comunitárias são diferentes das instituições privadas e com fins lucrativos. Nosso patrimônio cultural, social e econômico é de pertencimento das comunidades nas quais elas estão inseridas, e seu foco é desenvolvê-las”.

“Por algum tempo, o slogan da UCS foi ‘Pés na Região, Olhos no Mundo’. A regionalização da UCS foi a oportunidade de oferecer esse mundo sem fronteiras a outros municípios do nosso Estado. Foi abraçar diferentes aspectos das culturas locais, conhecer os anseios da região e de seu povo e entregar a muito mais pessoas uma educação de qualidade e de referência em todo o país. Sem dúvida a regionalização da UCS a tornou ainda maior, mais próspera e com maior alcance para realizar sonhos.” Nelço Angelo Tesser, presidente do Conselho Diretor da FUCS 2002-2005

A UCS é uma universidade comunitária e regional no sentido pleno desses conceitos. Sua respeitabilidade provém da realização dos fins, objetivos e das metas, da natureza de seus produtos de ensino, pesquisa e extensão e, ainda, de sua capacidade de promover o desenvolvimento científico e tecnológico.

Isidoro Zorzi, reitor 2006-2014 Excerto do artigo ‘O caráter comunitário da Universidade de Caxias do Sul’, redigido em conjunto com o prof. Jayme Paviani e originalmente publicado no álbum ‘UCS: 50 Anos de Uma Universidade Comunitária’ (EDUCS: 2017)

“A UCS, por ser uma universidade comunitária, desde as suas origens procurou abraçar a região. Este abraço deve continuar sendo cada vez mais presente e aperfeiçoado no dia a dia.” João Paulo Reginatto, presidente do Conselho Diretor da FUCS 2008-2011


Galerias Fundação e Universidade


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PRESIDENTES DO CONSELHO DIRETOR DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL FUCS Dezembro 1973 - Maio 1974

Maio 1974 - Maio 1987

Maio 1987 - Maio 1990

AIRTON SANTOS VARGAS

ABRELINO VICENTE VASATA

JOÃO LUIZ DE MORAIS

Maio 1990 - Maio 2002

Maio 2002 - Janeiro 2005

Janeiro 2005 - Abril 2008

RUY PAULETTI

NELÇO ANGELO TESSER

NESTOR PERINI

Abril 2008 - Maio 2011

Maio 2011 - Maio 2014

Maio 2014 -

JOÃO PAULO REGINATTO

ROQUE MARIA BOCCHESE GRAZZIOTIN

AMBRÓSIO LUIZ BONALUME

OBS: Desde a criação da Fundação Universidade de Caxias do Sul, em 3 de dezembro de 1973, até maio de 2002, o reitor da Universidade de Caxias do Sul exercia também a presidência do Conselho Diretor da FUCS.


109

REITORES E VICES DA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL Fevereiro 1967 - Outubro 1972

UCS

Outubro 1972 - Março 1973

Março 1973 - Maio 1974

VICE-REITOR

REITOR

SÉRGIO FÉLIX LEONARDELLI

VIRVI RAMOS

REITOR

VICE-REITOR

SÉRGIO ALMEIDA DE FIGUEIREDO

AZYR NEHME SIMÃO

VICE-REITORA

REITOR

ANA ÍRIS DO AMARAL

AIRTON SANTOS VARGAS Maio 1987 - Maio 1990

Maio 1974 - Maio 1987

Maio 1990 - Maio 2002

REITOR

ABRELINO VICENTE VASATA

VICE-REITOR

AZYR NEHME SIMÃO (Maio 1974 - Maio 1982)

VICE-REITOR

REITOR

REITOR

JAYME PAVIANI

JOÃO LUIZ DE MORAIS

RUY PAULETTI

Maio 2006 - Maio 2014

VICE-REITOR

MÁRIO GARDELIN (Maio 1982 - Maio 1986)

VICE-REITOR

VICE-REITOR

VICE-REITOR

CELSO PICCOLI COELHO

MARIO DAVID VANIN

(Maio 1990 - Maio 1994)

(Maio 1986 - Maio 1987)

LUIZ ANTONIO RIZZON (Maio 1994 - Maio 2002)

REITOR

ISIDORO ZORZI

Maio 2002 - Maio 2006

REITOR

LUIZ ANTONIO RIZZON

VICE-REITORA

LIANE BEATRIZ MORETTO RIBEIRO

VICE-REITOR

Maio 2014 -

VICE-REITOR

JOSÉ CARLOS AVINO

JOSÉ CARLOS KÖCHE

(Maio 2006 - Maio 2010)

(Maio 2010 - Maio 2014)

REITOR

EVALDO ANTONIO KUIAVA

VICE-REITOR

ODACIR DEONISIO GRACIOLLI



Monumento ´Pés na Região, Olhos no Mundo’: concebida pelo artista Rogério Baierle, a obra foi instalada em 1999, no campus-sede, em Caxias do Sul, em alusão ao período da regionalização da UCS.


“Constata-se que o Projeto de Regionalização da Universidade de Caxias do Sul reveste-se de coerência, legalidade, oportunidade, seriedade e exequibilidade. Propõe-se a integrar instituições e incorporar cursos superiores já consolidados, prevendo expansão compatível com as necessidades e aspirações de uma vasta e próspera região riograndense, onde a tradição e a modernidade mesclam-se num processo peculiar, que envolve todos os campos da cultura, da vida social e da economia” Trecho de abertura do parecer favorável ao Projeto de Regionalização da UCS, emitido pelo Conselho Federal de Educação em 3 de dezembro de 1992.

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UCS: 25 ANOS DE REGIONALIZAÇÃO 1993 - 2018

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