Revista Reparação Automotiva 158

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TRANSMISSÃO / TRANSMISSÕES CVT

TRANSMISSÕES CVT

ATÉ QUE PONTO SÃO CONFIÁVEIS?

Redação: Departamento Técnico APTTA Brasil | www.apttabrasil.com

E

mbora muitos fabricantes de automóveis tenham incorporado as transmissões continuamente variáveis (CVT) no lugar das transmissões automáticas convencionais, por causa das vantagens oferecidas, elas possuem suas próprias mazelas, conforme mostraremos. Este artigo fornece algumas informações a respeito de vários problemas pertinentes às transmissões CVT.

VOCÊ SABIA? Foi em 1958 que a fábrica Van Doorne’s Automobiel Fabriek introduziu o DAF 600, que foi na verdade o primeiro automóvel moderno a vir equipado com uma transmissão variável por correia como a conhecemos, de série.

DAF 600 – Ano 1958

O sistema de transmissão de um automóvel é uma parte integral do veículo que transforma rotações do motor em torque, o qual por sua vez permite que ele se movimente à velocidades variáveis. Os sistemas de transmissão são separados em transmissões manuais e automáticas. 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Uma transmissão continuamente variável (CVT) é um tipo de sistema que utiliza polias e uma correia metálica ou corrente, para fornecer uma faixa ilimitada de relações de marcha. Em 1984, a fabricante japonês SUBARU, introduziu uma transmissão continuamente variável de controle eletrônico (ECVT) em um veiculo hatch chamado Subaru Justy. Ele foi vendido entre 1989 e 1993 nos Estados Unidos. Embora os veículos com transmissão CVT não tenham sido bem recebidos pela indústria automobilística logo de começo, ao longo dos anos os sistemas CVT foram desenvolvidos e melhorados, inclusive incluídos em motores mais potentes e de maior torque. Vários fabricantes tradicionais de veículos tais como Audi, Nissan, Ford e Honda incorporaram versões avançadas de uma transmissão CVT em seus produtos. Contudo, deve ser notado que, embora ofereçam certas vantagens como maior economia de combustível e eficiência energética, uma transmissão CVT não é capaz de dar a sensação de controle e dirigibilidade ao motorista, que são comuns aos sistemas manuais e automáticos convencionais. Em termos de aceitação do mercado, as transmissões CVT ainda tem um longo caminho pela frente. Alguns modelos apresentaram falhas, o que gera algumas dúvidas na mente de eventuais compradores.

COMO FUNCIONA UMA TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL

Os veículos equipados com uma transmissão CVT utilizam polias de diâmetro variável e correias metálicas ou correntes para fornecer várias relações de marcha. A polia de entrada está conectada ao motor, enquanto que a polia de saída está conectada às rodas motrizes. Uma correia metálica ou corrente se move entre as duas polias. Quando as metades de uma das polias se aproximam uma da outra, a correia metálica ou corrente sobe pela polia, aumentando assim o diâmetro da mesma. No lado oposto, as metades da outra polia se afastam, diminuindo o diâmetro efetivo da mesma, desta maneira obtendo-se as relações de marcha infinitas. Relações diferentes de marcha são obtidas através da mudança no diâmetro das polias. Quando o diâmetro da polia de entrada, ligada ao motor diminui, tem-se uma relação de marcha reduzida e se obtém maior torque. À medida que o diâmetro da polia motriz aumenta, o diâmetro da polia de saída diminui, e a relação vai se alterando, obtendo-se assim mais velocidade. Assim, a mudança no diâmetro das polias exerce um importante papel na mudança da relação de marcha, de rotação do motor para velocidade do veículo. Os fabricantes de veículos têm desenvolvido outros tipos de transmissões variáveis continuamente tais como a transmissão toroidal


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